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LaRisa

FñSRlCFT •

—Vamos, amigo; esto va muy lento; se me duerme usted.


—Es la primera vez que dicen que me duermo, no pudiendo pegar j
un ojo.

Biblioteca Nacional de Espaa


M A T A T I E M P O S
Por cada trabajo original e ingenioso que publiquemos en esta sección abonaremos
D O S P E S E T A S , y un premio de VEINTICINCO P E S E T A S por las soluciones
exactas a los mismos.
(Véanse /as condiciones en el núm. 52.)
C a d a matatiempo deberá venir a c o m p a ñ a d o de un c u p ó n . De n o s e r a s í s e pierde el d e r e c h o a
c o b r a r l o , a u n q u e s e publique.
No s e s o s t i e n e c o r r e s p o n d e n c i a s o b r e e s t o s t r a b a j o s ni s e devuelven l o s o r i g i n a l e s .
L a s s o l u c i o n e s s ó l o s e admitirán h a s t a el último día del m e s a que c o r r e s p o n d a n , a l a s d o c e d e
!a m a ñ a n a .
C a d a s o l u c i ó n t e n d r á también que venir a c o m p a ñ a d a d e c u p ó n .

86.—REFRAN.-PoB MARK.

8 7 . — C h a r a d a d i s l o c a d a . — P O R A. L. 89.—De a c t u a l i d a d . - Р О Й LAVE.

1." 2.« E n la cabeza.


4.= 2." De p o c o pelo.
3.^ 1." Prebenda. E L E L B O X E O
1.^ 2." . . . . . . . . . . . En l o s m e l o n e s .
3." 2." Luce y reluce.
3.^
2."
4."
1.» . .
A lado.
Goma.
TAJO
2." 4." Teatro de Madrid.
ja 4 a Embarcación.
1.= 4.^ 3.^ 2." . Idem.
90.—General español.—POR LAVE.

88.—Charada. - P O R LAVE.

HIJO DE M1 TÍO
Prima tercia, fruto americano*
tercia prima igual a la anterior, d ESE
segunda nota musical. ORILLA DE RÍO
Todo: en los teatros.

Diríjase toda ía correspondencia al Apartado 7 . 0 0 2

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iHay que ver!... iHay que ver!...,


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O O K T O U b L S O S D E "J_iA Т Ы & "
Para dar variedad n es-ta sección, admifiremos anécdoias graciosas ocurridas a persnnas conocidas de la anti-
gUedod о contemporáneas, para alternar su publicación con los piropos, en las mismas condiciones que éstos.
Para tener opción al premio de DIEZ CINCUENTA P E S E T A S es condición Indispensable que los piropos se
ajusien a las .Bases d«l concurso para caballeros, publicadas en los nú ueros 14 y 16 de este semanario.
Los PIKOPÜS üeben venir escritos en papel eparie; pero siempre acompañados del cupón.
Dns adverfenci'-s que nó f^eben olvidar los que nos envían PIROPOS para publicar en esla sección:
Primera. Que el crecidísimo nijmero que diariamente se reciben, obligan a guardar turno para su publicación.
Segunda. Que la gran cantidad que hay que rechazar por inmorales, Iniuriosos o por carecer del correspon-
diente cupón, no puede merecer el honor ae contestar a cada autor en la sección de «A vuelta de correo», porque
ello agotaría por comi^leto el espacio dedicado a esta correspondencia.
- Negra: ¡Por usícd me estaba tres meses comiendo bacalao sin p r o b a r
el agua!

(Piropo premiado.) UN SO.SO.

P I R O P O S RECIBIDOS.
Preciosidad: De tanto pensar en usted me
ha salido un callo cn la frente.—RODKÍQUBZ
ALCAIDE. C U P ó N
—Nina: Tiene i\ abanico mucho aire; pero
N Ú M E R O
tiene usted más donaire.—R. SÁEZ.

—¡Hermosura! Usted debía salir a la calle


de noche y metida en una cesta. —¡ATIZA! 3 5
—Eres lo hermosa azucena que embalsa- Para acompañar a todo piropo, trabajo literario
mas c( n tus oloroses perfumes el jardín i e o dibuio, sin cuyo requisito no será admitido.
la v i d a . - J . A . L. {Esfe cupón sirve para un solo trabajo.)
—Resalada: Me gusta usted más que un
ventilador en el mes ce cgosto. — PEDRO
SORIA.
Quisiera ser espejo
A una muchacha que tiene la crstumbre de de su salón, rubia mía,
morder los periódicos que caen en su mano: para poderla tener
—¡Viva la alegría, mi vida! Olé las muje- a mi lado todo el día.
res que llevan LA RISA I n los labios!-ANTO- UNO.
NIO FRANCO.
—De buena gana sería yo el aceite si usted
—Por usted daba yo mis siete vidas, ya se convirtiera en agua,—ENTRE DOS BOLILLOS.
que siete tenemos los gatos.—UN MADRILEÑO,
—Morucha: Por usted era yo capaz de que
—¡Ay... alma mía! Si se volviese usted pia- Abd-el- Krim me luviese prisionero cien aíios
nola no me iba a cansar de tocarla.—ENHI- con tal de conseguirla después. — MARÍN-
SOL-DA-DO,
QUEÍSORIA.
—Comare: Tiene usted unos ojos, que si —¡Cuidado, que va por ahí la Divina Pro-
se entera el ministro de la Cobernación la videncia disfrazada de mujer.—ENTRE DOS
manda secue- trar para ahorrarse el alumbra- BOLILLOS.
do público.—TARTARÍN. —Adiós, rubita: ¿Quién se habrá muerto
—Mira, negra: Tienes unos ojos mayores en el cielo para que los angelitos vistan de
que el disco solar, y más frat icidas que una luto?—UN AVIADOR.
noche oscura. -ALEJANDRO. —Desde que usted cumplió diez y ocho
—Olé... y olé. ¡Bendito sea hasta el zapa- abriles, el que la adrnira perdió veintitrés
tero que le hizo a usted los zapatos! Pues agostos de fuerza material.—MANUEL CARME.
lleva usted unos pasos tan bien macados, A una niñera:
que parece cada lacón un director de orques- —Nena: ¡Qué lástima que en vez de llevar
ta.—HANCHI-THOSHOC. a ese niño en brazos llevara usled las niñas
—Rubia mía: Yo por usted sería capaz de de mis ojos. — U N AVIADOR.
r al Polo Norte en calzoncillos.-UNO.
—Gitana, con este aire que usted me em-
—Preciosidad: Si fuerai'sted melón, me la p'ea se hace digna de que le toquen... la
comía hasta la cateara. - HA^cнI.тнosнoc. Marcha Real. —MANUEL CARME.
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hßO n. — N U M . 4 9
21 O C T U B R E 1 9 2 3

La Risa
'^BDACClrtN V ADMIWISTBACIÓN

: DOCTOR FOUBQUBT, 4.—MADRID :

APARTADO 7 . 0 0 2 . — T E L É F . 30-76 M.

S E M A N A R I O H U M O R Í S T I C O :: S E P U B L I C A L O S D O M I N G O S

D I R E c TO R : F E L I P E M Á R Q U E Z

Indudablemente, estos hombres siempre están en continuo peligro de muerte.


—-í-omo que tienen la vida en un hilo.

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L À R Ì S A

S O L O F -A. A. S E nsr O -A. 3


L O S T R A J E S D E L U T O

E L luto, quc h a s t a h a c e p o c o tiempo era chascarrillos sin miedo a aparecer como


u n a m a n i f e s t a c i ó n d e d o l o r a n t e u n a pérdi- perversa o disoluta.
d a irreparable, h a v e n i d o a c o n v e r t i r s e , p o r A c t u a l m e n t e el d o l o r p a r a l a s v i u d a s s e
l a s e x i g e n c i a s d e la é p o c a a c t u a l , e n u n a ha dividido en v a r i o s periodos.
m a n i f e s t a c i ó n d e S u M a j e s t a d la M o d a . Primero s o n ineludibles d o s m e s e s de
E s s a n o y c o n v e n i e n t e llorar a un difun- d e s e s p e r a c i ó n m a c a b r a y torturante. H a y
t o , s o b r e t o d o s i s r a d e la familia y e n v i d a q u e h a b l a r d e v e n e n o s f u l m i n a n t e s , del V i a -
s e portó decentemente; pero precisa que d u c t o o d e un puñal libertador, y s e o c u l -
e s t e llanto s e h a g a bien v e s t i d o , p u e s p o - tan l o s c a b e l l o s c u i d a d o s a m e n t e para q u e
n e r s e a b e r r e a r c o m o un b e c e r r o c o n u n a a I g u n a s g e n t e s p i e n s e n q u e s e l o s h a arran-
Joilette c u r s i , e s l a m e n t a b l e y n o p r o v o c a c a d o e n un m o m e n t o d e a r r e b a t o . C e ñ i d a
l a c o m p a s i ó n d e l o s p r e s e n t e s , s i n o al c o n - p o r u n traje s o m b r í o d e l a n a n e g r a , a l a
trario, l o s e x a c e r b a h a c i é n d o l e s d e s e a r viuda a é l o le e s permitido p r o m o v e r r o n -
oíra catástrofe. quidos t e n e b r o s o s , s ó l a turbados para e v o -
T a l v e z p a r a evitar c o m p a r a c i o n e s o d i o - c a r l a s b u e n a s c u a l i d a d e s del difunto m u y
s a s e s p o r l o q u e s e h a r e g u l a d o el d o l o r amado.
c o n y u g a l y p u e s t o un p o c o d e o r d e n e n e l D e s p u é s , o t r a s o c h o s e m a n a s d e abati-
d e r r a m a m i e n t o de l á g . - i m a s . m i e n t o f á c i l m e n t e c o m p r o b a b l e por un n u e -
U n a mujer d e b e llorar a s u m a r i d o y v o traje d e l a n a n e g r o , y la g a s a del m a n t o
g u a r d a r l e s o l e m n e m e n t e luto durante v e i n - q u e e n v u e l v e t r i s t e m e n t e s u figura a g o b i a -
ticuatro m e s e s . P a s a d o s l o s d o s a ñ o s pue- d a . E n t r e el c r e s p ó n d e la p e q u e ñ a l o c a ,
d e a m a n e c e r jovial y c o n g a n a s d e c o n t a r a p a r e c e n c o n timidez c a t o r c e p e l o s del fle-
quillo, q u e n o s tranquilizan r e s p e c -
t o a la s u e r t e q u e p u d o h a b e r c o -
I o. rrido la c a b e l l e r a d e la m í s e r a . Y a
n o s o n s u s i d e a s tan s i n i e s t r a s , y
CARÍNlCfRiA- la m á s l ú g u b r e h a b l a d e un claustro-
en que acabar s u s días.
P e r o l u e g o lo piensa mejor, y de-
c i d e c o n s o l a r s e e n cl m u n d o , s o -
b r e v i n i e n d o una m e l a n c ó l i c a r e s i g -
nación expresada por medio de u n »
toilette d e s e d a n e g r a c o n v o l a n t e s ,
un r i z a d o p o m p o m e n la c i n t u r a
y un s o m b r e r o a d o r n a d o s i n a u d a -
cias. Los consuelos de los amigos-
y la c o n v i c c i ó n d e q u e cl difunto h a
p e r d i d o e s t e m u n d o f e r o z y transi-
tario p a r a entrar e n p o s e s i ó n d e
o t r o m e j o r y definitivo, a n i m a n a la
v i u d a al p a s a r los c u a t r o m e s e s a
—Este Pedro es muy Irabaiador. p o n e r s e a l h a j a s y a c o l o c a r s e un
Sí, Fíjate como se está partiendo el pecho. sprít r a z o n a b l e e n el s o m b r e r o y
a d o p t a r una posse me-nos d e s o l a d a .

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Desaparece su aspecto de foca susceptible
p a r a o f r e c e r cl d e u n a g a t a a b o r d a b l e .
Y finalmente, c u a n d o l a P r o v i d e n c i a q u e
cicatriza t o d a s l a s heridas por profundas
que s e a n , calma piadosamente al dolor d e
s u d e s g r a c i a , cl p e s a r n o v u e l v e a t e n e r la
i n t e n s i d a d primitiva s i n o e n d e t e r m i n a d a s
ocasiones.
A l g u n a s v e c e s d i r í a s e q u e e m p i e z a a ol-
v i d a r s e la p é r d i d a sufrida; d e c u a n d o e n
c u a n d o s e r e c u e r d a n l o s d e f e c t o s del s e r
llorado, oponiendo, claro e s , s u s buenas
c u a l i d a d e s p a r a q u e l o s a m i g o s n o criti-
q u e n , y el c o l o r b l a n c o afina la s i l u e t a d e
a i n c o n s o l a b l e ; un p o c o d e c a r m í n c o l o r e a
s u s mejillas p a r a b o r r a r l a s h u e l l a s d e tan-
tas c o n g o j a s , que, por lo general, afean y
envejecen, y hasta cabe pintarse un lunar
junto a la b o c a , p a r a q u e la s o c i e d a d n o
piense que renuncia a agradar. E l término
del d o l o r e s u n a d u l c e y e n t e r n e c e d o r a c o n -
f o r m i d a d c o n la v o l u n t a d divina, q u e a d m i -
te l a s n o t a s d e c o l o r e n la toilette y la v u e l -
ta a l a s m e d i a s t r a n s p a r e n t e s , a l o s e s c o -
t e s y a l o s brazos d e s n u d o s . S ó l o resta
« c h a r u n a c a n a al a i r e , d e s p u é s d e pintarla,
p o r s u p u e s t o . S e s u f r e m e n o s p o r la pér-
dida del a u s e n t e y s e c o n c l u y e d i s c u l p a n d o
a e s a s mujeres que contraen s e g u n d a s nup-
cias.

N a t u r a l m e n t e , q u e c u a n d o el m a r i d o per-
d i d o e s v i e j o , f e o o a n t i p á t i c o , cl d o l o r e s
m á s a c e l e r a d o , el c o n s u e l o s o b r e v i e n e m á s
f á p i d o , y c u a l q u i e r a q u e s e a la d e s e s p e r a -
c i ó n d e la v i u d a , s e r í a m a y o r l a q u e s i n t i c -
••a s i el difunto r e s u c i t a s e . A l g u n a s s u e l e n
- I l i
a c o m p a ñ a r l o al c e m e n t e r i o para c e r c i o r a r -
s e de que realmente h a muerto y de que n o
volverá á importunarlas por quedar bajo
tierra.
Para exteriorizar e s t o s sentimientos, l a s
modistas han ideado verdaderos prodigios
de elegancia y buen g u s t o que animan a
a s e s i n a r al m a r i d o m á s s a n t o . S e h a c o m -
probado que mujeres vestidas de color, pa- A P U R O S D E UN H U M O R I S T A
saban completamente inadvertidas, y que
al ceñir l o s a t a v í o s viudales han resultado — ¡Y tener que hacer un chiste gracioso en
este valle de lágrimasí..
s e d u c t o r a s y l l e n a s d e un a t r a c t i v o d e q u e
c a r e c i e r o n e n v i d a del e s p o s o .

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L M « I5 A

Realmente, l o s trajcsjjde luto p r e s t a n a y u n a fuerza interior, invencible y cris


l a s m u j e r e s un m i s t e r i o a d o r a b l e y u n inte- liana, n o s obliga a c o n s o l a r l a . E n cambio,
rés grandísimo. Cuando v e m o s una cria- al t r o p e z a m o s c o n u n a v i u d a m a l v e s t i d a ,
tura i r r e p r o c h a b l e m e n t e v e s t i d a d e n e g r o y con l o s tacones distraídos y gesto de leo-
c o n el s e m b l a n t e d o l o r i d o , delator de una na, p e n s a m o s invariablemente: «¡Qué bien
viudez reciente, p e n s a m o s sin d a r n o s cuen- h i z o tu m a r i d o e n m o r i r s e ! ¡La l á s t i m a e s
ta: « ¡ P o b r e c i t a m u c h a c h a ! ¡Qué desgracia q u e n o le h a y a l l e v a d o p o r d e l a n t e ! »
la s u y a ! ¡ Q u e d a r s e viuda tan j o v e n y t a n
linda!» ALVARO R E T A N A

H ^ I T Q U E A L B O I ^ O T A R ,

E L hombre de la laringitis le dijo al hombre tar-


tamudo:
—Mire, n o s e moleste; vayase a su pueblo,
nímbese en cl corral con las gallinas y los cer-
dos. Usted no puede triunfar, usted no será nun-
ca nada... No tiene usted voz; mejor dicho, no
tiene usted pulmones.
—Pero—objetó tímidamente el otro—permíta-
me usted que le diga que yo no pienso ganarme
le vida cantando óperas o voceando tomates. Ni
sacamuelas ni concejal.
—Pues largúese a escape a su rincón, hom-
bre Si no sabe usfed dar gritos, no tendrá usted
talento, ni honor, ni le cotizarán en ninguna par-
te. El español que más se desgañifa llega más
pronto. No vale la sordina ni el tono discreto y
mesurado del que tiene, además de inteligencia,
buena crianza. Cuanto mayor robustez tenga su
laringe, más holguras y halagos le rodearán.
—No es la primera vez que veo a estas
El tartamudo lanzó una tosecita cortés. muchachas.
—Es que dar gritos, la verdad, es tan antipá- —Si, son aquellas hebreas que hicieron
con nosotros el viaje de Guatemala.
tico, tan soez, tan reprobable...
—¡Ha, si! Las judías del barco.
—Pues hay que dar gritos o perecer. Bien se
advierte que es usted un pobre forastero, amigo Dibujo de CARIÑO.
de perderse en silencio, con la boca y los ojos
bien abiertos, por junto a la acera. Pero ya se
coiivencerá usled de que está perdiendo el tiempo como estampidos entre los altos e innumerables
y malgastando su valía. Fíjese en cualquier par- espejos que multiplican la claridad insolente-
te, en las gentes y en las cosas. Todo gesticula, mente, y el señor de la peña que lleva la voz can-
todo vocea, todo se descompone y solivianta, m¡ tante, ¿se fija usted?, lleva en el dedo meñique
querido señor y amigo.,Vea usted los periódicos; cinco anillos terribles, gordos, deslumbradores,
grandes titulares, letras enormes, adjetivos de- que atruenan la vista y la ensordecen.. Pues si-
tonantes. Si estos nobles heraldos déla opinión gamos andando, ¿ y esas tiras de percal que os-
no la sirven estos platos fuertes, meridionalmen- tenta ese comercio? Vea que en letras de un me-
te atestados de alarmas tipográficas, la opinión, tro se dice: « L I Q U I D A C I Ó N . Ú L T I M O S D Í A S . » En las
seguramente, no les haría caso. Mire, mire ahí planas de anuncios la musa áspera de infinitos
enfrente, en el café: la tertulia de hace veinte años
industriales y mercaderes ordena, manda, aper-
sigue discutiendo a gritos, lanzando risotadas
cibe: «¡No M Á S C A L L O S ! » « V Í S T A S E U S T E D E N L A

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sASTBEBHi D E F U L A N O » . Esto cuando no se nielen defiende el pan y se conquista un poco de sol,
a indagar ciertas cosas: « ¿ T I E N E U S T E D H E M O - para no perecer de olvido y de injusticia. Las
R R O I D E S ? » En el tranvía nos enteramos de mil co- mujeres tienen por más macho al que vocifera
sas íntimas o particulares, porque todavía culti- que al que calla. Callar no es aquí indicio, como
vamos lá vieja costumbre de hablar en alta voz, en otras zonas de más altura inte'ectual, signo
lo mismo si es para contar que anoche fuimos de distinción, de ingenio y de misericordia.
al teatro como para referir el último «lío» que Cuando un hombre de talento habla en público
tenemos con la Zutanita. En todos los negocia- y habla bien, sin dar gritos, lo más que alcanza
dos u oficinas hay un hombre que charla a gri- es una cátedra o un bufete; pero si habla mucho
fos, y es cl oráculo, y un jefe que no se muerde y en términos descompuestos, irritados y tem-
la lengua y asciende. pestuosos, lo proclaman insigne, y todos los
El tímido ahuevaba los ojos, escandalizado. ensordecidos lo a u p a n . . .
— ¡Pobre de usted—continuaba su interlocu- —¿Entonces?—preguntó el otro.
tor—, pobre de usted si se calla o insiste en —Entonces lo que procede, como le digo, es
adoptar una actitud modosica y urbana! ¡Se lo imitarme a mí, o desaparecer de estos Madriles.
comerán a usled con patatas! Yo conozco a más ¿Ve usted que fumo buenos puros y me abulta la
de un matón grafómano que ha escalado pues- cartera de los hermosos billetes que en ella guar-
tos remuneradores sólo por chillar y levantar el do? Pues lo único que todo ello me ha costado
gallo a cuatro infelices que callaban, mudos de ha sido esta afonía. A fuerza de voces he gana-
cobardía o de indolencia. Al que se desgañifa lo do la ventura de callar. Estoy ronco; es decir,
oye lodo el mundo, y, además, le atiende, le encantado de la vida.
complace. Solamente haciéndose temer en un
pueblo como éste de gandules y de astutos, se E . RAMÍREZ A N G t L

(El de arriba).—¡Déjalo. «Potaje», que me van a «asé» una instantánea!

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EL INDIO ENAMORADO —Tengo un plan magnífico.
—¿Y por qué no has dado parte a la P o -
C O N T E S T Ó a mi carta manifestándome que po- licía?
día pasar por S U domicilio cuando se me pusiera —No. Quiero que esto quede sumido en las
en las narices, para celebrar la interviú que yo tinieblas. Además, ese lío es muy poderoso en
d. seaba. todas sus cosas, y, además de estropearnos los
Nunca esperé me.ios de la Chelito. Y a casa planes, lograría sus deseos. ¡Yo quiero dejarle
de Chelito fui con cuartillas, lápiz y una cami- sin vida!
sa de seda. La Chelito me recibió con la sim- —¡Matarle!...
patía que la caracteriza, y con una «ligerez» —No. Dejarle sin vida.
de ropa que tuve que sujetarme la cabeza con —¡Mi «agüela»!
las dos manos, pues a poco se me escapa vo- —Si aceptas, le doy mil pesetas.
lando.
Charlamos lárgame ite; luego, ya hecha la in- —No te ofendas, tonto, que te hacen falta...,
terviú, en un encantador plan de confianza, me que te harán falta para gastártelas conmigo...
enteró Chelito de lo que le ocurría en aquellos Cenaremos dos noches juntos.
mamentos. Una cosa de importancia, que estaba
deseandito comunicársela al primer tío que tu-
viera a mano y le fuera agradable. Aquel tío
luí yo.
La ingenua-perversa artista de variedades, tan En un holel de Madrid Moderno, alquilado
popular como el sarampión, me cogió las manos, para tal efecto, esperamos al príncipe indio. La
y en un momento de debilidad me dijo, sobre Chelito, más preciosa que nunca, con un traje
poco más o menos y casi sobre mi cuerpo, que que «torrefactaba», fumaba un cigarrillo egipcio.
no carece de gitanería: Yo daba puñaladas a un cojín, paraentrenarmc.
—... Y ese príncipe ind o, el indio enamorado, El príncipe lio tardaría. El recado nuestro lo re-
como yo le llamo, convencido de que no conse- cibiría con cuatro horas de anticipación.
guirá de mí ni una sola caricia, ni aun fingida, S e oyó un auto que venía. Me escondí. C o n -
ha jurado raptarme. Montones de oro, trajes, jo- suelito se preparó. La doncella que habíamos
yas, ¡hasta una caja de higos me ha ofrecido! llevado salió a abrir al príncipe.
Pero francamente, chico, no puedo con los hom- Entró el príncipe y estampó un beso en la ru-
bres de barriga. bia cabeza de Consueliio. Yo temblé como una
—Pero..., ¿y tu madre, la señora Antonia, no vieja friolera. El puñal se me cayó al suelo.
te obliga a contraer matrimonio con ese «nego- Chelito miraba inquieta hacia donde yo esta-
ciazo»? ba escondido. Ya tenía yo que haberine liado a
- H o m b r e . . . Ya la conoces. Pero algunas dar puñaladas, pero no me atrevía.
veces hago lo que se me pone en las panto- Y en mis dudas estaba cuando lancé un grito
rrillas. de salvaje picado y banderilleado.
— y haces muy bien. Yo, Consuelito adorable, Aquel indio no era un indio: era Artemio Pre-
comprendo que tu madre vele por lu virgindad cioso..., el popular novelista.
y que quiera para ti un tío que de rico le den Salí de mi escondite, loco de alegría al recono-
náuseas; pero también comprendo que el amor cer a un amigo que, por serlo, no mataría.
por «ríñones» no puede ser. La Chelito estaba confusa. Artemio Precioso
—Mi madre apenas si se ha enterado. Lo que me miraba como diciéndome: «Me has torcido la
me apura es mi situación. Nadie más que tú y yo aventura.»
sabe lo que ocurre. A mi madre no quiero recor- Y, entonces, yo cogí mi sombrero, salí a la
darle el indio y decirle lo que pasa, porque es calle y lomé el tranvía de las Ventas...
muy capaz de... iba a dispuesto a tomarme un chocolate con
—Sí. Capaz de ir a buscar a ese príncipe para picatoslcs en un café de la Puerta del Sol.
que se case contigo y no cometa la idiotez de No podía hacer otra cosa.
ra;)tarle.
—Pero, bueno; lo que yo quiero de ti es que NICOLÁS DE S A L A S
me ayudes a salvarme.
— ¡Cómo no, vida mía!

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• 1
& c (BEN o e Aí^uí

LA A^Tir^VDA
3E A R R E U LANT O
O/». C L A 6 E DE C A L Z A DOÓ

El señor Ramón le ha puesto un «piso» a la Lola.

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P O R Q U É E S N E G R A LA CAMISA ble y me recibió cordialmente en su despacho, en
el cual, por seguir la moda, las paredes están cu-
DE L 0 3 FASCISTAS
biertas de crespones negros: ¡en fin, que todo lo
SE puede venir a Roma y olvidarse del Padre veía negro!
Santo, pero Io que de ninguna manera puede ha- Le expongo mis pretensiones, que acoge con
cerse es dejar de saludar a don Benito Musso- la misma alegría que aquel a quien le anuncian
lini, exportador del fasscismo al por mayor a que su casero ha decidido no cobrarle más el al
todas las naciones del Globo, especialmente a quiler de la casa.
España, donde hace poco montó una sucursal. Hay un momento de silencio. Mussolini re-
¡Vaya con el fascismo! Cualquiera iba a de- _ vuelve con nerviosidad los innumerables pape-
cir que un Ideal que se propaga por mediación les que pueblan su espaciosa mesa. AI fin co-
del aceite de ricino, iba a tomar tan rápido in- mienza a hablar. Cuando lo hace parece:que
cremento en la tierra de la leche envenenada. canta; se descubre en él inmediatamente su ori-
Era necesario, por lo tanto, privando este año gen italiano.
en España la musselina, el hacer una interesan- —Así es que desea hacerme una «interviú»,.
te información sobre la moda de hoy
en día. Así es que cuando me dieron el
encargo de hablar con Benito, y, por
lo tanto, de hacer un viajecito a Italia,
me hinché de alegría.
Una vez por estas tierras, y después
de haber visto «Roma se divierte», sin
necesidad de acudir al teatro, fui a ver
a Mussclini. Claro está que antes de
esto vi «al soldado de Ñapóles que se
fué a la guerra», el cual accediendo a
las siiplicas de su amada, que !e gri-
taba eso de «no mueras soldado no...»,
ha regresado sano y salvo de la con-
tienda y dispuesto a alcanzar la «di-
cha de amar que es gloria también».
Y no quiero contarles nada más de
lo que he presenciado y estoy presen-
ciando y presenciaré por estas tierras.
Si el que quiere peces necesita mojarse
lo que ustedes saben, el que quiera
saber lo que hay por aquí que haga un
viaje como yo lo he hecho y se entera-
rá de todo.

Confieso francamente que cuando


me dirigía al palacio de don Benito
11 evaba un poquitín de miedo, miedo
que procedía del temor de que n ò i e
pareciese mi modesta persona lo sufi-
cientemente fasscista y me hiciera in-
gerir, aun contra mi voluntad, aceite UNA DEDUCCIÓN
ricino. Y aquí estaba el problema: ¿qué
hacía yo por estas calles con los pocos — ¿Será posible? ¿Habrá venido aquí encerrada una
mujer?
quioscos de necesidad que hay y llevan-
do un litro de ricino en el estómago?
Por fortuna, don Benito es muy amar_

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¿verdad? Pues puede usted preguntarme fodo lo nieron mal dadas y tuve" necesidad de ingresar
quequiera, que y o lecontestaré a todo lo que sepa. en el bajo oficio de pocero. Poco tiempo perma-
—Abusando de su amabilidad, ¿quisiera con- necí en él; mis ambiciones me hicieron.elevarme
tarnos algo de su vida? hasta el cargo que ahora ocupo.
— Para no hacer esta,conversación intermina- —¡Caray, pues si que fué subida! ¡Ni las sub-
ble, le contaré lo principal: Yo a los diez y seis sistencias en España! S e comprende que un po
años ingresé en el oficio de deshollinador. Asi cero abrigue, con su mejor abrigo, la pretensión
permanecí hasta los veinte; pero mis lecturas y de ascender aunque nada más sea desde el fon-
•uis ambiciones me cansaron de andar de chime- do del pozo al ras de la calle, pero de eso a pre-
nea en chimenea. Además, que y o tenía otras as- sidente del Consejo... Y dígame: ¿a qué obedece
Pir aciones, tenía la cabeza llena de humos. el haber elegido como distintivo del fasscismo
—Se comprende, cuatro años de deshollina- la camisa negra?
dor son los suficientes no ^solamente para tener Mussoline sonríe con esa sonrisilla peculiar
humos en la cabeza, sino para tener hasta ho- de los italianos, y me murmura irónico.
llín. —Esa es una de mis marfingalas de economis-
—Dejé ese oficio y me metí a socialista. Aquí ta, que le ruego no divulgue. Yo siempre he sido
el trabajo era descansadísimo; pero una vez vi- un gran economista, y comprendí que si mis co-
rreligionarios usaban la camisa
blanca, con lo pobretes que en-
tonces eran, no iban a ganar ni
para jabón, y como a mi me
gusta ante todo la limpieza, me
dije: «¡qué demonio!, usando
camisa negra no hace falta la-
varla, y cada día que pase pa-
rece más nueva.»
—¡Hombre, don Benito, que
cosas se le ocurren a usted! Y
con los griegos: ¿qué le sucedió
que armaron aquel zipizape?
—Pues una consecuencia muy
lógica de su proceder. Ellos nos
tienen mucha envidia, y como
han visto que Italia ha inventa
do la cosa más grande que [re-
gistrará la historia: la manera de
llevar camisa sin tener que g a s -
tar jabón, todo se les volvía de-
cir que Grecia era la cunaj de la
civilización; que allí había naci-
do Diógenes y una potrillada de
sabios más. ¿Usted sabe quién
fué Diógenes?
—No, señor; pero si le intere-
sa mucho bajaré a preguntárselo
al tendero de la esquina.
—Pues Diógenes fué una es-
pecie' de asesino del César.
¿Usted sabe quién fué el asesi-
no del César?
amfgir^ ''"^ engañas a lu marido conmigo, su mejor —¡Me está usted poniendo'en
un compromiso, don Benito; van
Que quieres, ¡si no me ha presentado otro! a creer los lectores que no co-
Dibnjo de sous\. nozco nada de Historia! ¡No sé

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•quién fué el asesino del César; pero interesaré a LA LOCA AVENTURA
la policía española su captura!
—¡Hombre, Bruto! M,
-¿Eh? amigo Betúnez era lo que se dice un hom-
—¡Qué, Bruto! bre excesivamente fresco, ¡Vamos, uno de estos
—¡Caballero, eso de bruto no meló repite us- individuos que congelan!
ted en la Plaza de San Pablo! No quedaba ya patrona en Madrid que no tu-
—Si, hombre, sí; el asesino del César fué un viese algún amargo recuerdo s u y o .
señor que se apellidaba Bruto y se lo repito aquí Su debilidad eran las aventuras cinematográ-
y donde quiera. ficas. Pedía siempre una localidad doblada. Ya
—No se moleste; ya no hace falta, creí que se saben ustedes que una localidad doblada en un
refería ese b-uto a mi persona; y hablando de cine equivale a tener una dama al lado.
otra cosa: ¿quiere contarnos algo sobre el pro- A principio de varano, y en una de estas sec-
cedimiento que ustedes emplean para convencer ciones, halló una compañera de localidad que le
a sus enemigos? chifló por comp'eto.
Don Benito vuelve a sonreír; aspira con delei- La seguía a todas partes, pero ella siempre se
te el humo de su cigarro, y me contesta: le. mostró esquiva, sin concederle el menor
—¿Se refiere usted al aceite de ricino? favor.
—Justo, sobre ello dirigía mi pregunta. Supo que la dama de sus desve'os se marcha-
—Escuche usted: Nosotros tenemos en nues- ba a San Sebastián, y ni corto ni perezoso se
tro programa la necesidad de que todo el mundo dispuso a seguirla y continuar su asedio donde
'Obre bien. Por el mero hecho de ser fasscista, fuese preciso.
se es buena persona, ¿pero como conseguir el Empeñó toda la ropa de invi, rno, la cual fué
que nuestros enemigos lo fueran también? E n - sacando del baúl sin que lo advirtiera la patro-
tonces se nos ocurrió la solución al problema: na. y cierto día desapareció de la casa de hués-
para que «obren bien» nuestros enemigos, no pedes adeudando tres meses de pupilaje.
hay cosa mejor que administrarles cieria canti- Doña Emerenciana, que así se llamaba la pa-
dad de ricino. Claro está que influyó mucho en trona, la cual era una señora de caballería,
la anterior solución, el que y o fuera propietario como vulgarmente se dice, escamándose poi- la
de la compañía suministradora del agua a cier- ausencia imprevista de mi amigo, se decidió n
tos cuartitos, donde cada cual descarga su con- registrarle el baúl. ¡Y cuál no sería su sorpresa,
ciencia a su gusto. al ver que éste solo contenía una camiseta sucia
—¿Sí eh? Pues mire usted por donde sus pa- y un tomo en rústica de Rocambole! ¡Buen chas-.
labras me han hecho vislumbrar [un negociazo. co le había dado el pollo aquel! ¡Pero juró que;
Ahora mismo me marchó a España, y como allí el día que le echase la vista encima se las iba aí
•comienza a extenderse el fasscismo, acaparo los pagar todas juntas!
rolles de papel higiénico y en pocos días hago Mi citado amigo en alas del amor y de un tren
un capitalazo. mixto se tras'adó a la capital guipuzcoana. V
y sin despedirme s a l í corriendo hacia mi Allí continuó su asedio con más ahinco que
tierra. nunca; pero sus dardos amorosos se estrella-
La cosa no era para menos; cualquiera des- ban contra el duro corazón de la dama como
perdicia un negocio así. dulce merengue sobre el guardacantón.
VALENTÍN LOSMOZOS iEra la primera que se le resistía!
Y picado en su amor propio, apeló a todos les
Roma, calle de Lavapiés y octubre.
medios que tenfa a su alcance para ablandar
aquella viscera cardiaca.
Un individuo a quien uu cacique había conse- Cierto día creyó morir, de alegría primero y
guido nombrar Secretario de un Ayuntamiento, de despecho después.
fué declarado cesante por no saber escribir, y al La dama, en contra de su costumbre de re-
preguntarle el gobernador, asombrado, cómo chazarle agriamente, le recibió con la sonrisa en
podía haber desempeñado su cargo sin saber po- los labios y le encargó que buscase un automó-
ner la pluma en el papel, contestó tan tranquilo: vil de a'quiler.
—¿Qué falta me hacía saber escribir a mano, Más que rápido, ve'ozmente cumplió Betúnrz
leniendo máquinas de escribir? el encargó, regresando sobre un estupendo His-
pano-Suiza.

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¡Pero cuál no sería su asombro al observar
•que su ado-ado tormento le esperaba en compa-
ñía de un corpulento individuo, cl cual le dio las
gracias muy amablemenie por haber traído el
auto, al mismo tiempo que montaba en él acom-
pañado de la dama y ordenaba al mecánico que
los condujese a Biarritz!
Mi amigo quedó en tierra como cl que ve vi-
siones.
—¡Ah ingrata! ¡No sólo no correspondía a su
amor, sino que encima le había tomado por un
recajero!
No apeló en el acto a una determinación vio-
lenta por dos poderosísimas razones: primera,
porque carecía de dinzrj, y segunda, porque el
acompañante de la socia era boxeador.
Descorazonado y triste liego a la corte; pero
su pesadumbre fué pasajera. Pronto se hizo la
cuenta de que «la mancha de la mora con otra
verde se quitai, e intentó acometir otra aven-
tura cinematográfica.
Se dirigió al c//je más próximo y pidió una
localidad doblada.
Cuando entró en la sala esta se hallaba a os-
curas por haber empezido la sección.
El acomodador le condujo a su asiento, alum-
l'i'ando con la linterna eléctrica.
Betiinez quiso ver el rostro de la compañera
'lue le había tocado en suerte valiéndose de la
'uz de la linterna, pero no le fué posible por ha-
berla apagado inmediatamente el acomodador'
No debía ser mala hembra. Por lo que a oscu-
'•as se podía apreciar, era una mujer de formas
«bulladas.
El corazón de nuestro hombre latía can vio-
lencia, produciendo un ruido semejante al tic tac
de un despertador.
Poco a poco fué estab'eciendo el contacto can
su vecina. ¡Aquéllo era pan comido!
Deseando estaba que encendiesen la luz para
ver la cara divina de aquella robusta hembra. ¡Por -
qUe debía de ser divina! ¡Se lo decía el corizón!
Terminó la película. Al iluminars3 la sala, se
escucharon dos gritos simultán?os, y se vió que
BeWnez rodaba por cl suelo acomet do por una
señora gruesa que parecía una fier<3,
¡Su vecina de localiJad, a la que él había es-
tado conquistando, era doña Émerenciana, su
antigua patrona!
A e s e p u n t o lo detuvo la policía y dio n o m -
y cuentan los acomodadores que terminada
b r e s c a m b i a d o s . P r i m e r o dijo q u e s e l l a m a b a
a refriega, sólo se pudo encontrar de mi amigo López, y e n c u a n t o tuvo ocasión se llamó An-
uiedia americana, los tirantes y un trozo de ter- dana.
nilla de la nariz,
Is Dtto TH0.Mt2 Dibujo de G.\RRA.N.

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D E S D E LJL O O N O Ü A ... I D E L ^ F U N T A D O R . ;

L A casa de la alegría, de Asenjo y T o r r e s del E n Su Majestad e n c o n t r a m o s n ú m e r o s o í d o s


Alamo, esfrenada en el T e a t r o E s p a ñ o l p o r en aquel Hotel de los enamorados, que le trun-
F r a n c i s c o Morano—un gran actor d e s h e c h o y c ó la t e m p o r a d a a Chicote el año de 1922.
s u c o m p a ñ í a . C l a r o que a la o b r a de Asenjo y ¡Bien empleado le está a M a n o l o Merino, quien
T o r r e s le perjudica m u c h o «la mala compañía». merece el triunfo p o r p a g a r s e de n o m b r e c i t o s !
P e r o sin el'a la obra e s endeblita y tal. C a r e c e A e s t a s a l t u r a s — d í g a l o el ejemplo de la C o m e -
de una c o s a indispensable en las b u e n a s c o m e - dia con El niño de oro—, el público n o quiere
d i a s de ambiente madrileño: espontaneidad, o lo s a b e r n a d a de famas ni de apellidos. ¡ O b r a s ,
q u e es lo m i s m o : frescura, sencillez, naturali- « o b r a s s o n a m o r e s y n o b u e n a s razones!»
d a d . E s una o b r a forjada, lieclia a la fuerza, ¿ Q u é n o l a s h a y ? . . . ¡A que sí!...
t o d o preparado, previsto, a t a n d o bien l o s hilos
d e la trama p a r a ' d a r veracidad a lo artificioso,
complicando innecesariamente la acción, y por Hoy s e me a c a b a el e s p a c i o y lo siento. Q u e -
• último falseando carácter y lenguajes madrileños ría h a b l a r de La moza de campanillas, de Vi-
(el madrileño n o [es afectado, c a r a m b a ) , de lo v e s , del nuevo éxito del C ó m i c o , de la labor d e
q u e e s ejemplo el personaje Poli, e s e tipo que Dicenta y P a s o ( h i j o ) . . . , pero n o e s p o s i b l e .
tiene la obligación de decir chistecitos que le E n el n ú m e r o próximo p r o c u r a r é hacerlo, a u n -
d a n la f r a s e . ¡Una lástima! q u e s e a en forma telegráfica,
Asenjo y T o r r e s del Alamo son muy b u e n o s
a m i g o s , muy i n g e n i o s o s , h o m b r e s que laboran Los estrenos y los éxitos.
y simpáticos, s o b r e t o d o Antonio...., pero n o
han p a s a d o del c u a d r o primero de El chico de. El periodista e s t r e n a d o , e s un a p r o p ó s i t o sin
cafetín. Allí l o s van a enterrar j u n t o s . importancia literaria, pero en el cual, N A R C I S Í N ,
el genial actor, realiza un iranajo, v e r d a d e r a -
mente admirable, con la notable actriz C o n s u e -
Su fdaj'estad, que ya c o n o c í a m o s por un en- lo Menta y el buen actor N a r c i s o Ibáñez, ya c o -
s a y o general cn La Latina, repuesta a h o r a en n o c i d o en Madrid por N a r o í s ó n .
Price con otra o r q u e s t a y m á s sabida, n o s s i - El famoso niño, c o n s a g r a d o c o m o actor ex-
g u e pareciendo de p o c o éxito, a p e s a r del g r a n t r a o r d i n a r i o primero cn El pibe del corralón,
éxito, Paredójico estoy, ¿ n o ? Me explicaré: El d e s p u é s , en o t r a s o b r a s y. por fin, en Papaciño
libro de esla zarzuela, bien escrito y p r e p a r a d o s i g u i ó triunfando <n la nueva producción q u e
para el m ú s i c o s ó l o , tiene un defecto: falla de a c a b a de ser estrenada en E l d o r a d o .
flexibilidad inevitable cn s u s a u t o r e s s e ñ o r e s
Merino y Avecilla, p o r q u e es idiosincracia. P e r o
• a . p e s a r de e s o e s , en n u e s t r o concepto, un buen S e inició la temporada de E s l a v a con algunas-
libro de zarzuela. n o v e d a d e s . P o r ejemplo: e s t r e n o de una o b r a
De l a s p r o p o r c i o n e s del éxito s ó l o es r e s p c n de Muñoz S e c a , regular «tal cual». Reaparición
s a b l e el ilustre m a e s t r o Luna, a l g o mejor com- de Josefina Morer, que viene tan g o r d a como-
p o s i t o r que Vives y o t r o s mmos vives, porque Ana Quijada, y por el contrario enflaquecimien-
h a s t a a h o r a es a quien m e n o s música de o í r o s to de Martínez S i e r r a , que ya pesa m e n o s q u e
m a e s t r o s se le ha descubierto; e s o que en El Milagritos Leal.
asombro de Damasco, aquella parte de b a r í t o - M á s n o v e d a d e s : la Leal tiene novio; una s e ñ o -
no del acto p r i m e r o . . . P e r o ^agua p a s a d a , . . » rita de la c o m p a ñ í a . . . n o , y p a s a m u y malos-
—dice un refrán—no muele molino.» ratos.
B u e n o : el m a e s t r o Luna—y continúo el con- C o l l a d o , pesa a h o r a veintidós kilos con b o t a s
cepto—tiene la culpa del e s c a s o éxito, pese a l o s de a g u a , g a r r o t a y g a b á n r u s o . Martori, trae la
e s t r u e n d o s o s a p l a u s o s por el vicio de repetir s u s v o z m á s estentórea que nunca y Baena, C a r l a "
partituras. E s fama que el m a ñ o don P a b l o repi- z o s Baena, s e ha dejado crecer el pelo, de tal
te s u s n ú m e r o s p r o t e s t a d o s anteriormente en m a n e r a , q u e tiene i n d i g n a d o a d o n G r e g o r i o ,
o b r a s p o s t e r i o r e s . . . h a s t a que encajan. Y a s í que s o l o quiere en su compañía a c t o r e s de poco-
ahora. pelo. '

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13 LA RISA

Las hijas del rey Lear, original del primer gún elemento estimable, cae arrastrado por la
Peric 1 de la dinastía Seca, fué aceptada, aunque maldad ajena, auque hagan obras buenas...,
se le pusieron ciertos reparos. solo hacen «malas> obras.
Por cierto que hemos observado ahora una El fin de Edmundo, que debiera ser el fin de
extraña cosa, cuyo estudio proponemos a los Pedro Zorrilla como actor cómico, es una farsa
hombres de ciencia: cuando un actor dice un hábilmente desarrollada, aunque con más suer-
chiste de Muñoz Seca, el público da un alarido te iniciada que conducida.
y se retuerc; lo mismo que si le dieran una pe- La jocunda obrita de García Alvarez y Andrés
drada en el estómago. Nosotros, hemos conci- de Prada tiene un acto movido, gracioso, que
llado su apellido Seca con esto. Indudablemen- distrae, y otro acto endeble, desigual, desvaído
te, a la cseca» procede o sucede, dicen los cam- o alicaído mejor, que se tolera merced a la ^fra-
pesinos, la asoladora piedra. Lo sentimos por ternal» ayuda.
el teatro de Eslava, que se verá sin más espec- Pero, al final, se salvó el buen nombre de los
tador que el griffon de fiaena. Y éste, segura- autores algo a duras pinas y no por su culpa.
mente, ladraja comedia. ¿ A que sí? En fin. El fía de Edmundo es lo más afortu-
nado y consistente de cuanto se ha estrenado
hasta ahora en el infortunado Rey Alfonso.
¡Y vaya un toro difícil que la empresa Zorrilla-
Como Zorrilla nos parece un actor de segun- Miura deja a la empresa Ferrándiz-Foronda! Un
da fila, lugar único a que tiene derecho y en el bicho reservón y aculado a las tablas... Amena-
que merece alabarse su discreción. C o m o Zorri- za a la $aja de caudales una cornada grave.
lla se obstina en tener gracia, pese a sus gestos Y pide perdón por la manera de señalar.
horripilantes, macabros, espeluznantes, tenemos
l u e insistir en juicios anteriores. Por cl que va; corre y oye...
Zorrilla, y su pésima compañía, en' la que al- EDUARDO M . DEL PORTILLO

Y Noé, hijo de Lamech, además de entretenerse en hacer barquitos, cantaba


aquello de costas las de levante... El hombre presentía «Marina» y el desastre de
Cavile.

Dibujo áe O R T I Z .

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COSAS DE C U A R T E L —[Pues lo tengo!
- P u e s Si lo tiene usté, ¿ c ó m o s e lo v o y a:
E L general don felipc Ruibarbo y Botasillas dar y o ?
visita cierto día un cuartel de s u jurisdicción mi-
litar. Durante la revista el coronel del regimiento
s e dirige a un s o l d a d o , y le pregunta: Un s a r g e n t o de Caballería retine a un pelotórt
— O y e , m u c h a c h o : ¿ C ó m o s e llama el g e n e r a l ? de q u i n t o s en instrucción y les explica la m o n -
— ¿ C u á l o ? ¿ E s e chiquitín?... ¡Celipe!... tura.
— iPelolón, firmes!—ordena—. ¡Fijaos m u y
bien! La correa que, parfiendo del centro de la:
Un s o l d a d o que a p e n a s s a b e hablar tiene nece- circunferencia o radio, que p a r a mí e s t o d o l o
s i d a d de entrar en el cuarto de b a n d e r a s , y pre- mismo, y pasa por debajo de la cola, s e llama
g u n t a d e s d e la puerta: bati ídem, y digo ídem por no repetir la palabra
—¿Da usté su «premiso»? c o l a . ¡Conque, a ver! ¿ C ó m o s e l l á m a l a b a t i -
El oficial de guardia permanece impávido, sin cola?
hacer c a s o a la pregunta. —Bati ídem, mi s a r g e n t o - r e s p o n d e u n o de l o e
—¿Da usté s u «premiso»—repite el sorchi. quintos.
— H a s t a q u e ' n o lo d i g a s bien, n o entras—con- —¡Tenías que ser tú, pedazo de animal, el q u e
testa el oficial. e n s e ñ a r a la cola!
E l quinto s e va a m o s c a d o y acude al s a r g e n t o ,
el cual le dice c ó m o tiene que pronunciar la
frase. Un coronel p a s a revisla de vestuario y e q u i p ó
—¿Da usté su per... mi... s o . . . ? a s u regimiento. De repente s e dirige al capitán:
A lo q u e r e s p o n d e el oficial: que m a n d a jjna de l a s c o m p a ñ í a s , y fe dice:
—«¡Adrento!» — ¿ C ó m o e s , capitán, que este s o l d a d o lleva
s ó l o lleva seis b o t o n e s en la g u e r r e r a , d e b i e n d o
llevar siete, q u e s o n las r e g l a m e n t a r i o s ?
E n un regimiento s e recibió cierta vez un d o - El oficial cuenta l o s b o t o n e s y contesta:
n a t i v o q u e había de repartirse precisamente en- - S o n siete, mi coronel...
tre l o s s o l d a d o s que fueran a n d a l u c e s . Uno de — C o n q u e siete, ¿ c h ? ¡¡Pues que no vuelva a
l o s s a r g e n t c s l e u n i ó a su pelotón y explicó el ocurrir!!
caso.
—Los q u e s e a n a n d a l u c e s que den d o s p a s o s
al f r e n t e - d i j o . Había un s a r g e n t o gitano en cierto regimiento^
Uno de los s o l d a d o s , que era gallego, n o pu- y un día a p o s t ó con o í r o s c o m p a ñ e r o s a que é
d i é n d o s e confoimar con que los a n d a l u c e s fue» era capaz de ordenar en caló la distribución de la
ran t oli mente l o s favorecidos, s e hizo el «lon- g u a r d i a entrante. A c o r d a d a la apuesta, formóla'
gui» y avanzó d o s p a s o s . g u a r d i a y m a n d ó (1):
—¡Pero, oye! ¿Tii también eres a n d a l u z ? . . . — ¡Guardia entrante, firmes! E s t a g u a r d i a ¡ e
—Sí, s e ñ o r , mi « p r i m e i r o » . . . c o m p o n e de veinticinco «jundos>, un «durai», un
—¿Y de d ó n d e e r e s ? : «eucai» y d o s «cocais». De l o s veinticinco «¡un-
— ¿ Y o ? . . . ¡¡De Jerez de la «Fronleira»!! dos» irán d o s de «pincheranles» y d o s de «nati-
Y c o b r ó . . . ¡Vaya si c o b r ó lo s u y o ! . . . yilantes», con el e n c a r g o de no p o d e r s e «enca-
lomá» en ningún «bujío», a no s e r por una fuerte
«cani», «reblandañi» y «lapirandó», que d i s l o q u e
Un coronel preguntó a un s o l d a d o : la «chichi». AI que haga lo contrario, se le «eii-
—Oye, m u c h a c h o : ¿ c ó m o te l l a m a s ? diñarán» diez «cúrrelos» en la «galopa» del «gua-
—Juan Pérez. j a n ó * . . . ¡En su lugar, d e s c a n s o !
—Y y o , ¿ c ó m o me llamo?
— ¿ U s t é ? Don C o r n i c u l a i i o Peláez.
Por las referencias,
—jCómo usled! ¿No s a b e s que yo- tengo tra-
losÉ DE SILVA
tamiento de u s í a ? ¿ P o r qué n o me lo d a s ?
—¡Yo n o lo tengo, mi coronel!—responde el
s o l d a d o , r e g i s t r á n d o s e l e s bclsillos. (1) Pigurosamentc histérico.

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15 LA R I S Av

"Ahi tiene usted, señora, el percal de moda. E s el último grito de París...


P''^'^'oso> P^ro ¿perderá el color?
-No, porque hace cinco años que lo tenemos y está como el primer día.

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LA «lòA 1

«LA SUERTE mo, sabiamente aplicado por un ayudante del


fdmoso doctor Higajucla, especialista en enfer-
Y SINO DE L a PERSONA"., medades del h í g a d o (tan especialista que n o s e le
CiEHTOS nombres parecen habérselos puesto iba u n o . . . que n o s e le iba vivo, claro), .quien,
a las p e r s o n a s nada m á s que para ofrecer m o t i - minutos m á s tarde, le abría cn canal y le s a c a b a
v o s de diversión a los muchos g u a s o n e s que los hígados como cualquier chulo de postín.
deambulan por estas calles y callejuelas, plazas Ya habían vaciado al pobre don Juan para la-
y plazuelas que tiene Madrid. varle convenientemente, d e s p u é s de haber dejar
Así le ocurrió al infeliz que hoy es protagonis- do el paquete intestinal en un cubo, debajo d e là
ta de Aspectos, a quien desde la cuna siguió la ventana de la sala, c u a n d o s o n ó en el novísimo
desdicha y n o le a b a n d o n ó h a s t a la «huesa sanatorio la hora del vermut. El doctor y l o s
fría», que dijo el otro. Menos mal que don Juan ayudantes se lavaron las m a n o s , m a r c h a n d o cn
Nepomuceno Divertido era un hombre que d i s i - busca del aperitivo. Luego comieron cn cl «Bar-
mulaba su tristeza ingénita con una s o n r i s a y una Americano».
burla perennes de sí m i s m o . Entretanto la Naturaleza s 2 agitaba bajo un
E l c a s e es que el señor Divertido conoció la s o p o r estival. Llegó la hora de la siesta. P o r la
desgracia a la temprana edad de siete a ñ o s por abierta ventana d é l a sala de operaciones pene-
obra.y tal de la madrastra que el autor de s u s tró un airecillo sutil, agradable, que despertó al
días tuvo a bien de colocarle. A los veintiún s e ñ o r Divertido.
a ñ o s le «tocó» ir a Cuba con el número 13 en el «Tengo debilidad - s e dijo — . ¡Siento un
sorteo de su quinta, de donde volvió con una vacío!»
afección al hígado, de la que ya no s e librará En aquel instante salló dentro de la habitación
hasta d e s p u é s del Juicio final, que es el día en un espléndido gafo rubio, g o r d o , sensualote,
q u e n o s desprenderán a t o d o s de la vil materia, precioso; un canónigo, v a m o s , que se dirigió
dejándonos sólo con la cabeza y d o s alitas, hacia el cubo donde yacía el paquete de N e p o -
como e s o s ángeles que luvo la ocurrencia de muceno.
pintar Murillo. Y menos mal que n o n o s quitan El pobre don Juan s e dio instantáneamente
la cabeza también. cuenta del peligro.
Juan Nepomuceno Diverfido s e c a s ó y enviudó —¡Ese gato—gritó—se traga el paquete!...
en seguida. Decimos «enviudó» para no enterar-
les a ustedes de que antes de los tres meses s e
le fué la costilla con el único amigo que hasta El gato s e tragó el paquete, y hoy el señor
entonces le había parecido b u e n o . Divertido, perfectamente disecado] y abierto en
C o m o dicen que desgiaciado en a m o r e s . . . , et- canal, está en una vitrina del museo anatómico
cétera, realizó jugadas de Bolsa; pero no s a b e - de X***, con los ojos desmesuradamente abier-
m o s lo que ocurriría en el Exterior... o el «inte- tos, como si todavía contemplase hozar al g a t o
rior» de su agente, que el infeliz s e ñ o r Divertido en el cubo de m a r r a s . . .
J U A N DEL HUERTO
s e quedó sin los miles de pesetas r e c o g i d a s a la
muerte de «papá», gracias a que la madrastra
había pírecido en una comilona dada por enton- EL BOTIJO DEL AGUA - ARDIENTE
ces en «Casa Juan». Cuentan de un torero, que habiéndose retirado
Cotno ya no había desdicha que n o le visitara, de la profesión, abrió un establecimiento de b e -
Nepomuceno empezó a «sentirse» muy mal del bidas en un pueblo cercano a Madrid, y el día de
hígado; tan mal, que los doctores creyeron opor- la apertura (que era en julio y hacía un calor ax-
flsiante) invitó, entre o t r o s m u c h o s , a un íntimo
tuno operarle cuanto antes para evitar un funes- amigo muy aficionado al peleón, y a quien q u i s o
to desenlace, como los que ocurren cuando s e quitar la afición al aguardiente.
toman medicinas de la Farmacia X. Al efecto, preparó un botijo lleno de un aguar-
Le condujeron a u n sanatorio próximo a l a De- diente muy subido de g r a d o s de alcohol, y como
su amigo llegara s u d o r o s o y sediento, le invitó
hesa de la Villa (¿por qué la Dehesa le racordaba a echar un trago del botijo.
lanío a la costilla fugitiva?), y s e dispuso el plan Así lo hizo, con tal afán de a p a g a r su sed, que
de la curación. por poco se axfisia.
y una «mañana fresquita de mayo» luán Nepo- La broma hizo su efecto, pues aquel hombre,
tan ciego por aquella bebida, la t o m ó tal h o r r o r
muceno Divertido, m á s triste que un funeral de que no volvió a probaria en su vida.
tercera, fué dormido por l o s efectos del clorofor-

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"LÀ F O N D A DEL SOPAPO" la extremidad posterior con mucha más rapidez
que el agua de una manga de riego.
A s í se denominaba un figón ilustrado que exis- «El Posturitas», entonces, solicitaba un cré-
tía en el madrilenísimo, casticísimo y simpati- dito de cero diez, importe del café, prometiéndo-
quísimo barrio del Avapiés. en tiempos que no le pagar en cuanto resolviera un negocio que te-
fueron preliistóricos precisamente. nía entre manos (en aquel momento se rascaba
Los parroquianos, grandei «ca ita istas» y en un sitio que no recuerdo ahora.'. Pero el ca-
gente de «industria» la mayor parte, al igual que marero le contestaba presto:
los h josdalgo de rancia estirpe, es.imaban en —¡Amos, hombre! ¿No s'ha enterao que están
gran cosa su honor, y por menos de lo que im- suspendidas las garantías constitucionales?
porta un pitillo de cincuenta marcos, se liaban a y como el vaso de metal no se lo pudiera lle-
mamporros y a sopa os, pudiéndose asegurar var por estar amarrado con su cadenita, Triqui-
que no transcurría un día de la semana que no traque le metía el pito de la jeringa, impulsaba el
se armara trifulca, porla cual el popular esta émbolo, y el café, se reintegraba a su cafetera.
blecimie to ostentaba tan gráfica denominación. —Y a otra cosa; usté se queda con su dinero
Otra circunstancia tenían los concurrentes, y yo con mi café.
muy propia úe los hombres de «negocios , que Luego se oía gritar al famoso Triquitraque
tienen siempre la cabeza ocupada en asuntos de para que le oyeran desde el mostrador;
importancia, y era que se distraían con frecuen- —¡Un «tupi» que regresa por suspensión de
cia, guardándose los cubiertos, los vasos y al- pagos!»
gunas veces hasta los platos. Á N G E L CLiMENT „
Pero don Cucufate, el magnífico dueño de la
••ererida fonda, tomó la medida de tener todos
estos enseres amarrados a las mesas con sóli-
das cadenas, lo suficientemente gruesas para
que no se pudieran romper por el uso.
Con esta sabia medida y con un poco de vigi-
lancia por parte suv a, del camarero y de una pa-
reja de guardias, que se situaban estratégica-
mente muy cerca ce la puerta, so ían evitar a los
comensales cl disgusto que les pudiera producir
'uego encontrarse en los bo sillos con menaje
que no era suyo, aparte de la molestia que les
pudiera suponer el tener que devolverlo, justifi-
can o su distracción.
Los pagos, esde luego, eran al contado, tam-
bién por la misma razón, porque muchos se ol-
vidaban de pagar, y otros, se dejaban el dinero
en casa, y no era cuestión de hacerles ir por él,
m menos aún de cometer la suciedad de hacerles
devolver el artículo después de consumido.
Así es que Triquitraque, el camarero, solía
pedir al mostrador, gritando castizamente:
Í D O S r a'es de potaje para «El Señorito-!
Servía al aristocrático comensal, recogía la
*Pastizara> e inmediatamente se volvía a escu-
char su voz apocalípiica, que demandaba:
—¡Treinta de judías con rebaba para ci de la
?orra a cuadros! ¡Un moka para »E1 Posturitas»!
Aquí el dueño largaba una enorme jeringa de
metal, que hacia las veces de ca'etera. Triqui- —Ese hombre está haciendo una fofografía
traque servía su café impulsando el émbolo del con mucha exposición.
arteftcto de igual manera que se hacen los chu- —No lo crea usted; es una instantánea.
••ros, con lo cual su ía e líquido por el tubilo de Dibujo de .WARY

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El plazo de admisión se cierra el día 14 de n o -
viembre próximo.
Cada novela d;berá venir acompañada de

10 CUPONES DE «LA RISA»


Los origínales no admitidos serán devue'tos a
sus autores en un plazo determinado.
Un jurado competente, cuyos nombres no se
harán públicos, elegirá las tres novelas que se
crean merecedoras de los premios. Abiertas Jas
plicas de las obras elegidas, publicaiemos los
nombres de los autores en L a N o v e l a d e

LA RISA
Cada tomo constará de 32 páginas ilustradas
y cubiertas a dos colores, siendo su precio el de
VEINTICINCO CÉNTIMOS
El primer número aparecerá en cuanto quede
C A L L E S DE MADRID
terminado el concurso.
Buenavista. Esta publicación no se sujetará a fechas de-
Dibujo de НЕПЧкШЁ. terminadas para publicar sus números.

NUESTRO CONCURSO
DE NOVELAS CÓMICAS
B A S E S
Los originales, rigurosamente inéditos, ven-
drán escritos a máquina por un solo lado, en
cuartillas de tamaño corrienle, y en número de
30 a 35. Se p/esenrarán los trabajos Armados
con un lema, que corresponderá al de un sobre
cerrado y lacrado que contendrá el nombre y
dirección del autor. Es completamente ineficaz U
recomendación.

P R E M I O S

Primero: 1.500 pesetas —¿Havisto usted algún municipal por ahí?


Segundo: 1.000 Tercero: 500 -No.
—¿y algún guardia civil?
a la» tres mejores novelas, que serán publicadas
—Tampoco.
en los tres primeros números de L a N o v e l a d e
—Pues venga, saque el dinero.
LA RISA nilmjortoALV.\RAZ.
ilustradas por notables dibujantes.
De los originales no premiados la dirección se
quedará con los que crea conven'ente para su
publicación en L a N o v e l a d e
TEÓFILO CÁMARA
C O R R E S P O N S A L EXCLUSIVO EN BILBAO
L A R I S A
DE LA RISA Y PANCHO KOLATE
tratando antes con los autores de las condiciones.
Los concursantes enviarán sus trabajos por : : : : Solvencia metálica.
correo certificado o a mano. .

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А yfOBìTA
DE СОЙКБ
N o s e d e v u e l v e n los o r i g i n a l e s ni s e m a n ­ C o m e t a . M a d r i d . - N o . . . cometa usted a v e r í a s .
t i e n e c o r r e s p o n d e n c i a p a r t i c u l a r ni c o n v e r ­ Usted, c o m o t o d o s los a d a n e s que n o s envían
sación a c e r c a de ellos. De la admisión o «cosas», deben antes enterarse bien de t o d o
«xclusión de los m i s m o s s e d a r á cuenta ex- lo que decimos al principio de esta sección.
clusivamente en esta sección.
P e p i t a M o r i . Valencia.—Dice el director que l o s
Se ruega a los colaboradores espontá-
dibujitps que usted envió se los ha comido, y
neos h a g a n constar en los originales que que su retrato (el de usted) lo tiene p e g a d o
« n y f e n si s o n p a r a LA RISA o p a r a P A N - con e n g r u d o en la cabecera de s u cama... |У
CHO KOLATE. es c a s a d o ! Q u e la escribirá particularmente.
Los autores son los únicos responsables
sus trabajos. R o m a n o n e s . Madrid.—Sus v e r s o s son c o j o s .
No n o s extraña. Otra vez s e r á .
N . K. Madrid. —Sí, señor. En breve publica- C h e l i t o . M a d r i d . — N o p o d e m o s complacerla,
remos Nuestros colaboradores vistos por ¡¡y cuánto lo sentimos!!
^lloa miemos. Los dibujantes s e autocarica- J o s é - P e p e . M a d r i d . - S u tontería cómica. Las
ínrarán, y l o s «escribidores» s e autointerviu- brevas verdes, p u e d e llevársela usted a E m i -
v a r á n . También p e n s a m o s regalar una m a g - lio Díaz que hace, aunque sostiene que él e s
nífica máquina de aplastar piedras al que n o s «artista», idioteces cómicas en tres a c t o s , p o r -
demuestre que no s e ha lavado los pies en sie- que (según se quiere disculpar) e s necesario
te meses. g a n a r dinero. G a n a r dinero s e puede g a n a r
A n d r é s P o l . Mula.—¡De Mula tenía usted que vendiendo horchata o paragUas. ¡El que s e
ser, «hijo mío»! diga artista, que lo s o s t e n g a ! A m u c h o s escri-
P o l o . Villaverde.—Nos parece casi poético que tores les ocurre lo mismo. S e l a s dan de pu-
h a g a usted a s u perro llevar L A R I S A en la r i s t a s y en cuanto divisan diez reales s e p o -
boca, y esto n o s hace suponer que usted lleva- nen a escribir «lo que sea» para capturar l a s
rá el bozal del can, ¿ n o ? d o s cincuenta... S e le publicará «lo otro».
*-olita. Puente G e n i l . — ¡ A y ! . . . Debe ser usted R o b e r t o G ó m e z . H a r o . —¡Lo publicamos! Allá
niás dulce que el membrillo, Lolita. Puede u s - va...
ied, con el cupón correspondiente, m a n d a r n o s
lodo, todo lo que quiera..., ¡¡hasta una epide- UNA GRACIA
¡niaü N o s o t r o s n o s arrodillamos ante las mu-
leres..., y salimos corriendo en cuanto v e m o s Una vieja en un tejado
al m a r i d o . veraneaba,
y comía «bacalado».
R. Madrid. — ¡¡Que no n o s c h u p a m o s el El c a s e r o de la c a s a se enteró
dedo!! Aceptados dos. y a la vieja chata y fea,
• S e v e r i a n o G ó n d o l a . Casetas.—Adquiera sen- de una «pata»,
tido común y entonces envíe c o s a s . a la calle la tiró.
^ - K - M a d r i d . - ¿ K . K.? Nos huele m a l . No. Sf. (?)
" a . Bueno. Mil y tres m á s . S e le dirá. Venga.
iOht... i ¡Pase usted «a cobrar» c u a n d o quiera!!

Madrid, provincias y América. Extranjero.


Pesetas. Unión postal. Pesetas

Trimestre.. 3,60 Trimestre 4,80


Semestre 7,20 Semestre 9,60
Año 15,60 Año 19,20
Las suscripciones empezarán con el primer número de cada m e s .
L o s suscriptores tendrán derecho, sin aumento de precio, a los números extraordina-
9
rios que pueda publicar LA RISA.

i
í^iríjase toda la correspondencia al apartado 7.002.

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LÀ RISA

UN DISTINTIVO I

—¿Para qué te has puesto una bota de otro color? {


— Para distinguir el pie derecho del izquierdo. 1

Dibulo de MÁRQUBZJ
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