Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Benjamin - Obras II-1
Benjamin - Obras II-1
lib r o J J /v o l.l
^AI.TEll
: ^ALTER
B e n ja m ín
Estudios metafísicos
y de filosofía de la historia
B
32Ü9:B58
T53/V.2 P t
W A L T E R
B e n j a m ín
OBRAS
EDICIÓN DE
R o l f T ie d e m a n n y H e r m a n n S c h w e p p e z th a u s e e
CON I A COLABOHACIÓN DE
T iie o d o r W . A d o r n o y G e r s h o m S c h o l e m
A B A D A E D ITO R E S
OBRAS
T H E P U B L I C A T I O N O F T H I S W O R K W AS S U P P O R T E »
B Y A G K A N T F R O M T H E G O E T H E —I N S T I T U T
L A P U B L IC A C IÓ N DE E ST A O B R A H A C O N T A D O
C O N U N A A Y U D A D EL G O E T H E -IN S T IT U T
Reservados tod o s lo s derechos. N o se p erm ite rep ro d u cir, alm acenar en sistemas de
recuperación de la inform ación n i transmitir alguna parte de esta publicación, cualquiera
q u e sea e l m ed io e m p le a d o —e le c tró n ic o , m e c á n ic o , fo to c o p ia , g ra b a ció n , etc,—t
s in el p erm iso p rev io de Los titu lares de lo s d ere ch o s de la p ro p ie d a d in telectu a l.
© SuH R K AM P V e r l a g , F r a n k fu r t a m M a in , 1 9 8 9
© A b a d a E d i t o r e s , s . l ., 2 0 0 7
para todos los países de lengua española
P la z a d e J e s ú s , 5
2 8 014- M a d r id 1
T e l . : ( + 3 4 ) 9 1 4 3 9 6 8 8 2 / fa x : ( + 3 4 ) 9 1 4 2 9 7 5 0 7
h t t p ¡ /A v w w .a b a d a e d it o r e s .c o m
d is e ñ o E st u d io J o a q u ín G a l l e g o
p r o d u c c ió n G U A D A LU PE G lS B E R T
ISBN 9 7 8 - 8 4 - 9 6 2 5 8 - 6 1 - 7 [ o b r a c o m p le t a ]
ISBN 9 7 8 - 8 4 - 9 6 3 5 8 - 9 1 - 4 [v o i- I I - lJ
d e p ó s it o le g a l M -I0 3 5 0 -2 0 0 7
p r e im p r e s ió n D alubert A t.i.t
im p r e s i ó n EGESA
W ALTER
B e n ja m in
o b r a s
lib r o II/ v o i. 1
Primeros trabajos
de crítica de la educación y de la cultura
EDICIÓN DE
R o l f T ie d e m a n n y H e r m a n n S c h w e jp p e n h a u s e h
TRADUCCIÓN
Jo bge N avarro P érez
«O B R A S »
A B A D AEOITORES
PRIMEROS TRABAJOS
DE CRÍTICA DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
LA BELLA DURMIENTE14
E l re p re se n ta n te m ás u n iv e r sa l d e la ju v e n tu d es F au sto, p u e s su
vid a en tera es ju v e n tu d ; n o estando lim ita d o e n parte algu n a, ve c o n t i
n u am en te nuevas m etas q u e tien e q u e c o n se g u ir q u e se rea licen ; y u n a
p erso n a es jo v e n m ien tras n o haya realizado su id eal p o r c o m p leto . Éste
es el sig n o d e l en v e je cim ie n to : ve r lo p e rfe c to e n lo d a d o . D e a h í que
Fausto te n g a q u e m o r ir , q u e su ju v e n tu d acabe e n el in s ta n te e n q u e
d isfru ta de lo d ado y e n q u e ya n o desea n ad a m ás. S i sigu iera viv ien d o ,
sin d u d a en co n tra ría m o s en él a u n A n to n io . E n Fausto se n os m uestra
cla ram e n te p o r q u é estos h éro e s ju v e n ile s n o h a n de « lle g a r a n a d a » ,
p o r q u é su c u m b e n e n el in s ta n te de la c o n s u m a c ió n o h a n d e lu c h a r
in fru ctu o sa y etern a m en te p o r lo s ideales.
Ib se n h a p re se n ta d o e s p e c ia lm e n te e n d os tip o s c o n m o v e d o re s a
esas personas q u e lu ch a n sin éxito p o r el ideal: el d o c to r S to ck m an n e n
Un enemigo del pueblo y, de m an era a ú n m ás serena y co n m o ved o ra , e l G r e -
gers W erle d e l Pato salvaje. G r e g e rs W e rle e n c a rn a de m a n e ra esp ec ia l
m en te b ella lo q u e es p ro p ia m e n te ju v e n il, la fe en él id eal y el sa crifi
cio q u e lo g ra p e r m a n e c e r in q u e b r a n ta b le a u n q u e el id e a l sea
irr e a liz a b le p o r c o m p le to o r e su lte in c lu s o d e sd ic h a d o . (P u es a
m e n u d o la d ich a y el id eal se m u estra n c o n tra rio s.) E n e fe cto , al fin a l
d el Pato salvaje, cu an d o G regers ve las con secu en cias de su fan ático id e a
lis m o , su d e c is ió n d e serv ir al id e a l p e rm a n e c e fir m e . Y si el id e a l es
irrealizab le, la vid a carece de va lo r p ara él; en ton ces, la tarea d e su vida
es « s e r el d e c im o te rc e ro d e la m esa » , es d ecir, m o r ir . E n el Pato salvaje
sobresale otra cosa. G o m o tantas obras de Ib sen , Pato salvaje está im p u l
sada p o r p rob lem as, p e ro n o los resuelve. Estos p ro b lem a s son ta n sólo
el fo n d o , la atm ósfera d e la ép oca, d e la cu al sobresale el carácter de u n
G rege rs, q u e resuelve e n sí m ism o lo s p ro b le m a s de la c u ltu ra a través
de su p r o p ia vida, la v o lu n ta d e in te n c ió n de su a cc ió n m o ral,
Ib sen expuso a la ju v e n tu d co m o tal e n el p erso n a je de H ild e Wan -
gel de El arquitecto Solnefi. P ero n u estro in terés se d irig e al a rq u itecto , n o
a H ild e W angel, que sólo es sím b o lo p á lid o d e la ju v e n tu d .
P aso, p o r ú ltim o , al m ás r e c ie n te p o e ta d e la ju v e n tu d , q u e es al
tie m p o u n p o e ta d e la ju v e n tu d a ctu al, an tes q u e lo s dem ás q u e h e
m e n c io n a d o : C a r i S p itte le r 171. G o m o Shakespeare enH am let, y al igu al
q u e Ib sen e n sus dram as, S p itteler n os presenta u n o s h éro es q u e su fren
p o r el id ea l. Más claram ente que e n Ib sen todavía, p o r u n id eal u n iv e r-
lá h u m a n id a d , es d e c ir , la cultura. Y la e x p r e s ió n d e esta n u e s tr a
v o lu n ta d es: la e d u c a c ió n .
R e p r o d u c ir valores s ig n ific a o tra cosa tod a vía . E l p r o b le m a n o es
sólo la reproducción d e lo esp iritu a l, a saber, la cu ltu ra (en este s e n tid o ) ;
la segun da exigen cia es la r e p r o d u c c ió n d e lo espiritual. S u rg e así la p r e
g u n ta d e q u é va lo res q u e re m o s d e ja r a n u e stro s d e sc e n d ie n te s c o m o
legado su p rem o . L a re fo rm a escolar n o es só lo la re fo rm a de la r e p r o
d u c c ió n de lo s va lo res, sin o q u e al m ism o tie m p o es la re v isió n de los
m ism os valores. Este es su segu n do sign ificad o fu n d a m en ta l para la vida
cultural.
E n la re fo rm a escolar de n u estros días se m an ifiesta claram en te esta
d o b le r e la c ió n c o n la c u ltu ra . S u r g e n n u ev o s m é to d o s d e e n s e ñ a r y
ed u ca r. A q u í se trata d e l tip o d e r e p r o d u c c ió n , y es b ie n c o n o c id a la
plu ralid ad d e exigencias q u e se p la n tea n . Se p u e d e ca lifica r d e urgente la
exigencia d e veracidad en los m éto d o s educativos. Se c o n sid e ra in d ig n o
q u e el m a estro tran sm ita u n saber de cuya n e c e sid a d n o está c o n v e n
cido, q u e ed u q u e al n iñ o o al ad olescen te c o n m ed id as (castigos) q u e n i
siq u ie ra él se to m a e n se rio , o q u e em ita u n ju ic io d e c o n d e n a m o r a l
so n rie n d o p o r d en tro (« es p o r su b ie n » ) . L a re la c ió n c o n el p ro b le m a
cu ltu ra l está cla ra. H a y q u e e n c o n tr a r u n a salid a al c o n flic to e n tre el
d e sa r ro llo n a tu r a l y vera z (d e u n a p a rte ) y la tarea de tr a n s fo r m a r al
in d iv id u o n a tu ra l e n in d iv id u o cu ltu ra l (de o tra p a r te ), u n a tarea qu e
n u n ca p o d rá llevarse a cabo sin vio le n cia.
Y sin em b argo casi te n d ría m o s q u e d ecir q u e a q u í n o se com bate si
echam os u n vistazo al o tro cam p o de batalla, e n el q u e se lu ch a p o r los
valores, p o r lo s valores a legar a la nueva g e n e ra c ió n . Es u n salvaje a lb o
ro to . N o hay u n o s p o co s ejé rc ito s d e u n o s p o co s rivales, sin o la lu ch a
e n c a rn iza d a de to d o s c o n tr a to d o s . J u n to al esc u d o y la esp ad a (e
in clu so las flech a s e n v e n e n a d a s), cada u n o va a d o rn a d o c o n el esta n
darte de u n b an d o . L o s grandes rivales q u e lib r a n e n la vida p ú b lica u n a
batalla m ás lib r e y m ás alegre, lo s d efe n so res d e las g ra n d es ideas r e li
giosas, filosóficas, sociales y estéticas contrapu estas, in te n ta n afirm arse
en este cam p o fre n te a q u ie n e s lu ch a n p o r u n a asign atu ra en c o n c re to
( « g r ie g o » , « in g lé s » , « la t ín » , « m a n u a lid a d e s » , « p o lít ic a » , « g im
n a sia » ). S o n u n o s co m b a tie n te s m u y capaces, in su stitu ib les; p e ro tan
sólo crean c o n fu sió n si n o e n c u e n tra n su lu gar en el ejército de u n o de
los grandes rivales y se alian a las grand es c o n tra p o sicio n e s cuyo fresco
grito de g u erra se ahoga en tre lo s m u ro s d e la escuela.
l 6 PRIMEROS TR A B A JO S DE CR ÍTICA DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
I.:: B en jam ín n o p u b licó n u n ca este texto, que escrib ió en tre fin ales de 1912 y p r in c i
pios de i 9 I 3 -
2 La palabra alem ana Phtfrsfer era utilizad a desde fin ales d el siglo XVIII p o r los estudian
tes de un iversidad para referirse despectivam ente a las personas de la ge n e ració n de
sus padres que, gozan d o d e u n a situ ación eco n ó m ica acom odada, carecían de gusto
artístico y lite ra rio y n o se recataban e n e xh ib ir pú b licam en te su m al gu sto. L a tra
d u cción literal com o filisteo de esta palabra de o rig en teo ló gico (los filisteos eran los
enem igos d el p u eb lo elegid o) está autorizada p o r la Real A cadem ia E spañola, q u e en
;su: d iccio n ario d efin e filisteo e n sen tido fig u rad o d el sigu ien te m odo; « D íce se de la
persona de espíritu vulgar, d e co n o cim ie n to s escasos y p o ca sen sib ilid ad artística o
lite ra ria » , [ n . d e lT .]
18 p r im e r o s t r a b a j o s de c r í t i c a de l a e d u c a c ió n y de l a c u l t u r a
3 A I parecer, los «¿días de las flores>> eran u n a propuesta de gru p os ateos para sustituir
las fiestas religiosas p o r otras fiestas laicas.
DIÁLOGO SOBRE LA RELIGIOSIDAD D EL PR ESENTE 21
YO . ¡G racias a D io s! P o r m i p a rte, m e h o r r o r iz a la im a g e n de a u to n o
m ía m o ra l q u e usted evoca. L a r e lig ió n es el c o n o cim ie n to de n u es
tros deberes co m o m a n d a m ien tos d ivin os, d ice K a n t 1*1. Es d ecir, la
r e lig ió n n o s garan tiza algo e te rn o en n u e stro tra b a jo c o tid ia n o , y
eso es lo q u e m ás fa lta n o s h a ce . L a a u to n o m ía m o r a l de la q u e
u ste d h a b la h a ría d e l se r h u m a n o u n a m e r a m á q u in a de tra b a jo
destinada a u n a serie in te rm in a b le de fin es, cada u n o de lo s cuales
c o n d ic io n a al sig u ie n te. T al c o m o u sted la en tie n d e , la a u to n o m ía
m o ral es u n a b su rd o, la reducción de toido-trabajo a lo técnico.
MI AM IG O . D iscu lp e, p e ro se d iría q u e u sted vive ta n lejo s de la m o d e r
n id a d co m o el te rra te n ie n te m ás r e a cc io n a rio de la P ru sia O r ie n
tal. S in d uda, la c o n c e p c ió n té cn ico -p rá c tica h a d esp o jad o de alm a
: todas las form as de vid a en la n atu raleza, in c lu so al su frim ie n to y la
¡ p o b reza . P ero e n el p a n te ísm o h em o s e n c o n tra d o el alm a c o m ú n
de to d o lo p a r tic u la r , es d e c ir, d e to d o lo a isla d o . P o d e m o s, en
e fe cto , r e n u n c ia r a to d o s lo s fin e s d iv in o s su p re m o s, p u e s el
m u n d o , la u n id a d d e to d o lo m ú ltip le, es el fin de lo s fin e s. Es casi
ve rg o n zo so te n e r q u e tratar de esto. L ea u ste d a n u e stro s gra n d es
poetas vivos, a W h itm a n , a P a q u e t^ , a E ilke y m u ch os otros; estudie
el m o v im ie n to de la lib r e relig io sid a d ; lea lo s p e rió d ic o s liberales:
p o r todas partes hay u n sen tim ien to veh em en tem en te panteísta. P o r
n o hablar d el m o n ism o , la síntesis de tod a n u estra fo rm a . L a fu erza
viva (pese a to d o ) de la técn ica consiste e n q u e n os h a d ado el o rg u -
Eo de los q u e sab en y al tie m p o la reveren cia de q u ie n e s h a n estu -
d iad o el im p o n e n te ed ific io d el m u n d o . P u es, pese a to d o n u estro
saber, n in g u n a g e n e ra c ió n h a c o n o cid o la vid a c o n m ayo r reve re n -
cia q u e n o so tro s. E l sen tim ien to pan teísta de la n atu raleza, q u e ha
in sp ira d o a lo s filó so fo s desde los p rim e ro s jo n io s hasta S p in o za, y
a los p o eta s hasta lle g a r al sp in o zista G o e th e , se h a c o n v e rtid o en
n uestra p ro p ie d a d .
YO. Si le llevo la co n tra ria (y sé q u e se la llevo n o sólo a usted , sin o ta m
b ié n a la ép oca, desde sus m ás sim ples rep resen tan tes hasta algunos
de lo s m ás sig n ifica tiv o s), h ágam e el fa vo r de n o e n te n d e r lo co m o
l d eseo d e re su lta r in te r e s a n te . H a b lo c o m p le ta m e n te e n serio
4¡ . Crítica de ¡a razón práctica > p rim e ra parte, lib ro segu n do , sección, segunda, V ,
5 A lfo n s Paquet ( l 8 8 l - l 944 ,)i poeta alem án. P o r lo dem ás, W alt W b itm a n había fa lle
cido veinte años antes, en e l 189 2 . [N. d e l T.]
22 PRIMEROS TR A B A JO S DE C R ÍTICA DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
6 C a r ta XXX. [N. d e lT .]
DIÁLOGO SOBRE LA RELIGIOSIDAD D EL PR ESENTE 23
M I A M IG O . L le g a m o s a u n te r r e n o casi in d is p u ta b le . U s te d apen as
a p o rta p r u e b a a lg u n a y a p ela al fu tu r o . D é u n vistazo al p re se n te .
T ie n e u sted el in d iv id u a lism o . Y a sé q u e lo co m b a te, p e r o p recisa
m en te, desde su p u n to de vista, tien e q u e re c o n o c e r su sin cerid ad ,
seg ú n m e p a re c e . A h o r a b ie n , e l in d iv id u a lis m o n o c o n d u c e a la
m eta q u e usted busca.
Y O . H ay m u c h o s tip o s d e in d iv id u a lis m o . N o n ie g o q u e haya in c lu s o
p e rso n a s q u e se p u e d a n d iso lv e r d e m a n e r a s in c e ra e n lo so cia l,
mas n o so n las m ejo res, n i las m ás p r o fu n d a s . N o p u e d o d e te rm i-
n a r sí e n el in d iv id u a lism o existen gérm e n e s para m is ideas, o q u i
zás, m e jo r d ic h o : p a ra u n a fu tu r a re lig io sid a d . E n to d o caso, veo
sus in ic io s e n este m o v im ie n to . P o r así d e c irlo , la ép oca h e ro ic a de
u n a n u eva r e lig ió n . L o s h é r o e s d e lo s g r ie g o s so n fu e r te s c o m o
1 d io ses, p e r o a ú n les fa lta n la m a d u re z y c u ltu r a d iv in a s. A s í m e
: p a recen lo s individualistas.
M I A M I G O . N o le p id o u n a c o n s tr u c c ió n . P e ro in d íq u e m e e n la vid a
s e n tim e n ta l de n u e stra é p o c a esas c o r r ie n te s n e o r r e lig io s a s , ese
so c ia lism o in d iv id u a lista , ig u a l q u e u ste d d ete cta e n to d a s p a rtes
p a n te ísm o e n lo s á n im o s . Y o n o e n c u e n tr o n ad a e n lo q u e u sted
p u d ie ra apoyarse. U n c in ism o in g e n io so y u n esteticism o agotad o
n o p u e d e n ser los gérm en es d e esa religio sid a d fu tu ra .
YO . N u n c a m e h u b ie ra im ag in a d o q u e u sted ta m b ié n rechazaría n u e s
tra lite r a tu r a c o n la m ira d a h a b itu a l d esd e su alta atalaya. V e o de
otra m a n e ra to d o eso. A l m a rg e n de q u e el in g e n io s o esteticism o
n o es p r o p io d e n u estras m ás g ra n d e s c re a c io n e s . Y n o ig n o r e lo
exigente q u e hay e n lo in g e n io so , e n lo rico e n esp íritu , e l ansia d e
abrir abism os y saltar p o r en cim a. N o sé si m e co m p re n d e si le d igo
q u e esa riq u eza d e esp íritu es la p re c u rso ra y, a l tie m p o , la en em ig a
de ese sen tim ien to religio so .
MI A M IG O . ¿ C r e e u ste d r e lig io s o al d ese o sa cia d o d e l o in a u d it o ?
: E n to n ces sí p o d rá te n e r razón .
Y O . ¡C o n te m p le m o s ese deseo de m a n era algo d iferen te! ¿ N o p ro c e d e
d e u n a fu e r te v o lu n ta d d e n o c re e rlo to d o b asad o e n el yo d e la
fo rm a tran q u ila e in cu estion ab le q u e es h a b itu al? Ese deseo pred ica
u n a h o s tilid a d m ís tic o - in divi dualista fre n te a lo h a b itu a l. Es lo
fecu n d o en él. P ero n o p u e d e c o n fo rm a rse c o n su ú ltim a palabra y
ánade la co n clu sió n im p e rtin en te. L a trágica in g en u id ad de lo in g e
n ioso. L o in gen ioso, co m o h e d ich o, salta p o r en cim a de los abism os
28 PRIMEROS TR ABA JO S DE CR ÍTICA D E LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
su h o n o r siq u ie ra ) estan d o a l se rv ic io d e la h u m a n id a d c o m o su
r ed en to r, P ero esto lo co n fie sa c o n h o n estid a d co rtan te y ju b ilo sa .
H o n e stid a d q u e e n to d o s u fr im ie n to lo eleva m e d ia n te ese s u fr i
m ie n to , (V iva e im p e tu o s a o p o s ic ió n a la apatía so cia l de n u estra
ép oca.) A q u í ten em o s la m ás p r o fu n d a h u m illa c ió n (sí, la m ás p r o
fu n d a ) a la q u e h a d e su cu m b ir el in d iv id u o m o d e r n o b a jo p e n a de
p e rd e r las p o sib ilid ad es sociales: la o c u lta ció n de la in d iv id u a lid ad ,
de to d o lo q u e se agita in te r io rm e n te . V o y a d e c irle algo m ás c o n
creto: la r e lig ió n se en d erezará a p a r tir de aqu í. V e n d rá a p a rtir de
lo esclavizado, y el estam ento q u e h o y sufre esta esclavitud h istó rica,
necesaria, es ju sta m en te el d e lo s litera to s. L o s literato s q u ie re n ser
los mas hon estos, ex p o n er su entusiasm o p o r el arte, su « a m o r a los
le ja n o s» , p o r d ecirlo c o n N ietzsch e1“ 1, p e ro la socied ad los rechaza,
y así ellos m ism os tie n e n q u e ex tirp a r e n u n a p a to ló g ic a a u to d e s -
tr u c c ió n lo d em a sia d o h u m a n o q u e q u ie n vive p re c isa . A s í, s o n
ta m b ié n ello s q u ie n e s h a n d e lle v a r v a lo res a la v id a , a la c o n v e n
c ió n : n u e stra fa lsed ad lo s c o n d e n a a ser óutsiders y a exagerar hasta
volverse estériles. Jam ás e sp iritu a liza re m o s las c o n v e n c io n e s si n o
llen am os c o n n u estro esp íritu p e rso n a l todas estas form as de la vida
social. A esto n os ayudan lo s literato s y n os ayuda la n ueva re lig ió n .
L a r e lig ió n da n u e v o fu n d a m e n to y u n a n u eva n o b le z a a la vid a
c o tid ian a , a la c o n v e n c ió n . S e co n v ierte e n u n cu lto . ¿ N o estam os
sed ientos de u n a c o n v e n c ió n esp iritu al, cu ltu a l?
M I A M I G O . P o r d e c irlo de m a n era d elicad a , n o veo c la ro có m o p u e d e
usted esp erar la nueva re lig ió n de u n as perso n as q u e llevan u n a vida
im p u ra e n lo s cafés, adem ás a m e n u d o caren te d e esp íritu , de p e r
son as q u e p o r m e g a lo m a n ía y a p atía ev ita n a su m ir o b lig a c io n e s ,
p ersonas q u e rep rese n ta n la desvergüenza m ism a.
Y O . N o h e d ic h o q u e esp ere de ello s la n u eva r e lig ió n , s in o q u e lo s
con sid ero p o rta d o res d el esp íritu religio so e n n u estra ép oca. Y esto
lo a firm o a u n q u e m e re p r o c h e c ie n veces q u e estoy h a c ie n d o u n a
c o n s tru c c ió n . S in d u d a, esas p e rso n a s llev a n e n p a rte la vid a más
rid ic u la , p e rv ertid a y a n tie sp iritu al. P e ro esta m iseria su rge p r e c i
sam ente de la n ecesid ad de esp íritu , de la a sp ira c ió n a u n a h on esta
vida p erso n a l. P ues, ¿ q u é hace esta gen te, sin o ocu parse de su p r o -
13 E n la historia cu ltu ral de A lem an ia, la época clásica (die Kíassih) es la época dom in ada
p o r G o eth e y S rfiille r, [n. d el T.]
DIÁLOGO SOBRE LA RELIGIOSIDAD D EL PR ESENTE 33
d ito , y se e n c u e n tr a te m b la n d o de r e p e n te a n te u n a m o n stru o sa
b a n a lid a d . E s lo q u e m e su ced e a m í. P o r e llo , m e p r e g u n to sin
q u e re r: ¿ d e q u é estam os h a b la n d o ? E l h e c h o de qu e-vivam os e n
u n a escisión de lo in d iv id u a l y lo social, ¿ n o es u n a ob viedad , algo
de lo q u e n o vale la p e n a q u e h a b le m o s ? T o d o s la h e m o s e x p e r i
m en tado en n o so tro s m ism os, la exp erim en tam os cada d ía. H e m o s
p ro v o c a d o el t r iu n fo d e la c u ltu r a y d e l s o c ia lis m o , y así to d o ha
qu ed ad o d e c id id o . Y a lo ve, h e p e rd id o la v isió n , h e p e rd id o to d a
c o m p r e n s ió n ...
YO. S egún m i ex p erien cia, q u ie n p r o fu n d iz a (o esp iritu aliza, c o m o m e
gustaría d ecir) u n a ob viedad se en cu en tra d e p r o n to ante u n a v e r
dad p ro fu n d a . A s í n o s h a su ced id o c o n la re lig ió n . S in d u d a, tien e
razón e n lo q u e d ice. P ero añad a u n a cosa. Esta r e la c ió n n o d e b e
m os en te n d e rla co m o re la c ió n té c n ic o -n e c e sa ria su rgid a de m o d o
exterio r y azaroso. E n te n d á m o sla co m o u n a r e la c ió n m o r a l- n e c e
saria, esp iritu a lice m o s a ú n u n a vez m ás la n ecesid ad c o m o v irtu d .
S in d ud a, vivim os e n la n ecesid ad . P ero n u e stro c o m p o rta m ie n to
sólo será valioso si es q u e se c o m p re n d e m o ra lm e n te . ¿ Q u iz á s n o s
h em o s d ic h o lo te r r ib le , lo in c o n d ic io n a d o q u e subyace e n la
su m isión d e la p e rso n a respecto a los fin e s m orales sociales? N o . Y
¿ p o r q u é n o ? P o rq u e actu alm en te ya n ad a sabem os de la riq u eza y
el peso de la in d iv id u a lid ad . P o r lo q u e c o n o z co a las gentes de h o y
día creo p o d e r d ecirle q u e h a n p e rd id o el sen tim ien to c o rp o r a l de
:,su p e rso n a lid a d esp iritu al.
E n el in stan te e n q u e lo r e e n co n tra m o sj! n o s d o b leg a m o s c o n
ello a la m o r a lid a d c u ltu ra l, n o s v o lv em o s h u m ild e s . O b te n e m o s
en to n c e s ese s e n tim ie n to de d e p e n d e n c ia a b so lu ta d e l q u e h a b la
S c h le ie r m a c h e r 11'1'1, e n vez d e l s e n tim ie n to d e u n a d e p e n d e n c ia
co n v e n cio n a l. P ero quizás yo apenas p u e d a d e c irle esto, d ado que
se basa en u n a n ueva co n scien cia de la in m ed iatez p e rso n a l.
MI A M IG O . D e n u evo sus p en sa m ien to s se elevan ve rtica lm e n te, c o n lo
que usted se aleja a to d a m á q u in a de la p ro b le m á tica actual.
YO. Pues eso es lo ú ltim o q u e esp erab a o ír , d esp u és de estar h a b la n d o
casi to d a la n o ch e de la n ecesid ad d e lo s d irig en tes.
M I A M IG O . Y , sin e m b a rg o , « f e y s a b e r» es el le m a d e n u estras lu ch as
re lig io sa s. U s te d n o h a d ic h o n i u n a sola p a la b ra al re s p e cto . Y o
a ñ a d o p o r m i p a rte q u e , d e sd e m i p u n t o d e vista p a n te ís ta o
m o n is ta , esta c u e s tió n n o ex iste ta n s iq u ie r a . P e ro usted te n d r ía
q u e c o n ta r c o n ella.
Y O . C la r o q u e lo h a g o : al d e c ir q u e el s e n tim ie n to re lig io so tie n e sus
raíces e n la to ta lid a d d e la ép o ca; a esto p e r te n e c e ju s ta m e n te el
sa b er. S i el m ism o sa b e r n o es p r o b le m á tic o , u n a r e lig ió n q u e
e m p ie c e p o r lo m ás a p re m ia n te n o te n d r á sin d u d a q u e p r e o c u
parse de él. Y apenas h u b o épocas e n las qu e el saber haya sid o p r o
b le m á tico d e m o d o n atu ra l. A tal p u n to lo h a n llevad o lo s m a le n
te n d id o s h is tó r ic o s . Y este m o d e r n ís im o p r o b le m a , d e l q u e lo s
p e r ió d ic o s r e b o sa n , su rg e p o r el h e c h o de q u e n o se p r e g u n ta a
fo n d o p o r la r e lig ió n de la ép oca; sin o q u e so la m en te se p re g u n ta
si alguna de las religio n es históricas a ú n p o d ría e n co n tra r aco m o d o
e n ella , a u n q u e h u b ie r a q u e c o r ta r le lo s b ra z o s, las p ie rn a s e
in c lu so la cabeza. A q u í m e d eten g o : el tem a es c o n o c id o .
MI AM IG O . R e cu e rd o u n as palabras d e W alter C alé: « T ra s u n a c o n v e r
sa ció n , u n o siem p re cree q u e n o h a d ich o lo " a u té n tic o ” » 115-. Tal
vez tenga usted ah ora u n sen tim ien to así.
Y O . E n efe cto , lo te n g o . P ien so qu e en ú ltim a instancia u n a religió n n o
p u e d e ser só lo d u a lism o ; q u e la h o n e stid a d y la h u m ild a d d e q u e
estábam os h a b la n d o es su co n cep to m o ra l u n ita r io . P ien so q u e n o
p o d e m o s d e c ir n ad a so b re el D io s y la d o c tr in a d e esta r e lig ió n , y
m uy p o c o so b re su vid a cu ltu al. Q u e lo ú n ic o c o n c re to es el se n ti
m ie n to d e u n a re a lid a d n u eva e in a u d ita q u e h ace q u e su fra m o s.
C r e o ta m b ié n q u e ya h e m o s te n id o profetas-. T o ls to i, N ie tz sc h e ,
S tr in d b e rg . Q u e al fin a l n u e stra é p o c a p r e ñ a d a e n c o n tr a r á a u n
n u evo ser h u m a n o . R e cie n te m e n te o í u n a c a n ció n ; cre o en el ser
h u m a n o relig io so , tal co m o lo d ice esta p ica ra c a n c ió n de am or:
D a ß d o c h g e m a lt a ll d e in e R e iz e w ä re n
U n d d a n n d e r H e id e n fü r s t das B ild n is fä n d e :
E r w ü rd e d ir e in g r o ß ’ G e s c h e n k v e r e h r e n
U n d legte se in e K r ö n in d e in e H ä n d e .
Z u m r e c h te n G la u b e n m ü ß te sic h b e k e h re n
S e in ga n zes R e ic h b is a n se in fe rn ste s E n d e .
I m g a n z e n L a n d e w ü rd ' es a u sg e sc h rie b e n :
C h r is t so lí e i n j e d e r w e rd e n u n d d ic h lie b e n .
E in j e d e r H e id e flu g s b e k e h r te sic h ^
U n d w ü r d ’ e in g u te r C h r is t u n d lie b te d ic h
< I.)
I- L a m a d re b u sca al h i j o :
a) e n e l b a n c o d e p ie d r a ,
b ) e n la c u a d ra ,
c ) e n e l ja r d ín ,
d) e n e l v iñ e d o y
e) e n e l b o sq u e .
II. L a m a d re e n c u e n t r a a l h i j o b a j o e l p e ra l.
III. C o n v e r s a c ió n e n tr e l a m a d r e y e l h ijo .
1. L a d e c is ió n d e H e r m a n n .
a) L o s p r o b le m a s d e la g e n te ,
b ) la c e r c a n ía d e l e n e m ig o y
c) la d e c is ió n d e H e r m a n n d e lu c h a r.
2 . L a e x h o rta c ió n d e la m a d re ,
3. L a c o n fe s ió n d e H e r m a n n .
4 - E l p la n m e d ia d o r d e la m a d r e » .
3 E l p oem a ép ico Hermannj Dorothea, que trata de las con secuencias de la R evolu ción
Francesa e n A le m a n ia , íu e u n a de las obras de G oeth e más pop ulares en su país
d uran te el siglo XIX, [ n , d el T ,]
EN SEÑ AN ZA Y VALORACIÓN 37
II. S o b r e e l « G y m n a s iu m » h u m a n is t a
J E ñ el sistema educativo alem án d el siglo XIX, la Rmischuie y el Gymnasium eran las dos
m odalidades principales de la enseñanza p ost-ob ligatoria. La Realschule p reparaba para
ei m undo d el trabajo* e l Gymnasivm, para la universidad. D e las diversas m odalidades
del Gymnasium, la más prestigiosa era el Gymnaáum hum anista, que se centraba en las
lenguas clásicas, la literatura, la filosofía y la historia, [n . d el T.]
4o PRIMEROS TR A B A JO S DE CR ÍTICA DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
L ista n egra:
U n a frase de u n m a estro so b re H oracio.- « A q u í te n em o s q u e le e r
a H o r a c io ; da ig u a l q u e n o s gu ste o n o n o s gu ste; está e n e l p la n de
e stu d io s» .
R espuesta a u n a o b je c ió n c o n tra u n a a rg u m e n ta c ió n d e C ic e r ó n :
« A q u í n o q u e re m o s d e sa r ro lla r n u estras id eas, s in o sab er q u é d ice
C ic e r ó n » .
S o b re el cap ítulo « a rte c lá sic o » : u n día se in tro d u c e e n u n Gymna-
sium la enseñ anza de la h isto ria d el arte, q u e a las pocas sem anas desapa
rece de fo rm a tan rep e n tin a co m o llegó . E l m aestro declara: « Y o ten go
q u e d ar tantas clases a la semana,- p o r e n t o n c e s te n ía a la sem an a u n a
clase m en o s, de m a n era q u e d i h isto ria d e l arte. A h o r a to d o está ya de
n u evo en o r d e n » .
« A h , y n o p ie n se q u e n os creem os su en tu siasm o p o r la A n tig ü e
d a d » , d ijo u n m a estro a u n a lu m n o de Oberprima de u n Gymnasium
hum an ista.
ROMANTICISMO
U n d i s c u r s o n o p r o n u n c i a d o a n t e i a j u v e n t u d e s c o l a r 1' 1
C o m p a ñ e ro s,
cu an d o alguna vez hem o s p en sad o en n osotros m ism os, n o en n o so tro s
en tanto q u e in d iv id u o s, sin o en n o so tro s e n tanto q u e co m u n id a d , en
n o so tro s e n ta n to q u e ju v e n tu d , o c u a n d o h e m o s le íd o alg o so b re lo s
jó v e n e s, siem p re h em o s p e n sa d o q u e la ju v e n tu d es ro m á n tic a . M illa
res d e p o em a s b u e n o s y m a lo s lo a fir m a n ; lo s a d u lto s n o s d ic e n q u e
h a ría n lo q u e fu e ra p o r vo lv er a ser jó v e n e s. T o d o eso es u n a rea lid a d
q u e, e n a lg u n o s in stan te s, se n tim o s c o n so rp re sa y alegría: c u a n d o
h em o s h e c h o u n b u e n trab a jo , o u n a a scen sió n , c u a n d o h em o s c o n s
tr u id o algo o c u a n d o le e m o s u n r e la to a tre v id o . E n p o ca s palab ras:
c o m o c u a n d o de r e p e n te c o m p r e n d í ( r e c u e rd o q u e o c u r r ió e n u n a
escalera) q u e, e n efecto, soy jo v e n (ten ía catorce años, y lo q u e m e a le
gró fu e q u e h ab ía le íd o algo sobre u n d ir ig ib le ) .
2 Sobre la palabra « filisteísm o»» véase supra, p. V ], nota 2 d el Diálogo sobre ia religiosidad
del presente. [N ,d e lT .]
44 PRIMEROS TR ABA JO S DE CHÍTJCA DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
IO F rie d ric h W ilh e lm F oerster, Jugendíehre: Ein Bttch Jur Eltem, Lehrer unJ Geistliche, B e rlín ,
Big n .
LA EN SEÑ AN ZA DE LA MORAL 53
■
; Sí, eso es lo q u e h a n e x p e r im e n ta d o , eso y n a d a m ás: la fa lta de
se n tid o de la vid a . L a b ru ta lid a d . ¿ N o s h a n a n im a d o a lg u n a vez a lo
gran d e, a lo n u e v o , a lo fu tu r o ? P o r su p u esto q u e n o , p u es eso n o se
pued e e x p erim e n ta r. E l sen tid o , lo ve rd a d ero , lo b u e n o , lo b e llo , está
fu n d a m e n ta d o e n sí m is m o ; ¿ d e q u é n o s sirve a h í la e x p e r ie n c ia ? Y
aqu í está el m iste rio : c o m o el f ilis t e o 1,1 n u n c a alza su m ira d a h a cia lo
grand e, h a cia lo q u e tie n e sen tid o , la ex p erie n cia se h a vu e lto su evan
g elio . L a e x p e rie n c ia se c o n v ie rte p ara él e n la fie l n o tic ia de lo h a b i
tual de la vid a . P ero el filiste o n o c o m p r e n d e q u e existe algo m ás q u e
la e x p e r ie n c ia , q u e h a y v a lo r e s ( in e x p e r im e n ta b le s ) a cu yo s e r v ic io
n osotros estam os.
A sí, ¿ p o r q u é la vid a carece p a ra el filiste o de c o n su e lo y se n tid o ?
P o rq u e e l filis te o c o n o c e só lo la e x p e rie n c ia , n a d a m ás. P o r q u e está
aban d on ad o p o r el co n su elo y carece de esp íritu . Y p o rq u e n o gu ard a
con n ad a u n a r e la c ió n tan in te r io r c o m o c o n lo g ro se ro y lo c o m ú n .
P e ro n o s o tr o s c o n o c e m o s o tr a cosa q u e la e x p e r ie n c ia n i n o s
o to rg a n i n o s q u ita: q u e existe la ve rd a d , a u n q u e to d o lo q u e se haya
pensado hasta ah ora resultara u n e r r o r . O q u e hay q u e ser leal, a u n q u e
n adie lo haya sido a ú n hasta ah ora. L a ex p erie n cia n o p u e d e arreb atar
n os esa vo lu n ta d . S in em b a rg o , lo s m ayores, c o n sus gestos cansados y
su desesperanza a rro ga n te, ¿ te n d rá n quizás ra z ó n en una cosa? ¿ L o que
n o so tro s experimentamos h a d e ser tristeza , y s ó lo p o d r e m o s b a sa r el
c o ra je y el s e n tid o e n lo in e x p e r im e n ta b le ? E n to n c e s , el e s p ír itu sí
sería lib re , p e ro lo reb ajaría la vid a u n a y o tra vez; p u es la vida, la sum a
de n uestras exp erien cias, n o te n d ría co n su elo .
Estas p r e g u n ta s ya n o las c o m p r e n d e m o s . ¿ V iv ir e m o s acaso a la
m an era d e q u ie n e s n o c o n o c e n el esp íritu , de a q u e llo s cu yo yo in d o
len te es lan za d o p o r la vid a co m o p o r las olas al a ca n tila d o ? N o . C a d a
una de nuestras experiencias tien e sin d u d a alguna c o n te n id o . N o so tro s
m ism os le d arem o s c o n te n id o desde n u e stro es p íritu . E l h o m b re q u e
carece de p e n sa m ien to s se tra n q u iliza ju sta m e n te e n el e r r o r . « N u n c a
en con trarás la v e rd a d » , le dice al investigad o r, « y o h e h e c h o esa exp e
r ie n c ia » . P e ro p a r a e l in v e s tig a d o r el e r r o r es ta n s ó lo u n a n u e v a
ayuda h a cia la verd ad (S p in o z a ). L a ex p e rie n c ia só lo carece d e sen tid o
y sólo está a b a n d o n a d a p o r el esp íritu p a ra el q u e d e h e c h o carece de
2 Sobre la palabra « f i li s t e o >>, c f r . sufra, p . I ? , n o t a 3 del Diálogo sobre la religiosidad del presente.
[N. d e l T -3
56 PRIMEROS TR ABA JO S DE CR ÍTICA DE LA EDUCACIÓN V DE LA CULTURA
S a g e n S ie
I h m , d afi e r fü r d ie T r ä u m e s e in e r J u g e n d
S o ll A c h t u n g tr a g e n , w e n n e r M a n n s e in w i r d .
N ad a o d ia m ás el filisteo q u e los « s u e ñ o s de su ju v e n tu d » . ( Y la se n -
tim en ta lid a d suele ser el cam u flaje q u e ad opta d ich o o d io .) Pues lo que
se le a p arecía e n esos su e ñ o s era la voz d el e sp íritu , q u e u n a vez ta m
b ié n le lla m ó a él, c o m o a tod as las d em ás p e rs o n a s . L a ju v e n tu d es
p ara él el re c u e rd o e te rn a m e n te m o n ito r io ju s ta m e n te d e esto. Y p o r
eso m ism o la c o m b a te . E l filis te o le h a b la de esa e x p e rie n c ia g ris,
p o d ero sísim a, y le en señ a al jo v e n a reírse cu an to antes de sí m ism o . Y
esto sob re to d o p o r q u e ex p e rim e n ta r sin e sp íritu es c ó m o d o , a u n q u e
in ú til.
U n a ve z m ás d ire m o s: c o n o c e m o s sin d u d a o tra e x p e r ie n c ia .
P u ed e ser h o stil fre n te al e sp íritu y d estru ir m u ch o s su eños, p e ro es lo
m ás b e llo , y lo m ás in ta n g ib le e in m e d ia to , d a d o q u e n u n c a carecerá
de esp íritu si es q u e nosotros p e rm a n e ce m o s jó v e n e s. U n o so la m en te se
e x p e rim e n ta a sí m ism o , d ic e al f in a l d e su c a m in o Z a r a tu s tr a 11'1. E l
filisteo h ace su « e x p e r ie n c ia » , la e x p erie n cia e te rn a d e la c aren cia de
esp íritu . E l jo v e n q u ie re e n ca m b io ex p erim e n ta r el esp íritu ; y cu an to
m ás le cueste alcanzar lo gra n d e, tan to m ás e n c o n tra rá en su cam in o y
e n lo s seres h u m a n o s al esp íritu . E l jo v e n será u n h o m b re b o n d a d o so .
Q u é in to le ra n te es el filis te o .
I. E l « s e n t i d o h i s t ó r i c o »
II. E l « F e s t i v a l » d e H a u p t m a n n
U n a s m a rio n e ta s r e p r e s e n ta n la lib e r a c ió n d e A le m a n ia . H a b la n e n
p a rea d o s[zl. E l escen a rio d el teatro d e m a rio n eta s es E u ro p a; la h is to
ria n o está falseada, p e ro a m e n u d o sí sim p lificad a . L a g u erra de 18 0 6
es u n a fu r ia b é lica , y la d e rro ta de N a p o le ó n só lo es el em p a lid ecerse
de u n a im a g e n . F ilis tía d e s t3) a p a re ce e in te r r u m p e la h is to r ia . ¿ Q u é
sig n ifica e so ? ¿ S e trata de u n a « id e a rep leta de e s p ír itu » ? N o . T ie n e
u n s ig n ific a d o p r o fu n d o , r e v e la d o r . L o s h e c h o s n o h a c e n g r a n d e a
18 13, ta m p o c o las p e rso n a s. S in d u d a, estas m a rio n e ta s n o so n g r a n
des, sin o p rim itivas. S u len gu aje n o tie n e so le m n id a d , a q u í n o se trata
de yam b os etern o s. Las m arion etas ex p elen sus palabras, o las b u sca n o
las d e ja n ir cayen do, igu al q u e hace c ie n a ñ o s. A s í q u e n i los a co n te ci
m ie n to s n i los p erso n a jes n i el len g u a je llevan en sí m ism os el sen tid o .
P ero los h ech o s se o rd e n a n segú n el esp íritu ; las m arion etas están c o n
feccio n a d as e n la m ism a m ad era d e su id e a ; y el len g u a je está lle n o de
b ú sq u ed as de la id ea . ¿ D e c u á l? P re g u n té m o n o s si h ace c ie n a ñ o s n o
h abríam o s fo rm a d o parte de los ciu d ad an os q u e so n re ían c o n su p e rio
r id a d p o r q u e n o se n os p o d ía d a r respu esta ad ecu ad a a esta p reg u n ta.
Pues el « E sta d o n a c io n a l n e o a le m á n » n o era u n p ro g ra m a , sin o sólo
el p e n sa m ien to alem án . D ic h o p e n sa m ien to , q u e n in g u n a de esas p e r
son as cap tó p o r c o m p le to n i ex p resó c la ra m e n te e n sus p a la b ra s, se
en c u e n tra a firm a d o fervo ro sam en te a través de cada u n a de sus a c c io
nes: tal es el e sp íritu ta m b ié n d e esta o b ra . A n te él, los seres h u m a n o s
só lo so n m a rio n e ta s (q u e n o m u estra n gestos n i caracteres p riva d o s),
m a rio n e ta s e n p o d e r d e l p e n s a m ie n to . D e a c u e rd o a esta id e a se
e x tie n d e n lo s verso s: c o m o si las p e rso n a s h a b la ra n y h a b la ra n hasta
q u e el sen tid o surgiera de su len gu a je. E n tre estas perso n as activas ta m
b ié n se e n c o n tra b a la ju v e n tu d , q u e era m u y p o c o clara p e r o m u y
entusiasta, co m o sus d irig en tes.
P e ro ya p o r e n to n c e s h a b ía p e rso n a s m a d u ra s, q u e te n ía n u n a
v isió n clara d el c o n ju n to . E l « p r im e r c iu d a d a n o » d ice a B lü c h e r 1*1;
Ist d e r W e lte r o b e r e r e in m a l p e r d u ,
d a n n s in g ic h ga n z g e r n I h r e M e lo d ie .
U n d h a b e n S ie ih n z u r S tre c k e g e b ra c h t
d a n n ä n d e r t sic h alles ü b e r N a c h t,
d a n n w e rd e ic h m ic h g e w iß n ic h t s trä u b e n
u n d etw a g a r n a p o le o n is c h b le ib e n .
W ie d ie D in g e j e t z t lie g e n , w e rd ' ic h z u le tzt
im m e r w ie d e r in s R e c h t g e s e t z t .
Y es q u e h o y n o se h a b la c o n la ju v e n tu d de m a n e ra d is tin ta q u e p o r
entonces:
U n o les resp o n d e:
O ih r K n e c h ts e e le n ! w ie ic h e u c h h asse.
U n b e w e g lic h e , fu h llo s e , trä g e M asse.
E in d ic k e r, s c h la m m ig e r M o st, o h n e G ä r u n g ,
o h n e F e u e r u n d o h n e K lä r u n g .
K e i n F u n k e v e r fa n g t, k e in S t r a h l d u r c h d r in g t e u c h ,
k e in G e is t, d o c h j e d e r F u ß t r it t b e z w in g t e u c h .
U n d d a r u m la ß t u n s E ro s fe ie r n ! D a r u m g ilt
d e r fle is c h g e w o r d n e n L ie b e d ieses Fest, d ie sich
ausw irkt im G e ist! U n d aus d e m G e is te w ie d e r u m
in W o r t u n d T o n , in B ild n e r e i aus E rz u n d S te in ,
i n M a & u n d O r d n u n g , k u r z i n T a t u n d T ätigfceit.
III. L a J U V E N T U D Y L A H IS T O R IA
C o n o z c o p o r m i tr a b a jo ta n s ó lo a lo s g r u p o s d e B e r lín y F r ib u r g o ,
am bos p e rte n e cie n te s a la m ism a c o rrie n te . P o r ta n to , n o vo y a h a b la r
sobre la praxis de los o tro s gru p o s, sin o só lo sob re las d iferen cia s f u n
d a m e n tales d e la lla m a d a « C o r r i e n t e d e F r ib u r g o » re sp e cto a las
dem ás, se g ú n las e n tie n d o ; lu e g o , fin a lm e n te , d ir é alg o acerca d e la
praxis de ese g ru p o .
d a d a e n 1 9 0 6 c o n l a i n t e n c i ó n d e r e c u p e r a r e l e s p í r i t u d e la s t r a d i c i o n a l e s a s o c ia
c io n e s e s t u d i a n t i le s a l e m a n a s , [ n . d e l T . ]
í> 4 ' PRIMEROS TR A B A JO S DE CR ÍTICA DE LA EDUCACIÓN Y D E L A CULTURA
ju v e n tu d e n la v id a p r o p ia m e n te estudiantil, h a b ié n d o s e e n c e r r a d o en
d istin to s gru p o s in d iv id u a les. P e ro , p ese a to d o , en la c o n tra p o s ic ió n
d e T r o p e l L ib r e y E stu d ian tad o L ib r e te n em o s p refo rm a d a s en la vida
d e lo s e stu d ia n te s las m ism a s c o n tr a p o s ic io n e s q u e se d a n e n tre la
c o rrie n te de F rib u rg o y las otras co rrien tes.
E n el c e n tro de los p en sam ien tos de F rib u rg o n o fig u ra n la escuela
y la re fo r m a escolar, sin o d ire cta m en te la ju v e n tu d . M as n o se trata d e
u n a r e la c ió n c o n la ju v e n tu d e n tanto q u e o b je to , sin o d e la c o n s c ie n
cia d e la ju v e n tu d estu d ian til en el estu d ian te in d iv id u a l. N o p r e s u p o
n e m o s u n c ír c u lo d e in te re se s n i h a b la m o s de u n d e b e r a b stra cto ,
g e n e ra l, sin o de la situ a c ió n d el estu d ia n te. E l estu d ian te q u e h o y n o
en c u e n tra su lu g a r en el c írc u lo re d u c id o d e trab a jo d e l E stu d ian tad o
L ib r e y al q u e le está ig u a lm e n te p r o h ib id a la exclu sivid ad d e l T r o p e l
L ib r e (p o r n o h a b la r d e las otras c o m u n id a d e s ) n ec esita s in d u d a u n
n u e v o c ír c u lo . N o s a d h e rim o s al E stu d ia n ta d o L ib r e , p u es es la base
so b re la q u e se lleva a cab o el tra b a jo p a ra to d o s lo s estu d ia n tes, y n o
te n em o s r a zó n estatutaria para a p artarn os de ella. L a c o rr ie n te d e F r i
b u r g o n o se r e ú n e p a ra a lc a n za r u n o b je tiv o sin o s o b r e la b ase de la
n e c e sid a d : p o r ta n to , h a y q u e e n te n d e r la a p a r tir d e l v a c ío y d e la
m ism a falta de ju v e n tu d de las dem ás co m u n id a d es estu d ian tiles. A u n
q u e se p u e d a lig a r e stre ch a m e n te al T r o p e l L ib r e y al E s tu d ia n ta d o
L ib r e , en u n o se echa de m en o s el sen tid o p ara el c o n ju n to de lo estu --
d ian til, y en el o tro la ju v e n tu d e n cu an to tal.
D e sc rib im o s de este m o d o la p r e te n s ió n p r o p ia d e la c o rr ie n te de
F rib u rg o en el sen o de la vid a estu d ian til, y d escrib im o s su o r ig e n . L a
r e fo r m a e sc o la r n o es p u e s su p u n to d e p a rtid a ; la c o r r ie n te de F r i
b u rg o n o se e n tie n d e c o m o p a r tic ip a c ió n e n e l trab a jo p e d a g ó g ic o de
h o y y n o se d irig e a la c u estió n p ed ag ógica c o m o tal, sin o a la cu estió n
e stu d ia n til. P e ro , a ú n así, n o s e n c o n tra m o s d e n tr o d e l á m b ito de la
pedagogía; y en ella en c o n tra m o s e l o b je to a cuyo través d esarrollam o s
n u estra m e n ta lid a d ju v e n il- e s tu d ia n til, al p r in c ip io d e u n m o d o casi
sim b ó lico e in te rio riz a d o .
É ste es e l lu ga r p ara a b o rd a r el r e p r o c h e ese n cia l q u e se h a p la n
te a d o fr e n te a la c o r r ie n te d e F r ib u r g o : q u e r e d u c e u n m o v im ie n to
estu d ian til a u n p a rtid o en la lu ch a p ú b lica . S i eso fu e ra co rrecto r e fu
ta ría lo q u e n o s in teresa , p u e s la a u to n o m ía d e l e s p ír itu e s tu d ia n til
estaría de h e c h o a n iq u ila d a . P ero h ay u n p u n to de vista m ás allá de la
n e u tr a lid a d q u e , e n te n d id o d esd e d e n tr o h a cia fu e r a , n o es n in g ú n
METAS Y CAMINOS DE LOS GRUPOS PEDAGÓGICOS E S TU D IA N TILES 65
partid o. E n la c u e stió n q u e a q u í tratam os a p a rtir d e lo s estudian tes, la
n e u tra lid a d n o s p a re c e lo m ás p a r tid is ta . Y a h e d ic h o q u e n o so m o s
u n a m era in s ta n c ia p a ra resolver la c u e s tió n p e d a g ó g ic a , p e r o estam os
con ven cid os d e q u e m uchas cosas im p o rta n tes n o se h a n d ich o a ú n n i
se h a n c u e s tio n a d o , q u e d o n d e estuvo n u estra p r im e r a ju v e n tu d h a y a
m e n u d o u n c a m p o de ru in a s de fu erza s d e sc o n o c id a s p o r c o m p le to .
P o r ta n to , la o r ie n ta c ió n ta m p o c o p u e d e ser lo q u e b u sca m o s, r e s u l
tando falso p reg u n ta r: ¿ p a rtid o o n o p a r tid o ? N o estam os in te n ta n d o
averiguar a cu ál de lo s r e fo r m a d o r e s escolares de h o y hay q u e seg u ir,
sin o q u e estam os in te n ta n d o d esa rro lla r las cosas a p a r tir de n o so tro s
m ism os. Y e n to n c e s p o d r ía su c e d e r q u e a lg u ie n sien ta lo m ism o q u e
n o so tro s, q u e ta m b ié n fo r m u le sus p re g u n ta s d esd e el e s p ír itu d e la
ju ve n tu d , o b ie n q u e las suscite. S in em b a rg o , c o m p a ñ e ro s, n o som os
u n o s fa n á tic o s p a r tid a r io s d e G u sta v W y n e k e n ísl. C o n o c e m o s , p o r
cierto , q u e p e le a m o s c o n é l fo r m a n d o u n fr e n te , y q u e é l es n u e s tro
d irig e n te , p e r o n o p a ra avan zar h a cia u n a m e ta q u e é l n o s p r o p o r
ciona, sin o hacia aqu ella m eta q u e está dada de m a n era in m e d ia ta . P o r
eso n o se n o s p u e d e p la n tea r e l r e p r o c h e de u n su p u esto p a rtid ism o .
T a l vez haya te n id o q u e d e d ic a r d em asiad o tie m p o a d istin c io n e s.
A h o ra , usted es recla m a rá n c o n im p a c ie n c ia algo m ás c o n c r e to . V o y a
in te n ta r d a rles a lg u n a in d ic a c ió n . P e ro u ste d es y a esta rá n p e n s a n d o
que, si a q u í m is palab ras so n d em a siad o exactas y seguras, in c u r r ir á n
en c o n tr a d ic c ió n c o n lo q u e h e d ic h o . P u es la c o n s c ie n c ia ju v e n il es
algo q u e se está d e s a r ro lla n d o a h o r a e n n o s o tr o s . T a n só lo es, p u e s,
posible h ab lar de sín tom as, c o m o m u c h o de sím b o lo s. P u es el p e n sa
m ien to y las viven cias a m p lía n n u estra c o n s cie n c ia sin cesar, y m u c h o
de lo alcan zad o e n lo s debates tod avía n o h em o s c o n s e g u id o c o n fig u
rarlo en la co m u n id a d .
P ara la p ra xis so n fu n d a m e n ta le s d o s cosas: la c o m u n id a d e s tu
d ia n til e n c u a n to tal y el m o d o e n q u e d esd e sí m ism a d e s a r ro lla e l
objeto p e d a g ó g ic o c o m o su o b je to p r im e r o , al m o d o de u n esp ejo de
sus p ro p ia s n ecesid ad es y esfuerzos. N u estro s g ru p o s n u n c a in te n ta rá n
apartarse d e l c o n ju n to d e l E s tu d ia n ta d o L ib r e . Q u ie r e n e n e fe c to
actuar e n él, y c o n su p r e s e n c ia , el to n o y la m e n ta lid a d q u e va s u r
gien d o y (m ás aún) ha d e su rgir e n ellos co n trib u y e n a la im p re g n a ció n
LA JU V EN TU D SE M ANTUVO EN SILENCIO1,1
D e d ic a d o a l Tägliche Rundschau^
A h o r a d e b e m o s p e r m a n e c e r a te n to s. N o va m o s de n in g ú n m o d o a
p e rm itir q u e el hecho d e l C o n g r e s o de la J u v e n tu d A le m a n a L ib r e n o s
som eta. S in d ud a, es verd a d q u e h em o s vivid o e n el sen o de u n a nueva
re a lid a d : d o s m il p e rso n a s jó v e n e s y m o d e r n a s se h a n r e u n id o ,
p u d ié n d o se ve r e n el H o h e r M e iß n e r* 31 lo q u e es u n a n u eva ju v e n tu d
6 C fr. Gustav W yneken, ücta/e undJug&ndkultur, Jena, 1913; Was istJvgendfmltur ?, M unich, 1913-
1 P u b lica d o e n o ctu b re de 1913 b ajo el p se u d ó n im o la tin o de « A r d o r » e n la revista
Die Aktion. Este a rtícu lo se refie re al P rim e r C o n g re so de la Ju v en tu d A le m a n a L ib re
(Erster FreideutscherJugendtag), q u e se celeb ró e n tre los días IO y 12 de o ctu b re de 1913
a las afueras de K assel. A l p a re ce r, W alter B e n ja m in asistió a este congreso» e n el
q u e W yn eken se op u so al to n o n acio n a lista p red o m in a n te e n tre los participan tes.
D e h e ch o , los g ru p o s ju v e n ile s y estudian tiles relacio n ad os c o n W yn eken fu e ro n
expulsados de la Ju v en tu d A le m a n a L ib r e en m arzo d el sigu ien te año de 1914-
2 La d ed ica to ria al p e rió d ic o Tägliche Rundschau parece re ferirse iró n ica m e n te a u n
a rtícu lo de ese p e rió d ic o sob re e l P rim e r C o n g re so de la Ju ven tu d A le m an a L ib re.
3 U n a ltip la n o a las afu eras de K assel, [n . d e lT .]
68 PRIMEROS TR ABA JO S DE CR ÍTICA D E LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
4 S e t r a t a d e u n a p e l l i d o c l a r a m e n t e j u d í o , [ n . d e l T .]
5 E rn st K e i lr austríaco. [N .d e lT .]
6 M artin Luserke (18 S 8 -19 6 8 ) d irig ió la C o m u n id a d E sco lar L ib re de W ick ersd o rf
e n tre los años I9IO y 1924?. Sobre Gustav W yn eken y la C o m u n id a d E scolar L ib re de
W ickersd orf, véase sufira, p . 9, nota I de La Bella Durmiente. E l discurso p ro n u n cia d o
p o r W yn eken en el congreso se p u ed e con su ltar en las páginas 1 6 - 2 0 d el lib ro de
G ustav M ittelstrass y C h ristian Sch neeh agen (eds.). FreideutscherJugendtogl$13: Reden von
GottfriedTraubu.a., H am burgo, 1913. Por el con trario, el discurso de Luserke n o parece
haberse pu b licado.
LA JU V E N TU D SE MANTUVO EN SILENCIO 69
L a ju v e n t u d se m a n tu v o e n e l s ile n c io , y s i e x c la m ó « ¡ H u r r a ! »
fue m ás d u ra n te el d isc u rso d e l c h o v in ista K e i l q u e a n te las palab ras
de W yn eken . C o n igu al d o lo r p u d o observarse q u e la ju v e n tu d se s e n
tía ad ulad a p o r las p alab ras p atern alistas d e A v e n a r iu s [íI. Y lo p e o r es
q u e esta ju v e n tu d a ce p ta ra las b ro m a s , y q u e se d e ja ra a rre b a ta r p o r
personas « m a d u r a s » la seried a d sagrada c o n la q u e se h a b ía r e u n id o ;
que acep ta ra la ca m p ech a n ía , e n vez de r e c la m a r la d e b id a d ista n cia.
E n e fe cto , esta ju v e n tu d n o h a e n c o n tra d o tod avía al e n e m ig o in n a to
al q u e tie n e q u e o d ia r . P e r o , ¿ q u ié n d e to d o s lo s q u e estab a n e n el
H o h e r M e iß n e r lo c o n o c e ? ¿ Q u é fu e d e la p ro te sta c o n tra la fa m ilia
y la escuela q u e esp eráb a m o s? A l resp e cto , la r e tó r ic a p o lític a n o alisó
el c a m in o d e l s e n tir j u v e n il. ¿ E s ésa la r a z ó n p o r la q u e n in g u n o lo
to m ó ? A h í estaba to d o p o r h a ce r. Y ah í hay q u e m a n ifesta r lo ju v e n il,
hay que m o stra r a h í la rebelión: en c o n tra de lo s pad res, q u e a h o g a n los
ánim os, y e n c o n tra d e la escu ela, q u e fu stiga el esp íritu . L a ju v e n tu d
se m an tuvo e n él s ile n c io . Y a ú n n o h a te n id o la in tu ic ió n ante la cual
se vie n e abajo el c o m p le jo de la ed ad . L a p o d ero sa id e o lo g ía in tegra d a
p o r la e x p e r ie n c ia , la m a d u r e z , la a u to r id a d , la r a z ó n y la b u e n a
v o lu n ta d de lo s a d u lto s n o se vio n i fu e atacad a e n el c u rso d e l c o n
greso ju v e n il.
E l hecho d el con g reso ju v e n il es sin em b argo lo ú n ic o positivo- Basta
para v o lv e r a r e u n im o s m e jo r p e rtre c h a d o s el a ñ o q u e v ie n e y lo s
siguientes hasta q u e, alg ú n d ía, e n u n con g reso d e la ju v e n tu d alem ana
lib re lo g re h a b la r, p o r fin , lajuventud.
7 F erdin an d A venariu s (1 8 5 6 -19 3 3 ) era u n crítico artístico y lite ra rio m uy fam oso en
su época, gracias sobre to d o a ser so b rin o de W agner. S u discurso en el con greso se
pu ede le e r en las páginas S I - 33 d el lib ro m en cio n a d o e n la n ota an te rio r.
VELADAS LITERARIAS ESTUDIANTILES[l!
EDUCACIÓN ERÓTICA
C o n o c a s ió n d e l a ú l t im a v e l a d a l it e b a e ia
E S T U D IA N T IL C E L E B K A D A E N B E R L Í N ^
E l m o v im ie n to de la ju v e n tu d q u e a h o ra va d e sp e r ta n d o m a rca su
d ir e c c ió n p o r ese p u n to in fin ita m e n te le ja n o e n el q u e sabem os q u e
está la r e lig ió n . Y el m o v im ie n to ya es p a ra n o s o tr o s la g a ra n tía más
h o n d a d e q u e la d ire c c ió n es la co rrecta . L a ju v e n tu d q u e d esp ierta en
A lem a n ia se en cu en tra igu al de lejos respecto de la totalid ad d e las re li-
H ay u n a c o n c re ta c o n c e p c ió n d e la h is to ria q u e, e n ta n to c o n fía e n la
in fin itu d d el tie m p o , só lo d istin gu e el r itm o de lo s seres h u m a n o s y de
las épocas, q u e van pasand o ráp id a o len ta m en te a través d e la senda d el
progreso. A esto co rresp o n d e lo in c o n e x o , lo im p reciso y falto d e r ig o r
de la e x ig e n c ia q u e d ich a c o n c e p c ió n d e la h is to ria le p la n te a al p r e
sen te. P e ro , b ie n al c o n t r a r io , la r e fle x ió n q u e vam os a e la b o r a r se
refiere a u n estado d ete rm in a d o e n el q u e la h isto ria reposa c o m o r e u
n id a e n u n c e n tr o , ta l y c o m o h a sid o d esd e a n tig u o e n las im á g en es
u tó p icas d e lo s p e n sa d o res. L o s e le m e n to s p r o p io d e l estad o fin a l n o
están a la vista co m o in fo rm e te n d en cia de p ro g re so , sin o q u e se h a lla n
h o n d a m e n te in sertad o s en cada presen te en su calid ad d e cre acio n e s y
de p e n sa m ien to s e n p e lig ro , re p ro b a d o s y rid ic u liza d o s. L a tarea h is
tórica es c o n fig u ra r e n su p u reza el estado in m a n e n te d e la p e rfe c c ió n
co m o estado a b so lu to , h a ce r q u e sea visib le, h a ce rlo d o m in a n te e n el
presente. P ero d ich o estado n o h a b rá q u e e x p o n e rlo c o n la pragm ática
d e sc r ip c ió n d e lo s d eta lles (in s titu c io n e s, co stu m b re s, e tc .) , a la cu al
p refe re n te m en te se sustrae, sin o q u e ta n sólo se p u e d e captar e n lo qu e
es su estru ctu ra m etafísica, c o m o el r e in o m esiá n ico o la id ea fran cesa
de la re v o lu c ió n . E l sig n ifica d o h istó ric o actu al de la u n iv ersid a d y lo s
estudiantes, la fo r m a de su ex isten cia en el p rese n te, só lo vale la p e n a
d e s c r ib irlo e n ta n to q u e m e tá fo ra , e n ta n to q u e r e fle jo de u n estado
su p rem o , m etafísico, de la h isto ria . S ó lo así es p o sib le y co m p ren sib le.
D e m a n e r a q u e esa d e s c r ip c ió n n o es u n lla m a m ie n to n i n in g ú n
m an ifiesto (dos cosas p o r c o m p le to in o p e ra n te s), p e ro m u estra la c r i
sis q u e, ra d ic a n d o e n la esencia de las cosas, c o n d u c e a la d e c isió n a la
c o m u n id a d a ca d é m ic a c o m o c o m u n id a d d e tr a b a jo s o c ia l fra c a só
d e b id o a la a b s tra c c ió n y al a is la m ie n to d e l o b je to . L a to ta lid a d d e l
in d iv id u o n o e n c o n tr ó e n e llo su e x p re s ió n , p o r q u e e n ta l c o m u n i
d a d su v o lu n ta d n o p o d ía o r ie n ta r s e a la to t a lid a d » . E l s ig n ific a d o
sin to m á tico d e lo s in te n to s de lo s estu d ian tes lib res, c o m o ta m b ié n de
lo s so c ia l-c ris tia n o s y de m u c h o s o tro s tod avía es q u e r e p ite n a escala
m ic r o c ó s m ic a en el in t e r io r d e la u n iv e rsid a d esa m ism a e scisió n q u e
ella fo rm a resp ecto d el c o n ju n to d el E stado, en in terés d e su a d h esió n
a d ic h o E stad o y a sus activid ad es e n la vid a . L a u n iv e rs id a d co n stru y e
así u n re fu g io p ara to d o s lo s eg o ísm o s y a ltru ism o s, p a ra to d a o b v ie
d a d de la g r a n v id a ; u n r e fu g io q u e só lo está n e g a d o ju s ta m e n te á la
d u d a r a d ic a l, así c o m o a la c r ític a m ás se r ia y a a q u e llo q u e es m ás
n e c e s a r io : a la v id a q u e se h a lla d e d ic a d a a la m ás to ta l r e c o n s t r u c
c ió n . E n estas c u estio n es, la v o lu n ta d de p ro g re so de las a so ciacio n es
d e e stu d ia n tes lib re s n o se o p o n e a la fu e r z a re a c c io n a r ia d e las a s o
c ia c io n e s tr a d ic io n a le s . T a l c o m o h e m o s in te n ta d o m o stra r, y c o m o
adem ás lo im p o n e n la u n ifo r m id a d y d is p o s ic ió n p a c ífic a d e l estado
g lo b a l u n iv e r s it a r io , las o r g a n iz a c io n e s d e e stu d ia n te s lib r e s se
e n c u e n tr a n m u y le jo s d e lle v a r a la p r á c tic a u n a v o lu n ta d e s p ir itu a l
sistem ática. H asta a h o ra, su v o z n o se h a h ech o n o ta r d e m a n era d e c i
siva en n in g u n a d e las c u e stio n e s q u e h e m o s id o tra ta n d o e n el p r e
s e n te en sa y o ; u n a v o z q u e , p o r in d e c is ió n , p e r m a n e c e d e l to d o
im p e rc e p tib le . S u o p o s ic ió n tra n sc u rre p o r el c a m in o lla n o de lo que
es la p o lític a lib e ra l, c o n lo q u e el d e sa r ro llo d e sus p r in c ip io s so c ia
les se h a q u e d a d o ju s ta m e n te e n el n iv e l q u e so s tie n e la p r e n s a d e
d ic h a te n d e n c ia . L o s e stu d ia n te s lib r e s n o h a n p e n s a d o a f o n d o la
c u e s tió n d e la u n iv e rsid a d , sie n d o p o r ta n to m u estra de u n a am arga
fo r m a de ju s tic ia h istó ric a q u e e n las o ca sio n e s o fic ia le s aqu ellas a so
c ia c io n e s q u e e n o tr o s tie m p o s se e n f r e n t a r o n a l p r o b le m a d e la
c o m u n id a d acad ém ica ap a rezca n c o m o in d ig n o s rep rese n ta n tes de la
tr a d ic ió n estu d ia n til. E n las c u estio n es ú ltim as, e l estu d ia n te lib r e n o
a p o r ta e n a b s o lu to u n a v o lu n ta d m ás se ria n i u n c o r a je s u p e r io r al
tr a d ic io n a l, y su activid ad resu lta casi u n p e lig r o m ayo r q u e la d e éste,
p o r su c o n d ic ió n m ás en g a ñ o sa ; p o r q u e , p o r su p a r te , la te n d e n c ia
b u rg u esa , in d isc ip lin a d a y m e z q u in a c o m o es, a ú n reclam a la fam a de
lu c h a d o r a y lib e r a d o r a e n la v id a d e la u n iv e r s id a d . E l e stu d ia n ta d o
a c tu a l n o se e n c u e n tr a n u n c a e n lo s lu g a re s e n q u e se lu c h a p o r el
ascenso e sp iritu a l d e la n a c ió n , e n el cam p o de su n u eva b atalla p o r el
LA VEDA D E LOS ESTU D IA N TE S 83
4 S ob re el sign ificad o de esta palabra, véase supra, p . 17, n ota 3 d el Diálogo sobre la reli
giosidad de! presente. [ n . d e l T .]
88 PRIMEROS TR A B A JO S D E CR ITICA DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
D e r k n a b e n p r e is u ri d j u b e l so m ir sc h m e ic k e ln -
N ie w ie d e r s t r o fe n so im o h r d ir d o n n e r n ■
La c o n v e r s a c ió n
1 Benjam ín, n o p u b licó n in gu n a d e las tres partes (La conuarstjánn, El diario y E l baile) de
este texto, que preten d ía ser u n ciclo. N o se sabe si se daba p o r satisfecho c o n estas
tres partes, que escrib ió en tre finales d el añ o 1913 y p rin cip io s d el I 9 M'. o si quería
añ a d ir alguna más; en to d o caso, rep artió copias en tre sus am igos.
2 « ¿ D ó n d e estás, ju v e n il, tú que siem pre m e / despiertas de m añ an a? ¿ E n d ó n d e estás
tú, 3i.i7.l.J» . Der blinde Sanger, versos 1- 2 -
94 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
so rd a lu c h a q u e e n fr e n ta al yo c o n lo s a n te p a sa d o s. A h o r a v e m o s lo
q u e h e m o s d e stro za d o y h e m o s elevad o s in s a b e rlo . L a c o n v e rs a c ió n
e n to n ces se lam e n ta p o r la gran d eza de to d o lo p e rd id o .
II
L a c o n v e r s a c ió n tie n d e al s ile n c io , y el o y e n te es m ás b ie n el q u e se
calla. E l h ab lan te recib e d e él sen tid o ; el silen te es la fu e n te d el sen tid o
q u e se halla p o r cap tar. L a c o n v ersa ció n alza p alab ras hacia él, q u e so n
lo s r e c e p tá c u lo s, lo s c á n ta ro s . E l h a b la n te h u n d e el r e c u e r d o d e su
fu e rza e n p alab ras, y b u sca fo rm a s e n las cu ales el o y en te ya se m a n i
fie sta . P u es el h a b la n te h a b la c o n o b je to de h a c e rs e c o n v e r tir . E l
e n tie n d e al o y e n te , y e llo a p e sa r de sus p a la b ra s: q u e fr e n te a é l h a y
a lg u ie n cu yo s rasg os s o n in d e le b le m e n t e ta n se rio s c o m o b u e n o s ,
m ien tra s q u e p o r su pa rte el h ab lan te d ifam a al len gu a je.
A u n q u e el o y e n te avive, o r g iá stic a m e n te , u n p a sa d o v a c ío , él n o
e n tie n d e palab ras, sin o el callar de lo p re se n te . D a d o q u e el h a b la n te
está p rese n te, pese a la fa g a de su alm a y la vacied ad de sus palabras; su
ro stro se en c u e n tra a b ierto al oyen te, y so n visib les lo s esfu erzo s de sus
la b io s. E l o y en te m a n tie n e al v e rd a d e ro le n g u a je d isp u e sto ; e n él van
p e n e tra n d o las palabras, m ien tra s, al m ism o tie m p o , ve al h a b la n te.
E l q u e h a b la p e n e tr a e n q u ie n e sc u c h a . P o r lo ta n to , el s ile n c io
n ace d e la co n v ersa ció n . T o d o el q u e es g ra n d e tie n e só lo u n a c o n v e r
sació n , a cuyo m a rg en espera to d a la gran d eza silen ciosa. E n el silen cio
se ren o vó la fu erza: el o y en te c o n d u jo la co n v e rsa ció n hasta el m ism o
m a rg en d el le n g u a je , y a su vez el h a b la n te cre ó el sile n cio d e u n le n
gu aje n u evo , cuyo p r im e r o y en te era él.
III
IV
EL GENIO T o d a s las m u je r e s a q u e a cu d o s o n ig u a l q u e tú . M e K an
p a rid o m u e rto y q u ie re n c o n c e b ir algo m u e rto c o n m ig o .
LA PROSTITUTA P e ro yo soy la m ás osad a c o n la m u e r te . ( Y se va n a
d o r m ir .)
VI
La m u je r g u ard a las co n versa cio n es. C o n c ib e ella el sile n cio , m ien tras
q u e la p r o s titu ta c o n c ib e al c re a d o r d e lo s id o . P e ro n a d ie c u id a d e l
lam en to cu an d o lo s h o m b re s h a b la n . Su h a b la r se to r n a e n d esesp era
c ió n m ie n tra s r e su e n a e n el so r d o esp a cio y , b la s fe m a n d o , ataca a la
g ra n d eza . D o s h o m b re s ju n t o s so n sie m p re a lb o r o ta d o r e s, y siem p re
acaban p o r usar las arm as. D estru y en a la m u je r a través de lo ob scen o ;
la p a rad o ja vio la a la gran d eza. L as palabras q u e so n d el m ism o sexo se
u n e n y se in stiga n m e d ia n te su secreta in c lin a c ió n ; u n d o b le sen tid o se
alza sin alm a, m a lam en te cu b ie rto p o r la c ru e l d ialéctica. L a revelación
se r íe fre n te a ellas y lu e g o las o b liga a q u e se callen . V e n c e la o b sc e n i
dad, y el m u n d o estaba de palabras fo rm a d o .
A h o r a tie n e n q u e a lzarse y d a r m u e r te a sus lib r o s , y h a b r á n de
rap tar a u n a m u je r; p u es, si n o , a h ogarán en secreto a sus alm as.
VII
¿ C ó m o h a b la b a n S a fo y sus a m ig a s? ¿ C ó m o fu e q u e h a b la r o n las
m u je re s? P ues el len g u a je las d esp o ja de alm a. Las m u jeres n o o b tie
n e n d e l le n g u a je r e d e n c ió n a lg u n a . L as p a la b ra s s o p la n s o b r e las
m u jeres reu n id a s, m as su so p la r es to sco y ap agad o, y así ellas se v u e l
ven ch arlatan as. M as su s ile n c io r e in a so b re su h a b la . E l le n g u a je n o
lleva el alm a d e las m u jeres, p o r q u e ellas n o le h a n c o n fia d o n ad a y su
pasad o n u n c a está acab ad o. Las p alab ras las va n m a n o se a n d o y algu n a
h a b ilid a d les da respuesta, m u y rá p id a m e n te . M as el le n g u a je só lo se
les m u e s tra e n ese h a b la n te q u e , a to r m e n ta d o , les va e s tr u ja n d o el
c u e rp o a las palabras d o n d e co p ia el sile n cio de las q u e am a. L as p a la
bras so n m ud as, y el len g u a je de las m u jeres se m a n tu v o in c re a d o . Las
m u jeres q u e h a b la n se h a lla n p o seíd a s d e u n le n g u a je d em e n te .
98 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
V III
E l DIAJLIO
N a c h b a r lä n d e r m ö g e n i n S e h w e ite lie g e n
D aß m an d en R u f d er H äh n e u n d H u n d e
g e g e n se itig h ö r e n k a n n .
U n d d o c h s o llte n d ie L e u te im ' h ö c h s te n
A l t e r s te rb e n
O h n e h i n u n d h e r g e re ist z u se in .
La o-T se™
N u e s tr o in t e n t o a h o r a es r e p a r a r e n las fu e n te s d e la in n o m b r a b le
d e se sp e ra ció n q u e se a d v ierte m a n a n d o e n tod as las alm as. P u e s las
alm as escu ch a n c o n a te n c ió n la m e lo d ía d e su ju v e n tu d , de la q u e se
cercio ra n de m il m od os. P ero cu an to más van su m ergién d ose en el sen o
de d éca d a s in c ie r ta s , in c lu y e n d o así lo m ás fu t u r o de su ju v e n tu d ,
ta m b ié n ta n to m ás h u é rfa n a s r e s p ir a n e n el v a c ío p r e se n te . Y u n d ía
desp iertan a la desesperación: el d ía d el su rg im ien to d el d ia rio .
E l d ia rio p lan tea c o n su seried ad desesperada la cu estió n d e e n qué
tiem p o vive el ser h u m a n o . Q u ie n e s p ien sa n h a n sabido siem p re q u e el
ser h u m a n o n o vive en n in g ú n tie m p o . L o in m o rta l de p en sam ien tos y
d e a ccio n es lo d estie rra a la a te m p o ra lid a d , e n cu yo c e n tro acecha la
m u erte in com p ren sib le. D u ra n te tod a su vida lo va atrapando la vaciedad
d el tie m p o , p e r o n u n c a la in m o rta lid a d . D e v o ra d o p o r las cosas m ás
diversas, p ara él el tie m p o h a d esa p a recid o , q u e d a n d o d e stru id o al
tiem p o el m e d io e n el q u e h u b ie ra d eb id o hacerse o ír la m e lo d ía de su
ju v e n tu d . A s í, q u ed ó p riva d o d el c u m p lid o sile n c io e n q u e, m ás a d e
lan te, d eb ería m a d u ra rse su gra n d eza . D e él le p riv ó la vid a co tid ia n a ,
vin ien d o a in te rru m p ir de m il m aneras, co n acontecim ien tos, casualida
des y deb eres, ese tie m p o in m o rta l y ju v e n il q u e él a ú n n o in tu ía . M ás
am enazante todavía se alzó la m u erte tras la vida cotidiana. D e m o m en to ,
la m uerte va aparecien do a p eq u eñ a escala, y mata cada día para h acer que
la vid a c o n tin ú e . H asta q u e u n d ía al f i n la m u e rte g ra n d e le cae d e las
n u bes, al igual q u e u n a m a n o q u e n o deja que la vid a c o n tin ú e . A sí, de
día en día, d e segun do en segu n do, el yo se autoconserva, agarrándose al
tiem p o, al in stru m en to q u e el y o d eb ería tocar.
3 « A u n q u e los países vecinos se h allaran tan cerca / q u e se oyese e l canto de los gallos /
y los ladridos de los p e rro s de u n o y o tro la d o , / m o riría la gen te sin e m b a rgo , an cia
na, / sin h ab er cruzado la fr o n te ra » . Tao TeKing, n ° 8 o , versos 1 6 -1 9 .
IOO ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
4 Esta frase tien.e más sen tido d icha e n a lem án q u e en español, ya que e n alem án « d ia
r io » se dice Thgebuch, esto es, « lib ro d el d ía » , [n . d el T .]
M ETAFÍSICA DE LA JU V E N TU D IOI
II
III
b a n , y él h u ía in c e s a n te m e n te . Y es q u e el n o b le n u n c a sa b o re ó e l
a m o r d e lo s v e n c id o s . Y , al tie m p o , re c e la b a si las cosas se r e fe r ía n
ig u a lm e n te a é l. « ¿ T e r e fie r e s a m í ? » , p r e g u n tó a la v ic to r ia q u e
g a n ara. « ¿ T e r e fie r e s a m í ? » , le p r e g u n tó a la m u c h a c h a q u e se le
había acercad o . D e m a n era q u e el n o b le se salió así de su p e rfe c c ió n . A
la victo ria le parecía el ve n c e d o r, co m o a la am ante le p arecía el am ad o.
Pero el a m o r y la v ic to ria le h a b ía n su ced id o ju sta m en te m ien tras d e d i
caba sus o fr e n d a s e n h o n o r de lo s p e n a te s de su h o g a r . N u n c a se
e n c o n tró c o n el d estin o , pu es pasó de largo ju n t o a él.
M as c u a n d o e n el d ia r io la alteza d e l yo se r e tir ó y e n m u d e c ió la
fu ria c o n tra el a co n te ce r, los a co n te cim ie n to s se m o stra ro n in d e ciso s.
La cada ve z m ás le ja n a v is ib ilid a d d e l y o , el c u a l ya n o r e fie r e a h o r a
nada a sí m ism o , te je el m ito m ás p r ó x im o cada vez de las cosas q u e se
lan zan al yo c o n u n afecto in m e n so , co m o p reg u n ta in q u ieta , sed ien to
com o está de d e te rm in a c ió n .
R u g e el n u e v o asalto e n el yo a g ita d o . E l y o está e n v ia d o c o m o
tie m p o , de m o d o q u e las cosas le p a sa n d e la r g o y se va n a le ja n d o
h u m ild e m e n te hacia el p u n to cen tra l d e la d istan cia, h a cia el sen o del
tie m p o , d esd e d o n d e el y o re sp la n d e cía . E l d e stin o es ya este c o n tr a
m o v im ie n to de las cosas e n el tie m p o d e l y o . Y la m ism a g ra n d e za es
ese tie m p o d e l yo e n el q u e las cosas n o s s u c e d e n . P ara e lla , to d o el
fu tu ro es pasado. E n efecto, el pasado de las cosas equivale al fu tu r o d el
p r o p io t ie m p o - y o . P e ro lo s p a sad os se v u e lv e n fu tu r o s , y de n u e v o
em ite n el tie m p o d el yo u n a vez q u e h a n e n trad o e n la distancia. A tra
vés d e lo s a co n te c im ie n to s, el d ia r io escrib e la h isto ria d e n u e stro ser
fu tu ro , y p o r tan to p ro fe tiz a n u estro d estin o p asad o. E l d ia rio escribe
la h isto ria de n u estra g ra n d eza , p e ro c o m en za n d o p o r la m u e rte . U n a
vez q u e el tie m p o d e las cosas está s u s p e n d id o e n el tie m p o d e l y o ,
q u ed a el d estin o su sp en d id o e n la g ra n d eza , c o m o las distancias están
su sp en d id a s a h í, e n la d is ta n c ia . U n a vez tu v im o s el m ás fu e r te e n e
m ig o , el c u a l, e n su a m o r ilim it a d o , r e u n ió to d a n u e stra d e b ilid a d
cegada ya e n su fo rta le za , a co g ió n u e stra d e sn u d e z e n su in c o r p o r e i
dad, c o n su m u tism o acalló n u estro sile n cio y, lleva n d o al h o g a r todas
las cosas, p o n e f in a to d o s los h u m a n o s: ésa es la g ra n d istancia; ésa es
la m u e r te . E n ella n o s su ced em o s a n o s o tr o s m ism o s; n u e str o esta r-
m u ertos se d esp re n d e de las cosas, y el tie m p o de la m u e rte es n u estro
tie m p o . R e d im id o s, p e rc ib im o s el c u m p lim ie n to d el ju e g o ; el tiem p o
de la m u erte era ya el tiem p o d e n u estro d ia rio , la m u erte era la ú ltim a
106 e s t u d io s m e ta f ís ic o s y de f i l o s o f í a de l a h i s t o r i a
El b a ile
fu g itiv o h a ce a h o r a v e n ir a u n a m u je r q u e se e n c u e n tr a —ella , u n a
m uchacha— e n le ja n a fuga.
L a m u je r vie n e ya p o r el p a rq u é, q u e está tan liso en tre lo s b a ila ri
nes q u e hasta se d iría q u e re fle ja la m ú sica, p u es este su elo liso al qu e
n o p e rte n e c e n las perso n as crea u n espacio a q u í p ara lo elíseo q u e c ie
rra la cad ena de la soled ad de la g e n te. L a m u je r avanza, y a su paso va
o r d e n a n d o a lo s b a ila rin e s, a a lg u n o s lo s exp u lsa y así va a d a r c o n tra
las m esas, d o n d e im p e r a el r u id o d e lo s so lita rio s , o d o n d e , e n lo s
p a sillo s, atraviesan la n o c h e lo s q u e p asan c o m o so b re u n a c u erd a de
fu n ám b u lo s.
¿ C u á n d o lle g ó la n o c h e a la cla rid a d y fu e irra d ia d a , salvo en este
á m b ito ? ¿ C u á n d o q u e d ó el tiem p o su p e ra d o ? ¿ Q u i é n sabe c o n q u ié n
vam os a e n c o n tr a r n o s e n este m o m e n to ? D e lo c o n tr a r io (si alg o así
existiera), estaríam os sim p lem e n te aqu í, p e ro ya co m p leto s; de lo c o n
tra rio , tal vez agotaríam os esos m o m e n to s ú ltim o s d el d ía q u e h a q u e
d ado c o n s u m id o y sabo rearíam os el n u evo . P ero a h o ra v ertem os el día
espum oso en el cristal p u rp ú re o de la n o ch e, q u e se va calm a n d o y q u e
relu ce.
L a m ú sica aleja to d o p e n sa m ie n to , y n u estro s o jo s r e fle ja n la a le
g ría e n t o r n o , c ó m o se m u e v e n to d o s e sta n d o a ú n r o d e a d o s p o r la
n o c h e . R e a lm e n te , estam os d e n tr o de u n a casa sin v e n ta n a s, e n u n a
sala s in m u n d o . E scaleras de m á r m o l h a cia a rr ib a y a b a jo . E l tie m p o
está a q u í a d e n tro , a tra p a d o . E n n o s o tr o s ya só lo agita c o n r e p u ls ió n ,
algu n as veces, su ca n sa d o a lie n to , y n o s in q u ie ta . P e ro u n a p a la b ra
p r o n u n c ia d a e n la n o c h e h ace q u e u n a p e rso n a acu d a hasta n o so tro s,
q u e c a m in e m o s ju n t o s , q u e ya n o n e c e site m o s la m ú sica; p o d ría m o s
tu m b arn o s en lo o scu ro , p e r o n u estro s ojos b r illa r ía n c o m o b rilla n te
espada e n tre la g e n te . A lr e d e d o r d e esta casa, lo sabem os, va n r e v o lo
tean d o todas las realid ad es despiadadas, todas las realid ad es expulsadas.
Y lo s p o eta s c o n su s o n risa a m arga , y lo s p o lic ía s y lo s sa n to s, y lo s
a u to m ó v ile s q u e e sp e ra n . A lg u n a s veces, la m ú sica d e s b o rd a hasta el
ex te rio r, y lo s sepulta.
DOS POEMAS DE FRIEDRÍCH HOLDERLIN
« C o r aje d e r o r .T A » y « A p o c a m ie n t o
1 B en jam ín n o p u b lic ó este artícu lo, que escrib ió en tre fin ales d el 19 14 y p rin cip io s
d el 1915* [Los títu los de los poem as en alem án so n Dichtermut —d el q u e hay dos v er
siones— y ( n . d el T .)J
2 Sob re el co n cep to de « fo rm a in te r io r » , véase el artícu lo « F o rm , in n e re ^ , en:
Hi$toriscke$WdrterbuchderPkifasophie, vol. III, p p . 974 s*
3 La tra d u cció n más sencilla de GehaU es ^ co n ten id o >>* p e ro G oeth e se refería co n esta
palabra n o a cu alqu ier co n te n id o , sino a aquel q u e b ro ta de u n a in te rio rid a d activa,
la cual le da form a. Gehaít es con tenido que lleva en sí la form a. Véase a este respecto el
artícu lo ^ G e h a lt» en: Goethe-Handbuch in uierBánden, ed. de B e rn d W itte et a i , Stuttgart/
W eim ar, M etzler, I 99 &> vol. fa/i, pp , 34 I “ 34,3 - [N .d e lT ,]
DOS POEMAS DE FRIEDRICH HÖLDERLIN 109
ese m u n d o , ú n ic o y u n it a r io p o r c o m p le to . L o im p e n e tr a b le d e las
re la c io n e s se o p o n e a to d a a p r o x im a c ió n q u e n o sea sen sib le, p u e s el
m é to d o exige p a r tir d e lo ya e n p r in c ip io c o n e c ta d o p a ra c o n o c e r la
estru ctu ra. C o m p á r e s e si n o la estru c tu ra p o é tic a de am bas ve rsio n es
desde el p u n to d e vista d e l n ex o d e las figu ra s, avan zan d o le n ta m e n te
en d ire c c ió n al c en tro d e c o n e x ió n . Y a antes h em o s visto la v in c u la c ió n
in d e te rm in a d a q u e tie n e n p u e b lo y d io s u n o c o n o tr o (así co m o re s
p ecto d el p o e ta ). P ues c o n ello con trasta la p o d ero sa v in c u la c ió n d e las
esferas in d iv id u a les e n el caso d el ú ltim o p o e m a . L o s dioses y lo s vivos
están a h í fé rre a m e n te co n ectad o s e n el d e stin o m ism o d el p o eta , q u e
d a n d o su sp en d id a p o r su pa rte la sim p le y tra d ic io n a l su p rem acía de la
m ito lo g ía . D e l c a n to , q u e lo s lle v a h asta el « r e c o g im ie n t o » , se d ic e
q u e c o n d u c e a lo s h u m a n o s « ig u a l q u e a los cele ste s» , y a lo s celestes
m ism o s, p o r su p a r te liaI. D e este m o d o q u e d a s u s p e n d id o el f u n d a
m e n to a u té n tic o de la c o m p a ra c ió n , d a d o q u e se n o s d ice : ta m b ié n a
los celestes, ig u a l q u e a los h u m a n o s, lo s c o n d u c e el can to . A q u í, e n el
c e n tro d e l p o e m a , el o r d e n de lo s d io ses y lo s h o m b re s se e n c u e n tra
extrañ am en te levan tado el u n o c o n tra el o tr o , el u n o e q u ilib ra d o p o r
el o tr o . (Ig u al q u e d os p la tillo s de b alan za: en am bos se lo s d eja c o n
trapuestos, p e ro el b razo lo s alza y los sep ara.) A s í se presenta m u y p e r
c e p tib le m e n te lo q u e es la ley fo r m a l fu n d a m e n ta l de lo p o e tiza d o , el
o r ig e n d e esa le g a lid a d cu yo c u m p lim ie n t o da su fu n d a m e n to a la
ú ltim a v e r s ió n . A q u e lla ley d e la id e n tid a d d ice q u e las u n id a d e s d el
p o e m a h a n d e a p a re ce r c o m p e n e tra d a s, q u e lo s d ife re n te s elem e n to s
n u n c a son captables p u ra m e n te , sin o so la m en te la estru ctu ra d e a q u e
llas relacio n es e n q u e la id en tid a d d el ser in d iv id u a l resulta ser fu n c ió n
de u n a in fin ita cadena de series en q u e lo p o etiza d o se despliega. L a ley
de a cu erd o a la cu al todas las esencialid ad es se n os m u estra n e n lo p o e
tiza d o c o m o u n id a d d e fu n c io n e s in fin ita s es la le y de la id e n tid a d .
N in g ú n ele m e n to d e b e a b a n d o n a r, c aren te de n ecesa ria re la c ió n , esa
in ten sid a d d el o r d e n d el m u n d o q u e e n el fo n d o sen tim os. Se trata de
u n a ley q u e h a de m ostrarse c u m p lid a e n todas las c o n s tru c c io n e s, en
la fo rm a in te r io r de las estrofas así co m o ta m b ién d e las im ágen es, para
alcanzar p o r fin a p r o d u c ir e n el c e n tro d e todas las relacio n es p o éticas
la id e n tid a d de las fo rm a s sen soriales y esp iritu ales, la c o m p e n e tra c ió n
esp aciotem p oral de todas las figu ras en u n c o n ju n to esp iritu al, a saber,
en lo p o e tiz a d o , q u e es a h í id é n tic o a la vida, P e ro a q u í só lo va m o s a
12 Coraje de poeta, segunda versión , versos 10 y 9*
Il6 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
14 Ibid., verso I.
« ¿ N o se em parenta co n tigo la totalidad de los vivo s? » (Coraje de poeta, segunda ver
sión» verso i).
16 Apocamiento, verso %
17 Coraje de poeta, segunda versión, verso 2.
n 8 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
23 Abocamiento, versos 3 -4 .
24 C fr . Coraje de poeta, p rim era versión , versos 3 -4 : « ¡P o r eso, cam ina in e rm e / p o r la
vida y n o te in q u ietes!» , [n. d el T.]
20 Apocamiento, verso 5.
26 Coraje de poeta, segunda versión , verso 5.
27 B en jam in hace aqu í u n ju e g o de palabras in trad u cib ie al español: las palabras
« o p o r tu n o » (gelegen) y « o p o rtu n id a d » (Gelegenheit) tie n en en alem án la m ism a raíz
que « situ a c ió n » (Lage) y « situ a d o » (gelegen), [n. d el T.]
28 An Landauer, verso I.
29 Apocamiento, verso 6 . iL a tra d u cció n literal de las palabras de H ö ld e rlin Sei zur Freude
gereimt (cuyo sen tido p o d ría ser «Prepárate para la a le g ría » ) es sin duda absurda en
español, p e ro los argum entos que aqu í B en jam in va elabo ran d o a p a rtir de ellas nos
im p o n e la literalid ad , (n. d el T.)]
DOS POEMAS DE FRIEDRICH HÖLDERLIN
35 Mid.
3 6 'F ragm en to 21.
37 C fr . Coraje depoeta, segunda versión ,’ verso 16; Apocamiento,, verso 16.
DOS POEMAS DE FRIEDRICH HÖLDERLIN
38 Apocamiento, versos 22 s.
ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
u n a p e rso n a c o n el m u n d o ju n t o c o n la d e l m u n d o c o n u n a p e rso n a .
L o p o e tiz a d o de la p r im e r a v e r s ió n c o n o c e ta n s ó lo el c o ra je c o m o
cu a lid a d . E l se r h u m a n o y la m u e r te se h a lla n r íg id o s , u n o fr e n te al
o tro , c a recien d o de m u n d o visu al e n c o m ú n . E n lo q u e hace al p o eta ,
en su ex iste n cia d iv in o - n a tu r a l, se h a in te n ta d o e n c o n tr a r u n a p r o
fu n d a r e la c ió n c o n la m u erte; p e r o só lo a través de lo q u e es la m e d ia
c ió n d el d io s, u n o al q u e la m u e rte (m ito ló g ica m e n te ) le e ra p r o p ia y
al cu al el p o e ta se a cercó (ta m b ié n m ito ló g ic a m e n te ). L a vid a a h í aú n
era c o n d ic ió n p rev ia d e la m u e r te , la fig u r a b ro ta b a d e la n a tu ra le za .
S e h a b ía ev ita d o u n a d e c id id a fo r m a c ió n , de la v is ió n c o m o de la
fig u r a , a p a r tir d e u n p r in c ip io e s p ir itu a l, p o r lo q u e am bas n o se
c o m p e n e t r a r o n . E l p e lig r o de la m u e r te q u e d a b a s u p e ra d o e n el
p o e m a m e d ia n te la b elleza , m ie n tra s q u e e n el caso de la versión, p o s
te rio r la b elleza b ro ta en tera m en te de la su p era ció n d el p e lig ro . A n tes,
H ö ld e r lin acababa c o n la d is o lu c ió n d e la fig u ra , m ien tra s q u e el p u ro
fu n d a m e n to d e la c o n fig u ra c ió n aparece a l fin a l de la nueva v e rsió n . Y
ésta está a d q u irid a desd e u n fu n d a m e n to esp iritu a l. L a d u a lid a d de ser
h u m a n o y m u e rte so la m en te p o d ía re p o sa r e n u n b la n d o sen tim ien to
de la vid a. P ero tal d u alid ad n o su bsistió, pues lo p o etiza d o p r o fu n d iz ó
e n su c o n e x ió n , y u n p r in c ip io e sp iritu a l (el d e l co ra je ) c o n fig u r ó la
vida. E l coraje es la en trega al p e lig ro q u e am enaza al m u n d o , y en él se
en c u e n tra ocu lta u n a m u y c o n c reta p a ra d o ja , desde la cual se en tie n d e
p o r c o m p le to la estru ctu ra d e lo p o e tiza d o d e am bas versiones: la p e r
son a c o n c o ra je c o n o c e el p e lig ro , m as n o presta a te n c ió n . P u es sería
cob ard e si se la prestara; m as si n o c o n o c ie ra q u e hay p e lig ro , n o te n
d ría co ra je. Esta tan extraña re la c ió n se disuelve, pu es, cu an d o el p e li
gro n o am enaza a la p erso n a, sin o al m u n d o . E l coraje es el sen tim ien to
vital d e la p e rso n a q u e se en trega al p e lig r o , q u e, al m o r ir , a m p lía tal
p e lig ro a p e lig ro d el m u n d o y, al m ism o tiem p o , lo supera, Y es q u e la
g ra n d eza d e l p e lig r o b r o ta de la p e rs o n a c o n c o ra je ; y u n a vez q u e el
p e lig ro en verd a d afecta a esa p e rso n a , c o n su en trega al p e lig ro , afecta
al m u n d o . E n la m u erte q u e afecta a esa p e rso n a el p e lig ro q u ed a su p e
rado, ha alcanzado al m u n d o , al qu e ya n o am enaza; en ella se da pues la
lib e ra c ió n y, al m ism o tie m p o , la estab ilizació n d e las te rrib les fu erzas
q u e r o d e a n a l c u e r p o cad a d ía e n c a lid a d d e cosas lim ita d a s. E n la
m u erte, en to n ces, ya están sup erad as esas fu erzas q u e e ra n u n p e lig ro
para la p erso n a c o n coraje, en co n trá n d o se en ella apaciguadas, (E sto es
ju sta m e n te la c o s ific a c íó n d e d ich as fu e rz a s, q u e a cercab a al p o e ta la
138 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
cosa q u e c o n c u e r d a c la r a m e n te c o n el títu lo m is m o d e l p o e m a . E l
« a p o c a m ie n to » se h a c o n v e rtid o así en la a ctitu d au tén tica d e l p o eta .
T raslad ad o al c e n tro d e la vid a, n o le q u ed a o tra cosa q u e la existencia
in e rte , la pasividad m ás absolu ta q u e es la esencia m ism a d el c o ra je, las
d e u n en tregarse p o r e n te ro a la re la c ió n . Esta parte de la p e rso n a co n
co ra je, y ta m b ié n vuelve a ella. A s í atrapa el can to a lo s q u e viven , y así
so n c o n o c id o s p a ra él, ya n o em p a re n ta d o s. E l p o e ta y el can to n o se
d istin g u e n en el cosm os d e l p o em a . E l p o eta ya n o es o tra cosa q u e el
lím ite existen te c o n la vid a , a saber, la in d ife r e n c ia , estan d o ro d e a d o
p o r la id ea y p o r los en o rm es p o d e re s sensibles, q u e a h o ra, e n sí m is
m os, cu sto d ia n su ley. P ero hasta q u é p u n to es el p o e ta el c e n tro in t o
cab le de to d a r e la c ió n n o s lo d ic e n c o n fu e rz a lo s d os ú ltim o s verso s.
E n ello s los celestes se h a n c o n v ertid o e n signos d e la vid a in fin ita , esa
q u e lim ita c o n el poeta: « y de los celestes / traem os a U n o . M as n o so tro s
m ism o s / a p o rta m o s n uestras m a n o s h á b ile s » [*l!. E l p o e ta ya n o se ve
c o m o fig u ra , sin o sólo c o m o p r in c ip io de la fig u ra , es d ecir, lo lim ita
d o r , c o m o a q u e llo q u e carga ta m b ié n su p r o p io c u e r p o . E l p o e ta
a p o rta sus m a n o s, y a p o rta ta m b ié n a lo s celestes. L a e n fá tic a cesu ra
q u e co rta este pasaje tie n e p o r resu lta d o la d istan cia q u e d eb e m a n te
n e r el p o e ta an te tod a fig u ra y ante el m u n d o , ju sta m en te e n ta n to que
u n id a d . L a estru ctu ra d el p o e m a es b u e n a p ru e b a de la sa b id u ría c o n
te n id a e n las p a lab ras de S c h ille r : « E l m is te r io d e l a rte d e l m a estro
con siste p re c isa m e n te e n d e stru ir la m a teria m e d ia n te la fo r m a . .. E l
á n im o d el esp ectad or, y d el oyen te, h a d e p e rm a n e ce r lib r e e ileso ; ha
de sa lir d e l c írc u lo m á gico q u e es p r o p io d e l artista c o n p u re za y c o n
p e rfe c c ió n , c o m o d e las m an os d el C r e a d o r » 1421.
E n el c u rso d e to d o este tr a b a jo h e m o s evitad o c o n c u id a d o
e m p le a r la p a la b ra « s o b r ie d a d » , la cu al h a b r ía sid o m u ch a s veces la
c á r a c te riz a c ió n m ás a d e c u a d a . P u es s ó lo a h o r a p o d e m o s c ita r al f i n
aquellas palabras de H ö ld e r lin , las d e « sagrad o y s o b r io » l4S\ cuya v e r
dadera co m p re n sió n ya se en cu en tra prep arada. Se ha d ich o al respecto
q u e tales p alab ras c o n tie n e n la te n d e n c ia d e las ú ltim as c re a cio n e s de
H ö ld e r lin . B ro ta n de la ín tim a seg u rid a d c o n la q u e se h a lla n éstas en
la p r o p ia vid a esp iritu a l, d o n d e la so b rie d a d p recisa m en te es leg ítim a,
im p u e sta , p o r q u e es e n sí sagrad a, p o r q u e está m ás allá d e to d a
41 versos 2 2-24 -
42 Sobre la educación estética dei hombre, carta 22 -
43 Hälfte des Lebens, verso 7*
130 ESTUDIOS METAFÍSECOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
44 DerHerbsi, v e rso s I y 3-
1 B e n jam in n u n ca p u b licó este artícu lo, que redactaría al p arecer e n ju n io <ie 1916.
2 Sobre poesía ingenuúj sentimental, 1795*
LA FELICIDAD DEL HOMBRE AN TIGUO
SÓCRATES[l1
II
3 3 iid -2 i2 b .
136 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
h o m b re y u n a m u je r , el fantasm a, el d e m o n io y, p o r fin , el g e n io . L a
iró n ic a ju sticia q u e se le h izo a Sócrates era pues la existencia de Jan tipa.^
TRAUERSPIEL Y TR A G ED IA[l1
2 G fr. G o e th e , Shakespeare und tam Ende, en: Werke. Hamburger Ausgabe, vol. X II, p p . 287^
29S*
3 F ried rich H eb bel ( l8 l3 “ l8 6 3 ), Mein Wort überdos Drama, en: Werke, ed. de G , Fricke a l,
M un ich , H anser, 1967, vo l. I ll, p . 545 *
140 ESTUDIOS M ETAFÍSIC05 Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
SOBRE EL LENG UAJE EN CUANTO TA L Y SOBRE E L LENG UAJE DEL HOM BRE*11
2 « S e » tr a d u c e jíc/i, q u e es u n p r o n o m b r e refle x iv o , [n . d e l T .]
3* ¿ O es m ás b ie n la te n ta c ió n d e situ a r la h ip ó te sis a l p r in c ip io lo q u e c o n fo r m a el
a b ism o d e to d o fi l o s o f a r ? [ n . d e B.]
146 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
a q u é l se c o m u n ic a es la d is tin c ió n m ás p r im o r d ia l e n u n a te o r ía d el
le n g u a je , d is t in c ió n q u e es ta n in d u b ita b le q u e la id e n tid a d (a
m e n u d o a firm ad a) e n tre ser esp iritu a l y ser lin g ü ístic o resu lta ser u n a
p a r a d o ja ta n p r o f u n d a c o m o in c o n c e b ib le cu ya e x p r e s ió n se ha
e n c o n t r a d o e n el d o b le s e n tid o d e la p a la b r a X óyoS- S in e m b a rg o ,
d ich a p arad o ja tie n e p o r lo dem ás su s o lu c ió n e n el c e n tro d e la te o ría
d e l le n g u a je , n o d e ja n d o p o r e llo d e s e g u ir s ie n d o u n a p a r a d o ja ; y
u n a ad em ás irr e s o lu b le c u a n d o n o s la e n c o n tra m o s al p r in c ip io .
¿ Q u é c o m u n ic a el le n g u a je ? E l ser esp iritu a l q u e le c o rre sp o n d e .
L o c ru c ia l es sa b e r q u e este se r e s p iritu a l se c o m u n ic a s in d u d a en e l
len g u a je, n o mediante el le n g u a je . P o r ta n to , n o hay u n h a b la n te de las
len g u a s, si p o r tal se e n tie n d e al q u e se c o m u n ic a mediante d ich as l e n
g u as. Q u e el ser e s p iritu a l se c o m u n iq u e p u e s e n u n a le n g u a y n o
m ed ia n te u n a len gu a sig n ifica qu e, desd e fu e ra , el ser esp iritu a l n o es
desde lu eg o igual al ser lin g ü ístico . E l ser esp iritu al es ta n só lo id én tico
al lin g ü ístico en la medida e n q u e es c o m u n ic a ble. L o q u e e n u n ser esp i
ritu a l es co m u n ic a b le es su ser lin g ü ístico . A s í pu es, el len g u a je c o m u
n ica el ser lin g ü ístico p r o p io d e cada cosa, m ien tra s q u e su ser e s p iri
tu a l s ó lo lo c o m u n ic a e n la m e d id a e n q u e está in m e d ia ta m e n te
c o n te n id o e n el ser lin g ü ístico , e n la m ed id a e n q u e es comunicafi/e.
E l le n g u a je c o m u n ic a el ser lin g ü ís tic o de las cosas, y la m ás clara
m a n ifesta ció n de d ich o ser es el m ism o le n g u a je . P o r c o n sig u ien te, la
respuesta a la p re g u n ta «¿que c o m u n ic a el le n g u a je ? » d ice así: «Cada
lenguaje se comunica a sí mismo». P o r e jem p lo , el len gu a je d e esta lám p ara n o
co m u n ica la lám p ara (pues el ser esp iritu a l de la lám p ara, en la m ed id a
e n q u e es comunicable, n o es la lá m p a ra m is m a ), sin o só lo la lá m p a ra -
le n g u a je , la lá m p a ra en la c o m u n ic a c ió n , la lá m p a ra e n la e x p resió n .
D a d o q u e ahí, en el len gu a je, sucede lo sigu iente: etser lingüístico de ias cosas
es su lenguaje. L a c o m p r e n s ió n d e la te o ría d e l len g u a je d e p e n d e d e qu e
d em os a esta frase la clarid ad q u e lo g re d estru ir to d a a p a rien cia de ta u
to lo g ía en ella. Y es q u e esa frase n o es ta u to ló g ica , p u es sig n ifica qu e
lo q u e es c o m u n ic a b le en u n ser esp iritu a l es su len g u a je. T o d o se basa
p u e s e n este « e s » (q u e a h í e q u iv a le a « e s in m e d ia ta m e n te » ) . L o
co m u n ica b le en u n ser esp iritu a l n o aparece c o n la m ayo r c la rid a d en su
le n g u a je , c o m o h em o s d ich o e n u n a tr a n s ic ió n , sin o q u e esto q u e es
c o m u n ic a r e es el m ism o le n g u a je d e m o d o in m e d ia to . O m e jo r : el
len g u a je de u n ser esp iritu a l es in m e d ia ta m en te lo q u e en él es c o m u
n ic a b le. U n ser esp iritu a l se c o m u n ic a e n lo q u e e n él es co m u n ica b le;
SOBRE EL LEN G U A JE EN C U AN TO TAL... 147
4 G én esis 2.: 19. La cursiva es de B en jam ín . [Las citas en españ ol d el texto d el Génesis
se basan en la tra d u cció n de J u a n G u ille n y J o a q u ín M en ch é n (La Gasa de la B ib lia,
19 9 2 ). B en jam ín cita e n alem án un a versión ligeram en te m o d ern izad a de la tra d u c
ció n de L u te ro . (n . d e lT - )]
i5o ESTUD IOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
c r e a d o r c o n e l le n g u a je . E l a cto c r e a d o r c o m ie n z a d e h e c h o c o n la
o m n ip o te n c ia c re a d o ra d e l le n g u a je , y al fin a l el le n g u a je se a n e x io n a
(p o r así d e c ir) lo c re a d o , a saber, le da n o m b r e . A s í p u e s, e l le n g u a je
es c re a d o r y c o n s u m a d o r, es p a lab ra y n o m b r e . E n D io s el n o m b r e es
c re a d o r p o r q u e es p a lab ra, y la p a la b ra de D io s es a su vez c o n o c e d o ra
sin d u d a p o rq u e es n o m b r e . « V io e n to n ces D io s cu a n to h ab ía h e c h o ,
y to d o e ra m u y b u e n o » 1“ 1, es d e c ir : D io s lo c o n o c ió m e d ia n te el
n o m b r e . Y esto es así p o r q u e la r e la c ió n a b so lu ta d e l n o m b r e c o n el
c o n o c im ie n to ta n só lo se da e n D io s; ta n sólo a h í el n o m b r e (q u e en
su in t e r io r es id é n tic o co m o tal a la p a lab ra cre a d o ra ) es m e d io p u r o
d e l c o n o c im ie n to . Es d e c ir , q u e D io s h iz o las cosas c o m o c o g n o s c i
b les e n sus n o m b re s. Y el h o m b re p o r su p a rte les da n o m b r e e n v ir
tu d d e l c o n o c im ie n to .
E n la c re a c ió n d el ser h u m a n o , el r itm o trip le de la c re a c ió n de la
n atu ra leza h a d eja d o a h o ra su lu g a r a u n o r d e n c o m p le ta m e n te d ife
r e n te . P o r lo ta n to , en ella e l le n g u a je tie n e p o r su p a rte ta m b ié n u n
sig n ifica d o m u y d iv e rso ; la tríad a d e l acto se Conserva aqu í, p e ro e n el
p a ra le lism o la d ista n cia se m a n ifiesta c o n m a yo r fu erza in c lu so : e n el
trip le « E l c r e ó » q u e n o s p resen ta el versícu lo 1: 27 - D io s n o creó p u es
al ser h u m a n o e n a b so lu to a p a rtir de la palab ra, y adem ás ta m p o c o le
d io n o m b r e . Y eso p o r q u e n o q u is o s u b o r d in a r lo al le n g u a je , s in o
q ue, e n el h o m b re , d esp legó el len gu a je lib re m e n te , el m ism o q u e a él
le h a b ía se rv id o c o m o m e d io d e la C r e a c ió n . D io s al f i n d esca n só
cu an d o , e n el h o m b re , a b a n d o n ó lo creativo a sí m ism o . A sí, lo crea
tiv o , d e sp ro v isto d e lo q u e fu e su a ctu a lid a d d iv in a , se c o n v ir tió e n
c o n o c im ie n to . E l h o m b re es así el c o n o c e d o r d e ese m ism o le n g u a je
en el cu al D io s es C r e a d o r . D io s cre ó a l h o m b r e a su im ag en , cre ó al
c o n o c e d o r a la im a g e n d e l c re a d o r . D e a h í q u e h aya q u e e x p lic a r la
frase « E l ser esp iritu a l d e l h o m b re es el len gu aje*» . S u ser esp iritu a l es
el len gu aje e n q u e tuvo lu g a r la C re a c ió n . Esta tuvo lu g a r en la palabra,
y el ser lin g ü ístico de D io s es la p alab ra. T o d o h u m a n o len gu a je es tan
sólo re fle jo , el de la palabra en el n o m b re . P ero el n o m b re n o alcanza a
la palabra, d e l m ism o m o d o q u e el c o n o c im ie n to n o alcanza a la cre a
c ió n . L a in fin itu d d e l len gu a je h u m a n o es siem p re lim ita d a y a n alítica
si se co m p a ra c o n la in fin itu d absoluta, ilim ita d a y cread ora q u e carac
teriza la palab ra de D io s.
II G én esis I: 31,
154 ESTUDIOS M ETA FÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
12 L a cursiva es de B en jam ín .
13 G én esis 2: 23 [en k eb reo , « va ro n a » es f$aht versió n fem en in a de ís, « v a ró n » ] y
G én esis 3: 2 0 [p o r su parte, .hawwok sign ifica algo así co m o « v id a » ],
14- E n latín: nomen esí ornen. [N. d ei T*]
SOBRE EL LEN G U A JE EN CUANTO TAL.., 155
15 J o h a n n G e o rg H am an n , Des Ritters von Rosencreuz iettfe Willensmeynung über ¿en göttlichen und
menschlichen Ursprung der Sprache, 1772 -
16 M aler (F riedrich ) M ü ller, Adams erstes Erwachen und erste seelige Nächte, 2 a ed. corregida»
M an n h eim , I 779 >P- 4 9 *
SOBRE EL LEN G UA JE EN CU ANTO T A L .. 157
q u e es la p r o p ia de D io s, q u ed a ta m b ié n dada la r a z ó n de la p lu ra lid a d
de las lenguas hu m an as. E l len g u a je de las cosas p u e d e e n efecto e n tra r
e n el le n g u a je d e l c o n o c im ie n to y d e l n o m b r e s ó lo p o r tr a d u c c ió n :
p e ro hay tantas lenguas co m o trad u ccion es e n cu an to el ser h u m a n o cae
d el estado p a rad isía co , el cual, c o m o es sabid o, te n ía só lo u n a len gu a .
(D e a cu erd o c o n la B ib lia , tal co n secu en cia d e la ex p u lsió n d el Paraíso
se p r o d u jo e n r e a lid a d m ás a d e la n te .) E l le n g u a je p a ra d isía co d e l ser
h u m a n o tuvo q u e se r el le n g u a je q u e c o n o c e d e u n m o d o p e r fe c t o ;
m ien tras q u e, más ad elan te, to d o el c o n o cim ie n to se d iferen cia in f in i
tam en te e n la p lu ra lid a d d el len gu a je, y, e n u n n ivel in fe r io r , fo rz o s a
m e n te d e b ió d ife re n c ia rse c o m o c re a c ió n e n el n o m b r e . Q u e el l e n
guaje d el Paraíso sin d u d a c o n o cie ra a la p e rfe cc ió n n o lo p u e d e ocu ltar
la existen cia d el á rb o l d el c o n o c im ie n to . Sus m anzanas p r o p o r c io n a
b a n , en efecto, el c o n o c im ie n to d el b ie n y d el m al. P ero D io s ya c o n o
c ió e n el sé p tim o d ía, c o n a q u e lla s p a lab ras d e la C r e a c ió n : « V io
en ton ces D io s cuan to h ab ía h e c h o , y to d o era m u y b u e n o » . E l c o n o c i
m ie n to al q u e in d u c e la se rp ie n te , e l saber de lo b u e n o y de lo m a lo ,
carece d e n o m b r e . N o es n ad a en el sen tid o m ás p r o fu n d o , p o r lo q u e
este saber es lo ú n ic o m a lo q u e se da e n el estado p a rad isía co . E l saber
d e l b ie n y d e l m a l es u n sab er q u e a b a n d o n a al n o m b r e , u n c o n o c i
m ie n to d esd e fu era ; es la im ita c ió n n o creativa de lo q u e es la palab ra
c re a d o ra . Y es q u e e l n o m b r e sale de sí m ism o a través de tal c o n o c i
m ie n to : el p e c a d o o r ig in a l es e n e fe cto el n a c im ie n to de la palabra
humana, e n la que el n o m b re ya n o vive ile s o ; la cual salió d el len gu aje de
los n o m b res, es d ecir, d el len gu aje c o n o c e d o r o , in clu so , d ich o d e otro
m o d o , d e la m a gia in m a n e n te p r o p ia , p a ra v o lv erse ex p res a m en te
m ágica, a saber, desde fu e ra . Y es q u e la p a lab ra h a d e c o m u n ic a r algo
(adem ás de sí m ism a ). E so es re a lm e n te el p e ca d o o r ig in a l p r o p io d el
esp íritu lin g ü ístico . L a p alab ra e n ta n to q u e e x te rio rm en te c o m u n ic a
do ra, p a r o d ia de la p a lab ra ex p resam en te m ed ia ta so b re la p a la b ra de
D io s ex p re sa m e n te in m e d ia ta , es d e c ir , s o b re la p a la b ra c re a d o r a de
D io s, y ru in a al tie m p o d el esp íritu lin g ü ístico a d án ico y d ich o so q u e se
en c u e n tra en tre ellas. E fectiva m en te, e n el fo n d o se da u n a id e n tid a d
en tre la palabra q u e c o n o c e el b ie n y el m al, de a cu erd o c o n la p ro m esa
de la se r p ie n te , y la p a la b ra q u e c o m u n ic a e x te rio r m e n te . E l c o n o c i
m ie n to d e las cosas se basa e n el n o m b r e , p e r o el c o n o c im ie n to d el
b ie n y d el m al se co n v ierte en « c h á c h a ra » e n el sen tid o p r o fu n d o que
K ie rk e g a a rd le da a esta palab ra, a d m itie n d o tan sólo u n a p u r ific a c ió n
158 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
17 I b k p. 51.
18 G én esis 3: 17 -
i6o ESTUD IOS METAFÍS1COS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
c o n o c im ie n to y a la certeza d e u n a e x p e rie n c ia te m p o ra l, e n la q u e ve
su o b je to m ás c e r c a n o , c u a n d o n o el ú n ic o , P ero lo s filó s o fo s (K a n t
in c lu id o ) n o tu v ie r o n c o n s c ie n c ia d e esta e x p e r ie n c ia e n to d a su
e stru ctu ra co m o u n a ex p erie n cia te m p o ra l sin gu lar. K a n t q u iso , sobre
to d o e n lo s Prolegómenos, e x tra er lo s p r in c ip io s d e la e x p e rie n c ia de las
cie n c ia s, y e n esp ec ia l de la físic a m a tem á tica , si b ie n e n la Crítica de la
ra&npura la e x p erie n cia n o era p o r cierto id é n tic a al m u n d o d e o b jeto s
p r o p io s de esa cien cia ; y a u n q u e h u b ie ra llega d o a serlo p ara é l, co m o
h a su ced id o c o n lo s n eo k an tia n o s, el co n cep to de ex p erie n cia así id e n
tifica d o y d e te rm in a d o a ú n seg u iría sien d o el m ism o v ie jo co n c e p to de
exp erie n cia, cuyo rasgo más característico v ie n e a ser así su r e la c ió n n o
s o la m e n te c o n la c o n s c ie n c ia p u r a , s in o , al m ism o tie m p o , ta m b ié n
c o n la c o n s c ie n c ia e m p íric a . P e ro se trata p re c isa m e n te de eso: d e la
n o c ió n de ex p erien cia d esn u d a p rim itiv a y obvia q u e a K a n t, q u e c o m
p a rtía el h o r iz o n te de su ép o ca, le p a recía ser la ú n ic a dada e, in c lu so ,
la ú n ic a p o s ib le . Y , s in e m b a rg o , esa e x p e r ie n c ia e r a , ta l c o m o ya
h em o s in d ic a d o , u n a e x p e rie n c ia sin g u la r y te m p o r a lm e n te lim itad a ;
y, m ás allá d e esta fo r m a (q u e e n c ie rto m o d o es p r o p ia p ara to d o s los
tip os de ex p erien cia), era u n a ex p erien cia a la que, e n sen tid o en fático ,
se p o d ría llam ar cosmovisión, q u e fu e la p r o p ia d e la Ilu stra ció n . Y , e n los
rasgos q u e a q u í s o n esen ciales, n o se d ife r e n c ia b a g r a n d e m e n te d e la
e x p e rie n c ia de lo s o tr o s sig lo s c o r r e s p o n d ie n te s a la E d a d M o d e r n a .
Esta fu e u n a de las e x p erie n cia s o v isio n e s m ás bajas d e l m u n d o . Q u e
K a n t p u d ie ra a co m e ter su o b ra co lo sa l b a jo la co n s te la ció n d e la Ilu s
tr a c ió n sig n ific a sin d u d a q u e su o b ra fu e e jecu ta d a so b re u n a e x p e
rie n c ia re d u cid a al m ín im o de sig n ifica d o . Se p u e d e d e c ir in c lu so qu e
la g ra n d e za y ra d ic a lism o de su in te n to te n ía n c o m o p re su p u e sto esa
ex p erie n cia q u e carecía p rá ctica m en te d e v a lo r e n su sen tid o p r o p io , y
la c u a l so la m e n te h u b ie r a p o d id o o b te n e r u n s ig n ific a d o (d iría m o s
q u e triste) m ed ia n te su certeza. A sí, p u e d e d ecirse q u e n in g ú n filó so fo
p re k a n tia n o se vio situ ad o e n este se n tid o an te la tarea de la te o ría del
c o n o c im ie n to , y n in g u n o tu vo tan ta lib e r ta d e n ella , p u es u n a e x p e
r ie n c ia cuya q u in ta e s e n c ia e ra la físic a d e N e w to n se p o d ía tra ta r de
m a n era ta n ru d a c o m o tirá n ica , sin s u fr ir p o r e llo . L a Ilu stra ció n n o
r e c o n o c ía a u to rid a d e s; p e r o n o e n el s e n tid o d e te n e r q u e s u b o r d i
narse a ellas sin crítica, sin o en ta n to q u e fu erzas esp iritu ales q u e d e n a
la e x p e rie n c ia u n g r a n c o n te n id o . L o q u e c o n fo r m a lo in f e r io r d e la
e x p e r ie n c ia p r o p ia d e esa é p o c a , su p e so m e ta fís ic o s o r p r e n d e n te
i64 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFIA DE LA HISTORIA
m e n te b a jo , só lo se p o d r á d a r a e n te n d e r m e d ia n te la p e r c e p c ió n de
c ó m o este c o n c e p to i n f e r i o r d e e x p e r ie n c ia h a in f lu id o lim ita tiv a
m en te sob re lo q u e es el p en sa m ien to k an tia n o . Se trata, p o r su p u esto,
d el m is m o h e c h o q u e a m e n u d o se h a c alificad o de cegu era relig io sa e
h is tó r ic a d e la Ilu s tra c ió n , sin p re g u n ta rse al tie m p o e n q u é se n tid o
esos rasgos d e la Ilu stra ció n c o rre sp o n d e n a la en tera E d a d M o d e rn a .
E s en to d o caso de la m ayo r im p o rta n c ia p a ra la filo so fía v e n id e ra
a v erig u a r q u é e le m e n to s d e l p e n sa m ie n to k a n tia n o h a y q u e a c o g e r y
cultivar, q u é elem e n to s hay q u e tra n sfo rm a r, y q u é elem e n to s h ay que
re c h a za r. C u a lq u ie r e x ig e n c ia de c o n e cta rse c o n K a n t se basa e n la
firm e c o n v ic c ió n d e q u e ese sistem a, q u e se había e n c o n tra d o c o n u n a
e x p e rie n c ia resp e cto a cu yo asp ecto m e ta físic o u n M e n d e ls s o h n y u n
G a rv e h ic ie r o n ju s tic ia [a\- to m ó y d e s a r ro lló de la in v e stig a c ió n d e la
certeza y ju stific a c ió n d el c o n o c im ie n to (increm en tad as hasta lo gen ial)
la h o n d u ra q u e p a rece la adecuada fre n te a u n tip o n u evo de e x p e rie n
cia, u n tip o de ex p erien cia su p e rio r. D e este m o d o , q u ed a p lan tead a la
p r in c ip a l e x ig e n c ia a la filo s o fía d e h o y , m ie n tra s q u e se a firm a al
m ism o tiem p o q u e es p o sib le de satisfacer: tal exigen cia es la q u e c o n
siste e n a c o m e te r , b a jo la típ ic a q u e se c o r r e s p o n d e al p e n s a m ie n to
k a n tia n o , la fu n d a m e n ta c ió n e p istem o ló g ica de u n c o n c e p to su p e rio r
de la ex p erie n cia. Y el tem a d e la filo so fía v e n id e ra co n sistirá en m o s
tr a r e n el sistem a k a n tia n o u n a típ ic a q u e se h a lle e n c o n d ic io n e s d e
h a c e r ju s tic ia a u n a e x p e rie n c ia s u p e r io r . K a n t n o d is c u tió n u n c a la
p o sib ilid a d de la m etafísica, p e ro estableció u n o s crite rio s c o n lo s cu a
les a cred ita r esa p o sib ilid a d en u n caso c o n c r e to . L a e x p e rie n c ia de la
ép o c a k a n tia n a n o p recisa b a de la m etafísica; e n tie m p o s d e K a n t, lo
ú n ic o p o sib le desde el p u n to de vista h istó ric o era d estru ir las p r e te n
siones p ro p ia s d e la m etafísica, p o rq u e la d em an d a d e m etafísica re a li
zada p o r sus c o n tem p o rá n e o s era d eb ilid a d o h ip o cresía . Y , p o r eso, de
lo q u e se trata es d e o b te n e r lo s p ro le g ó m e n o s de u n a m etafísica fu tu ra
so b re la b ase d e la típ ic a k a n tia n a , p e r o e llo te n ie n d o sie m p re en
cuen ta esa m etafísica fu tu ra , esa ex p erien cia su p e rio r.
A h o r a b ie n , la filo s o fía v e n id e ra h a de lleva r a cab o la re v isió n de
K a n t n o sólo en cuan to h ace a la e x p erie n cia y a la m etafísica. Y h a de
rea liza rlo m etó d ica m en te, es d ecir, co m o au tén tica filo so fía , n o desde
c u a lq u ie r p u n to d e vista, sin o d esd e el p u n to de vista d e l c o n c e p to de
4 Jlíá.-Am .
SOBRE EL PROGRAMA DE LA FILOSOFÍA V ENIDERA 169
5 Ibid., A 4 4 4 / B 4 7 3 .
6 Ibid., « tab la de las catego rías», A 80 / B 10 6.
SOBRE EL PROGRAMA DE LA FILOSOFÍA V ENIDERA
7 C fr . J o h a n n G e o rg H am an n , Sesruion sjir Kritik der reinen Vernunft (1781) y Metakritik über den
Purismum der Vernunß (17Ö4) ■
SOBRE EL PROGRAMA DE LA FILOSOFÍA V ENIDERA 173
A p é n d ic e
DESTINO Y CARÁCTER*1’
Se su e le v e r al d e s tin o y al c a rá c te r c o m o ca u sa lm e n te c o n e c ta d o s , e
in clu so se d ice q u e el carácter es u n a de las causas d el d estin o . A l a base
d e lo c u a l se e n c u e n tr a esta id e a ; s i c o n o c ié r a m o s to d o s lo s d eta lles
p r o p io s d e l carácter d e u n a p e rso n a ( in c lu id o su m o d o de rea cc io n a r)
y to d o s lo s aspectos d e lo q u e su ced e en el m u n d o e n ta n to q u e afectan
a ese c a rá c te r, p o d r ía m o s d e c ir ex a cta m e n te q u é le va a p a sa r a ese
carácter y q u é es lo q u e va a h a ce r. Es d e c ir, co n o ce ría m o s su d estin o.
P e ro las id ea s c o n te m p o r á n e a s n o n o s p e r m ite n lle g a r h asta el c o n
cepto de d estin o , p o r lo q u e lo s seres h u m a n o s de lo s tiem p o s m o d e r
n os p re fie re n su p o n e r q u e el carácter p u e d e ser le íd o en lo s rasgos físi
cos d e u n a p erso n a , p ues de algu n a m a n era e n cu en tra n e n sí m ism os el
saber d e l carácter; m ien tra s q u e la id ea de le e r el d e stin o de u n a p e r
son a e stu d ia n d o las lín e a s d e su m a n o les re sa lta sin m ás in a c ep ta b le.
E sto les p a r e c e ser ta n im p o s ib le c o m o la sola id e a d e « p r e d e c ir el
fu tu r o » 1 b a jo esta catego ría se su b su m e sin m ás la p r e d ic c ió n d el d es
4 Wilhelm Meisters Lehrjahre, lib r o II, cap. 13, verso 6 d el p o em a que com ienza co n las
palabras Wer nie sein. Brot mit Tranen ass.
18 o ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
q u e , s o b r e to d o , p a la b ra s c o m o « a b n e g a d o » , « p é r f i d o » , « e n v i
d io s o » y « v e n g a tiv o » p a re c e n in d ic a r rasgos de carácter e n lo s q u e n o
se p u e d e ya h a ce r a b stra cció n d e l v a lo r m o r a l. P ero d ich a a b stra cció n
n o es sólo rea liza b le, sin o q u e es in c lu so n ecesa ria p a ra cap tar el se n
tid o de los co n cep to s. H ay q u e pen sarla pues d e tal m a n era q u e la va lo
r a c ió n se m a n te n g a y sim p le m e n te sea d esp o jad a de su a ce n to m o r a l,
p ara así d e ja r sitio a a p re c ia c io n e s positivas o negativas, co m o lo so n ,
p o r e je m p lo , las q u e c o n tie n e n las d esig n a cio n es d e las cu alid ad es d el
in te le c to (tales c o m o « li s t o » o « t o n t o » ) , las cu ales so n in d u d a b le
m en te in d ife re n te s desde el p u n to de vista m o ra l.
D ó n d e está la ve rd a d era esfera q u e c o rre sp o n d e a esas d e sig n a c io
nes de un as cu alid ad es p s e u d o m o ra le s lo en señ a ju sta m e n te la c o m e
d ia . E n su c e n tr o e n c o n tr a m o s a m e n u d o , c o m o p r o ta g o n is ta d e la
c o m e d ia d e carácter, a u n a p e rso n a a la q u e calificaríam o s de can alla si
n o s c o n fro n tá ra m o s a sus a ccio n es en la vid a real, y ya n o e n lo s m eros
e scen a rio s. Y es q u e, en el esc e n a rio d e la c o m e d ia , sus a ccio n es só lo
a d q u ie re n el in terés q u e cae sob re ellas c o n la lu z d el carácter, y, e n los
casos clásicos, éste es o b je to n o de u n a c o n d e n a m o ra l, sin o d e la h ila
r id a d m ás elevada. E n e fe cto , las a ccio n es d el h é r o e c ó m ic o a fecta n a
su p ú b lic o , p e r o n u n c a e n sí m ism as, es d e c ir, n u n c a m o r a lm e n te ; y
ta n s ó lo in te r e s a n e n la m ism a m e d id a e n q u e d e v u e lv e n la lu z d el
c a rá c te r. N o s d a m o s así c u e n ta de q u e e l g r a n c o m e d ió g r a fo , c o m o
M o lie re , n o in te n ta d e te r m in a r su p e r s o n a je e n la p lu r a lid a d d e sus
rasg os c a r a c te ro ló g ic o s . Y , p o r lo m ism o , el a n á lisis p s ic o ló g ic o n o
p u e d e e n tra r p ara n ad a e n su ob ra . N ad a tie n e q u e v e r c o n u n in terés
de tip o p sic o ló g ic o el q u e la avaricia o la h ip o c o n d r ía sean h ip o sta sia-
das e n El avaro o e n El enfermo imaginario y q u e d e n p u e sta s a la b ase de la
a cc ió n . E stos dram as n ad a e n señ a n so b re la h ip o c o n d r ía y la avaricia,
en n a d a n o s las v u e lv e n c o m p r e n s ib le s , sin o q u e las e x p o n e n de
m a n era tosca; de m o d o q u e, si el o b je to de la p sico lo g ía es la vid a in te
r io r d e l h o m b r e e m p ír ic o , lo s p e rso n a je s de M o liè r e n i s iq u ie ra so n
ú tiles p a ra ella e n cu a n to m e d io d e d e m o s tra c ió n . E l ca rá cte r se d es
p lieg a e n ellos, e n e fe cto , a la lu z d el q u e es su ú n ic o rasgo, cu yo re s
p la n d o r n o n o s p e r m ite v e r n in g ú n o tr o e n sus p r o x im id a d e s . L o
su b lim e de la c o m e d ia de ca rá cte r se basa e n este ex tra ñ o a n o n im a to
d el ser h u m a n o y su m o ra lid a d e n m ita d d e l m áxim o d esp liegu e a que
es so m etid o el in d iv id u o c o n su ú n ic o rasgo de carácter. M ien tra s que
el d estin o d ese n ro lla la e n o rm e c o m p lic a c ió n q u e c o rre sp o n d e al p e r
182 ESTUDIOS MÉTAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
do de la R e v o lu c ió n Francesa, la v io le n c ia es u n p r o d u c to n atu ra l, a la
m a n e r a d e la m a te r ia p r im a cu yo u so n o n o s da n in g ú n p r o b le m a
m ien tras n o esté al servicio de fin e s in ju stos. S i, d e a cu erd o c o n la te o
ría p o lít ic a p r o p ia d e l d e r e c h o n a tu r a l, las p e rso n a s r e n u n c ia n p o r
c o m p le to a s u v io le n c ia e n b e n e fic io d e l E sta d o , esto s u ced e b a jo el
p resu p u esto (ex p lícito p o r e jem p lo e n el Tratado teológico-político de S p i-
n o z a ) tsl de q u e a n tes d e fir m a r ese c o n tr a to d e in d u d a b le c a rá c te r
r a c io n a l el in d iv id u o ejerce ya de iure to d a a q u e lla v io le n c ia q u e defacto
p o s e e . T a l vez estas id ea s h a y an sid o a su m o d o re a n im a d a s a lg ú n
tie m p o d esp ués p o r la b io lo g ía d arw in ista, q u e, de fo r m a d o g m ática ,
ju n t o a la q u e su p o n e la sele cció n n atu ra l, so la m en te ad m ite la v io le n
cia e n calid ad de m e d io o r ig in a r io de la n atu raleza, y adem ás c o m o el
ú n ic o a d ec u a d o a lo s fin e s vitales q u e ella tie n e . L a filo s o fía p o p u la r
darw inista h a m o stra d o a m e n u d o q u é p e q u e ñ o es el paso q u e va desde
este d ogm a de la h isto ria d e la n atu raleza al d ogm a (m ás b u rd o todavía)
de la filo s o fía d el d e re c h o seg ú n el c u al lá v io le n c ia , si ad ecu ad a a los
q u e so n los fin e s n atu rales, es adem ás u n a v io le n c ia ju sta.
A esta tesis d e l d e r e c h o n a tu r a l d e q u e la v io le n c ia es u n h e c h o
n a tu ra l v ie n e a o p o n e rse d ia m e tra lm en te la tesis d e l d erech o p o sitivo
de q u e la v io le n c ia es, s in d u d a , u n r e s u lta d o h is t ó r ic o in n e g a b le .
M ie n tr a s e l d e r e c h o n a tu r a l s ó lo p u e d e ju z g a r el d e r e c h o e x is te n te
c ritic a n d o sus fin e s , el d e re c h o p o sitiv o p o r su p a rte só lo p u e d e j u z
ga r el d e re c h o q u e se va d e sa r ro lla n d o c ritic a n d o sus m e d io s. M ie n
tras q u e la ju s tic ia es el c r ite r io p r o p io de lo s fin e s , la le g a lid a d es a su
vez el c r ite r io p r o p io d e lo s m ed io s. P e ro , al m a rg e n d e su c o n t r a p o
s ic ió n , am bas escu e la s s in d u d a c o in c id e n e n u n d o g m a q u e les es
fu n d a m e n ta l: p u e d e n alcan zarse fin e s ju s to s m e d ia n te m e d io s le g íti
m o s, y u n o s m e d io s le g ítim o s se p u e d e n a p lic a r a fin e s ju s to s . P o r
e llo , e l d e r e c h o n a tu r a l in t e n ta la « j u s t i f i c a c i ó n » d e ta les m e d io s
m e d ia n te la ju s tic ia de lo s fin e s; y, p o r su p a rte , en el d e re c h o p o s i-
tiv o , se tra ta e n c a m b io d e « g a r a n tiz a r » la n e c e s a r ia ju s t ic ia d e lo s
fin e s p o r la le g itim a c ió n c o r r e s p o n d ie n te d e lo s m e d io s . L a a n t in o
m ia se r e v e la r ía ir r e s o lu b le s i e l p r e s u p u e s to d o g m á tic o c o m ú n a
am bos d erech o s fu era falso, si lo s m ed io s leg ítim o s y los fin e s ju s to s se
e n fr e n t a r a n de fo r m a in s u p e r a b le . P e ro el c o n o c im ie n t o d e este
h e c h o n o p o d r ía o b te n e rse antes d e q u e se sa lie ra de ese c ír c u lo y se
3 C a p ítu lo 16.
HACIA LA CR ITICA DE LA VIOLENCIA
lo g r a r a e sta b le c e r c r ite r io s q u e fu e r a n in d e p e n d ie n te s e n tr e sí p a ra
lo s fin e s ju s to s y lo s m e d io s le g ítim o s .
E l á m b ito d e lo s fin e s y, c o n él, la c u e stió n d e l c r ite r io de ju stic ia
q u e d a n fu e r a de esta in v e s tig a c ió n . P o r e l c o n tr a r io , e n su c e n tr o se
halla la cu estió n d e la le g itim a c ió n de ciertos m ed io s q u e c o n fo rm a n la
v io le n c ia . L o s p r in c ip io s d e l d e re c h o n a tu ra l n o p u e d e n d e c id ir esta
cu e stió n , ya q u e só lo c o n d u c e n a u n a in a ca b a b le casu ística. P u es si el
d erech o p o sitivo es c iego p ara el carácter in c o n d ic io n a d o d e lo s fin e s,
el d e r e c h o n a tu r a l lo es a su ve z p a ra e l carácte r c o n d ic io n a d o d e lo s
m e d io s . P o r el c o n t r a r io , la te o r ía p o sitiv a d e l d e r e c h o es a ce p ta b le
c o m o base h ip o té tic a e n el p u n to d e p a r tid a d e la in v e s tig a c ió n p o r
cuan to lleva a cabo u n a d istin c ió n fu n d a m en ta l en re la c ió n c o n las cla
ses d e v io le n c ia , al m a rg en de lo s casos de su a p lica c ió n . D ic h a d istin
c ió n tie n e lu g a r en tre la v io le n c ia h istó ric a m e n te re c o n o c id a (es d ecir,
« s a n c io n a d a » ) y la n o san cion ad a. E l h e c h o de q u e las reflex io n e s qu e
a c o n tin u a c ió n p resen tam os p a rta n d e esta c o n c reta d is tin c ió n n o sig
n ific a p u es, n a tu ra lm e n te , q u e las vio le n cias dadas sean a su vez cla sifi
cadas seg ú n ellas estén o n o san cion ad as. P u es u n a crítica de la v io le n
cia n o a p lica el c r ite r io d e l d e r e c h o p o s itiv o , s in o q u e s o la m e n te lo
e n ju icia . D e lo q u e a q u í se trata es de la c u e stió n d e q u é se sigue e n lo
q u e h ace a la esen cia de la vio le n c ia p o r el h e c h o d e q u e tal c rite rio (o
ta m b ié n d e q u e esa d ife r e n c ia ) sea e n ella p o sib le ; o , con. otras p a la
bras: de lo q u e se trata es d el sen tid o de esa d istin c ió n . P u es n o tardará
en dejarse cla ro q u e esa d is tin c ió n , p r o p ia d el d erech o p o sitivo , p o see
sen tid o, está p erfectam en te fu n d a m en ta d a en sí m ism a y n o es sustituí"
b le p o r n in g u n a otra ; de este m o d o , se ilu m in a rá al m ism o tie m p o la
ú n ica esfera en q u e tal d istin ció n tien e lu gar. E n p o cas palabras: el c r i
te rio d el d erech o p o sitivo p a ra la leg a lid a d de la v io le n c ia so la m en te se
p u e d e an a liza r p o r cu an to respecta a su sen tid o , y la esfera de su a p li
c a c ió n , p o r su p a rte, hay q u e criticarla p o r cu a n to respecta a su v a lo r.
Para h a ce r dich a crítica hay q u e e n c o n tra r u n p u n to de vista fu era d e la
filo so fía positiva d el d erech o , p e ro ta m b ié n , al tie m p o , fu e ra d el d e re
cho n a tu ra l. Y a verem os lu eg o q u e sólo el estu d io d e l d erech o desde la
filo so fía d e la h isto ria p u e d e c o n d u c irn o s a ese p u n to d e vista.
E l sen tid o d e la d istin c ió n de la v io le n c ia e n leg al e ilega l n o queda
sin más cla ro . H a y q u e rechazar d ecid id a m en te el m a le n te n d id o iu sn a-
turalista de q u e se trata de la d is tin c ió n e n tre u n a v io le n c ia p ara fin e s
ju sto s y u n a vio le n c ia p ara fin e s in ju sto s. M ás b ie n , ya h em o s in d ica d o
i86 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
p re se n c ia la te n te d e la v io le n c ia e n u n in s titu to ju r íd ic o , su p o te n c ia
d ecae. L o s p a rla m en to s so n s in d u d a ejem p lo de ello e n n u estro s días
cu an d o, e n efecto, o fre c e n el p en o so espectáculo que tod os con o cem os,
y ello e n tan to q u e ya n o so n con scien tes de aquellas fuerzas re v o lu c io
narias a las q u e les d eb en la existencia. M u y e n especial e n A le m a n ia , la
ú ltim a m a n ife sta c ió n d e d ich as fu erzas n o tuvo co n secu en cia e n a b so
lu to para lo s p a rlam en tos. Pues éstos n o p e rc ib e n la v io le n cia in stau ra-
d o ra de d erech o q u e en ellos está representad a; n o es p u es d e extrañar
q u e n o lle g u e n a a cu e rd o s q u e p u d ie r a n h a ce rse d ig n o s de ella , sin o
qu e, a través d el c o m p ro m iso , cultiven u n a m an era de tratar los asuntos
p o lítico s carente p resun tam en te d e vio len cia. Pero el co m p ro m iso es u n
« p r o d u c to q u e, a u n rech azan d o la vio le n c ia abierta, fo rm a p a rte d é l a
m e n ta lid a d d e la v io le n c ia , d a d o q u e el e sfu e rz o q u e a é l c o n d u c e n o
está m otivad o e n sí m ism o, sin o desde fu era , desde el esfu erzo c o n tra
r io ju sta m en te, en cu an to q u e n o es p o sib le e lim in a r d e n in g ú n c o m
p ro m iso , au n q u e p o r cierto sea vo lu n ta rio , el esencial carácter coactivo.
Q u e "sería m e jo r d e o tra m a n e r a ” es la s e n sa ció n b ásica q u e afecta a
to d o c o m p ro m iso >>[7>I. Es bastante significativo que la d ecadencia de los
p a rla m en to s haya alejad o d e l id e a l de u n a r e s o lu c ió n de lo s c o n flic to s
p o lític o s caren te de v io le n c ia tal vez a tantos esp íritu s c o m o e n cam b io
la g u e rr a a ce rc ó . A lo s p a cifistas h o y se o p o n e n a n a rc o sin d ica lista s y
b o lch e v iq u e s. Y es q u e éstos h a n id o e la b o ra n d o u n a c rític a d e m o le
d ora, y en c o n ju n to certera, d e lo s parlam en tos d e n u estros días. A u n -
q u e p u ed a q uizá ser deseable te n e r u n p arlam en to flo recie n te, al e x p o
n e r lo s m ed ios para alcanzar acu erd os sin vio le n cia n o se está h a b la n d o
de parlam en tarism o. P u es lo q u e éste p u ed e co n segu ir en lo s asuntos de
v e rd a d vitales s o n só lo o r d e n a m ie n to s a co rd a d o s q u e , e n su o r ig e n ,
co m o e n su fin al, van u n id o s d e suyo a la vio len cia.
P e ro , ¿es p o sib le r e s o lv e r lo s c o n flic to s sin v io le n c ia a lg u n a ? S in
d u d a q u e sí: las r e la c io n e s p riv a d a s e n tr e p e rs o n a s están lle n a s de
ejem p lo s de esto. E l a cu e rd o caren te de v io le n c ia se e n c u e n tra d o n d e
la c u ltu ra d e l c o ra z ó n h a p u e sto a d isp o sic ió n de lo s h o m b re s m ed io s
p u r o s d e a c u e rd o . H a y q u e c o n t r a p o n e r c o m o m e d io s p u r o s a los
legales e ilegales d e cu a lq u ier tip o (to d o s ellos v io le n to s sin ex cep ció n )
a q u e llo s o tr o s m e d io s q u e c a re c e n de v io le n c ia . A s í, la c o rte sía d e l
a m a n ife s ta c io n e s o c a sio n a le s d e M a rx , S o r e l re c h a za p a r a el M o v i
m ie n to r e v o lu c io n a r io c u a lq u ie r tip o de p r o g ra m a s y u to p ía s (o , e n
pocas palabras: las in stau ra cio n es de d e r e c h o ) : « C o n la h u elg a ge n e ra l
d esa p a rece to d o eso ta n b o n it o ; la r e v o lu c ió n se n o s p r e se n ta c o m o
u n a revuelta p u r a y sim p le, y n o reserva u n sitio a los so ció lo g o s, n i a la
gen te d e m u n d o , q u e es siem p re ta n am iga d e las refo rm as sociales, n i
ta m p o c o a lo s in telectu a les q u e h a n abrazado c o m o p r o fe s ió n el p e n
sar p a ra el p r o le t a r ia d o » 115’1. A l a h o n d u r a de esta c o n c e p c ió n , m o r a l
y a u tén ticam en te re v o lu c io n a ria , n o es p o sib le o p o n e rle u n a c o n s id e
ra c ió n q u e tache d e v io le n c ia a tal tip o d e h u e lg a g e n e ra l p o r sus p o s i
b le s c o n s e c u e n c ia s ca ta stró fic a s. A u n q u e haya b u e n a s r a z o n e s p a ra
d ecir q u e la e c o n o m ía d e h o y en día resulta m u c h o m en o s co m p a ra b le
a u n a m á q u in a q u e se d e tie n e c u a n d o la a b a n d o n a el fo g o n e r o q u e a
u n a bestia q u e descansa en cu an to su d o m a d o r le da la espalda, sobre la
v io le n c ia de u n a a c c ió n n o se p u e d e ju z g a r n i de a cu e rd o c o n sus c o n
secu en cias n i ta m p o c o de a cu e rd o c o n sus fin e s, sin o sólo d e a cu e rd o
c o n la le y d e sus m e d io s . P o r su p u e sto ta m b ié n q u e el p o d e r d e l
E stado, q u e ta n sólo se lija e n las con secu en cias, se o p o n e a esa h u elg a
( e n c o n tra ste to ta l c o n las p a rcia le s , q u e sí s u e le n te n e r u n c a rá c te r
e x to r s io n a d o r ), y e llo p o rq u e d ice q u e es v io le n c ia . P o r lo dem ás, e n
q u é m ed id a u n a c o n c e p c ió n tan rig u ro sa de la h u e lg a g e n e ra l es a p r o
p iad a para d ism in u ir el d esp liegu e d e la v io le n c ia au tén tica d e las re v o
lu c io n e s l o h á e x p lic a d o S o r e l c o n a rg u m e n to s b a sta n te in g e n io s o s .
P o r el c o n tra rio , u n caso d estacado de o m is ió n vio le n ta , m ás in m o ra l
y r u d o q u e la h u e lg a g e n e r a l p o lític a , p a r e c id o a u n b lo q u e o , es la
h u e lg a de m éd ico s, tal c o m o se h a d ado re c ie n te m e n te en algunas c iu
dades a lem an as. E n ella se n o s m u e stra d e l m o d o m ás r e p u g n a n te el
u so de u n a v io le n c ia sin escrú p u lo s, sin d u d a r e p r o b a b le e n u n a clase
p r o fe sio n a l q u e d u ra n te a ñ os « h a asegurado a la m u erte su b o t ín » sin
o p o n e r n in g u n a resistencia y, a c o n tin u a c ió n , h a a b a n d o n a d o a la vida
en la p rim e ra o ca sió n q u e se le o fre c e .
P ero , c o n m ás clarid ad q u e e n las lu ch as de clases m ás recien tes, en
la h isto ria m ilen a ria d e lo s E stados se h a n fo rm a d o m e d io s p ara llega r
a acu e rd o s sin v io le n c ia . L a tarea de lo s d ip lo m á tic o s so la m en te c o n
siste ra ra vez e n m o d ific a r o r d e n a m ie n to s j u r íd ic o s p r e e x iste n te s, y
b ie n al c o n tra rio , en lo q u e es esencial, ellos resu elven e n paz y sin tr a
19* H e r m a n n C o h é n , ElMc des reinen Wilkns, 3 a ed. co rre g ., B e rlín , 1907. p . 3 Í>2 - [N. d e B.]
20 N ú m e ro s 16.
HACIA LA CR ÍTICA DE LA VIO LENCIA 203
21* K u r t H ille r, « A n ti- K a in . E in N a ch w o rt» , en: Dos Z jel Jahrbiicherjurgeütige Politik, ed,
de K u n H ille r , voL 3, M u n ich , 1919, p . 2 5 - [H ille r, escritor exp resion is
ta alem án, vivió e n tre los años 1885 y * 9 7 2 » (n . d el T .)]
HACIA LA CR ÍTICA DE LA VIO LENCIA 205
lo s o n sus estad o s, n i ta m p o c o su v id a c o r p o r a l, v u ln e r a b le p o r lo s
dem ás seres h u m a n o s . ¿ Q u é la d ife r e n c ia e se n c ia lm e n te de la d e lo s
a n im ales y las p la n tas? A u n q u e éstos fu e r a n sagrados, n o lo sería n p o r
su m era vid a , co m o n o p o d ría n serlo e n ella. V a ld ría la p e n a sin du d a
in v estig a r el o r ig e n d e l d o g m a d e q u e la vid a es, sin m ás, sagrada. T al
vez, p r o b a b le m e n te , sea reciente-, el ú ltim o extravío d e la tr a d ic ió n
o c c id e n ta l d e b ilita d a , b u s c a n d o e n lo im p e n e tr a b le c o s m o ló g ic o al
santo q u e p e rd ió . (L a edad de lo s m a n d a m ie n to s re lig io so s estab leci
d os c o n tr a el asesin ato n o n o s d ice n ad a e n c o n tr a d e esto, p u es a su
b ase h a y o tr o s p e n s a m ie n to s q u e a la d e l m o d e r n o te o r e m a .) Y , p o r
ú ltim o , h a b ría q u e p e n sa r q u e lo q u e a q u í se da c o m o sagrad o es, de
acu e rd o al p e n sa m ie n to m ític o , el p o r ta d o r de la in c u lp a c ió n , esto es:
la m era vida.
L a c rític a de la v io le n c ia es ya la filo s o fía de su h is to r ia . Y es la
« f ilo s o f ía » d e esta h is to ria p o r q u e só lo la id e a d e su d e se n la ce h a ce
p o sib le u n a a ctitu d crítica; u n a sep a ra d o ra y decisiva an te sus p r o p io s
datos te m p o ra le s . U n a m ira d a só lo d irig id a h a cia lo m ás ce rca n o a lo
su m o es capaz d e p e rc ib ir las vicisitudes p ro d u cid a s en la c o n fig u ra c ió n
de la v io le n c ia , e n su c o n d ic ió n d e in s ta u r a d o r a y m a n te n e d o r a d e l
d e r e c h o . P e ro la le y d e su o s c ila c ió n q u e d a b asa d a e n q u e , c o n el
tie m p o , to d a v io le n c ia m a n te n e d o ra d el d erech o in d irecta m en te d e b i
lita a la v io le n c ia in stau ra d o ra d el d erech o , la cu al está representad a e n
e lla , m e d ia n te la o p r e s ió n d e las v io le n c ia s q u e a e lla s o n , p r e c is a
m en te, h ostiles. (Ya h em o s a lu d id o a a lgu n o s sín tom as d e lo q u e a q u í
estam os a p u n ta n d o e n el c u rso d e la in v e s tig a c ió n .) Y esto d u ra así
hasta q u e otra s n u evas v io le n c ia s , o las a n tes o p r im id a s , v ie n e n a
d e r ro ta r a la v io le n c ia q u e in stau ra b a hasta e n to n c e s el d e re c h o ; y así
fu n d a m en ta n u n o n u evo para u n a n ueva d ecad en cia. U n a n ueva ép oca
h istó ric a se alza así so b re la q u ie b ra de este c ic lo —u n o q u e, s in d u d a,
está h e c h iz a d o p o r las m ítica s fo rm a s d e l d e r e c h o —, so b re la s u sp e n
sió n , p u es, d e l d erech o y d e la v io le n c ia e n q u e se basa (c o m o ellas en
él); u n a v io le n c ia q u e es, sin m ás, la v io le n c ia d e l E sta d o . S i el d o m i
n io d e l m ito ya aparece q u e b ra d o , p o r a q u í y p o r allá, e n lo p resen te,
lo n u evo n o se en c u e n tra a ú n tan lejo s co m o p ara h a cer q u e u n a p a la
b ra ex p resad a a q u í c o n tra el d e re c h o se d ifu m in e s in m ás s in c o n s e
c u e n cia s. P e ro si, e n to d o caso, m ás allá d e l d e r e c h o a la v io le n c ia le
está asegurada su existencia c o m o v io le n c ia p u r a e in m e d ia ta , q u ed a así
d em ostrad o q u e y c ó m o ta m b ié n se h ace p o sib le la v io le n c ia r e v o lu c io
206 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
I B en jam in n o pu b licó n u nca este texto n i el siguiente, que son dos versiones de u n
m ism o texto. E l p rim ero lo redactó, al parecer, e n feb rero de 1933 * el segundo, en el
verano de ese m ism o año.
DOCTRINA DE LO S E M EJA N TE 209
g irse . A s í, la v id a p r o fa n a (si n o q u ie r e d e ja r de c o m p r e n d e r ) c o m
p a rte tod avía c o n la vid a m ágica e s to : q u e se halla sin d u d a so m e tid a a
u n r itm o n e c e sa rio , o a u n in sta n te c rític o , q u e n o d eb e o lvid a r n in
g ú n le c to r si es q u e n o q u ie re irse c o n las m an os vacías.
A p o s t il l a
< *.>
SOBRE LA FACULTAD M IM ÉTICA1,1
EXPERIENCIA Y POBREZA11'
m ás b ie n , se le v in o e n c im a ) c o n la c o n s ig u ie n te r e a n im a c ió n d e la
astro logia y el yoga, de la christian science y la q u iro m a n c ia , d el vegetaria
n ism o y de la gn osis, de la escolástica y el esp iritism o . P u es, e n efe cto ,
aqu í n o ha te n id o lu gar u n a verd ad era rea n im a c ió n , sin o u n a fo rm a de
g a lv a n iz a c ió n . P e n se m o s al re sp e cto e n a q u e lla s g ra n d e s p in tu r a s de
E n s o r e n las q u e las calles d e las g ra n d e s ciu d a d es a p a re c e n lle n a s de
m o n stru o s: b u rg u eses c o n disfraces d e carnaval, m áscaras desfigu rad as
p o r la h a rin a , c o ro n a s d e o r o p e l so b re la fr e n te . E stos cu ad ro s tal vez
n o sean o tra cosa q u e u n r e fle jo d e l te rrib le y c aó tico re n a c im ie n to en
q u e tan tos h a n p u e sto sus esperan zas. P ero a q u í se m u estra c o n c la r i
dad q u e n u estra p o b reza en ex p erien cia es tan só lo u n a parte de la gran
p o b r e z a , q u e a h o ra h a v u e lto a r e c ib ir u n r o s tr o , ta n a g u d o y exacto
co m o el de lo s m en d ig o s m ed ievales. P o rq u e , ¿ q u é v a lo r tie n e to d a la
c u ltu ra c u a n d o la ex p e rie n c ia n o n o s co n e cta c o n e lla ? A d o n d e c o n
d u ce sim u la r e x p erie n cia n o s lo h a d eja d o d em asiad o c la ro esa h o r r i
b le m ezcla de varios estilos y cosm ovision es d el pasado siglo, co m o para
q u e n o c o n s id e r e m o s h o n o r a b le a d m itir n u e s tr a p o b r e z a . P u es sí,
a d m itá m o s lo ; esta p o b r e z a d e e x p e rie n c ia es p o b r e z a , p e r o lo es n o
só lo de e x p e rie n c ia s privad as, sin o de e x p e rie n c ia s d e la h u m a n id a d .
Es, p o r ta n to , u n a esp ecie de n ueva b arb a rie.
¿ B a r b a r ie ? E n e fe c to . P e ro lo d e c im o s p a ra in t r o d u c ir u n c o n
ce p to n u e v o de b a r b a r ie , p o s itiv o . ¿ A d o n d e lleva al b á r b a r o esa su
p o b re za d e e x p e rie n c ia ? A c o m e n z a r d e n u evo y desde el p r in c ip io , a
te n e r q u e a rreg lá rselas c o n p o c o , a c o n s tr u ir c o n p o c o y m ir a n d o
siem p re h a cia d ela n te. E n tre lo s gran d es cread ores siem p re h a h a b id o
los im placables q u e h a n h ech o tabla rasa. Q u e r ía n u n a tabla d e d ib u jo ,
p u e s e r a n c o n s tru c to re s . U n c o n s tr u c to r d e este tip o fu e D esca rte s,
q u e p ara co m en zar su filo s o fía n o q u e ría o tra cosa q u e te n e r u n a sola
c ertid u m b re: « P ie n s o , lu e g o e x is to » . E in s te in fu e ta m b ié n u n c o n s
tr u c t o r de este tip o , al q u e , d e r e p e n te , n o le in te r e s ó ya de to d a la
física m ás q u e u n a p e q u e ñ a d iscrep an cia en tre las ecu acion es estableci
das p o r N ew to n y las ex p erie n cias d e la a stro n o m ía . E n esta a c c ió n de
co m en zar desde el p r in c ip io p en sab an los artistas cu an d o se in s p ira ro n
en la m atem ática y c o n stru y e ro n el m u n d o a p a r tir de fo rm as estereo
m étricas, tal c o m o lo h ic ie r o n lo s cubistas, o al basarse en lo s in g e n ie
ro s, c o m o e n el caso d e K le e . P u es las figu ras de K le e a p a re ce n co m o
d iseñ ad as so b re u n a tabla de d ib u jo , y la ex p re sió n d e sus gestos o b e
d ece en to d o al in te r io r , co m o la carro cería de u n b u e n au to m ó v il a las
EXPERIENCIA V POBREZA 219
n ecesid a d e s d e l m o to r . A I in t e r io r m ás q u e a la in te r io r id a d : esto es
sin d u d a lo q u e las h ace b árbaras.
T a n to a q u í co m o allá, las m ejo res cabezas ya lleva n m u c h o tie m p o
sacando c o n c lu sio n e s de estas cosas. Y su rasgo m ás característico es la
to ta l fa lta de ilu s io n e s so b re n u e str a é p o c a y, j u n t o a e llo , su e n te r a
a ce p ta ció n , sin a b rig a r reservas fr e n te a ella. T a n to si el p o e ta B e r to lt
B re c h t a firm a q u e el c o m u n ism o n o es el ju s to re p a rto d e la riq u eza ,
s in o d e la p o b r e z a , c o m o si A d o l f L o o s (el p r e c u r s o r d e la m o d e r n a
a rq u itec tu ra ) d eclara p o r su p a rte: « E s c r ib o so la m en te p ara a q u e llo s
cap aces de s e n tir a la m a n e r a m o d e r n a ... N o p a r a p e rso n a s q u e se
c o n s u m e n e n el a n h e lo d e l R e n a c im ie n to o el r o c o c ó » [iI. U n artista
tan c o m p le jo c o m o el p in to r P aul K le e , y u n o ta n p ro g ra m á tico co m o
L o o s, se apartan de la im a g e n p r o p ia d e l h o m b re tra d ic io n a l, siem p re
so le m n e y n o b le , a d o rn a d o c o n tod as las diversas o fren d as d el pasado,
p ara d irig irs e p o r su p a rte al c o n te m p o rá n e o d e s n u d o q u e, g r ita n d o
c o m o u n r e c ié n n a c id o , se e n c u e n tr a e n lo s su c io s p a ñ a le s de esta
ép o ca. N a d ie lo h a saludado c o n m ayo r alegría q u e P au l S c h e e r b a r t151.
A lg u n a s d e sus n o v e la s, vistas d esd e le jo s , se p a r e c e n a las d e J u le s
V e r n e , p e ro , a d iferen cia de las d e éste (e n las cuales siem p re p e q u e ñ o s
rentistas in gleses o fran ceses via ja n p o r el esp acio e n sus extravagantes
ve h ícu lo s), S c h e e rb a rt se in teresa p o r la c u e s tió n de e n q u é cria tu ra s
c o m p le ta m e n te n uevas, dign as sin d u d a alg u n a d e e s tu d io y d e a m o r,
h a n co n v ertid o n u estros telescop ios, n u estros avion es y n u estro s c o h e
tes a lo s seres h u m a n o s a n te rio re s. P o r lo dem ás, ya estas criatu ras tie
n e n len g u a je co m p leta m e n te n u evo : lo d ecisivo e n él es la te n d e n c ia a
lo v o lu n ta r ia m e n te c o n s tru c tiv o , e n c o n t r a p o s ic ió n a lo o r g á n ic o .
T e n d e n c ia in c o n fu n d ib le en el len g u a je d e lo s seres h u m a n o s id ead os
p o r S ch eerb a rt (es d ecir, d e sus p erso n a jes, ya q u e éstos rech azan to d a
sem ejan za c o n lo s h o m b re s, el p r in c ip io m ism o de to d o h u m a n ism o ).
In c lu so e n sus n o m b res: S o fa n ti, Peka, L a b u ..., así se lla m a n lo s p e r
son ajes e n el lib r o q u e lleva p o r títu lo el n o m b r e de su p ro ta g o n ista :
Lesabéndio. T a m b ié n lo s ru sos d a n h o y a sus h ijo s u n o s n o m b re s « d e s
h u m a n iz a d o s » : O c tu b r e , p o r el m es d e la r e v o lu c ió n ; P ia tiletk a , en
referen cia al p la n q u in q u e n a l; A v iajim , p o r u n a co m p a ñ ía d e aviación .
N o se tra ta a q u í d e u n a r e n o v a c ió n té c n ic a d e l le n g u a je , s in o de su
4. A d o lf Loos, Keramika, 190 4, en: SamtHcheSchrifien, vo l. I, V iena/M únich, 1962, pp . 253 ss.
5 P au l S ch eerbart (1 8 6 3 -19 15 ), escrito r alem án de relatos fantásticos. [N. d el T,]
220 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FIL 0 5 0 FÍA DE LA HISTORIA
I B en jam in n u n ca p u b licó este artículo» que escrib ió en francés en tre fin ales de 1934
y p rin cip io s de 1935 » co n la esperanza de p u b lica rlo e n la Nouvelle Revue Française que
d irig ía J ea n PauUian.
JO H AN N JAK O B BACHOFEN 223
2 A lo is R iegl, Die spatromische Kunstíndustrie nach den Funden in Osterreich- Ungarn, V ien a , 1901.
3 Franz W ick h o ff, Die Wiener Genesis, B e rlín , 192 2 .
224 ESTUDIOS M ETAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
II
sa m ie n to y de la v id a d e la é p o c a a n tig u a . M ás a d e la n te , e n su en sayo
sob re El oso en las religiones de la Antigüedad, n o s d ice B a c h o fe n : « L o im p o r
tan te es estu d iar aislad am en te cada sím b o lo . A u n q u e , lle g a d o u n día,
se e c h e a p e r d e r y se c o n v ie r ta s ó lo e n u n a tr ib u to , sus o r íg e n e s lo
m u e stra n fu n d a d o e n sí m ism o , d o ta d o de u n p r e c is o s ig n ific a d o . Y
así co n v ien e e x a m in a rlo ; su e n tra d a en el cu lto y su a trib u c ió n a d iv e r
sas d eid a d e s n o hay q u e co n sid e ra rla s sin o e n seg u n d o lu g a r » 161. E sto
p o r c u a n to resp ecta a la r e lig ió n . P ero in c lu s o , c o n ta n ta m ás ra zó n ,
to d o a q u e llo m e d ia n te lo c u a l lia c o n t r ib u id o B a c h o fe n al c o n o c i
m ie n to d e l a rte a n tig u o se basa ju sta m e n te e n su n o c ió n de sím b o lo .
C o n e llo se h a p o d id o a p ro x im a r a B a c h o fe n a W in c k e lm a n n y d ec ir:
« W in d k e lm a n n le h iz o c o m p r e n d e r la fu e r z a s ile n c io s a d e la im a
g e n » [í). P ero W in c k e lm a n n p e rm a n e c ió a je n o sie m p re a l m u n d o d e l
sím b o lo . A s í, e n cierta o ca sió n , escrib ió lo sig u ien te: « T a l vez pase u n
siglo antes d e q u e u n a le m án siga el c a m in o q u e h e seg u id o yo y sienta
las cosas tal co m o yo las h e s e n t id o » 1®1. S i B a c h o fe n c u m p lió esta p r o
fecía, fu e d el m o d o m ás in e sp e ra d o .
III
6 Der Bar m den Religionm desAitertunis, v o l. I, p . I4.0 de Urreligion uncí antíke Sfmbok, op. rit.
7 C a ri A lb re c h t B e rn o u lli, Johann jahob Bachofen und das Natursymbol: £m Vfórd^rcgsuersuc/i,
Basilea, 19 2 4 , p- 47 -
8 W in ckelm an n , carta a V o lk m a n n d el 16 de ju lio d e 176 4 .
226 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
B a c h o fe n , h a im p re g n a d o la im ag en de la A n tig ü e d a d e n su c o n ju n to ,
m ien tra s q u e las ideas m ito ló g ica s e v o lu c io n a n a través de sus escritos,
m ajestuosas e in c o lo ra s c o m o som bras.
P o r lo dem ás, a estas ideas les su ced e lo m ism o q u e a las n e c r ó p o
lis rom an as, respecto de las cuales escu lp ió B a c h o fe n este motto, al igu al
q u e si fu e r a u n a m e d a lla : « Q u i e n se a cerca a ellas c re e d e s c u b r ir
l a s » 191. O , ta m b ié n , su ex p resió n q u e desafía to d a tra d u c c ió n : die unbe-
weinte Schöpfung1' 01, la c r e a c ió n a ra y a d e s a p a r ic ió n n o sigu e lla n to
a lg u n o . E lla sale sin m ás de la m a teria , m as la p a la b ra Stoff (estofa) se
r e fie r e a la m a te ria d en sa, espesa y co m p a cta . E lla es el a g e n te de esa
g e n e r a l p r o m is c u id a d d e la q u e la c u ltu r a m ás a n tig u a lleva la
im p ro n ta , al m o d o de u n a h etaira. D e tal p ro m isc u id a d n o están exen
tas la vid a y la m u erte m ism as; ellas se c o n fu n d e n , e n efecto, e n c o n s
tela cio n es efím eras, d e a cu e rd o c o n el r itm o q u e m ece to d a esta cre a
c ió n . T a m p o co e n este o r d e n v e rd ad eram en te in m e m o ria l reco rd a rá la
m u erte n in g u n a clase d e d e stru c ció n vio le n ta . L a A n tig ü e d a d la c o n s i
dera siem p re e n r e la c ió n c o n u n m ás o u n m en o s e n co m p a ra c ió n c o n
la vid a. E l e sp íritu d ialé ctico d e esa c o n c e p c ió n h a sido pu es, e n el m ás
alto gra d o , el esp íritu p r o p io d e B a c h o fe n . P u ed e d ecirse in c lu so que
la m u erte era para él clave de cu alq u ier c o n o c im ie n to , c o n c illa n d o ju s
tam en te los p rin c ip io s que en el m o v im ie n to d ialéctico se o p o n e n . A sí,
B a c h o fe n es, a fin d e cu en tas, u n m e d ia d o r p r u d e n te e n lo q u e so n
n atu raleza e h isto ria : lo q u e h a sid o h is tó ric o , recae fin a lm e n te p o r la
m u e rte e n el d o m in io de la n atu ra leza; y a q u e llo q u e h a sid o n atu ra l,
recae fin a lm e n te p o r la m u e rte e n el q u e es el d o m in io d e la h isto ria .
N o hay p ues q u e so rp ren d erse si B a c h o fe n evoca reu n id a s a la n a tu ra
leza y a la h isto ria e n esta c o n fe sió n de fe goetheana: « L a cien cia n atu ral
de a q u ello q u e h a llegad o a ser es el g ra n p r in c ip io sob re el cu al reposa
to d o c o n o cim ie n to ve rd a d ero , co m o to d o p ro g reso v e r d a d e r o » .
IV
ir Bachofen, Dos JykischeVolkund seine Bedeutungfur die Entwicklung des Altertums, vol. III» p- 105
de [Irreligión und antike Symbole, op. d L
10, Bachofen, Das Muüerrecht, vol. II, p. 164 de í/rre/igton und anfifce Symboíe, op. cit,
13 Bachofen, AutobiographischeAuf&ichnungen , vol. I, p. 30 de Urreligion und Qntike Symbole, op. cit,
14 Cfr. G. A.Bernoulli, op. cit., p. [La inscripción significa: «Bastante para m orir».]
228 ESTUDIOS METAFÍSICOS Y DE FILOSOFÍA DE LA HISTORIA
B a c h o fe n p r a c tic a b a la c ie n c ia al m o d o de n n g r a n s e ñ o r . E se tip o
señ o rial de sab io , que L e ib n iz in a u g u ró d e fo r m a esp lén d id a , d eb ería
e stu d ia rse b asta a lc a n za r a n u e str o s días, e n lo s q u e k a e n g e n d r a d o
esp íritu s ta n n o b le s e in teresan tes c o m o el de A b y W a rb u rg , fu n d a d o r
de la b ib lio te c a q u e lleva su n o m b r e y q u e se acaba de traslad ar de A l e
m a n ia a.In gla terra . M e n o s visib le q u e lo s gran d es señ o res d e la lite r a
tu ra, el p r im e r o de lo s cuales es V o lta ire , esta lín e a d e sabios b a te n id o
in flu e n c ia d ecisiva , s ie n d o e n su o r d e n , m ás q u e e n el d e V o lta ir e ,
d o n d e se in scrib e G o e th e , cuya actitu d represen tativa e in c lu so p r o t o
c o la ria se basaba m ás e n sus a sp ira c io n e s c ie n tífic a s q u e e n su m ism a
c o n d ic ió n de p o eta . L a actividad d e estos esp íritu s, q u e siem p re o frece
alg ú n aspecto « d ile ta n te » , gusta de ejercitarse e n los te rr ito r io s lim í
tr o fe s de d istin ta s c ie n c ia s, s o lie n d o estar ex en ta de to d a o b lig a c ió n
p r o fe s io n a l. E n lo q u e h ace al aspecto d o c trin a l, es sab id o q u e G o e th e
se e n c o n tra b a en situ a c ió n d ifíc il respecto d e lo s físico s d e su tie m p o .
B a c h o fe n n o s o fre c e u n a im p re sio n a n te a n alogía e n to d o s estos p u n
to s. L a m ism a a c titu d altiva y s o b e ra n a ; el m is m o d e s p re c io d e las
d e m a rc a c io n e s c o n v e n c io n a le s e n tr e c ie n c ia s; la m ism a re siste n c ia
ejercid a p o r p a rte de lo s dem ás c ien tífic o s. U n a sem ejanza q u e n o d es
a p a re ce al e x a m in a r las c irc u n sta n c ia s s e c u n d a r ia s, p u e s a m b o s se
e n c o n tra b a n e n p o se sió n de u n aparato c ie n tífic o p o te n te . S i G o e th e
ib a to m a n d o p o r todas partes c o n trib u c io n e s a sus vastas c o le c cio n e s,
B a c h o fe n fu e p o n ie n d o sus gran d es riq u ezas n o tan sólo al servicio de
u n a d o c u m e n ta c ió n , sin o ta m b ié n d e u n m u se o p riv a d o q u e lo h izo
in d e p e n d ie n te e n g ra n m e d id a d el a p oyo d e o tro s.
N o hay duda de q u e esta p rivilegiad a situ ació n p ro v o c ó o tro tip o de
con secuen cias ta m b ién p a ra B a c h o fe n . A l atacar a N ew to n , G o e th e n o
tu vo m e n o s p r o b le m a s q u e B a c h o fe n al d e se n c a d e n a r e n lo s ú ltim o s
tie m p o s d e su activid ad ( c o n el caso d e El mito de Tanaquil, l 87 o ) fl51 su
fa m o sa p o lé m ic a c o n tra M o m m s e n , n o só lo c o n o b je to d e r e fu ta r su
e s p íritu ta n p o sitivista (lo c u al p u d o h a b e r h e c h o v ic to r io s a m e n te ),
sin o ta m b ié n , al tie m p o , para p o n e r e n cu estió n q u e M o m m s e n fu era
u n m aestro e n la crítica d e las fu en tes. S e sien te u n o ten tad o de ve r e n
15 Bachofen, Dfe Soge vori Tanaquii. Eine Untersuchungüber den OrientalismusinRom und¡folien, Heidel-
berg-, 187O; B e ila g e d e r S c h r ift D\eSoge von Tonaquil: Theodor Mommsen'$Kritikder Erzflhlungvan
Cn, Marcius Coriolarvus, Heidelberg, 1870.
JO H AN N JAKO B BACHOFEN 229
VI
m a d o r fu e S a v ig n y '151. P o r m ás q u e éste p e r m a n e c ie r a al m a rg e n d el
c o n ju n to d e l m o v im ie n to h e g e lia n o , S avign y b a sa ría su p r o p ia d o c
trin a e n u n céleb re pasaje de la in tr o d u c c ió n a la Filosofía de la historia de
H e g e l. Se trata de la d e fin ic ió n d e l c o n c e p to de Volksgeist, es d e c ir, d el
e sp írítu d e cad a p u e b lo , q u e, de a c u e rd o c o n H e g e l, le c o n fie r e u n a
im p ro n ta c o m ú n a su arte, a su m o ra l, a su re lig ió n , a su cien cia y ta m
b ié n a su sistem a ju r íd ic o . Esta c o n c e p c ió n , cuyo v a lo r c ie n tífic o se h a
reve la d o d u d o s o , fu e m o d ific a d a p o r B a c h o fe n d e m a n e r a b a stan te
sin gu lar. Sus estudios ju r íd ic o s y a rq u e o ló g ico s le p r o h ib ía n e n te n d e r
el d e r e c h o d e la A n tig ü e d a d c o m o u n a u n id a d ú ltim a , p le n a m e n te
ir r e d u c tib le , y cre yó p o r su p a r te e n c o n t r a r le u n a b ase d e ca rá cte r
m e n o s im p r e c is o q u e la d e l e s p íritu d e l p u e b lo . C o n e llo , j u n t o a la
re v e la c ió n d e la im a g e n c o m o u n m e n sa je d e l país d e lo s m u e r to s se
sitúa a q u í p ara B a c h o fe n la revela ció n d el d erech o co m o u n a c o n s tru c
c ió n sob re la tierra cuyas raíces su b terrán eas (d e p ro fu n d id a d in e x p lo
rada) se en c u e n tra n form ad as p o r los usos y p o r las costum bres r e lig io
sas pro p ia s d el m u n d o an tigu o. L a d isp o sició n y estilo característicos de
d ic h a c o n s tr u c c ió n e r a n b ie n c o n o c id o s , p e r o n a d ie h asta e n to n c e s
h a b ía e stu d ia d o su s u b su e lo . Y es lo q u e h iz o B a c h o fe n c o n su g r a n
o b ra sob re el m atria rca d o .
V il
19 F rie d rich C a ri v o n Savigny, Vb/n Beruf unserer Tgit j*ur Gesebgebung und kecktswissenschaji,
H e id elb e rg , 1814*
20 Bachofen, DasMutterrecht: E im Untersuchungüber die Gynaikokratie der alten Welt núc/i ihrerreligió-
sen und recfct/ídien N q íu t, S tu ttg a rt, í 8 6 i .
JO H ANN JAKO B BACHOFEN 231
V III
22 Friedrich Engels, prólogo a la cuarta edición (1891) de Der Ursprung <¡er Famiüe, des
Privateigentums un;/ (bsSlaah , en: K a rl M arx y F ried rich Engels, Werke, B e rlín , D ietz, 1969,
vol. a i, pp . 4 7 5 s.
23 Recogido en su libro Der Siebente Ring, en Obras completas, vols. 6 ~7 , Berlín, 1931, pp- 16 s.
JO H A N N JAKO B BACHOFEN 233
IX
28 Alfred. Baeumler, «Bachofen. der Mythologe der Romantik^, en.: Der Mythus uon Orient
und Occident: Eine Metaphysik der alten Welt, aus den Werken v on j. J. Bachofen herausgegeben von Manfred
Schröter, Múnich, “1956* p. CGLXXXI.
29 Elisée Reclus (1830-1905), geógrafo francés de tendencia política anarquista, [N. del T.]
JO H AN N JA K O B BACHOFEN
B a c h o fe n n o se h izo p in ta r n u n c a , y la ú n ic a im a g en q u e de él p o s e e
m os es u n retrato p o stu m o basado e n u n a fo to g ra fía . Y , sin em b a rg o ,
tie n e u n a s o r p r e n d e n te p r o fu n d id a d expresiva. U n m a je stu o so b u sto
sostien e u n a cabeza c o n u n a fre n te alta y abom b ad a. U n o s cab ellos cla
ro s q u e se p r o lo n g a n e n u n as rizadas patillas c u b r e n lo s lad o s d e l c rá
n e o , cuya p a rte s u p e rio r está ya calva. U n a gran paz em an a de lo s o jo s
p la n e a n d o p o r e n c im a de ese r o s tr o , e n el c u a l la b o c a p a r e c e se r la
p a rte m ás m o v id a . L o s lab io s p o r su p a rte están cerra d o s, y sus c o m i
suras acusan el c ierre, p e ro n o hay rasgo algu n o de dureza. U n a a m p li
tu d casi m a te rn a l re p a rtid a p o r el c o n ju n to d e la fis io g n o m ía le c o n
fie r e u n a a r m o n ía q u e p a re c e p e rfe c ta . L a o b r a e n te r a está a h í p a ra
d a rn o s te s tim o n io d e e llo . E n este s e n tid o , u n a vid a seren a y sensata
d eb ía de estar a su base, c o n lo q u e el c o n ju n to de la o b ra vie n e c o n d i
c io n a d o p o r u n e q u ilib rio sin p a r.
É ste se r e fle ja e n tres asp ecto s. E q u ilib r io e n tre la v e n e ra c ió n d el
e s p íritu m a tria rc a l y e l r e sp e to p o r el o r d e n p a tr ia r c a l. E q u ilib r io
e n tr e la sim p a tía p o r la d e m o c r a c ia a rcaica y lo s s e n tim ie n to s d e la
a ris to c r a c ia b a s ilie n s e . E q u ilib r io e n tr e la c o m p r e n s ió n d e l s im b o
lism o a n tig u o y la fid e lid a d a la fe c ristia n a . D e te n g á m o n o s a h o ra en
esto ú ltim o , p u es, a la vista d e las teo ría s d e K la g e s, hay q u e subrayar,
b ie n al c o n tra rio , la falta de to d o n eo p ag an ism o en B a c h o fe n . S u p r o
testan tism o, fu e rte m e n te en ra iza d o e n la h a b itu a l le c tu ra de la B ib lia ,
se e n c u e n tra m u y le jo s de ser u n m e r o fr u to de la vejez. B a c h o fe n n o
se a le jó ja m á s d e él, n i s iq u ie r a e n las m a yo res p r o fu n d id a d e s d e su
e s p e c u la c ió n s im b ó lic a . A este re s p e c to , n o h ay n a d a m ás e d ific a n te
q u e la d ista n cia q u e s ie m p re m a rc a ría B a c h o fe n r e sp e c to a F ra n z
O v e rb e c k , su m ás e m in e n te c o n c iu d a d a n o , el a m ig o d e N ie tz sc h e ;
a qu el p r o fe s o r d e te o lo g ía q u e, a u n a m p lísim o c o n o c im ie n to de toda
la d ogm ática m ed ieval añ ad ía, adem ás, u n escep ticism o p e rfe c to .
S i lo s sen tim ien to s d e B a c h o fe n se in c lin a n p u es hacia el m a tria r
c a d o , su agu d a a te n c ió n d e h is to r ia d o r se d ir ig e sie m p re al a d v e n i
m ie n to d el p atriarcad o, cuya fo rm a su p rem a es p ara él la fo r m a m ism a
d e la esp iritu alid ad cristiana. B a c h o fe n estaba p ro fu n d a m e n te co n v en
c id o d e q u e « n in g ú n p u e b lo cuyas creen cia s se b ase n en la m a te ria ha
alcanzado n u n c a la v ic to ria de la p a te rn id a d p u ra m en te esp iritu a l ... A
la base de la esp iritu a lid ad de u n D io s p a te rn a l y ú n ic o está la d estru c
JO H ANN JAKO B BACHOFEN 237
ló g ic o n o es a q u í tal: p u es el tem a n o es la « p s iq u e » ru sa n i ta m p o c o
la d el e p ilé p tic o . L a c rític a d em u estra su d erech o a acercarse a la o b ra
d e a rte c u a n d o resp e ta su s u e lo y, p o r ta n to , se c u id a d e p is a r lo . U n
e je m p lo de ese d e sv e rg o n z a d o c ru z a r la f r o n t e r a es e l e lo g io q u e se
h ace de u n a u to r p o r la p sico lo g ía de sus p ersonajes, c o n lo q u e lo s c r í
tic o s y lo s e sc r ito r e s s ó lo su e le n se r d ig n o s u n o s d e o tr o s e n r a z ó n a
q u e el típ ic o n o v e lista v ie n e u tiliz a n d o esos gastad os esq u em as q u e
lu e g o la crítica p u e d e id e n tific a r y alabar p o r ta n to . M as la crítica d ebe
m an ten erse al m a rg en de esta esfera; sería in so le n te y e rró n e o estu d iar
la ob ra de D osto icvski c o n esos co n c ep to s. Y , p o r el c o n tra rio , se h ace
p r e c iso cap ta r e n su sen o la id e n tid a d m e ta físic a d e lo n a c io n a l y lo
h u m a n o e n la id ea de c re a c ió n de D osto ievski.
L a n ovela se basa, co m o to d a o b ra d e arte, e n u n a id ea, « tie n e u n
id eal a priori, u n a n ecesid ad p ara e x is tir » , co m o d ice N o va lis1“1, y la c r í
tica tie n e q u e m ostra r esa n ecesid ad y n ad a más. T o d o lo q u e sucede en
El idiota o b tie n e su carácter fu n d a m en ta l d e l h ech o de q u e se trata d e u n
e p is o d io e n la v id a d e su p r o ta g o n is ta , el p r ín c ip e M is h k in . P u e s su
vid a a n te rio r y p o s te r io r a d ich o ep iso d io se en c u e n tra e n la o scu rid a d
para n o so tro s, in c lu so en el sen tid o de q u e, d u ra n te lo s años a n te rio
res y p o ste rio re s, el p r ín c ip e M íshfcin re s id irá en el e x tra n je ro . ¿ Q u é
n ecesid ad es la q u e c o n d u c e a R u sia a este h o m b r e ? S u vid a rusa se alza
d esd e el tie m p o s o m b r ío e n el e x tr a n je r o , c o m o la b a n d a v isib le d el
e s p e c tro se alza a p a r tir d e la o s c u r id a d . P e r o , ¿ c u á l es la lu z q u e se
d esco m p o n e d u ra n te el tie m p o d e esta vid a e n R u sia ? Q u iz á sea im p o
sib le d e d u c ir q u é h a ce e n ese tie m p o el p r ín c ip e M ish k in , si se d eja n
a p a rte lo s n u m e r o s o s e r r o r e s y v a riad a s v ir tu d e s de su c o m p o r ta
m ie n to . S u vid a , e n e fe c to , tr a n s c u r r e b a ld ía , y h asta e n su m e jo r
ép oca se p a rece a la vid a d e u n a p e rso n a in ca p a z y en fe rm iza . N o sólo
fracasa según el c rite rio d e la socied ad ; y n i siq u ie ra su m e jo r am igo (si
to d o lo q u e le v ie n e s u c e d ie n d o n o e x ig ie ra al tie m p o q u e n o te n g a
am igos) p o d r ía ahí e n c o n tra r n i u n a id ea n i u n a m eta e n su vid a . P o r
el c o n tra rio , la m ás co m p leta so led a d le ro d e a de u n m o d o casi im p e r
c e p tib le : to d o a q u e llo q u e a este h o m b r e le c o n c ie r n e p a r e c e ir
e n tra n d o al p o c o tie m p o en u n cam p o de fu erzas q u e le im p id e a c e r
carse a é l. A u n m a n ife stá n d o se m o d e s to y h u m ild e , este h o m b r e es
in a c c e s ib le ; su v id a ir r a d ia u n o r d e n cu yo c e n tr o es la so le d a d m ás
3 C o n v e rsa ció n d el 4. de fe b re ro de 18 3 9 .
244 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
1 Benjam in nunca publicó este texto, que al parecer redactó entre finales de I 9 2 I y
principios de 1922, El editor Richard Wéissbach le había propuesto durante el verano
de 1 9 2 1 que dirigiera una nueva revista literaria a la que Benjamin quería llamar /ircge-
lusNovus, como la acuarela de Klee que había adquirido aquel mismo verano. Los pro
blemas económicos de la editorial impidieron que finalemente se publicara la revista»
cuyo prim er número estaba completamente preparado. En él iba a editarse también
este texto.
2 D irigida entre 1798 y 1800 por los hermanos Schlegel.
ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
5 Esta frase contiene una cita de Goethe, que el 25 de diciembre de 1825 dijo a Ecker-
mann: «Shakespeare nos da manzanas de oro en bandejas de p latal.
P RESENTACIÓN DE LA REVISTA ANGELUS NOVUS 249
4 C f r . E sq u ilo, Los siete contra Tebas, y E u rípid es, Las fenicios] S ófocles, Antígona; E u rípid es,
Afcesírs,
EL MA YOR MONSTRUO, LOS CELOS Y HERODES Y MARIENE 253
9* H ans Sachs, Tragedia mit 1$ Personen zu agíren, Der Wüíerích KónigHercdes, wie derseindrey Son und
sein Gemohel UTnbbrQcht, unndhat^Actus, 155 ^- [N .d eB .]
JO C a r ta a E d u a r d ja n in s k i d e l 14 d e a g o s t o de 1S 4S*
EL MAYOR MONSTRUO, LOS CELOS Y HERODES Y MARIENE 357
II * Andreas Gryphiufi, Herodisjuriae et Eachelis lacrymae, 163 4 . en: itf., Deivindicis Ímpetus et Herodis
interitus, 1635, [N,de B.] [Gryphius vivió entre 1616 y 1664» siendo el poeta y drama
turgo de mayor importancia del Barroco alemán, (n. del T.)]
i !% Hemt B.H. Broches verteutschter bethlehemitischer Kinder-Mord des Ritters Marino >C olonia y Ham -
burgo, 1715. [Giambattista M arino vivió entre 1569 y 1625 (N .delT,)].
13* G .A . C icognini, II maggior mortstro del mondo. Opera tragica, Perugia, 1656* [N. deB.]
14.* J .B . Reggioni, La felonía d ’Erode, Bolonia, 1672. [N.de B.]
15* Dom enico Lalli, LaMariane, interpretada enV enecia en 1724 - [N-íLe B.J
258 ENSAYOS ESTÉTICOS Y LITERARIOS
r o n a n te to d o y so b re to d o u n as v e rsio n e s o p erística s q u e se e n c u e n
tr a n b a jo la in flu e n c ia d e C a ld e r ó n . M ás a d e la n te , G o z z i s ig u ió e l
d ram a d e V o lta ire sob re M a rie n e 1’61. P o r el c o n tra rio , apenas hay d ra
mas esp añ oles sob re H e ro d e s. E n la é p o ca de re d a c c ió n d e la p rim e ra
v e rsió n d el d ram a de C a ld e r ó n se p u b lic ó La vida de Heredes, de T ir s o de
M o l i n a A l a m o r d e O c ta v ia n o , q u e e n e l caso d e C a ld e r ó n se
en c ie n d e ante u n retrato (de m o d o sim ilar a co m o su ced e e n el caso de
J o se fo c o n la lascivia de A n t o n i o ) , le c o rre sp o n d e e n el caso de M o lin a
el e x c é n tric o g ir o d e q u e H e ro d e s alcan za de p r o n to a v e r p e r s o n a l
m en te en la galería q u e p o see el rey d e A r m e n ia el h e rm o so retrato de
M a rie n e y se in fla m a así de a m o r p o r ella. E l m otivo d el e n c u en tro co n
la am ada de m o d o casual e n la im ag en de u n cu ad ro vie n e su gerid o p o r
J o se fo y se e n c u e n tra adem ás e n casi to d o s lo s d ram as sob re H e ro d e s,
s ie n d o p r o b a b le m e n te d e o r ig e n o r ie n ta l, P ero , e n el caso d e C a ld e
r ó n , a d q u ie r e u n s ig n ific a d o c la ra m e n te e s p e c ífic o . E l r e tra to de
ta m añ o n a tu ra l de la b e lle z a p re su n ta m e n te m u erta , el c u al h a m a n
d a d o p in ta r O c ta v ia n o a p a r tir d e u n a m in ia tu r a , cae d e la p a r e d de
d o n d e cuelga p o r cu an to H e ro d e s, q u e está a sus espaldas, h a alzado de
p r o n to su p u ñ a l p a ra g o lp e a r al e m p e r a d o r . A n u n c ia n d o c o n e llo la
desgracia, el p u ñ a l n o da en O c ta v ia n o , sin o en el retrato d e M a rie n e .
C a ld e r ó n e n c o n tró este m o tiv o e n a lgu n o s dram as esp añoles (e n T ir s o
de M o lin a , p o r e je m p lo , y e n S a lu c io d e l P o y o ) tlS*!, p e ro sin d u d a n o
e n r e la c ió n c o n la h isto ria esp ecífica de H e ro d e s. L a p r im e r a v e rsió n
q u e h izo d e l d ram a sería p u b lica d a b ajo el títu lo de El mayor monstruo del
mundo e n el 1 6 3 6 , p o r lo q u e se trata cla ram e n te de u n a o b ra bastan te
ju v e n il d el p o eta , m ien tra s q u e la segu n d a de sus versio n es (ú n ica qu e
é l c o n s id e ra b a a u té n tic a ) la re d a c tó h a cia 1 6 6 7 . D ic h o d ra m a fu e
re p re se n ta d o p o r ve z p r im e r a e n M a d rid , e n e l 1 6 6 7 , e n su seg u n d a
v e r s ió n , al fin a l de la c u a l el a u to r p r o te s ta e x p re s a m e n te c o n tr a la
r e p r e s e n ta c ió n e im p r e s ió n d e la p r im e r a . E n el 1 7 0 0 , el d ra m a fu e
re p re se n ta d o e n F ra n k fu r t, y alg o a n tes e n D re sd e . C a b e al resp e cto
su p o n e r q u e in flu ir ía so b re a lg u n o s textos de las co m p a ñ ía s d e te atro
alem an as q u e só lo c o n o c e m o s p o r su títu lo . E l p r im e r d ra m a a lem án
sobre H e ro d e s después de H an s Sachs (Herodes der Kindermórder d e jo h a n n
K la j, q u e se p u b lic ó e n N ú r e m b e r g e n el 1 6 4 5 ) n o d e p e n d e p u e s d e
C a ld e r ó n , sin o d e l Herodes infanticida e sc rito p o r H e in s iu s IlsI. P o r lo
dem ás, su relativa fam a en la h isto ria de la literatu ra n o la o b ten d ría p o r
sí m ism o , sin o p o r la crítica b ilio sa qu e le h izo J o h a n n Sch legel [2°*J, que
e n ella salda cuen tas al tie m p o c o n H a r s d ö rffe r, el p r o te c to r d e K la j.
D e lo s a u to res in g lese s p o d e m o s n o m b r a r a M a ssin g e r, u n p o e ta d e l
sig lo XVII, c o n su o b ra El duque de M ilán121' 1. G u a n d o d ic h o d ra m a , q u e
traslada la h isto ria de J o sefo hasta la co rte de L u d o vico S forza, se re p re
senta, e n e l 1 8 4 9 >e n A le m a n ia , seg ú n u n a v e rsió n de D e in h a rd tste in ,
H e b b e l le h iz o u n a c rític a d estru ctiv a c o n b ase e n la c o n fia n za , a ú n
secreta, q u e le daba su dram a sobre H e ro d e s [aaI. Esta apresurada p a n o
rá m ic a n o s c o n fir m a s in d u d a q u e la h is to r ia de H e r o d e s es u n te m a
p r o p ia m e n te b a r r o c o . E sto q u ed a m ás cla ro to d a vía si te n e m o s e n
cuen ta el sim p le h e c h o d e q u e casi to d o s los dram as sob re H e ro d e s de
tiem p os p o steriores al B a rro co se q u ed aro n en estado de proyectos e n el
caso de autores im p ortan tes (tales co m o L essín g y G rillp a rz e r) o fu e r o n
escritos p o r autores m en o res (R ü ck ert y S tep h en P h illip s )1,31. H e b b e l es
la ex cep ció n más im p o rta n te, pu es, de tod o s lo s dram as sob re H ero d es,
sólo el suyo p u e d e reclam ar ser com p arad o c o n el de C a ld e r ó n .
P ero , e n cu an to a esto, todavía n o se h a en tera d o n ad ie en A le m a
n ia . L a r a z ó n sin d u d a es e v id e n te , p o r m ás q u e casi n u n c a haya sid o
expresada c o n cla rid a d . E l d ram a d e C a ld e r ó n pa recía te n e r ta n to que
p e r d e r c o n la c o m p a ra c ió n q u e se p r e fir ió d e ja rlo d e la d o . P o rq u e le
faltab an m uchas cosas: u n a tram a d esa rro lla d a m a n te n ie n d o la ló g ica ,
m o tiv a c io n e s p s ic o ló g ica s p r o fu n d a s , o , e n f in , u n c o lo r id o d ig n o y
f ie l. Y m u ch as otra s cosas n o d e b ie r o n ta m p o c o h a b e r estad o e n el
d ram a q u e h izo C a ld e ró n : el p u ñ a l y el retrato c o m o atrezo p ara la tra -
24 Jo h a n n D ied erich G ries ( l7 7 5 " l8 4 2 ) tradu jo al alem án, en tre 1815 y 1829, n u m e ro
sas obras de C a ld e ró n , [n . d el T.]
35 E u g e n io de O c h o a , 18 15 -18 7 3 . [N. d el T.]
26® Goethe und Calderón. GedenkblatterzttrCalderonfeier, ed- d e E d m u n d D o r e r, L e ip zig , 1881.
[N . de B.]
2 7 * H u go S ch u ch a rd t, SomanúcfiesuníKeltüches. GesammelteÁujsai!í, E strasburgo, 18 8 6, pp .
120 -14.9 . [N. de B.]
38 A u gu st W iUielm Schlegel, VoriMungen überdromatuchc iW l.itteratu?. V icn a , 18 0 9 -18 11.
29 L u d w ig Tiecfe, 1 7 7 3 -1 8 5 3 . [N. d el T .j
EL MAYOR MONSTRUO, LOS CELOS Y HERODES Y MARIENE 26l
34* H e rm a n n U lr ic i, Übsr Shakespeore’s dramatischs Kunsí und seifl V ejha ltn isC a ld erón und Gothe ,
H alle, 183 9 , p . 517.
35 H>i¿; P- 528 .
ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
m u n d o , e tc ., e tc. E l lu to a co m p a ñ a e n esa o b ra al o ca so q u e su fr e el
n o b le esposo,- lu to q u e sería ilim ita d o si la in te n c io n a lid a d q u e d ijo
G o e th e q u e h a de resp la n d e ce r en to d a o b ra d e arte n o se m an ifestara
claram en te en el cu rso d e lo s a co n te cim ien to s c o n u n a in ten sid a d qu e
im p id e el lu to . Se trata d e u n Trauerspkl, sin d u d a a lg u n a , de u n a o b ra
lu c tu o s a te a tr a l1361. Y así tie n e s e n tid o q u e el fr a g m e n to d ra m á tic o
escrito p o r G o e th e b a jo la in flu e n c ia d e C a ld e r ó n a p a rtir d e u n tem a
d e la é p o c a d e C a r lo m a g n o c ir c u le a ú n b a jo e l n o m b r e a p ó c r ifo d e
u n a « tra g e d ia de la c r is tia n d a d » l3?l.
E l d ram atism o de la ob ra se ve o b lig a d o p u es a d esp legar el d estin o
co m o ju e g o cu an d o se en cu en tra e n fre n ta d o a tem as h is tó ric o s 1381. Esta
d iverg en cia es lo q u e constitu ye ju sta m e n te a la « tra g e d ia ro m á n tic a » .
D e lo s p o etas m o d e rn o s, n in g u n o h a lu ch a d o m ás q u e S c h ille r c o n el
o b jetiv o d e a firm a r e l páthos a n tig u o , la se rie d a d ú ltim a d e la trag ed ia
a n tig u a e n esos tem as, q u e e n sí n a d a tie n e n ya q u e v e r c o n el m ito
p r o p io d e los trágico s. D o n d e G o e th e te n d ía a m ed ia cio n es sig n ific a
tivas y fu n d a m e n ta d a s, e l d ra m a de S c h ille r (n a tu ra lista e h is tó r ic o )
in te n ta b a a g o ta r las d os p o sib ilid a d e s q u e to d a vía p a re c ía h a b e r p a ra
e x p o n e r el d e stin o a n tig u o e n el se n o d e la m o d e r n id a d . Y am bas se
e c h a ro n a p e r d e r m ás a d e la n te : u n a e n lo s d ram as d e R a u p a c h so b re
lo s H o h e n s ta u fe n 1391, y la o tr a e n lo s d ra m a s d e d e s tin o , c o m o p o r
e je m p lo Losfantasmas1*0^. E l s ig n ific a d o d e la id ea de lib e r ta d e ra p a ra
S ch ille r q u e m ed ia n te la u tiliz a c ió n d e los reflejo s (si es p o sib le d ecirlo
de ese m o d o ) resu lta b a capaz de su b rayar el carácte r de d e stin o d e lo
h istó ric o . Y sin em b argo S c h ille r n o lo g ró apenas dar seried ad an tigu a
a su o b ra so b re María Estuardo n i ta m p o c o a La doncella de Orleans-, el
c o m ie n z o de Guillermo Tell es o p e r ís tic o , y el in t e n to m ás r a d ic a l de
c u a n to s h iz o p o r a p r o p ia rs e d e l a n tig u o h a d o e n su p ie za La novia de
Messina te n ía m en o s r e la c ió n c o n G r e c ia q u e c o n el d ra m a r o m á n tic o
d e l d e s tin o . A p a r tir d e estas r e fle x io n e s , la fra se (ya m e n c io n a d a )
36 La palabra alem ana Trauer-spie! (donde Spkl es ‘obra’ siendo Trauer 'luto') se puede trad u
cir literalm ente com o « o b r a teatral lu c tu o sa ». [N . del T.]
37 G oethe, Gedenkavsgabe der Werke, Briefi und Gesproche, ed. de E . B eutler, vol. 6, Z ú rich /Stu tt-
gart, 19 6 2 , pp . 8 5 0 -8 5 7.
38 Tén gase en cuenta que, e n alem án, com o tam bién sucede en otras lenguas, para decir
^ obra teatral*' se emplea una palabra (Spiel) que significa •fcjuego». [n. d e lT .]
39 Ernst Raupach, que vivió entre 178 4 y 1852 , escribió entre 1825 Y q u in ce dramas
sobre los H ohenstaufen .
40 los^anfssmas, dram a de Ibsen de 1881. [N .del T.]
EL MAYOR MONSTRUO, LOS CELOS Y HERODES Y MARIENE 26g
ésta. « M a r ie n e * 1 a q u í
se e s c rib e . ¡C ie lo s , v a le d m e !,
q u e d ic e n m u c h o e n tres v o ces
« M a r le n e , h o n o r y m u e r t e >>.
« S e c r e t o * ' a q u í, a q u í « r e s p e t o » ,
« s e r v ic io » a q u í, a q u í « c o n v ie n e » ,
y a q u í « m u e r t o y o » , p r o s ig u e .
M ás ¿ q u é d u d o , si m e a d v ie rte n
lo s d o b le c e s d e l p a p e l
a d ó n d e están lo s d o b le c e s
lla m á n d o s e u n o s a o t r o s ?
S é , o h p r a d o , lá m in a v e r d e
e n q u e, a ju stá n d o lo s, lea;
« a m i se rv ic io c o n v ie n e ,
a m i h o n o r y a m i re sp eto ,
q u e m u e r t o y o —¡h a d o s c ru e le s!—
d e i s —¡c o n q u é te m o r r e s p ir o !—
d e is la m u e rte a M a r le n e » ^ .
¡M a l h aya e l h o m b r e in fe liz ,
o tra y m il veces m a l h aya
e l h o m b r e q u e c o n m u je r
h e r m o s a e n e x tr e m o casa!
Q u e n o h a d e t e n e r la p r o p ia
d e n ad a o p i n ió n , p u e s b asta
s e r p e r fe c ta u n p o c o e n t o d o
p e r o c o n e x tr e m o e n n ad a,
q u e es a r m iñ o la h e r m o s u r a
q u e s ie m p r e a r ie s g o se guarda-,
si n o se d e fie n d e , m u e re ;
si se d e fie n d e , se m a n c h a 1*'71.
48 A .W . von Schlegel, fárfeyungen überdramatische Kunstimd LxteratUr. Kritische Ausgabe, eingekitet und
TnitAnmerkwigenversehenvonGiovanniVittorioAmoretti, B o n n / L e ip zig , 192 3 , vol. II, p. 274 *
4-9 V iv ió e n tre 1768 y [N. d el T .]
272 ENSAYOS ESTÉTICO S Y LITERARIOS
54 J ean Paul, Vorschule der Ästhetik (18 0 4 ), se cció n 3 , I, c a p . 2 (Werke, ed. de N . M ille r,
vol. V , M u n ich , 1973 . p . 34 ^)-
55 Schauspiele von Pedro Calderón de la Barca, übersetzt von Ernst Friedrich Georg Otto von der Malsburg,
G v o ls., L eip zig , 1 8 19 -18 2 5 .
EL MAYOR MONSTRUO, LOS CELOS Y HERODES Y MARIENE 275
rara vez a las q u e so n las figu ras h eb b clian as. D esd e este p u n to de vista,
la fig u ra de J osé sobresale sin d u d a p o r en cim a de todas las restantes de
este d ra m a . Y si fu e ra a su n to d e la c rític a el a cu m u la r las o b je c io n e s ,
lia b ría q u e a ñ a d ir a ú n m u ch as m ás. P e ro h a y a lg o q u e la c rític a n o
p u e d e p asar p o r a lto , a u n q u e s ó lo u n an álisis p o r m e n o r iz a d o p u e d e
d e m o s tra r n o s q u e es c o r r e c to . H e b b e l fracasó s in d u d a a lg u n a e n la
ta re a s ie m p re in e lu d ib le d e d e s a r r o lla r la n o b le z a de sus fig u r a s así
c o m o el c o n flic to d e las m ism as. L o s g iro s y situ acio n es esenciales su e
le n estar tratad o s c o n u n a excesiva c o n c is ió n , ta l c o m o s u c e d e p o r
e je m p lo e n la tu m u ltu o sa fiesta de M a rie n e . P e ro , adem ás, la c o m p o
s ic ió n —q u e h ace q u e la in s íp id a fig u r a d e T it o ve n g a a a co m p a ñ a r e n
las escenas fin a le s p o r ig u a l a H e ro d e s y a M a r ie n e , p r o d u c ie n d o c o n
e llo u n a n iv e la c ió n d e las p o s ic io n e s d e lo s p e rs o n a je s p r in c ip e s c o s
c u a n d o su d ig n id a d y su d istan cia (q u e acab an d e c o n d u c ir a la catás
tr o fe ) d e b ía n h a b e r sid o p reserv ad a s hasta el m ás elev a d o d e lo s g r a
d os— d eja a q u í e n m a n o s d e la d ir e c c ió n de escen a tareas q u e c o r r e s
p o n d ía n a l a u to r . D e la m ism a m a n e ra p u e d e verse la tím id a p ro te sta
q u e h a ce T it o d u ra n te el p r o c e s o ju d ic ia l, y, al re s p e c to , h a b rá q u e
p reg u n ta rse q u é d iscu rso h a b ría p u e sto S hakespeare, sin a lterar a h í la
situ a ció n , e n el lu g a r en el q u e escribe H e b b el: « A esto n o lo lla m o yo
u n " ju ic io ” . / D isc u lp a . ( Q u ie r e i r s e ) » [ssl. ¿ Y có m o c o m p a g in a r c o n
ese d ram a estos versos d ich o s p o r H e ro d e s ? :
B e i D e in e m s ta rre n T r o t z , d e r a u f d e r E rd e ,
W o A li e s w an k t, a lle in b e h a r r lic h sc lie in t;
Beijedem schonen Tag, den ich mit Dir
Verlebte... S°
N u n n o c h e in W o rt v o r ’m S c h la fe n g e h 'n , in d e ß
M e in letzt r r K a m m ’ r e r m i r d as B e tte m a c h t —
D ’ ru m f ü h l'ic h tie fe s M it le id a u ch m it ih m
U n d D e in e R a c h e fin d e ic h z u streng^6a'
da esta respuesta p r o fu n d a m e n te in n o b le :
6l « U n a palabra más antes de ir a d o rm ir, m ien tras / m e hace la cama m i ú ltim o s ir
v ien te» , HerodesvndMarianine, acto V , escena 6, w* 3959 s-» °p- ñki p* 347 -
63 « P o r eso sien to u n a h o n d a com pasió n p o r é l / y tu venganza se m e hace dem asiado
severa^*.
63 <<fYo cargo con los gastos sobre mí! / Y que n o file a causa de la v id a / que el sacrificio
del anim al m e sublevó / lo mostraré a la vida ren u ncian d o». Ibidr, w. 3 ° 57 " 3 ° ^ t P* 35 1 -
EL MA YOR MONSTRUO, LOS CELOS Y HERODES Y MAR1ENE 279
D e r T o d ! D e r T o d ! D e r T o d ist u n t e r u n s!
U n a n g e m e ld e t, w ic e r im m e r k o m m t!
64 ^ jL a m uerte! ¡La m uerte! [La m u erte está en tre n osotrosf / ¡Sin avisar llega, com o
siem pre?^* Ibid., acto IV, escena 8, w . 25^ 6 s.
6 5 * C f r . Hebbel in der zgiigenossichen Krxtih, fferausgegeben und mitAntnerkuugen verseñen vonH. Wufec/ita,
B e rlín , 1910? así com o: K on sta n tin v o n W iglach, Biographisches Lexikon des Kaisertums Oster-
reich, V ien a , 18 6 2 , artículo « H e b b e l^ . [ n . de B .]
28o ENSAYOS ES TÉTICO S Y LITERARIOS
E l h e c h o de q u e h o y , c u a n d o se c u m p le n c ie n a ñ o s d e la m u e r te de
J .P . H e b e l, n o haga falta d e se n te rra r a u n a u to r « in c o m p r e n d id o » y
re c o m e n d a rlo al in te ré s d el p ú b lico es más m é rito suyo q u e d e la p o s
te rid a d . Es m é r ito d e su m o d e s tia , q u e n i siq u ie ra p o s tu m a m e n te se
a co m o d a ría a ese p a p e l y q u e h a o c u lta d o d u ra n te u n sig lo q u e Schatz-
kastlein des rheinischen Hausjreundes está en tre las m ás pu ras ob ras de o r fe b re
ría de la p ro sa alem an a. P o r el c o n tra rio , es cu lp a d e este siglo X IX , de
esta p o sterid ad , q u e esto su ene n u evo o in clu so p a ra d ó jic o ; es cu lp a de
la h o r r ib le a rro g a n cia cu ltu ra l, q u e h a ced id o, este lib r o a lo s cam p esi
n o s y a los n iñ o s p o rq u e los escritores p o p u la res tie n e n u n ra n g o in f e
r io r a l d e c u a lq u ie r « p o e t a » , p o r m a lo q u e éste sea. T a n to m ás si su
f u e n te flu y e e n u n d ia le c to , s ie n d o p u e s, a d m itá m o s lo , u n a fu e n te
tu r b ia q u e , e n caso d e e n m o h e c e r y d arse p o r sa tisfech a c o n s ig o
m ism a , se ap arta a lta n e ra d e lo s dem ás escrito res d e la n a c ió n , y a u n
c o n c erra zó n de lo s c o n te n id o s de la h u m a n id a d . P ero el h u m a n ism o
ilu stra d o de H e b e l sin d u d a le lib r ó de to d o esto, p u e s n a d a está m ás
lejo s d e d ich o lo calism o q u e el d eclarad o c o sm o p o litism o d e sus esce
n ario s. A m ste rd a m y M o scú , J eru sa lé n y M ilá n fo r m a n el h o r iz o n te de
u n te r r ito r io e n cuyo c e n tro están S e g rin g e n , B ra ssen h eim y T u ttlin -
g e n íal. E sto es siem p re algo q u e su ced e c o n to d o arte p o p u la r au tén tico
( ir r e fle x iv o ) , q u e h a b la d e lo e x ó tic o y m o n s tr u o s o , c o n e l m ism o
a m o r , la m ism a le n g u a , q u e d e lo s a su n to s d o m é s tic o s . L a m ira d a
aten ta p r o p ia de este c lé rig o y filá n tr o p o alcan za a h í in c lu so a la e c o
n o m ía ru ra l, y cu an d o n o s h a b la d e los planetas, o d e las lu n as y de lo s
com etas n o lo hace jam á s c o m o e ru d ito , sin o c o m o cro n ista . A s í, dice
lo sig u ie n te d e la L u n a (q u e d e g o lp e se e n c u e n tr a fr e n t e a u n o al
m o d o d e u n paisaje, c o m o e n el céleb re cu ad ro d e C h a g a ll): « A llí, el
1 P u b licado en varios p erió d ico s aleman.es en septiem bre de 19^ 6 y redactado unos
meses antes, co m o e l texto sigu ien te. E l suizo J o h a n n Peter H eb el, al que n o se debe
c o n fu n d ir co n e l alem án F rie d ric h H e b b el, vivió en tre 176 0 y 182 6 . E ra p astor p r o
testante y a u to r de poem as e n dialecto. A p a rtir d el 18 0 7 p u b licó e n la revista Der
Rheinlándische Hausjreund diversos relatos que tu viero n g ra n éxito , p o r lo que en l 8 l l los
re co p iló e n e l v o lu m e n titu lad o «Se/mfccfcaítfeín des rheíníscKen Hau$freundest que sería la más
p o p u la r de sus obras. [El lib ro p u ed e leerse en español: Cofrecillo dejoyas ¿el amigo ée la
casa renano, trad. de A n tó n D ie te rich , B arcelon a, A lb a , 199 8 , ( n . d e l T .)]
2 L o calid ad es de la Selva N egra, [n . d el T .]
282 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
3 J .P . H eb el, Allgemeine Betracktung über das Weltgebaudei Der Mond, en: J.P. Hebeh sammtliche
Werke, v o l. 8 , K arlsru h e, 1834^ pp- 21 s.
4 Jean Paul es p seu d ón im o (en h o m en aje a Rousseau) d el escritor alem án J o h a n n Paul
F ried rich R ich ter (176 3 —18^5) * Su estilo se caracteriza p o r u n h u m o r que es directo
h e re d e ro de S tern e y de F ield in g. E scrib ió novelas m uy volu m in osas y e l tratado te ó
rico Vorschuíe derAsthetik. [n. d el T.]
5 c H a y u n em pirism o delicado que se vuelve id én tico al objeto, convirtiéndose en
auténtica te o ría » ; « L o m áximo sería com pren der que lo fáctico es ya te o r ía » , Goethe,
Maximasy reflexiones, n ° 565 y 575 *
6 Jean Paul, Levana oderEr&ehiere, a pénd ice Uber diephysische Erziehung,
7 J-P - H e b e l, Der Barbierjunge von Segñngen, en.* J. ?. H ebeh sámmtliche Werke, op. cít, v o L 8,
pp. 59 ss.
8 P ersonajes de los relatos de H e b el. [n . d el T . j
JO H ANN P ETER H EB EL I 283
fr e n ó lo g o G a ll, le p id ió u n d ia g n ó s tic o ; m u r m u r a n d o a lg o i n c o m
p r e n s ib le , el m é d ic o al p a lp a r lo n o p r o n u n c ió o tra s p a la b ra s sin o
éstas: « e x tr a o r d in a r ia m e n te d e s a r r o lla d o » . Y le p r e g u n tó H e b e l:
« ¿ e l ó rg a n o de r o b a r ? » .
C u á n to s aspectos fra n ca m e n te d e m o n ía c o s hay e n este tr u h á n n o s
lo m u e s tra n las g r a n d e s lito g r a fía s q u e h iz o D a m b a c h e r e n e l 1 8 4 2
p a r a u n a e d ic ió n de Die Schivanke des rheinischen Hausfreundes1^ . Estas ilu s
tra c io n e s, in s ó lita m e n te fu e rte s, v ie n e n a ser alg o así co m o señ ales e n
e l c a m in o d e c o n tra b a n d is ta s e n el c u a l lo s r a d ia n te s b r ib o n e s de
H e b e l tratan c o n lo s so m b río s y te rr ib le s p e q u e ñ o b u rg u e s e s d el W oj-
&ck de B ü c h n e r . P ues este p e c u lia r p a sto r p ro te sta n te , q u e p o r c ierto
sabía d e s c r ib ir lo s n e g o c io s m e jo r q u e n in g ú n o tr o e s c r ito r a le m á n ,
e m p le a n d o fá cilm e n te to d o s lo s registro s, d e l m ás b ajo tra p ic h e o a la
g e n e ro sid a d m ás esp lé n d id a , n o ib a a pasar p o r alto lo d e m o n ía c o de
la vid a e c o n ó m ic a b u rg u esa , a cuyo efe cto su fo r m a c ió n c o m o te ó lo g o
le v e n ía fra n ca m e n te b ie n . P ero la d iscip lin a p ro te sta n te ta m b ié n v in o
a in flu ir so b re el p rosista H e b e l. E n ge n e ra l tal vez sea u n a a firm a c ió n
r e d u c c io n ista , p e ro es p o s ib le a firm a r d e H e b e l, sin q u e n o s q u e d e n
d u d a s al r e sp e c to , q u e la p r o s a a le m an a m o d e r n a es u n a c o n f r o n t a
c ió n su m a m en te tensa cuya d ialé ctica g ira e n tre d os p o lo s , u n o c o n s
ta n te y o tr o v a ria b le : el p r im e r o es el a le m á n d e la tr a d u c c ió n de la
B ib lia d e L u te r o y, el se g u n d o , el h a b la p o p u la r . L a c o m p e n e tra c ió n
d e am bos e n H e b e l será la clave de su m aestría artística, q u e sin d u d a
n o es de n a tu ra le za lin g ü ís tic a so la m e n te . A s í, e n su Reencuentro inespe
rado, al d e s c r ib ir el lap so d e c in c u e n ta añ os en el q u e gu ard a lu to u n a
m u je r p o r su p r o m e tid o , u n jo v e n m in e r o q u e h a p e r d id o la vid a e n
u n a cc id e n te , H e b e l escrib e este pasaje in c o m p a ra b le : « E n tr e ta n to ,
la c iu d a d de L is b o a (e n P o rtu g a l) fu e d estru id a p o r u n te rr e m o to , la
G u e r r a d e lo s S ie te A ñ o s te r m in ó , m u r ió el e m p e r a d o r F ra n cisc o I,
la o r d e n d e lo s je s u íta s fu e d is u e lta , P o lo n ia fu e d iv id id a , m u r ió la
e m p e r a tr iz M a r ía T e r e s a , e l c o n d e d e S tr u e n s e e f u e e je c u ta d o , fu e
lib e ra d a A m é r ic a y la alianza de tro p a s fran cesas y esp añ olas n o r e c o
b r ó el p e ñ ó n d e G ib ra lta r . L o s tu rco s e n c e r r a r o n al g e n e ra l S te in en
u n a cu eva de H u n g r ía y el e m p e r a d o r J o s é ta m b ié n m u r ió . E l rey
G u sta v o de S u e c ia c o n q u is tó F in la n d ia , la R e v o lu c ió n F ra n ce sa y la
9 JrP . H eb el, Die Schwanke des Rheinlándischen Hausjreundes, Mit 0 riginal-Liihografihíen von
Dambacher, Stu ttgart, 18 4 2 .
284 ENSAYOS ES TÉTICO S Y LITERARIOS
10 J .P . H ebel, Unerhoßes Wedersehen, e n : J.P. Hebels sämmtliche Werke, op. eit., voL 3, pp. 188 s.
11 J .P . H eb el, Betrachtungen über verschiedene Thiere: 5*DieEidexen, en: J.P. Hebels sämmtliche Vferke,
op> c l t , vol. 8 , p. 105 - [Para la debida apreciación del estilo y carácter de ese texto
—que en absoluto afecta a la debida co m p ren sión d el presen te a rtícu lo—» se m an tie
n e en id io m a o rig in a l, ( n . d el T , ) ]
13 J -P . H e b el, Píe Probe, e n : J.P, Hebels sämmtliche Werke, op. d t , v o l. 3, p . 316.
JO H AN N P ETER H E B E L <2, 285
I P u b licado e n septiem bre de 1926 d en tro de la revista Die literarische V<-r estaba dirigid a
p o r el escritor W illy Haas, u n o de los p o co s am igos de K afka.
286 ENSAYOS ESTÉTICO S Y LITERARIOS
la astucia y el tr a b a jo . E n e l d e b e , el d ía d e l j u i c i o , u n o q u e n o se
c u e n ta p o r m in u to s y q u e n o da g lo r ia n i c o n d e n a , s in o ese secreto
so sie g o in t e r io r q u e , c o m o e n e l esp a cio lo c o n c e d e el b o g a r , e n el
paso d el tie m p o lo co n c e d e el lu gar, ese q u e se o cu p a e n la g e n e ra ció n ,
el c o b ijo h istó ric o c o rre c to q u e se c o n c e d e a lo s más p riva d o s. D e este
m o d o , H e b e l tie n e a la d erech a y a la izq u ie rd a el m ism o b alan ce; y es
q u e su m o r a l n o se rm o n e a , sin o q u e n o s im p o n e u n p u n to y ap arte.
U n a vez q u e se h a lle g a d o a h í, ya se p u e d e a p agar la lu z y d o r m ir el
sueñ o de los ju sto s. N in g ú n a u to r h a p o d id o p r e sc in d ir hasta tal p u n to
de la « a tm ó sfe ra » e n sus h istorias breves. E n efecto, el p resen te de sus
p erso n ajes n o so n lo s añ os 1 7 6 0 - 1 8 2 6 ; el tie m p o e n q u e ellos viven n o
se n u m e ra e n añ os. Igu al q u e la te o lo g ía (H e b e l e ra te ó lo g o e in c lu so
fu e m ie m b ro de u n a c o m is ió n eclesiástica) siem p re p ie n sa la h isto ria
en g e n e ra cio n e s, H e b e l ve e n las a ccion es y o m isio n e s d e sus p e rs o n a
je s a la g e n e r a c ió n q u e se tran sp o rta en todas las crisis, esas q u e estalla
r o n co m o r e v o lu c ió n en F ran cia en el 17 8 9 . E n sus b rib o n e s y granujas
viven V o lta ire , C o n d o r c e t y D id e ro t, m ien tra s q u e la desd eñosa in te li
gen cia de sus ju d ío s n o tien e m ás d el T a lm u d que d el esp íritu de M oses
H ess, p r e c u r s o r alg o p o s te r io r d el so c ia lis m o [2!. P o r lo d em ás, el e le
m e n to c o n s p ir a d o r n o e ra a je n o a H e b e l. N a tu r a lm e n te , la secreta
alianza de este h o m b re (cuya vid a sim p le, p e ro sin fo rm a , n o se p u e d e
c o n o c e r a fo n d o ) n o e ra p o lític a . M ás b ie n , su c a r á c te r p r o te ic o , a
saber, su « b e lc h is m o » [sI, esa m ística d e la n atu raleza cuyo altar era el
B e lc h e n y cu yo sa ce rd o te era él e n p e r s o n a , e l « fa ls o rey P e d ro I d e
A s s m a n n sh a u se n » , n o s r e c u e rd a a lo s ju e g o s p r e r r e v o lu c io n a r io s de
lo s rosacruces. P o r lo dem ás, el h ech o de q u e H e b e l sólo fu e ra capaz de
d ecir, y ta m b ié n d e pensar, lo im p o rta n te, lo gra n d e, de m a n era siem
p re m etafó rica, sien d o el p u n to fu e rte d e sus h isto rias, es e n su vid a el
p u n to d é b il, la en tera falta de p la n ific a c ió n . P u es hasta los textos para
el a lm a n a q u e d e l Rheinlandischer Hausfreund s u r g ie r o n p o r u n a c o a c c ió n
e x te rio r q u e m o lestó m u c h o a H e b e l. M as e sto , e n c u a lq u ie r caso, n o
im p e d ía q u e s ie m p re tu v ie ra el s e n tid o c o r r e c to d e lo q u e s o n lo
g ra n d e y lo p e q u e ñ o ; y, a u n q u e n u n c a c o n sig u ió exp resarlos m ás q u e
e n re d a d o s e n su p r o fu n d id a d , su re a lis m o fu e sie m p re lo b a stan te
fu e r te c o m o p ara evitar ese p e lig ro s o m isticism o d e lo m ás p e q u e ñ o y
2 E l escrito r alem án M oses Hess, co lab o rad o r de M arx e n la Jftemisc/ie ¿feitung, así com o
p recu rso r d el sion ism o, vivió én tre l8 l2 y
3 Belchen es e l n o m b re alem ánico de u n a m ontañ a de la Selva N egra.
JO H ANN P ETER H EB EL 3 287
A lo s a m a n te s d e la s « b u e n a s c o s a s »
p o d e m o s m o d e s t a m e n t e a s e g u ra r le s
q u e , s e ria m e n te , h a y a q u í algo así.
Gottfried K elkr
sobre los poemas de Leuthold
I* Gottfried Kellers sämtliche Werke. A u f Grund des Nachlasses herausgegeben von Jonas Frankel Von der
Verwaltung des Gottfried Kellerschen Nachlasses autorisierte Ausgabe, E u gen Rentsch Verlag;
E rle n b a c h -Z ú ric h / M ú n ic h , [N .de B,] [B en ja m in p u b lic ó e l texto de este artícu lo en
agosto de 1937 » d en tro de la revista Die literarische pocas sem anas después de
redactarlo. El escritor suizo G o ttfr ie d K e lle r vivió en tre 1819 y 18 9 0 . Sus novelas, la
más fam osa de las cuales es la volu m in osa Enrique el Verde, d escrib en co n h u m o r y
m elan colía el curso de la vida cotid ian a. Pero la ú ltim a de ellas, que es Martin Salander,
aban don a ya e l ton o am able y elabora u n a crítica de la sociedad in d ustrial.]
2 G o ttfr ie d K e lle r , Gedichte von Heinrich Levthold, e m Gottfried Kellers sämtliche Werke, op. eit,
v o l. 2 2 , p . 3 10 ,
3 G . K e lle r , Martin Salonder, en: Gottfried Kellers sämtliche Werke, op. c it, vol. 13.
4 A d a lb e rt S tifte r vivió en tre 180 5 y 1868, y escrib ió novelas y relatos que e xp on en el
triu n fo de la arm o n ía en tre el in d ivid u o, la naturaleza y la sociedad, [n . d el T.]
G O TTFR IED KELLER 289
11 B e r t h o ld A u e r b a c h , 1 8 1 2 - 1 8 8 2 , y P a u l H e y s e , 1 8 3 0 - 1 9 1 4 . [ n . d e l T .]
12 G . K e l l e r , Romeo undJulia a u f dem Doife, e n : Gottfried Keilers sämtliche Werke, op. cif., v o l. 7,
PP- 8 3 -18 7 .
13 G . K e l le r , Jeremías Gotíhelf, e n : Gottfried Kellers sämtliche Werke, op. dt., v o l. 2 2 , p p . 4 3 - 1 1 7 .
G o t t h e l f , q u e v iv ió e n t r e lo s a ñ o s 1797 Y 3 ,y,54
■e ra u n p a s to r p r o t e s ta n t e s u iz o q u e
e s c r ib ió rela to s y n o ve las e n lo s q u e c r itic ó a la s o c ie d a d d e su tie m p o d esd e u n p u n t o
d e vista co n s e rv a d o r.
14 Ibid., p . 4.4.
15 Ibid., p . 8 8 ,
iG Ibid. , p . 78-
292 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
q u e p u e d a » . E l a teísm o h e d o n is ta , q u e es el p r o p io de K e lle r , n o le
p e rm ite a d o rn a r la n atu raleza c o lo c a n d o co ro n a s d e la fe cristian a, tal
c o m o h izo G o tth e lf. « L a n atu raleza m ás h erm o sa p ara él es ta m b ié n la
q u e le da m ás fr u to y le m o le sta e n m e n o r m e d i d a » ; esto d ijo H e h n
so b re e l r o m a n o de la A n tig ü e d a d , y lo m ism o p u e d e d e c irs e de
K e l l e r 1’ 31, In te r p r e ta r la n a tu ra le za y p r o n u n c ia r h e rm o so s d iscu rso s
n o era lo suyo. E l paisaje en tra sólo m ed ia n te la a cc ió n e n la eco n o m ía
d e la e x iste n c ia h u m a n a , cosa q u e le da u n to q u e alg o a n tig u o a los
a c o n te c im ie n to s . A m e n u d o , lo s p in to r e s y p o eta s d e lo s p r im e r o s
tiem p o s d el R e n a cim ien to creía n q u e se h allab an e x p o n ie n d o , d irecta
m en te, la A n tig ü e d a d , p e ro en realid ad tan sólo estaban caracterizan d o
su é p o c a . D e K e lle r p u e d e d e c irse casi ju s ta m e n te lo c o n t r a r io . E l
creía q u e estaba e x p o n ie n d o su tie m p o , c u a n d o exp u so e n él la A n t i
g ü ed ad . P ero c o n las ex p erie n cia s de la h u m a n id a d (y la A n tig ü e d a d ,
sin d uda, es u n a d e ellas) su ced e lo m ism o q u e c o n las ex p erien cias d el
in d iv id u o . S u ley fo r m a l es u n a ley de e n c o g im ie n to ; su la c o n ism o n o
es el de la sagacid ad , sin o el d e la se q u e d a d d e l fr u to v ie jo , d e l v ie jo
r o s tr o h u m a n o . L a c ab eza ó r fic a q u e p r o fe tiz a se h a r e d u c id o a la
cab eza h u e c a d e u n a m u ñ e c a d e n tr o de la c u a l su e n a el z u m b id o de
u n a m o sc a a trap ad a, tal c o m o le e m o s e n u n r e la to d e K e l l e r 6,41. Sus
escritos están lle n o s p o r c ie rto d e A n tig ü e d a d au tén tica, arru gad a. S u
T ie r r a se h a r e d u cid o a u n a « S u iz a h o m é r ic a » , q u e es ju s to ese paisaje
d e l q u e to m a sus m e tá fo ra s K e lle r . « E lla se d io c u e n ta d e q u e , dé
m o m e n to , carecía de iglesia, y en ton ces, e n su m en te d e m u je r, d eb id o
a la fu e rz a de la c o s tu m b re , se s in tió c o m o u n a a b e ja ex tra viad a q u e
u n a fría n o c h e d e l o to ñ o sobrevuela inacab ables olas sob re el m a r » 1“’ 1.
E n la n ostalgia de K e lle r p o r Su iza resu en a el a n h elo de la lejan ía te m
p o ra l. Y es q u e, e n e fe cto , d u ra n te m e d ia vid a , S u iza fu e p a ra él u n a
im ag en lejan a, co m o lo era Itaca p ara U lises. L u e g o , al vo lver K e lle r a
su patria, lo s A lp e s (q u e n u n c a visitó) sig u ie ro n sien d o siem p re para él
u n as im á g en es h erm o sa s y lejan a s. L a o b r a p r e fe r id a p a ra K e l l e r fu é
to d a su vid a la Odisea, y, c o m o p in to r a fic io n a d o , sie m p re se le cu ela
en tre las lín e a s lo q u e es u n a p aráfrasis fan tástica d e l h e rm o so paisaje
de su tierra.
30 C o n v e r s a c ió n d e G o e th e c o n E d k e rm a n n d e l 6 d e m ayo d e 1 8 2 7 : « c u a n to m ás in c o n -
m e n s u r a b le , c u a n to m ás in c o m p r e n s ib le sea p a r a e l e n te n d im ie n to u n a p r o d u c c ió n
p o é tic a , ta n to m e jo r s e r á » ,
31 Die Serapionsbrüder es u n c ic lo d e r e la to s d e E . T . A . H o f f m a n n ( 1 8 1 9 - 1 8 2 1 ) ; Godiures'
u n a n o v e la d e G le m e n s B r e n ta n o (1 8 0 1 ), [n . d e l T .]
G O TTFR IED KELLER 297
d e r e c h a y la iz q u ie r d a están in te r c a m b ia d a s . M ie n tra s q u e e n é l lo
a ctiv o y re le v a n te m a n tie n e su o r d e n a p a re n te m e n te s in c a m b io s, lo
m a scu lin o se co n v ierte e n fe m e n in o y viceversa de m a n era im p e rc e p ti
b le . Y a e n v id a de K e l l e r h u b o a lg u n o s le c to r e s p a r a lo s q u e , e n lo s
re fle jo s d e su p á lid o h u m o r , se d elatab a u n m u n d o de a p a rien cia qu e
se h a cía in q u ie ta n te . A s í, S to r m le escrib e so b re el fin a l d e La baronesa
pobrel3xl: « ¡D ia b lo s , m a estro G o t tfr ie d ! ¿ C ó m o es q u e u n p o e ta tan
d e lic a d o y sen sib le n o s p in ta co m o agrad able esta ru d e za (¡sí, n o abra
la b o c a !): q u e u n h o m b r e m u e stre a su a m ad a c ó m o están su e x
m a rid o y sus h e rm a n o s e n grotesca y abierta d ecad en cia p ara au m en tar
c o n e llo sus ganas de f i e s t a ? » ,33i. H a y ta m b ié n algo tr é m u lo e n la lu z
q u e e n El gobernador de Greifenseelu l se d e r ra m a d e fo r m a c o n c ilia d o r a
sob re la fe lic id a d n o co n segu id a; c o m o hay a su vez algo d em e n te e n la
risa d el v ie jo . L e estuvo reservad o al p o e ta K e lle r filtra r esa lu z tu rb ia e
in estable e n u n o s p o c o s (p e ro m a gn ífico s) poem as:
L a n g s a m u n d s c h im m e r n d fie l e in R e g e n ,
I n d e n d ie A b e n d s o n n e sc h ie n ;
D e r W a n d r e r s c h ritt a u f s c h m a le n W e g e n
M it d ü s tr e r S e e le d r u n t e r h i n 35 .
D o c h d ie lie b lic h s te d e r D ic h t e r s ü n d e n
L a ß t n ic h t b ü ß e n m ic h , d e r sie g e p fle g t:
S ü ß e F r a u e n b ild e r z u e r fin d e n ,
W ie d ie b ittr e E r d e sie n ic h t h e g t ! 1371
33 G . K e l le r , Die arme Baronin, e n : Gottfried Keilers sämtliche Werke, op. dt., v o l. II, p p . 1 9 1 - 1 9 6 ,
33 C a r ta d e l e s c r ito r a le m á n T h e o d o r S t o r m ( 1 8 1 7 - 1 8 8 8) d ir ig id a a K e l l e r e n fe b r e r o
d e 1 8 7 8 ; c ita d a e n : J . B a e c h to ld , op. cit., p . 2 8 9 .
34 G . K e l le r , Der Landucgt mm Greifensee, e n : Gottfried Kellers sämtliche Werke, op. eit., v o l. 9 , p p .
158 - 3 9 0 .
35 L e n ta y lu m in o s a m e n te ca la la llu via , / a través d e la c u a l y a r e lu c ía e l S o l d e l p o n ie n te ;
/ e l c a m in a n t e a v a n z a b a p o r a n g o s to s c a m in o s / y c o n é l s u a lm a e n t r is t e c id a >>. G .
K e lle r , Abendregen, v ersos 1 -4 , en: Gottfried Kellers sämtliche Werke, op. dt., v o l. I , p . 34.
36 E l Diván de Orientej Occidente d e G o e th e . ÍN. d e l T ,]
37 « P e r o el m ás b e llo d e lo s p eca d o s d e l p o e ta / n o lo v o y a e x p ia r, yö q u e lo h e cu ltiv ad o :
/ in v e n ta r d u lc e s im á g e n e s d e m u je r / q u e Ja am a rg a T i e r r a n o c o n o c e » . G . K e l le r ,
Tod und Dichter, v ersos iG - r g , a n : Gottfried Kr.Ilp.rs 'Mmllkhz H'éí'ÍCü, op, cit.,v ol. 2 , p* 1 4 1 .
398 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
S c h ö n ste R o s ’ , o b j e d e m ir v e r b lic h , ^
D u fte s t n o c h a n m e in e m ö d e n S tra n d !
U n d w ie d ie m ü d e D a n a id e w o h l,
D a s S ie b ge se n k t, n e u g ie r ig u m sic h b lic k e t,
S o sc h a u ic h e u c h v e r w u n d e rt n a c h ,
B e s o rg t, w ie ih r e u c h fu g t u n d sch ick et! **
L a ß t fa h r e n M y th o s, N ib e lu n g e n , B ib e l!
D i e a lte n T r ä u m e s in d g e n u g g e d e u te t,
D e r alte D r a c h e ist g e n u g g e h ä u te r .. .
M a lt n u n d e r F r e ih e it e in e B ild e r fib e l!
Los volúmenes de la edición publicados hasta ahora f*9Í son igualmente nota
bles p o r su organ izació n y su presen tación . El aparato crítico in d ica las
divergencias de las prim eras versiones respecto de la últim a m ediante una
clasificación basada en criterios estilísticos. Es d ifícil d ecir si este p ro ced i
m ien to, m uy atrevido desde el p u n to de vista filo ló g ic o , p o d rá llegar a
im pon erse en las costum bres científicas. Sí es seguro en cam bio que el
apéndice es uno de los pocos cuyo estudio es u n placer. A h í dom ina la lim i
tación a lo estrictamente necesario que cuadra muy b ien con el rostro serio
de la edición, a la que es ajena toda concesión al esnobismo y todo coqueteo
con el p ú b lico , ¿C u án tas ediciones com pletas alem anas hay de las que se
pueda decir esto? E l problem a de la tipografía, que es especialm ente grave
en K e lle r , me parece resuelto. Y en lo que hace a la en cu ad ern ación , da
también, po r su parte, testim onio del m ismo sobrio gusto que la im presión.
4? Carta de Keller a Lydia Welti-Escher de mayo de 1888: citada en: J, Baechtold, op. di.,
vol. 3, p. 318.
48 « ¡O lvid ao s de los m itos, de los nib elu ngos, de 3a Biblia! / D e sobra in terpretam os ya
los viejos sueños, / y el viejo dragó n ya está m uy despellejado ... / ¡Pintadle ahora u n
lib ro de ilustraciones a la libertadí>>. G . K e lle r, M a le r -S o n e tte . V : A n die deutschen K ü nstler,
v e r s o s 1-3 y en; G ottfried Kellers säm tliche Vierte, op . dt., vo l. 13, p . I 4'I*
4-9 Los volú m en es 3 -8 y 1 6 -1 9 . La e d ició n , de veintidós volúm enes, se acabó de pu b licar
e n 19 4 9 .
E t SURREALISMO
La ú l t im a in s t a n t á n e a d e l a in t e l ig e n c ia e u r o p e a 1
w
L as c o r r ie n te s e s p iritu a le s p u e d e n a lc a n z a r u n d e sn iv e l s u f ic ie n t e
m e n te a gu d o co m o p ara que el c rític o p u e d a e r ig ir e n ellas su cen tra l
d e e n e rg ía . U n d esn iv e l q u e crea, e n el caso d e l su rre a lism o , la d ife
re n c ia en tre F ra n cia y A le m a n ia . L o q u e e n 1919 su rgió e n F ran cia e n
el c ír c u lo d e u n o s c u a n to s lite r a to s (d ig a m o s e n seg u id a lo s m ás
im p o rta n te s de lo s n o m b re s : A n d r é B r e tó n , L o u is A r a g ó n , P liilip p e
S o u p a u lt, R o b e r t D e s n o s y P a u l E lu a r d ) p u e d e q u e fu e r a u n sim p le
r ia c h u e lo , a lim e n ta d o p o r el h ú m e d o a b u r r im ie n to d e la E u r o p a d e
p o s tg u e r r a y lo s r e g u e ro s ú ltim o s de la d e c a d e n c ia fra n c e s a . L o s
sa b io n d o s q u e h o y sig u en sin p o d e r ir m ás allá de lo s « a u té n tic o s o r í
gen es» d e l m o v im ie n to , y s ó lo n o s sa b e n d e c ir al re sp e cto q u e a q u í,
u n a vez m ás, u n p e q u e ñ o g r u p ito d e lite ra to s m istific ó a la resp etable
o p in ió n p ú b lica , so n algo así c o m o u n a asam blea de ex p erto s q u e, tras
estud iar a fo n d o cierta fu e n te , llega a la c o n c lu sió n d e q u e d ich o a r r o -
y u e lo n u n c a p o d rá im p u lsa r u n a tu r b in a .
E l o b servad or alem án n o se e n cu en tra e n la fu en te , y ésa es su v e n
taja. E l ob servad or a lem án se e n cu en tra en el valle. P o r lo ta n to , p u e d e
c a lc u la r las e n e rg ía s d e l m o v im ie n to . P ara é l, fa m ilia r iz a d o tie m p o
atrás c o n la crisis d e la in t e lig e n c ia o , m e jo r d ic h o , d e l c o n c e p to
h u m an ista d e lib e rta d ; q u e sabe q u e u n a v o lu n ta d d e carácter fre n é tic o
ha d esp ertad o al fin en la in te lig e n c ia p a ra salir d e u n estadio de e te r
nas d iscu sion es y to m a r d e c is ió n a to d a costa; y q u e c o n o c e b ie n , p e r
so n a lm en te, la p o s ic ió n extrem ad am en te arriesgada q u e sostien e h o y la
in te lig e n c ia , e n tr e la h o r d a a n a rq u ista y la d is c ip lin a r e v o lu c io n a r ia ;
para él n o hay disculp a si, tras u n exam en su p erficia l, d ice q u e el m o v i
m ie n to es « a r tís tic o » , « p o é tic o » . S i lo fu e e n su p r in c ip io , ya d eclaró
B r e tó n p re c isa m e n te e n to n c e s q u e es p r e c is o r o m p e r c o n u n a p ra xis
q u e le p r e se n ta al p ú b lic o las e x p re s io n e s lite r a r ia s de u n a fo r m a
d e te rm in a d a de ex isten cia, m ie n tra s le n ie g a esa fo r m a de ex iste n cia.
D ic h o m ás b re v e y d ia lé c tic a m e n te : e l á m b ito d e la p o e s ía re s u ltó
reventad o desde d e n tro cu an d o u n c írc u lo de p erso n as estrech am en te
rela cio n a d a s e n tre sí c o m e n z ó a p ra c tic a r la « V id a P o é tic a » hasta los
lím ite s e x tre m o s de lo p o s ib le . Y se les p u e d e c r e e r lite r a lm e n te
2 E n rea lid ad , n o se trata d el lib ro titu lad o U ne saison en e n fir , sin o d el poem a e n prosa
d en o m in ad o JWbare, d el lib ro de Les illum inations ¡ y n o se trata de un a n ota al m argen,
sino d el p ro p io texto d el poem a: « L e p a v illo n en viande saignante su r la so ie des m ers e t d esfleu rs
Qrçfiquts; (elles n'existentpas)>> (Rim baud* O eu v res, e d . de Suzanne B e rn ard , Paris, 19 6 0 ,
p. 292).
3 A n d ré B re to n , M anifestes du Surréalism e, Paris, G allim ard, I 9 7 5 >P- 2 4 - [S ain t-P o l R oux
era u n poeta sim bolista que vivió en tre 18 6 1 y I 9 4 0 • (N . d el T .)]
4 A n d ré B re to n , Poinf d u jo u r . N o u v elle édition revue e t corrigée t Paris, G allim ard, 19^0, p . 2 3 -
EL SURREALISMO 303
9 Ibid., p p . m - 1 1 3 .
10 E rich A u erb ach , Dante aisDichter der ¡rdischen B e rlín / L eip zig , 19 2 9 , p . 7 ^-
3°6 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
14 A: Breton, N adja¡ cp. cit., p. 183- El texto dice más exactamente: « Q u e lagrande inconscience
vive et sonore qui m'inspire m&ssûuk actesprobants dispose à toutjamais de tout ce qui est moi^.
15 /¿ici.f p. 4*4 -
3 °8 ENSAYOS ES TÉTICO S Y LITERARIOS
16 A . B re tó n , Pointdujour.
I'7 G , A p o llin a ire , L'esprit nouveau et lespoetes, en: Mercure de France, n ° 491» voL C X X X , I de
d iciem b re de 1918, p . 387-
E L SURREALISMO 309
D e sd e lo s escrito s d e B afcu n in , n o h a h a b id o e n E u r o p a u n c o n
cepto rad ical d e lib e rta d . L o s surrealistas sí lo tie n e n . E llo s so n los p r i
m e r o s e n h a b e r d e sp a c h a d o el a n tic u a d o id e a l lib e r a l h u m a n is ta -
m o r a l de lib e r ta d , p o r q u e sa b e n q u e « la lib e r ta d , q u e h a sid o
a d q u irid a en esta T ie r r a al p re c io de tan d u ro s sacrificio s, se h a d e d is
fr u ta r sin r e s tr ic c io n e s d u ra n te to d o el tie m p o e n q u e esté d ad a, sin
h a c e r c o n c e s ió n al p ra g m a tism o e n n in g u n a d e sus e n c a r n a c io n e s » .
E sto, al m ism o tie m p o , les d em u estra « q u e la e m a n c ip a c ió n h u m a n a ,
co n c e b id a e n d e fin itiv a e n su fo r m a r e v o lu c io n a ria m ás sen cilla —tin a
q u e ta n só lo p u e d e ser la e m a n c ip a c ió n h u m a n a p racticad a desde la tota
lidad de los puntos de vista—, es la ú n ic a causa a cu yo servicio siem p re vale la
p e n a s it u a r s e » [a9!. P e r o , ¿ c o n s ig u e n lo s su rre a lista s c o m b in a r esta
e x p e rie n c ia de la lib e r ta d c o n la o tr a e x p e rie n c ia r e v o lu c io n a r ia q u e
h em o s d e r e c o n o c e r p o r q u e la te n ía m o s: lo co n stru ctiv o y d icta to ria l
de la re v o lu c ió n ? O , e n p ocas palabras; ¿ co n sig u e n co n ectar lo s s u rre
alistas la r e v o lu c ió n c o n la re v u e lta ? ¿ C ó m o im a g in a r u n a ex iste n cia
q u e se establezca e n el b u le v a r de B o n n e N o u v e lle , e n e d ific io s de L e
G o rb u s ie r y P ie te r O u d ? iio1
G a n a r las fuerzas d e la em b ria gu ez para el servicio a la r e v o lu c ió n :
e n to r n o a esto g ir a el s u r re a lis m o ta n to e n sus lib r o s c o m o e n sus
em presas. T al es lo m ás p r o p io de su em p e ñ o . P ara lleva rlo a cab o, n o
basta, s in e m b a rg o , c o m o sa b e m o s, c o n q u e u n c o m p o n e n te d e
e m b ria g u e z esté viv o « n to d o acto r e v o lu c io n a r io . U n c o m p o n e n te
id é n tic o al c o m p o n e n te a n á rq u ico , sin d u d a. E n fa tiza r só lo ese c o m
p o n e n te eq u ivald ría, al tie m p o , a r e n u n c ia r a la p re p a ra c ió n d isc ip li
n ad a de la r e v o lu c ió n e n b e n e fic io de u n a m era praxis o scila n te en tre
e je r c ic io y festejo a n tic ip a d o . P ero a esto ad em ás h ay q u e a ñ a d ir u n a
id e a im p r e c is a de e m b ria g u e z , p o r e n te r o c a r e n te d e d ia lé c tic a . L a
estética d e l p in to r o d el p o e ta « e n état d e s u r p r is e » , la estética d el arte
co m o r e a cc ió n d el so r p r e n d id o es sin d u d a tod avía p r is io n e r a de p r e
ju ic io s ro m á n tic o s fu n esto s. T o d a rig u ro sa in v estig a ció n de lo s ta le n
tos y fe n ó m e n o s o c u lto s , su rre a lista s y fa n ta s m a g ó r ic o s , d e b e te n e r
co m o p resu p u esto u n p a rticu la r e n tre c ru za m ie n to d ia lé ctico q u e u n a
cabeza de te n d e n c ia r o m á n tic a ja m á s y e n n in g ú n caso p o d r ía a p r o
p iarse. S u b ra ya n d o , patética o fan áticam en te, el aspecto en igm á tico de
31 I.G. Farbenmdustrie e r a e í n o m b r e d e l a e m p r e s a q u í m i c a q u e s u r g ió e n 1 9 3 5 d e I a f u s i ó n
d e Bayer, B a sf y H oechst. [n . d e l T . ]
316 ENSAYOS ES TÉTICO S Y LITERARIOS
lo q u e se su e le d e n o m in a r « r e c u e r d o » ? ¿ Y esta o b ra c o m p u e sta de
r e c u e r d o e s p o n tá n e o , e n la q u e el r e c u e r d o e q u iv a le a la tra m a y el
o lv id o a la u r d im b r e , n o es lo c o n t r a r io d e l tr a b a jo d e P e n é lo p e
m u c h o antes q u e su p ro s e c u c ió n ? P u es a q u í el día d eshace lo q u e te jió
la n o c h e . A s í, al d esp erta r cada m a ñ a n a , ta n sólo co n serv a m o s, co m o
d e b ilita d o s y d isu e lto s, u n o s escasos fle c o s d e l ta p iz de lo q u e h e m o s
viv id o , y q u e el o lv id o h a id o te jie n d o en n o so tro s. P ero cada día des
h a ce c o n sus actos in s tru m e n ta le s , m ás a ú n , c o n su r e c u e rd o in s tr u
m en tal, lo q u e es el te jid o , los orn a m en to s m ism os d e l o lv id o . P o r eso,
al fin a l, P ro u st c o n v ertiría sus días e n n o ch es, p ara p o d e r d ed icarse e n
su h a b ita ció n oscu ra y c o n lu z a rtific ia l p le n a m en te a su o b ra , y q u e n o
se le escapara n in g u n o de sus in trin ca d o s arabescos.
L o s ro m a n o s veían e n el texto u n te jid o , y p o co s textos lo so n , sin
d u d a a lg u n a , c o n m a y o r d e n sid a d q u e este te x to d e P r o u s t. P o rq u e
n ad a e ra p ara él s u fic ie n te m e n te d e n so y d u ra d e r o . S u e d ito r, G a lli-
m ard , n os h a con tad o q u e las costu m b res d e P rou st cu an d o corregía las
p ru eb as de im p ren ta desesperaban a to d o s lo s tip ó g r a fo s M. Las gal era -
das tr a ía n m u c h a s a n o ta c io n e s , p e r o P ro u s t n o h a b ía c o r r e g id o n i
siq u ie ra u n o solo de lo s erro re s de im p ren ta ; to d o el espacio d is p o n i
b le se e n c o n tr a b a lle n o c o n u n te x to n u e v o . A s í, la ley d e l r e c u e r d o
a ú n se ejec u ta b a e n la e x te n sió n de la o b ra . P u es u n a c o n te c im ie n to
vivido es fin ito , o se en cu en tra al m en os in c lu id o d en tro de la esfera de
la viv en cia , p e r o u n a c o n te c im ie n to r e c o rd a d o es, e n sí m ism o , algo
ilim ita d o , p o rq u e es u n a clave de to d o lo su ced id o antes y d esp u és de
é l. Y , e n o tr o s e n tid o , e l r e c u e r d o es lo q u e estab lece c o n el m a y o r
r ig o r c ó m o te je r . L a u n id a d d e l te x to lo es s ó lo e l acíus purus d e l
recu erd o , n u n ca la p e rso n a d el au tor, y a u n m en os la a cció n . Se p u ed e
p u e s d e c ir q u e las in te r m ite n c ia s de la a c c ió n só lo s o n el reve rso d el
co n tin u o q u e fo rm a el rec u e rd o , só lo so n el d ib u jo p o ste r io r d e l tapiz.
A s í lo q u iso P ro u st y así lo d io a e n te n d e r cu an d o n o s d i jo 13' q u e p r e
fe r ir ía q u e to d a su o b r a fu e r a p u b lic a d a a d o s c o lu m n a s, e n u n so lo
v o lu m e n y en u n so lo p á rra fo .
¿ Q u é b u sca b a P ro u s t ta n fr e n é tic a m e n te ? ¿ A q u é se d e b ía esté
esfu erzo in fin ito ? ¿ P o d ría m o s d e c ir q u e la to talid a d de las vidas, ju n t o
a la de las ob ras y los actos q u e c u en ta n , n u n c a h a sid o o tra cosa q u e el
II
L o m ás im p o r ta n te q u e u n o tie n e q u e d e c ir n o sie m p re lo p r o c la m a
en alta vo z. Y ta m p o co , e n sile n cio , lo c o n fía a la p e rso n a más cercana,
la q u e está más dispuesta a d ar o íd o s a su c o n fe sió n . P ero , si n o sólo las
p e rso n a s, sin o ta m b ié n las ép o cas, tie n e n esa fo r m a ta n m o d e s ta (es
d ecir, tan frív o la y astuta) de c o m u n ic a r a to d o el m u n d o lo q u e v ie n e
a ser lo p r o p io de ellas, e n el caso d e l siglo XIX n o fu e r o n Z o la n i A n a -
to le F ran ce, sin o p recisa m en te el jo v e n P ro u st, el lig e r o esn o b ir r e le
van te y el fr e c u e n ta d o r d e lo s salon es, a q u e l q u e su p o atrapar al v u e lo
las m ás ex tra o rd in arias y las m ás so rp re n d e n te s c o n fid e n c ia s d el cu rso
e n v e je c id o de a q u e l tie m p o (c u a l si se tra ta ra de o tr o S w an n , ig u a l
m en te cansado de v iv ir). Pues fu e P rou st el q u e h iz o al siglo XIX te rre n o
apto p ara las m e m o ria s. A q u e llo q u e antes de él era esp acio de tie m p o
sin te n sió n se c o n v irtió e n u n cam p o de fuerzas e n el q u e las co rrien tes
m ás diversas d esp iertan para lo s autores p o sterio res. Y ta m p o co resulta
casual q u e la o b ra m ás in teresa n te de este tip o p r o c e d a d e u n a a u to ra
q u e estu vo m u y c e rca p e r s o n a lm e n te d e P ro u s t, c o m o a d m ir a d o ra y
co m o am iga. A sí, el p r o p io títu lo b ajo el q u e la p rin cesa d e C le r m o n t-
T o n n e r r e p r e se n ta e l p r im e r v o lu m e n de sus m e m o r ia s , Au temps des
équipagesm , n o sería p o s ib le a n tes d e P ro u s t. P o r lo d em á s, este lib r o
v ie n e a se r el eco q u e r e s p o n d e c o n e x tr a o r d in a r ia su avid ad a la lla
m ada cariñ o sa y d esafian te d e l p o e ta d esd e el faubourg S a in t- G e r m a in .
L o m e lo d io so de esta e x p o sició n aparece rep leta d e rela c io n es d irectas
o in d ire c ta s c o n P ro u st, e n su a c titu d y ta m b ié n e n sus figu ra s, en tre
las cuales se h a lla n tan to él m ism o co m o a lgu n o s de sus o b jeto s p r e fe
rid o s d e e stu d io e n e l R itz . A s í, n o s e n c o n tra m o s , c o m o es sin d u d a
in d iscu tib le , d e n tro d e u n e n to r n o m u y fe u d a l q u e d ete rm in ad o s p e r
sonajes, co m o el fa m o so R o b e r t de M o n te s q u io u , —q u e la p rin cesa de
E n sus a ñ o s d e v id a e n lo s sa lo n e s, P ro u s t e la b o r ó e n u n g ra d o
e m in e n te (casi se p o d r ía d e c ir q u e te o ló g ic o ) n o s ó lo e l v ic io d e la
a d u la c ió n , sin o ta m b ié n el de la c u r io s id a d . E n sus la b io s vem o s u n
re fle jo de esa son risa q u e e n el in tra d ó s d e algunas antiguas catedrales
q u e él ta n to am ab a p a re c e d esliza rse p o r lo s la b io s d e las v írg e n e s
n ecias. Es la son risa d e la cu rio sid a d . ¿F u e en el fo n d o la cu rio sid a d lo
q u e h iz o de P ro u st u n ta n g ra n p a ro d ista ? S i fu ese así, sabríam o s q u é
p e n s a r re sp e cto de la p a la b r a « p a r o d is ta » d ic h a e n este c o n te x to ,
d o n d e sig n ifica : n ad a b u e n o . P u es a u n q u e esta p a lab ra sin d u d a haga
ju s tic ia a la m a licia de P rou st, pasa ta m b ié n p o r alto lo a m argo, lo sal
vaje y lo fu r io s o d e a q u e llo s g r a n d io s o s re p o rta je s q u e r e d a c tó e n e l
estilo d e B alzac, F la u b e r t y S a in tc -B e u v e , d e H e n r i d e R é g n ie r , y de
lo s G o n c o u r t , M ic h e le t y R e n á n y d e su p r e fe r id o S a in t- S im ó n , q u e
reco p ila e n el v o lu m e n titu la d o Pastiches etMélangesíl!K A llí, el m im etism o
d e l c u rio s o es e l tr u c o d e g e n io q u e c o n fig u r a estos r e p o rta je s, p e r o
éste es ta m b ié n u n ele m e n to p r o p io d e su e n te ra cre a ció n , e n la q u e la
p a s ió n p o r lo vegetal n u n c a será to m a d a c o n la s u fic ie n te se rie d a d .
O rte g a y G asset fu e el p r im e r o en lla m a r la a te n ció n sob re esa existen
cia vegetativa q u e resulta ser p r o p ia d e lo s p e rso n a jes de P rou st, q u e se
e n c u e n tra n lig a d o s a su lu g a r so c ia l, d e p e n d e n :d e l fa v o r de su s e ñ o r
feu d a l, lo s m ueve el v ie n to q u e so p la desde G u erm a n te s o desde M é sé-
glise , y están fir m e m e n te e n tre la z a d o s e n lo q u e es su d e s t in o 1” 1. D e
este p r e c is o c ír c u lo v ita l p r o v ie n e , c o m o p r o c e d im ie n to , el m im e
tism o . S u cien cia m ás exacta y evid en te v ie n e a asentarse en sus o b jeto s
c o m o los in sectos e n las h ojas, e n las flo res y e n las ram as de los á rb o
les, las cu ales n o d ela ta n su p re se n c ia h asta q u e u n salto o u n a letazo
re p e n tin o m uestra al asustado o b servad or q u e u n a vid a in d ivid u a l se h a
in filtr a d o así e n u n m u n d o e x tra ñ o . « L a m e tá fo ra m ás in e s p e ra d a » ,
co m o d ice P ie rre Q u in t, « se c o n fo rm a pegad a al p e n s a m ie n to » .
Y es q u e al v e rd a d ero le c to r de P ro u st v ie n e n a estrem ecerlo c o
tin u a m e n te esos p e q u e ñ o s su stos. P o r lo d em á s, e n la m e ta fó r ic a se
e n c u e n tra la p la s m a c ió n d e l m ism o m im e tis m o q u e le s o r p r e n d ió
co m o lu ch a p o r la vid a d e este c o n c re to esp íritu e n la selva de la so c ie
d ad . P ero aún. hay algo q u e d e c ir so b re la fe c u n d id a d c o n q u e am bos
III
14- R am ón Fernándei (18 9 4 -19 4 4 ) ' crítico literario francés de orig en m exicano. [N.delT.]
HACIA LA IMAGEN DE PROUST 327
16 Jacques R ivière, « M a rcel Proust et l’ esprit p o s itif» , en: Hommage¿ Marce!Proust. Nouvelle
Revue Française, op, cit, p. 184*
HACIA LA IMAGEN DE PROUST 329
17 Ibid., p . 183.
18 Ibid., p . 17 9 .
330 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
r o b er tw alser '11
D e R o b e r tW a ls e r p u e d e n le e rse m u ch as cosas, p e r o so b re él n a d a de
n a d a . A l fin y al c a b o , ¿ q u é sa b e m o s d e lo s p o c o s d e n o s o tr o s q u e
saben to m a rse de la fo r m a co rrecta la glosa v e n a l? , es d e c ir, n o c o m o
el p e r io d is ta q u e q u ie r e e n n o b le c e r la « e le v á n d o la » h a c ia sí, s in o
a p rovech an d o su d esp reciable y m od esta actitu d p ara extraer lo q u e ella
tien e e n sí de vivifican te, lo q u e p o see d e p u r ific a d o r . M u y p o co s saben
h o y e n q u é con siste esta « p e q u e ñ a f o r m a » , tal co m o A lfr e d P o lg a r la
llam a b a 131, y cuántas m ariposas d e la esperan za van reh u y en d o las c u m
b res de la « g r a n lite r a tu ra » p a ra alo jarse e n sus cálices s e n c illo s . L o s
dem ás n i siq u iera se im a g in a n cu án to tie n e n q u e agrad ecerle a u n P o l
gar, al ig u a l q u e a u n H e s s e ltsI, o , e n f in , a u n W alser, p o r sus flo r e s
d elicad a s o esp in o sas e n el d e sie rto d e l p a p e l im p r e s o . R o b e r t W alser
p o d ría ser in c lu so el ú ltim o e n el q u e to d o s p e n sa ría n . P o rq u e la p r i
m era r e a cc ió n de su raq u ítica cu ltu ra litera ria an te eso q u e ellos d e n o
m in a n « u n irr e le v a n te c o n t e n id o » es el re sa rc irse c o n la fo r m a
su p u esta m en te « e la b o r a d a » y « n o b l e » . Y a h í d esp ierta la a te n c ió n ,
e n lo q u e respecta a R o b e r t W alser, u n a d ejadez q u e es casi in s ó lita , al
tie m p o q u e d ifíc il d e d e s c r ib ir . E l e stu d io d e W a lser tie n e p u e s p o r
o b je to e l ir m o s tr a n d o q u e esa ir r e le v a n c ia tie n e p o r su p u e s to su
im p o rta n c ia , y q u e el d escu id o es perseveran te.
P ero d ich o estud io n o es sen cillo . Estam os e n efecto acostum brados
a q u e lo s en igm as d el estilo p ro c e d a n de obras d e arte q u e se h a lla n más
í P u b licado en la revista Das Tagehuch en septiem bre de 1929 »pocas sem anas después de
redactarse. [El escritor suizo R obert Walser vivió entre 1878 y 1956 . Las novelas de W al
ser, que pasó los últim os veintisiete años de su vida en u n a clínica psiquiátrica, cuentan
la historia de personas que n o consiguen integrarse en el o rd en burgués. M uchos de sus
libros están traducidos al español, p o r ejem plo: Los hermanos Tanner, trad, de Ju an José del
Solar, M adrid, Siruela, 2 0 0 0 ; El ayudante, trad. de Juan José del Solar» M adrid, Siruela,
200I;/úfco¿u>RGunten, trad. de Ju an José del Solar, M adrid, Siruela, 1998; Poemas, seguido
de B l a n c a n i e v e s de C arlo s O rtega, B arcelona, Icaria, 1997 ( n . del T.)]
2 A lfr e d Polgar, escritor austríaco, I& 75 - I 955 - [n. d el T.]
3 Franz H essel, l 8 8 o - i g 4 l* [ n . d e lT .]
332 ENSAYOS ESTÉTICO S Y LITERARIOS
6 R ob ert W alser, Tell in Prosa [1913], Áujsát&t IO, e n Dos Gesamtwerk, vol. I, G in eb ra /H am -
b u rgo, 1972, p . 258*
7 GeschwisterTanner, 1 9 0 7 ; Der.Gehülfi, 1 9 0 8 ; Jakobvon Cunten, 1 9 0 9 .
334 ENSAYOS E S TÉ TIC 0 5 Y LITERARIOS
« N o u s q u i som m es b o r n é s e n to u t, c o m m e n t le s o m m e s-n o u s si p e u
lo rsq u ’ il s’agit d e s o u f f r ir ? » [aI. Esta p regu n ta de M arivau x es u n a de esas
b rilla n te s fo r m u la c io n e s c o n las q u e a veces el d esapego regala al esp í
ritu . P ues la co n te m p la ció n d el su frim ie n to n o le fu e más ajena a n in
g u n a o tra é p o ca q u e a la ép o ca de la Ilu s tra c ió n . D e sd e esta d ista n cia
fo r m u ló su p reg u n ta M arivau x d e m an era ta n h o n d a y co n v in cen te. E n
c u a n to a J u lie n G r e e n , q u e situ ó estas p a lab ras al fr e n te d e su n o v e la
Adrienne Mesuratl3\ sin d u d a sabe de q u é se trata, a saber, de la id e a de
p a sió n . P e ro n o so la m en te e n esta n o vela , sin o e n rea lid a d e n to d a su
obra, e n la q u e el su frim ie n to es el tem a d o m in a n te, o, m e jo r d ich o , el
ú n ic o tem a. Q u ie n em p iece a investigar de q u é m a n e ra el su frim ie n to
p u e d e lleg a r a ser el o b je to exclusivo de u n e sc rito r p r o n to d escu b rirá
q u e J u lie n G r e e n tie n e q u e estar m u y lejos n o sólo d e la p sico lo g ía a n a
lítica de M arivaux, sin o de cu alq u ier c o n c e p c ió n p sico ló g ica respecto al
ser h u m a n o . Q u i e n d esee e stu d ia r al ser h u m a n o d esd e u n p u n to de
vista h u m a n o , h u m a n is ta (se p o d r ía d e c ir: d esd e el d e l le g o ), h a de
ex p o n e rlo e n su « p le n it u d » : sa n o , d is fru ta n d o , d o m in a n d o . P e ro al
in g e n io te o ló g ic o sie m p re se le p resen ta el ser h u m a n o e n la q u e es su
m ayor p r o fu n d id a d , ju sto e n e l m o m e n to d e la passio. P o r sup u esto q u e
te n ie n d o en cu en ta ese d o b le sen tid o fo rm id a b le de la palab ra latina: el
cru c e d e su fr im ie n to y a rre b a to c o n e l q u e la passio se c o n v ie rte e n u n
m acizo h istó rico , la lín e a d ivisoria de las religio n es. D e tal altura in h ó s
p ita recib e su. o r ig e n la o b ra tu rb a d o ra y esquiva d e G r e e n . D e a h í su r
g ie ro n tan to el m ito trág ico c o m o el m ito c a tó lic o , ta n to a q u e lla passio
pia d o sa y p agan a p r o p ia d e l rey E d ip o , d e E le c tra o d e A yax, c o m o la
m ism a passio piadosa y cristiana de Jesús. E n este p u n to d e in d ife ren c ia ,
p u e rto de m o n ta ñ a de lo s m itos, se p o n e a d escrib ir e l escrito r la actual
situación d el ser h u m a n o p e rsig u ie n d o las h u ellas de su passio.
K AR LK R A U S W
D e d ic a d o a G u s t a v G l ü c k ^
I
E l ho m bre total
Q u é r u id o s o se v u e lv e t o d o
Worte in Versen i l ' 3'
16 Peter Altenberg- ( i 859 “ ^9 I 9 )> u n o de los escritores p referid o s.d e los expresionistas.
[N. del T,J
35 ° ENSAYOS ESTÉTICO S Y LITERARIOS
17 KarJ K ra u s, Ñachis, en: Werke, ed. de H e in ric h Fischer, vol- 3 : Béim Wort genammen,
M u n ich , 19 5 5 , p p . 311 s.
18 K a rI K rau s, Pro domo et mundo, en: Ausgewáhlte Schrijien, v o l. <£* M u n ich , I9 12 , p . 175 *
KARL KRAUS 351
u n ific a c ió n n o es m ás p r o fu n d a e n n in g ú n o tr o lu g a r q u e e n la « t e o
r ía d e l le n g u a je » . Y d e a h í q u e ésta sea e n K r a u s la e x p r e s ió n m ás
firm e y d e c id id a d e su a u to rid a d . E rr a n d o d e in c ó g n ito , c o m o H a r u n
a lR a s h id [l9] , r e c o rre K r a u s d u ra n te la n o c h e esas frases q u e im p r im e n
los d iario s y b usca tras la ríg id a fach ad a de las frases hechas lo in te r io r,
d e scu b rien d o así e n las orgías de esa « m a g ia n e g r a » la d ifa m a c ió n y el
m a rtirio de las palab ras: « ¿ E s la p ren sa p u es u n m e n sa je ro ? N o : ella
es el a c o n te c im ie n to . ¿ E s la p ren sa u n d is c u rs o ? N o , es la vid a . P u es
n o só lo p re te n d e q u e lo s verd a d ero s a co n te cim ie n to s sean sus n o ticia s
d e lo s a c o n te c im ie n to s , sin o q u e p r o d u c e esa in q u ie ta n te id e n tid a d
q u e h a ce q u e p arezca q u é se relatan las a ccio n es antes de q u e sean lle
vadas a cab o, co m o ta m b ié n p r o d u c e m u ch as veces la p o s ib ilid a d p a ra
esto m ism o , p r o d u c ie n d o e n to d o caso la fatal circu n stan cia d e q u e los
co rresp o n sales d e g u erra n o p u e d a n v e r lo q u e está p a sa n d o , m ien tras
q u e lo s g u e rre ro s se c o n v ie rte n a su m o d o ta m b ié n e n re p o rte ro s . E n
este se n tid o , h e de a d m itir q u e , d u ra n te to d a m i vid a , h e s o b re v a lo -
ra d o s in d u d a a la p r e n s a . L a p r e n s a n o es u n sie rv o ( ¿ c ó m o ib a u n
siervo a reclam ar y o b te n e r ta n to ? ), sin o ya el a co n te cim ie n to . A sí, u n a
vez m ás, el in s tru m e n to se n o s h a escapado d e las m a n o s. P u e s h em o s
p u e sto al h o m b r e q u e d e b e a visa rn o s d e q u e h a y u n in c e n d io , y q u e
d eb ería o c u p a r el lu g a r m ás b ajo e n el E stado, p o r en cim a d e l m u n d o ,
así co m o d e l in c e n d io y de la casa, y a u n p o r en cim a d e los h ech o s y de
n u estra m ism a fa n ta s ía » bo). V em o s la a u to rid a d y la p a lab ra c o n tra la
c o rr u p c ió n , c o n tra la m agia: así están repartidas e n esta d u ra lu c h a las
consignas. M as n o es o c io so ela b o ra r u n a p ro g n o s is . N a d ie , y K ra u s el
ú ltim o , se p o d ría en trega r a la u to p ía de ela b o ra r u n p e rió d ic o « o b je
tiv o » , al ab su rd o de u n a p resu n ta « tra n sm isió n im p a rc ia l de las n o ti
cias» . E l p e rió d ic o es u n in s tru m e n to d e l p o d e r . Y su va lo r d eriva d el
carácter p r o p io d e l p o d e r a q u ie n sirve; el p e r ió d ic o es e x p re s ió n de
éste, y n o só lo en lo q u e d efien d e, sin o e n la m a n era en q u e lo hace. Si
el alto c ap italism o n o só lo d eg ra d a lo s fin e s d e l p e r ió d ic o , sin o ta m
b ié n sus m e d io s, d e a q u e l p o d e r q u e lo d e r ro te n o h a b rá q u e esp erar
u n n u evo flo r e c e r d e h u m a n id a d total, p arad isíaca, de la m ism a fo rm a
q u e n o es e s p e r a b le u n r e n a c im ie n t o d e l le n g u a je d e G o e th e o de
19 H aru n al Rashid, califa de Bagdad en tre los años 786 y 8 0 9 . fu e in m ortalizado en Las
milj una noches. [N. del T.]
20 K a rl Kraus» In diesergrossen^it, en: W&Itgericht, vol. I, op. c it, p . 14.
352 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
II
E l d e m o n i o 1* “1
¿ H e d o r m i d o ? M e e sto y q u e d a n d o d o r m id o
Worte in Verasn
T ie n e e n K r a u s causas p r o fu n d a s , y es e l estigm a d e to d o d eb a te e n
to r n o a é l, el q u e lo s a rg u m e n to s a p o lo g é tic o s sean d esa certad o s. L a
g r a n o b ra d e L e o p o ld L ie g le r su rge de u n a a ctitu d a p o lo g ética p ara la
cu al p rese n tar a K ra u s co m o u n a « p e rs o n a lid a d é tic a » co n stitu ye sin
d u d a e l p r im e r o b je tiv o 1“*1. P e ro esto n o p u e d e sa lir b ie n . P u e s el
fo n d o o scu ro d el q u e se destaca la im ag en de K ra u s n o es jam ás la c o n
te m p o ra n eid a d , sin o o tro m u n d o más re m o to , el de lo d e m o n ia c o . La
lu z d e l d ía de la C r e a c ió n cae sob re él, y es así co m o sale de esta n o ch e.
M as n o e n tod as sus partes, y hay algunas q u e se h a lla n arraigadas en la
n o c h e m ás h o n d a m e n te d e c u a n to se p r e s u m e . U n o jo q u e n o se
p u e d a a co m o d a r a ella n u n c a será capaz de p e rc ib ir el c o n to r n o q u e es
p r o p io d e esta fig u r a , n o c a p ta n d o las señ a le s q u e K a r l K r a u s n o se
cansa de h a ce r y d e e m itir en su n ecesid ad m ás acu cian te d e ser p e r c i
b id o . P u es, co m o e n el cu e n to bsl, el d e m o n io h a h ech o e n K r a u s de la
va n id a d ex p resió n d e su esen cia. L a so led a d d el d e m o n io es su soledad
26 Bertholcl V ie rte l, ¿Cari Kraus. £ín Ctaraírfer imíf die /feií, D resde, 1921, p . 7.
2*7 K a rl K rau s, Ñachis, en: Werke, op- cit., p . 3 61.
354 ENSAVOS E S TÉTIC O S Y LITER AR IO S
m is a n tr o p ía , y u n a c o m p a s ió n q u e s ó lo vive e n tr e c ru z a d a ya c o n la
vengan za: « O h ätte m a n m ir n u r d ie W ahl gelassen, / d e n H u n d o d e r
d e n S ch lä c h te r zu tr a n c h ie re n , / ic h h ä tt’ gew äh lt!» (3,]. N ad a h ay más
a b su rd o q u e a q u e l in te n ta r fo r m a r a K ra u s a im ag en y sem ejan za de lo
que am a. C o n ra zó n se h a o p u esto pues al K r a u s , « a te m p o ra l p e r tu r
b a d o r d e l m u n d o » , a ese o tr o « e te r n o m e jo r a d o r d e l m u n d o » al q u e
la gen te m ira c o n c a riñ o .
« C u a n d o la é p o c a a lzó la m a n o c o n tr a sí m ism a , era K r a u s esa
m a n o » , h a d ic h o B r e c h t. M u y p o c o está a la a ltu ra de esta id e a , y
se g u ro q u e n o , e n to d o caso, las p a la b ra s de su a m ig o A d o l f L o o s:
« K r a u s se alza an te el u m b ra l de u n a n u eva é p o c a » 1321. N o se trata de
eso e n a bso lu to, p u es d o n d e K ra u s se en c u e n tra es ya, p o r c ie rto , en el
u m b ra l d el D ía d el J u ic io . D e la m ism a m a n era e n la q u e vem os, e n los
altares b a r r o c o s , a lo s san tos j u n t o s y a p re tu ja d o s c o n t r a el m a rc o ,
ex te n d ien d o sus m an os tem blorosas hacia las extrem idades d e los á n g e
les, lo s c o n d e n a d o s y los re d im id o s, a K r a u s la h isto ria en tera lo ciñ e a
las extrem id ades de u n a sola n o tic ia lo cal, a las d e u n a sola frase hecha,
de u n a n u n cio tan sólo. Y ésta es la h e re n c ia q u e le llega a K r a u s de los
s e r m o n e s de A b r a h a m de S a n ta C la r a l33\ D e a h í esa c e r c a n ía q u e se
in v ierte, esa p a rtic u la r in m e d ia te z d e l in stan te n o co n tem p la tivo y ese
e n tre c ru za rs e q u e ta n só lo le p e r m ite a su v o lu n ta d el en tre g a rse a la
e x p resió n te ó ric a , c o m o la p rá ctica a su c o n o c im ie n to . P o rq u e K ra u s
n o es u n g e n io h istó ric o e n el u m b ra l d e u n a n ueva ép o ca, y si le da la
esp ald a a lo c re a d o , y ceja e n su c o n t in u o la m e n ta rse , es p a ra acusar
ante el J u ic io .
N o se en tie n d e n ad a de este h o m b re m ien tra s n o se haya visto qu e
p a r a él to d o (s in e x c e p cio n e s , e l le n g u a je y la cosa) se d e sa rro lla p o r
n ecesid ad e n la esfera m ism a d el d e re c h o . S u circen se filo lo g ía de d ia
r io va sigu ien d o las huellas d el len gu aje tanto co m o las hu ellas d el d ere
c h o . Y es q u e n o se c o m p r e n d e lo q u e es la « te o r ía d e l le n g u a je » de
K r a u s m ie n tra s n o se ve e n ella u n a a p o r ta c ió n al o r d e n d e l p ro c e so
34f L . L iegler, op. d t., p , 87. K rau s aban don ó la relig ió n ju d ía e n 189 9 , y en 1911 se c o n
virtió al catolicism o, con fesió n q u e, a su vez, aban don ó en el 1923*
35 K a rl K rau s, EJegie aufdeti TodeinesLautes, en: Worte. m Versen I, Leipzig-, 19 16 , p p , 41 - 4-5 *
358 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
39 E l Wiener Génesis es u n a tra d u cció n del lib ro d el G én esis al griego hecha en el siglo VI,
que se conserva e n V ie n a en fo rm a de u n m anuscrito co n m iniaturas. ÍN. d el T. ]
40 Karl Krarn, Urdergcuigder \V?ltdurchíéMG 7?s Mcgie, üp. nt,, p. 4*52-
36o ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
4.1 Sob re e l sign ificad o de la palabra « filis te o ^ , véase supra, p . 17 « nota 3 d el Dialogo sobre
la religiosidad del presente. [N. d el T.]
KARL KRAUS
rir
E l m on struo
Y a cae la n ie v e
Worte in Versen III 491
49 K a rl K rau s, Inschriften. Jahres&it, verso 3 . en: Wortein VersenlII, L eip zig, 1918, p . 7 0 .
50 K a rl K ra u s, Sprüche undWídersprüche, op. cit., p . 107 -
364 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
51 íi>id.,p. 108 .
KARL KRAUS 365
c u a n d o T i m ó n h ace d e r ic o , y H a m le t d e lo c o ) es c o m o si sus la b io s
e s tu v ie r a n e m p a p a d o s d e sa n g re . A s í e s c r ib ió K r a u s , s ig u ie n d o el
m o d e lo shakespearean o, esos p ap eles p a ra ch u p a r sangre. L a in s is te n
c ia de sus c o n v ic c io n e s es la in s is te n c ia e n u n p a p e l, c o n su e s te r e o
tip o y sus c o letillas. Sus viven cias n o so n o tra cosa q u e e s o : co letilla s.
P o r eso in s is te e n ellas y ex ig e q u e ex ista n , al m o d o de u n a c to r q u e
n o p e rd o n a a ese c o m p a ñ e ro q u e n o da b ie n la en trad a .
L a le c tu ra p ú b lic a d e O ffe n b a c h , c o m o la le c tu ra d e lo s c u p lés de
N estro y, n o r e c u rr e a m e d io s m u sicales. P u es a q u í la p a la b ra n u n c a
abdica en favor del in stru m e n to ; p e ro al ir alejan d o m ás y más sus lím i
tes, acaba p o r despotenciarse de sí m ism a, disuelta e n m era voz creatural:
u n susu rro q u e gu arda la m ism a relació n c o n la palabra q u e la de la s o n
risa c o n el chiste es el sanctasanctórum de este arte d el hablar en p ú b lico .
Y es e n tal sonrisa, e n tal su su rro , d o n d e , d e igu al m o d o que e n el lago
d e u n c rá te r el m u n d o se re fle ja p a c ífic a m e n te e n tre p eñ a s y escorias
gigantescas, ir r u m p e esa p r o fu n d a c o m p lic id a d resp ecto a sus oyen tes
(que tam b ién le u n e a sus m od elos) a la que K r á u s n u n c a ha d ado espa
cio en la palabra. S u servicio a ella n u n ca le p e rm ite co m p ro m iso s. Pero
en cu an to se da la vu elta la palab ra, K ra u s se m u estra dispu esto a h acer
a lgunos. E n to n ces se n os vuelve p e rc e p tib le el en can to a to rm e n ta d o r e
inagotable d e estas lecturas: ver destruirse la sep aración en tre los esp íri
tus ajenos y los espíritus em paren tados, e irse fo rm a n d o la masa h o m o
gén ea de falsos am igos q u e suele d o m in a r e n estos actos. K ra u s c o m p a
rece an te u n m u n d o de e n e m ig o s y p r e te n d e o b lig a rlo a q u e le a m en ,
p e r o só lo le o b lig a a ser h ip ó c r ita . S u in d e fe n s ió n fr e n te a esto tie n e
m u ch o q u e ver c o n el diletantism o subversivo de, m uy especialm ente, las
lecturas de O ffe n b a c h . K r a u s im p o n e e n ellas a la m ú sica lím ite s m ás
estrechos de lo que los m anifiestos de la escuela de G eo rg e n u n ca se a tre
viero n a soñ ar. N atu ralm en te, ello n o elim in a la rad ical c o n tra p o sició n
de los gestos lingüísticos de am bos. M ás b ie n , lo q u e se da es la co n e x ió n
m ás p recisa e n tre las razo n es q u e p e r m ite n a K r a u s a cced e r a a m b o s
p o lo s de la expresión lingüística (el d ep oten ciad o del susurro y e l arm ado
d el pathos) y aquellas que im p id e n a su santificación de la palabra el a d o p
tar las fo rm a s d el cu lto g e o r g u ia n o d e l le n g u a je . P ara ese su b ir y b a ja r
cósm ico que, de acuerd o c o n G eo rg e, « d ivin iza al cu erp o y corp oreiza al
tiem p o al D io s » 1581, el len gu aje es tan sólo la escala de Jacob c o n diez m il
d e r i n d e m T e m p e l w o h n t, w o r a u s es n ie
z u t r e i b e n g a lt d i e H ä n d l e r u n d d i e W e c h s l e r ,
n ic h t P h a r is ä e r u n d d ie S c h r iftg e le h r te n ,
d ie d r u m d e n O r t u m la g e r n u n d b e s c h r e ib e n .
P r o f a m i m v u lg u s l o b t s ic h d e n E n t s a g e r ,
d e r n i e i h m s a g t e , w a s z u h a s s e n s e i.
U n d d e r das Z ie l n o c h v o r d e m W eg g e fu n d e n ,
e r k a m v o m U r s p r u n g n ic h t
es sello d e a u te n tic id a d d e lo s fe n ó m e n o s ) es o b je to de u n d e s c u b r i
m ie n to q u e se c o n e c ta , e n p a r tic u la r , c o n el m o d o d e l r e c o n o c i
m ie n to . E n lo q u e respecta a este re c o n o c im ie n to filo s ó fic o e n la ob ra
de K r a u s , su escen a rio es la p o esía , y su le n g u a je es la rim a : « P a la b ra
q u e n u n c a m ie n te e n e l o r i g e n ^ y q u e tie n e su o r ig e n , p r e c is a
m en te, al fin a l d el verso, al igu al q u e la b ien aven tu ran za alcanza el fin a l
m ism o d e lo s días. Y la r im a so n d os a n g elo te s q u e e n tie r r a n , r is u e
ñ o s, al d e m o n io . Y es q u e la r im a c o r r e s p o n d ió al o r ig e n p o r cu a n to
v in o al m u n d o c o m o h íb r id o d e l e s p ír itu y e l sex o . S u esp ad a y su
escudo (q u e son c o n c e p to y cu lp a) se h a n caíd o , y se h a n c o n v e rtid o ya
e n e m b le m a s a lo s p ie s d e l á n g e l q u e lo m a ta. E s u n á n g e l p o é tic o ,
m a rc ia l, q u e su jeta el flo r e te e n tr e las m a n o s , c o m o e l q u e c o n o c ía
B au d ela ire , « s ’ exerçan t seu l à sa fantasq u e e s c r im e » ,
F l a i r a n t d a n s t o u s le s c o i n s le s h a s a r d s d e l a r i m e ,
T r é b u c h a n t s u r le s m o t s c o m m e s u r le s p a v é s ,
H e u r t a n t p a r f o i s d e s v e r s d e p u i s l o n g t e m p s r ê v é s [6sI.
M as ta m b ié n es u n á n g e l d esb o ca d o , « a la caza a q u í d e u n a m e tá fo ra
q u e a h o ra acaba d e d o b la r la esq u in a , en sa m b la n d o a llí u n as palabras,
p e rv irtie n d o algunas frases hechas, en a m o ra d o d e las sem ejanzas, a b u
sando fe lizm e n te d el q u ia sm o , b u scán d o se aventuras incesan tes, c o n el
p la cer y el to r m e n to de acabar, im p a c ie n te y vacilan te s ie m p r e » i6ii. A s í
se expresa, al fin , en su p u reza , el m o m e n to h e d o n ista d e esta o b ra e n
esa r e la c ió n p a r tic u la r m e la n c ó lic o - fa n tá s tic a c o n la v id a e n la q u e
K ra u s, desde la tr a d ic ió n vien esa d e R a im u n d y d e G ir a r d i[6sl, elab o ra
u n a c o n c e p c ió n d e la fe lic id a d ta n se n so ria l c o m o resign ad a. E sto hay
q u e te n e r lo b ie n p rese n te a efectos d e cap tar la n ecesid ad a p a rtir d e la
c u al se o p u s o K r a ú s a lo d a n z a rín q u e h a b ía e n N ie tz s c h e , p o r n o
h a b la r d e la ra b ia c o n q u e e l m o n s tr u o —o , d ic h o d e o tr o m o d o , el
a ú n - n o - h o m b r e — d eb ía d irig irse al su p erh o m b re.
62 K a r l K rau s, DerReim, verso 4?i, en: Wortein Versen II, op. cit., p . 3 2 .
63 C h a rle s B au d elaire, Lesoleü, versos 5 -8 , en : Lesjleursdu mal. E n realid ad , el p r im e ro
de los versos d ice así: <<Je vais m’exercer seul à ma fantûsque escrime■ ?>. [E n riq u e L ó p ez
C a ste lló n tradu ce estos versos co m o sigue: « salg o so lo a en tregarm e a m i in sólita
esgrim a, / h u sm eo e n los rin co n e s el azar de la rim a, / tro p iezo e n las palabras
co m o e n el e m p ed ra d o , / y a veces doy c o n versos la rgo tie m p o so ñ a d o s» . E n
C h a rle s B aud elaire, Obra poética completa. M ad rid , 2 0 0 3 , p p . I 9 4 _I9 5 - (N .-d elT .)]
64 K a r l K ra u s, Pro domo eí mundo, op. cit., p p . 1*77 s»
65 F erdinand Jakob R aim undi, actor y escritor austríaco, 179 0 -18 3 6 ; A lexan d er G irard i,
actor y cantante de opereta austríaco, 18 5 0 -19 18 . [ n . d el T,]
37o ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
J8 K a rl M arx, Judenfrage, en: K a rl M arx y F ried rich E ngels, Wirfe, vol. I, B erlín -E ste,
í 97 o , pp. 369 a.
374 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
G o ld e n e G lo c k e d u , s c h m ilz in e ig e n e r G lu t h ,
w e rd e K a n o n e d u g e g e n d e n k o s m is c h e n F e in d !
S c h ie ß ih m d e n B r a n d in s G e s ic h t! W ä r e m ir J o s u a s M a ch t,
w isse, w ie d e r w a r ’ G ib e o n !
L a n ie b la q u e c u b r e lo s p r im e r o s tie m p o s d e la fo to g r a fía n o es p o r
c ie rto ta n d en sa c o m o la q u é c u b r e lo s p r im e r o s tie m p o s de la
im p re n ta . P e ro e n el caso de la fo to g r a fía tal vez resu lte a ú n m ás e v i
d en te q u e había llegad o la h o r a de in ven tarla y q u e más de u n o se había
d ado cu en ta; varios h o m b re s, c o n in d e p e n d e n c ia u n o s de o tro s, b u s
cab an o b te n e r la m ism a m eta: fija r las im á g en es de la cám ara o scu ra,
q u e se c o n o c ía n c o m o m ín im o d esd e L e o n a r d o . C u a n d o , tras u n o s
c in c o años d e esfu erzo s, N ié p c e y D a g u e rre lo c o n s ig u ie r o n d e m o d o
sim u ltá n e o , lo s p ro b lem a s ju r íd ic o s c o n q u e lo s in v en to res se e n c o n
tr a r o n e n r e la c ió n c o n las p aten tes p e r m itie r o n al E sta d o a d q u ir ir el
in v e n to y c o n v e r tir lo así e n p r o p ie d a d p ú b lic a 1“1. C o n e llo estab a n
dadas las c o n d ic io n e s p a r a u n d e s a r r o llo a c e le ra d o q u e , p o r m u c h o
tie m p o , im p id ió ech ar la vista atrás. D e a h í qu e, d u ra n te algunas d éca
das, n o se le prestara la m e n o r a te n c ió n a las cu estio n es h istó ricas o, si
se p r e fie r e , filo s ó fic a s q u e e l ascen so y d e c a d e n c ia de la fo to g r a fía
ah ora n o s p la n tea n . Y el h e c h o d e q u e h o y estem os em p eza n d o a p la n
tearn o s ju sta m en te todas esas p regu n tas tie n e u n a razó n clara y precisa.
L o s estu d ios m ás recie n tes in vestigan el h e c h o s o rp re n d e n te d e q u e la
edad d e o r o de la fo to g ra fía (los tiem p o s de H ill y C a m e r o n , de H u g o
y d e N a d a r) se lo c a lic e e n su p r im e r a d é c a d a 131, la p r e c e d e n te a su
in d u stria liz a c ió n . C la r o q u e ya e n sus p r im e r o s tiem p o s h u b o m u lti
tu d d e ch arlatan es q u e se a p o d e ra ro n de la n u eva té cn ica p o r razon es
m e r a m e n te c o m e r c ia le s , e in c lu s o esto de m o d o m a sivo ; p e r o n o se
tratab a d e la in d u s tria , sin o de la fe r ia , e n la q u e la fo to g r a fía n o ha
d e ja d o n u n c a d e estar p r e s e n te . L a in d u s tr ia n o p u d o c o n q u is ta r el
te rre n o hasta q u e lle g a ro n las fotografías para las tarjetas d e visita, cuyo
p r im e r p r o d u c to r se h izo m illo n a rio . N o sería extrañ o q u e las p r á c ti-
r P u blicado e n tres partes, en tre septiem bre y octu b re de 1931, en la revista Dieliterarische
Vvklt; redactado unas sem anas antes.
2 Josep h N ícép h ore N iépce (176 5 -18 3 3 ) in ven tó en 1822 la h eüografía, p r im e r p ro ce
d im ie n to fo to g rá fic o . E n 18 2 9 se asoció c o n L o u ís D a g u e rre ( l 787 ” i 85 l ) , cl u6 en
1837 in ven tó la d agu errotipia. A instancias del físico y astrón om o D o m in iq u e A rago
(1786-18 53)* el go b ie rn o francés co m p ró e n 1839 e l p roced im ien to de la d agu erro
tipia y lo puso a disposición de 3a hum anidad.
3 D avid O ctavius H ill vivió en tre 18 0 2 y 18 7 0 í J u lia M argaret C a m e r o n , e n t r e i 8 l 5 y
1879; V íc to r H u go, en tre 180 2 y 1885? N ad ar (pseu dó n im o de G aspard F é lix T o u r -
n acíion ), entre y 1910 . [n . d e lT .]
Ilustración 1
Pescadora de NewHaven
Foto de David O ctavius H ill
38o ENSAYOS ESTÉTICOS Y LITERARIOS
4* H elm u th T h . Bossert y H e in rich G u ttm a n n , Aus der Frühzeit der Photographie 1 8 4 0 -7 0 . Ein
BiJdbuch nach 2 0 0 Originalen, Frarúsfurt a-M -, 1930? H e in rich Schwarz, David OdaviusHili
DerMeisterderPhotograpkie. M it8 o Büdtofeln* Leipzig, 1931. [ n . d e B.]
5 Benjam ín, tom a esta cita d e ; M ax D authendey, Der Geist meines Vaters. Aufepichmtrtgen aus einem
begrabenenJakrhundeTÍ, M ún ich , 1913, p . 61.
PEQUEÑ A HISTORIA DE LA FOTOGRAFÍA 381
va n te p o r c o m p le to , d e s a r r o llá n d o s e e n c a m b io la in t u i c i ó n d e l
alcance real de d ich o in ven to. « C u a n d o los in ven tores d e u n nuevo in s
tru m en to» :, n o s d ice A r a g o , « lo a p lica n a la o b serva ció n de la n a tu
raleza, a q u ello q u e ellos q u is ie ro n crear n ad a es e n co m p a ra c ió n c o n la
serie d e d escu b rim ien tos sucesivos cuyo o rig e n es el in s tru m e n to » . Este
h o n d o d iscu rso re c o rre to d o el á m b ito d e la n ueva técn ica, de la a stro
física a la filo lo g ía : j u n t o a la p e rsp ectiva d e fo to g r a fia r las estrellas se
en c u e n tra la id ea de fo to g ra fia r to d o s lo s je r o g lífic o s egip cios.
L as fo to g r a fía s d e D a g u e r r e e r a n p la n c h a s de p la ta y o d u ra d a s e
im p r e s io n a d a s e n la cá m a ra o s c u r a , a las q u e h a b ía q u e d a r vu eltas
hasta p o d e r r e c o n o c e r, c o n la ilu m in a c ió n adecuada, u n a im a g e n gris.
A d e m á s, e r a n e je m p la re s ú n ic o s ; e n 1 8 3 9 se p a g a b a n p o r té r m in o
m ed io 2 S fra n co s de o r o p o r u n a p la n ch a . P o r eso, m uchas veces, era n
conservadas e n estuches, co m o si fu e ra n joyas. P ro n ta m en te, e n m an os
d e a lg u n o s p in to r e s , se tr a n s fo r m a r o n e n h e r r a m ie n ta s té cn ica s. A s í
c o m o seten ta añ os d esp u és U tr illo p in tó sus fascin an tes vistas de casas
d e las afueras d e P arís ya n o a p a r tir d e l n atu ral, sin o u tiliza n d o tarjetas
p o sta le s171, el retratista in g lés D avid O cta viu s H ill p in ta ría su fresco d el
p r im e r sín o d o g e n e ra l de la Iglesia escocesa en el 18 4 3 a p a rtir de u n a
a m p lia se rie d e fo to g r a fía s q u e h a b ía h e c h o él m is m o . P e ro estas
m od estas h e r r a m ie n ta s , p a ra su u so in t e r n o , s o n lo q u e da a H i l l su
releva n cia h is tó ric a , m ie n tra s q u e h a c a íd o e n el o lv id o e n ta n to q u e
p in to r . P o r supuesto, algunas p ru eb as p r o fu n d iz a n e n la n u eva té cn ica
más a ú n q u e las series de aquellas cabezas retratadas: im ág en es a n ó n i
m as, p e ro n o retratos. C abezas c o m o éstas existían, desde tie m p o atrás,
e n m u c h o s c u a d ro s. S i e r a n p r o p ie d a d d e u n a fa m ilia , a lg u ie n p r e
gu n tab a de vez e n c u a n d o d e q u ié n se trataba. P ero d os o tres g e n e ra
c io n e s d esp u és d ic h o in te r é s e n m u d e c ía : d e este m o d o , lo s c u a d ro s
q u e p e rd u r a n só lo d a n te s tim o n io d e l arte d e a q u e l q u e lo s p in tó . P o r
el c o n t r a r io , c o n la fo to g r a fía su ced e alg o n u e v o y p a r tic u la r; e n esa
p e sc a d o ra de N ew H a v e n q u e está m ir a n d o al su e lo c o n p u d o r e n tre
se d u c to r y d e s c u id a d o 181 hay alg o s in d u d a q u e va m ás allá de u n e le
m e n ta l d a r te s tim o n io d e l a rte f o t o g r á f ic o d e H i l l , a lg o q u e n o es
p o sib le h a ce r callar, y q u e n o s o b lig a a p re g u n ta r c ó m o se llam a b a esa
p e r s o n a q u e v iv ió p o r e n to n c e s , y q u e h o y sig u e s ie n d o ta n r e a l q u e
n o va a d isolverse p o r c o m p le to jam á s e n el « a r t e » . « U n d ic h frage:
w ie h a t d ie s e r h a a re z ie r / U n d d iese s b lic k e s d ie f r ü h e r e n w ese n
u m zin g e lt! / W ie d ie se r m u n d h ie r g e k ü ß t zu d e m d ie b e g ie r / S in n
lo s h in a n als ra u c h o h n e fla m m e sich r in g e lt!» 191. O m ire m o s la im a
g e n de K a r l D a u th e n d e y , el fo tó g r a fo , el p a d re d el p o eta , e n la ép o ca
de su n o v ia z g o c o n a q u e lla m u je r a la q u e u n d ía, p o c o d e sp u és de
n acer su sexto h ijo , h a lló e n el d o r m ito r io de su casa de M o scú c o n las
venas c o rta d a s1101. A q u í p o d e m o s ve rla ju n t o a su p r o m e tid o , q u e n os
p a rece casi sosten erla; m as la m ira d a d e ella n o se d irig e a él, sin o que
se clava e n u n a d e sg ra c ia d a le ja n ía . Q u i e n se c o n c e n tr a d u r a n te el
tie m p o su fic ie n te e n u n a im a g e n c o m o ésta ta m b ié n se da c u e n ta de
q u e a q u í lo s e x tre m o s se to c a n : la m ás exacta té cn ica p u e d e d a r a sus
p r o d u c to s a q u e l v a lo r m á g ic o q u e u n a im a g e n p in ta d a ya n o p u e d e
te n e r p a ra n o s o tr o s . Pese a la d estreza d e l fo tó g r a fo y a la p o se d e su
m o d e lo , el o b s e r v a d o r se s ie n te a q u í im p e lid o a ir r e b u s c a n d o en
estas im á g e n e s la m in ú s c u la c h isp a de in d iv id u a lid a d , d e ese a q u í y
ah o ra c o n q u e la re a lid a d h a abrasad o la im ag en ; a id e n tific a r el lu g a r
e n el c u a l, e n la c o n c r e c ió n d e a q u e l m in u t o p a sa d o , lo fu tu r o n o s
sig u e h a b la n d o h o y , hasta el p u n to de q u e p o d e m o s d e s c u b r ir lo
retro sp e ctiva m en te. S o n d os n atu ralezas d ife re n te s las q u e le h a b la n a
la cám ara y al o jo ; p u e s e n vez de u n espacio c o n scie n te m e n te creado
p o r u n h o m b r e h ay u n e sp a cio c re a d o in c o n s c ie n t e m e n te . A lg u ie n
q u e c o n o z c a , p o r e je m p lo , la m a n e r a d e a n d a r q u e a d o p ta la g e n te
(a u n q u e sólo sea a g ra n d es rasgos) n ad a p o d rá saber d e su p o stu ra en
la fr a c c ió n de seg u n d o d e l « a p re ta r el p a s o » . M as la fo to g ra fía le p r e
sen ta d ich a p o stu ra c o n sus h e rra m ie n ta s: c o n el r a le n tí y la a m p lia
c ió n . E sto in c o n s c ie n te ó p tic o lo c o n o c e r á p o r m e d io d e ella , y e llo
d el m ism o m o d o q u e lo in c o n s c ie n te in s tin tiv o se c o n o c e p o r m e d io
d el p sicoan álisis. Las cu alid ad es estru ctu rales, lo s te jid o s celu lares co n
q u e la té c n ic a y la m e d ic in a a c o s tu m b r a n c o n t a r . . . : to d o eso es en
p r in c ip io m ás a fín a la cám ara q u e el p a isa je e n c a n ta d o r o el retra to
9 « Y y o pregun to: ¡cóm o cercó el ad o rn o de estos cabellos / y de esta m irada a los seres
anteriores! / jC ó m o besó esta bo ca hacia la que asciende, desvariado, / e l deseo, com o
h u m o sin lla m a !» . Stefan G eorge, Stanefti/cfeir. Das sechste, versos 13-16» en: Der Teppich des
Lebens und die heder von Traum und Tod, B e rlin , 1932, p , 6 2.
10 V éase la ilu stració n I* E l fotógrafo K a rl D authendey vivió en tre 1819 y 1896; su hijo,
e lp in t o r y escritor Max D authendey, entre 1867 y 1918. [n . d e l T.]
PEQUEÑA HISTORIA DE LA FOTOGRAFÍA 383
El filósofoSchelling
F otógrafo alemán desconocido , ca . isso
Ilustración í
b ié n , sin le y e n d a . L o s p e rió d ic o s a ú n e ra n o b je to s d e lu jo q u e n o se
so lía n c o m p ra r, sin o q u e se le ía n en lo s cafés; el p r o c e d im ie n to f o t o
g rá fico tod avía n o se h a b ía c o n v e r tid o e n h e r r a m ie n ta esen cia l de lo s
p e rió d ic o s , y m u y pocas p erso n a s v e ía n im p re so su n o m b r e . E l ro stro
h u m a n o te n ía a su a lred e d o r u n silen cio d o n d e reposaba la m irad a. E n
pocas palabras: todas las p o sib ilid ad e s de este n u ev o a rte d e l retrato se
b asa b a n e n q u e to d a vía n o se h a b ía p r o d u c id o el c o n ta c to e n tr e la
actu alid ad y la fo to . P o r e jem p lo , m u c h o s de lo s retratos de H ill están
h ech o s e n el c e m en terio de G rey fria rs, e n la c iu d a d d e E d im b u rg o , lo
q u e resulta m u y característico d e estos p rim e ro s tiem p o s (ta m b ié n que
lo s m o d e lo s se s in tie r a n a h í co m o e n casa). A d e m á s, a la vista d e u n a
fo to g r a fía de H i l l 1'51 este c e m e n te r io es e n v e rd a d alg o p a r e c id o a u n
intérieur, u n espacio cercad o y apartado en el q u e, apoyadas e n las tapias,
se alzan desde el césp ed un as tu m b as q u e, ahuecadas co m o chim en eas,
m u estra n en su in te r io r algunas letras, y n o len gu as de fu eg o . P ero este
lo c a l n u n c a h a b ría p o d id o causar tal e fe cto si su e le c c ió n n o h u b ie r a
estad o té cn ica m en te b ie n ju stific a d a . L a escasa sen sib ilid a d a la lu z de
las p la n c h a s de lo s p r im e r o s tie m p o s im p o n ía u n a la rg a e x p o s ic ió n
h ech a al aire lib r e . Y , a su vez, esta circu n stan cia reco m en d a b a co lo c a r
al m o d e lo e n u n lu ga r apartad o e n el q u e la paz y la c o n c e n tr a c ió n n o
se a lteraran fá cilm e n te . « L a síntesis lo g ra d a de ex p resió n q u e im p o n e
la la rg a in m o v ilid a d d e l m o d e l o » , d ic e O r l i k de la fo t o g r a fía de los
p r im e r o s tie m p o s 1161, « c o n stitu y e sin d u d a la r a z ó n p r in c ip a l (ju n to a
la sim p lic id a d , c o m o la d e lo s b u e n o s re tra to s d ib u ja d o s o p in ta d o s)
p o r la q u e estas viejas fo to g ra fía s causan al o b serva d o r u n a im p r e s ió n
m ás p e n e tr a n te y d u ra d e r a q u e las fo to g r a fía s recien tes?" - P o r lo
dem ás, el p r o p io p r o c e d im ie n to h a cía q u e lo s m o d e lo s n o v iv ie ra n a
p a rtir d e l instan te, sin o qu e, al co n tra rio , se m e tie ra n e n él; d u ra n te el
tie m p o de larg a e x p o s ic ió n al r e a liz a r las fo to g r a fía s , lo s m o d e lo s se
m e tía n e n la im a g e n , co sa q u e c o n tra sta b ie n d rá stic a m e n te c o n el
c o n c e p to m o d e r n o d e in s ta n tá n e a , q u e c o r r e s p o n d e a ese m u n d o
tra n sfo rm a d o e n el q u e, co m o observa c o n acierto K r a c a u e r , despende
d e la fra c c ió n de segun do q u e d u ra la e x p o sició n « q u e u n d ep ortista se
vu elva ta n fa m o so q u e lo s fo tó g r a fo s lu e g o lo re tra te n p o r en carg o de
17 V é a s e la i l u s t r a c i ó n 3 . Í N . d e l T .]
18 Gfr. G. Potonniée, H isto ire de ia d éco uu erte de la p h o to g r a p h ie , op . c i t [El escultor italiano
Giovanni Battista della Porta vivió entre *542 y 1597 (N-del T.)J.
388 e n s a y o s e s t é t ic o s y l it e r a r io s
co lu m n a s d e m á rm o l o de p ie d r a n o se p u e d e n c o n s tr u ir so b re u n a
a lfo m b r a » 1=21. D e esa ép o ca so n ig u a lm en te lo s talleres, c o n sus c o r t i
n ajes y p a lm e ra s, c o n sus cab a lletes y sus g o b e lin o s , o s c ila n d o e n tr e
e je c u c ió n y rep rese n ta ció n , en tre cám ara de to r tu r a y salón d el tr o n o ,
de lo s q u e, p o r e jem p lo , u n retrato de K a fk a su m in istrab a u n te rrib le
te s tim o n io : lu c ie n d o u n tr a je a ju sta d o y h u m illa n te , re c a rg a d o c o n
pasam an ería, el n iñ o , más o m en os de seis años, está e n u n a esp ecie de
ja r d ín d e in v ie r n o . P o r detrás de él se v e n un as p alm eras. P e ro , co m o
si h u b iera q u e h a cer más sofo can te todavía esta especie de tr ó p ic o a co l
ch ad o , el m o d e lo lleva e n la m a n o izq u ie rd a u n so m b re ro e n o r m e co n
u n ala m u y ancha, c o m o el q u e se p o n e n lo s esp añ oles. S e g u ro q u e el
m o d e lo d e sa p a re c e ría e n m e d io d e to d o s esos a c c e so rio s si sus o jo s
tristísim os n o d o m in a ra n d el to d o ese paisaje.
Esa im a g e n d e K a fk a , e n su triste za in fin ita , es el m ás c o m p le to
c o m p le m e n to d e la fo to g r a fía de lo s p r im e r o s tie m p o s, e n la q u e las
p erso n a s tod avía n o m ira b a n desolad as al m u n d o , tal c o m o este n iñ o
h a ce en c a m b io . H a b ía e n to r n o a ellas c o m o u n au ra , m e d io q u e da
p le n itu d y seg u rid a d a aq u ella m ira d a q u e lo im p reg n a . S u equ ivalen te
té cn ico ta m b ié n es p a ten te: u n a absoluta c o n tin u id a d desde la lu z más
cla ra hasta a lca n za r la so m b ra m ás o sc u ra . Y , p o r lo d em ás, ta m b ié n
a q u í se c o n fir m a la ley q u e establece el a n u n cio d e las nuevas c o n q u is
tas e n las técnicas viejas: la p in tu r a de retratos, en efecto, p r o d u jo antes
d e d esaparecer u n flo r e c im ie n to ú n ic o d e l grabad o h e c h o al aguatinta.
P o r sup uesto q u e tal p r o c e d im ie n to era u n a té cn ica de r e p ro d u c c ió n ,
co m o la q u e más ad elan te se u n ir ía a la n ueva técn ica fo to g rá fica . Y así,
e n efecto, c o m o sob re las hojas de u n grabad o h e c h o al agu atin ta, se ve
a la lu z lu ch a n d o e n las fo to s de H ill p ara salirse de la oscu rid a d : O r lik
d ice al re sp e cto q u e a q u e l la r g o p e r ío d o d e e x p o s ic ió n p r o d u c e u n a
« lu z s in te tiz a d o r a » q u e les da « s u g ra n d e z a a estas fo to g r a fía s de la
p r im e r a é p o c a s !a31. Y ya u n o d e lo s c o n te m p o r á n e o s d e l in v e n to , a
saber, D e la ro c h e , p e rc ib ió p ro n ta m e n te la im p r e s ió n g e n e ra l « n u n c a
a n tes a lca n za d a y v a lio sísim a , q u e n o v ie n e a a lte ra r la paz d e las
m asas» ***'. H asta aqu í el c o n d ic io n a m ie n to té cn ico de lo q u e es la apa
r ic i ó n a u rá tic a . P o r lo d em ás, y m u y e s p e c ia lm e n te , a lg u n a s de esas
32 Ibid
23 F. Orlik, Kkm eAufsatzp, o¡>. c it , p. 38.
24 Palabras del pintor francés Paul Delaroche (l 7 9 7 _1^ 5 6 ). citadas en: H . Schwarz, David
OtíamusHiU, op. c it, p. 3 9 -
Ilustración 6
Foto de Germaine K rull
392 ENSAYOS ES TÉTICO S Y LITERARIOS
31 Ibid-, p . 17. .
33 Ei Atget, Lichtbüder, op. c it ¡ ilustraciones 7 * &7 , I 5 * 64-. 63.
P EQUEÑ A HISTORIA DE LA FOTOGRAFÍA 395
37 Esta cita y las dos anteriores n o se h an tom ado d el lib ro de Sander, sino (al parecer) de
ú n fo lle to de la editorial.
38 G oeth e, Móximasj reflexiones, n ° 3 ^ 5 .
39 A lfre d D ó b lin , in tro d u c c ió n a: A . San der, AntlihíderZfit, M ún ich , I 9 2 9 r p- VI.
398 ENSAYOS ESTÉTICO S Y LITERARIOS
Diputado(demócrata)
Foto de August Sander
4oo ENSAYOS ESTÉTICO S Y LITERARIOS
42 Lasado M o koly-N agy, Molerei Fotografié Film. Mit einerÁnmerkung des Hg. und einem Nochwort von
Otto Stel&rf M agu n cia/B erlín , I 967 >PP* 25 s- B en jam ín cita p o r la p rim era e d ición de
1937* [M oholy-'N agy vivió entre I &95 J r 94;6 ; p in to r y fo tó g rafo, y estuvo v in cu
lado a la Bauhaus (n . d el T .) 3-
43 Tristan T zara, « D ie PKotographie von d er K eh rseite^ (traducción al alemán de Walter
B en jam ín ), en: fyitschñftjvr elementare Gestaítung 3 (ju lio de 192 4X P- 3 0 *
44 G e rm ain e K r u ll, 1897-29S5» fbtógrafa francesa. [N* del T.J
PEQUEÑ A HISTORIA DE LA FOTOGRAFÍA 401
PAUL VALÉRY
Con o c a s ió n d e s u s e x a g é s im o a n iv e r s a r io [i!
3 na., p . 119.
4- Los « p rim e ro s poem as^ de V aléry son los que, escritos y publicados e n diversas revis
tas en tre 189O y 1893, re u n ió en 19 2 0 e n e l vo lu m en Album de vers anciens; los « d o s p ri
m eros ensayos» so n ínfroííucti'on à la méthode de Léonard de Vinci, de iS g g , y La soirée ovecMonr
sieurTeste, de 1896. P or su parte, LajauneParque es de 1917»
5 E n realidad* n o fue en 1925 »sino e n 19^ 7 -
6 V aléry había sido en em igo declarado de A n a to le F ra n ce.
PAUL VALÉRY 40g
tr a n sfe r ib le e n lo s m é to d o s, u n a id e a q u e c o rr e s p o n d e ju s ta m e n te al
c o n c e p to de c o n s tru c c ió n de V aléry, y ello c o n la m ism a c o n tu n d e n c ia
c o n q u e v ie n e a o p o n e r s e a la id e a de la in s p ir a c ió n . « L a o b r a de
a r te » , h a d ich o u n o d e lo s in térp re tes d e V aléry, « n u n c a es u n a crea
c ió n : es u n a c o n s tru c c ió n cuyos p rotagon istas so n el análisis, el cálcu lo
y el p l a n » . L a ú ltim a v ir tu d d e l p r o c e s o m e t ó d ic o , q u e c o n d u c e al
in v e s tig a d o r m ás a llá d e sí m is m o , se a cre d ita así e n V a lé ry . P o r q u e
M o n s ie u r T e ste n o es o tr a cosa sin o el in d iv id u o q u e, estan d o f in a l
m e n te p rep a ra d o p ara atravesar el u m b ra l d e la d esa p a rició n h istó ric a ,
a cu d e a la llam a d a a ú n u n a ve z m ás (c o m o u n a so m b ra ) y se su m erge
e n ella de inm ediato-, n o afectad o ya p o r n ad a m ás, en tra en u n o r d e n
cuyo a d ven im ien to V aléry n o s d escrib e d e este m o d o : <<En lo s tiem p o s
d e N a p o le ó n , la e le c tr ic id a d te n ía , m ás o m e n o s , la im p o r ta n c ia q u e
e n tie m p o s de T ib e r io se p o d ía a tr ib u ir al c ristia n is m o . M as va q u e
d a n d o c la r o , p o c o a p o c o , q u e d ic h a g e n e r a l in e r v a c ió n d e l m u n d o
tie n e m ás co n secu en cia s y es m ás capaz de m o d ific a r la vid a , y m o d ifi
carla e n el fu tu r o , q u e los a co n te cim ien to s " p o lític o s ” su ced id os de los
tie m p o s d e A m p é r e h asta el d ía de hoy>>[lli!. L a agu d a m ira d a q u e
V aléry va a rr o ja n d o a este m u n d o v e n id e r o ya n o es la m ira d a d e l o f i
cia l de m a rin a , s in o m ás b ie n la d e l m a r in e r o q u e sabe q u e se a cerca
u n a to r m e n ta y q u e c o n o c e d em asiad o b ie n el c a m b io q u e se h a d ado
e n las c o n d ic io n e s d e la h is to r ia ( « in c r e m e n t o d e la n it id e z y d e la
p r e c isió n , in c r e m e n to p o r ta n to d e l p o d e r » ) ÍI?I p a ra n o d arse cu en ta
d e q u e , a h o r a , hasta « lo s p r o f u n d o s p e n s a m ie n to s p r o p io s d e
M a q u ia v elo o R ic h e lie u ya só lo tie n e n la c o n siste n cia y el v a lo r d e u h
c o n s e jo b u r s á t il» [,!1. A s í está ese « h o m b r e , sie m p re e n p ie e n el cabo
d el P en sam ien to , a b rie n d o b ie n lo s o jo s sob re las fro n te ra s d e las cosas
o d e la vista m ism a, c o m o t a l » |isl.
16 P. V aléry, Æegarà sur Je momie octuei et outra essais, 1913, en : Oeuvres, vol. 2 , op. etf-, p p . 919 *■
17 JMîJ-, p. 92«,
18 JW .f p . 925*
19 P- "Valéry, Extraits du Log-Book de Monsieur Teste, 1925» en.- Oeuvres, vo l. 2 , op, cit., p . 3 9 '
EDIPO O EL MITO RACIONAL^1
F u e m u y p o c o tie m p o d esp u és de la g u e r r a c u a n d o se o y ó h a b la r p o r
vez p r im e r a d e l e x p e rim e n to teatra l in g lés d e Hamletenjrac, d is c u tié n
d o s e m u c h o so b r e é l; ta l v e z , a q u í n o s b a ste s ó lo c o n m e n c io n a r la
p a ra d o ja de q u e Hamlet es u n a o b ra d em a siad o m o d e r n a p ara m o d e r
n iza rla . S in d ud a, h a h a b id o ép ocas q u e h ic ie r o n alg o así sin p r e t e n
d e rlo : es b ie n c o n o c id o q u e e n la p in tu r a y e n lo s m iste rio s m ed iev a
le s las fig u r a s a p a re c ía n ve stid a s c o n las r o p a s d e su é p o c a . S i esto
q u ie re ser h o y algo m ás q u e u n a b r o m a típ ic a m e n te esn o b , tie n e q u e
p r o c e d e r e n to d o c a so d e la m ás r ig u r o s a r e f le x ió n a rtís tic a . D e
h e c h o , e n lo s ú ltim o s a ñ o s, cierto s artistas gran d es o, al m en o s, r e fle
xivos h a n lleva d o a cab o « m o d e r n iz a c io n e s » d e este tip o , y e llo ta n to
e n la lite r a t u r a c o m o ta m b ié n e n m ú s ic a y p in tu r a . S e h a d a d o el
n o m b r e de « n e o c la s ic is m o » a la te n d e n c ia q u e P ica sso r e p r e s e n ta
c o n lo s c u a d r o s de I 9 ^ 7 > S trav in sk y c o n su O edipusrexy C o c te a u c o n
Orphée. M as n o sacam os este n o m b r e a c o la c ió n p a ra in c lu ir a G id e e n
la te n d e n c ia , a lo c u al se o p o n d r ía c o n r a z ó n , sin o p ara in d ic a r c ó m o
es p o s ib le q u e artistas ta n d ife re n te s e n tre sí h ayan lleva d o a cab o ese
p a r tic u la r d e sn u d a m ie n to (o r e v e stim ie n to , si se q u ie re ) d e las ob ras
g rie g a s e n fo r m a m o d e r n a . E n p r im e r lu g a r , esos a u to r e s p o d ía n
o b te n e r de esa m a n e ra , al re a liz a r sus e x p e rim e n to s, o b je to s c o n o c i
d os p e ro , al tie m p o , alejad os d e lo s tem as actu ales. P ues, e n e fe cto , e n
to d o s estos casos, se trata de e x p e rim e n to s o r ie n ta d o s d e a c u e rd o c o n
u n tip o c o n s tr u c tiv o , o , e n c ie r t o s e n tid o , d e o b ra s d e e s tu d io . E n
seg u n d o lu g a r, n ad a p o d ía ser m ás in teresa n te p a ra la in t e n c ió n c o n s-
tru c tiv is ta q u e r iv a liz a r c o n las o b ra s g r ie g a s , las c u a le s h a n s id o ,
d u ra n te m u c h o s siglos, el a u té n tic o c a n o n d e lo o r g á n ic o . Y , en te r
c e r lu g a r, a h í se p e r c ib e u n a in t e n c ió n , p ú b lic a o secreta, de p o n e r a
p r u e b a la e t e r n id a d (lo q u e es d e c ir , la a c tu a lid a d , re n o v a d a u n a y
o tra vez) d e las o b ra s grieg as m e n c io n a d a s. Y , c o n esta te rc e r a r e f le
x ió n , el o b s e r v a d o r ya está e n el c e n tr o d e la ú ltim a o b r a d e A n d r é
G id e . P e ro sin d u d a c o m p r e n d e r á m u y p r o n to q u e el e n to r n o c o n
c re to d e este Edipo es m u y p e c u lia r . A h í se h a b la d e l d o m in g o , d e la
e x p u ls ió n y d e lo s lo r e n e s e s , c o m o de d e c a d e n te s y vestales. E l a u to r
C on o c a s i ó n d e l s e g u n d o c e n t e n a r i o d e s u n a c i m i e n t o [i1
Y a n a d ie lee a W ie la n d . N o seríam os h o n ra d o s c o n el h o m b re n i ta m
p o c o c o n su b ic e n te n a r io si p a sá ra m o s p o r a lto d ic h o h e c h o o s ó lo
h iciéra m o s unas in d ica cio n es de d u d oso va lo r sob re lo s « p asajes» q u e,
a ú n h o y, son legibles. A s í n o llegaríam os a lo esencial. L o esencial es sin
d u d a la p e rte n e n c ia h istó ric a d e W ie la n d a la ép o ca en tre el B a r r o c o y
el R o m a n tic is m o , y , a ú n m ás e se n c ia l, el q u e su o b ra esté lig a d a de
m o d o ta n estre ch o a las c irc u n sta n c ia s d e la é p o c a q u e n o p o d e m o s
d e s p re n d e r la de ellas s in le s io n a r sus e le m e n to s m ás v a lio so s . P o r e l
co n tra rio , n o se p u e d e estu d iar e n serio aquellas circu n stan cias alem a
n as s in q u e r e r a d e n tra rse e n la fig u r a d e W ie la n d . T h e o d o r H e u ß
a cie rta c u a n d o e s c r ib e 1,1: « E l n ú m e r o d e p e rso n a s p a r a las cu ales el
e n c u en tro c o n W iela n d im p o n e e n to d o caso u n a c o n fr o n ta c ió n in m e
q u ed a d e l p o e ta al tr a d u c irlo e n p ro sa . L o q u e e n to n ces n o s q u ed a es
el p u r o y p e rfe cto c o n t e n id o » . Shakespeare, tal c o m o W ie la n d lo tra
d u jo e n p ro sa a le m an a, n o era el g e n io q u e en tu sia sm ó m ás ad elan te
tam b ién al m ism o G o e th e. Pues éste n u n c a h abría ad m irad o e n Shakes
peare eso q u e había im p resio n a d o a W iela n d , es d ecir, « lo m o r a l b ello ,
... lo h o n esto , lo que resulta am able e n las sensaciones y en las accion es
m o r a le s » [wI. S in e m b a rg o , sería e n tre las lín e a s d e ese texto a le m á n
p r e p a r a d o p o r W ie la n d d o n d e lo s le c to re s p o s te r io r e s e n c o n tr a r o n
a q u e llo q u e les h aría a d m ira r a Sh akespeare... y, al m ism o tie m p o , des
p recia r a W ielan d .
Para la fam a y la carre ra w iela n d ia n a tu v ie ro n m ás im p o r ta n c ia én
to d o caso obras co m o Agatón y Musarión, q u e escrib ió d u ra n te su ép oca de
B ib e r a c h 1" 1. L o a q u í d e te rm in a n te , c o m o ya v e n ía su c e d ie n d o m u c h o
tiem p o atrás, y co m o segu iría su ced ien d o d u ra n te m u c h o tiem p o to d a
vía, fu e r o n los vín cu lo s q u e p o d ía n existir en tre u n escrito r alem án y el
fe u d a lis m o . L o s v ín c u lo s d ecisivo s p a r a W ie la n d e r a n , e n e fe c to , lo s
trab ad os c o n el c o n d e S ta d io n , cu yo lin a je resid ía e n la zo n a de B ib e
rach desde hacía, más o m en o s, u n o s d oscien tos a ñ o s 1'*1.
10 W ie lan d , Theorie und Geschichte der Red-Kunst und Dicht-Kunst, cita d o en: E rh a rd B ru d e r,
« W iela n d ais S ch au spield irektor >>, en: Festschrift, op. cit , p. 75 -
11 G&sc/uc/ite desAgathon, 17 6 6 -1 7 6 7 ; oderDie Philosophie der Gro$enf 176 8.
12 E l con d e F ried rich v o n Stadion-W arthausen, que vivió en tre 1691 y I 7 &6 , fu e u n o de
los h om b res más in flu yen tes en la p o lítica alem ana d e su tie m p o , [n. d el T.]
13 C a rta de W ie la n d a R ie d l, citada en : G a b rie le F r e iin v o n K o e n ig -W a rth a u se n ,
« F rie d rich G r a fv o n S ta d io n » , en; íesísc/iri/l, op. cíí., p . 84*
CHRISTOPH M ARTIN W IELAND 417
p o s te r io r p a re c e h a b e r a fe c ta d o a W ie la n d ta n p r o fu n d a m e n te . A s í,
esta e x p e rie n c ia fu e n o só lo e n s e n tid o te m p o r a l, sin o ta m b ié n e n el
in te r io r , ex p resió n c o m p leta d e su r e la c ió n c o n la m u je r y, p o r tan to,
p r o fu n d a m e n te significativa.
D e c im o s e n s e n tid o te m p o r a l p o r q u e la a m istad de W ie la n d c o n
S o p h ie se e x tie n d e d u ra n te casi sesen ta a ñ o s . Y e n s e n tid o in t e r io r
p o r q u e ta l r e la c ió n le h a ce p a sa r de u n a im a g e n d e la m u je r q u e en
algun o s rasgos se p arece a la q u e se establece c o n las santas y las m ártires
in a b o r d a b le s y será fica s d e lo s altares b a r r o c o s al tip o b ie n d is tin to ,
p e ro n o m en o s rep resen ta tiv o , d e la m u je r lib re y p ro d u c tiv a q u e es la
p r o p ia d e l ro m a n tic ism o . A sí, S o p h ie L a R o ch e (pu es así se lla m ó tras
casarse c o n el secretario d e l c o n d e S ta d io n ) se v in o a c o n v e rtir gracias
a W ie la n d e n u n a escritora, y su Historia de la señorita Stemheim fu e e n efecto
u n o d e los lib ro s m ás leíd o s de la é p o c a 1'*1. M ás tard e, en la p e rso n a de
su n ie ta , q u e fu e S o p h ie B r e n ta n o , la c u a l c o n v e in tic u a tr o a ñ o s de
ed a d m u r ió e n b ra zo s d e l casi se p tu a g e n a rio W ie la n d , a tra e ría éste a
u n a d e las m ás c o m p le ta s m u je r e s ro m á n tic a s . L a in s c r ip c ió n d e la
láp id a q u e e n O ß m a n n s te d t cu b re las tu m b as co m u n e s de W ie la n d , de
su esposa y de S o p h ie B re n ta n o d escrib e el h erm o sísim o arabesco d e li
cad am en te r o c o c ó q u e ro d e a su vida:
L ie b e u n d F r e u n d s c h a ft u m s c h la n g d ie v e r w a n d te n S e e le n im L e b e n ,
U n d ih r S te r b lic h e s d e c k t d ie s e r g e m e in s a m e S te in * TSl.
W ie la n d h ie ß e r! S e lb st d u r c h d r u n g e n
V o n d e m W o r t, das e r g e g e b e n ,
W a r s e in w o h lg e fü h r te s L e b e n
S till, e in K r e is v o n M ä ß ig u n g e n
14 Sophie La R oche vivió en tre 1731 y 180 7. Fue autora de novelas de gran éxito, com o la
Geschichte des Fräuleins non Stemheim, 2 v o ls ., 1771. [N .d e lT .]
ig « E l am or y la amistad entrelazaron en vida a estas almas afines, / y esta piedra com ún
cubre sus restos mortales®-. C fr . W ern er D eetjen , «W ieland in W eim ar^ , en: Festschriß,
op. cif., p. 154-
16 « ¡S e llam aba W ielan d ! Im b u id o / p o r la p alabra q u e daba, / su vida b ie n c o n d u c i
da era / tra n q u ila , com o u n círcu lo d e m o d e ra cio n e s» .
4 i8 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
17 C o n v e rsa c ió n de G o e th e co n R ie m er d e l 11 de fe b re ro de 18 0 7.
18 G fr. A d r ia n o B e lli, « D e r E in d r u c k » , en: Festschrift, op. cit . , p . 157.
19 C .M , W ielan d , Dergoldne Spiegel oder die Könige von Scheschian, 4 vo ls.,
CHRISTOPH M ARTIN W IELAND 4 19
23 W ielan d fue n om b rad o en 1772 precep tor de los dos hijos de A n n a A m alia, duquesa
de S ajon ia-W eim ar-E isen ach, que, desde i 75 ®j ejercía la regencia. E l m ayor de sus
h ijos, KarI Auglhst. gran duque de Sajorna-W eim ar, subió al tro n o en 1775 7 co n vir
tió a W eim ar en el cen tro de la cultura alem ana.
24 C a rta d e W ie lan d a M erck d el 26 de ju n io de 1779 -
25 H an s W ahl, « W ie la n d u n d G o e t h e » , en: ifeíjc/iri/t, op. c it, p . 19 0 .
26 G o e th e , Gdfter, Helden und Wiélúnd, I 774 -
CHRISTOPH M ARTIN W IELAND 421
S o tra t e r u n te r u n s, h e r rlic h u n d h e h r,
E i n ec h ter G e iste rk ö n ig , d ah er;
U n d n ie m a n d fra g te, w er ist d e n n d e r ?
W ir fü h lte n b e im e rste n B lic k , 's w ar er!
W ir fü h lte n ’s m it a lle n u n se r n S in n e n ,
D u rc h alle u n sr e A d e r n r in n e n .
S o h at sic h n ie in G o tte s W elt
E in M e n sc h e n so h n u n s d arg estellt,
D e r alle G ü te u n d alle Gew alt
D e r M e n sc h h e it so in sich verein ig t!
P e ro la p e rso n a a la q u e W ie la n d ib a sa lu d a n d o d e este m o d o v e n ía al
tie m p o a ser la resp o n sa b le d e q u e a su p r o p ia o b ra le llega ra ese in s
tan te q u e él d e fin e , e n Los abderitanos, co m o a q u el in stan te « e n q u e esta
h isto ria n o in teresa rá ya a n ad ie m ás, n o e n tre te n d rá a n a d ie m ás, n o
fastid iará a n ad ie m ás y n o en o ja rá a n ad ie m á s » .
U n a d e las causas q u e p ro v o c a n qu e, co m o h em o s d ich o ya al p r in
c ip io , el c o n te n id o y el se n tid o h is tó ric o s de la su p e rfic ia lid a d p r o p ia
de W ie la n d sigan a ú n h o y sin c o n o ce rse es q u e aqu el d iscu rso p r o n u n
c ia d o p o r G o e th e e n el a ñ o 18 1 3 , c o n la fu e r z a in te n s a e im p e ra n te
c o n la q u e se eleva e n e l u m b r a l de la fa m a p o s tu m a d e W ie la n d , n o
p o d r ía apenas a le n ta r la existen cia d e in te n to s sim ila re stso1. M ás d u ro
d e e n te n d e r r e su lta el h e c h o d e q u e a lg u n a s de las cosas exp resad a s
p o r G o e th e so b re W ie la n d (y n o ta n to e n el c u e rp o d el d iscu rso co m o
e n o tro s lugares m ás d isp erso s) apen as d eja rá n h u e lla n in g u n a . C i e r
ta m e n te , n o s es b ie n c o n o c id a la fra se r e tr o sp e c tiv a d ic h a a E c k e r -
m a n n : « T o d a la A le m a n ia s u p e rio r está e n d eu d a c o n W ie la n d p o r su
31 C o n v e rsa c ió n d el 18 de e n ero de 18 2 5.
32 G o e th e , Díc/itungund Wakrheit, segunda p a rte , séptim o lib r o .
33 W ielan d d irig ió , en tre 1773 y * 7 ^ 9 » la revista cu ltu ral Der Teutsche Merkur.
34. C o n v e rsa c ió n de G o e th e c o n Falk d el 2 5 de e n ero de 1813-
424 ENSAYOS ES TÉTIC O S Y LITERARIOS
p a ra su tu m b a e n O ß m a n n s te d t. Y , c o n e llo , te n e m o s n o só lo el más
p r o fu n d o p e n sa m ie n to , sin o ta m b ié n el m ás ju s to q u e d e d ic ó G o e th e
a W iela n d : « G o m o vivo e n m ile n io s, m e suena siem p re ra ro o ír h ablar
d e las estatuas o lo s m o n u m e n to s . N o c o n s ig o p e n sa r e n u n a estatua
q u e le esté d e d ica d a a u n h o m b r e d e m é r ito s in im a g in á rm e la d e r r i
b ad a y d e stru id a p o r las g u erra s d e l fu tu r o . L o s b a rro te s de G o u d r a y
e n to r n o a la tu m b a de W ie la n d ya lo s v e o r e lu c ir c o m o h e r r a d u r a s
b ajo las patas de lo s caballos de u n a cab allería v e n id e r a » [3Sl. H a y a u to
res^ *5p ara cuya sup ervivencia la p o sib ilid a d d e volver a ser le íd o s n o es
m ás im p o r ta n te q u e u n a estatua. Sus fe r m e n to s se h a n fu n d id o p a ra
siem p re c o n el suelo m a tern o , c o n la le n g u a m a tern a . C h ris to p h M a r
tin W ie la n d era de esos au tores.
P r im e r o s t r a b a j o s
DE CRÍTICA DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
La B ella D urmiente 9 ■
L a reforma un movimiento cultural 13
D iálogo sobre la religiosidad del presente 17
E nseñanza y valoración 35
R omanticismo 43
R O M A N T IC IS M O : LA RESPUESTA D E L « P R O F A N O » 47
La en señ an za de la m oral 48
« E x p e r ie n c ia s » 54
P ensamientos sobre el « fes -itval » de G erhart H auftmann 57
M etas y cam inos de l o s g ru p o s p e d a g ó g ic o s e s tu d ia n tile s
en l a s u n iv ersid ad es alem an as 61
L a ju v e n tu d se m antuvo en sile n c io 67
V eladas literarias estudiantiles 70
E ducación erótica 73
L a posición religiosa de la nueva ju v en tu d 74
L a v id a de l o s e stu d ia n te s 77
E s t u d io s m e t a f ís i c o s y d e f i l o s o f í a d e l a h i s t o r i a
M e ta físic a de l a ju v e n tu d 93
D os poemas d e F ried rich H ó ld e r lin 10S
L a fe lic id a d d e l hom bre a n tig u o 130
j S ó c ra te s 133
S obre la E dad Media 136
'Trauerspiely tr a g e d ia 137
E l sig n ific a d o d e l len g u aje
EN EL THAViaiSPISLY EN LA TRAGEDIA 141
S obre el lenguaje en cuanto tal
Y SOBUE EL LENGUAJE DEL HOMBKE 144
S obre el programa de la filosofía venidera 163
D estino y carácter 175
H acia la crítica de la violencia 18 3
obras
LIBRO I
vol. i . El concepto de crítica de arte en el Romanticismo alemán, —
«Las afinidades electivas» de Goethe— £1 origen del 'Trauerspiel' alemán
vol. i>. La obra de arte en la época de su- reproductibilidad técnica —
Charles Baudelaire. Un poeta lírico en la era del gran capitalismo —
Sobre el concepto de Historia
LIBRO II
vol. i. Primeros trabajos de crítica de la educación y de la cultura — Estudios
metafísicos y de filosofía de la historia — Ensayos literarios y estéticos
vol. 2, Ensayos literarios y estéticos (cont.) - Fragmentos estéticos -
Conferencias y discursos—Artículos de enciclopedia —
Artículos de política cultural
LIBRO III
Críticas y recensiones
LIBRO IV
vol i. Charles Baudelaire, Tableauxparisiens — Traducciones de otras partes
de 'Les fleurs du mal’ — Calle de dirección única — Personajes alemanes —
Infancia en Berlín hacia upoo — Pensamientos — Sátiras, polémicas, glosas —
Informes
vol ?. Artículos ilustrados - Modelos de audición - Historias y novelísticas -
Miscelánea
LIBRO V
vols. i y 2. El libro de los pasajes
LIBRO VI
Fragmentos de temas variados — Escritos autobiográficos
LIBRO VII
Suplementos
G.W.F. HEGEL
o Filosofía del arte o Estética led. bilingüe!
o
<M FRIEDRICH NIETZSCHE
2 Fragmentos postumos led. Günter Wohlfart!
cc
o FÉLIX DUQUE
<
s El cofre de la nada
ARISTÓTELES
B I B L I O T E C A Protréptico led. bilingüe!
U na exhortación a la filosofía
a b a d a @ a b a d a e d ito re s .c o m
W ALTER BENJAM IN
A B A D A EDITORES Obras, libro 1-1
G. TR A K L/A . KUBIN
Revelación y ocaso led. bilingüe!
ARISTÓTELES
Constitución de los atenienses led, bilingüe) monográficos S I L E N O
VARIACIONES SOBRE A R TE Y P E N S A M IEN TO
ÁN G EL GABILONDO
sileno@abadaeditores.com
Mortal de necesidad [2a ed.)