DISCURSOS

L E I D O S A N T E LA.

REAL ACADEMIA ESPAÑOLA

EN LA RECEPCIÓN PÚBLICA. DEL

E X C M O . SR. D. JOSE E C H E G A R A Y

EL DÍA 20 DE M A Y O D E 1894

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MADRID
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I m p r e n t a , F u n d i c i ó n y F a b r i c a d e t i n t a s d e l o s H i j o s d e J. A . G a r c í a ,
C A L L E DE CAMPOMANES, NÚM. 6.

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DISCURSOS
L E I D O S A N T E LA

REAL ACADEMIA ESPAÑOLA

EN LA RECEPCION PUBLICA DEL

E X C M O . SR. D. JOSÉ E C H E G A R A Y

EL DÍA 20 DE M A Y O DE 1894

MADRID
I m p r e n t a , F u n d i c i ó n y F a b r i c a de t i n t a s de los Hijos de J. A. G a r c í a ,
C A L L E DE C A M P O M A N E S , NÚM. 6.

1894
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 DISCURSO
DEL

E X C M O . SR. D. JOSÉ ECHEGARAY

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 SEÑORES ACADEMICOS:

L a g r a t i t u d y la cortesía han solido inspiraros, en casos

como é s t e , c o n c e p t o s ingeniosos y f r a s e s elocuentísimas, q u e
en v a n o p r e t e n d e r í a imitar con mi estilo á s p e r o de suyo y des-
a l i ñ a d o p o r c o s t u m b r e ; y pues m o d e s t a m e n t e confieso, que la
musa a c a d é m i c a es p a r a c o n m i g o d e s d e ñ o s a y quizá cruel, no
d e b e c a u s a r o s e x t r a ñ e z a , ni mucho m e n o s e n o j o , q u e d e s d e
los c o m i e n z o s de mi discurso r e n u n c i e á t o d o g é n e r o de retó-
ricos a l a r d e s , y que r e s q u e b r a j a n d o , y a q u e no r o m p i e n d o
t r a d i c i o n a l e s moldes, en f o r m a llana y sencilla m e limite á ma-
nifestar á t a n ilustre A c a d e m i a , sin q u e lo conciso d a ñ e á lo
sincero, que en el alma a g r a d e z c o e s t a h o n r a , á mi p e q u e ñ e z
g r a c i o s a m e n t e c o n c e d i d a y por mí con t o d o r e s p e t o a c e p t a d a .
C u r i o s o s c o n t r a s t e s , Sres. A c a d é m i c o s , o f r e c e la vida á
c a d a p a s o , y no p o c o s este s e v e r o instituto en el i n e v i t a b l e p r o -
ceso de su r e n o v a c i ó n . C o n t r a s t e es, y no p e q u e ñ o en v e r d a d ,
el q u e resulta d e o p o n e r los g u s t o s artísticos, la í n d o l e d e los
t r a b a j o s y h a s t a las inclinaciones l i t e r a r i a s del Sr. M e s o n e r o
R o m a n o s á mis p r o p i a s inclinaciones, á mis m o d e s t a s o b r a s y
á mis e s p e c i a l e s t e n d e n c i a s ; p e r o c u e n t a q u e sólo aficiones y
g u s t o s c o m p a r o , que en ley de justicia á más no p o d r í a llegar
mi a t r e v i m i e n t o .
Sabio y e r u d i t o , a m a n t e d e lo clásico, ingenioso y festivo,
el Sr. D . R a m ó n de M e s o n e r o R o m a n o s m a r c ó sus o b r a s , tan
a d m i r a d a s c o m o p o p u l a r e s , con el sello y cifra de su p e r s o n a -
lidad l i t e r a r i a , que c o n s e r v ó i n t e g r a á t r a v é s de su l a r g a c a -
r r e r a . R e c o r d a d las Escenas matritenses, los Tipos y caracte-
res, el Antiguo Madrid, los Recuerdos de viajes, las Memo-
rias de un setentón, los Estudios biográficos y críticos relativos
á nuestro antiguo teatro, y en t o d a s estas o b r a s , y en o t r a s
q u e p u d i e r a c i t a r , hallaréis siempre el mismo escritor, los m i s -
mos p r o c e d i m i e n t o s y h a s t a el mismo h o m b r e ; salvas aquellas
inevitables d i f e r e n c i a s q u e el t i e m p o , g r a n transformista (di-
cho sea con licencia d e la A c a d e m i a ) , i n t r o d u c e , así en las re-
g i o n e s espirituales, como en los e t e r n a m e n t e a g i t a d o s senos
d e la m a t e r i a y d e los o r g a n i s m o s .
El Sr. Mesonero R o m a n o s e r a o b s e r v a d o r p o r n a t u r a l e z a ;
inclinado por instinto y p o r estudio á la sencillez clásica; s a -
gaz en la crítica, p o r q u e era a g u d o y p e n e t r a n t e su ingenio;
p o r n o b l e s t e n d e n c i a s de su alma muy d a d o á t o d o lo q u e e r a
español; y a u n q u e juguetona y satírica, la musa del insigne
a c a d é m i c o siempre f u é b o n d a d o s a y casi p a t e r n a l p a r a con los
tipos y c o s t u m b r e s q u e r i d i c u l i z a b a . Su s á t i r a , ha dicho uno
d e nuestros más ilustres c o m p a ñ e r o s , en n a d a se p a r e c e á J a
indignación de J u v e n a l , ni al cómico d e s e n f a d o d e A r i s t ó f a -
nes, ni á la d e s c a r a d a p e r o e n é r g i c a y p r o f u n d a a g u d e z a d e
Q u e v e d o ; no es t a m p o c o su ironía la del humorista b r i t á n i c o ,
q u e en sí e n c i e r r a burlesco y altivo d e s d é n , c u a n d o no fiiosó-
IÌC0 d e s p r e c i o , ni la e x t r a v a g a n t e y mal i n t e n c i o n a d a , a u n q u e
muy h o n d a y t r a n s c e n d e n t a l , de R a b e l a i s .
Más bien p u d i e r a n b u s c a r s e a n a l o g í a s e n t r e las chistosas
descripciones de Z a v a l e t a y las festivas p i n t u r a s de M e s o n e r o
Romanos; p u e s e s ¡o cierto, que j a m á s en sus sonrisas h u b o
c o n t r a c c i ó n d e a m a r g u r a , ni su Viejo Madrid cesó un solo
p u n t o de serle simpático y q u e r i d o .
P a r a v o s o t r o s , ¡lustres p r ó c e r e s de las l e t r a s , el p r e c l a r o
escritor c u y o p u e s t o , a u n q u e i n d i g n a m e n t e , he de o c u p a r , es
el e r u d i t o , el crítico y el literato; p a r a el p u e b l o , q u e siente
más q u e p i e n s a , y que sólo p i d e a! p o e t a risa ó l l a n t o y e m o -
ciones en s u m a , el Sr. M e s o n e r o R o m a n o s casi no existe, que
no c o n o c e más que al Curioso parlante; y e n t r e t o d a s sus o b r a s ,
la que más le r e g o c i j a és aquella en que se pintan por donosa
m a n e r a t a n t a s y t a n t a s escenas matritenses, como fueron i n o -
c e n t e a l e g r í a p a r a nuestros p a d r e s , y p a r a muchos de nosotros
p r o l e g ó m e n o s casi de estudios y aficiones literarias, que m á s
tarde habían de desarrollarse por diferentes rumbos. Para sen-
tir r o m á n t i c o s entusiasmos a n t e la e s c e n a , los d r a m a s a d m i r a -
bles d e G a r c í a G u t i e r r e z y del D u q u e de Rivas; p a r a d e s p e r -
t a r en las a d o r m i d a s almas p r o f u n d a s a r m o n í a s y m e m o r i a s
d e p a s a d a s y heroicas e d a d e s . Zorrilla; p a r a r e g o c i j a r al f a t i -
g a d o espíritu con las p i n t o r e s c a s descripciones de c u a d r o s c a -
seros, ricos en color y r e b o s a n d o v i d a , y con las cultas a g u -
d e z a s que a s a e t e a n sin e n o j o p e q u e ñ a s d e b i l i d a d e s y ridicule-
ces d e esta ó de aquella clase social, el Curioso parlante.
Así p e n s a b a la juventud de o t r o t i e m p o , s i n t e t i z a n d o p o r
m a n e r a infantil más b i e n s e n t i m i e n t o s que ideas. Y yo r e -
c u e r d o q u e allá en mi niñez, y en la c i u d a d de Murcia, mi pa-
tria a d o p t i v a , en los a b r a s a d o r e s días de uno y o t r o v e r a n o ,
y d u r a n t e las horas d e la siesta, El Curioso parlante vino á
t r o c a r en regocijo mi hastío, mi c a n s a n c i o en interés, y h a s t a
r e f r e s c ó con deleitosas b r i s a s el ,oleaje d e f u e g o , que á la m u r -
c i a n a t i e r r a p a r e c í a llegar d e s d e las a r d i e n t e s c o s t a s del A f r i c a
vecina.
Yo leía con atan uno y o t r o animadísimo c u a d r o d e la vida
m a d r i l e ñ a : figuras c ó m i c a s , b u r l e s c a s ó g r a c i o s a s p a s a b a n
a n t e mí; sucesos sencillos, p e r o q u e i n t e r e s a n t e s me p a r e c í a n ,
a t a b a n y d e s a t a b a n sus nudos p o r las p á g i n a s d e u n s e m a n a r i o ,
q u e la diosa casualidad ó mi b u e n a m a ñ a t r a j o á mi p o d e r ;
t o d o un m u n d o d e s c ó n o c i d o p o r e n t o n c e s p a r a tan incipiente
lector c o m o yo e r a , p r e s e n t á b a s e á mi vista; y al leer el a r -
tículo q u e lleva p o r título El prado, a f a n á b a m e p o r c o m p r e n -
d e r lo que El prado f u e s e , i m a g i n á n d o m e un jardín lleno d e
misterio y d e l e i t e ; y al r e g o c i j a r m e con La comedia casera, no
a d i v i n a b a , que o t r a s c o m e d i a s h a b í a n de d a r m e , al a n d a r del
t i e m p o , r e g o c i j o s á v e c e s , y á veces m a l o s r a t o s ; y al r e c o -
r r e r las líneas de uno de los p o c o s a r t í c u l o s s o m b r í o s q u e ha
escrito el Sr, M e s o n e r o R o m a n o s , y que lleva p o r título El
camposanto, no s o s p e c h a b a , que mis futuras y criminales a f i -
c i o n e s l i t e r a r i a s h a b í a n d e p o b l a r m á s d e un c e m e n t e r i o con
rica p e r o f ú n e b r e c o s e c h a d e m u e r t o s i m a g i n a r i o s .
No p r e s u m í a yo de crítico p o r e n t o n c e s , ni aun h o y mismo
p r e s u m o ; q u e p r e s u n c i o n e s t a l e s á más s e s u d o s y p r o v e c t o s li-
t e r a t o s , ó á más d e s e n f a d a d o s jóvenes, las a b a n d o n o d e b u e n a
g a n a ; no c u i d a b a y o , en aquellas l e c t u r a s , de a q u i l a t a r el es-
tilo, ni d e b u s c a r g r a n d i o s o s p e n s a m i e n t o s ó g a l l a r d o s a r r a n -
q u e s , ni de ir s e ñ a l a n d o , p a r a más d e t e n i d o estudio, e s t e ó
a q u e l p á r r a f o , s a z o n a d o con esa g r a c i a del ingenio, q u e m á s
t a r d e h u b e d e a v e r i g u a r , q u e se llama sal ática p o r los q u e
p u e d e n , c o m o p o r los q u e no p u e d e n s a b o r e a r l a . E m p e z a b a á
leer p o r c a p r i c h o ; seguía l e y e n d o , p o r q u e m e i n t e r e s a b a n
a q u e l l a s e s c e n a s t o m a d a s del n a t u r a l en el rico r e p e r t o r i o d e
la comedia h u m a n a ; a c a b a b a con ansia lo q u e c o n a b a n d o n o
e m p e c é ; y c o r r i ó el tiempo y á su p a r c o r r i ó el olvido, y al
ñn r e s u l t a , que m u c h o s a ñ o s más t a r d e , en e s t e m o m e n t o y
a n t e vosotros, el r e c u e r d o d e a q u e l l a s e n t r e t e n i d a s h o r a s , se
c o n v i e r t e en triste p e r o justísimo t r i b u t o á la m e m o r i a de
aquel insigne crítico, q u e tan simpático f u é á t o d a u n a g e n e r a -
ción, y que ha d e o c u p a r p u e s t o tan digno y p r e c i a d o en la
historia de la l i t e r a t u r a p a t r i a .
Más de c u a r e n t a ' a ñ o s há que el n o m b r e de El Curioso par-
lante me e n c a n t a b a ; h o y el n o m b r e del Sr. D . R a m ó n M e s o -
n e r o R o m a n o s me e n t r i s t e c e con la misma tristeza que v o s -
o t r o s sentís; y es que si á c a d a sonrisa q u e b r o t a en n u e s -
t r o s labios, 6 á c a d a p l a c e r q u e e s t r e m e c e n u e s t r a s fibras,
p u d i e r a seguírseles c o m o á invisibles v i a j e r o s p o r las á s p e r a s
s e n d a s d e la vida, al fin les v i é r a m o s d a r con f r e c u e n c i a en
r a u d a l e s d e llanto ó en o n d a s de a m a r g u r a ; con lo cual no es
m a r a v i l l a , q u e a q u e l l o mismo que e m p e z ó p o r r e g o c i j o d e un
niño, t e r m i n e p o r c o r o n a f ú n e b r e d e un a n c i a n o .
Y he cumplido c o n e s t o , y a q u e no en la f o r m a que tan
esclarecido literato merecía, y á que esta respetable A c a d e -
mia está a c o s t u m b r a d a , con b u e n d e s e o y sana intención al
menos, y h a s t a d o n d e mis f u e r z a s h a n l l e g a d o , el s e g u n d o d e
los d e b e r e s que p o r ley n a t u r a l y p r e c e p t o casi de v u e s t r o s
e s t a t u t o s d e b í a cumplir. R é s t a m e t a n sólo, no p o r q u e p r e t e n d a
d e c i r o s n a d a n u e v o , ni d i g n o e n v e r d a d de o c u p a r vuestra
a t e n c i ó n , sino p o r c e ñ i r m e á l a c o s t u m b r e , el disertar en u n a s
c u a n t a s p á g i n a s s o b r e d e t e r m i n a d o p u n t o del a r t e literario.
¡El a r t e l i t e r a r i o ! M a t e r i a rica en difíciles p r o b l e m a s y en g r a -
v e s cuestiones, que así llegan á las alturas d e la m e t a f í s i c a ,
c o m o se insinúan p o r los más i n t r i n c a d o s conflictos de la vida
social, como d e s c i e n d e n á la p r á c t i c a y al m e c a n i s m o de las
mismas a r t e s l i b e r a l e s , a b r i e n d o con t o d o esto e s p l é n d i d o s
h o r i z o n t e s á quien tuviese v a g a r p a r a r e c o r r e r l o s , sin q u e
p r o s a i c a s a t e n c i o n e s d e la v i d a , ó más á r i d o s , a u n q u e no me-
nos a g r a d a b l e s e s t u d i o s , le h i c i e r a n a p a r t a r los ojos de c o n -
tinuo d e las maravillas p o é t i c a s , q u e b a ñ a n los r e s p l a n d o r e s
d e la b e l l e z a , p a r a c o n v e r t i r l o s á o t r a s r e g i o n e s en que i m p e r a
la s e v e r a disciplina d e la r a z ó n .
Y con ser tan v a s t o el c a m p o en q u e he p o d i d o e s c o g e r
un t e m a p a r a mi discurso, es lo c i e r t o q u e he d u d a d o m u c h o ;
y con t a n t o p e n s a r l o , y con p e n s a r l o tan b i e n , al m e n o s en la
intención, no sé á p u n t o fijo, si al fin escogí mal; p e r o sea con
a c i e r t o ó con d e s d i c h a , al fin decidí q u e la m a t e r i a de mi e s -
crito h a b í a d e ser la q u e váis á oir, si v u e s t r a p a c i e n c i a es tan
grande como vuestra cortesía.
Me p r o p o n g o p r e s e n t a r a n t e esta d o c t a C o r p o r a c i ó n a l g u -
n a s r e f l e x i o n e s g e n e r a l e s s o b r e la critica y el arte literario,
y mi t e n d e n c i a es é s t a : q u e así c o m o i m p o r t a mucho p a r a !a
marcha o r d e n a d a de la política, s o b r e t o d o en é p o c a s de t r a n -
sición, que exista una legalidad común, no m e n o s i m p o r t a en
el c a m p o artístico y l i t e r a r i o o t r a especie de l e g a l i d a d c o m ú n ,
d e n t r o d e la cual vivan y se d e s a r r o l l e n p a c í f i c a m e n t e t o d a s
las escuelas y t o d a s las e n e r g í a s , sin a n a t e m a s ni e x c o m u -
niones d e s d e a r r i b a , sin odios ni enemigas d e s d e a b a j o .
D e s u e r t e q u e , si mi discurso ha d e t e n e r algún título, q u e
en rigor p o r lo d e s o r d e n a d o no lo m e r e c e , bien p u d i é r a m o s
I —
d a r l e el q u e a c a b o d e indicar: de la legalidad común en m ^
terias literarias.
 lo

P e r o a n t e s d e e n t r a r en el a s u n t o , p e r m i t i d m e un b r e v e pa-
réntesis.
El discurso q u e váis á oir fué escrito h a c e m u c h o s a ñ o s ; cir-
c u n s t a n c i a s i n d e p e n d i e n t e s de la v o l u n t a d d e t o d o s , de la mía
y de la a j e n a ; e s t a vida febril en q u e t o d o s vivimos, este volar
del t i e m p o , q u e sin s a b e r c ó m o nos lleva i m p l a c a b l e , han
ido r e t r a s a n d o mi r e c e p c i ó n en tan d o c t a A c a d e m i a , y b i e n
c o m p r e n d é i s q u e a n t e s d e e m p e z a r mi t a r e a d e b o p e d i r o s , be-
nignidad p o r de c o n t a d o , p o r q u e v o y á t r a t a r de asuntos q u e
y a a p e n a s inspiran interés; p e r o a d e m á s voy á p e d i r o s c i e r t o
l i n a j e de r e s p e t o . R e s p e t o , si, p a r a mi discurso; r e s p e t o y h a s t a
v e n e r a c i ó n ; que si o t r a s c o n d i c i o n e s no t i e n e , es y a v e n e r a b l e
por lo a v a n z a d o d e su e d a d .
Y d i g a m o s a h o r a lo q u e por e n t o n c e s d e c í a m o s .
El p r o b l e m a g e n e r a l d e la crítica literaria p u e d e dividirse
en o t r o s t r e s q u e se c o m p l e t a n y se e n l a z a n , y son c a p í t u l o s
sucesivos de u n a misma c i e n c i a , ó a s p e c t o s v a r i o s de un t o d o
divisible p a r a el estudio, a u n q u e í n t e g r o y único en su v e r d a -
d e r a esencia.
P u e d e , en p r i m e r lugar, e s t u d i a r s e la crítica en su d e s -
a r r o l l o histórico y en sus múltiples y d i v e r s a s m a n i f e s t a c i o n e s ,
en d e t e r m i n a d o s p u e b l o s ó e n d e t e r m i n a d a s é p o c a s ; con lo
cual h a r í a , el que tal hiciese, la v e r d a d e r a historia de la c r í -
tica l i t e r a r i a .
V a r i a n d o el p r o c e d i m i e n t o , a u n q u e c o n s e r v a n d o la t e n -
d e n c i a e x p e r i m e n t a l , si así p u e d o e x p r e s a r s e , e s d a d o t a m b i é n
e s t u d i a r el p r o c e s o reflexivo del a r t e l i t e r a r i o en sus d i v e r s a s
e n c a r n a c i o n e s ; viendo c ó m o la i d e a se h a c e h o m b r e , es d e c i r ,
c ó m o la f a c u l t a d crítica se subdivide y d e s g r a n a en críticos de
mayor ó menor cuantía.
C a b e , en fin, estudiar las l e y e s d e la critica como a p l i c a -
ción de los principios f u n d a m e n t a l e s d e la E s t é t i c a ; a s p e c t o
i m p o r t a n t í s i m o y d o m i n a n t e , p o r q u e criticar sin un ideal a r -
tístico v a l e t a n t o c o m o j u z g a r sin un C ó d i g o ó c o m o e n t r e g a r
al r e o indefenso y m a n i a t a d o al c a p r i c h o , á las m a l a s p a s i o n e s
ó á la m a l i g n i d a d del j u z g a d o r , y a q u e no á su i g n o r a n c i a .

..•»A-'.
 lOO

Así, p u e s , y o t e n g o a n t e mí, en la e m p r e s a en q u e q u i z á
c i e g a m e n t e quise e m p e ñ a r m e , t r e s p u n t o s de vista distintos:
historia d e l a crítica l i t e r a r i a en g e n e r a l ; estudio de los más
famosos críticos q u e aquélla n o s p r e s e n t a y de sus c u a l i d a d e s
p e r s o n a l e s , y l e y e s e s t é t i c a s de la crítica filosófica.
C a d a una de e s t a s cuestiones es tal, q u e no p a r a un d i s -
c u r s o , q u e f o r z o s a m e n t e ha d e ser b r e v e , a u n q u e os p a r e z c a
l a r g o , sino p a r a u n a o b r a d e g r a n m e d i t a c i ó n , d e a r d u o t r a -
b a j o y d e c o n s t a n t e c o n s u l t a , c o n t i e n e m a t e r i a s o b r a d a ; y en
t o d o caso exigiría un escritor de más alientos que y o , y más
aficionado d e lo q u e y o he sido á r e v o l v e r libros a n t i g u o s y á
e n f r a s c a r s e en s a b i a s e r u d i c i o n e s .
P e r o de t o d o esto muy p o c o me p r o p o n g o d e c i r , e x -
c e p c i ó n h e c h a del último p u n t o de los t r e s q u e a c a b o d e i n -
d i c a r , que es el q u e c o n s t i t u y e en p a r t e el o b j e t o de mi d i s -
curso.
T o d o c u a n t o he de e x p o n e r p u e d e c o n d e n s a r s e en las si-
g u i e n t e s líneas, que anticipo p a r a evitar c o n f u s i o n e s y p a r a
d a r o s en un b r e v e p r o g r a m a la medida á q u e ha de s u j e t a r s e
vuestra paciencia.
S e ñ a l o , en p r i m e r l u g a r , el e s t a d o c a ó t i c o en que hoy se
halla la crítica l i t e r a r i a , indicando á la vez el origen de si-
t u a c i ó n tan t r i s t e : afirmo con e n e r g í a la e x i s t e n c i a , posible
por lo m e n o s , del c o n o c i m i e n t o científico de la b e l l e z a : juzgo,
en fin, q u e la crítica t i e n e obligación precisa de b u s c a r sus
r e g l a s en las l e y e s d e aquella ciencia estética, y como e s t a s
l e y e s son amplísimas y a b a r c a n lo infinito, r e c h a z o t o d o e x -
clusivismo d e escuela ó de doctrina p a r c i a l .
D e f i e n d o , p u e s , s u c e s i v a m e n t e : al m u n d o clásico c o n t r a el
m u n d o m o d e r n o , y á éste c o n t r a a q u é l ; al idealismo c o n t r a el
realismo, y á la escuela realista c o n t r a la s o b e r b i a d e ios i n -
m a c u l a d o s ; al a r t e c o n t r a el positivismo utilitario, a f i r m a n d o la
belleza p o r la b e l l e z a , y p o r el c o n t r a r i o , p r o c l a m o como
b u e n o s los d e r e c h o s del escritor, q u e busca c o n t e n i d o p a r a sus
o b r a s en los g r a n d e s p r o b l e m a s d e la v i d a , c o n t r a los d e f e n -
sores de lo insustancial. P a s a n d o , en fin, del a r t e crítico á la
 lOO

ciencia p u r a , s o s t e n g o p a r a la Estética el d o b l e m é t o d o de la
e x p e r i e n c i a y de la r a z ó n .
D e t o d o esto v o y á o c u p a r m e , si á t a n t o a l c a n z a n mis f u e r -
zas y no se a g o t a v u e s t r a b o n d a d o s a a t e n c i ó n .

Es legítima y es p r o v e c h o s a la c r í t i c a ; ¿quién lo duda? Ha

existido y e x i s t e y d e b e existir.
C o m o las f a c u l t a d e s del sér h u m a n o b r o t a n del mismo ori-
g e n , y con m a y o r ó m e n o r p a r a l e l i s m o se d e s a r r o l l a n , t e n g o
p a r a mí, q u e la crítica es t a n a n t i g u a c o m o el a r t e ; q u e el h a -
cer y el j u z g a r son f u e n t e s q u e n a c e n de la misma r o c a , y q u e
al l a d o del p r i m e r p o e t a d e b i ó a p a r e c e r el p r i m e r crítico.
Si c o m o subsisten las c r e a c i o n e s del p r i m e r o , subsistiesen
las c e n s u r a s del ú l t i m o , p o d r í a m o s ver c o n la i m a g i n a c i ó n
al s a c e r d o t e - p o e t a de la India, al d e s p u n t a r la m a ñ a n a , s o b r e
e l e v a d a colina y a n t e una p i e d r a c u b i e r t a d e m u s g o , improvi-
s a n d o los sublimes himnos del Rig-Veda con la p r o p i a i n s p i r a -
ción del g e n i o y con la p r e s t a d a inspiración del Agni-soma; y
muy c e r c a , p e r d i d o en la multitud, d e s c o n t e n t o y u r a ñ o , so-
m e t i e n d o á i m p l a c a b l e análisis las e s p o n t á n e a s i m á g e n e s del-
c a n t o r v é d i c o , p o d r í a m o s v e r t a m b i é n al crítico p r e h i s t ó r i c o
del Sapta-Sindu ó de los siete ríos. Al uno r e l a t a n d o «cómo los
vientos, á m o d o de c e l e s t e s p a s t o r e s , e m p u j a n a n t e sí, d e s d e el
nevado Himalaya, innumerables rebaños de vacas aéreas, c u -
y o s hinchados p e c h o s son las e s p e s a s n u b e s ; y c ó m o las a g u i j a
con el r a y o y la centella p a r a q u e d e r r a m e n s o b r e los sedien-
t o s valles de! Indostán t o r r e n t e s de lluvia, l e c h e fecunda q u e
h a b í a de a l i m e n t a r las c o s e c h a s y h a b í a de s o s t e n e r la vida d e
la r a z a a r i a . » Al o t r o , p e n s a n d o p a r a sí, y con r a z ó n , no lo
n i e g o , que es mucho s u p o n e r esto d e q u e los vientos sean
p a s t o r e s , y los n u b l a d o s u b r e s r e p l e t a s , y la lluvia, que al fin
es a g u a , leche sustanciosa de los c a m p o s . Sólo que tales re-
flexiones, ó las g u a r d a r l a el incipiente crítico p a r a sí, ó las e x -
p r e s a r í a en l e n g u a d r a v i d i a n a ó en s á n s c r i t o si era g r a n lite-
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r a t o e n t r e los s u y o s : c o s t u m b r e , esta de criticar en sánscrito,

que es d e sentir que se h a y a p e r d i d o , p o r q u e de h a b e r s e con-
s e r v a d o , e n ocasión la crítica, sin ser mucho m e n o s c l a r a ni
m e n o s útil, sería mucho más inofensiva.
P e r o si d e los críticos q u e p u d i e r a n existir diez y siete ó
v e i n t e siglos a n t e s de la era cristiana no q u e d a n r a s t r o s , c o m o
t a m p o c o se c o n s e r v a n d e l o s c o n t e m p o r á n e o s del p o e m a homéri-
co, ya los t u v o el c a n t o r de la l l i a d a , á la p a r q u e P l a t ó n , en épo-
ca m e n o s l e j a n a , en el i m p l a c a b l e Zoilo; si b i e n es c i e r t o q u e ,
según c u e n t a n , y v a l g a el c u e n t o p o r lo q u e v a l i e r e , t a m a ñ a
p r o f a n a c i ó n , c o m o f u é la d e c e r r a r colérico y bilioso con los
diálogos, la l l i a d a y la O d i s e a , costóle n a d a m e n o s que la v i d a ;
c o s t u m b r e q u e , sin d u d a p o r lo a p a c i b l e de los t i e m p o s q u e
a t r a v e s a m o s , se ha p e r d i d o del t o d o . Bien es v e r d a d q u e no se
e n c u e n t r a t a m p o c o al r e v o l v e r de c a d a sigio ni un c a n t o r de
T r o y a , ni un divino P l a t ó n . Y así, siguiendo p o r la historia
a d e l a n t e , nos e n c o n t r a r í a m o s al lado d e la v e r d a d e r a crítica,
s e v e r a , p e r o justa, y g r a n d e m e n t e útil c u a n d o c o m p r e n d e su
misión, la crítica a p a s i o n a d a , ó insustancial, ó ligera y d e t o d o
p u n t o estéril para el bien; á la p a r de la corrección p r u d e n t e ,
d e la e n s e ñ a n z a sólida y de la amplitud d e m i r a s , la pasión
d e s b o r d a d a , el e n o j o l a t e n t e , la e s t r e c h e z de p e n s a m i e n t o , ó
la e n e m i g a p r e c o n c e b i d a ; p u e s y a Hesiodo dijo t r e s mil a ñ o s
h á , a u n q u e e x a g e r a n d o sin d u d a , que «de la crítica á la envi-
dia no h a y más que un p a s o » . Basta r e c o r r e r la historia p a r a
e n c o n t r a r á c a d a i n s t a n t e e j e m p l o s a b u n d a n t í s i m o s d e la críti-
c a n o b l e y d e la crítica m e z q u i n a ; del p r e c e p t o q u e ilumina y
d e la s a e t a e n v e n e n a d a que se c l a v a en la c a r n e . V e d , si no,
p o r una p a r t e , m u c h o s diálogos del f u n d a d o r de la A c a d e m i a ,
como el d e G o r g i a s y F e d r a , a d m i r a b l e s críticas idealistas; los
análisis de Aristóteles en su r e t ó r i c a y su política; el Tratado
de lo sublime; el canon p o é t i c o d e H o r a c i o ; la Institución ora-
toria de Q u i n t i l i a n o , q u e en c i e r t o m o d o se anticipó á ios mé-
t o d o s e x p e r i m e n t a l e s , y v a l g a la p a i a b r a , y a q u e o t r a mejor no
existe, de los m o d e r n o s . Ved en t i e m p o s p o s t e r i o r e s las o b r a s
d e Boileau y en especial su a r t e p o é t i c a , si e x a g e r a d a m e n t e
 u

e s t r e c h a y restrictiva, d i g n a de r e s p e t o sin e m b a r g o ; aun en

t i e m p o s más p r ó x i m o s , r e c o r r e d las e l e v a d a s t e o r í a s de W i n c -
k e l m a n n , L e s s i n g , los Schlegel, Hegel y K a n t ; y r e c o r d a d to-
d a v í a , v i n i e n d o á n u e s t r a p a t r i a , t a n t o s y t a n t o s n o m b r e s ilus-
t r e s c o m o t o d o s c o n o c e n m e j o r q u e y o , y que h a n d a d o y d a n
g r a n d e z a y brillo á los estudios, ya d e crítica g e n e r a l , y a de
crítica p r e c e p t i v a ; e j e m p l o s que cito, no p o r v a n o a l a r d e d e
fácil y v u l g a r e r u d i c i ó n , sino p a r a d e m o s t r a r mi r e s p e t o á un
a r t e r e s p e t a b l e y f e c u n d o . P e r o al p r o p i o t i e m p o que véis y
r e c o r d á i s las o b r a s d e tan p r e c l a r o s e s c r i t o r e s , r e c o r d a d tam-
bién las d i a t r i b a s d e un S c u d e r y c o n t r a un C o r n e i l l e , d e un
Subligny c o n t r a un R a c i n e , de u n a p l a g a de críticos mezqui
n o s ó s o b e r b i o s contra los g r a n d e s m o n u m e n t o s de la a n t i g ü e -
d a d c l á s i c a , y de u n a ridicula f a l a n g e de g e n t e sin sensibilidad
artística ni conciencia l i t e r a r i a , c o n t r a el i n m o r t a l Shakes-
peare.
P e r o asunto es este del cual he dicho que no v o y á ocu-
p a r m e , y es ocioso insistir s o b r e cosas p o r v o s o t r o s h a r t o sa-
b i d a s y p o r la historia d e í i n i t i v a m e n t e j u z g a d a s .
Y s e p a r a d o d e mi c a m i n o este p r i m e r p u n t o , s e p a r o igual-
m e n t e el s e g u n d o ; p u e s en v e r d a d , que p a r a no h a c e r una se-
rie d e biográficas-críticas, y esto no c a b e en el p r e s e n t e escri-
to, no v a l e la p e n a ni el t r a b a j o d e ir r e l a t a n d o las c u a l i d a d e s
d e inteligencia y d e m o r a l i d a d a r t í s t i c a , q u e en el v e r d a d e r o
crítico d e b e n c o n c u r r i r . Y d e b e n c o n c u r r i r , en e f e c t o ; p o r q u e
no es crítico el q u e sólo lo es p o r no p o d e r ser o t r a c o s a ; ni
el q u e incitado p o r enojos d e su i m p o t e n c i a , busca en los de-
fectos a j e n o s tristes alivios á la p r o p i a r u i n d a d d e su ingenio;
ni el q u e h a c i e n d o del n o b l e s a c e r d o c i o ruin oficio d e moder-
no c o n d o t i e r o , sólo g u a r d a a l a b a n z a s p a r a el a m i g o útil, y en-
v e n e n a d a s s a e t a s p a r a el e n e m i g o p r o p i o ó p a r a el q u e su
p a t r o n o le da p o r e n e m i g o , m i e n t r a s d u r a la p a g a de la mes-
n a d a . T o d a s e s t a s son d e b i l i d a d e s h u m a n a s más ó m e n o s re-
p u g n a n t e s ó desfallecimientos m o r a l e s más ó m e n o s l a s t i m o -
sos; p e r o de ellos ni d e b o o c u p a r m e en e s t e sitio, ni h a c i a
t a l e s miserias he de c o n v e r t i r v u e s t r a a t e n c i ó n .
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L a critica es c i e r t a m e n t e o t r a cosa más a l t a y más f e c u n -

d a ; y más noble y más p r o v e c h o s o p a r a el a r t e v e r d a d e r o , es
el v e r d a d e r o crítico.
P o r q u e m e i m p o r t a que c o m p r e n d á i s bien mi p e n s a m i e n t o ,
y que n a d i e imagine, q u e niego la utilidad, y a d e la crítica
p r e c e p t i v a , y a de las críticas p a r t i c u l a r e s , y a la de aquellos
escritores de c i e n c i a , rectitud, b u e n gusto y e l e v a d o sentido
estético, que c o n s a g r a n sus altas d o t e s al estudio de las o b r a s
a j e n a s p a r a a l e n t a r a c i e r t o s , s e ñ a l a r peligros, p r e c a v e r c a í d a s
y d e p u r a r b e l l e z a s , d a n d o brillo y e s p l e n d o r al a r t e literario.
L a s f a c u l t a d e s h u m a n a s son múltiples, p e r o d e b e n ser ar-
mónicas; y t o d o desequilibrio en el individuo ó en la s o c i e d a d ,
c o m o en el a r t e , es c a u s a d e d e c a d e n c i a , y al fin es destruc-
ción y r u i n a . Y si e x i s t e la facultad creadora d e la belleza en
el p o e t a , d e b e existir la f a c u l t a d crítica e n o t r o l i n a j e de e s -
critores, q u e sirvan d e c o m p l e m e n t o y aun d e s e g u r o s guías á
los p r i m e r o s .
En el p o e t a ha d e d o m i n a r la e s p o n t a n e i d a d , sin q u e p o r
eso d e j e d e ser casi c o n s t a n t e m e n t e su p r o p i o crítico; en el
crítico ha d e d o m i n a r la reflexión s o b r e las p r o p i a s impresio-
nes q u e r e c i b e , p e r o h a de sentir t a m b i é n ; p u e s crítico que no
sienta, y sólo r a z o n e , p u e d e d e d i c a r s e á los t r a b a j o s científi-
cos, si e s q u e p a r a ellos sirve, mas p a r a el a r t e d e p o c o pro-
v e c h o serán sus más c o n c i e n z u d o s fallos: c u e r d a q u e no v i b r a ,
mal p u e d e señalar desafinaciones del a r c o que la h i e r e ó d e la
m a n o q u e la pulsa.
C r e a r es el a r t e .
J u z g a r lo c r e a d o es la c r í t i c a .
J u z g a d o r d e bellezas y d e f o r m i d a d e s d e b e ser el que la crí-
tica cultive; p e r o c o m o m a g i s t r a d o del a r t e , justo y s e r e n o ; y
c o m o m a g i s t r a d o t a m b i é n , l e y e s estéticas aplica, no capricho-
sos fallos d e su v o l u n t a d ; q u e castigo sin s e n t e n c i a no es cas-
tigo, sino a s e s i n a t o ; y sentencia sin p r u e b a , iniquidad es.
R a z o n e s t o d a s , e v i d e n t e s de s u y o , y triviales casi; por lo
c u a l , sólo me a t r e v o á r e c o r d a r l a s , p o r q u e ellas forman el ca-
mino más c o r t o p a r a llegar al v e r d a d e r o t e m a d e mi discurso.
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Si la crítica es el a r t e por el q u e se juzgan las o b r a s lite-

r a r i a s , y si el crítico es el escritor q u e ha d e a p l i c a r los pre-
c e p t o s de a q u é l l a al p o e t a , al d r a m a t u r g o , al o r a d o r , á t o d o s ,
en suma, los q u e con la p a l a b r a escrita ó h a b l a d a p r o c u r a n
e n g e n d r a r e m o c i o n e s e s t é t i c a s en los d e m á s , es e v i d e n t e que
el a r t e crítico h a de t e n e r un c a n o n y u n a ley; y q u e así c o m o
las d e m á s a r t e s no c r e a n p o r sí r e g l a s y p r e c e p t o s , sino que
los t o m a n d e las ciencias á q u e están s u j e t a s , la crítica litera-
ria ha d e recibir su ley y su ideal d e la ciencia de la b e l l e z a :
q u i e r o d e c i r d e la Estética.
P o r q u e yo c r e o , sean c u a l e s f u e r e n las opiniones en c o n t r a ,
•que r e s p e t o , p e r o que no c o m p a r t o , q u e existe una ciencia q u e
se llama E s t é t i c a ; q u e e x i s t e un a r t e que se l l a m a c n / í c a ; q u e
h a y leyes más 6 m e n o s c o n o c i d a s en este o r d e n d e f e n ó m e n o s
d e que v o y á o c u p a r m e ; y q u e n e g a r t a l e s principios al juzgar
las o b r a s literarias, c o m o las o b r a s artísticas, es e n t r e g a r s e al
c a p r i c h o y c o n v e r t i r el v e r d a d e r o a r t e crítico en m e r a impre-
sión individual y p a s a j e r a , ó en confuso c a o s de c a p r i c h o s a s
voluntades.
Q u e e s t a s l e y e s de la E s t é t i c a no sean m e z q u i n a s y e s t r e -
chas; que no resuciten las t r e s clásicas y e n v e j e c i d a s u n i d a d e s
d e t i e m p o , e s p a c i o y a c c i ó n , ú o t r a s a n á l o g a s ; que p o r limi-
t a r y clasificar artificialmente f e n ó m e n o s amplísimos, no t r a c e n
círculo t a n f o r z a d o y r e d u c i d o , q u e f u e r a q u e d e la r e a l i d a d
casi c o m p l e t a , t o d o esto es justo y n a t u r a l ; p e r o n a d a d e esto
p r u e b a q u e no e x i s t a n l e y e s i n m u t a b l e s en las r e g i o n e s d e la
b e l l e z a , t a n i n m u t a b l e s , a u n q u e m e n o s c o n o c i d a s , q u e en las
d e m á s ciencias; ni esto c o a r t a la f a c u l t a d c r e a d o r a del artista
ó del p o e t a , a u n q u e c o a r t e y s u j e t e los c a p r i c h o s o s fallos de
tal ó cual crítico de o c a s i ó n .
Inmutables s o n , fijas é i n q u e b r a n t a b l e s , y p o r fórmulas
m a t e m á t i c a s e s t á n e x p r e s a d a s , las leyes del a s t r o en el e s p a -
cio, del á t o m o e t é r e o en el r a y o d e luz ó d e la c o r r i e n t e eléc-
trica en sus p r o d i g i o s o s r u m b o s , y esto no limita ni las e v o -
luciones d e estrellas y n e b u l o s a s en el f o n d o de los cielos, ni
la riqueza d e los c o l o r e s en el iris, ni ias m a r a v i l l a s del é t e r
lOO

en los f e n ó m e n o s e l e c t r o - m a g n é t i c o s : lo único q u e evita es, que

d e p r o n t o a p a r e z c a un físico, q u e p r e t e n d a sustituir à las l e y e s
e t e r n a s d e la r e a l i d a d , los mezquinos e n g e n d r o s de u n a impro-
visación cósmica.
T a l e s el p u n t o d e vista en que m e coloco: mi c r e e n c i a d e
s i e m p r e ; mi fe a r t í s t i c a ; mi convicción p r o f u n d a .
Yo no c r e o en lo a r b i t r a r i o ; y o c r e o en la ley e s t é t i c a , q u e
es la manifestación del o r d e n , q u e es la c o n d e n s a c i ó n real é
intelectual al mismo t i e m p o de la a r m o n í a e n t r e los m i e m b r o s
d e t o d a m u l t i p l i c i d a d ; q u e es, en s u m a , c o m o ha dicho un
g r a n filósofo, la u n i d a d q u e se t r a s p a r e n t a .
L a ciencia halla p o r d o q u i e r a g r a n d e s fórmulas sintéticas,
q u e p o r d o q u i e r a p r o c l a m a n tal u n i d a d , {y sólo un o r d e n de
f e n ó m e n o s h a b í a de r e b e l a r s e c o n t r a la ley de lo infinito? Esto
no c a b e en inteligencia h u m a n a . P o d r á n no ser h o y c o n o c i d o s
por c o m p l e t o los g r a n d e s principios de la E s t é t i c a ; quizá no
se h a y a n d e s c u b i e r t o más q u e u n a mínima p a r t e de ellos; p e r o
s e m e j a n t e i n g o r a n c i a ó a t r a s o t a n l a m e n t a b l e no a r g u y e n c o n -
t r a su e x i s t e n c i a ; que igual a r g u m e n t o h u b i e r a p o d i d o e m p l e a r
c u a l q u i e r espíritu e s c é p t i c o ó pesimista c o n t r a las l e y e s de la
g r a v i t a c i ó n , el día a n t e s d e publicar N e w t o n su o b r a inmortal
de los principios.
Y t o d o e s t o , q u e muy d e p a s a d a os voy i n d i c a n d o , t i e n e , á
mi e n t e n d e r , c a p i t a l i m p o r t a n c i a para el p u n t o c o n c r e t o , que
me esfuerzo por dilucidar.
P o r q u e si el crítico r e c h a z a el c a n o n d e la ciencia y no se
s u j e t a á sus m a n d a t o s , t e n d r á q u e a p l i c a r , ó sus g e n i a l e s i n s -
t i n t o s , ó las opiniones sueltas é insustanciales q u e le salgan al
p a s o , c u a n d o juzgue las o b r a s de a r t e . P o r q u e si no h a y en la
crítica literaria un ideal, un n o r t e , un p u n t o á d o n d e dirigirse,
la m a s a e n t e r a d e los c r í t i c o s , los de v e r d a d e r a conciencia
l i t e r a r i a , y aun los de v e r d a d e r o s a b e r , c o m o los allegadizos
y o c a s i o n a l e s , se e n c o n t r a r í a n p e r d i d o s y d e s o r i e n t a d o s , ni
más ni m e n o s q u e n u m e r o s a c a r a v a n a en el d e s i e r t o , si d e
p r o n t o se a p a g a s e n las e s t r e l l a s del cielo, se b o r r a s e n los r a s -
t r o s de la móvil superficie y se e m b o t a r a el seguro instinto del
s
v i g o r o s o d r o m e d a r i o . (A d ó n d e dirigirse; qué rumbo tomar;
p o r qué éste y no aquél? C a d a opinión valdría t a n t o c o m o la
c o n t r a r i a , y a p e g a d o c a d a v i a n d a n t e á la suya propia, pronto
s e d i s p e r s a r í a n hacia los c u a t r o v i e n t o s p o r la silenciosa p l a -
nicie, r o m p i e n d o el único lazo de s a l v a c i ó n .
P r e f e r i b l e f u e r a casi, q u e u n a e n g a ñ o s a luz les llevase á
t o d o s p o r e x t r a v i a d o camino, q u e al m e n o s irían t o d o s juntos,
y al d e s p u n t a r el sol, t o d o s juntos p o d r í a n e n c o n t r a r la p e r d i d a
senda.
P u e s no d e o t r a s u e r t e se hallan la crítica m o d e r n a y el
a r t e literario.
C a o s d e opiniones individuales, lucha de las más c o n t r a -
rias t e n d e n c i a s , conflictos de u n a s t e o r í a s con otras, influen-
cias, ni b i e n c o m p r e n d i d a s ni bien utilizadas, de las m á s
opuestas d o c t r i n a s filosóficas; e s c r i t o r e s q u e , de b u e n a fe,
c r e e n s o s t e n e r y p r a c t i c a r el realismo m á s d e s c a r n a d o , y d a n ,
sin saberlo, en el más e x a g e r a d o idealismo, c u a n d o no en el
simbolismo más a b s t r a c t o ; o b r a s en c u y o fondo p a l p i t a la e s e n -
cia artística d e u n a escuela y q u e se c u b r e n con las v e s t i d u r a s
y t o m a n las f o r m a s de la escuela rival: en suma, t o d o lo más
c o n t r a d i c t o r i o , lo m á s irreflexivo y lo más a j e n o á la v e r d a d e r a
crítica y al v e r d a d e r o a r t e .
E s t e d e s o r d e n , p r o p i o de las é p o c a s de transición, c o m o
lo es la nuestra en t o d a s sus e s f e r a s ; e s t a agitación p r o f u n d a ,
q u e h a y en t o d a m a s a c a ó t i c a m o m e n t o s a n t e s de q u e b r o t e
la luz, no es c i e r t a m e n t e p e r j u d i c i a l p a r a el a r t e , y a n t e s , p o r
el c o n t r a r i o , es signo positivo y s e g u r o d e f e c u n d i d a d y d e
nueva vida; p u e s el conflicto n a c e , en el a r t e c o m o en la s o -
c i e d a d , c u a n d o n u e v a s f u e r z a s b r o t a n , y p i d e n p u e s t o y plaza
á las a n t i g u a s j y por eso, t o d o a c t o d e g e n e r a c i ó n es t u m u l -
t u o s o y c a l e n t u r i e n t o . Mas p a r a la crítica, p e r í o d o s tales son
los más f u n e s t o s , y aun p u e d e d e c i r s e q u e la p a r a l i z a n p o r
c o m p l e t o , s o b r e t o d o c u a n d o la crítica no los c o m p r e n d e y no
se d e j a llevar p o r los nuevos d e r r o t e r o s . P u e d e i m p e r a r la fa •
c u i t a d reflexiva en é p o c a s r e g u l a r e s y disciplinadas, c o m o
p u e d e el a s t r ó n o m o d e t e r m i n a r los c o n s t a n t e s cíclicas d e - u n
 >9

astro; p e r o no p u e d e el critico s o m e t e r fácilmente á r e g l a s

s e g u r a s y fallos indiscutibles u n a g r a n trasformaeifcn literaria,
c o m o no p u e d e el a s t r ó n o m o p r e d e c i r lo q u e serán m u n d o s
q u e en el seno d e lo infinito se e s t á n e n g e n d r a n d o con p a v o -
roso bullir.
Al m e n o s , esta será la situación de la crítica m o d e r n a , se-
gún he dicho, m i e n t r a s no p r e s c i n d a n los críticos d e p r e o c u -
p a c i o n e s p e r s o n a l e s , d e exclusivismos insostenibles, d e esa
e s t r e c h e z d e miras y d e horizontes, que en t o d o t i e m p o ha sido
la v e r d a d e r a c a u s a de sus g r a n d e s e r r o r e s , de sus más irritan-
tes injusticias y d e sus más lastimosas c a í d a s a n t e el i n a p e l a b l e
fallo d e la historia.
El p o e t a p u e d e ser exclusivo, y p e r t e n e c e r á esta ó a q u e -
lla e s c u e l a , y c r e a r la belleza c o m o la sienta, y en seguir sus
n a t u r a l e s impulsos está su f u e r z a , p o r q u e no va c o n t r a n a t u -
r a l e z a ; p e r o el crítico que c o n d e n a t o d o lo q u e no e s t á en ar-
monía con su m a n e r a de sentir ó d e p e n s a r , s e r á un sectario
más ó m e n o s a p a s i o n a d o , p e r o no t i e n e c a p a c i d a d p a r a juzgar
lo que ni siente ni e n t i e n d e , q u e en seguir sus n a t u r a l e s i m -
pulsos está su d e b i l i d a d y su injusticia.
Se le o i r á , si, q u e á ello t i e n e d e r e c h o ; p e r o se le oirá
c o m o á uno d e t a n t o s t e s t i g o s del g r a n p r o c e s o ó de sus inci-
dencias; mas no s e d é a i r e s de m a g i s t r a d o , que no lo es, y
h a s t a quién s a b e si r e s u l t a r á al ñn y al c a b o t e s t i g o falso, con
e s c á n d a l o de la pública opinión.
E p o c a s d e t r a s f o r m a c i ó n son é p o c a s c a ó t i c a s , en q u e t o d o
se a g i t a , se mezcla y se c o n f u n d e , los restos de lo q u e m u e r e
con los g é r m e n e s de lo q u e n a c e . ^Y quién es c a p a z de distin-
guir la molécula del c u e r p o que se d e s c o m p o n e , d e la celdilla
con que e m p i e z a un nuevo sér? En é p o c a s tales, la crítica d e b e
ser muy amplia y muy g e n e r o s a , y s o b r e t o d o muy p r u d e n t e ,
no sea q u e c o n t r a r í e por t o r p e z a g r a n d e s evoluciones, q u e pue-
d e n p a r t i r de p u n t o s al p a r e c e ? insignificantes. Yo m e figuro
á un crítico p a s e á n d o s e por el s e n o inmenso de una n e b u l o s a
con amplios p o d e r e s del P o d e r Sumo p a r a a t a r y d e s a t a r , mi-
r a n d o con e n o j o y desvío este y aquel jirón de la m a s a vapo-
 lOO

r o s a , y d i c i e n d o con fallo s o b e r a n o : «esto y a q u e l l o o t r a vez

á la n a d a » . (Y quién s a b e si a q u e l l o s jirones q u e anuló p a r a
siempre h a b í a n d e ser, al c o r r e r d e los siglos, c o n d e n s a d o s
p o r el t r a b a j o infinito d e la c r e a c i ó n y a n i m a d o s p o r espíritu
divino, algo h e r m o s o , a l g o n o b l e , a l g o p u r o , algo b e l l o : u n a
l á g r i m a d e a m o r que c o r r e p o r u n a mejilla, el e u r e k a d e un
g e n i o , ó el último suspiro d e un mártir?
N o d e s p r e c i e m o s lo p a s a d o , q u e f u é g r a n d e y quizá no se
a g o t ó ; p e r o no nos e m p e ñ e m o s en a c h i c a r lo p o r v e n i r , q u e los
g é r m e n e s necesitan m u c h o e s p a c i o .
La inmensa e v o l u c i ó n l i t e r a r i a , de c u a r e n t a ó c i n c u e n t a
siglos, nos d e b e servir de e j e m p l o , q u e en ella t o d o c u p o ; y
c u p o t a n t o , q u e su g r a n d e z a nos a b r u m a .
Allá en el rincón d e su g a b i n e t e , e n t r e su H o m e r o y su
Virgilio, llora el clásico d e p u r a s a n g r e , y p e r d ó n e s e m e la
i m a g e n , la m u e r t e d e sus dioses y la ruina del O l i m p o p a g a n o ,
sin q u e d e los b á r b a r o s a c á e n c u e n t r e a p e n a s o b r a literaria
d i g n a d e fijar su a t e n c i ó n ; y no t i e n e en c u e n t a , q u e c u a n d o
p r o f u n d o s sentimientos le a g i t a n , ni h a b l a en g r i e g o ni en latín,
sino en a q u e l idioma q u e a p r e n d i ó d e los labios d e su m a d r e ;
idioma c u y a s raíces se le insinuaron en el c o r a z ó n , c u y a s infle-
x i o n e s g r a m a t i c a l e s le m o d e l a r o n el c e r e b r o , y c u y o s sonidos
son las ú n i c a s n o t a s posibles de su g a r g a n t a .
R e s p e t o y a d m i r a c i ó n d e b e m o s á las g r a n d e s o b r a s del
g e n i o a n t i g u o ; p e r o la historia vive y se d e s a r r o l l a , y conver-
tirla en p u r a a r q u e o l o g í a , es l i n a j e de d e m e n c i a q u e m e r e c e
c o m p a s i ó n y no m á s .
E n c a m b i o , d a d un salto, p a s a d del mundo clásico, p u r o
y c o r r e c t o c o m o las líneas a r m o n i o s a s del t e m p l o g r i e g o , al
r e a l i s m o b r u t a l d e ciertos escritores, ó mejor d i c h o , al m a t e -
rialismo m o d e r n o ; p a s a d , digo, d e a q u e l l a s limpias y t r a s p a -
r e n t e s f o r m a s l i t e r a r i a s , en q u e h a s t a los p a s t o r i l e s cariños
del p a s t o r G o r i d ó n y del h e r m o s o m a n c e b o Alexis, delicias de
su dueño, se v e l a b a n con el ritmo del e x á m e t r o , á los b e s t i a -
les a m o r e s d e J e r m i n a l , en que c a e n á p r e s e n c i a del lector
a n d r a j o s h ú m e d o s y m a n c h a d o s d e hulla, p a r a d e j a r a n t e la
 2!

vista lo q u e p u d i e r a l l a m a r s e en términos b á r b a r o s , el d e s n u d o
al c a r b ó n , y t e n d r é i s o t r a l i t e r a t u r a p r o f u n d a m e n t e a n t i p á t i c a
y a u n r e p u g n a n t e p a r a muchos, p a r a la g e n e r a l i d a d , y o lo
c o n c e d o ; d i g n a d e c e n s u r a p o r sus e x t r a v í o s , p e r o q u e no serla
justo r e c h a z a r p o r c o m p l e t o , ni c o n d e n a r p a r a s i e m p r e ; q u e ,
d e s p u é s d e t o d o , e n t r e la p o d r e d u m b r e moral d e los p o b r e s
mineros, no m a y o r q u e la de C o r i d ó n y Alexis (sea cual f u e r e
la i n t e r p r e t a c i ó n histórica ó metafísica que se le q u i e r a d a r ) ,
y e n t r e el f a n g o d e las n e g r a s g a l e r í a s , aun p u d i e r a e n t r e s a -
c a r s e del polvo n e g r o del c o k más de un p e d a z o d e b r i l l a n t e ,
p u e s al fin y al c a b o , c a r b ó n cristalizado, nos dice la ciencia,
q u e es el maravilloso cristal d e los metálicos y a z u l a d o s r e -
lie jos.
P e r o sea d e ello lo q u e f u e r e , v e d en e s e inmenso p a r é n -
tesis d e miles d e años, y e n t r e escritores tan o p u e s t o s c o m o
Virgilio y Zola, q u é v a r i e d a d inmensa de g e n i o s se a g i t a , q u é
g i g a n t e s c a escala h e m o s r e c o r r i d o ; c u á n t a s escuelas, c u á n t a s
t e n d e n c i a s , c u á n t a s visiones de g r a n d e z a s , c u á n t a s o b r a s d e
a r t e , qué m a r a v i l l o s a s e n c a r n a c i o n e s del genio artístico d e
E u r o p a se e x t i e n d e n al t r a v é s d é l a historia c o m o g i g a n t e c o r -
dillera, c u y a s cúspides se l l a m a n , p o r e j e m p l o , Da:nte, Sha
k e s p e á r e , C e r v a n t e s , C a l d e r ó n , G o e t e , Víctor H u g o : c o n j u n -
t o a d m i r a b l e , s u p e r i o r en el fondo al d e la a n t i g ü e d a d c l á s i c a ,
t a n t o c o m o la civilización cristiana lo es al ciclo p a g a n o ; y
q u e f u e r a p r o f a n a c i ó n mutilar, o b e d e c i e n d o á p r e d i l e c c i o n e s
individuales, á d e t e r m i n a d a s c r e e n c i a s religiosas, á estímulos
d e esta ó de a q u e l l a opinión política, ó á e s c r ú p u l o s d e a t i l -
d a d o buen gusto ó de melosa c r í t i c a .
L a l i t e r a t u r a e u r o p e a es una t o t a l i d a d o r g á n i c a , y el e x -
clusivismo d e escuela ó d e afición t i e n d e t o r p e m e n t e á m u t i -
larla; y c o m o las v e r d a d e r a s l e y e s estéticas son i n a l t e r a b l e s ,
p e r o son amplísimas, los e s t r e c h o s c á n o n e s d e c i e r t a s críticas
m o d e r n a s son tan f u n e s t o s al juzgar la l i t e r a t u r a c o n t e m p o r á -
n e a como al juzgar la historia de la l i t e r a t u r a .
Y sin e m b a r g o , en n u e s t r a p a t r i a y f u e r a de ella, m u c h o s
a ñ o s h á q u e este es el g r a n p e c a d o d e la critica c o n t e m p o r á -
 lOO

n e a , la cual e m p e z ó p o r c o r t e s a n a y no p a r e c e d i s p u e s t a á
concluir p o r M a g d a l e n a . Exclusivismos, y n a d a más q u e exclu-
sivismos; mutilaciones, y no más que mutilaciones; p o r q u e h a y
muchos á q u i e n e s más e n a m o r a n los p e d a z o s de la e s t a t u a q u e
la e s t a t u a e n t e r a .
Y y a t e n e m o s la p r i m e r a oposición: el m u n d o clásico y el
m u n d o m o d e r n o . P u e s y o , e n n o m b r e de esa l e g a l i d a d c o m ú n
d e q u e os h a b l a b a , pido justicia p a r a a m b o s : r e s p e t o , a d m i r a -
ción y estudio p a r a aquél; r e s p e t o , e s p e r a n z a y a l i e n t o s p a r a
éste.

Y t r a s a q u e l l a oposición viene o t r a p r o f u n d a , e t e r n a , e n -
t r e el idealismo y el r e a l i s m o .
P a r a u n o s críticos el idealismo ha m u e r t o : f u é s u e ñ o más
ó m e n o s plácido d e o t r a e d a d infantil; p e r o sus f a n t a s m a s se
d e s v a n e c i e r o n al d e s p e r t a r á las r e a l i d a d e s d e la v i d a , y d e
este mo'do q u e d a p o r s e n t e n c i a i n a p e l a b l e la mitad del a r l e
c o n d e n a d a á e t e r n o silencio, y á d e s p r e c i o p r o f u n d o t o d a o b r a
en q u e lo ideal r e s p l a n d e z c a : f u e g o f a t u o , b u e n o p a r a c o r r e t e a r
e n t r e t u m b a s , p e r o q u e no resiste la luz del sol. El a r t e , según
ellos, e s t á única y e x c l u s i v a m e n t e en la verdad, en la natu-
raleza; más a ú n , en lo q u e se v e y se t o c a ; en lo t a n g i b l e , en
lo r e a l , en lo positivo; en s u m a , en los h e c h o s sensibles y ma-
teriales.
E r r o r p r o f u n d o , exclusivismo i r r i t a n t e , p u n t o de vista mez-
quino, y d o c t r i n a i n c o n s e c u e n t e consigo misma.
El a r t e en g e n e r a l , y el a r t e l i t e r a r i o en n u e s t r o c a s o , p u e -
de esculpir sus c r e a c i o n e s en la verdad c i e r t a m e n t e ; y la b e -
lleza q u e de este m o d o se r e a l i c e , quizá s e r á aquella q u e con
más vigor l l e g u e al a l m a , s o b r e t o d o en estos t i e m p o s q u e c o -
r r e n ; p e r o y o afirmo, q u e no siempre la v e r d a d d e s p i e r t a e m o -
ciones estéticas, y q u e , por lo t a n t o , la v e r d a d , p o r sólo ser
v e r d a d , no siempre es bella; y afirmo t o d a v í a que la b e l l e z a ,
q u e indiscutibles y a d m i r a d a s b e l l e z a s , q u e lo sublime con sus
p r o f u n d o s e s t r e m e c i m i e n t o s p u e d e n residir h a s t a en el s e n o . . .
lOO

^lo d i r é ? . . . h a s t a en el seno de la imposibilidad material y

h a s t a en los r e p l i e g u e s del delirio.
O p o n g o , pues, á esta afirmación c à n d i d a m e n t e h o n r a d a :
sólo h a y belleza en la verdad, e s t a o t r a afirmación, a u n q u e su
forma pueda pareceros paradójica: puede haber admirables
bellezas h a s t a en la misma mentira m a t e r i a l , con tal q u e sea
mentira f o r j a d a en el c e r e b r o h u m a n o , o b e d e c i e n d o á d e t e r -
m i n a d a s l e y e s d e un alto simbolismo.
N e g a r esto es h u n d i r de un g o l p e en la n a d a la mitad, si
no t o d a la literatura pagana, b u e n a p a r t e d e las l i t e r a t u r a s
m o d e r n a s y escuelas e n t e r a s q u e son gloria del a r t e e u r o p e o .
^Existió nunca el J ú p i t e r de H o m e r o e s t r e m e c i e n d o al
O l i m p o al f r u n c i r d e sus c e r ú l e a s cejas?
{Bajó n a d i e á los sombríos círculos y e m b u d o s q u e el g e -
nio d e D a n t e t r a z ó y a h u e c ó en los abismos del infierno?
{Quién a c o m p a ñ a b a á H a m l e t c u a n d o vió la s o m b r a de su
p a d r e en la e x p l a n a d a del castillo d e Elseneur?
Y cien religiones falsas, en el sentido q u e la escuela natu-
ralista s u p o n e , {no e n c i e r r a n r a s g o s d e v e r d a d e r a sublimidad?
E n un s u e ñ o , en una visión, en lo q u e más r o m p a con las
l e y e s d e la m a t e r i a , no y a e n lo falso, en lo imposible, {no c a b e
la belleza? Y la l i t e r a t u r a d e t o d o s los t i e m p o s y d e t o d a s las
N a c i o n e s {no c o n t i e n e n ú m e r o infinito de elocuentísimos ejem-
plos en a b o n o d e mi aserto?
¡Si, y o c r e o , a u n q u e esto a s o m b r e á espíritus superficiales
ó e s p a n t a d i z o s , q u e no sólo en lo i d e a l , sino en lo imposible,
en lo a b s u r d o , en las visiones d e la c a l e n t u r a , en los c o n t r a -
sentidos d e un sueño, p u e d e n e n c o n t r a r s e r a s g o s a d m i r a b l e s
d e b e l l e z a ; y no es q u e lo c r e o , es q u e se ve; y q u e no verlo
es c e r r a r los ojos a n t e la r e a l i d a d misma! ¡Buen m o d o de r e s -
p e t a r l a es negar su evidencia!
P e r o los positivistas del a r t e , q u e sólo en la verdad bus-
can la b e l l e z a , son i n c o n s e c u e n t e s consigo mismos.
Yo p o r un m o m e n t o a c e p t o su exclusivismo; t o m o p o r cri-
t e r i o artístico la v e r d a d y sólo la v e r d a d ; más t o d a v í a , la v e r -
d a d materia!; m á s a ú n , m e d e s p r e n d o de t o d o r e s i d u o i d e a -
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l i s t a , t r a s p a s o el positivismo artístico y al mismo materialismo

l i e g o ; no q u i e r o ver p o r el m o m e n t o en el c e r e b r o h u m a n o
m á s q u e s u s t a n c i a gris, celdillas n e r v i o s a s , e l e c t r i c i d a d que se
c o n d e n s a , r e l á m p a g o s d e fósforo en c o m b u s t i ó n , q u e circulan
p o r l a s e v o l u c i o n e s c e r e b r a l e s ; y con t o d o e s t o , digo q u e en
la r e g i ó n del a r t e el idealismo n o p u e d e m o r i r , y que sus
c r e a c i o n e s son t a n r e a l e s y tan v e r d a d e r a s , y p o r lo t a n t o tan
l e g í t i m a s , c o m o las d e l más e x a g e r a d o n a t u r a l i s m o , f o t o g r a -
fiando la p o d r e d u m b r e de la m a t e r i a , h a c i e n d o el inventario
d e un salón ó c o n t a n d o los b o t o n e s de una c a s a c a p a r a m a y o r
g l o r i a y r e a l c e del p e r s o n a j e q u e la o s t e n t a .
P o r q u e al fin y al c a b o , si la f e r m e n t a c i ó n p ú t r i d a es un
h e c h o d i g n o d e r e l a t a r s e p o r el p o e t a sólo por ser un hecho-,
si las mesas, c o l g a d u r a s y c h u c h e r í a s d e e l e g a n t e b o u d o i r p o r
su r e a l i d a d física p i d e n quien las r e c u e n t e en artística a l m o -
n e d a ; y en fin, si los b o t o n e s d e la v e s t i d u r a que lleva el h é -
r o e d e la f á b u l a ó del p o e m a , aun siendo r e a l i d a d e s d e m e n o r
c u a n t í a , m e r e c e n e n u m e r a c i ó n d e t e n i d a ni más ni m e n o s q u e
los h é r o e s d e la Iliada ó del T a s s o ; si, en suma, los hechos son
la m a t e r i a p r o p i a de novelas, d r a m a s y p o e m a s , hechos son
las f a n t a s í a s idealistas del c e r e b r o h u m a n o , y e x p u l s a r l o s del
a r t e e s mutilar a r b i t r a r i a m e n t e la p a r t e más a d m i r a b l e de la
realidad.
¡ Q u e un m e n d i g o que o s t e n t a b a t a n t o s c e n t í m e t r o s de
d e s h i l a c h a d o d e s g a r r ó n e n sus a n d r a j o s , p o r ser r e a l i d a d es
m e r e c e d o r d e un p a r d e p á g i n a s en una novela y de un p u e s t o
distinguido en el t e m p l o de la f a m a ! ¡Y que un c e r e b r o h u -
m a n o en q u e p o r la v i b r a c i ó n d e sus celdillas grises b r o t ó el
tipo de Beatriz c o n d u c i e n d o á D a n t e al cielo, ó el d e ÍVÍefistófe-
ies e n d i a b l a n d o á F a u s t o , es cosa m e z q u i n a , y que sus c r e a c i o -
nes h a n d e p r o s c r i b i r s e p a r a siempre del cielo del arte! ¡Ah!
e x a g e r a c i o n e s t a m a ñ a s no m e r e c e n r e f u t a c i ó n , p o r q u e los
mismos h e c h o s y la d e s a g r a d e c i d a r e a l i d a d h a r á n en ellas jus-
ticia de olvido y d e d e s p r e c i o .
El idealismo existirá m i e n t r a s e x i s t a n ideales en el alma
h u m a n a , y c u a n d o éstos a c a b a s e n , toda discusión s o b r e e s c u e -
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las l i t e r a r i a s sería ociosa, p o r q u e el a r t e h a b r í a m u e r t o , lo

cual no ha d e s u c e d e r m i e n t r a s el h o m b r e p o r r e g r e s i ó n de su
n a t u r a l e z a no v u e l v a á sus prehistóricas c a v e r n a s , d o n d e a u n
le e s p e r a r í a n r e c u e r d o s lejanos d e sus primitivos esfuerzos p o r
subir d e la r e a l i d a d g r o s e r a al divino ideal.
¡Si el idealismo es e t e r n o : si el h o m b r e es h o m b r e por que
f o r j a ideales: si p o r el ideal v i v e y en la r e a l i d a d se d u e r m e
d e a b u r r i m i e n t o : si t r a n s f o r m a lo p a s a d o en ideal p o r el r e -
c u e r d o , y t r a n s f o r m a lo p o r v e n i r en ideal por la e s p e r a n z a : si
serlo t o d o es no ser n a d a , si no se p u e d e ser más: si q u i t a n d o
á la montaña sus c ú s p i d e s se c o n v i e r t e en planicie e s t ú p i d a -
m e n t e nivelada, y q u i t a n d o al O c é a n o sus h o r i z o n t e s se c o n -
v i e r t e en miserable c h a r c a , y q u i t a n d o al cielo sus lejanías i n -
finitas se c o n v i e r t e en jaula más ó m e n o s g r a n d e de cristal: si
a r r a n c a r l e al h o m b r e sus ideales es c o m o a r r a n c a r al águila
sus d o s alas: a r r a n c á d s e l a s , y ya no v o l a r á p o r las a l t u r a s ,
a r r a s t r a r á su c a p a r a z ó n mutilado p o r el suelo c o m o los d e m á s
c u a d r ú p e d o s y reptiles: p u e s las alas del alma son los i d e a l e s ,
y con ellos, sólo con ellos, se a r r a n c a del d o l o r ó del d e s e n g a -
ño d e h o y p a r a r e m o n t a r s e á la e s p e r a n z a del m a ñ a n a ! El ideal
es su única g r a n d e z a , p o r q u e sólo con sus ideales p u e d e a b r a -
zar lo infinito, que con sus mezquinos b r a z o s c ó m o p o d r í a ! El
ideal es la perfección e n t e r a , p o r q u e la r e a l i d a d en t o d o c a s o
se c o m p o n d r á de p e d a z o s de p e r f e c c i ó n . P o r el ideal f o r j a m o s
bellezas sin m a n c h a , a m o r e s sin c r e p ú s c u l o s v e s p e r t i n o s , dichas
sin a m a r g u r a , v i d a s sin m u e r t e , y á c a d a e s l a b ó n de una a l -
b o r a d a con su ocaso, a t a m o s otro n u e v o e s l a b ó n de o t r o n u e v o
día de más l a r g a m a ñ a n a y más luminoso p o n i e n t e .

No: el idealismo no p u e d e a c a b a r , como no a c a b a el t i e m p o ,

c o m o no a c a b a el e s p a c i o , como no a c a b a n j a m á s las ansias
divinas del espíritu.
Y a h o r a , en mi afán d e ampliar la l e g a l i d a d l i t e r a r i a . y de
a b a r c a r el a r t e p o r t o d a s sus fases y de huir de t o d o a n a t e -
ma, c a m b i o d e p u n t o de vista y miro á distinto r u m b o del h o -
r i z o n t e , y me p a s o al e n e m i g o p o r traición p i a d o s a , y s a l g o á
la defensa de aquello mismo c u y a s e x a g e r a c i o n e s he c o m b a t i -
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do; que no me p r o p o n g o en v e r d a d s o s t e n e r ambiciosas y

m o r t a l e s s u p r e m a c í a s de n i n g u n a escuela l i t e r a r i a . A c e r r a r
c o n t r a d e s a t i n a d o s exclusivismos se dirige mi discurso, no á
c o n v e r t i r m e en ciego c ó m p l i c e de odios irracionales de i d e a -
listas c o n t r a n a t u r a l i s t a s ó de é s t o s c o n t r a aquellos.
Q u e si la crítica propicia al n a t u r a l i s m o m o d e r n o es s o -
b e r a n a m e n t e injusta con las g r a n d e s c r e a c i o n e s i d e a l i s t a s y
p r e t e n d e c e r r a r su ciclo, ni más ni menos que p r e t e n d e el p o -
sitivismo d a r p o r m u e r t a t o d a metafísica p a s a d a y p o r imposi-
ble t o d a metafísica f u t u r a , en c a m b i o no f a l t a n críticos, a c a -
p a r a d o r e s del buen g u s t o , q u e con d e s d é n a r i s t o c r á t i c o a p a r -
tan de sí t o d o el n a t u r a l i s m o m o d e r n o con sus g r a n d e s o b r a s
y sus insignes e j e m p l o s ; séres p a r a q u i e n e s Zola es el a n t e -
cristo del a r t e y u n a b i e n a d e r e z a d a o d a d e forma p u r a y co-
r r e c t a , y á ser posible s o ñ o l i e n t a , el e t e r n o m o d e l o d e las fu-
turas edades.
En e x a g e r a c i ó n c a e el escritor n a t u r a l i s t a , como en e x a -
g e r a c i o n e s han caído los más insignes escritores idealistas. L a
e x a g e r a c i ó n del p r i m e r o se llama n i m i e d a d , p e q u e ñ e z , p r o -
saísmo, p e s a d e z á v e c e s , y á veces g r o s e r í a y falta de d e c o r o ;
la e x a g e r a c i ó n del s e g u n d o se llama insustancialidad, f a l t a d e
interés h u m a n o , f r i a l d a d d e m u e r t e , y á v e c e s , si se me p e r -
mite la f r a s e , fa n a d a e s p o n j á n d o s e en el v a c í o .
P e r o á las escuelas l i t e r a r i a s no se las j u z g a p o r sus e x a -
g e r a c i o n e s , c o m o no se j u z g a á los p o e t a s p o r sus e r r o r e s ;
e r r o r e s y e x a g e r a c i o n e s d e b e a p a r t a r s e v e r a m e n t e el crítico,
y c o n lo q u e h a y de e s t é t i c o y d e bello d e b e q u e d a r s e p a r a
m a t e r i a d e sus estudios.
El n a t u r a l i s m o t i e n e p e r f e c t o d e r e c h o á b u s c a r i n t e r é s y
belleza a r t í s t i c a y artísticas e m o c i o n e s en la n a t u r a l e z a ; d e s -
de la p i e d r a inmóvil r o í d a p o r el musgo h a s t a el sér h u m a n o
d e v o r a d o p o r el vicio. El a r t e q u e se eleva h a s t a el h i m n o
religioso, á v e c e s d e s c i e n d e hasta el f a n g o ; y si a r r i b a e n c u e n -
t r a é x t a s i s p a r a el a l m a , a b a j o e n c u e n t r a e s t r e m e c i m i e n t o s
p a r a el c o r a z ó n ; y si los espíritus puros p r e f i e r e n el a r r o b a -
m i e n t o , los que llevan c a r n a l vestidura y fibra n e r v i o s a , m á s
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interés artístico e n c u e n t r a n en conllictos de i m p e r f e c c i o -

nes h u m a n a s , q u e en p l a t e a d a s neblinas de indecisos r e s p l a n -
dores.
. El crítico imparcial, d e amplio criterio, d e b e a d m i r a r las
p l á c i d a s e s t r o f a s del místico, sin que esto le impida, p o r e s -
t r e c h e z d e espíritu, el p a g a r t r i b u t o s d e a d m i r a c i ó n á los v i g o -
rosos y p r o f u n d o s c u a d r o s de Zola, p o r e j e m p l o , que á v e c e s
e n t r e d e s c a r n a d a s f r a s e s y d e s n u d e c e s i m p ú d i c a s llega por salto
prodigioso á las a l t a s cimas del a r t e . Y el q u e esto niegue, ó
no t i e n e sentido artístico, ó lo r e s e r v a p a r a uso exclusivo d e
sus aficiones p a r t i c u l a r e s , ó no ha leído las o b r a s del g r a n es-
c r i t o r f r a n c é s ; a c h a q u e muy común en c i e r t a clase de c e n s o -
res, y que es a c h a q u e de i n m o r a l i d a d literaria.
P o r q u e , s e ñ o r e s , la c o s t u m b r e , la tradición diría mejor, el
inllujo de d e t e r m i n a d a s i d e a s , quizá a n t i g u a s t i r a n í a s d e la
escuela idealista, h a n c r e a d o , c i e r t o n ú m e r o d e p a l a b r a s , q u e
h a n v e n i d o á ser moldes inflexibles en q u e se q u i e r e v a c i a r el
a r t e m o d e r n o en su p r o p i a evolución. Y digo esto p o r q u e es
cosa a d m i t i d a , q u e en las r e g i o n e s artísticas sólo d e b e i m p e -
rar la belleza ó la sablíniidacl ó sus diversas v a r i e d a d e s , y en
s u m a , t o d o aquello, y a q u e l l o tan sólo, que p r o d u c e en el
h o m b r e placer estético; y a u n q u e esto quizá en el fondo sea
e x a c t o , y d e ello m e o c u p a r é más a d e l a n t e si t e n g o t i e m p o ,
es o c a s i o n a d o á g r a n d e s e r r o r e s , c u a n d o se a j u s t a n las i d e a s á
la f o r m a m a t e r i a l d e las p a l a b r a s .
Yo c r e o q u e al a r t e p e r t e n e c e n no sólo los placeres estéti-
cos, sino los dolores estéticos; la risa c o m o el llanto, la a d m i -
ración como el a s o m b r o , la simpatía c o m o el h o r r o r .
En suma, yo diría, y lo diré luego tan e x t e n s a m e n t e como
p u e d a , si es que lo digo, que la misión del a r t e es p r o d u c i r
emociones estéticas, y en la p a l a b r a emoción lo c o m p r e n d o t o d o ;
a u n q u e r e c o n o z c o d e s d e l u e g o , como he r e c o n o c i d o y a , que
en lo íntimo de t a l e s movimientos del alma a n t e la c r e a c i ó n
artística, está p a l p i t a n d o , c o m o v e r d a d e r a es'encia del " f e n ó -
m e n o , el que p u d i é r a m o s llamar p a r a e n t e n d e r n o s placer es-
tético: y h a g o esta s a l v e d a d , p o r q u e la p r o p i e d a d d e este a d -
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jetivo e s motivo d e g r a n d e s c o n t r o v e r s i a s crítico-literarias y

aun filosóficas.
D e d o n d e r e s u l t a , que un escritor realista, ó naturalista, ó
d é s e l e el n o m b r e q u e se q u i e r a , p u e d e , c o m o h a c e Zola y
como han h e c h o otros m u c h o s a n t e s q u e él, y c o m o hicieron
n u e s t r o s a u t o r e s d e n o v e l a s p i c a r e s c a s , t o m a r a s u n t o s impuros,
g r o s e r o s y h a s t a r e p u g n a n t e s , sin que p o r ello m e r e z c a n incu-
rrir en los a n a t e m a s d e la c r í t i c a .
E s t o s a s u n t o s son c a p a c e s de p r o d u c i r emoción e s t é t i c a ,
p l a c e r ó d o l o r , a s o m b r o , a d m i r a c i ó n y h o r r o r , y h a s t a lo q u e
p u d i é r a m o s llamar r e p u g n a n c i a artística; p u e s con tal que los
c u a d r o s en que se d e s a r r o l l e n estén a n i m a d o s del v e r d a d e r o
espíritu del a r t e , y el a u t o r e n c u e n t r e el quid divinum ó el
quid diabolicum, q u e eleva el alma ó e s t r e m e c e el c o r a z ó n ,
bien v e n i d o s s e a n , q u e t o d a o b r a en que r e s p l a n d e z c a u n a
sola chispa de g e n i o t i e n e sitio en el g r a n e s c e n a r i o d e la vida
m o d e r n a y en los a n a l e s d e la historia c o n t e m p o r á n e a .
Dije, al d e f e n d e r el idealismo artístico c o n t r a el r e a l i s m o ,
q u e h a s t a en \o falso podían h a l l a r s e destellos de b e l l e z a , h a s t a
en lo absurdo ó e n lo imposible-, y a h o r a , d e f e n d i e n d o á los
realistas c o n t r a los idealistas, y c o m p l e t a n d o lo q u e á muchos
p a r e c e r á e x t r a o r d i n a r i a p a r a d o j a , y yo c r e o q u e es v e r d a d
m a t e m á t i c a , q u e sólo q u e r r á n p o n e r en d u d a inteligencias rígi-
d a s é inmóviles, ó, p o r el c o n t r a r i o , c a p r i c h o s a s y e s p a n t a -
dizas, a g r e g o que c a b e la energía estética, c a p a z d e p r o d u c i r
g r a n d e s e m o c i o n e s artísticas h a s t a en lo más o p u e s t o al b i e n ,
h a s t a en lo más o p u e s t o á la v e r d a d ; bien q u e no soy y o el
q u e p o r p r i m e r a vez lo d e f i e n d e .
Esto d e q u e p u e d a n b u s c a r s e m a n i f e s t a c i o n e s legítimas del
a r t e en lo falso, p o r c u e n t a del idealismo p r i n c i p a l m e n t e , y en
el mal, con c a r g o á la escuela r e a l i s t a , y a s e me a l c a n z a q u e
h a de s o n a r á h e r e j í a en muchos oídos; y sin e m b a r g o , y o c r e o
q u e de t o d a s e s t a s a p a r e n t e s a n t i n o m i a s p u e d e n d a r s e e x p l i c a -
ciones satisfactorias a u n p a r a los más e x i g e n t e s ; e x p l i c a c i o n e s
que p o r a h o r a s u p r i m o , l i m i t á n d o m e á c o n s i g n a r h e c h o s indis-
cutibles é i n n e g a b l e s p a r a no a l e j a r m e d e m a s i a d o de mi c a m i n o .
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{Quién d u d a que en l o / a / s o , como a n t e s d e c í a , p u e d e res-

p l a n d e c e r la belleza e s t é t i c a ? P u e s casi todas las g r a n d e s imá-
g e n e s y m e t á f o r a s , t r o p o s y figuras de la p o e s í a , {no son físi-
camente imposibles, absolutamente falsas, en el sentido m a t e -
rial i n t e r p r e t a d a s , a u n q u e y o afirme q u e filosóficamente son
v e r d a d e r a s y e x p r e s a n g r a n d e s l e y e s simbólicas de la r e a l i d a d ,
ni más ni m e n o s q u e las fórmulas a l g e b r a i c a s ?
Pues sin acudir al t o r r e n t e d e oriental poesía d e n u e s t r o
g r a n t e a t r o ; sin e l e v a r n o s á las e x t r a o r d i n a r i a s c r e a c i o n e s del
r o m a n t i c i s m o ; d e t e n i é n d o n o s en la más p u r a región d e c l á -
sica b e l l e z a , y t o m a n d o un solo e j e m p l o al a z a r , { c a b e m a y o r
c o n j u n t o d e sublinie poesía y d e f a l s e d a d d i s p a r a t a d a , q u e en
la descripción d e aquel r a y o q u e f o r j a r o n p a r a J ú p i t e r , según
el libro 8 . ° de la E n e i d a , los cíclopes B r o n t e s , E s t e r o p e s y
P i r a c m o n , y q u e empieza d e este m o d o : « T r i s imbris torti
r a d i o s tres nubis aquosse?» P o r q u e en v e r d a d , que p a r a f a -
b r i c a r u n a c e n t e l l a , t o m a r t r e s rayos d e g r a n i z o , o t r o s t r e s
de r u t i l a n t e f u e g o , t r e s más d e alígero v i e n t o , a g r e g a r á estos
ingredientes n a d a m e n o s q u e terríficos f u l g o r e s , con u n a b u e n a
dósis de estrépito y o t r a no m e n o r de miedo-, r o c i a r l o t o d o
jlamisque sequacibus iras, con el f u r o r de p e r s e g u i d o r a s l l a -
m a s , y p o n e r en el y u n q u e e s t a m a s a d e g r a n i z o , f u e g o , e s t r é -
pitos, e s p a n t o s y llamas p a r a sacudir e n c i m a , con sus e n o r -
mes martillos, los b u e n o s de B r o n t e s , E s t e r o p e s y P i r a c m o n ,
saliendo por fin de e s t a m e s c o l a n z a clásica t o d o un r a y o de
c u e r p o e n t e r o , p a r é c e m e , y p e r d ó n e m e el O l i m p o l a ' b l a s f e -
m i a , q u e es forjar a d m i r a b l e b e l l e z a , p e r o con masa i m p o -
sible d e a b s u r d o s , f a l s e d a d e s y d i s p a r a t e s ; lo cual p r u e b a mi
afirmación, ó m e d e c l a r o i n c o m p e t e n t e de t o d o p u n t o en m a -
teria d e d e m o s t r a c i o n e s , k s a b e r : q u e hasta en lo falso y en
lo a b s u r d o del o r d e n m a t e r i a l es d a d o c r e a r a d m i r a b l e b e -
lleza.
Y si en el mal c a b e energía estética ( d é m o s l e este n o m b r e )
q u e s u p o n e en sus ocultos fondos v e r d a d e r a belleza a r t í s t i c a ,
d í g a n l o t a n t o s y t a n t o s p e r s o n a j e s d e las l i t e r a t u r a s clásica,
r o m á n t i c a y realista, d e s d e Luzbel á L a d y M a c b e t h .
lOO

Sin s o m b r a de justicia, y con e x c e s o de p a s i ó n , a c u s a n ,

pues, c i e r t o s críticos á la escüela realista y al n a t u r a l i s m o p o r
los a s u n t o s q u e e s c o g e ó p o r el m e d i o biológico en q u e los
d e s a r r o l l a ; q u e a u n q u e a c u s a r l a p u d i e r a n por sus d e f e c t o s , e x -
travíos ó e x a g e r a c i o n e s , jamás el a b u s o es suficiente p a r a q u e
el uso d e j e de ser legítimo, y d e culpas t a l e s no h a y escuela, ni
é p o c a , ni e s c r i t o r , q u e e s t é n de t o d o p u n t o limpios é i n m a c u -
l a d o s . Así e s q u e y o c o n c e d o que el a r t e p u e d e t o m a r á la n a -
t u r a l e z a , en sus más r e p u g n a n t e s a s p e c t o s , c o m o b a s e de sus
c r e a c i o n e s , y que al h a c e r l o e j e r c i t a indiscutible d e r e c h o ; y
aun c o n c e d o más, y a d m i t o , no y a la c r e a c i ó n a r t í s t i c a , sino
la pura y simple imitación, con lo cual llego al último limite d e
las c o n c e s i o n e s y á la defensa del último d e r e c h o del p o e t a .
Yo c r e o c i e r t a m e n t e que el a r t e , en sus n o b l e s esferas, no e s t á
r e d u c i d o á la m e r a c o p i a ; y o no a d m i t o q u e en l i t e r a t u r a ,
c o m o en las a r t e s plásticas, la f o t o g r a f í a l i t e r a r i a , digámoslo
asf, c o m o la f o t o g r a f í a física, r e s u m a n en sí t o d a s las e n e r g í a s
d e p o e t a ó del p i n t o r ; y o v e o más a n c h o s horizontes y más
e l e v a d a s colinas e x t e n d e r s e y subir hacia las r e g i o n e s d o n d e
m o r a n los g e n i o s ; pero, aun así, p a r a r e c h a z a r h a s t a la más
ligera sospecha de exclusivismo, s o s t e n g o que p u e d e h a b e r
v e r d a d e r a c r e a c i ó n artística en la m e r a imitación d e la n a t u -
r a l e z a , en lo q u e a h o r a se d e n o m i n a m é t o d o e x p e r i m e n t a l , en
el estudio, p o r e j e m p l o , de lo q u e ciertos escritores llaman
documentos humanos en sus más e m p a ñ a d a s , ó más n e g r a s , ó
más r e p u g n a n t e s p á g i n a s .

Me e x p l i c a r é en t é r m i n o s precisos.
Imaginemos un f e n ó m e n o c u a l q u i e r a de la n a t u r a l e z a i n -
o r g á n i c a , el más d e s p r o v i s t o d e belleza y p o e s í a ; ó un h e c h o
d e la vida social, el más p r o s a i c o y . m e z q u i n o ; ó u n a función
fisiológica, ó , si se q u i e r e , un d e s a r r e g l o p a t o l ó g i c o ; algo, en
fin, sin b e l l e z a , sin g r a c i a , sin interés: lo más insignificante,
a n t i a r t í s t i c o y aun si se q u i e r e repulsivo; p o n g a m o s a n t e aquel
e s p e c t á c u l o sin v a l o r e s t é t i c o á un escritor de v e r d a d e r o g e n i o ,
que c o p i e con los signos del l e n g u a j e el h e c h o miserable q u e
c o n t e m p l a , y que lo copie c o n fidelidad p e r f e c t a , y yo sostengo,
 3'

que la imitación, la solü imitación de la r e a l i d a d , que le sirvió

d e m o d e l o , p o d r á ser g e r m e n de b e l l e z a .
O en t é r m i n o s más p r e c i s o s , y más g e n e r a l e s al mismo
t i e m p o , yo afirmo que la c o p i a d e c u a l q u i e r h e c h o , o b j e t o ó
f e n ó m e n o con signos y elementos distintos d e t o d o p u n t o de
aquellos q u e c o m p o n e n el original; p o r e j e m p l o , la n a t u r a l e z a ,
imitada con los sonidos q u e constituyen la p a l a b r a y con las
p a l a b r a s q u e f o r m a n el l e n g u a j e ; el m u n d o físico de t r e s d i -
m e n s i o n e s con la línea y el color; las e m o c i o n e s del alma con
las v i b r a c i o n e s d e las n o t a s musicales; la c a r n e h u m a n a con
la p i e d r a ó el b r o n c e ; el s e n t i m i e n t o religioso con arcos y
p i l a r e s , g r a n d e s s o m b r a s y a l t a s y p á l i d a s l u m i n a r i a s ; más
a ú n : t o d a r e a l i d a d , aun t o t a l m e n t e desprovista de a r m o n í a y
e n c a n t o , p r o s a i c a y g r o s e r a p o r sí, al ser e x p r e s a d a fielmente,
no con sus p r o p i o s e l e m e n t o s , sino con otros símbolos, sor-
p r e n d i e n d o en ella la u n i d a d r e c ó n d i t a , y v a c i á n d o l a en los
m o l d e s del p e n s a m i e n t o , p u e d e d e s p e r t a r en el alma h u m a n a
p r o f u n d a s ó p o r lo m e n o s vigorosas e m o c i o n e s e s t é t i c a s .
El hecho es industible, y la historia e n t e r a del a r t e lo d e -
m u e s t r a : un h o m b r e a h o g a d o por s e r p i e n t e s , un c a d á v e r p u -
t r e f a c t o , no son en sí mismos o b j e t o s bellos; p e r o si se imitan
en p i e d r a ó en p i n t u r a , p u e d e n ser o b j e t o s de g r a n v a l o r e s -
t é t i c o . L a explicación no m e p a r e c e imposible ni difícil; p e r o
c o m o se r e l a c i o n a con i d e a s q u e más a d e l a n t e he d e s o m e t e r
á v u e s t r o r e s p e t a b l e juicio, si es que les llega el t u r n o , p e r m i -
t i d m e q u e por a h o r a nie limite á consignar el h e c h o y el p r i n -
cipio, d e j a n d o p a r a m o m e n t o más o p o r t u n o d e este discurso
la r a z ó n q u e , á mi e n t e n d e r , lo afianza y lo f u n d a m e n t a .
Resulta d e t o d o lo d i c h o , que aquellos críticos q u e con
a l a r d e s de clásicos, idealistas ó r o m á n t i c o s , ó con p r e t e n s i o -
n e s d e monopolizar el buen g u s t o , c o n d e n a n al realismo ó al
n a t u r a l i s m o m o d e r n o sin a p e l a c i ó n ; y aquellos o t r o s q u e con
v a n i d a d d e infalibles y con celo e x a g e r a d o de neófitos d a n
p o r m u e r t o t o d o idealismo, p e c a n c o n t r a el único criterio p o -
sible d e la c r í t i c a , q u e es el d e la i m p a r c i a l i d a d ; se c o n v i e r -
ten en t i r a n o s del a r t e , ya ejerzan su tiranía á n o m b r e d e la
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ai-istocracia clásica ó de la d e m a g o g i a n a t u r a l i s t a ; y p o r e s -
píritu c e r r a d o y e s t r e c h o , a t e n t a n c o n t r a la única condición
posible de la c r e a c i ó n e s t é t i c a , q u e es la l i b e r t a d d e n t r o de
su p r o p i a e s f e r a .
Y a q u í d o y por t e r m i n a d a la s e g u n d a oposición, y no digo
a n t i n o m i a , p o r q u e no se m e t a c h e de p e d a n t i s m o iilosófico,
e n t r e el idealismo y el realismo; más a ú n , e n t r e el simbolismo
y el n a t u r a l i s m o , p i d i e n d o p a z y c o n c o r d i a no sólo e n t r e los
principes cristianos, sino e n t r e los q u e b u s c a n inspiración en las
a l t u r a s de lo ideal, q u e noble anhelo es m i r a r h a c i a a r r i b a , q u e
allí está la e s p e r a n z a , y e n t r e los q u e . i n c l i n a n su c a b e z a h a c i a
el suelo, q u e e m p a p a d o e s t á de lágrimas y d o l o r e s h u m a n o s .
C o n lo cual p a s o á o c u p a r m e d e o t r a oposición más y d e
otro n u e v o conflicto e n t r e t e n d e n c i a s c o n t r a r i a s .

No ya de escuela á e s c u e l a , en las g r a n d e s d e t e r m i n a c i o -
nes del s e n t i m i e n t o e s t é t i c o , sino en los límites d e c a d a e s -
cuela p a r t i c u l a r , a n d a hoy dividida la crítica, s o s t e n i e n d o los
más o p u e s t o s principios y c a y e n d o l a s t i m o s a m e n t e en los más
i n e x p l i c a b l e s e r r o r e s , h a s t a el p u n t o d e olvidar cuál es el ver-
d a d e r o o b j e t o del a r t e y cuál es el c a m p o p r o p i o en q u e d e b e
d e s a r r o l l a r el artista ó el p o e t a su p o t e n c i a c r e a d o r a .
E s c r i t o r e s h a y , no muchos p o r f o r t u n a , q u e d e s p u é s de
d a r por m u e r t o s t o d o s e n t i m i e n t o religioso y t o d a afición me-
tafísica, d a n p o r m u e r t o t a m b i é n al a r t e , como si f u e r a fútil
e n t r e t e n i m i e n t o de s o c i e d a d e s infantiles y o c u p a c i ó n indigna
de h o m b r e s serios y d e r e f l e x i v a s e d a d e s c o m o la n u e s t r a . El
a r t e p o r el a r t e , la belleza p o r la belleza misma, la e m o c i ó n
estética p o r sí sola, p a r é c e l e s d e s d i c h a d o a n a c r o n i s m o ; y si
por e x c e s o d e b e n e v o l e n c i a t r a n s i g e n con el a r t e literario, es
c o n v i r t i é n d o l o en auxiliar de o t r a s ciencias, ó en a r m a d e o t r o s
c o m b a t e s , ó en medio de conseguir o t r o s fines: ya en la o r a -
toria política p a r a d e f e n d e r d e t e r m i n a d o s i d e a l e s , y a c o m o
a r t e d o c e n t e p a r a p r o p a g a r las g r a n d e s v e r d a d e s de la c i e n -
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eia, y a en el d r a m a p a r a inculcar c i e r t a s ideas ó p r o c l a m a r

c i e r t a s soluciones, p a s a n d o el a r t e de este m o d o á servidor
humilde de señor a b s o l u t o en su e s f e r a , q u e ha sido s i e m p r e ;
y de esta s u e r t e y de un g o l p e , la religión, la metafísica y la
o b r a p u r a m e n t e e s t é t i c a , p a s a n al a r c h i v o d e los d o c u m e n t o s
históricos y al p a n t e ó n d e los m u e r t o s ilustres.
L o s q u e así d i s c u r r e n , d e b i e r a n , a n t e s de lanzarse á t a m a -
ñ a s afirmaciones, v e r si p o r c a t a c l i s m o i n a d v e r t i d o del mundo
moral h a c a m b i a d o el sér h u m a n o p o r m a n e r a tan p r o f u n d a ,
q u e y a no sea lo q u e s i e m p r e fué; si es q u e por a c a s o siente
y p i e n s a c o m o j a m á s logró p e n s a r y sentir. P o r q u e de o t r a
s u e r t e , ni d e j a r á d e c r e e r en algo, p o r más que p r o c u r e n em-
butirle en el n e g r o t a b e r n á c u l o del pesimismo, ni d e j a r á d e for-
jar sistemas filosóficos, con t a n t o más afán f o r j a d o s los n u e -
vos, c u a n t o más a p r i s a se d e r r u m b e n los antiguos, ni c e s a r á
de sentir e m o c i o n e s estéticas de p l a c e r , d o l o r ó a s o m b r o a n t e
los e s p e c t á c u l o s bellos, p a t é t i c o s ó sublimes.
{ A c a b a r o n , p o r v e n t u r a , las a l e g r e s a l b o r a d a s ó las e x -
p l é n d i d a s p u e s t a s d e sol?
{No h a y y a e m p i n a d a s m o n t a ñ a s con a g u j a s de n i e v e , y
a l e g r e s valles con s o m b r a s y a g u a s vivas?
{Es el m a r c h a r c a sin o l e a j e , y el cielo silencioso h u e c o sin
tempestades?
{ T a n sordo se q u e d ó el aire, q u e no t r a s m i t e ni g o r j e o s ,
ni susurros, ni o n d a s sonoras?
{ T a n p o r igual de la m a s a h u m a n a p a s ó el horizontal r a -
s e r o d e n u e s t r o siglo, que t o d o s los h o m b r e s son i g u a l m e n t e
b u e n o s ó i g u a l m e n t e malos, sin que s o b r e el nivel c o m ú n s u -
b a n v i r t u d e s ó c a r a c t e r e s , ó b a j e n y a h o n d e n en lo n e g r o cri-'
m e n e s , odios ó e m b r a v e c i d a s pasiones?
Y p o r o t r a p a r t e , p a s a n d o del m u n d o e x t e r i o r al p r o p i o
sér q u e lo c o n t e m p l a , y o prosigo p r e g u n t a n d o : {cegaron los
cristales de nuestros ojos, y y a ni la luz ni los c o l o r e s circulan
por su t r a s p a r e n c i a ? {Saltaron los nervios de n u e s t r o s oídos, y
y a la v i b r a c i ó n s o n o r a no p e n e t r a rítmica y ondulante? {No
h a y p a s i o n e s en el c o r a z ó n , ni a m o r en el a l m a , ni a n h e l o s en
5
lOO

la e x i s t e n c i a , ni forja tristes 6 a l e g r e s i m á g e n e s la fantasía?

P u e s si la n a t u r a l e z a e s lo q u e fué, y como es la siente el
h o m b r e , y sus f a c u l t a d e s y p o t e n c i a s a n t e s se a g i t a n c a d a vez
c o n más vigor en esta fiebre e u r o p e a d e l u c h a , de vida y d e
p r o g r e s o , q u e se a d o r m e c e n en algo p a r e c i d o al n i r v a n a í n -
dico, y o afirmo q u e el a r t e y la poesía tienen c o n d i c i o n e s de
existencia y son p e r m a n e n t e s con t o d o lo q u e h a y de p e r m a -
n e n t e en el mundo' i n o r g á n i c o , q u e t r a b a j a sin d e s c a n s o , y en
los organismos, q u e p e r p e t ú a n la vida sin c e s a r , y en el sér hu-
m a n o , que c a d a vez siente más, y piensa con m a y o r p r o f u n d i -
d a d , y q u i e r e con m a y o r e n e r g í a .
Afirmaciones t o d a s e s t a s que s o s t e n g o , q u e me p a r e c e n in-
q u e b r a n t a b l e s a u n b a j o el p u n t o de vista del positivismo, y
aun c u a n d o m e c o l o c a r a por vía d e a r g u m e n t a c i ó n en las mis-
mas f r o n t e r a s del m a t e r i a l i s m o , c o m o p r o v i s i o n a l m e n t e v o y á
colocarme.
C u a n d o se p r u e b e q u e u n a de n u e s t r a s fibras h a m u e r t o
p a r a s i e m p r e , y que y a la h e r e n c i a biológica no la t r a s m i t e ,
se h a b r á p . o b a d o q u e los f e n ó m e n o s que d e esa fibra d e p e n -
d e n a c a b a r o n p a r a s i e m p r e ; c u a n d o se d e m u e s t r e q u e u n a d e
n u e s t r a s f a c u l t a d e s se atrofió p o r c o m p l e t o en t o d a s las r a z a s
h u m a n a s , se h a b r á d e m o s t r a d o la m u e r t e p a r c i a l de n u e s t r o
sér; p e r o m i e n t r a s hipótesis t a l e s no p a s e n d e afirmaciones
q u e f o r j ó el c a p r i c h o y la bilis d e unos c u a n t o s , ó quizá sus
p r o p i a s i n c a p a c i d a d e s , la m a s a h u m a n a seguirá viva y c o m -
p l e t a con t o d a s sus p o t e n c i a s y t o d a s sus e n e r g í a s , y con el
d o l o r y el p l a c e r q u e p o r ella circule en los i n a c a b a b l e s o l e a -
jes d e sus o c é a n o s y en las p e r p e t u a s l u c h a s d e sus f u e r z a s .
T a l e s c o n s i d e r a c i o n e s me obligan á s o s t e n e r la p e r m a n e n -
cia del f e n ó m e n o estético en el seno del cosmos y en el s e n o
d e la m a s a social; y esas mismas c o n s i d e r a c i o n e s , y o t r a s q u e
i n d i c a r é , m e obligan asimismo á d e f e n d e r c o n t r a los nihilistas
del a r t e , el a r t e en sí y la ciencia e s t é t i c a , c o m o g r u p o de co-
nocimientos q u e a b a r c a n d e t e r m i n a d o o r d e n d e f e n ó m e n o s .
F i j e m o s las ideas.
El m u n d o material por una p a r t e , por o t r a las s o c i e d a d e s
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h u m a n a s , son séres c o m p l e j o s ; infinitos f e n ó m e n o s e x t e r i o r i z a n

(si me permitís esta p a l a b r a ) su esencia, h a c i é n d o l a , por decir-
lo así, sensible ó p a t e n t e ; y a u n q u e t o d o s estos f e n ó m e n o s for-
m a n una prodigiosa p e r o c o m p l e t a u n i d a d , de un golpe y d e
una m i r a d a , sólo un sér infinito s o b r e t o d o s los infinitos p o d r á
a b a r c a r l a y c o m p r e n d e r l a . L a inteligencia h u m a n a necesita
dividir y analizar la pasmosa t o t a l i d a d del cosmos, p a r a irlo es-
t u d i a n d o por p a r t e s : divisiones y análisis q u e á v e c e s p o d r á n
ser artificiales, p e r o q u e son n e c e s a r i o s p a r a que el sér finito se
dé c u e n t a de los e l e m e n t o s aislados a n t e s d e que e n s a y e s í n -
tesis más ó m e n o s amplias del c o n j u n t o . E s t o ya lo dijo L e s -
sing, y a n t e s q u e él o t r o s muchos; y h o y es v e r d a d de sentido
c o m ú n , q u e p o r la e n s e ñ a n z a e l e m e n t a l discurre como p r e c e p t o
evidentísimo y r e g l a ineludible de t o d a ciencia; p e r o q u e no p o r
ser c o m ú n y c o r r i e n t e , es m e n o s c i e r t a ni m e n o s i m p o r t a n t e .
Así es, q u e c u a n d o a p a r e c e un g r u p o d e f e n ó m e n o s aná-
logos, t o d o s del mismo o r d e n y con c a r a c t e r e s d o m i n a n t e s co-
munes, h a y la presunción racional de q u e la multiplicidad d e
t a l e s h e c h o s p o d r á r e s o l v e r s e en g r a n d e s leyes, y é s t a s al c a b o
en una final y definitiva, con t o d o lo que l l e g a r á á constituirse
una ciencia.
P e r o h a y miles y miles d e f e n ó m e n o s n a t u r a l e s ; h a y obje-
tos sin fin q u e la industria ó el ingenio del artista f o r j a de con-
tinuo; h a y a c c i o n e s h u m a n a s q u e en el seno social se d e s e n -
v u e l v e n , ó q u e en la historia q u e d a r o n p a r a s i e m p r e , c a p a c e s
t o d o s ellos, f e n ó m e n o s , o b j e t o s y acciones, de p r o d u c i r en el
h o m b r e u n a especiallsima emoción inconfundible con o t r a cual-
q u i e r a , y a l mismo t i e m p o p r o f u n d a y d e s i n t e r e s a d a . Esta e m o -
ción t i e n e m u c h o s n o m b r e s : d o l o r , p l a c e r , a d m i r a c i ó n ó e n t u -
siasmo; p e r o siempre es un matiz ó s e m i t o n o de esa misteriosa
g a m a d e la E s t é t i c a , q u e empieza por las n e g r u r a s del h o r r o r
y a c a b a por las infinitas v i b r a c i o n e s de lo sublinie.
E x i s t e n , pues, los hechos estéticos con multiplicidad d e as-
p e c t o , p e r o c o n c a r a c t e r e s comunes; y existirá p o r e n d e la
ciencia q u e los estudie, la ley q u e los siga y el principio q u e
los c o m p r e n d a .
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C o m o existirán el artista ó el l i t e r a t o , p r o c u r a n d o r e p r o -
ducirlos c o n p i e d r a s , colores, s o n i d o s ó p a l a b r a s , y l l e v a n d o
t r a s sí al critico que los juzgue y al p ú b l i c o q u e ios c o n t e m p l e
y los s i e n t a .
D e d o n d e y o d e d u z c o q u e el a r t e t i e n e r e a l i d a d p o r sí
mismo, sea cual f u e r e la m a t e r i a á q u e se a p l i q u e : un fondo
p r o p i o , un c a m p o p e r f e c t a m e n t e d e s l i n d a d o , f r o n t e r a s a m p l í -
simas y s a g r a d a a u t o n o m í a , mal q u e p e s e á sus p r o s a i c o s e n e -
migos y m a t a d o r e s d e intención.
Y h é aquí p o r q u é defiendo el a r t e p o r el a r t e c o m o crea-
dor de belleza, sin s e r v i d u m b r e s a j e n a s , ni p r e s t a d a s e n e r g í a s .
P e r o c o m o h e r e c h a z a d o el e r r o r d e aquellos espíritus e x -
c e s i v a m e n t e positivistas y utilitarios, q u e r e n i e g a n del a r t e
v e r d a d e r o , d e b o r e c h a z a r o t r a s injusticias y o t r o s e r r o r e s no
m e n o s f u n e s t o s , q u e v i e n e n d e c o n t r a r i o r u m b o , y que sutili-
z a n d o la m a t e r i a a r t í s t i c a , la e m p e q u e ñ e c e n , e s t a n c a n y e s t e -
rilizan.
Q u e el a r t e busca la b e l l e z a , y n o más q u e la b e l l e z a , s i -
q u i e r a la emoción estética t e n g a p r o f u n d a s r e s o n a n c i a s e n
o t r a s e s f e r a s y sea f e c u n d a e n c o n s e c u e n c i a s i n t e l e c t u a l e s ,
m o r a l e s y sociales t a m b i é n , y a h e dicho q u e es p a r a mí p r o -
posición a x i o m á t i c a ; y así, el a r t e d o c e n t e , la o b r a c u y o único
o b j e t o sea s o s t e n e r d e t e r m i n a d a tesis, la c r e a c i ó n a r t í s t i c a
s u b o r d i n a d a á o t r o s fines, q u e no sean los del a r t e mismo, serán
m a n i f e s t a c i o n e s legítimas d e las f a c u l t a d e s h u m a n a s , y p o d r á n
ser útiles y c o n v e n i e n t e s ; p e r o no serán o b r a s p u r a m e n t e a r -
tísticas, sino g é n e r o s mixtos é indecisos, de esos q u e a p a r e c e n
en las f r o n t e r a s d e las ciencias y d e las a r t e s á favor d e la con-
fusión ó v a g u e d a d d e los límites, c o m o son d i s p u t a d a s las f r o n -
t e r a s d e las n a c i o n e s rivales, b r o t a n d o á v e c e s , p a r a a s e g u r a r
el equilibrio y afianzar la p a z , e s t a d o s de n e u t r a l i d a d y c o n -
trapeso.
P e r o con t o d o esto, h a y q u e c o n f e s a r q u e lo b e l l o , c o m o
lo sublime ( p a r a no t o m a r más q u e dos t é r m i n o s d e la e s c a l a ) ,
no t i e n e existencia sustancial é i n d e p e n d i e n t e por sí; no e x i s t e
de una p a r t e , u n sér q u e se llame belleza, y s e p a r a d o d e éste
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el resto d e los séres; d e m o d o q u e con fijar la vista en aquella

sustancia p r i v i l e g i a d a , y con v o l v e r la espalda á las d e m á s
r e a l i d a d e s , se c o n t e m p l a s e y a lo único b e l l o que pudiera h a b e r
en el u n i v e r s o .
No en v e r d a d : lo b e l l o , lo mismo que lo sublime, existen
e n c a r n a d o s en a l g o : en a l g u n a r e a l i d a d m a t e r i a l , en algún a c t o
h u m a n o , en algún sér, ó en algún f e n ó m e n o por v a p o r o s o q u e
f u e r e , siquiera sea el sueño d e un p o e t a .
No e x i s t e la belleza c o m o e n t i d a d : las e n t i d a d e s a r i s t o t é -
licas y a p a s a r o n .
N o es ni siquiera una diosa del cielo p a g a n o ; ni u n a nebli-
na metafísica c o n d e n s a d a ; ni un sér a p a r t e de los d e m á s , c u y a
i m a g e n p o d a m o s fingir en el mármol ó en el lienzo, ó d e s c r i -
b r i r con la p a l a b r a , ó c o n t o r n e a r con la línea o n d u l a d a d e la
m e l o d í a . No l l e g a r o n á s u p o n e r t a n t o ni Platón ni P l o t i n o con
t o d o su idealismo; ni los mismos a r q u e t i p o s d e belleza a l c a n -
zaron tan a b s o l u t a a u t o n o m í a .
D e suerte, s e ñ o r e s , que p e d i r al a r t e que r e p r e s e n t e la
b e l l e z a , sin algo q u e por decirlo así la sostenga y dé r e a l i d a d ,
p a r é c e m e que es p e d i r un imposible, y q u e á f u e r z a de p u r i f i -
car bellezas y sublimidades, u n a s y o t r a s se c o n v i e r t e n en nom-
b r e s v a n o s r e l l e n a n d o e s p a c i o s vacíos.
P e r o críticos h a y , p o r o t r a p a r t e muy dignos de r e s p e t o ,
q u e aun no l l e g a n d o á t a n t o , p o r este c a m i n o v a n sin t e n e r
conciencia de lo d e s a t i n a d o de su m a r c h a . L i t e r a t o s r e f i n a d í -
simos, q u e p o r sublimar el a r t e , lo h a c e n imposible, e s t r e c h á n -
dolo en c a m p o tan r e d u c i d o y t a n e s q u i l m a d o p o r g e n e r a c i o -
nes y g e n e r a c i o n e s de g e n i o s , q u e t o d a nueva t e n d e n c i a , t o d o
genial a r r a n q u e , t o d o h o r i z o n t e amplio q u e d a n f u e r a del
a m a n t í s i m o a l b e r g u e , q u e á los t r a d i c i o n a l e s y p r i v i l e g i a d o s se
les r e s e r v a .
Así es, p o r e j e m p l o , y v a l g a uno e n t r e m u c h o s q u e p u d i e -
ra s e ñ a l a r , c ó m o t a l e s distinguidísimos c r í t i c o s , e n t r e o t r o s
a n a t e m a s de m e n o r c u a n t í a , l a n z a n u n o muy cruel y d e s p i a -
d a d o s o b r e t o d o escritor, que en sus o b r a s l i t e r a r i a s a b o r d e
d e t e r m i n a d o s p r o b l e m a s sociales, c o n s i d e r a n d o dichos c e n s o -
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res, t a m a ñ o intento á m o d o d e d e s a t i n a d a e m p r e s a , c u a n d o no
c o m o p r o f a n a c i ó n del a r t e p u r o é i n m a c u l a d o de la tradición
clásica. Y sin e m b a r g o , esto se h a h e c h o s i e m p r e , y no h a y
o b r a n o t a b l e en t o d a s las l i t e r a t u r a s , que explícita ó implícita-
m e n t e no e n t r a ñ e un g r a n p r o b l e m a ; siendo lo curioso del
caso, que á i g u a l d a d en el d e s e m p e ñ o , la o b r a resulta t a n t o
más e l e v a d a é i m p e r e c e d e r a , c u a n t o más t r a s c e n d e n t a l es el
p r o b l e m a que e n v u e l t o en f o r m a s artísticas se agite.
Lo que h a y en el f o n d o de esta opinión muy r e s p e t a b l e ,
p e r o muy e r r ó n e a , y de t o d o en t o d o insostenible, es una
m a r c a d a t e n d e n c i a á confundir cosas d i a m e t r a l m e n t e o p u e s t a s .
Q u e una o b r a de a r t e , que se p r o p o n g a p o r único o b j e t o
s o s t e n e r u n a tesis, ó d e m o s t r a r un t e o r e m a , ó e x p l a n a r una
d o c t r i n a , no p e r t e n e c e al v e r d a d e r o a r t e , sino á ese g é n e r o
mixto, q u e en r e t ó r i c a se llama g é n e r o d i d á c t i c o , y a lo he r e -
c o n o c i d o y c o n f e s a d o ; y q u e p o r este c a m i n o se desvía al
p o e t a d e su p r o p i a misión y hasta se le p u e d e a r r a s t r a r á los
r e g o c i j a d o s abismos del ridículo, t a m p o c o m e p a r e c e d u d o s o ;
p e r o q u e el escritor é p i c o , lírico ó d r a m á t i c o no p u e d a e s c o -
ger m a t e r i a p a r a sus c r e a c i o n e s y p a r a r e a l i z a r con ellas la
b e l l e z a , en t o d o aquello q u e c o n t e n g a e l e m e n t o s e s t é t i c o s s u -
ficientes, siquiera sea en un p r o b l e m a social ó filosófico, y
a u n político, p a r é c e m e q u e es p r e t e n s i ó n t a n a b s u r d a c o m o
funesta.
Ni esto se hizo jamás, ni si se hiciese sería o t r a cosa q u e
la negación de t o d o p r o g r e s o en el a r t e y la imposibilidad d e
t o d a s sus f u t u r a s t r a n s f o r m a c i o n e s .
No escribirá el p o e t a un d r a m a , p o n g o p o r caso, con el
p r o p ó s i t o d e d e m o s t r a r , q u e el c u a d r a d o de la h i p o t e n u s a es
igual á la suma de los c u a d r o s d e los dos c a t e t o s ; p e r o p o d r á
p i n t a r á A r q u í m e d e s , c o m o p u d i e r a pintar á o t r o sabio c u a l -
q u i e r a , a b s o r t o en sus m e d i t a c i o n e s m a t e m á t i c a s , a n e g a d o
su espíritu en la belleza i n m a c u l a d a de las l e y e s g e o m é t r i c a s ,
s e p a r a d o del m u n d o y de sus luchas por el abismo q u e media
e n t r e la t o s c a r e a l i d a d y los r e s p l a n d o r e s d e f o r m a s y l e y e s
ideales, con los sentidos a u s e n t e s y el espíritu f e c o n c e n t r a d o
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en ini p r o b l e m a , sin oir el e s t r é p i t o del a s a l t o ni los gritos d e

triunfo d e los s o l d a d o s d e IVlarcelo p e n e t r a n d o en S i r a c u s a ;
sin v e r al b r u t a l r o m a n o q u e á él llega, y sintiendo a c a s o , an-
t e s r o t o el hilo de sus i d e a s en el c e r e b r o , que en el c u e r p o el
g o l p e del s a c r i l e g o h i e r r o .
Y es tan e v i d e n t e , q u e algo p a r e c i d o á esto p u e d e h a c e r -
se d e n t r o de los moldes artísticos más severos, que un insig-
ne escritor inglés, d e gusto y escuela c l á s i c a , en u n a d e sus
más a d m i r a d a s o b r a s h a h e c h o , del f a n a t i s m o de un s a b i o , ma-
teria f e c u n d a de hermosos r a s g o s de c a r á c t e r y d e d r a m á t i c a s
situaciones.
P e r o ¿á q u é e s f o r z a r m e c i t a n d o e j e m p l o s m o d e r n o s , c u a n -
do a p e n a s h a y o b r a a l g u n a d e i m p o r t a n c i a , ni m o d e r n a ni a n -
t i g u a , e x c e p t u a n d o las p u r a m e n t e d e s c r i p t i v a s , y aun s o b r e
é s t a s algo h a b r í a q u e d e c i r , q u e no sea p r u e b a firmísima de
mi aserto?
No s o s p e c h a b a a c a s o la musa h o m é r i c a , q u e en el fondo d e
la lliada se agitase t o d a u n a t e o g o n i a , ni que en los h e r ó i c o s
c o m b a t e s que r e l a t a , p u d i e r a r e f l e j a r s e la lucha histórica del
Asia y de la E u r o p a ; p e r o no p o r eso d e j a n d e servir de fondo
á la sublime e p o p e y a g r a n d e s p r o b l e m a s históricos y semidivi-
nos: y e s n a t u r a l e s t a a r m o n í a e n t r e el fondo y la f o r m a , q u e
nunca en m a r c o s d e m i n i a t u r a cupieron los g r a n d e s lienzos, ni
en c e r r a d o y m e z q u i n o g i m n a s i o lucharon dioses y t i t a n e s .
Y el P r o m e t e o d e Esquilo ¿no es, p o r v e n t u r a , un inmenso,
un e t e r n o p r o b l e m a ?
Y el t e a t r o d e E u r í p i d e s ^no usa y a b u s a de los p r o b l e m a s
filosóficos?
Y Aristófanes {deja de c r e a r o b r a s a r t í s t i c a s por c o n v e r -
tirlas s a ñ u d a m e n t e en a r m a s de c o m b a t e , a t a c a n d o á los p o l í -
ticos, á los filósofos, á los p o e t a s y á los mismos dioses con el
e s c a r n i o , el insulto y el ridículo?
Y la inferioridad a r t i s t i c a , b a j o c i e r t o c o n c e p t o , d e los
latinos a n t e los g r i e g o s , ^no e s t r i b a a c a s o en q u e el fondo ha
p e r d i d o la primitiva originalidad y el primitivo v i g o r , siendo
en aquéllos, ideas m a d u r a s y a c e p t a d a s , las q u e en éstos, p r o -
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b l e m a s del cielo y de la t i e r r a , que se p l a n t e a n por vez p r i -

m e r a con t o d a la e n e r g i a d e la juventud?
Y si e n el ciclo l i t e r a r i o de la E d a d Media el c a r á c t e r a r -
tistico c a m b i a , {no es a c a s o p o r q u e d o n d e h a y c r e e n c i a s firmí-
simas y fe viva y o r d e n social, q u e gira s o b r e ejes i n q u e b r a n -
t a b l e s , la d u d a a p e n a s c a b e ; y d o n d e t o d o e s t á r e s u e l t o y la
vida y la m u e r t e s u j e t a s á p r o g r a m a uniforme, los p r o b l e m a s
filosóficos, sociales ó artísticos no tienen e s p a c i o en q u e e x -
tenderse?
P e r o q u e la d u d a e m p i e c e á filtrarse en los espíritus, y t o
d o s los g r a n d e s e s c r i t o r e s , los q u e d u d a n c o m o los q u e no d u -
d a n , p r o p o n d r á n c u e s t i o n e s y a g i t a r á n p r o b l e m a s , y la l i t e r a -
t u r a p a r t i c i p a r á del n u e v o c a r á c t e r de d i c h a e m a n c i p a c i ó n .
No se p r o p u s o C e r v a n t e s , según c i e r t o s críticos, p i n t a r el
e t e r n o conflicto e n t r e la r e a l i d a d impura y el s o ñ a d o i d e a l i s -
mo; ni es de c r e e r q u e s o b r e p r e c o n c e b i d o s p l a n e s d e p r o f u n -
d o s p r o b l e m a s t r a z a s e las i n m o r t a l e s p á g i n a s del Quijote-, p e r o
lo q u e él a c a s o no se p r o p u s o , resultó p o r sublimes c a p r i c h o s
d e la inspiración; q u e g r a n d e s - o b r a s sin un alma g r a n d e q u e
las inspire, no e x i s t e n : lo q u e si c o n c e d o es q u e en la g e n e -
r a c i ó n a r t í s t i c a , como e n t o d a g e n e r a c i ó n , lo a j e n o á la v o -
l u n t a d e n t r a p o r m u c h o , y que quien p o n e en a p r e t u r a s d e
a l u m b r a m i e n t o á u n m o n t e , e n g e n d r a un r a t o n c i l l o , y á v e c e s
sin más p r e t e n s i o n e s q u e el p l a c e r d e u n o s instantes se e n g e n -
dra un g e n i o .
{Pero á q u é citar ejemplos? Del R e n a c i m i e n t o acá ni u n a
sola o b r a d e p r i m e r o r d e n d e j a d e c o n t e n e r u n g r a n p r o b l e m a
ó d e s o s t e n e r d e t e r m i n a d a tesis.
{No es p r o b l e m a La vida e^ sueñoi Y éste sí, que e s t á d e
a n t e m a n o p e n s a d o y p r e t e n d i d o , y con p r e m e d i t a c i ó n y h a s t a
con e n s a ñ a m i e n t o ; q u e no se d e t u v o C a l d e r ó n en la p r i m e r a
t e n t a t i v a , ni se dió por satisfecho h a s t a ver c o n v e r t i d a en glo-
ria del t e a t r o aquella p r o f u n d a i d e a , q u e sentía b r e g a r en su
cerebro.
{No e n c i e r r a una tesis y un p r o b l e m a político El Alcalde
de Zalamea?
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{No h a y v e r d a d e r a tesis filosólìca y religiosa en La Devo-

ción de la Crui?
A q u e l Principe d e D i n a m a r c a , la más p r o f u n d a c r e a c i ó n
de Shalíspeare, {no es un e t e r n o probleina p a r a los críticos?
{Sólo se p r o p u s o , p o r d e s d i c h a , el g r a n d r a m a t u r g o inglés
pintar un crimen vulgarísimo, un a d u l t e r i o y una v e n g a n z a ,
i m i t a n d o p u n t o p o r p u n t o la vieja historia d e los a t r i d a s , ó
se p r o p u s o a l g o más hondo? En aquel h e r v i d e r o d e p r o b l e m a s ,
{no d i c e el misnio H a m l e t la c é l e b r e f r a s e d e su a d m i r a b l e
m o n ó l o g o : «to b e or not t o b e , t h a t is t e question?» ¡Ah! el
i n c a u t o c r e a d o r de M a c b e t h y del rey L e a r , que se a t r e v e á
p r o n u n c i a r la p a l a b r a questión (ó p r o b l e m a , que t a n t o d a ) sin
c a e r en la c u e n t a d e q u e a n d a n d o el t i e m p o h a b l a de s o n a r
tal p a l a b r a á dislate ó a b e r r a c i ó n en los pulcrísimos oídos de
t a n t o s y t a n t o s críticos, c o m o p r e t e n d e n legislar s o b r e bellezas
y sublimidades, sin más título que su a r r o g a n c i a ni más ley que
su c a p r i c h o .
Y s a l t a n d o de un e x t r e m o á otro-en c u a n t o á g u s t o s y t e n -
d e n c i a s , El si de las niñas y El café, s o b r e t o d o la priniera de
e s t a s dos c o m e d i a s , {no son dos tesis? {O es q u e t a m b i é n p e c ó
el sesudo y a d m i r a b l e M o r a t í n ?
A c l a r e m o s , p u e s , n u e s t r o p e n s a m i e n t o , p a r a evitar d u d a s ,
que no p u e d e n t e n e r c a b i d a en cuestión t a n c o n c r e t a , ó p a r a
e v i t a r m a l a s inteligencias, que no p o d r í a n ser o t r a cosa q u e
torcidas voluntades. D o n d e existan elementos estéticos de b e -
lleza, y o afirmo q u e e x i s t e m a t e r i a p r o p i a p a r a que el e s c r i -
tor e j e r c i t e sus f a c u l t a d e s artísticas, sin q u e n a d i e t e n g a d e -
r e c h o p a r a c o n v e r t i r en t e r r e n o v e d a d o el a n c h o c a m p o c o n
q u e la n a t u r a l e z a ó la s o c i e d a d le b r i n d a n l i b r e m e n t e ; y p o c o
i m p o r t a lo q u e é s t a , q u e p u d i é r a m o s l l a m a r primera materia,
sea ó signifique: divina ó h u m a n a ; f e n ó m e n o del m u n d o i n -
o r g á n i c o ó a g i t a c i ó n social; p r o b l e m a metafisico ó p r o b l e m a
político; el a m o r ó el d i v o r c i o , el d u e l o ó el a f á n d e la g a n a n -
cia; t o d a s las p a s i o n e s y t o d o s los conflictos, t o d o s los c r í m e -
nes y t o d o s ios sacrificios, son b u e n o s p a r a el a r t e , c o n tal
q u e se e n c u e n t r e escritor que ios c o m p r e n d a y sepa c o n v e r t i r
6
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la m a s a primitiva d e informe mármol en bellísima e s t a t u a , Y

sin necesidad d e que y o cite o b r a s a d m i r a b l e s , que son p r u e -
b a s vivas y g l o r i o s a s d e mi afirmación, sólo con la e n u m e r a -
c i ó n que p r e c e d e b a s t a p a r a mi o b j e t o ; q u e quien h a b l e del
Duelo, r e c u e r d a Lances de honor, y quien s o b r e g a n a n c i a s in-
d i g n a s discuta, r e c u e r d a t a m b i é n el Tanto por ciento; y d o s
n o m b r e s a c u d e n á los labios, y en ellos se d e t i e n e n , p o r no
herir la modestia de un a d m i r a b l e a u t o r d r a m á t i c o , y no p o d e r
h e r i r , p o r d e s g r a c i a , la de otro siempre l l o r a d o y a d m i r a d o
siempre.
P e r o no sólo este afán d e e m p e q u e ñ e c e r a s u n t o s y a r g u -
m e n t o s , ó de llevarlos al m e n o s p o r c a m i n o s v u l g a r e s d e p u r o
r e c o r r i d o s , es d e t o d o p u n t o injusto y c o n t r a r i o á la tradición
del a r t e , según dije há p o c o , sino q u e impide las n a t u r a l e s r e -
n o v a c i o n e s y la t r a n s f o r m a c i ó n p r o g r e s i v a de t o d o s los g é n e -
ros literarios.
El a r t e e s e t e r n o ; sus g r a n d e s y v a r i a s t e n d e n c i a s son s i e m -
p r e las mismas; c o n s t a n t e s son sus leyes; sus moldes c a m b i a n
p o c o , c u a n d o más t o m a n a l g ú n e n s a n c h e ; p e r o la materia, di-
g á m o s l o así, que en esos moldes se v a c i a , el b r o n c e ó el m á r -
mol en que el a r t i s t a c r e a y e s c u l p e , esa si q u e v a r í a d e uno á
otro siglo, s o b r e t o d o en lo que al fondo social se refiere; p o r -
que v a r í a n las c r e e n c i a s , las c o s t u m b r e s , el espíritu q u e anima
á c a d a r a z a , los p r o b l e m a s q u e las a g i t a n ; y h a s t a las mismas
pasiones, si en el f o n d o son i d é n t i c a s á las q u e f u e r o n , en sus
m a n i f e s t a c i o n e s son diversas, p u e s la c a r n e h u m a n a , e s t r e m e -
ciéndose s i e m p r e con los mismos n e r v i o s y c o n t r a y é n d o s e con
los mismos músculos, t o m a distintas a p a r i e n c i a s en el d e s n u d o
clásico ó b a j o la t ú n i c a g r i e g a , que en los c a p r i c h o s de la
m o d a parisiense y en sus v e l a d o s y p i c a n t e s e n c a n t o s .
P o r eso, c u a n d o se h a b l a de n u e v a s f o r m a s y nuevos m o l -
d e s c o m o r e n o v a c i ó n del a r t e , y o no p u e d o c o n t e n e r u n a son-
risa, no d i r é d e lástima, p e r o si d e d u d a : lo que más i m p o r t a
buscar en el a r t e , no es la r e n o v a c i ó n de la f o r m a , sino la r e -
n o v a c i ó n del f o n d o .
¡ Q u é mezquina t r a n s f o r m a c i ó n en el mundo artístico la de
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los moldes, si se c o m p a r a á la t r a n s f o r m a c i ó n inmensa d e ideas,

sentimientos, c r e e n c i a s , d u d a s y e n e r g í a s !
R e n o v a n d o las almas, se han t r a n s f o r m a d o t o d a s las l i t e -
r a t u r a s , no b u s c a n d o m o d i s t a s ó modistos p a r a nuevos t r a j e s
ó más p i n t o r e s c o s perifollos.
He d e f e n d i d o los legítimos d e r e c h o s d e t o d a s las escuelas,
que t o d a s tienen d e r e c h o indiscutible á u n a l e g a l i d a d c o m ú n ,
como se dice en política, p a r a e n t r a r más p r o n t o ó más t a r d e
e n las g r a n d e s síntesis artísticas; p e r o no p o r e s o p u e d o d e s -
c o n o c e r el c a r á c t e r propio de nuestra é p o c a , sus dolorosas lu-
c h a s , sus i n t e r n a s a s p i r a c i o n e s , sus l a t e n t e s e n e r g í a s ; y en este
siglo d e t r a n s f o r m a c i ó n y d e d u d a , es lo cierto, q u e en el fondo
d e c a d a h e c h o social, como en el fondo de c a d a f e n ó m e n o d e
la n a t u r a l e z a , hay un problema. Pues bien, si el siglo XIX. es
el siglo de las d u d a s y el siglo de los problemas, {CÓmo h a y
espíritus t a n p r e o c u p a d o s y tan a j e n o s al propio m e d i o social
en que v i v e n , q u e d e s c o n o z c a n e s t a v e r d a d , q u e por d o q u i e r a
se m u e s t r a , e n t r e g r i t o s de triunfos a c á , e n t r e conflictos y
a m e n a z a s más lejos?
Siempre los g r a n d e s p r o b l e m a s sociales, en su a c e p c i ó n
más lata c o m p r e n d i d o s , han sido o b j e t o del a r t e l i t e r a r i o ; como
q u e el a r t e no ha h e c h o más q u e r e c o g e r la emoción a r t í s t i c a
que e n c e r r a b a n y d a r l a f o r m a ; ¡y h o y se p r e t e n d e r e n e g a r del
p a s a d o , d e s c o n o c i é n d o l o , ó esterilizar el p r e s e n t e , i n m o v i l i -
z a n d o sus f u e r z a s más p o d e r o s a s , y c e r r a r el c a m i n o al p o r -
venir! ¡ C e g u e d a d inconcebible, que p o r f o r t u n a es tan i m p o -
t e n t e c o m o t o d o linaje d e c e g u e r a : los q u e no ven su c a m i n o ,
s e q u e d a n d o n d e e s t á n , sin más i n c o n v e n i e n t e que servir d e
p a s a j e r o e s t o r b o y d e t r o p i e z o d e un i n s t a n t e á los q u e c a -
minan!
En r e s u m e n , s e ñ o r e s , la d o c t r i n a que s o s t e n g o sólo t i e n e
un límite, un c o r r e c t i v o y u n a sola c o n d i c i ó n p u e d e i m p o n é r -
sele: q u e el asunto que el l i t e r a t o e s c o j a , sea el q u e f u e r e ,
t e n g a jugo estético suficiente, si la f r a s e me e s p e r m i t i d a , p a r a
q u e el a r t e no q u e d e en lugar s e c u n d a r i o , c u a n d o t r a t á n d o s e
de o b r a s artísticas, d e b e t e n e r p r e f e r e n t e l u g a r ; en s u m a , y
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v a l g a e s t a o t r a i m a g e n , t o s c a , p e r o e x a c t a : q u e la c a n t e r a
d e artistico m á r m o l v a l g a la p e n a d e ser e x p l o t a d a .
Esto p o r u n a p a r t e , y p o r o t r a , siguiendo con a m b a s i m á -
g e n e s , q u e el escritor sepa e x t r a e r el jugo del p r o b l e m a y
sepa e x p l o t a r la c a n t e r a m a r m ó r e a , c r e a n d o a l g o b e l l o y no
e n g e n d r a n d o insulsas p r o d u c c i o n e s sin vida ni valor a r t í s t i c o .
C o n lo cual d o y p o r t e r m i n a d a esta c o n t r a d i c c i ó n más,
e n t r e las m u c h a s q u e por el c a m p o d e la crítica se r e v u e l v e n ,
p r o p o n i e n d o esta conciliación que m e p a r e c e f u n d a m e n t a l .
El a r t e d e b e cultivarse por el a r t e , la belleza d e b e c r e a r s e
p o r q u e e s b e l l e z a , sin fin utilitario; p e r o el artista ó el p o e t a
ó el literato p u e d e e j e r c i t a r su acción c r e a d o r a en todos los
c a m p o s y en t o d a s las esferas, sin q u e n a d a ni n a d i e limite su
acción más que la ley e s t é t i c a .
Busque la emoción estética, p e r o sólo la emoción e s t é t i c a ,
y la o b r a , que la e n g e n d r e d o n d e q u i e r a : en el cielo c o m o en
la t i e r r a , en las tinieblas c o m o en la luz, en el á t o m o q u e se
agita c o m o en el c o r a z ó n que sufre, en los r e t o r c i m i e n t o s d e
un Luzbel c o m o en los r e s p l a n d o r e s d e un Dios.

Y p a r a t e r m i n a r e s t a serie, p a s e m o s á un último conflicto.

No ya s o b r e el espíritu y la esencia del a r t e , s o b r e el c a m p o
en q u e d e b a d e s a r r o l l a r s e y s o b r e la a t m ó s f e r a q u e r e s p i r e ,
a n d a n divididos u n o s y o t r o s , sino que d e s c e n d i e n d o á lo más
c o n c r e t o y t r a t a n d o de las formas, q u e el a r t e ha d e elegir
p a r a su p e r e n n e c r e a c i ó n , salen al p a s o las opiniones más
e x t r a ñ a s , y á mi e n t e n d e r , más a b s u r d a s . Valga e s t a , por
ejemplo.
El verso, h a y quien d i c c , terminó su misión p o r los siglos
de los siglos; el ritmo e s a f e c t a c i ó n irresistible; la rima a r t i -
ficio molesto; la estrofa m o l d e q u e a h o g a al p e n s a m i e n t o , lo
e s t r u j a y lo desfigura: t o d o el mecanismo d e la versificación
es f o r m a vieja y g a s t a d a , q u e d e s a p a r e c e r á al fin, c u a n d o una
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s o c i e d a d reflexiva y s e v e r a v e n g a á o c u p a r el p u e s t o d e nues-
tras pobres sociedades decadentes y femeninas.
N o h a y , en v e r d a d , c o m o las e x a g e r a c i o n e s d e una o p i -
nión e s t r e c h a y t e r c a , ó la pasión c i e g a d e un s e c t a r i o , p a r a
vaticinar ruinas y d e s a s t r e s : si t o d o a q u e l l o c u y a i n m e d i a t a
m u e r t e se ha p r e s a g i a d o , h u b i e s e m u e r t o p a r a gloria y s a t i s -
facción d e f ú n e b r e s p r o f e t a s , n u e s t r o p o b r e g l o b o serla un
inmenso c a m p o santo semiesférico, con l a r g a s lilas d e c i p r e -
ses e n los Alpes, el H i m a l a y a y los A n d e s , i n t e r m i n a b l e p r o -
cesión d e s a u c e s en las r i b e r a s de todos los mares, y cinco
s o b e r b i o s mausoleos en los cinco p u n t o s c é n t r i c o s de las cinco
p a r t e s del m u n d o .
F e l i z m e n t e , n a d i e se m u e r e c u a n d o á los d e m á s les a p e t e c e
q u e m u e r a , sino c u a n d o por ley ineludible es l l e g a d a su h o r a ;
y esto ha de s u c e d e r l e á esa f o r m a semi-divina del a r t e , que
t i e n e por h e r o i c o a n t e c e s o r al e x á m e t r o , q u e se d e s e n v u e l v e
ágil y vigoroso en n u e s t r o s a d m i r a b l e s r o m a n c e s ; q u e t o m a
múltiples y ricas v e s t i d u r a s , según la emoción artística lo
e x i g e , y q u e en sus musicales c o n t o r n o s , y a n o b l e s , y a e n é r -
gicos, y a t i e r n o s , y a r e t o z o n e s , s i e m p r e e n c i e r r a i n a g o t a b l e s
tesoros de sobrehumanas armonías.
Sostener q u e la f o r m a m é t r i c a ha d e d e s a p a r e c e r , v a l e
t a n t o c o m o e m p e ñ a r s e en q u e d e s a p a r e z c a n los r a y o s d e luz,
q u e c r u z a n en t o d a s direcciones c o m o u r d i m b r e maravillosa
del e s p a c i o .
P o r q u e , en r i g o r , una l a r g a fila d e a r m o n i o s o s versos y un
r a y o d e luz q u e en d i á f a n a c o l u m n a se p r o l o n g a , son u n a
misma cosa, y así la r a z ó n lo c o m p r e n d e c u a n d o p e n e t r a en
la esencia intima d e a m b o s h e c h o s .
No en estilo p o é t i c o , ni c o m o imagen más ó m e n o s g a l a n a ,
ni siquiera c o m o s e m e j a n z a más ó m e n o s p r ó x i m a , sino como
i d e n t i d a d física y o b j e t i v a , t a n p e r f e c t a c o m o la ciencia e x i j a ,
p u e d e n e s t a b l e c e r s e e s t a s a n a l o g í a s , q u e e s t a b l e z c o , e n t r e las
bellezas de la m e d i d a y del ritmo p o é t i c o y las a r m o n í a s de
un r a y o luminoso.
{Qué es, por e j e m p l o , y p e r d o n a d á mis especialísimas atì-
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c i o n e s este r e c u e r d o , un r a y o d e luz polarizada? Imaginad u n a

linea r e c t a , c o m p u e s t a d e á t o m o s e t é r e o s , inmóviles por el
m u t u o e q u i l i b r i o : c o m o si d i j é r a m o s , una linea de sombra, q u e
en ó p t i c a , sombra é inmovilidad son una misma c o s a . S u p o n e d
a h o r a , q u e u n a c a u s a c u a l q u i e r a , p r o p i a y a d e c u a d a al f e n ó -
m e n o que a n a l i z a m o s , h a p u e s t o en v i b r a c i ó n t o d o s los p u n t o s
de esa c u e r d a ideal de é t e r . A d m i t i d , p o r último, q u e c a d a
á t o m o oscila t r a n s v e r s a l m e n t e á uno y otro l a d o d e su posición
p r i m i t i v a , ó mejor d i c h o , p e r p e n d i c u l a r m e n t e á la r e c t a q u e
m a r c a la d i r e c c i ó n del r a y o , y h a b r é i s c o n v e r t i d o la línea d e
s o m b r a e n línea luminosa, q u e d e s p e r t a r á en el n e r v i o ó p t i c o
u n a sensación y en el alma la idea semi-divina d e la luz.
P u e s b i e n , s e ñ o r e s ; si de igual s u e r t e q u e v e m o s el f e n ó -
m e n o con la inteligencia p u d i é r a m o s v e r l o d e s c o m p u e s t o en sus
e l e m e n t o s con a l g ú n o t r o sentido más sutil que la vista, vería-
mos u n a c o l u m n a , p o r decirlo así, d e p e q u e ñ a s líneas p a r a l e l a s
é iguales m a r c a d a s p o r la v i b r a c i ó n de los d i f e r e n t e s á t o m o s ,
algo c o m o el e s q u e l e t o de u n a columna d e v e r s o s , c u y a a r -
m a z ó n t a m b i é n se c o m p o n e d e líneas p a r a l e l a s y p r ó x i m a m e n t e
i g u a l e s , q u e en p r o l o n g a d a hilera se e x t i e n d e n . T e n d r é m o s ,
p u e s , d o s v e r d a d e r a s cintas de a r m o n i a , f o r m a d a s : u n a , d e l i -
n e a s v i b r a n t e s ; o t r a , de líneas v i b r a n t e s t a m b i é n : a q u é l l a , palpi-
t a c i ó n del á t o m o e t é r e o ; é s t a , p a l p i t a c i ó n de u n a i d e a : f a j a s an-
tes h o m o g é n e a s , oscuras y silenciosas, d i f e r e n c i a d a s d e s p u é s en
s e n t i d o t r a n s v e r s a l por el movimiento de un p u n t o del é t e r en la
p r i m e r a ó p o r el movimiento del alma del p o e t a en la s e g u n d a .
P e r o no es esto sólo; q u e esto no p a s a r í a d e ser una s e -
m e j a n z a p u r a m e n t e g e o m é t r i c a e n t r e la escritura c o m ú n y la
r e p r e s e n t a c i ó n e s q u e m á t i c a d e un f e n ó m e n o físico.
H a y e s t a c i r c u n s t a n c i a singularísima: q u e t o d a s las líneas
t r a n s v e r s a l e s t r a z a d a s p o r los d i f e r e n t e s á t o m o s e t é r e o s e s t á n
d e s c r i t a s en el mismo tiempo; d e s u e r t e q u e los v e r s o s , l l a m é -
moslos así, del r a y o luminoso, tienen la misma m e d i d a , son
v e r d a d e r o s v e r s o s d e la linea de luz, son los e x á m e t r o s ó los
p e n t á m e t r o s ó los e n d e c a s í l a b o s d e la estrofa p o é t i c a q u e v a
por el e s p a c i o .
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Y, por otra p a r t e , t o d o s los versos d e la composición p o é -

tica son á su vez lineas d e igual v i b r a c i ó n , mídase ésta por
pies métricos, c o m o en la versificación clásica, ó mídase p o r
el n ú m e r o de sílabas, c o m o en la metrificación d e t o d a la Eu-
ropa moderna.
El principio es el mismo: u n i d a d idéntica de v i b r a c i ó n en
t o d a s las líneas t r a n s v e r s a l e s , y a c o n s i d e r e m o s la línea t r a n s -
versal de un v e r s o , y a el e s p a c i o r e c o r r i d o p o r el á t o m o v i -
b r a n t e de la luz p o l a r i z a d a .
Y no es esta la única s e m e j a n z a q u e existe e n t r e un r a y o
luminoso (un r a y o acústico p o d r í a m o s decir t a m b i é n ) y una
composición p o é t i c a . P e n e t r a n d o en el fondo del e s p e c t r o
ó p t i c o y del f a n t a s m a p o é t i c o , y v a l g a n a m b o s nombres, q u e
algo q u i e r o decir con ellos, e n c o n t r a m o s n u e v a s a n a l o g í a s y
s e m e j a n z a s , q u e e s t r e c h a n y a p r o x i m a n las l e y e s d e a m b o s
f e n ó m e n o s , t e n d i e n d o á f u n d i r l a s en u n a ley s u p e r i o r .
Si e n l a z á s e m o s con el p e n s a m i e n t o , por u n a c u r v a , los v a -
rios á t o m o s d e é t e r en c a d a i n s t a n t e , y p u s i é r a m o s a n t e la
vista la t r a y e c t o r i a q u e r e s u l t a , la cual seria una sinusoide en
el c a s o más sencillo, y q u e en cierto m o d o r e p r e s e n t a el p r i -
mitivo r a y o rectilíneo de s o m b r a , e l e g a n t e m e n t e c o n t o r n e a d o
en línea s e r p e n t i n a , tipo en el a r t e de la flexibilidad y de la
g r a c i a ; v e r í a m o s , r e p i t o , u n a p e r i o d i c i d a d p e r f e c t a en t o d o s
sus p u n t o s . Y á la d e r e c h a , p o r e j e m p l o , á i n t e r v a l o s iguales,
se r e p r o d u c i r í a n las mismas c u r v a t u r a s ó p u n t o s m á x i m o s , ni
más ni m e n o s q u e en t o d a composición métrica se r e p r o d u c e n ,
con d e t e r m i n a d a ley de p e r i o d i c i d a d , los consonantes, y con
igual p e r i o d i c i d a d q u e en el r a y o de luz, los a s o n a n t e s del ro-
mance.
Y es q u e la s e m e j a n z a no es casual ó artificiosa; que la
función que e j e r c e n asonantes, consonantes y puntos máximos
de la v i b r a c i ó n luminosa, es la m i s m a : m a r c a r los limites de
c a d a p e r í o d o ; p o r q u e la luz t i e n e t a m b i é n su rima g e o m é -
trica y m e c á n i c a , y en uno y en o t r o caso, la r e p e t i c i ó n á in-
t e r v a l o s iguales de la misma c u r v a t u r a en la c u r v a d e la sinu-
soide, ó la repetición de iguales sonidos en la c u r v a simbólica
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del v e r s o , tienen el mismo o b j e t o , á s a b e r : m a r c a r el principio

y el fin d e c a d a p e r i o d o y la r e p r o d u c c i ó n d e la misma u n i d a d ,
que está p r e s e n t e con a d m i r a b l e c o n s t a n c i a en t o d a la v a r i e d a d
d e á t o m o s , en t o d a la d i v e r s i d a d d e p u n t o s del e s p a c i o y en
t o d a la multiplicidad d e i d e a s y d e sentimientos que e s m a l t a n
la v i b r a n t e línea d e la versificación.
P e r o no son e s t a s las únicas s e m e j a n z a s , q u e e n t r e la v i -
b r a c i ó n luminosa y la que p u d i e r a llamarse vibración p o é t i c a ,
e n c u e n t r a la ciencia m o d e r n a .
E n c a d a v e r s o y en c a d a estrofa h a y c i e r t a v a r i e d a d d e
p a u s a s , a c e n t o s , c e s u r a s y a c c i d e n t e s f o n é t i c o s de t o d o g é -
n e r o , q u e se r e p r o d u c e n d e p e r í o d o en p e r í o d o , ó en las p a r -
t e s d e uno mismo con m a y o r ó m e n o r e x a c t i t u d y q u e c o n s t i -
t u y e n el ritmo, c o n c e p t o no b i e n definido en g e n e r a l , a u n q u e
susceptible de precisa y c l a r a definición; p u e s b i e n , este mismo
r i t m o p u e d e e n c o n t r a r s e al e s t u d i a r en c a d a p e r í o d o de v i b r a -
ción luminosa sus a c c i d e n t e s g e o m é t r i c o s y m e c á n i c o s , con lo
cual se e s t r e c h a n y se c o n f u n d e n más y más a m b o s f e n ó m e n o s ,
y más en e v i d e n c i a se p o n e la u n i d a d s u p e r i o r que los c o m -
p r e n d e , y de la que no son sino d e t e r m i n a c i o n e s p a r t i c u l a r e s .
E x p r e s a , p u e s , la v e r s i f i c a c i ó n este h e c h o i m p o r t a n t í s i m o
y t r a s c e n d e n t a l en m a t e r i a s de E s t é t i c a : la r e p r o d u c c i ó n y re-
p e t i c i ó n c o n s t a n t e d e un p e r i o d o , la ley d e periodicidad^ en
una p a l a b r a ; y m i e n t r a s este s u p r e m o principio de la n a t u r a -
l e z a y del espíritu no se a n u l e , y no es fácil q u e esto se c o n -
siga p o r el mal h u m o r de un crítico, ó p o r el espíritu p r o s a i c o
de o t r o , ó" p o r la influencia p a s a j e r a y antiartística de la
m o d a , ó p o r i m i t a c i o n e s serviles de a l l e n d e los Pirineos, sub-
sistirá la f o r m a m é t r i c a p a r a t o d o s los casos q u e la r e c l a m e n
c o m o ú n i c a y e x c l u s i v a , y p a r a t o d o s aquellos á que p u e d a
a p l i c a r s e sin violencia.
{Y cómo no? L a ciencia y la tradición lo afirman á u n a ;
por a l g o el verso r e p r e s e n t a glorias de nuestra l i t e r a t u r a ; por
algo p a l p i t a el c o r a z ó n de n u e s t r o público al oir un g a l l a r d o
r o m a n c e , u n a h e r m o s a r e d o n d i l l a , el e l e g a n t e ritmo de las
quintillas y d é c i m a s , ó ios m a j e s t u o s o s a c e n t o s del e n d e c a s í l a -
 49

b o . L e y d e p e r i o d i c i d a d es el verso; y ley de p e r i o d i c i d a d de
glorias n a c i o n a l e s e s la emoción del p ú b l i c o a n t e las a r m o -
nías del m e t r o , del ritmo y d e la r i m a .
{Y por q u é , p e n e t r a n d o aún m á s en el p r o b l e m a , se p r e -
g u n t a el espíritu siempre curioso; por qué la ley de periodici-
d a d , e x p r e s a d a p o r la m e d i d a , el ritmo y la r i m a , es tan fun-
d a m e n t a l en lo que p u d i é r a m o s d e n o m i n a r la estética d e la
versificación?
¿Qué misterio físico, metafisico ó espiritual h a y en el fondo
de este h e c h o t a n v u l g a r y tan sencillo á p r i m e r a vista?
L a p r e g u n t a es l e g i t i m a , y la c o n t e s t a c i ó n no es difícil, ni
mucho m e n o s imposible, al m e n o s á mi e n t e n d e r .
C a s i t o d a s las t e o r í a s estéticas, d e s d e las más idealistas
h a s t a las q u e forja el más i n t r a n s i g e n t e sensualismo, c o n v i e -
nen en que la b e l l e z a del m u n d o e x t e r i o r , y a e n los o b j e t o s
n a t u r a l e s , y a en las c r e a c i o n e s del a r t e , y a e n el m u n d o m o r a l ,
s u p o n e n estos t r e s e l e m e n t o s : variedad, unidad y armonía en-
tre a m b a s .
P o d r á e s t a fórmula ser más ó m e n o s v a g a , y e s t a r á s u j e t a
á i n t e r p r e t a c i o n e s d i v e r s a s , según sea la escuela e s t é t i c a q u e
la p r o c l a m e ; p e r o q u e t o d a manifestación artística s u p o n e mul-
tiplicidad de e l e m e n t o s , d e tai m o d o o r d e n a d o s , en t a l e s p r o -
p o r c i o n e s y con tal c o n v e n i e n c i a d e unos r e s p e c t o á otros, que
al fin, c i e r t a u n i d a d de a r m o n í a b r o t a del c o n j u n t o , y á la vez
r e s p l a n d e c e por si y en c a d a e l e m e n t o se d e t e r m i n a , p e r o sin
a n u l a r l o s ni d e s v a n e c e r l o s , a n t e s bien, d á n d o l e s nueva y más
alta e x p r e s i ó n en su individual e x i s t e n c i a , p a r a q u e d e e s t e
m o d o lo p a r t i c u l a r y lo g e n e r a l se unan y c o m p e n e t r e n en los
maravillosos moldes del a r t e — p a r é c e m e teoría e v i d e n t í s i m a ,
que n a d i e p o d r á r e c h a z a r , y que es último r e s i d u o y t r a n s f o r -
mación racional d e aquellas c é l e b r e s u n i d a d e s aristotélicas.
Y bien, s e ñ o r e s , la memoria no es más q u e una síntesis de
la v a r i e d a d , que en el seno del tiempo se d e s a r r o l l a ; t e n e r me-
moria de t i e m p o s y sucesos, es reducir lo múltiple d e un feno-
m e n o á la unidad d e la c o n c i e n c i a ; y quizá p o r e s o la memoria
aun de sucesos tristes e n c i e r r a en su seno p o e s í a misteriosa y
5
lOO

c i e r t o linaje de b e l l e z a . Es q u e el sér h u m a n o ha r e t i r a d o á sí
y ha r e c o g i d o la sucesión de los instantes, como hilo invisible
q u e se a p r i e t a y se r e ú n e en un p u n t o ; y allí e s t á , en el r e -
c u e r d o , c o m o en u n i d a d s u p r e m a , c o n d e n s a d a la v a r i e d a d , sin
q u e sufra m e n o s c a b o ; a c t o prodigioso q u e es u n o de los m a -
y o r e s triunfos á q u e p u e d e a s p i r a r e! h o m b r e , y quizá el más
p r o f u n d o p r o b l e m a d e la m e t a f i s i c a .
L a c o e x i s t e n c i a de lo múltiple y de lo sencillo sin a n u l a -
ción d e aquél ni de éste; ser po.sible lo v a r i o y lo p e r m a n e n t e
al mismo t i e m p o ; no a n i q u i l a r s e p o r una p a r t e los individuos,
c u a n d o á t o d o s ellos se les r e c o g e y o p r i m e en un c e n t r o , q u e
esto en religión es el abismo d e la n a d a en que c a e el panteís-
nio, y en politica el a b i s m o d e la tiranía en q u e caen los pue-
blos c u a n d o la a u t o r i d a d a r b i t r a r i a lo es t o d o , y en el a r t e el
abismo d e lo insípido en que p r e c i p i t a al p o e t a el despotis-
mo de las r e g l a s ; y por o t r a p a r t e , no d e s v a n e c e r s e en la n a d a
la u n i d a d al d e s g r a n a r s e en á t o m o s , que esto en religión es el
m a t e r i a l i s m o a t ó m i c o , y en política la d e m a g o g i a y el nihilis-
mo, y en el a r t e la imitación pueril é insustancial de los a c -
cidentes m e n u d o s ; r e s o l v e r s e , en s u m a , esta g r a n a n t i n o m i a en
algo q u e á la vez satisfaga á la inteligencia y al s e n t i m i e n t o ,
s i e m p r e me ha p a r e c i d o e m p r e s a t i t á n i c a , y siempre el a s o m -
b r o se h a a p o d e r a d o d e mí al ver cómo la memoria y la c o n -
c i e n c i a , p o r m a n e r a v u l g a r y modestísima, la resuelven de
continuo d e s d e el más humilde c e r e b r o á la más gloriosa i n -
teligencia.
D e c í a , p u e s , y vuelvo á t o m a r el hilo d e mis rellexiones,
ó m á s b i e n en él continúo, que c a r a c t e r i z a r con ciertos h e c h o s
i n s t a n t e s q u e p a s a r o n , y y a d i f e r e n c i a d a por la r e a l i d a d la mo-
notonía del t i e m p o , r e c o g e r t o d a s e s t a s d i f e r e n c i a s en u n a uni-
d a d s u p e r i o r , si no era c r e a r algo bello, p o r q u e esto no b a s t a
p a r a la c r e a c i ó n a r t í s t i c a , e r a a! m e n o s r e a l i z a r un principio
i m p o r t a n t í s i m o d e la E s t é t i c a .
Pues esto h a c e p r e c i s a m e n t e la versificación.
Dividiendo el t i e m p o en p e q u e ñ a s p o r c i o n e s , y p o n i e n d o
en c a d a una de ellas y a estrofas, y a versos, y a g r u p o s fonéti-
 3'

eos e l e m e n t a l e s , se diferencian las v a r i a s d u r a c i o n e s , se intro-

d u c e la v a r i e d a d en la m o n o t o n í a , y en la masa uniforme d e
instantes t o d o s iguales, a l g o q u e los c a r a c t e r i z a . Ya c a d a m o -
m e n t o es, p o r decirlo así, u n individuo i n c o n f u n d i b l e con los
r e s t a n t e s : lleva como un signo ó sello distintivo. Y p o r o t r a
p a r t e , d a n d o á t o d o s los v e r s o s ó á grupos o r d e n a d o s d e los
mismos idéntica medida é igual ritmo; y á la vez á c a d a e s -
t r o f a la misma e s t r u c t u r a , ó los mismos c o n s o n a n t e s ó asonan-
tes, todos los e l e m e n t o s rítmicos q u e d a n c o m o m a r c a d o s con
la misma unidad: á t o d o s se les r e c o g e en la misma síntesis,
c o n s t i t u y e n en cierto modo los pliegues q u e han d e s u p e r p o -
nerse sin d e s t r u i r s e , a n t e s bien, a c o m o d á n d o s e unos s o b r e
o t r o s al a p r e t a r l o s en los moldes misteriosos de la m e m o r i a .
En resolución, la p e r i o d i c i d a d en el v e r s o y las l e y e s q u e
la r e p r e s e n t a n , realizan el g r a n principio de la unidad; h a c e n
posible lo uno, r e f l e j á n d o s e en lo vario y d o m i n á n d o l o sin ani-
quilarlo; y r e p r e s e n t a n una d e las más e l e v a d a s o p e r a c i o n e s
del h u m a n o espíritu; o p e r a c i ó n q u e palpita en t o d a b e l l e z a :
en la d e la lu^, q u é bella es á p e s a r de c u a n t o o p i n a n en con-
t r a r i o distinguidos críticos; en la del sonido, qué b e l l o es tam-
bién; y en e s f e r a s más e l e v a d a s , ricas y e s p l é n d i d a s , en la
combinación d e varios c o l o r e s y en las m e l o d í a s y a r m o n í a s
musicales; y t o d o esto se c o n s i g u e , no d e otra s u e r t e ni por
otros medios, que p o r los q u e se a c a b a n d e e x p l i c a r p a r a la
versificación.
Por eso digo q u e s u e ñ a n ó d e l i r a n los q u e sostienen q u e
h a l l e g a d o p a r a la versificación el m o m e n t o d e su m u e r t e ; por-
que no p u e d e morir lo q u e se funda en l e y e s e t e r n a s del mun-
do e x t e r i o r y en principios i n a l t e r a b l e s d e la esencia del sér
humano.
Mas no se v a y a á suponer por esta c a l u r o s a defensa d e
la forma m é t r i c a , q u e c a y e n d o en la e x a g e r a c i ó n c o n t r a r i a , '
a m b i c i o n o p a r a su dominio a j e n o s t e r r i t o r i o s ó reinos que en
b u e n d e r e c h o no son suyos. H e r m o s o s son los v e r s o s q u e lo
son, g r a n v e r d a d q u e n a d i e ha de n e g a r m e ; p e r o t a m p o c o m e
n e g a r á n a d i e , que los v e r s o s r e q u i e r e n asunto propio y justa
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o p o r t u n i d a d , y que lo prosaico con v e s t i d u r a poética es c a r i -

c a t u r a i n s o p o r t a b l e , c u a n d o no i r r i t a n t e p r o f a n a c i ó n .

Y aquí t e r m i n o , p o r q u e y a e s t a r é i s ansiosos de oir la p a -

l a b r a prodigiosa de! que es gloria viva é inmortal de nuestra
E s p a ñ a y de n u e s t r o siglo, y s i e m p r e fia sido amigo c a r i ñ o s í -
simo p a r a mí. D e l que me salvó v a l e r o s o en n o c h e d e t r i s t e -
zas y me a p a d r i n a a l b o r o z a d o en h o r a s d e a l e g r í a .
Y aquí t e r m i n o , r e p i t o , no p o r q u e la m a t e r i a esté a g o t a d a ,
sino p o r q u e lo e s t a r á y a vuestra p a c i e n c i a y aun mis fuerzas
lo van e s t a n d o , e s t a serie d e opiniones c o n t r a r i a s , d e e r r o r e s
a n t i t é t i c o s , de insostenibles e m p e ñ o s y d e p u e r i l i d a d e s d e s d i -
c h a d a s en q u e por r e g l a g e n e r a l se p i e r d e la crítica c o n t e m -
p o r á n e a al j u z g a r las o b r a s a n t i g u a s ó m o d e r n a s , ó al e r i g i r s e
sin b a s e ni sistema en crítica p r e c e p t i v a p a r a lo f u t u r o .
No es c i e r t a m e n t e q u e yo d e s e e , p o r h o y al m e n o s , la
u n i f o r m i d a d de p a r e c e r e s ni en la crítica ni en e! a r t e : lo t o -
t a l m e n t e uniforme t o m a visos d e m o n o t o n í a y a p a r i e n c i a s d e
m u e r t e , y la multiplicidad, m i e n t r a s no d e g e n e r e en c a ó t i c o
d e s m e n u z a m i e n t o , e s signo d e vida y e l e m e n t o de p r o g r e s o ;
p e r o la lucha es más f e c u n d a d e n t r o de ciertos límites y s u -
jeta á d e t e r m i n a d o s p r e c e p t o s de c o m b a t e , q u e e n t r e g a d a á la
pasión, al c a p r i c h o y al e n c a r n i z a m i e n t o . Y o c r e o q u e , a u n
d e j a n d o g r a n l i b e r t a d á t o d a s las opiniones d e la crítica, c o m o
he d e j a d o l i b e r t a d amplísima á t o d a s las escuelas en el a r t e ,
pudiera establecerse una amplia legalidad común, démosle
este n o m b r e , a c e p t a n d o p o r b u e n o s y deíinitivos u n c o r t o nú-
m e r o de principios, q u e me p a r e c e n evidentísimos, y q u e aun
sin e n u n c i a r l o s se d e s p r e n d e n l ó g i c a m e n t e de los análisis, q u e
en las a n t e r i o r e s p á g i n a s he p r o c u r a d o s o m e t e r al r e c t o juicio
del i l u s t r a d o p ú b l i c o que me e s c u c h a .
No es p r e c i s o r e p e t i r l o s ; p e r o no e s t a r á de más c o n d e n -
s a r l o s á m a n e r a de resumen en muy b r e v e s f r a s e s .
Yo he s o s t e n i d o , que el' o b j e t o f u n d a m e n t a l del a r t e es la
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b e l l e z a : ó d e otro modo, q u e si el artista no e n g e n d r a emo

clones estéticas, s e r á c u a n t o se q u i e r a , s a n t o , s a b i o , filósofo,
sociólogo, político, filántropo, nihilista, p e r o no será ni a r -
t i s t a , ni l i t e r a t o , ni p o e t a .
H e sostenido i g u a l m e n t e , v esta es legítima c o m p e n s a c i ó n
d e lo q u e p u e d a h a b e r de rígido en el principio a n t e r i o r , q u e
el c a m p o en que el artista en g e n e r a l ó el l i t e r a t o en p a r t i c u -
lar ejerzan su f a c u l t a d c r e a d o r a , no tiene límites, {CÓmo ha de
tenerlos?, si en t o d a s p a r t e s el p o d e r c r e a d o r puso jugo d e
belleza y g é r m e n e s de emoción e s t é t i c a . ¡ C u a n t o e x i s t e es
bello a u n q u e su belleza e s t é oscurecida! D e s d e el último g r a -
no d e a r e n a al a s t r o colosal; d e s d e el girón d e s o m b r a de la
noche, al c o r t i n a j e de g r a n a de la t a r d e ; d e s d e la diminuta
cristalización de lo i n o r g á n i c o , á la cristalización semi-divina
del p e n s a m e n t o ; d e s d e el dolor al p l a c e r , d e s d e el a m o r al
odio, d e s d e la sombra de Luzbel d i b u j a n d o su p a v o r o s o c o n -
t o r n o en las tinieblas á lo infinito t o d o luminoso é inaccesible.
No; la facultad c r e a d o r a ni t i e n e límites, ni p u e d e i m p o -
nérselos la c r í t i c a . D e s d e la última nebulosa hasta nuestro
globo; d e s d e la p i e d r a al h o m b r e ; d e s d e los t i e m p o s p r e h i s -
tóricos á las e d a d e s f u t u r a s ; d e s d e el cielo al infierno; vicios
V v i r t u d e s ; las c e n a g o s a s c a p a s sociales ó los r e g i o s a l c á z a r e s ;
el p r o b l e m a filosófico ó el p r o b l e m a social; la mera imitación
ó el v a g a r o s o vuelo por las r e g i o n e s ideales; la r e a l i d a d más
t a n g i b l e y t o s c a , como el sueño más d i s p a r a t a d o ; y a la f o r m a
musical del v e r s o , y a la p r o s a más r u d a y e n é r g i c a ; t o d o es
del p o e t a , y en t o d a s p a r t e s p u e d e b u s c a r la emoción e s t é t i c a .
Este es el d e r e c h o del a r t i s t a y del literato, y p a r a realizar t a -
les fines, la l i b e r t a d artística es la única ley p o s i b l e y f e c u n d a ,
siquiera el crítico i m p o n g a d e s p u é s el d e b i d o castigo si h a y
t r a n s g r e s i ó n , ó p r o p o n g a el d e b i d o p r e m i o de gloria y a p l a u s o
si h u b o m e r e c i m i e n t o s .
Sólo u n c r i m e n p u e d e c o m e t e r el a r t i s t a , uno solo: no produ-
cir emoción e s t é t i c a ; p e r o este crimen no t i e n e p e r d ó n , s i q u i e r a
la obra sea un d e c h a d o de s a b i d u r í a ó un d e r r o c h e de v i r t u d e s .
T o d o se le p e r m i t e al genio c r e a d o r , y en t o d o es libre:
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a s u n t o , c a m p o , p e r s o n a j e s , m e d i o s ; n a d a h a y á q u e no p u e d a
l l e g a r ; p e r o si no llega, t o d a la r e s p o n s a b i l i d a d es s u y a . P a r a
él son t o d o s los d e r e c h o s del c ó d i g o d e l a r t e ; un sólo d e b e r
tiene, p e r o su c u m p l i m i e n t o es ineludible.
Y no más: y o c r e o q u e m e n o s t a m p o c o p u e d e p e d i r s e á la
crítica m o d e r n a sin c a e r en la más d e s t r u c t o r a a n a r q u í a ; aun-
q u e , p o r o t r a p a r t e , r e c o n o z c o , confieso q u e , a n d a n d o los
t i e m p o s , el espíritu c r í t i c o del h o m b r e , a p l i c á n d o s e v i g o r o s o
á la misma crítica l i t e r a r i a , p e d i r á a l g o más.
P e d i r á un c a n o n d e belleza, un c ó d i g o d e l e y e s p a r a c a d a
g é n e r o literario, una ciencia e s t é t i c a , en suma; q u e si el a r t e
aplica p r e c e p t o s , la ciencia los e s t a b l e c e y d e m u e s t r a , c o m o
v a r i a s veces he d i c h o .
H e p r o c u r a d o d e m o s t r a r , finalmente, que en e s t a s é p o c a s
de t r a n s f o r m a c i o n e s es c u a n d o más a m p l i a , más g e n e r o s a ,
m e n o s t e r c a d e b e ser la crítica, p a r a no e x p o n e r s e á g r a n d e s
e r r o r e s , c o n t r a r i a n d o s i s t e m à t i c a m e n t e el d e s a r r o l l o d e g é r -
menes fecundos.
El d o g m a l i t e r a r i o a b s o l u t o no e x i s t e t o d a v í a , y los a n a -
t e m a s son p o r e n d e p e l i g r o s o s .
D e j e m o s q u e la E s t é t i c a se v a y a f o r m a n d o , que g r a n d e s
m a t e r i a l e s t i e n e a c u m u l a d o s , y ella l l e g a r á á ser u n a v e r d a -
d e r a c i e n c i a , c o m o han l l e g a d o á serlo las que lo son. Y por
el mismo c a m i n o que t o d a s , a l c a n z a r á aquellas r e l a t i v a s p e r -
fecciones á q u e p u e d e a s p i r a r el h o m b r e .
P r i m e r o la o b s e r v a c i ó n d e [os fenómenos estéticos, ni m á s
ni m e n o s q u e el físico y el químico o b s e r v a n los f e n ó m e n o s
del m u n d o i n o r g á n i c o . E x p e r i m e n t a c i ó n inmensa de las obras
de arte, q u e se realiza e s t u d i a n d o c u á l e s son sus efectos s o b r e
la sensibilidad artística del sér h u m a n o : en las m u c h e d u m b r e s
y en los cultos, en la é p o c a en q u e la o b r a de a r t e a p a r e c e y
en siglos p o s t e r i o r e s , en el m e d i o a m b i e n t e q u e la e n g e n d r ó y
en p u e b l o s y r a z a s l e j a n a s , en su p r o p i a civilización y en o t r a s
distintas civilizaciones. ¿Admira siempre H o m e r o ? ¿Asombra
s i e m p r e S h a k e s p e a r e ? {Admira y a s o m b r a y h a c e reir y llorar
siempre el h é r o e de C e r v a n t e s ?
lOO

{Unas o b r a s d e a r t e p a s a n , o t r a s quedan? {Tal libro no lo-

g r a salvar las fronteras d e su p a t r i a , tal o t r o e s universal?
{Dos c r e a c i o n e s artísticas son t o t a l m e n t e o p u e s t a s , y a m b a s
e n g e n d r a n , sin e m b a r g o , el f e n ó m e n o estético, c o m o las d o s
e l e c t r i c i d a d e s de n o m b r e c o n t r a r i o , á p e s a r de ser antitéticas,
son electricidad?
{Pues por qué es t o d o esto? Alguna r a z ó n t e n d r á : p o r algo
s u c e d e n las cosas; la c a s u a l i d a d sólo satisface á imbéciles ó á
perezosos.
Y aquí e m p i e z a á d e s a r r o l l a r s e la ciencia E s t é t i c a , a u n q u e
con c a r á c t e r p u r a m e n t e e x p e r i m e n t a l ; y aquí a p a r e c e el c r í -
tico sin o t r a r e g l a de juicio, que la que r e s u l t a de la o b s e r v a -
ción y la e x p e r i e n c i a . Esto g u s t a , a g r a d a , a d m i r a , c o n m u e -
ve ó deleita al m a y o r n ú m e r o ; p u e s sin d u d a algo t i e n e p a r a
p r o d u c i r tales e m o c i o n e s estéticas; p u e s en ese algo d e b e r e -
sidir la belleza.
Y c o m p a r a n d o bellezas e x p e r i m e n t a l e s y generalizando
d e s p u é s , se e s t a b l e c e la ley e m p í r i c a .
M o m e n t o i m p o r t a n t í s i m o en t o d a s las ciencias, el m o m e n - .
t o d e las g r a n d e s l e y e s empíricas; p e r o no c o m o p r e t e n d e n los
positivistas, último m o m e n t o y c o r o n a c i ó n del edificio. T o d a s
estas l e y e s e m p í r i c a s h a y que f u n d i r l a s d e s p u é s en g r a n d e s
u n i d a d e s ; en una, si es posible, y e n t o n c e s la ciencia s e r á
ciencia. Este último m o m e n t o es el de c a r á c t e r metafisico ó filo
sófico, c o m o a n t e s se d e c í a ; el d e las g r a n d e s hipótesis, como
a h o r a se d i c e : a q u é l , en suma, en q u e la r a z ó n h u m a n a , con ra-
zón ó sin ella, q u e esto no lo discuto a h o r a , i m p o n e 5ÍÍS cánones
ai mundo e x t e r i o r , y sella la e x p e r i e n c i a r e b e l d e con sello r a -
cional y s e m i - d i v i n o , y dice t r i u n f a n t e : yo sé lo que es la be-
lleza: la belleza e s . . . L a r a z ó n h u m a n a lo d i r á c u a n d o lo s e p a ;
y o , como no lo sé á p u n t o fijo, no rae a t r e v o á decirlo. ¡La
belleza! ¡Quién supiera lo q u e es!
¡La belle{a! L o que es, no lo s a b e m o s p o r a h o r a con c e r -
t i d u m b r e m a t e m á t i c a ; quizá no lo s e p a m o s n u n c a ; p e r o q u e la
belleza es algo; q u e existe, que p a l p i t a en la n a t u r a l e z a ; y q u e
así c o m o la ola que llega á la p l a y a r o m p e en e s p u m a , ella al
lOO

llegar á cielos y t i e r r a r o m p e en h e r m o s u r a s , en luces y en co-

lores; y q u e al llegar á las s o c i e d a d e s y á los individuos, i n -
f u n d e en las p a s i o n e s b u e n a s ó malas, h e r m o s u r a s d e idilio 6
h e r m o s u r a s de t r a g e d i a , b a ñ á n d o l a s ya con las a l e g r e s clarida-
d e s del a m a n e c e r , y a con los rojizos ó c á r d e n o s r e s p l a n d o r e s
d e la t e m p e s t a d ; y que al llegar al c e r e b r o h u m a n o , t a n t e a n -
do por las m u c h e d u m b r e s c r á n e o s de i n g r a t a p i e d r a y c r á n e o s
de p l a s t i c i d a d a r t í s t i c a , como t a n t e a la l a v a de v o l c á n resis-
t e n c i a s y d u r e z a s d e la costra sólida d e la t i e r r a p a r a b r o t a r
en hirvientes r í o s y p e n a c h o s d e f u e g o , c u a n d o e n c u e n t r a el
c e r e b r o del h o m b r e d e g e n i o , p o r él b r o t a c o m o p o r sublime
c r á t e r en m á r m o l e s y b r o n c e s m o d e l a d o s , en lienzos e n c e n d i -
dos d e p i n t o r e s , en c a n t o s de p o e t a s y c r e a c i o n e s mil, gracio-
sas, b e l l a s ó sublimes; y que al llegar al m á r t i r t o m a p a l a b r a
h u m a n a , y dice e n t r e d o l o r e s : creo; y q u e al llegar al h é r o e ,
d i c e e n t r e s a n g r i e n t a s victorias: muero; y que al llegar al sabio,
dice e s p a n t a n d o d u d a s : sé; y que al llegar ai c o r a z ó n , dice b e -
s a n d o i d e a l e s : amo; y q u e al llegar á t o d a s las j u v e n t u d e s ,
dice con t o d a s las a l e g r í a s de la m a ñ a n a : vivo; y q u e al llegar
al b o r d e de t o d o s los sepulcros, dice al c a e r en m e d i o de f a n -
tástica ronda d e t r i s t e z a s y e s p e r a n z a s ; espero; y q u e t o d o
e s t o lo realiza en la n a t u r a l e z a , y en la s o c i e d a d , y en el
h o m b r e . . . ¡ahí que la belleza h a c e t o d o e s t o , n a d i e p u e d e ne-
g a r l o sin n e g a r su p r o p i o sér y sin hundirse en la n a d a , y ni aun
h u n d i é n d o s e en ella: q u e la belleza s u p r e m a f u é á llenar los n e -
g r o s abismos de silencio y n e g r u r a del c a o s con las divinas
p a l p i t a c i o n e s d e la c r e a c i ó n .

Yo no s a b r é e x p l i c a r t o d o lo q u e h e p r e t e n d i d o e x p l i c a r ,
bien lo h a b r é i s c o n o c i d o ; p e r o y a q u e o b t u v e v u e s t r a p a c i e n -
cia, m e r e z c a v u e s t r o p e r d ó n ; p o r q u e d e b u e n a s i n t e n c i o n e s
está s e m b r a d o mi discurso modestísimo, q u e en el fondo p u e d e
c o n d e n s a r s e en e s t a s b r e v e s frases: c r e o en la b e l l e z a , c o m o
c r e o en la v e r d a d , c o m o c r e o en el bien.
Y c o m o c r e o en el b i e n , p a r a que no d e j e de c r e e r en él
ni un solo i n s t a n t e , en a c t o p a r a mí tan s o l e m n e , ¡ah, s e ñ o -
ñ o r e s ! . . . no me t r a t é i s mal.
 DISCURSO
DEL

E X C M O . SR. D. EMILIO CASTELAR

EN CONTESTACIÓN AL PRECEDENTE
 SEÑORES ACADÉMICOS;

H o r a s d e júbilo p a r a nosotros é s t a s q u e c o r r e n , p u e s el
genio h u m a n o se nos p r e s e n t a , en u n a de sus personificaciones
más altas, á ceñir l a u r o s , q u e le h a b í a y a d e c r e t a d o la incons-
c i e n t e p e r o infalible a d m i r a c i ó n del p u e b l o , d e s c u b r i d o r de
t o d o lo justo y d e t o d o lo h e r m o s o allá en sus intuiciones c o -
lectivas, de las c u a l e s d e b e m o s a s e s o r a r n o s s i e m p r e a n t e s d e
c a d a e l e c c i ó n , y con las c u a l e s d e b e m o s , d e s p u é s d e c a d a
e l e c c i ó n , f o r t a l e c e r n o s ; si d e s e a m o s q u e un instituto, p o r su
p r o p i a n a t u r a l e z a tan útil y p o r su vieja historia tan g l o r i o s o ,
c o m o n u e s t r a i n m o r t a l c o m p a ñ í a , f u n d a d a en t i e m p o de los
M o n a r c a s absolutos con t a n t o a c i e r t o , d u r e y p e r d u r e h o y en
los senos, casi o c e á n i c o s ; por lo p r o f u n d o s y p o r lo inmensos,
d e esta d e m o c r a c i a e s p a ñ o l a , q u e p r o d u j e r a en lo antiguo las
d o s más b e l l a s especies d e nuestras l e t r a s , el R o m a n c e r o y el
T e a t r o , c o m o a h o r a se u f a n a d e su imperio intelectual s o b r e
la l e n g u a por c a t o r c e R e p ú b l i c a s h a b l a d a , quienes, en los d o s
c o n t i n e n t e s y hemisferios del N u e v o Mundo e s p a r c i d a s y en la
v e c i n d a d d e los dos p r i m e r o s y m a y o r e s m a r e s a l z a d a s , c u m -
plirán el ministerio d e difundirla, como ninguna o t r a l e n g u a
p u e d e difundirse y a , por t o d a la r e d o n d e z del p l a n e t a , y d e
l e g a r l a con m a y o r c o p i a de s o n o r a s y e x p r e s i v a s p a l a b r a s ,
c o r r e s p o n d i e n d o á la m a y o r c o p i a d e r e v e l a d o r a s ideas, sin
q u i t a r l e su intrínseco n a t u r a l y su a r m o n i o s o a c e n t o , á la i n -
c a l c u l a b l e p o s t e r i d a d y sucesión de t o d a s las e d a d e s .
 6o

¡El g e n i o ! P a l a b r a esta en v e r d a d m á s u s a d a q u e c o m -
p r e n d i d a . C u a n d o yo e r a chico, solía t o p a r , t r a v i e s o y j u g u e -
t ó n , cual t o d o s los chicos, á c a d a p a s o , con r e g a ñ o s de p e r -
sonas desvividas p o r mi e d u c a c i ó n , y de c o n s i g u i e n t e c o n s i -
d e r a d a s r e g a ñ o n a s p o r mi sentir, que contenía tan r e i t e r a d o
calificativo en el s i g u i e n t e juicio : ¡ q u é mal g e n i o ! A n d a n d o
el t i e m p o , c o m o e s c r i b i e r a yo c o n o c i d a tesis d o c t o r a l a c e r c a
del g e n i o d e L u c a n o , a s e v e r ó un ilustre A c a d é m i c o , j u s t a -
m e n t e f a m o s o , del cual t e n e m o s dos v á s t a g o s no m e n o s f a -
mosos á nuestro l a d o , y con no m e n o r e s títulos, q u e la p a -
l a b r a g e n i o sólo p o d í a en b u e n castellano a p l i c a r s e al t e m -
p e r a m e n t o m o r a l y no al t e m p e r a m e n t o p o é t i c o . P o c o f u n d a d a
en v e r d a d la o b s e r v a c i ó n de a q u e l g r a n crítico. L a p a l a b r a
g e n i o e x t i e n d e sus significaciones d e s d e la p r i m e r acepción
del "buen y mal h u m o r h a s t a el espíritu q u e s u g i e r e y el Dios
que p a t r o c i n a las g r a n d e s o b r a s llamadas g e n i a l e s , c o m o un
d r a m a de C a l d e r ó n ó c o m o un c u a d r o de Murillo. No ha su-
c e d i d o con la p a l a b r a genio lo q u e s u c e d i e r a con la p a l a b r a
humor, t r a s l a d a d a p o r la estética m o d e r n a en nuestros días á
significar, a m é n del b u e n ó mal t e m p e r a m e n t o y d e la í n d o l e
a p a c i b l e y jovial, esos ingenios satíricos y b u r l o n e s , c u y a s sales
prestan c i e r t o d e j o a c e r b í s i m o á los labios y c u y o p e n s a m i e n t o
t i e n e con una g r a n p r o f u n d i d a d un c a r á c t e r e s c é p t i c o y p e s i -
mista. P o r más q u e nuestros clásicos p r e f i r i e r a n la p a l a b r a in-
g e n i o á la p a l a b r a g e n i o , no p u e d e n e g a r s e la e x t e n s i ó n d a d a
por ellos á esta última, igual á la d a d a p o r los m o d e r n o s , c o m o
v e r s e p o d r á en los c o m e n t a r i o s á la E g l o g a s e g u n d a d e G a r c i -
laso p o r H e r r e r a y en la f r e c u e n c i a con q u e a l t e r n a t i v a m e n t e
llaman al espíritu g e n e r a d o r d e los p e n s a m i e n t o s socráticos el
d e m o n i o y el g e n i o de S ó c r a t e s L a t i n a esta p a l a b r a , d e b e m o s
r e c u r r i r al v i e j o latín p a r a c o n o c e r su s e n t i d o . T o d o libro v i -
v i d e r o d e b e r á escribirse con g e n i o , e x c l a m a n u e s t r o Marcial:
Victurus genium debet habere liber. « C u a n d o v u e s t r o espíritu
g e n i a l m e n t e se a r d í a » dice uno d e n u e s t r o s clásicos, c i t a d o p o r
el D i c c i o n a r i o de A u t o r i d a d e s . En las t r a d i c i o n e s t e o l ó g i c a s el
q u e r u b , s u s t e n t a d o r del a r c a santísima d e Israel, p o d r á llegar
 6i

d e s d e Asiría á C a l d e a ; mas nuestro ángel d e m a y o r e s a l a s ,

el ángel custodio d e la cuna y del h o g a r , en los d o g m a s c a t ó -
licos, a s e m é j a s e mucho al genio y al D i o s a n t i g u o de las l o c a -
lidades y de las c a s a s clásicas. El uso v a e x t e n d i e n d o la p a l a b r a
ingenio al m a y o r n ú m e r o de los c u l t i v a d o r e s del c a m p o de las
l e t r a s , y r e s e r v a n d o el d i c t a d o de genio á los inspiradísimos y
singulares, que se l e v a n t a n en c u m b r e s del espíritu, i n a c c e s i -
bles, y confinantes con la p e r e n n i d a d de lo sublime, h a b i t a n d o
el cielo d e la poesía por impulso misterioso d e s o b r e n a t u r a l
inspiración. Así les h a s u c e d i d o que se h a n a l l e g a d o fieles,
como aquellos de las a n t i g u a s r e v e l a c i o n e s , p o s e í d o s por una
f a n á t i c a d e v o c i ó n ; y se h a n suscitado enemigos de una s u p e r s -
tición f a n á t i c a , c o m o la q u e s o b r e c o g e á los sectarios y á los
h e r e j e s y á los e n d e m o n i a d o s en las letras t e o l ó g i c a s . El g e n i o ,
pues, a p a r e c e muy de t a r d e en t a r d e , merced á c o n o c i d a s a v a -
ricias d e la N a t u r a l e z a y á designios vistos d e la P r o v i d e n c i a ,
r e g a t e a d o r a s d e t a l e s e n v i a d o s , p a r a q u e la r a r e z a d e ellos,
a u m e n t a d o lo intrínseco de su mérito, m u e s t r e lo e x c e l s o d e
su misión: favor s e m e j a n t e al q u e nos c o n c e d i e r a n P r o v i d e n c i a
y N a t u r a l e z a , c u a n d o l l e n a r o n las s o l e d a d e s del e s p a c i o é i n -
t e r r u m p i e r o n el silencio d e la e t e r n i d a d con aquellos p u r o s
espíritus a l a d o s , los c u a l e s i b a n , en vuelos sin fin, p r o f i r i e n d o
d e sus labios el V e r b o d i v i n o , á c u y o s e c o s i r r a d i á b a s e la
priniera luz inmaculada y surgían las p r i m e r a s estrellas v í r g e -
nes e n t r e los a l b o r e s ó a u r o r a s de la c r e a c i ó n y los e s t r e m e -
cimientos é himnos del recién f o r m a d o Universo.

A u n q u e h a y a d e o f e n d e r la m o d e s t i a , c o n n a t u r a l á mi p a -
t r o c i n a d o y amigo, t e n g o q u e decírselo sin m a y o r e s p r e á m b u -
los y p r e s c i n d i e n d o de t o d o c i r c u n l o q u i o : E c h e g a r a y es lo
q u e llamamos, á u s a n z a c o n t e m p o r á n e a y en h a b l a familiar, un
v e r d a d e r o g e n i o . Y lo es, no s o l a m e n t e por lo mucho que d e s -
cuella en las letras, d o n d e nuestra compaííla, v e r d a d e r o S e -
n a d o , legisla; p o r lo mucho que descuella en o t r o s d o m i n i o s
de! espíritu, c o m o las ciencias f í s i c o - m a t e m á t i c a s , como las
ciencias e x a c t a s , c o m o las ciencias políticas, c o m o las c i e n -
cias e c o n ó m i c a s , c o m o las aplicaciones del cálculo al t r a b a j o
lOO

material en o b r a s p ú b l i c a s é industriales, t r a b a j o , c u y o p o d e r
tiraniza la m a t e r i a , d e s c o m p o n i é n d o l a y r e c o m p o n i é n d o l a con
sus m a z o s q u e la m a j a n y con sus cilindros q u e la e x t i e n d e n
y l a m i n a n , hasta c o n t i t u i r l a , r e h e c h a y t r a n s f o r m a d a luego p o r
o p e r a c i o n e s v a r i a s , en u n a e s p e c i e d e o r g a n i s m o v i v i e n t e , á
quien animan la e l e c t r i c i d a d y el v a p o r , los cuales d e s u y o se
a c e r c a n , en lo t é n u e s y en lo e t é r e o s , al vivificante l u m i n a r ,
q u e es el alma, y al s u p r e m o activo m o t o r , que es el p e n s a -
m i e n t o , r o b á n d o l e s la p a l a b r a ; p o r t o d o lo cual e n s e ñ o r é a s e
n u e s t r o c o l e g a d e los abismos y d e los cielos; e m p l e a el teles-
c o p i o , q u e c o l u m b r a los soles invisibles á los ojos en lo infi-
n i t a m e n t e g r a n d e , con el m i c r o s c o p i o , que a t i s b a los á t o m o s
invisibles á los ojos en lo infinitamente p e q u e ñ o ; p o n e s o b r e
un t e o r e m a positivo a l g e b r a i c o , d e m a n d a d o á la R a z ó n p u r a ,
un d r a m a d e m a n d a d o á la pasión y al e s t r o , de n u d o t a n difícil
y de complicación t a n ingeniosa y de a r g u m e n t o t a n c o m p l i -
c a d o c o m o c u a l q u i e r o b r a del a n t i g u o t e a t r o con sus r e b o s a d a s
s e ñ o r a s y con sus e s p a d a c h i n e s g a l a n e s ; p r o n u n c i a una o r a c i ó n
d e t r i b u n o en las A s a m b l e a s p o p u l a r e s , una g r a n d e a r e n g a d e
polémica en el dificilísimo P a r l a m e n t o , u n a c o n f e r e n c i a de
s a b i o en la c á t e d r a , d e s p u é s d e h a b e r escrito la c o m e d i a que
os ha r e g o c i j a d o en risas c o n t i n u a s y la t r a g e d i a que os ha c o n -
m o v i d o h a c i é n d o o s d e s h a c e r en l á g r i m a s , a m b a s á dos llenas
d e d i á l o g o s ingeniosos y d e c o p i o s a s c a d e n c i a s , en que suben
las escalas d e i d e a s y d e f r a s e s d e s d e los d i c h a r a c h o s d e la
t a b e r n a y del m e r c a d o h a s t a los picos del r a c i o c i n i o y d e s d e
los resuellos f e r o c e s y los j u r a m e n t o s e x e c r a t o r i o s del c o m -
b a t e h a s t a las efusiones y los deliquios espirituales del é x t a s i s .
D e c i d m e d ó n d e h a l l a r é i s un h o m b r e asi p o r América y E u r o p a ,
q u e t r a c e a n t e sus discípulos el binomio n e u t o n i a n o en la p i -
z a r r a y luego c o m p o n g a el himno d e A r m i n i o en las selvas;
q u e b a j e al p o z o de las minas d i r i g i e n d o p e r f o r a c i o n e s y e x -
c a v a s en busca del aire s u b t e r r á n e o y suba l u e g o al e m p í r e o
de la metafísica t a l a d r a n d o c o n a g u j e r o s d e luz el e t e r n o
misterio; q u e c o m p o n g a un d r a m a , en el cual r e p r e s e n t e n á
maravilla sus r e s p e c t i v o s p a p e l e s t o d o s c u a n t o s p r o t o t i p o s le
lOO

sugiere su p e n s a d o r c e r e b r o , a n i m a d o s p o r el fuego q u e les

p r e s t a n las e m o c i o n e s con los a f e c t o s de su c o r a z ó n e n a r d e -
cido, y luego discurra s o b r e los c a m b i o s , la c o n c u r r e n c i a , el
t e s o r o , con la f r i a l d a d y la maestría de un economista s a j ó n ;
q u e c o m b i n e y c o m p o n g a La Esposa del Vengador, valiéndo-
se á su a l b e d r i o y a n t o j o d e la misma pluma y de la misma
tinta con las c u a l e s ha escrito los d e c r e t o s e s t a b l e c i e n d o el
B a n c o único n a c i o n a l ; q u e p r e s i d a p e s a d a C o m i s i ó n de m e r -
cantiles t r a t a d o s ó d e s e m p e ñ e con g r a n d í s i m a c o m p e t e n c i a un
Ministerio tan prosaico y a t o r m e n t a d o r como el Ministerio de
H a c i e n d a , y luego m o n t e al c a r r o d e q u e tiran las horas, y en
t o r n o d e c u y a s r u e d a s bailan las m u s a s , d e s p i d i e n d o , p o c o
d e s p u é s de los cálculos y los n ú m e r o s alineados en p a p e l o t e s
d e c o v a c h u e l i s t a , d e s d e su á u r e a c í t a r a , c o m p u e s t a con c u e r d a s
d e luminosos r a y o s , cual un dios A p o l o d e s c e n d i d o del P a r n a s o ,
las más d u l c e s y más c o n c e r t a d a s a r m o n í a s , en u n a s m e t a m ó r -
fosis, como nunca O v i d i o las s o ñ a r a , y con un c a m b i o de f o r m a s
y de a s p e c t o s y de fines, q u e lo p r o c l a m a n el m á s v a r i o y más
múltiple y más universal y m á s misterioso y m á s i n d e s c i f r a b l e
d e c u a n t o s g e n i o s é ingenios constan en los ricos a n a l e s d e
n u e s t r a s gloriosas historias.

P a r a no d e j a r n i n g ú n l a d o d e alma y n a t u r a l e z a tan e x -
t r a o r d i n a r i a en la o b s c u r i d a d , p r e c i s a r í a r e p r e s e n t a r á E c h e -
g a r a y sabio m a t e m á t i c o , g r a n o r a d o r p o p u l a r y g r a n o r a d o r
p a r l a m e n t a r i o , e c o n o m i s t a c o n s u m a d o . Ministro a c e r t a d í s i m o ,
p o e t a d e p r i m e r o r d e n . qCómo t r a z a r este p o e m a cíclico, se-
m e j a n t e á los f r e s c o s v a t i c a n o s en e x t e n s i ó n , d e n t r o d e una
humilde acuarela? Podría e s c r i b i r s e , á la v e r d a d , s o b r e c a d a
uno de los oficios p o r E c h e g a r a y p r a c t i c a d o s , y s o b r e c a d a
g é n e r o d e las o b r a s p o r E c h e g a r a y h e c h a s , libros y libros, á
c u a i m a s importante, y q u e , sumados todos, resultarían de
t r a s c e n d e n c i a i n d e c i b l e á las a r t e s , á las l e t r a s , á las m a t e -
m a t e m á t i c a s , á la e c o n o m í a y á la política. E n el m a y o r n ú -
mero d e los t r a t a d o s a p a r e c e r í a un E c h e g a r a y distinto, sin
c o r r e l a c i ó n a l g u n a c o n los o t r o s , no r e s p o n d i e n d o la u n i d a d
invisible d e su espíritu á la u n i d a d visible de su p e r s o n a , iii-
 Ó4

dia triinourti, en la cual se o s p r e s e n t a más fácil distinguir la

v a r i e d a d d e t é r m i n o s y f a c t o r e s q u e la c o m ú n g e n i a l i d a d y
sustancia. L o más e x t r a ñ o de este único e j e m p l a r psíquico
p a r a el fisiólogo de almas, está en la circunstancia d e h a b e r
j u n t a d o d e n t r o d e sí con una c i e n c i a , tan a b s t r a c t a como las
m a t e m á t i c a s p u r a s , d o n d e lo p r o c l a m a n m a e s t r o c u a n t o s las
c o n o c e n y f r e c u e n t a n , aquel g é n e r o literario, más p r ó x i m o á
la vida r e a l , más a n i m a d o p o r las h u m a n a s pasiones, más v i -
vido, el T e a t r o . Yo no c o n o z c o ningún g e n i o así. ¿Qué diríais
de h a b e r escrito en A l e j a n d r í a el a u t o r de los p o s t u l a d o s u n a
t r a g e d i a c o m o el Orestes y p u é s t o s e á disposición d e c u a l q u i e r
P t o l o m e o p a r a Ministro d e H a c i e n d a ? Si, quien c a l c u l ó en S i -
cilia las leyes d e los c u e r p o s inmersos en los líquidos, e s c r i b i e r a
el idilio de Calatea h u y e n d o á los r e q u e r i m i e n t o s del a m o r en
a q u e l l a s c o s t a s h e l é n i c a s , ¡cuán e x t r a ñ o no hubiese a p a r e c i d o
a n t e la historia! P a r a mí, sólo P a s c a l , e n t r e los m a t e m á t i c o s ,
o b e d e c e á d o s v o c a c i o n e s ; p e r o tan a n á l o g a s como la v o c a -
ción de g e ó m e t r a j u n t a con la vocación de metafisico. Y no
e s t á lo e x t r a ñ o tan sólo en la d i v e r s i d a d múltiple d e v o c a c i o -
nes, no e s t á en eso; está en que á los c u a r e n t a y un a ñ o s
muestra E c h e g a r a y la v o c a c i ó n , d e s t i n a d a p o r su a l b e d r í o y
v o l u n t a d i n t e r i o r e s á e n s e ñ o r e a r s e d e l r e s t o de sus días, la v o -
c a c i ó n p o é t i c a , que oculta largo t i e m p o este o r a d o r c a l l a d o y
r e s e r v a d í s i m o , en guisa de i m p e n e t r a b l e s e c r e t o , b a j o los últi-
mos r e p l i e g u e s del a l m a . D e f i n i e n d o n u e s t r o D i c c i o n a r i o ya
la p a l a b r a g e n i o en su n a t u r a l a c e p c i ó n : « t a l e n t o de p r i m e r
o r d e n q u e t i e n e la facultad de c r e a r , i n v e n t a r , c o m b i n a r o b r a s
e x t r a o r d i n a r i a s , » d i g a m o s c ó m o se p a r e c e al o r g a n i s m o el
g e n i o . Y se p a r e c e al o r g a n i s m o , en que t i e n e v a r i a s f a c u l t a -
d e s s u b o r d i n a d a s y s o m e t i d a s á una f a c u l t a d s u p e r i o r , de igual
s u e r t e q u e tienen los o r g a n i s m o s ó r g a n o s múltiples s u b o r d i n a -
d a s á una pristina u n i d a d , c o m o el c e r e b r o en lo h u m a n o , que
n o s e s c l a r e c e y nos m u e v e . No q u i e r e decir esto q u e t o d a s
las f a c u l t a d e s se hallen p o r igual e q u i l i b r a d a s en los r e c o n o -
cidos y p r o c l a m a d o s c o m o v e r d a d e r o s g e n i o s . El g e n i o t r a e
a p a r e j a d o s i r r e m e d i a b l e s d e f e c t o s . U n a escuela fisiológica
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muy en íavor h o y , c r e e locos de n a c i m i e n t o á todos los artis-

tas, c u a n d o no p e r v e r s o s , como el g l a d i a d o r y p o e t a y músico
N e r ó n . H a y quien dice que los h o m b r e s s u p e r i o r e s , como t i e -
n e n la c a b e z a más en lo alto, p o r justa c o m p e n s a c i ó n , t a m -
bién tienen los pies más en lo b a j o que el r e s t o d e los m o r -
t a l e s . P e r o lo q u e suelen t e n e r t o d o s es una sola v o c a c i ó n .
Y esta vocación a p a r e c e h o y , en el c o n c e p t o d e los fisiólogos
c o n t e m p o r á n e o s , no sólo p e r s o n a l é íntima, h e r e d i t a r i a . D e
aquí el a t a v i s m o , n o m b r e m o d e r n o d e r i v a d o del a n t i g u o nom-
b r e latino atavus, q u e C i c e r ó n e m p l e ó p a r a d e s i g n a r el c u a r t o
a b u e l o y H o r a c i o p a r a d e s i g n a r á t o d o s los p r o g e n i t o r e s ó .
a s c e n d i e n t e s . Y, v o l v i e n d o los ojos á n u e s t r o c o m p a ñ e r o , d i -
g a m o s c ó m o no p e r t e n e c e á los h o m b r e s que sienten d e s d e
la niñez una sola voz interior y t o m a n r e s u e l t o s un c a m i n o
solo. No es c o m o a q u e l O v i d i o , q u i e n , h a l l a n d o la v o c a c i ó n
suya de p o e t a c o n t r a r i a d í s i m a por su p a d r e , dice y c u e n t a
en verso las m a y o r e s v u l g a r i d a d e s y p r o s a s d e la v i d a ; no e s
como aquel G i o t t o , q u e , c r i a d o en apriscos, al g u a r d a r sus
o v e j a s , d e s c r i b e s o b r e las a r e n a s del fiorentino río con su
c a y a d o figuras más ó m e n o s g e o m é t r i c a s , p r i m e r o s e s b o z o s
de sus c u a d r o s , t r a z a d o s por s o b e r a n a s intuiciones á la luz de
inspiración s o b r e n a t u r a l ; no es c o m o a q u e l Mozart, que n a c e
c a n t a n d o , y q u e sólo n e c e s i t a , c o m o el ruiseñor c r i a d o d e s d e
su nido e n t r e g o r j e o s y a r p e g i o s , oir las voces d e su alma p a r a
c o m p o n e r las más d u l c e s melodías de la música: e s del g é n e r o
y e s t i r p e de Bethoven y de R o u s s e a u , q u i e n e s d i e r o n t a r d e con
la v o c a c i ó n , en c u y a o b e d i e n c i a y cumplimiento h a b í a n de
c o s e c h a r sus l a u r e l e s , pues Bethoven g u s t a b a de escribir c o m o
Rousseau g u s t a b a d e c o m p o n e r , c u a n d o Bethoven e r a un m ú -
sico y Rousseau un e s c r i t o r , profesiones r e c o n o c i d a s p o r a m b o s
como c e n t r o s n a t u r a l e s de sus almas t r a s muchas s e n d a s resis-
t e n c i a s á sus mutuos i r r e v o c a b l e s destinos. Yo lo confieso,
c o n o c i e n d o á E c h e g a r a y de a n t i g u o c o m o un sabio m a t e m á -
tico y como un hábil i n g e n i e r o , q u i e n , d e s p u é s de h a b e r e x -
p l i c a d o el cálculo infinitesimal á sus discípulos en la c á t e d r a ,
los conducía él mismo á seguir las a e r e a c i o n e s s u b t e r r á n e a s

9
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en el p r i m e r e s f u e r z o dirigido á t a l a d r a r los Alpes, d o n d e a l -

g u n a s de sus o b s e r v a c i o n e s f u e r o n t o m a d a s en c u e n t a p a r a la
solución del p a v o r o s o p r o b l e m a ; y d e s p u é s d e h a b e r l e oído en
el A t e n e o l e e r a s t r o n o m í a p o p u l a r , y en la Bolsa herir con la
t r o m p e t a de J e r i c ó los muros chinos de n u e s t r a s p r o h i b i c i o n e s
a r a n c e l a r i a s , y en el P a r l a m e n t o discutir los n e g o c i o s p ú b l i -
cos del día con p r e c i s i ó n , y en el C o n s e j o de Ministros a s e n -
t a r s e á mi l a d o c o m o g e s t o r de la H a c i e n d a ; y d e s d e tal M i -
nisterio, en los meses últimos que lo d e s e m p e ñ a r a p o r el a ñ o
74 de n u e s t r o siglo, p o n e r en e s c e n a un d r a m a , su h e c h u r a ,
• f r a n c a m e n t e creí q u e h a c í a p o r g u s t o y no p o r profesión esto
último, como el D u q u e d e Rivas e n v i a b a c u a d r o s á las E x -
posiciones d e s p u é s de h a b e r e n v i a d o r o m a n c e s i n m o r t a l e s á
la p r e n s a ; c o m o el sublime V í c t o r H u g o d i b u j a b a p a i s a j e s y
liguras en los b o r r a d o r e s de sus p o e m a s ; c o m o L a m a r t i n e las
e c h a b a en M a c ó n de a r q u i t e c t o ; c o m o T o l s t o i las echa de za-
p a t e r o en Moscou, y m a e s t r o d e o b r a s l i t e r a r i a s a y e r , es h o y
m a e s t r o d e o b r a p r i m a , c a m b i a n d o la p l u m a p o r la lezna; c o m o
C a r l o s 111 e r a c a z a d o r , músico Luis de B a v i e r a , e b a n i s t a
Luis XVÍ, l i t e r a t o N a p o l e ó n , c e r r a j e r o C a r l o s IV, y g r a n d e
actriz en el t e a t r o d e sus regios p a l a c i o s la p o b r e María A n -
tonieta.

P u e s no, la vocación en E c h e g a r a y e r a c i e r t a y s e g u r a ; el
p r o p ó s i t o d e seguirla m e d i t a d o y r e f l e x i v o ; las resoluciones
d e t o m a r l a c o m o n u m e n y guía d e la vida p o r v e n i r , i r r e v o c a -
b l e s ; el t r a b a j o a p e r c i b i d o p a r a o b e d e c e r l a y cumplirla i n -
m e n s o ; i n n u m e r a b l e s los medios d e q u e v a l e r s e p a r a e n c a r -
narla en o b r a s d e c a r a c t e r e s diversos y d e v u e l o altísimo; sumos
los estudios de historias, de a r g u m e n t o s , de modelos, de v a r i o s
e j e m p l a r e s , c o m o cumplía n a t u r a l m e n t e á q u i e n , c é l e b r e maes-
t r o , está u n i d o p o r lazo indisoluble con la maestría y con la
c i e n c i a . D e m o d o , que n u e s t r o E c h e g a r a y d e b e ser inscrito
en la e s t i r p e , l l a m a d a p o r el inmortal amigo mío F e r r a r i , cons-
p i c u o filósofo d e la H i s t o r i a , los h o m b r e s de dos vidas. P á r o -
m e aquí un m o m e n t o á c o n s i d e r a r las a c r e s c e n s u r a s q u e me
ha t r a í d o el atribuir c a r á c t e r tal de d o s vidas á un s a n t o de
lOO

la I g l e s i a , t a n e s t u d i a d o p o r las historias laicas y v u l g a r e s

como San Ignacio de L o y o l a . En volumen muy p o p u l a r , c o n -
s a g r a d o á la r e f u t a c i ó n de mi a s e r t o , se m e anuncia por sabio
c a t e d r á t i c o d e c é l e b r e U n i v e r s i d a d , c u y o n o m b r e callo, n a d a
m e n o s q u e u n a m u e r t e i n m e d i a t a , y os anuncia p o r e n d e á vos-
o t r o s , c o m p a ñ e r o s , una v a c a n t e q u e p r o v e e r en esta C o r p o r a -
ción. A la v e r d a d , no me asusta el p r e s a g i o . Mi humilde vida
es u n a y l a r g a . P e r o v i d a , que p a s a la mitad en el c a m p a -
m e n t o y la o t r a mitad en el c l a u s t r o , se d e s c o m p o n e por f u e r z a
e n d o s vidas. L a Iglesia lo c o m p r e n d e t a n t o así, que os quita
en m u c h a s ó r d e n e s , al a b r a z a r la profesión religiosa, el n o m -
b r e u s a d o a n t e la s o c i e d a d y os p r e s t a o t r o n u e v o n o m b r e
p a r a el c l a u s t r o . Y d e b o decir cómo v e o m a y o r c o n g r u e n c i a
e n t r e la vida d e L o y o l a s o l d a d o y la vida de L o y o l a eclesiás-
t i c o , q u e e n t r e la vida de E c h e g a r a y m a t e m á t i c o y la vida de
E c h e g a r a y p o e t a . V a s c o aquél p o r su n a c i m i e n t o , n o b l e f e u d a l
p o r su a b o l e n g o , p a j e un día de los R e y e s C a t ó l i c o s ; e n g e n -
d r o d e d o s familias p a t r i c i a s , r e p r e s e n t a n t e s de las e t e r n a s
g u e r r a s m e d i o e v a l e s e n t r e Azpeitia y Azcoitia; s o l d a d o en la
c i n d a d e l a d e P a m p l o n a , resistiendo h a s t a el sacrificio al e x -
t r a n j e r o e n e m i g o d e sus g e n t e s ; m a l t r e c h o y e s t r o p e a d o de
p o r v i d a , c o m o en t a l e s porfías mal h e r i d o ; d e tal vigilia y d e
t a n t o a y u n o , q u e l l e g ó á prescindir del sueño y del alimento,
c o m o á c r e e r i n n e c e s a r i o el r e p o s o en los c o m b a t e s ; c u a n d o le
d e j a r r e t a r a n , d e s m e n u z á n d o s e l o s en polvo, los huesos de la
canilla d e r e c h a , y una p i e d r a r o d a d a d e l muro en la f o r t a l e z a
por él d e f e n d i d a le t r o n c h ó la p i e r n a i z q u i e r d a , r e d u c i é n d o l o á
la estrechez d e un lecho y á la inercia d e u n a parálisis; c o n -
v e r t i d o á leer libros d e milagros y libros d e c a b a l l e r í a , c o n t i -
nuó e n los oficios religiosos e m p l e a n d o los p r o c e d i m i e n t o s e m -
p l e a d o s en los oficios militares; c o m o q u e , v e l a d a s sus a r m a s
en la g r u t a d e M a n r e s a , p r e s t a d o s los j u r a m e n t o s de las ó r -
d e n e s c a b a l l e r e s c a s al p i e de M o n s e r r a t , h e c h o m a n t e n e d o r y
siervo d e María c o n t r a los follones y m a l a n d r i n e s h e r e j e s ;
c o n s a g r ó s e , con las d o t e s d e militar e x t r a o r d i n a r i o r e c i b i d a s
del cielo y a g r a n d a d a s por sus h á b i t o s , como el dón de m a n d o
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y el a s c e n d i e n t e que i m p o n e o b e d i e n c i a y el g e n i o de o r g a n i -
z a d o r y la fertilidad en a r b i t r a r i m p r o v i s a d o s recursos y el d i -
simulo p r o p i o d e la e s t r a t e g i a y de la t á c t i c a ; en el p e r í o d o d e
los d e s c u b r i m i e n t o s que d a b a n c e b o á t o d o h e r o í s m o , c o i n c i -
d i e n d o con la f u n d a c i ó n de los e j é r c i t o s m o d e r n o s y r e a l e s q u e
no p o d í a n t e n e r los c a r a c t e r e s de las a n t i g u a s m e s n a d a s ; c o n -
s a g r ó s e , d e c í a , de n u e v o á p e l e a r ; y c o m o c a r e c i e r a d e milites,
alistó eclesiásticos; y c o m o se i n c a p a c i t a s e p a r a e j e r c i t a r su
a c t i v i d a d en los c a m p a m e n t o s , la e j e r c i t ó en los t e m p l o s , y é n -
d o s e solo á conquistar el S a n t o Sepulcro; y c o m o no p u d i e r a
ser o b e d e c i d o en el c o m b a t e , fuélo en la p e n i t e n c i a ; p a r a
llegar al oficio e n t r e v i s t o por t o d a s sus v o c a c i o n e s , • 1 oficio
de g e n e r a l , en los m a y o r e s y más c o m b a t i e n t e s e j é r c i t o s e s p i -
rituales q u e han c o n o c i d o los t i e m p o s t o d o s y q u e h a n d o m i -
n a d o s o b r e los p u e b l o s m o d e r n o s . L a s dos vidas d e San Igna-
cio, la vida d e s o l d a d o y la vida d e eclesiástico, no e s t á n en
d e s a c u e r d o tal como las d o s vidas d e n u e s t r o c o m p a ñ e r o , la
vida d e m a t e m á t i c o y la vida de p o e t a . No se me oculta q u e
los n ú m e r o s h a n t e n i d o en las escuelas p i t a g ó r i c a s un v a l o r
metafisico; y q u e la medida y la p r o p o r c i ó n e n t r a n así en la
metrificación de los v e r s o s como en el t r a z o de los relieves ó
de las e s t a t u a s ; y q u e la n o t a c i ó n en música se p a r e c e mucho
á los signos en á l g e b r a ; y que la línea en p i n t u r a e q u i v a l e á
la i d e a en e l o c u e n c i a ; y q u e no h a y a r q u i t e c t o posible si no
lleva d e n t r o d e sí mismo un g e ó m e t r a c o n s u m a d o ; y q u e así
c o m o se c o r r e s p o n d e n las notas del p e n t a g r a m a con los c o l o r e s
del iris, p u e d e n c o r r e s p o n d e r s e las a p t i t u d e s p u r a m e n t e dramá-
t i c a s con los estudios m a t e m á t i c o s ; y que t o d a v í a existen a s -
t r ó n o m o s c a p a c e s d e a b s o r b e r s e y a r r o b a r s e a h o r a mismo en
las c o n t e m p l a c i o n e s del é t e r y en los c o n c i e r t o s de las e s f e -
ras; y q u e la u n i d a d de f a c u l t a d e s en el espíritu c o n c u e r d a con
la u n i d a d de f u e r z a s en el C o s m o s p o r a p a r e c e r el p e n s a m i e n
t o en t o d a s las m a n i f e s t a c i o n e s d e a q u é l , c o m o en toda combus-
tión de este último el o x í g e n o ; p e r o , sin d e s c o n o c e r ni n e g a r
estos principios g e n e r a l e s , no p u e d o s u s t r a e r m e al e m b a r g o
t r a í d o p o r una c o n s i d e r a c i ó n muy sencilla, la consideración d e
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q u e , c o m p a d e c i é n d o s e t a n mal e n t r e sí las v a r i a s a p t i t u d e s en
las mismas p r o f e s i o n e s , los críticos y los c r e a d o r e s , los n o v e -
listas y los d r a m a t u r g o s , los músicos d e las composiciones des-
t i n a d a s á la orquesta y los músicos de las c o m p o s i c i o n e s d e s -
t i n a d a s al t e a t r o , c o m o h a b r á q u e r i d o N a t u r a l e z a reunir en
un solo sér la intensidad de a b s t r a c c i ó n p e d i d a p o r los c á l c u -
los sublimes y la fuerza de pasión d e m a n d a d a p o r los p e r s o -
n a j e s y los a r g u m e n t o s y los e n r e d o s de la c o m e d i a y del d r a -
m a . Yo ú n i c a m e n t e c o n o z c o dos g r a n d e s p e r s o n a l i d a d e s por el
estilo: a q u e l G o e t h e e s c r i b i e n d o las c a r t a s histéricas d e W e r -
t h e r en los delirios d e un c o n c e n t r a d í s i m o a m o r , ó e v o c a n d o
M a r g a r i t a con sus r e m o r d i m i e n t o s en los s a c r o s oficios de la
c a t e d r a l , m i e n t r a s invenía i g n o r a d a s v e r d a d e s t a n t o en b o t á -
nica c o m o en ó p t i c a ; y aquel famosísimo L e o n a r d o de Vinci,
q u i e n , a t l e t a , lucha; g i m n a s t a , c o r r e ; juglar, t a ñ e ; t e n o r , c a n t a ;
químico, m a n i p u l a ; g e ó l o g o , e x c a v a ; ingeniero, c a n a l i z a ; ópti-
co, inventa la c á m a r a o s c u r a ; p o e t á , versifica; j i n e t e , c a b a l g a ;
h i p n o t i z a d o r , a t r a e á sí los a r r a s t r a d o s p o r el m a g n e t i s m o
a n i m a l , d e s c o n o c i d o e n t o n c e s ; c o n d o t i e r o , p e l e a ; físico, e s t u -
dia y o b s e r v a ; político, a c o n s e j a ; n a t u r a l i s t a , clasifica; médico
y a n a t ó m i c o , d i s e c a ; g e ó m e t r a , d i b ú j a l a s p r o p o r c i o n e s del
c u e r p o h u m a n o y las líneas de los p a i s a j e s ; a s t r ó n o m o , r e n u e v a
las n o c i o n e s p i t a g ó r i c a s a n t e s q u e C o p é r n i c o ; r e t r a t i s t a , n o s
o f r e c e vivo al c é l e b r e A m e r i c o y nos a l e g r a hoy con la m i r a d a
y la sonrisa inextinguibles de su G i o c o n d a ; c a r i c a t u r i s t a , se
r í e y burla d é sus c o n t r a h e c h o s tipos; escultor, e r i g e la e s t a t u a
e c u e s t r e d e F r a n c i s c o Esforza; m e c á n i c o , mide y o b s e r v a el
movimiento de los c u e r p o s así animados como celestes; filóso-
fo, platoniza en los j a r d i n e s d e F l o r e n c i a , t a n p a r e c i d o s á los
j a r d i n e s d e A c a d e m o ; g e n i o universal, c o m o del R e n a c i m i e n t o ,
r e s u c i t a , h e l e n o , Bacos e b r i o s en las c a v e r n a s y ninfas v o l u p -
t u o s a s en los b o s q u e s , y cristiano t a m b i é n , s o b r e la p a r e d se-
vera del c o n v e n t o de la G r a z i a en Milán e v o c a la santísima
figura de C r i s t o en el minuto sublime de instituir el s a c r a m e n -
t o d e la E u c a r i s t í a , c o n v i r t i e n d o el p a n y el vino en c u e r p o
y s a n g r e d e D i o s para c o m u n i c a r su ser á las fibras y á las
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v e n a s de nuestra h u m a n i d a d , libre y e m a n c i p a d a y r e d i m i d a .
L a inspiración se nos o f r e c e á la continua c o m o un g r a n
misterio. N a d i e la e x p l i c a . L o s a p o t e g m a s del idealismo o b -
jetivo á este r e s p e c t o p a r e c e n más b i e n o d a s m e t a f í s i c a s q u e
r a z o n a m i e n t o s p r o b a d o s . L a t e a l g o de t h e u r g i a en el a l c a n c e
c o n c e d i d o á las intuiciones que c e n t e l l e a n t o d a s con relampa-
g u e o s de milagro.' Así las a p o t e o s i s d e los t i e m p o s a n t i g u o s
v u e l v e n , los semidioses r e s u r g e n , y el c a r i ñ o á los h o m b r e s
s u p e r i o r e s c o n c l u y e p o r t e ñ i r s e con los a r r o b o s del culto. L a
intuición i n t e r n a , las inspiraciones c o n t i n u a s ¡cual s e c r e t o ! El
s a b e r c o n t e m p o r á n e o quiso e x p l i c a r l o , y ú n i c a m e n t e a c e r t ó en
su orgullo á sumar p a l a b r a s y p a l a b r a s indecisas. L a teoría de
lo inconsciente a ñ a d e o b s c u r i d a d á la o b s c u r i d a d . Según se
c o n t e m p l a más ese misterio de la surrección del g e n i o , m e n o s
c r e e m o s en los e m p e ñ o s de la c a s u a l i d a d , e l e v a d a p o r alguien
á diosa c o m o la f o r t u n a . Ya p u e d e n c a e r en la c a b e z a de los
t o n t o s las m a n z a n a s p r o d u c i d a s p o r t o d o s los m a n z a n a l e s del
c a m p o ; no s a c a r á n lo que s a c a r a u n a sola del c a c u m e n de
N e w t o n , la g r a v i t a c i ó n u n i v e r s a l . C u á n p o c o de f o r t u n a , y
c u á n t o de e s f u e r z o en las copiosas r i q u e z a s ; c u á n p o c o d e
inspiración, y c u á n t o de m e d i t a c i o n e s y estudios en las g r a n -
d e s inteligencias. El a c a s o va c a d a día m e n g u a n d o más p o r
i n e x p l i c a b l e y c r e c i e n d o el principio d e las finalidades m o s -
t r a d o por la c o r r e l a c i ó n e n t r e las v o c a c i o n e s y los d e s t i n o s .
P a r e c e imposible h a y a cosa t a n s i m p l e , c o m o q u e la é x t e n -
sión sola no c o n s t i t u y e los c u e r p o s , t a r d a d o t a n t o en c o n -
q u i s t a r las inteligencias d e s p u é s d e D e s c a r t e s y E s p i n o s a ;
cual p a r e c e imposible q u e la teoría del medio a m b i e n t e h a y a
p r e v a l e c i d o t a n t a r d e , c u a n d o no h a y alma que b o r r e d e sí el
b e s o r e c i b i d o d e la luz q u e iluminara su a p a r i c i ó n en el m u n -
d o , ni q u e d e j e d e g u a r d a r un c a r á c t e r v e g e t a t i v o , c o m o d e -
cía la e s c o l á s t i c a , en el jugo p r e s t a d o á su espiritual e s e n -
cia y sustancia p o r la t i e r r a d o n d e se ha nutrido el c u e r p o á
quien a n i m a . E c h e g a r a y llegó c u a n d o d e b í a llegar al t e m -
plo de las l e t r a s é hizo c u a n t o h a c e r d e b í a en sus t r a b a j o s y
e s f u e r z o s . A la poesía e s p o n t á n e a é inspirada de los r o m á n t i -
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eos p r e c i s a b a que siguiera la poesía reflexiva y c o n s c i e n t e d e

los s a b i o s . Me g u s t a más a q u é l l a , lo digo aquí en s e c r e t o ,
p e r o juzgo i n e v i t a b l e la surrección lógica de é s t a . N a d a tan
c o r r e l a c i o n a d o con las l e t r a s d e S h a k s p e a r e c o m o la ciencia
d e B a c o n . As! no d e b e m a r a v i l l a r n o s q u e alguien los h a y a
c r e í d o una misma p e r s o n a y a c u m u l a d o s o b r e sus n o m b r e s las
o b r a s r e s p e c t i v a s de c a d a cual. L o s v e r d a d e r o s sistemas filo-
sóficos t i e n e n t a n t a r e a l i d a d como los mismos sistemas s o l a -
res. El idealismo absoluto h a b í a t r a í d o t e o r í a s d e u n a t r a s -
c e n d e n c i a incalculable á las l e t r a s con a p l i c a r el movimiento
á los espíritus y d a r á la lógica f u e r z a r e a l y p o n e r d e n t r o d e
c a d a cosa c o m o su c o r r e s p o n d i e n t e luz u n a i d e a y distribuir
las i d e a s en series e n c a d e n a d a s p o r una dialéctica i n v e n c i b l e .
D e cierto c a r á c t e r a l e j a n d r i n o a d o l e c e , á no d u d a r l o , el s i s -
t e m a filosófico capital d e n u e s t r o siglo, y d e c i e r t o c a r á c t e r
a l e j a n d r i n o el p e n s a d o r p o e t a q u e os p r e s e n t o . Por o c h o con-
secutivos lustros acumuló p e n s a m i e n t o s a b s t r a c t o s en su cere-
b r o reflexivo, q u e luego d e s c e n d i e r o n en e m o c i o n e s p r o f u n d a s
á su c o r a z ó n a r t i s t a , y de su c o r a z ó n artista r e a s c e n d i e r o n en
o b r a s i m a g i n a t i v a s á su fantasía c r e a d o r a , c o m o el v a p o r s u b e
invisible, por t è n u e , á lo alto en la t a r d e , y á la m a ñ a n a s i -
g u i e n t e c a e c u a j a d o en luminoso rocío. Asi no p r e s e n t a u n a
i d e a E c h e g a r a y ; p r e s e n t a la i d e a , el alma de su g e n e r a c i ó n y
de su t i e m p o . El e s p a c i o es p a r a su inteligencia u n e s p e j o del
espíritu y la idea es u n a luz d e la luz. Así t i e n e t a n t o s m a t i -
ces la idea e n E c h e g a r a y , matiz filosófico, matiz m a t e m á t i c o ,
matiz e c o n ó m i c o , matiz político, matiz e s t é t i c o , y en lo e s t é -
tico el matiz p r e d o m i n a n t e y o f u s c a d o r , su d r a m á t i c a . L a pri-
m e r a m a n i f e s t a c i ó n de t a l ingenio s o b e r a n o fué, r e c o r d a d l o ,
en la c i e n c i a , más prosaica c i e r t a m e n t e q u e n i n g u n a o t r a de
sus a n á l o g a s , en la e c o n o m í a p o l í t i c a . Así f u é o r a d o r e n t o n -
ces, por el a ñ o 5 7 , a n t e t o d o . Yo lo r e c u e r d o con tal fideli-
d a d en mi m e m o r i a y con relieve t a n de bulto lo g u a r d o en
mi f a n t a s í a , q u e p o d r í a l o p r e s e n t a r h o y , c o n t r a s t a n d o su frío
a s p e c t o con lo e n c e n d i d o del v e r b o i m p r o v i s a d o y lo a g r i o de
su voz con lo melodioso de su i d e a . P o c o s o r a d o r e s de tales fa-
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ciiltades corno él y d e tan diversos t o n o s . Podríais a c u s a r l e de

p r e s t a r al a r g u m e n t o la f u e r z a del g o l p e y de cubrir con ñ o r e s
de jardín los t r o j e s del t r i g o ; d e violentar las ironías en a c e r -
b i d a d e s c a l c u l a d a s e m p u j á n d o l a s á los linderos del s a r c a s m o y
de t r a e r á cuestiones, d o n d e p r e d o m i n a la u t i l i d a d , como en las
cuestiones r e l a t i v a s á i n t e r e s e s , t o d o s los t e s o r o s del h u m a n o
s a b e r ; p e r o , d a d a la s u m a incalculable d e discursos sugeridos
p o r la economía política m o d e r n a c o n t r a la p r o t e c c i ó n d e un
l a d o y c o n t r a el socialismo de o t r o , los del o r a d o r español
c o m p i t e n por su c o n t i n u o movimiento y p o r su e s t r o i n e x t i n -
g u i b l e con los discursos de C o b d e n y Brigth en I n g l a t e r r a ,
con los discursos de C h e v a l i e r y Say en F r a n c i a , con los d i s -
c u r s o s d e Minghetti en Italia, con los discursos de Delistch en
A l e m a n i a , con t o d o s los modelos del g é n e r o en E u r o p a y Amé-
rica.
¡Cuán malos t i e m p o s c o r r e n a h o r a p a r a la E c o n o m í a p o -
lítica! P o r q u e señala c o m o una ley ineludible la c o n c u r r e n c i a ,
y d e f i e n d e como un instituto i n m u t a b l e la p r o p i e d a d , t á c h a n l a
de fatalista y cruel aquellos c e r e b r o s angostos, e m p e ñ a d o s en
v a c i a r las s o c i e d a d e s m o d e r n a s , d e s p u é s de h a b e r l a s d e r r e t i d o
al f u e g o d e las r e v o l u c i o n e s s o r p r e n d e n t e s y m e s i á n i c a s , en
los moldes y hornos d e su p a r t i c u l a r uso; y p o r q u e señala el
c a m b i o n a t u r a l de los p r o d u c t o s t r a s p o n i e n d o los lindes m i s -
mos d e las f r o n t e r a s , c o m o el á t o m o d e los fluidos t r a s p o n e las
distancias del e s p a c i o , la d e n u e s t a n y maldicen los o l i g a r c a s
industriales y a g r í c o l a s , q u e p i d e n al E s t a d o el cultivo en e s -
tufas, s e m e j a n t e s á c a m p a n a s p n e u m á t i c a s , d e sus s e n d a s arti-
ficiosas g a n a n c i a s . P u e s , d í g a s e c u a n t o se q u i e r a , en la vieja
E c o n o m í a política se a p r e n d e á d e t e s t a r el socialismo, ese p r o -
t e c c i o n i s m o de los p o b r e s , y á d e t e s t a r el p r o t e c c i o n i s m o , ese
socialismo d e los ricos. T o d a v í a p e r d o n o á los p a r t i d a r i o s del
a n t i g u o r é g i m e n que las echen d e socialistas, p u e s así m u e v e n
al p u e b l o c o n t r a sus n a t u r a l e s tribunos,, y m a n t i e n e n una i d e a
c o n t r a r i a del t o d o á la i d e n t i d a d consustancial d e las l i b e r t a d e s
p o r nosotros p r o c l a m a d a y á la i g u a l d a d h u m a n a del d e r e c h o
i m p u e s t a p o r n o s o t r o s al r o t o privilegio; mas no p u e d o p e r -
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d o n a r l o ni á los liberales, ni á los d e m ó c r a t a s , p o r p a r e c e r m e

tan mía la f a c u l t a d p e r s o n a l d e c a m b i a r las ideas del superior
intelecto c o m o la f a c u l t a d p e r s o n a l í s i m a d e c a m b i a r los p r o -
d u c t o s del material t r a b a j o . A u n q u e no h u b i e r a otra cosa h e c h o
la E c o n o m í a q u e a d v e r t i r á los p u e b l o s t o d o s c ó m o les c o n -
v i e n e t e n e r vecinos felices y d e s a h o g a d o s , t r a s m u t a n d o así la
política i n t e r n a c i o n a l antigua d e c o m b a t e s y odio en la política
f u t u r a de a r m o n í a y reconciliaciones; a u n q u e no h u b i e s e otro
servicio p r e s t a d o q u e decirle al más a t r e v i d o c o n q u i s t a d o r de
t o d a s las e d a d e s en su c a r a c ó m o no t e n í a m e d i o d e r e a l i z a r
el b l o q u e o c o n t i n e n t a l ; a u n q u e sólo sirviese p a r a q u i t a r de
t a n t a s vistas c e g a d a s p o r la u t o p i a el sofisma que señala h o r a s
de f a e n a p o r igual á t o d a s las a c t i v i d a d e s y q u e suprime los
d e s t a j o s c o n d e n a n d o la emulación y que p r e t e n d e sustituir las
m a d r e s y sus u b é r r i m o s p e c h o s con inspecciones oficiales d e
l a c t a n c i a c o m o la h e r e n c i a n a t u r a l de los hijos con la h e r e n c i a
increíble d e los g o b i e r n o s ; a u n q u e se r e d u j e s e á los t e o r e m a s
d e m o s t r a t i v o s de q u e d e b e concluir la e d a d c r u e n t a del c o m -
b a t e y las e s p e c i e s c o n q u i s t a d o r a s sustituyéndolas felizmente
la e d a d del t r a b a j o y los t i p o s industriales, t o d o lo cual s u c e -
d e r á , c o m o sucedió la i n d i s p e n s a b l e y s a n t a r e d e n c i ó n del es-
clavo; aun o s t e n t a r í a la ciencia e c o n ó m i c a títulos á los c u a l e s
no p u e d e n o p t a r ciencias más l o a d a s p o r las supersticiones
r e i n a n t e s . P e r o a n d a muy en b o g a la manía de q u e p r e s u -
p u e s t o s habilitados con dificultad p a r a p r o v e e r al sustento
b a r a t o de los p o c o s inválidos del e j é r c i t o , se a r r e s t e n al a r -
bitrio d e p r e s u p o n e r c a n t i d a d e s f a n t á s t i c a s p a r a ocurrir al c a r o
s u s t e n t o d e los i n n u m e r a b l e s inválidos del t r a b a j o ; y g o b i e r n o s
que c r e e n h a b e r h e c h o un milagro c u a n d o , p o r m e d i o del i m -
p u e s t o p r o g r e s i v o y del g r a v a m e n s o b r e los t e s t a m e n t o s , h a n
llegado á un d e s p o j o , t r a s el cual c a e r é m o s en las s o c i e d a d e s
p r e h i s t ó r i c a s , i n d e t e r m i n a d a s , confusas, r e n a c i e n d o aquellos
m o n a s t e r i o s indios ó a q u e l l a s c o m u n i d a d e s moscovitas, d o n d e ,
c o m o no p u e d e n a r r a i g a r a b a j o en la p r o p i e d a d sus r a í c e s
los i n d i v i d u o s , no p u e d e n arriba e x p l a y a r s e las v a r i e d a d e s
s u y a s con sus n a t i v o s y s a c r o s a n t o s d e r e c h o s ; p o r lo c u a l ,

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a n t e la imposibilidad c o m p l e t a d e t o r c e r las l e y e s de las s o c i e -

d a d e s n u e s t r a s , t a n inflexibles c o m o las l e y e s del Universo m a -
t e r i a l , r e v u é l v e n s e c o n t r a la E c o n o m í a , c u l p á n d o l a d e s o s t e n e r
los principios de p r o p i e d a d y c o n c u r r e n c i a ; i m p u t a c i ó n e q u i -
v a l e n t e á c u l p a r l a d e la g r a v i t a c i ó n mecánica y de la lucha vi-
tal, á c u y o i m p e r i o h a b r é m o s d e s o m e t e r n o s p o r f u e r z a , p u e s ,
a u n q u e nos q u i t á r a m o s en r e p r o b a b l e suicidio la vida por no
ver la m u e r t e n a t u r a l , a b a n d o n a r í a m o s n u e s t r o s d e s p o j o s á la
d e s c o m p o s i c i ó n i n e v i t a b l e y al n a t u r a l a n i q u i l a m i e n t o q u e su
f r e n p o r n e c e s i d a d t o d a s las c r i a t u r a s .
Así p a r é c e m e cruel en los G o b i e r n o s y E s t a d o s c o n t e m -
p o r á n e o s , q u e , al salir del a g u j e r o d e las minas b e l g a s como
cíclopes a m e n a z a d o r e s ó c o m o t r o p e l e s d e d e m o n i o s los p o -
b r e s o p e r a r i o s e n t e r r a d o s allí vivos, p i d i e n d o aire y luz; ó al
aullar en t o r n o d e las e s p l é n d i d a s c a p i t a l e s g e r m a n a s los j o r -
naleros, c o m o a u l l a b a n los a n t i g u o s a l e m a n e s en t o r n o de la
C i u d a d E t e r n a ; ó al c o r r e r h a c i a el sublime C a p i t o l i o de A m é -
rica las b a n d a s de m e n d i g o s con la furia d e los l a b r i e g o s l u -
t e r a n o s y de los e x t e r m i n a d o r e s husitas en o t r o s t i e m p o s ; ó al
a c e r c a r s e á t o d o E s t a d o con su d i n a m i t a los locos m a l v a d o s ,
q u e i n t e n t a n aniquilar el p l a n e t a y e x t e r m i n a r á la h u m a n i d a d
en u n a c a t á s t r o f e a p o c a l í p t i c a ; no les digan á u n a q u e así c o m o
e s t á n imposibilitados de o c u r r i r á t a n t a s e n f e r m e d a d e s a t o r m e n -
t a d o r a s del o r g a n i s m o , ni e n d e r e z a r t a n t o s e n t u e r t o s y m a l a n -
d a n z a s c o m o á c a d a cual n o s t r a e n los r e s p e c t i v o s g e n i o s y h u -
mores, t a m b i é n están imposibilitados de llegar h a s t a la e x t i r p a -
ción d e males c o n g é n i t o s á n u e s t r a s o c i e d a d y d e p e n d i e n t e s d e
los límites d o n d e n o s hallamos e n c e r r a d o s y d e la c o n t i n g e n c i a
i r r e m e d i a b l e constitutiva d e n u e s t r a n a t u r a l e z a : cosa mejor q u e
las e x a c e r b a c i o n e s l l e v a d a s á t a n t o s y t a n t o s d o l o r e s por la i n -
utilidad ó la c r u d e z a del a r b i t r a r i o r e m e d i o . Así E c h e g a r a y
d e b e h o l g a r s e c a d a día más con las r u d a s c a m p a ñ a s en su j u -
v e n t u d seguidas, á n o m b r e d e la l i b e r t a d individual c o m p l e t a ,
c o n t r a los e r r o r e s d e l socialismo, y h o l g a r s e a h o r a con tan dulce
y c o n s o l a d o r y h e r m o s o r e c u e r d o . El socialismo d e la C á t e d r a
m a r r ó . P u e s m a r r a r á la r e a c c i ó n e c o n ó m i c a . E u r o p a e n t r a r á en
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g r a n d e s ligas a d u a n e r a s t a r d e ó t e m p r a n o , y en tal sazón l e e -

r á n s e los a d m i r a b l e s discursos del e n t o n c e s joven o r a d o r Eche-
g a r a y como cumplidas y realizadas profecías. Paréceme una
ley de la Historia q u e los d e s c u b r i m i e n t o s industriales m o d i f i -
q u e n la sociedad con la n a t u r a l e z a , ó p o r lo m e n o s , la relación
individual con ellas. Sin la b r ú j u l a y el a s t r o l a b i o no se h u b i e r a
d e s c u b i e r t o A m é r i c a ; sin la i m p r e n t a no se a c a b a r a el p o d e r
de la c e n s u r a ; sin el a n t e o j o de l a r g a vista no v i e r a C o p é r -
nico en v u l g a r eclipse d e luna el movimiento de la tierra; sin
el microscopio no e n c o n t r á r a m o s nunca las b a c t e r i a s que h a n
e x i g i d o de la p a t o l o g í a y d e la clínica m é t o d o s nuevos; sin las
o b s e r v a c i o n e s de G a l v á n y la pila d e V o l t a no h u b i é r a m o s h e c h o
del r a y o un a g e n t e y ministro t a n sumiso al h o m b r e m o d e r n o
c o m o nunca lo e s t u v o á ningún dios a n t i g u o ; sin la p ó l v o r a el
r é g i m e n f e u d a l subsistiera e t e r n a m e n t e ; y no e s cosa de q u e
h a y a m o s d o m e ñ a d o las olas c o n los b a r c o s d e v a p o r y subido
á las a l t u r a s con los vuelos del g l o b o y h a b l a d o con los a u -
s e n t e s y por la m a g i a del f o n ó g r a f o y r e c l u i d o en una l á m p a r a
el f u e g o d e P r o m e t e o y p u e s t o en c o m u n i c a c i ó n p o r el t e l é -
g r a f o t o d a s las r e g i o n e s de nuestra h e r m o s a t i e r r a y t o d a s las
g e n t e s de nuestra s o b e r b i a h u m a n i d a d , p a r a que luego l e v a n -
t e m o s con a r a n c e l e s prohibitivos m u r a l l a s chinas e n t r e las N a -
ciones civilizadas y n e g u e m o s en la vida social esas difusiones
del t r a b a j o n u e s t r o y esos efluvios del p e n s a m i e n t o c r e a d o r
q u e no p o d e m o s prohibir al magnetismo d e l polo ártico y al
é t e r d e la c o n s t e l a c i ó n H é r c u l e s y al r a y o de la estrella Sirio
en el festín y comunión d e la vida universal.

Si E c h e g a r a y f u é o r a d o r en las A s a m b l e a s p o p u l a r e s d e
los e c o n o m i s t a s , y o r a d o r d e p r i m e r o r d e n , o r a d o r f u é t a m -
b i é n , y o r a d o r d e p r i m e r o r d e n , como s a b e n t o d o s , en la
C o n s t i t u y e n t e d e nuestra última R e v o l u c i ó n . Imposible h a b l a r
del o r a d o r p a r l a m e n t a r i o sin h a b l a r de la política c o n t e m p o -
r á n e a , c o m o imposible h a b l a r d e la política c o n t e m p o r á n e a
sin herir a l g u n a convicción y c r e e n c i a de aquellos que m e o y e n
y aun de a q u e l l o s á q u i e n e s r e p r e s e n t o en este a c t o . P e r o aquí
h e r i r á n o t r o s con más f r e c u e n c i a los p e r s o n a l e s sentimientos
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mios de lo q u e p u e d a herir yo los p e r s o n a l e s sentimientos aje-

nos. Asi, t o l e r é m o n o s con g e n e r o s i d a d m u t u a m e n t e , si h e m o s
d e convivir en paz t o d o s . L a Revolución d e S e t i e m b r e ha en-
t r a d o y a en la h i s t o r i a . Y c o m o ios v e n c e d o r e s no p u e d e n atri-
buirnos sus triunfos á ios d o s a c t u a n t e s aquí a h o r a , t a m p o c o
ios v e n c i d o s sus d e r r o t a s . L a s z o n a s g e o l ó g i c a s se p r o d u c e n
p o r la s o b r e p o s i c i ó n de muchos t e r r e n o s ; las o b r a s sociales
se p r o d u c e n p o r la s o b r e p o s i c i ó n d e muchas ideas. C u a n d o uno
mira y o b s e r v a la sucesión de f a s e s p o l í t i c a s a n á l o g a s e n p u e b l o s
tan a p a r t a d o s c o m o España y Polonia, p e r s u á d e s e á r e p e t i r la
f r a s e d e Bossuet: «el h o m b r e se mueve y D i o s lo g u í a . » C o m o
el suelo que pisamos f u e r a í g n e o , r a d i a n t e , g a s e o s o , diluvial,
glaciario, huilífero, y e s t u v i e s e c u b i e r t o de selvas i m p e n e t r a b l e s ,
y d e c o n c h a s d o n d e se animaran c o m o en su cuna los zoofitos,
y de zonas c a l c á r e a s en que se i n c r u s t a r a n los moluscos seme-
jantes á r a í c e s del o r g a n i s m o , y de t i e r r a s e o c e n a s p o r las cuales
se a r r a s t r a b a n las p r i m e r a s t o r t u g a s ó v o l a b a n ios p r i m e r o s
m u r c i é l a g o s , y d e t i e r r a s m i o c e n a s , t i e r r a s del m e g a t e r i o ; y
así en lo sucesivo, l l e g a n d o c o n i e n t i t u d p o r m i r l a d a s y mirladas
d e siglos al p e r í o d o q u e p o d r í a m o s llamar h u m a n o p o r la d o -
minación del h o m b r e ; cualquiera d e las r e v o l u c i o n e s históricas
t i e n e a n t e c e d e n t e s l e j a n o s c o m o ios de n u e s t r o natural o r g a -
nismo y d e n u e s t r o sólido p l a n e t a ; p o r q u e la r e v o l u c i ó n f r a n -
c e s a , t o m a d a p o r e j e m p l a r y p r o t o t i p o en e s t o , á causa d e su
i n d u d a b l e u n i v e r s a l i d a d , no f u e r a sino r e s u l t a d o d e m u c h a s y
muy continuas e d a d e s , c o r o l a r i o d e m u c h a s y muy v a r i a s ins-
t i t u c i o n e s , c o n d e n s a c i ó n de m u c h a s y muy v a r i a d a s i d e a s , ge-
n e r a d a s d e s d e l e j a n o s siglos p o r la d e m o c r a c i a d e aquellos
a n t i g u o s m a y o r d o m o s del Palacio que humillaran á los R e y e s ,
p o r el c l e r o c o n t r a r i o á las c a s t a s h e r e d i t a r i a s , p o r los e s c o -
lásticos g e n e r a d o r e s del principio de la s o b e r a n í a p o p u l a r , p o r
los p l e b e y o s d e las c o m u n i d a d e s y los r e b e l d e s de la F r o n d a ,
v e r d a d e r o s p r e c u r s o r e s del p u e b l o libre, por los c a r t e s i a n o s
y su metafísica individualista, p o r los h u g o n o t e s y su t e o l o g í a
r e p u b l i c a n a , p o r los e n c i c l o p e d i s t a s y d e m á s n a t u r a l e s enemi-
g o s d e t o d o el e s t a d o mental a n t e r i o r , p o r los mismos n o b l e s
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a b d i c a d o r e s d e sus privilegios feudales: que t o d o e s t o y m u -

cho más n e c e s i t a b a n las s o c i e d a d e s e u r o p e a s p a r a impeler un
m o v i m i e n t o , á c u y o t é r m i n o s u s t i t u y e r o n los d e r e c h o s h u m a -
nos d e las d e m o c r a c i a s m o d e r n a s á los a b s u r d o s privilegios d e
las antiguas castas. Pues así n u e s t r a revolución de S e t i e m b r e .
Se h a b í a n a c u m u l a d o moles t a n t a s s o b r e la esencia del e s p í -
ritu m o d e r n o , y en el espíritu m o d e r n o tal n ú m e r o d e a s p i r a -
ciones é i d e a s n u e v a s , q u e , c o m p r i m i d o , estalló, h a c i e n d o sal-
t a r p o r los aires privilegios múltiples d e las antiguas i n s t i t u -
nes históricas. Este g r a n d i o s o h e c h o c o n v i r t i ó á n u e s t r o E c h e -
g a r a y , al o r a d o r a p l a u d i d o de las A s a m b l e a s p o p u l a r e s , en el
o r a d o r a p l a u d i d o de las A s a m b l e a s p a r l a m e n t a r i a s . A dos g r a -
v e s m e d i d a s va unido el n o m b r e de E c h e g a r a y , a m b a s r e f e -
r e n t e s al d e r e c h o d e la h u m a n a c o n c i e n c i a : D i r e c t o r de p ú -
blica instrucción, d e c r e t ó la libertad universitaria; D i p u t a d o
c o n s p i c u o , d e f e n d i ó la libertad r e l i g i o s a . P o d r á n c o s t u n i b r e s
y supersticiones a ñ e j a s no h a b e r s e c o n f o r m a d o c o n estos dos
p r o g r e s i v o s principios; p e r o no p o d r á n d e s c o n o c e r la i m p o r -
t a n c i a intrínseca de su p r o c l a m a c i ó n y la t r a s c e n d e n c i a p e r -
durable á toda nuestra vida.
Nadie habrá olvidado aquellas soberbias palabras, á cuyos
e c o s d e s a p a r e c í a el e s p e c t r o d e los odios religiosos, t a n a b o -
m i n a b l e s c u a n d o en Valladolid q u e m a n al buen C a r r a n z a c o m o
c u a n d o en G i n e b r a q u e m a n al inmortal S e r v e t ; c u a n d o e x p u l -
san á los moriscos que h a b í a n fertilizado las v e g a s e d é n i c a s
del Mediodía n u e s t r o , c o m o c u a n d o d e s c a b e z a n á los h u g o n o t e s
en aquella n o c h e t e r r i b l e , c u y o s h o r r o r e s v o l c a r o n el infierno
s o b r e las orillas del S e n a ; c u a n d o i n c e n d i a n las c i u d a d e s a l e -
m a n a s en la g u e r r a de los T r e i n t a años á un delirio casi d e -
m e n t e d e los d o s e j é r c i t o s en l u c h a , c o m o c u a n d o impelen las
b a r c a s d e los irlandeses católicos p o r f u r o r e s del anglicanismo
al N u e v o M u n d o p a r a que vuelvan d e allí los e x p u l s a d o s con
enemiga invencible á sus e x p u l s o r e s en el p e c h o y r a y o s d e
g u e r r a en el p u ñ o ; d e s c o n o c i e n d o a s i , u n o s y otros, a u n -
q u e se llamen t o d o s c r i s t i a n o s , aquellas sublimes p a l a b r a s
de C r i s t o , d e n t r o d e las cuales v a c o n t e n i d o el cristianismo
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en toda su e x t e n s i ó n : « a m a d á q u i e n os a b o r r e c e , p e d i d por
los q u e os p e r s i g u e n y c a l u m n i a n , p u e s de t a l s u e r t e seréis
p e r f e c t o s , como es p e r f e c t o n u e s t r o E t e r n o P a d r e q u e e s t á
en los cielos.» ¡ C u á n t o se b u r l a r o n los enemigos e m p e c a t a d í -
simos de la l i b e r t a d h u m a n a del discurso aquel y de t o d o s los
a n á l o g o s ! ¡ Q u é d e c o s a s d i j e r o n del c é l e b r e r e s i d u o q u e creía
E c h e g a r a y h a b e r visto en el q u e m a d e r o , c o m o si las c e n i z a s
a q u e l l a s d e s p a r r a m a d a s á los c u a t r o vientos no m a n c h a s e n
t o d a v í a el suelo y las h u m a r e d a s aquellas d i s i p a d a s en el azul
h o r i z o n t e no a s o m b r a r a n t o d a v í a el espíritu d e nuestra p a t r i a !
P o c o s movimientos o r a t o r i o s tan bellos g u a r d a el Diario de
Sesiones, c o m o a q u e l sublime, y por i n o l v i d a b l e , n u n c a o l v i -
d a d o , en q u e , v o l v i é n d o s e hacia el reloj, s e ñ a l a b a E c h e g a r a y
con su b r a z o t e n d i d o la h o r a solemne q u e iba c o r r i e n d o , c o m o
la última h-^ra del d e s p o t i s m o , del t o r m e n t o , del n e g r e r o , del
m e r c a d o infame d o n d e se v e n d í a n las c r i a t u r a s h u m a n a s , de
la esclavitud q u e t a n t a ignominia nos t r a j e r a y t a n t a s c ó l e r a s
de la justicia universal p r o v o c a r a s o b r e n u e s t r a s c a b e z a s ; p o r -
q u e se h a b í a r o t o p a r a s i e m p r e á tan sublime minuto la c l a v e
d e t o d o s los e r r o r e s , la secular i n t o l e r a n c i a .
Idealista d u r a n t e su a p o s t o l a d o , t a m a ñ a i d e a l i d a d , n a t u r a l
en él, no impidió la c i r c u n s p e c c i ó n , la t e m p l a n z a , la mesura
en el G o b i e r n o . A s c e n d i d o al Ministerio d e H a c i e n d a d u r a n t e
u n a g r a v e crisis, c o m p r e n d i ó q u e h a b í a e n t r e r e f o r m a s h a c e -
d e r a s é i m p r o r r o g a b l e s o t r a s q u e , a p l i c a d a s en aquellos m o -
m e n t o s , lejos de p r o s p e r a r , hubieran h e c h o r e t r o c e d e r á la
N a c i ó n . E m b a r g a d o p o r los a p r e m i o s de ia g u e r r a civil, y t e -
n i e n d o q u e p r o v e e r á la imperiosa sustentación del bisoño e j é r -
cito i m p r o v i s a d o m e r c e d á e n o r m e s sacrificios, no d u d ó un
m o m e n t o en p r e s c i n d i r , á p e s a r del culto á t o d o s ellos, de algún
v i e j o p r i n c i p i o , s a l v a n d o así la m a y o r suma posible. Y b i e n
p u e d e a s e g u r a r s e q u e si la l l a m a d a y r e c l u t a m i e n t o de las reser-
v a s c o n la r e o r g a n i z a c i ó n del c u e r p o de Artillería y las r e s t a u -
r a c i o n e s t e n a c e s del principio d e disciplina y o b e d i e n c i a en el
e j é r c i t o b a j o el s e g u n d o p e r í o d o de la R e p ú b l i c a española cons-
t a n c o m o los e s f u e r z o s m a y o r e s y p r i m e r o s dirigidos á imponer
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la p a z ; el d e c r e t o c é l e b r e a c e r c a del B a n c o único, t a c h a d o p o r
los. irreconciliables y los t e o r i z a n t e s d e i m p e r d o n a b l e i n c o n -
s e c u e n c i a en E c h e g a r a y , c o n j u r ó el malestar económico en
a q u e l l o s días, y nos allegó los medios c o n d u c e n t e s á m a n t e n e r
una c a m p a ñ a , c u y o t é r m i n o j a m á s f u e r a tan feliz como fué, sin
e s t o s c o m i e n z o s , en los cuales t a n t a gloria c u p o á n u e s t r o
c o m p a ñ e r o . El o r a d o r se m o s t r a b a en las C o r t e s , e x a l t a d o é
inspiradísimo; de a b u n d o s a p a l a b r a , d e rica o b s e r v a c i ó n ; muy
e s c l a r e c i d o p o r el r e s p l a n d o r de su fantasía luminosa; t a n m a e s -
t r o en el t r o p o como e n el a r g u m e n t o ; a g u d o sin sutileza, c o m -
b a t i e n t e sin violencia, sabio sin p e d a n t e r í a , florido sin e x c e s o ,
irónico sin a m a r g u r a , ingeniosísimo al p a r q u e p r o f u n d o ; un
p o c o a t r e v i d o en el r e t r u é c a n o , p e r o s i e m p r e m o d e r a d o por el
gusto; v a l e r o s o en el a t a q u e á las i d e a s c o n t r a r i a s y r e s p e t u o -
sísimo con el c o n t r a d i c t o r ; y a u n q u e , por lo copioso d e l r a c i o -
cinio y p o r lo intenso del e s t r o , p a r e c i ó a l g u n a vez d e s o r d e -
n a d o á la g e n e r a l i d a d ; quien seguía con a t e n c i ó n el hilo de
sus discursos, e n c o n t r a b a siempre á é s t o s d o s s o b e r a n a s c o n -
d i c i o n e s : en el f o n d o , un e n l a c e de a r g u m e n t a c i ó n s e m e j a n t e
á las c o o r d i n a d a s series d e los t e o r e m a s m a t e m á t i c o s , y en la
f o r m a , esas p r o p o r c i o n e s y a r m o n í a s p r o p i a s de los edificios ar-
q u i t e c t ó n i c o s bellos, g u a r d a n d o s i e m p r e la dignidad p e r s o n a l
i n d i s p e n s a b l e á los o r a d o r e s y sin d e c a e r nunca un p u n t o de
su magistral e l o c u e n c i a .

Y a n o t o v e n t a j a s t a l e s con el exclusivo i n t e n t o d e a s e g u r a r
e s t o : p a r e c í a imposible p u d i e r a , d e n t r o d e aquel o r a d o r g e -
nial, c a b e r un e x p e r t o e s t a d i s t a . P u e s ¡vive Dios! q u e p u d o ser;
c u p o . E c h e g a r a y o f r e c e á la Historia el a r r e s t o m a y o r q u e
c a b e en un apóstol, el v a l o r d e las inconsecuencias h o n r a d a s y
s a l v a d o r a s . ¿Quién le c r i t i c a r á por ello? L a i n c o n s e c u e n c i a in-
t e r e s a d a os h i e r e d e m u e r t e . L a i n c o n s e c u e n c i a sugerida p o r
el p a t r i o t i s m o y s a n c i o n a d a p o r un g r a n sacrificio, c o m o el
q u e os o f r e c e nuestro c o m p a ñ e r o con su r e t i r a d a y abstención
de la p o l í t i c a , d o n d e t a n t o influyera y b r i l l a r a , es un a c t o de
s e v e r o h e r o í s m o , i n c o m p r e n s i b l e p a r a los espíritus m e z q u i n o s ,
p e r o m e r e c e d o r del a p l a u s o que le ha c o n s a g r a d o la p ú b l i c a
 8o

c o n c i e n c i a . E s t a d i s t a consnraado, s u p o E c l i e g a r a y p o n e r la
r e a l i d a d á la d e b i d a distancia del i d e a l , p a r a q u e la e s c l a r e -
c i e s e y no la q u e m a s e su l l a m a , sol, á quien h a y q u e c o n t e m -
p l a r , y de q u i e n h a y que vivir, p e r o sin a c e r c a r o s d e m a s i a d o ,
p o r q u e n a d a t a n fácil cual á su f u e g o d e r r e t i r s e . H a s t a , en
s e m e j a n t e a c i e r t o , e n h a b e r a b a n d o n a d o con o p o r t u n i d a d la
política m i l i t a n t e , le z a h i e r e n sus é m u l o s , c u a n d o h a y que
o b s e r v a r c ó m o nunca nos faltó en los días del c o m b a t e y sólo
se h a ido con t o d o s los h o n o r e s de la g u e r r a en el día d e la
v i c t o r i a . ¿Qué remedio? N o m o r i m o s de u n a vez. E n la vida
l a r g a d e j a m o s una g r a n p a r t e de n o s o t r o s mismos p o r los t r a -
y e c t o s d e s d e un p u n t o á o t r o . ¡ C u á n t a s v e c e s h e m o s asistido
á los f u n e r a l e s de n u e s t r o s a m o r e s , d e n u e s t r a s ilusiones, de
n u e s t r a s e s p e r a n z a s ! ¡En cuál n ú m e r o de amigos y d e u d o s
h e m o s m u e r t o ! C u e n t a n d e un legislador a n t i g u o q u e no p u d o
i m p o n e r á la p a t r i a el r e s p e t o d e su o b r a sino y é n d o s e p a r a
siempre de la p a t r i a . E x t e n d i m o s la t e l a de nuestras i d e a s como
el b ó m b i x y luego como el b ó m b i x q u e d a m o s m u e r t o s en la
misma t e l a q u e u r d i é r a m o s . Y, si vivimos algún t i e m p o , s e r é -
mos como e s p e c t r o s de m u e r t o s e n t r e los vivos. {A qué c o n t i -
n u a r p r o f e t i z a n d o , si t o d a s las p r o f e c í a s y a están cumplidas? ¿A
qué c o n t i n u a r c o m b a t i e n d o , si t o d o s los c o m b a t e s y a e s t á n g a -
nados? Escasos t é r m i n o s d e l ideal nos falta p o r cumplir: d e -
jemos el c u m p l i m i e n t o á g e n e r a c i o n e s m e n o s a b r u m a d a s d e
t r a b a j o . T e n i e n d o , c o m o t e n e m o s la s o c i e d a d , ¿qué n o s i m -
p o r t a no t e n e r el E s t a d o ? Si la v i e j a f o r m a suya c o n s e r v a el
n u e v o d e r e c h o n u e s t r o , a u n q u e no p o d a m o s servirla, d e b e m o s
r e s p e t a r l a . H e m o s t e n i d o que disminuir el ideal p a r a e n c a j a r l o
en la r e a l i d a d . Nos p a r e c e un p o c o fría esta r e a l i d a d ; p e r o ¡ay
del h o m b r e ! si lo real y h e c h o le satisficiese; p e r d e r í a t o d o tí-
tulo á la i n m o r t a l i d a d . N u e s t r o g l o b o ha sido sol. P e r o , mien-
t r a s f u é sol, no h u b i é r a m o s p o d i d o h a b i t a r l o . A m e d i d a q u e
ha ido p e r d i e n d o luz, ha ido g a n a n d o v i d a . Así t a m b i é n á me-
dida q u e los ideales a p a r e c e n m e n o s luminosos, están más e n -
c a r n a d o s en la r e a l i d a d , c o m o , á m e d i d a q u e los p l a n e t a s son
m e n o s e t é r e o s , t a m b i é n son más h a b i t a b l e s . R e a l i z a d o el ideal
n u e s t r o , a g u a r d e m o s t r a n q u i l o s el juicio de la p o s t e r i d a d y d e
la Historia.
E c h e g a r a y no se c o n t e n t ó y satisfizo con p r o c u r a r la l i -
b e r t a d de p e n s a m i e n t o ; p e n s ó . Así es que no p u e d e dirigírsele
aquella i n t e r r o g a c i ó n que suelo yo dirigir á c i e r t a s g e n t e s , muy
u f a n a s d e m a n t e n e r los d e r e c h o s del espíritu: ¿para q u é t a l e s
s e ñ o r e s q u e r r á n la l i b e r t a d d e pensar? No piensa t o d o aquel
que q u i e r e p e n s a r . T a n fecunda libertad es p a r a quien c a r e c e
d e p e n s a m i e n t o como la l i b e r t a d d e v o l a r p a r a quien c a r e c e
de alas. El alma de n u e s t r o E c h e g a r a y voló en la ciencia con
t a n t a s e g u r i d a d , c o m o la m o s t r a d a s i e m p r e al a n d a r en la eco-
nomía y en la política. L o más a d m i r a b l e de su t r a b a j o en e s t e
p u n t o p a r é c e n m e los d e s v e l o s q u e se h a t o m a d o , i m b u y e n d o
e n la inteligencia colectiva n u e s t r a , por m e d i o de una v u l g a -
rización a c e r t a d a , los sabios c ó d i g o s de la m e c á n i c a c e l e s t e y
las fases n u e v a s del c o n c e p t o r e l a t i v o al C o s m o s . C u a t r o ser-
vicios c a p i t a l e s h a y que r e c o n o c e r l e sin esfuerzo en e s t a m a -
t e r i a d e los s a b e r e s físico-piatemáticos sin m e d i d a . Es el p r i -
m e r o , las e x p l i c a c i o n e s d a d a s por él de los p r o g r e s o s en la
ó p t i c a , y e n t r e t a l e s p r o g r e s o s , del e s p e c t r o solar, q u e nos
e n s e ñ a , p o r virtud d e sus r a y a s r e v e l a d o r a s , la m a t e r i a c o m -
p o n e n t e d e los l e j a n o s astros; es el s e g u n d o , la descripción
a n i m a d a , p o é t i c a , y al p a r s a b i a , d e las n u e v a s e x p l o r a c i o n e s
h e c h a s con el t e l e s c o p i o en los espacios p o r los i n n u m e r a b l e s
a s t r ó n o m o s q u e nos t r a j e r a n soles y p l a n e t a s y satélites nue-
v o s de sus m e n t a l e s n a v e g a c i o n e s p o r lo infinito; e s el t e r c e r o ,
la e n s e ñ a n z a p r o f u n d í s i m a de las e n m i e n d a s h e c h a s p o r los
t i e m p o s y sabios c o n s e c u t i v o s á varios d e s c u b r i m i e n t o s del in-
mortal N e u t o n ; es el c u a r t o , la c l a r i d a d que ha llevado al
principio d e la u n i d a d material del universo y del c o n t i n u o me-
t a m o r f o s e o y c o n v e r s i ó n d e u n a s f u e r z a s en o t r a s f u e r z a s cós-
micas; servicios los c u a t r o , á c u y o r e c u e r d o precisa llamarle
a g r a d e c i d o s v e r d a d e r o H u m b o l d t del p u e b l o . H e dicho c u á n
escasa c o r r e l a c i ó n veía yo e n t r e las m a t e m á t i c a s y los d r a m a s
del g r a n m a e s t r o , y a h o r a d e b o decir que v e o m u c h a correla-
ción e n t r e su c o s m o g r a f í a , y no diré sus d r a m a s , p e r o sí la
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é p i c a y la lírica c o n e s t o s d r a m a s c o e x i s t e n t e s . El c a r á c t e r po-
sitivo de t o d o cálculo m a t e m á t i c o ; la e x a c t i t u d i r r e f r a g a b l e d e
sus t e o r e m a s ; el e n l a c e c o n que la d e d u c c i ó n r i g o r o s a e x t r a e
u n o s p r i n c i p i o s de o t r o s p r i n c i p i o s en sistemàtica d e r i v a c i ó n ;
el signo sensible, sólo e m p l e a d o en c u a n t o e x p r e s a una idea;
las d e m o s t r a c i o n e s i n c o n t r a s t a b l e s q u e han d e t e n e r los p r i n -
cipios y su confirmación p o r la e x p e r i e n c i a , d o n d e se m a n i -
iiestan t o d o s con m a y o r ó m e n o r p r o x i m i d a d á las f ó r m u l a s
a b s t r a c t a s , p e r o sin d e s m e n t i r l a s nunca; la d e s n u d e z de t o d a
cualidad en el n ú m e r o s i e m p r e r e p r e s e n t a t i v o d e c a n t i d a d e s ó
c a n t i d a d ; el e s p a c i o h e c h o un o r d e n de los f e n ó m e n o s s i m u l -
t á n e o , c o m o el t i e m p o un o r d e n de los f e n ó m e n o s sucesivos;
la distinción p r e s e n t a d a p o r L e i b n i t z e n t r e los juicios metafísi-
cos y los juicios m a t e m á t i c o s , a p o y a d a s las d e m o s t r a c i o n e s d e
é s t o s en el p r i n c i p i o de i d e n t i d a d y las d e m o s t r a c i o n e s de
aquéllos en el p r i n c i p i o de la r a z ó n suficiente; los c a r a c t e r e s
de las v e r d a d e s a l g e b r a i c a s a l l e g a d a s p o r el e n t e n d i m i e n t o
sin n e c e s i d a d d e la c o m p r o b a c i ó n real, y e n la c o m p r o b a c i ó n
real infaliblemente c o r r o b o r a d a s , n o s e n s e ñ a n c u á n lejos s e
hallan las ciencias e x a c t a s d e la p o e s í a y sus g é n e r o s : a l e j a -
m i e n t o p a t e n t i z a d o p o r la r a r e z a d e p o e t a s m a t e m á t i c o s , bien
al r e v é s de lo s u c e d i d o en la filosofía, p o r c u y o s anales a b u n -
d a n filósofos m a t e m á t i c o s y m á t e m á t i c o s filósofos, como p a -
t e n t i z a n P i t á g o r a s , Platón, D e s c a r t e s y Pascal.

N o así la física. Esta p u e d e sugerir inspiraciones c o m o

ninguna o t r a c i e n c i a . R e c o n o z c o v e r d a d e r a m e n t e q u e t o d a la
física m o d e r n a se d e r i v a del principio d e c a n t i d a d y q u e t o d a
ella por d o s o p e r a c i o n e s inversas m a t e m á t i c a s busca el á t o m o
en lo infinitamente p e q u e ñ o y el U n i v e r s o uno b a j o los p r i n -
cipios del m e t a m o r f o s e o de las f u e r z a s en lo infinitamente g r a n -
de. P e r o y o en esas i d e n t i d a d e s del m a g n e t i s m o y de la e l e c -
t r i c i d a d ; del movimiento y d e l c a l o r ; de los sonidos en el a r p a
y d e los m a t i c e s en el prisma; de las v i b r a c i o n e s del a i r e y d e
las v i b r a c i o n e s del é t e r ; de la estrella que circula en el cielo
y de la o n d a q u e circula en el m a r y d e la particulilla r o j a
q u e circula en el pulmón y del g o r j e o a m o r o s o que circula en
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el a i r e , v e o un p o e m a g i g a n t e s c o f u t u r o , c a p a z de s u p e r a r en
a t r e v i m i e n t o al t e m e r a r i o de L u c r e c i o que c a n t ó los g é r m e n e s
d e todos los séres, c o n j u r a n d o el i m p e r i o de la N a d a ; y al
dulce é idílico de Virgilio, que c a n t ó las a l m e n d r a s en ñor y
los r e c e n t a l e s en t e t a y las c o r o l a s en mieles y los p á j a r o s en
celo y las u v a s en v e n d i m i a y las a l m a z a r a s r e b o s a n t e s de
a c e i t e ; y al bellísimo d e O v i d i o , q u e , b a j o la fábula d e D a f n e
c o n v e r t i d a en laurel, ó de Narciso e s c u c h a n d o a b s o r t o la h e r -
mosa E c o , nos l e g a el himno sublime de la t r a n s f o r m a c i ó n uni-
v e r s a l . ¡Ah! L o infinito nos r o d e a en el espacio, y lo e t e r n o en
el t i e m p o . D o n d e q u i e r a q u e v u e l v o los ojos, h á l l o m e con
límites p u e s t o s por la d e b i l i d a d i r r e m e d i a b l e de mi sentido y
b o r r a d o s por la p o t e n c i a infinita d e mi r a z ó n . L a n z a d u n a
p i e d r a con el p e n s a m i e n t o al e s p a c i o y suprimid l u e g o la f u e r -
za d e a t r a c c i ó n q u e p o d r í a de suyo á un sol s o b o r d i n a r l a .
¡Oh! la p i e d r a no se d e t e n d r í a j a m á s , si h u b i e r a de p a r a r s e
a n t e algún límite ó f r o n t e r a , p u e s t o q u e la extensión del e s -
p a c i o inmenso no a c a b a en p a r t e n i n g u n a . R e c o r r i e n d o los
r a y o s luminosos millares de leguas p o r s e g u n d o , lucen e s t r e -
llas en el hemisferio n u e s t r o , c u y a luz visible, la que r e c o g e -
mos esta n o c h e misma con los ojos, se trasmitió por su disco
en t i e m p o d e C l e o p a t r a , es d e c i r , h a c e v e i n t e siglos. N o s -
o t r o s a p e n a s c o n c e b i m o s el t i e m p o , sino en sus r e f e r e n c i a s
con la b r e v e h u m a n a v i d a ; ni el e s p a c i o , sino en los límites
q u e p o n e á las cosas lo finito; p e r o el t i e m p o es e t e r n o y el
e s p a c i o es infinito. L a g e o l o g í a m o d e r n a y la historia critica
se h a n e n c a r g a d o una y o t r a de s u p o n e r y calcular el o r i g e n
d e las t i e r r a s que p a r e c e n c o m o de a c a r r e o y el origen d e los
h e c h o s que p a r e c e n c o m o de a y e r . P r e g u n t a d al que i n t e r p r e t ó
los jeroglíficos egipcios p o r las p r i m e r a s dinastías f a r a ó n i c a s ,
y las v e r é i s tan viejas c o m o el g r a n i t o d o n d e se han tallado
las esfinges d e sus titánicos a l t a r e s ; p r e g u n t a d cuánto t i e m p o
t a r d a r a el c u a r z o d e s e m e j a n t e mineral en cristalizarse ó e n -
f r i a r s e , y a p e n a s t e n d r é i s cifras d o n d e c o n t e n e r t a n t o s siglos:
d u r a c i ó n , que no achica, n o , al h o m b r e ; lo e n g r a n d e c e .

Así n u e s t r o a m i g o y colega h u y ó de los d o s a b i s m o s , h a -

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cia cuyos intiernos p r o p e n d e n los sistemas físicos m o d e r n o s : el

infierno d e los pesimistas y el infierno d e los a t e o s . E c h e g a -
r a y siente ó p t i m a confianza en el p r o g r e s o universal y no des-
c o n o c e la existencia d e l alma h u m a n a en la c r e a c i ó n c ó s m i c a .
L e y e n d o sus o b r a s , nunca os c r e e r é i s d e s t i n a d o s á m o n t ó n d e
repulsivo estiércol que a b o n e algunas raíces, ó á esclavo de
la f u e r z a recluido en el c a l a b o z o d e la materia y r o d e a d o p o r
el vacío y p o r el silencio; con los simios y a n t r o p o i d e s d e a s -
c e n d i e n t e s , c u a n d o no la m e r l u z a y el c o n g r i o , p o r t o d a n o -
b l e z a , en lo p a s a d o ; c o m o en lo p o r v e n i r , p o r toda e s p e r a n -
za, con el e t e r n o aniquilamiento d e n u e s t r a esencia inmortal
e n los t r i s t e s o b s c u r o s senos y e n los r e p l i e g u e s de t i n i e b l a s .
espesísimas que l l a m a m o s n a d a , triste r e p r o d u c c i ó n y r e s t a -
b l e c i m i e n t o d e a s e r c i ó n tan h o r r i b l e c o m o aquella n i r v a n a ,
d o n d e los indios se aniquilan b o r r a c h o s d e o p i o y los chinos
d e s p a r e c e n a q u e j a d o s p o r la m o n o m a n í a del suicidio. T o d a s
las o b r a s del c o m p a ñ e r o , á q u i e n c o r o n a m o s h o y , p r o t e s t a n
c o n t r a las últimas a b s u r d a s c o n s e c u e n c i a s del a t e í s m o al uso.
Y, en e f e c t o , la e t e r n i d a d del t i e m p o y la ilimitación del e s -
p a c i o ; esa luz d e l V e r b o que r e s p l a n d e c e d e suyo en las irra-
diaciones del é t e r ; la c o r r e l a c i ó n a r m ó n i c a e n t r e los climas y
las f a u n a s que los p u e b l a n y las flores q u e los a d o r n a n ; el c e n -
telleo d e u n a i d e a no c o n t e n i d a en o t r a n i n g u n a , que f u l m i -
nan los c u l e b r e o s del r a y o y r e f l e j a n los t i n t e s p u r p ú r e o s de
las b o r e a l e s a u r o r a s ; esa e s e n c i a , i n c o e r c i b l e de suyo, en que
los s é r e s t o d o s se b a ñ a n como e n el m a r inmenso; la m ú -
sica de los o r b e s y el c o n c i e r t o d e sus e s f e r a s d i c i é n d o n o s el
n o m b r e d e un artista indecible, y el movimiento universal r e -
v e l á n d o n o s la existencia d e un m o t o r inmóvil; aquellos t i p o s
y a r q u e t i p o s flotantes e n la i n m e n s i d a d , á c u y o s m o d e l o s se
ajustan las cosas, y aquel o r d e n s u p r e m o con q u e los hechos
se c o o r d i n a n y sistematizan b a j o l e y e s p r o v i d e n c i a l e s en la
historia; el calor p r i m o r d i a l í s i m o e n c e r r a d o en t o d o c a l o r ma-
t e r i a l , y la s u p r e m a vida e n t o d a natural animación h a l l a d a ,
d í c e n n o s q u e no e s t a m o s a b a n d o n a d o s y solos en este d e s t i e r r o
t e r r e s t r e ; q u e no somos infusorios d e un á t o m o , c o m o núes-
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t r o p l a n e t a , c a l d o s en una lágrima c o m o n u e s t r o a c e r b o o c é a n o ;
que no p o d e m o s l l a m a r n o s h u é r f a n o s ; sino que h a y , que e x i s t e ,
que legisla u n Dios, a m o r y v e r d a d y bien s u p r e m o , el cual
r e s p l a n d e c e con e s p l e n d o r visible allá en el sol que n o s t r a e á
t o d o s el d í a ; con e s p l e n d o r espiritual a q u í en el c e r e b r o q u e
nos t r a e á t o d o s el p e n s a m i e n t o ; con e s p l e n d o r t e o l ó g i c o en la
hostia c o n s a g r a d a , que se l e v a n t a e n t r e h u m a r e d a s de incienso
y centelleos d e l á m p a r a s y c a d e n c i a s de ó r g a n o s o b r e el altar
e r i g i d o en las losas d e los m u e r t o s y a l z a d o á las m a n s i o n e s
de los b i e n a v e n t u r a d o s , d i c i é n d o n o s q u e somos e t e r n o s , y que
al morir, lejos d e c o n v e r t i r n o s e n c e n i z a ; c o m o p i n t a d a s
mariposas que r o m p e n sus larvas en M a y o , t o m a n d o m i s t e -
rioso v u e l o , v e n d r á n a q u e l l o s á n g e l e s custodios de n u e s t r a
santa fe c a t ó l i c a , oídos en el b a l b u c e o de las p r i m e r a s o r a -
ciones y e n t r e v i s t o s d e s d e la cuna e n la m i r a d a y en la r e t i n a
d e n u e s t r a s m a d r e s , á r e c o g e r en sus alas el alma n u e s t r a , lle-
v á n d o l a de una a l e t e o á la g l o r i a ; p a r a q u e s a c i e m o s con el
a m o r inlinito la sed i n e x t i n g u i b l e de a m a r q u e siente n u e s t r o
p o b r e c o r a z ó n , y s a t i s f a g a m o s con la v e r d a d a b s o l u t a la c o n s -
t a n t e aspiración á p e n s a r y á c r e e r q u e late aquí, en el p a v o -
roso abismo d e n u e s t r a i n s o n d a b l e i n t e l i g e n c i a .

N e g a n d o á Dios, {qué no h a b r á d e n e g a r el m a t e r i a l i s m o
en b o g a ? N u e s t r o c o m p a ñ e r o se r e v u e l v e a i r a d o c o n t r a los
que niegan la f o r m a p o é t i c a , h e r m a n o s n a t u r a l e s de los que
niegan la Divina P r o v i d e n c i a . ¡ C ó m o han d e r e c o n o c e r la poe-
s í a , si d e s c o n o c e n el a l m a , si d e s c o n o c e n la m e t a f í s i c a , si
d e s c o n o c e n la l i b e r t a d , si d e s c o n o c e n á la especie h u m a n a
libre y r a c i o n a l en su puesto a p a r t e d e n t r o d e la n a t u r a l e z a ,
si n i e g a n h a s t a las l e y e s g e n e r a l e s y h a c e n del e s p a c i o un
montón de cosas y del t i e m p o un montón de h e c h o s , sin c o -
r r e l a c i o n e s e n t r e sí mismos; si niegan la Religión á u n a con
t o d o s sus consuelos y t o d a s sus esp,eranzas, si niegan á Dios!
Imposible q u e un a t e o , c u y a s n e g a c i o n e s le ocultan d e s d e la
d i v i n i d a d h a s t a las cosas divinas en el U n i v e r s o y las i d e a s
divinas en el alma, vea la llama celestial e n c e r r a d a d e n t r o de
t o d a s las c r i a t u r a s como .una e s p e c i e de c é n t r i c o f u e g o y oiga
lOO

el c o n c i e r t o de i n e n a r r a b l e s a r m o n í a s c o m p u e s t o p o r t o d o s los
m u n d o s en sus e t e r n a l e s elipses y sienta los v u e l o s y los a l e -
t e o s de t o d o s los s é r e s impelidos p o r aspiraciones misteriosas
hacia lo e t e r n a i y lo absoluto y lo p e r f e c t o , en e s t e g r a n t e m p l o
de la c r e a c i ó n , d o n d e son a l t a r e s los m o n t e s , l á m p a r a s los
astros, ó r g a n o las esferas, incienso las ñ o r e s , los cielos t a b e r -
n á c u l o , y e t e r n o s s a c e r d o t e s , e l e v a n d o á las alturas a r o m a s y
g o r j e o s y melodías y c o l o r e s con sus matices y líneas con sus
i d e a l e s figuras y o d a s y p o e m a s y sublimes himnos, e n un Te
Deum sin fin, el p e n s a m i e n t o y el a r t e . ¡ C u á n sublimes los
c o n c e p t o s p o r m o d o magistral e x p r e s a d o s en el discurso q u e
acabáis d e oir con a r r o b o , a c e r c a de la c o n g r u e n c i a e n t r e las
m a t e m á t i c a s del v e r s o y las m a t e m á t i c a s del C o s m o s ! D e s p u é s
de oídos t a l e s c o n c e p t o s , n a d i e será o s a d o á quitarse los ojos
del e n t e n d i m i e n t o para no ver d e n t r o d e n o s o t r o s el espíritu
con su l i b e r t a d y f u e r a d e n o s o t r o s el E t e r n o con su P r o v i -
d e n c i a . N a t u r a l m e n t e Dios no es d e m o s t r a b l e , p o r q u e no hay
v e r d a d n i n g u n a en q u e p u e d a c o n t e n e r s e la v e r d a d s u p r e m a
y a b s o l u t a . (IVlas no h a y , p o r v e n t u r a , d e n t r o de las mismas
ciencias c o s m o l ó g i c a s , c u y a s i n v e n c i o n e s m á s r e c i e n t e s nos ha
r e c o r d a d o el n u e v o A c a d é m i c o en su maravilloso d i s c u r s o ,
principios v e r d a d e r o s , los c u a l e s no p u e d e n h u m a n a m e n t e d e -
m o s t r a r s e ? L a s ciencias e x a c t a s se f u n d a n s o b r e t e o r e m a s ,
c o n o c i d o s c o n el n o m b r e de p o s t u l a d o s , los c u a l e s son de una
e v i d e n c i a i r r e f r a g a b l e al p a r q u e de u n a d e m o s t r a c i ó n i m p o -
sible. D e m o s t r a d m e d e a l g u n a s u e r t e q u e las líneas p a r a l e l a s
no h a b r á n j a m a s de e n c o n t r a r s e , ni en lo infinito- D e m o s t r a d m e
esta o t r a v e r d a d e v i d e n t e : q u e d o s lineas no p u e d e n c e r r a r
una superficie. T r o n á i s c o n t r a la Metafísica, y e n t o d a s p a r t e s
y en t o d o s t i e m p o s tenéis q u e t r o p e z a r con la M e t a f í s i c a .
V u e s t r a ciencia p r o c l a m a p r i m e r principio y f a c t o r y s u m a n d o
y e l e m e n t o el á t o m o ; y el á t o m o no se ha visto n u n c a e n l u g a r
a l g u n o . H a b l á i s de la m a t e r i a y de la f u e r z a , c u a n d o la unión
de v u e s t r a f u e r z a con v u e s t r a m a t e r i a es t a n i n e x p l i c a b l e c o m o
la unión de mi alma c o n el c u e r p o , c o m o la unión d e mi D i o s
con el U n i v e r s o . Decís s a b e r t o d o s los m i s t e r i o s de la fisiolo-
lOO

già, y no s a b é i s p o r q u é la imagen inversa en la retina e n d e r e z a

esta inversión en el n e r v i o óptico. Se halla vuestra N a t u r a l e z a
tan c i r c u i d a d e misterios como n u e s t r o Espíritu. L a razón
p o d r á d e c i r n o s que el p a s o de los s é r e s c o n t i n g e n t e s al sér
n e c e s a r i o sirgniticaria un salto m o r t a l de la fantasía, y no una
d e d u c c i ó n lógica del e n t e n d i m i e n t o ; q u e la idea d e p e r f e c c i ó n
será c o m o un a r q u e t i p o del alma h u m a n a , el cual no a b o n a la
imposible p r u e b a d e un sér p e r f e c t o en la r e a l i d a d viviente;
que las a r m o n í a s y el o r d e n r e i n a n t e s en t o d o y s o b r e t o d o
no s u p o n e n la n e c e s i d a d d e un A u t o r s u p r e m o , i n c o g n o s c i b l e
á nuestras especulaciones é indemostrable por nuestras e x p e -
riencias; y mientras l e e m o s y m e d i t a m o s t o d o s e s t o s a r g u -
m e n t o s , álzanse los ojos al cielo e s t r e l l a d o , á b r e n s e los oídos
al c o r o de las a v e s , b á t e n s e las olas en el O c é a n o y las p a s i o -
n e s en el c o r a z ó n , l e v á n t a n s e las almas en sus tristezas á una
oración indefinible, caen los s é r e s a m a d o s en la m u e r t e sin
q u e p o d a m o s á ellos asirnos sino p o r el p r e s e n t i m i e n t o de
la inmortalidad; y el D i o s n e g a d o p o r la razón f r í a , r e a p a r e c e ,
c o m o un sol místico, e s c l a r e c i é n d o l o y vivificándolo t o d o , en
los h o r i z o n t e s del t i e m p o y en los h o r i z o n t e s del espíritu; c e n -
t r o de a t r a c c i ó n y foco de calor, sin el cual e x t e n d e r í a n sus
alas d e tinieblas el vacío y la n a d a p o r t o d a la m u d a y s o -
litaria e t e r n i d a d . C o n c e d á m o s l e al materialismo c u a n t o p i d a
y q u i e r a d e s u y o . D e j e m o s á los á t o m o s c o r r e r p o r las fibras
del v e g e t a l y p o r los lóbulos del c e r e b r o , d e j é m o s l e s que
b a j e n á los pies del v e n d i m i a d o r y suban á la c a b e z a del filó-
sofo sin c a m b i a r de sustancia; r e c o n o z c a m o s n u e s t r a c o n s a n -
g u i n e i d a d c o n t o d a s las cosas c r e a d a s , la c o r r e l a c i ó n d e n u e s -
t r o s c a b e l l o s con los c o m e t a s q u e p a r e c e n c a b e l l e r a s d e s -
p r e n d i d a s del é t e r y la l e v a d u r a de o x í g e n o p u e s t a e n t o d a s
n u e s t r a s c a r n e s p o r los soles viejos y l e j a n o s ; p r o c l a m e m o s
r a í c e s de n u e s t r a n a t u r a l organización los fósiles ocultos en las
zonas g e o l ó g i c a s , y d i g a m o s q u e c r e c i m o s con el z o e f i t o y n o s
b a ñ a m o s e n los m a r e s sin fondo con la e s p o n j a ; q u e vivimos
a r r a s t r á n d o n o s con el frío reptil p o r la t i e r r a h ú m e d a t r a s el
diluvio, y d e s p u é s de h a b e r p a s a d o por las t r a n s f o r m a c i o n e s
del insecto, e n t r a m o s , llenos de s a n g r e h i r v i e n t e , c o m p u e s t o s
de líricos nervios, c u b i e r t o s de multicolores p l u m a s , en las
b a n d a d a s de los p á j a r o s , u n i e n d o n u e s t r a voz á sus g o r j e o s ; no
r e g a t e e m o s la e s p e c i e de que d e n t r o del t i g r e y del león g u e -
r r e a m o s e n las s e l v a s y e n los d e s i e r t o s ; de q u e c o r r i m o s s o b r e
la p r a d e r a y b a j o los e n c i n a r e s d e n t r o del caballo y del c i e r v o ;
d e q u e h a s t a h e m o s sido con el o r a n g u t á n y el c h i m p a n c é los
ridículos b u f o n e s del U n i v e r s o , c a r i c a t u r a n d o lo más n o b l e y
lo más sublime con los g e s t o s b u r l o n e s d e nuestra f e a c a r a y
t r a t a n d o de p o n e r n o s e r g u i d o s en d o s de n u e s t r a s c u a t r o m a -
n o s p a r a mirar al cielo con los o j o s c o l o c a d o s junto á n u e s t r a s
d e p r i m i d a s n a r i c e s ; sigamos la o d i s e a cósmica d o n d e f u é r a m o s
p a r t í c u l a ó molecuiiila, mineral, á r b o l , h a s t a p a s a r p o r t o d o s
los o r g a n i s m o s en busca y r e q u e r i m i e n t o del o r g a n i s m o h u -
m a n o ; c o n c e d a m o s t o d o esto á los m a t e r i a l i s t a s , a u n q u e n o s
r e p u g n e y lo c o n s i d e r e m o s d e a n t i g u o muy c o n t e s t a b l e ; p e r o
no p u e d e n los materialistas n e g a r n o s q u e , d e s d e ia h o r a y
p u n t o d e n u e s t r a llegada en la evolución universal á e s t e o r -
g a n i s m o , tal y c o m o lo r e v e s t i m o s h o y , al o r g a n i s m o n u e s t r o ;
á m o d o d e l A d á n bíblico s i n t i e n d o la insuflación misteriosa d e
lo alto en su e x t á t i c o r o s t r o , al e r g u i r s e r e c i é n c r e a d o e n el
P a r a í s o , n o s o t r o s h e m o s sentido d e r r a m a r s e p o r t o d o n u e s t r o
sér algo q u e no vivía en el t i e m p o ni se d e s a r r o l l a b a en el
e s p a c i o , algo más c l a r o q u e la luz y más r á p i d o q u e la e l e c -
t r i c i d a d y más vivificante q u e el calor, algo e n r i q u e c i d o con la
i d e a i n e x p l i c a b l e y m i s t e r i o s a , d o t a d o d e una fuerza s u p e r i o r á
las f u e r z a s cósmicas, el alma con su l i b e r t a d , q u i e n , suprimida e n
los primitivos t i e m p o s d e la historia universal, c o m o el h u m a n o
c e r e b r o en los primitivos t i e m p o s del o r g á n i c o m u n d o , s u r g i ó ,
m e r c e d á los p e n s a d o r e s y á los p r o f e t a s y á ios m á r t i r e s , los
c u a l e s han l o g r a d o h a c e r , con sus i d e a s y con sus h o l o c a u s t o s ,
del s u d r a y del p a r i a y del ilota y del c i r c e n s e y del e s c l a v o y
del s i e r v o ' u n c i u d a d a n o libre: d e s t i n o t e r r e s t r e q u e no p u e d e
satisfacernos, pues experimentamos mayores aspiraciones; y
a s í , d e s p u é s de h a b e r c u m p l i d o en lo p o s i b l e la justicia s o b r e
n u e s t r o p l a n e t a y d e h a b e r c o m o v u e l t o á c r e a r á é s t e con el
t r a b a j o , suspiramos, en el deseo infinito, por nuevos mundos,
p o r nuevos horizontes, por cielos novísimos, por las armonías
de otras a r l e s más bellas, por el resplandor de otra ciencia
m á s luminosa, por el g o c e d e o t r o s a m o r e s más puros; ascen-
diendo en la escala del p r o g r e s o , i n u n d a d o hoy de sangre,
mañana de vida, hasta e n c o n t r a r n o s f r e n t e á f r e n t e , en gloriosa
bienaventuranza, p a r t e aquistada por nuestras obras meritorias
y p a r t e p o r la gracia eficaz, f r e n t e á f r e n t e de nuestro divino
Criador.
Agradezcámosle, pues, al eximio c o m p a ñ e r o lo h e c h o por
él, con t a n t o acierto en los propósitos como felicidad en los
resultados, p a r a conservar á las ciencias físico-matemáticas el
c a r á c t e r espiritualista q u e tuvieran asi en K l e p e r o como en
N e w t o n , y p a r a mostrar q u e la unidad de! universo correspon-
de á la unidad del E t e r n o . Por tal razón, en mi c o n c e p t o , la
obra clásica de nuestro E c h e g a r a y es el t r a t a d o en tres t o m o s
sobre los modernos principios de la física y lo uno de las fuer-
zas materiales, en el cual t r a t a d o he a p r e n d i d o y o las pocas
ideas que t e n g o aquistadas de esa ciencia, tan a j e n a de suyo á
mis a c o s t u m b r a d o s estudios. Sallo mortal el salto d e nuestro
matemático d e s d e las c u m b r e s del binomio á las tablas del
t e a t r o . P e r o lo dió él y t e n e m o s que darlo con él nosotros.
¡Cuántas particularidades en las manifestaciones literarias! El
t e a t r o a p a r e c e con los arios, allá en la India; y no a p a r e c e con
los semitas, ni en A r a b i a , ni en Israel, á p e s a r de las bellezas
a t e s o r a d a s por los p o e t a s musulmanes y de la sublimidad
connatural á la Biblia h e b r e a . Los arios son sociales, y d e ahí
su t e a t r o ; los semitas individualistas, y de ahí su lirismo. El
genio z e n d a , esencialmente maniqueo, p a r e c e q u e debía p r o -
ducir el t e a t r o , un c o m b a t e de suyo e n t r e pasiones enemigas;
p u e s no, lo p r o d u c e aquel genio griegOj d o n d e tuvo el h u m a -
no espíritu su m a y o r c o n c e n t r a c i ó n ; y las d e s g r a c i a s d e los
p e r s a s f u e r o n lloradas p o r el T i t á n Esquilo en su admirable
Attosa. Las letras y la historia helena nos o f r e c e n las p r o p o r -
ciones g e o m é t r i c a s del Parlhenon y el ritmo de la estatua.
T o d o d e n t r o de ellas e s t á ; y t o d o con su m e d i d a , y l o d o á su

12
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t i e m p o , y t o d o en su lugar. P r o m e t e o se p a r e c e á J o b , c o m o
las e s t a t u a s d o r i a s á los c o l o s o s egipcios. L a s t r a g e d i a s del
m a e s t r o p r i m e r o son orientales o d a s , himnos, p o e m a s e n d i á -
l o g o . Sófocles alcanza e n su Edipo y e n su Antigona la p e r -
fección que Fidias en su M i n e r v a , q u e A p e l e s en sus c u a d r o s ,
que H i p ó c r a t e s en su ciencia, q u e Platón en su b a n q u e t e , q u e
Aspasia e n su h e r m o s u r a , que A r í s t i d e s en su m o r a l , q u e
P e r i c l e s e n sus a r e n g a s . Y así c o m o el O r i e n t e se halla
en Esquilo a ú n , el O c c i d e n t e se halla e n E u r í p i d e s y a . Pro~
moteo es A s i a , es Antigona G r e c i a , e s Medea R o m a . No h a -
blo d e A r i s t ó f a n e s . G r a n d e s g r a c i a la s u y a , niuy s e m e j a n t e á
la d e s g r a c i a d e los satíricos r o m a n o s , reirse y h a c e r reir c u a n -
do m u e r e n la l i b e r t a d y la p a t r i a . Decía q u e Medea fué R o m a ;
y así, d e t o d a s las t r a g e d i a s t o m a d a s al t e a t r o g r i e g o p o r
aquel h i s p a n o - l a t i n o que se l l a m a r a S é n e c a , ninguna t u v o en
la C i u d a d E t e r n a el favor q u e Medea, y ninguna t e n t ó en Italia
mucho más t a r d e á la inolvidable Ristori, quien p a r e c í a , en su
r o m a n a e s t a t u r a , la V e n u s d e l C a p i t o l i o e n f u r e c i d a . C o n los pri-
m e r o s t i e m p o s de la E d a d Media el t e a t r o d e s a p a r e c e , dicen
m u c h o s . P e r o el t e a t r o no d e s a p a r e c e n u n c a . T o d o t e m p l o , p o r
humilde que sea, t o m a r á f o r m a de v e r d a d e r o e s c e n a r i o ; y t o d a
c e r e m o n i a litúrgica g u a r d a r á , p o r s e v e r a q u e sea, t e a t r a l a s p e c -
t o . El auto p a s a r á e n la E d a d Media del altar m a y o r al c l a u s t r o ,
del claustro á la calle, y e s t a r á u n i d o todavía h o y á las fiestas
eclesiásticas allá p o r n u e s t r a p o é t i c a V a l e n c i a . Ni e n Don Juan_
Tenorio, ni en Don Alvaro de Sevilla, ni en El seno de la muerte
sintiera y o nunca la e m o c i ó n d r a m á t i c a e x p e r i m e n t a d a en E l -
c h e (aun p o d é i s sentirla), c u a n d o la C o l e g i a t a s e v e r í s i m a , o b r a
del g r a n g e ó m e t r a H e r r e r a , se t r u e c a en t e a t r o el 15 de
A g o s t o , día d e la A s u n c i ó n ; y el c a b i l d o e n d o c e a c t o r e s ,
q u e r e p r e s e n t a n los d o c e a p ó s t o l e s ; y t r a s las n e g a c i o n e s de
Santo T o m á s en el á b s i d e ó c o r o al t r á n s i t o de M a r í a , se
a b r e la b ó v e d a en el altar, y la V i r g e n a p a r e c e a r r i b a con su
m a n t o azul y su c o r o n a d e estrellas y su c a l z a d o de luna y su
sonrisa d e b e a t i t u d y su m i r a d a d e a m o r , e n t r e m a r e s de luz,
estallidos d e a c l a m a c i o n e s y diluvios de llores, P a r a mi, en el
lOO

m u n d o m o d e r n o , sólo e x i s t e n , c o m o dignos de p o n e r s e junto

á lo más genial del g e n i o a n t i g u o , S h a k e s p e a r e y el T e a t r o Es-
p a ñ o l . - A Italia le c o n c e d i ó el cielo t e n e r la T e o l o g í a católica
con Santo T o m á s y el a r t e c a t ó l i c o con los p i n t o r e s francisca-
n o s , á c u y a c a b e z a p o n e m o s el G i o t t o y la e p o p e y a católica c o n
D a n t e ; ¡ah! el t e a t r o católico e s p u r a y e x c l u s i v a m e n t e hispa-
no. Así no h a y e n Italia t e a t r o . L o h a y e n F r a n c i a , y de p r i -
m e r o r d e n ; p e r o t a n inspirado en el t e a t r o español su v a r o n i l
C o r n e i l l e , y tan inspirado en el t e a t r o helénico su a r m o n i o s o
R a c i n e , q u e p u e d e n p a s a r , a p a r t e la l e n g u a magistral d e a m -
b o s , p o r d o s r a m a s d e las l i t e r a t u r a s en ellos r e p r o d u c i d a s .
IVloliere ú n i c a m e n t e se nos o f r e c e aislado en F r a n c i a , y de un
m é r i t o p r o p i o e x c e p c i o n a l , c o m o c r e a d o r de c a r a c t e r e s y t i p o s
e s t u d i a d o s en la r e a l i d a d . Yo t e n g o i d e a s especialismas r e s -
p e c t o del t e a t r o . N o a d m i t o c o m o t e a t r a l e s , no, las o b r a s ale-
manas más c é l e b r e s . R e c o n o z c o la g r a n d e z a d e G o e t h e y Schi-
ller. P e r o el uno t i e n e t a n t o e s t r o lírico, y t a n t o e s t r o épico el
o t r o , que salen del t e a t r o sus c o m p o s i c i o n e s y p a r e c e n diálo-
g o s sublimes e n t r e p e r s o n a j e s vivos, s e m e j a n t e s á i d e a s a b s -
t r a c t a s . P a r a mí, en el siglo X I X , sólo d o s p u e b l o s tienen ver-
d a d e r o t e a t r o , F r a n c i a y E s p a ñ a . N a c i o n e s q u e o s t e n t a n la
g r a c i a d e un B e a u m a r c h a i s y de un B r e t ó n , el g e n i o de un H u g o
y d e un Zorrilla, la inventiva de un G a r c í a G u t i é r r e z y de un
A l e j a n d r o D u m a s , la g r a n d e z a de un S a a v e d r a y d e un D e l a -
vigne, la p e r f e c c i ó n literaria d e un Ayala y d e un Musset, la
maestría e s c é n i c a de un S c r i b e y d e un V e g a , sin m e n t a r á
los vivos, p o r h a b l a r sólo de los m u e r t o s , no p e r d e r á n nunca
su gloria e s c é n i c a , en la c u a l , con dificultad s u m a , p o d r á n las
o b r a s v e n i d e r a s s u p e r a r á tales o b r a s e x c e p c i o n a l e s d e lo
p r e s e n t e y de lo p a s a d o . Sólo con la f e c u n d i d a d del suelo, en
q u e se d a n t o d o s los p r o d u c t o s d e las zonas t e m p l a d a s y mu-
chísimos d e las z o n a s t ó r r i d a s , d e b e c o m p a r a r s e la f e c u n d i -
d a d del t e a t r o en E s p a ñ a . P o r tal c a u s a , c u a n d o v e m o s los seis
r e t r a t o s p u e s t o s en glorificación de n u e s t r o s seis p r i m e r o s
a u t o r e s antiguos en el p r o s c e n i o de la p r i m e r e s c e n a e s p a ñ o l a ,
d e c i m o s sin vacilar que c a d a uno d e ellos, el m e n o r d e t o d o s .
lOO

constituiría él solo un t e a t r o p a r a cualquier p u e b l o n e c e s i t a d o

de g é n e r o literario t a n i n t e r e s a n t e . Y aquí p o d r í a m o s , si t u v i é -
r a m o s t i e m p o , p r e g u n t a r p o r q u é no hay en P o r t u g a l , d o n d e
t a n r i c a v a r i e d a d o f r e c e n t o d o s los g é n e r o s l i t e r a r i o s , un tea-
t r o , y p o r q u é no h a y un p i n t o r d e p r i m e r o r d e n allá en las
d o s A m é r i c a s , d o n d e b r i n d a n cielos y c a m p o s al a r t e y al ar-
tista p i c t ó r i c o t a n t a s i n s p i r a c i o n e s . E n t r e n o s o t r o s , V a l e n c i a
sola t i e n e l i t e r a t u r a d r a m á t i c a tan b e l l a , q u e p a r e c e , no la li-
t e r a t u r a de u n a c i u d a d , la l i t e r a t u r a d e t o d o un p u e b l o . D a -
d a s e s t a s a p t i t u d e s p a t r i a s , imposible f a l t a r a en la e s c e n a c o n -
t e m p o r á n e a el a u t o r sabio y r e f l e x i v o , a u n q u e s i e m p r e i n s p i -
r a d o y genial, que p e d í a la fase n u e v a del espíritu m o d e r n o y
la utilidad t a n g i b l e del s a b e r científico. T e n e m o s t r e s g é n e r o s
d e a r t e , no h a y que d u d a r l o ; t r e s , en los c u a l e s no d e c a e m o s
n u n c a : la p i n t u r a , la e l o c u e n c i a , la d r a m á t i c a . C o m o R o s a l e s
y F o r t u n y son un e j e m p l o d e lo p r i m e r o ; c o m o D o n o s o y Oló-
zaga un e j e m p l o d e lo s e g u n d o ; E c h e g a r a y es, con o t r o s e x -
celsos q u e , por vivos, callo, un e j e m p l o d e lo t e r c e r o . ¡ C u á n
r a r a coincidencia! En un p e r í o d o c o i n c i d e n la s a b i a música d e
W a g n e r e n A l e m a n i a , el sabio t e a t r o en E s c a n d i n a v i a de
Biorson é I b s e n , y el sapientísimo d e n u e s t r o E c h e g a r a y e n
E s p a ñ a . No se c o n o c e n los c u a t r o artistas r e s p e c t i v a m e n t e , no
se h a n e s c u c h a d o en m u t u a s a u d i c i o n e s ; y se h a n unido en el
fondo de su t i e m p o , s u s t i t u y e n d o al t e a t r o d e un r o m a n t i c i s m o
e s p o n t á n e o el t e a t r o de un romanticismo s a b i o , que r e s p o n d e
así al e s t a d o d e los ánimos c o m o al e s t a d o de los espíritus
c o n t e m p o r á n e o s . C o i n c i d e n , sin h a b e r s e j a m á s h a b l a d o , ni
h a b e r s e uno á otro c o n o c i d o h a s t a los últimos t i e m p o s , en q u e
los e c o s d e sus r e n o m b r e s r e s p e c t i v o s h a n r e s o n a d o en t o d o s
los climas, y las o b r a s d e sus r e s p e c t i v o s g e n i o s se h a n t r a s l a -
d a d o á t o d o s los idiomas, p o r q u e la s o c i e d a d p r o d u c e t o d o
c u a n t o n e c e s i t a ; y h a n e c e s i t a d o d e esta r e v o l u c i ó n científica
r e p r e s e n t a d a p o r Ibsen y E c h e g a r a y , c o m o n e c e s i t ó d e la r e -
volución r o m á n t i c a r e p r e s e n t a d a p o r T e ó f i l o G a u t h i e r y por
Víctor H u g o . Yo v e o , sin e m b a r g o , en I b s e n , c o m o v e o en
Zoia mismo, ni uno ni o t r o s a n t o s de mi d e v o c i ó n , - m a y o r e s
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c o n f o r m i d a d e s que v e o en E c h e g a r a y con los t r e s principios

d a r w i n i s t a s c o n t e m p o r á n e o s , la d e r i v a c i ó n d e los g é n e r o s y
e s p e c i e s unos de otros, la c o n c u r r e n c i a v i t a l , el a t a v i s m o .
E c h e g a r a y , sin r e n e g a r de la cosmología, c a m p e a p o r el esplri-
tualismo y el deísmo nacionales, no á guisa d e aquellos sabios
ingleses, q u e g u a r d a n el culto e x t e r n o de su Iglesia nacional p o r
no i n d i s p o n e r s e con sus c o n c i u d a d a n o s y no p e r d e r e l e c t o r e s , á
c a u s a de q u e los siente latir en las s i e n e s y en el c o r a z ó n , p o r -
que los lleva en el alma. O t r o c a r á c t e r de n u e s t r o E c h e g a r a y ,
s u p e r i o r al c a r á c t e r d e I b s e n , e s la m a y o r universalidad d e sus
tipos. A Ibsen le gustan las e x c e p c i o n e s y las m o n s t r u o s i d a d e s .
A s e m é j a s e de suyo á e s o s f e r i a n t e s d e las b a r r a c a s f r a n c e s a s ,
q u e m u e s t r a n p o r d o s c u a r t o s la t e r n e r a con siete p i e r n a s ó el
niño d e t r e s c a b e z a s . ¡Un paralítico! ¡Cuán p o c o d r a m á t i c o el
paralítico d e Ibsen, si t o d o d r a m a d e b e ser movimiento! ¡Cuán
p o c o i n t e r e s a n t e una niníómana, si t o d o d r a m a d e b e d i s p e r t a r
interés! El t e a t r o no s e r á nunca una clínica. D e b e inspirar d o -
l o r , no a s c o . P o n e d en p a r a n g ó n las q u e j a s d e E d i p o en C o l o n n a
de! inmortal Sófocles, que se resigna sublime al destino, con las
q u e j a s del joven lisiado y e n f e r m o d e I b s e n , que p a d e c e las
c a l a v e r a d a s de su b i s a b u e l o c u a n d o e r a s u b t e n i e n t e ; y d e c i d m e
cómo sin b a j a r la d e s g r a c i a de ningún m o d o han b a j a d o las
m a n e r a s d e sentirla y e x p r e s a r l a . Y o no c r e o q u e los r e s p e t o s
á la v e r d a d lleguen hasta c o n t a r una m a d r e al hijo los vicios
del p a d r e p o r odio á la i g n o r a n c i a . T a m p o c o c r e o q u e una
m u j e r se m a t e p o r no matar un p a t o . T a m p o c o c r e o c o n v e n g a
mucho á las m u c h a c h a s a n t e s d e c a s a r s e c o r r e r l a como p u d i e s e
un m u c h a c h o . P e r o acabem.os con e s t e a s u n t o , a c a b e m o s . P o -
d r é m o s d a r en r o s t r o á I b s e n , si q u e r é i s , con las e x t r a v a g a n -
cias y las i n c o n g r u e n c i a s q u e t a n t o nos c h o c a n en los ingenios
del N o r t e , no tan l ó g i c o s en la s e r i e de sus ideas, ni t a n p r o -
p o r c i o n a d o s en la g e o m e t r í a de sus f o r m a s , ni tan s o n o r o s en
el ritnio de sus v e r s o s , c o m o los p o e t a s m e r i d i o n a l e s . P e r o no
hay que n e g a r la g r a n d e z a del p o e t a I b s e n , así c o m o la g r a n -
deza del p o e t a Biorson, su c o m p l e m e n t o ; y justo e s a t r i b u i r á
las escuelas y á las c o n v e n c i o n e s sistemáticas faltas e x c u s a -
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b l e s , muy e x c u s a b l e s de suyo, y e r r o r e s casi r e c o g i d o s en esa

nutrición a é r e a , q u e os p e g a las i d e a s sin s a b e r d e d ó n d e han
v e n i d o , c o m o se os p e g a n los á t o m o s sin s a b e r p o r d ó n d e o s
han e n t r a d o . La h o n r a d a y d e m o c r á t i c a N o r u e g a es el c e r e b r o
de t o d a E s c a n d i n a v i a ; y p r e c i s a decir que un g é n e r o l i t e r a r i o
r e p r e s e n t a d o p o r h o m b r e s c o m o Ibsen, c o m o B i o r n s o n , c o m o
G o n c o u r t , c o m o Zola mismo, en c i e r t a m e d i d a y b a j o c i e r t o
a s p e c t o d r a m á t i c o a u t o r t a m b i é n , c o m o E c h e g a r a y , el m a y o r
d e t o d o s , el más f e c u n d o , el más genial, el más espiritualista,
r e s p o n d e á u n a f a s e l i t e r a r i a d e i m p o r t a n c i a tan g r a n d e y de
t r a s c e n d e n c i a tan d u r a d e r a c o m o el Misterio en la E d a d Media;
c o m o el p r i m e r esbozo de los t e a t r o s laicos en los d i á l o g o s
i m i t a d o s de las l e t r a s clásicas, que r e c u e r d a n s o b r e t a b l a d o s
e r i g i d o s á la v e n t u r a , d o n d e r e p r e s e n t a n c ó m i c o s p o p u l a r e s , la
c a r r e t a d e T h e s p i s ; c o m o la e s p o n t a n e i d a d d e L o p e , s u b s i -
g u i e n t e á la c o p i a de las p e r s o n a s y t r a d i c i o n e s y r e g l a s h o -
r a c i a n a s ; c o m o el r o m a n t i c i s m o h u m a n o de S h a k e s p e a r e y el
r o m a n t i c i s m o divino d e C a l d e r ó n ; c o m o la r e g u l a r i d a d a r i s -
totélica d e V e r s a l l e s h a r á d o s siglos h a s t a ser sustituida por
el d e s o r d e n g e n i a l de Víctor H u g o ; como el t e a t r o español y
f r a n c é s de t o d o el siglo, m á s a v e n t u r e r o que p s i c ó l o g o , m á s
l i t e r a r i o que filosófico, más a n i m a d o q u e reflexivo, con m e n o s
p e r s o n a j e s a r r a n c a d o s á las fisiología y á la psicología experi-
m e n t a l e s , p e r o con inspiración más b r i l l a n t e y con f o r m a s d e
un d i b u j o a c a b a d í s i m o y de u n a i n c o n t e s t a b l e p e r f e c c i ó n .

P a r a mí el escollo de tal g é n e r o literario e s t á en el r e a -

lismo, en esa e s c u e l a , q u e , á f u e r z a d e c o n t e m p l a r el f e n ó -
m e n o , lo t r a n s i t o r i o y p a r t i c u l a r , se olvida p o r c o m p l e t o del
n o ú m e n o s , lo e t e r n o y u n i v e r s a l . No m e g u s t a el r e a l i s m o .
P o c a s visitas h a r é y o á una escuela c u y o s anaestros llevan sus
i n v i t a d o s , no al salón de la c a s a , d o n d e se p r o c u r a q u e t o d o
h u e l a b i e n ; al sitio d e la c a s a d o n d e t o d o hiede y a p e s t a .
El a r t e , ó no e s n a d a , ó e s la t r a n s f o r m a c i ó n d e lo r e a l en
idealidad y la e n c a r n a c i ó n d e lo ideal en la r e a l i d a d y en
la v i d a . Maldito el á r b o l q u e , lejos d e c o n v e r t i r el estiércol
p u e s t o s o b r e sus r a í c e s en r e s i n a s , a r o m a s y mieles, c o n v i r -
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tiera mieles, a r o m a s y resinas en estiércol. C u é n t a n m e q u e

Nan¿i m u e r e d e viruela n e g r a en el t e a t r o , y q u e , p a r a e s t u -
d i a r los f e n ó m e n o s d e u n a m u e r t e así, r e c o r r i ó Zola h o s p i t a -
les y más h o s p i t a l e s en P a r í s . P u e s el r e a l i s m o no resultó per-
fecto: f u é r a l o , si en vez d e morir Naná d e mentirijillas, m u -
r i e r a de v e r d a d , y a d e m á s le p e g a s e su mal en realista c o n -
t a g i o al a u t o r y á los e s p e c t a d o r e s . P a r a mí lo sumo del a r t e
se halla en q u i e n s a b e , c o m o C e r v a n t e s , p i n t a r un t i p o de lo
e t e r n a m e n t e ideal y otro tipo d e lo e t e r n a m e n t e r e a l ; en quien
p o n e , c o m o C a l d e r ó n , junto á un p e n s a d o r c o m o S e g i s m u n d o ,
un g r a c i o s o como C l a r í n ; en q u i e n , á m a n e r a de M o n t a ñ é s ,
p o r sabio estudio a n a t ó m i c o e s c u l p e un c u e r p o animal de joven
h e r m o s o en el C r u c i f i c a d o , y luego con el e s p e j o ustorio d e su
inspiración religiosa c o g e del cielo y c o n c e n t r a s o b r e c a r a y
c a b e z a , d o n d e comienza el a l m a , un r a y o d e Dios. E c h e g a r a y
es el más espiritualista, el más religioso, el más metafisico
e n t r e t o d o s los p o e t a s r e p r e s e n t a n t e s del g é n e r o l l a m a d o por
mí romanticismo s a b i o , c o n una sola e x c e p c i ó n : con e x c p c i ó n
de T o l s t o i , místico de suyo, muy o r t o d o x o d e n t r o de su reli-
gión b i z a n t i n a , y muy e m p e ñ a d o en q u e h a b r á n t a r d e ó tem-
p r a n o de p r o c l a m a r las s o c i e d a d e s m o d e r n a s , c o m o u n a ley
positiva d e f u e r z a o b l i g a t o r i a , el S e r m ó n d e la M o n t a ñ a . E c h e -
g a r a y lleva un b e s o d e cielo, c o m o el cielo d e Murcia, en su
f r e n t e , y en e s t e b e s o r e c i b e t o d o el esplritualismo que se halla
diluido p o r t o d o s los h o r i z o n t e s h i s p a n o s , y con e s p e c i a l i d a d
p o r los h o r i z o n t e s m e r i d i o n a l e s . Metafisico y religioso de un
l a d o ; fisiólogo y naturalista de o t r o lado; m a t e m á t i c o y p o l í -
tico; la riqueza d e sus a p t i t u d e s , y la v a r i e d a d de sus e s t u -
dios han s e r v i d o á la riqueza de sus t i p o s y á la v a r i e d a d de
sus a r g u m e n t o s . Así, en una t i e r r a , d o n d e ha r e a l i z a d o el t e a -
t r o t a n t a s maravillas, p e r s o n i f i c a n d o d e s d e las i d e a s t e o l ó g i -
cas a d o r a d a s en sus intuiciones p o r el p u e b l o hasta los e j e m p l a -
r e s d e t o d o c u a n t o se c r i a r a en el m u n d o , p u e s h e m o s p u e s t o
los A u t o s s a c r a m e n t a l e s con la Biblia y la Suma de Santo
T o m a s y la Escolástica en su s e n o ; a q u í , d o n d e r e c i t a m o s
t o d o s las e s c e n a s de n u e s t r o s p o e t a s d r a m á t i c o s y los m o n ó l o -
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g o s l l a m a d o s p o r el habla c o r r i e n t e , relaciones, dichas con

más ó m e n o s p e r f e c c i ó n , p e r o c o n religioso e n t u s i a s m o , en
t o d a s las tertulias c a s e r a s ; s o b r e suelo, b a j o a i r e , y con m e -
moria, p o r c u y o s e s p a c i o s d i s c u r r e n la «Esclava de su G a l á n »
llevando el clavo d e su a m o r o s a s e r v i d u m b r e ; la «Estrella d e
Sevilla» o p o n i e n d o á r e g i a s s e d u c c i o n e s su d i g n i d a d y su h o n r a
de m u j e r ; la «Justina del Mágico P r o d i g i o s o » a b s o r t a en oir
los s e c r e t o s que le revelan el girasol en sus d i u r n a s v u e l t a s y
el ruiseñor en sus escalas m o v i d a s p o r e n c e n d i d o s a m o r e s ; las
d a m a s y g a l a n e s del « M a y o » y d e l «San J u a n , » que d i s c r e t e a n
y e m a n o r a n al r e s p l a n d o r de n u e s t r a s estrellas y e n t r e r a m a -
jes de r o s a s ; el S e g i s m u n d o con sus i n t e r r o g a c i o n e s , y el C o n -
d e n a d o con sus desconlianzas, y el Alcalde con sus justicias, y
el T e t r a r c a con sus celos, y el T r o v a d o r con sus e n d e c h a s , v
las T a p a d a s con sus b u r l a s , y el T e n o r i o con sus lances, y el
R i c o - h o m b r e d e Alcalá á los p i e s del R e y D . P e d r o ; todavía
q u e d a , p o r un e s f u e r z o de n u e s t r a f e c u n d a Naturaleza y p o r
un m i l a g r o de n u e s t r o i n a g o t a b l e g e n i o , inventiva para c r e a r
y e s p a c i o para recibir el « G l a d i a d o r de R a v e n a » en las puer-
t a s de su circo y el « A r o l d o de N o r m a n d i a » en las t e m p e s t a -
d e s o c e á n i c a s d e sus n a v e g a c i o n e s ; el d r a m a t u r g o de las l o c a s
e s p e r a n z a s y el anticuario de los r e c o m p u e s t o s c a c h a r r o s en
sus e x t r a v a g a n c i a s ; la s e d u c t o r a M a r i a n a y el a t o r m e n t a d o
L o r e n z o e n sus d o l o r e s ; el materialista C a r l o s y el a p a s i o n a -
dísimo F e r n a n d o en sus c o m b a t e s ; M o n e a d a con su p u n d o n o r
c a s t e l l a n o junto á O r g a z c o n su p e r v e r s i d a d n a t u r a l ; el G a -
briel de las d u d a s homicidas y la Eulalia d e los h o n r a d o s ho-
l o c a u s t o s ; el s o ñ a d o r Villena, que se m a t a s o ñ a n d o , y la b e -
lla Isabel, por quien m u e r e , c o n v e r t i d a en Vestal de sus re-
c u e r d o s ; el a m a n t e Rafael y su dulce A m p a r o , s o b r e c u y o s fe-
lices idilios r e l a m p a g u e a n las f u l g u r a c i o n e s de u n a t o r m e n t a ;
el b a s t a r d o de cuna y de c o n c i e n c i a , M a n f r e d o , junto á Bea-
t r i z , que t a n t o r e c u e r d a la « F r a n c e s c a d e Rimini» con la « P a -
risina» de Byron; el sublime r e v e l a d o r Miguel S e r v e t y á su
l a d o la h o r r i b l e p e r s o n i l k a c i ó n del odio t e o l ó g i c o y de la in-
t o l e r a n c i a religiosa que aniquila en sus c r í m e n e s á los p r o p i o s
 97

hijos; el D . Julián y la T e o d o r a del « G r a n G a l e o t o » e m p o n -

z o ñ a d o s por las m u r m u r a c i o n e s l i g e r a s y m a l h e r i d o s p o r la
calumnia que les ha c l a v a d o su fría hoja d e puñal en los s e n -
d o s c o r a z o n e s ; p e r s o n a j e s d e un c e r e b r o a r d i e n t e surgidos,
e n t r e p a s i o n e s e x a l t a d a s que los a r r a s t r a n y p e n s a m i e n t o s so-
b r e h u m a n o s q u e los c o n s u m e n viviendo c a d a cual vidas t e r r i -
bles e n c o n t r a d a s en el m u n d o p o r d o q u i e r ; t é r m i n o s ideales
r e v e s t i d o s d e c a r n e y nervios, que c o m p o n e n p r o b l e m a s d o n d e
la moral y la fisiología e n c u e n t r a n e n c a r n a c i o n e s , que á v e c e s
a l u m b r a el p e n s a m i e n t o y que á v e c e s d e v o r a el vicio y mancha
el c r i m e n ; p e r o q u e a u m e n t a n , en sus s u r r e c c i o n e s , t o d a s esas
m i r i a d a s d e h u m a n a d a s ideas, e x t e n d i d a s por la inspiración en
el alma de n u e s t r a P a t r i a , y tan. b r i l l a n t e s y tan i n n u m e r a b l e s
c o m o las e s t r e l l a s s e m b r a d a s en los e s p a c i o s de su e s p l e n d o -
r o s o cielo.
R e v o l u c i o n a r i o E c h e g a r a y en p o l í t i c a , r e v o l u c i o n a r i o e n
e c o n o m í a , r e v o l u c i o n a r i o en ciencias c o s m o l ó g i c a s , revolucio-
nario en a r t e s y letras; e s t e C u e r p o , e s e n c i a l m e n t e c o n s e r v a -
d o r , le a b r i ó su C e n á c u l o , d o n d e se c o n s a g r a n oficialmente
los r e n o m b r e s p o p u l a r e s , no por sus i d e a s , p o r sus méritos;
y l a u r e á n d o l o , ha s a n c i o n a d o con el i n a p e l a b l e v o t o a c a d é -
mico un v o t o de a n t i g u o e x p r e s a d o p o r la c o n c i e n c i a p o p u -
l a r . Y c u e n t a q u e h a c e b i e n el instituto n u e s t r o siendo c o n -
s e r v a d o r en m a t e r i a de l e n g u a j e , p u e s le a t a ñ e y t o c a p o r su
propio ministerio y por juro de h e r e d a d resistir á las t e m e r a -
rias i n n o v a c i o n e s y g u a r d a r c o n t r a t o d o s y c o n t r a t o d o el t e -
soro d e n u e s t r o c a s t e l l a n o . ¡Ah! No c o n o z c o signo m a y o r d e
flaqueza, ni síntoma t a n s e g u r o de i r r e m e d i a b l e d e c a d e n c i a
e n las N a c i o n e s , c o m o los m e n o s p r e c i o s del p a t r i o i d i o m a ,
v e r b o divino del espíritu, l e n g u a de f u e g o del o e n s a m i e n t o . y
transmisión, desde unas generaciones á otras generaciones, del
alma n a c i o n a l . P o c a s v e c e s ¡ay! c o r r i e r a t a n t o s peligros lá
lengua p r o p i a , c o m o e n e s t e p e r í o d o de t i e m p o , sólo p r o p i c i o
á las a j e n a s . Se instruyen los m u c h a c h o s de uno y o t r o s e x o
en tal n ú m e r o de l e n g u a s , c o n e x c e p c i ó n por supuesto de la
p r o p i a , q u e c o n c l u y e n p o r no h a b l a r n i n g u n a ; y se les e m b u t e

'3
lOO

y a t i b o r r a el e n t e n d i m i e n t o con tal c o p i a de p a l a b r a s , que no

q u e d a e s p a c i o p a r a inscribir en él u n a i d e a . Así d i f u n d e n mil
v o c a b l o s e x t r a ñ o s , r e c o g i d o s luego p o r el c u e r p o á la m a n e r a
de las e m a n a c i o n e s p a l ú d i c a s , y u s a d o s p o r los m á s c o n s p i -
c u o s y los más clásicos a u t o r e s , no sólo en sus c o n v e r s a c i o n e s
p r i v a d a s y d i a r i a s , e n sus t r a b a j o s a c a d é m i c o s , p o r el c o n t a g i o
con los malos h á b i t o s y las i m p r o p i a s p a l a b r a s , i n d e l i b e r a d o é
i n c o n s c i e n t e , y por la e x p o n t a n e i d a d con que t o d o s h a b l a m o s ,
o l v i d a n d o en el instinto á c a u s a de ia imitación universal,
aquello a d q u i r i d o p o r e s t u d i o y g u a r d a d o so siete llaves
e n el e n t e n d i m i e n t o . Y d e a q u í explotar las b o m b a s , c o m o si
f u e r a n l o c u p l e t a s minas, en vez de estallar; v e n i r s e lás avalan-
chas e n c i m a , y no los a l u d e s ; d i v e r t i r n o s e n las soírees c u a n d o
d e b i é r a m o s , sin p e c a r c o n t r a el D i c c i o n a r i o , d i v e r t i r n o s en
los s a r a o s ; v e r en los l e j o s d e l h o r i z o n t e a f r i c a n o minaretes,
l l a m a d o s p o r n u e s t r o s p a d r e s alminares; a p a r e c é r s e n o s las si-
luetas c u a n d o a n t e s se n o s a p a r e c í a n las s o m b r a s ; r e e m p l a z a r
c o n revanchas los d e s q u i t e s ; a m é n de n e c e s i t a r s e un lexicón
i n t e r m i n a b l e so el b r a z o p a r a e n t e n d e r las p a l a b r a s italianas,
francesas, británicas, esclavonas, como Rabeles ambulantes que
son las lechuguinas y los l e c h u g u i n o s á la m o d a , d o t a d o s d e cien
l e n g u a s p a r a no t e n e r cosa q u e decir e n ninguna. ¡Ay! A m a y o r
a b u n d a m i e n t o , se d e s d e ñ a la l e n g u a m a d r e d e n u e s t r o idioma y
s e la d e c l a r a , sin oiría, c o m o r e l e g a b l e á l a Iglesia. Y o e s t u v e
cinco a ñ o s a p r e n d i e n d o latín en Elda con un d ó m i n e , y d e c l a r o
q u e al d ó m i n e d e b e r e c o n o c é r s e l e t o d o c u a n t o p u e d a e n mis
p a l a b r a s h a b e r de p r o p i e d a d , y al d ó m i n e d e b i e r o n a b r í r s e l e ,
y no á mí, en justicia, las p u e r t a s de e s t e s a n t u a r i o . En mis dis-
c u r s o s h a b r é yo mismo c o m e t i d o i n n u m e r a b l e s p e c a d o s c o n t r a
la g r a m á t i c a , p u e s quien mucho h a b l a mucho y e r r a , y t o d o s
p r o v i e n e n del olvido de aquellas l e c c i o n e s que me d a b a , e n t r e
p a l m e t a z o y p a l m e t a z o , mi lloradísimo s a b i o d ó m i n e . H a b r é -
mos d e r e s t a u r a r l o s . { C ó m o construir á d e r e c h a s , si t o r c i d a - ,
m e n t e o l v i d a m o s la sintaxis m a d r e d e q u e n u e s t r a s i n t a -
xis p r o v i e n e ; y c ó m o e s c o g e r la p a l a b r a más a p r o p i a d a de
suyo á v u e s t r a i d e a , si d e s c o n o c é i s el m a r a v i l l o s o lexicón
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etimològico que a c l a r a t o d a nuestra* nacional analogía? Así

debemos, por cuantos medios tengamos á nuestro arbitrio,
c o m b a t i r la i g n o r a n c i a del idioma que sirve d e m o l d e al nues-
t r o , a d o r n a d o p o r e s m a l t e s o r i e n t a l e s , c o m o las a l h a r a c a s
m u d e j a r e s t a n a d m i r a b l e s en mil viejas iglesias hispanas, p e r o
d e una o r t o d o x i a latina i n c o n t e s t a b l e . P r e c i s a , p u e s , p e d i r
auxilio en e s t a o b r a de c o n s e r v a c i ó n á c u a n t o s e s c r i t o r e s y
escritos creamos puros de veras; y precisa publicar órdenes
en la Gaceta oficial, c u a n d o p a r e z c a o p o r t u n o , e x p l i c a t i v a s
del sentido más p r o p i o a l c a n z a d o p o r las p a l a b r a s en el i d i o -
m a . D e b e m o s r e c u r r i r á t o d o y á t o d o s . Yo, sin e n t r a r en el
p a v o r o s o p r o b l e m a d e la e m a n c i p a c i ó n política del s e x o h e r -
m o s o , lamento q u e no v e a m o s inscritos e n los á u r e o s a n a l e s
a c a d é m i c o s los n o m b r e s de c u a t r o e s c r i t o r a s gloriosísimas del
siglo, que son á s a b e r : F e r n á n C a b a l l e r o , G e r t r u d i s G ó m e z de
A v e l l a n e d a , C a r o l i n a C o r o n a d o , Emilia P a r d o Bazán, El c a s t e -
llano, e n l a s t r e s últimas e s p e c i a l m e n t e , r e n u e v a el g u s t o y abun-
d a n c i a de los clásicos. N u e s t r a lengua no se p a r e c e al f r a n c é s
en esto; al f r a n c é s , que no t i e n e c o n s a g r a d a ni la p a l a b r a es-
c r i t o r a , ni la p a l a b r a p i n t o r a , ni la p a l a b r a p o e t i s a , ni la p a l a -
b r a a u t o r a ; y así d e b í a n las A c a d e m i a s e s p a ñ o l a s de p a r e c e r -
se á la e s p a ñ o l a l e n g u a y no c e r r a r su libro d e o r o , d o n d e
c o n s t a n t o d o s los a p e l l i d o s d e n u e s t r a nobleza l i t e r a r i a , no á
e s t a s s a c e r d o t i s a s del ideal. T o d o lo n e c e s i t a m o s . N u e s t r a
N a c i ó n ¡ay! no a p a r e c e t o d a v í a t a n u n a , que p o d a m o s desde-
ñ a r el lazo de unión e n t r e sus r e g i o n e s e x i s t e n t e , ni d e s c u i d a r
el v e r b o , e n que su espíritu se r e v e l a . Y , p a r a f o r m a r la
u n i d a d o r g á n i c a de los p u e b l o s , hay que a t e n d e r mucho á la
u n i d a d i n t e r n a ó e s p i r i t u a l ; y p a r a o b t e n e r la unidad interna ó
e s p i r i t u a l , hay que a t e n d e r mucho á la u n i d a d de su l e n g u a .
No son á la v e r d a d N a c i o n a l i d a d e s t o d o s los p u e b l o s q u e q u i e -
r e n serlo. Esas sumas d e h o m b r e s c o n o c i d a s con el a p e l l i d o
de c o n f e d e r a c i o n e s nunca c o n s e g u i r á n lo c o n s e g u i d o por E s -
p a ñ a : identificar t a n t a s razas diversas e n s u p e r i o r N a c i ó n .
Así la i d o l a t r a m o s , y no p o d e m o s definir esta idolatría, sino
calificándola de c u l t o filial. ¡ C u á n t a s d e s g r a c i a s i n m e r e c i d a s , y
 lOO

c u á n t a s felicidades t a m b i é n , p a r a las c u a l e s no p o d e m o s p r e -
s e n t a r ningún título! C u a n d o c o r r í a mi lejana i n f a n c i a , s e n t í a -
m e y o p o s e í d o p o r el culto á la s a n t a m u j e r q u e me d i e r a la
vida y por el culto á E s p a ñ a d e q u e cien p r u e b a s t e n g o y a ofre-
c i d a s en mi t o r m e n t o s a e x i s t e n c i a . Y m u c h a s v e c e s , c u a n d o
b a l b u c e a b a en c o m p e n d i o s las p á g i n a s más ilustres d e nuestra
historia y veía la m i r a d a m a t e r n a l , a t e n t a , c o m o e n é x t a s i s , al
l i b r o y al hijo, y o solía p r e g u n t a r m e allá en las indecisas inte-
r r o g a c i o n e s p r o p i a s d e los niños: D i o s mío, {qué m é r i t o h a b r é
y o c o n t r a í d o a n t e s de n a c e r p a r a q u e m e h a y á i s d a d o u n a m a -
d r e t a n b u e n a y una P a t r i a tan g r a n d e ? N o se p u e d e s a b e r
c u á n t o a m a uno á su m a d r e , sino s o b r e v i v i é n d o l a , c o m o p o r
ley g e n e r a l se le s o b r e v i v e ; no se p u e d e s a b e r c u á n t o a m a uno
á su P a t r i a , sino s e p a r á n d o s e de ella p o r p r o s c r i p c i ó n y p o r
f u e r z a . T o d o el p l a n e t a e s t i e r r a , decía y o en mis d e s t i e r r o s ,
p e r o no e s la t i e r r a , c u y a sustancia llevanios e n n u e s t r a s v e -
nas; t o d a la a t m ó s f e r a es a i r e , p e r o no es el aire q u e r e c o g i ó
n u e s t r o s p r i m e r o s s u s p i r o s ; t o d o el sol es luz, p e r o no e s
aquella luz de la cual l l e v a r e m o s h a s t a morir un b e s o e n la f r e n -
t e ; t o d o s los h o g a r e s o f r e c e n c a l o r y a b r i g o , p e r o no e s aquel
c a l o r ni aquel a b r i g o q u e os dió el h o g a r s a n t i f i c a d o por las
l á g r i m a s q u e c o s t a r a n v u e s t r a s vidas; t o d a s las iglesias son
u n a , p e r o sus c a m p a n a s no s u e n a n c o m o a q u e l l a s q u e h a n d o -
b l a d o por la m u e r t e de n u e s t r o s p r o g e n i t o r e s ó q u e nos h a n
t r a í d o el Ave María á los l a b i o s en la t a r d e , c u a n d o pliegan
las a v e s sus alas so el r a m a j e y d e s p l i e g a n los a s t r o s su luz en
el e s p a c i o ; t o d a s las l e n g u a s son h u m a n a s , p e r o no son a q u e -
lla l e n g u a d e la cual nos h e m o s v a l i d o p a r a d e c i r m a d r e mía
y a m o r mío, con lo cual en los l a b i o s q u e r e m o s p r e s e n t a r -
nos al juicio d e Dios: q u e t o d o s los r e c u e r d o s m á s s a n t o s y
t o d a s las e s p e r a n z a s m á s c o n s o l a d o r a s se c o n c e n t r a n en el
c u l t o á la P a t r i a ; y t o d a el a l m a de la P a t r i a e n su l e n g u a ,
l e g a d o glorioso r e c i b i d o de n u e s t r o s e s c r i t o r e s i n m o r t a l e s , y
que d e b e m o s , c o m o un vínculo s a c r o , t r a n s m i t i r d e g e n e r a c i ó n
en g e n e r a c i ó n hasta la más r e m o t a p o s t e r i d a d , cual m e r e c e n
su gloria y su g r a n d e z a . He d i c h o .
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