Está en la página 1de 292

TODA LA MITOLOGÍA GRIEGA Y ROMANA

Y SU RICO LEGADO CULTURAL

La m itología griega y romana ha influido de manera funda­


mental en el desarrollo de la cultura occidental. Los dioses
del Olimpo, los héroes de la guerra de Troya, los conquista­
dores del vellocino de oro, Edipo, Ariadna y tantos otros per­
sonajes han constituido una fuente inagotable de inspiración
a lo largo de los siglos. El Diccionario de la mitología griega y
romana reúne a un tiempo los mitos creados por los antiguos
y las principales obras -literarias, pictóricas, escultóricas,
musicales, cinematográficas- asociadas a estos.

Ordenado rigurosam ente de la A a la Z y complem entado


p o r un centenar de ilustraciones, este diccionario incluye un
amplio repertorio de personajes, lugares, conceptos y temas
esenciales de la mitología grecorromana. Completan la obra
una serie d e apéndices (las fuentes literarias d e la mitología
griega y rom ana, las relaciones entre m itología, historia,
artes, religión, etc.) y un exhaustivo índice que facilitará a los
usuarios la rápida localización de la Información buscada.

www.FreeLibros.me
DICCIONARIO
ESPASA
MITOLOGÍA GRIEGA Y ROMANA
DIRIGIDO POR RENÉ MARTIN

ES PASA

www.FreeLibros.me
E d ito ra
C a ro lin a R eoy o

T ra d u c c ió n
A le g ría G a lla rd o SUM ARIO
D ise ñ o
J o a q u ín G a lle g o

T itu lo o rig in a l
D ictio n n a ire c u liu rcl d e la m yth o io g ie g réc o -m m u in e
É d ilio n s N a th a n , P a ris , 1992
In t r o d u c c ió n ........................................................................................................ ix
li s p ro p ie d a d C ó m o c o n s u l t a r e l d ic c io n a r io .................................................... x iv
£> H d itio n s N a th a n , P arís
© D e la tra d u c c ió n : A le g ría G a lla r d o L a u rel
© D e to d a s la s e d ic io n e s e n c a s te lla n o : lis p a s a C a lp e , S . A ., M a d rid , 1996
L A M IT O L O G ÍA G R E C O R R O M A N A
O c ta v a e d ic ió n ; fe b re ro , 2 0 0 5 L as fu cn ies litera ria s d e la m ito lo g ía g reco rro m an a . xvn
G eo g rafía m ito ló g ica ........................................................ xxvn
C o rre sp o n d e n cia d e los n o m b res g rieg o s y latinos de
d io ses y h é ro e s ............................................................... xxxi

D icc io n a rio d e la A a la Z ........................................................ 1 -456

ANEXOS
E stu d io gen eral d e la m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a 457
L a m ito lo gía g re c o rro m a n a y las artes p lásticas . . . . 479
Im p re so e n E s p a ñ a / P rin tc d in S p a in L a m ú sica y la in sp iració n m ito ló g ic a ........................ 481
Im p re s ió n : U n ig ra f, S . L. L a A n tig ü ed ad llev ad a al c i n e .......................................... 483
ín d ic e gen eral ....................................................................... 485
Indice de térm in o s y ex p resio n es procedentes de la m i­
E d ito ria l lis p a s a C a lp e . S . A.
(M a d rid ) to lo g ía g re c o rro m a n a ................................................... 505
ín d ic e d e e sc rito re s y o b ra s an ó n im a s d e la A n tigüe­
d a d c l á s i c a ......................................................................... 511

www.FreeLibros.me
S U M A R IO V l |l

índice d e escritores y o b ra s an ó n im as p o sterio res a la


A ntigüedad ...................................................................... 515
índice d e pinto res, escu lto res y o b ra s an ó n im as . . . . 527
índice de co m p o sito res y o b ra s m u sicales anónim as. 535
índice de realizadores c in e m a to g r á fic o s ............ 539

B ibliografía ........................................................................ 543


INTRODUCCIÓN

L a m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a 1 h a lle g a d o a n o so tro s a


tr a v é s d e u n c o n ju n t o d e te x t o s q u e , e n s u m a y o r ía , fig u ­
ra n e n tr e la s o b r a s c a p ita le s d e la lite r a tu r a u n iv e rs a l (v e r
e l a p a r ta d o « L a s f u e n te s lite r a r ia s d e la m ito lo g ía g r e c o ­
r r o m a n a » e n la p á g . x v ii ) . E s ta m ito lo g ía e s u n te m a o m ­
n ip r e s e n te , ta n t o e n la s l e t r a s c o m o e n la s a r t e s f i g u r a ti­
v a s , a lo la r g o d e to d o e l p e r í o d o h is tó r ic o c o n o c id o c o n
e l n o m b r e d e A n tig ü e d a d c lá s ic a , c u y a im p re g n a c ió n m i­
to l ó g ic a p o d r ía c o m p a r a r s e a la c r i s ti a n a d e la E d a d M e ­
d ia . S u p r e s e n c i a s i g u e s i e n d o p o d e r o s a d u r a n t e la lla ­
m a d a A n t i g ü e d a d t a r d í a , e n e l c o r a z ó n d e u n I m p e r io
r o m a n o q u e e n p le n o s i g lo iv s e g u ía m a n te n ie n d o
lo s m ito s p a g a n o s c o m o b a s e d e lo s p ro g r a m a s e s c o l a r e s .

1 E n el E s t u d io g e n i -xa i . di -, l a m it o l o g ía g r e c o r r o m a n a (p ág . 4 5 7 y sig s.i


el le c to r e n c o n tr a r á la s in d ic a c io n e s n e c e s a r ia s s o b r e la n a tu ra le z a y e l s ig n ifi­
c a d o d e lo s m ito s c lá s ic o s .

www.FreeLibros.me
IN TRO D U C CIÓ N X XI INTRODUCCIÓN

N o c a b e d u d a d e q u e d u r a n t e la E d a d M e d i a e s t a i n s ­ i n a n i a , q u i n c e e n F r a n c i a , tr e c e e n I n g l a te r r a y E s p a ñ a ,
p ir a c ió n m i to l ó g ic a s e v e r á e n g r a n p a r t e e c li p s a d a p o r la o n c e e n Ita lia , o c h o e n lo s P a ís e s B a jo s y v a ria s m á s e s c r i­
c r i s ti a n a . S in e m b a r g o , i n c l u s o d u r a n t e e s t e p e r í o d o , a l ­ t a s e n la t ín , e n d a n é s , e n s u e c o y e n r u s o ( a la s c u a le s se
g u n o s d e lo s g r a n d e s r e l a t o s m í t i c o s d e la A n t i g ü e d a d ( l a a ñ a d e n a l m e n o s u n a d e c e n a d e p a r o d i a s 1).
g u e r r a d e T r o y a , e l p e r i p l o d e lo s A r g o n a u ta s , e l c i c l o te - E s c ie r to q u e la m ito lo g ía c o n o c e u n r e la tiv o e c lip s e en
b a n o , la s a v e n t u r a s d e E n e a s ) s e r á n o b j e t o d e v e r s i o n e s e l s ig lo x i x , y a q u e e l r o m a n ti c is m o b u s c a p a r te d e su in s­
« n o v e la d a s » y d e r e e l a b o r a c i o n e s d iv e r s a s . p ir a c ió n e n la m i to l o g ía n ó r d i c a m á s q u e e n la d e lo s p a í­
A p a r t i r d e l R e n a c im ie n t o , la m i to l o g ía g r e c o r r o m a n a s e s m e d ite r r á n e o s . E n e l s ig lo x x , s in e m b a r g o , p e n s a d o re s
v o lv e r á a s e r u n a im p o r ta n te fu e n te d e in s p ir a c ió n y p a s a r á y f iló s o f o s s e e n tr e g a r á n a la ta r e a d e b u s c a r u n s ig n ific a d o
a d e s e m p e ñ a r u n a fu n c ió n p rim o rd ia l e n la c u ltu ra o c c i­ n u e v o a lo s m i to s d e la A n tig ü e d a d : la l e c t u r a q u e F re u d
d e n ta l. E n to d a E u r o p a la s o b r a s d e a r t e y la s o b r a s l i te r a ­ r e a liz a d e l m i to d e E d ip o e s u n e je m p lo c a r a c te r ís tic o . E s­
ria s s e a lim e n ta n d e lo s g r a n d e s m i to s f o r ja d o s p o r lo s a n ­ c r ito r e s c o m o J . A n o u ilh (A n tí g o n a ), M . A u b (N a rc iso ), S.
tig u o s . A e llo s a c u d e n p r o f u s a m e n t e p in to r e s , e s c u l to r e s y E s p r i u ( A n t í g o n a ) , A . G a l a ( ¿ P o r q u é c o r r e s , U lis e s ? ),
p o e ta s q u e , p o r o t r a p a r t e , n o d e s d e ñ a r á n h a c e r l e s o b je to J. G ir a u d o u x ( L a g u e r r a d e T r o y a n o te n d r á lu g a r ), i . M a-
d e v e r s io n e s p a r ó d i c a s , ta n e r u d i t a s c o m o ir r e s p e t u o s a s . ra g a ll (N a u s ic a ), B . P é r e z G a ld ó s (E le c tra ), J . P. S a rtre (L a s
E s ta f u n c ió n d e s b o r d a d e h e c h o e l á m b ito d e la s a r t e s y d e m o s c a s ) , o G . T o r r e n te B a lle s te r ( E l r e to r n o d e U lise s), los
la s le tra s y, e n e s t e s e n tid o , p u e d e v e r s e c ó m o la m ito lo g ía h a n u ti li z a d o c o m o f u e n t e d e in s p ir a c ió n te a tr a l, y e l c in e
e n tr a a l s e r v ic io d e la i d e o l o g ía m o n á r q u ic a c o n L u is X IV , s e a p o d e r a d e e l l o s p a r a c o n v e r t i r l o s e n te m a s c in e m a to ­
e n V e rs a lle s e s p e c i a l m e n t e , m i e n tr a s lo s je s u í t a s ll e v a n a g r á f i c o s , g e n e r a l m e n t e d e s t i n a d o s a l g r a n p ú b li c o , p e ro
c a b o un e x tr a o rd in a rio tr a b a jo d e c o n c ilia c ió n d e l p a g a ­ ta m b ié n e n o b r a s m a e s tr a s d e l s é p tim o a r te , c o m o la M e -
n is m o y e l c r i s ti a n is m o ’. L o s a m o r e s d e D id o y E n e a s , q u e d e a d e P a s o lin i o la I f ig e n i a d e C a c o y a n n is .
h a b ía r e l a t a d o V ir g ilio , c o n s t i t u y e n u n e j e m p l o s i n g u l a r ­ A e l l o s e a ñ a d e e l h e c h o d e q u e la m i t o l o g í a p e r m a ­
m e n te ilu s tr a tiv o d e e s t a f l o r a c ió n m ito ló g ic a : si n o s lim i­ n e c e s o r p r e n d e n te m e n te p r e s e n te e n e l c o r a z ó n m is m o d e
ta m o s a l á m b ito d e la e s c e n a , p o d e m o s c o n ta r n o m e n o s d e la m o d e r n i d a d , d e la m á s p r e s t i g i o s a a la m á s c o tid ia n a ,
o c h e n ta a d a p ta c io n e s e n tr e 1 5 1 0 — f e c h a e n q u e a p a r e c e la d e s d e e l c o h e t e A r i a d n a o la b a s e d e d a to s b ib l io g r á f ic a
p r i m e r a d e e l l a s — y 1 9 1 2 — f e c h a d e la m á s r e c i e n t e — , d e l m i s m o n o m b r e d e la B ib l io t e c a N a c io n a l d e M a d r id ,
q u e r e c u p e r a n e l m ito e n f o r m a d e tr a g e d ia s , tr a g e d ia s lír i­ h a s t a e l d e te r g e n te A ja x , p a s a n d o p o r lo s m i s i le s H a d e s ,
c a s , ó p e r a s o in c lu s o o p e r e t a s ; e n c o n tr a m o s v e in te e n A le - e l p r o g r a m a A p o l o , e l n a v i o C a l i p s o d e l c o m a n d a n te

: V e r J e a n - P ie rr c N é ra u d a u . I. 'O lym pe ilu R o i-S o te it, P a rís , L e s B o lle s I ,el- 1 V e r R e n e M a r lin ( e d .) , É née e l D U to n : nai.istm ce, fo n c tio im e m e n t e l sur-
ire s . c o l. « N o u v e a u x C o n ílu c n ts » , 1986. v ie it'u n m ythe. P a r ís , P u b lic a c io n e s d e l C N R S , 1990.

www.FreeLibros.me
INTRODUCCIÓN XII XIII INTRODUCCIÓN

C o u s te a u o lo s p a ñ u e lo s H e r m e s . E s o s in c o n ta r lo s d ía s v e z lo s m ito s y s u s u p e r v iv e n c ia c u ltu ra l e x ig ía , en efecto ,


d e n u e s tra s e m a n a « p la n e ta r ia » , m u c h o s d e lo s c u a le s a lu ­ e f e c t u a r u n a s e le c c ió n r ig u r o s a y r e te n e r ú n ic a m e n te , e n ­
d e n a n o m b r e s d e d i o s e s — n o m b r e s c o n lo s q u e f u e r o n tr e c i e n t o s d e r e l a t o s , lo s m á s im p o r t a n te s y « p r o d u c ti­
b a u tiz a d o s lo s p la n e ta s d e l s is te m a s o la r — , y u n g r a n n ú ­ v o s » d e s d e e l p u n to d e v i s t a c u l t u r a l , a s í c o m o la s v e r­
m e ro d e té r m in o s y e x p r e s io n e s d e u s o c o rr ie n te c o m o s i o n e s m e j o r d o c u m e n t a d a s d e lo s m i to s — f r e c u e n te ­
« m e d u s a » , « h ilo d e A r ia d n a » , e tc . L o s m ito s d e la A n ti­ m e n te s u e le n te n e r v a ria s — , a s p e c to r e la c io n a d o m á s co n
g ü e d a d tie n e n ta m b ié n u n v a lo r a r q u e t íp i c o y s u s te m a s y e l á m b i t o d e la e r u d i c i ó n q u e c o n e l d e l a c u lt u r a . L o
p e r s o n a je s s e tr a s lu c e n , c o m o e n f i li g r a n a , d e tr á s d e m u ­ m is m o p o d e m o s d e c ir d e lo s a p a rta d o s d e d ic a d o s a la p o s­
c h a s o b r a s q u e a s i m p l e v is ta n o tie n e n n in g u n a r e la c ió n te r id a d d e lo s m ito s e n lo s d if e re n te s d o m in io s c u ltu ra le s ,
c o n e llo s : si lo s A tr id a s e s tá n to d a v ía e x p lí c it a m e n t e p r e ­ d o n d e la s e le c c ió n e r a ig u a lm e n te in e v ita b le , y a s e tratase
s e n te s e n l o s e s c e n a r i o s d e lo s p r i n c i p a l e s te a t r o s m u n ­ d e lite r a tu r a , d e m ú s ic a , d e c in e o d e la s a rte s fig u ra tiv a s :
d ia le s , a p a r e c e n ta m b ié n , p o r u n f e n ó m e n o d e « r e m a n e n ­ s o l o p o d ía m o s q u e d a r n o s c o n lo e s e n c i a l (a l m a r g e n d e
c ia » , e n n o p o c o s f o l le t in e s te l e v is iv o s , p o r n o h a b la r d e a lg u n a s o b ra s q u e s e d e s ta c a b a n p o r su c a rá c te r p in to re sc o
u n a s e r ie d e o b r a s d e c ie n c ia f i c c ió n , c o m o L a g u e r r a ele o p o r s u o r ig in a lid a d ) , y e s p e r a m o s h a b e r re te n id o to d o lo
la s g a la x ia s , q u e n o h a c e n s in o p r o y e c ta r e n u n fu tu ro e s e n c i a l , a u n te n i e n d o e n c u e n t a q u e , e v id e n t e m e n t e ,
im a g in a r io e l p a s a d o im a g in a d o p o r lo s a n tig u o s . n u e s t r o c r i t e r i o d e s e l e c c i ó n p u e d a n o s e r c o m p a r tid o .
L a m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a c o n s titu y e p o r ta n to , ju n t o A q u e llo s le c to r e s q u e d e s e e n p r o f u n d iz a r m á s e n e l te m a
a la h is to r ia a n ti g u a , u n o d e lo s p ila re s c u ltu r a le s e n c o n t r a r á n e n la b i b l i o g r a f í a q u e in c l u im o s la s o b ra s
d e E u r o p a . E s c ie r to q u e c a d a u n a d e las e s e n c i a le s s o b r e la m a te ria .
n a c io n e s q u e in te g r a n e l V ie jo C o n ti n e n te tie n e n s u h is ­ L o s A utores.
to r ia y su c u ltu r a p r o p ia s , p e r o to d a s e l l a s c o m p a r te n e s ta
tr ip le h e r e n c i a , c u y a p r e s e r v a c i ó n e s e s e n c i a l si s e p r e ­
te n d e q u e la u n id a d e u r o p e a te n g a to d a s u d im e n s ió n c u l ­
tu r a l. E s ta s c o n s t a ta c i o n e s e le m e n ta l e s b a s t a n p a r a j u s t i ­
f i c a r l a p r e s e n t e o b r a , d o n d e l a p o s t e r i d a d d e lo s m ito s
tie n e ta n ta im p o r ta n c ia c o m o lo s m ito s e n s í m is m o s . E s tá
d ir ig id a a to d o s a q u e ll o s q u e , p o r c u r i o s id a d o d e s d e u n a
p e r s p e c tiv a p e d a g ó g ic a , d e s e a n a c u d ir a la s r a í c e s m i to ­
ló g ic a s d e n u e s tr a c u ltu r a .
N o h a c e fa lta d e c i r q u e e l le c t o r n o e n c o n tr a r á e n e s ­
ta s p á g in a s to d o s lo s m ito s g r e c o r r o m a n o s : p r e s e n ta r a la

www.FreeLibros.me
C Ó M O C O N S U L T A R E L D IC C IO N A R IO XV

Hemos adoptado la clasificación alfabética por ser la que permite «Sección cultural», q u e com prende:
una consulta más cómoda. Cada artículo invita a una consulta multidis­
ciplinar y permite realizar agrupamientos temáticos en torno a un per­ Palabras y expresiones ¡Lenguaj; en este •■A CCESO A TRAVÉS DEL índice DE tér ­
sonaje. un espacio mitológico o un concepto clave. El sistema de remi­ apartado se incluyen los nombres m ito­ m in o s Y EXPRESIONES PROCEDENTES DE LA
lógicos fo sus formaciones derivadas) uti­ MITOLOGÍA GRECORROMANA (pág. 505 )
siones y de correlaciones de los artículos está diseñado para facilitar es­ lizados en cualquier ám bito de la vida
tos agrupamientos temáticos, proporcionando claves o caminos a seguir moderna (lenguaje cotidiano, ciencias, li­
para llegar a ellos sin por ello aumentar el cuerpo del artículo. Los índi­ teratura, etc.).
ces situados al final de la obra facilitan la utilización del diccionario.
Referencias literarias (Lit.): tomadas de ■ A C C E S O A TRAVÉS DEL ín dic e DE es ­
En el artículo París, que tomamos como ejemplo, remisiones y co­ toda la literatura occidental, desde la A n ­ c rito res Y OBRAS ANÓNIMAS DE LA ANTI­
rrelaciones sugieren una prolongación del tema sobre el mito de la gue­ tigüedad hasta el siglo XX. GÜEDAD (pág. 5 1 1 ), Y DEL índice de es­
rra de Troya, sobre la noción de héroe y sobre el carácter trifuncional critores Y OBRAS ANÓNIMAS POSTERIORES
de la mitología indoeuropea, que ha puesto de relieve Gcorges Durné- A LA ANTIGÜEDAD (pág. 515)
zil. El apartado Literatura permite situar el personaje en la epopeya y Referencias ico nográficos (Icón./: selec­ ■ A C C E S O A TRAVÉS DEL ÍNDICE
DE PIN­
en la tragedia griegas. El apartado Iconografía recoge sus principales cionadas generalmente p or su valor es­ TORES, ESCULTORES Y OBRAS ANÓNIMAS
representaciones en las arles plásticas, desde la Antigüedad hasta fina­ tético, p or una parte, y p o r la facilidad (pág. 527)
les del siglo xix. de acceso a estas obras, p o r otra. En es­
tas referencias figuran esculturas, mosai­
cos, pinturas, etc., incluyendo en ocasio­
ACCESO A TRAVÉS DEL índic e g eneral (pág. 485): nes las de autoría anónima.
Acudir al índice general, que remite bien al artículo correspondiente Referencias musicales (Mús.): seleccio­ ■ ACCESO A TRAVÉS DEL índice de c o m ­
al término buscado, o bien a un término relacionado con el mismo. nadas, como en el caso de la literatura y po sito res Y OBRAS MUSICALES ANÓNIMAS
Ej.: «Medusa» remite a GORGONA, así como a MONSTRUOS, PEGASO, PER- la iconografía, con e l objeto de ilustrar (p ág . 5 3 5 )
SEO, POSEIDóN O FOSIDCN. las relaciones entre la mitología y el arte.
A Remisión: su consulta aclara Estas referencias incluyen formas musi-
la definición correspondiente. coles diversos, desde la músico clásica
hasta la canción.
Etimología: indicado cuando P A R IS ^
contribuye a aclarar la definición. H ijo m e n o r d e P r ía m o '. re y d e T r o y a , y
Referencias cinematográficas (CinJ: que ■ ACCESO A TRAVÉS DEL índice de rea ­
H c-cuba . ta m b ié n lla m a d o A le ja n d ro («el
incluyen tanto las películas destinadas al lizadores c in em ato g r áfic o s (pág. 539 )
q u e p ro te g e a lo s h o m b r e s » ) ... gran público como las obras que se a li­
- » ÍIK R O K S . mentan de referencias mitológicas.
... fu e e le g id o c o m o á r b itr o p a ra d irim ir
el litig io q u e e n fre n ta b a a la s tre s d io sa s-
Correlación: su consulta completa
lo definición correspondiente. p o r la p o s e s ió n d e la m a n z a n a d e o ro d e s ­
Esta selección perm ite constatar que la Las listas arriba indicadas contienen:
tin a d a « a la m á s b e lla » ... o f r e c ió e l p r e ­
literatura y el arte occidentales han ex­ • el apellido y el nombre del outor;
m io a A f r o d ita ’... E s ta m o s a n t e u n o d e
traído de la mitología una parte muy im ­ • los datos de su nacimiento y muerte;
Sección cultural
lo s m ito s q u e re fle ja n la id e o lo g ía « t r i ­ portante de su inspiración, tanto en • su nacionalidad;
fver página contiguaI
fu n c io n a l» d e lo s a n tig u o s p u e b lo s in d o ­ rorma seria como paródica. • una enumeración de los artículos en
e u ro p e o s . - i FUNCIONES. Este diccionario es una guía para redes­ los que aparece citado.
A ♦ Lit. P aris es uno de los principales perso­ cubrir la herencia m itofógica grecorro­ Estos datos revelan:
najes de la epopeya troyuna. inm ortalizada
mana que podemos encontrar en nues­ • los temas mitológicos más fecundos,
en la ttíuda de Hom ero. Su destino inspiró
tros libros y museos, en nuestros discos, que no son siempre los más importan­
una tragedia u Sófocles... cintas y pantallas. tes del Corpus mitológico;
Referencia a las fuentes •lean. Un fresco de Pompeya..,: París, es­ • los outores más influidos por los textos
textuales: ver tAS fuentes literarias de cu ltu ra de C anova, siglo s i s , S an Peters- mitológicos.
LA M irO IO G IA GRECORROM ANA ip á g . XVII)
burgo.
www.FreeLibros.me
LAS FUENTES LITERARIAS
DE LA MITOLOGÍA GRECORROMANA

L o s m ito s so n u n m o tiv o re cu rren te a lo largo de toda la li­


te ra tu ra g re c o la tin a , e s p e c ia lm e n te en la p o é tic a , p e ro están
ig u a lm e n te p re s e n te s en la filo so fía y e n la g e o g rafía; es fre­
c u e n te , sin e m b a rg o , q u e so lo a p a re z c a n d e fo rm a a lu siv a en
o b ra s d o n d e n o c o n stitu y e n e l te m a c e n tra l. A q u í m en ciona­
re m o s ú n ic a m e n te a los a u to re s q u e tien en al m en os u na obra
d e in s p ira c ió n e s e n c ia lm e n te m ito ló g ic a , o rd e n á n d o lo s c ro ­
n o ló g ica m e n te .

F U E N T E S G R IE G A S

H O M E R O . E ste p o e ta , q u e v iv ió en e l sig lo ix o en el s i­
g lo viii a. C ., e s cro n o ló g ic a m e n te el m ás an tig u o y uno de los
m á s g ra n d e s e s c rito re s g rie g o s. S u s d o s e p o p e y a s, la ¡liada y
la O d ise a , h a n s id o fu e n te in a g o ta b le p a ra to d a la literatu ra
g rie g a y ta m b ién p a ra la latina.
L a lita d a narra, en v ein ticu atro can to s y 15.537 versos, una
p a rte d e la g u e rr a q u e lo s g rie g o s (o a q u e o s ) e m p re n d ie ro n
c o n tr a lo s tr o y a n o s p a rtie n d o d e u n e p is o d io re la tiv a m e n te
breve, la c ó le ra d e A q u iles co n tra A gam enón. L o s pasajes más
c é le b re s son: e n el c a n to I, el e n fre n ta m ie n to e n tre los d o s j e ­
fes g rie g o s; en el c a n to V, el c o m b a te en el q u e la d io s a A fro ­
d ita y su h ijo E n e a s re s u lta n h e rid o s ; en el c a n to V I, la des-

www.FreeLibros.me
LAS FU ENTES LITERARIAS XVIII XIX LAS FUENTES LITERARIAS

p ed id a de H é c to r y A n d ró m ac a ; e n el c a n to X V I, la m u e rte d e b a ñ o » . E sto s p o e m a s , h o y d e s a p a re c id o s, fu ero n la principal


P atro clo a m a n o s d e H écto r; e n e l c a n to X V III, la d e sc rip c ió n fu e n te d e in sp irac ió n d e lo s trá g ic o s g rie g o s (v e r p árrafo s si­
d el e s c u d o d e A q u ile s ; e n e l c a n to X X II, e l c o m b a te e n tr e g u ien tes).
H écto r y A q u iles. s e g u id o e n e l c a n to X X III p o r lo s fu n e rale s
d e P atroclo. H E S Í O D O . P o e ta d el sig lo vm a. C „ a u to r d e d o s textos
L a O d ise a , m á s n o v e le s c a , e s t á ig u a lm e n te d iv id id a en fu n d a m e n ta le s: L o s tr a b a jo s y lo s d ía s y la Teogonia.
v e in ticu atro c a n to s q u e su m a n u n to ta l d e 1 2 .0 0 0 v e rso s. L o s L o s tra b a jo s y lo s días, p o em a d e 1.022 v erso s, incluye va­
cuatro prim eros can to s relatan las p esq u isas q u e T e lém aco e m ­ rio s m ito s ju n to a p re c e p to s d e c a rá c te r e c o n ó m ic o , so cial y
p ren d e p ara a v e rig u a r e l p a ra d e ro d e s u p a d re U lise s, u n o d e m o ra l. E n tre e llo s fig u ra el m ito d e P a n d o ra , la p rim e ra m u­
los je f e s g rie g o s q u e p a rtie r o n a la g u e r r a c o n tr a T ro y a ; los j e r q u e , a s e m e ja n z a d e la E v a b íb lic a , a p a re c e p re s e n ta d a
v e in te s ig u ie n te s e s tá n d e d ic a d o s a la s a v e n tu r a s d e U lis e s, c o m o re s p o n s a b le d e to d o s lo s m a le s q u e a flig e n a la h u m a­
q u e in te n ta re g re s a r a la is la d e íta c a d o n d e le e s p e r a s u fiel n id a d . C o n tie n e ta m b ié n e l m ito d e las ra z a s , q u e re la ta los
e s p o s a P e n é lo p e (V -X II), y a l re to rn o d e l h é ro e a su p a tria o ríg e n e s d e l h o m b re y p re se n ta su h isto ria c o m o u n a larga de­
(X III-X X IV ). c a d e n c ia , d e s d e la e d a d d e o ro a la e d a d d e l h ie rro , pasan d o
E sto s d o s la rg o s p o e m a s so n v e rd a d e ra s a n to lo g ía s d e la p o r la e d a d d e b ro n c e y la e d a d d e lo s héro es.
m ito lo g ía g rie g a . E s m u y p o s ib le q u e c o n s e rv e n e l re c u e rd o L a T eo g o n ia , c o m o su n o m b re in d ic a , re fie re e n 826 v er­
d e c ie rto s a c o n te c im ie n to s h is tó ric o s , p e ro e n lo s h e c h o s re ­ so s e l n a c im ie n to y la g e n e a lo g ía d e lo s d io s e s, p resen tan d o
la ta d o s in te rv ie n e n c o n tin u a m e n te lo s d io s e s, a c u y a c a b e z a ta m b ié n lo s p rim itiv o s m ito s g rie g o s re la tiv o s al o rig e n del
se sitú a Z eus. S u papel es d e te rm in a n te e n a m b o s relato s, tan to m u n d o . H e sío d o in te n ta « ra c io n a liz a r» u n u n iv e rso m ito ló ­
e n e l d e s e n c a d e n a m ie n to d e la g u e r r a d e T ro y a c o m o e n su g ic o c o m p le jo , e n e l q u e d is tin g u e c u a tr o e ta p a s : e l n a c i­
d e sa rro llo , a s í c o m o en la s a v e n tu ra s d e U lise s: e l m u n d o d e m ie n to d e l u n iv e rso , el re in a d o d e U ran o , el rein a d o de C rono
los d io s e s y el d e lo s h o m b re s s e in te rfie re n c o n sta n te m e n te . y e l re in a d o d e Z e u s, q u e c o rre sp o n d e ría al p resen te histórico
E s m u y fre c u e n te , p o r o tr a p a rte , q u e lo s p ro p io s h u m a n o s del p o e ta .
sean a su v e z « h é ro e s» , e s d e c ir, q u e e stén e m p a re n ta d o s c o n ­
sa n g u ín e a m e n te c o n a lg u n a d iv in id a d . P ÍN D A R O . P o e ta líric o d el sig lo v a. C . (5 1 8 -4 3 8 ), autor
L os H im n o s h o m érico s, q u e a u n q u e so n a lg o p o ste rio re s a d e c u a re n ta y c in c o O d a s tr iu n fa le s o E p in ic io s (literalm ente,
H o m ero le fu e ro n a trib u id o s e n o c a s io n e s , c o n stitu y e n o tra s « p o e m a s p a ra d e s p u é s d e la v ic to ria » ) d e d ic a d a s a los ven ce­
ta n ta s e v o c a c io n e s m ític a s d e lo s d io s e s ; d e lo s tre in ta o rig i­ d o res d e lo s g ra n d e s ju e g o s p a n h e lé n ic o s: los ju e g o s o lím p i­
n ales se c o n se rv a n q u in c e , lo s m á s c é le b re s d e lo s c u a le s so n c o s (O lim p ia ), p ític o s (D e lfo s), ístm ic o s (C o rin to ) y ñem eos
el H im n o a A p o to , el H im n o a D e m é te r y el H im n o a H erm es. (N e m e a ). D e sd e e l p u n to d e v ista m ito ló g ic o , la im portancia
N .B .: D e las lla m a d a s « e p o p e y as c íclicas» so lo se h an c o n ­ d e su o b ra es c o m p a ra b le a la d e H esío d o . E n efec to , tom ando
serv ad o p e q u e ñ o s fra g m e n to s. E sta s e p o p e y a s, a lg u n a s d e las c o m o p u n to d e p a rtid a la s p ro e z a s d e p o rtiv a s, q u e e x alta en
c u a le s so n a n te r io r e s a H o m e ro y o tr a s p o s te rio re s , se a g ru ­ toda su d im e n sió n sim b ó lic a y u n iv ersal, P ín d aro recurre co n s­
p ab an e n d o s g ra n d e s c ic lo s: el « c ic lo tro y a n o » y el « c ic lo te- ta n te m e n te a los m ito s y a la e n se ñ a n z a m o ral q u e p u e d e ex­

www.FreeLibros.me
LAS FUENTES LITERARIAS XX XXI LAS FUENTES LITERARIAS

tra e rse d e e llo s : p o r e je m p lo , al e x a lta r a u n v e n c e d o r o rig i­ ta n to , d e u n u n iv e rso a m b ig u o e n el q u e O re ste s e s , sim u ltá­


n a rio d e C ire n e , e v o c a lo s a m o r e s d e la v ir g e n C ire n e y d e n e a m e n te , el v e n g a d o r ju s tic ie ro d e su p ad re y el asesin o im ­
A p o lo y re la ta la e x p e d ic ió n d e lo s A rg o n a u ta s , q u e d e s e m ­ p ío d e su m ad re.
b o c a en la fu n d a c ió n d e la c iu d a d .
S Ó F O C L E S . P o e ta n a c id o e n C o lo n a (4 9 5 -4 0 5 a. C .),
E S Q U I L O . P o e ta n a c id o e n E le u s is (5 2 5 - 4 5 6 a. C \), al c e rc a d e A te n as. E s a u to r d e c ie n to v ein titrés trag ed ias, d e las
q u e s e le a trib u y e n e n tr e s e te n ta y n o v e n ta tra g e d ia s . D e su q u e ta n so lo se c o n se rv a n siete: A y a x (4 4 5 a. C .), L as traqui-
e x te n sa p ro d u c c ió n d ra m á tic a so lo c o n s e rv a m o s sie te p ieza s: n ia s (4 4 4 a. C .), c u y o p e rs o n a je ce n tra l e s H eracles, A ntígona
L os p e rs a s (4 7 2 a. C .). L o s s ie te c o n tr a T eb a s (4 6 7 a. C .). L a s (4 4 0 a. C .), E d ip o re y (e n tre 4 2 5 y 4 2 0 a. C ) , E lectra (h. 413
s u p lic a n te s (4 6 3 a. C .) , P r o m e te o e n c a d e n a d o ( e n tre 4 6 2 y a. C .), F ilo c te te s (4 0 9 a. C .) y E d ip o en C o lo n a (representada
4 5 9 a. C .) y la trilo g ía titu la d a O re stia d a (4 5 8 a. C .) fo rm a d a p o stu m a m e n te el a ñ o 4 0 3 a. C .). El títu lo d e c a d a un a d e estas
p o r tres piezas: A g a m en ó n , L a s co é fo ra s y L a s eu m én id es. E x­ p ie z a s d e m u e s tra p o r s í so lo la im p o rta n c ia q u e la m itología
c e p tu a n d o L o s p e rs a s, c u y o a rg u m e n to s e b a sa en u n a c o n te ­ tie n e e n la o b ra d e e s te d ra m a tu rg o . S u s tra g e d ias e stá n c e n ­
cim ien to h istó ric o co n te m p o rá n e o , to d a s la s p ie z a s d e E sq u ilo tra d as p o r lo g e n e ra l e n u n a e le c c ió n m o ral q u e d e b e resolver
b eb en d e fu e n te s m ito ló g ic a s . P a re c e s e r in c lu so q u e el p o e ta u n p e rs o n a je : E le c tra , ¿ h a d e m a ta r a su m a d re C litem n estra
to m ab a el te m a de tre s tra g e d ia s — re p re sen ta d as el m ism o d ía p a ra v e n g a r a su p a d re A g a m e n ó n , a se sin a d o p o r esta'?: A n tí­
con o c a sió n d e la s f ie s ta s c o n s a g r a d a s a D io n is o — d e d if e ­ g o n a, ¿ d e b e re sp e ta r la ley d iv in a y d a r sep u ltura a su herm ano
ren tes ep iso d io s d e un m ism o c ic lo leg e n d a rio . D e e ste m o d o . m u erto . P olin ices, o re sp e ta r la pro h ib ició n d e C reonte, qu e en­
L a s su p lic a n te s s e ría la p rim e ra p arte d e u n a trilo g ía d e d ic a d a carna la ley d e la ciu d a d ? En la o b ra d e S ó fo cles la relación del
a la s D a n a id e s , L o s s i e te c o n tr a T eb a s c e r r a r ía u n a trilo g ía h o m b re c o n lo s d io s e s e s tam b ién d e te rm in a n te, pero las divi­
q u e . d e sp u é s del p e c a d o d e L a y o , e l p a rric id io y e l in c e s to de n id a d e s e s tá n m e n o s p re s e n te s q u e e n la d ra m a tu rg ia d e E s­
E d ipo. e v o c a e l c o m b a te fra tric id a e n tr e los d o s h ijo s d e este q u ilo ; la v o lu n ta d d iv in a e s e n ig m á tic a p a ra m e jo r p o n e r de
ú ltim o y Y o casta, E te o c le s y P o lin ic e s. L a ú n ic a trilo g ía c o n ­ m a n ifie sto la d e b ilid a d y la ig n o ra n cia h u m a n a s (v éase la fun­
servada ín teg ram en te, la O restia d a , relata el a sesin ato d e A g a ­ ción d e lo s o rá c u lo s en E d ip o re y y en L a s traq u ianas).
m e n ó n , je f e d e la e x p e d ic ió n c o n tr a T ro y a , a m a n o s d e C li-
te m n e s tra y E g is to ( A g a m e n ó n ), s ig u e c o n la v e n g a n z a d e E U R Í P I D E S . P o e ta n a c id o e n S a la m in a (h . 4 8 0 -4 0 6
O re ste s, q u e m a ta a lo s a s e s in o s d e su p a d re (L a s co é fo ra s), a. C .), su p ro d u c c ió n c o m p re n d e o c h e n ta y d o s p ie z a s de las
y fin a lm e n te la h u id a de O re ste s, p e rse g u id o p o r la s e rin ia s, y q u e se c o n se rv a n d ie c io c h o tra g e d ia s y un d ra m a satírico. Su
su a b s o lu c ió n fin a l a n te e l tr ib u n a l a te n ie n s e d e l A rc ó p a g o o b ra , m a r c a d a p o r la a c tu a lid a d c o n te m p o rá n e a , p e rm an ece
í Im s eu m én id es). sin e m b a r g o p ro f u n d a m e n te a n c la d a e n lo s m ito s g rie g o s,
E n to d as esta s p ie z a s, d o n d e los h o m b re s p a re c e n siem p re c o m o d e m u e s tra n lo s títu lo s d e s u s tra g e d ia s : A lc e s tis (438
re sp o n sa b le s d e su s a c to s , se v e a c tu a r, sin e m b a rg o , u n a v o ­ a. C .). M e d e a ( 4 3 1 a. C .), H ip ó lito (4 2 8 a. C .), A n d ró m a c a
luntad d iv in a o m n ip re se n te q u e in te rv ie n e c o n sta n te m e n te so ­ (4 2 4 a. C .), H é r c u le s f u r i o s o (4 2 4 a. C .), L a s tro y a n a s (415
b re e l e je m is m o d e la s re s o lu c io n e s h u m a n a s . S e tr a ta , p o r a. C .), Ifigenia en Táuride (414 a. C .), E lectra (413 a. C .), Helena

www.FreeLibros.me
LA S F U E N T E S L IT E R A R IA S X X II xxm L A S F U E N T E S LITER A R IA S

(4 1 2 a. C .). O re ste s (4 0 8 a. C .), Ifig e n ia en Á u licie (4 0 6 a. C .) v ie n te s. E n e a s p a rte a la b ú sq u e d a d e l lu g a r d o n d e , p o r m an ­


o L a s b a c a n te s (4 0 6 a. C .). C o n E u ríp id e s, e l a n á lis is p s ic o ­ d a to d e los d io se s, d e b e rá fu n d a r u n a n u e v a T ro y a. E ste lugar
lógico. la p asió n y su s du d a s, las em o c io n e s y e l p h a to s irru m ­ n o e s o tro q u e e l L a c io , e n Italia , d o n d e los tro y a n o s se fusio­
pen c o n fu e rz a en el s e n o d e la m ito lo g ía : o ím o s la s v a c ila ­ n a rán c o n los a u tó c to n o s d a n d o o rig e n a un n u e v o pueblo, an­
c io n e s y la s e sp e ra n z a s d e M e d e a a n te s d e m a ta r a su s h ijo s, te p a s a d o d e l p u e b lo ro m a n o . E s ta e p o p e y a se p re s e n ta en
o las d e F e d ra a n te s d e q u e d e c la re su a m o r a H ip ó lito , a u n ­ c ie r to m o d o c o m o u n a O d is e a s e g u id a p o r u n a llía d a : en
q u e fin a lm e n te te rm in e d e já n d o s e a r r a s tr a r p o r la ra b ia y la e fe c to , lo s se is p rim e ro s c a n to s n arran la s av e n tu ras d e E neas,
pasión. E l le c to r d e sc u b re u n a m ito lo g ía m á s « h u m a n a » en la q u e rec u e rd a n m u c h o a la s d e U lise s (e sta v ez in clu y en d o una
q ue lo s p erso n ajes le g e n d a rio s su fre n y d u d a n d e su s accio n e s e s c a la e n C a rta g o , d o n d e e l h é ro e s u s c ita la p a sió n de la reina
c o m o e l co m ú n d e lo s m o rtales. D id o ), y los s e is sig u ie n te s re la ta n lo s c o m b a te s q u e los tro ­
y a n o s y su s a lia d o s d e b e n lib ra r c o n tra o tro s p u e b lo s itálicos.
A P O L O N I O [ D E R O D A S ] , P o e ta d e l s ig lo ni a. C ., e s H ay q u e d e sta c a r q u e el ca n to V I, p u n to cu lm in an te d e la obra,
a u to r d e u n a e p o p e y a e s tru c tu r a d a e n c u a tr o c a n to s . L a s a r- re fie re la b a ja d a d e E n e a s al m u n d o d e lo s m u e rto s (lo s In ­
g o n ú u tica s. E sta e p o p e y a , c e n tra d a e n la c o n q u is ta d e l v e llo ­ fie rn o s ), d e l q u e V irg ilio o fre c e u n a s o b re c o g e d o ra d e sc rip ­
cin o d e o ro p o r Ja só n y lo s A rg o n a u ta s, y en la p a sió n q u e Ja - ció n : e n e l H ad e s, E n e as re cib e d e su p a d re A n q u ises la rev e­
só n d e sp ie rta e n M e d e a — q u e o c u p a to d o e l c a n to 111— , e stá lación d e l g lo rio so d e stin o d e R o m a , u n a v erd ad era síntesis de
c o n s id e ra d a c o m o e l m á s b e llo te x to a n tig u o q u e a n a liz a el m ito lo g ía e h isto ria .
se n tim ie n lo a m o ro so . E sta o b ra fu e o b je to d e u n a in te re sa n te A n tes d e e sc rib ir la E n eid a , V irgilio h ab ía c o m puesto poe­
reela b o ra c ió n en e l s ig lo i d . C ., q u e d e b e m o s al p o e ta la tin o m as d e te m a p asto ril (las B u có lica s, h. 4 3 a. C .) y un p o em a di­
V alerio F laco. d ác tico e n c u a tro can to s, d e in sp iració n h esió d ica (las G eórgi­
cas, 3 9 a 2 9 a. C .), e n e l q u e se in c lu ía n d o s ep iso d io s m itoló­
g ico s: u n a rein terp reta ció n o rig in al d e l final d e la e d a d de oro,
FUENTES ROM ANAS en e l c a n to I, y u n re la to d e l m ito d e O rfe o y E u ríd ic e , en el
ca n to IV.
C A T U L O . E ste p o e ta (h . 8 5 -h . 5 3 a. C .) e s a u to r d e p o e ­
sías variadas, e n tre las cu a le s fig u ra u n a ep y llo n (p e q u e ñ a e p o ­ O V I D I O . E s te p o e ta (4 3 a. C .-1 7 d . C .) e s a u to r d e u na
p eya) d ed ica d a a las B o d a s d e Tetis y P eleo q u e in clu y e e l e p i­ e p o p e y a e n q u in c e c a n to s , la s M e ta m o r fo s is (1 a. C .), qu e
so d io d e lo s a m o re s d e A ria d n a y T eseo. c o n s titu y e n u n v e rd a d e r o m a n u a l d e m ito lo g ía g rie g a , p re ­
se n tad o b a jo u n a fo rm a n arrativ a p artic u la rm e n te brillante. En
V I R G I L I O . L a o b ra c a p ita l d e e s te p o e ta (7 0 -1 9 a. C .) es e lla s re la ta , c o n a b u n d a n c ia d e d e ta lle s, u n e x te n so repertorio
\a E neida, un a e p o p e y a en d o c e c a n to s q u e se sitú a en la línea d e m ito s q u e g ira n siem p re e n to rn o a la tran sfo rm ació n o m e­
d e lo s p o e m a s h o m é ric o s. R e la ta la p a rtid a d e T ro y a d e l h é ­ ta m o rfo s is d e u n a d iv in id a d o d e u n s e r h u m a n o . L os p rin ci­
roe tro y an o E neas, h ijo d e A fro d ita, d e sp u é s d e la c a íd a y d e s­ p ales e p is o d io s so n lo s sig u ie n te s: en el c a n to I, la c o sm o g o ­
tru c c ió n d e la c iu d a d . A la c a b e z a d e u n g ru p o d e s u p e rv i- n ía , la s c u a tr o e d a d e s d e la h u m a n id a d , la g u e rra d e los

www.FreeLibros.me
LAS FU ENTES LITERARIAS XXIV XXV LAS FUENTES LITERARIAS

g ig a n te s y lo s d io s e s , e l d ilu v io y e l c o m b a te d e A p o lo y P i­ L a s a p o r ta c io n e s d e S é n e c a , q u e tr a b a ja b a d e h e c h o so b re
tó n ; e n e l c a n to III. e l m ito d e F a e tó n ; e n e l c a n to IV, lo s d e fu e n te s q u e e n su m a y o ría h an lle g a d o h a sta n o so tro s, al cor-
In o y A ta m a n te y el d e P e rse o y A n d ró m e d a ; e n e l c a n to V. el p u s m ito ló g ic o so n re d u c id a s.
d e P ro se rp in a ; en e l c a n to V II, el d e Ja s ó n y M e d e a (m ito d e
los A rg o n a u ta s); e n e l c a n to V III, e l d e D é d a lo e íc a ro , ju n to E S T A C I O . E ste p o e ta (h . 4 0 -h . 9 5 d . C .) e s a u to r d e dos
al de la m u e rte d e H é rc u le s; e n e l c a n to X , el d e O rfe o y E u- e p o p e y a s, Ixi teb a id a y L a ac/uileida. L a p rim era , d e valor dis­
ríd ice; e n los c a n to s X II, X III y X IV , e l « c ic lo tro y a n o » (g u e ­ c u tid o , p re s e n ta al m e n o s e l in te ré s d e q u e a b o rd a el m ism o
rra d e T ro y a , v ia je s d e U lis e s, a p o te o s is d e E n e a s ); e l c a n to te m a d e u n a e p o p e y a g rie g a a n te rio r n o c o n se rv a d a : la lucha
X V e s d e in s p ira c ió n m á s f ilo s ó f ic a — e n c o n c r e to p ita g ó ­ fra tric id a d e lo s p rín c ip e s te b a n o s E te o c le s y P o lin ices, hijos
rica— q u e m ito ló g ic a . d e E d ip o y h e rm a n o s d e A n tíg o n a . L a s e g u n d a , in c o n c lu sa
O v id io e s ta m b ié n a u to r d e u n a re c o p ila c ió n d e v e in tiu n a (s o lo c o n s ta d e d o s c a n to s ), e s ta b a d e s tin a d a a n a rra r las h a­
c a rta s fic tic ia s e n v e rso , las H e ñ id a s , e n la s c u a le s p re s ta su z a ñ a s d e A q u ile s , p e ro se in te rru m p e d e s p u é s d e re la ta r los
p lu m a a la s g r a n d e s e n a m o r a d a s d e la m ito lo g ía (A ria d n a , p rim e ro s a ñ o s d el h éro e.
D ido, P en élo p e. F ed ra, e tc .). E sc rib ió ta m b ié n u n c é le b re A rte
d e a m a r ( e n tre I a . C . y 2 d . C .) , d o n d e r e c u r r e a d iv e r s o s V A L E R I O F L A C O . V er A P O L O N I O D E R O D A S .
e jem p lo s to m a d o s d e la m ito lo g ía p a ra ilu s tra r « c a so s a m o ro ­
so s» . E s a u to r, p o r ú ltim o , d e lo s F a sto s, o b ra in a c a b a d a q u e A P U L E Y O . F iló so fo y n o v e lista (h. 125-h. 190 d. C .), es
el p o eta h a b ía c o n c e b id o c o m o u n a e s p e c ie d e c a le n d a rio re ­ a u to r d e l « C u e n to d e A m o r y P s iq u e » in te rc a la d o e n su n o ­
lig io s o d e R o m a — s o lo c u e n ta c o n s e is c a n to s d e lo s d o c e v ela L a s m e ta m o r fo s is o E l a s n o d e oro. A u n q u e e s p rá c tic a ­
p re v isto s : u n o p a ra c a d a m e s d e l a ñ o — , m o tiv o e s tru c tu r a l m en te se g u ro q u e A p u le y o n o im a g in ó e ste m ito, ya q u e ex is­
q u e le p e rm ite in s e rta r m u c h o s d e lo s m ito s c o n m e m o ra d o s ten te s tim o n io s ic o n o g r á fic o s a n te r io r e s a su o b ra , s í e s el
en las fie sta s ro m an as. ú n ico e s c rito r a n tig u o q u e n o s lo h a tra n sm itid o .

H I G I N I O (H y g in u s ). P o líg ra fo c o n te m p o rá n e o d e O v i­ C L A U D IA N O . P o e ta é p ic o (h . 3 7 0 -h . 4 1 0 d. C .), e s autor


d io , e s a u to r, e n tr e o tr a s o b r a s , d e la s F a b u la e , q u e re ú n e n d e u n a G ig a n to m a q u ia y d e u n R a p to d e P ro se r p in a , qu e
d o sc ie n to s d ie c isie te re la to s m ito ló g ic o s c u y o a su n to y tra ta ­ c o n s titu y e n la s ú ltim a s e p o p e y a s m ític a s d e la A n tig ü ed ad .
m iento, c aren tes d e o rig in alid a d , n o añ ad e n n a d a n u e v o al co r- S in e m b a r g o , c o m o e n e l c a s o d e S é n e c a , e s te p o e ta tard ío
pus m ito ló g ico . P o r o tra p a rte , la a trib u c ió n d e e s ta o b ra a H i- ta m p o c o p u e d e s e r c o n s id e r a d o c o m o u n a « fu e n te » str ic to
g in io ta m p o c o e s u n á n im e . se n su , y a q u e se lim ita a re to m a r u n a se rie d e m ito s tratad o s
a n te r io r m e n te m u c h a s v e c e s, s o b re lo s c u a le s , d e h ech o , no
S É N E C A . F iló so fo y d ra m a tu rg o (4 -6 5 d . C .), e s a u to r de a p o rta n a d a n u ev o .
o c h o tra g e d ia s de te m a m ito ló g ic o , in s p ira d a s g e n e ra lm e n te
en S ó fo c le s y E u ríp id e s : A g a m e n ó n , H é r c u le s fu r io s o , H é r ­
c u le s eteo, M ed ea , F e d ra , L a s fe n ic ia s , E d ip o , L a s tro va n a s.

www.FreeLibros.me
XXVIÍ GEOGRAFÍA MITOLÓGICA

GEOGRAFIA MITOLOGICA

b TRACI A
r t ° °

Helésponto> r r PR
O lim p o -y roya
4 Monte Ida
- •
Monte Osa
peoe° * Monte Expedición
Yolco . , peiión Sfege
TESALIA - N A contra Troya^

Eta * Payaso

u 9o Del^ * B E O C IA ^ H ^
E s tín fa lo T abas • i %
; " A w « r ‘ MAR
e «Enmanto «*NenléaAlenaS
tipia* Micenas . Nemea V ,
W//e Argos * ^ Ji;into i, ;-**
V Lema»,- Oe/os
PELOPONESO • v t i >
Piloá • » * Esparta
( TaigeW’ L A ^ O N IA

Cilera ú

www.FreeLibros.me
GEOGRAFÍA M ITOLÓGICA XXVIII XXIX GEOGRAFÍA MITOLÓGICA

www.FreeLibros.me
GEOGRAFIA M ITOLÓGICA XXX XXXI N O M B R ES D E D IO S E S Y H ÉRO ES

CORRESPONDENCIA DE LOS NOMBRES GRIEGOS Y LATINOS


EL VIAJE DE ENEAS DE DIOSES Y HÉROES

POR ORDEN A l f ABÉTICO POR ORDEN ALEABÉTICO


GRIEGO LATINO
GRIEGO LATÍN LATÍN GRIEGO

D iv in id ad es m a y o re s
l\ PONTO
D ivinidades m a y ares

A frodita V enus A polo A polo


EUXINO
A p o lo A polo C eres Deméter
LACIO A res M arte D ia n a A rtem isa o Artemis
TRACIA
A rtem isa o Ártem is D ian a Juno H era
ITALIA 2 Enos
A te n e a M inerva Júpiter Zeus
MERIDIONAL B u(hrotum
, T ro y a C ro n o S aturno L iber/B aco D ioniso/B aco
8 * 7 e p ir o vv" !• 1 D em éter C eres M arte A res
MAR \JESALIA MAR D io n iso /B a co L iber/B aco M ercurio H ermes
i ®Accio H ad es/P lu tó n O rco /P lu ló n M inerva A tenea
H efeslo V ulcano' N ep tu n o P oseidón o Posidón
D élos H e ra Juno O rco /P lu tó n H ades/P lutón
EGEO H erm es M ercurio S atu rn o C rono
Carlago
H estia Vesta V enus A frodita
NUMIDIA P oseidón o Posidón N ep tu n o V esta Hestia
Zeus Júpiter V u lcan o ' Hefeslo

1 Llam ado tam bién M ulcíber.

D iv in id ad es m e n o res D ivinidades m en o res

cárites g ra c ia s ca m en as m usas
Eros C u p id o C u p id o Eros
erin ias furias fau n o s sátiros
m o iras p a rc a s fu rias erinias
1. Troya: la huida, d e s p u é s del 8. Italia Meridional.
m usas cam en as g ra c ia s cárites
incendio de la ciudad. 9. Sicilia. Perséfone Proserpina p a rc a s moiras
2. Tracia. 10. Cartago: lo s am o res d e Dido y Eneas. sátiros faunos P ro serp in a Perséfone

3. Isla d e Délos. 11. D répano: ju e g o s funerarios en honor H éroes H éroes


4. Creía. de A nquises.
H eracles Hércules H ércules Heracles
5. Islas E strófades: la s harpías. 12. C um as: d e s c e n s o a lo s infiernos. O d is e o Ulises Ulises O d iseo
6. Tesalia. 13. Lacio: lo s troyanos s e establecen
N.B.: Los restantes nom bres m itológicos son todos g rieg o s, ex cep tu an d o los d e algu­
7. Epiro: reencuentro co n A ndróm aca. en Italia.
n a s d iv in id ad es exclusivam ente itálicas {en p articu lar Ja n o y Q uirino). La etimología
d e la m ay o ría d e estos nom bres e s o scu ra. El lector en c o n trará in c o rp o rad as en Tos
artículos co rresp o n d ien tes las e s c a s a s etim ologías seg u ras o plausibles.

www.FreeLibros.me
ACTEÓN
A ♦ Lit. F.l poeta latino Ovidio
E sle jo v e n c a z a d o r leb an o (43 a. C .-I7 d. C.) relata en el
debe su celeb rid ad a su trágica libro III de sus Metamorfosis la
y cruel m uerte. A cteón, que h a­ cólera de Diana', «la diosa de
bía sido iniciado en el arte de la la aljaba», y la huida desespe­
c a z a p o r el c e n ta u ro ' Q uirón*, rada del joven transformado en
se ja c ta b a d e su h ab ilid ad afir­ ciervo perseguido por su propia
m ando q u e superaba a la propia jau ría sedienta de sangre. A
A rtem isa*. Un d ía q u e reco rría principios del siglo xvn. Mira
los b o sq u es aco m p a ñ ad o d e su de A mescua escribió su Fábula
ja u r ía , so rp re n d ió a la c a sta de Acteón y Diana, y un siglo
d iosa bañán d o se desnuda en las más tarde, en el xvm. José An­
aguas de un río. L a diosa, enfu­ tonio Porcel y Salablanca hace
recida, le ro c ió co n ag u a y A c­ una recreación burlesca del
teón q u e d ó tra n sfo rm a d o e n ­ mito en su poema Acteón y
tonces en u n cierv o . S u s perros Diana. El mismo tratamiento
se la n z a ro n en su p e rse cu c ió n burlesco dieron al mito Alonso
sin re c o n o c e rle y , d e sp u é s d e del Castillo Solórzano y Mel­
d a rle c a z a , le d e s p e d a z a ro n y chor de Zapata (siglo xvn).
d ev o raro n . L a ja u ría v ag ó m u ­ ♦ Icón. Entre las obras anti­
c h o tie m p o p o r los b o sq u e s en guas, señalarem os Artemisa
b u sca d e su a m o h asta lle g a r a m atando a Acteón, crátera
la cav ern a d e Q uirón, q u e, co n ­ griega de h. 460 a. C. La meta­
m o v id o p o r los g em id o s d e los morfosis de Acteón inspiró a
perros, m odeló u n a im agen que muchos pintores posteriores:
re p ro d u c ía fie lm e n te la fig u ra Parmigianino. 1523. Fontane-
del jo v e n c a z a d o r im p ru d en te. llato; escuela de Fontaine-

www.FreeLibros.me
ADO N IS 2 3 ADONIS

bleuu. siglo xvi. Louvre: Ti- u n as g o ta s a ro m á tic a s: las lá ­


ziano. 1556. Edimburgo. 1559. g rim a s d e la m u c h a c h a. A lgún
Londres. tie m p o d e sp u é s d e o p e ra rse la
m e ta m o rfo s is . la c o rte z a del
A D O N IS á rb o l se a b rió , d a n d o a lu z un
Se traía d e un a div in id ad de h e rm o s o n iñ o , A d o n is, q u e
origen sirio , c o m o d em u estra n c re c ió h a sta c o n v e rtirs e en un
tan to su n o m b re (en fe n ic io jo v e n d e d eslu m b ran te belleza.
Ación s ig n ific a « se ñ o r» , re ­ D e él se e n a m o ró a p a sio n a d a ­
la c io n a d o c o n el té rm in o h e­ m e n te A fro d ita , q u e le seg u ía
b reo del A n tig u o T e s ta m e n to d o n d e q u ie ra q u e iba y le c o n ­
Aliona)', «m i señ o r» ) c o m o sus virtió en su am an te. Un d ía que
vínculos con A frodita (la fe n i­ A d o n is c a z a b a fue atac ad o p o r
cia A starté) y su c u lto , p articu ­ un ja b a lí y m u rió a c o n se c u e n ­
larm ente im p o rtan te en la c iu ­ c ia d e la s h e rid a s. L a d io s a ,
d ad de B ib lo s p e ro e x te n d id o a b ru m a d a p o r el d o lo r , h iz o
tam bién p o r todo el M ed iterrá­ n a c er d e su sa n g re la ro ja a n é ­
neo oriental, sobre to d o en A te­ m ona.
nas y A lejandría. A d o n is d e sp e rtó tam b ién la
En el m ito g rie g o . A d o n is p a sió n d e P crséfo n e y las d o s
a p a re c e c o m o e l fru to de una d io s a s se d is p u ta ro n el a m o r
u n ió n in c e s tu o s a e n tr e T ía s, del joven. E sta riv alid ad se s i­
rey de S iria , y M irra , h ija del tú a . se g ú n a lg u n a s v e rs io ­ Tiziano, Venus y Adonis. Madrid. Museo del Prado
m o n a rc a . A fro d ita , c o n s id e ­ n es. e n la in fa n c ia del héroe"
rándose o fe n d id a p o r la jo v e n , — A fro d ita h a b ría c o n fia d o el E ste paso anual del som brío D uran te las fiestas de Ado-
le h a b ría in s p ira d o un lo c o b e b é a P e rs é fo n e p a ra q u e lo rein o d e los m u erto s al m u n d o n is , c e le b ra d a s en A ten as en
d e se o p o r su p a d re q u e M i­ ed u cara— au n q u e, según otras, risueño y llorido de la diosa del p len o v eran o , las m ujeres d is­
rra c o n s ig u ió s a tis f a c e r re c u ­ tu v o lu g a r d e sp u é s d e su trá ­ a m o r fu e fá c ilm e n te ¡n terp re- p o n ían u n o s p eq u eñ o s re c i­
rrie n d o a u n a tre ta . C u a n d o g ic a m u e rte . Z e u s tu v o q u e ta d o c o m o u n a im a g en d e la p íenles co n sem illas qu e. rega-
T ías co m prendió qu e h ab ía y a­ m ediar en el co n flicto y decidió v id a d e la n a tu ra le z a , un sím - d as co n ag u a tib ia y expuestas
cido con su hija, q u iso m a ta rla q u e A d o n is p e rm a n e c ie s e la b o lo del c ic lo d e la veg eta ció n , al sol. c re c ía n en pocos días
y M irra tuvo q u e huir. D espués tercera parte del a ñ o con P ersé­ C o n stitu y e u n o d e los g ra n d e s p e ro se m a rch ita b a n p ráctica-
de v ag ar d e sc o n so la d a d u ra n te fo n e y o tro s cu atro m eses ju n to m itos d e m u erte y resu rrecció n m en te c o n la m ism a rapidez:
m u c h o tie m p o , los dioses* se a A fro d ita , d e ja n d o la te rc e ra d e la A n tig ü e d a d . era n los llam ad o s «jardines de
a p ia d a ro n d e e lla y la m e la - p a rte re stan te a la e le c c ió n del A d o n is» . A u n q u e es evidente
m o rfo se a ro n e n el á rb o l d e la jo v e n . A d o n is p re firió la co m ­
m irra , c u y a s ra m a s d e s tila n pañía d e A frodita.

www.FreeLibros.me
ADO N IS 4 ADONIS

que este rito presen ta u na clara zado desde el siglo xiv como (ral Deleitar a p ro vech a n d o - ( 1593). donde la aventura apa­
relación co n el m u n d o vegetal, verso auxiliar en los hem isti­ corno en teatro: Calderón de la rentemente humana de Adonis
no d e b e le e rse en é l u n a im a ­ quios de arte mayor y en la se­ Barca, Venus y Adonis ( 1659- puede interpretarse como el
gen del ciclo vital de la n a tu ra ­ guidilla, que em pezó a utili­ 1660). primera obra creada en sím bolo de la Belleza pura
leza, y m enos aún d e los trab a­ zarse com o verso indepen­ España con la intención de amenazada por el tiempo. Este
jo s a g ríc o la s , sin o q u e , p o r el diente a partir de Cristóbal de que fuese cantada en su totali­ mito también fue objeto de re­
contrario, venía a sim b o liz ar la Castillejo y alcanzó su mayor dad. La pieza teatral de Lope creaciones burlescas durante el
fra g ilid a d d e la se d u c c ió n , la auge en el neoclasicismo. de Vega A donis y Venus barroco: Castillo Solórzano.
esterilidad. ♦ Lit. La interpretación sim ­ (1604), ofrece una versión «Fábula de Adonis», romance
bólica del mito, que Ovidio pastoril del mito, com o tam­ incluido en Donaires del Par­
♦ Lengua. La palabra adonis había relatado en el libro X de bién el Adonis de La Fontaine naso (1624), tal vez el mejor
ha pasado a la lengua conver­ sus Metamorfosis, permanece (1669). donde el poeta francés de su autor que, junto al chiste
tida en nombre común para de­ presente en el Sueño de Poli­ subraya el paso del tiempo que fácil y el afán jocoso, consigue
signar a un joven de belleza y filo de Francesco. Colonna am enaza al herm oso adoles­ en algunos momentos mos­
apostura notables. La expre­ (1499), relato iniciático al que cente. La obra capital de trarse como un poeta de gran
sión jardines de Adonis ha ser­ Nerval dedicará un notable co­ Giambattista Marino. Adonis, calidad. En el siglo xvm. José
vido, desde la Antigüedad, mentario en su Viaje a Oriente novela poética divida en Antonio Porcel y Salablanca
para referirse metafóricamente ( 18 5 1). En el Renacimiento, la veinte cantos (1623), se centra escribió cuatro églogas bajo el
a cualquier proyecto inmaduro figura de Adonis fue protago­ particularmente en las pruebas título colectivo de E¡ Adonis.
cuya fragilidad y falta de con­ nista de num erosos poemas: iniciáticas que debe superar el Durante el romanticismo, par­
sistencia parecen condenarlo H urtado de M endoza, Fábu­ héroe', prim ero en el jardín ticularmente en Inglaterra, la
de antemano al fracaso. la de Adonis, H ipómenes y donde reside Venus*, en la isla figura de Adonis experimenta
El nombre de este personaje A talanta (1553); Juan de la de Chipre, y más larde a través una contaminación con la de
mítico ha servido también para C ueva. Llanto de Venus a la de un viaje planetario. En la Orfeo . pasando a encarnar al
bautizar un género de plantas m uerte de Adonis (publicado obra de Marino, sin embargo. poeta atraído por la muerte.
herbáceas; de una de sus espe­ en 1582). El tem a continúa Adonis muere sin posibilidad Así puede observarse en el En-
cies. la Adonis versalis, se ex­ con gran fortuna literaria en el de retorno y no alcanza la con­ dimión de Keats (1818), que
trae la adonidina, un principio siglo xvn tanto en poesía dición de divinidad. El tema recupera el motivo del doble
activo utilizado com o tónico —Juan de Tassis, conde de del «jardín de Adonis» ocupa ciclo vital de Adonis. El Adu­
cardíaco. Villamediana, Fábula de Ve­ igualmente un espacio desta­ náis de Shelley (1821) rinde
En poesía griega clásica, reci­ nus y A donis (1611-1615); cado en la poesía inglesa, en homenaje postumo a su com­
bía el nombre de verso adó- Soto de Rojas, «Adonis», en particular en la obra de Spcn- patriota Keats. al que celebra
nico O verso adonio el que Paraíso cerrado para muchos scr titulada la Reina de las ha­ bajo los rasgos de un pastor-
cerraba la estrofa sáfica. La y jardines abiertos para pocos das (1590), que alcanza la di­ poeta, convirtiéndolo en el
m étrica española adoptó el (1652); Tirso de Molina. «Fá­ mensión de alegoría filosófi­ símbolo de la vocación poética
mismo nombre para designar a bula de M irra, A donis y Ve­ ca. Lo mismo sucede en el sofocada por la incomprensión
un pentasílabo dactilico, utili­ nus» (1685), en la obra tea- Adonis y Venus tic Shakespeare de la sociedad.

www.FreeLibros.me
AFRODITA 6 7 AFRODITA

Hacia mediados del siglo XIX junto a Venus (Tiziano, 1553, C ro n o '. En re a lid ad se tra ta d e
la figura de Adonis vuelve a Madrid. Museo del Prado; el una d iv in id a d p re h e lé n ic a que
ser objeto de interés, revestida Veronés. 1580. Madrid. Museo se rem onta a las g ran d es diosas
esta vez de un carácter sincré­ del Prado; Annibale Carrac- m adres del M editerráneo orien ­
tico. como demuestra la multi­ ci. h. 1600. Viena; Rubens, tal. S u culto , d e orig en sirio, se
plicidad de nombres atribuidos siglo xvii, Florencia) o agoni­ extendió a través d e los fenicios
al dios. Adonis se conviene en zante (Miguel Angel, mármol, d esd e C h ip re y C ite ra ’ h asta la
la encarnación del dios d o ­ siglo xvi. Florencia; Rodin. G recia continental.
liente destinado a una gloriosa mármol, 1889. París). E n carn a la o m n ip o ten c ia
resurrección. Así aparece, por ♦ M us. Venus y Adonis, ópe­ crea d o ra del d eseo am o ro so , al
ejemplo, en el Viaje a Oriente ras de Marc-Antoinc Charpen- cual se h allan so m etid o s todos
de Nerval, donde el poeta tier (siglo xvii) y de John los s e re s v iv o s sin ex cep c ió n :
evoca el Líbano — uno de los Blovv. 1682. Calderón de la hum anos, an im ales', incluso los
antiguos lugares de culto de Barca escribió Venus y Adonis m ism os dioses. Seductora, a ve­
Adonis— como la patria origi­ ( 16 5 9 -1660). la prim era obra c e s tem ib le , e s u n a d e las fu er­
naria de numerosas religiones; creada en España con inten­ z a s p rim o rd ia le s del m undo
en «Isis» (Las hijas del fuego. ción de que fuese enteramente c o m o su g ie re la tra d ició n m ás
1854) relaciona a Adonis con cantada. Así. en 1701, el maes­ e x te n d id a re lac io n a d a co n su
Osiris y con la figura de Cristo. tro de capilla de la catedral de n acim ie n to : seg ú n H esíodo,
Tul aproximación aparece tam­ Lima, Tomás de Torrejón y A frodita nació de U rano cu an ­
bién en La tentación de san Velasco. le puso música, con­ d o su h ijo C ro n o , d e sp u é s d e
Antonio, de Flaubcrt (1894). y viniéndola de ese modo en una m utilarlo , a rro jó al m a r su s ó r­
en El m artirio de san Sebas­ ópera comparable por su cali­ g an o s sex u a les. L a se m illa del
tián. de D 'A nnunzio (1911). dad a las de Lully. d ios castrado fecundó la espum a
obra localizada en un imperio d e las o la s y en e lla s e n g e n d ró
romano víctim a de la confu­ A F R O D IT A una d io sa d e rad ian te b elleza a
sión de cultos donde el autor D io sa g rie g a del a m o r y de c u y o paso nacían las flores. La
enmarca la figura de su Adonis la b elleza. F o rm a p a rte d e los d io sa rec ié n c re a d a a lc a n z ó la Afrodita o Venus en la escultura
«decadente». d o c e g ra n d e s d io s e s ' d e l p an ­ orilla de C itera —o d e C hipre— . romana de Venus itálica. Sevilla.
d o n d e fue a c o g id a y c ria d a por Museo Arqueológico
- * AFRODITA. te ó n - o lím p ic o ’, c o n e l m ism o
♦ Icón. Los artistas de la Anti­ ran g o qu e A polo", A res' o A te­ las h oras1 y las gracias. T anto su
güedad representaron a Adonis n ea ', pero no pertenece ni a esta n o m b re c o m o los e p íte to s co n («la de C itera»), C ipris («la chi­
bien de pie (estatua griega del g e n e ra c ió n d e h ijo s d e Z eu s q u e se la designaba se hacen eco priota») o tam bién A nadiomene
siglo iv a. C . Roma), bien en el — a p esa r d e u n a trad ició n que del m ito d e su n acim ie n to : su («la q u e vino del mar»).
momento de su muerte (urna ci­ la presenta co m o h ija de este úl­ n o m b re d e riv a ría del térm in o A fro d ita e s la p rotagonista
neraria romana, posterior al si­ tim o y d e Dione— ni tam poco a (tp h ro s (« la e sp u m a » ), y se la d e n u m ero so s relatos d e carác­
glo i a. C.). Más tarde aparece la d e los d e sc e n d ie n te s de c o n o c ía tam b ién c o m o C itc re a ter am oroso. Z eu s la entregó en

www.FreeLibros.me
AFRODITA 8 9 AFRODITA

m a trim o n io al h áb il a u n q u e a m an te m o rib u n d o , u n a esp in a d e stru c c ió n d e T ro y a. E neas fc o ”. P e rsig u ió co n su o d io a


n ad a ap u e sto H efesto*, p ero le a trav e só el pie y las g o tas de c o n sig u ió esc a p a r, llev an d o P sique", a m a d a d e E ros. cuya
A fro d ita se p ren d ó p ro n to del su sangre tiñeron d e púrpura las c o n sig o los P en a te s d e la c iu ­ b elleza consideraba una afrenta
feroz A res y se cita b a con él en ro s a s, b la n c a s h asta aq u el fu ­ d a d . y fu n d aría u n a « n u ev a p erso n al. C astig ó el desdén de
secreto . Su e sp o s o , in fo rm a d o n esto d ía. A fro d ita n o d esd eñ ó T roya». Este ep iso d io está rela­ las m u jeres d e L cm n o s h a­
p o r H elio" del a d u lte rio , q u iso c o m o a m a n te s a lo s sim p le s c io n ad o co n los orígenes troya- c ie n d o q u e d e sp ren d ieran un
vengarse y co nsiguió atrap ar en m o rtales, co m o A nquises, prín­ nos d e Roma". —» p a r í s . o lo r in so p o rtab le q ue provocó
una red a los d o s am an tes en la ­ c ip e frig io d e q u ie n tu v o a P aris n o fue el ú nico m ortal el re c h a z o d e su s m arid o s, a
zad o s. p re se n tá n d o lo s a s í a n te E n eas”. —» a d o n i s . q u e se vio favorecido p o r A fro­ q u ie n e s te rm in a ro n e x te rm i­
todos los d io ses del O lim po", a La región d e Frigia e s preci­ d ita . G ra c ia s a e lla Ja só n o b ­ n a n d o p a ra fo rm a r u na s o c ie ­
quienes previam ente había co n ­ s a m e n te el m a rc o d e to d a s las tu v o el a m o r — y la p re c io sa d ad c o n stitu id a so lo p o r m uje­
v o cado p ara a v e rg o n z a r p ú b li­ le y e n d a s re la c io n a d a s c o n la a y u d a — d e M edea", H ip ó m e- res. E O S , F F.D R A , H IP Ó L IT O ,
c a m e n te a los a d ú lte ro s. E n el g u erra d e T ro y a ”. S o b re el n es c o n sig u ió a A talan ta, Pig- P A S ÍF A E , P S IQ U E .
O lim po, cuenta H om ero, resonó m o n te Ida tu v o lu g ar el célebre m alión* p u d o v er c ó m o la e sta ­ E ste c a rá c te r v engativo de
entonces la risa inextinguible de ju ic io d e París*, d o n d e H era", tu a q u e h a b ía c re a d o c o b ra b a la A fro d ita g rie g a no aparece
los dioses. D e los am ores ilegí­ A te n ea y A fro d ita riv alizab an v id a y E neas lo gró d e sp e rta r la ta n a c u sa d o en R om a, qu e h a­
tim os de A res y A frodita nacie­ p o r la p o se sió n d e la m an za n a pasió n d e D id o ’, rein a d e C ar- c ia el sig lo ii a. C. la asim iló a
ro n E ro s”, A n te ro s . D e im o (el d e o ro d e stin a d a « a la m ás b e­ tag o . P e ro en la m ito lo g ía V en u s-, u n a a n tig u a d io sa la ­
Tem or), Fobo (el T error) y H ar­ lla». D esig n ad o para arb itra r el abundan m ás los casos q u e pre­ tin a d e la vegetación. En Roma
m onía’. —» A R ES. c o n flic to , el jo v e n p a sto r, hijo sen tan a A fro d ita co m o u n a d i­ ap arece m ás bien c o m o una d i­
A frodita co n ced ió su s fav o ­ del rey troyano Príamo", eligió a v in id a d c ru e l q u e c a s tig a sin vinidad bienhechora y práctica­
re s a o tro s d io s e s: a H e rm e s ' la d io s a del am o r, q u e le había p ie d a d a to d o s a q u e llo s q u e m ente podría considerase com o
— de c u y a unión n ació H erm a- p ro m e tid o e n tre g a rle a la m ás d e sp ie rta n su re n c o r o d e sc u i­ d io s a n a c io n a l: S ila atrib u y ó
f r o d ito — , a P o se id ó n ”, ta m ­ h erm o sa de las m ortales, la b e­ dan su cu lto . A fro d ita se ven g a sus victorias a Venus F élix (fe­
b ién a D io n iso ”, c o n q u ien e n ­ lla Helena", esposa de M enelao'. e n to n c e s in s p ira n d o p a sio n e s liz, p ro p icia); P om peyo invocó
g endró a Príapo*. Sin em barg o , París se dirigió a E sparta y raptó m o n stru o sas o fatales. P asífae a V en u s V ic irix (v ic to rio sa ) y
p arece h a b e r sid o A d o n is ', un a H elena co n ayuda de Afrodita, y F edra- so n p o sib le m e n te los C ésar rin d ió c u lto a Venus Ge­
sem idiós h elen izad o d e orig en h ech o q u e sitú a a la d io sa en el e jem p lo s m ás fam o so s, ju n to a n itrix (m ad re), presentándose a
o rie n ta l, e l q u e c o n sig u ió d e s­ origen d e la gu erra d e T roya. A H ip ó lito ”, c a s tig a d o p o r su s í m ism o y a su linaje igens /ti­
p e rta r la m á s a rd ie n te p asió n p e s a r d e la a y u d a q u e siem p re a v ersió n a las m ujeres. E o s- (la lia ) — su p u e sta m e n te in a u g u ­
en e l c o ra z ó n d e la d io sa . Su dispensó a los (royanos, p articu­ A urora), q u e había c ed id o a los rad o p o r Ju lo , h ijo de E neas y
m uerte d ram ática — destrozad o larm en te a P aris y E n eas — in­ re q u e rim ie n to s d e A re s, fu e n ie to p o r ta n to d e V enus—
p o r un ja b a lí en el cu rso de una c lu s o se ría h e rid a en u n a o c a ­ c astig a d a p o r la d io s a co n una c o m o d e sc e n d ie n te s d e la
c a c e ría — . v e n g a n z a sin d u d a sión, al a c u d ir en so co rro d e su irreprim ible pasió n h a cia el g i­ diosa.
d e alg u n a div in id ad celo sa , su ­ hijo Eneas en un com bate qu e le g a n te sc o O rio n . S eg ú n cie rto s
m ió a la diosa en el m ás terrible e n fre n ta b a al a q u e o D iom e- re la to s, s e ría ta m b ié n la re s­ ♦ Lengua. Con el nombre de
dolor. M ientras co rría hacia su d cs— , n o p u d o e v ita r la caíd a y p o n sa b le d e la m u e rte d e O r- Afrodita se relaciona el adje-

www.FreeLibros.me
A FRO D ITA 10 AFRODITA

ti vo/su st a ni ¡vo afrodisiaco, se mezcla en ocasiones con ♦ Icón. De la Antigüedad se­ Ermitage; escuela de Fontaine-
«que provoca el deseo sexual». una visión cristiana (Ronsard. ñalarem os. entre numerosas bleau. Venus en su locador.
Este se designa a veces con el Amores, 1552; Spenser. C ua­ obras maestras. El nacimiento siglo xvi. Louvre; Canova. Ve­
nombre de afrodisia, cuyo an­ tro himnos, 1596). de Afrodita, bajorrelieve del nus Borghese, mármol que re­
tónimo. anafrodisiu, equivale En el barroco, la diosa puede trono Ludovisi, h. 4 6 0 a. C’.. presenta a Paulina Bonaparle.
a «frigidez». aparecer como un mero pretexto Louvre; C abeza de Afrodita. 1805. Roma; Velá/.quez. Ve­
♦ Lit. Mezclada con innume­ para variaciones sobre el tema procedente de A m purias. si­ nus d e l espejo. h. 1650. Lon­
rables mitos, A frodita es una del amor, com o en el Adonis de glo iv a. C . Barcelona: Cabeza dres. National Gallery. Tiziano
figura omnipresente en la lite­ Giambattista Marino (1623). de Venus (posible copia de la la pintó en Ofrenda a Venus.
ratura griega. Nos limitaremos donde es «reina de las rosas». de Cnido de Praxítcles). siglo h. 1518. Madrid, Museo del
a señalar que Platón, en Ledra Pese a ello, su poder destructor, ív a. C „ Tarragona; Venus itá­ Prado, y en Venus recreándose
(siglo iv a. C.). expone la teo­ herencia de la literatura antigua, lica, mármol rom ano. Museo en la m úsica, siglo xvi. Ma­
ría según la cual existen dos reaparece en autores como Ra- Arqueológico de Sevilla; A fro­ drid. Museo del Prado. Salva­
Afroditas: una celeste, que sus­ cine, donde la vemos «aferrada dita en la concha, terracota de dor Dalí trata esta llgura mito­
cita el am or elevado; otra po­ con uñas y dientes a su presa» Tanagra. siglo ni a. C , Louvre: lógica de una manera muy
pular. que provoca el am or (Fedra, 1677). la Venus de Mito, finales del personal en su Cabeza otorri-
sensual. La literatura romántica, parti­ siglo ti a. C., Louvre; el fresco nológica de Venus. 1964, co­
En Roma, el poeta epicúreo Lu­ cularmente la alemana, asocia pompeyano que representa Los lección privada, y en Venus de
crecio (siglo i a. C .) invoca a poder m aléfico y sensualidad am ores de M arte y Venus, M i lo de los cajones. 1963, co­
Venus al principio de su poema (com o W agner). En la novela h. 50 a. C.. Nápoles. Más tarde lección Max Clarac-Seron.
como potencia suprema, fuente fantástica de M érimée La Ve­ se repetirán especialmente los - » ADO N IS, EROS.
de toda vida y símbolo del Pla­ nus d e lile (1837). una miste­ lemas siguientes: su nacimiento ♦ Mus. Encontramos los mis­
cer (voluptas), que constituye el riosa estatua d e la diosa he­ (Venus al nacer con amorcillo, mos tem as: Lully, El na­
máximo ideal de los epicúreos. chiza a un joven desposado y siglo i a. C., Mérida. Badajoz; cim iento de Venus, ballet,
Algo más tarde, Virgilio, en la causa su muerte. La imagen de Boilicclli, Venus Anadiomene, h. 1660; Campra. Los amores
Eneida, da carta de nobleza a la V enus parece debilitarse con 1485, Florencia; A lexandre de Marte y Venus, ópera. 1712;
leyenda sobre los orígenes tro- los años: mientras Rimbaud, en Cabanel, Nacimiento de Venus, Cari Orff, Triunfo de Afrodita,
vanos de Roma y presenta a su Venus Anadiomene, «espan­ h. 1863. París), sus amores ópera. 195.3. En el Tannhiiuser
Venus como la dulcísima y ma­ tosam ente bella» tPoesías. adúlteros (el Veronés, Venus y de Wagner, 1845. Venus apa­
ternal protectora de Eneas. Por 1870), reivindica una estética M arte, siglo xvi. T urín), el rece asim ilada a la divinidad
el contrario. Apuleyo (siglo u de la fealdad. Picrre Louys concurso de belleza (E l juicio germánica Holda. de análogos
d. C.) la caricaturiza en el ofrece en su A frod ila ( 1896) de Parts: C ranach el Viejo, atributos: es la maléfica dis­
Cuento de Amor y Psique, don­ una lectura sim bolista de la 1529, Nueva York; Rubens, si­ pensadora de un placer que se
de la retrata como una madras­ Antigüedad, donde el amor y la glo x v n , M adrid) o sim ple­ opone al verdadero amor.
tra celosa y malvada. muerte se funden en una espe­ mente como el ideal de belleza Georges Brassens cantó parti­
Durante el R enacim iento, la cie de erotismo «fin de siglo». femenino: Lucas Cranach, Ve­ cularm ente su figura en can­
concepción platónica del amor —> ADONIS. nus, 1509, San Petersburgo. ciones como Les Amottrs d'an-

www.FreeLibros.me
AGAMENÓN 12 13 AGAMENÓN

tan, Le Bulle/in de Sum é g e n ia ” y E lec tra ", y m á s tard e B riseida. A g am en ó n , q u e en el d e c o s e r su s m a n g a s. C lite m ­


—donde alude a las enferm e­ u n hijo , O restes". c u rso d e u n a e x p ed ic ió n co n tra n eslra n o so lo fue cóm plice de
dades venéreas— o Les Trom- D e s p u é s d e l ra p to d e H e ­ u n a ciudad v ecin a se había ap o ­ e s te a se s in a to , sin o qu e tam ­
pettes d e Iti renommée. lena". h erm a n a de C litem n cstra d e ra d o d e C ris e id a , h ija d e un b ié n h a b ría p a rtic ip a d o en él,
—> ADONIS. y esp o sa d e M e n c lao ', herm ano s a c e rd o te d e A p o lo ", fu e o b li­ a d e m á s d e m a ta r p o r c elo s a
♦ Cin. Fernando C erehio y m e n o r del m onarca, A gam enón g a d o a d e v o lv e r a su c a u tiv a C asandra", hija d e Príamo*, que
Víctor T urjanski. Afrodita, e s e le g id o je f e su p re m o d e la p a ra p o n e r fin a la p e ste q u e e! A g am en ó n o b tu v o co m o botín
diosa del amor. 1958: la Afro­ e x p ed ic ió n griega co n tra Troya. d io s , irrita d o p o r la a c tu a c ió n d e gu erra y había convertido en
dita de Fuest (1982) es una C o n v ertid o en «rey d e rey es» y d el m o n arca, había e n v iad o so ­ su concubina.
adaptación de la obra hom ó­ a u re o la d o d e u n a m a je sta d b re la s fila s g rie g a s. D e s p e ­
nima de Plerre Louys. triu n fa n te , d e b e rá a fro n ta r una c h a d o , A g a m e n ó n re c la m ó ♦ Lit. A lo largo de todo el re­
te rrib le d e c is ió n p e rs o n a l: o r­ c o m o d e sa g ra v io a B riseid a, la lato de la litada, el orgulloso
AGAM ENÓN d e n ar el sacrificio d e su h ija Ifi- c a u tiv a fa v o rita d e A q u iles. Agamenón conserva el presti­
H ijo de A tre o y d e A éro p e . g en ia , d esig n ad a p o r el ad iv in o E ste ú ltim o , fu rio so , se n eg ó a gio de la función monárquica
n ie ta del rey c re te n s e M in o s". C a lc a n te ” c o m o v íc tim a p ro p i­ c o m b a tir en lo su c e s iv o . D e s­ de la que es símbolo viviente,
A g am en ó n e s el ilu stre rey de cia to ria pa ra a p la c ar la ira d e la p u é s d e p ro ta g o n iz a r v a ria s pero muy raras veces aparece
A rgos y de M icenas. L a m ald i­ d io s a A rte m is a '. E sta , irrita d a p ro ezas en el c am p o d e batalla, representado en el combate: el
ción qu e p esa so b re su fam ilia, c o n tra A g a m e n ó n , h a b ía e n ­ A g am en ó n , herid o , se v io o b li­ peso de su autoridad, man­
a sí co m o su papel c o m o je f e de v ia d o u n a p ro lo n g a d a c a lm a g a d o a reco n cilia rse c o n A q u i­ chada por una violencia des­
las tro p a s g rie g a s d u ra n te la c h ic h a q u e m a n te n ía a la flo ta les y le d e v o lv ió a B riseid a . mesurada. queda particular­
g u e rra d e T ro y a", s e lla rá n un a q u e a in m o v iliz a d a en la ra d a -> CALCANTE. m ente patente con motivo de
d e stin o d o n d e la e s tre c h a im ­ d e A u lid e . V ie n d o q u e e ra el A su re g re so d e T ro y a , su enfrentamiento con Aquiles.
b ric a c ió n d e tra g e d ia y g lo ria ú n ic o m e d io p a ra q u e la e x p e ­ A g a m e n ó n e s a s e s in a d o p o r La Orestíada. célebre trilogía
adquieren tin tes ejem p lares. —» d ic ió n p u d iese c o n tin u a r su ca­ E gisto, h ijo incestu o so d e T ics- de Esquilo (458 a. C.). desa­
A T R ID A S . m in o h a c ia T ro y a , A g am en ó n tes, q u e d u ra n te la au sen c ia del rrolla la implacable maldición
E xpulsa a su tío T ie ste s del te rm in a p o r a c c e d e r al sa c rifi­ m onarca se h ab ía co n v ertid o en que pesa sobre la familia real,
trono d e M icen as c o n la ay u d a c io , h e c h o q u e n o h a rá sino a m a n te d e C lite m n c s tra y donde cada miembro es alter­
d e T in d á re o . rey d e E sp a rta , a c re c e n ta r el re n c o r d e C litem - d u e ñ o d e M ic e n a s. D e las d i­ nativamente cazador y presa:
co n c u y a hija C litem n estra* se n estra c o n tra su m arido. v ersas v e rsio n e s del a sesin ato , el águila negra de Agamenón,
h ab ía casa d o d e sp u é s d e h a b er A l c a b o d e n u e v e a ñ o s de la q u e m a y o r fortu n a h a tenido devorador de su hija Ifigenia.
m a ta d o a su p rim e r m a rid o . e sc a ra m u z a s a n te los m u ro s de e s a q u e lla q u e n o s p re s e n ta al muere bajo las dentelladas de
T á n ta lo ”, h ijo d el re y T ie ste s. la s itia d a T ro y a , la h o stilid a d rey s a lie n d o d e su b a ñ o y c a ­ la leona Clitem ncstra y del
a s í c o m o al hijo d e am b o s. De la te n te e n tr e A q u ile s ” y A g a ­ y en d o b a jo la e s p a d a d el a s e ­ lobo Egisto. mientras la ser­
e sta unión m ald ita, inaugurad a m e n ó n se p o n e v io le n ta m e n te sino, in c a p a z d e d e fe n d e rse al piente O restes, asesino de su
co n un d o b le a s e s in a to y a la d e m a n ifie s to en u n a d is p u ta tener trab a d o s los b razo s p o r la madre, será acorralada por
q u e C lite m n e s lr a se s o m e te a q u e en fre n ta rá a am b o s héroes* c a m isa q u e su e s p o s a C lite m - otras cazadoras implacables,
d isg u sto , nacerán d o s h ijas, i n ­ p o r la p o se s ió n d e la c a u tiv a nestra le había o frecido después las erin ias-. Eurípides, en su

www.FreeLibros.me
AGAMENÓN 14 15 ALÓADAS
tragedia Ifigenia en Atiliile, re­ europeas al nacimiento de nu­ obtuvo el primer gran premio F.I triunfo de Alfides, libreto
presentada postumamente en el m erosas tragedias consagra­ de Roma en 18 0 1. para la ópera de Lttlly (1674)
406 a. C . evoca el doloroso di­ das a Ifigenia. A unque ya - 4 AQUILES. que inspirará numerosas obras
lema al que se enfrenta A ga­ Agam enón representa un pa­ ♦ M ás. M ilhaud. Agamenón del mismo título durante todo
menón. dividido entre el deber pel im portante en la Ifigenia (1927). ópera oratorio incluida el neoclasicismo e incluso
político y el amor paterno. Su de Racine (1674). será a partir dentro de su Orestíada. hasta el siglo xx. desde la
autoridad como jefe le impone del siglo xviit cuando em pie­ —4 ORESTES. A leestis de Hugo von Hof-
la terrible decisión del sacrifi­ cen a surgir las primeras obras ♦ Cilt. - 4 E L E G IR A . IFIGENIA . mannsthal ( 1893) hasta El mis­
cio. que desgarra su corazón significativas donde el mo­ TROVA. terio de Aleestis de Margueritc
indeciso de padre: «Tiem blo narca griego aparece ya como Yourcenar (1963).
ante la idea de com eter este el verdadero protagonista, A L C E S T IS ♦ ¡con. De la Antigüedad se­
acto inaudito, y tem o ante la com o en el Agam enón de J a ­ H ija del rey P clias y e sp o sa ñalaremos Di despedida de Ad­
idea de rechazarlo, pues sé que mes Thom son (1738), el de del rey A dm eto d e T esalia, pro­ meto y Aleestis (decoración de
mi deber es cumplirlo» (versos V ittorio Alfieri (Agam enón. te g id o d e A p o lo ", o fre c ió su vasija, siglo v a. C . París) y
1257-1258). 1776) o la tragedia Agamenón vida pa ra e v ita r la m u erte d e su numerosas decoraciones fune­
En su obra l)e natura reivnt. el vengada, de V icente G arcía esp o so . S im b o liza p o r ta n to el rarias. Rodin esculpió una
poeta epicúreo Lucrecio (h. de la Huerta ( 17 8 5 -1786). En a m o r c o n y u g a l. H eracles*, MueHe de Aleestis. 1899. París.
98-55 a. C.) convierte a Aga­ el siglo xix, la O restiuda de c u a n d o d e sc e n d ió a los In fie r­ ♦ M ás. Lully. Aleestis o El
menón en la figura arquetípica Alexandre Dumas ( 1865) con­ n o s ', la lib e ró d e l re in o d e las triunfo de Aleides, tragedia lí­
del hombre cegado por el te­ cede un papel más importante so m bras* y la a c o m p a ñ ó d e rica, 1674: Gluck. Aleestis.
mor a los dioses y presenta el a Egisto, subrayando el amor vuelta a la tierra, tan b ella y j o ­ ópera. 1767.
sacrificio de Ifigenia com o que le une a C litcm nestra. ven c o m o en el m o m en to d e su
el prototipo de los crím enes G erhart Hauptmann concibió m uerte. A LC ID E S
com etidos en nom bre de las una Tetralogía de los A n idas. O tro n o m b re p o r el q u e era
creencias religiosas. extensa m odernización del ♦ I.it. Eurípides (siglo v a. C.) c o n o c id o —4 H E R A C L E S .
Ya en el siglo xtil. Agamenón modelo antiguo, en la cual se escribió una Aleestis donde el
aparece como protagonista del inscribe La muerte de Agam e­ personaje de la esposa que A LCM EN A
poema «Agamenón aconseja la nón (1946). acepta m orir en lugar de su E sp o sa d e - 4 a n f i t r i ó n .
muerte de I lector», incluido en - 4 ELECTRA, IFIGENIA, ORKSTKS. m arido resulta particular­
la obra Troyuna polimétriva. ♦ /co n . Agam enón ha inspi­ mente conm ovedor: sin em ­ A L E JA N D R O
traducción del Raman de Trole. rado sobre todo a los pintores bargo. la escena de H eracles O tro n o m b re d e — 4 p a rís.
Pérez de Oliva trató el tema del del período napoleónico, como borracho aporta una nota có­
enfrentamiento entre Aquiles y Guérin (Clitemnestra y Egisto mica a la tragedia. A LÓ A D A S
Agamenón en Im venganza de disponiéndose a atacar a Aga­ Evocada en la Leyenda de las H ijo s d e P oseidón*, estos
Agamenón (1528). menón. 1817. Louvre) o In­ m ujeres ejem plares de Chau- g ig a n tes tuvieron la o sad ía de
Las traducciones de Eurípides gres. cuyo lienzo luis embaja­ ecr (1386), Aleestis es la he­ a lza rse c o n tra los d io ses'. Lle­
dieron lugar en las literaturas dores de Agamenón (París) roína de Quinault en Aleestis o g aro n a a p resar a A res . al que

www.FreeLibros.me
AMALTEA 16 17 AMAZONAS

re tu v ie ro n p ris io n e ro d u ra n te rre sp o n d e ría n o a la nin fa, sino


trece m eses en cad en ad o d en tro a la p ro p ia cabra.
d e u na v asija de b ro n ce, y pre­
te n d ie ro n a s a lta r e l c ie lo p o ­ ♦ Lengua. El cuento de Amal­
niendo el m onte Pelión so b re el tea o cuerno de la abundancia,
m onte O s a (q u e m iden 1.650 y designado también con el tér­
1,550 m etros, respectivam en te) mino de cornucopia, se ha
co n el fin d e a lc a n z a r la c im a convertido en el símbolo de la
del O lim p o 1, a n te s de s e r fu l­ fecundidad.
m in ad o s p o r el ray o d e Zeus*. La expresión (tener) el cuerno
d e la abundancia se aplica a
AM ALTEA quien goza de una situación
E sta ninfa* fue la n o d riz a de económ ica privilegiada que
Z eus". Rea*, al v e r q u e su e s ­ adem ás mejora progresiva­
p o so C ro n o ' ib a d e v o ra n d o a mente.
to d o s su s h ijo s c o n fo rm e n a ­ ♦ Lit. Esta leyenda aparece en
c ían . d e c id ió e s c o n d e r a su ú l­ Calimaco (Himnos, 146. siglo
tim o h ijo , Z eus*, e n el m o n te ni a. C .) y en O vidio (Fastos.
Ida, situ ad o en la isla de C reta. V, 115). Poussin, Júpiter niño criado por la cabra Amaltea,
♦ Icón. En el cuadro de Coy- Berlín. Museo Imperial
A llí lo re c o g ió la n in fa A rn al-
tea; las abejas destilaban para el pel Júpiter con los coribantes.
niño la m iel m ás dulce y las c a ­ siglo xvn, Versallcs. Amaltea in siste en la p o d e ro sa fa scin a ­ n o rte d e A sia M enor, o tal vez
bras lo a lim e n ta b a n c o n su le­ aparece ju n to a Rea. En La ción q u e e sta s fero c e s « b á rb a ­ en T racia. R echazaban la auto­
ch e. U n día, seg ú n c u e n ta O v i­ educación de Júpiter, tema del ras» , a je n a s a la s c o s tu m b re s rid a d d e lo s h o m b res — cuya
d io . la c a b ra q u e a lim e n ta b a a que Jordaens realizó al menos griegas, ejercían sobre los hom ­ p rese n c ia so lo to lerab an com o
Z e u s se ro m p ió un c u e rn o ; cinco versiones (16.15-1640. b res; fa s c in a c ió n en la q u e se esclavos— y se gobernaban a sí
A m altea lo llenó de llo re s y de Louvre. Lodz, Bruselas. Cas- m ezclaban in q u ietan tem en te la m ism a s, c o n u n a reina a su
fru to s y se lo o fr e c ió a Z e u s sel), se la representa ordeñando atracció n sex u al y u n a d e sc o n ­ fre n te . A u n q u e se u n ían o c a ­
q uien, en ag rad ecim ien to , c o n ­ a la cabra. F.1 mismo motivo fian za instintiva. s io n a lm e n te co n h om bres de
virtió a la n in fa y a la cab ra en aparece en el lienzo de Poussin D e sc e n d ie n te s de A res*, trib u s v e c in a s p a ra re p ro d u ­
estrellas (la constelación d e C a ­ Júpiter niño criado p o r la ca­ dios d e la gu erra, o riginarias de c irse . m atab an o so m etían a la
pricornio). C u a n d o Z eus luchó bra Amaltea, siglo xvn. Museo los c o n fin e s d e l P o n to E u x in o e sc la v itu d a sus h ijos varones.
c o n tra lo s titanes* se h iz o una Imperial de Berlín. (el m ar N egro) — bien del C áu- E n c u a n to a su s h ijas, una tra­
arm adura con la piel d e esta ca­ caso o b ien d e la C ó lq u id e, p a­ d ició n atrib u y e a las am azonas
bra: la ég id a'. AM AZONAS tria d e M edea*— , su re in o p a ­ la c o stu m b re d e co rta rle s el
S eg ú n o tra s v e rs io n e s del P ueblo de m u jeres cazadoras rece situ a rs e e n E sc itia (al su r s e n o d e re c h o p a ra fa c ilita r la
m ito, el nom bre d e A m altea co­ y g u erreras. L a trad ició n m ítica d e R u sia ) o en T e m is c ira , al p rá c tic a del tiro c o n arco , lo

www.FreeLibros.me
AM AZONAS 18 A M A ZO N A S

q ue ex p lic a ría la etim o lo g ía de parte, el gran río de A m érica


la p alabra que d a nom bre a este del S u r llam ado Amazonas
p u eb lo — b astan te d isc u tid a — , debe su nom bre al hecho de
q u e s ig n ific a « p riv a d a s d e un que los conquistadores espa­
pecho» (m a zo s). E ran d e v o ta s ñoles que lo descubrieron to­
d e A rte m isa ', c o n la q u e c o m ­ maron por amazonas a los be­
p artían ta n to la a fic ió n p o r la licosos indios que habitaban
c aza co m o su voluntad d e v iv ir en sus márgenes —tal vez de­
lejo s de los h o m b res. D iversas bido a sus largas cabelleras— .
leyendas las presentan c o m o ri­ d e ahí la apelación río de las
v a le s d e a lg u n o s d e los m ás Amazonas, que al sim p lifi­
destacados héroes* griegos: Be- carse se convirtió en e l A m a­ Amazona muerta. Ñapóles. Museo Arqueológico Nacional
lero fo n te s", H eracles*, u n o de zonas.
cu y o s tra b a jo s c o n sistió p re c i­ ♦ Lil. La literatura antigua Los libros de caballerías espa­ nia, situada en un lugar impre­
sam en te en ap o d erarse del c in ­ hace frecuentes alusiones a las ñoles del siglo xvi, y en espe­ ciso de las Indias cercano al
turón de su reina. H ipólita; T e- amazonas, pero sin dedicarles cial las Sergas de Espkm dián Paraíso terrenal. Años más
seo". q ue lo g ró co n q u istar, a la ninguna obra específica. (1510) de Garci Rodríguez de larde, los conquistadores espa­
fu e rz a o p o r a m o r, el c o ra z ó n La guerra contra las amazonas M ontalbo. prim era continua­ ñoles pondrían el nombre de
de A nlíope*. de la q u e tu v o un aparece evocada en la Teseida ción del celebre Am adís de California a la zona del actual
hijo. H ipólito"; A quilcs*. c u y o de Boccaccio ( 1339-1340). así Caula, recuperan la figura de estado de EE.UU. porque su
co razó n in flam ó d e a m o r la úl­ com o en los Cuentos de Can- las am azonas. El carácter mí­ visión les recordó la descrip­
tim a m ira d a d e P cn tesilea* . lerbury de Chaucer (1387). El tico de estos seres procedentes ción ofrecida por Montalbo del
reina d e las a m az o n as, q u e h a­ amor de Aquiles por la reina de de un lugar nada concreto pero reino de las amazonas.
bía acu d id o en so co rro de Pría- las amazonas es tratado en la en todo caso lejano, venía muy Esta figura aparece frecuente­
m o y a la q u e e l h é ro e d io Pcntesilea de Kleisl (1808). En bien para habitar la atmósfera mente asociada a la de la «mu­
m u erte a n te lo s m u ro s d e general, puede decirse que aun­ repleta de magia, reinos extra­ je r fatal», la devoradora de
Troya". que la figura de la amazona no ños y personajes extraordina­ hombres implacable y sin co­
siem pre proporciona materia rios de estas novelas. Al frente razón. El personaje de Lady
♦ Lengua. Una am azona es para un tema literario, aparece de las amazonas de Montalbo Arabelle. que seduce a Félix de
una mujer que monta a caballo en cambio como telón de fondo se encuentra la reina Calafia, Vandenesse en El lirio del sa­
colocando am bas piernas del en numerosas obras que evocan descendiente de la Hipólita mi­ lle, de Balzac ( 1836), consti­
mismo lado de la silla. La pa­ mujeres que. sin ser necesaria­ tológica. una mujer grande de tuye un ejemplo perfecto: ex­
labra se utiliza tam bién a ve­ mente «guerreras», sí resultan cuerpo, herm osa, joven, va­ celente amazona, es también
ces. hum orísticam ente, para «viriles» y fuertes y asumen liente, fuerte y diestra en el una temible seductora inacce­
designar a la prostituta que funciones normalmente reser­ arle de la guerra. Habitan la sible a los sentimientos. Seña­
ejerce su oficio en los automó­ vadas a los hombres o bien —todavía por aquel entonces laremos. por últim o, que las
viles de los clientes. Por otra prescinden de estos. im aginaria— isla de C alifor­ amazonas grecolalinas se han

www.FreeLibros.me
AM BRO SÍA 20 21 ANDRÓMACA

asociado frecuentemente a las zonas hacen e l am or y la gu e­ ten sa. E stos a m o re s u n en tan to ra b a a to d as las cautivas troya-
w alkirias de la m itología es­ rra, 1973, y Supermán contra a las d iv in id ad es e n tre s í (Ares* nas, q u e fueron repartidas entre
candinava, con quienes com ­ las am azonas, 1973; Clifford y A fro d ita1, p o r ejem p lo ) c o m o lo s v e n c e d o re s. A ndróm aca
parten el carácter guerrero y su Brown. Macisto contra la rehuí a un d io s y u n a m o rtal (Zeus* y to c ó c o m o botín a N eoptólem o
independencia respecto de los de las amazonas, 1973. L eda", D á n a e ’ o A lc m e n a ) o — ta m b ién lla m a d o P irro, «el
hombres. tam b ién a u n a d io sa y u n m o r­ lla m e a n te » — , el h ijo d e A qui­
♦ Icón. Las amazonas apare­ A M B R O S ÍA tal (co m o A fro d ita y A nquises, les, q u e había d ad o m uerte a su
cen frecuentem ente represen­ D el g rie g o a m b ro sia , « a li­ T etis" y Peleo"), y p o r su p u esto e sp o s o H éctor. M ientras el n a­
tadas en vasijas antiguas: Aqui­ m e n to d e in m o rta lid a d » (té r­ a lo s sim p le s s e r e s h u m a n o s v io d e su n u ev o am o se alejaba
les dando muerte a la reina de m in o d e riv a d o d e la p a la b ra (F ed ra" e H ip ó lito ", M edea* y d e T ro y a , lle v á n d o la h acia el
las amazonas. 540 a. C.. Lon­ bro lo s, «m o rtal» , p re c ed id a del Jasón*, Dido* y Eneas*). D e e s ­ E piro, los griegos arrojaron a su
dres: Amazonas a caballo, án­ p refijo priv ativ o a -), era el m is­ ta s u n io n e s , la m a y o ría d e las h ijo A stian acte d esd e las m ura­
fora etrusca. h. el siglo v a. C.. te rio so a lim e n to d e los d io s e s ' veces ilegítim as y a v e ces ad ú l­ llas d e la ciu d ad en llamas.
París. La Amazona Mattel, es­ al c u al d e b ía n su in m o rta lid a d te ra s, n a c e n h ijo s q u e , c u a n d o C o n v e rtid a p o r ley de gu e­
cultura del siglo v a. C. y que aco m p añ ab an con una son fru to d e u n a div in id a d y un rra en la c o n cu b in a de N eoptó­
(Roma), representa a la g u e­ b e b id a d e n o m in a d a n é c ta r'. m o rta l, so n d e n o m in a d o s h é ­ le m o , rey d e F tía , le d io un
rrera herida, mientras que en el roes* o sem idioses*. h ijo , M o lo so , d e sp e rta n d o los
Museo Arqueológico Nacional ♦ L engua. Se ha dado este - y C U P ID O , E R O S , P S IQ U E . celo s d e la estéril reina Hermío-
de Ñapóles se conserva una es­ nombre a un género de plantas, n e, q u e in te n tó m a ta r al niño.
cultura helenística que repre­ de la fam ilia de las com pues­ ANDRÓM ACA C u a n d o Orestes* m ató a N eop­
senta una Amazona muerta del tas, algunas de cuyas especies H ija d e E e tió n , rey d e T e ­ tó le m o , q u e h a b ía acu d id o a
siglo ii a. C.: Rubens pintó una se tom an en infusión. F.n sen­ b as' — c iu d ad m isia d e la T róa- D c lfo s p a ra c o n su lta re ! orácu­
Batalla de las am azonas tido figurado, el térm ino am ­ d e p ró x im a a T r o y a '— , y lo , A n d ró m a c a y su h ijo se
(1615, M unich) que destaca brosía se utiliza para designar e sp o sa d e Héctor*, h ijo de P ría- salv aro n d e la m u erte gracias a
por su extraordinario sentido algún manjar exquisito y deli­ mo*, sim b o liz a el a m o r c o n y u ­ la in terv en ció n del anciano Pe­
del movimiento. cado. gal y filia l fre n te a la cru e ld a d leo , p a d re d e A q u iles. A ndró-
♦ Cin. Las aventuras de estas d e la g u e rra . S u p a d re y su s m a c a se c o n v irtió en to n ce s en
guerreras intrépidas, cuyo po­ AMOR siete h e rm a n o s m u riero n a m a­ la e sp o s a d e H é le n o , adivino
der de seducción representa El tem a del a m o r es sin duda nos d e A quiles" du ran te u n a ex ­ tro y a n o h e rm a n o d e H écto r al
una am enaza para la vida de el m á s im p o rtan te d e la m ito lo ­ p e d ic ió n d e c a s tig o q u e los q u e N e o p tó le m o había legado
los héroes, han fascinado tam­ g ía grecorrom ana. E xceptuando griegos dirigieron co n tra la c iu ­ u n a p a rte d e su s tie rra s de
bién a los cineastas: W alter A r te m is a '- D ia n a ' y A ten ea"- d ad d e T e b a s c u a n d o c o rría el E p iro . A la m u erte de H éleno,
Lang. El m arido de la am a­ M in e rv a ', las d io s a s v írg e n e s, o ctav o a ñ o d e la g u e rra c o n tra A n d ró m a c a p artió p ara fundar
zona, 1933: V ittorio Sala. 1.a to d o s lo s d io se s" y to d a s las los tro y a n o s. C o n H é c to r tuvo u n a c iu d a d en M isia a la que
reina de las am azonas. 1960; d io sas e x p e rim e n ta n av en tu ras un hijo , A stianacte. d io e l n o m b re d e su h ijo Pér-
Terence Young. lo s amazonas, a m o ro s a s q u e v an d e l sim p le A l c a e r T ro y a su frió el gam o.
1973: Al Bradley. Las am a­ d eseo carnal a la pasió n m ás in­ m ism o d e stin o c ru e l q u e e s p e ­ - > C A SA N D R A , H ELENA .

www.FreeLibros.me
ANDRÓM ACA 22 23 ANFITRION

♦ Lit. La M uda ha inm ortali­ ble dilem a: salv ar a su hijo o seante parisino en una ciudad rio parecido con otra, está asi­
zado la imagen de la «viuda de respetar el recuerdo de su e s­ cam biante con el do lo r que mismo relacionada con este
Héctor» sollozando desgarra­ poso muerto. El mismo dilema comparten todos los exiliados. mito ( - 4 I.IT.).
doram ente sobre el cuerpo de será el nudo de la tragedia de ♦ Icón. D avid. El d olor y los ♦ Lit. Este relato mitológico
su m arido m uerto (canto Racine del m ism o título. Vir­ lamentos d e Andrómaca sobre se prestaba evidentemente a
XXIV). Homero nos presenta gilio, por su parte, en su epo­ e l cuerpo d e H éctor, 1783. una lectura vodevilesca y a
a la esposa enam orada viendo p eya la Eneida (29-19 a. C.) fragm ento del cuadro de in­ todo tipo de versiones cóm i­
partir llena de tem or a su e s­ m uestra el em otivo reencuen­ greso en la A cadem ia. París, cas. La más antigua conocida
poso. el más valeroso de los tro d e dos supervivientes del Bellas Artes. es el A nfitrión de Plauio (h.
guerreros (royanos, en una es­ desastre troyano: Eneas', al de­ 200 a. C .). de la que puede de­
cena de emoción y ternura fa ­ sem barcar en el Epiro, encon­ ANDRÓM EDA cirse que derivan todas las de­
m iliar que contrasta fuerte­ trará a Andrómaca llorando so­ E sp o sa d e —> per seo . más. En ella aparece un perso­
mente con la brutalidad de los bre el cenotafio de su am ado naje. el esclavo Sosias, cuya
combates (canto VI). Frente a Héctor (canto III). A N F IT R IÓ N apariencia tom ará M ercurio .
Helena . coqueta y adúltera, M ás adelante verem os reapa­ N ieto d e Perseo", y c o m o tal al igual que Jú p iter' adoptará
A ndrómaca es la encarnación recer la figura de Andrómaca b is n ie to d e Z e u s ’, fu e re y d e la d e Anfitrión. La tradición,
de la fidelidad conyugal, al en diversas obras dedicadas a T irin to , e n e l P e lo p o n c s o . Su por un curioso mecanismo «ni­
igual que Penélope- en la Odi­ la guerra de T roya, com o por e sp o sa , A lc m e n a , e ra tan b ella velador». quiso que ambos,
sea (—» ut.iSKS). Eurípides es­ ejemplo el Román de Troie, de q u e Z e u s se e n a m o ró p e rd id a ­ amo y esclavo, pasaran al len­
cenifica su angustia y su coraje Benoit de Sainte-Maure (siglo m e n te d e e lla , p e ro a n te su in­ guaje corriente convertidos en
ejem plar: A ndróm aca. arras­ xn ); La Troade, de R oben q u e b ra n ta b le fid elid ad el señ o r nombres comunes.
trada por el cruel Neoplólemo G arnicr (1579). o tam bién en d el O lim p o ' s e v io o b lig a d o a D esde la pieza de Plauto. el
lejos de su hijo Astianacte. que La guerra de Troya no tendrá a d o p ta r la a p a rie n c ia d e A n fi­ tem a del dios que adopta la
iba a ser despeñado desde las lugar, d e G iraudoux (1935). trión p a ra po see rla . E n g añ an d o apariencia de un mortal con el
murallas de Troya en Las 1ro­ R acine la convierte en prota­ d e e s te m o d o a s u m a rid o objetivo de seducir a una mu­
yanos (415 a. C.): en Andró- gonista absoluta de su tragedia m ie n tra s c re ía e s ta r e n tr e su s je r ha inspirado numerosas va­
m aca (424 a. C .) tendrá que Andrómaca (1667). donde en ­ b ra z o s , A lc m e n a c o n c ib ió d e riantes no solo por la rentabili­
defender duram ente al bas­ carna la fidelidad trágica a un Z e u s un h ijo d e s tin a d o a g ra n ­ dad cóm ica de los juegos de
tardo que tuvo de su nuevo esposo am ado y el desgarra­ d es h aza ñ as: H eracles". equívocos a que se prestaba,
amo contra los celos de Her- miento de la madre. El poema sino también por la presencia
ím'one. de Baudelaire «El cisne» (Las- ♦ L en g u a . El térm ino a n fi­ subyacente de un tem a igual­
Séneca recoge las quejas de las flores del mal, 1857). dedicado trión ha pasado al lenguaje co­ mente rentable: las dudas sobre
cautivas reducidas a la esclavi­ a «todo aquel que ha perdido rriente para designar a la per­ la identidad. Rotrou volvió so­
tud en su obra Las trayanas. lo que nunca podrá recuperar», sona que recibe invitados a su bre el modelo de Plauto con
tragedia com puesta entre 49 y em pieza con estas palabras: mesa o en su casa. La palabra Los sosias (1636). y lo mismo
62 d. C.; en esta pieza. Andró- «¡Andrómaca, en ti pienso!», y sosias, que se aplica a la per­ hizo M oliere con Anfitrión
maca se enfrenta con un terri­ compara la melancolía del pa- sona que tiene un extraordina­ (1668). La pieza de Moliere

www.FreeLibros.me
ANFITR1TE 24 25 ANIMALES

termina con un suntuoso festín ♦ C in. R einhold Schiinzel Amicns), y la Fuente de Anfi­
que Júpiter, siem pre oculto propone una libre adaptación trite de los jard ines del pala­
bajo la apariencia de Anfitrión, del m ito en L o s d io ses se d i­ cio de La Granja (Segovia). si­
ofrece al rey y a sus amigos; el vierten (1937). opereta paró­ glo XVIII.
criado Sosias, que ha renun­ d ica donde M ercurio se d es­
ciado definitivam ente a saber plaza sobre patines y los d io ­ A N IM A LES
cuál de los dos A nfitriones es se s- buscan vanam ente una L a m itología, c o m o explica­
el verdadero, concluye excla­ A m érica que todavía no ha c ió n d e lo s o ríg e n e s, debía
mando: «¡El verdadero A nfi­ sido descubierta. a c la ra r el d e lo s s e re s v iv o s.
trión / es el A nfitrión que nos Zeus" había encom endado la ta­
da de cenar!» De aquí deriva el A N F IT R IT E rea d e c re a rlo s a d o s titanes*,
em pleo de la palabra para de­ E sta n ereid a", h ija d e N e rc o ’ y P ro m e teo " y su h e rm a n o Epi-
signar al huésped espléndido d e D ó n d e, es la esp o sa legítim a m e teo , c u y o s n o m bres sig n ifi­
que agasaja magníficamente a d e Poseidón", q u e la h ab ía visto c a n , re s p e c tiv a m e n te , « p re v i­
sus invitados (—» LENGUA). El p o r p rim e ra v ez c u a n d o ju g a b a Mosaico d e N eptuno y A n fitrite s o r» e « im p re v iso r» . A m bos
tema volverá a ser tratado por c o n su s h erm a n a s en las o rilla s (detalle), Roma, colección particular te n ía n a su d is p o sic ió n cierto
Kleist (Anfitrión, 1806) inspi­ del N ax o s. Q u e d ó p re n d a d o de n ú m ero d e c u a lid a d e s, en c a n ­
rándose en M oliere, y más e lla , p e ro la jo v e n d io s a ”, a su s­ Anfitrite: Píndaro (Olímpicas, tid a d ilim itad a, co n las q ue po­
tarde por Giraudoux (Anfitrión ta d a, h u y ó d e él para refugiarse VI) canta a «Anfitrite, la de la d ían d o tar a su g u sto a los seres
38, 1938). j u n to a A tlas". P o se id ó n lanzó rueca de oro», y Ovidio (Meta­ q u e s e le s h a b ía e n carg ad o
Este mito puede relacionarse de en su p e rs e c u c ió n u n d e lfín , morfosis, I ) relata los orígenes crear. D ado su carácter, Epime-
forma más general con el tema q u e regresó) tray én d o la sobre su del mundo, «cuando Anfitrite le o se p u so m an o s a la obra sin
del doble, que puede adoptar di­ lo m o , y lu e g o la lo m ó p o r e s ­ aún no había extendido sus reflex io n ar y creó los anim ales,
versas formas. De este modo, p o sa c o n v ir tié n d o la en re in a brazos sobre las orillas terres­ re p a rtie n d o e n tre e llo s p rá c ti­
en cuanto al m otivo de la se ­ d e lo s m a re s , « la q u e ro d e a tres». c a m e n te to d a s la s cu a lid a d e s
ducción. piénsese en las dife­ el m u n d o » (ta l e s e l s e n tid o ♦ ¡cotí. A parece siem pre re­ q u e los d o s herm anos tenían en
rentes versiones del mito de e tim o ló g ic o d e su n o m b re presentada sobre su carro re serv a . D e e ste m o d o E pim e-
don Juan, con el seductor ha­ g rie g o ). H ijo d e a m b o s es T ri­ triunfal. Entre las obras an ti­ tc o d is trib u y ó g e n e ro sa m e n te
ciéndose pasar por su criado. tó n , m ita d h o m b re , m ita d p ez, guas destacan los mosaicos ro­ e n tr e lo s a n im a le s cu a lid a d e s
Aunque desde una perspectiva q u e d u ra n te la s te m p e sta d e s manos titulados El triunfo de ta le s c o m o la fu e rz a y la velo­
diferente, volveremos a encon­ d isfru ta arran can d o so n id o s sal­ N eptuno y A n fitrite. siglo III c id a d , la a s tu c ia y el v alo r, y
trar en Nerval el tema del doble v a je s a la s c a ra c o la s c o m o si d. C ., Louvre, y N eptuno y to d o tip o de atrib u tos físicos de
que seduce y se casa con la mu­ fu eran p ífan o s. A nfitrite. Rom a, colección d e fe n s a o d e a ta q u e , de tal
jer amada, tema que desempeña particular. M ás próxim os a m o d o q u e la re s e rv a estab a
un papel esencial tanto en el ♦ IJt. La Teogonia, de Hesío­ nosotros son los cuadros de p rá c tic a m e n te a g o ta d a cuando
Viaje a Oriente ( 18 5 1) como en do (versos 243-931). y la O di­ Poussin (siglo xvn, Chantilly) q u is o e m p e z a r a c re a r a los
Aurelia (1855). sea (III) evocan la figura de y de B oucher (siglo xvm . h o m b re s. P ro m e te o tu v o q ue

www.FreeLibros.me
ANTEO 26 27 ANTÍGONA

encargarse d e rep arar, en la m e ­ le d a b a n u e v a s fu e rz a s . H e ra ­ lu a m en te en su lu c h a fratricid a niéndose con las célebres tra­


d id a d e lo p o sib le , la im p re v i­ c le s co n sig u ió e stra n g u la rlo le ­ p o r el p o d e r, su tío C re o n tc , gedias de Sófocles. Antígona
sió n de su h e rm a n o . L o c o n s i­ v a n tá n d o lo e n v ilo p a ra e v ita r c o n v e rtid o en rey. d isp u so q u e (440 a. C.) y Edipo en Colona
g u ió m al q u e b ie n , p e ro p a ra q u e ro z a r a la tie rra . L u e g o se trib u tasen h o n ras fú n eb res al (representada postumamente en
ello tuvo q u e ro b ar a los d io se s' lo m ó a T in g e , la e sp o sa del g i­ p rim e ro , p e ro p ro h ib ió , b a jo 401 a. C.). En realidad, las tra­
el fu e g o c e le s te , ú n ic o m e d io g a n te , y tu v o c o n e lla u n h ijo , p e n a d e m u e rte , q u e P o lin ic e s diciones más antiguas son he­
p ara p aliar la in ferio rid ad física S ó fax , fu n d ad o r d e la ciu d ad d e re c ib ie ra s e p u ltu ra p o r h a b e r terogéneas: Antígona aparece
e in c lu s o « p s ic o ló g ic a » a q u e T in is (T án g er). c o m b a tid o c o n tra su p ro p ia pa­ en algunas com o hija de Euri-
los h o m b res p arecían ab o cad o s tria. d e c re ta n d o q u e su c a d á v e r gania y Edipo, no siendo por
re sp ecto a los an im ales. ♦ Icón. Se le representa siem­ q u e d a s e e x p u e s to a la s a lim a ­ tanto fruto de un incesto: en
L o s m ito s g re c o r ro m a n o s pre luchando contra Heracles. ñ a s y a las a v e s d e ra p iñ a . L as ocasiones se la presenta como
so n un s o rp re n d e n te h e rv id e ro Destacaremos la vasija de Eu- tra d icio n e s g rie g a s e sta b le c ía n esposa de Hemón y madre de
en e l q u e p u lu la n los a n im a le s l'ronios, siglo v a. C.. Louvre: el d e b e r s a g ra d o d e s e p u lta r a un hijo: en otras versiones se
m á s d iv e rso s; a lg u n o s in v e s ti­ Pollaiolo (siglo xv) trató en di­ los m u e rto s, se ñ a la n d o q u e en afirm a que Hemón fue devo­
g a d o res han p o d id o d e te c ta r en versas ocasiones el tem a de c a s o c o n tr a rio e l a lm a d e l d i­ rado por la Esfinge . Eurípides
esta p rofusión la h u ella d e a n ti­ Anteo tanto en escultura como fu n to v a g a ría e te r n a m e n te sin renueva el tema en Las fenicias
q u ís im a s re lig io n e s to ié m ic a s. en pintura (Florencia); el pin­ re p o so y n u n c a p o d ría a c c e d e r (h, 408 a. O . y la presenta
—> B E S T IA R IO , H U M A N ID A D , P R O ­ tor Baldung Gricn supo dotar al re in o d e la s som b ras* . Is­ abandonando Tebas tras la
M ETEO. de viva expresividad a los ros­ m en e se s o m e tió al e d ic to de muerte de sus herm anos y en
tros de am bos adversarios C re o n te ; n o a s í A n tíg o n a , q u e compañía de su padre. El caso
ANTEO (post. 1529, Cassel). tra n sg red ió c o n sc ie n te m e n te la de Antígona es particularmente
E ste m o n s tru o s o g ig a n te ', p roh ib ició n del tiran o p o r am o r ilustrativo de lo vanos que pue­
h ijo d el d io s P o s e id ó n ’ y d e A N T ÍG O N A a su h e rm a n o y e n n o m b re d e den resultar los intentos de re­
G ca . la m ad re T ie rra , v iv ía en H ija d e E d ip o y Y o c a sta y « las ley es n o esc rita s e in m u ta ­ construir la «biografía» cohe­
el d e s ie rto d e L ib ia , d o n d e se h e rm a n a d e Is m e n e , d e E te o - b le s d e lo s d io ses*» (S ó fo c le s, rente de los héroes y heroínas
había co n v ertid o en el te rro r de c le s y d e P o lin ic e s". A n tíg o n a A n tíg o n a ). C o n d e n a d a a se r de los mitos. Es tarea del poeta
los v iajero s q ue p o r a llí ac e rta ­ a c o m p a ñ ó a su p a d re c u a n d o e m p a re d a d a v iv a , A n tíg o n a crear, partiendo de datos dis­
ban a p a sa r d e b id o a q u e te n ía e ste, al d e sc u b rir el c rim e n y el pone fin a su vida ahorcándose. persos. personajes trágicos que
la a fic ió n d e a d o r n a r c o n su s in c e s to q u e h a b ía c o m e tid o , S u p ro m e tid o H e m ó n , h ijo d e den la medida del hombre y se
c rá n e o s e l te m p lo q u e h a b ía p a rtió h a c ia e l e x ilio d e s p u é s C re o n te , se d a m u e rte so b re el impongan a la posteridad. An­
e rig id o e n h o n o r d e su p a d re . d e a rra n c a rse lo s o jo s. S e refu ­ c u e rp o sin v id a d e A n tíg o n a, y tígona ha quedado desde Sófo­
H eracles*, en e l c u rs o d e su g ia ro n en C o lo n a , u n p u eb lec i- la e sp o s a d e C re o n te , a su vez, cles com o la heroína capaz de
b ú sq u e d a d e la s H c sp é rid e s", Ilo d e l Á tic a , d o n d e la m u erte se su ic id a d e d o lor. asum ir los valores éticos más
tu v o q u e e n fre n ta rs e a é l, p e ro trajo fin alm en te la p az a E dipo. IN F IE R N O S , T E B A S . elevados y pagar por ello con
el m onstruo p arecía inven cib le A n tíg o n a re g re s ó e n to n c e s a su vida, como el símbolo de la
y a q u e c a d a v e z q u e su c u e rp o T eb as* . D e s p u é s d e q u e E te o - ♦ l.it. Esta versión de los h e­ resistencia contra cualquier
lo c a b a el su e lo , su m a d re G e a c lc s y P o lin ices se m atarán m u- chos es la que term inó im po­ forma de tiranía.

www.FreeLibros.me
ANTÍG O N A 28 29 ANTÍOPE

Sin em bargo, cuando el m ito contradicción mism a que con­ Pétain. en la m edida en que
literario sobre A ntígona em ­ denaba a muerte a la sociedad pretendía explicar la elección
pieza a cobrar cuerpo en las le­ griega, víctim a de la tensión de C reonte. A ntígona. por su
tras europeas y antes de encar­ entre los valores morales de la idealism o y su aspiración a la
nar la oposición a la tiranía, ciudad, encarnados en una fi­ pureza, recuerda a otras heroí­
A ntígona había sim bolizado gura masculina, Creonte, y los nas de Anouilh. La resistencia
fundamentalmente la adhesión valores m orales «naturales» a la autoridad es también la in­
a los valores fam iliares. A sí qu e profesa A ntígona com o terpretación que ofrece Bertolt
aparece en las traducciones ro­ m ujer (Estética, 1835). Brechl en su Antígona (1948).
mances de la tragedia de Sófo­ La interpretación abiertamente y la que aparece en la novela
cles. tanto en la italiana de política del m ito se gesta d u ­ de H ochhuth La Antígona de
Luigi Alamanni (1533) com o rante el siglo xix. El conflicto Berlín (1964), donde una joven
en la francesa de B aíf (1573). entre las leyes escritas y las le­ berlinesa d esafía el poder de
y también en la creación origi­ yes no escritas se convierte en Hiller enterrando en secreto el
nal de Roben G arnier (1580). el que enfrenta al individuo cadáver de su hermano, asesi­
donde puede detectarse ya una contra el poder absoluto. Esta nado por sus declaraciones
Apolonio y Taurisco de Rodas. El
cristianización del mito. Lo interpretación aparecía ya es­ hostiles a los nazis. En la obra toro Farnesio. Museo Nacional
mismo se observa en la inter­ bozada en la A ntígona de Al- teatral Antígona (1939), Salva­ de Nápoles
pretación que ofrece Rotrou en l'ieri (1783), donde se denun­ dor Espriú se sirve del mito
su A ntígona (1637) y sobre ciaba enérgicam ente la razón para tratar más o menos direc­ A N T ÍO P E
todo en el relato épico de Ba- de Estado y el poder m onár­ tam ente el tem a de la guerra H ija d e N ic te o , re g e n te del
llanche (1814). que la con­ quico. Por extensión. Antígona civil española. re in o d e T e b a s -. Z e u s ', p ren ­
viene en una heroína moderna, se convierte en el sím bolo ♦ Icón. Antígona ante Creon­ d a d o d e su gran b elleza, la per­
una santa com parable por su de la rebeldía y de la libertad te, ánfora griega, posterior al sig u ió y co n sig u ió unirse a ella
abnegación y espíritu de sacri­ anticoníorm isla. com o en la siglo v a. C., Berlín. El escul­ b a jo la ap arien cia de un sátiro’,
ficio a J uana de Arco. pieza d e .lean C octcau repre­ tor Joscph-Charles Marin rea­ d e já n d o la encinta. T em iendo la
En el siglo xix Antígona inspi­ sentada en 1922 con una lizó una notable terracota al ira d e su p a d re . A n tío p e buscó
rará la reflexión de los rom án­ puesta en escena vanguardista. estilo antiguo que representa re fu g io en S ic ió n . d o n d e d io a
ticos alemanes, especialmente La A ntígona de A nouilh, re­ a A ntígona y Edipo. h. 1800. lu z d o s ge m e lo s. A b rum ado de
a partir de la traducción que de presentada en 1944 durante la París. p esar y d e vergüenza, N icteo se
la pieza de Sófocles realiza ocupación alemana, parece ha­ ♦ M ás. Antígona, ópera: Ho- su ic id ó , n o sin a n te s h ab er e n ­
H oldcrlin que, en sus O bser­ berse convertido para muchos negger, 1927: Cari Orff, 1948. c o m e n d a d o a su h erm ano Lico
vaciones sobre A ntígona lectores en el m ejor símbolo Antígona, ballet inspirado en q u e le ven g ara. E ste últim o in­
(1804), ve en ella una figura del espíritu de la resistencia; la traged ia de S ófocles, m ú­ v adió e n to n ce s la ciudad de Si­
blasfema y violenta. Según el sin em bargo, el au to r quería sica de M ikis T heodorakis, c ió n , m a tó a su re y y tra jo a
filósofo Hegel. el mito de An­ conseguir una cierta rehabilita­ coreografía d e John C ranko. A n tío p e p risio n e ra a T ebas.
tígona pone de m anifiesto la ción de la figura del mariscal 1959. L o s g e m e lo s re c ié n n acid o s

www.FreeLibros.me
A N T R O PO G O N ÍA 30 31 A POLO

fu e ro n a b a n d o n a d o s e n el Escritura» (de ahí la expresión p u és d e m u c h a s trib u la c io n e s


m onte C iterón. d o n d e un o s p as­ subtítulos Antiope que aparece p ro v o c a d a s p o r la c e lo s a H e ra 1,
to re s lo s e n c o n tr a ro n y se e n ­ a m enudo en las pantallas de su m a d re d io a luz. a los g e m e ­
c a rg a ro n d e su c ria n z a . A n lío - televisión francesas). los en la is la d e D é lo s, q u e a
pe. m altratad a p o r L ico y su e s­ ♦ ¡con. A polonio y T aurisco p a rtir d e e n to n c e s se c o n v irtió
p o sa D irc e , q u e la h a b ía de Rodas. El toro Eamesio, si­ en u n a tie rra sag rad a d o n d e n a­
c o n v e rtid o en su e s c la v a , c o n ­ glo i a. C.. Museo Nacional de die te n d ría d e re c h o a n a c e r ni a
s ig u ió h u ir y re u n irs e c o n su s Ñ apóles, es uno de los más m o rir. E n e s ta is la tra n s c u rrió
h ijo s. E s to s la v e n g a rá n m a ­ grandes grupos escultóricos de la in f a n c ia d e A p o lo , q u e al
ta n d o a L ic o y D irc e , a la q u e la A ntigüedad; representa el c re c e r p a rtió h a c ia e l p a ís d e
ataron a los c u e rn o s d e u n to ro suplicio d e D ircc. El Louvre los h ip e rb ó re o s’, d o n d e p erm a ­
q u e la d e stro z ó c o n tra u n a s ro ­ conserva tres lienzos inspira­ neció p o r e sp a c io d e u n añ o . Se
c a s. D io n is o . irrita d o p o r e s te dos en el mito: T iziano. Júpi­ d irig ió lu e g o a D e lfo s . d o n d e
c rim e n , se v e n g ó d e A n tío p e ter y Antíope. siglo xvi (sobre llegó en m itad del v erano, y allí
haciéndola en lo q u ec er. A ntíope este cuadro realizó un grabado m a tó a P itó n ', u n m o n stru o "
an d uvo erra n d o p o r toda G recia Bernard Barón): Correggio. El qu e te n ía a te m o riz a d o a l p a ís.
h a sta q u e fin a lm e n te la e n c o n ­ sueño d e A ntíope. donde ve­ P ara c o n m e m o r a r su v ic to ria
tró el c o rin tio F oco, héroe cpó- mos a Z eus acercarse, bajo la sobre la se rp ie n te , A p o lo fundó
n im o de la F ó c id e , q u e la cu ró apariencia de un sátiro . a la jo ­ los Ju e g o s « P írico s» . L u e g o se
d e su locura y la c o n v irtió en su ven dorm ida, h. 1524: Wat- ap o d eró del o rá c u lo d e Tcm is*,
esp o sa. teau. Antíope, siglo xvm. que h asta e n to n ce s h a b ía d ete n ­
L a le y e n d a h a b la d e o tr a tado el m o n stru o , y c o n sag ró el
A n tío p e q u e a v e c e s se c o n ­ A N T R O P O G O N ÍA trípode sa g ra d o d o n d e se se n ta ­
fu n d e c o n e sta . L a « s e g u n d a » —> E D A D D E O R O . H U M A N I­ ría la P itia , u n a jo v e n s a c e rd o ­
A n tío p e s e ría h e rm a n a d e H i­ D A D . PA N D O RA , PROM ETEO. tisa q u e tra n sm itía en térm in o s Praxiteles. Apolo Sauróctono.
a m b ig u o s lo s o r á c u lo s q u e le París.Musco del Louvre
p ó lita . re in a d e la s a m a z o n a s ',
q u e d io a T e se o ' un h ijo , H ip ó ­ APOLO in sp irab a el d io s.
lito . D io s d e l fu e g o s o la r y d e la A p o lo fu e d e s te rra d o del lia s d e T ro y a . p e ro c o m o el
b e lle z a , d e la s a rte s p lá s tic a s, O lim p o e n d o s o c a s io n e s . La m o n a r c a se n e g ó a p a g a rle lo
♦ Lengua. Los responsables d e la m ú s ic a y d e la p o e sía , es p rim e ra v e z p o r h a b e r c o n s p i­ c o n v e n id o , A p o lo se v engó e n ­
de un servicio francés de le- ta m b ié n el d io s o r a c u la r y el rado co n tra Z e u s ju n to a P o sei- v ia n d o s o b re la c iu d a d una
leinformática se las arreglaron d io s d e la p u rific a c ió n . S u po­ d ó n \ H e ra ’ y A te n e a , y la s e ­ p e ste q u e d ie z m ó a la p o b la ­
para formar el nombre Antiope d e r e s tem ib le. gunda p o r h a b e r asa e te a d o co n c ió n . L a seg u n d a v ez fue deste­
con las iniciales de dicho se r­ E s h ijo d e Z e u s y d e Leto sus H echas a los c íc lo p e s , a lia ­ rra d o a T e s a lia p a ra c u id a r los
vicio: «Adquisición Numérica y tie n e u n a h e rm a n a g e m e la . dos d e Z eu s. S u p rim e r castig o , re b a ñ o s d e l re y A d m eto , el es­
y Televisuali/.ación de Im áge­ A rte m isa " , c o m o el S o l tien e al se rv icio del rey L ao m ed o n te, p o so d e A lcestis". U n a v ez su ­
nes Organizadas en Páginas de p o r h e rm a n a a la L u n a . D es­ consistió e n c o n stru ir las m ura- p e ra d a s e sta s p ru e b a s . A polo

www.FreeLibros.me
32 33 A PO LO
A PO LO

sió n , c a u só en el d io s u n a gran D ios g u erre ro , se p o n e del lado El nombre del dios ha servido
recuperó su libertad y su puesto
a flic c ió n . - > j a c i n t o . de los tro y a n o s d u ra n te el c o n ­ para bautizar al célebre pro­
en el O lim p o.
flicto c o n tra los aq u eo s. L obos, grama espacial estadounidense
El m ás h e rm o so d e los d io ­ I.as fu n cio n es d e A p o lo son
c a b ritillo s , c is n e s , c u e rv o s y cuyo principal objetivo fue el
s e s ' tu v o n u m e ro sa s a v e n tu ra s m últiples: d ios d e la arm onía, se
d elfin es so n sus an im ales" p re ­ desem barco del hombre en la
a m o ro s a s 1 1 0 d e m a s ia d o a fo r­ le a trib u y e la in v e n c ió n d e la
feridos. y su planta sagrada e s el Luna Iprograma Apolo). Antes
tu n ad as. V arias n in fas” d e sp e r­ m ú s ic a y d e la p o e sía , q u e h e ­
laurel — tr ib u to a la e sq u iv a se había dado su nombre a una
ta ro n su p a sió n , p ero n o s ie m ­ chizan el c o ra z ó n d e h o m b re s y
D afne— , cuyas ho jas m astica la hermosa mariposa, la Parnas-
p re lo re c ib ie ro n c o n lo s b r a ­ d io s e s ; se s irv e p a ra e llo d e la
Pitia d u ra n te sus trances. siu s apollo, también llamada
z o s a b ie r to s : C ir e n e , q u e lira, q u e o b tu v o d e H erm es", y
ta m b ié n d e la fla u ta , o b je to de L o s ro m a n o s a d o p ta ro n mariposa parnasiana.
c o n c ib ió d e él a A r is te o ; C li-
u n a v io le n ta d is p u ta c o n M ar- m u y p ro n to a e s te d io s p re s ti­ -> DAFNE.
tia, a la q u e tra n s fo rm ó en he-
g io so , c u y o n o m b re c o n se rv a ­ ♦ l.il. Apolo está muy pre­
lio tro p o p ara ca stig a rla p o r h a­ sias", a q u ie n d e s o lló v iv o p o r
ro n , re te n ie n d o s o b re to d o su sente en la Ufada, donde fre­
b erle tra ic io n a d o ; D afne", q u e , h a b e r o s a d o m e d irs e c o n él.
p o d e r s a n a d o r y su s a trib u to s cuentem ente desem peña la
p a ra e s c a p a r d e l a c o s o d e l in ­ A p o lo in s p ira a los c re a d o re s
so la re s (f re c u e n te m e n te a p a ­ función de protector de Paris*.
siste n te d io s , s u p lic ó y o b tu v o v erso s reg u lares y equilibrados.
re c e d e s ig n a d o c o n el n o m b re Todos los poetas griegos y la­
s e r tr a n s fo r m a d a en la u re l. F recu e n te m e n te d irig e las d a n ­
de F c b o ). El e m p e r a d o r A u ­ tinos le rinden homenaje como
T u v o a m o r e s c o n la s m u s a s ’, z a s d e la s m u s a s en el m o n te
P a rn a s o '; e s e n to n c e s « A p o lo gusto (6 3 a. C .-I4 d. C .) le c o n ­ inspirador divino de sus obras.
c o m o T a lía , c o n q u ie n e n g e n ­
v irtió e n su d io s tu te la r e h iz o Tanto en 1.a República como
d ró a lo s c o rib a n te s , o U ra n ia , M u s a g e ta » . L a s c a rite s" le
c o rr e r e l ru m o r d e q u e A p o lo en I ms leyes. Platón (428-348
d e c u y a u n ió n s e d ic e q u e n a ­ a co m p a ñ an . E s tam b ié n el d ios
e ra su p adre. a. C .) insiste en la importancia
c ió O rfeo*. E n tre su s a m a n te s q u e p u rific a : c o n o c e el a rte de
del culto a Apolo, necesario
fig u ra n ta m b ié n a lg u n a s m o r­ s a n a r los c u e rp o s , a le ja n d o d e
♦ Lengua. En el lenguaje co­ para satisfacer a las masas po­
ta le s: la in fie l C o r ó n id e , c o n e llo s to d a im p u reza. Es «el b ri­
rriente. un apoto es un joven pulares que reclaman una ma­
q u ie n tu v o a A s c le p io ” C re ú - llante», «el lum in o so » (phoibos,
de belleza perfecta. El adjetivo gia ritual.
sa, m ad re d e ló n : C a sta lia , una e n g rie g o ), d io s del c a lo r so la r
apolíneo, en su acepción origi­ Durante la Edad Media y el
s e n c illa jo v e n d e D e lfo s q u e q u e h a c e g e rm in a r y m a d u ra r
nal. hereda este mismo signifi­ Renacim iento, Apolo se con­
h u y ó de él y fu e tra n sfo rm a d a los fru to s, d io s del v eran o , q u e
cado. funcionando com o sinó­ funde frecuentemente, desde
en fu en te; P sá m a te , q u e c o n c i­ c a d a a ñ o tra e a los h o m b re s
nim o d e «apuesto, atractivo», una perspectiva poética, con el
b ió a L in o ; C a s a n d ra ”, q u e s u ­ c u a n d o re g re s a d e l le ja n o país
a veces en sentido irónico; en propio Dios, como puede verse
frió un h o rrib le c a stig o p o r ha­ d e los h ip erb ó reo s. El p o d e r de
una segunda acepción, forjada en el dramaturgo portugués Gil
b e rs e n e g a d o a c e d e r a n te el e ste d io s es tem ib le, tan tem ible
c o m o el del S o l, del q u e e s una por el filósofo alemán Nietzs- Vicente (El templo de. Apolo.
dios. A polo a m ó tam b ién al j o ­
chc. se aplica a lo que se ca ­ 1526) o en Ronsard y los poe­
v en Jacin to * y lo c o n v ir tió en im a g e n m ític a : m a ta c o n su s
racteriza por su proporción, tas de la Pléiade. para quienes
f lo r c u a n d o un a c c id e n te le fle c h a s a lo s h ijo s d e N íobe* y
equilibrio y armonía, oponién­ el artista inspirado es un «sa­
p riv ó d e la v id a ; la m e ta m o r­ e n v ía la peste co n tra las huestes
dose en este sentido a dioni- cerdote de Apolo». Con el
fosis* e n c ip r é s de C ip a ris o , d e A g am en ó n ", q u e n o resp e tó
siaco (—> DIONISO). tiempo. Apolo se irá convir­
o tro jo v e n q u e d e s p e r tó su p a ­ a la h ija d e su sa ce rd o te G rises.

www.FreeLibros.me
A PO LO 34 35 AQUERONTE

tiendo fundamentalmente en el (1872). donde representa el A polo y Jacinto, com edia en q u e siem p re se ponía en la boca
símbolo del Sol regio y divino. mundo del sueño, del orden y un acto. 1763; Stravinski, d e los d ifuntos. E ra un viaje sin
Juan de la Cueva dedicó el pri­ del equilibrio, oponiéndose en A polo Mitsagela, ballet, 1928. re to rn o (e x c e p to en la doctrina
mer libro de su obra Coro Fe­ este sentido a Dioniso, símbolo Muchas óperas que figuran en ­ m ístic a d e la reen carnación, de
beo de rom ances historiales del arrebato y del desborda­ tre las primeras de la historia la q u e V irg ilio se h ace e c o en
11583) a Apolo. Sobre los amo­ m iento de las fuerzas creado­ de la música tienen como tema el c a n to V I d e la Eneida).
res del dios y Leucotoe, la rival ras; de esta definición procede central el episodio de Dafne: la D o s río s , u n o en G re c ia y
de Clitia, el portugués Juan de el térm ino apolinismo. más antigua es la de Peri o tr o e n E p iro , lle v a b a n e ste
M atos Fragoso escribió la fá ­ —> DAFNE. (Dafne, 1597); la más célebre, no m b re.
bula burlesca Apolo y Leucotoe ♦ ¡con. Entre las numerosas es­ la de Richard Slrauss (Dafne,
(1652). O tra de las conquistas culturas de la Antigüedad que 1938). ♦ L en g u a . L.a mariposa noc­
del dios sirve de argumento a la celebran al más bello de los ♦ Cin. La película A polo XIII turna conocida con el nombre
com edia de C alderón de la dioses citarem os el A polo de (1995). dirigida por Ron Ho- vulgar de mariposa de la
Barca Apolo y C lim ene (se­ Veies, terracota ctmsca, siglo vi w ard. narra la desafortunada m uerte o esfinge de la cala­
gunda mitad del siglo xvu). a. C.. Roma; el Apolo Sauróc- aventura de la tripulación de la vera, porque presenta sobre su
En el rom anticism o. Apolo tonn, Praxíleles, siglo iv a. C\, nave espacial estadounidense tórax unas manchas que re­
volverá a representar el im ­ copia romana, Louvre. Dios so­ que d a título a la cinta, que se cuerdan esta figura, responde
pulso de la inspiración. En el lar, Apolo es una figura omni­ encontró accidentalmente per­ al nombre culto de Acherontia.
H iperíón de Holderlin (1797- presente en Versalles. la ciudad dida en el espacio. otra alusión a la muerte simbo­
1799). el dios se confunde con del Rey Sol; citaremos el grupo lizada por la calavera.
las figuras de Jú p iter, de Dio- Apolo servido p o r las musas, A QUERONTE ♦ Lit. V irgilio describe «el
niso* y de Cristo, apareciendo esculpido por Girardon para el E ste h ijo d e H e lio y d e abismo cenagoso e hirvicntc...
con el nombre de Hipcrión. pa­ bosquecillo de Apolo. 1666- G e a ' fu e tra n s fo rm a d o p o r agitado por pesados borboto­
dre de Helio-, con el cual apa­ 1673. Madrid tam bién cuenta Z e u s 1 e n un río s u b te rrá n e o nes» (Eneida. VI). Racine. en
rece fusionado; según Holder­ con una fuente dedicada al dios c o m o ca stig o p o r h a b er p ro p o r­ Fedra (1677). expresa el ca­
lin. el poeta está investido de Apolo, esculpida en el siglo c io n a d o a g u a a los titanes", que rácter irreversible de la muerte
una misión divina y expresa a xviii por Manuel Álvarez. Los se h a b ía n re b e la d o c o n tr a los con el siguiente verso: «Y el
través de su rebelión el re­ artistas escogieron a menudo d io se s* , tra ic io n a n d o a s í a los rapaz Aqueronte nunca suelta
cuerdo de su origen solar. Asi­ escenas llenas de movimiento O lím picos*. El A qu cro n lc co n s­ su presa.» En su poema «El
mismo en Keats (H iperíón, (Bernini, A polo y Dafne, h. titu ía la frontera e n tre el m undo desdichado» (Las quimeras,
1819). Apolo encarna el ac ­ I62Ü. Roma; Rodin. Apolo d e los v iv o s y el m u n d o d e los 1854). Gérard de Nerval exalta
ceso al saber y la búsqueda de aplastando a la serpiente Pitón, m u e rto s (lo s In fie rn o s ). L as con estas palabras los poderes
una nueva poesía. También yeso, 1895. Buenos Aires) o de « s o m b ra s » 1 d e lo s m u e rto s se mágicos del poeta, que le per­
desde una reflexión estética emoción (Rafael. Apolo y Mar- a c erc a b a n a su o rilla y e ra n re ­ miten trascender la muerte:
aparece la figura de A polo en sias, 1509, Roma). c o g id o s a llí p o r el b arq u ero C a- «Dos veces victorioso atravesé
Nietzschc. particularmente en ♦ M ás. El laurel d e Apolo, ro n te", q u e lo s p a s a b a a l o tro el Aqueronte.»
El nacim iento de la tragedia zarzuela, It. 1657; Mozart. la d o p re v io p a g o d e un ó b o lo -» INFIERNOS. ORFEO.

www.FreeLibros.me
37 AQUILES
AQUILES 36

A Q U IL E S tra n s m itiría a A q u ile s , a q u ien D e id a m ía , u n a d e las h ija s del


E s uno d e m á s señalados h é ­ d e s d e e n to n c e s s e c o n o c e ría re y L ic o m e d e s , n a c ió P irro ,
ro e s ' g rie g o s. S u n o m b re s im ­ c o m o «el d e lo s p ie s lig e ro s » ta m b ié n lla m a d o N eo p tó le m o .
b o liza el v alo r en el c o m b a te y ( p o d a s o c h u s ). L a tra d ic ió n U lises", q u e sab ía qu e T ro y a no
el ím p etu fo g o s o d e lo s s e n ti­ fu n d ió a m b a s v e rs io n e s , sin p o d ría se r to m a d a sin A q u iles.
m ientos. S u in fan cia fu e ex c e p ­ e m b a rg o co n tra d ic to ria s, d e tal id e ó u n a a rg u c ia p a ra s a c a r al
c io n a l: su p a d re , e l m o rta l P e ­ m o d o q u e A q u iles a p a re c e a la h é ro e d e su re tiro : d is fra z a d o
le o . d e s c e n d ía d e Z eu s", y su v e z d o la d o d e u n a v e lo c id a d d e m e rc a d e r, se p re s e n tó en la
m adre, la d io sa T etis", p e rte n e ­ e x c e p c io n a l y c o n e l taló n c o rte d e L ico m e d e s o fre c ie n d o
c ía al lin a je d e O c é a n o " , d io s c o m o ú n ic o p u n to v u ln e ra b le . a s u s h ija s ro p a s y o tr a s c h u ­
del océan o . S u m adre q u iso h a ­ S u e d u ca c ió n n o fue m en o s c h e rías fem en in as b a jo las c u a ­
c e rle in m o rta l, p a ra lo c u a l le e x cep cio n al. Q u iró n , el m ás sa­ le s h a b ía e s c o n d id o a rm a s.
su m e rg ió d e n iñ o en la s m á g i­ b io d e los c e n ta u ro s, le e n se ñ ó A q u ile s n o p u d o d is im u la r su
c a s a g u a s d el río E stige*, q u e las v irtudes m o rales y g uerreras a le g ría al v e rla s , d e s c u b r ié n ­
te n ía n la p ro p ie d a d d e v o lv e r al tiem p o q ue le alim en tab a con dose a s í an te U lises, al cual no
le fu e d ifícil c o n v e n c e rlo para Rubens. Tetis bañando a Aquiles
in v u ln e ra b le al q u e se b a ñ a ra e n tr a ñ a s d e le ó n y ja b a lí. Y a
q u e se u n iese a la cam p añ a. T e ­ en la laguna Estigia. Sarasota (Flo­
en ellas. P ara e llo tu v o q u e s u ­ a d u lto , A q u iles se re v ela co m o rida). Ringling Museurn of Art
je ta r le p o r un ta ló n , q u e a l n o u n te m ib le g u e rre ro , c o n v ir­ tis n o tu v o m á s re m e d io q u e
re c ib ir e l c o n ta c to c o n las tié n d o s e e n u n o d e lo s p r in c i­ c e d e r a la v o lu n tad d e su h ijo y
a g u a s del río s e ría el ú n ic o p a le s c a m p e o n e s a q u e o s d e la le a rm ó m agníficam ente para la la c a m p a ñ a se p ro d u jo un
p u n to v u ln e ra b le de su cu erp o . g u e rr a d e T ro y a* . D e so y e n d o e x p e d ic ió n b é lic a , p ro p o r c io ­ n u e v o e n fre n ta m ie n to e n tre el
S egún o tra v ersió n , T e tis lo h a­ lo s p re s a g io s y te m o re s d e su n á n d o le d o s c a b a llo s in m o rta ­ h é ro e y A g a m e n ó n : el rey se
b ría s o m e tid o a la a c c ió n del m ad re T etis, q u e le h ab ía a n u n ­ les d o ta d o s d e la fa c u lta d del a p o d e ró de B riseida, la cautiva
fuego co n la e sp e ra n z a d e p u ri­ c ia d o q u e m o riría e n e s ta c a m ­ h ab la, u n a n tig u o o b se q u io d e fav o rita d e A quiles. E ste, preso
fic a r d e e s te m o d o e l c o m p o ­ paña, el h é ro e se e m b a rc a hacia P oseidón*. A q u ile s se re u n ió d e có lera, se retiró a su tienda y
nente m ortal q u e A q u iles h ab ía T ro y a al fre n te d e su s fie les con la arm a d a aq u ea en A ulidc. se n eg ó a c o m b a tir en lo suce­
h e re d a d o d e su p a d re P e le o . m irm idones*. U n a trad ició n se­ A llí s e e n fr e n tó p o r v e z p ri­ s iv o , tra y e n d o la d erro ta sobre
P ero e ste c o n sig u ió a rra n c a rle c u n d a ria re f ie re q u e T e tis, m era a la v o lu n tad del rey A ga­ las filas g riegas. S olo la m uerte
a tiem p o de la s llam as, au n q u e sa b ie n d o el d e stin o q u e a g u a r­ m enón , q u e h a b ía d e c id id o in ­ d e su m á s q u e rid o am ig o . P a­
el talón d erech o del n iñ o q u ed ó d a b a a su h ijo , h a b ía c o n s e ­ m o la r a su h ija Ifig e n ia ", p e ro tro c lo , q u e h a b ía c a íd o a m a­
d a ñ a d o p o r el fu eg o . M ás a d e ­ g u id o o c u lta rlo d u ra n te n u ev e ni la c ó le ra ni e l a rro jo d e l h é­ n o s d e H é c to r , c o n sig u ió que
la n te. el c e n ta u ro " Q u iró n * re ­ a ñ o s en la isla d e E sc iro s, en la roe co n sig u iero n e v ita r el sacri­ A q u iles reg resara, llam eante de
p a raría el d a ñ o c a u s a d o p o r el c o rte d e l re y L ic o m e d e s , d is ­ ficio d e la m u chach a. furia y d o lor, al com bate. A qui­
e x p e rim e n to de T e tis re e m p la ­ fra z a d o d e m u je r y b a jo el M á s ta rd e , y a a n te lo s m u ­ le s c a rg ó c o n tra T ro y a , p e rs i­
zan d o el h u e so q u e m a d o p o r el n o m b re d e P irra (« la lla m e ­ ros d e T ro y a , A q u ile s fue a c u ­ g u ió tre s v e c e s a H é c to r en
d e un g ig a n te ” c é le b re p o r su a n te» , p o r su s cab ello s rojizos). m u la n d o p ro e z a (ra s p ro e z a . to rn o a las m u ra lla s de la c iu ­
v e lo c id a d , c u a lid a d q u e se D e lo s a m o r e s d e A q u ile s y Sin e m b a rg o , al d é c im o a ñ o de d a d . c o n sig u ió d a rle alca n ce y

www.FreeLibros.me
A Q U ILES 38 AQUILES

lo m ató con su espada. D espués se em plea en ocasiones para poeta latino Estacio (siglo i) le ámbito lírico. En este sentido,
d e h a b e r re n d id o h o n ra s fú n e ­ designar la actitud de alguien dedica una obra épica, la Aqui- destaca particularm ente Me-
bres a P a tro c lo , A q u ile s . e n lo ­ que, com o Aquiles. se niega a leida. de la que solo llegó a es­ tastasio, cuya Aquiles en Esci­
q u e c id o p o r la p é rd id a d e su lom ar parte en una acción co ­ cribir dos cantos que relatan la ros dio origen a una famosa
am ig o , a ló e l c u e rp o d e H écto r lectiva movido por el despecho infancia del héroe. ópera de Caldara (1736). El
a su c a rro y lo a r r a s tr ó p o r el o por la cólera. La figura de Aquiles atraviesa mismo episodio inspiró tam­
polvo. L as sú p licas d e P ríam o , ♦ Lit. La tradición homérica los siglos com o el modelo del bién a M argueritc Yourcenar
rey de T ro y a y p ad re d e H éctor, (siglo IX a. C .) convierte a héroe guerrero, desde el In ­ su recopilación de relatos titu­
c o n sig u ie ro n fin a lm e n te h a c e r A quiles en el héroe principal fie rn o de Dante (Divina com e­ lada Fuegos (1932). El amor
m e lla e n la m a g n a n im id a d d e de la Iliada. cuyo tema central dia. 1307-1321) o la Aquileida de A quiles por la reina de las
A quiles, q u ien accedió a d e v o l­ explícito es, precisamente, «la bizantina — poem a anónim o am azonas encontró un trata­
v e r e l c u e rp o d el c a íd o a su cólera de Aquiles». Poderoso del siglo x v — . hasta la A q u i­ miento dram ático en la Pente-
p a d re a c a m b io de un e le v a d o guerrero, se distingue por su leida (1799) de G oethe, cen­ silea ( 1808) de Kleist. Ramón
re s c a te . F u e en e s te m o m e n to velocidad («Aquiles. el de los trada en el valor del héroe ante de la C ruz se centró en la fi­
c u a n d o P arís", g u ia d o p o r pies ligeros»), su belleza y. so­ su muerte inm inente, o El es­ gura de la esclava favorita del
A p o lo 1, lo g ró h e rir m o r ta l­ bre todo, por su carácter inde­ cudo de Aquiles (1955), un li­ héroe en su zarzuela heroica
m ente al h éro e en el taló n. pendiente y fogoso. Es cierto bro de poemas de Wystan Au- Briseida (h. 1768), a la que
A lgunos relatos secund ario s que ama la gloria, pero más to­ den consagrado a la guerra. Antonio Rodríguez de Hita se
nos m uestran a A q u iles du ran te davía la am istad y el amor. El Boscán (siglo x vi), en su so­ encargó de poner música.
u na d e la s e s c a ra m u z a s q u e se canto XI de la Odisea nos deja neto CXXVIII («El hijo de Pe­ En el verso «Aquiles inmóvil a
d e s a rro lla ro n e n la lla n u ra d e entrever, entre las sombras del leo. que celebrado...»), com ­ zancadas» que aparece en La
T ro y a, d an d o m u erte a P entesi- Hades", el alm a de Aquiles para al héroe griego con su joven parca (1917). Paul Va-
lea . la rein a d e las am azon as", que ha acudido a la invocación am igo G arcilaso: si Aquiles léry alude al famoso argu­
q u e h a b ía a c u d id o e n d e fe n s a de Ulises: la sombra* del héroe consiguió la gloria, Garcilaso mento con el cual Zenón de
d e los tro y an o s, o co m b atie n d o lamenta su vida terrestre y ex­ tam bién podrá llegar a ella. Elea pretendía dem ostrar la
en d u e lo c o n M e m n ó n , el h ijo presa ansiosamente su preocu­ A dem ás del tema de la cólera imposibilidad del movimiento,
d e E o s ’, y a lg u n o s n o s h a b la n pación por la suerte de su hijo de Aquiles, símbolo del carác­ explicando que ni el mismo
ta m b ié n d e lo s a m o r e s d el h é ­ Neoptólemo. ter sobrehum ano del héroe y Aquiles sería capaz de alcanzar
roe co n P olíxena, un a d e las hi­ Los estoicos condenaron seve­ de su incapacidad para ad ap ­ a una tortuga siempre que esta
ja s de Pn'am o. ramente a este héroe dominado tarse al mundo de los hombres tuviera sobre él una ventaja,
- » CALCANTE. por las pasiones, pero el rey de (André Suarés, Aquiles venga­ por pequeña que fuera.
M acedonia, el gran Alejandro dor, 1920), el episodio más Por último, recordemos que la
♦ Lengua. Talón d e Aquiles: (siglo iv a. C ) . hará d e él su tratado por la posteridad ha descripción homérica del «es­
tínico punto débil de algo o de modelo. El trágico griego Eu­ sido el del retiro del héroe en cudo de A quiles» se ha con­
alguien que. p o r lo dem ás, es rípides (siglo v a. C .) le con­ Esciros — con el travestism o vertido para los teóricos mo­
invulnerable. La expresión re­ vierte en uno de los protago­ del héroe y sus am ores con dernos en el modelo mismo de
tirarse Ia l guien) bajo su tienda nistas de Ifigenia en Áttlide. El D eidam ía— . sobre todo en el descripción literaria de una

www.FreeLibros.me
AQUILÓN 40 41 ARACNE

obra de arle. Diego Hurlado de 1848. M ontpellier) y su paso


M endoza (prim era mitad del por el gineceo de Esciros (Ru-
siglo xvi) dedicó su soneto bens. Aquiles entre las hijas de
XXXIV a este tem a («F.l e s­ Licomedes, h. 1616. Madrid),
cudo de A quiles. que b a­ así com o el episodio de Bri­
ñado...»). Se trata de una tra ­ seida (G iandom enieo Tiépo-
ducción directa de uno de los lo. Briseida ante Agamenón,
Emblemas de Alciato. fresco, villa V alm arana, si­
♦ Icón. La A ntigüedad co n ­ glo x v i i i ). El héroe aparece
virtió las hazañas de A quiles también en el tapiz, de Juan de
en tema de gran número de es­ Raes Historia de Aquiles. siglo
culturas (siglos iv y v. Louvre) xvn. Santiago de Compostela.
y de pinturas sobre cerám ica ♦ M ás. Lully. Aquiles y Polt-
(Em bajada d e Ayax, U lises y xena, ópera. 1687; C uida­
D ióm edes am e A quiles para ra, Aquiles en Esciros. ópera.
instarle a lachar contra los 1776; A ntonio R odríguez
tróvanos, Louvre). F.l episodio de Hita. Briseida, zarzuela,
de los am ores del héroe con h. 1768. sobre texto de Ramón
Briseida fue profusam ente de la Cruz.
ilustrado (R apto de Briseida, ♦ Cin. M arino G irolam i, La Velázquez. Las hilanderas o Fábula d e Aracne. Madrid. Museo del Prado
pintura sobre copa griega. cólera de Aquiles. 1962.
Londres; Despedida de Aquiles -> TROYA. atrevió a desafiar a la dio sa A te­ e n c is n e ... A te n e a n a d a pudo
y Briseida, fresco, siglo i a. C\. n e a ', p atro n a d e las b o rd ad o ras o b je ta r a u n tra b a jo tan p er­
Pom pcya). F.n los siglos que A Q U IL Ó N y las tejed o ras. L a d io s a re p re­ fecto . p ero en un ra p to de celos
siguieron, los pintores ilustra­ D io s q u e lo s ro m a n o s id e n ­ se n tó e n to n c e s so b re su te la a d esg a rró furiosa la tela de la jo ­
ron profusamente su juventud tific a ro n c o n e l g rie g o —> b ó ­ los d o ce d io ses del O lim p o 1, la v en . A ra c n e se a h o rc ó d e d e ­
(Rubens. Quirón educando a r e a s . d isp u ta q u e la e n fre n tó co n Po- s e s p e ra c ió n . A ten ea, tal vez
Aquiles. boceto para tapiz, seidón sobre el nom bre q u e de­ a p ia d a d a , le sa lv ó la v id a co n ­
1630, R otterdam , y Tetis b a ­ A R A C N E bía da rse a la ciu d ad d e A tenas v in ié n d o la en araña.
ñando a A quiles en la laguna S e g ú n O v id io , e s ta jo v e n , y. en las cu atro esq u in as, la d e ­
Estigia. siglo xvn. Sarasota. q u e fu e tra n sfo rm a d a en ara ñ a rrota d e los m ortales qu e habían ♦ Lit. El m ito aparece en las
Ringling M useum o f Art; (en grieg o , ara ch n é), e ra h ija de o sa d o m e d irse c o n lo s d io se s. Metamorfosis de Ovidio (siglo
Jean-B apliste Regnault. E du­ un tin to re ro lidio. H abía ad q u i­ A racne rep resen tó las m etam or­ i a. C.). libro VI. versos 5-145.
cación de Aquiles. obra de pre­ rid o (an ta re p u ta c ió n en el arle fo sis’ d e los d io se s y su s e scan ­ ♦ ¡con. Velázquez. Las hilan­
sentación en la A cadem ia, d e te je r q u e h asta las n in fas de d a lo sa s in trig a s a m o ro sas: E u­ deras o Fábula de Aracne.
1783. Louvre: D elacroix. La la reg ió n a cu d ía n p a ra a d m ira r ropa y Z e u s 1 tra n sfo rm a d o en 1657. Madrid. Museo del
educación de Aquiles. boceto. su s ob ras. A racne, o rg u llo sa, se lo ro . L eda" y Z e u s c o n v e rtid o Prado.

www.FreeLibros.me
ARCA D IA 42 43 ARCADIA

ARCADIA V irgilio en sus Bucólicas (42-


E sta reg ió n c e n tra l d el Pelo- 37 a. C.), poniendo en escena a
p o n eso , p o b la d a d e p a sto re s de pastores músicos y poetas pró­
ru d as co stu m b re s q u e ad o rab an xim os a los m íticos arcadios,
al d io s Pan" y c u b ie rta d e e sp e ­ aunque integrando tam bién te­
so s b o s q u e s , e ra , e n la im a g i­ m as «realistas» relacionados
n a c ió n d e lo s a n tig u o s , e l p a ís con la política contemporánea.
m ític o d e u n a fe lic id a d p asto ril En 1502 el poeta y hum anista
q u e h a c e p e n s a r en e l m ito d el napolitano lacopo Sannazaro
« b u e n s a lv a je » , tan c a ro a l si­ dio el título d e L a A rca d ia a
g lo x v iii . D e s d e e s ta p e r s p e c ­ una novela cuyo personaje
tiv a, la A rc a d ia e ra u n a e sp e c ie principal es un amante desgra­
d e p araíso te rre stre c u y o s h a b i­ ciado que intenta o lvidar su
ta n te s , lo s a rc a d io s , lle v a b a n tristeza al lado de los pastores
u n a v id a c o n sa g ra d a p o r e n te ro arcadios. Inspirada en los auto­
a la m ú s ic a y a l c a n to (r e fle jo res antiguos (especialmente en
id ealizado d e la v id a de los p as­ T eócrito, O vidio y V irgilio),
to re s , te n id a p o r « o c io s a » e n esta obra un poco afectada, que
c o m p a ra c ió n c o n la d e los a g ri­ pintaba con tintes idílicos la Poussin. Los pastores d e la Arcadia. París. Museo del Louvre
c u lto res). vida de los pastores, tuvo un
éxito inmenso en toda Europa. En prosa, la D iana de Jorge de están totalm ente idealizados
♦ Lit. El arcadism o fue una En ella se inspiraron Im A rca­ M ontemayor (1559?) da inicio hasta convertirse en arqueti­
especie de ideología (o de dia de Philip Sidney (1590) y a un género, el d e la novela pos. Suelen presentar alternan­
ideal) m uy d e moda en la La A rcadia de Lope de Vega pastoril, de gran fam a en los cia de verso — procedente de
R oma surgida de las guerras (1598). De Sannazaro deriva el siglos de oro. Todas tienen ca­ la lírica tradicional e italiani­
civiles del siglo i a. C. C onsis­ género pastoril en sus diversas racterísticas sim ilares: varios zante— y prosa. A la obra de
tía en oponer a valores «mate­ m anifestaciones, ampliamente pastores, más poetas y filóso­ M ontem ayor le siguió la
riales». com o el poder y la cultivado en España a lo largo fos que sim ples rústicos, h a­ Diana enam orada (1564) de
riqueza, otros valores «espiri­ d e los siglos xvi y x v n . En blan ininterrum pidam ente de G aspar Gil Polo. Se considera
tuales» cu y a autenticidad se poesía, este género adopta la sus amores no correspondidos. que la última novela pastoril es
encarecía —el am or a la natu­ form a d e égloga en la que un Su m ayor aspiración es recu­ la C inlia d e A ranjuez (1629)
raleza. el culto a la belleza, el pastor —generalmente trasunto perar la llamada edad de oro', de Gabriel del Corral. Entre la
gusto por la m úsica— . todo del autor— canta su am or por lo q u e lleva con sig o , necesa­ obra de Montemayor y esta úl­
ello desde una perspectiva que una pastora o ninfa”. Son fa­ riamente. un menosprecio de la tima se publicaron más de cua­
podría calificarse de «ecolo- m osas, entre otras, las tres vida de la corte y una alabanza renta novelas pastoriles. Tal es
gism o a vani la lettre». T ales églogas escritas por Garcilaso de la de la aldea. La naturaleza el éxito que tuvo el género en
son los ideales que expresa de la Vega entre 1526 y 1536. y los sentimientos, no obstante, España. Pero no es un caso ais-

www.FreeLibros.me
44 45 ARES
A RES

ludo, sino que el género pas­ S in e m b a r g o , n o s ie m p re


toril se desarrolló tam bién sale v icto rio so e n los co m b ates;
en otros países europeos. d e h e c h o re s u lta v a ria s v e c e s
Por ejem plo, el m ás célebre h e rid o , s o b re to d o e n su s e n ­
ejem plo francés es La As- fre n ta m ie n to s c o n A tenea*, d i­
Irea (1607-1628) de Honoré v in id a d ta m b ié n g u e rr e ra c o n
d'U rfé. q u ie n fo rm a u n a p a re ja p erfec­
♦ Icón. Los pastores de la A r­ ta m e n te a n tité tic a . A te n e a ,
cadia de Poussin (1639, d io s a v irg e n q u e e n c a rn a la
Louvrc) evocan la fragilidad fu e rz a in te lig e n te , re s p e ta d a
de la dicha con la inscripción p o r los dioses*, p re v ale c e siem ­
Ares o Marte en el lienzo de Botticelli, Londres. National Gallery
F.t in A rcadia ego («Y o tam ­ p re s o b r e la d e s m e s u ra y la
bién viví en la Arcadia»). viril b ru ta lid a d d e A res, d e já n ­
d o le in c lu s o e n e l m á s e s p a n ­ q u e d a ro n a p re s a d o s en la red A re s) y se co n v irtió en la sede
to so d e lo s rid íc u lo s, c o m o p o r m á g ic a p re p a ra d a p o r el h áb il del p rim er trib u n al crim inal de
ARES
H c fe sto , q u e p re s e n tó a s í a la A ten as en carg ad o de ju z g a r los
D io s d e la g u e rr a , e s o r ig i­ e jem p lo cu a n d o este , alcanzado
p a re ja c u lp a b le a la m ira d a d e d e lito s d e sangre.
n a rio d e T ra c ia , u n a c o m a rc a p o r u n a g ru e s a p ie d ra la n z a d a
to d o s los O lím p ico s. L o s ro m a n o s asim ilaron A res a
sem isalv aje situ a d a al n o rte de p o r la d io s a , s e re tir a g im o ­
- » AFRODITA. su d io s Marte*.
G re c ia fa m o sa p o r su s c ab allo s te a n d o la s tim o s a m e n te del
A d e m á s d e lo s h ijo s q u e
y p o r sus fiero s g u errero s. H ijo c a m p o d e b ata lla d e la m ano de
tu v o c o n e s ta d io s a . A re s e n ­ ♦ Lengua. Actualmente el tér­
d e Z e u s ’ y l l e r a ’, fo rm a p arle A frodita*.
A tenea n o e s la única q u e le g e n d ró u n a p ro le n u m e ro sa y mino de areópago se utiliza en
d e los O lím picos*, p ero resu lta
violenta: las feroces amazonas*, sentido irónico para designar a
o d ioso para la m ayoría de ellos, p o n e e n s itu a c io n e s h u m illa n ­
el cru el D io m ed es. q u e alim en ­ un grupo de personas a quienes
in c lu so p a ra su p ro p io p a d re te s . D o s v e c e s e s h e rid o p o r
taba a su s y eg u as co n carn e h u ­ se atribuye competencia o au­
Z eus. E n la Ufada, p o e m a g u e ­ H e ra c le s y tre c e larg o s m eses
m an a; F le g ia s, in c e n d ia rio del toridad para resolver ciertos
rre ro p o r e x c e le n c ia , c o m b a te p e rm a n e c e p ris io n e r o d e los
te m p lo d e A polo*, y o tr o s d i­ asuntos.
d e l la d o d e lo s (ro y a n o s y se A ló a d a s* . e n c a d e n a d o en u n a
v e rs o s p e rs o n a je s ig u a lm e n te ♦ Lit. Ares aparece en nume­
z a m b u lle g o z o s o en la fu rio sa v a s ija d e b ro n c e d e la q u e fi­
fu n esto s. P a ra v e n g a r a su h ija rosas obras, pero rara vez
refriega esco ltad o p o r div in id a­ n a lm e n te — p e ro en u n e sta d o
A lc ip c , v io la d a p o r u n h ijo d e com o personaje de primera
d e s s o m b ría s c o m o B ride* (la la m e n ta b le — c o n s ig u e re s c a ­
P oseid ó n * , A re s m a tó al o f e n ­ fila. Podemos citar el Adonis
D isc o rd ia ). D e im o (el T e m o r) ta rlo H e rm e s '. El e p iso d io m ás
so r y tu v o q ue co m p a re c e r ante de Marino (1623), Os Lisiadas
y P o b o (el T e rro r). « A z o te d e c o n o c id o , sin d u d a , e s la risible
los d io s e s p ara s e r ju z g a d o s o ­ de Luis de Camóes (1572). La
los m o rta le s» , « sa n g rie n to h o ­ s itu a c ió n en q u e lo p u s o H e-
bre la m ism a c o lin a d o n d e h a ­ sátira d e los dioses, poema
m ic id a » . « lo c o » , ta le s so n los feslo* c u a n d o lo so rp re n d ió , en
e p íte to s m ás fre c u e n te s q u e le fla g ra n te d e lito d e a d u lte rio , b ía s id o c o m e tid o e l c rim e n . burlesco de Francesco Brac-
Fue absuelto. El lu g ar recibió el ciolini (1618). centrado en el
d e sig n an en la e p o p e y a h o m é ­ co n su e sp o sa A fro d ita: e l d ios
d e la g u e rra y la d io s a del a m o r n o m b re de A re ó p a g o (co lin a de episodio de los amores de Ares
rica".

www.FreeLibros.me
ARETU SA 46 47 ARGO

y Afrodita, y La Venus ele Mú­ riores, Ares aparece práctica­ S irac u sa ; e s u n e sta n q u e d o n d e é p o c a m icén ica, cu y a diosa tu ­
renlo de Isivan Gyogyosi m ente siem pre representado c re c e n p a p iro s b a ñ a d o s p o r el te la r e ra la d io sa H era’.
(1664). poema narrativo en el junto a Venus (B otticelli, a g u a d e u n a fu e n te c a u d a lo sa . U n s e g u n d o A rg o e s el
que el poeta húngaro canta los h. 1485, Londres), sorprendi­ E s ta m o s m u y p o s ib le m e n te c o n s tru c to r d e l n a v io de los
amores de los grandes señores. d o por V ulcano (B oucher, si­ ante u n o d e e so s « m ito s fu n d a ­ A rg o n a u ta s'.
En época contem poránea p o ­ glo xviii. Londres). Señalare­ m e n ta les» q u e fo rja ro n los a n ­ —> A R G O N A U T A S , JA S Ó N .
demos encontrarle presidiendo m os adem ás el M arte y Rea tig u o s p a ra e x p lic a r u n h e c h o E l m á s c o n o c id o , sobre
la recopilación poética de S ilvia d e Poussin. siglo x v n , c o n stata b ie , y a q u e el río A lfeo to d o a p a rtir de su nom bre lati­
W ystan Auden titulada El e s­ Louvre; por el vínculo que es­ d e sa p a re c e e fe c tiv a m e n te b a jon iz ad o A rg o s (de A rg ttsj, es un
cudo ele Ae/uiles (1955). cen ­ tablece entre el dios antiguo y tie rra a n te s d e re a f lo ra r p a ra se r d o ta d o d e una fuerza prodi­
trada en el tem a de la guerra. la historia de Francia, el Marte u n irse c o n e l m a r ( - > e s t u d i o g iosa y p rovisto d e cien ojos re­
Sobre los amores del dios con ofreciendo arm as a l.uis XIII G E N E R A L D E I.A M IT O L O G ÍA G R E ­ p artid o s p o r todo su cuerpo (se­
A frodita-V enus", Juan d e la de R ubens (siglo x v n , Dul- C O R R O M A N A , L A E S E N C IA D E L g ú n o tra tra d ic ió n , en realidad
Cueva escribió un poem a en w ich); V elázquez, El d ios M IT O ). « so lo » te n d ría d o s p ares de
octavas. Los am ores ele Men te M arte. 1640, M adrid, Museo o jo s , u n o d e e llo s d e trá s de la
y Venus (h. 1604). cuya escena del Prado; por sus efectos de ♦ L it. José A ntonio Porcel y c a b e z a ). E n tre su s víctim as fi­
de la visita de Apolo a la fra­ luz y de som bra, el M arte de Salablanca, Fábula de A lfeo y g u ra E q u id n a, un m onstruo" fe­
gua de V u lcan o - H efesto pa­ R em brandt, 1655, G lasgow ; Aretusa (siglo xvm). m e n in o m a d re a su v ez de
rece ser un antecedente litera­ por últim o, el M arte desár­ ♦ ¡con. El perfil de Aretusa, m o n stru o s. A rg o s era un g u ar­
rio del cuadro de V clá/que/.. metelo p o r Venus y las gracias, rodeado de peces, aparece re­ d iá n p e rfe c to y a q u e incluso
En el siglo xvi el nom bre ro ­ escuela de David. 1824, de un presentado en el anverso de c u a n d o d o rm ía m antenía co n s­
mano del dios de la guerra se violento cromatismo. una decadracm a acuñada en tan tem en te abierto s al m enos la
utilizaba en sentido genérico Siracusa a principios del siglo m ita d d e su s o jo s ; p o r e so la
para designar al oficio de las ARETUSA v a. C. (B iblioteca Nacional. c e lo s a H era c o n fió a su c u sto ­
arm as, al que se oponía el de E sta n in fa d e l P e lo p o n e s o , París), .lean II Reslou. A lfeo y d ia a la jo v e n l o ’, y a tra n sfo r­
las letras: doble faceta esta de c u y o n o m b re g rie g o e r a A re t- A retusa, siglo xvm , Tours. m a d a en te rn e ra . Z eu s, a p ia ­
los poetas de la época. Nume­ h o u sa . d esp ertó u n v io len to d e­ d á n d o se d e su am an te, en v ió a
rosos poem as presentan al s e o en A lte o , d io s d el río q u e ARGO H e rm e s’ en su a y u d a, e l cual
«fiero Marte» o al «furor de lle v a e s te n o m b re . A re tu s a in ­ S o n v a rio s lo s p e rs o n a je s c o n sig u ió d o rm ir a A rgos y le
Marte» como un obstáculo que te n tó e s c a p a r d e él s u m e rg ié n ­ m ito ló g ic o s q u e lle v a n e ste d io m u e rte . H e ra , c o m o a g ra ­
el poeta enam orado encuentra d o s e e n e l m a r. p e ro A lfe o la n o m b re . U n o d e e llo s , n a c id o d e c im ie n to p o stu m o , sem b ró
para dedicarse a cantar su p e r s ig u ió s o b re la s o la s h a sta de la p rim e ra m u je r m o rtal q u e los o jo s d e su fiel se rv id o r so ­
amor. S ic ilia , d o n d e A rte m is a , p ro ­ se u n ió a Z e u s ', fu e rey d el Pe­ b re e l p lu m a je d e su a v e e m ­
♦ ¡con. Ares, llam ado Mente tecto ra d e la d iv in id ad , la m eta- lo p o n e s o . D io su n o m b re a b le m á tic a , el p a v o real. —» lo.
Borghese. e s una réplica ro ­ m orl'oseó en fuente. T o d a v ía en aq u ellas tierras, el cual se m a n ­ U lis e s ' d io e l n o m b re d e A rgo
mana de una obra del siglo v la ac tu a lid a d , \n fu e n t e A re tu s a tuvo p ara u n a ciudad, A rgos, de a su p e rro . U n e m o tiv o e p is o ­
a. C. (Louvre); en obras poste­ a tr a e a lo s tu r is ta s q u e v isitan g ra n im p o rta n c ia d u ra n te la d io d e la O d isea n arra cóm o el

www.FreeLibros.me
A RG O N A U TA S 48 49 ARGONAUTAS

h é ro e ', tra s v e in te a ñ o s d e a u ­ g rie g o sig n ific a «velo z» — , q u e


s e n c ia . re g r e s a d is fra z a d o a e s tam b ién el d e su co n stru cto r;
íta c a : el ú n ic o en re c o n o c e rle so n p o r ta n to « lo s m a rin o s del
e s su fiel A rgo, ahora viejo, q ue A rg o » .
m u e re d e s p u é s d e s a lu d a r p o r D e s p u é s d e h a b e r c o n s u l­
ú ltim a v e z a su am o. ta d o el o rá c u lo d e D c lfo s , J a ­
só n , a q u ien su tío P elias h a b ía
♦ Lengua. Se designa con el im p u e sto la b ú sq u e d a d e l fa b u ­
término argos a la persona muy loso v ello cin o , reúne co n ay u d a
vigilante («Nunca se apartaba d e l le r a 1 u n g ru p o d e v alerosos
de ella la gitana vieja, hecha un h éro es, en u n p rin cip io o rig in a­
argos». Cervantes). En ciertos rio s d e T e s a lia , p a ra fo rm a r la
medios, la palabra designa una trip u lació n . P ero m u y p ro n to la
publicación que proporciona in­ le y en d a a ñ a d e al g ru p o a H e ra ­
formaciones especializadas, cles" y a o tro s h éro e s p ro ced en ­
particularmente la cotización de te s d e la s m á s v a ria d a s r e g io ­
vehículos de ocasión. nes. E n e fe c to , las listas d e e x ­
♦ ¡con. El m otivo m ás repre­ p ed ic io n a rio s q u e p ro p o n en las
sentado es el instante de la d iv e rsa s tra d ic io n e s e x is te n te s
muerte de Argos: M ercurio y so b re el m ito , en p e río d o s d ife ­
Argos. Rubens, h. 1636-1638. re n te s, re fle ja n e l d e s e o d e las
Dresde y M adrid: Velázquez, c iu d a d e s g rie g a s d e c e le b ra r a Parentino, Expedición de los Argonautas, Padua, Museo Cívico
1659, Madrid. M useo del su s p ro p io s h é ro e s lo c a le s p o r
Prado: Agüero. Paisaje con h a b e r p a rtic ip a d o e n e s ta g lo ­ la m a d e ra d e u n ro b le p ro c e ­ d io s del v ien to del N orte; a los
M ercurio y Argos, siglo xvti. rio sa e m p r e s a . L o s n o m b re s d e n te d e l b o s q u e sa g ra d o d e D io scu ro s* . C á s to r y P ó lu x ; a
M adrid. M useo del Prado; 1.a m á s ¡lustres, sin e m b arg o , fig u­ D o d o n a, o fre c id o p o r A te n e a ', A casto, el propio hijo de Pelias,
m uerte ele A rgos de Rubens ra n e n to d o s lo s « c a tá lo g o s » , q u e le h a b ía c o n fe rid o ad em á s q u e se u n ió a la ex p ed ic ió n en
(Colonia) muestra a Juno1reco­ q u e c u e n ta n c o n un n ú m e ro re ­ el d o n d e la p ro fecía; a T ifis, su e l ú ltim o m o m e n to ; a P eleo y
giendo los ojos de A rgos para la tiv a m e n te fijo d e p a rtic ip a n ­ p ilo to , q u e a p re n d ió e l a rte d e su herm ano T elam ón; a Linceo,
adornar con ellos su pavo real. tes: d e c in c u e n ta a c in c u e n ta y la n a v e g a c ió n , e n to n c e s aún d o ta d o d e u n a v ista e x tra o rd i­
c in c o h o m b re s , c in c u e n ta de d esco n o cid o , d e b o ca de la p ro ­ n a ria m e n te a g u d a , c o m o el
ARGONAUTAS e llo s a lo s re m o s . —> J A S Ó N . pia A ten ea; a O rfe o , el m úsico lince c u y o n o m b re porta, y por
H éroes" q u e ac o m p a ñ a ro n a A d e m á s d e J a s ó n , c a p itá n tra c io c u y o c o m e tid o e ra m a r­ últim o a H eracles, el gran héroe
Ja s ó n ' en la ex p e d ic ió n o rg a n i­ d e la e x p e d ic ió n , e n c o n tra m o s c a r la c a d e n c ia d e los rem e ro s; leb an o , q u e in terv iene particu­
z a d a p a ra c o n q u is ta r e l v e llo ­ e n tr e o tr o s a A rg o , h ijo de a v a rio s a d iv in o s , e n tr e e llo s la rm e n te e n un e p is o d io de
cin o d e o ro '. D eb en el n o m b re F rix o y c o n s tru c to r d e l n a v io A n fia rao ; a C a la is y Z e te s, los la tra v e sía : el ra p to d e H ilas.
a su n a v io , e l A rg o " — q u e en A rg o , c u y a p ro a fu e ta lla d a en d o s h ijo s a la d o s d e B óreas*, —» V E L L O C IN O D E O R O .

www.FreeLibros.me
ARGO N A U TA S 50 51 ARGONAUTAS

L o s A rg o n a u ta s e m b a rc a n m e n te o f r e c e rá e n su h o n o r rey F in e o , h ijo d e P oseid ó n * . del A rg o su frió un leve d esp er­


en el p u e rto te sa lio d e P á g a sa s u n o s su n tu o so s fu n erales. D o la d o d el d o n d e la p ro fe c ía . fecto, c o m o le h ab ía sucedido a
d e sp u é s d e h a b e r h e c h o un sa ­ E n e l m o m e n to en q u e el F in co h a b ía sid o c a stig a d o p o r la p alo m a. D esde en tonces, por
c rific io a A p o lo ', y su p rim e ra A r g o a lc a n z a b a B itin ia s e ro m ­ los d io s e s ' p o r h a b e r o sa d o p e ­ v o lu n tad del D estin o, las rocas
e s c a la s e r á la is la d e L e m n o s, p ió e l re m o d e H e ra c le s , v ié n ­ netrar en cierto s secretos; Z eu s “ C ia n e a s p e rm a n e c ie ro n inm ó­
h ab itad a ú n icam en te p o r m u je ­ d o s e fo r z a d o s a h a c e r e s c a la le c e g ó , h a c ie n d o a d e m á s q u e viles. Y a en el Ponto Euxino, es
res. E stas, a q u ie n e s A fro d ita p a ra re p o n e rlo . M ie n tra s H e ra ­ las h arpías* se a rro ja se n so b re d e c ir, en el m a r N eg ro, el A rgo
h a b ía c a s tig a d o im p re g n á n d o ­ c le s se d irig ía a un b o sq u e p ró ­ sus a lim e n to s y , d esp u és d e d e­ p ro s ig u ió su v ia je sin p ro b le ­
las d e un in s o p o rta b le h e d o r, x im o co n el o b je to d e en co n trar v o ra r p a rte d e la s v ia n d a s , e n ­ m a s h a cia la C ó lq u id c au nque
h a b ía n sid o a b a n d o n a d a s p o r un á rb o l a p ro p ia d o p a ra fa b ri­ suciasen el re sto co n su s ex c re ­ sin su p ilo to T ifis , q u e h ab ía
su s m a rid o s y p a ra v e n g a rs e c a r o tro rem o , e l jo v e n H ilas, a m en to s c a d a v ez q u e p reten d ía m u e rto d e e n fe rm e d a d en el
habían ex te rm in a d o a to d o s los q u ie n H e ra c le s a m a b a , re c ib ió c o m e r. L o s h ijo s d e B ó re a s, país d e los m ariandinos, siendo
v a ro n e s d e la isla. L a s le m n ia - el e n c a rg o d e s a c a r a g u a d e un C ala is y Z e te s , h ic ie ro n h u ir a su s titu id o al tim ó n p o r A nceo.
n as. lib re s y a d e la m a ld ic ió n p o zo . L as ninfas* q u e a llí h a b i­ estos m onstruos* m itad m ujeres A v ista d as las c o sta s de la Cól-
d e A fro d ita , a c o g ie ro n co n ta b a n , m a ra v illa d a s p o r la b e ­ m itad a v e s, lib e rá n d o le p o r fin q u id e . té rm in o d e su v iaje, el
a g ra d o a los A rg o n a u ta s; e sto s lle z a d el jo v e n , le atraje ro n h a ­ d e su a c o so . F in e o , e n a g ra d e ­ n avio rem ontó finalm ente el río
se u n iero n a e lla s y rep o b laro n c ia su s d o m in io s a c u á tic o s , c im ie n to , re v e ló a lo s A rg o ­ Fase y e c h ó an c la s ante la capi­
d e este m o d o la isla. d o n d e p e re c ió a h o g a d o . A b ru ­ n a u ta s c ó m o fra n q u e a r el s i­ tal, Eea.
D e sp u é s d e d e te n e rs e en m a d o d e d o lo r p o r la d e sa p a ri­ g u ie n te o b s tá c u lo d e su ru ta: Ja s ó n se p resen tó entonces
S am otracia para iniciarse en los ció n d e H ilas, H eracles se lanzó las s in ie s tra s ro c a s C ia n e a s. a n te e l rey d e la C ó lq u id e, Ee-
m isterios ó rfico s, pen etraro n en a u n a in ú til b ú s q u e d a d e su Las ro cas C ian eas — literal­ tes, y le e x p u so el o b jeto de su
el H elesponto y d esem b arca ro n c o m p a ñ e ro y n o lle g ó a tiem p o m en te la s « ro c a s a z u le s» ta m ­ m isió n . C o n la se c re ta e s p e ­
e n la is la d e C íc ic o . c u y o re y p a ra e m b a r c a r en e l A rg o . El bién llam ad as las S im p lég ad cs, ra n z a d e d ese m b arazarse de él,
les recib ió con la m a y o r h o sp i­ v ia je p ro s ig u ió sin é l, p u e s ya « la s ro c a s q u e c h o c a n e n tre el re y E e te s le im p u so una
talid ad . A l d ía sig u ie n te re e m ­ el D estino* (o las m o iras") h a ­ sí»— era n d o s esco llo s m ó v iles p ru e b a d e fu e rz a y h ab ilid ad :
p re n d ie ro n su ru la , p e ro u n o s b ía n p re d ic h o q u e H e ra c le s no q u e se c e rr a b a n u n o c o n tra el u n c ir al m ism o y u g o una pareja
v ien to s c o n trario s les arro jaro n p a rtic ip a ría e n la c o n q u is ta del otro c a d a v ez q u e un n av io pre­ d e to ro s co n p ezu ñ as de bronce
n uevam ente sobre la co sta de la v e llo c in o d e oro. ten d ía fra n q u e a rlo s , a p la s tá n ­ q u e d e sp e d ía n fu e g o p o r los
isla en plena n o che. E n la o scu ­ E n e l p a ís d e lo s b é b ric e s, dolo y d e stru y é n d o lo . D esp u és o llares, ara r co n a y u d a de estos
rid a d . q u e im p e d ía q u e los el rey Á m ico d esa fió a u n co m ­ de h a b e r s o lta d o u n a p a lo m a , u n ex ten so ca m p o y sem brar en
h abitantes d e la isla y los A rg o ­ b ate sin g u la r a lo s A rg o n au tas, que lo g ró p a sa r e n tre la s ro c a s lo s su rco s a s í abiertos los dien­
nautas se reco n o cieran , se e n ta ­ p e ro el lu c h a d o r P ó lu x le m ató p e rd ie n d o ú n ic a m e n te u n a te s d e un d ra g ó n , m atan d o por
b ló un fero z co m b ate en el cual ro m p ié n d o le e l c rá n e o . M á s plum a d e la c o la , los A rg o n au ­ ú ltim o a l e jé r c ito d e h om bres
m u rie ro n n u m e r o s o s is le ñ o s, tard e el A rg o tuvo q u e h a ce r e s­ tas, co n a y u d a d e A ten ea, c o n ­ a rm a d o s q u e n a c e ría de tal
entre ellos e l p ro p io rey C ícico , c a la en T ra c ia , e n la o rilla e u ­ siguieron a tra v esa r a to d a v e lo ­ s ie m b ra . A y u d a d o p o r los p o ­
a tra v e sa d o p o r u na lan za a rro ­ ro p e a d e l H e le s p o n to ; a ll í los c id a d el p a so d e la s C ia n e a s d e re s d e la m a g a M e d c a ', hija
ja d a p o r J a s ó n . q u e p o s te rio r­ h é ro e s fu e ro n a c o g id o s p o r el con esca so s dañ o s: so lo la popa d e E e te s, a q u ie n A fro d ita ha­

www.FreeLibros.me
A R G O N A U TA S 52 53 ARGONAUTAS

bía in sp irad o un cieg o a m o r po r d e r e l ru m b o . L a p r o a m á g ic a in tru so s. L o s A rg o n a u ta s están con el otro gran periplo marí­
Ja só n , el h c ro e sa lió v ic to rio so d e l n a v io h a b ló e n to n c e s p a ra a p u n to d e s e r d e stru id o s p o r el timo legendario: la Odisea. Es
d e ta n te m ib le p ru e b a , p e ro el c o m u n ic a r a lo s A rg o n a u ta s g ig a n te , p e ro u n a v e z m á s se conocida sobre todo a través
rey se n e g ó pese a to d o a e n tre ­ q u e d e b ía n s e r p u rific a d o s p o r sa lv a ro n g ra c ia s a M e d e a , c u ­ del extenso poema épico Im s
g a rle e l v e llo c in o d e o ro . C irc e ' , h e rm a n a d e E e te s y P a- y a s a rte s c o n s ig u ie ro n d e s c u ­ argonáutieas. de Apolonio de
S ie m p re a y u d a d o p o r M e ­ s íf a e ’, q u e v iv ía en u n a is la de b rir e l p u n to v u ln e ra b le d e T a ­ Rodas (siglo tu a. C.).
d ea. a q u ien h ab ía p ro m etid o el la c o s ta m e r id io n a l d e Ita lia . lo s — u n c la v o s itu a d o e n el C om o en el caso de los poe­
m a trim o n io , J a s ó n c o n s ig u ió D e sp u é s d e h a b e r v is to a la c é ­ to b illo d e l a u tó m a ta , q u e re te ­ mas homéricos, surgieron nu­
a p o d e ra rse del p re c ia d o o b je to le b re h e c h ic e ra , J a s ó n p ro s i­ n ía la s a n g re d e su ú n ic a m erosas adaptaciones de las
a p ro v e c h a n d o q u e la h e c h ic e ra g u ió su v ia je, d e ja n d o a trá s Es- v ena— y d estru irlo . aventuras del Argo: los amores
h ab ía d o rm id o c o n su s s o r tile ­ c ila y C a r ib d is ', la s s ir e n a s 1 y T ra s h a c e r e sc a la en E g in a, de Jasón y Medea, en particu­
g io s al d ra g ó n e n c a rg a d o d e su las is la s E rra n te s (se g u ra m e n te lo s A rg o n a u ta s c o s te a n E u b e a lar. inspiraron una gran varie­
c u sto d ia , y a m b o s h u y e ro n h a ­ la s is la s L íp a ri). El A r g o h iz o y en tra n en Y o lc o cu a tro m eses dad de poem as y piezas dra­
c ia el A r g o . q u e in m e d ia ta ­ u n a e s c a la en la isla d e los fea- d espués d e su partida. Jasó n e n ­ m áticas. En Rom a, Valerio
m ente levó an cla s y se h izo a la c io s (h o y C o rfú ), d o n d e su tri­ tre g ó e l v e llo c in o d e o ro a P e- Flaco (siglo i d. C .) escribió
m ar. E etes se lan zó en p e rse c u ­ p u la c ió n tu v o q u e h a c e r fren te lias y lu e g o c o n d u jo el A r g o a una epopeya imitada de la de
c ió n de lo s fu g itiv o s y M e d e a . a u n c o n tin g e n te d e c o ic o s q u e C o rin to p a ra c o n sa g ra rlo a Po- A polonio y con el mismo tí­
p a ra r e tr a s a r e l a lc a n c e , n o se h a b ía n la n z a d o en su p e rs e ­ seid ó n . tulo, pero no desprovista de
d u d ó e n m a ta r a su h e rm a n o c u c ió n . A lc ín o o , re y d e los originalidad en la descripción
p e q u e ñ o , q u e h a b ía e m b a rc a d o fe a c io s, a c u d e en a y u d a d e los ♦ L en g u a . El nom bre de a r ­ del sentimiento amoroso.
c o n e lla , y la n z a r s u c u e rp o A r g o n a u ta s y la e x p e d ic ió n gonauta se ha aplicado a una - > JASÓ N, MEDEA.
d escuartizado al m ar, obligan d o p u d o c o n tin u a r su c a m in o . especie de pulpo propia de ma­ ♦ ¡con. Reunión de los Argo­
a s í a E e te s a d e te n e rs e p ara re ­ - > M E D E A . res cálidos, a un tipo de velero nau ta s en presencia de H e­
c o g e r lo s r e s to s d e su h ijo y D e s v ia d o s d e s u ru ta p o r de competición utilizado en las racles y Atenea. crátera griega,
d a rles sep u ltu ra. D e e s te m o d o u n a te m p e sta d q u e le s a rro jó a escuelas de vela y también a la siglo v a. C „ Louvre: Gusta-
e s c a p a r o n lo s a m a n te s d e la la c o s ta d e L ib ia , d o n d e tu v ie­ tripulación de uno de los sub­ ve M oreau, Los Argonautas.
v e n g a n z a d el re y , tra ic io n a d o ro n q u e c a r g a r c o n el A r g o a m arinos atóm icos destinados 1887. París. En el Museo C í­
p o r su hija. h o m b r o s p a ra a tr a v e s a r el d e ­ en el océano Artico. vico de Padua se conserva un
L a s tr a d ic io n e s d if ie re n s ie r to , lo s A rg o n a u ta s c o n s i­ El nom bre del navio Argo de­ lienzo titulado Expedición de
ta n to s o b re la s c ir c u n s ta n c ia s g u ie r o n fin a lm e n te lle g a r a signa a un grupo de tres cons­ Ios Argonautas, atribuido a
q u e ro d e a r o n e l re g r e s o d e la C reta. L a isla, g o b e rn a d a p o r el telaciones del hem isferio aus­ Bernardo Parcntino.
e x p ed ic ió n c o m o so b re el itine­ re y M in o s ’, e s ta b a c u sto d ia d a tral. ♦ Cin. Después de Los gigan­
ra rio se g u id o p o r e l A rg o , q u e p o r u n g ig a n t e ’ d e b ro n c e lla ­ ♦ L it. El conjunto de esta le­ tes d e Tesalia, de Riccardo
v aría m u c h o se g ú n la s d ife re n ­ m ad o T a lo s, un m o n stru o au tó ­ yenda, extrem adam ente com ­ Freda (1960), el filme de Don
te s versio n es. Z eu s, irritad o p o r m a ta c o n s tru id o p o r H efesto" pleja y cuyo núcleo primitivo Chaffcy Jasón y los Argonau­
el fr a tric id io d e M e d e a , e n v ió q u e re c o rría tre s v e ces al d ía la es anterior a los poemas homé­ tas (1963) traduce en imáge­
una tem p estad q u e les h iz o p e r­ c o sta para im p e d ir la en trad a de ricos", rivaliza en celebridad nes. con logrados efectos espe-

www.FreeLibros.me
ARGOS 54 55 ARIADNA

cíales, las principales etapas D é d a lo ”, q u e T e s e o fue d e se n ­


del periplo de los Argonautas, ro lla n d o a m e d id a q u e se in ter­
desde la partida de la exped i­ n a b a e n e l L a b e rin to y q u e
ción hasta la conquista del ve­ lu eg o le p e rm itiría e n c o n tra r la
llocino de oro gracias a las ar­ s a lid a . A ria d n a , c o m o M e d e a ’
tes de Medea. co n Ja só n , traicio n ó a su padre
p o r su a m a n te y h u y ó c o n él
ARGOS para e sc a p a r de la c ó le ra de M i­
F orm a latinizada del nom bre n o s. T e s e o , sin e m b a rg o , la
—> A R G O . a b a n d o n ó d o rm id a en la isla d e
N a x o s , s e g ú n u n a s v e rs io n e s
ARIADNA p o r e l c a rá c te r infiel d e l h éro e
H ija de M in o s , re y d e y se g ú n o tra s p o r o rd e n d e los
C re ta , y d e P a sífa e ", e s h e r­ d io s e s . A l d e sp e rta r, m ie n tra s
m ana de Fedra"; su n o m b re sig­ e l n a v io d e su a m a n te s e a le ­
n ific a « la d e g ra n p u re z a » . S u ja b a , a p a re c ió D io n is o ' e n su
ley en d a e s tá p ro b ab lem en te re­ c a rro tira d o p o r p a n te ra s y se ­
lacio n ad a, en su s o ríg e n e s , co n g u id o d e su c o rte jo . F ascin ad o Carracci, Triunfo de Baco y Ariadna, fresco de la Galería Farnesio. Roma
el c u lto d e u na d io s a c re te n s e , p o r la b e lle z a d e la jo v e n , D io ­
p ró x im a a A fro d ita , c u y a p re ­ n is o la c o n v e n c ió p a ra q u e se bre al cohete Ariadna. Sus catálogos colectivos que ges­
se n cia en C n o so s y D é lo s y en c a s a r a c o n él y la c o n d u jo al creadores, en 1972. dudaban tione. A ctualm ente, esta base
A rgos h a p o d id o s e r d o c u m e n ­ O lim p o ', d o n d e le o fre c ió una entre varios nombres mitológi­ de datos es accesible desde la
ta d a . M ás ta rd e , e l m ito en d ia d e m a d e o ro , o b ra d e H e- cos: Pcnélope, Fénix. Prom e­ red INTERNET.
to rn o a A ria d n a se o rg a n iz a en f e s to '; e s ta d ia d e m a se c o n v e r­ teo...: finalm ente prefirieron ♦ Lit. En una de su Heroidas
to rn o a tre s re p r e s e n ta c io ­ tiría m á s a d e la n te en u n a c o n s­ A riadna porque este proyecto (X). recopilación de cartas fic­
nes sim b ó licas de la m u je r e n a ­ te la c ió n . D e e s ta u n ió n d iv in a permitía por fin salir del labe­ ticias dirigidas por heroínas
m o rad a: in ic ia d o r a h e ro ic a , (h ie ro g a m ia ) n a c e ría n v a rio s rinto de errores y negociacio­ m itológicas a sus amantes, el
a m ante a b a n d o n ad a, e sp o s a d i­ h ijo s. - » D É D A L O , L A B E R IN T O . nes en el que se encontraba poeta latino Ovidio (43 a. C -
vina. M 1N O TA U RO , TE SE O . atrapada la Europa espacial. 17 d. C .) pone en boca de
A ria d n a c o n c ib ió u n a p a ­ a r i a d n a es también el nombre Ariadna las quejas elegiacas de
sió n in m e d ia ta h a c ia T e s e o , ♦ L en g u a . La expresión el que la Biblioteca Nacional de la m ujer enam orada, traicio­
p rín c ip e a te n ie n s e q u e h a b ía hilo de Ariadna se usa para de­ Madrid ha dado a su catálogo nada y abandonada en la playa
lle g a d o a C re ta p a ra c o m b a tir signar al cam ino seguido para automatizado, que se empezó a de Naxos. El tema había sido
al M in o la u ro , h e rm a n a stro d e resolver un problem a com ­ im plantar en 1988 y que con­ tratado por Calulo (h. 85-h. 53
la princesa. Le a y u d ó a salir del plejo. De este modo se explica tendrá toda la información bi­ a. C .) algunas décadas antes.
Laberinto" pro po rcionándole un el nombre del programa espa­ bliográfica sobre los fondos de A riadna ha quedado com o el
o v illo de hilo q ue le h ab ía d ad o cial europeo que ha dado nom- la Biblioteca, así com o de los m odelo de la enam orada trai-

www.FreeLibros.me
ARIA D N A 56 57 ARTEM ISA

d o n a d a , cuyos p atéticos la­ d onde su unión con el d ios se mol, h, 1889. París). Los pin­ a los gustos del público, Mas-
m entos conm ueven in clu so a convierte en m etáfora de la tores la han mostrado más bien tropiero presenta a Tcseo re­
los dioses: a sí aparece en vida en su veniente necesaria­ en compañía de Baco: Tiziano, quiriendo un beso de su amada
C hau cer (la Leyenda ele las m ente dolorosa. A nte los la­ B uco y A riadna, sig lo xvi. Ariadna.
mujeres ejemplares, siglo xiv), m entos de A riadna, Dioniso L ondres; T intoretto, B aco y
que describe la vida de las responde: «¿Acaso no hay que A riadna coronada p o r Venus. ARMONÍA
am antes célebres: más tarde en em pezar a o d iarse cuando se sig lo xvi, V enecia: A nnibalc —> H A R M O N ÍA .
la pieza de Rinuccini Ariadna debe am ar? / Yo so y tu labe­ C arracci. T riunfo d e B aco y
— que sería ilustrada por Mon- rinto.» Del mismo modo, en la A riadna, fresco de la G alería ARPÍAS
teverdi (1608) en una d e las A riadna en N axos d e Hugo Farncsio para ilustrar el tem a - 9 H A R P ÍA S .
prim eras óperas de la h isto ­ von Hofmannsthal, cuya adap­ d e los am ores d e los dioses,
ria— o en la de T ilom as Cor- tación m usical fue realizada 1597; Le Nain. B aco y A riad­ ARTEMISA o ÁRTEMIS
neille (A ria d n a . 1672). Su por R ichard S trauss, A riadna na. h. 1640. Orleans. D io s a ' g rie g a d e la castid ad
destino desdichado aparece renace a través del am o r del ♦ M ús. La figura de A riadna y d e la c aza, a m en u d o tam bién
ev ocado en el célebre dístico dios. abandonada por Teseo inspiró d e la lu z lu n a r. H ija d e Z e u s ”
de R acine (F edra, 1677): Las interpretaciones modernas a m uchos compositores. Entre y d e L elo*, e s h e rm a n a de
« iA riadna, herm ana m ía, de le han concedido un lugar d i­ ellos citarem os a M onteverdi, A p o lo ”, a q u ie n a y u d a a n acer
qué am or herida / m orís en ferente: si en el Teseo de Gide el prim ero en in spirarse en e n la isla d e O rtig ia , d e sd e e n ­
la orilla donde lu isteis ab an ­ ( 1946) su am o r es a la vez li­ el personaje para su ópera to n c e s lla m a d a D é lo s « la b ri­
donada!» El personaje de b ertador y destinado a ser A ria d n a (so lo se conserva lla n te » . Z e u s le o fre c e un arco
A riadna aparece tratado a ve­ sacrificado, M arguerite Your- el céle b re «lam ento»), 1608; y unas flech as q u e su hija le ha­
ces de lorina m ás original, cen a r en ¿ Q uién n o tiene su H aydn. A riadna en Naxos, b ía p e d id o ; P a n ' le re g a la u na
com o en la trag icom edia El m inotauro? (1963) concede un cantata, 1789; M assenet, ja u r ía d e fe ro ce s perros.
laberinto de Creía, d e Lope puesto destacado a la figura de Ariadna, ópera, 1905; Richard B e lla y á g il, « la d a m a de
de Vega (1612-1615), donde A riadna. q u e renuncia por S trauss, A ria d n a en Naxos. la s fie ra s » g u s t a d e re c o r re r
A riadna parece d isp u esta a idealismo al am or de Teseo, al acto lírico, 1912; Darius Mil- lo s b o s q u e s y s e lv a s d e la A r­
consolarse de su abandono con que se rinde en cam bio su her­ haud. E l abandono de A ria d ­ c a d ia ', las c u m b re s y c im a s de
un antiguo prom etido que se m ana Fedra. na, ópera m inuta, 1927; C ari lo s m o n te s T á ig c lo y E ri-
encuentra en la isla de Lesbos. —> LABERINTO, M INO TA U RO, TE­ O rff, El lam en to d e Ariadna. m a n to , p e r s ig u ie n d o a las
Al final de la obra se reconci­ SEO . 1940. L es L uthiers recuperan p re s a s q u e a s a e te a con su s fle ­
lia con T cseo y Fedra. Pero es ♦ ¡co n . Los escu lto res han la figura mitológica d e Ariadna c h a s . P a ra so la z a rse , a c o stu m ­
sobre todo el am or que inspira p referido frecuentem ente re­ en su aria operística cóm ica El b ra a b a ñ a r s e c o n la s n in f a s -
a D ioniso el q ue hace d e ella p resentar a A riadna dorm ida, beso d e Ariadna. escrita por el e n los río s, fu e n te s y lagos, ro ­
una figura ejem plar. B ajo este tanto en la Antigüedad (réplica com positor ficticio Johann Se­ d e a d a d e c ie r v a s , c o n e jo s y
aspecto ocupa un lugar central de una obra del siglo iv a. C , bastian Mastropiero. En ella, y l e o n c illo s c u y a lib e r ta d p ro ­
en los D itiram bos de Dioniso. R om a) com o en épocas poste­ en tres estilo s d iferentes para te g e . S u re in o e s la n a tu ra le z a
de N ietzschc 11888-1895), riores (R odiil, Ariatlna. már­ lograr un m ayor acercam iento v irg e n y sa lv a je .

www.FreeLibros.me
A R TEM ISA ARTEM ISA

su s fle c h a s. M a ta a O rio n , e l g i­ m os por ejem p lo en varias cido. el único amor de la diosa


g a n te s c o c a z a d o r q u e s o lía obras de Boccaccio: Im caza ele por Endimión" (amado por Se-
a c o m p a ñ a rla , y tr a n s fo r m a en D iana (h. 1330). poem a sim ­ lene. la L una, a la que a me­
c ie r v o a l d e s d ic h a d o A cteón ", bólico y realista que alude a la nudo se confunde con Diana),
u n jo v e n c a z a d o r q u e la h a b ía vida de la corte napolitana; la en el poem a del m ism o nom­
s o rp re n d id o d e s n u d a m ie n tra s Teseida ( 13 3 9 -1340), transpo­ bre (1 8 1 8 ) que sirve como
se b a ñ ab a . —» a c t e ó n , c a l i s t o . sición p oética y novelesca de p retex to p a ra presentar una
S u s fle c h a s , im a g e n d e los diversas figuras mitológicas; el transfiguración rom ántica de
ra y o s lu n a res, le sirv e n tam b ién N injale fie solano (1346). poe­ un p aisaje bañado por la
p a ra v e n g a r la h o n ra d e su m a­ m a pastoril donde el am o r se Luna.
d re L e lo , q u e h a b ía s id o in s u l­ m ezcla con la leyenda d e la D iana puede convertirse tam­
ta d a p o r N ío b e '. - » N ÍO B E . fundación de Florencia. T am ­ bién en el símbolo de la belleza
D u ra n te la g u e rra d e T ro y a ' bién aparece en el Ju eg o de perfecta, como en el poema del
e x ig e a A gam enón* e l sacrificio D iana (1501), pieza teatral de presim bolista ruso Athanasio
d e lfig c n ia * y s e m a n tie n e fa ­ Konrad Celtis, poeta alemán de Fet titulado Diana ( 1856), en el
v o r a b le a lo s tr o y a n o s . En expresión latina; en ü e lia que el poeta contempla con ad­
R o m a s e rá a s im ila d a a D ia n a ', ( 1554). de M aurice Scéve. que miración una estatua de la diosa
a n tig u a d io s a itá lic a . —> d i a n a . hace referencia a uno d e los tan bella que parece poder co­
Artemisa o Diana en el lienzo de la —» H É C A T E , m e t a m o r f o s is . nom bres d e D iana, o en Los brar vida, «blanca forma láctea
Escuela de Fontainebleau Diana ca­ a m o res d e D iana (1573). de deslizándose entre los árboles».
zadora con aljaba. París. Museo del D esportes. La diosa recibe un Pero el mármol permanece in­
♦ L e n g u a . El nom bre de la
Louvre
d io sa se ha dado a una planta tratamiento desmitificador y ri- móvil. pues la estatua repre­
de la fam ilia de las com pues­ diculi/.ador en el soneto LXI senta en sí misma la perfección
D iosa o rg u llo sa y arisca, d e­ tas, la artemisa, que posee pro­ («A la cazadora gorda y flaca») artística en la que el creador
sea p erm an ecer virgen y protege piedades medicinales. de Diego Hurtado de Mendoza moderno solo puede inspirarse
la c a s tid a d de lo s jó v e n e s y d e ♦ L it. Forzosam ente hostil a (prim era m itad del siglo xvi). con nostalgia.
la s d o n c e lla s, a q u ie n e s in te n ta A frodita. A rtem isa aparece En él, el poeta acusa a la diosa El asp ecto inquietante y lu­
a p a rta r d e la in flu en cia d e A fro ­ m encionada frecuentemente en d e ser lo contrario de lo que n a r d e D iana, faceta de ori­
d i t a ’. q u e c o n s titu y e su fig u ra las trag ed ias de E urípides presum e. G érard de Nerval la g en esencialm ente medieval,
antitética. A rtem isa es la protec­ (48 0 -4 0 6 a. C .), com o por evoca com o diosa de la c a sti­ d o n d e la d iosa aparece fre­
to ra tra d ic io n a l d e la s a m a z o ­ ejem plo en Hipólita. dad y de la fidelidad en «Arte­ cu entem ente representada en
n a s”. H ip ó lito se rá u n o d e su s Bajo su nombre latino de Diana m isa» (L as quim eras. 1854). co m pañía de hechiceras con
m á s fieles seg u id o res. P ara ca s­ está presente en la obra de mu­ aunque al final del soneto ex­ quienes participa en cacerías
tig a r a su c o m p a ñ e ra C a lislo " , chos poetas de la Edad Media clama: «La santa del abismo es nocturnas, cuenta también con
q u e h a b ía c e d id o a lo s re q u e ri­ y del Renacimiento, la mayoría más santa para mí.» una ilustración moderna en la
m ie n to s a m o ro s o s d e Z e u s , la de las veces com o d iosa en e­ Kcats renueva el tema recupe­ nov ela de Paul M orand lié-
tran sfo rm a en o sa y la a b a te co n m iga del am or. La encontra- rando un episodio poco cono­ cate y sus perros ( 1954). en la

www.FreeLibros.me
A SC A N IO 60 61 A SC LE PIO

que la crueldad y perversidad ASCLEPIO p o r lo q u e Z e u s* , p a ra e v it a r se trata de u n a div in id ad de tipo


de la m ujer am ada p o r el na­ E n la m ito lo g ía g rie g a , A s- q u e e l o rd e n d e l m u n d o s e a l­ c tó n ic o ' y e s e n c ia lm e n te re la ­
rrador se ponen de m anifiesto c le p io e s e l d io s s a n a d o r . E s te ra s e , d e c id ió fu lm in a r a A s ­ c io n a d a c o n la s p o te n c ia s te ­
con la noche. En su novela h ijo d e A p o lo ’ y , se g ú n la v e r­ c le p io c o n u n ra y o . A p o lo lú r ic a s , a p e s a r d e q u e tan to
D iana o la cazadora solitaria s ió n m á s e x te n d id a , d e C o r ó ­ v e n g ó a s u h ijo m a ta n d o a los p o r su n a c im ie n to c o m o p o r su
(1 9 9 4 ). el m exicano C arlo s n id e , h ija d e l re y te s a lio F le - c íc lo p e s ’, h ijo s d e Z e u s e n c a r­ m u e rte m a n te n g a ta m b ién
F uentes hace una recreación g ia s . E s ta s e d e jó s e d u c ir p o r g a d o s d e fa b ric a rle los ray o s, y v ín c u lo s c o n la lu z y el fuego.
m oderna del m ito a p a rtir de u n m o r ta l lla m a d o is q u is p o r e llo fu e c o n d e n a d o p o r el S u s p o d eres se tran sm iten a tra­
la p rotagonista, que es actriz c u a n d o e s ta b a e n c in ta y a del s e ñ o r d e l O lim p o ' a s e r v ir d u ­ v é s d e la tie rra : lo s e n fe rm o s
d e H ollyw ood. d io s , q u ie n la m a tó p a ra c a s ti­ ran te u n a ñ o al re y A d m e to (el q u e acu d ían a consultarle debían
♦ Ic ó n . A rtem isa-D ian a ha g a r su in f id e lid a d . E n e l m o ­ esp o so d e A lcestis*). A sc le p io , p a s a r u n a n o c h e e n su te m p lo
inspirado a m uchos escultores m e n to e n q u e su c u e r p o ib a a sin e m b a r g o , n o fu e p r e c ip i­ a c o s ta d o s s o b re la tie rra y
antiguos, co m o la D iana de c o n su m irs e en la p ira funeraria, ta d o al T á rta ro * d e s p u é s d e su recib ían e n su e ñ o s las prescrip­
C abies. h. 345 a. C ., Louvre; A p o lo a rra n c ó al n iñ o d e l c a d á ­ m u e rte c o m o o tro s m u c h o s h é ­ c io n e s te ra p é u tic a s c o rre sp o n ­
Diana, siglo iv d. C ., Sevilla. v e r d e su m a d re . El d io s co n fió roes” q u e h ab ían o sa d o d e sa fia r dientes. U na m edicina m ás cien­
Su im agen escu lp id a aparece su h ijo a l c e n ta u r o ’ Q u iró n " , el o rd e n o lím p ic o : se le c o n c e ­ tífic a s e iría d esp ren diendo pro­
adornando todo el castillo de q u ie n lo e d u c ó y le e n s e ñ ó el d ió la in m o rta lid a d y e l ra n g o g re siv a m e n te d e estas prácticas
A net. propiedad de D iana de a rle d e la m e d ic in a. d e d io s , c o n v ie rtié n d o se e n u n a ritu a le s. E l c é le b re H ipócrates,
Poitiers, favorita de Enrique II A sc le p io p u s o su c ie n c ia al c o n s te la c ió n , e l S e r p e n ta r io p a tr ó n d e la m e d ic in a , e ra te ­
de F rancia. Los p in to res la s e r v ic io d e lo s h o m b re s, reali­ (O fiu co). n id o p o r d e sc e n d ie n te del dios.
han rep resen tad o bañándose z a n d o m u c h a s c u ra c io n e s y lle­ A s c le p io fu e o b je to d e un L a etim o lo g ía m á s probable del
(B oucher. 1742. L ouvre; Ru­ g a n d o in c lu s o a r e s u c ita r a los cu lto fe rv o ro so d u ra n te to d a la n o m b re d e A s c le p io , re la c io ­
bens. D iana v su s n infas so r­ m u e rto s ( e n tre e llo s , s e g ú n se A ntig ü ed ad . L o s e n fe rm o s acu ­ n a d a c o n la p a lab ra g rie g a uti­
p re n d id a s p o r sá tiro s, s i­ c u e n ta , a H ip ó li to ”, e l h ijo de dían a s u s sa n tu a rio s b u sc a n d o liz a d a p a ra d e s ig n a r al to p o ,
glo x v ii. M adrid. M useo del T e s e o ”). P ara ello utilizó la san­ a liv io p a ra su s m a le s , s o b re c o n s titu y e o tr o te s tim o n io del
Prado), cazan d o (escu ela de g r e d e M e d u s a , q u e A te n e a ' le to d o en E p id a u ro , su p rin c ip a l p rim itiv o c a r á c te r c tó n ic o de
F ontaincblcau, sig lo x v i, h a b ía e n tr e g a d o ; s a n g r e q u e c e n tro d e d e v o c ió n . S e in tro ­ e s ta d iv in id a d g rieg a.
L ouvre). con F.ndimión (A n- p ro c e d ía d e las v en as del flanco d u jo e n R o m a , e n 2 3 9 a. C ., L a tra d ic ió n a trib u y e a A s­
nihale C arracci, h. 1600, d e r e c h o d e la g o r g o n a ’ y q u e sim b o lizad o e n u n a se rp ien te , y c le p io d o s h ijo s, P o d a lirio y
R om a), con C alisto (T iziano, te n ía e l p o d e r d e d a r la vida, ad optó el n o m b re d e E sculapio. M a c a ó n — q u e p re s ta ro n su s
h. 1556. E dim burgo; Rubens, m ie n tr a s q u e la p ro c e d e n te de E sta re p r e s e n ta c ió n d e l s e r v ic io s c o m o m é d ic o s en el
h. 1640. M adrid. M useo del s u fla n c o iz q u ie rd o e r a u n ve­ d io s, m u y fre c u e n te , a s í c o m o b a n d o g rie g o d u ra n te la guerra
Prado). n e n o v iru le n to . su e m b le m a — u n b a s tó n en d e Troya*— , y v arias h ijas, e n ­
E s te p o d e r s o b r e la m u e r­ to rno a l c u a l se e n r o s c a u n a tre e lla s H ig ía (la S alu d ), a m e­
ASCANIO te q u e m a n if e s ta b a A sc le p io se rp ie n te — , q u e s e h a c o n v e r­ n u d o re p re se n ta d a a su lado, y
H ijo d e E n e a s". —» en ea s , c o n s titu ía u n a g ra v ís im a a m e­ tido e n e l c a d u c e o ’' d e la c la s e P a n a c e a (r e m e d io p a ra todos
JU LO . n a z a p a ra e l r e in o d e H ades", m édica, in d ican c la ra m e n te qu e los m ales).

www.FreeLibros.me
A S T E R IÓ N 62 63 ATENAS

♦ L engua. El térm ino escula­ del M useo P rofano d e Roma. A T E N A S ( f u n d a c ió n d e ) b re el Á tic a , m ito q u e p o sib le­
p io se em plea en ocasiones Esculapio, evidentemente, ocu­ L a fu n d a c ió n d e A te n a s , m e n te s e a la tra n s p o s ic ió n d i­
com o sinónim o humorístico de pa un p u e sto d e h o n o r en tre c o m o la d e to d a s la s g r a n d e s v in a d e u n a riv a lid a d e n tre dos
m édico o galen o <«Si añ ad i­ los m édicos y fig u ra en fres­ c iu d a d e s d e la A n tig ü e d a d , g ru p o s trib a le s.
mos q ue g astaba g uantes de co s d e las sa la s d e esp e ra de p a rtic ip a a la v e z d e l m ito , d e C é c ro p e , e le g id o c o m o á r­
gam uza, habrá el lector reco­ m uchos hospitales: citarem os la le y e n d a y d e la h is to ria . E n b itro d e la q u e re lla , e sta b le c ió
nocido al perfecto tipo de e s­ el de E sculapio recibiendo el el c o n ju n to d e re la to s q u e la re ­ la p re la c ió n d e A ten ea, q u e ha­
cu la p io de la épo ca» . R. h o m en a je d e lo s m édicos, fieren p u e d e n d is tin g u irs e a n ti­ b ía d a d o a la c iu d a d su p rim e r
Palm a). T am bién se ha dado G ustave D oré. h. 1850, fresco g u a s c re e n c ia s re lig io s a s — en o liv o , m ie n tr a s q u e P o se id ó n
este nombre a una variedad de d e l h o sp ital d e la C arid ad . p a r tic u la r a r c a ic o s c u lto s c tó - s o lo h iz o b ro ta r u n a fu e n te d e
culebra que es capaz de trepar M u seo d e la A siste n c ia P ú ­ n ic o s’ v in c u la d o s a d iv in id a d e s a g u a sa lo b re . S eg ú n refieren al­
a los árboles enroscándose a su blica, París. in fe rn a le s (e s d e c ir, « s u b te rrá ­ g u n o s h is to ria d o re s , lo s a te ­
tronco. n e a s » ) , c o m o lo s d e m o n io s - n ienses to d a v ía m o straban en la
O bservem os por últim o que la A S T E R IÓ N s e r p ie n te s — y h e c h o s h is tó r i­ c o lin a sa g ra d a d e la A cró p o lis
palabra higiene procede del N o m b re a u té n tic o d e l —> mi- c o s tra n s fig u ra d o s , c o m o se ría lo s v e s tig io s v e n e ra d o s d e los
nom bre de una de las hijas del n o ta u r o . el c a s o d e la s h a z a ñ a s d e T e - p re s e n te s d iv in o s: u n o liv o que
dios. H igía. y que el d e Pana­ se o ’, el h é ro e ’ fu n d a d o r p o r e x ­ h a b ía re s istid o a la invasión de
cea se ha co n vertido en n o m ­ A STREA c e le n c ia . lo s p e rs a s (4 8 0 a. C .) y un p e ­
bre com ún, panacea, con el H ija d e Z e u s ’ y d e T e m is" , S e g ú n la tr a d ic ió n m ític a q u e ñ o la g o d e a g u a sa la d a .
significado d e «rem ed io uni­ la d io s a d e la J u s tic i a , y s ím ­ m ás e x te n d id a , e l p rim e r re y d e A te n e a se c o n v irtió así, d e fin i­
versal». b o lo d e la v irtu d q u e re g ía a los la fu tu ra A te n a s s e ría C é c ro p e , tiv a m e n te , e n la p a tro n a del
♦ ¡con. En las representacio­ h o m b r e s d u r a n te la e d a d d e un h é r o e n a c id o d e l p ro p io Á tic a , a u n q u e su tío P o se id ó n
nes antiguas. A sclcpio aparece o ro " , d e jó la tie r r a a l te r m in a r s u e lo d e l Á tic a a q u ie n fr e ­ n o q u e d ó to ta lm e n te e c lip sa d o
prim ero — al igual que sucede e s te p e río d o m ític o y se tra n s ­ c u e n te m e n te s e re p re s e n ta co n y a q u e s u c u lto s e m an tu v o
con el C risto paleocristiano— fo rm ó e n to n c e s e n la c o n s te la ­ la p a rte s u p e rio r d el c u e rp o h u ­ a s o c ia d o al d e la d io s a ta n to en
com o un joven imberbe: poste­ c ió n d e V irg o . m ana y la p a rte in fe rio r d e s e r­ la A c ró p o lis c o m o e n e l c a b o
riorm ente. a partir del siglo iv p ie n te , in d ic a n d o a s í q u e e ra S u n ió n .
a. C .. se le representa com o un ♦ Lit. A unque H o n o réd 'U ifé hijo d e la T ie rra . T o m ó p o r e s ­ C é c ro p e c o n se rv a e l p resti­
adulto barbado de rostro bon­ h aya d a d o e ste nom bre a la p o sa a A g la u ro , h ija d e l rey g io m ític o d e u n re y p a c ífic o ,
dadoso. com o el A sclepio sen ­ pastora que protagoniza su no­ A cteo, q u e le d io un h ijo y tres c o n fu n c io n e s e m in e n te m e n te
tado de E pidauro (M useo de vela pastoril La A strea ( 1607- h ijas, y al m o r ir s u s u e g ro h e ­ c iv iliz a d o ra s. F u e el p rim ero en
Atenas): la estatua de Asclepio 1627). no existe ninguna rela­ redó el re in o d e e ste , a l q u e d io r e c o n o c e r la s u p r e m a c ía de
procedente de A mpurias. siglo ción entre el m ito de A strea y el n o m b re d e C ec ro p ia . B ajo su Z e u s ' so b re lo s o tro s d io ses" y
iv a. C , Barcelona; el Escula­ e sta obra, donde la m itología re in a d o tie n e lu g a r e l p rim e r se le a trib u y e ta m b ié n el h ab er
p io rom ano co n serv ad o en el solo ap arece representada en e p is o d io d e la c iu d a d : la d i s ­ p u e sto fin e n su re in o a los sa­
M useo Arqueológico Nacional las ninfas" que salvan a los dos puta q u e e n f r e n tó a A te n e a " y c rific io s h u m a n o s . L a ley en d a
de M adrid o el A sclepio de pie amantes. P o se id ó n ' p o r la s o b e r a n ía s o ­ c u e n ta q u e e n s e ñ ó a los h o m -

www.FreeLibros.me
ATENAS 64 A TENEA

b re s a e n te r r a r a s u s m u e rto s y tic u la r la in s ta u ra c ió n del fe s ti­ a c o n te c im ie n to d u ra n te el p e ­


q u e c r e ó e l p r im e r trib u n a l d e v a l d e la s P a n a te n e a s y la in ­ río d o m icé n ic o .
ju s tic ia de A te n a s, el A rc ó p a g o v e n c ió n d e l c a r r o p o r in s p ir a ­
(la « c o lin a d e A re s '» ), c o n m o ­ c ió n d e A te n e a . S u m u e r te e s ♦ L it. La fu n ció n política de
tiv o d e un j u i c i o a l q u e tu v o ta m b ié n p o sib le m e n te u n a c o n ­ Teseo aparece evocada en Tu-
q u e so m e te rs e el d io s , a c u s a d o s a g r a c ió n . y a q u e s e le id e n ti­ cidides, Isócrates y C icerón.
d e a s e s in a to . S e le a tr ib u y e a fic ó c o n P o s e id ó n , e l d io s q u e Vida d e Teseo. en las Vidas
v e c e s la in v e n c ió n d e la e s c r i­ le h a b ía c a s tig a d o , y fu e h o n ­ paralelas de Plutarco (siglos I-
tura, A ten ea c o n fió a las tre s h i­ ra d o en la A c ró p o lis c o n el iid .C .).
ja s d e C é c ro p e , la s A g lá u rid e s, n o m b r e d e P o s e id ó n -E re c te o —> A TEN EA . TESEO.
el c u id a d o d el p e q u e ñ o E ric to ­ en el te m p lo q u e s e e rig ió sobre ♦ Ic ó n . A ten ea y Poseidón.
n io ”, c r ia tu r a n a c id a d e l f r u s ­ s u p a la c io , e l E re c te ió n . —> án fo ra griega, siglo vi a. C..
trad o d e se o d e H cfesto* h acia la E R E C T E O , E R IC T O N IO . París: Jordaens. La disputa de
d io s a : e s ta s , m o v id a s p o r la U n d e s c e n d ie n te d e E re c ­ N ep tu n o y Minerva, siglo xvu,
c u r io s id a d , a b r ie r o n la c e s ta te o , T eseo ", h aría d a r a su rein o Florencia.
d o nd e A ten ea le h a b ía m etid o y u n p a s o d e c is iv o a l lib e ra r a su
d e s c u b rie ro n q u e el c u e rp o del p a tria d e la se rv id u m b re e c o n ó ­ A TEN EA
n iñ o te rm in a b a e n u n a c o la d e m ic a re sp e c to a C re ta — e s te es H ija d e Z eu s* , s e ñ o r d e los
se rp ie n te , c o m o lo s s e re s n a c i­ p o s ib le m e n te e l s e n tid o h is tó ­ d ioses”, y d e su p rim e ra e sp o sa,
d o s d e la T ie rra . P re sa s d el p á ­ ric o d e su lu ch a v ic to rio sa c o n ­ M e tis ”, d io s a d e la s a b id u ría ,
n ic o . se a r r o ja r o n al v a c ío tra el M in o ta u ro " — y al lle v a r form a p arte d e los d o c e g ran d es
d esd e la s ro cas d e la A cró p o lis. a c a b o e l s in c c is m o a te n ie n s e , O lím p ic o s”. D io sa d e la g u erra,
E n tre lo s d e s c e n d ie n te s d e e s d e c ir , la fe d e ra c ió n p o lític a p e ro ta m b ié n d e la s a rte s y los
C é c ro p e figuran a lg u n o s héroes d e d iv e r s o s p u e b lo s q u e h asta o fic io s y d e l c o n o c im ie n to en Escultura griega de A tenea Parthe­
fa m o so s: C é fa lo ”, a q u ie n a m ó e n to n c e s h a b ía n s id o v e c in o s . g e n e ra l, s e r á id e n tif ic a d a en nos. Atenas, Museo Nacional
la d io s a E o s - (la A u ro ra ); F a e ­ D e e s te m o d o fu n d a u n a ú n ica R o m a c o n M in e rv a " e in tro d u ­
tó n '', el in f o rtu n a d o c o n d u c to r c iu d a d a g r u p a d a e n to r n o a la cida e n la lla m a d a « tría d a c a p i- d ia . E lla p ro p o rc io n ó a Z e u s la
d e l c a r r o d el S o l, q u e a lg u n a s c o lin a sa g ra d a d e la A c ró p o lis, to lin a » , a l la d o d e J ú p ite r" y d r o g a d e la q u e e s te se sirv ió
v e rs io n e s h a c e n h ijo d e lo s a n ­ A te n a s , q u e se c o n v ie r te e n la Juno*. p a r a q u e s u p a d re C ro n o " v o ­
terio res; D édalo*, el c o n stru c to r c a p ita l d e l A tic a y c u y o n o m ­ S u n a c im ie n to e s tá ro d e a d o m ita r a a to d o s su s h ijo s a n te ­
d el L a b e rin to ”. bre, sie m p re e n p lu ral, atestig u a d e p ro d ig io s . Z e u s h a b ía to ­ rio re s, q u e el d io s se h a b ía ido
A te n a s p u e d e il u s t r a r g lo ­ la p lu r a lid a d d e s u s o ríg e n e s . m ad o p o r e s p o s a a su « p rim a » tr a g a n d o a m e d id a q u e nacían
rio sa m en te su s o ríg e n e s c o n las L a fe c h a d e e s ta fu n d a c ió n , que M etis, h ija d e los titanes* O c é a ­ p o r m ied o a q u e a lg u n o pudiese
h azañ as d e o tro h éro e ilu stre: el los m itó g ra lo s a v eces sitú a n en no" y T e tis . E n g rie g o , el n o m ­ d e rro c a rlo . P ero U ran o ” y Ciea
re y E re c te o -, c o n fu n d id o e n las el s ig lo v i i i a. C , s ig u e sie n d o bre d e M e tis s ig n ific a « la in te ­ h ic ie ro n s a b e r a Z e u s q u e a su
p rim e ra s fa s e s d e l m ito c o n u n a in c ó g n ita , p e ro lo s h is to ­ lig en cia p rim o rd ia l» , en la q u e v e z p o d ría s e r d e s tro n a d o p o r
E ricto n io . S e le a trib u y e en p a r­ r ia d o re s n o d u d a n e n s itu a r tal se a lia n la p ru d e n c ia y la p erfi- el h ijo q u e su e s p o s a M etis

www.FreeLibros.me
ATENEA 66 67 ATENEA

d ie s e a lu z e n c a s o d e q u e e sta g u e r r a d e T r o y a ’, s o b re to d o a e n e l te r r e n o d e la lite r a tu r a y la o liv o , re g a lo d e A te n e a a la


c o n c ib ie s e p o r s e g u n d a v ez. A q u ile s " y U lis e s* , a q u ie n filo s o fía . - A A R A C N E. c iu d a d g r a c ia s a l c u a l lo g ró
S ie m p re p ru d e n te , Z e u s se p r o te g e r á d u r a n t e to d o su D io sa «v irg en » p o r e x celen ­ fr u s tr a r la s a s p ira c io n e s d e su
tr a g ó a M e tis ta n p ro n to su p o v ia je "; a H e ra c le s , a l q u e p ro ­ cia, co m o d a n fe ta n to su epíteto riv a l P o se id ó n ", c o n v irtió a
q u e e sta b a e n c in ta , y lle g a d o el p o r c io n a a rm a s y c o n s e jo s P a rth en o s (« d o n cella» ) c o m o el A ten as en la señ o ra indiscutible
m o m e n to d el p a rto p id ió a H e- c o n tin u o s p a ra q u e s a lg a b ien tem p lo m á s cé le b re c o n sag rad o d e l Á tic a . a ten a s ( fu n d a ­
fe s to ' q u e le a b r ie r a e l c rá n e o p a ra d o d u ra n te s u s tr a b a jo s , y a e lla e n A te n a s , e l P a rte n ó n , c ió n DF.), PA L A D IO , PALAS.
d e un h a ch azo : d e su c a b e z a q u e , e n a g r a d e c im ie n to , o fr e ­ d o n d e se la a d o ra b a b a jo tal a d ­ S e la re p re s e n ta b a co m o
n ació A te n e a la n z a n d o un g rito c e rá a la d io s a las m a n z a n a s de vocació n , A te n e a se o p o n e ta m ­ u n a d io s a m a je s tu o s a , d e be­
d e g u e rra y y a a d u lta , p e rfe c ta ­ o r o d e la s H e s p é r id e s ’; a J a - b ién a A fro d ita ", q u e e je rc e su lle z a se re n a y se v era; la m irada
m e n te a rm a d a y d is p u e s ta p ara s ó n \ a q u ie n a y u d a d u ra n te la p o d e r s o b re lo s h o m b re s co n c e n te lle a n te d e su s legendarios
e l c o m b a te . c o n s tr u c c ió n d e l n a v io A rg o " , unas arm as q u e la d io sa d e la in­ o jo s g a r z o s re c u e rd a a la d e la
E sta d io s a d e s e m p e ñ a un a P ersco * , a l q u e o fr e c e u n e s ­ te lig e n c ia d e s p re c ia . E llo n o le le c h u z a , su a n im a l fa v o rito , a
p a p e l im p o rta n te e n la G ig a n - c u d o d e b r o n c e p u lid o p a ra im p id e p a rtic ip a r, ju n to a H era q u ie n s u e le v e rs e fre c u e n te ­
to m a q u ia (g u e rra c o n tra lo s g i­ q u e p u e d a d e rr o ta r a M e d u s a y y A fro d ita , en e l c o n c u rs o d e m e n te so b re su h o m b ro o en su
g a n te s ’), c o m b a tie n d o j u n t o a q u e , e n ju s ta c o rre s p o n d e n c ia , b elleza arb itra d o p o r Paris", q u e m a n o . E ra ta m b ié n re v e re n ­
H eracles*. A te n e a d e rro ta y d e ­ e n tr e g a r á a la d io s a la c a b e z a se rá e l g e rm e n d e la g u e rr a d e c ia d a c o m o p ro te c to ra d e las
s u e lla al g ig a n te P ala n te * , c o n d e la g o rg o n a * p a r a q u e e s ta T ro y a . A te n e a g u a rd a c e lo s a ­ a rte s y las le tra s (d iv ersas aso ­
c u y a p ie l se h iz o u n a c o ra z a , y a d o rn e e l su y o . m e n te su c a s tid a d ; H e fe s to in ­ c ia c io n e s m o d e rn a s h a n c o n ­
p e rs ig u e h a s ta S ic ilia a E n c é - E s ta m b ié n la d io s a d e la ten tó e n u n a o c a sió n fo rza r a la v e r tid o a la le c h u z a e n e m ­
la d o , o tr o g ig a n te , a q u ie n s e ­ in te lig e n c ia , h e r e d a d a d e su d io sa , y a u n q u e su d e s e o q u ed ó b le m a d e l h elen ism o ).
p u lta b a jo la is la m ed ite rrá n e a . m a d r e , d e l a rte y d e la c ie n c ia fru stra d o , p ro d u jo u n e x tra ñ o C o m o d io s a g u e rre ra a p a ­
—> G IG A N T E S, PA L A N T E. c r e a tiv a , o p o n ié n d o s e e n e s te v ástago , E ric to n k r, m itad h o m ­ re c e s ie m p re a rm a d a : lan za ,
A te n e a , la h ij a p r e d ile c ta s e n tid o a l c o jo H e fc sto * , d io s bre, m itad se rp ien te , n a c id o del c a sc o , e sc u d o re d o n d o so b re el
d e Z e u s , e s a n te to d o la d io s a d e la té c n ic a , d e la h a b ilid a d suelo fe c u n d a d o p o r e l esp e rm a q u e fijó la c a b e z a d e M ed u sa
g u e r r e r a p o r e x c e le n c ia . E n sim p le m e n te a p lic a d a a la m a ­ del d io s, al q u e A te n e a e d u cará q u e le o fr e c ie r a P e rs e o , q ue
e s te s e n tid o s e o p o n e a A res", te r ia . D e e s te d o b le o rig e n se c o m o a u n h ijo . —> e r i c t o n i o , tie n e el p o d e r d e p e tr ific a r a
d io s d e la fu ria irra c io n a l, q u e c o n s e r v a r á e n u n m is m o té r ­ PARIS. c u a lq u ie r a q u e o s e m ira rla ;
la n z a a l h o m b r e c o n tr a el m in o (le c h n é ) la n o c ió n a m b i­ A te n e a e ra v e n e ra d a e n v a ­ lle v a ta m b ié n la é g id a 1, coraza
h o m b r e e n un f u r o r a s e s in o . v a le n te d e a r tis ta y a rte s a n o . ria s c iu d a d e s g rie g a s c o m o q u e Z e u s se h izo co n la piel de
F re n te a l p o d e r c ie g o d e l h ijo P ro te c to ra d e h ila n d e ra s y b o r­ d io s a tu te la r. L a e n c o n tra m o s , la c a b r a A m a lte a y q u e c o m ­
d e Z e u s y H era", A te n e a s im ­ d a d o r a s , A te n e a n o d u d a r á en p o r e je m p lo , e n T r o y a b a jo la p a r tía c o n su h ija c o m o e m ­
b o liz a la j u s t i c i a e n y p a r a el c a s t ig a r p o r s u s o b e r b ia a fo rm a d e u n a n tiq u ís im o íd o lo , b le m a d e l p o d er. « V icto rio sa» ,
c o m b a te , la ra z ó n q u e d o m in a A ra c n e " , a lu m n a s u y a . E n su el P a la d io " , a u n q u e e r a s o b re c o m o in d ica su e p íte to N ik e (la
e l im p u ls o . C o m o ta l , g u ía y c iu d a d , A te n a s" , e s ta b a c o n s i­ to d o A te n a s , c p ó n im o d e la c iu d a d d e N iz a e s d e u d o ra de
so s tie n e a lo s m á s fa m o so s h é­ d e ra d a c o m o la d io s a d e la ra ­ d io sa , q u ie n se e n o rg u lle c ía d e e s ta e tim o lo g ía ), a p a re c e ta m ­
ro e s": a lo s a q u e o s d u r a n te la z ó n , d e s p la z a n d o a la s m usas* su p r o te c c ió n . F,1 p re c ia d o b ién c o n a la s o bien co n san d a­

www.FreeLibros.me
ATENEA 68 A T IS

lia s a la d a s , q u e lo s a te n ie n s e s roe cu y a inteligencia co n sti­ rem os la copia rom ana de la v e g e ta c ió n a d o ra d o en F rig ia y


le re tira ro n e n su te m p lo d e la tuye su m ayor virtud. En obras A tenea d e M irón, 4 6 0 a. C., e n L id ia y a so c ia d o al c u lto de
V ic to r ia A p te ra (« s in a la s » ) posteriores, el papel de garante A tenas; la llam ada A tenea del la d io s a C ib e les* . A tis e r a un
p a ra e s ta r s e g u r o s d e c o n s e r ­ d e la sabiduría y de la equidad Varvakeion, réplica de la A te­ jo v e n p a s to r q u e h a b ía sid o
v a rla ju n to a ellos. atrib u id o a la d iosa aparece nea Parthenos d e Fidias, esta­ a b a n d o n a d o d e n iñ o e n tr e los
ilustrado en sus intervenciones tua crisoelefantina (oro y mar- ju n c o s d e u n río, d o n d e C ibeles
♦ L engua. En A tenas, el A te­ para salvar a O restes' del ciclo til) que adornaba el interior del lo h a b ía e n c o n tr a d o . E ra tan
neo era un tem plo consagrado infernal d e su m aldición, p ri­ Partenón, h. 450 a. C., Atenas. h e rm o s o q u e la d io s a e x p e ri­
a la diosa donde los poetas y m ero en Las eum énides de Es- La diosa aparece tam bién en m e n tó h a c ia é l u n c a sto a m o r y
oradores leían sus obras. A fi­ q u ilo (458 a. C .) y m ás tarde numerosas vasijas griegas, par­ q u is o c o n v e r tir lo en g u a rd iá n
nales del siglo x v i m y p rin ci­ en la ¡figenia en Táuriele de ticularm ente en el episodio de d e su te m p lo , p e ro p a ra e llo el
pios del xix se fundaron en Eurípides (414 a. C.). su disputa con Poseidón (vaso jo v e n d e b ía m a n te n e rse virgen.
Francia unas instituciones cul­ En 1699. Fénelon confiere a la del siglo vi a. C„ París; vaso del A tis, sin e m b a rg o , se en am o ró
turales. donde se reunían cien­ d iosa un papel principal en su siglo tv a. C., San Petersburgo). d e u n a n in fa " p ro v o c a n d o los
tíficos y hombres de letras, que Telémaco, donde tom a la apa­ y también en diversos bajorre­ c e lo s d e C ib e le s, q u e se opu so
adoptaron el nombre de ateneo riencia de M entor para guiar al lieves ¡Atenea pensativa, h. 460 a su u n ió n . El d io s se c a stró en
en recuerdo del nom bre del hijo de Ulises en la búsqueda de a. C., Atenas). Más adelante se u n a c c e so d e lo cu ra y m u rió en
tem plo de la diosa de la sabi­ su padre. Por otra parte. Ate- la representa oponiéndose a la f lo r d e la e d a d . L a d io sa ,
duría. A imitación suya se fun­ nea-Minerva aparece frecuente­ M arte’ (Tintoretto, siglo xvi, p re sa d e rem o rd im ien to s, trans­
daron con el m ism o nom bre mente en las literaturas moder­ V enecia; David, 1824, Bruse­ fo rm ó al jo v e n e n un p in o c o ­
instituciones sim ilares en Es­ nas com o el símbolo del trabajo las), en el juicio de París, o bien ro n a d o d e v io le ta s , sím b o lo de
paña e H ispanoam érica. F.l de intelectual y de la sabiduría que sola (Botticelli, tapiz, siglo xv. la v id a v eg eta l q u e m u ere para
Madrid, fundado en 1835 y en­ de él resulta por una lenta acu­ colección privada; Rodin, már­ r e n a c e r e te r n a m e n te . S egún
clavado actualm ente en la ca­ mulación de conocimientos. En mol, 1896, París). o tr a s v e rs io n e s , C ib e le s le re ­
lle del Prado, fue un centro cuan to a la fórm ula de Hegel. —> PARIS. s u c itó y le d iv in iz ó p a ra a so ­
esencial en la vida cultural del «la lechuza de M inerva solo ♦ Cin. En la película de Des- c ia rlo a su c u lto .
Madrid de la Restauración. De vuela al llegar el crepúsculo» mond D avis Furia d e titanes El c u lto d e A tis y d e C ib e ­
él se decía que era la antesala I P rincipios d e la filo so fía del ( 1981) aparecen la diosa Ate­ le s fu e im p o rta d o a R o m a d u ­
del C ongreso, porque muchos derecho. 18 2 1), significa que la nea y su lechuza — a la que ra n te e l im p e rio y d io lu g a r a
de los asuntos políticos y s o ­ filosofía solam ente puede ex­ Hefesto ha transformado en un fe s te jo s v io le n to s d o n d e los
ciales se debatían allí primero. p licar la historia del m undo u robot tipo La guerra d e las g a ­ s a c e r d o te s se fla g e la b a n y en
En Bélgica y Suiza, un ateneo posteriori y que no puede mo­ laxias— acudiendo en ayuda a lg u n o s c a s o s p ra c tic a b a n la
es un establecim iento de ense­ dificar el curso de esta. del héroe Perseo. a u to e m a sc u la c ió n .
ñanza secundaria. ♦ ¡con. A tenea, diosa de la D u ra n te el p e río d o ta rd o -
—> KCHDA. guerra y protectora de Atenas, ATIS rr o m a n o e s te c u lto a p a re c e
♦ l it. Etl la Odisea, A tenea es fue profusamente representada T a m b ié n lla m a d o C ó rib a s , c o m o u n a d e las « re lig io n es de
la protectora de U lises, el h é­ en la Antigüedad griega. Cita- es un a n tig u o d io s a siá tic o d e la sa lv a c ió n » (so te rio ló g icas) que

www.FreeLibros.me
A TLA NTE 70 71 ATLÁNTIDA

p ro m eten a su s fie le s la re su ­ siglo xvm , M elchor de Zapata Su te rrito rio , q u e la s c o n ­ tras el descubrimiento de Amé­
rrección y la inm ortalidad bie­ escrib e en rom ance una F á­ q u istas su c esiv a s d e su s reyes rica (Francisco de Rioja, «A
nav en tu rad a, d e sa rro lla n d o en bula d e A c is y Cibeles, en tono ac re c e n ta b a n d ía a d ía , a b u n ­ las ruinas de la Atlántida», poe­
este sen tid o unos tem as p ró x i­ joco so , que servirá de modelo d ab a en m etales preciosos, e n ­ ma, siglo xvir), que algunos
m os a los del cristianism o. a otra que, en el m ism o siglo, tre e llo s el oricalco, q u e b ri­ identifican con el continente
se publicó anónim am ente bajo llaba co m o e l fuego; la flora y desaparecido bajo las aguas.
♦ Lit. En su poema 63, el poe­ el títu lo H istoria, fá b u la o la fauna eran d e una exuberan­ A sí aparece más tarde en La
ta latino C atu lo (h. 85-h. 53 cuento de Cibeles, Atis y San- cia extrem a; su población m uy Atlántida (1876), del poeta ca­
a. C .) presenta a Atis com o un garita, en la q u e abundan los n u m ero sa. L a A tlá n tid a , q u e talán Jacinto Verdaguer, donde
joven griego que cede para su chistes procaces y groseros y pronto se convirtió en una gran Cristóbal Colón parte en busca
desgracia a la llamada de la na­ donde el tema de la castración potencia m arítim a y com ercial, del continente desaparecido.
turaleza salvaje, representada de Atis se expone crudamente. poseía tam bién una extensa red Mientras Montaigne niega toda
por Cibeles. Ovidio recupera el ♦ Icón, y Más. -A C IB E L E S O
de canales. En un principio, los verosimilitud histórica a la le­
m ito en el libro IV d e los Fas­ CÍBELE. yenda (Ensayos, 1580), Frun­
reyes atlan tes se reunían y lle­
tos (principios del siglo I vaban a c a b o c e rem o n ia s para cís Bacon (La nueva Atlántida.
d. C .). M ás tarde, en el siglo ATLANTE co n so lid ar lo s v ín cu lo s co n su 1627) describe bajo este nom­
tv. el em perador filósofo Ju ­ O tro n o m b re de A TLAS. padre Poseidón. S u sentim iento bre un Estado ideal gobernado
liano «el A póstata», el últim o religioso, sin em bargo, fu e d is­ por sabios.
em perador pagano, propondrá ATLANTIDA m inuyendo co n el tie m p o y se Con el romanticismo, la Atlán­
una lectura filosófica del mito Isla legendaria desaparecida lanzaron a una guerra im peria­ tid a aparece m ás que nunca
de inspiración neoplatónica. a c o n s e c u e n c ia de un c a ta ­ lista a la q u e so lo p u d o re sis­ com o el sím bolo de la edad de
Los textos antiguos qu e ev o ­ clism o en el espacio de una no­ tirse la antigua A tenas. Esto su­ o ro ', del paraíso perdido
can la figura de Atis presentan c h e y un d ía . C u e n ta Platón cedía, según el relato d e Platón, (E.T.A. Hoffmann, El vaso ele
de hecho enorm es diverg en ­ q u e en tie m p o s rem o to s los 9000 añ o s antes d e S olón, esto oro, 1814). Frecuentemente
cias: A tis aparece unas veces g rie g o s tu v ie ro n q u e rechazar es, 9600 a. C. Zeus" castigó a la evocada en las novelas de Ju­
com o un hom bre, otras com o p o r las arm as a un p u eb lo , los A tlántida sepultándola bajo las lio V eme (Veinte mil leguas de
un sem idiós' y otras com o un a tla n te s, p ro c e d e n te s de una aguas d el m ar, q u e h a b ía fo r­ viaje subm arino, 1870). se
dios; su muerte es definitiva en g ran isla del A tlán tico situada jad o su p o d er p ero tam bién su convierte en el siglo xx, a raíz
unas versiones, m ientras que fren te a las «colum nas de Hér­ desm esura. d e La Atlántida de Pierre Bc-
en otras va seguida d e una se- cu les’» (actual estre ch o de Gi- noít (1920) y la película de
m irrcsurrección vegetal o in ­ b ra lta r). A llí v iv ía u n a huér­ ♦ Lit. El mito aparece referido Pabst inspirada en esta novela
cluso de una v erdadera re su ­ fana, C litia , d e la q u e se en a­ esencialmente por Platón (428- — a las que siguieron tantas
rrección. El conjunto resulta m o ró P oseid ó n " y co n la que 348 a. C .) en el Tim eo (21 y novelas y cintas de ciencia fic­
extrem adam ente confuso y es tu v o c in c o v ec es gem elos sigs.) y en Crítias (108 y sigs.). ción— . en una auténtica utopía
muy posible qu e el m ito haya — u no d e lo s c u a le s se ría At­ Poco recordada en la Edad popular, símbolo de una socie­
sufrido también contam inacio­ la s '— q u e se c o n v irtie ro n en Media, la leyenda de la Atlán­ dad obsesionada por el miedo
nes cristianas. A principios del los diez reyes de la isla. tida vuelve a cobrar actualidad a su propia destrucción.

www.FreeLibros.me
A TLA S 72 73 ATRIDAS

♦ M á s. La A tlántida, ópera niñeado en la lengua porque la s u n tu o s o T á n ta lo ”, c o n una


inacabada de M anuel de Falla, prim era obra de este tipo, p u ­ c e n a m o n s tru o s a o fre c id a a los
basada en el poema d e Jacinto blicada en 1595 por el g eó ­ In m o rtales d o n d e y a figuran los
V erdag uer del m ism o título. grafo Mercator, aparecía ador­ « in g re d ien tes» q u e caracteriza­
Iniciada en 1927, fue acabada nada con un frontispicio donde rá n la e x tr a ñ a h is to ria d e su s
por su discípulo Ernesto Halff- destacaba la figura del gigante d e sc e n d ie n te s , q u e se am an , se
ter y representada en 1962. Es mitológico. m a ta n , s e d e s p e d a z a n y se d e ­
un extenso fresco q ue abarca En anatom ía, el atlas e s la pri­ v o ra n e n fa m ilia . E n e fe c to ,
desde el hundim iento de la mera vértebra de las cervicales, T á n ta lo , re y d e A s ia M en o r,
A tlántida hasta el descubri­ llamada así porque sostiene di­ fu e in v ita d o a la m e s a d e los
miento de A m érica por Cristó­ Dibujo de A tla s y la Esfinge rectam ente la cabeza — com o d io s e s" , d o n d e c o n s u m ió n é c ­
bal Colón. Atlas sostenía el ciclo— al es­ tar* y a m b r o s ía ”, a lim e n to s
♦ Cin. F.I continente desapare­ e n e l e x tr e m o d e O c c id e n te . ta r articulada con el cráneo. d iv in o s q u e co n fe ría n la inm or­
cido ha sido una fuente de ins­ H ija s s u y a s fu e r o n la s P lé y a ­ ♦ ¡con. H eracles y Atlas, me- ta lid a d y q u e T á n ta lo d e c id ió
piración para los cineastas, d e s ’ y la s H e s p é rid e s " . H e ra ­ topa del tem plo de Z eu s en ro b a r p a ra o fr e c é rs e lo s a los
desde La A tlántida de Jacques c l e s ', e n e l c u rs o d e s u b ú s ­ O lim pia, 4 6 0 a. C .; A tlas, es­
F eyder (1921) y la de Pabst q u e d a d e la s m a n z a n a s d e o ro , cultura. período lardorromano,
(1932) — am bas inspiradas en r e c u r r ió a s u a y u d a y le s u s ti­ Ñ apóles; A tla s y la Esfinge,
la famosa novela de Pierre Be- tu y ó so s te n ie n d o e l c ie lo m ien ­ grabado de un espejo etrusco.
noít— hasta La conquista de la tra s A tla s ib a a b u s c a r lo s p re ­
Atlántida de V ittorio Cottafavi c ia d o s fru to s p a ra e n tr e g á r s e ­ ATREO
(1961). lo s. P e rs e o " lo tr a n s fo r m ó en R e y d e M ic e n a s . —> a t r i-
m o n ta ñ a a n te e l m a l r e c ib i­ DAS.
ATLAS m ien to d e q u e h a b ía sid o objeto
E ste g ig a n te ", h ijo d el titán p o r p a rte d el g ig a n te c u a n d o el ATRIDAS
J á p e to y d e la o c e á n id c C lí- h é r o e re g re s a b a v ic to rio s o de C é le b re d in a s tía h e ro ic a d e
m e n e — o, se g ú n o tra trad ició n , su e n fre n ta m ie n to c o n M edusa. la m ito lo g ía g rie g a , la fa m ilia
d e P o seid ó n ' y d e C litia — , p e r­ T a m b ié n se le c o n o c e c o n el de los A n id a s d e b e su n o m b re
te n e c e a la p rim e ra g e n e ra c ió n n o m b re d e A tla n te . a u n o d e su s m ie m b ro s, A treo .
d e dioses". F ue co n d e n a d o a s o ­ Es el a rq u e tip o d e fa m ilia « co n
p o rta r so b re su s h o m b ro s la b ó ­ ♦ Lengua. Este gigante mítico e sq u e le to s e n el a rm a rio » , g o l­
v e d a c e le s te p o r to d a la e te r n i­ dio su nom bre al Atlas, el alto p e a d a p o r u n a fa ta l m a ld ic ió n
d a d c o rn o c a s tig o p o r h a b e r m acizo m ontañoso situado en que se c o n v e rtirá en fu en te ina­
p a rtic ip a d o e n la lu c h a d e lo s el norte d e Á frica. El nombre g o ta b le d e in s p ira c ió n p a ra el
g ig a n te s c o n tr a Z eus". E ra h e r­ com ún atlas, que designa una universo literario d e la tragedia. Menelaos. O restes y Electro (de la
m a n o d e P r o m e te o ' y E p irn c - colección d e m apas geográfi­ L a m a ld ic ió n la in a u g u ra el familia de los Atridas). Roma. Museo
te o ; su m o r a d a s e e n c o n tr a b a cos, se introdujo con este sig- in ic ia d o r d e la d in a s tía , el p re­ de las Termas

www.FreeLibros.me
A TR ID A S 74 75 ATRIDAS
h o m b re s . S u « in g r a titu d » ib a g r a c ia s d e la o tr a g r a n fa m ilia
L O S A T R ID A S
u n id a a u n a ra r a s o b e r b ia : in ­ m a ld ita d e la m ito lo g ía g rie g a ,
Zeus Z eus + E u ro p a
v itó a su v e z a lo s d io s e s a q u e la d in a s tía te b a n a d e lo s L abdá-
c o m p a r tie ra n su m e s a y , p a ra c id a s ( - 4 l a y o , t e b a s ) , y sobre
T á n ta lo M in o s
p o n e r a p ru e b a su o m n isc e n c ia , to d o lo s g e m e lo s A tre o y T ies- + P a s ífa c
les s irv ió u n a c e n a im p ía c u y o te s, q u e se rá n lo s p ro ta g o n ista s (rey d e Creta)

« p la to fu e r te » c o n s is tía e n su d e la tra g e d ia q u e se d e s a te en
p ro p io h ijo P é lo p e g u is a d o . P é lo p e + H ip o d a m ía C a tr e o
M ie e n a s p o r la s u c e s ió n al
E ste o rg u llo in so le n te , im p re g ­ tr o n o d e e s te re in o , o b je to d e
n ad o d e u n a terrible d esm esu ra , lu c h a s s a n g rie n ta s q u e re n a c e ­ A ir e o A éro p e

el e stig m a fatal d e la h ib r is ', le rá n in c e s a n te m e n te e n tr e su s (herm ano g em elo d e Tiesies)

c o s ta r ía a T á n ta lo s u fa m o s o d e sc e n d ie n te s .
C ll tc m n c s tr a + A g a m e n ó n Y le n c la o + H e le n a
s u p lic io en el T á rta ro " , c o n d e ­ M ie e n a s , e n e f e c to , c u y o
n ad o a p a d e c e r p o r to d a la e te r­ (h ija d e Leda y Tindáreo) (hija de Z eus y l.ed al
tr o n o h a b ía q u e d a d o v a c ío al
n id ad un h a m b re y u n a se d qu e m o r ir E u ris te o ”, d e c id ió , a c o n ­
E le c lr a I tl g e n ia O r e s te s H e rrn ío n e
n u n c a p o d ría saciar. s e ja d a p o r e l o rá c u lo , e n tre g a r
P é lo p e , re s u c ita d o y re ­ e l p o d e r a u n h ijo d e P é lo p e .
co n stru id o p o r lo s h o rro riz a d o s H a c ía a lg ú n tie m p o q u e lo s g e ­ el S o l y lo s a s tro s d ie ra n m a r ­ a lt a r d e l p ro p io Z e u s . T ie ste s
d io se s, p a só a s e r co p e ro d e los m e lo s se h a b ía n r e f u g ia d o en c h a a tr á s e n s u c a r r e r a y se n o d e sc u b rió el « se c reto » de la
O lím p ico s” a n tes d e c o n v e rtirse e s t a c iu d a d fa b u lo s a , « r ic a en o c u lta ra n p o r e l e s te . T ie s te s c o c in a d e su h e rm an o hasta que
e n re y e n la E lid e. L a a s tu c ia y o r o » : ¿ c u á l d e e llo s s e r ía su a b d ic ó y p a r tió al e x ilio , y le m o stra ro n las c a b e z a s c o rta­
la tra ic ió n , ta n to c o m o su p ro ­ re y ? A tre o , el m ay o r, e ra e l p o ­ A treo o c u p ó e l tro n o . S u leg iti­ d a s d e su s h ijo s. H o rro riz a d o ,
p io v a lo r y la p ro te c c ió n d e los s e e d o r le g ítim o d e u n v ello cin o m id a d , s in e m b a r g o , q u e d ó h u y ó d e M ie e n a s d e s p u é s de
d io se s, le p erm itirán e lim in a r al d e o r o 1, c o n s id e ra d o e m b le m a m uy p ro n to en e n tre d ic h o y no c u b rir a A tre o d e m ald icio n es.
tira n o E n ó m a o y c a s a rs e c o n la m o n á rq u ic o , y se h a b ía ca sa d o la rd ó e n d a r p r u e b a s d e u n a C o n el c ie g o d e se o d e tener
h ija d e e s te , H ip o d a m ía * , a p o ­ c o n A é ro p e , n ie ta d e M in o s 1, el d e s m e s u ra c o m p a r a b le a la d e u n h ijo q u e le v e n g a ra , y si­
d e rá n d o s e a s í d el tro n o . f u n d a d o r d e la m o n a rq u ía c re ­ su a n te p a s a d o T á n ta lo . C o n la g u ie n d o el p é rfid o c o n se jo del
E n tre lo s n u m e r o s o s h ijo s ten se. S in e m b a rg o , el h e rm an o te n ta d o ra p ro m e sa d e c o m p a r­ o rá c u lo , T ie s te s , d is fra z a d o ,
de P é lo p e s e e n c u e n tra n P iteo , m e n o r, T ie s te s , n o s o lo h a b ía tir e l p o d e r, A tre o h iz o v e n ir a v io ló a su p ro p ia h ija P e lo p ia
sa b io rey d e T recén y su e g ro de ro b a d o e l v e llo c in o a su h e r­ M ie e n a s a su h e rm a n o y le d u ra n te u n a c e re m o n ia sagrada
E g e o ”, q u e s e e n c a r g ó d e la m a n o , s in o q u e a d e m á s s e h a ­ o fre c ió u n b a n q u e te d e c o n c i­ e n la q u e esta o ficiab a co m o sa ­
e d u c a c ió n d e T e s e o ', lo q u e le b ía c o n v e rtid o en a m a n te d e su lia c ió n e n e l q u e fu e ro n d e s f i­ c e rd o tisa ; d e e s ta u n ió n inces­
c o n v ie r te p o r ta n to e n e l a n te ­ m u jer, A éro p e . El p u e b lo elig ió la n d o , g u is a d o s y b ie n c o n d i­ tu o s a n a c e rá E g isto . P e lo p ia ,
p a sa d o y m o d e lo p e rfe c to d e la p rim e ro a T ie s te s , p e ro el p ro ­ m e n ta d o s, to d o s lo s h ijo s d e e n c in ta , re g re s ó a M ieen as.
m o n a rq u ía a te n ie n s e ; C ris ip o , p io Z eu s" d e c id ió o b ra r u n p ro ­ T iestes, q u e A tre o h a b ía a s e s i­ A tre o la to m ó p o r e sp o s a y
q u e al s u s c ita r la p a s ió n d e d ig io p a ra fa v o r e c e r la c a n d i­ nado sac rile g a m e n te c u a n d o in­ a d o p tó al n iñ o . U n a vez m ás la
Layo" se rá la c a u s a d e la s d e s ­ d a tu r a d e A tre o , h a c ie n d o q u e tentaban b u sc a r re fu g io ju n to al su ce sió n al trono d e M ieenas se

www.FreeLibros.me
A TR ID A S 76 77 ATRIDAS

a n u n c ia b a c o n f lic tiv a : ¿ q u ié n te m n e stra * s e h a b ía u n id o en q u e e n lo q u e c e n a O re s te s y le mismo con el que se designaba


se ría e l h e re d e r o , A g a m e n ó n ’, m a trim o n io , re c o n q u istó el p o ­ h acen h u ir d e M ic e n a s. P e ro el a las terribles erinias).
p r im o g é n ito d e A tre o y d e su d e r y e x ilió d e fin itiv a m e n te de o rd e n d e lo s O lím p ic o s te r m i­ Sófocles compone una Electra
p rim e ra m u je r, A é ro p e , o E g is­ M ic e n a s a su tío T ie s te s . P ero n a rá im p o n ié n d o s e . O re s te s es (h. 413 a. C .) que se convertirá
to , h ijo a d o p tiv o n a c id o d e su A g a m e n ó n , h e n c h id o d e o rg u ­ p u rific a d o ritu a lm e n te y lu e g o en una de las tragedias más ad­
s e g u n d a e s p o s a , d e s c e n d ie n te llo p o r h a b e r s e c o n v e r tid o en ju z g a d o . S u a b s o lu c ió n im ­ miradas en toda la Antigüedad
d e su h e rm a n o m e n o r y fr u to re y d e r e y e s y je f e d e la e x p e ­ p lic a , s im b ó lic a y e je m p la r ­ griega y latina.
de u n in c e s to ? d ic ió n c o n tra T roya*, s e p erd ió m e n te , e l fin d e la m a ld ic ió n Por último, debemos a Eurípi­
A tre o e n c a rg ó a A g am en ó n a su v e z e n la d e s m e s u r a c in ­ q u e p e s a b a so b re la fa m ilia , y des la escenificación de los
y a s u h e rm a n o m e n o r M c n e - m o ló a s u h ija Ifig e n ia * p a ra e sta b le c e la su p re m a c ía d e u n a destinos trágicos de la proge­
lao" q u e en co n tra ra n a T ie ste s y c o n s e g u ir v ie n to s fa v o ra b le s filia c ió n m a s c u lin a y le g ítim a nie m aldita de Agam enón y
lo tra je s e n a M ic e n a s . T ie s te s , p a ra la e x p e d ic ió n , g ra n je á n ­ p a ra la tr a n s m is ió n d e l p o d e r, Clitem nestra: Ifigenia en Tán-
c a rg a d o d e c a d e n a s , e s e n c a r ­ d o s e d e e s te m o d o el o d io inex­ re s e rv a d o e x c lu s iv a m e n te , en ride (414 a. C.>, Electra (413
c e la d o y c o n d e n a d o a m u erte, y tin g u ib le d e su e s p o s a C lite m - lo su c e s iv o , a la ra m a p rin c ip a l a. C .), Orestes (408 a. C.). Ifi-
A tre o d e s ig n a a s u h ij o a d o p ­ n e s tra . N a d a m á s p a r tir A g a ­ d e la d in a s tía . - » A G A M E N Ó N , genia en A ulide (representada
tiv o E g is to p a ra q u e e je c u te la m e n ó n , C lite m n e s tr a a b r ió su C L IT R M N F .S T R A O C L IT E M E S T R A , en 406 a. C-, ya fallecido su
se n te n c ia . P e ro e n e l m o m e n to le c h o a E g isto . M ic e n a s p e rte ­ ELECTRA, O RESTES. autor).
d e la e je c u c ió n e l p a d r e r e c o ­ n e c ía p o r fin a s u a m a n te , el Las obras modernas relaciona­
n o c e a su h ijo g r a c ia s a la e s ­ v a s ta g o in c e s tu o s o d e la ra m a ♦ Lit. Los tres grandes trágicos das en m ayor o menor medida
p ad a q u e e s te y a le v a n ta b a para m e n o r d e lo s A trid a s , q u e se griegos rinden tributo uno Iras con la familia de los Atridas son
d a r le m u e r te , la m is m a e s p a ­ c o n v e r tir á e n e l a s e s in o de otro a la ilustre fam ilia de los numerosísimas. A quí mencio­
d a q u e P e lo p ia c o n s ig u ió a rre ­ A g a m e n ó n , c o m o ta m b ié n lo Atridas, cuyas desgracias reite­ naremos las que están dedicadas
b a ta r a su d e s c o n o c id o a g re s o r fu e d e A tre o : p o c o d e s p u é s de radas sin tregua proporcionan el más específicamente a los orí­
e n e l m o m e n to d e la v io la c ió n . su re g re s o v ic to rio s o , A g a m e ­ argum ento ejem plar para mu­ genes de la maldición familiar.
E g is to m a ta a A tre o y r e s ta u ­ n ó n , re y d e M ic e n a s, m u e re de­ chas tragedias. Así, en su trilo­ El lema hizo su entrada en la li­
r a a T ie s te s e n e l tr o n o d e M i- g o lla d o p o r E g isto . gía la OresKada (458 a. C .), teratura moderna a partir del
c en as. O restes* , e l h ijo d e A g am e ­ Esquilo evoca la sangrienta ca­ Renacim iento. Fue particular­
P e ro c o n tr a e l n u e v o rey , n ó n , q u e h a b ía sid o e d u c a d o en dena de acontecimientos maldi­ m ente tratado en el siglo xvm
re p resen tan te d e la ra m a se c u n ­ e l e x tra n je ro , re g re s a y a a d u lto tos que conduce desde el asesi­ por autores com o Crébillon
d a r ia d e la fa m ilia , a n tr o p ó ­ a M ic e n a s y c o n a y u d a d e su nato de Agamenón (Agamenón j (Atreo y Tiestes, 1707). Voltairc
fag o , in c e s tu o so , a s e s in o d e su h e rm a n a E le c tra * d a m u e rte al al de Clitem nestra (¡m .i canfo­ (Felópidas. 1772) y Ugo Fos-
h e rm an o , se a lz a rá A g a m e n ó n , u s u r p a d o r E g is to y a C lite m ­ ras, es decir, «las portadoras de colo (Tiestes, 1779). acentuando
p rim o g é n ito d e la ra m a p rin c i­ n e s tr a , s u p ro p ia m a d r e , q u e las libaciones»), para terminar los dos últimos el am or que
pal, h ijo le g ítim o y c o n un h is­ h a b ía s id o c ó m p lic e d e l a s e s i­ con el perdón que la nueva ge­ unía a T iestes y Aérope. Du­
to rial lim p io d e c rím e n e s . C o n n a to d e A g a m e n ó n . E s te c r i ­ neración de dioses otorga a rante los siglos xix y xx son es­
e l a p o y o d e l re y d e E s p a rta m e n d e s a ta la fu ria d e la s d io ­ Orestes ( I m euménules. es de­ casas las obras dedicadas a la
T in d á re o , c o n c u y a h ija C li- sa s d e la v e n g a n z a , las e rin ia s', cir, «las benévolas», un eufe­ familia en su conjunto.

www.FreeLibros.me
A UG ÍA S 78 79 ÁYAX

—> A GA M EN ÓN , EL EC TR A , IFIGE- e s t e n o m b re : u n o lla m a d o d e sp u é s d e su m u e rte , lo s h a b i­ d elib e ra c io n e s serán entregadas


N1A. ORESTES. « A y a x O ile o » o « p e q u e ñ o tan tes d e la L ó c rid e e s tu v ie ro n a U lises*, p ro v o c a rá e l d e s p e ­
♦ ¡con. H> IFIGENIA. A y a n te » , h ijo d e O ile o , y o tro , o b lig a d o s a e n tre g a r c a d a a ñ o a c h o d e Á y a x q u ie n , an sian d o
♦ Cill. —> E L E C T R A , IF IG E N IA , h ijo d e T e la m ó n , c o n o c id o d o s d e su s h ija s p a ra el serv icio v en g a rse d e la in gratitud de sus
TR O Y A . c o m o e l « g ra n A y an te» . del te m p lo d e A ten e a en T ro y a. c o m p a tr io ta s y p re s o d e una
c risis d e lo c u ra in d u cid a p o r la
AUGÍAS Á y a x O ile o , o r ig in a r io d e Á y a x , r e y d e S a la m in a , d io s a A te n e a , a rre m e te rá c o n ­
E ste re y d e E lid e , e n e l Pe- la L ó c rid e , fig u ra e n tre lo s p re ­ e s h ijo d e T e la m ó n , a s u v e z tra u n re b a ñ o d e o v e ja s , al que
lo p o n e s o , h a b ía id o d e s c u i­ te n d ie n te s d e H e le n a ' y o c u p a hijo d e É a c o y h e rm a n o d e P e­ p rá c tic a m e n te e x te rm in a , c re­
d a n d o la lim p ie z a d e su s e s ta ­ un d e sta c a d o lu g a r e n lo s c o m ­ leo*. El « g ra n A y a n te » e s e l h é­ y e n d o q u e se tr a ta b a d el e jé r­
b lo s , d o n d e e l e s tié r c o l s e ib a
b a te s q u e s e d e s a r ro lla n a n te roe m á s v a le ro s o d e la a rm a d a c ito g rie g o . V u e lto en sí, ab ru ­
a c u m u la n d o a ñ o tr a s a ñ o . H e­lo s m u r o s d e T ro y a " , d o n d e g rie g a d e s p u é s d e A quiles*. S u m ad o p o r la v erg ü en za y los re­
racles*, a q u ie n E uristeo* h a b ía a p a r e c e f r e c u e n te m e n te lu ­ a p o stu ra fís ic a ig u a la a su b ra­ m o rd im ie n to s, Á y a x se suicida
o rd e n a d o q u e lo s lim p ia ra , d e s­
c h a n d o al la d o d e s u h o m ó ­ v u ra : p ia d o s o y d u e ñ o d e sí arro ján d o se sobre la espada que
v ió p a ra e llo e l c u r s o d e d o s n im o . D e p e q u e ñ a e s ta tu ra , rá ­ m ism o , e s la a n títe s is d e su h o ­ h a b ía to m a d o a H éctor. L a pos­
río s v e c in o s , e l P e n e o y e l A l-
p id o y m u y h á b il c o n la j a b a ­ m ó n im o , e l « p e q u e ñ o A y an te » , te rid a d lite ra ria g u a rd a rá de él
fe o . A u g ía s s e n e g ó a p a g a r a lin a , e s ta m b ié n a rr o g a n te , h ijo d e O ile o . Á y a x , so b re la im a g e n d e l h é ro e v a le ro so
H e ra c le s e l tra b a jo , m u rie n d o a
v a n id o s o e im p ío : c o m e te u n a q u ie n h a b ía re c a íd o p o r so rte o d e rro ta d o p o r la locura.
m a n o s d e este. g ra v e fa lta c o n tr a A ten ea* q u e la re s p o n s a b ilid a d d e e n f r e n ­
le v a ld rá el re n c o r in fle x ib le de ta rse a H é c to r', c o n sig u e d e rri­ ♦ Lengua. Sin duda fue la efi­
♦ L engua. La expresión lim ­ la d io s a . E n e fe c to , u n a v e z to ­ b a r al c a m p e ó n tro y a n o d e u n a cacia de Áyax en el combate lo
p ia r lo s esta b lo s de A ugías m a d a T ro y a , v io la a la pro fetisa p ed rad a, p e ro el c o m b a te se in­ que motivó que unos fabrican­
significa poner fin a un estado C a sa n d ra " en e l te m p lo d e A te­ te r ru m p e a n te s d e q u e p u e ­ tes franceses de detergentes
de corrupción em prendiendo n ea y a lo s p ie s d e la e s ta tu a d e d a d a r le m u e r te . E l « g ra n dom ésticos bautizaran con el
para ello d ifíciles reform as. la d io s a , d o n d e la jo v e n h a b ía A y a n te » , a u té n tic o b a lu a rte d e nom bre francés del héroe a
in te n ta d o re f u g ia r s e . A te n e a , los g rie g o s , p ro te g e fre c u e n te ­ uno de sus productos, el Ajax.
AURORA fu rio s a p o r e l s a c rile g io c o m e ­ m ente la re ta g u a rd ia d e su e jé r­ destinado a luchar... contra la
O tro n o m b re d e la d io s a —» tid o , e n v ía u n a te m p e s ta d q u e cito e n lo s m o m e n to s m á s d if í­ suciedad.
EOS. d e s tr u y e e l n a v io d e A y ax c ile s y s e r á é l q u ie n re s c a te el ♦ L it. C om o A ntígona’.
c u a n d o r e g r e s a b a a su p a tria . c a d á v e r d e s u ilu s tre p rim o E dipo' o Electra*. Áyax es un
ÁYANTE S a lv a d o p o r P o seid ó n ", to d a v ía A q u ile s , m u e r to p o r P aris*. ser excepcional tocado por la
O tro n o m b re d e lo s d o s h é ­ s e a tre v e a ja c ta rs e d e su suerte, D e sd e la m u e r te d e A q u ile s , desm esura (hibris ), tal como
ro e s1 co n o c id o s co m o —> á y a x . m u r ie n d o a h o g a d o — o a lc a n ­ Á yax tra ta r á a N e o p tó le m o , el lo representa Sófocles, con
z a d o p o r u n ra y o — p o r o rd e n h ijo d e A q u ile s , c o m o su y o cierto horror no exento de ad­
ÁYAX d e la h ija d e Z e u s". L a im p ie ­ p ro p io y c o m b a tir á a su la d o . miración. en su obra Ayax (445
L a m ito lo g ía g re c o rro m a n a d a d d e A y a x p e s a r á la rg o El r e p a r to d e la s a rm a s d e a. C .). probablemente la trage­
m e n c io n a a d o s h é ro e s " c o n tie m p o so b re su s c o m p a trio ta s: A q u ile s , q u e tr a s u n a s e r ie d e dia más antigua que se con-

www.FreeLibros.me
ÁYAX 80

serva üe este autor. En el si­ parte en el personaje d e A ga­


glo x v i. Juan de la C ueva es­ m enón; a su brazo derecho,
crib ió un rom ance que tiene Fouché, en el de Ulises; mien­

B
com o protagonista a este h é­ tras, el personaje d e Ayax sería
roe: Tragedia d e A ya x Tela­ una transposición del general
món (1588). El tem a del re­ Moreau. Ya en el siglo xx . An­
parto de las arm as de A quiles dró G ide escrib ió o tro Áyax
es tratado por H ernando de donde el héroe aparece carac­
Acuña en C om iendo de A ya x terizad o com o un personaje
Tehnnonio y Ulises p o r las a r­ cuyo evidente valor no deja de
mas de Aquiles (segunda mitad o cultar cierta zafiedad, sobre BACANTES
del siglo xvi). todo cuando se le compara con M ujeres q u e en Tebas*, arre­
En 1810. el italiano Ugo Fos­ la sutileza q u e despliega Uli­ batadas p o r el delirio dionisíaeo,
eólo titula Á ya x una obra de ses. fo rm ab an c o rte jo s d o n d e c a n ta ­
tem a m itológico en la que a l­ ♦ ¡con. A yax llevando a Aqiti- ban y d an zab an c o n los cabellos
gunos com entaristas creyeron les, grab ad o de la Biblioteca sueltos y el p ech o d e sn u d o , ap e­
identificar a N apoleón Bona- Nacional de Madrid. nas c u b ie rta s co n p ie le s d e z o ­
rro. L a n z a b a n el g rito sa g rad o ,
« ¡E v o h é !» , sa c u d ía n la c a b e z a
en to d a s d ireccio n es y , p oseídas
p o r u n a fu e rz a so b re h u m a n a ,
perseguían a los an im ales salv a­
je s q u e luego dev o rab an crudos.
Fueron m u y pron to co n fu n d id as
con las m én ad e s, las ninfas" que­
m a r o n a D io n iso ’, y la ley en d a
les a trib u ía la fa cu lta d d e h ace r
m anar de los árb o les leche, vino
y m iel.
- » B A C O , PF.NTF.O. Bacante en bajorrelieve. Madrid.
Museo del Prado
♦ Lengua. El término bacante
sirvió originariamente para de­ lasciva, blanca, inquieta... Pro­
sign ar a las sacerdotisas de vocativa ríe com o bacante
Dioniso. M ás tarde se aplicó a loca», Rubén Darío).
la m ujer libertina y lúbrica ♦ l.it. Las bacantes de Tebas
(«Es la prim avera herm osa. proporcionan a Eurípides el ar-

www.FreeLibros.me
B A C A N TE S 82 83 BAUCIS

gum ento de la pieza que lleva sico en la q u e el tex to va ad ­ ♦ C in. Jean C oeteau, en su rad o r» . L as fiestas religiosas en
su nom bre (406 a. C .): en ella q u iriendo un ritm o cada vez cinta O rfeo (1949), ofrece una s u h o n o r re c ib ía n el n o m b re de
se presenta a estas mujeres pre­ m ás acelerado: «(...) lajadeho- visión original de ellas con el b a c a n a le s ; e n e s to s fe ste jo s,
sas del furor de D ioniso que, llante em bocaplubia del orgu- «Club de las bacantes», reser­ e fe c tiv a m e n te , las c o stu m b re s
convertidas en instrumentos de mio, los esproem ios del mer- vado ex clusivam ente a m uje­ « se lib e ra b a n » h a s ta tal p u n to
la venganza d e este dios, d es­ pasm o en una sobrehum ítica res, una esp ecie d e grupo fe­ q u e en 18 6 a. C . e sta lló un es­
pedazan a su rey Perneo1, cas­ agopausa. ¡Evohé! ¡Evohél». m inista a vant la lettre cuyos c á n d a lo s e g u id o d e un so n ad o
tigando así el escepticism o de El sentido total del texto solo m iem bros atacan y matan vio­ p ro c e so e n el q u e se vieron im ­
los tebanos. La mayoría d e las se com p leta con la com plici­ lentam ente al poeta, acusado p lic a d o s s ie te m il h o m b re s y
veces aparecen asociadas a d ad del lector, cu y a im agina­ d e d esp reciar a las m ujeres, m u je re s , v a rio s d e lo s c u a le s
Dioniso. Los rom anos evocan ción va d an d o el significado conform e al esquem a m ítico. — e n tr e e llo s c u a tr o sa c e rd o ­
sobre todo su delirio: C atulo exacto a cada una de las pala­ En 1960, el realizador Giorgio te s — fu e r o n c o n d e n a d o s a
en A tis, 23, y O v id io en las bras inventadas. Fcrroni se inspiró en la trage­ m u e rte . E n lo su c e siv o , las ba­
M etam orfosis (siglo l a. C .), o —> DION ISO, ORFEO. dia de E urípides — de la que c a n a le s e s tu v ie ro n su je ta s a re­
T ácito en los Anales, X I, 31 ♦ ¡co n . Son un m otivo muy conserva, incluso en la ficha g la m e n ta c io n e s m u y e s tric ta s
(siglo ii d. C .). V irgilio, en el frecuente en los vasos y co­ técnica, el canto del coro en - » DIONISO.
canto IV d e la Eneida, co m ­ pas griegas (siglo iv, París, off-— para su película L a s b a ­
para la locura am orosa de Louvre), donde figuran solas o cantes, que g ira en to rno a la ♦ le n g u a . La palabra bacanaI
D ido1 a la de las bacantes y, en com pañía de Baco". Frago- rivalidad en tre Pentco y Dio- se ha convertido en término si­
por la m ism a época (siglo i a. nard pin tó una (siglo xvin. niso (—> lit.) . nónim o d e orgía, designando
C .), H oracio describ e en su A viñón). R odin, Bacantes tam bién, por extensión, al al­
O da II. 19. los m ilagros que abrazadas, sig lo x ix , París; BACO boroto ruidoso de los juerguis­
realizaba el cortejo. Bacante, bajorrelieve griego, B a c o e r a o tr o n o m b r e d e tas.
En general, su posteridad lite­ M adrid, M useo del Prado. Se D io niso*. d io s d e l v in o . E ste U na canción báquica es una
raria está ligada a la de Dio- las representa tradicionalmente n o m b re , a v e c e s e s c r ito Yaco, canción de taberna en la que se
niso. C itarem os el poem a en semidesnudas (o levemente cu­ aparece p o r p rim e ra v e z e n S ó ­ cantan los placeres de la be­
prosa de M aurice de Guérin ti­ biertas con pieles d e animales focles (E d ip o rey, v e rso 2 1 1) y bida.
tulado Ixi bacante ( 1862). o velos transparentes), con los es p ro b ab le m e n te d e o rig e n tra- —> BACANTF.S.
El capítulo 68 de la novela de cab ello s d esordenados y bai­ cio. L o s ro m a n o s lo to m a ro n ♦ Lit. e ¡con. —» d i o n i s o .
Julio Cortázar Rayuelo (1963), lando acom pañadas de cím ba­ de lo s g r ie g o s b a jo la fo r m a
escrito en un lenguaje inven­ los. Tiziano, Bacanal, h. 1518, B a c c h u s e id e n tific a ro n a D io ­ BAUCIS
tado por el autor al que d en o ­ M adrid. Musco del Prado; An­ niso c o n u n a a n tig u a d e id a d M u je r frig ia , e sp o s a d e Fi-
m ina «glíglico». incorpora el dró L.holc. Viaje de placer, si­ itálica, e l L ib e r P a te r ( lite r a l­ le m ó n . tra n s fo rm a d a e n árbol.
grito que las bacantes utiliza­ glo x x , París. P icasso, en su m en te, « el p a d re lib re » ), c u y o C u e n ta la le y e n d a q u e h ace
ban para aclam ar a su dios etapa cubista, pintó una Baca­ n o m b re s e re la c io n ó c o n el m u c h o tie m p o c re c ía n so b re
com o culm inación de una des­ n a l inspirándose en Poussin a p o d o g r ie g o d e D io n is o . u n a m o n ta ñ a d e F rig ia d o s á r­
cripción evidente de am or fí­ (1944). L yaeos, q u e s ig n ific a « el lib e ­ b o le s m u y p ró x im o s , un roble

www.FreeLibros.me
B A U C IS 84 85 B EL ER O FO N TES

y u n tilo . S e g ú n O v id io , q u e VIII, 616-715). La historia de ♦ Icó n . El B ram antino. F ile­ fo n tes a su su e g ro Y óbates, rey
n o s re fie re su h is to ria , Jú p iter", Filem ón y B aucis se evoca a m ón y Baucis. siglos xv-x v i, d e L ic ia , e n A sia M e n o r, con
p r o t e c to r d e lo s h u é s p e d e s , m enudo en la literatura como Colonia; Rubcns. Paisaje tem ­ u n a ca rta sellad a en la qu e se le
q u is o a v e r i g u a r un d í a si lo s e jem p lo del am o r que sobre­ pestuoso con Júpiter. Filemón p e d ía m a ta r al m en sajero . Y ó­
fr ig io s p ra c tic a b a n la h o s p ita ­ v ive a la v e je z y perdura y Baucis, h. 1640, Viena. b a te s le rec ib ió am istosam ente,
lid a d . P o r e ll o b a jó a la tie rra h asta la m u erte. El tem a d e­ ♦ M ú s. G ounod, Filem ón y p e ro n o le y ó la c a rta h a s ta el
e n c o m p a ñ ía d e M e r c u r io ” y , sem peña un papel importante Baucis. ópera. 1860. n o v e n o d ía d e la llegada de Be-
d is f r a z a d o s c o m o p o b re s v ia ­ en G o e th e , en p a rtic u la r en lero fo n tes. C o m o las leyes de la
je r o s . e m p e z a ro n a r e c o r re r la e l se g u n d o F a u sto (1830), BELEROFONTES h o s p ita lid a d le im p e d ía n a su
c o m a r c a . N in g u n a p u e r ta , sin d onde p resenta el m odelo de H ijo d e P o s e id ó n ', d e s c e n ­ v e z e je c u ta r p o r s í m ism o lo
e m b a r g o , s e a b r i ó a lo s s u ­ una pareja piadosa y modesta d ía p o r v ía m a te rn a d e la fa m i­ q u e la m isiv a p e d ía , e n c a rg ó a
p u e s to s v a g a b u n d o s . C u a n d o cu y a m u erte en com ún cierra lia re a l d e C o rin lo . S u p a d re B e le ro f o n te s q u e lib ra se a su
y a d e s e s p e r a b a n d e e n c o n tr a r c o m o un b ro c h e to d a una « h u m a n o » , e l re y G la u c o , e ra p a ís d e la Q u im era* , un m o n s­
la v ir tu d b u s c a d a e n tr e a q u e ­ vida de am orosa convivencia. h ijo d e S ísifo " . B e le ro f o n te s truo" h íb rid o q u e e sc u p ía fuego
lla s a ris c a s g e n te s , d ie r o n c o n F recu en tem en te ap arece tra­ c o n s ig u ió d o m a r a P e g a s o ”, el y d e v o ra b a lo s re b a ñ o s de sus
e ll a , p o r c a s u a l id a d , d o n d e tado tam bién de form a hum o­ c a b a llo a la d o , g r a c ia s a u n a t ie r r a s , c o n la e s p e r a n z a de
m e n o s h u b ie r a n p e n s a d o : e n rístic a . en P ro u st p o r ejem ­ b rid a d e o ro q u e le h a b ía p ro ­ q u e m u r ie s e en la e m p re sa .
u n a m o d e s tís im a c h o z a d o n d e plo, sobre to d o en La fugitiva p o rc io n a d o A te n e a 1. A lo m o s P ero B elero fo n tes, m ontado so­
v iv ía u n a p a r e ja d e a n c ia n o s , (1 9 2 5 ), d o n d e la p a re ja for­ d e P e g a s o , e l h é ro e ” lle v a r á a b re P e g a so , c o n sig u ió m atar al
F ilem ó n y B a u c is. L o s d io s e s , m ada p o r M. d e N o rpois y c a b o d iv e rs a s h a z a ñ as. m o n stru o . Y ó b ates le en v ío en ­
ir r ita d o s p o r e l c o m p o r ta ­ M m e. d e V ille p a risis. con­ B e le ro fo n te s h a b ía c a u sa d o to n c e s a lu c h a r c o n tra los beli­
m ie n to d e lo s frig io s , h ic ie ro n m o v ed o ra y rid ic u la , fun­ in v o lu n ta ria m e n te la m u e rte de c o s o s so lim o s y m á s tard e co n ­
q u e las a g u a s se p u lta s e n la c o ­ c io n a c o m o á c id o co n tra­ un h o m b re y tu v o q u e ex ilia rse tra la s a m az o n a s* . El héroe
m a r c a , s a lv a n d o s in e m b a r g o punto al am o r desdichado del d e su tie rra , p u e s to d o h o m ic i­ s a lió v ic to rio so d e a m b a s cam ­
la c a s a d e F ile m ó n y B a u c is y narrador. dio e s u n a ta c h a so b re e l c u lp a ­ p a ñ a s y d e u n a e m b o scad a que
tra n s fo rm á n d o la en un tem p lo . El tem a está presente también, ble q u e e x ig e e x p ia c ió n . S e re ­ le te n d ie ro n lo s g u e rr e ro s del
L o s e s p o s o s e x p r e s a r o n a n te aunque con un hum or mucho fu g ió e n la c o rte d e l rey d e T ¡- re y Y ó b a te s. E ste , m aravillado
lo s d io s e s s u d e s e o d e m o r ir m ás negro, en la p ieza d e Sa­ rinto, P re to , q u e lo a c o g ió e n su d e la s h a z a ñ a s d el h é ro e , re ­
ju n t o s y e s t o s a c c e d ie ro n . U n muel Beekett Final de partida c a sa d e s p u é s d e p u rific a rle d e n u n c ió a m a ta rlo y re c o n o c ió
d ía s e c u b r i e r o n d e f o l la j e y (1957), donde los ancianos pa­ su c rim e n . P e ro la re in a E stc - su o rig e n d iv in o . L e d io a su
s o lo tu v ie r o n tie m p o d e d e ­ dres de Hamm, relegados al ol­ n eb ea se p re n d ó d e é l y , d e s p e ­ h ija en m a trim o n io , haciéndole
c irse a d ió s a n te s d e c o n v e rtirse vido en unos cubos de basura, c h a d a p o r h a b e r s id o re c h a ­ h e re d e ro d e su reino.
en á rb o le s. se profesan una ternura gro­ z a d a , le a c u s ó d e h a b e r in te n ­ B e le ro fo n te s v iv ió feliz lar­
tesca que m anifiestan siempre ta d o s e d u c irla . P re to , a q u ie n g o s a ñ o s y tu v o d o s hijos y una
♦ Lit. F.l episodio aparece re­ que tienen ocasión, poniendo las le y e s d e la h o sp ita lid a d im ­ h ija , L a o d a m ía q u e , fr u to de
latado con sugerente belleza en evidencia el carácter irriso­ p e d ía n d a r m u e r te a s u h u é s ­ su s a m o res co n Z e u s', co n ceb i­
en O v id io (M eta m o rfo sis. rio del amor. p ed , d e c id ió e n v ia r a B e le ro ­ ría a S arp cd ó n , el héroe troyano

www.FreeLibros.me
BELONA 86 87 B ESTIARIO

a l q u e la U fa d a m u e s tra c o m ­ c o n v e r tid o e n u n a c o n s te la ­ ♦ Lit. V éanse las observacio­


b a tie n d o g lo r io s a m e n te p o r su c ió n — , B e le ro fo n te s rep resen ta nes d e A ulo G elio (Noches áti­
c iu d a d a n te s d e c a e r b a jo la e s ­ el fra c a so d e e s ta a sp ira c ió n as- cas, XIII, 23 y ss.), del siglo it
p ad a de Patroclo*. P ero B elero - cen sio n a!. A e s ta in te rp re ta c ió n a. C.
fo n les, h e n c h id o d e o rg u llo p o r e s p iritu a lis ta se a ñ a d e o tra m o ­ ♦ ¡con. Rodin, Belona, busto,
s u s é x ito s , m o n tó u n d ía so b re ra liz a n te , fa m ilia r pa ra los g rie ­ retrato de su m ujer, 1880, Pa­
P e g a s o c o n la lo c a p re te n s ió n g o s, q u e v e e n e s te m ito el c a s ­ rís. El cuadro del aduanero
d e a lc a n z a r e l O lim p o " . Z e u s , tig o d e l h o m b r e q u e s e d e ja R ousseau titu lad o La guerra
para c a stig a r su so b e rb ia , en v ió ll e v a r p o r e l o r g u llo y la d e s ­ ( 1894. M useo de O rsay, París)
u n tá b a n o q u e p ic ó al c a b a llo m e su ra . -> HIBRIS. rep resen ta a una furia-, m on­
a la d o , e l c u a l, c o r c o v e a n d o tada a caballo y con una antor­
a su sta d o , d e sm o n tó a su jin e te . ♦ L engua. Belerofontes fue el cha en la m ano, recorriendo
B ele ro fo n tcs se p re c ip itó al v a­ nom bre con q u e se bautizó al enloquecida un cam po de bata­
c ío y c a y ó a la T ie r r a , d o n d e navio inglés d o n d e Napoleón lla sem brado d e cadáveres.
e rró s o lita r io y m is e r a b le el B onapartc firm ó su rendición
re sto d e s u s d ías. el 15 de ju lio d e 1815. BESTIARIO
E s ta le y e n d a o fr e c e a n a lo ­ ♦ ¡con. B elero fo n tes y Pe­ El a n im a l, real o fa n tá stic o , Las serpientes en la escultura griega:
g ía s e v id e n te s c o n lo s m ito s d e gaso. relieve antiguo, Roma, o cupa u n im p o rtan te e sp a c io en Hércules niño estrangulando a una
H e ra cles" y P e rse o ". E n el p ri­ Palazzo Spada; Rubens, Bele­ la m ito lo g ía ju n t o a d io se s* y serpiente. Roma, Museo Capilolino
m e r c a s o , p o r la m a n c h a o rig i­ rofontes m a ta n d o a la Q ui­ h éro es". A to d o s n o s re s u lta n
n a d a p o r un c rim e n y la s p ru e ­ mera. siglo xvn, Bayona; Coc- fam iliares la s fig u ra s d e l p e rro r e p r e s e n ta d o s b a jo u n a fo rm a
b a s s u c e s iv a s q u e se im p o n e n teau. Belerofontes m ontando a C e rb e ro ”, el c a b a llo P e g a so " o a n im al (en E gipto, p o r ejem plo,
a l h é ro e p a ra la e x p ia c ió n d e Pegaso, siglo x x , M entón, te­ de la lo b a C a p ito lin a ro m a n a , y e n c o n tr a m o s a H o ru s, e l d io s
e ste . E n e l s e g u n d o , p o r la s i­ cho del Ayuntamiento. las a r te s fig u r a tiv a s h a n p ro ­ h a lc ó n ; a A n u b is , e l d io s c h a ­
m ilitud de situ acio n es: el m o n s­ ♦ M á s. L ully, B elerofontes, p o rc io n a d o in n u m e ra b le s r e ­ c a l, e tc .) . E n e l h e le n ism o ,
tr u o , s ím b o lo d el c a o s" d e lo s ópera, 1679. p resen tacio n es d e ello s. N o h ay d o n d e e l h o m b re e s la m edida
p rim e ro s tie m p o s — Q u im e ra , q u e o lv i d a r e l p a p e l q u e d u ­ d e to d a s la s c o sas, los dioses se
g o rg o n a o d ra g ó n — , e s v e n ­ BELONA ran te to d a la A n tig ü e d a d d e ­ c o n c e b ir á n m u y p ro n to b ajo
c id o p o r un h é r o e p r o c e d e n te D io s a ro m a n a d e la g u e rra se m p e ñ ó e l a n im a l c o m o v íc ­ u n a a p a r ie n c ia p u ra m e n te h u ­
d e l c ic lo , fu n c ió n s im b ó lic a (b e llu m . e n la tín , s ig n ific a tim a d e s a c r if ic io s , a u n q u e se m a n a . El a n im a l y a n o se a s i­
q u e cu m p le n tan to las sa n d alia s « g u e rra » ), e s , se g ú n la m ito lo ­ trata e n e s te c a s o d e u n a sp e c to m ila al d io s, sin o q u e q u ed a re ­
a la d a s d e P e rs e o c o m o e l P e ­ g ía itá lic a , h e rm a n a o e sp o sa de p u ram en te re lig io so . d u c id o a u n sim p le atrib u to d e
g a s o d e B e le ro fo n te s . P e ro , al M a r te '. S u a s p e c to a m e d r e n ­ S u lu g a r e n la c iv iliz a c ió n e ste , sím b o lo d e su c a rá c te r e s ­
c o n tra rio q u e e s to s d o s h é ro e s, taba: s e la rep re sen ta b a cubierta g re c o rro m a n a d if ie re s e n s ib le ­ p e c ífic o (c o m o la c ierv a d e A r­
q u e c o n se g u irá n e le v a rs e h asta c o n u n c a s c o y u n a c o ra z a y ar­ m en te d e l q u e o c u p a e n o tr a s tem isa") o a u x ilia r en el ejerci­
el c ie lo — H eracles ad q u irien d o m a d a c o n u n a a n to r c h a , una c u ltu ra s a n tig u a s , d o n d e lo s c io d e su p o d e r (co m o el águila
la in m o rta lid a d y P e rs e o al s e r la n z a y u n a m a z a o u n látig o . dioses a p arecen frecu en tem en te d e Z eus* d e v o ra n d o e l h íg a d o

www.FreeLibros.me
B E ST IA R IO 89 BESTIA R IO

d e P ro m eteo "). S o lo c ie r ta s d i­ e v o lu c io n a d o c o n el tra n sc u rso del d u e ñ o d e la c a s a . P e ro su q u e p o d ía m ira r la faz del Sol.


v in id a d e s m e n o re s p e rte n e c e n d e la s e ra s ( s e r ía e l c a s o , p o r s im b o lis m o e s a m b ig u o , p u - R e y e s y g ra n d e s g u errero s ap a­
to d a v ía p a rc ia lm e n te al m u n d o e je m p lo , d e la s e r p ie n te o del d ien d o e s ta r tam b ién lig ad o a la re c e n c o m o p ro te g id o s del
an im al, y a sean te rrestres c o m o c a b a llo ) . P a r tic u la r m e n te ilu ­ m u e rte y a la s fu e r z a s m a lé fi­ á g u ila (v e r la s v id a s le g e n d a ­
Pan , lo s sá tiro s- o lo s silenos", m in a d o ra e n e s te s e n tid o e s la cas, s ie n d o e s te el a s p e c to q u e ria s d e A le ja n d ro M a g n o , de
o m a r in a s c o m o lo s tr ito n e s o p o s ic ió n e n tr e d iv in id a d e s p riv ile g ió p o ste rio rm e n te e l in ­ R ó m u lo , d e E scip ió n «el A fri­
(—> POSP.IDÓN O I’OSIDÓN), la s c tó n ic a s ” (lig a d a s a la T ie rra ), co n scien te c o le c tiv o occid en tal. c a n o » , d e M a rio ...), y c o m o
n e re id a s o la s sirenas*. h e re n c ia d e lo s c u lto s a la m a ­ S e rp ie n te o d ra g ó n , e s el in s ­ sím b o lo d e la o m n ip o ten cia re­
E s c ie r to q u e la s d iv in id a ­ d r e T ie r r a p r a c tic a d o s p o r los tru m e n to fu n e sto d e lo s d io ses: a p a re c e rá ta n to a la c a b e z a del
d e s m a y o r e s a d o p ta n , e n o c a ­ p u e b lo s a g ric u lto re s d e l M e d i­ u n a s e r p ie n te m a ta c o n s u v e ­ e jé r c ito ro m a n o c o m o e n los
sio n es, un a fo rm a a n im a l: e n la te r rá n e o p re h e lé n ic o , y la s d i­ n e n o a E u ríd ic e ; L a o c o o n te ”, b la s o n e s d e lo s im p e rio s m o ­
e p o p e y a h o m é r ic a ’, p o r e je m ­ v in id a d e s u ra n ia s (c e le s te s ) de sa c e rd o te sa c rile g o , m u e re a s ­ d ern o s. O tro s d io ses olím picos”
p lo . v e m o s a A te n e a ' tra n s fo r­ lo s p a s to re s in d o e u r o p e o s lle­ fixiado ju n to a su s d o s h ijo s p o r tie n e n un p á ja ro c o m o atributo
m a rse e n a v e ( b u itr e , g o lo n ­ g a d o s m á s ta rd e . d o s s e rp ie n te s m o n s tru o s a s e n ­ o e m b le m a : A fro d ita ” la p a­
d r in a ...) , y s o n s o b r a d a m e n te L a s e r p ie n te e s e l a n im a l v ia d a s p o r A p o lo ; so lo g ra c ia s lo m a, H era el p av o real, A lcnea
c o n o c id o s lo s m ú ltip le s « d is ­ q u e sim b o liz a p o r e x c e le n c ia el a su fu e rz a d iv in a e l jo v e n H e ­ la le c h u z a , s ím b o lo d e la v ig i­
fra c e s » q u e u tiliz a e l c a p r i­ p o d e r d e la s fu e r z a s te lú ric a s. racles” c o n sig u e sa lir v icto rio so la n c ia y la sab id u ría.
c h o s o Z e u s e n su s a v e n tu r a s P o rta d o r d e los p o d e re s b e n éfi­ de la s q u e le e n v ía la v e n g a ti­ E n la é p o c a c lá s ic a , el c a ­
a m o ro sas. El se ñ o r del O lim p o ” c o s d e la T ie r r a , e s u n a n im a l va H e ra . M u c h o s m o n s tru o s " b a llo e r a p e rc ib id o c o m o un
se c o n v ie rte e n to ro p ara rap ta r sa g ra d o , g a ra n te d e la fe c u n d i­ p o se e n a tr ib u to s s e r p e n tin o s , a n im a l d e c a rá c te r c e le ste : los
a E u ro p a ”, e n c is n e p a ra u n irse d a d , c o m p a ñ e r o d e D em éter* ; d e s d e la c a b e lle r a d e M e d u s a c o rc e le s ra d ia n te s q u e arrastra­
a L e d a , e n á g u ila p a ra ra p ta r a d o ta d o d e v ir tu d e s s a n a d o ra s , hasta la c o la d e la Q uim era*. El b an e l c a rro d e l S o l; P eg aso , el
G a n ím e d e s", e n s e rp ie n te p a ra e s el a trib u to d e A p o lo ” y e l de m ito d e A p o lo d a n d o m u erte en c a b a llo a la d o q u e p e rm itió a
h ace r su y a a P ro scrp in a”, e n c u ­ A sc le p io ”. F iel g u a rd iá n d e los D e lfo s a la s e r p ie n te P itó n " e B e le ro fo n te s" triu n fa r so b re la
c lillo p o sad o so b re el reg azo d e te s o ro s d e los d io s e s, tie n e a su instalando en su lu g a r su prop io te r rib le Q u im e ra y s o b re las
H e ra ... P e ro se tra ta s ie m p re c a rg o la v ig ila n c ia d e la s m a n ­ o rá c u lo e s p o s ib le m e n te el r e ­ a m a z o n a s”. P ero o tro s m uchos
d e m etam orfosis* p a sa je ra s q u e z a n a s d e o ro d e las H e sp érid es lato m ític o q u e m a n ifie s ta co n m ito s m u estran h u e llas d e co n ­
n o a fe c ta n a la n a tu r a le z a p le ­ o e l v e llo c in o d e o ro d e la Cól- m a y o r c la r id a d la v ic to ria d e c e p c io n e s m á s a n tig u a s en las
n a m e n te a n tr o p o m ó r f ic a d e la q u id e . V in c u la d a a l m u n d o una d iv in id a d u ra n ia so b re u n a q u e el a n im a l a p a re c e lig ad o a
d iv in id a d . s u b te r r á n e o , r e p r e s e n ta a m e ­ d iv in id a d c tó n ic a m á s an tig u a . la s p o te n c ia s c ló n ic a s : H ad es'
M u c h o s a s p e c to s a p a re n te ­ n u d o e l e s p ír itu d e lo s d ifu n ­ —> MONSTRUOS. lie n e un tiro d e c a b allo s negros
m e n te e x tr a ñ o s o a n e c d ó tic o s to s , c o m o p o r e je m p lo en la L o s p ájaro s, ev id en tem en te, y , c u a n d o se p ro d u ce la disputa
d e la m ito lo g ía c lá s ic a se e x p li­ E n e id a , d o n d e a p a r e c e co m o p o se e n a f in id a d e s c la r a s c o n e n tre A te n e a y P o seid ó n ' por la
can c u a n d o se los re lacio n a co n e n c a r n a c ió n d e l a lm a d e An- los d io s e s d e la s a ltu r a s , y el s o b e ra n ía d e l Á tic a , el d io s d e
c o n cep cio n es religiosas m á s a r­ q u is e s , p a d re d e l h é ro e . En á g u ila , e l p á ja ro re y , s e a s o c ia lo s m a re s g o lp e a la tie rra con
c a ic as lig ad as al sim b o lism o de R o m a fig u ra s o b r e e l a lta r fa­ n a tu r a lm e n te a Z e u s . E ra , s e ­ su tr id e n te y h a c e b ro ta r del
lo s a n im a le s ", q u e a su v e z h a m ilia r, e n c a rn a n d o al « g en io » gú n s e d e c ía , e l ú n ic o a n im a l su e lo un fo g o so sem en tal, sím ­

www.FreeLibros.me
90 91 B Ó REA S
B E S T IA R IO

b o lo g u e rre ro . P o s e id ó n a d o p ­ v id a s e in m o la a s í m is m a s o ­ m en tó a Paris* y u n a lo b a cu id ó d e u n titá n " y d e la A u ro ra.


ta rá p re c is a m e n te la fig u ra d e b r e u n a p ira a r d ie n te y re n a c e d e lo s g e m e lo s R ó m u lo y R a p tó a la h ija d e Erecteo*, Ori-
un c a b a llo p a ra u n irse a D e m é - d e su s c e n iz a s , m o tiv o q u e re ­ R e m o (m e n o s c o n o c id a e s la tía , d e la q u e tu v o v ario s hijos:
te r — a su v e z tra n s fo rm a d a en c u p e ra r á e l a r te p a le o c ris tia n o c ie rv a q u e a m a m a n tó a T é le fo , Q u ío n e (n ie v e ), A u ra (b risa ).
y e g u a — y e n g e n d ra r al c a b a llo c o m o s ím b o lo d e re s u rre c c ió n h ijo d e A p o lo ). E n c u a n to al Z e te s y C a la is , lla m a d o s ta m ­
A rión. H écate*, d iv in id a d in fe r­ o d e la re g e n e ra c ió n c o n fe rid a m u n d o m a rin o , se ñ a la re m o s la b ié n lo s B o rd a d a s (-> a r g o ­
n a l, se a p a re c e a n te lo s h e c h i­ a tr a v é s d e l b a u tis m o . —> a c - fu n ció n tu te la r d e l d e lfín , fa v o ­ n a u t a s ) . S u m o ra d a se lo c a ­

c e r o s b a jo e l a s p e c to d e u n a T E Ó N , A Q IJIL E S , A S C L E P IO , D IO - rito d e A p o lo , q u e sa lv ó la v id a liz a b a e n T ra c ia , p a ra los


y eg ua. N IS O , HERACLES, IO , M ELEA G RO , del m ú s ic o A rió n , e p is o d io q u e g rie g o s la reg ió n fría p o r ex ce­
El to ro , sím b o lo d e fu e rz a y V E L L O C IN O D E O R O . se c o n v e rtirá p o sterio rm e n te en le n c ia . E ra el m á s p o d ero so de
d e fe c u n d id a d , re c ib ía e n la C o m o h a p o d id o v e rs e , la m o d elo d e o tra s m u c h a s y c o n ­ lo s v ie n to s y su v io le n c ia ha
C re ta m ic é n ic a un c u lto q u e se fu n c ió n d e lo s d is tin to s a n im a­ m o v e d o ra s h isto ria s. s id o e v o c a d a p o r to d o s los
s itú a e n lo s o r íg e n e s d e la le ­ les q u e a p a recen en los m itos es p o e ta s d e s d e H om ero. S e le re ­
y e n d a d e l M in o ta u ro " . L a v ic ­ u n a s v e c e s n e g a tiv a y o tra s p o ­ BIENAVENTURADOS p re s e n ta b a b a jo lo s ra s g o s d e
to r ia s o b re e l to r o s e r á u n a d e sitiv a . N e g a tiv a , p o rq u e e n c a r­ S e g ú n H e sío d o , alg u n o s hé­ un a n c ia n o b a rb a d o con alas en
las p ru eb as o b lig a d a s d el héroe, n a n la b ru ta lid a d y la s fu erzas ro e s' o sem idioses* (-> e d a d d e la e sp a ld a , los c a b e llo s c u b ie r­
c o m o su tr iu n f o s o b r e la s e r­ d e l c a o s ' d o m in a d a s p o r los o r o ) , al m o r ir n o ib a n a lo s In ­ to s d e n ie v e y u n a tú n ic a no­
p ie n te -d r a g ó n y , e n m e n o r d io s e s y lo s h é ro e s , o b ie n p o r­ fiernos", s in o a u n a s is la s m íti­ ta n te . S e c o r r e s p o n d e c o n el
g ra d o , so b re el leó n . L a im p o r­ q u e f u n c io n a n c o m o in s tru ­ ca s d e n o m in a d a s is la s d e lo s A q u iló n latin o .
ta n c ia s im b ó lic a d e l to r o , sin m e n to s d e la v e n g a n z a d iv in a. B ie n a v e n tu ra d o s o is la s A fo r­
e m b a r g o , ir á d e c r e c ie n d o c o n P o s itiv a , p o rq u e s o n d ó c ile s tu n ad as. s itu a d a s e n el e x tre m o ♦ L e n g u a . El n o m b re d e l d io s
e l tie m p o . -» H e r a c l e s , j a s ó n , s e r v id o r e s , s im p le s v e h íc u lo s o c c id e n ta l d e l m u n d o c o n o ­ s e h a c o n v e r tid o e n n o m b re
TEBAS, TESEO. d e lo s d io s e s , c o m o lo s c isn e s cido. c o m ú n , e l bóreas, p a ra d e s ig ­
O tro s m u c h o s a n im a le s fi­ d e A fro d ita , o in té rp re te s d e la n a r al v ie n to d e l N o rte, aunque
g u ra n e n lo s m ito s : e l p e rro v o lu n ta d d iv in a d u r a n te las ♦ Len g u a . En la Antigüedad y s u u s o e s c a s i e x c lu s iv a m e n te
( C e rb e r o ), e l ja b a lí (d e E n ­ p rá c tic a s a d iv in a to ria s. E n o ca­ durante la Edad M edia se dio lite ra rio . El a d je tiv o boreal se
m a n to o d e C a lid ó n ) , e l c a r ­ sio n e s ap a re c e n c o m o g u ía s del el nombre de islas A fortunadas a p lic a a lo re la tiv o al e x tre m o
n e ro , el c h iv o , el b u e y o la te r­ h é ro e , se ñ a lá n d o le e l e m p la z a ­ o B ienaventuradas a las islas N o r te : aurora boreal, tierras
n era. M u ch o s d e e llo s so n seres m ie n to p r e s c r ito p a r a fu n d a r C anarias. El prim ero de ellos boreales. T a m b ié n se h a d a d o
f a n tá s tic o s , h íb r id o s d iv e r s o s u n a c iu d a d o p ro p o rc io n á n d o le sigue utilizándose frecuente­ e l n o m b r e d e bóreas a u n in ­
c o m o lo s c e n ta u ro s * , la Q u i­ lo s m e d io s p a ra c u m p lir su m i­ mente en la actualidad. s e c to q u e v iv e e n lo s n e v e ro s
m e ra , lo s g rifo s c o n s a g r a d o s a s ió n ( la s p a lo m a s d e Venus* d e l n o r te d e E u ro p a y e n los
A p o lo , c o n c a b e z a y a la s d e c o n d u c e n a E n e a s ' h a s ta la BÓREAS A lp es.
á g u ila y c u e r p o d e le ó n . M á s ra m a d e o ro ). S u fu n c ió n nutri­ P e rs o n ific a c ió n d e l v ie n to ♦ ¡ c o n . Bóreas y Orilla, lie n ­
fa b u lo s a si c a b e e s e l a v e F é ­ c ia e s s o b ra d a m e n te co n o cid a : del N o rte , u n o d e lo s c u a tr o z o s d e R u b e n s ( s ig lo XVII,
n ix ', ú n ic o e je m p la r d e s u e s ­ la c a b ra d e A m a lte a 1 am am antó v ie n to s p r in c ip a le s ju n t o a V ie n a ) y d e B o u c h c r (1 7 6 9 ,
p ecie , q u e d e sp u é s d e u n a larg a al p e q u e ñ o Z e u s , u n a o s a a li­ E u ro , N o to y C é firo * . E s h ijo K im b e ll).

www.FreeLibros.me
c
BR1SEIDA 92

BRISEIDA a su p a ís , q u e a tr a v e s a b a p o r
C a u tiv a fav o rita d e —> aq ui - u n p e río d o d e m a la s c o se c h a s ,
LES. B u s iris s a c r ific a b a a Z e u s ' los
e x tr a n je r o s q u e p o n ía n e l pie
BUSIR1S e n s u s ti e r r a s . U n d ía , H e ra ­
R ey de E g ip to e x tr e m a d a ­ c l e s s e e n c o n tr ó fo r m a n d o
m e n te c ru e l q u e fu e m u e r to p a rte d e la s v íc tim a s q u e iban
p o r H e ra c le s". B u s ir is re in a b a a s e r s a c r ific a d a s , p e ro c o n s i­
c o m o tir a n o e n E g ip t o , d e g u ió r o m p e r s u s li g a d u r a s y
d o n d e h a b ía e x p u ls a d o a P ro ­ m a tó a l tira n o .
te o '. I n te n tó r a p t a r a la s H e s- CADMO
p é rid e s " , c é le b r e s p o r su b e ­ ♦ ¡con.
H ércules castigando F u n d a d o r d e la c iu d a d d e
lleza. P a ra a p a c ig u a r a lo s d io ­ a Busiris, copa griega, siglo vi T e b a s . —> h a r m o n ía , t e b a s .
ses* y d e v o lv e r la p ro s p e rid a d a. C „ Louvre.
CADUCEO
C a y a d o d e o ro q u e A p o lo
re g a ló a H e rm e s 1 a c a m b io d e
la s ir in g a , y q u e s e c o n v ir tió
p ara e s te e n e l s ím b o lo d e su s
fu n c io n e s d e h e ra ld o d e lo s
d io s e s . - á ASCI.EPIO, HERMES,
IRIS.

CALCANTE
A d iv in o o fic ia l d e l e jé rc ito
g rie g o d u ra n te la g u e r r a d e
T roya ; o rig in a rio d e M ic e n a s,
era n ie to d e l d io s A p o lo , d e
quien re c ib ió e l d o n d e p red ecir
el fu tu ro . S u s p ro fe c ía s ja lo n a n
tan to la p re p a r a c ió n c o m o el
d e s a rro llo d e la c a m p a ñ a . A l
p arecer, e l m ism o A g a m e n ó n
había a c u d id o en p e rso n a a so ­
licitar su a y u d a p a ra la e x p e d i­ Hermes portando el caduceo en su
mano derecha en Mercurio (bronce
ción q u e c a p ita n e a b a c o m o florentino). Madrid. Museo Lázaro
«rey d e rey es» . Galdiano

www.FreeLibros.me
C A L1PSO 94 95 C A LIPSO

C u a n d o A q u ile s ' a p e n a s te ­ a z a ro s o y se n e g ó a em b arcarse g ia , e n e l M e d ite r r á n e o o c c i­ ses poblado de pájaros», ima­


n ía n u e v e a ñ o s . C a lc a n te a n u n ­ c o n e llo s. El a d iv in o c o n sig u ió d e n ta l. S u m o r a d a e r a u n a in ­ gen idílica que se opone a la
c ió q u e T ro y a n o p o d ría s e r to ­ lle g a r p o r su s p ro p io s m ed io s a m e n sa g r u ta a d o rn a d a d e s u n ­ desesperación de Ulises («el
m a d a sin su p re s e n c ia ni la d e C o lo f ó n , c iu d a d d e A s ia M e­ tu o so s j a r d i n e s y p o b la d a d e héroe cuyo corazón habitan las
F ilo ctetes". E n Á u lid e , g ra c ia s n o r, d o n d e e n c o n tr ó a M o p so , n infas h ila n d e ra s q u e la a m e n i­ lágrimas, los sollozos y la tris­
a los p re sa g io s d e u n sa c rific io , n ie to d e T ire s ia s " y ta m b ié n z a b a n c o n su s c a n to s . U lises* teza»), En la Eneida, el episo­
el a d iv in o p red ijo q u e la c iu d a d a d iv in o . U n o r á c u lo , s in e m ­ d e se m b a rc ó e n su is la d e s p u é s dio de Eneas1en Cartago recu­
c a e ría e n e l tr a n s c u r s o d e l d é ­ b a rg o , h a b ía p re d ie h o a C a l­ d e u n n a u f r a g io y C a lip s o le pera y renueva el episodio ho­
c im o a ñ o d e la g u e rra . F u e p re ­ c a n te q u e m o riría e l d ía e n que aco g ió a m o ro sa y le re tu v o a su mérico” de Ulises en Ogigia,
c is a m e n te C a lc a n te q u ie n e x i­ su c a m in o se c ru z a ra c o n e l de la d o d u ra n te d ie z a ñ o s . Z e u s", siendo en este caso Dido'
g ió a A g am en ó n el sacrificio de o tr o a d iv in o m á s h á b il q u e él. a c c e d ie n d o a la s s ú p lic a s d e quien desempeña el papel que
su h ija Ifig en ia" p a ra a p a c ig u a r L o s d o s h o m b r e s c o m p itie ro n A tenea”, q u e v e ía la n g u id e c e r a cumple Calipso en la Odisea.
la ira d e la d io s a A rte m is a ', q u e e n tr e s í, v e n c ie n d o M o p so . su p r o te g id o e n la is la d e la Calipso debe ser relacionada
re te n ía in m o v iliz a d a a la flo ta C a lc a n te , h u n d id o p o r la d e­ n in fa, p e rd id a y a su e s p e ra n z a con muchos personajes de «hi­
g rie g a e n e l p u e rto d e Á u lid e . r r o ta , m u r ió p o c o d e s p u é s de de re g re s a r a Ita ca , e n v ió fin a l­ landeras» que aparecen en la
C u a n d o y a c o rría el d é c im o triste z a , o p u e d e q u e in c lu so se m e n te a H e rm c s p a ra q u e o r­ mitología, aspecto que la apro­
a ñ o d e c o m b a te s an te lo s m u ro s s u ic id a r a . S u s c o m p a ñ e ro s lo d e n a se a la n in fa q u e le d e ja ra xima a la figura de Penélope".
d e T ro y a , C a lc a n te d e sv e ló q u e e n te rra ro n c e rc a d e C o lo fó n . p artir. C a lip s o tu v o q u e re s ig ­ Representa una verdadera ten­
la c ó le ra d e A p o lo so lo se a p a ­ n a rse a p e r d e r a s u a m a n te y tación para Ulises, pero le pres­
c ig u a ría c u a n d o A g a m e n ó n d e ­ ♦ Lil. Calcante desempeña un ayudó a o rg a n iz a r la p a rtid a del tará su ayuda al tejer los hilos
v o lv ie ra a la c a u tiv a C ris e id a a papel importante 1 1 0 solo en los héroe". que servirán para confeccionar
su p a d r e , s a c e r d o te d el d io s poemas homéricos", sino tam­ las velas de sus navios. En «El
p r o te c to r d e lo s tr o y a n o s . S u bién en todas las tragedias y ♦ L en g u a . El recuerdo de la último viaje de Ulises», de Gio-
p re d ic c ió n s e rá e l o rig e n d e la obras escénicas en general O disea debió inspirar al co­ vanni Pascoli (Poem as convi­
v io le n ta d is p u ta q u e e n fre n ta rá cuyo argumento parte del ciclo mandante Cousteau el nombre vales. 1904), desempeña un pa­
a A q u ile s y A g a m e n ó n p o r la troyano. con que bautizó a su famoso pel original. Ulises, que des­
p o s e s ió n d e B ris e id a , c a u tiv a ♦ M ú s. En La b ella Helena. barco oceanógrafico, el C a­ pués de regresar a Itaca se
del p rim ero . A lg u n as versio n es, ópera bufa de Offenbaeh lipso. aburre junto a una envejecida
p o r ú ltim o , a tr ib u y e n a C a l­ (1864). el sabio adivino es ob­ El nombre de esta ninfa de­ Penélope, vuelve a partir rumbo
c a n te el a rd id q u e p e r m itir á a jeto de un chiste planteado signa también a una canción y a los diferentes lugares que ja­
lo s a q u e o s to m a r T ro y a : e l c a ­ como adivinanza. danza propia de las Antillas lonaron su periplo para descu­
b a llo d e m a d e r a e n c u y o in te ­ Menores. brir que todos aquellos que en­
rio r s e c a m u f la r á un c o n ti n ­ CALIPSO ♦ Lit. El canto V de la Odisea tonces había conocido han
g e n te d e g u e r r e r o s g rie g o s . E sta n in f a ', a m e n u d o co n ­ muestra a «la ninfa de cabellos muerto. Solo Calipso vive toda­
D e sp u é s d e la c a íd a d e la c i u ­ s id e r a d a h ija d e H e lio " y de ensortijados» cantando e hi­ vía. Ulises, sin embargo, muere
d ad . C a lc a n te p red ijo q u e el re ­ P e rs é is y h e rm a n a p o r ta n to de lando con su «rueca de oro» en al desembarcaren Ogigia, y la
to r n o d e lo s v e n c e d o re s s e r ía C irce* , v iv ía e n la is la d e Ogi- medio de «un bosque de ciprc- ninfa amortaja a su antiguo

www.FreeLibros.me
CAUSTO 96 97 CAOS

am ante con un velo que había p r o p ia A rte m is a q u ie n re a liz ó cas d e las fuentes. L os p o etas la­ d id o a la fo rm a c ió n d el U n i­
tejido con sus manos. la m e ta m o rfo sis" d e su an tig u a tin o s, p o sib le m e n te p o r p a ra le ­ v e rs o . E n e l s e n o de este
—> UI.1SKS. c o m p a ñ e ra . C a listo " m u rió d u ­ lism o (sin v a lo r lin g ü ístico ) co n a b is m o p rim o rd ia l c o e x istía n
♦ Icó n . Ulives y C ttlipso. te ­ ra n te u n a p a rtid a d e c a z a y fue el térm in o ca rm e n («canto»), las e n c ie rto m o d o , e strech am en te
rracota de T anagra, época he­ c o lo c a d a e n el c ie lo , conv ertid a a sim ila ro n p ro n to a la s m usas* u n id a s, d o s e n tid a d e s indefini­
lenística. colección privada. e n la c o n s te la c ió n d e la O sa g rie g a s. E n p o e s ía la tin a , c a ­ b le s , la T in ie b la (E re b o ”) y la
♦ M ús. José de San Juan. Te- M ay o r. m e n a e s p o r ta n to s in ó n im o d e N o c h e (N ic te ”), q u e al se p a ­
léinaco v C alipso, zarzuela m usa, a u n q u e a p a re c e n a m b o s ra rse la u n a d e la o tra, y am bas
burlesca. 1723. sobre texto de ♦ l.it. Este motivo de la poesía nom bres. d e l C ao s, d ie ro n lu g ar al «naci­
José de Cañizares. alejandrina fue desarrollado m ie n to » d e U rano" (el C ielo ) y
m ás extensam ente por Ovidio CAM PO S ELÍSEOS d e G c a ‘ (la T ierra). En la Biblia
C ALISTO (M etam orfosis. II. 410). En o ELISIOS e n c o n tr a m o s u n a c o n c e p c ió n
N infa" d e A rcadia" q u e su s ­ una de las fábulas de el Laurel A n títe s is d e l T á r ta r o ’, so n a n á lo g a d e l e s ta d o p re v io a la
c itó la p a s ió n d e Z e u s ' y fu e ele A polo, de L ope d e Vega la p a rte d e los I n f le m o s ’ d o n d e fo rm a c ió n d e l U n iv e rs o (v e r
tr a n s fo r m a d a e n o s a . C a lis to (1 629). titu lad a «El baño de las so m b ra s* d e lo s h o m b re s G é n e s is 1, 2 : « L a tie rra estaba
e r a u n a n in f a d e g r a n b e lle z a D iana», presenta el au to r el v irtu o so s lle v a n u n a e x is te n c ia d e s ie rta y v ac ía , y las tinieblas
( k a llis té , e n g rie g o , s ig n ific a e p iso d io del descubrim iento d ic h o s a y f e liz , e n m e d io d e r e p o s a b a n s o b r e la su p e rfic ie
« m u y b e lla » ) c o m p a ñ e r a d e del em barazo de la ninfa y los p a isa je s v e rd e s y flo rid o s . S on d e l a b is m o » ). S in e m b a rg o ,
A r te m is a '. H a b ía p ro m e tid o am ores de esta con Zeus. el m a rc o d o n d e se d e s a rro lla n m ie n tr a s e n la c o n c e p c ió n ju -
c o n s e r v a r su v ir g in id a d y . ♦ Icón. C alisto aparece repre­ los « d iá lo g o s d e lo s m u e rto s» , d e o c r is tia n a la fo rm a c ió n del
c o m o s u s e ñ o r a , p a s a b a su sentada bien en el momento en un g é n e ro lite ra rio q u e g o z ó de U n iv e rso e s fru to d e un a inter­
tiem p o e rra n d o p o r los b o sq u e s que es seducida por Júpiter', g ra n d e s a r r o llo d e s d e la A n ti­ v e n c ió n d iv in a d e n o m in a d a la
p ersig u ien d o an im a le s salv ajes. que ha adoptado los rasgos de g ü ed ad (L u c ia n o , sig lo u d . C .) C re a c ió n , p a r a lo s g rie g o s el
Z e u s la v io y q u e d ó p re n d a d o D iana’ (Rubens, Júpiter y Ca­ h a sta e l s ig lo x v m . - > i n f i e r ­ U n iv e rs o n o fu e « c re a d o » p o r
d e ella , y p a ra se d u c irla a d o p tó listo, h. 1610. C assel), o bien nos. un D io s tra sc e n d e n te , sin o que
lo s ra s g o s d e la p ro p ia A r te ­ en el mom ento en que la diosa s e fo rm ó « p o r s í so lo » , p o r una
m isa . U n d ía q u e la d io s a y su descubre el desliz de su com­ ♦ L en g u a . C on su nom bre se e sp e c ie d e g e n e rac ió n esp o n tá­
s é q u ito d e n in f a s fu e ro n a b a ­ pañera (D iana y C alisto: Ti- bautizó a la más bella avenida nea. N o existen, p o r tanto, C rea­
ñ a rse a un m a n a n tia l, q u e d ó al ziano, 1556. E dim burgo; Ru- de París, que une la plaza de la d o r ni c ria tu r a s : lo s m ism o s
d e s c u b ie r to e l s e c r e to d e C a ­ bens, sig lo x v n, M adrid. Mu­ C o ncorde con la de la E toilc, d io ses", e m p e z a n d o p o r U rano
listo: c u a n d o la n in fa se d e sv is­ sco del Prado). cerca de la cual se encuentran y Ciea, d e q u ie n e s surg iero n to­
tió. su c u e rp o re v e ló q u e esta b a ♦ M ús. Francesco C’avalli. Ca­ varias salas d e espectáculos d o s los d e m á s, form an parte in­
y a e n c in ta d e A rc a d e , fr u to d e listo. ópera, 16 5 1. que llevan el m ism o nombre. te g r a n te d e l U n iv e rs o . E s un a
su u n ió n c o n Z eu s. A rte m isa la c o n c e p c ió n ra d ic a lm e n te d ife ­
re p u d ió y H e ra ’, c e lo s a , la CAMENAS CAOS re n te d e la d iv in id a d , q u e e x ­
tr a n s fo r m ó e n u n a o s a . S e g ú n E n su o rig e n , la s cam e n a s In m e n s id a d v a c ía q u e , s e ­ c lu y e to d a id e a d e tra sc e n d e n ­
o tra v e rs ió n d e l m ito , f u e la fc á n te m e ) era n las d io sas" itáli­ gún lo s a n tig u o s , h a b ía p re c e ­ c ia ; lo s d io s e s so n in m o rtales y

www.FreeLibros.me
C A R IB D IS 98 99 C A RITES

p o seen un o s p o d e re s de lo s q u e U lise s* c o n s ig u ió e s c a p a r p o r p ara franquear tan peligroso


c a re c e n lo s h o m b r e s , p e ro , d o s v e c e s d e l m o n s tru o , la p ri­ paso. Para los trágicos griegos,
c o m o e s to s , fo rm a n p a rte «del m e r a c o n m a y o r fa c ilid a d q u e estos m onstruos constituyen
m u n d o » y e s tá n « e n e l m u n ­ la s e g u n d a , p u e s e s ta v e z C a ­ com paraciones obligadas que
d o » , m ie n tr a s q u e e l D io s b í­ rib d is a b so rb ió su n av io . U lises se asocian a m ujeres crueles,
b lic o e s e x te rio r al m u n d o , q u e lo g ró a s irs e a u n a h ig u e r a q u e com o Clitemnestra" en el A ga­
e s su c ria tu r a , e in d e p e n d ie n te c r e c ía s o b r e la ro c a y , c u a n d o menón de Esquilo (verso 1233)
d e él. e l m o n s tru o e s c u p ió n u e v a ­ o Medea* en la M edea de Eurí­
m e n te e l a g u a q u e h a b ía tr a ­ pides (verso 1343), donde Ja-
♦ Lengua. Se ha dado el nom­ g a d o , e l h é r o e ' a p r o v e c h ó la s ó ir identifica a su m ujer con
bre de ca o s a toda realidad o fu e rz a d e la c o rrie n te g e n e ra d a la «tirrena Escila». O vidio re­
situación que se caracteriza por p a ra a le ja r s e a g a r r a d o a un fiere la m etam orfosis* d e Es-
la confusión y el desorden m á stil q u e flo tab a. cila I Metamorfosis. XIV).
(caos molecular, en sentido fi­ A l o tr o la d o d e l e stre c h o de
gurado caos político); del tér­ M e s in a h a c ía e s tr a g o s o tro CÁRITES
mino se deriva tam bién el ad ­ m o n stru o , E sc ila . q u e d e v o ra b a E s ta s tre s jó v e n e s d io s a s ’,
jetivo caótico. a lo s n a v e g a n te s q u e h a b ía n q u e R o m a d e n o m in ó la s g r a ­
c o n s e g u id o e s c a p a r d e C a r ib ­ c ia s , r e p r e s e n ta n e l e n c a n to y
CARIBDIS d is . E s c ila te n ía la p a rte s u p e ­ la b e lle z a y e s p a r c e n la a le ­
E s te m o n s tr u o 1 fe m e n in o r io r d e s u c u e r p o d e m u je r, g ría p o r e l m u n d o . E u fró s in e ,
v iv ía so b re u n a ro c a d el e s tre ­ p e ro d e su s in g le s su rg ía n seis A g la y e y T a lía so n h ija s d e Las tres carites en el lienzo de Boiti-
Z e u s ' y l le ra ' y frecu en tem en te celli La primavera (detalle). Floren­
c h o d e M e sin a , q u e se p a ra Ita ­ f e r o c e s p e rr o s c o n la s fa u c e s
se la s re p re s e n ta fo rm a n d o un cia. Galería Antigua y Moderna.
lia d e S ic ilia . T re s v e c e s al d ía, e n tr e a b ie r ta s . T a n m o n s tru o s a
C a rib d is a b so rb ía e n o rm e s c a n ­ c o m b in a c ió n e r a p r o d u c to de c ír c u lo : d o s d e e ll a s m ira n en
tid a d es d e a g u a y c u a n to s o b je ­ lo s c e lo s d e C irc e , fu rio sa p o r­ u n a d ir e c c ió n y la te r c e r a en derivado de la palabra griega,
to s — n a v io s o a n im a le s — flo ­ q u e G la u c o , u n m o n s tru o m a ­ o tra . F o rm a n p a rte d e l c o rte jo se utiliza para designar a la po­
ta s e n s o b r e e ll a , v o m itá n d o lo r in o , la h a b ía d e s p r e c ia d o en d e A polo" y se d ic e q u e tejieron derosa seducción que un indi­
to d o p o c o d e s p u é s . H ija d e b e n e fic io d e la jo v e n . las ro p a s d e H a rm o n ía* . S u s viduo ejerce sobre su entorno.
C e a - (la T ie rra ) y d e P oseidón", a trib u to s so n la s ro s a s, e l m irlo De carism a deriva a su vez el
C a rib d is fu e p rim e ro u na jo v e n ♦ L en g u a . S a lir d e Escila y el d a d o d e l ju e g o . adjet ivo carismático.
diosa* a q u ien Zeus* c a stig ó p o r para d a r en Caribdis significa (N. B.: La palabra candad, de­
su v o ra c id a d : h a b ía d e v o ra d o librarse de un peligro para ira ♦ L e n g u a . Su nom bre, tanto rivada del vocablo latino ca­
a lg u n o s d e lo s b u e y e s d e G e - caer en o tro m ás tem ible toda­ en latín com o en griego, evoca ras, «querido, caro», no tiene
rio nes q u e H eracles* h a b ía c a p ­ vía. a la vez tanto el encanto físico ninguna relación con el tér­
tu rad o . Z e u s la fu lm in ó c o n un ♦ Lit. La Odisea. XII, describe com o la benevolencia, lo mino griego.)
ra y o y la a rr o jó a l m a r. S i­ a los dos m onstruos y cuenta mismo que la palabra española ♦ Lit. Hesíodo abre la Teogo­
g u ie n d o los c o n se jo s d e C irce", las dificultades que tuvo Ulises gracia. El térm in o carism a. nia con la intervención de las

www.FreeLibros.me
CARONTE 100 101 CASANDRA

carites, que avalan en cierto lo re q u e r id o . E n la tra d ic ió n mos la otra versión (siglos vtt- c ia s a las a rm a s d e F iloctetes",
modo la voz del poeta. Se las g rie g a , C a ro n te n o e s u n p e rso ­ vi). una de las cuales muestra a a d e m á s d e a n u n c ia r a E neas la
celebra igualmente en los him­ n a je p e rv e rs o ni m a lig n o , p ero C aron te m atando a Áyax con fu n d a ció n d e R o m a .
nos líricos del poeta italiano e n c a m b io lo s e s tru s c o s d a b a n su maza. L a s p ro fe c ía s d e C asan d ra
Ugo Foscolo, Las gracias, re­ e l m is m o n o m b r e ( b a jo la G iuseppe C’respi, Eneas, Ca­ ja lo n a n e l trá g ic o d e s tin o de
copilación de inspiración neo­ f o r m a d e C h a r u n ) a u n d io s ronte y la sibila, siglo xvm , T ro y a sin p o r e llo alterarlo: re ­
clásica dedicada al esculto r s a n g u in a r io y c ru e l q u e , p o r Vicna. c o n o c e a P a rís’, q u e h ab ía sido
Canova <1798). c ie rto s ra sg o s (n a riz g a n c h u d a , - 4 ÉST1GF./ESTIGIA. a b a n d o n a d o d e n iñ o y luego
♦ /con. En la Antigüedad apa­ o re ja s p u n tia g u d a s, ro s tro g e s­ c o n s ig u ió e n tr a r se c re ta m e n te
recen frecuentem ente repre­ ti c u la n te ) , p re f ig u ra la r e p r e ­ CASANDRA e n la c iu d a d , y p re d ic e la s n e ­
sentadas durante su aseo (ce­ s e n ta c ió n c r is tia n a d e lo s d e ­ H ija d e P ríam o * , re y d e fastas co n secu en cias de su viaje
rám icas griegas, Pctit-Palais, m o n io s . E s te C a r o n te e lr u s c o T ro y a ', y d e su esp o sa H é c u b a', a E s p a rta , d o n d e e n c o n tra rá a
París). El grupo de las tres gra­ a p a re c e en los c a m p o s d e b a ta ­ e s la h e rm a n a g e m e la d e H e ­ H elena"; a n u n c ia la destrucción
cias ha inspirado a num erosos lla d e s tr o z a n d o a lo s c o m b a ­ len o , d o ta d o c o m o e lla d e p o ­ d e T ro y a c u an d o su herm ano re­
pintores (B otticelli, La prim a ­ tie n te s a rm a d o c o n u n a en o rm e d eres a d iv in a to rio s. P e rseg u id a g re s a d e E sp a rta c o n la esp o sa
vera, 1478, Florencia; Rubens, m a z a ; e n lo s In fie rn o s , m a ltra ­ p o r A p o lo " , q u e se h a b ía e n a ­ d e M en e la o "; s e rá ju n to a Lao-
L as tres gracias, p osterior a ta b a a lo s m u e rto s. m o rad o d e ella , C a sa n d ra h ab ía c o o n te . el sa c erd o te de A polo,
1630. M adrid, M useo del p ro m e tid o e n tr e g a rs e a é l a la ú n ic a q u e p rev en g a a los tro-
Prado; Dalí, Playa encantada ♦ Lengua. En los espectáculos cam bio d e q u e el d io s la iniciara y a n o s co n tra el m isterioso caba­
can tres gracias fluidas, 1938, de gladiadores, se designaba en la s a rte s a d iv in a to r ia s . Sin llo d e m a d e ra q u e lo s g rieg o s
colección A. Reynolds Morse) con el térm ino caíanle a un es­ e m b a rg o , u n a v e z in s tru id a en h a b ía n a b a n d o n a d o en la lla ­
y escultores (Fuente de las tres clavo enm ascarado que rema­ esta cien c ia, C a sa n d ra se n eg ó a nura. T o d o e s en vano: los oídos
gracias, siglo x v m , jard in es taba a los com batientes heri­ ser su y a y el d io s se v e n g ó reti­ d e su s co m p atrio tas perm anece­
del palacio de La G ranja (Se- dos. rándole n o el d o n d e la profecía, rá n s o rd o s a su s a d v e rte n c ia s.
g ovia); C arpeaux. siglo xix, ♦ L it. En el canto VI de la sin o el d e la p e rs u a sió n : to d a s —> ENEAS, HELENA, I.AOCOONTE,
París; Z adkine, siglo xx. M u­ Eneida, V irgilio o frece un sus p re d ic c io n e s s e rá n c ie rta s , PARIS, ULISES.
sco de Arte M oderno, París). retrato am biguo d e Caronte pero n a d ie la creerá. A l p ro d u c irs e e l s a q u e o de
com binando la representación M ie n tra s q u e C a s a n d ra e n ­ T ro y a , C a sa n d ra e s v iolada por
CARONTE griega y etrusca del personaje. tra en tra n c e y e m ite su s o rá c u ­ A y a x ' O ile o e n e l te m p lo de
C a ro n te e s e l b a rq u e r o d e Alfonso de Valdés, Diálogo de los d e s d e la s s im a s d e u n d e li­ A te n e a ’, d o n d e h a b ía intentado
los Infiernos*. P a ra e n tra r e n el M ercurio y C arón (1528- rio q u e h ace q u e to d o s la to m en re fu g ia rs e . E s e n tre g a d a co m o
re in o d e lo s m u e rto s, las a lm a s 1529). —» MERMES. p o r lo c a , s u h e rm a n o H e le n o p a rte d e l b o tín d e g u e rra a
d e b e n a tr a v e s a r e l A q u e ro n te * ♦ Icó n . En el arte antiguo, el interpreta el p o rv e n ir a p a rtir de A g a m e n ó n " , q u e la c o n v ie rte
m o n ta d a s e n su b a rc a . E ste a n ­ tipo griego es el más frecuen­ sig n o s e x te rn o s, c o m o el v u elo en su co n cu b in a . A su regreso a
c ia n o d e b arb a b la n c a se m u e s­ tem ente representado; sin em­ de lo s p á ja r o s . S e rá H é le n o M ie e n a s , e l j e f e d e la e x p e d i­
tra in fle x ib le c o n a q u e lla s q u e bargo, com o es evidente, en las q uien p re d ig a q u e T roya* c a e rá c ió n g rie g a m u e re v íc tim a del
n o p u e d e n e n tr e g a r le e l ó b o ­ cerám icas etruscas encontrare­ en m a n o s d e N e o p tó le m o g r a ­ c o m p lo t u rd id o p o r su esp o sa

www.FreeLibros.me
CA STO R 102 103 C EN TA U R O S

C lile m n e s tra * . E s ta , a y u d a d a CÉCROPE seg u n d a d e su C ancio n ero


p o r su a m a n te E g is to , m a ta P rim e r re y d e A te n a s , - a (1554), la fábula de C é la lo y
ta m b ié n a C a s a n d r a , a q u ie n ATENAS (FUNDACIÓN DE). Procris, a la que llama «desas­
c o n sid erab a u n a p e lig ro sa rival. trada historia».
-A ÁYAX. CLITEMNESTRA O CLI- CÉFALO
TBMESTRA. E s te s e m i d i ó s ’, h ij o de CÉFIRO
H erm e s y d e H e r s e , fue H ijo d e E o s", e s te jo v e n
♦ Lengua. En Francia, durante a m a d o p o r la A u r o r a (E o s"), d io s p e r s o n if ic a e l v ie n to d e l
la IV R epública, los periodis­ p e r o p e r m a n e c ió fie l a su e s ­ O e ste , u n a s v e c e s a g ra d a b le ,
tas aplicaron el apodo de Ca- p o s a P ro c ris. E sta , e n fe r m iz a ­ o tra s llu v io s o , q u e a n u n c ia la
sandra a Pierrc M cndés. polí­ m e n te c e lo s a , q u is o e s p ia rlo lleg ad a d e la p rim a v e ra . F u e él
tico cuyas predicciones eran m ie n tra s c a z a b a , su a fic ió n fa­ q u ie n lle v ó a P s iq u e ' h a s ta el
tenidas p o r exageradam ente v o rita , p e rs u a d id a d e q u e a c u ­ p a la c io d e Bros*. L o s ro m a n o s
pesimistas. d í a a u n a c it a a m o r o s a . Al le llam aro n F a v o n io .
♦ Lit. Gil V icente. A u to de la c o m p r o b a r q u e su s so s p e c h a s
sibila Casandra (representado e r a n in f u n d a d a s . P ro c r is salió ♦ L en g u a . El céfiro e s el
en 1513). El tema de la obra es d e lo s m a to rra le s d o n d e s e h a­ viento de Poniente y . p o r ex ­
religioso: C asandra recibe un b ía e s c o n d id o p a ra a rro ja rs e en tensión, una brisa suave y Centauro luchando, dibujo de J. B.
m ensaje prem onitorio del na­ agradable. Wicar sobre el grabado de J. Mathie
su s b ra z o s . A l o ír e l ru id o . Gá­
cim iento d e C risto q ue re ­ f a lo la n z ó s u j a b a l i n a p e n ­ Es tam bién el nom bre q u e se
chaza. Al conocer el aconteci­ s a n d o q u e s e tr a ta b a d e algún ha d ad o a una tela de algodón n atu ra le z a ag reste; se alim entan
m iento queda, no o bstante, a n im a l, a tr a v e s a n d o c o n e lla a ligera y casi transparente. d e c a r n e c ru d a y c a z a n a sus
transformada. P ro c r is a n te s d e h a b e r p o d id o ♦ Icón. Antoine Coypel, Flora p re s a s a rm a d o s d e p alo s y pie­
♦ Icón. Casandra. perseguida re c o n o c e rla . y C éfiro, sig lo x v n , Louvrc. dras. S u s co stu m b re s suelen ser
po r Avax. se refugia junto aI al­ Aparece com o un adolescente b ru tale s, so b re to d o en relación
tar de Atenea, copa griega. 430 ♦ L it. El poeta latino Ovidio, con alas diáfanas y sonrisa casi c o n las m u je re s y c u a n d o están
a. C - Louvrc; Rubcns, A va x v a finales del sig lo i a. C ., re­ femenina sosteniendo unas flo­ b a jo los e fe c to s del vino.
C asandra. 1616. V iena; Pra- co g e dos v eces e ste trágico res en las manos. In v ita d o s a las b o d a s de Pi-
dier. Casandra. escultura en ep iso d io — su stitu y en d o por ríto o , rey d e los la p ita s ’, se em ­
mármol. 1843. Aviñón. otra parte a la A urora (aurora) CENTAUROS b o rra c h a ro n c in ten taro n v io lar
♦ C ’l / I . — > T R O Y A . p o r la B risa (a u ra )— en las L o s c e n ta u ro s e ra n h ijo s d e a la n o v ia y a la s m u je re s q ue
M etam orfosis y en el A rle de [x ió n ', re y d e T e sa lia q u e había h a b ía n a sistid o a la cerem o n ia.
CASTO R a m ar, d o n d e lo u tiliz a para te n id o la a u d a c ia d e d e s e a r a L o s la p ita s c o n s ig u ie ro n ven ­
H e rm a n o g e m e lo d e P ó lu x . dem ostrar que los celos deben M era', y d e u n a n u b e c re a d a c e rle s en u n te rrib le c o m b a te y
A m b o s h é ro e s ’’ s o n c o n o c id o s ser desterrados de las relacio­ por Z e u s ' a im a g e n d e la d io sa. lo s e x p u ls a r o n d e T e s a lia . La
c o m o lo s —> DIOSCUROS. nes am orosas. Jorge de Mon- Son u n o s se re s m ita d h o m b re y b a ta lla d e lo s c e n ta u ro s y los
—> HELENA, TROYA. tem ay o r n arra, en la égloga m itad c a b a llo q u e v iv e n en la lap itas e s u n m o tiv o frecu en te­

www.FreeLibros.me
CENTAUROS 104 105 C ER B ER O

m ente re p re se n ta d o en lo s te m ­ N .B .: L a s c e n ta u r e s a s (f e ­ a n tig u o s (1852). dedica un (P eloponeso); Rubens. Com­


p lo s ( - » ¡CON.) y s im b o liz a el m e n in o d e c e n ta u ro ) n o tien e n poem a al centauro Q uirón. El b ate d e los lapitas y los cen­
triu n fo d e la c iv iliz a c ió n so b re tr a d ic ió n lite ra ria . S o n u n a in ­ poema de H etedia «Hércules y tauros, siglo xvn. Madrid. Mu­
la b a rb a rie . - » TESEO. v e n c ió n d el p in to r Z e u x is ( s i­ los centauros» (L os trofeos, seo del Prado; C entauro lu­
El c e n ta u r o N c s o in te n tó g lo v a. C .) . a q u ie n s ig u ie ro n 1893) subraya el conflicto en ­ chando, dibujo de J. B. Wicar
v io la r a D c y a n ir a , e s p o s a d e c ie rto n ú m e ro d e a rtista s, e sp e­ tre hum anidad y anim alidad. sobre grabado de J. Mathie. si­
H e ra c le s* , q u ie n p e r s ig u ió al c ia lm e n te en P o m p ey a . La figura mítica de los centau­ glo xvm ; Max Klinger, Com­
o fe n s o r y c o n sig u ió a tra v e sa rle ros en co n tró tam bién cierto bate d e los centauros, finales
c o n u n a H echa. A n te s d e e x p i­ ♦ L en g u a . La expresión una eco entre los poetas modernos del siglo xtx. Galería Goubert:
ra r. N e s o c o n v e n c ió a la c r é ­ túnica ele N eso se utiliza para de L atinoam érica, com o R u­ Rubens. El rapto de Deidamía.
d u la jo v e n d e q u e re c o g ie s e su aludir a un do lo r moral devo- bén D arío (C oloquio d e los h. 1636-1638. Madrid, Museo
s a n g re y se s i r v ie s e d e e lla rad o r del q u e vanam ente se centauros. 1887-1908). José del Prado. Bourdelle, sin em ­
c o m o un filtro d e a m o r. D ey a - pretende huir. T ab lad a (E l centauro. 1894) bargo, esculpió un conm ove­
n ir a , c o n v e n c id a d e q u e a s í En ocasiones se aplica la pala­ o Luis U rbina (E l baño del d o r C entauro m oribundo (fi­
c o n s e r v a r ía p a ra s ie m p r e e l bra cen ta u ro a un jin e te —o centauro. 1905). El centauro nales del siglo x tx . París). El
a m o r d e su e s p o s o , le o f r e c ió incluso a un m otorista— par­ puede aproxim arse entonces a escultor C ésar, por su parte,
u n a tú n ic a q u e h a b ía te ñ id o ticu larm ente hábil y diestro, los prim eros conquistadores exalta la potencia del Centauro
c o n la s a n g r e d e l c e n ta u r o . que forma cuerpo con su mon­ españoles o al p ersonaje del (bronce, 1988, París). A Neso
C u a n d o H e ra c le s s e la p u s o , tura —o con su máquina. gaucho, que forma cuerpo con se le representa sobre todo en
e s ta se p e g ó a su c u e r p o p ro ­ La centaura e s una planta con su caballo. De form a análoga, su intento de raptar a Deyanira:
d u c ié n d o le tan a tro c e s q u e m a ­ virtudes medicinales cuyo des­ el cow boy, héroe d e los ii'í'.v- H eracles, N eso y Deyanira.
d u ra s q u e lle v a ro n al héroe* al cubrim iento se atribuye a Qui­ lern s am ericanos, aparece a copa griega, siglo v a. C . Bos­
s u ic id io . L a tr a d ic ió n h a c o n ­ rón. De este término deriva a su veces com o un trasunto m o­ ton; Guido Reni. Deyanira y el
se rv a d o el n o m b re d e o tr o s d o s vez la palabra centaurina. que derno de la figura mítica. centauro Neso, siglo xvn.
c e n ta u ro s: P o lo s, q u e o fre c ió a designa una sustancia que existe ♦ ¡co n . M uchas representa­ Louvre. —> QUIRÓN.
H e ra c le s u n a g e n e ro s a h o sp ita ­ en ciertas plantas amargas. ciones de los centauros insisten ♦ Cin. La película El centauro
lid ad. y Q uirón", fa m o so p o r su ♦ L it. La fortuna literaria de en su carácter brutal: Centauro (1946). de A ntonio Guzmán
c ie n c ia y su s a b id u ría , a q u ie n los centauros es esencialmente raptando a una ¡apitu. frontón M erino, es una transposición
se c o n f ió la e d u c a c ió n d e m oderna. En el sig lo xtx la del tem plo de Z eus en O lim ­ del tem a clásico al campo an­
A q u iles* . A m b o s ilu s tr a n e l obra más destacada es posible­ pia. 4 6 0 a. C ., O lim pia; C en­ daluz con el loro com o prota­
p o lo p o sitiv o d e e sto s se res m í­ m ente El centauro de Maurice tauro y lapita. m etopas del gonista.
tic o s c a ra c te riz a d o s p o r su a m ­ de Ouérin (1840). En esta obra P artenón. sig lo v a. € ., L on­ —> h i -:r a c i .e s .
b ig ü e d a d , q u e a s o c ia n u n a asistimos a la emergencia de la dres; M iguel Angel, C ombate
p a rte d e a n im a lid a d , p o r lo conciencia en un cuerpo entre­ d e centauros, bajorrelieve, CERBERO o CERBERO
ta n to d e n a tu r a le z a , y o tr a d e gado por entero al ímpetu exu­ 1492, Florencia; C om bate de P erro m o n stru o so q u e g u a r­
h u m a n id a d , e s d e c ir , d e c u l ­ berante d e la vida salvaje. Le- centauros y Iapilas. Iriso del d a b a la e n tr a d a d e lo s In fie r­
tu ra . - 4 BESTIARIO. conte de Lisie, en sus Poemas tem plo de B assaé. en Arcadia n o s . S u m isió n e ra im p e d ir la

www.FreeLibros.me
CERES 106 107 C IB ELES

s a lid a a lo s m u e r to s y la e n ­ mún para designar a un portero


tr a d a a lo s v iv o s . S u s o la p r e ­ o a un vigilante inflexible y
s e n c ia re s u lta b a a te rra d o ra : te ­ arisco.
n ía tr e s c a b e z a s , c o la d e s e r ­ ♦ IJt. Una de las más célebres
p ie n te y e l lo m o e r i z a d o d e d escrip cio n es d e C erb ero la
c a b e z a s d e v íb o r a s . S in e m ­ encontram os en el canto VI del
b a r g o . f u e r e d u c id o a la im ­ Infierno de D ante (D ivina co­
p o te n c i a p o r v a r i o s h é ro e s " m edia. 13 0 7 -13 2 1), d o n d e el
q u e d e s c e n d i e r o n v iv o s a lo s poeta nos ofrece una aterradora
I n f ie r n o s . E s e l c a s o d e H e ­ im agen del m o n stru o so guar­
ra c le s" . c u y a d c c im o s c g u n d a d ián con sus tres fauces ba­
p ru e b a c o n s is tía p re c is a m e n te beantes. S o lo V irgilio, que
e n tr a e r e l p e r r o a E u ris te o * . guía al poeta, consigue calmar
H a d e s" h a b ía a c e p t a d o c o n la a C erb ero arro ján d o le un pu­
c o n d ic ió n d e q u e e l h é r o e r e ­ ñado de tierra.
d u je se al a n im a l sin se rv irs e d e ♦ ¡con. En la Antigüedad apa­
s u s a r m a s . H e r a c le s lo a f e r r ó rece en m uchas piezas de cerá­
c o n s u s b r a z o s , im p id ié n d o le m ica griega ilustradas con los
re s p ira r, y lo lle v ó m e d io a s f i­ trabajos de H ércules (Cerbero Fuente d e la Cibeles. Madrid
x ia d o a s u p rim o . A l v e rlo , E u ­ co n d u cid o p o r H era cles ante
r is te o s e e s c o n d i ó e s p a n ta d o E uristeo, hidria d e Cerveteri. ♦ le n g u a . De su nom bre pro­ o rig e n d e to d a s la s c o s a s , a n i­
d e n tr o d e u n a ti n a ja y le ro g ó fin ales del sig lo vi a. C.. cede el térm ino cereal y su de­ m a l e s ', h o m b r e s y d io se s". Es
q u e v o lv ie ra a lle v a rlo lo a n te s L ouvre). El m ism o tem a apa­ rivado cerealista. u n a d iv in id a d d e la naturaleza:
p o s ib le a su lu g a r. O rfe o , p o r rece tratad o en el lienzo de ♦ Ic ó n . La dio sa de la tierra h a b ita e n lu g a r e s a p a rta d o s,
su p a rte , c o n s ig u ió a m a n s a r al Z u rb arán H ércu les y e l Can­ c u ltiv ad a ap arece frecuente­ b o s q u e s y m o n te s , ro d e a d a d e
a n im a l c o n la m ú s ic a d e su cerbero, 1634. M adrid, Musco m ente rep resen tad a ju n to a a n im a le s s a lv a je s y e s c o lta d a
lira. E n c u a n to a E n e a s ', se g ú n del Prado. otras divinidades d e la natura­ p o r le o n e s . E je rc e su im p e rio
c u e n ta V ir g ilio ( E n e id a , c a n ­ ♦ C in . El m o nstruo infernal leza: Rubens, C eres y Pan. Ce- s o b re el m u n d o v e g eta l, y se le
to IV ), c o n s ig u ió f r a n q u e a r la aparece en diversas aventuras res y Pontana, siglo XVII, M a­ e n c o m ie n d a n la s la b o r e s del
e n tra d a d e lo s In fie rn o s g ra c ia s de Hercules". drid. Ceres. escultura rom ana, c a m p o y la v itic u ltu ra.
a un p astel s o p o rífe ro q u e la s i­ R om a, M useo del Vaticano. U n m ito d e p ro c e d e n c ia
bila" a rr o jó a l m o n s tr u o ’. C ER ES ta m b ié n a s iá tic a , d e l q u e e x is ­
—> BESTIARIO. D io s a ' itá lic a d e la a g ric u l­ CIBELES o CÍBELE te n d iv e r s a s v e rs io n e s , la p r e ­
tu ra . y m á s e s p e c ífic a m e n te de D iv in id a d im p o rta d a d e s e n ta e n a m o r a d a d e l p a s to r
♦ Lengua. La palabra cerbero, la s c o s e c h a s , q u e lo s ro m an o s A sia M e n o r lla m a d a la « G ra n A tis*. q u e m u e re a c o n s e c u e n ­
y su com puesta cancerbero, se id e n tif ic a r o n c o n la D e m é te r M a d re » o « M a d r e d e lo s d io ­ c ia d e u n a a u to e m a s c u la c ió n
han convertido en nom bre co ­ g rie g a . ses». C ib e le s a p a r e c e c o m o el — q u e h a d a d o p ie a v a ria s ¡n-

www.FreeLibros.me
C ÍC L O P E S 108 109 C ÍC L O P E S

te r p r e ta c io n e s — y e s r e s u c i­ una lám para d e terracota con c im ie n to , le o fre c ie ro n e l ray o ,


ta d o p o r la d io s a , q u e lo m e ta - bustos de Cibeles y Atis y dos el re lá m p a g o y el tru e n o , e n tre ­
m o r fo s e a e n p in o . E n e s ta le ­ coribantes, Trieste; la escultura g an d o a d e m á s a H a d e s ' un
y e n d a p u e d e v e rs e un v ie jo rom ana que representa a Cibe­ c a sco y a P o se id ó n ' u n tridente.
m ito d e la v e g e ta c ió n , q u e les en su trono, N ápoles, y la A polo* le s m a tó p a ra v e n g a r la
« m u e re » en o to ñ o p a ra re n a c e r fam osa F uente d e la Cibeles m u erte d e su h ijo A s c lc p io ', y a
d e n u e v o e n p r im a v e r a e n un de M adrid, q u e es, sin duda, q u e Z e u s h a b ía u tiliz a d o el
c ic lo s ie m p re re n o v a d o . uno d e los sím bolos de la ciu­ ra y o d e lo s c íc lo p e s p a ra fu lm i­
C o m o d io s a d e la f e c u n d i­ dad. Fue esculpida en el si­ n a r a e ste .
d a d , ha s id o a s im ila d a en o c a ­ glo xvtu por Francisco Gutié­ L o s c íc lo p e s h e rr e ro s a y u ­
sio n e s a D em éte r* y ta m b ié n a rrez. y Roberto Michel. d a n a H efesto * e n la s fr a g u a s
R ea", la m a d re d e Z eus*, e s p e ­ ♦ M ú s. A tis, tragedia lírica, del d io s , s itu a d a s e n la s e n tr a ­
c ia lm e n te p o r O v id io (F a sto s, m úsica d e L ully, 1676; Puc- ñ as d e lo s v o lc a n e s , fo rja n d o
lib ro IV ). E l c u lto d e C ib e le s , cini. 1780. las a rm a s d e lo s d io s e s" y los
de tip o o rg iá s tic o , s e in tro d u jo héroes*. A v e c e s s e c o n fu n d e n
en R o m a y d io lu g a r a m a n ife s­ C ÍC L O P E S o C IC L O P E S co n lo s c íc lo p e s c o n stru c to re s, O. Redon, El cíclope. Otterlo,
q u e c o n stru y e n la s m u ra lla s d e Kroller Müller Museum
ta c io n e s s a n g rie n ta s e n las q u e E s to s s e r e s m o n stru o so s
lo s fie le s lle g a b a n in c lu s o a e ra n u n o s g igantes" q u e poseían las c iu d a d e s.
c a stra rs e , a im ita c ió n d e A tis. u n ú n ic o o jo s itu a d o e n m edio L o s c íc lo p e s p a sto re s, d e d i­ res, esos «brutos sin fe ni ley»
d e la fre n te . S u e le n a g ru p a rse cados al cu id a d o d e su s reb año s ávidos de carne y sangre hu­
♦ l.il. R onsard. en el soneto en tre s h e rm a n d a d e s: lo s cíclo­ d e o v e ja s , so n sin e m b a rg o p e ­ m anas. H esíodo (Teogonia,
«Planto en tu favor este árbol p e s u ra n io s, lo s c íc lo p e s herre­ ligrosos. S a lv a je s an tro p ó fag o s, 140), Virgilio (Geórgicas, IV)
de C ibeles...» (S ím elo s para ro s y los c íc lo p e s p a sto re s. v iven e n c a v e rn a s e ig n o ra n la y H oracio (Odas. 1. 4) evocan
Helena, 1572), inspirado en L o s c íc lo p e s u ra n io s , hijos p ied ad . El m á s fa m o so fu e Po- a los cíclopes forjando los ra­
Teócrito. recupera el lerna del d e la T ie rra , C e a ’, y d e l C iclo, lifemo*. b e s t ia r io . yos de Zeus.
pastor A tis transform ado en U ra n o ", fu e ro n a rr o ja d o s al Los poetas m odernos se han
pino para co nvertirlo en un T á rta ro p o r su p a d re , asustado ♦ L e n g u a . F,1 adjetiv o cicló ­ inspirado sobre todo en la
sím bolo de la renovación del d e s u p o d e r. S u m a d r e y sus peo designa a todo aquello que aventura de Polifemo. Citare­
am or y un hom enaje erótico a h e rm a n o s lo s titanes®, en cab e­ por su m agnitud o tam año pa­ mos la famosa Fábula de Poli­
la dam a am ada. —> a t i s . z a d o s p o r C r o n o , les ayudaron rece un trabajo propio de c í­ fem o y Calatea ( 1612) de Luis
♦ ¡con. M uchas m onedas de a lib e ra rse y c o n su a y u d a des­ clopes; se aplica en particular de Góngora, considerada como
Asia M enor portan la efigie de tro n a ro n a U ra n o , al q u e Crono a los m uros de los palacios y la síntesis tem ática y formal
C ibeles. C itarem os adem ás, h a b ía c a stra d o . P e ro C ro n o , te­ monumentos de la época micé- del barroco, que fue muy im i­
entre las obras griegas de la m e r o s o ta m b ié n d e su fuerza, nica, construcciones denom i­ tada en su época; el Polifemo
época rom ana. C ibeles entre le s a rro jó n u e v a m e n te a los In­ nadas de «aparejo ciclópeo». de T om aso Stigliani, poema
das leones y un busto de Atis, fie r n o s 1. Zeus® le s lib e ró defi­ ♦ IJt. La Odisea (IX) describe pastoril de principios del si­
esculturas en m árm ol, Roma; n itiv a m e n te y e sto s, en agrade­ la vida de los cíclopes pasto- glo xvn, y el Brindisi de los cí-

www.FreeLibros.me
C IR C E I 10 CITERA

chtpes. recopilación d e sonetos E e a . q u e p o s ib le m e n te h a b ría jados». Hesíodo evoca sus en­ ♦ M us. Circe, tragedia de apa­
que relatan la leyenda de Poli- q u e id e n tif ic a r c o n u n a p e n ín ­ cantos f Teogonia. 956). Ovidio rato. texto de Thomas Cornei-
l'emo y C a la te a 1, de A ntonio su la italiana. S irv ié n d o se d e sus (M etam orfosis, X IV) pinta a lle y m úsica de Marc-Antoine
Malatesli (siglo xvn). filtro s, tra n sfo rm a b a e n a n im a ­ «la cruel diosa rodeada por sus Charpentier (1675): óperas del
Por último, en época moderna, le s ' a to d o s a q u e llo s q u e h o lla ­ ninfas”, que recogían flores y m ism o título d e Destilareis
señalemos un dram a de Albert b a n s u s d o m in io s . T a l fu e la plantas», y las m etam orfosis' (1694) y de Egk (1948).
Sam ain. PoUfemo (principios su e rte q u e c o rriero n los c o m p a ­ que es capaz de provocar. Vir­ ♦ Cin. —> u l i s e s .
del siglo xx. obra postuma). La ñ e ro s d e U lis e s , q u e fu e ro n g ilio (E neida. V II, 799) d es­
semejanza de Polifemo con los c o n v e r tid o s e n c e r d o s c u a n d o crib e «el m onte de C irce» y CITERA
ogros q ue aparecen en los d e s e m b a rc a ro n e n su is la p a ra Horacio (Odas. I, 7) compara a Is la g rie g a s itu a d a e n tre el
cuentos ha sido frecuente­ e x p lo ra rla . S o lo U lise s, g ra c ias «P enélope y la radiante Circe P e lo p o n e s o y C re ta d o n d e, se­
mente subrayada. El recuerdo a la s a d v e rte n c ia s d e E u rílo co , atorm entadas p o r el am o r del g ú n la le y en d a , A frodita* puso
de esta figura m ítica eslá pre­ se lib ró d e l h e c h iz o . U tilizan d o m ism o hombre». el p ie . llev a d a p o r los céfiros",
sente com o telón de fondo en el m o lv , u n a p la n ta m á g ic a q u e El e p iso d io q u e se refiere a d e sp u é s d e n a c e r de la espum a
m uchas leyendas qu e presen­ h a b ía r e c ib id o d e m a n o s d e U lises y C iree ha sido inter­ d el m a r. E n la lite ra tu ra y el
tan a un ser m onstruoso ap ri­ M erm es , c o n s ig u ió re s istirs e a pretado frecuentem ente com o a rte , la is la d e C ite ra a p a re c e
sionado en una trampa. lo s m a le f ic io s d e C irc e y la ilustración del conflicto entre c o m o u n p a ra je e n c a n ta d o r
♦ ¡con. El cíclope aparece re­ c o n m in ó p a ra q u e d e v o lv ie se a la inteligencia y la sensualidad, c o n s a g r a d o al a m o r y lo s p la ­
presentado frecuentem ente en su s c o m p a ñ e ro s su fo rm a o rig i­ por no decir la bestialidad: así ce re s.
cerámicas antiguas. Odilon Re­ nal. L a h e c h ic e ra , sin em b arg o , aparece en la C irce (1624) de
don. El cíclope. 1898. Ollerlo. se d u jo al h éro e y lo retu v o a su L ope d e Vega o en E l m ayor ♦ L en g u a . En lenguaje poé­
—> POl.IFF.MO. la d o d u ra n te u n a ñ o . C irc e , fi­ encanto. A m or de Calderón de tico. la expresión p a rtir para
♦ Cin. Los cíclopes hacen una n a lm e n te . a c c e d ió a d e ja rlo la Barca (1649). Citera significa entregarse a
aparición hum orística en Los p a rtir y le p ro p o rc io n ó los m e­ En cuanto al Ulises de Joyce, se las delicias del amor.
titanes, de D uceio Tessari d io s n e c e s a r io s p a ra e v it a r las ha relacionado en ocasiones el ♦ Lit. N erval, en su Viaje a
(1961). tr a m p a s d e las sire n a s . d e E s­ m ol y. q u e perm ite al héroe re­ O riente (1851), presentó la
—> c l is e n . c ila y C a rib d is . e n v iá n d o le por sistirse a los encantamientos de triste realidad de la isla de C i­
ú ltim o a q u e c o n s u lta ra al a d i­ C irce, con el nom bre de la tera. que había retornado al es­
CIRCE v in o P iresias . —> UI.ISES. m ujer d e Leopold Bloom, tado salvaje. Baudelaire, reto­
E sta h e c h ic e ra , h ija d e H e ­ Molly; Circe, por su parte, apa­ mando este lema en su poema
lio (el S o l) y d e P crse, a su v ez ♦ L en g u a . Una circe designa rece com o la gerente de una «Un viaje a Citera» (Las flores
h ija d e O c é a n o ”, d e s e m p e ñ a un a una mujer de poderoso atrac­ casa de citas. En la obra de Ezra deI mal. 1857), convierte la
im p o rta n te p ap el en la ley en d a tivo. cuya seducción ningún Pound (Cantos. 1919-1957). isla en una «pobre tierra»
d e lo s A r g o n a u ta s y e n las hombre es capaz de resistir. Circe ocupa un lugar significa­ donde se alza — suprema ridi-
a v e n tu r a s d e U lis e s . E ra h e r ­ ♦ L it. La Odisea (X) describe tivo y simboliza el vínculo en­ culización de la leyenda— un
m a n a d e F.etes y d e P asiT ae y la isla y las drogas de la «pér­ tre el placer y la muerte. sórdido patíbulo.
te n ía su m o r a d a e n la is la d e fida diosa de cabellos cnsorli- - > C LISES. - > AFRODITA.

www.FreeLibros.me
C L IT E M N E ST R A 112 113 CRONO

♦ Icó n . F.l lienzo d e W atteau D e su u n ió n m a ld ita c o n A g a ­ v ic to rio s o d e la c a m p a ñ a d e lla». C o n v e rtid a en reina de los
F.l em barque p ara la isla de m en ó n , q u e se h ab ía c o n v en id o T ro y a. S e g ú n la s d iv e rsa s v e r­ Infiern o s", p a só a se r designada
Citera (dos versiones, h. 1717, en e l n u e v o re y d e M ic e n a s, na­ sio n e s d e la le y e n d a , C li te m ­ c o n e l n o m b r e d e P erséfone*.
L ouvre y B erlín) hizo co rrer c e rá n tre s h ijo s: Iftgenia*. E lec­ n e stra p a s a d e s e r s im p le te s ­ —> PERSÉHONE.
ríos de tinta: algunos vieron en t r a ' y O restes*. —> a t r i d a s . tig o d e l a s e s in a to p e rp r e la d o
él la alegre partida de grupos C u a n d o la flo ta g rie g a , de por su a m a n te a c o n v e rtirs e en CÓRIBAS
de enamorados hacia la isla del c a m in o a T ro y a ", q u e d ó in m o ­ su c ó m p lic e , lleg an d o in clu so a O tro n o m b re d el d io s
Amor, m ientras otros lo inter­ v iliz a d a en A u lid e p o r la a u ­ h e rir a s u m a r id o c u a n d o e ste , ATIS.
pretaron com o su m elancóli­ s e n c ia d e v ie n to s , A g a m e n ó n , al s a lir d e l b a ñ o , s e h a lla b a in­
co regreso. De hecho, se trata­ je f e d e la e x p e d ic ió n , q u e debía d efen so . P o r c e lo s m a ta rá ta m ­ COSM OGONÍA
ría m ás bien de una alegoría tra e r d e v u e lta a H e le n a , esposa bién a C a sa n d ra * , h ija d e l rey —> TEOGONIA.
atemporal. d e su h e rm a n o M enelao", atrajo tro y a n o P ría m o ”, q u e A g a m e ­
a su e s p o s a y a su h ija m a y o r a nón h a b ía to m a d o c o m o p a rte CREONTE
CLITEMNESTRA o u n a tra m p a . C o n e l p re te x to de del b o lín d e g u e rra . S ie te a ñ o s R ey d e C o rin to . -> m edea.
CLITEMESTRA c a s a r a I lig e n ia c o n A q u ile s ”, m ás ta rd e , C lite m n e s tra m u ere
H ija d e L ed a" y T in d á re o , p re p a ró en se c re to e l sacrificio a m a n o s d e s u p ro p io h ijo , CREONTE
re y d e E s p a rta , y h e rm a n a d e d e s u h ija , c o n d ic ió n q u e la O reste s, q u e im p u ls a d o p o r su R ey d e T e b a s". -» ANTI-
H e le n a ” y d e lo s D io sc u ro s" , d io sa A rte m isa” h a b ía im puesto h erm an a E le c tra v e n g a b a a s í la GO.NA, TEBAS.
C á slo r y P ó lu x . L a le y e n d a d e ­ p a ra a p la c a r su ira y c o n c e d e r m u erte d e s u p ad re.
c ía q u e C lite m n e stra e ra la h e r­ lo s v ie n to s n e c e s a r io s p a ra la CRONO
m a n a g e m e la d e H e le n a , p e ro p a rtid a d e la e x p e d ic ió n . C o n ­ ♦ Lit. —> A GAM ENÓN, ATRIDAS, D iv in id a d g rie g a q u e reinó
m ie n tra s q u e e sta se ría en rea li­ s u m a d o e l s a c r if ic io , C lite m ­ ELECTR A , ORESTES. u n tie m p o s o b re la tierra .
d ad h ija de Z e u s ', q u e se h a b ía n e s tra fu e e n v ia d a d e v u e lta a ♦ Icón. —> AGAM ENÓN. C ro n o , u n o d e lo s titan es", era
u n id o a L e d a b a jo la a p a rie n c ia M ic e n a s , d o n d e e m p e z ó a ali­ ♦ C in. —> A T R ID A S , E L E C T R A . el hijo m e n o r d e U ran o ’ y G ea’,
d e u n c is n e , C lite m n e s tra se ría m e n ta r p ro y e c to s d e v en g an za IFIGENIA. p e rte n e cie n d o p o r ta n to a la g e­
h ija d el m ortal T in d á re o . c o n tr a su e sp o so . n e ra c ió n d iv in a q u e p reced ió a
S e c a s ó p r im e r o c o n T á n ­ D u ra n te la g u e rra d e T roya, COCITO la d e los O lím picos". C rono fue
ta lo ", h ijo d el rey d e M ic e n a s C lite m n e s tr a se m a n tu v o en S e g ú n V irg ilio , es el p rin c i­ el ú n ic o q u e a c u d ió en ay u d a
T ie s tc s . p e r o A g a m e n ó n " , s o ­ p r in c ip io fie l a su e s p o s o au ­ pal río d e lo s Infiernos", a u n q u e d e su m a d re G e a , la T ie rra , a
b rin o d e e ste , m a tó a su e sp o s o s e n te , p e ro te r m in ó d e já n d o se para o tro s a u to re s s e ría un s im ­ q u ie n su esp o so se obstinaba en
y a su h ijo r e c ié n n a c id o . C l i ­ s e d u c ir p o r E g is to , h ijo in ces­ ple a flu en te del A q u e ro n te '. En c u b rir p e rm a n e n te m e n te en un
te m n e s tr a s e m o s tr ó re a c ia a tu o s o d e T ie s te s y p rim o de griego su n o m b re s ig n ific a « la ­ in c e sa n te a c to d e fecundación.
a c e p ta r c o m o m a r id o al a s e ­ A g a m e n ó n , a q u ie n h iz o su mento». C ro n o se ap o d eró d e la ho z que
sin o , a q u ie n su s h e rm a n o s h a ­ a m a n te , c o n v ir tié n d o le en el le h a b ía d a d o su m adre y cortó
b ía n p e rs e g u id o h a sta E sp a rta , n u e v o a m o d e M ic e n a s. Egisto CORE lo s te s tíc u lo s d e su p ad re. Esta
d o n d e A g a m e n ó n se h a b ía r e ­ m a q u in a rá el a se sin a to del «rey H ija d e D em éte r* y Z e u s". m u tilac ió n m a rc ó la separación
fu g ia d o ju n to a l rey T in d á re o . d e re y e s » c u a n d o e s te regrese Su n o m b r e s ig n if ic a « d o n c e ­ d el C ie lo y d e la T ierra e in au ­

www.FreeLibros.me
C T Ó N IC O 114 1 15 C U PID O

g u ró e l p rin c ip io d el re in a d o de q u e e x is ta re lac ió n etim ológica. El an im al c tó n ic o p o r e x c e le n ­


C rono. L o s r o m a n o s lo a s im ila ro n a cia e ra la s e rp ie n te , y c o m o tal
C ro n o v o lv ió a e n c e rr a r en S a tu rn o ”. figuraba e n el c a d u c e o ” d e A s-
el T á rta ro ’ a su s h e rm a n o s, los S o lía s e r re p re s e n ta d o bajo clepio", d io s d e la m ed icin a .
c íc lo p e s y lo s h e c a to n q u ir o s lo s ra s g o s d e u n a n cia n o . - > INFIERNOS.
(g ig a n te s ' d e c ie n b ra z o s ), q u e SATURNO, ZEUS.
h a b ía lib e ra d o a p e tic ió n d e su ♦ L en g u a . El adjetivo a utóc­
m a d r e . S e u n ió a su h e rm a n a , ♦ Lit. Hesíodo, Teogonia, 167 tono. derivado de la mism a
la titá n id e R e a ', d e la q u e tu v o y ss. raíz griega, se aplica a lo que
m u c h o s h ijo s : H estia* . D e m é - ♦ ¡con. Una vasija griega del lia nacido o se ha originado en
t e f , H era". H ades" y P o se id ó n 1. sig lo vi (L ouvre) m uestra a el m ism o lugar donde se en ­
P ero c o m o G e a le h a b ía p re d i- C ro n o b ajo el asp ecto de un cuentra (equivaldría al adjetivo
c h o q u e s e r ía d e s tr o n a d o a su hom bre barb ad o cubierto por indígena, según la etim ología
v e z p o r u n o d e su s h ijo s , se un largo ab rig o qu e recibe de latina).
a p re s u ró a d e v o r a r a e s to s a R ea la piedra co n la que ha
m e d id a q u e n a c ía n . S o lo e s ­ sustituido al niño Zeus. Crono, CUPIDO
c a p ó el ú ltim o , Z e u s ’, a q u ie n escultura romana. Madrid. Mu­ N o m b re la tin o — q u e sig n i­
R e a h a b ía e s c o n d id o e n C re ta seo A rqueológico Nacional. fica «el d e s e o » — q u e lo s r o ­ Grabado de Barlolozzi sobre el lienzo
d e sp u és de e n g a ñ a r a C ro n o e n ­ -> SATURNO. m anos d ie r o n al E ro s 1 g rie g o . de Parmigianino A m or labrando su
arco. Galería de Dresde
tre g á n d o le u n a p ie d ra e n v u e lta - » EROS, PSIQUE.
en p añ ale s. C u a n d o Z e u s cre ció CTÓNICO
se re b e ló c o n tr a su p a d re y lo E ste a d je tiv o , fo rm a d o so­ ♦ L engua. El térm ino cupido cilios, q u e lo p r e s e n ta n c o m o
d e stro n ó . C ro n o , d e rro ta d o , lú e b re el s u s ta n tiv o g rie g o klilhón se aplica al hom bre enam ora­ u n n iñ o d e s n u d o y a la d o q u e
o b lig a d o a d e v o lv e r la v id a a (« la tie rra » ), se a p lie a a las di­ dizo y galanteador. También se s u e le lle v a r lo s o jo s v e n d a d o s
los h ijo s q u e h a b ía d e v o ra d o y v in id a d e s q u e te n ía n p o r mo­ designa con este nombre a las y v a a r m a d o c o n a rc o , flech as
a c o n tin u a c ió n fu e a r r o ja d o al ra d a h a b itu a l las profundidades representaciones p ictóricas o y c a rc a j.
T á rta ro . d e la tie rra (in c lu s o a u n q u e tu­ escultóricas del amor, o amor- ♦ Lit. c ¡c o n . —> EROS. PSIQUE.
E n la tra d ic ió n re lig io sa ór- v ie s e n re la c ió n c o n e l mundo
fic a . C ro n o a p a r e c e r e c o n c i­ s u p e r io r ) , e s p e c ia lm e n te Ha­
lia d o c o n Z e u s , re c o n c ilia c ió n d e s ', H éeale* y P erséfone*. Es­
q u e m a rc a el a d v e n im ie n to d e ta s d iv in id a d e s e sta b a n ligadas
u n a e ra d e p az y a b u n d a n c ia , la sim u ltá n e a m e n te a las nociones
e d a d d e foro*. d e v id a y m u e rte e n la medida
El c u lto d e C r o n o tu v o e s ­ e n q u e lo s v e g e ta le s , fu en te y
c a s a e x p a n s ió n . C ro n o h a sid o s ím b o lo d e la v id a , h u n d en sus
a v e c e s c o n f u n d id o c o n C ro - ra íc e s y e x tra e n su a lim e n to de
no.s, «el T ie m p o » e n g rie g o , sin la s p r o f u n d id a d e s d e la tierra.

www.FreeLibros.me
DAFNE
D generales. La costumbre se ex­
P e rs e g u id a p o r A polo*, esta tendió a la Edad Media, donde
ninfa* s o lo p u d o e s c a p a r del los poetas, artistas y doctores
d io s c o n v ir tié n d o s e e n la u re l, recibían coronas de laurel, de
p la n ta a la q u e a lu d e su n o m ­ ahí el verbo laurear («pre­
bre. E sta m eta m o rfo sis* , se g ú n miar») y el adjetivo-sustantivo
u n as v e rs io n e s , fu e o b ra d e su laureado, que en la actualidad
p ad re, e l d io s -río P e n e o , y , se ­ designa a una persona galardo­
gún o tra s , d e Zeus*. D e s d e e n ­ nada con diversos premios. La
to n c e s el la u re l f u e la p la n ta palabra bachilléralo, por otra
c o n sa g ra d a a A p o lo , d io s d e la parte, procede de la forma la­
m ú sica y la s artes. tina b accae lauri(atus), que
significa «coronado con bayas
♦ L en g u a . El m ito d e Dafne, d e laurel». Hoy. la corona de
que explica la atribución sim ­ laurel e s el em blem a del Pre­
bólica del laurel al dios Apolo, mio Nobel.
ha dejado las más inesperadas La expresión familiar dormirse
h uellas en nuestra lengua. El en los laureles, que significa
laurel, com o planta consagrada descuidarse o dejar de esfor­
al dios d e la ju v en tu d y d e las zarse después de haber triun­
artes, se utilizaba para coronar fado. tiene tam bién su origen
en la A ntigüedad a los vence­ en e sta asociación del triunfo
d ores d e los concursos de con el laurel de Apolo, asocia­
canto y poesía y también a los ción que, por otra parte, si nos
atletas, y en Roma se convirtió rem itim os al significado del
adem ás en un sím bolo de vic­ m ito, no deja de resultar para­
toria que lucían emperadores y dójica: el laurel sería el re-

www.FreeLibros.me
D A FN IS DÁNAE

cuerdo, m ctam orfoseado pero G u illau m e C oustou (Dafne,


viviente, de uno de los más so­ h. 1721. L ouvre) en e scu l­
nados fracasos d e A polo: su tura.
frustrado am or por la esquiva ♦ M ú s. El la u rel d e Apolo,
Dafne. zarzuela, h. 1657.
♦ L it. El tem a d e los am ores
de Apolo y D afne fue am plia­ DAFNIS
m ente tratado en la poesía de E s te p a s to r , h ijo d e l d io s
los siglos de oro: G areilaso de H erm es* y d e u n a ninfa*, estab a
la V ega, soneto XIII («A c o n sid e ra d o c o m o el c re a d o r de
D afne ya los brazos le c re ­ la p o e s ía p a sto ril o « b u có lica» ,
cían»), 1526-1536: Diego Hur­ e s p e c ia lm e n te e n tr e lo s p a s to ­
tado de M endoza, octava inde­ re s sic ilia n o s . P e rd ió la v is ta y
pendiente («¡H erm osa D afne, lu e g o se q u itó la v id a d e sp u é s
tú que convertida...»), primera d e h a b e r e n g a ñ a d o , e n e s ta d o
mitad del siglo xvt: Juan de d e e b rie d a d , a la n in fa N o m ia,
A rguijo, A polo a D afne, so ­ a q u ie n h a b ía ju r a d o fid elid ad .
neto (1605): Q ue vedo. Fábula —> ARCADIA.
de D afne v A polo. A A polo
persiguiendo a Dafne. /) Dafne ♦ L it. L a le y en d a d e D afnis Grabado de R. Strange sobre el lienzo de Tiziano Dánae.
huyendo de A polo, sonetos ha llegado hasta nosotros so­ Madrid. Museo del Prado
desm itificadores (1605); Juan b re to d o a tra v é s del poeta
de T assis, conde de Vi llam e- g rie g o T eó crito (sig lo m a. titu lad a D afn is y C lo e no e s e m o m e n to re c lu y ó a su hija
diana. F ábula d e Faetón, C .). En sus B ucólicas, V (si­ tien e n ingún elem en to m ito ­ en u n a to rre d e b ronce. D ánae,
A polo y D afne (161 1-1615). El g lo i a. C .), V irgilio describe ló g ic o y se d e sarro lla en un sin e m b a rg o , fu e se d u c id a por
tem a tam bién fue llevado a en can to s am ebeos (cantados nivel e stric ta m en te hum ano, Z e u s ”, q u e se u n ió a e lla m eta-
escena p o r L ope de V ega en alternativam ente por los pas­ pese a lo cual los am ores del m o r fo s e a d o en llu v ia d e o ro .
El am or enam orado, com edia to re s q u e in terv ien en en el pastor Dafnis y de la bella ba­ D e s u u n ió n n a c ió P erseo .
publicada postum am ente en p o em a) la m u erte d e D afnis, ñista C loe n o dejan de reco r­ - > PERSEO.
1635. se g u id a d e su a p o teo sis g lo ­ dar los d e D afnis y N omia.
♦ ¡co n . Son muy num erosas riosa. En el personaje de Daf­ ♦ Lit. Este m ito está muy d i­
las representaciones de este nis algunos eruditos creyeron DÁNAE fundido en la literatura griega,
episodio, tratado, entre otros. v er a Ju lio C ésar, o tro s al M a d re d e P e rs e o '. A c risio , desde H csíodo a Píndaro, y
p o rT ié p o lo (siglo xvm . L ou­ poeta C atulo, pero estas inter­ rey d e A rg o s , e ra e l p a d re d e tam bién en la latina. Lo en­
vre) en pintura, y p o r Bernini pretaciones son poco convin­ Dánae; u n d ía su p o p o r el o rácu­ con tram o s en O vidio (M eta­
IA polo y D afne. 1622-1625. centes. La célebre novela pas­ lo d e D e lfo s q u e m o riría a m a ­ m orfosis. IV) y en Horacio
G alería B orghesc. R om a) y toril d e Longo (siglo tu d. C.) nos d e l h ijo d e D á n a e y d e s d e (Odas. III. 16). En la comedia

www.FreeLibros.me
D A N A ID ES 120 121 DÁRDANO

de T erencio FJ eunuco (siglo ción de los hom bres-rana ita­ los P e la s g o s . L in c e o v e n g ó la DÁNAO
II a. C .), la contem plación de lianos en la seg u n d a guerra m u e rte d e su s h e rm a n o s m a ­ P a d re d e las -> d a na id es .
una pintura que representa el mundial. tando a la s D a n a id e s y a su p a ­
episodio d e la lluvia de o ro dre. E n lo s In fie rn o s " fu e ro n DÁRDANO
hace concebir al protagonista DA NA ID ES co n d en a d a s a lle n a r v an am e n te H ijo d e Z eu s" y d e E lectra,
la idea de violar a la joven o b ­ E s e l p a tr o n ím ic o a p lic a d o un to n el sin fo n d o d u ra n te to d a h ija a su v e z d e A tlas", se casó
je to de sus deseos; san A gus­ a la s c in c u e n ta h ij a s d e Dá- la e te rn id a d . c o n u n a h ija del rey frigio T eu-
tín recuperará e sta escen a en n a o , re y d e L ib ia . D e s p u é s de c r o (e n la tín T e itc e r), a n te p a ­
el lib ro I de sus C onfesion es la s d is p u ta s q u e e n f r e n ta ro n a ♦ L engua. El tonel d e las Da­ s a d o d e la fa m ilia re a l de
(397) com o un ejem p lo ilu s­ e s t e c o n s u h e r m a n o E g ip to naides es una frase metafórica T ro y a* . S e a tr ib u ía a D árd an o
trativo de la influencia pern i­ — y tal v e z ta m b ié n p o r m iedo que designa una fuente de gas­ la c o n stru c c ió n d e e sta ciud ad,
ciosa de la literatura y la m i­ a s u s c in c u e n ta h ijo s — h u y e ­ tos sin fin, una pasión insacia­ d e a h í q u e los p o e tas utilizaran
tología paganas. ro n d e l re in o e n c o m p a ñ ía del ble o una tarea im posible de e l n o m b re « D ard an ia» para d e­
♦ ¡con. La lluvia de oro ha p a d re y s e in s ta la ro n en la Ar- cum plir y que exige continua­ s ig n a r ta n to a la T ró ad e c o m o a
fascinado a los artistas de todas g ó lid a . U n d ía s e p re s e n ta ro n m ente em pezarla d e nuevo. la c iu d a d d e T ro y a , al igual que
las épocas: D ánae recibiendo e n A rg o s lo s c in c u e n ta s o b r i­ D anaidos: nom bre poético e l té r m in o « d a rd a n io » se e m ­
Ui lluvia de Zeus, vaso griego, n o s d e D á n a o p a ra a n u n c ia r a ap licado durante la guerra de p ic a r á c o m o s in ó n im o d e tro-
siglo tv a. C ., L ondres: T i- s u tío s u v o lu n ta d d e re c o n c i­ Troya* a los naturales d e A r­ y a n o (u s o e s p e c ia lm e n te fre ­
ziano. 1553. M adrid. M useo lia c ió n y la i n t e n c ió n d e c a ­ gos e incluso a lodos los grie­ c u e n te en V irg ilio ).
del Prado, pintado para F e li­ s a r s e c o n s u s c in c u e n ta p ri­ gos (Homero). U n a v e rsió n d e l m ito , m uy
pe II (sobre este lienzo realizó m a s . D á n a o c o n s in tió en ello, ♦ Lit. La lista de los nombres e x te n d id a e n Italia, sitú a el n a­
un grabado Robert Strange en p e r o o f r e c i ó c o m o re g a lo de de las D anaides figura en Vir­ c im ien to d e D árd an o en Etruria,
el siglo xviii); T intoretto. si b o d a a c a d a u n a d e s u s h ijas gilio (Eneida, X, 497), Horacio re g ió n d e la q u e h a b ría e m i­
glo xvt, Lyon; B ecerra, 1563. u n a d a g a , o r d e n á n d o l e s que (Odas, III. 2) y en la Biblioteca g ra d o p o ste rio rm e n te p ara in s­
M adrid, palacio de El Pardo; m a ta ra n a su s m a rid o s. L a no­ d e A polodoro (siglo u d. C., II, tala rse e n F rig ia. E sta tradición
Rembrandt. 1636. San Peters- c h e d e b o d a s to d a s d e g o lla ro n 1 .5 y ss.). c o n v ie r te p o r ta n to la región
burgo; Egon Schiele. 1909. co ­ a s u s e s p o s o s e x c e p to H ip er- Un eco interesante del mito c e n tra l d e Ita lia e n la c u n a del
lección particular. m e s tra , q u e p e rd o n ó la v id a de aparece en Las D anaides de p u e b lo tro y a n o . D e e ste m odo,
La D ánae de G irodct (1799, L in c e o p o rq u e la h a b ía re s p e ­ Arturo G raf ( 1897). el h é ro e ' E neas”, al instalarse en
colección privada) es una sá ­ tad o . ♦ ¡con. Su suplicio ha sido las o rilla s d el T íb e r con los su ­
tira de M lle. Lange. L a s D a n a id e s , p u rific a d a s frecuentem ente representado p e rv iv ie n te s d e la g u e rra d e
♦ O h . La p elícu la de F ran ­ d e su c rim e n p o r H erm es" y en la Antigüedad: bajorrelieve T ro y a , h a b ría h ec h o el cam in o
cesco de R obertis, co p ro d u c­ A te n e a ”, c o n tra je ro n seg u n d as del V aticano, cerám icas a n ti­ in v e rs o al d e su a n te p a sa d o
ción italo -fran co -esp añ o la, n u p c ia s c o n jó v e n e s d e la c o ­ g uas de figuras rojas sobre D á rd a n o : e l e x ilio a p a re n te de
solo presenta elem entos mito­ m a rc a . L a ra z a d e lo s D áñaos, fondo ocre del M useo de M u­ lo s tr o y a n o s e x p u ls a d o s de su
lógicos en su título. Dánae. El d e sc e n d ie n te s d e las p arejas así nich. esculturas de mármol del p atria h ab ría sid o en realidad un
lem a de la cin ta es la actu a ­ c o n s titu id a s , s u s titu y ó a la de Vaticano. re to rn o a los o ríg en es.

www.FreeLibros.me
D ÉD A LO 122 123 D ÉDALO

♦ L en g u a . El estrech o d e los u n o s v io le n to s c e lo s , D é d alo lo D é d a lo lle g ó h a sta S ic ilia y se a. C ) . Platón alude a las escul­
D ardanelos. que com unica el a rro jó al v a c ío d e s d e lo a lto de p u so al s e r v ic io d e l re y C o c a - turas de Dédalo, cuya aparien­
m ar E geo y el m ar de M ár­ la A c ró p o lis. Ios. A llí e d ific ó d iv e rs a s c o n s ­ cia de vida es tal que «si no se
mara. tom a su nombre de Dár- C o n d e n a d o al e x ilio p o r su tru cc io n e s p a ra s u n u e v o señ o r, las atara, escaparían y se d a­
dano y de la com arca costera c rim e n , se re fu g ió e n C re ta , en e n tre e lla s u n a c iu d a d e la p a ra rían a la fuga».
de la Dardania. la c o r te d e l re y M in o s* . P a ra g u a rd a r e l te s o ro d e l m o n arca. El tratam iento literario del
♦ Lii. y M ú s. R am eau, en c o m p la c e r a la re in a P a s íf a e ', —> (CARO, LABERINTO, TESEO. m ito retuvo esencialm ente al
1739. tituló D ardan us a una in f la m a d a d e d e s e o h a c ia el E s to s d iv e r s o s r e la to s le ­ Dédalo creador. Aunque en su
tragedia lírica dedicada al p r o d ig io s o to r o q u e P o se id ó n ” g e n d a rio s so n la fo rm a l izac ió n faceta d e audaz inventor del
constructor de Troya: está con­ h ab ía o fre c id o al m o n arca, im a­ im a g in a d a d e u n a c o n c e p c ió n vuelo aparece frecuentemente
siderada com o una de sus prin­ g in ó u n in g e n io s o a rte fa c to fu n d a m e n ta l d e l p e n s a m ie n to confundido con su hijo Icaro. a
cipales obras. c o n s is te n te e n u n a v a c a d e m a­ g rie g o : la a m b iv a le n c ia d e la partir del siglo xtx Dédalo se
d e r a re c u b ie r ta d e c u e r o , g ra ­ te c h n é . e s e te m ib le p o d e r d e convierte en el símbolo del ar­
DÉDALO c ia s al c u a l la re in a , e sc o n d id a c re a c ió n q u e c o n v ie r te al a rte ­ tista m oderno que lucha por la
In g e n ie ro g rie g o q u e p erte- e n su in te r io r , p u d o p o r fin s a n o - a rtis ta e n u n p e rs o n a je salvación por medio de su arte.
n eec al tip o d e héroes* c u y a su ­ u n irs e al a n im a l. D e e s ta unión am b ig u o , d isp e n sa d o r d e v id a y Así aparece en la obra de Víc­
tile z a . in v e n tiv a y h a b ilid a d n a c ió e l M in o ta u ro ”, m o n stru o ’ de m u e rte , c a p a z d e h a c e r v is i­ to r H ugo, en particular en La
m an ual a b re n v ía s a la h u m a n i­ d e c u e rp o h u m an o y cabeza ble lo in v is ib le o d e d is im u la r leyenda de los siglos ( 1859-
d a d y sirv e n d e re fe re n c ia a las d e to r o . A p e tic ió n d e M in o s, lo v is ib le b a jo e l m a n to d e la 1863). donde vuelve a aparecer
c re a c io n e s h u m a n a s. Fin la m i­ D é d a lo c o n s tr u y ó e n to n c e s el ilusión. com o el escultor ejem plar cu­
to lo g ía g rieg a e s el in v e n to r p o r L a b e rin to * , in tr in c a d o re c in ­ yas estatuas se animan, simbo­
an to n o m asia. F ue el p rim e ro en to d o n d e q u e d ó c o n f in a d o el ♦ L engua. La palabra dédalo. lizando la potencia creadora.
re p re se n ta r la fig u ra d e los d io ­ m o n s tru o . M á s ta r d e , p ro p o r­ convertida en nom bre común Pero e s sobre todo con Joyce
s e s al in v e n ta r la e s c u ltu r a , y c io n ó a la e n a m o ra d a A riad n a' al igual que su sinónim o labe­ con quien Dédalo entra a for­
la s o b ra s q u e s u r g ía n d e su s e l o v illo d e h ilo q u e p erm itiría rinto, designa un lugar donde mar parte de la imaginería mo­
m a n o s p a re c ía n d o ta d a s d e a T e se o * , q u e h a b ía a c u d id o a uno puede p erderse, o bien derna. En el Retrato del artista
v id a . C r e ó ta m b ié n v a r ia s h e ­ C r e ta p a r a e n f r e n ta r s e c o n el una complicación inextricable, adolescente (1916), el protago­
rra m ie n ta s in d isp e n sa b le s p a ra M in o ta u ro , s a l ir v ic to rio s o de tanto en sentido literal («un d é­ nista lleva el nom bre de Stc-
el tra b a jo d e a rq u ite c to s y c a r ­ la p ru e b a . F u rio s o , M in o s en ­ dalo d e callejuelas») com o en phen Dedalus y representa al
p in te ro s : la p lo m a d a , la b a ­ c e r r ó a l in g e n io s o a rq u ite c to y sen tid o figurado («un dédalo artista enfrentado con el
r r e n a . la c o la . U n o d e su s a su h ijo Icaro* en el L aberinto, de dudas»). m undo. El laberinto del que
a p re n d ic e s, sin e m b a rg o , a m e ­ p e ro a m b o s c o n s ig u ie ro n esca­ ♦ Lit. Platón (lón, 121). Virgi­ debe huir es un laberinto verbal,
n a zab a c o n s u p e ra r el g e n io d e p a rs e v o la n d o g r a c ia s a unas lio (Eneida, VI; G eórgicas, I) y solo la escritura le permitirá
su m a e s tro al c o n c e b ir a su v ez a la s d e c e ra y p lu m a s c o n stru i­ y O vidio (M etamorfosis. VIII) liberarse y alzar el vuelo, aban­
el c o m p á s y la s ie rra m e tá lic a , d a s p o r D éd alo . recuerdan la figura del indus­ donando simbólicamente la tie­
in s p ira d a e n la m a n d íb u la d e A l m o r ir e l im p ru d e n te trioso griego. En uno de sus rra irlandesa. El Dédalo en
u n a s e r p ie n te . L le v a d o p o r I c a r o , a h o g a d o a n te su s ojos, diálogos, el M em nón (h. 382 Creta ( 1943), del poeta griego

www.FreeLibros.me
D EM ÉT ER 124 125 DEM ÉTER

Angelos Sikelianos, obra en la d id a d . H ija d e C ro n o " y R e a ', an g u stia d a q u e d u ró n u e v e d ía s


que se m ezclan la inspiración p e rte n e c e a la s e g u n d a g e n e ra ­ y n u e v e n o c h e s. E l e m p e ñ o fue
antigua y el cristianism o a tra­ c ió n d iv in a . S u n o m b r e la d e ­ en v an o. H e lio ', q u e to d o lo ve,
vés de una versión lírica de s ig n a c o m o M a d re d e la T ie rra le re v e ló a l fin la v e rd a d . D e ­
Grecia —tierra de lo sagrado en ( d é = d a s e r ía e n d ia le c to d ó ­ m éter s e n e g ó e n to n c e s a reg re ­
todas sus formas— . pone de re­ r i c o e l e q u iv a le n te d e g é , «la sa r al O lim p o ' y c u m p lir su s
lieve otra faceta de la figura mi­ tie r r a » , d e d o n d e se d e riv a n fu n c io n e s d iv in a s . D is f ra z a d a
tológica: aquí D édalo aparece c o m p u e s to s c o m o g e o lo g ía , b a jo la a p a r ie n c ia d e u n a a n ­
com o un organizador político g e o g r a fía , e tc .) . A d if e re n c ia ciana, re e m p re n d ió su d o lo ro so
que ayuda a Teseo a derrocar la d e G e a " , q u e r e p r e s e n ta a la e rra r, q u e la c o n d u jo e s ta v e z
tiranía de Minos. T ie rra en se n tid o c o sm o g ó n ico , h asta E le u sis, d o n d e re c ib ió la
—> ÍC A R O , L A B E R IN T O , M IN O S , D e m é te r e s la d io s a d e la tierra h o sp italid ad d e l re y C é le o y d e
M INO TA U R O , TESEO. c u ltiv a d a , la q u e a lim e n ta a los su esp o sa. C o n tra tad a c o m o n o ­
♦ ¡con. M encionarem os una h o m b re s. A l h a c e rle s e l d o n de d riz a d e l p e q u e ñ o D e m o fo n te ,
notable representación de D é­ lo s c e r e a l e s , e n p a r t ic u l a r del hijo m e n o r d e lo s m o n a r c a s ,
dalo aludo portando la sierra trig o , D e m é te r le s p e rm itió pa­ decidió, m o v id a p o r la g ratitu d ,
y la paleta, bula de oro etrusca s a r d e l e s ta d o s a lv a je a la c u l­ c o n v e rtirlo e n in m o rta l, p a ra lo
del siglo v a. C „ B altim ore. tu r a y la c iv i liz a c ió n . S u le­ cual le s o m e tía to d a s la s n o ­
Deméter o Ceres en la escultura ro­
Dos m otivos d e este m ito han y e n d a o c u p a u n lu g a r esen cial ches a la a c c ió n d e u n f u e g o m ana de Ceres, Roma. Museo del
tenido una especial fortuna e n la re lig ió n g rie g a . —» t e o ­ p u rifica d o r. S o rp re n d id a p o r la Vaticano
iconográfica: el d e D édalo g o n ia . reina, la d io s a d e jó c a e r a l n iñ o
atando las alas de fcaro (re­ D e m é te r tu v o d e su h e r­ d u ra n te la o p e r a c ió n y a b a n ­ d e n e s d e Z e u s, e l a stu to H ades
lieve helenístico d e la villa Al- m a n o Z eu s* u n a h ija a la que donó fu r io s a e l p a la c io , n o sin h iz o q u e P e rs é fo n e , q u e h asta
bani, Roma: Donatello. relieve a d o ra b a , C o re ' . H ades", d io s de antes h a b e rs e d a d o a c o n o c e r y e n to n c e s se h a b ía a b ste n id o de
del palacio R ieardi, siglo xv, lo s In fie rn o s " , s e e n a m o r ó de rec la m ar la c o n s tru c c ió n d e un to d o a lim e n to , c o m ie ra un
Florencia; Canova, mármol, si­ e lla . U n d ía e n q u e la jo v e n re­ tem plo. g ra n o d e g ra n a d a , sím b o lo del
glo x ix , V enecia) y el de la c o g ía flo re s e n u n a p ra d e ra de La d esa p a rició n d e D em éte r m a trim o n io . A s í s e lló el d e s­
caída de Icaro (fresco pompe- S ic ilia , c e rc a del E tn a, la tierra había s u m id o a la tie r r a e n la tin o d e P e rsé fo n e , p u es ningún
yano, siglo i a. C „ N ápoles; se a b rió a su s p ie s y d e su s pro­ d e so la c ió n : e l s u e lo e s ta b a s e r v iv ie n te q u e h u b ie ra c o ­
Bruegel el V iejo, P aisaje con fu n d id a d e s s u r g ió u n c a r r o ti­ yerm o y lo s h o m b re s y a n im a ­ m id o en el re in o d e los m uertos
la caída de ¡caro, siglo xvi, ra d o p o r c u a tro c a b a llo s negros les c o r r ía n p e lig r o d e e x ti n ­ p o d ía v o lv e r a s a lir de ello s:
Bruselas; Rodin. escultura, si­ q u e ra p tó a la jo v e n , a rrastrán ­ guirse. A n te la catá stro fe q u e se d e s d e e s e m o m e n to la h ija de
glo xix. París). d o la al re in o d e la s s o m b ra s ”. a v e c in a b a , Z e u s o rd e n ó a su D e m é te r p e rte n e c ía a lo s In ­
A le rta d a p o r los g rito s d e soco­ herm ano q u e d e v o lv ie ra a la j o ­ fie rn o s . C o m o D e m é te r se n e ­
DEMÉTER rro d e su h ija , D e m é te r recorrió ven, q u e e n lo s In fie rn o s h ab ía g a b a , p e s e a to d o , a a c e p ta r la
A n tiq u ís im a d i o s a ' g r ie g a e l m u n d o c o n u n a a n to r c h a en re cib id o e l n o m b r e d e P e rs é ­ p é rd id a d e f in itiv a d e su h ija ,
d e la n a tu ra le z a y d e la fe c u n ­ c a d a m a n o , e n u n a b ú sq u e d a fone". F in g ie n d o a c a ta r la s ó r- Z e u s e n c o n tr ó u n a fó rm u la

www.FreeLibros.me
D EM ÉT ER 126 127 DEUCALIÓN

c o n c iliad o ra : P e rs é fo n e p e rm a ­ la s T e s m o f o r ia s , c e re m o n ia s latina, que debem os al poeta g rie g o s . Z e u s ', irrita d o p o r el


n e c e ría ju n i o a H a d e s , s u e s ­ q u e c e le b ra b a n las m u je re s ca ­ Claudiano. c o m p o r ta m ie n to d e lo s « h o m ­
p o so . la te r c e r a p a r te d e l a ñ o sa d a s, c a m p o s fé rtiles d o n d e la -A PERSÉFONE. b re s v ic io s o s d e la e d a d de
(en a lg u n a s v e rs io n e s se ría m e ­ s e m illa d e l e s p o s o h a ría nacer ♦ ¡con. En la Antigüedad. De­ b ro n c e » , d e c id ió d e s tr u ir la
d io a ñ o ), p e ro v o lv e r ía a s u b ir h ijo s le g ítim o s , f u tu ro s c iu d a ­ m éter ap arece la m ayoría de ra z a h u m a n a se p u ltá n d o la bajo
a las m o ra d a s o lím p ic a s ', ju n to d a n o s. S u c u lto se e x te n d ía por las v eces ju n to a su hija: D e­ las ag u as. S o lo D eu calión y Pi­
a su m a d re , e l tie m p o restan te . to d o el m u n d o h e lé n ic o , sobre m éter y Core, frontón oriental rr a fu e ro n c o n s id e ra d o s lo su ­
D e e s t e m o d o , e n p r im a v e r a to d o en las re g io n e s p ro d u cto ­ del Partenón. sig lo v a. C., f ic ie n te m e n te v ir tu o s o s p ara
s u b e la s a v ia d e la s p la n ta s y ra s d e tr ig o , c o m o S ic ilia y Louvre; Triptolemo, D em éter e s c a p a r d e l d ilu v io * . P ro m e ­
D e m é te r, f e liz , c u b r e la tie rra C a m p a n ia , d o n d e s e a sim iló a y C ore, relieve, h. 4 4 0 a. C., t e o ', p a d re d e D e u c a lió n , les
c o n un m a n to d e v e g e ta c ió n la d io s a itá lic a C eres* . En A tenas. C itarem os tam bién la a c o n s e jó q u e c o n s tru y e ra n un
d u ra n te el v e ra n o h a sta q u e las e fe c to , se g ú n la le y e n d a D emé­ D em éter d e Cuido, escultura a rc a ; e n e lla flo ta ro n a la d e ­
sem illas c a e n al su e lo y se h u n ­ te r h a b ía e n tr e g a d o a T riptó- en m árm ol del siglo iv a. C. r iv a d u ra n te n u e v e d ía s y
d e n e n la tie r r a , q u e v u e lv e a le m o , u n o d e lo s h ijo s d e Cé- (Londres), que representa a la n u e v e n o c h e s a n te s d e alca n zar
c o n o c e r e n to n c e s la d eso la c ió n le o . u n c a rro tira d o p o r serpien­ diosa sola, sentada y cubierta la c im a d e un m o n te d e T esalia
d el in vierno. t e s a la d a s y e s p ig a s d e trigo por un velo, y la escultura ro­ q u e a ú n s o b r e s a lía d e las
El v a lo r e x p li c a ti v o del c o n la m is ió n d e e x te n d e r su mana de Ceres. Roma. a g u a s . H e rm e s ' le s p ro m e tió
m ito e s e v id e n te : a lte r n a n c ia c u ltiv o p o r to d o e l m u n d o . —> CERES, PROSF.RPINA. c u m p lir e l d e s e o q u e le p id ie ­
d e la s e s ta c io n e s , m is te r io d e D e m é te r a p a re c e frecuente­ se n y D e u c a lió n s o lic itó te n e r
la g e r m in a c ió n , c ic l o d e la m e n te re p r e s e n ta d a c o ro n ad a DESTINO c o m p a ñ e ro s . P a ra r e p o b la r la
v e g e ta c ió n ..., a f ir m a n d o al d e e s p ig a s o c o n u n canastillo, L o s g rie g o s llam ab an A n a g - T ie rra , Z e u s a c o n se jó a lo s es­
m is m o tie m p o e l e s tr e c h o sím b o lo d e fe c u n d id a d ; a veces ké (p ro n u n c ia d o A n a n k é ) a u n a p o s o s q u e a rr o ja ra n « lo s h u e ­
v ín c u lo e x is te n t e e n tr e el a l i ­ s e n ta d a c o n u n a s a n to rc h a s y e sp ecie d e d iv in id a d , o m á s s o s d e s u m a d r e » d e tr á s de
m ento. fu e n te de to d a v id a, y la u n a s e r p ie n te , a n im a l ctónico bien u n a fu e r z a s u p r e m a , q u e e llo s. D e u c a lió n c o m p ren d ió el
m u e rte . L a a lte r n a n c ia q u e se del m u n d o su b te rrá n e o . El nar­ c o n sid e ra b a n s u p e r io r n o so lo c ríp tic o m e n s a je y la n zó detrás
o b s e r v a e n la n a tu r a le z a e s la c is o y la a d o rm id e r a so n tam­ al m u n d o , s in o a lo s m is m o s d e él p ied ras. D e e sto s «huesos
im a g e n m ism a d el d e s tin o d e l b ié n a trib u to s su y o s. dioses". d e la T ie rra » — M ad re u n iv e r­
h o m b re , q u e al ab rirse a la idea El D e s tin o a s í d e f in id o r e ­ s a l— n a c ie ro n lo s h o m b re s, y
d e m u erte y d e resu rre c c ió n ac ­ ♦ L i t. O vidio o frece un ex­ cibía e l n o m b r e d e M oirct (e n d e las p ie d r a s q u e a rro jó P irra
c e d e a la d e v id a e te r n a . E sta tenso relato del mito de Demé­ plural m o ir a s ') . U n a n o c ió n la s m u je re s . L o s h ijo s q u e
e s la re v e la c ió n q u e r e c ib ía el ter al referirse a Ceres en el li­ análoga e ra d e s ig n a d a e n la tín D e u c a lió n tu v o c o n P irra fu e­
in ic ia d o e n lo s s o le m n e s m is ­ bro IV d e los Fastos. En el con el té r m in o F a t u m —» FA- ro n lo s a n te p a s a d o s le jan o s de
te r io s d e E le u s is , q u e c o n s t i­ siglo iv d. C .. el rapto de Pro- TUM, MOIRA / MOIRAS. lo s g rie g o s. E ste m ito d e b e re ­
tu ía n el e le m e n to e s e n c ia l d e l serpina* (nom bre latino de Per- la c io n a rs e c o n el m ito h e b re o
c u lto d e D e m é te r. séfone) se convierte en el tema DEUCALIÓN d e N o é y c o n v a rio s m ito s an á­
L a d io s a e r a ta m b ié n h o n ­ central d e uno d e los últimos E s, ju n t o c o n s u m u je r P i­ logos.
ra d a en A te n a s c o n m o tiv o d e poem as épicos de la literatura rra, el a n te p a s a d o d e lo d o s los DILUVIO, HELÉN.

www.FreeLibros.me
DIANA 128 129 D ID O

♦ Lit. Píndaro (Olímpicas. IX, asociado a la luz lunar que en­ fid elid ad q u e h a b ía h e c h o a su
41 y ss.) y O vidio (M etam o r­ cam a la diosa. d ifu n to m arid o . E n e sta versión
fosis. I. 125-415). En el h ipódrom o francés de del m ito , q u e e s la d e la « c a sta
♦ ¡con. Rubcns. D eucalión y Chantilly se corre el prem io de D id o » , E n e a s n o in te rv ie n e en
Pirra, siglo xvn. Madrid, M u­ D iana, q u e se disputan potri­ m o d o a lg u n o .
seo del Prado. llas jóvenes. En la E n e id a , V irg ilio d e s ­
♦ L it. C ¡con. —> A R TEM ISA 0 p laza te m p o ra lm e n te e s te m ito
DIANA Á RTEM IS. a la é p o c a d e la g u e r r a d e
A n tig u a d i v i n id a d itá lic a T roya", e s d e c ir, tre s sig lo s a n ­
d e la n a tu r a le z a s a l v a je y d e D IDO tes. E n e a s , al q u e u n a te m p e s ­
lo s b o s q u e s , f u e m u y p r o n ­ R e in a d e C a rta g o q u e am ó tad h a b ía a rro ja d o a la s c o s ta s
to a s im ila d a a la A r te m is a ' a E n eas" y se s u ic id ó c u a n d o el a fr ic a n a s , e s re c o g id o p o r los
g rie g a, c u y a m ito lo g ía asu m ió . h éroe* p a r tió d e su la d o . Su h a b ita n te s d e C a rta g o . D id o lo
M á s q u e e n la d io sa" c a z a d o ra , n o m b re tirio e s E lisa. aco g e en su p a la c io y e l h é ro e
lo s ro m a n o s v e ía n e n e lla a la D id o e ra , e n e l s ig lo ix a. re la ta d u r a n te u n b a n q u e te la
h e r m a n a g e m e la d e A p o lo ”; C ., u n a p r in c e s a d e T ir o que c a íd a d e T r o y a y s u s p e r ip e ­ Dido y Ascanio en el lienzo de Gué-
p a ra e llo s e r a s o b r e to d o la tu v o q u e h u ir d e F en icia cias. L a re in a s e e n a m o r a rin Eneas relatando a D ido las
desgracias de Troya (detalle). París.
d io s a d e la c a s tid a d y d e la lu z c u a n d o s u c o d ic io s o h e rm an o p ro n to d e l tro y a n o p o r v o lu n ­
Museo del Louvre
lu n a r , s i m b o liz a d a p o r el P ig m a lió n a s e s in ó a su esposo tad d e V e n u s* . D u ra n te u n a
c u a rto c re c ie n te q u e a d o rn a su S ic a r b a s (S iq u e o e n V irg ilio ). p a rtid a d e c a z a so n s o rp re n d i­
c a b e lle ra . A c o m p a ñ a d a d e n o b le s tirios dos p o r u n a to rm e n ta y se re fu ­ D esp u és d e su m uerte. D ido
lle g ó h a s ta la s c o s ta s africanas gian e n u n a g ru ta , d o n d e D id o fu e h o n ra d a c o m o d io s a y a si­
♦ L en g u a . El nom bre de la y p id ió a lo s n a tiv o s q u e la se c o n v e r tir á e n la a m a n te d e m ila d a a v e c e s a A tin a P e-
diosa, a veces utilizado com o c o n c e d ie s e n « c u a n ta tie rra pu­ E n eas. P e ro e l h é ro e la a b a n ­ renna.
nombre com ún, designa a una d ie s e a b a r c a r u n a p ie l de dona p a ra d irig irse h a c ia Italia,
joven cuyo p u d o r parece re­ b u e y » . Pastos a c e p ta ro n . La d o n d e le a g u a r d a su d e s tin o : ♦ Lit. D espués de Virgilio
chazar todo intento de acerca­ re in a c o rtó e n to n c e s la p iel en fu n d a r u n a n u e v a T r o y a . L a (Eneida, cantos I a IV y canto
miento masculino; el complejo tira s fin ísim a s y c o n s ig u ió de­ re in a , p re s a d e la d e s e s p e r a ­ V I, donde se produce el en­
de Diana, expresión utilizada lim ita r a s í u n a e x te n sió n consi­ c ió n , h a c e le v a n ta r u n a in ­ cuentro de Eneas y Dido en los
en psicoanálisis, designa en d e r a b le d e te r r e n o su fic ie n te m en sa p ir a y se in m o la e n su s Infiernos*), el m ito será reto­
este sentido el rechazo en la p a ra fu n d a r K a rt A d a s h t (C ar­ llam as. E sta v e rsió n v irg ilia n a , mado por O vidio en su cuarta
m ujer de su sexualidad. ta g o ) , q u e lite r a lm e n te quiere re s u lta d o d e la « c o n ta m in a ­ He roida.
Recibe el nom bre d e á rbol de d e c ir « N u e v a C iu d a d » . Más ción» d e d o s le y e n d a s o rig in a ­ La posteridad literaria de Dido
D iana una cristalización arbo­ ta r d e , c o n m in a d a a tom ar ria m e n te in d e p e n d ie n te s e n tre está estrechamente ligada a las
rescente qu e se o b tiene añ a­ c o m o m a r id o al r e y nativo sí, te rm in a ría s u p la n ta n d o a la innumerables versiones, paródi­
diendo m ercurio a una disolu­ Y a rb a s, p re firió su ic id a rs e an­ p rim e ra y a lc a n z a r ía u n a in ­ cas o no, de la Eneida de Vir­
ción de sal de plata, metal te s q u e v io la r e l ju r a m e n to de m ensa fo rtu n a lite ra ria . gilio. que vienen a sum ar un

www.FreeLibros.me
D ID O 130 1 DILUVIO

centenar. Entre las obras que sión primitiva de la leyenda, en de Dido: C oros que describen ♦ Ciit. En una película titulada
conceden un lugar más especí­ la que no aparece Eneas. los estados aním icos d e Dido, D ido no ha m uerto (1987), la
fico a D ido podem os citar el La versión de Lefranc de Poni- del poeta U ngaretti (1953); cineasta napolitana Lina Man-
Román d Eneas (h. 1156), que pignan ( 1734) concede un lu­ Elegía mayor: Cartago, poema giacapre ofrece una lectura fe­
centra su atención en los am o­ g a r m ás d estacad o a las rela­ de L éopold S éd ar Senghor minista de la leyenda de Eneas
res de D ido y Eneas y desarro­ cio n es d e e sta co n Y arbas, el (1979), que ofrece una lectura y Dido.
lla el análisis psicológico del en em ig o de D ido, finalm ente africana d e la leyenda; la n o ­ —> e n e a s , para el artículo en su
personaje de la reina; el Román d errotado p o r E neas. Johann vela E l am or d e una reina, de conjunto.
de la rose, de Guillaume de Lo- Elias Schlcgel ( 1739) recupera D avid L ockie: L a s reinas ne­
rris (h. 1230); el Infierno, de este m otivo, p resentando a gras, novela de Jacqueline Ke- DILUVIO
Dante (D ivina comedia. 1307- D ido com o una intrigante. len (1987); Elisa, reina vaga­ A un q u e la tradición o cc i­
1321). donde figura entre las A unque la figura d e D ido ha bunda, nov ela del tunecino d en tal c o n o c e so b re todo la
suicidas por amor; los Triunfos, sim bolizado en general los su­ Fawzy M ellah (1988). versión bíblica del diluvio a tra­
de Petrarca ( 1352-1370); E l in­ frim ientos de la am ante aban­ ♦ ¡con. T odas las representa­ vés d el m ito d el arc a d e Noé,
fie rn o de los enam orados, de donada, el tem a de la fidelidad ciones de Dido se centran en su m uchas son las m itologías que
Iñigo López de Mendoza, mar­ al esposo m uerto está siempre desgraciada aventura con rela tan un ep iso d io análogo.
qués de Santillana (códice más presente. De este m odo, en Eneas; se la presenta acogiendo E n co n tram o s este tem a esp e­
antiguo de 1444); la D ido en El lirio d e l valle, d e Balzac al troyano (A güero, D ido y cialm ente en la sum eria (donde
Cartago, de A lessandro de (1836), Mme. de M ortsauf apa­ Eneas, siglo xvm. Madrid. M u­ N oé se llam a Z iu su d ra), b ab i­
Pazzi (1524); Carra d e D ido a rece calificada d e «D ido cris­ sco del Prado; Tiépolo, El fe s ­ lónica (aq u í llam ado Ut-napis-
Eneas de H ernando de Acuña tiana» no solo p o r haber sido tín d e E neas en la corte de tim ), in d ia (d o n d e el nom bre
(1570-1580); D i honra de Dido traicionada por Félix de Vande- Dido, siglo xvm, Vicenza; Gué- del héro e salv ad o d e las aguas
restaurada, tragedia d e Lobo nesse. sino tam bién porque en rin. Eneas relatando a Dido las- e s M an u ). irania (donde se
Lasso de la Vega (1587); Dido, nom bre de los principios cris­ desgracias d e Troya. 1817. llam a Y im a) y , p o r últim o, en
reina de Cartago, de Christo- tianos se niega a engañar a su Louvre), ocupándose de la ciu­ la g rieg a (papel desem peñado
pher Marlowe (1594); Los am o­ m arido, aunque su negativa la dad en compañía de su amante p o r D eu calió n '). E ncontram os
res de Dido y Eneas, de Guillén lleve a m orir de tristeza. Jules (T urner, D ido ordenando la tam b ién el m ism o m ito fuera
de Castro (principios del siglo Lemaítre. sin embargo, imaginó construcción de Cartago, siglo del á m b ito in d oeuropeo, en
xvn); Elisa Dido, de Cristóbal en 1905 una continuación feliz xtx, Londres) y, sobre todo, po­ p a rtic u la r en tre las culturas
de Virués (1609). La D ido de del episodio. En la obra teatral niendo fin a sus días tras la par­ a m erin d ia s, p e ro desde una
Pietro Metastasio (1724) inspiró Dido (1823), el dramaturgo ar­ tida de Eneas (C oypel, D i perspectiva cíclica que diferen­
a muchos compositores. Todas gentino Juan Cruz Varela hace m uerte d e Dido, siglo x v n , cia claram e n te los m itos d ilu ­
estas obras tratan prim ordial­ una recreación del capítulo IV Montpellier; Agüero, Salida de v ia n o s d el N u ev o M undo de
mente de sus amores con Eneas, d e la Eneida. E neas d e Cartago, siglo xvn. los del V iejo M undo.
pero una tragedia de Boisrobcrt. Señalem os por últim o una se­ M adrid, M useo del Prado). Tal vez sea posible explicar
D i verdadera D ido o La D ido rie de o bras del sig lo xx cen­ —> ENEAS. el c o n ju n to d e esto s relatos
casta (1642), recupera la ver­ tradas tam bién en la figura ♦ M Ú S. —» ENEAS. co m o el recu erd o , conservado

www.FreeLibros.me
D IO N IS O 132 133 D IO N ISO

e n la m e m o ria c o le c tiv a , d e u n e lla en to d o el e s p le n d o r d e su


le ja n o p e río d o q u e se re m o n ta poder. Z e u s a c ced ió y se le ap a­
a fin a le s d e la e r a g la c ia l d el re c ió e n to n c e s ro d e a d o del
C u a te rn a rio , la lla m a d a g la c ia ­ tru e n o y e l ra y o . L a jo v e n m u ­
c ió n w ü rm ia n a , d o n d e e l d e s ­ rió fu lm in a d a , p e ro Z e u s c o n si­
h ie lo d e e n o r m e s g la c ia r e s g u ió s a lv a r al n iñ o q u e S é m e le
d e b id o al c a le n ta m ie n to d e la lle v a b a e n su v ie n tre y lo in tro ­
T ie rra d e b ió p ro v o c a r un sen si­ d u jo e n su p ro p io m u slo , d o n d e
ble ascen so del n ivel d e lo s m a­ te rm in a ría la g e sta c ió n . A s í na­
re s. q u e d a n d o s u m e r g id a s la s c ió D io n is o , e l re s u c ita d o , «el
tie rra s m á s bajas. n a c id o d o s veces».
—> DEUCAUÓN. Z e u s , p a ra p r o te g e r a su
h ijo d e la m a le v o le n c ia d e
DIONISO H e ra , le o c u ltó b a jo ro p a je s fe­
D ios d e la e x u b eran cia de la m e n in o s e n la c o r te d e l rey
n a tu r a le z a , y m u y e s p e c ia l­ A la m a n te , p e ro H e ra lo d e sc u ­
m e n te de la v iñ a , q u e p ro v o c a b rió y v o lv ió lo c o a l rey . Z eu s
la e m b r ia g u e z , la in s p ira c ió n e n c a r g ó e n to n c e s a H erm es*
d e s e n f re n a d a y e l d e lir io m ís ­ q u e e s c o n d ie s e a l n iñ o e n la Baco en el lienzo de Velázquez Los borrachos, Madrid, Museo del Prado
tic o . S e e n c a rn a en to r o , c a b ra m is te r io s a re g ió n d e N isa
o se rp ie n te , y su s sím b o lo s v e ­ d o n d e , c o n v e rtid o e n cab rilillo , con S ile n o , P ría p o 1 y las m é n a ­ S u v ia je le c o n d u jo h a sta
g e ta le s so n la h ie d r a y la v iñ a fu e e d u c a d o p o r u n a s n in fas", des re c o rrió G re c ia c a n ta n d o y A s ia , d o n d e C ib e le s" le in ició
e n ro s c a d a s e n to rn o a un b á c u ­ las m é n a d e s' , y p o r el sa b io Si- b ailand o al so n d e lo s ta m b o ri­ e n su s m iste rio s y le c u ró d e la
lo p a ra fo rm a r el tirso . S u á m ­ l e n o \ q u e le e n s e ñ ó e l a rte de les. E n T ra c ia c a stig ó co n la lo ­ lo c u ra d e H era. M o n tad o sobre
b ito e s el d e la a fe c tiv id a d . S e to c a r la fla u ta y le h iz o d e sc u ­ cura al re y L ic u rg o , q u e s e h a­ u n c a r r o tir a d o p o r p a n te ra s ,
le c o n o c e ta m b ié n c o n el n o m ­ b rir e l v in o , c o n el c u a l se em ­ bía re s istid o a a c e p ta r s u cu lto : a d o r n a d o d e p á m p a n o s y de
bre d e B aco”, n o m b re q u e ad o p ­ b ria g a ría a le g r e m e n te c o n sus L ic u rg o , e n u n a c c e s o d e lo ­ h ie d r a , D io n is o lle g ó a la In ­
ta ro n lo s ro m a n o s . N o n a c ió c o m p a ñ e ro s. cura, se c o rtó u n a p ie rn a y m u ­ d ia . A llí p o r d o n d e p a sa b a las
d io s, sin o q u e a d q u irió la d iv i­ H e ra , s in e m b a r g o , logró tiló a su s h ijo s. El sem id ió s e m ­ g e n te s a c la m a b a n su s p r o d i­
n id ad p o sterio rm en te. d e s c u b r ir s u p a ra d e r o y le in­ barcó m á s ta rd e p a ra c o n tin u a r g io s . S in e m b a rg o , d e re g re so
E ste s e m id ió s ', h ijo d e fu n d ió la lo c u ra . D io n is o se su v ia je , p e r o c o m o e l c a p itá n al A tic a , su p e re g rin a je le c o n ­
Z e u s ' y S é m e le , la h ija d e H a r­ c o n v irtió e n to n c e s en B acchos, p re te n d ía v e n d e rle c o m o e s ­ d u jo h a s ta u n a c iu d a d q u e se
m o n ía1 y del rey teb an o C adm o , e l « p r iv a d o d e ra z ó n » , y eni- clavo, D io n is o h iz o en lo q u e c e r n e g ó a re c o n o c e rle : T e b a s’. El
tu v o un n a c im ie n to m ila g ro so . p e z ó a r e c o r re r el m u n d o con­ a to d a la trip u la c ió n , q u e sa ltó héroe" p ro v o c ó la lo cu ra d e las
S é m e le , in s tig a d a p o r la c e lo ­ v in ié n d o se p ara los h o m b res en por la b o rd a y fu e m e ta m o rfo - te b a n a s y la m u e rte a tro z d e su
sa H e r a ', e x ig ió a su d iv in o un lib e rta d o r. A c o m p a ñ a d o de seada e n d e lf in e s al to c a r el rey , P e rn e o '. A n te s d e alcan zar
a m a n te q u e se m o s tra ra a n te su a le g r e c o r te jo d e sátiros", agua. e l O lim p o " , d o n d e fin a lm e n te

www.FreeLibros.me
D IO N IS O 134 135 D IO N ISO

se le o to r g a r ía e l r a n g o d e El adjetivo ditirúm bíco, for­ las G eórgicas (39-29 a. C .) y ses. 1888). En realidad. Nietzs­
d io s , D io n is o d e s c e n d ió a lo s mado sobre el sustantivo diti­ la E neida (19 a. C .) canta al che recurre al nombre del dios
In fie rn o s ' p a ra b u s c a r a su m a ­ ram bo (v erso de ritm o muy «dios q u e dispensa alegría». p ara designar uno de los con­
d re S é m e le , q u e fu e in m o rta li­ m arcado cantado en honor del Por las m ism as fechas, Tibulo ceptos fundam entales de su
z a d a y c o n v e r t id a e n la d io s a dios), designa al énfasis de una invoca su presencia para las pensamiento: el aspecto dioni-
T io n e . alabanza exaltada. fiestas agrestes; Horacio, espe­ siaco. Lo dionisiaco aparece
El c u lto d e D io n is o a d o p ta Los antiguos llamaban dionisia cialm ente. com pone en sus primero en oposición a lo apo­
a m e n u d o lo s ra s g o s d e u n a a una piedra a la que atribuían O das cantos báquicos en honor líneo en El nacim iento de la
re lig ió n m is té ric a . R o m a c o n ­ las v irtudes d e d a r sabor de del dios. tragedia ( 1872), donde la pa­
fu n d e m u y p r o n to a D io n is o vino al agua y actuar com o re­ La literatura eu ro p ea evoca reja antitética representa las dos
— o B aco — c o n e l a n tig u o d io s m edio para la embriaguez. p rim ero la figura del d ios fuerzas creadoras cuya fusión
la tin o L íb e r P a te r . D io n is o ♦ Lit. L as penalidades y la del vino, com o en B aco en está en el origen del arte: el
s im b o liz a p a r tic u la r m e n te la apoteosis d e D ioniso fueron T oscana, d itiram bo en honor ensueño y el arrebato. Muy
a m b iv a le n c ia d el v in o , a la v ez una poderosa fuente de inspira­ del vino d e Francesco Redi pronto, sin em bargo, lo apolí­
re m e d io y d r o g a d e te m ib le s ción para los autores griegos y (1685), o en las B acanales de neo tiende a difum inarse en
e fe c to s. latinos. La litada, VI, evoca su G iovanni Pindem onte (1785), beneficio de lo dionisiaco, as­
—> BACANTES, BACO. lucha contra Licurgo; Píndaro obra prerromántica. Pero habrá pecto a través del cual Nietzs­
le canta en sus Odas y refiere, que esperar hasta el siglo xix che expresa, contra la moral
♦ Lengua. Se califica de dio- en una de sus Olímpicas (11). la para que aparezcan los prim e­ negadora del cristianismo, el sí
nisiaeo a lo que es fruto de la m uerte d e «Sém ele, la de las ros signos d e renovación de rotundo a la vida, la suprema
inspiración desordenada, exce­ largas trenzas». El teatro griego esta figura mítica. Así, Baudc- afirm ación de la voluntad de
siva y todavía no controlad a concede un lugar privilegiado laire evoca en su poem a en vivir. Esta oposición entre «una
por la razón. al dios, a quien celebraban en prosa titulado «El tirso» (atri­ justificación de la vida, incluso
M uchos térm inos teatrales se el inm enso teatro d e Atenas: bulo esencial del dios) la doble en sus aspectos más aterrado­
relacionan con el m ito de Dio­ Eurípides, en Las bacantes n aturaleza de la inspiración res, más equívocos y más men­
niso, a quien los grieg os h a­ (406 a. C .). presenta una ima­ p oética, m ezcla de rig o r y de daces», y el ideal decadente del
bían reconocido com o el dios gen aterradora del dios, mien­ libertad (Pequeños poem as en cristianismo, hostil a la vida, se
del teatro: la palabra com edia tras que Aristófanes, en Las ra­ prosa. 1868). traduce en la fórmula «Dioniso
proviene de cornos, el canto nas (405 a. C ) . nos muestra un Será con la reflexión de Nictzs- contra el Crucificado» lEcce
alegre y licencioso de su co r­ dios festivo que debe ir a bus­ che cuando la figura de D io­ homo. 1888). Al resucitar la
tejo: tragedia procede de la c a r a los Infiernos al mejor niso. que atraviesa toda su antigua forma del ditirambo.
voz tragos, el chivo que se sa­ poeta trágico. obra, adquiera una amplitud sin Nietzsche confiere a su pensa­
crificaba a este dios; el dram a Los rom anos retuvieron esen­ precedentes. Nietzsche se pro­ miento una expresión poética y
satírico se organizaba, en su cialm ente la im agen risueña clama repetidamente «el último pone en labios del propio dios
origen, en torno al canto de los del dios del vino y de la fertili­ discípulo del filósofo Dioniso» un canto de santificación de la
sátiros, vinculados al cortejo dad d e los jard in es: Virgilio, (M ás a llá d e l b ien y d el mal. vida <D itiram bos de Dioniso.
de Dioniso. en las Bucólicas (42-37 a. C.), 1885; El crepúsculo d e los dio­ 1888-1895).

www.FreeLibros.me
D IO S C U R O S 136 137 D IO SC U R O S

La figura de Dioniso en la lite­ (T riunfo d e Baco, pavim ento lu x , fr u to d e lo s a m o r e s d e


ratura m oderna parece haber procedente d e la antigua Ta- Z e u s ' y L e d a '; s o n h e rm a n o s
sido profundam ente influida rraco, siglo i a. C .. Tarragona; d e H elen a" y C lile m n e s lra ”. S u
por la lectura nietzschcana. Así Triunfo d e Baco, m osaico ro­ o rig e n y n a c im ie n to d ie ro n lu­
puede observarse en la obra m ano procedente de Zaragoza. g a r a d if e re n te s v e rs io n e s . S e ­
de Hugo von H ofm annsthal. M adrid. M useo Arqueológico gún la m á s d ifu n d id a , d e sc o n o ­
Ariadna en N axos (1910), que Nacional). M ás tarde se tendió c id a e n lo s p o e m a s h o m é ric o s'
escenifica el en cuentro de a potenciar su faceta de rey de p ero m u y e x te n d id a a tra v é s d e
A riadna' y D ioniso. y cuya los bebedores: C aravaggio, los a u to r e s tr á g ic o s d u ra n te la
adaptación m usical fue reali­ Baco. h. 1595, Florencia, Ga­ é p o c a c lá s ic a ( s ig lo v a. C .),
zada por R ichard S trauss. En lería de los U ffi/i; Velázquez, L eda se h a b ría u n id o la m ism a
«F.1 m úsico d e Saint-M erry» L o s borrachos (T riunfo de n o c h e a su e s p o s o T in d á re o ,
(C aligram as, 1918), A polli- Baco), 1628. M adrid. Museo rey d e E s p a rta , y a Z e u s , q u e
naire superpone la leyenda del del Prado. Su figura aparece en h ab ía a d o p ta d o la fo rm a d e un
«encantador de ratas» a la fi­ piezas destinadas al servicio de cisne p a ra se d u c irla . L e d a p u so
gura m ítica d e D ioniso, que m esa (B a co sobre un tone!. un h u e v o d el q u e n a c ie ro n d o s
sim boliza la fuerza vital aso­ centro de mesa en porcelana de p a re ja s d e g e m e lo s : C á s to r y
ciada a la creación artística. La Saxe, 1775. Zurich; recipiente P ó lu x , p o r u n la d o , C lite m n e s-
oposición entre las dos fuerzas para vino en form a d e Baco. tra y H e le n a p o r o tr o . P e ro Cástor y Pólux (Grupo de san Ilde­
m ie n tra s C á s to r y C lite m n e stra fonso). Madrid, Museo del Prado
creadoras, la apolínea y la dio- siglo x v in . B urdeos) y en los
nisiaca. es igualm ente el eje rótulos d e tabernas y despa­ serían h ijo s m o r ta le s d e la p a ­
central de la obra de Tilom as chos de bebidas (rótulo del Co­ reja real, P ó lu x y H e le n a serían seo ". A la s ó rd e n e s de Jasó n "
M ann M uerte en V enecia nejo Blanco, siglo xvm, París). el fru to d iv in o d e la u n ió n d e p a rtic ip a n ta m b ié n e n la e x p e ­
(1913). D alí aporta una versión muy L eda c o n Z e u s. L o s g e m e lo s, a d ic ió n d e los A rgonautas", en el
—> A PO LO , ARIAD N A. personal del d ios en su lienzo q u ie n e s a v e c e s se d e s ig n a co n c u r s o d e la c u a l s e d is tin g u e n
♦ Icó n . D ioniso aparece re­ D ioniso escu p ien d o la vista el p a tr o n ím ic o d e T in d á r id e s c o m o g u e rr e ro s en la b a ta lla
presentado en m últiples cerá­ p a n orám ica d e C aduques so­ (« h ijo s d e T in d á re o » ), so n c o ­ q u e e n fre n tó a la tripulación del
m icas griegas, especialm ente b re la punta d e la lengua de n o cid o s s o b re to d o p o r e l a p e ­ A rg o " c o n tr a las tro p a s del rey
las destinadas a beber (finco en una m u jer d e tres anaqueles, lativo p re stig io so d e D io scu ro s, d e lo s b ébrices.
un banquete, siglo v a. C., 1958. co lección A. Reynolds pues a m b o s se b en e ficia n en a l­ S u d iv in iz a c ió n p re m a tu ra
Louvre), y también en escultu­ Morse. g u n a s o c a s io n e s d e la p a te r n i­ e x p lic a su au se n c ia en la guerra
ras de bulto redondo (Dioniso. ♦ Cin. —>BACANTES. dad d iv in a . d e T ro y a " , c u y a c a u s a fu e sin
siglo iv a. C .. T arragona), en H é r o e s ' d ó r ic o s p o r e x c e ­ e m b a r g o su h e rm a n a H elen a.
los relieves esculp idos en los D IO SC U R O S le n c ia , a m b o s d ir ig e n u n a e x ­ E n e fe c to , u n a lu c h a h o m icid a
tem plos (frontón este del Par- L o s D io s c u r o s (e n g rie g o p e d ic ió n c o n tr a el A tic a p a ra c o n tr a d o s p rim o s s u y o s — a
tenón, siglo v a. C .), o bien D io s K auro'i. « h ijo s d e Z eus») re s c a ta r a s u h e rm a n a H e le n a , q u ie n e s s e g ú n u n a s v e rsio n e s
en pavim entos y m osaicos s o n lo s g e m e lo s C a s to r y Pó- q u e h a b ía sid o ra p ta d a p o r T e - d isp u ta b a n su s p ro m etid as (lia-

www.FreeLibros.me
D IO S E S 138 139 D IO S E S

m a d a s la s L e u c íp id e s , h ija s d e lux. escultura griega d e la es­ no se le s p u e d e c a lific a r d e s o ­ su b sistid o siem p re, co m o un te­
su tío L e u c ip o . h e r m a n o d e c u e la d e P raxíteles conocida b re n a tu ra le s y a q u e p e rte n e ce n lón d e fo n d o , en la id ea q ue los
T in d á re o ) y q u e se g ú n o tra s e s ­ con el nom bre de G rupo ¡le a su v e z a la n a tu r a le z a , en a n tig u o s s e h a c ía n de los d io ­
tu v o o rig in a d a p o r u n ro b o d e san Ildefonso. M adrid, Museo c u y o s e n o o c u p a n e v id e n t e ­ se s . C o n el tie m p o , sin e m ­
g a n a d o — p ro v o c ó la m u e rte de del Prado; Coysevox, escultura m en te u n lu g a r p riv ile g ia d o . b a rg o , se fu e ro n d ifu m in a n d o
C a sto r. P ó lu x , h e rid o , fu e re c o ­ del parque de Versalles, 1712. P o se e n u n c a rá c te r a n tro p o ­ p o c o a p o c o e n b e n e fic io de
g id o p o r su p a d re Z e u s y tra n s ­ O tras v eces se les representa m órfico m u y d efin id o , p e ro q u e o tro s c a ra c te re s, p sico ló g ico s y
p o rta d o a l O lim p o * , p e r o r e ­ en el episodio del rapto de las e s re s u lta d o d e u n a e v o lu c ió n m o ra le s, q u e c o n s titu y e n ta m ­
c h a z ó la in m o rta lid a d m ie n tra s hi jas de Leucipo: Rapto de las o p e ra d a e n el tra n s c u rs o d e los b ién la p e rs o n ific a c ió n de c u a ­
su h e rm a n o p e r m a n e c ie s e e n Leucípides p o r C ásior y Pólux. sig lo s. E n e f e c to , m u c h o s d e lid a d e s p ro p ia m e n te hum an as:
lo s In fie rn o s* . E l s e ñ o r d e l vaso griego, h. 400 a. C., Lon­ ellos p re s e n ta n ra sg o s « n atu ris- la a u to rid a d so b e ra n a e n Z eus,
O lim p o le s o f r e c ió e n to n c e s dres: R ubens, C ásior y Pólux tas» , e s d e c ir , p e rs o n ific a n fe ­ e l s e n tid o d e la b e lle z a en el
c o m p a rtir un d ía d e c a d a d o s el raptando a las h ija s d e Leu- n ó m e n o s n a tu r a le s q u e fu e ro n c a s o d e A p o lo o el e s p íritu d e
re in o d e los d io se s". E n a u to re s cipo. h. 1620. Munich. sacralizad o s p o r el p en sa m ien to c a s tid a d en A rte m isa . P ero , lo
m á s r e c ie n te s . Z e u s c o lo c ó a ♦ M u s. R am ean, en su ópera an tig u o . E n e s te s e n tid o Z eus", q u e e s m á s im p o rtante, cad a d i­
a m b o s g e m e lo s e n la c o n s te la ­ C astor y P ó lu x (1737), evoca p o r e je m p lo , d e s e m p e ñ a e v i ­ v in id a d te r m in ó a d q u irie n d o
c ió n d e G é m in is. el m om ento en q u e Pólux dentes fu n c io n e s « m e te o ro ló g i­ u n a v e rd a d e r a p e rs o n a lid a d ,
E s to s jó v e n e s h é ro e s , g u e ­ acep ta d escen d er a los In­ cas»: c o m o s u c e s o r d e U ra n o ' , tan to física c o m o m oral. D ioses
rre ro s v ig o ro so s, p a sa n p o r s e r fiernos para q u e su herm ano es el C ie lo lu m in o s o , c o m o in ­ y d io s a s se c o n v irtie ro n de este
lo s p ro te c to r e s p a r tic u la r e s d e pueda regresar a la tierra y en­ dica c la r a m e n te s u n o m b re m o d o en e n tid a d e s fuertem ente
lo s m a rin o s d e b id o a su c o n d i­ contrarse con la mujer que am­ (-4 LENGUA)-, e s tam b ién el d io s in d iv id u a liz a d a s , e x p e rim e n ­
c ió n d e A rg o n a u ta s . L os D io s- bos am an (idilio inventado por de la to rm e n ta , d e la te m p e sta d ta n d o to d o s lo s se n tim ie n to s y
e u ro s e ra n r e v e r e n c ia d o s , ta n ­ el compositor); la obra termina y d e la llu v ia fe c u n d a n te , e n la a d o p ta n d o lo d o s los c o m p o rta ­
to e n E s p a rta c o m o e n R o m a con Z eus co n ced ien d o el don m ism a m e d id a e n q u e su h e r ­ m ie n to s p ro p io s d e lo s se res
— d o n d e s e les d e d ic ó un te m ­ d e la inm ortalidad a los dos m ano P o s e id ó n p e rs o n ific a el h u m an o s. L a có lera y la piedad,
p lo en e l F o ro — . c o m o s ím b o ­ herm anos y a la jo v en , que se e le m e n to líq u id o ( e s p e c ia l­ e l a m o r y lo s c e lo s , la b en ev o ­
lo s d e la v irtu d g u e rre ra y d e la convierten en estrellas. m en te e l m a r in o ), s u h e rm a n a le n c ia y el d e s e o d e v en g an za,
s o lid a rid a d fra te rn a . G eorges B rassens, en Les Co- D e m é te r” la tie r r a f é r til o su s so n un p atrim o n io q u e co m p ar­
- 4 ARGONAUTAS. p ains d'ahord. ofrece una ima­ hijos A p o lo ” y A rtem isa* la luz te n lo s d io s e s y lo s sim p le s
gen más bien peyorativa de los solar y la lu z lu n ar, re s p e c tiv a ­ m o rta le s , a q u ie n e s P ro m e te o ’
♦ ¡con. U nas veces aparecen dos herm anos míticos. m ente. c re ó , d e h e c h o , a im ag en y se­
representados junios: C ásior y E s to s c a r a c te r e s , q u e o b li­ m e ja n z a d e lo s d io s e s ( - 4 h u ­
Pólux. ánfora griega, siglo vi D IO S E S y D IO S A S gan a v e r e n lo s d io s e s m ito ló ­ m a n i d a d ). E n e s te s e n tid o v i­
a. C .; estatu as co lo sales que L o s d io s e s y d io s a s d e la gicos la p e r s o n if ic a c ió n d e v en a v e n tu ra s, luch an entre s í o
adornan el m onte C av allo en m ito lo g ía so n s e r e s d e u n a na­ «fuerzas d e la n a tu ra le z a » a d o ­ e s ta b le c e n a lia n z a s , e x p e r i­
Roma, réplica d e obras griegas tu r a le z a d is tin ta a la h u m an a: radas p o r lo s a n te p a s a d o s p ro- m en tan p e n a s y a le g ría s y, aun­
del siglo v a. C : C ásior y P ó­ p e ro a u n sie n d o so b reh u m an o s to h istó rico s d e lo s g rie g o s, han q u e n o p u e d e n m o rir, no p o r

www.FreeLibros.me
D IO S E S 140 141 D IO S E S

e llo so n in v u ln e ra b le s . E n u n a gana, e ra la m orada de un dios, — dy - ew - n > gr. Zen (acu­ manas o primas. En cambio, la
p a la b r a , s o n « h u m a n o s » en y por tal m otivo so lo los sacer­ sativo de Z eus) y lat. diem palabra griega théos, «dios».
m u c h o s s e n tid o s y d e n in g ú n dotes — servidores de la divini­ (acusativo d e diu s), sobre 1 1 0 está vinculada a esta raíz y

m o d o ap arecen c o m o se res p e r­ dad, en el sen tid o m ás estricto el que se construirá el no­ su etim ología sigue siendo in­
fe cto s, in a c c e sib le s a la s p a s io ­ del térm ino— tenían derecho a minativo dies, «el día». cierta.
n e s o im p e rm e a b le s a l s u f r i­ pen e trar en él, m ien tras q u e el Pero la forma d ius subsiste en ♦ Lit. El historiador romano
m ie n to . C o m o lo s h o m b r e s , co n ju n to de lo s fieles estaba el adjetivo diurnus, del que Tácito (h. 55-h. 120) y su coe­
e s tá n s o m e tid o s a l D e s tin o ', o b lig a d o a p e rm a n e c e r en el proviene el derivado «diurno». táneo el historiadorjudío Flavio
fu e rz a su p re m a a n te la q u e d e ­ ex terio r delante del tem plo (en De m odo q u e, a p esar de las Josefo, relatan que durante la
b en in c lin a rse . latín p r o fa n o , de ahí el adjetivo apariencias, palabras tan dife­ guerra de Judea, en el siglo i de
L o q u e le s d if e r e n c ia fu n ­ «profano»). rentes com o Zeus, dios, una nuestra era. una voz sobrehu­
d a m en talm en te de los h o m b res, d iva (de la óp era), el su stan ­ mana anunció en el templo de
a d e m á s d e lo s in m e n s o s p o d e ­ ♦ L en g u a . N o creem os inútil tiv o d ía o el ad jetiv o diurno Jerusalén: «Los dioses se van»,
re s d e q u e d is p o n e n , e s p o r u n presentar sucintam ente la raíz proceden d e la m ism a raíz y anunciando con estas palabras
la d o la in m o rta lid a d , q u e les es indoeuropea de donde deriva la so n . etim o ló g icam en te, her­ el final del paganismo.
c o n f e r id a a tr a v é s d e un a li­ palabra dios (entre otras). Esta
m e n to e s p e c ífic o , la a m b ro s ía ', raíz se presenta b ajo la forma
s ie n d o lo s ú n ic o s s e r e s v iv o s dey- (en grado «reducido» dy-¡;
q u e se b e n e fic ia n d e e lla , y p o r su sentido fundamental es «luz
o tro la d o la in v is ib ilid a d . P u e ­ del día» y recibe un sufijo -e w
d e n s in e m b a r g o , si a s í lo d e ­ (en grado «reducido» -w), lo
s e a n , m a n if e s ta r s e a n te lo s que da las formas siguientes:
m o rta le s , b ie n b a jo a p a rie n c ia — dey - w - os > lat. deus,
h u m a n a o a d o p ta n d o c u a lq u ie r «dios», sobre el que se for­
o tro asp e c to . m ará dea, «diosa»;
A b a n d o n a n d o y a el te rre n o — dey - w - a > lat. diva, ori­
p u ra m e n te m ito ló g ic o p ara e n ­ ginariam ente «diosa», so­
tr a r e n el m á s e s p e c ífic a m e n te bre el q u e se form ará el
re lig io so , s e ñ a la re m o s q u e e n ­ masculino divus, «divino»;
tr e lo s a n tig u o s e x is tía a s i­ — d y - w - os > gr. dios, «di­
m is m o la n o c ió n d e u n a p r e ­ vino»;
se n c ia re a l y v isib le d e lo s d io ­ — dy - cw - s > gr. Zeus y lat.
s e s e n su te m p lo , e n c u y o D ius o ¡us, que aparece en
in te rio r re s id ía n e n c a rn a d o s en el nom bre lup p iier (Júpi­
la e s ta tu a q u e les re p re s e n ta b a ter), derivado de lux pa tery
en el re c in to s a g ra d o . U n te m ­ análogo del sánscrito Diaus
p lo , d e s d e la p e r s p e c tiv a p a ­ pitah, «el padre luminoso»;

www.FreeLibros.me
ECO
E lo material y, en sentido más
E sta ninfa* d e lo s b o sq u e s y general, cualquier repetición de
las fu e n te s tu v o u n trá g ic o d e s­ un término. La ecolalia, o repe­
tino. E co , m u y c h arlatan a, ac o s­ tición de las palabras utilizadas
tu m b rab a a d is tra e r la a te n c ió n por un interlocutor, es síntoma
d e H e ra ' m ie n tra s Zeus* s e e n ­ de un estado patológico.
tregaba a su s av en tu ras galantes. ♦ Lit. Aristófanes en Las fie s­
Hera, sin em b arg o , d e sc u b rió un tas d e C eres (siglo v a. C.) y
día la in trig a y , lle n a d e fu ria, la O vidio en las Metamorfosis.
c o n d e n ó a q u e s o lo p u d ie ra re ­ III. recogen el mito de Eco.
petir las últim as p alabras q u e es­ La historia de Eco y Narciso
cu ch ara. M á s ta rd e , la n in fa se fue am pliam ente tratada en la
en am o ró d e N arciso* sin s e r c o ­ poesía de los siglos de oro: Fá­
rre sp o n d id a p o r e s te : E c o fu e bula de Narciso, de Hernando
m arch itán d o se d ía a d ía y a d e l­ de A cuña (1570-1580) y Gre­
gazó h a s ta ta l p u n to q u e so lo go rio S ilvestre (siglo xvi);
q u e d ó d e e lla s u v o z d o lie n te . Narciso, soneto de Juan de Ar-
Según o tra versión, e l d io s Pan", guijo (1605); F.t Narciso, de
d e sp e c h a d o p o r e l re c h a z o d e B erm údez y A lfaro (1618);
Eco, o rd e n ó q u e fu e ra d e s p e d a ­ Eco y Narciso, de Faría y
zada p o r u n o s p a s to re s ; d e sus S ousa (1620); Fábula de Eco
m ie m b ro s d is p e rs o s p o r lo s de Tam ayo de Salazar (1 6 3 1);
m o n tes to d a v ía se e le v a n las A Narciso y Eco, de Miguel de
quejas la stim e ra s d e la ninfa. Barrios (1655).
La fábula tam bién ha sido lle­
♦ L engua. Un eco designa el vada a escena: C alderón de la
sonido reflejado por un obstácu­ Barca. Eco y Narciso, comedia

www.FreeLibros.me
ED A D D E O R O 144 145 ED A D D E O R O

palaciega (1661); so r Juana h o ra d e la m u e rte « p a re cía n su­ h ib r is ' (la d e s m e s u ra ) y en la prim era vez en Hesíodo (Los
Inés d e la C ruz, El divino c u m b ir a u n d u lc e su e ñ o » . P o ­ v io len cia. trabajos y los días, h. 106) y se
Narciso, versión «a lo divino» se ía n to d o sin n e ce sid a d d e tra­ E n L o s tr a b a jo s y lo s días, convirtió muy pronto en un
de la com edia de C alderón b a ja r o d e lu ch ar: « E l s u e lo fe­ de H e sío d o , e l « m ito d e las ra ­ tópico de la literatura, espe­
(h. 1680). Ya en el siglo x x . c u n d o p ro d u c ía p o r s í so lo una zas» c o e x is te c o n un re la to an- cialmente en la poesía elegiaca
M ax A ub hizo una versión a b u n d a n te y g e n e ro s a c o se c h a tro p o g ó n ic o m u y d iferen te. latina del siglo i a. C . con au­
teatral vanguardista del m ito y e llo s v iv ía n d e su s c a m p o s , E n R o m a , lo s m o ra lis ta s tores com o Calido, Propercio.
en Narciso (1927). e n la a le g ría y la p az, e n m edio d e s a r ro lla rá n c o n e n tu s ia s m o T ibulo y O vidio. Virgilio, sin
d e b ie n e s sin c u e n to .» e ste te m a ; la e d a d d e o ro a d ­ em bargo, en el canto I de sus
EDAD D E O R O V in o a co n tin u a c ió n la edad q u ie re e n to n c e s la a u re o la d e G eórgicas (39-29 a. C .). in­
P eríodo m ítico d e los o ríg e ­ d e p lata , q u e c o rre sp o n d e ría al un « p a ra íso p erd id o » en el q u e vierte con gran originalidad el
n e s de la h u m a n id a d ' en el q u e re in a d o d e Z e u s , ca racterizad a re in a b a la J u s tic ia . C e le b ra r sentido del mito al presentar el
los h o m b re s v iv ían en la fe lic i­ p o r u n a rela tiv a d e g ra d a c ió n en esta e ra m ític a y las co stu m b re s final de la edad de oro como
d a d m ás c o m p le ta e n u n a esp e ­ re la c ió n c o n la a n te rio r. C o n la a n tig u a s e ra n a c tiv id a d e s q u e un acontecimiento positivo que
c ie d e p a r a ís o te r re s tre . El e d a d d e b ro n c e la d e g rad ació n p articip ab an d e la sá tira so cial. perm itió que los hombres pu­
« m ito de las razas» , tal c o m o lo se a c e n tú a y a p a re c e n fen ó m e­ Esta e d a d d e o ro co rresp o n d e al dieran escapar de una emú me­
re fie re H e sío d o , p e rm ite c o n o ­ n o s c o m o el b an d id aje y la gue­ rein ad o d e S a tu r n o ’, q u e se h a ­ cedora felicidad preestable­
c e r en e s ta d o p u ro un p e n s a ­ rra . T r a s la e d a d d e bronce bía re fu g ia d o en el L a c io d e s ­ cida. dándoles la oportunidad
m ie n to m ític o v iv o q u e re f le ­ v ie n e la raz a d e lo s héroes", re­ pués d e h a b e r s id o d e s tro n a d o de crearse, en la alegría y por
x io n a so b re la d e c a d e n c ia d e la p re s e n ta d a e s p e c ia lm e n te por p o r su h ijo Jú p ite r" . C o n S a ­ medio del trabajo, una edad de
so c ie d a d d e su tie m p o . C u e n ta lo s h é ro e s d e T ebas* y lo s pro­ tu rn o , la c iv iliz a c ió n d io su s oro más auténtica. A nterior­
H e s ío d o q u e fu e r o n c in c o las ta g o n is ta s d e la g u e rr a de p rim e ro s p a s o s : e n s e ñ ó a los m ente. en su cuarta Bucólica
ra z a s q u e se s u c e d ie ro n d e s d e T ro y a ’ ( - 4 b ie n a v e n t u r a d o s ). hom bres, q u e v ivían d e la re c o ­ (42-37 a. C.). Virgilio ya había
el n a cim ien to de la h u m an id a d . L a e d a d d e h ie rro , p o r últim o, le c c ió n , el u so d e la h o z y el anunciado el retorno inminente
L o s h o m b re s d e la e d a d d e o ro c o rr e s p o n d e a la é p o c a d e H e­ arte d e c u ltiv a r la s tie rra s. de la edad de oro al término de
fu e ro n lo s p rim e ro s ; c re a d o s s ío d o , ú ltim a fa se d e d e ca d en ­ C o m p a rtía e n to n c e s su re in o las guerras civiles.
p o r los d io s e s ' O lím p ic o s ’, v i­ c ia; la d e sc rip c ió n q u e o frece el con e l d io s J a n o ”, q u e le h a b ía Gérard de Nerval, en su poema
v ía n e n lo s tie m p o s e n q u e re i­ a u to r n o p re s e n ta m á s q u e en­ aco g id o e n e l L acio. «Deifica» incluido en Las qui­
n aba C rono ". C o m o lo s d io se s, fe rm e d a d e s, v e je z , m u erte e in- - > HUMANIDAD. m eras (1854). parece hacerse
v iv ían con « el c o ra z ó n lib re d e c e rtid u m b re a n te un fu tu ro des­ eco del poeta latino: «Regresa­
p re o c u p a c io n e s , a l m a rg e n d e c o n o c id o , a n g u s tia p o r el por­ ♦ Lengua. La edad de oro es rán aquellos dioses por quienes
la s p e n a s y al a b rig o d e las m i­ v e n ir y tra b a jo s sin fin. L a edad el período más afortunado de lloras de continuo. / Ll tiempo
s e ria s » ; s ie m p re jó v e n e s , d e s ­ d e o ro e n m a r c a b a e l re in o de una civilización presente o fu­ traerá nuevamente el orden de
c o n o c ía n la e n f e r m e d a d y la D ic e , la J u s tic ia , p e ro la histo­ tura. su época de esplendor (se los días antiguos.» En términos
v ejez . P a sa b a n el tie m p o en un ria p o s te r io r d e la h u m an id ad dice, por ejem plo, «la edad de más generales, el mito de la
p u ro re g o c ijo , a je n o s a to d o s a p a r e c e c o m o u n a la rg a suce­ oro de la literatura española»), edad de oro ha marcado la cul­
los m a le s, y c u a n d o lle g a b a la sió n d e tro p ie z o s y c a íd a s en la ♦ Lit. Este m ito aparece por tu ra europea en la medida en

www.FreeLibros.me
E D IP O 146 147 ED IPO

que ha alim entado el m ito b re s ig n ific a « p ie in flam ad o » ). pro p ia m a d re . El o rá c u lo se h a­


com plem entario de la utopía, P e ro e l n iñ o s o b r e v iv ió y fue bía c u m p lid o a e s p a ld a s d e l
en la cual la organización de la re c o g id o p o r e l re y d e C o rin to , d e s d ic h a d o , q u e h a b ía h e c h o
ciudad ideal se presenta en P ólib o . Y a a d u lto , e l o rá c u lo de to d o p o r e v ita rlo p e ro n o p u d o
ocasiones com o un retorno a D e lfo s le re v e ló la m a ld ic ió n e sc a p a r a la le y in e x o ra b le d e l
los orígenes felices de la h u ­ q u e p e s a b a so b re é l y le a c o n ­ D estino.
manidad. s e jó q u e s e e x ilia ra lo m á s lejos A lg ú n tie m p o d e sp u é s , una
En la obra de D ostoievski. en p o s ib le d e s u p a tr ia . C u a n d o terrible ep id e m ia d e p e ste aso ló
particular en L os dem onios p artía a l e x ilio sig u ie n d o las in­ la c iu d a d y E d ip o , q u e h a b ía in­
(1871) y en El adolescente d ic a c io n e s d e l o r á c u lo , E d ip o ten tad o a v e rig u a r q u é c rim in a l
(1875), encontram os una inte­ tu v o u n e n f r e n ta m ie n to e n el h abía p o d id o s u s c ita r la c ó le ra
resante interpretación de este c a m in o c o n u n h o m b r e al q u e de lo s d io s e s ' , d e sc u b rió h o rro ­
mito: la visión idílica de la m ató : aq u e l h o m b re e ra su p ro ­ riz a d o q u e e s e c rim in a l n o e ra Edipo y la Esfinge, decoración de
edad de o ro se transform a en p io p a d re . S in s a b e r q u e había o tro q u e él m ism o , c u lp a b le d e una copa griega, Roma, Museo del
Vaticano
una pesadilla aterradora y en lle g a d o a s u v e rd a d e r a p a tria , p a rric id io e in c e s to . N o p u -
un presentim iento del fin de la E d ip o s e a d e n tr ó e n la re g ió n d iendo so p o rta r m ira r la v erd ad
humanidad, dado que los hom­ d e T e b a s , d o n d e u n m onstruo* c a ra a c a r a , E d ip o se a rr a n c ó sear ver muerto. F.n la doctrina
bres están condenados a ceder c r u e l, la E sfin g e * , d e v o ra b a a los o jo s m ie n tr a s Y o c a s ta se freudiana constituye el «punto
ante la desm esura y la violen­ c u a n to s c a m in a n te s acertab an a q u itab a la v id a . S u s h ijo s E teo- nodal» de la sexualidad infan­
cia. p a sa r p o r su s d o m in io s después cles y P o lin ices* lo e x p u ls a ro n til, que aparece en torno a la
—> A R C A D I A . d e p la n te a r le s u n o s e n ig m a s de la c iu d a d y E d ip o v o lv ió a edad de tres años y desaparece
♦ ¡con. La edad de oro de In­ q u e e ra n in c a p a c e s d e re s p o n ­ to m a r e l c a m in o d e l e x ilio , norm alm ente en la pubertad, y
gres, h. 1850, castillo de Dam- d e r. E d ip o su p o re s o lv e r el que a c o m p a ñ a d o e s t a v e z p o r su e s la noción fundam ental del
pierre. es una apoteosis del le p ro p u s o e l m o n stru o : «¿Q ué hija A n tíg o n a . S u s p a s o s les psicoanálisis.
desnudo femenino. a n im a l tie n e c u a tro p a ta s p o r la llev a ro n h a s ta la a ld e a d e C o ­ ♦ L it. El episodio de la peste
m a ñ a n a , d o s a m e d io d ía y tres lona, c e rc a d e A te n a s, d o n d e el y de la investigación subsi­
E D IP O p o r la n o c h e ? » L a re sp u e sta era rastro d e E d ip o d e sa p a re c ió . guiente que em prende Edipo
H ijo d e l re y d e T e b a s ' e l h o m b r e , q u e e n su in fa n c ia e s el tem a central de la tra­
L a y o '. U n o rá c u lo h a b ía p re d i- g a te a , d e a d u lto c a m in a sobre ♦ L en g u a . Freud dio el nom ­ gedia de Sófocles Edipo rey
c h o q u e E d ip o m a ta ría a su p a ­ d o s p ie r n a s y y a a n c ia n o debe bre de com plejo d e Edipo a las (h. 425 a. C .), considerada
d re y s e c a s a r ía c o n s u m a d re . a p o y a rse en u n bastó n . D espués tendencias instintivas que ex ­ com o la obra m aestra del es­
L a y o , p a ra e v it a r e l D e stin o " , d e m a ta r a la E sfin g e fu e a c la ­ p erim enta el niño en los p ri­ crito r y la pieza m ás im por­
a b a n d o n ó a su h ijo r e c ié n n a ­ m a d o c o m o lib e r ta d o r e n toda m eros años d e su vida hacia tante del teatro griego. En 401
c id o e n el m o n te C ite ró n d e s ­ T e b a s , y lo s te b a n o s , lle n o s de sus progenitores, d e atracción a. C. Sófocles ofreció una con­
p u és d e p e rfo ra r y a ta r su s to b i­ g ra titu d , le o fre c ie ro n e l (roño hacia su m adre y d e rechazo tinuación de su tragedia en
llo s, d e lo s c u a le s se r e s in tió d e L a y o y la m a n o d e su viuda, hacia su padre, visto com o un Edipo en Colona. En ella apa­
to d a su v id a (en g rie g o su n o m ­ Y o c a sta , q u e n o e ra o tra q u e su rival al que puede llegar a de- rece Edipo, proscrito y redu-

www.FreeLibros.me
E D IP O 148 149 EGEO

ciclo a la m endicidad, conver­ A ten a s d e V ladislav Oz.erov En La m uerte d e la Pitia. Frie- gedia de Sófocles, 1927; Edipo
tido en víctim a sucesiva de (1804). d rich D ürrenm att in serta las y e l tirano, ópera de Cari Orff
Creonte y Polinices, que inten­ En el siglo xtx se esboza ya un preo cu p acio n es del m undo basada en la tragedia de Sófo­
tarán raptarle, ya que un orácu­ giro en la reflex ió n sobre el contem poráneo en pleno cora­ cles, 1959: R oberto Pineda
lo había predieho la victo ria m ito que queda reflejad o en zón d e la m itología griega D uque, E dipo rey. composi­
del que consiguiera apoderarse obras com o O bservaciones so­ cuando recrea el itinerario in­ ción para la escena, h. 1954.
de él. E dipo consigue escapar b re Edipo, observa cio n es so­ terior de Edipo, que irá descu­ C olom bia. Les Luthiers ofre­
de ambos con ayuda de Teseo”. b re A n tíg o n a ( 1804) d e Hol- briendo los engranajes secretos cen una visión humorística del
rey de A tenas, pero desaparece d erlin . E l E dipo romántico de un d estin o ab surdo urdido m ito en su Epopeya de Edipo
en el cu rso de u na espantosa (1 8 2 8 ) de A ugust von Platen. por las predicciones de la Pitia* d e Tebas (1974).
tempestad. Edipo aparece tam ­ E dipo y la E sfinge ( 1897) de de Delfos y las maquinaciones ♦ C in . En 1967. Pier-Paolo
bién. pero en otro contex to y P éladan o E dipo y la Esfinge del adivino Tiresias". Pasolini llevó al cine un E di­
exiliado por otros m otivos, en (1905) de Hofmannsthal. En La interpretación d e los p o rey c u y o desnudo lirismo
la pieza de Eurípides Las fe n i­ Pero será el psicoanálisis, a sueños (1900). Freud había ofrece una notable adaptación
cias (h. 408 a. C.). El poeta la­ partir d e la obra d e Freud. el comparado la estructura misma de la trag ed ia de Sófocles.
tino Séneca (siglo i d. C.) imitó qu e perm ita retornar a los da­ de la tragedia d e Sófocles, P h ilip S aville, p o r su parte,
en su Edipo la primera tragedia tos prim itiv o s d e la tragedia, donde Edipo busca en su pa­ film ó la m ism a pieza, repre­
de Sófocles. influyendo a su vez en toda la sado el crim en q u e ha com e­ sentada en el antiguo teatro de
Las tragedias de Sófocles ins­ producción literaria del siglo tid o , con el desarrollo d e un D odona. con el título El rey
piraron posteriormente muchas xx . tributaria, en m ayor o me­ análisis. Esta comparación será Edipo.
versiones qu e. por otra parte, nor medida, de la lectura l'rcu- el punto d e p artida de una re ­
no engendraron m odificacio ­ diana. A utores com o Cocteau flexión m oderna donde, ya se EGEO
nes significativas del m ito lite­ t Edipo rey, 1927 —adaptación trate d e psicoanálisis o de an ­ H ijo d e P a n d ió n , a su vez
rario: todo lo más. adiciones o musical de Stravinski— . y La tropología. el m ito d e Edipo n ie to d e E re c te o ”. e s uno d e los
supresiones de cierto s p erso ­ m á q u in a in fern a l. 1934), ocupa un puesto clave. re y e s m ítico s d e A ten as y el p a­
najes o algún in ten to de m o­ G id c (E d ip o . 1931), Henri ♦ ¡con. Un ánfora del siglo v d re d e u n o d e lo s m a y o re s hé­
dernización. E ntre estas obras Ghéon (Edipo o El crepúsculo a. C. representa a E uforbo v el roes" del Á tica. Teseo*. —> At e ­
citarem os el Rom án d e Thébes de lo s d io ses, 1952). Alain niño Edipo (París), pero la ma­ nas (FUNDACIÓN DE), TESEO.
(anónimo, h. 1149). Yocasta de R o b b e-G rillct (L a doble yoría de las obras inspiradas en
G eorges G ascoigne (1575). m u erte d e l p ro fe so r Diipont, el m ito se centran en E dipo y ♦ L en g u a . F.l mar que baña
E dipo de C o rn eille (1659). 1953) o T . S. Eliot (Fin de ca­ la E sfinge (copa, 4 3 0 a. C „ las costas del Á tica lleva el
E dipo de John D rydcn y Na- rrera. 1959) o fre c en en este Roma: Ingres, 1808, Louvre: nom bre d e F.geo en recuerdo
thanicl L ee (1679), E d ip o de sen tid o u n a versión moderna G ustave M oreau, La E sfinge de las dram áticas circunstan­
V oltaire (1719). E dipo en la del m ito , a m en u d o simple­ derrotada, 1878. París). cias de su muerte: persuadido
corle d e A dm elo (1778 ) y m ente alegórica, que pasa por ♦ M ás. Stravinski. Edipus rex, de que su hijo T eseo había
E dipo en C olona (1826 ) de la trivialización del personaje ópera o rato rio , tex to d e C o c­ m uerto durante su expedición
Jcan-Franyois Ducis. Edipo en de Edipo. teau (en latín), basada en la tra­ a C reta contra el Minotauro*.

www.FreeLibros.me
EGERIA 150 151 ELECTRA

se arrojó desesperado al m ar al X V, 48 2 y sigs.) y en T ito Li- e ste re g r e s a p o r fin v ic to rio s o


ver la vela negra de duelo que, vio (H isto ria d e Roma. I, 21. al h o g a r, E le c tra le v e m o r ir a
por error, llevaba el barco que 3. siglo i a. C.). m an o s d e E g isto , e l a m a n te d e
traía a su hijo de regreso. su m a d re , c o n la c o m p lic id a d
ÉGIDA — y tal v e z la p a r tic ip a c ió n —
EGERIA AMALTEA, ATENEA. d e e s ta . L a j o v e n e s c a p a p o r
N in fa " tr a n s f o r m a d a en p o c o d e la m u e rte g r a c ia s a la
fu en te. E g e ria e ra u n a n in fa del ♦ Lengua. La expresión estar in te rv e n c ió n d e C lite m n e stra y
L a c io , d io s a ' d e la s fu e n te s li­ bajo la égida (de alguien) sig­ c o n s ig u e s a lv a r a l p e q u e ñ o
g a d a al c u lto d e D ia n a " d e lo s nifica «estar bajo la protección O re ste s d e la s m a n o s d e lo s
b o sq u e s. L a le y e n d a la su p o n e de» o « bajo la au toridad pro­ a se s in o s p a ra c o n f ia r lo e n s e ­
c o n s e je ra d e u n o d e lo s p rim e ­ tectora de», por alusión a la co­ c re to a su p r e c e p to r , q u e lo
ro s re y e s d e R o m a , N u m a «el raza q u e Z eu s' se hizo con la lleva le jo s d e l p a la c io d e M ic e ­
P ia d o so » , a q u ie n h a b ría in sp i­ piel d e A m altea', la cabra que nas. E s c la v a y p ris io n e ra e n la
ra d o la le g is la c ió n r e lig io s a , lo am am antó, y q u e convirtió c o rte d e l u s u r p a d o r E g is to ,
e n se ñ á n d o le p le g a ria s y c o n ju ­ en atributo y sím bolo de su po­ E le c tra m e d ita r á m in u c io s a ­ Irene P apas y Phoebus Rhazis in­
ro s e f ic a c e s d u r a n te s u s e n ­ d e r protector, com partiéndola m e n te la v e n g a n z a q u e , e n lo terpretan a Electra y Egisto en la
c u e n tr o s n o c tu r n o s . A l m o r ir con Atenea". película Electra
s u c e s iv o , d e te r m in a r á to d a su
e s te , E g e ria , d e s c o n s o la d a p o r c o n d u cta.
la p érd id a, se retiró a A ricie, en EGISTO Al c a b o d e sie te a ñ o s O re s- ♦ L en g u a . El apasionado
e l L a c io , y ta n ta s fu e ro n la s lá­ R e y d e M ic e n a s . —> a t il ­ tes re g r e s a a M ic e n a s. E le c tra . apego a la figura del padre y el
g rim as q u e v e rtió p o r la m u erte d a s. que h a p e rm a n e c id o c a s ta y h a asesinato de la madre vinculan
d e N u m a q u e fu e tra n sfo rm a d a c o n s e rv a d o in ta c to to d o su ejem plarm ente la leyenda de
en fu e n te . E n R o m a s e le r e n ­ ELECTRA o d io , r e c o n o c e a s u h e rm a n o Electra a la d e Edipo". En
d ía c u lto c e rc a d e la P o rta C a - H ija d e C lite m n c s tr a ' y que, c o m o e lla , h ab ía a c u d id o a 1913, el psicoanalista Jung
pen a. A g a m e n ó n * , re y d e A rg o s y la tu m b a d e s u p a d re . J u n to s acuñó la expresión complejo
M ic e n a s , y h e rm a n a d e Ifige- ejecutan la v e n g a n z a , m a ta n d o d e E lectro para designar al
♦ L en g u a . En sentido fig u ­ n ia y O re s te s ’. S u d e s tin o ilus­ p rim ero a E g is to y lu e g o a C li­ equivalente femenino del com­
rado, se aplica el nom bre de tr a la te r r ib le h e re n c ia d e los te m n e stra . M á s ta rd e , O re s te s plejo de Edipo.
Egeria a toda m ujer o entidad A trid a s ’, p risio n e ro s d e l círculo se c a s a c o n H e rm ío n e , h ija d e ♦ Lit. Vengar a su padre: tal es
personificada de género feme­ m a ld ito d e la v e n g a n z a asesina. Helena*, y E le ctra e s e n tre g a d a el eje sobre el que se articula el
nino que se con sidera fuente a t r id a s . en m a trim o n io a P íla d e s, el in ­ trágico destino de Electra. El
de inspiración («M i herm ana L a g u e r r a d e T r o y a ” la s e p a ra b le a m ig o d e su h e r ­ personaje de la joven virgen
es mi única Egeria». Musset). p riv ó d e u n p a d re al q u e apenas m ano, a q u ie n a c o m p a ñ a rá arisca e intransigente, insepa­
♦ L it. E geria ap arece e se n ­ c o n o c ía , p e ro al q u e id o latrab a hasta F ó c id e . —» A g a m e n ó n , rable d e su herm ano Orestes,
cialm ente en O vidio (Fastos, a p e sa r de q u e h a b ía sacrificado CLITEMNESTRA O C1.ITF.MESTRA, es, sin duda, la más genial in­
III. 273 y sigs.; M etamorfosis, a su h e rm a n a Ifig en ia . C u an d o ll-'IGENIA, ORESTES. vención de la tragedia: el odio

www.FreeLibros.me
ELEC TR A 152 153 ENDIMIÓN

de un hijo hacia su madre apa­ entre las alm as atorm entadas Jean-Paul Sartre Las m oscas d e lo s d o m in io s d e la h e c h i­
rece teñido en el inconsciente de los «L im bos» (el Infierno, (1943), Electra hace crecer en c e ra . E lp e n o r m u rió al caerse
por turbias em ociones; el de la en la D ivina com edia, 1307- Orestes el ansia de libertad ab­ d e u n a te r r a z a d o n d e se h ab ía
hija, en lugar de m itigarse, se 1321). A partir del siglo x vi se soluta. q u e d a d o d o rm id o en e sta d o de
acrecienta con celos im placa­ m ultiplicaron las reinterpreta­ —> ORFSTES. e m b r ia g u e z . C u a n d o U lises
bles. Si Esquilo (Las coéjoras, ciones de la tragedia de Sófo­ ♦ ¡con. Electra y Orestes, es­ d e s c e n d ió a lo s In f ie rn o s ’ e n ­
45S a. C .) excluye a la jo v en cles. Del siglo xvin menciona­ cultura del siglo i. Ñapóles. c o n tr ó la som bra* d e su am igo
de la escena del crim en, m os­ rem os la E lectra de Crébillon —> ORESTES. y le p ro m e tió re n d irle h o n ras
trándola com o la piadosa y (1 708), la que aparece en el ♦ M ú s. Al final d e la ópera fú n eb res. C u m p lirá su prom esa
dulce aliada del ju sticie ro O restes de V oltaire (1750) d e R ichard Strauss E lectra al lle g a r al L acio.
O restes. S ófocles (Elecira, h. y en el d e V ítto rio Alfieri (1909), la heroína, embriagada
415 a. C .) presenta en cam bio (1776). En E lectra (1901), por la abrumadora satisfacción ♦ Lit. En la Odisea. Ulises
a una heroína decidida que em ­ obra teatral de B enito Pérez d e su venganza, se entrega a trata con am istad a quien, sin
puja a su herm ano a la acción, Cialdós que originó un gran al­ una danza dionisíaca al te r­ em bargo, es «el más joven de
llegando incluso a incitarle a boroto en su estreno por razo­ m ino de la cual se desplom a todos nosotros, el menos vale­
m atar con sus salvajes gritos nes p o líticas, el au to r critica, muerta. roso en el com bate, el menos
de alegría. E urípides, por su com o en o tras obras suyas, la ♦ Citt. E lectra d e M ichaclis prudente en el consejo» (X): es
parte IElectro, 413 a. C .). ima­ intolerancia y el fanatism o re­ C aco y an n is (1 961) e s una la primera sombra que compa­
gina que Egisto. para evitar su ligioso. La E lectra de Hugo adaptación d e la E lectra de rece ante él (XI) cuando el hé­
destino, la obliga a casarse con von llo fm an n sth al (1903). Sófocles; Dudley Nichols, por roe" invoca a los difuntos.
un cam pesino; pero a co n ti­ cu y a adaptación m usical fue su parte, realizó en 1949 una E lpenor es el héroe epónim o
nuación el poeta enfrenta en un realizada por Strauss, está ins­ adaptación cin em ato g ráfica de una obra de Jean Giraudoux
violento careo a la hija y a la p irada en una lectura nietzs- de la obra d e O 'N e ill A E lec­ (1919) donde el autor, a través
madre: E lectra ejecu tará la cheana d e G recia. En el siglo tro le sie n ta bien e l luto. del personaje del grumete
venganza a cara descubierta, xx, la venganza implacable de ( - > L IT .). griego, rinde un homenaje hu­
guiando adem ás la m ano de Electra ha inspirado frecuente­ morístico a todos los persona­
O restes, enm ascarado, que m ente a los escritores. Eugene ELISA je s que, com o «soldados ra­
duda en el m om ento de asestar O 'N eill, en A Electro le sienta N o m b re tirio d e la re in a —> sos». viven, sufren y mueren a
el golpe mortal a su madre Cli- bien e l luto (1931), trasladó el D ID O . la sombra de los héroes.
temnestra. La verdadera matri­ conflicto antiguo al m arco de
cida es Electra. mucho más que la g u erra de Secesión d e los ELPENOR ENDIMIÓN
O restes que. en realidad, se ha E stados U nidos. Jean Girau- E ste c o m p a ñ e ro d e U lises* E ste p a s to r, d o ta d o de una
lim itado a em puñar el arma. doux resaltó en su Electro fue tra n sfo rm ad o en p u e rc o por e x tr a o rd in a ria b e lle z a , in sp iró
Muchas son las obras que vol­ (1937) el fanatism o de la jo ­ Circe* y re c u p e ró su fo rm a h u ­ un c a s to y tie rn o a m o r a S e-
verán sobre este m odelo an ti­ ven, que provoca el declive de m ana g ra c ias a los ru e g o s d e su le n e ”, q u e c a d a n o c h e v e n ía a
guo de la joven violenta y apa­ la ciudad y la m uerte d e miles a m ig o . M á s ta rd e , c u a n d o lo s c o n te m p la rle m ie n tra s dorm ía.
sionada. D ante la hace figurar de hom bres. En la pieza de g rie g o s s e a p re s ta b a n a p a rtir Z eu s* a c c e d ió a m a n te n e rlo

www.FreeLibros.me
EN EA S 154 155 ENEAS

e tern am en te en tan d u lc e su eñ o , q u e la e n e m ista d d e Ju n o p o n e d o n d e c e le b ra fu e g o s fu n e ra ­


im a g e n q u e v e n d ría a s im b o li­ en e l c a m in o d e l h é ro e . Su rio s e n h o n o r d e su p a d re A n-
z a r la felic id a d etern a. v iaje le c o n d u c e , e n tre o tra s re ­ q u ise s, m u erto d u rante la escala
g io n e s, d e T ro y a a T ra c ia , m ás a n te r io r (lib ro V ). M ás tard e
♦ Lit. El tem a del am or de Se- ta rd e a C re ta p a s a n d o p o r D é ­ d e s e m b a rc a en C u m a s , en Ita­
lene por E ndim ión está pre­ los, lu e g o a T e s a lia (A c c io ) p a ­ lia , d o n d e v isita a la sib ila ”, en
sente en el poem a «heroico» sa n d o p o r la s is la s E stró fa d e s, c u y a c o m p a ñ ía d e s c e n d e rá a
Endim ión. d e V icente G arcía d o n d e te n ía n su m o rad a las har­ los In fle m o s ' . A llí en co n trará a
de la H uerta <1786). John Ke- pías”, y a E p iro , d o n d e v u e lv e a la so m b ra” d e su padre, y d e sus
ats publicó en 1818 un poema v e r a A n d ró m a c a . E n Ita lia la b io s re c ib e la re v e la c ió n del
en cuatro cantos titulado Endi­ m e rid io n a l e n c u e n tra d iv e rsa s fu tu ro g lo r io s o q u e a g u a rd a a
mión dedicado a Chattcrton. c o lo n ia s g rie g a s q u e y a se h a ­ R o m a h a s ta e l re in a d o d e A u ­
♦ Icó n . M uchos son los cu a­ bían e s ta b le c id o en la re g ió n . g u s to (lib ro V I). —> MAPA DEL
dros inspirados en el Sueño de D esd e a llí s e d irig e h a c ia S ic i­ VIAJE DE ENEAS.
Endim ión. entre los que d es­ lia, p e ro J u n o d e s a ta u n a te m ­ S i lo s s e is p rim e ro s can to s
tacan los de T in to retto (siglo pestad q u e le a p a rta d e Ita lia y d e la E n e id a re c u e rd a n a la
x v i, Londres). G uercino (siglo le arro ja h a c ia la c o sta a frican a, O d ise a d e H o m ero tanto p o r su
x v n , Florencia), R ubens (s i­ d o n d e e s re c o g id o p o r D id o ", c o m p o s ic ió n c o m o p o r la s e ­
glos x v i - x v ii . Londres) y Giro- re in a d e C a rta g o ( lib r o 1). le c c ió n d e e p is o d io s , lo s seis
det (1792, Louvrc). E neas re fie re a la re in a la to m a ú ltim o s, p o r su c a rá c te r ép ico ,
de T ro y a y la s d if ic u lta d e s d e e v o c a n m á s b ie n la U fada. En
ENEAS Bemini, Eneas y A nquises. Roma. su v ia je , q u e d e b e c o n d u c ir le e f e c to , E n e a s e s h o s p ita la ria ­
P rín c ip e tro y a n o , h é r o e 1 d e Museo de la villa Borghese h a c ia la tie r r a d e a s ilo q u e le m e n te a c o g id o p o r L atino", rey
la E n e id a d e V ir g ilio , q u e e s ­ han p ro m e tid o lo s o rá c u lo s (li­ d e l L a c io , p e ro d e b e e n fr e n ­
c a p ó d e l s a q u e o d e T ro y a " y h u ir d e la c iu d a d en lla m a s car­ bros I I -III ). D id o s e e n a m o ­ ta r s e c o n las a rm a s a T u rn o ,
lle g ó a Ita lia , p o r v o lu n ta d d e g a n d o a su p a d re s o b r e su es­ ra a p a s io n a d a m e n te d e l h é ro e c a u d illo d e lo s rú tu lo s , cu y a
J ú p ite r , p ara fu n d a r u n a n u e v a p a ld a . L le v ó ta m b ié n c o n sig o a tro y a n o y s e c o n v ie r te e n su h o stilid a d h a d e sp e rta d o Juno.
T ro y a , a r q u e tip o d e la fu tu ra s u h ijo A s e a n io , p e ro p e rd ió a a m a n te . P e ro lo s d io s e s n o T u rn o p re te n d ía la m an o de La-
R o m a. su m u je r, C rc ú sa, y p ro n to tuvo quieren q u e E n eas se estab lezca v in ia, h ija d e L atin o , p e ro este
E n e a s e ra h ijo d e A n q u ise s q u e e m b a r c a r s e c o n u n grupo en C a rta g o . c iu d a d q u e se c o n ­ s e la h a b ía o fr e c id o en m a tri­
y d e A f r o d ita ’ (V e n u s* ). F u e d e s u p e r v iv ie n te s e n b u s c a de v e rtirá e n la fu tu ra riv a l d e m o n io a E n e a s , p u e s h ab ía
u n o d e los p rin cip ales je f e s (ro­ u n a n u e v a tie rra d o n d e estable­ R o m a. O b e d e c ie n d o la o rd e n v is to en el tro y a n o al h o m b re a
y a n o s d u ra n te la g u e rra , e l m á s c e rs e . term in an te d e J ú p ite r, E n e a s se q u ien el D estino" había llam ado
v a lie n te d e s p u é s d e H éctor*. L a E n e id a , d u ra n te los seis hace n u e v a m e n te a la m a r. p a ra e le v a r el no m b re de los la­
C u a n d o c a y ó T ro y a , E n e a s lo ­ p rim e ro s c a n to s , re la ta el pere­ D id o , d e s e s p e ra d a , s e in m o la tin o s h a sta las e stre lla s. E neas
g ró sa lv a r a los dioses* fa m ilia ­ g r in a je d e E n e a s a tr a v é s del sobre u n a p ira (lib ro IV ). E neas s e a s e g u ró e n to n c e s la a lian za
re s , lo s P e n a te s ’, y c o n s ig u ió M e d ite rrá n e o y la s dificu ltad es desem b arca e n to n c e s en S icilia, d e E v a n d ro y d e su h ijo Pa-

www.FreeLibros.me
EN EA S 156 157 ENEAS

l a n t c , q u e h a b ita b a n e n e l lu ­ davía necesitaría otros tres d o n a r una serie de ejem plos tienen cabeza de perro. Más
g a r d o n d e se le v a n ta r ía la fu ­ años para term inar su relato, y del g énero b urlesco, com o la larde encontram os el Eneas y
tu ra R o m a , e l P a la tin o (lib ro s antes d e m orir pidió q u e qu e­ E neida paro d ia d a d e G iam - A iu/uises (B ernini, mármol,
V1I-V1II). El m o m e n to m á s p e ­ m aran su obra. A ugusto se b altista Lalii (1634) o el Vir­ post. 1615, Roma; Van Loo,
lig ro so p ara las tro p a s tro y a n a s opuso a ello e hizo publicar la g ilio paro d ia d o d e Searron 1729. Louvre); Eneas y la si-
se p ro d u jo c u an d o T u rn o , en un Eneida. (1648-1652). Este últim o está hila (Turner, 1798. Londres):
a ta q u e sorpresa, lo g ró in cen d iar La posteridad literaria de la fi­ c onsiderado com o uno de los Eneas y Venus (Pietro da Cor-
las n a v e s tro y a n a s e n a u s e n c ia gura de Eneas está ligada a las p rincipales creadores del g é­ lona. siglo x v i i , Louvre) y, so­
de E n eas (lib ro IX ), p e ro la lle­ diversas versiones que suscitó nero burlesco m oderno. C i­ bre lodo, representaciones del
g a d a d el c a u d illo tr o y a n o y d e la Eneida, q u e sería adaptada tarem os tam bién las A ven tu ­ episodio d e sus am ores con
los c o n tin g e n te s a lia d o s c o n s i­ en d istintas épocas a diversas ras d e l p iadoso héroe E neas Dido í Eneas relatando a Dido
g u ió in v e rtir la situ a c ió n . E n el tradiciones nacionales. Encon­ ( 1784) d e A loys B lum auer, a las desgracias de Troya. Gué-
O lim p o se e n f r e n ta n J u n o y tram os prim ero las adaptacio­ quien se ha llegado a calificar rin. 1817. Louvre; D ido llo­
V e n u s, p e ro J ú p ite r se n ie g a a nes m edievales, com o el Ro­ de Searron alemán, y la Eneida rando p o r la partida de Eneas.
fa v o r e c e r a u n o u o tr o b a n d o . m án d ’É n éa s (anónim o, h. parodiada de Ivan Kotlarevski Lorrain, siglo x v i i ; M uerte de
E n e a s s a le v e n c e d o r d el c o m ­ 1 156), q u e d esarro lla los as­ (1798), descripción d e la so ­ Dido: Rubens, 1635, Louvre;
b a te , p e ro P a la n te m u e re (lib ro pectos psicológicos y se centra ciedad ucraniana de finales del N atoire, sig lo xvm , Nantcs:
X ). El h é ro e o b tie n e u n a v ic to ­ especialm ente en los amores siglo xvm. Agüero, Dido y Eneas y Salida
ria so b re la c a b a lle ría v o ls e a d e de D ido y Eneas y en el episo­ En nuestros días, la figura de de Eneas d e Cartago, siglo
la re in a C a m ila ( lib r o X I) y dio de Lavinia. En el siglo xn, E neas parece h aber sido d es­ x v i i , M adrid. M useo del
p o n e fin a la g u e rra m a ta n d o a el poeta holandés Heinrich van tronada por la de Ulises' quien, Prado).
T u rn o en c o m b a te s in g u la r. V eldeke realizó a su vez una com o se ha observado frecuen­ ♦ M ás. Para el episodio de
R e in a rá so b re u n p u e b lo e n el adaptación del Eneas francés. temente. está más próximo, sin Dido y Eneas: Purcell, D ido y
q u e se fu n d e n a rm ó n ic a m e n te En O s L usiadas (1572), el duda, a la sensibilidad m o­ Eneas. 1689: Berlioz, Los tró­
las v irtu d e s d e lo s la tin o s y las poeta portugués Luis de derna, pues su único objetivo vanos. ópera, 1863. Sobre As-
d e los (ro y a n o s (lib ro X II). C am oes actualiza la Eneida al es regresar al hogar, m ientras canio: Saint-Saens. Ascanio.
m ezclar figuras m itológicas que las aventuras de Eneas es­ ópera, 1890.
♦ Lit. El mito de Eneas se re­ paganas y tem as cristianos. A tán regidas por el destino fu­ ♦ C in. Eneas es el protago­
monta a Estcsícoro (siglos vii- trav és de las aventuras de turo de Roma. —> DIDO. nista de D i guerra de Troya de
vi a. C .) y llegó a Roma sin Vasco de Gama, comparadas a ♦ Icón. El sacrificio de Eneas. G iorgio Ferroni (1961). donde
que diera lugar a obras litera­ las d e Ulises y Eneas, Portugal bajorrelieve del Ara Pacis, si­ su bravura se opone a la cobar­
rias antes de la Eneida de Vir­ aparece com o una nueva Roma glo i a. C ., F lorencia; Eneas día d e París'. En Los conquis­
gilio. El poeta inició este destinada a dom inar el mundo. herido, pintura pompeyana, si­ ta d o res heroicos, de G iorgio
poema épico, dividido en doce Por últim o, a p a rtir del siglo glo l. Nápoles; Eneas llevando R ivalta (1962). sus aventuras
cantos, en 29 a. C . pero quedó xvtt asistim os a una verdadera a su p a d re A nquises, pintura le conducirán desde la devas­
inconcluso a su m uerte, en 19 floración d e parodias de la pompeyana caricaturesca (N á­ tada T roya hasta la futura
a. C. V irgilio estim aba que to­ E neida que vienen a propor- poles) d o n de los personajes R om a. Franco Rossi, que ya

www.FreeLibros.me
159 EOS
ÉOLO 158

había film ado la Odisea, ofre­ lo s c o m p a ñ e r o s d e l h é ro e , en el m ar a su am ad o esposo p e rs e g u irá c o n su im p la c a b le


ció en 1974 una adaptación te­ c r e y e n d o q u e c o n te n ía o ro , Ceicc. ren co r.
levisiva de la Eneida. lo a b r ie r o n im p ru d e n te m e n te ♦ ¡con. La figura del dios del S e e n a m o ró d e l gigante"
c u a n d o e s te d o rm ía . S e d e s e n ­ viento aparece decorando una O rio n , h ijo d e P o seid ó n ", y lo
ÉOLO c a d e n ó e n to n c e s u n a p a v o ro sa letra cap itu lar d e un códice llev ó hasta la isla d e D élos, pero
D iv e rs o s d io s e s ’ o h é ro e s ' te m p e s ta d y É o lo , te m ie n d o conservado en la biblioteca de a llí lo m ató la arisca d io sa Arte­
lle v a n e s te n o m b r e , a u n q u e el g ra n je a rs e la e n e m is ta d d e los la catedral d e Verona. El epi­ m isa", a q u ie n el g ig a n te h ab ía
m á s c é le b re es e l h ijo d e H ip o - d io s e s, se n e g ó en lo su c e siv o a sodio de la Eneida (canto I) en in te n ta d o v io la r; O rio n fue
te s y s e ñ o r d e lo s v ie n to s. H a ­ a y u d a r a U lises. el que Juno" p ide a É olo que tra n s fo rm a d o en co n ste la c ió n .
b ita b a en la is la d e E o lia , flo ­ d esencadene una tem pestad M á s ta rd e E o s ra p tó al ap u esto
ta n te y ro c o s a , y p e r m itía q u e ♦ L en g u a . El adjetivo cólico para im p ed ir que E neas’ d e­ C éfalo * y lo tra n s p o rtó hasta
s u s tu m u ltu o s o s s ú b d ito s c o ­ se ap lica a to d o lo q u e pro­ sem barque en Cartago, ha ins­ S iria , d o n d e tu v ie ro n un hijo.
rrie ran s u e lto s p o r el m u n d o , o viene d e la acción del viento, pirado varias obras, entre ellas Faetón*. P o r últim o, raptó al tro-
b ien los e n c e rr a b a en c a v e rn a s com o el arpa cólica, que suena una escultura d e Jean de Bo- y a n o T ito n o , h erm an o m ayor de
o e n o d re s de p iel, se g ú n su c a ­ al recibir el soplo de los vien­ logne, sig lo xvi, Florencia, y Príam o", fam o so p o r su ex trao r­
p ric h o . É o lo e n tr e g ó a U lis e s' tos, o la energía cólica, produ­ una d e las C uatro estaciones d in a r ia b e lle z a ; lo in sta ló en
u n o d e e s to s o d re s p a ra a y u ­ cida p o r la acción del viento. de D elacroix, E l invierno, que E tio p ía y tu v o d e é l d o s h ijo s,
d a rle a re g re sa r a Ita c a c u a n d o C lem ent A d er bautizó E olo a representa a Juno im plorando E m atión y M em n ó n (este últim o
su b a rc o q u e d ó in m o v iliz a d o su p rim er ap arato volador, el a Éolo, siglo xix. Sao Paulo. re in a ría m á s ta rd e so b re la c o ­
p o r u n a c a lm a c h ic h a , p e ro prim ero que conseguía despe­ m a rca y m o riría an te los m uros
gar del suelo gracias a la ener­ EOS d e T ro y a " d u ra n te u n co m b ate
gía proporcionada por un mo­ D io s a - d e la A u ro ra , h ija co n A quiles"). T a n to se prendó
tor, con el cual efectu ó en del titá n ’ H ip c rió n y d e la titá- d el tro y a n o q u e su p licó a Z e u s'
1890 y 1891 varios vuelos que n id e T ía y h e rm a n a p o r ta n to q u e c o n c e d ie se la inm ortalidad
no superaron los cien metros. d e H elio* (e l S o l) y d e S e le n e 1 a su a m a n te . P e ro sin la ju v e n ­
Las islas Boticas era el nombre (la L u n a). P e rte n e c e a la g e n e ­ tu d e te rn a , q u e E o s h a b ía o lv i­
que los antiguos daban a las is­ ración d iv in a p rim itiv a q u e p re­ d a d o p e d ir p a ra é l, T ito n o fue
las Lípari, situadas al nordeste cedió a la lle g a d a d e lo s O lím ­ e n v e je c ie n d o y co n su m ién d o se
de Sicilia, desde donde podían picos". D e su u n ió n c o n A streo , d ía a d ía h asta te rm in ar conver­
verse los territorios del dios. hijo d e l titá n C río , c o n c ib ió a tid o en u n a re se c a cig arra qu e la
♦ Lit. El canto X de la Odisea los A stro s y a lo s V ie n to s (C é ­ s e n tim e n ta l d io s a d e la au ro ra
refiere las aventuras de Ulises firo", B ó rea s" y N o to ). P e ro e s g u a rd a b a en su p alacio.
y d e É olo, «caro a los dioses c o n o c id a s o b r e to d o p o r su s
inm ortales». O vidio (M eta­ a m o río s, ta n n u m e ro s o s c o m o ♦ Lit. Homero concede un lu­
morfosis, XI) cuenta la bondad d esg raciad o s, y a q u e A fro d ita , gar im portante a Eos. la diosa
Éolo en una letra capitular de un celosa d e e n c o n tra r en e lla u n a
de Éolo hacia su hija Alcíone. m atinal, «la del peplo de aza­
códice medieval conservado en la
biblioteca de la catedral de Verona desesperada por haber perdido rival e n el c o ra z ó n d e A re s ”, la frán». que regula la rítmica su­

www.FreeLibros.me
160 161 E R IC T O N IO
E P ÍG O N O S

cesión de los días y de las ha­ o artístico para designar al su­ e n tid a d in d e f in ib le , p r e e x i s ­ E r e c te o e s ta m b ié n h e r­
zañas bélicas cada ve/, que ceso r o im itador de alguien: a te n te al U n iv e rs o y e s t r e c h a ­ m an o d e F ilo m e la ' y de Proene,
abre, con sus «rosados dedos», veces adquiere sentido peyora­ m e n te a s o c ia d a , e n e l s e n o del a m b a s m e ta m o rfo se a d a s en pá­
las puertas del eielo al carro tivo. c a o s' p rim o rd ia l, a u n a e sp e c ie ja r o s . D u ra n te su re in a d o e sta ­
del Sol. O v id io , p o r su parte, ♦ L it. U na ep o p ey a griega. d e « h e rm a n a g e m e la » lla m a d a lló u n a g u e r r a e n tr e A te n a s y
evoca los am ores desgraciados Los epígonos, de au to r desco­ N ic te " ( « la N o c h e » ). T r a s su E le u s is , q u e c o n ta b a e n tr e sus
de Eos en sus M etam orfosis nocido. relata la tom a de l ebas se p a ra c ió n , q u e m a rc ó la a p a ri­ a lia d o s c o n e l re y tr a c io E u ­
(V II. 690 y ss.; X III. 581 y y constituye la continuación de ció n d e l U n iv e rs o , E re b o p a s ó m o lp o , h ijo d el d io s Poseidón".
ss .). L ope de V ega. 1.a bella la Tebaida, epopeya griega no a p e r s o n if ic a r la s « T in ie b la s » E re c te o c o n s u ltó al o rá c u lo d e
Aurora (1635). obra pastoril. co n serv ad a p ero que conoce­ d e lo s In fie rn o s * y N ic te la D e lfo s s o b r e e l re s u lta d o del
♦ ¡co n . Eos transportando a m os a trav és d e la im itación «N o che» te rrestre . P o r e s te m o ­ c o m b a te y s u p o a s í q u e p a ra
M envión, copa griega de Du- que de ella hizo el poeta latino tiv o . e l n o m b r e d e E re b o a p a ­ o b te n e r la v ic to ria te n d ría q ue
ris. h. 480 a. C.. Louvre. Anni- Estacio en el siglo i. rece fre c u e n te m e n te e m p le a d o s a c r if i c a r a u n a d e su s h ija s.
bale C arracci. C éfalo raptado —> TUBAS. c o m o s in ó n im o d e lo s I n f ie r ­ T o d a s las h ija s del rey e stu v ie ­
p o r A urora, siglo x v i. Roma: nos. —> CAOS. ro n d is p u e s ta s a d a r su v id a
Boucher. A urora y Céfalo, si­ EPIMETEO p a ra s a lv a r a su p a tria . G racias
glo xvni. París y Nancy. H e rm a n o d e P r o m e te o ” y ♦ le n g u a . Se ha dado el nom­ a e s te s a c r ific io lo s a te n ie n se s
c r e a d o r d e l re in o a n im a l. bre d e e reb o a una m aripo­ c o n s ig u ie r o n la v ic to ria , p ero
EPÍGONOS - > ANIMALES, PROMETEO. sa n o ctu rn a d e gran tam año E re c te o , q u e h ab ía d a d o m uerte
N o m b re d a d o a lo s h ijo s de oriunda d e A m érica tropical. a E u m o lp o d u r a n te la b a ta lla ,
lo s s ie te je f e s g rie g o s q u e se ER fu e fu lm in a d o p o r Z e u s ' a peti­
a lia ro n c o n tr a T e b a s 1. C o n s i­ El m ito d e E r «el A rm enio» ERECTEO c ió n d e P o seid ó n , fu rio so p o r la
g u ie ro n a p o d e ra rse d e la ciu d ad n o p erte n e c e a la m ito lo g ía pro­ U n o d e lo s p rim e ro s re y e s m u e rte d e su hijo .
diez añ o s d esp u és d e q u e su s p a­ p ia m e n te d ic h a . S e tr a ta de un m ítico s d e A te n a s ', a m e n u d o - > ATENAS (FUNDACIÓN DE).
d re s m u riera n en la p rim e ra e x ­ m ito filo s ó f ic o im a g in a d o por c o n fu n d id o e n los o ríg e n e s d e l
p ed ición. El té rm in o g rie g o e p í­ P la tó n e n s u d iá lo g o L a R ep ú ­ m ito c o n s u a b u e lo E ricto n io * ; ♦ ¡con. M uchas pinturas de
g o n o s sig n ific a « d escen d ien te » . b lic a ( s ig lo iv a. C .). L o s d io ­ a u n q u e c o n el tie m p o , y a m e ­ v asijas representan diversos
N o d e b e n c o n fu n d irs e lo s E p í­ s e s ” le h a b ía n c o n c e d id o c o n ­ dida q u e se v a p re c isa n d o la tra ­ ep iso d io s de la vida d e Erec­
g o n o s d e la m ito lo g ía c o n su s te m p la r e l ju i c io a q u e e ra n so­ dición m ític a y literaria, E recteo teo. Se conservan dos cabezas
h o m ó n im o s h istó ric o s, los h ijo s m e tid a s la s a lm a s e n e l más se d is tin g u e d e su a n te p a s a d o procedentes del Partenón (si­
d e lo s g e n e ra le s d e A le ja n d ro allá, a n te s d e s e r a d m itid a s para para e n tr a r en la c r o n o lo g ía d e glo v a. C.), una en Atenas y la
M ag n o q u e se repartieron su im ­ la re e n c a rn a c ió n . los p rim e ro s re y e s q u e s e a tr i­ otra en el Vaticano.
perio a la m u erte d e este. buirá A te n as en la ép o c a clásica.
- > TEBAS. EREBO o EREBO Hijo d e P a n d ió n , le su c e d e e n el ERICTONIO
El té r m in o g r ie g o E rebos, trono al m o rir e ste , m ien tras q u e E ste rey d e A te n a s ' d e ap a­
♦ Lengua. El térm ino epígono q u e p u e d e tra d u c irse «tinicbla» su herm an o B utes recib e las fun­ r ie n c ia m o n s tru o s a e ra h ijo de
se em plea en el ám bito político u « o sc u rid a d » , d e sig n a b a a una ciones sa cerd o tales d e la ciudad. A te n e a ’ y H efestoL En una o ca­

www.FreeLibros.me
ÉR ID E 162 163 ERINIAS

sió n en q u e la d io s a ' h a b ía a c u ­ ÉRIDE q u e le h ab ía a se g u ra d o el am o l­ en ella solamente a la respon­


d id o a l ta l le r d e H e fe s lo p a ra D iosa* g e n e ra lm e n te c o n si­ d e la m u je r m á s b e lla d e la T ie ­ sab le lejana de la guerra de
e n c a rg a rle u n a s a rm a s , e l d io s , d e ra d a c o m o h ija d e N icte", la rra: H elen a* (s o b re e l s ig n i­ Troya,
al v e rla , n o p u d o r e p r im ir su N o ch e, y c o m p a ñ e ra — o h e r­ fic ad o « trifu n c io n a l» d el m ito .
v io le n to d e s e o y s e p re c ip itó m a n a — d e A r e s ’, d io s d e la - » ESTUDIO GENERAL DE LA M I­ ERINIAS
s o b re e lla c o n la in te n c ió n d e g u e rra . E s la p e rso n ific a c ió n de TOLOGÍA GRECORROM ANA, ORI­ E s p ír itu s fe m e n in o s d e la
v io la rla . A te n e a c o n s ig u ió r e ­ la D is c o r d ia , q u e e s p r e c is a ­ GEN Y c a r a c t e r í s t i c a s d e i a m i­ J u s tic ia y d e la V en g an za, p er­
c h a z a r el to rp e a ta q u e , p e ro m e n te e l s ig n if ic a d o d e su t o l o g ía GRIEGA). —> AFRODITA, s o n ific a n u n a n tiq u ís im o c o n ­
u n as g o ta s d el e s p e r m a d e H e- n o m b re e n g rie g o . A l ig u al q u e PARIS. c e p to d e c a stig o . L os rom anos
festo cay e ro n so b re el m u s lo de a o tr o s g e n io s te m ib le s , c o m o la s id e n tific a rá n m ás tard e con
la c a s ta d io s a q u e , c ris p a d a , se la s e rin ias* o la s h arp ías*, se la ♦ L engua. La expresión (ser) su s furias".
lim p ió r á p id a m e n te c o n un re p re s e n ta b a alad a . la m an zana d e la discordia. N a c id a s d e las g o ta s de es­
tro z o d e te la y lo tir ó a l su e lo . D e s e m p e ñ a u n p a p e l d e c i­ que designa el origen o el mo­ p e rm a y sa n g re q u e cayeron so­
D e la tie r r a a s í f e c u n d a d a n a ­ siv o en e l re la to d e la s b o d a s de tivo d e una disputa, es una he­ bre Gea* c u a n d o C ro n o m utiló
c e rá un e x tra ñ o v ásta g o , K ricto- Tclis" y P eleo. É ridc se presentó rencia de la historia de la man­ a U rano", so n p o r tan to prim iti­
n io , c u y a a p a r ie n c ia (m ita d e n la ce re m o n ia , a la q u e n o ha­ zana d e oro, convertida en o b ­ v a s d iv in id a d e s c ló n ic a s ’ del
h o m b r e , m ita d s e r p ie n te ) y b ía s id o in v ita d a , y a rr o jó en je to d e litigio en tre las tres p a n teó n * h e lé n ic o , y e n e ste
c u y o n o m b re (« n a c id o de la tie­ m e d io d e la a sa m b le a u n a m an­ diosas preocupadas por el pres­ s e n tid o p u e d e n c o m p a ra rs e a
rra » ) re v e la n su s o ríg e n e s c tó - z a n a d e o ro q u e lle v a b a la ins­ tigio de su belleza. la s m o iras* (la s p a rc a s ” ro m a ­
n icos". T e n ie n d o b u e n c u id a d o c rip c ió n « p a ra la m á s b ella». ♦ L it. En la T eogonia. H e­ n a s), q u e n o tie n en o tra s leyes
d e q u e lo s d io s e s n o se e n te r a ­ E sta m a n z a n a , la lla m a d a m an­ síodo convierte a Elide, fuerza q u e la s p ro p ia s y n o reconocen
ran d e nad a. A ten ea lo m etió en z a n a d e la d isc o rd ia , se rá el o ri­ primordial nacida de la noche, la a u to rid a d d e los O lím picos*,
un c e sto c u b ie rto q u e c o n fió en g e n d e la g u e rr a d e T roya*. En en la m adre d e m uchos hijos lo s d io s e s" d e la g e n e ra c ió n
s e c r e to a la s tr e s h ija s d e C é - e fe c to , d a d o q u e tre s d io s a s se que. com o la Pena, el Olvido o m á s jo v e n .
c ro p e, p ero la cu rio sid ad las im ­ d is p u ta b a n e l p re m io , H e ra ’, el H am bre, representan a b s­ A u n q u e e n u n p rin c ip io se
p ulsó a abrirlo. P resas d e pánico A ten ea* y A fro d ita " , Z eu s" o r­ tracciones de m ales o calam i­ la s m e n c io n a b a d e fo rm a g e ­
al d e s c u b r ir a la m o n s tru o s a d e n ó q u e H erm es* las condujera dades. É ride, sin em bargo, n éric a , te rm in a ro n adqu irien d o
c ria tu r a , s e a rr o ja ro n d e s d e lo a l m o n te Id a a n te e l p a s to r Pa­ puede encarnar tam bién el e s­ u n a id e n tid a d m á s precisa. Son
a lto d e la A c ró p o lis. E ric to n io , r í s ”. h ijo d e l re y tro y a n o Pría- p íritu d e em ulación q u e, en tr e s . A le c to . T is íf o n e y M e ­
e d u c a d o p o r A te n e a e n e l r e ­ m o ‘, q u e a c tu a ría c o m o árbitro Los trabajos y los días, inspira g e ra , r e p r e s e n ta d a s c o m o g e ­
c in to sa g ra d o d e su te m p lo , re­ del co n flicto . L as tre s d io sa s in­ a cada hom bre el am or por su n io s fe m e n in o s a la d o s c o n los
c ib ió e l p o d e r d e m a n o s del rey te n ta ro n s o b o r n a rlo c o n v alio ­ o ficio. H om ero, por su parte, c a b e llo s e n tr e v e r a d o s d e s e r ­
C é c ro p e , y su h ijo P a n d ió n le so s p re se n te s p ero P aris, desde­ d escribe las artim añ as de p ien tes y b la n d ie n d o antorchas
su ce d e rá en el tro n o d e A ten as. ñ a n d o e l im p e rio te rre s tre que Éride en el cam p o de batalla, <> lá tig o s . S u m o ra d a e ra el
A m e n u d o se le h a c o n fu n ­ le h a b ía o fre c id o H e ra y la vic­ donde co m bate siem pre al E re b o ", la s T in ie b la s in fe rn a ­
d id o c o n su n ie lo E recteo". to r ia e n e l c o m b a te p ro m etid a lado d e A res. Por últim o, la le s. A m e n u d o c o m p a ra d a s
-A ATENAS (FUNDACIÓN DE). p o r A te n e a , e sc o g ió a A frodita, tradición trágica y poética verá c o n « p e rr a s » , v u e lv e n lo cas a

www.FreeLibros.me
ER IN IAS 164 165 ER O S

su s v íc tim a s , a la s q u e p e r s i­ mente los com etidos contra la siglos x v iii - x ix , colección pri­
g u e n s in d e s c a n s o . familia, encabezados por el pa­ vada; G ustave M oreau, O res­
P ro te c to ra s s im b ó lic a s d e l rricidio. La tradición trágica les tes y las erinias, 18 9 1, Turín.
o rd e n fu n d a m e n ta l d el c o sm o s otorga este papel fundamental
— el u n iv erso o rg a n iz a d o fren te a través de la historia ejemplar EROS
al c a o s' — y d el o rd e n relig io so de dos fam ilias m íticas perse­ D io s d e l A m o r". E ste n o m ­
y c ív ic o c a ra c te rís tic o d e l p e n ­ guidas p o r una m aldición im­ b re , q u e s ig n if ic a « e l d e s e o
s a m ie n to h e lé n ic o , o p u e s to a placable: los I.abdácidas, en sen su al» , re m ite en G re c ia a re ­
la s fu e r z a s d e s e s ta b iliz a d o r a s torno a la figura de E d ip o ', y p re s e n ta c io n e s m u y d iv e r s a s
d e la an arq u ía, p e rsig u e n a to d o los Atridas", en to rno a la de se g ú n la s é p o c a s . E n H e s ío d o
a q u e l q u e h a y a c o m e tid o u n a O re ste s', am bos parricidas n a c e d e l c a o s ', c o m o G ea* (la
fa lta s u s c e p tib le d e tu r b a rlo , irresponsables que obtendrán la T ie rra ). E s é l q u ie n p re s id e las
d e s d e la s c o m e tid a s c o n tr a la redención d e su crim en des­ u n io n e s d e lo s tita n e s ’, c o n c e ­
fa m ilia h a s ta e l p e c a d o d e h i- pués de la purificación. La mal­ bidos p o r e sta ; m á s (ard e las d e
bris". C astig a n e s p e c ia lm e n te a dición divina original cede así los O lím p ic o s ” y , p o r ú ltim o ,
los a s e s in o s , y a q u e su c rim e n su lugar a un nuevo orden cí­ las d e lo s h o m b re s. E s e l p rin ­
e s ta n to u n a m a n c h a d e tip o re ­ vico. -» AGAMENÓN, ATRIDAS, c ip io u n iv e rs a l q u e a s e g u r a la
lig io so c o m o u n a a m e n a z a para EDIPO, ORESTES. g e n e ra c ió n y re p r o d u c c ió n d e Eros (a la izquierda) en el lienzo de
la e sta b ilid a d d el g ru p o so cial. Por último, la Eneida de Virgi­ las e sp e c ie s. Lucas Cranach Venus y el A m or
E x p u lsa d o d e su c iu d a d , el c u l­ lio m odifica un tanto esta fun­ E n la te o lo g ía ó r f ic a , q u e (grabado en madera)
p a b le e rr a rá d e c iu d a d e n c iu ­ ción reguladora y redentora: g o z ó d e u n a e x te n s a in flu e n cia
d a d , v íc tim a d e la p e rs e c u c ió n las erin ia s se convierten en en la a n tig u a G re c ia , E ro s s u r­ s o n a je s q u e in te n ta n d e fin ir la
d e la s te m ib le s e r in ia s , h a s ta sim ples divinidades infernales g ió c o n s u s a la s d e o ro d e l n a tu r a le z a d e E ro s. S ó c ra te s,
q u e en cu en tre un a au to rid ad c a ­ que atorm entan a las alm as de h u e v o p rim o rd ia l, s ím b o lo d e q u e fig u ra e n tre lo s in v itad o s,
rita tiv a q u e c o n sie n ta e n p u rifi­ los m uertos condenadas en el fe liz p le n itu d q u e a l d iv id ir s e le d e s c r ib e c o m o un « d e m o ­
c a rlo d e su c rim e n . L a s e rin ia s T ártaro'. - » INFIERNOS. fo rm a ría e l C ie lo y la T ie rra . nio» o g e n io m ed iad o r e n tre los
se c o n v ie r te n e n to n c e s e n las En la E lectro d e Giraudoux A m e n u d o lla m a d o ta m b ié n d io ses* y lo s h o m b re s , n acid o
e u m é n id e s , « la s b o n d a d o s a s » , (1937), las «pequeñas euméni­ P r o to g o n o s ( p r im e r n a c id o ) , e n el ja r d ín d e lo s d io s e s de la
e u fe m is m o c o n e l q u e se p r e ­ des», que no dejarán de crecer P h a n e s (el q u e h a c e b rilla r), es unión d e P oro (el R ecurso) y de
te n d ía h a la g a rla s p a ra d e s v ia r a m edida que avanza la pieza, un se r d o b le , b ise x u a l, c a p a z de P e n ia (la P o b reza): es, co m o la
su c ó le r a y c o n s e g u ir q u e fu e ­ sim bolizan el avance inexora­ u n if ic a r c o n s u p o d e r lo s a s ­ s e g u n d a , u n a fu e r z a e te rn a ­
ran p ro p icias. ble del destino. Las moscas, en p e c to s d if e r e n c ia d o s , in c lu s o m e n te in s a tisfe c h a q u e con as­
la pieza de Sartre del mismo tí­ co n trario s, d e u n m u n d o co n c e ­ tu cia, c o m o el p rim ero, siem pre
♦ Lit. D esde los poem as ho­ tulo (1943), son una represen­ bido c o m o u n a frag m en tació n y c o n sig u e a q u e llo q u e persigue.
méricos*. la función esencial de tación simbólica de las erinias. d e g rad a ció n d e l S e r in icial. L a tr a d ic ió n le a trib u y e
las erinias es la de vengar el ♦ Icó n . Jean Fussli, Las eri­ P la tó n , e n E l b a n q u e te (h . o tr a s m u c h a s g e n e a lo g ía s . La
crim en y castigar especial­ nias ju n to aI cuerpo d e Erifde, 385 a. C .), p re s e n ta a se is p er- m á s d if u n d id a le h a c e h ijo de

www.FreeLibros.me
EROS 166 167 ER O S

A frodita* y A res” y h e rm a n o d e a él para provocar el am o r de dia d e C alderón de la Barca siglo xvm . la n d res), otras ve­
A n te ro s (e l A m o r c o r r e s p o n ­ D ido hacia E n eas'. El relato (1640) en la que introduce ele­ ces com o el mediador de los
d id o ). El a rte y la lite ra tu ra c lá ­ más célebre en el que participa mentos propios del teatro d e la am ores humanos y divinos
sic a s le p in ta n c o m o u n h e r ­ es el d e Amor y Psique’ en las época, com o el d isfraz y la (Eros, Ariadna y Dioniso, vaso
m o so a d o le s c e n te p r o te c to r d e M etam orfosis de Apuleyo (si­ confusión de identidad de los griego, siglo iv a. C „ Atenas;
los a m o re s h o m o s e x u a le s, p e ro glo it d. C ) . personajes; o Los a m o res de A legoría d e l Amor, escuela
En la literatura europea, las re­ P sique y C upido d e La Fon- d e Fontainebleau, siglo xvi.
m á s ta rd e s e im p o n d rá la im a ­
g en d e un n iñ o tra v ie so arm a d o ferencias al dios, tan to en su taine (1669), novela mitológica Louvre). Aparece asimismo,
c o n a rc o y fle c h a s q u e d is p a ra aspecto ad u lto c o m o bajo la en prosa y verso. A veces se bajo el aspecto de un chiquillo
apariencia de un niño m ofle­ desdobla, com o en L a a sa m ­ alado, en muchos cuadros que
ta n to c o n tr a lo s d io s e s c o m o
co n tra los h o m b re s, o b ien p o r­ tudo, son innum erables, sobre b lea d e los am ores d e M ari- representan a los grandes aman­
ta n d o u n a s a n to r c h a s c o n la s todo en la p o esía am orosa, vaux ( 17 3 1), donde C upido y tes de la mitología clásica (Bot-
q u e in f la m a lo s c o r a z o n e s d e c o m o por ejem plo en el Can­ A m or se enfrentan ante los ticelli. Venus y Marte, siglo XV.
u n a p asió n irre sistib le . c io n era d e P etrarca (1330) o dioses del O lim pos el primero Londres; Boueher, Hércules y
en la poesía de G arcilaso de la representando al placer y el se­ Ónf'ale. siglo xvm , Musco
♦ L engua. El adjetivo erótico Vega, en especial en su Oda a gundo al sentimiento. Pushkin, M oscú); figura tam­
la flo r d e G uido (1 5 2 6 -1536), —> PSIQUE. bién solo, con sus atributos
designa lo relativo al am or, y
especialmente al am or físico; y en la que Venus y C upido dia­ La teoría psicoanalítica distin­ (Cupido tensando su arco, már­
también lo que suscita el deseo logan ponderando el gran po­ gue dos tipos fundamentales de mol, copia de Praxíteles, siglo
y el place r sexuales. De él se d e r del am or. E ntre las obras impulsos; Eros es el nombre ge­ iv a. C , Roma; Parmigianino,
deriva la palabra erotismo. L.a en que aparece com o personaje nérico que Ereud da al conjunto A m o r labrando su arco, siglo
erotom ania es la obsesión con entidad propia figuran, es­ de los im pulsos relacionados xvi. Drcsde, sobre el que Bar-
sexual. pecialmente, las que se centran con la sexualidad, a los que se tolozzi realizó un grabado), dor­
Las acepciones figuradas del en sus am ores co n Psique, opone el impulso de la muerte, m ido (Eros niño, escultura ro­
sustantivo flech a zo («enam o­ com o L a s b o d a s d e Psique y designado con otro nombre mi­ mana en mármol. Madrid, Mu­
ram iento repentino») y del C upido, d e G aleo tto del Ca- tológico, Táñalo" (M ás allá del seo A rqueológico Nacional),
verbo Jlec h a r (« in sp irar un rretto (1520), pieza simbólica principio de placer, 1920;/;/ Yo recibiendo educación de sus pa­
en la q u e intervienen múltiples y el Ello, 1923). dres (Van Loo, La educación
am or repentino a alguien»)
proceden precisam ente de la personajes; H erm osa Psiquis. ♦ ¡con. Eros aparece represen­ deI A m or po r M ercurio y Ve­
representación habitual de este poem a d e Juan de M al Lara tado unas veces com o un niño nus. siglo xvm , M adrid, Real
(h. 1550); P sique a Cupido. entregado a travesuras y juegos A cadem ia de Bellas Arles de
dios, cuyas flechas hacían na­
soneto d e Juan de Arguijo infantiles (Eros cabalgando un San Fernando; Lucas Cranach.
cer el am or en los corazones.
(1605): el A donis de Giambat- delfín, vaso griego, siglo iv Venus y el Amor, siglo xvi).
♦ Lit. E ntre los poetas rom a­
nos. E ros, bajo el nom bre de tista M arino (1623); Psique y a. C., Louvre; E ros castigado —> PSIQUE.

C upido . se co n v ierte en una Cupido, auto sacram ental de en presencia d e Afrodita, fresco ♦ Cin. En la película Cupido
José de V aldivieso (1622); Ni pompeyano, siglo i a. C , Ñapó­ contrabandista (196!). Este­
figura om nipresente. V irgilio
A m or se libra de amor, come­ les; Boueher, C upido cautivo. ban Madruga trata el tema del
m uestra cóm o Venus" recurrió

www.FreeLibros.me
ESCILA 168 169 EU R ISTEO

am or (personificado en el tí­ L a E sfin g e (en g rie g o e s una frecuente encontrarlo en la es­ ÉSTIGE / ESTIGIA
tulo con el nom bre del dios) y p a la b ra fe m e n in a ) e s p o r ta n to cultura arcaica (E sfinge d e los R ío s u b te r r á n e o d e n u e v e
el policiaco. un m o n stru o h íb rid o , co n ro stro naxianos. h. 575 a. C „ Délos; m e a n d r o s q u e b a ñ a b a lo s In ­
y b u s to d e m u je r y c u e rp o d e D elfos, M useo d e la A crópo­ f ie r n o s . E s p re c is o s e ñ a la r
ESCILA le ó n c o n a la s d e á g u ila . F u e e n ­ lis). Las esfinges son también q u e lo s a n tig u o s d a b a n el
M o n s tru o m a r i n o . —» CA- v ia d a p o r H e ra ', diosa* del m a ­ frecu en tes com o adorno de n o m b r e d e É s tig e o E s tig ia a
RIBDIS. trim o n io , p ara cast ig a r al re y de m obiliario en Francia durante u n m a n a n tia l d e la A rc a d ia
T e b a s" , L a y o 1, q u e h a b ía ra p ­ el D irectorio y el Im perio, sin ( r e g ió n c e n tr a l d el P e lo p o -
ESCULAPIO ta d o y v io la d o al jo v e n C risip o d u d a por in flu en cia de la n e s o ) q u e b ro ta b a d e u na roca
N o m b re ro m a n o del d io s —» y q u e se n eg ab a en ca m b io a dar e x p ed ició n d e B onaparte a y d e s a p a r e c ía p o c o d e s p u é s
ASCLEPIO. u n h ijo a su e s p o s a le g ítim a . El Egipto. b a jo tie r r a . S e c r e ía q u e e s ta
m o n s tru o se h a b ía in s ta la d o en fu e n te a flu ía al río in fe rn a l del
ESFINGE u n a m o n ta ñ a p ró x im a a la c iu ­ ESTENTOR o ESTÉNTOR m is m o n o m b re .
E ste m o n stru o tu b u lo so era d a d y d e v o ra b a a lo s v ia je ro s H é r o e ’ q u e a p a r e c e c ita d o
o rig in a rio d e E g ip to , d o n d e se q u e p o r a llí p a sa b an d e sp u é s de u n a s o la v e z e n la ¡ lia d a d e ♦ L engua. Pasar el Éstige (o
le re p r e s e n ta b a c o n c u e r p o d e p la n te a rle s u n o s e n ig m a s que H o m e ro , p e r o q u e p r o n to se la Estigia): morir; ju ra r p o r el
le ó n y c a b e z a h u m a n a . El m o ­ e s to s n u n c a c o n s e g u ía n re s o l­ c o n v irtió en u n a fig u ra p ro v e r­ Éstige: pronunciar un ju ra ­
tiv o se e x te n d ió p o r A sia (A s i­ v e r. E d ip o ” fu e el ú n ic o que bial p o r la p o te n c ia d e su v o z. mento terrible (solo los dioses
n a ), d o n d e se le añ a d ie ro n alas, c o n s ig u ió p a s a r la te rrib le A lg u n o s r e la to s le g e n d a rio s juraban «por el Éstige»).
y lleg ó a G re c ia m e d ia d o y a el p ru e b a . L a E s fin g e , a l v erse p o s te rio r e s le a tr ib u y e n la in ­ El adjetiv o estigia. utilizado
se g u n d o m ile n io a n te s d e n u e s­ v en cid a, se lan z ó al v ac ío desde v en ció n d e la tro m p e ta y u n fin básicam ente en lenguaje poé­
tra era. El e n riq u e c im ie n to p ro ­ lo a lto d e u n a s ro c a s y pereció. trá g ic o a m a n o s d e l d io s H e r­ tico y en sentido figurado, es
g r e s iv o d e lo s a d o r n o s e n su s EDIPO. irles", q u e lo h a b r ía d e r r o ta d o sinónim o de «infernal»,
re p re se n ta c io n e s ic o n o g rá fic a s d e sp u é s d e q u e E s te n to r le d e ­ ♦ ¡Con. —> INFIERNOS.
(c o lla re s, p e n d ie n te s, e tc .) c o n ­ ♦ L en g u a . En sentido figu­ safiara a su p e ra r la p o te n c ia d e
d u jo a su fe m in iz a c ió n y , m á s rado. se dice que una persona su voz. EUMÉNIDES
a d e la n te , a l in te g r a r s e e n u n es o parece una esfinge cuando « E ste n to r. d e c o ra z ó n g e n e ­ N o m b re e u fe m íslic o co n el
c ic lo d e re la to s lig a d o s a la c iu ­ adopta una actitud reservada o roso, d e v o z d e b ro n c e , q u e g ri­ q u e se c o n o c ía a las —> k r in ia s .
d a d d e T e b a s" , a d q u ir ió fin a l­ enigm ática. taba ta n fu e rte c o m o c in c u e n ta
m e n te su c o n d ic ió n m ític a , s i­ R ecibe tam b ién este nombre h o m b re s j u n t o s » (U fa d a , c a n ­ EURÍDICE
g u ie n d o un p ro c e s o se m e ja n te una mariposa nocturna de gran to V, v e rs o 7 8 5 ). E sp o sa d e o rfeo .
a o tr o s m o n s tru o s , c o m o el tam año, la esfinge ile la cala­
le ó n d e N e m e a , q u e lo s m ito s vera. perteneciente a la familia ♦ Lengua. Del nombre del hé­ EURISTEO
c o n v ie r te n e n su « h e rm a n o » , de los esfíngidos. —> aque- roe deriva el adjetivo estentó­ D e s p u é s d e la m u e rte de
n a c id o ig u a lm e n te d e la v íb o ra RONTE. reo. que se aplica a la voz o al A n fitrió n ", el tro n o de M icenas
E q u id n a y d el p e rro O rtro s. ♦ ¡con. Este monstruo es muy acento m uy potente y retum ­ d e b ía re c a e r so b re e l p rim o g é ­
- » HERACLES. p o p u lar en el arle grieg o. Es bante. n ito d e lo s d o s d e s c e n d ie n te s

www.FreeLibros.me
E U R O PA 170 171 EU R O PA

d e P erseo*: el fu tu ro H eracles* m u e r te , E u ro p a r e c ib ió h o n o ­
y s u p r im o E u r is te o . H era* . r e s d iv i n o s y e l to r o , a n im a l
q u e n o e s ta b a d is p u e s ta a q u e c u y a f o r m a h a b í a a d o p ta d o
e l h ijo d e A lc m e n a a e c e d ie s e Z e u s p a ra u n irs e a e lla , s e c o n ­
a l tro n o , re tra s ó e l n a c im ie n to v ir ti ó e n la c o n s t e la c i ó n d e
d e e s te y a d e la n tó e l d e E u ris ­ T a u r o . —> t e b a s .
te o , q u e n a c ió d o s m e s e s a n te s
d el tie m p o d e g e s ta c ió n y q u e ♦ U t. Esta leyenda ha sido una
m á s ta rd e re in a ría e n e l p u e sto fecunda fuente de inspiración
q u e h u b ie r a c o r r e s p o n d id o a p a ra la literatu ra g rieg a y la­
H e r a c le s . E s te tu v o q u e p o ­ tina. O vidio la d esarrolla más
n e rs e a su s e r v ic io d u r a n te extensam ente en las M etamor­
d o c e a ñ o s , a lo la r g o d e lo s fo s is (II, 836 y ss.) y en los
c u a le s r e a liz ó lo s « d o c e tr a b a ­ Fastos (V . 603 y ss.). Desde la
jo s » q u e E u ris te o le h a b ía im ­ Antigüedad, los autores se han
p u e sto . —> HERACLES. in terro g ad o sobre el vínculo
existente entre la figura mito­
EUROPA lógica y el nom bre del conti­
J o v e n a m a d a p o r Z eus* . nente. preguntándose, con He-
E u ro p a e ra h ija d e A g e n o r, re y rodoto (siglo v a. C .), por qué
d e F e n ic ia , y h e r m a n a d e se dio el nom bre de una heroí­
C ad m o . C u a n d o e s ta b a j u ­ na asiá tic a a este territorio
g a n d o c o n s u s c o m p a ñ e r a s en IH isto ria V il. 185). El mito Rubens. El rapto de Europa. Madrid. Museo del Prado
(copia del lienzo de Tiziano)
u n a p la y a , Z e u s la v io y se fue tratado tam bién por Fran­
e n a m o r ó d e e ll a . P a r a s e d u ­ c isc o de A ldana (sig lo xv i) y
c ir la se m e ta m o r f o s e ó e n to r o C astillo Solórzano (E l robo de que en «El rap to de Europa» entre los que destacan los de
y se p re s tó a lo s ju e g o s y c a r i­ Europa, rom ance burlesco, si­ recu p era la leyenda antigua Tiziano ( 1562. Boston; sobre el
c ia s d e la s m u c h a c h a s . E u ro p a glo X V II). (Ú ltimos poem as, 1884). que R ubens realizó una copia
se e n v a le n to n ó y m o n tó s o b re En nuestros días se considera ♦ ¡con. Europa sentada sobre en el siglo xvu. Madrid. Museo
s u lo m o . E n to n c e s Z e u s la que tal vínculo es dudoso; sin el toro, metopa del templo F de del Prado), Rembrandt (1632.
ra p tó y a tra v e s ó el m a r lle v á n ­ em bargo, ha inspirado a mu­ S elinonle, sig lo vi a. C ., Pa- París, colección particular).
d o la c o n s i g o h a s ta ll e g a r a chos au to res, e n tre ello s a lerm o. Sobre el m ism o tem a: Boucher (1747. Louvre). Mar­
C r e ta . D e s u u n ió n n a c ie r o n G iam b attista M arino en La vaso griego, siglo iv a. C.. San tín de Vos (El rapto de Europa.
M in o s ’, R a d a m a n tis y S a r p e - zam pona (1620), recopilación P etersburgo; fresco d e Pom - siglo xvi, Bilbao).
d ó n . E s te e p is o d io m a r c a r á de idilios mitológicos; a André peya, siglo i, M useo de Ñapó­ ♦ M á s. M ilhaud, El rapto de
e l o r ig e n d e la d in a s tí a c r e ­ C h én ier en sus Bucólicas les; gran núm ero de cuadros. Europa, ópera minuta. 1927.
te n s e d e M in o s. D e sp u é s d e su (1 8 1 9 ) y a L econte de Lisie,

www.FreeLibros.me
FA ETÓ N o FA ETO N TE
F v eces, p recip itán d o se otras co n ­
E ste se m id ió s* , c u y o n o m ­ tra la tierra y q u em a n d o m onta­
bre e n g rie g o s ig n ific a « el b ri­ ñ a s y llan u ras. Z e u s', espantado
lla n te » , e r a h ijo d e H e lio - y la p o r e l d e sa s tre , fu lm in ó a F ae­
o c eá n id e C lím e n e o , se g ú n otra tó n y e l jo v e n c a y ó al río Erí-
tra d ic ió n , d e E os* y C éfalo * . d a n o . S u s d e s c o n s o la d a s h e r­
S im b o liz a la h ib ris ”, e l o rg u llo m a n a s , la s H c lía d e s, le rin d ie ­
d e sm e su ra d o q u e im p u ls a a los ro n h o n ra s fú n e b re s ; ta n to era
h o m b re s a d e s a f ia r a lo s d io ­ su d o lo r y las lág rim as q u e ver­
ses*. F a e tó n s e ja c t a b a c o n ti­ tie ro n , q u e te rm in a ro n m eta-
n u a m e n te d e s u s o ríg e n e s d iv i­ m o rfo sc á n d o s e e n sauces.
nos a n te su s c o m p a ñ e ro s, y u n o
d e e llo s le re tó a q u e d e m o s ­ ♦ Lengua. Convertido en nom­
tra ra su filia c ió n . F a e tó n s u ­ bre común, un faetón designaba
p licó a su p a d re q u e le ay u d a ra en el siglo xvm un carruaje des­
y este a c o rd ó c o n c e d e rle e l p ri­ cubierto de cuatro ruedas, alto
m er d e s e o q u e e x p re sa ra . El te ­ y ligero, y en nuestros días un
m e ra rio jo v e n p id ió q u e le d e ­ coche descapotable de princi­
ja ra c o n d u c ir su fa b u lo s o c a rro pios de siglo.
d e fu e g o y H e lio n o tu v o m ás ♦ L it. H esíodo y los trágicos
rem ed io q u e p e rm itírs e lo a p e ­ griegos aluden a menudo al trá­
sa r d e s u s te m o re s . F a e tó n se gico destino de este semidiós.
a p o d e ró d e la s rie n d a s d e l c a ­ O vidio relata su historia en el
rro, p e r o lo s fo g o s o s c a b a llo s libro I de las M etamorfosis.
se lan za ro n e n u n a lo ca carrera, La osadía de Faetón, com o la
a m e n a z a n d o c o n e s tr e lla r s e de Icaro, va a ser tratada en nu­
c o n tra la b ó v e d a d e l c ie lo unas m erosos poem as del siglo xvi

www.FreeLibros.me
FATUM 174 175 FAUNO
com o sím bolo de la osadía m ic a la fó r m u la a n á lo g a « e s­ una intervención del destino».
am orosa del pocla: Francisco tab a e scrito » ). C o m o en G recia, El fatalism o es una doctrina, o
de A ldana. rá b u la d e Faetón d o n d e el D e stin o esta b a y a p e r­ sim plem ente una actitud inte­
(1591): H ernando d e A cuña. so n ific a d o e n las m oiras* o p a r­ lectual, q u e presupone la om ­
Faetón, soneto (1570-1580); cas”, el F a tu m a p a re c e en R om a nipotencia del d estin o sobre
S oto de R ojas. L o s rayas de c o m o u n a p o te n c ia te m ib le y los acontecimientos.
Faetón ( 1639). m is te rio s a q u e s e im p o n e a los La form a plural de Fatum
El mito tam bién fue llevado a p ro p io s d io s e s”; v e n d ría a s e r la acabó extendiéndose corno
escena p o r C alderón de la p a r le d e fe lic id a d o d e s g r a c ia sustantivo singular fem enino,
Barca en E l hijo d el Sol, Fae­ q u e 1c to c a a c a d a se r, q u e le es dando origen a la forma tardía
tón (siglo xvn). asig n a d a irrev o cab lem en te y sin Falo («diosa de los destinos»),
♦ ¡con. La caída de Faetón p o s ib ilid a d d e in tro d u c ir c a m ­ de la cual deriva a su vez la pa­
adorna algunos sarcófagos ro­ b io alg u n o . S e g ú n e ste co n cep to labra hada; los cuentos de ha­
manos (siglo n a. C . Copenha­ d e F atu m , la h isto ria del m undo das. aunque de origen céltico y
gue y Florencia). M ás tarde re­ se ría c o m o u n te x to e s c rito por germánico, aparecen así vincu­
aparecen tem as com o Faetón un « E sp íritu » p reex iste nte, cuyo lados, por este sesgo etim oló­
p idiendo a A p o lo que le deje d ic tam e n d e te rm in a el co n ju n to gico, a la Antigüedad romana.
conducir e l carro d el Sol d e lo s a c o n te c im ie n to s q u e n e­ Baccio Bandinelli. Fauno. San Pe-
(Poussin. siglo xvn. Berlín; Le c e sa r ia m e n te h a n d e realizarse. FAUNO / FA UN O S tersburgo. Museo de ÍErmitage
Sueiir, siglo xvn. Louvre) y La El F a tu m d e b e d is tin g u irs e de L o s f a u n o s (e n l a t ..fa u r ti)
caída d e Faetón (lienzo de Ru- la F o rtu n a ”. era n , e n tre lo s la tin o s, u n a s d i­ P o r o tra p a rle , se v e ía en él al
hens. siglo xvn. Bruselas. M u­ v in id a d e s m e n o re s c a m p e s tre s in tro d u c to r d e em ig ran tes arca-
seo de Bellas A rtes; acuarela ♦ L engua. Con el térm ino fa ­ q u e v iv ía n e n lo s b o s q u e s y d io s en el L acio , atribución que
de G ustavo M orcan. 1878. ltan se relacionan las siguien­ p ro te g ía n a lo s re b a ñ o s . S e les im p lic a y a u n a c ie rta « h islo ri-
Louvre). tes palabras: el adjetivo fa ta l suponía b e n é v o lo s (d e h ec h o su z a c ió n » d e la fig u ra m ítica,
♦ M ús. Lully. Faetón, ópera. (lat. fa ta lis), que originaria­ n o m b re s e fo rm a a p a rtir d e la c u y o c a rá c te r d iv in o se iría di-
1693; S aint-Saéns. Faetón. m ente sig n ificab a «determ i­ m ism a ra íz q u e el v erb o fa u e r e . fu m in a n d o c o n el tiem p o hasta
poem a sinfónico. 1873. nado por el destino», de ahí su que sig n ifica « fav o recer» ), pero p a sa r a s e r c o n sid erad o co m o el
significación de «inevitable», el h e c h o d e v e rlo s p ro v o c a b a la p rim e r re y d e l L acio . S ería en ­
FATUM y, por extensión, «desgraciado, m uerte. S e g ú n la tra d ic ió n m ás to n c e s c u a n d o , en cie rto m odo,
E n R o m a , p e rs o n ific a c ió n determ in ad o p o r el destino gen eralizad a, se les co n sid e ra b a h a b ría « estallad o » , d an d o lugar
d iv in a del D e s tin o '. L a p a la b ra para traer la desgracia» (espe­ pro d u cto d e la « m u ltip licació n » a u n a m u ltitu d d e p e q u e ñ o s
fa lta n p ro c e d e d el v e rb o la tin o cialm ente la m uerte: un diag­ de un d io s m á s a n tig u o llam ado d io s e s ” q u e lle v a b an su m ism o
Jari. q u e sig n ific a « h a b la r» ; s e ­ n ó stico fa ta l) y «m uy malo, F a u n o (e n la t., F a u n u s ), a n á ­ n o m b re . —> l a t i n o .
ría p o r ta n to lo q u e h a s id o d i ­ negativo o lamentable»; el sus­ logo al d io s P a n ' d e lo s a rc a -
c h o y fija d o d e fo rm a ir r e m e ­ tantivo, fatalidad, a sí com o el d io s, y q u e c o m o e s te e r a el ♦ Lengua. El nom bre común
d ia b le (v é a se e n la c u ltu ra islá­ adjetivo fa tíd ico , «que indica pro tecto r d e reb añ o s y p asto res. fa u n o , com o el de sátiro, de-

www.FreeLibros.me
FA V O N IO 176 177 FEDRA

signa a un hom bre lascivo. El incitante de «pequeña ninfa'» n o m b re sig n ifica « la b rillan te» ,
adjetivo fa u n e s c o se aplica al en carn ad o a la perfección en en re c u e rd o d e su a s c e n d e n c ia
hombre que presenta los rasgos L olita, m ezcla ex p lo siv a de solar.
anim alescos o el co m p o rta­ falsa inocencia y provocativa S u h e rm a n o D e u c a lió n " la
miento libidinoso que la tradi­ malicia. e n tr e g ó e n m a trim o n io a su
ción atribuía a los faunos. ♦ lean. El arte antiguo repre­ a m ig o T e s e o ', e n to n c e s re y d e
El nom bre fem enino fauna, senta generalm ente a los fau­ A te n as, q u e a n te s h a b ía e sta d o
que designa al conjunto d e los nos a imagen de Pan, con pier­ c a s a d o c o n la a m a z o n a " A n ­
anim ales de una región, fue nas velludas, pezuñas de cabra, tíope*. F e d ra d io d o s h ijo s a su
creado sobre el m asculino por orejas puntiagudas y cuernos, e s p o s o , p e ro s e e n a m o r ó v io ­
analogía con el térm ino flo ra '. aunque pueden tener también len tam en te d e H ipólito", h ijo d e
♦ Lit. La figura de un fauno, un aspecto estrictam ente hu­ T e s e o y la a m a z o n a . El jo v e n ,
presente en num erosos textos m ano, com o el F auno dan­ g ra n a m a n te d e la c a z a y
antiguos, suscita en Nathaniel zando encontrado en Pompeya d e v o to d e A rte m isa " , re c h a z ó
H aw thorne (E l fa u n o de m á r­ (sig lo i, M useo d e Nápoles). su s in s in u a c io n e s y F e d ra ,
m ol, 1860) u na reflexión so ­ C abeza d e fa u n o : Jacob Jor- te m ie n d o q u e la d e la ta s e , le
bre los aspectos m ás oscuros daens, siglo xvn, Bilbao; Bac- a c u só a n te su e s p o s o d e h a b e r
del alm a hum ana, expuesta cio B andinelli, San Peters- in ten tad o v io larla. E ste m ald ijo
desde las coordenadas del g é­ burgo. M useo d e 1’Ermitage. el n o m b re d e su h ijo y p id ió a
nero fan tástico y a trav és de ♦ M ú s. S obre los tem as del los d io se s* s u m u e r te , q u e n o
unos personajes que, arrastra­ poem a d e M allarm é antes ta rd ó e n p ro d u c irs e . F e d ra ,
dos p o r su s p asiones d em o ­ m encionado, C laude Debussy a b ru m a d a p o r lo s re m o rd i­ Mme. Duchesnois en la Fedra de
niacas, pierden su inocencia y com puso en 1894 el Preludio m ie n to s y la d e s e s p e ra c ió n , se Racine. París. Biblioteca de Artes
descubren el mal. En La siesta a la siesta de un fauno, una de Decorativas
su ic id ó . - > H I P Ó L I T O , TESEO.
de un fa u n o ( 1876), Stéphane las obras maestras de la música
M allarm é evoca la ensoñación im presionista. ♦ Lit. Según las dos tragedias dichada de mí! ¿Q ué hago?
erótica d e un fauno acostado de Eurípides, de las que solo se ¿H asta dónde quiere arras­
bajo un olivo. El tem a inspiró FAVONIO conserva una, el suicidio de trarm e mi razón extraviada?
tam bién a W illiarn F aulkn er N o m b re ro m a n o d e —> cé ­ Fedra se produce bien después He sido víctima del delirio, un
una recopilación de versos de f ir o . de la muerte de Hipólito o bien dios me ha golpeado con el
ju v en tu d (E l fa u n o d e m á r­ antes de que esta confiese al vértigo...» (Hipólito, 428 a. C .
mol. 1924). En L olita (1959), FEDRA joven su am or culpable. Fedra versos 238-240).
de V ladim ir N abokov, el pro­ H ija d e M in o s", re y de ha pasado a la posteridad como En su tragedia Fedra (h. 50 d.
tagonista H um bert-H um berl C r e ta , y d e P a sífa e * , e s her­ una víctim a de la fatalidad, de C .), el au to r latino Séneca
no d uda en co m p ararse a sí m a n a d e A ria d n a " y p o sib le ­ la pasión ineludible, com o la im ita a Eurípides y presenta a
m ism o con un fau n o p e rsi­ m e n te s e a , c o m o e s ta , u n a an­ figura ejem plar del am or trá ­ la propia Fedra confesando su
guiendo a ese tipo especial e tig u a d iv in id a d c re te n s e . Su gico y devastador: «¡A h, des- am or a H ipólito. Algunas dé-

www.FreeLibros.me
FED RA 178 179 FÉNIX

cadas am es. Ov idio había d e ­ pasión destructora. A sí sucede presenta el símbolo de la pasión d e sc u b ie rta p o r los fenicios) era
dicado a Fcdra una d e sus He- tam bién en la Fedra (1909) de prohibida o no correspondida y un av e fab u lo sa d e los desiertos
m idas. En el libro X d e El G abriele D 'A nnunzio, que ce­ condenada por ello a la muerte. d e L ib ia y E tio p ía , d el tam año
asno de o ro (siglo M d. C .). lebra el triunfo de la pasión y - » HIPÓLITO, TESEO. d e u n á g u ila , q u e v iv ía varios
Apuleyo recupera el mito, mo­ esboza una com paración entre sig lo s. E sta a v e e ra ú n ica en su
dernizándolo e insertándolo en la muerte trágica de Fcdra y la ♦ ¡con. Eros. Fedra e H ipóli­ e s p e c ie y s o lo p o d ía re p ro d u ­
la novela com o un relato se ­ de otra am ante maldita, Isolda. to. vasija griega, siglo iv a. C., c irse re n a c ie n d o d e su s cenizas
cundario o «caso». A unque la figura de Fedra tuvo B erlín. Rubens, L a m uerte de d e s p u é s d e in m o la rs e a sí
Las diversas versiones del mito pocas ilustraciones modernas, H ipólito, sig lo s x v i-x v ii, co ­ m ism a e n u n a p ira llam ad a in ­
respetan casi siem pre el e s­ está presente sin em bargo en lección particular. El gixipo Fe­ m o rta lid a d .
quem a antiguo. Fedra repre­ m uchas obras com o motivo li­ dra e Hipólito de Pierre Guérin E ste m ito fu e m u y p o p u lar
senta a la seductora arrastrada terario. Es el caso de Im embru­ (1802, Louvre) entusiasmó a la e n la é p o c a p a leo c ristian a, que
por una pasión culpable y no ja d a d e B arbey d'A urevilly crítica de la época. Cabanel re­ h iz o d e él u n s ím b o lo de la re ­
correspondida, remitiendo así a (1852), donde el am or prohi­ presenta a F edra en el lecho su rre c c ió n en c u a n to que el ave
otros episodios legendarios, bido de la protagonista aparece del do lor (1880, M ontpellicr, F én ix tra n sfo rm a su m u erte en
com o por ejem plo el de José y explícitamente com parado con Museo Fabre). un re n a c im ie n to , en una nuev a
la m ujer de Putifar. Sin em ­ la pasión d e Fcdra. Lo mismo —» HIPÓLITO. v ida.
bargo. con el paso de los siglos sucede en La arrebatiña de ♦ M ás. Hipólito y A rid a , pri­ S e la re p re se n ta b a sie m p re
se irá produciendo una evolu­ Z o la (1872), que ofrece una mera ópera conservada de Ra- d e fre n te , c o n la c a b e z a vuelta
ción del mito caracterizada por transposición m oderna del m eau (1733). En esta obra Hi­ h a c ia la d e re c h a , d e p ie.an te su
la progresiva diíum inación del am or de Fcdra en el de la prota­ pólito no m uere, sino que es pira.
personaje de H ipólito, que to­ gonista. Renée, hacia el hijo de salvado por D iana’. Fedra.
davía mantenía el papel de pro­ su marido. La descripción de la música para ballet de Georgcs ♦ Lengua. Se dice de una per­
tagonista en la tragedia de Ro­ pasión de En busca d e l tiempo Auric, coreografía de Scrge Li- sona que es un fé n ix cuando
b e n G arnier a la que da título perdido (1913-1928), donde far sobre argum ento de Jean está dotada de cualidades ex­
(1573). El neoclasicism o trae Proust se com place a menudo C ocleau, 1950. cepcionales y , en cierto sen­
consigo la Fedra de R acine en ilustrar de forma paródica o ♦ C in. La película F edra tido, es única en su género (tal
(1677). que había sido prece­ dram ática versos clásicos, está (1956), d irig id a por M anuel e s el sentido del apelativo que
dida por otras muchas. Con esta profundamente impregnada de M ur Oti y protagonizada por sus contem poráneos dieron a
obra, en la que el escritor pro­ referencias a la tragedia ra- Emm a Penclla, E nrique Dios- Lope de Vega, «el fénix de los
pone una lectura jansenista del ciniana. A sí, la partida brutal dado y V icente Parra, e s una ingenios»).
mito. Fedra se conviene en per­ d e A lbertine, en La fugitiva versión libre y m oderna d e la La expresión se r (parecer) el
sonaje central y en una figura (1925), aparece relacionada por tragedia de Séneca. a ve F énix se aplica fam iliar­
literaria de primera lila, adqui­ el narrador con un famoso m ente a la persona que se re­
riendo dimensiones metafísicas: verso: «D icen que una pronta FÉNIX cupera física o psíquicamente,
Fedra, condenada por la fatali­ partida os alejará de nuestro El F é n ix ( d e l g r ie g o p h o i- o que recobra su fama o noto­
dad. encarna definitivamente la lado...» En general. Fedra re- nix, « ro jo » , c o lo r d e la p ú rp u ra riedad, después d e una etapa

www.FreeLibros.me
FID E S 180 181 F1LOCTETES

muy negativa. T am bién se cluso específicam ente erótica, ♦ L en g u a . La palabra f e pro­ g u o p re te n d ie n te d e H elena*,
aplica, hum orísticam ente, a la en la m edida en q u e evoca el viene de fid e s en el sentido de F ilo c te te s a c u d ió a la guerra de
persona que parece no enveje­ etern o ren acer del deseo y el «confianza». T r o y a a l m a n d o d e un c o n tin ­
cer nunca. fuego de la pasión. Así aparece g e n te d e s ie te n a v io s y c in ­
♦ Lit. Herodoto, II, 73. Ovidio. en el C ancionero d e Petrarca FILEMÓN c u e n ta arq u ero s. P ero cu ando la
M etamorfosis. X V, 392 y ss. (siglo x iv ), en toda la poesía E sp o so d e —» b a u c is . a rm a d a g r ie g a h iz o e s c a la en
El ave m ítica tuvo una gran am orosa del R enacim iento T e n e d o s , d o n d e c e le b ra ro n un
posteridad literaria. En la Edad o en autores m ás recientes, FILOCTETES s a c r if ic io , F ilo c te te s fu e m o r­
Media parece sim bolizar la re­ com o Apollinaire en Alcoholes E ste h éro e" g rie g o o rig in a ­ d id o e n e l p ie p o r u n a s e r­
surrección de C risto, perspec­ (1 9 1 3 ) y en P oem as a Lou rio d e T e s a lia , m ie m b r o d e la p ie n te . L a h e rid a se in fe c tó rá ­
tiva desde la cual cada alm a (1947). donde sim boliza tam­ e x p e d ic ió n c o n tr a T ro y a* , h a p id a m e n te m ie n tr a s el v iaje
salvada sería, a su vez. un fé­ bién el ardor de la inspiración p a sa d o a la le y e n d a p o r h a b e r p ro se g u ía. L o s je fe s de la ex p e­
nix. M ontaigne, p o r su p a r­ poética, o en Paul Eluard. cuya sid o e le g id o c o m o d e p o s ita rio d ic ió n , n o p u d ie n d o s o p o rta r
te. com para al m ítico anim al recopilación poética E l fénix del a r c o y la s f le c h a s e n v e n e ­ m á s e l h e d o r q u e se desprendía
con el gusano de seda (E n sa ­ (1951) i lustra el tema del amor nadas d e H eracles*. L as v e rsio ­ d e la h e rid a ni los g rito s d e do­
yos, 1580), intentando de este que siem pre renace. nes q u e e x p lic a n c ó m o la s a r ­ lo r d e l h e rid o , d e c id ie ro n , a su ­
modo desposeerle de cualquier ♦ ¡con. Fénix, m osaico de m as d e l fa m o s o h é ro e tro y a n o g e re n c ia d e U lises*, ab an d o n ar
atributo m ágico, tal vez para D afne, siglo v, Louvre. h a b ía n lle g a d o a su p o d e r d i­ a l d e s g r a c ia d o e n la is la d e ­
contrarrestar la creencia, en ­ vergen. S e g ú n u n a s, la s h a b ría s ie rta d e L e m n o s. A llí p e rm a ­
tonces bastante extendida, de FIDES re c ib id o d e su p a d re , m ie n tra s n e c ió F ilo c te te s d u ra n te d iez
que el ave existía realm ente. E n R o m a , p e rs o n ific a c ió n q u e o tr a s a firm a n q u e fu e el la rg o s a ñ o s , s u b s is tie n d o g ra ­
Es frecuente que aparezca en d iv in a d e la p a la b r a d a d a (fi­ p ro p io H e ra c le s q u ie n se las c ia s a lo s a n im a le s q u e c o n s e ­
los tratados alquím icos y m á­ eles). F id e s a p a r e c e re p re s e n ­ legó c o m o re c o m p e n sa p o r h a ­ g u ía a b a tir c o n su s flech as in ­
gicos de los siglos xvi y x v n ta d a c o m o u n a a n c ia n a d e ca ­ ber e n c e n d id o e l fu e g o d e la fa lib le s, p ero sin lle g a r a sanar
com o im agen de la unión de b e llo s b la n c o s, m á s an tig u a que pira so b re la q u e e ste a g o n iza b a d e su h erid a .
los contrarios. La m ayoría de el p ro p io Jú p ite r", p a ra sig n ifi­ d e d o lo r . F ilo c te te s h a b ía j u ­ L o s g rie g o s, e n tre tan to , se
las veces, en cualquier caso, se c a r q u e to d o o rd e n so c ia l y po­ rado n o re v e la r e l lu g a r d e la d e s e s p e ra b a n a n te lo s m uros
trata de alusiones d e carácter lític o s o lo p u e d e e s ta r g a ra n ti­ m u erte d e H e ra cle s. El d e stin o d e T ro y a , q u e c o n tin u a b a re ­
sim bólico, com o en los E sta­ z a d o p o r e l re s p e to a la buena c a stig a ría la tr a ic ió n a e s te j u ­ sistie n d o . El a d iv in o H éleno
dos e Imperios del Sol, de Cy- fe e n q u e s e b a s a n lo s c o m p ro ­ ram ento c o n u n a te rrib le h e rid a — h ijo d e P ríam o* y h e rm a n o
rano de Bergerac (1661), o en m is o s p ú b lic o s y p riv a d o s . Se y c o n e l re c h a z o d e lo s su y o s . g e m e lo d e C asandra*— , al q ue
El Fénix renaciendo d e sus ce­ le o f r e c ía n s a c r if ic io s c o n la El ilu stre le g a d o q u e d e te n ­ hab ían h ech o prisionero. Ies pre­
nizas. del poeta húngaro Istvan m a n o d e r e c h a e n v u e lta en un taba F ilo c te te s, y q u e to d o s e n ­ d ijo q u e lo s tro y a n o s so lo p o ­
Gyógyosi (1693). lie n z o b la n c o . E sta d io sa" debe v id ia b a n , le c o n v e r tía e n un d rían se r vencidos con las arm as
Paralelamente, la figura mítica re la c io n a rs e c o n o tra divinidad hom bre m u y v alio so . O b lig a d o d e H e ra c le s . U lis e s p a rtió por
del ave Fénix irá adquiriendo itálica p ro tecto ra d e l juram ento: c o m o e s ta b a p o r e l ju r a m e n to tan to h a c ia L e m n o s co n N eop-
una significación am orosa, in­ e l d io s D io F id io . h ech o a T in d á r e o , c o m o a n ti­ tó lem o , el h ijo de A quiles", para

www.FreeLibros.me
FILOM ELA 182 183 FLORA

in te n ta r c o n v e n c e r al a b a n d o ­ F IL O M E L A
n ado F iloctetes d e q u e se u n iese H e rm a n a d e P r o e n e tr a n s ­
a ello s. C e d ie n d o a la a stu c ia d e f o r m a d a e n p á ja r o c o m o e lla .
los e m b a ja d o re s, q u e le habrían F ilo m e la y P ro e n e e ra n h ija s
p ro m e tid o q u e e n T ro y a s e ría d e l re y a te n ie n s e P a n d ió n , q u e
c u ra d o d e su h e rid a , o b ien im ­ e n tr ó e n g u e r r a c o n T e b a s ’.
p u lsad o p o r el d e b e r p a trió tic o , P a ra a s e g u r a r s e la a lia n z a d e
F ilo c te te s a c e p tó u n irs e a las T e r e o . re y d e T r a c ia e h ijo de
tro p as griegas. A llí fu e efe c tiv a ­ A r e s ', le e n tr e g ó a su h ija
m e n te c u ra d o p o r lo s h ijo s d el P r o e n e e n m a trim o n io . E sta
d io s A s c le p io ' y p u d o to m a r p ro n to e c h ó d e m e n o s a s u h e r­
p a rte en lo s c o m b a te s . U n a d e m a n a y e n v ió a s u e s p o s o a
su s H echas e n v e n e n a d a s a c a b ó A te n a s p a ra q u e fu e s e a b u s ­
co n la v id a d e Paris*. c a rla , P ero T e rc o , n a d a m ás ver
F ilo c te te s f u e u n o d e lo s a F ilo m e la , e x p e r im e n tó u n a
p o c o s j e f e s g r ie g o s q u e tu v o v io le n ta p a s ió n p o r la m u c h a ­
u n re g re so sin in c id e n te s . M ás c h a , y e n e l v ia je d e re g r e s o a
ta r d e m o r iría c o m b a tie n d o T r a c ia c o n s ig u ió s a tis f a c e r su
c u a n d o a c u d ió e n s o c o r r o d e d e s e o p o r la fu e rz a . T e m e ro so Rubens. El banquete de Tereo. Madrid. Museo del Prado
una c o lo n ia d e R o d as q u e h ab ía d e q u e la jo v e n re v e la s e lo su ­
s id o a ta c a d a p o r lo s b á r b a ­ c e d id o , le c o r tó la le n g u a y la pico e n fo rm a d e la n za y el o r­ flo re c e » . S e le c o n sag ró el m es
ro s in d íg e n a s d e l s u r d e Italia. e n c e rr ó e n u n lu g a r se g u ro . Fi­ g u llo so c o p ete . d e a b ril y en su h o n o r se c e le ­
-¥ TROYA. lo m e la , sin e m b a rg o , c o n sig u ió b ra b a n u n o s ju e g o s , los Flora-
d e n u n c ia r a P ro e n e e l c rim e n ♦ Lit. O vidio, M etamorfosis. lia . S e la r e p r e s e n ta s ie m p re
♦ Lit. En su tragedia Filoctetes d e T e re o b o rd a n d o lo su ced id o VI, 4 12 y ss.; Lope de Vega. ¡m a d o rn a d a co n flores. E ra una de
(409 a. C .), Sófocles im agina e n u n ta p iz q u e h iz o lle g a r a su Filomena (1621). versión de la la s d o c e d iv in id a d e s a las q ue
que es el propio Heracles divi­ h e rm a n a . P ro e n e , lo ca d e rabia, fábula narrada por Ovidio. s e o fre c ía n sa c rific io s ex p ia to ­
nizado quien eonsigue conven­ m a tó a Itis, el h ijo q u e h a b ía te­ ♦ ¡con. R ubens, E l banquete rio s c a d a v ez q u e su cedía un fe­
cer al héroe para que se una al n id o c o n T e re o , lo d e sp e d a z ó y de Tereo, h. 1636-1638, M a­ n ó m e n o e x tra o rd in a rio .
ejército griego: «Con m is fle­ s e lo s ir v ió g u is a d o a s u m a­ drid. M useo del Prado. O v id io la h a c e e sp o s a de
chas arrancarás la vida de Pa­ rid o . M ie n tra s e l h o rro riz a d o u n o d e lo s d io s e s ” d el viento.
ris / que fue la causa de tantas T e re o p e rs e g u ía a la s d o s h e r­ FL O R A C éfiro ”, c re a n d o u n a leyenda de
desgracias / y derribarás el po­ m a n a s se o p e r ó u n a m e ta m o r­ D io sa ro m a n a d e las flo res inspiración g rieg a sobre el tema.
der de Troya» (versos 1426- fo sis : P ro e n e fu e tran sfo rm ad a y la p rim a v e r a . F lo r a e r a la
1428). e n g o lo n d rin a , F ilo m e la e n rui­ d io sa itá lic a d e la v e g e ta c ió n y ♦ Lengua. La flo ra es el con­
♦ ¡con. Filoctetes herido, vasija s e ñ o r y T e r e o e n a b u b illa , el presidía la a p ertu ra d e las flores ju n to de plantas de un país o
griega, h. 460 a. C-. Louvre. a v e d e a sp e c to g u e rre ro , co n su y , e n g e n e r a l, d e « to d o lo q u e región.

www.FreeLibros.me
FO R T U N A 184 185 FU RIA S

♦ Lit. O vidio, Fastos, V. 20 y ten ía c o m o « fu n c ió n » re g ir un FURIAS


ss. s e c to r b ie n d e te r m in a d o d e la D iv in id a d e s in fe rn a le s ro ­
♦ Icó n . Flora, fresco d e Sta- v id a . D e e s ta s tre s f u n c io n e s , m a n a s a s im ila d a s a las erinias"
hia. siglo i a. C .. Ñ apóles; la p rim e ra e ra la d e la s o b e r a ­ g rie g a s.
Poussiil. E l triunfo de Flora, n ía, la s e g u n d a la d e la g u e rra
lienzo, h. 1630, L ouvre; Car- y la te rc e ra la d e la p ro d u c c ió n ♦ L en g u a . La palabra furia,
peaux, escultura, 1864, Louvre. (y re p r o d u c c ió n ) . E s ta « id e o ­ convertida en nombre común,
lo gía tr ilu n c io n a l» , p u e s ta a la significa «ira violenta»; en
FORTUNA luz p o r e l c o m p a ra tis ta fran c é s sentido figurado se designa
En R o m a, d iv in id ad q u e e n ­ G e o rg e s D u m é z il, c o r r e s p o n ­ con ella bien a la persona muy
c a r n a b a e l A z a r. L a d i o s a ' la ­ d ía p ro b a b le m e n te a u n a d iv i­ irritada y colérica, o bien a la
tin a F o rtu n a s e id e n tific a c o n la sió n d e la s o c ie d a d e n tre s violencia desalada de los ele ­
T iq u e ” g rie g a : e s la p e r s o n if i­ castas d ife re n c ia d a s . D e tal o r­ mentos (la furia de los vientos,
c ació n de la S u e rte , fa v o ra b le o g an iza ció n so c ia l n a d a su b siste d el mar, etc.). La expresión
a d v e rsa , q u e se u n e a lo s h o m ­ en la G r e c ia y la R o m a a n ti­ p o n erse com o una furia, que
b re s y rig e su s v id a s . S e h a b la g u as; e n c a m b io , e n la m ito lo ­ significa «enfadarse de forma
d e F o rtu n a b o n a o d e F o rtu n a Nicoletto da Módena, Fortuna g ía y e n la r e lig ió n g r e c o r r o ­ violenta», es sinónim a de otras
m a ta , p u e s se tra ta d e u n a d iv i­ (grabado en cobre) m a n a s s e o b s e r v a n v e s tig io s expresiones procedentes del
n id a d v e le id o s a y c a m b ia n te m ás o m e n o s im p o r ta n te s d e registro mitológico, com o po­
q u e e n c a rn a lo im p re v is to y lo que esta es considerada un don esta a n tig u a c o n c e p c ió n trifu n - nerse com o una hidra, y como
in e s p e ra d o de la e x is te n c ia h u ­ de la Fortuna. cional, p o r e je m p lo e n el relato esta, se aplica indistintamente
m a n a . L a F o rtu n a s e d is tin g u e ♦ L it. En las M etam orfosis u de los o ríg e n e s d e la g u e rr a d e a hom bres y m ujeres a pesar
del F a lu n v , e l D e s tin o ', q u e e s El asno d e oro. Apuleyo (siglo T ro y a ” o e n la tr ía d a p re c a p i- de ser un sustantivo femenino.
u n a fu e r z a c ie g a e in v e n c ib le . ii d. C .) convierte al protago­ tolina ro m a n a . L a p re s e n c ia en - > HARPIAS, HIDRA DE LERNA.
S e la s u e le r e p r e s e n ta r c o n un nista en víctim a de la Fortuna un m ito d e e le m e n to s d e tri- T am bién se dio el nombre de
c u e rn o d e la a b u n d a n c ia o bien ad v ersa, a la que se opone la fu n c io n a lid a d e s u n f u e r te fu r ia s a unos m urciélagos
c o n un tim ó n , y a q u e d irig e la diosa salvadora Isis’. in d ic io a f a v o r d e l o rig e n de A m érica del Sur de aspec­
e x is te n c ia d e los h o m b re s. ♦ Icó n . R ubens, Fortuna, h. in d o e u r o p e o d e d ic h o m ito . to particularm ente horrible.
1636-1638, Madrid, M useo del - » QUIRINO. —> HARPIAS.
♦ L engua. La fo rtu n a ha que­ P rado; N icoletto da Módena.
dado com o esa potencia miste­ Fortuna.
riosa que distribuye los bienes
y los males al azar: la fo rtu n a FUNCIO NES
e s ciega. los ca prichos de la E n la m ito lo g ía d e lo s an ti­
fortuna, etc. La palabra ha ter­ g u o s in d o e u ro p e o s, lo s dioses*
m inado siendo tam bién sinó­ e s ta b a n d iv id id o s e n tre s ca te ­
nim o de «riqueza», en cuanto g o r ía s , c a d a u n a d e la s c u ale s

www.FreeLibros.me
GALATEA
G com o la Fábula de Polifemo y
D iv in id a d m a r in a q u e f o r ­ C alatea d e Luis de Góngora
m aba p a rle d e la s n e re id a s”, h i­ ( 1612); el Polifemo de Tomaso
ja s d e N e re o ". S u le y e n d a v a Stigliani. poem a pastoril de
u n id a a la d e l c íc lo p e P o li­ principios del siglo xvn. o el
fem o”, c u y o s a m o re s re c h az a b a Brintlisi de los ciclopes de An­
y q u e , c e lo s o , a p la s tó b a jo u n a tonio Malatesti (siglo xvn), re­
ro c a a l p a s to r A c is , su a f o r tu ­ copilación de sonetos que rela­
nado riv a l. G a la te a tra n sfo rm ó tan la leyenda de Polifem o y
a su a m a n te A cis en u n río y e s ­ G alatea. La fábula de Acis y
cap ó d e P o life m o p a ra re u n irse G alatea ha inspirado asimismo
triu n fa lm c n lc c o n la s o tr a s n e­ múltiples obras, entre las cua­
reidas. les pueden citarse La zampona
E s p re c is o o b s e r v a r q u e los de Giambattista Marino (1620),
p u eb lo s c e lta s (d e g a lli: g a lo s , recopilación de idilios mitoló­
g á la ta s d e A s ia M e n o r , g a le - g icos, así com o una novela
scs) e ra n a v e c e s c o n s id e ra d o s pastoril d e Cervantes, la C ala­
c o m o d e s c e n d ie n te s d e lo s h é ­ tea (1585), continuada en 1783
roes" n a c id o s d e lo s a m o r e s d e p o r Jean-Pierre C laris de Flo-
P o life m o y G a la te a , a u n q u e rian. E stas dos últim as obras
o tra s t r a d ic i o n e s le s a s ig n a n ofrecen, sin embargo, una ver­
com o a n te p a s a d o m ític o a H e ­ sión hum anizada y moderni­
racles”. zada del episodio, que ya no
tiene nada de m itológico. De
♦ Lit. E ntre las obras dedica­ hecho, el nom bre de esta ne­
das a Polifem o. algunas insis­ reida pronto se convirtió en un
ten en su am o r p o r G alatea. tópico de las obras pastoriles.

www.FreeLibros.me
G A N ÍM ED ES 188 G EA

en las que generalm ente hay ha sido una fecunda fuente de p rim e ra re a lid a d m a te ria l del
una pastora-ninfa* que lleva su in spiración para la literatura C o s m o s . E n g e n d ró p o r sí
nombre. griega y rom ana desde Ho­ m ism a a l C ie lo (U rano*), a las
♦ ¡con. Son frecuentes las re­ m ero (¡liada, V, 265 y ss; XX, M o n ta ñ a s y a l m e d io m a rin o
presentaciones de los Am ores 232 y ss.) hasta O vidio (M eta­ (P o n to ). M á s tard e se u n ió a su
d e A cis y C alatea sorprend i­ m orfosis, X. 155 y ss.). El h ijo U ra n o , q u e la c u b rió p o r
d o s p o r P olifem o (p articu lar­ tem a tam bién fue tratado d u ­ c o m p le to , y d e su unión n acie­
m ente im presionante el grupo rante el barroco: Júpiter a G a­ ro n lo s prim ero s dioses*, qu e ya
de la fuente M édicis en el jar­ nímedes, soneto de Juan de Ar- n o e ra n u n a sim p le p ersonifica­
dín de L uxem burgo, en París, guijo (1605); Jú p iter vengado c ió n d e e le m en to s; lo s se is tita­
esculpido por O ttin, siglo xix; o Fábula d e C riselio y Cleón, nes* y la s s e is titá n id e s , lu eg o
Lorrain, 1657. Dresde). Rodin. com edia de Diego Jim énez de lo s cíclopes* y lo s h ecato n q u i-
Polifemo y Acis, bronce. 1888. Enciso (1632). r o s , g ig a n te s* d e c ie n b ra z o s.
París. N o m enos num erosas ♦ ¡co n . Z eus raptando a Ca- P e ro n in g u n o d e s u s h ijo s lle ­
son las representaciones del ním edes, terraco ta griega, h. g a b a a v e r ja m á s la lu z d el d ía
Triunfo de C alatea (especial­ 4 8 0 a. C ., O lim pia; G aním e­ p o rq u e su e sp o so U rano, q ue la
m ente la d e R afael, 1514. des, escu ltu ra, siglo iv d. C., c u b r ía c o n s u c u e rp o e n un
R om a). D alí. C alatea de las G ranada; vaso griego. 470 c o n tin u o a c to d e fe cu n d ació n ,
esferas, retrato de su m ujer y a. C .. A tenas. Sobre el mismo im p e d ía e l a lu m b ra m ie n to de
m usa G ala. 1952. colección Cellini, Ganímedes, Florencia. tema, lienzo de Rubens (1636, s u d e s c e n d e n c ia , c o n d e n a d a a
privada. Museo del Bargello
M adrid, M useo del Prado), de p e r m a n e c e r e n e l v ie n tre de
♦ M ás. A cis y Calatea: Lully. R em brandt (siglo xvii, D res­ G e a . E lla e n tr e g ó a su ú ltim o
pastoral. 1686; H aendel, pas­ y se lo lle v ó p o r los a ire s hasta de); G aním edes, bronce de h ijo , C ro n o ", la h o z ritu a l y le
toral, 1720; H aydn, ópera, el O lim p o * , d o n d e le c o n v irtió B envenuto C ellini. siglo xvi, p id ió q u e ca stra ra a U rano para
1790. e n c o p e r o d e lo s d io s e s 1. Allí F lorencia; José A lvarez C u­ lib erarla. C o n su h ijo P o n to en­
v e r tía e l n é c ta r ” e n la c o p a de bero. G aním edes, escultura, g e n d ró d iv in id a d e s m a rin a s,
GANÍMEDES Z e u s . El á g u ila q u e le tran s­ 1818, M adrid. Real Academia e n tre e lla s a N e re o 1 —> c r o n o .
J o v e n ra p ta d o p o r Z eu s". p o rtó p o r el a ire fu e conv ertid a de B ellas A rtes d e San Fer­ C u a n d o C r o n o tu v o el po­
G an ím ed es e ra «el m á s b ello de e n c o n ste la c ió n . nando. d e r en su s m a n o s d e m o stró se r
los m o lía le s» , p rín c ip e de la fa ­ tan tira n o c o m o su p a d re . G ea
m ilia real d e T r o y a ' y d e s c e n ­ ♦ L e n g u a . Un ganím edes es GEA d e c id ió in te r v e n ir de n u ev o
d ie n te de D á rd a n o '. P asto re a b a un jo v en apuesto y compla­ E n la c o s m o g o n ía a n tig u a , a c o n se ja n d o a Rea* q u e e sc o n ­
c o n su re b a ñ o s o b r e u n a m o n ­ ciente («los ganím edes de for­ p e rs o n ific a c ió n d e la T ie rr a . d ie ra al p eq u e ñ o Z eu s en C reta
ta ñ a , c e r c a d e T r o y a , c u a n d o mas lascivas». Apollinairc). C e a d e s e m p e ñ a u n p a p e l im ­ y a y u d a n d o m á s tard e a Z e u s a
Z e u s lo v io y se e n a m o r ó a p a ­ C on su nom bre se bautizó el p o rtan te e n la T e o g o n ia h e sió - d e r r o c a r a su p a d re c o n el
sio n a d a m e n te d e él. E l d io s se principal satélite de Júpiter. d ica, d o n d e n a c e d e s p u é s del a p o y o d e los titanes, qu e habían
tra n s fo rm ó e n to n c e s e n á g u ila ♦ Lit. El rapto de Ganímedes caos* y a n te s d e E ro s": e s la s id o lib e ra d o s del T ártaro*. En

www.FreeLibros.me
G IG A N TE S 190 191 GIGANTES

la c o sm o g o n ía an tig u a. G c a d e ­ u n a b a r b a h ir s u ta s , c o n s e rv a n vivían los g ig an tes. E stos se en ­ ra c le s re m a ta b a lu eg o c o n una


s e m p e ñ a u n p a p e l p ro te c to r , la a p a r ie n c ia h u m a n a e x c e p to fren taro n c o n tra los d io s e s c o a ­ d e su s (le c h a s , e n v e n e n a d a s
aseg u ran d o la co n tin u id a d d e la p o r la s p ie rn a s, s u s titu id a s por lig a d o s a rro já n d o le s ro c a s , p e ­ c o n la sa n g re d e la h id ra --.
v id a fre n te a l e g o ís m o d e los u n a c o la d e s e rp ie n te . A u n q u e ñ a sc o s q u e a r r a n c a b a n d e las
elem en to s m ascu lin o s. —» z e u s . so n d e o rig e n d iv in o , p u ed en c im a s d e lo s m o n te s y a n to r ­ ♦ Lit. La G igantom aquia. re­
C o n el T á r ta r o , d io s m a lé ­ m o r ir a c o n d ic ió n d e q u e sean c h a s fo r m a d a s c o n e n o rm e s latada inicialmente por Hesío­
fico, e n g e n d ró a T ifón*, m o n s ­ a b a tid o s a la v e z p o r u n d io s y tro n c o s d e r o b le s . H e ra c le s do (siglo vm a. C.). fue objeto
truo* d e te m ib le p o d e r a q u ie n u n m o rta l. El m o tiv o m á s rele­ a b atió a l g ig a n te A lc io n e o co n en Rom a, en el siglo iv d. C„
Z e u s h u b o d e c o m b a tir p a ra v a n te d e su le y e n d a lo c o n s ti­ una d e s u s fle c h a s en v e n e n a d a s d e una epopeya de Claudiano.
a s e n ta r su so b e ra n ía . S e le a tr i­ tu y e s u c o m b a te c o n tra lo s d io ­ y, p o r c o n s e jo d e A te n e a ”, le una de las últim as grandes
b u y e n c o m o h ijo s s u y o s o tr o s ses", la G ig a n to m a q u ia . a rra s tró le jo s d e l s u e lo d o n d e obras de la Antigüedad de ins­
m u c h o s m o n stru o s: P itón", C a - G e a le s d io la v id a para h abía n a c id o p a ra q u e m u riese, piración mitológica, de la que
ribdis", las h arpías"... M ás tard e v e n g a r a su s p rim e ro s h ijo s, los ya q u e al e n tra r en c o n ta c to co n solo conservamos el principio.
fu e a s im ila d a e n o c a s io n e s a tita n e s ", a q u ie n e s Z e u s" en ce­ la tie rra v o lv ía a c o b r a r v ig o r. Los gigantes aparecen con fre­
D e m é te r” o a C ib eles". rró e n e l T á rta ro * . N a d a más Z eu s fu lm in ó a P o rf irió n , q u e cuencia, en los libros de caba­
n a c e r en e l su e lo d e T ra c ia ata­ in ten tab a v io la r a H e ra , y H e ­ llerías españoles del siglo xvi.
♦ L en g u a . La raíz gé-, que c aro n ai C ie lo arro ján d o le enor­ racles le re m ató d e u n flechazo. com o sím bolo del Mal y de la
significa «la tierra», es la base m e s p e ñ a s c o s y á rb o le s en E fia lte s m u r ió a tr a v e s a d o p o r barbarie contra la que el caba­
de muchas palabras: geografía, lla m a s . In c ita d o s p o r G e a , d e­ d o s f le c h a s , u n a q u e le e n tró llero debe luchar. A partir del
geología, geomorfismo, etc. c la ra ro n la g u e rra a lo s O lím p i­ por e l o jo d e re c h o , la n z a d a p o r B asagante o el Famongoma-
♦ Lit. Hesíodo, Teogonia. 167 c o s", q u e y a s e h a b ía n p rep a­ A p o lo -, y o tr a q u e le e n tró p o r dán del A m adís de Caula
y ss. ra d o p a ra d e f e n d e r s e d e su el izq u ierd o , a rro ja d a p o r H era­ — obra que inicia el ciclo en
♦ Icón. Zeus luchando contra a m e n a z a . En e fe c to , Z e u s , que cles. A te n e a a p la s tó a E n c é la - 1508— . la figura del gigante
un gigante en p resencia de s a b ía q u e p a ra d e r r o ta r lo s ne­ do c u a n d o in te n ta b a h u ir d e l se va a convertir en una cons­
C ea. copa griega. 415 a. C.. c e sita ría el a p o y o d e un mortal, c am p o d e b a ta lla , a rr o já n d o le tante del genero, y será paro­
Berlín. h a b ía e n g e n d r a d o a u n h é ro e - en cim a la is la d e S ic ilia ; d e sd e diada por Cervantes en el Qui­
d e u n a fu e rz a s in ig u a l: H era­ entonces y a c e b a jo la isla, a rro ­ jo te ( 16 0 5 -16 15) en el episodio
GIGANTES c le s ”. P o r o tr a p a rte , e l señor ja n d o a v e c e s s u a lie n to d e en que hace luchar al caballero
N a c id o s d e G ea" (la T ie rra ) del O lim p o ” se h a b ía apoderado fuego p o r e l v o lc á n E tn a . La m anchego con unos molinos
f e c u n d a d a p o r la s a n g r e d e a d e m á s d e la h ie rb a m ág ica que m ism a s u e rte c o rr ió M im a n te , de viento.
U ra n o ” (el C ie lo ) , a q u ie n su G e a h a b ía p ro d u c id o p a ra que a q u ie n H c fe s to ” s e p u ltó b a jo ♦ Icón. La G igantom aquia es
h ijo C ro n o h a b ía c o r ta d o lo s lo s g ig a n te s fu e ra n invencibles una m a s a d e m e ta l a rd ie n te y uno d e los tem as favoritos de
ó rg a n o s g e n ita le s a p e tic ió n d e a n te lo s g o lp e s d e los mortales. yace b a jo e l V e s u b io . A te n e a la escultura griega, siendo uno
su m ad re. L os g ig a n te s so n u n a —> TEOGONIA. mató y d e s o lló a R aíante", c u y a de los más utilizados para de­
ra z a m o n s tru o s a : d e ta m a ñ o L a b a ta lla se d e s a r ro lló en piel c o n s e r v ó p a ra re c u b r ir su corar los frontones de templos,
« g ig a n te sc o » y fu e rz a in v e n c i­ la s « T ie rra s a rd ie n te s » , m iste­ coraza. D e e s te m o d o c a d a d io s donde la morfología de los gi­
b le , d o ta d o s d e u n a c a b e lle ra y r io s a re g ió n v o lc á n ic a donde abatió a u n g ig a n te , al q u e H e ­ gantes se prestaba particular­

www.FreeLibros.me
G IG ES 192 193 GO RG O N A

m ente bien a las exigencias ♦ Lit. La historia de Giges no (1899) subraya la oposición
plásticas del edificio (bajorre­ se convierte realm ente en un enlrc el rico rey C andaulo y la
lieve helenístico de Pérgatno. mito literario hasta el siglo xix. pobreza de Giges.
siglo ni a. C ., B erlín; bajo­ si bien es cierto que la leyenda
rrelieve griego, siglo 11 a. C.. que refiere Platón se relaciona GORGONA
Del fos). con el tema del hom bre invisi­ E x iste n tr e s g o r g o n a s . E s­
ble, que ha conocido una larga te n o . E u ría le y M e d u s a , h ija s
posteridad literaria que llega d e F o rc is y C e to , d iv in id a d e s
GIGES o GÍES hasta nuestros días. Sin em ­ m arin as n a c id a s d e P o s e id ó n ' y
G ig e s, o G íe s , e s e l n o m b re bargo, el relato que Herodoto Gea*. F o rm a n p a rle , p o r ta n to ,
d e u n o d e lo s tr e s h e c a to n q u i- presenta del episodio inspiró del p a n te ó n ' p rc o lím p ic o , c ep a
ros (gigantes" «d e cien brazos» ) Las dam as galantes, de Bran- p ró d ig a e n d iv e r s o s m o n s ­
n a c id o s de G ea" y U rano". tóm e (1665-1668), uno de los tru o s". E ra n h e rm a n a s d e las Mosaico con cabeza de gorgona,
E s ta m b ié n un p e rs o n a je Cuentos de La Fontaine (1674). g ra y a s , d e la te r rib le E s c ila y Tarragona. Museo Arqueológico
h is tó ric o , re y d e L id ia en el y también El anillo de Giges, de del d ra g ó n q u e g u a rd a b a el j a r ­
s ig lo vil a. C ., f u n d a d o r d e la Fcnelon (1690). este últim o se­ dín d e las H e sp é rid o s’, y h a b i­ c u e rp o m u tila d o su rg iero n dos
d in a s tía d e lo s M e rm n a d a s . gún la versión de Platón, taban n o le jo s d e allí, en e l e x ­ s e r e s e n g e n d ra d o s p o r P o sei-
A lg u n o s re la to s le g e n d a rio s re ­ En su novela El rey Candaulo tre m o O c c id e n te . P ro v is ta s d e d ó n , e l c a b a llo P eg aso- y C ri-
fieren su ascen sió n al trono. S e­ ( 1844). T héophile G autier da u n a s a la s d e o r o . e s to s m o n s ­ s a o r, u n g ig a n te * a rm a d o con
g ú n el re la to q u e P la tó n o fre c e una versión pintoresca de este tru o s fe m e n in o s te n ía n o jo s u n a e s p a d a d e o ro . E ste, a su
e n L a R e p ú b lic a , G ig e s e ra un tema, que encontrará numero­ c e n te lle a n te s y la c a b e z a e r i­ v e z , s e r ía p a d re d e l m o n stru o
p a s to r q u e , d e s p u é s d e e n c o n ­ sas ilustraciones en el siglo xix zad a d e s e r p ie n te s , d ie n te s d e G e rio n e s y , seg ú n una versión,
trar un an illo q u e co n fe ría la in- bien desde una perspectiva vo- ja b a lí, c u e llo e s c a m o s o y m a ­ ta m b ié n d e E q u id n a , la m u je r
v is ib ilid a d , lo h a b ría u tiliz a d o dev ilesca, com o p o r ejemplo nos d e b ro n c e ; y to d o aq u e l q u e v íb o ra , la c u a l c o n c ib ió d e T i­
p a ra s e d u c ir a la e s p o s a d el rey El rey Candaulo. de Meilhac y c o n te m p la b a su ro s tro q u e d a b a fó n u n a p ro g e n ie m o n stru o sa
C a n d a u lo y m a t a r a e s t e ú l­ Halcvy ( 1873), o desde plantea­ c o n v e rtid o e n p ied ra. (e l p e rr o O r tr o s , C e rb e ro " , la
tim o . H e r o d o to , p o r su p a rte , m ientos p oéticos o eróticos, F rec u en tem e n te se u ti li z a d h id ra d e L e rn a , la Q uim era*
c u e n ta q u e e l re y C a n d a u lo , con el G iges y Candaulo. de a p e la tiv o d e g o rg o n a p a ra re fe ­ q u e m ató B elerofonles ...). A te­
d e s m e s u r a d a m e n te o r g u llo s o R obcrt Lytton (1868). Frie- rirse a M e d u s a , la ú n ic a d e las n e a c o lo c ó la c a b e z a de M e­
d e la b e lle z a d e s u m u je r, d rich H cbbcl, en E l anillo de tres q u e e r a m o rta l. P o s e id ó n d u s a e n el c e n tro d e su escudo,
o b lig ó a s u f a v o r ito G ig e s a G iges (1856), propone una había o s a d o u n irse a e lla en un a p o d e rá n d o se a s í d e su tem ible
q u e se e sc o n d ie ra en la c á m a ra versión mucho más trágica del te m p lo d e A te n e a " , s e g ú n u n a p o d e r p e trific a d o r. L os a n tro ­
re a l p a ra a d m ir a r a la re in a tema al presentar a Giges divi­ tra d ic ió n q u e e x p lic a a s í la p ó lo g o s v en en el g org o n eio n ,
d e s n u d a . E sta d e s c u b r ió a G i­ dido entre la lealtad que debe a y u d a q u e la d io s a ” p re s tó a o « c a b e z a d e la g o rg o n a » , una
g e s y . h e r id a e n su p u d o r, le a su rey y el sentim iento de P e rs e o ’ p a ra q u e e s te d ie s e a n tig u a m á sc ara ritu al de valor
o b lig ó a m a ta r a l r e y y a t o ­ cu lpabilidad. Por últim o. El m u erte al m o n stru o . C u a n d o el m á g ic o . - 4 HERACLES, MONS­
m a rla p o r esp o sa . rey C andaulo d e A ndré Gide héroe le c o rló e l c u e llo , d e su TRUOS, PERSEO, TEOGONIA.

www.FreeLibros.me
G R A C IA S 194

H
♦ L en g u a . El anim al m arino adorno d e tejado en terracota,
llam ado m edusa recibió el siglo vu a. C.. Siracusa; M ás­
nom bre del m onstruo m itoló ­ cara d e gorgona. tem plo del
gico debido al aspecto serpen­ Belbedere, O rvieto, siglo iv
tino de sus tentáculos. a. C.), las cerámicas (plato ático,
Medusa era también el nombre G orgoneion de Lydos, h. 550
de un barco que en 1816 sufrió a. C.), las puertas (portal del ho­
un terrible naufragio y cuyos tel de los Em bajadores de Ho­
supervivientes fueron abando­ landa, París) y los suelos (Mo­
nados a la deriva amontonados saico con cabeza de gorgona,
en la fam osa «balsa d e la M e­ época rom ana, T arragona); es HADES
dusa»; este suceso inspiró a también tem a de diversos lien­ H ijo d e C ro n o * y R e a ' y
Géricault su fam oso cuadro La zos (Caravaggio, 1598. Floren­ h e rm a n o d e Z e u s ' y P o se id ó n ”,
balsa d e la M edusa, co n se r­ cia; Rubens, 1618, Viena: co n q u ie n e s se re p a rtió el U n i­
vado en el Louvre, que se con­ Lévy-Dhurmer, siglo xx , Lou­ v erso d e s p u é s d e la v ic to ria d e
sidera el m anifiesto de la e s ­ vre; D alí, La gorgona (M e­ lo s O lím p ic o s* s o b r e lo s tita ­
cuela pictórica romántica. dusa). 1950, colección privada) nes*. E s e l s o b e r a n o d e l te n e ­
♦ L it. F rancisco de la Torre y de esculturas (M edusa Ron- b ro so m u n d o d e lo s In fiern o s".
com para el p o d er paralizador danini. copia de un original de In flexible, es ab o rre c id o p o r
de la cabeza de M edusa con el Fidias, siglo v a. C ., Munich; to d o s, in c lu s o p o r lo s m ism o s
que pura él tiene el am or, que Giacometti, 1935, Nueva York). Inm ortales, a p e sa r d e n o s e r un
una vez conocido es imposible —> PERSKO. d io s m a lé v o lo ni in ju sto . S u
de abandonar, en el soneto ♦ Cin. En la película Furia de n o m b re e ra d e m al a u g u rio , d e
XXV («Amor con la cabeza de titanes, d e D esm ond Davis ahí q u e p a ra n o m b ra rlo se re c u ­
M edusa...»), p ublicado en (1981). aparece vencida por rriera frecu en tem en te a d iv erso s
1631. El m ism o tem a había Persco; d a tam bién su nombre e u fem ism o s, c o m o P lu tó n ' («el
sido tratado por autores com o a la cinta fantástica de Tercncc R ico»), y a q u e a l s e r el a m o d e
Petrarca, Varchi o Domenichi. Fisher The Gorgon (1964). las profundidades d e la tierra p o ­
—> PliRSHO. seía to d a s su s riq u e z a s m in eras Hades o Plutón en la estatua romana
♦ ¡con. La cabeza de M edusa GRACIAS y re g ía ta m b ié n la fe c u n d id a d de P lutón procedente de Mérida
ha fascinado a los artistas de N o m b re c o n e l q u e en del su e lo e n su s asp e cto s ag ríco ­ (Badajoz)
todos los tiempos: decora los R o m a se c o n o c ía a la s —» c a ­ las, característica q u e lo aso cia a
tem plos (C abeza de Medusa. r it e s . D em éter". S u a trib u to prin cip al g rie g o e s « e l In v isib le» . O tros
es un c a s c o q u e co n fiere la invi- dioses" o h éro e s’, c o m o Atenea".
sibilidad a su p ortador, reg alo de H c rm e s” o P erseo", utilizaron
los cíclopes"; d e h e c h o , el sig n i­ e n ocasio n es e ste objeto mágico.
ficado etim ológico d e su nom bre - » TEOGONIA.

www.FreeLibros.me
H A RM O N ÍA 196 197 H A RPÍA S

H a d e s a p a re c e ra r a s v e c e s rida). sentado en su trono, a ♦ L engua. En la lengua espa­


en lo s m ito s , e x c e p to e n el d e veces con C erbero a sus pies. ñola existen dos ortografías
D em éter. su h e rm a n a , c u y a hija Es más frecuente, sin embargo, distintas para esta palabra: a r­
C o re ' ra p tó p ara c o n v e rtirla en verle raptando a Perséfone m onía y harm onía, aunque
re in a d e lo s In fie rn o s c o n el (Rubens, siglo xvii, París y Ba­ suele preferirse el uso de la pri­
no m bre d e Perséfone". S u unión y ona; e scu ltu ra de G irardon, mera forma. A sí, la voz arm o­
n o tu v o h ijo s (—> d e m é t e r ). Se siglo xvn. Bruselas). nía en sus diferentes acepcio­
atribuye a H ades d o s in fid elid a ­ —> PROSliRRINA. nes. al igual que sus derivados
d e s c o n y u g a le s , u n a c o n la (arm onioso, armonizar, arm ó­
n in fa M e n te , a la q u e tr a n s ­ HARMONÍA nico, etc.), se relacionan e ti­
fo rm ó e n la p la n ta d e la m en ta H a rm o n ía , g e n e ra lm e n te m ológicam ente con el nombre
p a ra p ro te g e rla d e lo s fe ro c e s c o n s id e r a d a h ija d e A r e s 1 y de la esposa d e C adm o, a su
c e lo s d e P e rs é fo n e , y o tr a co n A fro d ita " , fu e e n tr e g a d a p o r vez form ado sobre una raíz
u n a h ija d e O c é a n o " , L c u c e , a Z e u s ' c o m o esp o sa a C a d m o , el que ex p resa la noción de
q u ien c o n v irtió en el á la m o p la ­ p rim e r re y d e T e b as . T o d o s los unión, de ju sta proporción de Relieve griego con Harpía robando
tea d o q u e cre c ía en los C am p o s d io s e s" a s is tie ro n a lo s e s p o n ­ los elem entos que constituyen un niño. Londres. British Museum
E líse o s", a o r illa s d el río d e la s a le s tra y e n d o m a g n ífic o s pre­ un todo.
M e m o ria. H o m e ro n o s m u e s tra sen tes, e n tre e llo s un v estid o te­ C e le n o , « n u b e to rm entosa». Su
al d io s h e rid o en e l h o m b ro p o r j i d o p o r las g ra c ia s ' y u n co llar HARPÍAS m o ra d a e ra n la s is la s E stró fa-
u n a (lech a d is p a ra d a p o r H e ra ­ d e o ro , o b ra d e H efesto ". Estos E s to s g e n io s a la d o s e ra n d e s, e n el m a r E g eo . T e m ib le s
cles", a q u ie n q u is o im p e d ir el re g a lo s e s ta b a n d e s tin a d o s a h ijas d e T a u m a n te — a su v ez « ra p to ra s » d e a lm a s y n iñ o s
a c c e s o a su re in o . H a d e s tu v o d e s e m p e ñ a r u n im p o rta n te pa­ h ijo d e P o n to (e l M a r ) y G ea* — d e a h í su n o m b re — , se las
q u e re f u g ia rs e e n e l O lim p o ', p e l, a m e n u d o fu n e s to , e n la (la T ie r r a ) — y d e E le c tra , h ija r e p r e s e n ta a v e c e s so b re las
d o n d e un b á ls a m o m a ra v illo so v id a d e su s p o s e e d o r e s . Por de O c é a n o ; h e rm a n a s u y a e ra tu m b a s, ap o d erán d o se del espí­
le sa n ó m uy p ro n to . e je m p lo , d u ra n te la g u e r r a de Iris", la m e n s a je r a d e lo s d io ­ ritu d e l m u e rto y lle v á n d o se lo
lo s S ie te c o n tr a T e b a s , P o lin i­ ses". P e rte n e c e n p o r ta n to a la en su s g arras.
♦ Lengua. Con el nom bre del c e s se sirv ió del c o lla r p a ra so ­ g e n e ra c ió n d iv in a p re o lím p i- L a le y en d a en la que desem ­
dios de los m uertos se bautizó b o r n a r a E rif ile , h e rm a n a del ca, c o m o la s e rin ia s " . —> t e o ­ p eñ an e l papel m ás d estacado es
un proyecto europeo de cohe­ rey d e A rg o s , A d ra s to ; E rifile g o n ia . la del rey F ineo, a q u ien los A r­
tes con cabeza nuclear, el pro ­ c o n v e n c ió e n to n c e s a su e s­ S o n , c o m o la s sire n a s" , g o n a u ta s’ lib eraro n d e la perse­
véelo H ades, que no llegó a p o so . e l a d iv in o A n fia ra o , para m onstruos* fe m e n in o s h íb rid o s, c u c ió n d e e sto s m o n stru o s. En
ponerse en marcha. q u e p articip ara en la expedición m itad m u je r m ita d a v e s , p r o ­ e fe c to , c u a n d o Jasó n " y sus
♦ ¡con. En las representacio­ en la q u e s a b ía q u e p e re ce ría . vistas d e a g u d a s g a rra s. S e su e ­ c o m p a ñ e ro s h icie ro n e sc a la en
nes antiguas. H ades aparece M á s la r d e , su h ijo A lcm eó n len m e n c io n a r d o s: A e lo , T ra c ia , e n c o n tra ro n a su rey
com o un soberano barbado, de v e n g ó a su p a d re m a ta n d o a « v ie n to te m p e s tu o s o » , y O c í- b a jo el p eso d e una terrible m al­
rostro severo (Pintón, estatua E rifile , s ie n d o p e rs e g u id o por pete, « v u e lo v e lo z » , a u n q u e a d ic ió n : F in e o , q u e e ra adivino,
rom ana procedente de M é- las te rrib le s e rin ia s '. veces s e m e n c io n a u n a tercera. h ab ía o sa d o p e n e tra r cierto s se­

www.FreeLibros.me
H ÉC A TE 198 199 H ÉC A TE

c re to s y Z e u s ', p a ra c a s tig a r su tido figurado a una persona de H o m e ro . E s u n a d io s a a la v ez tres c u erp o s. En u n a ép o c a m ás


a tre v im ie n to , n o so lo le h a b ía carácter desabrido, m alvada y lu n a r, in fe rn a l y m a rin a. ta rd ía s e o p e ró u n a asim ilación
d e ja d o c ie g o s in o q u e a d e m á s rapaz, y debe relacionarse con S e g ú n H e s ío d o , s e r ía d e s ­ e n tr e H é c a te , A rte m is a ' y Se-
había ord en ad o a las harpías q u e o tro s nom bres com unes del c en d ie n te d e los tita n e s ', h ija de le n e ”. E n R o m a , H é c a te se ría
le a c o sa ra n sin p ie d a d , d e tal misino registro procedentes de P c rse s y A ste ria , p e ro n o p e rte­ id e n tif ic a d a c o n T riv ia , d io sa
m o d o q u e c a d a v e z q u e el rey la m itología, com o fu r ia o hi­ n e c e a l p a n te ó n " d e lo s d o c e d e las e n c ru c ija d a s.
in te n ta b a a lim e n ta rs e e s ta s se dra. R esulta curioso observar g ra n d e s d io s e s” olím picos*. Sin L a tr ip lic id a d ta n a c u sa d a
lan zaban so b re su s v ia n d a s y se que todos ellos han dado lugar e m b a rg o , su p o d e r, q u e s e e x ­ d e H é c a te , p e rc e p tib le tan to en
las arreb atab an , o b ien las e n su ­ a form aciones exp resiv as del tie n d e so b re la tie rra , e l m a r y s u s a n tig u o s p o d e re s (aire, m ar
c ia b a n c o n s u s e x c re m e n to s . tip o p onerse com o una... ¡ar- el c ic lo , e s in m e n so . D iv in id ad y tie rra ) c o m o e n la s d iv e rsa s
Fueron los d o s h ijo s d e B óreas", pía/furia/hidral. que son prác­ b ien h ech o ra, h a c e p ro sp e ra r las re p r e s e n ta c io n e s d e la d io sa
C a la is y Z e tc s , m ie m b ro s d e la ticamente sinónim as y signifi­ e m p re sa s d e lo s h o m b re s (c ría — a l ig u a l q u e la Q u im e ra ” o
e x p e d ic ió n , q u ie n e s c o n s ig u ie ­ can «enfadarse d e form a vio­ d e g a n a d o , g u e rra s, v ia je s, p ro ­ C e rb e ro ”— , h a ría re fe re n c ia a
ro n e x p u ls a r d e fin itiv a m e n te a lenta», con la diferencia de que c eso s...), p e ro p u e d e c o n d e n a r­ u n a d iv is ió n d e l tie m p o o del
los m o n s tru o s , lib rá n d o le d e la la ex presión s e r (ponerse las a l fra c a so s i a s í le p la c e . El a ñ o m u y a rc a ic a q u e im plicaba
m a ld ic ió n . E n a g ra d e c im ie n to , co m o ) u n a a rp ía se aplica p ro p io Z eu s* re s p e ta s u o m n i­ tre s p e río d o s , c a d a u n o de los
e l rey re v e ló a lo s A rg o n a u ­ exclu siv am en te a mujeres. p o ten cia. c u a le s e s ta r ía s im b o liz a d o por
ta s c ó m o p r o s e g u ir su p e rip lo . H> ERINIAS. FURIAS, HIDRA DE C o n e l tie m p o e s ta im a g e n u n an im al.
—> ARGONAUTAS. I.F.RNA. tu te la r s e d if u m in a . H é c a te se
P o r ú ltim o , u n a tr a d ic ió n P o r o tra parte, el térm ino ar­ c o n v ie rte e n u n a in q u ie ta n te ♦ L it. En la novela de Paul
re f ie re q u e la s h a rp ía s , u n id a s pía. com o el d e fu ria , designa d iv in id a d d e l r e in o d e lo s In ­ M orand H écate y su s perros
a l d io s -v ie n to C é firo ", h a b ría n tam bién a un género d e mur­ f ie rn o s ', d o n d e a v e c e s s e la (1954) el narrador ve cóm o
e n g e n d ra d o a lo s d o s c a b a llo s ciélagos. —» ERINIAS. e n c u e n tra s o s te n ie n d o d o s a n ­ su am ante C lotilde se Irans-
d iv in o s d e A q u ile s " y a lo s d e ♦ Ic ó n . H arpía robando un to rc h a s e n la s m a n o s . C o m o form a durante la noche y deja
los D io scu ro s", C a s to r y P ó lu x , niño, relieve griego. Londres. P erséfo n e”, p a sa a m e n u d o p o r escapar palabras incomprensi­
re p u ta d o s p o r s e r ta n rá p id o s ♦ C in. En Jasón y lo s Argo­ h ija d e D em éte r* . V in c u la d a a bles. Poco a poco descubre que
c o m o el viento. nautas. d e D onald Chaffey un m u n d o n o c tu rn o , d io s a d e la lleva un vida secreta y se en­
(1963), se m uestra su combate L u n a y d e la m a g ia , a p a re c e a treg a al placer de forma ani­
♦ Lengua. En la lengua espa­ con estos. m e n u d o b a jo fo rm a s a n im a le s mal.
ñ ola existen d o s ortografías (perra, loba, y e g u a ) se g u id a p o r ♦ ¡con. Los artistas antiguos
distintas para esta palabra: a r­ HÉCATE una ja u r ía a u llan te . E s la T rip le asimilaron Hécate a Artemisa-
p ía s y harpías, aunque suele M ó cate e s u n a d iv in id ad H é c a te d e lo s s o r tile g io s , q u e D iana', y la representaron de
preferirse el uso de la primera c o m p le ja , in d u d a b le m e n te muy se a lz a e n lo s c r u c e s d e c a m i­ form a análoga, asociándole
forma. F.l nombre genérico de a r c a ic a , p r o c e d e n te d e C aria nos — lu g a re s p a rtic u la rm e n te frecuentem ente un perro, ani­
estos m onstruos m íticos, utili­ ( s u r d e A s ia M e n o r ). N o es c o n sag rad o s a la s p rácticas m á ­ mal que le estaba consagrado:
zado en singular com o nombre p ro ta g o n is ta d e n in g ú n relato g ic a s— b a jo la fo rm a d e u n a a veces se la representa con
común, arpía, designa en sen­ m ític o ni fig u ra ta m p o c o en e sta tu a tr ic é f a la o in c lu s o c o n tres rostros o tres cuerpos.

www.FreeLibros.me
HÉCTOR 200 201 HÉCUBA

p e ro s u d e s tin o e s m o r ir b a jo griega de V ulci. h. 530 a. C..


los g o lp e s d e A q u ile s , q u e W urzburgo) y de su hijo tHéc­
a rr a s tr a su c a d á v e r a ta d o a su to r y A stianacte. escultura de
c a r r o b a jo la s m u r a lla s d e C arpcaux, 1854, París), du­
T ro y a. El a n c ia n o P ría m o c o n ­ rante su com bate con Aquiles
s e g u irá fin a lm e n te q u e A q u i­ (num erosos vasos griegos), o
les le d e v u e lv a e l c u e rp o d e su bien m uerto (F unerales de
h ijo a c a m b i o d e u n e le v a d o Héctor, tapiz de finales del si­
rescate. glo x v . N ueva York; Rubens
-> A N D RÓ M A CA , A Q U IL E S , H éctor muerto p o r Aquiles, si­
PRÍAMO. glo x v n . París, M useo de Be­
llas Artes; lienzo de David, si­
♦ L it. La epopeya hom érica” glo xix, C hálons-sur-M arne).
ha in m ortalizado las hazañas —> TROYA.
de H éctor, al que conocem os ♦ Cin. -> TROYA.
esencialm ente por los relatos
de la ¡liada: los episodios he­ HÉCUBA
roicos, com o su com bate con­ S e g u n d a e s p o s a d e P ría ­
tra Patroclo o sus últim os m o­ m o ', re y d e T ro y a ”, le d io una
mentos frente a Aquiles. alter­ a b u n d a n te d e s c e n d e n c ia q u e
nan co n em o tiv as y patéticas o sc ila , seg ú n las d iferentes ver­
Rubens. H éctor m uerto por Aquiles, París, Museo de Bellas Arles escenas, com o su despedida de s io n e s, d e d ie c in u e v e hijos se­
Andrómaca y d e su único hijo g ú n la trad ició n m ás extendida,
♦ C in. La película H écate de tan to h a c ia su fa m ilia c o m o ha­ A stianacte. o tam bién la resti­ a lo s c in c u e n ta q u e p ro p o n e el
D aniel S ehm id (1 9 8 2 ) eslá c ia su s h o m b res, e s el je fe enér­ tución de su cadáver al anciano a u to r tr á g ic o E u ríp id e s . L os
inspirada en la novela de Paul g ic o e in d is c u tib le d e lo s e jé r­ Príamo, destrozado por la pér­ m á s fa m o so s so n H é c to r”, P a ­
M orand: la diosa m aléfica en­ c ito s (ro y a n o s, a l c o n tra rio que dida de su hijo. La Iliada ter­ r ís ”, C a s a n d r a ”, H é le n o , P o lí-
carna los fantasm as sexuales su h e rm a n o P a ris ”, c u y o s ad e­ mina con los funerales del hé­ x e n a y T ro ilo . E sta fecundidad
del deseo masculino. m a n e s p o c o v ir ile s s o n fre­ roe dirigidos p o r A ndróm aca. e x tr a o r d in a r ia e s u n o de los
c u e n te m e n te o b je to d e burlas. Hécuba y Helena", hacia la que e le m e n io ¡^ q u e p e rm ite n r e la ­
HÉCTOR D u r a n te e l d é c im o a ñ o de H éctor siem pre se m ostró be­ c io n a r la le y en d a d e T ro y a con
P rim o g é n ito d e P ríam o * , la g u e r r a d e T r o y a , H é c to r se névolo. la id e o lo g ía in d o eu ro p ea d e las
re y d e T ro y a " , y d e H é c u b a ', c u b r e d e g lo r ia y h o s tig a sin ♦ Icó n . S e le representa solo tre s funciones* y v e r en la gu e­
e s p o s o d e A n d r ó m a c a ”, e s el c e s a r a lo s h é r o e s e n e m ig o s tH éctor, escultura de Canova, rr a d e T ro y a u n a n tiq u ís im o
h é ro e ” tro y a n o p o r e x c e le n c ia . a p r o v e c h a n d o la a u s e n c ia de siglo x ix), en el m om ento m ito h u m a n iz a d o y co n v ertid o
F ra n co y v a le ro s o , s e re n o a n te A q u ile s ”, q u e se h a b ía negado de desp ed irse de su esposa e n h is to ria . —> f u n c io n e s , pa ­
la a d v e r s id a d y c o m p a s iv o a c o m b a tir . M a la a P a tro c lo ”, IH éctor y Andróm aca. crátera r ís , PRÍAMO.

www.FreeLibros.me
H EFESTO 202 203 HELÉN

♦ Lit. Fernán Pérez de O liva, q u ie n lo a rro jó a la tie rra , av e r­ d a d o p o r lo s c íc lo p e s* , fa b ri­ ciolini (1618) centrado en el
Hécuba triste (h. 1530). g o n z a d a al v erle defo rm e y poco c a b a lo s ra y o s d e Z e u s, la s fle­ episodio de los amores de Ares
- » P R ÍA M O . ag raciad o . M ás tarde, H efesto se c h as d e A rtem isa ” y A p o lo -, las y Afrodita, o en La red de Vul-
♦ Cin. —> TROYA. v en g aría d e H era reg alán d o la un s u n tu o s a s a rm a s d e A q u ile s* , cano, de D om enico Batacchi
tro n o d e o ro q u e la in m o v iliz ó las d e E n e a s ... Z e u s re c u rrió a (finales del siglo xvm).
HEFESTO co n m ág icas lig ad u ras en cuanto é l p a ra c r e a r a P a n d o r a 1, p a ra ♦ ¡con. —* VULCANO.
H e fe s to e s e l d io s d e l la d io s a se s e n tó e n é l. H efesto e n c a d e n a r a P ro m e te o " e n el
fu eg o , a u n q u e n o d el fu e g o c e ­ p u s o c o m o c o n d ic ió n p a ra lib e­ C á u c a so , e in c lu so le p id ió q u e HELE
le s te ni d e l f u e g o d o m é s tic o , ra rla q u e se le p e rm itie ra re g re ­ le h e n d ie ra e l c rá n e o p a ra p e r­ H ija d e A ta m a n te , re y de
sin o d el fu e g o d e la tie rra , e l d e s a r a l O lim p o y re c u p e r a r su m itir el n a c im ie n to d e A te n e a ’. T e b a s ”, y h e rm a n a d e F rix o .
lo s v o lc a n e s , c u y o d o m in io p u e s to e n tr e lo s d io s e s , o b te ­ M ás ta rd e , H e fe sto e x p e rim e n ­ C u a n d o a m b o s h e rm a n o s e sta ­
p e rm ite el tra b a jo d e lo s m e ta ­ n ie n d o e n to n c e s a A frodita* en taría u n v io le n to d e s e o p o r la b an a p u n to d e se r sacrificados
le s. S u m a r a v illo s a h a b ilid a d m a trim o n io . E s ta ta m b ié n te n ­ d io s a q u e h a b ía a y u d a d o a n a ­ p o r su p ro p io p a d re , em p u jad o
lin d a p rá c tic a m e n te c o n la m a ­ d ría o c a s ió n d e p r o b a r la v e n ­ c e r e in ten taría fo rzarla, a u n q u e a l c rim e n p o r lo s c e lo s de su
g ia . A l c o n tr a r io q u e lo s o tr o s g a n z a d e su lisia d o p e ro h ab ilí­ sin é x ito ; d e s u e sp e rm a d e rra ­ s e g u n d a e s p o s a Ino*, fueron
d io s e s ', c a r a c te r iz a d o s p o r su s im o e s p o s o , e l c u a l la « so r­ m ad o s o b r e la tie r r a n a c e ría m ila g r o s a m e n te s a lv a d o s p o r
p e rfe c c ió n y b e lle z a fís ic a s , p re n d ió » d e s a g ra d a b le m e n te E ric to n io ”, f u tu r o re y d e A te ­ u n c a m e ro a la d o , d o ta d o de un
H e fe s to e s fe o , d e f o r m e y li­ c o n u n a red d e m a lla s invisibles nas y a n te p a s a d o d e T e s e o ”. v e llo c in o d e o ro ”, q u e se llevó
s ia d o , ra s g o s q u e s in d u d a se q u e c a y ó so b re e lla y s o b r e su E R IC T O N IO . a a m b o s p o r lo s a ire s. S in e m ­
re m o n ta n a r e p r e s e n ta c io n e s am a n te A res’, inm ovilizándolos, b a rg o , a u n q u e F rix o lleg ó sano
m u y a r c a ic a s d e la fig u ra d e l c u a n d o a m b o s s e e n tre g ab an ♦ Lengua. La imagen que pre­ y s a lv o a la C ó lq u id e , H ele
a rte sa n o e n las s o c ie d a d e s p ri­ ale g re m e n te a su s a m o re s adúl­ senta Hom ero en el canto I de c a y ó al m a r d u ra n te e l v u elo ,
m itiv as. tero s. H efesto re d o n d eó la faena la lltiula, donde vem os a los e n e l e s tr e c h o q u e s e p a r a el
S e g ú n H e s ío d o , e s h ijo d e e x p o n ie n d o a la p areja culpable, dioses sacudidos por una risa M e d ite rrá n eo del m a r N egro, el
Hera* y so lo d e H era, q u e lo h a ­ to d a v ía e n la z a d a , a la s m iradas inextinguible a la vista de He­ a n tig u o P o n to E u x in o . - > v e ­
b ría e n g e n d ra d o « sin m e d ia r b u rlo n a s — o e n v id io s a s — de festo, que regresaba triunfante l l o c i n o D E O R O .
u n ió n a m o ro s a , p o r d e s p e c h o lo s o tro s dio ses. y cojean d o al O lim po, es el
hacia su esposo». E n la Ilíada es E n e l O lim p o , H e fe s to se origen de la expresión una risa ♦ L en g u a . En recuerdo de la
h ijo d e Z eus" y H era. U n d ía su c o n s tru y ó u n p a la c io rad ian te, homérica'. joven desaparecida, el mar
padre, furioso al verle to m a r par­ to d o d e b ro n c e , d o n d e s e a fa ­ * Lit. F.l episodio que m ás ha donde se ahogó recibió el
tid o p o r e s ta e n u n a d is p u ta , le n a b a e n s u s ta re a s a y u d a d o por inspirado a los escritores e s el nombre de Heles/tonto, literal­
ag arró p o r un p ie y lo p re c ip itó a u tó m a ta s d e o ro . R e sid ía tam­ de la red invisible, empezando m ente «m ar de Hele», actual
al v a c ío d e s d e la s a ltu ra s del b ié n e n L e m n o s y , e n general, por H om ero, que lo refiere en estrecho de Dardanelos.
O lim po’. H efesto c a y ó e n la isla en to d o s lo s lu g a res volcánicos. la O disea (can to V III, versos
d e L em n o s y q u e d ó c o jo a c o n ­ L o s ro m a n o s lo id e n tific a ro n 265 y ss.). Aparece también en HELÉN
se c u e n c ia d e la c a íd a . S e g ú n c o n su d io s V u lc a n o ' y situaron La sátira de los dioses, poema H ijo prim ogénito d e D euea-
o tra s v e rs io n e s , fu e su m ad re s u s fo r ja s b a jo e l E tn a . A yu­ burlesco d e Francesco Brac- lión* y P irra , e s el héroe* ep ó -

www.FreeLibros.me
HELENA 204 205 HELENA

n im o d e to d o s lo s g rie g o s , lo s tra" y d e C á s to r , q u e s í se ría n F u e e n to n c e s c u a n d o H e ­


h e le n o s . R ey d e F tía , e n T e s a ­ h ijo s d e T in d á r e o y p o r ta n to len a se c o n v irtió e n e l p e ó n in­
lia, e lig ió in s ta la rse e n el lu g a r m o rta le s , m ie n tr a s q u e su o tro v o lu n ta r io q u e d e te r m in a ría
e x a c to d o n d e su s p a d re s s e h a ­ h e r m a n o , P ó lu x , s e r ía c o m o c u á l d e la s tr e s d io s a s , H e ra ’,
bían e sta b le c id o d e sp u é s d el te­ e lla h ijo d e Z e u s . d io s c u - A te n ea ’ o A fro d ita ', ib a a o b te ­
r r ib le d ilu v io * e n v ia d o p o r ROS. n e r la m a n z a n a d e o ro q u e
Z e u s ' p a ra d e s tr u ir a la h u m a ­ M u y p r o n to s u b e lle z a Éride", la d io s a d e la D isco rd ia,
n id a d '. S u s tr e s h ijo s , D o ro s , a tr a jo m ira d a s c o d ic io s a s . h a b ía o fr e c id o c o m o u n e n v e ­
J u to y É o lo ', s e c o n v e r tir á n C u a n d o te n ía d o c e a ñ o s fue n e n a d o d e s a f ío « a la m á s b e ­
m á s ta r d e e n lo s a n te p a s a d o s r a p ta d a p o r T e s e o " , q u e q u iso lla» . H e le n a se s itú a a s í e n los
m ític o s de los tre s g ra n d e s p u e ­ c o n v e r tir la e n su e s p o s a , pero o ríg e n e s d e la g u e rra d e T ro y a .
b lo s h e le n o s — lo s d o r io s , lo s fu e re s c a ta d a p o r su s d o s h er­ En e f e c to , d e s d e ñ a n d o lo s re ­
jo n io s y lo s e o lio s — , c u y o te ­ m a n o s m ie n tr a s e l h é r o e ' a te ­ g a lo s d e H e ra y d e A te n e a , P a ­
rr ito r io e s la H é la d e , té r m in o n ie n s e e s t a b a r e te n id o e n los r ís ', h ijo d e l re y tro y a n o P ría -
q u e e n s u o r ig e n d e s ig n a b a a In fie rn o s ', d o n d e h ab ía acudido mo% e le g id o c o m o á r b itr o d e
T e s a lia , m á s ta r d e a la G re c ia c o n s u a m ig o P iríto o , q u e pre­ tan p a r tic u la r c o n c u r s o d e b e ­
c o n tin e n ta l (c o n e x c e p c ió n del te n d ía c o n q u is ta r a Perséfone*. lleza, c o n c e d ió su v o to a A fro ­
P e lo p o n e s o ) y f in a lm e n te a la C u a n d o tu v o e d a d d e to m a r d ita , q u e le h a b ía p ro m e tid o el
G re c ia a ctu a l. m a rid o , p ráctic am en te to d o s los a m o r d e la m u je r m á s h e rm o sa
p rín c ip e s d e G re c ia acu d ie ro n a d e la tie rra : H e le n a . P a rís, q u e
HELENA la c o r te d e T in d á re o p a ra so li­ h a b ía id o e n e m b a ja d a a E s­ Canova. Helena de Troya,
H ija d e Z eu s" y L e d a 1 — la c it a r la m a n o d e H e le n a . Este, p a rta . a p r o v e c h ó q u e e l re y Londres, colección privada
esp o sa d el rey esp a rta n o T in d á - te m ie n d o g ra n je a rs e la en em is­ M e n e la o h a b ía a c u d id o a C re ta
reo— , m e re c e sin lu g ar a du d as ta d d e lo s re c h a z a d o s o q u e el a lo s fu n e r a le s d e su a b u e lo re u n ió en to n c e s a lo d o s los an ­
s e r d e s ig n a d a c o m o « a q u e lla c o m p r o m is o d e su h ija diera p a ra r a p ta r a H e le n a , a q u ie n tig u o s p re te n d ie n te s d e H elena
c o n q u ie n lle g ó el e s c á n d a lo » . p ie a a lg u n a v io le n c ia , le s im ­ A fro d ita h a b ía h e c h o su c u m b ir y les re c o rd ó el ju ra m e n to que
S u e x tr a o r d in a r ia b e lle z a d e s ­ p u s o a to d o s , s ig u ie n d o los a los e n c a n to s d el p rín c ip e tr o ­ h a b ía n p re s ta d o a T in d á re o .
p e rta b a p a s io n e s : p o r e ll a se c o n s e jo s d e U lis e s ’, u n so ­ y a n o . L o s a m a n te s h u y e ro n a P a ra v e n g a r su h o n o r y e l de
d e s e n c a d e n ó la g u e r r a d e le m n e ju r a m e n to : lo s p re ten ­ T ro y a lle v á n d o s e c o n s ig o , de to d a G recia, un ejercito dirigido
T r o y a ', q u e te r m in a r ía c o n la d ie n te s d e b e r ía n a c u d ir en p a so , lo s te s o r o s d e M e n e la o . p o r A g a m e n ó n ', su h e rm a n o
c a íd a y d e s tr u c c ió n d e la c i u ­ a y u d a d e a q u e l a q u ie n Helena - » P A R IS . m a y o r, se d irig irá a T ro y a para
d a d q u e h a b ía s id o c o n o c id a e lig ie r a p o r e s p o s o , fu e ra este D iv e rs a s e m b a ja d a s q u e tra e r d e v u e lta a la e sp o s a rap ­
c o m o « la d u e ñ a d e A sia» . q u ie n fu e ra y p a sa se lo q u e pa­ fueron a T ro y a p a ra re c la m a r la tada.
F ru to d e la u n ió n d e L e d a sa s e . F u e e l A trid a* M e n e la o ' e n tre g a d e la fu g itiv a — e n tr e H e le n a , m u y b ien a c o g id a
c o n Z e u s , q u e h a b ía a d o p ta d o q u ie n o b tu v o la m a n o d e la be­ e lla s u n a d e U lis e s y o tr a d el p o r P ría m o y su fa m ilia , fue
la fo rm a d e un c is n e p a ra s e d u ­ lla H e le n a ; p o c o d e sp u é s la pa­ p ro p io M e n e la o — re s u lta r o n c o n s id e ra d a p o r lo d o s c o m o la
cirla, e s h e rm a n a d e C lite m n e s- re ja te n ía u n a h ija , H erm íone. infructuosas. El m a rid o b u rlad o e s p o s a le g ítim a d e P aris. C a-

www.FreeLibros.me
HELENA 206 207 HELENA

s a n d r a ' fu e la ú n ic a q u e p ro f e ­ id e a d o p o r U lis e s . C u a n d o su sea. retendrem os una serie de M ás sorprendente resulta la


tiz ó e l fa ta l d e s e n la c e d e tal e s p o s o a p a re c ió a n te e lla lo c o obras que, a pesar de las múlti­ transposición de la leyenda que
u n ió n , y s o lo e l p u e b lo s e g u ía d e ra b ia y d is p u e s to a m a ta rla , ples y variadas versiones de la propone E urípides en su He­
v ié n d o la c o m o u n a e x tr a n je r a , a H e le n a le b a s tó c o n d e s n u d a r ley en d a, co inciden en p la n ­ lena (412 a. C.). Retomando la
a la q u e d e te s ta b a p o r c o n s id e ­ s u b e lle z a p a ra o b te n e r e l p e r­ tearse la responsabilidad — por tradición atribuida al poeta Es-
ra rla re s p o n sa b le d el la rg o c o n ­ d ó n d e M e n e la o , c o m o tam b ién n o d e c ir la c u lp ab ilid ad — de tesíco ro — según la cual He­
flic to q ue se a v e c in a b a , q u e d u ­ e l d e to d o s lo s g u e r r e r o s g r ie ­ H elena en la guerra de Troya. lena nunca siguió a Paris hasta
r a r ía d ie z a ñ o s . D e s p u é s d e la g o s , q u e s e h a b ía n p ro p u e s to Instrumento de Afrodita, mujer Troya— y la que ofrece el his­
m u e rte d e P a ris , P ría m o la e n ­ la p id a rla . fatal p o r excelencia, la m ayo­ toriad o r H erodoto (h. 485-h.
tre g ó e n m a tr im o n io a o tr o d e E l r e g r e s o d e H e le n a y d e ría de los autores la ju z g a c u l­ 425 a. C.) —que la muestra re­
su s h ijo s, D e ífo b o , p ro v o c a n d o M e n e la o a G re c ia f u e ta n a z a ­ pable por su consentim iento al tenida prisionera en Egipto por
a s í lo s c e lo s d e l a d iv in o H é- ro s o c o m o e l d e lo s o tr o s h é ­ rapto. E urípides co n d en a a la el rey Proteo*— , Eurípides
lc n o , h e r m a n o g e m e lo d e C a - ro es. L a p a re ja ta rd ó o c h o añ o s veleidosa esposa d e M enelao, em prende la rehabilitación de
san d ra, q u e , m o v id o p o r el d e s­ e n r e g r e s a r a E s p a r ta d e s p u é s que encuentra su principal acu­ aquella a quien tanto había
p ech o. a c e p tó re v elar a lo s g rie ­ d e h a b e r p a s a d o p o r d iv e r ­ sadora en H écuba (L as traya­ censurado en Las troyanas. En
g o s c ó m o to m a r T ro y a. C u a n d o s a s a v e n tu r a s e n e l M e d ite rr á ­ nas. 4 1 5 a. C .); S éneca re to ­ efecto, según esta nueva trage­
U lis e s c o n s ig u ió in tr o d u c ir s e n e o o r ie n ta l, e n p a r t ic u l a r en m ará los m ism os argum entos d ia . lo q u e en realidad Paris
en la ciu d a d d is fra z a d o d e m e n ­ E g ip to . L a tra d ic ió n m á s e x te n ­ acusatorios, más violentamente trajo con sig o a T roya no fue
d ig o , fu e r e c o n o c id o p o r H e ­ d id a m u e s tra a H e le n a re c o n c i­ todavía, en Las troyanos (entre sino u n a especie de fantasma
le n a , p e r o e s t a n o s o lo n o le lia d a c o n s u e s p o s o y c o n v e r ­ 49 y 62 d. C.). que la ofendida Hera había for­
d e s c u b r ió s in o q u e in c lu s o le tid a e n e je m p lo d e to d a s la s vir­ Algunos, sin embargo, intenta­ m ado a im agen de Helena,
a y u d ó a a p o d e r a r s e d e l P a la - tu d e s d o m é s tic a s . S a lv a d a p o r ron ex cu sar a H elena, víctim a m ientras que la verdadera He­
d io '. u n a e s ta tu a d e A te n e a n e ­ A p o lo ', fu e d iv in iz a d a y c o n si­ de los hom bres y/o de los lena habría perm anecido du­
c e saria p a ra d a r la v ic to ria a los g u ió la in m o rta lid a d p a ra M e­ dioses", llegando incluso a re­ rante toda la guerra en Egipto
griegOS. —> F I L O C T E T E S , P A I .A - n e la o e n c o m p e n s a c ió n p o r to ­ dactarse panegíricos exculpa- en la corte del rey Proteo, a
D IO , PA L A S . d o s lo s to r m e n to s q u e e s te su ­ torios. El orador ateniense Isó- quien Hermes", por orden del
C u a n d o lle g ó la n o c h e fatal frió p o r su c u lp a . —> m e n e l a o , crates (436-338 a. C .), en el propio Z eus, había encom en­
d e la c a íd a d e T r o y a , fu e H e ­ TROYA. suyo, dem uestra que la guerra dado la custodia de la bella, la
le n a q u ie n , d e s d e lo a lto d e las fue beneficiosa para G recia al cual de este m odo se habría
m u r a lla s , a g it ó la a n to r c h a ♦ L it. C asi todos los autores haberle perm itido vencer a una mantenido fiel a su esposo Me­
c o m o señ al c o n v e n id a p a ra q u e an tig u o s hacen relato s m ás o poderosa p otencia rival. En nelao.
r e g r e s a ra la Ilo ta g r ie g a . E n m enos extensos d e la leyenda cuan to al elo g io del sofista En cuanto al retomo a Esparta.
e fe c to , su s c o m p a trio ta s h ab ían de Helena. Además de las epo­ G orgias (48 7 -3 8 0 a. C .), ex ­ Eurípides im agina en su Ores-
s im u la d o u n a fa ls a r e tir a d a y peyas hom éricas", q u e nos la plica que la fatalidad, la co ac­ tes (408 a. C.) que este se pro­
e sp e ra b a n e m b o s c a d o s, d e s ­ muestran tanto en T roya, en la ción y las pasiones son facto­ duce el mismo día en que el jo­
p u és d e h a b e r a b a n d o n a d o e n la ¡liada, co m o en el cam ino de res que. con ju g ad o s, pueden ven es juzgado en Micenas por
lla n u ra e l c a b a llo d e m a d e r a regreso a E sparta, en la Odi- absolver a la herm osa heroína. el asesin ato de su madre Cli-

www.FreeLibros.me
HELENA 208 209 HELENA

[emncslra. C om o su lío Mene- griegos, se su b ray a nueva­ leseo. L a bella H elena de sija, siglo iv a. C., Tubinga),
lao se negaba a defenderlo, el m ente la responsabilidad de M eilhac y H alévy (1864). sus amores adúlteros (mosaico
desesperado O restes am enazó H elena en el d esencadena­ adaptada a la m úsica por Of- del Rapto de Helena, siglo IV
con m atar a H elena, pero esta m iento d e la guerra troyana. fenbach, versión vodevilesea a. C .. Pella; París, Helena y
fue m ilagrosam ente salvada com o por ejem plo en La Troa- del dram a d e Menclao. En La Eros. vasija griega, siglo iv
por Apolo, que la transportó al d e d e Robert G arn ier (1579). guerra de '/'roya no tendrá lu ­ a. C., Munich).
Olimpo para convertirla en di­ P aralelam ente, sin em bargo, gar. de Giraudoux (1935), He­ S erá su aventura troyana el
vinidad protectora d e los nave­ se instala otra trad ició n que lena, que se burla de todos los motivo que más persista como
gantes. —> M EN K I.A O , O RESTES. tiende a convertir a Helena en corazones pero que no deja de un gran tema artístico en los si­
Las obras que la posteridad una esp ecie d e figura divina. ser censurada por su insensibi­ glos posteriores: El rapto de
consagre a la guerra de Troya, Así. desde la versión anónima lidad, da prueba d e una gran Helena, cuadros de Tintoretto
com o en la Antigüedad, se in­ y p o p u lar del /-'ansio. Helena lucidez en lo que respecta a la (siglo xvi. Madrid. Museo del
terrogarán sobre la culpabilidad es invocada por Fausto, que la realidad inm ediata d e la g u e­ Prado). Guido Reni (siglo xvn.
de H elena. En el Rom án de hace venir desde los Infiernos. rra. D esem peña tam bién un Louvrc). Giordano (siglo xvn.
Troie. de Benoít de Saintc- Lo m ism o sucede en La trá­ im portante papel en la Odisea Caen), Gustave Moreau (1852,
Maurc (siglo xn). Helena y Pa­ g ica historia d e l doctor /-'ans­ de N ikos K azantzakis (1938). París): David, Helena y Puris.
rís forman una pareja de am an­ io d e C h risto p h e r M arlow e Por últim o, en la novela M e ­ 1789, Louvre; Antonio Ca-
tes perfectos y Helena aparece (1588) y en el segundo /-'ansio m orias de Helena (1988), So- nova, H elena de Troya, siglo
com o el prototipo de la belleza de G oethe (1830). O tros auto­ phie C hauvcau rehabilita con xix. Londres, colección pri­
ideal. En los Sonetos p u n í H e­ res com o G óm ez R ocha y hum or y sensibilidad a la «es­ vada; Gustave Moreau. Helena
lena (1572). R onsard lleva a U lloa, siguiendo la corriente candalosa» reina d e Esparta. en la Puerta Escea. 1880.
cabo una fusión poética entre el d esm itificadora del barroco, C ulpable o inocente, Helena París.
nom bre real de la m ujer que tratan la figura de H elena de aparece en definitiva, a través ♦ Mus. Glut'k. París y Helena.
ama y el de la heroína legenda­ m anera burlesca {Elena, ro­ de las múltiples obras que evo­ ópera, 1770: en La bella He­
ria: su am or se convierte así en mance jocoso, h. 1672). can su figura, com o un perso­ lena. ópera bufa de Ol fenbach
el pretexto para una serie de va­ Pero la rehabilitación de la fi­ naje solitario y a m enudo re­ (1864), se convierte en una
riaciones mitológicas e históri­ gura de Helena suscitará en lo chazado, a quien su prodigiosa mujer frívola, de «virtud ligera
cas. En uno de sus sonetos más sucesivo, a finales del siglo belleza nunca p rotegió d e la de cascos» por obra y gracia de
célebres, los ancianos tróvanos, xix. un desarrollo de obras de­ desgracia. Venus'.
al ver pasar a Helena, admiten: dicadas más específicamente al ♦ ¡con. T oda la gesta de He­ ♦ Cin. Ya en 1927 sir Alexan-
«N uestros males no m erecen personaje en sí m ism o, como lena ha sido una poderosa dre Korda dedicó una película
una sola de sus miradas.» Apa­ por ejem plo la Helena egipcia fuente de inspiración para la a la herm osa Helena titulada
rece igualm ente evocada en de Hofmannslhal, cuya versión cerámica griega: su nacimiento La vida privada de Helena de
el '/n u lo y C resida (1602) de m usical fue realizada p o r Ri­ Illu evo con Leda, vasija, siglo Troya. Helena, desde su rapto
William Shakespeare. chard Strauss, o Helena de Es­ iv a. C.. Viena), su matrimonio hasta la caída de Troya provo­
En el siglo xvn, con el redes- parta d e Ém ile Verhaercn IM enelao conduciendo a H e­ cada por su causa, es la prota­
cubrim iento de los clásicos (1 9 12). o también, en tono bur- lena a la cám ara nupcial, va­ gonista de Helena de Troya de

www.FreeLibros.me
HEUO 210 21 I HERA

R oben W ise (1954) y m ás P u e d e , p o r ta n to , re v e la r a H c- rece seguir el curso del Sol, o


larde de H elena, reina de fe s to " lo s a m o r e s a d ú lte ro s de en heliosis, que significa «in­
Troya (19 64) de G io rg io Fe- su e s p o s a A frodita* c o n el b e li­ solación».
rroni. c o s o A res* o in fo rm a r a D e m é ­ ♦ ¡con. Su carro ha inspirado
—> TR O Y A . te r ’ d e q u e H a d e s” h a ra p ta d o a a los artistas de la Antigüedad
su h ija P e rsé fo n e ". P e ro su p o ­ (vasijas griegas, Louvre y Lon­
HELIO d e r e s lim ita d o y e s tá o b lig a d o dres) y posteriores. Odilon Re­
D io s g r ie g o d e l S o l (e s el a p e d ir a y u d a a Z e u s p a ra v e n ­ don lo convirtió en uno de sus
sig n ific a d o d e su n o m b re ) c la ­ g a r s e ; a s í, c u a n d o lo s c o m p a ­ lem as p redilectos a p a rtir de
ram en te distin to d e A polo", otra ñ e ro s d e U lise s" d e v o ra r o n a l­ 1905 (París. Petit-Palais; B ur­
d iv in id a d s o la r. E s h ijo d e l ti­ g u n o s d e lo s e s p lé n d id o s b u e ­ deos).
tá n ’ H ip e rió n y d e la tilá n id c y e s b la n c o s q u e su s h ija s
T ía ; su s h e rm a n a s so n E o s ', la c u id a b a n , tu v o q u e s e r Z e u s HERA
A u ro ra, y S e le n e ”, la L u n a . S u q u ie n c a s tig a r a a lo s c u lp a b le s H ija d e C ro n o " y R e a ', h e r­
e s p o s a , la o c e á n id e P e rs é is , le fu lm in á n d o lo s c o n s u s ra y o s. m a n a y e s p o s a d e Z e u s " , e s la
d io v ario s h ijo s, e n tre e llo s E e- A u n q u e A n to n io y C leo p a- d iv in id a d tu te la r d e l m a trim o ­
te s ( - » a r g o n a u t a s ) . C irc e " y tra , e n e l sig lo i d . C ., llam aro n nio. F u e e d u c a d a p o r O c é an o "
P asífae* ; d e la o c e á n id e C lí- a s u s g e m e lo s H e lio y S e le n e , y T c tis* e n lo s c o n f in e s d e l
m ene tu v o siete h ijas, la s H elía- e l c u lt o o fic ia l a l d io s d e l Sol m u n d o . S e u n ió a Z e u s e n s o ­
d c s. y u n h ijo . F a e tó n ’. n o a p a r e c ió e n R o m a hasta lem n es e sp o n s a le s y fu e su te r­
E s a n te to d o e l s e r v id o r d e é p o c a m u y ta rd ía , e n co n c re to cera e s p o s a , d e s p u é s d e M e lis ' Estatua griega de Hera dando de
y T em is*. E n s u c a lid a d d e e s ­ m am ar al pequeño Hércules.
Z e u s ', y to d o s lo s d ía s e m ­ e n e l s ig lo m , m o m e n to e n que
p o sa d e l m á s g ra n d e d e lo s Roma. Museo del Vaticano
p ren d e p a ra él u n a c a rre ra en el e l e m p e r a d o r A u re lia n o erig ió
c ic lo : p re c e d id o d e la A u ro ra , u n te m p lo a S o ! in v ic ta s («Sol O lím p ic o s ', H e ra e s la p ro te c ­
a p a re c e c a d a m a ñ a n a p o r in v ic to » ). E s te c u lto ad q u iriría to ra d e l m a trim o n io y d e la s b id o a l s e ñ o r d e l O lim p o ' p o r
o rie n te m o n ta d o e n u n c a rro d e g ra n im p o rta n c ia d u ra n te el pa­ m ujeres c a sa d a s , y su h ija II¡tía la v io le n c ia o c o m o re s u lta d o
fu eg o tira d o p o r c a b a llo s lu m i­ g a n is m o ta rd ío , ev o lu c io n a n d o a siste a la s m u je re s e n e l m o ­ d e a lg u n a d e la s tre ta s d el c a ­
n o so s , a u re o la d a s u c a b e z a d e p ro g re s iv a m e n te h a c ia u n cua- m ento d e l p a rto . p ric h o so d io s. S u c ó le ra im pla­
ra y o s d e o ro . A tr a v ie s a a s í el sim o n o te ísm o so lar. L o s p o e ta s , s in e m b a r g o , c a b le la lle v a ta m b ié n a c a s ti­
c ie lo h a s ta lle g a r a l c a e r la presentan g e n e ra lm e n te d e ella g a r a lo s d e s c e n d ie n te s de e s ­
la rd e al o c é a n o , d o n d e su s c a ­ ♦ L en g u a . E ncontram os el un re tra to p o c o h a la g a d o r. C e ­ ta s . E s el c a s o d e H e ra c le s ”,
b a llo s se b a ñ a n . D u ra n te la n o ­ nom bre del d io s recogido en losa, v io le n ta y v e n g a tiv a , n o h ijo d e A lc m e n a y A n fitrió n 1,
c h e re c o r re a b o rd o d e u n a una serie d e p alabras com­ cesa d e a c o s a r y p e rs e g u ir co n q u e e n re a lid a d h a b ía s id o e n ­
b a rc a e l o c é a n o q u e ro d e a el puestas form adas a partir del sus te m ib le s c e lo s a la s n u m e ­ g e n d ra d o p o r Z e u s: H era lo
m undo. p refijo helio- q u e indican la rosas a m a n te s d e su c asq u iv an o h iz o e n lo q u e c e r h a sta tal punto
N ad a de lo q u e su c e d e en el idea de «Sol», por ejem plo en m arido, lle g a n d o in c lu so a c a s ­ q u e le c o n v ir tió e n a se s in o de
u n iv e r s o e s c a p a a s u m ira d a . heliotropo, planta cuya flor pa­ tigar a a q u e lla s q u e h an su c u m - su s p ro p io s h ijo s.

www.FreeLibros.me
H ERA 212 213 H ERACLES

P e rs ig u ió a lo*, v o lv ió loca E n la E n e id a d e V irg ilio p e rsi­ jándose ante Juno ( 18 8 1. París),


a In o ”, h iz o m o rir a S é m e le , e n ­ g u e c o n su r e n c o r a l tro y a n o y Jean Paris es autor de un óleo
cin ta de D ioniso*; in ten tó m atar E n e a s" , a q u ie n p ro te g e en del m ism o título (Salón 1913.
a C a lis to ”, p r e te n d ió im p e d ir c a m b io su m a d re V e n u s”. París) que ilustra la fábula de La
q u e L e lo 1 d ie s e a lu z a A r te ­ L a v a c a y e l p a v o real eran Fontaine. —> p a r í s .
misa* y A p o lo ’ ..., to d a s e lla s lo s a n im a le s q u e le e sta b a n ♦ Cin. -> o l í m p i c o s .
se d u c id a s p o r Z eu s. A p e s a r de c o n sa g ra d o s. A rg o s e ra su c iu ­
su s m ú ltip le s d is e n s io n e s c o n d a d fa v o rita , c e rc a d e la c u al se HERACLES
e s te , s e r á s ie m p re la re in a d e l a lz a b a u n o d e su s te m p lo s m ás L la m a d o H ércules* p o r lo s
C ie lo , se n ta d a al la d o d e su e s ­ fa m o s o s . S u c u lto e r a u n o de la tin o s , s ím b o lo d e la fu e rz a
p o s o so b re un tr o n o d e o ro . lo s m á s e x te n d id o s e n G re c ia , v a le ro sa , e s u n o d e lo s héroes*
T ie n e p o d e r s o b r e la to rm e n ta m á s p re s tig io s o s d e la m ito lo ­
y e l re lá m p a g o ; la s h o r a s ” e ♦ L it. En su calidad d e reina g ía g rie g a .
Iris* e stá n a su se rv icio . de los d io ses ocupa un lugar Heracles o Hércules en la estalua ro­
preponderante en toda la lite­ Infancia y ju ven tu d mana de Hércules abatiendo un
U n o d e lo s m á s fa m o s o s
ciervo. Palermo. Museo Nacional
e p is o d io s d o n d e d a p ru e b a d e ratura griega. Su leyenda está H e ra c le s e r a h ijo d e u n a
su s c e lo s e s e l c o n c u rs o d e b e­ extensam ente desarrollada en m o rtal, A lc m e n a , n ie ta d e P er-
lleza q u e la en fre n tó a A frodita* la llía d a d e H om ero, donde seo ”, y su p a d re o fic ia l e ra A n ­ q u e ñ o H e ra c le s la s estran g u ló ,
y A te n e a ”. L a s tr e s diosas* to ­ aparece com o uno de los per­ fitrión”, e sp o s o d e esta e h ijo de d a n d o p ru e b a d e sd e la c u n a de
m a ro n a Paris* c o m o á rb itro , y sonajes prin cip ales; en este A lceo , ta m b ié n n ie to d e Perseo. su p ro d ig io sa fu e rz a. H erm es”,
H e ra le o f r e c ió la s o b e r a n ía texto asistim os tam bién a sus P e ro s u v e rd a d e r o p a d re e ra p o r o rd e n d e Z e u s, lo d e p o sitó
u n iv ersal si la d e s ig n a b a c o m o querellas con Zeus. Z e u s”. T e n ía u n h e rm a n o g e ­ u n d ía en el re g a z o d e H era, que
la m á s b e lla d e la s d io s a s. P ero ♦ Icón. La más antigua repre­ m elo lla m a d o Ificle s. L a c elo sa se h a b ía a d o rm e c id o , p ara que
P a ris re c h a z o s u o f e r ta , p re f i­ sentación que se conserva de H e ra a rr a n c ó a Z e u s la p ro ­ e l n iñ o m a m a se d e e lla la leche
rie n d o la c a n d id a tu r a — y el H era e s una estatua acéfala y m esa d e q u e el d e sc e n d ie n te d e d e la in m o rta lid a d ; la diosa*
p re m io — d e A fro d ita , y H e ra . hierátiea. la Hera de Sanios (si­ P erseo q u e n a c ie ra p rim e ro te n ­ d e s p e r tó v io le n ta m e n te d e su
p a ra v e n g a rs e , p ro v o c ó la d e s­ glo vi a. C .. Louvre); Hera dría d o m in io a b so lu to so b re to ­ s u e ñ o y u n c h o rro d e leche e s ­
tru c c ió n d e T r o y a ”. —> p a r í s . dando de m am ar a l peque­ dos c u a n to s le ro d easen . A c o n ­ c a p ó d e su p ec h o , n a cie n d o así
S o lo en e l g ra n d io s o re la to ñ o Hércules, escultura griega. tin u a c ió n , r e c u r rie n d o a to d a s la V ía L áctea.
d e la c o n q u ista del v e llo c in o d e Rom a. Juno figura al lado de su s tr e ta s , s e la s a r r e g ló p a ra M á s ta rd e , H e ra c le s ap ren ­
o ro a p a re c e c o m o la b e n é v o ­ V enus y Minerva* en el juicio q u e E u r is te o ”, p rim o d e H e ra ­ d ió d e A n fitrió n el a rte de con­
la p r o te c to r a d e lo s h é r o e s ” y de Paris; aparece tam bién re­ c le s y v e rd a d e r o d e s c e n d ie n te d u c ir u n c a rro , d e L in o a to c a r
la in s p ira d o r a d e su s h a z a ñ a s. presentada ju n to a su real es­ de P erseo , v in iese a l m u n d o an ­ la lira y d e E u rilo el m anejo del
—> A R G O N A U T A S . poso (Antoine Coypcl. Júpiter y tes q u e e l h é ro e . C u a n d o e s te a rc o . C o m o re c o m p e n s a p o r
E n R o m a fu e a s im ila d a a Juno, siglo xvn, Rcnnes). Gus­ n a c ió , e n la c iu d a d d e T e b a s ”, h a b e r m a ta d o al le ó n d e C ite-
J u n o ', c o n s e rv a n d o m u c h o s d e ta ve Moreau pintó una acuarela H era e n v ió d o s se rp ie n te s p a ra ró n , q u e ata c ab a los rebaños del
su s ra s g o s y a tr ib u to s g rie g o s . que representa El pavo real que­ q u e m atasen al n iñ o , p e ro e l pe- rey T e sp io , e ste le en treg ó a sus

www.FreeLibros.me
HERACLES 214 215 H ERACLES

c in c u e n ta h ija s . L ib e ró T e b a s F in a lm e n te c o n sig u ió e stra n g u ­ GENEALOGÍA DE HERACLES


d e la tiran ía del rey E rg in o , qu e la rlo c o n su s p r o p ia s m a n o s y DÁNAE + ZEUS
im p o n ía a la c iu d a d un p e sa d o se h iz o u n a tú n ic a c o n la in v u l­
tr ib u to , y C r e o n tc , e l re y le- n e r a b le p ie l d e la fie ra . Z e u s PKRSEO + ANDRÓMEDA

b a n o , le e n tr e g ó a su h ija M é - c o n v ir tió al le ó n e n c o n s te la ­
ELECTR1ÓN + ANAXO ALCHO + ASTIDAM ÍA ESTÉNELO * M O R E
g a ra p o r esp o sa , a g ra d e c id o p o r c ió n p a ra q u e d e e s a m a n e ra
lo s s e r v ic io s d e l h é ro e . P e ro q u e d a s e c o n s ta n c ia d e la h a ­ ZEUS + ALCMBNA + ANFITRIÓN EURISTEO
H e ra c le s , e n lo q u e c id o p o r la z a ñ a d e H e rac le s.
im p la c a b le H e ra , m a tó a su s • L a h id r a d e L e r n a '. H e ra ­ 11ERACLES + DEYANIRA IEICLES
p ro p io s h ijo s en un ra p to d e lo ­ c le s p u d o v en ce rla c o n la ayuda
cu ra . R e c u p e ra d a la ra z ó n , p ar­ d e su so b rin o Y o la o . —> h id r a HILIOS

tió d e la c iu d a d p a ra e x p ia r su DF. LERNA.


LOS HKRACLIDAS
c rim e n s ig u ie n d o lo s c o n s e jo s • E l j a b a l í d e E rim a n to .
d e la P itia , q u e le o b lig ó a E ste a n im a l m o n s tru o s o d e v a s­
a b a n d o n a r s u p r im e r n o m b re , ta b a lo s b o s q u e s d e A r c a d ia ', • L a s a v e s d e l la g o E stín fa - • £ / c in tu ró n d e la rein a de
A lc id e s (« d e s c e n d ie n te d e A l- d o n d e H e ra c le s lo a n d u v o lo. E s ta s r a p a c e s d e A rc a d ia la s a m a z o n a s *. H ip ó lita , reina
c e o » ), p a ra a d o p ta r el d e H e ra ­ p e r s ig u ie n d o d u r a n te m u c h o d e v o ra b a n la s c o s e c h a s y m a ­ d e las a m a z o n a s, p o seía un cin­
c le s (« g lo ria d e H e ra » ). E u ris- tie m p o . C o m o E u ris te o q u ería ta b an a lo s v ia je ro s . A te n e a ' tu ró n q u e A res* le h a b ía o fre ­
teo. q u e se h a b ía c o n v e rtid o en al ja b a lí viv o , el h é ro e lo atrapó o freció al h é ro e u n o s c ím b a lo s c id o . H e ra c le s , a y u d a d o p o r
el rey d e T irin to , le o rd e n ó rea ­ c o n u n a re d y s e lo lle v ó a su cuyo so n id o e s p a n tó a la s a v es, T e s e o " , la m a tó y s e a p o d e ró
liz a r e n e l p la z o d e d o c e a ñ o s p rim o ; e s te , e s p a n ta d o al v e r a a las q u e H e ra c le s p u d o e n to n ­ del p re c ia d o o b jeto . E n el curso
o tro s ta n to s tra b a jo s im p o sib les la c ria tu r a , se e s c o n d ió e n una ces m a ta r c o n su s flech as. d e e s ta e x p e d ic ió n s a lv ó a A l-
d e lle v a r a c a b o p a ra u n sim p le tin aja. M ie n tra s p e rse g u ía al ja ­ • L o s e s ta b lo s d e A u g ía s" . cestis* y a H c sío n e , hija del rey
m o rta l. E s ta s e r á la e x p ia c ió n b a lí p a ra d a r le c a z a , H e ra c le s - 4 AUGÍAS. L a o m e d o n te , a m e n a z a d a p o r
d e su c rim e n . tu v o u n e n fre n ta m ie n to co n los • E l to r o d e C reta. H eracles u n m o n s tru o m a rin o . C o m o el
c e n ta u ro s * , m a ta n d o a d ie z de c o n s ig u ió d o m a r a e s te s o b e r­ rey n o le e n tre g ó la recom pensa
L o s tr a b a jo s d e H e r a c le s e llo s. bio a n im a l, a l q u e P o s e id ó n ' p ro m e tid a , H e ra c le s ju r ó v e n ­
• E l le ó n d e N e m e a . E sta • L a c ie r v a d e A r te m is a '. había e n fu re c id o y q u e a so la b a g arse .
fiera, en g e n d ra d a p o r lo s m o n s­ E s te a n im a l fa b u lo s o , c o n s a ­ la isla. • L o s b u e y e s d e G erio n es.
tr u o s ' E q u id n a y O rtro s, se h a ­ g ra d o a la d io s a A rtem isa , tenía • L a s y e g u a s d e D io m e d e s. E ste re y a fric a n o te n ía un m ag­
b ía c o n v e rtid o e n e l te r r o r d e l c u e r n o s d e o ro y p e z u ñ a s de Este rey d e T ra c ia a lim e n ta b a a n ífic o re b a ñ o v ig ila d o p o r un
v a lle d e N e m e a . H e ra c le s in ­ b ro n c e y e r a ta n v e lo z q u e no sus y e g u a s c o n c a rn e h u m a n a . d ra g ó n y u n p e rro d e d o s c a b e ­
te n tó p rim e ro a tr a v e s a r lo c o n p o d ía s e r a lc a n z a d o . H erac les H eracles c o n s ig u ió m a ta r a su z a s. A g o ta d o p o r el c a lo r, H e ­
su s fle c h a s o a p la s ta r lo c o n su p e rs ig u ió a la c ie rv a d u ra n te un am o y s e lo o f r e c ió a e s ta s ra c le s a m e n a z ó a H e lio ” co n
clav a , p e ro fue en v a n o , p u e s el a ñ o y c o n s ig u ió a p o d e ra r s e de com o p asto , lo g ran d o a sí a m a n ­ su s flechas. E ste, p ara calm arlo,
a n im a l te n ía u na piel e n la q u e e lla d e s p u é s d e h e rirla c o n una sarlas y u n c ir la s a l c a r r o d e le o fre c ió u n bajel d e o ro que le
n ingún arm a p o d ía h a c e r m ella. fle c h a . D iom edes. c o n d u jo al b o rd e d el o c é a n o .

www.FreeLibros.me
H ER A C LES 216 217 H ERACLES

A llí e n c o n tró el re b a ñ o , se a p o ­ c o n v irtié n d o se e n e sc la v o d e la c íe s s i a lg ú n d ía se d e b ilita b a . tad del siglo v a. C.). Homero


d e ró d e los a n im a le s y d e sp u é s re in a d e L id ia , O n fa le . C u a n d o U n a v e z in s ta la d o e n T ra q u is , evoca los doce trabajos en la
d e un larg o v iaje lo g ró tra é rs e ­ e s ta fin a lm e n te le c o n c e d ió la H e ra c le s s e a p o d e ró d e la h ija //««/« (VIH. XIV. XVIII. XIX)
los a E u risteo , q u ien lo s o freció lib e rta d , H e ra c le s p a rtic ip ó en d e l rey E u rito y D e y a n ira , c e ­ y también Hesíodo en su Teo­
en sa c rific io a H era. d iv ersas e m p re sa s, e n tre e lla s la lo sa , le o fre c ió la tú n ic a . N a d a gonia (V. 287 y ss.).
• L a s m a n za n a s d e o ro deI c a c e ría d e l ja b a l í d e C a lid ó n , la m á s c u b rirs e c o n e lla , el h é ro e En la Edad Media. Enrique de
ja r d ín d e la s H e s p é r i d e s *. e x p e d ic ió n d e lo s A rg o n a u ta s ” fue a ta c a d o p o r e l v iru le n to v e­ Vi 1lena recupera la figura del
H e ra . q u e h a b ía r e c ib id o e s ta s y la p r im e r a g u e r r a d e T ro y a ”, n en o q u e im p re g n a b a la p ren d a héroe en su obra Los trabajos
m a n z a n a s c o m o re g a lo d e b o ­ e n e l c u r s o d e la c u a l d io y , d e v o r a d o p o r a tr o c e s d o lo ­ d e H ércules (1417). Ya en el
d a s . la s te n ía a l c u id a d o d e m u e r te a l m o n a r c a L a o m e - res, o rd e n ó q u e le v a n ta se n u n a sig lo x ix . en La Atlántida
u n as ninfas" y un d ra g ó n e n un d o n te . P re s tó ta m b ié n a y u d a a pira e n el m o n te E ta y s e la n zó ( 1876), poema de Jacinto Ver-
ja r d ín m a g n ífic o d o n d e so lo los d io s e s e n su c o m b a te co ntra a la s lla m a s . D e y a n ira , a b r u ­ daguer. H ércules llega a los
A tlas" te n ía d e re c h o a p en etrar. lo s g ig a n te s . ARGONAUTAS, m ad a p o r lo s re m o rd im ie n to s y confines del m undo oriental,
H eracles co n sig u ió la a y u d a del GIGANTES, TROYA. d e s e s p e ra d a p o r h a b e r lo p e r ­ precediendo en su periplo a
g ig a n te ", e l c u a l se a p o d e ró d e d id o , s e a h o r c ó . Z e u s o rd e n ó Cristóbal Colón.
los fru to s m ien tras el h é ro e sos­ M u erte y a p o te o sis que el h éro e fu e ra sa c a d o d e las ♦ ¡con. Los trabajos de Hera-
te n ía e n su lu g a r la b ó v e d a c e ­ H e ra c le s s e c a s ó c o n D eya- llam as y le c o n d u jo al O lim p o , cles-H ércules aparecen deco­
le ste . F ue d u ra n te e s ta e x p e d i­ n ira , h ija d e l re y E n eo , d esp u és d o n d e le c o n c e d ió la in m o rta li­ rando muchas vasijas griegas
c ió n c u a n d o H e ra c le s m a tó a d e s a lv a rla d e A q u e lo o , a l que dad. del período arcaico y sirven
A n teo y lib e ró a P ro m e te o . El su p a d re p r e te n d ía im p o n e rle A l m ito d e H e ra c le s se a ñ a ­ com o motivo escultórico de va­
d ra g ó n fu e lle v a d o al c ie lo y c o m o e sp o so . E ste d io s , h ijo de dió el m ito e g ip c io d e B usiris". rios monumentos griegos (Iriso
co n v ertid o en u n a co n stelació n : O c é a n o " y d e T e tis ”, s e d is tin ­ Los d e s c e n d ie n te s d e l h é ro e , del Tesoro de los atenienses en
la se rp ien te . g u ía ta n to p o r su fu e r z a c o m o los H era clid a s, p e rse g u id o s p o r Delíos, h. 490 a. C ). de escul­
• C e r b e r o “. E u ris te o . a te ­ p o r su c a p a c id a d p a ra m eta- el o d io d e E u ris te o , o b te n d rá n turas exentas IHércules aba­
rra d o a n te la n u e v a c a p tu r a d e m o rfo se a rse en río, en serpiente la a y u d a d e T e s e o y s e in sta la ­ tiendo un ciervo, grupo escultó­
H eracles, d e v o lv ió el m o n stru o o e n to r o fu rio s o . M á s tard e, rán en e l P e lo p o n e s o . M u c h a s rico de la época romana de
a lo s I n f ie r n o s ”. A l b a ja r al H e ra c le s m a tó accid en talm en te fa m ilia s r e a le s , c o m o la d e Pompeyo. Museo Nacional de
re in o d e lo s m u e r to s e n b u s c a a E u n o m o , u n jo v e n se rv id o r C reso o la d el re y e tr u s c o T u r­ Palermo; H ércules en la pri­
d e C e rb e ro , H e ra c le s lib e r ó a d e su s u e g ro , y tu v o q u e partir quino, p re te n d ía n d e sc e n d e r d e mera atierra de Troya, frontón
T e se o . - > c e r b e r o o c e r b e r o . n u e v a m e n te al e x ilio . A travesó los H era c lid as. oriental del templo de Afaia. en
c o n u n a H e c h a a l c e n ta u ro Egina. Gliptoteca de Munich) y
El r e g r e so a T e b a s N e so , q u e h a b ía in te n ta d o vio­ ♦ Lit. El mito de Heracles fue de numerosos mosaicos roma­
El h é ro e , p u r if ic a d o d e su la r a D e y a n ira , p e ro e ste , antes tratado en tres tragedias de Eu­ nos (época rom ana. Liria. Va­
d e lito d e s a n g r e , r e g r e s ó a su d e m o rir, e n tre g ó a la jo v e n una rípides: H eracles furioso. Al- lencia). ¡ a i locura de Hércules.
p a tria . E n el c u rs o d e u n a d is ­ tú n ic a e n v e n e n a d a c o n s u san­ ceslis y L os Heraclidas. Sófo­ crátera del pintor Asteas. 340
p u ta m a tó al rey E u rito y tu v o g re d ic ié n d o le q u e c o n e lla po­ cles dedica Las traquinias a la a. C.. Madrid. Museo Arqueo­
q u e e x p ia r su n u e v o c rim e n d ría r e a v iv a r el a m o r d e Hera- muerte del héroe (segunda m i­ lógico Nacional. Sus hazañas

www.FreeLibros.me
HERACLES 218 219 H ÉR C U LES

continuaron inspirando a los ar­ Hércules con el león de Nemea, tra M oloch, d e G io rg io Fe- c io ; a p a re c e c o m o a m ig o del
tistas durante siglos: H ércules Hércules y el Cancerbero, Hér­ rroni (1 9 6 3 ); H ércu les e l in ­ b u e n rey E v an d ro . q u e reinaba
niño estrangulando a una se r­ cules separa los m ontes de vencible, d e Al W orld (1963); so b re el m o n te Palatino cu ando
piente, escultura griega, Roma; C alpe y A hyla, 1634. Madrid. E l triunfo d e Hércules, de A l­ E neas* lle g ó a Ita lia , d onde
Pollaiolo. H ércules y la hidra M useo del Prado. La Torre o b erto De M artillo (1964); fu n d a r ía u n c u lto e n m em o ria
d e Lerna, siglo xv. Florencia; F aro de H ércules es una torre H ércules contra los h ijo s d e l d el h é ro e '. El H é rcu les rom ano
Baldung Crien. Hércules y A n­ romana, de la época de Trajano, S ol, de O sv ald o C ivirani e s u n a fig u ra m e n o s v io le n ta
teo, siglo x v i, E strasburgo; que se encuentra en la ciudad (1 964), co p ro d u cció n his- q u e H e ra c le s, y se le ve en o ca­
Gustave Moreau. Diomedes de­ de La Coruña. p an o -italian a; Las a ven tu ra s s io n e s c o n u n a lira a c o m p a ­
vorado p o r sus caballos, 1865, ♦ C in . H eracles-H ércu les es d e H ércules, de Lewis Coates ñ a n d o a la s m u s a s' y a A polo"
Ruán. O tros recuerdan sus en ­ el protagonista privilegiado de (1 984). M en cio n arem o s por M u sa g e ta . El á la m o e s su árbol
frentam ientos con Juno (Hera m uchas películas donde el ac­ últim o al pintoresco Hércules, c o n sa g ra d o .
dando de m am ar a l pequeño to r q u e in te rp re ta su papel a terrizad o en p len o sig lo xx - > HERACLES.
H eracles, escultura griega, — com o el cam peón deportivo b ajo los rasgos del debutante
Roma. M useo del V aticano; S tev e R eeves en alg u n a s de A rnold S chw arzenegger —el ♦ Lengua. Un hércules, utili­
T intoretto. O rigen de la Vía ellas— tien e ocasión d e lucir fu tu ro C on an el B árb aro — , zado com o nombre común, de­
Láctea, 1580, Londres; Rubens, su a tlé tic a m u scu latu ra en el que ap arece en H é rcu les en signa a un hombre de poderosa
La creación de la Vía Láctea. curso de una serie de aventu­ Nueva York, de Arthur Seidel- musculatura o de fuerza prodi­
h. 1636-1638, M adrid, M usco ras. en su m ayoría d e corte man (1969). giosa. El adjetivo hercúleo se
del Prado) o también sus am o­ fan tástico y con esc a sa rela­ El personaje de Tarzán, creado aplica a todo lo que posee una
res: Jean de Bologne. Neso rap­ ción con la m itología clásica. p o r el novelista E dgar Rice potencia colosal. Las columnas
tando a Deyanira, bronce, siglo S eñ alarem o s, en tre o tras, las B urroughs, tantas veces lle­ d e Hércules designan a las dos
xvi, Louvie; Boucher, Hércules sig u ien tes: L o s tra b a jo s de vado al cine, aparece en ciertos m ontañas del actual estrecho
y Onfale, anterior a 1728, H ércules (1957) y H ércules y aspectos com o una «rem anen­ de G ibraltar. lugar donde su­
Moscú. Zurbarán pintó una se­ la rein a d e L idia (1 9 5 8 ), de cia» de Heracles. puestamente Hércules sostuvo
rie de diez lienzos sobre los tra­ Pietro Francisci; G li am ori di la bóveda celeste.
bajos de Hércules para el salón E renle, d e C arlo-L udovico HÉRCULES ♦ L it. V irgilio IEneida, canto
de Reinos del C asón del Buen B rag ag lia (1 9 6 0 ); L a ven­ N o m b re q u e d ie ro n a H e ra ­ VIII) y Tito Livio (Historia, li­
Retiro: H ércules abrasado por g a n za d e H ércu les (1 960) y c le s8 lo s ro m a n o s , q u ie n e s bro I, siglo i a. C .) refieren la
ht túnica del centauro Neso. L a co n q u ista d e la Atlántida a d o p taro n e l c o n ju n to d e la le ­ lucha de Hércules y Caco. Sé­
Lucha de Hércules con la hidra (1961). de V ittorio Cottafavi; y e n d a a ñ a d ie n d o v a rio s m o ti­ neca dedicó dos tragedias a
d e Lerna. H ércules detiene el H ércules contra los vampiros, vos: m a ta a l la d ró n C a c o , q u e H ércules fu rio so y a Hércules
curso del río A!feo, Lucha de de M ario Bava (1961); Ulises en e l m o n te A v e n tin o le h a b ía en el m onte Eta (siglo l d. C.).
H ércules con el ja b a lí de Eri- con tra H ércules, d e Mario q u ita d o a lg u n o s b u e y e s d el re ­ Ovidio (Metamorfosis, VIL IX.
manto, H ércules con Anteo, C aian o ( 19 6 1); H ércu les d e­ baño d e G e rio n e s ; to m a p o r e s­ X, XII, XV) relata hazañas del
H ércules y el toro d e Creta, sencadenado, de G ian Franco posa a F a u n a , d e la q u e tu v o un héroe.
H ércules vence a Geriones, Parolini (1962); Hércules con- hijo. L a tin o ", e p ó n im o d el L a ­ ♦ ¡con. y C in. -> H e r a c l e s .

www.FreeLibros.me
H E R M A F R O D IT O 220 I H ER M A FR O D ITO

HERM AFRODITO giones. En particular, la figura m odo m ás general, el epíteto reuniendo los dos sexos y per­
H ijo d e H en ries" y de A fro ­ de Herm afrodito se confunde a d e herm afrodita o d e a n d ró ­ m itiendo así que la joven pa­
d ita". a q u ie n e s d e b e su n o m ­ m enudo co n los andróginos gino se aplica frecuentemente a reja fo rm ada por W ilfrid y
b re . U n d ía q u e s e b a ñ a b a en evocados en El b a n q u ete de algo que se considera contra Minna se una. Esta unión ideal
la s a g u a s d e u n la g o , e n C a ria , Platón (sig lo tv a. C .). Según natura o que reúne aspectos aparece nuevamente en El lirio
la n in f a 1 S a lm á c id e , p re n d a d a ex p lica A ristó fan es en este contradictorios. T al e s el sen ­ d e l ralle ( 1836). donde el en­
de su g ran b e lle z a , le a b ra z ó y , texto, en los orígenes existían tido con que lo em plea Dante cuentro entre Félix de Vande-
c o m o e s te se re s is tía a su s in s i­ tres tip o s d e seres hum anos, en el Infierno (Divina comedia. nesse y M m e. de M ortsauf
n u a c io n e s a m o r o s a s , la n in fa unos provistos de dos cuerpos 13 0 7 -1 3 2 1) al referirse a una aparece contem plada desde la
ro g ó a lo s d io s e s q u e su s c u e r ­ m asculinos, o tro s form ados poesía que intenta conciliar los óptica d e una androginia pla­
p o s n u n c a se se p a ra se n . S u s ú ­ p o r d o s c u erp o s fem eninos y contrarios, o también el que re­ tónica.
p lic a fu e c o n c e d id a y d e sd e e n ­ una tercera c ate g o ría c o n sti­ fleja el A donis de Giambattista P osiblem ente sea en Proust
to n c e s fo rm a ro n un so lo s e r d e tuida por los hombres-mujeres Marino (1623), donde el propio d o n d e la vacilación entre an ­
d o b le n atu raleza. H erm afro d ito , o an d ró g in o s. E stos, em puja­ dios aparece com o una figura dró g in o y herm afrodita sea
p o r su p a rte , o b tu v o d e e llo s dos por la soberbia, pretendie­ andrógina y sim boliza la natu­ m ás ev idente. En Sodom a y
q u e to d o h o m b re q u e se b a ñ a ra ron asaltar el Olimpo- y fueron raleza dual de la poesía. Gomorra (1 9 2 1), al designar a
en la s a g u a s d e l la g o p e rd ie s e castig ad o s p o r Z e u s’, que los La figura mítica del herm afro­ los homosexuales com o «hom­
su v ir ilid a d . F ig u r a a m e n u d o seccio n ó en d o s m itades. Los dita aparece evocada a menudo bres-mujeres» parece más bien
e n tr e lo s c o m p a ñ e r o s d e D io ­ hom bres, desde entonces, bus­ en situaciones novelescas am ­ referirse a los andróginos de
n iso . can siem p re la m itad q u e les biguas. Encontram os un ejem ­ Platón: igualmente, el encuen­
falta, lo que explicaría el fenó­ plo cele b re en la n ovela de tro entre Jupien y M. de Char-
♦ L engua. El nom bre d e este m eno del amor. Estos orígenes Théophile G autier La señorita lus parece responder a este
d ios, con v ertid o en adjetivo, com plejos perm iten com pren­ d e M aupin (1 836), que co n ­ mito, ya que cada uno encuen­
significa «que está d o tad o de d e r p o rq u é , en la tradición li­ tiene frecuentes alu sio n es a tra en el o tro al «hom bre pre­
caracteres sexuales masculinos teraria. la bisexualidad aparece O vidio, y cu y a heroína se d e­ destinado». Sin em bargo, la
y femeninos», y se aplica tanto unas veces com o una anomalía fine a sí m ism a com o « p erte­ descripción del joven acostado,
al genero humano com o a cier­ dolorosa y otras com o un rasgo neciente al tercer sexo», pues en el que se descubren invo­
tas especies vegetales o anim a­ de superioridad. en ella se funden el cuerpo y el luntariam ente rasgos fem eni­
les (el caracol, la lom briz de D urante m ucho tiem po, la fi­ alm a de una m ujer con el c a ­ nos. ev o ca la representación
tierra, la sanguijuela). gura del herm afrodita e s objeto rácter y la fuerza d e un hom ­ tradicional del herm afrodita.
♦ L it. La fortuna literaria de de escán d alo y se convierte a bre. L ejos de co n stitu ir una Y para ex p licar el fenóm eno
Hermafrodito tiende a m ezclar m enudo en sinónim o de homo­ ventaja, e sta bipolaridad la de la «inversión». Proust evoca
el relato de O vidio, que refería sexual. A sí aparece, por ejem­ hace desgraciada, y a que nun­ una hipótesis científica, un
su historia en las M etam orfo­ plo. en el pan líelo de Thomas ca podrá encontrar un hombre «hermafroditismo inicial cuyas
sis. co n los num erosos m itos A rtus contra los «favoritos» de al que unirse. B alzac, p o r su huellas parecen conservarse en
relativos a la figura del andró­ Enrique III titulado L a isla de parte, crea en Serqfita ( 1835) algunos rudimentarios órganos
gino presentes en varias reli­ lo s herm afroditas (1605). De una figura ideal de andrógino. fem eninos en la anatom ía del

www.FreeLibros.me
H ER M ES 222 223 H ERM ES

hombre y en otros tantos órga­ HERM ES n a to ria s , n o ta rd ó e n e n te ra rs e


nos m asculinos en la anatom ía N a c id o d e Z e u s y M a y a , d e to d o e l a s u n to y a c u d ió a
de la m ujer». Pero en am bos h ija d e A tla s ', e n u n a c a v e rn a M a y a e x ig ie n d o la d e v o lu c ió n
casos el fenóm eno ya no ap a­ d e l m o n te C ile n e , e n A rc a d ia ', d e l r e b a ñ o . E s ta p r o te s tó in ­
rece considerado, co m o an ­ e s te d io s m a n ife s tó d e s d e su d ig n a d a , m o s tr á n d o le a l n iñ o
taño. algo «contra natura». m á s tie rn a in fan cia las d o s c u a ­ d o rm id o c o m o u n b e n d ito .
El hermafrodita, por último, se lid a d e s p rin c ip a le s a las q u e se A p o lo re c u rrió e n to n c e s a Z eu s
presta a veces a variaciones có­ v in c u la n to d a s su s fu n c io n e s q u ie n , a l o ír la s d e s v e r g o n z a ­
micas. com o por ejem plo en el d iv in a s, m u y d iv e rsa s; la in teli­ d a s m e n tir a s d e H e rm e s , e s ta ­
«dram a surrealista» de Apolli- g e n c ia a s tu ta y la m o v ilid a d . lló e n c a r c a ja d a s y le o rd e n ó
naire titulado Las tenis tle 77- A l p o c o d e n a c e r c o n sig u ió q u e d e v o lv ie s e e l g a n a d o .
resias (1917). donde T eresa, d e s e m b a ra z a rs e d e su s p añ ales A p o lo , sin e m b a rg o , fa sc in a d o
una joven fem inista casada, se y c o n e l c a p a ra z ó n d e u n a to r­ p o r lo s m e lo d io so s so n id o s q u e
niega a tener hijos y se trans­ tu g a , q u e e n c o n tr ó d e la n te d e su h e r m a n o e x tr a ía d e la lira ,
forma en «señor mujer» adop­ la g ru ta , fa b ric ó u n n u e v o in s­ a c e p tó c e d e r le e l r e b a ñ o a
tando el nom bre de T iresias, tr u m e n to m u s ic a l, la lira. c a m b io d e l in s tru m e n to .
mientras su marido, convertido L u e g o s e d ir ig i ó a T e s a lia , H e rm e s in v e n tó lu e g o la si­
en mujer, traerá m iles de hijos d o n d e ro b ó c in c u e n ta v a c a s de rin g a (o fla u ta d e P a n ’), q u e
al mundo. —> t ir e s ia s . un re b a ñ o c o n fia d o a l cu id a d o A p o lo ta m b ié n a d q u irió a c a m ­
♦ ¡con. La estatuaria antigua d e su h e rm a n o A p o lo ", q u e en bio d e l la rg o ca y a d o d e o ro q u e
representa a Hermafrodito con a q u e l m o m e n to e s ta b a e n tre te ­ u tiliz a b a p a ra c u id a r su s re b a ­
un arm onioso cuerpo de mujer n id o e n o c u p a c io n e s g a la n te s. ños. U n d ía , H erm es se p a ró con
y dotado de órganos sexuales H a c ie n d o q u e la s b e s tia s m a r­ él a d o s s e r p ie n te s q u e lu c h a ­
m asculinos, a m enudo d o r­ c h a r a n h a c ia a tr á s — o , seg ú n ban e n tr e s í. A m a n s a d o s , lo s
m ido en una p ostura llena de o tr a s v e r s io n e s , e n v o lv ie n d o reptiles se en tre la z aro n en to rno
gracia y languidez: H erm afro­ s u s p e z u ñ a s e n tr o z o s d e c o r ­ al c a y a d o ; e s te e s e l o rig e n del
dito. m árm ol, réplica d e una te z a p a ra d is im u la r su s h uellas, c a d u c e o , q u e , re m a ta d o g e n e ­ Praxlteles, Hermes con el niño
obra del siglo IV a. C., Berlín; d e s p u é s d e h a b e r a ta d o a sus ralm ente p o r d o s p e q u eñ a s alas, Dioniso. Museo de Olimpia
Eras andrógino (v asija, siglo p ro p io s to b illo s u n a s ra m a s— , era e n tre los g rie g o s e l sím b o lo
iv a. C ., V ienaj. sem ejante en c o n d u jo a los a n im a le s a través d istin tiv o d e los e m b a ja d o re s y D io s m e d ia d o r, H e rm e s es
todo a H erm afrodito a excep­ d e to d a G r e c ia h a s ta lle g a r a d e lo s h e r a ld o s (e s d is tin to al e l m en sa je ro d e Z e u s tanto ante
ción de que se le representa P ilo s , d o n d e lo s d e jó e sc o n d i­ c a d u c e o ' d e lo s m é d ic o s , q u e lo s d io s e s ' c o m o an te los h o m ­
alado. Ya en el siglo xx. D alí d o s e n u n a c a v e rn a . L u e g o re ­ está fo rm a d o p o r un h a z d e j u n ­ b res. E s é l, p o r e je m p lo , quien
pintó un H erm afrodita i la e s­ g re s ó a la g ru ta y v o lv ió a m e­ q u illo s e n to r n o a l c u a l se e n ­ tra n sm ite a C a lip so ' la orden de
tética es el m ayor m isterio te r s e e n s u c u n a c o n e l aire rosca la se rp ie n te d e A sc le p io ' d e ja r p artir a U lise s’ y q u ien re­
terrestre). 1943, colección m á s in o c e n te d e l m u n d o . y v a c o ro n a d o p o r e l e s p e jo d e v ela a e s te ú ltim o la planta m á­
A. Reynolds Morse. A p o lo , s e ñ o r d e la s a rte s ad iv i­ la P ru d en cia). g ic a q u e le p ro te g e rá de los he-

www.FreeLibros.me
H ER M ES 224 225 HERM ES

c h iz o s de C irc e -. In té rp re te d e H e r m a f r o d ilo ”, A u ló lic o — el com o «sello de autenticidad» brero redondo de los viajeros
la v o lu n ta d d iv in a , d e s e m p e ñ a a b u e lo d e U lise s, el h o m b re de para los libros de contenido eso­ griegos, y portando el caduceo.
en e s te s e n tid o u n a fu n c ió n a u ­ lo s m il r e c u r s o s — y e l d io s térico, sobre todo a partir del si­ Protector de los pastores, se le
x ilia r ju n to a m u c h o s h é r o e s ': P a n , n a c id o c o m o H e rm e s en glo xvi. El dios ocupa también ve tam bién llevando un cor­
H e ra c le s ', a q u ie n p ro p o rc io n a A rca d ia . un lugar importante en la tradi­ dero sobre los hombros («crió-
su e s p a d a y a l q u e p ro te g e rá ción islám ica, donde se le d e­ foro»), Desde finales del siglo
m u c h a s v e c e s ; P e rs e o 1. a l q u e ♦ Lengua. F.l adjetivo herm é­ signa con el nom bre de Idris. v a. C. la estatuaria lo muestra
en treg a el c a sc o de Hades* y las tico está etim ológicam ente li­ Algunos críticos consideran que desnudo e im berbe, com o un
sa n d a lia s ala d a s; F rix o y H ele* gado a Hermes. En efecto, los la figura d e Virgilio, que guía a joven atleta de arm oniosa be­
re c ib e n d e él el c a r n e r o a la d o griegos dieron al dios egipcio Dante en el Infierno (Divina co­ lleza.
d e v ello cin o d e o ro q u e les sa l­ Thot. señor de las ciencias y de media. 1307-1321), recuerda a Aparece a menudo ocupándose
vará de la m u erte. la magia, el nombre de Hermes la d e Hermes. Con el nombre del pequeño Dioniso: Hermes
L o s p ro p io s I n m o rta le s le Trim egislo (tres veces grande). de M ercurio interviene en mu­ devuelve Dioniso a l Paposi-
d e b e n m u c h o : s a lv a a A re s Su d o ctrin a estab a contenida chas obras literarias, desem pe­ leno. crátera griega. 440 a. C ,
c u a n d o esta b a p risio n ero d e los en los llam ados libros herm é­ ñando funciones de mensajero el V aticano; H ermes con el
A loadas", so c o rre a Z e u s e n su ticos. en los cuales se inspi­ benéfico. En este sentido pudo niño Dioniso, mármol griego
lu c h a c o n tr a T if ó n ” y e l s e ñ o r rarían los alquim istas. Este ser también confundido con los de Praxíteles (réplica antigua),
d e lo s d io s e s s e p o n e e n su s Hermes es completam ente dis­ arcángeles cristianos Gabriel o finales del siglo tv a. C., Olim­
m a n o s p a ra q u e le a y u d e a d e s ­ tinto al Hcrmes-Mercurio de la Miguel. Mercurio aparece como pia; se le representa también
b a r a ta r la s v e n g a n z a s u rd id a s época clásica. Los dos sentidos interlocutor, jun to al barquero solo, con o sin sus atributos de
p o r la c e lo s a Hera* p a ra m a ta r m odernos del adjetivo hermé­ Caronte", en el Diálogo de Mer­ dios d e los viajes: Hermes de
al g ig an te" A rg o s”, g u a rd iá n d e tico. «perfectam ente cerrado» curio y Carón ( 1528-15 2 9 ), del Maratón, bronce, siglo iv a. C„
la jo v e n l o ', p o r eje m p lo , o lle ­ (com o el «sello hermético» de erasm ista español Alfonso de A tenas: M ercurio, bronce, si­
v a r a lu g a r s e g u r o a l p e q u e ñ o los alquimistas) y «muy difícil Valdés. La función del dios en glo xvt, Madrid. Museo Lázaro
Dioniso*. de com prender», derivan am ­ esta obra es manifestar y defen­ Galdiano. M ás adelante los ar­
En la tie rra , e s e l d io s d e la bos del sentido antiguo del tér­ der la justicia y el gobierno del tistas retuvieron sobre todo su
e lo c u e n c ia , e l p ro te c to r d e lo s mino. emperador Carlos V. función en los amores de Zeus
v ia je ro s y . m á s la r d e , d e lo s En su calidad d e dios de los ♦ Icón. Adem ás de las figuras e lo (Mercurio y Argo: Rubens,
m e r c a d e re s , p e r o ta m b ié n d e viajeros. H erm es h a dado su estilizad as esculpidas en las Velázquez, Agüero, lienzos, si­
los la d ro n e s . E n lo s In fie rn o s" nombre, por un lado, a una im­ en crucijadas (un p ilar coro­ glo x v n , M adrid, M useo del
es el e n carg ad o d e esc o lta r a las portante m arca francesa de ar­ nado por un busto hum ano), Prado), u ocupándose de la
a lm a s de los m u e rto s (H e rm e s tícu lo s d e viaje y. p o r otro, a H erm es aparece frecuente­ educación de C upido-: Louis
p s y c h o p o m p e ). E n R o m a fu e un proyecto europeo d e ve­ m ente representado com o un Michel Van Loo, La educación
a sim ila d o a M ercurio*. hículo espacial. hom bre barbado, vestido con d el A m or p o r M ercurio y Ve­
D e su s a m o re s c o n d io s a s o ♦ Lit. El nom bre de Hermes. una larga túnica, calzado con nus, siglo x v n , M adrid. Real
m o rta le s n a c ie ro n d iv e rs o s h i­ calificado o no de Trimegisto. sandalias aladas y a m enudo A cadem ia de Bellas Artes de
jo s . L o s m á s c o n o c id o s so n sirvió durante m ucho tiempo tocado con el pélaso, el som ­ San Fernando. —> a r g o .

www.FreeLibros.me
HÉROES 226 227 H ÉR O ES

HÉROES d e lo s d iá lo g o s d e P la tó n (4 2 8 - in ic ia c ió n y lo s m is te rio s (O r- Á yax" O ilc o v io la a C asan d ra


L a c a te g o r ía d e lo s h é ro e s 3 4 8 a. C ) , el filó s o fo S ó c ra te s fe o ”). F u n d a n c iu d a d e s y su en el te m p lo d e A ten ea”).
re s u lta p r o b le m á tic a : ¿ c u á l e s r e la c io n a e l té r m in o c o n el c u lto tie n e u n c a r á c te r c ív ic o . L o s h é ro e s so n los testigos
su o rig e n y su e s tru c tu r a o n lo - a m o r (e n g rie g o e r a s ) y d e fin e S o n lo s a n te p a s a d o s d e g ru p o s d e la « flu id e z d e los orígenes»
ló g ic a ? , ¿ so n sim p le s in te rm e ­ a lo s h é ro e s c o m o « n a c id o s de c o n sa n g u ín e o s (T á n ta lo ) y los q u e p re sid ió el p rin cip io de los
d ia r io s e n tr e lo s d io s e s" y lo s lo s a m o r e s d e u n d io s y u n a re p r e s e n ta n te s p ro to típ ic o s d e tiem p o s. D esp u é s d e la co sm o ­
h u m an o s? H esío d o . e n L o s ira- m o r ta l o d e u n m o r ta l y una m u c h a s a c tiv id a d e s h u m a n a s g o n ía y e l tr iu n fo d e Z eus", y
b a jo s y lo s día s, lla m a « h é ro e s d io s a » : se ría n p o r ta n to « se m i­ fu n d a m e n ta le s (D é d a lo " , íc a - tras la aparició n d e los hom bres,
o s e m id io s e s ”» a lo s h o m b r e s d io se s» , y tal e s , en la A n tig ü e ­ ro ”). S e d is tin g u e n p o r p o s e e r c u a n d o to d a v ía las estructuras y
d e la « c u a rta ra z a » , lo s q u e v i­ d a d , el s e n tid o m á s fre c u e n te cie rto s a trib u to s físic o s q u e les la s n o rm a s n o e sta b a n lo su fi­
v ie ro n e n tre la e d a d d e b ro n c e d e l té rm in o . P e ro d e s d e la ¡lia­ hacen d e s ta c a r (b e lle z a , fu e rz a c ie n te m e n te e s ta b le c id a s para
y la e d a d d e h ierro (—» e d a d d e d a (s ig lo ix a. C .) h a sta lo s a u ­ so b re h u m a n a ) y q u e pueden d e te rm in a r la m e d id a d e las co­
ORO , SEMIDIOSES). to re s la tin o s, a p a re c e n d iv ersas lin d a r c o n lo m o n s tru o s o : P é- sas, p a rtic ip a ro n en la e la b o ra ­
P índaro, p o eta g rie g o del si­ a c e p c io n e s d e la p a la b ra: e l h é­ lo p e ” tie n e u n a e s ta tu ra g ig a n ­ c ió n d e las in stitu cio n es, d e las
g lo v a. C , d is tin g u e tre s c a te ­ ro e e s u n a s v e c e s u n c a u d illo te sc a , H e ra c le s 1 tie n e tre s fila s ley es, d e las técn icas y las artes,
g o ría s de se re s: d io s e s , h é ro e s m ilita r — y p o r e x te n s ió n cu a l­ d e d ie n te s . A v e c e s p re s e n ta n fu n d a n d o a s í e l u n iv e rso h u ­
y h o m b re s . E n el C r a tilo , u n o q u ie r h o m b re q u e s e d istin g u e cie rto s ra s g o s físic o s an im ale s: m an o , d o n d e las tran sg resio n es
p o r su n a c im ie n to , su c o ra je o C é c ro p e , p rim e r re y m ític o del y los e x c e so s q u ed arán proscri­
su ta le n to — ; o tr a s v e c e s e s un A tic a , e s u n s e r m ita d h o m b re to s en lo su c e s iv o . D esd e ese
se m id ió s, a m ed io c a m in o entre y m ita d se rp ien te . m o m en to , el «tiem po» del mito,
lo s d io s e s y los h o m b res; puede D e s d e s u n a c im ie n to y su de c a rácter m ág ico , abierto, ina­
s e r ta m b ié n u n a d iv in id a d lo ­ in fa n c ia d e m u e s tra n u n c o m ­ c a b a d o y c o n tra d ic to rio , q u e ­
c a l, u n je f e d e trib u , d e c iu d ad , p o rta m ie n to e x c é n tr ic o m a r­ d a d e fin itiv a m e n te c e rra d o y
d e u n a a g ru p a c ió n ( s e r ía el cad o p o r la d e sm e su ra (h ib ris ) d e ja p a s o al tie m p o d e la h is ­
c a s o , e n A te n a s , d e lo s h éro e s y la v io le n c ia q u e tr a d u c e su toria.
« e p ó n im o s » , q u e d ie r o n su n a tu ra le z a a m b iv a le n te , p o r n o P ro d u c to s d e u n a fe c u n ­
n o m b r e a la s d if e r e n te s trib u s d e c ir a b e rr a n te : p a d re s o p a ­ d a c ió n d iv in a e x tra o rd in a ria
q u e in te g ra b a n la c iu d a d ) ; por rien tes m u e rto s, a se s in a d o s p o r (c o m o Perseo*. h ijo d e D ánae”,
ú ltim o , e l e p ít e to d e h é ro e es e n v id ia o p o r c ó le ra — in c lu so e n g e n d ra d o p o r Z e u s b a jo la
c o n c e d id o ta m b ié n a lo s em pe­ sin ra z ó n — , fe c u n d a c io n e s en a p a r ie n c ia d e u n a llu v ia de
ra d o r e s ro m a n o s d iv in iz a d o s . m a s a (H e r a c le s ) , v io la c io n e s , o r o ) , lo s h é ro e s se d istin g u e n
E n g e n e ra l, e n la m itología in c e sto s (T ie s te s, E d ip o ”), d io ­ e n o c a sio n e s p o r u n a d o b le pa­
g rie g a p u e d e n d is tin g u irs e una sa s a g r e d id a s ( I x i ó n ’ in te n ta te rn id a d , c o m o H eracles o T e-
se rie d e ra s g o s e s e n c ia le s . Los v io lar a H era*), sa n tu a rio s p ro ­ s e o ”. La m a y o ría d e la s veces
Dos de los héroes participantes en la
guerra de Troya: Áyax llevando a h é ro e s tie n en e stre c h a s relacio ­ fa n a d o s (A q u ile s* m a ta a so n a b a n d o n a d o s d e n iñ o s al
A quiles, grabado de la Biblioteca n e s c o n e l c o m b a te , la s artes T ro ilo , e l h ijo m e n o r d e P ría - re v e la rse inquietantes profecías
Nacional de Madrid a d iv in a to r ia s , la m e d ic in a , la m o“, e n e l te m p lo d e A p o lo ”; p a ra la fam ilia (E d ip o , Perseo).

www.FreeLibros.me
HÉROES 228 229 H ÉR O ES

y so n a m a m a n ta d o s p o r a n im a ­ n e tra c ió n d e T e s e o e n el L a b e ­ in te r io r d e lo s s a n tu a r io s (a s í
le s s a lv a je s (P arís* a lim e n ta d o rin to * y s u c o m b a te v ic to rio s o P élo p e e n el te m p lo d e Z e u s en
p o r u n a o s a , R ó m u lo y R e m o c o n tra e l M in o tau ro * , o e l p aso O lim p ia ). S u s tu m b a s y c e n o -
p o r u n a lo b a ). V ia ja n a leja n a s ritu a l d e A q u ile s a tr a v é s del ta fio s c o n stitu y e n el c e n tro del
tie rra s (U lises*, Jasó n "), se d is ­ fu e g o y e l a g u a c u a n d o fue c u lto h e ro ic o , a c o m p a ñ a d o d e
tin g u e n p o r su s in n u m e ra b le s e d u c a d o p o r lo s c e n ta u r o s '. rito s y s a c r if ic io s c o m o e l d e
p ro e z a s , c e le b ra n m a trim o n io s P e ro e l ra s g o m á s c a r a c te ­ lo s d io s e s . El h é ro e m u e rto se
d iv in o s (P e le o y Tetis*, d e c u y a r í s ti c o d e lo s h é r o e s e s su c o n v ie r te e n u n g e n io tu te la r
unión n acerá A q u iles; C a d m o y m u e rte , s ie m p re v io le n ta , e n la q u e p ro te g e a la c iu d a d c o n tr a
H arm onía"). g u e rr a o p o r tr a ic ió n , y s in g u ­ d iv e r s o s a z o te s : in v a s io n e s ,
A n c e s tro s e p ó n im o s d e r a ­ la r m e n te d ra m á tic a : O rfe o y e p id e m ia s , c a tá s tr o fe s n a tu r a ­
z a s , d e p u e b lo s o d e fa m ilia s P e n te o ’ m u e re n d e sp e d a z a d o s, les... L o s s a n to s y lo s m á rtire s
(lo s a r g iv o s d e s c ie n d e n d e A cte ó n * e s d e v o r a d o p o r sus d e la tra d ic ió n c ris tia n a les s u ­
A rgo", P é lo p e d io su n o m b re al p ro p io s p e rr o s , H ip ó lito * p o r c e d e rá n m á s tard e e n e s ta fu n ­
P elo p o n eso , A tre o e s e l a n te p a ­ su s c a b a llo s , A se le p io " e s fu l­ ción tu telar.
sad o de lo s A tridas*), rey es m í­ m in a d o p o r Z e u s... M u c h a s v e­
tic o s (T e s e o ) , in ic ia n a los c e s lo s h é ro e s su c u m b e n v ícti­ ♦ L en g u a . La palabra héroe Uno de los principales héroes grie­
h o m b res e n el c o n o c im ie n to d e m a s d e la lo c u ra y d e su p ro pia designa en la actualidad a un gos: Hércules en la primera guerra
hom bre q u e ha dado pruebas d e Troya, Gliptoteca de Munich
d iv e rsa s in stitu c io n e s y o ficio s: v io le n c ia (Á y a x , H e ra c le s ).
la s le y e s c ív ic a s , la m o n o g a ­ N u n c a d u d a n e n e n fre n ta rs e d e un v alo r extraordinario o.
m ia , la m e ta lu rg ia , e l c a n to , la c o n lo s d io s e s c o m o s i fu e ran también, al personaje principal como luego las renacentistas, se
esc ritu ra , la e strate g ia... F u n d a ­ su s ig u a le s p e ro , c o n la e x c e p ­ de una obra de ficción, su pro­ basan en parte en la llamada
d o re s d e c iu d a d e s p o r e x c e le n ­ c ió n d e H e ra c le s , el h é ro e per­ tagonista. Pero el adjetivo h e ­ materia troyana, que está cons­
c ia ( T e s e o , C a d m o , R ó m u lo ), fe c to c u y a a p o te o s is s e ñ a la su roico, cuyo sentido habitual es tituida por una serie de obras
in sp iran a lo s p e rs o n a je s h is tó ­ d iv in iz a c ió n , s ie m p re e s c ru e l­ «excepcionalm ente valeroso», derivadas o traducidas de los
ric o s la fu n d a c ió n d e c o lo n ia s , m e n te c a s tig a d o p o r lo s O lím ­ conserva el sentido antiguo del primitivos textos sobre la gue­
c o n v irtié n d o s e a s u v e z e n h é ­ pico s* . L a m u e r te m a g n ific a , term ino en expresiones com o rra de T roya'. De esa manera,
ro e s d e sp u é s d e su m u erte. sin e m b a r g o , su c o n d ic ió n so ­ lo s tiem p o s heroicos, alu­ los héroes heredan una serie de
In sta u ra n a s im is m o lo s j u e ­ b re h u m a n a , p ró x im a a la gloria diendo a la «época de los o rí­ rasgos clásicos que les convier­
g o s d e p o rtiv o s ( P é lo p e , H e r a ­ d iv in a . genes». y p oem a heroico, ten en seres extraordinarios, a
c le s ), lo q u e e x p lic a la h e ro ifi- D e s p u é s d e su d e s a p a r i­ donde el adjetivo es sinónim o medio camino entre los dioses
c a c ió n d e lo s a tle ta s v ic to r io ­ c ió n , lo s h é r o e s d is f r u ta n de de «épico». y los hom bres. Así. igual que
sos. A lg u n o s e stá n a s o c ia d o s a u n a « p o s t- e x is te n c ia » ilim i­ ♦ L it. El héroe literario de la ocurre con Heracles o con Me-
lo s rito s d e in ic ia c ió n d e lo s ta d a . S u s d e s p o jo s e stá n carga­ Edad Media es heredero directo leagro , la procreación de estos
a d o le s c e n te s . M u c h a s d e su s d o s d e te m ib le s p o d e re s m ág i­ de los de la Antigüedad greco­ héroes viene acompañada de
a v e n tu ra s so n , d e h e c h o , p ru e ­ c o s y s e d e p o s ita n d e n tr o d e la rromana. De hecho, las aventu­ una serie de señales sobrenatu­
b a s in ic iá tic a s , c o m o la p e ­ c iu d a d , a v e c e s in c lu s o e n el ras caballerescas medievales. rales. Desde muy niño, el caba-

www.FreeLibros.me
HÉROES 230 I H E S PÉ R ID E S

Mero medieval y renacentista se caso de los caballeros m edie­ zanas extraordinarias, ni es glo­ héroe heredada del mundo clá­
enfrenta a una serie de situacio­ vales y renacentistas, a Galaad. rificado a su m uerte. Antes sico en la novela de aventuras,
nes adversas que, sin embargo, h ijo d e A rturo, se le en co ­ bien, su vida transcurre entre que, desarrollada parcialmente
supera sin dificultad. Es el caso m endó la conquista del Santo rufianes y prostitutas, sirviendo en siglos anteriores, alcanza su
de A m adís de C aula o Mor- Cirial, y a E splandián, hijo de a un m endigo ciego, a un cura esplendor en el xtx. El culto al
dred. el hijo del mítico rey A r­ A m adís. la lucha contra el in­ de pueblo o a un escudero em ­ «yo» y el ansia de libertad ro­
turo, abandonados en una cesta fiel y la conquista de la mítica pobrecido, a los que tiene que mánticos contribuyen al éxito
en el río com o lo habían sido ciudad de Constantinopla. engañar para sobrevivir. La va­ de este género, cuya vigencia
Rómulo y Remo. En tod as estas av enturas, el lentía, heroicidad y fuerza so­ continúa en la actualidad. Es
Su genealogía es ilustre. A un­ héroe se p resenta com o un brehum ana se diluyen: el p i­ el caso de las novelas d e De-
que obviam ente ya no pueden guerrero invencible, de fuerza caro 11 0 acom ete m ás aventura foe, Sw ift, Stevenson. Melvi-
ser hijos de dioses, puesto que prodigiosa, d o tes de m ando y que la de sobrevivir en una so ­ lle, Salgari o Verne, entre
en la Edad M edia la c o n ce p ­ valentía sin lím ites. Además, ciedad q u e le es hostil y de la otros autores.
ción del m undo es cristiana, las aventuras am orosas suelen que nunca podrá escapar. En el siglo xx el héroe, siem ­
son hijos de reyes o futuros re­ alternarse con las caballeres­ El romanticismo crea un doble pre dispuesto a acom eter em ­
yes de valentía, p rudencia y cas, m ostrando así el héroe su héroe. Por una parte, el héroe p resas extraordinarias, consi­
«heroicidad» probadas. A de­ doble naturaleza: humana y se- trágico de los dramas románti­ gue rom per las barreras del
más. muestran ciertas caracte­ midivina. cos, cu y a existencia está m o­ tiem po y el espacio en el gé­
rísticas naturales que les con­ La consecución de la fam a en vida por tres fuerzas esenciales: nero de la ciencia ficción.
ducen. desde jóvenes, a reali­ el ám b ito g u errero o caballe­ el am or sin medida, el orgullo o Junto a este, en nuestros días y
zar grandes proezas. A sí, tras resco lleva consigo la glorifi­ la desmesura (reaparece aquí la desde el realismo del siglo xtx,
una serie de pruebas iniciáticas cació n final del héroe. Igual hibris clásica) y el destino, que toma cuerpo un héroe distinto,
en las que demuestran su valor q u e H eracles una vez muerto le es siem pre adverso. Su vida despojado —com o ocurría en
—com o había em prendido He­ e s conducido al O lim po", Ar­ está marcada por una lucha in­ el siglo x v u con la novela pi­
racles con la resolución de sus turo, a su muerte, es trasladado terna que le lleva a enfrentarse caresca— de todo carácter so­
doce trabajos o T eseo en su a la legendaria isla de Avalón, al resto del mundo, convirtién­ brenatural. Es el héroe urbano,
aventura con el M inotauro— . donde, según las leyendas, per­ dose de esta forma en el incom- inm erso en los problemas y en
se produce el reconocim iento manece dorm ido y no muerto. prendido por excelencia. El fin la sociedad de su tiempo, cuya
de su condición d e héroe y, a Este carácter m ítico del héroe del héroe del dram a romántico existencia dista mucho de los
partir de entonces, les suele ser es rechazado desde la concep­ es trágico, porque todas las prodigios y aventuras del héroe
encom endada una m isión e s­ ción del m undo barroco, mar­ fuerzas — la del destino, la del clásico.
pecial destin ad a a su m ayor cada p o r el desengaño y la vi­ m undo exterior y la suya pro­
glorificación, que en el caso de sión realista d e la existencia pia— se alian contra él para HESPÉRIDES
Jasón fue la conquista del ve­ hum ana. A sí, Lázaro de Tor- destruirlo. L a s H e s p é rid e s so n las
llocino de o ro ', en el de mes, com o los dem ás picaros Pero el romanticismo recupera « n in fa s del p o n ien te» , hijas de
Eneas1. Aquiles. Ulises o Héc­ célebres de esa época, no tiene tam bién, aunque con evidentes la N o c h e (N icle") en la T eogo­
to r’, la guerra de Troya, y en el un linaje ilustre, ni acomete ha- transformaciones, la figura del n ia d e H e sío d o , a u n q u e según

www.FreeLibros.me
HÉSPERO 232 233 H ID R A D E LERNA

o tr a s v e rs io n e s s e ría n h ija s d e o ro fu e r a n d e v u e lta s al ja rd ín ción geo g ráfica del m ito, en ció n ju d e o c ristia n a del «pecado
A tla s ' y H é s p e ris ( —» h é s p e ­ d e l q u e y a n o s a ld ría n . —> in ­ O ccidente); e s m orfológica­ d e o rg u llo » , la soberbia). El tér­
r o ). S o n tr e s , s e g ú n la tr a d i ­ f i e r n o s , HERACLES. m ente idéntico a la voz latina m in o d e s ig n a ta m b ién , p o r ex ­
c ió n m á s e x te n d id a : E g le (la vesper. d e la q u e proceden el te n sió n , a « la in so len cia» y «el
B rilla n te ), E ritia (la R o ja ) y ♦ L en g u a . El nom bre Hespé- adjetivo vespertino y el sustan­ fu ro r» , c o n se c u e n cias del orgu­
H e s p e ra re tu s a (la A rc lu s a del rides d eriv a d e u n a palabra tivo víspera, que en plural d e­ llo; en e ste sen tid o p ued e tom ar
p o n ie n te ). C o n a y u d a d el d r a ­ griega que significa «la tarde». signa un oficio relig io so que el sig n ificad o d e «violencia, se­
g ó n L ad ó n c u id a n del ja rd ín d e C on él puede relacionarse el antiguam ente solía cantarse al v ic ia » , e n e s p e c ia l « v io le n c ia
lo s d io se s* , d o n d e c r e c e n la s térm ino Hesperia («región del anochecer. c o m e tid a c o n tr a un a m u je r,
m anzanas d e o ro q u e G ea' poniente». O ccidente), con el v io la ció n » .
o fr e c ie r a a H era" c o m o p r e ­ que los griegos designaban a HESTIA
se n te de b o d as. U n o d e lo s ú l­ Italia y los rom anos a España. D io sa " v ir g e n ( c o m o A te ­ ♦ Lengua. Este último sentido
tim o s tr a b a jo s q u e E u ris te o " ♦ ¡con. H eracles y las Hespé­ nea" y A rte m isa ), e ra h erm a n a explica la palabra híbrido y sus
im p u s o a H e ra c le s * c o n s is tió rides, relieve de la villa Al- de Z eu s* . A u n q u e e s t a d iv in i­ derivados. Un híbrido es un ser
en tra e r e sa s m a n z a n a s. El h é ­ bani, Rom a; Las H espérides, d ad fo rm a b a p a rte d e lo s d o c e vivo, anim al o vegetal, pro­
roe tu v o d e b u s c a r d u ra n te m u ­ cuadro d e P rim aticcio (siglo O lím p ic o s ”, c a r e c e d e m ito s ducto del cruce de dos especies
c h o tie m p o el ja r d ín , d el q u e la xvi, Fontaineblcau) y d e Tur- p ro p io s y s o lo p u e d e d e c ir s e diferentes a las que en cierto
m ito lo g ía o fre c e lo c alizacio n es ner (siglo xix, 1806. Londres, q u e e r a la d io s a d e l fu e g o d el sentido se ha violentado, obli­
d iv e r s a s : e n e l e x tr e m o O c c i­ National Gallery). h o g a r. L o s ro m a n o s le d ie r o n gándolas a unirse. Una obra hí­
d e n te . en los lím ites del o céan o el n o m b re d e V esta* y te n ía en brida se forma de dos o varios
y c e rc a d e la s is la s d e lo s B ie­ HÉSPER O R om a un fu eg o sa g rad o que elem entos diferentes que no
n av enturados", al p ie del m o n te H e rm a n o d e A tlas" y padre m a n te n ía n e n c e n d id o u n a están inicialmcnte concebidos
A tla s , o in c lu s o e n e l p a ís d e d e H é s p e r is , la c u a l c o n c ib ió se c ta d e s a c e r d o tis a s , la s v e s­ para unirse.
lo s h ip e r b ó re o s " , e n e l le ja n o c o n s u tí o a la s H e sp é rid e s* . tales.
N o rte. U n d ía q u e H é s p e ro h a b ía su ­ HIDRA D E LERNA
L o e se n c ia l en e s te m ito e s b id o s o b r e lo s h o m b r o s de HIBRIS E ste m o n stru o , c u y o n o m ­
la re lació n — fu n d am en tal en el A tla s p a r a e s c r u ta r e l h o ri­ E s te té r m in o g r ie g o n o e s b re s ig n ific a « s e rp ie n te de
p e n sa m ie n to m á g ic o a rc a ic o — z o n te , c a y ó a l s u e lo y su e s p e c ífic a m e n te m ito ló g ic o , a g u a » , e r a h ija d e T if ó n ' y
e n tre e l O e ste , re g ió n d o n d e se c u e rp o se q u e b ró a c o n se c u e n ­ p e ro d e s ig n a u n a n o c ió n q u e E q u id n a (la v íb o ra ). T e n ía
p o n e e l S o l, y e l m u n d o d e los c ia d e la c a íd a . E ste b re v e mito re a p a re c e a m e n u d o e n lo s re ­ c u e rp o d e p e rro y n u ev e c a b e ­
m u erto s. L as m a n z a n a s d e o ro d a b a c u e n ta d e la ru p tu ra entre lato s m ític o s . L a h ib r is e s « la z a s, u n a d e e lla s in m ortal, y su
so n d e h e c h o fru to s d e in m o r­ Á f r ic a y E s p a ñ a a tr a v é s del d e sm e su ra » y , m á s e s p e c ífic a ­ a lie n to e ra le ta l (-> m o n s ­
ta lid a d . y la v ic to r ia d e H e ra ­ e s tre c h o d e G ib ra lta r. m e n te , « e l o r g u llo » , q u e e m ­ t r u o s ) . E uristeo* h a b ía o rd e ­

c le s en e s ta p ru e b a p re fig u ra su puja a lo s h o m b r e s a q u e r e r n a d o a H eracles" q u e m atara al


tr iu n fo fin a l s o b r e la m u e r te . ♦ Lengua. El nombre de Hés­ e m u la r a lo s dioses* o a riv a li­ m o n s tru o , h a z a ñ a q u e se ría el
D e sp u é s d el ro b o . A ten ea* se p ero significa «la tarde» (lo z a r c o n e llo s (e n c ie rta m e d id a « s e g u n d o tra b a jo » d el héroe".
o c u p ó d e q u e las m a n z a n a s d e que se explica por la localiza­ pu ed e re la c io n a r s e c o n la n o ­ C o m o c a d a v e z q u e e s te c o r-

www.FreeLibros.me
234 235 H IPN O
H ILAS

♦ Lengua. Se denomina hidra. HIPERBÓREOS O lao Magno Historia de gentl-


en zoología, a un pequeño ani­ E ste p u e b lo m ític o , q u e v i­ h u s sepienlrioitalibus 11555)
mal tcntacular d e agua dulce vía e n e l e x tre m o se p te n trio n a l para proponer el Norte como
que se reproduce por parteno- d el m u n d o c o n o c id o (su n o m ­ una región feliz que ha esca­
génesis: si el animal es cortado b re s ig n ific a « m á s a llá d e l país pado a la presencia del mundo
en trozos, de cada uno de ellos d e B ó re a s » ), a c o g ió a A p o lo ” m oderno, donde los hombres
surgirá una nueva hidra. Es d e sp u é s d e su n acim ien to . D e s­ gozan de una larga vida y una
también el nombre de una cule­ p u é s d e i r a D e lfo s , re g r e s a b a beatitud que les acerca a lo di­
bra marina muy venenosa. c a d a o to ñ o al p a ís d e lo s h ip e r­ vino. A cerca de la existencia
En sentido figurado, la palabra b ó re o s m o n ta d o en su c a rro ti­ del mítico pueblo de los hiper­
desig n a un azo te q u e se re­ ra d o p o r c is n e s b la n c o s p a ra bóreos en concreto, afirma
nueva sin cesar, a pesar de los v o lv e r a p a rtir c a d a v e ra n o . A que. si bien no hay pruebas
esfuerzos que se hagan para v e c e s s e d ic e q u e su m a d re concluyentes, debemos consi­
atajarlo: la hidra d e l paro, de L e to ” e r a o r ig in a r ia d e l m is te ­ d erar que por debajo de toda
la delincuencia. rio so país. duda o leyenda existe siempre
La expresión p onerse como E ra e s ta u n a re g ió n p a ra d i­ algo de verdad.
una hidra, que significa «enfa­ síaca: el c lim a e ra d u lc e y a g ra ­
darse violentam ente» y se d a b le , la n o c h e n o e x is tía , su HIPNO
H ércules y la hidra de Lerna, d e­ aplica indistintam ente a hom­ suelo fértil y las co se c h a s a b u n ­ P e r s o n ific a c ió n d el S u eñ o
coración de un ánfora ática. Roma. b res y m ujeres, e s práctica­ (e n g r ie g o h ip n o s ), e s h ijo de
d a n te s . L o s h ip e r b ó re o s e ra n
Museo de villa Giulia p ia d o s o s , d e c o ra z ó n p u ro yE re b o ’, las T in ie b la s d e los In­
m ente sin ó n im a de o tras ex­
presiones procedentes del re­ fie rn o s" , y N ic te ’, la N o c h e , y
v irtu o s o s ; p a s a b a n la v id a en
ta b a u n a d e la s c a b e z a s d e l gistro mitológico. —> H A R P Í A S , m ed io d e b a ile s y c á n tic o s y lah e rm a n o g e m e lo d e T á n a to ’, la
m o n s tru o v o lv ía a c re c e r le in ­ l-U R IA S .
m u e rte s o lo v e n ía a e llo s p e rs o n ific a c ió n d e la M u erte.
m e d ia ta m e n te o tra e n su lu g ar, ♦ Icón. Hércules y la hidra de c u a n d o e s to s a s í lo d e c id ía n , R e c o rre c o n tin u a m e n te la
re c u r rió a la a y u d a d e s u s o ­ Lerna, ánfora ática, Roma. Mu­ tie r r a , d u r m ié n d o lo to d o a su
a rr o já n d o s e e n to n c e s g o z o s o s
b rin o Y o la o q u ie n , p a ra e v ita r seo de villa CJiulia; El combate al m ar. p a so . A p e tic ió n d e H e ra d u r­
q u e e s ta s se re p r o d u je r a n , ib a de H ércules contra la hidra de m ió a Z e u s" p a ra p e rm itir q ue
q u e m an d o la s h erid as d e la b es­ Lem a, grabado de Lasne, siglo ♦ L en g u a . El adjetivo h ip e r­ P oseidón* in te rv in ie se en favor
tia a m e d id a q u e H e ra c le s c e r ­ xvii; Gustave Moreau. Hércules bóreo designa todo lo relacio­ d e lo s g rie g o s d u ra n te la g u e ­
c e n a b a su s c a b e z a s m o r ta le s . y la hidra de Lerna. 1876, Chi­ nado con el extrem o Norte. rr a d e T ro y a " . C o n s u h e rm a ­
D e e s te m o d o p u d o c o rta rle al cago: Zurbarán, L ich a de Hér­ ♦ U t. Antonio de Torquemada n o T á n a to lle v ó h a s ta L ic ia el
fin la c a b e z a in m o rta l, q u e e n ­ cules con la hidra de Lerna. dedica los dos últimos tratados c u e rp o d e l v a le ro so S arp ed ó n ,
te rró b a jo un e n o rm e p e ñ a s c o , 1634, Madrid. Museo del Prado. d e su m iscelánea renacentista m u e r to a l p ie d e la s m u ra lla s
y lu eg o e m p o n z o ñ ó su s H echas Jard ín d e flo re s cu rio sa s (h. d e T ro y a. P o r últim o , concedió
c o n la s a n g r e d el m o n s tru o . HILAS 1568) a la geografía «septen­ a E n d im ió n ", d e q u ien se había
HERACLES, MONSTRUOS. - » ARGONAUTAS. trional». Se basa en la obra de e n a m o r a d o , e l d o n d e d o rm ir

www.FreeLibros.me
H IPO D A M ÍA 236 237 H IPÓ L ITO

c o n lo s o jo s a b ie r to s p a r a p o ­p a ra s o lic ita r s u m a n o , p e ro su b ie n p o rq u e h a b ía in te n ta d o HIPÓLITO


d e r a s í c o n te m p la r lo s e te r n a ­
p a d re s e n e g a b a a c a s a r la p o r v io la r a H ip o d a m ía o b ie n p o r­ H ijo d e T eseo ", rey d e A te­
m en te. c e lo s y p o r te m o r. E n e fe c to , q u e e sta , d e sp e c h a d a p o r h a b e r n a s, y A n tío p e " , h e rm a n a de
A H ip n o s e le a tr ib u y e n E n ó m a o e s ta b a a rd ie n te m e n te sid o re c h a z a d a p o r e l a u rig a , le H ip ó lita , la re in a d e las am az o ­
c ie n h ijo s, e n tre e llo s M orfeo*. e n a m o r a d o d e s u p ro p ia h ija y a c u só fa lsa m e n te d e h a b e r a b u ­ nas*; su n o m b re sig nifica «el de
—> TÁNATO. a d e m á s u n o r á c u lo le h a b ía s a d o d e e lla . A l m o rir. M irtilo los c a b a llo s d esb o c ad o s» .
p re d ic h o q u e m o r iría a m a n o s la n z ó u n a m a ld ic ió n c o n tr a la D e s p u é s d e la m u e rte de
♦ Lengua. Palabras com o hip­ d e s u y e rn o . H a b ía d is p u e s to , d e s c e n d e n c ia d e la p a re ja real, A n tío p e , T e s e o s e c a só co n Fe­
notizar. hipnotismo, hipnótico, p o r ta n to , q u e so lo e n tre g a ría a c o n trib u y e n d o a s í a a c re c e n ta r d ra", h ija d e l rey c re te n s e M i­
etc., derivan del nom bre c o ­ H ip o d a m ía a l q u e c o n sig u ie se las d e s g r a c ia s q u e ib a n a a b a ­ nos* y h e rm a n a d e A riadna*.
mún hipnos, no del nom bre d e rro ta rlo e n u n a c a rre ra d e ca­ tirse so b re lo s A tridas". C u a n d o T e s e ó fu e e x p u ls a d o
propio del dios. rro s e n tr e P is a y C o rin to . Enó- H ip o d a m ía , c e lo s a d e su h i­ d e A te n a s p o r h a b e r m a ta d o a
♦ Lit. A m enudo reducido a m a o , g ra c ia s a lo s v e lo c e s c a ­ ja s tro C risip o , p la n e ó su m u erte su rival Palante" y a los hijos de
una pura abstracción, a Hipno b a llo s q u e le h a b ía o fr e c id o el y, o b ie n h iz o q u e su s h ijo s e ste , s e in s ta ló e n T re c é n ju n to
se le atribuyen diversas m ora­ d io s A r e s ', s ie m p r e re s u lta b a A tre o y T ie s te s lo m a ta ra n , o a su a b u e lo P ite o , d o n d e a n tes
das: la isla de Lem nos, según v e n c e d o r y y a h a b ía d ad o bien lo m a tó e lla m is m a c o n la h a b ía e n v ia d o a su h ijo H ip ó ­
Homero; los Infiernos, según m u e r te a d o c e d e s g ra c ia d o s e s p a d a d e l re y te b a n o L ay o ", lito p a ra q u e s e e d u c a ra . El j o ­
Virgilio: la lejana orilla de los c o m p e tid o r e s , c u y a s c a b e z a s in v ita d o a l p a la c io . A l d e s c u ­ v e n , d e s d e ñ a d o p o r un p ad re
cim erios, en el Ponto E uxino c o rta d a s a d o rn ab a n la p u e rta de b rirs e e l c rim e n , P é lo p e e x ­ re p u ta d o p o r su s a v e n tu ra s g a­
(m ar N egro), según O vidio, su p a la c io . F u e e n to n c e s p u lsó — o m a tó — a s u e sp o sa . la n te s , se h a b ía re fu g ia d o en
que adem ás le atribuye un pa­ c u a n d o a p a re c ió P é lo p e . S in e m b a r g o , d e s p u é s d e su u n a c a stid a d arisca y en una de­
lacio encantado donde todo H ip o d a m ía se e n a m o ró per­ m u erte y p o r o rd en d e un o rácu ­ v o c ió n e x a lta d a p o r la diosa"
duerme. d id a m e n te d e l jo v e n héroe" ve­ lo, s u e s p o s o d e p o sitó su s c e n i­ A rte m isa '. E s m ás, desdeñaba a
♦ icón. Los escultores griegos n id o d e A sia y d e c id ió tra ic io ­ za s e n u n a c a p illa d e l A ltis, A fro d ita* , n e g á n d o s e a in te re ­
le representan com o un joven n a r a s u p a d re . C o n s ig u ió que el re c in to s a g r a d o d e O lim p ia . sa rse p o r el a m o r y las m ujeres.
de ro stro grave, a veces pro­ e l a u r ig a M irtilo , q u e e sta b a - > ATRIDAS, PÉLOPE. P a ra v e n g a rs e , la u ltra ja d a
visto de un par de alas unidas a e n a m o ra d o d e e lla , su stitu y e ra d io s a h iz o co n c e b ir a Fedra una
sus sienes o bien a sus hom ­ la s c la v ija s d e l c a r r o d e E n ó ­ ♦ Lit. El poeta latino O vidio p a sió n in m e d ia ta y devoradora
bros, recordando entonces a las m a o p o r o tr a s d e c e r a , q u e no celebra la b elleza d e Hipo- p o r su h ijastro , desencadenando
figuras de los ángeles. ta rd a ro n en c e d e r d u ra n te la ca­ dam ía en sus A m o res (h. 15 a s í u n a te rrib le v e n g a n z a de la
rrera. El a c c id e n te c o s tó la vida a. C.): «Sí, muy poco faltó para q u e H ip ó lito se ría la p rim era e
HIPODAMÍA a E n ó m a o , d a n d o a P é lo p e el q u e Pélope. contem plando tu in o c e n te v íctim a.
H ija d e E n ó rn a o , re y d e re in o d e P is a y la m a n o d e Hi­ rostro, H ipodam ía. n o cayese D u ra n te la la r g a a u s e n c ia
P is a , e n É lid e ; su n o m b re s ig ­ p o d a m ía . bajo la lanza del rey de Pisa» d e T e s e o en los Infiernos", F e­
nifica « d o m a d o ra d e ca b a llo s» . M al p a g a d o p o r lo s s e rv i­ (II, versos 15-16). d ra se o fr e c ió a H ip ó lito , pero
Era ta n ta su b e lle z a q u e n o p a­ c io s q u e h ab ía p re sta d o . M irtilo ♦ ¡con. R ubens, El rapto de e s te la re c h a z ó . A l re g re s a r
ra b a n d e lle g a r p re te n d ie n te s m u rió a m a n o s d el n u e v o rey. H ipodam ía. 1635, B ruselas. T e s e o . F e d ra , ta n to p o r d e s p e ­

www.FreeLibros.me
H O M É R IC O 238
239 HUMANIDAD
c h o c o m o p o r te m o r a s e r d e ­ HOMÉRICO Horas designan también las di­
la ta d a , a c u s ó fa ls a m e n te al j o ­ A d je tiv o c a lific a tiv o q u e se ferentes partes del breviario, en
v e n d e h a b e r in te n ta d o v io ­ a p lic a a lo rela c io n a d o c o n H o ­ un principio definidas por los
larla. R e c h a z a n d o la s p ro te sta s m e ro o c o n lo s p o e m a s é p i­ momentos del día en que se las
d e in o c e n c ia d e H ip ó lito , T e ­ c o s q u e la tra d ic ió n lite ra ria le recitaba; el Libro de las Horas
s e o p id ió a P o se id ó n q u e c a s ­ a tr ib u y e , la lita d a y la O d ise a del duque de Berry (siglo XV)
tig a ra a su h ijo y el d io s e n v ió ( - » LAS FUENTES LITERARIAS DE es fam oso por sus miniaturas.
e n to n c e s un m o n s tr u o s o to r o LA MITOLOGÍA GRECORROMANA).
♦ L it. H om ero y Hesíodo
m a r in o q u e e m e r g ió d e la s P o r ex te n sió n , el a d je tiv o puede solo m encionan a tres diosas.
a g u a s c u a n d o H ip ó lito c o n d u ­ sig n ific a r tam b ién « d ig n o de los O vidio las evoca en sus Fas­
c ía su c a r r o p o r la p la y a . L o s re la to s h o m é ric o s » o « r ic o en tos (I) y en sus Metamorfosis
c a b a llo s , e s p a n ta d o s , e m p r e n ­ e p is o d io s e s p e c ta c u la r e s » (se (II. XIV).
d iero n u na lo c a c a rre ra y e l j o ­ h a b la e n e s te se n tid o d e batalla ♦ ¡con. C alim aco. Pan y las
v e n c a y ó d e l c a r r o , m u r ie n d o o lo c u ra « h o m é ric a » ); la ex p re ­ L a s h o ra s, relieve griego del Prito- horas, bajorrelieve, finales del
a p la stad o c o n tra u n a s rocas, Al sió n « risa h o m é r ic a » d e s ig ­ neo d e T asso s, P arís, M useo del siglo v a. C., Roma; Hora cu­
s a b e r su m u e r te , F e d r a se n a u n a ris a la r g a y p o d e ro s a , Louvre
bierta con un velo, relieve, si­
a h o rc ó . « in e x tin g u ib le » , se m e ja n te a la glo i a. C ., Atenas; Las horas,
q u e se g ú n la / lia d a (c a n to 1) se relieve griego, Louvre.
E s ta b a n a s o c ia d a s o rig in a ­
♦ Lit. V íctim a de la pasión a p o d e ró d e lo s O lím p ic o s ’ a la ria m e n te a la p rim a v e r a , al
culpable de Fcdra, Hipólito rei­ v is ta d e H efesto * , e l d io s cojo. v e ra n o y al in v iern o . M ás tard e HUMANIDAD
vindica su inocencia con dolo­ - » HEFESTO.
a u m e n tó su n ú m e ro h a sta do ce, L a m ito lo g ía no so lo e x ­
roso orgullo en la tragedia de c o rre s p o n d ie n d o a la s d o c e d i­ p lic a el o rig e n del m undo, el de
E urípides H ipólito coronado HORAS lo s d io s e s" y e l d e lo s a n im a ­
visiones del d ía . S e la s v e a m e­
(428 a. C \). cuyo argum ento H ija s d e Z e u s ” y T em is". nu d o d a n z a n d o c o n la s m u s a s le s ', s in o ta m b ié n el d e la h u ­
retomará más tarde el autor la­ tie n en u n a d o b le fu n c ió n : rigen
y la s carites* , lle v a n d o llo re s y m a n id a d . S e g ú n H e sío d o , el
tino Séneca para su pieza L e ­ e l o rd e n so cial y el o rd e n d e la p la n ta s e n la m a n o . E n el c r e a d o r d e lo s h o m b re s habría
dra (h. 50 d. C.). En la Fedra n a tu ra le z a y d e la s e sta c io n e s. O lim p o ” g u a rd a n la s p u e rta s sid o P rom eteo" q u e, después de­
de Racine (1677). la muerte de L o s g rieg o s las llam ab an Euno- del C ic lo , s irv e n a las p rin c ip a ­ q u e su h erm an o E pim eteo crea­
H ipólito es objeto del «relato m ía ( O rd e n ), D ic e (J u s tic ia ) e les d io sas* y c u id a n lo s c o r c e ­ r a a lo s a n im a le s , m o ld eó a los
d e T crám eno». considerado Iren e (P a z ), n o m b re s relacio n a­ les c e le s te s . E n R o m a se les s e re s h u m a n o s a im agen de los
uno de los m ejores ejem plos d o s c o n su p rim e ra fu n c ió n . llam ó ho ra e. d io s e s , d á n d o le s la b ip e d e sta -
de larga tirada narrativa. —> p r ­ L o s a te n ie n s e s , s in e m b a rg o , c ió n . L u e g o ro b ó el fu e g o c e ­
o r a . la s d e s ig n a b a n c o n n o m b re s ♦ le n g u a . De su nombre gené­ le s te (el d e l ra y o o e l d el S ol)
♦ Icón. Sarcófago romano con q u e h a c ía n a lu s ió n a la fe rtili­ rico. u través del latín horae, de­ p a ra o fre c é rs e lo a los h om bres
relieves alusivos a la leyenda d a d : T a lo (T a llo . R e to ñ o ), riva el sustantivo hora, que de­ c o n e l fin d e q u e p udieran p ro ­
d e H ipólito, siglo ni. T arra­ C a r p o (F r u to ) y A u x o (C re c i­ signa la división del día. Como te g e r s e c o n tr a lo s a n im a le s , a
gona. m ie n to ). nom bre propio y en plural, las lo s q u e E p im e te o h a b ía olor-

www.FreeLibros.me
H U M A N ID A D 240

g a d o c a s i to d a s la s c u a lid a d e s h o m b r e s , q u is o c o n tr ib u ir a
d i s p o n i b l e s . —> P r o m e t e o . o b r a a p o rta n d o su p ro p io g r a ­
H ech o s a im agen d e los d io ­ n ito d e a re n a : u n s e r n o c iv o y
ses, los h o m b re s ten ían m u ch a s p e rtu rb a d o r, ta n to m á s p e li­

I
se m e ja n z a s co n e llo s ta n to físi­ g ro s o c u a n to q u e su a sp e c to se­
c a s c o m o p sico ló g icas, p ero ca ­ ría ca u tiv a d o r. A s í n a c ió la p ri­
re c ía n d el a tr ib u to e s e n c ia l d e m e ra m ujer, P andora", fabricada
los s e re s d iv in o s: la in m o rta li­ p o r H efeslo* a p etició n d e Zeus.
dad. D e e ste m o d o , los h o m b re s L a h u m a n id a d q u e d a b a d e fin i­
era n , p o r ex c e le n c ia , « lo s M o r­ tiv a m e n te c o n s titu id a , p e ro las
ta le s» ( a s í se le s d e s ig n a b a en c o n d ic io n e s d e su a p a ric ió n so ­ ÍCARO
griego: broto)'), m ientras q u e los b re la tie rra la d e stin a b a n a toda H ijo d e D é d a lo " , e l c o n s ­
d io s e s e ra n « lo s In m o rta le s » . su erte d e trib u la cio n e s. tructor d e l L aberinto*, y u n a es­
E n los p rim e ro s tie m p o s to ­ E s te m ito a n tr o p o g ó n ic o c la v a d e M in o s* . D e s p u é s d e
d o s los s e r e s h u m a n o s e ra n d e c o e x is te e n L o s tr a b a jo s y los q u e T ese o * m a ta ra al M in o -
se x o m a sc u lin o . L a c re a c ió n de d ía s , d e H c sío d o , c o n u n relato tauro" y lo g ra se s a lir d e l L a b e ­
la m u je r fu e d e c is ió n d e Z eus". m u y d if e re n te , e l « m ito d e las rin to g ra c ia s al o v illo q u e D é­
C e lo s o d e lo s p r iv ile g io s q u e ra z a s» . —> e d a d d e o r o . d a lo h a b ía p r o p o r c io n a d o a
P ro m eteo h ab ía c o n c e d id o a los —» ANIMALES, CAOS, TEOGONIA. A ria d n a ', e l a rq u ite c to y su h ijo
fu e ro n e n c e rr a d o s p o r e l fu ­
rio so M in o s e n la in e x tric a b le
c o n s tru c c ió n . D é d a lo fa b ric ó
e n to n c e s u n a s a la s h e c h a s c o n
cera y p lu m as, q u e fijó so b re su
e sp a ld a y la d e íc a ro , y a m b o s
e sc a p a ro n v o la n d o d e l L a b e ­
rin to , n o sin q u e a n te s D é d a lo
h u b ie ra re c o m e n d a d o a su hijo Relieve helenístico con Dédalo
q u e n o v o la s e d e m a s ia d o a lto e Icaro, Roma, villa Albani
ni d e m a s ia d o b ajo.
P e ro el o r g u llo im p u ls ó a m o s. H eracles* le e n te rra ría en
íc aro a la d e s o b e d ie n c ia . E m ­ u n a p e q u e ñ a isla llam ada Icaria.
briagado p o r el p o d e r q u e le d a ­ —> ARIADNA, DÉDALO.
ban la s a la s , se a c e rc ó ta n to al El m ito d e íc a r o no ha d e ­
Sol q u e la c e r a s e fu n d ió y el ja d o d e a lim e n ta r los su eñ o s de
im p ru d en te se p re c ip itó a l m a r lo s h o m b re s d e se o s o s d e volar
E geo, n o lejo s d e la is la d e S a - p a ra c o n q u is ta r lo s aires.

www.FreeLibros.me
ID O M E N E O 242 243 IFIGENIA

♦ L engua. El m ito del peli­ H ernando de A cuña, en el so­ de lo s e jé r c ito s c r e te n s e s d u ­ p ro m e s a , el m o n a rc a p ro ced ió


groso vuelo del hijo de Dédalo neto V il de F rancisco d e Al- rante la g u e rra d e T ro y a". O b li­ al s a c r ific io . E x p u ls a d o d e su
ha dado nombre en España a la dana («¿Cuál nunca osó mortal g a d o p o r e l ju r a m e n t o c o m ú n re in o , tu v o q u e p a rtir en to n ce s
Operación Icaro. que consiste tan alto el vuelo...») o en el so­ de los p reten d ien tes d e H elena", h a c ia el s u r d e Italia.
en el despliegue de aviones es­ neto XII d e G arcilaso de la c o n d u jo el e n o rm e c o n tin g e n te S e r e l a c io n a ta m b ié n con
pañoles en Bosnia. Estos, junto Vega. —> O K I)A I.O . LABERINTO. de lo s v e in tic u a tro n a v io s c r e ­ Id o m e n e o la re p u ta c ió n leg en ­
a las fuerzas aéreas desplegadas ♦ /c o n . D édalo e Icaro. re­ te n s e s y s e d is tin g u ió e n el d a r i a d e lo s c r e te n s e s d e se r
en la zona pertenecientes a lieve helenístico, R om a, villa c o m b ate ju n to a los p rin c ip ale s u n p u e b lo m e n tiro so . S e d ecía
otros países, integran en co n ­ A lbani. Boris y V aleria Kuku- héroes" g rie g o s a p e sa r d e se r el q u e e l rey d e C re ta h a b ía p ro ­
junto la Operación Vuelo Pro­ licv, Icaro. pintura sobre placa. de m a y o r ed a d . F ig u ra e n tre los v o c a d o la m a ld ic ió n d e M e ­
hibido de Naciones Unidas. Su M oscú, 1981. —> D ÉD ALO. n ueve je f e s q u e se o fre c e n para d ea", q u e c o n d e n ó a su s sú b d i­
misión e s vetar el vuelo sobre ♦ M ás. Serge Litar. Icaro, ba­ el c o m b a te s in g u la r c o n tr a to s a m e n tir p o rq u e Idom eneo,
Bosnia-Herzegovina. llet. 1935. co n una orquesta H écto r"; s e e n f r e n tó a E n ea s", a c tu a n d o c o m o á r b itr o p ara
♦ Lit. Rara v ez tratado com o form ada ú nicam ente con ins­ pero co n sig u e e sq u iv a r su s g o l­ d ir im ir e l títu lo d e b e lle z a que
figura autónom a, sino general­ trum entos de percusión. p es; p o r ú ltim o , s u n o m b r e fi­ se d is p u ta b a n e lla y T etis", ha­
m ente asociado a la de su p a­ ♦ Cin. En la película de Henri g u ra e n tr e lo s g u e r r e r o s q u e b ía e le g id o a e s ta últim a.
dre. es celebrado sin em bargo Vemeuil /... como Icaro (1979), p e n e tra ro n e n T r o y a e s c o n d i­
en las Alabanzas de D 'A nnun- el fiscal (Y ves M onland) que d o s e n e l c a b a llo d e m a d e ra ♦ Lit. Idomeneo es uno de los
zio <1903). Durante el Renaci­ investiga un asesinato político idead o p o r U lises". —> h e l e n a , principales personajes del Telé-
miento. la identificación poeta- inspirado en el del presidente UI-ISES. maco de Fénelon (1699). en el
ícaro, o incluso poeta-Faetón*. Kennedy, «cae» a su vez asesi­ L a s tra d ic io n e s so b re e l fi­ que aparece com o un mal rey.
fue un m otivo recurrente por nado por haberse acercado de­ nal d e l h é ro e d iv e rg e n . S e g ú n Los contem poráneos de Féne­
influencia de poetas italianos m asiado a la verdad, com o el a lg u n a s , su r e g r e s o d e T r o y a lon. em pezando por el mismo
com o Petrarca o T ansillo. De h éro e' m ítico muere por acer­ se d e s a r r o ll ó s in in c id e n te s e Rey Sol. vieron en el personaje
esta m anera se id en tifica a la carse dem asiado al Sol. La re­ Id o m e n e o r e in ó tr a n q u i l a ­ así retratado una transposición
am ada con el Sol al q ue el ferencia al mito queda explícita m en te e n C re ta e l re s to d e su s satírica d e Luis XIV y su po­
pocta-lcaro se acerca en un en los últimos minutos de la pe­ d ía s . S e g ú n o tr a s , d u r a n te e l lítica.
vuelo osado, m etáfora d e la lícula a través de la figura de la v ia je d e r e g r e s o s e d e s e n c a ­ ♦ M ús. Idom eneo. rey de
osadía am orosa. C om o en la esposa del fiscal, autora de un d e n ó u n a te r r ib l e te m p e s ta d Creía, ópera de Mozart (1781).
leyenda mítica, la caída en pi­ libro sobre el significado de los sobre la flo ta c re te n s e y e l rey , p resenta una turbia situación
cad o traerá consigo la co n se­ grandes mitos clásicos; la orga­ p a ra a p la c a r la fu ria d e P o sc i- conflictiva entre el padre y el
cución de la gloria del héroe- nización crim inal responde al d ó n ’, p r o m e tió s a c r i f i c a r al hijo, enam orados de la misma
poeta con la consiguiente in­ nombre clave de «Minos». d ios e l p rim e r s e r v iv o q u e se cautiva.
m ortalidad. a la q ue llega a e n c o n tra s e a l d e s e m b a r c a r en
través del am or y la palabra IDOM ENEO C re ta . El D e s tin o q u is o q u e IFIGENIA
poética. A sí es presentado el R e y d e C re ta , n ie lo d e M i­ fuese su p ro p io h ijo , q u e h a b ía H ija p rim o g é n ita d e A g a ­
tem a en el soneto «Icaro» de n o s" y P a s í f a c ’, e s e l c a u d illo v e n id o a r e c i b ir lo ; fie l a su m e n ó n 1, re y d e A rg o s y M ice-

www.FreeLibros.me
IF1GEN1A 244 245 IFIGENIA

d e su s c ie rv a s s a g ra d a s durante h e rm a n o O re ste s y a su in se p a ­ a. C. después de la muerte de


u n a c a c e ría , e x ig ía e l sacrificio rab le a m ig o P íla d e s, a q u ie n e s su autor: «Entrego mi cuerpo a
d e Ifig e n ia p a ra p e rm itir la sa ­ el o rá c u lo d e D e lfo s h a b ía e n ­ G recia. Inm oladlo y tomad
lid a d e la Ilo ta. v ia d o a T á u r id e p a ra e x p ia r la Troya. Así los tiempos guarda­
P re s io n a d o p o r su s g u e rre ­ m u e rte d e C lite m n e s tra y tra e r rán m em oria de mi nombre»
ro s im p a c ie n te s p o r co m b a tir, a A te n as la e sta tu a d e A rtem isa (versos 1397-1398). Sin em ­
s o b re lo d o p o r e l a stu to Ulises* c o n s e r v a d a e n e l te m p lo d e bargo, en una tragedia anterior,
y p o r s u p ro p io h e rm a n o M e- T áu rid e . Ifig e n ia c o n sig u ió sa l­ Ifigenia en Táuride (414 a. C ),
n e la o ’, A g a m e n ó n te rm in ó v arlo s e n fre n tá n d o se al b á rb a ro E urípides desarrollaba el des­
a c e p ta n d o la te r rib le d e c isió n . rey d e los ta u ro s. T o an te, y d es­ tino de la joven después de un
H iz o v e n ir d e M ic e n a s a su es­ p u é s d e e n tr e g a r le s la e s ta tu a p rodigioso pero poco creíble
p o s a y a su h ija p re te x ta n d o un h u y ó co n e llo s h a c ia G re c ia . Se desenlace de la cerem onia del
m a trim o n io d e e s ta c o n A qui- in stalará fin a lm e n te e n e l A tic a sacrificio. En esta pieza, Ifige-
Mosaico del sacrificio de Ifigenia le s ’. E s te ú ltim o , f u r io s o por p ara fu n d a r un sa n tu a rio c o n sa ­ nia, convertida en sacerdotisa
procedente de Ampurias. Barcelona, h a b e r s id o p a r te in v o lu n ta ria g ra d o a la d io s a c a z a d o ra , p o r d e A rtem isa, salva la vida de
Museo Arqueológico
d el e n g a ñ o , in te n tó e n v a n o sal­ fin a p a c ig u a d a y s a tisfe c h a , en O restes y contribuye a su re­
v a r a la m u c h a c h a c o n ayuda lo s u c e s iv o , c o n s a c r ific io s dención.
ñ a s , y C lite m n e s tr a '. E s h e r ­ d e C lite m n estra . Ifig en ia aceptó sim b ó lico s. —» O R E S T E S . En Rom a, el poeta epicúreo
m an a d e E le c tra ’ y O re s te s ’. m o r ir c o n v a le n tía y d ig n id ad L ucrecio (siglo i a. C .) con­
J o v e n d ig n a e in o c e n te , e x ­ p e ro , e n el m o m e n to e n q u e iba ♦ L it. A unque no ap arece en vierte a ifigenia — que aparece
p u e sta al terrib le d e s tin o fam i­ a s e r in m o la d a , A rte m is a la la epopeya homérica*, Ifigenia con el nom bre arcaico de Ifi-
liar, es la v íc tim a c o n m o v e d o ra s a lv ó , s u s titu y é n d o la p o r una se convierte en una de las figu­ nasa— en el arquetipo de las
d e la im p o te n c ia d el p o d e r p a­ c ie r v a , y la lle v ó c o n s ig o a ras preferidas de los trágicos víctimas de la religión, denun­
tern o fren te al o rd e n d e lo s d io ­ T á u rid e , c e rc a d e la p enínsula griegos, q u e harán de ella el cian d o los crím enes que se
s e s ', q u e p u e d e lle g a r a im p o ­ d e C r im e a , d o n d e la c o n v irtió sím bolo del am or filial sacrifi­ com eten en su nombre. Las
n e r cru e le s sacrificio s. —> a t r i - e n s a c e rd o tis a d e su c u lto . Los cado a los imperativos de la ra­ prim eras traducciones de las
DAS. v ie n to s re g r e s a ro n en to n ce s, zón d e E stado q u e luego se tragedias de Eurípides suscita­
C u a n d o la flo ta g r ie g a se p e r m itie n d o q u e la arm ada convierte en el instrum ento de ron desde el Renacimiento una
d irig ía h a c ia T ro y a" a las ó rd e ­ g rie g a p ro s ig u ie ra su viaje. una redención divina. Protago­ interpretación cristiana del sa­
n e s d e A g a m e n ó n , u n a e x tra ñ a Ifig e n ia p e rm a n e c e rá largos nista d e una trag ed ia d e Es­ c rific io d e Ifigenia. conside­
c a lm a la m an tu v o in m o v ilizad a a ñ o s al se rv ic io d e la d io sa . Su quilo, Ifigenia, y otra de Sófo­ rado com o el equivalente p a­
d u ra n te m u c h o tie m p o e n el c o m e tid o e r a s a c rific a r a todos cles, C rises, am bas perdidas, gano del sacrificio de Isaac o
p u e rto d e A u lid e, e n B eo cia. El lo s e x tra n je ro s q u e u n a tem pes­ conquista la gloria ejem plar de el de C risto. Esta visión cris­
a d iv in o C a lc a n t e ”, q u e h a b ía tad h u b ie ra a rro ja d o a la inhós­ víctim a expiatoria inm olada tianizada de la heroína antigua
sid o co n su ltad o , a n u n c ió q u e la p ita co sta . U n d ía , sin embargo, por su propio padre en la pieza es la que aparece, por ejemplo,
d io sa A rtem isa*, irritad a po rq u e re c o n o c ió e n d o s d e la s vícti­ de E urípides titulada Ifigenia en la Ifigenia en Aulide (1640)
A g a m e n ó n h a b ía m a ta d o u n a m a s q u e d e b ía in m o la r a su en Aulide, representada en 406 d e R otrou. que concede una

www.FreeLibros.me
ILION 246 247 INDIGETES

función nueva al am or de En el siglo x x podem os men­ n ie to d e D á r d a n o ', e l a n te p a ­ p ro teg ía los valles. L as sem illas
Aquiles por la joven. c io n a r Ifigenia en Delfos s a d o d e l p u e b lo tr o y a n o . L o s d e trig o q u e h ab ían sido planta­
La o b ra d e R acine señala un (1941) e Ifig en ia en Áulide ro m a n o s r e la c io n a r o n e s te d a s e s ta b a n b a jo la p ro tecció n
g iro im pórtam e en la posteri­ (1944) de G erhart Hauptmann, n o m b re c o n e l d e Ju lo " (e n lat. d e la d io s a S e ia , los tallos y las
dad literaria de la figura de Ifi- que se articulan en torno a una lu lu s ), h ij o d e E n e a s ’ y a n te ­ e s p ig a s b a jo la d e S e g e tia , los
genia. C on su Ifig e n ia en reflexión sobre la guerra y la p a sa d o m ític o d e la g e n s h ilia g ra n o s re c o le c ta d o s b ajo la de
A u lid e (1674) in tro d u ce el violencia. o lu lii, a la q u e p e rte n e c ía J u ­ T u te lin a . P ero S e g e tia no era la
personaje de E nfilo, qu e ocu ­ - * AGAM ENÓN. lio C é s a r . L a ¡ lia d a , e l títu lo ú n ic a q u e v e la b a p o r e l c re c i­
pará el lugar de la m uchacha ♦ Icón. Ifigenia y O restes ante del c é le b re p o e m a h o m é r ic o ', m ie n to d e l tr ig o , s in o q u e era
en el altar del sacrificio, pero la estatua de A rtemisa, crátera s ig n if ic a « la e p o p e y a tro - a y u d a d a e n su ta r e a p o r o tra s
sobre todo, siguiendo de cerca griega, siglo iv a. C .. Ferrara; y an a» . —> t r o y a . d o s d io s a s , P r o s e r p in a ' y V o-
a su m odelo E urípides, conci­ Sacrificio de Ifigenia. mosaico lu tin a , y p o r u n d io s , N o d u tu s,
ba el recuerdo y la im itación procedente de A mpurias, siglo INDIGETES c a d a u n o d e los cu ale s tenía en­
de la poesía griega con una vi­ ii-i a. C-, Barcelona; El sacrifi­ E n e l s is te m a d e c re e n c ia s c o m e n d a d o e l c u id a d o d e u na
sión religiosa bíblica. Junto a cio d e ¡figenia. fresco d e la ro m a n a s, lo s d io s e s ’ In d ig e te s p a rte d e la p la n ta . L o m ism o
la obra de R acine se d esarro ­ «C asa del poeta trágico» en (d el la tín in d ig e s , « o rig in a rio s u c e d ía e n e l m e d io u rb a n o :
llan varias Ifig en ia en Táu- Pompeya (siglo i d. C ) . parece del p a ís , o riu n d o » ) so n lo s d io ­ tre s d iv in id a d e s p ro te g ía n la
ride, co m o la d e P ier Jacopo ser una ilustración de la escena se s d e la p a tr ia . R e p re s e n ta n e n tra d a d e las c a sa s, F o rc u lu s,
M artello (1709). que m ultipli­ según la describe Lucrecio. e s e n c ia lm e n te la c r e e n c ia en q u e v e la b a lo s b a tie n te s de las
can las p erip ecias políticas y ♦ M ú s. A dem ás d e las dos los p rin c ip io s s o b r e n a tu ra le s , p u e rta s ; C a r d e a , q u e p ro te g ía
am orosas. ó p eras d e G luck, Ifigenia en p ró x im o s a u n p e n s a m ie n to lo s g o z n e s , y L im e n tin u s , e n ­
D esde finales del siglo xvm Á ulid e (1 774) e Ifigenia en m ág ico , q u e re g ía n e l c u m p li­ c a rg a d o d e v e la re ! um bral. E s­
aparece una nueva interpreta­ Táuride ( 1779). existen al me­ m ie n to d e lo s a c to s d e la v id a , to s d io s e s , q u e c o n s titu ía n un
ción del m ito que supone una nos trein ta obras sobre el pri­ los a c o n te c im ie n to s d e la N a tu ­ a u té n tic o h e rv id e ro d e p e q u e ­
vuelta a sus fuentes. W inckel- m er tem a entre 1632 y 1819, y raleza o la e x is te n c ia d e los o b ­ ñ a s fu e r z a s p ro te c to r a s , e s ta ­
mann celebra la sen cillez de m ás d e quin ce sobre el se­ je to s . E n tre e s ta s d iv in id a d e s b a n , p o r ta n to , en to d as partes.
la tragedia antigua, Schiller gundo entre 1704 y 1817. pueden d istin g u irse d o s gru p o s: • L a s g r a n d e s d iv in id a d e s
vuelve a traducir la ¡figenia en ♦ C in. En su Ifigenia (1981). • L o s d io s e s m e n o r e s , « e s­ « e sp e c ia lista s», c a d a un a en un
A ulide d e E urípides. La obra M ichaelis C acoyannis ofrece p e c ia liz a d o s » , q u e rig e n la s á m b ito b ie n d e lim ita d o p e ro
esencial es la ¡figenia en Táu- una herm osa adaptación cine­ m ás m ín im a s o p e ra c io n e s d e la b asta n te am p lio : M a r te ', encar­
ride de G oethe (1787). que m atográfica de la ¡figenia en v ida c o tid ia n a y s e c u e n ta n p o r g a d o d e la g u e rra y d e la lucha
convierte a T oante en el autor Áulide de Eurípides. c e n te n a re s . E n e l c a m p o , p o r e n g e n e ra l b a jo to d o s su s a s ­
del sacrificio de Ifigenia e in­ e je m p lo , h a b ía u n a d io s a R u - p e c to s, in c lu id a la lu ch a contra
siste en la visión hum anizada ILIÓN sin a q u e v e la b a so b re lo s c a m ­ la s c a la m id a d e s n a tu ra le s (de
d e los dioses. La nueva inter­ O tr o n o m b r e d e la c iu d a d pos, u n d io s J u g a n it u s q u e tu ­ a h í q u e fu e ra fre c u e n te m e n te
pretación de Goethe dom ina el d e T r o y a ' d e riv a d o d e l nom bre te la b a la s c im a s ( ju g a ) d e lo s in v o c a d o p o r los c am p e sin o s);
siglo XIX. d e l i o , h ij o d e T r o s , a s u vez m o n tes, u n a d io s a V a lo n a q u e V e n u s ’, e n c a rg a d a d e la fecun-

www.FreeLibros.me
IN FIE R N O S 248 249 IN FIER N O S

tild ad y d e to d o lo re la c io n a d o s é f o n e '— o c o n e l d e E re b o ' TOPOGRAFIA D E LO S INFIERNOS


c o n la s e x u a lid a d ; C eres* , e n ­ (« la s T in ie b la s» ). TARTA RO
c a r g a d a d e la fe r tilid a d d e la C o n tra ria m e n te a lo q u e su ­
tie rra y d el c re c im ie n to d e las g ie r e el té r m in o la tin o in ferí,
p la n ta s ; N e p tu n o ”, e n c a rg a d o q u e d e s ig n a « lo s e s p a c io s in fe­
d e to d o lo r e la c io n a d o c o n el rio re s» o « s itu a d o s a b a jo » , los Paso del M orada A queronte C am pos Territorios
a g u a y la s a c tiv id a d e s a c u á t i­ In f ie r n o s m ito ló g ic o s n o son inundo de d e los (o Bstige) de los últimos
c a s ; J a n o ’. e n c a rg a d o d e to d o fo rz o sa m e n te un e sp a c io subte­ los vivos muertos lamentos (ultim a
lo q u e se a b re , d e to d o c o ­ rrá n e o . E n e l c a n to X I d e la al d e los insepultos (campi arva)
m uertos ¡agentes)
m ie n z o . y o tr o s m u c h o s to d a ­ O d is e a , d o n d e U lis e s ’ a c c e d e
Lcteo
v ía , to d o s e llo s e n c a b e z a d o s p o r m a r al p a ís d e los m uerto s, (río del olvido)
p o r J ú p ite r ', e n c a rg a d o d e todo e s te s e lo c a liz a e n e l e x tre m o
lo q u e su c e d e e n el c ie lo , e s p e ­ s e p te n tr io n a l d e l m u n d o , más m u n d o d e los
c ia lm e n te d e la s to r m e n ta s y a llá d e l río O c é a n o ”, q u e rodea vivos
del ray o . T o d a s e sta s d iv in id a ­ la tie rra se p a ra n d o e l m u n d o de
d e s , c o n e x c e p c ió n d e J a n o , lo s v iv o s del d e lo s m u erto s. A E s ta to p o g r a f ía s e d e d u c e d e la d e s ­ m e n te t r a s u n a e s ta n c ia d e p u r if ic a ­
c r i p c ió n d e lo s I n f ie r n o s q u e o f r e c e c i ó n e n e l T á r ta r o , q u e d e e s te m o d o
s e ría n a s im ila d a s a la s d iv in i­ m e n u d o ta m b ié n se le sitú a ha­
V ir g ilio e n e l c a n to IV d e la E ne id a . d e s e m p e ñ a r ía la f u n c ió n d e l « P u r g a ­
d a d e s g rie g a s q u e m á s se les c ia O c c id e n te , lu g a r d o n d e se q u e e s la in á s e l a b o r a d a d e to d a s la s to r io » c r i s t ia n o . S o lo lo s p e o r e s c r i­
a sem ejab an . A d q u irie ro n d esd e o c u lta el S o l — q u e se sup on ía q u e río s h a n p r o p o r c io n a d o lo s e s c r i­ m i n a l e s s o n c o n d e n a d o s a p e rm
e n to n c e s u n a m ito lo g ía p ro p ia q u e d e s c e n d ía al re in o d e los to r e s a n t i g u o s . H e m o s t o m a d o e s te a n e c e r e t e r n a m e n te e n e l T á r ta r o , y
d e la q u e c a r e c ía n o r i g in a r ia ­ m u e r to s d u ra n te la n o c h e — , e s q u e m a , e n s u s a s p e c t o s e s e n c ia le s , ú n ic a m e n t e la m b ié n a l g u n a s « s o m ­

m en te en R o m a y sin la cu a l no p u n to c o n tr a rio a O rie n te , que d e l lib r o d e J o c l T h o m a s E s tru c tu ra s b r a s » d e v irtu d s in ta c h a v iv irá n eter­


de I d im a g in a rio en la E n e id a , P a rís , n a m e n te e n lo s C a m p o s E lís e o s . L a
h a b ría n te n id o e s p a c io e n e s ta p e rte n e c e a la A u ro ra y a l que
L-cs B e lle s L e tlr c s . 1 9 8 1 . L o s m u e r ­ m a y o ría d e e lla s se re e n c a rn a rá en
o b ra. se a so c ia to d o ren acer. E stas re­ to s s in s e p u lt u r a (in s e p u lti) s o lo pue­ o tro s c u e rp o s d e s p u é s d e h a b e r b e ­
p re s e n ta c io n e s , b a s a d a s e n un d e n f r a n q u e a r e l É s ti g c a l c a b o d e b id o la s a g u a s d e l L e tc o , q u e le s tra e ­
INFIERNOS e je h o riz o n ta l, c o e x is te n c o n la v a r i o s s i g l o s d e e s p e r a . L o s o tr o s r á e l o l v i d o d e s u v id a a n t e r i o r . D e

d e u n m u n d o d e los m u e rto s si­ p e r m a n e c e n c i e r t o t i e m p o e n lo s e s t e m o d o , s e g ú n V ir g ilio ( in s p ir a d o


P a ra lo s a n tig u o s , lo s In ­
tu a d o b a jo tie r r a , re p re s e n ta ­ ca m p i Ingentes, o b ie n e n l o s u ltim a e n e l p e n s a m ie n t o p ita g ó r ic o ), la e s ­
fie rn o s e ra n la m o r a d a d e lo s
a rva, d e p e n d ie n d o d e su g r a d o d e d e ­ t a n c ia e n lo s I n f ie r n o s s o la m e n te es
m u e rto s, d e to d o s lo s m u e rto s, c ió n lig a d a sin d u d a a lo s ritos s a p e g o d e l m u n d o d e lo s v iv o s , del d e f i n iti v a p a r a u n a p e q u e ñ a m in o ría
y n o , c o m o el I n f ie rn o d e lo s d e in h u m a c ió n , p e ro tam b ién a q u e d e b e n t e r m i n a r a l e já n d o s e . S e d e v e rd a d e r o s c o n d e n a d o s y p a r a u n a
c ris tia n o s , un lu g a r d e c a s tig o la s im á g e n e s d e m u e rte seguida a d e n tr a n e n to n c e s e n e l m u n d o d e los p e q u e ñ a m i n o r ía d e a u té n tic o s e le g i­
re s e rv a d o a lo s m a lv a d o s . L o s d e re to rn o a la tie rra q u e ofrece m u e rto s . L a m a y o ría d e e llo s d e b e d o s ; p a r a lo s d e m á s s o lo s e r ía e n re a ­
to m a r la v ía d e la iz q u ie r d a , q u e c o n ­ lid a d u n a e s ta n c ia p r o v is io n a l, a u n ­
g rie g o s lo d e s ig n a b a n c o n el e l c ic lo v e g e ta l. E s ta c o n c e p ­
d u c e a l T á r ta r o ; u n a m i n o r ía a c c e d e q u e d e v a r io s s ig lo s d e d u r a c ió n , y la
n o m b re d e «el H ad es» — e s d e ­ c ió n v e rtic a l e s tá ta m b ié n pre­
d ir e c t a m e n t e , p o r la v í a d e la d e r e ­ m u e rte v e n d ría a re p re s e n ta r, p o r
c ir , e l re in o d e H a d e s ' (« e l In ­ s e n te e n H o m e ro , a s í c o m o en c h a , a l o s C a m p o s E lís e o s , a l o s q u e ta n to , u n in te r v a lo e n tr e d o s v id a s te­
v is ib le » ), q u e re in a b a e n su s H e s ío d o , q u ie n d is tin g u e un s e p u e d e l l e g a r la m b ié n in d i r e c t a ­ r r e s tr e s .
d o m in io s ju n to a su esp o sa Per- H a d e s s u b te r r á n e o y u n T ár-

www.FreeLibros.me
IN FIE R N O S 251 IN FIER N O S

g e to n te (río d e fu e g o ) y el C o ­ c o m p a r e c id o a n te lo s tre s ju e ­
rito " (r ío d e lo s la m e n to s ), c u ­ c e s su p re m o s : É a c o , M inos" y
yos c u rs o s s e u n e n p a ra fo rm a r R a d a m a n lis , to d o s e llo s h ijos
el A q u e ro n te ”, d e a g u a s c e n a ­ d e Z eus*. P la tó n , en e l F edón,
gosas. P ara p e n e tra r en el re in o in tro d u c e a d e m á s la idea de un
de lo s m u e r to s , e l a lm a d e b e c a s tig o p ro p o rc io n a l a la falta
a tra v e sa r e s te río a b o rd o d e la c o m e tid a y a l a rre p e n tim ie n to
b arc a d e C a r o n te ’, p a g a n d o al d e l c u lp a b le , d e u n a p u rific a ­
siniestro b a rq u e ro u n ó b o lo q u e c ió n y d e u n a s a lv a c ió n p o si­
se c o lo c a b a e n la b o c a d e l d i­ b le s tr a s u n p e río d o d e e x p ia ­
fu n to , s in lo c u a l e l a lm a p e r ­ c ió n . A v e c e s se s u g ie re la
m an ec ería e n a q u e lla o rilla tan n o ció n d e u n a reencarnación de
p róxim a al m u n d o d e lo s vivos, la s alm a s q u e , a n te s d e volver a
e rra n d o p o r to d a la e te r n id a d . la tie rra , d e b e n b e b e r e l a g u a
En la o tr a o rilla d e l A q u e ro n te d e l L e te o ', río del olvido. E ntre
P a tin ir. E l p a s o d e la la g u n a E s tig la , M a d r id , M u s e o d e l P r a d o se a b ría n y a la s p u e rta s d e los lo s p o e ta s ó rf ic o s , el a lm a del
In fie rn o s, g u a rd a d a s p o r el te ­ in ic ia d o , c o n d u c id a p o r H er-
taro*, s itu a d o a m a y o r p r o f u n ­ m u n d o lle n o d e b ru m a s , vícti­ rrible C erbero*. m e s * p s y c h o p o m p e (c o n d u c to r
d id a d to d a v ía , d o n d e p e rm a n e ­ m a s d e l re c u e r d o o b s e s iv o de L a to p o g ra fía in te rio r d e los d e a lm a s) y a d v e rtid a con pre­
c e n p r is io n e r o s a q u e llo s q u e su v id a te rre stre. « P re fe riría ser e s p a c io s in f e rn a le s a p a re c e c is ió n so b re el itin e ra rio a se ­
o sa ro n re b e la rse c o n tra los d io ­ e sc la v o d e u n h u m ild e granjero ev o cad a d e fo rm a s d iv e rsa s se­ g u ir e n el re in o d e lo s m u erto s
s e s ’ c e le s te s . S e r á e s t a la c o n ­ q u e r e in a r s o b r e to d o s esto s gún lo s a u to r e s . E n c u a lq u ie r y las fó rm u la s q u e d e b e rá p ro ­
c e p c ió n q u e te r m in a r á im p o ­ m u e r to s , s o b r e e s te in m en so c aso , e l d e s a r ro llo d e la re f le ­ n u n ciar, p o d rá b e b e r finalm ente
n ié n d o s e ta n to en G re c ia c o m o p u e b lo e x tin to » , d e c la ra a Uli­ xión m o ra l fu e im p o n ie n d o e l a g u a d e l la g o d e la M em oria
e n R o m a . A s í E n e a s ', e n el s e s la s o m b r a d e l g lo rio so pro g resiv am en te u n tratam ien to y re c o b ra r a s í su o rig e n d iv in o
c a n to V I d e la E n e id a , d e b e rá A quiles*. L a m is m a su e rte está diferente d e la s alm a s se g ú n los y su e te rn id a d . L a d esc rip c ió n
e fe c tu a r un d e s c e n s o a lo s In ­ r e s e r v a d a a to d o s , s in d is tin ­ m éritos re a liz ad o s en la v id a te ­ m á s p re c is a y m ás ric a e s la
fie rn o s g u ia d o p o r la sib ila" d e c ió n e n tr e v ir tu o s o s y m a lv a ­ rre stre , d e a h í q u e se m e n c io ­ q u e o fre c e V irg ilio en el can to
C u m as. - » T E O G O N IA . d o s ; s o lo re c ib e n c a s tig o los nen d o s r e g io n e s d is tin ta s ; los V I d e la E n e id a , d o n d e lo s In­
L a m o r a d a d e lo s m u e r to s c r im in a le s m ític o s q u e o saron C a m p o s E líseo s* p a ra lo s v ir­ fie rn o s a p a re c e n rep resen tad o s
e s tá p o b la d a d e « a lm a s » o d e s a f ia r a lo s d io se s. tu o so s y e l T á r ta r o , lu g a r d e c o n fo rm e a u n a v e rd ad era g e o ­
« so m bras»*, e s p e c ie d e d o b le s E s te lu g a r d e d e so la c ió n castig o p a ra lo s c rim in a le s, e n ­ g ra fía sim b ó lic a d e inspiración
in m a te ria le s d e lo s se re s v iv o s e s tá c e r c a d o p o r río s p a v o ro ­ tre lo s q u e s e e n c u e n tra n T á n ­ p ita g ó r ic a ( —> T O P O G R A F Í A D E
q u e se d e sp re n d e n d e e s to s lle­ so s : e l É stig e* d e to rtu o so s talo*, Ixión* a la d o a su ru ed a de L O S IN F IE R N O S ).
g ad a la h o ra de la m u erte. E stas m e a n d ro s, c u y o so lo n o m b re es fuego, S ísifo " , la s D a n a id e s ’... D iv e rs o s m ito s a n tig u o s
so m b ra s llev an e n lo s In fiern o s g a r a n te s o le m n e d e lo s jura­ El a lm a s e d ir ig e h a c ia u n a u n o s m u e s tra n a m o rta le s q u e
u n a e x is te n c ia la r v a r ia e n u n m e n to s d e lo s d io s e s; el Pirifle- otra re g ió n d e s p u é s d e h a b e r v a n a lo s In fie rn o s y reg resan

www.FreeLibros.me
IN FIE R N O S 252 253 IN FIERNOS

v iv o s : H e ra c le s " , T e s e o " , O r- ticas, ha term inado dejando la redención, siendo por tanto que justifica plenamente la re­
f e o \ E n e a s... S u v ic to ria so b re paso a una representación me­ la doctrina cristiana la q u e fi­ ferencia, sin em bargo, es la
la m u e rte d e s p u é s d e la s p ru e ­ tafórica. D esde esta perspec­ nalm ente asegura la unidad de alusión a las «puertas de mar­
b as q u e h a n te n id o q u e superar, tiva, toda prueba dolorosa, la obra. D ante es, sin duda, el fil o de hueso» que, según Ner­
y q u e le s h a n c o n d u c id o h a sta toda exploración de los límites único escritor, exceptuando los val, lo separan del «mundo in­
e l s e c re to d e las c o s a s o c u lta s, humanos, toda aproximación a autores de la A ntigüedad, que visible», y que para Virgilio
c o n firm a s u id e n tid a d h e ro ic a . la m uerte, pueden convertirse supo d a r u n a representación eran las puertas del reino de
E ste m o d e lo d e b ú s q u e d a in i- legítimamente en una metáfora tan precisa y com pleta del In­ los muertos. En Proust, aunque
c iá tic a v o lv e rá a a p a re c e r, m a­ del descenso a los Infiernos fierno. Directamente inspirada con otro tratamiento, encontra­
tiz a d o , e n o tro s m u c h o s re la to s que em prendieron los grandes en D ante está la obra de Iñigo m os diversos episodios que
p o steriores de d iv ersas culturas. héroes* mitológicos. L ópez d e M endoza, m arqués pueden ev o car el descenso a
Es preciso distinguir asimismo d e S antillana, El infierno de los Infiernos, en particular en
♦ Lengua. F.I term ino fue uti­ el descenso a los Infiernos en los enam orados (códice más E l tiem po recobrado (1928),
lizado en singular por los cris­ el sentido antiguo, es decir, la an tig u o de 1444), En ella, el cuando durante la guerra el na­
tianos para designar a lo que la visita al m undo de los muertos autor presenta a los más fam o­ rrador vagabundea por las ca­
mitología pagana denom inaba (de todos los m uertos), de la sos am antes de la Antigüedad lles tenebrosas d e París o en
el Tártaro, es decir, el lugar re­ exploración del Infierno en el y de su propia época. los pasillos del metro.
servado al castigo eterno de los sen tid o cristiano, q u e agrupa Es preciso señalar, además, que Un caso sim ilar nos encontra­
condenados. El adjetivo infer­ solo a los condenados. Es el cierto número de obras evocan m os en L uces d e bohemia
n a l conserva su sentido an ti­ caso del Infierno de Dante (Di­ el descenso a los Infiernos de (1920) de Valle-Inclán, donde
guo en la expresión la morada vina comedia. 13 0 7 -13 2 1), que un héroe concreto. —> e n e a s , el au to r cuenta el viaje dan­
infernal («el m undo de los presenta un Infierno cristiano O R FE O , TE SE O , ULISES. tesco del protagonista, Max
muertos»). claram ente opuesto al Paraíso. E ntre las innum erables obras Estrella —trasunto literario del
♦ U t. Sería em presa vana pre­ Sin em bargo, durante su ex­ modernas que hacen referencia bohem io A lejandro Saw a— ,
tender ofrecer un inventario de p loración, el poeta e s guiado m etafórica al d escen so a los por el M adrid nocturno de
todas la referencias literarias a p o r V irgilio, a lo q u e habría Infiernos, algunas rem iten de principios de siglo, acom pa­
los Infiernos, sobre to d o te ­ que añadir otros aspectos que. forma precisa a la descripción ñado de don Latino de Híspa-
niendo en cuenta que la repre­ com o la descripción d e la en­ antigua. Al final d e la Aurelia lis. Recorre tabernas, librerías,
sentación del Infierno cristiano trada a los Infiernos, por ejem­ d e N erval (1855), el narrador cafés e incluso una delegación
aparece en m uchos casos con­ plo, obedecen a una itnaginen'a com para la experiencia que de policía, antes de morir solo,
tam inada p o r la influencia de antigua, con figuras com o Cer­ acaba de vivir con «lo que para pobre y abandonado en el qui­
los grandes textos antiguos. bero o Caronte. Por último, en los antiguos representaba la c io d e la puerta de su propia
Por otra paite, aunque la repre­ este Infierno no solamente en­ idea de un descenso a los In­ casa. Sin em bargo, la alusión
sentación concreta de los In­ contram os alm as cristianas, fiernos». Esta experiencia es la más interesante es la que apa­
fiernos —o del Infierno, según sino tam bién paganos célebres de la locura o . m ás ex acta­ rece en La prisionera (1924),
los casos— ha inspirado m u­ que, virtuosos pero privados de m ente, la del sueño vivido d onde Proust com para la ex­
chas obras, especialmente poé­ la fe, perm anecieron ajenos a com o una «segunda vida». Lo ploración del mundo de la lio-

www.FreeLibros.me
IN O 254 255

m osexualidad. a la que se cn- el cuerpo in grávido de las tea, la d io s a ' d e l E m b ru ñ o , p ro ­


irega el narrador con un d e s­ sombras, el perro Cerbero). tectora d e lo s m arin o s.
censo a los Infiernos, lam en­ Para las representaciones anti­
tándose 11 0 obstante de que en guas ile las moradas infernales. ♦ M us. /no, cantata dramática
tan ingrata tarea no encuentre — > sismo, T K S K O . de Telem ann (1765).
V irgilio ni D ante q ue le ay u ­ ♦ Cin. M arco propicio para la
den y le iluminen. fan tasía, los Infiernos son la IO
Por últim o, aunque el m otivo m orada ideal de diversos M u c h a c h a a m a d a p o r Z eu s
del descenso a los Infiernos es m onstruos en las aventuras y tra n s fo rm a d a e n te r n e ra , lo ,
el que parece haber servido de de Hércules* o de Macisto*. hija del d io s flu v ial d e la A rg ó -
fuente de inspiración a más —> IIÉR C U I.fiS, M ACISTO. lida, Inaco, e ra sacerd o tisa d e la
obras literarias, la salida de los El protagonista de L os titanes diosa" lo cal, H era”. Z e u s c o n si­
Infiernos ha proporcionado en (D u ccio T essari, 1961) hace guió s e d u c ir a la jo v e n , p e ro
ocasiones un tem a igualm ente una rápida incursión en el Hera so rp rend ió a los d o s am a n ­
rico. Al final d e la novela de reino de los muertos no exenta tes. El d io s c o n v irtió a lo e n u n a
John Dos Passos M anhattan de humor. —> t i t a n k s . tern era b la n c a p a ra s a lv a rla de
T m n sfe r ( 15)25). el protag o ­ las iras d e su e sp o s a , p e ro tu v o
nista. que se aleja con pena de INO que c e d e r a n te H e ra y e n tre g á r­
Nueva York — a la que varias T a m b ié n lla m a d a Leucótea sela. E sta e n c o m e n d ó al p a sto r
veces ha calificado de ciudad d e sp u é s d e s e r tra n sfo rm a d a en Argos* la v ig ila n c ia de la m eta-
infernal— . parece reh acer de n in fa '. In o e ra la h ija d e Cadmo m o rfo se a d a a m a n te d e s u e s ­
form a inversa el trayecto que y H arm o n ía". T o m ó p o r esposo poso. H crm cs", p o r e n c a rg o d e
conducía a los muertos al reino a A ta m a n te , re y d e T e b a s ', e in­ Z eu s, m a tó a l g u a rd iá n y H era
del más allá entregando su te n tó lib ra rse , p o r e e lo s , d e los fijó s o b re la c o la d e u n p a v o
óbolo a un anciano cuya b ar­ h ijo s q u e e s te h a b ía te n id o de real, su a v e fa v o rita , lo s c ie n
caza le perm ite ascender poco u n a u n ió n a n te rio r, F rix o y o jos d e su fiel A rg o s. E te rn a ­
a poco hacia la luz. H e le '. A c o g ió a D io n iso " para m ente c e lo s a , e n v ió u n te rrib le
♦ lcon. Joachim Patinir pintó e d u c a rlo ju n to a lo s h ijo s que tábano q u e m artirizab a sin c e sa r Correggio. Júpiter e lo. Museo
El p aso de la laguna Estigia h a b ía te n id o d e A ta m a n te . Pero los flan c o s d e la te rn e ra lo . E n ­ de Viena
(1510. M adrid. M useo del H era", fu r io s a c o n tr a la pareja lo q u e c id a p o r la s p ic a d u ra s,
Prado), donde se m ezclan q u e había a c o g id o al fruto de los tuvo q u e h u ir sin d e s c a n s o p o r ♦ L e n g u a . G aliIco bautizó
asom brosam ente los tem as a m o re s a d ú ltero s d e Z eus", hizo todo el m u n d o , sig u ie n d o un iti­ con el nombre de lo al primer
cristianos (ángeles alados en el e n lo q u e c e r a lo s e s p o s o s , lle­ nerario q u e v aría seg ú n los p o e ­ satélite del planeta Júpiter que
m argen correspondiente a los v á n d o le s a m a ta r a su s propios tas. E n E g ip to , p o r fin , Z e u s acab ab a d e descu brir, inspi­
C am pos Elíseos, una hoguera h ijo s. L as d iv in id a d e s m arinas hizo q u e re c o b ra ra su fo rm a hu ­ rado por los mitológicos am o­
en la orilla de los condenados) se ap ia d a ro n d e Ino y la convir­ mana. A su m u e rte fu e c o n v e r­ res del señor de los dioses con
y paganos (Caronle, su barca y tie ro n e n u n a n e re id a ’, Leucó- tida en co n stelació n . la jo v e n arg iv a. Los tres si-

www.FreeLibros.me
IRIS 256 257 IXJÓN

guíenles satélites descubiertos m om ento en q u e es liberada bre grieg o d e la d iosa, iris, IX IÓ N


se llam aron, p o r análogo mo­ del v ig ilan te A rgos lio sa l­ que d esig n a el a rco iris, tér­ Ixión e ra rey d e los lap ilas’,
tivo. E u ro p a'. G aním edes" y vada p o r H erm es. vasija m ino com puesto a su vez so­ p u e b lo d e T e s a lia . P a ra e v ita r
Calisto*. griega, sig lo v a. C’.. Berlín). bre la p alab ra g rieg a, d e la te n e r q u e p a g a r a su su e g ro la
lo es sin duda una de las «pa­ - > A RGO . que tam bién deriva el adjetivo d o te p ro m e tid a , Ix ió n le h izo
labras de dos letras» que ha re­ irisado. c a e r a tra ic ió n en un fo so lleno
cibido m ayor núm ero de d efi­ IRIS ♦ Icón. Iris: G uy Head. siglo d e b ra s a s a rd ie n te s , añ ad ien d o
niciones crucigram eras más o D iv in id a d g r ie g a p re o lím - xviii. Rom a. G alería S. Luc; a s í a su p e rju rio u n c rim e n sa­
menos afortunadas, desde «Pa­ p ic a , e s la p e rs o n ific a c ió n del Rodin, bronce, siglo xix. París. c r ile g o p o r h a b e rlo c o m e tid o
ció en las verdes praderas» a r c o iris. D e s c ie n d e d e la raza c o n tra u n m iem b ro d e la fam i­
hasta «S eguro habría dicho: d e O c é a n o ' y e s h e r m a n a de ISIS lia. Z e u s" a c e p tó p u rific a rlo y
"¡O h, tábano, suspende tu la s h arp ía s* ’. A im a g e n del El c u lto d e e s ta d io s a e g ip ­ lle g ó in c lu s o a s e n ta rlo en la
vuelo!"», pasando por «Sacer­ a rc o iris, e s ta b le c e u n contacto c ia y d e su h e rm a n o y e s p o s o m e s a d e lo s dioses*’, d o n d e
dotisa con pezuñas», «Se puso p ro v is io n a l e n tr e e l c ic lo y la O siris ( a m e n u d o re b a u tiz a d o p u d o p ro b a r la am b ro sía* . La
com o una vaca», «R um iaba tie r r a , lo s d i o s e s ' y lo s h o m ­ S e ra p is ) s e e x te n d ió p o r el in g ra titu d d e Ix ió n , sin e m ­
am argos pensam ientos», «Se b r e s . E s la m e n s a je r a d e los m u n d o g rie g o , y m á s ta rd e p o r b arg o . n o te n ía lím ites e intentó
hizo vegetariana» y otras m u­ d io s e s , e n p a r tic u la r d e Z e u s’ el ro m a n o , a p a rtir d e l s ig lo ni n a d a m e n o s q u e s e d u c ir a
chas más. y H era", y tr a n s m ite s u s órde­ a . C . S in e m b a r g o , la m ito lo ­ H era*. P e ro Z e u s fo rm ó una
♦ L it. E sq u ilo , P rom eten. n e s a to d a s p a rte s , a v e c e s in­ gía d e e s ta s d o s d iv in id a d e s n o n u b e a im ag en d e la d io sa y fue
versos 589 y ss.; L as su p li­ c lu s o h a s ta lo s In fie rn o s* . En e x p e rim e n tó m o d if ic a c io n e s c o n e s te v a n o sim u la c ro con
cantes, versos 41 y ss.; O v i­ H o m e ro e s « Iris , la d e lo s pies re s p e c to a su s c o n te n id o s o r i­ q u ie n Ix ió n se u n ió , e n g e n ­
d io . M etam orfosis, 1, 583 y r á p id o s c o m o e l v ie n to » , y se g in ales e g ip c io s , p o r lo q u e n o d ra n d o , se g ú n se c u e n ta , a los
ss. D urante el barroco es fre­ la r e p r e s e n ta a m e n u d o , com o se rá te n id a e n c u e n ta e n e s ta s c e n ta u ro s '. Z e u s c a stig ó la im ­
cuente el tratam iento burlesco a H e rm e s* , c o n s a n d a lia s ala­ páginas. p u d ic ia del o sa d o rey atándolo
d e este m ito: Ju an del V alle d a s y u n c a d u c e o * . T ie n e alas a u n a in m e n s a ru e d a d e fu eg o
C av ied es, F á bula b u rlesca d e o r o y e l te n u e v e lo q u e la ♦ L it. La novela d e A pulcyo q u e g ira b a sin c e s a r e n los aires
d e J ú p ite r e Io ( 16 8 1- 1692); c u b r e s e « ir is a » a l s o l , ad o p ­ las M etamorfosis o El asno de (o e n el T á rta ro , según algunos
C a stillo S o ló rzan o , C anción t a n d o to d o s lo s c o lo r e s del oro (siglo ii d. C .) se inscribe a u to res).
d e lo cuando la desterró Juno a rc o iris. en una perspectiva isíaca: Isis
poniéndola tábanos en la cola perm ite que el protagonista ♦ Icón. Rubens. Ixión enga­
(siglo X V II). ♦ L e n g u a . El sustantivo iris. L ucio, m etam orfoseado en ñado p o r Juno, h. 1620.
♦ I c ó n . De su av e n tu ra con que d esig n a a la vez la mem­ asno, recupere su form a hu­ Louvre. R ibera, en su lienzo
Z e u s-J ú p ite n la ico n o g rafía brana que ocupa el centro an­ mana; el últim o libro de la no­ Ixión (1632. M adrid. Museo
retu v o fu n d am en talm en te el te rio r del o jo , una planta or­ vela tiene un carácter práctica­ del Prado), lo representa atado
m om ento en que es seducida nam ental d e g ran d es flores y mente místico. a la rueda ardiente.
por el d io s (C orreggio, J ú p i­ un insecto de las regiones tro­
te r e lo. h. 1530, V iena) y el picales, e s un calco del nom­

www.FreeLibros.me
JACINTO
J m a v e ra q u e m u e re b a jo los ra ­
H é ro e ' la co n io m u erto a cc i­ y o s d e u n S o l d e m a s ia d o a r­
d en talm en te p o r Apolo" y tran s­ d ie n te .
fo rm a d o e n flo r. Ja c in to , jo v e n
de g ra n b e lle z a , e r a a m a d o p o r ♦ L en g u a . F.l ¡ácim o al que
A polo. U n d ía q u e lo s d o s ju g a ­ alude el m ito no es nuestro ja ­
ban, el d is c o q u e h a b ía lan za d o cinto, introducido mucho más
el d io s so b re p a só su o b je tiv o y larde en Europa por los turcos,
m ató in v o lu n ta ria m e n te al h e r­ sino una variedad de lirio de
m o so J a c in to . A p o lo , h o rr o ri­ color rojo amoratado. M ás re­
z a d o , in te n tó r e a n im a r a su lación con el m ito tendría una
c o m p a ñ e ro , p e ro la sa n g re m a ­ variedad de silicato de circonio
naba e n a b u n d a n cia d e la h erid a de co lo r m arrón rojizo, pare­
y su ca b e z a ca y ó , c o m o u n a flor cido al d e la sangre, llamada
co n e l ta llo ro to . L a h ie rb a , también jacinto.
m an ch ad a p o r la san g re del m u ­ ♦ L it. O vidio, Metamorfosis,
c h a c h o , re v e rd e c ió e n to n c e s y X, 162-219.
del su e lo b ro tó u n a flo r pú rp u ra, ♦ Icón. Rubens, La muerte de
el ja c in to . Jacinto, siglo x v i i , Madrid.
S e d ic e ta m b ié n q u e T á m i-
ris, el le g e n d a rio m ú sico tracio , JA N O
in v e n tó la p e d e r a s tía « in s p i­ U n o d e lo s m á s a n tig u o s
ra d o » p o r la e x tr e m a b e lle z a d io s e s ” d e R o m a, rep resen tad o
del jo v e n , d e q u ien ta m b ié n h a ­ c o m o u n a fig u ra m a scu lin a b i­
bría sid o am a n te . c é fa la c o n d o s ro stro s barbados
Ja c in to sim b o liz a la v e g e ta ­ q u e se o p o n e n . P a ra los p rim i­
ció n tie r n a y fr e s c a d e la p ri­ tiv o s la tin o s e s el d io s del cielo

www.FreeLibros.me
JA S Ó N 260 261 JA S Ó N

lu m in o s o y e l o r ig e n d e to d o . ♦ Lengua. En sentido metafó­ p u n to d e o fre c e r u n sa c rific io a


E s el p o rte ro c e le s te (e n la tín , rico. un ja n o e s una persona su p a d re P o seid ó n . El d e sc o n o ­
ja iu u i sig n ifica « p u erta» ) y abre que presenta dos aspectos muy cido, q u e h ab ía p e rd id o u n a san­
el c ie lo a la luz. diferentes en tre sí, incluso d a lia a l a tra v e s a r u n río , a tra jo
S u le y e n d a e s tá lig a d a a la opuestos, o que lleva una doble in m ed ia ta m e n te la a te n c ió n del
d e lo s o ríg e n e s d e R o m a . S e vida; el térm ino funciona a ve­ rey, a q u ie n u n o rá c u lo h a b ía
in sta ló so b re el J a n íc u lo — c o ­ ces com o sinónim o d e hipó­ p re v e n id o c o n tr a «el h o m b re
lin a a la q u e d io su n o m b re — y crita. En heráldica, designa a calzad o c o n u n a so la san d alia» .
su re in a d o co in c id e c o n la ed a d una figura quimérica que repre­ Para e lim in a r al so b rin o q u e ha­
d e o ro . A c o g ió a S a tu rn o ", in ­ senta una cabeza con dos caras bía v e n id o a re c la m a r e l p o d e r
v e n tó la n a v e g a c ió n y la m o ­ que miran en sentido opuesto. q u e le h a b ía sid o u su rp a d o , P e- Jasón sale d e las fauces del dra­
n e d a y e n s e ñ ó a lo s in d íg e n a s La palabra que designa al pri­ lias d e c id ió im p o n e rle u n a d ifí­ gón, decoración de un kylix griego,
a c u ltiv a r la tie rra , p r o p o r c io ­ mer mes del año, enero, deriva Roma, Museo del Vaticano
cil m isió n , e s p e ra n d o q u e le
n á n d o le s a s í la a b u n d a n c ia . del latín vulgar ienuarius, a su fuese fa tal: c o n q u is ta re ! v e llo ­
C u a n d o e l C a p ito lio fu e in v a ­ vez deri vado de ¡anuañus. que cino d e oro , v ig ilad o p o r u n d ra­ a c o m p a ñ a d o d e la h e c h ic e ra
d id o p o r las tro p a s sa b in a s y la significa «mes d e Jano». gón e n e l re in o d e E etes, la C ó l- M e d e a * , h ija d e l re y E e te s,
d e rr o ta d e lo s la tin o s p a re c ía q u id e, e n lo s c o n fin e s d e l m a r c u y a p r e c io s a a y u d a le h a b ía
in m in e n te , J a n o h iz o b ro ta r un JA S Ó N Negro. p e r m itid o s u p e r a r to d o s los
m a n a n tia l h ir v ie n te d e la n te d e H ijo d e E só n , re y d e la ciu­ D e s p u é s d e h a b e r c o n s u l­ o b s tá c u lo s , J a s ó n e n tr e g ó el
lo s e n e m ig o s. A l m o r ir fu e d i ­ d a d te s a lia d e Y o le o , a su vez tado al o rá cu lo d e D elfo s, Jasón tr o fe o a P e lia s . E s te , sin e m ­
v in iz a d o . P o r e s te m o tiv o las n ie to d e É o lo ”, e s la fig u ra cen­ re c ib ió la a y u d a d e lo s m á s b a rg o , n o e s ta b a e n a b s o lu to
p u e rta s d el te m p lo d e J a n o , en tral d e u n c ic lo h e ro ic o m u y cé­ g ran d es h é ro e s ' d e G re c ia , e n ­ d isp u e sto a d ev o lv e rle el trono.
el F o ro , c e rr a d a s e n tie m p o d e le b r e e n la A n tig ü e d a d : e l pe- tre ello s H eracles", O rfe o ’ y P ó ­ L o s A rg o n a u ta s c o n s ig u ie ro n
p a z , se a b ría n e n tie m p o s d e rip lo d e lo s A rg o n a u ta s * en lux, y o rg a n iz ó u n a e x p ed ic ió n fin a lm e n te d e se m b a ra z a rse del
g u e rra p a ra q u e el d io s p u d ie se b u sc a d e l v e llo c in o d e oro*. hacia la C ó lq u id e . B a jo la u s u rp a d o r g ra c ia s a los m aléfi­
a c u d ir s ie m p re e n a y u d a d e S u padre Esón había sido ex­ d ire c c ió n d e A te n e a " , y c o n c o s h ech iz o s d e M ed ea, q u e lo ­
R om a. p u ls a d o del tro n o d e Y o le o por a y u d a d e H c r a ’, q u e d e s e a b a g ró p e rs u a d ir a las h ija s d e Pe-
J a n o e s la d iv i n id a d d el su h erm an astro Pelias, nacid o de v en g arse d e P e lia s p o rq u e d e s­ lia s p a ra q u e d e s c u a r tiz a ra n a
u m b ra l y d e la p u e r ta q u e , la u n ió n d e su m a d re c o n Posci- deñaba su cu lto , el h é ro e A rgo", su p a d re e h irv ie se n su s p e d a ­
c o m o é l, tie n e u n a d o b le fa z . d ó n . Ja só n , m u y n iñ o entonces, h ijo d e F rix o — a q u ie n e l v e ­ z o s c o n la v a n a e s p e r a n z a d e
P e ro se le h o n r a b a s o b r e to d o fu e c o n fia d o p o r su m a d re al llocino d e o ro h a b ía s a lv a d o de re ju v e n e c e rle . L o s h a b ita n te s
c o m o d io s d e lo d o c o m ie n z o c e n ta u ro Q u iró n ’, q u e le educó niño d e s e r sacrificad o — , c o n s­ d e Y o le o , h o rro riz a d o s p o r tal
(inilici)- d e a h í su p rio rid a d en en el m o n te P elió n enseñándole truyó u n n a v io q u e fu e b a u ti­ c r im e n , e x p u ls a r o n d e la c iu ­
la s p le g a r ia s y e n lo s rito s , la m ed icin a c o m o a sus otro s pu­ zad o c o n s u n o m b r e , e l A rg o . d a d a J a s ó n y M e d e a . R e fu ­
d o n d e se le in v o c a b a e n p r i ­ p ilo s. L le g a d o a la ed a d adulta, -> A RGO N AU TA S. g ia d a en C o rin to , la p a re ja v i­
m e r lu g a r, a n te s q u e al p ro p io Jasó n re g re só a Y o leo e n el mo­ D e s p u é s d e r e g r e s a r d e la v irá fe liz d u ra n te d ie z a ñ o s, en
Jú p iter". m e n to e n q u e P e lia s e sta b a a C ó lq u id e c o n e l v e llo c in o y lo s c u a le s e n g e n d ra rá n v ario s

www.FreeLibros.me
JU L O 262 263 JÚ P IT E R

h ijo s. P e ro J a s ó n te r m in ó c a n ­ bía can tad o el poeta Píndaro JU N O n eta, q u e h ab ía salv ado a Roma
sá n d o s e d e M e d e a y la re p u d ió (518-438 a. C .) en su IV Pf- D io sa " itá lic a y lu e g o ro ­ d e la in v a sió n g a la d e 390 a. C.
p a ra c a s a r s e c o n G la u c e , h ija tica— no es más que un egoís­ m a n a a s im ila d a a la H e ra ' (la s o c a s d el C a p ito lio ), e ra re ­
d el re y c o rin tio C re o n te . L o c a ta vanidoso, únicam ente preo­ g rie g a . D iv in id a d p rim o rd ia l p u ta d a p o r su s su g eren cias, sus
d e c ó le ra y d e se s p e ra c ió n , M e ­ c u p ad o p o r su propio pro­ ju n to a s u h e rm a n o y e s p o s o a d v e rte n c ia s y su s b u en o s co n ­
d e a d e c id ió v e n g a rs e m a ta n d o vecho. Jú p ite r* , J u n o e s h ija d e S a ­ se jo s.
a G la u c e , a C r e o n te y a su s Para la literatura m oderna co ­ tu rno" y Rea*. R e in a d e l C ie lo , J u n o c o n c ilia b a p o r tan to
p ro p io s h ijo s , h a b id o s d e su rrespondiente, - 4 M E D E A . d io s a d e la L u z , re p r e s e n ta b a la s d o s fu n c io n e s d e so b e ra ­
u n ió n c o n J a s ó n , p a r a f i n a l­ ♦ ¡con. Jasón aparece ante o rig in a ria m e n te e l c ic lo lu n a r. n ía y fe c u n d id a d y c o n stitu ía
m e n te h u ir e n u n c a r r o tira d o todo com o el conquistador del D io s a tu te la r d e la m u je r, e n ­ « la re p re se n ta c ió n d iv in a de la
p o r d r a g o n e s q u e le h a b ía r e ­ vellocino: Jasón, A ten ea y el c a rn a to d o s los c a ra c te re s d e la fu n c ió n s o c ia l q u e la m a tro ­
g a la d o H elio", e l S o l. dragón, copa g rieg a, siglo v fe m in id a d y e s la p ro tec to ra del n a d e s e m p e ñ a b a e n R o m a»
J a s ó n v iv ió to d a v ía a lg ú n a. C , Roma; Jasón sale de las n o v ia z g o , e l m a trim o n io , el (M . M eslin ).
tiem p o , seg ú n c ie rta s ley en d a s, fauces d el dragón, kylix d e fi­ e m b a r a z o y e l p a rto . P ro te g e - 4 H E R A .

h a sta q u e un d ía q u e d e s c a n ­ g uras rojas d e D uris, Roma. e s e n c ia lm e n te a la s m u je re s


sa b a a l p ie d e s u v ie jo b a rc o , M useo del V aticano; e s tam­ q u e tie n e n u n e s ta tu s ju r íd i c o ♦ ¡M., ¡con., Cin. -a h e ra .

s o ñ a n d o c o n su s p a s a d a s g lo ­ bién el seductor d e Medea: re c o n o c id o e n la c iu d a d : la s


ria s . la p r o a c a rc o m id a s e d e s ­ G ustavo M oreau, Jasón y el m a tro n a s, las m u je re s c a sa d a s. JÚPITER
p ren d ió y c a y ó so b re él, m atán ­ Amor, 1890, colección particu­ El d ía d e la s c a le n d a s d e m arzo H ijo d e S aturno" y Rea*. Su
d o lo . - » M E D E A . lar. M EDEA. se ce le b ra b a la fie sta d e las M a- n o m b re, Jú p iter, d eriva d e D ius
♦ M ús. C avalli, Jasón, ópera. tr o n a lia e n h o n o r d e J u n o L u - P a te r. «el P a d re lu m in o s o » ,
♦ Lit. La gesta heroica de Ja­ 1649; Jasón o La conquista del cina, la d io sa d e la L u z , e sto es, d o n d e D iu s e s e l e q u iv a le n te
són fue celeb rada esen cial­ vellocino, zarzuela heroica de d e lo s p a rto s q u e d a n a luz n u e ­ la tin o d e l g rie g o Z eus. Personi­
mente en Las argonáuticas, un texto anónimo y música de Ca­ vos c iu d a d a n o s. fic a c ió n d e la L u z y lo s fe n ó ­
largo poem a q ue concibió yetano Brunetti, 1768. S i c a d a h o m b r e te n ía su m e n o s c e le s te s e n tr e lo s p u e ­
A polonio d e R odas, poeta y ♦ Cin. —> A R G O N A U T A S . G e n iu s, c a d a m u je r te n ía su b lo s itá lic o s , fu e a s im ila d o al
gram ático alejandrino (siglo ni J u n o , d o b le d iv in o tu te la r. Z eus* g rie g o a d o p ta n d o su g e­
a. C .), para riv alizar con la JULO J u n o R e g in a tie n e u n a fu n ­ n e a lo g ía y a v e n tu ra s , p a rtic u ­
epopeya homérica” y que sería N o m b r e q u e lo s la tin o s c ió n p o lític a . E s la d io s a p ro ­ la rm e n te las g ala n tes.
im itado cuatro siglos después d ie r o n a A s c a n io , e l h ijo de te c to ra d e R o m a y , m á s c o n ­ E n R o m a se le atrib u y ero n
por el poeta latino V alerio E n eas* . E s te n o m b r e , e n p rin ­ c re ta m e n te , d e la p o b la c ió n e p íte to s c u ltu ra le s . E s el d io s
Flaco. En la tragedia de Eurí­ c ip i o r e l a c io n a d o c o n e l de fem enina. F o rm a parte d e la tría­ F u lm in a to r o T o n a n s, el qu e
pides M edea (431 a. C .). Ilio n ", p e rm itió q u e la g e n s lu- d a c a p ito lin a , ju n to a J ú p ite r y e sg rim e el rayo. E s tam bién J ú ­
donde la heroína lleva a cabo lia — a la q u e p e rte n e c ía Julio M in e rv a ”. p ite r E liciu s, e l q u e trae la llu ­
su terrible venganza com o C e s a r — s e p r e s e n ta s e c o m o J u n o C a p r o tin a e s la d io s a via; el cam p e sin o le hace ofren­
am ante apasionada y rech a ­ p e r t e n e e ie n t e a l lin a je de d e la fe c u n d id a d , y J u n o P ro - d a s y le d ir ig e p le g a ria s antes
zada. Jasón —cu y a gloria ha­ E n e a s . —4 e n e a s . n uhia la d e las b o d as. J u n o M o- d e la sie m b ra p a ra q u e sea pro-

www.FreeLibros.me
J Ú P IT E R 264 265 JÚ P IT E R

d o r e s s e p o n d rá n a c o n tin u a ­ vis [die], «[día] consagrado a planta arbórea de hojas ovala­


c ió n b a jo la p ro te c c ió n d e Jú p i­ Júpiter». das y flores rojas originaria de
te r , h a c ié n d o s e p a s a r p o r una El m ayor planeta de nuestro sis­ China.
e n c a rn a c ió n d e l d io s . S u p rem o tem a solar fue bautizado con el ♦ Lit. —> Z E U S .
s e ñ o r d el m u n d o , e s e l p ro te c ­ nombre de Júpiter, nombre, por ♦ ¡con. Júpiter Serapis. escul­
to r d e l E s ta d o ; J ú p it e r S ta to r otra parte, que los alquim istas tura, Rom a, M useo del Vati­
d e c id e la s u e rte d e la s b a ta lla s daban también al estaño. cano. —> Z E U S .
y o b tie n e lo s tro fe o s; lo s g e n e ­ El á rb o l d e J ú p ite r e s una ♦ M á s . —» ZEU S.

rales q u e h a b ía n te n id o derech o
a l tr iu n fo a c u d ía n a s u tem p lo ,
e n e l C a p ito lio , a o f r e c e r le su
c o r o n a y u n s a c r if ic io . En
e f e c to , e l C a p ito lio le e sta b a
c o n s a g r a d o y e n é l s e le h o n ­
r a b a b a jo e l e p íte to O p tim u s
M a x im u s . F o rm a b a , ju n to a
Ju n o * y M in e rv a * , la lla m a d a
« tría d a c a p ito lin a » .
- » ZEUS.
Escultura rom ana de J ú p ite r Se-
rapis, Roma. Museo del Vaticano ♦ Lengua. Del nombre del dios
deriva el adjetivo jupiterino,
p ic io a la a g r ic u ltu r a , y a q u e qu e se aplica al que posee un
J ú p i te r r ig e ta m b ié n la f e r til i­ carácter imperioso y dominador
d a d d e lo s ca m p o s. («ceño jupiterino». Balzac).
J ú p ite r F id iu s e s g a ra n te d e La palabra latina jo v ia lis, que
la p a la b r a d a d a , d e la r e c titu d significaba «de Júpiter», tomó
en las re la c io n e s so c ia le s, d e la el sentido de «nacido bajo el
fid e lid a d a lo s tr a ta d o s , el q u e signo de Júpiter», de ahí el ad­
a s e g u r a b u e n a s r e la c io n e s in ­ jetiv o jo via l, «alegre, con una
te rn a c io n a le s. S u fu n c ió n p o lí­ alegría franca y comunicativa»
tic a es m u y im p o rta n te y n o c e ­ — probablemente por influencia
sa rá d e a u m e n ta r b a jo la R e p ú ­ del italiano giovale— , y sus de­
b lica: e l sa c e rd o te d e J ú p ite r, el rivados jovialidad, jovialmente.
lla m e n D ia lis, e s un p e rs o n a je El térm in o ju e ve s, utilizado
im p o rta n te , r e s p e ta d o y c u ­ para designar al cuarto día de
b ie rto d e h o n o re s . L o s e m p e ra ­ la sem ana, deriva del latín lo-

www.FreeLibros.me
LABERINTO
L m ientos cuya salida resulta di­
E dificio construido por Dé­ fícil encontrar.
dalo", p o r o rd e n d el re y M i­ En anatom ía, el térm ino de­
nos", y d e s tin a d o a s e rv ir d e signa al conjunto formado por
e n c ie rro al M inotauro*. E ra las partes sensoriales del oído
una m araña inextricable d e sa­ interno.
las y c o rre d o re s , d el q u e so lo ♦ Lit. Desde la Edad Media, el
T e se o ’ co n s ig u ió sa lir g rac ias mito recibió una interpretación
al h ilo d e A ria d n a '. E l L a b e ­ cristiana: el mundo es un labe­
rin to re p re s e n ta la im ag en rinto custodiado por el diablo,
m ítica d e lo s e d ific io s p rin c i­ q u e tenía prisioneros a los
p esco s d el p e río d o m in o ico hombres hasta que Teseo, asi­
cre te n se . S u m ism o n o m b re milado a Cristo, vino a salvar­
rec u erd a la « d o b le h ac h a» , los. A parece igualm ente el
sím b o lo d e la a u to rid a d real. tem a del «laberinto de amor»,
Se le p u e d e c o n s id e ra r ta m ­ particularmente en el relato de
bién c o m o u n a im a g en d el B occaccio, que presenta a un
reino d e la m uerte. am ante desgraciado (el Labe­
rinto d e amor. 1354), y el poe­
♦ L en g u a . C o nv ertid o en ma d e Francesco C olonna El
nom bre com ún, la palabra la­ sueño d e Polifilo (1499), en el
b erinto. al igual q u e su sinó­ que el protagonista penetra en
nim o dédalo, representa un un laberinto mágico donde será
vasto edificio de innumerables iniciado en el am or. Este as­
salas; posteriorm ente pasó a pecto aparece desarrollado en
designar cualquier red compli­ las num erosas obras centradas
cada d e cam inos o d e pensa­ en las aventuras am orosas de

www.FreeLibros.me
LA B ER IN TO 268 269 LA O C O O N TE

Ariadna, de Teseo o d e Fedra', rioso a través d e un dédalo de m últiples inquilinos, y por el P osteriorm ente este motivo
com o E l su eñ o de una noche cam inos y arroyos. entrecruzamientode los hilos de fue recuperado en arquitectura
de verano, d e Shakespeare Indisociable d e la obra de la narración. El laberinto es sin con un sim bolism o cristiano,
(1594), o E l ¡aberimo de Creta K afka (E l proceso, 1925; El duda una d e las representacio­ una especie de peregrinaje
de Lope de Vega (1612-1615): castillo, 1926\Am erika, 1927), nes mitológicas que han encon­ sustitutorio, bien com o enlo­
los sufrim ientos am orosos se el tem a del laberinto adquiere trado en la literatura contempo­ sado (catedral de Chartres, si­
identifican con un laberinto del en el siglo x x una tonalidad in­ ránea un desarrollo más impor­ g lo x n i; co leg iata de Saint-
que el enamorado no puede es­ q u ietan te y fantástica, com o tante. A sí. por ejem plo, este Q uentin, siglo xv), com o mo­
capar por haber perdido el hilo una formalización de la angus­ m ito está presente en la novela saico o com o estructura vege­
que le hubiera conducido a la tia humana. Puede entonces ser de Julio C ortázar Rayuelo tal en un jardín (laberinto de
salida. asociado a la escritura, en la (1963). No solo en su argu­ césped en Hilton, Inglaterra, o
D e form a m ás general, se d e­ m edida en q u e solo el artista mento: la búsqueda incesante de el laberinto de Hamplon-Court
sarrolla la concepción del la­ puede encontrar a través de su la propia identidad a través de que aparece en Tres hombres
berinto com o im agen sim b ó ­ obra el hilo de A riadna que le los vericuetos y bifurcaciones en un barco, de Jerome K. Je-
lica del m undo, concepción perm itirá escapar de una con­ de la vida que se emprenden y rome. 1889). El juego de la ra-
que podem os ver reflejada, dición hum ana problem ática. se desandan para buscar un yuela, con su recorrido dibu­
p o r ejem plo, en los viajes de Es el caso del R etrato d e l ar­ nuevo camino, sino en la propia ja d o en el suelo, es un vestigio
don Q uijote (Cervantes, 1605- tista ado lescen te de Joyce concepción d e la novela por del tem a del laberinto.
1615). (1916), donde el protagonista, parte del autor. Cortázar consi­
El tem a aparece com o tras- Stephen Dcdalus, deberá cons­ dera que la novela como género LAOCOONTE
fondo en m uchas novelas de truir a través de su obra un la­ debe permitir bifurcaciones, de­ H erm an o d e A n q u ises y sa­
aventuras y. a partir del ro­ berinto de palabras para esca­ sarrollos y digresiones y. sobre c e rd o te d e A p o lo ", e s . c o n C a-
manticismo, puede ser identifi­ par al mundo en que vive y en todo, debe tener una estructura sa n d ra * . e l ú n ic o e n p o n e r en
cado con el del c astillo m is­ el q u e se halla atrapado por su flexible, no m ecánica. En R a­ g u a rd ia a T ro y a" c o n tra el m is­
terioso. A sí se observa en la historia y sus orígenes. yuelo. Cortázar pone en práctica te rio so c a b a llo d e m adera idea­
novela gótica de Ann Radclif- Encontramos la misma temática su teoría: es el lector, necesaria­ d o p o r U lis e s” q u e los g riegos,
fe Los m isterios d e U dolfo del laberinto literario en El mente activo en el acto de leer, p a r a e n g a ñ a r a lo s tro y a n o s,
(1794), en la ¡sis de Villiers de A leph d e Borges (1949), en El el que elabora su itinerario por h a b ía n a b a n d o n a d o en el
risle-A d am ( 1862) o también em pleo d el tiem po d e Michel la novela-rayuela que le ofrece c a m p o d e b a ta lla d e s p u é s de
en El hombre que rió de Victor Butor ( 1956), donde el protago­ una pluralidad de lecturas. fin g ir q u e se retira b an co n toda
Hugo (1869). Encontram os su nista pasa un año en una ciu­ —» A R IA D N A , D É D A L O , M IN O S , su flo ta.
eco en E l gra n M eaulnes de dad inglesa sin salir de ella, o M 1N O TA U R O , T E S E O . L a o c o o n te , q u e h ab ía arro­
Alain Fournier (1913). donde también en Ixi vida, instruccio­ ♦ Icón. M uchas monedas cre­ j a d o u n a ja b a lin a c o n tr a los
el itinerario iniciático del pro­ nes d e uso, de G eorges Perec tenses (Sala d e las M edallas, fla n c o s d e l g ig a n te s c o anim al
tagonista aparece representado (1978), donde el laberinto es re­ París) y m osaicos representan re v elan d o a s í q u e estaba hueco,
en el largo peregrinaje que le presentado a la vez por un in­ el Laberinto con o sin el Mino- s e o p u s o a q u e fu e ra in tro d u ­
conduce al T erritorio M iste­ m ueble parisino habitado por tauro. c id o e n el re c in to d e la ciu d ad

www.FreeLibros.me
LA PITA S 270 271 LATINO

al c a b a llo . P a ra n o in c u r r ir en c o n la v ic to ria d e e sto s últim os. ♦ Lengua. El termino designa


la s ira s d e lo s I n m o r ta le s , se M ás ta rd e , sin e m b a rg o , se ría n en singular un fogón bajo dis­
a p re s u ra ro n a in tro d u c irlo d e n ­ v e n cid o s p o r H eracles", q u e h a­ puesto para cocinar. Empleado
tro d e la s m u ra lla s d e la ciu d ad , b ía a c u d id o e n a y u d a d e l rey en plural y en sentido figurado,
p r e c ip ita n d o a s í la r u in a d e d o rio E g im io , v e c in o d e lo s la- la palabra lares designa a ve­
T ro y a. p ita s , a q u ie n e s e s to s a m e n a ­ ces la casa propia fam iliar u
zab an . hogar («volver a sus lares»),
♦ Icón. Laocoonte, mármol de —> CENTAUROS.
tres escultores d e R odas, se­ LATINO
gunda m itad del siglo n a. C., ♦ ¡con. -> CEN TA U RO S. R ey d e l L acio y h éro e' epó-
V aticano; Francesco Hayez, n im o d e lo s la tin o s lig ad o a los
Laocoonte, 1812, M ilán; Dalí, LARES o r íg e n e s tr o y a n o s d e R om a.
L aocoonte ato rm en ta d o por D iv in id a d e s ro m a n a s d e C u e n ta n q u e a L atin o se le ap a­
las m oscas, 1965, colección o rig e n e tr u s c o p r o te c to r a s d e re c ió la s o m b ra ' d e su p ad re
privada. las e n c ru c ija d a s y lo s h o g a res. F a u n o 1 p a ra aco n sejarle qu e ca­
—>T R O Y A . L o s L a re s, e n o c a sio n e s a s im i­ s a r a a s u ú n ic a h ija , L a v in ia .
Grupo escultórico helenístico del Lao- lad o s a d io ses" in fe rn a le s, c a re ­ c o n u n e x tr a n je r o q u e p ro n to
coonte. Roma. Museo del Vaticano LAPITAS c e n d e h e c h o d e e tim o lo g ía a p a re c e ría , y le a n u n c ió q u e d e
L o s la p ila s e ra n u n p u eb lo p re c isa y d e m ito lo g ía p ro p ia ­ tal u n ió n n a c e ría u n a raza qu e
y a c o n se jó q u e m a rlo . P e ro d o s d e T e s a lia , re g ió n s itu a d a al m e n te d ic h a . S o n s im p le m e n te re in a ría so b re e l m u n d o entero.
se rp ie n te s m o n s tru o s a s s u rg ie ­ n o rte d e G re c ia e n la q u e se en ­ d iv in id a d e s v in c u la d a s a u n lu ­ C u a n d o E n e a s' d e se m b a rc ó en
ro n d el m a r y a te rra ro n c o n sus c o n trab an b o y ero s q u e pastorea­ gar. E n e ste sen tid o v e lab a n p o r Ita lia , L a tin o c o m p re n d ió q ue
a n illo s a lo s d o s h ijo s d e L ao - b a n a c a b a llo , q u e d ie r o n o ri­ el a g e r ro m a n a s, « lo s c a m p o s
c o o n te , asfix iá n d o lo s, a s í c o m o g e n a la le y e n d a d e lo s c en ta u ­ c u ltiv a d o s d e R o m a » . E l L a r
a su p ad re, qu e h ab ía c o rrid o en ro s '. Ix ió n , y m á s ta rd e su hijo f a m ilia r is e r a e l p r o te c to r d e l
su a y u d a . A q u e lla s s e r p ie n te s P ir íto o , e l a m ig o d e T e s e o ', á m b ito f a m ilia r, e s d e c ir , d e
h a b ía n s id o e n v ia d a s p o r fu e ro n re y e s d e lo s la p ita s, que toda la fa m ilia , ta n to las p e rso ­
A p o lo , f u r io s o c o n tr a L a o c o - se c o n s id e ra b a n d e sc e n d ie n te s n as lib re s c o m o lo s e s c la v o s .
o n te p o rq u e e s te h a b ía p r o f a ­ d e l d io s flu v ia l P c n e o . E n el Los L a re s c o m p íta le s p ro teg ían
n a d o su te m p lo a l u n ir s e a su b a n q u ete d e b o d as d e P irítoo, el las e n c r u c ija d a s , lu g a r d e e n ­
e s p o s a a lo s p ie s d e la e s ta tu a jo v e n re y in v itó a s u s h e rm a ­ c u e n tro s p o r ex c e le n c ia .
d iv in a . L o s tro y a n o s , e s p a n ta ­ n a s tro s lo s c e n ta u ro s , p e ro e s­ E n R o m a s u c u lto e r a m u y
d o s p o r e s ta s m u e r te s y e n g a ­ to s se e m b o rra c h a ro n e intenta­ p o p u la r. S e le s re p r e s e n ta b a
ñ a d o s p o r u n e s p ía e n e m ig o , r o n r a p ta r a la n o v ia y a las c o m o a d o le s c e n te s , v e s tid o s
in te rp re ta ro n , s in e m b a r g o , el re s ta n te s in v ita d a s , d e se n c a d e ­ El rey Latino da en m atrimonio a
co n u n a c o r ta tú n ic a y s o s te ­ su hija Lauinia a Eneas, ilustración
p r o d ig io c o m o u n c a s t ig o d i­ n a n d o e l c é le b re c o m b a te entre n ie n d o u n c u e rn o d e la a b u n ­ de un códice medieval conservado
v in o p o r h a b e r o s a d o o p o n e rs e c e n ta u ro s y lap ita s q u e term inó dancia. en la Biblioteca Vaticana de Roma

www.FreeLibros.me
LATONA 272 273 LETE

la p re d ic c ió n se re alizab a. Pero p o r la p a sió n , le ra p tó y se unió L a v e rs ió n m á s e x te n d id a , ginalcs perdidos), por Correg­


Ju n o", q u e o d ia b a a E n eas, d e ­ a é l. C r is ip o te rm in ó su ic id á n ­ sin e m b a rg o — so b re to d o en la gio (siglo xvi. Berlín), Tinto-
s e n c a d e n ó la g u e rr a e n e l p a ís d o s e y P é lo p e m a ld ijo a L a y o , é p o c a c lá s ic a y a trav é s d e E u­ re lio (siglo xvi, Florencia), el
d e s p e n a n d o lo s c e lo s y la c ó ­ m a ld ic ió n q u e a c a r r e a r ía su ríp id es— , h a c e d e L ed a la v e r­ Veronés (siglo xvi, Dijón). Ru­
lera en el co razó n d e T u rn o , rey d e s g r a c ia y la d e su s d e s c e n ­ d a d e ra m a d re d e H e le n a . L ed a bens (imitación del cuadro per­
d e lo s ró tu lo s , q u e p re te n d ía d ie n te s. se h a b ía u n id o la m ism a n o ch e dido de M iguel A ngel, siglo
ta m b ié n la m a n o d e L a v in ia . a su e s p o s o T in d á re o y a Z e u s, xvn, Dresde), Boueher (1742.
L a tin o p e rm a n e c ió a p a ñ a d o de LEDA q u e ta m b ié n se le h a b ría a p a re ­ Estocolm o). G ustave Moreau
e sta g u e rra , p e ro a la m u erte d e H ija d e T e s tio , re y d e E to- c id o b a jo la fo rm a d e un cisn e , (m uchas versiones, la de 1875
T u rn o selló la p az e n tre su pu e­ lia , y e s p o s a d e T in d á re o , rey s ie n d o f e c u n d a d a p o r a m b o s . en París).
b lo y el d e los tro y a n o s. d e E s p a rta , d e b e su c e le b rid a d L le g a d o e l m o m e n to . L e d a
- > ENEAS. a s u s a m o r e s c o n Z eus*. E s la p u so u n h u e v o — o d o s , se g ú n LEMURES
m a d re d e lo s D io sc u ro s", C a s ­ a lg u n o s a u to r e s — d e l q u e n a ­ E ra n , en R o m a , los fa n tas­
♦ Lit. Existen diversas leyen­ to r y P ó lu x , d e H e le n a ' y de c ie ro n d o s p a re s d e g e m e lo s , m as d e los m uertos. Al llegar la
das sobre la genealogía de La­ C lite m n e s tra ”. C á s to r y P ó lu x , p o r u n a p a rte , n o c h e p o d ía n re to rn a r a la
tino y sobre sus aventuras con L a c o n c e p c ió n d e s u s hijos y C lite m n e s tr a y H e le n a , p o r tie rra , b a jo la a p arien cia d e ani­
Eneas, pero la más conocida es d io lu g a r a d iv e rso s re la to s, en o tra . P e ro m ie n tr a s C a s to r y m a le s , p a ra e s p a n ta r y a to r­
la versión que ofrece V irgilio p a rtic u la r en lo q u e se refie re al C lite m n e s tr a e ra n lo s h ijo s m e n ta r a los v iv o s. L os L ém u ­
en el canto VII de la Eneida. n a c im ie n to d e H e le n a . S eg ú n « m o rta le s » d e la p a r e ja re a l, re s se id en tificab an a veces con
* Icon. El episodio de la pre­ a lg u n a s v e rsio n e s, H elen a sería P ó lu x y H e le n a e ra n e l fru to las L arv as, los L a re s' y los M a­
sentación d e Lavinia a Eneas e n realid ad h ija d e N ém esis*, la « d iv in o » d e la u n ió n d e Z e u s nes".
fue ilustrado en un códice me­ d io s a d e la J u s tic ia d iv in a , y con L eda.
dieval conserv ado en la B i­ Z e u s , e l c u a l la s e d u jo b a jo la ♦ Lengua. Un lém ur &s el es­
blioteca V aticana d e Roma. a p a r ie n c ia d e u n c is n e , m ien ­ ♦ ic ó n . El huevo d e Leda. pectro de un muerto, aunque se
tra s q u e la d io s a a su v ez se ha­ co p a griega, siglo tv a. C.. suele utilizar más en la forma
LATONA b r ía m e ta m o r fo s e a d o e n oca. Bonn, Boston, C olonia. Lou­ plural. La palabra designa tam­
N o m b re ro m a n o d e —> P o co d e sp u é s d e u n irse al señor vre; D alí, Leda atóm ica i El bién a unos pequeños mamífe­
LF.TO. d e los dioses*, N é m e sis p u so un huevo in m o rta l d e Leda su s­ ros tropicales de vida esencial­
h u e v o y lo a b a n d o n ó , sien d o pendido en el espacio), retrato mente nocturna y aspecto un
LAYO re c o g id o m á s ta rd e p o r u n pas­ de su m ujer y musa. Gala. tanto espectral, características
R e y d e T e b a s ' y p a d re d e to r q u e se lo lle v ó a la re in a de 1949. colección privada. La ambas a las que deben su nom­
E d ip o , q u e le m a tó sin s a b e r el E s p a rta . D e a q u e l h u e v o , que aventura de Leda con Zeus-Jú- bre.
v ín c u lo de sa n g re q u e le s unía. L e d a h a b ía g u a rd a d o en un co ­ p i t e r ha sido inm ortalizada
S ie n d o h u é s p e d d e l rey P é- f r e c illo , n a c ió u n a b e llísim a m uchas veces: en la A ntigüe­ LETE / LETEO
lo p e ", en su ju v e n tu d , s e e n a ­ n iñ a a la q u e L e d a h iz o p asar dad (Florencia. V enecia, M u­ L ete, c u y o no m b re significa
m o ró de C ris ip o , u n o d e los h i­ p o r su p r o p ia h ija , d á n d o le el seo Capitolino), por Leonardo « o lv id o » , e ra u n a d iv in id ad na­
j o s d e su a n fitrió n . D o m in a d o n o m b re d e H elena. da Vinci y Miguel A ngel (ori- c id a d e B rid e ' (la D isc o rd ia ),

www.FreeLibros.me
LE TO 274 275 UCAÓN

c o n c e b id a c o m o u n a a b s tr a c ­ d e c arácter patológico, que to s , s e d e jó c o n m o v e r — o s o ­ LEUCÓTEA


c ió n , y h e rm a n a d e H ip n o " (el puede se r síntom a d e varias b o rn a r— y a li v ió a la d e s g r a ­ N o m b re a d o p ta d o p o r —>
S u e ñ o ) y T á n a to " (la M u e rte ). enfermedades nerviosas, infec­ ciad a . A rte m isa fu e la p rim e ra in o d e s p u é s d e h a b e r sido
U n río d e lo s In fie rn o s ' llev a b a ciosas o tóxicas. En sentido fi­ en v e n ir al m u n d o y a y u d ó a su tra n sfo rm a d a en u n a n ereid a'.
su n o m b r e ( L e tc o ) y e n su s g urado, indica un estad o de m adre a p a rir a A p o lo .
a g u a s tr a n q u ila s la s a lm a s d e abatimiento y total ausencia de S e c o n ta b a ta m b ié n q u e LICAÓN
lo s m u e rto s b e b ía n el o lv id o d e v italid ad , y tam bién es sinó­ L e to , p a r a d a r a lu z , tu v o q u e R e y d e la m ito lo g ía g rieg a
su v id a te rre stre . E n la s d o c tri­ nim o de sopor o m odorra. De hu ir del p aís d e lo s hiperbóreos", q u e p r a c tic a b a s a c r ific io s h u ­
n as q u e p o s tu la b a n la re e n c a r­ él deriva el adjetivo letárgico. d o n d e v iv ía , a d o p ta n d o la a p a ­ m an o s. L icaó n e ra rey de A rca­
n a c ió n , la s a lm a s , p u rific a d a s En zoología se utiliza esta pa­ rie n c ia d e u n a lo b a (lu k o s en d i a ’ y te n ía c in c u e n ta h ijos ha­
d e su s a n tig u a s m a n c h a s d e s ­ labra para significar el tiempo g riego), lo q u e e x p lic a ría el e p í­ b id o s d e d iv e r s a s m u jeres.
p u és de u na e sta n c ia m á s o m e ­ en que alg u n o s anim ales per­ te to d e lic ó g e n e s o « n a c id o d e T a n to e l re y c o m o su s h ijos
n o s la rg a en lo s In f ie rn o s , b e ­ m anecen en in actividad y re­ u n a lo b a » q u e fre c u e n te m e n te e ra n re p u ta d o s p o r su im p ie ­
b ía n s u s a g u a s p a r a p e rd e r poso absoluto. se a ñ a d e a l n o m b re d e A p o lo . d a d . L a le y e n d a d ic e q u e L i­
to d o s los re c u e rd o s d el m u n d o L e to fu e m u y q u e r id a p o r c a ó n h a b ía s a c r ific a d o a un
s u b te rrá n e o , q u e ib a n a a b a n ­ LETO sus h ijo s , q u e s ie m p re v e la ro n n iñ o s o b r e e l a lta r d e Z e u s , o
d o n a r p a ra e n tr a r e n un n u e v o H ija d e l t i t á n ’ C e o y d e la p o r e lla . P a ra v e n g a rla c a stig a ­ b ie n q u e h a b ía d a d o a c o m e r la
c u e rp o . E n e l c a n to V I d e la titá n id e F e b e , e s la m a d r e de ron a N íobe* y a b a tie ro n al g i­ c a rn e d e u n n iñ o a Z e u s , qu e
E n e id a , E n eas* d iv is a e n la s A p o lo " y A rte m isa " , c o n c e b i­ g a n te T itio , q u e h a b ía q u e rid o h a b ía v e n id o a p e d irle h ospita­
a m e n a s o r illa s d e l L e te o u n a d o s d e Z e u s". S u s a m o r e s con v io la rla (—> n í o b e ). L o s ro m a ­ lid a d d is fra z a d o d e cam pesino,
m u ltitu d d e a lm a s p a re c id a s , e l a m o d e l O lim p o " d e sa ta ro n nos la lla m a ro n L a to n a . p a r a v e r si re a lm e n te e r a un
d ic e V irg ilio , a a b e ja s lib a n d o la ira d e la c e lo s a Hera*, q u e in­ d io s . Z e u s , h o rro riz a d o , fu l­
la s flo re s d e la s p r a d e r a s y r e ­ te n tó e v ita r el p a rto . L eto buscó ♦ ¡can. Los artistas han ilus­ m in ó c o n su s ra y o s a L icaó n y
v o lo tean d o con su s z u m b id o s a e n v a n o u n lu g a r d o n d e d a r a trado generalmente el episodio a s u s h ijo s o , se g ú n o tra le ­
la lu z se re n a d el v eran o . S u p a ­ lu z a lo s g e m e lo s d iv in o s, pero en el que Latona transforma en y e n d a , los tra n sfo rm ó en lobos.
d re A n q u is e s le m o s tró e n tr e tie rra s y lla n u ra s h u ía n d e ella. ranas a los cam pesinos que la E ste m ito e s tá re la c io n a d o con
a q u e lla m u c h e d u m b r e a lo s In c lu so lo s h o m b re s la rech aza­ habían rechazado: Rubens. si­ lo s s a c r if ic io s h u m a n o s q ue
d esc e n d ie n te s su y o s, q u e serían b a n , te m e ro so s d e H e ra , y Leto glo x v n , M unich; A güero, p ra c tic a b a n lo s a rc a d io s en ho­
los h é ro e s ' d e la fu tu ra R o m a ’. lo s c o n v ir tió e n ra n a s . S o lo la sig lo x v n , M adrid, M useo n o r a Z e u s L ic e o (d e l m o n te
H oy puede verse e n la región is la d e s ie r ta y e r r a n te d e O rti- del Prado; herm anos M arsy, L ic e o , m o n ta ñ a d e A rc a d ia
d e T eb as" un río q u e lle v a el g ia c o n s in tió e n a c o g e rla , y fuente de Latona en Versalles, d o n d e te n ía c o n s a g r a d o un
nom bre d e L eteo, p ero su s aguas c o m o re c o m p e n sa fu e fija d a al siglo XVII. tem p lo ).
han p e rd id o el v a lo r m ítico. su e lo y to m ó el n o m b re d e Dé­
lo s, « la b rilla n te » . L o s dolores
♦ Lengua. El térm ino letargo d el p a rto d u ra ro n n u e v e d ía s y
designa un estado de som no­ n u e v e n o c h e s . F in a lm e n te , la
lencia profunda y prolongada. d io s a Ilitía, q u e p re s id e los par­

www.FreeLibros.me
MACISTO
M ció de la justicia; en esta cinta
L a m ito lo g ía g rie g a c o n o c e debe arrancar a la joven Cabina
a u n M a c is to , h e rm a n o d e de las garras de los pérfidos car­
F rixo y Hele* y c o m o e llo s hijo tagineses durante la segunda
del re y d e T e b a s ' A ta m a n te . El guerra púnica. M ás larde, se
p e rs o n a je , sin e m b a r g o , d e b e convertirá en el atlético prota­
su « in m o rtalid ad » so b re to d o al gonista de toda una serie de
c in e , q u e h a c re a d o o tr o M a- aventuras fantásticas y scudo-
cisto , u n h é ro e ' s u p u e s ta m e n te m itológicas — no menos de
m ític o y d o ta d o d e u n a fu e rz a quince títulos entre 1915 y
so b re h u m an a cu y a s h a z a ñ a s n o 1920— de las que citaremos,
dejan d e re c o rd a r las d e H ércu ­ entre las más recientes; Macisto
les*. L o m e n cio n am o s aq u í, p o r nella térra dei ciclopi, de Anto­
ta n to , s o lo a títu lo d e c u r io ­ nio Leonviola (1961); Puños de
sidad. hierro, de Giacomo Gentilomo
- » V E L L O C IN O O H O R O . (1961); M acisto contra los
monstruos, de Guido Malatesta
♦ C in. El M acisto cinem ato­ (1962); M acisto alpino, de
gráfico. pura invención del rea­ G uido Brignone (1916), M a­
lizador italiano G iovanni Pas- cisto a ll inferno, de Riccardo
trone. aparece en Cabiria Preda (1962); M acisto contra
(1913) com o un esclavo gigan­ los hombres de piedra, de Gia­
tesco — interpretado por un com o Gentilomo (1964).
descargador d e m uelles de
«hercúlea» musculatura— que. MANES
defendido por un general ro­ S eg ú n la creen cia rom ana en
mano, pone su fuerza al servi­ la su p erv iv en cia del s e r hum ano

www.FreeLibros.me
M ARA TÓ N 278 279 MARTE

d e s p u é s d e la m u e r te , lo s M a ­ U n a v e z m u e r to E p o p e o , lo largo de la historia del arte:


n es eran u n as d iv in id a d e s in fe r­ v o lv ió a s u p a tr ia re u n ie n d o vaso griego, 450 a. C.. Berlín;
n ales q u e rep resen tab an a las a l­ b a jo su p o d e r a S ic ió n y C o- esculturas del período helenís­
m a s d e lo s m u e rto s . S u a p e la ­ rin to , la s c iu d a d e s q u e llev an el tico (copias en el Louvre. en
c ió n es u n a a n tífra s is (c o m o la n o m b re d e su s d o s h ijo s. Estam bul); Rafael, Triunfo de
d e la s e rin ia s "). p u e s m a n ís e s A p o lo sobre M arsias. Roma;
u n a a n tig u a p a la b ra la tin a q u e ♦ Lengua. En el año 490 a. C. Tiziano, 1570, Kromcriz; Jor-
s ig n ific a « b e n é v o lo » . F.ra u n a tuvo lugar en los alrededores daens, 1650, Amsterdam; Van
fo rm a de h a c e rlo s p ro p icio s. d e la ciu d ad de M aratón una Loo, 1735 (obra de ingreso en
L o s M a n e s e ra n o b je t o d e céle b re batalla q u e lleva su la Academia), Par ís.
c u lto en R o m a. E n un p rin c ip io nombre entre los persas de Da­
se les in m o lab a v íc tim a s h u m a ­ río y los griegos. El triunfo fue MARTE
n a s, c e r e m o n ia lu e g o p e r p e ­ de estos últimos. E s te d io s , m u y a n tig u o en
tu a d a p o r e l rito fu n e r a rio d e El m aratón, prueba deportiva R o m a , e r a la d iv in id a d d e los
lo s g la d ia d o re s . S u n o m b re de resistencia incluida en los c o m b a te s , d e la p rim a v e ra
a p a re c e s o b re to d o e n la s lá p i­ Juegos O lím picos desde 1890, Rafael, Triunfo d e Apolo sobre Mar­ (c o m o a te s tig u a el n o m b re d e
d a s se p u lc ra le s b a jo la in s c rip ­ es una carrera pedestre de sias. Roma, Museo del Vaticano u n m e s , m a rz o ) y d e la ju v e n ­
c ió n D .M ., q u e s ig n if ic a D is 42,195 km de longitud. Tiene tu d q u e , e n e s ta e s ta c ió n , p ar­
M a n íb u s ( « a lo s d io s e s M a ­ su origen en la carrera que hizo rostro c u a n d o to c a b a e l in s tru ­ tía d e n u e v o a la g u e rr a . E ra
n e s» ). L a s tu m b a s , e n e f e c to , un soldado griego, participante m ento. N a d a m á s te n e rla e n su o b je to d e u n im p o rta n tís im o
e sta b a n b a jo su p ro te c c ió n . en la batalla de Maratón, hasta p o d er, M a r s ia s p ro v o c ó a c u lto y fo rm a b a , ju n to a J ú p i­
Atenas, para com unicar la vic­ A polo ja c tá n d o s e d e to c a r m e ­ ter* y Q u ir in o ', la p rim e ra trí­
♦ L en g u a . La palabra m anes toria de sus com patriotas. La jo r q u e é l. E l o rg u llo d e l im ­ a d a d iv in a ro m a n a . E n un te m ­
designa a las alm as de los d istancia recorrida por este p ru d e n te M a r s ia s fu e d u r a ­ p lo d e R o m a s e c o n s e rv a b a n
muertos consideradas com o vi­ hombre fueron esos 4 2 ,195 km. m ente c a s tig a d o . E l d io s se d o c e e s c u d o s , u n o d e los c u a ­
vas en el más allá: invocar los T ras com unicar la victoria, m o stró d is p u e s to a c o m p e tir le s , m e z c la d o c o n o n c e ré p li­
m anes ele los antepasados. cayó muerto de cansancio. con M a r s ia s , p e ro d e s p u é s d e c a s id é n tic a s , s e d e c ía q ue
♦ Lit. Pausanias. Descripción d e rro ta rlo s e v e n g ó d e l v ie jo p e rte n e c ía al d io s y c o n stitu ía
MARATÓN d e Grecia. I. II. sátiro* s u s p e n d ié n d o lo d e u n u n a e s p e c ie d e ta lism án tu telar
H ijo d e E p o p e o , re y d e S i- pino y d e s p e lle já n d o lo vivo. d e la c iu d a d . E n e l lla m a d o
c ió n . S ie n d o y a u n h o m b r e M ARSIAS « C a m p o d e M a rte» , llan u ra sa­
a d u lto , a b a n d o n ó su p a ís p a ra E ste sileno* frig io tu v o una ♦ Icón. El castigo de Marsias. g ra d a s itu a d a fu e ra d el recin to
h u ir d e un p a d re d e s p ó tic o y m u e r te a tr o z a m a n o s de debido a las posibilidades a r­ s a g r a d o d e R o m a , d e s fila b a n
v io le n to , s e d ir ig ió a l A tic a y A polo". M arsias h a b ía recogido tísticas q u e ofrecía (la expre­ la s tro p a s arm a d a s.
a llí se e s ta b le c ió e n la c iu d a d la fla u ta d e d o s tu b o s q u e Ate­ sión atorm entada del rostro, el L o s an im a le s q u e le estaban
q u e lle v a su n o m b r e , d o n d e n e a ' h a b ía a rro ja d o le jo s d e sí, c uerpo retorcido p o r el supli­ c o n sa g ra d o s e ra n el picam ade­
in s titu y ó la s p rim e ra s ley es. ir rita d a a l v e r d e s f ig u ra d o su cio), reaparece una y otra vez a ro s o p á ja r o c a rp in te ro y la

www.FreeLibros.me
M EDEA 280 281 m edea

loba, lo qu e p o sib lem en te sea el te rn a e s n ie ta d e H e lio ', el Sol, h o rr e n d o p a r a fa v o r e c e r la


orig en d e la le y e n d a q u e le atri­ y so b rin a d e la h e c h ic e ra C irc e ' h u id a d e lo s A rg o n a u ta s e im ­
b u y e la p a te rn id a d d e R ó m u lo y d e P asífae", la e s p o s a d el rey p e d ir q u e lo s n a v io s d e s u p a ­
y R e m o . S e le a s im iló al A res c re te n se M in o s . L a ley en d a , de d re E ete s, la n z a d o s e n p ersec u ­
g rie g o , c u y a m ito lo g ía a d o p tó , h e c h o , a trib u y e a la s tre s m u je ­ c ió n d e lo s fu g itiv o s , d ie ra n
p a rtic u la rm e n te e n lo re la tiv o a re s e l m ism o d o m in io so b re las a lc a n c e al A rg o ". d e s p e d a z ó a
s u s re la c io n e s c o n V enus* - a rte s m á g ic a s . M e d e a d e s e m ­ su p ro p io h e rm a n o , a l q u e h a ­
A fro d ita ". E n é p o c a d e A u ­ p e ñ a u n p ap el e sen c ia l en el ci­ b ía e m b a r c a d o c o n s ig o c o m o
g u sto . u n o y o tra se c o n v ie rte n c lo d e lo s A rg o n a u ta s* : s u p a­ re h é n , y a rr o jó s u s p e d a z o s al
e n d iv in id a d e s tu te la r e s d e l s ió n p o r Ja só n * y la s c o n s e ­ m ar, o b lig a n d o a s í a su p a d re a
p u e b lo ro m a n o . c u e n c ia s fu n e stas q u e d e e lla se d e te n e r la p e rse c u c ió n p a ra r e ­
— > A F R O D IT A , R O M A (F U N D A ­ d e r iv a r o n la c o n v ie r te n e n el c o g er u n o a u n o los resto s d e su
C IÓ N D E ). tip o d e la m u je r fatal, tra id o ra a h ijo m e n o r c o n e l fin d e trib u ­
su p a d re y a su p a tria , a b a n d o ­ ta rle s h o n ra s fú n e b re s. P o r ú l­
♦ L engua. El in a n e s es «el n a d a p o r el a m a n te al q u e había tim o , c o n s ig u ió a n iq u ila r c o n
día de M arte» (M o n is d ie). y s a lv a d o — c o m o A ria d n a * por sus a rte s la fu e rz a d e l h a sta e n ­
el adjetivo m arcial significa T eseo*— , p e ro ta m b ié n e sp o sa to n c e s in v e n c ib le T a lo s , el g i­
«belicoso». El m es de m arzo c e lo s a y v e n g a tiv a , te m ib le por g a n te d e b ro n c e q u e M in o s h a ­
recibió su nom bre, d esd e la su s p o d e re s d e h ech ic era. bía p u e sto c o m o cen tin ela en su
A ntigüedad, debido a que la F u e e lla q u ie n a y u d ó a J a ­ isla.
actividad guerrera, que se inte­ s ó n ', d e l q u e se e n a m o ró a pri­ A c a m b io d e s u a y u d a , J a ­
rrum pía durante el invierno, m e ra v is ta , a s u p e ra r to d o s los só n le h a b ía p ro m e tid o el m a ­
solía reanudarse con la prima­ o b stá c u lo s q u e fu e en contrando trim o n io . S e rá la v io la c ió n d e
vera. e n s u c o n q u is ta d e l v e llo c in o este ju r a m e n to lo q u e d e s e n c a ­
El planeta M a n e debe su nom­ d e oro*. S u s u n g ü en to s m ágicos d e n e la tr a g e d ia . C u a n d o p o r Medea, pintura procedente de Her-
bre a su color rojizo, qu e re ­ p ro te g ie ro n al h é ro e d e l resue­ fin Ja só n re g re só a Y o lc o , M e­ culano, Nápoles. Museo Arqueoló­
cuerda al de la sangre. Tanto el llo d e f u e g o d e lo s to r o s que gico Nacional
dea le a y u d ó ta m b ié n a d e s e m ­
nom bre propio de M arcial d e b ía v e n c e r p o r o rd e n d e Ec- b arazarse d e l u su rp a d o r P elias,
com o el de M artin derivan del te s , y e lla m ism a le c o n d u jo al que n o esta b a d is p u e sto a re sti­ El « e x p e rim en to » fracasó y los
nom bre del dios rom ano de la b o sq u e sag ra d o d o n d e e sta b a el tuirle el tro n o q u e le h a b ía arre ­ h a b ita n te s d e Y o lco, h o rro riza­
guerra. v ello cin o , d u rm ien d o lu eg o con b a ta d o a p e s a r d e q u e J a s ó n le d o s p o r el c rim e n , ex p u lsaro n a
♦ Lit. e ¡con. —* a r e s . s u s s o r tile g io s a l te r rib le d ra ­ h a b ía e n tr e g a d o e l v e llo c in o . Ja s ó n y a M e d e a d e la ciudad.
g ó n q u e lo v ig ila b a . D esp u és M edea h iz o c re e r a las h ija s del R e fu g ia d o s e n C o rin to , la
MEDEA d e h a b e r c o n s e g u id o c o n sus u su rp ad o r q u e co n se g u iría n d e ­ p a re ja v iv irá feliz, d u ra n te diez
H ija de E cles, rey d e la C ól- a rte s q u e J a s ó n se a p o d erara volver la ju v e n tu d a su p adre si, a ñ o s. Ja s ó n , sin e m b a rg o , c a n ­
q u id e , re g ió n s itu a d a a o rilla s d e l p re c ia d o tr o f e o , n o dudó d espués d e c o rta rlo en pedazos, s a d o d e M e d e a y v e la n d o e x ­
del m a r N eg ro . P o r la ra m a p a ­ ta m p o c o e n c o m e te r u n crim en los h acía n h e rv ir e n un cald e ro . c lu s iv a m e n te p o r su s p ro p io s

www.FreeLibros.me
M ED EA 282 283 MEDEA

in te re s e s , re p u d ia a e s t a p a ra m a n o E e te s y u s u r p a d o su A sí, C alderón de la Barca, en por E l huésped (1818). Los


p ro m eterse a G la u c e , la h ija del tr o n o . A lg u n a s tr a d ic io n e s s i­ el auto sacram ental El divino A rg o n a u ta s (1819) y Medea
rey c o rin tio C re o n te . E n lo q u e ­ tú a n a M e d e a e n lo s C a m p o s Jasón (segunda mitad del siglo (1820), donde el vellocino apa­
c id a d e c ó le r a y d o lo r , M e d e a E lís e o s ' d e s p u é s d e su m uerte, xvn), convierte al héroe en una rece com o un objeto funesto
fr a g u a u n a te r rib le v e n g a n z a : q u e p e rm a n e c e e n v u e lta e n el figura aleg ó rica del Bien, para aquellos que se apoderan
o frece a G lau ce un v estid o n u p ­ m iste rio . opuesta a la de Medea. que re­ de él y cuyo poder maléfico
c ial q u e a b ra sa in m ed iatam en te — > A R G O N A U T A S , JA S Ó N , VELLO­ presenta la idolatría y el furor solo deja de ejercerse cuando
a su d e s g r a c ia d a riv a l y a l a n ­ C IN O D E O R O . de la pasión. Este dram aturgo es llevado a D elfos, sim boli­
c ia n o C re o n te , q u e h a b ía a c u ­ español vuelve a tratar el lema zando a sí el carácter inaccesi­
d id o a so c o rre r a su h ija ; a co n ­ —> Lit. Eurípides, en su trage­ en Los tres m ayores prodigios ble de lo sagrado.
tin u ació n m ata a su s p ro p io s h i­ dia M edea (4 3 1 a. C .) —en la (segunda mitad del siglo xvu). En el siglo x x se observa una
jo s , d o s n iñ o s h a b id o s d e su q u e se inspirarán m ás tarde Jasón y M edea aparecen en modernización del mito, como
u n ió n c o n J a s ó n . D e s p u é s d e O vidio, en una trag ed ia per­ otras obras teatrales barrocas, en A nouilh. con Medea
c o m e te r e s to s c r ím e n e s , h u y e dida, y luego Séneca, entre 49 com o E l vellocino d e oro ( 1946). donde la hechicera es
e n un c a r r o m á g ic o tira d o p o r y 62 d. C .— . presenta una he­ (1623), com edia de L ope de una bohemia que desafía el or­
d ra g o n es a la d o s, un p resen te d e roína apasionada que descarga V ega, o L o s en ca n to s de M e ­ den establecido, representado
su a b u e lo H elio . su terrible venganza sobre un d ea (1644), tragedia de Rojas por Jasón, o en C urrado A l­
M e d e a se in s ta la e n to n c e s Jasón egoísta y vanidoso, pre­ Zorrilla. En Corneille (La con­ varo. con L a larga noche de
e n A te n a s , d o n d e o b tie n e la o cupado únicam ente por su q uista d e l vellocino d e oro. M edea (1949). donde esta apa­
p ro te c c ió n d el re y E geo*. E ste , pro p io p rovecho: «N o desfa­ 1660), los poderes de la hechi­ rece com o una víctim a del re­
p e rs u a d id o d e n o te n e r d e s c e n ­ llezcas, olvida que estos niños cera dan pie a numerosos efec­ chazo que, com o extranjera,
d e n c ia , p u e s ig n o ra b a e n to n c e s son tu bien más preciado, que tos dram áticos. C orneille, sin provoca en C orinto. viéndose
la e x is te n c ia d e T e s e o ' , s e c a sa tú les trajiste al m undo. Más em bargo, incide en la sole­ em pujada a matar a sus hijos.
c o n la h e c h ic e ra p a ra a s e g u r a r tarde llorarás. Les m atas y sin dad y el sufrimiento de Medea. En general, las ilustraciones li­
la su c e sió n al tro n o . C u a n d o el em bargo les am as. ¡Ay, triste En la tragedia lírica de Marc- terarias del m ito inciden en el
jo v e n re g r e s a a A te n a s p a ra d e m í, d esdichada mujer!» A ntoine C h arp en tier M edea valor sim bólico del vellocino
d a rs e a c o n o c e r, M e d e a in te n ta (Medea, versos 1246-1250). (1693). sobre libreto de Tho- d e oro. que representa el ideal
e n v e n e n a r lo e n v a n o ; E g e o , En la literatura medieval, Me­ mas Corneille, la hechicera ex­ lejano que se conquista a tra­
q u e h a re c u p e ra d o a su h ijo , la d ea ap arece sobre todo como presa igualmente sentimientos vés d e una serie de pruebas,
e x p u ls a d e A te n a s . M e d e a r e ­ la figura d e la m ujer abando­ humanos. pero que el amor puede ayudar
g resa a la C ó lq u id e co n M ed o s, nada. A dquiere un papel más El romanticismo se apodera de a alcanzar. En M edea la en­
e l h ijo q u e h a b ía te n id o c o n im portante a partir del siglo la figura d e M edea y la co n ­ cantadora (1954). José Berga­
E g e o y a l q u e la le y e n d a c o n ­ xvu, mom ento en que la pareja vierte en un ser violento y apa­ ntín realiza una versión libre
v ie r te e n e l a n te p a s a d o e p ó - form ada por Jasón y Medea se sionado, víctim a de la Néme- de la tragedia de Séneca.
n im o de los m e d o s. A llí m a d re convierte a m enudo en el sím­ sis\ La obra más importante es ♦ Icón. M edea aparece a ve­
e h ijo d a rá n m u e r te a P e rs e s , bolo d e una oposición entre la trilogía El vellocino d e oro, ces representada con Jasón
q u e h a b ía tra ic io n a d o a su h e r­ valores o nociones diferentes. de Franz G rillparzer, formada (G ustave M oreau. M edea y

www.FreeLibros.me
M ED U SA 284 285 M ELEAGRO

Ja.«m, siglo xix, Louvre), pero taba representado por la can­ edad a d u lta , d e c id ió lib ra r a su
la m ayoría de las veces se la tante M aría C allas, cu y a be­ p a tria d e e s te to rm e n to y , p a ra
m uestra com o la asesina de lleza hierática contribuye a re­ ello, re u n ió a alg u n o s d e los h é­
sus hijos. U nas veces el c ri­ saltar la de la puesta en escena. roes m á s c é le b re s d e su tiem p o ,
men se com ete ante nuestros —> A R G O N A U T A S . p ro m etien d o al v e n c e d o r la piel
ojos (Mecleu. ánfora griega de y lo s c o lm illo s d el a n im a l. E n ­
C am pania, h. 340 a. C.. M EDUSA tre e sto s h é ro e s s e e n c o n tra b a n
Louvre; D elacroix, M edea f u ­ L a ú n ic a g o rg o n a " q u e era los D io sc u ro s C á s to r y P ó lu x ,
riosa apuñalando a sus lujos, m o rta l. —> g o r g o n a , p e r s e o . Ific le s — e l h e rm a n o d e H e ra ­
siglo xix, Louvre), otras veces c le s — , T e se o \ Jasó n ", L inceo,
la vem os m editando, con a s ­ MEGERA P irítoo, e n tre o tro s, y u n a c a z a ­
pecto en loquecido, antes o U n a d e la s tr e s er in ia s . d o ra, A ta la n ta , d e la q u e M e ­
después del crim en (M edea leagro se h a b ía e n a m o ra d o .
m editando el asesinato d e sus MELEAGRO D esp u és d e q u e el ja b a lí h u ­
hijos, pintura pom peyana, si­ H ijo de E n eo , rey d e los eto- biese a c a b a d o c o n la v id a d e
glo i a. C., Ñ apóles; M edea, lio s d e C a lid ó n , y d e u n a her­ varios d e los h é ro e s p a rtic ip a n ­
pintura de H erculano. siglo i m a n a d e L e d a ', A lte a . C uan d o tes en la c a c e ría y fu e ra h erid o
a. C.. Ñapóles). n a c ió , la s p arcas* v a tic in aro n v arias v e c e s , e n tr e o tr o s p o r
♦ M ús. M arc-A ntoine Char- q u e s u v id a d u ra r ía e l tiem p o A ta la n ta , M e le a g ro c o n s ig u ió Scopas, Meleagro, Roma. Museo
pentier hizo de su ópera Medea q u e tard ase en c o n su m irse un ti­ d arle m u e r te , a d ju d ic á n d o s e del Vaticano
(1693). que describe la ven­ z ó n q u e e n e s e m o m e n to ardía por e ste h e c h o los v a lio so s d es­
ganza de la hechicera, una obra e n e l fu e g o . S u m a d re , alar­ pojos d e l a n im a l, q u e o fre c ió a h ijo y , n o sin m u ch o vacilar en ­
barroca llena de efectos dram á­ m a d a , lo re tiró rá p id a m e n te y, su a m a d a A talan ta. tr e la p ie d a d y e l a m o r de m a­
ticos (evocación de los Infier­ d e s p u é s d e a p a g a rlo , lo guardó E ste g e s to d e M e le a g ro in ­ d re , y el d e se o d e v e n g an za, lo
nos . temblor de tierra, aparición e n u n c o fre p a ra a la r g a r d e esa dignó a sus tíos, los h erm anos de a rro jó al fuego. M u e rto M elea­
de dem onios, destrucción del m an e ra la v id a d e su hijo. Altea, q u e tam bién h a b ía n parti­ g ro , c o n s u m id o p o r un fu e g o
palacio). C herubini com puso E s te h éro e* e s c é le b re por cipado e n la ca c ería y p ensaban in te rio r ab ra s a d o r. A ltea, ab ru ­
una ópera cómica con el mismo h a b e r p articip ad o e n el episodio que si M elea g ro ren u n ciab a a su m a d a p o r la c u lp a y d e sh e c h a
título ( 1797) muy admirada por d e l « ja b a lí d e C a lid ó n » : Eneo, trofeo, e s te le s c o rre s p o n d ía a p o r e l d o lo r , s e d io m u e rte al
Beethoven y considerada como d e s p u é s d e la re c o le c c ió n , ellos p o r s e r lo s p a rie n te s m á s ig u a l q u e C le o p a tra , la esp o sa
la prim era ópera rom ántica. h a b ía o f r e c id o u n s a c r ific io a cercanos. L a a m b ic ió n d e su s d e l h é ro e . S u s d e sc o n s o la d a s
M ilhaud com puso otra ópera to d o s los d io ses" p e ro h ab ía ol­ líos e n fu re c ió a M e le a g ro y les h e rm a n a s, e n tre las q u e se e n ­
con el mismo título (1939). v id a d o a A rte m is a '. E sta, ofen­ dio m u erte a llí m ism o. c o n tra b a D ey an ira, fu eron co n ­
♦ Cin. Pier-Paolo Pasolini re­ d id a , h a b ía e n v ia d o a C alidón A l c o n o c e r la n o tic ia del v e rtid a s en p ájaros.
visó y corrigió la tragedia de c o m o c a s tig o u n m o n s tru o s o trágico fin d e su s h e rm a n o s . E n la U fa d a , s in e m b a rg o ,
Eurípides en su M edea (1969). ja b a l í q u e a s o la b a la co m arca. A ltea, d e s e s p e ra d a , s a c ó el ti­ n o a p a re c e e l e p is o d io del ti­
El papel de la protagonista es­ C u a n d o M e le a g r o a lc a n z ó la zón q u e a se g u ra b a la v id a d e su z ó n . s in o q u e , d e s p u é s de la

www.FreeLibros.me
M ÉN A D ES 286 287 MENELAO

caz a d el ja b a lí, M e le a g ro p a rti­c re te n se M in o s”, e s el h erm an o c a c ió n a su f a v o r d e l a n c ia n o p a ra d e c id ir e l r e s u lta d o del


c ip ó e n la b a ta lla d e su p u e b lo m en o r d e A g am en ó n ' y el es­ T in d á re o , r e c ib e c o n la r g u e z a co n flicto . El g rie g o e stá a punto
c o n tra los c u re te s, en la q u e h a­ p o s o d e H elena". P e rte n e c e por al tr o y a n o P a ris ’, h ijo d e l re y d e m a ta r al tr o y a n o c u a n d o la
b ría d a d o m u e rte a u n o d e su s ta n to a la fa m ilia m a ld ita d e los Príam o*. A p ro v e c h a n d o q u e el d io s a A fro d ita ” in terv ien e para
tíos. S eg ú n esta o b ra , su m u erte A trid as", c u y a s e d d e p o d e r re­ c o n fia d o m a r id o h a b ía p a rtid o sa lv a r a su p ro te g id o y lo trans­
se h a b ría p ro d u c id o e n u n o d e a v iv a e n c a d a g e n e ra c ió n la d e su p a la c io p a ra a c u d ir a los p o rta , e n v u e lto e n u n a nube, de
lo s en fre n ta m ie n to s o b ien se la v e n g a n z a a se sin a . —> a t r i d a s , fun erales d e su a b u e lo e n C reta, v u e lta a su p alac io . M enelao fi­
h a b ría c a u s a d o e l d io s A p o lo ', A g a m e n ó n y M e n e la o , ex ­ Paris ra p ta a H ele n a y la lle v a a g u r a e n tr e lo s g u e rr e ro s q u e ,
q u e a p o y a b a a lo s c u re te s e n la
p u ls a d o s d e M ic e n a s p o r su T ro y a ”, ju n t o c o n u n a p a rte e m b o s c a d o s e n e l c a b a llo de
g u erra. p rim o E g isto , q u e h ab ía m atado m uy c o n sid e ra b le d e l te s o ro de m a d e r a , p e n e tr a ro n e n T ro y a .
A M e le a g ro s e le s itú a a a A tre o y re s ta b le c id o en el M en elao . In v o c a n d o el a n tig u o T o m a d a la c iu d a d , M en e la o
m en u d o en la ex p e d ic ió n d e los tro n o a su p a d re T ie s te s , h er­ ju r a m e n to q u e lo s p re te n d ie n ­ b u s c a a H e le n a p o r to d a T ro y a
A rg o n a u ta s " , y ta m b ié n se m a n o m e n o r d e A tre o , se refu­ tes d e H e le n a h a b ía n h e c h o a h a sta q u e fin alm en te la encu en ­
c u e n ta q u e c u a n d o H e ra c le s g ia n e n E sp arta ju n to al rey Tin- T in d á re o , M e n e la o p id e ay u d a tra e n c a s a d e D eífo b o , un h er­
d e s c e n d ió a lo s I n f ie r n o s ’ se
d á re o , q u ie n le s a y u d a rá a a su h e rm a n o y c o n v o c a a to ­ m a n o d e P a ris , a q u ie n h ab ía
e n c o n tr ó c o n su s o m b ra " y , e x p u lsa r d e fin itiv am en te a Ties­ d o s lo s g r a n d e s j e f e s g rie g o s s id o e n tr e g a d a e n m a trim o n io
a p ia d a d o p o r la h is to r ia d e su te s. L o s d o s h e rm a n o s s e casa­ p a ra v e n g a r la a fr e n ta q u e , s e ­ d e s p u é s d e la m u e rte d e e ste.
tr á g ic a m u e r te , le p r o m e tió a rá n c o n la s d o s p rin c e s a s hijas g ú n é l, m a n c illa e l h o n o r d e M e n e la o , q u e a rd ía e n fu ria
M e le a g ro q u e s e c a s a r ía co n sud e L e d a ’, la e sp o sa d e Tindáreo. toda G re c ia . —> p a r í s . a s e s in a , o lv id a s u s p ro p ó s ito s
h e rm a n a D cy an ira. A g a m e n ó n , q u e h a b ía recon­ M e n e la o p a rtic ip a e n la e x ­ d e v e n g a n z a v e n c id o p o r la b e­
q u is ta d o e l re in o d e M icenas, p e d ic ió n c o n tr a T ro y a c o n s e ­ lle z a d e H e le n a y p o r e l p o d e r
♦ L it. O vidio. M etam orfosis e lig e a C litem nestra* y propone sen ta n a v io s. N o e s é l, sin e m ­ d e A fro d ita . - » h e l e n a .
(siglo i a. C .). libro VIH; Ho­ M en elao a H elen a”, c u y o verda­ bargo, q u ie n o b tie n e e l m a n d o D e sp u é s d e la v icto ria, M e­
mero. litada, IX. d e ro p a d re n o es o tro q u e Zeus-. su p re m o , s in o s u h e rm a n o n e la o se a p re s u ró a re g re s a r a
♦ Icón. Scopas. M eleagro. si­ S ig u ie n d o e l c o n s e jo de A g a m e n ó n , c u y a a m b ic ió n y E s p a rta c o n H e le n a , p e ro les
glo iv a. C ., M useo del V a ti­ U lis e s ’, T in d á r e o im p o n e en ­ habilidad c o rre n p a re ja s c o n su e sp e ra b a un v ia je llen o d e inci­
cano; Rubens, A talanta y M e­ to n c e s u n ju r a m e n t o a lo s nu­ v a len tía . D u ra n te la g u e rr a , e l d e n te s p u e s lo s d io se s" d e la
leagro, antes de 1636, Madrid, m e ro s o s p re te n d ie n te s q u e as­ lím id o y m e n o s o rg u llo s o M e ­ c iu d a d v e n c id a p e rs e g u irá n a
M useo del Prado. p ira n a la m a n o d e la bellísim a nelao, a p e s a r d e su v a lo r c o m o lo s n a v io s c o n su c ó le ra . O b li­
H e le n a : d e b e rá n a c u d ir en g u e rre ro , p e rm a n e c e s ie m p re g a d o a p a s a r p o r E gipto, d onde
MÉNADES a y u d a d e l q u e H e le n a esco ja en un s e g u n d o p la n o , o s c u r e ­ p e rm a n e c ió c in c o a ñ o s acu m u ­
O tro n o m b re d e la s b a c a n ­ c o m o m a rid o , fu e ra e s te quien cido p o r la s o m b ra d e s u h e r ­ la n d o riq u e z a s , M e n e la o llegó
te s ’. —> D IO N IS O , ORI-TIO. fu e re . E l e le g id o e s M enelao. mano y d e h é ro e s ’ m á s b rilla n ­ p o r fin a E s p a rta o c h o añ o s
D e su u n ió n n a c e rá u n a niña, tes. —> A G A M E N Ó N , T R O Y A . d e s p u é s d e h a b e r d e ja d o G re ­
MENELAO H e rm ío n e . D u ra n te e l d é c im o a ñ o d e c ia . L le v ó d e s d e e n to n c e s una
H ijo d e A ire o , re y d e M ic e ­ M e n e la o , c o n v e rtid o en rey h o s tilid a d e s s e o r g a n iz a un e x is te n c ia a p a c ib le ju n t o a su
n a s. y d e A é ro p e , n ie ta d el rey d e E sp a rta d e s p u é s d e la abdi­ d uelo e n tr e M e n e la o y P a ris e s p o s a . D e sp u é s d e su m uerte.

www.FreeLibros.me
M EN TO R 288 289 M ETA M O R FO SIS

a m b o s re c ib ie ro n e l d o n d e la C lilem n estra: M enelao, aun­ n e rv a ' que ha adoptado su a s­ L o s d io s e s so n lo s ú n ico s


in m o rtalid ad y fu ero n tra n sp o r­ q u e in icialm en te se m uestra pecto para g u ia r al hijo de q u e p u e d e n d e c id ir su p ro p ia
ta d o s a los C a m p o s E líse o s”. reticente, accede finalm ente a Ulises. tra n s fo rm a c ió n . Y a e n la O d i­
sa lv a r a su so b rin o y a Elec- T E LÉM A C O , UI.ISES. s e a v e m o s a A te n e a ’ tra n sfo r­
♦ L it. En la llíacla, M enelao tra ” d e la co n d en a a muerte m a rs e en p á ja ro o a d o p ta r la
está vinculado a los orígenes d ecretad a p o r el trib u n al m¡- MERCURIO a p a rie n c ia d e M e n to r'. P ero es
de la g u erra de T roya, figu­ cénico. —> H E L E N A . D io s ro m a n o d e l c o m e rc io Z e u s ' q u ie n a p a re c e c o m o el
rando adem ás en div erso s ♦ ¡con. y M ás. —> h e l e n a . (su n o m b r e s e fo rm a c o n la d io s « d e las m il form as». S u le­
com bates de la cam paña. En ♦ Cin. —> HELENA, 1E1GENIA. m ism a r a íz q u e la p a la b ra y e n d a e s casi ex clu sivam ente el
la tragedia de Eurípides Iftge- TROYA. m erx , « m e r c a n c ía » ) q u e d e s ­ r e la to d e su s m ú ltip le s m e ta ­
nia en A til i d e (406 a. C .). pre­ p u és d e h a b e r sid o a sim ila d o al m o rfo s is e n a n im a l, e n fu erza
siona a A gam enón p ara que MENTOR H e rm e s” g rie g o p a só a se r ta m ­ d e la n a tu r a le z a o e n sim p le
sacrifique a su hija Ifigcnia F ie l a m ig o d e U lis e s ', a bién d iv in id a d p ro tec to ra d e los m o rta l. T o m a la fo rm a d e un
con el fin de g arantizar la sa­ q u ie n el h é ro e ' h ab ía e n co m e n ­ viajero s y m e n saje ro d e los d io ­ c is n e p a ra u n irs e a L e d a ” o la
lida de la flota griega, inm o­ d a d o , al p a rtir p a ra T r o y a ', que ses”. - » H E R M E S . d e u n ra d ia n te to ro b lan co para
vilizada en A ulide. Eurípides, v e la r a p o r s u s in te re s e s , c o n ­ r a p ta r a E u ro p a " y lle v a rla so ­
por otra parte, recoge también f iá n d o le a d e m á s la e d u c a c ió n ♦ Lengua. El miércoles (Mer- b re su lo m o h a s ta C re ta . S e
una versión d iferen te a la le­ d e su h ijo T e lé m a c o '. A te n e a ” curii dies) es el día de Mercurio. p re se n ta an te D án ae \ encerrada
yenda hom érica’ en su trag e­ a d o p tó la a p a rie n c ia d e M entor C on el nom bre de este dios se e n su to rre , c o m o u n a llu v ia de
dia H elena (412 a. C ) , según p a ra a c o m p a ñ a r a T e lé m a c o en bautizó al planeta del sistema o ro q u e a trav iesa u n a g rieta del
la cual Menelao, después de la la b ú sq u e d a d e su p adre. so lar m ás próxim o al Sol y te c h o p a ra c a e r e n el reg azo de
victoria, encuentra a su esposa tam bién a un metal, el m ercu­ la jo v e n . E n c o m p a ñ ía d e H er-
en E gipto, d onde esta habría ♦ L en g u a . Un m en to r es un rio. cuya fluidez evoca la m o­ m es*, s e p re s e n ta b a jo la a p a ­
perm anecido en la m ás abso­ consejero sabio y experim en­ v ilidad del m ensajero de los rie n c ia d e u n sim p le v iajero en
luta castid ad durante d ie c i­ tado. o bien un preceptor. dioses. c a s a d e F ile m ó n y B aucis*. E s­
siete años, m ientras que París, ♦ L it. En la O disea. Mentor ♦ U t. e ¡con. HERM ES. ta s tra n sfo rm a c io n e s, c o m o las
en realid ad , solo habría lle ­ aparece brevemente en el canto d e P ro te o ' o la s d e N ereo", son
vado a Troya una falsa Helena II y A tenea ocupa su lugar en METAMORFOSIS s ie m p re v o lu n ta ria s y, so b re
que la diosa Hera' había crea­ los cantos II, III y IV . E n la m ito lo g ía g r e c o r r o ­ to d o , re v e r s ib le s . P ro te o , p o r
d o a im agen de la verdadera F énelon, en el sig lo x v n , es­ m an a , la m e ta m o r fo s is d e los e je m p lo , d e s p u é s d e h a b e rse
para p reserv ar el ho n o r de la cribe un Telémaco (1699) des­ dioses* o d e lo s h o m b res, e s d e­ tr a n s fo r m a d o e n le ó n , s e r­
esposa de M enelao. P o r ú l­ tinado a la formación del nieto cir, la tra n sfo rm a c ió n c o m p le ta p ie n te , p a n te r a , ja b a lí, a g u a o
tim o. en O restes (408 a. C ) . de Luis X IV , el duque de Bor- de su fo rm a y d e su n a tu ra le z a , á rb o l, re c u p e r a su fo rm a h u ­
Eurípides hace que M enelao y g o ñ a. En esta o b ra concede es un re c u rso c o m ú n a n u m e ro ­ m a n a para resp o n d er a aquellos
Helena regresen a M icenas en un lugar p rivilegiado a Men­ sas le y e n d a s: D a fn is ' tra n s fo r­ q u e , v e n id o s a co n su ltarle, con­
el m om ento en qu e O restes' tor. el pedagogo por excelen­ m ado en ro c a , N arciso* en flor, s ig u e n a p re s a rle a p e s a r d e su
acababa de m alar a su madre c ia . q u e n o e s o tro que Mi­ P roene en ru ise ñ o r, etc. c a m b ia n te a p arie n cia .

www.FreeLibros.me
M E T A M O R F O S IS 291 M ETA M O R FO SIS

in v iern o ...). L a m etam o rfo sis es ♦ U t . En Homero, los dioses


la e x p re s ió n d e u n a re la c ió n se m etam orfosean para inter­
p ro fu n d a del h o m b re co n la n a­ venir en la vida de los hom ­
tu r a le z a y la h u e lla d e l p e n s a ­ bres. particularm ente en el
m ie n to an im ista del h o m b re d e campo de batalla.
los p rim ero s tiem p o s: su im ag i­ La m etam orfosis luc también
n ació n . d e sp e rta d a p o r un d eta ­ objeto de una reflexión filosó­
lle o p o r la c a ra c te rís tic a p a r ­ fica sobre la transmigración de
tic u la r d e u n a p la n ta o u n a n i­ las alm as y la reencarnación.
m al. in v e n ta un re la to p a ra e x ­ A sí. en el Tínico de Platón (si­
p lic a r. p o r e je m p lo , el a s p e c to glo tv a. C .). el prim er naci­
g u e rre ro d e la a b u b illa , c o n su miento del hombre es debido a
la rg o p ic o en fo rm a d e ja b a lin a una acción del demiurgo, pero
Metamorfosis ríe Zeus en un sátiro: grabado de B. Barón sobre el lienzo y su c o p e te . L a m e ta m o rfo s is sus reencarnaciones sucesivas
de Tiziano Júpiter y Antíope. París. Museo del Louvre a p a re c e ta n to e n lo s lla m a d o s dependen únicamente del buen
m ito s e tio ló g ic o s (e s d e c ir, de o mal com portam iento que
E n el c a s o de lo s m o rta le s , v in o a p ed irle h o sp ita lid ad , o el los o rígenes) c o m o el d e N íobe . haya regido la existencia de las
p o r el c o n tr a r io , e l c a m b io d e d e A c lc ó n ”, c o n v e rtid o en c ie r­ c u y o c u e rp o p e trific a d o p u ed e alm as de los individuos; asi.
fo rm a e s im p u e s to : la m e ta ­ v o p o r A rte m isa y d e stin a d o a e x p lic a r la fo rm a d e u n a ro ca: por ejemplo, las aves son la re­
m o rfo sis e s e l s ig n o d e l p o d e r s e r d e v o r a d o p o r s u s p ro p io s c o m o en los m ito s c o s m o g ó n i­ encarnación de hombres sin
d e un d io s irritad o o. en o c a sio ­ p e rro s p o r h a b e r so rp re n d id o a co s: P irra y D e u c a lió n . ú n ico s maldad, m ientras que los im ­
n e s. b e n é v o lo . E s e l p r o c e d i­ la d io s a d e sn u d a . se res h u m a n o s sa lv a d o s d e l d i­ béciles se transforman en rep­
m ie n to d e in te rv e n c ió n d iv in a A llí d o n d e e x is te m iste rio lu v io e n v ia d o p o r J ú p i te r , la n ­ tiles y en gusanos, y los cobar­
m á s c o rr ie n te p a ra v e n g a r la b ro ta el m ito. A hora b ien, la m e­ zan ira s d e s í los « h u e so s d e su des... ¡en mujeres!
m o ra l e s c a r n e c id a , c a s tig a r la ta m o rfo sis se p re se n ta la m ay o ­ m a d re » . G e a . q u e al tra n s fo r­ ü is Metamorfosis tic Ovidio (si­
h ib r is ’ d e lo s o r g u llo s o s o las ría d e las v e ces co m o u n a ex p li­ m a rse en m u je re s y h o m b re s glo 1 a. C’.l. extenso poema de
a fr e n ta s p e rs o n a le s a a lg ú n c a c ió n del m u n d o p o é tic a , pero p e rm itirá n e l s e g u n d o n a c i­ más ríe 12.IKH) hexámetros, reú­
d io s. L a b e n e v o le n c ia m u e v e a ta m b ié n sim b ó lic a y relig io sa, m ien to d e la h u m an id ad . nen los relatos de numerosos
los dio ses, p o r ejem p lo , a tra n s­ c o m o u n a ju s tific a c ió n d e cada El m ito d e la m e ta m o rfo sis mitógrafos griegos en una co ­
f o r m a r a F ilo m e la e n p á ja ro u n a d e las p resen cia s fam iliares s u e le a p a r e c e r p o r ta n to c o m o lección de leyendas etiológicas
p a ra q u e a s í p u e d a e s c a p a r d e q u e ro d e a n al h o m b re : S irin g e un m ito a n tro p o g ó n ic o y g e n é ­ clasificadas cronológicamente
T e re o q u e . d e sp u é s d e v io larla, e s tran sfo rm ad a en (lauta. Toreo sic o (e s d e c ir, re la c io n a d o c o n desde el caos original hasta la
la p e rs e g u ía c o n un h a c h a p ara en a b u b illa . D afn e" en laurel, el n a c im ie n to ) q u e p ro p o rcio n a época de Augusto, incluyendo
m a ta rla . In v e rs o s e r ía e l c a s o q u e d a n d o a s í ju stific a d a 1 1 0 solo al h o m b re u n a re s p u e s ta n o también la del propio César, mc-
d e L ic a ó n '. c o n v e rtid o e n lo b o la e x iste n cia d e e sta p lan ta, sino so lo a los m iste rio s d el m u n d o lam orfoseado en astro. Fin las
por haber dado de com er a ta m b ié n s u s c a ra c te rís tic a s (su q u e le ro d ea, sin o tam b ién al de Metamorfosis o Ei asno de oro
Z eu s carn e h u m an a c u a n d o este b rillan te fo llaje, su resisten cia al su p ro p ia e x isten c ia . de Apuleyo (siglo 11 a. C .i. el

www.FreeLibros.me
292 293 M IDAS
M ETIS

♦ Icón. En E l im perio de m is te rio s d el d io s d e l v in o , y d io s d e la m o n ta ñ a , to m ó p a r­


proceso de transformación es el
Flora. P oussin representa d i­ d e s p u é s d e a g a s a ja rlo d u ra n te tido c o n aires d e suficiencia por
tema central de este relato fan­
versos protagonistas de la obra d ie z d ía s en su p a la c io lo e n v ió e l fla u tis ta . A p o lo , o fe n d id o
tástico: Lucio, apasionado por la
d e O vidio a quienes la muerte d e re g re s o , c o n g ra n d e s h o n o ­ p o r su s o b e rb ia , h izo c recer en
magia, es transformado en asno,
transformará en llores (anterior res, h a s ta D io n is o . E ste , a g ra ­ la c a b e z a d e l m o n a rc a u n as
y será necesaria la intervención
a 1630, D resde). L as M eta­ d e c id o p o r h a b e r re c u p e ra d o a e n o rm e s o re ja s d e asn o . El rey
de la diosa egipcia Isis* para que
recupere su forma primitiva. m orfosis d e O vidio fueron ob ­ su c o m p a ñ e ro , p ro m e tió a M i­ d is im u ló su d e sg ra c ia b ajo una
El mito está siempre presente a je to de m uchas ediciones ilus­ d as h a c e r realid ad c u a lq u ie r d e­ tiara, p e ro tu v o q u e hacer partí­
tradas, una de ellas, por ejem ­ seo q u e le p id iese. c ip e d e su s e c r e to al e sc la v o
lo largo de la historia d e la lite­
plo, por Picasso (1931). M id a s , im p r u d e n te m e n ­ q u e le c o rta b a el c a b e llo , o b li­
ratura, en particular en el ge­
te , e lig ió q u e to d o lo q u e su g á n d o le b a jo p e n a d e m uerte a
nero del cuento m aravilloso o
METIS c u e rp o ro z a se s e c o n v irtie ra en g u a rd a r silen cio . A l c a b o de a l­
fantástico, donde una de las
principales manifestaciones de L a p a la b ra g rie g a m etis. que oro. El rey , lle n o d e a le g ría p ri­ g ú n tie m p o , a p u n to d e re v e n ­
s ig n ific a a la v e z « sa b id u ría » y m e ro a l e x p e r im e n ta r su m á ­ ta r b a jo tan p e sa d a c a rg a , el in­
lo sobrenatural es precisamente
« a s tu c ia » , e r a e l n o m b re d e la g ic o d o n c o n p ie d ra s y p lan tas, fe liz p e lu q u e r o se re tiró a un
la m etam orfosis. E sta puede
p rim e ra e sp o s a d e Zeus*, q u e el no ta rd ó en c o m p ro b a r tam b ién lu g a r a p artad o , e x c a v ó un hoyo
afectar tanto a un objeto inani­
mado — por ejem plo, una cala­ a m o d e l O lim p o * s e trag ó q u e to d o s lo s a lim e n to s q u e e n el su e lo y lu e g o lo v o lv ió a
c u a n d o e s ta b a e n c in ta d e A te­ lle v a b a a su b o c a c o r r ía n la ta p a r d e s p u é s d e c o n fia r a la
baza transformada en la carroza
n e a ”. P re te n d ía Z e u s q u e M etis m ism a su e rte . C o m p re n d ie n d o tie rra su sec reto . P ero , p o r d e s­
de Cenicienta (Charles Perraull,
s e g u ía a c o n s e já n d o le d e s d e su q u e e s ta b a c o n d e n a d o a m o rir g ra c ia , u n as c a ñ a s q ue a llí cre­
C uentos d e antaño. 1667)—
v ie n tre . —> a t e n e a . d e h a m b re y d e s e d , p id ió a n ­ c ía n n o ta rd a ro n en p ro p a la r a
com o a un ser hum ano, la m a­
yoría de las veces transformado g u stia d o a D io n is o q u e le re ti­ lo s c u a tr o v ie n to s la n o ticia:
en animal. En El crotalón (pri­ MIDAS ra se e l d o n fa ta l. D io n is o « E l re y M id a s tie n e o re ja s de
mera mitad del siglo xvt), diá­ M id a s , re y d e F rig ia , e s el a c e p tó y e n v ió a M id a s a p u ri­ b u rro».
logo renacentista de ideas eras- p ro ta g o n is ta d e v a rio s cu en to s fic a rs e a l n a c im ie n to d e l río
p o p u la re s d e c a rá c te r m oraliza- P actólo", c u y a s a g u a s arra stra n ♦ L en g u a . La expresión ser
mistas escrito por Cristóbal de
d o r . S ile n o " , el v ie jo c o m p a ­ d esd e e n to n c e s p e p ita s d e o ro . (parecer) e l rey M idas se
Villalón. uno de los interlocu­
tores. que resulta ser un gallo, ñ e ro d e D io n is o ”, s e se p a ró del L a c o rte d a d d e l re y le a c a ­ aplica a la persona que genera
a le g r e c o r te jo d e l d io s e n una rrearía o tra d e sg ra c ia . C o n m o ­ riqueza con cualquier empresa
relata las aventuras que ha
vivido en sus m últiples m eta­ d e su s h a b itu a le s b o rra c h e ra s y tiv o d e u n a c o n tr o v e rs ia e n tr e que emprende.
s e e x tr a v ió , q u e d á n d o s e luego Pan* y A p o lo ”, en la q u e e l p ri­ ♦ Lit. Herodoto (siglo v a. C.)
m orfosis. Una recuperación
d o rm id o . U n o s c a m p e sin o s fri­ m ero h a b ía o s a d o d e c la ra r q u e recoge la leyenda en su Histo­
particularmente irónica de este
g io s lo e n c o n tra ro n y , despu és la m ú s ic a d e su fla u ta a g re s te , ria (I, VIII). y también Ovidio
m odelo m ítico puede verse en
d e a m a rra rlo co n g u irn a ld a s de la sirin g a , e ra s u p e rio r a la q u e (M etamorfosis, XI) y Virgilio
La m etam orfosis de Kafka
(1915), donde un hum ilde via­ ro s a s, lo lle v a ro n d e e s ta guisa A polo e x tra ía d e su lira. M id as, (Eneida, X ).
jante de comercio despierta un a n te el re y . M id a s lo reconoció, a p e sa r d e la s e n te n c ia fa v o ra ­ ♦ Icón. Poussin, Midas, h.
día transformado en cucaracha. p u e s h a b ía sid o in ic ia d o en los ble al s e g u n d o d e T m o lo , el 1630, Nueva York.

www.FreeLibros.me
M INERVA 294 295 M IN O TA U RO

MINERVA En tipografía, una m inerva es m u erte en S icilia, en u n o d e los


A n tig u a d io s a ro m a n a , una pequeña m áquina de im ­ ju e c e s d e los m u erto s e n los In ­
p ro b a b le m e n te d e o rig e n etru s- prim ir inventada en 1902. po­ fie rn o s", ju n to a E a c o y R a d a-
c o . q u e fo rm a c o n J ú p ite r" y siblemente así bautizada por su m an lis. —> d é d a l o , (c a r o .
Juno la tr ía d a c a p ito lin a . «inteligencia»: el operario que El n o m b re d e M in o s re fle ja
C o m o ta l. e s p r o te c to r a d e se ocupa de ella se denom ina m ític a m e n te la p o te n c ia talaso -
R o m a , p e r o e s . s o b r e to d o , la minervista. c rá tic a c re te n s e q u e , d e s d e el
p a tr o n a d e lo s a rte s a n o s y del ♦ Lit. e ¡con. —>A T E N E A . se g u n d o m ile n io a n tes d e n u e s­
tra b a jo m a n u a l, y a v e c e s ta m ­ tra e ra , se e x te n d ió p o r to d o el
b ié n d e lo s m é d ic o s (M in e r v a M INOS m a r E g e o . El tr ib u to h u m a n o
m ed ica ). M ás ta rd e , fu e a s im i­ R ey d e C re ta , h ijo d e Z eu s q u e C r e ta e x ig ía a A te n a s es
lada a la A ten ea" h e lé n ic a y se y E u ro p a , e sp o s o d e P a síla c y te s tim o n io d el e c o le g e n d a rio
c o n v irtió en to n c e s, a sem ejan z a p a d re d e A ria d n a " y Fedra*. de su p o d e r. —> t e s e o .
s u y a , en s ím b o lo d e l c o n o c i­ P a ra d e m o s tra r q u e lo s d io ses
m ien to y de la sa b id u ría . C o m o esta b a n d isp u e sto s a concederle ♦ Lit. En su evocación de los Teseo dando muerte al Minotauro,
to d o s su s d e se o s , p id ió a Posei- Infiernos. U lises' encuentra a pintura pompeyana. Nápoles. Museo
A tenea, tenía co n sa g ra d o s la le­
Arqueológico Nacional
c h u z a o e l b ú h o y e l o liv o . d ó n q u e h ic ie se s u rg ir d e l mar M inos, «el ilustre hijo de Zeus
T a m b ié n , c o m o a A te n e a , se la un lo r o b la n c o , p ro m e tié n d o le que. con un cetro de oro en la
re p re se n ta b a a rm a d a y c u b ierta q u e lu e g o lo s a c r ific a ría en su m ano, hacía ju s tic ia en tre los e r a A s te r ió n . N a c ió de la
co n c a s c o y co ra z a . h o n o r. P e ro M in o s n o se m os­ m uertos sentado en un trono» u n ió n d e P a sífa e * . e s p o s a del
tr ó m u y d is p u e s to a m a n te n e r (H om ero, O disea, canto XI. re y c r e te n s e M in o s", c o n el
♦ Lengua. Rn la expresión de su p ro m e sa y d e c id ió co n serv ar versos 568 y ss.). p ro d ig io so to ro b la n c o qu e P o­
propia m inerva, el nom bre de al s o b e r b io a n im a l. P o se id ó n , M inos aparece com o ju e z in ­ s e id ó n h a b ía e n v ia d o a l m o ­
la diosa, convertido en nombre fu rio s o , se v e n g ó in s p ira n d o a fernal en la Divina comedia de n a rc a . C u a n d o M in o s d e s c u ­
com ún, equivale a «inteligen­ P a s íla c u n a ir re s is tib le pasión D ante ( 1321). que lo presenta b rió e l n a c im ie n to d e l .M ino­
cia. invención» (con este sen­ p o r el lo ro , del q u e co n c e b irá al transform ado en un terrible ta u r o , lo o c u ltó c o n h o rr o r a
tido. muy fiel por otra parte al M in o tau ro ". d iablo. La supervivencia lite­ to d a s las m ira d a s en cerrán d o lo
espíritu del mito, solo se utiliza La fig u ra d e M in o s, situada raria de su figura aparecerá e n e l L a b erin to * q u e su a rq u i­
en esta locución). e n las f r o n te r a s d e l m ito y la posteriormente ligada a las in­ te c to D édalo* h a b ía c o n ceb id o
Un á rbol de M inerva es un h is to r ia , a p a r e c e c o m o el p ri­ terpretaciones m odernas del al e fe c to : u n a m a ra ñ a d e sala s
olivo y un ave de M inerva un m e r so b e ra n o d e C n o so s al que m ito del L aberinto'. —» l a b e ­ y c o rre d o re s d o n d e to d o aquel
búho. La im agen d e la diosa se a tr ib u y e h a b e r c iv iliz a d o a r in t o , M IN O T A U R O . T E S E O . q u e p e n e tr a b a te r m in a b a p e r­
cubierta con su coraza ha dado lo s c re te n s e s , s o b r e q u ie n e s d id o , in c a p a z d e e n c o n tr a r la
pie a que se llam e m inerva a rein ó co n ju s tic ia y bondad. Sus MINOTAURO sa lid a .
un aparato ortopédico co n ce­ d o te s c o m o le g is la d o r p ru d en ­ M o n stru o " h íb r id o c o n c a ­ C a d a a ñ o lle g a b a n a C re ía
bido para m antener erguida la te y s a b io le v a lie ro n el honor beza d e to r o y c u e rp o d e h o m ­ siete m u c h ac h o s y siete m ucha­
cabeza. d e c o n v e r tir s e , d e s p u é s d e su bre, c u y o v e r d a d e r o n o m b r e c h a s aten ien ses destin ad o s a ser

www.FreeLibros.me
296 297 MOIRA
M IN O TA U R O

lleza m oderna, d e la belleza yana. sig lo i a. C.. Ñapóles. M al. c o n o c ió un g ran é x ito en
p a slo del m o n stru o , trib u to qu e
«convulsiva» a la q u e aspira­ Rodin esculpió un M inotauro lo s ú ltim o s s ig lo s tic la A n ti­
e l p o d e ro s o M in o s h a b ía im ­
ban los surrealistas, imagen de (siglo xix, París) y J.-W . Watts g ü e d a d g re c o rro m a n a y llegó a
p u e sto a la c iu d a d d e A te n a s.
un m undo atorm entado. No lo pin tó 11885. Londres). Un p re s e n ta rs e c o m o u n riv al del
El p rín c ip e a te n ie n s e T eseo *
por casualidad m uchas obras aguafuerte de Picasso, Teseo c ristia n is m o . L a m ito lo g ía mi-
d e c id ió o p o n erse a tal san g ría y
escritas después de la guerra m atando a l M inotauro (1933, tráica, sin em b arg o , se m antuvo
se o f r e c ió p a r a c o m p a r tir la
vuelven a descu b rir, sim u ltá­ París), aborda tam bién el e stric ta m en te irania, sin experi­
s u e rte d e lo s d e s g r a c ia d o s
neamente, la figura de la bestia m ism o tema. m e n tar co n ta m in a cio n es greco­
jó v e n e s co n d e n a d o s a m o rir d e ­
m itológica. En El A leph de ♦ Cin. TESEO. rro m an as, p o r lo q u e no será te­
v o ra d o s . U n a v e z en el L a b e ­
Borges (1949). el Minotauro se nida en cu en ta en estas páginas.
rin to , el h é ro e m a tó al M in o -
ofrece sin resistencia a Teseo. MIRMIDONES
ta u ro y c o n s ig u ió e n c o n tr a r la
com o también en Los reyes de E ra el n o m b re d e un p u eb lo MOIRA / MOIRAS
s a lid a g r a c ia s al o v illo q u e
A r ia d n a ', u n a d e la s h ija s d e Julio Cortázar ( 1949). donde el d e T e s a lia d el q u e A q u ile s ’ fue P e rso n ific a c ió n d el d estino
M in o s y P a sífa e . le h a b ía p ro ­ m onstruo se niega a combatir re y . S e g ú n la le y e n d a , Z e u s q u e p e rte n e c e a c a d a s e r hu­
p o rcio n ad o . y acepta la muerte. Por último, m e ta m o r fo s e ó u n a s h o rm ig a s m an o , seg ú n el lo te d e dich as y
L a le y e n d a d e l M in o la u ro en el T eseo de N ikos Kazant- en h o m b re s p a ra re p o b la r e l te ­ d e s d ic h a s q u e le h a y a c o rre s ­
zakis (1949). de la m uerte del rrito rio te s a lio d e s p u é s d e q u e p o n d id o al azar. E stas div in id a­
e s p o s ib le m e n te el e c o d e un
m onstruo nace un hombre e ste s u f rie r a u n a te r rib le h a m ­ d e s s u e le n s e r re p re se n ta d a s
c u lto c re te n s e al to r o y d e la
p rá c tic a d e s a c r if ic io s h u m a ­ nuevo, que sale del Laberinto b ru n a q u e h a b ía e x tin g u id o c o m o tre s h e rm a n a s q u e , m ás
n o s d u ra n te la é p o c a m in o ic a . en co m pañía de T eseo para p rá c tic a m e n te a su s h ab ita n te s. q u e v elar sobre el d estino de los
crear un m undo mejor. El Mi­ T al s e r ía e l o r ig e n d e lo s m ir­ h o m b re s , v ig ila n q u e e s te se
—> A R I A D N A , T P .S K O .
notauro puede ser tam bién la m id o n es, c u y o n o m b re se re la ­ c u m p la . En su s o ríg e n e s a b s­
imagen del m onstruo que cada cio n a e tim o ló g ic a m e n te co n la tracto s e im p erso n ales, la M oira
♦ Lit. O vidio. M etam orfosis.
ser hum ano lleva en su inte­ p a la b ra g rie g a m y r m e x ( « h o r­ — n o m b re q u e en g rieg o sig n i­
libro VIII. versos 167 y ss.
rior. com o sucede en la obra de m iga»). fic a « la p o rc ió n a sig n a d a » —
Aunque el M inotauro encarnó
Marguerite Y ourcenar ¿Quién e ra ta n in flex ib le c o m o el D es­
durante m ucho tiem po la bes­
tialidad en estado puro, en el no tiene sil minotauro ' ( 1963). ♦ L engua. La palabra m irm i­ tin o ', y to d o s , h o m b re s y d io ­
siglo xx será objeto de una es­ —» L A B E R IN T O , M IN O S , PA SÍF A E . dón se utiliza a veces en la len­ ses*, e s ta b a n so m e tid o s a ella:
pecie de «rehabilitación», en el T U S 1:0.
gua clásica para designar a un n a d ie p o d ía tr a n s g re d ir su ley
m arco de una reflexión sobre ♦ ¡con. Teseo dando muerte al personaje de pequeño tam año sin p o n er en p eligro el orden del
Minotauro es un tema presente o escaso talento. m u n d o . C u a n d o llega «la hora»
el concepto de m onstruosidad
y sus relaciones con la m oder­ en toda la A ntigüedad: vasija d e l D e s tin o , e l p ro p io Z e u s ’
nidad. Desde los años treinta, griega, siglo vi a. C ., Louvrc; MITRA s o lo e s tá a u to riz a d o a re tra sa r
con la publicación de la revista mosaicos romanos: siglo i. Ña­ El c u lto d e e s te d io s d e o ri­ su c u m p lim ie n to , n u n ca a im ­
vanguardista de Skira M ino- póles; finales del siglo m - co­ g en ir a n io , e n v ia d o d e s d e el p ed irlo .
mienzos del siglo tv d. C.. Tú­ cielo p ara ay u d a r a los h o m b res D e las e p o p e y as hom éricas
lauro (1933-1938). se c o n ­
nez. B ardo; pintura pompe- a lu c h a r c o n tr a la s fu e r z a s del se d e sp re n d e la im agen d e una
vierte en el sím bolo d e la b e­

www.FreeLibros.me
M ON STRU O S 298 299 M O N STR U O S

trin id a d c o n d o b le g e n e a lo g ía : — m á s h u m a n o sin d u d a — se M O NSTRUO S CELEBRES NACIDOS DE GE A,


LA TIERRA, Y DE PO N TO , EL OCÉANO
según u na, las tres d io sas serían c o n f o r m a c o n e s c a p a r d e to d a
h ija s d e Z e u s ' y T e m is ” y p o r s u e r te d e s e r e s m o n s tru o s o s C E A + PO N TO

ta n to h e rm a n a s d e la s h o ra s"; q u e s a le n a su p a s o (lo s c íc lo ­
se g ú n o tra, so n h ija s de N icle", pes*, la s siren as", E sc ila , C arib- N e re o T aum as FO R O S + CKTO E ru rib io

la N o c h e , y p e r te n e c e r ía n p o r dis*). El p ro to tip o d e l h é ro e
ta n to a la g e n e ra c ió n p rc o lím - m a ta d o r o d o m a d o r d e m o n s­
E q u id n a 1.udón la s g ru y a s la s g o r g o n a s la s tre s
pica. R e p re se n ta d a s e n lo su c e ­ tr u o s e s , p o r s u p u e s to , H e ra ­ (d ra g ó n g u a rd iá n ( e n tr o e lla s H e s p é rid e s

siv o c o m o tre s a n c ia n a s h ila n ­ cles", q u e d e se m p e ñ a e s e papel T ifó n V tic la s m a n z a n a s M ED U SA ) ( s o lo en

d e o r o d e la s a lg u n a s
d e ra s — C lo to « la h ila n d e r a » , en n u e v e d e su s d o c e trab ajo s, tra d ic io n e s )
\ H e s p é rid o s )
L á q u e s is « la s u e r te » y A tro p o s a lie n d o v e n c e d o r d e su e n ­
«la in flexible»— , m iden la vida f r e n ta m ie n to s u c e s iv o c o n un
d e c a d a s e r h u m a n o d e s d e su leó n , u n ja b a lí, un to ro , a v e s de
n a c im ien to h asta su m u e rte con ra p iñ a, ete. En e ste c a s o se trata P eeaso
C ris u o r
a y u d a d e un s im b ó lic o h ilo d e d e a n im a le s to m a d o s d e la rea­
C erb e ro h id ra Q u im e ra O rtro s
lan a q u e la p rim e ra h ila, la s e ­ lid ad . p e ro a m e n u d o su ca rá c ­
d e L ern a ( p e r r o <lc «lo s c u b e /.
T
(ie rn m e s
g u n d a d e v a n a y la te rc e ra c o rta te r a te rra d o r p ro c e d e d e d iv e r­
llegada «la hora». —» t e o g o n i a . so s e le m e n to s a ñ a d id o s su p er­
L a s m o ira s n o tie n e n m i ­ p u e sto s a su fo rm a o rig in a l. La E s fin g e le ó n d e N e m e a d ra g ó n g u a rd iá n d e l v e llo c in o d e o ro

to lo g ía p ro p ia m e n te d ic h a , s e rp ie n te , q u e o c u p a e n los m i­
sie n d o la tra n s p o s ic ió n im a g i­ to s u n lu g a r p riv ile g ia d o , ha
naria d e u n a co n c e p c ió n filo só ­ d a d o o r ig e n al n a c im ie n to de fiesta b a jo a sp e c to s d iv erso s: el re p re s e n ta d o : a n im a le s c ru z a ­
fic a y re lig io s a d el m u n d o . En u n a s e le c ta v a rie d a d d e d rag o ­ g ig a n tism o (lo s tita n e s . lo s g i­ d o s, c o m o la Q u im era o los gri­
R o m a r e c ib ir á n e l n o m b r e d e nes: ju n to a la h id ra d e Lerna", g a n t e s ) . la fa lla d e a lg ú n ó r­ fo s; c ria tu r a s m ita d h u m a n a s
parcas". u n a se rp ie n te p lu ric c fa la d e le­ g a n o ( c o m o lo s c íc lo p e s , co n m ita d a n im a le s , c o m o las g o r­
tal a lie n to m u e rta p o r H eracles, un s o lo o jo , o las g ra y a s , o b li­ g o n a s , la s h a r p ía s ’, el M ino-
♦ ¡con. —1 P A R C A S . te n e m o s al d ra g ó n q u e m ata g ad as a c o m p a rtir e n tr e las tres la u r o , la E sfin g e ", la s sire n a s,
C a d m o , a l q u e v ig ila e l v e llo ­ su ú n ic o o jo y su ú n ic o d ie n te ) E scila, los cen ta u ro s’... M uchos
M O NSTR U O S c in o d e o ro ; a L a d ó n . e l g u ar­ o. p o r el c o n tra rio , la p ro life ra ­ m o n s tru o s a c u m u la n a p la c e r
L a g e sta del h éro e" a n tig u o d iá n d e la s m a n z a n a s d e o ro de ció n d e e s to s ( C e r b e r o ’ e s un. v a ria s d e e s ta s c a ra c te rístic a s:
llev a aso c ia d a o b lig ato riam en te las H e sp érid es”, etc. A d em ás de p e rro d e tre s c a b e z a s , A rg o s el ab o m in a b le T ifó n es, en este
el tr iu n fo s o b r e u n o o v a rio s las fo rm a s a n im a le s, las formas tie n e o jo s re p a r tid o s p o r to d o se n tid o , un m o d e lo del género.
m o n stru o s: T e s e o m a ta al M i- h u m a n a s p u e d e n p ro p o rc io n a r su c u e r p o , G e r io n e s e s u n g i­ —» ARGONAUTAS, HERACLES, PER-

n o ta u ro . P e rse o a la g o rg o n a ' ta m b ié n a b u n d a n te m ateria g an te c u y o c u e r p o e s tá tr ip li­ SE O , TE O G O N IA .

M e d u s a y al d ra g ó n q u e d e b ía p rim a p a ra se re s m o n stru o so s. c a d o h a sta la s c a d e ra s , lo s h e - S eg ú n cierta s v ersiones más


d e v o ra r a A n d ró m e d a . B elero - —> BESTIA R IO , H ER A CLES, JASÓN. calo n q u iro s tien en c ie n brazos). re c ie n te s , a lg u n o s d e e sto s
fo n te s ' a la Q u im e ra " , U lises* L a m o n s tru o s id a d se mani- El h ib r id is m o e s e l r a s g o m ás m o n s tru o s s e ría n p ro d u c to de

www.FreeLibros.me
M ON STRU O S 300 301 M USA S

m e ta m o rfo sis* : E s c ita y M e ­ bre el M a l. Estos enfrentamien-- g rie g o Hefesto*. L o s latinos d e ­


p o r lo s d io ses" y m á s ta rd e p o r
d u sa . p o r e je m p lo , h a b ría n sid o lo s h é ro e s , s im b o liz a e l e s ta ­ enfrentam ientos del héroe c ía n q u e su no m b re se derivaba
caballeresco y un d e l v e rb o m u lc e o , « ab la n d a r,
b e lla s m u ch ac h as a n te s d e c o n ­ b le c im ie n to d e u n o rd e n m ás
ser m onstruoso serán parodia­ su a v iz a r» , e x p lic a n d o que V ul­
v ertirse e n s e re s a te rra d o re s , la a rm o n io s o y m á s h u m a n o , el
d o s por C ervantes en el Q ui­ c a n o , el d io s d e la s frag u as,
p rim e ra v íctim a d e la v en g a n za tr iu n f o d e la in te lig e n c ia y la
jo te (1605-1615). m o ld e a b a e l h ie rro q u e a b la n ­
d e C ir c e ' (o d e P o s e id ó n " ), la ra zó n so b re las fu e rz a s b ru tales
—> A R C iO , C A R IB D IS , C E R B E R O O d a b a c o n el fuego.
s e g u n d a d e la d e A te n e a ”. S in d e l in s tin to ( o , s e g ú n la in te r­
C E R B E R O , C ÍC L O P E S O C IC L O P E S ,
e m b a r g o , e n su g ra n m a y o ría , p re ta c ió n p s ic o a n a lític a d e los
los m o n s tru o s m ito ló g ic o s son m ito s, la v ic to ria del S u p e r-Y o
E R IN IA S , G IG A N T E S , G 1G ES O M U SA S
G I E S , G O R G O N A , M IN O T A U R O , E stas n u e v e d io s a s” son h i­
c ria tu r a s n a c id a s d e la T ie r r a s o b r e e l E llo ). El C o s m o s d e ­
PO L 1I-E M O , S IR E N A S . j a s d e Z e u s ” y M n e m ó sin e ,
(G e a ) e n lo s p rim e ro s tie m p o s rro ta al C ao s.
del m u n d o , b ien p o r h a b e r sid o - » T E O G O N IA .
d io s a d e la M em o ria . S u s c a n ­
e n g e n d ra d o s d ir e c ta m e n te p o r MORFEO to s y d a n z a s a m e n iz a n los b an­
ella, c o m o los g ig a n te s o T ifó n , ♦ L it. La literatura caballe­ D io s d e lo s su e ñ o s , h ijo d e q u e te s d e los d io ses. A polo" di­
o b ie n p o r d e s c e n d e r d e F o rc is resca d e la Edad M edia y el H ip n o ”, e l S u e ñ o , y d e N ic te ”, rig e su s ju e g o s e n los claro s del
y C e to , fru to s d e su u n ió n c o n Renacimiento incorpora el ele­ la N och e. m o n te H e lic ó n y c e r c a d e las
P o n to , e l M a r ( - > c u a d r o : m ento m onstruoso en algunos fu e n te s d e l P a rn a so ”.
M O N ST R U O S C É L E B R E S N A C ID O S d e sus personajes, general­ ♦ L en g u a . E star (o caer) en S o n e lla s q u ie n e s conceden
D E G E A , L A T IE R R A , Y D E P O N T O , m ente los antagonistas del hé­ los brazos de M orfeo: dorm ir la in sp ira c ió n a los p o etas y los
El o c é a n o ). E q u id n a (« la v í­ roe. Del en frentam iento y el (o dorm irse); sa lir de los b ra ­ m ú s ic o s. C a lío p e p ro p o rc io n a
b o ra» ), en co n c re to , e n g e n d ró a triunfo de este último sobre gi­ zo s d e M orfeo: despertarse el ritm o a los v e rso s y a las fra­
su v e z c o n T ifó n u n a m o n s ­ gantes. dragones, perros mons­ (expresiones familiares utiliza­ se s cad e n c io sa s d e la p ro sa ora­
truosa p ro g en ie: C e rb e ro , la hi­ truosos, etc., se infiere, por una das irónica o festivamente). to ria : sim b o liz a la E lo cuencia.
d r a d e L e rn a , la Q u im e r a y el parte, el carácter extraordina­ Del nom bre del dios del sueño C lío c a n ta e l p a s a d o d e los
p e rro O rlro s ; lu e g o s e u n iría a rio del héroe (-> h é r o e s ) y . procede el del principal alca­ h o m b r e s y d e la s c iu d a d e s: es
e ste ú ltim o , tra y e n d o al m u n d o por otra, el hecho de que él es loide del opio, la morfina, que la m u s a d e la H isto ria . E ralo
n u e v a s a b o m in a c io n e s : la E s­ el en carg ad o de m antener la a su vez ha dado diversos deri­ e x p resa en la E leg ía las alegrías
fin g e d e T e b a s , el le ó n d e N e- virtud y el orden en el mundo, vados: m orfinom anía, m orfi­ y la s p e n a s d e l a m o r. E u te rp e
m ea y el te m ib le d ra g ó n q u e frente al vicio y el desorden nismo y m orfinómano. En m e­ f a s c in a c o n e l h e c h iz o d e la
v e la b a el v e llo c in o de oro. que representan los monstruos dicina se aplica el calificativo M ú s ic a a h o m b re s y an im ales.
C o n fu s ió n g e n e a ló g ic a , desde la A ntigüedad clásica. m orfeico a ciertas m anifesta­ M c lp ó m e n e h a b la d el s u fri­
c o n fu s ió n m o r fo ló g ic a : to d a s C uando el elem ento religioso- ciones del cereb ro durante el m ie n to y d e la m u e rte , te m a s
e s ta s c r ia tu r a s lle v a n in s c rita s cristiano aparece en estos li­ sueño. fu n d a m e n ta le s d e la T rag ed ia.
las h u e lla s d el c a o s ” p rim itiv o , bros de caballerías, la lucha y P o lim n ia in s p ira a lo s p o etas
d e la v io le n c ia d e lo s p rim e ro s el triunfo del hom bre sobre el MULCÍBER q u e se a c o m p a ñ a n d e la lira y
tie m p o s d el m u n d o . S u e li m i­ m onstruo será una representa­ O tro n o m b re del d io s latin o p re s id e la P o e s ía líric a . T alía,
n a c ió n d e l u n iv e r s o , p rim e ro ción de la victoria del Bien so­ V u lcan o * , a s im ila d o a l d io s q u e s e b u rla d e to d as las cosas.

www.FreeLibros.me
M USA S 302 303 M USAS

e s la m u s a d e la C o m e d ia . coger aquí todas las referencias


T erp síco re se co n sag ra a los rit­ literarias a la figura de las mu­
m o s d e la D a n /a . U ra n ia , p o r sas, sobre todo cu poesía. Bau-
últim o, m u sa d e la A stro n o m ía, dclaire. en l.as flo re s ¡leí mal
c a n ta la a rm o n ía d e lo s a stro s. 11857). ofrece en el poema «La
L o s ro m a n o s la s id e n tific a ro n Musa enferma», «de ojos hue­
co n su s c a m e n a s . cos». una variación so rp ren ­
dente del m otivo d e la musa
♦ L engua. Las m asas sim bo­ d oliente y el poeta deshere­
lizan las letras y. más específi­ dado. y presenta en «La musa
camente, la poesía. l.a m asa es venal» una parodia de la Inspi
la inspiradora, real o mítica, de ración, obligada a prostituirse.. Grabado de Guérin sobre el lienzo de G. Romano La danza
todo artista. José Martí habla de su musa en d e las musas. Florencia. Palacio Pitti
El m useo era originariam ente el poema «M usa traviesa» (/v-
el templo de las musas, que se inai'lillo, 1882). y Delm ira Praxíteles (siglo v a. C . Roma. que G uérin realizó un graba­
alzaba sobre una c o lin a de A gustini, en su poem a «La Berlín. París): el Sarcófago de do en el siglo xtx; las de l.e
A tenas co n sag rad a a estas m usa», o frece la descripción las musas: mármol rom ano, h. Sueur (cinco cuadros, h. 1650,
diosas. El térm ino m úsica de de su musa Ideal: «Y o la 160. L ouvre. y sig lo m-iv. Louvre): La masa cómica y la
signaba en un p rin cip io al quiero cambiante, misteriosa y M urcia: frescos pom peyunos, musa serla, estatuas de Pradier
conjunto de las arles p resid i­ co m pleja; / con dos o jos de siglo i a. C . Nápolcs. Entre las en la fuente Moliere, siglo xix.
d as por las m usas, y más a b ism o que se vuelvan fana­ obras posteriores citarem os La París.
tarde pasaría a designar espe­ les; / en su boca, una fruta per­ risita d e A tenea a las m usas ♦ Más. El Parnaso o h t apo­
cíficam ente al arte d e los so ­ fumada y bermeja / que destile (siglo xvi. C o ndé-sur-l'E s- teosis de C orelli y La apoteo­
nidos. más miel que ios rubios pana­ eaut). donde se distinguen con sis de Lully. piezas de música
♦ l.il. La tradición hom érica les.» (1:1 libro blanco. 1907). gran claridad sus atributos; La de cámara de Couperin ( 1725).
canta a las musas: Hesíodo. en V ietor Hugo, en el prólogo de danza de las musas, de Giulio cuyos personajes principales
la Teogonia, establece su espe­ los Castigos (1853). escribe R om ano (siglo x vi). sobre el son las musas y Apolo.
cificidad. Safo (sig lo vil-vi que el poeta satírico latino Ju-
a. C.). la poetisa de Lcsbos. en­ venal (siglo ii d. C.) añadió una
seña a sus discípulos a consa­ décim a musa a las nueve mito­
grarles coronas, y Platón (428 lógicas. la Indignación, decla­
348 a. (1.) reconoce su poder rando que era esta quien le ins­
para «dirigir la danza del piraba.
Bien». Píndaro ( 5 18-438 a. C.) ♦ león. De las múltiples obras
se presenta a sí m ism o com o antiguas que representan a las
«el portavoz.» de su musa. musas, mencionarem os las nu­
Sería im posible pretender re­ m erosas replicas del grupo de

www.FreeLibros.me
N
NARCISO
S e g ú n O v id io , e r a h ijo del
río C e fiso y d e la ninfa* L eirío-
pe. S u b e lle z a d e s p e r ta b a el
a m o r en to d o s lo s c o ra z o n e s ,
pero él rech azab a co n desd én in­
flexible a to d o s, h o m b re s y m u­
jeres. L a n in fa E c o ’ ta m b ién se
enam oró d e él, pero N arciso hu ­
b iera p re f e rid o m il v e c e s la
m u erte a su s a b ra z o s. U n jo v e n
al q u e N a rc iso h a b ía ro to e l c o ­
razón se la m e n tó d e se s p e ra d o :
«¡O jalá lle g u e a a m a r co n la in ­
ten sid a d q u e y o le a m o y ta m ­
poco p u e d a p o s e e r n u n c a e l o b ­ Caravaggio. Narciso, Roma,
jeto d e su a m o r!» N ém esis" o y ó Galería de Arle Antiguo
aquella am a rg a p legaria y la eje­
cutó. U n d ía q u e N a rc iso re g re ­ s í m ism o . D e se sp e ra d o p o r no
saba d e c a z a r p a s ó c e rc a d e un p o d e r a lc a n z a r el o b je to de su
arroyo y, al in clinarse p a ra a p la ­ am o r, q u e hu ía de su s m anos di­
car su sed, v io reflejada en aq u e­ solv ién d o se, fue languideciendo
llas lím p id a s a g u a s su p ro p ia d e pasió n insatisfecha hasta m o­
im agen. Q u e d ó e x ta sia d o y sin ­ rir al p ie d e a q u e lla s aguas. Fue
tió un a rd ie n te d e s e o p o r aquel m e ta m o rfo se a d o en un a flor, el
cu ya im a g e n le d e v o lv ía el n a rc iso , sím b o lo e n tre los a n ti­
agua, sin sa b e r q u e s e tra ta b a d e g u o s d e la m u erte prem atura.

www.FreeLibros.me
N A R C ISO 300 NAUSICAA

♦ L engua. C o n v en id o en Eco. se enam ora a su pesar de inista del m ito en «N arciso», N A U S ÍC A A o N A U SIC A
nom bre com ún, un narciso es su propio reflejo, pero muere poema perteneciente a su libro P rin ce sa feacia. hija del rey
un hom bre enam orado d e sí de desesperación al descubrir Canciones ( 1924). Max Auh, A lc in o o y d e A re te . S u in te r­
m ism o, fascinado por su p ro ­ la verdad. El lem a, ilustrado en su dram a en tres actos N ar v e n c ió n e s d e c is iv a en uno de
pia belleza. En psicoanálisis, el también por G iam baltista Ma­ ciso (1927). realiza una recrea­ los e p is o d io s d e la O disea.
narcisism o es un com porta- rino t G alería. 162(1) o por el ción moderna del mito. U n a n o c h e , m ie n tra s d o r­
m ienio desviado en el cual el poeta portugués Antonio Feli­ Aunque la mayoría d e las ver­ m ía , A te n e a se le p re se n tó en
sujeto experim enta una adm i­ c ia n o d e C astilho I C artas de siones insisten en el aspecto su e ñ o s p id ién d o le q u e al día si­
ración exclusiva y enferm iza F eo a N arciso. 1821). repre­ negativo de este am or, Paul g u ie n te fu e s e al río a la v a r su
por sí mismo. senta siem pre el p eligro del V aléry. en su poem a -'F rag ­ ro p a y la d e s u s h e rm a n o s.
El narciso es una planta de flo­ am or a sí mismo. mentos de Narciso» (Finamos, C u a n d o lle g ó la m añ an a, N au-
res blancas muy olorosas que A finales del siglo xtx el lema 1926). invierte la perspectiva s íe a a o b e d e c ió a la diosa" y se
florece en primavera. encuentra nuevos tratamientos. m ostrando q u e no hay más d irig ió al río co n alg unas de sus
♦ L it. La versión más co n o ­ La figura de N arciso aparece am or verdadero que el am or a c ria d a s . M ie n tra s e sp e ra b a n a
cida del m ito e s la que Ovidio com o telón tic fondo en Fl re­ s í m ism o, y haciendo de N ar­ q u e se s e c a s e la ro p a q u e ha­
refiere en sus M etam orfosis trato de Darían (hay. de Oscar ciso el sím bolo del espíritu b ía n la v a d o , se d is tra ía n ju­
(III. versos 339- 510). En ella. VVildc (1890). donde todos los consciente del propio yo. que g a n d o a la p e lo ta , y uno d e sus
N arciso reconoce haberse to ­ espejos devuelven al protago­ busca conocerse. g rito s d e s p e r tó a U lis e s '. q ue
mado por otro y com prende el nista la engañosa im agen de ♦ Icón. Narciso aparece repre­ d o rm ía en un b o sq u e cercano.
carácter imposible de su amor. una belleza inalterable, mien­ sentado bien en co m pañía de El h éroe h ab ía llegado a esta
La gran riqueza poética del tras que su retrato refleja mis­ Leo (pintura de la casa de Lu­ is la , d e s c o n o c id a p a ra él, tras
tem a ha inspirado num erosas teriosam ente su verdadero ros­ crecia en Pom peya. sig lo i: p e rm a n e c e r v a rio s d ía s en el
ilustraciones literarias e inter­ tro. marcado por las huellas del Poussin. siglo w n. Louvre) o ag u a d e b id o a un naufragio ocu­
pretaciones a m enudo d iv e r­ tiempo y del vicio. Por las mis­ bien contem plándose en la rrid o tras su p artida de la isla de
gentes. Rousseau, en Narciso o mas fechas. André Gide. en su fuente que le será fatal (Tinto la n in fa C a lip so . —> plises .
F.l limante de si m ism o ( 1752). Tratado d e N arciso (1893), retío, siglo xvi. Rom a; C'ara- U lise s. c u b ie rto so lo co n
hace de N arciso un joven que convierte la figura mitológica vaggio. siglo x v n . Roma): u n a s ra m a s, se p re se n ta en la
se enam ora de un retrato en el en la representación del artista G usta ve M oreau pintó, en o rilla d e l río a n te las m u c h a ­
que. sin él saberlo, se le había preocupado por ir más allá de torno a 1890. al m enos cinco chas. Todas huyen asustadas por
representado com o mujer: el las apariencias, siendo aquí la versiones de la escena que fi­ el asp e c to del h éroe” salvo Nau-
mito se asocia aquí a una refle­ transparencia del agua donde guran en colecciones p articu­ s íc a a q u e . c o n v e n c id a y fa sc i­
xión sobre la relación con el N arciso se contem pla el sím- lares y en el M useo Gustavo n a d a p o r las e n v o lv e n te s p a la ­
propio vo. El am or a sí mismo bolo de la perfección de la obra Morcan, en París. D alí ofrece b ras de U lises. prom ete ayudarle
aparece denunciado en N arci­ de arte, contemplación impres­ una versión muy personal del y le envía al palacio de su padre,
so o La isla de Venus {1769) de cindible, por tanto, a pesar de m ito en su lienzo M etam orfo­ d o n d e p o d rá co n se g u ir un barco
Clincham p de M alfilatre. d o n ­ los riesgos que entraña. García sis de Narciso. 19 3 6 -1937. co ­ y lo d o lo n e c e sa rio p ara p ro se­
de Narciso, destinado a a m a ra Lorca ofrece una visión inti- lección Edward F. W . James. g u ir su viaje hacia flaca.

www.FreeLibros.me
N Á Y A DES 308 309 N EPTU N O

La m uchacha, que ha q u e­ ♦ Lit. El poeta latino Ausonio vina, p ero co n el tiem p o fue a d ­ d e ro so s, ni la v a n id ad d e los ri­
d a d o e n a m o r a d a d el h é ro e , le (siglo iv) o frece en su poema q u irie n d o p ro g re s iv a m e n te lo s c o s , ni la v io le n c ia d e lo s c r i­
c o m u n ic a a su p a d re , e l rey A l- sobre la M osela una evocación c a ra c te re s e s p e c íf ic o s d e u n a m in ale s. - » L E D A , T E O G O N Í A .
c in o o , su d e s e o d e c a s a r s e co n p articularm ente sugerente de d iv in id a d , c o n u n a g e n e a lo g ía
U lise s; b o d a q u e le p a re c e m u y los juegos acuáticos d e sátiros' y u n a m ito lo g ía p ro p ia s d e fin i­ ♦ Lit. El escritor satírico Au-
b ie n al re y . S in e m b a r g o , U li­ y náyades en las aguas del río. d a s p o r u n a tra d ic ió n m á s lite ­ guste Barthélem y publicó en­
se s , q u e e s tá c a s a d o c o n P e n é - ♦ Icó n . L os escultores las re­ raria q u e relig io sa. C o n sid e ra d a tre el 27 de marzo de 1831 y el
lope* y d e s e a c o n tin u a r el v ia je presentan muy a m enudo para h ija d e N ic te ", la N o c h e , y d e I d e abril de 1832 una serie de
h a c ia su p atria, ren u n cia a c o m ­ decorar las fuentes, por ejem­ O céano*, fo rm a p a rte d e la g e­ cincuenta y dos panfletos se­
p ro m e te rse co n N au sícaa. plo en la Fuente de ios inocen­ n e ra c ió n d iv in a p rim itiv a , n o m anales dirigidos contra el
A lg u n o s a u to r e s a firm a n tes en París (Jean Goujon, so m e tid a p o r ta n to a la a u to r i­ gobierno de Luis Felipe y titu­
q u e , a ñ o s m á s ta r d e , T e lé - 1548) o el B año de las ninfas d ad d e lo s O lím p ic o s* . C o m o lados Némesis. La oda de La­
m aco*. h ijo d e U lise s, c a s ó co n en V ersalles ( F r a n g ís Girar- las erinias", c a stig a e l crim en en m artine A N ém esis es réplica
N a u síc a a . D e e s te m a trim o n io don. h. 1670). g en e ra l, p e ro so b re to d o el p e ­ de uno de ellos.
h a b ría n a c id o P ersép o lis. c a d o d e h ib ris* , la d e s m e s u ra ,
NÉCTAR q u e h a c e o lv id a r a lo s h o m b re s NEPTUNO
♦ Lit. H om ero. Odisea. VI, B e b id a d e lo s dioses* co n la los lím ite s d e su c o n d ic ió n h u ­ D io s itá lic o d e l a g u a y del
VII, VIII. Joan M aragall, Nau- q u e a c o m p a ñ a b a n la am brosía", m an a. L a m e s u ra , n o c ió n fu n ­ e le m e n to líq u id o e n g e n e ra l,
siea, obra teatral. 1903-1907. y q u e c o m o e s ta le s c o n fe ría la d am en tal d el p e n sa m ie n to filo ­ c u y o n o m b re d e riv a p ro b a b le ­
in m o rta lid ad . só fic o y re lig io s o e n la G re c ia m e n te d e la m is m a ra íz q u e la
NÁYADES a n tig u a , e s e l g a ra n te ta n to del p a la b r a « n a fta » (d e l g rie g o
N o m b re d e la s n i n f a s ' d e ♦ Lengua. La palabra califica eq u ilib rio u n iv ersal d el c o sm o s n a p h té ) , s in ó n im o d e « p e tró ­
lo s r í o s y d e la s f u e n te s . B e ­ una bebida delicio sa («este —el u n iv e rso o rg a n iz a d o frente leo». D e sp u é s d e se r asim ilado
lla s y s e d u c t o r a s , e r a n ta m ­ vino es puro néctar»)-, en la al c a o s "— c o m o la u n id a d c í­ al P o se id ó n " g rie g o , p a só a ser
b ié n te m ib le s p o rq u e , c o m o la Antigüedad designaba un vino vica d e l g r u p o s o c ia l, y se el d io s d e l m a r y e ra e l patrón
L o re le i g e r m á n ic a , a tr a ía n a d e la isla d e Q u ío m uy repu­ o p o n e a l d e s o r d e n y la a n a r ­ d e n a v e g a n te s y p escadores.
lo s j ó v e n e s a s u s d o m in io s tado. q u ía . N é m e s is , c u y o n o m b re
a c u á tic o s, d o n d e p e re c ía n a h o ­ En b o tánica, nécta r es el lí­ s ig n ific a « la q u e d is trib u y e ♦ L en g u a . Se bautizó con su
g a d o s. quido azucarado secretado por c o n fo rm e a l r e p a r to e s ta b le ­ nombre a un planeta de nuestro
-> N IN F A S . ciertas llores llamadas nectarí- c id o » , v e la c e lo s a m e n te p o r el sistem a solar, uno de los más
fe r a s, m uy ap reciado por las c u m p lim ie n to d e la le y c ó s ­ alejados del Sol. Fue también
♦ Lengua. A veces se designa abejas. m ica q u e e s ta b le c e q u e la d e s ­ el nom bre en clave de la ope­
con el nom bre d e n á yade a g ra c ia s u c e d e n e c e s a r ia m e n te ración naval que desem bocó
una joven que nada con gracia NÉM ESIS a la fe lic id a d , s o b r e to d o en el desem barco de Norman-
y soltura. Tam bién se aplica a E n s u s o ríg e n e s , N é m e sis c u a n d o e s ta e s e x c e siv a . N a d a día el 6 de ju n io de 1944.
la larva acuática de ciertos in­ e r a la p e rs o n ific a c ió n ab stracta ni n a d ie e s c a p a a s u p o d e r r e ­ ♦ ¡con. —» POS BIDÓN O POSI-
sectos. y s im b ó lic a d e la V e n g a n z a d¡- gulador: ni el o rg u llo d e los p o ­ DÓN.

www.FreeLibros.me
N ER EID A S 310 311 NICTF

ópera con nereidas semioeullas ♦ L it. N ereo aparece sobre ancian o sabio y respetado que se
en sus «bañeras», mientras sus todo en la O disea y en la le­ d e sta c a en el c a m p o d e batalla
com pañeros aparecen como yenda de Heracles. p e ro so b re to d o en el consejo de
«dioses barbudos». ♦ Cin. En la película de Vitto- los je f e s , sien d o el m ás anciano
♦ Icón. Nereida, relieve, mo­ rio C ottafavi La conquista de d e ello s. A co m p añ ó a M enelao
num ento de las nereidas, siglo la A tlá n tid a (1961). N ereo p o r to d a G rec ia p ara ayudarle a
iv a. C\, Londres; mosaico, si­ aparece com o el célebre an ­ reu n ir a los je fe s aq u eo s después
glo n. Tirngad; grupo escultó­ ciano protei forme metamorfo- d el ra p to d e H e le n a ’; se in te r­
G rupo escultórico helenístico .Ne­ rico. época helenística. Roma, seándose continuam ente para p u so e n tre A q u ile s” y A g a m e ­
reida. Roma. Museo del Vaticano Vaticano. escapar de Hércules-. n ó n ' c u a n d o se d isp u tab an a la
m ism a c a u tiv a y se esfo rzó
N E R E ID A S NEREO N ESO h a sta el fin al p a ra p re s e rv a r la
luis c in c u e n ta h ija s d e M e­ N e re o , «el a n c ia n o del U n o d e lo s c e n t a u r o s '. c o n c o rd ia en el c a m p o griego.
rco . c o n o c id a s c o m o la s n erei­ m a r» , e s c o m o P ro te o u n a d i­ CENTAUROS. HERACLES. D e s p u é s d e la c a íd a de
d a s . e ra n d iv in id a d e s m a r in a s v in id a d m a rin a . E ra e l h ijo p ri­ T ro y a , N é sto r e v itó p o r poco la
d e g ra n b el l e / a q u e h a b ita b a n m o g é n ito d e P o n to y G e a . la N ÉSTO R v io le n ta te m p e s ta d en la qu e
en el p a la c io s u b m a rin o d e su T ierra, y el p a d re d e la s n e re i­ H ijo de C loris. una d e las h i­ p erec e ría n ta n to s g riegos, y e n ­
p a d re . C a b a lg a b a n s o b r e las d as . C o m o P ro teo , g u a rd a b a el ja s d e N ío b e '. y N elc o , a su v e / tró sin c o n tra tie m p o s en su p a ­
o la s m o n ta d a s e n d e lf in e s o a re b a ñ o d e fo c a s d e P o se id ó n ' y h ijo d e P o s e id ó n ' y rey d e la tria. D ie z a ñ o s d e sp u é s acogió
lo m o s d e c a b a llo s m a rin o s . e r a ta m b ié n u n s a b io a d iv in o , c iu d a d d e P ilo s, fu n d a d a p o r él a T e lé m a c o ’, q u e había acudido
P e rs o n ific a b a n e l m o v im ie n to p e r o s e n e g a b a a re v e la r sus en la c o sta oeste del Peloponeso. a él en b u sc a d e n o tic ia s d e su
rá p id o d e la s o la s y el a s p e c to o rá c u lo s. P a ra e s q u iv a r las pre­ N é s to r s e e n c o n tr a b a a u ­ p adre, y le a co n sejó q ue fuese a
ris u e ñ o d el m a r. A lg u n a s , g u n tas in d iscreta s d e I Ieraeles . sente d e P ilo s c u an d o H eracles v e r a M e n ela o . N é sto r m u rió a
c o m o T e tis . A n fitrile o G a la ­ q u e q u e r ía c o n o c e r e l m is te ­ la n z ó u n a e x p e d ic ió n p u n itiv a e d a d a v a n z a d a y su tum ba, que
ic a . d e se m p e ñ a n un p ap el p ro ­ rio so re tiro d e las H e sp é rid e s', co n tra la c iu d a d , e sc a p a n d o a sí to d a v ía s e e n se ñ a en P ilos, fue
ta g o n ista e n v a rio s m itos. N e re o se m e ta m o rfo se ó .sucesi­ a la m a sa c re e n la q u e p e re c ie ­ m u y h o n rad a.
v a m e n te e n a g u a y e n fuego. ron s u s o n c e h e rm a n o s . Ya
* L engua. F.l nom bre de n e­ H e ra c le s c o n s ig u ió so rp re n ­ a d u lto , se d is tin g u ió en d iv e r­ N IC T E
reida. perdida toda poesía, se d e r le d o r m id o y , d e s p u é s de sas c a m p a ñ a s c o n tra las c iu d a ­ N icte (d e l g rie g o ny.x. « n o ­
aplica a un gusano m arino que e n c a d e n a rlo p a ra q u e n o e sc a ­ d es v e c in a s , p e ro d e s ta c a b a c h e » ) e ra h ija del C aos" y h e r­
vive en fondos cenagosos. p a ra , p u d o p o r fin h a c e rle h a­ ig u a lm e n te p o r su s p ro e z a s d e ­ m a n a d e E re b o '. M ie n tra s que
♦ l.it. En ¿7 nniniln d e (iuer- blar. S u m o ra d a h a b itu a l e ra el p o rtiv a s. C o n v e rtid o en re y d e e s te re p re s e n ta las T in ie b la s
mantes. I (1920). Proust. a lo m a r E g e o . S e le re p re se n ta b a P ilos, re c ib ió d e A p o lo 1 e l p ri­ s u b te rrá n e a s (e n p a rtic u la r las
largo de una extensa metáfora, c o n el ro stro b a rb a d o , portando v ile g io d e u n a lo n g e v id a d e x ­ d e los In fie rn o s ), N icle perso­
com para a las m ujeres de la u n tr id e n te o u n c e tr o , c o n la trao rd in a ria . n ifica las T in ie b la s celestes. Es
aristocracia entrevistas en los p a r te s u p e r io r h u m a n a y la P a rtic ip ó en la g u e rr a d e la m a d re d e H ipno*. T á ñ a lo y
palcos durante una función de p a rle in fe rio r d e p e /. T ro y a ’, d o n d e a p a re c e c o m o un M orfeo*.

www.FreeLibros.me
NINFAS 312 NtO BE

♦ ¡con. F.11 el Iriso del aliar de d is tin g u ía n v a rio s tip o s d e nin­ a las ninfas; la mayoría de los para que le escuchen sus penas
Pérgam o (período helenístico. fa s : la s n e re id a s* d e l m a r , las ja rd in e s antiguos tenían uno, de am or y se solidaricen con
M useo de B erlín), N icte ap a­ n á y a d e s ' d e río s y a g u a s c o ­ form ado por una gruta natural él. Son innum erables los poe­
rece com o una m ujer cubierta rrie n te s, las h a m a d ría d e s d e los o artificial con una pequeña tas que utilizan este tópico li­
co n una larga túnica de plie­ á rb o le s , la s d r ía d e s d e lo s ro ­ fuentecilla en su interior. En terario de la época: Garcilaso
gues. M uchos artistas m oder­ b le s , las o ré a d e s d e las m o n ta ­ ellos se les ofrecían las prim i­ d e la V ega, Francisco de Al-
nos han representado a la No­ ñ as, las n ap eas d e los v alles, las cias de las cosechas. dana, F rancisco de la Torre.
che com o una m u jer velada, m e lía d e s d e lo s fre sn o s, las al- ♦ L it. Los poem as latinos y Hurtado de Mendoza, Gutierre
pero se trata más de una figura se id e s d e las flo re sta s... griegos están poblados de nin­ de Cetina, etc.
alegórica que de la antigua fas. Hesíodo (Teogonia, 130) y ♦ ¡con. Figuran junto a Diana*
diosa" mitológica. ♦ L e n g u a . En griego, el tér­ H om ero (O disea. XVII) rela­ y A polo, o bien se las repre­
m ino designa tam bién a una tan su nacimiento. Teócrito (si­ senta defendiéndose de los ata­
NINFAS mujer cubierta por un velo, en glo i d d. C . ) las evoca a me­ q ues de los sátiros, com o en
H ija s de G e a ”, o m á s fr e ­ particular a la joven desposada. nudo (Idilios. XI y XIII). Los una serie de figurillas de terra­
c u e n te m e n te d e Z e u s", e s ta s En esp añ o l, la palabra ninfa poem as de Virgilio que cantan cota de T anagra del siglo tv
jó v e n e s d io s a s ' p e rs o n ific a n la ev o ca, por ex tensión, a una la campiña romana (Bucólicas, a. C . (colección particular), o
v italidad y fe c u n d id ad d e la n a­ joven de gracia seductora, aun­ VI y V II; Geórgicas, III, VI), más adelante en Rubens. N in­
turaleza. que, utilizada en sentido peyo­ hacen también numerosas alu­ fa s y sátiros y Diana y sus nin­
D e sn u d a s o se m id e s n u d a s , rativo, viene a se r una desig­ siones a estas divinidades. En fas sorprendidas por sátiros, h.
fre c u e n ta n lo s p a ra je s n a tu r a ­ nación eu lem ística d e «pros­ la Eneida. Eneas* invoca a las 1635, M adrid. M useo del
les, g ru ta s, río s , b o s q u e s y p ra ­ tituta». ninfas del T íb e r (V III) y ve Prado. A lgunos artistas prefi­
d e ra s , d o n d e c a n ta n , b a ila n o Por metáfora, el térm ino ninfa cóm o sus navios se metamor- rieron representarlas solas,
h ila n . L o s h o m b re s les d irig e n se utiliza para designar a la se­ fosean en ninfas (IX). Horacio asociadas al tem a del agua:
p le g arias p a ra q u e les sean p ro ­ gunda fase d e la metamorfosis las canta en sus O das (I, II, III) G oujon, Ninfas de los ríos de
p icias. P o seen fa c u ltad es pro fé- de los insectos. En plural, nin­ y O vidio en sus Fastos (IV ) y la fuente d e los Inocentes.
tic a s y e s tim u la n el v a lo r y la fa*, es el nom bre que reciben en sus Metamorfosis. 1549. París; Coysevox, Ninfa
g ra n d e z a d e esp íritu . S e las e n ­ los labios menores de la vulva. En la poesía del Renacimiento d e la concha, m árm ol. 1683.
c u e n tra e n el c o rte jo d e d io s a s Existe también una forma mas­ se produce una identificación Louvre. Dufy pintó una Ninfa
c o m o A rte m isa " o e n e l d e a l­ culina. ninfo, poco usada, que ninfa-pastora, convirtiéndose acostada en los trigales, siglo
g u n a n in fa p o d e ro sa , c o m o C a ­ es sinónim o de «narciso»*. a sí la figura m itológica en un XX. París.
lip so '’. A m a d a s p o r lo s d io s e s La ninfomanía es un deseo se­ elem ento más del m undo pas­
(Z e u s , A p o lo ", H e rm e s ”, D io ­ xual exacerbado en la mujer, toril q u e sirve de m arco a los NÍOBE
n iso*, H a d e s ”, e tc .) , s o n ta m ­ que puede llegar a alcanzar di­ amores que canta el poeta-pas­ H ija d e T án talo ", e ra la m a­
b ién o b je to d el d e s e o d e P a n ”, mensiones patológicas (ninfó- tor. En este sentido, las ninfas, d re d e lo s N ió b id as, siete hijos
P ría p o ” y lo s sátiro s* . A v e c e s mana). que aparecen frecuentem ente y s ie te h ija s. O rg u llo s a d e su
se e n a m o ra n d e s im p le s m o rta ­ Un n in fea (del g rieg o nump- bañándose en el río o tejiendo, n u m e r o s a p ro g e n ie , se ja c tó
le s , c o m o H ila s . L o s a n tig u o s haion) era un lugar consagrado son requeridas por el poeta c o n in s o le n c ia d e h a b e r su p e-

www.FreeLibros.me
NIX 314

« s o lo » c o n s ig u ió m a ta r a seis.
Z e u s . c o n m o v id o p o r e l d o lo r
d e N ío b e . la c o n v ir tió e n una
ro ca d e la q u e m a n a u n a fuente:

O
las lá g rim a s d e la m a d re q u e ha
v is to m o rir a su s hijos.

♦ l.it. En el libro VI de sus


M etam orfosis, el poeta latino
O vidio ofrece un cuadro con­
m ovedor del dolor materno de OCÉANO cias y dificultades y. por exten­
Níobe. I lijo d e U rano* y C e a . e ste sión. las dificultades o trabajos
♦ Icón. La trágica historia de titán e s la p e rs o n ific a c ió n del que alguien pasa antes de lograr
N íobe y sus h ijo s inspiró nu­ e le m e n to a c u á tic o y . c o m o tal. su propósito («conseguir que lo
m erosas o bras en la A ntigüe­ el p a d re d e to d o s los río s. E sta admitieran en la facultad de de­
dad. sobre to d o escultóricas, fig u ra m ito ló g ic a re s p o n d e a recho fue toda una odisea").
dadas las posibilidades artísti­ u n a a n tig u a c re e n c ia se g ú n la
cas que o frecía el dramatismo cual la T ie rra e ra un d isco p lano O D IS E O
Escultura romana de N íobe y una de del tem a. E ntre las m ás fa­ c irc u n d a d a p o r un in m e n so río N o m b re g r ie g o d e —> CLI­
sus hijas. Florencia, Galería de los m osas cita re m o s la N ióbide c irc u la r lla m a d o O céan o . SES.
Uffizi
herida, sig lo v a. C .. Roma;
N íobe y u n a d e su s hijas, co ­ ♦ Lenigua. Los océanos, que O L ÍM P IC O S
rudo a L e lo , q u e so lo h a b ía le- pia rom ana, h. 280 a. C., Flo­ para los antiguos no eran sino E s ta s d iv in id a d e s , d o c e en
n id o a A p o lo y A rte m isa . Es- rencia. Tintoretto reprodujo el partes de este río, conservan el to ta l, fo rm an u n a v erd ad era fa­
lo s d e c id ie ro n v e n g a r el h o n o r m ism o tem a (sig lo x v t. Mó- recuerdo d e esta concepción. m ilia e n la q u e se d is tin g u e n
d e su m adre y m ataro n a los h i­ dena). d o s g e n e ra c io n e s, la p rim era cic­
j o s d e N ío b e c o n su s fle c h a s: O D IS E A la s c u a le s se ría en re alid ad , se­
A p o lo se e n c a rg ó de lo s hi jos y NIX E p o p e y a h o m é ric a q u e re ­ g ú n la t e o g o n i a l a te rc e ra g e ­
A rte m is a d e la s h ija s , a u n q u e O tro n o m b re d e —> nictf .. lata el d ifíc il y p e lig ro s o v ia je n e ra c ió n d e los dioses*.
q u e h iz o U lise s" (en g rie g o P rim e ra g e n e ra c ió n : Z e u s’
O d ise a ) p a ra re g r e s a r a (ta c a ( J ú p ite r p a ra lo s la tin o s ), sus
d e s p u é s d e te r m in a r la g u e rr a d o s h erm an o s. P o seid ó n (N ep-
de T ro y a ’. —> u l i s e s . tu n o " ) y H a d e s ' o P lu tó n . y
su s tr e s h e rm a n a s , D e m é le r
♦ Ix’hgua. Por analogía, la pa­ ( C e r e s ), H e s tia ’ (V e s ta ) y
labra odisea se utiliza para d e­ M era' (J u n o ), e s ta ú ltim a e s ­
signar un viaje lleno de peripe­ p o s a d e Z eu s.

www.FreeLibros.me
O L ÍM P IC O S 316 317 OLIM PO

S e g u n d a g e n e ra c ió n : Ares*’ Z e u s ), n o lo s e r ía e n re a lid a d ♦ L en g u a . El adjetivo olím ­ len, E l fe s tín de los dioses, h.


(M arte* ), h ijo d e Z e u s y H e ra ; se g ú n la T e o g o n ia d e H esío d o : pico («relativo al O lim po’») ha 1620, Louvre.
A polo*, H erm es* (M e rc u rio " ), n a c id a d e la e sp u m a d e las olas tom ado un sentido peyorativo, ♦ M ús. A rthur Bliss, The
A rte m isa* (D ian a* ), h ijo s d e fe c u n d a d a s p o r e l e s p e r m a d e significando «altanero, sober­ O lym pians, ópera, 1949. Una
Z e u s y o tr a s d io s a s ; A te n e a ' C ro n o ”, s e h a b ría c o n v e rtid o en bio, suficiente», en expresiones d e las más fam osas canciones
(M in e rv a ”), s u p u e s ta m e n te n a - O lím p ic a p o r a d o p c ió n , seg ú n com o sonrisa olím pica o d es­ d e carabineros. El p lacer de
c id a so lo d e Z e u s ; H e fe s lo ' la v e rs ió n m á s c o r r ie n te d e su d én olím pico («Y decían esto los dioses, pasa revista a las di­
(V u lc a n o 'j, nacido so lo d e H era. m ito . El c a s o d e D ioniso* co n desdén olím pico, com o si ferentes formas de entregarse a
A f r o d ita ” (V e n u s* ), a u te n - (B aco * ), h ijo d e Z e u s y d e una tuvieran a m ano todos los bi­ los placeres carnales que pre­
tic a O lím p ic a s e g ú n H o m e ro m o rta l, s e ría a n á lo g o . lletes del Banco de España en conizan los distintos dioses,
(q u e la p r e s e n ta c o m o h ija d e d io s e s y d io s a s , t e o g o n ia . calderilla», B lasco Ibáñez). desde el «oscuro celoso agui­
En medicina, por influencia de jo n ead o por el am or» (Vul-
LOS D IO SE S PRINCIPALES la representación iconográfica cano) hasta «Plutón con su in­
(se g ú n H E S ÍO D O ) y especialm ente escultórica de m ensa panza», pasando por
C aos los dioses, el adjetivo se aplica Baco, Hércules* y Júpiter.
a la frente muy desarrollada ♦ C in. La digna asam blea de
q u e p resenta abultam ientos los dioses aparece reunida en
É rc b o N ic le (N o c h e ) E ro s L ie u
frontales prom inentes, d efo r­ su palacio del O lim po en el
m ación que se ha relacionado prólogo hum orístico que abre
H ie r H é m e r a (D ú o U ra n o M o n ta ñ a s P o n to
con un raquitism o infantil. H ércules en Nueva York
O lim pia fue en la Antigüedad (1969). de A rthur Seidelman:
un gran centro religioso del Pe- más tarde la vemos presidida
loponeso, célebre p o r su san­ por Laurence Olivier, en el pa­
3 c íc lo p e s 3 h e c a t o n q u i f o s (c ie n b ra z o s)
tuario de Z eus O lím pico, que pel de Zeus, en la película Fu­
se convirtió en la sede d e unas ria d e titanes (1 9 8 1), de Des-
L o s tita n e s L a s titíín id e s com peticiones dep o rtiv as or­ m ond Davis. —» h é r c u l e s ,
g anizadas en honor del dios, p e r s e o .

los Juegos O lím picos u Olim­


O céano C 'c o C río llip e rió n + R ea T e lis T ía T e m is
piadas, tradición qu e se m an­ OLIMPO
J á p e to C ro n o | M n e m ó s in e Febe
tiene viva en nuestros días. E l O lim p o e s u n m acizo
♦ Icó n . La a sam blea d e los m o n ta ñ o so q u e s e a lz a al norte
dioses, copa griega, siglo vi a. d e G re c ia y a lc a n z a lo s 1.9 1 1
L o s O lím p ic o s
C.. París. Biblioteca Nacional: m e tro s . E s c a rp a d o , c u b ie rto
Los d io ses deI Olimpo, gran la rg o tie m p o p o r las n iev es y a
P rim era generación de los O lím picos: 1 I c s t i a , D e m é t e r , H a d e s , P o s e i d ó n . H e ra , /c u s .
fresco d e G iu lio R om ano, h. m e n u d o e n v u e lto en n u b e s, de
Segunda generación: A r e s , A p o l o . H e r m e s , H e f e s l o , A r t e m i s a , A t e n e a . 1532, Sala de los Gigantes, pa­ d ifíc il a c c e so , o fre c ía a los an­
lacio del Té, M antua: Van Ba­ tig u o s — q u e n o p ra c ticab an el

www.FreeLibros.me
ORCO 319 O R E ST E S

a lp in is m o — u n a im a g e n a m e ­ ♦ Leiifiiia. D e su nom bre de­ para v e n g a r la m u erte d e su p a ­


d re n ta d o ra y m is te rio s a q u e le riva. por m etátesis consonan­ dre. P e ro a u n q u e n o d u d ó en
v a lió s e r c o n s id e r a d o c o m o la tica. el de un famoso personaje m a ta r al u s u r p a d o r E g is to . su
re s id e n c ia d e las d iv in id a d e s de los cuentos Infantiles, el b razo v a c iló a n te la s s ú p lic a s
m a y o re s, lla m a d a s p o r e s ta ra ­ ogro. de p ie d a d d e su m a d r e , c o m ­
z ó n lo s O lím p ic o s ’. S in e m ­ La forma fem enina, orea, de­ p re n d ie n d o e l te r rib le a lc a n c e
bargo. su co n d ició n d e m ontañ a signa a un tem ible mamífero del a c to q u e iba a c o m e te r. C on
te r re s tre te r m in ó d iíu m in á n - marino. el ro stro c u b ie rto p o r un v e lo y
d o s e y el O lim p o s e c o n v ir tió g u iad o p o r su h e rm a n a E lectra.
en una región su p raterrestre. sin ORESTES cu y o fie ro o d io le in c itó a a ta ­
lo c a liz a c ió n p re c is a , a la q u e H ijo d e A g a m e n ó n . rey de car, te r m in ó e je c u ta n d o e l ú l­
m á s o m e n o s p o d r ía c o m p a ­ A rg o s y d e M ic e n a s, y C litem - timo a c to d e la m ald ició n fa m i­
ra r s e c o n lo s « C ic lo s » d e la n e s tra . E s h e rm a n o d e 11'ige- liar: el tn a tric id io .
im a g in e ría cristia n a . n ia y E le ctra . O re ste s aparece A ta c a d o p o r la lo c u ra ,
c o m o el in s tru m e n to ú ltim o de O restes fu e p e rs e g u id o p o r las
♦ Lit. En la poesía renacentista, tina m ald ició n an cestral q u e pe­ im placables erin ia s , m o n stru o ­ Escultura griega de la Cabezo de
tan im pregnada de elem entos sa b a s o b re su fa m ilia , d o n d e la sas p e r s o n if ic a c io n e s d iv in a s Orestes. Roma. Museo de las Termas
mitológicos, el O lim po es con­ s a n g r e lla m a b a in d e fin id a ­ de la v e n g a n z a y e l re m o rd i­
siderado a menudo sinónimo de m e n te a la san g re. E s e l juguete m iento, e n c a rg a d a s d e c a s tig a r p a r a tr a e r u n a e s ta tu a d e la
Cielo, generalm ente utilizado d e un d e stin o trá g ic o del q u e es con p a rtic u la r rig o r lo s c rím e ­ d io s a A r te m is a q u e se v e n e ­
para referirse a la gloria conse­ m á s v íc tim a q u e v e rd a d ero nes c o m e tid o s co n tra la fam ilia. ra b a e n aq u e l le ja n o p a ís y e ra
guida por el poeta a través del a g e n te . A p e s a r d e h a b e r s id o p u r i f i­ o b je to d e u n c u lt o b á rb a ro .
amor o la poesía: «L 'alto monte O re s te s e ra a ú n n iñ o cu an ­ cado d e su c rim e n p o r A p o lo ” N a d a m á s d e s e m b a r c a r e n la
del Olimpo, do se escribe / que d o , te r m in a d a la g u e rr a de en D e lfo s y d e un la rg o e x ilio , is la , O re s te s y P ila d o s fu ero n
no llega a subir ningún nubla­ T ro y a , tu v o lu g a r el asesinato las e rin ia s s ig u ie ro n a to r m e n ­ h e c h o s p ris io n e ro s p o r los na­
d o / (...) sobre sus tillas cumbres d e su p adre A g am en ó n , víctima tándolo h asta q u e A te n e a le li­ tiv o s d el lu g a r y d e s ig n a d o s
me recibe. / porque allí este se­ ile la v e n g a n z a d e C litem ncslra beró d e f in itiv a m e n te d e su c o m o v íc tim a s p a ra el sa c rifi­
guro y sosegado / un claro y d e su a m a n te E g isto . S u her­ acoso d e s p u é s d e la s e n te n c ia c io ritu a l a la d io s a c a z a d o ra .
Amor, que el alma me ha ilus­ m a n a E le c tr a c o n s ig u ió sal­ del trib u n a l del A re ó p a g o , q u e P e ro la s a c e r d o tis a e n c a rg a d a
trado / con la clara virtud que v a rlo d e la m u erte y lo co n fió a se c o n v e rtirá e n el p rin c ip al tri­ d e la s a n g rie n ta c e re m o n ia no
en m í concibe» (Juan Boscán, mi tío, e l re y d e F ó c id e . Este lo bunal a te n ie n s e e n c a r g a d o d e e ra o tr a q u e Ifig en ia . su propia
soneto CXXV. 1543). e d u c ó ju n to a su p ro p io hijo, ju zgar los d e lito s d e san g re. h e rm a n a , a q u ie n A g a m e n ó n ,
P ila d o s , y a m b o s jó v e n e s se D e sp u é s d e s u a b s o lu c ió n , d e c a m in o h a c ia T ro y a , h ab ía
ORCO c o n v irtie ro n en a m ig o s insepa­ y co n el fin d e o b te n e r la d e f i­ te n id o q u e s a c r if ic a r en
N o m b re p o p u la r q u e los ro ­ rab les. Y a a d u lto , O re ste s con­ n itiva c u r a c ió n d e su lo c u r a , A u lid e p a ra a p la c a r a A rte ­
m a n o s s o lía n d a r al d io s d e la su ltó el o rá c u lo d e D elfo s, que O re stes tu v o q u e p a r t ir h a c ia m is a y q u e la d io s a h a b ía d e ­
M u erte. —» h a d e s . p i .i t ó n . le o r d e n ó r e g r e s a r a M icenas T áu rid e . p o r o rd e n d e A p o lo . c id id o s a l v a r e n el ú ltim o m o-

www.FreeLibros.me
O R ESTES 320 321 O R FE O

m e n tó p a ra p o n e rla a su s e r v i­ ♦ L it. El matricidio. aureolado familia de los Atridas y en par­ Electro. Roma; Sarcófago de
c io . L a m u c h a c h a re c o n o c ió a por un tem or misterioso que le ticu lar a Ifigenia y a Electra, H usillos, M adrid. Musco A r­
su h e rm a n o , le a y u d ó a a p o d e ­ hace tal vez más espantoso aún m encionaremos la A ndróm in a queológico Nacional. —» f.i.ec-
ra r s e d e la e s ta tu a y h u y ó c o n que el parricidio — el cual está d e Hacine (1667), el O restes TRA.
él a G re c ia . presente en la práctica to tali­ de Voltaire (1750) y el de Vit- ♦ M ás. M ilhaud compuso la
D espués de re g re sa r de dad de las leyendas antiguas—, torio Alfieri (1776). En el siglo m úsica p ara la versión de la
T á u rid e , O re s te s r a p tó a su es un tem a frecuente en el tea­ xtx, la Orestíada de Alexandre Orestíada de Esquilo realizada
p rim a H e rm ío n e, h ija d e M en e- tro griego: de las treinta y tres Dumas (1865) concede un pa­ por C laudel (representada de
la o “ y H e le n a ', q u e le h a b ía trag ed ias q u e se han conser­ pel importante a Egisto, subra­ 1914a 1915) y. paralelamente,
sid o p ro m e tid a p o r e s p o s a vado, o ch o se centran en el yando el am o r que le une a una ópera titulada Las euméni-
sien do n iñ o s y a la q u e su padre destino de los últimos Atridas", C litem nestra. En la pieza de des (1922).
h a b ía p ro m e tid o m á s ta rd e , en y diez lugares d e G recia pre­ Jean-Paul S artre l.as m oscas ♦ Citl. —> ELECTRA, IFIGENIA.
T ro y a, a N eo p tó lem o , el h ijo de tendían haber visto la purifica­ ( 1943), Orestes encarna la exi­
A quiles". D e sp u é s d e la m u e rte ción de O restes, siem pre reno­ gencia de libertad absoluta que ORFEO
d e su riv a l — q u e a lg u n a s v e r­ vada. siem pre ineficaz, testi­ le lleva a liberarse del senti­ O rfe o e s h ijo d e la m u s a ’
sio n e s le a tr ib u y e n — , O re s te s m oniando así la extraordinaria m iento de cu lpabilidad, que C a lío p e (se g ú n o tra s versiones
se c a s ó c o n H e rm ío n e . d e la popularidad del episodio. Egisto alimenta para oprim ir al d e P o lim n ia o d e C lío ) y de Ea-
q u e tu v o un h ijo , re in a n d o El asesinato es el tem a de Las pueblo. Las «moscas» que dan g ro , rey d e T racia. P oeta y m ú­
d e s d e e n to n c e s s o b r e A rg o s y coéforas d e Esquilo (458 a. C.) nombre a la pieza simbolizan a s ic o , h e c h iz a b a c o n su s cantos
E s p a rta c o m o s u c e s o r d e M e- y de las dos Electro, la de Só­ las erin ia s'. En la novela de a c u a n to s le e s c u c h a b a n . Los
n ela o . P o c o tie m p o a n te s d e su focles (h. 413 a. C.) y la de Eu­ A lvaro C unqueiro El hom bre a n im a le s s a lv a je s le se g u ía n
m u e rte , la p e ste a s o ló su re in o rípides (413 a. C.). Preso de la que se pa recía a Orestes s u b y u g a d o s , lo s á rb o le s in c li­
y el o rá c u lo re v e ló q u e lo s d io ­ locura y condenado por el tri­ (1969), el héroe' quiere olvidar n a b a n las ra m a s a su p a so , las
s e s ' re c la m a b a n la re c o n s tru c ­ bunal de Micenas en el Orestes la obligación de venganza im­ m is m a s ro c a s s e c o n m o v ía n
ció n d e la s c iu d a d e s d e stru id a s d e E urípides (408 a. C .). ab- puesta por los acontecimientos c o n lo s d u lc e s a c e n to s d e su
d u ra n te la g u e rra de T ro y a y d e suelto por el tribunal ateniense familiares. lira. S e le a trib u ía la invención
lo s c u lto s q u e a ll í s e le s r e n ­ gracias a Atenea en Ixis eitiné- - » AGAMENÓN, ELECTRA. IFIGE- d e e s te in s tru m e n to o b ien el
d ía n . O r e s te s e n v ió e n to n c e s nides (últim a parte d e la trilo­ N IA . p e rfe c c io n a m ie n to de la lira de
c o lo n ia s d e c o n s tr u c to r e s a g ía la O restíada d e Esquilo, ♦ Icón. Orestes y las euméni- s ie te c u e rd a s q u e A p o lo ’ había
A sia M e n o r p a ra q u e s e e n c a r­ rep resen tad a en 458 a. C.), des, crátera griega, siglo iv a. r e c ib id o d el jo v e n H erm es", a
g a ran d el p ro y ecto . D e sp u é s d e O restes prosigue su redención, C.. Louvre. Posteriorm ente, y la q u e a ñ a d ió d o s n u ev as c u e r­
m o r ir a e d a d m u y a v a n z a d a siem pre bajo la protección de sobre el mismo tema, diversas d a s e n h o m e n a je a la s m usas,
— a los o c h e n ta a ñ o s , se g ú n la A tenea, en la Ifigenia en Táu­ obras romanas, bajorrelieves y c re a n d o a s í la cítara.
le y e n d a — . re c ib ió h o n o re s d i ­ ride de Eurípides (414 a. C.). p inturas m urales (M usco de T o m ó p a rte e n la e x p e d i­
vinos y fu e e n te rra d o en T eg ea , Entre las obras m odernas que Ñapóles): Cabeza de Orestes, c ió n d e lo s A rg o n a u ta s ’ m a r­
A rcadia". recogen el mito, además de las escultura d e la época rom ana, c a n d o la c a d e n c ia d e los rem e­
A T R ID A S , E L E C T R A . numerosas obras dedicadas a la Rom a; M enelaos. O restes y ro s y c a lm a n d o c o n su v oz las

www.FreeLibros.me
O R FE O 322
323 O R FE O

o la s im p e tu o s a s . G ra c ia s a su c o n su e s p o s o a c o n d ic ió n de
a y u d a , su s c o m p a ñ e ro s p u d ie ­ q u e fu e ra d e trá s d e é l y d e que
ro n lib ra rse d e p e re c e r c e rc a d e e s te n o v o lv ie s e la m ira d a h a­
la ro c a d e la s siren as* , p u e s la c ia a trá s h a sta q u e n o h u b ieran
b e lle z a d e su c a n to a n u ló el lle g a d o al m u n d o d e lo s vivos.
e m b r u jo d e la s v o c e s d e e s ta s P e ro p o c o a n te s d e a lc a n z a r la
tra ic io n e ra s cria tu ra s. —> a r g o ­ lu z , O r f e o , in c a p a z d e re s is ­
nau ta s. tirs e , s e v o lv ió h a c ia E u ríd ic e
E l te m a d e l d e s c e n s o a lo s y e s ta d e sa p a re c ió , p e rd id a esta
In fiern o s” a p a re c e lig ad o d e sd e v e z p a ra sie m p re .
su s o ríg e n e s a l m ito d e O rfe o , O rfe o la llo ró d e se sp e ra d a ­
q u e s in d u d a s e r e m o n ta a e s ­ m e n te y tu v o u n trá g ic o fin so ­
tr u c tu ra s r e lig io s a s y s o c ia le s b re e l q u e d iv e rg e n la s distintas
m u y a n tig u a s . P o s te rio r m e n te tra d ic io n e s . L a m a y o ría d e las
se a s o c ió a un te m a s e n tim e n ­ v e rs io n e s p re s e n ta n c o m o una
tal (e l a m o r m á s a llá d e la c o n s ta n te su d e sp e d a z a m ie n to
m u e r te ) q u e se c o n v e r t ir ía e n a m a n o s d e u n a s m u je re s , sin
fu e n te d e in s p ira c ió n lite r a r ia d u d a s u p e r v iv e n c ia d e a n ti­
so b re to d o a p a rtir d e la é p o c a q u ís im o s r ito s p re h e lé n ic o s
h e le n ís tic a . O rfe o h a b ía to ­ (e je c u c ió n ritu al d e u n « re y sa­ Rubens. O r f e o y E u r íd ic e . Madrid, Museo del Prado
m a d o p o r e s p o s a a la n in fa " g ra d o » en e l se n o d e u n a socie­
E u ríd ic e y la a m a b a a p a s io n a ­ d a d m a tria rc a l) . O rfe o h ab ría q u e lo s e s ta b a c e le b ra n d o , las d ía a A p o lo y fu rio so co n tra el
d a m e n te . U n d ía , c u a n d o E u rí­ sid o d e s p e d a z a d o p o r la s m uje­ m u je re s se a p o d e ra r o n d e las m ú sico p o r d esp reciar el suyo y
d ic e c o r r ía d e s c a l z a s o b r e la re s tr a c ia s , u ltr a ja d a s p o r el a rm a s q u e lo s c e le b r a n te s h a ­ e n se ñ a r el rech azo a los sacrifi­
h ierb a p a ra e s c a p a r d e A riste o , c o n s ta n te re c h a z o q u e e s te les bían d e ja d o a la e n tr a d a d e la c io s sa n g rie n to s. —» d io n is o .
h ijo de A p o lo , fu e m o rd id a p o r m a n ife sta b a, b ie n p o rq u e se ha­ casa d o n d e te n ía lu g a r e l rito e E n lo s re la to s en q ue el hé­
u n a s e r p ie n te , a c o n s e c u e n c ia b ía m a n te n id o fie l a la m em o ­ irru m p ie ro n fu rio sa s , m a ta n d o ro e ” es d e sp e d a z a d o , las m uje­
d e lo c u a l m u rió . In c o n so la b le r ia d e E u ríd ic e , o b ie n p o rq u e a O r f e o y a su s d is c íp u lo s . re s a rro ja n s u s re sto s al río He-
p o r su p é rd id a , O rfe o d e c id ió ir d e s p u é s d e h a b e r la p e rd id o T am b ién e s fre c u e n te la a trib u ­ b ro , q u e los a rra stra al m ar. La
a b u s c a r la a lo s I n f ie rn o s . El s o lo te n ía r e la c io n e s c o n m u­ ció n d e la m u e r te d e l p o e ta a c a b e z a y la lira d el p o e ta , e m ­
re in o d e lo s m u e r to s se s o m e ­ c h a c h o s . O tra v e rs ió n p ropone las m énades" q u e , p re sa s del fu ­ p u ja d a s p o r las o la s, llegaron a
tió al h e c h iz o d e su s c a n to s : el q u e O rfe o , a l re g re sa r d e los In­ ror d io n is ía c o , le h a b ría n d e s ­ la is la d e L e s b o s , c u y o s h a b i­
te r r ib le C e r b e r o ” s e a m a n s ó , f ie rn o s , h a b ía in s titu id o unos pedazado d u ra n te u n a o rg ía b á ­ ta n te s erig iero n u n a tum ba para
los su p licio s se d e tu v ie ro n . H a ­ m iste rio s q u e re v e la b a n los se­ q u ic a e n e l m o n te P a n g e o . Su a c o g e rla s . D u ra n te m u ch o
d es" y P e r s é f o n e ”, ta m b ié n c r e to s d e l m á s a llá , p e ro que m uerte, se g ú n e s ta v e rsió n , s e ­ tie m p o se e le v a rá n d e a q u e lla
c o n m o v id o s , c o n s i n ti e r o n en e s ta b a n r e s e rv a d o s e x c lu s iv a ­ ría u n a v e n g a n z a d e D io n iso ", tu m b a c a n to s d o lie n te s y el s o ­
d e ja r q u e E u ríd ic e r e g r e s a r a m e n te a lo s h o m b r e s . U n día celoso d e l c u lto q u e O rfe o re n ­ n id o d e la lira. L e sb o s se c o n ­

www.FreeLibros.me
ORFEO 324 325 O R FE O

v ir tió a s í e n la tie r r a p riv ile ­ L a p a rle s u p e r io r d el h u e v o se tisfaeer. S u preocupación central que su arte confiere poderes
g ia d a d e la p o e s ía lírica. c o n v irtió en la b ó v e d a c e le ste y en la s a lv a c ió n d e l a lm a y su excepcionales. Es cierto que la
E n to r n o al m ito d e l d e s ­ la p a rte in t e r io r e n la T ie rra . tendencia al m o n o teísm o co n tri­ historia de Orfeo y Eurídice es.
c e n so a los In fie rn o s c ris ta liz ó D e la te o g o n ia ” d e riv a d a de b u y ero n ta m b ié n d e fo rm a im ­ ante todo, la del am or absoluto
u n a c o rr ie n te d e p e n s a m ie n to , e s t a c o n c e p c ió n re te n d re m o s p o rta n te al p a s o d e l p a g a n is m o que ignora la muerte. Efectiva­
o rig in a l en e l m u n d o g rie g o , s o b r e to d o e l m ito d e Z a g re o . al c ris tia n is m o . D e e s te m o d o , mente, O rfeo no es solo el hé­
qu e eo n v irlió a O rfe o — a quien h ijo d e Z e u s ” y d e P e rs é fo n e . en e l a rle p a le o c ris tia n o O rfe o roe que, negándose a aceptar la
se s u p o n ía d c te n to r d e r e v e la ­ ra p ta d o d e n iñ o p o r los tita n e s ’ a p a re c e a m e n u d o c o m o u n a muerte de la mujer amada, de­
c io n es so b re e l tra y e c to q u e d e­ y lu e g o d e v o ra d o p o r e sto s, p refig u ració n p a g a n a d e C risto . safía a las potencias infernales;
b ía s e g u ir e l a lm a e n e l m á s Z e u s lo re s u c itó c u a n d o en g e n ­ es también el héroe que muere
a llá — e n el p ro feta d e u n a re li­ d ró a D io n iso , d iv in id a d central ♦ L en g u a . Un orfeón es un por su amor, pues es su fideli­
g ió n artic u la d a e n to rn o al tem a d e l o r f is m o c o n q u ie n s e le coro formado originariam ente dad al recuerdo de Eurídice lo
d e la S a lv a c ió n . El o rfis m o , s u e le id e n tif ic a r a m e n u d o . El solo por hom bres, aunque en que provoca el furor asesino de
s u r g id o e n m e d io s p o p u la r e s , h o m b re , p o r su p a rte , n a c ió de algunos casos puede ampliarse las mujeres tracias.
e s a n te to d o u n m o d o d e v id a la s c e n iz a s d e lo s tita n e s , fu l­ con voces blancas (m ujeres y Sin em bargo, es un am or que
e s p e c ífic o , re p re se n ta d o p o r ri­ m in a d o s p o r Z e u s, y s u n atu ra­ niños). lleva en sí mismo su propia de­
to s d e p u r if ic a c ió n , la u tiliz a ­ le z a es, p o r ta n to , p arcialm en te ♦ L it. El m ito de O rfeo apa­ bilidad: O rfeo no es capaz de
ció n d e fó rm u la s m á g ic a s y n u ­ d iv in a , a u n q u e e s t á ta m b ién rece a menudo evocado por los superar la últim a prueba, y es
m e ro s a s p r o h ib ic io n e s , e n tr e m a rc a d a p o r la m a n c h a del cri­ autores griegos: los trágicos el propio exceso de su pasión
e lla s la d e c o m e r c a rn e , v e g e ta ­ m e n . E s ta e s p e c ie d e p e c a d o (E squilo, A gam enón; E urípi­ im paciente la causa de la pér­
ria n ism o q u e lo s itu a b a al m a r­ o rig in a l le c o n d e n a a v iv ir pri­ des, Ifigenia en Aulitle, Alces- dida definitiva de la amada. Y
g en d e las p rá c tic a s relig io sa s y sio n e ro d e u n c u e rp o h u m a n o o tis. Im s bacantes); Platón (La lo que es más, no es su amor lo
s o c ia le s d e la c iu d a d . E sta a n im a l. A l c a b o d e u n a serie de República. 364; E l banquete. que le perm ite entrar en los
« v id a ó rfic a » e s ta b a a so c ia d a a r e e n c a r n a c io n e s y d e la s co ­ 179) y. en el siglo i d. C .. Dio- Infiernos, sino el poder de
u n a te o lo g ía q u e n o s o lo p r e ­ rre sp o n d ie n te s e sta n c ia s en los doro de Sicilia (I, III. IV). Los su canto. Orfeo aparece enton­
se n ta su p ro p ia e x p lic a c ió n del In fie rn o s , d o n d e e x p ía su s fal­ poetas latinos volvieron sobre ces com o la figura del poeta
o rig en del m u n d o , sin o tam b ién tas, su a lm a p u e d e p o r lin acce­ el tem a, en tre ello s O vidio que no tem e enfrentarse a la
la d e los o ríg e n e s d el h o m b re y d e r a u n a p u rific a c ió n d e fin i­ (Metamorfosis, X. XI) y Virgi­ m uerte p ara encontrar en ella
d e su d e s tin o e s p ir itu a l. El tiv a y e s c a p a r a su c o n d ic ió n lio en el conm ovedor relato de su más fecunda inspiración. En
m u n d o , seg ú n e sta c o n c e p c ió n , p a ra re c o b r a r su n a tu ra le z a di­ la IV Geórgica. algunas obras, la figura de Eu­
su rg ió d e un h u e v o p rim o rd ia l vina. El mito d e O rfeo es quizá uno rídice tiende a difum inarse
d e l q u e n a c ió e l p rim e r s e r El p e n s a m ie n to griego, de los que han inspirado las hasta convertirse en un puro
v iv o , m a c h o y h e m b ra a la vez. d esd e P ilág o ras a P lató n , estuvo más ricas representaciones a r­ pretexto para la exploración de
q u e e n g e n d ró to d o lo q u e m u y in flu id o p o r la s d o ctrin as tísticas. posiblem ente porque un ám bito prohibido para el
e x iste. E sta e n tid a d p rim ig e n ia ó rfic a s, y a q u e e s ta s respondían su protagonista es a su vez un hombre.
e r a F a n e s , « el B rilla n te » (o a necesid ad es esp iritu ales que la creador, sím bolo por excelen­ Este mito fue ampliamente tra­
E r o s ', s e g ú n o tr a s v e rs io n e s ) . relig ió n tradicional n o p odía sa- cia del m úsico y del poeta, al tado en el Renacim iento. Así.

www.FreeLibros.me
ORFEO 326 327 O R FE O

el tem a de O rfeo atrayendo 1470). obra que será seguida d e O rfeo en la ópera de Gluck: tam bién en O rpheus Descen-
con su canto aparece en varias d e otras m uchas ilustraciones «¡E urídice, E urídice!» En ding, de T ennessee W illiams
ocasiones a lo largo del C an­ literarias, entre las cuales des­ e fecto , el narrador acaba de (1957), donde O rfeo, aquí un
cionero de Petrarca. En Garci- tacarem os F l rúen lo d e Orfeo perder por segunda vez, por su guitarrista, prefiere su guitarra
laso tam bién están presentes y E urídice, de R obert Henry- p ro p ia culp a, a la m ujer de la al am or de las mujeres. La fas­
varias facetas del m ito, hasta son (1 508), El m arido más que depende su destino y, lo cinación poética d e la muerte
culm inar en la É gloga III firm e, de Lope de Vega ( 16 17- que es más importante, ha per­ aparece destacada también en
(1526-1536). En ella, el poder 1621). El divino Orfeo, d e Cal­ dido la esp eran za d e en co n ­ la obra de Rainer M aria Rilke
del canto de Orfeo se identifica derón d e la Barca {1663). ade­ trarla más allá de la m uerte, con «Orfeo, Eurídice, Hermes»
d efinitivam ente con el de la más del libreto de Rinuccini convencido de q u e a él le está (Nuevos poemas, 1907-1908) y
palabra poética tras la muerte (E urídice, 1600) y el de Ra- vedada la salvación. Pero, al fi­ en los Sonetos a O ifeo ( 1923),
del poeta. Si O rfeo después de nieri de C alzabigi, q u e inspi­ nal del relato, el narradores li­ com o tam bién en los Cantos
muerto, cuando las m ujeres de rará la ó pera d e O luck en berado de su am or y asim ila la órjicos, de Dino Campana
T racia arrojaron su cabeza al 1762. La pareja m ítica ocupa experiencia de la locura que ha (1914). José Ricardo Morales
río Hebro. podía seguir invo­ el puesto de honor en todas es­ padecido después de un «des­ traslada a nuestros días el mito
cando el nom bre de su amada tas versiones y a veces su his­ censo a los infiernos»: ha sa­ y lo trata d e form a irónica en
Eurídice y, de este m odo, con toria se desliza hacia el teiTeno lido victorioso de esta prueba Orfeo o el desodorante ( 1972).
su canto consiguió la inm orta­ de la com edia, o incluso al del gracias al poder salvador de la La o b ra de Proust aparece
lidad y la gloria para los dos; vodevil, com o e s el caso del escritura poética. Este es tam ­ atravesada asim ism o de refe­
así. el poeta, a través de su O ifeo en los Infiernos, de Of- bién posiblem ente el sentido rencias — en ocasiones humo­
poesía, puede alcan zar la a n ­ fenbach (1858-1874). donde del m isterioso verso de «El rísticas— al m ito de Orfeo
siada gloria para él y para su E urídice e s una coqueta a la d esdichado» (L as quimeras, qu e pueden d a r cuenta de la
am ada. En este sentido deben q u e aburre profundam ente la 1854). donde el poeta, m odu­ oposición en tre el am or y el
interpretarse las palabras de m úsica de su m arido. En el lando su canto «sobre la lira de arte sobre la cual se edifica A
Garcilaso: «(...) mas con la len­ m ism o tono, la E urídice de O rfeo», puede afirm ar: «Dos la b ú sq u ed a d e l tiem po p er­
gua m uerta y fría en la b o ca / Anouilh (1942) pone en escena veces victorioso atravesé el d id o ( 19 1 3 -1928). Aunque el
pienso mover la voz a ti debida a una pareja desunida por la in­ Aqueronte.» m ito está asociado a todas las
/ libre mi alm a d e su estrecha fidelidad d e E urídice. El mito Paulatinam ente se irá afir­ e x p erien cias d e separación
roca. / por el Estigio lago con­ aparece entonces com o el sím­ m ando u n a lectura nueva del (Swann buscando a Odetle en­
ducida, / celebrando t'irá , y bolo del am or imposible. m ito según la cual la m úsica tre las som bras de los buleva­
aquel sonido / hará parar las A partir del siglo X IX . sin em­ — o la poesía— es la verdadera res parisinos, el narrador lla­
aguas del olvido» (Égloga III. bargo, la figura del O rfeo po­ am ante de O rfeo y el objetivo m ando a su abuela por telé­
segunda octava). eta parece im ponerse sobre la últim o de su descenso a los In­ fono), es el am o r del narra­
El am or de O rfeo y E urídice del m arido inconsolable. Así. fiernos. En Orfeo rey, de Víc­ d o r por A lberline —a quien
aparece representado p o r p ri­ G érard de N erval pone corno tor Segalcn (1916), por ejem ­ pierde por primera vez cuando
mera vez en el teatro en la F á­ epígrafe de la segunda parte de plo, la am ante del poeta está esta huye de su lado y la se­
bula d e Orfeo de Poliziano (h. Aurelia ( 1855) el célebre grito celo sa d e su m úsica, com o gunda cuando muere— el as-

www.FreeLibros.me
ORFEO 328 329 O SIR IS

pecio q ue p arece rep ro d u cir mentar. por tanto, una inmensa M useo del Prado; G ustave cándalo en el mom ento de su
más fielm ente el esquem a m i­ alegría al perd er por segunda M oreau. O rfeo sobre la tumba estreno — la acción es una pa­
lico. D espués de la m uerte de vez a su esposa, para poder así d e E urídice. 1890, París). Su rodia de la leyenda (con can­
esta, el narrador se volverá en regresar al reino de la Muerte. cortejo de ménades fue repre­ cán final)— , pero que pronto
vano hacia el infierno del p a­ Por lo d em ás, en su cinta Le. sentado sobre todo en la A nti­ obtuvo un éxito arrollador. En
sado de A lbertinc: es un testa m en t d 'O rp h é e (1963), güedad: M énade, crátera L a s d esg ra cia s de Orfeo,
m undo q ue en lo su cesiv o le C octeau prescinde claramente griega, h. 4 8 0 a. C .. Palermo; ó pera d e cám a ra d e Darius
quedará vedado. del tem a del am or para exaltar M énade danzando, relieve M ilhaud (1926), O rfeo es un
Sin embargo, el verdadero des­ los vínculos entre la poesía y la grieg o , h. 4 0 0 a. C ., Rom a; sanador que cura a las bestias
censo a los Infiernos del narra­ m uerte. Las o bras modernas M ogrobejo, O rfeo y las m éna­ salvajes y Eurídice una bohe­
dor posiblem ente tiene lugar acentúan a sí la aventura poé­ des, panel de b ronce, finales m ia; d esd e luego, la historia
en G uermantes cuando, rodea­ tica de O rfeo y. cuando dejan del siglo xix-principios del xx. es bastante diferente a la de la
do de personajes envejecidos, espacio al am or, lo hacen para Bilbao. Entre las innumerables tram a antigua... pero también
convertidos ahora en m eras su b ray ar que este debe pasar representaciones iconográficas term ina mal. Por últim o, O r­
sombras, com prende que d e su por la ausencia y el duelo. del m ito citarem os tam bién fe o 53. ópera concreta de Pic-
exploración del pasado no solo —> INFIERNOS. O rfeo de.spedaz.udo p o r las rre S ch ae ffe r y Pierre Henry
debe traer consigo los rostros ♦ ¡con. O rfeo aparece repre­ m u jeres d e Tracia, d ib u jo de (1 953), m ezcla de bel canto
de los seres queridos desapare­ sentado unas veces con su lira, D urero (siglo xvi, Naum burg) a la italiana y de sonidos
cidos. sino sobre todo la obra fascinando con sus cantos a un y O rfeo enseñando a los hom ­ electroacústicos, desencadenó
literaria. público hum ano o animal (Or­ b res las a rtes y la paz. lienzo tam bién un sonado escándalo.
Esta dcsvalori/.ación del am or fe o con lo s ir a d o s, crátera de Delacroix (siglo xix, París, ♦ Cin. Orfeo, de Jean Cocteau
en beneficio de la escritura griega, 4 5 0 a. C ., B erlín; Or­ C ám ara de los Diputados). (1949). seguido en 1959 de Le
aparece tam bién en la película fe o enca n ta n d o a las bestias, ♦ M á s . E ra n atural que el testament d'O rphée (—>LIT.).
escrita y realizada p o r Jean sig lo iv d. C .. m osaico ro­ m úsico por excelen cia in sp i­ El Orfeo negro, de Marcel Ca-
C octeau O rfeo (1949), donde m ano, L aon, y sig lo ii, Zara­ rara o bras m usicales. C itare­ mus (1959), es una adaptación
el poeta se m uestra muy poco goza; a lo q u e habría que m os L a fá b u la d e Orfeo. m oderna del m ito situada en
preocupado por resucitar a Eu- añ ad ir una decena d e cuadros dram a musical d e M onteverdi pleno carnaval de Río de Ja­
rídice, su gris y devota esposa. m o d ern o s, en tre ello s Orfeo. (1 6 0 7 ); O rfeo, can ta ta fran ­ neiro. Jacques Demy propone
Orfeo, en realidad, intenta bus­ títu lo d e varios lienzos de cesa de Rameau (1721); Orfeo o tra adaptación m oderna en
c ar a la M uerte, esa m ujer de G ustave M oreau, h. 1865, Pa­ y E urídice, ó p era d e G luck P arking (1985), donde la
m isteriosa belleza qu e le en ­ rís): otras veces aparece junto (1 7 6 2 ); O rfeo y E urídice. muerte de Eurídice es causada
señó a pasar d e un m undo a a Eurídice o llorando (O rfeoy ópera de H aydn ( 17 9 1) repre­ por una sobredosis.
otro a través de los espejo s y Eurídice, bajorrelieve griego, sen tad a p o r p rim era vez en
que, sobre todo, le d io acceso siglo v a. C „ N ápolcs; con el 195 I : O rfeo en los Infiernos, O SIR IS
a una poesía extraña qu e él se m ism o título, lienzo de Pous- ópera fantástica de Offenbach D io s eg ip cio , h erm ano y es­
esfuerza en descifrar. O rfeo no sin, sig lo x v u . L ouvre, y Ru- (1 8 5 8 ) que cau só un gran e s­ p o so d e isis .

puede p o r m enos qu e ex p e ri­ bens, h. 1636-1638, Madrid,

www.FreeLibros.me
PACTOLO
R ío d e L id ia , lla m a d o ta m ­
p PALADIO
E ra u n a e sta tu a m isteriosa,
b ién e l « río q u e a r r a s tr a o ro » . c o n s tru id a p o r A te n e a ', dotada
E ste p e q u e ñ o c u rs o flu v ia l e ra d e virtudes m ágicas, que cayó de
fa m o so p o rq u e e n su s a g u a s se lo s c ie lo s e n e l m o m e n to de la
e n co n trab an p e p ita s d e o ro . M i­ fundación de T ro y a ' y que desde
das", q u e h a b ía d e v u e lto a D io ­ e n to n c e s lo s tro y a n o s adoraron
niso'' su c o m p a ñ e ro S ile n o ”, al c o m o u n a e sp e c ie de talism án
q u e u n o s ca m p e sin o s d e su s tie­ p ro te c to r. El a d iv in o H éleno,
rras h a b ía n a p re s a d o y lle v a d o h e rm a n o g e m e lo d e C asandra",
a su p re s e n c ia , re c ib ió del d io s p re d ijo q u e la c iu d a d no podría
el d o n d e tr a n s fo r m a r e n o ro s e r to m a d a m ie n tra s el P aladio
todo lo q u e to ca se . P ero n o h a ­ p e rm a n e c ie s e e n p o d e r d e los
bía te n id o e n c u e n ta al so lic ita r tro y a n o s. U lise s”, al co n o c e r el
tal d e s e o q u e ta m b ié n tra n sfo r­ a u g u rio , c o n sig u ió p e n e tra r en
m aría e n m etal c u a n to s a lim e n ­ T ro y a d isfraz a d o d e m endigo y,
tos in te n ta s e lle v a rse a la b o ca. ay u d a d o p o r D io m edes, se ap o ­
D e s fa lle c id o d e h a m b re y d e d e ró d e la e s ta tu a y la llev ó al
sed, su p lic ó a D io n is o q u e an u ­ c a m p a m e n to griego. E xisten sin
lase el d o n . E l d io s le a c o n se jó e m b a rg o o tra s ley en das q ue in­
q u e se p u rific a se e n e l río P a c ­ tegran el P alad io en los orígenes
tólo, c u y a s a g u a s, d e sd e e n to n ­ d e R o m a ”. S e g ú n e sta s versio­
ce s, a rr a s tr a n p e p ita s d e l p r e ­ n es, el P ala d io h ab ría perm ane­
ciado m etal. - » d i o n i s o , m i d a s . c id o e n T ro y a y E neas" logró
s a lv a rlo d el in c e n d io q u e d e s­
♦ L it. O vidio, M etam orfosis. tru y ó la c iu d a d y lo llev ó c o n ­
XI. 85. sigo hasta R om a, donde se le ve-

www.FreeLibros.me
PALAN TE 332 333 PAN

n e ra b a e n e l te m p lo d e V esta*. su p iel y c o n se rv ó su s a la s , que PALES


D e e s te m o d o , ta n to e n R o m a a tó a su s p ro p io s to b illo s . S e ­ A n tig u a d iv in id a d ro m a n a
c o m o en T ro y a , la seg u rid a d d e g ú n a lg u n o s m itó g r a fo s , se ría p ro te c to ra d e lo s re b a ñ o s y p a­
la c iu d ad q u e d ó lig ad a a la co n ­ su n o m b re (e n g rie g o P a la s ) el tr a ñ a d e lo s p a s to re s . D io su
serv ació n d e la estatu a. S u n o m ­ q u e la d io s a a d o p tó c o m o una n o m b re al m o n te P a la tin o , u n a
b re d e riv a d e P alas", e l a p o d o e s p e c ie d e a p o d o . - » p a l a d i o , de la s s ie te c o lin a s d e R o m a .
a d o p tad o p o r A tenea. pa la s. C a re c e d e m ito lo g ía p ro p ia y
• H e rm a n o m e n o r d e Egeo" no tie n e e q u iv a le n te g rieg o .
• L engua. El térm ino paladín y tío d e T e se o " . T e s e o te n d rá
(o paladión) se ha conservado q u e lu c h a r c o n tr a él y su s c in ­ PAN
en nuestra lengua com o nom ­ c u e n ta h ijo s , lo s P a lá n tid a s , D e s c o n o c id o e n la s le y e n ­
bre com ún para d esignar a p a ra d e fe n d e r su d e re c h o leg í­ d a s h o m é ric a s", a p a re c e e n r e ­
cualquier objeto en que estriba tim o a l tr o n o d e A te n a s , a m e­ la to s p o s te rio re s c o m o h ijo d e
o se cree que consiste la segu­ n a z a d o p o r esto s. Z e u s ’ y d e H ib ris (o d e C a ­
ridad de una cosa. • G u e rre ro itá lic o , a lia d o de lis te ) . V en erad o e sp ec ia lm en te
El paladín es un m etal ligero, E n e a s" e n la g u e r r a q u e e n ­ en A rc a d ia * , e s e l d io s d e los
relativ am en te esc a so , cuyo fre n tó a e s te c o n T u m o , rey de p asto re s d e e s ta re g ió n y re p re ­
nom bre deriva de un pequeño lo s rú tu lo s. se n ta e l p o d e r y la fe c u n d id a d
astero id e al q ue se b autizó d e la n a tu r a le z a s a lv a je , co n
Palas. PALAS fuertes c o n n o ta c io n e s sex u ales.
P a la s e s el e p íte to ritu a l de E sta d iv in id a d h íb rid a , m i­
PALANTE la d io s a A te n e a ", a m e n u d o re­ tad h o m b r e , m ita d m a c h o c a ­
N o m b re d e d iv e rso s héroes* v e r e n c ia d a b a jo e l n o m b r e de brío (c u e rn o s , p a la s h e n d id a s),
o p erso n ajes q u e in terv ien en en P a la s A te n e a o s im p le m e n te vive h a b itu a lm e n te e n lo s b o s­
d ife re n te s m itos: P ala s, ca so frec u e n te e n los tex­ ques y las m o n ta ñ a s, d e lo s q u e
• H ijo d e l titá n " C r ío y e s ­ to s literario s. no d u d a e n s a lir p a ra la n z a rse
p o so d e Éstige*, el río d e los In­ S e g ú n u n a le y e n d a tardía, en p e rs e c u c ió n d e la s n in f a s ’. Escultura griega d e Pan. L ondres.
Es el c a s o d e S irin g e , q u e c o n ­ British Museum
fiernos". D e su u n ió n , se g ú n la A te n e a h a b ía a d o p ta d o el nom ­
T e o g o n ia d e H e sío d o , n acie ro n b re d e u n a d e su s p ro te g id a s, a sig u ió e s c a p a r d e é l m e ta m o r-
v a rio s h ijo s q u e r e p r e s e n ta n q u ie n h a b ía m a ta d o a c cid en tal­ fo seánd ose en c a ñ a , c o n la cual E sta d iv in id a d la sc iv a, scxual-
a b s tra c c io n e s m o r a le s : Z e lo m e n te e n e l c u r s o d e u n a dis­ Pan, p a ra c o n so la rse , fa b ric ó el m e n te in s a c ia b le , fo rm a parte
(E m u la c ió n ) , N ic e (V ic to ria ), p u ta . P a ra h o n r a r su m em o ria. in s tru m e n to q u e lle v a e l n o m ­ d el ru id o s o y a lo c a d o c o rte jo
C ra to s (P o d e r) y B ía (F u e rz a ). A te n e a c o n s tru y ó el P a la d io -. bre d e la nin fa y q u e tam b ién se d el d io s D ioniso".
• G ig a n te " a la d o . L a d io s a d e s ig n a c o n e l d e « fla u ta d e L o s ro m a n o s lo id e n tific a ­
A tenea* lo m a tó d u ra n te la G i- • L e n g u a . Un pequeño aste­ P an » . S e le s u e le r e p r e s e n ta r ro n c o n e l d io s itá lic o Fauno".
g a n to m a q u ia y , d e s p u é s de d e ­ roide fue b autizado con el c o ro n a d o c o n ra m a s d e p in o y U n a le y en d a refiere qu e, bajo el
so llarlo , se h izo u na c o ra z a co n nombre Palas. p o rtan d o e l c a y a d o d e l p a sto r. re in a d o d e l e m p e ra d o r T ib erio

www.FreeLibros.me
PAN 334 335 PA N D O R A
(s ig lo i d . C .) , e l p ilo to d e u n gedias M edea (431 a. C .) y ringe (Poussin, siglo xvn, Lou­ b re P a n d o r a ): g ra c ia , p e rs u a ­
n a v io se s in tió c o n m in a d o p o r E lectra (413 a. C .), evoca la
vre. Reims, Dresde). s ió n , h a b ilid a d m an u al... P ero
u n a v o z m is te rio s a a a n u n c ia r: postración que provoca la có­
Una d e las representaciones H erm es" in tro d u jo en su c o ra ­
« E l d io s P a n h a m u e r to .» lera del dios, los antros profun­
más habituales del Diablo, que zó n el m al y el en g añ o . Pan­
C u a n d o o b e d e c ió , la n a tu ra le z a dos donde se esconde y la mú­
lo muestra con cuernos, rabo y d o r a fu e e n v ia d a c o m o regalo
e n te ra se p u s o a g e m ir. sica d e la flauta que tan to le
patas hendidas d e m acho ca ­ a E p im e te o , h e rm a n o d e P ro ­
D e s d e la A n tig ü e d a d , e l complacen. Virgilio, Propercio
brío, e stá d irectam ente inspi­ m e te o , q u e s e d u c id o p o r su
n o m b r e d e l d io s fu e r e la c io ­ y H oracio (siglo i a. C .) lo
rada en la representación tradi­ e n c a n t o la to m ó p o r e s p o s a ,
n a d o co n la p a la b ra g rie g a pa n , mencionan en sus escenas cam­
cional d e Pan, q u e para los d e s o y e n d o lo s p ru d e n te s c o n ­
q u e sig n ifica «to d o » , a u n q u e en pestres. En el barroco es fre­
cristianos pasó a simbolizar los s e jo s d e s u h e rm a n o , q u e le
re a lid a d n o e x is te re la c ió n e ti­ cuente el tratam iento burlesco
aspectos más inm orales y per­ h a b ía p re v e n id o c o n tra lo s r e ­
m o ló g ic a a lg u n a e n tr e a m b o s de esta figura m itológica. Así
versos del paganismo. g a lo s d e lo s d io se s.
té rm in o s. E sta fa lsa e tim o lo g ía ocurre, por ejem plo, en la Fá­
♦ M ú s. B ach, Echo y Pan, E n su c a s a E p im e te o g u a r­
trajo co n sig o la id ea de q u e Pan bula de Pan y Siringa de Casti­
1731. Una canción de G eorge d a b a u n c o f r e c illo q u e h ab ía
s im b o liz a b a « el g ra n T o d o » o , llo S olórzano (siglo xvn), en
B rassens se titu la Le C rand p ro h ib id o to c a r a su esp o sa .
d ic h o d e o tra m a n e ra , la p o te n ­ el poema Pan y Siringa ( 1665)
Pan est m ort («El gran Pan ha P an d o ra , d e m a s ia d o curiosa, lo
c ia u n iv e rsa l d e la v id a. U n re ­ de M iguel d e B arrios o en
muerto»). a b rió en c u a n to tu v o o p o rtu n i­
c u e rd o d e e s ta c re e n c ia lo te n e ­ el rom ance de Polo d e Me­
d a d y to d o s lo s m a le s d el g é ­
m o s , p o r e je m p lo , e n un v e rso dina del m ism o título (1634).
PANDORA n e ro h u m a n o q u e a llí e sta b a n
d e V íc to r H u go: « S o y P an , so y en los que dom ina el realismo,
P a n d o ra fu e la p rim e ra m u ­ e n c e rr a d o s e sc a p a ro n y se e x ­
T o d o : ¡Jú p iter, a rro d ílla te !» el tono jo co so y el lenguaje
je r. L o s p rim e ro s re la to s m íti­ te n d ie ro n p o r el m u n d o . P a n ­
—> S Á T IR O S . gongorino.
c o s r e l a tiv o s a la c r e a c ió n y d o r a c o n s ig u ió c e r r a r el co fre,
♦ ¡con. En la Antigüedad apa­
a p a ric ió n d e la e s p e c ie h u ­ p e ro d e m a s ia d o ta rd e : so lo
♦ L engua. F.l llam ado miedo rece unas veces com o un dios
m an a s o b re la tie rra tie n e n en q u e d ó d e n tro la E sp eran za, tan
púnico d esignaba o riginaria­ m úsico (Pan m úsico y las nin­
c o m ú n la a u s e n c ia d e m u jeres. e n g a ñ o s a a m e n u d o p a ra los
mente el espanto que desperta­ fa s , fresco pom peyano, h. 50
H e s ío d o c u e n ta q u e Z e u s", m o rtales. S eg ú n o tra versión, el
ban las súbitas apariciones del a. C., Ñ apóles; Pan. escultura
q u e rie n d o v e n g a rs e d e P ro m e ­ c o f r e c illo e n c e rra b a to d o s los
dios, de a h í el sustantivo p á ­ griega. Londres), otras jun to a
teo" y d e lo s h o m b r e s , p o r b ie n e s q u e esta b a n destinados a
nico. Baco" (estípite d e Pan lle­
q u ie n e s e s te h a b ía o s a d o ro b a r lo s h o m b re s, q u e d e este m odo
Las palabras panteón, p a n ­ vando a l niño Baco. siglo iv
el fu e g o d iv in o , h iz o q u e R e - los p e rd ie ro n . C o m o la E va bí­
teísm o y otras form adas a par­ a. C .. R om a) y tam bién como
te sto ", c o n a y u d a d e A te n e a ’, b lic a , el m ito g rie g o p resen ta a
tir d e la v oz griega pan el sátiro” lúbrico que importuna
creara u n a c ria tu ra m a ra v illo sa la m u je r c o m o la re s p o n sa b le
(«todo»), no tienen ninguna re­ a diosas' y muchachas (Afrodita
a im a g e n d e lo s I n m o r ta le s . d e to d a s las m ise ria s hum anas.
lación con el Pan mitológico. y Pan, escultura, h. 100 a. C., L os o tr o s d io s e s 1 la a d o rn a ro n P a n d o r a fu e la m a d re de
♦ Lit. La mayoría de las veces A tenas). Posteriorm ente, los
g e n e ro s a m e n te c o n « to d o s lo s P irra.
se le recuerda en com pañía de pintores concedieron particular
d o n es» (e s c e s p re c isa m e n te el —> D EU C A L1Ó N , H U M A N ID A D , TKO-
Dioniso. Eurípides, en sus tra­ atención a su aventura con Si-
s ig n ific a d o en g rie g o d el n o m ­ G O N ÍA .

www.FreeLibros.me
PA N TEÓ N 337 p a r ís

♦ L engua. La expresión la PARCAS


caja ele Pandora se utiliza para D iv in id a d e s q u e re p r e s e n ­
indicar que lo que parece muy ta n la o m n ip o te n c ia d e l D e s ­
atractivo o beneficioso puede tino- e n la re lig ió n ro m a n a , lla­
resultar muy perjudicial. m a d a s p o r a n tíf r a s is « la s q u e
En el siglo xvn se bautizó con sa lv a n » (d el latín p a r c e r e ) p o r­
el nom bre de Pandora a una q u e , p r e c is a m e n te , n a d ie se
muñeca de tamaño natural, una s a lv a d e e lla s . P o s e e n lo s c a ­
especie de m aniquí utilizado ra c te re s d e las m oiras" g riegas,
p ara presentar la m oda fran­ c o n la s q u e se fu e ro n id e n tif i­
cesa en las cortes europeas. c a n d o p a u la tin a m e n te . E n sus
♦ Lit. —> PROM ETEO. o ríg e n e s e ra n u n o s g e n io s m a­
♦ ¡con. Pandora entre Atenea lé f ic o s q u e p re s id ía n e l n a c i­ Goya. E l D e s t i n o o Los tres p a r c a s . Madrid, Museo del Prado
y H efesto. copa arcaica. L on­ m ie n to d e lo s h o m b r e s , pero
dres: Rossetti. Pandora. 1869. te r m in a r o n a s im ilá n d o s e por nal d e las a te rrad o ras parcas épocas: Salviati, Las tres par­
Buscot. colección Faringdon; c o m p le to a la s tre s in fle x ib le s de la m itología. El personaje cas. siglo xvi, Florencia; Ru­
Paul Klee. D ie B iichse der h e rm a n a s h ila n d e ra s p o r cuyas es en realidad «la conciencia bens. Las parcas hilando el eles-
Pandora a is Stillehen. 1920. m a n o s s e d e s liz a , in e x o r a b le ­ consciente», que constituye el tino de María de Médicis. siglo
N ueva Y ork; C arlos Franco. m e n te , la v id a d e los m ortales. v erd ad ero tem a del poema. xvn. Louvre; Goya, El Destino
Pandora. 1989. Madrid, colec­ L a p r im e r a p re s id ía e l n a c i­ E ncontram os, p o r o tra parte, o Im s tres parcas, pintura ne­
ción de arte contemporáneo del m ie n to , la se g u n d a el m atrim o ­ una versión humorística de las gra. 18 19 -1823. Madrid. Museo
Banco Hipotecario. n io y la te rc e ra la m u e rte . tres figuras legendarias en la del Prado; Sérusier. La parca
E n e l F o ro d e R o m a están novela El m undo d e d u é r ­ d o to , posterior a 1900. colec­
PANTEÓN su s e s ta tu a s , c o m ú n m e n te d e­ m a n les I de Proust (1920). ción privada. En escultura,
C o n ju n to d e d iv in id a d e s de s ig n a d a s c o m o T r ia Fetta, los donde tres ancianas, condena­ grupo de mármol de Gcrmain
u n a m ito lo g ía o d e u na relig ió n « T re s D e s tin o s » o la s «T res d a s al o strac ism o por su e s ­ Pilón, h. 1560. Museo de
p o lite ísta , c o m o e ra n la s d e los H ad as» . candalosa vida pasada, apare­ Cluny.
a n tig u o s g rie g o s y ro m a n o s. K1 — > F A TU M , M O IR A /M O IR A S . cen ante los ojos del narrador
e m p e ra d o r g rie g o o rd e n ó erig ir com o tres caducas parcas cu­ PARIS
e n R o m a un te m p lo e n su h o ­ ♦ L en g u a . El sustantivo yas m anos habrían « tejido la H ijo m e n o r d e Príam o*, rey
n o r. el P an teó n . parca, en sin g u lar y como dudosa reputación» de m u­ d e T ro y a ', y H é c u b a -, tam b ién
nombre común, se utiliza a ve­ chos dignos caballeros. lla m a d o A le ja n d r o («el qu e
♦ ¡jnigua. El térm ino panteón ces en lenguaje literario como ♦ ¡con. Al ser unas figuras re­ p ro te g e a lo s h o m b re s » ). Su
ha pasado a nuestra lengua sinónim o de «muerte». lacionadas con la muerte poseen d e s tin o y s u s a c to s e stá n in d i­
para designar un m onum ento ♦ Lit. La jo v e n parca de Paul un carácter intem poral que ha s o lu b le m e n te u n id o s a los o rí­
funerario destinado al enterra­ V aléry (1 9 1 7 ) está muy lejos propiciado que fueran tomadas g e n e s d e la g u e rra q u e cau saría
miento de varias personas. de la representación tradicio- como lema artístico en todas las la ru in a d e su ciudad.

www.FreeLibros.me
338 339 PA R IS
PA R IS

C u a n d o H é c u b a e s ta b a e m ­ j a d o e n la s b o d a s d e T e tis " y
b a ra z a d a d e él, so ñ ó q u e d a b a a P e le o . P a ris , d e s d e ñ a n d o los
lu z u n a a n to r c h a q u e in c e n ­ p re s e n te s q u e le p ro m e tía n
d ia b a T ro y a . E ste p ro d ig io fu e H e ra ' y A ten ea", o fre c ió e l p re ­
in te rp re ta d o c o m o un m a l p re ­ m io a A f r o d i ta -, q u e le h a b ía
sag io y P ríam o d e c id ió m a ta r al p ro m e tid o e l a m o r d e la m u jer
n iñ o . P e ro su m a d r e le s a lv ó , m á s b e lla d e m u n d o , H e le n a ',
a b a n d o n á n d o lo lu e g o e n e l re in a d e E sp a rta . D e s d e e n to n ­
m o n te Id a , c e r c a d e T ro y a . c e s será el p ro te g id o d e la d iosa
U n o s p a s to re s lo re c o g ie ro n y d e l a m o r, q u e fa v o re c e rá todas
c ria ro n — s e g ú n o tr a v e r s ió n , s u s e m p re sa s, p e ro se g ran jeará
P aris h ab ría sid o c ria d o p o r un a ig u a lm e n te e l r e n c o r d e s p e ­
o sa — ; c u a n d o c re c ió , e l jo v e n , c h a d o d e la s o tr a s d o s d io s a s,
Rubens. El juicio d e Paris. Madrid. Museo del Prado
c o n v e rtid o e n p a s to r, v ig ila b a q u e e n lo s u c e s iv o n o d e ja rá n
los re b a ñ o s d e su fa m ilia a d o p ­ d e p e rs e g u ir c o n s a ñ a im p la c a ­
tiv a y a h u y e n ta b a a lo s la d r o ­ b le a P aris... y a to d o e l p u eblo lia re a l. S o lo C a s a n d ra c o n ti­ flic to , c o n s ig u e e s c a p a r d e la
n es, lo q u e le v a lió el a p o d o d e tr o y a n o . E s ta m o s a n te u n o de n u ó p r o f e tiz a n d o d e s g r a c ia s . m u e rte s o lo g ra c ia s a la ay u d a
A le ja n d ro . —> h é r o e s . lo s m ito s q u e re fle ja n la id e o ­ A lg u n o s a ñ o s m á s ta rd e , e l h e ­ d e A fro d ita , q u e le e n v u elv e en
E n u n a o c a s ió n . P a ris a c u ­ lo g ía « trifu n c io n a l» d e lo s an ­ c h o d e q u e lo s tro y a n o s s e n e ­ u n a e s p e s a n u b e y le d e v u elv e
d ió a T ro y a p a ra p a r tic ip a r en tig u o s p u e b lo s in d o e u ro p e o s . g asen o b stin a d a m e n te a d e v o l­ m ilag ro sam en te al lecho de H e­
u n o s j u e g o s f ú n e b r e s , d o n d e —> F U N C IO N E S . ver a H e le n a lle v ó a M e n e la o a le n a . M u c h o s tro y a n o s , e n tre
p ro n to d e s ta c ó a l s a l i r v ic t o ­ A p e s a r d e los so m b río s va­ reclam ar la a y u d a d e lo s p rín ci­ e llo s su h e rm a n o m a y o r H éc­
rio s o d e to d a s la s p ru e b a s . El tic in io s d e C a sa n d ra , q u e an u n­ pes g r ie g o s , o b lig a d o s p o r el tor", se b u rla n a m en u d o de sus
jo v e n f u e r e c o n o c id o p o r su c ió e n v a n o e l fa ta l d e s e n la c e ju ra m e n to q u e T in d á re o h a b ía ad e m a n e s p o c o viriles. Será Pa­
h e r m a n a , la p r o f e tis a C a s a n ­ d e e s ta a v e n tu r a , P a ris s e las im p u esto a lo s an tig u o s p re te n ­ ris, sin e m b a rg o , q u ien consiga
d ra , y P ría m o , fe liz p o r re c o ­ a rre g ló p ara s e r in c lu id o e n una d ie n te s d e su h ija . S e o rg a n iz ó m a ta r a A q u ile s ’, e sta vez g ra ­
b ra r al h ijo q u e c r e ía p e rd id o , e m b a ja d a q u e s e d ir ig í a a E s­ a sí u n a e x p e d ic ió n p u n itiv a c ia s a la ay u d a del d ios A p o lo ',
le re s titu y ó su lu g a r en la m a n ­ p a rta . A llí s e d u jo a H e le n a en c o n tra T ro y a c o n A g a m e n ó n ", q u e d irig e su fle c h a co n tra el
sió n real. a u s e n c ia d e su m a r id o , e l rey el h e rm a n o m a y o r d e M en e lao , ú n ic o p u n to v u ln e ra b le del hé­
M ien tras g u a rd a b a lo s reb a­ M e n e la o ’, q u e h a b ía p a rtid o co m o c o m a n d a n te su p rem o . roe" griego, el talón. Paris muere
ñ o s d e su p a d re e n e l m o n te h a c ia C re ta p a ra a s is tir a unos L a im a g e n q u e la tra d ic ió n a su v e z p o r u n a flecha envene­
Id a , fu e e le g id o c o m o á r b itr o fu n erale s, y la rap tó , saqueando nos o f r e c e d e P a ris d u ra n te la nad a lan za d a p o r Filoctetes", ar­
p a ra d ir im ir el litig io q u e e n ­ a d e m á s la s a rc a s r e a le s y lle­ gu erra n o e s p re c isa m e n te g lo ­ m ad o c o n el a rc o d e H eracles".
fren tab a a las tre s d io s a s' p o r la v á n d o se c o n s ig o c u a n ta s riq u e­ rio sa . V e n c id o p o r M e n e la o —> H E L E N A . M E N E L A O .
p o se s ió n d e la m a n z a n a d e o ro z a s p u d o re u n ir. E n T ro y a , Pa­ d u ra n te u n c o m b a te s in g u la r
d e stin a d a « a la m á s b e lla » q u e rís y H e le n a fu e r o n m u y bien o rg a n iz a d o a l p r in c ip io d e la ♦ Lit. Paris es uno de los prin­
E ride ', la D isco rd ia, h a b ía a rro ­ a c o g id o s p o r P ría m o y la fam i­ c o n tie n d a p a ra d ir im ir e l c o n ­ cipales personajes de la epo-

www.FreeLibros.me
PA R N A SO 340 341 PASÍFAE

peya iroyana. inmortalizada en C openhague. Berlín. Le-


x v ii. diccionario de prosodia latina José M aría de Heredia. Théo-
la llíaíla de H om ero. Su d es­ ningrado), Rubens (siglo x v i i , publicado en 1702 y más tarde dorc de Banvillc y Leconte de
tino inspiró una tragedia a L ondres, D resdc. M adrid). a diversos estudios para piano. L isie, se unieron para formar
Sófocles y otra a E urípides, W attcau (siglo xvm, Louvre) y Del nombre d e este monte mí­ una escuela poética que recibió
am bas tituladas A lejandro y Bouchcr (siglo xvm , Londres). tico derivan también el nombre el nombre de Parnaso, tomado
actualmente perdidas. La pie/a Paris m atando a Aquiles, Ru­ cu lto de un g énero de plantas del d e la rev ista El Parnaso
d e E urípides contaba el naci­ bens, siglo x v i i , Berlín; París. de flores claras y olorosas (gé­ contem poráneo, donde publi­
m iento de Paris, rodeado de escultura de Canova, siglo xix, nero P arnassia) y el d e unas caban sus obras. Cultivaban la
funestos presagios, y su aban­ San Petersburgo. mariposas europeas de alas se­ impersonalidad y la perfección
dono en el monte Ida. com pa­ ♦ Cin. —> T R O Y A . m itransparentes que viven en form al, por oposición al des­
rable al de E d ip o '. Era la terrenos m ontañosos (género bordam iento romántico. Es el
prim era parte d e una trilogía PA R N A SO Parnassius). movimiento literario conocido
centrada en el trágico destino E s ta c a d e n a d e m o n ta ñ a s, M ontparnasse, el célebre ba­ com o partíasian ismo.
de T roya, de la que solo se q u e s e a lz a c e r c a d e D e llo s y rrio p arisino frecuentado por ♦ Icón. F.I Parnaso, lienzo de
conserva la últim a parte, titu ­ d o n d e a c tu a lm e n te e x is te una artistas y bohem ios, tom a su M antegna, siglo x v, Louvre;
lada Las troyanas <415 a. C.). e s ta c ió n d e d e p o r te s d e in­ nombre precisamente del mon­ fresco de Rafael, h. 1511. Va­
donde se presenta a las cau ti­ v ie r n o , e s ta b a c o n s id e ra d a te Parnaso. ticano: lienzo de Poussin. siglo
vas troyanas que serían repar­ c o m o la re s id e n c ia trad icio n al El térm ino p a rnasianism o, xvii, Madrid.
tidas com o bolín de guerra en­ d e A p o lo - y la s m u s a s ", p o r lo nom bre d e un m ovim iento
tre los vencedores después de q u e se le c o n s id e ra b a u n lugar poético desarrollado en F ran­ PASÍFAE
la caída de la ciudad. p riv ile g ia d o p a ra la inspiración cia entre 1866 y 1876, y su de- E s p o s a d e M in o s ”, rey de
El episodio del ju icio es re la ­ p o é tic a y m u sical. r¡ vado parnasiano, están asi­ C re ta , e s h ija d e H elio ”, d iv in i­
tado en el «Romance de Paris. m ism o relacionados con el d a d s o la r p re o lím p ic a , y Per-
del ju ic io qu e d io cuando las ♦ ¡Jíiigua. El término parnaso m ítico m onte d e las musas sé is , u n a d e las h ija s d e O céa­
tres deesas le hallaron d u r­ designa, en sentido figurado, al ( ^ /./ / .). n o ’ y T e tis 1. E s h erm ana de Ee­
m iendo», de a u to r anónim o, conjunto de todos los poetas de ♦ Lit. Hacia 1620, un grupo de te s, rey d e la C ó lq u id e , y d e la
incluido en el C ancionero de un lugar o de una época deter­ escritores franceses, el más co ­ h e c h ic e ra C irc e '. - 4 a r g o n a u ­
Am beres (siglo xvi). m inada (p o r ejem plo, el par­ nocido de los cuales es Théo- t a s .
♦ Icón. Un fresco de Pompeya naso español), y tam bién una phile de Viau. publicaron, con M a d re d e Fcdra* y de
representa a París seduciendo colección de poesías de varios el título de Parnaso de los poe­ A r ia d n a ’, s e e n a m o ró c ie g a y
a H elena (siglo i a. C.. N ápo­ autores. Ha d ad o origen asi­ tas satíricos, una recopilación a rd ie n te m e n te d el to ro b la n c o
les): un m osaico de A ntioquía mism o a expresiones, algunas de poesías licenciosas que fue q u e P o se id ó n 1 h ab ía en v ia d o a
del siglo ti ilustra El ju ic io de de ellas ya desusadas: subiráI inm ediatam ente anatem izada M in o s y q u e e s te se h a b ía re ­
Paris (Louvre). El mismo tema Parnaso, dedicarse a la poesía; por el Parlamento y confiscada s is tid o a s a c r ific a rle , ro m ­
fue más tarde representado por esca la d e l P arnaso (en latín por los jesuítas. M ás tarde, ha­ p ie n d o la p ro m e s a q u e h ab ía
C ranach (1529. C openhague. G radas a d Parnassum ), nom­ cia 1860, otro grupo de poetas, h e c h o al d io s . P o se id ó n , e n fu ­
Nueva York), G iordano (siglo bre dado prim ero a un famoso en tre los cu ales destacaban re c id o , s e v e n g ó in sp iran d o en

www.FreeLibros.me
PA TRO CLO 342 .343 PEG A SO

la re in a un ir re p rim ib le d e s e o que la mayoría de las interpre­ ♦ Ic ó n . Enlrc las numerosas


p o r e l a n im a l. C o n a y u d a d e taciones literarias, sobre lodo o bras antiguas que tratan el
D é d a lo ", P a s ífa e p u d o fin a l­ las modernas, centran su aten­ tem a citarem os A quiles ven­
m en te ap a c ig u a r su s a rd o re s c a ­ ción en las figuras de Fedra, el d ando a Patroclo (interior de
m u fla d a d e n tr o d e u n a te rn e ra Minotauro o Minos, la de Pasí­ una copa griega, h. 500 a. € ..
d e m a d e r a d is e ñ a d a p o r e l in ­ fae parece casi olvidada, a no Berlín), que destaca por el hu­
g e n io s o a rq u ite c to d e l L a b e ­ ser en Racine. que le dedica un m ano gesto d e Patroclo. que
rin to '. D e a q u e lla u n ió n c o n tra verso m ovido por la musicali­ vuelve la cabeza para no mirar
n a tu r a n a c ió e l M in o ta u ro ’, dad de su nom bre («La hija de sus heridas; Patroclo muerto,
m o n stru o * h íb r id o c o n c u e rp o M inos y P asífae», F ed ra, decoración d e una crátera
h u m a n o y c a b e z a d e to ro . 1677). Es, sin embargo, la pro­ g rieg a (siglo v a. C .), A gri­
-¥ D É D A L O , M IN O S , M IN O T A U R O . tagonista de un poema dramá­ gento, y M enelao llevando el
L o s m ito s a trib u y e n a P a sí­ tico d e M ontherlant tPasífae. Patroclo muerto, decoración de una cuerpo d e Patroclo (período
fa e e l m ism o ta le n to c o m o h e ­ 1938) donde la reina, recor­ crátera griega, Agrigento, Museo Ar­ helenístico, Florencia); la céle­
c h ic e ra q u e a su h e rm a n a C irc e dando en este sentido a otras queológico
bre escultura bautizada como
y a su s o b r in a M e d e a " . P a ra heroínas del escritor, se une al Pasquino, en Roma, parece ser
c a s tig a r la s in f id e lid a d e s d e M ino tau ro no por am or, sino d u ra y le d e ja s e c o m b a tir . A s í el fragmento de una réplica de
M in o s la n z ó c o n tr a é l un so rti­ para d em o strar que no teme a rm a d o , lle v ó a c a b o u n a v e r­ esta estatua.
le g io q u e h a c ía q u e to d a s su s d esafiar a la opinión del d a d e ra c a r n ic e r ía e n tr e la s f i ­
d e sd ic h a d a s a m a n te s m u rie se n mundo. las tr o y a n a s , q u e s o lo a c a b ó PEG A SO
v íc tim a s d e lo s e s c o r p io n e s y M IN O S, M INO TA U RO. c u an d o H é c t o r , c o n a y u d a d e C a b a llo a la d o e n g e n d ra d o
s e r p ie n te s q u e b ro ta b a n d el ♦ icó n . Pasífae y Dédalo, ba­ Apolo", c o n sig u ió d a rle m uerte. p o r P o s e id ó n ” y n a c id o d e la
c u e rp o d el m o n a r c a c a d a v e z jorrelieve antiguo, Roma. Gus­ Se d e s e n c a d e n ó e n to n c e s u n a s a n g r e d e la g o rg o n a ” M ed u sa
q u e e s te p r e te n d ía e c h a r u n a tave Moreau, Pasífae. h. 1890, s a n g rie n ta b a ta lla e n to r n o al al s e r d e c a p ita d a p o r P e rs e o .
c a n a al aire. colección particular. cuerpo d e P atro c lo . A l c o n o c e r E l n o m b r e d e e s te a n im a l m í­
la m u e rte d e su a m ig o , A q u ile s tic o e s t á r e la c io n a d o al p a re ­
♦ Lit. Juan de la Cueva, en su PATROCLO se la n z ó s in a rm a s a l c o m b a te , c e r c o n la p a la b ra g rie g a pegé,
romance «Pasífae», incluido en L a a m ista d re c íp ro c a q u e le espantando co n u n terrib le g rito q u e s ig n ific a p re c isa m e n te
la obra Coro Febeo d e roman­ u n ía a A q u iles* e s p ro v e rb ia l. a los tr o y a n o s , q u e h u y e ro n « fu en te» , y el a g u a e s en efecto
ces historiales (1588). trata ex­ P a rtic ip ó ju n to a é l e n la guerra d esp av o rid o s. A q u ile s , d e s tro ­ u n m o tiv o re c u rre n te en la s le ­
clusivam ente el tem a d e sus d e T r o y a ”, d o n d e lle v ó a cabo zado p o r la p é r d id a , rin d ió y e n d a s a é l a s o c ia d a s . S e
am ores co n el toro y el n aci­ n u m e r o s a s h a z a ñ a s . C uan d o h o n ras fú n e b r e s a s u a m ig o . c u e n ta q u e P e g a so h a b ía hecho
m iento del M inotauro con in­ A q u ile s se re tiró d e l co m bate, A Q U IL E S . b ro ta r la fu e n te H ip o cren e
tención m oralizante. Sin em ­ P a tro c lo , al v e r la situ ació n crí­ (« fu en te del cab allo » ) en el He­
bargo. este rom ance puede tic a e n q u e se e n c o n tra b a n los ♦ L it. La m uerte de Patroclo licón, la m o n tañ a d e las musas*,
considerarse prácticamente una g rie g o s , c o n v e n c ió a su am igo aparece relatada en los cantos g o lp e a n d o la tierra co n sus cas­
excepción ya que. m ientras p a ra q u e le p r e s ta s e su arm a- XVI a XXIII de la litada. c o s , a s í c o m o o tr o m a n a n tia l

www.FreeLibros.me
PE LE O 344 345 PÉLO PE

c e rc a d e T re c é n . F u e p r e c is a ­ naso. sig lo x v , L ouvre; Cius- s io n a d o p o r la p é rd id a d e su s e p re s e n tó P é lo p e e H ip o d a­


m e n te m ie n tra s b e b ía las a g u a s tave M oreau. El poeta viajero. hija C o re , o sim p le m e n te h am ­ m ía se e n a m o ró d e él a prim era
d e l P ire n o , c e r c a d e C o rin to , siglo xix. París. A veces se le b rie n ta , n o p re s tó a te n c ió n a lo v ista . T ra ic io n a n d o a su padre,
c u a n d o B e le ro fo n tc s * le s o r ­ representa solo: m edalla de q u e s e le s e r v ía y d io b u e n a s o b o r n ó a su a u rig a M irtilo
p re n d ió y c o n s ig u ió re d u c irlo . B envenuto C ellini, sig lo xvi, c u en ta , sin la m e n o r vacilació n , p a ra q u e sa b o te a ra e l c a rro an­
A lo m o s d e P e g a s o , e l héroe* París; lienzo de Odilon Redon, d e u n o d e lo s h o m b ro s d el d e s­ te s d e la c a rr e ra , su stitu y e n d o
p u d o m a ta r a la Q u im e ra * y h. 1900. Otterlo. d ic h a d o jo v e n . L o s d io s e s c a s ­ lo s e je s d e m a d e ra p o r o tro s de
v e n c e r a la s a m a z o n a s* . P e ro ♦ Cin. En la película Furia de tig a ro n d u ra m e n te e l c rim e n c e ra . El a c c id e n te a s í p ro v o ­
c u a n d o B e le ro f o n te s , c e g a d o titanes, de D esm ond Davis del p a d re y re s u c ita ro n al h ijo , c a d o c o stó la v id a a E n ó m ao y
p o r e l o rg u llo d e s u s v ic to ria s , (1981), Pegaso es dom ado por r e c o n s tru y e n d o s u c u e r p o y p u s o a la b e lla H ip o d a m ía y al
q u iso a s c e n d e r h a sta la m o ra d a Pcrseo y se conv ierte en la s u s titu y e n d o e l h o m b r o q u e re in o d e P is a en m a n o s d e Pé­
d e lo s dioses*, el c a b a llo a la d o montura del invencible héroe. D e m é te r se h a b ía c o m id o p o r lo p e . M irtilo , q u e h ab ía traicio­
le a rr o jó al v a c ío y a lc a n z ó e l o tro d e m a rfil pu lid o . n a d o a su rey p o r a m o r a H ip o­
O lim p o , d o n d e se c o n v irtió en PELEO D esp u és d e su resu rrecció n , d a m ía , re c ib ió la m u erte com o
u n o d e lo s c o r c e le s d e Z e u s", P a d re d e —» a q u i i .e s . P é lo p e fu e a m a d o p o r P o se i- p a g o a s u s s e rv ic io s . A n te s de
e n carg ad o , seg ú n la ley en d a, d e d ó n “, q u e lo c o n v irtió e n s u c o - m o r ir, sin e m b a rg o , lan zó una
tra e rle el ray o . M á s ta rd e se ría PELIAS p ero . El d io s le e n tr e g ó u n c a ­ m a ld ició n q u e c o n trib u irá a e n ­
tra n s fo rm a d o e n u n a c o n s te la ­ R e y d e Y o lc o , e n T e sa lia . rro d e o ro y u n tiro d e c a b a llo s g ro s a r e l c ú m u lo d e d esg racias
ción. —> A 1 .C E S T 1 S , A R G O N A U T A S , JA - a la d o s q u e le p e rm itie ro n c o n ­ q u e s e a b a tiría n so b re los d es­
SÓN , M EDEA, V E L L O C IN O DE q u is ta r a la b e lla H ip o d a m ía ’, c e n d ie n te s d e la p a re ja , los
♦ L engua . Un pegaso es un O R O . h ija d el rey E n ó m ao d e P isa, en A tridas*.
pez de O ceanía sin vejiga na­ la E lide. A P é lo p e , q u e p ro c e d ía de
tatoria cuyas aletas pectorales, PÉLOPE E n ó m ao , ard ien tem en te en a­ A sia M enor, se le atrib u ía la in­
muy desarrolladas, recuerdan a H ijo d e T á n ta lo * , re y de m o rad o d e su p ro p ia h ija , d e sa ­ tro d u c c ió n en G re c ia d e las fa­
un par de alas. F rig ia , y d e E u rin a s a s, a su vez fia b a a to d o s lo s p re te n d ie n te s b u lo s a s riq u e z a s d e su fam ilia,
En num ism ática, el pegaso es h ija d e P a ctó lo * , e l río d e las q u e v e n ía n a p e d ir la e n m a tri­ q u e a p o rta ro n u n p o c o d e lujo
una m oneda de la antigua C o­ a re n a s d e o ro . m o n io a u n a c a rr e ra m o rta l. El o rie n ta l a un p a ís h a sta e n to n ­
rinto, así llam ada por figurar S u s o b e rb io p a d re , p a ra po­ rey s a lía s ie m p re v ic to rio so d e c e s p o b re y rú stico . S u nom bre
en ella el caballo m itológico. n e r a p ru e b a la o m n isc c n c ia de la p ru e b a g ra c ia s a u n tiro q u e e s tá ta m b ié n v in c u la d o a la
En la península Ibérica, la Am- lo s d io ses* , lo d e s c u a rtiz ó y se le h a b ía re g a la d o A re s" y , d e s­ fu n d a c ió n d e lo s Ju e g o s O lím ­
purias griega y rom ana acuñó lo s irv ió g u is a d o a lo s O lím p i­ p u é s d e d e c a p ita r a l p re te n ­ p ic o s e n E lid e . E n e fe c to , se­
sus m onedas con este motivo, c o s ' e n u n fe s tín q u e h a b ía d ie n te v e n c id o , c la v a b a la c a ­ g ú n d iv e r s a s tra d ic io n e s , fue
que luego pasaría a otras c iu ­ o rg a n iz a d o en su h o n o r. H orro­ b eza e n la p u e rta d e s u p a la c io P é lo p e q u ie n h a b ría instaurado
dades peninsulares. r iz a d o s , to d o s s u p ie ro n d e in ­ p a ra d e sa n im a r a los o tro s a s p i­ los p rim e ro s ju e g o s funerarios,
♦ ¡con. Pegaso figura m uy a m e d iato q u e se tra ta b a d e carne ra n te s . D o c e d e s v e n tu ra d o s d e d ic a d o s a la m e m o ria de
menudo en obras que celebran h u m a n a e x c e p to D e m é te r1 que, p re te n d ie n te s a d o rn a b a n a su E n ó m a o , q u e c o n el tiem p o
la poesía: M antegna. El P a r­ a b s o rta tal v e z e n e l d o lo r oca­ p e sa r el p a la c io del rey c u a n d o iría n c a y e n d o e n d e su s o h asta

www.FreeLibros.me
PE N A T E S 346 347 PEN ÉLO PE

q u e H e ra c le s* lo s r e s ta u r ó en c o n lo s G e n io s , lo s L ares*, los
h o n o r d e su in iciad o r. M a n e s’ y lo s L é m u re s* , d e las
L o s P e ló p id a s so n lo s d e s ­n u m e r o s a s d iv in id a d e s m e n o ­
re s d e c a rá c te r d o m é s tic o d e la
c e n d ie n te s d e P é lo p e , e n p a rti­
c u la r A tre o y T ie s te s . —» a t r i -p r im itiv a re lig ió n ro m a n a . Se
d a s. le s re p r e s e n ta b a e n p e q u e ñ a s
e sta tu illa s d e m a d e ra o d e arc i­
♦ Lengua. Pélope dio su nom­ lla, a m e n u d o to sc a s, q u e se co ­
bre a la península m ontañosa lo c a b a n al fo n d o d el a triu m , en
situada al sur de G recia, el Pe­ e l « la r a r» . D u ra n te la co m id a ,
to pone so (literalm ente «la isla s e p o n ía c e r c a d e e llo s unos
de Pclope»), actualmente sepa­ p la to s e sp ec ia le s c o n alim entos,
rada del continente por el canal y d e te rm in a d o s d ía s se les ofre­
de Corinto. c ía n sa c rific io s.
♦ Lit. El poeta Píndaro (5 18-h. E x is tía n ta m b ié n u n o s P e­
438 a. C .) glorifica las hazañas n a te s p ú b lic o s , p ro te c to re s del
de Pélope en el prim ero de sus E s ta d o , h o n ra d o s e n e l tem plo
poemas dedicados a los Juegos d e V esta* e n R o m a. Penélope teje la tela, fresco del palacio Vecchio. Florencia
Olímpicos. S e le s re p re se n ta b a c o n ras­
El tem a de las riquezas de Pé­ g o s d e a n c ia n o s y la c a b e z a cu­ m o ra r la d e c is ió n q u e e s to s p r e n s iv a , d ila tó c o n s id e ra b le ­
lope aparece m encionado en b ie rta p o r u n velo. e x ig ían : n o se c a s a r ía c o n u n o m e n te las h o ra s d e e s a p rim era
una octava independiente del de e llo s h a sta q u e n o term in ase n o c h e q u e lo s e sp o s o s pasaban
poeta renacentista Francisco de PENÉLOPE el s u d a r io q u e e s ta b a te jie n d o ju n t o s d e s p u é s d e ta n to s añ o s
Aldana (segunda mitad del si­ H ija d e Ic a rio , h e rm a n o de para su a n c ia n o su e g ro L aertes. d e s e p a ra c ió n . —» l l i s e s .
glo xvi). En ella, el poeta re ­ T in d á r e o , y d e la ninfa* Peri- P e n é lo p e p a s a b a , p o r ta n to , su
chaza toda posible riqueza m a­ b e a , e s p o r ta n to p rim a d e H e­ tie m p o e n tr e g a d a a e s t e tr a ­ ♦ L it. Los cantos 1 y IV de la
terial. porque lo único que de­ lena*. E s la tie rn a y fie l esposa b ajo, p e ro p o r la s n o c h e s d e s ­ ücli sea nos presentan a «esta
sea es libertad y una vida d e U lises* — q u e c a s ó c o n ella h a c ía lo q u e h a b ía te jid o d u ­ m ujer divina que llora a su es­
alejada de tormentos. d e sp u é s d e l m a trim o n io d e He­ rante el d ía . N o su p o re c o n o c e r poso» y la m uestra «devorada
le n a — q u e le d io u n h ijo , Te- a su e s p o s o U lis e s c u a n d o e ste por la angustia» ante la ausen­
PENATES lém aco*. P e n é lo p e e s p e r ó fiel­ se p r e s e n tó d is f r a z a d o e n su cia de su hijo. El canto XXIII
E n tre lo s ro m a n o s , dioses* m e n te a s u e s p o s o d u r a n te su casa , p e r o s e m o s tró lle n a d e se dem ora en la descripción
d o m é s tic o s q u e p ro te g ía n e l la rg a a u s e n c ia . P re s io n a d a por p ie d a d h a c ia e l m e n d ig o q u e del reencuentro de los esposos
hogar. L o s P e n a te s p a re c e n h a ­ u n c e n te n a r d e p re te n d ie n te s fin g ía se r. U lis e s n o le re v e ló y m uestra al héroe’ «soste­
b e r sid o e n su o rig e n d o s d iv i­ q u e o c u p a r o n su p a la c io de su id e n tid a d h a s ta h a b e r d a d o niendo en sus brazos a la
n id a d e s tu te la r e s d e la d e s ­ Ila c a y d ila p id a ro n su s bienes, m u erte a to d o s los p re te n d ie n ­ m ujer d e su corazón, su fiel
p e n sa . F o rm a b a n p a rte , ju n t o c o n c ib ió u n a a r g u c ia p a ra d e­ tes. A te n e a " , c ó m p lic e c o m ­ com pañera». En una de sus

www.FreeLibros.me
PENTEO 348 349 PE R SÉFO N E

I le roídas, el poeta latino O v i­ tem a del am o r y el desam or: p o r c o n s id e ra r q u e e ra d e m a ­ PENTESILEA


d io (siglo 1 a. C .) p resta su ¡Oh, Penélope! (E l retorno ele siado v io le n to y licen cio so , n e­ R e in a d e las a m a z o n a s’, es
plum a a Penélope. U lisesj, de G onzalo Torrente g á n d o se a d e m á s a re c o n o c e r la h ija d el d io s A rc s :. D u ran te la
D iego H urtado d e M endoza B allester(l987). d iv in id a d d e D io n iso . E ste se g u e r r a d e T ro y a " in te rv in o en
(primera mitad del siglo xvi) le ULISES. v engó tran sp o rtá n d o le al m onte a y u d a d e lo s tro y a n o s y m urió
dedica un poem a en o cta­ ♦ Icón. Penclopc es represen­ C ite ró n , d o n d e se e n c o n tra b a n a m a n o s d e A quiles" durante un
vas, de carácter desm itificador tada unas veces hilando rodea­ las m u je re s te b a n a s q u e , p resas c o m b a te . E ste, a d m ira d o d e su
(«¿Por que duermes, Penélope, da d e sus pretendientes (Ja- del fu ro r d io n isia c o , se h a b ía n b e lle z a , llo ró a m a rg a m e n te su
señera.,.»), en el que la insta a copo Bassano, siglo xvi, Rcn- u n id o a las b acan tes". L lev ad as m u e rte . - 4 a m a z o n a s .
aprovechar la vida y dedicarse nes: Luca Giordano, siglo xvi. p o r el fre n e sí, d e s p e d a z a ro n a
al am or m ientras U lises está El E scorial; P enélope teje leí Penteo to m ándolo p o r un anim al ♦ L it. Iñigo López de M en­
ausente. tela, fresco del palacio Vec- salvaje. S u p ro p ia m ad re le d e s­ doza. m arqués de SantiIlana,
En la literatura contemporánea chio, Florencia), otras veces garró con su s m an o s y en sartó su presenta en su poema «El
no es (recuente su tratam iento sola, esperando (escultura de cabeza en un tirso, u n bastó n ro ­ planto que hizo la reina Pente-
como personaje principal. En el Bourdelle, principios del siglo deado de h ied ra y p ám p an o s qu e silea» (siglo xv) a la amazona
Ulises de Joyce (1922). donde xx. París), o bien en compañía era el a trib u to del d io s D ioniso. que. enam orada de H écto r,
aparece representada en el per­ d e U lises (P rim aticcio, siglo C uan d o A g a v e salió finalm ente llora su muerte.
sonaje de M olly Bloom , cuyo xvi. Toledo. Ohio). de su d elirio , d e sc u b rió h o rro ri­ ♦ ¡con. Aquiles ante Pentesi-
monólogo interior revela la irri­ ♦ M ú s. P enélope (1795), zada lo q u e h a b ía h e ch o . D io ­ lea. copa griega, h. 460 a. C„
tación que a veces experimenta ó pera d e C im arosa; ópera del niso se v engaba a sí del o rg u llo y Munich.
hacia Leopold Bloom. trasposi­ mismo título de Fauré (1913). de la im p ied a d d e l h ijo y d e las
ción de Ulises: a pesar d e las B rassens absuelve a todas las calum nias q u e la m ad re, tiem po PERSÉFONE
recientes infidelidades que ha Penélopes que, algo cansadas atrás, h a b ía p ro fe rid o c o n tra S é ­ H ija d e Z e u s ’ y D em é te r',
com etido, siente un am or pro­ de su «U lises de bulevar», ali­ mele. re c ib ió p rim e ro e l n o m b re de
fundo hacia su marido, cuyo re­ mentan culpables sueños amo­ C o re" (e n g rie g o « d o n cella» ).
greso espera pacientemente y al rosos. precio de una fidelidad ♦ L it. Este paroxism o de ho­ D esp u é s d e se r rap tad a p o r Ha­
que había prom etido servir el dem asiado perfecta. rror trágico es el tem a central d e s 1 se c o n v irtió en su esp o sa y
desayuno en la cama. En el tea­ de la tragedia de Eurípides I m s re in a d e lo s In fie rn o s ', c a m ­
tro español de nuestros días. Pe­ PENTEO bacantes (pieza escrita en los b ian d o e n to n c e s su nom bre por
nélope es protagonista de varias P entco e ra un rey d e T ebas', últim os años de su vida y re­ el d e P e rsé fo n e . El relato d eta­
obras: La tejedora ele sueños, h ijo d e u n o d e lo s h o m bres presentada postum am ente, en lla d o d e e s ta a v e n tu ra fo rm a
dram a de A ntonio Buero Va- « se m b ra d o s» p o r C a d m o y de 406 a. C.) donde, frente a la ra­ p a rte d e l m ito d e D em éter.
llejo (1925) que desm itifica la u n a d e la s h ija s d e e s te últim o, zón hum ana, se expresa de Z eu s, c o m o rep aració n, estab le­
figura de una Penélope que. ya A gave. C u an d o D ioniso" — cuya forma sobrecogedora la fuerza c ió q u e P erséfo n e regresaría en
sin amor, espera a Ulises; ¿Por m a d re, S é m ele , e ra h erm a n a de irracional del aliento m ístico p rim a v e ra ju n to a su m ad re y
qué corres, Ulises'/, en la q u e A g a v e — q u is o in tro d u c ir su propia del espíritu dionisiaco. v o lv e ría a d e s c e n d e r al m undo
A ntonio G ala (1975) trata el c u lto en T e b a s, P en teo s e opuso ♦ Cin. —» BACANTES. d e las tin ieb las al llegar la época

www.FreeLibros.me
PERSÉFO N E 350 351 PE R S E O

xix aparecen una serie de obras


b e llo A d o n is ”, a q u ie n A fro ­
inspiradas en la figura mítica de
d ita ’ h a b ía p e d id o q u e rap tara y
Perséfone. Sw inburne, en el
d el q u e lu e g o y a n o q u is o sepa­
H im no a Proserpina y en El
ra rs e . Él ta m b ié n tu v o q u e re ­
jardín de Proserpina, ambos de
p a rtir su tie m p o e n tre la T ierra
1866, presenta una visión pro­
y lo s In fie rn o s. —> a d o n i s .
fundam ente m elancólica del
E n los m ito s ó rfic o s , P ersé­
mito. D ante G abriel Rossetti
fo n e s e u n e a Z e u s , q u e la se ­
íProserpina, 1881) interpreta el
d u jo m e ta m o r fo s e a d o e n se r­
rapto de la diosa1 y su confina­
p ien te. D e su u n ió n n a c e ría Za-
m iento en el m undo de los
g r e o q u e , p e r s e g u id o p o r los
m uertos com o una auténtica
im p la c a b le s c e lo s d e H e ra ’, fue
pérdida de identidad. D e la
d e s p e d a z a d o p o r lo s tita n e s ” y
m ism a época destacarem os
m á s ta r d e re s u c ita d o c o n el
tam bién D em éter y Perséfone
n o m b re d e Y a c o . F ig u ra ju n to
(1887), d e Tcnnyson. C on el
a la p a re ja D e m é te r-C o re en los
«H im no a Proserpina» de
m iste rio s d e E le u sis. - > o r f e o .
D’A nnunzio (E l fu eg o , 1900).
Perséfone o Proserpina en la escultura E n R o m a , P e rs é fo n e fue
d e Bemini El rapto d e Proserpina. a s im ila d a a P ro s e rp in a ’. —> D E- el poeta se une a las numerosas
Roma. Galería d e la villa Borghese interpretaciones que convierten Rubens. Perseo y Andrómeda,
M ETER. Madrid. Museo del Prado
a los Infiernos en el espacio de
la creación estética. Lo mismo
d e la siem bra. S u u n ió n c o n H a­ ♦ Lit. El m ito de su rapto,
se observa en la Perséfone de d e Z e u s ' c o n u n a m ortal. S u ori­
d e s n o tu v o h ijo s. H o m e ro la transm itido por Homero y He­
Cicle (1934). g en le v in cu la a la ciudad de A r­
m u e s tra c o m o « la te r rib le P er- síodo, reaparece en Roma en
—» D EM ÉTER, INFIERNOS, ORFEO, g o s. S u n ie ta A lc m e n a será la
sé fo n e» , se n ta d a e n un tro n o al O vidio IF astos. IV). Coluine-
PROSERPINA. m a d re d e H eracles".
la d o d e su e s p o s o , p e ro p u e d e la, siglo i d. C . (poem a sobre
♦ Icó n . R apto d e Perséfone, U n o rá c u lo h a b ía p red ich o
ta m b ié n m o s tra rs e b e n é v o la , los jardines: libro X de su De
obra d e G irardon ejecutada a a A crisio , re y d e A rgos, q u e su
c o rn o p o r e je m p lo c o n O rfeo*. a gricultura), y en Claudiano
partir de los bocetos de Le Brun h ija D án ae tra ería al m undo un
El te m e ra rio P iríto o , a c o m p a ­ (s. iv), que le dedica la última
(siglo x v n . jard in es d e Versa- h ijo q u e le m ataría. P ara ev itar
ñ a d o d e P erseo", tu v o la o sa d ía epopeya m itológica de la lite­
Mes); Bernini, El rapto de Pro­ al D e stin o ', e n c e rró a su hija en
d e q u e re r ra p ta rla , s ie n d o c o n ­ ratura antigua.
serpina, 1622, Roma. —» p r o ­ u n a c á m a ra su b te rrá n e a d e p a ­
d e n a d o p o r e llo a p e rm a n e c e r Una de las interpretaciones más
s e r p in a . re d e s d e b ro n c e , p e ro Z eu s,
p o r to d a la e te rn id a d e n lo s In ­ significativas del mito es la de
m e ta m o r fo s e a d o en llu v ia de
fiernos so ld ad o a « la silla del o l­ G oethe, q u e en Proserpina
PERSEO o ro , c o n s ig u ió e n tr a r a trav és
v ido». - 4 H A D E S , P E R S E O . (1776) propone una compara­
P erseo es u n o d e los m uchos d e u n a h en d id u ra del techo y de
P e rs é fo n e e x p e rim e n tó u n a ción de la figura griega con la
h éro es n a c id o s d e lo s a m o re s a q u e lla u n ió n n a c ió P erseo .
ú n ic a p asió n e x tram arital p o r el Eva bíblica. A finales del siglo

www.FreeLibros.me
PERSEO 352 353 PE R S E O

D u ra n te a lg ú n tie m p o D á n a c ú n ico o jo q u e te n ía n , q u e se pa­ c a b a llo a la d o . P e g a so 1, y un g i­ d a lia s a la d a s. P erseo co nsiguió


c rió a su h ijo e n s e c r e to , p e ro sab an p o r tu rn o s. P erseo co n si­ g a n te ’ a rm a d o c o n u n a e s p a d a s o r p re n d e r y m a ta r a la b estia,
A c ris io c o n s ig u ió a v e rig u a r la g u ió a r r e b a tá rs e lo s , fo rz á n d o ­ de o ro , C risa o r. P erseo m e tió la e n g a ñ a d a p o r la so m b ra q u e el
v erd ad y la e n c e rró ju n to co n el las a s í a rev elarle e l c a m in o que h o rrib le c a b e z a d e la g o rg o n a h é ro e p ro y e c ta b a so b re las
n iñ o en un a rc a q u e lu eg o lanzó c o n d u c ía h a s ta la s n in fa s", las en el z u rró n y h u y ó , e sc a p a n d o a g u a s . T o d a v ía te n d rá qu e
al m a r. A m b o s fu e ro n ju g u e te c u a le s a su v e z p o s e ía n unos d e la s o tr a s d o s g o rg o n a s g ra ­ c o m b a tir c o n tra el tío de la jo ­
d e las o la s h asta q u e Finalm ente o b je to s m á g ic o s q u e e l jo v e n cias al c a s c o d e la d iv isib ilid ad . v en, F in c o , q u e la p reten d ía en
estas les em p u ja ro n h asta la isla n e c e sita ría p a ra a fro n ta r su e m ­ E n e l c a m in o d e v u e lta p i ­ m a trim o n io . G ra c ia s a la c a ­
d e S c rifo s , e n la s C íc la d e s , p re sa . L as n in fa s le en treg a ro n d ió h o s p ita lid a d al g ig a n te b e z a d e M e d u sa , P erseo co n si­
d o n d e P e rs e o y s u m a d re fu e ­ u n a s s a n d a lia s a la d a s , u n zu ­ A tlas". C o m o e s t e se m o s tró g u ió lib ra rs e d e é l y d e sus
ro n re c o g id o s p o r un p e s c a d o r rró n y el c a s c o d e H ad es", que p o co h o s p ita la rio , P e rs e o sacó c ó m p lic e s c o n v ir tié n d o lo s en
q u e e d u c ó a l n iñ o . A lg u n o s te n ía la p ro p ie d a d d e h a c e r in­ la cabez.a d e M e d u s a y la b la n ­ e s ta tu a s d e p ie d ra . R e g re só a
a ñ o s m á s ta r d e , P o lid e c te s , el v isible a su p o rtad or. H erm es le d ió a n te el g ig a n te , q u e q u e d ó S é rifo s en c o m p a ñ ía d e A ndró­
re y d e la is la , s e e n a m o r ó d e p r o p o r c io n ó a d e m á s u n a a fi­ p e trific a d o al m ira rla y se c o n ­ m e d a y a ll í se v e n g ó d e P o li­
D á n a e y q u is o a le ja r a P e rs e o , la d a h o z d e a c e ro p a ra c o rta r la v irtió e n m o n ta ñ a . P o c o d e s ­ d e c te s, q u e e n su a u s e n c ia h a­
q u e se h a b ía c o n v e r tid o e n un c a b e z a al m o n stru o . A sí pertre­ p u és d is tin g u e u n a b e lla m u ­ b ía q u e rid o v i o l a r a su m adre.
v a le ro so jo v e n . E n e l c u rs o d e c h a d o , el h é ro e lle g ó p o r fin a ch ach a e n c a d e n a d a a u n a ro ca: S a c a n d o n u e v a m e n te la cab eza
u n b a n q u e te y r e c u r r ie n d o al la m o ra d a d e la s g o rg o n a s , si­ era A n d ró m e d a , h ija d e l rey d e M e d u sa , c o n v irtió en piedra
e n g a ñ o , c o n sig u ió h a c e rle p ro ­ tu a d a en el e x tre m o O ccid en te, C e fe o d e E tio p ía y d e C a s io - al tira n o y a su s a m ig o s m ie n ­
m e te r q u e tr a e ría la c a b e z a d e n o le jo s d e l re in o d e lo s m u er­ pea. El d io s P o se id ó n " , p a ra tra s s e d iv e r tía n en un b a n ­
u n a d e la s tre s g o rg o n a s , M e ­ to s . L o s m o n s tru o s d o rm ía n v en g ar a su s h ija s las n e re id a s , q u e te . L u e g o d e v o lv ió a H e r­
d u s a , un m o n stru o * c o n c a b e ­ c u a n d o P e rs e o , g r a c ia s a sus a q u ie n e s C a sio p e a h a b ía o fe n ­ m e s las san d alias, el zurrón y el
llo s d e s e r p ie n te s y u n ro s tro sa n d a lia s v o la d o ra s, lle g ó jun to d id o al ja c ta rs e d e s e r m á s h e r­ c a sc o y o fre c ió a A ten ea la ca­
tan a te r ra d o r q u e c o n v e r tía en a e lla s y c o n sig u ió c o r ta r la ca­ m osa q u e e lla s , h a b ía e n v ia d o b e z a d e M e d u sa , q u e la d io s a '
p ie d ra a to d o aq u el q u e se a tre ­ b e z a d e M e d u s a , la ú n ic a que so b re e l r e in o un h o rr ib le c o lo c a rá e n el c e n tro d e su e s ­
v ía a m ira rlo d e fren te. e ra m o rtal. El h é ro e p u d o acer­ m onstruo m a rin o q u e sem b ra b a cu do .
G ra c ia s a la a y u d a d e M er­ c a rs e a e lla sin m ira rla d e frente la d e s o la c ió n y la m u e rte . Un P e rse o , a lg o m á s tard e, d e ­
m e s ' y A te n e a ", P e rs e o c o n s i­ y s in rie s g o d e s e r v is to , si­ o rá c u lo h a b ía re v e la d o q u e el c id ió reg resar a A rgos, su patria
g u ió lle v a r a c a b o e s ta h azañ a . g u ie n d o s o lo la im a g e n refle­ p aís n o se v e r ía lib re d e e s te d e n a c im ie n to . A c ris io , reco r­
A cu dió p rim ero ante las g rayas, ja d a q u e le d e v o lv ía s u escudo. azo te h asta q u e el re y o frec iese d an d o el o rác u lo , h u yó al co n o ­
h e rm a n a s d e la s g o rg o n a s , qu e E n a lg u n a s v e rs io n e s e s e l e s­ a su h ija A n d ró m e d a c o m o v íc ­ c e r la n o tic ia . S u d e s tin o , sin
p o seían los s e c re to s q u e le p e r­ c u d o d e la p ro p ia A te n e a , que tim a e x p ia to r ia a l m o n s tru o . e m b a r g o , n o d e ja ría d e c u m ­
m itirían lleg ar h asta ella s. Pistas la d io s a s o s te n ía c o m o si fuera P e rs e o , c o n m o v id o , h iz o p ro ­ p lirs e . M ie n tra s a s is tía co m o
te r rib le s a n c ia n a s , q u e v iv ía n un e sp e jo so b re M ed u sa, lo que m eter a lo s re y e s q u e le c o n c e ­ e s p e c ta d o r a u n o s ju e g o s fu n e­
en las m o n tañ as del A tlas, esta ­ s ir v e d e g u ía a P e rs e o . D e la d e ría n la m a n o d e s u h ija si ra r io s e n L a ris a , fu e m o rta l­
ban o b lig ad as a c o m p a rtir e n tre s a n g r e q u e e s c a p a b a d e la he­ c o n s e g u ía s a lv a rla . C a y e n d o m e n te g o lp e a d o p o r e l d is c o
la s tr e s e l ú n ic o d ie n te y el rid a d e l m o n s tru o su rg ie ro n un desde el c ic lo g ra c ias a su s sa n ­ q u e h a b ía a rr o ja d o u n o d e los

www.FreeLibros.me
PER SEO 354 355 PE R S E O

p a r tic ip a n te s , q u e n o e r a o tr o dedica varios relatos llenos de mentada por el deseo, mientras del tem plo de Selinonte, siglo
q u e su n ie to P e rs e o . E s te , q u e detalles en los libros IV y V de qu e Perseo aparece com o un vi a. C., Palermo; Antonio Ca-
n o c o n s id e ra b a a p ro p ia d o o c u ­ sus Metamorfosis. seductor cínico y fanfarrón. El nova, Perseo blandiendo la ca­
par e l tro n o d e su ab u elo , a l q u e Los am ores d e Perseo y An­ verdadero am or de Andrómeda b eza d e Medusa, siglo xix,
h a b ía m a ta d o a c c id e n ta lm e n te , dróm eda inspiraron numerosas sería en realidad el monstruo, P ossagno) y la liberación de
ca m b ió el tro n o d e A rg o s p o r el rep resentaciones literarias en al q u e consigue resucitar bajo Andrómeda (pavimento proce­
d e T ilin to co n un p rim o d e D á- las cu ales A ndróm eda suele el aspecto de un apuesto joven. dente d e la antigua Tarraco, si­
nae. sim b o lizar el d eseo amoroso. El enfrentamiento entre Perseo glo i a. C „ Tarragona; Benve-
S e a tr ib u y e a P e rs e o la El tem a está presente en Juan y M edusa ha suscitado igual­ nuto Cellini, Perseo salvando
c o n stru cció n d e la s m u ra lla s d e d e la C u ev a («R om ance de mente múltiples interpretacio­ a Andróm eda, bronce, 1533,
M ice n as. A s u m u e rte fu e c o n ­ A ndróm eda y cóm o Perseo la nes. Medusa, a quien se repre­ F lorencia y Louvre; Tiziano,
v e r tid o e n u n a c o n s te la c ió n , libró d e la m uerte y d e lo que senta frecuentem ente a la sig lo xvi, San Petersburgo;
ju n to a su e sp o s a A n d ró m e d a y su ced ió m ás», incluido en su entrada de los Infiernos-, apa­ A ntoine C oypel, siglo xvn,
su s s u e g ro s C e fe o y C a sio p e a . obra Coro Febeo d e romances rece com o un sím bolo del h o ­ Louvre; Rubens, h. 1640. Ma­
historiales, 1588, en Lope de rro r que fascina, del M al que drid, M useo del Prado: escul­
♦ Lengua. Las Perseidas son Vega (E l Perseo, 16 11 - 1615 y atrae y repele a la vez, pero tura d e Pierre Puget, 1684,
estrellas fugaces cuyo punto L a A ndróm eda, poem a en oc­ tam bién com o la imagen de la Louvre; Charles Natoire, siglo
radiante está en la constelación tavas reales) y en Calderón de fem inidad inquietante y p eli­ xvm, Troycs; Gustave Moreau,
de Perseo. S uelen observarse la B arca (1653), para quien la grosa q u e el h éroe d eb e ven­ h. 1885, París.
entre el 10 y el 1 2 de agosto, y victoria del héroe sobre Me­ cer. En S odom a y G omnrra ♦ M ás. Lully, Perseo, ópera,
en E spaña se las conoce tam ­ dusa simbolizaría el triunfo del (1921), Proust ju e g a con los 1682.
bién por el nom bre popular de Bien sobre el M al. La Andró­ d o s elem entos del relato m í­ ♦ Cin. El legendario combate
Lágrim as de san Lorenzo, ya meda de Corneille (1650), ins­ tico: el hom osexual solitario d e Perseo contra M edusa ins­
que la festividad del santo se pirada en las ó p eras italianas que no ha conseguido encon­ piró a no pocos realizadores,
celebra el día 12. dedicadas a este tema, d a pie a trar com pañero aparece com ­ atraídos por los aspectos es­
♦ Lit. A pesar de su enorm e una m oralización del mito, y parado sucesivam ente a una pectaculares y fantásticos que
popularidad, este mito solo nos aunque Andrómeda ya no apa­ Andrómeda a la que ningún ar­ envuelven al personaje del
ha llegado a través d e breves rece encadenada desnuda, si­ gonauta* vendrá a salv ar y a m onstruo. C itarem os, entre
alusiones dispersas en la litera­ gue representando la seducción una medusa arrojada a la arena otros, Perseo y Medusa de A l­
tura griega. Es cierto que Per- amorosa. d e una playa. berto De M artino, 1962, co ­
seo es el protagonista principal El tem a de los am ores d e Per- ♦ ¡con. Perseo perseguido por producción hispano-italiana.
de la X II P ítica de Píndaro, seo vuelve a ser objeto de aten­ la s gorgonas, vasija griega, L as hazañas de Perseo para
pero las tragedias de Eurípides ción en las M oralidades le­ 4 2 0 a. C., Ferrara. Sin duda los co n q u istar a la bella A ndró­
y Sófocles centradas en su fi­ g en d a ria s d e Ju les Laforgue motivos más representados son m eda y su espectacular lucha
gura, al igual qu e la A ndró ­ ( 1888), esta vez d e form a pa­ su victoria sobre M edusa (Per- contra Medusa fueron llevados
meda de Eurípides, se han per­ ródica: A ndróm eda es una seo d egollando a M edusa en tam bién a la pantalla, con lo­
dido. O vidio, sin em bargo, le adolescente caprichosa y ator­ p resen cia d e Atenea, m etopa grados efectos especiales, en la

www.FreeLibros.me
PIGM A LIÓ N 356 357 PÍRAMO

cinta de Desmond Davis Furia pido por Étiennc Falconet a in te rc a m b ia r su sp iro s y pala­
de titanes (1981), que relata la (1756, L ouvre) tuvo tal éxito b ra s d e a m o r a tra v é s d e una
vida del héroe desde su naci­ en el Salón de 17 6 1 que la m a­ g r ie ta d e l m u ro q u e le s se p a ­
miento hasta su consagración. nufactura de Sévres realizó una ra b a . U n d ía , fin a lm e n te , c o n ­
porcelana sobre el m ism o c e rta ro n u n a c ita fu e ra d e la
PIGMALIÓN (M useo de A rtes Decorativas. c iu d a d , c e r c a d e u n a tu m b a a
P ig m a lió n e r a u n re y d e París). Rodin esculpió también c u y o p ie c re c ía un m o rero
C h ip re q u e se e n a m o ró d e u n a un grupo (1889, París), así b la n c o re g a d o p o r un m a n a n ­
e s ta tu a d e A f r o d ita '. El p o e ta com o G eróm c (1892. San S i­ tia l. L a p rim e ra e n lle g a r fue
la tin o O v id io le p re s e n ta c o m o meón, California). T is b e , p e ro tu v o q u e c o rr e r a
u n e s c u lto r q u e h a b ía c re a d o A udrey H epburn y Rex H arrison ♦ Cin. G eorges C ukor dirigió re fu g iarse en u n a g ru ta cercana
u n a e sta tu a d e m arfil en la q u e recrean el mito de Pigmalión en la en 1964 la película M y Fair al v e r a p ro x im a rse a una leona,
película My ja ir lady Lady, una recreación moderna y e n su h u id a d e jó c a e r el velo
h a b ía p la s m a d o su id eal fe m e ­
n in o . A p a s io n a d a m e n te e n a ­ del mito, protagonizada por Rex q u e lle v a b a . El a n im a l, con las
m o ra d o d e su c re a c ió n , d irig ió estatua d e m árm ol d e Arnim Harrison y Audrey Hepburn. fa u c e s to d a v ía m a n ch a d as con
fe rv o ro sa s p le g a ria s a A fro d ita ( 1819). Im Venas de lile de Mé- la sa n g re d e u n a p re sa reciente,
y e sta, c o n m o v id a , in su fló vida rim ée ( 1837) o El retrata ava­ PÍLADES o lfa te ó e l v elo d e la m uchacha
a la m a te ria in a n im a d a . P ig m a ­ lado de E dgar A lian Poe A m ig o in s e p a r a b l e d e —» y , d e s p u é s d e d e s g a r ra rlo , se
lió n p u d o a s í to m a r p o r esp o sa ( 1842). donde se opera una in­ ORESTES. a le jó d e l lu g ar. C u a n d o Píram o
a su c ria tu ra y tu v o d e e lla u n a versión del mito: la obra de arte lle g ó al lu g a r d e la c ita en c o n ­
h ija, lla m a d a Pafo. que ha creado el artista será la PÍRAMO tró el v e lo roto y ensangrentado
causante de la muerte de la jo­ L a le y e n d a d e P ír a m o y y , c rey e n d o m u erta a su am ada,
♦ le n g u a . El pigm alión de al­ ven que la había inspirado. En T isb e , d e o rig e n b a b iló n ic o , e s se a tra v e só co n su e sp a d a presa
guien es una persona que ha El señor d e Pigmalión ( 1921), el p ro to tip o d e m u c h a s h isto rias d e la d e s e s p e ra c ió n . T is b e re ­
contribuido de forma determ i­ obra teatral de Jacinto Grau. los a rtic u la d a s e n lo m o a u n a m o r g re s ó p o c o d e s p u é s , y al e n ­
nante a su educación o a la m uñecos creados por Pigma­ tan p o d ero so q u e c o n sig u e v en ­ c o n trarlo m uerto se suicidó a su
evolución de su carrera. lión, que quieren vivir, se rebe­ c e r to d o s lo s o b s tá c u lo s , in ­ v e z so b re el c u e rp o d e Píram o.
♦ Lit. En su célebre Pigmalión lan contra su creador y acaban c lu id a la m u e r te . H a lle g a d o L o s frutos del m orero, hasta en­
( 1913), G corge-B ernard Shaw m atándolo. Manuel Vázquez h a sta n o s o tro s a tra v é s d e l re ­ to n c e s b la n c o s , to m a ro n d e s­
describe la transform ación de Monlalbán realiza, en su relato lato q u e e l p o e ta la tin o O v id io d e e n to n c e s e l ro jo c o lo r de la
una m uchacha nacida y criada Pigmalión (1973), una versión in c lu y ó e n s u s M e ta m o r fo s is . s a n g r e d e lo s d e sd ic h a d o s
en los bajos fondos de la socie­ moderna del mito. P íra m o y T is b e , lo s a m a n te s a m a n te s , c u y a s c e n iz a s , al fin
dad en una lady perfectamente ♦ Icó n . La leyenda ha inspi­ p ro tag o n istas, e ra n d o s jó v e n e s m e z c la d a s, fu e ro n d ep o sitad as
respetable. Entre las obras rela­ rado a los artistas sobre lodo a que v iv ía n en c a sa s c o n tig u a s y en u n a ú n ica urna.
cionadas con este m ito citare­ partir del siglo xvm (Frago- se a m a b a n a rd ie n te m e n te . L a
mos tam bién E l ham bre de nard, B ourges; B oucher. San o p o s ic ió n d e su s p a d re s , c o n ­ ♦ Lit. Los amores contrariados
arena de Hoffmann (1816), h t Petersburgo). El grupo cscul- trario s a s u u n ió n , les o b lig a b a de Píramo y Tisbe y el trágico

www.FreeLibros.me
PIRR A 358 359 PO U FEM O

error que causaría su muerte tu­ PIRRA PLÉYADES PLUTÓN


vieron un eco particularm ente E sp o sa d e —> D E U C A L IÓ N . E ran las siete h ijas d e A tlas" U n o d e lo s n o m b re s ritu a ­
célebre en el Romeo y Julieta de y P léy o n e: E le c tra, M a y a , T á i- les d e H ades", el d io s griego de
Shakespeare (1595). inspirado a PITIA g e te , A lc ío n e , A s té r o p e , M é - lo s I n f ie r n o s ”. S ig n ific a «el
su vez en antiguas leyendas de­ J o v e n s a c e r d o tis a e n c a r­ rope y C elen o . S eg ú n la v ersió n R ic o » y n o e v o c a s u a sp e c to
dicadas al m ism o tem a. La g a d a d e tra n s m itir lo s o rá c u lo s m á s e x te n d id a d e l m ito , las terro rífic o , sin o su p o d e r com o
m uerte conjunta por am or ya d e l d io s —> a p o l o . s ie te s e s u ic id a ro n c u a n d o su p r o te c to r d e la fe c u n d id a d de
había aparecido en el romance p adre fue c o n d e n a d o a c a rg a r el la tie r r a . P o r a s im ila c ió n co n
medieval A m or m ás poderoso PITÓN C ielo so b re su s h o m b ro s, o bien u n a d iv in id a d la tin a p rim itiv a.
que la muerte, donde Albaniña E s te m o n s tru o " , n a c id o de al m o r ir su h e rm a n o , y fu e ro n D ie s P a te r, se c o n v ir tió en el
se deja m orir tras la muerte de G e a ’, a so la b a la F ó c id e , región tra n s fo rm a d a s e n u n a c o n s te ­ n o m b re c o r r ie n te d e e s te d io s
su am ado Conde N iño. En el s i tu a d a a l p ie d e l m o n te P a r­ la c ió n . O tra le y e n d a , q u e la s e n tr e los ro m a n o s. E sto s le d a ­
poema se produce la m etamor­ n a s o '. c e r c a d e D e lfo s , d e v o ­ h ace c o m p a ñ e ra s d e A rte m isa ', b a n ta m b ié n e l n o m b re d e
fosis de los dos am antes: «de ra n d o h o m b re s y b e stia s y c o n ­ c u e n ta q u e el c a z a d o r O rio n las O rco * , q u e e n la s p rim itiv a s
ella nació un rosal blanco. / del ta m in a n d o la s a g u a s. A polo" lo e s tu v o p e rs ig u ie n d o d u ra n te c re e n c ia s p o p u la re s itálicas c o ­
nació un espino albar». En el si­ a tra v e só c o n su s H ech as, lo en ­ c in c o a ñ o s y q u e Z e u s ', a p ia ­ rre sp o n d ía a u n d e m o n io d e la
glo xix. Juan Eugenio Hartz.cn- te rró e n el a m p lía lo s (el cen tro d a d o d e ella s, las tra n sfo rm ó en m u e rte a m e n u d o rep resen tad o
busch recupera este final trágico d e la T ie rr a ), fu n d ó lo s Ju eg o s p a lo m a s. D e s p u é s fu e ro n d iv i­ e n la s p in tu ra s fu n erarias etrus-
en su obra teatral Los am antes P íd e o s p a ra c e le b ra r su h azaña n iz a d a s y m e ta m o rfo s e a d a s en C a S . —> H A D E S .
de Teruel <1837), en la que. por y to m ó p o s e s ió n d e l o rá c u lo e s tre lla s . L o s n a v e g a n te s c o n ­
un desafortunado error. Diego q u e o c u p a b a e l m o n s tru o . A llí c ed ía n a e s ta c o n ste la c ió n g ra n ♦ L en g u a . Se bautizó con el
M arsilla cae m uerto a los pies la P itia , s e n ta d a s o b r e e l tr í­ im p o rta n c ia p o rq u e a p a re c e en nombre de Pintón u un planeta
de su amada Isabel cuando esta, p o d e sa g ra d o y m a sc a n d o ho­ el c ic lo d e s d e m a y o h a sta o c tu ­ del sistem a solar, descubierto
obligada por sus padres, estaba j a s d e la u r e l, e m itía a n te los bre, d u ra n te el p e río d o fa v o ra ­ en 1930. bastante alejado del
a punto de casarse con otro. Al c o n su lta n te s su s a m b ig u a s pro­ ble p a ra la n av e g a c ió n . Sol. De este procede a su vez
ver esto, la dam a a su vez. cae fecías. el nombre del plutonio.
sin vida. ♦ Lengua. Una pléyade es un
♦ Icón. La m uerte de los d es­ ♦ L en g u a . El nom bre común grupo de personas que. siendo PO D A RC ES
graciados amantes inspiró a va­ p itó n desig n a a una serpiente contem poráneas, d estacan en N o m b re o rig in al del rey de
rios pintores y a menudo sirvió constrictor de gran tamaño. cualquier actividad, muy espe­ T roy a" —> I’R í a m o .
com o pretexto para la represen­ El térm in o p ito n isa e s sinó­ cialm ente en el cam p o de las
tación de paisajes cam pes­ nim o de profetisa o vidente; su letras. Fue este el nom bre que POLIFEMO
tres: M anuel Deutsch (siglo eq u iv alen te m asculino, desu­ ad optó un grupo d e poetas E ste cíclope", hijo de Posei­
xvi. Bale). Cranach el Viejo (si­ sado. es precisam ente pitón. del R enacim iento francés. La d ó n 1 y la nin fa” T o o sa, e s un c í­
glo xvi. Bam bcrg). T intoretto an tes utilizado con el signifi­ Pléiade, entre los que se e n ­ c lo p e p a sto r g o lo s o d eg u slad o r
(siglo xvi, M ódena). Poussin cad o d e «adivino, m ago, he­ contraban R onsard y Du Be- d e carn e h u m an a (—» c í c l o p e s o
(siglo xvii. Frankfurt). chicero». llay. c i c l o p e s ) . V iv ía en u na gruta

www.FreeLibros.me
PO L IFE M O 360 361 PO LIN ICES

ro s y to d o s lo s d ía s , m a ñ a n a y taña. D e sd e e n to n c e s P o seid ó n , fe m o lanzando una roca, si­


n o ch e, d e v o ra b a a u n o d e ellos. el p a d re d e Po lifem o , perseguirá glo xvii. Roma; Rubens. Poli­
U lis e s c o n s ig u ió d o rm ir al c í­ c o n su ira a U lise s. E l m ito d e fem o , siglo xvii, Madrid, Mu­
c lo p e e m b o r ra c h á n d o le c o n el P o lifem o se re la c io n a co n el d e seo del Prado), bien en su
v in o d e M a ró n . M ie n tra s P o li­ C a la te a ", u n a n e re id a q u e r e ­ desafortunada aventura con
fem o d o rm ía , U lise s y s u s co m ­ c h a z ó e l a m o r d e l c íc lo p e y a G alatea (Polifem o y Calatea,
p a ñ e ro s c a le n ta ro n a l ro jo vivo c u y o a m a n te , A c is , P o se id ó n fresco de la época romana. Pa­
u n a e s ta c a y a tra v e s a ro n con m a tó p o r c e lo s . —> g a l a t f . a , rís) o bien entregado a sus
e lla e l ú n ic o o jo del m onstruo*. ULISES. actividades bucólicas (Polife­
E ste , c e g a d o , fu e p a lp a n d o una mo tocando la flauta, Poussin.
a u n a su s ov ejas p ara com probar ♦ L it. En el canto IX de la siglo x v ii , San Petersburgo;
q u e eran las ú n ic a s en sa lir d e la O disea se relata el enfrenta­ Carraeci, siglo x v ii, Roma).
g ru ta , p ero n o se le o c u rrió tan­ m iento en tre U lises y Poli­ —» GALATEA.
te a r el v ie n tre d e lo s a n im a le s, femo, «m onstruo de voz terri­ ♦ Cin. —> u l i s e s .
q u e e r a p re c isa m e n te d o n d e se ble y corazón sin piedad». Ovi­
h a b ía n a fe r ra d o lo s g rie g o s si­ dio (M etamorfosis, XIII) narra POLINICES
g u ie n d o las in d icacio n es d e Uli­ los infortunados amores del cí­ P o lin ic e s e s , ju n to a E teo-
se s , q u e a s í c o n s ig u ie ro n esc a ­ clope por Galatea, «más blanca c le s , A n tíg o n a ' e Ism e n e , hijo
p a r. C u a n d o f in a lm e n te c o m ­ que los p étalos nevados de la d e E d ip o ' y Y o c a sta . C u a n d o
p re n d ió q u e e sto s h ab ían huido, alheña». El libro XIV de las s a lie ro n a la lu z lo s c rím e n e s
P o life m o b ra m ó a lo s cu atro M etam orfosis refiere el en ­ in v o lu n ta rio s q u e h a b ía c o m e ­
v ie n to s p id ie n d o a y u d a a sus cuentro d e U lises y Polifemo, tid o E d ip o , E tco cles y Polinices
h e rm an o s. C u a n d o le pregunta­ «el de las fauces voraces que u ltra ja ro n v a ria s v eces a su pa­
Rubens. P o l i f e m o . Madrid. Museo ron q u ién le hab ía d e ja d o herido gotean sangre hum ana». Juan d re y e s te le s m a ld ijo . A m bos
del Prado y b u rla d o , P o life m o so lo pudo Pérez de Montalbán, Polifemo, c o n v in ie ro n e n re in a r un año
r e s p o n d e r « N a d ie » , p o rq u e tal auto sacramental (h. 1630). c a d a u n o e n T e b as", p ero
q u e a lg u n o s sitú a n e n S ic ilia , e ra e l n o m b re c o n q u e U lises se - » CICLOPES O CICLOPES, GA­ c u a n d o el p laz o de E teocles ex ­
c e rc a d el v o lc á n E tn a — e l c í­ h a b ía id e n tif ic a d o a n te e l cí­ LATEA. p ira b a , se n e g ó a c e d e r el trono
c lo p e v e n d ría a s e r a s í la re p re ­ c lo p e , ju g a n d o c o n la sim ilitu d ♦ ¡con. Polifem o figura, bien a su h e rm a n o . P o lin ic e s re c u ­
se n ta c ió n m ític a d el v o lc á n — , fo n é tic a e n tr e su v e rd a d e ro en el episodio en que Ulises re­ rrió e n to n c e s al re y d e A rgos y
m ientras o tro s la lo calizan e n la n o m b re . O d ise a , y o u d e is , que vienta su ú nico o jo (U lises y la n z ó c o n tra la c iu d a d la e x p e ­
re g ió n d e N á p o le s . P a s a b a su en g rie g o sig n ific a «nad ie» . Los sus compañeros cegando a Po­ d ic ió n p u n itiv a q u e E squilo re ­
tie m p o p a sto re a n d o c o n su s re ­ c íc lo p e s , c re y é n d o le lo c o , se lifemo, copa griega de figuras la ta e n s u tra g e d ia L o s S ie te
b a ñ o s y e n la e la b o ra c ió n d e a le ja ro n d e s u la d o y le dejaron n egras, donde el cíclope apa­ c o n tr a T e b a s (4 6 7 a. C .). D u ­
q u eso s. C u a n d o U lises' d e s e m ­ so lo c o n su rab ia. El c ie g o Poli­ rece sentado en lugar d e estar ra n te la c o n tie n d a , los do s h er­
barcó en su s tierras. P o lifem o lo fe m o la n z ó hacia el n avio q u e se tum bado y dorm ido, sig lo vi m a n o s s e e n fre n ta ro n en c o m ­
a p re só ju n to c o n su s c o m p a ñ e ­ a le ja b a e n o rm e s tro z o s de m on­ a. C ., Louvre; C arraeci, P oli­ b a te s in g u la r a n te u n a d e las

www.FreeLibros.me
PÓ LU X 362 363 PO SE ID Ó N

p u e rta s d e la c iu d a d y s e m a ta ­ C ro n o * y R ea", f u e d e v o ra d o c o n v e n id o , los d io se s d e sc a rg a ­


ron m u tu am en te, c u m p lié n d o se p o r s u p a d re al n a c e r a l igu al ron so b re é l su ira: A p o lo d esen ­
a s í la m a ld ic ió n d e E d ip o . S u q u e to d o s s u s h e rm a n o s y h e r­ cad en ó la p este sobre la ciu d ad y
lío C re o n te , c o n v e rtid o e n re y m a n a s , e x c e p to e l m e n o r, P oseidón h izo su rg ir del m a r un
d e T e b a s , tr ib u tó h o n ra s f ú n e ­ Z e u s ”, q u e a l c r e c e r c o n sig u ió monstruo* q u e sem b ró la d eso la­
b re s r e a le s a E te o c le s , p e ro q u e C ro n o v o m ita ra a to d o s sus ció n en el reino.
p ro h ib ió q u e e l re b e ld e P o lin i­ h ijo s . P o s e id ó n lu c h ó lu e g o D u ra n te la g u e rra d e T ro y a
c e s re c ib ie r a s e p u ltu r a . D e s a ­ ju n t o a lo s O lím p ic o s * e n su P o seid ó n n o d e jará d e p erseg u ir
fia n d o a la ley h u m a n a , s u h e r­ g u e r r a c o n tr a lo s tita n e s* ; en c o n su r e n c o r a lo s tro y a n o s ,
m a n a A n tíg o n a a c u d ió ju n to al e s ta o c a sió n los cíclo p es" le en­ e x c e p to a E n e a s", a q u ie n s a l­
c a d á v e r d e P o lin ic e s y v e r tió tre g a ro n el trid e n te , q u e se co n ­ vará la v id a d u ra n te su co m b a te
tie rra so b re él. E ste a c to d e p ie ­ v e rtiría e n su a tr ib u to y q u e el co n A q u iles", tal v e z p o rq u e el
d a d fu e c a s tig a d o c o n la d io s u tiliz a r á p a r a d e s e n c a d e ­ héroe" n o p e rte n e c ía a la estirp e
m u erte. —> a n t í g o n a , t e b a s . n a r te m p e s ta d e s y te rre m o to s. d e L a o m e d o n te y d e P ríam o*.
A l p r o d u c ir s e e l r e p a r to del P o se id ó n e s ta r á s ie m p re del
PÓLUX m u n d o e n tr e lo s tr e s h ijo s de lado d e los g rieg o s, a u n q u e m ás
H erm an o g e m e lo d e C asto r. C ro n o , le to c ó e n su e rte e l im ­ tard e p e rsig u ió a U lises* c o n su
A m b o s h éro es" s o n c o n o c id o s p e rio d e l m a r, a u n q u e H om ero c ó le ra , d e s e n c a d e n a n d o c o n tra
c o m o los —> D IO S C U R O S . to d a v ía le lla m a « el q u e e stre ­ él te r rib le s te m p e s ta d e s p a ra Poseidón o N epluno e n el mosaico
v en g ar a su h ijo , e l c íc lo p e ' Po- d e N e p t u n o , villa rom ana de Casale.
m e c e e l su e lo » . —> T E O G O N IA . Sicilia
POM ONA D e ca rá c te r a m b ic io so , intri­ lifcm o", a q u ie n e l h é ro e h ab ía
D iv in id a d ro m a n a d e lo s g a n te y p e n d e n c ie ro , se c o n fa­ ceg ad o , - a p o l i f e m o .
fru to s (p o m a ) y d e lo s ja r d in e s b u ló u n d ía c o n H era", h arta de P o s e id ó n s e e n f r e n ta r á a s u p e r io r . P o s e id ó n , c o m o re ­
d esp ro v ista de m itolo gía propia. la s in fid e lid a d e s d e Z e u s, para m enudo a o tro s d io se s p a ra ase ­ presalia, inundó p arte del Atica.
d e rr o c a r a l s e ñ o r d e l O lim p o '. g u ra r su so b e ra n ía so b re d iv e r­ - > A T E N A S (F U N D A C IÓ N D E ).
♦ ¡con. V arias estatu as anti­ A y u d ad o s p o r casi todos los dio­ sas c iu d a d e s . L o s re la to s m á s E n el c a s o d e A rg o s tuvo
guas la representan com o una ses", c o n s ig u ie ro n encadenarlo c o n o c id o s se re fie re n a A te n a s q u e v é rse la s co n H era. L os tres
m uchacha portando frutas y m ientras dorm ía, pero Z eu s se li­ y A rg o s. E n el c a s o d e A te n as, d io s e s flu v ia le s d e l p a ís p refi­
flores. En 1912. el esculto r b e ró c o n a y u d a d e T etis* y de fue d e rro ta d o p o r la d io s a A te ­ rie ro n a la d io s a , q u e salió ven­
Maillol la representó com o una B riareo , u n g ig a n te d e cien bra­ nea*. P o s e id ó n , g o lp e a n d o el c e d o r a , y P o se id ó n se v engó
m ujer robusta y algo entrada z o s , y c a s tig ó d u ra m e n te a los suelo c o n su trid e n te , h a b ía h e ­ e s ta v e z se c a n d o to d o s los ríos
en carnes, llevando unos frutos c u lp a b le s . P o se id ó n y Apolo* ch o b r o ta r u n a fu e n te d e a g u a d e l re in o . El ira sc ib le d io s m i­
en las manos. fu ero n c o n d e n a d o s a se rv ir du­ sa lad a (o u n c a b a llo , se g ú n tig ó sin e m b a rg o su m aldición
rante u n añ o al rey d e Frigia, La- o tras v e rs io n e s ), m ie n tr a s q u e a l e n a m o r a r s e d e A m im o n e,
PO SEID Ó N o PO SID Ó N o m e d o n te , y c o n stru y e ro n para la d io s a h a b ía h e c h o s u r g ir un u n a d e la s D anaidcs* — las cin ­
P o se id ó n e s el d io s d el m a r él la s m u ra lla s d e Troya*. Como olivo. E ste d o n , p re n d a d e p ro s­ c u e n ta h ija s d el re y arg iv o Dá-
y d el e le m e n to líq u id o . H ijo de e ste se n eg ó a p a g a rle s el salario p erid a d y d e p a z , fu e ju z g a d o n a o — , a q u ie n su p a d re h ab ía

www.FreeLibros.me
365 PRÍAM O
P O S E ID Ó N 364

e n v ia d o j u n t o a s u s h e rm a n a s c o la s c o m o p íf a n o s ) y e l c a m ­ el to r o y el c a b a llo . E s to s a n i­ en la plaza de Cánovas del


e n b u s c a d e a g u a . D e s p u é s d e b ia n te P ro te o ", q u e g u a rd a b a m a le s, te rre stre s, sim b o liz a n la C astillo, pero es tan grande la
lib ra r a la m u c h a c h a d el a ta q u e lo s re b a ñ o s d e fo c a s d e l d io s. im p e tu o s id a d y la v io le n c ia , fama de esta fuente que. popu­
d e u n sátiro * , P o s c id ó n h iz o L a e s p o s a le g ítim a d e l d io s p e ro ta m b ié n la p o te n c ia g e n e ­ larm ente. se la conoce como
b ro ta r p a ra e ll a u n a tr ip le e ra A nfitrite", p ero su s am antes, rad o ra . E s e sp e c ia lm e n te n o ta ­ plaza de Neptuno). Frecuente­
fu e n te d e a g u a d u lc e , a c a m b io d io s a s o m o r ta le s , s e c u e n ta n b le la im p o rta n c ia q u e lo s m i­ m ente figura tam bién ju n to a
d e lo cu al A m im o n e se e n tre g ó p o r c e n te n a re s y su p ro g e n ie es to s r e la c io n a d o s c o n e l d io s A nfitrite (R ubens, siglo xvn,
al dios. in n u m e ra b le . C o n s u a b u e la c o n c e d e n a l c a b a llo . S u in te r­ Berlín) o salvando a Amimone
El d io s fr a c a s ó e n o tr o s G ea* e n g e n d r ó al g ig a n te A n ­ p re ta c ió n . j u n t o a o tr o s d a to s del sátiro (Antoine Coypcl, si­
in te n to s p o r a f ir m a r su p o d e r: teo*. m á s ta rd e v e n c id o p o r H e­ c o m o la e tim o lo g ía (el n o m b re glo xvn. Compiégne; Boucher,
fu e d e s p la z a d o d e D e lfo s p o r racles* . S e u n ió a su h e rm a n a d e P o seid ó n c o n tie n e la raíz in­ sig lo xvm . Versalles). Merry
A p o lo , d e E g in a p o r Z e u s , d e D em éte r* , m e ta m o r fo s e a d o en d o e u ro p e a p a l, «el p o d e r» , p er­ Blondcl pintó La disputa de
N a x o s p o r D ioniso*, d e T re c é n c a b a llo , p o rq u e e ll a h a b ía in ­ c e p tib le to d a v ía e n té rm in o s M inerva y N eptuno (1822,
p o r A te n e a . P e ro c a s i to d o el te n ta d o h u ir d e é l tra n sfo rm ad a c o m o d é s p o ta , o m n ip o te n c ia , L ouvre) y Van Dongen hizo
p a ís d e C o rin to — c u y a so b e ra ­ e n y e g u a . D e e s ta u n ió n n a c ie ­ p o te n c ia l, e tc .) , s u g ie re n q u e un autorretrato en el que apa­
n ía se d is p u ta b a c o n H e lio '—, y ro n e l c a b a llo A e rió n y un a P o se id ó n d e b ió s e r u n a d iv in i­ rece con los atributos del dios
p rin c ip alm en te el istm o b a ñ a d o h ija , « la S e ñ o ra » , c u y o no m b re d a d p r e h e lé n ic a c a ra c te riz a d a (siglo x x . París).
p o r el m ar, q u e d ó b a jo el p o d e r n o e s ta b a p e rm itid o pronunciar. p o r la o m n ip o te n c ia , p o ste rio r­ - > ANFITRITE.
m e n te s u p la n ta d a en e s te te ­ ♦ Citt. En Jasón y los A rgo­
d e P o seid ó n ; salv o la c iu d a d e la T a m b ié n c o m o c a b a llo p o sey ó
( A c r o c o r in to ) , q u e fu e d o m i­ a la g o rg o n a " M e d u s a , d e c u y o rre n o p o r Z e u s y re le g a d a ai nautas. d e Donald Chaffey
n a d a p o r e l d io s d e l S o l. A s i­ c u e rp o d e c a p ita d o su rg ió el ca ­ á m b ito m á s re s trin g id o d e l e le ­ (196.3). el d ios de los mares
m ism o. e ra tam b ién el so b eran o b a llo P egaso". m e n to líq u id o . ayuda a los intrépidos Argo­
d e u n a re g ió n s itu a d a e n los P o seid ó n e s e l p a d re d e m u­ L o s ro m a n o s lo a sim ila ro n nautas1a franquear el estrecho
c o n fin e s d el m u n d o c o n o c id o , c h o s h é ro e s y el a n tep a sa d o m í­ a su N eptuno*. de las Rocas Azules.
la fa b u lo sa A tlántida". tic o d e m u c h a s fa m ilia s reales.
S u m o ra d a h a b itu a l e r a un D e é l d e s c ie n d e n p o r e je m p lo ♦ Icón. Se le reconoce por su PRÍAMO
p a la c io d e o ro en la s p ro fu n d i­ lo s te b a n o s A g e n o r y C a d m o . tridente (A tenas, sig lo vi; án ­ U ltim o h ijo d e L ao tn e-
d a d e s d el m a r E g eo . S e d e s p la ­ M u c h o s d e su s h ijo s serán fora de Etruria, h. 4 8 0 a. C.. d o n te . re y d e T roya". L lam ado
z a b a s o b re la s o la s e n un c a rro m o n s tru o s o s o m a lv a d o s : ad e­ B erlín; m o saico d e Neptuno, o rig in a lm e n te P o d a rc e s , reinó
tira d o p o r u n o s a n im a le s m ita d m á s d e P o life m o , lo s A lnadas", villa romana de Casale. Sicilia: s o b r e T ro y a c o n e l n o m b re de
c o rc e le s , m ita d s e r p ie n te s , e s ­ los b a n d id o s C e rc ió n y Escirón, bronce del sig lo n a. C.. P ría m o y p a só a la ley en d a por
co lta d o p o r un c o rtejo de peces, a m b o s m u e rto s p o r T eseo*; e n ­ Louvre; fresco de l.uca G ior- s e r el m o n a rc a b a jo c u y o re i­
d e lfin e s o d iv in id a d e s m arin as: g e n d ró a L a m o s, re y d e lo s lcs- dano, 1682, Florencia) y se le n a d o se d e sa rro lló la g u erra de
las h e rm o s a s n e re id a s ', lo s tr i­ tríg o n e s, p u e b lo q u e la O disea representa m uy a m enudo en T ro y a c u a n d o e ra y a un h o m ­
to n e s (s e re s c o n la p a rle s u p e ­ p re s e n ta c o m o c a n íb a le s; al g i­ fuentes (Juan Pascual de b re a n cian o .
r io r h u m a n a y la in f e r io r d e g a n te c a z a d o r O rio n ... L o s an ­ Mena, Fuente de N eptuno. s i­ C u a n d o P ría m o e ra n iñ o y
p ez, q u e h a c ía n s o n a r su s c a ra ­ tig u o s s a c rific a b a n a P o scid ó n glo xvm, Madrid. Está situada to d a v ía s e lla m a b a P o d arces,

www.FreeLibros.me
PR ÍA M O 366 367 PRÍAM O

H e ra c le s " la n z ó u n a o f e n s iv a h ija s , e n tr e e ll a s la p ro fe tis a LOS PRIAMIDAS


c o n tr a la c iu d a d p a ra v e n g a rs e C a sa n d ra * , c o n s id e ra d a la m ás
d e L a o m e d o n te , q u e s e h a b ía h e rm o s a ; C rc ú s a , la e s p o s a d e Z e u s + E l e c t r a ( h ija d e ! g ig a n te A T L A S )

n e g a d o a p a g a rle e l sa la rio q u e E n eas* ' y la m e n o r, P o líx e n a ,


le h a b ía p ro m e tid o p o r sa lv a r a m a d r e d e A s c a n io , s a c rific a d a
D á rd a n o
su h ija H e sío n e . H e ra c le s d e s ­ so b re la tu m b a d e A q u iles. (rey d e T ro y a , d i o su nom bre al estrech o d e D ardanelos)
tr u y ó la c iu d a d y m a tó a to d a P ríam o a siste a lo s p rin cip a­
su fa m ilia e x c e p to a é l, a q u ie n le s a c o n te c im ie n to s q u e v a n a E ric to n io

su h e rm a n a salv ó d e la m asacre p ro v o c a r la p erd ic ió n d e su ciu­


T ros
c o m p rá n d o lo sim b ó lic a m e n te a d a d sin p o d e r ni q u e re r cam b iar
c a m b io d e su v e lo . E l n iñ o s e ­ su c u rso in ex o rab le: n acim ien to lio

ría c o n o c id o e n lo s u c e s iv o co n d e P aris — c u y a g e stac ió n había


Laom edonte
el n o m b r e d e P r ía m o , « c o m ­ e s ta d o ro d e a d a d e fu n e sto s pre­
p ra d o m e d ia n te re sc a te » . sa g io s q u e lo d e sig n a b a n com o Príam o H écuba
Ircy d e T roya)
H eracles e n tre g ó al jo v e n c í- e l c a u sa n te d e la ru in a d e la ciu­
sim o P ría m o el re in o d e T ro y a , d ad — y ab an d o n o d e l recién na­
q u e poco a p oco fu e extendiendo c id o ; reg reso d e l hijo perd id o , ya 1 9 h i j o s ( c in c u e n ta s e g ú n E u r íp id e s ) , e n t r e e l l o s :

su p o d e r p o r to d a la reg ió n y s o ­ ad u lto , reco n o cid o p o r C asandra


b re la s islas d e la c o s ta asiática. y a c e p ta d o n u e v a m e n te en el A n d f ó m a c a + H é c to r P a ris C a sa n d ra I H é le n o P o líx e n a
S u re in a d o fu e p a rtic u la rm e n te sen o d e la fam ilia real; em bajada ( g e m e lo s )

p ró s p e ro p a ra la c iu d a d , q u e d e P a ris a E sp arta , d e la q u e re­


A stia n a c te
lle g ó a s e r c o n o c id a c o m o « la g re sa c o n H elena, esp o sa d e M e­
d u e ñ a d e A sia» y e n v id ia d a p o r nelao"; a c o g id a d e la p areja adúl­ A n d r ó m a c a + N e o p tó le m o

su s teso ro s. —> t r o y a . te ra , a la q u e P ríam o re cib e con ^ |


D e s p u é s d e un p rim e r m a ­ lo s b ra z o s abierto s a p e sar d e los
M o lo s o
trim o n io , P ría m o to m ó p o r e s ­ s in ie s tro s v a tic in io s d e C a sa n ­
p o sa a H écu b a", d e la q u e tu v o d ra , lle g a n d o in c lu s o a u nirlos
u n a n u m e ro s ís im a d e s c e n d e n ­ o fic ia lm e n te e n m atrim o n io . ro x ism o c u a n d o A q u ile s a rra s­ c a m b io d e u n e le v a d o rescate.
c ia . S e g ú n a lg u n a s v e rs io n e s , —» HELENA . tr e p o r e l p o lv o e l c u e r p o d e C u a n d o c a e la c iu d a d , p resa de
de s u u n ió n n a c ie ro n c in c u e n ta D u ra n te la g u e rra c o n tra los H écto r, a q u ie n e l h éroe" g rie g o la s llam as, P ría m o q u iere tom ar
h ijo s — los m á s fa m o so s d e los g rie g o s , q u e re c la m a b a n la de­ h a b ía m a ta d o e n c o m b a te s in ­ las a rm a s p a ra in te n ta r u n a d e ­
c u a le s fu e r o n e l m a y o r , H é c ­ v o lu c ió n d e H e le n a , P ríam o , g u la r d e la n te d e las m u rallas d e fe n s a d e s e s p e ra d a , p e ro su e s­
tor"; e l s e g u n d o , P a ris’; e l a d i­ d e m a s ia d o v ie jo p a ra to m ar T ro y a . E l a n c ia n o r e y te n d r á p o sa H é cu b a lo arra stra hasta el
v in o H é le n o , D e ífo b o , se g u n d o p a rte e n lo s c o m b a te s , s e tiene q u e re b a ja rse y a c u d ir al c am p o a lta r d e Z e u s ', al fo n d o del pa­
e sp o s o tro y a n o d e H elena*, y el q u e lim ita r a p re s id ir lo s co n se­ e n e m ig o , al e n c u e n tro d el v e n ­ la c io , p a ra p o n e rse b a jo la p ro ­
b e n ja m ín , T ro ilo , m u e rto a m a ­ jo s . V e p e re c e r a su s h ijo s uno c e d o r, p a ra su p lic a rle la d e v o ­ te c c ió n d e l d io s . N eo p tó lem o ,
n o s d e A quiles*— y c in c u e n ta a u n o y s u d o lo r lle g a rá al pa- lu c ió n d e l c a d á v e r d e s u h ijo a e l h ijo d e A q u ile s, lo descubre

www.FreeLibros.me
P R ÍA PO 368 369 PR O M ETEO

y d e g ü e lla sin p ie d a d . S u c a d á ­ PRÍAPO Pu'apo (parodia de la búsqueda (1961). vem os a Teseo y a


v e r p e r m a n e c e r á in s e p u lto . D io s rú s tic o d e la fe c u n d i­ de Itaca que emprende Ulises*, H ércules’ enfrentarse a un gi­
- » A Q U IL E S , H É C T O R . d a d , e s g u a rd iá n d e lo s j a r d i ­ perseguido por la cólera de Po­ gante d e piedra directam ente
n e s, c u y a p ro s p e rid a d a seg u ra. seidón'). inspirado en Procustes y sus
♦ L it. En la Híada. Príam o E s h ijo d e A fro d ita" y D io n iso ’ bárbaras prácticas.
aparece com o 1111 anciano rey o Z e u s " , s e g ú n la s v e rs io n e s . PR O C USTES
afable y generoso. Su piedad y D e sd e su n a c im ie n to s e c a ra c ­ S o b reno m b re d e P olipem ón, PROMETEO
dignidad son particularm ente te riz ó p o r u n e n o rm e m iem b ro c é le b re b a n d id o d e l Á tic a q u e H ijo d e l titán* J á p e to y de
sensibles en el conm ovedor v iril s ie m p re e re c to . T al d e fo r­ T eseo " e n c o n tró e n su c a m in o u n a d e la s h ija s d e O céano*,
episodio en que viene a recla­ m id a d h a b ría sid o c a u s a d a por d e re g re so a A ten as. F in g ien d o A sia o C lím e n e , e s h erm an o de
m ar a A quiles el cu erp o de la m a le v o le n te H e ra ". F o rm a o fre c e r h o sp italid a d a los v iaje­ E p im e te o y d e A tlas* y p rim o
H éctor: «El gran Príam o a fe ­ p a rte d e l c o rte jo d e D io n iso . ros, P ro c u s to s — c u y o n o m b re h e rm a n o d e Z eu s", al q u e lo ­
rró con sus m anos las rodillas g rie g o s ig n ific a «el q u e e stira g r a r á e n g a ñ a r h á b ilm e n te en
de A quiles y besó las m anos ♦ L en g u a . El p ria p ism o es m a rtille a n d o » — lo s s o m e tía a v arias o casio n es. «E l Previsor»,
terribles, asesinas, que tantos una afecció n q u e se caracte­ un suplicio sab iam en te adap tad o seg ú n el sig n ificad o de su nom ­
h ijos suyos habían m atado» riza por la erección continua y a la co n stitu c ió n d e su s d e sv en ­ b re e n g rie g o , p a sa d e s e r el
(canto XXIV). a m enudo d o lo ro sa del pene. tu ra d o s h u é sp e d e s : a ta b a a los sim p le e m b a u c a d o r q u e e ra en
Su esposa Hécuba, figura bas­ 11 0 a co m p a ñ ad a d e deseo alto s a u n a c a m a d e m a sia d o p e­ su s o ríg e n e s a c o n v ertirse en el
tante borrosa en H om ero, ad ­ sexual. q u e ñ a y a los d e c o rta e sta tu ra a c re a d o r y sa lv a d o r de la hum a­
quiere carta de nobleza en Eu­ ♦ Lit. Virgilio y T ibulo (54-h. otra d e m a sia d o g ra n d e , y a c o n ­ n id a d , d e s a f ia n d o a un se ñ o r
rípides (H écuba. 424 a. C ., y 20 a. C .) cantan ul dios protec­ tinu ació n rec tific a b a c u id a d o sa ­ d e lo s d io s e s ' q u e s e c o n d u c e
Las 1rayanas, 4 15 a. C.) y más tor de los jardines que. armado m ente el tam añ o de su s cu erp o s, c o m o u n tira n o cru el.
tarde en Séneca (Ixis troyanas, d e una guadaña y pintado de co rtán d o les los pies en el p rim er H ábil artesan o , P rom eteo es
entre 49 y 62 d. C .). donde en ­ rojo, servía tic espantapájaros. c a so o e s tira n d o s u s m ie m b ro s c o n s id e r a d o e l c r e a d o r de los
carna en sí m ism a to das las Su contemporáneo I loracio, en e n el s e g u n d o . A p lic a n d o el p rim e ro s h o m b re s , a lo s q ue
desgracias de T roya, ante cu ­ una Sátira (I. 8), presenta al prin cip io trad icion al d e l T aitó n , m o d e ló c o n b a rro . S in e m ­
yos m uros ve perecer uno a dios com o «terror de los ladro­ T e se o a tó a P ro c u s te s a u n a de b a rg o , e s m u c h o m á s conocido
uno a todos sus gloriosos hijos. nes y los pájaros» asistiendo, sus fa m o sas ca m a s y le c o rtó la c o m o b e n e fa c to r de la hum ani­
H éctor, por su parte, ha qu e­ tallado en un trozo de higuera, cabeza. d a d ”, a la q u e s o c o rrió en d o s
dado inm ortalizado en la ep o ­ a una escen a d e m agia noc­ o c a sio n e s d e sa fia n d o la cólera
peya homérica* com o el más turna. Uno de los temas del Sa­ ♦ L en g u a . A veces se utiliza d e Z eu s. —» h u m a n i d a d .
valeroso de los guerreros tro- lí ricón d e P etronio (siglo 1 la expresión la cania (o e l te ­ L a p rim e ra v e z a rb itró un
yanos. tan bravo en el combate d. C .). arquetipo de la novela cho) de Procustes para desig­ c o n flic to e n tre los d io s e s y los
com o sensible a las dulces ale­ o ccidental, es la búsqueda de nar una regla impuesta brutal y h o m b r e s p a ra d e te r m in a r q ué
grías familiares. su virilidad perdida que em ­ mezquinamente. p a rte d e lo s a n im a le s in m o la ­
- » ANDRÓMACA. prende el narrador, Encolpo, ♦ Cin. E 11 H ércules contra los d o s c o rre s p o n d e ría a c a d a uno
♦ Cill. —> TROYA. víctim a d e la ira vengativa de vam piros, d e M ario Bava u n a v ez sa crificad o s. P rom eteo

www.FreeLibros.me
PROM ETEO 371 PR O M E TE O

fu e te r rib le . E n v ió a lo s h o m ­ m e d io para sa lv a rse del terrible


bres u n a c ria tu ra fu n e sta cread a d ilu v io " c o n el q u e Z e u s p la­
e x p re s a m e n te p a ra tr a e rle s la neab a d e stru ir a la raza hum ana
d e sg ra c ia , P a n d o ra ', e im a g in ó y c ó m o h a c e r a e s ta re n a c e r y
p ara P ro m e te o u n su p lic io m uy r e p o b la r la tie rra . —> a t l a s ,
e sp e c ia l: e l la d ró n fu e e n c a d e ­ D E U C A L IÓ N , H E R A C L E S .
n a d o p o r H e fe s to a u n m o n te
d el C á u c a s o d o n d e c a d a d ía ♦ L it. El m ito de Prometeo,
a p a re c ía e l á g u ila d e Z e u s p a ra benefactor de la humanidad,
d e v o ra rle e l h íg a d o , q u e v o lv ía perseguido por la venganza di­
a c r e c e r le n u e v a m e n te p a ra vina c iniciador de la primera
c o n v e rtir s e e n p a s to , s ie m p re civilización hum ana, gozó
fre s c o , d e la ra p a z , - a p a n - desde la A ntigüedad de una
dora . extraordinaria fortuna tanto li­
L ib era d o p o r H e ra c le s ', q u e teraria com o filosófica. Ningún
m a tó a l á g u ila , P ro m e te o m ito ha encarnado m ejor el
a c e p tó c o n v e rtirs e e n in m o rta l destino del hombre en sus lu­
en lu g a r d e l c e n ta u ro ” Q u iró n ' , chas y esperanzas, un destino
q u e a n s ia b a la m u e r te d e s d e q u e divide a la raza humana
P ro m e te o y s u d e s tin o . d e c o ra c ió n d e una copa griega, M u s e o d e A te n a s q u e u n a fle c h a e n v e n e n a d a d e entre los que tienen fe en la ac­
H erac les le a lc a n z ó a c c id e n ta l­ ción del hom bre, los «prome-
d e s c u a r tiz ó un b u e y y fo rm ó rio so p o r h a b e r sid o e n g añ ad o , m e n te , p ro d u c ié n d o le a tr o c e s téieos». y los que, en palabras
d o s m o n to n e s: p o r u n a p a rte la d e c id ió c a s tig a r a lo s m ortales, d o lo re s. Z e u s a u to riz ó d e b u en d e C laudel, están «con todos
c a rn e y la s e n tr a ñ a s c u b ie r ta s a lo s q u e e s ta tre ta h a b ía favo­ g rad o la lib e ra c ió n y la in m o r­ los Zeus y contra todos los
c o n la e n s a n g r e n ta d a p ie l d e l re c id o . F u e e n to n c e s c u an d o ta lid a d d e su p rim o , a g r a d e c i­ Prometeos» y condenan el or­
a n im a l, y p o r o tr a lo s h u e s o s , P ro m e te o c o r r ió p o r seg u n d a d o p o rq u e P ro m e te o le h a b ía gu llo im pío de aquellos que.
a tr a c tiv a m e n te e n v u e lto s c o n v e z e n a y u d a d e la h um anidad. p u e sto e n g u a rd ia c o n tr a la com o Satán, osan desafiar al
b la n c a g ra s a . Z e u s , s e d u c id o E n e fe c to , Z e u s p riv ó a los unión q u e e l se ñ o r d e los d io ses poder divino.
p o r e l a p e tito s o a s p e c to d e l h o m b re s d e l fu e g o v ita l y Pro­ p ro y e c ta b a c o n T e ti s ”, d e s v e ­ De la trilo g ía que Esquilo
m o n tó n g ra s ic n to , d e jó la m e ­ m e te o d e c id ió ro b a rlo d e la fra­ lá n d o le q u e e l h ijo q u e e s ta (525-456 a. C.) consagró a este
j o r p a rte a lo s m o r ta le s , g e s to g u a d e H e fe sto " p a r a tra e rlo a trae ría a l m u n d o d e s tro n a ría a m ito, titulada la Prometeidu
q u e s e ría e l o rig e n d e la s p rá c ­ la tie r r a , e s c o n d ié n d o lo en el su padre. G ra c ia s a su s d o te s de — probablem ente una de sus
tic a s r itu a le s d e la re lig ió n ta llo d e u n a p la n ta . D e paso a d iv in o , P ro m e te o in d ic ó ta m ­ últim as obras— , tan solo nos
g rie g a , d o n d e so lo se o f r e c ía a tra n sm itió a lo s h o m b re s e l se­ bién a H eracles c ó m o p o d ía h a­ ha llegado la últim a pieza.
los d io s e s lo s h u e s o s y la g ra s a c r e to d e m u c h a s té c n ic a s div i­ c e rs e c o n la s m a n z a n a s d e o ro Prometeo encadenado, y algu­
d e lo s a n im a le s s a c r if ic a d o s . n a s , e n tr e e lla s la m e talu rg ia. d e las H esp é rid e s". P o r ú ltim o , nos breves fragm entos de la
P ero e l s e ñ o r d e lo s d io s e s, fu ­ E s ta v e z la v e n g a n z a d e Z eus e n se ñ ó a su h ijo D e u c a lió n ’ el segunda. La liberación de Pro-

www.FreeLibros.me
PRO M ETEO 372 373 PR O M E TE O

m eteo. En ellas vem os al hé­ nes del Prom eten encadenado P rom eteo com o responsable Muchas obras rom ánticas rin­
roe' bienhechor alzarse valien­ de E squilo. E ncontram os al efectivo d e los m ales de la hu­ den hom enaje a la figura de
tem ente contra un tirano m al­ personaje d e P rom eteo en la m anidad. A sí R ousseau, en el Prom eteo bien com o artista o
vado, celoso e ingrato, que ha G enealogía deorum d e Boc­ D iscurso sobre las ciencias y genio incomprendido, como en
perdido todo el prestigio que caccio (sig lo x iv), donde en­ la s a rtes (1 750), afirm a que el Prometeo de Byron (1816),
rodeaba al gran Zeus de las tra­ carna al sabio, al erudito que Prom eteo, al inventar las cien­ o bien com o un ser dañino y
gedias anteriores del poeta: trae el progreso a los hombres. cias, arrebató al hom bre su culpable. De este modo, la fa­
«Mi falta es voluntaria, volun­ Su encadenam iento en el Cáu- bondad original, pervirtiendo m osa obra d e M ary Shelley,
taria. no lo negaré; / al salvar a caso sim boliza los sufrim ien­ su naturaleza inocente. F rankenstein (1818), tiene
los mortales he procurado mis tos del esp íritu ligados a la V o ltaire, sin em b arg o , p re ­ com o título alternativo F.l mo­
m ales» (P rom eteo enca d e­ investigación. Análogamente, senta en P andora ( 1740) a un d ern o Prom eteo, recordando
nado, versos 266-267). en La estatua d e Prometeo Prom eteo alzado contra un Jú­ así la dimensión creadora de la
Platón, por su parte, sigue en (1669), C alderón d e la Barca p ite r' cru el, prefig u ran d o a sí figura mítica. Con el romanti­
el Protágoras (siglo v a. C .) la convierte la figura mítica en un las prim eras lecturas rom ánti­ cism o se opera, por tanto, una
vertiente popular del m ito que ser cultivado e inteligente que. cas. Estas, a su vez, abrirán el rehabilitación de las figuras
E sopo h ab ía ex p u esto en sus con el fuego, aporta a los hom­ cam in o a la in terpretación de los grandes transgresores,
F ábulas (sig lo vi a. C .). que bres la luz, representación sim­ m oderna del mito, donde Pro­ com o Satán o Caín, que repre­
presenta a P rom eteo com o el bólica de la ciencia. m eteo se c o n v e rtirá en un sentan la rebelión contra Dios,
creador de todos los seres v i­ P ro m eteo , p o r o tra parte, se sím bolo de la rebelión m etafí­ llám ese este Júpiter o Jehová.
vos. D espués de los m últiples convierte pronto en un tópico sica y relig io sa. E sta lectura En el Viaje a O riente ( 1851)
escritores latinos que se inspi­ de la poesía am orosa, particu­ pasa por una afirm ación de la de G crard de N erval, la histo­
raron en el m ito (L ucrecio , larm ente a p a rtir del Rena­ figura del P rom eteo escultor, ria de A doniram . el genial es­
C iceró n , O v id io y H oracio, cim ien to . S u s sufrim ientos que crea a los hom bres ex ac­ cultor rebelado contra Dios y
entre otros), los prim eros e s ­ sim b o lizan los torm entos tam ente com o Júpiter, p o r no descendiente de la estirpe de
critores cristian o s, com o san am orosos, m ientras que Pan­ d e cir en c o n tra d e Júpiter. C aín, e s una reescritura del
A gustín (354-430) o T e rtu ­ dora representaría a la amante D esde esta perspectiva, G oe­ m ito de Prometeo. A este Pro­
liano (h. 155-220). llegarán sin co razó n q u e solo deja al th e d e d ic ó v arías o b ras al m eteo victorioso se opone el
incluso a adoptar la figura de hom bre la esp eran za. En el m ito, esp e c ia lm en te su Pro­ representado por el narrador de
Prom eteo, rebelado contra los m arco de una cristianización m eteo (1773) — dram a inaca­ P andora (1854), obra donde
dioses y crucificado por ello, del mito, algunos eruditos ven bado donde el héroe m ítico es Nerval evoca los sufrimientos
com o una p refig u ració n de tam b ién en la aparición de el fu n d ad o r y leg islad o r de que en el poeta provoca una
C risto redentor. Pandora una transposición del u n a so cied ad ju s ta , un poeta m ujer coqueta y frívola, que se
El m ito no dará pie a nuevas pecado original. brillante que rechaza toda im i­ cierra con un grito de dolor di­
ilustraciones literarias hasta el A partir del siglo xvu la lectura tació n y niega to d a tra sc e n ­ rigido contra Júpiter. Por el
Renacimiento, y especialmente del m ito adquiere tintes cada d en cia , e q u ip arán d ose a los contrario, el dram a lírico de
con la publicación en el siglo vez más pesim istas y los escri­ d io ses— y P andora (edición S helley Prom eteo liberado
xviii de las primeras traduccio­ to res condenan a menudo a com pleta, 1850). (1818) postula que las propias

www.FreeLibros.me
PRO M ETEO 374 375 PR O T E O

debilidades de la hum anidad sición al orden establecido, a (1961), donde, im itando el PROTEO
son el origen del M al. en c ar­ los valores tradicionales, y todo P rom eteo encadenado de Es­ D iv in id a d m a rin a g rie g a
nado en Júpiter, Pero el h o m ­ esfuerzo por superar los límites quilo, M ercurio reprocha a lla m a d a , c o m o N ereo*, «el an ­
bre es capa/,, sin ayuda de los de la naturaleza hum ana. Esta Prom eteo, encadenado al Cáu- c ia n o d e l m ar». E n la O disea es
dioses, de encontrar el cam ino ligura mitológica es tratada de caso, que haya entregado a los e l g u a rd iá n d e lo s re b a ñ o s de
del Bien. form a irónica en la novela de hom bres el fuego que les ha fo c a s d e P o s e id ó n '. T e n ía su
Esta interpretación rom ántica, Ramón Pérez de Ayala Prome­ vuelto tan insolentes. m o ra d a e n la is la d e F a ro s, en
que pone el acen to sobre el teo (1916) y en H ay una nube la d e s e m b o c a d u r a d el N ilo.
progreso y la co nfianza en la sobre e l fu tu ro (1965), d e José PROSERPINA C o m p a rte c o n N e re o e l p o d e r
evolución positiva del hombre, Ricardo Morales. D io s a ” ro m a n a d e lo s In ­ d e a d o p ta r d iv e r s a s fo rm as,
irá desapareciendo progresiva­ ♦ Icón. Diversos episodios del fiernos*. E n su s o ríg e n e s e ra sim b o liz a n d o a s í la flu id ez del
m ente a lo largo del siglo xx. m ito fueron ilustrados plásti­ u n a m o d e s ta d iv in id a d a g ra ria a g u a , p ro p ie d a d d e la q u e p ar­
En su Prom eteo m ol enca d e­ camente: su actuación en favor q u e p re s id ía e l c re c im ie n to del ticipa. C o m o N ereo , e s tam bién
nado ( 1899), Gide propone una de los hom bres (Rubens, Pro­ trig o y q u e m á s ta r d e fu e a s i­ u n d io s o ra c u la r, « p u e s to d o lo
lectura más psicológica del m eteo llevando e l fuego, siglo m ilad a a la P e rs é fo n e ” g rie g a . s a b e ...: lo q u e e s , lo q u e fu e y
m ito m ostrando que el águila x v n , M adrid); su encadena­ - » C E R E S , C O R E , DEM É T E R , H A ­ lo q u e tra e rá c o n s ig o el p o rv e­
que atorm enta al héroe es en miento (Prometeo y su destino, D E S , P F .R S É F O N E , P I.U T Ó N . n ir» (V irg ilio , G eó rg ica s, IV ),
realidad su propia conciencia, decoración d e una copa griega p e ro re c u rre a la m etam orfosis*
que le im pide v iv ir al m ante­ d e figuras negras, A tenas; T¡- ♦ Lit. —> PERSÉFO NE. p a ra e s c a p a r d e lo s q u e p reten ­
nerlo prisionero de las prohibi­ ziano, 1550, M adrid; Rubens, ♦ Icón. Los artistas retuvieron d e n c o n su lta rle . P u e d e co n v e r­
ciones y del m iedo al pecado. siglo x v n . O ldem burgo; Gus­ sobre todo el episodio d e su tir s e e n u n e le m e n to , c o m o la
C itarem os tam bién el ensayo tavo M orcau, 1868, París); su rapto: Sarcófago rom ano con tie rra , e l a g u a o e l fu e g o . M e­
de Albert Camus «Prometeo en liberación (Heracles liberando escenas alusivas a este episo­ n e la o ", s ig u ie n d o lo s co n se jo s
los Infiernos» (E l verano, a Prometeo, copa griega, siglo dio, siglo ni, Tarragona; Nicolo d e la p ro p ia h ija d e P roteo, Ido-
1946): «El héroe encadenado vil a. C., Atenas; Max Klinger. dell'A bbate, siglo xvi, Louvre; te a , c o n sig u ió a p o d e rarse de el
conserva, en medio del rayo y grabado, finales del siglo xix- Rembrandl, siglo xv n , Berlín; a p e s a r d e la s m ú ltip le s tra n s­
el trueno divinos, su fe serena principios del x x , colección Rubens, h. 1636-1638, Madrid, fo rm a c io n e s d e P ro te o en león,
en el hom bre», y la obra de privada). M useo del Prado; B ernini es­ se rp ie n te , p a n te ra y ja b a lí.
H cinrich M iiller, que en su ♦ M ús. L a estatua de Prome­ culpió sobre el mismo tem a un E n la H e le n a d e E u ríp id e s
Prometeo (1969) propone una teo, zarzuela basada en la obra g ru p o lleno d e m ovim iento e n c o n tr a m o s o tr a v e rsió n del
lectura política del mito, subra­ de C alderón d e la Barca del (1622, Roma, villa Borghese). m ito se g ú n la c u al P ro teo , c o n ­
yando el conflicto entre el pro­ mism o título, h. 1672; Prome- - > HADES. te m p o rá n e o d e la g u e rr a de
greso revolucionario y el poder theus, ballet de Beethoven, ♦ M ú s. E l rapto d e Proser- T ro y a", se ría e l rey d e la isla de
establecido. En general, la re­ 1801. pina (1678), ópera española de F aros. Hermes* h ab ría confiado
ferencia a Prometeo en el siglo ♦ Cin. Prom eteo aparece en el F ilippo C oppola; Proserpina, a su c u id a d o a la v erdadera H e­
xx. a m enudo trivializada. re­ prólogo que abre Ulises contra óperas de Luíly (1680) y de lena*, m ie n tr a s q u e P a ris ', en
presenta toda tentativa de opo­ H ércu les d e M ario Caiano Saint-Saens (1887). re a lid a d , s o lo h a b ría lle v a d o a

www.FreeLibros.me
P S IQ U E 376
377 P S IQ U E
T ro y a u n a e s p e c ie d e d o b le d e n a , d iv i d id a p o r la a tr a c c ió n e n c o n tr ó a n te u n p a la c io e n ­
la b e lla fa b r ic a d o p o r la a stu ta o p u e s ta q u e s o b r e e lla e jerc en c a n ta d o e n e l q u e s e fu e a d e n ­
H era*. E n F a ro s la e n c o n tr ó , e l a m o r d iv i n o y e l a m o r te ­ tran d o , g u ia d a p o r v o c e s in co r­
fiel e in ta c ta , su e s p o s o M e n e ­ rre stre . p ó re a s , p a ra n o d e s c u b r ir s in o
lao. —> HELENA. P s iq u e , h ija d e re y , e r a de b elleza y o p u len cia. A l lle g a r la
P ro te o r e p r e s e n ta e l p o d e r u n a b e lle z a ta n p e r f e c ta q u e n o c h e , P s iq u e n o tó c e r c a d e
d el c a m b io v o lu n ta rio . S im b o ­ d e s p e r tó in m e d ia ta m e n te los e lla la p re se n c ia d e l m a rid o q u e
liza la m a te ria o rig in a l q u e sir­ c e lo s d e A fro d ita -, c o n q u ien se le h a b ía a n u n c ia d o el o rá c u lo .
v ió p a ra c r e a r el m u n d o . la c o m p a r a b a . L a d i o s a ', irri­ P siq u e n o p o d ía v e rlo , p e ro n o
ta d a d e v e r c ó m o s u s a lta re s p a re c ía ta n m o n s tru o s o c o m o
♦ L engua. La palabra proteo. ib a n q u e d a n d o d e s ie r to s , e n ­ tem ía y s e e n tre g ó a él. C o n las
usada com o nom bre com ún, c a rg ó a su h ijo E ros*, e l A m or, p rim e ra s lu c e s d e l d ía , s u e s ­
designa a una persona que q u e la v e n g a r a . M ie n tr a s que p o so d e sa p a re c ió .
cam bia frecuentem ente de s u s h e rm a n a s e s ta b a n y a casa ­ El tie m p o p a s a b a y P siq u e
com portam iento, de opinión o d a s, P siq u e p e rm a n e c ía virgen, v ivía d ic h o s a e n a q u e l p a la c io ,
de humor. D erivado suyo es el re le g a d a a p e s a r d e su b elleza. p e ro e c h a b a d e m e n o s a su fa ­
adjetivo proteico, que significa S u p a d r e , q u e y a d e s e s p e ra b a m ilia . P id ió p o r ta n to a s u e s ­
« cam biante, que cam bia de d e c a s a rla y so s p e c h a b a alguna poso q u e la p e rm itie ra v e r a sus
forma o de ideas». m a ld ic ió n c e le ste , fu e a co n su l­ h e rm a n a s. E s te te r m in ó a c e p ­
♦ Lit. V irgilio recoge la v e r­ ta r a l o r á c u lo d e A p o lo " , que tando, h a c ié n d o le p ro m e te r q u e
sión de H om ero (O disea, IV. a s í h a b ló : « V e a la c im a del n unca in te n ta ría v e rle el ro stro . G rupo escultórico h e l e n í s t i c o de
versos 349 y ss.) y dedica un m o n te , o h re y , y so b re u n a roca P ero la s h e r m a n a s d e P s iq u e , A m o r p P sique. Rom a, Museo
extenso relato al mito: sin em ­ a b a n d o n a a tu h ija c u id a d o s a ­ Capitolino
celosas d e su felicid ad , hicieron
bargo. en las G eórgicas (IV ). m e n te d is p u e s ta y e n g a la n a d a n a c e r la d u d a e n su c o ra z ó n ,
es A risteo quien con su lta a p a ra u n a s n u p c ia s fú n eb res. No a firm a n d o q u e su e s p o s o e ra p u e s ta n to h a c e s u f rir a los
Proteo. Ver tam bién Herodoto e s p e r e s u n y e r n o n a c id o d e la
sin d u d a u n m o n s tru o , y a q u e h o m b re s. S o rp re n d id a y m ara­
(H istoria, II. 110) y O vidio r a z a h u m a n a , s in o u n m o n s­
se n eg a b a a m o strarse, y la c o n ­ v illa d a , P s iq u e d e jó c a e r u n a
(M etamorfosis, XI, 224 y ss.). t r u o ’ c r u e l, f e r o z y se rp e n ­ v e n c ie ro n p a ra q u e d e s v e la s e g o ta d e ac e ite a rd ie n te q ue d es­
♦ Icón. Proteo aparece repre­ tin o ...» su se c re to . P s iq u e , p rim e ro in­ p e rtó al d o rm id o . E ro s d e sa p a ­
sentado con cuerpo de hombre L o s p a d r e s d e P s iq u e o b e­ d ecisa, te rm in ó d e c id ié n d o se y reció .
y cola de pez. d e c ie r o n a l o r á c u lo . Pero d e s o b e d e c ió a su e s p o s o . U na P siq u e in ic ia rá e n to n c e s un
♦ Cin. —» NEREO. c u a n d o la jo v e n e s p e r a b a la n o c h e, m ie n tr a s e s te d o rm ía , la rg o p e re g rin a r en busca d e su
a p a ric ió n d e l m o n s tru o q u e el
pudo p o r fin c o n te m p la rlo a la e s p o s o , q u e se h ab ía refugiado
PSIQUE d e stin o le te n ía re se rv a d o como
luz d e u n a lá m p a ra : e r a el h e r­ en e l p a lac io d e su m adre A fro ­
P e r s o n if ic a c ió n d e l A lm a e sp o s o , u n d u lc e cé firo la trans­ m o so E ro s e n p e rs o n a , « u n d ita y le h a b ía re v e la d o el o r i­
( p s iq u e e n g rie g o ). S im b o liz a p o r tó h a s ta u n v a lle d o n d e m o n s tru o c r u e l» , e n e f e c to , g e n d e la q u e m a d u ra . La diosa
e l d e stin o * d e l a lm a h u m a ­ q u e d ó d o rm id a . A l d e sp e rta r se pero s o lo e n s e n tid o fig u ra d o . se la n z ó in m e d ia ta m e n te tras

www.FreeLibros.me
P S IQ U E 378 379 PS IQ U E

lo s p a s o s d e P s iq u e p a r a v e n ­ fo s is o El asno d e oro de Apu- una relación entre la historia de En siglos posteriores la histo­
g a rs e . D e s p u é s d e a p o d e r a r s e Icyo (sig lo u d. C .). E sta fá­ Psique y la famosa leyenda de ria de Psique h i/o las delicias
d e e lla , la h iz o a z o ta r y le im ­ b ula ap arec e rep etid as veces la Bella y la Bestia. de los artistas. Rara vez se la
p u s o c u a tro p ru e b a s , a p a re n te ­ en au to res p lató n ico s y neo- —> BROS. representa sola (Psique, már­
m e n te im p o s ib le s d e r e a liz a r , plató n ico s. q u e veían en el ♦ ¡con. El arte asigna a esta he­ mol de Pradier, siglo xix,
q u e d e sp u é s d e m u c h a s c a la m i­ m ito la prom esa de una felici­ roína un origen más antiguo L ouvre), sino más bien con
d a d e s P siq u e lo g ró fin a lm e n te dad eterna en el m ás allá. q u e el cuento d e A puleyo: Amor: lienzos de Gcrard (siglo
lle v a r a té rm in o . D e lo s In fie r­ P osteriorm ente fue o b jeto de bronces corintios de finales del x ix. Louvre), de David (siglo
nos", d o n d e la h a b ía c o n d u c id o num erosas interpretaciones siglo iv a. C., terracotas del si­ x ix. colección particular); es­
su ú ltim a p ru e b a . P s iq u e tra jo que incidían en el tema del co­ glo n a. C „ donde Psique apa­ culturas de Canova (siglo xix.
c o n s ig o u n a c a ja q u e su c u r io ­ nocim iento. A sí ap arece en rece representada com o una L ouvre). de Rodin (anterior a
s id a d le im p u ls ó a a b r i r , c a ­ B occaccio, cu y a G enealogía m ariposa (al igual que en los 1886, París). Asimismo existen
y e n d o in m e d ia ta m e n te e n un deo ru m (siglo x iv ) o frece un frescos d e Pom peya). y sobre varios ciclos que narran dife­
su e ñ o m o rta l. P e ro E ro s la e n ­ repertorio de los m itos de la todo un fam osísim o grupo es­ rentes episodios del mito: Ra­
c o n tró y c o n sig u ió d e sp e rta rla , A ntigüedad y u n a interpreta­ cultórico de m árm ol donde fael, logia Farncsina, siglo xvi,
o b te n ie n d o d e Z e u s" q u e le s ción sim bólica de los mismos; Eros y Psique, tiernam ente Roma; cinco tapices de Beau-
u n iera e n le g ítim o m atrim o n io . en G aleotto del C arretto (Las abrazados, se dan un casto beso vais sobre cartones de Bou-
P sique, e le v a d a a! O lim po*, c o ­ bo d a s d e P sique y Cupido, traduciendo su unión mística y cher, siglo xvm, Roma.
m ió la a m b ro sía * q u e la c o n ­ 1520, pieza sim bólica de múl­ su am or divino (siglo m a. C., ♦ M ús. Manuel de Falla, Psi­
v e rtiría e n u n a d io sa. tiples personajes) o también en Roma, Museo Capitolino). que (1924).
P siq u e so lo fu e fe liz m ie n ­ el A donis de Giambaltista Ma­
tra s se a b s tu v o d e p ro fu n d iz a r, rino (1623), que convierte a
lle v a d a p o r u n a c u r io s id a d in ­ Psique en el sím bolo de la as­
q u ie ta , e n la s c a u s a s y la n a tu ­ censión del su jeto a la cons­
ra le z a d e su fe lic id a d : el c o n o ­ ciencia. La F ontaine, en Los
c im ie n to e s fu e n te d e d o lo r. am ores d e P sique y Cupido
E ste relato , p o r su sig n ific a d o a (1 669), novela m itológica en
la v e z a le g ó r ic o y f ilo s ó f ic o , prosa y verso, ofrece una ver­
tien e e strech o s v ín c u lo s c o n los sión más ligera del tema, mien­
m ito s d e O rfeo* y E u ríd ic e y el tras q u e C orn eille redacta, en
d e A fro d ita y A donis*. colab o ració n con M oliere y
Quinault y sobre una partitura
♦ Lit. El m ito d e Psique es de L ully, una tragedia-ballet
tardío. A parece por prim era IPsique. 1671) donde la diosa
vez en la literatura en el es acusada de pretender esca­
C uento de A m o r y d e Psique, par a las leyes del am or hu­
relato inserto en las M etam or­ m ano. Es posible establecer

www.FreeLibros.me
Q U IM E R A
Q
A n im a l fa b u lo s o h ija d e
E q u id n a , la v íb o ra — u n m o n s­
tru o ’ m ita d m u je r y m ita d s e r­
p ien te— , y d e l g ig a n te ' T ifón".
P o r lo c o m ú n s e la r e p r e s e n ta
con c u e rp o d e c a b ra , c a b e z a de
león y c o la d e s e r p ie n te , a u n ­
que a v e c e s s e la d e sc rib e c o m o
un a n im a l d e tre s c a b e z a s , u n a
de c a d a u n o d e e sto s a n im a le s . Escultura griega de Quimera herida
La Q u im e ra , a q u ie n se atrib u ía por Belerofontes. Florencia, Museo
Arqueológico
un a lie n to d e fu e g o , v iv ía en
L ic ia , re g ió n m e r id io n a l d e
A sia M e n o r, d o n d e c a u sa b a e s­ las creacio n es vanas de la
tragos d ev o ran d o h o m b re s y re ­ im aginación y, por extensión,
b añ o s. B e le ro fo n te s * , a lo m o s las id eas falsas (M oliere en
de P e g a so " , c o n s ig u ió m a ta rla L a s m ujeres sabias: «D ebéis
h u n d ie n d o e n s u s fa u c e s u n a d esh acero s d e tales q uim e­
lanza c o n p u n ta d e p lo m o q u e, ra s», d ice C risala). De esta
al fu n d irse p o r e fe c to d e la re s­ acep ció n d eriv a el adjetivo
p ira c ió n lla m e a n te d el m o n s ­ quimérico.
truo. p ro v o c ó s u a sfix ia. ♦ Lit. Al escoger el título para
su recopilación poética Las
♦ L e n g u a . C o n v e rtid o en q uim era s (1854), G érard de
nom bre com ún, la palabra d e­ N erval p arece ju g ar con las
signa desde el siglo xvi todas d o s acepciones del término.

www.FreeLibros.me
QU1RINO 382 383 Q U IRÓ N

En su sentido m itológico pri­ ♦ Ic ó n . Q uim era herid a por ♦ le n g u a . El Quirincd, una de e n tre o tro s héroes*. Q u iró n en ­
m itivo. la alusión ul anim al líe le rajantes, escu ltu ra grie­ las siete colinas d e Roma, debe se ñ a b a a s u s p u p ilo s el arte de
fabuloso indica qu e tanto la ga (sig lo v a. C .). Florencia: su nombre a que en ella se ha­ la c a z a y d e la g u e rra , p ero
colección com o los m ism os G ustave M oreau, La quimera, bía edificado un tem plo a Qui- ta m b ié n la m ú s ic a , la é tic a , la
poem as están com puestos par­ 1867, Cambridge, EE.UU. Los rino. A ctualm ente e s el nom ­ m e d ic in a y el c o n o c im ie n to de
tien d o de fuentes d e in sp ira­ artistas de la Edad M edia die­ bre del palacio presidencial y la s p la n ta s (c o m o la centaura,
ción m uy d iv ersas, d onde se ron el nom bre d e q uim eras a d e la p laza que se extiende a s í d e s ig n a d a e n su h o n o r).
m ezclan la m itología antigua los animales fantásticos, escul­ ante él. P ra c tic a b a la c iru g ía (su n o m ­
y la religión cristiana, los per­ pidos o p intados, form ando a b re d e riv a d e la ra íz chier, q ue
sonajes h istórico s y los seres veces gárgolas, que no tienen QUIRÓN s ig n ific a « m an o » ).
im aginarios. A través de esta ninguna relació n con la qui­ Q u iró n e s e l cen tau ro * m ás Q u iró n fu e h e rid o ac c id e n ­
m ism a vía conecta con el se ­ m era antigua. co n o cid o , re p u ta d o p o r su sa b i­ ta lm e n te p o r u n a flecha d e H e­
gundo sentido del térm ino, el d u ría y s u c ie n c ia . H ijo d e racles*. C o m o la s h e rid a s c a u ­
del nom bre com ún, en la m e­ QUIRINO C r o n o ', q u e h a b ía to m a d o la s a d a s p o r e s ta s fle c h a s eran
dida en que estos poem as ex­ D iv in id a d itá lic a m u y an ti­ a p a rie n c ia d e u n c a b a llo p a ra in c u r a b le s , Q u iró n , n o pu-
presan las vanas ensoñaciones g u a , d e o rig e n s a b in o , q u e la u n irse a u n a h ija d e O céan o * , d ie n d o so p o rta r la idea d e sufrir
de la im aginación. E ncontra­ p r im itiv a re lig ió n ro m an a n a c ió in m o rta l. T e n ía s u m o ­ e te rn am e n te los atro ces dolores
m os el m ism o ju e g o en el a d o p tó e n é p o c a a rc a ic a . Q ui- ra d a e n la c u m b r e d e l m o n te d e la h e rid a , c a m b ió su in m o r­
poem a de B audelaire «C ada rin o fig u ra , d e n tr o d e e s te sis­ P e lió n , e n T e s a lia . A c u d ió e n ta lid a d c o n Prom eteo*, q u e h a­
cual con su quim era» IP eque­ te m a d e c r e e n c ia s , c o m o un ayuda d e P eleo , p a d re d e A q u i­ b ía n a c id o m o rta l, y p u d o a sí
ñ o s poem as en prosa. 1868), d io s re p r e s e n ta tiv o d e la « ter­ les', a q u ie n lo s o tro s c e n ta u ro s e n c o n tr a r e n la m u e rte e l fin a
donde cad a hom bre aparece c e r a fu n c ió n » in d o e u ro p e a , y se d is p o n ía n a m atar. L e a y u d ó su s su frim ien to s.
c o nvertido en m ontura del fo rm a ju n t o a J ú p ite r ', d io s de a s e d u c ir a la d i o s a ' T etis* y
m onstruoso anim al, sim b o li­ la p r im e r a fu n c ió n , y M arte', c u a n d o d e e s t a u n ió n n a c ió ♦ Icó n . G iuseppe C respi. El
zando a sí el d esd ich ad o d e s­ d io s d e la s e g u n d a fu n c ió n , la A q u ile s se le c o n f ió la e d u c a ­ centauro Quirón con Aquiles,
tino del hombre dom inado por p r im e r a « tr ía d a c a p íto lin a » o ción d el n iñ o . E d u c ó ta m b ié n a 1700, Viena.
su im aginación y conden ad o « tr ía d a p r e c a p ilo lin a » (la se­ A sclepio”, a Jasón* y a Acteón*, - > AQU1LKS.
a arrastrar su qu im era allá g u n d a e s ta r ía fo r m a d a por
donde le lleve su destino. D e­ J ú p ite r , J u n o " y M in e rv a ').
solación de la quim era ( 1956- F U N C IO N E S .
1962). libro de poemas de Luis P o ste rio rm e n te se ría identi­
C ern ad a escrito en el exilio, fic a d o c o n R ó m u lo o , p a ra ser
d eja en trev er en sus versos la m á s e x a c to s , c o n e l dios
am argura del poeta. Es uno de R ó m u lo , el h é r o e ’ d iv in iz a d o
los libros que más han influido d e s p u é s d e su m u e r te . E s una
en los poetas españoles de las d iv in id a d sin m ito lo g ía propia
últimas décadas. y c a re c e d e e q u iv a le n te griego.

www.FreeLibros.me
REA
R m u lo , p e ro e l e p is o d io aparece
E s h ija d e U rano* y G e a ' y c o m o u n a co n tin u ació n de la le­
p erten e ce p o r ta n to a la c a te g o ­ y e n d a tro y a n a . D e s p u é s d e la
ría d e la s titánides*. C o n v e rtid a c a íd a d e su c iu d a d , un g ru p o de
en la e s p o s a d e C ro n o " , su p o tro y a n o s co n d u cid o s p o r Eneas*
q u e e ste d e v o ra b a a su s h ijo s y d e se m b a rc a ro n en la d esem b o ­
c o n s ig u ió s a lv a r a! m á s p e ­ c a d u ra d e l T íb e r y se a liaro n
q u e ñ o , Z eu s* , e n tr e g a n d o a c o n la p o b lació n local. Eneas se
C ro n o u n a p ie d r a e n v u e lta en c a s ó c o n L a v in ia , h ija d el rey
p a ñ a le s en lu g a r d e l n iñ o . L atino", y d e sp u é s d e un a larga
L u e g o h u y ó c o n su h ijo h a s ta g u e rra c o n tra los rú tu lo s fundó
C re ta , d o n d e s e lo e n tr e g ó a u n a c iu d a d , L av in ium .
A m al te a ' p a ra q u e a m a m a n tase El h ijo d e E n e a s , A sc a n io
al fu tu ro re y d e los dio ses". (ta m b ié n lla m a d o Ju lo"), fundó
S e o b s e r v a u n a fre c u e n te a su v e z A lb a L o n g a . D e la
asim ilació n d e R e a c o n la dio sa d e s c e n d e n c ia d e lo s rey es
frigia C ibeles*. —> C R O N O , T E O ­ al b a ñ o s n a c e rá n , c u a tro sig lo s
G O N IA , Z E U S . m á s ta r d e , R ó m u lo y R em o.
- » TROYA.
REMO S u a b u e lo N u m ito r h ab ía
H e rm a n o d e R ó m u lo , f u n ­
s id o d e s tro n a d o p o r A m u lio .
h e rm a n o m e n o r d e l m o n arca,
d a d o r d e la c iu d a d d e R o m a '.
- » R O M A (F U N D A C IÓ N D E ) . q u e h a b ía o b lig a d o a d e m á s a
R e a S ilv ia , h ija d e N u m ito r, a
ROMA (fu n d a ció n d e) p ro fe sa r c o m o v estal, confiando
L a tr a d ic ió n la s itú a e n el e n q u e lo s v o to s d e c a stid a d a
753 a. C . y la a tr ib u y e a R ó ­ q u e esta b a su jeta anularían toda

www.FreeLibros.me
RO M A 386 387 ROMA

p o s ib ilid a d d e q u e e s ta p ro c u ­ d e u n a la n z a d a . L a c iu d a d se
ra s e d e s c e n d e n c ia al a n tig u o lla m a rá R o m a p o r el n o m b re de
m o n a r c a d e A lb a . L a m u c h a ­ su fu n d a d o r, p e ro el fra tric id io
c h a . s in e m b a r g o , fu e v io la d a q u e d a r á d e s d e e n to n c e s c o m o
p o r e l d io s M a rte " y c o n c ib ió u n a e s p e c ie d e p e c a d o orig in al
d e é l d o s g e m e lo s . A m u lio , e n e l q u e lo s ro m a n o s v e rá n la
v ie n d o e n lo s n iñ o s a d o s p e li­ c a u s a d e s u s g u e rra s c iv ile s.
g ro s o s h e re d e r o s , m a n d ó q u e E n e s ta s le y e n d a s en c o n tra ­
los a rro ja ra n al T íb c r d e n tr o d e m o s lo s r a s g o s c o m u n e s a
u n c e s to . E s te f u e d e p o s ita d o m u c h o s m ito s d e p o d e r — la
m ila g r o s a m e n te e n la o r illa y a m e n a z a q u e p a ra lo s q u e lo
u n a lo b a (a n im a l c o n s a g ra d o a d e te n ta n re p re s e n ta u n a nueva
M a rte ) c a le n tó co n su c u e rp o y g e n e r a c ió n ; a b a n d o n o d e un
a m a m a n tó a lo s d o s p e q u e ñ o s , n iñ o « p e lig ro s o » ( v é a n s e , por
q u e lu eg o fu ero n re c o g id o s p o r e je m p lo , lo s c a s o s d e Jasón*,
u n a p a re ja d e p asto res. P a r is ”, E d ip o ", e n la m ito lo g ía
Y a a d u lto s , fu e ro n re c o n o ­ g rie g a , o e l d e J o s é e n la litera­
c id o s p o r s u a b u e lo N u m ito r, a tu ra b íb lic a )— y características
q u ie n d e v o lv ie r o n e l tr o n o c o n sta n te s e n m u c h a s g e sta s de
u s u r p a d o d e s p u é s d e m a ta r a d iv e r s o s h é r o e s ”: p a r to m ú lti­
A m u lio , y d e c id ie ro n fu n d a r p le , o rig e n re a l, a d o p c ió n tran­
u n a ciu d ad so b re el lu g ar d on d e sito ria p o r p a d re s d e extracción
h a b ía n s id o s a lv a d o s . C o n s u l­ h u m ild e , a b a n d o n o , exposición
ta d o s lo s a u s p ic io s p a ra d e te r ­ a l a g u a , p re s e n c ia d e u n anim al
m in a r q u ié n se ría e l fu tu ro rey, q u e d e se m p e ñ a u n a fu n ció n nu­ Rubens. Róm ulo y Remo, Roma, Galería Campidoglio
la o b se rv a c ió n d el v u e lo d e los tric ia y tu te la r re s p e c to del hé­
p á ja ro s p a re c ió d e s ig n a r a R ó - ro e ( lo b a e n R ó m u lo y R em o, astu cia. In v ita ro n a u n a fie sta a d u c id a s e g ú n u n a s v e rs io n e s
rnulo. E ste trazó en to n c e s so b re o s a e n P a ris , á g u ila e n G ilg a- un p u e b lo v e c in o su y o , lo s sa­ p o r e l o ro d e los sa b in o s o, se­
el P alatin o un su rc o q u e m arca ­ m é s , e tc .). b in o s, y r a p ta r o n a to d a s su s gú n o tra s, p o r la a p o stu ra de su
ría e l r e c in to s a g r a d o (p o m o - C o n R ó m u lo c o m ie n z a la m u c h a c h a s s o lte ra s , a la s q u e je f e . C o m o p a g o a su traició n ,
r iu m ) d e la fu tu ra c iu d a d . L a s lla m a d a « e ta p a h is tó ric a » de lu eg o h ic ie ro n su s e s p o s a s . El los sab in o s la aplastaron bajo el
b u rlas d e R e m o , q u e n o e s ta b a R o m a . L a c iu d a d fu e pob lad a rapto d e s e n c a d e n a ría u n a g u e ­ p e so d e su s e sc u d o s. U na terri­
d e a c u e rd o c o n la c o n c lu s ió n p rim e ro p o r p a sto re s y hombres rra. El re y sa b in o T a c io m a rc h ó b le b ata lla se d esen cad en ó en la
d e lo s a u s p ic io s , p ro v o c a r o n fu e ra d e la le y (c rim in a le s , es­ co n tra R o m a y lle g ó a to m a r la lla n u ra d el fo ro y lo s ro m an o s
u n a lu c h a e n tr e a m b o s h e rm a ­ c la v o s fu g itiv o s , d ese rto re s, c iu d a d e la , e d if ic a d a s o b r e el y a re tro c e d ía n p re s a s d el p á ­
n o s q u e te r m in ó c o n la m u e rte a p á trid a s ) q u ie n e s , p a ra encon­ C a p ito lio , g ra c ia s a la c o m p li­ n ic o c u a n d o J ú p i t e r en p e r­
d e R em o, a q u ie n R ó m u lo m ató tr a r m u je re s , re c u r rie r o n a la cidad d e la v e sta l T a rp e y a , s e ­ so n a , a c u d ie n d o a las plegarias

www.FreeLibros.me
ROM A 388
389 RÓ M U LO
d e R ó m u lo , p u s o fin a la r e t i­ T u e r to » , d e M u c io E s c é v o la R em o, su infancia, la funda­ glo x v u , Roma. Sobre los
ra d a . E l c o m b a te s e re a n u d ó « el Z u rd o » ), se re m o n ta n a e s­ ción de R om a y el reinado de prim eros tiem pos de Roma:
c o n m á s b río si c a b e , p e r o la s q u e m a s n a rra tiv o s m u c h o m ás los siete prim eros reyes. En Poussin, El rapto de las sabi­
jó v e n e s sab in as, u n id as ya a sus a n tig u o s, p re se n te s e n las m ito ­ cualquier caso, se muestra muy nas, siglo xvu, Louvre.
m a rid o s, s e la n z a ro n e n m ed io lo g ía s d e o tr o s p u e b lo s , q u e cuidadoso al precisar que se ha ♦ Cin. La fundación legendaria
d e la re frie g a p a ra s e p a ra r a los e m a n a n d e las e stru c tu ra s m e n ­ basado más en «tradiciones de Roma y la lucha fratricida de
c o m b atien tes. R o m a n o s y s a b i­ ta le s — y ta l v e z s o c ia le s — d e em bellecidas por leyendas los gemelos míticos fueron lle­
n o s s e fu n d ie ro n e n u n so lo la s o c ie d a d in d o e u r o p e a a r­ poéticas» que en docum entos vadas a la pantalla en la cinta de
pueblo, los qu iritas. D esp u és d e c a ic a . A u n q u e e s to s re la to s auténticos. Sergio C orbucci Rómulo y
un larg o re in a d o , R ó m u lo d e sa ­ p u e d a n tr a n s p a r e n ta r b riz n a s ♦ Icón. La loba y los gemelos Remo ( 1961) con una fidelidad
p a re c ió m is te rio s a m e n te d u ­ d e r e a lid a d , s e tr a ta a n te to d o aparecen representados con relativa a la tradición «clásica»,
ra n te u n a te m p e s ta d (c o m o d e u n a m ito lo g ía h is to riz a d a . m ucha frecuencia: Loba ro ­ a veces sazonada con algunos
E d ip o e n la le y e n d a tro y a n a ) y R o m a p ro p o rcio n a, e n e ste sen­ m ana. bronce etrusco, 500 toques fantásticos. Después de
se a s e g u r ó a l p u e b lo q u e lo s tid o , u n e je m p lo o rig in a l e n la a. C., Roma (los gem elos fue­ haber fundado Roma, Rómulo,
d io ses" lo h a b ía n lle v a d o c o n A n tig ü e d a d . ron añadidos en el siglo xvi); encarnado por Roger Moore,
e llo s c o n v in ié n d o lo en un dio s: N o d e ja d e re s u lta r u n a cu­ Annibalc Carracci, Nacimiento será el intrépido protagonista de
Q uirino". rio s a iro n ía d e la h isto ria q u e el d e Rómulo, fresco de una sala E l rapto de las sabinas de R i­
El c a r á c te r « m a r a v illo s o » ú ltim o e m p e ra d o r ro m a n o , des­ del palacio M agnani. 1588- chard Pottier (1963).
d e la m u e rte d e R ó m u lo s e u n e tro n a d o p o r lo s b árb a ro s en 476 1592, Bolonia; sobre el mismo
al q u e a p a re c e e n la s le y e n d a s d . C ., s e lla m a b a p rec isam e n te tem a: fresco de G iuseppe Ce- RÓMULO
re la tiv a s a s u in f a n c ia , p e ro R ó m u lo . S u c a íd a m a rc a tradi- sari para la Sala de los Conser­ F u n d a d o r d e la c iu d a d
d e s d e la A n tig ü e d a d fu e in te r­ c io n a lm e n tc el c o m ie n z o d e la vadores en el Capitolio, 1593, de R om a, -ó r o m a (fu n d a ­
p re ta d o c o m o un a s e s in a to p o ­ E d ad M ed ia. Rom a; lienzo d e Rubens. si­ c ió n D t- ) .
lític o h á b ilm e n te c a m u f la d o .
N o s e n c o n tr a m o s , e v id e n t e ­ ♦ L it. La segunda parle de la
m e n te , e n lo s lím ite s e n tr e la Eneida de V irgilio (cantos VII
m ito lo g ía y la h is to ria . L o a X II) presenta el relato épico
m is m o p u e d e d e c ir s e d e su s d e la llegada de Eneas a Italia
o tr o s e p is o d io s (T a rp e y a , o r i­ y las prim eras guerras que si­
g e n d e l p u e b lo r o m a n o e n la guieron al establecim iento de
fu s ió n d e d o s e tn ia s ...) . L o s los troyanos en el Lacio.
a n á lis is d e G e o r g e s D u m é z il El historiador Tito Livio (h. 60
m u estran q u e e sto s e p iso d io s, y a. C .-I7 d . C .) m enciona bre­
o tr o s m u c h o s c o n s id e r a d o s vemente estos hechos en el pri­
c o m o v estig io s d e lo s p rim e ro s m er libro d e su H istoria de
s ig lo s d e la h is to r ia d e R o m a Roma. Refiere a continuación
(h a z a ñ a s d e H o racio C o c le s «el el nacim iento d e Róm ulo y

www.FreeLibros.me
SÁTIROS
s ♦ Lit. En Atenas se designaba
E sto s d io se c illo s d e la n a tu ­ con el nombre de «drama satí­
ra le z a , h íb rid o s d e h o m b re y rico» una pieza de teatro hí­
m ac h o c a b río , fo rm an p arte del brida, mezcla d e género paté­
a le g re c o rte jo d e D io n iso ". S u tico y com edia, cuyo coro
c a b e z a y su to rso so n h u m an o s, estaba formado por sátiros. El
pero tien en u n o s c u e m e c illo s d e único dram a de este tipo que ha
cab ra, larg as orejas pu ntiagudas, llegado hasta nosotros es El cí­
u n a larg a c o la y p a ta s co n p e z u ­ clope d e Eurípides (siglo v a.
ñ a s h e n d id a s d e m a c h o c a b río . C ., fecha d e com posición in­
R e c o rre n lo s c a m p o s e n b u s c a cierta). En unos extractos de
d e n in fa s' o d e m u ch ac h as m o r­ Los sabuesos de Sófocles (46Ü
ta le s c o n la s q u e s a tis f a c e r su a. C .) aparecen los sátiros y Si-
d e s e n fre n a d o a p e tito se x u a l. leno buscando los bueyes de
A m an e l v in o , la d a n z a , la m ú ­ A polo’ robados por Hermes".
sica. C u a n d o se h aecn v iejo s re ­ N.B.: El término sátira (del la­
ciben el n o m b re d e silenos*, del tín satura, «ensalada»), que de­
n o m b re d e l p re c e p to r d e D io ­ signa un género literario, no
n iso . F e o s y v e n tru d o s , su e le n tiene relación con el drama sa­
d e sp la z a rse so b re a sn o s . L a re ­ tírico ni con la figura del sátiro.
p resentación cristia n a d e los d e ­ En uno de los poemas de U i le­
m o n io s está d ire c ta m e n te in sp i­ yenda d e los siglos ( 1859-
rada en lo s sátiros. 1863). Víctor Hugo presenta al
- > SI LEÑ O . p ersonaje del sátiro, persona­
lización d e la vitalidad natu­
♦ L en g u a . Un sá tiro e s un ral, delante de la asam blea de
hom bre lascivo y. a m enudo. los O lím p ico s'. El diosccillo
exhibicionista. agreste desafía con insolencia

www.FreeLibros.me
SA T U R N O 392 393 SA TURN O

a estos y, convertido en un ser c o n s ig u ió d e stro n a rle . S a tu rn o v a lesca y d e se n fre n o , d o n d e las


gigantesco, se afirm a com o el a b a n d o n ó e n to n c e s G re c ia y se c la s e s so c ia le s se in v e rtían : los
gran T odo, ante el cual los in s ta ló e n e l C a p ito lio , e n el e s c la v o s d a b a n ó rd e n e s a su s
m ism os d io ses' deben arrodi­ e m p la z a m ie n to d e la fu tu ra a m o s y e s to s d e b ía n s e rv irle s .
llarse. — > D I O N I S O , P A N . R o m a ”, d o n d e fu e a c o g id o p o r - > C R O N O , JA N O .
♦ ¡co n . L os sátiros aparecen Jano*. S atu rn o a p a re c e p o r tanto
siem pre en las escenas báqui­ c o m o e l re y d e lo s a b o ríg e n e s, ♦ L en g u a . En la lengua mo­
cas. a menudo en com pañía de la s p rim itiv a s tr ib u s itá lic a s, y d erna, una sa tu rn a l es una
Sileno o las ménades*: Sátiros ta m b ié n c o m o el a n te p a sa d o de fiesta o reunión que termina en
y m énades danzando, ánfora lo s re y e s d e l L a c io . D u ra n te orgía desenfrenada, por alusión
griega, siglo v a. C ., París: to d o el tie m p o q u e re in ó sobre a las S aturnales d e la antigua
Poussin, Escena báquica con e l L a c io , lo s h o m b re s v iv iero n Roma.
ninfas y sátiros, 1632, Madrid. e n la e d a d d e oro*, e ta p a m ítica Con el nom bre de Saturno fue
Museo del Prado; Rubens: N in­ d e fe lic id a d y d ic h a . E s u n dios bautizado uno de los planetas
fas y sátiros, h. 1635; Sátiro, h. « c iv iliz a d o r» : e n s e ñ ó a los d e nuestro sistem a solar. Los
1636-1638. y Diana y su s nin­ h o m b re s e l c u ltiv o d e la tie rra y alquim istas llam aban saturno
f a s sorprendidas p o r sátiros, s e le h o n ra b a c o m o d iv in id a d al plom o, metal «frío» com o
siglo xvn, los tres en M adrid. tu te la r d e v in a te ro s y c a m p e si­ este planeta. De ahí el término
M usco del Prado. Pero ta m ­ n o s. P re s id ía la s ie m b ra y p ro ­ saturnism o, q u e desig n a una
bién se les rep resen ta solos, te g ía lo s c u ltiv o s c o n fia d o s a la enfermedad crónica producida
bien con el aspecto d e un ser tierra. E ra e l d io s d e los abonos, por la intoxicación con sales de
mitad hombre mitad macho ca­ q u e a p o rta n fe rtilid a d al suelo. plomo. Goya. Saturno devorando a uno de
brío, o bien co n el de un ser S u a trib u lo e ra u n a h o z, que ♦ L it. El tratam iento literario sus hijos. Madrid, Museo del Prado
hum ano provisto de cuernos y u tiliz a b a p a ra s e g a r las m ieses, de la figura de Saturno ofrece
orejas puntiagudas. p a r a ta l a r lo s á r b o le s y podar dos polos opuestos. D esde el guos.» Sin em bargo Saturno,
las v iñ a s. verso de V irgilio en las Bucó­ signo de los artistas, está aso­
SATURNO T e n ía c o n sa g ra d o e l m es de licas (IV), «...redeunt Saturnia ciado también a la melancolía,
D iv in id a d itá lic a y ro m a n a d ic ie m b re , p u e s e s la é p o c a en regna» («he aquí que retoman com o demuestra un célebre es­
id e n tif ic a d a c o n el C .rono q u e e m p ie z a la g e rm in a c ió n de los tiem pos d e Saturno»), tudio del historiador de arte Er-
g rieg o . S u h ijo Júpiter", a q u ien las se m illa s, le ja n o p re lu d io de quedó asociado al regreso de la win Panofsky (Saturno y la
u n a tre ta d e su m a d re Rea* h a ­ la s c o s e c h a s fu tu ra s . S e le re­ edad de oro. «Délfica», poema melancolía, 1964). Los poetas
b ía s a lv a d o d e c o rr e r la m ism a p r e s e n ta b a c o m o u n a n cia n o d e G érard de N erval incluido citan a menudo su nombre. En
s u e rte q u e s u s o tr o s h e rm a n o s c u b ie rto co n u n a a m p lia c a p a y en L a s q uim eras (1854), pa­ su «Epígrafe por un libro con­
— q u e S a tu rn o h a b ía id o d e v o ­ c o n u n a h o z o p o d a d e ra en la rece hacerse eco de V irgilio: denado» (L as flo r e s de! mal,
ra n d o a m e d id a q u e n a c ía n te ­ m ano. «¡Regresarán aquellos tiempos 1857), Baudelaire aconseja al
m e ro so d e q u e le d is p u ta s e n el S e le ce le b ra b a en las Satur­ que tan to lloras! El tiem po « lector apacible y bucólico»
p o d e r— , s e re b e ló c o n tr a é l y n ales, tie m p o d e lic e n c ia eam a- traerá el orden de los días anti- que arroje lejos de sí «este li­

www.FreeLibros.me
SELEN E 394 395 SIBILA

bro saturnino, / o rgiástico y turno, pieza para instrumentos v ie ra e l m is m o s e n tid o — , n o ­ lia . L o s e ru d ito s la tin o s m e n ­
melancólico». Verlaine, por su d e viento, percusión e instru­ c ió n q u e sin e m b a rg o re su ltab a c io n a n d e d ie z a o n c e sibilas.
parte, se sitúa en la m ism a tra­ m entos electrónicos, 1979. El in a c e p ta b le p a ra lo s ju d í o s o r­ L a s ib ila e ra a n te to d o una
dición al titular su prim era re­ títu lo refleja la atm ósfera de to d o x o s. p r o f e tis a e s p e c ia lm e n te inspi­
copilación poética Poem as sa ­ luz m acilenta q u e Dufourt E n L o s tr a b a jo s y lo s d ía s, ra d a p o r A p o lo ' y en cargada de
turninos ( 1866) y al invocar en quiso conferir a su obra. H e s ío d o lla m a « h éro es* o s e ­ d a r a c o n o c e r su s o rácu lo s. Las
el prólogo al «fiero planeta, m id io s e s » a lo s h o m b re s d e la m á s c o n o c id a s e ra n la d e E n ­
caro a los nigrom antes», cuya SELENE « c u arta raza » q u e o c u p a n la era tr a s , e n L id ia , y la d e C u m as,
influencia m arca a los artistas P e rs o n ific a c ió n d e la L u n a, situ a d a e n tr e la e d a d d e b ro n c e e n C a m p a n ia , a la s q u e la le ­
condenándoles al infortunio. e s a A rte m isa “-D iana" lo q u e su y la e d a d d e h ie rro , y q u e p ro ­ y e n d a c o n fu n d e a m en u d o .
De modo m ás o m enos ex p lí­ h e rm a n o H elio - es a A polo". Su ta g o n iz a n e s p e c ia lm e n te la s E s ta ú ltim a h a b ía p e d id o a
cito, el signo de Saturno está m ito lo g ía s e re d u c e a l c a sto g esta s d e T eb as" y T roya". A su A p o lo q u e le c o n c e d ie ra u na
asociado también a los amores a m o r q u e sin tió p o r E ndim ión". m u erte tu v ie ro n el p riv ile g io de la rg a v id a , p e ro p o r d e sg ra c ia
«escandalosos», y en particular - > F .N D IM IÓ N . m o ra r n o en e l H ad es", sin o en o lv id ó p e d ir le ta m b ié n la j u ­
a la hom osexualidad, com o la s « is la s B ie n a v e n tu ra d a s » . v e n tu d . A m e d id a q u e iba e n ­
prueban, p o r ejem plo, varias SEM IDIO SES - > B IE N A V E N T U R A D O S , E D A D D E v e jec ie n d o , fue e n co g ién d o se y
imágenes de Proust en Sodoma S e c o n s id e ra b a se m id io se s O R O , IN F IE R N O S . re s e c á n d o s e h a s ta p a re c e r una
y Cam orra ( \ 921). a lo s se res q u e p a rtic ip a b a n a la cig a rra; en to n ce s la m etieron en
♦ Icón. Saturno aparece a m e­ v e z d e la n a tu ra le z a d iv in a y de SERAPIS u n a ja u lilla q u e c o lg a ro n en el
nudo com o un anciano d es­ la n a tu r a le z a h u m a n a , a g ru ­ O tro n o m b re d el d io s e g ip ­ te m p lo d e A p o lo en C u m as. A
nudo cubierto por una am plia p a n d o p o r u n a p a rte a s e re s in­ c io O s ir is , e s p o s o d e la d io s a d if e re n c ia d e la P itia , la sib ila
capa. Girardon (siglo xvn, par­ m o r ta le s p e ro d e s p r o v is to s de - > IS IS . n o e s ta b a e s tric ta m e n te ligada
que de V ersalles) le presenta v e rd a d e ra s o b e ra n ía , c o m o los a un sa n tu a rio . —> e n ea s .
com o personificación del in­ fa u n o s " , lo s s á t ir o s ' y la s n in ­ SIBILA L a s s ib ila s e s ta b a n v istas
vierno. Varios pintores eligie­ fas", y , p o r o tra p a rte , a h u m a­ M u je r in sp irad a p o r los d io ­ c o m o e l s ím b o lo d e la sab id u ­
ron representarlo en el m o­ n o s f r u to d e la u n ió n e n tr e un ses" q u e , seg ú n lo s an tig u o s, te ­ ría a n tig u a . U na trad ició n cris­
m ento en qu e devora a sus d io s y u n a m o r ta l o e n tr e un n ía e l p o d e r d e p r e d e c ir e l fu ­ tia n a a firm a b a q u e h ab ían pre-
hijos: P rim aticcio (siglo xvi. m o r ta l y u n a d io s a " , c o m o turo. d ic h o e l a d v e n im ie n to del cris­
Louvre). Rubens (h. 1636. Ma­ H eracles , H elena", E neas", Ró­ O rig in a ria m e n te , S ib ila era tian ism o .
drid, Museo del Prado) y sobre m u lo y o tro s m u ch o s. E sta c re ­ el n o m b re d e u n a m u c h a c h a le­
todo G oya (h. 1820. M adrid, e n c ia f a c ilitó c o n s id e ra b le ­ g e n d a ria d o ta d a d e l d o n d e la ♦ L en g u a . U na sibila es una
M useo del Prado), en una vi­ m e n te , s in d u d a , la e x p a n sió n p ro fe cía , p e ro p a s ó lu e g o a d e ­ m ujer que predice el futuro,
sión d e pesadilla donde S a ­ d el c ristia n is m o e n tre las m asas s ig n a r a to d a s la s p ro f e tis a s . una adivinadora: una sibila de
turno aparece com o un m ons­ p o p u la re s p a g a n a s e n la m e d i­ E ste s is te m a d e a d iv in a c ió n , feria. Del sustantivo sibila de­
truo' desgarbado de enloque­ d a e n q u e la n o c ió n d e «H ijo p a re c id o a l d e la P itia d é lf ic a , rivan los adjetivos sinónimos
cida mirada. d e D io s» les re s u lta b a fam iliar e sta b a e x te n d id o p o r to d a G re ­ sibilítico y sibilino, que literal­
♦ M ú s. Mugues D ufourt, S a ­ — a u n q u e e n re a lid a d n o tu ­ cia y lu e g o se d e sa rro lló e n Ita­ m ente significan «que liene

www.FreeLibros.me
SIBILA 396 397 SILEN O

del Senado, de consultarlos en ♦ M ús. L.a S ibila aparece


caso de prodigios o calam ida­ m encionada, por análogas ra­
des públicas. En el siglo t fue­ zones, en el célebre canto del
ron quem ados, aunque más D ies irae, introducido en 1249
tarde se restauraron y pasaron en el oficio de difuntos, donde
al templo de Apolo, en el Pala­ se dice que el rey David, «cuín
tino. sibylla» («con la sibila»),
O ráculos sibilinos: R ecopila­ anunció el fin del mundo.
ción del sig lo vi d . C. com ­
puesta por diatribas y profecías SILENO
g riegas d e inspiración judeo- D io s d e la s fu e n te s y los
cristiana. m a n a n t ia l e s , h ijo d e P an" y
♦ Lit. V irgilio describe el an ­ p a d re d e los sá tiro s ”, tu v o a su
tro de la sibila de C um as y la c a r g o la c r ia n z a d e D io n is o ”.
convierte en la guía de Eneas" E ra u n a d iv in id a d fe s tiv a y
en su descenso a los Infiernos" a lg o c h u s c a a la q u e se im a g i­
(Eneida. III y VI). Véase tam ­ n a b a c o m o u n a n c ia n o g ro ­
bién O vidio, M etam orfosis, t e s c o y v e n tr u d o , s ie m p re
XIV, 30. Petronio. en el Satiri- ta m b a le a n te b a jo lo s e fe c to s
có n (siglo i), p resenta a la si­ d e l v in o , a m e n u d o m o n ta d o
Grabado de F. Cecchini sobre la pintura mural de Perugino Grupo bila convertida en ju g u e te de s o b r e u n a s n o y , a v e c e s, con
de sibilas, legisladores y profetas, Casa del Cambio, Perugia unos niños q u e le preguntan:
«Sibila, sibila, ¿qué quieres?».
sentido profético». pero que en libros. T urquino no aceptó, Ella responde: «Q uiero m o­
sentido figurado se aplican p ues la cantidad q u e pedía la rir...»
para designar aqu ello que re ­ anciana le pareció dem asiado ♦ ¡co n . La sib ila d e C um as
sulta oscuro, m isterioso o am ­ elevada. Hila entonces quemó fue pintada por Van Eyck (si­
biguo: palabras sibilinas. tres volúm enes y le pid ió la glo x v . G ante), M iguel Angel
Libros sibilinos: Recopilación m ism a sum a por los restantes. (h. 1510, capilla S ixtina, V a­
de oráculos, escrita en griego, El rey volvió a negarse y la ticano). Rafael (1514, Roma).
que los latinos llamaron lihris m ujer quem ó o tro s tres. Sor­ T urner pintó E neas y la sibila
fa ta le s o fa ta sibilina. Según prendido por tanta obstinación, (1798, L ondres).
refiere la tradición, una an ­ el rey terminó comprándole los
ciana (¿la sibila de C um as?) tres últim os. E stos libros se
propuso al rey rom ano T ur­ conservaban en el C apitolio al
quino «el Soberbio» venderle cuidado de una secta de sacer­
los nueve volúm enes de estos d o tes en carg ad o s, por orden

www.FreeLibros.me
SILV A N O 398 399 SIREN AS

SILVANO v ia l A q u e lo o y te n ía n s u m o ­
D iv in id a d m e n o r ro m a n a , ra d a e n u n a is la s itu a d a c e rc a
m u y a n tig u a y p o p u la r e n Italia d e la c o sta m erid io n a l d e Italia.
y e n el L a c io , e ra el d io s d e las L a m a y o r p a rte d el tie m p o v a­
flo re s ta s . C o m o F a u n o ", e s un g a b a n p o r e l m a r y c o n su s m a ­
d io s q u e c o n f ie r e fe r tilid a d a ra v illo s o s c a n to s a tra ía n h a c ia
lo s c a m p o s y p ro te g e lo d o lo los a rre c ife s a los n a v io s, c u y a s
q u e v iv e e n lo s b o s q u e s (en la­ tr ip u la c io n e s d e v o r a b a n d e s ­
tín s ilv ia s ig n ific a « b o sq u e » ). p u és d el n a u fra g io . O rfe o ', co n
E ra ta m b ié n e l p ro te c to r d e los la m ú s ic a d e su lira , c o n s ig u ió
Grabado sobre el lienzo de Ribera c a m p e s in o s , d e lo s p a s to re s y q u e lo s A rg o n a u ta s ’ n o s u c u m ­
Sileno borracho. Ñapóles, Museo su s reb a ñ o s, d e los c a m p o s c u l­
de Capodimonte b ie ra n a s u c a n to . U lis e s ' ta m ­
tiv a d o s y d e lo s j a r d in e s . L os b ié n lo g ró e s c a p a r d e e lla s ta ­
c a z a d o r e s in v o c a b a n su n o m ­ p o n a n d o c o n c e ra lo s o íd o s d e
c o la , c a s c o s y o re ja s d e c a b a ­ b re y le a g r a d e c ía n la fo rtu n a su s m a r in e r o s y o rd e n á n d o le s
llo. E s u n a p re s e n c ia c o n s ta n te e n la c a z a . A m e n u d o se le co n ­ q u e le a ta r a n a l m á s til d e su
e n e l c o r t e j o d e D io n is o . S u s a g r a b a n lo s c o to s d e la s p ro ­ b a r c o p a r a p o d e rla s e s c u c h a r F. von Uhde. Sirenas, Munich,
n o m b re se e m p le a b a a v e c e s p ie d a d e s ru ra le s. sin p e lig ro d e c a e r v íc tim a s d e colección particular
e n p lu r a l p a r a d e s i g n a r a lo s E ra h o n ra d o ju n to a Ceres", su h e c h iz o . L a s s ire n a s , d e rro ­
s á tiro s v ie jo s. L ib e r P a te r y Pales", e n la s fies­ ta d a s , s e la n z a ro n a l m a r o se m ero de vibraciones de un
ta s c a m p e s in a s , lle g a d a la tra n sfo rm a ro n e n ro c a s. cuerpo sonoro en un tiempo
♦ /co n . Figura muy frecuente é p o c a d e re c o le c c ió n . determinado.
en la pintura y escultura an ti­ S e le re p re s e n ta b a c o m o un ♦ L en g u a . E scuchar el canto Los sirenios (o vacas marinas)
guas. Sileno aparece la m ayo­ a n c ia n o a m a b le , d e ro s tr o j o ­ d e las sirenas: dejarse seducir son unos mamíferos acuáticos
ría de las veces en estado de v ia l y b e n e v o le n te . S u s a trib u ­ o convencer por algo poco se­ d e gran tam año, corno el ma­
embriaguez (Sátiro sosteniendo to s e r a n la h o z y e l r e to ñ o de guro; una voz d e sirena: una natí, cuyos gritos parecen la­
a Sileno ebrio, «vaso Bor- árb o l. S e le o fre c ía trig o y raci­ voz em brujadora; una sirena: mentos humanos.
guese», siglo m a. C., Louvre: m o s d e u v a s , lib a c io n e s d e le­ una m ujer peligrosam ente ♦ Lit. El canto XII de la Odi­
Rubens, Sileno, siglo xvn, M u­ c h e y v in o . F u e id e n tific a d o atractiva y seductora. sea muestra los intentos de las
nich: Ribera. Sileno borracho, c o n Pan*. —» p a n . R ecibe tam bién el nom bre de sirenas por seducir a los grie­
1623. Ñ apóles) o com iendo sirena un potente aparato utili­ gos con sus «voces hechice­
glotonamentc (Antoinc Coypel, SIRENAS zado para lanzar señales sono­ ras». Platón, en el mito de Er
Sileno m anchado de moras, E s to s m o n s tru o s " m arin o s, ras d e ad vertencia, em pleado «el A rm enio» (La Repúbli­
1701. Reims); a veces se le re­ c u y o n ú m e r o v a ría d e d o s a en un principio en el medio ca. X). habla de ocho sirenas
presenta tam bién con el p e ­ c u a tro seg ú n la s v e rsio n e s, eran marino, en barcos y puertos. Bl situadas en las esferas que li­
queño Dioniso (mármol, siglos u n as av e s co n c a b e z a y to rso de term ino designa asim ism o un mitan el espacio del mundo.
iv-m a. C-, Louvre). m u je r. E ra n h ija s d e l d io s flu­ instrum ento para contar el nú- O vidio (Metamorfosis, V) ex-

www.FreeLibros.me
S IR E N A S 400 401 SÍSIFO

plica qu e son las com pañeras re n a en m u jer es recuperado de pez data de la Edad Media,
de Perséfone', provistas de alas por José Luis Sam pedro en su l.a iconografía antigua (ánfora
para buscar en el m ar a su novela La vieja sirena ( 1990). del Brilish Muscum que ilustra
amiga desaparecida. La ex p erien cia del ca n to de el episodio de U lises y la s si­
La fortuna literaria de la figura las siren as c o m o d esc u b ri­ renas, siglo v a. C .; marfil del
m ítica de las sirenas viene m iento d e un canto inhum ano templo de Artemisa" en Efeso)
acom pañada p o r una sensible y c o m o ten tació n d e ced e r a las m uestra siem pre con ca ­
transform ación operada en el u n a p elig ro sa sed u cció n , ha beza y senos d e m ujer y
plano iconográfico, que las suscitado m últiples com enta­ cuerpo y alas de ave. Friedrich
convirtió en unas criaturas fan­ rios. El crítico M aurice Blan- von Uhdc, Sirenas, 1875, M u­
tásticas con cuerpo de m ujer chot d ed ica la prim era parte nich.
de cintura para arriba y cola de de su o b ra El lib ro p o r venir ♦ M ús. El golfo d e las sirenas,
pez. A sí aparece descrita al (1 9 5 9 ) al «can to d e las sire­ zarzuela compuesta sobre texto
m enos en un tratado anónim o nas». q u e con stitu y e la ex p e­ de Calderón de la Barca (1657)
del siglo vi titulado De mons- rien cia fundam ental de todo en la que se relata la aventura Tiziano. Sisifo. Madrid, Museo
tris. e scrito r. P ara B lan ch o t. el d e U lises con ellas. El grupo del Prado
La interpretación cristiana las «encuentro» con las sirenas es m usical El Ú ltim o de la Fila
convierte en el sím bolo de la el m om ento en que se abre el hace referencia a este episodio SÍSIFO
d u p licid ad d e la n atu raleza espacio im aginario que propi­ en su canción S o y un a c c i­ H ijo d e E o lo ‘, a su v ez hijo
hu m ana, en la que conviven cia la escritu ra. Sin haber dente: «B usco una orilla ex ­ d e H e lé n ', y n ie to d e D euca-
el Bien y el M al. La am biva­ prestado o ídos al canto enig­ traña pero y o no soy U lises. lió n y P irra , la m ito lo g ía g re ­
lencia que une lo hum ano y lo m ático y peligroso de las sire­ Q ue nadie m e ate cuando las c o rro m a n a lo p re se n ta c o m o el
m onstruoso puede convertirse nas no existiría la obra litera­ sirenas canten.» m ás a stu to y el m en o s escrupu­
tam bién en m otivo dram ático, ria. T o d a o b ra e s p o r tanto, ♦ C in. La pelícu la de lo so d e los m o rtales. S e le co n ­
com o su ced e en el fam oso simbólicamente, el relato de la F rattfo is T ru ffau l L a siren a sid e ra b a u n o d e lo s fundadores
c u en to de A ndcrsen L a x i r e ­ «navegación» que conduce al del M ississippi (1969). inspi­ d e C o rin to . C a d a e p is o d io de
m ití, d onde e sta, en am orada e n cu en tro con las sirenas, rada en la novela d e W illiam su le y e n d a e s la h isto ria de una
del príncipe qu e había entre­ c o m o d em u estra , para B lan­ Irish, p resen ta a u n a m ucha­ d e su s a rtim añ as.
visto desde las profundidades ch o t, la o b ra de Proust En cha, inocente y seductora a la C u a n d o A u tó lico , reputado
del mar. sueña co nvertirse en b u sca d e l tiem po perd id o vez. qu e atrae irresistib le­ a u to r de n u m e ro so s latrocinios,
se r hum ano para p o d er v iv ir (1913-1928), relato del acon­ mente a los hombres causando le ro b ó su s reb añ o s, S ísifo con­
su am or. T ransform ada final­ tecim iento que perm ite escri­ su perdición. W alt Disney, en fu n d ió al c u a tre ro m ostrándole
mente en una verdadera mujer b ir y escritura de este aconte­ su película de dibujos anim a­ la m arc a q u e había grabado por
al precio de a tro ces su fri­ cim iento. dos La sirenita (1991). realiza p re c a u c ió n b a jo la p e z u ñ a de
m ientos. verá su am or desde­ ♦ ¡con. La representación tra­ una versión cin em ato g ráfica c a d a u n o d e su s an im ales y que
ñado y traicionado. El m otivo dicional d e las sirenas como del cuento de Andcrsen. re z a b a así: « M e h a ro b ad o A u­
de la transform ación de la si­ seres con torso de mujer y cola - > U L IS E S . tó lic o .» U na n o c h e se las arre ­

www.FreeLibros.me
S ÍS IF O 402 403 SO M BRA

g ló p a ra c o n v e r tir s e e n el d e la d e la c ió n d e S ís ifo , e n v ió h ib ris", e x c e s o d e o rg u llo y d e imitar. Sísifo, menos presente


a m a n te d e A n tic le a , la h ija d e a T á n a to * . la M u e rte , p a ra q u e c o n f ia n z a e n s í m is m o s . T á n ­ en la literatura que Prometeo
A u tó lico , q u e e s ta b a p ro m etid a se a p o d e ra s e d e é l, p e r o fu e el talo * , P ro m ete o * o Ix ió n " so n —con el que sin embargo tiene
a L ae rtes. S e g ú n e s ta tra d ic ió n , a s tu to m o r ta l q u ie n c o n s ig u ió o tro s e je m p lo s c é le b re s. bastantes afinidades— . ad­
d ifu n d id a p o r lo s a u to re s trá g i­ h a c e r lo p ris io n e r o y lo re tu v o — > IN F IE R N O S .
quiere más importancia en el si­
c o s p e r o d e s c o n o c id a e n lo s c a r g a d o d e c a d e n a s , lib ra n d o glo X X . En El m ito de Sísifo
p o e m a s ho m érico s* , s e ría e l la ­ a s í a lo s m o rta le s p o r u n tiem po ♦ L it. El destino d e Sísifo, ( 1942), Albert Carnus convierte
d in o S ís ifo , y n o L a e r te s , el d e l f u n e s to g e n io a la d o . T á ­ cuya falta no siem pre aparece el castigo legendario de Sísifo
v erd ad ero p a d re d e U lises", q u e n a to " , lib e ra d o f in a lm e n te p o r bien definida en la tradición, re­ en un sím bolo de la condición
h a b ría h e re d a d o d e é l su le g e n ­ A res*, re e m p re n d ió la p e rse c u ­ cibió numerosas interpretacio­ hum ana, caracterizada por el
d a ria a stu cia. c ió n d e s u v íc tim a . E s ta v ez, nes. Su castigo puede aparecer absurdo. Pero lejos de rebe­
M ás ta rd e , in s ta la d o e n C o - S ís ifo ro g ó a s u e s p o s a q u e no com o sím bolo del espíritu hu­ larse. el hom bre debe aceptar
rin to , d o n d e h a b ría fu n d a d o los le trib u ta se h o n ra s fú n eb res. Al mano incapaz de elevarse sobre este destino, y Sísifo se con­
Ju e g o s Is tm ic o s, S ís ifo fu e te s­ lle g a r a lo s In f ie r n o s , S ísifo la m aterialidad d e las cosas. vierte entonces en la figura de
tig o c a s u a l d el ra p to d e E g in a , p u d o a s í p e d ir a H ades* q u e le G utierre d e C etina (siglo xvi) ese hombre reconciliado con su
la h ija d el d io s llu v ia l A so p o , y p e rm itie ra re g re sa r al m u n d o de com para el castigo im puesto a condición absurda, com o tra­
re v eló al d e sc o n s o la d o p a d re la lo s v iv o s c o n e l p r e te x to de Sísifo con los continuos altiba­ duce la famosa fórmula: «De­
id e n tid a d d e l r a p to r — q u e n o c a s t ig a r la im p ie d a d d e su e s ­ jo s que él sufre por causa de su bemos imaginar a Sísifo feliz.»
e r a o tr o q u e e l rijo s o Zeus*— a p o sa . S ís ifo re g re só p o r ta n to a amor. En el Guzmán de Alfara- ♦ ¡con. Tiziano lo representó,
c a m b io d e q u e e s te h ic ie se b ro ­ C o rin to y su s d ía s tra n s c u rrie ­ che, novela picaresca de Maleo rodeado de resplandores infer­
ta r u n m anantial e n la ciu d a d e la ro n d ic h o s o s h a s ta e d a d m uy A lem án (1599-1604), la vida nales, abrumado por el peso de
d e C o rin to . L a d e la c ió n a tr a jo a v a n z a d a , p e r o c u a n d o fin a l­ del picaro G uzm án m antiene la roca (1549, Madrid. Museo
so b re S ís ifo la c ó le ra d el se ñ o r m e n te m u r ió , lo s e s c a r m e n ta ­ paralelism os evidentes con el del Prado).
d e l O lim p o ", q u e le im p u so un d o s dioses* le im p u sie ro n e l su­ mito de Sísifo. Las acciones se
c a stig o e je m p la r y ete rn o : a rro ­ p lic io d e la r o c a p a r a m a n te ­ repiten, y una y otra vez. el pro­ SOM BRA
j a d o a lo s In fie rn o s * , f u e c o n ­ n e r lo o c u p a d o s in d e s c a n s o y tagonista vuelve al mismo F o rm a v a g a e in m aterial (o
d e n a d o a e m p u ja r un e n o rm e q u e n o p u d ie ra a s í u rd ir nuevas punto de su existencia, sin po­ s e m im a te ria l) b a jo la c u a l los
b lo q u e d e p ie d r a h a s ta lo a lto tretas. d e r salir d e la picaresca, con­ d ifu n to s m o rab an e n los Infier­
d e u n a co lin a, d e sd e d o n d e ca ía El c a s tig o d e S ís if o , que vencido de que su vida, com o nos*. E n e s te se n tid o , som bra y
n u e v am e n te h asta la b a se , v ién ­ a p a re c e y a e n la O d is e a (canto la de Sísifo, es un continuo su­ a lm a so n té rm in o s p rá c tic a ­
d o se o b lig a d o S ís ifo a e m p e z a r X I), p a só a la p o s te rid a d com o b ir para volver a caer. En «La m e n te sin ó n im o s, au n q u e estas
u n a y o tr a ve?., e n u n e s f u e rz o u n a re p re se n ta c ió n e je m p la r de m ala suerte» de Baudelaire n o c io n e s n o s e c o rre sp o n d a n
e te rn a m e n te fru stra d o . lo s to r m e n to s e te r n o s q u e su ­ (Las flo re s del mal. 1857), S í­ e x a c ta m e n te .
U n a tra d ic ió n d ife re n te e x ­ frían e n e l T ártaro* lo s m ortales sifo e s un ser heroico q u e el
p lic a el to r m e n to d e S ís if o in s o le n te s y lo s g ra n d e s c rim i­ poeta moderno, condenado a la ♦ L en g u a . El reino leí impe-
c o m o c a s tig o a o tr a d e s u s s u ­ n a le s , to d o s e llo s c o n d e n a d o s soledad y a reanudar una y otra rio, la m orada) de las som ­
p e rch erías. Z eu s, p a ra v en g arse p o r los d io s e s p o r s u p e ca d o de vez sus esfuerzos, no puede bras: los Infiernos.

www.FreeLibros.me
SO M BRA 404

♦ Lit. En un sobreeogedor epi­ sangre que por algunos minutos


sodio de la O disea (canto XI). les dará cierta materialidad, per­
vem os a Ulises* proceder a la m itiendo a sí que el héroe* in­
nekuia — evocación de los tercambie noticias con ellas. En

T
muertos— en el misterioso país el canto VI de la Eneida, Eneas-
de los cimerios. Después de ca­ desciende él m ism o a los In­
var un foso en un lugar deter­ fiernos para encontrarse con las
minado y regarlo con la sangre sombras de los difuntos que co­
de unos toros inm olados en sa­ noció en vida, entre ellas la de
crificio, U lises entra en con­ Dido" y la de su padre Anqui-
tacto con las «som bras», que ses*. que le profetiza el glorioso TANATO e l e n c a rg a d o p o r Z eus* d e c a s ­
vienen a beber ávidam ente esa futuro de Roma*. P e rso n ificació n d e la M u e r­ tig a r a S í s i f o ', p e r o e l a s tu to
te (e n g rie g o th a n a to s), h ijo d e m o r ta l c o n s ig u ió e n g a ñ a rlo y
E re b o ', las T in ie b las infernales, h a c e r l o p r is io n e r o , lib ra n d o
y d e N icte", la N o ch e, e s el h er­ a s í, p o r u n tie m p o , d e su fu ­
m ano g e m e lo d e H ipno*, p erso ­ n e s ta p re s e n c ia a lo s h om bres.
n ific a c ió n d e l S u e ñ o . — > S ÍS IF O .

R e p re s e n ta d o c o m o u n g e ­
nio a la d o , a c u d e a b u s c a r a los ♦ Lit. Tánato no dio lugar a un
m o rta le s c u a n d o e l tie m p o d e m ito propiam ente dicho, y la
su v id a h a e x p ira d o . C o rta e n ­ m ayoría d e las veces aparece
to n c e s u n m e c h ó n d e lo s c a b e ­ reducido a una simple abstrac­
llo s d e l d if u n to p a ra e n tr e g á r­ ción, al igual que su gemelo
s e lo c o m o p re s e n te a H ades* y Hipno. Introducido com o per­
lu e g o lle v a s u c u e rp o a l re in o sonaje en el teatro — com o en
d e lo s m u e rto s. A s í tra n s p o rtó la A icestis de Eurípides (438
el c u e r p o d e l v a lie n te héroe* a. C .). donde aparece cubierto
lic io S a rp e d ó n , c a íd o a l p ie d e por una túnica roja y blan­
la s m u r a lla s d e T ro y a * . F u e d iendo una espada— , inter­
ta m b ié n a b u s c a r a A lc e stis* , viene sobre todo en relatos po­
q u e p o r a m o r h a b ía o c u p a d o pulares, al margen de cualquier
en e l fé re tro e l lu g a r d e s u e s ­ esquem a m ítico. En el relato
p o s o m u e r to . T u v o e n to n c e s fantástico de Edgar Alian Poc
q u e e n fr e n ta rs e c o n H e ra c le s", titu lad o «La máscara de la
q u e le o b lig ó a d e v o lv e r a la muerte roja» (Nuevas historias
jo v e n , d e la q u e y a s e h a b ía extraordinarias, 1856) volve­
ap o d e ra d o . T á n a to fu e ta m b ié n mos a encontrar la misma apa­

www.FreeLibros.me
TÁ N TALO 406 407 TEBAS

rición espectral vestida de rojo les s irv ió la c a rn e d e su pro p io herencia se transm itirá m arcando p o r in flu e n c ia d e l p itag o rism o
<|ue nos presentaba Eurípides. h ijo P élo p e * , a q u ie n h a b ía san g rien ta m en te el d e stin o d e la e s p e c ia lm e n te , se e x te n d ió
♦ Icón. La crátera de Eul'ronio d e s c u a r tiz a d o y g u is a d o , p ara fa m ilia d e A g a m e n ó n ', h ijo de la n o c ió n d e u n « T á rta ro = lu ­
(siglo vi a. C .. N ueva York. p r o b a r la o m n is c e n c ia d e los A treo, m ate ria trá g ic a d e la que g a r d e s u p lic io s » m u c h o m ás
M etropolitan M useum ) repre­ d io s e s . L o s In m o rta le s d e s c u ­ E sq u ilo e x tra e rá s u trilo g ía la « a b ie r to » y d e s tin a d o n o ya
senta a H ipno y T áñ alo lle­ b rie ro n in m e d ia ta m e n te la n a ­ O re stía d a (4 5 8 a. C .). —> a t r i - so lo a los « g ra n d e s transgreso-
vando el cuerpo de Sarpedón. tu r a le z a d e l m a n ja r q u e se les D A S , N ÍO B E , P É L O P E . re s» arq u e típ ic o s, sin o tam bién
o fre c ía y lo re c h a z aro n h o rro ri­ a lo s sim p le s m o rtales. L os su ­
TÁNTALO z a d o s . T o d o s e x c e p to D e m é - ♦ Lengua. La expresión supli­ p lic io s d el T á r ta r o , a lo s q ue
M o n arca d e u n a ric a reg ió n ter", q u e d e v o ró h a m b rie n ta un cio d e T ántalo evoca una s i­ ta n to se p arecen los del infierno
d e A sia M e n o r (F rig ia o L id ia , h o m b r o d e l d e s d ic h a d o jo v e n tuación en la q u e se está muy c ristia n o , n o era n forzosam ente
s e g ú n la s v e rs io n e s ) , h ijo d e sin d a r s e c u e n ta d e n a d a . Los cerca de lo que se ansia sin po­ e te r n o s ; s e r v ía n ta m b ié n p ara
Z e u s , d is fru ta b a d e la a m ista d d io s e s re s u c ita ro n a P é lo p e y der jam ás alcanzarlo. p u rifica r las alm as q u e, después
d e lo s d io s e s , q u e in c lu s o lo re e m p la z a ro n su d e sa p a re c id o ♦ Lit. En Tántalo (1935), n o ­ d e h a b e rlo s s u p e r a d o , p o d ía n
in v ita b a n a s u m e s a e n el h o m b r o p o r o tr o d e m a r fil. El vela de Benjamín Jarnés, el au­ e s c o g e r e n tr e re e n c a rn a rs e o
O lim p o ". S u n o m b r e , s in e m ­ p a d re im p ío fu e c a stig a d o a su­ tor se sirve del personaje m ito­ a c c e d e r a los C a m p o s E líseos”.
b arg o , ha q u e d a d o lig a d o al te ­ frir h a m b re y se d c ie rn a s. E n lo lógico para escrib ir sobre sus E sta co n c e p c ió n a n u n c ia y pre­
rrib le su p lic io a q u e fu e c o n d e ­ m á s p ro f u n d o d e l T ártaro* propias preocupaciones. fig u ra la n o c ió n d el « p u rg a to ­
n ad o en los Infiernos ', e l cual se q u e d ó T á n ta lo , s u m e rg id o en rio » cristian o .
a trib u y e a d iv e rs a s c a u sa s . S e ­ u n la g o h a s ta e l c u e llo y m uy TÁRTARO —> IN F IE R N O S .
g ú n a lg u n a s tr a d ic io n e s , tr a i­ c e r c a d e u n á rb o l c a rg a d o de R e g ió n d e lo s In fie rn o s*
c io n ó la c o n f ia n z a d e lo s In ­ fru to s d e lic io s o s : c u a n d o in­ d o n d e s u f r ía n to r m e n to s e te r ­ ♦ L en g u a . En lenguaje poé­
m o rtales d ifu n d ien d o cie rto s se­ te n ta b e b e r, e l a g u a se retira ; n o s la s a lm a s d e q u ie n e s , p o r tico se utiliza la palabra tártaro
c re to s a lo s q u e h a b ía te n id o c u a n d o in te n ta c o m e r , la s ra­ sus c rím e n e s , h a b ía n m e re c id o com o sinónim o de «infierno».
a c c e s o en e l O lim p o , lle g a n d o m a s se a le ja n d e su m ano. se r c a s tig a d o s d e s p u é s d e su ♦ L it. H om ero. ¡Hada, canto
in c lu s o a ro b a r e l n é c ta r ' y la El sa c rile g io d e T á n ta lo pe­ m u erte. S e g ú n la tra d ic ió n m ás VIII. H csíodo. Teogonia. 722
a m b ro sía " d e lo s d io s e s p ara sa rá so b re to d a su descendencia. d ifu n d id a , q u e se r e m o n ta a y sigs.
d á rs e lo s a lo s h o m b r e s . T a m ­ S u h ija N ío b e 1, c u y o s h ijo s mo­ H o m e ro , e l T á r ta r o e s ta b a s i­
b ié n se le p re s e n ta c o m o p e r ­ rirá n b a jo las fle c h a s d e A rte­ tu a d o e n la s m á s re m o ta s p ro ­ TEBA S
ju r o p o r n e g a r h a b e r recib id o d e m isa" y A p o lo -, h a q u ed ad o fu n d id a d e s d e l U n iv e rs o , m u ­ E s ta c iu d a d d e B eo cia fue
Z e u s e l p erro d e o ro q u e e ste le c o m o e l s ím b o lo d e l d o lo r m a­ c h o m á s a b a jo q u e lo s p ro p io s f u n d a d a p o r C a d m o , h ijo del
h a b ía c o n fia d o y q u e Z e u s c o n ­ te rn o in c o n s o la b le . El m ons­ In fiern o s. S o lo e s ta b a n c o n d e ­ re y fe n ic io A g e n o r, p o r orden
se rv a b a d e s d e su in f a n c ia , p a ­ tru o so festín se re p ro d u c irá ge­ n ad o s al c a stig o e te rn o d e T á r­ d e A polo*, a q u ie n el m onarca
sa d a ju n to a A m altea* e n C reta . n e ra c io n e s d e s p u é s , cuando ta ro a lg u n o s h éro es* m ític o s , h a b ía a c u d id o a c o n s u lta r a
P e ro e l p e o r d e su s c r í m e ­ A tre o , h ijo d e P é lo p e , h ag a co­ c u lp a b le s d e h a b e r o fe n d id o al D e lfo s d e s p u é s d e h a b e r b u s ­
n e s fu e h a b e r o f r e c id o a lo s m e r a su h e rm a n o T ie s le s la p ro p io Z eus* (c o m o Ix ió n ”, S í- c a d o la r g a e in ú tilm e n te a su
d io s e s un b a n q u e te e n e l q u e c a rn e d e su s tre s h ijo s. L a fatal s ifo ” o T á n ta lo " ). M á s ta rd e , h e rm a n a E uropa*. S o b re el lu-

www.FreeLibros.me
TE B A S 408 409 TE B A S

C a d m o fu n d ó la c iu d a d . S erían
lo s a n te p a s a d o s d e la a risto c ra ­ LOS DESCENDIENTES DE CADMO-----------------
c ia teb an a .
D e s p u é s d e e x p ia r la
C A D M O +
j H a rm o n ía
(hija d e A ro s y A frodita)

m u e r te d e l d ra g ó n s irv ie n d o
c o rn o e s c la v o a A re s d u ra n te A u tó n o e In o Á g a v e + E q u ió n S é m e le + Z e u s P O L llX )R O

o c h o a ñ o s , C a d m o se c o n v irtió 4
( ) I-cucóle») íun E spartoi)

e n re y d e T e b a s y Z eus* le en ­
tre g ó p o r e s p o s a a H arm o n ía", A c te ó n L e a rc o M e lic e rte s PEN TEO D io n is o LABDACO

h ija d e A re s. S u m a trim o n io se
c e le b ró c o n fa s to e x tr a o rd in a ­ O c lu s o

rio y a é l a c u d ie ro n to d o s los
d io ses". L a p a re ja tu v o u n a n u ­ M cneceo I-A Y O
m e r o s a d e s c e n d e n c ia . Y a a n ­
c ia n o s , p a r tie r o n h a c ia Iliria,
CREONTK Y o c a s ta
d o n d e rein aro n to d a v ía a n te s de +
s e r tra n sfo rm a d o s en serpientes
Sémele. hija del fundador d e Tebas, y a lc a n z a r los C a m p o s E líseo s'.
I le m ó n E D IP O
en Júpiter y Sém ele, lienzo de Mo- C a d m o p e rte n e c e a la c a te ­
reau, París, Museo Gustave Moreau
g o ría d e lo s h é ro e s ’ c iv iliz a d o ­
res. D ic e la le y e n d a q u e enseñó
g a r q u e e l o rá c u lo h a b ía d e s ig ­ a lo s h o m b r e s e l a rte d e u n c ir P o lin ic e s H le o c le s A n tíg o n a Ism e n c
n a d o , C a d m o m a tó u n d ra g ó n lo s b u e y e s y a r a r lo s c a m p o s,
• L o s n o m b r e s d e lo s re y e s d e T e b a s a p a r e c e n e n m a y ú s c u la s .
n a c id o d e A res" q u e h a b ía e x ­ m o s tr á n d o le s ta m b ié n cóm o
te rm in a d o a su s c o m p a ñ e ro s . e x p lo ta r la s r iq u e z a s m in e ra s
A te n e a - le a c o n s e jó q u e s e m ­ d e la tie rra . A d e m á s d e T eb as d e p e d irle q u e se le m an ifestara s ía c o , d e s c u a rtiz ó a su propio
b rara los d ie n te s d el m onstruo*, f u n d ó v a ria s c iu d a d e s e im ­ e n to d o s u p o d e r: m u rió fu lm i­ h ijo P e n te o , q u e s e h a b ía con­
de lo s c u a le s s u r g ió , a m e n a ­ p o rtó e l a lfa b e to , in v e n to fen i­ nada. In o ”, m a d ra stra d e F rix o , v e rtid o en re y d e T eb as. Poli-
z a n te , un e jé r c ito d e h o m b r e s c io . P e rso n ific a la in flu e n c ia de se s u ic id ó c o n su h ijo M e lic e r­ d o ro , h ijo d e C a d m o , reinó so ­
a rm a d o s , lo s E s p a rto i (e n la c iv iliz a c ió n orie n ta l en la pri­ tes. A u n q u e tan to u n a c o m o otra b re T e b a s , p e ro la tradición no
g rie g o , « lo s h o m b r e s s e m b ra ­ m itiv a G re c ia . te rm in a ro n a lc a n z a n d o la in ­ e sta b le ce c o n c larid ad si fue an­
dos»), C a d m o lan zó p ied ras en ­ F re n te a e s te h é ro e positivo, m ortalidad, la d esd ich ad a A utó- te s q u e P e n te o — e n cu y o caso
tr e e llo s y e s to s e m p e z a r o n a la s g e n e ra c io n e s q u e le sig u ie ­ n o c tu v o q u e v e r c ó m o su h ijo h a b ría sid o d e stro n ad o p o r este
a c u sa rse u n o s a o tro s d e h a b e r­ ro n e s tu v ie ro n a b o c a d a s a las A cteón*, m e ta m o rfo s e a d o en s o b rin o — o d e sp u é s d e este.
la s a rr o ja d o y te r m in a ro n m a ­ p e o re s d e sg ra c ia s. S é m e le , una c ie rv o , e r a d e v o ra d o p o r su s —» D IO N IS O , V E L L O C IN O D E O R O .
tá n d o s e e n tr e sí. S o lo s o b r e v i­ d e su s c u a tro h ija s, fu e am ante p ro p io s p e rro s. P o r ú ltim o . L a tr a n s m is ió n d el p o d e r
v ie ro n c in c o , y c o n su a y u d a d e Z e u s y tu v o la im p ru d e n c ia A g a v e , p re s a d e l fu r o r d io n i- e n T e b a s s ig u ió m a rc a d a p o r

www.FreeLibros.me
TEBAS 410 I TEI.ÉM AC O

la c o n f u s ió n , m e z c la n d o d e h ijo d e E d ip o . E s te s e h a b ía tantos d e esta región sobre la cine (1664), muy próxima a las
fo r m a fu n e s ta lin a je s y g e n e ­ h e c h o c o n el p o d e r y se n egaba que se fundó Tebas. fuentes antiguas, y en Eteodes
r a c io n e s e n e l s e n o d e u n a a e n tr e g á r s e lo a su h e rm a n o ♦ L it. La dinastía d e los Lab­ y P olinices de G abriel Le-
m is m a f a m ilia . C o m o e l h ijo m a y o r P olinices*. C o m o re p re­ dácidas, com o la d e los A tri­ gouvé (1799).
d e P o lid o ro e r a d e m a s ia d o j o ­ sa lia , P o lin ic e s, a y u d a d o p o r el das*, p ro p o rcio n ó a los d ra ­ ♦ M ás. Luíly. Cadmo y Her-
v en p a ra a c c e d e r al tr o n o , e s te rey a rg iv o A d ra sto y o tro s g u e­ m aturgos atenienses del siglo m íone (por Harmonía), ópera.
p a s ó a o tr a r a m a te b a n a d e s ­ r r e r o s c é le b r e s , la n z ó c o n tra v a. C. la m ateria de sus prin­ 1673, sobre libreto de Qui-
c e n d ie n te d e lo s E s p a r to i. El E te o c le s la fa m o s a ex p e d ic ió n cipales tragedias. Para la cul­ nault.
p o d e r p a só , p u e s , p rim e ro a c o n o c id a c o m o « lo s S ie te co n ­ tura occid en tal, las piezas de ♦ Cin. -» e d i p o .
N ic te o , lu e g o a L ic o , h e rm a n o tr a T e b a s » . E n f r e n ta d o s en S ó fo cles han co n v ertid o a En H ércules y la reina d e Li­
d e e ste , p a ra re c a e r fin a lm e n te c o m b a te s in g u la r , lo s h e rm a ­ E dipo y A ntígona en los per­ dia (1958). Pietro Francisci
en A n fió n y Z e lo , d o s g e m e lo s n o s s e m a ta ro n m u tu a m e n te so n ajes m ás rep resen tativ o s m uestra el enfrentam iento en­
n ie to s d e N ic te o . S e le s a t r i ­ a n te u n a d e la s p u e r ta s d e la d e la co n dició n hum ana. La tre E teocles y Polinices ante
b u y e la c o n s t r u c c i ó n d e la s c iu d a d . L o s le b a n o s obtuvieron lucha fratricida entre Eteocles los m uros de Tebas, siguiendo
m u r a lla s d e la c iu d a d , c u y a s fin a lm e n te la v ic to ria y e x te r­ y P o lin ices ap arece evocada una tram a inspirada muy libre­
p ie d r a s s e h a b r ía n le v a n ta d o m in a ro n a to d o s lo s a saltan tes, en L o s S iete contra T ebas de m ente en el Edipo en Colona
s o la s g r a c ia s a lo s s o n id o s d e d e lo s q u e s o lo s a lv ó la vida E squ ilo (467 a. C .) y en Las de Sófocles y Los Siete contra
la lira d e A n fió n , q u e e r a m ú ­ A d ra sto . A q u í s e s itú a la inter­ fe n ic ia s d e E urípides (h. 408 Tebas de Esquilo.
sico . v e n c ió n d e A n tíg o n a '. —» a n t í - a. C .). que en L as bacantes
L á b d a c o , h ijo d e P o lid o ro , G O N A , E D I P O , P O L IN IC E S . (406 a. C .) m uestra la muerte TELÉMACO
re c u p e ró a c o n tin u a c ió n el p o ­ D ie z a ñ o s d e sp u é s , los Epí­ de Penleo, víctim a d e la ven­ H ijo d e U lises” y Penélope*.
d e r y e s fre c u e n te q u e e l p a tro ­ g o n o s " , h ijo s d e lo s je f e s que ganza de Dioniso. S u fig u ra h a p a s a d o a la le ­
n ím ic o L a b d á c id a s a p a r e z c a h a b ía n m u e r to e n e l c o m b a te , En Roma, el poeta Estacio (si­ y e n d a c o m o p ro to tip o del am or
p a ra d e s ig n a r al c o n ju n to d e la lan za ro n o tra e x p ed ic ió n contra glo i d. C.) dedicó una epopeya f ilia l. A u n q u e en o c a sio n e s
d in a s tía . L a y o ", h ijo d e L á b ­ T e b a s , e s ta v e z c o n é x ito . Los en doce can to s titulada la Te­ d e ja tra slu c ir c ie rta ingenuidad
d a c o , se rá e l p a d re d e E d ip o ”. h a b ita n te s d e la ciu d a d huyeron baida al enfrentam iento entre p ro p ia d e su ju v e n tu d , siem pre
C u a n d o L ay o m u era a m an o s s ig u ie n d o lo s c o n s e jo s d e l adi­ Eteocles y Polinices, inspirán­ d e m u e s tra v irtu d y piedad. Sus
d e su h ijo , C r e o n te , d e s c e n ­ v in o T iresias* , y T e b a s fue des­ dose en una epopeya griega ac­ p a d re s le p ro fe sa n ig u alm en te
d ie n te d e P e rn e o , e je r c e r á el tru id a y saq u e a d a . tualm ente perdida. un in q u e b ra n ta b le a fecto . P asó
p o d e r e n T e b a s h a s ta q u e su D esde la Edad M edia, la le­ s u in f a n c ia e n Ita c a , e d u c a d o
s o b rin o E d ip o s e c o n v ie r ta en ♦ L en g u a . El adjetivo beodo yenda de la ciudad disfrutó de p o r e l s a b io M e n to r”. A l c u m ­
rey . C re o n te v o lv e rá a se n ta rse se u tiliza en sentido figurado una gran fortuna literaria, p lir d ie c isie te añ o s, fu rio so por
e n e l tr o n o d e T e b a s c u a n d o para calificar a alguien torpe o com o en el Rom án d e Thébes la in so len c ia d e lo s p reten d ien ­
E d ip o p a rta a l e x il io d e s p u é s p o co refin ad o , cerrad o a las (anónim o, h. 1 149). El episo­ te s d e su m a d re , d e c id e p a rtir
d e c o n o c e r la h o rr ib le v e rd a d letras y a las artes. T al es la dio de los Siete contra Tebas y en b u sca d e su padre y se dirige
d e su d e s tin o , y d e n u e v o d e s ­ fam a, en efecto , q u e desde la sus incidencias aparecen a si­ h a c ia E sp a rta p a ra c o n s u lta r a
p u és d e la m u e rte d e E tc o c lc s, A ntig ü ed ad ten ían los habi- m ism o en la Tebaida de Ra- N é s to r” y M e n e la o '. A ten ea” le

www.FreeLibros.me
T E M IS 412 413 TEO G O N IA

p ro te g ió d u ra n te su b ú sq u e d a y (1806); A n tonio G onzález de v e n d r ía a r o b a r la s m a n z a n a s ú ltim o q u e co n q u istó el p o d er y


le d e v o lv ió a íta c a , d o n d e e n ­ León, E l hijo d e U lises, zar­ d e o ro d e la s H esp érid es* . re in a to d a v ía so b re los dioses y
c o n tró a su p a d re y le a y u d ó a zuela. 1768. - » H E R A C L E S , T E O G O N IA . so b re lo s h o m b res.
re c u p e ra r el p o d er. L a te o g o n ia , c iñ é n d o s e al
TEMIS ♦ L en g u a . La expresión tem ­ se n tid o literal d e la palabra, de­
♦ L it. La prim era parte d e la D io s a 1 d e l O rd e n y la J u s ­ p lo de Tem is se utiliza en oca­ b e r ía s e r ú n ic a m e n te e l re la to
Odisea (cantos II. III, IV) está t i c ia , e s h ij a d e U r a n o ’, el siones, y en ciertos contextos, del « n ac im ie n to d e los dioses».
dedicada a la búsqueda de Tc- C ie lo , y d e G e a * , la T ie rr a . com o sinónim o d e palacio de S in e m b a r g o , e n H e sío d o , la
lém aco. El hijo de Ulises F o rm a p a r te , p o r ta n to , d e la justicia. te o g o n ia se a b re c o n u n a c o s ­
vuelve a tom ar parte en el re­ p rim itiv a g e n e ra c ió n p re o lím - m o g o n ía (« n acim ien to del U ni­
lato hom érico' a p artir del p ic a d e lo s tita n e s " y p e rs o n i­ TEOGONIA v e rs o o rg a n iz a d o » ), y a q ue re­
canto XV y hasta el final, junto fic a la L e y d iv in a y m o ra l. Fue G e n e a lo g ía le g e n d a ria d e la ta p rim e ro e l n a c im ie n to de
a su padre. la s e g u n d a e s p o s a d e Zeus*, los dioses* g rie g o s. L a teo g o n ia la s p rim era s d iv in id ad es — per­
Fénclon le convierte en el pro­ d e s p u é s d e M e tis ', y le d io v a­ g rie g a , se g ú n el p o e m a d e H e ­ so n ific a c io n e s d e e lem en to s— ,
tagonista de su obra didáctica rio s h ijo s: la s tre s m oiras*, que sío d o , e s a n te to d o e l re la to del lu e g o el d e los p rim e ro s dioses
Las a ven tu ra s d e Telém aco lo s ro m a n o s lla m a ro n p a rc a s1; n a c im ie n to d e « to d a la ra z a d e y la ta rc a e m p re n d id a p o r estos
(1699). El joven parte en la s t r e s h o ra s " y , s e g ú n a lg u ­ los e te rn o s In m o rta le s» y d e su p a ra o rg a n iz a r el m u n d o y po­
busca de su padre guiado por n a s t r a d ic i o n e s , la s H e s p é ri- d e s c e n d e n c ia , p e ro a p a re c e d e r f in a lm e n te r e in a r en el
M in erv a'-A ten ea. q ue ha to ­ d es*. F u e T c m i s , a l p a re c e r, ta m b ié n c o m o la e p o p e y a d e O lim p o .
m ado el asp ecto del ancian o q u ie n a c o n s e j ó a s u e s p o s o los c o m b a te s q u e e n fre n ta ro n a L a T e o g o n ia c o m ie n z a por
Mentor. Después de una aven­ q u e se c u b r ie s e c o n la p ie l de las d if e re n te s g e n e ra c io n e s d e ta n to re la ta n d o e l n a c im ie n to
tura am orosa (T elém aco se la c a b r a A m a lte a " , la é g id a , las d iv in id a d e s p o r la c o n q u ista d e l U n iv e rs o . E n lo s o ríg e n e s
enam ora de la ninfa' Eucaria, p a r a u s a r la c o m o c o r a z a c o n ­ del p o d e r, p u e s lo s d io s e s , al d e l m u n d o e x is tía el c a o s", la
suscitando a su vez el am or de tr a lo s g ig a n te s" . ser in m o rta le s, s o lo p u e d en su ­ v id a in d ife re n c ia d a , un abism o
Calipso*), pasa una larga e s ­ S u u n ió n c o n e l s e ñ o r de c u m b ir a la v io le n c ia d e o tr o s sin fo n d o d o n d e e rra b a n los
tancia en la corte del rey Ido- lo s d io s e s le c o n f ir ió e l p riv i­ d io ses m á s fu e rte s q u e ello s. La e le m e n to s sin n o rte ni d ire c ­
m e n e o , cu y a p o lític a — que le g io , r a r o p a ra u n a d iv in id a d h is to ria d e e s to s c a m b io s d e c ió n . M á s ta r d e a p a re c ie ro n
Fcnclon presen ta con tintes p r i m i ti v a , d e r e s id ir c o n los re in a d o c o n d u c e a l p o e ta a G e a ”, la T ie rra , e lem en to de es­
negros— recuerda m ucho a la O lím p ic o s ’. T e n ía d o te s profé- e n u m e ra r la s tre s g e n e ra c io n e s ta b ilid a d , la M a d re U n iv ersal
de L uis XIV. E sta crítica e n ­ tic a s y re in a b a e n e l sa n tu a rio d iv in a s q u e , se g ú n la le y e n d a , q u e se e n f r e n ta al e s ta d o de
cubierta le valió a Fénelon el p ític o d e D e lf o s a n te s d e q u e se fu ero n su c e d ie n d o e n el U n i­ c o n fu s ió n d e C a o s y e n g e n ­
exilio. s e in s ta la s e A p o lo * , a q u ien verso: p rim e ro la g e n eració n d e d r a r á to d o lo q u e e x is te , y
♦ Icón. Historia d e Telémaco, e n s e ñ a r ía e l a rte d e la a d iv in a ­ U rano*, lu e g o la d e C ro n o * y E ros*, el A m o r, p rin c ip io crea­
serie de tapices. 1730, Madrid. c ió n . A n u n c ió q u e e l h ijo de por ú ltim o la d e los O lím picos", d o r d e la vida.
♦ M ás. Telém aco, óperas de T e ti s ', A q u iles* , s e r ía m á s po­ a cu y a c a b e z a se sitú a Zeus*. El C a o s e n g e n d ró d e sí m ism o
Alessandro Scarlatti (1 7 18), de d e ro s o q u e su p a d re y a d v irtió p o e ta e x a lta la p o te n c ia s o b e ­ a d o s e n tid a d e s c o n tra ria s ,
G luck (1765) y de B oieldieu a A tlas* q u e u n h ij o d e Z eu s ra n a d e l s e ñ o r d e l O lim p o ", el E rebo* (la s T in ie b la s) y N icle'

www.FreeLibros.me
414 415 TEO G ON ÍA
T E O G O N ÍA

(la N o ch e), q u e a su v e z e n g e n ­ c íc lo p e s* y a lo s tr e s h e c a to n - v in a , p e r o p e r m itió q u e e l fu e rz a , a rr a s tr a rá a e ste al ine­


d ra ro n su s o p u e s to s y c o m p le ­ q u ir o s ( g ig a n te s ' d e c ie n b ra ­ m u n d o se p o b la ra c o n lo s h ijo s v ita b le e n g ra n a je q u e establece
m e n ta rio s , E te r y H é m e ra (la z o s ), se re s v io le n to s y p rim iti­ n a c id o s d e a m b o s . S in e m ­ q u e to d a falta v a se g u id a de su
L uz del d ía). E l D ía y la N o ch e vos. N in g u n o d e e sto s h ijo s, sin b a rg o , e n e l n u e v o m u n d o a s í c a s tig o : su p o d e r p u e d e serle
se u n ie r o n p a ra f o r m a r el e m b a r g o , c o n s ig u e v e r la luz e s ta b le c id o a p a re c e rá n fu e rz a s a rr e b a ta d o c o m o é l lo hizo.
T ie m p o ; E re b o y É te r fo rm a n d e l d ía p o rq u e su p a d re , U rano, n u e v a s : la v io le n c ia y e l o d io Z e u s , el ú n ic o h ijo q u e C ro n o
u n a p a re ja d e o p u e s to s , e l n e ­ te n d id o s o b re G e a e n u n in ce ­ — sim b o liz a d o s p o r e l a c to c a s ­ n o h a b ía lle g a d o a su p rim ir
g ro y e l b la n c o . G e a , p o r su s a n te a c to d e p r o c r e a c ió n , no tr a d o r d e C r o n o y p o r e l n a c i­ g r a c ia s a u n e n g a ñ o d e R ea,
p a rte , h iz o n a c e r d e s í m is m a , le s d e ja s a l ir d e l v ie n tr e d e su m ie n to d e las e rin ia s , d iv in id a ­ q u e le h a b ía d a d o u n a p ie d ra
sin in te rv e n c ió n d e p rin c ip io m a d re . E l n a c im ie n to d e los d e s d e la v e n g a n z a — , p e ro e n v u e lta e n p añ a le s p ara q u e la
m a s c u lin o a lg u n o , lo q u e to d a ­ d io s e s d e l U n iv erso h a quedado ta m b ié n e l a m o r c o n e l n a c i­ d e v o ra ra e n lu g a r del niño, cre­
v ía f a lta b a e n e l U n iv e rs o . p o r ta n to in te rru m p id o p o r la m ie n to d e A fro d ita . c e rá e n la is la d e C re ta y, ya
T r a jo p rim e ro al m u n d o a p o te n c ia se x u a l d e so rd e n a d a y L a s e g u n d a g e n e ra c ió n , la a d u lto , se reb elará c o n tra su pa­
U ra n o , el C ie lo , « ig u a l a s í e x c e s iv a d e U ra n o . G e a crea d e lo s tita n e s , s e r á a p a r tir d e d re y le d e s tro n a rá d e sp u é s d e
m ism a» , p a ra q u e la c u b rie ra y e n to n c e s e l m e ta l y c o n é l fa­ e n to n c e s la d u e ñ a d e l m u n d o , u n a la rg a g u e rra . - 4 zr.us.
f e c u n d a s e , e n v o lv ié n d o la p o r b ric a u n a h o z , q u e e n tre g a a su con C ro n o c o m o c a b e z a su ­ El re in a d o d e Z e u s y d e sus
e n te ro . L a p a re ja C ie lo -T ie rra , ú ltim o h ijo , C ro n o , p a ra q u e la p rem a. A lg u n o s tita n e s y titá n i­ h e rm a n o s y h e rm a n a s significa
p o r fin c o n s titu id a , o rg a n iz a el lib ere del p e so d e su incansable d es se u n e n e n tre sí: O céano* y e l d o m in io d e la te rc e ra g e n e ­
m u n d o en un C o sm o s sim étrico e s p o s o . C r o n o c o r t a e n to n c e s T e tis’ e n g e n d ra n lo s río s y m a ­ ra c ió n d e lo s d io s e s, los O lím ­
y e q u ilib ra d o . L u e g o , G e a e n ­ lo s te s tíc u lo s d e su p a d re . S o ­ n an tiale s; H ip e rió n y T ía a H e­ p ic o s . E l o rd e n d e l m u n d o
g e n d ra d e s í m ism a a la s M o n ­ b re la s a g u a s d e P o n to c a e n go­ lio*. S elene" y Eos*; C e o y F eb e q u e d a e s ta b le c id o e n lo s u c e ­
ta ñ a s y a su c o n tr a r io líq u id o , la s d e s e m e n q u e fe c u n d a n su a d o s h ija s, L eto" y A ste ria. L a siv o . L a su p re m a c ía d e Z eus es
P o n to , e l e le m e n to m a rin o . e s p u m a , e n g e n d r a n d o a A fro ­ p a re ja m á s im p o rta n te s e r á la s o b e ra n a p u e s , a d ife re n c ia de
A q u í te r m in a la p rim e ra p a rte dita", so b re la T ie rra c a e n gotas q u e fo rm e n C ro n o y R e a ’, q u e su p a d re , h a b asa d o su poderío
d e la c o sm o g o n ía , u n a v e z q u e d e sa n g re , d e la s q u e n a c e n las te n d rá n c in c o h ijo s : H e s tia ’, e n I n j u s ti c ia y e n e l d e re c h o .
h a n a p a r e c id o to d o s lo s e l e ­ c rin ia s* y la s n in fa s ' d e lo s ár­ D e m é te r’, H e r a ', H ades* y P o ­ R ep arte lo s h o n o res y los pode­
m e n to s p r im o r d ia le s d el C o s ­ b o le s . G e a , e s t a v e z u n id a a se id ó n '. P e ro C ro n o s u p rim e a re s c o n s u s h e rm a n o s H ades,
m os: la T ie rra , el C ie lo , e l M ar. P o n to , tra e al m u n d o a N ereo ’, su d e s c e n d e n c ia , c o m o h ic ie ra q u e re in ará en los In fie rn o s ', y
E n lo s u c e s iv o , G e a y a n o p a d re d e la s n e re id a s ’, y a va­ su p a d re U ra n o , d e v o r a n d o a P o s e id ó n , a q u ie n c o rr e s p o n ­
e n g e n d r a r á d e s í m is m a , sin o rio s m o n stru o s* m a rin o s. sus h ijo s u n o a u n o a p e n a s n a ­ d e rá e l re in o d e l m ar.
q u e s e r á f e c u n d a d a p o r e le ­ L a c a stra c ió n d e U ra n o sig­ cen p o r te m o r a q u e u n o d e E sta te o g o n ia va seg u id a en
m en to s m asc u lin o s. S e u n e a su n if ic ó ta m b ié n u n a ru p tu ra en ello s le a rre b a te e l p o d er. H e s ío d o d e u n a h é ro o g o n ia ,
h ijo U ra n o y c o n c ib e a lo s tita ­ e l U n iv e rs o : e l C ie lo se separó D e sd e e l a c to sa c rile g o q u e c a tá lo g o d e se m id io se s* n a c i­
n e s ' y la s titá n id e s — lo s p r i­ d e fin itiv a m e n te d e la T ie rra y C ro n o c o m e tió c o n tra su p ad re, d o s d e u n d io s y u n a m o rtal o
m e ro s d io s e s q u e no so n m eras s e fijó e n la c im a d e l C osm os. la te o g o n ia a p a r e c e m a rc a d a d e u n a d io s a y u n m o rta l. De
p e r s o n if ic a c io n e s d e lo s e le ­ E s te a c o n te c im ie n to m a rc ó el por la le y d el T a lió n . El d o m i­ la s u n io n e s d e lo s d io s e s e n tre
m e n to s — , a s í c o m o a lo s tre s fin d e la p rim e ra g e n eració n d¡- nio d e C ro n o , e stab le c id o p o r la s í n a c e rá n a c o n tin u a c ió n m u ­

www.FreeLibros.me
TESEO 416 417 TESEO

c h a s div in id a d e s, p e ro e sto s na­ m ás larde recogería Hesíodo d e sv e ló e l m en sa je q u e E g e o le


c im ie n to s s u c e d e n y a e n un por escrito. De ser exacta esta h a b ía e n c a r g a d o q u e tr a n s m i­
m u n d o o r g a n iz a d o q u e n o interpretación, probaría que el tiese a su fu tu ro hijo . E n efecto ,
tien e, p o r tanto, u n a re lació n d i­ relato hesiódico conserva con a n te s d e p a rtir, E g e o h a b ía s e ­
re c ta co n la teo g o n ia. notable fidelidad antiquísimos p u lta d o su e s p a d a y su s s a n d a ­
mitos indoeuropeos que se re­ lias b a jo u n e n o rm e p e ñ a s c o y
♦ Lit. Es preciso destacar que montarían a la prehistoria y se­ h a b ía p e d id o a E tra q u e r e v e ­
existen tradiciones múltiples y rían testim o n io d e un pensa­ la s e e l e s c o n d ite a su h ijo
divergentes de los m itos co s­ miento religioso muy próximo c u a n d o fuese c a p a z de m o v er la
m ogónicos. En H om ero en ­ a los orígenes d e estos mitos. ro c a p a r a re c u p e r a r e s a s p ru e ­ Teseo y Poseidón, decoración de
b a s d e su id e n tid a d ; e n to n c e s una crátera griega. Bolonia, Museo
contramos otra tradición según
Municipal
la cual el Agua sería el origen TESEO d e b e ría lle v á rse la s a E g e o , q u e
de los dioses, y O céano y Te- H ijo d e E tra , n ie ta d e P é­ le r e c o n o c e r ía c o m o h ijo le g í­
tis" la pareja primordial. lo p e", y d e E g e o ’, re y d e A te ­ tim o y le h aría s u c e s o r su y o en m o n stru o sa q u e había devorado
La Teogonia de Hesíodo es un n a s , c u y a a s c e n d e n c ia s e re ­ el tro n o d e A ten a s. T e s e o c o n ­ a m u c h o s h o m b re s. Pin el reino
docum ento capital para la his­ m o n ta h a s ta H e fe s to ’ a tra v és s ig u ió m o v e r la ro c a y a p o d e ­ d e M é g a r a d io m u e rte al b a n ­
toria de los dioses en la m ito­ d e E re c te o " . E s e l h éro e* del ra rse d e lo s o b je to s sin d ific u l­ d id o E s c ir ó n , q u e d e s p u é s de
logía griega. La tradición A tic a p o r e x c e le n c ia . tad y , d e s o y e n d o la s re c o m e n ­ d e sv a lija r y m a ta r a los d esg ra­
retendrá esencialm ente su ver­ S u n a c im ie n to e s t á a u re o ­ d a c io n e s d e s u fa m ilia , e lig ió c ia d o s q u e ca ía n en su s m anos,
sión sobre la creación del la d o p o r u n a tra d ic ió n d e doble d irig irs e a A te n a s p a s a n d o p o r a lim e n ta b a c o n su s resto s a una
mundo y su catálogo de las ge­ p a te r n id a d , h u m a n a y d iv in a . el is tm o d e C o rin to , re g ió n in ­ to r tu g a g ig a n te q u e , g ra c ia s a
nealogías divinas. S u m a d re, E tra , v io la d a p o r Po­ fe sta d a d e m o n s tru o s ' y b a n d o ­ T e s e o , tu v o la o p o rtu n id a d de
Ver tam bién O vidio. M eta ­ s e id ó n " , s e h a b ía u n id o esa le ro s: e l jo v e n T e s e o d e s e a b a d e g u sta r ta m b ién el sa b o r d e la
morfosis. libro 1. m is m a n o c h e a E g e o , a q uien e m u la r a H e ra c le s”. c a rn e d e E s c iró n . E n E le u sis
♦ ¡con. Es preciso señalar que P ite o , re y d e T re c é n y p a d re de E n E p id a u ro m a tó a P eri fe- a p la s tó al re y C e rc ió n , q ue
las célebres pinturas rupestres la m u c h a c h a , h a b ía a n te s e m ­ tes, u n h ijo d e H e fe sto q u e a ta ­ o b lig a b a a lu c h a r c o n é l a los
del llam ado «valle de las M a­ b ria g a d o . El ru m o r d e e s ta a s­ c a b a a lo s v ia je ro s a p la s tá n d o ­ e x tra n je ro s y lu eg o lo s m ataba.
ravillas». en los Alpes maríti­ c e n d e n c ia d iv in a , d ifu n d id a por les e l c r á n e o c o n u n a e n o rm e T e s e o o c u p ó a s í e l tro n o de
mos, fechadas en torno a 1500 P ite o , c o n trib u irá a la g lo ria del m a z a , y s e a p o d e ró d e l a rm a , E le u s is , c iu d a d q u e m á s tarde
a. C .. han sido recientem ente n iñ o n a c id o d e a q u e lla u n ió n , q u e c o n s e rv ó c o m o a trib u to . A u n ir ía a A te n a s . P o r ú ltim o ,
interpretadas por Em ilia M as- T e se o , y al o rg u llo d e la ciudad c o n tin u a c ió n a p lic ó a l b a n d id o a p lic a n d o s ie m p re la ley del
son. investigadora del CNRS q u e c o n v e r tir á e n s u c a p ita l, S in is e l m ism o tra ta m ie n to q u e T a lió n , lib ró a la re g ió n del
(Centre National de la Recher- A te n a s. e s te d a b a a s u s v íc tim a s , a la s b a n d id o P ro cu stes", q ue acogía
che S cientifique), com o ilu s­ E d u c a d o p o r s u a b u e lo en q u e d e s c u a r tiz a b a a tá n d o la s a a fa b le m e n te a los viajeros ofre­
traciones iconográficas de la T r c c é n , p ro n to s e d is tin g u ió d o s p in o s q u e lu e g o s e p a ra b a c ié n d o le s c o m id a y c a m a . Por
teogonia, m uy parecidas a las p o r su v ig o r y b rav u ra. A l cum ­ b ru scam en te. L ib eró a los h a b i­ d e s g r a c ia , su a lb e r g u e te n ía
que unos ochocientos años p lir lo s d ie c isé is añ o s, su madre ta n te s d e la z o n a d e u n a c e rd a s o lo d o s le c h o s , u n o d em asía-

www.FreeLibros.me
TESEO 418 419 TE SE O

d o p e q u e ñ o y o tr o d e m a s ia d o P a ra p o n e r fin al trib u to hu ­ GENEALOGIA DE TESEO


g ra n d e . P e ro e ra n m á s q u e s u ­ m a n o q u e e l r e y c r e te n s e M i­
fic ie n tes: P ro c u s te s a ta b a a los n o s ' e x ig ía c a d a a ñ o a lo s a te ­ IIKFKSTO
a lto s a la c a m a p e q u e ñ a y a lo s n ie n s e s , T e s e o se p re s e n tó
ERICTON IO
d e c o rta e s ta tu ra a la g ra n d e , y c o m o v o lu n ta rio y e m b a r c ó en
a c o n tin u a c ió n a d a p ta b a la e l n a v io q u e ll e v a b a h a c ia
ZE U S P A N D IO N I
c o n stitu ció n d e su s d e sd ich ad o s C r e ta a lo s d e s d ic h a d o s jó v e ­
h u e sp ed es a la c a m a co rre sp o n ­ n e s d e s tin a d o s a c o n v e rtirs e en
TÁNTALO ER E C T E O
d ie n te co rtá n d o le s lo s p ie s a los p a s to d e l M in o ta u ro * . E n c e ­
p rim e ro s y e stira n d o lo s m ie m ­ rra d o c o n su s c o m p a ñ e ro s en el
P E L O LE + HII’O D A M ÍA
b ro s d e lo s s e g u n d o s . T e s e o L a b e rin to " , T e s e o s e e n f r e n ­ CÉCROPH

re c tific ó e l ta m a ñ o d e P ro c u s ­ tó c o n e l te r rib le m o n s tru o , lo


tos c o rtá n d o le la cab e z a . m a tó y c o n s ig u ió s a lir del PITEO PANDIÓN II
D e sp u é s d e h a b e r su p e ra d o in e x tric a b le re c in to g r a c ia s al (h e rm an o d e T ¡osles y <lu A ln.su

c o n g lo ria to d a s e s ta s p ru e b a s , h ilo q u e le h a b ía d a d o A ria d -


e l h é ro e e n tr ó p o r fin e n A te ­ n a ”, la h ija d e l re y M in o s . La ETRA + EGEO P A LA N T E
n a s, d o n d e r e in a b a u n a g ra n p rin c e s a , q u e se h a b ía e n a m o ­
ra d o d e T e s e o a p rim e ra v ista, T ESE O Cincuenui PAL,AN TIPAS
c o n f u s ió n . E g e o v iv ía b a jo la
fé ru la d e la h e c h ic e ra M ed ea", h u y ó c o n é l e n su n a v io . P ero
q u e le h a b ía d a d o u n h ijo , p ero e l v o lu b le h é r o e n o ta r d ó en g a n iz ó la v id a p o lític a del h a b ía v e n id o a a p o d e ra rs e del
n o te n ía h e r e d e r o le g ítim o , y a b a n d o n a r la e n la is la d e N a- re in o lle v a n d o a c a b o e l « s in e - c in tu ró n d e H ip ó lita , su reina.
P a la n le " , h e r m a n o m e n o r d e l x o s . C u a n d o a v is ta b a n y a las c is m o » a te n ie n s e (re u n ió n en A llí c a p tu r ó a A n tío p e ”, h e r­
re y , c o n s p ir a b a c o n s u s c i n ­ c o s ta s d el A tic a , T e s e o , e n su u n a s o la c iu d a d d e v a ria s a l­ m an a d e H ip ó lita. Y a fuera por
c u e n ta h ijo s p a r a a p o d e r a r s e a le g r ía , o lv id ó c a m b ia r la s ve­ deas c o n tig u a s ). -> atenas a m o r o a la fu e r z a , la jo v e n
d e l tr o n o . T e s e o , d e s p u é s d e las n e g ra s q u e lle v a b a e l barco (FUNDACIÓN DE). p a r tió c o n T e s e o , p e ro las fu ­
e lu d ir u na te n ta tiv a d e e n v e n e ­ p o r u n a v e la b la n c a , s e ñ a l de T e s e o p a rtic ip a a c o n tin u a ­ r io s a s a m a z o n a s m a rc h a ro n
n a m ie n to q u e M e d e a h a b ía u r­ v ic to r ia q u e h a b ía c o n v e n id o c ió n en u n a e x p e d ic ió n c o n tra c o n tr a e l Á tic a e in v a d ie ro n la
d id o c o n tr a é l, c o n s ig u ió q u e c o n su p a d re . E g e o , q u e a g u ar­ la s a m a z o n a s ', q u e v iv ía n en c a p ita l. V e n c id a s p o r lo s a te ­
su p a d re le r e c o n o c ie r a m o s ­ d a b a im p a c ie n te e l re g re s o de lo s c o n f i n e s d e l m a r N e g ro . n ie n s e s , s e v ie ro n o b lig a d a s a
trá n d o le la e s p a d a q u e e s te h a ­ T e s e o , a l v e r la s v e la s n e g ra s S o b re e s te e p is o d io g u e rr e ro y a c e p t a r la p a z . L a a m a z o n a
b ía d e ja d o e n T r e c é n . D e s ig ­ p e n s ó q u e e s ta s a n u n c ia b a n la a m o ro s o la s tra d ic io n e s d iv e r ­ q u e T e s e o h a b ía lo m a d o p o r
n a d o h e re d e r o le g ítim o d e l m u e rte d e su h ijo y , p re s a d e la g e n , p e r o to d a s c o n s e r v a n el e s p o s a m u rió d e sp u é s d e d a r a
re in o a te n ie n s e , s e e n f r e n tó a d e se sp e ra c ió n , se a rro jó al m ar, r e c u e r d o d e u n a in v a s ió n d e l lu z un h ijo , H ip ó lito", q u e m ás
c o n tin u a c ió n c o n tr a s u s p r i­ q u e d e s d e e n to n c e s lle v a su A tic a p o r e s ta s te m ib le s g u e ­ a d e la n te d e s p e rta rá en Fedra".
m o s , lo s P a lá n lid a s , m a tá n d o ­ n o m b re . r r e ra s . T e s e o lle g ó h a s ta el la s e g u n d a e s p o s a d e T e se o .
lo s: un trib u n a l a te n ie n se le a b ­ D e sp u é s d e c e le b ra r lo s fu­ re in o d e la s a m a z o n a s ta l v e z u n a tr á g ic a p a s ió n . - f » Hi p ó ­
s o lv ió d el c rim e n . n e r a le s p o r E g e o , T e s e o reo r- e n c o m p a ñ ía d e H e ra c le s , q u e l it o .

www.FreeLibros.me
TESEO 420 421 TE SE O

E l g ra n a m ig o d e T e s e o fu e L o s d o s a m ig o s b a ja r o n p o r le a tra jo a la c im a d e u n a c a n ti­ su tragedia Fedra. compuesta


P iríto o , so b e ra n o d e lo s la p ita s” ta n to a lo s Infiernos* d isp u esto s la d o c o n e l p re te x to d e m o s ­ hacia 50 d. C.
en T e sa lia q u e , sie n d o g ra n a d ­ a ra p ta rla . H a d e s s im u ló a c o ­ tra rle su s tie rra s y le p re c ip itó La figura del rey de Atenas
m ira d o r d e la s p ro e z a s d e l h é ­ g e rlo s c o n la m a y o r h o s p ita li­ a l v a c ío . A s í m u rió e l m á s f a ­ aparece celebrada en la litera­
ro e a te n ie n s e , h a b ía in te n ta d o d a d y le s in v itó a se n ta rse , pero m o so h é ro e a te n ie n se. D esp u és tura medieval profana. Evo­
m e d irs e c o n é l e n u n a o c a s ió n c u a n d o lo s v is ita n te s q u isie ro n d e p a r tic ip a r e n la g u e r r a d e cad o en el Infierno, de Dante
re tá n d o le a un c o m b a te . El le v a n ta rse n o p u d ie ro n h acerlo , T ro y a ”, su s h ijo s re c u p e ra ro n el ID ivina comedia. 1307-1321).
d u e lo , sin e m b a rg o , n o lle g ó a q u e d a n d o m iste rio s a m e n te so l­ tro n o d e A ten as. aparece en la Teseida de Boc­
re a liz a rse , p u e s a m b o s c o n te n ­ d a d o s a la s « s illa s d e l o lv id o » , D u ra n te la b a ta lla d e M ara­ caccio (1339-1340), como mo­
dien tes, ad m irad o s m u tu am en te q u e le s h ic ie ro n p e r d e r la n o ­ tó n (4 9 0 a. C .), lo s a te n ie n s e s delo del perfecto caballero, con
d e la n o b le z a y a p o s tu ra d e su c ió n d e s u id e n tid a d . S o lo T e ­ c re y e ro n v e r u n h é ro e d e e s ta ­ aventuras más novelescas que
c o n tr a rio , se ju r a r o n a m is ta d s e o c o n s ig u ió s a l ir d e lo s In ­ tu r a p r o d ig io s a q u e h a b ía v e ­ míticas. Así sucede también en
e te r n a y s e h ic ie ro n in s e p a r a ­ fie rn o s g ra c ia s a H e ra c le s , q u e n id o a a y u d a r le s a c o m b a tir a los Triunfos, de Petrarca ( 1352-
bles. In v itad o a las b o d a s d e Pi­ le lib e r ó c u a n d o b a jó a l re in o lo s p e rs a s : e r a T e s e o . H a c ia 1370). donde le vemos desfi­
r íto o c o n H ip o d a m ía * , T e s e o d e la s so m b ra s* a c a p tu r a r a 4 7 4 a. C ., el g e n e ra l a te n ie n s e lando en el cortejo de Amor
c o m b a tió c o n tra lo s c e n ta u ro s ' C e rb e ro * . P ir ito o p e rm a n e c ió C im ó n tra jo d e E sc iro s la s c e ­ entre Ariadna* y Fedra, o en
e b rio s q u e p re te n d ía n r a p ta r a so ld a d o p a ra s ie m p re a su silla n iz a s d e l h é ro e p a ra d a rle s se­ los Cuentos d e Canterbury. de
la n o v ia y a su s c o m p a ñ e ra s la- d e l o lv id o . (F u e d u r a n te la p u ltu ra e n la c iu d a d d e sp u é s de C h aucer (1387), que retie­
p ita s ( - » l a p it a s ). M á s ta rd e , e s ta n c ia d e T e se o en lo s Infier­ u n a c e re m o n ia fa stu o sa . ne básicam ente sus múltiples
sin e m b a r g o , lo s d o s a m ig o s n o s c u a n d o F e d ra , c re y é n d o s e aventuras amorosas.
c o n sid e ra ro n q u e d e b ía n b u sc a r v iu d a , in te n tó s e d u c ir a H ip ó ­ ♦ Lit. En la tragedia de S ófo­ A partir del R enacim iento su
c o m p a ñ e ra s m á s d ig n a s d e su lito .) —> H I P Ó L I T O . cles E dipo en C ulona (rep re­ historia será objeto de adapta­
a s c e n d e n c ia d iv in a y d e c id ie ­ D e re g re s o a A te n a s, T eseo sentada postum am ente en 401 ciones escénicas, com o en El
ro n u n ir s e a h ija s d e Z eu s". s e e n c o n tr ó c o n q u e s u s e n e ­ a. C .). T eseo interviene com o sueño de una noche de verano,
F u e ro n p rim e ro a E s p a rta y m ig o s , p e n s a n d o q u e h ab ía un rey pacífico, lleno de sabi­ d e Shakespeare (1594), El la­
ra p ta ro n a H e le n a ”, c u y a b e ­ m u e rto , s e d is p u ta b a n el poder. duría y justicia, para conceder berinto d e Creta, auto sacra­
lle z a y a se c e le b ra b a a p e s a r d e A m a rg a d o y d e c e p c io n a d o , asilo a Edipo' cuando este, re­ mental de T irso de Molina (h.
q u e e n to n c e s e r a ca si u n a n iñ a . a le jó d e la c iu d a d a lo s d o s h i­ chazado por todos, se refugió 1635), Los tres mayores, de
L a m u ch ach a fu e so rtead a y c o ­ j o s q u e tu v o c o n F e d r a para cerca de A tenas con su hija Calderón de la Barca ( 1636) o
rr e s p o n d ió a T e s e o , e l c u a l la p ro te g e rle s y d e c id ió ex ilia rse. Antígona*. En cambio, aparece en E l laberinto de Creta, de
d e jó al c u id a d o d e s u m a d re , S e re f u g ió e n to n c e s e n la isla com o un padre auto ritario y Lope de Vega (1612-1615). En
E tra . C a s to r y P ó lu x , s u s h e r ­ d e E sc iro s, d o n d e p o s e ía alg u ­ cruel en el Hipólito, de Eurípi­ la Fedra de Racine (1677) apa­
m a n o s . d e s c u b r ie r o n s in e m ­ n a s p r o p ie d a d e s fa m ilia re s , des (428 a. C.), donde maldice rece com o el «voluble adora­
b a rg o e l p a ra d e ro d e H e le n a y p e ro el re y L ic o m e d e s , a su s­ a su h ijo H ipólito, injusta­ dor de mil objetos diversos» y
la re s c a ta ro n . P ir íto o , p o r su ta d o a n te la id e a d e te n e r en sus m ente acusado por su madras­ padre cruel, desempeñando un
p a rte , h a b ía e le g id o a P e rs é - tie rra s a un in v ita d o tan célebre tra Fedra. En esta últim a obra importante papel en la obra. La
fo n c . e s p o s a d el d io s H a d e s ”. c o m o p e lig ro so p a ra su corona, se inspiró Séneca para escribir interpretación m oderna de la

www.FreeLibros.me
T E T IS 422 TETIS

figura tic T eseo incide en el v aso grieg o d e figuras rojas


tem a del laberinto com o m etá­ con las hazañas de T eseo. co­
fora del m undo y de la e sc ri­ nocida com o la C opa d e Ai-
tura. y en el del m onstruo, que són. sig lo iv a. C... M adrid.
a veces aparece com o el doble M usco A rqueológico N acio­
de Teseo. Es el caso del Teseo nal; Teseo vencedor de! Mino­
de N ikos K a 7.a 11t7 .akis (1949), tauro. fresco pom peyano, si­
donde la m uerte del m onstruo g lo 1 a. € . , Ñ apóles; Marc
d a nacim iento a un hom bre Saint-Saens, Teseo y el M ino­
nuevo que sale del laberinto tauro. ta p iz d e A ubusson.
ju n to a T eseo para c re a r un 1943) hasta el ab andono de
m undo m ejor. En El A leph A riadna (H istoria d e Teseo y
(1949). B orges sugiere, en A riadna. escu ela italian a del
cambio, que el Minotauro ofre­ siglo x v . Aviñón).
ció su cuello a la espada de T e­ A R IA D N A .

seo. G ide, en su Teseo (1946), ♦ M ú s. L ully. Teseo, 1675;


se entrega a una reflexión s o ­ Darius M ilhaud, La liberación
bre el sentido de la vida que de Teseo, ópera m inuta, 1927.
constituye en cierto m odo su ♦ C in. Protagonista de la pe­
testam ento literario. —> a r i a d - lícula d e S ilv io A m adio El
N A . L E D R A . L A B E R IN T O , M IN O - m onstruo d e C reta (1 9 6 1). el
T A I IR O . héroe, en com pañía de Hércu­ Rubens, T e t i s r e c ib e la s a r m a s d e V u l c a n o p a r a su h ijo A q u i le s ,
Paris. M useo de Versalles
♦ ¡con. Se evocan las prim e­ les'. se enfrenta en H ércules
ras ha/.añas am orosas del hé­ contra los vampiros, de Mario
roe (T eseo y e l gru p o c e n ­ Bava ( 19 6 1), a un gigante de S u u n ió n c o n P e le o , e l re y ♦ L it. T etis interviene en el
tauro-mujer lapila, frontón del piedra directam ente inspirado m ítico d e Flía, en T esalia, es uno desenlace de la Andrómaca de
tem plo d e Z eus en O lim pia, en el bandido Procustes y sus de los e p iso d io s m á s cele b ra d o s E urípides (424 a. C .) lleván­
siglo v a. C .: T eseo y P o sei­ bárbaras prácticas. d e la m ito lo g ía. E lla n o deseaba dose con ella al palacio de
dón, decoración de una crátera entregarse a él e intentó resistirse N ereo al anciano Peleo.
griega. 400 a. ('.. Bolonia; Ru­ TETIS tran sfo rm án d o se su c esiv am en te —> AND RÓ M A CA .

bens. El rapto de Deidamía. h. E s ta d io s a ” g r i e g a e s una en ag u a, v ien to , león, fuego... A El episodio de las bodas de Te­
1636-1638, M adrid, M useo n e re id a ” h ija d e N ereo * , e l an ­ p e sa r d e to d a s su s m e ta m o rfo ­ tis y Peleo fue a menudo can­
del Prado), pero sobre lodo su c ia n o d e l m a r. U 11 v ín c u lo pro­ s is', P eleo fin alm en te co n sig uió tado por los poetas. El poeta
aventura con A riadna desde su f u n d o la u n ía a H e ra ", q u e la ren d irla . D e e s ta u n ió n n a c ió latino Catulo (h. 85-h. 53 a. C.)
v ictoria sobre el M inotauro h a b ía c ria d o , y a H e fe sto ’. Es la A quiles. —> a q u ile s . les dedica un largo poema
( Teseo y e l M inotauro. vasija m a d r e d e A q u ile s ” y la ab u e la N o d e b e c o n fu n d írs e le co n (L X IV ) por el que van desfi­
griega, sig lo iv a. C .. A tenas; d e N e o p tó le m o . la tilá n id e ‘ T e tis. —> t e t is . lando hom bres y dioses; en

www.FreeLibros.me
T E T IS 424 425 TIRESIA S

esta fiesta fue cuando la D is­ A m érica del N orte y Eurasia) C u e n ta H e s ío d o q u e T ifó n tr u o s , e n tr e e llo s C erb ero * , la
cordia (É ride1). furiosa por no del contin en te de G ondw ana a ta c ó a los dioses* y fu e fu lm i­ Q u im e ra ” y la h id ra de L ern a”.
haber sido invitada, arrojó en (A m érica del Sur, Á frica, In­ n a d o p o r el ra y o d e Z e u s. O tra - » MONSTRUOS, TEOGONIA.
m edio de los asistentes la fu­ dia. A ustralia y la Antártida). trad ició n ev o c a , en ca m b io , una
m osa m anzana d e oro, fuente ♦ Lit. Las oeeánides, hijas de lu c h a m u c h o m á s larg a d u ra n te ♦ Lengua. La palabra tifón,
de tantas desgracias futuras. Tetis, aparecen en el coro de la la cu al los d io se s, a te rro riz ad o s utilizada com o nombre común
—» T R O Y A . tragedia de Esquilo Prometeo p o r e l m o n s tru o , tu v ie ro n q u e en griego desde la época anti­
♦ ¡con. Las bodas d e Telis y encadenado (h. 460 a. C'.). h u ir h a sta E g ip to , d o n d e se e s ­ gua. designa actualm ente un
Peleo, sarcófago antiguo de la c o n d ie r o n a d o p ta n d o fo rm a s ciclón tropical muy violento.
villa A lbani. Rom a; Rubens. TIESTES a n im a le s . S o lo Z e u s o s ó e n ­
siglo xvti. L ondres; C oypel. H e rm a n o g e m e lo d e A treo. f re n ta rs e c o n é l, p e ro d u ra n te TIQUE
T a is trayendo a A qu iles las —» ATRIDAS. un te r r ib le c u e r p o a c u e rp o el D iv in id ad g rieg a q ue perso­
arm as fo rja d a s p o r Vulcano. m o n s tru o p u d o a p o d e ra r s e d e n if ic a e l A z a r q u e rig e la vida
siglo xvii, V ersalles; Rubens. TIFÓN la h o z c o n la q u e Z e u s ib a a r ­ d e lo s h o m b re s. E s u n a d iv in i­
Telis recibe las armas de Vid- T ifó n (ta m b ié n lla m a d o 77- m a d o y le c o rtó lo s ten d o n e s de d a d sin m ito lo g ía p ro p ia pero
cano p ara su hijo A quiles. si­ f e o o T ifo e o ) e s u n m o n struo* b ra z o s y p ie r n a s . D e s p u é s d e q u e fu e o b je to d e u n c u lto im ­
glo xvn. París; Ingres, Z eu s y h ijo d e G e a ' y T á rta ro ”. P e rte ­ red u cirlo a la im p o ten cia, T ifón p o rta n te e n la G re c ia h e le n ís­
Tetis, 1811. Aix-en-Provence. n e c e a l lin a je d e la s d iv in id a ­ lo e n c e r r ó e n u n a c a v e r n a d e tica. S e co rresp o n d e con la For­
d e s p rim o rd ia le s n a c id a s d e la C ilic ia y e sc o n d ió lo s te n d o n e s tu n a ” d e lo s latinos.
TETIS T ie r r a , f u e r z a s m o n s tru o s a s d e l d io s e n u n s a c o d e p ie l d e
H ija de U ran o y G e a ’, sim ­ c o n tr a la s q u e Z e u s ' tu v o q u e o so q u e c o n f ió a la v ig ila n c ia ♦ ¡con. La Tique: Eutíquides
b o liz a la fe c u n d id a d d e las e n fre n ta rs e p a ra e s ta b le c e r d e­ d e u n a d ra g o n a , D el fin a. H e r­ de Sición. siglo ni a. C , bronce
ag u as. Es la e sp o s a d e O céano* f i n itiv a m e n te e l o r d e n o lím ­ m es", a y u d a d o p o r P a n ”, lo g ró dorado, réplica en el Vaticano;
y m a d re d e to d o s lo s río s , a s í p ic o . G e a e n g e n d r ó a e s t e ú l­ a p o d e ra rse d e l s a c o y v o lv ió a lienzo de Rubens, siglo xvu,
c o m o d e la s n infas* o e e á n id e s tim o h ij o p a ra v e n g a r la c o lo c a r lo s te n d o n e s a Z e u s. El M adrid; grabado de Durero
q u e p e rso n ific a n lo s río s, a rr o ­ d e r r o ta lo s tita n e s ” y d e lo s gi­ se ñ o r d e los d io s e s re c u p e ró su (1511).
y o s y fuentes. g a n te s ”. fu erza y se la n z ó d e n u e v o a la
N o d e b e c o n fu n d írs e le co n T ifó n e ra u n s e r g ig an te sc o lucha u tiliz a n d o v a ria s v e c e s el TIRESIAS
la n ereid a* T e tis , m a d re d e y a te r r a d o r . S u c a b e z a ro zab a ray o . T ifó n , h e rid o , h u y ó h asta C é le b re a d iv in o g rieg o que
A quiles*. —> TETIS. la s e s tr e lla s y c o n su s b ra z o s S ic ilia , p e ro Z e u s c o n sig u ió fi­ a p a re c e en lo d o s lo s episo d io s
e x te n d id o s , c u y o s d e d o s rem a­ n alm en te a p la sta rlo arro ján d o le m ito ló g ic o s relacion ados con la
♦ Lengua. El m ar de Tetis de­ ta b a n c a b e z a s d e d ra g o n e s, po­ e n c im a el m o n te E tn a, d e d o n ­ c iu d a d d e Tebas* . F u e él quien
signa un m ar desaparecido, en d ía to c a r a la v e z O rie n te y O c­ de a v e c e s salen to d a v ía las lla­ a c o n s e jó q u e se e n tr e g a ra el
realidad una extensa área de c id e n te . S u s o jo s la n z a b a n lla­ m as y lo s ru g id o s del m o n stru o tro n o d e la c iu d a d al v en ced o r
sedim entación m arina, que en m a s y h o rrib le s v íb o ra s ceñían p risio n ero . d e la E sfin g e "; m á s tard e sus
eras geológicas pasadas sepa­ la p a rte in f e r io r d e su c u e rp o D e T ifó n y E q u id n a , la v í­ re v e la c io n e s c o n d u c irá n a
raba L aurasia (las actuales a lad o . b o ra , n a c ie ro n d iv e rs o s m o n s­ E dipo* a d e s c u b r ir el m isterio

www.FreeLibros.me
T IR E S IA S 426 TITA N ES

q u e ro d e a b a s u n a c im ie n to y c io n e s h u m a n a s . V o lv e re m o s a
su s c rím e n e s in v o lu n ta rio s. "Pi­ e n c o n tra rle , e n e fe c to , e n e l c i­
re s ia s e r a c ie g o d e s d e jo v e n . c lo te b a n o , d e s d e la é p o c a d e
S eg ún alg u n as v ersio n es, su c e ­ C a d m o h a s ta la e x p e d ic ió n de
g u e ra h a b ía sid o c a u s a d a p o r la lo s E p íg o n o s".
d io s a A te n e a ', q u e le c a s tig ó E l sig n ific a d o ese n c ia l d e la
a s í p o r h a b e r la s o r p re n d id o fig u ra d e T ire s ia s re s id e en su
m ie n tr a s s e b a ñ a b a , a u n q u e p a p e l d e m e d ia d o r. T ire s ia s es
c o m o c o m p e n s a c ió n le c o n c e ­ a n te to d o , p o r s u s d o te s p ro fé-
d ió el d o n d e « v e r» e l fu tu ro . tic a s, u n in te rm e d ia rio e n tre los
E n la O d is e a (c a n to X I), U li- d io s e s ' y lo s h o m b re s , p e ro lo
ses" irá a c o n s u lta r le a l H a d e s e s ta m b ié n , p o r su c o n d ic ió n
p a ra a v e r ig u a r la s c ir c u n s ta n ­ a n d ró g in a , e n tr e lo s h o m b re s y
c ia s e n q u e s e d e s a r r o lla r á su la s m u je re s y , p o r la d u ra c ió n
re g re so a Itaca. e x c e p c io n a l d e su v id a , e n tre
S eg ú n o tra s v ersio n es, T ire- lo s v iv o s y lo s m u erto s. Rubens, La caída de los titanes. Bruselas. Museo de Bellas Artes
sia s h a b ía s o r p r e n d id o a d o s
se rp ie n te s m ie n tr a s s e a p a r e a ­ ♦ Lit. El personaje reaparece fótico d e T iresias. La figura n e c e n a la g e n e ra c ió n d iv in a
b a n y h a b ía m a ta d o a la h e m ­ en la literatura europea en su del adivino tebano desempeña p r im itiv a d e la q u e s u r g irá la
b ra , q u e d a n d o c o n v e r tid o en doble carácter d e profeta y de tam bién un papel im portante d e los O lím p ic o s '. S on do ce en
m u jer. S iete a ñ o s m á s ta rd e , en andrógino desde el L dipo rey en la obra del poeta inglés to ta l, s e is h ijo s y s e is hijas, lo ­
c irc u n s ta n c ia s s im ila re s , m a tó d e Sófocles (h. 425 a. C.). T . S. Eliol Terrena vago d o s e llo s d e e sta tu ra gigantesca
al m a c h o y re c o b ró su se x o p ri­ En el «dram a surrealista» de (1944), donde, a través de su y a lg u n o s c o n c e b id o s c o m o
m itiv o . E sta e x p e rie n c ia ú n ic a A pollinaire L a s tetas de Tire­ función de adivino, puede apa­ p e rs o n ific a c ió n d e a b stra c c io ­
h iz o q u e Z e u s" y H e r a ' r e c u ­ sia s (1917). Teresa, una joven recer com o una figura sim bó­ n e s. F u e ro n lo s p rim e ro s qu e
rrie ra n a é l c o m o á r b itr o p a ra fem inista casada que se niega lica del creador. re in a ro n e n e l m u n d o , y se
d irim ir u na d isc u sió n e n tre a m ­ a te n e r hijos, se convierte en ♦ M ús. Poulenc, L as tetas de u n ie ro n e n tre e llo s p ara en g e n ­
b o s so b re q u ié n , el h o m b re o la un «señ o r m ujer» después de Tiresias. 1947, ópera bufa ba­ d ra r o tra s m u c h a s d iv in id ad es.
m u je r, e x p e rim e n ta m á s p lac e r librarse de sus pechos y adopta sada en la obra d e Apollinaire. —» O L ÍM PIC O S.
e n e l a m o r. C u a n d o T ir e s ia s el nom bre de T iresias; su ma­ D e sp u é s d e la castración de
a firm ó q u e la m u je r e x p e r i­ rido, en cam bio, se encargará TISBE U ran o , q u e h ab ía im p ed id o que
m e n ta n u e v e v e c e s m á s p la c e r de traer m iles d e hijos al M u c h a c h a a m a d a p o r —> p í - s u s h ijo s s a lie s e n d e las e n tra ­
q u e e l h o m b r e , H e ra , in d ig ­ m undo para repoblar la ciudad RAMO. ñ a s d e G e a c u b rié n d o la en un
n a d a , le c a s tig ó d e já n d o le de Zanzíbar. T eresa reaparece c o n tin u o a c to d e fe cu n d ació n ,
c ie g o , p e ro Z e u s le o to r g ó el al final de la pieza bajo los ras­ TITANES y TITÁNIDES lo s tita n e s se h ic ie ro n con el
d o n d e la p r o f e c ía y u n a la rg a gos de una cartomántica, paró­ N a c id o s d e U r a n o ’, el p o d e r en c a b e z a d o s p o r C ro n o ',
vida e q u iv a le n te a sie te g e n e ra ­ dico vestigio del papel pro- C ic lo , y G e a ', la T ie rra , p e rte ­ e l m e n o r d e e llo s , a u to r d e la

www.FreeLibros.me
TITA N ES 428 429 TROYA

m utilación y derrocam iento de que recibe una gigantesca grúa trágico del hombre condenado TRIVIA
su padre. Pero del m ism o modo utilizada para levantar grandes al desgarro. D iosa1 rom ana de las encru­
q u e C ro n o h ab ía d e stro n a d o a pesos. La expresión un trabajo ♦ ic ó n . R ubens, La caída de cijad as que se identificó con la
su p ad re U ran o . Z e u s ', el h ijo tle tita n es alude a una tarea, los titanes, siglo xvu, Bruselas. H écate' griega. —> h é c a t e .
m en o r d el titá n , e x p u lsó a su obra. etc., cuya realización im­ ♦ M ás. Mahler, Sinfonía n." I,
vez al suyo para reinar en su lu­ plica un esfuerzo desmesurado. llamada «Titán», 1888 y 1896. TROYA
gar. S e entabló entonces u n a lu­ En este sentido, el nom bre ha ♦ C in. Los titanes d e D uccio T ro y a, la «dueña d e Asia»,
cha entre los titanes, que habían d ad o origen p o r derivación al T essari (1 961) p resenta con la le g en d a ria ciu d ad que in­
acu d id o en so c o rro de su h e r­ adjetivo titánico, sinónim o de h u m o r y fantasía las proezas m o rta lizó la ep o p e y a hom é­
m ano. y los futuros O lím picos, «desm esurado, excesivo». De­ d e los titanes, liberados de los r ic a 1, ap a rece situ ad a bajo el
ag ru p a d o s en to rn o a Z eu s. rivado suyo e s también el sus­ Infiernos' por Jú p ite r para re­ signo d e la gloria y la traición:
E sta lu ch a, c o n o c id a c o n el tantivo titanio, que designa un conquistar Tebas", que ha sido p re se n te s d iv in o s y prom esas
nom bre de T itanom aquia, duró m etal blanco y m uy duro de invadida por los m alvados de no respetadas jalonan su histo­
seis añ o s y term inó co n la vic­ gran resistencia a la corrosión. turno. Les capitanea el «benja­ ria d esde su fundación hasta su
to ria d e fin itiv a de lo s n u ev o s El Titanio era el nom bre con mín» C río, cuya astucia mara­ d estru cció n por la astu cia y la
dioses" del O lim p o 1. Z eu s q u e fue bautizado un paque­ v illa a todos. En contra d e lo fuerza. La riqueza y fecundidad
arro jó a los v e n c id o s al T á r­ bote transatlántico británico, el que su título parece sugerir, la d e su p u eb lo la relacionan con
ta ro s donde quedaron co n fin a­ más grande y lujoso construido película d e D esm ond Davis la «tercera función» indoeuro­
d o s p o r to d a la e te rn id a d bajo hasta la fecha. Se hundió al F uria d e tita n e s (1 9 8 1 ) no pea. - y FUNCIONES.
la v ig ilan c ia de sus h erm a n o s chocar con un iceberg durante tiene nada q u e v e r con los ti­ F u e fu n d ad a en la llanura
los hecatonquiros (gigantes' de su prim era travesía, en la no­ tanes. d el E sc a m a n d ro p o r lio , hijo
cien brazos), convertidos en sus ch e del 14 al 15 d e abril de — » C iO R G O N A , P E R S E O . del rey T ro s — a su vez funda­
carceleros. 1912. Cerca de 1.500 personas d o r m ítico del reino troyano— ,
E n lo s m ito s g r ie g o s , e l r e i­ perecieron en el naufragio. TRITÓN q u e la b au tizó co n el nom bre
nado de lo s tita n e s ap arece ♦ L it. M uchas obras poéticas D io s m arino. -> a n f i t r i t e , d e I lio n '. A lg ú n tie m p o d es­
u n a s v e c e s c o m o un p e río d o d e se insp iraro n en los titanes o BESTIARIO, POSEIDÓN O P O S I D Ó N . p u é s d e su fu n d ac ió n , Zeus*
b a rb a rie y o tr a s , a l c o n tra rio , en su descendencia. En el ro­ e n v ió u n a se ñ a l p ara d em o s­
co m o u n a e d ad d e o ro ' p ró s­ m an ticism o . representan a ♦ L en g u a . El nom bre de este tra r su fav o r y protección: una
p e r a y d i c h o s a . —> t e o g o n ía , m enudo la rebelión, en parti­ p ersonaje m ítico, hijo d e P o­ estatu a d e la d io sa P alas” A te­
TF.MIS, TETIS. c u la r c o n tra un D ios que sus seidón" y A nfitrite', ha pasado nea", el P alad io ", m ilag ro sa­
cria tu ra s se niegan a recono­ al lenguaje corriente para de­ m en te caíd a del cielo. Para al­
♦ le n g u a . I.a palabra litan se c e r com o propio. El Titán de signar a un pequeño anfibio, el b erg arla, lio h izo co n stru ir en
utiliza en sentido figurado para Jean Paul ( 18 0 0 -1803) es una tritón. T ro y a un g ra n te m p lo co n sa­
designar a una persona de novela educativa que presenta C on su nom bre fue bautizado g rad o a A tenea, lio es el ante­
fuerza y resistencia excepcio­ a un p erso n aje obsesionado tam bién uno de los satélites de p a s a d o co m ú n d e d o s linajes
nales o que destaca en algún p o r la idea del desdobla­ Neptuno, en recuerdo de su re­ reales tro y an o s llam ados a te­
aspecto. Es tam bién el nombre miento. ilustración del destino lación con el dios de los mares. n e r u n o s d e stin o s tan ilustres

www.FreeLibros.me
TR O Y A 430 431 TROYA

su rein o . P ara em p e z a r, L aom e- C o n P ría m o e l p a ís c re c ió nas o los restos de algo que


d o n lc tu v o q u e a p la c a r la có lera e n e x te n sió n , p ro sp e rid a d y p o ­ tuvo gran importancia pero que
d e P o se id ó n sa c rific a n d o a su d e r. P ría m o c a s ó c o n H é c u b a ”, está ya desaparecido: puede in­
h ija H e sío n e a l m o n stru o " m a ­ d e la q u e tu v o m u c h o s h ijo s d icar igualm ente un suceso
rin o q u e e l d io s h a b ía e n v ia d o q u e se d istin g u irá n en la g u e rra desgraciado («Al salir de Bar­
c o n tra T ro y a . H eracles”, q u e e s­ d e T r o y a . C u a n d o e s t a se d e ­ celona volvió Don Q uijote a
ta b a d e p aso e n la ciu d ad , aceptó s e n c a d e n ó , P ría m o e r a y a d e ­ m irar al sitio donde se había
s a lv a r a la jo v e n a c a m b io de m a sia d o a n c ia n o p a ra c o m b a tir caído y dijo: "A q uífue Troya:
q u e L a o m e d o n te le e n tre g a ra y tu v o q u e lim ita rs e a p re s id ir aquí mi desdicha, y no mi co­
c o m o re co m p e n sa los d o s cab a­ lo s c o n s e jo s , v ie n d o c ó m o su s bardía, se llevó mis alcanzadas
llo s in m o rta le s q u e Z e u s h ab ía h ijo s m o rían u n o a u n o b a jo las glorias..."», Cervantes). Se uti­
o fre c id o al rey c o m o d esag rav io a rm a s g rie g a s . C u a n d o T ro y a liza tam bién para indicar el
p o r h a b e r ra p ta d o a u n o d e sus c a e a l fin , e l a n c ia n o m o n a rc a m om ento en que estalla un
hijo s, G aním edes*. A q u í se p ro ­ m u e r e d e g o lla d o p o r N e o p tó - conflicto o surge una dificultad
La destrucción d e Troya, ilustra­ d u jo e l s e g u n d o p e rju rio del le m o , e l h ijo d e A q u ile s ”, d e que com plica el desarrollo de
ción del manuscrito de la Destruc- nad a escarm entado L aom edonte. q u ie n u n o rá c u lo h a b ía p ro fe ti­ alguna situación.
tion d e Troye la C rand m ise par
H e ra cle s, e fe c tiv a m e n te , c o n si­ z a d o q u e se ría el su p re m o v e n ­ La expresión exclam ativa
p ersonnaiges d e Milet. Bruselas.
Biblioteca Real g u ió sa lv a r a la m u ch a c h a , pero c e d o r d e la c iu d a d . A l c a b o d e ¡arda Troya! expresa la volun­
e l re y se n e g ó a c u m p lir lo acor­ d ie z a ñ o s d e g u e rr a , N e o p tó - tad de hacer algo sin importar
c o m o o p u e s to s : la ra m a e n c a ­ d ad o . El h é ro e” teb an o , ardiendo lem o , c o n la s m ism a s a rm a s d e las consecuencias — general­
b e z a d a p o r su h ij o L a o m e - d e fu ria , o rg a n iz ó e n to n c e s una H e ra c le s q u e u n a v e z h a b ía n m ente negativas— que pueda
d o n te — p a d re d e P ría m o " — , e x p e d ic ió n c o n tra T ro y a , y con r e s p e ta d o la v id a d e P ría m o , acarrear la acción («Váyase us­
c o n d e n a d a a la e x tin c ió n , y la a y u d a d e T e la m ó n , el p a d re de a c a b a b a a s í co n el ú ltim o P ria- ted o disparo, y ¡arda Troya!».
d e su h ija T e m is te — a b u e la de A y a x ”, to m ó la c iu d ad y la con­ m id a , e l c a b e z a d e la fa m ilia . Bretón de los Herreros).
E n e a s — , d e s t in a d a a p e r p e ­ v irtió e n ru in a s . E sta e s la p ri­ C o n P ría m o y su lin a je d e sa p a ­ T am bién relacionada con la
tu a r s e g lo r io s a m e n te a t r a ­ m e ra d e stru c c ió n d e T ro y a y el re c ía d e fin itiv a m e n te la ciu d ad historia de Troya es la locución
v é s d e la fu n d a c ió n d e R o m a ”. p rim e r e x te r m in io d e u n linaje d e T ro y a . —> f il o c t e t e s , i .a o - fam iliar tirios y /royemos, que
-¥ P A L A D IO , P A L A S , R O M A (F U N ­ real troyano: H eracles, e n efecto, C O O N T E , P R ÍA M O se aplica a partidarios de ban­
D A C IÓ N D E ). m a tó a L a o m e d o n te y a lodos dos o intereses opuestos, por
A l m o rir lio le s u c e d ió su su s hijo s, in d u ltan d o so lo al más ♦ L engua. N uestro idioma ha alusión a las numerosas luchas
hijo L aom edonte, q u e hizo co n s­ p e q u e ñ o , P o d a rc e s, a q u ien sal­ conservado varias expresiones que en el siglo xi a. C. mantu­
tru ir las m u ra lla s d e la c iu d a d varon las súp licas d e su herm ana fam iliares que guardan vivo el vieron Troya y Tiro, la princi­
c o n a y u d a d e A p o lo ' y P o se i­ H esíone. El niño to m ó d esd e en­ recuerdo de la ep opeya tro- pal ciudad de la antigua Feni­
dó n ", p e ro lu e g o se n e g ó a p a ­ to n c e s el n o m b re d e P ríam o yana. Así. por ejemplo, la frase cia. por el control comercial
g arles el salario co n v en id o . Este (« c o m p ra d o m e d ia n te rescate») fam iliar A h í (o allí, o aquí) fu e del Mediterráneo.
p rim e r p e rju rio p ro n to a tra e ría y H e ra c le s le c o n fió to d o el Troya ex p resa q u e lo q u e se ♦ Lit. Troya es el centro de la
toda suerte d e calam idades sobre re in o troyano. tiene a la vista solo son las rui­ epopeya hom érica' y le da su

www.FreeLibros.me
TR O Y A 432 433 TRO Y A

LA GUERRA DE TROYA: LO S ADVERSARIOS nom bre, la Iliada (de Ilion). ch o más tarde. La guerra de
FRENTE A FRENTE A m bicionada por ios griegos, Troya no tendrá lugar, de G¡-
defendida por A frodita', que la raudoux (1935), abordan el
había convertido en su ciudad conjunto d e la leyenda, en
L O S G R IE G O S LOS TROYANOS
predilecta, es el marco princi­ otras m uchas obras la guerra
A G A M E N Ó N , je f e d e la e x p e d ic ió n . P R IA M O . re y d e T ro y a , d e m a s ia d o a n ­ pal donde se d esarrollan los de T roya es lo que legitima
M E N E L A O . h e rm a n o m e n o r d e A g a m e ­ c ia n o p a ra c o m b a tir: m u e rto p o r N e ­
n ó n . e s p o s o d e H e le n a , c u y o r a p to e s
com bates que decidirán quién una situación presente o ex ­
o p tó le m o .
e l d e s e n c a d e n a n te d e l c o n flic to . se la lleva com o prem io. Eurí­ plica consecuencias terribles
A Q U IL E S . e l m á s v a lie n te d e lo s p rín c ip e s H E C T O R , h ijo m a y o r d e P ría m o . je f e del pides. en la tragedia Las lraya­ de tramas diversas: la elección
r e u n id o s p o r M e n e la o : m u e rto p o r P a ­ e j é r c i t o tr o y a n o : m u e r to p o r A q u ile s ,
r is .
n a s (415 a. C .), presenta el dolorosa de Agamenón" en las
PA TRO CLO , td a m ig o in s e p a ra b le de P A R I S , h e r m a n o m e n o r d e H é c to r : m u e rto destino m iserable de las muje­ obras dedicadas a su figura o a
A q u ile s : m u e rto p o r H é c to r. p o r K ilo c te te s .
res arrastradas com o esclavas la suerte de Ifigenia-. la situa­
N E O P T Ó L E M O . lla m a d o P irro , h ijo d e E N E A S , h ijo d e A n q u is c s . e l m á s v a lie n te
A q u ile s : te n d rá e l p r iv ile g io d e to m a r d e s p u é s d e I le c to r .
lejos d e su ciu d ad , destruida ción d e Andrómaca", etc. La
T ro y a . por los vencedores. A plica a mayoría de las veces la ciudad
U L IS E S . e l m á s a s tu to d e lo s g rie g o s : c o n ­ D E I E O B O , h e r m a n o p r e f e r id o d e H é c to r,
c ib e e l c a b a llo d e m a d e ra q u e p e rm i­
los troyanos el adjetiv o «bár­ aparece com o una entidad abs­
c a s a d o c o n H e le n a d e s p u é s d e P a ris :
tirá to m a r T ro y a . m u e r to p o r M e n e la o . b aros», e s d ecir, extranjeros, tracta y simbólica, rara vez re­
D IO M E D E S . e l c o m p a ñ e ro p re fe rid o de
pero la Troya d e la leyenda no presentada a través del común
U lis e s .
C A L C A N T E , e l a d iv in o d e la e x p e d ic ió n . H E L E N O , h e rm a n o g e m e lo d e C a sa n d ra ;
d ifiere en nada d e una ciudad d e sus gentes, a no ser tal vez
A Y A X O ile o . « e l p e q u e ñ o A v a n te » ; v io la a d iv in o . griega. en el célebre soneto de Ron-
a C asan d ra.
D esde la Antigüedad, la guerra sard. donde unos ancianos tro­
A Y A X d e S a la m in a . « e l g ra n A y a n te » ; se
s u ic id a . d e T roya proporcionó abun­ yanos exclam an al ver pasar a
F IL O C T H T H S . d e p o s ita r io d e la s a r m a s d e d ante m ateria para m uchas la herm osa Helena": «Nuestra
H e ra c le s , im p r e s c in d ib le s p a r a la to m a
d e la c iu d a d .
ilustraciones literarias, si bien desgracia no merece una sola
ID O M E N L O la m ayoría de las veces a p a ­ de sus miradas» (Sonetos para
N E S T O R , e l m á s s a b io y p ru d e n te .
rece com o telón de fondo de Helena. 1572).
las aventuras de un héroe par­ La traición d e los dioses
• Y p o r p a r te d e los dio ses: ticular. Aunque algunos textos (1987). de la norteam ericana
com o el R om án d e Troie de Marión Z im m er Bradley. pro­
Z E U S , u c u ía c o m o á r b itr o d e l c o n f lic to (a f a v o r d e u n o s o d e o tro s ).

A TENEA f fu r io s a s p o r h a b e r s id o d e s - A F R O D I T A , e l e g i d a p o r P a r i s c o m o la
Benoit de Sainte-M aure (siglo pone una recreación novelesca
HERA 1 d e ñ a d a s p o r P a ris . m á s b e lla . x n ) — traducida al español en d e la epopeya hom érica vista
P O S E I D Ó N . a q u ie n I^ a o m e d o n te . p u d re d e A P O L O , q u e a y u d a a P a r is a m a ta r a A q u i­ el siglo xiii bajo el título de desde la perspectiva troyana.
P r í a m o . s e h a b í a n e g a d o a p a g a r lo le s.
c o n v e n id o p o r la c o n s t r u c c i ó n d e la s
Troyano polimétrica—, la Des- ♦ Icón. Son múlliplcs los epi­
m u ra lla s d e T ro y a . truction d e 7'roye la G rand sodios de la guerra de Troya
I IH F E S T O . q u e d e te s ta a A re s, el a m a n te A R E S , q u e s e e n f r e n t a v a r i a s v e c e s a A te ­
m ise p a r personnaiges en más q u e inspiraron a los artistas
ile A f r o d ita . nea.
d e 30.000 versos, d e Jucques desde sus causas iniciales <EI
M ilet (1484), L a T roade de ju ic io de Paris: vasija griega,
R obert G arnier (1579) o. m u­ siglo iv a. C., Vierta; lienzo de

www.FreeLibros.me
TRO Y A 434

Cranach el Viejo, 1529, Nueva C hálons-sur-M arne; G uérin,

u
York; Turner. Crixeida, 1811. Leí últim a noche d e Troya.
colección particular. —> p a r ís .) 1829, Angers.
hasta los m om entos dolorosos ♦ M ús. Los trovemos, ópera de
que marcaron su final: Leí toma B erlioz (1863) en dos partes:
de Troya, copa griega, h. 490 La lom a d e Troya y Los troya-
a. C... L ouvre; sarcófago ro­ n o s en C artago; la primera
m ano con escenas relativas a d escribe el ho rro r de los últi­
este episodio, conocido com o m os días d e la ciudad sitiada,
Sarcófago de Tarragona, M a­ la segunda se cen tra en los
drid. Museo Arqueológico Na­ am ores de Dido* y E neas. La ULISES U lise s se c a s ó e n to n ce s con Pe-
cional; serie de tapices, finales ex tensión d e la obra ha sido, U lis e s, c u y o n o m b re la tin o n é lo p e ”, q u e le d io un ú n ico
del siglo xv-principios del s i­ por desgracia, un obstáculo U lix e s d e riv a , a tr a v é s d e u n h ijo , Telé-maco*. —> h e l e n a .
glo xvi. Zaragoza; Luocoonte, para su representación. p ré sta m o d ia le c ta l, d e su n o m ­ C u a n d o se p ro d u jo la guerra
el Greco, h. 1607. Washington; ♦ C in . El d estin o glorioso y b re g r ie g o O d is e a , e s h ijo d e d e T roya*, U lise s, p e se a haber
H éctor y Astianacte. escultura trágico de T roya ha inspirado L ae rlc s, re y d e la is la d e Ila c a, p re s ta d o ju r a m e n to , se resistió
de C arpeaux q ue obtuvo el numerosas películas en las que y d e A n tic le a , c u y o a b u e lo e ra a d e ja r Ita c a . S im u la n d o h a­
Prem io de Roma en 1854, Pa­ aparecen los m ás célebres per­ H erm es* . A lg u n a s v e rs io n e s b e rs e v u e lto lo co , a ra b a sin ce­
rís, M usco d e B ellas Artes: sonajes d e la ep opeya hom é­ q u e re fie re n el m ito d e e s te h é­ s a r la p la y a y p la n ta b a sal en
David. Los finiera les d e Pat ro­ rica. C itarem os, en tre otras: ro e ’ g rie g o c u e n ta n q u e su m a ­ lo s su rc o s a b ie rto s. P e ro P ala-
clo, 1779. D ublín. y E l do lo r Roben Wise, Helena d e Troya. d re lo c o n c ib ió e n re a lid a d del m ed es, u n o d e los m iem b ro s de
d e A adró m aca an te el cuerpo 1954; Giorgio Ferroni, Leí gue­ a s tu to S ísifo*. S u ju v e n tu d e s ­ la e x p e d ic ió n , le p u so a prueba
ele Héctor. 1783, Louvre, frag­ rra ele Troya, 1961; Michaelis tuvo llen a d e v iajes’’ a p a íses le­ in te rp o n ie n d o e n el c a m in o d e
m ento del lienzo de recepción C aco y an n is. L a s troyanas. ja n o s . D e u n o d e e llo s tra jo su a ra d o al p e q u e ñ o T elem aco :
en la Academia; Los funerales 1971, adaptación de Las troya- c o n sig o e l a rc o d e H e ra c le s ” y U lise s, in s tin tiv a m e n te , d esv ió
de H éctor, posterior a 1780, neis de Eurípides. en o tro se h iz o u n a c ic a triz im ­ e l a ra d o . V ie n d o desc u b ierto su
bo rrab le m ie n tra s c a z a b a u n j a ­ ju e g o , U lis e s n o tu v o m á s re ­
b a lí e n e l P a r n a s o ”. C u a n d o m e d io q u e re u n irs e c o n la a r­
L a e rtc s e n v e je c ió , c e d ió el m a d a a q u e a . C o n su a stu cia
tro n o a s u h ijo . M ás ta r d e , s e ­ c o n sig u ió a su v ez q u e Aquiles"
d u c id o p o r la b e lle z a d e H e ­ p a r tie s e a la g u e rra ( - » a q u i -
lena", a c u d ió al re in o d e T in d á - LES ). E n T ro y a , d o n d e fo rm a
re o a p e d ir s u m a n o , a r r a s ­ p a rte d e lo s je f e s g rie g o s , se
tran d o a to d o s lo s p re ten d ien tes d istin g u e a la v ez co m o valiente
a p re s ta r u n ju r a m e n to d e m u ­ g u e rr e ro y h áb il d ip lo m á tic o .
tu a a lia n z a . H e le n a , sin e m ­ E n c o m p a ñ ía d e su fiel a m ig o
b a rg o , o p tó p o r M en elao * y D io m e d e s se in tro d u jo d is fra ­

www.FreeLibros.me
U U SES 436 437 ULISES

al p a ís d e lo s lo tó fa g o s ( « c o ­ v in o T iresia s* , d irig ié n d o se al
m e d o re s d e lo to » ), d e d o n d e p a ís d e los cim erio s, m isteriosa
U lis e s te n d r á q u e s a c a r a la reg ió n situ ad a e n los lím ites del
f u e r z a a s u s c o m p a ñ e ro s , q u e o c é a n o q u e ro d e a la tie rra ,
h a b ía n su c u m b id o a la e m b ria ­ d o n d e re in a b a u n a noch e
g u e z p ro d u c id a p o r e s ta p lan ta. e te r n a . A llí U lis e s in v o c ó las
D e s e m b a r c ó m á s ta r d e e n el s o m b r a s d e lo s m u e rto s y o b ­
p a ís d e lo s c íc lo p e s ', d e d o n d e tu v o d e T ire s ia s la p re d ic c ió n
c o n sig u ió e sc a p a r re c u rrie n d o a d e q u e fin a lm e n te lo g ra ría re ­
su a s tu c ia d e s p u é s d e c e g a r al g r e s a r a íta c a s a n o y sa lv o ,
m á s c ru e l d e e llo s , P o life m o ', p e ro so lo . U lis e s re e m p re n d ió
h ijo d e P o s e id ó n ( —» p o l i - su v ia je , c o n s ig u ie n d o esc a p a r
f e m o ) . L a c ó le r a d e l d io s p e r ­ d e la s e d u c c ió n m o rta l d e las
se g u irá d e sd e e n to n c e s a U lises sirenas" y d e los p elig ro s de Es-
y s u s c o m p a ñ e ro s . M á s ta rd e c ila y C a rib d is* ( - » c a r i b d i s ,
É o lo ’, s e ñ o r d e lo s v ie n to s, les s i r e n a s ). Z e u s", sin e m b a rg o ,
o f r e c ió s u a y u d a , p e r o la im ­ d e s e n c a d e n ó u n a te rrib le te m ­
p ru d e n c ia d e a lg u n o s m ie m ­ p e s ta d e n la q u e p ereciero n to ­
b ro s d e la trip u la c ió n d e s e n c a ­ d o s su s c o m p a ñ e ro s, castigados
Los lestrígones atacan las ñaues de Ulises, fresco romano, Pompeya d e n ó u n a te r rib le te m p e s ta d . p o r h a b e r d e v o ra d o los bueyes
C o n s ig u ie ro n lo m a r tie r r a en s a g r a d o s d e l S o l e n la is la d e
z a d o e n T ro y a y s e a p o d e ró d e D e s p u é s d e la g u e r r a , Po- C a m p a n ia , d o n d e e s c a p a r o n a T rin a c ia . D e s p u é s d e p a sa r
la e s ta tu a tu te la r d e la c iu d a d , s e id ó n ” le fu e h o s til y se m b ró d u ra s p e n a s d e lo s le stríg o n e s, n u ev e d ía s a la d e riv a aferrad o
e l P a la d io 1. P a ra v e n g a rs e d e d e d if ic u lta d e s s u v ia je d e re­ u n o s g ig a n te s* a n tr o p ó fa g o s . a u n m á s til, U lis e s lle g ó a la
P a la m e d e s, le a c u s ó falsam e n te g r e s o a íta c a . U n a te m p e stad L as p é rd id a s, sin e m b a rg o , fu e ­ isla d e C alip so ", d o n d e la ninfa*
d e tr a ic ió n y e s te m u r ió l a p i­ e m p u jó a U lis e s y su s c o m p a ­ ron terrib les: so lo se sa lv ó d e la le retu v o v a rio s años. P o r orden
d a d o p o r su s co m p a ñ e ro s. C o n ­ ñ e ro s h a c ia la s c o s ta s d e T ra- d e s tru c c ió n la n a v e d e U lise s, d e Z e u s, C a lip so d e jó partir por
c ib ió . p o r ú ltim o , la a rg u c ia del c ia , e l p a ís d e lo s c ru e le s cico- q u e d e s p u é s d e m u c h a s p e n a li­ fin al h é ro e . U n a te m p e sta d le
c a b a llo d e m a d e ra q u e p e rm iti­ n e s. A llí p e r d ió a s e is m ie m ­ d a d e s a lc a n z ó la is la d e E e a , a rro jó , e x te n u a d o , a las playas
ría a lo s a q u e o s e n tra r en T ro y a b ro s d e s u tr ip u la c ió n , pero d o n d e r e in a b a la h e c h ic e ra d e F e a c ia , d o n d e los rey es Al-
y q u e d ó al m a n d o d e lo s s o ld a ­ te rm in a ro n v e n c ie n d o a lo s c¡- C irce*. A llí U lis e s s e v io fo r­ c ín o o y A re te y su h ija N au sí-
d o s e m b o s c a d o s e n e l c a b a llo . c o n e s , a lo s q u e e x te rm in a ro n , z a d o a p e rm a n e c e r d u ra n te un caa* le a c o g ie ro n a m ig a b le ­
T erm in ad a la g u erra, re c ib ió las p e rd o n a n d o s in e m b a r g o la añ o ju n to a C irc e , q u e se h a b ía m e n te y le o fre c ie ro n un navio
a rm a s d e A q u ile s , c o m o p r e ­ v id a a u n s a c e rd o te d e A p o lo ', e n a m o r a d o d e é l y le d io un p a ra lle g a r h a s ta íta c a . S u au­
m io a l m e jo r g u e rre ro , y a H é- M a r ó n , q u e le s e n tr e g ó varios h ijo , T e lé g o n o ( - » c i r c e ) . P o r s e n c ia h a b ía d u ra d o v ein te
c u b a ', q u e m o riría la p id a d a p o r o d re s d e v in o . L u e g o pusieron c o n se jo d e C irc e , el h é ro e fue a a ñ o s. —» NAUSÍCAA O NAUSICA.
los g riegos. —> p a l a d i o , t r o y a . ru m b o h a c ia L ib ia y a rrib aro n c o n s u lta r a la s o m b ra ’ d e l a d i­ C u a n d o lle g ó a íta c a nadie

www.FreeLibros.me
U L ISE S 438 439 ULISES

le re co n o ció e x c e p to su n o d riz a ♦ L en g u a . Una odisea e s un hijo (II. III. IV) antes de que su tem a único: Ulises. Platón, en
E u riclea y su v iejo p e rro A rg o ”. viaje lleno de incidentes. presencia le sitúe en el centro cam bio, la condena com o fic­
U lis e s re v e ló s u id e n tid a d a -> onisK.o. del relato; narra sus propias ción (La República. III). Los
E u m eo . su fiel p o rq u e riz o , y a C on el nom bre d e U lises se aventuras a A lcínoo (V a XII) esto ico s proponen a Ulises
su h ijo T e lé m a c o . C o n a y u d a b au tizó una sonda espacial y el lector asiste a su regreso a com o ejemplo: es «el héroe pa­
d e e llo s u rd ió un p la n p a ra e x ­ am ericano-europea concebida ítaca y a su venganza (X III a ciente» por excelencia.
p u ls a r a lo s p re te n d ie n te s d e su para sobrevolar no solo los pla­ X X III). En todas las circ u n s­ V irgilio se inspira en la invo­
e sp o sa , q u e se h ab ían ad u eñ ad o n etas del sistem a so lar, sino tan cias el h éroe se m uestra cación de los muertos que hace
d e su c a s a y d ila p id a b a n su s tam bién el propio Sol. «m agnánim o», fiel a sus am i­ Ulises (Odisea, XI) para escri­
b ie n e s . P e n é lo p e h a b ía c o n s e ­ ♦ U t. 1.a Ufada concede a Uli­ g o s y a su fam ilia, «sagaz» y b ir el canto VI de la Eneida.
g u id o e lu d ir h a s ta e n to n c e s el ses una atención nada desde­ valeroso. donde se desarrolla el descenso
a c o so d e e sto s re c u rrie n d o a su ñable. Aparece com o un temi­ Esta m ism a im agen e s la que a los Infiernos” de Eneas*. Ho­
co n o cid a e strata g em a (—» p e n é ­ ble g u errero (cantos X y XI) refleja la pieza d e Sófocles racio celebra la tem planza de
l o p e ). U lis e s , d is f r a z a d o d e que en varias o casiones con­ Á ya x (h. 445 a. C.), que opone Ulises (siglo i a. C.. Epístolas,
m e n d ig o , s e in tro d u jo e n la vence a las tropas griegas para un Ulises prudente y comedido I, 7) y Séneca su prudencia (si­
c a s a s o p o rta n d o los in s u lto s d e que no abandonen la llanura a un Áyax" atacado por una lo­ g lo i d. C .. C artas a Lucilo,
los p re te n d ie n te s y la s in s o le n ­ (II, X IV). Se le presenta tam­ cura asesina. En F iloctetes X X, 123). Los libros XIII y
c ia s de A n lín o o , el m á s b ra v u ­ b ién com o un hábil diplom á­ (4 0 9 a. C .), del m ism o autor. XIV de las M etam orfosis de
có n d e ello s. D u ra n te un festín , tico que, aunque fracasa en su U lises. entregado en cuerpo y O vidio presentan al elocuente
se o rg a n iz ó un c o n c u rs o d e tiro prim era tentativa d e apaciguar alm a a la c au sa aquea. c o n si­ U lises vencedor de Áyax. la
c o n s is te n te e n a tr a v e s a r c o n a A quiles (IX ), furioso contra gue con su astucia habitual que rabia de Polifem o. engañado
u n a s o la f le c h a u n a s e r ie d e Agamenón* porque este le ha­ el últim o com pañero de H era­ por el héroe, y los maleficios
an illo s. U lises fu e e l ú n ic o q u e bía arrebatado a su cautiva Bri- cles les entregue el arco y las de Circe.
co n sig u ió te n s a re ! a rc o m ág ico seida, logra finalmente llevara Hechas necesarias para la vic­ El héroe de ítaca conoció a
y m a tó u n o a u n o a to d o s lo s buen puerto la negociación que toria griega. S ófocles trató la continuación una larga fortuna
p re te n d ie n te s . R e c u p e r ó el devolverá a A quiles al campo muerte de Ulises en Ulises h e­ literaria, aunque a menudo las
tr o n o d e Ita e a y a s u m u je r. de batalla (X IX ); anterior­ rido, de la que solo se han con­ cualidades que la Antigüedad
A ten ea* le a y u d a r á c o n su s mente Ulises había conseguido serv ad o algunos fragm entos; había celebrado en él serán vis­
c o n se jo s a re s ta b le c e r la p a z en que A gam enón restituyera la en esta obra, Telégono, el hijo tas en los siglos posteriores
la isla. cautiva C riseida a su padre, que U lises había ten id o con com o rasgos negativos. Tal es
C o n v ie n e s e ñ a la r q u e el sacerdote de A polo (I). C irce (X II), llega a ítaca y la im agen d e Ulises que pre­
v ia je d e U lis e s h a s id o in te r­ La figura del héroe queda defi­ m ata a su padre ignorando su sentan a menudo las obras me­
p re ta d o en o c a s io n e s c o m o la nitivam ente consagrada en la identidad. dievales, com o en el Román de
tra n sp o sició n te rre stre del v iaje Odisea. T odo el relato se orga­ En el siglo iv a. C. Aristóteles Troie d e Benoit de Sainte-
d e los h é ro e s m u erto s h a c ia las niza en to rno a U lises. «el pone a la O disea ( Poética. M aurc, donde aparece como
« is la s d e lo s B ie n a v e n tu ra ­ hom bre de los mil recursos» V III. X V II) com o m odelo de un personaje taim ado y de
d o s”». (I); es el ausente que busca su relato organizado en torno a un poco fiar. La misma visión en­

www.FreeLibros.me
ULISES 440 441 ULISES

contram os en el Infierno, de sem peñar un papel muy im ­ una faceta del personaje de prepara, ve en ella la historia de
Dante i Divina comedia, 1.307- portante en la representación U lises. D espués de vagabun­ un hom bre que tem e volver a
1321), que sitúa a Ulises en el im aginaria d e la figura Ulises dear un largo día por las calles su casa, de un Ulises al que Pe­
o ctavo círculo infernal, entre e influirá especialm ente en de D ublín, Bloom term ina re­ nélope ya no ama.
los inventores del fraude. Pero Joyce. A lo largo del siglo xix. gresando a las tres d e la m a­ El poem a d e Luis Cernuda
hasta el siglo x vn está ante y sobre to d o en el x x , asisti­ ñana a casa de su esposa «Peregrino» (Desolación de la
todo presente com o referencia m os a un extenso desarrollo M olly. m ientras que D edalus Quim era, 1956-1964), pre­
m ítica, com o en el célebre del corpus dedicado a Ulises. está condenado a partir. senta al viajero incansable que
verso de Du Bellay «D ichoso que se convierte en una figura Es preciso co n ced er tam bién jam ás vuelve sobre sus pasos
aquel que com o Ulises hizo un del p atrim onio m ítico mo­ un lu g ar d estacado al poeta porque n o tiene hijos que le
herm oso viaje» i Los pesares, derno. Podem os cita r obras g rieg o G iorgios S eferis, que busquen, com o Ulises, ni Itaca
1558), donde la referencia a com o el Ulises d e Alfred Ten- tanto en Legendaria (1935) a la que volver, ni Penélope
Ulises sim boliza para el poeta nyson (1833), donde el héroe com o en Poemas (1940) co n ­ que le espere. Por su parte, la
el rechazo de la inspiración an­ se plantea la posibilidad de par­ vierte al héroe m ítico a la vez novela d e A lvaro Cunqueiro
tigua en beneficio de una tir por segunda vez; «El último en la figura de un hombre con­ luis m ocedades de Ulises
escritura más íntim a. El perso­ viaje d e Ulises», de Giovanni denado por sí m ism o al exilio ( 1960), recrea la historia del
naje m itológico tam bién ap a­ Pascoli fP oem as convivales, y en el sím bolo del poeta mo­ héroe desde la fantasía y la
rece en la poesía (Juan de Ar- 1904), donde Ulises emprende derno. Por su parte, Nikos Ka- poesía. Fernando Savater da,
guijo, Ulises, soneto de 1605) un nuevo viaje, esta vez en zantzakis es autor de un Ulises en su obra teatral Último d e­
y el teatro (C alderón de la busca de sus recuerdos; o tam­ (1928) y de una Odisea (1938) sem barco (1987), una versión
Barca, E l m a yo r encam o. bién El regreso de. Ulises, de muy fieles al m odelo hom é­ muy personal del mito.
Amor. 1635, que trata los am o­ Stanislaw W yspianski (1907). rico. —» PEIS'ÉI.OPFÍ.

res de Ulises y Circe, y Los cu­ T o d as estas o bras introducen Jean G iono IN acim iento de la ♦ I c ó n . M uchas pinturas de
can lo s d e la culpa, h. 1635, en la figura de U lises las an­ Odisea. 1930) presenta a Ulises vasijas antiguas tienen como
auto sacram ental; B elm ente gustias del hombre moderno, convertido en un buen hombre tem a la Odisea. Entre ellas
B erm údez, Los tra b a jo s d e Pero es sin d u d a el U lises de de Provcnza, víctima de su pro­ mencionarem os: Pollfemo ce­
Ulises. comedia, primera mitad Jam es Jo y ce (1 922) la obra pia leyenda, m ientras que Gi- gado p o r Ulises y sus compa­
del siglo xvn). que constituye el renacimiento raudoux, en La guerra de ñeros. siglo v a. C., Louvre;
Con Troilo y C resida de m ás esp ectacu lar d e la figura Troya no tendrá lugar (1935), Ulises escuchando el canto de
Shakespeare (1603) Ulises ad­ mítica som etida a una transpo­ lo ve com o un peligroso diplo­ las sirenas, siglo v a. C„ Lon­
quiere nuevas dim ensiones al sición, a m enudo humorística m ático. En El desprecio, de dres. Los lestrígones atacan
revivir bajo la figura del hom ­ o burlesca, enm arcada en la Ir­ A lberto M oravia (1955), el las naves d e Ulises, fresco
bre político dotado d e una in­ landa moderna. El héroe se en­ protagonista e s un guionista pom peyano, siglo i a. C. En
teligencia superior. Un libro cam a desglosado en dos perso­ que prepara una adaptación ci­ épocas posteriores, sus aventu­
destinado a un público infantil. najes. el de Lcopold Bloom y nem atográfica de la O disea y ras inspiran tapices (siglo xvn,
Las aventuras d e U lises, de el de Stephen D edalus, cada que, al proyectar sus propios Besanyon, sobre cartones de
Charles Lam b (1808). va a de­ uno d e los cuales desarrolla problem as sobre la obra que Vouet) o cuadros (Rubens. si­

www.FreeLibros.me
U R AN O 442 443 U RANO

glo x v i i . Florencia; G uido rodada p o r F ranco Rossi p id ió a s u s h ijo s , lo s tita n e s , p rá c tic a m e n te n in g ú n p ap el en


Reni, siglo x v ii . Ñapóles), e in­ (1969), así com o una transpo­ q u e la lib ra s e n d e é l. S o lo se lo s m ito s h e lé n ic o s y tam p o co
cluso se convierten en un sim ­ sición, en clave de ciencia fic­ p re s tó a a y u d a rla e l m á s p e ­ e s o b je to d e u n c u lto e s p e c í­
ple pretexto para artistas inte­ ción y en dibujos anim ados, ti­ q u eñ o , C ro n o , q u e co n una f i c o — tr a d u c e n la c o m p le ja
resados esencialm ente p o r la tulada Ulises d i, integrada por h o z q u e le h a b ía d a d o su m ad re re d d e in te rp re ta c io n e s c o sm o ­
lux: Lorrain I U lises devuelve veintiséis episodios (1981). Se­ c o rtó lo s te s tíc u lo s d e U ra n o y g ó n ic a s c u lta s q u e d e riv a n de
Criseida a su padre, siglo xvii, ñalem os tam bién q u e la pelí­ lo s a rr o jó a l m a r. D e la s g o ta s e s te m ito .
Louvre). T u rn er (U lises m o ­ cula de Jean -L u c G odard El d e sa n g re m e z c la d a s c o n el e s ­ El O ttra n tis g rie g o se c o n ­
fándose de Polifem o, 1829. desprecio (1963), inspirada en p e rm a del d io s c a stra d o q u e c a ­ v ir tió en e l U ra n u s ro m a n o ,
Londres). la novela d e A lberto Moravia, y ero n a la tierra n acie ro n los g i­ d io s d e l C ie lo y p a d re d e S a­
—» SIRKNAS. presenta al director Fritz Lang g a n te s, las erinias* y las n in fa s' turn o * , e s te a su v ez asim ilad o
♦ M ás. M ontevcrdi, E l re­ rodando la Odisea. d e lo s fre sn o s; d e la s q u e c a y e ­ al C ro n o grieg o .
are so d e U lises a su patria. ron al m a r su rg ió la d io s a A fro ­
ópera. 16 4 1. En Odisea, ópera U R AN O o U RANO d ita ’. - » C R O N O , G EA . ♦ L en g u a . Urano es el sép­
de Dallapiccola (1968), Ulises P e r s o n if ic a c ió n d e l C ic lo , M u c h a s v a r ia n te s d e las tim o planeta tlel sistema solar,
com prende, después de haber n a c e d e G e a " , la T ie r r a , q u e le y e n d a s e n q u e in te r v ie n e cuya órbita se sitúa entre la tic
sido reconocido por Penélope, d esp u és d e em erg er del cao s' U ra n o — q u e n o d e s e m p e ñ a Saturno y la de Neptuno.
que el objetivo de sus aventu­ p r im ig e n io lo g e n e ró d e sí
ras no era aquel reencuentro, m is m a s in in te rv e n c ió n d e un
sino h allar el sentido d e su p rin c ip io m a s c u lin o , c reán d o lo
vida, y se hace nuevam ente a e x a c ta m e n te d e s u m is m o ta ­
la mar. m a ñ o p a r a q u e la c u b rie ra
- > SIRKNAS. p o r c o m p le to y la fe c u n d a se .
♦ Citt. La O disea ha sido lle­ —> T E O G O N IA .
vada varias veces a la pantalla. U ra n o s e c o n v ie r te por
La adaptación m ás fam osa es ta n to e n e l e s p o s o d e G e a , con
la d e M ario C am erini (1954), la q u e e n g e n d r a r á u n a n u m e­
con Kirk D ouglas en el papel ro s a p ro g e n ie : lo s s e is titanes-
de U lises. En U lises contra y la s s e is litá n id e s , lo s tre s c í­
H ércules, d e M ario C aiano c lo p e s ” y lo s tr e s g ig a n te s ” he-
( 19 6 1). el héroe «de los mil re­ c a to n q u ir o s (lite ra lm e n te «los
cursos» se opone con fantasía d e c ie n b ra z o s » ). P ero G e a ter­
y hum or a H ércules . encar­ m in ó c a n s á n d o s e d e l c o n tin u o
gado por su padre de hacer pri­ a b ra z o fe c u n d a d o r d e su e s­
sionero al astuto mortal. La te­ p o so , q u e im p ed ía q u e su s hijos
levisión propuso una versión s a lie ra n d e su s e n tr a ñ a s por
de la Odisea en ocho episodios m ie d o a q u e le d e s tro n a ra n , y

www.FreeLibros.me
VELLOCINO D E O R O
V
Z a le a d e u n c a r n e r o m í ti­
c o c u y a c o n q u is ta a r tic u la
el p e rip lo le g e n d a rio d e Jasón*
y s u s c o m p a ñ e r o s , lo s A r g o ­
nautas*.
A ta m a n te , re y d e T e b a s" ,
hijo d e Eolo* y n ie to d e Helén*,
d e c id ió s a c r ific a r a lo s d o s h i­
jo s q u e h a b ía te n id o d e s u p ri­
m er m atrim o n io , F rix o y H e le ’,
s ig u ie n d o lo s in te re s a d o s c o n ­
se jo s d e s u s e g u n d a e s p o s a , la
c e lo s a In o ’, h ija d e C a d m o .
P e ro c u a n d o lo s n iñ o s ib a n a
se r in m o la d o s e n e l a lta r, Zeus*
e n v ió u n p r o d ig io s o c a rn e ro
a la d o c o n v e llo c in o d e o ro q u e
lo s s a lv ó d e la m u e rte y se los
llev ó p o r lo s aires.
D u r a n te e l v ia je , s in e m ­
b a rg o , H e le c a y ó a l m a r e n el
e stre c h o q u e s e p a r a e l M e d ite ­
r r á n e o d e l m a r N e g ro , q u e
d e s d e e n to n c e s s e r á c o n o c id o Thorvaldsen. Jasón con el vellocino
c o n e l n o m b r e d e H e le s p o n to d e oro. Dinamarca. Museo Thor­
(« m a r d e H e le » ). F r ix o lle g ó valdsen

www.FreeLibros.me
VENUS 446 447 VESTA

sa n o y s a lv o a la C ó lq u id c , re ­ cin o d e o ro » ) fue c read a por El no m b re d e la d iosa, c o n ­ sistem a solar, caracterizado


g ió n s itu a d a e n lo s c o n f in e s el duque Felipe «el Bueno» de v ertido en nom bre com ún, se por su intenso resplandor, fue
del P o n to E u x in o (m a r N eg ro ), B orgoña en 1429. pasando u tiliz a a v eces en se n tid o fi­ b au tizad o con el nom bre de
d o n d e e l r e y E e te s le a c o g ió luego a la casa de A ustria a la g u rad o p ara d e sig n a r a una esta diosa.
c o n a le g r ía y le d io a s u h ija m uerte de C arlos «el Temera­ m ujer m uy herm osa (u n a ve ­ ♦ L it. e ¡con. —> a f r o d i t a .
p o r e s p o s a . El j o v e n , a g r a d e ­ rio» y más larde a España con n u s). S e a p lic a ad em ás a las
c id o . s a c r if ic ó e l c a r n e r o a C arlos V. El collar de la orden e statu as que rep resen tan a la V ESTA
Z e u s y o f r e c ió e l v e llo c in o al iba ad o rn ad o co n un carnero d io sa V enus («la V enus de D io s a ” ro m a n a d e l h o g a r
re y . q u e lo c o n s a g r ó a A r e s ’. d e o ro , p o r a lu sió n al mito M ilo») y , p o r ex te n sió n , a id e n t if ic a d a c o n la H estia"
L a z a le a d e l a n im a l, c la v a d a clásico. ciertas estatuillas del p aleolí­ g r ie g a . V e s ta e s la d io s a del
en un ro b le d el b o sq u e sag ra d o ♦ Lit. —> A R G O N A U TA S, JASÓN. tic o q u e rep resen tan figuras f u e g o q u e b rilla e n e l h o g a r,
d e l d io s d e la g u e r r a , q u e d ó ♦ ¡con. L úea G iordano. A le­ fem eninas con los caracteres c o n s id e ra d o c o m o e l cen tro de
b a jo la c u s to d ia d e u n te r rib le g o ría deI T oisón d e oro. h. sexuales muy acentuados. la c a s a p o r q u e e n é l se o f r e ­
d ra g ó n . 1697, Madrid, Gasón del Buen La venera e s una co n ch a se ­ c ía n p rim itiv a m e n te lo s s a c ri­
P o r o rd e n d e l re y P e lia s . Retiro; Thorvaldsen. Jasón con m icircu lar fo rm ada p o r dos f ic io s a lo s d io s e s tu te la r e s .
q u e p re te n d ía lib ra rse d e Ja só n , el vellocino d e oro. siglo xvm, v alv as estriad as, una plana y E s te f u e g o n u n c a d e b ía a p a ­
e s te o r g a n iz ó u n a e x p e d ic ió n Dinamarca. o tra convexa, convertida en el g a rs e y h a b ía q u e a v iv a rlo sin
p a ra ir a c o n q u is ta r el p re c ia d o ♦ Cin. —> A RGONAUTAS. em b lem a d e los pereg rin o s c e s a r . El c u lt o d e V e s ta e ra
tro feo . C u a n d o al c a b o d e m u ­ q u e acu d ían a S an tiag o de m u y a n tig u o , c o m o c o n firm a
c h a s p e rip e c ia s la e x p e d ic ió n VENUS Compostela. Su nombre se de­ e l h e c h o d e q u e s e le h u b ie ra
lleg ó p o r fin a la C ó lq u id c , M e- A n tig u a d io s a " ro m a n a de riva d e la p alabra veneriam . c o n s a g r a d o e l a s n o , a n im a l
d e a ”, la h ija d e l rey E e te s , se la v e g e ta c ió n y lo s ja r d in e s , una concha relacionada con la m e d ite rrá n e o p o r ex c e le n c ia .
e n a m o ró d e Ja só n y le a y u d ó a fu e a s i m i la d a a la A fro d ita ' diosa V enus, sobre la que Bo- E n R o m a te n ía su s p ro p ias
s u p e r a r to d o s lo s o b s tá c u lo s g rie g a . C o m o ta l, y e n su c ali­ ticcelli la representó saliendo s a c e r d o tis a s , la s v e sta le s, re ­
q u e le s e p a ra b a n d el v e llo c in o : d a d d e m a d r e d e l héroe" de las aguas. El adjetivo vené­ c lu ta d a s d e sd e m u y jó v e n e s en­
c o n d u jo a J a s ó n h a s ta e l b o s ­ E n e a s ’, f u n d a d o r m ític o del reo. sinónim o de «sexual», se tr e la s g r a n d e s fa m ilia s p a tri­
q u e . d u rm ió al d ra g ó n c o n su s p u e b lo ro m a n o , p u d o s e r co n ­ ha form ado sobre el g enitivo c ia s . E sta b a n o b lig a d a s al voto
h e c h iz o s y fa v o r e c ió la h u id a s id e ra d a a n te p a s a d a d e la gen.? del nom bre latino de la diosa d e c a stid a d y d e b ía n se rv ir d u ­
d e lo s A rg o n a u ta s . D e re g re s o h tlia — q u e p re te n d ía d e sc e n ­ (V en eris); este, p o r tran sfo r­ ra n te tre in ta a ñ o s en el tem plo,
a Y o lco , Ja só n e n tre g ó a P elias d e r d e E n e a s— y d io s a tu telar m ación, ha dado asim ism o el d o n d e su fu n c ió n c o n s is tía
e l v e llo c in o s in o b te n e r , sin d e la c iu d a d d e R o m a. nom bre com ún viern es (de e se n c ia lm e n te en m an ten er e n ­
e m b a r g o , la re c o m p e n s a p ro ­ Veneris die. «día de V enus») c e n d id o e l fu e g o sa g ra d o . Si
m etida. ♦ L e n g u a . El m o n te d e Ve­ y , en francés, el topónim o fa lta b a n a su s v o to s o a su d e ­
n u s es la p rom inencia pubia- P o rt-V en d res (de P o riu s V e­ b e r e ra n e n te rra d a s vivas.
♦ Lengua. La orden de caba­ na d e la m u jer q u e , al lle­ neris. literalm ente «Puerto de
llería del Toisón d e O ro (del g a r la p u b ertad , se c u b re de Venus»), ♦ L en g u a . El término vestal,
francés toison d 'o r . « v ello ­ vello. El segundo planeta de nuestro que designaba a las saeerdoti-

www.FreeLibros.me
VIAJE 448 449 VULCANO

sas de esta diosa, se aplica en las gestas d e los h éro es clásicos,


ocasiones, p o r extensión, a la la lite ra tu ra , a p a rtir d e la E dad
mujer casta. M edia, p resen ta c o m o u n a co n s­
ta n te e l b in o m io av en tu ra-v iaje.
VIAJE D esd e la n o v e la ca b a lle re sc a de
El tern a d el v ia je e s u n o d e C h rétien d e T ro y es, p a sa n d o por
los m á s im p o rtan tes d e la m ito ­ lo s lib ro s d e c a b a lle ría s m ed ie­
lo g ía g re c o rro m a n a . E n e fe c to , v a le s y re n a c e n tis ta s , h a s ta la
los relato s m ític o s p re se n ta n un n o v e la d e a v e n tu ra s d e lo s si­
co n tin u o p ereg rin ar de dioses" y g lo s x v m - x ix — c o n a u to res
héroes". L o s tre s g ra n d e s m ito s c o m o S a lg a ri, D e fo e , V e rn e o
d el v ia je so n lo s re la to s d e los S te v c n s o n — , y e l g é n e ro d e la
p e rip lo s, lle n o s d e a v e n tu r a s y c ie n c ia ficc ió n , d e sa rro lla d o en
p e rip e c ia s, d e lo s A rg o n a u ta s ', e l s ig lo x x , e l h é ro e d e b e em ­
d e U lis e s 1' y d e E n e a s '. P e ro p re n d e r u n v iaje a lu g ares extra­
a u n q u e so n lo s m á s c o n o c id o s , ñ o s d o n d e le su c e d e rá n u n a se­
e s tá n le jo s d e s e r lo s ú n ic o s . rie d e a v e n tu ra s q u e se rv irán
C asi todos los je f e s g riegos, a su c o m o p ru e b a s in ic iá tic a s y le
re g re s o d e T r o y a ’, tu v ie ro n co n sag rarán c o m o u n se r excep­
c o m o U lis e s un v ia je tu m u l­ c io n a l, situ a d o a m ed io cam ino Velázquez, La /ragua d e Vulcano. Madrid. Museo del Prado
tu o so y sem brado d e obstáculo s. e n tre lo d iv in o y lo h um ano.
P o r o tra p a rte , lo s g ra n d e s h é ­ V o lv ie n d o a la é p o c a c lá ­ VULCANO d io s d e la h is to ria ro m an a.
ro e s c o m o H eracles* , T c se o " o s ic a , u n d io s , H e r m e s ', e ra de D iv in id ad itá lic a d el fu e g o , d e s d e la fu n d a c ió n de R om a
P e rseo ' no d e ja n de d esp lazarse h e c h o e l p ro te c to r d e lo s v iaje­ e le m e n to c o n c e b id o c o m o u n a h a sta la b a ta lla d e A ccio.
p o r tierra, p o r m ar, o incluso p o r ro s y r e c o r r ía e l m u n d o en un fu e rz a d e v a s ta d o ra q u e los
los a ire s, p a ra lle v a r a c a b o sus c o n tin u o ir y v e n ir, lle v a n d o a h o m b re s d e b e n p ro p ic ia rse . En ♦ L engua. La palabra volcán
h a z a ñ a s. O tro s , c o m o E dipo ", to d o s lo s r in c o n e s la s ó rd en es R om a, su c u lto y la fie sta d e las se formó en el siglo xvi, a par­
e s tá n o b lig a d o s a un c o n tin u o d e Z e u s ' c o m o m en sa je ro suyo. V u lc a n a lia e ra n tan a n tig u o s tir del nom bre de este dios
e x ilio . L o s re la to s m ito ló g ic o s L a m u e r te , p o r s u p arte, c o m o la p ro p ia ciu d a d . F u e a si­ entre los conquistadores espa­
a p a re c e n e n e s te s e n tid o c o m o m e re c ía p le n a m e n te e l nom bre m ila d o a l H e fe sto * g r ie g o y ñoles, para designar las «mon­
a rq u e tip o s d e la s n o v e la s d e d e « ú ltim o v ia je» y a q u e im pli­ a d o p tó su m ito lo g ía . E n tre los tañas de fuego» descubiertas
a v e n tu ra s q u e llev an a su s p e r­ c a b a a tr a v e s a r a b o r d o d e un p o etas latin o s a p a re c e c o m o un en A m érica central. De ella
so n ajes a lu g ares lejan o s, e x tra ­ b o te e l río A q u e ro n le ', m á s allá a rte s a n o c o jo , e s p o s o d e V e ­ procede a su vez el adjetivo
ñ o s y m iste rio s o s d o n d e d e b e n d e l c u a l s e e x te n d ía u n nuevo n u s , q u e fo rja a p e tic ió n su y a volcánico y otros derivados.
en frentarse a d iv erso s p e lig ro s y c o n tin e n te , lo s In fie rn o s ", con las a rm a s p a ra E n e a s ', h ijo d e La forma original se mantiene
a a d v e rs a rio s v a ria d o s . D e h e ­ u n a g e o g ra fía e sp e c ífic a . la d io s a ’, r e p r e s e n ta n d o e n su sin embargo en palabras como
c h o , in f lu id a d ir e c ta m e n te p o r —> ENEAS, JASÓN, ULISES. e s c u d o lo s p r in c ip a le s e p is o - vulcanita, vuteanismo. vulca-

www.FreeLibros.me
VULCANO 450

Y
n ó l o g o o v u lc a n o l o g í a (estos glo x v m . L ondres). Sin em ­
últim os, dobletes de v o lc a n ó - bargo, se convierte en la figura
I o r o y v o tc a n o lo g ía ). central cuando se le representa
La vulcanización (term ino de en su forja: La fra g u a d e Vul­
origen inglés form ado en el si­ cano, lienzos de Tintoretto (si­
glo xix a partir del nom bre del g lo xvi, V enecia) y de Veláz-
dios) es un procedimiento con­ q u ez (1630, M adrid, M useo
sistente en incorporar azufre del Prado); R ubens, Vulcano
— sustancia relacionada con forja las flechas de Júpiter, si­
Vulcano— al caucho con el fin g lo x v n , M adrid. Vulcano
de m ejorar su resistencia y com parte a veces con Venus el YACO YOCASTA
conservar su elasticidad. lugar central: Venus en la fr a ­ O tro n o m b re d e —> b a c o . E sposa y m ad re d e - 4 e d ip o .
♦ Lit. —>H E F E S T O . g u a d e Vulcano, cu ad ro s de
♦ Icón. Es frecuente que apa­ Rubens (siglo xvn, Bruselas),
rezca en un segundo plano, Le N ain (sig lo x v n . Rcims),
agazapado en las som bras y Van Dyck (siglo x v n, Viena),
dispuesto a lanzar su red sobre B oucher (sig lo x v m , París,
V enus y M arte1 (B oucher, s i­ Versalles).

www.FreeLibros.me
ZEUS
z
D ios* su p re m o d e lo s g rie ­
g o s, v e n e ra d o p o r to d o s los
p u eb los helénicos. Z e u s es esen ­
c ia lm e n te e l d io s d e la L u z (su
n om bre, c u y a g rafía corresponde
a u n a an tig u a fo rm a D yew s, p ro ­
ced e d e la m ism a raíz q u e la p a­
lab ra la tin a d ie s , q u e s ig n ific a
«día», «luz del día»). Es tam bién
el d io s d e la n a tu ra le z a físic a y
d e los g ran d es fen ó m en o s celes­
te s d o n d e s e m a n ifie s ta la v id a
c ó sm ic a : p e rs o n ific a c ió n del
C ielo y su esplendor, sím b o lo d e
la llu v ia , d e l v ie n to , d e la s to r­
m en tas, del c ic lo d e la s e sta c io ­ Ingres. Zeus y Tetis. Museo
n es, d e la s u c e s ió n d e l d ía y la de Aix-en-Provence
n o c h e. E s d el d io s del ra y o , v e­
n erad o e n lo s p ic o s elev a d o s: el D io s s u p r e m o , e s e l g a ­
T áig cto , e l H im e to y so b re todo ra n te d e l o rd e n c ó s m ic o qu e
el O lim p o ', su m o ra d a . E s el e n c a r n a . S u fu n c ió n es re s ta ­
a m o d e los e le m e n to s y a v eces b le c e r el e q u ilib r io d el U n i­
parece rein ar sobre el m ar, c o m o v erso y p ro te g e r los privilegios
su h e rm a n o P oseidón*, o e n los d e lo s d io s e s ( - » P r o m e t e o ).
In fie rn o s’, re in o d e su o tro h e r­ S u p o d e r s e e x tie n d e ta m b ién
m ano, H a d e s1'. so b re lo s h o m b res: v ela p o r las

www.FreeLibros.me
ZEU S 454 455 ZEUS

fa m ilia s y la s fr a tría s a te n ie n ­ E s e l h ijo m e n o r d e C rono* G ig a n to m a q u ia — y d e s tr u ir a d e la m is m a c a b e z a d el dios.


se s y b a jo s u p ro te c c ió n s e h a ­ y R e a ’, y p e rte n e c e p o r ta n to a Tifón*. —> C ÍC LO PE S O C IC LO PE S, A d e m á s, tu v o d e S ém ele a D io­
lla n ta m b ié n m u c h o s lu g a r e s la te r c e r a g e n e r a c ió n d iv in a . G IG A N T E S, T E O G O N IA , TIFÓ N . n iso", q u e se g e stó en e l propio
d o n d e s e c o n c e n tr a la v id a d e C ro n o , a q u ie n s e le h a b ía p ro ­ L a lite r a tu r a h a c o n c e d id o m u s lo d e Z e u s , y d e M a y a a
la c iu d a d ( m e r c a d o s , a s a m ­ f e tiz a d o q u e u n h ijo s u y o le u n a m p lio d e s a r r o llo a las H erm es* . E n g e n d ró tam b ién
b le a s p o líticas...)- E s d io s d e la d e s tro n a ría , h a b ía d e v o ra d o ya a v e n tu r a s a m o r o s a s d e Z e u s , o tr o s m u c h o s h ijo s, ta n to d io ­
ju s tic ia : v ig ila e l re s p e to a los a lo s c in c o q u e le h a b ía d a d o q u e se u n ió a m u c h a s d iv in id a ­ s e s c o m o héroes": H elena*, Pó-
ju r a m e n to s y a la s le y e s d e la R e a , p e ro e s ta c o n sig u ió salv ar d e s d e la s q u e tu v o h ijo s c é le ­ lu x , H eracles*, M inos*...
h o s p ita lid a d , y d is p e n s a lo s a su ú ltim o h ijo e n tre g a n d o a su b re s : la s h o ras* y la s m o iras* E n H o m e ro y H e sío d o ,
b ie n e s y lo s m a le s . C a s tig a la e s p o s o u n a p ie d r a e n v u e lta en (d e T em is"), la s cárites* (d e E u- Z e u s tie n d e a e n c a rn a r un p o ­
im p ie d a d y la d e s m e s u r a (h i- p a ñ a le s y e s c o n d ie n d o a l n iñ o rín o m e ), la s m u sas* (d e M n e - d e r s u p r e m o y ú n ic o q u e se
b ris"), p e r o s a b e ig u a lm e n te e n C reta, d o n d e se ría c ria d o por m ó s in e ), A p o lo ’ y A rte m is a - e je rc e so b re la m u ltiplicidad de
re c o m p e n s a r lo s a c to s d e p ie ­ la n in fa " o la c a b r a A m a lte a '. (d e L e to " )... D e H e r a ', s u e s ­ d iv in id a d e s q u e fo rm an el p an­
d a d ( - > B A U C is ) y p u r i f ic a a Y a a d u lto , Z e u s lib e r ó a su s p o sa le g ítim a , q u e ta m b ié n e ra te ó n " g rie g o . E n e s ta c o n c e p ­
los a se sin o s d e los c rím e n e s d e h e r m a n o s y h e rm a n a s u tili­ su h e rm a n a , so lo tu v o a A res", c ió n p u e d e v e rs e e l e s b o z o de
san g re. E s ta m b ié n e l d io s S a l­ z a n d o u n a d ro g a , q u e le h ab ía a H efesto* (s o lo se g ú n a lg u n a s u n a s o b e r a n ía u n iv e rsa l fu n ­
v a d o r ( S ó te r ) q u e a c u d e e n p r o p o r c io n a d o M e tis" , q u e v e rs io n e s ) , a ll i t í a y a H e b e . d a d a s o b re la ra z ó n , un p rin c i­
a y u d a d e lo s c o m b a t ie n t e s y o b lig ó a C ro n o a v o m ita r todos C o n D e m é te r", o tra d e su s h e r­ p io d e m o n o te ísm o .
le s p e rm ite o b te n e r la v ic to ria . s u s h ijo s . L u e g o d e s tro n ó a su m a n a s, tu v o a P erséfone*. Z e u s Z e u s e r a v e n e ra d o en toda
D iv in id a d u n iv e rs a l, Z e u s e s a p a d r e . A n te s d e r e in a r e n el se u n ió ta m b ién a m u c h a s m o r­ G re c ia . S u s tem p lo s m ás fam o­
la v e z «el p a d re d e los d io s e s y O lim p o tu v o q u e c o m b a tir d u ­ ta le s y p a ra c o n s e g u ir lo s o lía s o s so n lo s d e D o d o n a, el de la
d e lo s h o m b r e s » , s e g ú n H o ­ ra n te d ie z a ñ o s c o n tr a lo s tita ­ r e c u r r ir a la s m e ta m o rfo sis* A c ró p o lis d e A te n a s y el de
m e ro . R e in a c o m o p a tr ia r c a n es4, e n c a rn a c io n e s d e las fu er­ m á s v a ria d a s : s e c o n v ie r te en O lim p ia . E n su h o n o r se c e le ­
s o b r e u n a s o c ie d a d o r g a n i ­ z a s b ru ta le s p r im itiv a s . T u v o c is n e p a r a u n ir s e a L e d a", en b ra b a n g ra n d e s fiestas acom pa­
z a d a , p e ro su s p o d e r e s tie n e n p rim e ro q u e lib e ra r del Tártaro* llu v ia d e o ro p a r a p e n e tr a r en ñ a d a s d e c o m p e tic io n e s y de
u n lím ite , p u e s a su v e z e s t á a lo s g ig a n te s h e c a to n q u iro s D ánae", a d o p ta la a p a rie n c ia de ju e g o s , c o m o e n O lim p ia ,
s o m e tid o a la s le y e s d e l D e s ­ (« d e c ie n b ra z o s » ) y a lo s c í­ A n fitrió n " p a ra u n ir s e a A le - d o n d e s e c e le b ra b a n c a d a cu a­
tino*. c lo p e s ', q u e le p ro p o rc io n a ro n m e n a , la v ir tu o s a e s p o s a d e tr o añ o s.
D a d o e l a lc a n c e c o s m o g ó ­ e l r a y o . L o s O lím p ic o s " o b tu ­ este. A m ó tam b ién al jo v e n G a- L o s ro m a n o s le asim ilaro n
n ic o d e la fig u ra d e Z e u s , fu e ­ v ie ro n la v ic to ria y los tre s her­ n ím ed es* y s e tr a n s f o r m ó en a Júpiter*.
ro n m u c h o s lo s a u to r e s a n ti­ m a n o s s e re p a rtie ro n e l poder: á g u ila p a ra rap tarlo , c o n v irtié n ­ - 4 M ETA M O RFO SIS.
g u o s q u e d e d ic a ro n su s p lu m a s Z e u s o b tu v o e l c ie lo , P oseidón d o le lu e g o e n s u c o p e r o e n el
a r e la ta r e p is o d io s d e la v id a e l m u n d o m a r in o y H a d e s el O lim p o . S u h ija A te n e a ', la q u e ♦ Lit. Es im posible enumerar
del d io s . Z e u s a d q u ie re su p e r­ m u n d o s u b te rrá n e o . A n te s de h a b ía e n g e n d r a d o e n su p ri­ todas las obras antiguas donde
so n a lid ad y su n a tu raleza c o m o re in a r , Z e u s tu v o to d a v ía q u e m e ra e s p o s a , M etis" — a la q u e aparece la figura de Zeus. En
so b e ra n o d e lo s d io s e s y d e los e n fre n ta rs e a los g ig a n te s — lu­ Z e u s se h a b ía tr a g a d o c u a n d o el sig lo xx, Jean-Paul Sarire
h o m b re s a p a rtir d e H o m ero . c h a c o n o c id a c o n e l n o m b re de e s ta b a e n c in ta — , s a lió a rm a d a introduce a Júpiter en su pieza

www.FreeLibros.me
ZOOGONÍA 456

Las moscas ( 1943). donde apa­ toma el aspecto de Diana*; Zeus


rece com o un p ersonaje b a r­ y Dánae, lienzos de Ti/.iano (si­
budo q ue v ig ila los pasos de glo xvi, M adrid) y Tintoretto
O restes’. a quien no deja ni a (siglo xvi, Lyon), donde se con­
sol ni a sombra. vierte en lluvia de oro; Bou-
—> A N F I T R I Ó N . eher, Zeus y Europa (siglo xvm,
EST U D IO G EN ERA L D E LA M ITOLOGÍA
♦ ¡con. Zeus H istiae (a veces Louvre), transformado en toro: G R EC O R R O M A N A
llam ado Poseidón). bronce, h. C orreggio, Jú p iter e Io (siglo
450 a. C.. Atenas. La figura de xvi. Viena). donde es una nube;
Zeus — como la de Cristo en el Tintoretto, Júpiter y Leda (siglo
arte paleocristiano— se repre­ xvi, Florencia), donde se trans­ L a p a la b ra « m ito lo g ía » d e s ig n a , se g ú n la d e fin ic ió n del D ic­
senta a veces com o un joven forma en cisne; M oreau. Júpi­ c io n a r io d e la le n g u a e s p a ñ o la d e la R eal A c a d e m ia E spañola,
im berbe, particularm ente en te r y Sém ele. siglo xix, París: a l « c o n ju n to d e m ito s d e u n p u e b lo o d e u n a c u ltu ra , e sp e c ia l­
ciertas monedas romanas, pero Ingres. Zeus y Tetis. 1811, Aix- m e n te d e la g rie g a y ro m a n a » . A h o ra b ien , ¿ q u é e s u n m ito?
la mayoría de las veces aparece en-Provence. En algunas oca­ L a n a tu ra le z a y fu n ció n d e l m ito h an su scita d o n u m erosos es­
com o un hom bre barbado y siones figura también junto a su tu d io s. A u n q u e las c a ra c te rís tic a s d e e s ta o b ra im p id en q u e e x ­
m ajestuoso, sosteniendo en la esposa legítim a (A nnibale Ca- p o n g a m o s e n e s ta s p á g in a s to d o s lo s a n á lis is so b re la m ateria,
mano un haz de fuego al que rracci. Júpiter y Juno, siglo xvi. s í p o d e m o s e n c a m b io p re s e n ta r d e fo rm a re la tiv a m e n te sencilla
tradicionalm ente se identifica Roma). lo s d a to s y c o n c lu s io n e s q u e e sto s e stu d io s h an co n trib u id o a d i­
con el rayo (num erosísimas es­ -> D Á N A E , G A N ÍM R D E S , H E R A , lu cid ar.
culturas griegas y rom anas). LEDA.
Los episodios de su vida han ♦ M us. El título de Júpiter que
inspirado a muchos artistas. Su en el siglo xix se dio a la sin­ L A E S E N C IA D E L M IT O
infancia: Jordaens. Im educa­ fonía n.“ 41 en d o mayor
ción de Júpiter. 1640. Cassel. Y K. 551 d e M ozart (1788), se E n su o rig e n , e l té rm in o g rie g o m u th o s sig n ificab a «discurso,
sobre lodo sus am ores: A n ­ explica sin duda por el carácter p a la b ra » , c o n u n a c ie rta e s p e c ia lis a c ió n c o m o « d is c u rso narra­
tíope'. lienzos de Correggio (si­ grandioso d e la obra, pero su tiv o , re la to » . E s te e s e l s e n tid o c o n q u e lo e m p le a n siem p re
glo xvi. I .ouvre) y W atteau (si­ origen es puram ente apócrifo. H o m e ro y e l p o e ta trá g ic o E sq u ilo ; los a n tig u o s g rie g o s lo utili­
glo x v i i i , Louvre), donde Júpi­ ♦ Cin. —> o l ím p ic o s . z a b a n , p o r e je m p lo , p a ra d e s ig n a r lo q u e a c tu a lm e n te llam am os
ter aparece bajo la apariencia de « fá b u la » (e n e l se n tid o d e L a F o n ta in e ). U n m ito p u e d e definirse
un sátiro •; Rubens. Zeus y C a­ ZOOGONÍA p o r ta n to c o m o u n re la to p e ro , e n e l c a s o d e las so c ie d a d e s a r­
lisu r (siglo x v i i . Cassel). donde - A ANIMALES. c a ic a s , e l té r m in o d e s ig n a m á s e s p e c ífic a m e n te el re la to d e un
a c o n te c im ie n to c a ra c te riz a d o p o r u n a se rie d e rasg o s q ue a con­
tin u a c ió n se in d ic a n .
E n p r im e r lugar, es u n a c o n te c im ie n to c u y o desarrollo se con­
sid era e n m a rc a d o n o e n el tie m p o q u e c o n stitu y e la historia — en
el sen tid o m ás am p lio del térm ino— , sin o en un tiem po que podría

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN E RA L 458 459 E S T U D IO GENERAL

d ecirse «p rim igenio», un tiem p o d e alg ú n m o d o an terio r al tiem po, S e th , q u e s e e n c a rn a b a e n u n a s n o ro jiz o c o m o la a re n a de las
« a nterior, e x te r io r y h e te r o g é n e o re sp e c to a l tie m p o e n q u e vivi­ d u n a s . S e th h a b ía m a ta d o a O s iris y , d e s p u é s d e d e sp ed azarlo ,
m os», seg ú n la ex p resió n del h isto ria d o r P aul V e y n e E n seg u n d o h a b ía a rr o ja d o su c u e rp o al m a r; p e ro su m u e rte n o fue d e fin i­
lugar, se trata d e un a c o n te c im ie n to c o n sid e ra d o « fu n d a m e n ta l» o tiv a : O s ir is r e s u c itó y p u d o v e n c e r f in a lm e n te a S e th . P u ed e
« explicativo», e n el sentido d e q u e co n stitu y e la razón d e s e r y pro­ v e rs e c ó m o e s te m ito — o , d ic h o d e o tro m o d o , e s te re la to d e un
p o rc io n a la ex p lic a c ió n d e u n a re a lid a d , n a tu ra l o h u m a n a , c u y a a c o n te c im ie n to e n e l q u e s e e n f r e n ta n s e r e s s o b r e n a tu ra le s y
e x isten cia e s co n sla ia b le e n la a c tu a lid ad . P o r últim o , los p ro ta g o ­ c u y a a c c ió n s e e n m a rc a e n u n tie m p o d is tin to d e l tie m p o h istó ­
n istas d e este a c o n te cim ien to n o fu e ro n se re s h u m a n o s sem ejan tes ric o — p ro p o rc io n a b a la e x p lic a c ió n d e l fe n ó m e n o c lim á tic o y
a n o so tro s, sin o s e re s s o b re h u m a n o s, d io s e s e n la m a y o ría d e los g e o ló g ic o q u e lo s e g ip c io s c o n s ta ta b a n : si tal fe n ó m e n o existía
c a s o s , a v e c e s a n im a le s , o b ie n h o m b r e s d e u n a « e s e n c ia » p a r­ e r a p o rq u e « a lg o » h a b ía p a s a d o e n e l tie m p o p rim o rd ia l, y e s el
ticu lar. E s o b v io q u e tal a c o n te c im ie n to n o tie n e la m ism a n a tu ra ­ re la to d e e s e « a lg o » lo q u e c o n stitu ía el m ito . A trav é s del ejem ­
leza q u e los a c o n te cim ien to s h istó rico s: en p rin c ip io , n o es m en o s p lo q u e a c a b a m o s d e e x p o n e r, e l m ito a p a re c e e n c ie rto sentido
real o a u té n tic o q u e e sto s, p e ro su re a lid a d n o v ie n e c o n firm a d a c o m o la tr a d u c c ió n n a rra tiv a y a le g ó ric a d e u n a re alid ad cons-
p o r n in g ú n te s tim o n io , p o r n in g ú n d o c u m e n to ; n o e s p o r ta n to la ta b le p e ro p ro b le m á tic a .
« im a g in a rio » , s in o «im a g in a d o », y p o r ta l m o tiv o n o e s o b je to de V e a m o s o tr o e je m p lo p a rtic u la rm e n te ilu stra tiv o . En otoño,
c ien c ia, sin o d e cre e n c ia . T o d o s lo s p u e b lo s tie n e n o h a n ten id o la s a v ia d e lo s á rb o le s d e s c ie n d e a la s ra íc e s, b a jo tie rra , y p er­
u n a m ito lo g ía q u e s e m a n tien e « v iv a » e n a lg u n o s m ie n tra s q u e en m a n e c e a llí d u ra n te la m ita d del a ñ o p a ra lu eg o a sc e n d e r en pri­
o tro s, p o r e l c o n tra rio , e s tá « m u e rta » (c o m o las « le n g u a s m u e r­ m a v e ra d u ra n te u n s e g u n d o p e río d o d e s e is m e se s. P a ra e x p li­
tas»), S ería e l c a s o d e los p a ís e s in d u strializad os. c a r e s te fe n ó m e n o c o n s ta ta b le , los a n tig u o s g rie g o s recurrieron
a u n m ito s e g ú n e l c u a l u n a m u c h a c h a . C o re , h ija d e la d io sa
D e m é te r — q u e p re s id ía la a g ric u ltu ra y la v e g e ta c ió n — , había
A lgunos ejemplos sid o ra p ta d a p o r H a d e s, d io s d e la m u e rte y so b e ran o del m undo
s u b te rrá n e o , p e ro se le h a b ía p e rm itid o re g r e s a r c a d a se is m e­
E n E g ip to , ta n to a n ta ñ o c o m o e n n u e s tr o s d ía s , la s tie rra s s e s j u n t o a s u m a d r e y p a s a r c o n e ll a la m ita d d e l a ñ o . A q u í
fé rtile s d e l v a lle d e l N ilo e s ta b a n c o n s ta n te m e n te a m e n a z a d a s ta m b ié n s e c o n s id e ra b a q u e « a lg o » h a b ía p a s a d o en un tiem po
p o r la s d u n a s y , e n c ie r ta s é p o c a s , la s m o d ific a c io n e s c lim á ti­ p rim o rd ia l, e n e s te c a s o el ra p to d e C o re , y q u e e s te ac o n te c i­
c a s p o d ía n in c lu s o p ro v o c a r la d e s tru c c ió n p a rc ia l d e la su p e r­ m ie n to « m ític o » e x p lic a b a el fe n ó m e n o m iste rio s o del cic lo de
fic ie c u ltiv a b le d e b id o a lo s a v a n c e s d e l d e s ie rto . T a n to e n un la v e g e ta c ió n .
a ñ o b u e n o c o m o en u n o m a lo , e l N ilo c o n s e g u ía tr a n s p o rta r sus T e rc e r e je m p lo , e s ta v e z re la c io n a d o c o n el co m p ortam iento
a lu v io n e s b e n é fic o s , m a n te n ie n d o a ra y a e l d e s ie rto . L o s a n ti­ h u m a n o . E s fá c il o b s e r v a r q u e e x is te u n a re la c ió n e stre c h a en­
g u o s e g ip c io s e x p lic a b a n e l fe n ó m e n o re c u rrie n d o a u n m ito , el tr e v io le n c ia y s e x u a lid a d , re la c ió n q u e s e m a n ifie s ta co n p ar­
d e la riv a lid a d e n tr e u n d io s b e n é fic o d e c a b e llo s o s c u r o s (c o ­ tic u la r c la r id a d e n c o m p o r ta m ie n to s c o m o la v io la c ió n o el sa­
lo r d e la tie r r a f é r til) , lla m a d o O s ir is , y s u m a lé f ic o h e rm a n o d is m o , p e ro q u e e x is te ig u a lm e n te e n e s ta d o la te n te en el seno
m ism o d e la « n o rm a lid a d » . P u e s b ie n , lo s g rie g o s co ntaban que
A fro d ita , d io s a d e l a m o r y la s e x u a lid a d , y A re s, d io s de la g ue­
V c y n c, P a u l. Lev g ir e s onl-its cru <) leurs m ythes?. P arís, S e u il, 1983. rra y la v io le n c ia , se h a b ía n e n a m o ra d o el u n o d e l o tro y se ha­
b ía n c o n v e rtid o e n a m a n te s: u n a d e la s p o sib le s lectu ras de este

www.FreeLibros.me
ESTUDIO GENERAL 460 461 E S T U D IO GENERAL

re la to m ític o — e n tr e o tr a s ig u a lm e n te p o s ib le s — p e r m ite in ­ s u s c e p tib le s d e d e s e m b o c a r e n u n a te o ría . P o r su p arte, el e s p í­


te r p r e ta r lo c o m o u n a e x p lic a c ió n d e d ic h o fe n ó m e n o p s ic o fi- ritu m ític o im a g in a ta m b ié n su s p ro p ia s h ip ó te sis — la im ag in a­
sio ló g ic o . ció n e s c o m ú n a a m b o s p ro c e d im ie n to s— p e ro , p o r un lado, e s­
ta s h ip ó te sis n o e stá n su je ta s a v e rific a c ió n y , p o r o tro , no ad o p ­
tan la fo rm a d e te o ría s, sin o d e re la to s q u e p o n e n en e sc e n a unos
E l mito, u n a respuesta a l misterio p e rs o n a je s y re fie re n su s a c c io n e s.
P o r su p u e s to , c a b e p re g u n ta rs e c u á l e ra en la A n tig ü e d a d el
T a l e s la e se n c ia d e l m ito : u n re la to q u e p r e s e n ta a u n o s s e ­ g ra d o d e c re e n c ia en lo s m ito s, c u e stió n q u e y a se h a p lanteado
r e s s o b r e n a tu r a le s , r e la ta u n a c o n te c im ie n to s u c e d id o e n u n P aul V c y n e e n u n a o b ra titu la d a L e s g r e c s o n t-ils cru á leu rs m y-
tie m p o p r im ig e n io a n te r io r a l tie m p o r e a l y p r o p o r c io n a la cla v e th e s ? D e sp u é s d e su tile s a n á lis is , V e y n e c o n c lu y e d ic ie n d o más
e x p lic a tiv a d e a lg o q u e s u c e d e o e x is te e n e l tie m p o r e a l, c o n ­ o m e n o s q u e c re y e r o n e n e llo s sin c r e é r s e lo s , p e ro al m ism o
ta n d o c ó m o e s e f e n ó m e n o r e a l h a lle g a d o a e x is tir . P o d e m o s tie m p o c re y é n d o lo s...; a lg o p a re c id o a la fo rm a e n q u e los niños
ig n o ra r, e n e l c a s o q u e n o s o c u p a , la te o ría se g ú n la cu a l la v e r­ « c re e n en P a p á N o e l» . Y c o m p a ra e s ta a c titu d m en tal con la de
d a d e ra fu n c ió n d el m ito s e ría e x p lic a r y ju s tif ic a r rito s p re e x is ­ c ie r to p u e b lo a fric a n o , d e re lig ió n c ristia n a , c u y a m ito lo g ía co n ­
ten te s; e n el c a s o g rie g o p u e d e s u c e d e r q u e u n m ito ju s tifiq u e un sis te e n c r e e r q u e e l le o p a rd o e s ta m b ié n c ris tia n o — y p o r ello
rito , p e ro so n c a s o s e x c e p c io n a le s , a d ife re n c ia d e lo q u e se o b ­ n o c o m e ría c a rn e lo s v ie rn e s— , p e ro sa b ie n d o p e rfe ctam en te al
se rv a en o tra s c iv iliz a c io n e s , p a ra la s c u a le s e s ta te s is se ría p e r­ m is m o tie m p o q u e el a n im a l e s ta n c a rn ív o ro los v ie rn e s co m o
fe c ta m e n te v álid a. lo s re s ta n te s d ía s d e la s e m a n a (y d e h e c h o tien e n buen cu id ad o
E l h e c h o d e q u e el m ito n o s e a u n re la to g ra tu ito e s lo q u e lo d e e n c e rr a r a su s re b a ñ o s to d o s lo s d ía s , in c lu id o e l viernes, s u ­
d ife re n c ia d el « c u e n to » , q u e n o tie n e o tr a fin a lid a d q u e p ro p o r­ p u e sto « d ía d e a y u n o » d e la fiera).
c io n a r al au d ito rio o a l le c to r e l p la c e r d e sa b o re a r u n a « b e lla his­ P a ra lo s a n tig u o s g rie g o s y ro m a n o s e x is tía sin d u d a u na d i­
to ria » . El c u e n to p o d ría s e r . p o r ta n to , d e f in id o c o m o u n m ito c o to m ía a n á lo g a e n tre el c re e r y el sa b e r, d ic o to m ía q u e adem ás
« d eg rad ad o » : p re se n ta la fo rm a d e l m ito , p e ro n o a se g u ra su fu n ­ d e p e n d ía s in lu g a r a d u d a s d e l n iv e l s o c ia l e in te le c tu a l: unos
c ió n . E l m ito , p o r s u p a rte , e s m a te r ia s e r ia y e le v a d a : n a c e v e ía n re la to s s im b ó lic o s d o n d e o tr o s v e ía n h is to ria s au tén ticas;
c u a n d o e l h o m b re s e e n c u e n tra en p re s e n c ia d e l m iste rio , y cons­ n o e r a n e c e s a rio c re e r en la re a lid a d d e lo s m ito s p a ra ad m itir su
titu y e un e s fu e r z o d e l e s p ír itu h u m a n o p a r a d is ip a r e s e m iste rio verd a d . A l fin y a l c a b o , ¿ n o s u c e d e lo m ism o , p a ra lo s c ristia ­
r e s p o n d ie n d o a l d o b le in te r r o g a n te d e l « p o rq u é » y d e l «cóm o». n o s d e la a c tu a lid a d , c o n lo s re la to s so b re lo s m ila g ro s d e C risto
M is te r io d e lo s o r íg e n e s (d e l u n iv e r s o , d e l h o m b r e , o s im p le ­ tal y c o m o a p a re c e n n a rra d o s e n los E v a n g e lio s? U n o s los tom an
m en te de un p u e b lo o u n a c iu d a d ); m iste rio d e los fe n ó m e n o s na­ al p ie d e la letra, o tr o s lo s in te rp re ta n c o m o sím b o lo s, pero am ­
tu ra le s (y a se a n a stro n ó m ic o s , c lim á tic o s o b io ló g ic o s ); m isterio b o s c o in c id e n e n v e r e n e llo s la e x p re s ió n d e u n a v erdad.
d e la c o n d u c ta h u m a n a , so b re to d o e n su s a s p e c to s irra c io n a le s S e a c o m o fu e re , p o d e m o s c o n s id e ra r q u e lo s rela to s m ito ló ­
(el am or, la v io len cia); m isterio , p o r ú ltim o , d e la m u e rte y lo que, g ic o s tie n e n p o r fu n c ió n e x p r e s a r v erd a d es, « d e c ir la verd a d » a
tal v ez, sig a a la m u erte. L a c ie n c ia tie n e la m ism a a m b ic ió n , pero su m a n era, q u e n o e s la d e la cie n c ia o la d e la filo so fía , p ero que
a n te fe n ó m e n o s d e e s ta n a tu r a le z a e l e s p ír itu c ie n tíf ic o a d o p ta c o n s titu y e o tr o m e d io d e a c c e s o a l c o n o c im ie n to y a la sa b id u ­
o tr o p ro c e d im ie n to : a c tú a im a g in a n d o h ip ó te s is e x p lic a tiv a s ría. D e e ste m o d o , c o m o h a d e m o s tra d o el h e le n ista Eernand Ro-
— la s lla m a d a s « h ip ó te sis d e trab ajo » — c u y a v a lid e z d e b e s e r ve­ b e rt e n su e s tu d io s o b re H o m e ro , la s in te rv e n c io n e s d iv in as, tan
rifica d a p a rtic u la rm e n te a trav é s d e la e x p e rim e n ta c ió n , y q u e son fre c u e n te s e n lo s p o e m a s h o m é ric o s, so n u n a fo rm a d e describir

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN E RA L 462 463 E S T U D IO GENERAL

las sa c u d id a s o c a s io n a le s q u e e n e l h o m b re p ro v o c a n lo s ú b ito o tra m a q u e le s p ro p o rcio n a b a la tra d ició n , in sertan d o en ellas todo


lo irra c io n a l; c o m o s e ñ a la J a c q u e lin e R o m illy e n s u C o m p e n d io tip o d e e p is o d io s y d e a d ic io n e s « n o v e le s c a s » im a g in a d a s , en
d e litera tu ra g rieg a , « lo s d io s e s asu m e n lo in e x p lic ab le » , lo ines­ c ie r to m o d o , p o r p u ro p la c e r. L a s fá b u la s m ito ló g ic a s aparecen
p e ra d o . S i un h o m b re a p a c ib le y tím id o tie n e b ru s c a m e n te una ta m b ié n , p o r ta n to , c o m o « b e lla s h is to ria s» , d ra m á tic a s o cóm i­
rea c c ió n v io le n ta , s i u n a m u je r d e v irtu d in ta c h a b le e s p re s a sú ­ c a s, q u e c o n stitu y e n la s « m il y u n a n o c h e s» d e la A n tig ü ed ad y
b ita m e n te d e un a v io le n ta p a s ió n , so n sig n o s d e q u e u n a d iv in i­ q u e h an p o b la d o , d u ra n te sig lo s, la im ag in ació n c o le c tiv a d e grie­
d a d h a in te rv e n id o p a ra in s p ira r le s e im p o n e rle s u n c o m p o r ta ­ g o s y ro m a n o s. P u e d e n sa b o re a rse c o m o ta le s en to d a su sublim e
m ie n to q u e n a d ie p o d ía p re v e r. T a m b ié n e n e s te c a s o im p o rta g ra tu id a d .
p o c o q u e e n ta le s m a n ife s ta c io n e s s e v e a la in te rv e n c ió n d e un G re c ia sig u e o fre c ie n d o h o y a l v ia je ro su m a y o r en can to , un
s e r re a lm e n te e x is te n te o u n a s im p le im a g in e r ía s im b ó lic a ; en e n c a n to a n in g ú n o tr o c o m p a ra b le : la o m n ip re sc n c ia d e la m ito ­
a m b o s c a so s la m ito lo g ía d ice c la ra m e n te lo q u e q u ie re d ecir: q u e lo g ía , q u e im p re g n a c a d a p a ra je h o y c o m o lo h a c ía e n la A n ti­
los h u m a n o s n o so n s ie m p re d u e ñ o s d e sí m is m o s y d e su s c o n ­ g ü ed ad . N o h a y m o n ta ñ a , v a lle o ro ca q u e n o ev o q u e un m ito. En
d u c ta s , s in o q u e a v e c e s so n ju g u e te s o v íc tim a s d e u n a fu erz a la reg ió n d e l P e lo p o n eso se p u e d e v e r b ro tar d e u n a ro c a las aguas
m iste rio s a q u e le s su p e ra . del E stig e , p u e d e u n o b a ñ a rse en las del L e te o o a d en trarse en los
N o re su lta s o rp re n d e n te q u e u n p sic o a n a lista , P aul D ie l, haya c a ñ a v e r a le s d e l la g o E s tín fa lo , d o n d e v iv ía n la s te rrib le s av es
p o d id o p ro p o n e r u n a le c tu ra sim b ó lic a d e l c o n ju n to d e lo s m itos a b a tid a s p o r H e ra c le s . In c lu s o e s p o sib le , s ie m p re q u e se tenga
g rie g o s q u e le h a p e rm itid o h a c e rlo s c o in c id ir — d e u n m o d o casi p ie d e m o n ta ñ e ro , tr e p a r al c é le b re m o n te d el O lim p o , m orada
d e m a s ia d o p e r f e c to — c o n to d o s lo s d e s c u b r im ie n to s d e la e s­ d e lo s d io s e s, y c o n v e rtirs e — a u n q u e so lo s e a p o r un instante—
c u e la fre u d ia n a . C o m o e s c r ib e u n e s p e c ia lis ta e n m ito lo g ía a fri­ e n u n o d e e llo s . U n v ia je a G re c ia e s ta m b ié n un v ia je a la m i­
c a n a , lo s m ito s « s o n in ic iá tic o s n o s o lo p o r q u e p a r e c e n tr a n s­ to lo g ía.
m itir n o s u n s e c r e to (...) . s in o ta m b ié n , y s o b r e to d o , p o r q u e
in vita n a l h o m b re a d e s c e n d e r a l in te rio r d e s í m ism o , a reco rrer
e l c a m in o d e la in terioridad»'-.. D E L SE N T ID O A N T IG U O A L SE N T ID O M O D ERNO

F u e e n e l s ig lo v a n te s d e n u e s tra e ra , c o n c re ta m e n te co n el
Bellas historias h is to ria d o r g rie g o H e ro d o to , c u a n d o la p a la b ra g rie g a m uthos.
q u e o rig in a ria m e n te sig n ific a b a sim p le m e n te « re la to » , cualquier
T e n ie n d o e sto en c u e n ta , n o d e b e ta m p o c o b u s c a r s e a c u a l­ re la to , te n d ió a e sp e c ia liz a rse e n e l se n tid o d e « re la to n o con fir­
q u ie r p r e c io u n s ig n ific a d o p r e c is o a to d a s la s h is to r ia s q u e m a d o p o r te s tim o n io s» , m ie n tra s q u e el té rm in o logas, qu e ante­
c u e n ta la m ito lo g ía . E n e fe c to , e s ta s h is to ria s h a n lle g a d o h asta rio rm e n te n o s e d is tin g u ía en n a d a d e a q u el, p a sa b a a designar un
n o so tro s e n u n a fa s e d e d e sa rro llo a la q u e h an c o n trib u id o , e n el « re la to a u te n tific a d o p o r te stim o n io s» , c o m o e s el caso , particu­
c u rs o d e los s ig lo s , g e n e ra c io n e s y g e n e ra c io n e s d e p o e ta s q u e larm e n te, d e lo s re la to s h is tó ric o s. E n la m ism a ép o c a com enzó
n o se h a n p r iv a d o d e b o r d a r s u s p ro p ia s a p o rta c io n e s s o b r e la a o p o n erse e l p en sam ie n to « m ítico » al p en sam ien to «lógico» (que
ta m b ié n lla m a m o s « ra c io n a l» , p o rq u e la p a la b ra ra tio fue la que
e lig ie ro n lo s la tin o s p a ra tra d u c ir el té rm in o g rie g o lagos).
Bonavemure Mué Oralo. Sages.se el imtialion á Iravers les comes, mylhes el
M ie n tra s el p e n sa m ie n to m ític o in te n ta b a e x p lic a r el m undo
tégemtes Jimg, Ccnlre CuWurel Frunzáis el Universiléde Librcvillc. 1991.
y s u s fe n ó m e n o s p o r m e d io d e a c o n te c im ie n to s c o n sid e ra d o s

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN ERA L 464 465 E S T U D IO GENERAL

re a le s , p e ro sin e m b a r g o im a g in a d o s , el p e n s a m ie n to ra c io n a l c lu s o u n a « m ito lo g ía d e P a rís» , e x p re s a d a en ta n ta s c a n c io n e s


so lo tu v o p o r v á lid a s la s e x p lic a c io n e s q u e re c u r ría n a h e c h o s p o p u la re s, y q u e n o tie n e (o y a n o tie n e ) n a d a q u e v er con el P a­
c u y a re a lid a d e r a d e m o s tr a b le y c o n s u lta b le . F u e e n to n c e s rís v erd ad ero .
c u a n d o « m ític o » s e c o n v ir tió e n s in ó n im o n o y a s o lo d e « im a g i­ R o la n d B a rth e s p u d o a s í e s tu d ia r la s « m ito lo g ía s » c o n ­
n a d o », s in o ta m b ién d e «im a g in a r io » y, a c o n tin u a c ió n , d e « ilu ­ te m p o rá n e a s , la s q u e tr a n s m ite la p re n s a e s c r ita o h a b la d a , y
so rio » . S e h a b ía p a sa d o d e u n a fo rm a d e p e n sa m ie n to a rc a ic a a c a ra c te riz a r e l m ito m e d ia n te la n o c ió n d e « d e fo rm a c ió n » , de­
u n a fo rm a d e p e n sa m ie n to m o d e rn a , y e s te p a s o c o n s titu y e uno fo rm ació n q u e n o im p lic a e x a c ta m e n te m en tira, sin o m ás bien in-
d e los c a ra c te re s fu n d a m e n ta le s d e lo q u e se h a lla m a d o e l « m i­ fiex ió n o d e sv ia c ió n (« s u fu n c ió n e s d efo rm a r, n o h a c e r desa p a ­
la g ro g rieg o » . Je a n -P ie rre V ern a n h a a n a liz a d o m ag islralm en te re c e r» ). D e sd e la m ism a p e rs p e c tiv a , se ría fácil m o stra r q ue, en
el m o d o e n q u e el p e n sa m ie n to g rie g o , en su d e sa rro llo histó rico , n u e s tro s d ía s , la p u b lic id a d tie n e p o r c o m e tid o e s e n c ia l no y a
se fu e p o c o a p o c o d e sp o ja n d o d e l le n g u a je m ític o , a u n q u e a m ­ p ro p o rc io n a r in fo rm a c ió n so b re los p ro d u c to s c u y o s m éritos en­
b o s tip o s d e p e n s a m ie n to c o e x is tie ro n d u ra n te c ie r to tie m p o . c a re c e , sin o p ro p o rc io n a rle s u n ran g o m ític o sin p o r e llo co n v er­
E s p o r e llo p o r lo q u e e n la a c tu a lid a d se h a b la d e « m ito » no tirse en « m e n tiro sa » : b a s ta c o n p e n s a r e n la fa m o sa p in tu ra T i­
y a p a ra a lu d ir a lo q u e a c a b a m o s d e d e fin ir, s in o p a ra d e sig n a r tán , o e n la lu c h a « titán ic a» q u e e n fre n ta a tan to s d e terg en tes que
un a p u ra c o n stru c c ió n m e n ta l, sin re la c ió n c o n la re a lid a d , o una se d isp u ta n el títu lo d e la v a r « m á s b la n c o q u e el blan co» (¡m ítica
im ag en ilu so ria y e n g a ñ o sa (d e a h í el té rm in o « m ito m a n ía » , que b la n c u ra !), o e n el n o m e n o s fa m o so A jax , q u e llev a el nom bre
d e s ig n a u n a te n d e n c ia p a to ló g ic a q u e c o n s is te e n s u s titu ir la — fra n c é s — d e u n h é ro e h o m é ric o ... N o en v a n o la n o ció n de
re a lid a d p o r u n a c o n s tru c c ió n im a g in a ria , p e ro n o re c o n o c id a o « m ito lo g ía p u b lic ita ria » e s m o n e d a c o rrie n te e n tre los e sp e c ia ­
a s u m id a c o m o ta l) . D e e s te m o d o s e o p o n d ría n e l « m ito d e la lista s e n c o m u n ic a c ió n '.
C o sta A zu l» (e n se n a d a s d e a g u a s c rista lin a s ro d e a d a s d e pinares
d o n d e c a n ta n la s c ig a rra s ) y su re a lid ad d e c e m e n to y p o lución:
el « m ito del c a m p o » , lu g a r id ílic o p a ra v iv ir y tra b a ja r, y la som ­ M ITO , H IST O R IA Y LEYEN D A
b ría re a lid a d d e a g ric u lto re s p a ra d o s y p u e b lo s m o rib u n d o s ; el
« m ito de la c iu d a d d e la lu z» a la n o m e n o s d u ra re a lid a d d e la V o lv a m o s a h o ra a l s e n tid o p rim itiv o d e l té r m in o m ito , tai
m e g a ló p o lis s u p e r p o b la d a y su s c iu d a d e s d o rm ito rio , v íc tim a s c o m o a n te s lo h e m o s d e fin id o , y a la m ito lo g ía p ro p iam en te d i­
d e l p a ro y del h astío . c h a , c o n c re ta m e n te a la g re c o rro m a n a . E s fá c il c o n sta ta r qu e la
El té r m in o « m ito lo g ía » , p o r s u p a rte , s e e m p le a a m e n u d o o p o sic ió n b in a ria e n tre la g o s y m u llio s re su lta alg o sim plista: en­
para d esig n ar un a realidad no e x a c ta m e n te falsificad a, p e ro s í em ­ tre e l lo g a s, re la to a p o y a d o en te s tim o n io s d ire c to s o indirectos,
b e lle cid a y re a lz a d a a tra v é s d e l p rism a d e fo rm a n te d e la m em o ­ y e l m uthos, relato im a g in ad o y c a re n te d e testim o n io s, existe otra
ria y la im a g in a c ió n . E x iste u n a « m ito lo g ía del T o u r d e F rancia» c a te g o ría d e re la to s e n lo s q u e s e c o m b in a n los d o s elem en to s,
y u n a « m ito lo g ía del ru g b y » ; h ay u n a « m ito lo g ía d el c o w -b o y » ,
q u e s e ría la q u e a d o p ta la fo rm a d e l w e s te r n c lá s ic o (p e r o que
a p a re c e « d e s m itific a d a » e n e l w e ste rn m á s re c ie n te ); e x is te in­ ‘ No abordaremos en estas páginas el tercer sentido de la palabra «mito», que
también se utiliza en nuestros días para designar a un personaje cuya condición
y comportamiento tienen un valor arquetípieo y le confieren una función univer­
vernara. Jean-Pierre. Mito y iiensamienta en la (¡recia antigua, Barcelona, sal como modelo, como sería el caso del «mito de don Juan» o de otros «mitos»
Ariel. 1983. contemporáneos como el del Zorro, el de Robin Hootl o el de Tarzán.

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN E RA L 466 467 E S T U D IO GENERAL

p e rso n ajes y a c o n te c im ie n to s a u té n tic o s (o a u te n tific ad o s p o r te s­ c e d id o re a lm e n te y n o e n u n tie m p o p rim o rd ia l, sin o en el m ism o


tim o n io s) m e z c la d o s co n o tr o s a c o n te c im ie n to s o p e rso n a je s q u e tie m p o d e la h is to ria . L o s a u to r e s m o d e rn o s tien d e n d e hech o a
n o p o seen tal co n d ic ió n . c o m p a r tir e s t a o p in ió n , y la s e x c a v a c io n e s a rq u e o ló g ic a s em ­
V eam o s un e je m p lo to m a d o d e la lite ra tu ra m e d ie v a l. El p e r­ p re n d id a s ta n to e n el e m p la z a m ie n to d e T ro y a c o m o en M icenas
so n a je d e H ru o tla n d (R o ld a n ) y s u m u e rte e n R o n c e s v a lle s d u ­ h a n d e m o s tra d o q u e e l re la to h o m é ric o d e e s ta g u e rra co n tien e
ran te u n a e m b o s c a d a , te n d id a p o r u n as trib u s m o n ta ñ e sa s a la re ­ m u c h o s ele m e n to s a u tén tic o s, y q u e los re y es aq u eo s, co m o Áyax
ta g u a rd ia d el e jé r c ito d e C a rlo m a g n o c u a n d o re g re s a b a d e u n a o A g a m e n ó n , e x is tie r o n r e a lm e n te , a u n q u e p o s ib le m e n te sus
in c u rsió n e n E s p a ñ a , so n p e rfe c ta m e n te a u té n tic o s , o , d ic h o d e n o m b re s « h istó ric o s» fu e se n o tro s. N o e s m e n o s cie rto q u e este
o tro m o d o , h is tó ric o s y d o c u m e n ta d o s p o r e l te s tim o n io d e E gi- re la to , in d e p e n d ie n te m e n te d e s u fu n d a m e n to h istó rico , incluye
n ard o , b ió g ra fo d e C a rlo m a g n o y c o n te m p o rá n e o d e lo s h e c h o s ta m b ié n lo q u e p o d ría d e n o m in a rs e u n a v e rd a d e ra « im p re g n a ­
q u e re la ta . P e ro , p o r e l c o n tr a rio , su c a lid a d d e s o b rin o d e l e m ­ c ió n » m ito ló g ic a : p o r u n a p a rte, la c a u s a q u e se d a a la g u erra de
p e ra d o r fra n c o y la lu c h a h e ro ic a q u e m a n tu v o c o n tra lo s « sarra ­ T ro y a — la m u je r m á s b e lla d e l m u n d o , H e le n a , q u e A fro d ita
c en o s» , q u e p re s e n ta la C h a n sn n d e R o k m d — y , p o r su p u e s to , el o fr e c ió a P a ris c o m o re g a lo — e s u n m ito e n el se n tid o m á s e s ­
g o lp e d e e s p a d a co n el q u e a b rió el fa m o so « T a jo d e R o ld á n » en tric to d e l té rm in o ; p o r o tra p a rte, los d io se s d e los q u e h ab lan los
G a v a rn ie — , so n ín te g ra m e n te im a g in a rio s. m ito s in te rv ie n e n c o n tin u a m e n te e n e l c u r s o d e la g u e rra , lle ­
L o s re la to s d e e s te tip o n o so n e v id e n te m e n te h is to ria , p e ro g a n d o in c lu so a p a rtic ip a r e n lo s co m b a te s.
ta m p o c o so n m ito s. S o n lo q u e se lla m a « le y e n d a s» , u n té rm in o L a g u e r r a d e T ro y a , r e la to « é p ic o » , n o e s e x a c ta m e n te p o r
q u e en p rin c ip io d e sig n a b a « lo q u e d e b e s e r le íd o » (tal e s e l sen ­ ta n to n i m ític o n i h is tó ric o : s e s itú a e n c ie r to m o d o en la en c ru ­
tid o de la p a la b ra la tin a le g e n d a ) d u ra n te lo s o fic io s m o n ástico s. c ija d a d e l m ito y d e la h is to ria y p a r tic ip a , sim u ltá n e a m en te, de
¿ E n q u é c o n s is tía d e h e c h o e s ta le c tu ra o b lig a to r ia ? P u e s b ie n , la s ca ra c te rístic a s d e a m b o s, a lg o p a re c id o a c o m o el estu ario de
e n v id a s d e s a n to s y m á r tire s , p e rs o n a je s h is tó r ic a m e n te d o ­ u n río p a rtic ip a a la v e z d e la s c a ra c te rístic a s d e l río y d e las del
c u m e n ta d o s y f e c h a d o s p e r o a q u ie n e s s e a tr ib u ía to d o tip o de m a r, m e z c la n d o e n su s e n o e l a g u a d u lc e d e l p rim e ro y e l agua
p ro e z a s y d e m ila g ro s, e n su m a y o ría im a g in a rio s. D e a h í e l usa s a la d a d e l s e g u n d o e n p ro p o r c io n e s v a ria b le s . E n e s te c a so , es
p o s te r io r d e l té r m in o « le y e n d a » p a r a d e s ig n a r to d o re la to e n el p o s ib le p a s a r in s e n s ib le m e n te d e l m ito a la le y e n d a y d e la le ­
q u e s e c o m b in a n , en p r o p o r c io n e s va ria b le s, u n fu n d a m e n to his­ y e n d a a la h is to ria , sin p o d e r a firm a r n u n c a e n q u é m o m en to se
tó r ic o (e n m a r c a d o e n c o o r d e n a d a s e s p a c io -te m p o r a le s rea les) h a atra v e sa d o u n a fro n te ra cu y o tra z a d o es im p reciso . E l m ito d e ­
y u n c a r á c te r fi c ti c io y m a ra v illo so . s e m b o c a e n ¡a h is to r ia a tr a v é s d e Ia le y e n d a , a lg o p a re c id o a
L os relato s d e e s te tip o , q u e h e m o s ilu strad o c o n u n relato m e­ c o m o e l r ío d e s e m b o c a e n e l m a r a tr a v é s d e s u estuario.
d ie v a l, ex istía n ta m b ié n e n la A n tig ü e d a d y c o n stitu ía n lo q u e los P o r e s te m o tiv o la m ito lo g ía g re c o rro m a n a , m a te ria d e este
g rie g o s d e n o m in a b a n é p o s, té rm in o d e l q u e s e d e riv a la p alab ra lib ro , n o p o d ía q u e d a r lim ita d a a lo s m ito s p ro p ia m e n te dichos
« ep o p ey a» . E sto s re la to s c o rre sp o n d ía n a lo q u e el e ru d ito latino q u e h a b ía n e la b o ra d o G re c ia y R o m a e n é p o c a s arcaicas. E ra ne­
V arró n lla m a b a «lo s tie m p o s h e ro ic o s» , q u e c o n sid e ra b a «llenos c e s a r io in c lu ir ta m b ié n la s le y e n d a s d e e s to s p u e b lo s , e s decir,
d e fá b u la s » y an terio res a la p rim e ra O lim p ía d a (7 7 6 a. C .), y a los los re la to s q u e co n stitu ía n s u p ro to h isto ria — la A ntig ü edad de la
q u e o p o n ía los « tie m p o s h istó ric o s» , q u e c o m e n z a ría n a p a rtir de A n tig ü e d a d , p o r a s í d e c irlo — , p re c isa m e n te p o rq u e a u n q u e es­
la p rim e ra O lim p ía d a y c u y o s h e c h o s c o n s id e ra b a e sta b le c id o s. to s re la to s n o s e re fie re n al tie m p o p rim ig e n io , q u e e s el tiem po
U n b u e n e je m p lo d e lo s re la to s le g e n d a rio s g rie g o s lo c o n s­ d e lo s m ito s , s o n in s e p a ra b le s d e e s to s y d e la s c ria tu ra s so ­
titu y e el c ic lo tro y a n o . L o s a n tig u o s c o n s id e ra b a n q u e h a b ía su ­ b re h u m a n a s (d io s e s y d io s a s) q u e so n s u s p ro tag o n istas. H em os

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G E N E R A L 468 469 E S T U D IO GENERAL

d e fin id o p o r la n ío la m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a c o m o e l c o n ju n to re c e n c a ra c te riz a d o s c o n c ie rto s ra s g o s q u e lo s m u e stran com o


d e m ito s y le y e n d a s q u e n o s h a le g a d o la lla m a d a A n tig ü e d a d e n c a rn a c io n e s d e la s d o s p rim e ra s fu n c io n e s , m ie n tra s q u e los
clá sica . tro y a n o s, c a ra c te riz a d o s a la v e z p o r su riq u e za y u n a extrem ada
fe c u n d id a d , p a re c e n e n c a rn a r la tercera).
P e r o la m ito lo g ía g r ie g a e s tá le jo s d e r e d u c ir s e a s u s e le ­
O R IG E N Y C A R A C T E R ÍS T IC A S m e n to s in d o e u r o p e o s. El te rrito rio q u e c o n q u is ta ro n los p rim e­
D E LA M ITO L O G ÍA G R IE G A ro s g rie g o s n o e ra u n d e sie rto , sin o q u e e sta b a h a b ita d o p o r una
s e rie d e p o b la d o re s , lo s p u e b lo s p re h e lé n ic o s , q u e p o se ía n a su
El o rig e n d e lo s m ito s e s m u y c o m p le jo . S u s u s tra to e s . sin v e z u n a ric a m ito lo g ía q u e lo s g rie g o s a d o p ta ro n , c o m b in án d o la
d u d a , la a n tiq u ís im a m ito lo g ía d e lo s p u e b lo s In d o e u ro p e o s, q u e c o n la q u e tra ía n . A e s ta m ito lo g ía a u tó c to n a p a re c e n pertenecer
en u n a s e rie d e m ig ra c io n e s s u c e s iv a s o c u p a ro n e l in m e n s o te­ la m ay o ría d e los n u m ero sísim o s m ito s relacio n ad o s co n las «m e­
rritorio lim itad o al o e ste p o r e l o c é a n o A tlá n tic o , a l s u r p o r el M e­ tam o rfo sis» , e s d e c ir, las tra n sfo rm a c io n e s d e se re s h u m an o s en
d ite rrá n e o y a l e s te p o r el ín d ic o . L o s g rie g o s, c o m o lo s in d o ira- a n im a le s , en v e g e ta le s o e n s e re s in a n im a d o s. P o r o tra parte, los
n io s, los esla v o s, lo s g e rm a n o s, lo s c e lta s y lo s ro m a n o s, e ra n un g rie g o s e sta b a n en c o n ta c to c o n o tro s p u eb lo s, esp e cialm en te se­
p u e b lo in d o e u ro p e o q u e , a l in s ta la rs e e n la s n u e v a s tie rra s , tra­ m ític o s, q u e p o b la b a n la c u e n c a m e d ite rrá n e a , a lg u n o s d e cuyos
je ro n c o n s ig o y p a rc ia lm e n te c o n s e rv a ro n e s to s a n tig u o s m ito s, m ito s y d iv in id a d e s ta m b ié n a d o p ta ría n . E s e l c a s o d e la d io sa
c o m u n e s a l c o n ju n to d e e s to s p u e b lo s . A lg u n o s d e e sto s m ito s, A fro d ita , p o r e je m p lo , c u y o o rig e n p a re c e s e r s irio , y q u e los
p o r lo m a r u n e je m p lo p a rtic u la rm e n te ilu s tra tiv o , re fle ja b a n la g rie g o s « im p o rta ro n » d e u ltra m a r (e n el s u r d e l M ed iterrán eo se
id e o lo g ía e s p e c íf ic a d e lo s in d o e u r o p e o s , q u e e l e o m p a r a tis ta d e c ía q u e e s ta d io s a h a b ía « v e n id o d e l m a r» , n a c ie n d o d e las
G e o rg e s D u m é z il ‘ h a lla m a d o « tr ifu n c io n a l» , se g ú n la c u a l to ­ o la s).
d as las a c tiv id a d e s h u m a n a s se a g ru p a n e n tre s fu n c io n e s p resi­ L a m ito lo g ía g rie g a e s , p o r ta n to , e l re su lta d o d e u n a síntesis
d id a s p o r tr e s c a te g o ría s e s p e c ífic a s d e d iv in id a d e s : la fu n ció n e la b o ra d a p o r lo s g rie g o s q u e c o m b in a , en p ro p o rc io n es difíciles
de so b e ra n ía , la fu n ció n g u e rre ra y la fu n ció n d e p ro d u c ció n y re­ d e d e te rm in a r, m ito s in d o e u ro p e o s, m ito s a u tó c to n o s y m ito s d el
p ro d u c c ió n . O rie n te P ró x im o . E sto e x p lic a su p ro d ig io sa riq u ez a : raro s son
E sta id e o lo g ía , n o ta b le m e n te b ie n c o n s e r v a d a e n la m ito lo ­ los m ito s y los d io s e s q u e p e rten e c e n ú n ic a m e n te a u n a d e estas
g ía in d ia, s u b y a c e c la ra m e n te e n a lg u n o s m ito s g rie g o s, c o m o el tre s m ito lo g ía s ; la m a y o ría d e e llo s, p o r el c o n tra rio , participan
d el c o n c u rs o d e b e lle z a q u e e n fre n tó a la s d io s a s H e ra , A te n e a y al m e n o s d e d o s m ito lo g ía s , a m e n u d o d e tres. D e a h í q u e el tra­
A frodita. A c a m b io d e s e r e le g id a , la p rim e ra p ro m e tió al troyano b a jo d e lo s e s p e c ia lis ta s q u e in te n ta n p o n e r u n p o c o d e o rd en y
P aris la so b e ra n ía so b re to d a G re c ia , la se g u n d a la v ic to ria en to ­ d e c la rid a d e n e s te riq u ís im o c o n ju n to — v e rd a d e ra selv a virgen
d a s las e m p re sa s b é licas q u e e m p re n d ie se y la te rc e ra la posesión c u y a e x p lo ra c ió n d is ta m u c h o d e h a b e rse ag o tad o — sea tan ap a­
d e la m u je r m á s h e rm o s a d e la tie rra , H e le n a , y la s in m e n sa s ri­ sio n a n te c o m o d ifícil.
q u e z a s d e su e s p o s o M en e la o . S e rá e s ta ú ltim a o fe rta p o r la que A e ll o h a y q u e a ñ a d ir la e x tr a o r d i n a r ia im b ric a c ió n de
se d e c id a P aris, y al a p o d e ra rse d e H e le n a d e se n c a d e n a rá la g u e­ e s to s m ito s , c u y o s p e rs o n a je s , la m a y o r ía d e la s v e c e s d e sc e n ­
rra d e T ro y a (d u ra n te la c u a l, d ic h o se a d e p a so , lo s g rie g o s apa- d ie n te s d ir e c ta o in d ir e c ta m e n te d e Z e u s , so n c a si to d o s h er­
m a n o s . h e rm a n a s tro s o p rim o s y v iv e n a v e n tu ra s q u e no dejan
d e h a c e rs e e c o u n a s a o tra s . U n a s a v e n tu ra s , d ic h o sea de paso,
Dumé/il, Gcorgcs, Mylhe el ¿¡topee, l-III. París. Gallimard. 1986, 1971, 1973. e n la s q u e h o m b r e s y d io s e s riv a liz a n e n v io le n c ia y cru eld ad ,

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN E RA L 470 471 E S T U D IO GENERAL

d o n d e la s e x u a lid a d e n to d a s s u s fo rm a s y p e rv e r s io n e s , d e s d e L o s ro m a n o s , p o r o tr a p a rte , v e n e ra b a n a u n a s d iv in id a d e s
la v io la c ió n al in c e s to , p a s a n d o p o r la b e s tia lid a d , o c u p a u n lu ­ q u e re p re se n ta b a n las d iv e rsa s fu e rz a s d e la n a tu ra le z a — los dio­
g a r d e im p o rta n c ia s in g u la r. E s to s m ito s re f le ja n e n e fe c to u n a se s lla m a d o s « In d ig e te s» — , p e ro n a d a c o n ta b a n d e e sta s d iv in i­
é p o c a « b á rb a r a » a n te r io r a la « c iv iliz a c ió n » y a l m u n d o d e la d a d e s , q u e c a re c ía n d e h is to r ia (y d e h is to ria s ). L o s ro m a n o s
c iu d a d . R e f le ja n ta m b ié n lo s im p u ls o s in c o n s c ie n t e s q u e se a d o p ta r o n e n lo e se n c ia l la m ito lo g ía g rie g a , a sim ila n d o su s d i­
m a n if ie s ta n e n e l s e r h u m a n o , lo q u e le s c o n f ie r e u n a lc a n c e v in id a d e s o s c u r a s a la s d e lo s g r ie g o s (V e n u s a A fro d ita, M arte
u n iv e rs a l. a A re s, e tc .), y so lo la e n riq u e c ie ro n c o n a lg u n a s e sc a sa s aporta­
P e s e a e llo , la m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a s o lo p r e s e n ta ra ra s c io n e s d e c a rá c te r m á s le g e n d a rio q u e e s tric ta m e n te m ítico . A sí
v e c e s el a sp e c to te rro rífic o q u e lle g a a c a ra c te riz a r a la d e o tro s im a g in a ro n , p o r e je m p lo , q u e el d io s d e la g u e rra , al q u e llam a­
p u e b lo s . L o s d io s e s e n c o n c r e to — y e s te e s su ra s g o m á s s o r ­ ban M a rte , h a b ía e n g e n d ra d o a R ó m u lo y R e m o u n ién d o se a una
p re n d e n te — so n p rim e ro y a n te lo d o h u m a n o s , « d e m a s ia d o h u ­ p rin c e sa d e A lb a L o n g a , y q u e e l p rín c ip e E n e a s, h ijo d e A fro ­
m an o s» tal vez. T ie n e n to d a s las d e b ilid a d e s , to d o s lo s d efec to s, d ita y d e u n p rín c ip e tro y a n o , h a b ía fu n d a d o e n Italia, d esp u és de
to d o s lo s v ic io s d e lo s h o m b re s, p e ro ta m b ié n to d a s su s v irtu d es. la c a íd a d e T ro y a , u n p u e b lo n u e v o a n te p a sad o del suyo. P ero es­
L e jo s de a p a re c e r c o m o « e l O tro » (a s í h a lle g a d o a d e fin irs e el to s so n a sp e c to s u n ta n to se c u n d a rio s.
D io s d e la B ib lia ), e stá n s in g u la rm e n te p ró x im o s a n o so tro s: es E n s e g u n d o lu g a r, e s p re c is o c o n s ta ta r q u e lo s m ito s g re c o ­
e s te ra s g o lo q u e les h a c e ta n a tra c tiv o s. rro m a n o s p re s e n ta n c ie r to n ú m e ro d e te m a s c o m u n e s q u e están
ig u a lm e n te p re s e n te s e n o tr a s m u c h a s m ito lo g ía s . E sto s tem as
fu n d a m e n ta le s se d e n o m in a n m ite m a s, y p o d e m o s m e n c io n a r a l­
T R E S O B S E R V A C IO N E S C O M P L E M E N T A R IA S g u n o s p a rtic u la rm e n te re p re se n ta tiv o s . L a p ru e b a d e l laberinto,
en la q u e u n h é ro e d e b e e n c o n tra r el c a m in o a s e g u ir en un e sp a ­
T re s o b se rv a c io n e s d e b e n c o m p le ta r e s ta v isió n d e co n ju n to . c io in e x tric a b le , a p a re c e c o m o m o tiv o c e n tra l e n e l j n i t o d e T e ­
L a p r im e r a e s q u e la m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a e s d e h e c h o seo. El te m a d e la m u je r a u x ilia d o ra , q u e a y u d a al h é ro e a e s ­
G R E C O -ro m a n a , e s d e c ir, e s e n c ia lm e n te g rie g a . E n e fe c to , los c a p a r d e la m u erte , e s tá p re s e n te en e l m ito del v e llo c in o d e oro,
ro m a n o s n o so lo n o e la b o r a ro n m ito s, s in o q u e in c lu so «histori- d o n d e M e d e a sa lv a a Ja s ó n ; e n el d e T e seo , salv ad o p o r A riadna;
za r o n » — e s d e c ir , c o n v ir tie r o n e n h is to r ia h u m a n a — lo s a n ti­ e n e l e p is o d io d e la O d ise a d o n d e C a lip s o v u e lv e a p o n e r a Uli­
q u ís im o s m ito s in d o e u r o p e o s q u e s u s a n te p a s a d o s h a b ía n traído ses e n el b u e n cam in o .
a Ita lia . C o m o d e m o s tró G e o rg e s D u m é z il, lo s p rin c ip a le s e p i­
s o d io s d e la s u p u e s ta h is to ria a r c a ic a d e R o m a so n e n realid ad
a n tig u o s m ito s h is to riz a d o s, y lo s p e rs o n a je s q u e in te rv ie n e n en
ellos so n a n tig u o s d io s e s h u m a n iz a d o s. El c éle b re e p iso d io d e los
H o ra c io s y lo s C u ria c io s, p o r e je m p lo , e s d e h e c h o u n a versión
d e un m ito q u e c o n o c e m o s c o m o tal e n la m ito lo g ía h in d ú , e l del
d io s T rita A p tia , v e n c e d o r d el « d e m o n io trip le » , y lo s su p u esto s
g u e rre ro s ro m a n o s M u c io E sc é v o la (M u c io « e l Z u rd o » ) y H o ra­
c io C o c le s (H o ra c io «el T u e rto » ) n o so n s in o a v a ta re s o trasu n ­
to s d el « d io s m an c o » (T h o r) y d e l « d io s tu e rto » (O d in ) d e la m i­
to lo g ía e sc a n d in a v a .

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN ERA L 472 473 E S T U D IO GENERAL

sas c iv iliz a c io n e s se h a c e n fre c u e n te m e n te e c o u n o s a o tro s y re­ e l tr iu n fo d e la o b r a lite r a ria so b r e la c re e n c ia relig io sa » . Y en


v e la n e n e s te s e n tid o u n o s se n tim ie n to s — d e a n g u stia la m a y o ­ e s te p u n to lle g a m o s a u n a c u e stió n p ro b le m á tic a : las relaciones
ría d e la s v e c e s — p ro fu n d a m e n te a rra ig a d o s e n e l in c o n sc ie n te e n tre m ito lo g ía y relig ió n .
c o le c tiv o . S o b re e s to s a s p e c to s re c o m e n d a m o s la le c tu ra d e los
p e n e tr a n te s a n á lis is c o m p a r a tis ta s d e M o n iq u e A . P ie ttr e d e
q u ien h e m o s to m a d o e sto s e je m p lo s. M ITO LO G ÍA Y R E L IG IÓ N
T e rc e r a y ú ltim a o b se r v a c ió n : A u n q u e s í e s p o sib le a n a liz a r
u n p e n s a m ie n to m ític o « e n v iv o y en d ire c to » a p a rtir d e l e s tu ­ La religión en Grecia y R om a: u n código a respetar
d io d e las s o c ie d a d e s a rc a ic a s q u e to d a v ía e x is te n e n la a c tu a li­
d a d , e sta m o s le jo s d e p o d e r h a c e r lo m ism o e n lo q u e re s p e c ta a M ito lo g ía y relig ió n n o c a re c e n e v id e n tem e n te d e relaciones,
la G re c ia y R o m a an tig u as. E n e fe c to , c o n o c e m o s los m ito s g rie ­ y a q u e ta n to u n a c o m o o tra p la n te a n en p rin c ip io la existencia de
g o s n o a tra v é s d e la tr a d ic ió n o ra l, c o m o s u c e d e c o n lo s m ito s s e r e s so b re h u m a n o s lla m a d o s d io ses, y q u e esto s se re s responden
« v iv o s » q u e to d a v ía c o n s e r v a n a lg u n o s p u e b lo s d e Á f r ic a y a l m ism o n o m b re e n u n a y en otra. M ito lo g ía y religión no se f u n ­
O c e an ía, sin o a trav és d e o b ra s lite ra ria s q u e , in c lu so las m ás an ­ d en , sin em b a rg o , p o r e llo e, incluso, s e o p o n en e n tre sí.
tig u as (las d e H o m e ro y H esío d o ), so n m u y p o sterio re s a la época L a re lig ió n (c u a lq u ie ra q u e se a la e tim o lo g ía d e e ste térm ino,
en q u e el p e n sa m ie n to m ític o e r a p le n a m e n te o p e ra tiv o y d o n d e q u e sig u e sie n d o d is c u tid a ) e s a n te to d o e n la A n tig ü e d a d , según
lo s m ito s e ra n re a lm e n te e s o s r e la to s fu n d a m e n ta le s a lo s q u e la d e fin ic ió n d e l h is to ria d o r M ic h e l M eslin * , la a te n c ió n escru ­
a lu d ía m o s al p rin c ip io d e e s ta s p á g in a s . p u lo s a q u e se c o n c e d e a lo s sig n o s a tra v é s d e lo s cu ale s se m a­
L o s m ito s , d e s d e la é p o c a d e H o m e ro , e s ta b a n to d a v ía par­ n ifie sta la v o lu n ta d d e los d io ses y la p re o c u p a ció n , n o m enos es­
c ia lm e n te v iv o s , p e ro en g r a n m e d id a s e h a b ía n c o n v e r tid o en c ru p u lo sa , p o r a c e p ta r e s ta v o lu n tad (« escrú p u lo » e s precisam ente
c u e n to s, es d e c ir, e n b e lla s h is to ria s q u e h a c ía n d is fru ta r y que, el s ig n ific a d o p rim e ro d e la p a la b ra la tin a r e lig io q u e , p o r otra
m á s ta rd e , im p re g n a ría n lite ra lm e n te la v id a c o tid ia n a , d e s d e los p a rte , p a re c e e s ta r re la c io n a d a c o n e l v e rb o lig a re, «atar» ). Ser
te x to s q u e s e e stu d ia b a n e n la s e s c u e la s h a sta la s p in tu ra s y m o ­ re lig io s o c o n siste , p o r ta n to , e n c re e r q u e e x is te n se res superio­
sa ico s en m ed io d e lo s c u a le s tra n sc u rría e l d ía a d ía (p ié n se se en re s a lo s h o m b re s h a c ia q u ie n e s e s to s tie n e n d e b e re s y o b lig a­
las v illas ro m an as rep artid as d e u n a p u n ta a o tra del Im p erio hasta c io n e s. E x iste n p o r o tra p a rte , d ic h o s e a d e p a so , u n as « relig io ­
el sig lo vi d e n u estra e ra). P e ro , p re c isa m e n te , c u a n to m á s s e dis­ n es la ic a s» q u e p o stu la n la e x is te n c ia n o y a d e d iv in id ad es, sino
fru ta b a c o n e s ta s h is to ria s, m e n o s se c re ía en e lla s: lo s m ito s, en d e v alo res su p e rio re s q u e g e n e ra n , p arale la m e n te, d eb eres y obli­
c ie rto sen tid o , e sta b a n d c sa c ra liz a d o s, se h a b ía n c o n v e rtid o en lo g a c io n e s (la P a tria , la L ib e rta d , el S o c ia lis m o , e tc .). El hom bre
q u e P au l V e y n e d e n o m in a « u n c o n o c im ie n to a g r a d a b le » , una re lig io so se c a ra c te riz a p o r e l se n tim ie n to d e l d e b e r, y este sen­
fu e n te in a g o ta b le d e in s p ira c ió n p o é tic a y a rtístic a , d e a rg u m en ­ tim ien to e ra d e sig n a d o en latín c o n la p ala b ra p ieta s, q ue ha dado
to s te a tra le s. E n d e fin itiv a , c o m o d ic e e l h is to ria d o r d e la s reli­ o rig e n e n c a ste lla n o a la p a la b ra « p ie d a d » , ta n to en e l sentido de
g io n e s M irc e a E lia d e 7, « la m ito lo g ía g r ie g a c lá s ic a re p re se n ta « p ie d a d h u m a n a » c o m o e n e l d e « p ie d a d relig io sa» .
L a r e lig ió n p a r a g r ie g o s y r o m a n o s c o n siste , p o r tanto, en
p e n s a r q u e lo s h o m b re s tien e n , in d iv id u a l y, m á s aú n, colectiva-
'■ Picure. Monique A.. Alt roinmencement était le inythe, París, Descléc de Brou-
wer. 1968.
Eliade, Mircea, Lo sagrado y lo profano, Barcelona. Labor. 1992. ' Michel Meslin, L'htmme rotnain, París, édilions Complexe. 1985.

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN E RA L 474 475 E S T U D IO GENERAL

m e n te (e n e l m a r c o d e la e n tid a d lla m a d a « c iu d a d » , p o li s en b re e llo s, d e d o n d e s e d e riv a n lo s d e b e r e s d e lo s h o m b re s hacia


g rieg o , c iv ita s e n latín ), u n a se r ie d e d e b e r e s h a c ia e so s se r e s su ­ e llo s (d e b e re s q u e , a fin d e c u e n ta s, so n b a sta n te se n c illo s y no
p e r io r e s q u e s o n lo s d io s e s. E n s e g u n d o lu g a r, le s d e b e n c ie rta e sp e c ia lm e n te a b ru m a d o re s, p e ro q u e los h o m b re s tienen m ucho
c a n tid a d d e p re s ta c io n e s e n e s p e c ie , lo s sa c rific io s , y d e b e n por in te ré s e n n o d e sc u id a r). N o te n e r e n c u e n ta a los d io ses, actuar
ú ltim o ase g u ra rse , a n te s d e e m p re n d e r u n a a c c ió n im p o rta n te , de sin s o lic ita r su c o n s e n tim ie n to , e s s e r « im p ío » y a rrie s g a rs e a
q u e los d io s e s n o la c o n sid e ra n in c o n v e n ie n te , lo q u e e q u iv a le a a tra e r la c ó le ra d iv in a n o so lo so b re el c u lp a b le , sin o tam bién so ­
n o e m p re n d e rla s in su c o n s e n tim ie n to (q u e lo s sa c e rd o te s están b re to d o s c u a n to s le ro d e a n , e n e l c a s o d e q u e e s to s to le re n su
e n c a rg a d o s d e tra n sm itir). im p ie d a d . L o s p rim e ro s c ris tia n o s lo a p re n d e rá n en su s propias
A q u í in te rv ie n e la p le g a ria , c u y o o b je tiv o e s p e d ir a lo s d io ­ c a rn e s : la re p re sió n q u e s e a b a tió so b re e llo s n o te n ía p o r cau sa
se s la a u to riz a c ió n n e c e s a r ia y a g ra d e c é rs e la u n a v e z a c o rd a d a ; e s e n c ia l la in to le ra n c ia , s in o e l te m o r d e q u e lo s d io s e s s e ven ­
a u n q u e p u e d e ta m b ié n e s ta r d e stin a d a a so lic ita rle s a y u d a y asis­ g aran d e sc a rg a n d o su ira so b re to d a la c o m u n id a d si esta toleraba
te n c ia , y n u e v a m e n te a d a rle s la s g ra c ia s p o r e llo . S i s e d e sc u i­ la im p ie d a d d e lo s c ristia n o s.
d a n e s ta s p re c a u c io n e s e le m e n ta le s s e c o rre e l p e lig ro d e o fe n ­
d e r a los d io s e s — q u e so n se re s m u y su sc e p tib le s— e in c u rrir en
su ira , q u e p u e d e r e v e s tir fo r m a s a te r ra d o ra s (c a ta c lis m o s , e p i­ Dos cam inos divergentes
d e m ia s ). P o r e l c o n tr a r io , si u n o s e c o m p o r ta b ie n c o n e llo s
— e sto e s , se g ú n d ic ta la p ie d a d — , p u e d e o b te n e r e n c a s o d e ne­ L a re lig ió n a s í c o n c e b id a n o im p lic a n i p o s tu la n in g u n a m i­
c esid ad u n a ay u d a p re c io sa , p u e s su p o d e r p u e d e s e r tan benéfico to lo g ía , e s d e c ir , n in g ú n r e la to s o b r e la v id a d e lo s d io ses, sus
c o m o tem ib le. a v e n tu ra s, s u s c o n flic to s o su s a m o río s. P o r lo d e m á s, e s posible
E ste c ó d ig o d e b u e n a c o n d u c ta d e lo s h o m b re s h a c ia lo s d io ­ c o n sta ta r q u e , d u ra n te v a rio s sig lo s, lo s ro m a n o s n o tu v iero n m i­
se s no im p lic a , c o m o p u e d e v e rs e , n in g u n a a fe c tiv id a d . L o s dio­ to lo g ía , lo q u e n o im p e d ía q u e fu e ra n u n p u e b lo p ro fu n d am en te
ses n o ex ig en am o r; tam p o co e x ig en q u e se se a v irtuoso, p u es ellos r e lig io s o y a p e g a d o a la « p ie d a d h a c ia lo s d io s e s » . R en d ían
m ism o s n o lo so n en ab so lu to . L o ú n ic o q u e e x ig e n es q u e se ob ­ e s c r u p u lo s a m e n te c u lto a u n g ra n n ú m e ro d e d io s e s, a q u ien es
serv en e scru p u lo sam en te los rito s — p leg arias y sacrificio s— a los o fr e c ía n c o n m u c h o re s p e to p le g a r ia s y s a c rific io s . P e ro nada
c u a le s s e re d u c e e n d e fin itiv a e s te c ó d ig o (a lg o p a re c id o , si se c o n ta b a n d e e sto s d io se s: e ra n , c o m o y a h e m o s d ich o , dioses sin
q u ie re, a lo s p o licías de trá fic o , q u e so lo ex ig e n a lo s auto m o v ilis­ h isto ria y sin h is to ria s (a s p e c to e s te ú ltim o q u e sin d u d a les h a­
tas q ue respeten e l có d ig o d e c ircu lació n y les resp eten a ello s m is­ c ía m á s re s p e ta b le s). L o s g rie g o s, p o r e l c o n tra rio , c o n tab an so ­
m o s « e n e l e je r c ic io d e s u s fu n c io n e s » , e n c u y o c a s o e s tá n dis­ b re su s d io s e s to d o tip o d e h isto ria s fa sc in a n te s y esca b ro sas que
p u estos a m o stra rse a m a b le s, in clu so se rv ic ia le s y co m p ren siv o s). les c o n v e rtía n e n a u té n tic o s p e rs o n a je s n o v e le sc o s, asp ecto que,
L a n o c ió n d e u n a « b o n d a d d iv in a » e s e n c ia l, u n id a a la p ro ­ a p rim e ra v ista , p a re c e c o n c ilia rs e m al c o n el re s p e to q ue se les
m e sa d e u n a in m o rta lid a d d ic h o s a e n e l m á s a llá , n o a p a re c e de d e b ía . E n e s te s e n tid o s e e x p lic a la a firm a c ió n d e P aul V eyne:
h ech o hasta las p o strim e ría s d e la A n tig ü e d a d , p rim e ro e n las «re­ « L a m ito lo g ía n o e s la relig ió n , sin o to d o lo co n tra rio .»
lig io n e s m isté ric a s» d e o rig e n o rie n ta l y m á s ta rd e c o n e l c ristia ­ D e h e c h o , ta n to re s p e to h a c ia lo s d io s e s y h a c ia la voluntad
n is m o , q u e tie n e c o n e s ta s m u c h o s r a s g o s e n c o m ú n . E n la d iv in a e x ig ía la re lig ió n , c o m o irre s p e tu o s a h ac ia e llo s se m os­
re lig ió n g re c o rro m a n a n o e x is te tal c o n c e p to : lo s d io s e s n o p ro ­ tra b a la m ito lo g ía . L o s p o le m is ta s c ristia n o s n o deja ro n d e apre­
m e te n n a d a , n o so n n i b u e n o s n i m a lo s, p e r o e s tá n a h í y so n p o ­ c ia r esta d ic o to m ía e v id e n te , y p re g u n ta b a n c o n iro n ía a sus con­
d e r o s o s y , a ! s e r su p e r io r e s a lo s h o m b re s, tie n e n d e r e c h o s s o ­ te m p o rá n e o s p ag a n o s c ó m o p o d ía n a d o ra r a u n o s dio ses tan poco

www.FreeLibros.me
E S T U D IO G EN ERA L 476 477 E S T U D IO GENERAL

« se rio s» y re s p e ta b le s c o m o e ra n lo s d io s e s d e la m ito lo g ía . El las c a sa s, p e ro se h a b ía n v a c ia d o d e su sig n ific a d o in icial. A lg u ­


re p ro c h e h a b ría s id o fu n d a d o s i re lig ió n y m ito lo g ía e stu v ie se n n o s so c ió lo g o s h a n lle g a d o in c lu s o a a firm a r q u e h ab ían term i­
situ ad as e n el m ism o p la n o , p e ro e n re a lid a d n o e r a a sí. P o r m u ­ n a d o p o r re p re se n ta r el m ism o p a p e l q u e la s series telev isiv as en
c h o q u e lo s d io s e s d e la re lig ió n y lo s d io s e s d e la m ito lo g ía tu ­ n u e s tra é p o c a .
viesen lo s m ism o s n o m b res, e sta b a n c la r a m e n te d is o c ia d o s en la ¿ p u e d e u n a so c ie d a d p re s c in d ir d e lo s m ito s ?
m e n te d e lo s a n tig u o s, q u e n o v eía n n in g u n a c o n tra d ic c ió n e n el
h e c h o d e o fr e c e r re s p e tu o s a m e n te u n s a c rific io a u n a d iv in id a d
R e n e M A R T IN
y tra slad a rla a c o n tin u a c ió n so b re u n e sc e n a rio , d o n d e e s a m ism a
d iv in id a d p o d ía p re s ta rs e a risa . L a m ito lo g ía se h a b ía c o n v e r­
tid o , c o m o h e m o s d ic h o , e n un « c o n o c im ie n to a g ra d a b le » c o n el
cual se d is fru ta b a , la m a y o ría d e la s v e c e s sin c re e r re a lm e n te en
el: n o in te rfe ría p o r ta n to e n la re lig ió n .
P o r su p u esto , n o sie m p re h a b ía sid o así, c o m o y a h e m o s visto:
las historietas picantes q u e se co n tab a n so b re los d io ses hab ían sido
a n ta ñ o m ito s en e l se n tid o estric to d e la p alab ra , e s d e cir, u n co n ­
ju n to d e relato s sag ra d o s q u e p re te n d ían e x p lic a r los g ra n d e s mis­
terio s del m u n d o y d e la v id a. E s p ro b a b le q u e , en e s ta é p o c a le­
ja n a , m ito lo g ía y re lig ió n h u b ie se n m a n te n id o v ín c u lo s estrech o s,
p e ro p a sa ra lo q u e p a sa se a e ste re sp e c to , lo c ie rto e s q u e su s ca ­
m in o s fu ero n d iv erg ien d o p ro g re siv a m e n te h a sta q u e la m itología
n o im plicó m á s re lig ió n d e la q u e e s ta im p licab a aq u e lla . E s más,
c o m o sa b e m o s p o r C ic e ró n , d e h e c h o se d istin g u ía a m e n u d o en ­
tre « lo s d io s e s d e lo s p o e ta s » (e s d e c ir, d e la m ito lo g ía ) y « los
d io ses d e los ciu d a d a n o s» (los d e la relig ió n ), a lo s q u e se añadían
ad em ás «los d io ses d e los filó so fo s» , q u e eran los m ism o s p e ro in­
terp retados sim b ó licam en te. E n relació n co n lo d iv in o ex istían por
tanto tres actitudes posibles, y n ad a p ro h ib ía ad o p ta r sucesivam ente
u n a d e las tres, seg ú n las c ircu n sta n c ia s. A s í se p re se n ta este p o li­
teísm o q u e tan ex tra ñ o p u e d e h o y p a re c e m o s, p e ro sin c u y o co n o ­
c im ie n to n o es p o sib le e n te n d e r la A n tig ü e d a d .

C O N C L U S IÓ N

E n lo s ú ltim o s s ig lo s d e la A n tig ü e d a d lo s m ito s h a b ía n d e ­


ja d o d e d e s e m p e ñ a r s u fu n c ió n d e e x p lic a c ió n sa g ra d a . H abían Ver a esto respecto los análisis parcialmente similares de Florcnce Dupont,
in v a d id o la e sc u e la , la p o e sía , el te a tro y la s p a re d e s y su e lo s de Homére el Dallas, París, Hacliclte, 1990.

www.FreeLibros.me
LA M ITO LO G ÍA G R EC O RR O M A N A
Y LAS A RTES PLA STIC A S

A p a r tir d e l s ig lo x v i, la m ito lo g ía a n tig u a se c o n v ie rte en


u n fo n d o c u ltu ra l a m p lia m e n te c o m p a rtid o p o r la e lite in te le c ­
tu al, d e tal m o d o q u e se la a so c ia a m u c h o s ele m e n to s de la vida
c o tid ia n a . L o s ra ro s c u a rto s d e b a ñ o d e lo s q u e s e en o rg u llecían
lo s p a la c io s e s ta b a n o b lig a to r ia m e n te a d o r n a d o s c o n u n a r e ­
p re s e n ta c ió n d e V e n u s a c ic a lá n d o s e o d e D ia n a e n tre g a d a a sus
a b lu c io n e s . C u a n d o m o d o s m á s c iv i liz a d o s im p u s ie ro n q u e
fe s tin e s y fra n c a c h e la s d e ja ra n d e c e le b ra rs e e n u n a s a la cu al­
q u ie r a , s o b re m e s a s im p ro v is a d a s , p a ra a lb e rg a rs e e n v erd a d e ­
ro s c o m e d o r e s , e s t o s o e l m o b ilia r io q u e lo s o c u p a b a se c u ­
b rie ro n d e c u e r n o s d e la a b u n d a n c ia , d e fig u ra s d e C e re s o de
B ac o .
P o r o tr a p a rte , la m ito lo g ía s irv ió fu n d a m e n ta lm e n te co m o
p re te x to al arte. S u s g u e rre ro s a tlé tic o s, su s d io se s d e aspecto po­
d e ro so , su s se n su a le s d io sa s d e sn u d a s, c o n stitu ían u n a m agnífica
o c asió n p ara q u e los a rtista s cele b rase n e l cu e rp o h u m an o en toda
su triu n fa n te d e sn u d e z . L o s p a isa jista s, p o r su p arte, encontraron
e n la s le y e n d a s m o tiv o s b u c ó lic o s q u e p lasm aro n en su s cuadros.
C u a n d o el sig lo x v m re d e s c u b rió e l lib e rtin a je , lo s a rtista s vol­
v iero n a re c u rrir c o n la rg u e z a a la s le y e n d a s a n tig u a s, poniendo
d e r e lie v e e l a s p e c to lic e n c io s o o s e n s u a l d e m u c h a s d e ellas:
b aste p e n s a r en la o b ra d e B o u eh e r. Y a u n q u e el sig lo xx ha p re­
fe rid o la m a y o ría d e las v eces o tra s fu e n te s d e inspiración, es po­
s ib le e n c o n tr a r e n o c a s io n e s a lg u n o s te m a s m ito ló g ico s, prefe­
re n te m e n te a q u e llo s q u e p riv ile g ia n el su frim ie n to , la angustia de
v iv ir, lo e x tr a ñ o y la m u e r te , s o b re to d o e n la p in tu ra alem an a
(K lim t, E g o n S c h ie le ).

www.FreeLibros.me
LA MITOLOGÍA GRECORROMANA Y LAS ARTES PLÁSTICAS 480

A lgunas observaciones

No hem os podido ser exhaustivos. ¿Q ué criterio de selección


aplicar a la m ultitud de o bras relacionadas con la m itología que
se ofrecían a nosotros, sobre todo en ciertos períodos o sobre cier­
tos tem as? En algunos casos e ra preciso d em o strar q u e un tem a
había sido u n a fuente de inspiración continua, y en to n ces se ha
procurado esco g e r o b ras p ertenecientes a ép ocas diferentes, sa­
crificando incluso algunas obras m aestras. O tras veces, había que
dejar co nstancia de la atracción q u e un m ito en concreto ejerció
sobre determ inado artista, q u e lo ilustró prolíficam ente, y ento n ­
ces hem os citado varias obras suyas. En algún caso, m enos fre­
cuente. h em os observ ad o q u e una ob ra había sid o producida en
circunstancias particulares o q u e había tenido un gran éxito. LA M Ú SIC A Y LA INSPIRA CIÓ N
C uando no m encionam os el cam p o artístico en el q u e se ins­ M ITO LO G ICA
cribe una o b ra concreta se sobreentiende q u e se trata de pintura.
Sería im posible c ita r aq u í todos los centros del m undo donde
se conservan obras de la A ntigüedad. N o obstante, algunos de los
principales son: en E spaña, el M useo del P rado y el M useo Ar­ E s preciso se ñ alar q u e la m itología grecorrom ana h a servido
queológico N acional (M adrid), el M useo de las excavaciones de d e fuente d e inspiración especialm ente a la ópera y a la zarzuela,
A m purias (G erona), el M useo A rq u eo ló g ico de T arrag o n a y la desde el punto de vista paródico a la opereta y , en épocas más re­
ciudad d e M érida, entre otros; en G ran B retaña, la N ational Ga- cientes, a la canción.
llery y el B ritish M useum (L o n d res), y La N ational G allery de Un estu d io cro n o ló g ico d e la ó p era m u estra q u e el tem a de
E dim burgo; en F rancia, el M usco del L ouvre, el P etit-P alais, la las prim eras obras fue prácticam ente siem pre la m itología griega
Biblioteca Nacional, el M useo de Arle M oderno y el M useo Gus­ (Dafne d e Peri en 1596, Orfeo d e M onteverdi en 1607), que era
tave M oreau. todos ello s en P arís; en Italia, el M useo del V ati­ conocida en to d o s los m edios cu ltiv ad o s y proporcionaba argu­
cano, la G alería B orghese, la G alería de los U fíizi (Florencia) y m en to s p ró d ig o s e n m u ta cio n es. E sta fu en te d e inspiración se
la ciudad d e P om peya; en A ustria, el M usco de V iena; en Bru­ m antuvo v iv a h asta finales del siglo x v m , m om ento en que em­
selas, los Reales M uscos; en A m beres, el M useo R eal; en San Pe- pezó a ser d esp lazad a p o r otros tem as, com o el lejano O riente o
tersburgo, el M useo de l'E rm itag e , y en N ueva Y ork, el M etro­ la historia y la literatu ra d e los diferentes países europeos. A fi­
politan M useum y el M useo de A rte M oderno. nales del siglo x ix vuelve a h acer su aparición (Los troyanos de
B erlioz en 1890, Electra d e R ichard S trauss en 1909, Edipus rex
d e S trav in sk i en 1927...), co n v irtién d o se paralelam ente en pre­
texto para las ó peras bufas d e O ffenbach.
H em os procedido para las o b ras m usicales del m ism o modo
que para la iconografía, o ptando por una elección representativa
en lo que respecta a tem as y épocas.

www.FreeLibros.me
LA A N TIG Ü ED A D LLEVADA AL CINE

T ra d ic io n a lm c n le se d e s ig n a c o n el n o m b re d e p e p lu m (la
tú n i c a q u e ll e v a b a n la s m u je re s g r ie g a s ) a to d a p ro d u c c ió n
c in e m a to g rá fic a q u e tra d u c e en im á g e n e s u n e p is o d io de la A n ­
tig ü e d a d m ític a o h is tó r i c a . L o s p r im e r o s p e p lu m s o n c o n ­
te m p o rá n e o s d e lo s c o m ie n z o s d e l c in e : y a e n 1896 e n c o n tra ­
m o s u n N e r ó n e x p e r im e n ta s u s v e n e n o s c o n e s c la v o s de
A . P ro m io . L a s e s c e n a s q u e e s ta s p rim e ra s p e líc u la s llevaban
a la p a n ta lla e s ta b a n to d a v ía fu e rte m e n te c o n d ic io n a d a s p o r el
te a tro y la ó p e ra . P ro n to la A n tig ü e d a d triu n fó e n Italia con los
p rim e ro s « c o lo s o s » tip o M a c is lo . y m á s ta r d e lo s a m e ric a n o s
e n c a re c ie ro n lo s a sp e c to s m á s e sp e c ta c u la re s d e e sta s historias,
c u y o s r e m a k e s s e ir ía n s u c e d i e n d o h a s ta la s e g u n d a g u e rra
m u n d ia l.
D e sd e Ita lia v e n d rá n u e v a m e n te la se g u n d a e d a d d e o ro del
p e p lu m , q u e p o d ría situ a rs e e n tre 1950 y 1970, m en o s suntuoso
e n lo s d e c o ra d o s p e ro m á s o rig in a l — y fa n ta sio so — en la in ter­
p re ta c ió n d e la s le y e n d a s y los p e rs o n a je s lite ra rio s o históricos.
El p e p lu m n u n c a h a p re te n d id o s e r u n a tra d u c c ió n fiel del m ito,
ni ta m p o c o u n te s tim o n io d o c u m e n ta d o so b re u n aco n tecim iento
fa m o s o . E stá c o n c e b id o , p o r e l c o n tra rio , c o m o un e sp e c tá c u lo
p o p u la r y fa m ilia r, d o n d e c u a lq u ie ra p u e d e e n c o n tr a r ta n to los
re c u e rd o s e sc o la re s d e su in fa n c ia c o m o el e c o d e las preocupa­
c io n e s d e su é p o c a . O b e d e c ie n d o a u n c ó d ig o d e g é n e ro — el he­
ro ic o p ro ta g o n ista d e b e s u p e ra r e s p e c ta c u la re s p ru e b a s ¡nieiáti-
c a s p a ra a s e g u r a r e l tr iu n fo d e l B ie n , c o n ta n d o p a ra e llo co n la
a y u d a d e u n o s « b u e n o s » tan fie le s c o m o b o rro so s y e n fre n tá n ­
d o se a u n o s « m alo s» co n d e n a d o s d e a n te m a n o al fracaso y al cas-

www.FreeLibros.me
LA ANTIGÜEDAD LLEVADA AL CINE 484

tig o — , e l p e p lu m re c u p e ra a s í, d e fo r m a m á s o m e n o s v o lu n ta ­
ria, el m o d o e n q u e lo s p ro p io s a n tig u o s c o n c e b ía n su s m ito s y
su h isto ria.

IN D IC E GENERAL

l.a s v o c e s q u e a p a re c e n d e s ta c a d a s e n negrita c o r r e s p o n d e n a la s e n t r a d a s d e l
d ic c io n a r i o (p. e j ., Adonis). E l r e s to d e la s v o c e s q u e c o n s titu y e n e s te ín d ic e n o
ti e n e n e n t r a d a p r o p i a e n el d i c c i o n a r i o p e r o a p a r e c e n m e n c io n a d a s e n la s e n ­
tr a d a s a la s q u e s e e n v í a ( p . e j . . A ta l a n ta - » a f r o d it a , MELEAGRO)

abejas —» a m a l t e a . Agamenón
aborígenes —» s a t u r n o . A g a v e —» penteo, t eb a s.

abubilla —» f i l o m e l a . Agenor —> k u r o p a , p o s e id ó n o p o -

Acasto —> a r g o n a u t a s . SIDÓ K , TEB A S.


A ccio —> v u l c a n o . Aglaúrides -» a t f .n a s ( f u n d a c ió n
A C ÍS - > C A LA TEA , POLIFEM O. D E).
A crisio - > D ÁNAE, PERSEO. A glauro -» apenas ( f u n d a c ió n
A crópolis - » A TEN A S (FU N D A C IÓ N D E).
D E ), DEDAL,O. ERICTON IO , ZEUS. Áglaye —> c a r i t e s .
A cteo - > ATEN A S (FUN D ACIÓ N DE). á g u ila -> b e s t ia r io , g a .n í m e d e s ,

Acteón JÚ PITE R , ROM A (FUNDACIÓN DE),


A dm eto —> A I.C E S T IS , A P O L O , a s- ZEUS.
CLHPIO. á l a m o —» h a des.

Adonis A lba Longa -> rom a ( f u n d a c ió n


A drasto - 4 h a r m o n í a , t e b a s . D E).
A elo —> h a r p í a s . A lceo HERACLES.
Aerión - > p o s e i d ó n o p o s i d ó n . Alcestis
A érope -4 a g a m f .n ó n , a t r i d a s , Alcides - » HERACLES.
m enelao. A lcínoo —> A R G O N A U TA S, NAUSÍ-
A fortunadas (islas) ^ b ie n a v e n ­ CA A O NAUSICA, ULISES.
tu ra d o s. Alcíone —> p l é y a d e s .
A fro d ita Alcioneo —> g i g a n t e s .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E G EN E RA L 486 487 ÍN D IC E GENERAL

Alcipe — » a r k s . A ntígona A scanio —» e n e a s , ju l o , p r ía m o , A tis


A lcm ena -» a m o r , a n f it r ió n , A ntínoo — > u l is e s . r o m a ( f u n d a c ió n d e ). Atlante — > a t l a s .
H E R A , H E R A C L E S, PE R SR O . /F U S . A n tío p e Asclepin Atlántico —» A T L Á N T I D A .
Alcmeóll -> H A R M O N Í A . antropogonía -> e d a d d e o r o , h u ­ A sia (nom bre propio) —> Pr o m e ­ A tlán tid a
Alecto —» L R i N i A S . m a n id a d . PA N D O R A . PRO M ETEO. teo . A tlas
Alejandro -> p a r í s . T E O G O N IA . A sia M enor —> a m a z o n a s , a t r i- A tlas (m onte) —> h e s p é r i d e s .
Alteo — » A R F .T 1 IS A . A nubis —> B E S T I A R I O . d a s , b e l e r o fo n t e s , c a l c a n t e , Atreo —>A G A M E N Ó N , A T R I D A S , HÉ­

Alfeo (río) - > a u g í a s . A polo C IB E L E S O G ÍB E L E , D IO N IS O , H É - R O ES, M EN ELA O , PÉLOPE.

A loadas A queloo — > H e r a c l e s , s i r e n a s . CATE, O RESTES, PÉLOPE, Q U I­ A trid as


a ls e id e s - » n in f a s . A q u ero n te M ERA, TÁNTALO. Atropo —» m o ir a / m o ir a s .

Altea —» M F .L E A G R O . A quiles asno —* V E S T A . A ugías


Altis —> HII’ODAMÍA. Aquilón —> B Ó R E A S . Asopo — > S Í S I F O . A ulide - » AGAM ENÓN, A Q U IL E S ,

A m altca A ra cn e Asteria — » h é c a t k , t e o g o n i a . C A L C A N T E . C I .IT E M N E S T R A O C L I-

am azonas araña —>a r a c n e . Astcrión - » m i n o t a u r o . T E M H S T R A . IF I G E N I A .

am b ro sía árbol — > A D O N I S , B A I J C I S . Astcrupc - » P L É Y A D E S . A ura —* b ó r e a s .


Á m íC O - > ARGON AUTAS. Á rcade — > c a l i s t o . A stianacte —> a n d r ó m a c a , H é c ­ Aurora —» e o s .
Amirnone —» p o s e i d ó n o p o s i d ó n . A rcad ia t o r , p r ía m o . A utólico —>H E R M E S , S ÍS IF O .
am or A rcópago A R E S . A T E N A S (F U N ­ A stidam ía —>H e r a c l e s . Autónoe —> t e b a s .
Amtllio —F R O M A ( F U N D A C I Ó N O l í ) . D A C IÓ N d e ), o r e s te s . A strea Auxo - » H O R A S .
Anaxo - » h e r a c i .e s . A res Astreo — » e o s . ave (v er tam bién pájaro) —» b e s ­
Anceo - » a r g o n a u t a s . Arete —» n a u s íc a a o n a ijs ic a , u l i­ A talanta — > a f r o d i t a , m e l e a g r o . t ia r io .

A n d ró m aca s e s . A tam antc - » d i o n i s o , h e l e , i n o , A ventino — > h é r c u l e s .


A ndróm eda — » m o n s t r u o s , p e r - A retu sa m a c is t o , v e l l o c in o d e o r o . Ayante - > á y a x .
se o . A rgo A tenas —> a d o n is , a r e s , a t e n e a , A yax
a n é m o n a —» a d o n is . A rgólida - > d a n a i d h s . i o . A T L Á N T ID A , DEM ÉTER, E D IP O ,

A nfiarao —» a r g o n a u t a s , h a r ­ A rg o n au tas E C H O , E R E C T E O , E R IC T O N IO , F I­ b acan tes


m o n ía . A rgos —> A R G O . L O M E L A . H I P O L I T O , IF I G E N I A , M E ­ B aco
A n f ió n —>t f . b a s . A rgos (ciudad) —> A g a m en ó n , D R A . M IN O S , M IN O T A U R O , PA- B aucis
A nfitrión h e r a , o r e s t e s , p e r s e o , p o s e i­ L A N T E , P O S E ID Ó N O P O S ID Ó N , T E - Bébrices —» a r g o n a u t a s .
A nfitrite d ó n O P O S ID Ó N . SE O , ZEUS. B elerofontes
an im ales A ria d n a A ten as (fu n d ació n de) B elona
A nquises —* a f r o d ita , b e s tia ­ A ricie — > e g e r i a . A tenea Beocia —> i f i g e n i a , t e b a s .
rio , e n e a s , la o c o o n tk , le te / Arión — > B E S T I A R I O . A lica —>A N T Í G O N A , A T E N A S (F U N ­ b estiario
I.H T E O . A risteo —» a f o l o , o r f e o , p ro te o . D A C IÓ N D E ) , B E S T IA R IO , D IO N IS O , Bía —» P A L A N T E .
A nteo A rm onía —> h a r m o n í a . D IO S C U R O S , IF IG E N IA , M A R A T Ó N , B ienaventu rados
A nteros — > a f r o d it a , f. r o s . arpías —>h a r p í a s . P O S E ID Ó N O P O S ID Ó N , P R O C Ü S - Bitinia — » A R G O N A U T A S .
Anticlea - » s ís if o . u l is e s . A rte m isa o Á rtem is TES, TESEO. Boréadas -> b ó r e a s .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E G EN ERA L 488 489 ÍN D IC E GENERAL

Bóreas C a rib d is Cianeas (rocas) — > a r g o n a u t a s . T A S , B ESTIA R IO , H ELE , JASÓ N.

Briareo — > p o s e i d ó n o p o s i d ó n . carites C ibeles o Cíbelc M ED EA . VELLOCINO DE ORO.


Briseida - 4 A g a m e n ó n , a q u i l e s , carnero - > b e s t i a r i o . CfcicO - 4 ARGONAUT AS. C ore
CALCANTE, C a ro n te Cíclades -> p e r s e o . C o rfú —* ARGONAUTAS.

buey - 4 b e s t i a r i o . C arpo - 4 h o r a s . cíclopes o ciclopes Coribantcs —> a p o l o .


buitre — > b e s t i a r i o . C artago — > d i i X ) , e n e a s . cicones —> u l i s e s . Córibas —> a t i s .
B usiris C a sa n d ra cierva - 4 b e s t i a r i o . C orinto —> m a r a t ó n .
Butes - 4 ERECTEO. C asiopea —> p e r s e o . ciervo —> A CTEÓ N , A RTEM ISA O ÁR- C orinto (ciudad) -4 a r g o n a u t a s ,
C astalia (fuente) - 4 a p o l o . T E M IS , BESTIARIO, h ip o d a m ía , ja s ó n . m a r a t ó n ,

c a b a llo -4 b e s t i a r i o . C ásto r -4 a r g o n a u t a s , c i . i t e m - cigarra -4 a f r o d i t a , e o s , s i b i l a . M ED EA , PEGASO, POSEIDÓN O PO-

c a b ra -4 a m a l t e a , b e s t i a r i o , d i o - NEST RA O CLITEM ESTRA, DIOSCU­ Cilenc (m onte) —>h e r m e s . SID Ó N , SÍSIEO, TESEO.

N ISO . TEM IS. R O S . H A R P ÍA S, H E L E N A , JA SÓ N , Cilicia —» t i f ó n . Corónide —» APOLO, a s í i . e p i o .


C a c o —> HÉRCULES. L E D A . MKLEAGKO. TESEO. c¡ morios —>u l i s e s . cosmogonía —> h é r o e s , t e o g o n i a .
C adm o -4 d io n is o , Eu r o pa , h a r ­ C atreo — > a t r i d a s . Cipariso -» a p o l o . Gratos - 4 p a l a n t e .
m o n ía . HÉRO ES. IN O . M O N S­ C áucaso -4 a m a z o n a s , h e f e s t o . ciprés -4 a p o l o . creación —» c a o s , t e o g o n i a .
TRU O S. PUNTEO. TEBA S. TIRESIAS. PROM ETEO. C irce C reóm e - * a n t í g o n a , H e r a c l e s ,
VELLOCIN O D E ORO. C écrope -4 a p e n a s ( f u n d a c ió n Cirene - a a p o l o . JASÓ N, TEB A S.

caduceo d e ), e r ic t o m o , h é r o e s , t e se o . cisne - 4 A R A C N E, BESTIA RIO , DIOS­ Crcontc - > m e d e a , p o l i n i c e s .


C alais —A A R G O N A U T A S , B Ó R EA S, C ecro p ia -4 a t e n a s ( f u n d a c ió n C U R O S, LED A . ZEUS. C reso - 4 HERACLES.
HARPÍAS. D E). C ite ra C reta —» a m a l t e a , a r g o n a u t a s .
C alcante C éfalo Citerón (m onte) —> a n t ío p e , e d it o , A R IA D N A , A TEN A S (FUNDACIÓN

Calidón - » it e r a c i. e s . m e l e a c .r o . C efeo -4 p e r s e o . H ERA CLES, PF.NTEO. D E ). BESTIA RIO , C ITERA, CRONO,

Calíope - » a f r o d it a , m u s a s , o r - C éfiro C leopatra —> m e i . e a g r o . DÉDALO, ENEAS, EUROPA, l-EDRA.

pe o . céfiros - 4 c i t e r a . Clím ene -» a t l a s , f a e t ó n o e a e - C E A , H ERA CLES, IDOM ENEO, LA­

Calipso Cefiso — > n a r c i s o . T O N T E , HELIO, PROM ETEO . B ER IN TO , M IN O S , M INO TA U RO.

C alisto Celeno -4 h a r p í a s , p l é y a d e s . C IÍO —> M U SA S, ORESTES. T E SE O , ZEUS.

cam enas C cleo —> D EM ÉTER. C litem n e stra o C litem estra Creúsa - a a po l o .

Camila — » e n e a s . ce n ta u ro s C litia -4 APOLO. C re ú sa - 4 EN EA S, p r ía m o .

Canipania -4 d e m é t e r , s i b i l a , u l i s e s . C eo — > L E T O , o l í m p i c o s , t e o g o ­ C litia - 4 A TI.Á N TID A , ATLAS. Crimea (península) -4 i f i g e n i a .


campi Ingentes - 4 INFIERNOS. n ia . Cloris —> NÉSTOR. Crío —> EO S, O LÍM PICO S, p a l a n t e .
C am pos Elíseos o Elisios C e rb e ro o C é rb e ro Cloto - 4 M OIRA /M O IRAS. C risaor - 4 g o r g o k a , m o n s t r u o s ,
Candaulo - 4 g i g e s o c í e s . C erció n — > p o s e i d ó n o p o s id ó n , C nosos -4 m i n o s . pe r se o .

caos t e s e o . Cocalos —) DÉDALO. Criseida —> AGAMENÓN, CALCANTE.

C apitolio —> j a n o . J ú p i t e r , r o m a C eres C ocito c l is e s .

(FUN D ACIÓ N LIE). SATURN O . C elo —> G Ü RG O N A . M ONSTRUOS. Colofón - 4 CALCANTE. Grises -4 a p o l o .
C'ardea — > i n d i g e t e s . Chipre — > p i g m a l i ó n . C olona - 4 ANTÍGONA, EDIPO. C risipo — > a t r i d a s , e s f in g e , h it o -

Caria - a h É c a t e . h e r m a f r o d it o . chivo - 4 b e s t i a r i o . Cólquide - 4 a m a z o n a s , a r g o n a u - d a m ía . l a y o .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E G EN E RA L 490 491 ÍN D IC E GENERAL

C ro n o Dcmofonte —> d e m é t e r . e d a d d e o ro Eneo - » H E R A C L E S , M E L E A G R O .


ctónico D estino edad de plata -> e d a d d e o r o . Enóm ao - » a t r i d a s , h i p o d a m i ' a ,
c u c lillo - » B E S T IA R IO , D e u c a lió n E dipo PÉLO PE.

c u e r n o d e l a a b u n d a n c i a —» a m a l - D eyanira -» c e n t a u r o s , H e r a ­ Eea (isla) —> a r g o n a u t a s , c i r c e , Eolia - » é o l o .


T E A , FORTUNA. c l e s , M ELEAGRO. u l is e s . Éolo
C um as e n e a s , in f ie r n o s , s i ­ D iana Beles —» A R G O N A U T A S , C I R C E , H E ­ Eos
b il a . D ice - » E D A D D E O R O , H O R A S . L IO , JA S Ó N , M E D E A , P A S ÍF A E , V E ­ Epidauro - » a s c l e p i o , t e s e o .
C upido D ido L L O C IN O D E O R O . E pígonos
c u r e t e s —> m e l b a g r o . D ies P ater - ó p l u t ó n . Eetión - > A N D R Ó M A C A . E pim eteo - » a n i m a l e s , a t l a s ,
diluvio Efialtes G IG A N T E S . PA N D O R A , PRO M ETEO.

D afne D io Fidio - » F I D E S . Egeo Epiro —> A N D R Ó M A C A , A Q L ERO N TE.

D afnis D iom edes —> a f r o d i t a , a r e s , H e­ E g eria EN EA S.

D ánae r a c l e s , P A L A D I O , T R O Y A , U L IS E S . égida —> A M A L T E A , A T E N E A . Epopeo - > M A R A T Ó N .


D anaides Dione —>A F R O D I T A , Z E U S . Egimio — > L A P I T A S . E quidna —f a r g o , e s f i n g e , g o r -

D á n a o —> d a n a id e s . p o s e id ó n o D ioniso Egina —F A R G O N A U T A S , P O S E I D Ó N O GONA, H ERACLES, H ID R A DE

P O S ID Ó N . Dios CAOS. P O S ID Ó N , S ÍS IF O . L E R N A , M O N S T R U O S , Q U IM E R A .

D áñ ao s d a n a id e s . D ioscuros Egipto — > D A N A I D E S . T IF Ó N .

Dardania - » d á r d a n o . dioses y dio sas Egipto (país) —> B U S I R I S , E S F IN G E , Equión —> t e b a s .


D árd an o D ircc - » a n t í o p e . H E L E N A , IO , M E N K L A O . lír
D édalo D ius Fielius —>F I D E S . E g is tO —>A G A M E N Ó N , A T R ID A S , C A - Erato - > m u s a s .
Deidaniía —>a q u i i . e s . Dodona (bosque) - > a r g o n a u t a s , S A N D R A , C L IT E M N E S T R A O C L I- F.rebo o E rebo.
D eífobo —> H E L E N A , M E N E I .A O , ZEUS. TEM ESTR A , ELEC TR A , O RESTES. Erecteión — > A t e n a s (fu n d a c ió n

P R ÍA M O , T R O Y A . D óride — > a n f i t r i t e . Bglc — > H E S P É R I D E S . d e ).

Deimo -» A F R O D IT A , A R E S , D oros — » h h l é n . E lectra F recteo


delfín — l> A N F IT R IT E , B E S T IA R IO , dragón —> a r g o n a u t a s , b e s tia r io , Electra —» d á r d a n o , h a r p ía s , plé ­ Ergino — > H E R A C L E S .
D IO N IS O . H E R A C L E S , H E S P É R ID E S , JA S Ó N . y a d e s . F ricto n io
Delfina - » t i f ó n . M E D E A , M O N STR U O S, T E B A S , VE­ Electrión -> H e r a c l e s . Erídano — » f a e t ó n o f a e t o n t e .
Delfos — » A N D R Ó M A C A , APOLO, AR­ L L O C IN O DF. O R O . Eleusis - > D E M É T E R , E R E C T E O , TE­ B ride
G ON AUTAS. B E S T IA R IO , E D IP O , dríades —>n in fa s . SEO. Erifile — > H A R M O N Í A .
E R E C T E O . H IP E R B Ó R E O S , 1 F IG E - E lide —> A T R I D A S , A U G Í A S , H I P O - E rim anto (m onte) —» a r t e m i s a o

N IA , JA S Ó N , O R E S T E S , P A R N A S O , F.acO — » Á Y A X , I N F I E R N O S , M IN O S . D A M Í A , P É l.O P E . Á R T L M IS , H E R A C L E S ,

P IT Ó N . P O S E ID Ó N O P O S ID Ó N , T E ­ Bagro — » o r f e o . Elisa —> d i d o . e rin ia s


B A S . T E M IS . Eco E lp en o r Eritia - 4 H E S P É R ID E S .

Délos —) A P O L O , A R T E M I S A O A R T E - edad d e b ronce - » f . d a d d e o r o , Ematión —» e o s . E n tra s -» s ib il a .

M I S , E N E A S , E O S , I .F .T O . HÉROES, S E M ID IO S E S . Encelado -» a t e n e a , g ig a n t e s . B ros


D em éter edad d e h ierro -» e d a d d f. o r o , F n d im ió n Errantes (islas) - » a r g o n a u t a s .
H É R O E S , S E M ID IO S E S . E neas Eruribio - » m o n s t r u o s .

www.FreeLibros.me
492 493 ÍN D IC E GENERAL
ÍN D IC E G EN ERA L

Escamandro —> t r o y a . Eum olpo —> E R E C T E O . Filom ela G iges o G íes


E stila — » A R G O N A U T A S , C A R IB D IS , Eunom ía —> h o r a s . F ineo - » ARGON AUTAS, h a r p ía s , Gilgamés — > r o m a ( f u n d a c i ó n d e ) .
C IR C E , M O N S T R U O S , U L IS E S . Éunom o -¥ H E R A C L E S . PERSEO. G lauce —>j a s ó n , m e d e a .
E stiró n —> p o s e id ó n o p o s id ó n , Euríale - > g o r g o n a . flauta d e Pan -» a p o l o , h e r m e s , G lauco — > B E L E R O F O N T E S , C A R I B -
pa n . D IS .
TESEO. E uritlca — » u l i s e s .
Esciros A Q U IL E S . T E S E O . Eurídice — > o r f e o . F le g ia s - > a r e s , a s c l e p io . golondrina -• > b e s t ia r io , f il o ­

f l o r —» A P O L O , ja c in t o . m e l a .
E stitia - » A M A Z O N A S . Euríloco — > c i r c e .
E stulapio — > A S C L F .P IO . Eurinasas —> p é l o p e . F lo ra gorgona
Esfinge Eurínom e —>z e u s . Fobo - » A F R O D IT A , A R E S . gracias —> c á r i t e s .
Esón — > j a s ó n . K uristeo F ó c i d e —> A N T ÍO P E , E L E C T R A , O R E S - grayas — > g o r g o n a . m o n st r u o s ,

T E S , P IT Ó N . PERSEO.
E sparta - » a f r o d i t a , c a s a n d r a , É u ritO -> HERACLES.

C I .I T E M N E S T R A O C L I T E M E S T R A , Euro —> b ó r e a s . F o c o —> A N T Í O P E . Grecia — > a n t í o p e , a q u e r o n t e .


HELENA. LEDA . M EN ELA O , O RES- E u ro p a F o lü S - ó C EN TA U RO S. grifos — > B E S T I A R I O , M O N S T R U O S .
F o r c i s —> G O R G O N A , M O N ST R U O S.
T E S . P A R I S . T E I .É M A C O , T E S E O . Euterpe —>m u s a s .
Espartoi —> t e b a s . Eva -» P A N D O R A . F o r c u l u s — > IN D IG E T E S . H ades
Estenebea - a b e l e r o f o n t e s . Evandro — > e n e a s , h é r c u l e s .
F o rtu n a hamadríades —> n i n f a s .
Estáñelo - » i i e r a c i .e s . F r i g i a —> A F R O D I T A , A T I S , B A U C I S , H arm o n ía
Esteno —>g o r g o n a . F aetó n o F aeto n te D Á R D A N O , M ID A S , T Á N T A L O . h a rp ía s
F.stentor o E stén to r Panes — > o r f e o . F ríX O —> A R G O N A U T A S , H E L E , H E R ­ H ebe —> z e i j s .
Éstige/Estigia Faros - » p r o t e o . M E S , 1 N O , JA S Ó N , M A C IS T O , T E ­ Hebro (río) —> o r f e o .
Estínfalo (lago) — > h e r a c i . e s . Fase (río) - > a r g o n a u t a s . B A S , V E L L O C IN O D E O R O . H écate
Estrófadcs (islas) - » e n e a s , h a r ­ F a tu m Ftía — » A N D R Ó M A C A , H F .L É N , T E T I S . hecaionquiros — > c r o n o , g e a , g i-

p ía s . Fauna - a h é r c u l e s . fuente — > a p o l o , a r e t u s a . GES O G ÍE S , M O N S T R U O S , T E O ­

F.ta (m onte) — > h e r a c i .e s . F au n o /fau n o s funciones G O N ÍA , T IT A N E S Y T IT Á N ID E S ,

Eteocles — > a n t í g o n a , e d i p o . p o l i­ Favonio - > c é f i r o . fu ria s URANO O U RANO , ZEUS.

n ic e s . TEBAS. F eacia - a n a u s í c a a o n a u s i c a , H écto r


Éter - » o l í m p i c o s , t e o g o n i a . U L IS E S .
G ala te a H écuba
Etiopía — » F .O S , F É N I X , p e r s e o . reacios —I> A R G O N A U T A S . G an ím ed es H efesto
Etna —» D E M É T E R . G I G A N T E S , HE- F ebe - > l e t o . o l í m p i c o s , t e o ­
G ea Hélade —» h e l é n .
F E S T O . P O L IF E M O , T IF Ó N . g o n ia .
G enios — » p e n a t e s . H ele
Etolia —> L E D A . Febo — > a p o l o . G erio n es - » c a r i b d i s , g o r g o n a , H elcn
F.tra - > t e s e o . F e d ra HERACLES, H ÉRCULES, M ONS­ H elena
Etruria — » d á r d a n o . Fenicia - > d i d o , f. u r o p a . TRUOS. H éleno —> a n d r ó m a c a , c a s a n ­

Eubea - > a r g o n a u t a s . Fénix G ibraltar (estrecho) —> h é spe r o . d r a , H É C U B A . H E L E N A , P A L A D IO ,

Eufrósine — » c a r i t e s . F idcs gigantes P R ÍA M O .

euménides —> e r i n i a s . Filcmón - a b a u c i s , m e t a m o r f o s i s . G i g a n t o m a q u i a —> a t e n e a , g ig a n ­ H elesponto —> a rg o n a u ta s , v e­

t e s , PAL A N T E, ZEU S. llo c in o DE ORO.


Eumeo -> u l i s e s . Filoctetes

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E G EN ERA L 494 495 ÍN D IC E GENERAL
H elíades —» f a e t ó n o f a l t ó m e , Hipcrm cstra -» d a n a i d e s . Islas de los B ienaventurados —> L a b e rin to
H E L IO . H ipno B IE N A V E N T U R A D O S , H É R O E S . Lacio —» E D A D D E O R O , E G E R I A , E L -
H e lic ó n (m o n ie ) —» m u s a s , p e ­ H ipocrene (Cuente) —> p e g a s o . Ism ene - a a n t í g o n a , p o l i n i c e s , P E N O R , F A U N O / F A U N O S , H F .R C U -
g a so . H ip o d am ía T F .B A S . l . E S , L A T I N O , S A T U R N O , S IL V A N O .
Helio H ipólita —> A M A Z O N A S . A N T Í O P E , Isquis — > A S C L E P I O . Ladón —> h e s p é r i d e s , m o n s t r u o s .
h c l i o t r o p o —> a p o i .o . H E R A C L E S , H IP Ó L IT O , T E S E O .
haca —> A R G O , C A L 1 P S O , ÉOLO. NAU- L aertes - » p f . n é l o p e , s í s i f o , u l i ­
H é m e r a —» o l ím p ic o s , t e o g o n ia . H ipólito S lC A A O N A U S I C A , O D I S E A , P E N É ­ se s .
H e m ó n —> a n t íg o n a , t e b a s . Hipóm enes —> a f r o d i t a . L O P E , T E L É M A C O , U L IS E S . Laníos — > p o s e i d ó n o p o s i d ó n .
H era H i p ó l e s —F B O LO .
Italia —» A R G O N A U T A S , C A R IB D IS , L aocoonte
H eracles h o m érico D Á R D A N O , D ID O , E N E A S , F IL 0 C - Laodam ía - » b e l e r o f o n t e s .
Heraclidas — » H e r a c l e s . h o ra s T F .T E S , H ÉRCULES, ID O M E N E O , Laomedonte - > a p o i .o , h e r a c i . e s .
H ercules H o r u .S —> B E S T IA R IO ,
L A T IN O , S IL V A N O . S IR E N A S . P O S E ID Ó N o P O S ID Ó N , P R ÍA M O ,
H erm afro d ito h u m a n id a d Ilis — » ETLOM ELA. TROYA,
H erm es Ixión lap itas
H erm íone —> a n d r ó m a c a , e l e c ­ Icaria (isla) —» ÍC A R O . Láquesis - > m o i r a / m o i r a s .
t r a , H ELEN A . M ENELA O, ORES- icario — » P E N É L O P E . ja b a lí —> a d o n is , a e r o d it a , b e s ­ L ares
TES, íc a ro t ia r io , H ERACLES. M ELEAGRO. Larisa — » p e r s e o .
héroes Ida (m onte) —> a f r o d i t a , a m a l -
jacinto —>j a c i n t o . Larvas - » i . e m u r e s .
H e r s e —> c é l a l o . T E A , É R ID F ., P A R I S .
Ja c in to L atin o
H esíonc -» He r a c l e s , p r ía m o . Idom eneo Janículo —> j a n o . Latona - » l e t o .
t r o y a . Idotea —> p r o t e o . Jan o laurel - > a p o i .o , d a f n e .
Hesperaretusa —> i i e s p é r i d e s . I f i e l e s — ■> H E R A C L E S , M E L E A G R O .
Jáp eto —> A T L A S , O L Í M P I C O S , PRO­ L avinia —> e n e a s , l a t i n o , ro m a
H espérides Ifigenia M ETEO. (F U N D A C IÓ N D E ) .
Hésperis — » h e s p é r i d e s , h é s p e r o , Ilion jardines de Adonis —» a d o n i s . L ayo
t it a n e s y t it á n id e s . Iliria —>T E B A S . Ja só n Learco —> t e b a s .
H éspero I l i t í a —> H E R A . L E L O , Z E U S .
José —> R O M A ( F U N D A C I Ó N D E ) . lechuza —> b e s t i a r i o , m i n e r v a .
H estia Ilo - * P R Í A M O , T R O Y A , Juganitus — » I N D I G E T E S . Leda
hibris ínaco —» 1 0 . Ju lo Leiríope — > n a r c i s o .
Hibris —» p a n . India —f d i o n i s o . Juno Lem nos —» a f r o d i t a , a r g o n a u ­
h id ra de L e rn a Indigetes J ú p ite r t a s , F IL O C T E T E S , H E F E S T O .
Higía -* A S C L E P I O . In fiern o s Julo - » I I E L É N . L ém u res
Hilas - » A R G O N A U T A S . N I N F A S . Ino león — ¡> B E S T I A R I O ,
Hilios - » H E R A C L E S . lo Kart Adasht (ver también Cartago) león de Nemea — > e s f in g e , He r a ­
Himeto —» Z E U S , l ó n —» a p o i .o .
—> D ID O . c l e s , M ONSTRUOS.
hip erb óreos Irene —» h o r a s . Lesbos (isla) — > o r f e o .
Hipcrión - » E O S . H E L I O , O L Í M P I C O S , Iris Labdácidas —> A T R ID A S , t e b a s . lestrígones —> p o s e i d ó n o p o s id ó n .
T E O G O N IA . Isis Lábdaco -» t e b a s . U L IS E S .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E G EN ERA L 496 497 ÍN D IC E GENERAL

L ete/Leleo m anzana d e o ro —» a f r o d it a , M eneceo —» t e b a s . morero —» p ír a m o .

Leto F .R I D E , H E L E N A , P A R IS , M enelao M orfeo


Leuce — > h a d e s . m anzanas de o ro —» a t e n e a , menta —> h a d e s . M u lcíb er
L e u c íp id e s - > d io s c u r o s . A TLA S, B E S T IA R IO . HERACLES, M ente — > h a d e s . m usas
L e u c i p o —> d io s c u r o s . H E S P É R ID E S , P R O M E T E O , T E M IS . M e n to r
Leucótea —> in d . m ar E geo —> h a r p ía s , (c a r o , n e - M ercu rio napeas —> n i n f a s .
L í b e r —» d io n is o . R E O , P O S E ID Ó N O P O S ID Ó N , T E S E O . M ermnadas - y g i g e s o g í e s . Nápoles - > p o l i f e m o .
Líber Pater B A CO , s il v a n o . m ar M editerráneo —» c a i .i p s o , M érope -4 p l é y a d e s . narciso —> n a r c i s o .
Libia — > a n t e o , a r g o n a u t a s , d a - ENEA S, H ELE, HELENA, M esina - » c a r i b d i s . N arciso
N A I D F .S , F É N I X , U L I S E S . m ar N egro a m a z o n a s , a r g o -, m etam o rfosis N ausícaa o N ausica
L icaón N A U T A S , H E L E , JA S Ó N , M ED EA . M etis Naxos (isla) - » a r i a d n a , p o s e id ó n

Liceo (m onte) —> l i c a ó n . T E S E O , V E L L O C IN O D E O R O . M icenas — > A g a m e n ó n , a t r i d a s , O P O S ID Ó N , T E S E O .

Licia - » B K I .E R O F O N T E S . H IP N O , M a ra tó n C A L C A N T E , C A S A N D R A , C L IT E M ­ Naxos (río) A N F IT R IT E .

Q U IM E R A . M aratón (ciudad) -> m a r a t ó n , t e ­ N E S T R A O C L IT E M E S T R A , E L E C ­ náy ad es


L iC O - > A N T ÍO P E . T E B A S . se o . T R A , E U R IS T E O , IF IG E N IA , M E N E ­ n éc ta r
L ic o m e d e s - > a q u il e s , t e se o . m ariandinos —> a r g o n a u t a s . LA O , O R ESTES, PERSEO. N eleo - í N é s t o r .
L ic u rg o - > d io n is o . Marón - > p o l i f e m o , u l i s f . s . M id as N émesis
L i d i a —> a t is , g ig e s o g íe s , He r a ­ M a rsia s M im ante - » g i g a n t e s . Neoptólcmo — » a n d r ó m a c a , a q u i-

c l e s , PACTO LO , S IB IL A , TÁN­ M a rte M in erv a I .E S , Á Y A X , C A S A N D R A , F I L 0 C T E -

TALO. M aya - > k e r m e s , p l é y a d e s , z e u s . M inos TES, O R E S T E S , P R Í A M O , T F .T 1 S .

Limentinus —> in d ig e t h s . M edea M in o ta u ro TROYA.

L in c e o —» a r g o n a u t a s , m e l e a - m edos —> m f . d e a . m irm id o n es N eptuno


GRO. M edos — » M E D E A . mirra - > a d o n i s . n ereid as
Lino - » H E R A C L E S . M edusa — > g o r g o n a , m o n s t r u o s , M irra — » a d o n i s . N ereo
Lípari (islas) -> ver Errantes (is­ pe g a so , pe r se o , p o s e id ó n O PO­ Mirtilo — > h i p o d a m í a , p é l o p e . N eso —> c e n t a u r o s , h f : r a c l e s .
las). S ID Ó N . M isia - » A N D R Ó M A C A . N éstor
l i r a —* A P O L O , H E R M E S , O R F E O . M égara — > h e r a c i . e s , t e s e o . M itra Nice —>P A L A N T E .
llu v ia d e o ro —> d á n a e , p e r s e o . M egera - » f. r i n i a s . M nem ósine — » M U S A S , O L Í M P I C O S , Nicipc —> H E R A C L E S .
ZEUS. M eleagro ZEUS. N icte
lo b a - » B E S T IA R IO , H É C A T E , L E T O , m elíades —» n i n f a s . M o ira/m o iras Nicteo —» A N T Í O P E , T E B A S .
M A R T E . R O M A (F U N D A C IÓ N D E ). M elicertes - » t e b a s . Moisés - » R O M A ( F U N D A C I Ó N D E ) . ninfas
Lócridc -» áy ax . M elpóm ene — > m u s a s . M oloso —» A N D R Ó M A C A , P R Í A M O . N íobe
lotófagos - > c l i s e s . M em nón — > a q u i l e s , f. o s . m o n stru o s Nióbidas —> n í o b e .
M em oria (lago) — > i n f i e r n o s . montaña - » a t l a s . Nisa (región) - » d i o n i s o .
M a c a ó n —> a s c l e p io . M em oria (río) —> h a d e s . Montañas - > g e a , o l í m p i c o s , t e o ­ N Í X — ■> N I C T E .

M acisto m énades - > b a c a n t e s , d i o n i s o , g o n ia . Nodutus — » i n d i g e t e s .


M anes ORFEO. Mopso —> C A L C A N T E . Noé —> d e u c a l i ó n , d i l u v i o .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E G EN E RA L 498 499 ÍN D IC E GENERAL

Nomia —> D A F N I S . Oritfa —> b ó r e a s . P atro clo Pigm alión


Noto - > B Ó R E A S , E O S . O rligia (isla) -» a r e t u s a , a r t e ­
pavo real —> a r g o . b e s t ia r io , Pigmalión —> d i d o .
n u b e —» C E N T A U R O S . m is a O Á R T E M IS , L E T O .
h e r a . Pílades — > E L E C T R A , O R E S T E S .
Numa « e l Piadoso» —>e g e r i a . O rtros -> E S F IN G E , G O R G O N A , H E ­
Pegaso Pilos M ERM ES, N ÉSTO R ,

Numiior — » r o m a ( f u n d a c i ó n d e ) . RA CLES. M ONSTRUOS,


Pelasgos —> d a n a i d e s . pino - > C I B E L E S O C ÍB E L H .
osa —>A R T E M I S A O Á R T E M IS , B E S ­
Peleo —» A N D R Ó M A C A , A Q U I L E S , HÉ­ P íram o
O ta - » LEDA. T IA R IO . C A L IS T O , ROM A (F U N ­
R O E S , Q U I R Ó N , T F .T IS . Pireno (río) —> p e g a s o .
O ccidente (extrem o) —» a t l a s , D A C IÓ N D E ) .
Pelias -» A L C B S T IS , ARGONAUTAS, Piriflegetonte —> i n f i e r n o s .
B IE N A V E N T U R A D O S , GORGONA, O sa (m onte) — » a l ú a d a s .
J A S Ó N , M E D E A , V E L L O C IN O D E O R O . PirítOO —* C E N T A U R O S , H E L E N A , LA-

H ESPER!D E S, PERSEO . O siris —> isis. Pelión (m onte) - » a l ó a d a s , JA S Ó N . P IT A S , M E L E A G R O , P E R S É F O N E ,

o c e á n id e s —» t e t is . Pélope TESEO.

O céano P actólo Pelopia —> A T R I D A S . Pirra -> D E U C A I .I Ó N , M E L É N , M E T A ­

Ocípete — » h a r p í a s . PalV) —> P IC IM A L IÓ N . Pclópidas - > p é l o p e . M O R F O S I S , P A N D O R A . S ÍS IF O .

Oclaso - » T E B A S . Págasas (puerto) —> a r g o n a u t a s . Peloponeso — » a n f i t r i ó n , a r c a - Pirro (ver Neoptólemo).


O disea p ájaro (v er tam bién ave) —> b e s ­ d ía , A R E T U S A , A R G O , A U G ÍA S , C l- Pisa —>H I P O D A M Í A . P É L O P E .
T E R A , É S T IG K /E S T IG IA , H E R A C L E S , P ilC O - » A T R ID A S , H IP Ó L IT O , T E S E O .
Odiseo — > u l i s e s . t ia r io .

Ogigia (isla ) -> c a l ip s o . P alad io N ÉSTO R , PÉLOPE. Pitia —> A P O L O , H E R A C L E S , P I T Ó N ,

O ileo -» á y a x . Palam edes u l is e s .


P en ates S IB IL A .

Olimpia - » h i p o d a m í a , z e u s . P a la n te Penélope Pitón


O lím picos Palántidas — > b a l a n t e , t e s e o . Penco - » A U G Í A S , d a f n e , l a p i t a s . Pléyades
O lim po P alas Penia —> e r o s . Pléyone —> p l é y a d e s .
Ó n fa le - > He r a c l e s . P alatino -» e n e a s , h é r c u l e s , pa ­
Penteo P lu tó n
o rá c u lo -> AND RÓ M A CA , APOLO. l e s , R O M A (F U N D A C IÓ N D E ) .
Pentesilea Podalirio -> a s c l e p i o .
A R G O N A U T A S , A T R ID A S , B E S T IA ­ Pales Pérgam o —> a n d r ó m a c a . Podarces -» p r í a m o , t r o y a .
R IO , C A L C A N T E . C A S A N D R A , D Á ­ palom a -> b e s t i a r i o . Pérgamo (ciudad) — > a n d r ó m a c a . Pólibo - » E D I P O .
N A E , E D IP O . E N E A S , E R E C T E O . H l- P an Peribea —> p e n é l o p e . Pol idectcs —> p e r s e o .
P O D A M ÍA , IE IG E N IA , JA S Ó N . N E - Panacea —» a s c l e p i o . Peri leles —» t e s e o . Polidoro — > L E B A S .
R E O , O R E S T E S , P E R S E O . P IT Ó N , P andión -» e g e o . e r e c t e o , e r ic -
perra —> h é c a t e . Polifem o
P R O T E O , P S IQ U E , S IB IL A , T E B A S , T O N IO , F IL O M E L A , T E S E O .
perro -» a c t e ó n , a r t e m i s a o á r - Poiimnia —> m u s a s , o r e s t e s .
TROYA. P a n d o ra T E M IS , B E S T IA R IO , C E R B E R O O Polinices
O rco Pangeo (m onte) —> o r f e o . C E R B E R O , U L IS E S . Polipemón —> p r o c u s t e s .
o ré a d e s h > n in f a s . P an teó n P erséfone P olíxena -» a q u i l e s , h é c u b a ,
O restes p a rc as Perséis —> c a l i p s o , c ir c e , h e l io , P R ÍA M O .

O rfeo P aris P A S ÍF A E . Pólux —> a r g o n a u ta s , c l it e m n h s -

O lió n — ■> A F R O D I T A , A R T E M I S A O P a rn aso Perseo TRA o c i .i t e m e s t r a , d io s c u r o s ,

Á R T E M IS , EOS. PLEY A D ES, PO­ Partenón — > a t e n e a . Persépolis —> n a u s í c a a o n a u s i c a . H A R P ÍA S , H E L E N A , JA S Ó N . L E D A ,

S E ID Ó N O P O S ID Ó N . P asífae Pcrses - > M E C A T E , M E D E A . M ELEA G RO , TESEO.

www.FreeLibros.me
In d i c e g e n e r a l 500 501 ÍN D IC E GENERAL

Pom ona R om a —> d io s c u r o s , f. g e r i a , SiciÓn M ARATÓN. Táuride — > i f i g e n i a , o r e s t e s ,


Ponto —> GEA, H A R P ÍA S , M ONS­ EN EA S. S ición (ciudad) - > a n t í o p e , m a ­ T eb as
T R U O S . O L ÍM P IC O S , T E O G O N ÍA . R o m a (fu n d ació n de) r a t ó n . T egea — > o r e s t e s .
Ponto Euxino (ver m ar N egro) —> R óm ulo - » B E S T I A R I O , HÉROES, Sileno T elam ón - f a r g o n a u t a s , á y a x .
M A R T E , R O M A (F U N D A C IÓ N D E ) ,
A M A ZO N A S, HELE. S ilvano t r o y a .

P o rfirió n - > g ig a n t e s . ruiseñor —» f i l o m e l a . S im plégades (rocas) —> ver C ia­ Télefo —> b e s t i a r i o .
Poro EROS. Rusina - > i n d i g e t e s . neas (rocas). Telégono — > c i r c e , u l i s e s .
P oseidón o Posidón r ó tu lo s H * EN EA S, l a t in o , pa l a n t e . Sinis —» T E S E O . T elém aco
Preto - » b e l e r o f o n t e s . Siracusa — > a r e t u s a . T em is
Priamidas - > p r í a m o , t r o y a . sabinos - > r o m a ( f u n d a c i ó n d e ) . siren a s Tcm iscira —* a m a z o n a s .
P ríam o Salam ina —» á y a x . S i r i a —> a d o n is , e o s . Tem iste — > t r o y a .
P ríap o Salm ácide — > h e r m a f r o d i t o . s i r i n g a —> a po l o , p a n . Tenedos - > f i l o c t e t e s .
Proene e r e c t e o , f i i . o m f .l a . m e ­ Sam os —> ¡ c a r o . Siringe —>h e r m e s , p a n . teogonia
t a m o r f o s is . Sam otracia —> a r g o n a u t a s . Sísifo T ereo — » f i l o m e l a , m e t a m o r fo ­

P r o c r i s —> C É F A L O , e o s . S arpedón - » b e l e r o f o n t e s , E u ­ Sófax — > a f r o d i t a , A g a m e n ó n , s is .

P rocustes r o p a , h ip n o , TÁNATO. a n t e o , o r e st e s , p a r ís . ternera — > a r c o , b e s t i a r i o , i o .


P rom eteo sá tiro s S Ó l i l l l O S —> B E L E R O F O N T E S . Terpsícore —> m u s a s .
P ro serp in a S a tu rn o so m b ra T esalia - > a p o l o , a r g o n a u t a s ,
P ro teo sauce — F F A E T Ó N O F A E T O N T E . Sunión (c a b o ) - h> a t e n a s ( fu n ­ c e n t a u r o s , d e u c a l ió n , e n ea s ,

P s á m a t e —f a po l o . Segetia — > i n d i g e t e s . d a c ió n d e ). f il o c t e t e s , h e l é n , h e r m e s .

Psique Seia — F I N D I G E T E S . ix ió n , ja s ó n , l a p it a s , m ir m id o ­
p u e r c o —> e l pe n o r . Selene tábano —> b e l e r o f o n t e s , io . n e s , q u ir ó n , t e t is .
Sém ele —>d i o n i s o , h e r a , p e n t f . o , T a c i o —> R O M A ( f u n d a c ió n d e ). Teseo
Q u im era TEB A S, ZEUS, T á i g e t e —» pl é y a d e s . T espio HERACLES.

Q u í o n e —> b ó r e a s . sem idioses T á ig e to (m o n te ) -> a r t e m is a o T estio — > l e d a .


Q u irin o Serapis - » i s i s . Á R T E M IS , Z E U S . T etis
q u irita s - > r o m a ( f u n d a c ió n d e ). Sérifos (isla) - > p e r s e o . Talía — > a p o l o , c á r i t e s , m u s a s . T etis
Q u iró n serpiente(s) - > a t e n a s ( f u n d a c i ó n T alo —» h o r a s . Teucro — > d á r d a n o .
D E ) , B E S T IA R IO , C L Ó N IC O , D E M É ­ Talos - > a r g o n a u t a s , m e d e a . T ía -> E O S , H E L I O , O L Í M P I C O S . T E O ­
Radamantis —> e u r o pa . in r e r n o s , T E R , D IO N IS O , E R 1 C T O N IO , H E R - Tám iris — » j a c i n t o . G O N ÍA .
m in o s . M ES. M ONSTRUOS, T á n a to Tías -> A D O N I S .
r a y o —> c íc l o p e s o c ic l o p e s , z e u s . sibila T á n ta lo T íber - ^ » r o m a ( f u n d a c i ó n d e ).
Rea Sícarbas — > d i d o . Tarpeya - » r o m a ( f u n d a c i ó n d e ) . Ticio — > L E T O .
R ea S ilvia —> r o m a (f u n d a c ió n Sicilia - > A R E T U S A , A TEN EA , CA- Turquino — > h e r a c i . e s . T iestes — > A g a m e n ó n , a t r i d a s ,
D E ). R IB D IS , DÉDALO, DEM ÉTER. T á rta ro M EN ELA O , PÉLOPE,
R em o -> b e s t ia r io , h é r o e s , E N E A S , G I G A N T E S , M IN O S , P O L I- Taum ante — » h a r p í a s . Ti feo -» T I F Ó N .
M A R T E , R O M A (F U N D A C IÓ N D E ). F E M O , T IF Ó N . Taum as - » m o n s t r u o s . Tifis — > a r g o n a u t a s .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E G EN E RA L 502 503 IN D IC E GENERAL
Tifón T r itó n -> A N P IT R 1 T E , B E S T IA R IO . Y olao H> HERACLES, H ID R A DE ZelO —» P A I .A N T E .
Tindáreo —> A g a m e n ó n , a t r id a s . P O S E ID Ó N O P O S ID Ó N .
LERNA. Z etes —> A R G O N A U T A S , BÓREAS.
D IO S C T R O S . I-IL O C T E T E S . HE- T rivia —> h é c a t e . Yolco —> A R G O N A U T A S , J A S Ó N , M E ­ H A R P ÍA S .
I.E N A . L E D A , M E N E L A O , P A R IS , T róade — > d á r d a n o . D E A , V E L L O C IN O D E O R O . ZetO —> T E B A S .
P E N É I .O P E . U L I S E S . Troilo —> I I É C U B A . H É R O E S . P R IA M O . Z eus
Tindárides — » d i o s c u r o s . Tros - > P R Í A M O , T R O Y A . Zagreo —>o r i - e o , p e rsé fo n e . z o o g o n ía - » A N I M A L E S , B E S T I A R IO .
Tinge - » a n t e o . T ro y a
Tinis (Tánger) — » a n t e o . T u rn o —> e n e a s , l a t i n o , B A ­
Tione - » d i o n i s o . LANTE.

T ique T utelina —> in d ig e n t e s .

T iresias
Tirinto — > a n f i t r i ó n , b e l e r o e o n - Ulises
T E S . H ERA CLES, PERSEO. ultim a tu ra IN F IE R N O S .

Tiro — > D I D O . Urania —» a p o i . o , m u s a s , u r a n o o

Tisbe — » p I r a m o . U ran o .

Tisífone - * e r i n i a s . uranio —>b e s t i a r i o .

tita n e s y titán id es U ra n o o U ra n o
T iianom aquia —» t i t a n e s y t it a

NIDES. vaca —> h e r a .


Tilio - > L E T O . V alona — > i n d i g k t e s .
Ti t o n o - » E O S . vellocino d e o ro
Tmolo —» M I D A S . V enus
Toante —> i f i g e n i a . V esta
Toosa — > p o l i f e m o . vestales -> i i e s t i a . v e s t a .
toro - > A R A C N E . B E S T I A R I O , DÉ­ Vesubio - » g i g a n t e s .
D A L O . D IO N IS O . E U R O P A , M IN O - viaje
T A U R O . P A S ÍF A E . Victoria Áptera (templo) —> a t e n e a .
Tracia -» a m a z o n a s , a r e s , a r g o ­ Volutina -» I N D I G E T E S .
n a u t a s , BÓREAS. D IO N IS O , V ulcano
EN EA S. F IL O M E L A , G IG A N T E S ,

H A R P ÍA S . O R F E O , U L IS E S . Yaco -» B A C O .
T ra q u is -> HERACLES. Yaco —> P E R S É F O N E .
T recén —» a t r id a s , H ip ó l it o , p e ­ Y a r b a s —» d id o .

g a s o . P O S E ID Ó N O P O S ID Ó N , y e g u a —» b e s t ia r io , h é c a t e .

TESEO. Y ó b a t e s —» b e l e r o f o n t e s .

T rin ad a — » u l i s e s . Y o c a s ta - > a n t íg o n a . e d ip o , p o l i­

Triptólem o —> d e m é t k r . n ic e s .

www.FreeLibros.me
ÍNDICE D E T É R M IN O S Y EX PRESIO N ES
P R O C E D E N T E S D E LA M ITOLOGÍA
G R EC O R R O M A N A

Acherontia —> a q u e r o n t e . argos —> a r g o .


a d o n i d i n a —» a d o n is . Argos ( c o n s t e l a c i ó n ) —» a rg o n a u ­

a d o n i s ( u n ) —> a d o n is . t a s .

A donis versalis—* a d o n i s . A riadna (c a tá lo g o a u to m a tiz a d o )

a f r o d i s i a —> a f r o d it a . —> ARIA D N A .


a f r o d i s i a c o —> a f r o d it a . Ariadna ( c o h e t e ) - a a r i a d n a .
Águila (constelación) g a n ím e d e s . a r m o n í a , a r m o n i z a r , a r m o n i o s o —»

ahí [allí, aquí] fue Troya - » t r o y a . h a r m o n ía .

Ajax (delergente) — > á y a x . a r p a e ó l i c a —» é o l o .

am azona (una) — > a m a z o n a s . a r p í a —> h a r p í a s .

Amazonas (río) —> a m a z o n a s . a r t e m i s a ( p l a n t a ) —» a r t e m is a o

ambrosía - » a m b r o s í a . Á R T E M IS .

am orcillos -» c u p i d o . a t e n e o —> a t e n e a .

anafrodisia —> a f r o d i t a . a tla s - » a t l a s .

A ndrómeda (constelación) — > p f . r - A tlas (monte) - » a t l a s .


se o . aurora boreal bó r ea s.

a n f i t r i ó n ( u n ) — > a n f it r ió n . autóctono - > c t ó n i c o .


Antíope ( s e r v i c i o ) —>a n t í o p e . ave d e M inerva - » m i n e r v a .
a p o l í n e o —> a p o i . o .

a p o lo (u n ) - » APOLO. bacanal —> b a c o .


Apolo (program a) — » a p o l o . bacante - > b a c a n t e s .
árbol de Diana —> d i a n a . bachillerato - » d a f n e .
árbol de Júpiter — > J ú p i t e r . balsa de la M edusa —>g o r g o n a .
árbol de M inerva — » m i n e r v a . B eierofontes (navio) —> b e l e k o -
arco iris — > i r i s . F O N T F .S .

¡arda Troya! t r o y a . beocio —> t e b a s .


areópago —> a r e s . boreal —> b ó r e a s .
argonauta — > a r g o n a u t a s . bóreas -» b ó r e a s .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E T É R M IN O S Y E X P R E S IO N E S 506 507 ÍN D IC E D E T É R M IN O S Y E X PR E SIO N ES

caja de Pandora (la) —» P a n d o r a . c o rn u c o p ia - » a m a l t e a . e r ó t i c o , e r o t i s m o —» e r o s . G c m in is ( c o n s te la c ió n ) -» d io s -


c a l i p s o —» c a l ip s o . c u e n t o s d e h a d a s —> e' a t l m . e r o to m a n ía -> e r o s . c u ro s.
Calipso (navio) —> c a i . i p s o . c u e r n o d e A m a l t e a —> a m a l t e a . e s c a lad e l P a r n a s o (G radas a d g e o g r a f í a —» g e a .
Calisto (satélite) —» 1 0 . c u e r n o d e l a a b u n d a n c i a —» a m a l ­ Parnassum ) —>P A R N A S O , g e o lo g ía - » CEA.
cam a |le ch o ] de Procustes (la/el) t e a . e s c u c h a r e l c a n t o d e l a s s i r e n a s —» g e o m o r f i s m o —> g e a .
-» PRO CUSTES. c u p i d o ( u n ) —» c u p id o . S IR E N A S . g r a c i a —> c a r i t e s .
C am pos E líseos (avenida de los) e s c u l a p i o —> a s c l e p io . G radas a d Parnassum —> pa r ­
—> C A M P O S E L Í S E O S O E L I S I O S , d a n a id o s —>d a n a i d e s . e s f in g e d e la c a la v e r a -» a q u e - n a so .
cancerbero (u n ) -» c e r b e r o o c e r ­ D a rd a n e lo s (e s tr e c h o ) —> d á r­ R O N T E , E S F IN G E .
b e r o . d a n o . HELE, e s f ín g id o s - » e s f in g e . h a d a —> ea t u m .
c a n c i ó n b á q u i c a —» b a c o . d e p ro p ia m in e rv a —>m in e rv a . e s t a r ( a l g u i e n ) b a j o l a é g i d a d e —» H ades ( p r o y e c t o ) —» h a d e s .
c a n to d e s ire n a s —>s i r e n a s . d é d a l o —» d é d a l o , l a b e r i n t o . É G ID A . H e l e s p o n t o —» h f j . f ..

c a o s —» c a o s . d e s d é n o l í m p i c o —» o l í m p i c o s . e s ta r [c a e r] e n lo s b ra z o s d e M o r- h e lio » H E L IO .
c a ó t i c o —> c a o s . d ía - » d io s e s y d io s a s . fe o -» M OR FEO. h e l i o s i s —» H E L I O ,
C apricornio (constelación) —> D i a d e m a ( c o n s t e l a c i ó n ) —> a r ia d n a . e s te n tó re o - » esten to r o esten to r . h e l i o t r o p o —> h e l io .
AM ALTEA, d i a g n ó s t i c o f a t a l —> e a t u m . e s tig io - > é s t ig e / e s t ig ia . h e r c ú l e o —» h é r c u l e s .
carisma —» c a r i t e s . d i a n a ( u n a ) —» d ia n a . E u r o p a ( s a t é l i t e ) —» io . h é r c u l e s ( u n ) —» h é r c u l e s .
carism ático —» c a r i t e s . d io n isia - > d io n is o . h e r m a f r o d i t a —» h e r m a e r o d it o .
caronte —» c a r o n t e . d i o n i s i a c o —» d io n is o . f a e t ó n —» fa e t ó n o fa e t o n t e . H e r m c s ( m a r c a r e g i s t r a d a ) —» m er­

Casandra - a c a s a n d r a . d i o s , d i o s a —> d io s e s y d io s a s . Jala sibilina —>s i b i l a . m e s .


Casiopea (constelación) —> p e r s e o . d i t i r a m b o , d i t i r á m b i c o —» d io n is o . f a t a l , f a t a l i d a d —» e a t u m . h e r m é t i c o —» m er m es .
Cefeo (constelación) —> p e r s e o . d i u r n o —> d io s e s y d io s a s . f a t a l i s m o —> i - a t u m . h éro e -> h é r o e s .
céfiro —» c é e i r o . d i v a —» d io s e s y d io s a s . fa tíd ic o - » e a tu m . h e r o ic o - » h é r o e s .
centaura (planta) —» c e n t a u r o s . d iv in o - > D IO S E S Y D IO S A S , f a u n a —> e a u n o / f a u n o s . H e s p e ria - » h e s p é rid e s .
centaurina —» c e n t a u r o s . d o r m i r s e e n l o s l a u r e l e s —» d a en e . lá u n e s c o - » fa u n o /fa u n o s . h íb rid o -> iiib r is .
centauro —» c e n t a u r o s . f a u n o ( u n ) —» f a u n o / f a u n o s . h id ra - » h id ra d e le rn a .
cerbero ( u n ) —» c e r b e r o o c e r ­ ec o -» e c o . f e - » F ID E S . h i g i e n e —» a s c l e p i o .
b e r o . e c o l a l i a —» e c o . h i l o d e A r i a d n a —> a r i a d n a .
f é n ix ( u n ) —> f é n i x .
cereal, cerealista —> c e r k s . ed a d d e o ro -> e d a d d e o r o . fle c h a r - » e ro s. h ip e rb ó re o —>h i p e r b ó r e o s .
ciclópeo —> C Í C L O P E S O CICLOPES, E g e o ( m a r ) —> e g e o . f l e c h a z o —» e r o s . h ip n o tiz a r , h ip n o tis m o , h ip n ó tic o
circe (una) —» c i r c e . e g e ria (u n a ) - » E G E R IA . flo ra - > FLORA, -> H IP N O ,
colum nas de H ércules —» h é r c u ­ e n e r g í a e ó l i c a —» é o l o . fo r tu n a —>f o r tu n a . h o r a —> h o r a s .
l e s . e n e r o —» ja n o . fr e n te o lím p ic a - » o lím p ic o s . H o r a s ( p a ite s d e l b re v ia rio ) - » h o ra s.

comedia —> d i o n i s o . c ó l i c o —> é o l o . f u r i a —> f u r i a s .


complejo de D iana —> d i a n a . Eolo ( a v i ó n ) —» é o i .o . Icaro (o p e ra c ió n ) —> i c a r o .
complejo de Edipo —» e d i p o . e p í g o n o — > E P ÍG O N O S , g a n írn e d e s (u n ) - » c .a n Im ed es , im p e rio d e la s so m b ra s (e l) -»
com plejo de Electra —» e l e c t r a . ereb o —» E R E B O O E R E B O . G u n í m e d e s ( s a t é l i t e ) - » Ga n Im ed es . SOM BRA.

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E T É R M IN O S Y E X P R E S IO N E S 508 509 ÍN D IC E D E T É R M IN O S Y E X PR E SIO N ES

in d íg e n a c t ó n ic o , in d ig e t e s . libros sibilinos —> s i b i l a . narcisism o —» n a r c i s o . parnaso —> p a r n a s o .


i n f e r n a l —> in f ie r n o s . lim piar los establos de A ugías -» narciso (un) —f n a r c i s o . Pam assia (planta) —> p a r n a s o .
lo (constelación) 10 . A U O ÍA S . narciso (planta) —» n a r c i s o . Parnassius (m ariposa) —> p a r ­
lo (satélite) —r 1 0 . náyade n á y a d es. n aso .
i r i s —» ir is . manes —» m a n e s . néctar —» n é c t a r . Parnassius apollo —» a p o l o .
i r i s a d o —* ir is . m anzana de la disco rdia (la) —> nectaríferas (flores) —» n é c t a r . partir para Citera —» c i t e r a .
islas A f o r t u n a d a s —> b ie n a v e n t u ­ É R ID E . Neptuno (operación) —» N E P T U N O . pasar el Estige [o la Estigia) - » És-
r a d o s . m ar d e T etis - » t e t i s . Neptuno (planeta) —> n e p t u n o . t ig h / h s t ig ia .
islas B ienaventuradas —» b ie n a ­ marcial —> m a r t e . nereida —> n e r e i d a s . pegaso —> p e g a s o .
v e n t u r a d o s . Marcial —* m a r t e . ninfa —> n i n f a s . Pegaso (constelación) —» p e g a s o .
islas Eólicas —> b o l o . m ariposa d e la m uerte —» a q u b - ninfas —> n i n f a s . Peloponeso (península del) -» p é ­
r o n t e . ninfeo -> n i n f a s . l o pe .
jacinto —> j a c i n t o . m ariposa parnasiana —> a p o l o . ninfo -> n i n f a s . Perseidas (estrellas) —> p e r s e o .
ja n o (un) —» j a n o . M arte (planeta) h > m a r t e . ninfomanía, ninfómana —» n i n f a s . Perseo (constelación) —» b e l e r o -
jardines de A donis - » a d o n i s . martes —> m a r t e . FO N TES, PERSEO.
jo v ial, jovialidad, jo v ialm en te —» M artín -> m a r t e . océanos —» o c é a n o .
pigmalión (un) - » p i g m a l i ó n .
marzo —» m a r t e . odisea (una) -» o d i s e o , u l i s e s .
J Ú P IT E R . pitón -» PITÓN,
Juegos O lím picos —» o l í m p i c o s . medusa —» g o r g o n a . Oftuco (constelación) —» a s c l e p i o .
pitonisa - » PITÓN.
jueves —> J ú p i t e r . Medusa (navio) —» g o r g o n a . ogro —» o r c o .
Pléiade (la) —» p l é y a d e s .
Júpiter (planeta) —> J ú p i t e r . m entor (un) —> m e n t o r . Olim píadas —> o l í m p i c o s .
pléyade -» p l é y a d e s .
mercurio (m etal) —> m e r c u r i o . olím pico —» o l í m p i c o s .
j u p i t e r i n o —» J ú p it e r . Pléyades (constelación) —* P L É Y A D E S.
-* M ercurio (planeta) —> m e r c u r i o . oráculos sibilinos —» s i b i l a .
ju r a r p o r e l É s tig c é s tic k /h s tig ia . Plutón (planeta) — > p l u t ó n .
miércoles —> m e r c u r i o . orea —» o r c o .
plutonio —> P L U T Ó N .
laberinto -» d é d a l o , l a b e r i n t o . minerva -» m i n e r v a . orfeón —» o r f e o .
poema heroico —>H É R O E S ,
L ágrim as de san L orenzo (estre­ minervista —» m i n e r v a . Orion (constelación) —» e o s .
ponerse com o | hecha] una arpía —>
llas) —> P E R S E O . mirm idón —> m i r m i d o n e s . O sa M ayor (constelación) -> c a -
H A R P ÍA S .
l is t o .
lar -» l a r e s . monte de Venus —>v e n u s . ponerse com o fhecho] una furia —>
lares -» l a r e s . M ontparnasse —> p a r n a s o . paladio (metal) —> p a l a d i o . F U R IA S .
laureado —r d a f n e . m orada de las som bras (la) -> paladio o paladión —>p a l a d i o . ponerse com o [hecho] una hidra —>
laurear —> d a f n e . SOMBRA, Palas (asteroide) —» p a l a s . H ID R A D E L E R N A .
laurel -» d a f n e . morada infernal (la) -* i n f i e r n o s . panacea - » a s c l e p i o . Port-Vendres —> v e n u s .
lémur, lem úridos —> i . e m u r e s . morfeico —* m o r f e o . Pandora (m uñeca) —» P a n d o r a . premio de Diana —> d i a n a .
León (constelación) —» H e r a c l e s . morfina, m orfinism o, morfinoma- pánico —> p a n . priapism o -» p r í a p o .
letargo, letárgico - * l b t e / l e t h o . nía, morfinómano —» m o r j 'e o . panteón —» p a n t e ó n . proteico —> p r o t e o .
lihrís fa ta lis —» s i b i l a . musa (una) —> MUSAS, parca (la) —> p a r c a s . proteo (un) —» P R O T E O .
libro de H oras —» h o r a s . museo —r m u s a s . parnasianismo. parnasiano —> p a r ­
libros herméticos —> h e r m es. música —>m u s a s . n a so . quim era —> q u i m e r a .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E T É R M IN O S Y E X P R E S IO N E S 510 511 ÍN D IC E D E T É R M IN O S Y E X P R E SIO N E S

q u i m é r i c o —» q u im e r a . talón de Aquiles —> a q u i l e s . vestal —> v k s t a . volcanólogo. volcanología -» v u l -


Q u i r i n a l ( c o l i n a ) — » q u i k i .n o . tártaro (el) —» t á r t a r o . Vía Laciea (constelación) —> h e r a - c a n o .

T auro (constelación) —> e u r o p a . c i .e s . voz de sirena -» s i r e n a s .


reino de las sombras (el) -» s o m b r a . tem plo de Tem is —» t e m i s . viernes —> v e n u s . V u e la p r o h ib id o (o p e r a c ió n )
retirarse (alguien) bajo su tienda —> tener el cuerno de la abundancia —» Virgo (constelación) —» —» íc a r o .

A Q U IL E S . AM ALTEA, víspera —> h é s p e r o . vulcanism o, vulcanita, vulcanó-


risa hom érica (una) —» h e f e s t o .
tiem pos heroicos —» h é r o e s . volcán -» v u l c a n o . logo, vulcanología —> v u l c a n o .
tierras boreales —> b ó r e a s . volcánico —> v u l c a n o . vulcanización —> v u l c a n o .
salir de Escila para dar en Caribdis tifón —» T IF Ó N ,
—> C A R I B D I S . tirios y (royanos —> t r o y a .
salir de los brazos de M orfeo —» titán (un) —>t i t a n e s y t i t á n i d e s .
M O RFEO . Titanic (navio) -» t i t a n e s y t i t á n i ­
s á lir o (lili) - » fa u n o / fa u n o s , s á t i­ des.

ro s. titánico —> t i t a n e s y t i t á n i d e s .
saturnal —> s a t u r n o . titanio —> T I T A N E S Y t i t á n i d e s .
saturnismo —» s a t u r n o . T oisón d e O ro (orden d e caballe­
saturno —» s a t u r n o . ría) - » V E L L O C I N O D E O R O .
Saturno (planeta) —> s a t u r n o . lonel d e las D anaides (el) — » d a -
ser [parecer) el ave Fénix —> f é ­ N A ID E S .

n ix . trabajo d e titanes (un) —> t i t a n e s


ser [parecer] el rey Midas —>m i d a s . Y T IT A N ID E S .

ser [parecer] u n a esfinge —» e s ­ tragedia -> d i o n i s o .


f in g e . tritón —> t r i t ó n .
ser una arpía —> h a r p í a s . Tritón (satélite) —» t r i t ó n .
Serpentario (constelación) —> a s - túnica de Neso (una) -> c e n t a u r o s .
C L E P IO .

Serpiente (constelación) —>H e ra ­ Ulises (sonda espacial) —> c l i s e s .


c le s . U rano (p lan eta) —> u r a n o o
sibila -» s i b i l a . URANO.

sibilino, sibilítico —> s i b i l a .


sirena —> s i r e n a s . vacas m arinas —> s i r e n a s .
sirenios —>s i r e n a s . venera -> v e n u s .
sonrisa olímpica —> o l í m p i c o s . venéreo —> v e n u s .
sosias —>A N F IT R IÓ N , venus (una)-» v e n u s .
subir al Parnaso —> p a r n a s o . Venus (planeta) - » v e n u s .
subtítulos Antíope —> a n t í o p e . verso adónico o adonio —» a d o n i s .
suplicio de Tántalo —> t á n t a l o . vespertino —» h é s p e r o .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E E S C R IT O R E S Y O B R A S
A N Ó N IM A S D E LA A N T IG Ü E D A D

(E n tre p aréntesis se indican los lugares d e n acim iento y muerte


cuando son conocidos)

APOLONIO |D E RODAS), h. 295 CALIM ACO, h. 3 1 0 - h. 235 a. C..


- h. 220 a. C . (¿A lejan d ría?), Alejandría —> a m a l t h a .
R o d as —>A R G O N A U T A S , J A S Ó N . C A TELO , h . 85 a. C. (Verana) - h.
A PU LEY O , h. 125 - h. 190 d. C „ 53 a. C „ R om a -» a r i a d n a .
C artago y Atenas —> a f r o d i t a , A T IS . B A C A N T E S , E D A D D E O R O .

U R O S , L E D R A . F O R T U N A , IS IS , M E ­ T E T IS .

T A M O R F O S IS , P S IQ U E . C IC ER Ó N . 106 a. C’. (A rpinos) -


A R IS T Ó F A N E S , 445 - h. 385 a. 4 3 a. C. (Form io), Roma ->
C .. A tenas —» d i o n i s o , h c o . A T E N A S IF U N D A C IÓ N D E ) , P R O M E ­

A RISTÓ T EL E S. 384 a. C . (Esta- TEO.

g ira) - 322 a. C . (C alcis). A te­ C LA U D IA N O . h. 370 d. C. (A le­


nas —> U L I S E S . jandría) - h. 410 d. C, Roma ->
A U L O C E L IO , h. 125 d. C. D E M É T E R , G IG A N T E S . PE R S E O ,

(África) - h. 165 d. C„ Roma —> C O LU M ELA , h. 3 a. C. (Cádiz) -


BELONA. h. 54 d. C. (Asia) -» P E R S É F O N E .
A U SO N IO . h. 3 1 0 - h. 395 d. C „ D IO D O R O DE SIC ILIA , siglo I
Burdeos —* n á y a d e s . d. C., Roma —» o r f e o .
B ib lio teca d e A p olodoro, sig lo u E pígonos. Los (obra no conser­
d. C\, G recia — » d a n a i d e s . vada), siglos v i i i - v i i a. C.. Gre­
cia —> E P ÍG O N O S .
E SO PO . sig lo vi a. C „ Tebas
PRO M ETEO.

ESQUILO, h. 525 a. C. (Eleusis) -


564 a. C. (S icilia). Atenas —>
AGAM ENÓN. ATEN EA , A T R ID A S .

www.FreeLibros.me
ÍND ICE D E ES C R IT O R E S 514 515 ÍND ICE D E ESCR ITO RES

C A R 1 B D IS , E L E C T R A , IF I G E N I A . 1 0 , T O N T E , G E A , G IG A N T E S . M EC A TE. JULIANO, llamado «el Apóstata». PÍNDARO. 518 a. C. (Tebas| - h.


O R E S T E S , O R F E O , P O L IN IC E S , P R O ­ H E I-H S T O , H E L E N A . H E R A C L E S , H É ­ 331-363 d. C., Constantinopla 438 a. C. (Argos), Atenas ->
M E T E O . T Á N T A L O . T E B A S , T E T IS . R O E S , H E S P E R I D F .S , H O R A S . H U ­ - > A T IS . A N F I T R I T E . D Á N A E . D F .U C A I.I O N .
ESTACIO, h. 40 ü. C. (Nápolcs) - M A N ID A D , IN F IE R N O S , M USAS, LONGO, siglo m o iv d. C. (Les- D I O N I S O , H É R O E S , JA S Ó N . M U S A S .
h . 9 5 d . C . . R o m a —> a q u il e s , N IN F A S , O L Í M P IC O S . P A L A N T F .. bos) —> D A F N I S . PÉLO PE, PERSEO .
E P ÍG O N O S . T E B A S . P A N D O R A , P E R S É F O N E . S E M ID IO - LUCIANO, h. 125 - h. 190 d .C .. PLATÓN, 428-348 a. C... Atenas
ESTESÍCORO, h. 635 - h. 555 S E S , T Á R T A R O . T E O G O N IA . T IF Ó N . Antioquía - » c a m p o s e l í s e o s o -> A F R O D IT A . APOLO. A T I .A N ­
a. C., Sicilia - » e n e a s , h e l e n a . ZEUS. e l is io s . U D A . D É D A L O , E R , E R O S . G IG E S O
EURÍPIDES, h. 4S0 a. C. (Sala- HOM ERO, siglo IX a . C. LUCRECIO, h. 98 - h. 55 a. C.. G IE S . H E R M A F R O D IT O . H É R O E S .
mina) - 406 a. C „ Atenas —> ( ¿ Q u í O S ? ) - > A F R O D IT A . A G A ­ Roma —> A F R O D I T A , A G A M E N Ó N . IN F IE R N O S , M E T A M O R F O S IS . M U ­
A G A M E N Ó N . A L C E S T IS , ANDRÓ- M E N Ó N . A N D R Ó M A C A . A N F IT R IT E , IF I G E N I A . P R O M E T E O . S A S . O R F E O , P R O M E T E O , S IR E N A S .
M A C A . A N T ÍG O N A . A Q U IL E S , A R T E ­ A P O L O , A Q U IL E S , A R E S , A T E N E A , OVIDIO. 43 a .C . (Sulmona) - 17 U L IS E S .
M I S A O Á R T E M IS . A T E N E A . A T R I - C A L IP S O , C A R IB D IS , C ÍC L O P E S O d . C. (Totni), Roma —> a c t e ó n . PLAUTO. h. 250-184 a. C., Roma
D A S , B A C A N T E S , C A R IB D IS . D IO ­ C IC L O P E S , C IR C E . ELPENOR. A D O N IS , A M A L T K A , A N F IT R IT E , - > A N F IT R IÓ N .
N IS O . E D IP O . E L E C T R A . F E D R A , É O I .O . E O S , É R ID E , E S T E N T O R O A R A C N E , A R IA D N A . A T IS , BA­ PLUTARCO. 48 d. C. (Queronea)
HÉCUBA, HELENA, HERACLES. E S T É N T O R , G A N IM E D E S . H É C T O R , C A N T E S . B A U C IS , C A L IS T O . C A - - h. 120 d. C.. Atenas y Roma
H IP Ó L IT O . I F I G E N I A . J A S Ó N . L E D A , HEFESTO, H ELEN A . HERA. HERA­ R IB D IS . CÉFA LO , C IB E L E S O - > A T E N A S (F U N D A C I Ó N D E ) .
M EDEA . M ENELAO, O RESTES, OR­ CLES, HÉROES, H IP N O , HOM É­ C l'B E L E . C I R C E . D Á N A E . D É D A L O . PROPERCIO. h. 48 a. C. (Asís) -
F E O . P A N . P A R IS . P E N T E O , P E R - R IC O , H O R A S . IN F IE R N O S , IR IS . DEM ÉTER, D F U C A 1 .IÓ N , D ID O , h. 1 5 a . C\. Roma —» e d a d d e
S E O . P R Í A M O , P R O T E O , S Á T IR O S . JA S Ó N , M E L E A G R O . M ENELAO, ECO. EDAD DE ORO. E G E R IA , ORO . PAN.
TÁNATO. TE B A S. T E S E O . T E T IS , M ENTOR, M E T A M O R F O S IS . M I­ ÉO LO , E O S, EU R O PA , FAETÓN O SAFO. h. 6 1 0 - h. 570 a. C. (Sici­
TRO Y A . N O S . M U S A S , N A U S lC A A O N A L - P A H T O N T E . F E D R A . F É N IX , F IL O ­ lia), Lesbos -> m u s a s .
FLAVIO JOSEFO, 37 d. C. (Jeru- S I C A , N E R E O , N I N F A S . O L IM P IC O S . M E L A , F L O R A , G A N ÍM E D E S . H É R ­ SÉNECA. 4 d. C. (Córdoba) - 65
salén) - h. 100 d. C . Roma -» P A R IS , P A T R O C I.O , PENÉLOPE. C U L E S . H E R M A F R O D IT O , H IP N O . d. C.. Roma —» a n d r ó m a c a .
D IO S E S Y D IO S A S . P E R S É F O N E , P O L I F E M O , P O S E ID Ó N H IP O D A M ÍA . H O R A S , 1 0 . J A C I N T O . E D IP O . F E D R A . H E L E N A , H É R C U ­
GORGIAS. 4S7-380 a. C.. Grecia O P O S ID Ó N . P R ÍA M O , P R O T E O , S I ­ M EDEA . M ELEAGRO. M ETAM OR­ L E S . H I P Ó L I T O . M E D E A . P R ÍA M O .
—» H E L E N A . R EN A S, SO M B R A . TÁRTARO. TE - F O S IS , M ID A S , M IN O T A U R O , N A R ­ T E S E O , C L IS E S .
HERODOTO. h. 485 a. C. (Hali- LÉM ACO, T E O G O N IA , TROYA, C IS O , N IN F A S , N ÍO B E , O R F E O . SÓFOCLES, h. 495 - h. 405 a. C..
carnaso) - h. 425 a. C.. Aleñas U L IS E S , Z E U S . PACTOLO. PEN ÉLO PE. PERSÉ­ A tenas —» a n t í g o n a . a t r i d a s .
—> E U R O P A . F É N I X , G I G E S O G Í E S . HORACIO, h. 68-8 a. C.. Roma FONE, PERSEO , P IG M A L I Ó N . Á Y A X , B A C O , E D IP O . E L E C T R A . I I -
H E L E N A . M ID A S . P R O T E O . B A C A N T E S , C ÍC L O P E S O C IC L O ­ P ÍR A M O , P O L IF E M O , P R O M E T E O , L O C T E T E S , H E R A C L E S , IF IG E N IA .
HESÍODO. siglo vm a. C.. (Ascra. P E S , C IR C E , D Á N A E. D A N A 1D ES, P R O T E O , S IB IL A , S IR E N A S . T E O ­ O R E S T E S . P A R I S , P E R S E O . S Á T I­
B eoda - ¿N aupacta?) —> a n f i - D I O N I S O . N I N F A S . P A N . P R ÍA P O . G O N IA . U L IS E S . ROS. T E B A S . TESEO, T IR F .S I A S .
T R I T E . B I E N A V E N T U R A D O S . C A R I­ P R O M E T E O . U L IS E S . PAUSANIAS, h. 1 1 0 -h . ISOd.C. U L IS E S .
T E S . C ÍC L O P E S O C I C L O P E S , C I R C E . (SÓCRATES. 436-338 a. C.. Ale­ (Lidia), Grecia —> m a r a t ó n . TÁCITO. 55 d. C. (¿Vaison-la-Ro-
C RO N O . DÁNAE. ED A D DE ORO. ñas —> A T E N A S ( F U N D A C I Ó N D E ) . PETRONIO, siglo i d. C.. Roma maine?) - h. 120 d. C.. Roma -»
É R ID E . EROS, FAETÓN O l-'A E - HELENA. —> P R ÍA P O . S I B I L A . B A C A N T E S , D I O S E S Y D IO S A S .

www.FreeLibros.me
ÍND ICE d e e s c r i t o r e s 516

Tebaida (obra no conservada), si­ V A L E R IO F L A C O , s ig lo i


glos vin-vii a. C .. G recia -» d. C ., R o m a —» a r g o n a u ­
E P ÍG O N O S . T E B A S . t a s , ja s ó n .

TEÓCRITO. siglo III d. C .. Sira- VIRGILIO. 70 a. C. (Mantua) - 19 ÍNDICE DE ESCR ITO RES Y OBRAS
cusa —>D A F N L S . N I N F A S . a. C. (Brindisi). Roma y Ñapó­ ANÓNIMAS PO STERIO RES
TF.RENCIO. h. 185 a. C. (Cartago) les —> A F R O D I T A . A N D R Ó M A C A ,
- 159 a. C.. Roma —> d á n a e . A Q U E R O N T E , A R C A D IA . B A C A N ­
A LA ANTIGÜEDAD
TERTULIANO, h. 155 a. C. (Car­ TES. B E S T IA R IO , C A L IP S O . C A -

tago) - h. 122 a. C.. R om a y RONTK. CERBERO O CERBERO.

Canago -> P r o m e t e o . C ÍC L O P E S O C I C L O P E S , C I R C E . C O ­ ACUÑA. Hernando de, 1518 - h. Francia —> a n t í g o n a . m e d e a ,


TI BULO. h. 54 - h. 20 a. C . Roma C H O . D A F N IS , D A N A ID E S , DÉ­ 1580. España —» á y a x . d i d o . OREEO.
—» D IO N IS O , EDAD DE ORO, D A L O , D ID O . D IO N IS O . E D A D DE E C O , F A E T Ó N O F A E T O N T E , ¡C A R O . APOLLINAIRE. Guillaume, 1880-
P R ÍA P O . ORO. ENEA S. E R IN IA S , EROS. AGUSTINI, Delmira, 1886-1914. 1918. Francia —» d i o n i s o . f é ­
TITO L1VIO. h. 60 a. C. (Padua) - H E R A . H É R C U L E S . H I P N O . IN F IE R ­ Uruguay —> m u s a s . n ix , H E R M A F R O D IT O , T IR F S IA S .
17 d. C. (Padua). Roma —> ro e ­ N O S , L A T I N O , I .E T F /I.E T E O . M I­ ALAIN FOURNIER. seudónim o ARGUIJO. Juan de. h. 1564-1622.
r ía . HÉRCULES. ROM A (F U N ­ DAS, N IN F A S . ORFEO. PAN. de F O U R N IE R , Henri, 1886-1914, España —» d a f n e , e c o , e r o s .
D A C IÓ N D E ) . P R ÍA P O , PRO TEO, ROM A (F O N - Francia —> l a b e r i n t o . G A N IM E D E S , U L I S E S .
TUCIDIDES. h. 468 - h. 400. Ate­ D A C IÓ N D E ). S A T U R N O , S IB IL A . ALAM ANNI, Luigi, 1495-1556, ARNIM, Achim von, 1781-1831.
nas —» A T E N A S « F U N D A C IÓ N D E ) . S O M B R A , U L IS E S . Italia —> A N T ÍG O N A . Alemania —> p i g m a l i ó n .
A LCIA TO. Andrea. 1492-1550. ARTUS. Thomas, siglos xvi-xvn,
Italia -> a q u i l e s . Francia - 4 h e r m a f r o d i t o .
ALDANA. Francisco de. h. 1537- AUB, Max. 1902-1972. España -»
1578, España —> e r o s . E C O . N A R C IS O .

ALEMÁN. Mateo. 1547- h. 1615. AUDEN, W ystan Hugh, 1907-


España -4 síSll-o. 1973. Inglaterra y Estados Uni­
A LFIER l, V ittorio. 1749-1803. dos -4 A Q U IE E S , A R E S .
Italia —>A G A M E N Ó N , A N T ÍG O N A ,
BACON. Francis, 1561-1626, In­
ELECTRA. ORESTES. glaterra - 4 A T L Á N T ID A
A LV ARO . C orrado. 1895-1956. BAÍF. Jean-Antoine de. 1532-
Italia -» M E D E A . 1 5 8 9 . Francia - 4 a n t í g o n a .

A m adís d e C aula (v er RO­ BALLANCHE. Pierre Simón. 1776-


DRÍGUEZ DE MONTALBO. 1847. Francia —» a n t í g o n a .
Garci). BALZAC. Honorc de. 1799-1850.
(ANDERSEN. Hans-Christian. Francia —» a m a z o n a s , d i d o .
1805-1875. Dinamarca —>s i r e ­ h e r m a f r o d it o .

n a s . BANVILLE, Thcodore de. 1823-


ANOUILH. Jean. 1910-1987. 1891. Francia -4 p a r n a s o .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E E S C R IT O R E S 518 519 ÍND ICE D E ESC R IT O R E S

BARBEY D'AUREVILLY. Jules. B OSCÁ N. Juan. 1500-1542, Es­ lectiva), siglo xvi, España -» x v i, Italia - h> a d o n is , l a b e ­

1808-1889. Francia -> F E D R A . paña —> A Q U I L E S , O L I M P O . P A R IS . r in t o .


BARRIOS. Miguel de. 1635-1701. BRACCIOLIN1, G ian Francesco CARRETTO. G aleotto del, CORNEILLE, Pierre. 1606-1684.
España —» e c o , p a n . Poggio, 1566-1645, Italia —> 1450(?)-1530, Italia -> e r o s . Francia -» e d i p o , m e d e a , p e r -
BARTHÉLEMY. Augusie. 1796- A R E S , H F .F R S T O . P S IQ U E . se o , p s iq u e .

1867. Francia -> N É M B S 1 S . BRADLEY, Marión Zimmer. con­ CASTILHO. Antonio Feliciano de, C ORN EILLE, Tilomas, 1625-
BATACCH1. D om enico, 1748- temporánea, Estados Unidos —> 1800-1875, Portugal -* n a r c i s o . 1709, Francia —> a r i a d n a . m e ­
1802. Italia -» h e f e s t o . TROYA. CASTILLO SOLÓRZANO, Alon­ d ea .

BAUDELAIRE, C harles. 1821- B RA N TÓ M E. Pierre de Bourdc- so del, 1584-1647. España —> CORRAL, Gabriel del, 1588-1646,
1867. Francia -> a n d r ó m a c a . vilie, 15407-1614, Francia -> ACTEÓN , EU R O PA , 10, PAN. España —>a r c a d i a .
C U E R A . D IO N IS O , M E S A S , Q U I- G IC E S O G ÍE S . CASTRO, Guillén de. 15 6 9 -16 3 1. CORTÁZAR, Julio. 1914-1984.
M F .R A . S A T U R N O , S ÍS IF O . BRECHT, Bertolt, 1898-1956, España —» d i d o . Argentina —> b a c a n t e s , l a b e ­
BECKETT, Sam uel. 1906-1990, Alemania —> a n t í g o n a . C ELTIS. Konrad Pickel 1459- r in t o . m in o t a u r o .

Irlanda y Francia —> b a u c i s . BUERO VALLEJO, Antonio, na­ 1508, Alemania —» a r t e m i s a o CRÉBILLON. Prosper Jolyot de,
BELMONTE Y BERM ÚDEZ. cido en 1916, España —> p u n é - Á R T F .M IS . llam ado « c r é b i l l o n padre»,
Juan de. 1577-1640?. España l o pe . CERNUDA, Luis, 1902-1963, Es­ 1674-1762, Francia -> a t r i d a s ,
—> U L I S E S . BUTOR, Michel, nacido en 1926, paña - » Q U I M E R A , u l i s e s . el e c t r a .

BENOÍT. Pierre, 1886-1962, Fran­ Francia —» l a b e r i n t o . CERVANTES, Miguel de. 1547- CUEVA, Juan de la, 1550-1609,
cia —» A T L Á N T ID A . BYRON, G eorgc G ordon, Lord. 1616, España —> g a l a t e a , g i ­ E spaña —> a d o n i s , A P O L O ,
BERGAMÍN, José. 1895-1983. 1788-1824, Inglaterra —» P r o ­ g a n t e s , l a b e r in t o , m o n s ­ A R E S . Á Y A X , P A S ÍF A E , P E R S E O .

España —> m e d e a . m e t e o . t r u o s . CUNQUEIRO. Alvaro, 1911-


BERMÚDEZ DE ALFARO, Juan, CALDERÓN DE LA BARCA, CETINA. Gutierre de. h. 1515 - h. 1981. España - f o r e s t e s , c l i ­
siglo xvn, España —» e c o . Pedro, 16 0 0 -1681, España -h> 1555, España -> n i n f a s . se s .
BLANCHOT. Maurice. nacido en a d o n is , a po l o , c ir c e , e c o , CHA U C ER , G eoffrey, 1340?- CYRANO DE BERGERAC. Savi-
1907. Francia -* S I R E N A S . e r o s , fa etó n o fa e t o n t e , m e ­ 1400, Inglaterra —» a l c e s t i s , nien de. 1616-1655. Francia ->
BLUMAUER. Aloys, 1755-1798. d e a . O R F E O , P E R S F .O , P R O M E T E O , a m a z o n a s , a r ia d n a , t e se o . F É N IX .

Austria —> e n e a s . T E S E O , U L IS E S . CHAUVEAU. Sophic. contem po­ D 'A N N U N ZIO , Gabriele. 1863-
BOCCACCIO, G iovanni, 1313- C A LZA B IG I. R anieri de, siglo ránea. Francia —» h f . l f .n a . 1938. Italia -> a d o n i s , f e d r a .
1375. Italia -» a m a z o n a s , a r ­ xvm, Italia -» o r f e o . CHÉN IER. André. 1762-1794, íc a r o , pe r sé fo n e .

t e m i s a O Á R T E M IS , L A B E R IN T O , C A M Ó E S, Luis de. 1525°- Francia —> e u r o p a . DANTE. Dante Alighieri, 1265-


P R O M E T E O . P S IQ U E . T E S E O . 1580, P ortugal -» a r e s , CLINCH AM P DE MALFILÁ- 1321, Italia -> a q u i l e s . c e r ­
BOISROBERT, Frangois le Mé- e n e a s. TRE, siglo xviii, Francia -» bero O C E R B E R O , D ID O , E L E C T R A .
lel de, 1592-1662. Francia C AM PAN A. Dino, 1885-1932. n a r c is o . H F .R M A F R O D IT O , H E R M E S , IN F IE R ­
D ID O . Italia -» o r f e o . COCTEAU. Jean, 1889-1963, N O S , M IN O S , T E S E O , U L IS E S .

BORGES. Jorge Luis, 1889-1986. CAMUS, Albert. 1913-1960. Fran­ Francia —> a n t í g o n a , e d i p o . DARÍO, Félix Rubén García Sar­
Argentina —>l a b e r i n t o , m i n o - cia -> P R O M E T E O . S ÍS IF O . o r f e o . miento. 1867-1916. Nicaragua
t a u r o , t e se o . Cancionero de Amberes (obra co­ COLONNA, Francesco, siglos xv- —> c en ta u r o s .

www.FreeLibros.me
ÍND ICE D E E S C R IT O R E S 520
521 ÍN D ICE D E ESCR ITO RES

GIONO. Jean. 1895-1970, Francia HEGEL, Gcorg W ilhelm Frie­


DEFOE. D aniel. 1661-1731. In­ FET. Alhanasio. 1820-1892. Rusia
— > C L IS E S . drich. 1770-1832, Alemania -»
glaterra -> H É R O E S . V I A J E . -» A R T E M IS A O Á R T E M IS .
GIRAUDOUX, Jean. 1882-1944. a n t íg o n a , a t e n e a .
DESPORTES. Philippc, 1546- FLAUBF.RT. Gustave. 1821-1880.
Francia -> a n d r ó m a c a , a n f i ­ HENRYSON, Rohert. 1425-1500.
1606. Francia —> a r t e m i s a o Francia -> a d o n i s .
t r i ó n , E L E C T R A , E l .P E N O R , E R I - Escocia —» o r f e o .
Á R T E M IS . FLORIAN, Jean-Pierre Claris de.
N IA S , H E L E N A . T R O Y A , U L IS E S . HERED1A. José María de. 1845-
DOMENICHI. G iovanni. 1357- 1755-1794, Francia -> c a l a t e a .
GOETHE. Johann Wolfgang von. 1902. Francia -> c e n t a u r o s .
1 4 1 9 , Italia -> g o r g o n a . FOSCOLO. Ugo. 1778-1827. Ita­
1749-1832. Alemania -» a q u i - PA R N A SO .
DOS PASSOS. John. 1896-1970. lia —» A T R I D A S . Á Y A X , C A R I T E S .
L E S , B A U C IS . H E L E N A . IF IG E N IA , Historia, fábula o cuento de Cibe­
Estados Unidos —» i n f i e r n o s . FREU D . Sigm und. 1856-1939,
PERSÉFO N E, PROM ETEO. les. Atis v Satinan tu (obra anó­
D OSTOIEVSKI. Fiodor. 1821- Austria —» e d i p o , e r o s .
GÓNGORA. Luis de. 1561-1627. nima), siglo xvi. España ->
1 8 8 I . Rusia -» E D A D D E O R O . FUENTES. Carlos, nacido en 1928.
España -> c í c l o p e s o c i c l o p e s . A T IS .
DRYDEN. John. 1631-1700. In­ México —> A R T E M IS A O Á R T E M IS .
CALATEA. HOCHHUTH. Rolf. siglo X X . Ale­
glaterra —» E D I P O . GALA. Antonio, nacido en 1936,
GRAF. A rluro, 1848-1913, Italia mania —>A N T ÍG O N A .
DU BELLAY. Jacques. 1525- España —» p e n é l o p e .
— > D A N A ID E S . HOFFMANN. Ernsl Theodor
1560. Francia -» u l i s e s . G ARCÍA DE LA HUERTA, Vi­
GRAU. Jacinto, 1887-1958. Es­ Arnadeus, 1776-1882. Alema­
DUCIS. Jean-Frangois. 1733-1816. cente. 1734-1787, España -»
paña -* P IG M A L IÓ N . nia —> A T L Á N II D A . P IG M A L IÓ N .
Francia —» e d i p o . AGAM ENÓN.
GR1LLPARZER, Eranz. 1791- HOFM ANNSTHAL, Hugo von.
DUMAS. A lexandre. 1802-1870. G ARCÍA LORCA, Federico.
1872. Austria M EDEA. 1874-1929. A ustria -> a l c e s -
Francia —> A g a m e n ó n , o r e s t e s . 1898-1936. España -> n a r c i s o .
GUÉRIN. M auricede, 1810-1839. T I S . A R IA D N A . D IO N IS O . E D IP O .
DÜRRENMATT, Friedrich. 1921- GARN1ER. R obert. 1544-1590.
Francia —> b a c a n t e s , c e n t a u ­ ELECTRA . HELENA.
1991. Suiza -» edipo . Francia —> a n d r ó m a c a . a n ­
r o s . HÓLDERLIN. Friedrich. 1770-
ELiOT. Thom as Stearns. 1888- t íg o n a . FEDRA. H ELEN A . TR O ­
GYOGYÓSI, Istvan, 1629-1704. 1843. Alemania -» a n t í g o n a .
1965. Estados Unidos, naciona­ YA.
Hungría -» a r e s , f é n i x . A P O L O , E D IP O .
lizado ingles - » E D I P O . t i r e s i a s . G ASC O IG N E, G eorge. 1525?-
HALÉVY, Ludovic. 1834-1908. HUGO. Víctor. 1802-1885. Fran­
ÉLUARD. Paul. 1895-1952, Fran­ 1577. Inglaterra -* e d i p o .
Francia -> g i g e s o g í e s , h e l e n a . cia -* D É D A L O . L A B E R IN T O . M I ­
cia —> F É N I X . GAUTIER, Théophilc, 1811-1872.
HARTZENBUSCH. Juan Euge­ S A S , S Á T IR O S .
ESPRIÚ. Salvador. 1913-1985. Francia —» c i i g e s o c í e s , h e r -
nio, 1806-1880, España —> HURTADO DE MENDOZA. Die­
España —> a n t í g o n a . M A F R O D IT O .
P ÍR A M O . go. h. 1503-1575, España -> a d o ­
FARÍA Y SOUSA. Manuel. 1583- GHÉON, Henri. 1875-1944. Fran­
HAUPTM ANN. G erharl. 1862- n i s , A Q U IL E S . A R T E M IS A O ARTE-
1655. Portugal —> e c o . cia -> E D I P O .
1946, Alemania —> a g a m e n ó n . M IS . D A F N E , N IN F A S . PEN ÉLO PE.
FAULKNER. W illiam . 1897- GIDE. André. 1869-1951. Francia
IF I G E N I A . JARNÉS. Benjamín. 1888-1955.
1962. Estados U nidos -» - > A R I A D N A . Á Y A X , E D I P O . G IG E S
HAWTHORNE, Nalhanicl. 1804- España -» t á n t a l o .
f a ijn o / fa u n o s . O G ÍE S , N A R C IS O , PERSÉFONE.
1864. Estados Unidos —> JEAN PAUL. Johann Paul Frie­
FÉNF.l.ON. Fran?ois de Salignac PRO M ETEO, TESEO.
f a u n o /f a u n o s . drich R IC H T E R (llamado). 1763-
de la Mothe, 16 5 1-1 7 15. Fran­ GIL POLO. G aspar, segunda mi­
HEBBEL, Friedrich. 1813-1863, 1825. Alemania - > t i t a n e s y
cia —> A T E N E A . G I G E S O G Í K S , tad del siglo xvi. España -» a r ­
Alemania -* g i g e s o g í e s . T IT Á N ID E S .
I D O M E N E O . M E N T O R . T E I .F .M A C O . ca d la .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E E S C R IT O R E S 522 523 ÍN D IC E D E ESCR ITO RES

JIMÉNEZ DE ENCISO, Diego. LEC O N TE DE LISLE. C harles MANN. Thomas. 1875-1955, Ale­ (llam ado), 1622-1673.
Q U E L IN

1 5 8 5 - 1 6 3 4 , España -> g a n í m e d f s . René M arie, 1818-1894, Fran­ mania -» D I O N IS O . Francia —t a n f i t r i ó n , p s i q u e .


JOYCE. Jam es, 1882-1942, Ir­ cia —» C E N T A U R O S , E U R O P A , M ARAGALL, Joan. 1860-191 I. MOLINA. Tirso de, seudónimo de
landa -> C I R C E . D É D A I .O . L A B E ­ PARNASO. España -> n a u s í c a a o n a u s i c a . fray G abriel t é l l e z , 1579-
R IN T O . P E N É L O P E , U L IS E S . L.F.E. N athaniel, 16537-1692. In­ M ARINO. G iam baltisla, 1569- 1648, España —> a d o n i s , t e s e o .
KAFKA. Franz. 1883-1924. escri­ glaterra -» E D I P O . 1625. Italia —> a d o n i s , a f r o ­ M ONTAIGNE. Michel Eyquem
tor checo en lengua alemana —» LEFR A N C DE POM PIGNAN. d it a . A RES, ERO S, EUROPA, C A ­ de. 1533-1593. Francia -> a t -
L A B E R IN T O . M E T A M O R F O S IS . Jean-Jacques, 1709-1784, Fran­ LATEA, H E R M A F R O D IT O , NAR­ l á n t id a , f é n ix .

KAZANTZAKIS. N ikos, 1883- cia -» D I D O . C IS O , P S IQ U E . MONTEMAYOR. Jorge de. 1520-


1957. Grecia —> h e l e n a , m i n o ­ LEG O UV É. G abriel. 1764-1812. M A RIVA UX . Pierre Carlct de 1561, Portugal —> a r c a d l a , c é ­
t a u r o . T E S E O . U L IS E S . Francia —> t e b a s . C ham blain de, 1688-1763. l a l o .

KEATS. John. 1795-1821. Ingla­ LEM A ÍTR E, Jules, 1853-1914, Francia -» f. r o s . MONTHERLANT. Henri de.
terra -> A D O N I S . A P O L O . A R T E ­ Francia —» d i d o . M ARLOW E, C hrisiopher, 1564- 1896-1972, Francia p a s íf a e .

M IS A O Á R T E M IS . LOBO LASSO DE LA VEGA, 1593, Inglaterra -» D I D O , h e ­ MORALES. José Ricardo, nacido


KELEN. Jacqueline, contem porá­ Gabriel, 1559-1623, España -a l e n a . en 1915, España -» P R O M E T E O .
nea. Francia —> d i d o . d id o . MARTELLO, P ierJ acopo, 1665- MOR AND. Paul. 1888-1976.
KLEIST. Bernd Heinrich Wilhelm LOCKIE. David, contemporáneo. 1727. Italia -> i f i g e n i a . Francia —» a r t e m i s a o á r t f . m i s .
von. 1777-1811. A lem ania —> Inglaterra —> d i d o . MARTÍ, José, 1853-1895. Cuba -> HÉCATE.

A M A Z O N A S , A N F IT R IÓ N , A Q U IL E S . LÓPEZ DE MENDOZA. Iñigo, M USAS. MORAVIA, Alberto. 1907-1990.


K OTLAREVSKI, h a n , 1769- marqués de Santillana. 1398- M A TO S FR A G O SO , Juan de. Italia -> u l i s e s .
1 8 3 8 . Ucrania -> e n e a s . 1458, España -» d i d o , i n f i e r n o s . 1608-1688. Portugal —» M ÜLLER. H einrich. siglo xx.
LA FONTAINE. Jean de. 1621- LORRIS. Guillaume de, siglo xm, APOLO. Alemania —> P r o m e t e o .
1695, Francia -» a d o n i s , e r o s , Francia —» d i d o . ME1LHAC, Henri. 1831-1897. NABOKOV. Vladim ir. 1899-
G I G E S O G ÍF -S , P S I Q U E . LOUYS, Pierre, 1870-1925, Fran­ Francia — > g i g e s o g í e s . h e l e n a . 1979, Rusia y Estados Unidos
LAFORGUE, Jules. 1860-1887. cia A F R O D IT A . MELLAH. Faw zy, contem porá­ —> f a u n o / f a u n o s .

Francia -» p e r s e o . LYTTON. Edward Robert Bulwer. neo. Túnez -» d i d o . NERVAL. G érardde. 1808-1855.
LAI.LI. Giamhattista. 1572-1637, siglo x i x . Inglaterra —> g i g e s o MELV1LLE. Hermán. 1819-1891. Francia —>a d o n i s , a n f i t r i ó n ,
Italia h > e n e a s . g íe s . Estados Unidos -» H É R O E S . a q u e r o n t e , a r t e m i s a o á r I I-,

LAM ARTINE, Alfonse M arie MAGNO. Olao u Olaf, 1490-1557. MÉRIMÉE, Prosper, 1803-1870. M I S , C I T E R A , E D A D D E O R O . IN ­

Louis de Prat de, 1790-1869, Suecia —L H IP E R B Ó R E O S . Francia -» a f r o d i t a , p i g m a l i ó n . F IE R N O S . O R F E O . P R O M E T E O , Q U I­

Francia —> n é m e s i s . MAL LARA, Juan de, 1524-1571. M ETASTASIO. Pietro, 1698- M ERA . SATURNO.

LAM B. C harles. 1775-1834, In­ España —» e r o s . 1782, Italia -> a q u i l e s , d i d o . NIETZSCHE. Friedrich. 1844-
glaterra —> U L I S E S . M ALATEST1. A ntonio. 16107- M1LET, Jacques, h. 1425 -1466. 1900, Alemania —> apolo.
Lazarillo de Torm es (obra anó­ 1672. Italia —> c í c l o p e s o c i ­ Francia —» t r o y a . A R I A D N A . D I O N IS O .

nima). 1554. España - a héroes. c l o p e s , GALATEA. MIRA DE AM ESCUA, Antonio. O 'N E IL L . Eugenc Gladslonc.
M ALLARM É, Stéphane, 1842- 1577-1644, España —> A C T E Ó N . 1888-1953. Estados Unidos -»
1898. Francia -» f a u n o / f a u n o s . M OLIERE, Jean-B aptiste po- e l e c t r a .

www.FreeLibros.me
ÍND ICE D E E S C R IT O R E S 524 525 ÍND ICE D E ESCR ITO RES
OZEROV. Vladislav. 1769-1816, POLO DF, M EDINA. Jacinto.
ROCHA Y ULLOA, Gómez, siglo Francia - a e le c t r a . e rin ia s ,
Rusia - a e d i p o . 1603-1676. España — a p a n .
xvn, España - a h e l e n a . o r e s t e s , ZEUS.
PANOFSKY. Erw in. 1892-1968, PORCEL Y SALABLANCA, José
RODRÍGUEZ DE MONTALBO, SAVATF.R, Fernando, nacido en
Alemania y Estados Unidos —a Antonio, 1 7 15 -1794, España —>
Garei. h . 1 4 5 0 - 1 5 0 5 , España —a 1947, España - a u l i s e s .
SATURNO. ACTEÓN.
A M A Z O N A S , G IG A N T E S . H É R O E S . SCARRON, Paul, 1610-1660.
PASCOLE Giovanni. 1855-1912. PO UN D. E /ra , 1885-1972, E sta­
ROJAS ZORRILLA, Francisco de, Francia — a e n e a s .
Italia —A C A E I P S O . U L I S E S . dos Unidos —a c i r c e .
1 6 0 7 - 1 6 4 8 , España - a m e d e a . SCÉVE. Maurice, 1501-1560?,
PAZ7.1. Alessandro de. 1483-1535. PROUST. M arcel, 1871-1922.
Román d'Enéas (obra anónima), h . Francia - a a r t e m i s a o á r t e m i s .
Italia - a d i d o . Francia - a b a u c i s , f e d r a . h e r -
1 1 5 6 , Francia — a d i d o , e n e a s . SCH1LLER, Fricdrich von, 1759-
PÉLADAN, Joseph. 1859-1918. M A E R O D IT O , IN F IE R N O S , N E R E I­
Román de Thébes (obra anónima), 1805. Alemania - a i f i g e n i a .
Francia — a e d i p o . D A S, O R FEO , PARCAS. PERSEO ,
h . 1 1 4 9 , Francia - a e d i p o , t e b a s . SCHLEGEL. Johann Elias. 1719-
PEREC. G eorges, 1936-1982. S A T U R N O , S IR E N A S .
Romance del am or m ás poderoso 1749. Alemania - a d i d o .
Francia - a l a b e r i n t o . Q U EV ED O , Francisco de. 1580-
que la muerte (anónimo), siglo SEFERIS. Georgios. 1900-1971.
PÉREZ DE A Y ALA. Ramón, 1645. España —Adafne.
xv, España —A p í r a m o . Grecia - a u l i s e s .
1 8 8 0 - 1 9 6 5 . España — a P r o m e ­ QUINAULT, Philippe, 1635-1688.
RONSARD, Pierrede, 1 5 2 4 - 1 5 8 5 , SEGALEN, Victor. 1878-1919.
t e o . Francia - a a l c e s t i s , p s i q u e .
Francia —> a f r o d i t a , a p o l o , g í ­ Francia - a o r e e o .
PÉREZ DE MONTALBÁN. Juan. RACINE. Jean, 1639-1699, Fran­
b e l e s O G ÍB E L E , H E L E N A , T R O V A . SENGHOR. Léopold Sédar. na­
1 6 0 2 - 1 6 3 8 , España —a p o l if e m o . cia — A A F R O D I T A , A G A M E N Ó N ,
ROSSETTI. Dante Gabriel, 1 8 2 8 - cido en 1906, Senegal - a d i d o .
PÉREZ DE OLIVA. Fernán. 1494- A N D R Ó M A C A , A Q 1 JE R O N T E , A R IA D -
1 8 8 2 . Inglaterra - a p e r s é f o n e . SHAKESPEARE. William. 1564-
1553. España —a A g a m e n ó n , N A , F E D R A . H I P Ó L I T O , II I G E M A ,
ROTROU. Jean de, 1 6 0 9 - 1 6 5 0 . 16126. Inglaterra - a a d o n i s ,
HÉCUBA. O R E S T E S , P A S ÍF A E , T E B A S , T E S E O .
Francia - a a n f i t r i ó n , a n t í g o ­ H E L E N A , L A B E R IN T O . P ÍR A M O . T E ­
PÉREZ GALDÓS. Benito, 1843- R AD CLIFFE, Ann, 1764-1823.
n a , IF IG E N IA . S E O , U L IS E S .
1920. España —a e l e c t r a . Inglaterra - a l a b e r i n t o .
ROUSSEAU, Jean-Jacques, 1 7 1 2 - SHAW , G corgc-Bcrnard, 1856-
PERRAULT. Charles, 1628-1703. RAM EAU. Jean-Philippe. 1683-
1 7 7 8 . Francia - a n a r c i s o , P r o ­ 1950, Irlanda - a p i g m a l i ó n .
Francia - a m e t a m o r f o s i s . 1764. Francia —a d á r d a n o .
m e t e o . SHELLEY, M ary, 1797-1851 - a
PETRARCA, Francesco. 1304-1374, REDI, Francesco. 1626-1698, Ita­
SALGARE F.mile, 1 8 6 2 - 1 9 1 1 . Ita­ PROM ETEO.
Italia -» D I D O . B R O S . F É N I X . G O R - lia —A D I O N I S O .
lia - a h é r o e s , v i a j e . SHELLEY, Percy Bysshe, 1792-
C O N A . ÍC A R O . O R F E O . T E S E O . RILKE. R ainerM aria. 1875-1926.
SAM AIN, A lbert, 1 8 5 8 - 1 9 0 0 , 1822, Inglaterra — a a d o n i s ,
PINDEMONTE. Giovanni. 1751- Austria — a o r i e o .
Francia - a c í c l o p e s o c i c l o p e s . PROM ETEO.
1 8 1 2 . Italia - a d i o n i s o . R1MBAUD. .lean A rlhur, 1854-
SA NNARO, lacopo. 1 4 5 6 - 1 5 3 0 . SIDNEY. Sir Philip. 1554-1586.
PLATEN, Augusi von. 1795-1835. 1891. Francia - a a f r o d i t a .
Italia —A A R C A D I A . Inglaterra - a a r c a d l a .
Alemania - A e d i p o . RINUCCINI, Ollavio. 1564-1621,
SARTRE. Jean-Paul, 1 9 0 5 - 1 9 8 0 , SIKELIANOS, Angelos. 1884-
POE. Edgar Alian. 1809-1849. Es- Italia —A A R I A D N A . O R F E O .
19 5 1, Grecia —a d é d a l o .
lados Unidos - A P I G M A L I Ó N , RIOJA. Francisco de. h. 1582-
SILVESTRE. Gregorio. 1520-1569.
TÁNATO. 1659, España • \ i i . á n t t d a
Portugal y España - a e c o .
POLIZIANO. Angelo. 1454-1494. ROBBE-GRILLE'l. Alain. nacido
SKIRA, Alherl (editor), 1904-
Italia - a o r f e o . en 1922. Francia - a e d i p o .
1976. Suiza - a m i n o t a u r o .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E E S C R IT O R E S 526 527 ÍND ICE D E ESCR ITO RES

SOTO DE ROJAS. Pedro. 1584- TORRENTE BALLESTER, G on­ 1562-1635. España -> A D O N IS , VILLIERS DE L’ISLE-ADAM. Phi-
1658. España —> a d o n i s , zalo, nacido en 1910. España A R C A D IA . A R IA D N A , C A L IS T O . lippe-Augusie Mathiasde. 18 3 8 -
FAETÓN O FA ETO N TE. —> pe n é l o pe . C IR C E , D A F N E . E O S , F IL O M E L A , 1 8 8 9 . Francia —>l a b e r i n t o .
SPENSER. Edmund. 15527-1599. Troyano p o li m étrica (obra anó­ L A B E R IN T O , M E D E A , O R F E O , P E R - VIRUÉS, Cristóbal de. 1 5 5 0 - 1 6 0 9 ,
Inglaterra -» a d o n i s , a f r o d i t a . nim a), siglo x i i i , España —> SEO , TESEO. España —t d i d o .
STEVENSON, Robert-Louis, AGAM ENÓN, TR O Y A . VELDEKE, Heinrich van, siglo VOLTA1RE, Frangois-Marie AR-
18 5 0 - 1 8 9 4 . Escocia -> h é r o e s , TRO Y ES. Chrétien de. siglo xn, x n . Países Bajos -> e n e a s . o u e t (llam ado), 1 6 9 4 - 1 7 7 8 .

v ia je . Francia —> v i a j e . V ERDAGUER, Jacinto. 1845- Francia -» a t r i d a s . e d i p o .


STIGLIANI. Tomaso. 1573-1651, U NGARETTI. G iuseppe. 1888- 1902. España -» a t l á n t i d a , E L E C T R A , O R E S T E S. PRO M ETEO .
Italia —> cfci-OPES o c i c l o p e s , 1970. Italia -> d i D O . HERACLES. W ILDE. O scar, 1 8 5 4 - 1 9 0 0 . Ir­
c a l a t e a . URBINA. Luis. 1868-1934. M é­ VERHAEREN, Émile. 1855-1916. landa —* N A R C IS O .
SUARÉS. André. 1866-1948. xico -> C E N T A U R O S . Bélgica -» H E L E N A . W ILLIAM S, Tennessee. 1 9 1 4 -
Francia -» a q u i l e s . URFÉ, Honoré d ', 1568-1625, VERLAINF., Paul. 1844-1896. 1 9 8 . 3 . Estados Unidos - a o r -
SWIFT. Jonathan. 1667-1745. In­ Francia —> a r c a d i a . a s t r e a . Francia —>s a t u r n o . FEO.
glaterra -> H É R O E S . VALDÉS, A lfonso, 14907-1532, VERNE. Jules. 1828-1905. Fran­ W INCKELM ANN. Johann Joa-
SWÍNBURNE. Algemon Charles, E s p a ñ a - > C A R O N T E , M ERM ES. cia -> A T L Á N T I D A , H É R O E S , chim. 1 7 1 7 - 1 7 6 8 . Alemania ->
1837-1909. Inglaterra - » p f . r - V ALDIVIESO, José de. 1560- V IA JE . IF IG E N IA .
SÉFO N R. 1638, España -* e r o s . V1AU, Théophile de. 1590-1626. WYSPIANSK1, Slanislaw. 1 8 6 9 -
TABLADA, José Juan, 1809- VALER Y. Paul. 1871-1945, Fran­ Francia —> p a r n a s o . 1 9 0 7 , Polonia - a c l i s e s .
1892. México -> c e n t a u r o s . cia —» A Q U I L E S , N A R C I S O , P A R ­ VICENTE. Gil. 14657-1537. Por­ YOURCENAR, Marguerite. 1 9 0 3 -
TAMAYO DE SALAZAR. finales CAS. tugal A PO LO . CASANDRA. 1 9 8 7 . Francia -» a l c e s t i s .
del siglo xvi - h. 1662. España V ALLE CA V IED ES. Juan del. V ILLALÓN. Cristóbal de. h. A Q U I L E S , A R IA D N A , M IN O T ALRO.

- » ECO. 1652-1695?, Perú —» io . 1505- h. 1581. España -» m e ­ ZAPATA. Melchor de, siglo xvn.
TANSILLO. Luigi. 1510-1568. VALLE-INCLÁN, Ramón María t a m o r f o s is . España — « a c t f .ó n , a t i s .
Italia —> i c a r o . del, 18 6 6 -1936. España —> i n ­ V ILLENA, Enrique de, 1384- ZOLA. Émile, 1 8 4 0 - 1 9 0 2 , Francia
TASSIS. Juan de. conde de Villa- f ie r n o s . 1434, España —> h e r a c i . e s . - » F F .D R A .
mediana. 1580-1622. España VARCHI. Benvenutto, 1502-1565.
—> A D O N I S . D A F N E . Italia -> G O R G O N A .
TENNYSON. Alfred, 1809-1892, VARELA. Juan Cruz. 1794-1839.
Inglaterra —> p e r s é f o n e , u l i s e s . Argentina —>d i d o .
THOM SON. Jam es. 1700-1748. VÁZQUEZ M ONTALBÁN. Ma­
Inglaterra —» A g a m e n ó n . nuel. nacido en 1939. España
TORQUEM ADA, Antonio de. h. —> P IO M A I .IÓ N .

1508-1569. España —> h i p e r ­ VEGA, G arcilaso de la. h, 1501-


bó reo s. 1536. España -* a r c a d i a , d a f ­
TORRE. Francisco de la. siglo xvt. n e . F .R O S , IC A R O , N I N F A S . O R F E O .

España -» g o r g o n a , n i n f a s . VEGA C A R PIO , Félix Lope de.

www.FreeLibros.me
ÍNDICE D E PIN T O R E S, ESCULTORES
Y O B R A S ANÓNIM AS

(Cuando no se especifica especialidad se nata de pintores)

ABBATE, Nicolo dell’, 1526-1571, BARTOLOZZ1. Francesco. 1727-


Italia ^ P R O S E R P I N A . 1 8 1 5 . pintor y grabador. Italia

AGÜERO, Benito M anuel, 1629- - 4 EROS.

1670, España -4 a r g o , d i d o , BA SSA N O . Jacopo, 1517-1592.


EN EA S, LETO. Italia -> p e n é l o p e .
ALEM A N, R odrigo, fines del si­ BECERRA, Gaspar. 1520- i570. pin­
glo x v - principios del siglo tor y escultor, España - 4 d á n a e .
xvi, escultor, España -4 s i b i l a . BERN1NI. G ian Lorenzo. 1598-
Á LVAREZ, M anuel, 1727-1797. 1680. escultor, Italia - 4 a p o l o .
escultor, España - 4 a p o l o . D A F N E . EN E A S. PERSÉFO N E, PRO­

ÁLVAREZ CUBERO, José, siglo S E R P IN A .

xix, escultor, España —> g a n í - BLONDEL. Merry Joseph. 1781-


M EDES. 1 8 5 3 . Francia -4 p o s e i d ó n o

APOLONIO DE RODAS, siglo i a. P O S ID Ó N .

C., escultor, Grecia -4 a n t í o p e . BOLO GN E. Jean de. 1529-1608.


ASTEAS, siglo iv a. C., Grecia —> escultor flam enco establecido
HERACLES. en Italia -4 é o i .o , H e r a c l e s .
BALDUNG GRIEN, Hans, 1484- BOTTICELLI. Sandro, 1444-1510.
1545, Alemania -4 a n t e o , H e ­ Florencia -4 a f r o d i t a , a r e s .
r a c l e s . A T E N E A . C A R IT E S . E R O S .

BANDINELLI, B accio (Bartolo- BOUCHER, Franyois. 1703-1770.


meo b a n d i n e l l i , llam ado), h . Francia -4 a n f i t r i t e . a r e s , a r t e ­
1490-h, 1560, pintor y escultor, m i s a O Á R T E M IS , B Ó R EA S. E O S. EROS.

Italia -4 f a u n o / f a u n o s . E U R O P A , H E R A C L E S . L E D A , P A R IS .

BARON, Bernard, siglo xvm, gra­ P IG M A I.IÓ N , P O S E ID Ó N O P O S ID Ó N .

bador, Francia - 4 a n t í o p e . P S IQ U E , V t.'L C A N O . / L I S.

www.FreeLibros.me
ÍND ICE D E P IN T O R E S , E S C U L T O R E S Y O B R A S 530 531 ÍN D IC E D E P IN T O R E S , E SC U L TO R ES Y OBRAS

BOURDELLE. A ntoine. 1861- C ÉSA R , C ésar b a i . d a c C i n i (lla­ DAV ID (Escuela de), siglo xix. H E R A , H E R A C L E S . H E R M A F R O D I-

1929, escultor, Francia -» c e n ­ mado). nacido en 1921, Francia Francia -> A R E S . T O , H F .R M E S . L A O C O O N T E , M A R -

t a u r o s . PEN ÉLO PK . - > CENTAU ROS. DAVID, Louis, 1748-1825, Fran­ S IA S , N E R E ID A S , O R E S T E S , P A N .

BRAMANTINO. Bartolom eo CESA RE G iuseppe (llam ado el cia —> A N D R Ó M A C A . A T E N E A . P A T R O C L O , P S IQ U E , Q U IM E R A , S l-

Suardi (llamado el), 1465-1530, «Caballero de Arpiño»), 1568- HÉCTOR. HELENA, P S IQ U E , I.F .N O , Z E U S .

Italia -> b a u c i s . 1640. Italia -> r o m a ( f u n d a ­ TROYA. ESCULTURA renacentista


BRUEGEL EL VIEJO. Pictcr c ió n d e ). DELACROIX, Eugéne, 1798- H E R M F .S .

B R i .E G E i. (llamado), 1 5 2 5 - 1 5 6 9 , CO C TEA U . Jcan, 1889-1963, 1863, Francia -» a q u i l e s , ESCULTURA romana —> a f r o d i ­


Flandes —» d é d a l o . Francia -* b e l e r o f o n t e s . ÉO LO , M ED EA . ORFEO. t a . A M A Z O N A S , A R E S , A R IA D N A ,

CABANEL. A lexandre. 1823- CORR EG G IO , A ntonio a i . i . e g r i DIBUJOS e ilustraciones -> A R T E M IS A O Á R T E M IS , A S C L E P IO ,

1 8 8 9 . Francia -> a f r o d i t a , f e ­ (llam ado el). 1489-1534, Italia A T L A S, C EN TA U R O S, É O L O , LA­ A T E N E A , A T L A S . C F .R E S , C IB E L E S


d ra . -» A N T ÍO P E , IO , L E D A , Z E U S . T IN O , T R O Y A . O C Í B E L E , C R O N O , D A N A ID E S , D E­

CALIM ACO, segunda mitad del CORTONA. Pictro b e r r e t t i n i (lla­ DONATELLO, Donato di b e t t o M ÉTER, D IO S C U R O S , ELECTRA,
siglo v a. C.. escultor, Atenas mado da). 1596-1669. Florencia b a r d i (llam ado). 1386-1466, E R O S . F A U N O / F A U N O S , G A N ÍM E ­

—» H O R A S . y Roma -> e n e a s . escultor, Florencia -> d é d a l o . D E S . H A D E S, H E R A C L E S, H ÉROES,

CANOVA, A ntonio, 1757-1822, CO U STO U , G uillaum e, 1677- DORÉ, Gustave, 1832-1883, Fran­ JÚ P IT E R N ÍO B E , P A T R O C L O , P O ­

escultor. Italia —» a f r o d i t a , d é ­ 1746. escultor, Francia —> cia —> A S C L E P I O . S E ID Ó N O P O S I D Ó N . R O M A ( F U N ­

d a l o . H É C T O R , H E L E N A . P A R IS , DAFNE. DUFY. Raoul. 1877-1953, Francia D A C IÓ N D E ) , Z E U S .

P E R S E O , P S IQ U E . COYPEL. A ntoine, 1661-1722. —» N IN F A S . EUTÍQUIDES DE SICIÓN, prin­


CARAVAGGIO. M ichelangelo Francia —> a m a l t e a , c é f i r o . DURERO, A lberto, 1471-1528, cipios siglo III a. C , escultor y
a m k r i g h i o M t i R i s i (llamado el). D I D O . H E R A , P E R S E O . P O S E ID Ó N O Alemania —» o r f e o , t i q u e . pintor. Grecia —> t i q u e .
1569-1609. Italia -> d i o n i s o . P O S ID Ó N , S IL E N O . T E T IS . DURIS. finales siglo vi - princi­ FALCONET. Étienne-Maurice.
g o r g o n a . n a r c is o . COY SEVO X. A ntoine, 1640- pios siglo v a. C „ G recia —» 17 16-1791, escultor. Francia -»
CARPEAUX, Jean-Baptiste, 1827- 1720. escultor. Francia -» d i o s - E O S , JA S Ó N . P IG M A L I Ó N .

1875, escultor. Francia —» c a ­ C U R O S , N IN F A S . ELEMENTOS decorativos (enlo­ FIDIAS. siglo v a. C „ escultor.


r it e s . fl o r a . Hé c t o r , t r o y a . CRANACH EL V IEJO. Lucas sados, estructuras vegetales, A tenas —> a t e n e a , g o r g o ­
C A R R A C O . Annibale. 1560- c r a n a c h (llam ado), 1472- grabados, mobiliario, pavimen­ n a .
1609. Bolonia y Roma —> a d o ­ 1553. A lem ania —» a f r o d i t a , tos, porcelana, puertas, rótulos, FONTAINEBLEAU (Escuela de),
n is . a r ia d n a , a r t e m is a o á rte - E R O S , P A R IS . P ÍR A M O , T R O Y A . urnas) -» a d o n i s , d i o n i s o , e s ­ siglo xvi. Francia —> a c t e ó n .
m is , E O S . P O L IF E M O . R O M A ( F U N ­ C RESPI, G iuseppe-M aria (lla­ f in g e , GORGONA, L A B E R IN T O , A F R O D IT A , A R T E M IS A O Á R T E M IS ,

D A C IÓ N D E ) . Z E U S . m ado «il s p a g n u o l o » ) , 1665- P E R S E O , P IG M A L I Ó N . ER O S.

CECCHINI. Francesco, siglo xvm, 1 7 4 7 . Italia —* c a r o n t e , Q i n - ESCUELA italiana del siglo xv. FRAGONARD, Jean-Honoré. 1732-
grabador. Italia - a s i b i l a . RÓN. pintura —> t k s f . 0 . 18 0 6 , Francia —> b a c a n t e s .
CELLINI, Benvenuto, 1500-1571. D ALÍ. Salvador, 1904-1989. Es­ ESCULTURA griega —» a d o n i s , P IG M A L I Ó N .
grabador, escultor y orfebre, paña —F a f r o d i t a , c a r i t e s , A F R O D IT A , A M A Z O N A S . A S C L E - FRANCO. Carlos, nacido en 1951,
Florencia —> g a n í m e d e s , p e ­ D IO N IS O , G A L A T E A , G O R G O N A . P I O . A T E N E A . D E M É T E R , D I O N IS O , España -» P a n d o r a ,
g a so , PERSEO . II E R M A F R O D I T O , N A R C I S O . ERECTEO, E S F IN G E , GORGONA. FUENTES del palacio de La

www.FreeLibros.me
ÍND ICE D E P IN T O R E S . E S C U L T O R E S Y O B R A S 532 533 ÍN D IC E D E PIN T O R E S, ESCULTORES Y OBRAS

Granja. Segovia. siglo xvm, es­ GUERCINO, Gian Francesco b a r - LHOTE, André, 1885-1962. Fran­ e r in ia s . fa e t ó n o fa e t o n te ,

cultura. España —> a n f i t r i t e , b i e k i (llam ado el), 1591-1666. cia -> B A C A N T E S . H E L E N A , H E R A , H E R A C L E S . H ID R A

c a r it e s . Italia -> E N D IM IÓ N . LORRAIN, C laude G E L L É E (lla­ D i: L E R N A , JA S Ó N . L E D A , M E D E A .

FUSSM . Jean. 17-11-1825. Suiza G U ÉR IN , Pierre-N arcisse, 1774- mado el). 1600-1682. Francia N A R C IS O , O R E L O , P A S ÍF A E , P E ­

—» E R IN I A S . 1833. Francia —» A g a m e n ó n , —> E N E A S , C A L A T E A , U L I S E S . G A S O , P E R S E O , P R O M E T E O . Q U I­

GERARD. Francoi.s (barón de). D ID O , ENEA S, FEDRA, M USAS, MAILLOL, A ristide, 1861-1944. M ER A , ZEUS,

¡770-1837. Francia -> psique. TROYA. Francia —» p o m o n a . M OSAICOS romanos —> a n f i-

GERÓME. Jean-Léon. 1824-1904. G U TIÉR REZ, Francisco, 1727- M ANTEGNA, Andrea, 1431- T R IT E , D IO N IS O . F É N IX . GOR­

pintor, escultor y grabador, 1782. escultor, España —>C i b e ­ 1506, Italia —> p a r n a s o , p e ­ G O N A , H ELEN A , H ERACLES. IFI-
Francia —> p i g m a l i ó n . les O G ÍB E L E . g a so . G E N I A , L A B E R I N T O , M E D E A . M l-

G1 ACOM ETI !. A ugusto. 1877- HAYEZ. Francesco. 1791-1882, M ANUEL DEUTSCH. Niklaus, NOTAURO. N E R E ID A S , ORFEO,

1947. Suiza —> G O R G O N A . Italia —> L A O C O O N T E . 1484-1530, Suiza -> p I r a m o . P A R IS , P O L IF E M O , P O S E ID Ó N O

GIORDANO. Luca. 1632-1705. HEAD. C uy. 1753-1800, Escocia M ARÍN, Joseph-C harles, 1759- P O S ID Ó N .

Ñapóles —» h e l e n a , p a r í s , p e - e Inglaterra —» i r i s . 1834. Francia —> a n t í g o n a . NATOIRE, Charles-Joseph, 1700-


N H I .O P E . P O S E I D Ó N O P O S ID Ó N . INGRES. Dotninique. 1780-1867. MARSY, G aspar, 1624-1681; 1777. Francia —> e n e a s , p e u -
V E L L O C IN O D E O R O . Francia —» A g a m e n ó n , e d a d d e Balthazar, 1628-1674, esculto­ se o .

GIRARDON. Erancois. 1628- O R O , E D IP O . T E T IS , Z E U S . res, Francia —> l e t o . N1COLETTO DA MÓDENA,


1715. escultor. Francia -» JO RDA EN S. Jacob. 1593-1678, MATHIE, J„ siglo xvm, grabador, principios del siglo xvi. Italia
A PO LO . H A D ES, N Á Y A D ES. PERSÉ- Flandes —> a m a l t e a , a t e n a s Francia —>c e n t a u r o s . —> F O R T U N A .

t-O N E . S A T U R N O . (F U N D A C IÓ N D E ), F A U N O /F A U ­ MENA, Juan Pascual, 1707-1784. OTTIN. Auguste-I .ouis-Marie,


G1RODE I . A nne-Louis G i r o d e t N O S , M A R S1A S. Z E U S. escultor, España —> p o s e i d ó n o 1811-1890. escultor. Francia —>
D L K O I C Y -T R O IS O N . 1 7 6 7 - 1 8 2 4 , KLEE, Paul. 1879-1940, Suiza -> p o s id ó n . CALATEA.

Francia — > d á n a e . e n d i m i ó n . PANDORA. MENELAOS, siglo i a. C., escul­ PAREN TINO. Bernardo (llamado
GLÍPTICA (monedas y medallas) KLINGER, Max. 1857-1920, pin­ tor. Grecia —>O R E S T E S . «el p a k e n z a n o » ) , 1437-1531,
—> A R E T U S A . C I B E L E S O C Í B E L E . tor y grabador, A lem ania -» M1CHEL, Roberto, 1720-1786. es­ Italia - 4 A R G O N A U T A S .
D É D A L O , L A B E R IN T O . C EN TA U RO S, PROM ETEO. cultor, Francia y España —» C i ­ PARIS. Jean (Jean h e r r é a l , lla­
GOUJON. Jean. 1510-1567. escul­ KUKUL1EV, Boris y Valeria, si­ b e l e s o c íb e l e . mado). 1460-1530. Francia —>
tor. Francia —> n á y a d e s , n i ñ ­ glo x x , Rusia —> í c a r o . MIGUEL ÁNGEL. Michelangelo HELENA.

ea s . LE BRUN. C harles, 1619-1690, b u o n a r o t t i (llam ado), 1475- PARMIGiANI.NO. Francesco m a z -


COYA. Francisco de. 1746-1828. Francia —> p e r s é f o n e . 1564, pintor y escultor, Italia -a z o l a (llam ado el). 1503-1540.

España —> p a r c a s , s a t u r n o . LE N AIN , M athieu, 1608-1677. A D O N I S , C E N T A U R O S , L F .D A , S I ­ Italia —F A C T E Ó N , E R O S .


GRABADOS -» a n t í o p e , á y a x . Francia —> a r i a d n a , v u l c a n o . B IL A . PATINIR. Joachim . 1480-1524,
D Á N A E . E R O S , F O R T U N A , H ID R A LE SUEUR, Eustache. 1617-1655, M OGROBEJO, Nem esio, 1875- Flandes —> IN F IE R N O S .
D E L E R N A . M U S A S . S IB IL A . Francia —» f a e t ó n o f a e t o n t e , 1910, escultor, España —> o r - PERUG1NO (Pedro v a n n i x t i . lla­
GRECO. Domenikos t h e o t o k o p o u - M USAS. eeo . mado el). 1445-1523. Italia
l.os (llamado el), h. 1541-1614, LÉVY-DHURMER. Lucien, 1865- M OREAU, G ustave, 1826-1898, S IB IL A .

Grecia y España —>t r o y a . 1953, Francia -» g o r g o n a . Francia -> a r g o n a u t a s , f.d i p o . PICASSO. Pablo Ruiz. 188 M 973.

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E P IN T O R E S , E S C U L T O R E S Y O B R A S 534 535 ÍN D IC E D E P IN T O R E S , E SC U L TO R ES Y OBRAS

España y Francia — > b a c a n t e s , A P O L O , G A L A T E A . M A R S IA S , P A R ­ ROMANO, Giulio (Giulio Pippi de SÉRUSIER, Paul, 1865-1927.
M E T A M O R F O S I S , M IN O T A U R O . N A S O . P S I Q U E , S IB IL A . g i a n n u z i , llamado), 1498-1546. Francia - > p a r c a s .
PILON. Germain, 1538-1590. es­ RED O N, O dilon. 1840-1916. Italia — > M U S A S , O L Í M P IC O S . STRA N GE. Robert. 1721-1792.
cultor, Francia —» p a r c a s . Francia — » c í c l o p e s o c i c l o p e s , ROSSETTI, Dante Gabriel, 1828- grabador. Inglaterra — > d á n a e .
PINTURA rupestre, h. 1500 a. C. H E L IO , P E G A S O . 1882, Inglaterra — » P a n d o r a . T APICES —> A Q U IL E S . H É C T O R , TF.-
— » T E O G O N ÍA . RF.GNAULT. Jean-Baptiste. 1754- ROUSSEAU, Henri (llam ado «el L É M A C O , T R O Y A , U L IS E S .
PINTURAS murales, frescos, etc. 1829. Francia - » a q u i l e s . A D U A N E R O » ) , 1844-1910, Fran­ TAURISCO DE RODAS, siglo I a.
— > A F R O D IT A , A Q U IL E S , D É D A L O , RELIEVES griegos - > a f r o d i t a , cia - » B E L O N A . C„ escultor, Grecia - a a n t í o p e .
EN EA S, ERO S. EUROPA. FLORA, A TEN EA . A TLA S. BACANTES, CEN­ RUBENS, Pedro Pablo, 1577-1640, TERRACOTAS griegas y etruscas
IF IG E N IA , M IN O T A U R O . M U S A S , T A U R O S . D É D A L O , D E M É T E R , D IO - Flandes —» a d o n i s , a f r o d i t a , —> A F R O D I T A , A P O L O , C A L I P S O ,
N A R C IS O . P A N . P A R IS , P E N É L O P E , N IS O , E U R O P A , G IG A N T E S , G O R ­ A M A Z O N A S , A Q U IL E S , A R E S . A R G O . C IB E L E S O G ÍB E L E , G A N ÍM E D E S .
S IB IL A . T E S E O . U L IS E S . G O N A , H A R P ÍA S , H E R A C L E S , H O ­ A R T E M IS A O Á R T K M IS , B A U C IS , B E ­ G O R G O N A , N IN F A S .
POLLAIOLO. A ntonio del. h. R A S . (C A R O , N E R E ID A S , N IC T E , L E R O F O N T E S , B Ó R E A S , C A L IS T O , THORVALDSEN. Bertel. 1768-
1430-1498, pintor y escultor, O R 1 E O . P E R S E O , S IR E N A S , T E S E O . C A R IT E S , C A S A N D R A , C E N T A U R O S , 1844. escultor, Dinamarca ->
Italia —» a n t e o . RELIEVES rom anos —» b e l e r o ­ C E R E S , D E U C A L IÓ N , D IO S C U R O S , V E L L O C IN O D E O R O .
POUSSIN. N icolás. 1594-1665. fo n t e s . D A N A ID E S . E N E A S , F A E ­ E N D IM IÓ N , E N E A S , E U R O P A , F E ­ TIÉPOLO . Giambattista. 1696-
Francia -» a m a l t e a , a n f i t r i t e , TÓN O F A E T O N T E , H E S P É R ID E S , D R A , F I L O M E L A , F O R T U N A , G A N Í- 1770. Italia —» d a f n e , d i d o .
A R C A D IA , A R E S , B A C A N T E S , F A E ­ H IP Ó L IT O , M U S A S , O R E S T E S , P A N , M EDES, G ORGO NA, H A D ES, HÉC­ TIÉPOLO, Giandomenico. 1727-
TÓN O F A E T O N T E , F L O R A , M E T A ­ P A S ÍF A E , P R O S E R P IN A , T E T IS , T O R , H E R A C L E S , H E R M E S , H IP O D A - 1804, Venccia —* a q u i l e s .
M O R F O S IS , M ID A S , N A R C IS O , O R ­ TROYA. M ÍA , IX IÓ N , J A C IN T O , L E D A , I.E T O , TINTORETTO. Jacopo di R ó b u s t i
F E O . P A N , P A R N A S O . P ÍR A M O . P O - REMBRANDT. Harmenszoon van M E L E A G R O , N IN F A S , O R F E O , P A R ­ (llamado), 15 18 -1594. Venecia
I.I F E M O , R O M A (F U N D A C I Ó N D E ) . Rijn. 1606-1669, Holanda —> C A S , P A R IS . P E R S E O , P O L IF E M O . -» A R IA D N A , A T E N E A , D Á N A E ,
S Á T IR O S . A R E S , D Á N A E . E U R O P A . G A N ÍM E - P O S E ID Ó N O P O S I D Ó N , P R O M E T E O . E N D IM IÓ N , H E L E N A , H E R A C L E S .
PRADIER, James. 1792-1852. es­ D E S . P R O S E R P IN A . P R O S E R P I N A , R O M A (F U N D A C I Ó N L E D A , N A R C I S O , N ÍO B F ., P ÍR A M O ,
cultor. Suiza —» C A S A N D R A . M U ­ REÑI. Guido. 1575-1642, Italia - a D E ) , S Á T IR O S , S A T U R N O , S IL E N O , V U L C A N O . ZEUS.
S A S . P S IQ U E . C E N T A U R O S , H E L E N A , U L IS F -S . T E S E O . T E T I S , T IQ IIE , T IT A N E S Y TTZIANO, Tiziano v e c e l l i o (lla­
PRAXÍTELF.S, 390-340 a. C„ RESTOU, Jean II, 1692-1768, T IT Á N ID E S , U L IS E S , VULCANO, mado), 1485-1576. Venecia ->
Atenas - > a p o l o , e r o s . f a u n o / Francia —> a r e t u s a . ZEUS. A C T E Ó N , A D O N I S . A F R O D IT A . A N -
FA U N O S. H ER M ES, M USAS. RIBERA, José de (llamado «el e s - SAÉNS. M arc, 1903- T lO P E , A R IA D N A , A R T E M IS A O Á R -
PRIMATICCIO. Francesco, 1504- pa ñ o l e t o » ), 1591-1652. Es­ 1979. Francia - * T E S E O . T E M IS , B A C A N T E S , C A L IS T O . DÁ­
1570. pintor, escultor y arqui­ paña —> I X I Ó N , S I L E N O . SALV1ATI, Francesco R O S S i (lla­ N A E . E U R O P A . M A R S IA S , PER SEO .
tecto. Italia —> h e s p é r i d e s , p e ­ RODIN. Auguste. 1840-1917, es­ mado), 1510-1563. Italia -> P R O M E T E O . S ÍS IF O . Z E U S .
n é lo p e , s a tu r n o . cultor, Francia —> a d o n i s , a l - PARCAS. TURNER, W illiam. 1775-1851,
PUGF.T, Pierre. 1620-1694. escul­ C E S T I S , A P O L O , A R IA D N A , A T E ­ SCHIELE, Egon, 1890-1918, Aus­ Inglaterra —> d i d o . e n e a s , h e s ­
tor. Francia —>p e r s e o . NEA, BACANTES, b e l o n a . tria - > D Á N A E . p é r i d e s , S I B I L A , T R O Y A . U L IS E S .

RAFAEL. R affaello s a n z i o ( l l a ­ DÉDALO. GALATEA. IR IS . M l- SCOPAS. siglo iv a. C., escultor. UHDE, Friedrich von, 1848-1911.
m a d o ) , 1483-1520. Italia -> N O T A U R O . P IG M A L I Ó N , P S I Q U E . Grecia —» m e l e a g r o . Alemania —» s i r e n a s .

www.FreeLibros.me
ÍND ICE D E P IN T O R E S , E S C U L T O R E S V O B R A S 536

VAN BALEN. H endrik, 1575- T E S IL E A , P E R S E O , P O L IF E M O , P O ­

1 6 3 2 . Flandes — a o l í m p i c o s . S E ID Ó N O P O S ID Ó N , P R O M E T E O ,

VAN DONGEN. Kees, 1877- S Á T IR O S , S IL E N O , S IR E N A S . T A -

1968, de origen neerlandés, N A T O , T E S E O , T R O Y A , U L IS E S .

F ra n c ia - a p o s f .i d ó n o p o s id ó n . VELÁZQUF.Z, Diego, 1599-1660,


ÍNDICE DE C O M PO SITO R ES
VAN DYCK, Anión, 1599-1641. España - a a f r o d i t a , a r a c n e , Y O B RA S M USICALES ANÓNIMAS
Flandes e Inglaterra —> v u l - A R E S , A R G O , D IO N IS O , H E R M E S ,
CANO. V U 1 .C A N O .

VAN EYC.'K, Jan. 1390-1441, VERONÉS. Paolo c a c l i a r i (lla­


Flandes —a s i b i l a . mado el), 1528-i 588. Verana y AURIC, Georges. nacido en 1899. 16 3 4 -1704. Francia -> a d o n i s ,
VAN LOO. Carie, 1705-1765; di­ Venecia - a a d o n i s , a f r o d i t a , Francia —> f e d r a . C IR C E , M E D E A .
nastía de pintores de origen neer­ LEDA. BACH. Johann Sebastian, 1685- CHERUBINI. Luigi. 1760-1842.
landés establecida en Francia V IN O , Leonardo di ser Piero da. 1750, Alemania —A p a n . Italia y Francia - a m e d e a .
desde el siglo x v n — > e n e a s , 1452-1519, Italia —>l e d a . BEETHOVEN. Ludwig v a n . 1 7 7 0 - CIM AROSA. Domenico. 1749-
E R O S . H E R M E S , M A R S IA S . VOS, Martin de, 1531-1603, Flan- 1 8 2 7 . A l e m a n i a —a P r o m e t e o . 1801. Italia —a p e n é l o p e .
VASIJAS griegas —> a c t e ó n , a l - des —> F .U R O P A . BERLIOZ. H éctor, 1803-1869. COPPO LA, Filippo, siglo x v i i i .
C a tS T J S , A M A Z O N A S , A N T E O . A N - VOUET, Simón, 1590-1649, Fran­ Francia - a e n e a s , t r o y a . Italia - A P R O S E R P IN A .
T íG O N A . A Q U IL E S . A R G O N A U T A S , cia —A ULISES. BLISS. sir Arthur. 1891-1975. In­ COUPERIN, Frangois, 1668-1733.
A T E N A S (F U N D A C IÓ N D E ). A T E ­ WATTEAU, Anloine, 1684-1721, glaterra —A O L Í M P IC O S . Francia - a m u s a s .
N E A . B A C A N T E S . B U S IR IS . C Á R I- Flandes y Francia —a a n t í o p f ., BLOW, John. 1649-1708. Inglate­ DALLAPICCOLA. Luigi. 1904-
I ES. C A K O N TL. C A SA N D R A . C EN ­ C U E R A , P A R IS , Z E U S . rra —A A D O N IS . 1975. Italia - a U L IS E S .
TAUROS. CERB ER O O C ER B ER O . WATTS, J.-W., 1817-1904. Ingla- BOIELDIEU. Francois-Adrien, 1775- DEBUSSY. Claude. 1862-1918.
C B O N O . D A N A E . D A N A ID E S . D IO - te rr a - . 1834. Francia - A T E L É M A C O .
a m in o t a u r o
Francia —> f a u n o / f a u n o s .
N IS O . D IO S C U R O S , E D IP O . EOS, W ICAR. Jean-B aptiste, 1762- BRASSENS, Georges, 19 2 1- 19 8 1. DESMARETS. Henri. 1661-1741.
ERECTEO , ER O S. EU R O PA , FEDRA, 1834. pintor y grabador. Fran­ cantautor y compositor, Francia Francia — a c i r c e .
F I I .O C T E T E S , G A N Í M E D E S , G E A , cia - A C E N T A U R O S . - A A F R O D IT A , D IO S C U R O S , P A N , D ies ¡m e (canto del oficio de d i­
H I - C T O R . H E I .E N A . H E L I O , H E R - ZADKINE, Ossip. 1890-1967, Ru­ PENÉLOPE. SATURNO. funtos), 1 2 4 9 - A S IB IL A .
M A F R O D IT O . H E R M E S , H ID R A D E sia y Francia - a c á r i t e s . BRUNETTI, Cayetano, h. 1740 - DUFOURT. Mugues, nacido en
LERNA. IF IG E N IA . ¡O . JA S Ó N , ZURBARÁN, Francisco de, 1598- h. 1798. Italia y España - a j a ­ 1943, Francia - a s a t u r n o .
L E D A . M A R S IA S . M E D E A . M IN O ­ h. 1664, España - a C E R B E R O O só n . EGK. W erner, nacido en 1901.
T A U R O , O L Í M P IC O S , O R E S T E S , O R - C É R B E R O , H E R A C L E S , H ID R A DE CALDARA. Antonio, 1670-1763, Alemania — a c i r c e .
FEO . PAN D O RA . PA TR O C LO . P 6N - LERNA. Italia —A A Q U IL E S . Estatua ele Prometeo. Di (zarzuela),
CAM PRA. André, 1660-1744. h. 1672. España - a P r o m e t e o .
Francia - a a f r o d i t a . FALLA. Manuel de. i 876-1946.
CAVALL1, Francesco, 1602-1676, España —a a t l á n t i d a , p s i q u e .
Italia — a c a l i s t o , j a s ó n . FAURÉ. G abriel, 1845-1924.
CHA RPEN TIER. M arc-Antoine, Francia — a p e n é l o p e .

www.FreeLibros.me
ÍN D IC E D E C O M P O S IT O R E S Y O B R A S M U SIC A LES 538 539 ÍN D IC E D E C O M P O S IT O R E S Y O B R A S MUSICALES

GLUCK. C hristoph W illibald, Bohemia y Austria -> t it a n e s RODRIGUEZ DE HITA, Antonio. STRAVINSKI. Igor. 1882-1971.
1714-1787. A ustria -> a l c e s - V T IT Á N ID E S . 1724-1787. España -» aquii.es. Rusia. Francia y Estados Uni­
T IS . H E L E N A . IF IG E N IA , O R F E O . M ASSENET, Jules, 1842-1912, SA EN S. C am ille, 1 8 3 5 -, dos -> a p o i .o . e d i p o .
TELÉM ACO. Francia —>a r i a d n a . 1 9 2 1, F rancia —> e n e a s , f a e ­ TELEM ANN, Gcorg Philipp.
Golfo de las sirenas, El (zarzuela), M ILHAUD. D arius, 1892-1974. t ó n O F A E T O N T E , P R O S E R P IN A . 1681-1767, Alemania -> i n o .
1657. España —> s i r e n a s . Francia —> A g a m e n ó n , a r i a d - SCARLATTI. Alessandro, 1660- THEODORAKIS. Mikis, nacido
GONZÁLEZ DE LEÓN. Antonio, N A . E U R O P A , M E D F .A , O R F .S T F .S ,
1725, Italia —> t e l é m a c o . en 1925, Grecia —> a n t í g o n a .
siglo x v i i i . España -> t e l é - ORFEO, TESEO . SCHA EFFER, Pierre. nacido en TORREJÓN Y VELASCO. To­
M ACO. MONTEVERD1. C laudio, 1567- 1910, Francia —» o r f e o . más de. 1644-1728. España y
GOUNOD. C harles, 1818-1893. 1643, Italia —> a r i a d n a , o r f e o , STRA U SS. Richard. 1864-1949, Perú —> a d o n i s .
Francia -» B A U C IS . U L IS E S . Alemania —> a p o i .o , a r i a d n a , ÚLTIMO DE LA FILA. El (grupo
HAENDEL. G eorg Friedrich, M OZART, W olfgang Amadeus, ELECTRA. musical), contemporáneos. Es­
1685-1759. Alemania e Inglate­ 1756-1791, A ustria -» a p o i . o , paña —> s i r e n a s .
rra -> G A 1 .A T E A . ID O M E N E O . Z E U S . W AGNER, Richard. 1813-1883.
HAI.FFTER. Ernesto. 1905-1989. O FFEN BACH. Jacques (Jacob Alemania —> a f r o d i t a .
España —t a t l á n t i d a . E b e r s t . llamado), 1819-1880.

HAYDN. Joscph. 1732-1809. Aus­ A lem ania y Francia —> c a l ­


tria —>A R IA D N A , G A I.A T E A , O R F E O . c a n t e . HELEN A , ORFEO.

HENRY. Fierre, nacido en 1927. O RFF, C ari. 1895-1982, A lem a­


Francia —> o r f e o . nia —> A F R O D I T A , A N T Í G O N A ,
HONEOGER, Arthur, 1892-1955, A R IA D N A , E D IP O .

Suiza y Francia —» a n t í g o n a . PERL Jacopo, 1561-1633, Italia —>


U iurel de Apolo, El (zarzuela), h. APO LO .

1657. España —> a p o i . o , d a f n e . PINEDA DUQUE, Roberto, siglo


LES LUTH1ERS (conjunto), con­ xx. Colom bia edipo .
tem poráneos. A rgentina —> P lacer de los dioses, El (canción
A R IA D N A , E D IP O . de carabineros), Francia —>
LIFAR. Serge. 1905-1986, bailarín O L ÍM P IC O S .

y coreógrafo, Rusia y Francia, POULENC, Frangois, 1899-1963.


—» L E D R A . ÍC A R O . Francia t ir e s ia s .

LULLY. Jean-B aptiste, 1632- PUCCINI. Giacom o, 1858-1924,


1687. Francia —>a f r o d i t a , a l - Italia -* C I B E L E S O G Í B E L E .
C F .S T 1 S , B E L E R O F O N T E S . C I B E L E S PURCELL. Henry, 1659-1695, In­
O C Í B E l .E . F A E T Ó N O F A K T O N T E , glaterra —> E N E A S .
C A L A T E A , P E R S E O . P R O S E R P IN A , RAM EA U, Jean-Philippc. 1683-
TEBAS. TESEO. 1764, Francia -» D Á R D A N O ,
MAHLER. G ustav. 1860-1911, D IO S C U R O S , F E D R A , O R F E O .

www.FreeLibros.me
ÍNDICE DE REALIZADORES
CINEM ATOGRÁFICOS

AMADIO, Silvio, contemporáneo. CHA FFEY, Donald. nacido en


Italia —> t e s e o . 1917. G ran Bretaña -» a r g o ­
BAVA, M ario, 1914-1980, Italia n a u t a s . h a r p ía s .

—> H E R A C L E S . P R O C U S T E S , T E ­ CIVIRANI. Osvaldo, contemporá­


SEO. neo, Italia —> H E R A C L E S .
BRADLEY, Al, ( b r f .s c i a , A l­ COATES. Lewis, contemporáneo,
fonso, llam ado), contem porá­ Estados Unidos —> H e r a c l e s .
neo, Italia —» a m a z o n a s . COCTEAU, Jean. 1889-1963.
B RA G AG LIA. C arlo-Ludovico. Francia -» b a c a n t e s , o r f e o .
nacido en 1894, Italia -> H e r a ­ CORBUCCI. Sergio, nacido en
c l e s. 1927, Italia -» r o m a ( f u n d a ­
BRIGNONE, G uido, 1886-1959, c ió n d e ).

Italia h > m a c i s t o . COTTAFAVI, Vittorio, nacido en


BROWN, Clifford ( f r a n c o , Jess, 1914. Italia —>a t l á n t i d a . H e ­
llamado), contemporáneo. Italia ra c les, n e r e o .

-> a m a zon a s. CUKOR. Georges, 1899-1983. Es­


CACO YA NN IS, M ichaelis, na­ tados Unidos —> pkímai.ión.
cido en 1922. G recia —» e l e c ­ DAV1S, Desmond. nacido en 1928.
t r a , if ig e n ia , t r o y a . Estados Unidos a t e n e a ,

CAIANO, Mario, nacido en 1933. g o r g o n a , o l ím p ic o s , p e g a s o ,

Italia -> H E R A C L E S , P R O M E T E O , p e r s e o , t it a n e s y t it á n id e s .

U L IS E S . DE MART1NO. Alberto, nacido en


CAM ERIN!, M ario, 1895-1981, 1 9 2 9 , Italia -> H E R A C L E S , p e r -

Italia —> c l i s e s . se o .

CAM US. M arcel, 1912-1982. DEM Y, Jacques, 19 3 1- 1990, Fran­


Francia —> o r f e o . cia —> O R F E O .
CERCHIO, Fernando, nacido en FERRONI. Giorgio, nacido en
1 9 1 4 , Italia -> a f r o d i t a . 1908, Italia -> b a c a n t e s .

www.FreeLibros.me
ÍND ICE D E R EA LIZA D O RES C IN EM A TO G R Á FIC O S 542 543 ÍN D IC E D E REALIZA D O RES CINEM ATOGRÁFICOS

EN EA S, HELENA, HERACLES, M A LATESTA , G uido, 1919- TESSAR1. D uceio, nacido en 1915. Gran Bretaña —> a m a z o ­
TROYA. 1970, Italia -> m a c i s t o . 1926, Italia —> c í c l o p e s o c i ­ n a s .
FEYDER. Jacques ( f r f .d é r i x , Jac- M ANGIACAPRE. Lina, contem ­ c l o p e s , IN F IE R N O S . T IT A N E S Y WISE. Roben, nacido en 1914. Es­
ques. llam ado), 1885-1948. poránea, Italia —> d i d o . T IT Á N ID E S . tados Unidos —> H E L E N A .
Bélgica y Francia —» a t l á n ­ MUR OTI, M anuel, nacido en TURJANSKY, Víctor. 1892-1976, TRO Y A .
t id a . 1908, España -» f e d r a . Rusia —> a f r o d i t a . WORLD, Al ( m a n c o r e Alfredo),
FISHER. T ercncc, 1904-1980, N ICHO LS, Dudley, 1895-1960. TRU FFA UT, Frangois, 1932- contemporáneo. Italia —>H e r a ­
Gran Bretaña —> g o r g o n a . Estados Unidos -> e l e c t r a . 1984. Francia —> s i r e n a s . c l e s .
FRANCISCI. Pietro. nacido en PABST. G eorg W ilhelm , 1885- V ERNEUIL, Henri. nacido en
1 9 0 6 . Italia -> H e r a c l e s , t e ­ 1967, Alemania -> a t l á n t i d a . 1920, Francia —> ¡c a r o .
b a s . PAROLIN1, Gian Franco, contem­ YOUNG, Terence, nacido en
FREDA. Riccardo, nacido en poráneo. Italia —> H E R A C L E S .
1909. Italia —» a r g o n a u t a s , PA SOLIN I, Pier-Paolo. 1922-
m a c is t o . 1975, Italia -» e d i p o . m e d e a .
FUEST. nacido en 1927. Italia y PASTRONE. G iovanni, 1883-
Estados Unidos —> a f r o d i t a . 1959, Italia -» m a c i s t o .
GENTILOMO. G iacom o, nacido POTTIER, Richard ( d e u t s c h , Er-
en 1909. Italia —> m a c i s t o . nest, llamado), nacido en Buda­
GIROLAM I. M arino, nacido en pest en 1906, Francia —> r o m a
1 9 1 4 . Italia a q u il e s . ( f u n d a c ió n d e ).

GODARD. Jean-Luc, nacido en RIVALTA, Giorgio. contem porá­


1930, Suiza y Francia —» u l i - neo. Italia -» e n e a s .
s f .s . RO B ERTIS. Francesco de, con­
GUZM ÁN M ERINO. Antonio, temporáneo. Italia -> d á n a e .
contem poráneo, España -» ROSS1, Franco, nacido en 1919.
c e n t a u r o s . Italia — > e n e a s , u l i s e s .
HOWARD. Ron. nacido en 1954. SALA. V ittorio. nacido en 1918.
Estados Unidos -» a p o l o . Italia —> a m a z o n a s .
KORDA. Alexandre (KODOR, Sali­ SAVILLE, Philip, nacido en 1929.
dor, llamado). 1893-1956. Hun­ Gran Bretaña —> e d i p o .
gría —» h e l e n a . SCHMID, Daniel, nacido en 1941.
LANG. W aller, 1898-1972. Esta­ Suiza —> H É C A T E .
dos Unidos —» a m a z o n a s . SCHÜ NZEL. Reinhold, 1888-
LEONVIOLA. Antonio, nacido en 1954. Alemania -» a n f i t r i ó n .
1 9 1 3 . Italia —» m a c is t o . SEIDELMAN, Arthur, contempo­
MADRUGA. Esteban, nacido en ráneo, Estados Unidos —» H e ­
1922. España —» k r o s . r a c l e s . o l ím p ic o s .

www.FreeLibros.me
BIBLIOGRAFÍA

I. O BR A S GEN ERA LES


(L as o b ras fu n d a m e n tale s ap arecen señ alad as co n un " )

E s im posible reco g er en estas p ág in as todos los estudios exis­


te n te s so b re m ito lo g ía clá sic a p u esto q u e la bib lio g rafía sobre el
tem a es in m en sa. El lecto r en c o n trará u n a bibliografía m ás co m ­
p le ta en c a d a u n a d e las o b ra s m en cio n ad as.

A r r i a g a , J o s é L u is: D ic cio n a rio d e m ito lo g ía . B ilbao, M ensa­


je ro , 1983.
B erm ejo , Jo sé : Introducción a la socio lo g ía d e l m ito griego. M a­
d rid , A k a l, 1979. M ito x p a r e n te s c o e n la G re cia clásica,
ib id., 1980.
B e rm e jo B a r r e r a , J. C .: E l m ito g rie g o v su s interpretaciones,
M ad rid , A k al, 1988.
■ B o n n e fo y , Y v e s: D ictio n n a ire d e s m y th o io g ies (2 vo!.), París,
F lam m ario n , 1981.
C a i.a s s o , R o b e r to : L a s b o d a s d e C a d m o y H a rm o n ía , B arce­
lo n a , A n ag ra m a , 1994.
C a r d o n a , F ra n c e s c -L lu íS : M ito lo g ía rom ana, B arcelona, Edi-
c o m u n ica c ió n , 1992.
C a z e n e u v e , J e a n : Les M ythoiogies á travers le m onde, París, Ha-
c h e tte , 1966.
DEFORGE, B e r n a r d : L e C om m en cem en t e st un dieu: un itinéraire
m yth o lo g iq u e, P arís, L es Bel les L etlres, 1990.
’ D é tie n n e , M a r c f .l: L a in v e n c ió n d e la m ito lo g ía . B arcelona,
P en ín su la , 1985.

www.FreeLibros.me
BIBLIOGRAFÍA 546 547 BIBLIOGRAFÍA

D ie l, P a u l: E l sim bolism o en la m ito lo g ía griega, B arcelona, L a­ P i e t t r e , M o n iq u e A .: A u c o m m e n c e m e n t é ta it le m ythe, París,


bor, 1991. D esclée d e B ro u w er, 1968.
D u m ézil, G e o rg e s : M x th e e t épopee, 1, II, III, P arís. G allim ard . RlCHER, J e a n : L a G é o g ra p h ie sa c ré e d u m o n d e g rec, París, La
1986. 1971. 1973. M aisn ie-T réd an iel, 1983.
E lia d e , M ir c e a : M ito y rea lid a d , B arcelo n a, L ab o r, 1992. Lo * Ruiz. d e E l v i r a , A n to n io : M ito lo g ía clásica, M adrid, G redos,
sag ra d o y lo p ro fa n o , ibíd., 19 9 2 . E l m ito d e l ete rn o retorno, 2 .a ed . co rr., 1982.
B arcelona. A ltay a, 1995. Im á g e n es y sím b o lo s, M ad rid . T au - U ranie, rev ista del C e n tro d e In v estig acio n es « M ito s y L iteratu­
rus. 1986. ra s» (L ille), núm . 1, n o v iem b re d e 1991: M y th e e t Création.
E l l i n g e r . P.: « V in g t an s d e re c h e rc h c s s u r les m y th e s d a n s le V e r n a n t , J e a n - P ie r r e : M ito y p e n sa m ie n to en la G recia a n ti­
d om alne de l'A n liq u ité g re c q u e » , R e v u e d e s E lu d e s a n c ien - g u a , B arcelo n a, A riel, 1983.
nes, núm . 86, 1984. p ág s. 7-30. V e y n e , P a u l: L es G recs on t-ils c ru á leu rs m xthes?, París, Seuil,
E r r a n d o n e a , I g n a c io : D icc io n a rio d e l m u n d o clá sico , M adrid. 1983.
L abor. 1954.
F a b r e - S e r r i s , J a c q u e l in e : M yth o lo g ie e t p o é s ie d a n s le s M éta-
m orphoses d 'O v id e , P arís, K lin ck sieck , 1992. II. O B R A S R E L A T IV A S A L A S U P E R V IV E N C IA
F a l c ó n , C .: F e r n á n d e z - G a l i a n o , E ., y L ó p e z M e l e r o , R.: D E L O S M IT O S
D iccio n a rio d e m ito lo g ía c lá s ic a (2 vo ls.), M ad rid , A lian za
E d ito rial. 1994. A l b u y , P i e r r e : M y th e s e t m y th o lo g ie s d a n s la littéra tu re
G a r c ía G u a l, C a r l o s : Introducción a la m ito lo g ía griega, M a­ fra n q a ise , P arís, A . C o lin , 1969.
drid. A lian za E d ito rial. 1992. A n c l a d a , M a r í a A n g e ls : E l m ira ll d e N a rc ís: e l m ite grec en
G r a v e s , R o b e r t: L o s m ito s g rieg o s, B arcelo n a. A riel, 1986. e ls p o e te s ca ta la n s, S a b ad ell, A U S A , 1988.
G rim a i., P ie r r e : D ic c io n a r io d e m ito lo g ía g r ie g a y rom a n a . A p ro xim a c ió n a l m ito c lá sic o a tra vé s d e la h isto ria d el arte y la
B a rc e lo n a , P a id ó s . 1986. L a M v th o lo g ie d e s G re c s, P a rís, lite r a tu r a e s p a ñ o la (A p lic a c ió n a E E .M M .), P u ertollano.
P .U .F ., 1987. C .E .P ., 1989.
H a vi i l t o n , E d ith : Im m yth o lo g ie, s e s d ie u x , s e s lég en d e s, trad . A z iz a , C la u d e ; O liv ie r i, C la u d e , y S c t r i c k , R o b e r t: Diction-
fr., V erviers. M arab o u t, 1978. naire d es thém es e t d es sym boles littéraires, París, Nathan. 1978.
L é v i- S tr a u s s , C la u d e : L a P e n sé e sa u va g e, P arís, P lo n , 1962. D ictio n na ire d e s fig u r e s e t personnages, París, G arnier, 1981.
M a r t í n e z I s l a , J u l i á n : L a m ira d a d e lo s dio se s, A lican te. D is- B o n n a r d , A n d r é : L e s D ie u x d e la G réce: d e ss in s e t p ein tu res
g rafos, 1990. d e la R e n a issa n c e c) n o s jo u r s , L au san a, M erm od, 1944.
M e s lin , M ic h e l: L 'h o m m e ro m a in , P a rís, é d itio n s C o m p le x e , C o ssío , J o s é M a r ía de: F ábulas m ito ló g ica s en España, Madrid,
1985. E sp a sa C alp e, 1952.
M i r a n d a . A n is ia : M ito s e le u d a s d a v e llo G recia , L a C o ru ñ a , C u e n c a , L u is A l b e r t o d e: N e c e sid a d d el m ito, B arcelona, Pla­
E diciós d o C a stro , 1983. n e ta , 1976.
O lm o s , R ic a r d o : M ito s v rito s en G recia , M ad rid , C a m b io 16, D e m e rs o n , G u y : L a M yth o lo g ie cla ssiq u e d a n s l ’oeuvre F rique
1985. d e la P léia d e, G in e b ra, D ro z, 1972.
PÉREZ R io ja , J. A .: D ic c io n a r io d e s ím b o lo s y m ito s, M a d rid . D íez d e l C o r r a l , L .: L a fu n c ió n d e l m ito clá sico en la literatura
T ecn o s, 1962. c o n tem p o rá n ea , M ad rid , G re d o s, 1957.

www.FreeLibros.me
BIBLIOGRAFÍA 548 549 BIBLIOGRAFÍA

D u b u isso n , D.: «L a M itholog ie au xx» siécle», en U ranie, revista B o n n e ric , H e n r i e t t e : L a F a m ille d e s A tr id e s d a n s la littérature
del C e n tro d e In v e stig a c io n e s « M ito s y L iteratu ras» (L ille), fr a n g a ise , P arís, L es B el les L ettres, 1986.
núm . 1, n o v iem b re d e 1991. VÍLCHEZ, M e r c e d e s : E l d io n is is m o y « la s b a c a n te s » , Sevilla.
D u p o n t, F lo r f .n c e : H o m ére e tD a lla s , P arís, H ach ette, 1990. U n iv ersid ad , 1993.
G u ía d e p in to re s m ito ló g ico s, Ú b ed a, C .E .P ., 1992. D u c a u s s o y , J.: L e B e stia ire divin, D ole, 1957.
L ó p ez T o r r i j o s , R o s a : L a m ito lo g ía en la p in tu ra e sp a ñ o la d e l DÍEZ d e VELASCO A b ei.i.án , F r a n c is c o P.: E l origen d el mito de
sig lo d e oro, M ad rid , C áte d ra , 1985. L a m ito lo g ía en la p in ­ C a ro n te: in vestigación so b re la idea p o p u la r d e l pa so a l más
tura española d e los sig lo s x v t v xvn, M adrid, F undación Juan a llá en la A te n a s clásica, M adrid, U niversidad C om plutense.
M arch, 1982. 1988.
M a r t i n , P a u l - M a r i u s , y T e r n e s , C i i a r i .e s - M a r i e (e d .): La D u m é z il, G e o rc .e s: L e P ro b lé m e d e s C e n ta u re s. É tu d e d e m y­
M ythologie, c le f d e le ctu re d u m o n d e d a s s iq u e (H o m en aje a th o lo g ie co m p a ré e in d o -eu ro p éen e, París. 1929.
R aym ond C h e v a llie r), T o u rs, C e n tro d e In v e stig a c io n e s Pi- J o u a n , F r a n c o is : V isa g es d u D e stín d a n s le s m ythoiogies (A c ­
ganiol, 1986. ias del c o lo q u io 1980 del C en tro d e In v estig acio nes M itoló­
Seznec:, J e a n : L o s d io s e s d e la A n tig ü e d a d en la E d a d M e d ia y g ica s d e París X ), P arís, L es B elles L ettres, 1983.
e l R enacim iento, M ad rid , T au ru s, 1983. R iv e r o S a n J o s é , J o r g e M .: E l «A R K A » d e N o é y e l origen del
m ito d e l d ilu v io universal, B arcelo n a, C ám ara, 1990.
B u r g o s D ía z , E l v i r a : D io n is o en la filo s o fía d e l jo v e n N ietzs-
III. E S T U D IO S E S P E C ÍF IC O S che, Z a ra g o z a , U n iv ersid ad , 1993.
(O rd en ad o s seg ú n el o rd e n a lfa b é tic o d e los m itos en esp añ o l) C a r d o n a C a s t r o , F r a n c e s c - L lu i s : M ito lo g ía g rieg a : dioses,
h é ro e s , m o n s tr u o s y le y e n d a s d e la G re c ia clá sica , B arce­
C e b riá n , Jo sé: E l m ito d e A d o n is en la p o esía d e la ed a d d e oro: lona, E d ico m u n icació n , 1987.
le í A donis d e Ju a n d e la C u e v a en su co n tex to ), B arcelo n a, L ópf.z, J u a n J o s é : L o s d io s e s b a ja n d e l O lim p o : h isto ria de la
PPU . 1988. h u m a n id a d a tra vés d e los m ito s g rieg o s, S evilla. C entro An­
B e n n e tt , F l o r e n c e M a r y: R e lig iu s C u lts A s s o c ia te d W ith the d a lu z d e l L ib ro , 1993.
A m a z o n s. N u ev a Y ork, A .D . C a ra tz a s, 1987. O t t o W a l t e r , E.: L e s D ie u x d e la G réce: la fig u r e du divin au
B o sc h J u a n , C a rm e n : A n tíg o n a en la litera tu ra m o d ern a , B ar­ m ir o ir d e l ’e sp rit g rec, trad . fr., P arís, P ayot, 1981 (prólogo
celo n a . U niversidad, 1979. d e M arcel D étienne).
F ra is s e , S im one: L e M yth e d 'A n tig o n e , P arís, A . C o lin , 1974. R o d r íg u e z A d r a d o s , J e s ú s V .: D io ses y h é ro e s: m itos clásicos,
H e r r e r o In g e lm o , M a r í a C r u z : E stu d io s d e to p o n im ia g rie g a : B arcelo n a, S alv a t, 1985.
A caya y A rcadia, S antiago de C om p o stcla, U niversidad, 1978. S c h ili.in g , ROBERT: Rites, C uites, D ie u x d e Rome. París, Klinck-
R o u x , R e n é : L e P ro b lé m e d e s A r g o n a u te s : r e c h e r c h e s s u r les siec k , 1979.
a sp eets re lig ieu x d e la lég en d e, P arís, d e B o c c ard , 1949. S éC h an , LouiS. y LÉVÉQUE, PlERRE: L es G ra n d es D ivinités de la
L e C o u r , P a u l : A la rech erc h e d 'u n m o n d e p e rd u : V A tla n tid e G réce, P arís, d e B o ccard , 1966.
el ses tra d itio n s (A tla n lis núm . 2 5 8 -2 5 9 ), 1970. S is s a , G iu li a , y D é tie n n e , M a r c e e : L a vida co tid ia n a d e los
P r a d e s C u t i l l a s , D a n ie l: D e l m ito a la realidad: a cerca m ien to d io s e s g rieg o s, M a d rid , T e m a s d e H oy. 1994.
a la A tlá n tid a y a o tr a s su p u e s ta s c iv iliza c io n e s d e sa p a re c i­ B a ijz á , H u g o F ra n c is c o : E l im aginario clásico: edad de oro, uto­
das, B arcelo n a. N oguer, 1982. p ía y A rc a d ia , S a n tia g o d e C o m p o ste la, U niversidad, 1993.

www.FreeLibros.me
BIBLIOGRAFÍA 550 551 BIBLIOGRAFÍA

N e y to n , A n d r é : L 'Á g e d ’o r e t l ’á g e d e fe r , P a rís, L es B clles P a r e d e s G ro s s o , J o s é M a n u e l: E t ja r d ín d e las H espérides: los


L ettres, 1984. o ríg e n e s d e A n d a lu c ía en lo s m ito s y leyen d a s d e la A n tig ü e­
DELCOURT, M a rib : (E d ip e o u la lé g e n d e d u C a n q u éra n t, P arís, d a d clásica, M ad rid , |s .n .|, 1985.
L es B ellos L e ttres, 1981. BRUNEL, P i e r r f : L 'É v o c a tio n d es m o rís e t la d escen se a u x E n -
D e rc h f., R o la n d : Q u a tre M y th e s p o é tiq u e s: (F.dipe, N a rc isse, f e r s : H o m é re , V irg ile, D a n te, C la u d el, P a rís, S .E .D .E .S .,
P sych é, L orelei, P arís. S .E .D .E .S ., 1962. 1974.
E d m u n d s, L o w e l l: (E d ip u s : th e A n c ie n t L e g e n d a n d Its L a te r M o r r a l i R o m e u , E u l a l i a : L e d a a E sp a n ya , B arcelo n a, Lun-
A nalogues, B altim ore, Jo h n s H opkins U niversity Press, 1985. w erg , 1991.
R u d n y t s k y , P e t e r L .: F r e u d a n d (E d ip u s , N u e v a Y o rk , C o - F o n t a n a E lb o j, G o n z a lo : A g e r: estu d io etim o ló g ico y fu n c io ­
lu m b ia U n iv ersity P ress, 1987. n a l so b re M a r te y V oltum na, Z arag o za, U niversidad, 1992.
M a r tin , R f.né íed .): É n é e e t D id o n : N a is s a n c e .fo n c tio n n e m e n t A r c e l l a s c h i , A n d r é : M e d é e d a n s le th é á tre latin. d 'E n n iu s ¿i
e l s u n 'ie d ’un m ylhe, e d ic io n e s d e l C N R S , 1991. S én éq u e, publ. d e la E scu ela F ran c e sa d e R om a, 1990.
C l a u d e , F r a n c is : L es M é ta m o r p h o se s d e P h é d r e d a n s ¡a litté- M im o so -R u iz D u a r t e : M e d é e a n tiq u e e t m o d e rn e : a s p e a s ri­
ra ta re fr a n ^ a ise , Q u e b e c , 1967. m é is e t so cio -p o litiq u es d ’un m ythe, publicaciones de la Uni­
G a r c ía V iñ ó . M .: E l m ito d e F ed ra : a m or, lib e rta d y culpa, M a­ v ersid ad d e E strasb u rg o . O p h ry s, 1982.
d rid , F un d ació n U n iv ersita ria E sp añ o la, 1983. B r u n fi.. P ie r r e : L e M y th e d e la M éta m o rp h o se , París, A. Colin,
V ía n , F r a n c is : L a g u e rr e d e s G é a n ts: le m y th e a v a n t l'é p o q u e 1974.
hellénistiqae. P arís, K lin ck sieck , 1952. R urz E s te b a n , Y o la n d a : E l m ito d e N a rc iso en la literatura es­
B a c k e s , J e a n - L o u is : L e m y th e d 'H é lé n e , C le rm o n t-F e rra n d . p a ñ o la , M a d rid , U n iv ersid ad C o m p lu ten se, 1990.
A dosa. 1984. F o r t e a L ó p ez, F é lix : N é m e s is en e l o cc id e n te rom ano: ensayo
F l a c e l i f .r f , R o b l r t , y D ev a m b e z , P ie r r e : H é ra c lés: im a g e s et d e in te rp re ta c ió n h istó ric a y « co rp u s» d e m a teria les, Z ara­
récits, P arís, d e B occard, 1966. g o za, U n iv ersid ad , 1994.
B r e i d e n t h a l , M a r ia n n e : T h e L e g e n d o f H e r c u le s in C astilia n M a r t í n e z I s l a , J u l i á n : L a s a v e n tu ra s d e O diseo, A licante, Dis­
L itera tu re U p lo th e S eve n te e n th C entury, M ich ig an , U .M .I., g ra fo s, 1990.
1989. R a m n o u x , C lé m e n c e : M yth o lo g ie de la fa m ille o lym p ien n e, Pa­
H e r n á n d e z , C a r l o s : H elios: (re fig u ra c ió n d e l m ito d e H é r c u ­ rís, A . C o lin , 1962.
le s d e su tra b a jo c o n la h id r a d e L e rn a ), A lb e ric , J. H uguet G o n z á le z M a r tín e z , M. D o lo r e s : O rfeo y E u ríd ice: la imagen
Pasqual, 1981. en la p o e sía d e F ra n c is c o d e A ld a n a , B arcelo n a, U niversi­
J u n g , M a r c -R e n é : H e r c u le d a n s la litté ra tu re fr a n ^ a is e d u x v p d a d . 1992.
siécle: d e I'H e r c u le c o u rto is á l ’H e rc u le baroc/ue, G in eb ra, K u s h n e r, E v a : L e M yth e d 'O r p h é e d a n s la littérature frangaise
D roz, 1966. co n tem p o ra in e , P a rís, N izet, 1 9 6 1.
D e l c o ü r t , M a r ie : L é g e n d e s e t c u ite s d e s H é r o s en G réce, P a ­ D u c h e m in , J a c q u e l i n e : P ro m é th é e . H isto ire d u m ythe. d e ses
rís. 1942. o rig in e s o rie n ta le s á s e s in c a rn a tio n s m odernes, París. Les
M a r t í n e z I s l a , J u l i á n : H é ro e s, v ia je s y a v e n tu r a s, A lic a n te . B e ile s L ettres, 1974.
D isgrafos, 1990. G a r c í a G u a l , C a r l o s : P ro m e te o : m ito y tragedia. Pam plona.
R a n k , O t i o : E ! m ito d e l n a c im ie n to d e l h é ro e , B a rc elo n a , Pai- H ip crió n , 1979.
d ó s Ibérica, 1991. C a s t r o Jim é n e z . M . D o l o r e s : E l m ito d e P ro se rp in a : fu e n te s

www.FreeLibros.me
BIBLIOGRAFÍA 552 553 BIBLIOGRAFÍA

g reco la tin a s y p e n ’iven c ia en la lite ra tu ra española, M adrid, 1983: M o rt et fé c o n d ité d a n s le s m ythologies.


U n iv ersid ad C o m p lu te n se , 1993. 1986: P e u p le s e t p a y s m yth iq u es.
P a s t o r G óm ez. J e s ú s : E l sim b o lism o d e T á n ta lo : e stu d io fe n o - 1989: M y th e e t poliliq u e.
m enológ ico, M adrid, C o lo q u io , 1989. 1992: E nfan ts e t eu fa n e e d a n s le s m ythologies.
L e g r a s , L éo n : L es L ég en d es th é b a in e s en G ré c e e t á R om e, Pa­ C o lo q u io so b re T eseo y la C opa d e A is ó n (1 9 9 0 , M adrid), M a­
rís, 1905. d rid , C e n tro d e E stu d io s H istó rico s, 1992.
V ía n , F r a n g ís : L e s O rig in es d e T h é b e s: C a d m o s e t le s S p a rte s, L e m y th e , so n la n g a g e e t s o n m e ssa g e . A c ta s d e l co lo q u io de
P arís. K lin ck sieck , 1963. L ieja y L o u v a in -la -N e u v e , 1981, publ. C en tro d e H istoria de
F l a c e l i é r e , R o b e r t , T h é s é e : Im a g e s e t ré c its, P a rís, d e B oc- las R elig io n es, L o v ain a , 1983.
card , 1958. M ito lo g ía c lá sic a . A c ta s d e l S e m in a rio d e m ito lo g ía clásica
T eseo y la copa d e A is ó n : p ro p u e sta d id á c tic a d e le ctu ra d e un (1 9 8 9 . M u rcia), p u b l. C e n tro d e P ro feso res núm . 1, M urcia.
m ito y d e u n a im agen, M ad rid , C lásic a s, 1991. 1991.
B a r ó n . E r n e s t o : D esd e T ro y a a la R o m a im perial, B arcelona,
C en tro de E studios d e A n tro p o lo g ía G n ó stic a , 1992.
G r a v e s , R o b e r t: A se d io v c a íd a d e T ro y a , B arcelo n a, L um en,
1985.
M a r t í n e z I s l a , J u l i á n : Lm g u e rr a d e T ro y a , A lica n te , D isgra-
fos, 1990.
S c h e r e r , M a r g a r l e R.: T h e L e g e n d s f o r T roy in A r t a n d L ite-
raiitre, N ueva Y o rk , L o n d res, P h aid o n P ress, 1963.
B é r a r d , V í c t o r : L e s N a v ig a tio n s d 'U ly s s e (5 v o ls .), P a rís, A.
C olin. 1927-1932.
G r a v e s , R o b e r t: E l vellocino d e oro, B arcelona, C írcu lo de Lec­
tores, 1991.
G a r c í a G u a l , C a r l o s : M ito s, via jes v h é ro e s, M adrid, T au ru s,
1981.
A r a f a t , K. W .: C la ss ic a l Z e u s : A s tu d y in A r t a n d L ilera tu re,
O xford, C laren d o n P ress, 1990.

IV . A C T A S D E C O L O Q U IO S

A ctas d el II C o n g re s o E sp a ñ o l d e E s tu d io s C lá s ic o s , M a d rid ,
S .E .E .C .. 1964.
C en tro d e In v estig ac io n es M ito ló g ic a s d e la U n iv ersid ad d e Pa-
rís-X (N an terre), A ctas p u b lic a d a s e n B elles L ettres:
1976: F o n n a tio n e t su r v ie d e s m ythes.
1977: M yth e e t p erso n n ifica tio n .

www.FreeLibros.me

También podría gustarte