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UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

CURSO: Pedagogia Diurno 2017


DISCIPLINA: Psicologia da Educação I

Fichamento I
Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos – Fernando Becker
Introdução
O texto de Fernando Becker apresenta três formas da relação
ensino/aprendizagem: Pedagogia diretiva (empirismo), Pedagogia não-diretiva
(apriorismo) e Pedagogia relacional (construtivismo).
A) Pedagogia diretiva e seu pressuposto epistemológico
“[...] O professor fala e o aluno escuta. O professor dita e o aluno copia. O professor
decide o que fazer e o aluno executa. O professor ensina e o aluno aprende. Se alguém
observasse uma sala de aula na década de 60 ou 50, ou, quem sabe, de dois séculos atrás, diria,
provavelmente, a mesma coisa: falaria como Paulo Freire, no Pedagogia do Oprimido.”

A pedagogia diretiva é marcada pelo “autoritarismo” do professor em relação ao


aluno que compõe a sala, na qual o educador tem todo o conhecimento e transmitirá
tudo o que sabe ao estudante, esse por sua vez considerado “folha em branco”, porque
nasce sem sabedoria e adquiri tal ao longo das experiências no meio físico e social. O
aluno não é classificado como “folha em branco” somente quando nasce, mas a cada
conteúdo novo que lhe é apresentado pela figura maior (seu mentor).
O professor fundamenta-se no mito da transferência do conhecimento, ou seja, o
que ele sabe pode ser transferido a seu discípulo, basta o aprendiz ficar em silêncio, e
reproduzir a matéria seja lendo/escrevendo. Em resumo, o aluno tem que se submeter as
ordens do professor, não podendo questionar e aceitando tudo que lhe é passado. Essa
relação de submissão distanciará o indivíduo da cidadania, já que não desenvolverá um
pensamento crítico em relação a sociedade, será apenas um sujeito do sistema de
alienação. Concluindo esse modelo pedagógico, nada novo acontece, e o professor
nunca aprende com o aluno, assim como o aluno nunca ensina.
B) Pedagogia não-diretiva e seu pressuposto epistemológico
“[...] O professor não-diretivo acredita que o aluno aprende por si mesmo. Ele pode,
no máximo, auxiliar a aprendizagem do aluno, despertando o conhecimento que já existe nele.”

A pedagogia não-diretiva fundamenta-se no apriorismo, ou seja, o ser humano já


nasce com o conhecimento, e ao longo da vida escolar esse saber é lapidado, e torna-se
amplo. A postura do professor em sala de aula nesse modelo pedagógico é o menos
invasivo possível, isto é, o docente acredita que o conhecimento não pode ser
transmitido, mas sim que pode ajudar o estudante a desenvolver o que já sabe no seu
consciente, porém não foi aprofundado ainda. Dessa forma, o educador possui um papel
de auxiliar, não podendo exercer uma relação de opressão, ditando ao ambiente escolar
o que deve ser feito.
Esse método de ensino proporciona a criança uma “autonomia”, todavia deve-se
lembrar dos pontos negativos; um colégio fundamentado nesse modelo não-diretivo,
criará indivíduos com ausência de limites, além da caracterização do professor perder a
essência.
C) Pedagogia relacional e seu pressuposto epistemológico
“[...]Para Freire, o professor, além de ensinar, passa a aprender; e o aluno, além de
aprender, passa a ensinar. Nesta relação, o professor e alunos avançam no tempo.”

O processo ensino/aprendizagem na pedagogia relacional trabalha com a teoria


do construtivismo, ou seja, um certo material é apresentado a criança, e esta deve
explorar e questionar o conteúdo que nele há, após reflexões a respeito do assunto, o
professor faz perguntas explorando aspectos problemáticos a cerca do material. Os
alunos que se questionaram desenvolvem novos caminhos que antes não foram
pensados, dessa forma, a obtenção de conhecimento se dá pela curiosidade, espanto e
encantamento com o novo.
O educador acredita que tudo que o aluno construiu até hoje, serve de incentivo
para construir um novo conhecimento. Diferente dos outros conceitos de
ensino/aprendizagem, na qual somente o professor fala ou o professor é o menos
invasivo possível; nesse conceito Pedagogia Relacional, temos uma contribuição de
saberes de ambas as partes (aluno e professor), os dois indivíduos possuem
conhecimento e o poder da palavra, em síntese, essa relação resulta que tanto o docente
e o aprendiz, aprenderá e ensinará. Por último, deve-se ressaltar que este modelo
pedagógico, é um passo para o futuro, pois não há reprodução do passado, tudo é novo,
a cada dia tudo se transforma.

 Desenvolva uma análise e relação das temáticas do texto com as


características dos professores que fizeram parte de sua trajetória
escolar.
Através da minha trajetória escolar e atualmente estudando os modelos
pedagógicos, observo que cada etapa da educação básica possui um método diferente de
ensino/aprendizagem. Por exemplo:
- Educação Infantil: geralmente, a faixa etária é de três anos, ou seja, a criança
ainda não tem muito conhecimento intelectual; analisando o começo de meus estudos,
concluo que durante esse período o professor exerce uma pedagogia diretiva, ele tem o
papel de ensinar como o estudante deve se portar nas aulas e lhe ensinar tudo o que é
adequado a sua idade.
- Ensino fundamental: essa fase por sua vez, abrange dos seis aos quatorze anos;
o indivíduo já não é considerado mais uma “folha em branco”, pois já teve um processo
de educação antes, por mais que básica; isto é, durante o ensino fundamental o educador
sabe que seu aprendiz já possui um conhecimento, e tudo que precisa fazer é o auxiliar
para desenvolver o que já sabe. Vale lembrar que durante esse anos, a criança sofre uma
transição, da infância para adolescência, e esse modelo pedagógico não-diretivo
facilita essa passagem, já que esse ensino/aprendizagem lhe permite uma “certa
autonomia”.
- Ensino médio: durante o ensino médio, creio que há uma mescla entre
pedagogia não-diretiva e pedagogia relacional, porque os professores valorizam o
que seus alunos sabem e os auxiliam a desenvolver um novo conhecimento acima das
ideias que possuem. Quando um “novo” assunto é apresentado, por exemplo: um
professor pergunta a sala “Quem aqui já ouviu ou leu algo relacionado a fisiologia
animal?”, e um aluno da turma responde “Eu assisti um documentário, e posso trazer
para sala caso queira”, essa troca de informação pode ensinar não somente os demais
estudantes, mas pode trazer algo inédito também ao mentor.

Referências Bibliográficas
BECKER, F. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e Realidade,
Porto Alegre, v.19, n.1, 1994, p.89-96

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