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1896 – Atenas

Em 776 a.C. nasceram os primeiros Jogos Olímpicos, no santuário de Júpiter. No dia


que se deu início, houve uma grande tempestade, fazendo com que os Jogos fossem
limitados para apenas uma tarde, contendo uma única competição.
Tratava-se de jogos apenas masculinos, tendo apenas entrada das sacerdotisas de
Hera, damas solteiras, que eram responsáveis pela chama abençoada de Olímpia.
Em 456 a.C. Roma invadiu a Grécia, que foi perdendo suas origens e sua
independência. Os jogos continuaram, mas a corrupção levou a degradação dos
Jogos. Em 394 d.C. os Jogos acabaram.
Já no século XIX, deu-se início uma investigação arqueológica, que chegou ate as
ruinas de Olímpia
Pierre de Fredi, o Barão de Coubertin, tinha um sonho de reviver a Olimpíada e
decidiu estudar a história dos Jogos. Ele concluiu que por causa dos esportes a Grécia
havia atingido a Idade do Ouro, com um físico bem-dotado e o culto ao corpo.
A França passava por um momento bem conturbado, acabava de sair perdedora de
um confronto com a Prússia, no ano de 1871. Com isso Barão de Coubertin pensou
que modernizando os Jogos os conflitos de guerra na Europa pudessem acabar.
Com isso no dia 26 de novembro de 1892, durante a sessão da Associação Francesa
de Esportes Atléticos sobre o esporte moderno, que ocorreu na Universidade de
Sarbonne o Barão terminou sua palestra com a seguinte ideia: a restauração dos
Jogos Olímpicos.
Já nos Estados Unidos, em 1983, o Barão de Coubertin foi há Exposição Universal de
Chicago, e lá conseguiu um grande aliado para a causa, o professor Willian Sloane.
Para a restauração dos Jogos, Coubertin promoveu um congresso em junho de 1984
para a regularização do esporte amador. Com representantes de 11 países,
totalizando 79 congressistas de 49 entidades desportivas, o congresso foi aberto. Ele
lançou os princípios para a restauração dos Jogos: celebrar de 4 em 4 anos,
rotatividade dos Jogos entre as principais cidades do mundo, criação do Comitê
Olímpico Internacional – COI e a realização da primeira edição dos Jogos Olímpicos
da era moderna no ano de 1896, em Atenas.
Com o projeto pronto, o passo seguinte foi a viabilização dos Jogos. Sem apoio
político do primeiro-ministro grego Charilos Tricoupis, a Grécia sofreu para organizar
as competições. Tanto que outras cidades se ofereceram para executar a empreitada
de Coubertin. Entre elas, Budapeste, na Hungria, Estocolmo, na Suécia, e Paris, na
França.
Em 1895, no entanto, Tricoupis foi demitido do cargo. Com parte do problema
resolvido, a outra tarefa dos organizadores dos Jogos era o apoio financeiro. Com a
Grécia falida, a única saída foi aceitar a ajuda de um milionário membro da
comunidade grega de Alexandria, no Egito. O arquiteto Giorgios Averoff pagou a
reformulação do centro de Atenas e a construção de alguns locais para a disputa dos
Jogos Olímpicos.
No final do século XIX, a Grécia ainda utilizava o calendário juliano, com doze dias a
mais em relação ao calendário convencional que era utilizado na maioria dos países da
Europa e nas Américas. Com a confusão de calendários diferentes entre os países, a
equipe dos Estados Unidos não chegou a tempo de participar da cerimônia de abertura.

Finalmente a Grécia recebeu os primeiros Jogos da Era moderna, no dia 6 de abril de


1896 – no calendário juliano -, na terra das primeiras Olimpíadas, que ocorriam na
cidade de Olímpia desde o século 8° a.C. Depois de 1.500 anos sem a realização dos
eventos de Olímpia.
A cerimonia de abertura contou com um publico de 70 mil espectadores e o rei grego
Jorge I pronunciou a seguinte frase: “declaro abertos os Primeiros Jogos
Internacionais de Atena, que celebram as Primeiras Olímpiadas da Era Moderna”. A
mesma foi abrilhantada por salva de canhões, a Orquestra Sinfônica de Atenas
executou pela primeira vez o hino olímpico, assim a bandeira da Grécia foi hasteada e
centenas de pombos brancos foram soltos.
Logo após a cerimônia de abertura dos Jogos, foram disputadas as provas
eliminatórias dos 100 metros livres, onde foram disputadas no belíssimo Estádio
Olímpico de Atenas na pista de 203 metros em aclive. Devido a curva fechada demais
, não foi possível a realização da prova dos 200 metros livres.
Essa Olimpíada foi marcada por um programa de provas bem estruturada por
Coubertin, porem o Remo e a Vela foram cancelados devido ao mau tempo, e o
Hipismo pela não construção do hipómodro. Já os nadadores foram os que mais
sofreram, suas provas foram disputadas em águas marítimas da Baia de Zea com
muito frio e grandes ondas.
A cerimônia de encerramento dos Jogos de Atenas foi celebrada no dia 15 de abril e o
rei Jorge I entregou as medalhas de prata e bronze (nesta edição não existiam a
medalha de ouro) além de uma coroa de louros, para o primeiro e o segundo
colocado, de cada prova, e um diploma para os outros participantes. No final, liderados
pelo grande vencedor da maratona, Spiridon Louis, todos os atletas deram a volta de
honra no estádio, para o delírio do público presente.
Participaram dos jogos de 241 atletas, todos homens, representando catorze países.
Nove modalidades esportivas foram então disputadas: atletismo, ciclismo, esgrima,
ginástica, halterofilismo, luta, natação, tênis e tiro.
O primeiro atleta a ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas de 1896 foi o norte-
americano James Connolly. Ele venceu a prova de salto triplo masculino. Spiridon
Louis foi considerado o Rei dos Jogos na prova da maratona, Louis correu o tempo
todo acompanhado de seu cachorro e foi o vencedor da prova. Já o irlandês John
Boland viajou a Atenas apenas para assistir os Jogos Olímpicos. Contudo, seu amigo
grego Thrasyvoalos Manaos, acabou inscrevendo-o para a disputa do torneio de
simples do tênis. Boland foi o primeiro tenista campeão olímpico de simples. O atleta
de destaque da natação foi o húngaro Alfred Hajós, vencedor das provas de 100 e
1.200 metros livres.

COLLI, Eduardo. Universo Olímpico: uma enciclopédia das Olimpíadas. Conex, 2004

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