Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
PENAS PERDIDAS
IM P R E S O E N L A A R G E N T IN A
PER D ID A S
DESLEGITIMACION Y DOGMATICA
JURIDICO-PENAL
Segunda r e im p r e s ió n
EDIAR
SOCIEDAD ANÔNIM A EDITORA
COMERCIAL, INDUSTRIAL Y FINANCIARA
A L ou k H ulsm an
PRESENTACION
P re te n d e m o s o frecer a q u i u n p a n o ra m a m u y g e n e ra l d s
]a desleg itim ació n dei siste m a p en al y d e u n a p ro p u e sta de
re -in te rp re ta c ió n dei d erech o penal. E l le cto r a d v e rtirá rápi-
d a m e n te q u e h em o s a c e n tu a d o la fu n d a m e n ta c ió n an tro p o ló
gica dei d iscu rso ju ríd ico -p en a l q u e ex p u siéra m o s en ob ras
a n te rio re s, in c o rp o ra n d o a h o ra d a to s d e la re a lid a d social y
h acién d o n o s c arg o d e la s c rític a s d e se n c u b rid o ra s dei ejerci-
cio d e p o d er dei sistem a p en al, lo cual, com o es obvio, nos
lleva a a b a n d o n a r la p re fe re n c ia p re v e n tiv is ta especial a n tes
so sten id a , d esem bocando en u n p la n te a m ie n to d ifere n te, q u e
— p ese a n u e s tra re lu c ta n c ia a ese g ê n e ro d e calificaciones—
nos a tre v e m o s a d e n o m in a r r e a l i s m o j u r í d i c o - p e n a l m a r g i n a l .
P o r ende, estas p ág in as so n u n a s u e rte de ensayo dè
r e a l i s m o j u r í d i c o - p e n a l d e s d e la p e r s p e c t i v a d e u n m a r g e n d e i
p o d e r p la n e ta r io .
R esu m im o s d e e ste m odo u n itin e rá rio de v ario s anos,
cu y as e ta p a s fu ero n p a rc ia lm e n te e x p u esta s en tra b a jo s b ra -
v es y dispersos.
D ada la eq u iv o cid ad de esto s escrito s — d eb id a a su limi-
ta c ió n te m á tic a o a la in m a d u re z d e la idea— decidim os fo r
m u la r el re p la n te o o rg ân ico en form a d e ensayo, a ú n d esafia n
do el d esu so en q u e ha caído ese estilo.
U n u lte rio r d esarro llo de n u e s tra p e rsp e c tiv a lo llevare-
m os a cabo en u n a ap ro x im ació n a la c rim in o lo g ía 1 y en ia
reelab o ració n de nueS tro M a n u a l , ta re a s am b as en las q u e es
ta m o s em penados.
1. L A S " P E IN E S P E R D U E S ”. — II. L E G IT IM ID A D Y
L E G A L ID A D . 1. L a u tó p ica le g itim id a d d ei s is te m a p en al.
2. L a le g itim id a d n o p u e d e s e r su p lid a p o r la legalid ad .
3. E l s is te m a p e n a l n o o p era co n fo r m e a la leg a lid a d . 4. L a
le g a lid a d n i siq u ie r a s e r e sp e ta e n e l â m b ito d ei sis te m a
p en a l fo rm a l. 5. E l e je r c ic io d e p o d er a b ie r ta m e n te ilíc ito
p or p a rte d e i s is te m a p e n a l. — III. L A F E R V E R S IO N IN -
M O V IL IZ A A L D IS C U R S O J U R ID IC O -P E N A L . — IV . S IG
N O S T E O R IC O S D E L A S IT U A C IO N C R IT IC A E N A M E
R IC A L A T IN A . 1. C rítica a l D erech o . 2. P r e o c u p a c ió n p or
la le g itim id a d d ei poder. 3. P reo c u p a c ió n ju sh u m a n ista p o r
e i s is te m a p en a l. — V . L A D E S L E G IT IM A C IO N P O R LO S
K E C H O S M ISM O S. — V I. E L D E S P R E S T IG IO D E L O S
D IS C U R S O S P E N A L E S L A T IN O A M E R IC A N O S P O R S U S
V ÍN C U L O S ID E O L O G IC O S G E N O C ID A S. 1. E l d isc u r so
ju r íd ic o p en a l. 2. E l d isc u r so c r im in o ló g ic o .
12 V. V asak , K arel, L a s d im e n s io n e s in te m a c io m a le s d e lo s D e
r e c h o s H u m a n o s , B a rcelo n a , 1984; a n iv e l c o n tin e n ta l, In s titu to In-
teram erican o d e D eredhos H u m a n o s, D a n ie l Z ovatto (co m p .), Los
D e r e c h o s H u m a n o s e n e l S is te m a I n te r a m e r ic a n o , I n s tr u m e n to s bá
s ic o s , 1987.
13 E tim o ló g ica m en te, p erso n a es la m á sca ra d e l tea tro griego.
C on e l a d v e n im ie n to deL c r istia n ism o y e l p ro b lem a trin ita rio su r g ió
la c u e stió n d e la su sta n c ia lid a d d e la persron a. A p a ritr d e l s ig lo X V III
tie n d e a sen a la r p a rtic u la r m e n te la rela ció n d e l h om b re c o n sig o
m ism o y la id en tid a d p erso n a l (A b b agn an o, N ., D izix m a rio d i F ilo
so fia , T orino, 1980, pág. 666).
22 En b u sca de la s p e n a s p e rd id a s
d e c o r r u p c i ó n p r a c t i c a d o s p o r la s p r o p ia s a g e n c i a s d e l s i s t e
m a p e n a l.
r
ic u la r e s ca b e m en cio n a r e n tr e los más r e c ie n te s e l d e G on zalo
F e m á n d e z , D e r e c h o P e n a l y D e r e c h o s H u m a n e s . M o n tev id eo ,
1888.
31 L a b ib lio g ra fia crítica la tin o a m e r ic a n a e s d e c o n sid e r a ’i!e
v o lu m en . E n tr e s u s m á s c o n n o ta d o s a u to r e s ca b e m en cio n a r a L ola
Aniyar d e C astro, R o sa d e l O lm o, R o b erto B e r g a lli, e l m alograd o E m i-
j o S a n d o v a l H u erta s, E m ilio G arcia M éndez, etc. U n in te r e sa n te d e
b a te q u e al m ism o tie m p o sin te tiz a la h isto r ia d el m o v im ie n to p u e d e
v e r se en “D o ctrin a P e n a l” (1985-1986). L os tra b a jo s de q u ie n e s par-
O ciparon e n e l m ism o (N o v o a M onreal, A n iy a r d e C astro, R o sa d el
JMmo, R o b erto B e r g a lli) s e p u b lica n c o n ju n ta m e n te en “C rim in a ia ”,
1987, p á g s. 7-67.
40 En bu sca d e l a s pe n a s p e r d id a s
*4 G eorge H e r b e r t M ead, E s p í r it u , p e r s o n a y s o c ie d a d d e s d e el
p u n to d e v i s t a d e l c o n d u c tis m o so c ia l, trad . d e F lo r e a l M azía, B a r c e
lon a, 1982.
ss C om o fu e n te d ir e c ta d e e sta v e r tie n te , e n so c io lo g ia P eter
B erg er - T h o m a s L u ck m a n , L a c o n s tr u c c ió n s o c ia l d e la re a lid a d ,
B s. A s., 1986; A lfr e d S ch u tz, E l p r o b le m a d e la r e a lid a d so c ia l, B u e
n o s A ires, 1974.
Cr ít ic a s it u a c ió n d el p e n a l is m o 43
37 H a n s W elzel, K a v ^ a litá t u n d H a n d lu n g , en “A b h an d lu n g en
zum S tra frech t u n d zu r R e c h tsp h ilo so p h ie ”, B erlin , 1975 (com o tra-
bajo p io n ero ). M ás esp e c ific a m e n te: M a c h t u n d R e c h t, idem , pág. 288;
N a tu r r e c h t u n d R e c h t s p o s it i v i s m u s , idem , pág. 274.
38 Por ejem p lo: E r n e sto G arzón V ald ez, D e r e c h o y n a tu r a le z a
d e la s c o sa s, C órdoba, 1970; L/uis R e c a sé n s S ich es, E x p e r ie n c ia j u r í
d ic a , n a tu r a le z a d e la c o sa y L ó g ic a “r a z o n a b le " , M éxico, 1971.
46 En busca de la s p e n a s p e rd id a s
I. L A SIT U A C IÓ N P R E D IS P O N E N T E G E N E R A D A PO R
U N D IS C U R S O E M P O B R E C ID O . 1. L a s a n tro p o lo g ía s an a
crô n ica s. 2. E l ju e g o d e la s fic c io n e s. — II. L A D E S L E G I-
T IM A O IO N D E L S IS T E M A P E N A L D E S D E E L M ARCO
TE O R IC O M A R X IS T A . 1. D ific u lta d e s p a ra d e lim ita r e l
m a rco teó rico m a r x ista . 2. L a d e sle g itim a c ió n d el P aguka-
n is y la r e -le g itim a c ió n s ta lin ista . 3. L a te o r ia c r ític a d e la
socied ad . 4. L a v e r s ió n d e s le g itim a n te d e Q u in n ey . 5. E l
“m in im a lism o ” p en a l d e A lssa n d r o B a ra tta . 6. P a v a r in i y
la m a la c o n c ie n c ia d e l b u e n crim in ó lo g o . — III. La D E S -
L E G IT IM A C IO N P O R E L IN T E R A C C IO N IS M O SIM BO -
LIC O Y P O R L A F E N O M E N O L O G IA . — IV . L A D E S C A -
L IF IC A C IO N F O U C A U L T IA N A . — V . E L P A R A D IG M A
D E L A D E P1E N D E N C IA . — V I. B A L A N C E D E L A D E S -
L E G IT IM A C IO N T E Ó R IC A C E N T R A L .
p aulatinam ente la escuela fue cam biand o sus p o sicio nes o ri-
g inarias y alejánd o se d e la o rto d o xia m arxista.
Seg ún la v ersió n m ás d ifund id a de sus tesis, la clase
o brera d e los p aíses centrales hab ría perdido su cap acid ad
rev o lucio naria, p o r lo cual la crítica resultaba incap az de
m o v ilizar a la so cied ad y d e realiz arse, d e llenar el v acío entre
el p resente y el futuro , lo que ha llevad o a hablar de una
“ crítica neg ativ a” . El cam bio so cial y a no p o d ría p ro d ucirse
p o r los med io s trad icio nales, sino p o r alg una interv enció n
m isterio sa e im p o nd erab le25, lo que la llevó a una crítica
sum am ente d esleg itim ante, p ero im p o tente, que p arece te r
m inar en una traurige L in k e 26, salvo p ara H aberm as, que es
co nsid erad o el últim o d e sus exp o nentes, p ero que, alejad o
y a m uy co nsid erablem ente d el m arxism o , to m a la so cio lo gia
sistêm ica y le o po ne a Lu hm ann un co ncep to de “ racio naíi-
d ad ” que busca fund ar en una ética y en una antro p o lo gia
racio nalistas, p lanteánd o se las p o sibilid ad es d e sup erv iv encia
d el cap italism o y haciend o d esam p enar a las clases so ciale?
un p ap el m uy secund ário 27.
Es necesario reco rd ar que el In stitu to d e Fran kfu rt, al
traslad arse a los Estad o s Unid o s, p ublico allí su p rim er lib ro ,
que estaba d irectam ente v inculad o a la cárcel y al p ro blem a
p enal; se trata de una o bra p recurso ra, cuy a p rim era p arce
fue escrita p o r Ru sche y co m p letad a en los Estad o s Unid o s
p o r K irc h h eim er28. Esta o bra es abiertam ente d esleg itim ante
del sistem a p enal, so steniend o que los castig o s v arían según
el sistem a de p ro d ucció n a que co rresp o nd en, que recaen so
bre los p o bres, red uciend o aún m ás sus y a m iserables co nd i
cio nes d e subsistência y que la eficacia intim id ante de los
m ismo s d ep end e de la situació n d el m ercad o de trab ajo (a la
abund ancia de o ferta co rresp o nd eria m ay o r crueld ad en los
V . EL PARADIGM A D E LA D E PE N D E N C IA
47 E n lo eco n ô m ic o g e n e r a l p u e d e n m e n c io n a r se la s p e r sp e c ti
vas d e A n d ré G u n d er F r a n k ( C a p ita lis m o y s u b d e s a r r o llo e n A m é
r ic a L a t i n a , M éxico, 1982) y P a u l A. B a ra n (A e c o n o m ia p o litic a d o
d e s e n v o l v i m e n t o , R io d e J a n eiro , 1977).
48 D a rcy R ib e ir o , O p r o c e s s o c i v iliz a tó r io . P e tr ó p o lis, 1987; A s
A m é r ic a s e a C iv iliz a ç ã o , P e tr ó p o lis, 1979; 0 d ile m a d a A m é r i c a L a
tin a , P e tr ó p o lis, 1983.
49 o p r o c e s s o c iv iliz a tó r io , p á g s. 55 y sg ts.
70 En bu sc a d e l a s pe n a s p e r d id a s
si M artha K. Huggins, F r o m S l a v e r y to V a g r a n c y i n B r n z i l
C r im e a n d s o c ia l c o n tr o l i n th e T h ir d W o r ld , New Jersey 1985.
52 M artha K. H uggins senala como pionero el trabajo de C h a rles
Van Onselen, C h ib a ro : A f r ic a n M in e L a b o u r in S o u th e r n R o d h e s ia ,
1900-1933, London, 1970.
72 En busca de la s p e n a s p e rd id a s
RESPUESTAS A LA DESLEGITIMACIÓN
Y A LA CRISIS
Ca pít u l o Te r c e r o
I. T E O R IA S Y A C T IT U D E S : E L S A B E R C E N T R A L Y S U
P A R C IA L D IS F U N C IO N A L ID A D P E R IF E R IC A . — II.
R E S P U E S T A S C E N T R A L E S E N P O R M A D E “M E C A
N IS M O D E H U ID A ". 1. N e g a c ió n e p iste m o ló g ic a d e Ia d e s
le g itim a c ió n . 2. H u íd a h a c ia e l r e tr ib u c io n ism o . 3. L a fu n -
c io n a lid a d b u ro crá tica d e Ia a g e n c ia ju d icia l. — III. E L
D IS C U R S O R E -L E G IT IM A N T E SIST Ê M IC O . — IV . L A S
R E S P U E S T A S Q U E E N F R E N T A N L A D E S L E G IT IM A -
C IO N D E S D E E L P L A N O P O L IT IC O -C R IM IN A L . 1. M í
n im a in te r v e n c ió n p e n a l y a b o licio n ism o . 2. *S e tra ta d e
p r o p u esta s d e niuevos m o d e lo s d e socied ad ? 3. L a p r in c ip a l
ca rên cia d e la s r e sp u e sta s p o lític o -c r im in à le s. — V . E L
PR O G R A M A D E M IN IM A IN T E R V E N C IÓ N COMO P R O -
P U E S T A P O L IT IC O -C R IM IN A L F R E N T E A L A D E S L E .
G IT IM A C IO N . 1. D o b le se n tid o de “d e sle g itim a c ió n ”. 2. E l
fu n d a m e n to le g itim a n te d e u n fu tu r o d e r e c h o p e n a l m ín i
m o. 3. E l p r o g ra m a d e le g is la c ió n p e n a l m ín im a . — V I. E L
A B O L IC IO N ISM O P E N A L . 1. C a ra cteriza ció n g e n e r a l d e l
m o v im ie n to a b o licio n ista . 2. L a s v a r ia b le s d e l a b o lic io n is
m o. 3. L a p o lê m ic a e n t o m o a l a b o licio n ism o . 4. L a s d u d a s-
lím ite fr e n te a la s p r o p u esta s a b o lic io n ista s. — V II. E L
U SO A L T E R N A T IV O D E L D E R E C H O . — V I I I . R E A C -
C IO N E S M A R G IN A L E S .
gicas o po lítico -crim in ales o d isc u rsiv a s ju ríd ico -p en ales, p ero
ta m b ié n h a h ab id o reaccio n es en fo rm a de ac titude s q u e no
p u e d e n c o n sid e ra rse “te ó ric a s” .
E s m e n e ste r d e s ta c a r e s ta d ifere n cia e n la n a tu ra le z a d e
las reacciones, p o rq u e es co m ú n la te n d e n c ia a d e sp re c ia r las
ú ltim a s o a co n sid e ra rla s su p e rfic ia lm e n te . E s pos ible que e n
los país e s ce ntrale s las ac titud e s no te óric as no m e re z c an
ate n c ión p ero e n n u e s tro m a rg e n son s u m a m e n te im p o rta n te s
y re q u ie re n a te n c ió n p re fe re n c ia l, p o rq u e a q u i el ejercicio d e l
p o d er d e las ag en cias n o siem p re g e n e ra u n s a b e r q u e se ex
p licita e n u n d iscu rso elab o rad o al estilo d e los d iscu rso s
c e n tra le s calificados d e “te ó rico s” , sino q u e se lim ita frecuen-
te m e n te a ac titude s d is c urs iv am e nte confus as .
E sto q u e llam am o s ac titude s y q u e so n form as de e je rc i
cio d e l po de r que ge ne ran u n s abe r d is c urs iv am e nte confus o
y c ontradic to rio , se ex p lican e n n u e s tro m a rg e n p o r la fo rm a
q u e a su m e e l ejercicio del p o d er d e la s agencias. E x iste u n
“sab e r-p o d e r” q u e F o u c a u lt no llegó a a n a liz a r en pro fu n -
d id ad : el antro po lóg ic o . E l d isc u rso an tro p o ló g ico n a c ió com o
u n d isc u rso neo-colonialista que, re v e stid o d e fo rm a “c ie n tífi
c a ” , “ s u p e ra b a ” al d isc u rso co lo n ialista teo crático . E n tr e las
“ in stitu c io n e s d e se c u e stro ” , q u e es com o F o u c a u lt desig n o a
las in stitu c io n e s to t a le s 1, no co n sig n a a la colonia, q u e a
n u e s tro juicio, deb e s e r re -p e n sa d a d esd e la p e rsp e c tiv a de
u n a g ig a n tesca “ in s titu c ió n de se c u e stro ” d e c a ra c te rístic a s
m u y p a rtic u la re s. No es p o sib le c o n sid e ra r a je n o a esta c a te
g o ria fo u cau ltia n a, p ese a su in m e n sa d im en sió n g eo g ráfica y
h u m a n a , u n ejercicio d e p o d er q u e p riv a d e la a u to d e te rm i-
nación, q u e asu m e el g o b iern o político, q u e so m ete a los in s
titu cio n aliz ad o s a u n sistem a p ro d u c tiv o e n beneficio del co
lonizador, q u e le im p o n e su idiom a, su relig ió n , su s valo res,
q u e d e s tru y e to d as la s relacione? c o m u n ita ria s q u e le re s u lta n
disfu n cio n ales, q u e co n sid era a su s h a b ita n te s com o sub-hum a-
n o s n ecesitad o s d e tu te la y q u e ju stific a com o e m p re sa pia-
dosa c u a lq u ie r v io lên cia genocida, con el a rg u m e n to de que,
en d efin itiv a, re d u n d a rá en b en eficio d e la s p ro p ia s víctim as,
co n d u cid as a la “v e rd a d ” (te o c rá tic a o c ie n tífic a ). E s te ejer-
*o E sta s ca rên cia s d e la s teo ria s llam ad as “ra d ica les” h a n p ro
v o ca d o fra ctu ra s e n tr e te ó rico s p ro g resista s, pero cabe reco n o cer ei
e sfu e r z o d e B aratta. S in em b argo e s to s e sfu erzo s n o lo g ra ro n d isip a r
c o m p le ta m e n te — p e se a h a b e r se aclarad o m u ch o s m al e n ten d id o s—
la im p u ta c ió n d e c ie r to v o y e u r is m o q u e le fo rm u la ra M arinucei a
to d a s e sta s p r o p u e sta s (G iogio M arinucci, U á b b a n d o n o d e l c o d ic e
R o c c o : tr a r a s s e g n a z io n e e u to p ia , en “L a Q u estio n e Crim in a le ”, 1961.
2, pág. 297; la r e sp u e sta d e B aratta en la m ism a, 1981. 3, pág. 349).
E n tra b a jo s p o ste r io r e s B aratta e x p lic ito ia n ec e sid a d d e resp eta r los
p r in cíp io s q u e s e d esp ren d en d e lo s D erech o s H u m a n o s en la d ogm á
tica, com o p rin o ip io s “in tr a siste m á tic o s” ( R e q u is ito s m ín im o s d e l
r e s p e t o d e lo s D e r e c h o s H u m a n o s e n ia l e y pen ctl, e n "C apítulo Cri-
m in o ló g ic o ”, M aracaibo, 13, 1985 y e n “D erech o P en a l y C rim in o lo
g ía ’’, B ogotá, 1987, n? 31), p ero p a rece se g u ir v in c u la n d o la lim ita-
cióri c o n la ju stific a c ió n d el siste m a p en a l, lo q u e le q u ita co h eren cia
al p la n te a m ie n to , se g ú n n u e str a o p in ión . A lg o a n á lo g o su c e d e con
todos lo s p la n te o s lib era les d e d er e c h o penal, por m u ch o q u e sea
m e n e ste r re c o n o c e rle s los im p o rta n tes esfu erzo s lim ita tiv o s llev a -
d os á cabo.
R e s pu e s t a a l a d e s l e g it im a c ió n 97
31 B a r a tta , C r i m . c r í t i c a , cit.
98 En bu sc a d e l a s pe n a s p e r d id a s
te m a p en al no es lo q u e hem os v en id o e n te n d ie n d o h a s ta
aqui, esto es, la irrac io n alid ad de nue s tros s is te m as pe nale s
v ige nte s y ope rante s , sino q u e e n tie n d e p o r ta l la rad ic al im
p o s ib ilid ad de le g itim ar c u alq u ie r s is te m a pe nal, inc lus o f u
tu ro y p o r m ín im o que fue re . E s ta rad ic alid ad , q u e p arec e
id e n tific a ria com o p ro p ia del abolicionism o, la rech a za a f ir
m a n d o q u e en u n a sociedad, in c lu so m u c h o m ás d e m o c ra ti
zada e ig u a lita ria , se ria n ece sa rio u n d erech o p en al m ínim o,
com o ú n ic o m ed io p a ra e v ita r m ales m a y o re s (la v en g an z a
ilim ita d a ).
2 . E l fu n d a m en to leg itim a » te de u n fu tu ro derecho p e
n al m ínim o. P a r a F e rra jo li u n d ;rech o p e n a l m ín im o se legi
tim a ú n ic a m e n te p o r razo n es u tilita ria s , q u e son la p rev e n c ió n
de u n a reacció n fo rm al o in f o r m ;1 m á s v io le n ta c o n tra el d e
lito, es decir, q u e p a ra ese d erec h o p e n a l m ínim o, e l fin de la
p en a seria la m in im iz ac ión de la re ac c ión v io le n ta c o n tm e l
de lito . Es e de re cho p e n al se ju s tific aria com o u n in s tru m e n to
que im p id e la v e nganz a.
C onsidera q u e el d erec h o p e n a l n ace c u a n d o la relació n
b ila te ra l “v íctim a-o fen so r” se s u s titu y e p o r la relació n trila-
te ra l q u e “v e com o te rc e ra posición o com o im p a rc ia l a u n a
a u to rid a d ju d ic ia l”. N o nieg a la fu n ció n p rev en tiv o -g en era l de
las pen as, sin o q u e les asig n a u n a doble fu n ció n : p rev en c ió n
d e los d elitos y p rev en c ió n d e las reacciones d esp ro p o rcio n a
das. L a p rim e ra fu n ció n in d ic a ria el lim ite m ín im o d e la p en a
y la se g u n d a su lim ite m áxim o. E n tie n d e q u e con esta doble
fu n ció n u n d erec h o p e n a l m ín im o c o n s titu iria siem p re u n a
d efen sa del débil c o n tra el fu e rte : d e la v íc tim a fre n te al
d elin cu en te, del d e lin c u e n te fre n te a la ven g an za.
E l d erec h o p e n a l m ín im o seria, pues, la le y de l m ás dé bil.
L a p en a se ju stific a ria com o m al m e nor, d eb ien d o estab lecer-
se siem p re so b re u n cálculo d e costos: el costo del d erech o
p e n a l y el costo d e la a n a rq u ia p u n itiv a .
3. E l program a de le g isla ció n p en a l m ín im a. E n la lín ea
del d erech o p en al m ínim o, B a ra tta h a tra z a d o los “req u isito s
m ín im o s de re sp e to a los D erechos H u m an o s en la ley p e
n a l” , conform e a los cu ales los D erechos H u m an o s c u m p liría n
R e s pu e s t a a l a d e s l e g it im a c ió n 101
*1 M ic r o fís ic a , cit.
42 P o r ejem p lo , G ene S h arp , P o d e r , lu ta e d e fe s a . T e o r ia <"
p r á tic a d a a ç ã o n ã o - v id lê n ta , São P au lo, 1983.
108 En b u sca de la s p e n a s p e rd id a s
*3 V e r por ejem p lo , B o a v e n tu r a d e S o u za S a n to s, N o ta s s o b r e a
h i s t ó r i a ju r íd ic o - p e n a l d e P a s á r g a d a , en “O d ir e ito a c h a d o n a r u a ”,
cit., pág. 46.
110 En bu sca d e l a s pe n a s p e r d id a s
le jan o que hoy pare z ca, com o u n m o m e nto de i "u n fim s h e d ;'
de M athie s e n, y n o com o u n objetivo “c e rra d o ” o “ acabado” .
N os p a re c e q u e el sistem a p e n a l se h alla d eslegitim ado
ta n to e n té rm in o s em p írico s com o p recep tiv o s, p u e sto q u e no
v em os o b stácu lo a la concepción d e u n a e s tru c tu ra social en
q u e sea in n e cesario el sistem a p u n itiv o a b stra c to y fo rm ali
zado, ta l com o lo d e m u e stra la ex p erien cia h istó rica y a n tro
pológica.
E l a rg u m e n to ilu m in ista d e la necesid ad del sistem a p e
n a l p a ra e v ita r la v e n g a n z a c o rre sp o n d e a u n p ro g ra m a m í
n im o p ro p u e s to p o r el Ilu m in ism o y n u n c a realizado. E n e l
p lano re al o s ocial, la e x pe rie ncia in d ic aria que y a pare ce
e s tar b ie n de m os trada la inne c e s arie dad de l e je rcic io de pode r
de l s is te m a p e n al p ara e v itar la g e ne raliz ac ión de la v e ng an
za, p o rq u e el sistem a p e n a l sólo o p era e n u n red u cid ísim o
n ú m e ro d e casos y, p o r ende, la in m e n sa m a y o ría d e supues-
to s im p u n es n o g en e ra liz a v en g an z as ilim itad as. A dem ás, en
A m érica L a tin a se h a n com etido c ru eles genocídios q u e h a n
q u ed ad o p rá c tic a m e n te im punes, s in q u e h a y a h ab id o episo-
dios d e v en g an z a m asiva.
L a re g ia in v a ria b le d e la g e n e ra l in o p e ra n cia del sistem a
p e n a l fre n te a los conflictos m ás g ra v e s y m asivos, sólo p o r
excepción d a lu g a r a v en g an zas; lo q u e su ced e ta m b ié n a este
re sp e c to es q u e los aisladísim os casos q u e se p re s e n ta n son
a lta m e n te publicitad o s, con lo c u al se in stig a a la im itació n
y se in v e n ta u n a re a lid a d q u e c o n trib u y e a fo rta le c e r la jus-
tificació n del ejercicio d e p o d er del sistem a p e n a l y a re-
fo rzarlo **.
C reem os q u e la p ro p u e sta p o r la q u e deb e ap o y arse u n
d erec h o p e n a l m ín im o no es el v iejo a rg u m e n to ilu m in ista,
sin o o tro : e l de re cho pe nal, com o p ro g ram ac ión de la ope ra
tiv id ad de la age nc ia ju d ic ial, de be pe rm ane ce r, e inc lus o
am p liar s u âm b ito , e n la m e d id a e n que la in te rv e n c ión de
esa age nc ia re s ulte m e nos v io le nta que las otras form as o m o
de los e fe c tiv am e nte dis po nible s de de c is ión de los conflictos .
4* B s n o to ria la a la rm a q u e h a n ca u sa d o a lg u n o s c a so s e n B ra
sil; n o o b sta n te, n o s e rep a ra c o n ig u a l alarm a e n e l e le v a d ísim o
n ú m e r o d e e je c u c io n e s p a ra -p o licia les.
112 En b u sca de la s p e n a s p e rd id a s
4 5 p o r ejem p lo , E d w a rd D e B on o, C o n flic to s. U n a m e jo r m a n e
r a d e r e s o lv e r lo s . B s. A s., 1986.
46 Cfr. S eb a stia n Sch erer, I d o n o t w i s h t h i n k w i t h m o â e r a tio n .
S o m e m a te r ia is c o m m e n ts o n a u to p ia n p e r s p e c tiv e , e n “T h e C rim i
n a l J u stic e S y s t e m . . . ’’, cit., 36, págs. 107 y sg ts.
47 Cfr. D e F o lter, op. eit., pág. 48.
R e s pu e s t a a l a d e s l e g it im a c ió n 1 13
52 V. A lcira A rgu m ed o, U n h o r iz o n te s in c e r te z a s . A m é r ic a L a
tin a a n te la R e v o h ic ió n C ie n tífic o -T é c n ic a , B u e n o s A ires, 1987.
118 En bu sc a d e l a s pe n a s p e r d id a s
NECESIDAD Y POSIBILIDAD DE
UNA RESPUESTA MARGINAL
1. L A N E C E S ID A D D E L A R E S P U E S T A M A R G IN A L
P A R A C O N T E N E R E L G E N O C ID IO . 1. L a en cru cija d a de
n u e str o m a r g e n e n e l m a rco d e l p o d er m u n d ia l. 2. L a op e-
r a tiv id a d r ea l d e lo s sis te m a s p e n a le s la tin o a m erica n o s: el
g e n o c id io e n acto. 3. E l p o d er c o n fig u r a d o r d e los siste m a s
p e n a le s la tin o a m e r ic a n o s. 4. L o s a p aratos d e prop agan d a
d e lo s s is te m a s p e n a le s la tin o a m e r ic a n o s (la fá b rica d e la
r e a lid a d ). 5. L a s u s in a s id e o ló g ic a s. 6. E l co n d id o n a m ie n to ,
la e s tig m a tiz a c ió n y la m u erte: la c r im in a liza ció n . 7. L as
ja u la s o m á q u in a s d e d eterio ra r. 8. L a s a g e n c ia s e je c u tiv a s
co m o m á q u in a s d e p o liciza r. 9. L a s a g e n c ia s ju d ic ia le s co m o
m á q u in a s d e b u ro cra tiza r. 10. D e te r io r o s y a n ta g o n ism o s
c o m o p r o d u cto s d e la o p e r a tiv id a d d e lo s s is te m a s p en a les.
11. L a d e str u c c ió n d e lo s v ín c u lo s c o m u n itá rio s. — II. L A
N E C E S ID A D D E U N A R E S P U E S T A M A R G IN A L COMO
IM P E R A T IV O J U S H U M A N IS T A . _ III. L A R E S P U E S
T A M A R G IN A L COMO IM P E R A T IV O ETIC O . — IV . L A
N E C E S ID A D D E RÍESPTJESTA E S U N P L A N T E O O PTI-
M IS T A . — V . L A S D IF IC U L T A D E S P A R A U N A R E S
P U E S T A M A R G IN A L . — V I. A L G U N A S B A S E S P A R A L A
SE L E C C IO N R E A L IS T A Y M A R G IN A L D E E L E M E N
T O S T E O R IC O S. 1. E l c a rá cter r e a lis ta d e la resp u esta .
2. iQ u é es lo m a rgin al? 3. L a o r ig in a lid a d m a rg in a l-sin cré-
tic a d e A m érica L a tin a . 4. L o s p e lig r o s d e l “v é r tig o ” : la
a n tro p o lo g ia filo só fic a y los D e r e c h o s H u m a n o s. 5. E l
re a lism o m a r g in a l e n c r im in o lo g ía y e n d erech o p en a l. 6.
iP o d r ía e x te n d e r s e e l a n á lis is r e a lis ta m a r g in a l a los p lan -
te o s c en tra les? — V II. P O S IB IL ID A D D E R E S P U E S T A
P O L IT IC O -C R IM IN A L D E S D E E L R E A L IS M O M A R G I
N A L . 1. T á c tic a s y e str a té g ia s. 2. L a in te r v e n c ió n m ín im a
co m o tá ctica . 3. “R e fo r m ism o ” y “ra d ic a lism o ”.
2 Cfr. B ru ce N a u ssb a u m , E l m u n d o tr a s la e ra d e l p e tr ó le o . FK
A s.. 1985.
3 Cfr. A lcira A rgu m ed o, U n h o r iz o n te s in c e r te z a s , cit.
124 En busca de la s p e n a s p e rd id a s
12 M ic r o fís ic a .
™ Cfr. M ariano F. Castex - Ana M. Cabanillas, A p u n te s p a r a u n a
c a r c e la r ia , multicop., Buenos Aires, 1986; Stanley
p s ic o - s o c io lo g ía
Cohen - L aurie Taylor, P s y c h ó lo g ic a l S u r v iv a l. T h e e x p e r ie n c e o f
L o n g - T e m i I m p r i^ o n m e n t, Middlesex, 1972; Gustav Nass, D ie K r im i-
n e lle n . S e e le , U m w e lt, S c h u ld u n d S c h ic k s a l, München, 1966.
140 En BUSCA DE LAS PENAS PERDIDAS
vida ad ulta que rep resentan ios fenô m eno s naturales catas
tró fico s, la v io lência p o lítica y no p o lítica, no haber “ d esap a
recid o ” , etc., y o tro sinnúm ero d e facto res cuy o co njunto
co mp o ne ese m ilag ro que lo co lo ca en una situació n tan extre-
m adam e nte priv ile g iad a.
Desde este m ilagro p riv ileg iante basta m irar alred ed o r
p ara p ercatarse que fuero n m ucho s, m uchísim o s más, quienes
frustraro n su esp eranza de vida o quienes, sin fru straria, de
ningún modo p ud iero n lleg ar a esa situació n de p rivilegio .
Esta visió n, que m uestra d escarnad am ente el d esp recio
por la vida hum ana que p ractica el ejercicio de po d er en el
que se enm arca como o p erad or, crea un im p erativ o de co n
ciencia inelud ible, un co m p ro m iso co n to do s los que no p u
dieron ser beneficiário s del m ilagro y ni siquiera d e una
m ínim a p arte del mismo , co n quienes no p udieron o no supie-
ron so rtear los p elig ro s que hacen que e s tar v iv o sea u n m i
lagro en A m érica Latina y que alcanzar el acceso a cierto erra
do de saber sea aún más m ilagro so .
A nte esta co nstatació n, un o p erad or co nsciente no puede
meno s que v iv enciar que ese m ilagro p uede d ejar de serio al
segund o sig uiente, que m ás allá de la m uerte como lim ite
m etafísico , e n nue s tro m arge n hay u n a ac e le rac ión de la m is
m a que e s tá m uc ho m ás acá de este lim ite un iv e rs al y que
este fenóiyieno, desde su p o sició n m ilagro sa, le co m p ro m ete
co n la vida p ara p ro veer una resp uesta a la v io lência que
haga meno s m ilagro sa su vid a y meno s p riv ilegiad a su po
sició n 23.
S i “todos los seres hum anos . . .. dotados com o e s tán de
raz ón y concie ncia, de be n com portars e frate rnalm e nte los unos
c on los otros ”, la m ás e le m e ntal y m ín im a inte rio riz ac ión de
este pre ce pto ge ne ra e l im pe rativ o de v iv e nc iar c ualquie r p ri
v ile g io como u n a o p o rtun id ad frate rna y no com o u n a m e ra
ocas ión de goce he donis ta.
29 La e x p r e sió n p e r te n e c e a K en n eth E . B o u ld in g , T h e E c o n o -
m ie s f o r th e C o rn in g S p a c e s h ip È a r th , e n “T h e E n v ir o n m e n ta l Hand-
b o o k ’’, edit. por G arret d e B ell, N e w Y ork, 1970.
164 En bu sc a d e l a s pe n a s p e r d id a s
30 M artin Buber, iQ u ê es e l h o m b re ?
166 En b u sca de la s penas p e rd id a s
56 R e c ie n te m e n te h a p ro v o ca d o u n in u sita d o r e v u e lo — no del
to d o ju stific a d o — en la in te le c tu a ü d a d eu rop ea el libro de V íctor
F a ria s, H e id e g g e r e ü n a z is m o , T orin o, 1988.
N e c e s id a d y p o s ib il id a d d e u n a r e s pu e s t a 177
5. E l re a lis m o m a r g in a l e n c rim in o lo g ía y e n d e re c h o
p e n a l. E l realism o m a rg in a l desde el q u e p re te n d e m o s ensa-
y a r u n a re sp u e sta , p u e d e a b a rc a r ta n to la d im en sió n crim i-
nológica, com o la p o lítico-crim inal o la ju ríd ico -p en al.
E n lo c r i m i n o l ó g i c o nos p e rm itiria ac e rc a m o s a los m e
can ism o s y efectos de la re a lid a d o p e ra tiv a de n u e stro s siste
m a s pen ales con u n a c la ra y confesa in te n c io n a ü d a d , que
se ria la d e b u sc a r el sa b e r n ecesario p a ra d ism in u ir sus n i
v eles de v io lên cia e n fo rm a in m e d ia ta y p a ra su p rim irlo s en
fo rm a m e d ia ta o com o objetivo o e s tra te g ia “u tó p ic a ” (e n el
sen tid o p o sitiv o de lo “no realizad o ” y n o en el n eg ativ o de
lo “n o re a liz a b le ” ).
N o c r e e m o s e n la s e p a r a c i ó n d e la c r i m i n o l o g í a y la p o l í
tic a c r im in a l, p o r q u e to d o s a b e r c r im in o ló g ic o e s tá p r e v ia
m e n t e d e l i m i t a d o p o r u n a i n t e n c i o n a l i d a d p o l í t i c a ( o “p o lític o -
c r i m i n a l ” s i s e p r e f i e r e ) . L a crim inología n o es, a n u e stro
juicio, “u n a ” ciência, sin o el sab er — p ro v e n ie n te d e m ú ltip les
ra m a s— n ece sa rio p a ra in s tru m e n ta r u n a decisió n política,
cu al es la de sa lv a r v id a s h u m a n a s y d is m in u ir la violência
política en n u e s tro m a rg e n y, a lg ú n dia, lleg ar a la su p resió n
d e .los sistem as p en ales y a su reem p lazo p o r fo rm as efectivas
d e solución de los conflictos, si es q u e n e c e sita n s e r resu elto s,
p u e sto q u e n o to dos los conflictos n e c e sita n reso lv erse n i
ex iste sociedad q u e te n g a cap a cid ad p a ra reso lv er los to d o s 57.
L a d i m e n s i ó n j u r í d i c o - p e n a l d e l r e a l i s m o m a r g i n a l p a re
ce s e r m ás com plicada, p o rq u e el d iscu rso ju ríd ic o -p e n a l qu ed a
desleg itim ad o con la d esleg itim ació n del- sistem a p en al m ism o.
Sin em bargo, esto n o im p id e la c o n stru cc ió n de u n n u ev o d is
cu rso juríd ico -p en al, q u e a ce p te la d esleg itim ació n del ejerci
cio d e p o d er del sistem a p e n a l y q u e se lim ite a p a u ta r las
decisiones d e la s ag en cias ju d iciales con el m ism o objetivo
político d e re d u c ir la violência, to m an d o e n c u e n ta la infor-
E s t o s so n h o y e o n c e p t o s a c e r c a d e los c u a le s n o h a y m a y o r
d isc u sió n e n c a si to d o s lo s cam p os, in c lu so en e l eclesiá stico . V. por
ejem p lo, S o U ic itu d o r e i so c ia lis , C o rta E n c íc lic a d e l S u m o P o n tífic e
J u a n P a b lo I I a l c u m p lir s e e l v ig é s im o a n iv e r s a r io d e la P o p u lo r u m
P r o g r e s s io , Bs. A s., 1988.
59 V. U d a n a . L a P a la b r a d e B u d a , trad. de C arm en D ragon etti,
B arcelon a, 1982.
180 En b u sca de la s p e n a s p e rd id a s
1. B A S E S P A R A S U E S T R U C T U R A C IO N . 1. C lasificación
d e lo s e le m e n to s d ei d iscu rso le g itim a n te . 2. ^Puede con s-
tru irse un d iscu rso ju ríd ico -p en a l lim ita d o a la fu n ció n
pautadora decisoria, q u e s e a ra cio n a l y n o leg itim a n te? —
II. P A U T A S G E N E R A L E S P A R A U N E JE R C IC IO D E
P O D E R L E G IT IM O F R E N T E A U N H E C H O D E P O D E R
D E SL E G IT IM A D O . 1. ;,P uede h a b er u n d iscu rso ju ríd ico-
p en a l racion al fren te a u n sistem a p en a l deslegitim ado'.’
2. E l d erech o penal y el d erech o h u m a n itá rio com o recíp ro
c a s p rolon gacion es. — III. L IN E A M IE N T O S D E L D IS
CURSO D E P A U T A C IO N D E C ISO R IA . 1. R eco n stru cció n
del co n cep to de “p e n a ”. 2. E sta b le c im ie n to d e l h o r izo n te de
p ro y ecció n dei d iscu rso ju ríd ico-p en al. 3 C on cep to del d e
rech o penal a sí d elim itad o. 4. U n a n u e v a etiz a c ió n del d e r e
ch o penal. 5. E l d iscu rso ju ríd ico -p en a l re-etízad o co m o d is
cu rso d e con trad icción . — IV . L A S G A R A N T IA S P E N A L E S
E N U N D ISC U R SO J U R ID IC O -P E N A L R A C IO N A L . I. La
d esleg itim a ció n de la g u erra y dei siste m a penal. 2. Parti-
cularidatfes d ife r e n c ia le s d e los ca m p o s p en a l y ju sh u m a n i-
tario. 3. La fu n ció n d e la a g en cia ju d icia l. 4. U n n u ev o
se n tid o para las g a ra n tia s p en a les. 5. L a s ga ra n tia s com o
lim ite s m á x im o s d e irracionalidad. 6. E l d iscu rso ju ríd ico-
p en al y el “sta n d a rd ” o b ten id o por la a g en cia ju d icial.
7. M en ción y p er sp e c tiv a s d e lo s p r in c ip a le s p r in cip io s p e
n a le s lim ita d o res in a ca b a d o s. — V. P R IN C ÍP IO S P A R A LA
L IM IT A C IO N D E L A V IO L Ê N C IA PO R C A R Ê N C IA DE
E L E M E N T A L IS IM O S R E Q U IS IT O S F O R M A L E S. 1. P r in
c ip io d e r e se r v a d e le y o d e e x ig e n c ia d el m á x im o de le g a
lidad e n se n tid o estricto . 2. P r in c ip io d e m á x im a ta x a tiv i-
dad. 3. P r in cip io d e irretro a ctiv id a d . 4. P r in c ip io d e m áx im o
d e su b o rd in a ció n a la le y p en a l su sta n tiv a . 5. P rin cip io de
r e p r esen ta ció n popular. — V I. P R IN C ÍP IO S P A R A LA
LIM IT A C IO N D E L A V IO L Ê N C IA PO R E X C L U S IO N D E
S U P U E S T O S D E D IS F U N C IO N A L ID A D G R O SE RA PA R A
LO S D E R E C H O S H U M A N O S. 1. P r in cip io d e lim itación
m áx im a de la r e sp u esta c o n tin g e n te . 2. P rin cip io d e lesi-
188 En busca de la s p e n a s p e rd id a s
En tre las m últip les tend encias que alberg o esa actitud g e
neralizad a 4, hubo una que, p o r su p rud ência, fue co nsid erad a
co m o un “ p ro g ram a m ínim o ” d entro d el p ano ram a to tal del
p ensam iento d e la “ naturalez a de las co sas” 5 y que tuv o sin
g ular fo rtu na en el cam p o del saber juríd ico -p enal: la te oria
de las e s truc turas lógico- reales (s ac hlog is c he n S tru k tu re n ) G.
La teo ria d e las estru ctu ras ló gico reales fue llevad a al
d iscurso juríd ico -p enal, p ero lim itand o su ap licació n a la teo
ria d el d elito , d o nde p ro d ujo co nsid erables câm bio s y generó
u na larg a p o lêm ica que trascend ió am p liam ente las fro nteras
alem anas.
No es necesario que reiterem o s aqui la m ism a, p uesto que
es co no cid a en nu estro m arg en d esd e hace casi tres d écad as.
El artífice alem án de ella fue. o bv iam ente, H ans W elzel.
No o bstante, el p ensam iento juríd ico -p enal alem án post-w elze-
liano inco rp o ro , como co m p o nente que p arece ya casi irrever-
sible, la estru ctu ra co m p leja del tip o p enal (ubicació n de dolo
y culp a co m o estru ctu ras típ icas), p ero aband o no el fund a
m ento w elz eliano de las estru ctu ras ló gico -reales, que p rácti-
cam ente no se m encio nan en la d o ctrina actual. El m o vim ien-
to de “ v uelta al realism o ” en el d iscurso juríd ico -p enal, que
tanto ím p etu tu v iese hasta la d écad a de los ano s sesenta, se
opacó y llegó casi a d esap arecer en los últim o s v einte anos.
Este fenô m eno es suscep tible d e d iferentes lecturas y , de
hecho , ellas han tenid o lug ar. Se ha afirm ad o que la teo ria se
“ ag o tó ” j que fue d escartad a po r infecund a; se ha so stenid o
tam bién que to d a referencia al “ o nto lo gism o ” es reaccio naria
4 U n a m p l i o p a n o r a m a e n L tiis R e c a sé n s S ie h e s, E x p e r ie n c ia
j u r íd ic a , n a tu r a le z a d e la c o sa y L ó g ic a “r a z o n a b le ”, M é x ic o , 1971.
5 A sí, A le ssa n d r o B aratta, II p r o b le m a d e lia n a tu r a d e l f a tto .
S tu d i e d is c u s s io n i n e g li u l t im i d ic c i a n n i, en “A n u á rio B ib lio g rá fico
di F ilo so fia d el D ir itto ”, M ilano, 1968. pág. 227; d el m ism o. u n a v e r
sió n de las d istin ta s co r r ie n te s, m u y bden sin tetiza d a , en: N a t u r d e r
S a c h e u n d N a tu r r e c h t, en “D ie o n to lo g isc h e B e g r ü n d u n g de.s Reoht.s”.
D a rm sta d t, 1965; J u r is tis c h e A n a lo g ie u n d N a tu r d e r S a c h e . en “p o st.
f .E r ik W o lf”, pág. 137: R e c h t s p o s i t iv i s m u s u n d G e s e tz p o ò itiv is m u s .
e n A R S P . 1968. L IV /3 , pág. 325: L a te o r ia d e lia ria h ira d e l f a t t o nlia
lu c e d e la “n u o v a r e tó r ic a ” en "A nnali d elia F a co ltà G iuridica. U ni-
vei-.sità d eg li S tu d i di C am erin o”, M ilano, 1968, pág. 39.
6 H an s W elzel, A b h a n d lu n g e n zu m S tr a f r e c h t u n d z u r R e c h t-
s p h ilo s o p h ie . B erlin . 1975.
196 En b u sca de la s p e n a s p e rd id a s
7 Sobre ellas, v. el T . II d e n. T r a ta d o d e D e r e c h o P e n a l.
Un m o d e lo c o n s tr u c tiv o 197
i ° P u e d e v e r s e el d e s a r r o llo c o n v e n c io n a l d e s u p u n to d e v is t a
al resp ecto en el parágrafo 32 d e D a s d e u ts c h e S tr a f r e c h t, 1969.
200 En b u sca de la s p e n a s p e rd id a s
p enal leg itim ante y , co n ello , qued aria en evid encia la falsed ad
d e to d o el d iscurso juríd ico -p enal leg itim ante.
Creem o s que la teo ria d e las estru ctu ras ló g ico -reales no
fue arc h iv ad a p o r infe c un d a, s ino porque , aplic ad a a la te oria
de la pe na, h ub ie ra d&s le gitim ado al s is te m a p e nal y desmisti-
fic ado al dis curs o jurídico- pe nal.
La teo ria de las estru ctu ras ló g ico -reales es “ infecund a”
p ara co nstru ir un d iscurso leg itim ante d el sistem a p enal en
un m o m ento de p ro fund a crítica so cial, p ero la creem o s aún
m uy “ fecund a” p ara co nstru ir un d iscurso que asum a la des-
Jegitim ació h d el ejercicio d e p o d er d el sistem a p enal n .
La teo ria d e las estru ctu ras ló gico -reales, p o r o tra p arte,
no llev a a ning ún red uccio nism o : sim p lem ente le ind ica al
ju rista la necesid ad de v incu larse y resp etar los entes- a que
se refiere, tal co m o se d an en los resp ectiv o s ó id enes del
m und o, lo que, co m o es natu ral, le rem itirá frecuentem ente
a Ias d isp utas acerca d e esos o rd enes y d e las estru ctu ras ón-
ticas del mund o, d iscusió n que es inelud ible en la co -existencia
v que, co m o es o bvio, no p uede elud ir cu alq uier p autació n
d e la m ism a.
Bu scar la “ segurid ad ” m ed iante la co nstrucció n de un
mund o en que to do esté “ acabad o ” y el d ev enir d etenid o , es
11 B s c u r io so q u e e s ta te o r ia se a rech a za d a y p a u la tin a m e n te
p a se a o c u p a r s u lu g a r e l fu n c io n a lism o e n A le m a n ia F ed era l; que
lo s s o v ié tic o s la r e c h a c e n p o r q u e p e r m ite q u e e l ju e z h a g a u n a in ter-
p r e ta c ió n a rb itra ria y c o m p le ta m e n te ilim ita d a d e l co n c e p to d e trai-
c ió n a la p a tria y d e o tr o s d elito s, s i e sa in te r p r e ta c ió n e s fa v o ra b le
a la s ca p a s d ir ig e n te s d e la so cied a d , e s d ecir, “a lo s c ír c u lo s m on o-
p o lístic o s y v in d ic a tiv o s d e la (R epública F e d e r a l A le m a n a ” (Zdra-
v o m íslo v , S c h n e id e r , K é lin a y R a sh k ó v sk a ia , D e r e c h o P e n a l S o v i é t i
co. P a r t e G en eréL , B o g o tá , 1970, pág. 547) ; q u e h a y a s id o rech azad a
por e l p e n a lism o e sp a n o l e n tie m p o s d ei fr a n q u ism o (co n la sa lv ed a d
d e C erezo M ir y u n o s p o c o s ) ; quie h a y a s id o rech a za d a p o r lo s p en a -
lis ta s ce r c a n o s a lo s c ír c u lo s d e la s dictadura® m ilita r e s d e l “co n o
s u r ”, q u ie n e s p o r lo b a jo la ca ta lo g a b a n d e “m a r x ista ” a u n q u e u n o
só lo d e lo s m á s c o n sp ic u o s r e p r e se n ta n te s d e l p e n a lism o r io p la te n se
d e “se g u r id a d n a c io n a l” lo p u so p o r e sc r ito ; “L o c u a l —s e n o s ocu-
rre— p u e d e tra n sfo r m a r a l d e r e c h o p e n a l e n e l p a ra íso d e lo s doc-
trm a r io s d e la n u e v a W e lta n s c h a u n g ( s ic ) , r e su e lta e in terp reta d a
se g ú n la s m e n ta d a s v e r d a d e s etern a s, o c o n sid era r c o n a rg u m e n to s
m e ta ju ríd ico s, q ue e l d erech o p en a l e s e l in str u m e n to té c n ic o para
a se g u r a r la p r e s e r v a c ió n d e la s m a s a s p r o le ta r ia s ” (F ern a n d o Ba-
y a r d o B en g o a , D o g m á tic a ju r íd ic o - p e n a l. R e fo r m iU a c ió n y p e r s p e c t i
v a s , M ontevíideo, 1983, pág. 58).
Un m o d e lo c o n s tk u c tiv o 201
guno de los m ode los de s o luc ión de c onflic tos de las re s tante s
ram as de l de re cho.
2. E sta b lecim en to d el h orizonte de p royección del d is
curso ju rídico-penal. Co ncebid a la p ena co nfo rm e a los dato.s
ó ntico s senalad o s, qued aria fu era del arb itrio de la ag encia
leg islativ a su straer m atéria p enal recurriend o a una m era al-
teració n d el n o m e n ju ris .
Po co im p o rta la fo rm a en que la ag encia leg islativ a quiera
llam ar a una p ena, pues lo im p o rtante siem p re serán los dos
datos d e realid ad que co nsig nam o s: inflicció n de d o lo r e in-
ad ecuació n a los mo delo s de so lució n de co nflicto s de las res
tantes ram as ju ríd icas.
Si co n este co ncep to de p ena establecem o s el ho rizo nte
de p ro yecció n d el d erecho p enal, v erem o s que entran en su
âm bito cam p o s inso sp echad o s, a los que el d iscurso trad icio nal
del d erecho p enal no s aco stum bró a v er siem p re co mo ajeno s
al m ism o , en funció n de lo s elem ento s neg ativ o s racio naliz an-
tes a que no s hemo s v enid o refiriend o .
A títu lo m eram ente ejem p lificativ o y p ro visio nal, v ere
mo s que so n efectiv am ente p enas o que, al m eno s, co rresp o nd e
abrir el d ebate y establecer las necesarias lim itacio nes, res
p ecto de las sig uientes co nsecuencias ju ríd icas:
a) Sancio nes co ntrav encio nales.
b ) Sancio nes m ilitares.
c) Sancio nes g raves del d erecho ad m inistrativ o .
d ) Inhabilitacio nes e interd iccio nes d isp uestas por ag en
cias ad m inistrativ as o co rp o racio nes.
e) Priv acio nes de libertad p o r estad o s de em erg encia po
lítica.
f) M ed idas p ara m eno res.
g ) M edid as p ara ad ulto s.
h) Reclu sio nes p siq uiátricas.
i) Reclu sio nes asilares d e anciano s.
j) Clausuras d e establecim iento s, p ro hibicio nes de esp ec
táculo s, censuras, neg ació n de d o cum entació n, licen
cias, etc.
212 En bu sca de la s p e n a s p e rd id a s
m ode los u opcione s no c o ntradic torios p ara los c onflic tos que
e l pode r de las re s tante s age ncias s e le cciona p ara s om e te rlos
a s u de c is ión, d e l m odo que s o c ialm e nte re s ulte m e nos v iole nto.
En esta co ncep tuació n no s referim o s al po d er d eciso rio
de la ag encia ju d icial y no al po der p ara re s olv e r lo s co nflic
to s, p o rque p artiend o d e la inc ap ac id ad de l m ode lo p e n al p ara
“re s olv e rlos ”, no es pos ible as ignarle e s ta fu n c ión , s ino s ólo
la de “de c idirlos ”, e s table cie ndo s i e x is te e l c o nflic to , s i debe
im po ne r la p e na y q ué pe na de be im pone r.
La ag encia ju d icial, co n la actu al co nfig uració n d el po der
so cial, no p ued e p retend er reso lv er lo s co nflicto s, sino lim itar-
se y esfo rzarse p o r red ucir al m ínim o la interv enció n siem p re
v io lenta del hecho d e p o d er d el tiem p o d e la p o lítica.
En cuanto a la bús que da de la de c is ión s ocialm e nte m e
nos v io le nta, d ebe tenerse p resente que es la fu ente d e legi-
tim ació n del ejercicio d e p o d er d eciso rio d e la ag encia ju d icial.
Seria ésta la no ta que d o taria d e racio nalid ad (leg itim i
dad) a su p o d er d eciso rio . Cabe co nsig nar que el co nflicto y a
lleg a a la ag encia ju d icial co n u n co nsid erable grad o d e v io
lência p racticad a o inco rp o rad a, intro d ucid o p o r las ag encias
no ju d iciales que han interv enid o p rev iam ente en fo rm a se-
lectiva. Po r end e, to d a interv enció n d el sistem a p enal es
v io lenta (al m eno s, p o r su selectiv id ad , sin co ntar co n las o tras
no tas m ucho m ás m arcad as) y , en los po co s caso s que se so-
m eten a la d ecisió n d e la ag encia jud icial, lo único que ésta
pued e hacer es co ntro lar la v io lência, p ero nunca sup rim iria,
dado que la m ism a ya lleg a en buena p arte co nsum ad a.
VII. PRINCÍPIOS p a r a l a l i m i t a c i o n d e l a v i o l ê n c ia
POR EXCLUSIÓN DE CUALQUIER PRETENSION
DE IMPlTTACION PERSONAL EN RAZON
DE SU NOTORIA IRRACIONALIDAD
I. H A C IA U N A P A U T A C IÓ N D E C IS O R IA NO L E G IT I-
M A N T E . 1. L a fu n c ió n te ó rica d e la “c o n str u c c ió n d el
d e lito ”. 2. “E l” d e lito n o e x iste . 3. L os re q u isito s e le m e n ta le s
y m ín im o s p ara la p a u ta c ió n d eoisoria. 4. E l d eb ate sob re
la n a tu ra leza d el in ju sto . 5. L a in te rp reta ció n con glob ad a
de lo s tip o s p e n a le s com o in str u m e n to lim ita d o r. — II. L A
C R IS IS D E L A C U L P A B IL ID A D . 1. L a d e sle g itim a c ió n de
la “r esp ro ch a b ilid a d ”. 2. E tica, rep roch ab ilid ad v cu lp a b iii-
dad. — III. LOS R E Q U IS IT O S D E R E S P O N S A B IL ID A D .
1. iQ u ién e s “r e sp o n sa b le ”? 2. L a cu lp a b ilid a d por la v u ln e
rab ilid ad com o b a se de la r e sp u e sta c rim in a liza n te. 3. N i
v e le s d e v u ln e r a b ilid a d y cu lp ab ilid ad . 4. E l e sfu e r z o per-
so n a l para la v u ln era b iid a d . 5. C u a n tifica ció n p en al y
cu lp a b ilid a d p or la v u ln e r a b ilid a d o por e l e sfu e r z o p erso-
n a l p or la v u n era b ilid a d . 6. iS e p r e te n d e u n a n u e v a “tó p i
ca ”? 7. ;,La cu lp a b ilid a d p o r la v u ln e r a b ilid a d es d e acto o
d e autor? 8. P en a sin cu lp a b ilid a d o la p o sib ilid a d de la
aberraoión tolerad a. (L a p elig ro sid a d d e l siste m a p e n a l).
ció n del bien ju ríd ico a una categ o ria fo rm al, a rep ro charle
a la p erso na seleccio nad a su p erso nalid ad o tem p eram ento y.
en d efinitiv a, a una etizació n dei saber p enal q ue po co o nad a
tiene que env id iarle a la anterio rm ente d escrip ta, p ese a que
en este caso se o peró m ás o m eno s encubiertam ente.
Por am bos cam inos de la o pc ión que se quis o p lante ar
p ara le g itim ar el e je rcic io de pode r de l s is te m a pe nal, se de-
d u jo u n c o njunto de e le m e ntos pautadore s de l dis c urs o ju r í
dico- penal que , e n lu g ar de s e rv ir p ara lim it a r la v io lê nc ia
s e le ctiv a p autad o ra de l s is te m a pe nal, re s ultaro n func io nale s
a la m is m a, al m e nos e n la v e rs ión de v arios de s us m ás
cons pícuos autore s .
• Cuando no s d esem barazam o s de cualq uier intento de ra-
cio nalizació n leg itim ante y tratam o s de reco nstru ir el d iscurso
juríd ico -p enal asum iend o la d esleg itim ació n del po d er d el sis
tem a p enal como un d ato de su realid ad o p erativ a, se nos
o curre que el requisito m ás elem ental que pued e co ntener
este d iscurso es la acció n o co nd ucta hum ana.
Es tan elem entai que jam ás podemos to lerar que se nos
“ inv ente” un co ncep to de acció n hum ana que no resp o nd a a
datos ó ntico s, po rque nunca la ag encia ju d icial p uede co nsen
tir que la crim inalizacíó n en curso siga avanzand o si, po r lo
meno s, en el niv el de los requisito s m ás p rim ário s co n que
debe lim itar la arbitraried ad selectiv a, no p uede reco no cerse
una acció n de la p erso na crim inalizad a.
Nos enco ntram o s co n la necesid ad de elabo rar un d iscurso
lim itad o r v no hay lim ite cuy a eficacia no se neu tralice cu an
do se lo establece en un d iscurso cuy as bases gno seo ló gicas
p erm iten que se lo m anip ule en fo rm a tal que el co lo r de los
o jo s pueda llam arse “ acció n” . Con un d iscurso tan p erv erso ,
H ero des po d ría ser ju ez de cualq uier rep ública y se d iria que
resp eta los Derecho s Humano s.
A nte sem ejante p ersp ectiv a es evid ente que el co ncep to
ó ntico de acció n es elem entalísim o p ara co ntener la arb itra
riedad selectiv a del sistem a penal.
Desd e el âng ulo de un d iscurso que p aute d ecisio nes en
fo rm a lim itativ a, tam p o co resulta ad m isible em barcam o s en la
falsa opción entre d esv alo r del acto y d esvalo r del resultad o :
L im it a c ió n d e l a v io l ê n c ia s e l e c t iv a 259
nam iento exclu siv am ente p o sitiv ista legal que habían tenid o J.
En 1972 estalló un co nsid erable escând alo cuand o un tribunal
alem án abso lv ió a un m éd ico que había co o p erad o en la selec
ció n d e p acientes incurables p ara su exterm inio , co nsid erand o
su ju v entud al tiem p o d el hecho y su fo rm ació n en una u n i
versid ad enteram ente d o m inad a p o r la p ro p ag and a n a z i5.
A d em ás de esto , es realm ente d ifícil estab lecer el grad o
d e rep ro chabilid ad ; en d efinitiv a, éste suele resu ltar casi tan
arb itrario co mo el d e p elig ro sid ad u o tro s sim ilares. En la
p ráctica, la rep ro chabilid ad nunca fue critério útil p ara la
cu antificació n de la p ena y la p o breza d o g m ática en esa m a
téria es la m ejo r p rueba d e que siem p re se o cultó u na falência
d o g m ática o d iscursiv a, d ificilm ente salv able. Se v io laro n fre-
cu entem ente las p au tas de la culp abilid ad d e acto o “ po r el
inju sto ” (cay end o en culp abilid ad de “ c arác ter” o p o r la “ con-
d ucció n de la v id a” ), se so stuv o un co ncep to d iferente de
culp abilid ad p ara la cu antificació n p enal (d e “ acto ” en la
teo ria del d elito , de “ c arác ter” en la teo ria de la p en a), no se
p o d ían ju stific ar las co nsecu encias d e la reincid encia, etc.
El p rincip io según el cual la p ena — o su m áxim o —■se
m id e p o r la culp abilid ad , fue m ás un enunciad o que un con-
tenid o . Su única v entaja co nsistió en neu traliz ar el bo cho r-
no so ju icio de “ p elig ro sid ad ” ^àel bio lo g ism o -racista que regia
anterio rm ente — lo que es un co nsid erable m érito — y v o lv er
a co lo car la cu estió n so bre un p lano ético , pero , sup erad a la
aberració n p o sitiv ista, su utilid ad fue escasísim a, p o rque en
el p lano ético nunca lo g ró reso lv er lo s p ro blem as y, m ás aún,
se trató de m anip ular éste en fo rm a tal de o btener las m ism as
co nsecuencias p rácticas que co n la “ p elig ro sid ad ” , sólo que
p o r una v ía p retend id am ente ética.
Po r o tra p arte, b asta d etenerse un instante a o bserv ar la
realid ad , a co no cer a lo s m o rad o res hab itu ales de nuestro s
cam p o s d e co ncentració n del m o m ento de la p o lítica, p ara v er
q ue los p riso nizad o s po r ese hecho d e p o d er, co m o p risio ne
ro s de la g uerra sucia del m o m ento de la p o lítica, en su
4 V. G u sta v R ad b ru ch , G e s e t z i i c h e s U n r e c h t u n d ü b e r q e z c t z l i -
c h e s R e c h t , en “R e c h tsp h ilo so p h ie ”, S tu ttg a r t, 1970, pág. 317.
5 Ver H arro Otto, op. cit., págs. 179-180.
268 En busca de la s p e n a s p e rd id a s
7 V. s u p r a , pág. 213.
8 “R esp o n sa b ü id a d ”, ta n to en su e tim o lo g ia la tin a com o g e r m a
na ( V e r a n H v o r t l i c h k e i t ) h a ce refe r en cia a “r e sp u e sta ”. Su ap arición
e n in g lê s, al m en o s, p a rece q u e tie n e e l s e n tid o q u e le da mo*, p u es
se d ice (A b b a g n a n o , cit., pág. 749) q u e tu v o lu g a r en E l F e d e r a l i s t a
co n e l s e n tid o d e “g o b iern o r e sp o n sa b le ” y , en g e n e r a l, co n el s ig
n ific a d o d e r e sp o n sa b ü id a d p o lítica ( E l F e d e r a l i s t a e s c r i t o e n 1788
p&r lo s S r e s . H a m i l t o n , M a d i s o n y J a y , s o b r e i a N u e v a C onstitución,^
c o n u n a p ê n d i c e , etc., trad. d e Ild e fo n so Isla. B s. A s.. 1887. pág. 4?>2).
272 En b u sca de la s p e n a s p e rd id a s
9 F o u ca u lt, E l s a b e r y la s f o r m a s j u r íd i c a s , cit.
i° La eq u ip a ra ció n fu n c io n a l d el “ju ic io d e D io s” y la “leg a li
dad” en cu a n to a la e lu sió n d e resp o n sa b ilid a d ju d icial la habíam os
sen a la d o en n. en sa y o S o c io l o g ia P r o c e s a l P e n a l, M éxico, 1969, pág.
44, en un m arco m u ch o m á s in g ên u o .
L im it a c ió n d e l a v io l ê n c ia s e l e c t iv a 273
V. s u p r a . pás*. SS.
L im it a c ió n d e l a v io l ê n c ia s e l e c t iv a 275
e ncue ntre u n c rité rio rac ional, que no re s ulte é ticam e nte des-
calificado, desde el c ual pue da p au tar sus de cis ione s .
Hemos v isto que la ag encia ju d icial ejerc e un po der muy
limitad o. No o bstante, tiene un cierto poder que, p o r lim itad o ,
d ebe ad m in is trar rac ionalm e nte . ,
La agencia ju d icial p enal carece d el poder necesario p ara
p ro d ucir el inm enso cam bio so cial que req u eriría la o btenció n
del o bjetiv o m ed iato o utó p ico de su estrateg ia ( la abo lició n del
sistem a p enal) y, p o r ende, lo único que debe hacer es lo que
puede, o sea, red ucir su vio lência selectiv a y arbitraria en
fo rm a p ro g resiva y siem p re abierta o “ inacabad a” .
Su re s pons abüidad c rim in aliz an te será m ayo r cuanto m e
no r sea su poder lim itad o r en el caso co ncreto y v icev ersa.
En cada caso , habrá un “ esp acio ’ ’ d e ejercicio d e p o d er d ife
rente y, cuanto m eno r sea el esp acio , meno s po drá ev itar la
crim inalizació n, v viceversa.
Pero , ;cu ál es ese “ esp acio ” ? iQ ué le senala los lim ites
a su poder en cad a sup uesto p articular?
Creemo s que es más o meno s claro que cuand o una p er
sona se co lo ca en situació n de \A oilnerabilidad es cuand o el
sistem a p enal la seleccio na y la instrum enta p ara ju stific ar
su propio ejercicio de poder.
Es el grado de v ulnerabilid ad al sistem a p enal lo que
d ecide la selecció n y no la co m isió n de un injusto , po rque hay
m uchísim o ? más injusto s p enales iguales v peores que d ejan
ind iferente al sistem a penal.
En la p ráctica, e l grado de e s fue rzo que u n a pe rs ona rea
liz a para colocarse en s itu ac ión de v u ln e rab ilid ad es directa-
raente proporc io nal al aporte fortale c e dor de la ilu s ión que
de l s is te m a p e nal “inv e ntam ’’ sus aparatos de propaganda y
s us dis curs os de jus tific ac ión . De este modo, cuanto m ay or es
e l e s fue rzi. y el cons iguie nte aporte al fortale c im ie nto de l s is
te m a qtLe la pe rs ona ha he cho para colocarse e n s itnac ión de
v uln e rab ilid ad a s u pode r, m e nor es e l e s pacio de que dis pone
la age ncia ju d ic ial p ara o bs tac idiz ar u n a re s pue s ta c rim in ali
z ante o p ara d is m in u ir la inte ns id ad de la re s pue s ta.
El esfuerzo que la p erso na hace p ara co lo carse en situa
ción de vulnerabilid ad no es algo que la ag encia jud icial le
276 En bu sc a d e l a s pe n a s p e r d id a s
P R E S E N T A C IO N ............................................................................................ 9
Pr im e r a Pa r t e
C a p ít u l o P r im e r o
C a p ít u l o Seg u n d o
Se g u n d a P a r t e
RESPUESTAS A LA DESLEGITIMACIÓN
Y A LA CRISIS
C a p ít u l o Ter cer o
C a p ít u l o Cu a r t o
N EC ESID A D Y PO SIBILID A D
D E UN A R ESP U EST A M A RG IN A L
Ter cer a Pa r t e
C a p ít u l o Q u in t o
C a p ít u l o Sex t o
LA L IM IT A C IO N D E LA V IO L Ê N C IA S E L E C T IV A
PO R LA LLAM A DA “T E O R IA D E L D E L IT O ”