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FACULDADE DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA

TEXTO DE APOIO
2º Ano, Semestre III

TESTAGEM EM PSICOLOGIA

Caderno N. 4

BENDER

Docentes:
Augusto Guambe
Rómulo Muthemmba
Leocádia Valoi (Monitora)
2016

1
Nota Prévia

O uso de Provas Psicológicas como instrumento de avaliação psicológica está amplamente


generalizado, tanto no mundo de expressão anglo-saxónica como no de expressão francófona ou
mesmo hispânica. E apesar das numerosas e abalizadas opiniões a favor e contra, o seu uso é
imprescindível para emprestar rigor e cientificidade ao diagnóstico.

Em Moçambique, as opiniões têm sobretudo pendido, nos últimos vinte anos, para a
parcimónia na sua utilização. Percebem-se as razões dos militantes do uso parcimonioso das provas
psicológicas. Em primeiro lugar, porque o uso das provas exige preparação e estudo adequados; em
segundo lugar, porque a maioria esmagadora das provas à disposição dos psicólogos não estão
adaptadas e aferidas para a população moçambicana. Depois ainda, porque a sua preparação
criteriosa e aferição acarretam custos mais ou menos insuportáveis para as instituições que poderiam
fazê-lo. Em quarto lugar porque, não tendo a maioria dos psicólogos sido preparada para as utilizar,
corre-se um sério risco de a sua utilização se transformar em panaceia para iludir outros problemas.

Ultimamente, porém, vem-se reconhecendo a absoluta necessidade de ultrapassar estes


constrangimentos ideológicos, económicos e técnico-profissionais.

Não estamos em condições de nos eximirmos a esses condicionalismos. Simplesmente


achámos conveniente introduzir os alunos do Curso de Psicologia no conhecimento mais
pormenorizado e no uso de algumas das técnicas e provas psicométricas em contextos de avaliação
psicológica.

Estes Cadernos de Testagem em Psicologia são um mero exercício pedagógico que se justifica
exclusivamente no quadro da Cadeira.

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MODELO DAS NORMAS DE APLICAÇÃO:
1. AUTORES
Lauretta Bender
2. UTILIZAÇÃO
Usa-se para avaliar a percepção visual e a organização espacial
3. IDADES DE APLICAÇÃO
Dos 15 aos 50 anos
4. MATERIAL NECESSÁRIO
 Nove cartões contendo desenhos numerados de A e de 1 a 8
 Folha de papel de desenho ou A4, para reprodução dos desenhos
 Cronómetro
 Lápis preto nº2, bem afiado
5. CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO
 Passagem individual
 O examinando deve estar correctamente sentado a uma mesa de trabalho com as
dimensões mínimas para colocação dos cartões a reproduzir e da folha de
reprodução.
 Na sala não devem existir à vista outros desenhos ou objectos que possam
transformar-se em estímulos de distracção.
6. TEMPO DE APLICAÇÃO
Tempo livre
7. INSTRUÇÕES PARA APLICAÇÃO
Distribuem-se ao examinando a folha de reprodução, de tamanho A4, e o lápis. Não
se lhe dá borracha, o que difere da administração adoptada por G. Pascal e B. Suttell.
Em seguida dá-se ao examinando a seguinte consigne:
“TENHO AQUI NOVE DESENHPOS SIMPLES QUE VAI COPIAR
LIVREMENTE, SEM ESBOÇAR, NESTA FOLHA DE PAPEL (apontar): CADA
DESENHO ESTÁ NUM DESTES CARTÕES QUE EU LHE VOU MOSTRAR,
UM DE CADA VEZ. NÃO HÁ TEMPO LIMITE PARA ESTE TESTE”.
O examinando poderá perguntar o que significa “sem esboçar”. Explicar-se-á
que o esboço se refere àquelas pequenas linhas que os artistas costumam usar para
delinear os seus desenhos, antes de fazerem as linhas sólidas. “Sem esboçar” será,

3
portanto, sem tactear as formas geométricas, antes fazendo-as com linhas simples,
totais e sólidas.
Se o examinando perguntar :”Tenho de contar os pontos?”, o examinador
responderá com qualquer frase evasiva, como “faça como entender”
Não é permitido o uso da borracha, como se disse, nem o de qualquer outro
objecto auxiliar, tal como a régua. O examinador deverá ter sempre outras folhas A4
para reprodução, caso o examinando as venha a solicitar.
A folha A4 de reprodução deve ser colocada verticalmente, em frente do
examinando. Os cartões são apresentados, um a um, pela ordem numérica crescente,
começando com o cartão A.
Durante ou depois da administração, é importante anotar:
a) A direcção em que a folha de respostas foi segura pelo examinando. Uma
seta no topo da página geralmente é indicativo bastante.
b) A orientação de cada um dos desenhos na página de reprodução.
c) As rotações a que o examinando sujeitou a folha de respostas, no caso de
não ter sido sempre a mesma para os nove desenhos.
d) As rotações que o examinando deu ao cartão-estímulo. O examinador
deverá recolocar sempre o cartão na posição inicial.
e) As rotações ou inversões na reprodução dos desenhos.
Embora o tempo não seja objecto de pontuação, poder-se-á tomar nota do
tempo gasto em cada reprodução. Este facto permite detectar, por um
lado, o tempo total gasto na reprodução das nove figuras; por outro lado,
identificar aqueles desenhos que se tornaram de mais difícil reprodução.
Geralmente, os indivíduos normais demoram cerca de cinco minutos, ou
menos, para completar o teste. Os indivíduos doentes demoram em média
cerca de dez minutos. Alguns, porém, podem demorar até meia hora para
conseguirem completar a reprodução.

8. CORRECÇÃO
Os psicóticos tendem a obter pontuações mais elevadas do que os neuróticos.
Os indivíduos entre os 15 e os 50 anos, com um Q.I. normal, sem danos no córtex,
têm capacidade para executar os desenhos com uma pontuação de cerca de 50.

4
Quando os examinandos reproduzem os desenhos pobremente e/ou os ordenam
confusamente na página, resultando daí uma alta pontuação, devemos perguntar-lhes, a eles
próprios, porque fizeram isso. Devemos também certificar-nos de que a situação de teste não
foi prejudicada por um estado de espírito específico.
Um alto score indica pouca força do “EGO”; uma baixa pontuação sugere uma
grande força do “EGO”.
8.1–TRANSFORMAÇÃO DOS RESULTADOS BRUTOS EM RESULTADOS PONDERADOS
Para a transformação dos resultados brutos em resultados ponderados, consultam-se
as duas tabelas seguintes, a primeira das quais aplicável aos alunos do ensino secundário, e a segunda
aos alunos com frequência universitária.

Raw Z Raw Z Raw Z


Score Score Score Score Score Score
1 32 51 85 101 138
2 33 52 86 102 139
3 34 53 87 103 140
4 35 54 88 104 141
5 36 55 89 105 142
6 37 56 90 106 143
7 38 57 91 107 144
8 39 58 92 108 145
9 40 59 93 109 146
10 41 60 95 110 148
11 43 61 96 111 149
12 44 62 97 112 150
13 45 63 98 113 151
14 46 64 99 114 152
15 47 65 100 115 153
16 48 66 101 116 154
17 49 67 102 117 155
18 50 68 103 118 156
19 51 69 104 119 157
20 52 70 105 120 158
21 53 71 106 121 159
22 54 72 107 122 160
23 55 73 108 123 161
24 56 74 109 124 162
25 57 75 110 125 163
26 59 76 111 126 165
27 60 77 113 127 166
28 61 78 114 128 167
29 62 79 115 129 168
30 63 80 116 130 169
31 64 81 117 131 170
32 65 82 118 132 171
33 66 83 119 133 172
34 67 84 120 134 173
35 68 85 121 135 174

5
36 69 86 122 136 175
37 70 87 123 137 176
38 71 88 124 138 177
39 72 89 125 139 178
40 73 90 126 140 179
41 74 91 127 141 180
42 75 92 128 142 182
43 77 93 130 143 183
44 78 94 131 144 184
45 79 95 132 145 185
46 80 96 133 146 186
47 81 97 134 147 187
48 82 98 135 148 188
49 83 99 136 149 189
50 84 100 137 150 190

Tabela aplicável aos alunos do ensino secundário


Idade 15-50 Z = 1.06 (x – 18.0) + 50
Raw Z Raw Z Raw Z
Score Score Score Score Score Score
1 37 51 92 101 147
2 38 52 93 102 148
3 39 53 94 103 149
4 40 54 95 104 150
5 41 55 97 105 151
6 42 56 98 106 152
7 43 57 99 107 153
8 45 58 100 108 154
9 46 59 101 109 155
10 47 60 102 110 156
11 48 61 103 111 157
12 49 62 104 112 159
13 50 63 105 113 160
14 51 64 106 114 161
15 52 65 107 115 162
16 53 66 108 116 163
17 54 67 110 117 164
18 55 68 111 118 165
19 56 69 112 119 166
20 58 70 113 120 167
21 59 71 114 121 168
22 60 72 115 122 169
23 61 73 116 123 170
24 62 74 117 124 171
25 63 75 118 125 172
26 64 76 119 126 173
27 65 77 120 127 176
28 66 78 121 128 177
29 68 79 122 129 178
30 69 80 123 130 179
31 70 81 124 131 180
32 71 82 125 132 181
33 72 83 126 133 182
34 73 84 128 134 183

6
35 74 85 129 135 184
36 75 86 130 136 185
37 76 87 131 137 186
38 77 88 132 138 187
39 79 89 133 139 189
40 80 90 134 140 190
41 81 91 135 141 191
42 82 92 136 142 192
43 83 93 137 143 193
44 84 94 138 144 194
45 85 95 139 145 195
46 86 96 140 146 196
47 87 97 143 147 197
48 88 98 144 148 198
49 90 99 145 149 200
50 91 100 146 150 201

Tabela aplicável aos alunos com frequência universitária


Idade 15-50 Z = 1.10 (x – 12.7) + 50

8.2- PONTUAÇÃO
DESENHO A – não é pontuado
DESENHO 1:
ITEM 1: LINHA ONDULADA (2): a ondulação tem de ser evidente
ITEM 2: PONTO, TRAÇO, CÍRCULO (3): quando dois ou mais pontos são substituído
por traços ou círculos. Não pontua quando todos os pontos, ou todos menos um,
foram convertidos em traços ou círculos parcialmente cheios não são considerados
círculos para efeitos de pontuação.

7
item 2

ITEM 3: TRAÇOS (2): todos os pontos, ou todos menos um, foram convertidos em traços
com, pelo menos, 1/16 de polegada, horizontais ou verticais. Se uma linha de traços,
dois ou mais elementos permanecem pontos, a reprodução é pontuada com como no
item 2.
ITEM 4: CÍRCULOS (8): todos os pontos, ou todos menos um, foram substituídos por
círculos evidentes. Se, numa linha de círculos, dois ou mais elementos aparecem como
pontos, a reprodução é pontuada pelo item 2.
ITEM 5: NÚMERO DE PONTOS (2 por cada elemento a mais ou a menos): os elementos

8
a reproduzir são doze. A tolerância é de dois, para baixo ou para cima. Assim, se a
reprodução contiver mais de catorze ou menos de dez, o item é pontuado com dois
por cada elemento abaixo ou acima da tolerância. Se só há seis elementos, ou menos, a
pontuação é dada pelo item 10.
ITEM 6: FILA DUPLA (8): o item é pontuado quando o desenho é reproduzido em duas
linhas ou filas, em vez de uma só. Se a segunda fila representa somente uma segunda
tentativa de fazer o modelo, então não há lugar a pontuação por este item.
ITEM 7: EXCESSO DE ELABORAÇÃO (2): há excesso de elaboração quando:
a) um único ponto é tão elaborado que sai fora da linha dos outros pontos;
b) vários pontos – três ou mais – são tão elaborados que se distinguem dos restantes
(embora menos elaborados do que em a)).
c) Todos os pontos resultam de um grande esforço de elaboração.

item 7

ITEM 8: SEGUNDA TENTATIVA (3 cada): quando o indivíduo faz mais do que uma
tentativa, pontua-se três pontos por cada tentativa, mesmo que incompleta.
ITEM 9: ROTAÇÃO (8): pontua-se quando a reprodução se afasta 45º ou mais da

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horizontal, quer a rotação resulte da própria reprodução, quer de prévia rotação do
cartão-estímulo.
ITEM 10: FALTAS NO DESENHO (8): quando o desenho é reproduzido com seis ou
menos elementos.
DESENHO 2:
ITEM 1: LINHA ONDULADA (2): a ondulação tem de ser evidente. Rodando a folha 90º,
nota-se melhor a ondulação e/ou desvio.
ITEM 2: Traços ou pontos (3): quando os traços e/ou os pontos substituírem os círculos
em pelo menos metade.
ITEM 3: FORMA CIRCULAR DEFEITUOSA (3): quando ocorrem três ou mais
distorções da forma circular.
ITEM 4: CÍRCULOS QUE FALTAM OU EXTRA (5): pode ocorrer quando:
a) por adição de novas colunas;
b) por sobreposição de círculos nas colunas simples;
c) como resultado dos desenhos terem sido reproduzidos por filas em vez de colunas

item 4

10
ITEM 5: CÍRCULOS QUE SE TOCAM (5): pontua-se quando o facto de se tocarem e/ou
de se sobreporem ocorrem mais do que uma vez.
ITEM 6: DESVIO NA INCLINAÇÃO (3): quando há duas ou mais variações bruscas na
orientação das colunas e/ou no alinhamento. Uma variação gradual não é pontuada.
ITEM 7: NÚMERO DE COLUNAS (2 por cada): o desenho contém onze colunas de
círculos. Se a reprodução tiver abaixo de nove ou acima de treze colunas, cada uma a
mais ou a menos é pontuada com dois pontos. Há ainda lugar a pontuação quando
uma das colunas, normalmente a última, é riscada. Quando há apenas seis colunas, ou
menos, a reprodução é pontuada pelo item 13.
ITEM 8: DESENHO EM DUAS LINHAS (8): ocorre quando:
a) a reprodução começada numa linha é continuada na outra;
b) o conjunto é dividido em vários grupos de colunas, com falta de alinhamento;
c) uma coluna fica fora claramente do alinhamento das restantes.
Nota: ver figura na página seguinte

11
item 8

ITEM 9: LINHAS INDICADAS (2): quando o examinando determina a orientação dos


círculos com a ajuda de orientação.

item 9

ITEM 10: EXCESSO DE ELABORAÇÃO (2): ocorre quando:


a) um círculo é tão elaborado que fica fora;

12
b) vários círculos – ou mais – são tão elaborados que diferem dos restantes;
c) três ou mais círculos contém um ponto ou traço ou círculo mais pequeno a que se
sobrepõe o círculo maior;
d) todos os círculos resultam de uma grande preocupação de elaboração.
ITEM 11: SEGUNDA TENTATIVA (3 cada): quando o indivíduo faz mais de uma
tentativa, ou tenta-a. Por cada tentativa a mais, mesmo incompleta, pontua-se em três
pontos.
ITEM 12: ROTAÇÃO (8): quando a reprodução se afasta 45º ou mais do plano horizontal,
quer a rotação resulte da própria reprodução, quer de prévia rotação do cartão-
estímulo.
ITEM 13: PARTE DO DESNHO EM FALTA (8): quando a reprodução é feita com seis
ou menos colunas, ou apenas com duas das três linhas.
DESENHO 3:
ITEM 1: ASSIMETRIA (3): a assimetria tem de ser pronunciada. Há três tipos de
assimetria:
a) na disposição espacial, em que o espaço entre os vários elementos varia
marcadamente;
b) assimetria angular, em que há grande disparidade de ângulos a partir do eixo;
c) assimetria de elementos quando, a partir do eixo, há mais elementos para um dos
lados do que para o outro.
ITEM 2: PONTO, TRAÇO, CÍRCULO (3): quando dois ou mais pontos são substituídos
por traços ou círculos. Quando pontos e traços, pontos e círculos, ou todos os três são
usados conjuntamente na reprodução.
Não pontua quando todos os pontos, ou todos menos um, foram convertidos em
traços ou círculos. Pontos alargados ou círculos parcialmente cheios não são
considerados círculos para efeitos desta pontuação.
ITEM 3: TRAÇOS (2): quando todos os pontos, ou todos menos um foram substituídos
por traços.
ITEM 4: CÍRCULOS (8): quando todos os pontos, ou todos menos um, foram convertidos
claramente em círculos de linhas simples.
ITEM 5: NÚMERO DE PONTOS (2): quando há mais ou menos de dezasseis pontos,
traços ou círculos na reprodução. Pode pontuar quando também houver distorções
simultaneamente.

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ITEM 6: FILA EXTRA (8): quando se encontra, o que raramente acontece, uma fila extra
de elementos, na reprodução.

item 6
ITEM 7: PONTA ROMBA (8): a ponta da seta deve estar aproximação do ponto central
para o centro da curva não é pontuado.

ITEM 8: DISTORÇÃO (8): para ser pontuado, deve haver destruição da gestalt, resultando
daí um conglomerado de pontos.

14
item 8

ITEM 9: LINHAS INDICADAS (2): quando são feitas linhas de orientação para a
inscrição de pontos.

15
ITEM 10: EXCESSO DE ELABORAÇÃO (2): quando são tão elaborados que se tornam
largos e aparecem como resultado de um grande esforço. Ocorre em três instâncias:
a) quando um ponto simples é tão elaborado que se inscreve fora da linha dos outros
pontos;
b) quando vários pontos – três ou mais – são tão elaborados que diferem dos
restantes, embora não tão extensos como em a);
c) quando todos os pontos resultam dum grande esforço de elaboração.

item 10

ITEM 11: SEGUNDA TENTATIVA (3 cada): quando o examinando faz mais do que uma
tentativa, pontua-se com três pontos por cada tentativa, mesmo que incompleta.
ITEM 12: ROTAÇÃO (8): quando é desviado do seu eixo horizontal apropriado 45º, 90º

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ou 180º, mesmo que ocorra por virtude da própria reprodução ou de prévia rotação
do cartão-estímulo. A rotação da folha não é pontuada.
ITEM 13: FALTAS NO DESENHO (8): quando uma das colunas é completamente
omitida na reprodução. Neste caso, o número de pontos, item 5, não é pontuado, a
não ser que também haja alteração do número de elementos numa das colunas
restantes.
DESENHO 4:
ITEM1: ASSIMETRIA DA CURVA (3): quando as metades da curva forem
marcadamente assimétricas, quer no contorno geral, quer no fechamento. Em caso de
dúvidas não se pontua.

17
item 1
18
item 1 (cont.)

ITEM 2: CURVA INTERROMPIDA (4): quando ocorrer mais do que uma interrupção na

19
curva. Quando o desenho é esboçado, o item não é pontuado.
ITEM 3: CURVA NÃO CENTRADA (1): quando o centro da curva estiver claramente
deslocado do ângulo do quadrado, pelo menos 1/8 de polegada, isto é, cerca de 3mm.
ITEM 4: ESPIRAIS (4): quando o fechamento da curva se faz numa espiral, ou ainda
quando a espiral pode, se prolongada, cruzar-se na própria curva. Se só um dos
fechamentos da curva tiver estas características, a reprodução será pontuada pelo
item 1.

item 4

ITEM 5: NÃO TANGÊNCIA (8): quando o centro da curva ficar afastado pelo menos ¼
de polegada, seis mm, do ângulo do quadrado, ou quando a curva, tornada secante,
“cortar” o ângulo pelo menos a 3 mm para o interior.
ITEM 6: ROTAÇÃO DA CURVA (3): a reprodução do desenho quatro acontecerá quando
a bissectriz da curva for o prolongamento da diagonal do quadrado. Deste modo, a
bissectriz da curva fará um ângulo de 135º com o lado adjacente do quadrado.
Quando este ângulo for reduzido a 90º ou menos há lugar a pontuação por este item.

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ITEM 7: RETOQUE (8): quando ao desenho completo da linha curva se adicionar um
acrescento.

ITEM 8: TREMOR (4): quando a linha for tremida, em tremura fina ou tremura grosseira.
ITEM 9: DISTORÇÃO (8): quando se verificar uma reprodução marcadamente distorcida
do estímulo, o que só raramente acontece.

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ITEM 10: LINHAS INDICADAS (2): quando são feitas linhas ou pontos para controle da
inscrição do desenho, ou ainda quando ocorre claramente o “esboço”, proibido pelas
instruções.
ITEM 11: SEGUNDA TENTATIVA (3 cada): ocorre quando se faz uma segunda tentativa
ao lado da primeira, ou ainda quando, sobre a primeira, se inscreve a segunda
tentativa, no total ou parcialmente.
ITEM 12: ROTAÇÃO (8): dois tipo de rotação:
a) quando a base do quadrado roda 45º, ou mais, do eixo horizontal;
a. quando a curva se inscreve a mais de 1/3 do lado certo do quadrado.
Se ocorrerem estas duas rotações simultaneamente, pontua-se duas vezes, isto é, com
dezasseis pontos.

22
item 12

23
ITEM 13: FALTAS NO DESENHO (8): quando faltar mais do que 1/3, quer da curva,
quer do quadrado.
DESENHO 5:
ITEM 1: ASSIMETRIA (3): quando as duas metades da curva forem marcadamente
assimétricas. Estas assimetrias podem ocorrer quanto ao contorno dos dois lados,
quanto ao comprimento dos dois lados, quanto ainda ao diferente tratamento dado a
cada uma das metades da curva.
ITEM 2: PONTO, TRAÇO, CÍRCULO (3): quando há alterações na reprodução do
estímulo, isto é, quando pontos e traços, pontos e círculos, traços e círculos, ou todos
os três são usados indistintamente na reprodução. O item é pontuado quando dois ou
mais pontos são substituídos por traços ou círculos. Não pontua quando todos os
pontos, ou todos menos um, forem convertidos em traços ou círculos. Pontos
alargados ou círculos parcialmente preenchidos não são considerados círculos para
fins de pontuação por este item.
ITEM 3: TRAÇOS (2): quando todos os pontos, ou todos menos um, forem convertidos
em traços. Se o estímulo for reproduzido por traços, mas permanecerem ainda dois ou
mais pontos, pontua apenas pelo item 2.
ITEM 4: CÍRCULOS (8): quando todos os pontos, ou todos menos um, forem substituídos
por círculos. Se, numa curva de círculos, permanecerem dois ou mais pontos, pontua-
se apenas pelo item 2.
ITEM 5: EXTENSÃO UNINDO PONTO (2):quando a extensão se liga à curva num
ponto e não entre dois pontos, conforme o estímulo. Se houver dúvidas passa-
-se uma linha através dos pontos da extensão, e se esta tocar o ponto da curva,
pontua-se.

24
item 5

ITEM 6: ROTAÇÃO (3): no estímulo, a extensão começa entre o oitavo e o nono ponto
à direita da curva. É considerada rotação e pontua-se quando:
a) a extensão começa a meio da metade direita da curva;
b) a extensão toma a direcção esquerda, em vez da direita;
c) a extensão se implanta no lado esquerdo da curva.
ITEM 7: NÚMERO DE PONTOS (2): quando há menos de dez ou mais de cinco
pontos na curva, ou quando há menos de quatro pontos na extensão.
ITEM 8: DISTORÇÃO (8): QUANDO:
a) há cinco ou menos pontos na curva;
b) a reprodução é feita por linhas e não por pontos;
c) o desenho tende a formar círculo fechado de pontos;
d) há distorção da gestalt, resultando daí um aglomerado de pontos sem nexo.

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ITEM 9: LINHAS INDICADAS (2): quando são feitas linhas para orientar a
colocação dos pontos.
ITEM 10:EXCESSO DE ELABORAÇÃO (2): quando:
a) um único ponto é tão elaborado que sai fora da linha dos outros pontos;
b) vários pontos – três ou mais – são tão elaborados que se distinguem dos outros
(embora menos elaborados que em a));
c) todos os pontos resultam de um grande esforço de elaboração.
ITEM 11:SEGUNDA TENTATIVA (3 CADA): quando se faz uma segunda tentativa
ao lado da primeira, ou ainda quando, sobre a primeira, se inscreve a segunda
tentativa, no total ou parcialmente.
ITEM 12: ROTAÇÃO (8): quando o desenho roda 45º ou mais do plano horizontal.
ITEM 13: FALTAS NO DESENHO (8): quando faltar a extensão, ou pelo menos
metade da curva.
DESENHO 6:
ITEM 1: ASSIMETRIA (3): a assimetria pode ocorrer no próprio contorno, ou nas
diferenças entre as duas metades de cada uma das linhas.

26
item 1

27
item 1(cont)

ITEM 2:ÂNGULOS(2): Deve ocorrer distintamente uma abrupta alteração angular na


direcção da linha, isto é, um ângulo evidente distribui uma curva .
Em caso de dúvida não se pontua.
ITEM 3:PONTO DE CRUZAMENTO( 2 cada): no desenho, a linha vertical cruza a
linha horizontal na terceira curva da esquerda; e a horizontal cruza a vertical
mais ou menos ao meio. Para haver pontuação:
a) a linha vertical deverá cruzar a horizontal à esquerda do centro
b) a linha horizontal deverá cruzar a vertical no terço inferior.
Se ocorrerem as duas circunstâncias simultaneamente, a pontuação será de
4.
ITEM 4:CURVA EXTRA(8): quando houver mais de cinco curvas sinusoidais em
qualquer uma das linhas horizontal ou vertical.
ITEM 5:LINHA DUPLA(1cada): cada vez que aparecer uma segunda linha, evidente,

28
na reprodução, desde que não se trate nem de “esboço”, nem de segunda
tentativa, que serão pontuados em outros itens.
ITEM 6: RETOQUE(8): quando, ao desenho comoleto da linha, se acrescentar um
fragmento.

ITEM 7: TREMOR(4): quando a linha ficar tremida, quer se trate da tremura muito fina,
quer ainda de tremura grosseira.
ITEM 8:DISTORÇÃO(8): quando o essencial da gestalt tiver sido destruído, quer
porque o sinusoidal de uma linha difere marcadamente do sinusoida lda outra
linha , quer ainda porque as linhas não se intersectam.
ITEM 9:LINHAS INDICADAS(2): quando são feitas linhas ou pontos auxiliares para
controle da inscrição do desenho, ou ainda quando claramente se “esboça”, o.
que se proíbe nas instruções.
ITEM 10:EXCESSO DE ELABORAÇÃO(2): quando várias linhas se sobrepõem numa
única linha, resultando daí uma linha sólida com pelo menos 1/16 de
polegada, cerca de 1.5 a 2 mm. A elaboração pode ocorrer em toda a linha ou
apenas numa parte dela.
ITEM 11:SEGUNDA TENTATIVA (3cada): quando se faz uma segunda tentativa ao
lado da primeira, ou ainda quando, sobre a primeira, se inscreve a segunda
tentativa, no total ou parcialmente. A segunda tentativa é geralmente o refazer
de mais do que uma das curvas sinusoidais, ao passo que a linha dupla é uma
adaptação em apenas em pedaço da distância ao longo da linha.
ITEM 12: ROTAÇÃO (8): ocorre quando:
a) a linha vertical roda para a esquerda mais de 10º da perpendicular;
b) quando a horizontal está desviada dessa posição 45º ou mais.
Se ocorrerem em simultâneo as duas rotações, pontua-se com dezasseis pontos.
Se a rotação tiver sido da folha de papel, não há lugar a pontuação.
ITEM 13: FALTAS NO DESENHO (8): quando faltar uma linha inteira ou, pelo menos,
metade de uma linha.
Metade de uma linha é definida como duas das curvas sinusoidais, independentemente
do ponto de cruzamento.

DESENHO 7:

29
ITEM 1: EXTREMIDADES NÃO UNIDAS (8): as extremidades das linhas devem unir-se
para formar hexágonos fechados. O desvio ocorre quando:
a) três ou mais fendas de 1/16 de polegada, mais ou menos 1,5 a 2 mm, existirem em
cada um ou nos dois hexágonos;
b) duas fendas existirem, uma das quais com 1/8 de polegada, mais ou menos 3 mm:
ITEM 2: ÂNGULOS EXTRA (3): quando há mais de seis ângulos em qualquer dos
hexágonos, isto é:
a) quando, arbitrariamente, se lhes junta um ângulo em qualquer dos hexágonos;
b) quando se verificar uma mudança brusca na direcção das linhas direitas.
ITEM 3: ÂNGULOS QUE FALTAM (3): quando em qualquer dos hexágonos faltar
inteiramente um ângulo, ficando o hexágono com cinco ângulos ou menos. Se o
hexágono for pontuado por “FALTAS NO DESENHO”, não pontua neste item.
ITEM 4: EXTRA ESPALHADOS (3): quando a reprodução tiver pelo menos dois pontos
e/ou traços não integrados na desenho. Estes pontos ou traços devem ser evidentes e
não resultarem de imperfeições de papel.
ITEM 5: LINHA DUPLA (1 cada): cada vez que aparecer uma segunda linha, evidente, na
reprodução, desde que não se trate nem de “esboço”, nem de segunda tentativa, que
serão pontuados em outros itens.

30
item 5

item 5 (cont.)

ITEM 6: TREMOR (4): quando a linha ficar tremida, quer se trate de tremura muito fina,
quer ainda de tremura grosseira.
ITEM 7: DISTORÇÃO (8): pode acontecer de três maneiras:

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a) quando há desproporção entre os tamanhos do dois hexágonos, na ordem de um
ser o dobro do outro, mais ou menos;
b) quando os dois hexágonos não se sobrepõem excessivamente;
c) quando o desenho é reproduzido de maneira marcadamente distorcida.
O item pode ser pontuado com 8, 16 ou 24 pontos, se se verificar uma ou duas ou as
três maneiras de distorção.
ITEM 8: LINHAS INDICADS (2): quando são feitas linhas ou pontos para orientar a
inscrição do desenho, ou ainda quando ocorre claramente o “esboço”, proibido pelas
instruções.
ITEM 9: SEGUNDA TENTATIVA (3 cada): quando se faz uma tentativa ao lado da
primeira, ou ainda quando, sobre a primeira, se inscreve a segunda tentativa, no total
ou parcialmente.
ITEM 10: ROTAÇÃO (8): ocorre quando:
a) o ângulo de 30º do estímulo é aumentado para 90º ou diminuido para 0º;
b) a reprodução é rodada por inteiro. Pode ocorrer uma dupla rotação, sendo então
pontuado com dezasseis.
Se a rotação resultar do desvio da folha de papel, não se pontua.
ITEM 11: FALTAS NO DESENHO (8): quando for omitida a maior parte de um dos
hexágonos.
DESENHO 8:
ITEM 1: EXTREMIDADES NÃO UNIDAS (8): as extremidades das linhas devem unir-
se para formarem polígonos fechados. Há lugar a pontuação quando:
a) existirem três fendas ou mais, de 1/16 de polegada, cerca de 1,5 a 2 mm, em
qualquer um dos dois polígonos;
b) existirem duas fendas, uma das quais com 1/8 de polegada, cerca de 3 mm.
ITEM 2: ÂNGULOS EXTRA (3): quando aparece um ângulo extra, quer no hexágono,
quer no diamante.
ITEM 3: ÂNGULOS QUE FALTAM (3): quando faltar um ângulo em qualquer um dos
polígonos, quer seja um hexágono, quer seja o diamante.
ITEM 4: EXTRA ESPALHADOS (3): quando a reprodução contiver pelo menos dois
pontos e/ou traços não integrados no desenho. Estes pontos ou traços devem ser
evidentes e não resultarem de imperfeições do papel.
ITEM 5: LINHA DUPLA (1 cada): cada vez que aparecer claramente uma segunda linha

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na reprodução, desde que não se trate de “esboço”, nem de segunda tentativa, que
serão pontuados em outros itens.
ITEM 6: TREMOR (4): quando a linha ficar tremida, quer se trate de tremura fina, quer
ainda de tremura grosseira.
ITEM 7: DISTORÇÃO (8): pode ocorrer por dois processos:
1 - quando o desenho é extremamente desproporcionado na sua razão
comprimento/largura.
2 – a) quando o diamante cobrir uma área do hexágono superior a 1/3;
b) quando o diamante é tão pequeno que cobre apenas 2/3 da distância entre os
lados do hexágono;
c) quando o diamante estiver colocado numa terça parte extrema do hexágono
3 – quando o desenho é reproduzido de maneira marcadamente distorcida.
A reprodução pode ser pontuada uma, duas ou três vezes, se houver distorção do tipo
1, 2 ou 3, marcando assim 8, 16 ou 24 pontos.
ITEM 8: LINHAS INDICADAS (2): quando são feitas linhas ou pontos para orientar a
inscrição do desenho, ou ainda quando ocorre claramente o “esboço”, proibido pelas
instruções.
ITEM 9: EXCESSO DE ELABORAÇÃO (2): quando várias linhas se sobrepõem numa
única linha, resultando daí uma linha sólida com pelo menos 1/16 de polegada, cerca
de 1,5 a 2 mm. A elaboração pode ocorrer em toda a linha ou apenas numa parte dela.
ITEM 10: SEGUNDA TENTATIVA (3 cada): quando se faz uma tentativa ao lado da
primeira, ou ainda quando, sobre a primeira, se inscreve a segunda tentativa, no total
ou parcialmente.
ITEM 11: ROTAÇÃO (8): quando a base do desenho rodar 45º, ou mais, do plano
horizontal.
ITEM 12: FALTAS NO DESENHO (8): quando o diamante estiver omitido, ou pelo menos
1/3, quer do diamante quer do hexágono.
CONFIGURAÇÃO DOS DESENHOS:
ITEM 1: COLOCAÇÃO DO DESENHO “A” (2): quando for colocado nos dois terços
inferiores da página. A reprodução do Desenho “A” deve ficar pelo menos a 7,5 cm
do topo da página, para que haja lugar a pontuação.
ITEM 2: SOBREPOSIÇÃO (2 cada): quando as linhas de um dos desenhos cobrir as linhas
do outro ou se inscreve no “espaço fechado” de outro desenho. Também se pontua

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quando o examinando fizer linhas separadoras entre os desenhos e estas se
sobrepuserem às linhas dos desenhos. Cada vez que a sobreposição ocorrer pontua-se
com dois pontos.
ITEM 3: COMPRESSÃO (3): quando as reproduções estiverem tão comprimidas que cubram
apenas meia página, quer seja no topo, no meio, na meia-direita ou na meia-esquerda.
ITEM 4: LINHAS DESENHADAS (8): quando o examinando fizer linhas separadoras entre
os desenhos, mesmo que tenha feito só uma dessas linhas separadoras.
ITEM 5: ORDEM (2): a disposição dos desenhos na página deve sair, mas não
marcadamente, de uma ordem lógica. Obtém-se este tipo de ordenação dispondo
arbitrariamente apenas uma ou duas reproduções.

item 5

ITEM 6: SEM ORDEM (8): quando a ordenação das reproduções na folha de papel for
confusa. Se houver alguma ordem discernível, não haverá lugar a pontuação.

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ITEM 7: TAMANHO RELATIVO (8): quando ocorrerem variações pronunciadas no
tamanho das reproduções. Também haverá pontuação quando apenas um dos
desenhos se comprimir ou expandir desproporcionadamente.
9. OBSERVAÇÕES
Inicialmente aplicado por Lauretta Bender, tanto em crianças como em adultos, as
regras de aplicação foram, de algum modo, alteradas por Gerard Pascal e Baabara Suttell,
as quais adoptamos na sua generalidade, excepção feita ao uso da borracha.
Em anexo vai uma folha de correcção elaborada pelo nosso colega Dr. Rui Soares.

10. BIBLIOGRAFIA
BENDER, Lauretta – A visual motor Gestalt test and its Clinical use
P.U.F.
PASCAL, Gerald R. e SUTTELL, Barbara J. – The Bender – Gestalt Test
Grune and Stratton
New York, 1951
TOLOR, A. e SCHULBERG, H. – An Evaluation of the Bender
Gestalt Test
Charles Thomas
Springfield, 1963

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FIGURAS MODO DE EXECUÇÃO OBSERVAÇÕES

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2

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6

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