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Submódulo 23.

Critérios para Estudos de


Hidrologia Operacional
Rev. Motivo da Revisão Data de Data e Instrumento
N.º Aprovação de Aprovação pela
pelo CA ANEEL
0 Este documento foi motivado pela criação do 23/07/2001 25/03/2002
Operador Nacional do Sistema Elétrico. Resolução nº
140/02

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1 OBJETIVO....................................................................................................................................... 3

2 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 3

3 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 3
3.1 RESPONSABILIDADES DO ONS..................................................................................................... 3
3.2 RESPONSABILIDADES DOS AGENTES ............................................................................................ 3
4 CRITÉRIOS ..................................................................................................................................... 3
4.1 ACOMPANHAMENTO DA SITUAÇÃO HIDROENERGÉTICA (REF. SUBMÓDULO 9.2)............................... 3
4.2 ELABORAÇÃO DO PLANO ANUAL DE PREVENÇÃO DE CHEIAS (REF. SUBMÓDULO 9.3) ..................... 6
4.3 ESTABELECIMENTO DAS REGRAS DE OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO DE CHEIA (REF. SUBMÓDULO 9.4) 10
4.4 PREVISÃO DE VAZÕES (REF. SUBMÓDULO 9.5) ........................................................................... 10
4.5 DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS (REF. SUBMÓDULO 9.6) ... 11
4.6 QUANTIFICAÇÃO DA EVAPORAÇÃO LÍQUIDA (REF. SUBMÓDULO 9.8)............................................. 12
4.7 ATUALIZAÇÃO DE RESTRIÇÕES OPERATIVAS HIDRÁULICAS DE RESERVATÓRIOS (REF. SUBMÓDULO
9.9) ................................................................................................................................................ 12

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1 OBJETIVO
1.1 Estabelecer os critérios a serem adotados nos procedimentos descritos no Módulo 9 -
Hidrologia Operacional dos Procedimentos de Rede, envolvendo atividades associadas ao
acompanhamento da situação hidroenergética, à elaboração do Plano Anual de Prevenção de
Cheias, ao estabelecimento das regras de operação em situação de cheia, à previsão de vazões,
à disponibilização de informações meteorológicas e climáticas, à quantificação da evaporação
líquida e à atualização de restrições operativas hidráulicas de reservatórios.

2 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


2.1 Não se aplica.

3 RESPONSABILIDADES

3.1 Responsabilidades do ONS


(a) Obter internamente todos os dados e informações necessários à realização dos estudos
para a elaboração dos critérios utilizados no Módulo 9 – Hidrologia Operacional.

3.2 Responsabilidades dos Agentes


(a) Fornecer dados e informações complementares quando solicitado.

4 CRITÉRIOS

4.1 Acompanhamento da Situação Hidroenergética (ref. submódulo 9.2)

4.1.1 Critérios para a consistência diária dos dados operativos hidráulicos (ref. item 4.1)
4.1.1.1 Os dados operativos hidráulicos diários, ao serem obtidos e atualizados estão sujeitos as
seguintes análises de consistência:
(a) verificação se o nível d’água do reservatório está entre os valores de nível d’água mínimo
e máximo operativo para cada aproveitamento;
(b) verificação se o valorde volume armazenado é compatível com o valor calculado a partir do
nível d’água através da curva cota-volume de cada aproveitamento;
(c) verificação se o valor de afluência do reservatório é consistente com a defluência e a
variação do volume armazenado entre dois dias consecutivos, adotando-se, para tal
análise, uma tolerância que pode variar para cada aproveitamento.

4.1.2 Critérios para a reconstituição da vazão natural (ref. item 4.2)


4.1.2.1 Método básico adotado na reconstituição da vazão natural afluente aos aproveitamentos
hidrelétricos é o método do balanço hídrico. No entanto, quando justificável, conforme os

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procedimentos descritos no item 4.12. do submódulo 9.2, podem ser adotados outros métodos
alternativos, tais como os métodos baseados na regressão ou propagação de vazões de postos
fluviométricos localizados a montante dos aproveitamentos. Quando adotado o método do balanço
hídrico, torna-se necessário retirar o efeito da evaporação líquida sobre o espelho d’água formado
pelo reservatório.
4.1.2.2 Método do Balanço Hídrico: A partir das informações de vazões afluentes, turbinadas e
vertidas médias diárias ou de intervalos de tempos menores, fornecidas pelos Agentes de
Geração, dos tempos de viagem médio da água entre os aproveitamentos e da topologia dos
sistemas de reservatórios de aproveitamentos hidrelétricos são calculadas as vazões naturais.
Considera-se também neste cálculo, a retirada do efeito da evaporação líquida a partir dos valores
de evaporação líquida, quantificados conforme os procedimentos do submódulo 9.8, dos valores
de nível d’água dos reservatórios no início e ao final do intervalo de tempo considerado, fornecidos
pelos Agentes de Geração, e das equações Cota-Área dos reservatórios, obtida através dos
procedimentos do submódulo 9.7. A expressão para a reconstituição da vazão natural pelo método
do balanço hídrico é a seguinte:
n E (i, m) 0
QN (i, t ) = A(i, t ) + ∑ .[ A( j, t − lij ) − T ( j, t − lij ) − V ( j, t − lij )] + [ .[ A + A1.h (t ) + A2 .h (t )2 + A3.h (t )3 + A4 .h (t )4 ].k ]
j =1 ∆t
onde,
i – identificação do reservatório para o qual está sendo calculada a vazão natural;
j – identificação de reservatório situado a montante do reservatório i;
n – número de reservatórios situados a montante do reservatório i;
t – identificação do intervalo de tempo para o qual está sendo calculada a vazão natural;
lij – tempo de viagem médio da água entre os reservatórios i e j (número inteiro);
A – vazão afluente de reservatório;
T – vazão turbinada de reservatório;
V – vazão vertida de reservatório;
E – taxa de evaporação líquida de reservatório (mm/mês);
m – mês de referência para o intervalo de tempo t;
∆t – intervalo de tempo;
h – nível d’água médio do reservatório durante o intervalo de tempo considerado;
A0,1,2,3 e 4 – coeficientes da equação Cota-Área de reservatório;
k – coeficiente de transformação de unidade de volume em unidade de vazão.

4.1.3 Critérios para o cálculo da energia natural afluente verificada (ref. item 4.3)
4.1.3.1 O método adotado para o cálculo da energia natural afluente verificada baseia-se nas
informações de vazões naturais, obtidas conforme os procedimentos descritos no item 4.2 do
submódulo 9.2, e de produtibilidades médias de aproveitamentos hidrelétricos, obtidas conforme
os procedimentos do submódulo 7.2, considerando-se os sistemas de aproveitamentos
hidrelétricos existentes nas configurações de subsistemas elétricos e de bacias hidrográficas.
4.1.3.2 Cálculo da energia natural afluente verificada em subsistema elétrico:
A formulação apresentada a seguir é equivalente à soma da energia controlável com a energia a
fio d'água bruta, conceitos definidos e utilizados no modelo de planejamento energético NEWAVE.
n
ENASUBSISTEMA(t ) = ∑ (QN (i, t ). p(i ))
i =1
onde,
t – identificação do intervalo de tempo para o qual está sendo calculada a energia natural afluente;
i – identificação de aproveitamento pertencente ao sistemas de aproveitamentos do subsistema
elétrico considerado;
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n – número de aproveitamentos existentes no sistema de aproveitamentos do subsistema elétrico


considerado;
QN – vazão natural afluente média verificada em aproveitamento hidrelétrico no intervalo de tempo
considerado;
p – produtibilidade média do conjunto turbina-gerador de aproveitamento hidrelétrico referente à
queda dada pela diferença entre o nível de montante com armazenamento de 65% do volume útil
e o nível do canal de fuga médio.

4.1.3.3 Cálculo da energia natural afluente verificada em bacia hidrográfica:


m
ENABACIA(t ) = ∑ (QN (i, t ). p(i ))
i =1
onde,
t – identificação do intervalo de tempo para o qual está sendo calculada a energia natural afluente;
i – identificação de aproveitamento pertencente ao sistemas de aproveitamentos da bacia
hidrográfica considerada;
m – número de aproveitamentos existentes no sistema de aproveitamentos da bacia hidrográfica
considerada;
QN – vazão natural afluente média verificada em aproveitamento hidrelétrico no intervalo de tempo
considerado;
p – produtibilidade média do conjunto turbina-gerador de aproveitamento hidrelétrico referente à
queda dada pela diferença entre o nível de montante com armazenamento de 65% do volume útil
e o nível do canal de fuga médio.

4.1.4 Critérios para a identificação de inconsistências das vazões naturais médias diárias
(ref. item 4.9)
4.1.4.1 As vazões naturais médias diárias reconstituídas conforme os procedimentos descritos no
item 4.2 do submódulo 9.3, são consideradas inconsistentes quando ocorrer o seguinte:
(a) incremento negativo de vazão natural entre aproveitamentos;
(b) taxa de variação diária da vazão natural incompatível com a variação máxima, que é
intrínseca ao trecho de bacia hidrográfica onde o aproveitamento está localizado.

4.1.5 Critérios para a estimação das vazões naturais médias de semana ou mês incompletos
(ref. Itens 4.10 e 4.11)
4.1.5.1 O método para a estimação das vazões naturais afluentes médias de semana ou mês
incompletos em aproveitamentos hidrelétricos baseia-se na média entre os valores de vazões
naturais médias diárias verificadas, no período já decorrido, e os valores de vazões naturais
médias diárias previstas, para os dias restantes da semana ou mês. O peso de cada uma destas
médias é diretamente proporcional ao número de dias de cada um dos períodos (período de
valores verificados e período de valores previstos). A seguir, é apresentada a expressão do
cálculo da estimação das vazões naturais médias:
n m
{[∑ (QNVERIF (i, d ))] + [ ∑ (QN PREV (i, d ))]}
d =1 d = n +1
QN (i, t ) =
m
onde,
i – identificação do aproveitamento hidrelétrico para o qual está sendo estimada a vazão natural
média de semana ou mês incompleto;
t – identificação da semana ou mês para o qual está sendo estimada a vazão natural média;

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d – identificação do dia pertencente à semana ou ao mês considerado;


n – número de dias com valores de vazões naturais já verificadas;
m – número de dias do período considerado (semana – 7; mês – 28 ou 29 ou 30 ou 31);
QNVERIF – vazão natural afluente média diária verificada em aproveitamento hidrelétrico;
QNPREV – vazão natural afluente média diária prevista em aproveitamento hidrelétrico.

4.2 Elaboração do Plano Anual de Prevenção de Cheias (ref. Submódulo 9.3)

4.2.1 Critérios para a definição dos sistemas de reservatórios para controle de cheias (ref.
item 4.1)
4.2.1.1 A partir das restrições de vazões ou níveis máximos cadastrados conforme os
procedimentos do submódulo 9.7, e atualizadas, conforme os procedimentos do submódulo 9.9,
são identificados, dentre os reservatórios existentes a montante das restrições e a jusante, no
caso de restrições de nível máximo devido a remanso, aqueles que formarão os sistemas de
reservatórios para controle de cheias, segundo os critérios a seguir:
(a) capacidade suficiente para a alocação de volume de espera;
(b) efetividade para o controle de cheias nos locais de restrição de vazão máxima
considerados;
(c) minimização dos impactos energéticos.
4.2.1.2 Para a avaliação dos critérios acima mencionados podem ser utilizados os modelos
adotados nos procedimentos para a geração de séries sintéticas (DIANA), cálculo de volumes de
espera (CAEV e VOLESP) e avaliação dos impactos energéticos, conforme estabelecido nos
procedimentos dos itens 4.5, 4.6 e 4.8 do submódulo 9.3, respectivamente.

4.2.2 Critérios para a definição do período de controle de cheias (ref. item 4.2)
4.2.2.1 A partir séries históricas de vazões naturais diárias nos locais dos reservatórios dos
sistemas de reservatórios para controle de cheias, definidos conforme os procedimentos descritos
no item 4.1 do submódulo 9.3, identifica-se, segundo a sazonalidade das vazões, os períodos nos
quais deverão ser alocados volumes de espera em cada um dos sistemas, ou seja, os períodos
nos quais há incidência significativa de vazões naturais superiores aos valores de restrição de
vazão máxima.
4.2.2.2 Para a avaliação dos critérios acima mencionados podem ser utilizados os modelos
adotados nos procedimentos para a geração de séries sintéticas (DIANA) e cálculo de volumes de
espera (CAEV e VOLESP), conforme estabelecido nos procedimentos dos itens 4.5 e 4.6 do
submódulo 9.3, respectivamente.

4.2.3 Critérios para o estabelecimento dos cenários hidrológicos de tendências


macroclimáticas (ref. itens 4.3 e 4.4)
4.2.3.1 Com base nas informações sobre o fenômeno El Niño, obtidas conforme os procedimentos
do submódulo 9.6, e nas series históricas de vazões naturais médias diárias, obtidas conforme os
procedimentos do submódulo 9.2, é apurada a influência das tendências macroclimáticas em
anomalias nas vazões, em especial, no regime de cheias nas bacias hidrográficas nas quais os
sistemas de reservatórios estão inseridos. A partir desta apuração são definidos quais sistemas de
reservatórios sofrem influência de fenômenos macroclimáticos e que, por esta razão, terão
considerados nos seus estudos cenários hidrológicos relacionados às fases deste fenômeno
macroclimático.

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4.2.3.2 As séries de vazões naturais diárias históricas de sistemas de reservatórios para controle
de cheias nos quais seja considerada a influência de tendências macroclimáticas, são
desagregadas em séries de vazões compostas apenas por períodos de igual cenário hidrológico.
Nesta desagregação são considerados os seguintes cenários hidrológicos, relacionados às fases
do fenômeno El Niño:
(a) El Niño;
(b) Normal e
(c) La Niña.
4.2.3.3 As séries de vazões naturais diárias históricas por cenário hidrológico, obtidas a partir da
desagregação da série histórica original, podem resultar em séries de extensão reduzida, em torno
ou abaixo de 10 anos. Caso isto aconteça, pode-se adotar para a formação das séries históricas
associadas a cenários hidrológicos, a serem utilizadas diretamente no cálculo de volumes de
espera ou na geração de séries sintéticas de vazões diárias, as seguintes composições para cada
cenário:
(a) El Niño – séries históricas El Niño + séries históricas Normal;
(b) Normal – séries históricas Normal, e
(c) La Niña – séries históricas La Niña + séries históricas Normal.
4.2.3.4 Os sistemas de reservatórios para controle de cheias, em razão das localizações
geográficas das bacias hidrográficas em que estão situados, podem apresentar características
distintas entre si em relação a influência do fenômeno El Niño no comportamento das vazões. Por
esta razão, para o estabelecimento das características específicas de cada cenário hidrológico de
tendências macroclimáticas, são adotados critérios diferenciados por sistema de reservatórios. A
seguir, estão descritos apenas os critérios gerais para o estabelecimento dos cenários, aplicáveis
a cada um dos sistemas de reservatórios para controle de cheias.
4.2.3.5 Seleção dos índices relativos ao fenômeno El Niño: Com base nas informações disponíveis
sobre o fenômeno macroclimático El Niño, seleciona-se um ou mais dos seguintes índices
característicos do fenômeno:
(a) SOI – diferença de pressão entre as localidades de Darwin (Austrália) e Tahiti (Polinésia
Francesa);
(b) STT1 – temperatura da superfície do mar na região do oceano Pacífico denominada de
Niño 1+2;
(c) STT3 - temperatura da superfície do mar na região do oceano Pacífico denominada de
Niño 3;
(d) STT4 - temperatura da superfície do mar na região do oceano Pacífico denominada de
Niño 4;
(e) STT34 - temperatura da superfície do mar na região do oceano Pacífico denominada de
Niño 3+4;
(f) WND800 – vento em 800 hPa e
(g) WND200 – vento em 200 hPa.
4.2.3.6 Definição dos períodos de análise dos dados: Considerando-se a existência de uma
defasagem entre a verificação de anomalias associadas ao fenômeno El Niño e a observação de
anomalias nas vazões nas bacias hidrográficas de interesse, são definidos os períodos
antecedentes ao período de controle de cheias, no qual serão analisadas as informações relativas
aos índices selecionados.

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4.2.3.7 Caracterizações dos cenários hidrológicos de tendências macroclimáticas: São definidos


um ou mais valores limites para os índices selecionados e o número de meses mínimo em que
estes limites devem ser ultrapassados, em pelo menos 1 dos períodos de análise dos dados, para
que seja caracterizado cada um dos cenários hidrológicos de tendências macroclimáticas.

4.2.4 Critérios para análise de consistência das séries sintéticas de vazões diárias (ref. Item
4.5)
4.2.4.1 Para a análise de consistência das séries sintéticas de vazões incrementais diárias,
geradas conforme os procedimentos descritos no item 4.5 do submódulo 9.3, em relação às séries
históricas, considera-se prioritariamente os seguintes resultados do modelo DIANA, obtidos
através do relatório do programa COMPARA, que é parte integrante do modelo. Entre parênteses
são apresentados os valores de referência para um ajuste ótimo:
(a) probabilidade da média da vazão diária da série sintética ser superior a da série histórica
(0,5);
(b) probabilidade do desvio padrão da vazão diária da série sintética ser superior a da série
histórica (0,5);
(c) probabilidade da média do volume de espera anual da série sintética ser superior a da
série histórica (0,5);
(d) probabilidade do desvio padrão do volume de espera anual da série sintética ser superior a
da série histórica (0,5);
(e) probabilidade da distância multivariada da média e do desvio padrão do volume de espera
anual da série sintética ser superior à da série histórica (1,0);
(f) teste de Smirnov para os volumes de espera anuais das séries sintética e histórica
(aceitação com nível de significância de 10%).

4.2.5 Critérios para o cálculo das alternativas de volumes de espera em sistemas de


reservatórios (ref. itens 4.6 e 4.7)
4.2.5.1 No procedimento de cálculo dos volumes de espera, há duas opções de modelos: CAEV, o
qual utiliza séries sintéticas de vazões naturais incrementais médias diárias, e VOLESP, o qual
utiliza séries históricas de vazões naturais totais médias diárias. Preferencialmente, adota-se o
modelo CAEV sempre que for possível a obtenção de séries sintéticas consistentes com a série
histórica, de acordo com os critérios estabelecidos no item 4.2.4. No entanto, quando isto não for
possível, adota-se o modelo VOLESP.
4.2.5.2 No caso de utilização do modelo CAEV, os resultados obtidos são restrições de volumes
vazios mínimos para subconjuntos de reservatórios integrantes do sistema de reservatórios para
controle de cheias. Exceto o caso de sistemas de reservatórios com apenas 1 reservatório, no
qual o resultado pode ser diretamente adotado como o volume de espera do reservatório, para a
obtenção dos volumes de espera por reservatório é necessário o processamento de uma
distribuição espacial que atenda a todas as restrições fornecidas pelo modelo.
4.2.5.3 No caso de utilização do modelo VOLESP, todos os resultados obtidos podem ser
diretamente adotados como volumes de espera dos reservatórios.
4.2.5.4 Em ambos os modelos, quando não há um reservatório imediatamente a montante do local
da restrição de vazão máxima, pode ser definido um reservatório fictício. Os resultados obtidos
para este reservatório deverão ser objeto de uma distribuição espacial entre os reservatórios
existentes a montante e que sejam integrantes do mesmo sistema de reservatórios para controle
de cheias.

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4.2.5.5 Para a execução da distribuição espacial de volumes de espera num sistema de


reservatórios para controle de cheias, considera-se:
(a) o fator de contribuição das vazões em cada local de reservatório em relação ao local para
o qual foi calculado o volume de espera;
(b) capacidade suficiente para a alocação de volume de espera;
(c) efetividade para o controle de cheias nos locais de restrição de vazão máxima
considerados e
(d) minimização dos impactos energéticos.
4.2.5.6 Cenários hidrológicos: Nos sistemas de reservatórios para controle de cheias em que seja
considerada a influência de tendências macroclimáticas, conforme os critérios estabelecidos no
item 4.2.3 deste submódulo, o cálculo dos volumes de espera por reservatório é executado para
todos os cenários hidrológicos associados ao fenômeno El Niño: El Niño, Normal e La Niña.
Portanto, para o cálculo dos volumes de espera são consideradas as séries formadas para todos
os cenários hidrológicos, conforme os procedimentos descritos no item 4.4 do submódulo 9.3.
Somente na elaboração das Diretrizes para as Regras de Operação de Controle de Cheias,
conforme os procedimentos do submódulo 9.4, é que serão definidos os cenários hidrológicos de
tendências macroclimáticas a serem adotados em cada sistema de reservatórios durante o
período de controle de cheias.
4.2.5.7 Alternativas de tempos de retorno: Os cálculos de volumes de espera são executados para
um conjunto de alternativas de tempos de retorno para a proteção dos locais das restrições de
vazões máximas de todos os sistemas de reservatórios para controle de cheias do Sistema
Interligado Nacional. A definição deste conjunto de alternativas é feita a partir de uma alternativa
básica de tempos de retornos, um para cada local de restrição, sugeridos pelos Agentes de
Geração responsáveis pela operação dos aproveitamentos hidrelétricos situados a montante dos
locais das restrições de vazões máximas. Em razão da alocação de volumes de espera poder
causar impactos para a operação eletroenergética, são elencadas uma ou mais alternativas de
tempos de retorno inferiores aos propostos pelos Agentes.

4.2.6 Critérios para a avaliação dos impactos energéticos das alternativas de volumes de
espera (ref. item 4.8)
4.2.6.1 A partir das alternativas de volumes de espera para todos os reservatórios dos sistemas de
reservatórios para controle de cheias, definidas conforme os critérios estabelecidos no item 4.2.5
deste submódulo, e da alternativa de não alocação de volumes de espera são avaliados os
impactos na operação eletroenergética utilizando-se os modelos de avaliação energética, em
conformidade com aqueles estabelecidos no Módulo 18. Nesta avaliação, para todas as
alternativas estudadas, são considerados os seguintes resultados por subsistema elétrico:
(a) risco de déficit no horizonte de 5 anos a frente;
(b) custo marginal de operação nos três patamares de carga;
(c) probabilidade de reenchimento dos sistemas de reservatórios ao final do período de
controle de cheias.

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4.3 Estabelecimento das Regras de Operação em Situação de Cheia (ref. Submódulo 9.4)

4.3.1 Critérios para a operação em situação normal e em emergência (ref. item 4.1.1)
4.3.1.1 Situação de operação normal: Num sistema de reservatórios, durante o período de controle
de cheias, é caracterizada quando não há perspectivas de esgotamento dos volumes vazios nos
reservatórios do sistema e de liberação de descargas defluentes superiores às restrições de vazão
máxima, ou ainda, de alcance de níveis nos reservatórios que provoquem remanso com
inundação nos pontos de controle, no caso de sistema de reservatórios cujo ponto de controle está
situado a montante. Caracteriza-se também pela perspectiva de que os tempos de retorno
recomendados para a proteção dos locais de restrições de vazões máximas não possam ser
mantidos em razão da necessidade de amortecimento de uma cheia. As vazões defluentes devem
ser mantidas iguais às restrições de vazões máximas, respeitadas as taxas de variação máxima
das vazões defluentes, em conseqüência, os volumes de espera metas devem ser ocupados.
4.3.1.2 Situação de operação em emergência: Num sistema de reservatórios caracteriza-se pela
ocorrência de vazões naturais superiores às restrições de vazões máximas num ou mais locais
associada à perspectiva de esgotamento dos volumes vazios nos reservatórios do sistema e a
conseqüente necessidade de liberação de descargas defluentes superiores às restrições de vazão
máxima, com a provocação de inundação num ou mais locais de restrições. No caso de sistema
de reservatórios cujos locais de restrições estão situados a montante, esta situação caracteriza-se
pela perspectiva de alcance de níveis nos reservatórios que provocam remanso com inundação
nos locais de restrições.

4.3.2 Critérios para a revisão dos volumes de espera definidos no Plano Anual de
Prevenção de Cheias (ref. item 4.2.2)
4.3.2.1 A revisão dos volumes de espera é realizada apenas para sistemas de reservatórios para
controle de cheias que apresentam os seguintes aspectos:
(a) dois ou mais reservatórios;
(b) volumes de espera compartilhados, calculados pelo modelo CAEV.
4.3.2.2 A revisão de volumes de espera é realizada no processo de elaboração do Programa
Mensal de Operação – PMO ou de suas revisões semanais. Para a identificação da necessidade
de revisão, considera-se a existência de operação hidráulica que impeça a otimização energética,
tal como vertimentos, em decorrência do atendimento aos volumes de espera definidos no Plano
Anual de Prevenção de Cheias.
4.3.2.3 Caso seja identificada a necessidade de revisão, verifica-se com a utilização do programa
ARISCO a viabilidade de novas alternativas de volumes de espera, que evitem ou minimizem as
restrições para a otimização energética, preservando, contudo, a manutenção dos tempos de
retorno recomendados para a proteção dos locais de restrição de vazões máximas.

4.4 Previsão de Vazões (ref. Submódulo 9.5)

4.4.1 Critérios para a verificação do desempenho da previsão semanal (ref. item 4.2)
4.4.1.1 Realiza-se uma comparação das vazões naturais semanais verificadas, obtidas conforme
os procedimentos descritos no submódulo 9.2 e das vazões naturais semanais previstas obtidas
com o modelo PREVIVAZ, calculando-se o erro da previsão semanal relativo à vazão verificada.
Para a verificação do desempenho anual considera-se a média dos erros semanais, a média de
seus módulos e o erro máximo.

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4.4.2 Critérios para a análise anual e adequação dos modelos (ref. item 4.3)
4.4.2.1 Realiza-se uma análise das previsões efetuadas ao longo do ano, determinando-se a
necessidade ou não da substituição do tipo de transformação que vem sendo executada nos
dados de cada aproveitamento. Os locais de aproveitamento, para os quais na análise anual do
desempenho observaram-se valores de erro médio relativo superiores a 20%, roda-se o modelo
PREVIVAZ para os últimos três meses com outros tipos de transformações para verificar se há
diminuição no erro. Caso seja positivo passa a adotar-se essa nova transformação e caso
contrário nada é alterado.

4.4.3 Critérios para a obtenção da previsão de vazões semanais (ref. item 4.5.3.1)
4.4.3.1 Para a obtenção da previsão de vazões semanais, é realizada uma consistência visual no
resultado do modelo PREVIVAZ, de modo a não permitir a ocorrência de vazões naturais
semanais incrementais negativas entre os aproveitamentos. Para realizar tal função, utiliza-se o
programa SAPS, descrito no Módulo 18, adotando-se um critério de manutenção do hidrograma
da respectiva bacia, de forma a que o comportamento da previsão de vazões não permita a
ocorrência de inconsistências em relação às vazões previstas para os demais aproveitamentos da
bacia. As consistências são realizadas de jusante para montante, visando minimizar o número de
alterações e evitar o surgimento de novas inconsistências. Se a incremental envolve o
aproveitamento mais a jusante na cascata, ou existir uma área incremental de valor elevado entre
um determinado aproveitamento e o aproveitamento a jusante, opta-se por aumentar as vazões
nesse aproveitamento. Se por outro lado a incremental envolve a usina mais a montante numa
cascata, opta-se por diminuir as vazões nesse local.

4.4.4 Critérios para a obtenção da previsão de vazões mensais (ref. item 4.5.3.2)
4.4.4.1 A partir da previsão semanal, obtida com o modelo PREVIVAZ, calcula-se a vazão natural
média mensal para cada aproveitamento, como sendo a média aritmética das vazões naturais
médias semanais, de todas as semanas do Programa Mensal de Operação, alimenta-se o modelo
PREVAZ, com essas previsões mensais do primeiro mês e executa-se esse modelo, obtendo-se
as previsões mensais para os demais 11 (onze) meses, posteriores ao primeiro mês.

4.5 Disponibilização de Informações Meteorológicas e Climáticas (ref. Submódulo 9.6)

4.5.1 Critérios para a determinação de chuva média em trecho de bacia hidrográfica (ref.
Item 4.3)
4.5.1.1 A precipitação média para cada trecho de bacia hidrográfica é obtida diariamente da
análise do campo de isoietas. Esses campos são obtidos a partir dos dados de precipitação
acumulada em 24 horas das estações meteorológicas (convencionais e automáticas) disponíveis,
que inclui a rede do Instituto Nacional de Meteorologia, dos sistemas estaduais de meteorologia,
empresas de energia elétrica e da Agência Nacional de Energia Elétrica.

4.5.2 Critérios para a previsão de chuva média em trecho de bacia hidrográfica (ref. Item
4.3).
4.5.2.1 A previsão de chuva média é realizada com base nos campos de precipitação dos modelos
Global e Regionais rodados em alguns centros de previsão do tempo nacionais e internacionais,
nos aspectos dinâmicos e físicos das condições de tempo recente (últimas 24 horas) e nos
campos de pressão atmosférica, linhas de corrente, umidade, divergência e espessura em
diversos níveis da atmosfera previstos por esses modelos.

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Procedimentos de Rede
Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência
CRITÉRIOS PARA ESTUDOS DE HIDROLOGIA 23.5 0 25/03/2002
OPERACIONAL

4.5.3 Critérios para a previsão e emissão de alerta de vento nos sistemas de transmissão
(ref. Item 4.3).
4.5.3.1 A previsão de vento é realizada baseando-se nos campos de direção e velocidade do
vento gerados por modelos de resoluções global e regional.
4.5.3.2 A emissão de alertas é feita a partir dos campos desses mesmos modelos e do
acompanhamento das condições de tempo.

4.6 Quantificação da Evaporação Líquida (ref. Submódulo 9.8)

4.6.1 Critérios para a determinação dos vetores de evaporação líquida nos reservatórios
(ref. Item 4.3).
4.6.1.1 A evaporação líquida é obtida pela diferença entre a evaporação de lago e a
evapotranspiração real calculadas pelo método de Morton. A evaporação de lago é calculada
usando o modelo CRLE – Complementary Relationship Lake Evaporation e a evapotranspiração
real usando o modelo CRAE – Complementary Relationship Areal Evapotranspiration. As
grandezas meteorológicas necessárias são:
(a) temperatura média mensal;
(b) umidade relativa média mensal;
(c) número de horas de insolação mensal e
(d) precipitação anual.
4.6.1.2 Estes dados das estações meteorológicas são obtidos das normais climatológicas para os
períodos 1931 a 1960 e 1961 a 1990, respectivamente. A partir das coordenadas geográficas
(latitude, longitude e altitude) e de técnicas de regionalização (interpolação espacial por
superfícies multiquadráticas) estas grandezas são calculadas para os locais de aproveitamentos
hidrelétricos e então calculadas a evaporação de lago e a evapotranspiração real nestes locais.

4.7 Atualização de Restrições Operativas Hidráulicas de Reservatórios (ref. Submódulo 9.9)

4.7.1 Critérios para avaliar os impactos energéticos associados à incorporação de


restrições operativas hidráulicas (ref. item 4.2).
4.7.1.1 Com base nas informações fornecidas pelos Agentes de Geração a respeito das
restrições, são configurados conjuntos de restrições operativas hidráulicas por aproveitamento
hidrelétrico e por subsistema elétrico, considerando as restrições até então adotadas e as novas
restrições, tendo em vista permitir a análise comparativa tanto do impacto específico de cada
restrição, quanto do impacto sistêmico do conjunto de restrições.
4.7.1.2 São consideradas como restrições operativas hidráulicas as limitações de caráter
conjuntural. As limitações de caráter estrutural são tratadas como características físicas dos
aproveitamentos, conforme os procedimentos descritos no submódulo 9.7.
4.7.1.3 A partir dos conjuntos de restrições, são feitas avaliações dos impactos na operação
eletroenergética, através da utilização de modelos de simulação da operação, em conformidade
com o estabelecido no Módulo 18. São analisados os impactos locais e sistêmicos nos seguintes
aspectos:
(a) capacidade de armazenamento;
(b) disponibilidades de geração hidroelétrica;

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Procedimentos de Rede
Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência
CRITÉRIOS PARA ESTUDOS DE HIDROLOGIA 23.5 0 25/03/2002
OPERACIONAL

(c) produtividade dos aproveitamentos hidroelétricos;


(d) expectativas para os custos marginais de operação;
(e) expectativas para os montantes de geração termelétrica;
(f) expectativas para os montantes de energia não suprida;
(g) expectativas para o custo total de operação do SIN;
(h) expectativas para os montantes de energia vertida;
(i) otimização energética;
(j) interferência na operação hidráulica dos demais aproveitamentos;
(k) nível de segurança operacional da rede básica de transmissão.

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