Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Cine-Literatura. Sergio Wolf
Cine-Literatura. Sergio Wolf
Q ine/L iteratura
Ritos de pasaje
P A ID Ó S
B u e n o s A ire s
B a rc e lo n a
M é x ic o
L a s fotos q u e a p a r e c e n e n el in te r io r d e l lib ro
p e r te n e c e n a l a rc h iv o d el a u to r.
la . ¿ilición. 2001
ISB N 950-12-2716-^.
índice
I n t r o d u c c i ó n .............................................................................................. .......11
2. L a tra n sp o sic ió n : p ro b le m a s g e n e ra le s y p ro b le m a s
e sp e c ífic o s....................................................................................................29
P ro b le m a s g e n e r a l e s ............................................................................... 29
a) L a especificidad: los p u en tes entre el texto y el film e ............ 34
h) L as z o n a s c o m p a r ti d a s .............. .................................................. 36
c) Las z o n as d e c o n flicto : las escritu ras y los e s t il o s ....... ....... 39
d) D ific u lta d e s d e eq u iv alen cia: los textos q u e p u e d e n
o n o p u e d e n tr a n s p o n e r s e .................................................. ....... 44
e) L a in v e rsió n d e l o rd e n : el cine c o m o o rig e n d e la
l i t e r a t u r a .................................................................................... .......46
Los p ro b le m a s e s p e c ífic o s ............................................................. ....... 48
a) E x te n sió n o e c o n o m í a ......................................................... ....... 49
b) D iálo g o s lite ra rio s y d iálo g o s c in e m a to g r á fic o s ................. 53
i ) L a voz o f f .................................................................................... ....... 60
7
(I) El m o n ó lo g o Ín te rio r y los d isc u rso s so b re
el p e n s a m ie n t o .........................................................................
e) El p u n to d e vista y el p ro b le m a d e los n a r r a d o r e s .....
3. L os m o d e lo s d e tra n sp o sic ió n : d e la a d e c u a c ió n
al camouflage......................................... ................................................
¿Q u é es la tra n s p o s ic ió n ? ................................................................
L os c rite rio s d e la tra n sp o sic ió n : E l desprecio..........................
¿ Q u é es la fid e lid a d al te x to ? ................................... ................ ■....
L os m o d e lo s d e tr a n s p o s ic ió n ......................................................
a) L a fid e lid a d p o sib le: la “le c tu ra a d e c u a d a ” ...................
El policial: Confidencialmente tu y a ............!...................
E l fa n tá stic o : E l exorcista......... .......................................
El d ra m a realista: Un tropiezo llamado a m o r:.............
El m e lo d ra m a : E l ocaso de u n a m o r..............................
b) L a fid e lid a d in sig n ific a n te : la “le c tu ra a p lic a d a ”
o el estilo a u s e n t e ....................................................................
El caso A uster: La. música del a za r................................
El caso T a b u c c h i: Sostiene Pereira..................................
c) El p o sib le a d u lte rio : L a “le c tu ra in a d e c u a d a ” .............
B assan i-M o n tald o : E l hombre de los anteojos de oro ...
Bianco-Saslavsky: Las ra ta s.............................................
d) L a in te rse c c ió n d e u n iv erso s: el e sc rito r y el d ire c to r
c o m o a u to re s .............................................................................
H u sto n : el h o m b r e q u e tra n s p o n ía d e m a s ia d o .....
D os fáb u las: M atilda y L a noche del cazador..............
e) L a re le c tu ra : el te x to r e i n v e n ta d o ....................................
Ladrón de bicicletas-, d el ensayo so cio ló g ico
al m e lo d ra m a te s tim o n ia l...............................................
Lola Mantés, del diario privado al m elo d ram a circense
Carne trémula: d el p olicial al m e lo d r a m a ..................
f) L a transposición encubierta: las versiones n o declaradas ..
J e n o f o n te y H ill: u n clásico c o m o fá b u la r o c k .......
E p íl o g o ..........................................................................................................
77
77
80
84
89
89
90
92
96
99
A Samuel y Esther, por lodo.
A Ricardo Ayabar, por la literatura.
103
A José M artínez Suárez. por el riñe.
104
106
109
111
113
116
119
127
133
137
140
143
148
153
159
161
167
169
Introducción
S e r g io W olf
I. La transposición:
un problem a de origen
“L a p e líc u la , e s a d e r iv a ’’
M a r g u e r iie D u r a s , L e N a v ire N ight
E x c e p c ió n h e c h a d e los casos p u n tu a le s, en té rm in o s g e n e ra le s,
para h a b la r d el p ro b le m a d e la lite ra tu ra q u e d e v ien e cine, o m ejor,
de los lib ro s q u e d e v ie n e n p elíc u las, se re c u r re a la p a la b ra a d a p ta
ción. Y lo c ie rto es q u e la p a la b ra “a d a p ta c ió n " tien e u n a im p lican cia
m édica, y o tra , m a te ria l.
R e m ite a la je r g a m é d ic a e n la m e d id a e n q u é la lite r a tu ra h a ría
las veces d e l o b je to d ísc o lo , in a sib le o in a d a p ta b le , a q u e llo q u e no
toa i&¡3üá!3¡E¡t&it¡¿%,i&Wdfri
q u e su p a sa je al te r r ito r io d e l c in e n o c o n te m p la r ía m ás q u e p é rd i
das o r e d u c c io n e s , o lim ita c io n e s q u e d e s e q u ilib ra ría n su e n tid a d .
El c in e c o m o electroshock o c o m o p íld o r a tra n q u iliz a n te de la lite ra tu
ra. E ste lu g a r c o m ú n , e n re a lid a d , es u n a r e d u c c ió n al a b su rd o , p o r
c u a n to d e las d o s d is c ip lin a s - l i t e r a t u r a y c in e - ¡a q u e c a rg a c o n u n a
in s c rip c ió n o tr a d ic ió n a c a d é m ic a m ás e x te n s a , si n o m ás n o to ria , es
«.j
15
sá m e n te p o r lo o c u rrid o con su tra n sp o sic ió n . Si b ie n hay ciertas a d h e
sio n es, fe rv o re s y g u sto s e n los m ate ria le s eleg id o s, ta m b ié n es c ie rto
q u e se d e s e c h a r o n m u c h o s o tro s e n los q u e n o h a llé - o n o a d v e rtí
a u n q u e lo h u b ie r a - el c o n flic to n e c e sa rio q u e g e n e ra r a z o n as d e in
te ré s e n re la c ió n c o n la tra n sp o sic ió n e n n in g u n o d e los cam p o s, ni
e n el lite ra rio n i e n el c in e m a to g rá fic o .
A q u í h a b ría q u e h a c e r la sig u ie n te salvedad: sie m p re se p u e d e p la n
te a r a lg ú n tip o d e d isc u sió n so b re los efe c to s o la clase d e tra n sp o si
ció n . El p ro b le m a ra d ic a b a p re c is a m e n te e n la p ro d u c tiv id a d d e esa
d iscu sió n : q u e e n tr e el m u n d o d e l a u to r o d e l d ir e c to r h u b ie r a zo n as
risp id a s, d istan cias, a fin id a d e s y re p u lsio n e s ; fro n te ra s c o m p le ja s d e
atravesar, in e x a c titu d e s o v e c in d a d e s; zo n as q u e e n riq u e c ie r a n la r e
fle x ió n so b re el tem a. Es d e c ir,'q u e e n tr e el estilo d el a ü to r y el d el
tex to , y el estilo d el d ire c to r y el del film e e m e rg ie ra a lg u n a d e las fo r
m as p o sib le s d el d iálo g o .
Las e le c c io n e s so n - e s in e v ita b le q u e o c u r r a - f r u to d e las a fin id a
des lite ra ria s y c in e m a to g rá fic a s d e q u ie n esc rib e , y n o hay m o d o , n i
tie n e s e n tid o , q u e este caso q u ie b re esa re g la d e o ro . P e ro d e n tr o d e
e sa d e te r m i n a c ió n o r i e n ta d a p o r el g u s to o el p la c e r, o el g u sto
d e v e n id o ju icio , la in te n c ió n fu e p o n e r e n re la c ió n m a te ria le s d e dis
tin to o rig e n , espesor, é p o c a y au to r, tr a ta n d o m ás d e h a c e r b rilla r los
p ro b le m a s a d is c u tir q u e firm a r c o n tr a to s e n b la n c o , o tácito s, c o n
los d istin to s c á n o n e s a los q u é se e n fr e n ta b a este tra b a jo . P re c isa m e n
te p o rq u e d e eso se tr a ta n las tra n sp o sic io n e s y el análisis q u e d e ellas
p u e d e h a c e rse : d e u n a p u e s ta en re la c ió n .
U n a sp ec to c e n tra l consistió en trab ajar so b re m ateriales q u e n o sólo
tu v ieran c o n se n so co m o alta lite ra tu ra , o q u e fu e ra n b e n d e c id o s c o m o
tales. V eía c o m o u n acto d e p e re z a c o n te m p la r so la m e n te los p ro b le
m as q u e tra ía con sig o a aq u ello s q u e se a n im a ra n c o n tran sp o sicio n es
so b re P ro u st, Jo y ce, B orges o T h o m a s M an n . P o rq u e , en to d o caso, las
d ific u lta d e s q u e su p o n e p a ra u n g u io n ista o u n cin ea sta el acto de' p ro
d u c ir tran sp o sicio n es, y p a ra el crítico o el teó ric o d esm e n u z arla s, exis
te n ta n to p a ra la “alta" lite ra tu ra c o m o p r.ra la “lite ra tu ra d e m e r c a d o ”.
T a m b ié n se lim ita b a el c a m p o si m e c irc u n sc rib ía sólo a ios besí sdlers
a c tu a le s, a u n g é n e ro p a rtic u la r - p o r e je m p lo , el re a lism o o la p a ro
d i a - o ú n ic a m e n te a tex to s la tin o a m e ric a n o s o a rg e n tin o s.
F u e ra b ajo la e x c u sa o el c a n o n q u e fu e re , los “c o rte s ” se o rie n ta
b a n h a c ia o tro s su p u e sto s d istin to s al o b je to d e este tex to , q u e co nsis
tía e n a b a rc a r aristas, p ro b le m a s, efecto s, im p lic a n c ia s, c e rc a n ía s y
c o lisio n e s d e riv ad o s d e la lite r a tu ra q u e se c o n v ie rte e n cin e. Ese es el
m o tiv o p o r el cu al conviven e n este lib ro -q u iz á s n o d e m a s ia d o a gus
to, visto d e sd e c ie rto análisis lite ra rio —m a te ria le s d e u n a h e te ro d o x ia
nbsol ul . i , i liy.l II11i o n se mi - , t i ene e n l.i <I<•' i s m n i le . 111| <111 l,e, 111>n Ir i ,e¡
c a n ó n i ' as e n t r e lilei a t ul .1 el lit a y lilf'l , 11III ,1 I le m e i I ,11li i I . I lile I m i l
m e n t e , e x i s t e n t a m o s e j e s p o s i b l e s i Ir sei di si mi i l i >• e n u n a ii ,m ,| „ r ,i
c i ó n s o b r e J e n o f o n t e o S h a k e s p e a r e c o m o e n uní ) a i l n e | «>s-■i u
T l i or na s M a n n . El p r o b l e m a d e l e.-a i lo c u i n o s o p e n Ir liiei ,u mi ,c ,i i
s e n t a b a t a n t o e n u n c a s o c o m o e n el o t r o
Los m atei¡ales incluidos en este libro no lu ero n elei;n li ,■ p.n i <i-m .n
el circu ito d e c ie rto m a rc o te ó ric o , sino p a ia ahí ii un m an n p iiih le
m ático de tra b a jo , e n te n d ie n d o q u e los p io b le m a s ilr la lt,u r.p i,,i
ción e x c e d e n tan to a la b ib lio g ra fía c o n io a l o s , ,i , •. • |« 11 u In , r ,, i
esa razó n , a q u í n o se H ala d e ex ten so s ana Iras .ohi r | h h i . ■■I ■i i .
pecíficas, sin o de u na am p lia divei sid.n I i le i ,1n i . ............. . las | , 11 i
p e n sa r los asp ecto s cen 11 ales del pi oí eso de 11 a 11 ■| ", r n >i i t *■ i II l
q u e - e n m u c h o s p asajes se ¡n lio d u /.i an i r l e i r m ia , .. , n p t " d n
can a n é c d o ta s co n la p re te n s ió n d e ipie ilu m in e n "ii i di I 11 il. ir
mism o de la transposició n, ya que tanto la s i ipi u n ir a leí m n r .............
las d ese c h a d a s e x p a n d e n el c a m p o d e a n á l i s i s r n \ ' di i • 11111, > i .......
p ersp ectiv a ú n ic a m e n te litei a n a , i inem aioiM .il i. a ......... .. , ,
ri ca o t éc r u ca .
El crite rio d e “selecció n de i asi,s" p ie ie n d io i|, n . a. i.............
ejem plares, p a ra p riv ileg iar m ás el d i a l o y i , rn 111 la i,la i i................
res, los cineastas, y las h ip ó te sis <pie pin Ir a m i............., i..........................
de casos definitivos -im p o s ib le q u e los lia .............Iil -
sino de ciertas elec cio n es que r \ii.u i i esii meu ' I ■ imp,, lo ni, i ■■■■i- -
aq u ello q u e a p a re c e co m o en taque, e. |, ,i l i i- i .,
cam bio, co m o q u e d ó d ic h o d e n io d ', p io i il qn, Im ti-a i , a , ir,
rarias y cin e m a to g rá ficas co n d i s t i n t a s ................ .i• ,I, n ,i, i
policial a la fá b u la in fa n til, de |,i , ien, ia I n , m i 11 lili,, ,,| ■• i ,i, • i, l i
p e líc u la d e p a n d illa s al nie|, i, h una di I,........... h i | li, i a I ilid n n
fan tástico , de la sátii a p o lit h a i l.i I•!<n;i .ili.i I i p n i o iiim l,mi
bién se im p u so al h,u ei dis, m u i I, II á m e n le al un d,i|es lili I ai los , on -
sid e ra d o s canónica>s, i o n io I,, ip u ..... h a b itu a le s a p ro p ó s ito de
H e n ry ¡am es o W illia m Nliakespeai e, con o tro s q u e c ris p a ro n esas
s e g u rid a d e s , c o m o M a n el l'r o u s t, V la d in iir N ab o k o v , jo rg e Luis
B orges o W illiam B u rro u g h s . Esa a rtic u la c ió n o rie n tó , asim ism o, los
film es y c in e a sta s tra b a ja d o s : J o h n H u s to n , D av id L e a n , E n c h in o
V iscom i, A lfred llitc h c o c k , C la u d e C h ab ro l, o W alter EIÍIl; p e ro tam
b ié n J e a n - L u c G o d a rd , A n d re i T a rk o v sk i, L e o n a r d o Favio, W im
W enders, J o e l C o e n o P e d ro A lm odóvar.
R esp ecto d el o rig e n de los tex to s y las p elícu las selecc io n ad o s, n o
quise q u e este lib ro tra ta r a ú n ic a m e n te so b re tra n sp o sicio n e s realiza
das e n A rg e n tin a , p o rq u e h u b ie r a c o n fin a d o el análisis a cierto s casos
P e ro esta d isc u sió n , ci u e sim u la s e r te rm in o ló g ic a , e n v e rd a d se \
c e n tr a e n los problem a,•s>s e n tid o s y e fe c to s d e u n a c ie rta o p e ra c ió n .
L a d is c u sió n so b re el t é r m *n o cl u e d e s ig n a esta o p e ra c ió n d e p asaje
d e la li te r a tu r a al c in e f e v e la u n a p ro b le m á tic a . M u c h o s en say istas
y te ó r ic o s e s p e c u la n c<°n 'd e a d e “tr a s la c ió n ” y te r m in a n e n el
té r m in o “tra d u c c ió n " , ]Pa ra P ° c o d e s p u é s a r r ib a r a “a d a p ta c ió n ”, o
a la m e n o s vaga, p e ro n ° d e m a s ia d o p re c isa , id e a d e “h a c e r u n a ver- i
s i ó n ”.1 O tro s e s tu d io s ° P ta n p o r u s a r el té r m in o “t r a n s p o s ic ió n ” a
c o m o u n c ie rto tip o d e tra b a jo d e a d a p ta c ió n , d if e re n c iá n d o la d e la
ilu s tra c ió n o la i n t e r p r e t a n . 2 D e sd e m i p u n to d e vista, la d e n o m i
n a c ió n m ás p e r tin e n te es ^a d e tr a n s p o s ic ió n ”, p o r q u e d e s ig n a la
id e a d e tra sla d o p e ro t arrlb 'é n ^a d e tr a n s p la n te , d e p o n e r alg o e n
o tr o sitio , d e e x tirp a r cfe r *-os m o d e lo s, p e r o p e n s a n d o e n o tro re g is
tro o sistem a.
Sin e m b a rg o las m ás 0 m e n os sin u o sas d e n o m in a c io n e s d e la tra n s
p o sic ió n n o h a c e n m ás flu e p o n e rle p a la b ra s a u n v ín cu lo q u e e stá e n
el c o m ie n z o m ism o d e l e m e , m ás allá d e q u e los a n te c e d e n te s d e los
p rim e ro s film es d e los h e rm a n o s L u m ié re se h ay an b u sc a d o .e n la p in
tu r a y n o e n la lite ra tu ra 1- to d o s m o d o s, n u n c a es ocioso re p e tir q u e
la lite ra tu ra , p o r se r el m o d o d e n a rr a c ió n d o m in a n te h a sta el siglo
X IX , sirv ió d e sd e los o r ’o e n e s d el c in e c o m o p ro v e e d o ra d e h isto rias,
a u n q u e lu eg o p u e d a d i50111' 1"36 <íu é clase d e h isto rias se p e n s a b a q u e
d e b ía su m in is tra r al c in í- P e r° m ie n tra s el cin e se co n stitu ía co m o le n
g u a o le n g u a je - s e g ú n I? d iscu sió n te ó ric a la n z a d a p o r C h ristia n M etz,
a ú n ir re s u e lta - , ya e n 1^ p rim e ra d é c a d a d e l siglo la lite ra tu ra m a n te
n ía c o n el c in e u n a p rirlle ra Y ló g ic a re la c ió n : la d e s e r u n a fu e n te d e
a rg u m e n to s .
E1 caso p io n e r o d e p ayid 'VV. G riffith es e je m p lific a d o r p o r u n d o
b le m o tiv o . F u e G riffitl1 T-iien p e n só e n ias p o te n c ia lid a d e s d el a p a
r a to c in e m a to g rá fic o , y d e allí e x tra jo , o d e d u jo , las c u e stio n e s clave
d e l lenguaje del cine, cP m o ^os distintos tam añ o s de p lan o en fu n ció n
d e las n e c e sid a d e s d rarría ^ cas específicas, y co m o resu ltad o , el ro l fu n
d a m e n ta l d e l m o n ta je <°> a ' m e n o s , las re la c io n e s sig n ific a n te s e n tr e
23
m o r a l- p o rq u e hay u n a visible a fin id a d d e u n iv erso s e n tr e el suyo y el
d e R e n d e ll, e n la m a n e r a e n q u e e x p a n d e los m o m e n to s d e su sp e n so
re s p e c to d e si sa ld rá o n o a la lu z el e n c u b rim ie n to d e la p ro ta g o n ista .
P a ra C h a b ro l, el c e n tro n o es-la lo c u ra o m n ip re s e n te d e la d o m é stica ,
sin o la m a n e r a o b lic u a y sin u o sa e n q u e esta “a n o rm a lid a d ” se h a ce
visible, los m o d o s im p re v isib le s q u e a d o p ta esta ir r u p c ió n f r e n é tic a
q u e , a su vez, es u n m al d e l m u n d o y n o d e l p e rs o n a je . D e allí q u e , si
c o n ra z ó n s ie m p re se h a d ic h o q u e el c in e d e C h a b ro l e sta b a e m p a
re n ta d o c o n el d e H itc h c o c k , e ste caso es u n a n u e v a c o n firm a c ió n
d e ese lin a je , e n la m e d id a e n q u e el m o d o d e a so c ia r al e s p e c ta d o r
c o n el p u n to d e vista d e l d e m e n te sig u e la le c c ió n de H itc h c o c k : c a d a
vez q u e la d o m é s tic a e stá a n te u n te x to e sc rito q u e d e b e le e r o b lig a
to r ia m e n te , e sta c o n c e p c ió n d e l su s p e n so se m a n ife s ta e n to d a su
p e rfe c c ió n .
E ste tip o d e c o n e x io n e s o d iá lo g o s e n tre la o b ra del a u to r y la d el
c in e a sta evita, d e u n solo g o lp e , c a lc u la r el p o rc e n ta je d e d ife re n c ia s
e n tr e el te x to d e o rig e n y la p e líc u la , y p e rm ite e sc a p a r d e to d o m é to
d o esta d ístic o p a rá m e d ir la tra n sp o sic ió n . L o q u e se d ev alú a es esa
v o c ac ió n m e c a n ic is ta a la q u e , d ic h o se a d e paso , so n .tan p ro p e n s o s
los c a te d rá d c o s e s ta d o u n id e n s e s , q u izás b u sc a n d o u n s e n d e ro m ás
"Táctico” q u e eí d e las e sp e c u la c io n e s sie m p re ta n g e n é ric a s y p a n o rá
m icas d e los ensayistas fra n c e se s.
6. C alvino, Italo: Por qué leer los clásicos, B arce lo n a . T u sq u ets, 1S95.
clásicas d e S h a k esp eare -R ey Lear, Julio César j Tito Ándrónico- tran sfig u
rad as p a rc ia lm e n te e n E l padrino III, de F rancis F o rd C o p p o la, o con
Anábasis de J e n o fo n te , d e v e n id a e n u n a fáb u la ro c k c o m o Los guerreros,
d e W alter H ill. P ero d e esta c u estió n de las tran sp o sicio n es e n c u b ie rta s
o en m a sc a ra d a s - q u e d e b ie ra in teg rarse e n to d a fo rm u la c ió n p recisa
d el p ro b le m a d e los “clásicos”- , ya nos o c u p a re m o s m ás ad ela n te .
97
tiempo, d e G ilíes D eleu ze, o E l m onolingüisvio del otro, d e Ja c q u e s D e rri-
da, o L a estética geopolítica, d e F re d ric J a m e s o n , o Contra la interpreta
ción, d e S u san S o n tag , q u e p u e d e n h a c e r fru c tífe ra u n a d im e n s ió n
c rític a y e sp ecu lativ a so b re los a lc a n ce s y lím ites d e la in te rp re ta c ió n .
P e ro c ie rto s ensayos breves c o m o De las alegorías a las novelas, de J o rg e
L uis B o rg es, o Cine y literatura, d e S e rg u e i E ise n ste in , o Book and Film,
d e M a rg u e rite D u ras, o A favor, de u n cine impuro, d e A nclré B azin, p o r
to m a r a p e n a s a lg u n o s, q uizás te n g a n u n e fe c to m ayor, o d e riv e n en
trab ajo s m ás esp ecífico s p a ra u n análisis p re c iso d e l p ro b le m a d e la
tra n sp o sic ió n .
El h e c h o d e q u e la tra n sp o sic ió n sea u n a z o n a fro n te riz a e n tr e dis
cip lin as m o tiv a q u e ex istan diversos m a rc o s te ó ric o s afin es, o q u e al
m e n o s a p a re z c a n c o m o m ás p e rtin e n te s o e stim u la n te s p a ra p e n s a r
c u e stio n e s p u n tu a le s d e la a c c ió n d e tra n sp o n e r, c o m o los q u e se o cu
p a n d e d e fin ir asp ecto s so b re d ra m a tu rg ia , o n a rr a to lo g ía lite ra ria y
c in e m a to g rá fic a , o a q u e llo s o c u p a d o s e n d is c rim in a r los d istin to s ti
p o s d e g u ió n . P e ro ta m b ié n so n p e rtin e n te s a q u e llo s trab a jo s q u e d a n
c u e n ta d e l estilo lite ra rio d e los e sc rito re s o d el estilo c in e m a to g rá fi
co d e los cineastas. O aq u ello s q u e re c o n s tru y e n los p ro ceso s p ro d u c ti
vos d e los film es, e n las v in cu lac io n e s e n tre los escrito res y la in d u stria
d e l cine. O a q u ello s q u e a p u n ta n a la e sp ecificid ad d e la lite ra tu ra o
del cine c o m o m ed io s expresivos, o c o m o d isciplinas d e l p e n sa m ien to .
2. La transposición: problemas
generales y problemas específicos
P ro b le m a s g e n e ra le s
esta revelación debe hacerla la propia madame ¡Vierte o la condesa Geniiiú. Mejor por m u
chas razones que sea la segunda; pero también de esa m anera pierdo la «gran escena» en
tre madame Merle e Isabel.) ” De este ejemplo, que condene dos opciones, es evidente que
la'directorajaiie Campion eligió la segunda, que era más interesante.
L a id e a de la tra n sp o sic ió n c o m o traic ió n re c o rre la h is to ria d e la
lite ra tu ra y sus c o n e x io n e s c o n el m e rc a d o , p e ro ta m b ié n tas re la c io
n es de la lite r a tu ra y el cin e en ta n to so p o rte s esp ecífico s y d ife ren tes.
M ás a ú n : la in d u s tria d e l c in e e sta d o u n id e n se in v e n tó u n a c a te g o ría
d e g u io n ista q u e se d istin g u e e n tre la selva d e n o m e n c la tu ra s y j e r a r
quías: el adapter. L a fu n c ió n d e este p e rso n a je se ría la d e “a d a p ta d o r
d e relato s literario s". Esa p re te n s ió n a b su rd a p a rte d e u n a ló g ic a 'd e
m e rc a d o q u e su p o n e q ue p u e d e existir algo así c o m o u n “esp ecialista
e n tr a n s p o s ic io n e s " - m á s q u e adapter d e b ie r a lla m a rse Iransposer-,
c o m o si h ie r a u n a v ariació n d e sa rm a d a d el n e g o c ia d o r q u e h ace r e n
d ir a los asalta n te s e n u n b a n c o , co m o si n o e x istieran p e c u lia rid a d e s
y c e rc a n ía s d e se n sib ilid a d e n tre cierto s g u io n istas v c ie rto s esc rito res
afines a sus p re o c u p a c io n e s. L a e x isten cia de u n p ro fe sio n a l “a d a p ta
d o r ” p r e te n d e e lim in a r to d a a fin id ad , re d u c ir su tare a a u n a fu n c ió n
m e r a m e n te q u irú rg ic a , q u e se o c u p a d e in te rv e n ir so b re la o b ra lite
ra ria tra s la d a n d o c o m o sea - c u a l si fu e ra u n a c u estió n de v o lú m e n e s -
u n te x to lite ra rio a u n g u ió n cin e m a to g ráfic o .
E sta fu n c ió n d el adapter b u sc a c o n firm a r la id ea d e q u e el estilo de
los g u io n istas, a. m e n u d o d e d ic a d o s a p e n sa r las tra n sp o sic io n e s lite
rarias, carece p o r co m p le to de im p o rtan cia. V iene a decir, u n a vez más,
p o r si h ic ie ra falta, q u e u n g u ió n es h ip ó tesis, o b ie n lite r a tu ra d e g ra
d a d a, o p ro v isio n al, o e n trán sito . ’ Eso lleva m u ch as veces a m in im i
zar el tra b a jo d e e sc ritu ra d ra m á tic a y p o n e r en igual c o n d ic ió n au n ó -;
g u io n istas y a o tro s. Y n o hay d u d a d e q u e en m u c h o s casos es cierto ,
así com o hay q u ie n e s lo g ran im p rim ir u n a sin g u la rid ad a la estru ctu ra ,
a los d iálogos, al to n o y a las situ a c io n es elegidas, p o r p ro p ia c u e n ta o
p a rtie n d o d e sus a fin id a d e s co n los escrito res q u e e lig en tra n s p o n e r
(o p a ra cuya traslac ió n so n e leg id o s).
E n c ie rto s casos p u e d e h a b la rse d e g u io n istas c o n u n estilo, o p o r
lo m e n o s c o n u n a p e rs o n a lid a d , o u n a clase de e sc ritu ra q u e se d es
p lie g a m ás allá de los cinea stas q u e d irijan esos p royectos. Son n o to
rias las sim e tría s y la c irc u la rid a d e n D avid Mamer., el ju e g o con l<>
m ístico y lo m ítico e n C u rt S io d m ak , la u n ifo rm id a d v e rb o rrá g ic á de
to dos los p e rs o n a je s e n R afael A zcona, el tra b ajo so b re las m ú ltip les
fo rm as d el o c u lta m ie n to e n H a ro ld P in ter, la m a n e ra d e e d ific ar si-'
tu a c io n e s e x tra o rd in a ria s p a ra las tram as am orosas en D o n Stew art.
el m o d o ele p la n te a r d ilem as ético s a b stracto s e n p e rso n a je s a c o n tra
p e lo d e .su tie m p o e n R o b e rtB o lt, la v elo cid ad e iro n ía d e las rép licas
e n B en H e c h t, o las in ev itab les y p e rfe c ta s in v ersio n es fa n tásticas d e
P o r lo ta n to , u n a p r im e r a g ra n z o n a ele c o n ta c to e n tr e c in e y lite
r a tu r a es la q u e v u lg a rm e n te se c o n o c e c o m o la d e los c o n te n id o s de
la h is to ria y sus c o m p o n e n te s m a te ria le s.
D e la n o c ió n d e h is to ria se d e s p re n d e la d e e s tru c tu r a n arra tiv a ,
q u e h a n siste m a tiz a d o el e stru c tu ra lism o , la se m io lo g ía , la m ito lo g ía
c o m p a r a d a - d e s d e J o s e p h C a m p b e ll a N o r th r o p F ry e, o a su se g u id o r
F ra n k M c C o n n e ll- y .to d a s las c o rrie n te s d e d ic a d a s al an álisis d e los
p ro b le m a s d e la n a rr a c ió n , a p a r tir d e la lite r a tu ra a u n q u e n o sola
m e n te , c o m o se ve e n el tra b a jo q u e h a n v e n id o re a liz a n d o A n d ré
G a u c lre a u lty F ra n g o is jo s t. Esa z o n a d e rasg o s c o m u n e s p u e d e n o ta r
se en q u e tocias las v a ria n te s te ó rica s so b re el g u ió n c in e m a to g rá fic o
- c o n base en E u g é n e Vale, M ich el C h io n y el lu m in o so tex to de F rancis
Van o y e - tra b a ja n e s ta b le c ie n d o u n vaivén p e r m a n e n te e n tr e la lite ra
tu ra y el c in e , c o n c ru c e s e n tr e el in s tru m e n ta l d e u n a d isc ip lin a y el
q u e sin g u la riz a a la o tra .
E sa z o n a de c o m u n ió n se p u e d e re p re s e n ta r, in clu so , co n la típ ica
situ a c ió n im a g in a ria d e l c in e a sta q u e se e n c u e n tr a c o n o tro y le co
m e n ta q u e h a d e s c u b ie rto u n a n o v e la q u e d e se a ría h a c e r e n c in e , p o r
lo q u e el o tro le in te rro g a a c e rc a d e q u é se tra ta esa h isto ria . P e ro la
n o c ió n d e h is to ria o fá b u la im p lic a ta m b ié n la n o c ió n d e p e rso n a je s,
ya q u e to d av ía n o h a sid o p o sib le in v e n ta r h isto ria s sin p e rso n a je s, a u n
q u e éstos se a n o b je to s d o ta d o s d e a n tro p o m o rfis m o , c o m o o c u rr e e n
c ie rto s film es e x p e rim e n ta le s o e n el c in e d e a n im a c ió n . Y la tip o lo g ía
d e lo s p e rs o n a je s -e n t e n d id o s c o m o p a ra d ig m a s d e ra s g o s - es c o n su s
ta n cia l a la d e h isto ria.
L a tip o lo g ía d e ésto s p e rte n e c e a las zo n a s c o m p a rtid a s, ya se tra te
d e personajes planos o d e personajes esféricos, se g ú n la feliz d e fin ic ió n teó
5. Ricceur, Paul: “Para una teoría del discurso narrativo”, en Ricceur, 1999, pág. 92.
rica tra b a ja d a p o r E. M. F o rste r.6 E n to d o caso, ya se tra te d e p e rs o n a
je s p la n o s -d e u n ú n i c í rasg o o c u a lid a d -, o esféricos - d e u n a v arie d a d
c o n tr a d ic to ria d e ra sg o s-, si h u b ie r a q u e id e n tific a r las d iferen cias e n
tre el cin e y la lite ra tu ra , éstas n o esta ría n en el c o n c e p to d e p e rs o n a
je . Las d ife re n c ia s h a b ría q u e buscarlas, m ás b ie n , en q u e el p e rso n a je
d e la lite r a tu ra es c re a d o p a ra ser leíd o y el del cine es e n c a rn a d o p o r
u n a c to r p a ra ser visto y o íd o , p e rd ié n d o se e n el trayecto d e la le tra a
las im á g e n e s y so n id o s aq u e llo q u e el le c to r p o d ía im ag in ar de o sobre
él.7
L a h isto ria y los p e rso n a je s, a su vez, te rm in a n p o r d e fin ir la id e a
d e q u e ta n to la n a rr a c ió n lite ra ria c o m o la n a rr a c ió n c in e m a to g rá fi
ca c o n stru y e n m u n d o s a u tó n o m o s, q u e h a n sid o cre a d o s esp ecífica
m e n te p a ra sus p ro p io s m ed io s. L a id e a de m u n d o s a u tó n o m o s -e s
decir, co n u n v ín cu lo lábil c o n sus posibles re fe re n te s re a le s - es la que
d e a lg ú n m o d o c ie rra esta p rim e ra z o n a de los c o n te n id o s de la ficción.
L a o tra zo n a, ju s ta m e n te , es d o n d e se p re s e n ta n los m ayores p ro
b lem as ta n to te ó ric o s c o m o p ráctico s: los m o d o s de re p re se n ta c ió n
d e c a d a m e d io o fo rm a to . P o rq u e n a d ie d u d a d e q u e am b o s u tilizan y
se Valen d e l le n g u a je , q u e esos le n g u a je s p re s e n ta n tipos discursivos y
sistem as d e p u n tu a c ió n , q u e a firm a n u n a c o n c e p c ió n 'd e l p u n to de
vista o la fo c a liz a c ió n , q u e tie n e n m an e ra s p a rtic u la re s d e o c u lta r o
p o n e r e n ev id e n c ia estilos, o q u e a rtic u la n el s e n tid o de su n a rra c ió n
a p a rtir d e m e tá fo ra s. El p ro b le m a es q u e sus m o d o s d e re p re se n ta
c ió n d ifie re n . P e ro ése es u n te m a q u e m e re c e ser an aliza d o a p a rte .
C on e je m p la r iro n ía , G u ille rm o C a b re ra In fa n te se p re g u n ta b a p o r
q u é R e m in g to n n o tuvo u n a p e líc u la d e d ic a d a a su vida, o al m e n o s
c o n s a g ra d a a su in v e n to d e la m á q u in a d e escribir, y sí la tuvo E d iso n
- d i r ig i d a e n 1940 p o r C la re n c e B row n, co n S p e n c e r T ra c y -, si en
c a d a p e líc u la , R e m in g to n , es d e c ir la m á q u in a d e escrib ir, h a c e u n a
visita a E d iso n , q u e e q u iv a le a la c á m a ra c in e m a to g rá fic a . L a id e a
s o b re v u e la el te m a d e la altivez d e l c in e fre n te a su fu e n te d e escri
tu ra , c o m o es la m á q u in a d e escribir, y n o d eja d e se r a p ro p ia d a pese
8. M cConneil, Frank: Storytelling and Mythmaking. Images Jrovi Film and Literatura,
Nueva York, Oxford Universuy Press, 1979, pág. 5.
. d ire c ta m e n te e n cine, q u e ya n o son —n o e r a n - sólo c o m p e tid o re s de
p in to re s o d ra m a tu rg o s, sino q u e se h a n igualad o a los novelistas.9 To
m em os dos ejem p lo s q u e -m á s allá de las asim etrías d e to d a ín d o le -
p la n te a n cu estio n es d e “e scritu ras”, ta n to re sp e cto d el estilo co m o del
fo rm a to e n u n o y o tro m edio.
P o r u n la d o , si e n te n d e m o s la e scritu ra co m o u n p ro b le m a de estilo
e n el uso o trab ajo con los m ateriales específicos d e u n m e d io n arrativo
d e te rm in a d o , el e jem p lo d e l film e E l tiempo recobrado, d e R aúl Ruiz so
b re el tex to final d e la “é p ic a lite ra ria ” d e M arcel P roust, se p re se n ta
com o atractivo. B u scan d o instalar su p elícu la e n la p u ra subjetividad del
p e rso n aje - a través de cuyos ojos y p e n sam ie n to s son p ercib id a s las si
tu a c io n e s-, R uiz utiliza to d o el arsen al d e recu rso s al servicio del trata
m ie n to d e la m o d e r n i d a d c in e m a to g r á fic a e n te n d i d a c o m o u n a
y u x tap o sició n d e tiem p o s: el tiem p o re c o rd a d o , el tie m p o im agin ad o ,
el tiem p o c o n g e la d o , el tiem p o so ñ ad o , el tiem p o entrevisto.
R uiz e n tie n d e c o m o tra n sp o sic ió n n o so la m e n te el av atar de p e r
so n ajes y co n flicto s, sin o u n p ro b le m a d e raíz m ás á s p e ra q u e consiste
e n có m o p r o d u c ir desfasajes e n el flu ir u n ív o co d e im á g e n e s y so n i
dos, c ó m o h a c e r p a r a q u e el re la to c in e m a to g rá fic b a b a n d o n e sus
c o o rd e n a d a s e sp a c io -te m p o ra le s d efin id a s y se co n v ie rta en u n p e r
fecto la b e rin to . Si - c o m o d ice Gilíes D e le u z e - a L u c h in o V isconti no
le h izo fa lta a d a p ta r a P ro u s t p o rq u e lo h a b ía h e c h o sin h a c e rlo lite
ra lm e n te , e n el caso d e R uiz el p ro c e d im ie n to es o p u e sto , ya q u e ve
en el p ro p io te x to d e P ro u s t la o p c ió n c in e m a to g rá fic a , q u izás en ese
p á rra fo d el lib ro d o n d e se le e q u e h ay q u e o b te n e r “la e se n c ia c o m ú n
a d o s se n sa c io n e s, re u n ié n d o la s en u n a m e tá fo ra p a ra su stra e rla s a la
c o n tin g e n c ia d el tie m p o ”.10 Esa id e a de la tin id a d in d iso c ia b le d e se n
sacio n es p a ra la c o n s tru c c ió n m eta fó rica va d e la m a n o d e o tro s re
cursos q u e c o n firie ro n a la o b ra d e P ro u st la c a te g o ría d e lite ra tu ra
m o d e rn a , p o r e je m p lo - c o m o a p u n ta b a V lad im ir N ab o k o v —la n o dis
tin c ió n e n tr e p asajes d escrip tiv o s y d iálo g o s.” P e ro así c o m o e x tra e
recu rso s “c in e m a to g rá fic o s’’ d e l p ro p io texto, p u e d e d ec irse q u e el uso
a lte rn a d o ele tableaux vivants, el vaivén p e rp e tu o d e s o b re im p re s io n rs
y los c o n tin u o s travellings en v o lv en tes y circ u lare s so n d e c isio n e s de
R uiz q u e n u n c a p o d r ía n in fe rirse d el tex to de P ro u st, p o r se r consti
tutivos clel m o d o d e r e p r e s e n ta r d el cine.
12. Véanse sobre este tem a los textos de José Carlos Avellar, "El piso de la palabra.
Cine y literatura en Brasil”, en Nuevo Texto Crítico, 1997, págs. 3-44, y Rodenas de Moya,
D om ingo: “Cita de ensueño: el cine y la literatura nueva de los años veinte", en Gome*
Blanco, 1S97. págs. 85-105.
W illiam S. B u rro u g h s h a b ía n c o n s tru id o la o rg a n iz a c ió n d e sus n o v e
las cé le b re s, M a n h a tta n Transfery E l almuerzo desnudo resp e c tiv a m e n
te, p e n s a n d o e n las técn icas d el m o n ta je c in e m ato g rá fico . T éc n ic a s
q u e d is e ñ a b a n u n m o n ta je m ú ltip le p e ro o rg á n ic o e n el p rim e r caso,
y u n m o n ta je asociativo y c o n fo rm a d e collage e n el se g u n d o . E sta
a p ro x im a c ió n esp ecu lativ a c o n d u c e a c re e r q u e se tra ta d e escrito res
q u e “v ie r o n ” sus n ovelas im a g in á n d o la s películas.
L a d ific u lta d d e este ú ltim o su p u e sto es su p e rtin e n c ia , ya q u e sig
n ific a ría p e n s a r q u e c u a n d o u n e sc rito r d esc rib e c o n e x tre m a e sp eci
ficid ad u n a im a g e n o e sc e n a d e su n o v e la d e sta c a n d o su color, te x tu ra
o luz e sta ría in te n ta n d o re m e d a r o b u sc a r u n e q u iv a le n te lite ra rio de
la im a g e n c in e m a to g rá fic a . Eso se ría c o m o p e n sa r q u e T h o m a s M a n n
o M a rg u e rite D u ra s p ie n s a n “e n té rm in o s de c in e ” c u a n d o h ac e n li
te ra tu ra , y esta c o n c lu s ió n es im p ro b a b le , sólo p o stu la b le si m e d ia
r a n e n tre v is ta s d o n d e los a u to r e s c o n f ir m a r a n e sta in f lu e n c ia de
m o d o ex p lícito , y a u n así q u e d a ría en el crítico p e n s a r o d u d a r de esas
a firm a c io n e s a la luz d e l film e p ro p ia m e n te d ich o . De n o se r así, las
c o n je tu ra s p o d r ía n se r in fin ita s, d e sd e q u e E d w ard H o p p e r p in tó ins
p ira d o e n el film, noir, o q u e Sam S h e p a rd escrib ió sus<poem as in s p ira
d o e n westerns, y así s u c e s iv a m e n te . A u n q u e f u e r a n in f e r e n c ia s
in sp irad as, n u n c a s e ría n v erd a d e ra* sino c o n je tu ra le s.
P a re c e m ás c e rte ro d e c ir q u e sí hay - e n u n se n tid o fá c tic o - escri
to re s q u e p e n s a r o n m u n d o s o rig in a d o s e n el cine. P ero c u rio sa m e n
te, o n o tan to , aq u e llo s q u e in c lu y e ro n el cine de u n m o d o transversal,
c o m o M a n u e l P u ig e n La traición de Rita Hayworüi, son a q u ello s o a q u e
llas o b ras q u e p a re c e n resistirse-a ser tra n sp u e sta s al cin e co n do cili
d ad . A la inversa, o tro s, c o m o E lm o re L e o n a rd e n Get Shorty, tu v iero n
u n cru c e m ás p a c ífic o al te r rito rio d el cine. P e ro esta d e sig u a ld a d de
o ríg e n e s y re s u lta d o s es ta m b ié n lógica. Es im a g in a b le q u e p a ra P u ig
el cine se a u n a “z o n a im a g in a ria y m e n ta l” q u e d e m o d o le n to y p ro
gresivo va e n c im á n d o s e so b re la “z o n a objetiva", so b re lo q u e c o n fo r
m a el m u n d o re a l d e los p e rs o n a je s ; e n c a m b io , e n L e o n a rd , ese
sarcasm o q u irú rg ic o so b re las b a m b a lin a s d el ro d a je te rm in a sie n d o
casi un backslage a rm a d o c o m o re la to , o d o n d e el re la to es el p re te x to
p a ra d ev ela r e n tr e te lo n e s m ás o m e n o s o cu lto s, y h asta p a ra a ju sta r
sus p ro p ia s c u e n ta s p e rs o n a le s c o n el n e g o c io c in e m a to g rá fic o .
E stos so n casos d o n d e hay m u n d o s cuyo p eso esp ecífico es el cine,
sistem a so la r e n d e r r e d o r d e l cual g iran los o tro s m a te ria le s co m o sa
télites. P e ro , a veces, las o p c io n e s f r e n te a esos m a te ria le s to m a n ca
m in o s d ife re n te s. P o r eje m p lo , c u a n d o H é c to r B a b e n c o tra n sp u so a
la p a n ta lla a P u ig e n E l beso de la mujer araña, el u n iv erso d el cin e sólo
fu e u n m a te r ia l q u e p e r m it ía o c u lta r la s itu a c ió n d e e n c ie r r o y
c la u stro fo b ia te a tra l a la q u e p r e d is p o n ía la ló g ica d e l tex to . Esos es
p a c io s (la cárcel, TÓsTilmes re c o rd a d o s , tra n sfig u ra d o s,o ,d ire c ta m e n -
te in v e n ta d o s ) e s ta b a n c la r a m e n te e s c in d id o s , c o n v e n ie n te m e n te
p u n tu a d o s . E n P u ig , e n c a m b io , h a b ía u n a v o lu n ta d d e d is o lu c ió n de
esas fro n te ra s, p a ra d a r lu g a r a u n continuum n a rra tiv o y d ra m á tic o .
C o m o si q u is ie ra r e s p o n d e r d e sd e o tra p e rsp e c tiv a a e sta id e a de
la lite ra tu ra in flu e n c ia d a p o r el cin e, B ru c e Kawin in v e rtía d o b le m e n te
e l 'o r d e n d e la d is c u s ió n ,.s e ñ a la n d o la in f lu e n c ia d e la fic c ió n d e
W illiam F a u lk n e r so b re el c in e p o ste rio r, y n o la d e las p e líc u la s b asa
d as e n sus rela to s. L a tesis d e K aw in e ra q u e ei u so q u e h a c ia F au lk n er,
e n m u c h a s d e sus no v elas, d e tro p o s c o m o el m o n ta je , los c u a d to s
c o n g e la d o s, las s o b re im p re sio n e s, los flashbacks, las p ersp e c tiv a s d isto r
sio n a d a s y las lín e a s d e d iá lo g o s u p e rp u e s ta s ( overlap), así c o m o ei
c o n flic to e n tr e so n id o e im a g e n , e ra p a ra c o n v e rtir sus fic c io n e s n o
e n visualm en.te e x p e rim e n ta le s, sino p a ra p ro d u c ir u n eco q u e e x te n
d ie r a los a sp e c to s te m á tic o s y a veces los excesos re tó ric o s. D e c ía q u e
a q u e llo s film es q u e p ro c u r a ro n llev ar a F a u lk n e r a la p a n ta lla fracasa
r o n p o r re c h a z a r al m ism o tie m p o las técn icas d e F a u lk n e r y la m e ta
física d e l tie m p o q u e in s p ira y ju s tific a e=as técn icas. Y lu e g o , a ñ a d ía :
L o s p ro b le m a s e sp e c ífic o s
13. Kawin, Bruce F.: Faulkner and Film. Nueva'York. Ungar, 1977, pág. 145.
eos son p a rte del en g ra n a je to tal d e u n a o b ra específica, es posible dis
c u tir la p e rtin e n c ia d e ellos c o m o p ro b lem as.-
De' la e n o rm e d iv ersid ad d e p ro b le m a s específicos d e la tran sp o si
ción, se to m a n a q u í c u a tro asp e c to s q u e se ría n los q u e , c o n m ás re g u
larid ad , a p a re c e n co m o d ificu lta d e s m ayores. Ellos so n el p ro b le m a
d e la e x te n s ió n o la e c o n o m ía , el d iálo g o te a tral o lite ra rio fre n te al
d iálo g o cin e m a to g rá fic o , la voz o ffy sus v arian tes -m o n ó lo g o s in te rio
re s ,p e n s a m ie n to s , flu ir d e la c o n c ie n c ia -, y el p u n to d e vista o la p ro
b le m á tic a d e los n a rra d o re s .
a) E xtensión ó economía
14. Recientem ente lo hizo José Luis Sánchez Noriega en su libro /> In titerutum al
cine, Barcelona, Paidós, 2000.
m a to s m ás a d e c u a d o s p a ra co n v e rtirse e n film es. S in e m b a rg o , la p ro
p o rc ió n d e c u e n to s ,-nouvelles, o piezas b rev es q u e o rig in a n p e líc u la s
es in sig n ific a n te re s p e c to d e las n o v elas d e u n fo r m a to c u a n to m e n o s
e stá n d a r. M ás a ú n , esta te n d e n c ia es p o r c o m p le to o p u e s ta al afá n d e
los c in eastas p o r las n o v elas v o lu m in o sas.
Si el p u n to e n c u e s tió n f u e r a la b re v e d a d d e l re la to d e o rig e n ,
¿có m o se e x p lica q u e sea ta n to m e n o r el n ú m e ro d e v ersio n es d e cuen-
! tos breves de O. H e n ry o Saki q u e el d e v e rsio n es d e n o v elas ex te n sa s
' d e H e n ry Ja m e s o S te p h e n K ing? E sta d isc u sió n llev aría a o tra , p o r
q u e h a b r ía q u e d e te rm in a r, en to d o caso, 'c u á n ta s p á g in a s d e b ie r a te-
! n e r u n re la to p a ra q u e su tra n sp o sic ió n al c in e sea m e n o s tra u m á tic a
o fa tíd ic a . Los casos p a ra g ra fic a r u n a p o sic ió n u o tr a so n in c o n ta b le s ,
ya q u e a u to re s q u e h a n escrito c u e n to s d e u n a e x te n s ió n sim ila r n o
tu v ie ro n u n p asaje a n á lo g o al te r re n o c in e m a to g rá fic o , se g ú n sé d es
p r e n d e - s i to m a m o s el caso d e la lite ra tu ra n o r t e a m e r ic a n a - d e las
m ú ltip le s v e rsio n e s d e re la to s d e E rn e s t H e m in g w a y y las casi inexis
te n te s d e re la to s d e j . D . S alinger.
Si b ie n a n im a d a p o r u n e sp íritu q u e re d u c e el p ro b le m a a cifras y
i v o lú m e n e s, d e to d o s m o d o s esta c u e stió n d e la e x te n s ió n o la e c o n o
m ía lleva a! c e n tr o d e la d is c u sió n u n a sp e c to q u e p a re c e in ev itab le:
el h e c h o d e q u e el re la to lite ra rio d e b e su frir cierta s a lte ra c io n e s al
p a s a r al c in e . Es c u rio so , p e ro c u a n d o se a lu d e a las n o v e la s q u e se
d e c id e tra n sp o n e r, se r e c o m ie n d a n co rtes, sim p lifica c io n e s y el h e c h o
d e p o d e r re d u c irla s a línea,s e sen ciales, c o m o a firm a Vale re s p e c to d el
tra b a jo d e las novelas q u e son v o lu m in o sas.13 D e m o d o in v e rso , c u a n
d o se a lu d e a re la to s breves, se h a b la d e e x te n d e r, p ro lo n g a r o a ñ a d ir
situ a c io n e s. ¿Es p o sib le u n v o lu m e n e s tá n d a r q u e n o o b lig u e a lo u n o
n i a lo o tro ?
C o n p e rsp ic a cia , el c rític o A. O, S co tt se in te rro g a b a so b re si e ra
p o sib le llev ar a la p a n ta lla u n tex to c o m o In fin ite Test, ele D avid F o ste r
W allace, c o n sus 1100 p á g in a s, sus 400 n o ta s al p ie y sus in c o n ta b le s
su b tra m a s .11’ A sim ism o , la re c u r re n c ia a p e n s a r las fases d e l p ro c e so
d e tra n sp o sic ió n e n valo res n u m é ric o s, in d u c e a c o n s id e ra r las c o rre s
p o n d e n c ia s d e sd e u n a p e rsp e c tiv a e rr ó n e a , c o in o si la c ifra d e p ág i
n as fu e ra lo q u e d e fin ie ra la fase e n q u e ese re la to d e b e u b icarse: si es
u n c u e n to d e h a s ta d iez p á g in a s se ría u n a p o sib le “sin o p sis" d etalla-
15. Vaie, Eugéne: Técnicas del guión para cine y televisión, B arcelona, Gedisa, 1996,
pág. 153.
16. Scott, A. O.: ‘T h e Page Floats, T ransform ad”, en The New York Times, i 6 de ju
nio de 2000.
A ída Luz y G uillerm o B ataglia e n Los verdes paraísos.
17. Rúas. Charles: Conversaciones con escritores norteavwiccinos, Buenos Aires, Sudam e
ricana. 19S6> pág. 31.
Tarkovski in te n ta n re s p e ta r la id e a d e H em in g w ay d e q u e N ick A dam s
es m ás u n o b s e rv a d o r o testigo q u e u n p e rs o n a je d e igual e sp e so r q u e
los o tro s, m ie n tra s q u e Síegel m a n tie n e la fig u ra d el q u e m ira los h e
chos, p e ro con el m atiz p a ra d ó jic o de q u e es ciego. Si se to m a en c u e n
ta la e s tru c tu ra m ism a d e la n a rra c ió n , vem os q u e S io d m a k y Siegel
c o n s tru y e n sus film es a m p a r a d o s e n u n siste m a d e flashbar.ks p a ra
e x p lic ita r los m o tiv o s p o r los q u e los sic a rio s b u sc a n m a ta r a O le
A n d re so n - l o q u e H em in g w a y o c u lta b a e n u n m ag istral fu e ra ríe cam
p o n arrativ o —, e n ta n to T arkovski escoge o m itir esa clave. Si lo q u e se
to m a e n c u e n ta so n d ecisio n e s d e p u e sta e n escen a, S io d m ak o p tó p o r
u n a atm ó sfe ra m u y e n s in to n ía c o n las te x tu ra s d el film noir, T arkovski
situ ó casi to d o el re la to e n u n ú n ic o espacio, y S iegel h izo u n policial
q u e d isc u rre e n lu g a re s so lead o s, d e u n a lu m in o s id a d casi e n ceg u e-
c ed o ra. S ab em o s q u e H e m in g w ay a p ro b ó h asta-la a d m ira c ió n la ver
sión de S io d m ak , y es p ro b a b le q u e d e h a b e r estad o vivo p a ra verlas
- c o m o b a r r u n ta c o n p e rs p ic a c ia G en e D. P h illip s -18 le h u b ie r a fasti
d iad o la d e Siegel, y h u b ie r a e n c o n tr a d o d e m a sia d o elíp tic a a la de
Tarkovski.
E sta discu sió n , a su vez, tra e con sig o o tra, cuyo p o stu la d o se ría q u e
u n a c ie rta c a n tid a d de p a la b ra s o e n u n c ia d o s v erb ales n o te n d ría n
p osible c o rr e s p o n d e n c ia c o n u n a c ie rta c a n tid a d d e im ág en es y so n i
dos. P ero si b ie n el análisis d e las e q u iv alen cias e n tre fo rm a to s es cen
tral p a ra re fle x io n a r so b re la tran sp o sició n , n o d eja de ser u n a solución
p e lig ro sa r e tr o tr a e r la d isc u sió n a aq u e llo de q u e las p a la b ra s evocan
m ú ltip le s im á g e n e s p o s ib le s m ie n tr a s q u e las im á g e n e s a n c la n o
d ire c c io n a n las p alab ras. Es u n a so lu c ió n p elig ro sa, p o rq u e el te m a
está e n d ire c ta re la c ió n c o n la fu n c ió n d el le n g u a je q u e se esté privi
le g ia n d o e n c ad a m e d io . P o rq u e , ¿deja m ás a b ie rto el sen tid o u n a frase
in icial de u n a n o v ela d e T o m C lan cy o u n p la n o inicial d e u n film e de
A le x a n d e r Sokurov, o el p la n o fin a l d e u n o d e A bbas K iarostam i? La
re d u c c ió n es riesgosa, c o m o p u e d e verse.
18. Phillips, Gene D,: Hmiirguiay and Film, Nueva York, Ungar, 1980, págs.75-78.
c o m ú n c o m o p o r cie rto s te ó ric o s d é l c in e ta n d isím iles c o m o S e rg u e i
E ise n ste in , R u d o lp h A rn h e im y A n d ré B azin. E sta a firm a c ió n , c o m
p a rtid a p o r an alistas o p u e sto s, su p o n e e n to n c e s u n a d iscu sió n p ro d u c
tiva. O c u rre q u e p o r d e b a jo d e esta p re te n d id a in c o m p a tib ilid a d e n tre
las p a la b r a s d e l te x to y él c in e co rn o fo r m a a rtís tic a a u tó n o m a se
e s c o n d e la p r e s u n c ió n d e .q u e él c in e es a n te to d o u n a rte visu al,
c o n c e b id o d e sd e y p a ra la im a g e n . T o d o lo q u e a ta ñ e a su d im e n s ió n
s o n o r a n o sería, p o r ta n to , m ás q u e u n s o p o rte o a g re g a d o q u e n o
h u b o m ás o p c ió n q u e a c e p ta r p o r im p e rio d e la p ro p ia ev o lu c ió n té c
n ic a d e l m e d io .
Sin e m b a r g o , esa d e fe n s a p u ris ta d e l le n g u a je c in e m a to g rá fic o
o fre c e n o só lo u n a r u d im e n ta r ia d e c la ra c ió n d e fe e n la im a g e n sin o
a ris ta s d e s i n g u la r in t e r é s p a r a u n c a m p o c o m o el d e las tr a n s
p o sic io n e s lite ra ria s. E n u n ensayo n o ta b le , d o n d e el rig o r se alia c o n
la in te lig e n c ia , M a ry D e v e re a u x sin te tiz a c o n p re c isió n los c u e stio n a -
m ie n to s d e A rn h e im al c in e h a b la d o , al a p u n ta r q u e la c o m b in a c ió n
e n tr e im a g e n e n m o v im ie n to y p a la b ra sólo d e b e p ro d u c irs e b a jo cier
tas c o n d ic io n e s. B á sic a m e n te , A rn h e im so stie n e q u e la c o m b in a c ió n
e n tr e im a g e n y p a la b ra d e b e se r n e c e sa ria y n u n c a r e d u n d a n te , q u e
d e b e p ro d u c ir u n a u té n tic o p a ra le lism o e n tr e los e le m e n to s e n p ro -
...ir a d e u n i d a d d e m r-t? r i? 1es. y q u e d e b e h a b e r a n a je r a r-
q u iz a c ió n d e la im a g e n p o r so b re la p a la b r a p a r a q u e el film e n o
d e v e n g a u n m e ro d e riv a d o d e l te a tro . P ero el c o n c e p to q u e a rtic u la
la a rg u m e n ta c ió n - y q u e A rn h e im c o m p a rte c o n E is e n s te in - es el de
la c o n d ic ió n d e “a rm o n ía m u s ic a l” d e u n film e so n o ro , d o n d e los d i
fe re n te s in s tru m e n to s , es decir, las p alab ras y las im á g e n e s, in te ra c tú a n
b u s c a n d o u u e fe c to q u e n o lo g ra ría n p o r se p a ra d o .
S e ría ló g ic o a c o rd a r c o n esta id e a d e la. “a rm o n ía m u sic a l'’ si n o
m e d ra ra el h e c h o d e q u e p a r a A rn h e im n o hay m o d o d e .q u e la im a
g e n fíltn ic a se b e n e fic ie d el te x to v erb al, d e q u e el d iá lo g o a b ra n u e
vas z o n a s .a l film e c o m o f o r m a e x p r e s iv a ,.p u d i e n d o s o l a m e n t e
p ro lo n g a r lo q u e el film e ya, tien e . El d iá lo g o p ro p ic ia e n to n c e s - r e
fle x io n a D e v e re a u x - u n a parálisis o in te rfe re n c ia d e la ac c ió n visu al.19
L o q u e A rn h e im critic a es n o sólo q u e el d iálo g o se a u n e le m e n to
m a te ria l c o m o los o tro s, sin o to d as las p o sib les in te ra c c io n e s asim é
tricas, o n o tra d ic io n a le s, q u e p u e d e n p e n sa rse c o m o u so s d e la p a la
b r a e n el c in e , d e s d e la a p e la c ió n a c a n c io n e s h a s ta el m o n ó lo g o
in te rio r,.p a s a n d o p q r los diversos e m p le o s im a g in a b le s d é la voz off.
19. Devereaux, Mary: “O f 'Talk and Brcrv/n F urniture': T he Aestheiics of Film Dia
logue", en.Devereaux, 1986, págs. 37-44.
É stas s e r ía n a lg u n a s d e las e s tra te g ia s p a ra s o rte a r, el tan te m id o
“n a tu r a lis m o ” a q u e c o n d u c iría .e l e m p le o in ev ita b le .y explicativo del
d iálo g o , q u e d e to d o s m o d o s n o es n i re m o ta m e n te u n a c o n d ic ió n de
lo te a tra l, c o m o lo c o n firm a el tra b a jo d e los d ra m a tu rg o s S am u el
B e c k e tt y H a ro ld P in ter, p o r to m a r sólo a lg u n o s n o m b re s c o n te m p o
rá n e o s. Si lo q u e se disc u te es la c a n tid a d de d iálo g o d e u n film e co m o
divisoria d e ag u as e n tr e u n a su p u e s ta re d u n d a n c ia o ex p lic ita c ió n de
lo q u e im p o rta y u n u so m ás elusivo, b astaría c o n to m a r la o b ra d e
J o h n C a ssa v e te s-u n a de las m ás d ialo g ad as de la h isto ria d el c in e - p a r a
d e m o s tra r esta falacia. T odavía m ás: si el afán está c o n c e n tra d o en q u e
el d iálo g o n o ex p liq u e a q u e llas claves o cu ltas d e la o b ra, hasta p o d ría
c re a rs e u n le n g u a je in v e n ta d o p o r el a u to r, c o m o h iz o A n th o n y
B urgess, p ro b a n d o la fó rm u la e x p e rim e n ta l e n té rm in o s literario s (en
su n o v ela L a naranja mecánica) y en té rm in o s c in e m a to g rá fic o s (en su
g u ió n de L a guerra del fuego), co n lo q u e lo g ró esq u iv ar to d a explica
ción, al m e n o s e n ese asp e c to .
D e h a b e rs e c e ñ id o e s tric ta m e n te a la id e a d e la “a rm o n ía m u sic a l”
e n tre los e le m e n to s visuales y so n o ro s d el film e, quizás A rn h e im h u
b ie ra c o m p r e n d id o q u e el c in e c o m o m e d io estético a u tó n o m o n o
p ie rd e sus rasg o s e se n cia le s p o r el solo h e c h o d e q u e el d iálo g o o cu
p e u n lu g a r d e n tr o d e esa n m c!g araa d e m ate riale s. A u n q u e p a ra eso
es vital e sta b le c e r los po sib les y diversos usos d el d iálo g o . P o rq u e p u e
d e n se r d iá lo g o s p la n te a d o s c o m o c o n tin u id a d d e la m úsica, co m o en
cierto s film es d e T e re n c e D avies. O d iálo g o s q u e c o n fo rm a n co n los
o tro s m ate ria le s u n tejido s o n o ro ú n ic o , co m o a firm a N oel B u rc h acer
ca de cie rto s film es ja p o n e s e s .-’1 O d iá lo g o s cuya in fo rm a c ió n se des
m ie n te p o r las a c cio n es d e los p e rso n aje s, c o m o e n las p elícu las d e
E ric R o h m er. O d iálo g o s q u e d esv ían el eje o la m o tiv ació n d e los p e r
sonajes, c o m o en las m e jo re s o b ra s de F ritz L ang. O diálo g o s q u e n o
re s p e ta n la d in á m ic a d el in te rc a m b io ló g ico y sucesivo, c o m o en los
film es d e los h e rm a n o s M arx . O d iálo g o s escritos co n u n a e n to n a c ió n
y u n a m é tric a p u ra m e n te p o é tic a , c o m o su c e d e e n los film es d e P ier
P ao lo Pasolini. O d iálo g o s q u e tie n e n u n e fecto recu rsiv o , al re to m a r
p a r te d el d iá lo g o p rev io e n el d iá lo g o in m e d ia ta m e n te p o ste rio r,
c re a n d o a síx m a “c a d e n c ia ”, c o m o e n los film es d e M a rg u e rite D uras.
O el e q u ilib rio s u tilm e n te p re ciso e n tr e d iálo g o y silen cio , co m o en
20. Noel Burch explica su idea del diálogo como “tejido sonoro" así como otras sin-
guiares relaciones de continuidad, contigüidad y disociación entre materiales visuales
y sonoros en el capítulo sobre “El uso estructural del sonido”. Véase Burch, 1970. págs.
95-107.
los film es d e C la u d e S a u te t. O , c o m o a firm a D e v e re a u x , d iálo g o s d e
u n a c o n stru c c ió n p a rtic u la r e n fu n c ió n d e l g é n e ro , c o m o e n la c o m e
d ia screwbally el film e d e d etectives, q u e a d e m á s d e c o n s tru ir m o d e
los esp ecífico s d e v e lo c id a d d ia ló g ic a tra b a ja n so b re el c o n c e p to d el
d iálo g o se x u a l y el d e l d iá lo g o -in te rro g a to rio , re s p e c tiv a m e n te .21
21. Devereaux, Mary: “O f ’Talk and Brown F u m itu re': T he Aesthetics of Film Dia
logue", ob. ci,t.
P e ter L o rre, M ary A stor y Sidney G re en stre e t en El halcón mnltés.
22. Murray, Edward: The Ciremalic Imagincition -Writen and the MoCian P ic lu r e sNueva
York, Ungar, 1972, pág. 13.
ría a so c ia d o a c ie rta fu n c ió n d e la ie n g u a é n d e tr im e n to d e las o tras
f u n c io n e s , lo c u a l o b lig a ría a u n d o g m a r e tó ric o , o u n d e c á lo g o
p u n ito rio q u e sa n c io n e c o m o “n o c in e m a to g rá fic o ”.el u so d e ciertas
palabras, tipos de co n stru cció n verbales, citas literarias o lo q u e fu e re que
se ju z g u e co m o ajen o .a u n p re te n d id o uso casto del len g u aje del cine.
C u a n d o se h a b la d e la fu n c ió n p o é tic a d e l le n g u a je p a re c ie ra so
brevolar, a la vez, u n a re fe re n c ia al u so d e “b ellas p a la b r a s ”. P e ro esta
a rg u m e n ta c ió n es u n c a m in o o b tu ra d o , p o rq u e d e se g u ir esa s e n d a
te rm in a ría m o s c o n c lu y e n d o , p o r e je m p lo , q u e ios d iálo g o s d e u n re
la to d e C h a rle s B ukow ski sp n m e n o s lite ra rio s q u e Jos d e u n film e d e
L u c h in o V isco n ti, lo cu al es u n a b su rd o p o rq u e u n o s p e rte n e c e n al
m e d io lite ra rio y los o tro s al m e d io c in e m a to g rá fic o . Si q u ie n e s d efi
n e n el c a m p o lite ra rio fu e r a n las “b e lla s p a lab ra s", ¿en q u é d isc ip lin a
a rtístic a u b ic a ría m o s a e sc rito re s c o m o H e n ry M iller, R o b e rto A rlt o
W illiam S. B u rro u g h s ?
E sta sin u o sa n o c ió n d e q u e e x iste n p a la b ra s o c o n stru c c io n e s ver
b ales q u e n o p u e d e n o n o d e b ie r a n s e r d ic h as e n u n film e b a jo p e n a
d e q u e d a r su m id a s en la so le m n id a d , su ele d e riv a r e n im p re c isio n e s
a ú n m ay o res, c o m o e n u n a c a d e n a d e e x p lic a c io n e s e rrá tic a s. Es lo
q u e s u c e d ió con Ja m ás re c ie n te tra n sp o sic ió n d e la n o v e la LoUta, de
V la d im ir N-^bckov, re a liz a d a n ó r S te p h e n S c h iff y d irig id a p o r A d riá n
L yne. Lo q u e a rg u m e n tó S c h iff de su tra b a jo esp e c ífico e n el g u ió n es
q u e la e le g a n c ia In d ica y lin g ü ístic a d e la p ro s a .d e N a b o k o v n o fu n
c io n a b a en té rm in o s c in e m a to g rá fic o s, y q u e esos tex tq s e n b o c a d e
u n a c to r iban a o írse rid ícu lo s o im p o stad o s. D e jan d o p o r u n m o m e n to
e n s e g u n d o p la n o la id e a d e q u e hay textos “q u e n o p u e d e n d e c ir s e ”
e n u n film e, q u e d a p o r e lu c id a r lo q u e es c o n su sta n c ia l a la n o v e la d e
N ab o k o v : el ju e g o co n el le n g u a je . M ás a ú n , el ju e g o c o n el le n g u a je
es p a rte d e o tra d im e n sió n d e l ju e g o , la q u e o scila e n tr e la m a te ria li
d a d c o n c re ta d e l p e rs o n a je L o lita y lo q u e es sólo u n e fecto d e la co n s
tru c c ió n lite ra ria q u e h a c e d e ella el p ro fe s o r H u m b e rt. S u p rim ir esos
m o n ó lo g o s in te rio re s tild á n d o lo s d e lite ra rio s n o zan ja el p ro b le m a
d e tra n sp o sic ió n q u e im p lic a n esos tex to s, y su e n ro q u e p o r situ acio
n e s o d iá lo g o s n u e v o s n o los h a c e m ás c o n fo rta b le s al fo rm a to c in e
m a to g rá fic o , p o rq u e es la in te rio rid a d m e n ta l, creativa, im a g in a ria de
H u m b e r t lo q u e o rig in a b a la c o m p lic a c ió n y n o el tip o d e p a la b ra s
m ás o m e n o s p re te n c io s a s. El p ro b le m a n o se re d u c e a c ie rto s textos,
sin o q u e d e sa fia a la tra n sp o sic ió n m ism a, p o r im p o n e r u n p e rs o n a je
de c o m p le ja p re s e n ta c ió n c in e m a to g rá tic a .
Es in d u d a b le q u e los m o d o s d e d e c i r - e n El halcón maltes, el m o d o
d e d e c ir d e H u m p h re y B o g a r t- e stá n p e s a n d o e n la ev alu ació n : hay
c o n se n so e n q u e los d iálo g o s cin e m a to g rá fic o s d e b ie r a n o írse y s o n a r
c o m o se oye o s u e n a c u a lq u ie r d iá lo g o o íd o al p a sa r en c u a lq u ie r si-
tío u o casió n , p e ro n o p a re c e m u y a tin a d o d e c ir q u e el habla de B o g art
re s p o n d e a u n tip o d e e n to n a c ió n escolástica o acad ém ica. E n esta mis
m a d ire c c ió n , M ary D e v e re a u x so stien e: “L o q u e se p re te n d e n o es
q u e u n g u ió n c in e m a to g rá fic o d e b a leerse igual q u e u n a novela o u n a
o b ra teatral. A te n d ie n d o al ro l im p o rta n te q u e ju e g a el d iálo g o en u n a
p elícula, m e refiero a las palab ras n o com o son escritas sino com o son
d ich as”.23 Así, p e n sa n d o q u e u n diálogo es an te to d o u n sonido, M anuel
P uig solía referirse peyo rativ am en te a los film es arg en tin o s, p o rq u e ase
g u ra b a q u e se oían d em asiad o p arecid o s a la realid ad , si bien es eviden te
su p re d ile c c ió n p o r m o d e lo s d ialó g ico s q u e , sim p lific a n d o , te n ta ti
v am en te p o d ría m o s d e n o m in a r co m o “artificiosos”. M odelos dialógicos
q u e e ra n fru to de u n a re tó ric a p re d o m in a n te e n los m e lo d ra m a s del
H ollyw ood d e sd e los los a ñ o s tre in ta a los c in c u e n ta, y q u e llevó a P u ig
a d e sd eñ ar, p o r e je m p lo , la re tó ric a d el film e n e o rre a lista .2''
E n c u a lq u ie r caso, esos m o d o s d e d e c ir n o e stá n aislad o s, sin o
im b ric a d o s e n el c o n te x to e n q u e se in sertan . Es d ecir: q u é , a q u ié n y
có m o se d ic e n esos d iálo g o s es tan -relev an te com o el tip o de film e en
q u e se d ic e n , c o m o la re la c ió n q u e estab lecen co n los o tro s e le m en to s
d e la p u e sta e n escen a, o c o m o la circu n sta n c ia d ra m á tic a en q u e se
d icen . O b v ia m e n te , c u a n d o q u ie n e m p le a esos d iiiy g y s es u n escritor,
co m o e n el film e E l ocaso de u n amor, c u a n d o B en d rix explica a Parkis
q u e “los celos sólo existen c u a n d o h ay deseo. U sted p ersig u e el deseo:
considérese su esclavo", p areciera q u e está m ás p erm itid o , o q u e a u m e n ta
el um bral d e tolerancia, au n q u e , d icho sea de paso, esas líneas n o habían
sido escritas com o diálogo en la novela original de G raham G reene.
P e ro hay o tro s casos d o n d e la d u d a -c re c e . Es p re c is a m e n te p o r
q u ié n lo d ic e , q u e a n a d ie se le o c u rre q u e e n Pasión de los fuertes, de
J o h n F o rd , el m o n ó lo g o d e H amlet in te rp re ta d o p o r el viejo a c to r b o
rr a c h o T h ó rn d y k e (.Alan M ow bray) im p liq u e u n e je m p lo d e d iá lo g o
lite ra rio , a u n q u e lo d ig a n a d a m e n o s q u e en el c o n te x to de u n western
e m b le m á tic o . Es p re c is a m e n te p o r el tip o d e p o é tic a d e l film e e n q u e
lo d ice , q u e a naclie se le o c u r r e r e p r o c h a r la b e lle z a d ia ló g ic a de
S e rk in g (B en G azzara), c u a n d o le m a n ifie sta a Cass (O rn e lla M utti)
“F uiste d e m a s ia d o b e lla ”, e n Historia de locura común, d e M arco F erreri.
Es p re c is a m e n te p o r la c irc u n s ta n c ia d ra m á tic a en q u e lo d ice, q u e a
n a d ie se le o c u r r e q u e e n L os fa n ta sm a s de u n hombre respetable, d e
23. Devereaux, Mary: “O f ‘Talk and Brown F u rn itu re1; T he Aescheúcs o f Film Dia
lo g u e”, ob. cit., pág. 46.
24. Puig, Manuel: Los ojos de Greta Garbo, Buenos Aires, Seix-Barral, 1993.
C láud'e C h a b ro l, c u a n d o M o n s ie u r ] ,abbé (M ich el S c rra u lt) h a b la en
voz a lta e s ta n d o so lo y dice, p a ra sí “ahora todo terminó", eso sea u n
m o d e lo de so lilo q u io p u ra m e n te lite ra rio . E n estos e je m p lo s, el c e n
tro n o está e n la m o d a lid a d discu rsiv a - m o n ó lo g o , so lilo q u io -, sino
e n el p e rs o n a je q u e lo dice y el m o m e n to d ra m á tic o e le g id o p o r los
d ire c to re s p a ra in c lu ir esos tex to s, el c e n tro n o está e n el tip o d e uso
d e la le n g u a sin o e n la ju s tific a c ió n d e esas ele c c io n e s.
Es c laro q u e el d iá lo g o es u n e le m e n t6 q u e d e b e in te g ra rse o esta
b le c e r d istin to s-m o d o s d e re la c ió n co n los o tro s d e la p u e sta e n esce
n a. L a d isc u sió n n o d e b ie ra , e n to n c e s , c e n tra rs e e n q u e el d iá lo g o
tie n e u n . p lu s v a lo r o u n a im p o rta n c ia d if e re n c ia d a re s p e c to d e los
o tro s m a teria les. El eje e n c u e stió n sig u e sie n d o el d e los u so s d el d iá
logo. Así, p o r e je m p lo , r e s u lta c u rio s o q u e u n ' m ism o d iá lo g o se a
a p r e c ia d o d e m o d o s a n ta g ó n ic o s s e g ú n sea d ic h o a n te o tr o p e rs o
n a je o si e s tá c o m o voz o ff Es c o m o si e ste p r o b le m a f u e r a p e n s a d o
e n té r m in o s d e d is ta n c ia , c o m o si to d o se to r n a r a m ás c ris ta lin o al
a u m e n t a r la d is ta n c ia d e la voz e n tr e los p e rs o n a je s : e n el p r im e r
caso, el d iá lo g o se a s e m e ja r ía a la clase d e in te rc a m b io s v e rb a le s
d e “la v id a c o ti d ia n a ”, y e n el s e g u n d o , el d iá lo g o , p o r e x h ib ir u n
u so c u lto d e la le n g u a , a d q u ir ir ía u n e s ta tu to p r e s u n ta m e n te “lite
r a r i o ”. In c lu s o h a b r í a m á s c o n c e s io n e s e n c u a n to a la v e lo c id a d ,
c o m o si se p e n a r a la le n t it u d e n el d iá lo g o f r e n te a f r e n te y se le
c o n c e d ie r a la o p c ió n d e ese r itm o a c o m p a s a d o a la voz off, c o m o si
se c o n f r o n ta r a n la d ic c ió n y la le c tu r a o e s c r itu r a , c ita n d o n o n e c e
s a r ia m e n te - o m e jo r, casi n u n c a - r e s p o n d e a la v e r d a d d e lo q u e
o c u r r e e n lo s film e s, n i s iq u ie r a c u a n d o el p e r s o n a je q u e n a r r a e n
o ff f u n c i o n a c o m o u n a c o n ti n u id a d d e l a u to r r e a l d e la n o v e la ,
c o m o p a s a b a c o n R o lfe (W ille m D a fo e ) e n D ías de fu ria , q u e d ir i
g ió P a u l S c h r a d e r b a sá n d o se e n la n o v e la Aflicción, d e R u ssell B anks.
P e ro .e l a n á lisis d e los u so s d e la voz o ff re v iste u n in te r é s s in g u la r y
p o r e so m e r e c e u n e x a m e n d is c rim in a d o .
L a voz o f f
25. Guerif, Francois: El cine negro americano, Barcelona, Alcor-Marriñe?. Roca, 1988.
pág. 232.
(le esa voz ú n ic a y d e s a b e r o m n ím o d o d e l te x to d e Ellroy. E n el film e,
esa voz p asó a s e r id e n tific a b le y m a te ria liz a d a : la d el p e rio d is ta de
e sc á n d a lo s Sid H u d g e n s (D a n n y D e V ito ). Es Sid q u ie n c u e n ta : “Sólo
e stán v e n d ié n d o te u n a im a g e n d e l p a r a ís o ”. E sa es la ra z ó n p o r la
cu a l ese p ró lo g o se c o n c ib e c o m o u n nexusreel s o b re el m u n d o de
I lollyw ood, r n clave d e p re n s a film a d a , y ésa es la ra z ó n d e q u e el di
re c to r H a n so n o p ta r a p o r e lim in a r los raccontos q u e e n la n o v e la in
fo rm a b a n a c e rc a d el p a sa d o d e los h é ro e s p rin c ip a le s, así c o m o los
c o p io so s in fo rm e s p o lic ia les (o d e c ró n ic a s p o lic ia le s) q u e c o n fe ría n
esa d im e n sió n sin g u la r al m a te ria l o rig in a l.
. In c lu so p a rtie n d o d e l tip o d e uso q u e in s ta u ró la n o v ela n e g ra , la
voz o ff te rm in ó c a rg a n d o c o n la re s p o n s a b ilid a d d e u b ic a r la n a r r a
c ió n e n la in te rio rid a d su b jetiv a d e l p e rs o n a je , se g ú n la le c c ió n a p re n
d id a p o r R idley S c o tt al p e n s a r la tra n sp o sic ió n d e l te x to d e P h ilip K.
D ick, ¿Sueñan los androides con ovejas eléctricas?, q u e d eriv ó en Blade
Runner. O en ese u so lib re d e l re c u rs o a m a n o s d e W im W e n d e rs e n
L as alas del deseo.
P e ro si, c o m o u s u a lm e n te se d ice , la voz o ff e stab lec e ú n a d ista n c ia
e n tr e el re la to c in e m a to g rá fic o y u n e s p e c ta d o r q u e ve s ie m p re u n fil
m e c o m o si o c u rr ie ra e n tie m p o p re s e n te ( a u n q u e o c u rr a e n el, pasa
d o ), .tam b ién es c ie rto q u e h a y o c asio n e s e n q u e los cin e a sta s b u sc a n
r e c u p e r a r esa “o tr a voz” a je n a a los p e rso n a je s. Se tra ta d e u n in te n to
de lite ra lid a d , d e .que ese e s p e s o r d e la p a la b ra e m u le en el film e el
e f e c t o q u e p r o d u j o en el lecto r. E sa f u e la o p c ió n q u e e lig ie ro n el d i
re c to r M a rtin S co rscsc y su c o g u io n ista Jay C ocks c u a n d o d e c id ie ro n
tr a n s p o n e r L a edad de la inocencia, la n o v ela d e E d ith W h a rto n co n v e r
tid a e n el film e d e títu lo a n á lo g o .
L a voz o ff d e u n a n a r r a d o r a invisible -¿ d e la au to ra?, ;d e la c o n c ie n
cia d e u n a N u ev a York fin ise c u la r? - fu e u n a rd id sagaz p a ra d a r c u e n ta
d e lo q u e c o m p o n ía el m a p a cié s itu a c ió n d e lo s p e rs o n a je s , q u e
in fo rm a b a so b re la vida c o tid ia n a , los usos y las c o stu m b re s y los ru m o
res d e la c iu d ad , y fu n c io n a b a ta m b ié n corno u n n a rr a d o r o m n iv id e n te ,
o c o m o u n sím il d e l c o ro q u e c o m e n ta b a los se n tim ie n to s d e los p e r
so n a je s. E sa clase d e voz o ff p o n ía e n d isc u sió n las c e rc a n ía s y d ista n
cias e n tr e la c o n te m p o r a n e id a d del e s p e c ta d o r y la d e l h a b ita n te d e
1870, fija n d o sus c o rr e s p o n d e n c ia s y d ife re n c ias, in tro d u c ié n d o lo en
ese m u n d o a través de u n a z o n a clel film e q u e n o te n ía fo rm a d e “p ró
lo g o lite r a rio ” tra sla d a d o b ru ta lm e n te . M ás b ie n , e sa voz o ff a b ría u n
su rc o e n el film e , u n a d im e n s ió n cuyo v alo r e ra m ás la o b se rv a c ió n y
el re g istro q u e la b e lle z a d e e s c ritu ra d e los textos.
T a m b ié n es c ie rto q u e el h e c h o d e q u e la voz o ff sea u n a h e re n c ia
lite ra ria n o s u p o n e , sie m p re , u n a re fle x ió n a n ó m a la c o m o la d e Scor-
fi2
sese c o n W h a rto n . Y al m ism o tie m p o , n o im p lica n e c e sa ria m e n te u n a
clau d icació n , en p a rtic u la r si fo rm a p a rte d e u n in te n to de lite ra rie d a d
d e la p u e s ta e n escen a, si el te x to v e rb al o s o n o ro se fu n d e e n u n tra
ta m ie n to d e la im a g e n q u e se o rie n ta e n a n á lo g a d ire c c ió n , c o m o
o c u rr e c o n cie rto s film es d irig id o s y escrito s (a u n q u e n o b asad o s en
no v elas p r o p ia s ) p o r M a r g u e rite D u ra s, c o m o e n el c o rto m e tra je
Césaree, o e n Le N avire N ight o India Song, e n los q u e p a re c ie ra q u e la
im a g e n ile g a p a ra aju starse al tempo d e la p a la b ra p ro n u n c ia d a , com o
si la c a d e n c ia d el tex to o ff q u e se oye fu e ra la q u e h a c e flu ir-e sfo rz a d a ,
tr a b a jo s a m e n te - las im á g e n e s.
A lgo sim ila r p e ro d ife re n te o c u rre c u a n d o el d ir e c to r h a e leg id o
u n a voz o ff q u e n o esta b a en el tex to p rim ig e n io , c u a n d o la ag reg a
c o m o u n s o p o r te q u e n o fu n c io n a p a ra reso lv er d ilem a s ca rac terísti
cos - l a voz o ff c o m o u n m o d o d e re m a rc a r q u e se c u e n ta ese re la to
c in e m a to g rá fic o e n p r im e r a p e rs o n a -, c o m o h a c e T e rre n c e M allick
e n La delgada línea roja. E n e sta p elícu la; M allick n o sólo a g re g a u n a
voz o ff q u e la n o v e la d e J a m e s jo n e s ja m á s in c lu ía , sino q u e d e sc u b re
q u e el e m p le o d e u n a voz o ffm x ú tiple, q u e m a rc a la p re s e n c ia o exis
te n c ia de div erso s n a rr a d o re s , es u n a o p c ió n p o sib le d§ tran sp o sic ió n
s u g e rid a p o r Ja p ro p ia c o n c e p c ió n d e la novela. Es d ecir: la id e a de
q u e esas voces se p re s e n ta n c o m o a n ó n im a s e n u n esp a c io y fo rm a n
p a rte d e los s o n id o s q u e se h a n g ra b a d o en ese lugar.
N o es in f re c u e n te , p o r o tr a p a rte , q u e se la e m p le e b u sc a n d o u n
e fecto d e p ró lo g o - e n el s e n tid o lite ra rio d e la p a la b r a -, c o m o si se
tra ta ra de u n a v ersió n d e l n a r r a d o r invisible d e las fáb u las in fan tiles.
A d ife re n c ia d el e fecto q u e p ro d u c ía la voz o ff en el caso c ita d o de
S corsese, en el d el film e E l dependiente el re a liz a d o r L e o n a rd o Favio
o p ta b a p o r c o m e n z a r su re la to e x tra p o la n d o lite ra lm e n te u n p á rra fo
q u e in ic ia b a el c u e n to h o m ó n im o d e Jo rg e Z u h a ir Ju ry : “L os lím ites
d e sus a m b ic io n e s y m e ta s los m a rc a b a el re c tá n g u lo d e la p ieza q u e
h a c ía d e n e g o c io . E n tre las cacero las, tenazas, a ra d o s y p a ja re ra s h a
b ía n p a sa d o p a tr ó n y e m p le a d o y tr e in ta y cin co a ñ o s de ag u arrá s,
to rn illo s y d a r el v u e lto ".26
P e ro p o r tra ta rse d el c o ra z ó n d e la tra n sp o sició n c in e m ato g rá fic a,
quizás Senso sea - j u n t o a fu le s y Jim , de Frampois T r u f f a u t- u n o d e los
casos m ás e x tr a o rd in a rio s e n el u so d e la voz o ff c o m o c o m p le m e n to
d ra m á tic o , n a rra tiv o y so n o ro . E n esta p e líc u la, L u c h in o V isco n ti tras
la d ó u n c u e n to d e a p e n a s tr e in ta p á g in a s escrito p o r C am illo Boit.o:
Senso -d e l cuaderno secreto de la condesa L ivia -, P a ra esa ta re a se u n ió a
26. Jury. Jo rg e Zuhair: “El d ep en d ien te”, en Jury, 1969, pág. 55.
la n o ta b le S uso C e c c h i D ’A m ic o y su m ó la c o la b o r a c ió n d e C ario
A lia n e llo , Giorg.io Pr.osperi y n a d a m e n o s q u e la d el e sc rito r G io rg io
B assani. S on d iv erso s los asp e c to s q u e je r a r q u iz a n la clase d e tra n sp o
sició n re a liz a d a p o r V isco n ü , si b ie n p a re c e casi u n ac to d e tra n sp a
re n te v isibilidad q u e e n el c u e n to la p a re ja se c o n o z c a e n u n b a ln e a rio
d e R im a v en el fílm e lo h a g a n e n u n teatro de ó p era. E n tre los aspectos
q u e je r a rq u iz a n la tra n sp o sic ió n n o d e b ie r a n esta r a u se n te s la in c lu
sió n d e la ó p e r a c o m o c o n c e p to esp a c ia l y so n o ro , o la s o r p re n d e n te
sim ilitu d p a ra tra b a ja r d e u n m o d o a rtificial ta n to los in te rio re s c o m o
los e x te rio re s, o u n u so a g o b ia n te y c o n tin u o d e la m ú sic a d e ó p e ra
q u e n o sólo fu n c io n a c o m o p ro lo n g a c ió n s o n o ra d e los se n tim ie n to s
d e la c o n d e s a L ivia (Afiela Valli) p o r el te n ie n te e x tr a n je r o F ra n z
(F arley G ra n g e r) sin o c o m o relev o s o n o ro d e la la voz offy, fin a lm e n
te, la c o n s tru c c ió n d e u n p u n to d e vista su b jetiv o d a d o p o r la voz o ff
d e ella, p e ro q u e la c á m a ra n u n c a d u p lic a v isu a lm e n te , al n o in c lu ir
en casi n in g u n a e s c e n a u n p rim e r p la n o d e l ro s tro d e e lla ni d e a q u e
llos a q u ie n e s o b se rv a . P re c isa m e n te , lo q u e n o s o c u p a es el u so d e la
voz off.
H a b ía e n el m a te ria l lite r a rio o rig in a l u n re la to n a r r a d o e n fo r
m a d e d ia r io p riv a d o d e la p r o t a g o n is t a Livia; p o r lo ta n to , q u e
V isc o n ti o p ta r a p o r e m p le a r u n a voz o ff d e ella n o es ú n a so rp re sa .
Sí lo es la m a n e r a s in g u la r e n q u e in s e rta esa voz o ff e n re la c ió n c o n
los o tro s m a te ria le s d e su p e líc u la . Si to m a m o s el p a sa je e n q u e Livia
sig u e p o r la rg a s calles d e s ie rta s a F ra n z (e n el c u e n to , R e m ig io ), ve
m o s q u e e n n in g ú n m o m e n to la o ím o s clecir te x to s q u e r e p r o d u z
ca n m o n ó lo g o s in te rio re s , sin o sólo fra g m e n to s esq u iv o s y u b ic u o s
d e su p e n s a m ie n to , c o m o c u a n d o d ice “C a m in a m o s m u c h o . Ju n to s.
P o r calles vacías. Ya n o te n ía m ie d o . N o e x istía el tie m p o ”. P e ro estas
cin co frases, d e u n a b re v e d a d im p o sib le d e red u cir, se s u c e d e n d u ra n te
casi tres m in u to s d e n a rr a c ió n , so n p re s e n ta d a s d e m o d o e sc a lo n a d o
p o r a lg ú n d iá lo g o ta m b ié n e p ig ra m á tic o c o n su e n a m o r a d o , aisladas
d e to d a c o n tin u id a d ex plicativa, in u n d a d a s o a lte rn a d a s p o r la m ú sic a
q u e in g re sa o se fu g a d e la b a n d a so n o ra , a c o m p a ñ a d a p o r varios fu n
d id o s e n c a d e n a d o s q u e h a c e n falsas elipsis te m p o ra le s.
E sta d e s c r ip c ió n d e los p r o c e d im ie n to s e m p le a d o s p o r V isc o n ti
g rá fic a u n tip o d e tra b a jo s o b re la voz o ff q u e p u d o e je m p lific a rse
c o n o tro s p asajes, c o m o c u a n d o u n e el te x to d e la c a rta d e F ra n z c o n
el viaje e n c a r r e ta y su p r o p ia voz. El d e ta lle d e esto s p r o c e d im ie n
tos tie n e p o r o b je to d e m o le r p o r re d u c c io n is ta la id e a d e .q u e to d a
voz o ff es u n s ín to m a d e a b u lia o d e a u s e n c ia d e p ro b le m a tiz a c ió n
re s p e c to d e l a c to d e tr a n s p o n e r u n re la to lite ra rio al fo r m a to c in e
m a to g rá fic o .
d) E l monólogo interior y los. discursos sobre el pensam iento
Joyc'c n o s d a el 'd r a m a d e n tr o d e la c o n c ie n c ia d e S te p h e n . L a
p e líc u la “U lysses” p u e d e m o s tr a r el e n c u e n t r o e n tr e S te p h e n y su h e r
m a n a c u a n d o e lla está c o m p r a n d o el m a n u a lc ito d e a p r e n d iz a je d e
fra n c é s , p e r o falta lo p r in c ip a l, lo q u e h a c e q u é n o s in te r e s e m o s p o r
esa e s c e n a e n la n o v e la : el r e m o r d im ie n to d e la c o n c ie n c ia .28
cí;
L o q u e K ael p u n tu a liz a c o m o p ro b le m a d é la tra n sp o sic ió n del
tex to d e Jo y ce es e n v e rd a d m e n o s u n ju ic io q u e u n a in te rro g a c ió n
so b re los m o d o s /.d ific u lta d e s d el cin e p a ra d esp lazarse h a c ia el in te
rio r de los p e rso n a je s. C o n o tras p alab ras, p la n te a u n a id e a sim ilar a
la de E d w ard M urray, c u a n d o a firm a q u e el c in e fu n c io n a e x tra y e n d o
el p e n s a m ie n to d e la im a g e n , m ie n tra s la lite ra tu ra lo g ra e x tra e r la
im ag en d el p e n s a m ie n to .
L a re fle x ió n so b re las eq u iv a le n cia s p a re c ie ra a p o rta r m ás c e rte
zas c u a n d o se tra ta d e c ie rta clase d e p ro ceso s m e n ta le s, co m o el r e
c u e rd o o el s u e ñ o , f r e n te a los c u ále s el cin e p a re c e h a b e r h a lla d o
resp u estas satisfacto rias, in c lu so o p e ra n d o p o r c o rte d ire c to d e m o n
taje, sin r e c u r r ir a c ie rto s efec to s c o m o la disolvencia, la im a g en q u e
fla m e a o el c a m b io d e luz o te x tu ra c ro m ática. E n este s e n tid o , el caso
de la tra n sp o sic ió n d e l re la to L as cosas de la vida, d e P a u l G u im a rd y
d irig id o p o r C la u d e S a u te t, a d q u ie re u n a sig n ificació n p a rtic u la r en
ta n to está c o n c e b id a de m o d o casi ab so lu to a p a rtir de im ág en es m e n
tales d e l p ro ta g o n is ta n a rra d o r. E n la novela, el p e rso n a je se d e c ía a
sí m ism o: “H ay q u e p o n e r e n o rd e n estas ideas confusas e in co n ex a s".29
Y de eso se trata, p re c is a m e n te , la v ersión q u e h ic je ro n el p ro p io a u
tor, m ás el d ir e c to r y el d ialo g riista Je a n -L o u p D ab ad ie.
E l film e re s p e tó el c o n c e p to d e o rg a n iz ac ió n d el texto , con u n a
n a rr a c ió n q u e s ie m p re va h a c ia atrás y tie n e a p e n a s u n a m ín im a y
decisiva se c u e n c ia en tie m p o p re s e n te - e l a c c id e n te d e a u to d o n d e
P ie rre q u e d a en e sta d o d e c o m a - y lu e g o n u e v e d éc im a s p a rte s de
flashbacksp u ro s y so b re p u e sto s , con el a ñ a d id o d e m o n ó lo g o s in te rio
res d el m o r ib u n d o . P e ro , ¿de q u é m o d o z a n ja ro n los p ro b le m a s d e la
in te rio rid a d m e n ta l d el p e rs o n a je ? La re s p u e s ta co n sistió e n ev itar
to d o lo p o sib le q u e P ie rre (M ich el’Piccoli) h a b le en los se g m e n to s
m e n ta le s, e n g ra d u a r la in fo rm a c ió n d e ios flashbacks p a ra p o te n c ia r
la in trig a so b re el d e se n la c e , e n tra b a ja r sus a so c iac io n es m en ta le s
m e d ia n te e le m e n to s v isu a lm e n te afines - u n a flo r ro ja en la z a c o n el
re c u e r d o d e su m u jer, q u e tie n e u n vestid o d e l m ism o c o lo r - y e n re
d u c ir a su ín fim a e x p re s ió n los m o n ó lo g o s in te rio re s d e l p ro ta g o n is
ta, re se rv á n d o se su u tilizació n p a ra el ep ílo g o , c u a n d o el co n o cim ien to
e m p á tic o q u e de él tie n e el e sp e c ta d o r n o p u e d e se r in te rfe rid o p o r
n in g ú n m otivo.
Si b ie n to m o u n caso lím ite , p o r su e m p le o siste m á tic o y e x tre
m o de cie rto s p ro c e d im ie n to s , sirve c o m o m o d e lo p a ra e n te n d e r q u e
n o es e n la m a n ip u la c ió n m e c á n ic a d e los re c u rso s d o n d e se ilum i-
29. G uim ard, Paul: Las cosas de la vida, M adrid, Rodas, 1973, pág. 82.
a m b ie n te - m e ta f o riz a d a , in c lu so , p o r su e n fe r m e d a d y la p e ste q u e
.a v a n z a - o tra s veces es lo g ra d a , m e d ia n te p a n o rá m ic a s , c o m o b u s c a n
d o q u e el e s p e c ta d o r se aso cie c ó n esa v o lu n ta d d e d e s c u b r im ie n to
q u e a n im a al p e rs o n a je , a través d e u n a m ira d a e rr á tic a - e n el co
m e d o r d e l h o te l, e n la p la y a - q u e se c o n stru y e a p a r tir d e falsas o
a m b ig u a s to m a s su b jetiv as. S in te n e r u n a o m n ip re s e n c ia fatig o sa, ei
uso. d e l flashback s o n o ro va e n d ire c c ió n a n á lo g a , in s ta lá n d o n o s e n
la s u b je tiv id a d d e l c o m p o s ito r p a r a p o d e r re e n v ia rn o s a u n a e sc e n a
p a s a d a y r e c o r d a d a p o r él. O tra s veces, e n c a m b io , V isc o n ti tro p ie z a
c o n los lím ite s q u e im p o n e el m ism o m e d io , c o m o al d e c id ir el u so
. r e ite r a d o d e l zoo-m c o m o in e q u ív o c o re c u r s o p a r a d e f in ir las s u b je
tivas d e su a g o n iz a n te , o e n la d e b ilid a d d e los flashbacks d e im á g e
n e s q u e a c u c ia n al p e r s o n a je y p a r e c e n n o te n e r m á s f u n c ió n q u e
c o m u n ic a rle d a to s al e s p e c ta d o r, a u n q u e la tr a n s p o s ic ió n a g re g a
ra a u n a m ig o d e V on A s c h e n b a c h q u e o fic ia d e in t e r l o c u to r d e sus
re fle x io n e s .
31. Para un enfoque más detallado teóricam ente, véanse Peña-Ardid, Carmen: "C
y novela. P arám etros de u n a confrontación", en Peña-Ardid, 1996, págs. 143-154;
Gaudreauic, A. y jost, F.: “El p unto de vista", en G audreault yjost, 1995, págs. 137-153.
Jake La M otta (derecha) en el combate por el título mundial
de los pesos medianos que le ganó al -hasta ese m o m en to -
cam péon Marcel Cerdan.
32. Rebellu, Stephen: “Alfred Hitchcock goes Psycho", American Film, 15, n- 7, abril
de 1990.
H i t c h c o c k , m o ti v ó a l g u n a s d e c i s i o n e s r e l e v a n t e s p a r a t e j e r u n a m a y o r
a m b i g ü e d a d s e x u a l e n la t r a m a ; p o r e j e m p l o , h i c i e r o n r u b i a a la m o
r e n a M a r i ó n G r a n e , y, lo m á s d e s t a c a d o , q u i t a r o n d e l d e s d o b l a d o
N o r m a n B a t e s t o d o s los a p u n t e s a r q u e t í p i c o s c o n q u e lo d e f i n í a
R o b e r t B l o c h e n el t e x t o . N o r m a n d e j ó d e s e r u n o b e s o calvo y c u a
r e n tó n , y ta n c u lto y a u t o c o n s c ie n t e c o m o p a r a e s tu d ia r cu lto s
i n c a i c o s o c o m p a r a r su ríela c o n M acbeth. P a r a H i t c h c o c k y S t e f a n o
fue u n m u c h a c h o de p o c o m ás d e tre in ta años, d e lg a d o , a m a n te de
la t a x i d e r m i a .
Sin e m b a r g o , el eje c r u c i a l d e la t r a n s p o s i c i ó n c o n s i s t ió e n u n c a m
b i o r e s p e c t o d e la f o c a l iz a c i ó n , ya q u e H i t c h c o c k d e c í a q u e B l o c h e n
g a ñ a b a al le c to r, d á n d o l e v i d a r e a l o e x i s t e n c i a m a t e r i a l , e n la n o v e la ,
al c a d á v e r d i s e c a d o . L a “l e c t u r a ” d e H i t c h c o c k e r a a c e r t a d a , p o r q u e
e n el t e x t o d e B l o c h los d o s p e r s o n a j e s ( m a d r e e h i jo ) d i a l o g a b a n , as
p e c t o a c e n t u a d o p o r los d o s t i p o s d e l e t r a q u e el e s c r i t o r a s i g n a b a
s e g ú n h a b l a r a u n o u o t r o , sin q u e h u b i e r a p i s t a a l g u n a p a r a i n f e r i r
q u e esos d i á l o g o s e r a n f r u t o d e la p u r a s u b j e t i v i d a d d e N o r m a n . B l o c h
p a s a b a d e u n n a r r a d o r a o t r o , p l a n t e a n d o estos n a r r a d o r e s c o m o p e r
s o n a j e s c o n e x is t e n c i a s s e p a r a d a s , lo c u al n o e r a c ie r to . Es m á s q u e
p e r t i n e n t e d e c i r a q u í , p o r e j e m p l o , q u e e n la n o v e l a E l exorcista, el es
c r i t o r W il l ia m P e t e r B latty t a m b i é n t e n í a e n t r e m a n o s u n p e r s o n a j e
d e s d o b l a d o - l a p o s e s a R e g a n - , y u s ó el m i s m o r e c u r s o d e l t ip o d e le
tra c u rsiv a p a r a los p a s a je s e n q u e h a b l a b a el d e m o n i o , a u n q u e s i e m
p r e es c la r o e n el t e x t o q u e se t r a t a s o l a m e n t e d e u n p e r s o n a j e q u e
o c u p a el c u e r p o d e R e g a n y n u n c a se d e s p r e n d e d e la l e c t u r a q u e se
trata d e dos p e r s o n a je s c o n e n ti d a d y m a te ria lid a d co n cre ta s.
V o lv ie n d o a Psicosis, es c r u c i a l e n t e n d e r q u e las d e c i s i o n e s q u e t o m ó
H i t c h c o c k e s t u v i e r o n r e l a c i o n a d a s c o n la u t i l i z a c i ó n d e las h e r r a m i e n
tas p r o p i a s d e l e m e . N u n c a m o s t r a b a a m a m á B a te s, si e n t e n d e m o s
q u e p a r a los c ó d i g o s de ! e s p e c t a d o r c i n e m a t o g r á f i c o m o s t r a r u n p e r
s o n a j e es v e r s u r o s t r o . L o q u e h i z o H i t c h c o c k f u e , m á s b i e n , c e ñ i r s e a
lo q u e p o d r í a m o s d e f i n i r c o m o p l a n o s su b je tiv o s ele “m a m á / N o r m a n " ,
es decir, se ve s ó lo el r o s t r o d e l p e r s o n a j e q u e l a / l o s m i r a b a , c o m o
M a r i ó n e n la e s c e n a d e la d u c h a , o el d e t e c t i v e A r b o g a s t e n la e s c a l e
ra. O t r o r e c u r s o f u e u b i c a r la c á m a r a d e tal m o d o - a c i e r t a a lt u r a , e n
c i e r t a p o s i c i ó n - q u e n o p e r m i t i e r a v e r el r o s t r o d e m a m á B a te s, c o m o
al i n ic i o d e la e s c e n a d e la e s c a l e r a , c o n ese c o n t r a p i c a d o d e s d e a r r i
b a d e l m a r c o d e la p u e r t a p o r d o n d e e lla sale. E n o t r o s casos, la p u e s
ta e n e s c e n a j u s t i f i c a los r e c u r s o s n a r r a t i v o s , c o m o e n la e s c e n a de l
s ó t a n o , c u a n d o se r e v e l a la v e r d a d e r a i d e n t i d a d d e m a m á B a te s, e n
t a n t o L ila G r a n e b a ja y g o l p e a d e u n m a n o t a z o la l á m p a r a .
Dos m o m e n t o s e n la f i l mac i ón de Psicosis, de Al f r ed H i t c h c o c
L a c u e stió n d e las e q u iv a le n c ia s d e p ro c e d im ie n to s sie m p re fu e
u n a o b se sió n d e d ire c to re s y g u io n ista s tra n sp o sito re s, y a u n q u e p u e
d e d iscu tirse c o m o c o n c e p c ió n in e lu d ib le del acto d e tra n sp o n e r, tam
b ié n es c ie rto q u e el te m a d e las e q u iv a le n c ia s p o n e e n m a r c h a la
p re g u n ta a c e rc a d e c ó m o re s p e ta r esos m a te ria le s q u e f u n c io n a b a n
tan p e rf e c ta m e n te e n el te x to o rig in a l, e n b u sc a d e u n a q u im e ra evi
d e n te : q u e el film e p ro d u z c a e n el e s p e c ta d o r el m ism o e fecto o im
p a c to q u e p ro d u jo el tex to lite ra rio en el d irec to r.
P o r lo tan to , la v o lu n ta d con siste e n h a lla r re cu rso s an álo g o s o b ie n
aq u ello s q u e se in tu y e q u e p ro v o c a rá n efecto s sim ilares. Y a h í es d o n d e
e m p ie z a n los p ro b le m a s, d o n d e esa z o n a d e g u e rra , o p o r lo m e n o s de
litigio, q u e es el p aso d e la lite ra tu ra al cine, dev ien e te rrito rio atercio
p e la d o , terso y las m ás d e f a s veces sim p lificad o . Es decir: c u a n d o n o se
p ie n sa e n la p ro p ia m a te ria lid a d del cin e o en su len g u aje, sin o e n el
re sp e to p o r m a n te n e r a q u e llo q u e se d u jo e n la le c tu ra d el libro. P ero
la c u estió n d el re s p e to o la fild e lid a d al texto, ya. es otro. tem a.
76
3. Los modelos de transposición:
de la adecuación al camouflage
¿Q u é es la tra n sp o sic ió n ?
77
c io n e s al c in e v e m o s la n o v e la c o m o e n u n s u e ñ o .1 El p u n to e n c u es
tió n és q u e ñ o se tr a ta d e q u e to d o e sté e n ese tie m p o o rig in a ] d el
lib ro -y a q u e to d o te x to s u p o n e a lg ú n te x to a n te r io r - , sin o m ás b ie n
de s itu a rn o s e n el tip o p a r tic u la r d e a c to q u e es la tr a n s p o s ic ió n .
Cómo olvidar recordando q u ie r e d e c ir q u e ese o rig e n n o p u e d e eli
m in a rse c o m o si ja m á s h u b ie r a ex istid o , p e ro q u e ta m p o c o p u e d e es
ta r to ta lm e n te p re s e n te p o r q u e eso o rilla ría el p e lig ro d e a n u la r la
v o lu n ta d m ism a d e la tra n sp o sic ió n . P o r d e fin ic ió n , el te x to lite ra rio
■to m a d o p a ra h a c e r c o n él u n film e es d e fo r m a d o o a lte ra d o al ser
tra n sp u e sto a o tro có d ig o y o tro le n g u a je difuso, a u n q u e haya q u e d a
d o e n te r r a d o b a jo m ú ltip le s cap as d e tie rra , d e p o s ita d o e n el fo n d o
c o m o u n s e d im e n to ,-c o m o u n re s to o p r u e b a d e lo q u e fu e m ás q u e
d e lo-q u e p u d o h a b e r sido.
D e allí la e q u iv o c a c ió n d e q u ie n e s se o b s tín a n e n c re e r q u e lo m ás
re le v a n te es el re s p e to al te x to p rim e ro , ya q u e ese vestigio q u e p e rsis
te e n el film e n o es la o b ra lite ra ria - q u e sigue sie n d o igual, la m is
m a - sin o lo q u e ese film e h izo c o n ella, a lo q u e la re d u jo , el lu g a r
q u e le c o n firió , la .clase d e le c tu ra q u e hizo d e ella. L o q u e q u e d ó n o
es la o b ra lite ra ria sin o el m o d o e n q u e el d ire c to r, los g u io n ista s y los
a c to re s le y e ro n o in te r p r e ta r o n ese m a te ria l p a ra c o n s tru ir a p a rtir d e
él u n a p e líc u la .
P ero esa d e sa p a ric ió n v iviente d e l tex to o rig in al, im p lícita e n u n a
tra n sp o sic ió n , in d ic a q u e d e a lg ú n m o d o está, q u e a q u é l sigue ex is
tie n d o a u n q u e se a visto c o m o a través d e u n v id rio e m p a ñ a d o . P o r eso
es q u e to d a tra n sp o sic ió n es u n a v ersió n , n a d a m ás q u e u n a v ersió n
q u e , e n to d o caso, p u e d e in s c rib ir su n o m b re e n le tra s m ay ú scu las si
el o b je to lite ra rio al q u e se a fe r ra g o za d e p re stig io artístic o . O b ie n ,
p u e d e tra ta rse d e u n o b je to lite ra rio q u e el film e p r o c u r a r á o lv id a r o
m in im izar, si la fu e n te d e o rig e n ca re c e d e tal p re s tig io a rtístic o . Y
e n tr e a m b o s e x tre m o s, p o r su p u e s to , se a b re u n a in c a lc u la b le v a rie
d a d d e g ra d o s e n u n a u o tra d ire c c ió n .
Al m ism o tie m p o , la c o n c ie n c ia d e q u e u n a tra n sp o sic ió n sólo es
u n a v ersió n d e ta n ta s im a g in a b le s d e ja e n ev id e n c ia su c o n d ic ió n p ro
visoria, d e e le c c ió n p o sib le p e ro p a rc ia l, q u e p o d rá o n o se r re fu ta d a ,
c o m p le ta d a , ig n o r a d a p o r o tra s tra n sp o sic io n e s q u e é l'f u tu ro q uizás
a p o rte p a ra c o n fro n ta rla ; la h is to ria de! c in e es p ró d ig a e n estos casos
o v e rsio n e s m ú ltip le s. N o h ay m a n e r a d e co n v a lid ar q u e u n a tran sp o -
l. La idea de Judith Mayne fue extraída de su artículo sobre “Nosferatu", incluido por
Eric Rentschier (ed.) en CkmmnFüm and Literalicre: Ailaptalions and Transformalions, Nueva
York-Londres, M ethuen, 1986.
7S
sición se a u to p ro c la m e co m o le c tu ra d efin itiv a o ú n ic a , p o rq u e eso
e q u iv a ld ría a p e n s a r q u e la in te rp re ta c ió n -y to d a tra n sp o sic ió n in
d e fe c tib le m e n te lo e s - p u e d e lo g r a r q u e se c la u s u re el s e n tid o de
u n a o b ra , n e g a n d o to d a o tr a le c tu ra q u e p u d ie r a h a c e rs e .
Si es v e rd a d q u e to d a in te rp re ta c ió n sie m p re es in te re sa d a y frag
m en taria, ta m b ién es v erd ad q u e to d a in te rp re ta c ió n su p o n e u n a ap ro
p ia c ió n d e a q u e llo de lo q u e se in fie re n c u a lid a d e s y sen tid o s. Las
tra n sp o sicio n es so n versio n es e in te rp re ta c io n e s , es decir, m o d o s de
a p ro p ia rse d e cierto s textos literarios: d e h a cerlo s p ro p io s, c o n v ertir
los, h o n ra rlo s , m an ia ta rlo s, disolverlos.
A p ro p ia rse de los tex to s es el acto p o r el cual el c in e fija u n v ín cu
lo, q u e el e sc rito r Jo sé B ia n c o d e fin ió b rilla n te m e n te c o m o “im previ
sib le ”.
L a a p ro p ia c ió n es u n a d e las m o d a lid a d e s p o sib les d e v a m p irism o
q u e los cineastas e fe c tú a n so b re las o b ra s literarias. P e ro a p ro p ia rse
d e ellas p u e d e te n e r im p lic a c io n e s diversas, p o r lo q u e n o sie m p re
d e b e o c u rr ir lo q u e a.1 p e rs o n a je d e H e n ry ja m e s en L a próxima vez. va
q u e n o se tra ta de la vocació n d e stru ctiv a d el a rtista m e d io c re obsti
n a d o e n c o r r o m p e r al a rtista singular. N o es q u e la a p ro p ia c ió n ten g a
c o m o c o rre la to la a n u la c ió n , sino q u e sólo im p lica clases d e víncu lo s
e n tre dos disciplinas.' :
D e allí, e n to n c e s, q u e la d iscu sió n n o d e b ie ra g ira r en to m o d e la
p ro x im id a d d el film e al tex to fu n d a n te . La id ea d e “fid elid ad ", p re
te n d e salir al c ru c e y n e g a r la id ea de “a p ro p ia c ió n ”, c o n v irtié n d o se
e n p o lic ía se c re ta d e las tra n sp o sic io n e s, al a rro g a rse el d e re c h o d e
c u sto d ia r el o rig e n . P ero ese o rig e n se le re c la m a a los film es, v n o a
los textos e n q u e se b asan o in sp iran . ¿Q ué q u e re m o s decir? Q u e siem
p re p u e d e p la n te a rs e - c o m o b ie n e x p lica G é ra rd G e n e tte --’ a lg ú n a n
te c e d e n te o filiació n d e c u a lq u ie r o b ra, sea o n o lite ra ria . Y a q u í es
c o m ú n q u e se d isp a re u n a d iscu sió n su m a m e n te in te re sa n te : c u a n d o
se in te n ta e n tro n iz a r a u n a rtista c o m o alg u ien q u e e x p lo ra novedosas
p o te n c ia lid a d e s e n el le n g u a je d e su a rte esp ecífico (sea cual fu ere i,
de in m e d ia to a p a re c e n q u ie n e s b uscan v su e le n e n c o n tr a r sus p re c u r
sores, tra ta n d o d e d e m o s tra r q u e esas p re s u n ta s n o v e d a d e s ya h a b ían
sido p ro b a d a s a n te s p o r o tro s artistas. P o r ser vasta m e n te c o n o c id o n o
d eja de se r fa sc in a n te el ensayo “K afka y sus p re c u rso re s" , d o n d e j o r
ge L uis B o rg es re b a tía p o r falaz esta ú ltim a e strate g ia, e x p lic a n d o q u e
“A h o ra te n d r é q u e im p o n e r a La Odisea e 1 c o n sa b id o e stra g o d e
las a d a p ta c io n e s ”,4 p ie n s a R icc a rd o M o lte n i e n u n o d e los c u a n tio so s
m o n ó lo g o s in te rio re s q u e d e sp lie g a E l despreáo, la n o v e la d e A lb e rto
M oravia. Es u n b u e n p u n to d e p a rtid a p a ra p la n te a r q u e m ás q u e u n o
en tre, ta n to s o tro s casos d e tra n sp o sic ió n , E l desprecio es u n a sum m a d e
to d a s las d isc u sio n es y to d o s los lu g a re s c o m u n e s , d e to d o s los c o n
flicto s y to d o s los re s u lta d o s q u e s u p o n e la tra n s p o s ic ió n c o m o r e
flex ió n te ó ric a y c o m o p ro b le m a práctico . Y h a s ta s e p o d ría ir m ás lejos
y d e c ir q u e es u n o d e los m o d e lo s m ás sin g u la re s -s in o el ú n ic o - ca
p az d e c o n te n e rlo to d o y d e h a c e r q u e la fric c ió n d e los d iscu rso s d e
la lite ra tu ra y el cin e fo r m e n p a r te d e las p ro p ia s n a rra tiv a s, ta n to d e
la n o v e la escrita p o r A lb e rto M oravia c o rn o d el film e d irig id o p o r je a n -
I.u c G o d á rd .
E n la v e rsió n d e M oravia, E l desprecio es u n re la to re tro sp e c tiv o ,
d o n d e u n e sc rito r d e v e n id o g u io n ista , M o lte n i, se e rig e e n n a r r a d o r
e n p rim e ra p e rs o n a r e m e m o r a n d o ei a m a rg o d e se n la c e d e .su p a re ja
c o n la b e lla E m ilia. L o q u e M o lte n i va d a n d o a c o n o c e r al le c to r n o es
sin o la c ró n ic a p o rm e n o riz a d a y p ro g resiv a d e ese re s q u e b ra ja m ie n to
a m o ro so , c o n c e n tra d o e n esa o scilació n e n tr e la in d o le n c ia y el re m o r
d im ie n to q u e es u n a in v a ria n te d e c ie rta z o n a d e la vasta p ro d u c c ió n
lite ra ria d e M oravia.
P e ro m ás allá d e su te n a z c o n c e n tra c ió n e n el p u n to d e vista d e
M o lten i, d e la te la ra ñ a m e n ta l d e la cual n o s h a c e p a rtíc ip e s, la n o v e
la se v e rte b ra e n fu n c ió n d e u n triá n g u lo y u n esp ejo . R ic c a rd o , E m i
lia y el b ru ta ! p ro d u c to r ita lia n o Bar.tista c o n fo r m a n u n triá n g u lo q u e
fu n c io n a e s p e c u la rm e n te so b re la h is to ria d e los p e rs o n a je s d e L a Od.i~
3. Borges, Jorge Luis: “Kafka y .sus precursores", en Obras completas, t. II, 1952-1972,
buenos Aires, Emecé, 1995.
4. Moravia, Alberto: El despreáo, Buenos Aires, Losada, 1956, pág. 84.
80
sea, cuya versió n e stá r o d a n d o el v e te ra n o c in ea sta a le m á n R h e in g o ld
b ajo las ó rd e n e s d e sp ó tic a s d e B attista.
G o d a rd a se g u ra q u e E l desprecio fu e su film e so b re el clasicism o5 v
q u e in c o r p o r ó a F ritz L a n g c o m o p e rs o n a je en el ro l d el d ire c to r a le
m á n p o r q u e lo a d m ira b a , a u n q u e M oravia h a b ía d e sc rip to al p e rs o
naje e n n a d a p a re c id o a L a n g si b ie n el p e rs o n a je h a b ía h e c h o film es
m o n u m e n ta le s e n la A le m a n ia p re-n azi. E sa es la ra z ó n p o r la q u e
G oclard d ijo q u e r e r c o n s e rv a r la id e a d el c in e a sta a le m á n , pese a q u e
a n te s y d e s p u é s e m p le ó re a liz a d o re s c o m o p e rs o n a je s e p isó d ic o s,
c o m o h izo co n Je a n -P ie rre M elville e n Si?i aliento y c o n S am u el F u ller
e n Pierrot, el loco. S e r fiel a la n o v ela, p a ra G odard., c o n sistía e n esa
d e c isió n , q u e lo h izo o p ta r p o r su stitu ir los n o m b re s y las n a c io n a lid a
des d e Jos acto res: R ic c a rd o M o lte n i pasó a ser P a u lJa v a l, E m ilia pasó
a lla m a rse C am ille , B a ttista se co n v irtió en J e r r v P ro k o s c h y, co m o
q u e d ó d ic h o , R h e in g o ld se tra n sfo rm ó en el p e rs o n a je re a l Fritz Lang.
Al m ism o tie m p o , G o d a rd ex p licó q u e su v o lu n ta d estuvo c e n tra
d a e n h a b la r so b re el c in e a n te s q u e so b re la h is to ria d e u n a p areja,
j e r a r q u i z a c i ó n e x a c t a m e n te in v e rs a a la q u e , s e g ú n él, p r io r iz ó
M oravia. E sta d is tin c ió n q u e h a c e G o d a rd e n tre la n o v ela y su p e líc u
la m e r e c e d isc u tirse n o só lo p o rq u e M oravia d e d ic a cin co p ág in a s a
d e s c rib ir la ta re a d e l g u io n ista , sino p o rq u e e x p o n e paso a p aso las
d isc u sio n e s so b re ei c in e ko'ossaly el cine n e o rre a lis ta , so b re el se n ti
d o co m e rc ia l de u n g u ió n “c ó m ic o -se n tim e n ta l”, so b re las razo n e s p o r
las q u e !os d e c o ra d o s d e C in e c ittá y C ap ri p u e d e n se rv ir p a ra el ro d a
je , so b re c ó m o d e b e le e rse u n tex to se g ú n d istin to s criterio s de tran s
p o sic ió n de L a Odisea, ta n to los d el n a r r a d o r c o m o los d e R h e in g o ld y
B a ttista , y h a s ta se p e r m ite in c lu ir la e s c u e ta sin o p sis q u e re d a c ta
M o lten i.
Es d ifícil a c o r d a r co n G o d a rd so b re las d istan cias e n tr e n o v ela y
film e si el m e rid ia n o d ife re n c ia d o r pasa p o r c u á n to se h a b la d e cin e y
c u á n to de u n a p a re ja e n ei tex to y en la p e líc u la , ya q u e eso o b lig aría
a u n a c u e stió n d e v o lú m e n e s m ás q u e de p ro c e d im ie n to s, a relev ar si
el h e c h o ele q u e v ea m o s a L an g en u n set im p lic a “h a b la r m ás de c in e ”
q u e le e r u n a p ro fu sa tra n sc rip c ió n d el sig n ificad o d e d irig ir u n film e.
A d em ás, la id e a d e q u e el c in e p a ra R iccard o -P au l es u n te rrito rio ci
v ilizado y q u e p a ra B attista-P ro k o sch es el te rrito rio de la b ru ta lid a d ,
n o o fre c e d ife re n c ia s su stan tiv as e n tr e am b o s fo rm a to s. En to d o caso,
el d ile m a q u e a n im a a M oravia y a G o d a rd es el tip o d e re la c ió n q u e
5. G odard, Jean Luc: Introduction á une véritable histoire du cinema, París, Alba tros.
1980, yJean-Luc Godard porJean-Luc Godard, Barcelona, Barral, 197).
81
p u e d e esta b le ce rse c o n el clasicism o , c o n los se n tim ie n to s y el arle
clásicos: co m o n ú c le o e s tru c tu ra l, el p ro b le m a d e la tran sp o sic ió n de
u n clásico.
¿C óm o tr a n s p o n e r u n clásico? A esta p re g u n ta , la n o v ela r e s p o n
de a través d e p e rs o n a je s q u e im a g in a n la tra n sp o sic ió n d e La Odisea
d e sd e d istin tas p ersp ectiv as, a u n q u e to d as esas p o stu ra s estén ta m iz a
das p o r el filtro ele la voz n a rra tiv a ú n ic a d e R ic c a rd o . E n u n a de las
discu sio n es iniciales, B attista se in te rro g a so b re la v iab ilid a d de u n a
p e líc u la so b re L a Odisea, y M o lte n i le p r e g u n ta si se ría so b re L a Odisea
o so b re u n e p iso d io b a sa d o en L a Odisea. L u e g o , B attista les ex p lica
(a M o lten i y a R h e in g o ld ) q u e " d e b e n tr a d u c ir la p o e sía a la p a n ta
lla ”,6 p a ra lu eg o e m p e z a r a se le c c io n a r los pasajes d e N a u s íc a a y Poli-
fe m o co m o e jem p lo s de lo q u e le in te re sa . P e ro a m e d id a q u e el relato
avanza, v em o s q u e M o lte n i c re e q u e m o d e rn iz a rlo es u n acto de p ro
fa n a c ió n , q u e R h e in g o ld e n tie n d e q u e sus sig n ificad o s d e b e n p e rm a
n e c e r o cu lto s, y q u e B attista c re e q u e d e b e n c o n se g u ir h a c e r u n film e
esp ectacu lar.
¿C ó m o tr a n s p o n e r u n clásico? E n la p e líc u la , si b ie n los p e rs o n a
j e s c o n fr o n ta n h ip ó te sis a c e rc a d e c ó m o film a r L a Odisea, es el p r o
p io G o d a rd q u ie n a su m e ese v ín c u lo c o n flic tiv o c o n el clasicism o ,
c o n v irtie n d o la m ism a p u e s ta e n e sc e n a e n te r r ito r io cié te n s ió n . N o
es casual, e n to n c e s , q u e haya in c lu id o a F ritz L an g , ni q u e los e x te
rio re s d e l e s tu d io 'e s té n re v e stid o s co n el a fic h e ele H atari, n i el tip o
d e p a r titu r a cíe G e o rg e s D e le ru e , n i los inserís d e las e sc u ltu ra s d e
M in e rv a o N e p tu n o , n i q u e film e C in e c ittá c o m o si fu e ra el n u e v o
te m p lo d e los d io ses m o d e r n o s , n i q u e to d o el film e te n g a a p e n a s
149 p la n o s, e n u n a siste m a tiz a c ió n d el p la n o se c u e n c ia in s ó lita en
u n d ir e c to r q u e h izo d e la d is c o n tin u id a d d e l m o n ta je u n a d e sus
h e rr a m ie n ta s p re fe rid a s .
¿C óm o tr a n s p o n e r u n clásico? C o n v e n ir q u e to d a tra n sp o sic ió n es
u n a p u e s ta e n re la c ió n , p e rm ite p e n s a r q u e el cin e ele G o d a rd , y E l
despreáo en p a rtic u la r, so n p e rfe c ta s ev id en c ias d e esa a firm a c ió n . L a
m e m o ria n o co m o a la m b ra d a d el p e n s a m ie n to , sin o c o m o sin ó n im o
de fe c u n d id a d . H a c e r p erv iv ir la tra d ic ió n sin c o n fin a rla a u n m u se o
d e la m o m ific a c ió n , p e ro ta m p o c o b a n a liz á n d o la , n i re d u c ié n d o la a
g esto s o efecto s c u ltu ra le s. E sta b le c e r u n a c o n tin u id a d c o n lo clásico
es el m o d o d e la m o d e r n id a d , p a re c ie ra d e c ir G o d a rd .
¿C óm o tr a n s p o n e r u n clásico? Si el Ulisesiwc. la m a n e r a q u e jo y e e
e n c o n tr ó p a ra d ia lo g a r c o n el clasicism o , El despreáo es ei Ulises de
85
p a rte p o r los g u io n ista s R o b e rt E. S h e rw o o d y jo a n H a rriso n . E x cep
tu a n d o ca m b io s p u n tu a le s y m e n o r e s - p r e s e n ta c ió n d e c ie rto s p e rs o
najes, a u se n c ia d e c ie rto s d e c o ra d o s , o situ a c io n e s q u e c a m b ia ro n d e
lu g a r -, la d e c isió n g e n e ra l, e n té rm in o s d e e s tru c tu r a y p u n to de vis
ta, fu e la im a g in a b le : co n sistió , b á sic a m e n te , e n d a r u n n o m b re a esa
■ prim era p e rs o n a a n ó n im a de la n o v e la q u e pasó a lla m a rse M rs. de
W in te r y e n m a n te n e r el fo c o n a rra tiv o . D u M au rie r, p o r e je m p lo ,
escrib ía, e n el c a p ítu lo 14: “M e h a lla b a e n el c o r r e d o r d e a q u e lla p ri
m e ra m a ñ a n a . N o h a b ía v u e lto e n to n c e s n i h a b ía s e n tid o d eseo s d e
h a c e rlo ”. O a p u n ta b a : ‘Yo p e r m a n e c í in m ó v il, e s p e ra n d o . Volví a la
re a lid a d al e sc u c h a r el tictac d e l re lo j d e p a r e d ”. O escrib ía : “El a rm a
rio e x h a la b a p o r sus p u e rta s u n a lie n to d e viejo. Lo c e rré , y volví a la
a lc o b a ”.11
Si el c e n tro d e l suspense e sta b a e n d e ja r a R e b e c a e n u n h ie r a de
c a m p o visual, el h e c h o d e q u e la m ira d a d e M rs. d e W in te r (Jo an
F o n ta in e ) re p re s e n te la in q u ie tu d d e l e s p e c ta d o r n o sólo n o d e sm ie n
te la p re m isa d e la n o v ela, sin o q u e la re fin a . Es n o to r io q u e S elznick
b u sc a b a u n a “ilu stra c ió n d el te x to ” y n o “u n film e d é H itc h c o c k ”, y al
c re e r esto - é l, q u e h izo lo im p o sib le p o r a rra s tra rlo h a sta H o lly w o o d -
p o n ía al d e s c u b ie rto q u e el c in e e ra u n a rte su b sid ia rio o m e n o r d e la
lite ra tu ra .
El caso S elzn ic k -H itch co c k tie n e la v irtu d d e e n fo c a r el p ro b le m a
cru c ia l d e q u é q u ie re d e c ir se r fiel al te x to d e o rig e n , en ta n to alter
n a tiv a m e n te se im p o n e n d o s ju ic io s a n ta g ó n ic o s, y am b o s te ñ id o s d e
u n e v id e n te sesgo n eg ativ o : o b ie n q u e se “tr a ic io n a ” al te x to , o b ie n
q u e se lo “ilu stra". L a p r e g u n ta q u e se im p o n e es: ¿cuáles y c u á n to s
d e b ie r a n se r los ca m b io s p a ra qu.e n o o c u r r a lo u n o n i lo o tro , n i u n a
“tra ic ió n ” n i u n a “ilu s tra c ió n ”? Y es in d u d a b le q u e n o hay u n a resp u e s
ta u n ív o c a q u e zan je la d isc u sió n .
.Pero m ás allá d e las o b je c io n e s te rm in o ló g ic a s, d e to d o s m o d o s,
p o d ría re c u p e r a r s e la p a la b r a “f i d e li d a d ”, a u n q u e e n te n d ié n d o la
c o m o .s in ó n im o d e re la c ió n , d e v ín c u lo e n tr é 'la le tra d e l texto y las
im á g e n e s y los so n id o s d e l film e , c o m o re m isió n a la ló g ic a q u e se
p rio riz ó e n la tra n sp o sic ió n re s p e c to d e las o p e ra c io n e s y el se n tid o
d e los re su lta d o s. E n e sta d ire c c ió n hay u n a p r im e r a p re g u n ta clave:
¿cu án to s c am b io s y d e q u é clase so n los n e c e sa rio s p a ra h a b la r d e “fi
d e lid a d ” a la o b ra lite ra ria d e o rig e n ? Es obvio q u e n o estam o s p la n
te a n d o u n a m ic ro sc o p ía d e la d e u d a c o n el tex to , lo q u e p o d ría lleg ar
a d e te r m in a r q u e se .sa n c io n e p o r “in f ie l” a Senso, p o rq u e e n el cu en -
1i . Du Maurier, Daphne: Rebeca, Barcelona, Plaza & Janés, 1974, págs. 223 y 224.
to la p ro ta g o n is ta lle g a b a a la calle San E ste b a n 147 y en el film e lo
h a c ía a S an E ste b a n 149...
E ste in te rro g a n te so b re la clase d e tra n sfo rm a c io n e s q u e p e rm i
te n ev a lu a r los crite rio s d e tra n sp o sició n im p lícito s, o fre c e in fin id a d
de casos p a ra la d iscu sió n , d e los q u e to m a re m o s sólo a lg u n o s ejem
plos p u n tu a le s . Se tra ta d e dos novelas y dos a u to re s cuyas tra n sp o
siciones se ro d a r o n casi sim u ltá n e a m e n te y q u e se le cc io n am o s p o r sus
p o é tic a s an ta g ó n ic a s. U n o de esos a u to re s (E lm o re L e o n a rd ) con v ier
te el d iá lo g o e n su in s tru m e n to decisivo y sólo n o s h a c e p a rtíc ip e s de
la in t e r i o r id a d d e lo s p e rs o n a je s e n dosis m u y m o d e ra d a s ; el o tro
(V lad im ir N ab o k o v ) p rá c tic a m e n te p re s c in d e d e l d iálo g o , y cifra su
estilo e n el tra b a jo so b re la in te rio rid a d . Esas d iv e rg en c ia s e n tr e ellos,
sin e m b a rg o , n o im p id e n q u e p u e d a p la n te a rs e u n a p re g u n ta q u e te
m e r a ria m e n te los p u e d e c o m p a rar: ¿ p o r q u é y c ó m o es p o sib le q u e
Q u e n tin T a ra n tin o , en Triple traición, a p e sa r d e h a b e r tra sto c a d o la
h e r o í n a r u b ia c o n v irtié n d o la e n n e g ra d e la n o v e la R u m Punch, de
E lm o re L e o n a rd , m a n te n g a la “fid e lid a d ” al tex to , y n o así u n film e
co m o Lolita d e A d riá n L yne, cuya voz off, e n m u c h o s m o m e n to s fue
e x tr a íd a lite ra lm e n te d e las p ág in as d el lib ro d e V la d im ir N abokov?
Se tra ta d e u n a p re g u n ta p ro v o c a d o ra , m ás allá d e la p e rtin e n c ia - q u i
zás d u d o s a - d e p o n e r e n re la c ió n a esc rito re s y cin ea stas c o n n u la s co
rre s p o n d e n c ia s , v a lo rac io n es o c e rc an ías estéticas y n arrativ as.
R u m P unch es liria n o v ela d e d e lin c u e n te s sin m ay o r im a g in a c ió n ,
p e ro co n u n a esp e cie d e v o lu n ta d de profesionalism o. % n o están aquí
las m afias d e podero so s italian o s q u e se d is p u ta n el c o n tro l d el g ra n
n e g o c io ; e n esta F lo rid a to d o es m ás p e d e stre y b an al, co n c e n tro a m e
ric a n o s in d o c u m e n ta d o s q u e o ste n ta n .a u to m ó v ile s g ig an tesco s, ro p a
y m u je re s vistosas y casas d e u n m al g u sto in d e s c rip tib le . T o d o el siste
m a d e la n o v e la co n siste e n ir a lte rn a n d o la a c c ió n e n tr e varios p e rso
n ajes c e n tra le s -J a c k íe B row n, O rd e ll y L ouis G ara, los a g e n te s M ark
y Ray, y M ax C lie rry -, q u e van te jie n d o u n a in trin c a d a tra m a d e e n g a
ñ o s y sim u la c io n e s. T o d o s b u sc a n u n n e g o c io sa lv a d o r v tra ta n de
id e a rlo , h a c e rlo y c o n c re ta rlo en so le d a d . D e tan p rag m á tic o s, su e len
p a re c e r algo e stú p id o s. T a ra n tin o n o hizo g ra n d e s tra n sfo rm a c io n e s
e n la tr a m a d e su v ersió n , Triple traición, e n la q u e los p e rso n a je s co n
se rv an el sistem a n a rra tiv o y el tip o d e d iálo g o b ru ta l y e s p ira la d o tan
p ro p io d e L e o n a rd . Sin e m b a rg o , ta m b ié n es c ie rto q u e T a ra n tin o
incluyó a lg u n o s tem as m usicales q u e n o e sc u c h a b a n los p e rso n a je s de
L e o n a rd (q u ie n e s varias veces e sc u c h a b a n m ú sica y el a u to r la d e ta
lla b a ). E llo h iz o re c r u d e c e r c ie rto h u m o r q u e n o te n ía ta n to p eso e
in tro d u jo cam b io s re le v a n te s e n dos e le m e n to s cru cia le s: la co n v er
sió n d e la r u b ia Ja c k ie e n n e g ra y la h isto ria d e a m o r d e ella co n M ax
C h erry . R e sp e c to d el ca m b io d e “c o lo r” d e ja c k ie B row n, p a re c e u n a
d e cisió n o sa d a d e T a ra n tin o , p e ro e n rig o r p o te n c ia los e le m e n to s q u e
p re e x istía n e n ei p e rso n a je . R e sp e c to d e la h is to ria d e am o r, si b ie n la.
n o v ela la d eslizab a, en la p e líc u la está d e c id id a m e n te im p lo ta d a .
E n la m ás r e c ie n te v e rsió n d e Lolita, el d ir e c to r L y n e y su g u io
n ista , el p e rio d is ta c u ltu ra l S te p h e n S c h if f - e l e g id o d e s p u é s d e d e
s e c h a r d o s v e rs io n e s p re v ia s d e H a r o ld P i n t e r y D a v id M a m e t- ,
a c o r d a r o n la p re m is a d e c o n v e rtir e n e x te r n o to d o lo q u e e n la n o
v ela d e N a b o k o v p e r te n e c ía a su m u n d o in t e r n o , co n lo q u e c o rría n
el riesg o fie p e rd e r m u c h o d e los giros a u to p a ró d ic o s, los p lieg u es de
p e rso n a je s y discursos, las voces y los reg istro s q u e e n tro n iz a ro n la n o
vela e n ei sitial d e clásico d e la m o d e rn id a d . L a su stitu c ió n d e los varios
p la n o s n a rrativ o s q u e se su c e d e n ta n to c o m o se s u p e r p o n e n , derivó en
u n a lin e a lid a d q u e se d e sp o ja b a co n d e m a sia d a facilid ad d e todas las
asperezas. In c lu so el H u m b e rt q u e in te r p r e ta J e re m y Iro n s n o está es
c u lp id o so b re los d e sd o b la m ie n to s d el p e rso n a je , sin o so b re la b ú sq u e
d a d e la e m p a tia co n el esp ectad o r, lim a n d o el p a te tism o b u rló n , la
a u to fla g e la c ió n y la sin u o sid a d viscosa q u e e ra n constitutivos d el p erso
n a je d e la novela.
Sin e m b a rg o , c o n v e n c id o s d e q u e ese p ro b le m a e ra irre so lu b le e n
u n a tra n sp o sic ió n q u e p u d ie r a s e r to le ra d a —ello s d ije ro n “c o m p re n
d id a " - p o r el m e rc a d o c in e m a to g rá fic o , L yne y S c h iff n o d e c id ie ro n
re e s c rib ir el tex to d e N abokov, La p r u e b a está e n q u e in te n ta r o n m a n
te n e r n o só lo las p e rip e c ia s de la t r a m a - a veces lo g ra d a , co m o el p ro
fuso viaje p o r las c a r r e te r a s - sin o ta m b ié n c ie rta s z o n as lite rale s d e la
le tra p rim ig e n ia , co m o se ve e n la in se rc ió n de! m o n ó lo g o de H u m b e rt
clel e p ílo g o . E n ése y e n o tro s p asajes, L yne e x tra e e im p la n ta e n su
Lolita ¡'extos d el d ia rio d e H u m b e rt, b u s c a n d o q u e ese ju e g o co n el
le n g u a je - d e l q u e h a b ía n a b ju ra d o p o r u n a su p u e s ta im p o sib ilid a d -
se filtre e n el film e, c o m o si p u d ie r a ap e la rse a la tra n sfu sió n de la le
tra e sc rita a! p ro c e so tran sp o sitiv o , c o m o si ese d e n o d a d o y go zo so tra
b a jo q u e le to m ó a N ab o k o v b o r r a r la f r o n te r a e n tr e v id a y c re a c ió n
f u e r a u n sim p ie paso a d a r y n o u n rig u ro so e in trin c a d o p ro c e d im ie n
to d e e sc ritu ra . .
Pese al in te n to d e .c o n ju ra r el m ie d o d e “q u e d a rs e sin N a b o k o v ”,
la c a p tu r a d e l tex to n o g a ra n tiz ó , ni e n fo rm a a p ro x im a d a , q u e la le
tra riel e sc rito r q u e d a ra e n la p e líc u la. L a id e a d e p o d a r c ie rto s a sp ec
tos y m a n te n e r c o n celo o tro s no, re su ltó , al m e n o s e n este caso, p o r
tra ta rs e d e u n m a te ria l d o n d e n o ex iste u n estilo d iscursivo q u e p u e
d a a p a rta rs e ele ios av atares d ra m á tic o s q u e n a r r a , p o rq u e esa diso cia
c ió n es im p r a c t ic a b l e . E s ta s e le c c io n e s e s t e r i l i z a r o n la o d is e a
tra n sp o sitiv a , p o r q u e la lite ra lid a d se d iso lv ía c o m o g a ra n tía al n o
o b te n e r u n a eq u iv a le n c ia d e to n o , sin d u d a s el m a y o r se c re to d e esta
n o v e la e n p a rtic u la r y, q uizás, d e la lite ra tu ra d e N ab o k o v en g e n e ra l.
El é n fa sis e n u n c ia tiv o d e l te x to p a só a s e r u n m u r m u llo le ja n o y
a s o rd in a d o , c o m o u n so n id o q u e se o ía en a lg ú n o tro lugar.
L o s m o d e lo s d e tra n sp o sic ió n
89
h e b r a q u e so b re sa le d e u n tejid o , sin d e ste je rlo p e ro ta m p o c o d e já n
d o lo in ta c to .
C o m o eje m p lo s d e u n a “le c tu ra a d e c u a d a ”, se to m a n a q u í c u a tro
casos q u e p e r te n e c e n a d istin ta s e s tru c tu ra s d e g é n e ro : u n re la to p o
licial, o tro .fa n tá stic o , u n d ra m a re a lista y, p o r ú ltim o , u n o q u e p o d ría
m o s d e c ir q u e .r e s p o n d e a las p re m isa s d e l m e lo d ra m a . ¿Q u é es lo
a d e c u a d o d e estas tra n sp o sic io n e s? Su v o lu n ta d d e re c u p e ra c ió n sin
g e n u fle x ió n al tex to . Es c laro q u e se tra ta d e film es q u e fijan u n a p o
sició n so b re el p a so d e la lite r a tu ra al cine: e n tie n d e n el c in e c o m o la
lite r a tu r a p o r o tro s m ed io s. P e ro esa p o sic ió n fijad a n o les im p id e
p e n s a r los m a te ria le s d e ese o tro m e d io q u e es el cin e sin d in a m ita r
ese e sta d io a n te r io r q u e e ra el lib ro , tr a ta n d o d e q u e p re v a lez c a n las
h e rr a m ie n ta s d e l o tro le n g u a je p e ro sig u ie n d o ciertas d ire c c io n e s q u e
ya e stab an .
12. W illiam s, C harles: La Larga noche del sábado, B arcelona, P en ín su la, 1974. pág. 35.
13. ídem , pág. 87.
14. ídem , pág. 75.
lar, c o m o si e stu v ie ra c o r r ie n d o sa lv a je m e n te y p a ra la e te r n id a d en
a lg ú n rin c ó n e sp a n to so d el in fie rn o u ltra m o d e rn o lle n o d e te lé fo n o s
e strid e n te s q u e tr a ta r a n d e s u m irm e e n la c im a d e la lo c u r a ”. O b ie n
o tro m o m e n to , d o n d e lu e g o d e h u ir co n B a rb a ra le em o s q u e “el aire
se h a b ía c a lm a d o , p e ro se n o ta b a la m o r d e d u r a d el frío , y al a b rir la
p u e r ta y salir d e l c o c h e , el cielo estab a sa lp ic a d o d e u n g é lid o p a lp i
ta r d e estrellas. Estuve p a ra d o u n in sta n te j u n t o al c o c h e , c o n te m p la n
d o la c iu d a d en la q u e h a b ía n a c id o y d o n d e h a b ía tr a n s c u rr id o la
m a y o r p a rte d e m i ex iste n c ia , p e ro lo ú n ic o e n q u e p o d ía p e n s a r e ra
e n el local tra se ro d e la f u n e r a l de C a rth a g e d o n d e los d o s c u e rp o s
yacía n co n sus ro stro s d e stro z a d o s e irre c o n o c ib le s so b re las m esas es
m a lta d a s in d iv id u a le s, y el h e c h o e ra q u e e n a lg ú n lugar, en. m e d io de
aq u e lla s lu c es se e n c o n tr a b a el h o m b re q u e los h a b ía a s e s in a d o ”,15 La
p re g u n ta sería: ¿ p o r q u é e n estos casos n o p a re c e n p i n t e a r s e m u c h a s
o tra s a lte rn a tiv a s q u e c o n v e rtir esas re fle x io n e s e n s itu a c io n e s - e l
tim b re e n s o r d e c e d o r a tr o n a n d o e n la casa, la p a re ja m ira n d o ia ciu
d a d b a jo u n cielo e s tre lla d o -, o e n s u d e fe c to , in c lu ir u n a 'v o z o ff q u e
tra n sc rib a esos p e n sa m ie n to s? D e h e c h o , a m b a s e sc en a s están e n el
film e d e T ru ffa u t, a u n q u e d ifícilm e n te h ay an lo g ra d o u n a e m p a tia con
el tip o d e voz n a rra tiv a q u e sé e sm e ra b a e n c o n s tru ir W illiam s.
Esta ú ltim a p ro b le m á tic a re e n v ía a-la c u e s tió n d el tip o d e esc ritu
ra, al uso d e l le n g u a je al q u e el c in e p u e d e in te n ta r a p ro x im a rse , o
d e l q u e p u e d e in te n ta r d ista n c ia rse . G o m o T ru ff a u t n u n c a p re te n d ió
m a n te n e r los m o d o s d e h a b la d e l p e rs o n a je sin o el sistem a n a rra tiv o
y el d ise ñ o d e m u n d o ele W illiam s, el trá n sito a la p a n ta lla fu e m e n o s
conflictivo q u e lógico d e sd e la p e rsp ectiv a p rio riz a d a p a ra e sta v ersió n ,
a u n c u a n d o e n o tra s o c asio n e s el d ire c to r to m a ra el c a m in o inverso,
c o m o se ve e n sus m e lo d ra m a s d e é p o c a L a historia dé Adela H. y e sp e
c ia lm e n te ¡ules y Jim, d o n d e m ás q u e in c lu ir voz o ff e x p lo ró to d as sus
p o te n c ia lid a d e s c o m o re c u rs o so n o ro .
El fa n tá stic o : E l exorci.sta
Q9
Afiche publicitario de El exorcista, de Wiiliam Friedkin
16. Blatty, Wiiliam P.: El exordsla, Buenos Aires, Emecé, 1972, pág. 60.
S e ría im p e n sa b le p o rq u e la p u n ta c ió n d e u n a p a u sa d e fin al d e c a p í'
tu lo n o es h o m o lo g a b le a la d e u n c ie rre d e e sc e n a o a la c o n c lu sió n
d e u n d iálo g o . S e ría tan im p e n sa b le c o m o p r e te n d e r q u e se in c lu y era
la e x te n sa n ó m in a d e citas d e J u a n , L u cas o S an P ab lo q u e fu n c io n a n
a m o d o d e c o m e n ta rio s d e B latty prev io s-a d e s a rro lla r la acció n m is
m a d e c a d a ca p ítu lo . H a b la r a q u í d e fid e lid a d p o sib le a lu d e m ás b ie n
a q u e la v o cació n d e a p ro v e c h a m ie n to m a te ria l es o sten sib le, si se a d
v ierte q u e F rie d k in ate so ró c a d a p e rip e c ia y c a d a u n o d e los estad io s
n arrativ o s, a u n a b re v ia n d o varios d iá lo g o s e n tr e K a rra s y el d e m o n io -
R e g a n o c o n el d e te c tiv e c in e filo K in d e rm a n - t o d o c in e filo es u n
“h o m b r e -n iñ o ”- , o lim ita n d o la visita clave d e l p a d re K arras a la b i
b lio te c a , o el p ro c e s o d e in te le c c ió n d e la c in ta c o n la e x tra ñ a lengua
d e R egan.
T o d o lo q u e p o d ía re c u p e r a rs e te r m in ó in c o r p o rá n d o s e al film e,
h a s ta u n a r e f e r e n c i a ta n g e n c ia l d e B la tty a c e r c a d e q u e la voz
d is to rs io n a d a d e la p o s e íd a p a r e c ía “a m p lific a d a e le c tr ó n ic a m e n
te ”.17A sf o c u rrió , ta m b ié n , en c a d a u n o d e los p e rso n a je s c o n sus o c u
p a c io n e s y a fic io n e s, y es m ás s o r p r e n d e n te to d a v ía q u e F rie d k in
d e c id ie r a m a n t e n e r in a lte ra b le la o rg a n iz a c ió n g e o g rá fic a d e la n o
v ela, in c lu id o el p ró lo g o c o n ró tu lo al p ie d e la im a g e n e n Ira k d e l
N o rte , q u e m o stra b a a M e rrin y su in tu ic ió n a g u z a d a d e q u e las fu e r
zas d e m o n ía c a s se c e r n ir ía n s o b re él. El tra b a jo so b re el e sp a c io fue
re s u e lto a través d e u n u so ta n c o n s ta n te c o m o p ro g re siv o d el fu e r a
d e c a m p o s o n o ro p a r a ir in s tru y e n d o al e s p e c ta d o r e n ia in ta n g ib ili
d a d d el m al, e n ta n to la h a b ita c ió n d e R e g a n se e rig ía e n sitio p riv i
le g ia d o , vista s ie m p re a través d e to m as su b jetiv as p a rc ia le s c u a n d o
la vem os d e sd e el o tro la d o d e la p u e rta , o e n p la n o s g e n e ra le s c u a n
d o in g re sam o s e n ella, c o m o c o rr e s p o n d e a la id e a d e e s c e n a te a tra l
d e los ritu a le s q u e a llí o c u r r e n . E sa je r a r q u iz a c ió n e sp a c ia l d e la
h a b ita c ió n e n te n d i d a c o m o u n otro lado, p o r o tr a p a rte , re a f irm a b a
la in m e rs ió n d e l film e e n e l.g é n e ro fa n tá stic o , e n la m e d id a e n q u e
el c ru c e d e l u m b r a l q u e s e p a r a d o s d im e n s io n e s -fís ic a s , m o ra le s
o filo s ó f ic a s - es s ie m p re u n o d e lo s tó p ic o s e s tr u c tu r a n te s d e e sta
clase d e re la to s.
A su vez, n o e ra ló g ico p re su m ir, g ra n d e s p ro e za s re s p e c to d e la
fo calizació n , ya q u e la n o v ela o p ta b a p o r la te rc e ra p e rs o n a , .con lo
q u e el d ire c to r, sig u ie n d o la a lte rn a n c ia d e p e rs o n a je s y situ a cio n e s,
p re s u n ta m e n te p o d ía so s te n e r el p la n d e u s u f ru c tu a r el m a te ria l d e
o rig e n . S ó lo q u e e ste c a m in o d e te x tu ra lisa d e v e n ía m ás e sc a rp a d o
O ¿i
p o rq u e e n la novela, en re a lid a d , la te rc e ra p e rs o n a e ra u n n a r r a d o r
o m n iscien te c o n la fa c u lta d de a c c e d e r a la c o n c ie n c ia d e los p erso
najes, a. to d o lo q u e flu ía d e su p e n sa m ie n to . Y eso p u e d e tra d u cirse
com o sin ó n im o de p ro b le m a e n el m o m e n to d e tr a n s p o n e r el texto.
L a su b jetiv id ad d el p e n sa m ie n to p u d o re p r e s e n ta r u n p ro b le m a
usual, si se p a rte d e la reg la in e x o ra b le q u e in d ic a q u e s ie m p re su rg e
com o la z o n a p a n ta n o s a d e to d a tran sp o sic ió n . P ero esta vez la difi
cultad se e n s a n c h a b a , p re c isa m e n te p o r tra ta rse d e la su b jetiv id ad de
u n o d e los p ro ta g o n ista s p rin cip a le s, K arras, cuya m o tiv ac ió n e ra e lu
cid ar u n a crisis de fe, co n los co n sig u ie n te s vaivenes éticos, re c u e rd o s,
ra z o n a m ie n to s, su e ñ o s y voces q u e c u m p le n la m isió n d e d is e ñ a r su
to rm e n to in te rn o . Si p o d ía ju s tific arse la voz d e l d e m o n io e m a n a n d o
a través d e la p o s e íd a R e g a n , la in c lu sió n d e u n a voz o ff d e K arras
h u b ie ra sido m ás u n a c to d e c o m o d id a d q u e d e a d e c u a c ió n al to n o
g e n e ra l d el film e.
Ai revés d e lo q u e c a b ía su p o n e r, n o e ra n las esc e n a s de p o sesió n
fre n é tic a ni la e le c c ió n d e efecto s especiales ío q u e se m b ra b a in có g
nitas, o, e n to d o caso, n o se m b ra b a n in có g n ita s a c e rc a d e los asp ecto s
in trín se c o s sin o m e r a m e n te técnicos. El p ro b le m a re s id ía e n q u é d e
bía h a c e r F rie d k in c o n esas re p e tic io n e s in te rn a s d e K a rra s c o m o
“¡O h, D ios, n o p e rm ita s q u e se m u e ra !" ,13 o “¡C ié rra le la p u e r ta a
to d o !”.13
C o m o a F rie d k in p a re c ía in te re sa rle m ás el to rtu o so calvario in te
rio r d e K arras q u e esa p u ls ió n in v estig a d o ra q u e Blatty e x p lay a b a en
la novela, o p tó p o r elev a r el re to . E n lu g a r d el p re s u n to atajo de a p e
lar a la voz o ff a su m ió u n riesg o m ay o r y a p o stó to d o a lo q u e p u d ie ra
tra n sm itir el c u e rp o a p re m ia d o y la g e stu a lid a d ten sa y d esp ro v ista d e
énfasis d el ro s tro d e l a c to r J a s o n M iller. L a e n c ru c ija d a e ra c o m p le ja
p o rq u e d e ella d e p e n d ía la re la ció n s im é tric a y e sp e c u la r e n tre R egan
y K arras, h e rm a n a d o s e n sus crisp acio n es físicas y esp iritu ales, así com o
el re flejo d el positiv ism o d e K in d e rm a n so b re las d u d a s d e sg a rra d a s
ele K arras. Q uizás fu e el ra d ic a l co n v e n c im ie n to d e l d ir e c to r d e lo q u e
estaba c o n ta n d o y d e l p u n to ele vista escogido lo q u e le p e rm itió triu n
far en esa b a ta lla c ru c ia l d e la p u e s ta en escen a, alg o in fe rib le si se
c o m p a ra n los p a d e c im ie n to s ele Ja s o n M iller e n E l exorcista con sus atri
b u la d o s p e rs o n a je s p re c e d e n te s o u lte rio re s d e Contacto en Francia,
C ncisingo Jada.
Si h u b ie r a q u e b u s c a r u n a id e a q u e p u d ie r a d e fin ir la lite r a tu ra
d e A n n e Tyier, quizás fu e ra la d e u n á su p erficie d e n o rm a lid a d o vulgari
d ad . P e ro esa im a g e n - l a d e u n a o riu n d a , d e 'M in n e s o ta c ria d a e n tr e
c u á q u e ro s d e C a ro lin a d e l N o rte e n u n á a p á re n te n o rm a lid a d o vul
g a r id a d - es sólo u n a a p a rie n c ia , u n te r rito rio p o r el q u e g u sta y sim u
la d eslizarse la a u to ra . Sus textos tie n e n u n a p ec u lia rid a d : n u n c a c e d e n
a la in f e c c ió n s e n tim e n ta l d e la n o s ta lg ia , c o n s tru y e n d o , así, u n a
B a ltim o re p e rf e c ta m e n te o p u e s ta a la d e los film es d e o tro n ativ o d el
lu g a r c o m o B a rrv L e v in so n , se g ú n p u e d e ,c o m p a ra rs e si se e x a m in a n
D iner o Avalan.
C irc u ito p re c iso q u e c o n tie n e u n a e x p a n s ió n d e fam ilias d isfu n
c io n ales, las o b ra s d e T y ler p ro d ig a n p e rs o n a je s e n co n flic to o d esco
n e c ta d o s c o n el e x te r io r , c u y o e n c ie r r o s u e le a p a r e ja r tra g e d ia s ,
fra ca so s o trá n sito s in ic iá tic o s a rd u o s . E lig ie n d o u n se m ito n o q u e n a
v eg a e n tr e lo c o n fe s io n a l y las h isto ria s d e v id a sin m a y o res e s p le n d o
res, T y le r d e sp lie g a fa ta lid a d e s c o m o las d e R eunión en el restaurante
N ostalgia- n o m b r e q u e evoca a C a rso n M cC u lle rs, a u n q u e su d e s a rro
llo lo d e s m ie n ta -, o e x tre m a su c o n v ic c ió n e x p o n ie n d o d is fu n c io n a
lid a d e s e je m p la re s c o m o e n El tránsito de Morgan o Ejerácios respiratorios.
O b ie n p u e d e fu s io n a r am b as e le c c io n e s e n u n so lo re la to , c o m o e n
Turista accidental, d o n d e los p e rs o n a je s a c tú a n e n vez d e d e c ir q u e
d e b e n h a c e rlo , c o m o o c u r r ir á co n Ejercidos..., ya q u e son dos n ovelas
c o m p le m e n ta ria s p o r sus p e rs o n a je s m a sc u lin o s d e in tro v e rs ió n e n
fe rm iz a y c o n fam ilias e n e sta d o te rm in a!.
Turista accidental es u n a n o v e la q u e se p r o p o n e u n r e c o r rid o sin
m ay o res n i a p a re n te s c o m p le jid a d e s. U n a rq u e típ ic o e x p o n e n te d e l
a m e ric a n o m e d io , fó b ic o y e tn o c e n tris ta , M a c ó n Leary, escrib e g u ías
p a ra el tu rista o c a sio n al q u e d e se a n o s e n tirs e lejos d e casa en sus via
je s d e n eg o c io s. P ro b a b le m e n te la p e r s o n a lid a d 1in m u ta b le e in d o lo
ra d e M acó n fre n te a la vida, y e n esp ecial f r e n te a la m u e rte a c c id e n ta l
d e su h ijo E th a n , te rm in a rá d e e ro s io n a r s u m a trim o n io c o n S a ra h .
D isu e lta su p a re ja , y c o n jjn p e r r o póc,o .doriies ti cab le , M ac ó n va a vi
vir c o n sus h e rm a n o s, ta n p o c o afecto s c o m o el a co m u n ic a rse . Se c ru
za c o n M u r ie l,; u ñ a e n t r e n a d o r a d,e p e r r o s 'y q u iz á s d e h o m b r e s
d e sg a ja d o s, ta n e x tro v e rtid a y activa c o m o c ap a z d e p o n e r en e v id e n
c ia los lím ite s d e su in m u ta b ilid a d .
P ese a q u e in ic ia lm e n te p r e d o m in a u n n a r r a d o r e x te r n o , o m n is
c ie n te y p r e te n d id a m e n te invisible, el re la to va d e sd e esa ex p o sició n
m in u c io s a de. a m b ie n te s y clim as d e sp le g a d o s c o n disfraz n e u tr a l, a
u n ú n ic o p e rs o n ? je cuy o s s u e ñ o s y r e c u e r d o s se a g o lp a n : M a c ó n .
C o m o si el d e sa rro llo in d ic a ra c o n le n titu d q u e to d o -in c lu s o ese su-
96
J
p u esto n a r r a d o r o m n is c ie n te - se h a c o n ta m in a d o de ese exceso de
p e rc e p c ió n d e s a fe c ta d a d e M a c ó n . U n a vez q u e los o tro s p e rs o n a je s
- S a r a h , M u r ie l- se alejan d e él, T yler los p ie rd e , q u e d á n d o s e con su
c a m p e ó n d e l o c u lta m ie n to , el o rd e n y la in d o le n c ia .
M acó n se n ie g a a ver, c o n o c e r y, e n su m a, a cam b iar, lo cu al se ve
rifica e n los raccontos q u e m u ltip lic a n esa c a ta to n ía d e la sen sib ilid ad .
A lguien q u e viaja sin salir - y se sabe: el viaje es u n o d e los g ra n d e s
u é n e ro s n a rra tiv o s-, q u e lleva sie m p re lo in d isp e n sa b le p a ra n o re q u e
rir a o tro s, q u e visita los m ín im o s lu g ares posibles, q u e c o n fía en el
" m é to d o ” a u n q u e la v ida lo e m p u je a d u d ar. C on ese m a te ria l, T yler
avanza d e la in m o v ilid a d a la tra n sfo rm a c ió n , q u e aso m a c o m o o p ció n
c u a n d o M acó n ca m b ia el h o ra rio d e sus d u ch a s. 'L e p a re c ía q u e ése
era u n sig n o d e a d a p ta b ilid a d ”, d ice Tyler.20
G ira n d o p e n d u la r m e n te e n tre c o n e x to y p e rso n aje , T yler a rm a u n
relato d o n d e casas, situ a c io n e s, lu g ares, a n im a le s d o m éstico s, m u je
res, fam ilias, ele c c io n e s g a stro n ó m ic a s, p e rs o n a lid a d e s, o b jeto s y via
je s se s u c e d e n c o m o e s p e jo s q u e e n tr e g a n in e v ita b le m e n te d o s
im ág en es, sie m p re sim étricas, refrac taria s. Q uizás fu e ra la p e rfe c c ió n
de su tr a m a lo q u e h izo q u e .T u rn io ... p a sa ra al cin e, el h e c h o d e q u e
T yler lo g ra ra lo q u e P ascal B o n itz e r d e fin ie ra c o m o b u e n o s g u io n e s
de cine: la m ú ltip le e n c a rn a c ió n d e u n co n flicto .
H ay u n a n o ta b le d e s c rip c ió n d e M a c ó n c u a n d o T y ler d ice q u e es
“la e x tr a ñ a d is ta n c ia d e sí m is m o ”,*1 lo cual, a su vez, n o p a re c e u n a
d e fin ic ió n im p r o p ia d e la tr a n s p o s ic ió n q u e h ic ie ro n el d ir e c to r
L aw ren ce R a sd a n y F ra n k G alatti. T a x a tiv a m e n te , la en say ista L uisela
A lvaray a firm a q u e h ay só lo d o s c a m in o s p a ra a b o rd a r u n te x to lite
ra rio e n cin e:
Es e v id e n te q u e hay ta n to s m o d o s d e tr a b a ja r u n te x to p a ra cin e
c o m o n o v elas o film es. Y a u n q u e el tra b ajo d e Un tropiezo llamado amor
p a re z c a a rr im a rs e a la s e g u n d a o p c ió n d e sc rip ta p o r Alvaray, es o b
20. Tyler, Ajine: Turista accidental, Buenos Aires, Emecé, ¡986, pág. 15.
21. ídem , pág. 48.
22. Alvaray, Luisela: Las versiones filmicas. Los discursos que se miran, ob. cit., pág. 25.
Q7
vio q u e la fid e lid a d r o t u n d a es só lo u n s u p u e s to d e l a n a lista , o u n
fa n ta sm a q u e p e rs ig u e v a n a m e n te q u ie n tr a n s p o n e el m a te ria l d e u n
fo r m a to a o tro .
A u n q u e A n n e T yler d ijo n o p o d e r c re e r lo b u e n o q u e re s u ltó el
g u ió n fin al, p o rq u e e n su n o v e la n o h a b ía h is to ria q u e co n tar, e n u n a
e n tre v ista ac e rc a d e l film e, K asd an se m o s tra b a u n le c to r a te n to :
L a le c tu ra q u e elig e K a sd an re c o g e lo se m b ra d o p o r Tyler. Si b ie n
q u e d a d ic h o q u e la n o v e la o scila e n tr e u n n a r r a d o r e x te r n o y la d es
c rip c ió n d e las p e r c e p c io n e s ín tim a s d e M a c ó n (W iiliam H u r t) , el
film e n o d e s p e r d ic ia la clave y m a n tie n e ese vaivén d e p u n to d e vis
ta, a c e n tu a n d o q u izás la e x p o s ic ió n física y m e n ta l clel p ro ta g o n ista .
Así,, lo d e s ta c a p o r p rim e ro s p la n o s q u e n o o frece a o tro s p e rs o n a
je s , o in c lu y e s u e ñ o s o im a g in a c io n e s d e tas q u e n o g o z a n S a ra h
(K a th le e n T u r n e r ) , n i M u rie l (G e e n a Davis), ni los o tro s, p ese a q u e
T y ler m a rc a b a e n la n o v e la q u e M a có n c o n c e n tra b a el p u n to d e vista
d e la novela. N o es u n m e r o d e ta lle a c a d é m ic o el p ro b le m a d el “fo c o ”
e n esta tra n sp o sic ió n , ya q u e a h í se aloja el c e n tro d ra m á tic o y, si cabe,
e s p iritu a l d e l re la to . M ás a ú n : ei m oclo e n q u e T y le r re su e lv e c ó m o
e n tr a r y sa lir d ir e c ta m e n te , sin in d ic a c io n e s , d e l p la n o m e n ta l d e su
p e rs o n a je q u izás te r m in ó d e d e c id ir a los a u to re s a h a c e r la n o v e la
e n c in e .
E ra im a g in a b le q u e casi d e s a p a r e c ie ra e n el film e lo re f e rid o a
g u iñ o s so b re la lite ra tu ra , q u e T y le r tejía d u ra n te su n o v ela a lu d ie n
d o a la faceta d e M a c ó n c o m o e sc rito r a n ó n im o - u n “lo g o tip o ” m ás
q u e u n “a u to r ”- , c o m o u n a su e rte d e e n m a s c a ra d o p ro d u c to r d e best-
sellers qu<- -e rfe c c ió n a la fó rm u la d el te x to d esp ro v isto d e t o d o se n ti
m ie n to , "í' linclulgerite e n su c o n fo rta b ilid a d . Es v e rd a d q u e K asdan
a b re su p e líc u la co n las re c o m e n d a c io n e s al tu rista circu n stan cial, p e r o '
al s u p rim ir m a y o rita ria m e n te los tex to s d e las guías, se esfum ó co n eso
el p ro g re siv o “a b la n d a m ie n to ” d e la e sc ritu ra y la m ira d a d e M acó n ,
q u e o fic ia b a n c o m o pistas d e su tra n s fo rm a c ió n in te rn a . Así las cosas,
23. Cronenw orth, Brian: "He Knew W hát He Wanted", American Film, enero-febre
ro de 1989.
Un tropiezo... re fu e rz a el a n tig u o a x io m a q u e a firm a q u e e n la p e lícu la
se d e b e n a r r a r m ás d ep risa , p o rq u e el tie m p o lo d e fin e e l d ire c to r y
no el e sp e c ta d o r, al revés d e lo q u e o c u rre c o n u n a n o v ela, e n d o n d e
es el le c to r q u ie n d e fin e el tiem p o .
Es p re c is a m e n te en la c o n stru c c ió n p e rc e p tiv a d e M acó n , d o n d e
la tra n sp o sic ió n d e K asdan e x c e d e la eficacia, o b te n ie n d o u n m u n d o
visto p o r su p e rs o n a je . Así c o m o o d ia el cin e p o rq u e allí to d o está d e
m asiado cerca, M acó n d e te s ta el c o n ta c to , lo q u e lo h a c e re p e le r to d a
in te ra c c ió n co n el afu era. Esa c o m p le ja u b ic a c ió n d el p e rs o n a je e n el
m u n d o es lo q u e K asdan ed ificó, re s p e ta n d o silen cio s y m a n e ra s de
e sc a m o te a r in fo rm a c ió n p e rso n a l. D e allí e n m ás, to d as sus decisio
nes so n ac e rta d a s, ya se tra te d e ab re v ia r viajes o situ a c io n e s d e esos
disléxicos g e o g ráfico s q u e so n los Leary, p a rie n te s b asto s d e P érec o
F o u cau lt. O b ie n d e lo q u e re sp e ta , c o m o las caíd a s físicas, o el em
p leo sutil d e M u rie l c o m o án g el d e la p ro v id e n c ia , o el te lé fo n o so
n a n d o sin se r co n te sta d o , o los g ru ñ id o s de M acó n e n el p e rro E dw ard,
o las clases d e p lo m e ría al hijo d e M u riel. O b ie n a ñ a d ir la n u c le a r
c o n v ersació n evaluativa d e M a c ó n y S a rah en el d e se n la c e .
Las e le c c io n e s d e K asdan se aju sta n e n b u e n g ra d o a las p recisio
nes q u e re g a b a T y ler e n el tex to , s u m á n d o le u n a te x tu ra o esp e so r al
u n ir Un tropiezo... co n dos film es previos, Cuerpos ardientes v R em aten! ro.
C on Cuerpos ardientes, traza u n a su e rte d e c o n tin u a c ió n d el d ú o . con
los m ism os a cto res, W iiliam H u r t y K ath le e n T u rn e n cuya p a re ja en
a n á lo g o e stad o d e ex tin c ió n p asa d el fi.lm .noiral d ra m a; c o n Reencuen
tro, d ib u ja u n p u e n te , re c u p e r a n d o el a c c id e n te fatal q u e g e n e ra cam
b io s d e c isiv o s, a c e c h a n d o el p a s a d o d e los p e r s o n a je s d e am b a s
p elículas. Es ju s to c o n v e n ir q u e e n Un tropiezo.... sin e m b a rg o , K asdan
f u n d a ex p ectativ as e n el p o rv e n ir d e sus piezas, to m a d ista n c ia d e fil
m es a n te rio re s y h ace de éste u n inicio q u e se c ie rra con Quiero decirte
que te amo. Si Un tropiezo... n a r r a u n a in v ersió n “d e g é n e ro " -M a c ó n es
lo fe m e n in o y M u riel, lo m a s c u lin o -, Quiero... re o r d e n a lo q u e a p a re
cía su b v e rtid o .
El m e lo d ra m a : El ocaso de u n amor
ta m p o c o s e p a ra d o d e te r m in a el p o r v e n ir d e los p e rso n a je s, el a u to r
G ra h a m G re e n e p o n e , p o r e n c im a d e esas c o o rd e n a d a s g e n é ric a s, el
s e n a d o re lig io so q u e o r d e n a ese u n iv e rso d e lo e fím e ro . N o es q u e
G re e n e c re y e ra d é b ile s esos p re s u p u e sto s , sin o q u e los im a g in ó a p o
yados so b re u n a p la ta fo rm a , so b re u n te r rito rio d e l q u e d e b ía .d e s p e
g a rse p a ra ta-ascenderlo, p o n ie n d o e n te n s ió n la e s p iritu a lid a d d el
a m o r te r r e n a l c o n la e sp iritu a lid a d relig iosa.
L a m ism a o rg a n iz a c ió n d e la n o v e la p e r m itía a c c e d e r a esto s d ile
m as p o r la m a n e r a d e d is trib u ir la in fo rm a c ió n y los p u n to s d e vista,
p o rq u e el e sc rito r y n a r r a d o r B e n d rix d e s a n d a la h isto ria d e sd e el p r e
s e n te d e la a cció n , la re c u p e r a re tro s p e c tiv a m e n te a u n q u e n o s im p i
d a c o n o c e r cuá] es el m o m e n to e x a cto e n q u e c o m ie n z a a escrib irla.
E sa m e d ia c ió n , r e p r e s e n ta d a p o r el d ia rio q u e e scrib e, es el tray e c to
p o r el q u e d e sc u b rim o s sus re fle x io n e s y o p in io n e s , su v ersió n de. p o r
q u é el o d io p u e d e e rig irse e n m o to r d e la lite ra tu ra . L a voz del d ia rio
100
d e B e n d rix a c tú a corno el h ilo q u e cose sus a p u n te s so b re los h e c h o s
qu e n a rr a , p e ro ta m b ié n es el p ro c e d im ie n to d e q u e se sirve G re e n e
p ara h a c e r ir r u m p ir dos p asados: u n o , m ás d is ta n te , situ a d o en 1939;
el o tro , m ás c e rc a n o , e n 1946. A su vez, ese sa b e r d el n a r r a d o r n o se
a lim e n ta sólo d e sus o b se rv a c io n e s o d e los h e c h o s q u e lo atraviesan
p e rs o n a lm e n te , sino q u e re p r o d u c e cie rto s fra g m e n to s dél d ia rio p ri
vado de su a m a n te S arah.
Ese d ia rio -reE lejo y c o m p le m e n to d e l q u e él va e s c r ib ie n d o -lle g a
a sus m a n o s p o r la ten az in v estig ació n q u e B e n d rix e n c a rg a so b re sí
m ism o a la a g e n c ia Savage, y q u e e je c u ta n P ark is y sti h ijo l.a n ce lo t. Y
la le c tu ra q u e B e n d rix h a c e d el d ia rio re fu e rz a la fo calizació n estricta
d e su p u n to d e vista, a veces sig u ie n d o la c ro n o lo g ía d e sc rip ta p o r
S arah , o tra s veces in te rc a la n d o a p o stillas a c e rc a d e alg o q u e b u sca
re fu ta r o subrayar, y otras veces h a c ie n d o saltos o in te rru m p ie n d o con
b ru s q u e d a d el o rd e n , c o m o c u a n d o confiesa: “n o p u d e se g u ir leyen
do. U n a y o tr a vez h a b ía re s b a la d o p o r e n c im a c u a n d o u n p asaje m e
d o lía dem asiad o ".'-4.
L o q u e h a c e d e E l f i n de la aven tu ra xm o d e los g ra n d e s m o m e n to s
d e la lite r a tu ra d e G re e n e , es el m o d o d e te je r esa re d d o n d e to d o s
p e rs ig u e n algo h u id izo (a q u í se tra ta d e p asio n es, c o m o en o tras n o
velas e ra n u to p ía s ), o d e p e rs o n a je s q u e e stán d o n d e n o d e b ie ra n , y
ese p u ls o ú n ic o p a ra m o d e la r las d istin tas te m p o ra lid a d e s q u e se yux
ta p o n e n , c o m o ex p lic a b a el a u to r en u n lú c id o p asaje d e E l décimo hom
bre. Las a re n a s m ovedizas q u e p re s e n ta b a esta tra n sp o sic ió n n o n a c e n
sólo d el h e c h o ele q u e esta vez la - lite ra tu ra h a b la ele la lite r a tu ra y
m e d ia tiz a la in trig a e n vez d e d e sp le g a rla co n fru ic ió n c o m o en E lfa c
tor hum ano o El cónsul honorario; lo q u e c o m p le jiz a b a la tra n sp o sic ió n
era, m ás b ien, la c o n c ie n c ia del tie m p o q u e e v id en cian sus perso n ajes.
R acio n alista, con u n a lógica de la tra n sp o sic ió n q u e p o d ría tildarse
d e c o n v e n c io n a l, el d ir e c to r y g u io n ista N eil J o r d á n vio su p e líc u la E l
ocaso de un amor c o m o el re la to q u e u n e s c rito r h a c e ele su p ro p io
m e lo d ra m a , y d o n d e las p ro m e sa s y los m ilag ro s - l a fe c o m o in te rro
g a c ió n o c e r t id u m b r e - van to rc ie n d o las vidas d e los p e rso n aje s, in
c lu id a la suya p ro p ia . P ero la tra m a d e a c o n te c im ie n to s n o te n ía m o d o
d e se r tra sla d a d a sin c o n te m p la r los avances y re tro c e so s te m p o ra le s
d el tex to , p o r q u e n o se tr a ta b a d e u n a su c esió n lin eal d e ev en to s sino
d e u n c irc u ito d o n d e la p e rc e p c ió n s in g u la r se d is p a ra p a ra lu eg o
d e te n e rs e , se e sta n c a p a ra p o n e r en d u d a lo q u e a n te s dijo: vuelve a
u n m ism o h e c h o p a ra resig n ific a rlo o d e sm e n tirlo , o b ie n a ñ a d e o tra
24. G reene, Graham : El fin de la aventura, Buenos Aires, Sur, 1971, pág. 107.
voz - l a d e l d ia rio d e S a r a h - q u e e v alú a d e sd e o tr a p o sic ió n , ta n to es
pacial c o m o m o ra l. H u b ie r a sid o a b su rd o , e n to n c e s, q u e J o r d á n p e n
sara su versión, s o la m e n te d e sd e la ila c ió n ,d ra m á tic a d e las accio n es
p ro d ig a d a s p o r la tra m a , p o r q u e ella m ism a está c o n c e b id a p o r sin u o
sos y a p a s io n a n te s v e ric u e to s te m p o ra le s.
El m é to d o q u e a d o p tó J o r d á n co n sistió e n so s te n e r la c ro n o lo g ía
e sta b le c id a p o r G re e n e , c o n el id a y v u e lta e n tr e el p re s e n te , el p a sa
do lejan o y el p a sa d o in m e d ia to , p e ro d e b ía e n fre n ta r, el p eso relev an te
d e la voz d e l n a r r a d o r B e n d rix q u e - c o m o to d o n a r r a d o r - p ro p o r c io
n a d e ta lle s d e lo o c u rr id o sin ev itar d is to rs io n a rlo s o teñ irlo s, é n este
caso p a rtic u la r, d e celos, d e sd é n o ira. P e ro a u n q u e la tra n sp o sic ió n
hizo u n a n o r m a d e l re s p e to al tex to , p re firió b o r r a r la c la rid a d c o n la
q u e el e s c rito r d e te r m in a b a los p ases d é ü e m p o . D esd e el in icio ve
m o s a B e n d rix e s c r ib ie n d o su d ia rio , y es ta m b ié n d e s d e el in ic io q u e
esa v o z -e sc ritu ra d if u m in a la fr o n te ra q u e se p a ra los d o s p asad o s, p e r
d ié n d o s e el a n c la je c la rific a d o r q u e p ro p ic ia b a la p a la b r a e n la n o
vela. N o es q u e el film e se to r n e in o r g á n ic o , s in o q u e h a c e d e l
e s p e c ta d o r u n r e h é n p a c ie n te , a lg u ie n c a p a z d e espierar p a r a p o d e r
d e te r m in a r d e sp u é s , y só lo .d e s p u é s , a q u é z o n a d e la m e m o ria re s
p o n d e c a d a in s ta n te .
P a ra q u e e s ta e le c c ió n p u d ie r a m a te ria liz a rs e , J o r d á n tr a b a jó
c o n im á g e n e s , s o n id o s o e s c e n a s d e cisiv as p a r a el c u rs o d e la h is to
ria: la e x p lo s ió n en el lu g a r d e e n c u e n t r o d e los a m a n te s , el c ru ji
d o p e c u lia r d e l p e ld a ñ o d e u n a e s c a le r? , la p u e r ta g ir a to r ia d e u n
re s ta u r a n te , la p e rs is te n c ia d e la llu via e n u n a n o c h e d e c o ra z o n e s
e n s o m b re c id o s . Esas im á g e n e s, s o n id o s y e sc e n a s se re ite r a n n o só lo
p o r q u e el m e lo d ra m a a u s p ic ia s ie m p re u n a c ir c u la r id a d o bsesiva,
sin o p o r q u e se c o n s titu y e n e n sim e tría s q u e c o m p a r a n los h e c h o s
d e sd e la v isión ele los d is tin to s n a r r a d o r e s , c o m o p istas q u e c e d e n al
e s p e c ta d o r la fa c u lta d de .esco g er la p e rs p e c tiv a c o n la c u a l id e n tifi
carse, a u n q u e esas p e rc e p c io n e s e sté n tam iz a d a s p o r la se le c c ió n q u e
h a ce B e n d rix . U n e je m p lo d e ello p o d r ía se r el sig u ie n te : en la n o
vela le e m o s el d isc u rso d ire c to d e S a ra h al in c lu ir p á rra fo s d e varios
d ía s y a ñ o s d ife re n te s,.y a c c e d e m o s a esa “v o z ” re c ié n c u a n d o lle g a a
B e n d rix ese m a n u s c rito p riv a d o , e n u n o d e cuyos p a sajes e lla d ic e
“soy u n a p u ta y u n a fa rs a n te ”,2d c o m o c o m e n ta rio fin a l al re c u e r d o
d e l e sta llid o d e la b o m b a ; e n ca m b io , e n el f ilm e ,J o r d á n re u b ic a e sta
re fle x ió n fu n d a m e n ta l d e S a ra h , p e ro c o n e lla d ic ié n d o s e la al c u ra
S m y th e.
E n c o n s o n a n c ia c o n u n á p u e s ta e n e s c e n a d e clasicism o a c a d é
m ico m u y p ró x im o al d e los m e lo d ra m a s b ritá n ic o s , c o m o Breve
encuentro, y le jo s d e l v é r tig o o m in o s o y s e s g a d o d e l g u ió n q u e
G re e n e h izo p a ra E l tercer hombre, la v e rsió n d e J o r d á n ju stific a el
uso d e la voz off. P o r u n lad o , la ju s tific a p o r c o r r e s p o n d e r al p e r
so n a je d e u n e sc rito r, c o n lo q u e evita q u e a c u s e n sus d iá lo g o s v
e lu c u b r a c io n e s m e ta fís ic a s y te o ló g ic a s d e “l i te r a r ia s ”: p o r o tro
lad o , h ay e n J o r d á n u n a a stu c ia c o n sc ie n te d e q u e v alerse d e este
recu rso c o m o m o d a lid a d ex clu y e m e p o d ía p la n te a r tal d ista n c ia afec
tiva c o n el e s p e c ta d o r q u e te r m in a ra tra z a n d o u n ab ism o a n te u n a
h is to ria d e p e rs o n a je s q u e se d e sg a ja n el alm a. Q u izás haya m e n o s
g e n io q u e s e n tid o c o m ú n , p e ro el re s p e to p o r la le tra d e G re e n e no
n u b ló al c in e a s ta c o m o p a ra im p e d irle e x tr a e r cie rta s p o sib ilid a d e s
c in e m a to g rá fic a s al m a te ria l, q u e s u r g e n d e su le c tu ra a te n ta del
tex to y q u e se d e p o s ita ro n e n la re c u r re n c ia a im á g e n e s, so n id o s y
escen as q u e c o m p r im e n ese a le ja m ie n to rie sg o so d e la voz o ff p o r la
c e rc a n ía s ie m p re re n o v a d a y eficaz d e la tra g e d ia sin g u la r. De esa
p a ra d o ja l a n tin o m ia , J o r d á n o b tu v o e q u ilib rio e n u n a o b ra so b re
e m o c io n e s d e se q u ilib ra d a s.
C u a n d o p a re c ía d e m o ra rs e m ás d e la c u e n ta , a P au l A u ster el cin e
v in o a b u sc a rlo y lo m a n te n d r ía c o m o re h é n , c o m o g u io n ista o d ire c
tor, c o n Cigarros, Blue in theFar.e [H um os del vecino] y L u lú on the Bridge.
26. Brownlow, Kevin: “T he Making of David L ean ’s Film of T he B ridg’ on the River
Kwai”, Cálceoste, vol. XXII, n° 2, 1996.
P ero a n te s d e eso tuvo lu g a r el ro d a je d el film e L a música del azar, b a
sado e n su n o v e la h o m ó n im a , y ese h e c h o p ro d u jo u n p u n to de p a rti
d a t e n t a d o r p a r a e m p e z a r a d e so v illa r la c u e s tió n d e la fid e lid a d
in sig n ifican te, p o rq u e es u n caso q u e c o n d e n s a u n a a m p lia v arie d ad
de las d e c isio n e s c o n v e n c io n a le s q u e s u p o n e el c ru c e d el fo rm a to li
te rario al c in e m a to g rá fic o , y p o r ese m ism o m otivo, p u e d e d ecirse que
tiene u n e fecto e je m p lific a d o r o d id áctico .
E sta tran sp o sició n , e n c a ra d a p o r el d ire c to r P h ilip H aas ju n to a su
c o g u io n ista B elin d a H aas, p la n te a d esd e el inicio u n a o p c ió n inocul
table: la p rim a c ía de ias accio n es de los p erso n ajes. P o r eso, la m ódica
in tro d u c c ió n descriptiva q u e a b ría el tex to se h a ev ap o rad o . A sim ism o,
al ir tras las ac c io n e s se e n tie n d e q u e d e s a p a re c ie ra n lo sJlashbacks q u e
d a ría n c u e n ta d el m a trim o n io o d e la re la c ió n d e J im N ash e (M andy
P a tin k in ) c o n su p a d re , h a sta el e n c u e n tro fo r tu ito y decisivo co n Ja c k
Pozzi (Jam es S p a d e r), q u e d e to n a el c a m b io d e ru m b o d e l p ro tag o
nista. E se re c o r te d e l p a sa d o d e N ash e , d e to d o s m o d o s, 110 es g ra tu i
to, ya q u e las escasas m o tiv ac io n es q u e d esliz a b a A u ste r so b re lo que
e ra a n te r io r al in icio de la novela, va a in s in u a r p ro b le m a s m ayores
m ás a d e la n te .
Es im a g in a b le q u e la afició n d e H aas p o r las a c cio n e s e n vez de los
d iversos tip o s d e im á g e n e s m e n ta le s ,'e s té en c o n s o n a n c ia co n u n a
afició n p o r u n a n a rra tiv a c in e m a to g rá fic a c ru d a m e n te n o rte a m e r ic a
n a clásica, q u e p riv ileg ia la tra n sfo rm a c ió n d e p e rso n a je s p o r m e d io
del m o v im ie n to . P ero e n esta n o v e la -y n o es !n ú n ic a suya d o n d e o cu
r r e - , A u ste r c o n stru y e u n p e rs o n a je p a ra q u ie n la e n ra n c ia y la e sp e ra
d el suceso singular, e p ifán ico o c o n m o v e d o r n o so n m e ro s efectos p ara
d ila ta r la v elo c id a d de la acció n , sino q u e so n la a cció n m ism a d e l re
lato. Y a h í se revela q u e h a b e r co n se rv a d o só lo las p erip e cia s de N ash e
n o h a c e sin o r e p r o d u c ir m ás u n a rg u m e n to q u e u n m u n d o in te rn o .
N o se tra ta de q u e N ash e esté e s p e ra n d o u n so c io .d e aventuras:
s im p le m e n te está e s p e ra n d o , g ira n d o e n círc u lo s h a sta q u e so b rev e n
ga la experiencia q u e d e u n solo g o lp e p re c ip ite y a c e le re u n d e v en ir
sig n a d o p o r el a z a r y la a u to e v a lu a c ió n , c o m o ya a c o n te c ía e n o tro s
re la to s d e A u ste r c o m o L a ciudad de ciistal o L eviatán, Q u e el b in o m io
H aas e lim in e los p e n s a m ie n to s d e N ash e n o sólo les evita d e m o ra rse
e n p asajes “sin a c c ió n ”, sin o q u e ta m b ié n s u p rim e esa m a n e ra d e es
ta r e n el m u n d o q u e ca ra c te riz a al p e rso n a je .
D e p u r a r el m a te ria l lite ra rio , p a ra H aas, c o n sistió e n lim ar casi p o r
c o m p le to la s u b je tiv id a d in trín s e c a q u e e s ta b a a s o c ia d a c o n N ash e
-sa lv o c u a n d o ve al n iñ o , o c u a n d o se im a g in a m a ta n d o - . Si b ie n en
la n o v e la A u ste r elige u n uso a m b ’g u o d e la te rc e ra p e rs o n a , se p e r
m ite esos m ic ro rre la to s in s e rta d o s d e n tr o d e l to r r e n te n a rra tiv o prin-
inñ
cipa l, c o m o u n desv ío, c o m o si p u s i e r a e n d u d a el p e s o d e la a n é c d o
ta b á s ic a y la d e j a r a e n t r e p a r é n t e s i s , c o m o si H a a s n o q u i s i e r a d e s e c h a r
e s a i n t r o m i s i ó n d e o t r a s h i s t o ria s , c o n s c i e n t e d e q u e la h i s t o r i a c e n
tral n o es t a n i m p o r t a n t e .
Esa s s u p u e s t a s b i f u r c a c i o n e s d e la c o r r i e n t e d r a m á t i c a p r o t a g ó n i c a
c e n t r a l , f u e r o n lic u a d a s d e l film e p o r la t o z u d e z d e H a a s e n c o n c e n
tra r s e e n la a n é c d o t a . A tal p u n t o H a a s q u i e r e f o r z a r el m a t e r i a l h a c i a
u n s u s p e n s o p o r el q u e A u s t e r n o m o s t r a b a el m e n o r i n te r é s , q u e o c u l
ta el r o s t r o d e u n o d e los d o s v u lg a re s m il l o n a r i o s , F l o w e r y S t o n e ( C h a r
les D u r n i n g y j o e l G r e y ) , c u a n d o “a l g u i e n ” d e q u i e n s ó lo se ve u n a
m a n o ( p e r o e n g u a n t a d a , c o m o la d e S t o n e ) p o n e las p ie z a s d e los d o s
v isi ta n t e s e n la a l e g ó r i c a m a q u e t a l l a m a d a “L a c i u d a d d e l m u n d o ”.
¿ Q u é o b j e t o t e n í a i n t r o d u c i r e s a i n t r i g a p o l ic i a l e n el m a r c o d e u n fil
m e p o r c o m p l e t o a l e j a d o d e ese f o r m a t o ? C u a l q u i e r a s e a el m o ti v o ,
c o m o tra n s fo rm a c ió n del texto d e o rig e n p a re c e im p ro d u c tiv a . N o
c o n t e n t o c o n eso, H a a s i n siste c o n ese p r o c e d i m i e n t o e n i g m á t i c o e n
la e s c e n a e n q u e c o m i e n z a la c o n s t r u c c i ó n d e l m u r o , y q u e m á s q u e
u n plot-p o in t e r a u n g u i ñ o d e A u s t e r r e e s c r i b i e n d o u n a f a m o s í s i m a
a n é c d o t a d e l m a g n a t e p e r i o d í s t i c o W ii l ia m R a n d o l p h H e a r s t , o a c a so
u n a c ita del a r g u m e n t o d e l f i lm e Ei espectro errante, d e R e n é Clair.
Q u e A u s t e r e m p l e a la t e r c e r a p e r s o n a t o m o m o d a l i d a d , es t a n vi
s ible c o m o q u e , d e t o d o s los p e r s o n a j e s , N a s h e c o n c e n t r a la m a y o r
p a r t e d e l s a b e r; m a r c a q u e n o tu v o c o r r e s p o n d e n c i a e n el film e , c u y o
m a y o r a c e r c a m i e n t o e s t á e n m a n t e n e r a N a s h e e n g r a n p a r t e d e las
e s c e n a s , y e n a ñ a d i r u n d e s e n l a c e c a r e n t e d e t o d a a lu s ió n , c o n la a fir
m a c i ó n n e t a d e q u e N a s h e s o b re v iv e , t e j i e n d o u n a d i s c u ti b l e r e d cí
clica e n t r e c o m i e n z o y e p í l o g o q u e b o r r a esa i m p r o n t a a z a r o sa y b r u t a l
q u e , e n b u e n a m e d i d a , m o d e l a la p e r s o n a l i d a d d e la l i t e r a t u r a d e
A u s te r. Y el h e c h o d e i n c l u i r in praesentia al p r o p i o a u t o r n o r e s t it u y e
s u u n i v e r s o , s in o q u e d i s e ñ a u n a b r o m a p r i v a d a m u y l e j a n a d e esa o t r a
f o r m a d e lo p r i v a d o q u e es la l i t e r a t u r a .
El c a s o T a b u c c h i : S o stien e P en ira
A n t e s y d e s p u é s , A n t o n i o T a b u c ;h i tuvo c o n el c in e u n v ín c u l o asi
d u o , q u e p e r m i t e c o m p a r a r la t r a n s p o s i c i ó n d e la a n t e r i o r N o c ía m e
In d ien c o n la p o s t e r i o r r e a l iz a d a s o b r e Réquiem-. Y e n t r e a m b a s , la ve r
s ió n q u e c o n c r e t ó el d i r e c t o r R o b e r t o F a e n z a j u n t o a S e rg io V écchio y
c o n c o l a b o r a c i ó n e n los d i á l o g o s d e l p r o p i o e sc rito r: SostienePerára..
C a si e n la d i m e n s i ó n d e u n best seíler, c a r g a n d o q u iz á s c o n el p e s o
d e s e r el lib r o m á s d i f u n d i d o d e T a b u c c h i , el p a s a je d e Sostiene Pereira
a la p a n t a l l a e n t r a ñ a b a e n i g m a s y e x p e c ta t iv a s p o r los r e s u l t a d o s . A su
favor e s t a b a u n a p r o s a m á s a b i g a r r a d a q u e la q u e v e n í a p r o d u c i e n d o
su a u to r , c o n e sa a lg o i m p o s t a d a n o s t a l g i a p o r lo p e r d i d o p e r o esta
vez m á s c o n c e n t r a d a s o b r e el tip o d e t r a n s f o r m a c i ó n q u e va p r o d u
c i e n d o e n el d o c t o r P e r e i r a el f l a m í g e r a m e n t e r o m á n t i c o M o n t e i r o
Rossi, así c o m o el m o d o e n q u e los a v a ta r e s p o l í t i c o s d e la d i c t a d u r a
d e S a l a z a r v a n i n v a d i e n d o ese r e d u c t o d e s e g u r i d a d e s a p a r e n t e s d o n
d e se c o b ij a el viejo p e r i o d i s t a o b s e s i o n a d o p o r la m u e r t e .
L a n o v e l a n o p r e s e n t a b a , p o r t a n t o , e sa d i f i c u l t a d e sq u i v a d e ¡o
e p i s ó d i c o - q u i z á s el m e j o r r a s g o estilístico d e l e s c r i t o r - q u e d i e r a b r i
llo a n a r r a t i v a s e v a n e s c e n t e s c o m o las d e N octurno h in d ú o Pequeños equí
vocos sin im portancia. D e tal m o d o , l a i d e a d e u n ú n i c o p e r s o n a j e en
fase d e c a m b i o , d e u n p e r s o n a j e q u e se c o n s t i t u y e e n caja d e r e s o n a n
c ia o c a t a l i z a d o r s o l i t a r i o d e t e n s i o n e s g e n e r a l e s , le p e r m i t í a a
T a b u c c h i j u g a r c o n el t i p o d e d i s c u r s o , e l i g i e n d o el e s tilo i n d i r e c t o
- e l r e c u r r e n t e “s o s t i e n e P e r e i r a ”- p a r a m e d i a t i z a r su p u n t o de vista,
c o m o si el r e l a t o se d e d i c a r a a t r a n s c r i b i r u n a d e c l a r a c i ó n h e c h a a n t e
u n p o l ic í a , o a n t e u n a s a u t o r i d a d e s q u e e n j u i c i a n su a c t o final e n el
p e r i ó d i c o d e L is b o a . El e m p l e o d e l estilo i n d i r e c t o t e n í a , a d e m á s , u n
d o b l e m o ti v o : p o r u n l a d o , le c o n f i e r e al t e x t o u n a c i e r t a c a d e n c i a li
t e r a r i a c r e a n d o u n i n t e r l o c u t o r i m a g i n a r i o v e n el l ím i te d e ¡o a le g ó
rico; p o r o t r o l a d o , b u s c a r e s p e t a r p a r c i a l m e n t e el o r i g e n l i t e r a r i o v
el o r i g e n l á c t ic o , al m e n o s s e g ú n lo e x p li c a el a m o r e n la no:;] a ñ a d i
d a al f i n a l d e la d é c i m a e d i c i ó n ita lia n a . L e jo s d e la d i s t a n c i a q u e p o
d í a s u p o n e r , el u s o del d i s c u r s o i n d i r e c t o e ra u n a m a r c a n e ta , v hasta
t o z u d a , d e a f i r m a c i ó n d e u n a e s c r i t u r a i n t r í n s e c a m e n t e lite ra ria .
E sas s i n g u l a r i d a d e s , q u e s o n la l i b r e t a d e i d e n t i d a d d e l t e x to , n o
p a r e c e n h a b e r l e r e s u l t a d o p r o b l e m á t i c a s al d i r e c t o r F a e n z a ni a sus
g u i o n i s t a s , si se j u z g a n las d e c i s i o n e s a d o p t a d a s e n la t r a n s p o s i c i ó n .
P o r q u e el h e c h o d e s e g u i r c o n p u n t u a l i d a d los a v a la r e s d e la t r a m a ,
d e sus p e r s o n a j e s y sus m o tiv o s, d e sus o b j e t o s , sus t r a y e c t o s y sus lu g a
res, p o d r í a i m p l i c a r u n a v o l u n t a d d e s u j e c i ó n p r e v is ib le al o rig in a ! d e
T a b u c c h i . Y m á s allá d e u n a s p o c a s e s c e n a s a g r e g a d a s e irrelevani.es,
lo q u e n o r e s u l t a b a p r e v is ib le ni i m a g i n a b l e e r a q u e se l e y e r a ln n o v e
la c o m o si se e s t u v i e r a a n t e u n t ó t e m , a n u l a n d o la d i m e n s i ó n s u b j e ti
va d e la l e c t u r a , al i n c l u i r l i t e r a l m e n t e p a r t e d e esos te x to s e n u n e ¡tilo
i n d i r e c t o q u e e n u n film e r e s u l t a d i s p a r a t a d o . V e am o s .
C o n s c i e n t e d e q u e el e stilo i n d i r e c t o im p l i c a u n t e s ti g o - n a rr a d o r .
F a e n z a c o m i e n z a s u p e l í c u l a c o n u n a voz o ff q u e a p o c o d e a n d a r d e s
c u b r i m o s q u e es e x t e r n a al re la to , ya q u e n o p e r t e n e c e a n i n g u n o d e
los p e r s o n a j e s q u e lo p u e b l a n . Esa voz o jf r e a p a r e c e r á e n d iv ers o s p a
sajes, m a n t e n i e n d o u n c i e r t o p r o t a g o n i s m o , o b v i a m e n t e e n el m een-
to d e r e p r o d u c ir la voz a n ó n im a y o m n is c ie n te d e la n o v ela, u n a voz
q u e se p re s u m e re tro sp e c tiv a , y q u e lo h a c e c o n u n o b jetiv o cristali
n o : p o d e r re c u p e r a r la m e d ia tiz a c ió n d el in s iste n te “so stie n e P e re ira ”.
P e ro creer, c o m o c re e F aenza,. q u e esa tra sla c ió n m e c á n ic a va a
p ro d u c ir u n e fe c to a n á lo g o al q u e p ro d u c e e n el lecto r, es c o m o c re e r
q u e le e r u n iib ro es ig u a l q u e v e r u n a p e líc u la , y al m ism o tie m p o es
d e s c re e r d e l c in e c o m o le n g u a je a u tó n o m o . E n u n a n o v ela, es d istin
to u n n a r r a d o r o m n is c ie n te invisible d e u n o q u e s e .p r e s e n ta co rn o
e x iste n te ; e n u n film e d e ficc ió n , si h ay u n a voz off, in m e d ia ta m e n te
n o s g e n e ra el d e se o d e v e r al p e rs o n a je q u e h a b la . Si algo e n s e ñ ó el
e je m p lo d e L a dam a-del lago, fu e q u e , p a ra su b jetiv izar u n p u n to d e
vista, la c á m a ra n o p o d ía s e g u ir e s tric ta m e n te el m odelo, d el n a r r a d o r
lite ra rio e n p r im e r a p e rs o n a , e n la m e d id a e n q u e - c o m o lo d e m o s
tró p o c o d e sp u é s H itc h c o c k .e n L a ven ta n a indiscreta- es im p re sc in d i
b le u n ju e g o e n tr e lo su b jetiv o y lo o b jetiv o p o rq u e la id e n tific a c ió n
d el e s p e c ta d o r só lo es p o sib le si ve al p e rs o n a je . In c lu so si se to m a el
caso d e E l ciudadano, se v e rá q u e los testig o s n a r r a n sus re la to s a n te
u n p e rio d is ta q u e n o lle g a a c o n stitu irs e e n p e rs o n a je , p o rq u e n a d a
s a b e m o s d e él y p o rq u e sie m p re está d e e sp a ld a s a la c á m a ra , p re c isa
m e n te p o r q u e a W elles lo q u e le im p o rta es q u e o ficie d e p u e n te p a ra
p o d e r p a sa r a los flashbacks d e q u ie n e s n a r r a n , p e ro n o es q u e c u e n
tan sus vivencias al p e rs o n a je p e rio d ista , sin o m ás b ie n éste h a c e las
veces d e m e d ia d o r co n el esp e c ta d o r.
' E sta le c c ió n so b re lo q u e es n a r r a r c o n .los in s tr u m e n to s y p a rti
c u la r id a d e s p ro p ia s d e l m e d io q u e se e stá e m p le a n d o es lo q u e ha
o lv id a d o F a e n z a , p e s e a q u e el p r o p io T a b u c c h i se o c u p ó d e s e ñ a la r
q u e h a c e r u n a p e líc u la d e u n re la to li te r a r io n o es e q u iv a le n te a
tr a d u c ir lo a o tro s id io m a s . Si la p r e g u n t a h u b ie r a sid o “¿ c ó m o p u e
d e tra sla d a rse este r e c u r s o c o n las h e r r a m i e n ta s d e l cin e? , q u iz á s
las s o lu c io n e s h u b ie r a n sid o o tra s. Q u iz á s h u b ie r a n sid o r u d i m e n
ta ria s - u n te stig o q u e asiste a los h e c h o s sin in te rv e n ir, u n racconio
q u e a b re y c ie r r a el re la to c o n a lg u ie n e v o c a n d o la tr a m a - , p e ro
h a b ría n lib e ra d o al d ir e c to r d e la c o r a z a 'd e l te x to . L ejo s d e se lla r
u n a su b je tiv id a d , esa Voz off. tran sp lan : ta d a d e su tie rra n a ta l, n o h a c e
sin o a n c la r el film e e n el a n o n im a to , é n la m e d id a e n q u e la voz o ff
te r m in a p o r fu n c io n a r c o m o “la voz d e D io s ”, c o m o re p r e s e n ta c ió n
d e n a d ie , c o m o la q u e e m p le a n p a ra los d o c u m e n ta le s d id á c tic o s q u e
fa tig a la te le v isió n . El afán p o r la fid e lid a d lite ra l h a c e m e n g u a r las
c rític a s, p e ro C onv ierte el le n g u a je c in e m a to g r á fic o e n u n p ris io n e
ro q u e c la m a p o r la lib e rta d .
108
c) E l posible adulterio: la "lectura in a d e cu a d a ” "■
1OQ
m a p a rte , c o m o o c u rr e e n la n o v ela, lo q u e ta m b ié n fu n c io n a c o m o I
u n in te n to p o r d ic ta m in a r las m o tiv a c io n e s d el c rim en , Y u n a ú ltim a ,. |
es la m a n e r a e n q u e B ro o k s re m a rc a las p istas - l a h u e lla d el z a p a to , la
c u e rd a c o n q u e P e rry a ta la c a ja -, e le m e n to s q u e d irig e n su p e líc u la
h acia u n p o licial d e e n ig m a c o n c u lp a b le id e n tific a b le , q u e e ra ex ac
ta m e n te lo q u e in te n tó e v itar C a p o te si se revisa el m o d o d e d e fin ir
sus p e rs o n a je s v tra b a ja r la a m b ig ü e d a d d el p u n to d e vista.
C o m o d e c ía m o s p á g in a s atrás, c u a n d o L u c h in o V isco n ti se p r o p u
so h a c e r u n film e c o n L a muerte en Veiiecia d e T h o m a s M a n n , sab ía
p o sitiv a m e n te q u e se e n c o n tr a b a a n te u n a n o v e la c o n c e b id a d e sd e el
rig u ro so p u n to d e vista d e G ustav v o n A s c h e n b a c h ,'p o r lo q u e d e b ía
c o n s tru ir u n a id e n tific a c ió n c o n el p e rs o n a je sólo p o sib le si h a lla b a
los p u e n te s e n tr e el m a te ria l lite ra rio y el m a te ria l c in e m a to g rá fic o .
T ra tá n d o s e d e u n te x to d o n d e el d iá lo g o es p u r a a u se n c ia y lo q u e
p re v a le c e es la d e sc rip c ió n c o m o m é to d o , a d o p tó c ie rto s c rite rio s cla
ves. P o r u n lad o , re c o g ió al p e rs o n a je re c ié n d u ra n te su viaje a V enecia,
p o d a n d o to d as las ju s tific a c io n e s m e n ta le s q u e a M a n n le to m a b a n u n
larg o y m arav illo so tie m p o e x p o n e r. P o r o tro lad o , d e te r m in ó q u e los
ú n ic o s p la n o s su b jetiv o s, ya visuales o so n o ro s, así c o m o los ú n ic o s
flashbacks, fu e r a n los d e V on A sc h e n b a c h , c o n el re c a u d o d e q u e esa |
m ira d a sie m p re se o c u p e d e in te g ra r al p e rs o n a je co n el esp acio q u e i
lo ro d e a . P o r ú ltim o , V isco n ti id e ó u n a p u e s ta e n e sc e n a e n e stric ta :
re la c ió n c o n esa v o lu n ta d n a rra tiv a , e m p le a n d o c o m o rec u rso s exclu-
y en tes la to m a p a n o rá m ic a y el zoom, c o n ¡o q u e el nivel d e la d e sc rip
ción su b jetiv a e ra p o te n c ia d o p o r el c o n c e p to visual d el film e.
M ás allá de las distancias d e to d o tipo q u e se p a ra n la o b ra d e R ich ard
B rooks d e la d e L u c h in o V isconti, estos dos ejem p lo s p ro c u ra n rev e la r
q u e n o to d a s las lectu ras so n equiv alen tes, n i d e te rm in a n u n a evalua
ción an á lo g a . C o m o q u e d ó d ich o , esa d ife re n c ia ra d ic a e n el m o d o d e
le e r los textos, p e ro ta m b ié n en el m o d o e n q u e se p ie n sa el p asaje d e
la o b ra lite ra ria a u n m e d io disím il. P o rq u e , d e c re e r q u e tod as las lec
turas tie n e n validez sim ilar, te rm in a ría m o s p o r d in a m ita r esas d ife re n
cias q u e u b ic a n e n u n lu g a r la o b ra d e B rooks y e n o tro la d e V isconti,
El c o n c e p to d e le c tu ra in a d e c u a d a rio se. b asa en la id e a d e q u e
hay u n a s e n d a q u e ¿¿«inseguirse, sin o e n q u e cie rtas se n d a s q u e se si- ;
g u e n , al le e r u n te x to d e u n a c ie rta m a n e ra , p o n e n al d e s n u d o m ay o
res o m e n o r e s p e rtin e n c ia s c o n el a u to r y su v isión d e l m u n d o , c o n su
m o d o d e n a rra r, co n sus h isto ria s y p e rso n a je s, c o n lo q u e hizo q u e el
tex to fu e r a lo 'q u e es. Q u e el se n tid o d e u n a o b ra sea a n a s e rp ie n te
q u e z ig za g u ea, q u e se a in a p re h e n s ib le , n o d e b e h a c e r c re e r q u e to d a
le c tu ra es válida, a u n q u e se a le g ítim a. P e ro so b re esta c u e stió n d e la
v alidez o la le g itim id a d v o lv erem o s m ás a d e la n te .
A m a n e r a d e verificación se in clu y en a q u í los casos d e dos novelas
unificadas p o r el te m a d e la d o m in a c ió n q u e e je rc e n c ie rto s p e rs o n a
je s s o b re o tro s , c o m o s o n Los anteojos de oro, d e l ita lia n o G io rg io
B a s s a n i , y Las ratas, d e l a rg e n tin o Jo s é B ianco, q u e c o n v irtie ro n en
filmes G iu lia n o M o n ta ld o y L uis Saslavsky, re s p e c tiv a m e n te , m ás allá
de q u e el c o n ta c to d e esto s dos a u to re s co n el c in e se a e x a c ta m e n te
inverso.
1 19
(fijo. Per0 te n 10 1° 4 u e se m an tu v o d el texto d e B assani co m o los añ a
didos de la h isto ria de D avid y N o ra y sus inevitables escenas eróticas
b inadas d e to n o s ocres, to d o está com o ap resad o en u n fo rm ato de re
construcción d e ép o c a tan a p re m ia n te y vistoso q u e c u a n d o re ap a re c e n
los diálogos y p e rc e p c io n e s del n a rra d o r ya es d em asiad o tarde, p o rq u e
\[ 0ntaldo se h a d e d ica d o a com prim ir, y p o r lo tanto a sim plificar ese
universo vivido c o m o u n c o n tin u o d e e x p e rie n c ia s q u e h a b ía tejid o
Bassani.
E n la n o v ela n o hay u n a je r a rq u iz a c ió n ni u n uso d e las m ay ú scu
las indicativas p a ra q u e el le c to r d isc rim in e lo tra s c e n d e n te , sin o to d o
lo c o n tra rio : el a u to r p rio riz a esa id e a d e q u e to d o es p a rte d e algo así
c o m o la flu id e z d e la.vida. In v e rsa m e n te , e n la v e rsió n d e M o n ta ld o ,
c u ando el p ro fe s o r P ru d g e r es d e n o stad o , d e m a n e ra sin to m á tic a dice
u n a frase q u e e x p lica co n ju s te z a el tipo d e tran sp o sició n d el d irecto r:
'L a g e n te e n tie n d e to d o , c u a n d o se lo explicas b ie n ”. J u s ta m e n te , el
p ro b le m a d e la le c tu ra q u e h ace M o n ta ld o está fo c a liz a d o e n la id e a
de la e x p lic a c ió n , ya q u e B assan i p o n ía las te n sio n e s p o líticas y racia
les c o m o u n velo q u e va e n so m b re c ié n d o se , y ésa sie m p re fu e su cua
lidad c o m o e sc rito r: el p aisaje d e la in te rio rid a d . P e ro M o n ta ld o cree
que a c tu a liz a r esa h is to ria co n siste e n ilu m in a r lo v e la d o , p o n ie n d o
su p e líc u la m ás c e rc a d e l c in e ita lia n o d e d e n u n c ia q u e d e la n a r r a ti
va d e sc rip tiv a d e B assani.
113
SOBRE LA NOVELA de
JOSE BIANCO
ADAPTACION '/ DIALOGOS de
EMILIO
VILLALBA WELSH
y LUIS SASLAVSKY
PRODUCCION
Y DISECCION:
LUIS SASLAVSKY
PRESENTADA PCR
GUIPAR .
DiSTRIBUClON:
ARGENTINA
SONO FILM'
117
q u e d e s d ib u ja los lím ite s e n tr e la c o n c ie n c ia y el d e lirio p a r a n o i c o ®
Es m ás u n p aisa je d e la m e n te q u e u n e sp a c io m a te ria l, c o m o si lle -lí
v a ra a u n e x tre m o d e a b s tra c c ió n lo q u e ya h a b ía p ro b a d o e n L a in M
fa n c ia de Iván. H a sta el p ro p io T a rk o v sk i d e fin ió e n su m o m e n to a |
Stalker c o m o u n western d e l c e re b r o , lo c u al n o d ista m u c h o d e p are- J
c e rse a u n a d e c la ra c ió n d e p rin c ip io s so b re la clase d e tra n sp o sic ió n í
re a liz a d a . f
A su vez, la riq u e z a d e l re la to lite r a rio d e los S tru g a tsk i im a g in a - I
b a u n p a isa je a te r r a d o r p o r s e r p ró d ig o e n re sto s c u ltu ra le s d e la |j
c ie n c ia , d e la v id a c o tid ia n a y d e l a rte y la c o m u n ic a c ió n . A u n q u e S
m ás c ó m o d o e n la f o r m u la c ió n d e p r e g u n ta s q u e e n la p ro d u c c ió n |
d e re sp u e sta s, n o p a re c e a p re s u ra d o d e c ir q u e T arkovski a c u e rd a co n i
la id e a q u e p la n te a b a n los a u to r e s , c o n la o p o s ic ió n e n tr e la n a tu ra - %
leza, c o m o lo in c o n ta m in a d o , y los e fe c to s d e la c u ltu ra m al e n te n - jl
d id a c o m o u n cam ino- p ro c liv e a la d e c a d e n c ia , e n p a rtic u la r si se.®
.e x a m in a n esos e x c e p c io n a le s fr a g m e n to s q u e - a m o d o d e inserís. e n j
b ia n c o y n e g r o - r e c o r r ía n E l sacrificio, y q u e d ifíc ilm e n te p u e d a n |
d ic ta m in a rs e c o m o o n íric o s, o flashbacks, o m e ra s im a g in a c io n e s d e l -í
p ro ta g o n is ta . Si los o sa d o s p e rs o n a je s d e Stalker b u s c a b a n , c a d a u n o |
a su m o d o y d e sd e su p r o p ia v isió n d e l m u n d o , esa q u im e ra q u e es f
el fin ú ltim o d e las cosas, esa b ú s q u e d a n o p a re c e m uy d is ta n te d e la
d e l A le x a n d e r d e E l sacrificio. P e ro la a fin id a d d e T ark o v sk i c o n la
n o v e la n o e stá c ifra d a só lo e n los c o n c e p to s q u e a n im a n a se n d a s
d is c ip lin a s, ya q u e b ie n p o d ría m o s p e n s a r e n esa d e stre z a d e los es
c rito re s e n los ca m b io s b ru s c o s d e v e lo c id a d y d e to n o , o en la vio
le n c ia d e las elipsis d e u n p á rr a fo a o tro , y allí se n o ta r ía d e q u é m o d o
el c in e a s ta p u d o m a te ria liz a r e q u iv a le n c ia s c in e m a to g rá fic a s p a r a
esas re s o lu c io n e s ta n c o m p le ja s , p ro b le m a s so b re los c u ale s ya v e n ía
■trabajando d e sd e E l espejo.
C o n e sto n o p r e t e n d o d e c ir q u e n o ha!ya d if e re n c ia s e n tr e la n o
v e la y el film e, m ás allá d e q u e a m b a s o b ra s c o m ie n c e n c o n la e n
trev ista ra d ia l al d o c to r e n física. L a d is tin c ió n d e d isc ip lin a s n o sólo
n o e stá a n u la d a , s in o q u e h a sid o “j e r a r q u i z a d a ” e n la m e d id a en
q u e el r e la to lite r a r io c o n te m p la b a u n á rc o te m p o r a l m u y e x te n s o
y al m ism o tie m p o d e lib e r a d a m e n te im p re c is o , c o n e lip sis b ru s c a s
q u e c o n v e r tía n al le c to r e n a z o ra d o d e te c tiv e d e p istas m ín im a s . O
e n ta n to lo s re c u e r d o s in u n d a b a n al g u ía R e d , e s ta b le c ie n d o u n a
c o n ti n u id a d e n la d is c o n tin u id a d , o e n c u a n to a la fig u ra d e l p a
d r e s im b ó lic o d e l g u ía , o e n c u a n to a los e fe c to s d e las m u ta c io n e s
s o b r e lo s p e rs o n a je s - R e d , su h ijita M o n a - im p ra c tic a b le s e n el fil-
m e , o e n c u a n to al h e c h o d e q u e h a y m ú ltip le s m e r o d e a d o r e s q u e
v a n a la Z o n a y c o m e r c ia n lu e g o “o b je to s ” allí o b te n id o s en el m e r
c a d o n e g r o . T o d o s esos ra sg o s e s tá n tr a s to c a d o s e n el film e, así
c o r n o e l d ecisiv o e s p e s o r x e n o ló g ic o - c i e n c ia fic c ió n c ru z a d a co n
lógica f o r m a l - q u e s o s te n ía los in te re s e s d e los S tru g a tsk i. y q u e
q u e d ó e n s e g u n d o p la n o e n el film e d e T ark o v sk i. P e ro n u n c a se
ha d ic h o q u e la in te rs e c c ió n d e m u n d o s im p liq u e u n c o n tr a to d e
fid e lid a d , sin o u n d iá lo g o d o n d e m ás q u e las p é rd id a s se c o n te m
pla la clase d e e n c u e n tr o e n tr e las o b ra s d e d o s a rtista s.
i 9n
M arión B rando y Elizabeth Taylor en fe/lejos en tus ojos dorados,
de Jo h n Huston.
31. M cDowell, M arg a re t B.: Carson McCullers, un corazón solitario, B uenos A ires, Fra
te rn a , 1983.
A u n q u e el c in e d e H u s to n sie m p re tu v o u n p ie e n la lite r a tu r a
_un g u ió n o rig in a l e ra p a ra él casi u n e x o tism o -, su m o d o d e le e r a.
jytcCullers es a n á lo g o a su m o d o d e le e r a Jo y ce. E n a m b o s casos, la
p re s c in d e n c ia d e l d iá lo g o c o m o c a m in o ú n ic o d e lo q u e se d e b e
in fo rm a r h a c e q u e to d o fluy a p o r situ a c io n e s d o n d e las m ira d a s c a D -
m radas, el m o v im ie n to d e los p e rs o n a je s en el e sp a c io y el d e se o de
m arcar las p e r c e p c io n e s fu g a c e s , d e riv e n e n p u e s ta s e n e s c e n a ce^
rrad as, d o n d e n a d ie lo g r a d e c ir lo q u e le p asa, y c u a n d o se d e c id e
a h a c e rlo , ya es d e m a s ia d o ta rd e . H u s to n e lu d e to d a lite ra rie c la d ,
a u n q u e in c lu y e el p á r r a f o in ic ia l e n el c o m ien z o d e l film e y lo r e p i
te e h el e p ílo g o .
E n c o n s o n a n c ia co n las c e rc a n ía s tem áticas e n tr e a u to r a y d ire c
tor, los g u io n ista s C h a p m a n M o rtim e r y Gladys H ill p e rf ila ro n u n a
tarea a so m b ro sa, ya q u e el film e re c u p e ra p u n tu a lm e n te la e stru c m -
ra p e ro ta m b ié n los b ru s c o s cam b io s d e to n o , la u n id a d d e lu g a r y la
u n id ad d e ac c ió n , c o n sus seis p e rso n a je s e n b u sc a d e a m o r a cargo
de u n r e p a r to q u e sólo e n sus p o liciales H u s to n c o n sig u ió igualar, co n
B rando ja m á s ta n e c o n ó m ic o e n P e n d e rto n , c o n T aylor ja m á s ta n vul
g a rm e n te fa tu a e n L e o n o ra , co n F o rster co m o el so ld ad o y Julie H arris
h a c ie n d o d e A llison.
M ás in u s u a l es el m o d o e n q u e H u sto n p u d o o b te n e r e q u iv a le n
cias p a ra los sím b o lo s e se n c ia le s dei rela to , c o m o el c a b allo b la n c o
F irebird, los reflejo s e n el ojo, los lím ites g eo g ráfico s y m o ra le s, las si
m etrías d e l m ir a r inverso e n P e n d e rto n y W illiam s, o la in c e r tid u m
bre - l a d e lg a d ísim a f r o n te r a a m b ig u a q u e p ro p o n ía M c C u lle rs- enr.n.
lo fe m e n in o y lo m ascu lin o .
P e ro q u izás el rasgo d e p e rs o n a lid a d y estilo d e p u ra d o m ás sig n ifi
cativo d e H u s to n se a el q u e lo h izo n e g arse a la te n ta c ió n d e h a c e r
fu n c io n a r la n a tu r a le z a c o m o e n el texto, n o b u sc a r re e m p la z a r la p a
labra de c o rte asociativo y p o é tic o p o r im ág e n e s q u e d ev u e lv a n ese
esp esor p e rc e p tiv o . E n vez de ese e rr o r tan fre c u e n ta d o , p re fie re q u e
la p o sic ió n de c á m a ra sie m p re h a g a v er algo m ás d e l c u e rp o v las ac
ciones d e sus p e rs o n a je s, c o m o p u e d e ad v ertirse en las esce n a s d e los
esp io n ajes fu rtiv o s, o los ju e g o s d e cartas. Y e l o tro a sp e c to -s im ila r y
c o m p le m e n ta rio co n el a n te r io r - está en los pasajes d e p u n to d e '.as
ta, in v a ria b le m e n te m a rc a d o s p o r la e n tra d a in o p in a d a v p re cisa de
la m ú sica, y ta m b ié n p o r la e lec c ió n d el ta m a ñ o d e p la n o s , q u e se
h a c e n m ás e s tre c h o s o d ista n c ia d o s seg ú n lo exija el flu ir d ra m á tic o .
H u sto n d e m o s tr ó c ó m o se h a c ía y, d e sd e a lg ú n lu g ar, fin a lm e n te ,
M cC ullers s o n r íe feliz.
Huston-Jcryce : |¡ |
J o h n H u s to n d e s e a b a h a c e r Los muertos d e sd e d éc a d a s atrás, trein S f'
ta a ñ o s atrás se g ú n d ic e n sus a c to re s, a u n q u e el p ro p io d ire c to r aséfjí
g u ra b a q u e d e sd e su in fan cia , c u a n d o su m a d re le re g a ló ei v o lu m en ^ ;
de re la to s Dublineses. N o se ría su sa lu d q u e b ra d iz a lo q u e iba a de te-?
n e rlo , sin o al revés. Es q u e la le c tu ra m ás in g e n u a q u e p u e d a h a ce rse
d e l re la to d e Jo y c e p e rm ite s u p o n e r q u e se tra ta b a d e l m o m e n to indi- -
c a d o , c u a n d o el in d e te n ib le p a so d e l tie m p o h a b ía d e ja d o ta n ta s se
c u ela s e n el físico y el alm a d e l re a liz a d o r c o m o en. el físico y el alm a l
d e ¡os p e rso n a je s d el c u e n to, e n e sta tra g e d ia in tro v e rtid a e im p 'o ta d a 1"
q u e m e ro d e a u n a lo c a lid a d d e G alw ay q u e H u s to n p u d o r e c o n s tr u ir
c o n p re c is ió n e n C a lifo rn ia p o r q u e e n ese lu g a r d e I r la n d a re s id ió *|
e n sus ú ltim o s a ñ o s. Desde ahora y para siempre fu e su úl tim o film e y lo i
re a liz ó e n fe r m o p e r o a fe r ra d o al c in e y a la vida, ta n to c o m o a e s e f |
re s p ir a d o r a rtific ia l q u e e m p le ó d u r a n te to d o el ro d a je y q u e in te n -1 .
ta b a p ro lo n g á rs e la , se g ú n p u e d e c o m p r o b a rs e e n el e s p lé n d id o do-!?
. c u m e n ta l J o h n H u sto n and the Dubliners, d e L ily an S ie v e rn ic h . ¿
> P a ra H u s to n , e n to n c e s, esta tra n s p o s ic ió n n o v e n ía a su m a rse a la ¿
e x te n s a n ó m in a d e re la to s lite ra rio s q u e lo h ic ie ro n b rilla r y ti asta-
billar. E ste vez e ra d ife re n te , y p o r eso p a re c ió ,ir ta n to tras u n a q u im e
ra c o m o d e u n sa lto al vacío. P o r u n la d o , es n o to r io su a fá n p o r
sin o re tiz a r los m ate ria le s d e la n a rr a c ió n lite ra ria c o n los d e la n a rra - I
ció n c in e m a to g rá fic a : p o r o tro la d o , b u sc a p o n e r esos m a te ria le s (o I
có d ig o s) en te n sió n . j
Es así q u e si se p ie n s a la e s tru c tu r a n a rra tiv a de! film e, ese re s p e to j
al o rig e n co n siste e n u n a té c n ic a d e l re la to clásico - m o s tr a r y escam o - }
tear, c o m o le g u sta d e c ir a S aer—32 y d o n d e los d e tai les o in tro m isio n e s í
d e ja n s ie m p re la te n te a lg ú n c o n flic to q u e aso m a p a ra lu e g o c o n g e
larse y p e rm a n e c e r e n p u n to s suspensivos. T am b ién m a n tie n e c o n celo
la en v o lv e n te y p re s u n ta b a n a lid a d d e los d iálo g o s de la h is to ria de
Jo y ce, ta n to c o m o las elipsis te m p o ra le s - e l a n á lo g o c ie rre d e la esce
n a d e la c o m id a co n el d iscu rso , p o r c a s o - y el p u n tu a l re c u rso d e las
d e sc rip c io n e s d e los p e rso n a je s. M ás a ú n : si b ie n c o n v ie rte en. gestos
ín fim o s los p e n s a m ie n to s d e G a b rie l C d n ro y q u e a tra v iesan el c u e n
to, e m p le a la voz o ff lite ra l y lite ra ria e n el d e se n la c e , q u e es c u a n d o
el p ro p io re la to p e d ía u n a le c tu ra c u a lita tiv a m e n te d ife re n c ia d a , y la
p u e s ta eu e sc e n a d e H u s to n e n c u e n tr a esa d ife re n c ia , e n u n e p ílo g o
c in e m a to g rá fic o m e m o ra b le .
194
P ero si b ie n es e v id e n te la h o m o lo g ía d e p ro c e d im ie n to s, H u s to n
no o lvida q u e el a rte d el c in e o p e ra c o n o tro s m a te ria le s. O p a ra d e
firió c o n m ás p re c isió n : q u e el tie m p o d e la le c tu ra lite ra ria y el tiem
po de la le c tu ra c in e m a to g rá fic a d ifie re n . P o r lo ta n to , to d o lo q u e
joyce “d e s c r ib e ” d el p asad o d e sus p erso n a je s, su n e c e sid a d d e c re a r
e n la im a g in a c ió n d el le c to r la id e a d e criatu ra s q u e c a rg a n el p eso
del tie m p o tr a n s c u rr id o , H u s to n lo resu elv e co n los m a te ria le s del.
cine. T o m e m o s tres e jem p lo s.
C u a n d o M a r v ja n e (I n g rid C raigie) e je c u ta u n a m e lo d ía e n el p ia
no v G ab riel (D o n a ld M c C a n n ) la ob serv a, v em o s “lo q u e él o b se rv a ”
m ed ian te to m as subjetivas y, fin a lm e n te , la cá m a ra se in d e p e n d iz a de
la a c ció n y p o d ría m o s de.cir q u e “sigue el re c o rrid o d e la m e n te del
p e rso n aje p o r esa c a sa ”, co n to d o s los re c u e rd o s q u e tie n e p a ra él y
que a jo y c e le to m a b a ta n to tra b a jo e x p o n er, d e b ie n d o e x p lic ita r con
tocia le g ib ilid a d q u e se tra ta b a d e “los re c u e rd o s d e G abriel". H u s to n
resuelve esa d ific u lta d de la e sc ritu ra lite ra ria c o n u n c o rte d ire cto ,
una m ú sic a q u e p a re c e h a c e r a s c e n d e r el p e n s a m ie n to d e G a b riel y
una c á m a ra q ü e va d e sp la z á n d o se p o r la esc a le ra y las h a b ita c io n e s
com o si la e v a lu a c ió n d e lo vivido e m p e z a ra a in u n d a rlo , p re p a r á n d o
nos p a ra el d e se n la c e .
O tro m o m e n to significativ o se p ro d u c e en la co m id a , c u a n d o la
ría K are ( H e le n a C a rro ll) re m e m o ra al te n o r P a rk iu so n . En el c u e n
to, ella re la ta su d e v o c ió n p o r él, m ie n tra s q u e en ei film e H u sto n re a
liza u n m o v im ie n to d e c á m a ra sutil, un tr a v d lin g leve a c e rc á n d o s e a
su ro stro , sin p e r d e r esa c u a lid a d de estilo p rá c tic a m e n te invisible q u e
c a ra c te riz a a la m e jo r z o n a de su film o g rafía, seg ú n la c e rte ra d e fin i
ción d e l c rítico Ja m e s A gee. Al “m a rc a r” ese in sta n te , lo su b ray a, y al
su b ray arlo , a n tic ip a ei tra m o final, la rev elació n d e l ep ílo g o .
Y e n te rc e r té rm in o , te n e m o s el m o m e n to d e l re la to del a n te p a sa
do y su caballo Jo h n rty , q u e Jo y ce ubica en el final de la fiesta y H u sto n
decid e p o s p o n e r h a s ta la e scen a en el in te rio r d el c a rru a je d o n d e via
ja n G ab riel y G re tta (A njelica H u s to n ), ru m b o al h o te l de la co nfesió n .
Allí, n u e v a m e n te , la elec ció n d e H u sto n es n o ta b le p o rq u e en el gesto
de G re tta em p ie z a a in sin u arse co n ta n ta nitidez com o elusividad el diá
logo fin al d e la p areja. Y e n p articu lar, las im ág en es q u e a p a re c e n co n
la voz o ff d e G a b rie l d ic ie n d o q u e “u n o tras o tro se estab a n c o n v irtien
do en so m b ra s...”. Si e x a m in áram o s so lam e n te el epílogo, ya p o d ría m o s
h ab lar d e c ó m o p u e d e n in terse c tarse los m u n d o s d e estos dos n a rra d o
res lla m ad o s Jo y ce y H u sto n .
P o r q u e so n ju s ta m e n te estas im á g e n e s fin ales -s u p e rp u e s ta s so b re
textos to m a d o s lite r a lm e n te d e l o rig in a l- las q u e re s p o n d e n a lo q u e
J o h n H u s to n e n .u n d e s c a n so d e la film a c ió n
d e Desde ahora y para siempre.
pier P aolo P asolini d e fin ía c o m o el re c u rso p o é tic o p o r e x c e le n c ia del
c¡n e: c u a n d o se p ro d u c e u n a in d isc e rn ib ilid a d e n tre p e rso n a je y n a
rrado r-autor, c u a n d o p a re c e h a b e r u n a aso ciació n tácita e n tre am bas
m iradas, sin q u e el foco sea el p e rs o n a je n i q u e el n a r r a d o r se id e n ti
fique y “v ea” el m u n d o a través d e él. Es lo q u é Pasolini e n te n d ía com o
|j “subjetiva in d ire c ta lib re" en cine.
En el c u e n to , Jo y ce e v id e n c ia b a su c o n c ie n c ia d el a rte d el relato :
las m e n u d e n c ia s q u e o c u lta n lo im p o rta n te , las re v ela c io n e s q u e q u e
dan e n su sp e n so - c u a n d o K ate va a c ritic a r a Lilv lleg a F re d d y —. o cier
tas o b serv a c io n e s c o m o la q u e incluye lu eg o d el d iá lo g o e n tre G abriel
y Mrs. Ivors (M aria M c D e rm o ttro e ), aquello de “u n o siente q u e está oven-
do la m úsica de u n p en sa m ie n to a to rm e n ta d o ”. Ese espacio q u e Jovce
d elim itab a c o m o u n ta x id e rm ista , co n sus p e rso n a je s e m b a lsa m a d o s
en el p a sa d o , es r e c u p e r a d o c o n total c o n c ie n c ia p o r H u sto n . La c o n
vicción q u e d e n o ta n sus ele c c io n e s fre n te a u n tex to c o m o el ele Joyce
parece e sta r fu n d a d a e n la id e a de q u e n o h a b ía lu g a r p a ra el traspié,
de q u e ib a n a re c o rd a rlo - a u n q u e m ás n o fu e r a - p o r este film e lu m i
noso. S im é tric a m e n te a lo o c u rrid o co n M cC ullers y Reflejos en tus ojos
dorados, en la n o c h e previa al inicio d el Festival de V enécia d o n d e Desde
ahoraypara siem-preiha. a ex h ib irse p o r p rim e ra vez, la m u e rte e n c o n tra
ba a H u sto n d u rm ie n d o e n m ed io d e u n ro d aje, c o m o si fu e ra cons
ciente d e su p ro e z a , su m id o e n la paz q u e su p o n e to d a d e u d a saldada.
D ahl - De Vito
C on a b s o lu ta c o n c ie n c ia ele las claves q u e o rg a n iz a n el c u e n to de
hacías clásico, R o ald D ah l escrib ió la n o v ela breve M atilda re c u p e ra n
do la id e a d e la e m a n c ip a c ió n d el n iñ o d e sus p a d re s te rrib le s, co m o
un a r e le c tu r a de El espíritu de la botella, de los h e rm a n o s G rirm n , igual
que a n te s h iz o J im v el durazno gigante rev isan d o c o n su p ro p ia sin g u la
rid a d la fá b u la Jar.k v las habichuelas mágicas. A u n q u e la e x a g e ra c ió n es
c en tral e n to d o c u e n to d e h a d a s, a q u í -c o m o es u su al en la lite ra tu ra
de D a h l- se im p o n e m ás u n a d e le c ta c ió n p o r el g ro te sc o c o m o to n o
d o m in a n te , al tie m p o q u e esg rim e la fa n ta sía c o m o p u e r ta d e acceso
a la re s o lu c ió n feliz sin ese p eso a d m o n ito rio q u e el g é n e ro a c o stu m
b ra a fatigar. E sto n o c o n v ie rte a M atilda e n u n a a n o m a lía g e n é ric a ,
ya q u e el a u to r d e Charlie y la Jábrica de chocolate p o n e en ju e g o u n a
tra m a co n se c re to o c u lto m uy p ro p ia de esta clase de relato s, así c o m o
un sistem a de o p u esto s.m o rales en p u g n a, co n el castigo e je m p lific a d o r
a la sin ie stra fam ilia W o rm w o o d y a esa s u e rte d e kapó e d u c a c io n a l qug
es la s e ñ o r ita T ru n c h b u ll.
C o m p a ra r Tira a m amá del tren c o n L a guerra de los Roses y el epischj
d io “E l an illo d e c o m p r o m is o ” e n Cuentos asombrosos 2, p e rm ite adver-’
tir q u e la e x ig u a film o g ra fia d el c in e a sta D a n n y D e V ito s ie m p re se j
m o s tró a g u sto e n u n iv e rso s c o n fro n ta tiv o s co n p e rs o n a je s d e ra s g o s 4
n e to s y e x tre m o s, c o m o si la m ira a p u n ta r a a r e tra ta r ¡a fa c e ta q u e la
s o c ie d a d y el c in e n o rte a m e r ic a n o s p .e f ie r e n esc o n d e r. P o r eso, a u n
q u e D a h l sitú a M atilda e n ese n in g ú n lugar d e la fá b u la y sus a p u n te s
sa tíric o s só lo c o n e sfu e rz o p u e d e n a p lic a rs e al h o m b re m e d io e s t a d o '
u n id e n s e , la v e rsió n c in e m a to g rá fic a d e D e V ito c o n ta c ta co n sus otros
e m b a te s so b re c ie rto im a g in a rio d e su p aís, re m a rc a n d o la a fic ió n de
los W o rm w o o d p o r el c o n su m o v o raz d e telev isió n y las c o m id a s ráp i
das, su o lím p ic o d e s p re c io p o r la c u ltu ra y su visión d el profit c o m o .
o b jetiv o d e vida. ,j|
N a d a ,m á s le ja n o q u e u n a le c tu ra lib é rrim a p a ra c a lib ra r las elec-’n
c io n e s d e D e V ito en M atilda. Sus d o s g u io n ista s, N ic h o la s K azan y |
R o b in S w icord, o b e d e c ie ro n el m a n ifie sto re s p e to d e l d ir e c to r p o r la
n o v e la d e D a h l y n o d e ja ro n n i u n a h e b r a d e acció n fu e ra d e la tra
m a, sin q u e fa lte n n i el e n g a ñ o d e H a r r y W o rm w o o d co n el c o n ta d o r
d e k iló m e tro s, n i la v e n g a n z a d e M a tild a c o n el s o m b re ro y el p e g a
m e n to , n i su re c ita d o d e las tablas d e m u ltip lic ar, n i el uso d e l a rm a
rio d e c a stig o , n i c u a n d o la te m ib le T r u n c h b u ll o b lig a al n iñ o a
d e v o ra r u n a to rta g ig a n te , o a b e b e rs e el vaso d e a g u a d o n d e n a d a u n a
viscosa sa la m a n d ra .
S o n ta n n ítid a s e n la n o v e la c o m o e n el film e las a n alo g ía s e n tr e el
s e ñ o r W o rm w o o d y la s e ñ o r ita T ru n c h b u ll, a u n q u e o rig in a lm e n te el
p a d re ele fam ilia ig n o r a ra q u ié n d irig ía el e sta b le c im ie n to y e n la p e
lícu la se a p re c isa m e n te eso lo q u e lo d e c id e a in s c rib ir allí a M atilda.
T a m p o c o 'd e s e s tim a n el re c u rso de. la h u id a d e los villanos e n el d es
e n la c e , c o n s tru y e n d o u n fin a l feliz m ás fr e c u e n te e n los c u e n to s de
h a d a s q u e e n film e s previos, d e l re aliza d o r. Se c o n se rv a ro n , ta m b ié n ,
i o s n o m b re s d e los p e rs o n a je s, in c lu so re c o g ie n d o , las in d ic a c io n e s fí
sicas y h á b ito s de v e stu a rio q u e .p r o p o r c io n a b a el au to r, m ás allá de
q u e p e s e a su d o ta c ió n d e ro p a s a m a rilla s y a n a ra n ja d a s , e l-s e ñ o r
W o rm w o o d q u e c o m p u s o D e V ito f u e r a r e c h o n c h o e n vez d e esp ig a
d o , o q u e c a re c ie ra d el fro n d o s o c a b e llo q u e le a sig n a b a D a h l a este
m o n s tru o d e la ra m p lo n e ría , o m ás allá d e q u e el g u a rd a p o lv o s d e la
s e ñ o r ita T r u n c h b u ll d e ja ra d e se r m a r ró n p a ra d e v e n ir g risáceo .
L a p e rtin e n c ia d e u n n a r r a d o r e x te r n o e n el sistem a c o m u n ic a ti
vo d e la f á b u la es in d u d a b le , p o r lo q u e D ah l lo e m p le a sin a b u so p e ro
c o n total co n v icc ió n , p e rm itié n d o s e a lg u n a s o ca sio n a le s c o m p a r a d o -
nes y m e tá fo r a s s o b re los p e rs o n a je s. C o m o e je m p lo d e l n a r r a d o r
d elatándose a sí m ism o, es ú til v e r có m o alu d e a la se ñ o rita T ru n c h b u ll:
33. Dahl, Roald: Matilda, Buenos Aires, Alfaguara. 1999, pág. 68.
19Q
m o d e r a d a q u e e n Los cretinos, p e r o d e to d o s m o d o s e n el lím ite d e
p e rv e r s ió n to le ra b le p o r u n c u e n to d e h a d a s, m ás allá d e l d ese n la c e
tra n q u iliz a d o r. E ste es, ju s ta m e n te , el p u n to e x a c to d e in fle x ió n , d o n
d e se e n c u e n tr a n los u n iv e rso s d e D a h l y D e V ito: su afán p o r la exte-
rio riz a c ió n d e lo sin ie stro d e l ser h u m a n o .
Si los re la to s d e D a h l p a r e c e n s ie m p re vistos c o m o p o r u n a le n te
d e fo rm a n te , q u ié n m e jo r p a ra tr a n s p o n e rlo q u e D e V ito, co n su in
d e c lin a b le tra b a jo so b re el m a l g u sto y su fa sc in a c ió n p o r la vu lg ari
d a d , sus e n c u a d re s e sc o rza d o s, su p a sió n p o r el ex ceso . L a clave la
o to r g a u n p asaje d o n d e M a tild a c u e s tio n a la lite r a tu ra d e C. S. Lewis
p o rq u e sus h isto rias c a re c e n d e pasajes có m ico s. A llí c o n e c ta n D ah l y
D e V ito: las m ás te rrib le s situ a c io n e s p u e d e n se r c o n v e rtid a s e n situ a
c io n e s d e c o m e d ia .
P a ra q u e esta co n v e rsió n d e lo trá g ic o e n c ó m ic o sea p o sib le , D e :
V ito a p e la a su h a b itu a l p rá c tic a d e sa fo ra d a , q u e lo in d u c e a n a r r a r
M atilda m e d ia n te , el u so siste m á tic o d e l close-up, ta n to e n las escen as
d o n d e la o rto d o x ia a c o n se ja ría e m p le a r la le n te te leo b jetiv o c o m o e n
a q u e lla s .d o n d e el c in e a sta m ó d ic o se in c lin a r ía p o r u n u so e stá n d a r
d e la ó p tica , ta n to p a ra los p rim e ro s p la n o s c o m o p a ra los d e ta lle s o
los p la n o s g e n e ra le s. E l close-up n o es u n m e d io p a r a a c c e d e r a o tr a
p la n ific a c ió n q u e se resu elv e al fin a l -de u n a e sc e n a , sin o q u e es el
fin, el d e s e n la c e al q u e se a r r ib a p o r to d o s los c a m in o s p o sib les: d es
d e la id e a to ta l d e la e s c e n a n a r r a d a g ra c ia s al close-up, h a sta los fre
n é tic o s travellings d e a c e rc a m ie n to , ya c o n d e sp la z a m ie n to veloz d e la
c á m a ra e n el esp acio o p o r d e sp la z a m ie n to ó p tic o e m p le a n d o el zoom,
c o m o e n la e sc e n a d e l vaso c o n la sa la m a n d ra .
P a ra D e V ito, el cin e co nsiste e n u n a fiesta d e la in a r m o n ía g ro te s
ca, e n u n a estilizació n c h ir ria n te d e lo b asto ,-y ésa es la ra z ó n p o r la
c u al su film e H o ffa p a re c e so le m n e - m á s allá d e las astu cias d el g u ió n
ele D avid M a m e t-, e n ta n to n o e ra n c o n c ilia b le s el m u n d o d e ese p e r
so n a je c o n el d e l d ire cto r.
Grubb - L a u g h to n
S e g u r a m e n te , Davis G ru b b ja m á s p e n só q u e su in fla m a d o lib elo
c o n fo rm a d e n o v ela, La noche del cazador, le tra e ría la g lo ria e te rn a .
E n los a ñ o s c in c u e n ta , re c ié n p u b lic a d o su lib ro , la c rític a lite ra ria lo '
b e n d ijo c o m o el e sc rito r q u e h a ría d e p u e n te e n tre el p e sim ism o d e .
F a u lk n e r y el o p tim ism o d e S in clair Lewis. P e ro el d e rr o te ro p o ste
r io r d e G ru b b 'p a re c ió h u n d ir lo e n el m ism o p a n ta n o d e m a ld ic ió n
e n q u e cayó -s i b ie n tra n s ito ria m e n te , p o r d iez o q u in c e a ñ o s - el fil
m e h o m ó n im o co n q u e d e b u ta b a y sim u ltá n e a m e n te se re tira b a C h ar
les L a u g h to n .
A lte r n a n d o n a rr a d o re s , reg istro s y esp acio s d e la a cció n , G ru b b
n a r r a la h is to ria d e dos n iñ o s, J o h n y P e a rl, b u s c a n d o c o n s tru ir su
d e stin o c o n la su m a d e d in e r o q u e su p a d re , B en , e sc o n d ió e n la
m u ñ e c a d e su hija. Su m a d re , W illa, ya sin su m a rid o q u e h a sido eje
cu tad o , d e se s p e ra d a , a c e p ta al in q u ie ta n te p re d ic a d o r H a rrv Powell,
q u ien su p o d el d in e ro o cu lto c u a n d o c o m p a rtió la prisió n con el m u e r
to. L a tra m a se ciñ e, e n su p a rte c en tra l, a la p e rs e c u c ió n d e Pow ell a
los ch ico s p o r las costas d el río O h io , e n V irg in ia O c c id e n ta l, d u ra n te
los efecto s d e la d e p re s ió n e c o n ó m ic a d e l '29.
G ru b b n o c o n tin ú a la g a le ría d e d e fo rm a c io n e s g ro te sca s de u n
S h e rw o o d A n d e rsso n , n i es u n a lu m n o ap lica d o d e u n W alt W h itm an ,
p o r cu ltiv ar u n a id e a tra sc e d e n ta l m e n o s in tro sp e c tiv a q u e verborrá*
gica. M ás b ie n e x tra e del M ed io O este su c a rá c te r se c u la r y trad icio
nal, e m p le a n d o u n o d e los s ím b o lo s a rq u e típ ic o s d e la n a rra tiv a
n o rte a m e ric a n a : el río . Así, m ie n tra s M a rk T w a in tra n sfo rm a b a ei ría-
je fluvial e n sin ó n im o d e la eb u llic ió n in te rio r d e H u c k y Jim en Las
a v en tu ra s de H uckleberry F in n , el e s f o rz a d o G r u b b r e e m p la z a el
M ississippi o rig in a l p o r el in s o n d a b le , sin iestro río O h io .
Es n o to r io q u e e n la n o v e la L a noche del cazador se c ru z a n d o s p r o
yectos q u e c o n v e rg e n c o n p re c isió n e n u n o . P o r u n lad o , la d efen sa
de las sag rad as e sc ritu ras a través d e su desvio o in te rp re ta c ió n e rró
n ea; p o r o tro , u n fo rm a to p ro p io d e l c u e n to d e h ad as, e x p u e sto co n
total c o n c ie n c ia de sus tópico s y sím b o lo s característico s.
C o n las alforjas b íb licas al h o m b ro , G ru b b se esc rib e a sí m ism o
co m o u n a su e rte d e “v e rd a d e ro " H a rry Pow ell, co m o u n p re d ic a d o r
q u e se e x a lta e n c u m p lir la p o sic ió n m o ra l c o rre c ta . N o escatim a r e
ferencias: n i el p a se o e n b a rc o a la iglesia d e c a m p a ñ a , ni las m a n o s
iz q u ie rd a y d e re c h a , c o m o alu sió n a C aín, ni el c o ra z ó n co n las p ala
bras “o d io " y “a m o r ” ta tu a d a s e n los n u d illo s, ni la z o n a c ru c ia l d el río
llam ada C u rv a d el D iab lo , n i la o b sesió n d e W illa co n la n o c ió n de
p ecad o , n i los su e ñ o s co n la sa n g re d el c o rd e ro , n i la m ira d a d e los
n iñ o s c o m o á n g ele s caídos, n i el e p ílo g o co n el m ilag ro d e los p an es
al lleg ar a la casa de la e n c a n ta d o ra viejita R achel.
P ero al m ism o tie m p o , G ru b b c o n stru y e u n c u e n to d e h ad as. Su
novela co m ie n z a c o n el g a ra b a to in fa n til b la n c o so b re u n m u ro , en el
que se a lu d e a la h o rc a , p re fig u ra c ió n d e l re la to q u e se p ro lo n g a en
la ca n c ió n in fa n til “¡Col, col, colgado! ¡M ira la o b ra d el v e rd u g o ! ¡Col,
col, colgado! ¡M ira al la d r ó n a h o rc a d o !”. L a v o lu n ta d d e G ru b b e n
c u e n tra su m a n ife sta c ió n e n la id e a d e se c re to , q u e se p e rfila c o m o el
fu era d e c a m p o q u e d e b e c o m p le ta rse p a ra tra sp a sa r la a p a rie n c ia
c o lé ric a m e n te cató lica q u e in u n d a el tex to d el auto r. D esd e el se c re
to, to d o se o rie n ta h a c ia la ed ific ac ió n d e lo sin iestro .
Es in d u d a b le q u e G ru b b m a n e ja los m a te ria le s d el c u e n to d e h a - lll
d as y c u m p le c o n los tó p ic o s tr a d ic io n a le s d e l g é n e ro : la id e a deWgl
m a n d o p a ra le lo y fa n tá stic o al q u e los n iñ o s in g re sa n d e esp a ld a s a 'm
sus p a d re s , o fig u ra s clave c o m o el b o s q u e o sc u ro , el río in q u ie ta n te , m
el c a m in o q u e zig zag u ea, los a d u lto s c o rp o riz a n d o fo rm a s in h u m a n a s 'V-
o irre a le s , el e s c o n d ite re v e la d o r. E se u n iv e rso fa n tá stic o a c u m u la
d e ta lle s so b re el a n im ism o d e la n a tu ra le z a , o so b re el p a saje d e la í
o s c u rid a d a la luz, d e fin ie n d o u n a p u e s ta e n situ a c ió n q u e te n d r ía ex- ¡;:
c e p c io n a l tra n sp o sic ió n c u a n d o la n o v e la se c o n v irtió e n p e líc u la . f
P e ro si b ie n G ru b b cultiva el g é n e ro d el c u e n to d e h a d a s, y p a rtí-
c u la r m e n te el m o d e lo d e “los dos h e r m a n o s ” - s e g ú n la ta x o n o m ía ú
fija d a p o r B ru n o B e tte lh e im -, al m ism o tie m p o lo tr itu ra al a g o b ia rlo ?
c o n re fe re n c ia s relig io sas d e to n o fre n é tic o , c o m o si ei p ro p io a u to r ñ
p e r d ie r a p o r m o m e n to s la s e r e n id a d d e l a m b ie n te q u e se co m p la c e
e n d e s c rib ir p a ra e rig irse , m ás q u e e n u n a in v e rsió n , e n u n d u p lic a d o
d e su te m ib le Pow ell. 'H
C on el critico Ja m e s A gee co m o ú n ic o g u io n ista a c re d ita d o , U n ite d
A rtists d ec id ió c o n c e d e rle la d ire c ció n al d e b u ta n te C h arles L a u g h to n , ?
q u e tuvo a! ex W elles y excelso Stanley C o rte z c o m o d ire c to r d e foto- i
g rafía, a u n R o b e rt ¡Víitcbum e n p le n o au g e com o ic o n o n o irp a ra el p a - . f
p e í del p re d ic a d o r filisteo, a lo q u e su m ó y p e rfe c c io n ó el p a p e l d e -
R acht.i C o o p e r p a ra rescatar del olvido a la m u sa griffithfena L.illian Gish.
L a tra n sp o sic ió n d e L a u g h to n y A gee re s p e ta e n lo b ásico la c ro
n o lo g ía q u e esc rib ió G ru b b , q u e q u ita la d ivisión cíe c a p ítu lo s, e x tre
m a Ja iro n ía y h a c e u n a se lec c ió n e n tr e las p a rra fa d a s e n c e n d id a s del
p e rs o n a je d e Pow ell, e lim in a n d o in c lu so u n e s p lé n d id o m o n ó lo g o in
te r io r d e J o h n , al q u e d a r a m n é s ic o p o r revivir el d ra m a d e o rig e n .
G u io n is ta y d ir e c to r m a n tie n e n , e n c a m b io , el ju e g o en ere u n a c risp a
c ió n re lig io sa a h o ra m u ltip lic a d a p o r co ro s q u e rez a n con d istin tas
v o ces y el s iste m a 'd e l c u e n to d e h a d a s. H a s ta a q u í,-p o d ría h a b la rse d e
u n a tra n sp o sic ió n c o n la ló g ica p ro p ia d e los tra b a jo s d e re c o rte y sus
titu c ió n .
¿P o r q u é , e n to n c e s, h a b la m o s a q u í de in te rse c c ió n d e universos?
P o rq u e L a u g h to n fu e m ás allá de las im ag in ab les o p e ra c io n e s d e re c o r
te y su stitu c ió n . P o rq u e si b ie n e n el texto-la ac ció n en laza escen as q u e
o c u rr e n e n d istin to s lugares, es difícil im a g in a r la so lu c ió n qtre p u so en
p rá c tic a el d irecto r, c o n u n h ilo c o n d u c to r re s u e lto c o n ex ten sas tom as
a érea s, c o m o si se tra ta ra de n o ticiario s o e n laces d e se cu en cias p ro p io s
d e los trab ajo s in stitu c io n a le s e n c a rg a d o s p o r u n a c o m p a ñ ía textil o
c o m e rc ia liz a d o ra d e p ro d u c to s d e g ran ja. T a m b ié n p o rq u e , a u n q u e es
c ie rto q u e G ru b b d e scrib e c o n esm ero ei p eso d e u n a luz irreal en pa- i
sajes c o m o el d el só ta n o o la so m b ra so b re la e n tr a d a de la casa, es sor
p re n d e n te a d v e rtir q u e L a u g h to n haya p e n sa d o to d a la p e líc u la con
alte rn a n c ia d e p la n o s esco rzad o s, picados o c o n tra p ic a d o s, o co n som
bras e n la m ita d del c u a d ro y luz teatral e n la o tra m itad , c o m o si in te n
tara d e m o s tra r -lle v a n d o la id e a al e x tr e m o - q u e la estética del film e
noirestá im b ric a d a co n la d el ex p resio n ism o alem án .
Es u n a c o m p a ra c ió n fo rz a d a la q u e p u e d e esta b le c e rse e n tr e el
relato d e G ru b b y el e x p re s io n is m o alem án , p e ro es m e n o s im p ro b a
ble la re la c ió n e n tr e él film e y /VI. el vampiro negro, d e F ritz L an g , en
especial p o r q u e L a u g h to n e n c u a d r a m ás d e u n a vez al p re d ic a d o r
sobre u n a v id rie ra a n á lo g a m e n te a co m o lo h a c ía L a n g c o n L o rre en
el bazar, c o m o si fu e r a a b s o lu ta m e n te c o n sc ie n te d e las a fin id a d e s e n
tre su Pow ell y el M. d e L a n g . E n rigor, p o d ría re d o b la rse la a p u e sta y
p e n sa r en. L a noche del cazador c o m o u n film e q u e o p e ra d e b isag ra en
la h is to ria d el c in e . Es decir, c o m o ev alu a ció n d e los re c u rso s q u e h as
ta allí el c in e h a b ía d a d o : el m á s artificial cine d e estu d io s c o n sus ca
lles y río s d e u tile r ía j u n t o a p la n o s a é re o s p ro p io s d el neuisreel, las
rev eren cias a G riffith co n u n a G ish q u e sin to m á tic a m e n te n o s c u e n ta
u n a h is to ria (¿la del cin e ? ), el e x p re sio n ism o e n el uso d e la luz, el
cine d e W elles c o n sus e n c u a d re s y su v elo cid ad en las elipsis, el cine
com o g é n e ro q u e p u e d e in c lu ir o tro s g é n e ro s, filtra n d o m otivos de!
cin e n e g ro c o n o tro s d e l fa n tá stic o o de! western. V fin a lm e n te la p re
sen c ia d e R o b e r t F la h e rty Y su Louisiana Story. E n am b a s p elícu las,
h a b ía n iñ o s, ríos, p a d re s y u n a g e o g ra fía c o m ú n , p e ro si F lah erty cen
só los lím ite s co n su ficció n re c o n s tru id a c o m o d o c u m e n ta l, el film e
de L a u g h to n p a re c ie ra ir o n iz a d o o in v ertirlo , a través d e su c o n stru c
ció n y d e su m o r a l. F la h e rty es a L a u g h to n , lo q u e R o u sse a u es a
H e id eg g er.
L o q u e d e m u e s tra La noche del cazador, y lo q u e ia a u to n o m iz a de
c u a lq u ie ra o tr a tra n s p o s ic ió n p re c e d e n te o p o sterio r, es q u e u n g ran
cin ea sta p u e d e m a n te n e r c o n celo el o rd e n d el re la to , p e ro al d e sp le
g a r su p ro p io u n iv e rso p e rs o n a l p o r m e d io d e las p o te n c ia lid a d e s del
o tro m e d io , lo g ra n o ya e n m a s c a ra r aq u e l p a sa d o lite rario , sin o tra n s
fo rm a rlo al p u n to d e h a c e rlo d esap arecer.
[...] hacer cine cuando uno ya ha escrito libros, es cam biar de lugar
en relación con lo que va a emprender. Cuando voy a hacer un libro,
estoy delante de él. Si voy a hacer una película, me encuentro detrás.
¿Por qué? ¿Por qué se experim enta la necesidad de cam biar de sitio,
de abandonar el que teníamos? Porque hacer una película es pasar a
un acto de destrucción del creador del libro, justam ente del escritor.
Es anularlo.31
El q u e e n c a ja c o n ju s te z a en la a p re c ia c ió n d e D u ra s es el caso
d e Crónicas de motel, el v o lu m e n d e tex to s y p o e m a s b re v es d e S am
S h e p a rd , y su v in c u la c ió n c o n París, Texas, el film e d e W im W en d ers.
De to d o s los re la to s y s u e r te d e American haikus q u e c o m p o n e n esa
o b ra m a ra v illo sa d e S h e p a rd , n o hay u n o , ni u n a c ru z a d e varios q u e
p u e d a n p e n s a rs e c o m o las fu e n te s o los o ríg e n e s e sp e c ífic o s d el fil
m e. L o atra c tiv o , e n re a lid a d , n o está e n el h e c h o d e q u e el lib ro d e
S h e p a rd h a y a o fic ia d o - p o r d e c irlo de a lg ú n m o d o - d e d is p a ra d o r
d e la c o r r ie n te p rin c ip a l d e la h is to ria d e l film e, sin o e n q u e éste se
p a r e c e t a n t o a o tr o s lib r o s d e S h e p a r d c o m o a o tr o s film e s d e
W e n d ers; es p e r m e a b le ta n to a lib ro s c o m o L u n a Halcón c o m o a) fil
m e A licia en las ciudades. Es d e c ir q u e n o o c u rr e c o m o e n o tro s casos
e n q u e e l c in e a s ta se h a a p r o p ia d o d e u n re la to li te r a r io a je n o ,
fu s io n á n d o lo c o n sus p ro p ia s (o tras) e x p erie n cia s. El film e se h a c o n
v e rtid o e n u n a g rie ta , e n u n a otra zona n u ev a, en u n e sp a c io a g re g a
d o q u e c o n e c ta d o s u n iv erso s d isím iles, cuya c e rc a n ía fu e in v e n ta d a
p o r, par-a y a p a r t ir d e l film e. Es p re c is a m e n te esta id e a d e q u e el fil
m e te r m in a p e r te n e c ie n d o a am b o s u n iv erso s la q u e m o tiv a q u e in
clu y am o s e ste caso e n el d e la in te rse c c ió n d e m u n d o s , ya q u e n o
h ay u n te x to q u e s e a la fu e n te d e te c ta b le , c o m o o c u r r e e n la m o d a
lid a d d e la re in v e n c ió n d e l tex to .
E sa v e c in d a d c o n c e p tu a l e n tre S h e p a rd y W e n d e rs n o ex istía a n
tes. T al vez la A m é ric a p ro f u n d a y d e so la d a de S h e p a rd e n la c e con la
tra d ic ió n q u e se r e m o n ta ta n to a j . D. S a lin g er c o m o al western, ta n to
a J o h n C assavetes c o m o a J o h n C heever, y quizás a E d ’.vard H o p p e r.
cuya visión d el m u n d o p o d ría se r u n o de los p u e n te s q u e c o m u n ic a n
a S h e p a rd co n W e n d ers, co n esa sen sació n de e x tra ñ a m ie n to , in te rio
rid a d y d is ta n c ia e n tr e el artista y los p erso n ajes. E n W e n d e rs, in d u d a
34. Duras, M arguerite: “Book and Film", en Duras. 1993, pág. 87,
b le m e n te , se tra ta d e otxa d e so la c ió n , la d e la. tra d ic ió n p e rd id a y j a
m ás r e e n c o n tr a d a , d el p aisaje p e rd id o d e los su e ñ o s, d e l M o n u m e n t
Valley sin J o h n F o rd , d e v e n id o p u ra e sc e n o g ra fía , cáscara m u d a e in
m ó v il d e u n a filiac ió n im p o sib le .
R e sp e c to d el p ro c e s o d e tra b a jo esp ecífic o , W e n d e rs h a b ía le íd o
Crónicas de m otely q u e ría c o n v e rtirlo e n p e líc u la , p o r lo cu al a rm ó u n
storyline c o n re ta z o s d e las h isto ria s y esb o zo s d e l lib ro . P e ro c u a n d o
le m o s tró el m a te ria l a S h e p a rd , el e sc rito r vio la id e a c o m o algo “d e
m a s ia d o li te r a r io ”, o p in ió n q u e , al rev és d e lo q u e s u e le su c e d e r,
W e n d e rs a c e p tó . D e allí q u e la e sc ritu ra - d ie c io c h o m eses d e tra b ajo
d ia rio e n S an F ran cisc o y San ta F e - te r m in a ra p o r a p a rta rs e d e m o d o
ra d ic a l d e l te x to , q u e d a n d o c o m o re s u lta d o alg o a p e n a s in s p ira d o e n
Crónicas de motel p e ro cuya h is to ria h a b ía to m a d o p o r c o m p le to o tr a
d ire c c ió n , se g ú n re firió el m ism o S h e p a rd .
Es in t e r e s a n te - y u n e je rc ic io d e te n a z e s p e c u l a c ió n - r a s tr e a r
la s h u e lla s d e Crónicas de motel e n París, Texas in v ir tie n d o el p r o c e
d im ie n to , c o m e n z a n d o p o r el film e , p e r o n o ya c o m o f u e n te o ra íz
o e s tr u c tu r a , sin o c o m o d is p a r a d o r d e o tr o m a te ria l p o r c o m p le to
d ife re n te . E n u n a d e las h is to ria s q u e S h e p a r d in c lu y e e n tr e las p á
g in a s in ic ia le s d e l lib ro se c u e n ta u n a típ ic a tr a m a d e in ic ia c ió n
p r e a d o lc s c e u te , p e r ip lo q u e se c e r r a b a e n S ie r r a M a d re y q u e a lu
d ía al d ifíc il re g re s o a la casa p a ra f in a lm e n te a c o ta r q u e a p o c o d e
v o lv e r “P a p á si; fu e d e casa. N o d ijo u n a <ola p a la b r a ”.35 A sí c o m o
o tr o r e la to s o b r e u n p a d re q u e c o le c c io n a viejos d isc o s y q u e c u l
m in a c o n u n “Mi p a p á vive so lo e n el d e s ie rto . D ic e q u e n o se lleva
b ie n c o n la g e n te '’,36 o b ie n u n te r c e r o , q u e r e f ie r e u n a e x te n s a ca
m i n a ta p o r ei d e s ie rto d e M o jav e y c u lm in a c o n la v isió n q u e tin o
d e los a n d a n te s tie n e d e u n a m u je r h e r m o s a . T o d o s e llo s p a r e c e n
d is p a r a r al T ravis q u e a p a r e c e d e a m b u la n d o en el d e s ie rto al co
m e n z a r París, Texas; sin e m b a r g o , ta m p o c o e s tá n e n ia p e líc u la .
T a m p o c o e stá n ese b e llo te x to d e l n a r r a d o r d e d ie c in u e v e añ o s e n a
m o r a d o d e u n a fu g a z q u in c e a ñ e r.a e n u n tr e n , a .la q u e d e c id e d e
n o m i n a r T u esd ay , y .q u e p u d o s e r el g e r m e n .d e la h is to r ia d e a m o r
d e T ravis y J a n e - a u n q u e ta m b ié n p u d o s e r u n b o r r a d o r d e a lg ú n
c u e n to d e S a lin g e r - , ni ta m p o c o e! p o e m a s o b re e l in s o m n io o rig i
n a d o p o r la m u je r a m a d a y p e r d id a , q u e p o d r í a s e r u n a n te c e d e n
te d e la c o n s tru c c ió n d el p e r s o n a je d el film e. P o r ú ltim o , está au se n te
la tr a m a de esa fam ilia q u e se va de su casa y, al volver, la m u je r ya n o
35. Shepard, Sam: Crónicas de motel, Barcelona, Anagram a, 1989, pág. 43.
36. ídem , pág. 56.
está, a p a r tir d e lo cu al se d escrib e el p ro ceso m éd ico y la r e c u p e r a
c ió n d e la m u je r, q u e es s e g u id o p o r u n a fa m ilia e n t r e c o n fia d a y
d e s e s p e ra d a .
N o p a re c e u n d e sp ro p ó sito in tu ir cu áles fu e r o n los m óviles q u e
s e d u je ro n a W e n d e rs de los tex to s d e S h e p a rd , c o m o p a ra h a c e r u n
re la to p o r e n te r a m e n te d is tin to y al m ism o tie m p o ligado: la id e a de
p o d e r c o n s tru ir u n a h is to ria q u e o c u rra entre ciu d a d e s, o a ce rc a rse a
aq u e llo q u e o c u rr e entre los lu g ares d e u n a ficció n h ip o té tic a , es d e
cir, la in te n s id a d .
A m o d o d e eje m p lific a c ió n d e este tem a d e la in te rs e c c ió n de u n i
versos, se to m a n a q u í tres casos d e film es e u ro p e o s q u e o p ta n p o r el
m e lo d ra m a p a ra p o n e r d e relieve las n o to ria s tra n sfo rm a c io n e s res
p e c to d e sus fo rm a to s lite ra rio s o rig in ales: Ladrón de biácletas, q u e di
rigió V itto rio D e Sica en b a se al tex to d e L u ig i B arto lin i; Lola Montes,
e sc rita p o r C écil S a in t-L a u re n t y llev ad a al c in e p o r M ax O p h u ls, y
Carne trém ula, q u e re a liz ó P e d r o A lm o d ó v a r to m a n d o la n o v e la
h o m ó n im a d e R u th R e n d e ll.
37. B arto lin i, Luigi: El ladrón de bicicletas, B arcelona, G ru p o Plaza. 1958, pág. 49.
38. íd e m , pág. 105.
d e la b ic icleta p a ra c o n s tru ir a lr e d e d o r u n m u n d o d ia m e tra lm e n te
o p u esto , c o n p a rá m e tro s m u y d ista n te s d e los d e B arto lin i, d em asia
d o o c u p a d o e n esp ecificar si el n a rr a d o r ib a p o r el P alacio de la C an
c ille ría , p o r el b a r r io d e los P ra d o s , p o r la p la z o le ta d e l M o n te
G io rd a n o , o p o r la L u n g ara .
El n ú m e r o y la clase d e tra n sfo rm a c io n e s fu ero n tan ro tu n d o s q u e
m e re c e n u n a e n u m e ra c ió n : el n a rr a d o r d ejó de ser a n ó n im o p a ra lla
m arse G u id o R icci (L a m b e rto M ag g io ra n i); d ejó d e e sta r solo p a ra
te n e r u n a esp o sa y u n hijo, B ru n o (E nzo S ta io la ), q u ie n te n d rá u n pa
p el decisivo; d ejó d e s e r u n in te le c tu a l ro m a n o y b u rg u é s o b stin a d o
en el r e to r n o d e u n a b ic ic le ta d e uso su n tu a rio p a ra co n v e rtirse en
u n p o b re d e s o c u p a d o d e la p e rife ria q u e o b tie n e u n trab a jo gracias a
la b ic ic le ta y q u e p u e d e p e rd e r lo c u a n d o se la ro b a n ; d e jó d e ser u n
ex im io c o n o c e d o r crítico d e los m o d o s de vida de la c iu d a d p a ra d e
v en ir e n a tó n ito d e se s p e ra d o q u e cru z a u n a c iu d a d a je n a y hostil; dejó
la ev alu a ció n d e lo o c u rr id o e n veinte añ o s d e h isto ria ita lia n a p a ra
erig irse e n síntesis d e l m ás p u ro y ab so lu to p re s e n te . P asaje d e la es
c ritu ra c o m o h is to ria á la c á m a ra co m o testigo.
E sta a p re ta d a p u n tu a liz a c ió n d e d iferen cias n o b u sc a ju g a r e lju c -
g o del d etectiv e, sin o e n u n c ia r tra n sfo rm a c io n e s d e g ra d o q u e d efi
n e n p ro y ecto s o p u esto s. Q u e De Sica y Z avattini d e c id a n c o m e n z a r
su p e líc u la c o n la e sc e n a d e los d e so c u p a d o s q u e se a g o lp a n , e sp e ra n
y h asta fo rc e je a n a n te las in stitu c io n e s p o r u n p u e sto de trab ajo , no
es - c o m o p u d ie r a cre e rse c o n lig e re z a - u n a m o d ifica c ió n en el o rd e n
n a rra tiv o d e la novela, ni el a g re g a d o d e u n a situ a c ió n q u e e n el texto
n o existía. Ese cam b io está e n c o n so n a n c ia c o n el tipo d e in sc rip c ió n
q u e los llevó a h a c e r la p elíc u la .
¿Q u é im p lica el cam b io d e in scrip ció n ? Q u e Ricci n o sea u n in te
lectu al ro m a n o sin o u n in m ig ra n te a te rriz a d o en la p e rife ria -c o m o
e x p lica P ie rre S o rlin -39 c o n visibles d ificu ltad es p a ra c o m u n ic a rse en
la c iu d a d , n o es u n d e ta lle lexical, sin o la re p re se n ta c ió n d e u n m u n
d o q u e B arto lin i e sp iab a c o m o u n e x tra n je ro . Q u e la en ra n c ia d e l p ro
ta g o n is ta s e a p r im e r o e n s o le d a d y lu e g o c o n su h ijo , y q u e esté
f u n d a d a e n u n a n e c e s id a d vital im p o s te rg a b le v n o e n la to z u d e z
b u rg u e s a d e q u ie n cree q u e to d a p ro p ie d a d es in a lie n a b le , es fru to de
u n a v o lu n ta d inversa, tan inversa com o a ñ a d ir esa b ellísim a escen a de
la in fin id a d de bicicletas q u e avanzan sobre el c e n tro de la c iu d a d al
am an ecer. S on el re su lta d o d e u n a o p e ra ció n tra n sfo rm a d o ra decisiva.
39. S o rlin , P ie rre: Cines europeos, sociedades europeas 1939-1990. B arcelona, Paidós.
1996.
L a o p e ra c ió n q u e re a liz a el film e n o tie n e q u e v e r co n u n ejercicio
d e re d is trib u c ió n d e los m a te ria le s lite rario s, sin o c o n u n p u n to de
vista q u e n o se po.siciona e stric ta m e n te desde la ló g ica d e u n p e rs o n a
je , sin o m ás b ie n entre los p e rs o n a je s. Y h ay u n e je m p lo q u e q u izás
p u e d a d is tin g u ir m e jo r esta d ife re n c ia . E n la n o v ela, c u a n d o el n a r r a
d o r p o r fin h a lla al la d r ó n en la calle d el P á n ic o , B a rto lin i lo p la n te a
c o m o u n a d iscu sió n c o n q u ie n e s a p a ñ a b a n la d ro n e s o q u e ta m b ié n
lo e ra n , tild á n d o lo s d e d esclasad o s, a c u sá n d o lo s d e h a b e r a d h e rid o
al D u c e . E n el film e, c u a n d o G u id o lle g a p o r fin al la d ró n , su con v ic
c ió n d e q u e la b ic ic le ta le p e rte n e c e y d e b e n e n tre g á rs e la es p u e sta
e n te n s ió n , al v er q u e los q u e re s g u a rd a n al la d ró n so n d e su m ism a
clase y p a d e c e n p ro b le m a s a n á lo g o s a los suyos, con. el a g ra v a n te de
las d iiic u lta d e s .d e la fa m ilia y las físicas d el p ro p io d e lin c u e n te . N o
les h iz o falta a D e Sica y Z avattini in c lu ir u n d iá lo g o c o m o el d e la
n o v ela, c u a n d o el n a r r a d o r los in q u ie re so b re si so n o n o tra b a ja d o
res, p o rq u e el p u n to d e vista d el film e lo d a p o r se n ta d o , o e n to d o
caso ellos tie n e n sus p ro p ia s ra z o n e s sin n e c e s id a d d e q u e los in te rro
g u e n p o lic ía c a m e n te .
1 A í\
Pe ter Ustinov y M artine Caro! en Lola Montes, ele Max OphuJs.
n á rq u ic o s u n s u e ñ o p e r m a n e n te , y d e !a d e c a d e n c ia u n d esafío c o n
se c u e n te . P e ro ésa n o e ra la n o v e la q u e S a in t-L a u re n t im a g in a b a , p o r
q u e lo h u b ie r a p riv a d o d e la a v e n tu ra o b c e c a d a , d el e s p io n a je d e
alco b as y d el to n o le v e m e n te u fa n o , d e lira n te y h a sta pro caz, q u e e ra n
a rg u m e n to s d ile c to s d e su n a rra tiv a .
Q u e M ax O p h u ls h ay a fija d o su a te n c ió n e n el lib ro d e S ain t-
L a u r e n t n o es u n h e c h o in s ó lito sin o u n a p r u e b a d e q u e los artistas
a fin e s te r m i n a n p o r e n c o n tr a r s e . El p ro p io itin e r a r io e rr á tic o de
O p h u ls p a re c ía id e a d o c o m o u n a sim e tría co n el d e Lola Montes, p e ro
n o e ra e n esa c o rr e s p o n d e n c ia alg o m iste rio sa d o n d e el d ire c to r se
e n c o n tr a b a c o n la n o v e la , sin o en la id e a d e u n u n iv e rso d o n d e el
a m o r se c o n ta m in a del ü e m p o e n q u e le to c a n a c e r p e ro ta m b ié n de
la v o lu n ta d e q u ív o c a d e q u ie n e s lo e x p e rim e n ta n .
Es e v id e n te q u e esos d o s m o d o s discursivos, q u e e n el lib ro p o d ía n
le e rse c o m o d is o ciació n , fu e r o n la z o n a q u e d e c id ió te n s a r O p h u ls, si
te n e m o s e n c u e n ta n o sólo su fre c u e n ta c ió n tenaz d e l m e lo d ra m a sino
d o s b ic ic leta s y va a tra v e sa n d o la to ta lid a d d e l esp a c io u rb a n o e n su
in te n to p o r re c u p e ra rla .
C o n u n a in o c u lta b le p re te n s ió n d e verismo- c o m o si estu v iera ajus
ta n d o c u e n ta s c o n o tro s e sc rito re s d e su g e n e ra c ió n -, d e ta lla lo q u e
ve c o m o si fu e r a u n a c á m a ra c in e m a to g rá fic a o b lig a d a a d o c u m e n ta r,
m ás q u e a n a rra r. D e a h í q u e m ás q u e u n n a r r a d o r d e ficcio n es, el
p e rs o n a je p a re z c a , p o r m o m e n to s , u n p a n ó p ti c o q u e a u sc u lta relacio
n e s y lu g a re s c o n el ú n ic o o b je to d e e n s e ñ a r lo m u c h o q u e p u e d e
tra n sm itir. C o m o si su a sp ira c ió n e stu v ie ra c ifra d a e n d e m o s tra r q u e
p u e d e e x p lic a rlo tocio.: lo q u e o c u rr ió a n te s, d u r a n te y d e sp u é s d e la
g u e rr a , la e c o n o m ía y el am o r, el ro l q u e tie n e n y d e b ie r a n te n e r las
in s titu c io n e s , las te n s io n e s e n tr e jó v e n e s y a d u lto s, el c o m p ro m iso
p o lítico c o m o b a n d e ra o c o m o re s u lta d o d e fracasos colectivos. L a suya
es m ás la m o ra l d e l c iu d a d a n o q u e la d e l escritor.
E sa m o ra l d e c la m a d a le h a c e d ecir, p o r e je m p lo , q u e “e n R o m a n o
se h a c e d in e r o c o n el ta le n to , sin o c o n el e n g a ñ o y la e sta fa ”,37 y ese
p ro g re sis m o s e n te n c io so lo h a c e v itu p e ra r al fascism o p e ro ta m b ié n
casi a ñ o r a r su o rd e n , c o m o c u a n d o d e sc rib e R o m a c o m o u n lu p a n ar,
y se p e rm ite a p u n te s m isó g in o s d e l estilo d e “las m u je re s n u n c a se d a n
p o r a m o r a los jo v e n z u e lo s in e x p e rto s , sin o q u e se d a n , co n a stu c ia y
p o r d in e ro , a los q u e d e s e m p e ñ a n los alto s c a rg o s ”.
P e ro n o fu e r o n el diclactism o n i la te n a z m ira d a re p r o b a to ria los
q u e e m p u ja r o n al d ir e c to r V itto rio D e S ica y su g u io n is ta C esa re
Z avattini a d e c id irse p o r la tra n sp o sic ió n d el re la to d e B arto lin i, p o r
q u e p a ra ellos n o sig n ificab a n in g u n a n o v e d a d e x p o n e r la c ircu lació n
y el p e rf e c c io n a m ie n to d el ro b o e n R o m a, d e lo c u a l ya h a b ía n h a b la
d o -s i b ie n e n o tr a c la v e - e n la a n te r io r Lustrabotas, y de la q u e tal vez
e stu v iera m ás c e rc a el R o b e rto R o ssellin i d e A lem ania, año cero. E ra
e v id e n te q u e n o p o d ía n se n tirse afin e s c o n u n p e rs o n a je q u e lo estig
m atizab a to d o , in c a p a c ita d o p a ra c o m p r e n d e r las ra z o n e s d e los otros,
d esp ro v isto d e la in s c rip c ió n social q u e el b in o m io b u sc a b a c o m o u n
faro o rie n ta d o r. P o r lo ta n to , ¿ q u é los s e d u c ía d e l lib ro d e B arto lin i?
In d u d a b le m e n te , el trá n sito p o r la c iu d a d so s te n id o p o r u n m óvil q u e
e ra m ín im o p e ro les p e rm itía a p ro p ia rs e d e l m a te ria l.
P a ra D e Sica y Z avattini e stá a p ro p ia c ió n só lo e ra viable si p o d ía n
se lla r la in s c rip c ió n d e los p e rso n a je s, la m a n e r a e n q u e se e n tre la z a n
co n el c o n te x to y las m o tiv a cio n e s q u e los m u e v e n a actuar, p o r lo q u e
el film e ib a a to m a r esa d e lg a d a fra n ja d e l tra y e c to p o r R o m a y el ro b o
37. Bartolini, Luigi: El ladrón de bicicletas, Barcelona, G rupo Plaza, 1958, pág. 49.
38. ídem , pág. 105.
d e ia b icicleta p a r a c o n s tru ir a lr e d e d o r u n m u n d o d ia m e tra lm e n te
o p u e sto , co n p a rá m e tro s m u y d ista n te s d e los de B arto lin i, d em asia
do o c u p a d o e n esp ecific a r si el n a r r a d o r ib a p o r el P alacio d e la C an
c ille r ía , p o r el b a r r io d e los P ra d o s , p o r la p la z o le ta d e l M o n te
G io rd a n o , o p o r la L u n g a ra .
El n ú m e r o y la clase d e tra n sfo rm a c io n e s fu ero n tan ro tu n d o s q u e
m e re c e n u n a e n u m e ra c ió n : el n a r r a d o r d e jó de ser a n ó n im o p a ra lla
m arse G u id o Kicci (L a m b e rto M a g g io ra n i); d ejó d e e sta r solo p ara
te n e r u n a esp o sa y u n hijo, B ru n o (E nzo S taio la), q u ie n te n d r á u n p a
p el decisivo; d ejó d e se r u n in te le c tu a l ro m a n o y b u rg u é s o b stin a d o
en el r e to r n o d e u n a b icicleta d e uso su n tu a rio p a ra co n v ertirse en
u n p o b re d e s o c u p a d o d e la p e rife ria q u e o b tie n e u n trab a jo gracias a
la b icicleta y q u e p u e d e p e rd e r lo c u a n d o se la ro b a n ; dejó d e se r u n
ex im io c o n o c e d o r crítico d e los m o d o s d e v ida d e la c iu d a d p a ra d e
v en ir e n a tó n ito d e se s p e ra d o q u e cru z a u n a c iu d a d a je n a y hostil; dejó
la ev alu a ció n d e lo o c u rrid o e n v ein te añ o s de h isto ria ita lia n a p a ra
erig irse e n síntesis d e l m ás p u ro y a b so lu to p re s e n te . P asaje de la es
c ritu ra c o m o h is to ria á la c á m a ra co m o testigo.
E sta a p re ta d a p u n tu a liz a c ió n d e d iferen cias n o b u sc a ju g a r el j u e
go del detective, sino e n u n c ia r tra n sfo rm a c io n e s de g ra d o q u e d efi
n e n p ro y ecto s o p u esto s. Q u e De Sica y Z avattini d e c id a n c o m e n z a r
su p e líc u la con la e scen a d e los d e so c u p a d o s q u e se a g o lp a n , e sp e ra n
y h asta fo rc e je a n a n te las in s titu c io n e s p o r u n p u e sto de trab a jo , no
es -c o m o p u d ie r a c re e rse c o n lig e re z a - u n a m o d ific ac ió n e n el o rd e n
n a rra tiv o d e la novela, ni el a g re g a d o de u n a situ a ció n q u e en el texto
n o existía. Ese cam b io está e n c o n so n a n c ia co n el tip o d e in sc rip c ió n
q u e los llevó a h a c e r la p elícu la.
¿Q ué im p lic a el cam b io de in scrip ció n ? Q u e Ricci n o sea u n in te
lectu al ro m a n o sino u n in m ig ra n te a te rriz a d o e n la p e rife ria -c o m o
ex p lica P ie rre S o rlin -39 c o n visibles d ificu ltad es p a ra c o m u n ic a rs e en
la ciu d a d , n o es u n d e ta lle lexical, sin o la re p re s e n ta c ió n d e u n m u n
d o q u e B a rto lin i esp iab a c o m o u n e x tra n je ro . Q u e la e rrn n c ia d el p ro
ta g o n is ta s e a p r i m e r o e n s o le d a d y lu e g o c o n su h ijo , y q u e e sté
fu n d a d a e n u n a n e c e s id a d vital im p o s te rg a b le v n o e n la to zu d e z
b u rg u e s a d e q u ie n cree q u e to d a p ro p ie d a d es in alien ab le, es fru to d e
u n a v o lu n ta d inversa, tan inversa com o a ñ a d ir esa bellísim a esc en a de
la in fin id a d d e bicicletas q u e avanzan sobre el c e n tro d e la c iu d ad al
am an ecer. S on el resu ltad o d e u n a o p e ra c ió n tra n sfo rm a d o ra decisiva.
39. S o rlin , P ie rre: Cines europeos, sociedades europeas 1939-1990. Barcelona, Pa id os,
1996.
q u e h a b ía re v e lad o su c o n d ic ió n d e m a e s tro d e las tra n sic io n e s te m
p o ra le s y. esp acíales e n Carta de u n a enamorada y L a ronda, y c o n u n a
d e stre z a ú n ic a p a ra tra b a ja r el p u n to d e vista c o n ju e g o s c am b ia n te s
d e n a rra d o r, c o m o e n E l placer.
C o n g u ió n d el m ism o O p h u ls y a d a p ta c ió n d e A n n e tte W a d e m a n t
y d e O p h u ls -a s í a p a re c e e n los títu lo s-, su v ersió n d e Lola Montes n o
ib a en c a m in o d e in s c rib ir su n o m b re e n el m e lo d ra m a ro m á n tic o . Es
a q u í d o n d e el caso aso m a su c a rá c te r d e re le c tu ra , e n la id e a d e q u e
se p o d ía h a c e r co n esta n o v e la u n m e lo d ra m a c ircen se.
Ya e n sus m e jo re s o b ras, O p h u ls h a b ía m o s tra d o su p re d ile c c ió n
p o r n a r r a r r e p r e s e n ta c io n e s so b re la r e p r e s e n ta c ió n , p e r o e n Lola
Montes h izo d e este re c u rso u n rasg o p ro tá g ó n ic o . E n la n o v ela, S aint-
L a u re n t in c lu ía só lo e n el d e se n la c e , y d u ra n te a p e n a s d iez p ág in as,
to d o el c ie rre en el circo B a rn u m , p e ro el c in e a sta to m ó esa situ a c ió n
y la e x p a n d ió h a sta in u n d a r c o n ella su p e líc u la , al p u n to d e h a c e r
d e sc a n sa r el c o n c e p to m ism o d e l film e so b re esa r e p r e s e n ta c ió n de
circo. Las p re g u n ta s a L o la (M a rtin e C aro l) d e ja ro n su lu g a r d e in te
rro g a to rio d o m é stic o p a ra d e v e n ir ju ic io farsesco , las m u rm u ra c io n e s
so b re su in fa tig a b le n ó m in a d e a m a n te s d e ja ro n d e se r d a to s esquivos
d e l c o n te x to q u e ro d e a al p e rs o n a je p a ra e s la b o n a rse c o n el re d o b le
d e ta m b o re s y p o te n c ia r el n ú m e r o q u e esa m u je r o fre c e rá a sus es
p e c ta d o re s s e d ie n to s d e sa n g re lite ra ria b arata: el n ú m e r o q u e irá n a
rr a n d o su vida.
O p h u ls d iseñ a u n a re p re se n ta c ió n circen se d o n d e , a la m a n e ra de
lo q u e o c u rría e n L a ronda, el p re s e n ta d o r (P e te r U stinov) c u m p le su
r o l d e in tro d u c to r d e situ acio n es y d ire c to r d e e n tra d a s y salidas, p e ro
d o n d e ta m b ié n p a rtic ip a activ am en te d e los “c u a d ro s ” q u e o rg an izan
el film e, es decir, d e la h isto ria d e Lola. C o m o u n a su e rte d e cru za e n
tre u n n a rr a d o r o m n isc ie n te invisible y o tro visible, capaz d e in g re sa r o
salir d el relato , este p r e s e n ta d o r e s el h ia to q u e teje la .u n ió n e n tre las
dos m o d a lid a d e s discursivas q u e el texto a lte rn a b a . P a ra el d irecto r, esa
d u p lic id a d d e reg istro s d e l libro es p asado, p o rq u e a h o ra h a lo g rad o
u n eje a rtic u la d o r q u e p u e d e e n tr a r y salir d e l p re s e n te , q u e p u e d e
e n tra r y salir d e los distin tos p asad o s q u e se su c e d e n , se e n c im a n , se con-
fu n d e n y se s e p a ra n c o n la velo cid ad d e u n a c a rre ra d e postas.
A u n q u e p o r m o m e n to s la voz o ff d e la p ro ta g o n is ta se s u p e rp o n e
d e l p re s e n te al p a sa d o , o r e to r n a de él, re le v a n d o la d e l p re s e n ta d o r-
n a rra d o r, esa h e re n c ia d el d ia rio es m ó d ic a y m ás fu n c io n a l q u e es
tr u c tu r a l. P o r q u e yá n o es L o la q u ie n d o m in a y d e c id e s o b re las
escen as, sin o el p re s e n ta d o r q u e la va in tro d u c ie n d o e n las h isto ria s
q u e ella m ism a vivió, c o m o u n reverso d el p e rs o n a je d e Instrucciones
para John Howell, el c u e n to d e J u lio C ortázar.
P ero ese cam b io d e p u n to de vista re sp e cto del o rig in al de Saint-
Laurent n o es sólo una decisió n q u e p ro p ic ia u n a m ayor c o n c e n tra c ió n
d ram ática; es ta m b ié n el resu ltad o de u n a rig u ro sa c o n c e n tra c ió n tem
po ral y espacial. L os hallazg o s de O p h u ls se m u ltip lic an c u a n d o llega
el m o m e n to d e lo s “d o c e c u a d r o s v iv ie n te s ” q u e c o n d e n s a n la
p esad illesca h is to ria d e L ola. P o rq u e esa o p c ió n le p e rm ite te rm in a r
de reso lv er ya n o los pases d e tie m p o o esp acio , sin o ta m b ié n los cam
bios d e re g istro , y e n d o y v in ie n d o d el re g istro ín tim o al re g istro es
p e c ta c u la r d e l circo.
P re c isa m e n te ese esp acio es o tra de las evid en cias d e la re le ctu ra .
Es capaz d e in te g ra rlo to d o e n u n ú n ic o sitio p e ro ad em ás p u e d e co m
p re n d e r to d as las te m p o ra lid a d e s, to d o s los p e rso n ajes, to d o s los a c o n
te c im ie n to s . Y el in s tr u m e n to d e l p la n o s e c u e n c ia , q u e s ie m p re
sin g u larizó a O p h u ls, a d q u ie re a q u í u n a p e rtin e n c ia difícil d e ig u a la r
p o rq u e h a h e c h o co n él u n film e so ste n id o e n la sim u lta n e id a d , al re
vés de la n ovela, q u e d e sa rro lla b a to d o p o r sucesió n .
Es u n a e s p e c u la c ió n ta n rie sg o sa c o m o in te re s a n te p e n s a r q u e
Lola M ontes se film ó p o c o d e s p u é s d e Senso, e n la q u e L u c h in o
V isco n ti tra n s p u s o el c u e n to d e C am illo B o ito . A m b o s,film es te n ía n
c o m o r e s p o n s a b le s a d o s a m a n te s c o n s e c u e n te s d e l m e lo d ra m a ,
am b o s d e b ía n re s o lv e r el p ro b le m a d el d ia rio p riv a d o d e sus p r o ta
g o n ista s y el p o te n c ia l in te r r o g a n te de la voz off, a m b o s te n ía n h e
ro ín a s ro m á n tic a s - l a c o n d e s a d e L a n d sfe ld y la c o n d e s a S e r p ie r i-
cuyos p a d e c im ie n to s n o e sta b a n d eslig a d o s d e la e b u llic ió n e u ro p e a
d el siglo X IX . P e ro se tra ta d e dos casos cuyas a fin id ad es te rm in a n allí,
en los su p u esto s iniciales, p o rq u e sería a rd u o im ag in ar a V isconti reali
z a n d o u n m e lo d r a m a c irc e n se , ta n to c o m o im a g in a r a O p h u ls re a li
z a n d o u n m e lo d ra m a o p e rís tic o c o n u n a voz n a rra tiv a ú n ic a q u e se
m a n tie n e d u r a n te to d o el film e. P o r tratarse de su ú ltim a p e líc u la ,
es d a b le s u p o n e r q u e O p h u ls p re firió re g a la rse su p ro p ia v ersió n de
E l ciudadano.
14 4
to de R e n d e ll está, e n p e rfila r el u n iv e rso ín tim o d e l h é ro e , el fo co co n
q u e se id e n tific a el lecto r. E sos p e rs o n a je s su fre n u n ex ceso p ro n to
in m a n e ja b le q u e los h a ce d e s e a r d e s tru ir el m u n d o y lu e g o a u to in
m o larse, c o m o e n L a mujer de piedra y Carne trémula.
P u e d e c o n je tu ra r s e q u e so n esos p e rs o n a je s q u ie n e s lo g ra n q u e
sus tra m a s se a n fic c io n e s d e l c in e . Es m ás: esas d o s a u to ra s q u e co
e x iste n se v e rific a n en lo o c u r r id o co n las tra n sp o sic io n e s. P o r u n
laclo, u n a s d ie z d e las h is to ria s c o n su in s p e c to r d e riv a ro n e n a n ó n i
m os te le film e s. P o r o tro , la “o tr a ” R e n d e ll vio q u e sus se res a fan o so s
d e fa ta lid a d c ru z a r o n d e la lite r a tu r a al c in e , c o m o e n Un árbol de
manos, d e G iles F o ster, o e n las ya citad as v e rs io n e s d e L a mujer de
piedra, ta n to la lite r a l y b a n a l Una enemiga en la casa, d e Rawi, c o m o
la p e rs o n a l y c e re b r a l L a ceremonia, d e C h a b ro l, y, p o r ú ltim o , e n Car
ne trémula, q u e m ás q u e tra n s p o s ic ió n fu e u n a re in v e n c ió n d e P e d ro
A lm odóvar.
E n la n ovela, el e s p e s o r lite r a rio o scila e n tr e la s e q u e d a d y el ci
n ism o . L a tr a m a g ir a s ie m p re so b re V íc to r J e n n e r , so b re sus trá n si
tos, su se d v e n g a d o ra y o b sesiv a p o r u n p o lic ía. C u a n d o le d isp ara,
e n u n a n o c h e b ru m o s a , V íc to r d e ja in v á lid o al p o licía, h e c h o p o r el
cu al p a g a c o n diez añ o s d e cárcel. P e ro a u n q u e e s tá ju n to a él, R e n d ell
igual o p in a so b re lo q u e h a c e o p ie n sa v se b u rla m ín im a , b ritá n ic a
m e n te , d e él.
R en d eJ! e d ific a su re la to c o n tó p ic o s del p o lic ia l clásico -c a s o n a s
aisladas, a m b ic io n e s d e h e re n c ia y c rím e n e s - p e ro lo s re d u c e a m e
ros p re te x to s p a r a q u e n u n c a se d e s e n fo q u e io q u e h a c e su p e rs o n a
je . S u a te n c ió n e s tá e n el s e g u im ie n to d e V íc to r, e n m o s tra r su
p re s e n te m e d ia n te u n a n ó m in a a c o ta d a d e a c c io n e s y lu g are s re c u
rre n te s : c a lle -h a b ita c ió n -c a lle -tre n -h a b ita c ió n -c a sa d e M u riel-calle-
casa d e D a v id -tie n d a d e a n tig ü e d a d e s , y así su c e siv a m e n te , c o m o si
e n vez d e u n a n o v e la re d a c ta r a la e sc a le ta d e u n g u ió n q u e a ú n n o
se tr a n s fo r m ó e n tr a ta m ie n to y p o r eso le fa lta ra n los d iálo g o s.
E sa r e p e tic ió n casi m o n ó to n a d e a c cio n e s y lu g a re s h a c e q u e el
d e v e n ir p a re z c a u n c a tá lo g o d e s itu a c io n e s sin m ás v a lo r u n a s q u e
Otras. P e ro c u a n d o p a re c e in s ta la d a , esa p r im e r a p e rc e p c ió n se des
v a n e c e , s u r g e n fra c tu ra s e n la sim u la d a p la n ic ie e m o c io n a l al b ro
ta r e le m e n to s q u e d e s m ie n te n d ic h a ló g ic a a to n a l. L a “e s tru c tu r a
m e tr ó n o m o ” se d isu elv e c u a n d o las re p e tic io n e s se p ro lo n g a n e n o b
je to s ele v a d o s al ra n g o d e m e tá fo ra s, c o m o la falsa p isto la , la silla de
r u e d a s o las llaves. E sos o b je to s p e rs is te n te s in c r u s ta n la n a rr a c ió n
en el c e re b r o d e V ícto r, c o m o se ve e n el h e c h o d e q u e sie m p re des
crib a a C la re p o r su ro p a , a u n q u e el re la to n o esté e sc rito e n p rim e
ra p e rs o n a .
R e c u rre n c ia d e lu g a re s, a c c io n e s y o b je to s q u e c o n ta c ta n c o n el
p e n s a m ie n to c irc u la r d e V íctor. T o d o se d u p lic a s im é tric a m e n te : dos
veces casi m a ta , dos v eces b u sc a s e d u c ir a C lare. P e ro ese c irc u ito ce
rr a d o q u e es la p ro p ia n o v e la e n ta n to d e s c rip c ió n d e los escasos p e n
sa m ie n to s d e V íctor, se re s q u e b ra ja . El su p u e s to a p re n d iz a je d e V ícto r
- s u d ó cil a d o p c ió n d e las b u e n a s m a n e ra s s o c ia le s - es in te rfe rid o p o r
la o b sesió n , y R e n d e ll lo n a r r a d e m o d o n o ta b le . U n a frase p re s u n ta
m e n te p a ra sí, o el h e c h o d e q u e “c re a v e r” a C lare e n c a d a m u jer, o el
afán p o r m im e tiz a rse c o n D avid, so n las o p c io n e s p a ra lo g ra r ese trá n
sito q u e va d e la n o rm a lid a d al d e s e n f re n o a m o ro so .
La n o rm a lid a d d e l p re s u n to a p re n d iz a je so cial d e V íc to r se revela
p u ra sim u la c ió n , c o m o el a p re n d iz a je d e E u n ic e e n L a mujer de piedra,
tra b a ja d o h itc h c o c k ia n a m e n te p o r C h a b ro l e n L a ceremonia. A h í está
m a y o rm e n te la astu cia d e R e n d e ll al p e rf ila r sus c ria tu ra s trágicas, d o
tarlo s d e l vicio d e fin g ir se r alg o q u e n o so n piara lo g ra r b e n efic io s p ro
pios, la id e a d e q u e so n c o n sc ie n te s d e te n e r m e n o s q u e los o tro s, y
p o r eso d e b e n “p r e p a r a r s e ”, c o m o e n u n e n tr e n a m ie n to q u e es m e
n o s físico q u e u n m e ro afá n d e su p erv iv e n c ia .
Al d esac tiv a r esa m o n o to n ía o p a c a d e V íc to r c o n m u e s tra s d e su
p ro g re siv o d e s c o n tro l - c o n el p e so d e los su e ñ o s o b se s io n a n te s d e las
to rtu g a s -, R e n d e ll e s p a n ta a los c e re b ra le s b u s c a d o re s d e ra z o n e s psi
cológicas, a q u ie n e s h a b ía e n g a ñ a d o e n la p rim e ra p a rte , c u a n d o p a
re c ía q u e r e r c o n s tru ir la génesis, el m o tiv o y el e sta llid o d e la v o cació n
d e s tru c to r a d e l p ro ta g o n ista .
N o es q u e el p a sa d o esté a u se n te en V ícto r; p o r el c o n tra rio , es esa
z o n a la q u e sim u la c lau su rar, c o m o si s u p ie ra c a b a lm e n te los efectos
d e d a r vía lib re a ese “o tro laclo”. El p a sa d o in c id e : sus p a d re s a u se n
tes. u n a m o r m a te rn o q u e lo su m ió p ro n to e n la d e sa z ó n , el a m o r j u
venil fracasad o . P e ro R e n d e ll se o c u p a d e q u e n o le a m o s allí el g e rm e n
d e las tra g e d ia s q u e V íc to r d e s e n c a d e n a hoy.
L a s o rp re s a d e q u e A lm o d ó v a r h ic ie ra u n a tra n sp o sic ió n d e esta
n o v ela se f u n d a e n d o s razo n es: la p rim e ra , q u e el d ir e c to r sie m p re
h a b ía film a d o g u io n e s o rig in ales; la se g u n d a , q u e e n su o b ra el p o li
cial sie m p re e ra m ás g esto q u e d e se o , m ás c o n tra s e ñ a q u e v o cació n ,
e n M atador o Atame, o en el 'm ero ju e g o d e esp ejo s d e fo rm a d o s , c o m o
h a c ía c o n ese b a ú l c rim in a l d e Kika.
El m e lo d ra m a , e n c a m b io , s ie m p re fu e la fija c ió n d e u n o b je to
b u sc a d o , u n m u n d o q u e p rim e ro p a re c ía in te r f e r ir c o n tim id ez la
d o m in a n te p a ró d ic a \Pepi, Luci, B o m y otras chicas del m ontón), p a ra ir
te n ie n d o u n p eso c a d a vez m ás p e rsiste n te . A fán p o r el m e lo d ra m a
q u e c recía, in c lu so , p ese a la v a rie d a d d e re g istro s, y a e n clave trág ica
{M atador), g ro te sc a (Mujeres al borde de un ataque de nervios), c o stu m
b rista (Entre tinieblas), p sic o a n a lític a (Le ley del deseo), o h a sta p o lític a
(L a flo r de m i secreto).
De a h í q u e el a c e rc a m ie n to d e A lm odóvar a esta nov ela s u p o n ía u n
e n ig m a a develar: si p rev a lec ía el sello q u e R e n d e ll im p rim e a u n re
lato p o licial ta n singular, o si el d ire c to r h a ría u n a d isec c ió n e lim in a n
d o to d o ra s tro d e p o licial, to rc ie n d o el m a te ria l h acia el m e lo d ra m a .
P ero los re su lta d o s del trab ajo d e A lm o d ó v ar so b re la nov ela pulveriza
ro n to d a su p o sició n , al c o n v e rtir su film e en u n o b jeto cin em a to g rá fico
tan afirm a tiv a m e n te in d e p e n d ie n te q u e el m a te ria l de R en d e ll se re
d ujo a p rá c tic a m e n te n a d a m ás q u e hilachas arg u m én tales.
Es n o to r io q u e A lm o d ó v a r vio allí u n p o te n c ia l d e m e lo d ra m a q u e
la ra c io n a lid a d d e R e n d e ll ja m á s ib a a p e rm itirs e . P e ro la v e rsió n
fílm ica n o es q u e e x tra e ese p o te n c ia l, sin o q u e lo c risp a h asta la in
v e n ció n . N o es sólo q u e la a c c ió n tra n sc u rre e n M a d rid en vez d e e n
■el re fin a d o E p p in g , o q u e la m ú sic a sea p ro ta g o n ista , o se a n o tra s las
é p o cas d e los h e c h o s . Esas d e c isio n e s e ra n im ag in ab les. L a clave e stá
e n la clase d e o p c io n e s ra d ic a le s to m ad as p o r A lm odóvar.
T o d o lo q u e e n el o rig e n e ra sustracción, en el.film e es m ultiplica
ción y e x u b e ra n c ia . Si los p ro c e d im ie n to s de R e n d ell b u sc ab a n d isecar
tram a, acciones, lugares y p e n sa m ien to s, to d o lo a c o ta d o se h a e x p a n
dido. El d ire c to r n o d ram atiza sustray en d o , sino p o r u n a m ultiplicación
o rig in a d a e n el cine, al revés de o tras d e sus obras, d o n d e el c in e c e r r a
b a el s e n tid o , c o m o e n M a ta d o r o e n L a flor... Es el c in e -e s ta vez el
B u ñ u e l d e Ensayo de u n crimen, o tra n o to ria tra n sp o sic ió n - q u ie n g e n e
ra la c o n fu s ió n y el o rig e n trá g ic o de la tram a, q u ie n fija sus im ág en es
en V íctor, e n esp e c ia l e n las p ie rn a s, o b sesió n sim é tric a a la lim itació n
d el lisiad o D avid, se g ú n e x p lic a A lm o d ó v ar e n el g u ió n q u e p u b lic ó
so b re el film e. L o cu rio so es q u e n o in c lu y e ra los su e ñ o s q u e lo to rtu
ra b a n e n la n o v ela, s ig u ie n d o c o m o siguió a B u ñ u e l, si b ie n lo o n íric o
n u n c a tuvo m a y o r in te ré s p a ra él. L o q u e V íc to r ve en el film e de
B u ñ u e l e n el televisor, es el m óvil a saciar, p o rq u e a q u í n o se tra ta de
reso lv er u n a difícil in s e rc ió n en ei m u n d o (co m o e n la n o v e la ), va q u e
p u e d e in te g ra rse a esa n o rm a lid a d sie m p re q u e p u e d a sa ld a r esa d e u
d a p e n d ie n te co n el cin e. E se a p re n d iz a je cin efilo a re p r o d u c ir c o n ti
n ú a lo q u e b u scó e x h u m a r A lm o d ó v a r con el cin e fra n q u ista e n Entre
tinieblas, c o n V id o r e n M atador o c o n C u k o r e n L a flo r de mi secreto.
Si la n o v e la e ra V íctor, la p e líc u la lo m a n tie n e p e ro sólo c o m o el
c e n tro a lr e d e d o r d e l cu al g ira n los o tro s p e rso n a je s e h isto ria s co m o
satélites. Y si b ie n p a ra R e n d e ll n o h a b ía m ás q u e la v o lu n ta d fatal de
V ícto r P laza (L ib e rto R ab al), p a ra A lm o d ó v ar la d esa zó n d e D avid (Ja
v ie r B a r d e m ) , la p a sió n frá g il d e C lara (A ngela M o lin a ), la b ru ta lid a d
d e S a n c h o (P e p e S a n c h o ) y la n e c e sid a d d e E len a (F ra n c e sca N eri)
tie n e n u n e sp e so r e n o rm e . Es casi al revés q u e e n la novela, c o m o si
V íc to r ex istiera sólo p a ra d a r c u e n ta d e esas o tra s d e se sp e ra c io n e s que:
él p ro p ic ia. Si e n el o rig e n h a b ía u n fo c o in e q u ív o c o d e la histo ria, en
la p e líc u la el p u n to d e vista se fra g m e n ta y a lim e n ta d e m ú ltip les p e r
cep cio n e s, c a d a u n a d e las cuales tie n e u n a p a rte d e l to d o , y ju stifica su
v o lu n ta d . Y la m u ltip lica c ió n se a n u d a a o tra z o n a c ru cial d e la tra n sp o
sición: la actividad. P a ra R e n d e ll e ra n accio n e s reg u la re s, casi inm óvi
les, e n cam bio, A lm odóvar p o n e e n el co razó n d e su film e el m ovim iento
- e l d e p o rte e n D avid, el d e p o rte sexual e n V íc to r y C la ra -, y si la tram a
a c u m u la p e rso n ajes, es su activ id ad lo q u e d efin e la tran sfo rm ació n .
P o r o tr a p a rte , el film e p u e d e p e n sa rse c o m o c o n tin u id a d d e lo
fe m e n in o e n la o b ra d el d ire c to r, q u e d esv ía el e je d e m ira d a m ascu li
n a q u e im p o n ía el te x to h a c ia u n a m u ltitu d d e m u je re s - C la r a ya n o
es la m u je r d e D avid, sin o d e S a n c h o -, a u n q u e el d e se o m o to r siga
sie n d o el d e V íctor. P e ro R e n d e ll d e ja b a tra slu c ir u n sesgo h o m o se x u a l
e n la o b se sió n d e V íc to r p o r D avid q u e el le c to r d e b ía c o m p le ta r y q u e
el c in e a sta in v ie rte , ya q u e ese afá n p a sa a D avid, sie n d o éste q u ie n
b u sca , m ira fú tb o l, saca fo to s y h a s ta h o stig a al e x c a rc e la d o .
E n o tro se n tid o , la p u e s ta e n e sc e n a n o e sc a tim a sus re fe re n te s ,
c o m o la tra m a re s p e c to d e B u ñ u e l, c o m o si m ira ra a R e n d e ll co n ojos
d e M in n e lli, c o n u n a e x u b e ra n c ia q u e sus film es n o te n ía n . L a m a n i
p u la c ió n d e l color, el m o d o d e p la n te a r c o re o g rá fic a m e n te las esce
n a s - e l c o m ie n z o , el e p í l o g o - y la e s tiliz a c ió n p a r a tr a b a ja r los
d e c o ra d o s n a tu ra le s, se a c e rc a n a los d e m e lo d ra m a s de M in n elli co m o
Cautivos d tl m a l- o t r a vez; el c in e e n el c in e - , c u a n d o n o a sus m u sica
les, c o m o Brindis al amor o La runda de la fortuna.
El tra b a jo so b re o p u e sto s h a sid o clave e n el c in e d e A lm odóvar, y
a q u í se ve u n a n u e v a c o n firm a c ió n , c o n la se x u a lid a d a so c iad a a la
p o lític a - V íc to r h a c e u n a p re n d iz a je sex u al q u e es el d e la d e m o c ra
c ia -, y esto se p ro lo n g a en u n c o n c e p to d e p u e sta e n e sc e n a q u e h a c e
p ie e n el a rtific io m ás literal. Asi c o m o al clasicism o d e R e n d e ll u n
C h a b ro l só lo p o d ía re s p o n d e rle c o n fid e lid a d al clasicism o, u n a u to r
c o m o A lm o d ó v a r só lo p o d ía r e s p o n d e rle c o n la p u r a m o d e r n id a d d e
u n a re in v e n c ió n d e l tex to .
148
5e q u e h ay cin eastas q u e h ic ie ro n tra n sp o sic io n e s sin h a c e rla s, c o m o
p o d ría a firm a rs e d e G o d a rd c o n Jo y c e , o d e F a s s b in d e r co n M ary
M cC arthy, o de S p ie lb e rg c o n B rad b u ry . P e ro , ¿es p o sib le a rg u m e n
tar se m e ja n te te m e rid a d ?
L o q u e in te n to d e c ir es q u e q uizás se a d o p ta r o n zo n as, h e b ra s n a
rrativas, efecto s d e estilo o frases q u e se c o n v irtie ro n e n los p o stu la
dos re c to re s d e u n d is e ñ o o c o n c e p to c in e m a to g rá fic o , sin q u e ello
im p liq u e q u e h ay an s e g u id o la tra m a c o m p le ta d el re la to lite ra rio de
o rig e n . Q uizás esos te x to s d is p a ra ro n u n s e n tid o y q u e d a ro n p la n e a n
do so b re el film e, c o m o u n z u m b id o leve q u e p u ed e, o írse a g u z a n d o
el o íd o .
A lg u ien p u e d e su p o n e r, sin e m b a rg o - y está e n to d o su d e re c h o -,
q u e estos e n tr e c ru z a m ie n to s e stá n m ás ce rc a d e se r in flu e n c ia s que
tra n sp o sic io n e s fra g m e n ta ria s , p a rc ia le s u o cu ltas, p e ro la f r o n te ra
e n tre in flu e n c ia s y tra n sp o sic io n e s fra g m e n ta ria s es c ie rta m e n te res
b alad iza y m o v ediza. C laro q u e la o p c ió n e sp ecu lativ a tie n e sus lím i
tes y a lc a n c e s , p o r q u e riz a r el riz o p u e d e d e riv a r h a c ia el d e lirio
in te rp re ta tiv o y lle g a r a c o n v e n c e rs e d e q u e H a z lo correcto, d e S pike
L ee, es u n a tra n sp o sc ió n e n c u b ie rta d e L a cabaña del tío Tprrt, de H a rrie t
B e e c h e r Stow e.
El p u n to e n c u e s tió n es q u e el p o d e r d is c rim in a r e n tr e e s p e c u
la c ió n o d e d u c c ió n n o a r r o ja m a y o r luz, s ie m p re q u e el e fe c to d e
la r e f le x ió n se a p ro d u c tiv o y te n g a u n a c ie rta ló g ic a e n c u a n to a!
c o n c e p to d e la o b r a l i te r a r ia y el c o n c e p to d el film e , o s ie m p re q u e
el n ivel d e lo s p r o c e d im ie n to s h a b ilite c ie rta s in te r p o la c io n e s e n
tre los fo rm a to s . E n to n c e s , e s p e c u la n d o o d e d u c ie n d o las h u e lla s
d e eso s te x to s lite r a rio s n o e x p lic ita d o s , se p o d r í a c o n je tu r a r q u e
d e E i espejo y la máscara, d e j o r g e L u is B o rg e s, se d e s p r e n d ie r o n al
g u n a s z o n a s c ru c ia le s d e l p r e te x to n a r r a tiv o q u e a n im a a L as tres
coronas del marinero, d e R a ú l R uiz, o q u e c ie rto s te x to s d e F ra n c is
S c o tt F itz g e ra ld e n E l Crack-Up a p a re c e n tra n s fig u ra d o s o so n m o
to r e s d e c ie rto s film e s d e J o h n C assav etes, o q u e los ra sg o s id e n tifi-
c a to rio s d e l p e r s o n a je deE erdydurke, d e W ito ld G o m b ro w ic z , se h a n
e x te n d id o a la p a re ja p r o ta g ó n ic a d e Week-End, d e Je a n -L u c G o d a rd .
Y así s u c e s iv a m e n te .
H ay c ierto s casos d o n d e la le g ib ilid a d d el m a te ria l in s p ira d o r es
tan visible q u e casi p o d r ía d e c irse q u e n o d e b ie ra n in sc rib irse e n esta
m o d a lid a d d e la tra n sp o sic ió n e n c u b ie rta , c o m o o c u rr e c o n el film e
Cuerpos ardientes, de L a w re n c e K asd an , y la n o v ela E l cartero llama dos
veces, d e Ja m e s M. C ain. A llí los reen v ío s so n ta n sistem ático s q u e p o
d ría tra ta rse in c lu so d e u n e je m p lo m ás d e tra n sp o sic ió n a d e c u a d a ,
c o n u n a ú n ic a e sp e c ific a c ió n q u e lleva a in c lu ir la p e líc u la e n este
a p a r t a d o : q u e la n o v e l a d e C a í n n o es d e c l a r a d a e n los tít u l o s c o m o
r e f e r e n t e , n i c o m o i n s p i r a c i ó n l ib r e . . _ ''¿ W g
S e r í a p o s i b l e a r g u m e n t a r q u e , e n e s t e s e n t i d o , h a y t e x t o s y fi lm e s %
c u y a s e m e j a n z a d e m u n d o s , d e h i s t o r i a s , d e p e r s o n a j e s , o d e v a r ía n - ó
te g e n é r i c a se p a r e c e n , y ese a r g u m e n t o n o e s t a r í a lejo s d e la v e r
d a d . P e r o ése n o s e r í a ya u n p r o b l e m a q u e se d e s p r e n d e d e l a c t o d e
t r a n s p o s i c i ó n . L o q u e i m p o r t a a q u í es la c la se d e r e l a c i ó n q u e e s t a
b l e c e el h e c h o d e d e c l a r a r o n o u n a f u e n t e o m a t e r i a l i n ic ia l. E so es '
lo q u e p o d r í a s u p o n e r s e a n t e u n a p e l í c u l a c o m o L a delgada línea azul,
d o n d e el d i r e c t o r E r r o l M o r r i s t r a b a j a s o b r e u n c a s o d e a s e s i n a t o d e
u n p o l i c í a e n D a lla s, d o n d e d o s t e s ti g o s - A d a m s y H a r r i s - se c o n t r a
d i c e n r e s p e c t o d e lo o c u r r i d o la n o c h e d e l c r i m e n . M á s a llá d e q u e
M o r r i s c r u c e el g é n e r o d o c u m e n t a l c o n p a s a j e s d e r e c o n s t r u c c i ó n
f i c c i o n a l a b i e r t a , la v e c i n d a d c o n la n o v e l a A sangre fr ía , d e T r u m a n ’S h
C a p o t e , a p a r e c e c o n u n a g r a n n i t i d e z , y a se t r a t e d e l m o d e l o n a r r a - pp:
tivo e s t r u c t u r a l , d e l t i p o d e t r a z a d o d e los d o s p e r s o n a j e s , d e l m ó v il
d e l a s e s i n a t o , o d e l p e s o q u e los t e s ti g o s o el l u g a r - e n u n caso, T exas; ¿
e n el o t r o , D a l l a s - c o b r a n r e s p e c t o d e la t r a m a . E s c i e r t o q u e h a y h i s
t o r i a s o m o d o s d e n a r r a r l a s q u e se p a r e c e n , p e r o a l g u n a s se p a r e
c e n d e m a s i a d o m á s q u e o tr a s .
E sto n o s lleva a la i d e a d e q u e es i n d u d a b l e q u e los te x t o s t r a m a n
u n t e j i d o q u e los e n t r e l a z a m á s q u e h a c e r l o s c o m p e t i r p o r v e r q u i é n
l l e g a p r i m e r o . Ese t e jid o es el q u e p e r m i t e q u e lo s l ib r o s y las p e l í c u
las e s t é n vivos, q u e los e s c r i t o r e s y los c in e a s ta s p u e d a n h a c e r d i a l o g a r
a su s o b r a s , h a c e r l a s r e n a c e r , y así e v it a r q u e la c u l t u r a se c o n v i e r t a e n
u n t e r r i t o r i o d e so lipsistas.
O t r a s veces, los c in e a s ta s n o h a n t o m a d o el t o n o , o u n p e r s o n a j e ,
o u n a iclea b á s i c a a d e s a r r o l l a r , s i n o el a n d a m i a j e n a r r a t i v o , c o m o o c u
r r i ó c o n Cuerpos perdidos, d o n d e el c i n e a s t a a r g e n t i n o r a d i c a d o e n F r a n
cia, E d u a r d o D e G r e g o r i o , h izo u n a v e r s i ó n ya n o libre, s in o v a g a m e n t e
i n s p i r a d a - q u e n o es i g u a l a l i b é r r i m a - d e The Sense o f che Past, la n o v e
la q u e H e n r y j a m e s d e j ó i n c o n c l u s a y se p u b l i c ó r e c i é n u n a ñ o d e s
p u é s d e s u m u e r t e . L o i n t e r e s a n t e d e Cuerpos perdidos, p o r lo t a n to , es
q u e el film e d e a l g ú n m o d o v e n í a ya n o a r e p r o d u c i r si.no a c o n t i n u a r
o h i p ó t e t i z a r s o b r e los e s p a c i o s f a l t a n les d e la n a r r a c i ó n ele J a m e s ,
c o r n o si c r e y e r a q u e el e s c r i t o r d e j ó a b i e r t a u n a g r i e t a p o r la q u e se
p o d í a , o d e b í a , i n t r o d u c i r u n a v a r i a c i ó n lib r e s o b r e e s a h i s t o r ia . Es
p r o b a b l e q u e t u v i e r a r a z ó n G e n e t t e , c o n a q u e l l o d e q u e “tocias las lec
t u r a s , h a s t a las m á s i n d i s c r e t a s , s o n l e g í t i m a s ”/ 10
1
s e n ta n b atalla. L a c e rc a n ía e n tr e M ercy y la ya d e s c ñ p ta E p iax a y su
h o m b re S ienesis es tan irre fu ta b le c o m o q u e su v o lu n ta d su rg e del
c a rá c te r g u e r r e r o d e la tr ib u p ro ta g ó n ic a .
U n o de los h a lla z g o s m ás p re c iso s e in u s u a le s d e l film e está e n la
in c o r p o r a c ió n d e la ra d io . P o r u n la d o , q u e esas b a n d a s d e jó v e n e s
c a lle je ro s e s té n s in to n iz a d o s e n tr e sí p o r e sc u c h a r c o tid ia n a m e n te
u n a e s ta c ió n q u e e m ite m ú sic a y m e n sa je s es de m ía ló g ica ab so lu ta.
P e ro , p o r o tr o la d o , H ill le im p rim e a ese re c u rso u n e sta tu to d ife
re n c ia l y m e ta fó r ic o , p o r q u e esa e sta c ió n ra d ia l irá c a m b ia n d o de
fu n c ió n y s e n tid o , tr a n s fo r m á n d o s e e n c o m e n ta d o ra d e l m o v im ie n
to d e los G u e rre ro s , a través d e la lo c u to ra y a través d e las c a n c io n e s
q u e va p o n ie n d o al aire. Es c o m o si se c o n stitu y e ra e n re e m p la z o del.
c o ro g rie g o y, a u n tie m p o , c o m o si d e fin ie ra el c rite rio de la tra n sp o
sició n d e H ill, q u e lo g ró u n a eq u iv ale n c ia p e rfe c ta d e los a p u n te s q u e
J e n o f o n te ib a d e s p le g a n d o so b re los a c o n te c im ie n to s d e C iro y sus
tropas.
P e ro si b ie n ta n to el lib ro c o m o el film e p ro p o n e n c o m o situ a c ió n
a u n p e q u e ñ o g ru p o d e lu c h a d o re s e n c o m p e te n c ia d e sig u a l co n o tro
g ig a n te sc o y d is e m in a d o p o r u n te rrito rio vastó, la d ife re n c ia m ay o r
se c o n c e n tra e n el e p ílo g o , a u n q u e en am b o s fo rm a to s el m a r c u m
p la su rol d e e sp acio d e lle g a d a o fin d e la a v e n tu ra. P a ra H ill, sin
e m b a rg o , el e n c u e n tr o d e la b a n d a tra id o ra y la h e ro ic a es la cu lm i
n a c ió n d ra m á tic a , e n ta n to q u e p a r a je n o f o n te ese c h o q u e la rg a m e n
te d e m o r a d o se p ro d u c e en el fin al, p e ro de la p rim e ra p a rte d e su
n a rr a c ió n . E sta d ife re n c ia n o es m en o r, en ta n to d e sig n a relato s cu
yos tem as d ifie re n : e n la n a rra c ió n literaria, el eje c e n tra l de la lu c h a
es la to m a d e l p o d e r a través d e estrate g ias d e g u e rra : en la n a rra c ió n
c in e m a to g rá fic a , e n c a m b io , el eje c e n tra l d e la lu c h a es, in ic ia lm e n
te, la u n ific a c ió n clel te rrito rio , p a ra lu eg o d eriv ar h acia la id e a de q u e
el lu g a r p ro p io - s u C oney Islan d , el "otro la d o ” de la c iu d a d - es el ú n i
co d o n d e el re in a d o es seg u ro .
Epílogo
E s t e t e x t o i n t e n t ó a p r o x i m a r s e a c ie r to s te í n a s y p r o b l e m á t i c a s ,
p l a n t e a r a l g u n a s h i p ó t e s i s y c o n j e t u r a s , d i s c u t i r a l g u n o s j u i c i o s tan
f r e c u e n t e s c o m o n u n c a r e v is a d o s . P e r o d e las s e g u r a m e n t e r u d i m e n
ta ria s - y q u i z á s e q u í v o c a s - c o n v ic c i o n e s , s i e m p r e h u b o u n a q u e hizo
d e f a r o y j a m á s f u e p u e s t a e n d u d a , y q u e es d e A n d r é B a zin (1966,
p á g . 1 69): "C onstatar que el cine ha apareado 'después’ de la novela o el tea
tro, no significa que vaya tras sus huellas y en su mism o plano. E l ¡m iánim o
cinematográfico no se ha desarrollado en absoluto en las condiciones sociales
en las que subsisten las artes tradicionales Seria tanto como pretender que la
ja v a o el pox-trot son herederos de la coreografía clásica
Bibliografía general
161
B orges, J o r g e L uis (1 9 9 3 ): “K afka y sus p re c u rso re s" , e n Obras
tas, 1952-1972, vol. II, B u e n o s A ires, E m ecé.
B row nlow , K evin (1 9 9 6 ): ‘T h e M ak in g o f D avid L e a n ’s Film o f T h e -J?
B rid g e o n th e R iver K w ai”, e n Cineaste, vol. X X II, n ° 2.
B u rc h , N o e l (1 9 7 0 ): Praxis del cine, M a d rid , F u n d a m e n to s .
C a b r e r a I n f a n te , G u ille rm o : “R e m in g to n V isits w ith E d is o n ”, e n
American Film, vol. X I, n ° 4, e n e ro -fe b re ro d e 1986.
C alvino, Italo (1 9 9 5 ): Por qué leer los clásicos, B arc e lo n a, T u sq u ets.
C a m p b ell, J o s e p h (1 9 9 2 ): E l héroe de las m il caras, B u e n o s A ires, F o n d o
d e C u ltu ra E c o n ó m ic a .
C a p a n n a , P a b lo (1 9 9 2 ): E l m undo de la ciencia ficción. Sentido ehistoria,
B u en o s A ires, L e tra B u e n a .
C a rrié re , Je a n -C la u d e y B o n itzer, P ascal (1991): The End: Práctica del *¡i
guión cinematográfico, B a rc e lo n a , P aidós. Jm ,
C lerc, Je a n -M a rie (1 9 9 3 ): Literature et Cinema, P arís, N a th a n .
C ozarinsky, E d g a rd o (1 9 6 4 ): E l laberinto de la apariencia, B u e n o s A ires,
L osada.
— (1 981): Borges en/y/sobre cine, M a d rid , E sp ira l-F u n d a m e n to s.
C ro n e n w o rth , B rian : “H e K n e w W h a t H e W a n te d ”, e n American Film,
e n e ro -fe b re ro d e 1989.
C h a b ro l, C la u d e (1 9 7 6 ): E tp o u rta n tje tóam e..., P arís, R o b e rt L affo n t.
C h a tm a n , S e y m o u r (1 9 9 0 ): Historia y discurso. L a estructura narrativa
en la novela y en el cine, M a d rid , T a u ru s.
C h io n , M ich el (1 990): Cómo se escribe u n guión, M a d rid , C á ted ra .
— (1 9 9 3 ): L a voix au cinema, P arís, É d itio n s d e l’E to ile -C a h ie rs d u
C in ém a.
D e v ereau x , M ary: “O f ‘T alk a n d B row n F u r n itu r e ’: T h e A e sth etics o f
F ilm D ia lo g u e ”, Post Script. Essays ofFilm and the H um am ties, vol. 6,
n° 1, o to ñ o d e 1986.
D u ras, M a rg u e rite (1 9 9 3 ): “B o o k a n d F ilm ”, e n Los ojos verdes, B arce
lo n a , P laza & Ja n e s .
E is e n s te in , S e rg u e i (1 9 8 2 ): Cinernatismo, B u e n o s A ire s, D o m in g o
C o rtiz o E d ito r.
F o rster, E. M. (1 9 9 5 ): Aspectos de la novela, M a d rid , D e b ate .
F o u c au lt, M ic h e l (1 996): De lenguaje y literatura, B a rc e lo n a , Paidós.
G a u d re a u lt, A. y jo s t. F. (1 9 9 5 ): E l relato cinematográfico, B a rc e lo n a ,
P aidós.
G e n e tte , G é ra rd (1 989): Palimpsestos. L a literatura en segundo grado, M a
d rid , T a u ru s.
G o d a rd , Je a n -L u c (1 9 7 1 ): fe a n -L u c Godard por Jean-Luc Godard, B arce
lo n a , B arral.
— (1980): Introduction á une véritablehistoire du cinema, París, A lbatros,
C o lle c tio n C a /C in é m a .
G reene, G ra h a m (1985): E l décimo hombre, B uenos Aires, S u dam ericana.
G u é n o n , R e n é (1 9 9 5 ): Símbolos fu n d a m en ta les de la ciencia sagrada,
B a rc e lo n a , Paidós.
G uerif, F ran g o is (1988): E l cine negro americano, B arc e lo n a , Alcor-M ar-
tín ez R oca.
H o rto n , A. y M a g r e tta ,J , (1 981): M odernEuropeansFilm m akers and the
A rt o f A daptation, N u e v a York, U ngar.
Is h e rw o o d , C h ris to p h e r (1990): L a violeta del Prater, M éxico, A lianza
T res.
Jam es, H e n ry (1962): “L a p ró x im a vez”, e n L a lección del maestro, B ue
n o s A ires, C o m p a ñ ía G e n e ra l F abril E d ito ra - Los lib ro s d el m irasol.
— (1975): E l fu tu ro de la novela, M ad rid , T au ru s.
Ja m e so n , R ic h a rd T.: ‘J o h n H u s to n ”, e n Film Comment, m ayo-junio de
1980.
K ael, P a u lin e : “U lysses”, e n New Republic, 6 d e m ayo d e 1967.
K awin, B ru ce F. (1977): F autkner and Film, N u ev a York. U ngar.
L aw son, J o h n H . (1 9 7 2 ): “F ilm : T h e C read v e P ro cess", e n E d w ard
M urray, The Cinematic Imagination, N u ev a York, U n g ar.
L essing, G o th o ld E. (19 6 0 ): Laocoonte, M éxico, UNAM .
Magny, C lau d e E. (1972): The Age o f the American Novel -T h e Film Ae.stheüc
ofFiction Betvjeen Two Wars-, N u ev a York, U ngar.
M cC o n n ell, F ra n k (197 7 ): E l eme y la imaginarían romántica, B arcelo
n a , G ustavo Gili.
— (1979): Storytelling a n d Mythmaking. Images from Film and Literatura,
N ueva Y ork-O xford, O x fo rd U niversity Press.
M cD ow ell, M a rg a re t B. (1983): Carson McCullers, u n corazón solitario,
B u e n o s A ires, F ra te rn a .
M ín g u ez A rra n z , N o rb e rto (1998): L a novela y el cine: análisis compara
do de los discursos narrativos, V alencia, E d icio n es d e la M irad a.
M u rray , E d w a rd (1 9 7 2 ): The Cinematic Im agination -W riters and. the
M otion Pictures-, N u ev a York, U ngar.
N abokov, V lad im ir (1 9 8 7 ): Curso de literatura europea, B a rce lo n a , E di
cio n es B.
O i'oz, Silvia (1995): Melodrama. E l cine de las lágrimas de América Latina,
M éxico, U N A M .
O u b iñ a , D. y A guilar, G . (1997): E l giiió?i cinematográfico, B u e n o s Ai
res, P aidós.
P eñ a-A rd id , C a rm e n (1 9 9 6 ): Literatura y cine. Una aproximaáón compa
rativa, M a d rid , C á te d ra .
P e rk in s, V. F. (1976): E l lenguaje del cine, M ad rid , F u n d a m e n to s.
P h illip s, G e n e D. (1 9 8 0 ): H emingway a n d Film,. N u ev a York, U n g ar.
P ro p p , V ladim .ir (1 9 8 1 ): Morfología del cuento, C a racas-M ad rid , F u n d a - ’xjJ
m e n to s. ::í
P u ig , M a n u e l (1 993): Los ojos de Greta Garbo, B u e n o s A ires, Seix-Barral.
R an k , O tto (1 9 9 4 ): E l mito del nacimiento del héroe, M éx ico , P aidós.
R eb ello , S te p h e n : “A lfre d Iiitc h c o c k g o es Psycho", American Film, 15,
n° 7, ab ril de 1990.
R eisz, K arei (1 9 9 0 ): Técnica del m ontaje cinematográfico, M a d rid , T au
ru s.
R e n tsc h le r, E ric (e d .) (1 9 8 6 ): Germán Film- a n d Literature: Adaptations
a n d Transforviations, N u ev a Y o rk-L ondres, M e th u e n .
R ev a u lt D ’a llo n e s, F a b ric e (1 9 9 1 ): L a lumiére au cinema, P arís, C ah iers
d u C in e m a .
R icceur, P au l (1 999): Historia y narratividad, B a rc e lo n a , P aidós.
R o d e n a s d e M oya, D o m in g o (1 9 9 7 ): “C ita d e e n s u e ñ o : el c in e y la li- ^
te r a tu r a n u e v a d e los a ñ o s v e in te ”, e n C a rlo s J . G ó m e z B lanco
( c o o r d .) , L ite ra tu ra y cine: perspectivas sem ióticas, S a n tia g o de
C o m p o ste la , U n iv e rs id a d e d a C o ru ñ a .
R o h m e r. E ric (2 0 0 0 ): E l gusto por la belleza, B a rc e lo n a , P aidós.
R úas, C h a rle s (1 986): Conversaciones con escritores norteamericanos, B ue
n o s Aire:;. S u d a m e ric a n a .
S a en J u a n fosé (1997): E l concepto de ficción, B u e n o s A ires, P lan eta.
S á n c h e z N o rie g a , Jo s é L u is (2 0 0 0 ): De la literatura a l cine, B arce lo n a,
P aidós.
S c o tt, A. O . . “T h e P ag e F loats, T r a n s f o r m e d ”, The N ew York Tunes, 16
d e ju n i o d e 2000.
S o rlin . F ie rre (1 9 9 6 ): Cines europeos, sociedades euro-peas 1939-1990. B ar
c e lo n a , P aid ó s.
S p o to , D on aicl (1 985): Alfred Iiitchcock. E l lado oscuro de un genio. Bar
c e lo n a , U ltram ar.
S tam , R., B u rg o y n e 11. y F litte rm a n -L e w s, S. (1 9 9 9 ): Nuevos conceptos
de la teoría del cine, B a rc e lo n a , P aidós.
Vale, E u g é n e (1 996): Técnicas del guión para cine y televisión, B arc e lo n a,
G ed isa.
V anoye, F ra n c is (1 9 9 6 ): Guiones modelo, modelos de guión, B arc e lo n a ,
P aid ó s.
Vax, L o u is (1 9 7 3 ): A rte y literatura fantásticas, B u e n o s A ires, E u d e b a .
V illain, D o m in iq u e (1 994): E l montaje, M a d rid , C á ted ra .
— (1 9 9 7 ): E l ev.cuadre cinematográfico, B a rc e lo n a , P aid ó s.
W .A A . (1 9 9 1 ): E l guión cinematográfico, S a n ta Fe, U n iv e rsid a d N acio
n a l d e l L ito ra l.
W ellek, R. y W a rre n , A. (1 9 7 9 ): Teoría literaria, M á'drid, G red o s.
Zeiger, C la u d io (199 4 ): “C in e y lite ra tu ra : p a ra q u é sirve se r fiel", en
S e rg io W o lf (c o m p .), Cine argentino. L a otra historia, B u e n o s Aires,
L e tra B u en a.
Textos citados transpuestos al cine
IRQ
Blade R u n n er (E sta d o s U n id o s, 1982). D ire c c ió n : R ídley Scott.
Blue in theFace (íd e m , E sta d o s U n id o s, 1995). D ire c c ió n : W ayne W ang
y P au l A uster.
Breve encuentro (B rief encounter, G ra n B re ta ñ a , 1945). D ire cc ió n : David
L ean.
Brindis al am or ( The B a n d Wagón, E stad o s U n id o s, 1953). D irecció n :
V in c e n te M in n e lli.
Burla del diablo, L a (Beat th eD e v il/Il tesoro delVAfrica, E stad o s U n id o s /
Italia, 1 9 5 3 ). D ire cc ió n : J o h n H u s to n .
Buscando a Ricardo I I I (Looking for Richard, E sta d o s U n id o s, 1996). D i
recc ió n : A l P ac in o .
Canción de la conciencia, L a ( The Song o f Conscience, E sta d o s U n id o s,
1909). D ire c c ió n : D avid W ark G rifñ th .
Carne trémula (E sp a ñ a , 1997). D ire c c ió n : P e d ro A lm odóvar.
Carta de u n a enamorada (Letterfrom an Unknoiun Woman, E stad o s U n i
dos, 1948). D ire c c ió n : M ax O p h u ls.
Cautivos del m al ( The Bad and the B eautiful, E stad o s U n id o s, 1952). D i
re c ció n : V in c e n te M in n elli.
Ceremonia, L a (L a cérémonie, F ran cia, 1994). D irecció n : C la u d e C h ab ro l.
Cigarros (Smoke, E sta d o s U n id o s, 19 9 5 ). D ire c c ió n : W ayne W ang.
Ciudadano, E l (Citizen Kane, E stad o s U n id o s, 1941). D irec c ió n : O rso n
Welles.
C iudad dorada (F at City, E s ta d o s U n id o s , 1 9 7 2 ). D ire c c ió n : J o h n
H u sto n .
Club de los suicidas, E l (T h e Suicide Club, E stad o s U n id o s, 1909). D irec
ción: D avid W ark G rifñ th .
Collar, E l ( The Necklace, E stad o s U n id o s, 19 0 9 ). D irecció n : D avid W ark
G rifñ th .
Conciencia vengadora, L a ( The A ven g in g Conscience/Thou Siialt N ot Kill,
E stados U n id o s, 1914). D irec c ió n : D avid W ark G rifñ th .
Confidencialmente tuya ( Vivement dimanche!, F ran cia, 1983). D irecció n :
Frampois T ru ffa u t.
Contacto enF rancia (TheFrench Connection, E stad o s U n id o s, 1971). D i
rec c ió n : W illiam F rie d k in .
Corazón es u n cazador solitario, E l ( The H eart is a Lonely H unter, E stados
U n id o s ,19 6 8 ). D ire c c ió n : R o b e rt Ellis M iller.
Corazón satánico (Angel Heart, E stad o s U n id o s, 1987). D irecció n : A lan
P ark er.
Cosas de la vid a (Les chotes de la vie, F ra n c ia , 1970). D irecció n : C la u d e
S au tet.
Cruising (íd e m , E stad o s U n id o s, 1980). D irecció n : W illiam F rie d k in .
Cuentos asombrosos 2 (A m a zin g Stories 2, E stad o s LTnidos, 1986). Film e
e n ep iso d io s p a ra televisión. D irecció n : S teven S p ie lb e rg , R o b e rt
Z em eckis, D a n n y D e V ito y B ra d B ird.
Cuerpos ardientes ( Body H eat, E s ta d o s U n id o s , 1 9 8 1 ). D ire c c ió n :
L aw ren ce K asdan.
Cuerpos perdidos {Corps perdu, A rg e n tin a -F ra n c ia , 1 9 8 8 ). D ire c c ió n :
E d u a rd o D e G reg o rio .
D ama del lago, L a (Lady in the Lake, E stados U n id o s, 1946). D irecció n :
R o b e rt M o n tg o m ery .
Delgada línea azul, L a ( The T hin Blue Line, E stad o s U n id o s, 1988). Di
re c c ió n : E rro l M orris.
Delgada línea roja, L a (The T h in Red Lme, E stados U n id o s, 1998). Di
re c c ió n : T e rre n c e M alick.
Demonio vestido de azul, E l (Devil in a BlueDress, E stad o s U n id o s, 1995).
D irecció n : C ari F ra n k lin .
Depaseo a la muerte (Miller's Crossing, E stados U n id o s, 1990). D irecció n :
J o e l C oen .
Dependiente, E l (A rg e n tin a , 1968). D irecció n : L e o n a rd o Favio.
Desde ahora y para siempre (T he Dead, G ra n B reta ñ a , 1987). D irecció n :
J o h n H u sto n .
Desierto de los tártaros, El (II deserto dei tartarí, Italia, 1976). D irecció n :
V alerio Z u rlin i.
Desprecio, E l (Le mépris, F ra n c ia -Ita lia , 1 9 6 3 ). D ire c c ió n : J e a n -L u c
G o d a rd .
D ía s de fu r ia (A fflictio n , E s ta d o s U n id o s , 1 9 9 8 ). D ir e c c ió n : P au l
S c h rad er.
Diner (íd e m , E stad o s U n id o s, 1982). D irecció n : B a rry L evinsnn.
Disparen sobre el pianista (Tirez su r le pianiste, F ran c ia, 1960). D irección:
F ran co is T ru ffa u t.
Edad de la inocencia, L a (T he Age o f Innocence, E stados U n id o s. 1993).
D irecció n : M a rtin S corsese.
E ffi Briest (F ontane E ffi Briest, A le m a n ia F e d e ra l, 1 9 7 2 ). D ire c c ió n :
R a in e r W e ru e r F assbinder.
E lenay los hombres (Elena et les hommes, F ran cia, 1956). D irecció n : Je a n
R enoir.
Ensayo de u n crimen (E sp añ a , 1955). D irecció n : Luis B u ñ u el.
Entre tinieblas (E sp añ a, 1983). D irecció n : P e d ro A lm odóvar.
Ese oscuro objeto del deseo ( C'est obscur objet du desir, F ra n cia , 1977). D irec
ción: L uis B u ñ u e l.
Espectro errante, E l (T he ghost. goes West, E stad o s U n id o s, 1936). D irec
ción: R en é Clair.
Espejo, E l (Zerkalo, URSS, 1974). D irecció n : A n d re i Tarkovski.
E xordsta, E l (T h e Exorcist, E s t a d o s U n i d o s , 1 9 7 3 ). D i r e c c i ó n : W illia m
F rie d k in .
E x o r d s ta IIJ, E l (T h e E xorcist III, E s t a d o s U n i d o s , 1 9 9 0 ) . D i r e c c i ó n :
W illia m P. Blatty.
F a n ta sm a s de u n hombre respetable, Los (L es fa n tó m es d u chapelier, F r a n c ia ,
19 82). D i r e c c i ó n : C l a u d e C h a b r o l .
F austo criollo, E l ( A r g e n t i n a , 1 9 7 9 ). D i r e c c i ó n : L u i s Saslavsky.
Flor de m i secreto. L a ( E s p a ñ a , 1 9 9 5 ). D i r e c c i ó n : P e d r o A l m o d ó v a r .
F uga, L a ( A r g e n t i n a , 1 9 3 7 ). D i r e c c i ó n : L u is Saslavsky.
Querrá del fuego. L a ( L a guerre d u feu , F ra u c ia - C a n a c lá , 1 9 8 2 ). D i r e c c ió n :
J e a n -J a c q u e s A n n a u el.
G uerra de. los Roses, L a (T h e W ar o f the Roses, E s t a d o s U n i d o s , 1 9 8 9 ) . Di
r e c c i ó n : D a n n y D e Vito.
Guerreros, L os ( T he W arnors, E s t a d o s U n i d o s , 1 9 7 9 ) . D i r e c c i ó n : W a l t e r
H ill.
H alcón maltes, E l ( T heM alteseF alcon, E s t a d o s U n i d o s , 1 9 4 1 ) . D i r e c c ió n :
J o h n H u sto n .
H am let en el negoáo (H a m le t L ike M aaihnasa, F i n l a n d i a , 1 9 8 7 ). D ire c c ió n :
Aki K a u r i s m a k i .
H a z lo correcto (Do the R ig h t Thing, E s t a d o s U n i d o s , 1 9 8 8 ). D i r e c c ió n :
S p i k c L ee .
H istoria de A dela IT.. La ( L ’Iiistoire d A d ele H ., F r a n c i a , 1 9 7 5 ) . D i r e c c ió n :
F ra n ro is T ruffaut.
H istoria de locura com ún í Stone di ordinaria fo llia /C o n te de la folie ordinaire,
I t a l i a - F r a n d a , 1 981 ). D i r e c c i ó n : M a r c o F e r r e r i .
H o ffa ( í d e m , E s t a d o s U n i d o s . 1 992). D i r e c c i ó n : D a n n y D e Vito.
Hombre de la esquina rosada ( A r g e n t i n a , 19 61). D i r e c c i ó n : R e n e M ugic a.
H om bre de los anteojos de oro, E l (G il O cchiani d ’oro, Italia, 1 9 8 7 ) . D i r e c
c ió n : G i u l i a n o M o n t a l d o .
In d ia S o n g ( F r a n c i a , 1 9 7 5 ) . D i r e c c i ó n : M a r g u e r i t e D u r a s .
In fa n c ia de I v á n . L a ( Iv o n ovo .Dest.no, URSS, 1 9 6 2 ) . D i r e c c i ó n : A n d r e i
T a r k o y s k i.
In u n d a d o s, Los ( í d e m , A r g e n t i n a , 1 9 6 2 ). D i r e c c i ó n : F e r n a n d o Birri.
J a d e ( í d e m , E s t a d o s U n i d o s , 1 9 9 5 ). D i r e c c i ó n : W i l l i a m F r i e d k i n .
J a rd ín de los F m zi C onlini, E l (II gia rd m o dei F im i Contvm, I talia-A le m a -
n i a F e d e r a l , 1 9 7 1 ) . D i r e c c i ó n : V i t t o r i o D e Sica.
Jetee, L a ( í d e m , F r a n c i a , 1 9 6 2 ) . D i r e c c i ó n : C h r i s M a r k e r .
J o h n H u sto n a n d theD ubliners ( E s t a d o s U n i d o s , 1 9 8 7 ) . D i r e c c i ó n : L ilyan
Sievernich.
J u les y J im ÍJules etjrm , F r a n c i a , 1 9 6 1 ). D i r e c c i ó n : F r a n f o i s T r u f f a u t .
K ik a ( E s p a ñ a , 1 9 9 3 ) . D i r e c c i ó n : P e d r o A l m o d ó v a r .
L a d ró n de bi.ácletas (L a d ri di biciclelte, Italia, 1 9 4 8 ) . D i r e c c i ó n : V i t to r i o
D e Sica.
1 79
Larga noche del 43, L a (L a lunga notte del 43, I ta lia ,'1960). D irecció n :
F lo re sta n o V ancini.
Ley de la calle, L a (R um ble Fish, E sta d o s U n id o s, 19 8 3 ). D irec c ió n :
F ra n c is F o rd C o p p o la.
Ley del deseo, L a (E sp a ñ a , 1986). D irecció n : P e d ro A lm odóvar.
Le N avire N ight (F ran cia , 1978). D irecció n : M a rg u e rite D uras.
Llam ado de la selva, El ( The Cali o f the Wild, E stad o s U n id o s, 1908). Di
re c c ió n : D avid W ark G riffith .
Lola M ontes (íd e m , F ra n c ia , 1955). D ire c c ió n : M ax O p h u ls.
Lohta (íd e m , E stad o s U n id o s, 1997). D ire c ció n : A d riá n Lyne.
Los Ángeles al desnudo (L .A . Confidential, E stad o s U n id o s, 1997). D irec
ció n : C u rtis H a n so n .
Los que llegan con la noche ( The Nightcomers, G ra n B re ta ñ a , 1972). Di
re c c ió n : M ich ael W in n er.
L o u isia n a Story (íd e m , E s ta d o s U n id o s , 1 9 4 8 ). D ire c c ió n : R o b e rt
F laherty.
L u lú on the Bridge (íd em , E stad o s U nidos, 1998). D irecció n : Paul A uster.
Lustrabotas ( Sdusciá, Italia, 1946). D irecció n : V itto rio D e Sica.
M arquesa de O., L a (Die marquise von O., A le m a n ia F e d e ra l, 1976). Di
re c c ió n : E ric R o h m er.
M atador (E sp añ a, 1986). D ire c c ió n : P e d ro A lm odóvar.
M atilda (íd e m , E stad o s U n id o s. 1996). D ire c c ió n : D an n y D e Vito.
M . el vampiro negro (M ., A le m a n ia , 1931). D irecció n : Fritz L a n g .
M ientras la ciudad duerme (T h e A sp h a ltJu n g k, E stad o s U n id o s, 1950).
D ire c c ió n : J o h n H u sto n .
M ishim a (íd e m , E stad o s U n id o s, 1985). D irecció n : P aul S ch rad er.
Mohy Dick (íd e m , E stad o s U n id o s, 1956). D ire c c ió n : J o h n H u sto n .
M uerte en Venecia (M orte in Venezia, Ita lia -F ran c ia , 1971), D ire c c ió n :
L u c h in o V isconti.
Mujeres e l borde de un ataque de nervios (E sp añ a , 1987). D irecció n : Pe
d ro A lm odóvar.
M úsica del azar, L a ( The M u sic o f Chance, E stad o s U n id o s, 1993). D irec
ción: P h ilip H aas.
N acim iento de u n a nación, E l (T he B irth o f a N ation, E stad o s U n id o s,
1915). D irecció n : D av id W ark G riffith.
N aranja mecánica, La (A Clockwork Orange, G ra n B re ta ñ a -E stad o s U n i
dos, 1971). D irecc ió n : 5 ta n le y K ubrick.
Noche del cazador, L a (T he N ight o f the H unter, E stad o s U n id o s, 1956).
D ire c c ió n : C h a rle s L a u g h to n .
N octum e Iridien (íd e m , F ra n c ia , 1995). D irecció n : A lain C o rn e a u .
N ovena configuración. L a ( The N in th C onfiguration. E sta d o s U n id o s,
1980). D irecció n : W illiam P e te r Blatty.
173
N ovia vestía de negro, L a [La m anée était en noir, F ra n c ia , 1967). D irec
ción: F ra n fo is T ru ffa u t.
Ocaso de u n amor, E l ( The E nd o f the A ffair, G ra n B re ta ñ a , 1999). D irec
ción: N eil J o r d á n .
Otello (Othello, E s ta d o s U n id o s -G ra n B re ta ñ a , 19 9 5 ). D ire c c ió n : O liver
P ark er.
Padrino III, E l (T h e Godfather III, E sta d o s U n id o s, 1990). D ire cc ió n :
F ran cis F o rd C o p p o la.
París, Texas (íd e m , E stad o s U n id o s, 19 8 4). D ire c c ió n : W im W en d ers.
Pasión de los fue^'tes (M y D arling Clementine, E stad o s U n id o s, 1946). Di
re c c ió n : J o h n F o rd .
Pepi, Luci, B om y otras chicas del m ontón (E sp a ñ a , 19 8 0 ). D ire cc ió n : P e
d ro A lm odóvar.
Pierrot, el loco (Pmrot lefou, Francia-Italia, 1965). D irección:Jean-L uc G odard.
Placer, E l (L eP laisir, F ra n c ia , 19 5 1 ). D ire c c ió n : M ax O p h u ls.
Psicosis (Psycho, E stad o s U n id o s, 1 9 6 0 ). D ire c c ió n : A lfred H itc h c o c k .
Puente sobre el Río Kwai, E l ( The Bridge on the R iver Kwai, G ra n B retañ a ,
1957). D ire cc ió n : D avid L ea n .
Quiero decirte que te amo (French Kiss, E stad o s U n id o s, 1995). D ire c ció n :
L a w ren ce K asdan.
Ratas, Las (A rg e n tin a , 1963). D ire c c ió n : L uis Saslavsky.
Rebeca (Rebecca, E stad o s U n id o s, 1940). D ire c c ió n : A lfred H itch c o c k .
Reencuentro (T h e B ig Chill, E stad o s U n id o s, 1983). D irecció n : L aw ren ce
K asdan.
Reflejos en tus ojos dorados (Reflections in a Golden Eye, E stad o s U n id o s,
1967). D ire c c ió n : J o h n H u sto n .
Regreso del hijo, E l ( The Son ’s R eturn, E stad o s U n id o s, 19 0 9 ). D irecció n :
D avid W ark G riffith .
Reina Margot, L a (L a reine Margot, F ran cia-A lem an ia-Italia, 1994). D i
re c c ió n : P a tric e C h é re a u .
Réquiem (íd e m , F ran cia-S u iza, 1997). D ire c ció n : A lain T a n n e r.
Retrato de u n a dam a (Portrait o f a Lady, G ra n B re ta ñ a , 1996). D irecció n :
J a n e C a m p io n .
Ricardo III (RichardIII, E stados U n id o s-G ra n B re ta ñ a , 1995) . D irección:
R ic h a rd L o n c ra in e .
Romeo y Julieta (Romeo a n d Juliet, G ra n B retañ a -Ita lia , 1968). D irecció n :
F ra n c o Z effírelli.
Ronda, L a (L a ronde, F ra n cia , 1950). D irec c ió n : M ax O p h u ls.
R ueda de ¡afortuna, L a (Meet M e in Saint Louis, E stad o s U n id o s, 1944).
D ire c c ió n : V in c e n te M in n elli.
Sacrificio, E l (Offret, S uecia, 1986). D ire cc ió n : A n d re i T arkovski.
S a n tu a r io (S a n c tu a r y , E s ta d o s U n id o s , 1 9 6 1 ). D ir e c c i ó n : T o n y
R ich arclso n .
Senso (íd em , Italia, 1954). D ire c c ió n : L u c h in o V isconti.
Sin aliento (Á bcrut de souffle, F ran cia, 1959. D irecció n : Jean -L u c G odard.
Solaris (íd e m , URSS, 1972). D irecció n : A n d re i Tarkovski.
Sostiene Pereira (íd e m , I ta lia -P o rtu g a l, 1 9 9 8 ). D ire c c ió n : R o b e rto
Faenza.
S ta lker-L a Zona (Stalker, URSS, 1979). D irecció n : A n d re i Tarkovski.
Tercer hombre, El {TheThird M an, G ran B re ta ñ a , 1949). D irecció n : Carol
R eed.
Tesoro de la Sierra Madre, El ( The Treasure o f the Sierra Madre, E stados
U n id o s, 1948). D irec c ió n : J o h n H u sto n .
The Member o f the Wedding (íd e m , E stad o s U n id o s, 1952). D irecció n :
F re d Z in n e m a n n .
Tiempo recobrado, E l {Le temps retrouvé, F ran cia, 1998). D irecció n : R aúl
Ruiz.
Tira a m am á del tren ( Throui M om ma From the Train, E stad o s U n id o s,
1987). D irecció n : D an n y D e V ito.
Toro salvaje (R a g in g Bull, E sta d o s U n id o s, 1980). D ire c c ió n : M a rtin
S corsese.
Tregua, L a (A rg e n tin a , 1974). D irecció n : S erg io R en án .
Tres coronas del m.arinero, Las (Les trois couronnes ríu máteloi. F ran cia,
1982). D irecció n : R aúl Ruiz.
Tnple traición (Jackie Brown, E stad o s U n id o s, 1997). D irecció n ; Q uen ti n
T a ra n tino.
Ulises (Ulysses, Italia, 1.955). D ire cc ió n : M ario C am erin i.
Ulysses (íd e m , E stad o s U n id o s, 1967). D ire c c ió n : J o s e p h Strick.
Último tango en París (Last Tango in París, F rancia-Italia, 1972). D irec
ción: B e rn a rd o B erto lu cci.
Una enemiga en la casa (A Judgement. in Stone, C an ad á, 1986). D irección:
O u sa m a Rawi.
Un árbol de manos (A Tree o fH a n d s/b in o cent Victnn, G ra n B retañ a, 1989 >.
D irecció n : G iles Foster.
Une fierre, u n arbre, u n n uage (íd e m , F ra n c ia , 1 9 8 1 ). D ire c c ió n :
Chri.st.ine Van d e P u tte.
Un tropiezo llamado amor (T he Accidental Tourist, E stados t 'n id o s, 198 5 '.
D irecció n : L aw ren ce K asdan.
Ventana indiscreta, L a (Rear Windoiu, E stados U n id o s, 1954). D ire c c ió n :
A Jfred H itc h c o c k .
Verdes paraísos, Los ( A r g e n tin a , 1 9 4 7 ). D ire c c ió n : C a rlo s H u g o
C h riste n se n .
Vidalita (A rg e n tin a , 1949). D ire c c ió n : L uis Saslavsky.
Y/eek-End (íd e m , F ran cia , 1967). D ire cc ió n : Je a n -L u c G o d a rd .
Werther (E sp añ a, 1986). D ire c ció n : P ilar M iró.