B O U R D É Y H E R V É M A R T I N

N DE PASCAL BALMAND

S ESCUELAS
HISTÓRICAS

Traducido por
R o s i n a L a j o y Victoria F rigola

R e v i s i ó n científica p o r
E l e n a H e r n á n d e z Sandoica
 G U Y B O U R D É Y H E R V É M A R T I N
Maqueta: R A G CON LA COLABORACIÓN DE PASCAL BALMAND
Título original: Les écoles historiques

LAS ESCUELAS
HISTÓRICAS

Traducido por
R o s i n a L a j o y Victoria F rigola
Reservados todos los derechos. De acuerdo a lo dis-
puesto en el art. 534-bis, a), del Código Penal, po-
drán ser castigados con penas de multa y privación R e v i s i ó n científica p o r
de libertad quienes reproduzcan o plagien, en todo E l e n a H e r n á n d e z Sandoica
o en parte, una obra literaria, artística o científica fi-
jada en cualquier tipo de soporte sin la preceptiva
autorización.

© Éditions du Seuil, 1990

© Ediciones Akal, 1992
Para todos los países
de habla hispana
Los Berrocales del Jarama
Apdo. 400 - Torxejón de Ardoz
Teléis.: 656 56 11 - 656 49 11
Fax: 656 49 95
Madrid - España
ISBN: 84-7600-840-6
Depósito legal: M. 22.074-1992
Impreso en Anzos, S. A.
Fuenlabrada (Madrid)
 G U Y B O U R D É Y H E R V É M A R T I N
Maqueta: R A G CON LA COLABORACIÓN DE PASCAL BALMAND
Título original: Les écoles historiques

LAS ESCUELAS
HISTÓRICAS

Traducido por
R o s i n a L a j o y Victoria F rigola
Reservados todos los derechos. De acuerdo a lo dis-
puesto en el art. 534-bis, a), del Código Penal, po-
drán ser castigados con penas de multa y privación R e v i s i ó n científica p o r
de libertad quienes reproduzcan o plagien, en todo E l e n a H e r n á n d e z Sandoica
o en parte, una obra literaria, artística o científica fi-
jada en cualquier tipo de soporte sin la preceptiva
autorización.

© Éditions du Seuil, 1990

© Ediciones Akal, 1992
Para todos los países
de habla hispana
Los Berrocales del Jarama
Apdo. 400 - Torxejón de Ardoz
Teléis.: 656 56 11 - 656 49 11
Fax: 656 49 95
Madrid - España
ISBN: 84-7600-840-6
Depósito legal: M. 22.074-1992
Impreso en Anzos, S. A.
Fuenlabrada (Madrid)
i
P R Ó L O G O
íj
i

E n F r a n c i a , l a h i s t o r i a o c u p a u n l u g a r e s t r a t é g i c o e n la e n c r u c i j a d a d e
las c i e n c i a s h u m a n a s , y o f r e c e la i m a g e n d e u n a d i s c i p l i n a q u e s e f u n d a -
m e n t a en u n a sólida tradición y q u e h a a l c a n z a d o la m a d u r e z . E n t é r m i n o s
g e n e r a l e s , l o s h i s t o r i a d o r e s se d e c a n t a n p o r l a p r á c t i c a e m p í r i c a y r e h u s a n ,
c o n c i e r t o m e n o s p r e c i o , l a r e f l e x i ó n t e ó r i c a . B a s t a l e e r la o b r a d e M a r c
F e r r o , Comment on raconte Fhistoire aux enfants á travers le monde ( 1 9 8 1 ) ,
p a r a d a r s e c u e n t a d e q u e , e n t o d a s p a r t e s , e n Á f r i c a d e l S u r , e n el I r á n ,
e n l a U n i ó n S o v i é t i c a , e n l o s E s t a d o s U n i d o s , e n el J a p ó n y e n o t r o s p a í -
s e s , l a c i e n c i a h i s t ó r i c a r e s p o n d e , e n el f o n d o , a u n d i s c u r s o i d e o l ó g i c o m á s
o m e n o s consciente. D e ahí la necesidad imperiosa q u e tiene el historiador
d e i n t e r r o g a r s e s o b r e las c o n d i c i o n e s , l o s m e d i o s y l o s l í m i t e s d e sus c o n o -
c i m i e n t o s . A d e m á s , d e s d e h a c e a l g u n o s a ñ o s , a l g u n o s p r o f e s i o n a l e s d e la
h i s t o r i a s e d e d i c a n a l a d u d a s i s t e m á t i c a , c a y e n d o a v e c e s e n el h i p e r c r i t i -
1 c i s m o c o m o l o d e m u e s t r a n l o s e n s a y o s , m u y d i f e r e n t e s e n t r e sí, d e P a u l
V e y n e , Comment on écrit l'histoire ( 1 9 7 1 ) , y d e J e a n C h e s n e a u x , Dupassé,
faisons table rasel ( 1 9 7 6 ) .
E n h i s t o r i a , l a c u e s t i ó n d e l m é t o d o p u e d e ser e n f o c a d a d e s d e d i v e r s o s
á n g u l o s . Se p u e d e e l e g i r u n a ó p t i c a filosófica, c u e s t i o n á n d o s e l o s p r o b l e -
m a s f u n d a m e n t a l e s : ¿ C u á l es el o b j e t o d e l a h i s t o r i a ? ¿ E s p o s i b l e a l c a n z a r
la v e r d a d e n e s t e c a m p o ? ¿ C ó m o s e p e r c i b e el t r a n s c u r s o d e l t i e m p o ? ¿ Q u é
r e l a c i ó n s e e s t a b l e c e e n t r e el p a s a d o y el p r e s e n t e ? ¿ T i e n e a l g u n a finalidad
la a v e n t u r a h u m a n a ? Se p u e d e preferir la vía epistemológica, e x a m i n a n d o
las r e l a c i o n e s e x i s t e n t e s e n t r e l a h i s t o r i a y las c i e n c i a s h e r m a n a s : g e o g r a -
fía, d e m o g r a f í a , e c o n o m í a , s o c i o l o g í a , e t n o g r a f í a , l i n g ü í s t i c a , p s i c o a n á l i s i s ,
e t c é t e r a . O t r a e l e c c i ó n p o s i b l e es l i m i t a r s e a m e j o r a r « e l i n s t r u m e n t o d e
t r a b a j o » , h a c i e n d o i n v e n t a r i o d e las t é c n i c a s a u x i l i a r e s d e la h i s t o r i a , t a l e s
. c o m o l a a r q u e o l o g í a , l a e p i g r a f í a , la p a l e o g r a f í a , l a c a r t o g r a f í a , l a e s t a d í s -
t i c a y , h o y , l a i n f o r m á t i c a . O t r a e l e c c i ó n p u e d e ser c o n s i d e r a r el p a p e l s o -
cial d e l a h i s t o r i a , e v a l u a n d o l a e n s e ñ a n z a d e e s t a d i s c i p l i n a e n l a u n i v e r -
s i d a d , e n las e n s e ñ a n z a s m e d i a s o e n l a e s c u e l a , o b i e n s u d i f u s i ó n p o r m e -
dio d e libros y revistas, p o r m e d i o del cine, la r a d i o , la televisión. T o d o s
estos enfoques son legítimos y m e r e c e n ser analizados e n profundidad.
E n e s t e v o l u m e n se h a a d o p t a d o u n a p e r s p e c t i v a f u n d a m e n t a l m e n t e his-

5
i
P R Ó L O G O
íj
i

E n F r a n c i a , l a h i s t o r i a o c u p a u n l u g a r e s t r a t é g i c o e n la e n c r u c i j a d a d e
las c i e n c i a s h u m a n a s , y o f r e c e la i m a g e n d e u n a d i s c i p l i n a q u e s e f u n d a -
m e n t a en u n a sólida tradición y q u e h a a l c a n z a d o la m a d u r e z . E n t é r m i n o s
g e n e r a l e s , l o s h i s t o r i a d o r e s se d e c a n t a n p o r l a p r á c t i c a e m p í r i c a y r e h u s a n ,
c o n c i e r t o m e n o s p r e c i o , l a r e f l e x i ó n t e ó r i c a . B a s t a l e e r la o b r a d e M a r c
F e r r o , Comment on raconte Fhistoire aux enfants á travers le monde ( 1 9 8 1 ) ,
p a r a d a r s e c u e n t a d e q u e , e n t o d a s p a r t e s , e n Á f r i c a d e l S u r , e n el I r á n ,
e n l a U n i ó n S o v i é t i c a , e n l o s E s t a d o s U n i d o s , e n el J a p ó n y e n o t r o s p a í -
s e s , l a c i e n c i a h i s t ó r i c a r e s p o n d e , e n el f o n d o , a u n d i s c u r s o i d e o l ó g i c o m á s
o m e n o s consciente. D e ahí la necesidad imperiosa q u e tiene el historiador
d e i n t e r r o g a r s e s o b r e las c o n d i c i o n e s , l o s m e d i o s y l o s l í m i t e s d e sus c o n o -
c i m i e n t o s . A d e m á s , d e s d e h a c e a l g u n o s a ñ o s , a l g u n o s p r o f e s i o n a l e s d e la
h i s t o r i a s e d e d i c a n a l a d u d a s i s t e m á t i c a , c a y e n d o a v e c e s e n el h i p e r c r i t i -
1 c i s m o c o m o l o d e m u e s t r a n l o s e n s a y o s , m u y d i f e r e n t e s e n t r e sí, d e P a u l
V e y n e , Comment on écrit l'histoire ( 1 9 7 1 ) , y d e J e a n C h e s n e a u x , Dupassé,
faisons table rasel ( 1 9 7 6 ) .
E n h i s t o r i a , l a c u e s t i ó n d e l m é t o d o p u e d e ser e n f o c a d a d e s d e d i v e r s o s
á n g u l o s . Se p u e d e e l e g i r u n a ó p t i c a filosófica, c u e s t i o n á n d o s e l o s p r o b l e -
m a s f u n d a m e n t a l e s : ¿ C u á l es el o b j e t o d e l a h i s t o r i a ? ¿ E s p o s i b l e a l c a n z a r
la v e r d a d e n e s t e c a m p o ? ¿ C ó m o s e p e r c i b e el t r a n s c u r s o d e l t i e m p o ? ¿ Q u é
r e l a c i ó n s e e s t a b l e c e e n t r e el p a s a d o y el p r e s e n t e ? ¿ T i e n e a l g u n a finalidad
la a v e n t u r a h u m a n a ? Se p u e d e preferir la vía epistemológica, e x a m i n a n d o
las r e l a c i o n e s e x i s t e n t e s e n t r e l a h i s t o r i a y las c i e n c i a s h e r m a n a s : g e o g r a -
fía, d e m o g r a f í a , e c o n o m í a , s o c i o l o g í a , e t n o g r a f í a , l i n g ü í s t i c a , p s i c o a n á l i s i s ,
e t c é t e r a . O t r a e l e c c i ó n p o s i b l e es l i m i t a r s e a m e j o r a r « e l i n s t r u m e n t o d e
t r a b a j o » , h a c i e n d o i n v e n t a r i o d e las t é c n i c a s a u x i l i a r e s d e la h i s t o r i a , t a l e s
. c o m o l a a r q u e o l o g í a , l a e p i g r a f í a , la p a l e o g r a f í a , l a c a r t o g r a f í a , l a e s t a d í s -
t i c a y , h o y , l a i n f o r m á t i c a . O t r a e l e c c i ó n p u e d e ser c o n s i d e r a r el p a p e l s o -
cial d e l a h i s t o r i a , e v a l u a n d o l a e n s e ñ a n z a d e e s t a d i s c i p l i n a e n l a u n i v e r -
s i d a d , e n las e n s e ñ a n z a s m e d i a s o e n l a e s c u e l a , o b i e n s u d i f u s i ó n p o r m e -
dio d e libros y revistas, p o r m e d i o del cine, la r a d i o , la televisión. T o d o s
estos enfoques son legítimos y m e r e c e n ser analizados e n profundidad.
E n e s t e v o l u m e n se h a a d o p t a d o u n a p e r s p e c t i v a f u n d a m e n t a l m e n t e his-

5
t o r i o g r á f i c a , e n t e n d i d a c o m o e x a m e n d e l o s d i f e r e n t e s discursos del méto-
d e la h i s t o r i o g r a f í a a t r a v é s d e l o s c a s o s q u e n o s h a n p a r e c i d o m á s signifi-
do histórico y d e las d i f e r e n t e s formas de escritura de la historia d e s d e la
c a t i v o s , e v i t a n d o r e p e t i r el l i b r o d e L . E h r a r d y d e G . P a l m a d e L'Histoire
alta E d a d M e d i a hasta nuestros días. A u n q u e se h a y a escrito hace p o c o s
(1964) y el d i c c i o n a r i o d e La Nouvelle Histoire, dirigido p o r J a c q u e s L e
a ñ o s q u e el m é t o d o d e la h i s t o r i a n o h a b í a e x p e r i m e n t a d o n i n g ú n c a m b i o
G o f f ( 1 9 7 8 ) . H e m o s p r e t e n d i d o p o n e r u n a o b r a d e fácil a c c e s o a d i s p o s i -
d e s d e H e r o d o t o y T u c í d i d e s , n o s p a r e c e , p o r el c o n t r a r i o , q u e l a p r á c t i c a
c i ó n d e l o s e s t u d i a n t e s y d e c u a n t o s se i n t e r e s a n p o r l a p r o b l e m á t i c a d e las
d e la h i s t o r i a y el d i s c u r s o s o b r e ella h a n e v o l u c i o n a d o c o n s i d e r a b l e m e n t e ,
c i e n c i a s h u m a n a s e n g e n e r a l y p o r las r e l a c i o n e s q u e h a y e n t r e ellas e n p a r -
p o r no decir c a m b i a d o en m u c h a s ocasiones, desde G r e g o r i o d e T o u r s h a s -
t i c u l a r . L o s s i g u i e n t e s c a p í t u l o s h a b r á n c u m p l i d o p l e n a m e n t e su m i s i ó n si
t a l a « n u e v a h i s t o r i a » . Sin t a l e s c a m b i o s , e v i d e n t e m e n t e , e s t e l i b r o c a r e c e -
s i r v e n p a r a s i t u a r m e j o r l a h i s t o r i a a c t u a l e n r e l a c i ó n a sus p i o n e r o s y p a r a
r í a d e o b j e t o . R e c o n o z c a m o s , sin e m b a r g o , a f a v o r d e P a u l V e y n e , el
corregir algunos p u n t o s de vista anticuados.
a u t o r d e la f r a s e c i t a , q u e l o s g r a n d e s m a e s t r o s d e la h i s t o r i a e r u d i t a d e l si-
glo X I X — F u s t e l d e C o u l a n g e s el p r i m e r o — h a n d e s t a c a d o a l g u n o s d e los R e n n e s , e n e r o 1983
p r i n c i p i o s e x p u e s t o s p o r T u c í d i d e s e n las p r i m e r a s p á g i n a s d e la Historia
de la guerra del Peloponeso. E l historiador, dice Tucídides, d e b e dedicarse P . S. P a r a r e d a c t a r e s t e p r ó l o g o h e c o p i a d o p a r c i a l m e n t e u n p r i m e r t e x -
a l a b ú s q u e d a d e la v e r d a d y p o r t a n t o d e b e e x a m i n a r l o s d o c u m e n t o s m á s to d e G u y B o u r d é , escrito en septiembre de 1981, m e n o s de u n año antes
seguros — p o r t a n t o los m á s p r ó x i m o s a los h e c h o s r e l a t a d o s — , confrontar d e su fallecimiento. Quisiera q u e q u e d a r a p a t e n t e e n estas líneas prelimi-
t e s t i m o n i o s d i v e r g e n t e s , d e s c o n f i a r d e los e r r o r e s r e p e t i d o s p o r la c o m ú n n a r e s , e s c r i t a s a l t e r n a t i v a m e n t e p o r c a d a u n o d e n o s o t r o s , la p r o f u n d a
opinión... T o d o s estos preceptos siguen siendo válidos y, e n este sentido, a m i s t a d q u e n o s u r n a y el t e s t i m o n i o d e n u e s t r a c o l a b o r a c i ó n , q u e l a m u e r -
es u n d e b e r i n e l u d i b l e p a r a l o s h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s l e e r y r e l e e r a T u c í - te ha interrumpido.
dides. P e r o ¿quiénes se a v e n t u r a r í a n hoy, p o r ínfimo q u e sea su conoci-
miento de Fustel de Coulanges, de Langlois y de Seignobos, a reescribir, H. M.
c o m o le g u s t a b a hacer a Tucídides, los discursos de los p r o t a g o n i s t a s d e su
r e l a t o p r e s t á n d o l e s las p a l a b r a s q u e d e b í a n p r o n u n c i a r ? ¿ Q u i é n e s se a r r i e s -
g a r í a n a r e d u c i r la e x p e d i c i ó n d e A l c i b í a d e s a Sicilia a b e l l a s a n t i l o g í a s y
al c h o q u e d e d o s a m b i c i o n e s c o n t r a r i a s ( c o n q u i s t a r - n o ser e s c l a v i z a d o ) ,
o m i t i e n d o d e l i b e r a d a m e n t e l a n a r r a c i ó n d e u n a p a r t e d e las o p e r a c i o n e s
m i l i t a r e s ? ¿ Q u i é n e s o s a r í a n p r o c l a m a r q u e l a h i s t o r i a es l a m a d r e d e l a c i e n -
cia e n la m e d i d a e n q u e n o p u e d e d e j a r d e t r a t a r s i e m p r e l o s m i s m o s a c o n -
t e c i m i e n t o s s i g u i e n d o l a ley d e l d e v e n i r h u m a n o ? S e g u r a m e n t e n a d i e ,
p o r q u e los p r o c e d i m i e n t o s d e la historia h a n c a m b i a d o m u c h o d e s d e q u e
fue e n u n c i a d a p o r v e z p r i m e r a al p i e d e la A c r ó p o l i s .

E l e x a m e n d e la p r o d u c c i ó n histórica ( e s e n c i a l m e n t e francesa) d e s d e la
alta E d a d M e d i a evidencia q u e h a h a b i d o m á s rupturas q u e continuidades.
E n t r e las c e s u r a s q u e n o s h a n p a r e c i d o m á s r e l e v a n t e s d e s t a c a m o s el si-
glo X H , l a s e g u n d a m i t a d d e l siglo x v , los a ñ o s 1 6 6 0 - 1 6 8 0 , 1 8 7 6 - 1 8 9 8 , 1930
y t a m b i é n , sin d u d a , 1 9 7 0 - 1 9 7 5 . E n e s t a ú l t i m a f a s e d e r e n o v a c i ó n , l a a n -
t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a se h a s i t u a d o c o m o « s u s t i t u t o d i l a t a d o » d e la h i s t o r i a
y h a m u l t i p l i c a d o p a r a l e l a m e n t e los l í m i t e s d e l a escuela de la sospecha,
q u e s o m e t e a u n a crítica a b r a s i v a t a n t o los p r o c e d i m i e n t o s d e l a h i s t o r i a
científica c o m o las r e g l a s n o e x p l í c i t a s q u e s i g u e el establishment universi-
tario. Nosotros h e m o s d a d o especial importancia a estas dos corrientes con-
temporáneas.
A este estudio se le p u e d e hacer u n r e p r o c h e obvio: gravita excesiva-
m e n t e sobre la p r o d u c c i ó n del h e x á g o n o francés y, p o r e n d e , a d o l e c e de
cierta miopía m u y francesa, e n parte corregida por algunas páginas dedi-
c a d a s a los filósofos d e la h i s t o r i a e x t r a n j e r o s ( H e g e l , T o y n b e e , S p e n g l e r )
y p o r a l g u n a s l í n e a s r e s e r v a d a s a las críticas p r o c e d e n t e s d e l e x t r a n j e r o c o n -
t r a e l i m p e r i a l i s m o d e la a c t u a l e s c u e l a f r a n c e s a . D i g a m o s sin e m b a r g o ,
como atenuante, que no t e n e m o s ninguna pretensión enciclopédica y que
n u e s t r a p r i n c i p a l i n t e n c i ó n e r a p l a n t e a r los p r o b l e m a s d e g r a n e n v e r g a d u r a

6
7
t o r i o g r á f i c a , e n t e n d i d a c o m o e x a m e n d e l o s d i f e r e n t e s discursos del méto-
d e la h i s t o r i o g r a f í a a t r a v é s d e l o s c a s o s q u e n o s h a n p a r e c i d o m á s signifi-
do histórico y d e las d i f e r e n t e s formas de escritura de la historia d e s d e la
c a t i v o s , e v i t a n d o r e p e t i r el l i b r o d e L . E h r a r d y d e G . P a l m a d e L'Histoire
alta E d a d M e d i a hasta nuestros días. A u n q u e se h a y a escrito hace p o c o s
(1964) y el d i c c i o n a r i o d e La Nouvelle Histoire, dirigido p o r J a c q u e s L e
a ñ o s q u e el m é t o d o d e la h i s t o r i a n o h a b í a e x p e r i m e n t a d o n i n g ú n c a m b i o
G o f f ( 1 9 7 8 ) . H e m o s p r e t e n d i d o p o n e r u n a o b r a d e fácil a c c e s o a d i s p o s i -
d e s d e H e r o d o t o y T u c í d i d e s , n o s p a r e c e , p o r el c o n t r a r i o , q u e l a p r á c t i c a
c i ó n d e l o s e s t u d i a n t e s y d e c u a n t o s se i n t e r e s a n p o r l a p r o b l e m á t i c a d e las
d e la h i s t o r i a y el d i s c u r s o s o b r e ella h a n e v o l u c i o n a d o c o n s i d e r a b l e m e n t e ,
c i e n c i a s h u m a n a s e n g e n e r a l y p o r las r e l a c i o n e s q u e h a y e n t r e ellas e n p a r -
p o r no decir c a m b i a d o en m u c h a s ocasiones, desde G r e g o r i o d e T o u r s h a s -
t i c u l a r . L o s s i g u i e n t e s c a p í t u l o s h a b r á n c u m p l i d o p l e n a m e n t e su m i s i ó n si
t a l a « n u e v a h i s t o r i a » . Sin t a l e s c a m b i o s , e v i d e n t e m e n t e , e s t e l i b r o c a r e c e -
s i r v e n p a r a s i t u a r m e j o r l a h i s t o r i a a c t u a l e n r e l a c i ó n a sus p i o n e r o s y p a r a
r í a d e o b j e t o . R e c o n o z c a m o s , sin e m b a r g o , a f a v o r d e P a u l V e y n e , el
corregir algunos p u n t o s de vista anticuados.
a u t o r d e la f r a s e c i t a , q u e l o s g r a n d e s m a e s t r o s d e la h i s t o r i a e r u d i t a d e l si-
glo X I X — F u s t e l d e C o u l a n g e s el p r i m e r o — h a n d e s t a c a d o a l g u n o s d e los R e n n e s , e n e r o 1983
p r i n c i p i o s e x p u e s t o s p o r T u c í d i d e s e n las p r i m e r a s p á g i n a s d e la Historia
de la guerra del Peloponeso. E l historiador, dice Tucídides, d e b e dedicarse P . S. P a r a r e d a c t a r e s t e p r ó l o g o h e c o p i a d o p a r c i a l m e n t e u n p r i m e r t e x -
a l a b ú s q u e d a d e la v e r d a d y p o r t a n t o d e b e e x a m i n a r l o s d o c u m e n t o s m á s to d e G u y B o u r d é , escrito en septiembre de 1981, m e n o s de u n año antes
seguros — p o r t a n t o los m á s p r ó x i m o s a los h e c h o s r e l a t a d o s — , confrontar d e su fallecimiento. Quisiera q u e q u e d a r a p a t e n t e e n estas líneas prelimi-
t e s t i m o n i o s d i v e r g e n t e s , d e s c o n f i a r d e los e r r o r e s r e p e t i d o s p o r la c o m ú n n a r e s , e s c r i t a s a l t e r n a t i v a m e n t e p o r c a d a u n o d e n o s o t r o s , la p r o f u n d a
opinión... T o d o s estos preceptos siguen siendo válidos y, e n este sentido, a m i s t a d q u e n o s u r n a y el t e s t i m o n i o d e n u e s t r a c o l a b o r a c i ó n , q u e l a m u e r -
es u n d e b e r i n e l u d i b l e p a r a l o s h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s l e e r y r e l e e r a T u c í - te ha interrumpido.
dides. P e r o ¿quiénes se a v e n t u r a r í a n hoy, p o r ínfimo q u e sea su conoci-
miento de Fustel de Coulanges, de Langlois y de Seignobos, a reescribir, H. M.
c o m o le g u s t a b a hacer a Tucídides, los discursos de los p r o t a g o n i s t a s d e su
r e l a t o p r e s t á n d o l e s las p a l a b r a s q u e d e b í a n p r o n u n c i a r ? ¿ Q u i é n e s se a r r i e s -
g a r í a n a r e d u c i r la e x p e d i c i ó n d e A l c i b í a d e s a Sicilia a b e l l a s a n t i l o g í a s y
al c h o q u e d e d o s a m b i c i o n e s c o n t r a r i a s ( c o n q u i s t a r - n o ser e s c l a v i z a d o ) ,
o m i t i e n d o d e l i b e r a d a m e n t e l a n a r r a c i ó n d e u n a p a r t e d e las o p e r a c i o n e s
m i l i t a r e s ? ¿ Q u i é n e s o s a r í a n p r o c l a m a r q u e l a h i s t o r i a es l a m a d r e d e l a c i e n -
cia e n la m e d i d a e n q u e n o p u e d e d e j a r d e t r a t a r s i e m p r e l o s m i s m o s a c o n -
t e c i m i e n t o s s i g u i e n d o l a ley d e l d e v e n i r h u m a n o ? S e g u r a m e n t e n a d i e ,
p o r q u e los p r o c e d i m i e n t o s d e la historia h a n c a m b i a d o m u c h o d e s d e q u e
fue e n u n c i a d a p o r v e z p r i m e r a al p i e d e la A c r ó p o l i s .

E l e x a m e n d e la p r o d u c c i ó n histórica ( e s e n c i a l m e n t e francesa) d e s d e la
alta E d a d M e d i a evidencia q u e h a h a b i d o m á s rupturas q u e continuidades.
E n t r e las c e s u r a s q u e n o s h a n p a r e c i d o m á s r e l e v a n t e s d e s t a c a m o s el si-
glo X H , l a s e g u n d a m i t a d d e l siglo x v , los a ñ o s 1 6 6 0 - 1 6 8 0 , 1 8 7 6 - 1 8 9 8 , 1930
y t a m b i é n , sin d u d a , 1 9 7 0 - 1 9 7 5 . E n e s t a ú l t i m a f a s e d e r e n o v a c i ó n , l a a n -
t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a se h a s i t u a d o c o m o « s u s t i t u t o d i l a t a d o » d e la h i s t o r i a
y h a m u l t i p l i c a d o p a r a l e l a m e n t e los l í m i t e s d e l a escuela de la sospecha,
q u e s o m e t e a u n a crítica a b r a s i v a t a n t o los p r o c e d i m i e n t o s d e l a h i s t o r i a
científica c o m o las r e g l a s n o e x p l í c i t a s q u e s i g u e el establishment universi-
tario. Nosotros h e m o s d a d o especial importancia a estas dos corrientes con-
temporáneas.
A este estudio se le p u e d e hacer u n r e p r o c h e obvio: gravita excesiva-
m e n t e sobre la p r o d u c c i ó n del h e x á g o n o francés y, p o r e n d e , a d o l e c e de
cierta miopía m u y francesa, e n parte corregida por algunas páginas dedi-
c a d a s a los filósofos d e la h i s t o r i a e x t r a n j e r o s ( H e g e l , T o y n b e e , S p e n g l e r )
y p o r a l g u n a s l í n e a s r e s e r v a d a s a las críticas p r o c e d e n t e s d e l e x t r a n j e r o c o n -
t r a e l i m p e r i a l i s m o d e la a c t u a l e s c u e l a f r a n c e s a . D i g a m o s sin e m b a r g o ,
como atenuante, que no t e n e m o s ninguna pretensión enciclopédica y que
n u e s t r a p r i n c i p a l i n t e n c i ó n e r a p l a n t e a r los p r o b l e m a s d e g r a n e n v e r g a d u r a

6
7
 CAPÍTULO 1

PERSPECTIVAS SOBRE LA HISTORIOGRAFÍA

ANTIGUA

N a d i e e s p e r e d e l a p r e s e n t e o b r a l a s o l u c i ó n d e la f a m o s a p o l é m i c a a c e r -
c a d e l n a c i m i e n t o d e l g é n e r o h i s t o r i o g r á f i c o e n el m u n d o g r i e g o . ¿ H e m o s
d e c r e e r q u e fue la c o n s e c u e n c i a d e u n a p r á c t i c a í n t i m a m e n t e u n i d a al d e s -
p e r t a r d e la d e m o c r a c i a , u n a f o r m a d e l a t o m a d e c o n c i e n c i a q u e el h o m -
b r e a l c a n z a d e su p r o p i a c o n d i c i ó n d e a n i m a l p o l í t i c o , u n a m a n i f e s t a c i ó n
i n t e l e c t u a l y e s c r i t u r a r i a d e l a d i s t a n c i a r e c o r r i d a e n r e l a c i ó n al a p a r e n t e
c a o s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s ? ¿ D e r i v ó , s i m p l e m e n t e , d e la a p a r i c i ó n d e u n
n u e v o «género literario», p r o g r e s i v a m e n t e e m a n c i p a d o de la e p o p e y a ? Y a
e n el siglo v i a. J . C , el p o e t a P a n y a s s i s , t í o d e H e r o d o t o , d e d i c a b a sus
Jónicas a r e l a t a r l a s f u n d a c i o n e s d e las c i u d a d e s e n las c o s t a s d e l A s i a M e -
n o r . T o d a v í a es m á s significativo el c a s o d e R e c a t e o d e M i l e t o : p a r t í c i p e
e n l a r e v u e l t a d e J o n i a a finales d e e s t e m i s m o siglo V I , e s c r i t o r d e l e y e n -
d a s s o b r e l o s o r í g e n e s d e las c i u d a d e s , a u t o r d e u n a d e s c r i p c i ó n d e l a t i e r r a
o Perigesis, l o g r a c o m b i n a r el t a l e n t o d e l g e ó g r a f o c o n l a p a r t i c i p a c i ó n a c -
t i v a e n el p r o c e s o d e c r e a c i ó n d e l a h i s t o r i a y e n la p r e o c u p a c i ó n p o r r e l a -
t a r las h a z a ñ a s q u e s e r á c o m p a r t i d a p o r l o s l o g ó g r a f o s d e l siglo V . T u c í d i -
d e s , el v e r d a d e r o f u n d a d o r d e l a h i s t o r i a c r í t i c a , p o r n o d e c i r d e l a h i s t o r i a
clásica e n g e n e r a l , a p e n a s le i n s p i r a m á s c o n f i a n z a q u e los p o e t a s , r e p r o -
c h á n d o l e q u e d e d i c a r a m a y o r e s f u e r z o a c a u t i v a r el o í d o q u e a s e r v i r a la
v e r d a d . « R e ú n e n , s e g ú n s u o p i n i ó n , h e c h o s q u e n o es p o s i b l e v e r i f i c a r ri-
g u r o s a m e n t e y q u e d e s e m b o c a n finalmente, l a m a y o r í a d e l a s v e c e s , e n u n
relato increíble y m a r a v i l l o s o . » N o s r e m o n t a r e m o s p r i m e r o a los relatos de
H e r o d o t o , el p r e c u r s o r d e l a e t n o h i s t o r i a , a n t e s d e a d e n t r a r n o s e n l a a u s -
tera y límpida lección d e Tucídides. «Debéis pensar q u e mis informaciones
:
p r o c e d e n d e l a s f u e n t e s m á s s e g u r a s y q u e o f r e c e n , d a d a su a n t i g ü e d a d , s u
ficiente c e r t e z a . » P o l i b i o , p a d r e p u t a t i v o d e la c i e n c i a p o l í t i c a , c o n t i n u ó
sus m i s m o s p r i n c i p i o s , fielmente s e g u i d o s p o r l o s a u t o r e s r o m a n o s d e s d e
T i t o L i v i o a A m i a n o M a r c e l i n o . A . M o m i g l i a n o n o s r e c u e r d a q u e e s t o s his-
t o r i a d o r e s r o m a n o s y g r i e g o s n o c o n s t i t u í a n u n g r u p o social d i f e r e n c i a d o .
M i e n t r a s q u e las o b r a s d e l o s p o e t a s y d r a m a t u r g o s c o n s e r v a b a n u n c i e r t o
c a r á c t e r r e l i g i o s o , a l o s h i s t o r i a d o r e s n o s e les c o n s i d e r a b a « d e p o s i t a r i o s
de u n género definido d e conocimiento». G e n e r a l m e n t e eran gentes de
e d a d m a d u r a , « r e t i r a d o s » d e la v i d a p o l í t i c a o e x i l i a d o s , d e s e o s o s d e s u p e -

9
 CAPÍTULO 1

PERSPECTIVAS SOBRE LA HISTORIOGRAFÍA

ANTIGUA

N a d i e e s p e r e d e l a p r e s e n t e o b r a l a s o l u c i ó n d e la f a m o s a p o l é m i c a a c e r -
c a d e l n a c i m i e n t o d e l g é n e r o h i s t o r i o g r á f i c o e n el m u n d o g r i e g o . ¿ H e m o s
d e c r e e r q u e fue la c o n s e c u e n c i a d e u n a p r á c t i c a í n t i m a m e n t e u n i d a al d e s -
p e r t a r d e la d e m o c r a c i a , u n a f o r m a d e l a t o m a d e c o n c i e n c i a q u e el h o m -
b r e a l c a n z a d e su p r o p i a c o n d i c i ó n d e a n i m a l p o l í t i c o , u n a m a n i f e s t a c i ó n
i n t e l e c t u a l y e s c r i t u r a r i a d e l a d i s t a n c i a r e c o r r i d a e n r e l a c i ó n al a p a r e n t e
c a o s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s ? ¿ D e r i v ó , s i m p l e m e n t e , d e la a p a r i c i ó n d e u n
n u e v o «género literario», p r o g r e s i v a m e n t e e m a n c i p a d o de la e p o p e y a ? Y a
e n el siglo v i a. J . C , el p o e t a P a n y a s s i s , t í o d e H e r o d o t o , d e d i c a b a sus
Jónicas a r e l a t a r l a s f u n d a c i o n e s d e las c i u d a d e s e n las c o s t a s d e l A s i a M e -
n o r . T o d a v í a es m á s significativo el c a s o d e R e c a t e o d e M i l e t o : p a r t í c i p e
e n l a r e v u e l t a d e J o n i a a finales d e e s t e m i s m o siglo V I , e s c r i t o r d e l e y e n -
d a s s o b r e l o s o r í g e n e s d e las c i u d a d e s , a u t o r d e u n a d e s c r i p c i ó n d e l a t i e r r a
o Perigesis, l o g r a c o m b i n a r el t a l e n t o d e l g e ó g r a f o c o n l a p a r t i c i p a c i ó n a c -
t i v a e n el p r o c e s o d e c r e a c i ó n d e l a h i s t o r i a y e n la p r e o c u p a c i ó n p o r r e l a -
t a r las h a z a ñ a s q u e s e r á c o m p a r t i d a p o r l o s l o g ó g r a f o s d e l siglo V . T u c í d i -
d e s , el v e r d a d e r o f u n d a d o r d e l a h i s t o r i a c r í t i c a , p o r n o d e c i r d e l a h i s t o r i a
clásica e n g e n e r a l , a p e n a s le i n s p i r a m á s c o n f i a n z a q u e los p o e t a s , r e p r o -
c h á n d o l e q u e d e d i c a r a m a y o r e s f u e r z o a c a u t i v a r el o í d o q u e a s e r v i r a la
v e r d a d . « R e ú n e n , s e g ú n s u o p i n i ó n , h e c h o s q u e n o es p o s i b l e v e r i f i c a r ri-
g u r o s a m e n t e y q u e d e s e m b o c a n finalmente, l a m a y o r í a d e l a s v e c e s , e n u n
relato increíble y m a r a v i l l o s o . » N o s r e m o n t a r e m o s p r i m e r o a los relatos de
H e r o d o t o , el p r e c u r s o r d e l a e t n o h i s t o r i a , a n t e s d e a d e n t r a r n o s e n l a a u s -
tera y límpida lección d e Tucídides. «Debéis pensar q u e mis informaciones
:
p r o c e d e n d e l a s f u e n t e s m á s s e g u r a s y q u e o f r e c e n , d a d a su a n t i g ü e d a d , s u
ficiente c e r t e z a . » P o l i b i o , p a d r e p u t a t i v o d e la c i e n c i a p o l í t i c a , c o n t i n u ó
sus m i s m o s p r i n c i p i o s , fielmente s e g u i d o s p o r l o s a u t o r e s r o m a n o s d e s d e
T i t o L i v i o a A m i a n o M a r c e l i n o . A . M o m i g l i a n o n o s r e c u e r d a q u e e s t o s his-
t o r i a d o r e s r o m a n o s y g r i e g o s n o c o n s t i t u í a n u n g r u p o social d i f e r e n c i a d o .
M i e n t r a s q u e las o b r a s d e l o s p o e t a s y d r a m a t u r g o s c o n s e r v a b a n u n c i e r t o
c a r á c t e r r e l i g i o s o , a l o s h i s t o r i a d o r e s n o s e les c o n s i d e r a b a « d e p o s i t a r i o s
de u n género definido d e conocimiento». G e n e r a l m e n t e eran gentes de
e d a d m a d u r a , « r e t i r a d o s » d e la v i d a p o l í t i c a o e x i l i a d o s , d e s e o s o s d e s u p e -

9
r a r las p e r s p e c t i v a s l o c a l e s y d e h a c e r m e d i t a r a u n p ú b l i c o a m p l i o a c e r c a
d e los g r a n d e s c a m b i o s p o l í t i c o s y m i l i t a r e s . S e p r o p o n í a n c o m o p r i m e r a
t a r e a , a u n q u e la t r a d i c i ó n h u m a n i s t a n o s h a y a t r a n s m i t i d o la i m a g e n c o n -
t r a r i a p o r c o n s i d e r a r l o s g a r a n t e s d e v a l o r e s e t e r n o s , r e l a t a r el p a s a d o r e -
c i e n t e y d e s c r i b i r el m u n d o e n q u e v i v í a n . S u s o b r a s , i m á g e n e s d e l c a m b i o ,
s o n t a m b i é n e s p e j o s . e n l o s q u e se r e f l e j a l a d i v e r s i d a d d e los p u e b l o s y las
costumbres..
1. H E R O D O T O O C Ó M O PENSAR «LO OTRO»
E l a u t o r d e las Historias ( e n t i é n d a n s e e n el s e n t i d o d e r e l a t o s e i n v e s -
tigaciones) nos p a r e c e u n a figura enigmática: ¿es u n etnógrafo anticipado
o u n h i s t o r i a d o r ? ¿ H a r e s p e t a d o l a p r i m e r a r e g l a d e l oficio d e l h i s t o r i a d o r :
d e c i r la v e r d a d ? ¿ H a y u n o o d o s H e r o d o t o s ? U n o , el a u t o r d e l o s c u a t r o
p r i m e r o s l i b r o s , s e r í a u n « e t n ó g r a f o » t e n t a d o e x c l u s i v a m e n t e p o r la c u r i o -
s i d a d . S e g ú n H . v a n E f f e n t e r e , se h a b r í a t r a n s f o r m a d o e n h i s t o r i a d o r . E l
s e g u n d o H e r o d o t o , el n a r r a d o r d e las g u e r r a s m é d i c a s ( l i b r o s V al I X ) , se
caracterizaría p o r u n a composición m á s firme y p o r u n a selección m á s se-
v e r a d e l o s h e c h o s , sin d a r m u e s t r a s , sin e m b a r g o , d e u n g r a n e s p í r i t u crí-
tico. L a respuesta a estas p r e g u n t a s p r o c e d e , e n lo esencial, d e Francois
H a r t o g , Le Miroir d'Hérodote (París, 1980).
H e r o d o t o n a c i ó h a c i a el a ñ o 480 e n H a l i c a r n a s o , A s i a M e n o r , u n a ciu-
d a d d o m i n a d a p o r los p e r s a s d o n d e s e m e z c l a b a n g r i e g o s y c a r i o s . L o s d e s -
ó r d e n e s le d e c i d i e r o n a t r a s l a d a r s e a S a m o s . M á s t a r d e v i a j ó p o r el P r ó x i -
m o O r i e n t e , p o r las orillas d e l M a r N e g r o , G r e c i a , I t a l i a d e l S u r y A t e n a s .
S u v i d a , t r a n s c u r r i d a e n t r e d o s c o n f l i c t o s , las g u e r r a s m é d i c a s y l a g u e r r a
d e l P e l o p o n e s o , t e r m i n ó h a c i a el a ñ o 4 2 0 , e n T h o u r i o i o e n A t e n a s . E s p r e -
ciso d e s t a c a r d o s c a r a c t e r í s t i c a s d e l p e r s o n a j e . E r a o r i g i n a r i o d e J o n i a , c u n a
d e l a ciencia g r i e g a e n el siglo v i , d o n d e n a c i e r o n l a s ' m a t e m á t i c a s , la filo-
sofía y la g e o g r a f í a , e n las p e r s o n a s d e T a l e s , A n a x i m a n d r o y H e c a t e o d e
M i l e t o . A d e m á s , H e r o d o t o e s u n e x i l i a d o , u n no-ciudadano, l o q u e le p r o -
c u r a u n a c i e r t a d i s t a n c i a r e s p e c t o a a q u e l l o s q u e se h a n s u m e r g i d o e n el
f u e g o d e l a a c c i ó n . A l r e d a c t a r las Historias p e r s i g u e u n o b j e t i v o m u y cla-
r o : « A l p r e s e n t a r al p ú b l i c o sus i n v e s t i g a c i o n e s , H e r o d o t o d e H a l i c a r n a s o
q u i e r e p r e s e r v a r d e l o l v i d o lo q u e h a n h e c h o l o s h o m b r e s , c e l e b r a r las g r a n -
d e s y m a r a v i l l o s a s a c c i o n e s d e l o s g r i e g o s y d e l o s b á r b a r o s y, s o b r e t o d o ,
d e s a r r o l l a r los m o t i v o s q u e les c o n d u j e r o n a h a c e r s e l a g u e r r a . » C o n e s t a
d o b l e finalidad, l u c h a r c o n t r a el o l v i d o y d i s p e n s a r l a g l o r i a , r e d a c t ó n u e v e
l i b r o s , c u y o s c i n c o ú l t i m o s r e l a t a n las g u e r r a s m é d i c a s y l o s c i n c o p r i m e r o s
v e r s a n s o b r e c ó m o a f e c t ó el p o d e r í o p e r s a a l o s g r i e g o s y a l o s b á r b a r o s .
D a d o q u e H e r o d o t o es « e s e n c i a l m e n t e d i g r e s i v o » ( F . H a r t o g ) , s u r e l a t o se
e n c u e n t r a e s m a l t a d o d e d e s c r i p c i o n e s y v a r i a c i o n e s e t n o g r á f i c a s s o b r e las
costumbres.
L a a c t i t u d d e H e r o d o t o s e d u c e p o r su g r a n c u r i o s i d a d p o r t o d a s las c o -
sas. ¿ N o se f o r m u l a p r e g u n t a s , p o r e j e m p l o , s o b r e las c r e c i d a s d e l N i l o ? ,
¿ p o r q u é se p r o d u c e n e n v e r a n o y a o e n i n v i e r n o ? A c o s t u m b r a d o s al fe-
n ó m e n o , los e g i p c i o s n o e s t á n e n c o n d i c i o n e s d e e x p l i c a r l o . P o r t a n t o , in-
t e n t a r á r e s p o n d e r c o n l a a y u d a d e l a c i e n c i a j ó n i c a , a p e l a n d o a los m o v i -
m i e n t o a p a r e n t e s d e l sol. C r e e q u e c u a n d o é s t e se h a l l a e n el c é n i t d e u n
10
l u g a r , l a lluvia es i m p o s i b l e . C u a n d o e n el i n v i e r n o el s o l , e n su c é n i t , llega
a L i b i a , c o n s e c u e n t e m e n t e el N i l o s e e n c u e n t r a e n s u n i v e l m á s b a j o . P r e -
t e n d e r e c o n s t r u i r el c u r s o d e e s t e r í o , c u y a c r e c i d a es vital p a r a E g i p t o .
E s t a v e z n e c e s i t a u t i l i z a r el r a z o n a m i e n t o p o r a n a l o g í a , b a s á n d o s e e n el
r e c o r r i d o d e l I s t r o s ( D a n u b i o ) . C r e e q u e el N i l o , a t r a v é s d e L i b i a , y el
Istros, a través de E u r o p a , tienen u n curso idéntico, hallándose ambas des-
embocaduras una frente a otra.
G e n i o u n i v e r s a l , H e r o d o t o se a n t i c i p a a l a s c i e n c i a s d e l f u t u r o . A n u n -
cia la g e o g r a f í a p o r su s e n t i d o d e la o b s e r v a c i ó n : « E l s u e l o d e E g i p t o — h a c e
n o t a r c o n a g u d e z a — e s u n a t i e r r a n e g r a , a g r i e t a d a y q u e b r a d i z a , c o m o si
s e h u b i e r a f o r m a d o c o n el l i m o p r o c e d e n t e d e E t i o p í a q u e el N i l o l e h a
aportado y que ha acumulado por medio de sus desbordamientos; mientras
q u e s a b e m o s q u e la t i e r r a d e L i b i a es m á s r o j a y a r e n o s a , y q u e l a d e A r a -
b i a y S i r i a es m á s a r c i l l o s a y p e d r e g o s a . » N o c o n t e n t o c o n d e s c r i b i r , q u i e r e
m e d i r el e s p a c i o , c o m o u n a g r i m e n s o r . E s t i m a q u e h a y d e s d e el m a r h a s t a
H e l i ó p o l i s 1.500 e s t a d i o s ( d e 177,6 m . c a d a u n o ) , q u e la d i s t a n c i a e n t r e
A t e n a s y P i s a , c e r c a d e O l i m p i a , p u e d a ser d e u n o s 15 e s t a d i o s . P o d e m o s
o b s e r v a r e n H e r o d o t o u n a e s p e c i e d e o b s e s i ó n p o r las cifras, m a n e r a e l e -
m e n t a l d e c o n c e p t u a l i z a r la r e a l i d a d . L e i n t e r e s a t o d o : las d i s t a n c i a s , las
d i m e n s i o n e s d e los m o n u m e n t o s , e t c . S e a d e l a n t a a la z o o l o g í a , d e s c r i b i é n -
d o n o s al c o c o d r i l o o al h i p o p ó t a m o , y a l a e t n o g r a f í a , al p i n t a r n o s las c o s -
t u m b r e s de los escitas, los egipcios y o t r o s p u e b l o s q u e viven en la perife-
ria d e l m u n d o g r i e g o : « L o s s a c e r d o t e s ( d e E g i p t o ) — o b s e r v a — se a f e i t a n
t o d o el c u e r p o c a d a t r e s d í a s , a fin d e q u e n o se e n g e n d r e n p i o j o s n i c u a l -
q u i e r o t r o p a r á s i t o e n los h o m b r e s q u e sirven a los dioses. Sólo llevan u n a
t ú n i c a d e l i n o y s a n d a l i a s d e p a p i r o . N o les p e r m i t e n t e n e r n i n g u n a o t r a
p r e n d a ni calzado ( . . . ) . A c a m b i o de ello disfrutan d e grandes ventajas.
N o g a s t a n n i c o n s u m e n n a d a d e s u s b i e n e s p r o p i o s . C a d a u n o d e ellos p a r -
t i c i p a d e los m a n j a r e s s a g r a d o s , q u e se les e n t r e g a n c o c i d o s ; e, i n c l u s o , se
les d i s t r i b u y e c a d a d í a u n a g r a n c a n t i d a d d e c a r n e d e b u e y y d e o c a ( . . . ) . »
L a s p r á c t i c a s rituales, l a s e x i g e n c i a s v e s t i m e n t a r i a s , el e s t a t u s e c o n ó m i c o ,
n a d a e s c a p a a su s a g a c i d a d . P o d r í a m o s c i t a r p á g i n a s i g u a l m e n t e p i n t o r e s -
c a s a p r o p ó s i t o d e l ritual d e e m b a l s a m a m i e n t o , d e las fiestas c e l e b r a d a s e n
h o n o r d e l falo d e D i o n i s o s , y d e las a l e g r e s p e r e g r i n a c i o n e s al t e m p l o d e
A r t e m i s a en Bubastis. L a m i r a d a d e H e r o d o t o , a veces divertida, siempre
es c o m p r e n s i v a . P o s e e u n s e n t i d o i n n a t o d e la r e l a t i v i d a d d e las c o s t u m -
b r e s , m á x i m a f u n d a m e n t a l d e la e t n o g r a f í a . C o m o si f u e r a u n p r e c u r s o r d e
M o n t a i g n e o b s e r v a : « T o d o s e s t á n c o n v e n c i d o s d e q u e sus p r o p i a s c o s t u m - ' x
bres son, con m u c h o , las m e j o r e s . »
Si n o s fijamos m á s p a r t i c u l a r m e n t e e n el h i s t o r i a d o r , v e m o s q u e es m u y
c o n s c i e n t e d e la d i v e r s i d a d d e s u s f u e n t e s d e i n f o r m a c i ó n : « H e d i c h o h a s t a
a q u í lo q u e h e v i s t o , lo q u e h e s a b i d o p o r m í m i s m o , o lo q u e h e c o n o c i d o
g r a c i a s a m i s i n v e s t i g a c i o n e s . V o y a h a b l a r a h o r a d e e s t e p a í s s e g ú n lo q u e
m e h a n d i c h o d e él l o s e g i p c i o s ; a ñ a d i r é t a m b i é n a m i r e l a t o a l g o q u e h e
v i s t o p o r m í m i s m o . » F r e c u e n t a c o n a s i d u i d a d l o s l u g a r e s m e m o r a b l e s : el
t e m p l o d e M e n f i s , d e s p u é s H e l i ó p o l i s y T e b a s , p a r a v e r si las e x p l i c a c i o n e s
d e los h a b i t a n t e s d e e s t a s d o s ú l t i m a s c i u d a d e s « s e c o r r e s p o n d í a n c o n las
d e los s a c e r d o t e s d e M e n f i s » . A s i m i s m o r e c o g e f r a g m e n t o s d e c i e n c i a e s -
c r i t a : « L o s s a c e r d o t e s ( d e M e n f i s ) t a m b i é n m e l e y e r o n e n sus a n a l e s los
n o m b r e s d e o t r o s t r e s c i e n t o s t r e i n t a r e y e s q u e r e i n a r o n d e s p u é s d e él ( M i n ,
11
r a r las p e r s p e c t i v a s l o c a l e s y d e h a c e r m e d i t a r a u n p ú b l i c o a m p l i o a c e r c a
d e los g r a n d e s c a m b i o s p o l í t i c o s y m i l i t a r e s . S e p r o p o n í a n c o m o p r i m e r a
t a r e a , a u n q u e la t r a d i c i ó n h u m a n i s t a n o s h a y a t r a n s m i t i d o la i m a g e n c o n -
t r a r i a p o r c o n s i d e r a r l o s g a r a n t e s d e v a l o r e s e t e r n o s , r e l a t a r el p a s a d o r e -
c i e n t e y d e s c r i b i r el m u n d o e n q u e v i v í a n . S u s o b r a s , i m á g e n e s d e l c a m b i o ,
s o n t a m b i é n e s p e j o s . e n l o s q u e se r e f l e j a l a d i v e r s i d a d d e los p u e b l o s y las
costumbres..
1. H E R O D O T O O C Ó M O PENSAR «LO OTRO»
E l a u t o r d e las Historias ( e n t i é n d a n s e e n el s e n t i d o d e r e l a t o s e i n v e s -
tigaciones) nos p a r e c e u n a figura enigmática: ¿es u n etnógrafo anticipado
o u n h i s t o r i a d o r ? ¿ H a r e s p e t a d o l a p r i m e r a r e g l a d e l oficio d e l h i s t o r i a d o r :
d e c i r la v e r d a d ? ¿ H a y u n o o d o s H e r o d o t o s ? U n o , el a u t o r d e l o s c u a t r o
p r i m e r o s l i b r o s , s e r í a u n « e t n ó g r a f o » t e n t a d o e x c l u s i v a m e n t e p o r la c u r i o -
s i d a d . S e g ú n H . v a n E f f e n t e r e , se h a b r í a t r a n s f o r m a d o e n h i s t o r i a d o r . E l
s e g u n d o H e r o d o t o , el n a r r a d o r d e las g u e r r a s m é d i c a s ( l i b r o s V al I X ) , se
caracterizaría p o r u n a composición m á s firme y p o r u n a selección m á s se-
v e r a d e l o s h e c h o s , sin d a r m u e s t r a s , sin e m b a r g o , d e u n g r a n e s p í r i t u crí-
tico. L a respuesta a estas p r e g u n t a s p r o c e d e , e n lo esencial, d e Francois
H a r t o g , Le Miroir d'Hérodote (París, 1980).
H e r o d o t o n a c i ó h a c i a el a ñ o 480 e n H a l i c a r n a s o , A s i a M e n o r , u n a ciu-
d a d d o m i n a d a p o r los p e r s a s d o n d e s e m e z c l a b a n g r i e g o s y c a r i o s . L o s d e s -
ó r d e n e s le d e c i d i e r o n a t r a s l a d a r s e a S a m o s . M á s t a r d e v i a j ó p o r el P r ó x i -
m o O r i e n t e , p o r las orillas d e l M a r N e g r o , G r e c i a , I t a l i a d e l S u r y A t e n a s .
S u v i d a , t r a n s c u r r i d a e n t r e d o s c o n f l i c t o s , las g u e r r a s m é d i c a s y l a g u e r r a
d e l P e l o p o n e s o , t e r m i n ó h a c i a el a ñ o 4 2 0 , e n T h o u r i o i o e n A t e n a s . E s p r e -
ciso d e s t a c a r d o s c a r a c t e r í s t i c a s d e l p e r s o n a j e . E r a o r i g i n a r i o d e J o n i a , c u n a
d e l a ciencia g r i e g a e n el siglo v i , d o n d e n a c i e r o n l a s ' m a t e m á t i c a s , la filo-
sofía y la g e o g r a f í a , e n las p e r s o n a s d e T a l e s , A n a x i m a n d r o y H e c a t e o d e
M i l e t o . A d e m á s , H e r o d o t o e s u n e x i l i a d o , u n no-ciudadano, l o q u e le p r o -
c u r a u n a c i e r t a d i s t a n c i a r e s p e c t o a a q u e l l o s q u e se h a n s u m e r g i d o e n el
f u e g o d e l a a c c i ó n . A l r e d a c t a r las Historias p e r s i g u e u n o b j e t i v o m u y cla-
r o : « A l p r e s e n t a r al p ú b l i c o sus i n v e s t i g a c i o n e s , H e r o d o t o d e H a l i c a r n a s o
q u i e r e p r e s e r v a r d e l o l v i d o lo q u e h a n h e c h o l o s h o m b r e s , c e l e b r a r las g r a n -
d e s y m a r a v i l l o s a s a c c i o n e s d e l o s g r i e g o s y d e l o s b á r b a r o s y, s o b r e t o d o ,
d e s a r r o l l a r los m o t i v o s q u e les c o n d u j e r o n a h a c e r s e l a g u e r r a . » C o n e s t a
d o b l e finalidad, l u c h a r c o n t r a el o l v i d o y d i s p e n s a r l a g l o r i a , r e d a c t ó n u e v e
l i b r o s , c u y o s c i n c o ú l t i m o s r e l a t a n las g u e r r a s m é d i c a s y l o s c i n c o p r i m e r o s
v e r s a n s o b r e c ó m o a f e c t ó el p o d e r í o p e r s a a l o s g r i e g o s y a l o s b á r b a r o s .
D a d o q u e H e r o d o t o es « e s e n c i a l m e n t e d i g r e s i v o » ( F . H a r t o g ) , s u r e l a t o se
e n c u e n t r a e s m a l t a d o d e d e s c r i p c i o n e s y v a r i a c i o n e s e t n o g r á f i c a s s o b r e las
costumbres.
L a a c t i t u d d e H e r o d o t o s e d u c e p o r su g r a n c u r i o s i d a d p o r t o d a s las c o -
sas. ¿ N o se f o r m u l a p r e g u n t a s , p o r e j e m p l o , s o b r e las c r e c i d a s d e l N i l o ? ,
¿ p o r q u é se p r o d u c e n e n v e r a n o y a o e n i n v i e r n o ? A c o s t u m b r a d o s al fe-
n ó m e n o , los e g i p c i o s n o e s t á n e n c o n d i c i o n e s d e e x p l i c a r l o . P o r t a n t o , in-
t e n t a r á r e s p o n d e r c o n l a a y u d a d e l a c i e n c i a j ó n i c a , a p e l a n d o a los m o v i -
m i e n t o a p a r e n t e s d e l sol. C r e e q u e c u a n d o é s t e se h a l l a e n el c é n i t d e u n
10
l u g a r , l a lluvia es i m p o s i b l e . C u a n d o e n el i n v i e r n o el s o l , e n su c é n i t , llega
a L i b i a , c o n s e c u e n t e m e n t e el N i l o s e e n c u e n t r a e n s u n i v e l m á s b a j o . P r e -
t e n d e r e c o n s t r u i r el c u r s o d e e s t e r í o , c u y a c r e c i d a es vital p a r a E g i p t o .
E s t a v e z n e c e s i t a u t i l i z a r el r a z o n a m i e n t o p o r a n a l o g í a , b a s á n d o s e e n el
r e c o r r i d o d e l I s t r o s ( D a n u b i o ) . C r e e q u e el N i l o , a t r a v é s d e L i b i a , y el
Istros, a través de E u r o p a , tienen u n curso idéntico, hallándose ambas des-
embocaduras una frente a otra.
G e n i o u n i v e r s a l , H e r o d o t o se a n t i c i p a a l a s c i e n c i a s d e l f u t u r o . A n u n -
cia la g e o g r a f í a p o r su s e n t i d o d e la o b s e r v a c i ó n : « E l s u e l o d e E g i p t o — h a c e
n o t a r c o n a g u d e z a — e s u n a t i e r r a n e g r a , a g r i e t a d a y q u e b r a d i z a , c o m o si
s e h u b i e r a f o r m a d o c o n el l i m o p r o c e d e n t e d e E t i o p í a q u e el N i l o l e h a
aportado y que ha acumulado por medio de sus desbordamientos; mientras
q u e s a b e m o s q u e la t i e r r a d e L i b i a es m á s r o j a y a r e n o s a , y q u e l a d e A r a -
b i a y S i r i a es m á s a r c i l l o s a y p e d r e g o s a . » N o c o n t e n t o c o n d e s c r i b i r , q u i e r e
m e d i r el e s p a c i o , c o m o u n a g r i m e n s o r . E s t i m a q u e h a y d e s d e el m a r h a s t a
H e l i ó p o l i s 1.500 e s t a d i o s ( d e 177,6 m . c a d a u n o ) , q u e la d i s t a n c i a e n t r e
A t e n a s y P i s a , c e r c a d e O l i m p i a , p u e d a ser d e u n o s 15 e s t a d i o s . P o d e m o s
o b s e r v a r e n H e r o d o t o u n a e s p e c i e d e o b s e s i ó n p o r las cifras, m a n e r a e l e -
m e n t a l d e c o n c e p t u a l i z a r la r e a l i d a d . L e i n t e r e s a t o d o : las d i s t a n c i a s , las
d i m e n s i o n e s d e los m o n u m e n t o s , e t c . S e a d e l a n t a a la z o o l o g í a , d e s c r i b i é n -
d o n o s al c o c o d r i l o o al h i p o p ó t a m o , y a l a e t n o g r a f í a , al p i n t a r n o s las c o s -
t u m b r e s de los escitas, los egipcios y o t r o s p u e b l o s q u e viven en la perife-
ria d e l m u n d o g r i e g o : « L o s s a c e r d o t e s ( d e E g i p t o ) — o b s e r v a — se a f e i t a n
t o d o el c u e r p o c a d a t r e s d í a s , a fin d e q u e n o se e n g e n d r e n p i o j o s n i c u a l -
q u i e r o t r o p a r á s i t o e n los h o m b r e s q u e sirven a los dioses. Sólo llevan u n a
t ú n i c a d e l i n o y s a n d a l i a s d e p a p i r o . N o les p e r m i t e n t e n e r n i n g u n a o t r a
p r e n d a ni calzado ( . . . ) . A c a m b i o de ello disfrutan d e grandes ventajas.
N o g a s t a n n i c o n s u m e n n a d a d e s u s b i e n e s p r o p i o s . C a d a u n o d e ellos p a r -
t i c i p a d e los m a n j a r e s s a g r a d o s , q u e se les e n t r e g a n c o c i d o s ; e, i n c l u s o , se
les d i s t r i b u y e c a d a d í a u n a g r a n c a n t i d a d d e c a r n e d e b u e y y d e o c a ( . . . ) . »
L a s p r á c t i c a s rituales, l a s e x i g e n c i a s v e s t i m e n t a r i a s , el e s t a t u s e c o n ó m i c o ,
n a d a e s c a p a a su s a g a c i d a d . P o d r í a m o s c i t a r p á g i n a s i g u a l m e n t e p i n t o r e s -
c a s a p r o p ó s i t o d e l ritual d e e m b a l s a m a m i e n t o , d e las fiestas c e l e b r a d a s e n
h o n o r d e l falo d e D i o n i s o s , y d e las a l e g r e s p e r e g r i n a c i o n e s al t e m p l o d e
A r t e m i s a en Bubastis. L a m i r a d a d e H e r o d o t o , a veces divertida, siempre
es c o m p r e n s i v a . P o s e e u n s e n t i d o i n n a t o d e la r e l a t i v i d a d d e las c o s t u m -
b r e s , m á x i m a f u n d a m e n t a l d e la e t n o g r a f í a . C o m o si f u e r a u n p r e c u r s o r d e
M o n t a i g n e o b s e r v a : « T o d o s e s t á n c o n v e n c i d o s d e q u e sus p r o p i a s c o s t u m - ' x
bres son, con m u c h o , las m e j o r e s . »
Si n o s fijamos m á s p a r t i c u l a r m e n t e e n el h i s t o r i a d o r , v e m o s q u e es m u y
c o n s c i e n t e d e la d i v e r s i d a d d e s u s f u e n t e s d e i n f o r m a c i ó n : « H e d i c h o h a s t a
a q u í lo q u e h e v i s t o , lo q u e h e s a b i d o p o r m í m i s m o , o lo q u e h e c o n o c i d o
g r a c i a s a m i s i n v e s t i g a c i o n e s . V o y a h a b l a r a h o r a d e e s t e p a í s s e g ú n lo q u e
m e h a n d i c h o d e él l o s e g i p c i o s ; a ñ a d i r é t a m b i é n a m i r e l a t o a l g o q u e h e
v i s t o p o r m í m i s m o . » F r e c u e n t a c o n a s i d u i d a d l o s l u g a r e s m e m o r a b l e s : el
t e m p l o d e M e n f i s , d e s p u é s H e l i ó p o l i s y T e b a s , p a r a v e r si las e x p l i c a c i o n e s
d e los h a b i t a n t e s d e e s t a s d o s ú l t i m a s c i u d a d e s « s e c o r r e s p o n d í a n c o n las
d e los s a c e r d o t e s d e M e n f i s » . A s i m i s m o r e c o g e f r a g m e n t o s d e c i e n c i a e s -
c r i t a : « L o s s a c e r d o t e s ( d e M e n f i s ) t a m b i é n m e l e y e r o n e n sus a n a l e s los
n o m b r e s d e o t r o s t r e s c i e n t o s t r e i n t a r e y e s q u e r e i n a r o n d e s p u é s d e él ( M i n ,
11
el p r i m e r r e y d e E g i p t o , f u n d a d o r d e M e n f i s ) . » D a d o q u e t e n í a q u e r e -
c u r r i r a t r a d u c t o r e s , H e r o d o t o s o l a m e n t e p u d o llevar a c a b o u n a i n v e s t i -
gación limitada. Viviendo en u n m u n d o de «cultura escrita limitada»
( F . H a r t o g ) , c o n s e c u e n t e m e n t e n o c r e í a «ni e n la n e c e s i d a d , n i e n l a s u p e -
r i o r i d a d d e lo e s c r i t o » . P o d r í a m o s , d e n o t a r o t r a s l i m i t a c i o n e s e n s u infor-
m a c i ó n , e s p e c i a l m e n t e s u v i s i ó n m u y r e s t r i n g i d a d e l c a m p o p o l í t i c o , e n el
q u e se e r i g e la f i g u r a d e l t i r a n o , m o v i d o p o r el d e s e o , v í c t i m a d e l a d e s -
m e s u r a , t r a n s g r e d i e n d o c o n s t a n t e m e n t e t o d a s las r e g l a s s o c i a l e s y m o r a l e s .
N u n c a s a t i s f e c h o , s i e m p r e d e s e a m á s . E s t e m i s m o p r i n c i p i o e x p l i c a t i v o lo
v o l v e m o s a e n c o n t r a r e n Tucídides:.
T a l c o m o l o h a d e m o s t r a d o e n s u m o g r a d o F . H a r t o g , el « p r o b l e m a »
e s e n c i a l d e H e r o d o t o , s e m e j a n t e a a q u e l c o n el q u e s e e n f r e n t a c u a l q u i e r
e t n ó l o g o o c u a l q u i e r h i s t o r i a d o r , . c o n s i s t e e n p e n s a r lo otro, l o l e j a n o , l o
d i f e r e n t e . A l d e s c r i b i r a l o s e s c i t a s , p o r e j e m p l o , « c o n s t r u y ó u n a figura d e l
n ó m a d a q u e convierte e n p e n s a b l e su alteridad». Pasa d e u n a alteridad o p a -
ca a u n a a l t e r i d a d p o r t a d o r a d e s e n t i d o . P a r a c o n s e g u i r l o , i n t r o d u c e u n a
r e t ó r i c a c u y o s p r o c e d i m i e n t o s se r e d u c e n a d e t e r m i n a d o n ú m e r o d e figu-
r a s e l e m e n t a l e s , b r i l l a n t e m e n t e a n a l i z a d a s p o r el a u t o r d e l Miroir d'Héro-
dote.
T o d o p a r t e , p u e s , d e la c o n s t a t a c i ó n d e q u e a (el m u n d o g r i e g o ) e s d i -
f e r e n t e d e b (el m u n d o n o g r i e g o ) . ¿ C u á l s e r á l a a c t i t u d d e l n a r r a d o r ? ¿ C o n -
sistirá t a n s ó l o e n r e d u c i r l o o t r o a l o p r o p i o , e n t r a d u c i r b e n t é r m i n o s d e
al S e ñ a l e m o s , e n p r i m e r l u g a r , d o s c o m p o r t a m i e n t o s d e H e r o d o t o s o b r e
los q u e F . H a r t o g i n s i s t e p o c o . E l p r i m e r o c o n s i s t e e n c o n s i d e r a r q u e b es
m a r a v i l l o s o , p r o d i g i o s o , t o t a l m e n t e d i f e r e n t e d e a, f u n d a m e n t a l m e n t e i r r e -
d u c t i b l e al m u n d o c o n o c i d o . E n su v i r t u d , l o s m o n u m e n t o s l l e g a n a a l c a n -
z a r p r o p o r c i o n e s e x t r a o r d i n a r i a s ; a l g u n o s p r o d u c t o s p r e c i o s o s se r e c o g e n
e n c i r c u n s t a n c i a s s o r p r e n d e n t e s , c o m o el ladanum ( r e s i n a a r o m á t i c a ) ¡en
la m i s m í s i m a b a r b a d e l o s m a c h o s c a b r í o s ! L a s e g u n d a a c t i t u d c o n s i s t e e n
e s t i m a r q u e b es el a n t e p a s a d o d e a. E g i p t o h a s i d o la c u n a d e m u c h a s
c r e e n c i a s : « C a s i t o d o s los n o m b r e s d e los d i o s e s ( e n t r e ellos el d e D i o n i -
sos) h a n l l e g a d o a G r e c i a p r o c e d e n t e s d e E g i p t o . » E s t e c a m i n o n o s c o n -
duce en cierta forma a reconocer q u e , en d e t e r m i n a d o s c a m p o s , b es su-
p e r i o r a a. E n m a t e r i a d e c a l e n d a r i o , p o r e j e m p l o , se c o n s i d e r a a los e g i p -
cios « m á s h á b i l e s q u e l o s g r i e g o s » .
L l e g u e m o s a la o p e r a c i ó n p r i n c i p a l d e H e r o d o t o , q u e c o n s i s t e e n i n -
t e n t a r t r a d u c i r b e n t é r m i n o s d e a. D i c h a o p e r a c i ó n p u e d e r e v e s t i r v a r i a s
f o r m a s : 1) P r i m e r o , l a d e la o p o s i c i ó n , t é r m i n o a t é r m i n o , d e l e s q u e m a ,
h a s t a su t o t a l i n v e r s i ó n . L a f a m o s a d e s c r i p c i ó n d e las c o s t u m b r e s d e los
egipcios (Historias, l i b r o I I , 35-37) c o n s t i t u y e su m e j o r e j e m p l o : « L a s m u -
j e r e s s o n las q u e v a n al m e r c a d o y r e a l i z a n el p e q u e ñ o c o m e r c i o ; l o s h o m -
b r e s se q u e d a n e n c a s a y t e j e n . » E l c o n j u n t o d e l t e x t o p r e s e n t a u n e s q u e -
m a binario, puesto d e manifiesto en una serie de imágenes contrastadas:
a l t o - b a j o , d e n t r o - f u e r a , p e l u d o - a f e i t a d o . F o r m a s i m p l e y eficaz d e s u p e r a r
la o p a c i d a d d e l m u n d o d e e n f r e n t e . C o m o n o t o d o s los h e c h o s n o d a n p i e
a un tratamiento tan sumario, H e r o d o t o elabora esquemas de inversión
m á s s u t i l e s , c o m o c u a n d o se r e f i e r e a las a m a z o n a s , v í r g e n e s g u e r r e r a s y
f e r o c e s , a n t í t e s i s v i v i e n t e s d e las m u j e r e s c a s a d a s g r i e g a s : c u a n d o los esci-
tas p r e f i e r e n e n g e n d r a r l e s h i j o s a n t e s q u e g u e r r e a r c o n e l l a s , ¿ n o se c o m -
p o r t a n i g u a l q u e los g r i e s g o s ? 2 ) P a r a el a u t o r d e las Historias, las c o m p a -
12
r a c i o n e s y a n a l o g í a s c o n s t i t u y e n t a m b i é n f o r m a s d e « r e d u c i r l o o t r o a lo
p r o p i o » . N o s dirá, p o r e j e m p l o , q u e la c a r r e r a d e los m e n s a j e r o s del r e v
d e P e r s i a , p a s á n d o s e el c o r r e o el u n o al o t r o , r e c u e r d a a q u e l l a o t r a d e l o s
portadores de antorchas en h o n o r de Hefaistos. O establecerá u n parale-
l i s m o e n t r e l a g e o g r a f í a d e l o s e s c i t a s y la d e l Á t i c a . 3 ) T r a d u c e p o c o , e x -
c e p t o c u a n d o se t r a t a d e n o m b r e s p r o p i o s . Xerxes, p r e c i s a , significa el
g u e r r e r o . E n c u a n t o al t é r m i n o l i b i o Batios, n o significa el t a r t a m u d o , c o m o
u n g r i e g o se i n c l i n a r í a a p e n s a r , s i n o el Rey. 4 ) D e s c r i b i r e i n v e n t a r i a r c o n s -
t i t u y e u n a ú l t i m a m a n e r a d e c o l o n i z a r l o d i f e r e n t e , h a l l a n d o e n ello e l e -
m e n t o s c o n o c i d o s , s o m e t i d o s a i n s ó l i t o s a r r e g l o s . E l n a r r a d o r t r a n s f i e r e su
léxico a o t r a r e a l i d a d y sus p a l a b r a s c o l o n i z a n las c o s a s d e l o t r o c a m p o .
Si n o s a t e n e m o s a l a s e s t r u c t u r a s d e l t e x t o , h a b r í a q u e h a b l a r d e u n ú n i -
c o H e r o d o t o y n o d e d o s . L a o p o s i c i ó n e n t r e ellos y nosotros es p a t e n t e
e n el c o n j u n t o d e l a o b r a , t a n t o e n l o s v i a j e s c o m o e n el r e l a t o d e las
g u e r r a s . T a m p o c o c o n o c e n i n g u n a a l t e r a c i ó n su m a n e r a d e r e l a t a r los h e -
c h o s y los a c t o s m a r a v i l l o s o s . T r á t e s e d e a c c i o n e s o d e c o s t u m b r e s , se m a n -
t i e n e s i e m p r e el m i s m o p r i n c i p i o d e s e l e c c i ó n . H e r o d o t o e l i g e «lo m á s dig-
n o d e ser c o n t a d o » . F u e m a l e n j u i c i a d o p o r T u c í d i d e s , q u i e n s ó l o v i o e n
él u n n a r r a d o r d e f á b u l a s , u n « m e n t i r o s o » c u y a ú n i c a p r e o c u p a c i ó n e r a
c o m p l a c e r a sus l e c t o r e s . P e r o , c o m o si q u i s i e r a p r e c a v e r s e c o n t r a e s t a
o b j e c i ó n , se e s f o r z ó e n r e c o r d a r n o s q u e . n a d i e e s t a b a o b l i g a d o a c r e e r sus
r e l a t o s : «¡Mi d e b e r es d a r a c o n o c e r l o q u e s e d i c e , p e r o y o n o e s t o y o b l i -
g a d o e n a b s o l u t o a c r e e r e n e l l o ! Y e s t o es v á l i d o p a r a t o d a m i h i s t o r i a . »
H e r o d o t o , q u e todavía n o es prisionero d e las categorías del conocimiento
h i s t ó r i c o , c o n s t i t u y e , d e h e c h o , u n i n s u s t i t u i b l e e s p e j o e n e l q u e el h i s t o -
riador p u e d e c o n t e m p l a r l a i n c e r t i d u m b r e d e s u e s t a t u t o . ¿ E n u n c i a la r e a -
l i d a d o t a n s ó l o ficciones v e r o s í m i l e s , c o m o le g u s t a b a d e c i r a M i c h e l d e
C e r t e a u ? E n el « e s p e j o d e H e r o d o t o » t a m b i é n s e r e f l e j a n l o s b á r b a r o s ,
p e r o c o m o u n a i m a g e n i n v e r t i d a d e l o s g r i e g o s . P a r a é l , t a n t o el m u n d o
c o n o c i d o c o m o el p a s a d o r e c i e n t e se h a l l a n c o n t e n i d o s d e n t r o d e l e s p a c i o
griego del saber ( F . H a r t o g ) .
2. TUCÍDIDES: LA DEFINICIÓN CONJUNTA D E UN MÉTODO Y D E UNA
ESCRITURA
A l calificar T u c í d i d e s a s u p r o p i a o b r a c o m o d e « b i e n p a r a s i e m p r e » ,
¿ t e n d r í a el p r e s e n t i m i e n t o d e l e x t r a o r d i n a r i o e s t a t u t o q u e le r e s e r v a b a n los
siglos f u t u r o s ? L a Historia de la guerra del Peloponeso todavía suscita en
la a c t u a l i d a d u n t e m o r r e v e r e n c i a l y s i g u e s i e n d o c o n s i d e r a d a c o m o el m o -
delo absoluto del m é t o d o histórico. U n reciente artículo de Nicole L o v a u x ,
« T h u c y d i d e n ' e s t p a s u n c o l l é g u e » (Quaderni di storia, XII, 1980,
p p . 5 5 - 8 1 ) , n o s h a r e c o r d a d o o p o r t u n a m e n t e q u e el e s c r i t o r a t e n i e n s e n o
c o n c e b í a la h i s t o r i a c o m o n o s o t r o s . T o d a v í a n o se t r a t a b a d e u n g é n e r o di-
ferenciado ni d e u n a o b r a escolar e l a b o r a d a según u n a s condiciones preci-
s a s . L a h i s t o r i a f o r m a b a p a r t e d e los g é n e r o s cívicos, d e las i n s t i t u c i o n e s
o r a l e s r e c o n o c i d a s e n l a polis, c o m o l a t r a g e d i a y la e l o c u e n c i a . N o aspi-
r a b a a ser u n a « e x p r e s i ó n t r a n s p a r e n t e d e l a v e r d a d d e los h e c h o s » . P o r
tanto, carecería de sentido pretender t o m a r a Tucídides por u n honorable
m i e m b r o d e la c o r p o r a c i ó n d e l o s h i s t o r i a d o r e s y r e p r o c h a r l e s u s o m i s i o -
13
el p r i m e r r e y d e E g i p t o , f u n d a d o r d e M e n f i s ) . » D a d o q u e t e n í a q u e r e -
c u r r i r a t r a d u c t o r e s , H e r o d o t o s o l a m e n t e p u d o llevar a c a b o u n a i n v e s t i -
gación limitada. Viviendo en u n m u n d o de «cultura escrita limitada»
( F . H a r t o g ) , c o n s e c u e n t e m e n t e n o c r e í a «ni e n la n e c e s i d a d , n i e n l a s u p e -
r i o r i d a d d e lo e s c r i t o » . P o d r í a m o s , d e n o t a r o t r a s l i m i t a c i o n e s e n s u infor-
m a c i ó n , e s p e c i a l m e n t e s u v i s i ó n m u y r e s t r i n g i d a d e l c a m p o p o l í t i c o , e n el
q u e se e r i g e la f i g u r a d e l t i r a n o , m o v i d o p o r el d e s e o , v í c t i m a d e l a d e s -
m e s u r a , t r a n s g r e d i e n d o c o n s t a n t e m e n t e t o d a s las r e g l a s s o c i a l e s y m o r a l e s .
N u n c a s a t i s f e c h o , s i e m p r e d e s e a m á s . E s t e m i s m o p r i n c i p i o e x p l i c a t i v o lo
v o l v e m o s a e n c o n t r a r e n Tucídides:.
T a l c o m o l o h a d e m o s t r a d o e n s u m o g r a d o F . H a r t o g , el « p r o b l e m a »
e s e n c i a l d e H e r o d o t o , s e m e j a n t e a a q u e l c o n el q u e s e e n f r e n t a c u a l q u i e r
e t n ó l o g o o c u a l q u i e r h i s t o r i a d o r , . c o n s i s t e e n p e n s a r lo otro, l o l e j a n o , l o
d i f e r e n t e . A l d e s c r i b i r a l o s e s c i t a s , p o r e j e m p l o , « c o n s t r u y ó u n a figura d e l
n ó m a d a q u e convierte e n p e n s a b l e su alteridad». Pasa d e u n a alteridad o p a -
ca a u n a a l t e r i d a d p o r t a d o r a d e s e n t i d o . P a r a c o n s e g u i r l o , i n t r o d u c e u n a
r e t ó r i c a c u y o s p r o c e d i m i e n t o s se r e d u c e n a d e t e r m i n a d o n ú m e r o d e figu-
r a s e l e m e n t a l e s , b r i l l a n t e m e n t e a n a l i z a d a s p o r el a u t o r d e l Miroir d'Héro-
dote.
T o d o p a r t e , p u e s , d e la c o n s t a t a c i ó n d e q u e a (el m u n d o g r i e g o ) e s d i -
f e r e n t e d e b (el m u n d o n o g r i e g o ) . ¿ C u á l s e r á l a a c t i t u d d e l n a r r a d o r ? ¿ C o n -
sistirá t a n s ó l o e n r e d u c i r l o o t r o a l o p r o p i o , e n t r a d u c i r b e n t é r m i n o s d e
al S e ñ a l e m o s , e n p r i m e r l u g a r , d o s c o m p o r t a m i e n t o s d e H e r o d o t o s o b r e
los q u e F . H a r t o g i n s i s t e p o c o . E l p r i m e r o c o n s i s t e e n c o n s i d e r a r q u e b es
m a r a v i l l o s o , p r o d i g i o s o , t o t a l m e n t e d i f e r e n t e d e a, f u n d a m e n t a l m e n t e i r r e -
d u c t i b l e al m u n d o c o n o c i d o . E n su v i r t u d , l o s m o n u m e n t o s l l e g a n a a l c a n -
z a r p r o p o r c i o n e s e x t r a o r d i n a r i a s ; a l g u n o s p r o d u c t o s p r e c i o s o s se r e c o g e n
e n c i r c u n s t a n c i a s s o r p r e n d e n t e s , c o m o el ladanum ( r e s i n a a r o m á t i c a ) ¡en
la m i s m í s i m a b a r b a d e l o s m a c h o s c a b r í o s ! L a s e g u n d a a c t i t u d c o n s i s t e e n
e s t i m a r q u e b es el a n t e p a s a d o d e a. E g i p t o h a s i d o la c u n a d e m u c h a s
c r e e n c i a s : « C a s i t o d o s los n o m b r e s d e los d i o s e s ( e n t r e ellos el d e D i o n i -
sos) h a n l l e g a d o a G r e c i a p r o c e d e n t e s d e E g i p t o . » E s t e c a m i n o n o s c o n -
duce en cierta forma a reconocer q u e , en d e t e r m i n a d o s c a m p o s , b es su-
p e r i o r a a. E n m a t e r i a d e c a l e n d a r i o , p o r e j e m p l o , se c o n s i d e r a a los e g i p -
cios « m á s h á b i l e s q u e l o s g r i e g o s » .
L l e g u e m o s a la o p e r a c i ó n p r i n c i p a l d e H e r o d o t o , q u e c o n s i s t e e n i n -
t e n t a r t r a d u c i r b e n t é r m i n o s d e a. D i c h a o p e r a c i ó n p u e d e r e v e s t i r v a r i a s
f o r m a s : 1) P r i m e r o , l a d e la o p o s i c i ó n , t é r m i n o a t é r m i n o , d e l e s q u e m a ,
h a s t a su t o t a l i n v e r s i ó n . L a f a m o s a d e s c r i p c i ó n d e las c o s t u m b r e s d e los
egipcios (Historias, l i b r o I I , 35-37) c o n s t i t u y e su m e j o r e j e m p l o : « L a s m u -
j e r e s s o n las q u e v a n al m e r c a d o y r e a l i z a n el p e q u e ñ o c o m e r c i o ; l o s h o m -
b r e s se q u e d a n e n c a s a y t e j e n . » E l c o n j u n t o d e l t e x t o p r e s e n t a u n e s q u e -
m a binario, puesto d e manifiesto en una serie de imágenes contrastadas:
a l t o - b a j o , d e n t r o - f u e r a , p e l u d o - a f e i t a d o . F o r m a s i m p l e y eficaz d e s u p e r a r
la o p a c i d a d d e l m u n d o d e e n f r e n t e . C o m o n o t o d o s los h e c h o s n o d a n p i e
a un tratamiento tan sumario, H e r o d o t o elabora esquemas de inversión
m á s s u t i l e s , c o m o c u a n d o se r e f i e r e a las a m a z o n a s , v í r g e n e s g u e r r e r a s y
f e r o c e s , a n t í t e s i s v i v i e n t e s d e las m u j e r e s c a s a d a s g r i e g a s : c u a n d o los esci-
tas p r e f i e r e n e n g e n d r a r l e s h i j o s a n t e s q u e g u e r r e a r c o n e l l a s , ¿ n o se c o m -
p o r t a n i g u a l q u e los g r i e s g o s ? 2 ) P a r a el a u t o r d e las Historias, las c o m p a -
12
r a c i o n e s y a n a l o g í a s c o n s t i t u y e n t a m b i é n f o r m a s d e « r e d u c i r l o o t r o a lo
p r o p i o » . N o s dirá, p o r e j e m p l o , q u e la c a r r e r a d e los m e n s a j e r o s del r e v
d e P e r s i a , p a s á n d o s e el c o r r e o el u n o al o t r o , r e c u e r d a a q u e l l a o t r a d e l o s
portadores de antorchas en h o n o r de Hefaistos. O establecerá u n parale-
l i s m o e n t r e l a g e o g r a f í a d e l o s e s c i t a s y la d e l Á t i c a . 3 ) T r a d u c e p o c o , e x -
c e p t o c u a n d o se t r a t a d e n o m b r e s p r o p i o s . Xerxes, p r e c i s a , significa el
g u e r r e r o . E n c u a n t o al t é r m i n o l i b i o Batios, n o significa el t a r t a m u d o , c o m o
u n g r i e g o se i n c l i n a r í a a p e n s a r , s i n o el Rey. 4 ) D e s c r i b i r e i n v e n t a r i a r c o n s -
t i t u y e u n a ú l t i m a m a n e r a d e c o l o n i z a r l o d i f e r e n t e , h a l l a n d o e n ello e l e -
m e n t o s c o n o c i d o s , s o m e t i d o s a i n s ó l i t o s a r r e g l o s . E l n a r r a d o r t r a n s f i e r e su
léxico a o t r a r e a l i d a d y sus p a l a b r a s c o l o n i z a n las c o s a s d e l o t r o c a m p o .
Si n o s a t e n e m o s a l a s e s t r u c t u r a s d e l t e x t o , h a b r í a q u e h a b l a r d e u n ú n i -
c o H e r o d o t o y n o d e d o s . L a o p o s i c i ó n e n t r e ellos y nosotros es p a t e n t e
e n el c o n j u n t o d e l a o b r a , t a n t o e n l o s v i a j e s c o m o e n el r e l a t o d e las
g u e r r a s . T a m p o c o c o n o c e n i n g u n a a l t e r a c i ó n su m a n e r a d e r e l a t a r los h e -
c h o s y los a c t o s m a r a v i l l o s o s . T r á t e s e d e a c c i o n e s o d e c o s t u m b r e s , se m a n -
t i e n e s i e m p r e el m i s m o p r i n c i p i o d e s e l e c c i ó n . H e r o d o t o e l i g e «lo m á s dig-
n o d e ser c o n t a d o » . F u e m a l e n j u i c i a d o p o r T u c í d i d e s , q u i e n s ó l o v i o e n
él u n n a r r a d o r d e f á b u l a s , u n « m e n t i r o s o » c u y a ú n i c a p r e o c u p a c i ó n e r a
c o m p l a c e r a sus l e c t o r e s . P e r o , c o m o si q u i s i e r a p r e c a v e r s e c o n t r a e s t a
o b j e c i ó n , se e s f o r z ó e n r e c o r d a r n o s q u e . n a d i e e s t a b a o b l i g a d o a c r e e r sus
r e l a t o s : «¡Mi d e b e r es d a r a c o n o c e r l o q u e s e d i c e , p e r o y o n o e s t o y o b l i -
g a d o e n a b s o l u t o a c r e e r e n e l l o ! Y e s t o es v á l i d o p a r a t o d a m i h i s t o r i a . »
H e r o d o t o , q u e todavía n o es prisionero d e las categorías del conocimiento
h i s t ó r i c o , c o n s t i t u y e , d e h e c h o , u n i n s u s t i t u i b l e e s p e j o e n e l q u e el h i s t o -
riador p u e d e c o n t e m p l a r l a i n c e r t i d u m b r e d e s u e s t a t u t o . ¿ E n u n c i a la r e a -
l i d a d o t a n s ó l o ficciones v e r o s í m i l e s , c o m o le g u s t a b a d e c i r a M i c h e l d e
C e r t e a u ? E n el « e s p e j o d e H e r o d o t o » t a m b i é n s e r e f l e j a n l o s b á r b a r o s ,
p e r o c o m o u n a i m a g e n i n v e r t i d a d e l o s g r i e g o s . P a r a é l , t a n t o el m u n d o
c o n o c i d o c o m o el p a s a d o r e c i e n t e se h a l l a n c o n t e n i d o s d e n t r o d e l e s p a c i o
griego del saber ( F . H a r t o g ) .
2. TUCÍDIDES: LA DEFINICIÓN CONJUNTA D E UN MÉTODO Y D E UNA
ESCRITURA
A l calificar T u c í d i d e s a s u p r o p i a o b r a c o m o d e « b i e n p a r a s i e m p r e » ,
¿ t e n d r í a el p r e s e n t i m i e n t o d e l e x t r a o r d i n a r i o e s t a t u t o q u e le r e s e r v a b a n los
siglos f u t u r o s ? L a Historia de la guerra del Peloponeso todavía suscita en
la a c t u a l i d a d u n t e m o r r e v e r e n c i a l y s i g u e s i e n d o c o n s i d e r a d a c o m o el m o -
delo absoluto del m é t o d o histórico. U n reciente artículo de Nicole L o v a u x ,
« T h u c y d i d e n ' e s t p a s u n c o l l é g u e » (Quaderni di storia, XII, 1980,
p p . 5 5 - 8 1 ) , n o s h a r e c o r d a d o o p o r t u n a m e n t e q u e el e s c r i t o r a t e n i e n s e n o
c o n c e b í a la h i s t o r i a c o m o n o s o t r o s . T o d a v í a n o se t r a t a b a d e u n g é n e r o di-
ferenciado ni d e u n a o b r a escolar e l a b o r a d a según u n a s condiciones preci-
s a s . L a h i s t o r i a f o r m a b a p a r t e d e los g é n e r o s cívicos, d e las i n s t i t u c i o n e s
o r a l e s r e c o n o c i d a s e n l a polis, c o m o l a t r a g e d i a y la e l o c u e n c i a . N o aspi-
r a b a a ser u n a « e x p r e s i ó n t r a n s p a r e n t e d e l a v e r d a d d e los h e c h o s » . P o r
tanto, carecería de sentido pretender t o m a r a Tucídides por u n honorable
m i e m b r o d e la c o r p o r a c i ó n d e l o s h i s t o r i a d o r e s y r e p r o c h a r l e s u s o m i s i o -
13

n e s o sus síntesis. E s p r e c i s o r e c o n o c e r q u e t o d o s e h a l l a s o m e t i d o e n él a
la l ó g i c a d e l r e l a t o d e g u e r r a y a u n i m p l a c a b l e r a c i o n a l i s m o . E n c o n s e -
c u e n c i a , n o s e n s e ñ a t a n t o a p r o p ó s i t o d e la e s c r i t u r a d e la h i s t o r i a e n el
siglo V c o m o d e l o s t r á g i c o s a c o n t e c i m i e n t o s d e los q u e f u e r o n v í c t i m a s l o s
contemporáneos de Pericles.
T u c í d i d e s n a c i ó h a c i a el a ñ o 4 6 0 e n el s e n o d e u n a familia e m p a r e n t a d a
con C i m ó n y con Milcíades, propietaria de minas de o r o en Tracia. F u e ele-
g i d o e s t r a t e g a e n el a ñ o 4 2 4 y n o p u d o e v i t a r l a c a í d a d e A n f í p o l i s , l o q u e
le v a h ó s e r c o n d e n a d o al e x i l i o . V i v i ó e n T r a c i a h a s t a el a ñ o 4 0 4 , n o sin
v i a j a r a Sicilia y a l a M a g n a G r e c i a . A p e s a r d e su a m a r g u r a , se m a n t u v o
v i n c u l a d o a l a d e m o c r a c i a h a s t a s u m u e r t e , o c u r r i d a h a c i a el a ñ o 3 9 5 . D e -
d i c ó s e a e s c r i b i r la Historia de la guerra del Peloponeso, que enfrentó a Ate-
n a s y a sus a l i a d o s d e l E g e o c o n t r a E s p a r t a y la C o n f e d e r a c i ó n d e l P e l o -
p o n e s o e n t r e l o s a ñ o s 4 3 1 y 404 a. J . C . E l r e l a t o , d i v i d i d o e n o c h o l i b r o s
— e l ú l t i m o d e los c u a l e s fue e s c r i t o a t o d a p r i s a — , c o n c l u y e c o n l a e x p e -
d i c i ó n d e A l c i b í a d e s a Sicilia ( 4 1 5 - 4 1 3 ) . L a c o n t i n u a c i ó n del conflicto fue
r e l a t a d a p o r J e n o f o n t e e n las Helénicas.
E n l a i n t r o d u c c i ó n d e su o b r a , calificada d e a r q u e o l ó g i c a p o r q u e v e r s a
s o b r e l o s o r í g e n e s d e G r e c i a , T u c í d i d e s e x p u s o su m é t o d o d e h i s t o r i a d o r
e n u n t e x t o f a m o s o ( v e r el t e x t o e n el a n e x o , Historia de la guerra del Pe-
loponeso, l i b r o I , X X - X X I I T ) . D u d a r d e c u a n t o e s t á a d m i t i d o c o n s t i t u y e el
p u n t o d e p a r t i d a d e su d e c i s i ó n . L a h i s t o r i a se inicia c o n la s o s p e c h a : « E s
difícil d a r c r é d i t o a l o s d o c u m e n t o s e n s u c o n j u n t o ( . . . ) . L o s h o m b r e s a c e p -
t a n l a s c o s a s sin p r e v i o e x a m e n . » P a r a l l e g a r a ser h i s t o r i a d o r es p r e c i s o
distanciarse d e la o p i n i ó n c o m ú n , g e n e r a d o r a d e t a n t o s errores acerca del
p a s a d o y d e l p r e s e n t e . P o r t a n t o , n o se d e b e a c e p t a r l a p r i m e r a i n f o r m a -
c i ó n q u e n o s l l e g a . T a m p o c o d e b e m o s ser v í c t i m a s d e l a i l u s i ó n q u e e n g e n -
d r a el h e c h o d e h a b e r p a r t i c i p a d o e n l o s a c o n t e c i m i e n t o s . E n e f e c t o , «los
h o m b r e s c o m p r o m e t i d o s e n la g u e r r a c o n s i d e r a n s i e m p r e la m á s i m p o r t a n -
t e a q u e l l a e n la q u e p a r t i c i p a n » ( X X I ) .
R e a p a r e c e s u a r t e d e l a d u d a e n l a c r í t i c a d e las f u e n t e s . A l r e c h a z a r a
l o s p o e t a s q u e « a m p l i f i c a n l o s a c o n t e c i m i e n t o s » , T u c í d i d e s v a m á s allá q u e
H e r o d o t o , m a n t e n i é n d o s e , n o o b s t a n t e , circunspecto r e s p e c t o a los r e l a t o s
é p i c o s . N o d e j a d e u t i l i z a r l o s p a r a e x t r a e r d e ellos los c a r a c t e r e s d e las c o s -
t u m b r e s , s o b r e l a p i r a t e r í a p o r e j e m p l o , o p a r a d e d u d i r el n ú m e r o d e h o m -
b r e s e n v i a d o s c o n t r a T r o y a . E n l o s u c e s i v o q u e d a n d i f e r e n c i a d o s el p l a n o
d e l o m a r a v i l l o s o m í t i c o y el d e la r e a l i d a d h i s t ó r i c a . A l d e s p r e c i a r a los
l o g ó g r a f o s , c o m o h e m o s v i s t o a n t e s , T u c í d i d e s s ó l o c o n s e r v a «las f u e n t e s
m á s s e g u r a s » , e n t e n d i e n d o p o r t a l e s las m á s p r ó x i m a s a los h e c h o s q u e se
r e l a t a n . ¡ H e a q u í lo q u e s u c e d e c o n el p a s a d o l e j a n o ! E n c u a n t o a l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s c o n t e m p o r á n e o s , se r e s e r v a c u a l q u i e r o p i n i ó n a priori, c o n s e r -
v a n d o ú n i c a m e n t e lo q u e h a visto o lo q u e h a d a d o p o r s e n t a d o d e s p u é s
d e c o n t r a s t a r los t e s t i m o n i o s e n p r o o e n c o n t r a . T a m p o c o d e j a d e r e c u r r i r
a d o c u m e n t o s oficiales: el t e x t o d e la p a z d e N i c i a s ( 4 2 2 ) , g r a b a d o e n m á r -
m o l , se c o r r e s p o n d e casi p a l a b r a a p a l a b r a c o n el d e T u c í d i d e s .
E s t a b l e c e r los h e c h o s e i n s e r t a r l o s e n las c o r r e s p o n d i e n t e s c a d e n a s c a u -
sales c o n s t i t u y e la e t a p a d e c i s i v a d e l a o p e r a c i ó n h i s t ó r i c a . D e t e r m i n a d a s
e x p r e s i o n e s n o d e j a n l u g a r a d u d a s : « p a r a e x a m i n a r l o s h e c h o s » ; « v e r cla-
r o e n l o s h e c h o s p a s a d o s » ; « c o n f i r m a d o s p o r los h e c h o s » . ¿ H a b l a r á n d e
o t r a m a n e r a los m a e s t r o s d e l siglo XIX? L o s h e c h o s , c o n t a n t o c u i d a d o r e -
14
c o n s t i t u i d o s , es p r e c i s o t a m b i é n j u z g a r l o s y e v a l u a r su i m p o r t a n c i a , d e d o n -
d e p r o c e d e el p a r a l e l i s m o e n t r e las g u e r r a s m é d i c a s y l a d e l P e l o p o n e s o
( X X J J I ) . Q u e d a l o e s e n c i a l : e s t a b l e c e r las c a u s a s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s .
E n u n a s l í n e a s d e c i s i v a s , el e s t r a t e g a e x i l i a d o d i s t i n g u e e n t r e las r a z o n e s
i n m e d i a t a s d e l c o n f l i c t o (el e n f r e n t a m i e n t o e n t r e l o s h a b i t a n t e s d e C o r c i -
r a , a l i a d o s d e A t e n a s , y l o s c o r i n t i o s , a l i a d o s d e E s p a r t a ) y su c a u s a
p r o f u n d a : el t e m o r q u e s e n t í a n l o s l a c e d e m o n i o s a n t e l o s p r o g r e s o s d e l i m -
perialismo a t e n i e n s e . M á s allá d e los m o t i v o s e x p u e s t o s p o r los p r o p i o s
p r o t a g o n i s t a s , m á s a l l á d e l e n c a d e n a m i e n t o s u p e r f i c i a l d e los h e c h o s , s e i n -
t e r r o g a s o b r e los m e c a n i s m o s p r o f u n d o s del m o v i m i e n t o histórico.
T a m b i é n e n u n c i a T u c í d i d e s d e p a s o las r e g l a s d e u n a f o r m a d e e s c r i b i r
la h i s t o r i a . S e t r a t a d e u n a v e r d a d e n c o n s t r u c c i ó n , d e u n r e l a t o c o n s t r u i d o
a partir d e un cierto nivel d e información, q u e comporta siempre u n a p a r t e
d e l o n o - e s t a b l e c i d o : «así e r a , s e g ú n m i s i n v e s t i g a c i o n e s » ( X X ) ; « n o n o s
e q u i v o c a m o s al j u z g a r l o s h e c h o s , a p r o x i m a d a m e n t e t a l c o m o l o s h e i n -
f o r m a d o » ( X X I ) . C o m o r e c h a z a c u a n t o es m a r a v i l l o s o , el h i s t o r i a d o r a t e -
n i e n s e se d e c a n t a p o r u n e s t i l o s o b r i o , d e s p r o v i s t o d e c u a l q u i e r artificio li-
t e r a r i o , a d e c u a d o a la f i n a l i d a d p e r s e g u i d a : « v e r c l a r o e n l o s h e c h o s d e l
p a s a d o » . S i n e m b a r g o s e p e r m i t e , i n v o c a n d o l a l ó g i c a d e la v e r o s i m i l i t u d ,
r e c o n s t r u i r «los d i s c u r s o s p r o n u n c i a d o s p o r c a d a u n o d e los b e l i g e r a n t e s » .
Su n a r r a c i ó n s e h a l l a así e s m a l t a d a c o n t r e i n t a y n u e v e a r e n g a s d e b i d a s a
P e r i c l e s , A l c i b í a d e s , N i c i a s y a o t r o s . E n v e z d e « c i t a r c o n e x a c t i t u d las p a -
l a b r a s q u e f u e r o n p r o n u n c i a d a s , e x p o n e el p e n s a m i e n t o c o m p l e t o d e c a d a
u n o d e e l l o s » , su s u b s t a n c i a . S e g ú n n u e s t r o c r i t e r i o , se t r a t a r í a d e u n a r t e
u n p o c o s o s p e c h o s o , si e s t o s d i s c u r s o s r e e l a b o r a d o s d i e r a n l u g a r a a l g u n a
parcialidad. Jacqueline de Romilly absuelve totalmente a Tucídides de este
r e p r o c h e y n o s a p o r t a l a s r a z o n e s p o r l a s c u a l e s se t o m ó e s t a s l i b e r t a d e s
c o n la m a t e r i a p r i m a d e l a h i s t o r i a . E s t o s f r a g m e n t o s d e g r a n e l o c u e n c i a ,
t a n n o r m a l e s e n la v i d a p o l í t i c a a t e n i e n s e , c o n s t i t u í a n u n m e d i o i d e a l d e
esbozar, en pocas líneas, u n p e r s o n a j e y u n a política. T a m b i é n era u n a ma-
n e r a d e c o n s t r u i r u n s i s t e m a d e r e l a c i o n e s lógicas e n t r e los p e r s o n a j e s , si-
t u a n d o l o s d i s c u r s o s e n p a r a l e l o o e n o p o s i c i ó n . L a p r á c t i c a d e las a n t i l o -
gías o confrontaciones d e r a z o n a m i e n t o s era n o r m a l e n t r e los sofistas. Tu-
c í d i d e s s e a d a p t a a e l l a , p o r e j e m p l o , c u a n d o d a s u c e s i v a m e n t e la p a l a b r a
a u n s i r a c u s a n o y a u n a t e n i e n s e p a r a e x p o n e r tesis rigurosamente contra-
rias, c o r r e s p o n d i e n d o e n t o n c e s al l e c t o r e l p a p e l d e a r b i t r o .
E s t e t e x t o , c r e a d o r del g é n e r o histórico, nos p e r m i t e precisar, c o n la
a y u d a d e l J a c q u e l i n e d e R o m i l l y (Histoire et raison chez Thucydide, p . 272),
las t r e s e t a p a s d e l a o b r a d e l h i s t o r i a d o r a t e n i e n s e : a) u n t r a b a j o crítico
q u e e s t a b l e c e las f u e n t e s y l o s h e c h o s ; b ) u n a a c t i v i d a d l ó g i c a q u e c o m p o -
n e s i s t e m a s d e p r u e b a s ; c) f i n a l m e n t e , u n a a c t i v i d a d o r g a n i z a d o r a q u e c o n s -
tituye conjuntos c o h e r e n t e s , en los que cada hecho y cada discurso parti-
c i p a n d e u n m i s m o s i s t e m a . P e r o la m i s i ó n d e l h i s t o r i a d o r n o c o n c l u y e a q u í :
e s p r e c i s o q u e t a m b i é n s e a útil a sus s e m e j a n t e s y q u e e s t i m u l e sus m e d i -
taciones. A m b i c i ó n justificada, e n la m e d i d a e n q u e los h e c h o s q u e relata
s e s o m e t e n a l a ley d e l e t e r n o r e t o r n o q u e g o b i e r n a el c u r s o d e las c o s a s
h u m a n a s . S e m e j a n t e c o n v i c c i ó n , q u e p u e d e ser calificada c o m o d e t e r m i -
n i s m o r a c i o n a l i s t a , s e r e l a c i o n a c o n u n a c o n c e p c i ó n cíclica d e l t i e m p o y
c o n la fe e n la p e r e n n i d a d d e l a n a t u r a l e z a h u m a n a . P o r t a n t o , l o s m i s m o s
15

n e s o sus síntesis. E s p r e c i s o r e c o n o c e r q u e t o d o s e h a l l a s o m e t i d o e n él a
la l ó g i c a d e l r e l a t o d e g u e r r a y a u n i m p l a c a b l e r a c i o n a l i s m o . E n c o n s e -
c u e n c i a , n o s e n s e ñ a t a n t o a p r o p ó s i t o d e la e s c r i t u r a d e la h i s t o r i a e n el
siglo V c o m o d e l o s t r á g i c o s a c o n t e c i m i e n t o s d e los q u e f u e r o n v í c t i m a s l o s
contemporáneos de Pericles.
T u c í d i d e s n a c i ó h a c i a el a ñ o 4 6 0 e n el s e n o d e u n a familia e m p a r e n t a d a
con C i m ó n y con Milcíades, propietaria de minas de o r o en Tracia. F u e ele-
g i d o e s t r a t e g a e n el a ñ o 4 2 4 y n o p u d o e v i t a r l a c a í d a d e A n f í p o l i s , l o q u e
le v a h ó s e r c o n d e n a d o al e x i l i o . V i v i ó e n T r a c i a h a s t a el a ñ o 4 0 4 , n o sin
v i a j a r a Sicilia y a l a M a g n a G r e c i a . A p e s a r d e su a m a r g u r a , se m a n t u v o
v i n c u l a d o a l a d e m o c r a c i a h a s t a s u m u e r t e , o c u r r i d a h a c i a el a ñ o 3 9 5 . D e -
d i c ó s e a e s c r i b i r la Historia de la guerra del Peloponeso, que enfrentó a Ate-
n a s y a sus a l i a d o s d e l E g e o c o n t r a E s p a r t a y la C o n f e d e r a c i ó n d e l P e l o -
p o n e s o e n t r e l o s a ñ o s 4 3 1 y 404 a. J . C . E l r e l a t o , d i v i d i d o e n o c h o l i b r o s
— e l ú l t i m o d e los c u a l e s fue e s c r i t o a t o d a p r i s a — , c o n c l u y e c o n l a e x p e -
d i c i ó n d e A l c i b í a d e s a Sicilia ( 4 1 5 - 4 1 3 ) . L a c o n t i n u a c i ó n del conflicto fue
r e l a t a d a p o r J e n o f o n t e e n las Helénicas.
E n l a i n t r o d u c c i ó n d e su o b r a , calificada d e a r q u e o l ó g i c a p o r q u e v e r s a
s o b r e l o s o r í g e n e s d e G r e c i a , T u c í d i d e s e x p u s o su m é t o d o d e h i s t o r i a d o r
e n u n t e x t o f a m o s o ( v e r el t e x t o e n el a n e x o , Historia de la guerra del Pe-
loponeso, l i b r o I , X X - X X I I T ) . D u d a r d e c u a n t o e s t á a d m i t i d o c o n s t i t u y e el
p u n t o d e p a r t i d a d e su d e c i s i ó n . L a h i s t o r i a se inicia c o n la s o s p e c h a : « E s
difícil d a r c r é d i t o a l o s d o c u m e n t o s e n s u c o n j u n t o ( . . . ) . L o s h o m b r e s a c e p -
t a n l a s c o s a s sin p r e v i o e x a m e n . » P a r a l l e g a r a ser h i s t o r i a d o r es p r e c i s o
distanciarse d e la o p i n i ó n c o m ú n , g e n e r a d o r a d e t a n t o s errores acerca del
p a s a d o y d e l p r e s e n t e . P o r t a n t o , n o se d e b e a c e p t a r l a p r i m e r a i n f o r m a -
c i ó n q u e n o s l l e g a . T a m p o c o d e b e m o s ser v í c t i m a s d e l a i l u s i ó n q u e e n g e n -
d r a el h e c h o d e h a b e r p a r t i c i p a d o e n l o s a c o n t e c i m i e n t o s . E n e f e c t o , «los
h o m b r e s c o m p r o m e t i d o s e n la g u e r r a c o n s i d e r a n s i e m p r e la m á s i m p o r t a n -
t e a q u e l l a e n la q u e p a r t i c i p a n » ( X X I ) .
R e a p a r e c e s u a r t e d e l a d u d a e n l a c r í t i c a d e las f u e n t e s . A l r e c h a z a r a
l o s p o e t a s q u e « a m p l i f i c a n l o s a c o n t e c i m i e n t o s » , T u c í d i d e s v a m á s allá q u e
H e r o d o t o , m a n t e n i é n d o s e , n o o b s t a n t e , circunspecto r e s p e c t o a los r e l a t o s
é p i c o s . N o d e j a d e u t i l i z a r l o s p a r a e x t r a e r d e ellos los c a r a c t e r e s d e las c o s -
t u m b r e s , s o b r e l a p i r a t e r í a p o r e j e m p l o , o p a r a d e d u d i r el n ú m e r o d e h o m -
b r e s e n v i a d o s c o n t r a T r o y a . E n l o s u c e s i v o q u e d a n d i f e r e n c i a d o s el p l a n o
d e l o m a r a v i l l o s o m í t i c o y el d e la r e a l i d a d h i s t ó r i c a . A l d e s p r e c i a r a los
l o g ó g r a f o s , c o m o h e m o s v i s t o a n t e s , T u c í d i d e s s ó l o c o n s e r v a «las f u e n t e s
m á s s e g u r a s » , e n t e n d i e n d o p o r t a l e s las m á s p r ó x i m a s a los h e c h o s q u e se
r e l a t a n . ¡ H e a q u í lo q u e s u c e d e c o n el p a s a d o l e j a n o ! E n c u a n t o a l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s c o n t e m p o r á n e o s , se r e s e r v a c u a l q u i e r o p i n i ó n a priori, c o n s e r -
v a n d o ú n i c a m e n t e lo q u e h a visto o lo q u e h a d a d o p o r s e n t a d o d e s p u é s
d e c o n t r a s t a r los t e s t i m o n i o s e n p r o o e n c o n t r a . T a m p o c o d e j a d e r e c u r r i r
a d o c u m e n t o s oficiales: el t e x t o d e la p a z d e N i c i a s ( 4 2 2 ) , g r a b a d o e n m á r -
m o l , se c o r r e s p o n d e casi p a l a b r a a p a l a b r a c o n el d e T u c í d i d e s .
E s t a b l e c e r los h e c h o s e i n s e r t a r l o s e n las c o r r e s p o n d i e n t e s c a d e n a s c a u -
sales c o n s t i t u y e la e t a p a d e c i s i v a d e l a o p e r a c i ó n h i s t ó r i c a . D e t e r m i n a d a s
e x p r e s i o n e s n o d e j a n l u g a r a d u d a s : « p a r a e x a m i n a r l o s h e c h o s » ; « v e r cla-
r o e n l o s h e c h o s p a s a d o s » ; « c o n f i r m a d o s p o r los h e c h o s » . ¿ H a b l a r á n d e
o t r a m a n e r a los m a e s t r o s d e l siglo XIX? L o s h e c h o s , c o n t a n t o c u i d a d o r e -
14
c o n s t i t u i d o s , es p r e c i s o t a m b i é n j u z g a r l o s y e v a l u a r su i m p o r t a n c i a , d e d o n -
d e p r o c e d e el p a r a l e l i s m o e n t r e las g u e r r a s m é d i c a s y l a d e l P e l o p o n e s o
( X X J J I ) . Q u e d a l o e s e n c i a l : e s t a b l e c e r las c a u s a s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s .
E n u n a s l í n e a s d e c i s i v a s , el e s t r a t e g a e x i l i a d o d i s t i n g u e e n t r e las r a z o n e s
i n m e d i a t a s d e l c o n f l i c t o (el e n f r e n t a m i e n t o e n t r e l o s h a b i t a n t e s d e C o r c i -
r a , a l i a d o s d e A t e n a s , y l o s c o r i n t i o s , a l i a d o s d e E s p a r t a ) y su c a u s a
p r o f u n d a : el t e m o r q u e s e n t í a n l o s l a c e d e m o n i o s a n t e l o s p r o g r e s o s d e l i m -
perialismo a t e n i e n s e . M á s allá d e los m o t i v o s e x p u e s t o s p o r los p r o p i o s
p r o t a g o n i s t a s , m á s a l l á d e l e n c a d e n a m i e n t o s u p e r f i c i a l d e los h e c h o s , s e i n -
t e r r o g a s o b r e los m e c a n i s m o s p r o f u n d o s del m o v i m i e n t o histórico.
T a m b i é n e n u n c i a T u c í d i d e s d e p a s o las r e g l a s d e u n a f o r m a d e e s c r i b i r
la h i s t o r i a . S e t r a t a d e u n a v e r d a d e n c o n s t r u c c i ó n , d e u n r e l a t o c o n s t r u i d o
a partir d e un cierto nivel d e información, q u e comporta siempre u n a p a r t e
d e l o n o - e s t a b l e c i d o : «así e r a , s e g ú n m i s i n v e s t i g a c i o n e s » ( X X ) ; « n o n o s
e q u i v o c a m o s al j u z g a r l o s h e c h o s , a p r o x i m a d a m e n t e t a l c o m o l o s h e i n -
f o r m a d o » ( X X I ) . C o m o r e c h a z a c u a n t o es m a r a v i l l o s o , el h i s t o r i a d o r a t e -
n i e n s e se d e c a n t a p o r u n e s t i l o s o b r i o , d e s p r o v i s t o d e c u a l q u i e r artificio li-
t e r a r i o , a d e c u a d o a la f i n a l i d a d p e r s e g u i d a : « v e r c l a r o e n l o s h e c h o s d e l
p a s a d o » . S i n e m b a r g o s e p e r m i t e , i n v o c a n d o l a l ó g i c a d e la v e r o s i m i l i t u d ,
r e c o n s t r u i r «los d i s c u r s o s p r o n u n c i a d o s p o r c a d a u n o d e los b e l i g e r a n t e s » .
Su n a r r a c i ó n s e h a l l a así e s m a l t a d a c o n t r e i n t a y n u e v e a r e n g a s d e b i d a s a
P e r i c l e s , A l c i b í a d e s , N i c i a s y a o t r o s . E n v e z d e « c i t a r c o n e x a c t i t u d las p a -
l a b r a s q u e f u e r o n p r o n u n c i a d a s , e x p o n e el p e n s a m i e n t o c o m p l e t o d e c a d a
u n o d e e l l o s » , su s u b s t a n c i a . S e g ú n n u e s t r o c r i t e r i o , se t r a t a r í a d e u n a r t e
u n p o c o s o s p e c h o s o , si e s t o s d i s c u r s o s r e e l a b o r a d o s d i e r a n l u g a r a a l g u n a
parcialidad. Jacqueline de Romilly absuelve totalmente a Tucídides de este
r e p r o c h e y n o s a p o r t a l a s r a z o n e s p o r l a s c u a l e s se t o m ó e s t a s l i b e r t a d e s
c o n la m a t e r i a p r i m a d e l a h i s t o r i a . E s t o s f r a g m e n t o s d e g r a n e l o c u e n c i a ,
t a n n o r m a l e s e n la v i d a p o l í t i c a a t e n i e n s e , c o n s t i t u í a n u n m e d i o i d e a l d e
esbozar, en pocas líneas, u n p e r s o n a j e y u n a política. T a m b i é n era u n a ma-
n e r a d e c o n s t r u i r u n s i s t e m a d e r e l a c i o n e s lógicas e n t r e los p e r s o n a j e s , si-
t u a n d o l o s d i s c u r s o s e n p a r a l e l o o e n o p o s i c i ó n . L a p r á c t i c a d e las a n t i l o -
gías o confrontaciones d e r a z o n a m i e n t o s era n o r m a l e n t r e los sofistas. Tu-
c í d i d e s s e a d a p t a a e l l a , p o r e j e m p l o , c u a n d o d a s u c e s i v a m e n t e la p a l a b r a
a u n s i r a c u s a n o y a u n a t e n i e n s e p a r a e x p o n e r tesis rigurosamente contra-
rias, c o r r e s p o n d i e n d o e n t o n c e s al l e c t o r e l p a p e l d e a r b i t r o .
E s t e t e x t o , c r e a d o r del g é n e r o histórico, nos p e r m i t e precisar, c o n la
a y u d a d e l J a c q u e l i n e d e R o m i l l y (Histoire et raison chez Thucydide, p . 272),
las t r e s e t a p a s d e l a o b r a d e l h i s t o r i a d o r a t e n i e n s e : a) u n t r a b a j o crítico
q u e e s t a b l e c e las f u e n t e s y l o s h e c h o s ; b ) u n a a c t i v i d a d l ó g i c a q u e c o m p o -
n e s i s t e m a s d e p r u e b a s ; c) f i n a l m e n t e , u n a a c t i v i d a d o r g a n i z a d o r a q u e c o n s -
tituye conjuntos c o h e r e n t e s , en los que cada hecho y cada discurso parti-
c i p a n d e u n m i s m o s i s t e m a . P e r o la m i s i ó n d e l h i s t o r i a d o r n o c o n c l u y e a q u í :
e s p r e c i s o q u e t a m b i é n s e a útil a sus s e m e j a n t e s y q u e e s t i m u l e sus m e d i -
taciones. A m b i c i ó n justificada, e n la m e d i d a e n q u e los h e c h o s q u e relata
s e s o m e t e n a l a ley d e l e t e r n o r e t o r n o q u e g o b i e r n a el c u r s o d e las c o s a s
h u m a n a s . S e m e j a n t e c o n v i c c i ó n , q u e p u e d e ser calificada c o m o d e t e r m i -
n i s m o r a c i o n a l i s t a , s e r e l a c i o n a c o n u n a c o n c e p c i ó n cíclica d e l t i e m p o y
c o n la fe e n la p e r e n n i d a d d e l a n a t u r a l e z a h u m a n a . P o r t a n t o , l o s m i s m o s
15
p r o c e s o s p s i c o l ó g i c o s d e b e n t e n e r n e c e s a r i a m e n t e , c o m o c o n s e c u e n c i a , el
r e t o r n o d e los m i s m o s a c o n t e c i m i e n t o s .
D e s p u é s d e e s t a h e r m o s a l e c c i ó n s o b r e el m é t o d o , s ó l o n o s r e s t a a p r e -
ciar el r e s u l t a d o : la c e l e b é r r i m a Guerra del Peloponeso. V e m o s manifes-
t a r s e e n ella las c u a l i d a d e s f u n d a m e n t a l e s d e l h i s t o r i a d o r , e m p e z a n d o p o r
u n a i n f o r m a c i ó n e x t e n s a , a b i e r t a a u n a f o r m a inicial d e a r q u e o l o g í a , c u a n -
d o el a u t o r d e s c r i b e las a n t i g u a s s e p u l t u r a s d e D é l o s , o c u a n d o se i n t e r r o -
g a a c e r c a d e los v e s t i g i o s q u e E s p a r t a p u e d e d e j a r . P a r e c e q u e c u a n d o c i t a
d o c u m e n t o s ló h a c e c o n e x a c t i t u d . E n a l g u n o s c a s o s s e p u e d e c o m p r o b a r .
Su v e r s i ó n d e l t r a t a d o d e a l i a n z a firmado e n t r e los h a b i t a n t e s d e A t e n a s ,
A r g o s , M a n t i n e a y E l e a , e n el a ñ o 4 2 0 - 4 1 9 , se c o r r e s p o n d e , c o n í n f i m a s
v a r i a n t e s , c o n el t e x t o e n c o n t r a d o e n u n a e s t e l a d e la A c r ó p o l i s . E n c u a n -
t o a su i m p a r c i a l i d a d , es difícil r e c u s a r l a , e n la m e d i d a e n q u e d e j a h a b l a r
a los c o n t e n d i e n t e s . M a n i f i e s t a , sin e m b a r g o , c i e r t a m o r o s i d a d r e s p e c t o a
la d e m o c r a c i a a t e n i e n s e y n o d i s i m u l a sus s i m p a t í a s p o r los h o m b r e s d e e s -
t a d o m o d e r a d o s c o m o P e r i c l e s o N i c i a s . I n c l u s o n o s p o d e m o s p r e g u n t a r si
n o e n n e g r e c i ó el c u a d r o d e l i m p e r i a l i s m o a t e n i e n s e . L e y é n d o l e , el a t a q u e
l a n z a d o c o n t r a los h a b i t a n t e s d e M e l o s s e r í a t a n s ó l o u n a o d i o s a a g r e s i ó n
d e l f u e r t e c o n t r a el d é b i l . Si t e n e m o s q u e d a r fe a las i n s c r i p c i o n e s r e c i e n -
t e m e n t e d e s c u b i e r t a s , ¡los h a b i t a n t e s d e M e l o s h a b r í a n f o r m a d o p a r t e d e l
I m p e r i o y h a b r í a n s i d o c a s t i g a d o s p o r su r e b e l i ó n ! E n c u a l q u i e r c a s o , n o
n o s s e r í a p o s i b l e n e g a r el s e n t i d o d e l a e v o c a c i ó n d e T u c í d i d e s , m a e s t r o e n
el a r t e d e l r e t r a t o , e x p e r t o e n el r e l a t o d e b a t a l l a s , y e n el análisis d e l a
p s i c o l o g í a c o l e c t i v a ( t a n t o si se t r a t a d e la m o r a l d e los a t e n i e n s e s d e s p u é s
d e l d e s a s t r e d e Sicilia c o m o d e la r u i n a g e n e r a l d e l s i s t e m a d e v a l o r e s a t r i -
b u i b l e a la g u e r r a ) .
Esta narración, perfectamente controlada, enriquecida con un agudo
análisis d e las c a u s a s y d e las c o n s e c u e n c i a s ( i n m e d i a t a s y l e j a n a s ) d e los
a c o n t e c i m i e n t o s , se e s t r u c t u r a t a m b i é n c o m o u n s i s t e m a c e r r a d o . J a c q u e -
l i n e d e R o m i l l y e x h u m ó e s t a lógica d e l t e x t o e n Histoire et raison chez
Thucydide. B a j o l a sencilla a p a r i e n c i a d e u n r e l a t o l i n e a l se o c u l t a , d e h e -
c h o , u n « d i s c u r s o » e m i n e n t e m e n t e c o h e r e n t e y p e r s o n a l , e n el q u e t o d o s
los e p i s o d i o s se r e m i t e n el u n o al o t r o y s e h a l l a n c a r g a d o s d e u n a signifi-
c a c i ó n i n t e r n a al s i s t e m a . P o r e j e m p l o , T u c í d i d e s n o se p i e r d e , c u a n d o
c u e n t a el sitio d e S i r a c u s a , e n el r e l a t o d e las o c h o v i c t o r i a s a t e n i e n s e s . S e
c o n t e n t a con centrarlo t o d o e n t o r n o a la lucha d e dos intenciones o p u e s -
t a s : sitiar S i r a c u s a / n o d e j a r s e sitiar. L e j o s d e p e r d e r s e e n el follaje d e los
acontecimientos, construye, d e hecho, u n p e q u e ñ o d r a m a . E n líneas gene-
r a l e s , q u i e r e h u i r d e l d e s o r d e n d e los h e c h o s n o a n a l i z a d o s p a r a q u e d a r s e
ú n i c a m e n t e c o n los e l e m e n t o s q u e los v i n c u l a n e n t r e sí. S u estilo o t o r g a a
estas r e l a c i o n e s u n r i g o r casi m a t e m á t i c o . L a s c o n c l u s i o n e s c o r r e s p o n d e n
a los p r o y e c t o s . C a d a i d e a y c a d a h e c h o a d q u i e r e n u n c a r á c t e r d e f i n i d o a
lo l a r g o d e l r e l a t o e n el q u e , n o sin r e p e t i c i o n e s , s i e m p r e h a c e r e f e r e n c i a
a las m i s m a s n o c i o n e s c o n las m i s m a s p a l a b r a s . E n e s t a o b r a « l l e n a d e e c o s ,
de r e c u e r d o s , d e c o r r e s p o n d e n c i a s » , d e s c u b r i m o s u n a c o h e r e n c i a d e estilo
y d e f o r m a q u e r e f u e r z a la i l a c i ó n d e los h e c h o s . A u n c u a n d o el a u t o r siga
n o r m a l m e n t e el o r d e n c r o n o l ó g i c o , e n r e a l i d a d c o n s t r u y e u n a d e m o s t r a -
c i ó n e n la q u e los h e c h o s o c u p a n el l u g a r p r o p i o d e l o s a r g u m e n t o s e n u n
r a z o n a m i e n t o . T o d o a d q u i e r e forma de n e c e s i d a d , a costa de u n a simpli-
ficación e x c e s i v a . E n L Archeologie, el c o n j u n t o gira e n t o r n o a la g é n e s i s
16
del Imperio ateniense, en d e t r i m e n t o de la Confederación espartana. E l
c o n j u n t o d e la o b r a s e h a l l a s o m e t i d o a u n « r a c i o n a l i s m o o r g a n i z a d o r » q u e
se p o n e d e r e l i e v e al clarificar l o s a c o n t e c i m i e n t o s y al r e l a c i o n a r l o s si-
guiendo un encadenamiento coherente.
U n a o b r a a n t e r i o r d e J a c q u e l i n e d e R o m i l l y , Thucydide et l'Imperiaiis-
me athénien, h a b í a m o s t r a d o c u á l e s e r a n l a filosofía y la m o r a l c o n t e n i d a s
e n l a Historia de la guerra del Peloponeso. E l imperialismo ateniense se con-
v i e r t e e n ella e n u n a f u e r z a a b s t r a c t a q u e g o b i e r n a el c u r s o d e la h i s t o r i a ,
i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e las c o n d i c i o n e s q u e le d i e r o n o r i g e n . L a c i u d a d d e
A t e n a s e n su c o n j u n t o e s t á a m i m a d a d e u n a v o l u n t a d p u r a y u n a ; e s t á p r e -
s e n t a d a c o m o i m p e r i a l i s t a , e n b l o q u e , sin d i s t i n c i ó n d e t e n d e n c i a s . T a l a m -
b i c i ó n c o l e c t i v a s e e j e r c e m e d i a n t e el s i s t e m a d e la t a l a s o c r a c i a , a p r o p ó -
sito d e l c u a l el h i s t o r i a d o r n o p r e c i s a n i l o s f u n d a m e n t o s n i la z o n a d e ex-
p a n s i ó n . S e t r a t a d e u n a p u r a v o l u n t a d d e p o d e r s o b r e el m a r , q u e h a l l a
e n sí m i s m a su f i n a l i d a d sin t e n e r e n c u e n t a el p r o b l e m a d e l a p r o v i s i o n a -
m i e n t o del trigo y la n e c e s i d a d d e subvenir a las escaseces de la clase p o -
b r e . E n s u m a , t a l v o l u n t a d d e c o n q u i s t a es u n a f u e r z a a b s t r a c t a q u e se n u -
t r e d e sí m i s m a . E s u n a p a s i ó n q u e t i e n d e a l a « g l o r i a » . L o s a t e n i e n s e s s e
a b a n d o n a n a ella ú n i c a m e n t e p o r m o t i v o s p s i c o l ó g i c o s : p l a c e r e n la a c c i ó n ,
n e c e s i d a d d e a u t o r i d a d y b ú s q u e d a d e la f a m a . A l m i s m o t i e m p o h a l l a n e n
ella algo así c o m o l a c u l m i n a c i ó n d e s u l i b e r t a d d e c i u d a d a n o s .
A u n q u e p u e d a n aislarse las sucesivas formas del imperialismo atenien-
se ( P e r i c l e s o la p o t e n c i a c o n c i l i a d a c o n l a m e s u r a ; C l e ó n y A l c i b í a d e s o
los d e s e n c a d e n a m i e n t o s d e l a hybris, el a b a n d o n o a las a m b i c i o n e s ilimi-
tadas), éste presenta u n a u n i d a d fundamental, expresada en u n a simple
f ó r m u l a : «los a t e n i e n s e s d e s e a b a n m á s » . E n c o n s e c u e n c i a , su c o m p o r t a -
m i e n t o se d o b l e g a a n t e u n a l ó g i c a i m p l a c a b l e : m a n i f e s t a r s u f u e r z a p a r a h a -
c e r s e t e m e r ; c o n v e r t i r l a e n el i m p u l s o n o r m a l d e las r e l a c i o n e s h u m a n a s ;
a p l a s t a r a los d é b i l e s . ¿ P r o c e d e e s t a v i s i ó n d e l m u n d o d e l a e x p e r i e n c i a d e l
historiador o d e la e n s e ñ a n z a d e los sofistas? E n cualquier caso, respira u n
p r o f u n d ó p e s i m i s m o . C u a l q u i e r p o d e r , c u a l q u i e r d o m i n a c i ó n , sufre l a t e n -
t a c i ó n d e la d e s m e s u r a . A l a c o m e t e r l a h a s t a m á s allá d e sus f u e r z a s , c o r r e
h a c i a su p e r d i c i ó n . L a hybris (la d e s m e s u r a ) l l a m a a la Némesis (el d e s t i -
n o , la f a t a l i d a d ) .
R i c a e n e n s e ñ a n z a s filosóficas, o r g a n i z a d a c o m o u n a r e d c o h e r e n t e d e
s i g n o s , l a o b r a d e T u c í d i d e s n o e s u n s i m p l e d o c u m e n t o a c e r c a d e l conflic-
t o e n t r e las d o s m a y o r e s p o t e n c i a s d e l m u n d o g r i e g o . D e h e c h o , es p r e c i s o
v e r e n ella u n m o n u m e n t o - p a n t a l l a , e l e v a d o a n t e la r e a l i d a d p a r a edifica-
c i ó n d e las f u t u r a s g e n e r a c i o n e s . E s t a « t u m b a e s c r i t u r a r i a » , e r i g i d a a l a g l o -
r i a d e A t e n a s , i n v i t a al l e c t o r a r e c o r d a r y l e a s i g n a t a r e a s p a r a el p r e s e n -
t e . E n e s t e s e n t i d o , l a f u n c i ó n d e t o d a l a o b r a es c o m p a r a b l e a l a d e l a c é -
l e b r e o r a c i ó n f ú n e b r e p r o n u n c i a d a erí el a ñ o 4 3 1 p o r P e r i c l e s , r e e s c r i t a p o r
T u c í d i d e s e n h o n o r d e las p r i m e r a s v í c t i m a s d e l c o n f l i c t o : « E n u n a p a l a -
b r a , lo a f i r m o , n u e s t r a c i u d a d e n su c o n j u n t o e s la e s c u e l a d e G r e c i a ( . . . ) .
A s í e s la c i u d a d d e la q u e , c o n r a z ó n , e s t o s h o m b r e s n o q u i s i e r o n d e j a r s e
d e s p o j a r y p o r la q u e m u r i e r o n v a l e r o s a m e n t e e n el c o m b a t e ; p o r d e f e n -
d e r l a , n u e s t r o s d e s c e n d i e n t e s e s t a r á n d i s p u e s t o s a h a c e r t o d a c l a s e d e sa-
crificios» ( l i b r o I I , 4 1 ) .
17
p r o c e s o s p s i c o l ó g i c o s d e b e n t e n e r n e c e s a r i a m e n t e , c o m o c o n s e c u e n c i a , el
r e t o r n o d e los m i s m o s a c o n t e c i m i e n t o s .
D e s p u é s d e e s t a h e r m o s a l e c c i ó n s o b r e el m é t o d o , s ó l o n o s r e s t a a p r e -
ciar el r e s u l t a d o : la c e l e b é r r i m a Guerra del Peloponeso. V e m o s manifes-
t a r s e e n ella las c u a l i d a d e s f u n d a m e n t a l e s d e l h i s t o r i a d o r , e m p e z a n d o p o r
u n a i n f o r m a c i ó n e x t e n s a , a b i e r t a a u n a f o r m a inicial d e a r q u e o l o g í a , c u a n -
d o el a u t o r d e s c r i b e las a n t i g u a s s e p u l t u r a s d e D é l o s , o c u a n d o se i n t e r r o -
g a a c e r c a d e los v e s t i g i o s q u e E s p a r t a p u e d e d e j a r . P a r e c e q u e c u a n d o c i t a
d o c u m e n t o s ló h a c e c o n e x a c t i t u d . E n a l g u n o s c a s o s s e p u e d e c o m p r o b a r .
Su v e r s i ó n d e l t r a t a d o d e a l i a n z a firmado e n t r e los h a b i t a n t e s d e A t e n a s ,
A r g o s , M a n t i n e a y E l e a , e n el a ñ o 4 2 0 - 4 1 9 , se c o r r e s p o n d e , c o n í n f i m a s
v a r i a n t e s , c o n el t e x t o e n c o n t r a d o e n u n a e s t e l a d e la A c r ó p o l i s . E n c u a n -
t o a su i m p a r c i a l i d a d , es difícil r e c u s a r l a , e n la m e d i d a e n q u e d e j a h a b l a r
a los c o n t e n d i e n t e s . M a n i f i e s t a , sin e m b a r g o , c i e r t a m o r o s i d a d r e s p e c t o a
la d e m o c r a c i a a t e n i e n s e y n o d i s i m u l a sus s i m p a t í a s p o r los h o m b r e s d e e s -
t a d o m o d e r a d o s c o m o P e r i c l e s o N i c i a s . I n c l u s o n o s p o d e m o s p r e g u n t a r si
n o e n n e g r e c i ó el c u a d r o d e l i m p e r i a l i s m o a t e n i e n s e . L e y é n d o l e , el a t a q u e
l a n z a d o c o n t r a los h a b i t a n t e s d e M e l o s s e r í a t a n s ó l o u n a o d i o s a a g r e s i ó n
d e l f u e r t e c o n t r a el d é b i l . Si t e n e m o s q u e d a r fe a las i n s c r i p c i o n e s r e c i e n -
t e m e n t e d e s c u b i e r t a s , ¡los h a b i t a n t e s d e M e l o s h a b r í a n f o r m a d o p a r t e d e l
I m p e r i o y h a b r í a n s i d o c a s t i g a d o s p o r su r e b e l i ó n ! E n c u a l q u i e r c a s o , n o
n o s s e r í a p o s i b l e n e g a r el s e n t i d o d e l a e v o c a c i ó n d e T u c í d i d e s , m a e s t r o e n
el a r t e d e l r e t r a t o , e x p e r t o e n el r e l a t o d e b a t a l l a s , y e n el análisis d e l a
p s i c o l o g í a c o l e c t i v a ( t a n t o si se t r a t a d e la m o r a l d e los a t e n i e n s e s d e s p u é s
d e l d e s a s t r e d e Sicilia c o m o d e la r u i n a g e n e r a l d e l s i s t e m a d e v a l o r e s a t r i -
b u i b l e a la g u e r r a ) .
Esta narración, perfectamente controlada, enriquecida con un agudo
análisis d e las c a u s a s y d e las c o n s e c u e n c i a s ( i n m e d i a t a s y l e j a n a s ) d e los
a c o n t e c i m i e n t o s , se e s t r u c t u r a t a m b i é n c o m o u n s i s t e m a c e r r a d o . J a c q u e -
l i n e d e R o m i l l y e x h u m ó e s t a lógica d e l t e x t o e n Histoire et raison chez
Thucydide. B a j o l a sencilla a p a r i e n c i a d e u n r e l a t o l i n e a l se o c u l t a , d e h e -
c h o , u n « d i s c u r s o » e m i n e n t e m e n t e c o h e r e n t e y p e r s o n a l , e n el q u e t o d o s
los e p i s o d i o s se r e m i t e n el u n o al o t r o y s e h a l l a n c a r g a d o s d e u n a signifi-
c a c i ó n i n t e r n a al s i s t e m a . P o r e j e m p l o , T u c í d i d e s n o se p i e r d e , c u a n d o
c u e n t a el sitio d e S i r a c u s a , e n el r e l a t o d e las o c h o v i c t o r i a s a t e n i e n s e s . S e
c o n t e n t a con centrarlo t o d o e n t o r n o a la lucha d e dos intenciones o p u e s -
t a s : sitiar S i r a c u s a / n o d e j a r s e sitiar. L e j o s d e p e r d e r s e e n el follaje d e los
acontecimientos, construye, d e hecho, u n p e q u e ñ o d r a m a . E n líneas gene-
r a l e s , q u i e r e h u i r d e l d e s o r d e n d e los h e c h o s n o a n a l i z a d o s p a r a q u e d a r s e
ú n i c a m e n t e c o n los e l e m e n t o s q u e los v i n c u l a n e n t r e sí. S u estilo o t o r g a a
estas r e l a c i o n e s u n r i g o r casi m a t e m á t i c o . L a s c o n c l u s i o n e s c o r r e s p o n d e n
a los p r o y e c t o s . C a d a i d e a y c a d a h e c h o a d q u i e r e n u n c a r á c t e r d e f i n i d o a
lo l a r g o d e l r e l a t o e n el q u e , n o sin r e p e t i c i o n e s , s i e m p r e h a c e r e f e r e n c i a
a las m i s m a s n o c i o n e s c o n las m i s m a s p a l a b r a s . E n e s t a o b r a « l l e n a d e e c o s ,
de r e c u e r d o s , d e c o r r e s p o n d e n c i a s » , d e s c u b r i m o s u n a c o h e r e n c i a d e estilo
y d e f o r m a q u e r e f u e r z a la i l a c i ó n d e los h e c h o s . A u n c u a n d o el a u t o r siga
n o r m a l m e n t e el o r d e n c r o n o l ó g i c o , e n r e a l i d a d c o n s t r u y e u n a d e m o s t r a -
c i ó n e n la q u e los h e c h o s o c u p a n el l u g a r p r o p i o d e l o s a r g u m e n t o s e n u n
r a z o n a m i e n t o . T o d o a d q u i e r e forma de n e c e s i d a d , a costa de u n a simpli-
ficación e x c e s i v a . E n L Archeologie, el c o n j u n t o gira e n t o r n o a la g é n e s i s
16
del Imperio ateniense, en d e t r i m e n t o de la Confederación espartana. E l
c o n j u n t o d e la o b r a s e h a l l a s o m e t i d o a u n « r a c i o n a l i s m o o r g a n i z a d o r » q u e
se p o n e d e r e l i e v e al clarificar l o s a c o n t e c i m i e n t o s y al r e l a c i o n a r l o s si-
guiendo un encadenamiento coherente.
U n a o b r a a n t e r i o r d e J a c q u e l i n e d e R o m i l l y , Thucydide et l'Imperiaiis-
me athénien, h a b í a m o s t r a d o c u á l e s e r a n l a filosofía y la m o r a l c o n t e n i d a s
e n l a Historia de la guerra del Peloponeso. E l imperialismo ateniense se con-
v i e r t e e n ella e n u n a f u e r z a a b s t r a c t a q u e g o b i e r n a el c u r s o d e la h i s t o r i a ,
i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e las c o n d i c i o n e s q u e le d i e r o n o r i g e n . L a c i u d a d d e
A t e n a s e n su c o n j u n t o e s t á a m i m a d a d e u n a v o l u n t a d p u r a y u n a ; e s t á p r e -
s e n t a d a c o m o i m p e r i a l i s t a , e n b l o q u e , sin d i s t i n c i ó n d e t e n d e n c i a s . T a l a m -
b i c i ó n c o l e c t i v a s e e j e r c e m e d i a n t e el s i s t e m a d e la t a l a s o c r a c i a , a p r o p ó -
sito d e l c u a l el h i s t o r i a d o r n o p r e c i s a n i l o s f u n d a m e n t o s n i la z o n a d e ex-
p a n s i ó n . S e t r a t a d e u n a p u r a v o l u n t a d d e p o d e r s o b r e el m a r , q u e h a l l a
e n sí m i s m a su f i n a l i d a d sin t e n e r e n c u e n t a el p r o b l e m a d e l a p r o v i s i o n a -
m i e n t o del trigo y la n e c e s i d a d d e subvenir a las escaseces de la clase p o -
b r e . E n s u m a , t a l v o l u n t a d d e c o n q u i s t a es u n a f u e r z a a b s t r a c t a q u e se n u -
t r e d e sí m i s m a . E s u n a p a s i ó n q u e t i e n d e a l a « g l o r i a » . L o s a t e n i e n s e s s e
a b a n d o n a n a ella ú n i c a m e n t e p o r m o t i v o s p s i c o l ó g i c o s : p l a c e r e n la a c c i ó n ,
n e c e s i d a d d e a u t o r i d a d y b ú s q u e d a d e la f a m a . A l m i s m o t i e m p o h a l l a n e n
ella algo así c o m o l a c u l m i n a c i ó n d e s u l i b e r t a d d e c i u d a d a n o s .
A u n q u e p u e d a n aislarse las sucesivas formas del imperialismo atenien-
se ( P e r i c l e s o la p o t e n c i a c o n c i l i a d a c o n l a m e s u r a ; C l e ó n y A l c i b í a d e s o
los d e s e n c a d e n a m i e n t o s d e l a hybris, el a b a n d o n o a las a m b i c i o n e s ilimi-
tadas), éste presenta u n a u n i d a d fundamental, expresada en u n a simple
f ó r m u l a : «los a t e n i e n s e s d e s e a b a n m á s » . E n c o n s e c u e n c i a , su c o m p o r t a -
m i e n t o se d o b l e g a a n t e u n a l ó g i c a i m p l a c a b l e : m a n i f e s t a r s u f u e r z a p a r a h a -
c e r s e t e m e r ; c o n v e r t i r l a e n el i m p u l s o n o r m a l d e las r e l a c i o n e s h u m a n a s ;
a p l a s t a r a los d é b i l e s . ¿ P r o c e d e e s t a v i s i ó n d e l m u n d o d e l a e x p e r i e n c i a d e l
historiador o d e la e n s e ñ a n z a d e los sofistas? E n cualquier caso, respira u n
p r o f u n d ó p e s i m i s m o . C u a l q u i e r p o d e r , c u a l q u i e r d o m i n a c i ó n , sufre l a t e n -
t a c i ó n d e la d e s m e s u r a . A l a c o m e t e r l a h a s t a m á s allá d e sus f u e r z a s , c o r r e
h a c i a su p e r d i c i ó n . L a hybris (la d e s m e s u r a ) l l a m a a la Némesis (el d e s t i -
n o , la f a t a l i d a d ) .
R i c a e n e n s e ñ a n z a s filosóficas, o r g a n i z a d a c o m o u n a r e d c o h e r e n t e d e
s i g n o s , l a o b r a d e T u c í d i d e s n o e s u n s i m p l e d o c u m e n t o a c e r c a d e l conflic-
t o e n t r e las d o s m a y o r e s p o t e n c i a s d e l m u n d o g r i e g o . D e h e c h o , es p r e c i s o
v e r e n ella u n m o n u m e n t o - p a n t a l l a , e l e v a d o a n t e la r e a l i d a d p a r a edifica-
c i ó n d e las f u t u r a s g e n e r a c i o n e s . E s t a « t u m b a e s c r i t u r a r i a » , e r i g i d a a l a g l o -
r i a d e A t e n a s , i n v i t a al l e c t o r a r e c o r d a r y l e a s i g n a t a r e a s p a r a el p r e s e n -
t e . E n e s t e s e n t i d o , l a f u n c i ó n d e t o d a l a o b r a es c o m p a r a b l e a l a d e l a c é -
l e b r e o r a c i ó n f ú n e b r e p r o n u n c i a d a erí el a ñ o 4 3 1 p o r P e r i c l e s , r e e s c r i t a p o r
T u c í d i d e s e n h o n o r d e las p r i m e r a s v í c t i m a s d e l c o n f l i c t o : « E n u n a p a l a -
b r a , lo a f i r m o , n u e s t r a c i u d a d e n su c o n j u n t o e s la e s c u e l a d e G r e c i a ( . . . ) .
A s í e s la c i u d a d d e la q u e , c o n r a z ó n , e s t o s h o m b r e s n o q u i s i e r o n d e j a r s e
d e s p o j a r y p o r la q u e m u r i e r o n v a l e r o s a m e n t e e n el c o m b a t e ; p o r d e f e n -
d e r l a , n u e s t r o s d e s c e n d i e n t e s e s t a r á n d i s p u e s t o s a h a c e r t o d a c l a s e d e sa-
crificios» ( l i b r o I I , 4 1 ) .
17
3. POLIBIO O LA RECONSTRUCCIÓN LÓGICA DEL PASADO
F r e c u e n t e m e n t e se h a c o n s i d e r a d o a P o l i b i o c o m o el alter ego d e T u c í -
d i d e s . D e estilo m e n o s , b r i l l a n t e , n o s p a r e c e t o d a v í a m á s s i s t e m á t i c o e n l o
q u e a la i n t e r p r e t a c i ó n d e l p a s a d o se r e f i e r e . N o s s e r v i r á d e h i l o c o n d u c t o r
la l ó g i c a i m p l a c a b l e q u e t e s t i m o n i a : « C o n s i d e r o p u e r i l n o s ó l o t o d o l o q u e
se a p a r t a d e u n p r i n c i p i o l ó g i c o , s i n o m á s a ú n l o q u e e s t á f u e r a d e l o p o -
sible.» A falta d e u n análisis r a c i o n a l d e l p a s a d o , p o r lo m e n o s es n e c e s a -
rio p r o p o n e r u n a l e c t u r a v e r o s í m i l .
A) La obra de u n viajero exiliado (¿2087-126 a. J. C.) e n el m o m e n t o de
la transición entre el m u n d o griego y el m u n d o r o m a n o
N a c i d o e n M e g a l ó p o l i s , e n la A r c a d i a , e n el s e n o d e u n a familia aris-
tocrática, Polibio recibió u n a formación polivalente e n política, estrategia
y elocuencia. C o m o s o l d a d o , c o m b a t i ó con los r o m a n o s p a r a o p o n e r s e a
A n t í o c o I I I , el r e y s e l é u c i d a q u e p e n e t r ó e n G r e c i a l l a m a d o p o r los e t o l i o s
e n 190-188. M á s t a r d e s e m a n t u v o p r u d e n t e d u r a n t e la r e v u e l t a d e P e r s e o
c o n t r a los r o m a n o s ( 1 7 0 - 1 6 9 ) . A p e s a r d e t o d o fue d e p o r t a d o a R o m a , d o n -
d e p e r m a n e c i ó d u r a n t e ¡diecisiete a ñ o s ! A l l í se c o n v i r t i ó e n el p r o t e g i d o y
a m i g o d e E s c i p i ó n E m i l i a n o , y se r e l a c i o n ó m u c h o c o n C a t ó n . O b s e r v a n -
d o las i n s t i t u c i o n e s r o m a n a s m a d u r ó el p r o y e c t o d e e s c r i b i r las Historias,
A p r o v e c h ó su exilio p a r a v i s i t a r la G a l i a d e l S u r y E s p a ñ a . E n el a ñ o 150
r e g r e s ó f i n a l m e n t e a su G r e c i a n a t a l , lo q u e n o le i m p i d i ó s e g u i r a E s c i -
p i ó n h a s t a las m u r a l l a s d e C a r t a g o e n 146. C u a n d o l o s a q u e o s s e r e b e l a r o n
de nuevo contra R o m a consiguió u n a solución de compromiso. C o n o c e m o s
m a l el final d e s u v i d a : v i a j ó a E g i p t o , asistió al sitio d e N u m a n c i a e n el
a ñ o 133 y m u r i ó p r o b a b l e m e n t e e n el a ñ o 1 2 6 .
A d e m á s de obras secundarias y perdidas, como u n t r a t a d o de táctica,
P o l i b i o n o s h a d e j a d o c u a r e n t a l i b r o s d e Historias. L a primera parte, re-
dactada en R o m a y r e e l a b o r a d a p o s t e r i o r m e n t e , r e l a t a la conquista del
m u n d o p o r l o s r o m a n o s d e s d e el a ñ o 2 2 0 al 168 y, p o r t a n t o , las g u e r r a s
p ú n i c a s . L a s e g u n d a p a r t e r e l a t a las c o n m o c i o n e s s o b r e v e n i d a s al m u n d o
g r e c o - r o m a n o d e s d e el a ñ o 168 al 146, o s e a , h a s t a l a d e s t r u c c i ó n d e C a r -
t a g o . Se t r a t a d e u n r e l a t o c r o n o l ó g i c o , c e n t r a d o p r i m e r o e n O c c i d e n t e y
m á s t a r d e en O r i e n t e , d o n d e los a c o n t e c i m i e n t os o c u p a n u n espacio p r o -
p o r c i o n a l a s u i m p o r t a n c i a . D e h e c h o , el v e r d a d e r o o b j e t i v o d e e s t a s His-
torias c o n s i s t e e n r e l a t a r la c o n q u i s t a r o m a n a y a n a l i z a r la c o n s t i t u c i ó n q u e
la hizo p o s i b l e . P o l i b i o p r e t e n d i ó e x p o n e r «la e c o n o m í a g e n e r a l y g l o b a l
d e los a c o n t e c i m i e n t o s » , r e f u n d i e n d o las h i s t o r i a s p a r t i c u l a r e s e n l a h i s t o -
ria u n i v e r s a l e n v i r t u d d e l o s g r a n d e s c o n f l i c t o s , c o m o la p r i m e r a g u e r r a
p ú n i c a , p a r a h a c e r , a t r a v é s d e é s t a , la h i s t o r i a d e l a e x p a n s i ó n r o m a n a .
B) M é t o d o crítico y afán de saber
P o l i b i o p r e t e n d e e v i t a r l o s d e f e c t o s d e sus p r e d e c e s o r e s , e s p e c i a l m e n t e
d e C a l í s t e n e s y T i m e o . L e s r e p r o c h a su n a r r a c i ó n i n c o n e x a , sus r e l a t o s in-
g e n u o s , su t o m a d e p o s i c i ó n , sus d i s c u r s o s i r r e s p e t u o s o s , t a n t o r e s p e c t o a
18
la l e t r a c o m o al e s p í r i t u d e las p a l a b r a s , y sus e r r o r e s g e o g r á f i c o s . E n su
o p i n i ó n , el h i s t o r i a d o r d e b e a s o c i a r c a p a c i d a d crítica y a m p l i a i n f o r m a c i ó n
e n el t e r r e n o p o l í t i c o , m i l i t a r y g e o g r á f i c o .
S u m é t o d o crítico n o t i e n e n a d a d e e s p e c i a l m e n t e o r i g i n a l . P a r a é l , n a d a
p u e d e s u s t i t u i r al t e s t i m o n i o d i r e c t o . C o n s i d e r a m á s fiable la v i s t a q u e el
oído. D a d o que h a b í a asistido a m u c h o s grandes acontecimientos, tenía
efectivamente amplia experiencia política y diplomática. C u a n d o n o h a sido
testigo presencial d e tal o cual h e c h o , r e c u r r e a los i n f o r m a d o r e s , confron-
t a n d o sus t e s t i m o n i o s . E s t a n d o e n R o m a e n t r e los a ñ o s 167 y 1 5 0 , p u d o
conocer a exiliados, viajeros y p r o t a g o n i s t a s e m i n e n t e s d e la c o n q u i s t a ,
c o m o L e l i o , p a r i e n t e d e E s c i p i ó n , o d e la vida política, c o m o C a t ó n . P u d o
consultar los anales d e la R e p ú b l i c a r o m a n a , convertidos i n m e d i a t a m e n t e
e n los Anales maximi. T a m b i é n t u v o acceso a libros p r o c e d e n t e s d e los cam-
pos opuestos.
Polibio p l a n t e a a los diferentes testimonios d e los q u e d i s p o n e p r e g u n -
tas llenas d e sentido c o m ú n : ¿ h a asistido su a u t o r a los a c o n t e c i m i e n t o s ? ,
¿tiene experiencia política y militar? D a n d o p r u e b a s de innegable sentido
crítico, r e h u s a aquello q u e s i m p l e m e n t e se dice. A v e n t a j a en este aspecto
a sus p r e d e c e s o r e s , i n c l u y e n d o a T u c í d i d e s . C i t a los t r a t a d o s , l o s d e c r e t o s ,
las c a r t a s , q u e v o l v i ó a c o p i a r e n l o s « a r c h i v o s oficiales» r o m a n o s , el Ta-
bularium. T a m b i é n l e i n t e r e s a n l a s cifras. C u a n d o i n t e n t a e v a l u a r las fuer-
zas d e A n í b a l , p r e f i e r e f u n d a m e n t a r s e m e j o r e n u n a i n s c r i p c i ó n q u e n o e n
las e s t i m a c i o n e s a p o r t a d a s p o r d i f e r e n t e s t e s t i g o s . ¿ L e falta i n f o r m a c i ó n s o -
b r e t a l o c u a l t e m a ? E x p o n e e n t o n c e s lo q u e l e p a r e c e m á s v e r o s í m i l . A l
s o m e t e r así la h i s t o r i a a l a l ó g i c a , se m a n t i e n e e n c o n c o r d a n c i a c o n l o q u e
es n a t u r a l , c o n l a e x p e r i e n c i a c o m ú n . S i e m p r e e n n o m b r e d e l a v e r o s i m i -
litud, y forzando e x t r e m a d a m e n t e este principio, llega a «deducir h e c h o s
desconocidos a partir de hechos conocidos» (Pédech).
E l « a f á n d e s a b e r » d e P o l i b i o s e m a n i f i e s t a e s p e c i a l m e n t e e n el d o m i -
nio geográfico. Se fue c o n v i r t i e n d o , p o c o a p o c o , a la geografía, utilizán-
d o l a al p r i n c i p i o c o m o u n h i s t o r i a d o r q u e s e p r e o c u p a p o r c o n o c e r l o s lu-
g a r e s d o n d e se d e s a r r o l l a n l o s a c o n t e c i m i e n t o s , h a s t a l l e g a r a p r a c t i c a r l a
p o r sí m i s m a . L e g u s t a d e s c r i b i r l o s p a í s e s q u e h a r e c o r r i d o : G r e c i a , B í -
z a n c i o , I t a l i a , i n c l u i d a Sicilia, E s p a ñ a , l a G a l i a , Á f r i c a d e l N o r t e , E g i p t o .
Si el P o l i b i o « p r i m e r e s t i l o » se c o m p o r t a c o m o u n s o l d a d o y c o m o u n
t u r i s t a , q u e a m a las c u r i o s i d a d e s y a p r e c i a las v e n t a j a s e s t r a t é g i c a s d e u n
e n c l a v e , el P o l i b i o « s e g u n d o e s t i l o » c u l t i v a l a g e o g r a f í a p o r ella m i s m a . O b -
s e r v a q u e Sicilia t i e n e u n a f o r m a t r i a n g u l a r . I n t r o d u c e e n su o b r a n o t i c i a s
d e s c r i p t i v a s s o b r e I t a l i a , s o b r e l a C i s a l p i n a , el R ó d a n o ( I I I , 4 7 , 2 - 4 ) . I n -
clusive lleva a c a b o u n e s t u d i o oceanógrafico del P o n t o E u x i n o ( I V , 39-42):
¿ a q u é se d e b e s u e n c e n a g a m i e n t o ? , ¿ a q u é las c o r r i e n t e s d e l o s e s t r e c h o s
p ó n t i c o s ? C o n s i d e r a q u e el e n c e n a g a m i e n t o e s i n e v i t a b l e , d a d a la i m p o r -
t a n c i a d e las a p o r t a c i o n e s f l u v i a l e s . E n c u a n t o a las c o r r i e n t e s , s o n r e s u l -
t a d o d e l d e s a g ü e d e u n m a r al q u e l o s r í o s h a n h e c h o c r e c e r e n e x c e s o . P o -
l i b i o , n o s a t i s f e c h o c o n d e s c r i b i r , r a z o n a . I n c l u s o se p r e g u n t a a p r o p ó s i t o
d e la f o r m a y d e los l í m i t e s d e l m u n d o , así c o m o d e la p o s i b l e e x i s t e n c i a
de un continente austral.
19
3. POLIBIO O LA RECONSTRUCCIÓN LÓGICA DEL PASADO
F r e c u e n t e m e n t e se h a c o n s i d e r a d o a P o l i b i o c o m o el alter ego d e T u c í -
d i d e s . D e estilo m e n o s , b r i l l a n t e , n o s p a r e c e t o d a v í a m á s s i s t e m á t i c o e n l o
q u e a la i n t e r p r e t a c i ó n d e l p a s a d o se r e f i e r e . N o s s e r v i r á d e h i l o c o n d u c t o r
la l ó g i c a i m p l a c a b l e q u e t e s t i m o n i a : « C o n s i d e r o p u e r i l n o s ó l o t o d o l o q u e
se a p a r t a d e u n p r i n c i p i o l ó g i c o , s i n o m á s a ú n l o q u e e s t á f u e r a d e l o p o -
sible.» A falta d e u n análisis r a c i o n a l d e l p a s a d o , p o r lo m e n o s es n e c e s a -
rio p r o p o n e r u n a l e c t u r a v e r o s í m i l .
A) La obra de u n viajero exiliado (¿2087-126 a. J. C.) e n el m o m e n t o de
la transición entre el m u n d o griego y el m u n d o r o m a n o
N a c i d o e n M e g a l ó p o l i s , e n la A r c a d i a , e n el s e n o d e u n a familia aris-
tocrática, Polibio recibió u n a formación polivalente e n política, estrategia
y elocuencia. C o m o s o l d a d o , c o m b a t i ó con los r o m a n o s p a r a o p o n e r s e a
A n t í o c o I I I , el r e y s e l é u c i d a q u e p e n e t r ó e n G r e c i a l l a m a d o p o r los e t o l i o s
e n 190-188. M á s t a r d e s e m a n t u v o p r u d e n t e d u r a n t e la r e v u e l t a d e P e r s e o
c o n t r a los r o m a n o s ( 1 7 0 - 1 6 9 ) . A p e s a r d e t o d o fue d e p o r t a d o a R o m a , d o n -
d e p e r m a n e c i ó d u r a n t e ¡diecisiete a ñ o s ! A l l í se c o n v i r t i ó e n el p r o t e g i d o y
a m i g o d e E s c i p i ó n E m i l i a n o , y se r e l a c i o n ó m u c h o c o n C a t ó n . O b s e r v a n -
d o las i n s t i t u c i o n e s r o m a n a s m a d u r ó el p r o y e c t o d e e s c r i b i r las Historias,
A p r o v e c h ó su exilio p a r a v i s i t a r la G a l i a d e l S u r y E s p a ñ a . E n el a ñ o 150
r e g r e s ó f i n a l m e n t e a su G r e c i a n a t a l , lo q u e n o le i m p i d i ó s e g u i r a E s c i -
p i ó n h a s t a las m u r a l l a s d e C a r t a g o e n 146. C u a n d o l o s a q u e o s s e r e b e l a r o n
de nuevo contra R o m a consiguió u n a solución de compromiso. C o n o c e m o s
m a l el final d e s u v i d a : v i a j ó a E g i p t o , asistió al sitio d e N u m a n c i a e n el
a ñ o 133 y m u r i ó p r o b a b l e m e n t e e n el a ñ o 1 2 6 .
A d e m á s de obras secundarias y perdidas, como u n t r a t a d o de táctica,
P o l i b i o n o s h a d e j a d o c u a r e n t a l i b r o s d e Historias. L a primera parte, re-
dactada en R o m a y r e e l a b o r a d a p o s t e r i o r m e n t e , r e l a t a la conquista del
m u n d o p o r l o s r o m a n o s d e s d e el a ñ o 2 2 0 al 168 y, p o r t a n t o , las g u e r r a s
p ú n i c a s . L a s e g u n d a p a r t e r e l a t a las c o n m o c i o n e s s o b r e v e n i d a s al m u n d o
g r e c o - r o m a n o d e s d e el a ñ o 168 al 146, o s e a , h a s t a l a d e s t r u c c i ó n d e C a r -
t a g o . Se t r a t a d e u n r e l a t o c r o n o l ó g i c o , c e n t r a d o p r i m e r o e n O c c i d e n t e y
m á s t a r d e en O r i e n t e , d o n d e los a c o n t e c i m i e n t o s o c u p a n u n espacio p r o -
p o r c i o n a l a s u i m p o r t a n c i a . D e h e c h o , el v e r d a d e r o o b j e t i v o d e e s t a s His-
torias c o n s i s t e e n r e l a t a r la c o n q u i s t a r o m a n a y a n a l i z a r la c o n s t i t u c i ó n q u e
la hizo p o s i b l e . P o l i b i o p r e t e n d i ó e x p o n e r «la e c o n o m í a g e n e r a l y g l o b a l
d e los a c o n t e c i m i e n t o s » , r e f u n d i e n d o las h i s t o r i a s p a r t i c u l a r e s e n l a h i s t o -
ria u n i v e r s a l e n v i r t u d d e l o s g r a n d e s c o n f l i c t o s , c o m o la p r i m e r a g u e r r a
p ú n i c a , p a r a h a c e r , a t r a v é s d e é s t a , la h i s t o r i a d e l a e x p a n s i ó n r o m a n a .
B) M é t o d o crítico y afán de saber
P o l i b i o p r e t e n d e e v i t a r l o s d e f e c t o s d e sus p r e d e c e s o r e s , e s p e c i a l m e n t e
d e C a l í s t e n e s y T i m e o . L e s r e p r o c h a su n a r r a c i ó n i n c o n e x a , sus r e l a t o s in-
g e n u o s , su t o m a d e p o s i c i ó n , sus d i s c u r s o s i r r e s p e t u o s o s , t a n t o r e s p e c t o a
18
la l e t r a c o m o al e s p í r i t u d e las p a l a b r a s , y sus e r r o r e s g e o g r á f i c o s . E n su
o p i n i ó n , el h i s t o r i a d o r d e b e a s o c i a r c a p a c i d a d crítica y a m p l i a i n f o r m a c i ó n
e n el t e r r e n o p o l í t i c o , m i l i t a r y g e o g r á f i c o .
S u m é t o d o crítico n o t i e n e n a d a d e e s p e c i a l m e n t e o r i g i n a l . P a r a é l , n a d a
p u e d e s u s t i t u i r al t e s t i m o n i o d i r e c t o . C o n s i d e r a m á s fiable la v i s t a q u e el
oído. D a d o que h a b í a asistido a m u c h o s grandes acontecimientos, tenía
efectivamente amplia experiencia política y diplomática. C u a n d o n o h a sido
testigo presencial d e tal o cual h e c h o , r e c u r r e a los i n f o r m a d o r e s , confron-
t a n d o sus t e s t i m o n i o s . E s t a n d o e n R o m a e n t r e los a ñ o s 167 y 1 5 0 , p u d o
conocer a exiliados, viajeros y p r o t a g o n i s t a s e m i n e n t e s d e la c o n q u i s t a ,
c o m o L e l i o , p a r i e n t e d e E s c i p i ó n , o d e la vida política, c o m o C a t ó n . P u d o
consultar los anales d e la R e p ú b l i c a r o m a n a , convertidos i n m e d i a t a m e n t e
e n los Anales maximi. T a m b i é n t u v o acceso a libros p r o c e d e n t e s d e los cam-
pos opuestos.
Polibio p l a n t e a a los diferentes testimonios d e los q u e d i s p o n e p r e g u n -
tas llenas d e sentido c o m ú n : ¿ h a asistido su a u t o r a los a c o n t e c i m i e n t o s ? ,
¿tiene experiencia política y militar? D a n d o p r u e b a s de innegable sentido
crítico, r e h u s a aquello q u e s i m p l e m e n t e se dice. A v e n t a j a en este aspecto
a sus p r e d e c e s o r e s , i n c l u y e n d o a T u c í d i d e s . C i t a los t r a t a d o s , l o s d e c r e t o s ,
las c a r t a s , q u e v o l v i ó a c o p i a r e n l o s « a r c h i v o s oficiales» r o m a n o s , el Ta-
bularium. T a m b i é n l e i n t e r e s a n l a s cifras. C u a n d o i n t e n t a e v a l u a r las fuer-
zas d e A n í b a l , p r e f i e r e f u n d a m e n t a r s e m e j o r e n u n a i n s c r i p c i ó n q u e n o e n
las e s t i m a c i o n e s a p o r t a d a s p o r d i f e r e n t e s t e s t i g o s . ¿ L e falta i n f o r m a c i ó n s o -
b r e t a l o c u a l t e m a ? E x p o n e e n t o n c e s lo q u e l e p a r e c e m á s v e r o s í m i l . A l
s o m e t e r así la h i s t o r i a a l a l ó g i c a , se m a n t i e n e e n c o n c o r d a n c i a c o n l o q u e
es n a t u r a l , c o n l a e x p e r i e n c i a c o m ú n . S i e m p r e e n n o m b r e d e l a v e r o s i m i -
litud, y forzando e x t r e m a d a m e n t e este principio, llega a «deducir h e c h o s
desconocidos a partir de hechos conocidos» (Pédech).
E l « a f á n d e s a b e r » d e P o l i b i o s e m a n i f i e s t a e s p e c i a l m e n t e e n el d o m i -
nio geográfico. Se fue c o n v i r t i e n d o , p o c o a p o c o , a la geografía, utilizán-
d o l a al p r i n c i p i o c o m o u n h i s t o r i a d o r q u e s e p r e o c u p a p o r c o n o c e r l o s lu-
g a r e s d o n d e se d e s a r r o l l a n l o s a c o n t e c i m i e n t o s , h a s t a l l e g a r a p r a c t i c a r l a
p o r sí m i s m a . L e g u s t a d e s c r i b i r l o s p a í s e s q u e h a r e c o r r i d o : G r e c i a , B í -
z a n c i o , I t a l i a , i n c l u i d a Sicilia, E s p a ñ a , l a G a l i a , Á f r i c a d e l N o r t e , E g i p t o .
Si el P o l i b i o « p r i m e r e s t i l o » se c o m p o r t a c o m o u n s o l d a d o y c o m o u n
t u r i s t a , q u e a m a las c u r i o s i d a d e s y a p r e c i a las v e n t a j a s e s t r a t é g i c a s d e u n
e n c l a v e , el P o l i b i o « s e g u n d o e s t i l o » c u l t i v a l a g e o g r a f í a p o r ella m i s m a . O b -
s e r v a q u e Sicilia t i e n e u n a f o r m a t r i a n g u l a r . I n t r o d u c e e n su o b r a n o t i c i a s
d e s c r i p t i v a s s o b r e I t a l i a , s o b r e l a C i s a l p i n a , el R ó d a n o ( I I I , 4 7 , 2 - 4 ) . I n -
clusive lleva a c a b o u n e s t u d i o oceanógrafico del P o n t o E u x i n o ( I V , 39-42):
¿ a q u é se d e b e s u e n c e n a g a m i e n t o ? , ¿ a q u é las c o r r i e n t e s d e l o s e s t r e c h o s
p ó n t i c o s ? C o n s i d e r a q u e el e n c e n a g a m i e n t o e s i n e v i t a b l e , d a d a la i m p o r -
t a n c i a d e las a p o r t a c i o n e s f l u v i a l e s . E n c u a n t o a las c o r r i e n t e s , s o n r e s u l -
t a d o d e l d e s a g ü e d e u n m a r al q u e l o s r í o s h a n h e c h o c r e c e r e n e x c e s o . P o -
l i b i o , n o s a t i s f e c h o c o n d e s c r i b i r , r a z o n a . I n c l u s o se p r e g u n t a a p r o p ó s i t o
d e la f o r m a y d e los l í m i t e s d e l m u n d o , así c o m o d e la p o s i b l e e x i s t e n c i a
de un continente austral.
19
C) Una lógica implacable y sus límites
L a b ú s q u e d a d e las causas d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o n s t i t u y e l a t a r e a p r i ­
m o r d i a l d e los h i s t o r i a d o r e s . N o b a s t a c o n r e l a t a r . E s n e c e s a r i o e x p l i c a r ,
sin o c u l t a r y sin r e m i t i r s e a l a s u e r t e m á s q u e in extremis. L a a c t i t u d d e P o -
libio se i n s c r i b e e n la l í n e a d e c o n t i n u i d a d d e T u c í d i d e s y d e A r i s t ó t e l e s .
T u c í d i d e s h a b í a d i f e r e n c i a d o las c a u s a s c o n f e s a d a s ( a p a r e n t e s ) , l a s r a z o n e s
v e r d a d e r a s y las leyes « e t e r n a s » d e la h i s t o r i a . E n s u o p i n i ó n , los i n d i v i ­
d u o s a c t u a b a n p o r d e l e g a c i ó n d e las f u e r z a s h i s t ó r i c a s .
P a r a A r i s t ó t e l e s , « c o n o c e r es c o n o c e r las c a u s a s » . D i s t i n g u e l a c a u s a
m a t e r i a l (el m e t a l p e r m i t e la e s t a t u a , t a l e s m e d i o s h a c e n ^posible u n a
g u e r r a ) ; la c a u s a f o r m a l (el c o n c e p t o y sus g é n e r o s ; p o r e j e m p l o e n T u c í ­
d i d e s , el i m p e r i a l i s m o y sus c o n s e c u e n c i a s ) ; la c a u s a m o t r i z (el p a d r e es la
c a u s a d e l h i j o ; el i m p u l s o inicial q u e d e s e n c a d e n a l o s a c o n t e c i m i e n t o s , la
c a d e n a d e las r e s p o n s a b i l i d a d e s , su e x a c t a c r o n o l o g í a ) ; la c a u s a final (la sa­
l u d es l a causa d e l p a s e o ; u n p e r í o d o h i s t ó r i c o e s t á c o n s i d e r a d o c o m o l a
r e a l i z a c i ó n d e u n p l a n ) . E n la Política d e s a r r o l l ó u n a t e o r í a d e las r e v o l u ­
c i o n e s , r e d u c i é n d o l a s a t r e s ó r d e n e s d e c a u s a s : m o r a l e s ( p o r e j e m p l o , las
a s p i r a c i o n e s d e las clases i n f e r i o r e s ) ; finales ( c a m b i a r la s o c i e d a d ) ; i n m e ­
d i a t a s (las p r i m e r a s a l t e r a c i o n e s , f r e c u e n t e m e n t e m í n i m a s , q u e e n g e n d r a n
grandes efectos).
El pensamiento de Polibio aparece m u y bien expuesto en un texto re­
f e r e n t e a las c a u s a s d e la s e g u n d a g u e r r a p ú n i c a ( P é d e c h , p p . 7 8 - 7 9 ) , e n la
q u e d i s t i n g u e el inicio, el p r e t e x t o y la c a u s a v e r d a d e r a .
— L a c a u s a , aitía, s o n los p l a n e s , r a z o n a m i e n t o s y s e n t i m i e n t o s q u e
c o n d u c e n a la d e c i s i ó n y al p r o y e c t o . E n s u m a , las o p e r a c i o n e s m e n t a l e s
q u e p r e c e d e n a la a c c i ó n . E s t a t e o r í a i n t e l e c t u a l i s t a s u b o r d i n a la v o l u n t a d
al e n t e n d i m i e n t o . C o r r e s p o n d e al h i s t o r i a d o r c o m p r o b a r si los r e s u l t a d o s
h a n r e s p o n d i d o a los p r o y e c t o s i n i c i a l e s .
— E l p r e t e x t o , prophasis, es la r a z ó n i n v o c a d a . E j e m p l o : A l e j a n d r o
q u i e r e c a s t i g a r el a t a q u e d e los p e r s a s a G r e c i a ; l o s r o m a n o s b u s c a n u n a
r a z ó n p a r a a t a c a r C a r t a g o . C a d a p o l í t i c a d e b e j u s t i f i c a r s e a n t e el a d v e r s a ­
rio y a n t e su p r o p i a o p i n i ó n . C o r r e s p o n d e al h i s t o r i a d o r r a s g a r el v e l o d e
las a p a r i e n c i a s .
— L o s inicios ( e n s i n g u l a r , arché) s o n l o s « p r i m e r o s a c t o s d e las c o s a s
y a d e c i d i d a s » ( e j e m p l o : l a t o m a d e S a g u n t o inicia l a s e g u n d a g u e r r a p ú n i ­
ca).
E s t e «análisis lógico» d e los a c o n t e c i m i e n t o s se a p l i c a e s p e c i a l m e n t e a
las g u e r r a s y a la d i p l o m a c i a .
Las causas invocadas por Polibio son siempre de o r d e n intelectual (con­
cepciones, planes, razonamientos, etc.).
Tal intelectualismo histórico otorga n e c e s a r i a m e n t e u n gran espacio a
los « d i s c u r s o s r e a l m e n t e p r o n u n c i a d o s » p o r l o s p r o t a g o n i s t a s : e n e l l o s se
m a n i f i e s t a el i n d i v i d u o p e n s a n t e y se e x p r e s a n los p r o y e c t o s q u e d e t e r m i ­
n a n el p a s o h a c i a los a c t o s . E l d i s c u r s o es la a c c i ó n e n p o t e n c i a ( p a r a P é ­
d e c h , «el e q u i v a l e n t e d e la a c c i ó n » ) . U n e s l a b ó n e s e n c i a l e n la t r a m a d e
los h e c h o s . P o l i b i o p r o c u r a a t e n e r s e a las p a l a b r a s r e a l m e n t e p r o n u n c i a d a s
y e v i t a r e s t e r e o t i p o s . D e h e c h o , h a i m p r e s o e n m u c h o s d e los d i s c u r s o s l a
h u e l l a d e sus p r o p i a s c o n c e p c i o n e s . R e f e r i d o el d i s c u r s o , «es p r e c i s o d e s -
20
c u b r i r l a c a u s a e n v i r t u d d e l a c u a l las p a l a b r a s o los a c t o s c o n d u c e n , final­
m e n t e , al f r a c a s o o al é x i t o » .
S i e m p r e e n n o m b r e d e e s t e i n t e l e c t u a l i s m o h i s t ó r i c o , se c o n c e d e u n g r a n
e s p a c i o a la a c c i ó n d e l o s g r a n d e s p e r s o n a j e s . E n P o l i b i o , el i n d i v i d u o p e n ­
s a n t e o c u p a el p r i m e r p l a n o d e l a c a u s a l i d a d h i s t ó r i c a . P r í n c i p e s y j e f e s d e
e s t a d o c o n t r o l a n el j u e g o p o l í t i c o . F o r j a n p l a n e s q u e r e a l i z a n e n f o r m a d e
l e y e s , d e g u e r r a s , e t c . T o d o d e p e n d e d e s u e s p í r i t u (nosotros), d e su c a p a ­
c i d a d d e c á l c u l o y d e p r e v i s i ó n . A q u í t r i u n f a l a r a z ó n (el logos). L o s e l e ­
m e n t o s afectivos y p a s i o n a l e s n o o c u p a n u n g r a n e s p a c i o . L a f u e r z a física
de los individuos c u e n t a p o c o .
Polibio distingue dos tipos de personajes históricos:
— l o s r a z o n a b l e s , q u e o b t i e n e n r e s u l t a d o s c o n f o r m e a sus p l a n e s ;
— los i r r a c i o n a l e s , los a p a s i o n a d o s , q u e f r a c a s a n . P o r t a n t o , l o s h é r o e s
s o n los fríos, los p o s i t i v o s , l o s c a l c u l a d o r e s ; c o m o A m í l c a r B a r c a , s a g a z ,
a u d a z , a c t u a n d o kata logon; c o m o A n í b a l , «la l ó g i c a m i s m a d e l a h i s t o r i a
e n a c c i ó n » ( P é d e c h , 2 1 7 ) . A n t e s d e p a s a r a I t a l i a , A n í b a l se i n f o r m a a c e r ­
c a d e los A l p e s , d e l P o , d e l o s r e c u r s o s d e l p a í s , y d e l e s t a d o d e á n i m o d e
la p o b l a c i ó n . E s c i p i ó n , g e n i o c a l c u l a d o r , a c t ú a d e m a n e r a p a r e c i d a : u n a
m a t a n z a p a r a a t e r r o r i z a r , u n g e s t o d e c l e m e n c i a p a r a g a n a r s e los c o r a z o ­
n e s ( . . . ) . E n c u a n t o a los p e r d e d o r e s d e l a h i s t o r i a , q u e s e e c h e n l a c u l p a
a sí m i s m o s , a las f a l t a s q u e c o m e t i e r o n c o n t r a l a r a z ó n , a sus a r r e b a t o s
(cf. F i l i p o d e M a c e d o n i a , i r a s c i b l e e i m p u l s i v o ) .
E s t a p s i c o l o g í a p u e d e p a r e c e r e x c e s i v a m e n t e clásica y c o n v e n c i o n a l . E l
p e n s a m i e n t o p r e c e d e a l a a c c i ó n . T o d o s e r e d u c e al conflicto e n t r e l a r a ­
z ó n y la s i n r a z ó n . T o d o a q u e l q u e se a b a n d o n a a las f u e r z a s o b s c u r a s
(Thymos), i n e v i t a b l e m e n t e f r a c a s a . A d m i t i d o e s t o , el v o c a b u l a r i o p s i c o l ó ­
gico d e P o l i b i o es e x t e n s o : P é d e c h h a e n u m e r a d o e n él d o s c i e n t o s d i e z t é r ­
minos que designan sentimientos y operaciones mentales.
« E l análisis l ó g i c o » d e l p a s a d o , p r ó x i m o o l e j a n o , t a m b i é n r e q u i e r e b o s ­
q u e j a r g r a n d e s s í n t e s i s . P o l i b i o s e c o m p l a c e e n insistir s o b r e la r e l a c i ó n d e
fuerzas, a veces recurriendo a grandes composiciones oratorias. Sirven p a r a
p r e s e n t a r las p o l í t i c a s p o s i b l e s e n u n m o m e n t o d a d o , p a r a e x p o n e r l o s t é r ­
m i n o s d e u n a a l t e r n a t i v a . T a m b i é n p r a c t i c a el m é t o d o c o m p a r a t i v o , p o ­
n i e n d o e n p a r a l e l o la f a l a n g e m a c e d ó n i c a y l a l e g i ó n r o m a n a , l a c o n s t i t u ­
c i ó n e s p a r t a n a y la r o m a n a ( c u y o e q u i l i b r i o h a h e c h o p o s i b l e l a c o n q u i s t a
del m u n d o ) .
E s t a v i s i ó n r a c i o n a l i s t a d e la c a u s a l i d a d h i s t ó r i c a t i e n e sus l í m i t e s , q u e ­
d a r e s q u e b r a j a d a a n t e la e x p e r i e n c i a c o n c r e t a d e l d e r r u m b a m i e n t o d e las
m o n a r q u í a s y los i m p e r i o s ( C a r t a g o , A n t í o c o I I I , etc.). P o r t a n t o , h a y q u e
d e j a r u n e s p a c i o p a r a l a F o r t u n a y p a r a el A z a r , p a r a t o d o a q u e l l o q u e p u e ­
d e h a c e r f r a c a s a r las p r e v i s i o n e s y h a c e r c a m b i a r , d e f o r m a i m p r e v i s t a , el
curso d e los a c o n t e c i m i e n t o s . . .
E n P o l i b i o , l a F o r t u n a (Tyché) a d q u i e r e r o s t r o s d i f e r e n t e s d e s d e el
a c o n t e c i m i e n t o m á s i m p o r t a n t e h a s t a el m á s n i m i o a c c i d e n t e , c l i m á t i c o o
d e c u a l q u i e r o t r o g é n e r o . P o r u n a p a r t e , se t r a t a d e u n p o d e r r e g u l a d o r ,
a p e n a s d i s t i n t o d e la P r o v i d e n c i a d e B o s s u e t . P o r o t r a , ú n i c a m e n t e i n v o c a
el a z a r p a r a c o l m a r l o s v a c í o s d e la e x p l i c a c i ó n c o n c e r n i e n t e a los a c o n t e ­
cimientos ínfimos.
P o l i b i o c a e , a v e c e s , e n el finalismo, al c o n c e d e r a la Fortuna un plan
21
C) Una lógica implacable y sus límites
L a b ú s q u e d a d e las causas d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o n s t i t u y e l a t a r e a p r i ­
m o r d i a l d e los h i s t o r i a d o r e s . N o b a s t a c o n r e l a t a r . E s n e c e s a r i o e x p l i c a r ,
sin o c u l t a r y sin r e m i t i r s e a l a s u e r t e m á s q u e in extremis. L a a c t i t u d d e P o -
libio se i n s c r i b e e n la l í n e a d e c o n t i n u i d a d d e T u c í d i d e s y d e A r i s t ó t e l e s .
T u c í d i d e s h a b í a d i f e r e n c i a d o las c a u s a s c o n f e s a d a s ( a p a r e n t e s ) , l a s r a z o n e s
v e r d a d e r a s y las leyes « e t e r n a s » d e la h i s t o r i a . E n s u o p i n i ó n , los i n d i v i ­
d u o s a c t u a b a n p o r d e l e g a c i ó n d e las f u e r z a s h i s t ó r i c a s .
P a r a A r i s t ó t e l e s , « c o n o c e r es c o n o c e r las c a u s a s » . D i s t i n g u e l a c a u s a
m a t e r i a l (el m e t a l p e r m i t e la e s t a t u a , t a l e s m e d i o s h a c e n ^posible u n a
g u e r r a ) ; la c a u s a f o r m a l (el c o n c e p t o y sus g é n e r o s ; p o r e j e m p l o e n T u c í ­
d i d e s , el i m p e r i a l i s m o y sus c o n s e c u e n c i a s ) ; la c a u s a m o t r i z (el p a d r e es la
c a u s a d e l h i j o ; el i m p u l s o inicial q u e d e s e n c a d e n a l o s a c o n t e c i m i e n t o s , la
c a d e n a d e las r e s p o n s a b i l i d a d e s , su e x a c t a c r o n o l o g í a ) ; la c a u s a final (la sa­
l u d es l a causa d e l p a s e o ; u n p e r í o d o h i s t ó r i c o e s t á c o n s i d e r a d o c o m o l a
r e a l i z a c i ó n d e u n p l a n ) . E n la Política d e s a r r o l l ó u n a t e o r í a d e las r e v o l u ­
c i o n e s , r e d u c i é n d o l a s a t r e s ó r d e n e s d e c a u s a s : m o r a l e s ( p o r e j e m p l o , las
a s p i r a c i o n e s d e las clases i n f e r i o r e s ) ; finales ( c a m b i a r la s o c i e d a d ) ; i n m e ­
d i a t a s (las p r i m e r a s a l t e r a c i o n e s , f r e c u e n t e m e n t e m í n i m a s , q u e e n g e n d r a n
grandes efectos).
El pensamiento de Polibio aparece m u y bien expuesto en un texto re­
f e r e n t e a las c a u s a s d e la s e g u n d a g u e r r a p ú n i c a ( P é d e c h , p p . 7 8 - 7 9 ) , e n la
q u e d i s t i n g u e el inicio, el p r e t e x t o y la c a u s a v e r d a d e r a .
— L a c a u s a , aitía, s o n los p l a n e s , r a z o n a m i e n t o s y s e n t i m i e n t o s q u e
c o n d u c e n a la d e c i s i ó n y al p r o y e c t o . E n s u m a , las o p e r a c i o n e s m e n t a l e s
q u e p r e c e d e n a la a c c i ó n . E s t a t e o r í a i n t e l e c t u a l i s t a s u b o r d i n a la v o l u n t a d
al e n t e n d i m i e n t o . C o r r e s p o n d e al h i s t o r i a d o r c o m p r o b a r si los r e s u l t a d o s
h a n r e s p o n d i d o a los p r o y e c t o s i n i c i a l e s .
— E l p r e t e x t o , prophasis, es la r a z ó n i n v o c a d a . E j e m p l o : A l e j a n d r o
q u i e r e c a s t i g a r el a t a q u e d e los p e r s a s a G r e c i a ; l o s r o m a n o s b u s c a n u n a
r a z ó n p a r a a t a c a r C a r t a g o . C a d a p o l í t i c a d e b e j u s t i f i c a r s e a n t e el a d v e r s a ­
rio y a n t e su p r o p i a o p i n i ó n . C o r r e s p o n d e al h i s t o r i a d o r r a s g a r el v e l o d e
las a p a r i e n c i a s .
— L o s inicios ( e n s i n g u l a r , arché) s o n l o s « p r i m e r o s a c t o s d e las c o s a s
y a d e c i d i d a s » ( e j e m p l o : l a t o m a d e S a g u n t o inicia l a s e g u n d a g u e r r a p ú n i ­
ca).
E s t e «análisis lógico» d e los a c o n t e c i m i e n t o s se a p l i c a e s p e c i a l m e n t e a
las g u e r r a s y a la d i p l o m a c i a .
Las causas invocadas por Polibio son siempre de o r d e n intelectual (con­
cepciones, planes, razonamientos, etc.).
Tal intelectualismo histórico otorga n e c e s a r i a m e n t e u n gran espacio a
los « d i s c u r s o s r e a l m e n t e p r o n u n c i a d o s » p o r l o s p r o t a g o n i s t a s : e n e l l o s se
m a n i f i e s t a el i n d i v i d u o p e n s a n t e y se e x p r e s a n los p r o y e c t o s q u e d e t e r m i ­
n a n el p a s o h a c i a los a c t o s . E l d i s c u r s o es la a c c i ó n e n p o t e n c i a ( p a r a P é ­
d e c h , «el e q u i v a l e n t e d e la a c c i ó n » ) . U n e s l a b ó n e s e n c i a l e n la t r a m a d e
los h e c h o s . P o l i b i o p r o c u r a a t e n e r s e a las p a l a b r a s r e a l m e n t e p r o n u n c i a d a s
y e v i t a r e s t e r e o t i p o s . D e h e c h o , h a i m p r e s o e n m u c h o s d e los d i s c u r s o s l a
h u e l l a d e sus p r o p i a s c o n c e p c i o n e s . R e f e r i d o el d i s c u r s o , «es p r e c i s o d e s -
20
c u b r i r l a c a u s a e n v i r t u d d e l a c u a l las p a l a b r a s o los a c t o s c o n d u c e n , final­
m e n t e , al f r a c a s o o al é x i t o » .
S i e m p r e e n n o m b r e d e e s t e i n t e l e c t u a l i s m o h i s t ó r i c o , se c o n c e d e u n g r a n
e s p a c i o a la a c c i ó n d e l o s g r a n d e s p e r s o n a j e s . E n P o l i b i o , el i n d i v i d u o p e n ­
s a n t e o c u p a el p r i m e r p l a n o d e l a c a u s a l i d a d h i s t ó r i c a . P r í n c i p e s y j e f e s d e
e s t a d o c o n t r o l a n el j u e g o p o l í t i c o . F o r j a n p l a n e s q u e r e a l i z a n e n f o r m a d e
l e y e s , d e g u e r r a s , e t c . T o d o d e p e n d e d e s u e s p í r i t u (nosotros), d e su c a p a ­
c i d a d d e c á l c u l o y d e p r e v i s i ó n . A q u í t r i u n f a l a r a z ó n (el logos). L o s e l e ­
m e n t o s afectivos y p a s i o n a l e s n o o c u p a n u n g r a n e s p a c i o . L a f u e r z a física
de los individuos c u e n t a p o c o .
Polibio distingue dos tipos de personajes históricos:
— l o s r a z o n a b l e s , q u e o b t i e n e n r e s u l t a d o s c o n f o r m e a sus p l a n e s ;
— los i r r a c i o n a l e s , los a p a s i o n a d o s , q u e f r a c a s a n . P o r t a n t o , l o s h é r o e s
s o n los fríos, los p o s i t i v o s , l o s c a l c u l a d o r e s ; c o m o A m í l c a r B a r c a , s a g a z ,
a u d a z , a c t u a n d o kata logon; c o m o A n í b a l , «la l ó g i c a m i s m a d e l a h i s t o r i a
e n a c c i ó n » ( P é d e c h , 2 1 7 ) . A n t e s d e p a s a r a I t a l i a , A n í b a l se i n f o r m a a c e r ­
c a d e los A l p e s , d e l P o , d e l o s r e c u r s o s d e l p a í s , y d e l e s t a d o d e á n i m o d e
la p o b l a c i ó n . E s c i p i ó n , g e n i o c a l c u l a d o r , a c t ú a d e m a n e r a p a r e c i d a : u n a
m a t a n z a p a r a a t e r r o r i z a r , u n g e s t o d e c l e m e n c i a p a r a g a n a r s e los c o r a z o ­
n e s ( . . . ) . E n c u a n t o a los p e r d e d o r e s d e l a h i s t o r i a , q u e s e e c h e n l a c u l p a
a sí m i s m o s , a las f a l t a s q u e c o m e t i e r o n c o n t r a l a r a z ó n , a sus a r r e b a t o s
(cf. F i l i p o d e M a c e d o n i a , i r a s c i b l e e i m p u l s i v o ) .
E s t a p s i c o l o g í a p u e d e p a r e c e r e x c e s i v a m e n t e clásica y c o n v e n c i o n a l . E l
p e n s a m i e n t o p r e c e d e a l a a c c i ó n . T o d o s e r e d u c e al conflicto e n t r e l a r a ­
z ó n y la s i n r a z ó n . T o d o a q u e l q u e se a b a n d o n a a las f u e r z a s o b s c u r a s
(Thymos), i n e v i t a b l e m e n t e f r a c a s a . A d m i t i d o e s t o , el v o c a b u l a r i o p s i c o l ó ­
gico d e P o l i b i o es e x t e n s o : P é d e c h h a e n u m e r a d o e n él d o s c i e n t o s d i e z t é r ­
minos que designan sentimientos y operaciones mentales.
« E l análisis l ó g i c o » d e l p a s a d o , p r ó x i m o o l e j a n o , t a m b i é n r e q u i e r e b o s ­
q u e j a r g r a n d e s s í n t e s i s . P o l i b i o s e c o m p l a c e e n insistir s o b r e la r e l a c i ó n d e
fuerzas, a veces recurriendo a grandes composiciones oratorias. Sirven p a r a
p r e s e n t a r las p o l í t i c a s p o s i b l e s e n u n m o m e n t o d a d o , p a r a e x p o n e r l o s t é r ­
m i n o s d e u n a a l t e r n a t i v a . T a m b i é n p r a c t i c a el m é t o d o c o m p a r a t i v o , p o ­
n i e n d o e n p a r a l e l o la f a l a n g e m a c e d ó n i c a y l a l e g i ó n r o m a n a , l a c o n s t i t u ­
c i ó n e s p a r t a n a y la r o m a n a ( c u y o e q u i l i b r i o h a h e c h o p o s i b l e l a c o n q u i s t a
del m u n d o ) .
E s t a v i s i ó n r a c i o n a l i s t a d e la c a u s a l i d a d h i s t ó r i c a t i e n e sus l í m i t e s , q u e ­
d a r e s q u e b r a j a d a a n t e la e x p e r i e n c i a c o n c r e t a d e l d e r r u m b a m i e n t o d e las
m o n a r q u í a s y los i m p e r i o s ( C a r t a g o , A n t í o c o I I I , etc.). P o r t a n t o , h a y q u e
d e j a r u n e s p a c i o p a r a l a F o r t u n a y p a r a el A z a r , p a r a t o d o a q u e l l o q u e p u e ­
d e h a c e r f r a c a s a r las p r e v i s i o n e s y h a c e r c a m b i a r , d e f o r m a i m p r e v i s t a , el
curso d e los a c o n t e c i m i e n t o s . . .
E n P o l i b i o , l a F o r t u n a (Tyché) a d q u i e r e r o s t r o s d i f e r e n t e s d e s d e el
a c o n t e c i m i e n t o m á s i m p o r t a n t e h a s t a el m á s n i m i o a c c i d e n t e , c l i m á t i c o o
d e c u a l q u i e r o t r o g é n e r o . P o r u n a p a r t e , se t r a t a d e u n p o d e r r e g u l a d o r ,
a p e n a s d i s t i n t o d e la P r o v i d e n c i a d e B o s s u e t . P o r o t r a , ú n i c a m e n t e i n v o c a
el a z a r p a r a c o l m a r l o s v a c í o s d e la e x p l i c a c i ó n c o n c e r n i e n t e a los a c o n t e ­
cimientos ínfimos.
P o l i b i o c a e , a v e c e s , e n el finalismo, al c o n c e d e r a la Fortuna un plan
21
«para sacar a d e l a n t e los acontecimientos del m u n d o » . L e atribuye — l o mis-
m o r e p e t i r á B o s s u e t — el h a b e r r e u n i d o t o d a s l a s p a r t e s c o n o c i d a s d e la
t i e r r a b a j o u n ú n i c o i m p e r i o y u n ú n i c o d o m i n i o » (el r o m a n o ) .
L a F o r t u n a p r e s i d e la e v o l u c i ó n d e la h i s t o r i a , g o b i e r n a «la e c o n o m í a »
y d i s p e n s a l a r e c o m p e n s a y el c a s t i g o . E s t a p o t e n c i a s u p e r i o r , q u e s e p a -
r e c e m u c h o a u n a d i v i n i d a d , se s u p e r p o n e , n o o b s t a n t e , a las c a u s a s h u -
m a n a s sin l l e g a r a r e e m p l a z a r l a s .
D) U n filósofo de la historia y u n precursor de la sociología política
E l p r o p ó s i t o e s e n c i a l d e P o l i b i o , e n su c é l e b r e l i b r o V I , c o n s i s t e e n e s -
t u d i a r los r e g í m e n e s p o l í t i c o s , a fin d e s i t u a r el s i s t e m a r o m a n o e n t r e los
d e m á s , p e r o t a m b i é n p o r q u e l a politeia d e u n E s t a d o t i e n e u n a f u n c i ó n
e s e n c i a l e n l o r e f e r e n t e a e n g e n d r a r los a c o n t e c i m i e n t o s . U n a c o n s t i t u c i ó n ,
n o s d i c e , es «la c a u s a m á s a m p l i a e n c u a l q u i e r a s u n t o » .
L a clasificación t e r n a r i a d e los s i s t e m a s p o l í t i c o s e l a b o r a d a p o r P o l i b i o
contiene formas puras y formas degradadas:
— F o r m a s puras: realeza!aristocracia/democracia.
— F o r m a s degradadas: monarquía! oligarquía! oclocracia, o gobierno de
la m u c h e d u m b r e . E s t a s c a t e g o r í a s p r o c e d e n d i r e c t a m e n t e d e A r i s t ó t e l e s .
E s t o s r e g í m e n e s p o l í t i c o s se h a l l a n s o m e t i d o s a u n ciclo. A l p r i n c i p i o ,
e n u n m u n d o c a ó t i c o , los h o m b r e s se r e ú n e n e n b a n d a s , d i r i g i d a s p o r u n
j e f e . D e s p u é s se i n s t a u r a u n a a u t o r i d a d c o n s e n t i d a , l a r e a l e z a , q u e d e g e -
n e r a en tiranía. Ésta provoca u n a reacción aristocrática, q u e p r o n t o dege-
n e r a e n o l i g a r q u í a , d e r r i b a d a p o r l a d e m o c r a c i a (el p o d e r d e t o d o s , f u n d a -
m e n t a d o e n la m o r a l y las l e y e s ) . T a l e s t a d o d e c o s a s n o p u e d e d u r a r : al
final d e d o s g e n e r a c i o n e s se i n s t a u r a u n r é g i m e n p o p u l a c h e r o y s e v u e l v e
al d e s p o t i s m o p r i m i t i v o . L a s s u c e s i v a s r e v o l u c i o n e s p r o c e d e n s o b r e t o d o
d e c a u s a s p s i c o l ó g i c a s y m o r a l e s , q u e , i n e v i t a b l e m e n t e , d e g e n e r a n la c o n -
ducta d e los dirigentes.
E l r é g i m e n i d e a l q u e , e n u n p r i n c i p i o , d e b e r í a e s c a p a r al ciclo es u n a
m i x t u r a , u n a c o m b i n a c i ó n d e los t r e s p r i n c i p i o s ( r e a l e z a , a r i s t o c r a c i a y d e -
mocracia). Solución i m a g i n a d a p o r Licurgo en E s p a r t a y realizada p o r los
r o m a n o s . S o l u c i ó n c o n f o r m e a las e x i g e n c i a s d e l e q u i l i b r i o y d e l j u s t o m e -
d i o . E n E s p a r t a , p o r t a n t o , el p u e b l o e q u i l i b r a b a a los r e y e s ; los g e r o n t e s
a y u d a b a n a los r e y e s a c o n t r a r r e s t a r al p u e b l o . E s t a c o n s t i t u c i ó n p e r m i t i ó
la c o n c o r d i a i n t e r i o r , p e r o n o c o n t u v o el a p e t i t o d e d o m i n a c i ó n e x t e r i o r .
D e a h í su f r a c a s o . L o s r o m a n o s s u p e r a r o n el e j e m p l o e s p a r t a n o . E s t r u c t u -
r a r o n u n r é g i m e n a la v e z r e a l , ( p o r los c ó n s u l e s ) , a r i s t o c r á t i c o ( p o r el S e -
n a d o ) y d e m o c r á t i c o ( p o r la f u n c i ó n c o n f e r i d a al p u e b l o ) . E s t a s i n s t i t u c i o -
n e s d e s a r r o l l a r o n e n sí m i s m a s las v i r t u d e s d e l p u e b l o ( b ú s q u e d a d e l a g l o -
ria; i n t e g r i d a d a l i m e n t a d a p o r el t e m o r r e l i g i o s o ) . A l e l o g i a r así l a c o n s t i -
t u c i ó n r o m a n a , P o l i b i o r e p i t e las tesis p r o p i a s d e l c í r c u l o d e l o s E s c i p i o n e s .
E l m o d e l o d e P o l i b i o p e r m i t e el c o n o c i m i e n t o d e l f u t u r o , h a c i e n d o p r e -
visible, c o n s e g u r i d a d a b s o l u t a , l a e v o l u c i ó n d e u n r é g i m e n . L a s l e y e s fun-
cionan de acuerdo con u n a inexorable mecánica. E n este sentido, Polibio
es m á s d e t e r m i n i s t a q u e T u c í d i d e s . P e r o d e b e m o s f i j a r n o s , m á s q u e e n e s t e
d e t e r m i n i s m o , e n l a u t i l i z a c i ó n d e l m é t o d o c o m p a r a t i v o q u e a n u n c i a la s o -
22
c i o l o g í a p o l í t i c a a c t u a l . V é a s e l a c o m p a r a c i ó n e n t r e E s p a r t a y R o m a (la ú n i -
c a q u e fue c a p a z d e m o v i l i z a r l o s m e d i o s n e c e s a r i o s p a r a la c o n q u i s t a ) y
e n t r e R o m a y C a r t a g o : el r é g i m e n d e la s e g u n d a se d e s e q u i l i b r ó d e b i d o a
la p r e p o n d e r a n c i a a d q u i r i d a p o r el p u e b l o . L a p r o b i d a d r o m a n a s e o p o n e
a la v e n a l i d a d c a r t a g i n e s a . E l t e m o r a los d i o s e s e s t á m á s d e s a r r o l l a d o e n
R o m a q u e en la c i u d a d p ú n i c a .
C a d a r é g i m e n es u n o r g a n i s m o q u e v i v e , q u e se a d a p t a al « m o d e l o b i o -
l ó g i c o » : n a c e , c r e c e , a l c a n z a s u f a s e d e e q u i l i b r i o , d e s p u é s se d e b i l i t a y se
d e r r u m b a . E n l a p r o p i a R o m a l a a v a r i c i a , la i n t r i g a y l a i n d i s c i p l i n a d e -
s e m b o c a n e n la o c l o c r a c i a (el g o b i e r n o d e l a s m a s a s ) . E s t a v i s i ó n s e a v i e n e
m a l q u e b i e n c o n la t e o r í a d e l o s c i c l o s , q u e p r e v a l e c e e n el e s p í r i t u d e P o -
libio.
F i n a l m e n t e r e t e n d r e m o s d e e s t e i m p o r t a n t e a u t o r q u e su h e r e n c i a p a -
r e c e h a b e r s i d o d o b l e : p o r u n a p a r t e , la h i s t o r i a r a c i o n a l i s t a , s e g ú n l a c u a l
el p e n s a m i e n t o p r e c e d e a l a a c c i ó n y l o s i n d i v i d u o s s o n d u e ñ o s d e su a c -
t u a c i ó n ; p o r o t r a p a r t e , l o s g r a n d e s f r e s c o s u n i v e r s a l e s , las g r a n d e s s í n t e s i s
frágiles, al e s t i l o d e T o y n b e e y d e S p e n g l e r . P e r o l a g r a n d e z a d e P o l i b i o
quizá resida, p o r e n c i m a d e t o d o , en su afán d e saber. R e ú n e , e n igual gra-
d o , l a c u r i o s i d a d d e l e x p l o r a d o r q u e v i a j a a l o l a r g o d e las c o s t a s d e M a r r u e -
cos y la erudición, y manifiesta d e s p r e c i o p o r los c o m p i l a d o r e s . D e s d e su
p u n t o d e v i s t a , la i n f o r m a c i ó n a t r a v é s d e l o s l i b r o s « s ó l o c o n s t i t u y e el p r i -
m e r estadio del c o n o c i m i e n t o histórico. E n efecto, ¿sería suficiente h a b e r
« c o n t e m p l a d o las o b r a s d e l o s p i n t o r e s a n t i g u o s » p a r a c o n s i d e r a r s e « u n
b u e n pintor y un maestro del arte pictórico»?
4. E N BUSCA D E LA «VERDADERA NATURALEZA» D E LA HISTORIOGRAFÍA
ROMANA
Bajo este ambicioso título, reuniremos algunas consideraciones genera-
les ( e n g r a n p a r t e i n s p i r a d a s e n A r n a l d o M o m i g l i a n o , Problémes d'histo-
riographie ancienne et moderne) s o b r e l o s h i s t o r i a d o r e s r o m a n o s , s i n insis-
tir e s p e c i a m e n t e e n T i t o Livio, T á c i t o u o t r o s a u t o r e s clásicos.
L a s r e l a c i o n e s d e los h i s t o r i a d o r e s c o n el p o d e r , b a s t a n t e d é b i l e s e n el
m u n d o griego, fueron más apremiantes en R o m a , d o n d e cualquiera que
d e s a g r a d a s e p o d í a m c u r r i r e n el exilio o e n a l g o p e o r . E l r é g i m e n i m p e r i a l
vigiló d e c e r c a m u y e s p e c i a m e n t e a l o s h i s t o r i a d o r e s y les i m p u s o u n a e s -
p e c i e d e l í n e a oficial. D u r a n t e l a é p o c a d e T i b e r i o , i n c l u s o s e l l e g a r o n a
q u e m a r las o b r a s d e l s e n a d o r C r e m u t i u s C o r d u s , al q u e i m p u l s a r o n al sui-
c i d i o . E l l o e x p l i c a las p r e c a u c i o n e s a d o p t a d a s p o r F l a v i o J o s e f o , h a c i e n d o
a u t e n t i f i c a r p o r el e m p e r a d o r sus l i b r o s s o b r e l a g u e r r a j u d í a , y p o r S o z ó -
m e n e s , q u e s o m e t i ó s u o b r a a T e o d o s i o I I , o t o r g á n d o l e la f a c u l t a d d e « a ñ a -
d i r y r e c o r t a r a d i s c r e c i ó n » . T a l e s s e r v i d u m b r e s , i m p u e s t a s p o r el p o d e r ,
n o n o s a u t o r i z a n sin e m b a r g o a a f i r m a r l a e x i s t e n c i a d e h i s t o r i a d o r e s ofi-
c i a l e s . S ó l o los i n f o r m e s d e l a s c a m p a ñ a s m i l i t a r e s m e r e c e n tal c a l i f i c a t i v o .
E n l a A n t i g ü e d a d , c o m o e n la E d a d M e d i a o c o m o e n n u e s t r o s d í a s ,
p e r o c o n m o d a l i d a d e s e s p e c í f i c a s , la h i s t o r i a f o r m a b a p a r t e d e l e n t o r n o
político y cultural. L o s a u t o r e s p r e t e n d í a n satisfacer u n a cierta f o r m a d e
« d e m a n d a s o c i a l » . L a b i o g r a f í a , e s p e c i a l m e n t e i l u s t r a d a p o r l a Vida de los
doce Césares, d e S u e t o n i o , c o n s t i t u í a u n g é n e r o p a r t i c u l a r m e n t e e s t i m a d o .
23
«para sacar a d e l a n t e los acontecimientos del m u n d o » . L e atribuye — l o mis-
m o r e p e t i r á B o s s u e t — el h a b e r r e u n i d o t o d a s l a s p a r t e s c o n o c i d a s d e la
t i e r r a b a j o u n ú n i c o i m p e r i o y u n ú n i c o d o m i n i o » (el r o m a n o ) .
L a F o r t u n a p r e s i d e la e v o l u c i ó n d e la h i s t o r i a , g o b i e r n a «la e c o n o m í a »
y d i s p e n s a l a r e c o m p e n s a y el c a s t i g o . E s t a p o t e n c i a s u p e r i o r , q u e s e p a -
r e c e m u c h o a u n a d i v i n i d a d , se s u p e r p o n e , n o o b s t a n t e , a las c a u s a s h u -
m a n a s sin l l e g a r a r e e m p l a z a r l a s .
D) U n filósofo de la historia y u n precursor de la sociología política
E l p r o p ó s i t o e s e n c i a l d e P o l i b i o , e n su c é l e b r e l i b r o V I , c o n s i s t e e n e s -
t u d i a r los r e g í m e n e s p o l í t i c o s , a fin d e s i t u a r el s i s t e m a r o m a n o e n t r e los
d e m á s , p e r o t a m b i é n p o r q u e l a politeia d e u n E s t a d o t i e n e u n a f u n c i ó n
e s e n c i a l e n l o r e f e r e n t e a e n g e n d r a r los a c o n t e c i m i e n t o s . U n a c o n s t i t u c i ó n ,
n o s d i c e , es «la c a u s a m á s a m p l i a e n c u a l q u i e r a s u n t o » .
L a clasificación t e r n a r i a d e los s i s t e m a s p o l í t i c o s e l a b o r a d a p o r P o l i b i o
contiene formas puras y formas degradadas:
— F o r m a s puras: realeza!aristocracia/democracia.
— F o r m a s degradadas: monarquía! oligarquía! oclocracia, o gobierno de
la m u c h e d u m b r e . E s t a s c a t e g o r í a s p r o c e d e n d i r e c t a m e n t e d e A r i s t ó t e l e s .
E s t o s r e g í m e n e s p o l í t i c o s se h a l l a n s o m e t i d o s a u n ciclo. A l p r i n c i p i o ,
e n u n m u n d o c a ó t i c o , los h o m b r e s se r e ú n e n e n b a n d a s , d i r i g i d a s p o r u n
j e f e . D e s p u é s se i n s t a u r a u n a a u t o r i d a d c o n s e n t i d a , l a r e a l e z a , q u e d e g e -
n e r a en tiranía. Ésta provoca u n a reacción aristocrática, q u e p r o n t o dege-
n e r a e n o l i g a r q u í a , d e r r i b a d a p o r l a d e m o c r a c i a (el p o d e r d e t o d o s , f u n d a -
m e n t a d o e n la m o r a l y las l e y e s ) . T a l e s t a d o d e c o s a s n o p u e d e d u r a r : al
final d e d o s g e n e r a c i o n e s se i n s t a u r a u n r é g i m e n p o p u l a c h e r o y s e v u e l v e
al d e s p o t i s m o p r i m i t i v o . L a s s u c e s i v a s r e v o l u c i o n e s p r o c e d e n s o b r e t o d o
d e c a u s a s p s i c o l ó g i c a s y m o r a l e s , q u e , i n e v i t a b l e m e n t e , d e g e n e r a n la c o n -
ducta d e los dirigentes.
E l r é g i m e n i d e a l q u e , e n u n p r i n c i p i o , d e b e r í a e s c a p a r al ciclo es u n a
m i x t u r a , u n a c o m b i n a c i ó n d e los t r e s p r i n c i p i o s ( r e a l e z a , a r i s t o c r a c i a y d e -
mocracia). Solución i m a g i n a d a p o r Licurgo en E s p a r t a y realizada p o r los
r o m a n o s . S o l u c i ó n c o n f o r m e a las e x i g e n c i a s d e l e q u i l i b r i o y d e l j u s t o m e -
d i o . E n E s p a r t a , p o r t a n t o , el p u e b l o e q u i l i b r a b a a los r e y e s ; los g e r o n t e s
a y u d a b a n a los r e y e s a c o n t r a r r e s t a r al p u e b l o . E s t a c o n s t i t u c i ó n p e r m i t i ó
la c o n c o r d i a i n t e r i o r , p e r o n o c o n t u v o el a p e t i t o d e d o m i n a c i ó n e x t e r i o r .
D e a h í su f r a c a s o . L o s r o m a n o s s u p e r a r o n el e j e m p l o e s p a r t a n o . E s t r u c t u -
r a r o n u n r é g i m e n a la v e z r e a l , ( p o r los c ó n s u l e s ) , a r i s t o c r á t i c o ( p o r el S e -
n a d o ) y d e m o c r á t i c o ( p o r la f u n c i ó n c o n f e r i d a al p u e b l o ) . E s t a s i n s t i t u c i o -
n e s d e s a r r o l l a r o n e n sí m i s m a s las v i r t u d e s d e l p u e b l o ( b ú s q u e d a d e l a g l o -
ria; i n t e g r i d a d a l i m e n t a d a p o r el t e m o r r e l i g i o s o ) . A l e l o g i a r así l a c o n s t i -
t u c i ó n r o m a n a , P o l i b i o r e p i t e las tesis p r o p i a s d e l c í r c u l o d e l o s E s c i p i o n e s .
E l m o d e l o d e P o l i b i o p e r m i t e el c o n o c i m i e n t o d e l f u t u r o , h a c i e n d o p r e -
visible, c o n s e g u r i d a d a b s o l u t a , l a e v o l u c i ó n d e u n r é g i m e n . L a s l e y e s fun-
cionan de acuerdo con u n a inexorable mecánica. E n este sentido, Polibio
es m á s d e t e r m i n i s t a q u e T u c í d i d e s . P e r o d e b e m o s f i j a r n o s , m á s q u e e n e s t e
d e t e r m i n i s m o , e n l a u t i l i z a c i ó n d e l m é t o d o c o m p a r a t i v o q u e a n u n c i a la s o -
22
c i o l o g í a p o l í t i c a a c t u a l . V é a s e l a c o m p a r a c i ó n e n t r e E s p a r t a y R o m a (la ú n i -
c a q u e fue c a p a z d e m o v i l i z a r l o s m e d i o s n e c e s a r i o s p a r a la c o n q u i s t a ) y
e n t r e R o m a y C a r t a g o : el r é g i m e n d e la s e g u n d a se d e s e q u i l i b r ó d e b i d o a
la p r e p o n d e r a n c i a a d q u i r i d a p o r el p u e b l o . L a p r o b i d a d r o m a n a s e o p o n e
a la v e n a l i d a d c a r t a g i n e s a . E l t e m o r a los d i o s e s e s t á m á s d e s a r r o l l a d o e n
R o m a q u e en la c i u d a d p ú n i c a .
C a d a r é g i m e n es u n o r g a n i s m o q u e v i v e , q u e se a d a p t a al « m o d e l o b i o -
l ó g i c o » : n a c e , c r e c e , a l c a n z a s u f a s e d e e q u i l i b r i o , d e s p u é s se d e b i l i t a y se
d e r r u m b a . E n l a p r o p i a R o m a l a a v a r i c i a , la i n t r i g a y l a i n d i s c i p l i n a d e -
s e m b o c a n e n la o c l o c r a c i a (el g o b i e r n o d e l a s m a s a s ) . E s t a v i s i ó n s e a v i e n e
m a l q u e b i e n c o n la t e o r í a d e l o s c i c l o s , q u e p r e v a l e c e e n el e s p í r i t u d e P o -
libio.
F i n a l m e n t e r e t e n d r e m o s d e e s t e i m p o r t a n t e a u t o r q u e su h e r e n c i a p a -
r e c e h a b e r s i d o d o b l e : p o r u n a p a r t e , la h i s t o r i a r a c i o n a l i s t a , s e g ú n l a c u a l
el p e n s a m i e n t o p r e c e d e a l a a c c i ó n y l o s i n d i v i d u o s s o n d u e ñ o s d e su a c -
t u a c i ó n ; p o r o t r a p a r t e , l o s g r a n d e s f r e s c o s u n i v e r s a l e s , las g r a n d e s s í n t e s i s
frágiles, al e s t i l o d e T o y n b e e y d e S p e n g l e r . P e r o l a g r a n d e z a d e P o l i b i o
quizá resida, p o r e n c i m a d e t o d o , en su afán d e saber. R e ú n e , e n igual gra-
d o , l a c u r i o s i d a d d e l e x p l o r a d o r q u e v i a j a a l o l a r g o d e las c o s t a s d e M a r r u e -
cos y la erudición, y manifiesta d e s p r e c i o p o r los c o m p i l a d o r e s . D e s d e su
p u n t o d e v i s t a , la i n f o r m a c i ó n a t r a v é s d e l o s l i b r o s « s ó l o c o n s t i t u y e el p r i -
m e r estadio del c o n o c i m i e n t o histórico. E n efecto, ¿sería suficiente h a b e r
« c o n t e m p l a d o las o b r a s d e l o s p i n t o r e s a n t i g u o s » p a r a c o n s i d e r a r s e « u n
b u e n pintor y un maestro del arte pictórico»?
4. E N BUSCA D E LA «VERDADERA NATURALEZA» D E LA HISTORIOGRAFÍA
ROMANA
Bajo este ambicioso título, reuniremos algunas consideraciones genera-
les ( e n g r a n p a r t e i n s p i r a d a s e n A r n a l d o M o m i g l i a n o , Problémes d'histo-
riographie ancienne et moderne) s o b r e l o s h i s t o r i a d o r e s r o m a n o s , s i n insis-
tir e s p e c i a m e n t e e n T i t o Livio, T á c i t o u o t r o s a u t o r e s clásicos.
L a s r e l a c i o n e s d e los h i s t o r i a d o r e s c o n el p o d e r , b a s t a n t e d é b i l e s e n el
m u n d o griego, fueron más apremiantes en R o m a , d o n d e cualquiera que
d e s a g r a d a s e p o d í a m c u r r i r e n el exilio o e n a l g o p e o r . E l r é g i m e n i m p e r i a l
vigiló d e c e r c a m u y e s p e c i a m e n t e a l o s h i s t o r i a d o r e s y les i m p u s o u n a e s -
p e c i e d e l í n e a oficial. D u r a n t e l a é p o c a d e T i b e r i o , i n c l u s o s e l l e g a r o n a
q u e m a r las o b r a s d e l s e n a d o r C r e m u t i u s C o r d u s , al q u e i m p u l s a r o n al sui-
c i d i o . E l l o e x p l i c a las p r e c a u c i o n e s a d o p t a d a s p o r F l a v i o J o s e f o , h a c i e n d o
a u t e n t i f i c a r p o r el e m p e r a d o r sus l i b r o s s o b r e l a g u e r r a j u d í a , y p o r S o z ó -
m e n e s , q u e s o m e t i ó s u o b r a a T e o d o s i o I I , o t o r g á n d o l e la f a c u l t a d d e « a ñ a -
d i r y r e c o r t a r a d i s c r e c i ó n » . T a l e s s e r v i d u m b r e s , i m p u e s t a s p o r el p o d e r ,
n o n o s a u t o r i z a n sin e m b a r g o a a f i r m a r l a e x i s t e n c i a d e h i s t o r i a d o r e s ofi-
c i a l e s . S ó l o los i n f o r m e s d e l a s c a m p a ñ a s m i l i t a r e s m e r e c e n tal c a l i f i c a t i v o .
E n l a A n t i g ü e d a d , c o m o e n la E d a d M e d i a o c o m o e n n u e s t r o s d í a s ,
p e r o c o n m o d a l i d a d e s e s p e c í f i c a s , la h i s t o r i a f o r m a b a p a r t e d e l e n t o r n o
político y cultural. L o s a u t o r e s p r e t e n d í a n satisfacer u n a cierta f o r m a d e
« d e m a n d a s o c i a l » . L a b i o g r a f í a , e s p e c i a l m e n t e i l u s t r a d a p o r l a Vida de los
doce Césares, d e S u e t o n i o , c o n s t i t u í a u n g é n e r o p a r t i c u l a r m e n t e e s t i m a d o .
23
L o s retares e x t r a í a n a b u n d a n t e s e j e m p l o s d e l a v i d a d e los h o m b r e s ilus-
t r e s y d e l o s r e l a t o s d e las h a z a ñ a s d e l a c o l e c t i v i d a d . C o m o m u e s t r a d e s -
t a c a d a d e l i n t e r é s o t o r g a d o al g é n e r o h i s t o r i o g r á f i c o se l e í a n a l g u n a s o b r a s
e n p ú b l i c o o p o r el p r o p i o a u t o r ( T i m á g e n e s e n el siglo I, A m i a n o M a r c e -
lino e n el siglo r v ) o p o r a l g u n a o t r a p e r s o n a a t í t u l o d e h o m e n a j e . T a m -
b i é n h a b í a o t r a f o r m a d e c o n s a g r a c i ó n : las b i b l i o t e c a s p ú b l i c a s g u a r d a b a n
las o b r a s h i s t ó r i c a s y los g r a n d e s d e e s t e m u n d o se las p r o c u r a b a n . E l c o -
m ú n d e los m o r t a l e s p o d í a r e c u r r i r a r e s ú m e n e s d e o b r a s m a y o r e s , y t e n e r
a c c e s o , p o r e j e m p l o , a H e r o d o t o p o r m e d i a c i ó n d e T r o g o P o m p e y o (siglo
i a. J. C ) .
C o n s i d e r a d a e n su n i v e l m á s p r o f u n d o , l a a c t i v i d a d h i s t o r i o g r á f i c a se r e -
v e l a c o m o u n a t e n t a t i v a d e p e n s a r c o n j u n t a m e n t e el t i e m p o y el e s p a c i o ,
e n s u m u t u a i n t e r d e p e n d e n c i a . U n a o b r a l o d e m u e s t r a b r i l l a n t e m e n t e : las
Res Gestae, e s c r i t a s p o r el p r o p i o A u g u s t o p a r a c e l e b r a r el g l o r i o s o d e s t i -
n o a s i g n a d o p o r el cielo a R o m a : d o m i n a r , pacificar y o r g a n i z a r el m u n d o .
Estos relatos, destinados a ser grabados sobre tablas d e b r o n c e colocadas
a n t e el m a u s o l e o d e A u g u s t o , d e s c r i b e n u n e s p a c i o d e l i m i t a d o y d o m i n a -
d o , u n a e s p e c i e d e e s t a d o final d e l a c o n q u i s t a d e l m u n d o (cf. ¿ l a u d e N i -
c o l e t , L'Inventaire du Monde, P a r í s , 1 9 8 8 ) . E l t e x t o s e e s t a b l e c i ó el 13
d. J . C , a p a r t i r d e a n t e r i o r e s v e r s i o n e s . S e t r a t a d e u n a f o r m a d e h i s t o r i a
e l e m e n t a l , p r ó x i m a a l o s elogia o t o r g a d o s a los t r i u n f a d o r e s q u e c e l e b r a n
u n o t r a s o t r o los c a r g o s e j e r c i d o s , los g a s t o s a s u m i d o s y las c o n q u i s t a s r e a -
lizadas p o r A u g u s t o . J u n t o a t a l e s r u d i m e n t o s d e h i s t o r i a , h a y algo d e g e o -
grafía, e n f o r m a d e e l e m e n t a l n o m e n c l a t u r a r e f e r e n t e a c i n c u e n t a y c i n c o
n o m b r e s p r o p i o s : catorce provincias, veinticuatro p u e b l o s , e n t r e los cuales
los Britanni y los Cimbri, c u a t r o r í o s , u n a s o l a m o n t a ñ a (los A l p e s ) , t r e s
m a r e s , seis c i u d a d e s . B a g a j e l i g e r o , p e r o i d e o l ó g i c a m e n t e significativo, e s t a
s u m a r i a g e o g r a f í a a t e s t i g u a el d o m i n i o s o b r e la t i e r r a h a b i t a d a , c u y o s lí-
m i t e s se s i t ú a n e n E t i o p í a y J u t l a n d i a , r e v e l a a s i m i s m o las p r e t e n s i o n e s e c u -
ménicas de los r o m a n o s , manifestadas i g u a l m e n t e e n la a r q u i t e c t u r a y la
i c o n o g r a f í a . D e m a n e r a e j e m p l a r y casi s i m b ó l i c a , las Res Gestae n o s h a -
c e n asistir a l a c o n s t r u c c i ó n d e u n s a b e r h i s t ó r i c o - g e o g r á f i c o , h e c h o p o s i b l e
gracias a u n a s e r i e d e f a c t o r e s . E n p r i m e r l u g a r , g r a c i a s a l a c o n q u i s t a r o -
m a n a e n sí m i s m a : c o m e r c i a n t e s y m i l i t a r e s a b r i e r o n n u e v o s p a s o s , t o m a -
r o n la m e d i d a d e l m u n d o e h i c i e r o n d e él u n a d e t a l l a d a d e s c r i p c i ó n . G r a -
cias t a m b i é n al c o n t r o l a d m i n i s t r a t i v o d e l e s p a c i o p o r m e d i o d e l o s c e n s o s
y los e m p a d r o n a m i e n t o s q u e r e s p o n d í a n a p r o p ó s i t o s fiscales. F i n a l m e n t e ,
g r a c i a s a l a p r o p i a v o l u n t a d d e l e m p e r a d o r : e n el a ñ o 14 d e n u e s t r a e r a
h a c e r e d a c t a r u n B r e v i a r i o d e l I m p e r i o c o n f i n a l i d a d e s a d m i n i s t r a t i v a s , fi-
nancieras y militares. D o m i n a r , inventariar y explotar forman u n a tríada
inseparable. S e g ú n V i t r u b i o , la p r o p i a geografía p r e d e s t i n a b a a R o m a a go-
b e r n a r el u n i v e r s o : « C i e r t a m e n t e el p u e b l o r o m a n o t i e n e sus f r o n t e r a s e n
el c e n t r o d e l e s p a c i o d e l m u n d o y e n s u z o n a m e d i a . D e e s t a m a n e r a , l a
P r o v i d e n c i a o t o r g ó al e s t a d o r o m a n o u n a s i t u a c i ó n e x c e l e n t e y u n c l i m a
t e m p l a d o , d e s t i n á n d o l o a s e r el i m p e r i o d e l m u n d o . T a n s u g e s t i v a g r a n d e -
z a n o s p e r m i t e c o m p r e n d e r la a p t i t u d d e l o s h i s t o r i a d o r e s p a r a v e r c o n a m -
plia p e r s p e c t i v a , a e s c a i a d e n a c i o n e s , i m p e r i o s o del u n i v e r s o e n t e r o c o m o
T r o g o P o m p e y o . C o n t r i b u y e r o n a ello l a u n i f i c a c i ó n d e l ecumene a q u e d i o
l u g a r la c o n q u i s t a r o m a n a y la i d e a e s t o i c a d e la u n i d a d d e l a h u m a n i d a d .
E n c o n t r a d e lo q u e se h a c r e í d o d u r a n t e m u c h o t i e m p o , los h i s t o r i a -
24
d o r e s antiguos n o e r a n e s e n c i a l m e n t e los d e p o s i t a r i o s ni los g a r a n t e s d e la
tradición. A c t u a b a n , por encima de t o d o , como atentos observadores de
l o s g r a n d e s c a m b i o s p o l í t i c o s y m i l i t a r e s a c a e c i d o s e n su t i e m p o . M o m i -
g l i a n o lo d e m u e s t r a d e m a n e r a c o n v i n c e n t e . E n e f e c t o , l o s g r a n d e s h i s t o -
r i a d o r e s e s c r i b e n s o b r e el p r ó x i m o p a s a d o , c o m o S a l u s t i o (86-35 a. J . C ) ,
q u e relata la g u e r r a d e Y u g u r t a y la c o n j u r a c i ó n de Catilina, o c o m o T á -
cito (55-120 d. J . C ) , q u e d e d i c a sus Historias y sus Anales a l o s e m p e r a -
d o r e s d e l siglo I. E l c a s o d e T i t o L i v i o n o d e b e e n g a ñ a r n o s al r e s p e c t o . N o -
t a b l e , p a r t i d a r i o d e A u g u s t o , v i e n d o e n l a h i s t o r i a u n a e s c a p a t o r i a a n t e los
« f u n e s t o s e s p e c t á c u l o s » d e las g u e r r a s civiles, s e p r o p u s o n a r r a r l a h i s t o r i a
de" R o m a d e s d e s u f u n d a c i ó n , ab urbe condita. D e los ciento c u a r e n t a y
d o s l i b r o s q u e e s c r i b i ó e n t r e l o s a ñ o s 2 7 a. J . C . y 17 d. J. C , s ó l o n o s q u e -
d a n t r e i n t a , d e l o s c u a l e s d i e z v e r s a n s o b r e l o s o r í g e n e s y v e i n t e s o b r e la
c o n q u i s t a r o m a n a d e s d e el a ñ o 2 1 8 a l 167 a n t e s d e n u e s t a e r a . S u r e l a t o ,
d e h e c h o , se p r o l o n g a b a h a s t a el p e r í o d o d e A u g u s t o e i n c l u í a p o r t a n t o
u n a t a b l a c o n t e m p o r á n e a . N o n o s d e b e m o s d e j a r e n g a ñ a r ni a p r o p ó s i t o
d e l a a u t é n t i c a n a t u r a l e z a d e s u o b r a n i p o r su r e s p e t o p a r a c o n l o s m i t o s
d e l o r i g e n ( l l e g a d a d e E n e a s , R ó m u l o y R e m o ) , ni p o r su afición a las c o s -
t u m b r e s d e o t r a s é p o c a s . C u a n d o c e l e b r a a l o s h é r o e s (los H o r a c i o s , H o -
racios Cocles), p r e t e n d e ofrecer a sus c o n t e m p o r á n e o s ejemplos de valor,
d e r e s p e t o a l o s d i o s e s y d e d e v o c i ó n p o r el e s t a d o , c o n t r i b u y e n d o a s í a la
regeneración moral emprendida por Augusto.
L a p r i o r i d a d o t o r g a d a al p r ó x i m o p a s a d o l a r e e n c o n t r a m o s e n A m i a n o
M a r c e l i n o ( h a c i a 3 3 0 - 4 0 0 d e n u e s t r a e r a ) . Si d e d i c a t r e c e l i b r o s a r e l a t a r
l o s a ñ o s 9 6 - 3 5 2 , r e s e r v a d i e c i o c h o al p e r í o d o 3 5 2 - 3 7 8 , q u e e n c i e r t o m o d o
es « e l s u y o » . L o s h i s t o r i a d o r e s r o m a n o s s o n « c o n t e m p o r a n e í s t a s » o i n c l u s o
«inmediatistas» p o r razones m u y simples: ¿no es preciso informar, en pri-
m e r l u g a r , s o b r e l o q u e s e h a v i s t o y o í d o ? , ¿ n o es p r e c i s o p o d e r c o t e j a r
los relatos d e m u c h o s testigos?, ¿ n o es legítimo e x p o n e r los h e c h o s d e los
q u e s e p u e d e m e d i r su i m p o r t a n c i a : g u e r r a s , r e v o l u c i o n e s , t r a n s f o r m a c i o -
nes institucionales y m o r a l e s ? L a o b s e r v a c i ó n y la n a r r a c i ó n del c a m b i o ocu-
p a b a n p o r t a n t o u n a p o s i c i ó n c e n t r a l e n el d i s c u r s o d e l o s h i s t o r i a d o r e s :
« S u m i s i ó n c o n s i s t í a e n c o n s i g n a r las m o d i f i c a c i o n e s , t a n t o las p r o f u n d a s
c o m o las r e l a t i v a m e n t e r á p i d a s q u e a f e c t a b a n a l c u e r p o p o l í t i c o . » ( A . M o -
migliano.)
S e p r i v i l e g i a n d o s t i p o s d e c a m b i o s : las g u e r r a s , n a t u r a l m e n t e , p e r o
t a m b i é n las r e v o l u c i o n e s p o l í t i c a s y las i n n o v a c i o n e s c o n s t i t u c i o n a l e s . P o r
el c o n t r a r i o , p a r e c e q u e s e p e r c i b e n m e n o s las l e n t a s e v o l u c i o n e s d e las c o s -
t u m b r e s y del d e r e c h o . Tácito p a r e c e ser u n a excepción a esta regla. E n
u n a n o t a b l e p á g i n a d e l o s Annales ( l i b r o I I I , 55 a 5 7 ) , s e p r e g u n t a s o b r e
las r a z o n e s p o r las c u a l e s el l u j o d e l a m e s a , e x t e n d i d o sin f r e n o e n t r e los
a ñ o s q u e v a n d e l 3 1 a. J . C . al 6 8 d. J . C , c a y ó e n d e s u s o p o c o a p o c o . Y
n o s o f r e c e al r e s p e c t o t o d o u n a b a n i c o d e r a z o n e s : p o l í t i c a s (el e v e r g e t i s -
m o s e h a b í a h e c h o s o s p e c h o s o ) , p s i c o l ó g i c a s (el t e m o r i n s p i r a d o p o r las l e -
y e s s u n t u a r i a s ) , s o c i o l ó g i c a s (los h o m b r e s n u e v o s , p r o c e d e n t e s d e l o s m u -
n i c i p i o s y d e las p r o v i n c i a s , se m a n t i e n e n fieles a sus c o s t u m b r e s a u s t e r a s )
y m o r a l e s (el e j e m p l o d a d o p o r V e s p a s i a n o , r e s t a u r a d o r d e las t r a d i c i o n e s
e n t r e el 69 y el 7 9 ) . A l t é r m i n o d e e s t a s a g a z e n c u e s t a s o b r e u n t e m a q u e
e r a m o r a l , d e s d e su p e r s p e c t i v a , y q u e a p a r e c e c o m o e t n o g r á f i c o d e s d e la
n u e s t r a — l a s c o s t u m b r e s d e m e s a — , T á c i t o se c o n t e n t a c o n u n a r e f e r e n c i a
25
L o s retares e x t r a í a n a b u n d a n t e s e j e m p l o s d e l a v i d a d e los h o m b r e s ilus-
t r e s y d e l o s r e l a t o s d e las h a z a ñ a s d e l a c o l e c t i v i d a d . C o m o m u e s t r a d e s -
t a c a d a d e l i n t e r é s o t o r g a d o al g é n e r o h i s t o r i o g r á f i c o se l e í a n a l g u n a s o b r a s
e n p ú b l i c o o p o r el p r o p i o a u t o r ( T i m á g e n e s e n el siglo I, A m i a n o M a r c e -
lino e n el siglo r v ) o p o r a l g u n a o t r a p e r s o n a a t í t u l o d e h o m e n a j e . T a m -
b i é n h a b í a o t r a f o r m a d e c o n s a g r a c i ó n : las b i b l i o t e c a s p ú b l i c a s g u a r d a b a n
las o b r a s h i s t ó r i c a s y los g r a n d e s d e e s t e m u n d o se las p r o c u r a b a n . E l c o -
m ú n d e los m o r t a l e s p o d í a r e c u r r i r a r e s ú m e n e s d e o b r a s m a y o r e s , y t e n e r
a c c e s o , p o r e j e m p l o , a H e r o d o t o p o r m e d i a c i ó n d e T r o g o P o m p e y o (siglo
i a. J. C ) .
C o n s i d e r a d a e n su n i v e l m á s p r o f u n d o , l a a c t i v i d a d h i s t o r i o g r á f i c a se r e -
v e l a c o m o u n a t e n t a t i v a d e p e n s a r c o n j u n t a m e n t e el t i e m p o y el e s p a c i o ,
e n s u m u t u a i n t e r d e p e n d e n c i a . U n a o b r a l o d e m u e s t r a b r i l l a n t e m e n t e : las
Res Gestae, e s c r i t a s p o r el p r o p i o A u g u s t o p a r a c e l e b r a r el g l o r i o s o d e s t i -
n o a s i g n a d o p o r el cielo a R o m a : d o m i n a r , pacificar y o r g a n i z a r el m u n d o .
Estos relatos, destinados a ser grabados sobre tablas d e b r o n c e colocadas
a n t e el m a u s o l e o d e A u g u s t o , d e s c r i b e n u n e s p a c i o d e l i m i t a d o y d o m i n a -
d o , u n a e s p e c i e d e e s t a d o final d e l a c o n q u i s t a d e l m u n d o (cf. ¿ l a u d e N i -
c o l e t , L'Inventaire du Monde, P a r í s , 1 9 8 8 ) . E l t e x t o s e e s t a b l e c i ó el 13
d. J . C , a p a r t i r d e a n t e r i o r e s v e r s i o n e s . S e t r a t a d e u n a f o r m a d e h i s t o r i a
e l e m e n t a l , p r ó x i m a a l o s elogia o t o r g a d o s a los t r i u n f a d o r e s q u e c e l e b r a n
u n o t r a s o t r o los c a r g o s e j e r c i d o s , los g a s t o s a s u m i d o s y las c o n q u i s t a s r e a -
lizadas p o r A u g u s t o . J u n t o a t a l e s r u d i m e n t o s d e h i s t o r i a , h a y algo d e g e o -
grafía, e n f o r m a d e e l e m e n t a l n o m e n c l a t u r a r e f e r e n t e a c i n c u e n t a y c i n c o
n o m b r e s p r o p i o s : catorce provincias, veinticuatro p u e b l o s , e n t r e los cuales
los Britanni y los Cimbri, c u a t r o r í o s , u n a s o l a m o n t a ñ a (los A l p e s ) , t r e s
m a r e s , seis c i u d a d e s . B a g a j e l i g e r o , p e r o i d e o l ó g i c a m e n t e significativo, e s t a
s u m a r i a g e o g r a f í a a t e s t i g u a el d o m i n i o s o b r e la t i e r r a h a b i t a d a , c u y o s lí-
m i t e s se s i t ú a n e n E t i o p í a y J u t l a n d i a , r e v e l a a s i m i s m o las p r e t e n s i o n e s e c u -
ménicas de los r o m a n o s , manifestadas i g u a l m e n t e e n la a r q u i t e c t u r a y la
i c o n o g r a f í a . D e m a n e r a e j e m p l a r y casi s i m b ó l i c a , las Res Gestae n o s h a -
c e n asistir a l a c o n s t r u c c i ó n d e u n s a b e r h i s t ó r i c o - g e o g r á f i c o , h e c h o p o s i b l e
gracias a u n a s e r i e d e f a c t o r e s . E n p r i m e r l u g a r , g r a c i a s a l a c o n q u i s t a r o -
m a n a e n sí m i s m a : c o m e r c i a n t e s y m i l i t a r e s a b r i e r o n n u e v o s p a s o s , t o m a -
r o n la m e d i d a d e l m u n d o e h i c i e r o n d e él u n a d e t a l l a d a d e s c r i p c i ó n . G r a -
cias t a m b i é n al c o n t r o l a d m i n i s t r a t i v o d e l e s p a c i o p o r m e d i o d e l o s c e n s o s
y los e m p a d r o n a m i e n t o s q u e r e s p o n d í a n a p r o p ó s i t o s fiscales. F i n a l m e n t e ,
g r a c i a s a l a p r o p i a v o l u n t a d d e l e m p e r a d o r : e n el a ñ o 14 d e n u e s t r a e r a
h a c e r e d a c t a r u n B r e v i a r i o d e l I m p e r i o c o n f i n a l i d a d e s a d m i n i s t r a t i v a s , fi-
nancieras y militares. D o m i n a r , inventariar y explotar forman u n a tríada
inseparable. S e g ú n V i t r u b i o , la p r o p i a geografía p r e d e s t i n a b a a R o m a a go-
b e r n a r el u n i v e r s o : « C i e r t a m e n t e el p u e b l o r o m a n o t i e n e sus f r o n t e r a s e n
el c e n t r o d e l e s p a c i o d e l m u n d o y e n s u z o n a m e d i a . D e e s t a m a n e r a , l a
P r o v i d e n c i a o t o r g ó al e s t a d o r o m a n o u n a s i t u a c i ó n e x c e l e n t e y u n c l i m a
t e m p l a d o , d e s t i n á n d o l o a s e r el i m p e r i o d e l m u n d o . T a n s u g e s t i v a g r a n d e -
z a n o s p e r m i t e c o m p r e n d e r la a p t i t u d d e l o s h i s t o r i a d o r e s p a r a v e r c o n a m -
plia p e r s p e c t i v a , a e s c a i a d e n a c i o n e s , i m p e r i o s o del u n i v e r s o e n t e r o c o m o
T r o g o P o m p e y o . C o n t r i b u y e r o n a ello l a u n i f i c a c i ó n d e l ecumene a q u e d i o
l u g a r la c o n q u i s t a r o m a n a y la i d e a e s t o i c a d e la u n i d a d d e l a h u m a n i d a d .
E n c o n t r a d e lo q u e se h a c r e í d o d u r a n t e m u c h o t i e m p o , los h i s t o r i a -
24
d o r e s antiguos n o e r a n e s e n c i a l m e n t e los d e p o s i t a r i o s ni los g a r a n t e s d e la
tradición. A c t u a b a n , por encima de t o d o , como atentos observadores de
l o s g r a n d e s c a m b i o s p o l í t i c o s y m i l i t a r e s a c a e c i d o s e n su t i e m p o . M o m i -
g l i a n o lo d e m u e s t r a d e m a n e r a c o n v i n c e n t e . E n e f e c t o , l o s g r a n d e s h i s t o -
r i a d o r e s e s c r i b e n s o b r e el p r ó x i m o p a s a d o , c o m o S a l u s t i o (86-35 a. J . C ) ,
q u e relata la g u e r r a d e Y u g u r t a y la c o n j u r a c i ó n de Catilina, o c o m o T á -
cito (55-120 d. J . C ) , q u e d e d i c a sus Historias y sus Anales a l o s e m p e r a -
d o r e s d e l siglo I. E l c a s o d e T i t o L i v i o n o d e b e e n g a ñ a r n o s al r e s p e c t o . N o -
t a b l e , p a r t i d a r i o d e A u g u s t o , v i e n d o e n l a h i s t o r i a u n a e s c a p a t o r i a a n t e los
« f u n e s t o s e s p e c t á c u l o s » d e las g u e r r a s civiles, s e p r o p u s o n a r r a r l a h i s t o r i a
de" R o m a d e s d e s u f u n d a c i ó n , ab urbe condita. D e los ciento c u a r e n t a y
d o s l i b r o s q u e e s c r i b i ó e n t r e l o s a ñ o s 2 7 a. J . C . y 17 d. J. C , s ó l o n o s q u e -
d a n t r e i n t a , d e l o s c u a l e s d i e z v e r s a n s o b r e l o s o r í g e n e s y v e i n t e s o b r e la
c o n q u i s t a r o m a n a d e s d e el a ñ o 2 1 8 a l 167 a n t e s d e n u e s t a e r a . S u r e l a t o ,
d e h e c h o , se p r o l o n g a b a h a s t a el p e r í o d o d e A u g u s t o e i n c l u í a p o r t a n t o
u n a t a b l a c o n t e m p o r á n e a . N o n o s d e b e m o s d e j a r e n g a ñ a r ni a p r o p ó s i t o
d e l a a u t é n t i c a n a t u r a l e z a d e s u o b r a n i p o r su r e s p e t o p a r a c o n l o s m i t o s
d e l o r i g e n ( l l e g a d a d e E n e a s , R ó m u l o y R e m o ) , ni p o r su afición a las c o s -
t u m b r e s d e o t r a s é p o c a s . C u a n d o c e l e b r a a l o s h é r o e s (los H o r a c i o s , H o -
racios Cocles), p r e t e n d e ofrecer a sus c o n t e m p o r á n e o s ejemplos de valor,
d e r e s p e t o a l o s d i o s e s y d e d e v o c i ó n p o r el e s t a d o , c o n t r i b u y e n d o a s í a la
regeneración moral emprendida por Augusto.
L a p r i o r i d a d o t o r g a d a al p r ó x i m o p a s a d o l a r e e n c o n t r a m o s e n A m i a n o
M a r c e l i n o ( h a c i a 3 3 0 - 4 0 0 d e n u e s t r a e r a ) . Si d e d i c a t r e c e l i b r o s a r e l a t a r
l o s a ñ o s 9 6 - 3 5 2 , r e s e r v a d i e c i o c h o al p e r í o d o 3 5 2 - 3 7 8 , q u e e n c i e r t o m o d o
es « e l s u y o » . L o s h i s t o r i a d o r e s r o m a n o s s o n « c o n t e m p o r a n e í s t a s » o i n c l u s o
«inmediatistas» p o r razones m u y simples: ¿no es preciso informar, en pri-
m e r l u g a r , s o b r e l o q u e s e h a v i s t o y o í d o ? , ¿ n o es p r e c i s o p o d e r c o t e j a r
los relatos d e m u c h o s testigos?, ¿ n o es legítimo e x p o n e r los h e c h o s d e los
q u e s e p u e d e m e d i r su i m p o r t a n c i a : g u e r r a s , r e v o l u c i o n e s , t r a n s f o r m a c i o -
nes institucionales y m o r a l e s ? L a o b s e r v a c i ó n y la n a r r a c i ó n del c a m b i o ocu-
p a b a n p o r t a n t o u n a p o s i c i ó n c e n t r a l e n el d i s c u r s o d e l o s h i s t o r i a d o r e s :
« S u m i s i ó n c o n s i s t í a e n c o n s i g n a r las m o d i f i c a c i o n e s , t a n t o las p r o f u n d a s
c o m o las r e l a t i v a m e n t e r á p i d a s q u e a f e c t a b a n a l c u e r p o p o l í t i c o . » ( A . M o -
migliano.)
S e p r i v i l e g i a n d o s t i p o s d e c a m b i o s : las g u e r r a s , n a t u r a l m e n t e , p e r o
t a m b i é n las r e v o l u c i o n e s p o l í t i c a s y las i n n o v a c i o n e s c o n s t i t u c i o n a l e s . P o r
el c o n t r a r i o , p a r e c e q u e s e p e r c i b e n m e n o s las l e n t a s e v o l u c i o n e s d e las c o s -
t u m b r e s y del d e r e c h o . Tácito p a r e c e ser u n a excepción a esta regla. E n
u n a n o t a b l e p á g i n a d e l o s Annales ( l i b r o I I I , 55 a 5 7 ) , s e p r e g u n t a s o b r e
las r a z o n e s p o r las c u a l e s el l u j o d e l a m e s a , e x t e n d i d o sin f r e n o e n t r e los
a ñ o s q u e v a n d e l 3 1 a. J . C . al 6 8 d. J . C , c a y ó e n d e s u s o p o c o a p o c o . Y
n o s o f r e c e al r e s p e c t o t o d o u n a b a n i c o d e r a z o n e s : p o l í t i c a s (el e v e r g e t i s -
m o s e h a b í a h e c h o s o s p e c h o s o ) , p s i c o l ó g i c a s (el t e m o r i n s p i r a d o p o r las l e -
y e s s u n t u a r i a s ) , s o c i o l ó g i c a s (los h o m b r e s n u e v o s , p r o c e d e n t e s d e l o s m u -
n i c i p i o s y d e las p r o v i n c i a s , se m a n t i e n e n fieles a sus c o s t u m b r e s a u s t e r a s )
y m o r a l e s (el e j e m p l o d a d o p o r V e s p a s i a n o , r e s t a u r a d o r d e las t r a d i c i o n e s
e n t r e el 69 y el 7 9 ) . A l t é r m i n o d e e s t a s a g a z e n c u e s t a s o b r e u n t e m a q u e
e r a m o r a l , d e s d e su p e r s p e c t i v a , y q u e a p a r e c e c o m o e t n o g r á f i c o d e s d e la
n u e s t r a — l a s c o s t u m b r e s d e m e s a — , T á c i t o se c o n t e n t a c o n u n a r e f e r e n c i a
25
d e p u r a f ó r m u l a a l a v i s i ó n cíclica d e la h i s t o r i a : « T a l v e z e x i s t a u n a e s p e -
cie d e ciclo p a r a t o d a s las c o s a s , y las c o s t u m b r e s t e n g a n , al i g u a l q u e las
e s t a c i o n e s , sus v i c i s i t u d e s . » C r e e m o s d e s c u b r i r u n a e s p e c i e d e « r u p t u r a »
e n t r e las c o n c e p c i o n e s filosóficas p r o c l a m a d a s y el e x a m e n p r e c i s o d e los
h e c h o s e n el q u e r e s i d e la v e r d a d e r a e x p l i c a c i ó n .
5. L A HERENCIA HISTORIOGRÁFICA ANTIGUA
L a t r a d i c i ó n h i s t o r i o g r á f i c a , t a l c o m o s e p u e d e a p r e c i a r a finales d e l p e -
ríodo r o m a n o , se r e d u c e a a l g u n o s p r i n c i p i o s e s e n c i a l e s . L a h i s t o r i a n o e s
m á s q u e l a n a r r a c i ó n d e los h e c h o s v e r d a d e r o s y c o n t r o l a b l e s . A m i a n o M a r -
c e l i n o n o s d i c e : « A l s e g u i r el o r d e n d e l o s d i v e r s o s a c o n t e c i m i e n t o s , h e r e -
l a t a d o ( e n l a m e d i d a e n q u e m e h a s i d o p o s i b l e b u s c a r la v e r d a d ) l o s h e -
c h o s d e los q u e h e p o d i d o ser t e s t i g o o c u l a r , d e b i d o a m i e d a d , o d e l o s
q u e h e p o d i d o i n f o r m a r m e , i n t e r r o g a n d o m i n u c i o s a m e n t e a los q u e parti-
c i p a r o n e n e l l o s . » E n c u a n t o a S o z ó m e n e s , justifica, e n l a i n t r o d u c c i ó n d e
s u Histoire ecclésiastique, la u t i l i z a c i ó n d e t e x t o s h e r é t i c o s e n s u a f á n d e b ú s -
q u e d a d e l a v e r d a d : « D a d o q u e es n e c e s a r i o b u s c a r c u i d a d o s a m e n t e l a v e r -
d a d del relato, m e p a r e c e necesario examinar aquellos escritos tan a fondo
c o m o m e sea posible.»
L a distinción e n t r e m i t o e historia está sólidamente establecida: p o r
ejemplo, Eusebio de Cesárea y San Jerónimo consideran que, en relación
al p e r í o d o a n t e r i o r a A b r a h a m , « n o e n c o n t r a m o s v e r d a d e r a m e n t e , h a b l a n -
d o en t é r m i n o s g e n e r a l e s , n i n g u n a historia, ni griega, ni b á r b a r a , ni paga-
n a » . D e a h í l a e l e c c i ó n d e l p r i m e r h i s t o r i a d o r l l a m a d o a d e s c r i b i r «la
s u c e s i ó n d e l o s t i e m p o s » , d e s d e A b r a h a m y N i n u s h a s t a su é p o c a . N a d i e
c o n f u n d e la b i o g r a f í a , q u e i n t e n t a d e s c r i b i r a las p e r s o n a s , c o n l a h i s t o r i a ,
d e s t i n a d a a n a r r a r los h e c h o s .
L o s a u t o r e s d e la b a j a A n t i g ü e d a d se c o m p l a c e n e n v i n c u l a r s e a s u s p r e -
decesores, c o m o A m i a n o Marcelino o Tácito. Así se encuentra m e j o r ase-
g u r a d a l a c o n t i n u i d a d d e los m o d e l o s h i s t o r i o g r á f i c o s . L a s o b r a s d e r e f e -
r e n c i a se c o n s e r v a n e n las g r a n d e s b i b l i o t e c a s y las r e p r o d u c e n l o s c o p i s t a s
( p o r e j e m p l o e n C o n s t a n t i n o p l a e n el siglo r v ) . N o c o n t e n t o s c o n r e c o r d a r
l o s g r a n d e s e j e m p l o s , los h i s t o r i a d o r e s d e l B a j o I m p e r i o t i e n e n u n g r a n s e n -
t i d o d e la o b s e r v a c i ó n . S o l d a d o s , e m b a j a d o r e s o relores, v i a j a n m u c h o al
i n t e r i o r d e u n m u n d o c a d a v e z m á s a m e n a z a d o p o r los b á r b a r o s , « p r e t e x -
to» ideal p a r a hacer consideraciones geográficas y etnográficas.
A m i a n o M a r c e l i n o ( h a c i a 330-400) p u e d e s e r c o n s i d e r a d o c o m o el a u -
t o r m á s r e p r e s e n t a t i v o d e e s t a é p o c a . D e o r i g e n g r i e g o , e s t u v o al s e r v i c i o
d e C o n s t a n c i o y a c o m p a ñ ó a J u l i a n o e n su c a m p a ñ a c o n t r a los p a r t o s . Su
o b r a Rerum gestarum libri XXXI, q u e v a d e s d e el a d v e n i m i e n t o d e N e r v a
a l a m u e r t e d e V a l e n t e ( 9 6 - 3 7 8 ) , se i n s c r i b e e n la c o n t i n u i d a d d e la o b r a
d e T á c i t o . S u s p r i n c i p i o s s o n p r ó x i m o s a los d e sus p r e d e c e s o r e s (cf. G u y
S a b b a h , La Méthode d'Ammien Marcellin, P a r í s , 1 9 7 8 ) . D a d o q u e la e x -
p o s i c i ó n d e la v e r d a d le p a r e c e u n i d e a l i n a c c e s i b l e , h a c e e s c a s a r e f e r e n c i a
a ella. N o r m a l m e n t e se m a n t i e n e d e n t r o d e la v e r a c i d a d . P r e t e n d e e n u n -
c i a r u n a v e r o s i m i l i t u d c a p a z d e c o n v e n c e r ; p r e t e n d e i n s p i r a r la fides, l a c o n -
fianza. L a n o c i ó n d e v e r d a d o b j e t i v a n o c o n s t i t u y e u n d a t o e s e n c i a l e n él:
se c o n s t i t u y e e n el m a r c o d e u n e s f u e r z o , c u y o o b j e t i v o c o n s i s t e e n d e p u -
26
r a r l a n o c i ó n d e v e r d a d r e t ó r i c a m á s a p r o p i a d a p a r a p e r s u a d i r , « c o n el p r o -
p ó s i t o d e a p l i c a r l a al c o n o c i m i e n t o d e l p a s a d o » . H i j a d e l a e l o c u e n c i a , l a
h i s t o r i a d e b e i n c l i n a r s e h a c i a l a h o n e s t i d a d , la i n t e g r i d a d ( n o o m i t i e n d o
n a d a ) y la m e s u r a ( e v i t a n d o t o d a e x a g e r a c i ó n ) .
P a r a e s t a b l e c e r l a v e r d a d o l a v e r a c i d a d d e los h e c h o s , el h i s t o r i a d o r
a v a n z a las p r u e b a s s u m i n i s t r a d a s p o r l a s o b s e r v a c i o n e s p e r s o n a l e s y p o r l o s
d a t o s a p o r t a d o s p o r los p r o t a g o n i s t a s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s . C o n s i d e r a n -
d o s i e m p r e q u e la v i s t a es m á s s e g u r a q u e el o í d o , l o s s i t ú a e n c i e r t a m a -
n e r a e n el m i s m o p l a n o , e n l a m e d i d a e n q u e t o d o d e s c a n s a finalmente s o -
b r e la a u t o r i d a d del h i s t o r i a d o r , fuente d e u n a relación d e confianza c o n
el l e c t o r .
¿ E r a de primera m a n o la información d e A m i a n o Marcelino? U n o s h a n
a s e g u r a d o q u e se l i m i t ó a p l a g i a r a u n o s c u a n t o s p r e c u r s o r e s , m i e n t r a s q u e
otros h a n considerado q u e recopiló i n n u m e r a b l e s d a t o s tal c o m o e r a n . G u y
Sabbah nos demuestra q u e , de h e c h o , recurría frecuentemente a fuentes
d e p r i m e r a m a n o : traducciones griegas, inscripciones jeroglíficas, m o n u -
m e n t o s f i g u r a d o s , d o c u m e n t o s oficiales c o n s u l t a d o s e n el Tabularium (ta-
b l a s i t i n e r a r i a s , listas d e p r e f e c t u r a s ) o , i n c l u s o , a r c h i v o s f a m i l i a r e s y p r i -
vados. E n r e s u m e n , recurrió a d o c u m e n t o s originales con más frecuencia
d e l o q u e s e h a d i c h o , p e r o a p e n a s a l g o m á s q u e sus c o n t e m p o r á n e o s . E u -
sebio de Cesárea utilizaba t a m b i é n textos de leyes, cartas de e m p e r a d o r e s
y d e obispos, actas conciliares, etc. Sin e m b a r g o , d e b e m o s m e n c i o n a r u n a
p a r t i c u l a r i d a d d e A m i a n o : oficial c o n v e r t i d o e n h i s t o r i a d o r , r e u n i ó l o s r e -
c u e r d o s d e sus c o l e g a s ; u t i l i z ó t a m b i é n l o s b r e v e s y c o n c i s o s i n f o r m e s q u e
l a b u r o c r a c i a d e l B a j o I m p e r i o h a c í a c o n s t a r a c e r c a d e las o p e r a c i o n e s m i -
litares.
E n s u r e l a t o , A m i a n o M a r c e l i n o c o n s e r v a t a n s ó l o los h e c h o s m e m o r a -
bles, d e s e c h a n d o los detalles h u m i l d e s e i n n o b l e s , p a r a p r e s t a r t o d a su aten-
c i ó n a los a c o n t e c i m i e n t o s p r e ñ a d o s d e c o n s e c u e n c i a s . A s í s e e l a b o r a la
g r a n h i s t o r i a , q u e p r e t e n d e s e r scientia plena. E n g e n e r a l , es n e c e s a r i o r e s -
p e t a r e n e l l a el o r d e n c r o n o l ó g i c o , s a b i e n d o r e n u n c i a r a él c u a n d o l a si-
multaneidad de los acontecimientos, ocurridos en lugares alejados, p u e d e
i n d u c i r a c o n f u s i ó n . E n t a l c a s o , e x i s t e el r i e s g o d e s o m e t e r s e a las e x i g e n -
cias d e u n a « p r o g r e s i ó n d r a m á t i c a » .
M á s r e p r e s e n t a t i v o q u e original, n u t r i d o su espíritu e n u n a tradición
q u e se r e m o n t a a P o l i b i o , v i s c e r a l m e n t e v i n c u l a d o al o r d e n r o m a n o , q u e
se c o m p l a c í a e n c o n t r a s t a r c o n la a n a r q u í a b á r b a r a , A m i a n o M a r c e l i n o r e -
n u n c i a a p r o c l a m a r la u t i l i d a d d e l a h i s t o r i a . D e b e l i m i t a r s e é s t a a u n a cog-
nitio plena ( u n c o n o c i m i e n t o c o m p l e t o ) , al n o p o d e r ser u n a magistra vitae
( m a e s t r a d e la v i d a ) . P r e s u m e d e h i s t o r i a d o r p u r o e n u n m u n d o e n el q u e
f r e c u e n t e m e n t e los g e n e r a l e s son b á r b a r o s a c u l t u r a d o s y los políticos u n o s
c í n i c o s sin e s c r ú p u l o s , y e n el q u e las c o s t u m b r e s e s t á n t a n d e g r a d a d a s q u e
ya n o e s p o s i b l e c r e e r e n l a v i r t u d e j e m p l a r d e u n g é n e r o s o m e t i d o a l o s
asaltos r e p e t i d o s , y r á p i d a m e n t e victoriosos, d e la historia cristiana. Sería
e n g a ñ o s o i m a g i n a r q u e se h a p a s a d o i n s e n s i b l e m e n t e , m e d i a n t e u n a e s p e -
cie d e d e s l i z a m i e n t o p r o g r e s i v o , d e s d e las f ó r m u l a s a n t i g u a s a las c o n c e p -
c i o n e s m e d i e v a l e s . D e h e c h o , e n el siglo r v , s e p r o d u j o u n a r e n o v a c i ó n
m u y p r o f u n d a d e las p e r s p e c t i v a s . D e s p u é s d e la v i c t o r i a d e C o n s t a n t i n o
e n el a ñ o 3 1 2 , n o s d i c e M o m i g l i a n o , la I g l e s i a « s e i r g u i ó v i c t o r i o s a m e n t e
p a r a r e a f i r m a r , c o n r e l e v a n t e a u t o r i d a d , el m o d e l o e v i d e n t e d e l a i n t e r v e n -
27
d e p u r a f ó r m u l a a l a v i s i ó n cíclica d e la h i s t o r i a : « T a l v e z e x i s t a u n a e s p e -
cie d e ciclo p a r a t o d a s las c o s a s , y las c o s t u m b r e s t e n g a n , al i g u a l q u e las
e s t a c i o n e s , sus v i c i s i t u d e s . » C r e e m o s d e s c u b r i r u n a e s p e c i e d e « r u p t u r a »
e n t r e las c o n c e p c i o n e s filosóficas p r o c l a m a d a s y el e x a m e n p r e c i s o d e los
h e c h o s e n el q u e r e s i d e la v e r d a d e r a e x p l i c a c i ó n .
5. L A HERENCIA HISTORIOGRÁFICA ANTIGUA
L a t r a d i c i ó n h i s t o r i o g r á f i c a , t a l c o m o s e p u e d e a p r e c i a r a finales d e l p e -
ríodo r o m a n o , se r e d u c e a a l g u n o s p r i n c i p i o s e s e n c i a l e s . L a h i s t o r i a n o e s
m á s q u e l a n a r r a c i ó n d e los h e c h o s v e r d a d e r o s y c o n t r o l a b l e s . A m i a n o M a r -
c e l i n o n o s d i c e : « A l s e g u i r el o r d e n d e l o s d i v e r s o s a c o n t e c i m i e n t o s , h e r e -
l a t a d o ( e n l a m e d i d a e n q u e m e h a s i d o p o s i b l e b u s c a r la v e r d a d ) l o s h e -
c h o s d e los q u e h e p o d i d o ser t e s t i g o o c u l a r , d e b i d o a m i e d a d , o d e l o s
q u e h e p o d i d o i n f o r m a r m e , i n t e r r o g a n d o m i n u c i o s a m e n t e a los q u e parti-
c i p a r o n e n e l l o s . » E n c u a n t o a S o z ó m e n e s , justifica, e n l a i n t r o d u c c i ó n d e
s u Histoire ecclésiastique, la u t i l i z a c i ó n d e t e x t o s h e r é t i c o s e n s u a f á n d e b ú s -
q u e d a d e l a v e r d a d : « D a d o q u e es n e c e s a r i o b u s c a r c u i d a d o s a m e n t e l a v e r -
d a d del relato, m e p a r e c e necesario examinar aquellos escritos tan a fondo
c o m o m e sea posible.»
L a distinción e n t r e m i t o e historia está sólidamente establecida: p o r
ejemplo, Eusebio de Cesárea y San Jerónimo consideran que, en relación
al p e r í o d o a n t e r i o r a A b r a h a m , « n o e n c o n t r a m o s v e r d a d e r a m e n t e , h a b l a n -
d o en t é r m i n o s g e n e r a l e s , n i n g u n a historia, ni griega, ni b á r b a r a , ni paga-
n a » . D e a h í l a e l e c c i ó n d e l p r i m e r h i s t o r i a d o r l l a m a d o a d e s c r i b i r «la
s u c e s i ó n d e l o s t i e m p o s » , d e s d e A b r a h a m y N i n u s h a s t a su é p o c a . N a d i e
c o n f u n d e la b i o g r a f í a , q u e i n t e n t a d e s c r i b i r a las p e r s o n a s , c o n l a h i s t o r i a ,
d e s t i n a d a a n a r r a r los h e c h o s .
L o s a u t o r e s d e la b a j a A n t i g ü e d a d se c o m p l a c e n e n v i n c u l a r s e a s u s p r e -
decesores, c o m o A m i a n o Marcelino o Tácito. Así se encuentra m e j o r ase-
g u r a d a l a c o n t i n u i d a d d e los m o d e l o s h i s t o r i o g r á f i c o s . L a s o b r a s d e r e f e -
r e n c i a se c o n s e r v a n e n las g r a n d e s b i b l i o t e c a s y las r e p r o d u c e n l o s c o p i s t a s
( p o r e j e m p l o e n C o n s t a n t i n o p l a e n el siglo r v ) . N o c o n t e n t o s c o n r e c o r d a r
l o s g r a n d e s e j e m p l o s , los h i s t o r i a d o r e s d e l B a j o I m p e r i o t i e n e n u n g r a n s e n -
t i d o d e la o b s e r v a c i ó n . S o l d a d o s , e m b a j a d o r e s o relores, v i a j a n m u c h o al
i n t e r i o r d e u n m u n d o c a d a v e z m á s a m e n a z a d o p o r los b á r b a r o s , « p r e t e x -
to» ideal p a r a hacer consideraciones geográficas y etnográficas.
A m i a n o M a r c e l i n o ( h a c i a 330-400) p u e d e s e r c o n s i d e r a d o c o m o el a u -
t o r m á s r e p r e s e n t a t i v o d e e s t a é p o c a . D e o r i g e n g r i e g o , e s t u v o al s e r v i c i o
d e C o n s t a n c i o y a c o m p a ñ ó a J u l i a n o e n su c a m p a ñ a c o n t r a los p a r t o s . Su
o b r a Rerum gestarum libri XXXI, q u e v a d e s d e el a d v e n i m i e n t o d e N e r v a
a l a m u e r t e d e V a l e n t e ( 9 6 - 3 7 8 ) , se i n s c r i b e e n la c o n t i n u i d a d d e la o b r a
d e T á c i t o . S u s p r i n c i p i o s s o n p r ó x i m o s a los d e sus p r e d e c e s o r e s (cf. G u y
S a b b a h , La Méthode d'Ammien Marcellin, P a r í s , 1 9 7 8 ) . D a d o q u e la e x -
p o s i c i ó n d e la v e r d a d le p a r e c e u n i d e a l i n a c c e s i b l e , h a c e e s c a s a r e f e r e n c i a
a ella. N o r m a l m e n t e se m a n t i e n e d e n t r o d e la v e r a c i d a d . P r e t e n d e e n u n -
c i a r u n a v e r o s i m i l i t u d c a p a z d e c o n v e n c e r ; p r e t e n d e i n s p i r a r la fides, l a c o n -
fianza. L a n o c i ó n d e v e r d a d o b j e t i v a n o c o n s t i t u y e u n d a t o e s e n c i a l e n él:
se c o n s t i t u y e e n el m a r c o d e u n e s f u e r z o , c u y o o b j e t i v o c o n s i s t e e n d e p u -
26
r a r l a n o c i ó n d e v e r d a d r e t ó r i c a m á s a p r o p i a d a p a r a p e r s u a d i r , « c o n el p r o -
p ó s i t o d e a p l i c a r l a al c o n o c i m i e n t o d e l p a s a d o » . H i j a d e l a e l o c u e n c i a , l a
h i s t o r i a d e b e i n c l i n a r s e h a c i a l a h o n e s t i d a d , la i n t e g r i d a d ( n o o m i t i e n d o
n a d a ) y la m e s u r a ( e v i t a n d o t o d a e x a g e r a c i ó n ) .
P a r a e s t a b l e c e r l a v e r d a d o l a v e r a c i d a d d e los h e c h o s , el h i s t o r i a d o r
a v a n z a las p r u e b a s s u m i n i s t r a d a s p o r l a s o b s e r v a c i o n e s p e r s o n a l e s y p o r l o s
d a t o s a p o r t a d o s p o r los p r o t a g o n i s t a s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s . C o n s i d e r a n -
d o s i e m p r e q u e la v i s t a es m á s s e g u r a q u e el o í d o , l o s s i t ú a e n c i e r t a m a -
n e r a e n el m i s m o p l a n o , e n l a m e d i d a e n q u e t o d o d e s c a n s a finalmente s o -
b r e la a u t o r i d a d del h i s t o r i a d o r , fuente d e u n a relación d e confianza c o n
el l e c t o r .
¿ E r a de primera m a n o la información d e A m i a n o Marcelino? U n o s h a n
a s e g u r a d o q u e se l i m i t ó a p l a g i a r a u n o s c u a n t o s p r e c u r s o r e s , m i e n t r a s q u e
otros h a n considerado q u e recopiló i n n u m e r a b l e s d a t o s tal c o m o e r a n . G u y
Sabbah nos demuestra q u e , de h e c h o , recurría frecuentemente a fuentes
d e p r i m e r a m a n o : traducciones griegas, inscripciones jeroglíficas, m o n u -
m e n t o s f i g u r a d o s , d o c u m e n t o s oficiales c o n s u l t a d o s e n el Tabularium (ta-
b l a s i t i n e r a r i a s , listas d e p r e f e c t u r a s ) o , i n c l u s o , a r c h i v o s f a m i l i a r e s y p r i -
vados. E n r e s u m e n , recurrió a d o c u m e n t o s originales con más frecuencia
d e l o q u e s e h a d i c h o , p e r o a p e n a s a l g o m á s q u e sus c o n t e m p o r á n e o s . E u -
sebio de Cesárea utilizaba t a m b i é n textos de leyes, cartas de e m p e r a d o r e s
y d e obispos, actas conciliares, etc. Sin e m b a r g o , d e b e m o s m e n c i o n a r u n a
p a r t i c u l a r i d a d d e A m i a n o : oficial c o n v e r t i d o e n h i s t o r i a d o r , r e u n i ó l o s r e -
c u e r d o s d e sus c o l e g a s ; u t i l i z ó t a m b i é n l o s b r e v e s y c o n c i s o s i n f o r m e s q u e
l a b u r o c r a c i a d e l B a j o I m p e r i o h a c í a c o n s t a r a c e r c a d e las o p e r a c i o n e s m i -
litares.
E n s u r e l a t o , A m i a n o M a r c e l i n o c o n s e r v a t a n s ó l o los h e c h o s m e m o r a -
bles, d e s e c h a n d o los detalles h u m i l d e s e i n n o b l e s , p a r a p r e s t a r t o d a su aten-
c i ó n a los a c o n t e c i m i e n t o s p r e ñ a d o s d e c o n s e c u e n c i a s . A s í s e e l a b o r a la
g r a n h i s t o r i a , q u e p r e t e n d e s e r scientia plena. E n g e n e r a l , es n e c e s a r i o r e s -
p e t a r e n e l l a el o r d e n c r o n o l ó g i c o , s a b i e n d o r e n u n c i a r a él c u a n d o l a si-
multaneidad de los acontecimientos, ocurridos en lugares alejados, p u e d e
i n d u c i r a c o n f u s i ó n . E n t a l c a s o , e x i s t e el r i e s g o d e s o m e t e r s e a las e x i g e n -
cias d e u n a « p r o g r e s i ó n d r a m á t i c a » .
M á s r e p r e s e n t a t i v o q u e original, n u t r i d o su espíritu e n u n a tradición
q u e se r e m o n t a a P o l i b i o , v i s c e r a l m e n t e v i n c u l a d o al o r d e n r o m a n o , q u e
se c o m p l a c í a e n c o n t r a s t a r c o n la a n a r q u í a b á r b a r a , A m i a n o M a r c e l i n o r e -
n u n c i a a p r o c l a m a r la u t i l i d a d d e l a h i s t o r i a . D e b e l i m i t a r s e é s t a a u n a cog-
nitio plena ( u n c o n o c i m i e n t o c o m p l e t o ) , al n o p o d e r ser u n a magistra vitae
( m a e s t r a d e la v i d a ) . P r e s u m e d e h i s t o r i a d o r p u r o e n u n m u n d o e n el q u e
f r e c u e n t e m e n t e los g e n e r a l e s son b á r b a r o s a c u l t u r a d o s y los políticos u n o s
c í n i c o s sin e s c r ú p u l o s , y e n el q u e las c o s t u m b r e s e s t á n t a n d e g r a d a d a s q u e
ya n o e s p o s i b l e c r e e r e n l a v i r t u d e j e m p l a r d e u n g é n e r o s o m e t i d o a l o s
asaltos r e p e t i d o s , y r á p i d a m e n t e victoriosos, d e la historia cristiana. Sería
e n g a ñ o s o i m a g i n a r q u e se h a p a s a d o i n s e n s i b l e m e n t e , m e d i a n t e u n a e s p e -
cie d e d e s l i z a m i e n t o p r o g r e s i v o , d e s d e las f ó r m u l a s a n t i g u a s a las c o n c e p -
c i o n e s m e d i e v a l e s . D e h e c h o , e n el siglo r v , s e p r o d u j o u n a r e n o v a c i ó n
m u y p r o f u n d a d e las p e r s p e c t i v a s . D e s p u é s d e la v i c t o r i a d e C o n s t a n t i n o
e n el a ñ o 3 1 2 , n o s d i c e M o m i g l i a n o , la I g l e s i a « s e i r g u i ó v i c t o r i o s a m e n t e
p a r a r e a f i r m a r , c o n r e l e v a n t e a u t o r i d a d , el m o d e l o e v i d e n t e d e l a i n t e r v e n -
27
c i ó n d i v i n a e n l a h i s t o r i a y la i m p l a c a b l e e l i m i n a c i ó n d e las d e s v i a c i o n e s » .
L a historia providencial, n u t r i d a d e c e r t i d u m b r e s , se p r o p u s o s u p l a n t a r la
simple n a r r a c i ó n d e los c a m b i o s d e b i d o s a los h o m b r e s , q u e e r a la prefe-
rida d e l o s a u t o r e s p a g a n o s .
DOCUMENTOS
« X X . A s í e r a , s e g ú n m i s i n v e s t i g a c i o n e s , la a n t i g u a s i t u a c i ó n d e G r e -
cia. E s difícil c o n c e d e r c r é d i t o a los d o c u m e n t o s e n s u c o n j u n t o . L o s h o m -
b r e s a c e p t a n sin p r e v i o e x a m e n l o s r e l a t o s d e l o s h e c h o s p a s a d o s , i n c l u s i v e
los c o n c e r n i e n t e s a s u p a í s . A s í , la m a y o r í a d e l o s a t e n i e n s e s c r e e q u e fue
H i p a r c o q u i e n p e r e c i ó , b a j o los g o l p e s d e A r m o d i o y A r i s t o g i t ó n , p o r la
s i m p l e r a z ó n d e q u e e s t a b a e n el p o d e r ; i g n o r a n q u e fue H i p i a s , el h i j o m a -
y o r d e P i s í s t r a t o , q u i e n se h a l l a b a a la c a b e z a d e l g o b i e r n o ; H i p a r c o y T é -
salos e r a n sus h e r m a n o s . E l d í a fijado p a r a el a s e s i n a t o y e n el m o m e n t o
d e a c t u a r , A r m o d i o y A r i s t o g i t ó n s o s p e c h a r o n q u e a l g u n o s d e los c o n j u -
r a d o s h a b í a n p r e v e n i d o a H i p i a s ; así q u e n o le a t a c a r o n p o r q u e le s u p o -
n í a n a d v e r t i d o ; p e r o , n o q u e r i e n d o p a s a r sin h a b e r h e c h o n a d a , m a t a r o n
a H i p a r c o , a quien habían e n c o n t r a d o cerca del t e m p l o de L e o k o r i o n , jus-
t o e n el m o m e n t o e n q u e o r g a n i z a b a la p r o c e s i ó n d e las P a n a t e n e a s .
A propósito de otras m u c h a s cuestiones c o n t e m p o r á n e a s , m e refiero a
c u e s t i o n e s q u e el t i e m p o n o h a p o d i d o h a c e r o l v i d a r , el r e s t o d e G r e c i a n o
t i e n e i d e a s e x a c t a s : s e i m a g i n a n q u e los r e y e s d e E s p a r t a d i s p o n e n d e d o s
sufragios y n o d e u n o s o l o o q u e t i e n e n a su d i s p o s i c i ó n u n c u e r p o d e t r o -
p a s p r o c e d e n t e d e la t r i b u d e P i t a n é ; c o s a s q u e j a m á s h a n o c u r r i d o . V e -
m o s c o n c u á n t a n e g l i g e n c i a la m a y o r í a d e l a g e n t e b u s c a la v e r d a d y c ó m o
a c o g e n las p r i m e r a s i n f o r m a c i o n e s q u e les l l e g a n .
X X I . S e g ú n los i n d i c i o s q u e h e s e ñ a l a d o , n o n o s e q u i v o c a r e m o s al j u z -
g a r los h e c h o s , m á s o m e n o s , c o m o los h e r e l a t a d o . N o o t o r g a r e m o s n u e s -
t r a c o n f i a n z a a los p o e t a s , q u e a m p l i f i c a n los a c o n t e c i m i e n t o s , n i a los l o -
g ó g r a f o s , q u i e n e s r e ú n e n , m á s p a r a c a u t i v a r los o í d o s q u e p a r a s e r v i r a l a
v e r d a d , h e c h o s q u e es i m p o s i b l e c o m p r o b a r r i g u r o s a m e n t e y q u e d e s e m -
b o c a n , f i n a l m e n t e , e n u n r e l a t o q u e r e s u l t a i n c r e í b l e y m a r a v i l l o s o p a r a la
m a y o r í a . D e b e m o s p e n s a r q u e m i s i n f o r m a c i o n e s p r o c e d e n d e las f u e n t e s
m á s s e g u r a s y q u e o f r e c e n b a s t a n t e c e r t e z a p o r su a n t i g ü e d a d .
L o s h o m b r e s c o m p r o m e t i d o s en la g u e r r a s i e m p r e consideran q u e la
q u e ellos h a c e n es la m á s i m p o r t a n t e , y c u a n d o h a n d e p u e s t o las a r m a s ,
su a d m i r a c i ó n se d e c a n t a e s p e c i a l m e n t e p o r las h a z a ñ a s d e a n t a ñ o ; n o o b s -
t a n t e , al e x a m i n a r l o s h e c h o s , e s t a g u e r r a a p a r e c e r á c o m o l a m á s g r a n d e
de todas.
X X I I . E n lo q u e se r e f i e r e a l o s d i s c u r s o s p r o n u n c i a d o s p o r c a d a u n o
d e los b e l i g e r a n t e s , y a s e a a n t e s d e c o m e n z a r la g u e r r a , o c u a n d o e s t a b a
ya e m p e z a d a , t a m b i é n m e e r a difícil r e p e t i r c o n e x a c t i t u d las p a l a b r a s p r o -
n u n c i a d a s , t a n t o las q u e y o m i s m o h e o í d o c o m o a q u é l l a s s o b r e las q u e se
m e h a i n f o r m a d o p o r diferentes lados. C o m o m e h a p a r e c i d o q u e los ora-
d o r e s d e b í a n h a b l a r p a r a d e c i r lo q u e e r a m á s a d e c u a d o , s e g ú n las c i r c u n s -
t a n c i a s , m e h e e s f o r z a d o e n r e s t i t u i r (lo m á s e x a c t a m e n t e p o s i b l e ) el p e n -
s a m i e n t o c o m p l e t o d e las p a l a b r a s e x a c t a m e n t e p r o n u n c i a d a s .
E n c u a n t o a los a c o n t e c i m i e n t o s b é l i c o s , n o m e h a p a r e c i d o c o r r e c t o r e -
l a t a r l o s , s i g u i e n d o el t e s t i m o n i o d e c u a l q u i e r a , n i m i p r o p i a o p i n i ó n ; s ó l o
h e escrito aquello q u e yo m i s m o h e p r e s e n c i a d o o q u e sabía p o r informa-
c i o n e s lo m á s e x a c t a s p o s i b l e s . E s t a i n v e s t i g a c i ó n e n t r a ñ a b a sus dificulta-
des, ya q u e los q u e h a b í a n asistido a los a c o n t e c i m i e n t o s n o i n f o r m a b a n
t o d o s d e la m i s m a m a n e r a s o b r e e l l o s y h a b l a b a n s e g ú n los i n t e r e s e s d e s u
p a r t i d o o s u s v a r i a b l e s r e c u e r d o s . L a a u s e n c i a d e lo m a r a v i l l o s o e n m i s r e -
l a t o s q u i z á l o s h a r á m e n o s a g r a d a b l e s al o í d o . S e r á s u f i c i e n t e p a r a m í si j u z -
g a n útil m i h i s t o r i a a q u e l l o s q u e q u i e r e n v e r c l a r o e n los h e c h o s p a s a d o s y
t a m b i é n , c o n s e c u e n t e m e n t e , e n o t r o s a n á l o g o s q u e , d e a c u e r d o c o n la l e y
d e las c o s a s h u m a n a s , el p o r v e n i r n o p u e d e d e j a r d e v o l v e r a t r a e r . E s u n a
obra de sólido y d u r a d e r o p r o v e c h o antes q u e u n a pieza d e gran p o m p o s i -
d a d c o m p u e s t a p a r a la satisfacción d e u n i n s t a n t e .
X X I I I . E l a c o n t e c i m i e n t o m á s i m p o r t a n t e e n t r e l o s q u e p r e c e d e n fue
la g u e r r a contra los m e d o s ; n o o b s t a n t e , t u v o r á p i d a solución m e d i a n t e dos
c o m b a t e s n a v a l e s y d o s t e r r e s t e s . P e r o l a d u r a c i ó n d e la p r e s e n t e g u e r r a
fue c o n s i d e r a b l e ; d u r a n t e su t r a n s c u r s o l a s d e s g r a c i a s se p r e c i p i t a r o n s o b r e
G r e c i a e n p r o p o r c i ó n h a s t a e n t o n c e s d e s c o n o c i d a . N u n c a se t o m a r o n y d e s -
t r u y e r o n t a n t a s c i u d a d e s , u n a s p o r los b á r b a r o s , otras p o r los p r o p i o s grie-
gos, e n lucha los u n o s c o n t r a los o t r o s ; algunas fueron t o m a d a s y c a m b i a -
ron d e habitantes, n u n c a tantas gentes fueron exiliadas, nunca h u b o tantos
a s e s i n a t o s , u n o s d e b i d o s a l a s g u e r r a s , o t r o s a las r e v o l u c i o n e s . D e s g r a c i a s
q u e s e c o n t a b a n , p e r o q u e r a r a m e n t e e r a n c o n f i r m a d a s p o r los h e c h o s , lle-
g a r o n a ser i n c r e í b l e s : t e m b l o r e s d e t i e r r a , los m á s v i o l e n t o s j a m á s v i s t o s ,
s a c u d i e r o n a la m a y o r p a r t e d e l a t i e r r a ; e c l i p s e s d e sol, m á s n u m e r o s o s
q u e los h a s t a e n t o n c e s e x p e r i m e n t a d o s ; a v e c e s t e r r i b l e s s e q u í a s y, e n c o n -
secuencia, t a m b i é n h a m b r u n a s , y, p o r e n c i m a de t o d o ello, aquella terrible
p e s t e q u e s o b r e v i n o e h i z o p e r e c e r a u n a p a r t e d e los g r i e g o s . T o d o s a q u e -
llos m a l e s se a b a t i e r o n s o b r e G r e c i a al m i s m o t i e m p o q u e la g u e r r a .
C o m e n z ó la g u e r r a c u a n d o l o s a t e n i e n s e s y l o s h a b i t a n t e s d e l P e l o p o -
n e s o r o m p i e r o n la t r e g u a d e t r e i n t a a ñ o s q u e h a b í a n firmado d e s p u é s d e
la t o m a d e E u b e a . H e e m p e z a d o p o r e s c r i b i r las c a u s a s d e e s t a r u p t u r a y
las d i f e r e n c i a s q u e la p r o d u j e r o n , p a r a q u e u n d í a n o t e n g a m o s q u e p r e -
g u n t a r n o s d e d ó n d e p r o v i n o u n a g u e r r a así. L a v e r d a d e r a c a u s a , n u n c a c o n -
f e s a d a , f u e , s e g ú n m i c r i t e r i o , el p o d e r q u e h a b í a n a l c a n z a d o l o s a t e n i e n -
ses y el t e m o r q u e i n s p i r a b a n a l o s l a c e d e m o n i o s , l o s c u a l e s f o r z a r o n a a q u é -
llos a la g u e r r a . »
( T u c í d i d e s , Historia de la guerra del Peloponeso, libro I.)
Polibio: L a teoría de las c a u s a s
I I L 6 . « A l g u n o s d e l o s h i s t o r i a d o r e s d e A n í b a l , al p r e t e n d e r e x p o n e r -
nos p o r q u é causas (xág a i n a g ) estalló esa guerra e n t r e R o m a y C a r t a g o ,
s e ñ a l a n , e n p r i m e r l u g a r , el s i t i o d e S a g u n t o p o r l o s c a r t a g i n e s e s . E n se-
g u n d o l u g a r , la v i o l a c i ó n d e l t r a t a d o al c r u z a r el río q u e l o s i n d í g e n a s lla-
m a n E b r o . E n m i o p i n i ó n , é s t o s f u e r o n l o s c o m i e n z o s ( x a ; á g / á g ) d e la
g u e r r a , p e r o en m o d o a l g u n o p u e d o a d m i t i r q u e f u e r a n las c a u s a s . ¡Ni m u -
c h o m e n o s ! D e l o c o n t r a r i o , h a b r í a m o s d e d e c i r t a m b i é n q u e el p a s o d e
A l e j a n d r o a A s i a fue l a c a u s a d e l a g u e r r a c o n t r a P e r s i a , y el d e s e m b a r c o
29
c i ó n d i v i n a e n l a h i s t o r i a y la i m p l a c a b l e e l i m i n a c i ó n d e las d e s v i a c i o n e s » .
L a historia providencial, n u t r i d a d e c e r t i d u m b r e s , se p r o p u s o s u p l a n t a r la
simple n a r r a c i ó n d e los c a m b i o s d e b i d o s a los h o m b r e s , q u e e r a la prefe-
rida d e l o s a u t o r e s p a g a n o s .
DOCUMENTOS
« X X . A s í e r a , s e g ú n m i s i n v e s t i g a c i o n e s , la a n t i g u a s i t u a c i ó n d e G r e -
cia. E s difícil c o n c e d e r c r é d i t o a los d o c u m e n t o s e n s u c o n j u n t o . L o s h o m -
b r e s a c e p t a n sin p r e v i o e x a m e n l o s r e l a t o s d e l o s h e c h o s p a s a d o s , i n c l u s i v e
los c o n c e r n i e n t e s a s u p a í s . A s í , la m a y o r í a d e l o s a t e n i e n s e s c r e e q u e fue
H i p a r c o q u i e n p e r e c i ó , b a j o los g o l p e s d e A r m o d i o y A r i s t o g i t ó n , p o r la
s i m p l e r a z ó n d e q u e e s t a b a e n el p o d e r ; i g n o r a n q u e fue H i p i a s , el h i j o m a -
y o r d e P i s í s t r a t o , q u i e n se h a l l a b a a la c a b e z a d e l g o b i e r n o ; H i p a r c o y T é -
salos e r a n sus h e r m a n o s . E l d í a fijado p a r a el a s e s i n a t o y e n el m o m e n t o
d e a c t u a r , A r m o d i o y A r i s t o g i t ó n s o s p e c h a r o n q u e a l g u n o s d e los c o n j u -
r a d o s h a b í a n p r e v e n i d o a H i p i a s ; así q u e n o le a t a c a r o n p o r q u e le s u p o -
n í a n a d v e r t i d o ; p e r o , n o q u e r i e n d o p a s a r sin h a b e r h e c h o n a d a , m a t a r o n
a H i p a r c o , a quien habían e n c o n t r a d o cerca del t e m p l o de L e o k o r i o n , jus-
t o e n el m o m e n t o e n q u e o r g a n i z a b a la p r o c e s i ó n d e las P a n a t e n e a s .
A propósito de otras m u c h a s cuestiones c o n t e m p o r á n e a s , m e refiero a
c u e s t i o n e s q u e el t i e m p o n o h a p o d i d o h a c e r o l v i d a r , el r e s t o d e G r e c i a n o
t i e n e i d e a s e x a c t a s : s e i m a g i n a n q u e los r e y e s d e E s p a r t a d i s p o n e n d e d o s
sufragios y n o d e u n o s o l o o q u e t i e n e n a su d i s p o s i c i ó n u n c u e r p o d e t r o -
p a s p r o c e d e n t e d e la t r i b u d e P i t a n é ; c o s a s q u e j a m á s h a n o c u r r i d o . V e -
m o s c o n c u á n t a n e g l i g e n c i a la m a y o r í a d e l a g e n t e b u s c a la v e r d a d y c ó m o
a c o g e n las p r i m e r a s i n f o r m a c i o n e s q u e les l l e g a n .
X X I . S e g ú n los i n d i c i o s q u e h e s e ñ a l a d o , n o n o s e q u i v o c a r e m o s al j u z -
g a r los h e c h o s , m á s o m e n o s , c o m o los h e r e l a t a d o . N o o t o r g a r e m o s n u e s -
t r a c o n f i a n z a a los p o e t a s , q u e a m p l i f i c a n los a c o n t e c i m i e n t o s , n i a los l o -
g ó g r a f o s , q u i e n e s r e ú n e n , m á s p a r a c a u t i v a r los o í d o s q u e p a r a s e r v i r a l a
v e r d a d , h e c h o s q u e es i m p o s i b l e c o m p r o b a r r i g u r o s a m e n t e y q u e d e s e m -
b o c a n , f i n a l m e n t e , e n u n r e l a t o q u e r e s u l t a i n c r e í b l e y m a r a v i l l o s o p a r a la
m a y o r í a . D e b e m o s p e n s a r q u e m i s i n f o r m a c i o n e s p r o c e d e n d e las f u e n t e s
m á s s e g u r a s y q u e o f r e c e n b a s t a n t e c e r t e z a p o r su a n t i g ü e d a d .
L o s h o m b r e s c o m p r o m e t i d o s en la g u e r r a s i e m p r e consideran q u e la
q u e ellos h a c e n es la m á s i m p o r t a n t e , y c u a n d o h a n d e p u e s t o las a r m a s ,
su a d m i r a c i ó n se d e c a n t a e s p e c i a l m e n t e p o r las h a z a ñ a s d e a n t a ñ o ; n o o b s -
t a n t e , al e x a m i n a r l o s h e c h o s , e s t a g u e r r a a p a r e c e r á c o m o l a m á s g r a n d e
de todas.
X X I I . E n lo q u e se r e f i e r e a l o s d i s c u r s o s p r o n u n c i a d o s p o r c a d a u n o
d e los b e l i g e r a n t e s , y a s e a a n t e s d e c o m e n z a r la g u e r r a , o c u a n d o e s t a b a
ya e m p e z a d a , t a m b i é n m e e r a difícil r e p e t i r c o n e x a c t i t u d las p a l a b r a s p r o -
n u n c i a d a s , t a n t o las q u e y o m i s m o h e o í d o c o m o a q u é l l a s s o b r e las q u e se
m e h a i n f o r m a d o p o r diferentes lados. C o m o m e h a p a r e c i d o q u e los ora-
d o r e s d e b í a n h a b l a r p a r a d e c i r lo q u e e r a m á s a d e c u a d o , s e g ú n las c i r c u n s -
t a n c i a s , m e h e e s f o r z a d o e n r e s t i t u i r (lo m á s e x a c t a m e n t e p o s i b l e ) el p e n -
s a m i e n t o c o m p l e t o d e las p a l a b r a s e x a c t a m e n t e p r o n u n c i a d a s .
E n c u a n t o a los a c o n t e c i m i e n t o s b é l i c o s , n o m e h a p a r e c i d o c o r r e c t o r e -
l a t a r l o s , s i g u i e n d o el t e s t i m o n i o d e c u a l q u i e r a , n i m i p r o p i a o p i n i ó n ; s ó l o
h e escrito aquello q u e yo m i s m o h e p r e s e n c i a d o o q u e sabía p o r informa-
c i o n e s lo m á s e x a c t a s p o s i b l e s . E s t a i n v e s t i g a c i ó n e n t r a ñ a b a sus dificulta-
des, ya q u e los q u e h a b í a n asistido a los a c o n t e c i m i e n t o s n o i n f o r m a b a n
t o d o s d e la m i s m a m a n e r a s o b r e e l l o s y h a b l a b a n s e g ú n los i n t e r e s e s d e s u
p a r t i d o o s u s v a r i a b l e s r e c u e r d o s . L a a u s e n c i a d e lo m a r a v i l l o s o e n m i s r e -
l a t o s q u i z á l o s h a r á m e n o s a g r a d a b l e s al o í d o . S e r á s u f i c i e n t e p a r a m í si j u z -
g a n útil m i h i s t o r i a a q u e l l o s q u e q u i e r e n v e r c l a r o e n los h e c h o s p a s a d o s y
t a m b i é n , c o n s e c u e n t e m e n t e , e n o t r o s a n á l o g o s q u e , d e a c u e r d o c o n la l e y
d e las c o s a s h u m a n a s , el p o r v e n i r n o p u e d e d e j a r d e v o l v e r a t r a e r . E s u n a
obra de sólido y d u r a d e r o p r o v e c h o antes q u e u n a pieza d e gran p o m p o s i -
d a d c o m p u e s t a p a r a la satisfacción d e u n i n s t a n t e .
X X I I I . E l a c o n t e c i m i e n t o m á s i m p o r t a n t e e n t r e l o s q u e p r e c e d e n fue
la g u e r r a contra los m e d o s ; n o o b s t a n t e , t u v o r á p i d a solución m e d i a n t e dos
c o m b a t e s n a v a l e s y d o s t e r r e s t e s . P e r o l a d u r a c i ó n d e la p r e s e n t e g u e r r a
fue c o n s i d e r a b l e ; d u r a n t e su t r a n s c u r s o l a s d e s g r a c i a s se p r e c i p i t a r o n s o b r e
G r e c i a e n p r o p o r c i ó n h a s t a e n t o n c e s d e s c o n o c i d a . N u n c a se t o m a r o n y d e s -
t r u y e r o n t a n t a s c i u d a d e s , u n a s p o r los b á r b a r o s , otras p o r los p r o p i o s grie-
gos, e n lucha los u n o s c o n t r a los o t r o s ; algunas fueron t o m a d a s y c a m b i a -
ron d e habitantes, n u n c a tantas gentes fueron exiliadas, nunca h u b o tantos
a s e s i n a t o s , u n o s d e b i d o s a l a s g u e r r a s , o t r o s a las r e v o l u c i o n e s . D e s g r a c i a s
q u e s e c o n t a b a n , p e r o q u e r a r a m e n t e e r a n c o n f i r m a d a s p o r los h e c h o s , lle-
g a r o n a ser i n c r e í b l e s : t e m b l o r e s d e t i e r r a , los m á s v i o l e n t o s j a m á s v i s t o s ,
s a c u d i e r o n a la m a y o r p a r t e d e l a t i e r r a ; e c l i p s e s d e sol, m á s n u m e r o s o s
q u e los h a s t a e n t o n c e s e x p e r i m e n t a d o s ; a v e c e s t e r r i b l e s s e q u í a s y, e n c o n -
secuencia, t a m b i é n h a m b r u n a s , y, p o r e n c i m a de t o d o ello, aquella terrible
p e s t e q u e s o b r e v i n o e h i z o p e r e c e r a u n a p a r t e d e los g r i e g o s . T o d o s a q u e -
llos m a l e s se a b a t i e r o n s o b r e G r e c i a al m i s m o t i e m p o q u e la g u e r r a .
C o m e n z ó la g u e r r a c u a n d o l o s a t e n i e n s e s y l o s h a b i t a n t e s d e l P e l o p o -
n e s o r o m p i e r o n la t r e g u a d e t r e i n t a a ñ o s q u e h a b í a n firmado d e s p u é s d e
la t o m a d e E u b e a . H e e m p e z a d o p o r e s c r i b i r las c a u s a s d e e s t a r u p t u r a y
las d i f e r e n c i a s q u e la p r o d u j e r o n , p a r a q u e u n d í a n o t e n g a m o s q u e p r e -
g u n t a r n o s d e d ó n d e p r o v i n o u n a g u e r r a así. L a v e r d a d e r a c a u s a , n u n c a c o n -
f e s a d a , f u e , s e g ú n m i c r i t e r i o , el p o d e r q u e h a b í a n a l c a n z a d o l o s a t e n i e n -
ses y el t e m o r q u e i n s p i r a b a n a l o s l a c e d e m o n i o s , l o s c u a l e s f o r z a r o n a a q u é -
llos a la g u e r r a . »
( T u c í d i d e s , Historia de la guerra del Peloponeso, libro I.)
Polibio: L a teoría de las c a u s a s
I I L 6 . « A l g u n o s d e l o s h i s t o r i a d o r e s d e A n í b a l , al p r e t e n d e r e x p o n e r -
nos p o r q u é causas (xág a i n a g ) estalló esa guerra e n t r e R o m a y C a r t a g o ,
s e ñ a l a n , e n p r i m e r l u g a r , el s i t i o d e S a g u n t o p o r l o s c a r t a g i n e s e s . E n se-
g u n d o l u g a r , la v i o l a c i ó n d e l t r a t a d o al c r u z a r el río q u e l o s i n d í g e n a s lla-
m a n E b r o . E n m i o p i n i ó n , é s t o s f u e r o n l o s c o m i e n z o s ( x a ; á g / á g ) d e la
g u e r r a , p e r o en m o d o a l g u n o p u e d o a d m i t i r q u e f u e r a n las c a u s a s . ¡Ni m u -
c h o m e n o s ! D e l o c o n t r a r i o , h a b r í a m o s d e d e c i r t a m b i é n q u e el p a s o d e
A l e j a n d r o a A s i a fue l a c a u s a d e l a g u e r r a c o n t r a P e r s i a , y el d e s e m b a r c o
29
d e A n t í o c o e n D e m e t r i a s la c a u s a d e la g u e r r a c o n los r o m a n o s ; n o es v e -
r o s í m i l n i c i e r t o , n i lo u n o n i lo o t r o . E n e f e c t o , ¿ q u i é n p o d r í a c r e e r q u e
f u e r o n a q u é l l a s las c a u s a s d e las m e d i d a s y d e los p r e p a r a t i v o s a d o p t a d o s
p o r A l e j a n d r o , o p o r Filipo, c u a n d o éste vivía, p a r a luchar c o n t r a Persia,
e i g u a l m e n t e los a d o p t a d o s p o r los etolios,.antes d e la llegada d e A n t í o c o ,
p a r a luchar contra R o m a ? E s t a s ideas son propias d e los q u e n o h a n com-
p r e n d i d o q u é d i f e r e n c i a y q u é d i s t a n c i a e x i s t e n e n t r e el c o m i e n z o {áQ%r\),
l a c a u s a ( a r r í a ) y el p r e t e x t o ( j i o o c p a a i g ) , n i é s t o s s o n l o s p r i m e r o s t é r m i -
n o s d e t o d a l a s e r i e , y el c o m i e n z o , el ú l t i m o . Y o d e n o m i n o c o m i e n z o s d e
u n h e c h o c u a l q u i e r a a los p r i m e r o s i n t e n t o s y los p r i m e r o s a c t o s d e c o s a s
y a d e c i d i d a s ; y d e n o m i n o c a u s a s a los a n t e c e d e n t e s e n m a t e r i a d e j u i c i o s
y r e f l e x i o n e s , q u i e r o d e c i r las i d e a s , s e n t i m i e n t o s y r a z o n a m i e n t o s q u e e s -
t á n r e l a c i o n a d o s , c o n e l l o y las o p e r a c i o n e s q u e h a c e n d e s e m b o c a r e n u n a
d e c i s i ó n y e n u n p r o y e c t o . L o q u e d i g o s e h a r á e v i d e n t e m e d i a n t e l o s si-
g u i e n t e s e j e m p l o s . ¿ C u á l e s f u e r o n v e r d a d e r a m e n t e las c a u s a s d e l a g u e r r a
contra Persia y de d ó n d e surgió? Cualquiera tiene la posibilidad de com-
p r e n d e r l o . L a p r i m e r a fue l a r e t i r a d a d e los g r i e g o s c o n J e n o f o n t e d e s d e
las s a t r a p í a s d e l i n t e r i o r , r e t i r a d a d u r a n t e l a c u a l , a t r a v e s a n d o t o d a A s i a ,
a u n q u e h o s t i l , n i n g ú n b á r b a r o se a t r e v i ó a h a c e r l e s f r e n t e . L a s e g u n d a fue
el p a s o a A s i a d e l r e y d e E s p a r t a , A g é s i l a s , q u e se vio o b l i g a d o a r e g r e s a r
sin r e s u l t a d o a c a u s a d e l a crisis d e G r e c i a , a u n q u e al a c t u a r n o e n c o n t r ó
resistencia alguna i m p o r t a n t e . D e acuerdo con estos h e c h o s , Filipo reflexio-
n ó y r a z o n ó la molicie y debilidad d e los p e r s a s , c o m p a r a n d o la fuerza mi-
l i t a r d e é s t o s y l a d e M a c e d o n i a ; i m a g i n ó la g r a n d e z a y la b e l l e z a d e l e n -
v i t e f u t u r o d e l a g u e r r a . I g u a l m e n t e , el f a v o r u n á n i m e q u e h a b í a a d q u i r i d o
a n t e l o s g r i e g o s ; t o m ó i n m e d i a t a m e n t e , c o m o p r e t e x t o , q u e se v e í a o b l i -
g a d o a c a s t i g a r los p e r j u i c i o s q u e l o s p e r s a s o c a s i o n a b a n a l o s g r i e g o s ; sin-
t i ó el d e s e o y c o n c i b i ó el p r o y e c t o d e h a c e r la g u e r r a y lo p r e p a r ó t o d o c o n
e s t e fin. P o r ello es p r e c i s o c o n s i d e r a r l o s p r i m e r o s d a t o s c o m o las c a u s a s
d e la g u e r r a c o n t r a P e r s i a , la s e g u n d a c o m o el p r e t e x t o , y el p a s o d e A l e -
j a n d r o a A s i a c o m o el c o m i e n z o .
E n c u a n t o a l a g u e r r a e n t r e A n t í o c o y l o s r o m a n o s , es e v i d e n t e q u e
h a y q u e atribuir la causa a la cólera d e los etolios. É s t o s , c r e y e n d o h a b e r
sufrido m ú l t i p l e s a f r e n t a s p o r p a r t e d e l o s r o m a n o s al final d e l a g u e r r a c o n -
t r a F i l i p o , c o m o y a h e d i c h o a n t e s , n o s o l a m e n t e a p e l a r o n a A n t í o c o , sino
q u e r e s o l v i e r o n h a c e r l o t o d o y s o p o r t a r l o t o d o b a j o el e f e c t o d e l a c ó l e r a
q u e les e m b a r g a b a e n a q u e l l a s c i r c u n s t a n c i a s . H a y q u e c o n s i d e r a r c o m o
p r e t e x t o la l i b e r a c i ó n d e G r e c i a , q u e a b s u r d a y f a l s a m e n t e p r o c l a m a b a n al
r e c o r r e r las c i u d a d e s c o n A n t í o c o , y c o m o c o m i e n z o el d e s e m b a r c o d e A n -
tíoco en D e m e t r i a s . »
( F r a g m e n t o t o m a d o d e P a u l P é d e c h , La Méthode historique de Polybe,
p p . 78-79.)
30
CAPÍTULO 2
L A H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A (I):
LA HISTORIA CRISTIANA
E l c o n c e p t o d e la h i s t o r i a e n el p e n s a m i e n t o d e l o s h o m b r e s d e la E d a d
M e d i a h a d a d o lugar a apreciaciones contradictorias. Según E t i e n n e Gil-
s o n , el c r i s t i a n i s m o i n t r o d u j o u n a n u e v a v i s i ó n d e l d e v e n i r h u m a n o , al r o m -
p e r las v i e j a s c a d e n a s d e l a v i s i ó n cíclica d e l a h i s t o r i a e i m p o n e r u n a
concepción lineal de la m i s m a : la historia h u m a n a c o m i e n z a con la C r e a -
ción, c o m p o r t a u n m o m e n t o c e n t r a l , la E n c a r n a c i ó n , y está o r i e n t a d a h a -
cia u n fin (la P a r u s í a s e g u i d a d e l J u i c i o F i n a l ) . E l t i e m p o n o es m á s q u e l a
i m a g e n móvil d e la e t e r n i d a d . Se p e r c i b e la historia c o m o u n i t i n e r a r i o ,
c o m o el c a m i n o q u e c o n d u c e a l a h u m a n i d a d h a c i a s u r e a l i z a c i ó n , h a c i a el
r e e n c u e n t r o d e la J e r u s a l é n t e r r e s t r e c o n l a J e r a s a l é n c e l e s t e . O t r o s a u t o -
r e s , p o r el c o n t r a r i o , i n s i s t e n e n l a i n c a p a c i d a d i n h e r e n t e a la m e n t a l i d a d
m e d i e v a l p a r a p e n s a r la h i s t o r i a c o m o devenir y e n la p e r s i s t e n t e i n f l u e n c i a
d e las r e p r e s e n t a c i o n e s cíclicas m i l e n a r i s t a s ( p a s a d o s m i l a ñ o s , el M a l se
d e s e n c a d e n a ; s ó l o el s e l l o d e u n n u e v o p a c t o c o n D i o s p e r m i t e a las fuer-
zas d e l B i e n t r i u n f a r y e n c a d e n a r a las f u e r z a s d e l M a l d u r a n t e o t r o n u e v o
m i l e n i o ) . G e o r g e s D u b y c r e e , p o r e j e m p l o , q u e el m o n j e c l u n i a c e n s e R a o u l
G l a b e r , u n a d e las m e n t e s m á s r e p r e s e n t a t i v a s d e l A ñ o M i l , e s t á « p e n e -
t r a d o del s e n t i m i e n t o d e q u e la historia está o r d e n a d a p o r cadencias r e g u -
l a r e s » ; l o s h e c h o s o c u r r i d o s n o t i e n e n p a r a él o t r a f u n c i ó n q u e n u t r i r s u m e -
d i t a c i ó n y la d e l o s fieles.
Sin p r e t e n d e r i n t e r r u m p i r el d e b a t e , v a m o s a a p o r t a r a l g u n o s e j e m p l o s
p a r a e x p o n e r la g r a n v a r i e d a d d e l o s g é n e r o s h i s t ó r i c o s p r a c t i c a d o s d e s d e
la a l t a E d a d M e d i a y el c o m i e n z o d e l a « c o n s c i e n c i a a c t i v a d e l a h i s t o r i a »
( a p a r t i r d e l siglo X I I ) , q u e n o s e l i b e r a sin e m b a r g o d e su s u b o r d i n a c i ó n
r e s p e c t o a la t e o l o g í a . I g u a l m e n t e v a m o s a i n d a g a r a c e r c a d e la c o n s c i e n -
cia c o m ú n d e l t i e m p o q u e d e j a m a r c a d a s u i m p r o n t a e n l a a c t i v i d a d d e l o s
historiadores.
1. NACIMIENTO D E LA HISTORIA CRISTIANA EN LA ALTA E D A D MEDIA
L a v a r i e d a d d e las o b r a s h i s t ó r i c a s d e s d e los p r i m e r o s siglos d e la E d a d
M e d i a es g r a n d e . S e g ú n la o p i n i ó n d e a u t o r e s u n t a n t o s u p e r f i c i a l e s s o n s i m -
31
d e A n t í o c o e n D e m e t r i a s la c a u s a d e la g u e r r a c o n los r o m a n o s ; n o es v e -
r o s í m i l n i c i e r t o , n i lo u n o n i lo o t r o . E n e f e c t o , ¿ q u i é n p o d r í a c r e e r q u e
f u e r o n a q u é l l a s las c a u s a s d e las m e d i d a s y d e los p r e p a r a t i v o s a d o p t a d o s
p o r A l e j a n d r o , o p o r Filipo, c u a n d o éste vivía, p a r a luchar c o n t r a Persia,
e i g u a l m e n t e los a d o p t a d o s p o r los etolios,.antes d e la llegada d e A n t í o c o ,
p a r a luchar contra R o m a ? E s t a s ideas son propias d e los q u e n o h a n com-
p r e n d i d o q u é d i f e r e n c i a y q u é d i s t a n c i a e x i s t e n e n t r e el c o m i e n z o {áQ%r\),
l a c a u s a ( a r r í a ) y el p r e t e x t o ( j i o o c p a a i g ) , n i é s t o s s o n l o s p r i m e r o s t é r m i -
n o s d e t o d a l a s e r i e , y el c o m i e n z o , el ú l t i m o . Y o d e n o m i n o c o m i e n z o s d e
u n h e c h o c u a l q u i e r a a los p r i m e r o s i n t e n t o s y los p r i m e r o s a c t o s d e c o s a s
y a d e c i d i d a s ; y d e n o m i n o c a u s a s a los a n t e c e d e n t e s e n m a t e r i a d e j u i c i o s
y r e f l e x i o n e s , q u i e r o d e c i r las i d e a s , s e n t i m i e n t o s y r a z o n a m i e n t o s q u e e s -
t á n r e l a c i o n a d o s , c o n e l l o y las o p e r a c i o n e s q u e h a c e n d e s e m b o c a r e n u n a
d e c i s i ó n y e n u n p r o y e c t o . L o q u e d i g o s e h a r á e v i d e n t e m e d i a n t e l o s si-
g u i e n t e s e j e m p l o s . ¿ C u á l e s f u e r o n v e r d a d e r a m e n t e las c a u s a s d e l a g u e r r a
contra Persia y de d ó n d e surgió? Cualquiera tiene la posibilidad de com-
p r e n d e r l o . L a p r i m e r a fue l a r e t i r a d a d e los g r i e g o s c o n J e n o f o n t e d e s d e
las s a t r a p í a s d e l i n t e r i o r , r e t i r a d a d u r a n t e l a c u a l , a t r a v e s a n d o t o d a A s i a ,
a u n q u e h o s t i l , n i n g ú n b á r b a r o se a t r e v i ó a h a c e r l e s f r e n t e . L a s e g u n d a fue
el p a s o a A s i a d e l r e y d e E s p a r t a , A g é s i l a s , q u e se vio o b l i g a d o a r e g r e s a r
sin r e s u l t a d o a c a u s a d e l a crisis d e G r e c i a , a u n q u e al a c t u a r n o e n c o n t r ó
resistencia alguna i m p o r t a n t e . D e acuerdo con estos h e c h o s , Filipo reflexio-
n ó y r a z o n ó la molicie y debilidad d e los p e r s a s , c o m p a r a n d o la fuerza mi-
l i t a r d e é s t o s y l a d e M a c e d o n i a ; i m a g i n ó la g r a n d e z a y la b e l l e z a d e l e n -
v i t e f u t u r o d e l a g u e r r a . I g u a l m e n t e , el f a v o r u n á n i m e q u e h a b í a a d q u i r i d o
a n t e l o s g r i e g o s ; t o m ó i n m e d i a t a m e n t e , c o m o p r e t e x t o , q u e se v e í a o b l i -
g a d o a c a s t i g a r los p e r j u i c i o s q u e l o s p e r s a s o c a s i o n a b a n a l o s g r i e g o s ; sin-
t i ó el d e s e o y c o n c i b i ó el p r o y e c t o d e h a c e r la g u e r r a y lo p r e p a r ó t o d o c o n
e s t e fin. P o r ello es p r e c i s o c o n s i d e r a r l o s p r i m e r o s d a t o s c o m o las c a u s a s
d e la g u e r r a c o n t r a P e r s i a , la s e g u n d a c o m o el p r e t e x t o , y el p a s o d e A l e -
j a n d r o a A s i a c o m o el c o m i e n z o .
E n c u a n t o a l a g u e r r a e n t r e A n t í o c o y l o s r o m a n o s , es e v i d e n t e q u e
h a y q u e atribuir la causa a la cólera d e los etolios. É s t o s , c r e y e n d o h a b e r
sufrido m ú l t i p l e s a f r e n t a s p o r p a r t e d e l o s r o m a n o s al final d e l a g u e r r a c o n -
t r a F i l i p o , c o m o y a h e d i c h o a n t e s , n o s o l a m e n t e a p e l a r o n a A n t í o c o , sino
q u e r e s o l v i e r o n h a c e r l o t o d o y s o p o r t a r l o t o d o b a j o el e f e c t o d e l a c ó l e r a
q u e les e m b a r g a b a e n a q u e l l a s c i r c u n s t a n c i a s . H a y q u e c o n s i d e r a r c o m o
p r e t e x t o la l i b e r a c i ó n d e G r e c i a , q u e a b s u r d a y f a l s a m e n t e p r o c l a m a b a n al
r e c o r r e r las c i u d a d e s c o n A n t í o c o , y c o m o c o m i e n z o el d e s e m b a r c o d e A n -
tíoco en D e m e t r i a s . »
( F r a g m e n t o t o m a d o d e P a u l P é d e c h , La Méthode historique de Polybe,
p p . 78-79.)
30
CAPÍTULO 2
L A H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A (I):
LA HISTORIA CRISTIANA
E l c o n c e p t o d e la h i s t o r i a e n el p e n s a m i e n t o d e l o s h o m b r e s d e la E d a d
M e d i a h a d a d o lugar a apreciaciones contradictorias. Según E t i e n n e Gil-
s o n , el c r i s t i a n i s m o i n t r o d u j o u n a n u e v a v i s i ó n d e l d e v e n i r h u m a n o , al r o m -
p e r las v i e j a s c a d e n a s d e l a v i s i ó n cíclica d e l a h i s t o r i a e i m p o n e r u n a
concepción lineal de la m i s m a : la historia h u m a n a c o m i e n z a con la C r e a -
ción, c o m p o r t a u n m o m e n t o c e n t r a l , la E n c a r n a c i ó n , y está o r i e n t a d a h a -
cia u n fin (la P a r u s í a s e g u i d a d e l J u i c i o F i n a l ) . E l t i e m p o n o es m á s q u e l a
i m a g e n móvil d e la e t e r n i d a d . Se p e r c i b e la historia c o m o u n i t i n e r a r i o ,
c o m o el c a m i n o q u e c o n d u c e a l a h u m a n i d a d h a c i a s u r e a l i z a c i ó n , h a c i a el
r e e n c u e n t r o d e la J e r u s a l é n t e r r e s t r e c o n l a J e r a s a l é n c e l e s t e . O t r o s a u t o -
r e s , p o r el c o n t r a r i o , i n s i s t e n e n l a i n c a p a c i d a d i n h e r e n t e a la m e n t a l i d a d
m e d i e v a l p a r a p e n s a r la h i s t o r i a c o m o devenir y e n la p e r s i s t e n t e i n f l u e n c i a
d e las r e p r e s e n t a c i o n e s cíclicas m i l e n a r i s t a s ( p a s a d o s m i l a ñ o s , el M a l se
d e s e n c a d e n a ; s ó l o el s e l l o d e u n n u e v o p a c t o c o n D i o s p e r m i t e a las fuer-
zas d e l B i e n t r i u n f a r y e n c a d e n a r a las f u e r z a s d e l M a l d u r a n t e o t r o n u e v o
m i l e n i o ) . G e o r g e s D u b y c r e e , p o r e j e m p l o , q u e el m o n j e c l u n i a c e n s e R a o u l
G l a b e r , u n a d e las m e n t e s m á s r e p r e s e n t a t i v a s d e l A ñ o M i l , e s t á « p e n e -
t r a d o del s e n t i m i e n t o d e q u e la historia está o r d e n a d a p o r cadencias r e g u -
l a r e s » ; l o s h e c h o s o c u r r i d o s n o t i e n e n p a r a él o t r a f u n c i ó n q u e n u t r i r s u m e -
d i t a c i ó n y la d e l o s fieles.
Sin p r e t e n d e r i n t e r r u m p i r el d e b a t e , v a m o s a a p o r t a r a l g u n o s e j e m p l o s
p a r a e x p o n e r la g r a n v a r i e d a d d e l o s g é n e r o s h i s t ó r i c o s p r a c t i c a d o s d e s d e
la a l t a E d a d M e d i a y el c o m i e n z o d e l a « c o n s c i e n c i a a c t i v a d e l a h i s t o r i a »
( a p a r t i r d e l siglo X I I ) , q u e n o s e l i b e r a sin e m b a r g o d e su s u b o r d i n a c i ó n
r e s p e c t o a la t e o l o g í a . I g u a l m e n t e v a m o s a i n d a g a r a c e r c a d e la c o n s c i e n -
cia c o m ú n d e l t i e m p o q u e d e j a m a r c a d a s u i m p r o n t a e n l a a c t i v i d a d d e l o s
historiadores.
1. NACIMIENTO D E LA HISTORIA CRISTIANA EN LA ALTA E D A D MEDIA
L a v a r i e d a d d e las o b r a s h i s t ó r i c a s d e s d e los p r i m e r o s siglos d e la E d a d
M e d i a es g r a n d e . S e g ú n la o p i n i ó n d e a u t o r e s u n t a n t o s u p e r f i c i a l e s s o n s i m -
31
p i e s i m i t a c i o n e s d e g e n e r a d a s d e l o s m o d e l o s a n t i g u o s , al i g u a l q u e o c u r r e
e n las l e t r a s y las a r t e s . P e r o , e n r e a l i d a d , s e p e r c i b e u n c l a r o c a m b i o d e
perspectiva.
- E s e v i d e n t e la s o b r e a b u n d a n c i a d e l a producción hagiográfica, ya verse
s o b r e v i d a s d e s a n t o s , r e l a t o s d e m i l a g r o s , t r a s l a d o s d e r e l i q u i a s o d e listas
e p i s c o p a l e s s L o s h e c h o s d e D i o s y d e sus s e r v i d o r e s p a s a n a ser l o s p r o t a -
g o n i s t a s d e la e s c e n a h i s t ó r i c a . P a r t i c u l a r m e n t e p r o p i c i o al florecimiento
d e los r e l a t o s m i l a g r o s o s es el p e r í o d o c a r o l i n g i o , c u a n d o m u c h a s c o m u n i -
d a d e s m o n á s t i c a s h u y e n c o n sus r e l i q u i a s a c a u s a d e l a s i n c u r s i o n e s v i k i n -
g a s . E s t a m b i é n la é p o c a d e la r e d a c c i ó n d e l o s Gesta episcop'orum, cuya
doble función ha p u e s t o de manifiesto r e c i e n t e m e n t e Michel Sot: fundar
u n p s e u d o l i n a j e e p i s c o p a l y p e r s u a d i r al o b i s p o d e q u e es el p a d r e d e l o s
fieles. E l m o d e l o familiar d e l p a d r e n u t r i c i o , e n c a r g a d o d e v e l a r p o r el p a -
t r i m o n i o , e s t r u c t u r a e n p r o f u n d i d a d e l r e l a t o . A s í se e s t a b l e c e la p r i m a c í a
d e l a r q u e t i p o s o b r e el h e c h o p a r t i c u l a r q u e se d e s c r i b e , p r i m a c í a q u e m a r -
cará d u r a d e r a m e n t e la historiografía clerical. P o r o t r a p a r t e , las vidas d e
los santos t i e n e n f r e c u e n t e m e n t e u n a función l e g i t i m a d o r a . Se h a d e m o s -
t r a d o , d e f o r m a c o n v i n c e n t e , q u e la Vie de Saint Samson de Dol, q u e s e -
g ú n a l g u n o s a u t o r e s h a b í a s i d o r e d a c t a d a a finales d e l siglo VH o p r i n c i p i o s
d e l siglo v m , es sin n i n g u n a d u d a u n a e l a b o r a c i ó n d e l siglo IX d e s t i n a d a a
f u n d a m e n t a r con a r g u m e n t o s históricos la p r e t e n s i ó n d e los obispos d e D o l
d e ser r e c o n o c i d o s c o m o m e t r o p o l i t a n o s d e B r e t a ñ a a e x p e n s a s d e l o s a r -
z o b i s p o s d e T o u r s . D e a h í l a b i o g r a f í a h e r o i c a d e S a n S a m s o n , c a l c a d a al
p i e d e la l e t r a d e la d e S a n M a r t í n p o r S u l p í c i o S e v e r o .
O t r o g é n e r o b i e n r e p r e s e n t a d o e s el d e l o s A n a l e s y el d e las C r ó n i c a s .
L o s A n a l e s c o n s i g n a n s e c a m e n t e l o s h e c h o s a ñ o p o r a ñ o , o c u p a n d o u n lu-
g a r d e s t a c a d o e n t r e ellos los a c o n t e c i m i e n t o s p o l í t i c o s y m i l i t a r e s , c o m o las
g u e r r a s s a j o n a s d e C a r l o m a g n o o su c o r o n a c i ó n . S i n e m b a r g o , e s t o s A n a -
les f u e r o n e s c r i t o s n o r m a l m e n t e e n l o s m o n a s t e r i o s y d e n o t a n c u á l e s e r a n
las p r e o c u p a c i o n e s d e sus a u t o r e s . L a s C r ó n i c a s c o n s t i t u y e n , d e s d e su ini-
c i o , u n g é n e r o c o n g r a n d e s a m b i c i o n e s . P o r e j e m p l o , l a Chronica de sex
altatibus mundi, r e d a c t a d a p o r B e d a el V e n e r a b l e , es u n a i m i t a c i ó n d e E u -
sebio d e C e s á r e a , q u e h a b í a r e l a t a d o la historia universal d e s d e A b r a h a m
h a s t a el a ñ o 3 2 4 .
M á s p r ó x i m a s a los m o d e l o s a n t i g u o s p u e d e n p a r e c e m o s a p a r e n t e m e n -
t e las Historias i n s p i r a d a s e n las d e T á c i t o : l a Histoire des Francs, d e G r e -
g o r i o d e T o u r s , y la Histoire de Lombards, d e Pablo D i á c o n o . E n reali-
d a d , el r e l a t i v o c l a s i c i s m o d e l a c o m p o s i c i ó n n o d i s i m u l a el e v i d e n t e d e s -
p l a z a m i e n t o d e l p u n t o d e m i r a al e n f o c a r el p a s a d o . G r e g o r i o d e T o u r s
c o n s t i t u y e u n b u e n e j e m p l o al r e s p e c t o . E n m u c h o s a s p e c t o s , e s t e h i j o d e
familia s e n a t o r i a l d e l a A u v e r n i a , e d u c a d o p o r sus d o s t í o s o b i s p o s , o r d e -
n a d o d i á c o n o e n el a ñ o 563 y n o m b r a d o o b i s p o d e T o u r s e n el 5 7 3 , se e s -
c a p a d e l u n i v e r s o m e n t a l g r e c o r r o m a n o . N o p o r sus p r e t e n s i o n e s u n i v e r -
sales q u e l e i n d u c e n a c o m e n z a r su r e l a t o a p a r t i r d e l a C r e a c i ó n h a s t a lle-
g a r al a ñ o 5 9 1 , o s e a , h a s t a t r e s a ñ o s a n t e s d e s u m u e r t e : e n ello es el c o n - ,
t i n u a d o r d e E u s e b i o d e C e s á r e a y d e O r o s i o , q u i z á m á s b i e n p o r su p e r -
cepción, esencialmente religiosa, d e los a c o n t e c i m i e n t o s y p o r su a r r a i g a d a
fe e n los m i l a g r o s , q u e h a c e n d e él u n fiel e s p e j o d e las c r e e n c i a s d e s u t i e m -
p o . A p e s a r d e e s t o s a priori c l e r i c a l e s , s u f o r m a d e n a r r a r es p r e c i s a y e v o -
c a d o r a . B a s t a r í a p a r a m e r e c e r e s t e j u i c i o el r e l a t o d e l a p e s t e q u e a s o l ó a
32
M a r s e l l a e n el a ñ o 5 8 8 : l a p r o c e d e n c i a d e l a e n f e r m e d a d , el c o n t a g i o , l o s
e s t r a g o s q u e c a u s a , las e t a p a s , t o d o e s t á c l a r a m e n t e d e s c r i t o . E n m e d i o d e l
d e r r u m b a m i e n t o g e n e r a l s ó l o s e m a n t i e n e n e n h i e s t o s el r e y y el o b i s p o ,
q u e a s u m e n p l e n a m e n t e s u p a p e l d e i n t e r c e s o r e s a n t e el m u n d o d i v i n o .
E n a d e l a n t e , los p r o t a g o n i s t a s del t e a t r o histórico s e r á n D i o s y sus agen-
tes sobre la tierra, reyes o p r e l a d o s , únicos seres en condiciones d e inter-
c e d e r p a r a a p a c i g u a r s u c ó l e r a . L a d i a l é c t i c a d e l c a s t i g o y d e la i n t e r c e s i ó n
s e r á la ley d e la h i s t o r i a d u r a n t e m u c h o s s i g l o s .
P e r o G r e g o r i o d e T o u r s , p o r m á s c u i d a d o s o q u e s e a a la h o r a d e l e e r
los signos d e la i n t e r v e n c i ó n d i v i n a e n e s t e m u n d o , es t a m b i é n u n a t e n t o
o b s e r v a d o r d e l a r e a l i d a d q u e s e c o m p l a c e e n e s c r i b i r , c o m o l o p r u e b a la
s i g u i e n t e d e s c r i p c i ó n p r e c i s a d e D i j o n y d e sus a l r e d e d o r e s (Histoire des
Francs, l i b r o I I I , X I X ) .
«Es una plaza fuerte provista de poderosos muros, situada en medio
de una llanura muy agradable; en ella las tierras son fértiles y fecundas,
aunque sólo se pase una vez el arado, se echa la semilla y enseguida se
obtiene una grande y opulenta cosecha. A l sur se halla la ribera del Ou-
che, que es muy rico en peces; del lado del aquilón penetra otro riachue-
lo que entra por u n a puerta, se desliza bajo un puente y sale p o r otra puer-
ta; después de haber regado todo el entorno del muro con su plácida un-
dulación, hace girar, delante de la puerta, los molinos con prodigiosa ve-
locidad. E n los cuatro extremos se hallan colocadas cuatro puertas, y
treinta y tres torres ornamentan el m u r o del recinto; el muro ha sido edi-
ficado con sillares hasta una altura de veinte pies y mas allá con argama-
sa y guijarros; tiene treinta pies de altura y quince pies de anchura. Ig-
noro por qué esta localidad no ha merecido la calificación de ciudad. E n
sus alrededores se hallan preciosos manantiales. Por el lado de occidente
hay fértiles colinas llenas de viñas que producen un Falerno tan noble que
los habitantes desdeñan el Ascalón. Los antiguos atribuyen al emperador
Aurelio su edificación.» *
S e p a r e c e e s t a p á g i n a a la c é l e b r e d e s c r i p c i ó n q u e h i z o el o b i s p o d e T r é -
v e r i s , N i c e t o , d e su c i u d a d . P o r su e s p o n t a n e i d a d , el a u t o r d e l a Histoire
des Francs n o s s u m i n i s t r a i n f o r m a c i o n e s i r r e m p l a z a b l e s s o b r e a q u e l t r á g i c o
siglo vi e n el q u e se d e s i n t e g r a el E s t a d o , y la m u e r t e y el b a n d i d a j e h a c e n
e s t r a g o s e n t o d o s los s e c t o r e s d e l a s o c i e d a d . N o h a y q u e c o n f u n d i r su sin-
ceridad con ingenuidad p o r q u e confronta diferentes fuentes a propósito de
los o r í g e n e s d e l a d i n a s t í a f r a n c a , p o r q u e s a b e d e s m a r c a r s e d e l o s t e s t i m o -
nios dudosos m e d i a n t e u n simple «muchos d i c e n . . . » , con lo q u e d e m u e s t r a
poseer u n agudo sentido crítico.
T a m b i é n las biografías o l a s autobiografías e s t á n i n s p i r a d a s e n las o b r a s
a n t i g u a s . ¿ C ó m o n e g a r l a c o n t i n u i d a d e n t r e las Confesiones, de San Agus-
t í n , y la Historia de mis desgracias, d e A b e l a r d o ? , ¿ o e n t r e la Vida de los
doce Césares, d e S u e t o n i o , y la Vida de Carlomagno, d e E g i n a r d o ? E n esta
ú l t i m a o b r a se l e c o n f i e r e n , a r b i t r a r i a m e n t e , al e m p e r a d o r c a r o l i n g i o a l g u -
n o s d e los r a s g o s d e c a r á c t e r d e sus a n t e p a s a d o s r o m a n o s . S i n e m b a r g o ,
u n a l e c t u r a s o s e g a d a p e r m i t e c o n s t a t a r q u e el t r a z o d e l r e t r a t o i n t e l e c t u a l
* N. de T. Falemo, del nombre de la ciudad italiana de Campania. Antiguo vino de ios al-
rededores de Falerno, muy estimado en la Antigüedad.
33
p i e s i m i t a c i o n e s d e g e n e r a d a s d e l o s m o d e l o s a n t i g u o s , al i g u a l q u e o c u r r e
e n las l e t r a s y las a r t e s . P e r o , e n r e a l i d a d , s e p e r c i b e u n c l a r o c a m b i o d e
perspectiva.
- E s e v i d e n t e la s o b r e a b u n d a n c i a d e l a producción hagiográfica, ya verse
s o b r e v i d a s d e s a n t o s , r e l a t o s d e m i l a g r o s , t r a s l a d o s d e r e l i q u i a s o d e listas
e p i s c o p a l e s s L o s h e c h o s d e D i o s y d e sus s e r v i d o r e s p a s a n a ser l o s p r o t a -
g o n i s t a s d e la e s c e n a h i s t ó r i c a . P a r t i c u l a r m e n t e p r o p i c i o al florecimiento
d e los r e l a t o s m i l a g r o s o s es el p e r í o d o c a r o l i n g i o , c u a n d o m u c h a s c o m u n i -
d a d e s m o n á s t i c a s h u y e n c o n sus r e l i q u i a s a c a u s a d e l a s i n c u r s i o n e s v i k i n -
g a s . E s t a m b i é n la é p o c a d e la r e d a c c i ó n d e l o s Gesta episcop'orum, cuya
doble función ha p u e s t o de manifiesto r e c i e n t e m e n t e Michel Sot: fundar
u n p s e u d o l i n a j e e p i s c o p a l y p e r s u a d i r al o b i s p o d e q u e es el p a d r e d e l o s
fieles. E l m o d e l o familiar d e l p a d r e n u t r i c i o , e n c a r g a d o d e v e l a r p o r el p a -
t r i m o n i o , e s t r u c t u r a e n p r o f u n d i d a d e l r e l a t o . A s í se e s t a b l e c e la p r i m a c í a
d e l a r q u e t i p o s o b r e el h e c h o p a r t i c u l a r q u e se d e s c r i b e , p r i m a c í a q u e m a r -
cará d u r a d e r a m e n t e la historiografía clerical. P o r o t r a p a r t e , las vidas d e
los santos t i e n e n f r e c u e n t e m e n t e u n a función l e g i t i m a d o r a . Se h a d e m o s -
t r a d o , d e f o r m a c o n v i n c e n t e , q u e la Vie de Saint Samson de Dol, q u e s e -
g ú n a l g u n o s a u t o r e s h a b í a s i d o r e d a c t a d a a finales d e l siglo VH o p r i n c i p i o s
d e l siglo v m , es sin n i n g u n a d u d a u n a e l a b o r a c i ó n d e l siglo IX d e s t i n a d a a
f u n d a m e n t a r con a r g u m e n t o s históricos la p r e t e n s i ó n d e los obispos d e D o l
d e ser r e c o n o c i d o s c o m o m e t r o p o l i t a n o s d e B r e t a ñ a a e x p e n s a s d e l o s a r -
z o b i s p o s d e T o u r s . D e a h í l a b i o g r a f í a h e r o i c a d e S a n S a m s o n , c a l c a d a al
p i e d e la l e t r a d e la d e S a n M a r t í n p o r S u l p í c i o S e v e r o .
O t r o g é n e r o b i e n r e p r e s e n t a d o e s el d e l o s A n a l e s y el d e las C r ó n i c a s .
L o s A n a l e s c o n s i g n a n s e c a m e n t e l o s h e c h o s a ñ o p o r a ñ o , o c u p a n d o u n lu-
g a r d e s t a c a d o e n t r e ellos los a c o n t e c i m i e n t o s p o l í t i c o s y m i l i t a r e s , c o m o las
g u e r r a s s a j o n a s d e C a r l o m a g n o o su c o r o n a c i ó n . S i n e m b a r g o , e s t o s A n a -
les f u e r o n e s c r i t o s n o r m a l m e n t e e n l o s m o n a s t e r i o s y d e n o t a n c u á l e s e r a n
las p r e o c u p a c i o n e s d e sus a u t o r e s . L a s C r ó n i c a s c o n s t i t u y e n , d e s d e su ini-
c i o , u n g é n e r o c o n g r a n d e s a m b i c i o n e s . P o r e j e m p l o , l a Chronica de sex
altatibus mundi, r e d a c t a d a p o r B e d a el V e n e r a b l e , es u n a i m i t a c i ó n d e E u -
sebio d e C e s á r e a , q u e h a b í a r e l a t a d o la historia universal d e s d e A b r a h a m
h a s t a el a ñ o 3 2 4 .
M á s p r ó x i m a s a los m o d e l o s a n t i g u o s p u e d e n p a r e c e m o s a p a r e n t e m e n -
t e las Historias i n s p i r a d a s e n las d e T á c i t o : l a Histoire des Francs, d e G r e -
g o r i o d e T o u r s , y la Histoire de Lombards, d e Pablo D i á c o n o . E n reali-
d a d , el r e l a t i v o c l a s i c i s m o d e l a c o m p o s i c i ó n n o d i s i m u l a el e v i d e n t e d e s -
p l a z a m i e n t o d e l p u n t o d e m i r a al e n f o c a r el p a s a d o . G r e g o r i o d e T o u r s
c o n s t i t u y e u n b u e n e j e m p l o al r e s p e c t o . E n m u c h o s a s p e c t o s , e s t e h i j o d e
familia s e n a t o r i a l d e l a A u v e r n i a , e d u c a d o p o r sus d o s t í o s o b i s p o s , o r d e -
n a d o d i á c o n o e n el a ñ o 563 y n o m b r a d o o b i s p o d e T o u r s e n el 5 7 3 , se e s -
c a p a d e l u n i v e r s o m e n t a l g r e c o r r o m a n o . N o p o r sus p r e t e n s i o n e s u n i v e r -
sales q u e l e i n d u c e n a c o m e n z a r su r e l a t o a p a r t i r d e l a C r e a c i ó n h a s t a lle-
g a r al a ñ o 5 9 1 , o s e a , h a s t a t r e s a ñ o s a n t e s d e s u m u e r t e : e n ello es el c o n - ,
t i n u a d o r d e E u s e b i o d e C e s á r e a y d e O r o s i o , q u i z á m á s b i e n p o r su p e r -
cepción, esencialmente religiosa, d e los a c o n t e c i m i e n t o s y p o r su a r r a i g a d a
fe e n los m i l a g r o s , q u e h a c e n d e él u n fiel e s p e j o d e las c r e e n c i a s d e s u t i e m -
p o . A p e s a r d e e s t o s a priori c l e r i c a l e s , s u f o r m a d e n a r r a r es p r e c i s a y e v o -
c a d o r a . B a s t a r í a p a r a m e r e c e r e s t e j u i c i o el r e l a t o d e l a p e s t e q u e a s o l ó a
32
M a r s e l l a e n el a ñ o 5 8 8 : l a p r o c e d e n c i a d e l a e n f e r m e d a d , el c o n t a g i o , l o s
e s t r a g o s q u e c a u s a , las e t a p a s , t o d o e s t á c l a r a m e n t e d e s c r i t o . E n m e d i o d e l
d e r r u m b a m i e n t o g e n e r a l s ó l o s e m a n t i e n e n e n h i e s t o s el r e y y el o b i s p o ,
q u e a s u m e n p l e n a m e n t e s u p a p e l d e i n t e r c e s o r e s a n t e el m u n d o d i v i n o .
E n a d e l a n t e , los p r o t a g o n i s t a s del t e a t r o histórico s e r á n D i o s y sus agen-
tes sobre la tierra, reyes o p r e l a d o s , únicos seres en condiciones d e inter-
c e d e r p a r a a p a c i g u a r s u c ó l e r a . L a d i a l é c t i c a d e l c a s t i g o y d e la i n t e r c e s i ó n
s e r á la ley d e la h i s t o r i a d u r a n t e m u c h o s s i g l o s .
P e r o G r e g o r i o d e T o u r s , p o r m á s c u i d a d o s o q u e s e a a la h o r a d e l e e r
los signos d e la i n t e r v e n c i ó n d i v i n a e n e s t e m u n d o , es t a m b i é n u n a t e n t o
o b s e r v a d o r d e l a r e a l i d a d q u e s e c o m p l a c e e n e s c r i b i r , c o m o l o p r u e b a la
s i g u i e n t e d e s c r i p c i ó n p r e c i s a d e D i j o n y d e sus a l r e d e d o r e s (Histoire des
Francs, l i b r o I I I , X I X ) .
«Es una plaza fuerte provista de poderosos muros, situada en medio
de una llanura muy agradable; en ella las tierras son fértiles y fecundas,
aunque sólo se pase una vez el arado, se echa la semilla y enseguida se
obtiene una grande y opulenta cosecha. A l sur se halla la ribera del Ou-
che, que es muy rico en peces; del lado del aquilón penetra otro riachue-
lo que entra por u n a puerta, se desliza bajo un puente y sale p o r otra puer-
ta; después de haber regado todo el entorno del muro con su plácida un-
dulación, hace girar, delante de la puerta, los molinos con prodigiosa ve-
locidad. E n los cuatro extremos se hallan colocadas cuatro puertas, y
treinta y tres torres ornamentan el m u r o del recinto; el muro ha sido edi-
ficado con sillares hasta una altura de veinte pies y mas allá con argama-
sa y guijarros; tiene treinta pies de altura y quince pies de anchura. Ig-
noro por qué esta localidad no ha merecido la calificación de ciudad. E n
sus alrededores se hallan preciosos manantiales. Por el lado de occidente
hay fértiles colinas llenas de viñas que producen un Falerno tan noble que
los habitantes desdeñan el Ascalón. Los antiguos atribuyen al emperador
Aurelio su edificación.» *
S e p a r e c e e s t a p á g i n a a la c é l e b r e d e s c r i p c i ó n q u e h i z o el o b i s p o d e T r é -
v e r i s , N i c e t o , d e su c i u d a d . P o r su e s p o n t a n e i d a d , el a u t o r d e l a Histoire
des Francs n o s s u m i n i s t r a i n f o r m a c i o n e s i r r e m p l a z a b l e s s o b r e a q u e l t r á g i c o
siglo vi e n el q u e se d e s i n t e g r a el E s t a d o , y la m u e r t e y el b a n d i d a j e h a c e n
e s t r a g o s e n t o d o s los s e c t o r e s d e l a s o c i e d a d . N o h a y q u e c o n f u n d i r su sin-
ceridad con ingenuidad p o r q u e confronta diferentes fuentes a propósito de
los o r í g e n e s d e l a d i n a s t í a f r a n c a , p o r q u e s a b e d e s m a r c a r s e d e l o s t e s t i m o -
nios dudosos m e d i a n t e u n simple «muchos d i c e n . . . » , con lo q u e d e m u e s t r a
poseer u n agudo sentido crítico.
T a m b i é n las biografías o l a s autobiografías e s t á n i n s p i r a d a s e n las o b r a s
a n t i g u a s . ¿ C ó m o n e g a r l a c o n t i n u i d a d e n t r e las Confesiones, de San Agus-
t í n , y la Historia de mis desgracias, d e A b e l a r d o ? , ¿ o e n t r e la Vida de los
doce Césares, d e S u e t o n i o , y la Vida de Carlomagno, d e E g i n a r d o ? E n esta
ú l t i m a o b r a se l e c o n f i e r e n , a r b i t r a r i a m e n t e , al e m p e r a d o r c a r o l i n g i o a l g u -
n o s d e los r a s g o s d e c a r á c t e r d e sus a n t e p a s a d o s r o m a n o s . S i n e m b a r g o ,
u n a l e c t u r a s o s e g a d a p e r m i t e c o n s t a t a r q u e el t r a z o d e l r e t r a t o i n t e l e c t u a l
* N. de T. Falemo, del nombre de la ciudad italiana de Campania. Antiguo vino de ios al-
rededores de Falerno, muy estimado en la Antigüedad.
33

y m o r a l d e l s o b e r a n o se c o r r e s p o n d e c o n el m o d e l o c u l t u r a l c a r o l i n g i o , o
s e a , c o n el d e u n h u m a n i s m o d e v o t o i m p r e g n a d o d e t r a d i c i ó n l a t i n a q u e
i g n o r a casi t o d o lo a p o r t a d o p o r el h e l e n i s m o .
Se p o d r í a p r o l o n g a r el a n á l i s i s , p e r o q u e d a p a t e n t e y a q u e , a p a r t i r d e l
siglo V I y q u i z á a n t e s , se h a c o n s t i t u i d o u n n u e v o e s p a c i o h i s t o r i o g r á f i c o .
D e s d e e n t o n c e s , la i n t e r p r e t a c i ó n d e los designios divinos p r e c e d e a la b ú s -
q u e d a d e los m ó v i l e s h u m a n o s , p r i m a el a r q u e t i p o m o r a l o e s p i r i t u a l s o b r e
lo v i v i d o , p e r o n o e s t á p r o h i b i d o r e u t i l i z a r l o s r e l a t o s a n t e r i o r e s . L o s h e -
c h o s d e l p a s a d o n o s o n d a t o s i n t a n g i b l e s . L a h i s t o r i a es u n a r s e n a l d e l q u e
s e e x t r a e n h e c h o s - p r u e b a s , h e c h o s - a r g u m e n t o s q u e p o s e e n , d e n t r o d e l dis-
c u r s o r e l i g i o s o , u n a c r e d i b i l i d a d c o m p a r a b l e c o n la d e las a u t o r i d a d e s b í b l i -
cas.
2. ¿ S E PUEDE CONSIDERAR POR TANTO QUE LOS AUTORES D E L A A L T A
E D A D M E D I A (QUE D U R A HASTA E L SIGLO XH H A C E N G A L A D E U N A
GENERAL CARENCIA D E SENTIDO HISTÓRICO? E N CASO AFIRMATIVO,
¿POR Q U É RAZONES?, ¿SON ÉSTAS CONTINGENTES O ESTRUCTURALES?
E l historiador a m e r i c a n o W . J. B r a n d t m a n t i e n e , en su o b r a titulada
The Shape Medieval History, q u e los h o m b r e s d e la E d a d M e d i a e r a n p a r -
1
t í c i p e s d e u n a m e n t a l i d a d r a d i c a l m e n t e r e b e l d e a la h i s t o r i a . S e g ú n e s t e
a u t o r , p e r c i b í a n la n a t u r a l e z a d e f o r m a d i s c o n t i n u a . C u a l q u i e r o b j e t o e r a
a sus o j o s ú n i c o , d o t a d o d e u n a e s e n c i a p r o p i a y d e u n a v i r t u d p a r t i c u l a r
p o r q u e h a c í a r e f e r e n c i a a u n a i d e a d i v i n a . P o r ello r e s u l t a b a t a n difícil e s -
t a b l e c e r r e l a c i o n e s d e c a u s a l i d a d e n el o r d e n físico. L o m i s m o h a b r í a o c u r r i -
d o e n el o r d e n d e la h i s t o r i a , p e r c i b i é n d o s e los a c o n t e c i m i e n t o s d e f o r m a
a i s l a d a , s e p a r a d o s los u n o s d e l o s o t r o s , t o d o s ellos p r o d u c t o d e l a a r b i t r a -
r i e d a d d i v i n a . Si n o h a y c o h e r e n c i a n i e n la n a t u r a l e z a ni e n la h i s t o r i a ,
n a d a i m p i d e e n c a m b i o l a r e l a c i ó n d e los d o s p l a n o s . S e p u e d e r e l a c i o n a r ,
p o r ejemplo, u n acontecimiento histórico con u n f e n ó m e n o climático, a
c o n d i c i ó n d e r e c u r r i r a l o s c a m i n o s s i n u o s o s d e la v o l u n t a d d i v i n a , q u e p u e -
d e a d v e r t i r d e la i n m i n e n c i a d e l p r i m e r o p o r m e d i o d e l s e g u n d o .
Cualquier h e c h o , cualquier o b j e t o , son p o r t a d o r e s de u n sentido ocul-
t o . P e r o , a p a r e n t e m e n t e , c a r e c e n d e c o h e r e n c i a , t a n t o e n la n a t u r a l e z a
c o m o e n la a c t i v i d a d h u m a n a . T a m b i é n r e i n a lo d i s c o n t i n u o e i n e s p e r a d o
e n l a n a r r a c i ó n h i s t ó r i c a : m e r a s u c e s i ó n c r o n o l ó g i c a e n e s t a d o p u r o , sin c o n -
c a t e n a c i ó n d e c a u s a s y e f e c t o s . E n r e a l i d a d los h i l o s d e la i n t r i g a e s t á n e n
m a n o s d e la v o l u n t a d d i v i n a .
O t r o s a u t o r e s , c o m o B . G u e n é e , se r e f i e r e n a r a z o n e s c o n t i n g e n t e s (la
mediocridad intelectual d e m u c h o s cronistas) o institucionales (no se ense-
ñ a b a h i s t o r i a e n las e s c u e l a s ; l a h i s t o r i a s ó l o s e r v í a a la e x é g e s i s d e l o s t e x -
t o s s a g r a d o s ) p a r a e x p h c a r l a d é b i l c a l i d a d d e las o b r a s h i s t ó r i c a s . M i r a d ,
n o s d i c e n , c u a n l i m i t a d a s s o n las a m b i c i o n e s d e s u s a u t o r e s , q u e se c o n -
1
La tesis de este autor ha sido expuesta por Bernard Guenée, artículo citado de los Aúnales
ESC, 1973. Nos limitamos aquí a dar el argumento esencial, el cual constituye el punto de par-
tida de nuestras reflexiones personales.
34
t e n t a n c o n r e l a t a r l o s h e c h o s , c o m o O r d e n c o V i t a l érl et*srgro*xn: « A p e -
tición d e mis c o m p a ñ e r o s , escribo u n a historia sencilla, en la q u e r e l a t o los
hechos año p o r a ñ o . . . Y o n o p u e d o discernir la voluntad divina en virtud
d e l a c u a l o c u r r e t o d o . N o p u e d o d i v u l g a r las c a u s a s d e l a s c o s a s . »
P e r o la r a z ó n p r o f u n d a p o r la q u e la m e n t a l i d a d m e d i e v a l h a sido con-
s i d e r a d a c o m o « a h i s t ó r i c a » p o d r í a r e s i d i r e n el h e c h o d e q u e el h o m b r e n o
h a llegado, en este p e r í o d o , a a p r o p i a r s e d e la historia, p u e s t o q u e ésta se
r e d u c e a l a r e a l i z a c i ó n d e l o s d e s i g n i o s d i v i n o s p a r a c o n la h u m a n i d a d . P o r
o t r a p a r t e , el género hagiográfico p e s a e n o r m e m e n t e s o b r e el género his-
tórico, c o r r i e n d o el riesgo d e c o n f u n d i r s e a m b o s .
M u c h o s a u t o r e s , e n t r e e l l o s A . Sigal ( v e r Amales de Bretagne et des
Pays de l'Ouest, 1 9 8 0 - 8 2 ) , d e f i e n d e n la t e s i s d e l a i d e n t i d a d e s e n c i a l e n t r e
h a g i o g r a f í a e h i s t o r i o g r a f í a , s e g ú n l a c u a l e x i s t e u n s o l o espectro historio-
gráfico q u e c o m p r e n d e l o s l i b r o s d e l o s Milagros, las Historias y l a s Cró-
nicas. A m b o s g é n e r o s t i e n e n e n c o m ú n , e f e c t i v a m e n t e , l a m i s m a p r e o c u -
p a c i ó n p o r la v e r d a d y p o r la a u t e n t i c i d a d d e l o s h e c h o s , s i e m p r e e n v u e l -
t o s e n t o d a c l a s e d e g a r a n t í a s d e l u g a r y f e c h a . A m b o s p e r s i g u e n el m i s m o
fin: e v i t a r q u e l o s h e c h o s n o t a b l e s c a i g a n e n o l v i d o . A d e m á s h a y o t r a s a
c a b a l l o e n t r e l o s d o s ' g é n e r o s , c o m o las c r ó n i c a s e n q u i s t a d a s e n l a s s e r i e s
d e l o s Milagros o a l a i n v e r s a . E l e x t r a c t o d e l o s Miracles de Saint Philibert
q u e s e h a l l a e n el a n e x o a p o y a e s t a t e s i s . E l m o n j e E r m e n t a r i o fue el a u t o r
de esta o b r a después del a ñ o 862. L a crónica monástica está imbricada en
l a g r a n h i s t o r i a . L a s p r i n c i p a l e s e t a p a s d e la p e r e g r i n a c i ó n d e los m o n j e s ,
q u e h u y e n c o n las r e l i q u i a s d e s u s a n t o a n t e l a i n v a s i ó n d e l o s v i k i n g o s ,
s o n las s i g u i e n t e s : e n t r e l o s a ñ o s 847 y 8 5 8 , d e s d e S a i n t P h i l i b e r t d e G r a n d -
lieu a C u n a u l t , c e r c a d e S a u m u r ; a ñ o 8 6 2 , d e s d e C u n a u l t a M e s s a y , e n el
P o i t o u ; e n el a ñ o 875 t e r m i n a , f i n a l m e n t e , c o n la l l e g a d a a T o u r n u s . M u -
cho m á s valiosas son las informaciones suministradas p o r el texto acerca de
las f a s e s d e l a i n v a s i ó n n o r m a n d a y d e l a a c t i t u d d e las p o b l a c i o n e s . E r -
m e n t e r i o d i s t i n g u e c l a r a m e n t e las d o s o f e n s i v a s d e los p i r a t a s , a u n q u e n o
r e s p e t a el d e s a r r o l l o c r o n o l ó g i c o d e las m i s m a s . E n p r i m e r l u g a r , l o s a t a -
q u e s d e los a ñ o s 848-856 s e e x t i e n d e n e s p e c i a l m e n t e s o b r e L a A q u i t a n i a y
la r e g i ó n d e l . L o i r a ( B u r d e o s , T o u r s , A n g e r s , O r l e a n s ) . D e s p u é s , l a i n v a -
s i ó n d e l o s a ñ o s 856-862 a f e c t a s o b r e t o d o a las riberas d e l S e n a y el M a r n e
y t a m b i é n las d e l S o m m e , R h i n , L o i r a y G a r o n a . C o n t o r n e a n d o E s p a ñ a ,
los v i k i n g o s l l e g a n a s a q u e a r L a C a m a r g u e y l a T o s c a n a . E v o c a s u s f e c h o -
rías d e f o r m a e s t e r e o t i p a d a : m a t a n z a s , d e v a s t a c i o n e s , r o b o s , i n c e n d i o s , e t c .
Se trata del cumplimiento de u n castigo divino: «una plaga p r o c e d e n t e del
N o r t e a l c a n z a r á a t o d o s l o s h a b i t a n t e s d e l a t i e r r a » . L a s p o b l a c i o n e s l a su-
fren c o n p a s i v i d a d t o t a l . « T o d o s los h a b i t a n t e s e m p r e n d e n la fuga y p o c o s
osan decir: " P e r m a n e c e d , p e r m a n e c e d , resistid, luchad p o r v u e s t r o país,
p o r vuestros hijos y p o r v u e s t r a familia".» A n t e s p a g a r tributo q u e t o m a r
las a r m a s .
El relato d e E r m e n t a r i o tiene valor histórico — n a d i e osaría discutírse-
l o — e i g u a l m e n t e otros m u c h o s escritos hagiográficos. Sin e m b a r g o , a n o -
sotros nos parece q u e existen diferencias estructurales entre hagiografía e
historiografía. E l p r i m e r o de estos dos géneros n o recoge n e c e s a r i a m e n t e
h e c h o s v e r í d i c o s , p e r o « c o n s t i t u y e » la v e r d a d d e los f e n ó m e n o s m a r a v i l l o -
s o s , r o d e á n d o l e s d e t o d a s las g a r a n t í a s d e s e a b l e s . L a c r ó n i c a , e n c a m b i o ,
c o n s i g n a h e c h o s v e r í d i c o s j u n t o a o t r o s q u e n o lo s o n . A d e m á s c a m b i a l a

y m o r a l d e l s o b e r a n o se c o r r e s p o n d e c o n el m o d e l o c u l t u r a l c a r o l i n g i o , o
s e a , c o n el d e u n h u m a n i s m o d e v o t o i m p r e g n a d o d e t r a d i c i ó n l a t i n a q u e
i g n o r a casi t o d o lo a p o r t a d o p o r el h e l e n i s m o .
Se p o d r í a p r o l o n g a r el a n á l i s i s , p e r o q u e d a p a t e n t e y a q u e , a p a r t i r d e l
siglo V I y q u i z á a n t e s , se h a c o n s t i t u i d o u n n u e v o e s p a c i o h i s t o r i o g r á f i c o .
D e s d e e n t o n c e s , la i n t e r p r e t a c i ó n d e los designios divinos p r e c e d e a la b ú s -
q u e d a d e los m ó v i l e s h u m a n o s , p r i m a el a r q u e t i p o m o r a l o e s p i r i t u a l s o b r e
lo v i v i d o , p e r o n o e s t á p r o h i b i d o r e u t i l i z a r l o s r e l a t o s a n t e r i o r e s . L o s h e -
c h o s d e l p a s a d o n o s o n d a t o s i n t a n g i b l e s . L a h i s t o r i a es u n a r s e n a l d e l q u e
s e e x t r a e n h e c h o s - p r u e b a s , h e c h o s - a r g u m e n t o s q u e p o s e e n , d e n t r o d e l dis-
c u r s o r e l i g i o s o , u n a c r e d i b i l i d a d c o m p a r a b l e c o n la d e las a u t o r i d a d e s b í b l i -
cas.
2. ¿ S E PUEDE CONSIDERAR POR TANTO QUE LOS AUTORES D E L A A L T A
E D A D M E D I A (QUE D U R A HASTA E L SIGLO XH H A C E N G A L A D E U N A
GENERAL CARENCIA D E SENTIDO HISTÓRICO? E N CASO AFIRMATIVO,
¿POR Q U É RAZONES?, ¿SON ÉSTAS CONTINGENTES O ESTRUCTURALES?
E l historiador a m e r i c a n o W . J. B r a n d t m a n t i e n e , en su o b r a titulada
The Shape Medieval History, q u e los h o m b r e s d e la E d a d M e d i a e r a n p a r -
1
t í c i p e s d e u n a m e n t a l i d a d r a d i c a l m e n t e r e b e l d e a la h i s t o r i a . S e g ú n e s t e
a u t o r , p e r c i b í a n la n a t u r a l e z a d e f o r m a d i s c o n t i n u a . C u a l q u i e r o b j e t o e r a
a sus o j o s ú n i c o , d o t a d o d e u n a e s e n c i a p r o p i a y d e u n a v i r t u d p a r t i c u l a r
p o r q u e h a c í a r e f e r e n c i a a u n a i d e a d i v i n a . P o r ello r e s u l t a b a t a n difícil e s -
t a b l e c e r r e l a c i o n e s d e c a u s a l i d a d e n el o r d e n físico. L o m i s m o h a b r í a o c u r r i -
d o e n el o r d e n d e la h i s t o r i a , p e r c i b i é n d o s e los a c o n t e c i m i e n t o s d e f o r m a
a i s l a d a , s e p a r a d o s los u n o s d e l o s o t r o s , t o d o s ellos p r o d u c t o d e l a a r b i t r a -
r i e d a d d i v i n a . Si n o h a y c o h e r e n c i a n i e n la n a t u r a l e z a ni e n la h i s t o r i a ,
n a d a i m p i d e e n c a m b i o l a r e l a c i ó n d e los d o s p l a n o s . S e p u e d e r e l a c i o n a r ,
p o r ejemplo, u n acontecimiento histórico con u n f e n ó m e n o climático, a
c o n d i c i ó n d e r e c u r r i r a l o s c a m i n o s s i n u o s o s d e la v o l u n t a d d i v i n a , q u e p u e -
d e a d v e r t i r d e la i n m i n e n c i a d e l p r i m e r o p o r m e d i o d e l s e g u n d o .
Cualquier h e c h o , cualquier o b j e t o , son p o r t a d o r e s de u n sentido ocul-
t o . P e r o , a p a r e n t e m e n t e , c a r e c e n d e c o h e r e n c i a , t a n t o e n la n a t u r a l e z a
c o m o e n la a c t i v i d a d h u m a n a . T a m b i é n r e i n a lo d i s c o n t i n u o e i n e s p e r a d o
e n l a n a r r a c i ó n h i s t ó r i c a : m e r a s u c e s i ó n c r o n o l ó g i c a e n e s t a d o p u r o , sin c o n -
c a t e n a c i ó n d e c a u s a s y e f e c t o s . E n r e a l i d a d los h i l o s d e la i n t r i g a e s t á n e n
m a n o s d e la v o l u n t a d d i v i n a .
O t r o s a u t o r e s , c o m o B . G u e n é e , se r e f i e r e n a r a z o n e s c o n t i n g e n t e s (la
mediocridad intelectual d e m u c h o s cronistas) o institucionales (no se ense-
ñ a b a h i s t o r i a e n las e s c u e l a s ; l a h i s t o r i a s ó l o s e r v í a a la e x é g e s i s d e l o s t e x -
t o s s a g r a d o s ) p a r a e x p h c a r l a d é b i l c a l i d a d d e las o b r a s h i s t ó r i c a s . M i r a d ,
n o s d i c e n , c u a n l i m i t a d a s s o n las a m b i c i o n e s d e s u s a u t o r e s , q u e se c o n -
1
La tesis de este autor ha sido expuesta por Bernard Guenée, artículo citado de los Aúnales
ESC, 1973. Nos limitamos aquí a dar el argumento esencial, el cual constituye el punto de par-
tida de nuestras reflexiones personales.
34
t e n t a n c o n r e l a t a r l o s h e c h o s , c o m o O r d e n c o V i t a l érl et*srgro*xn: « A p e -
tición d e mis c o m p a ñ e r o s , escribo u n a historia sencilla, en la q u e r e l a t o los
hechos año p o r a ñ o . . . Y o n o p u e d o discernir la voluntad divina en virtud
d e l a c u a l o c u r r e t o d o . N o p u e d o d i v u l g a r las c a u s a s d e l a s c o s a s . »
P e r o la r a z ó n p r o f u n d a p o r la q u e la m e n t a l i d a d m e d i e v a l h a sido con-
s i d e r a d a c o m o « a h i s t ó r i c a » p o d r í a r e s i d i r e n el h e c h o d e q u e el h o m b r e n o
h a llegado, en este p e r í o d o , a a p r o p i a r s e d e la historia, p u e s t o q u e ésta se
r e d u c e a l a r e a l i z a c i ó n d e l o s d e s i g n i o s d i v i n o s p a r a c o n la h u m a n i d a d . P o r
o t r a p a r t e , el género hagiográfico p e s a e n o r m e m e n t e s o b r e el género his-
tórico, c o r r i e n d o el riesgo d e c o n f u n d i r s e a m b o s .
M u c h o s a u t o r e s , e n t r e e l l o s A . Sigal ( v e r Amales de Bretagne et des
Pays de l'Ouest, 1 9 8 0 - 8 2 ) , d e f i e n d e n la t e s i s d e l a i d e n t i d a d e s e n c i a l e n t r e
h a g i o g r a f í a e h i s t o r i o g r a f í a , s e g ú n l a c u a l e x i s t e u n s o l o espectro historio-
gráfico q u e c o m p r e n d e l o s l i b r o s d e l o s Milagros, las Historias y l a s Cró-
nicas. A m b o s g é n e r o s t i e n e n e n c o m ú n , e f e c t i v a m e n t e , l a m i s m a p r e o c u -
p a c i ó n p o r la v e r d a d y p o r la a u t e n t i c i d a d d e l o s h e c h o s , s i e m p r e e n v u e l -
t o s e n t o d a c l a s e d e g a r a n t í a s d e l u g a r y f e c h a . A m b o s p e r s i g u e n el m i s m o
fin: e v i t a r q u e l o s h e c h o s n o t a b l e s c a i g a n e n o l v i d o . A d e m á s h a y o t r a s a
c a b a l l o e n t r e l o s d o s ' g é n e r o s , c o m o las c r ó n i c a s e n q u i s t a d a s e n l a s s e r i e s
d e l o s Milagros o a l a i n v e r s a . E l e x t r a c t o d e l o s Miracles de Saint Philibert
q u e s e h a l l a e n el a n e x o a p o y a e s t a t e s i s . E l m o n j e E r m e n t a r i o fue el a u t o r
de esta o b r a después del a ñ o 862. L a crónica monástica está imbricada en
l a g r a n h i s t o r i a . L a s p r i n c i p a l e s e t a p a s d e la p e r e g r i n a c i ó n d e los m o n j e s ,
q u e h u y e n c o n las r e l i q u i a s d e s u s a n t o a n t e l a i n v a s i ó n d e l o s v i k i n g o s ,
s o n las s i g u i e n t e s : e n t r e l o s a ñ o s 847 y 8 5 8 , d e s d e S a i n t P h i l i b e r t d e G r a n d -
lieu a C u n a u l t , c e r c a d e S a u m u r ; a ñ o 8 6 2 , d e s d e C u n a u l t a M e s s a y , e n el
P o i t o u ; e n el a ñ o 875 t e r m i n a , f i n a l m e n t e , c o n la l l e g a d a a T o u r n u s . M u -
cho m á s valiosas son las informaciones suministradas p o r el texto acerca de
las f a s e s d e l a i n v a s i ó n n o r m a n d a y d e l a a c t i t u d d e las p o b l a c i o n e s . E r -
m e n t e r i o d i s t i n g u e c l a r a m e n t e las d o s o f e n s i v a s d e los p i r a t a s , a u n q u e n o
r e s p e t a el d e s a r r o l l o c r o n o l ó g i c o d e las m i s m a s . E n p r i m e r l u g a r , l o s a t a -
q u e s d e los a ñ o s 848-856 s e e x t i e n d e n e s p e c i a l m e n t e s o b r e L a A q u i t a n i a y
la r e g i ó n d e l . L o i r a ( B u r d e o s , T o u r s , A n g e r s , O r l e a n s ) . D e s p u é s , l a i n v a -
s i ó n d e l o s a ñ o s 856-862 a f e c t a s o b r e t o d o a las riberas d e l S e n a y el M a r n e
y t a m b i é n las d e l S o m m e , R h i n , L o i r a y G a r o n a . C o n t o r n e a n d o E s p a ñ a ,
los v i k i n g o s l l e g a n a s a q u e a r L a C a m a r g u e y l a T o s c a n a . E v o c a s u s f e c h o -
rías d e f o r m a e s t e r e o t i p a d a : m a t a n z a s , d e v a s t a c i o n e s , r o b o s , i n c e n d i o s , e t c .
Se trata del cumplimiento de u n castigo divino: «una plaga p r o c e d e n t e del
N o r t e a l c a n z a r á a t o d o s l o s h a b i t a n t e s d e l a t i e r r a » . L a s p o b l a c i o n e s l a su-
fren c o n p a s i v i d a d t o t a l . « T o d o s los h a b i t a n t e s e m p r e n d e n la fuga y p o c o s
osan decir: " P e r m a n e c e d , p e r m a n e c e d , resistid, luchad p o r v u e s t r o país,
p o r vuestros hijos y p o r v u e s t r a familia".» A n t e s p a g a r tributo q u e t o m a r
las a r m a s .
El relato d e E r m e n t a r i o tiene valor histórico — n a d i e osaría discutírse-
l o — e i g u a l m e n t e otros m u c h o s escritos hagiográficos. Sin e m b a r g o , a n o -
sotros nos parece q u e existen diferencias estructurales entre hagiografía e
historiografía. E l p r i m e r o de estos dos géneros n o recoge n e c e s a r i a m e n t e
h e c h o s v e r í d i c o s , p e r o « c o n s t i t u y e » la v e r d a d d e los f e n ó m e n o s m a r a v i l l o -
s o s , r o d e á n d o l e s d e t o d a s las g a r a n t í a s d e s e a b l e s . L a c r ó n i c a , e n c a m b i o ,
c o n s i g n a h e c h o s v e r í d i c o s j u n t o a o t r o s q u e n o lo s o n . A d e m á s c a m b i a l a
 concepción del t i e m p o . Los historiadores, por m á s providencialistas que
s e a n , d e f i n e n la h i s t o r i a c o m o u n relato verídico fundamentado en la cro-
nología. E n c a m b i o , la h a g i o g r a f í a n o s e p r e o c u p a d e la c r o n o l o g í a : s u a m -
b i c i ó n q u e d a l i m i t a d a a a p o r t a r u n c o n j u n t o d e hechos-pruebas que dan va-
lidez a u n a i n s t i t u c i ó n o l e g i t i m i d a d a u n c u l t o . S e p r o p o n e i l u s t r a r l a e j e m -
p l a r i d a d d e u n s a n t o o su c a p a c i d a d d e h a c e r m i l a g r o s a p o r t a n d o h e c h o s
p e r m u t a b l e s y m a n i p u l a b l e s . El t i e m p o circular de la liturgia ejerce su m a g -
n e t i s m o s o b r e l a h a g i o g r a f í a . E n c a m b i o , el s e n t i d o d e la d u r a c i ó n es a l g o
p e r c e p t i b l e e n la h i s t o r i a .
P o r último, n o s o t r o s c r e e m o s q u e la a b u n d a n c i a de la p r o d u c c i ó n ha-
giográfica h a c o n s t i t u i d o u n freno al a d v e n i m i e n t o d e u n a h i s t o r i a q u e o t o r -
g a r á t o d a s u a t e n c i ó n al d e v e n i r h u m a n o e n el t i e m p o . Sin e m b a r g o , e s t e
« r e p r o c h e » n o afecta n e c e s a r i a m e n t e a las g r a n d e s c o n s t r u c c i o n e s t e o l ó g i -
c a s . P o r q u e , si b i e n las v i d a s d e los s a n t o s y los l i b r o s d e l o s m i l a g r o s t i e -
n e n f r e c u e n t e m e n t e la c a d e n c i a r e p e t i t i v a d e l a l i t u r g i a , e n c a m b i o la t e o -
logía p r o p o n e u n a v i s i ó n u n i f i c a d o r a y o r i e n t a d a d e la h i s t o r i a .
3. ¿ L A T E O L O G Í A ( P A R T I C U L A R M E N T E E N E L S I G L O xn) AL SERVICIO D E
LA HISTORIA?
L a r e p r e s e n t a c i ó n d e l p u e b l o c r i s t i a n o c a m i n a n d o h a c i a su b e a t i t u d
— a u t é n t i c a filosofía d e la h i s t o r i a — h a c o n t r i b u i d o a i n s t a u r a r u n a v i s i ó n
lineal y finalista d e l d e v e n i r h u m a n o . E s t o es p a r t i c u l a r m e n t e e v i d e n t e e n
el siglo x n , c u a n d o la t e o l o g í a t o p a c o n u n m o v i m i e n t o social r e a l y c o n -
t r i b u y e a la e c l o s i ó n d e u n a c o n c e p c i ó n d i n á m i c a d e l a h i s t o r i a .
A ) D u r a n t e la a l t a E d a d M e d i a , el e s q u e m a d o m i n a n t e p a r a p e n s a r
la h i s t o r i a p r o c e d e d e la Ciudad de Dios, d e S a n A g u s t í n . R e c o r d e m o s sus
l í n e a s d i r e c t r i c e s : la c i u d a d t e r r e s t r e , d i v i d i d a e n t r e c r i s t i a n o s y p a g a n o s , y
r e u n i f i c a d a b a j o l a f o r m a d e I m p e r i o r o m a n o , c a m i n a h a c i a la C i u d a d C e -
l e s t e . L a Civitas Dei e s t á y a p r e s e n t e , b a j o l a f o r m a d e I g l e s i a , e n l a C i u -
d a d T e r r e s t r e , p a r a g u i a r l a . E l s e n t i d o p r o f u n d o d e l a h i s t o r i a se r e d u c e a
las c o n q u i s t a s d e e s t a i n s t i t u c i ó n f u n d a d a p o r D i o s p a r a a s o c i a r a l o s h o m -
b r e s a su p r o p i a b e a t i t u d . D e e s t a visión se d e s p r e n d e el p a r t i c u l a r e s t a t u -
t o p o l í t i c o e h i s t ó r i c o d e los c r i s t i a n o s : m i e m b r o s d e l a c i u d a d d e D i o s , s o n
p e r e g r i n o s d e e s t e m u n d o , q u e se s i r v e n d e la p a z r e l a t i v a d e la C i u d a d
T e r r e s t r e p a r a a l c a n z a r la p a z c e l e s t e .
L o s teólogos h a n tejido múltiples variaciones s o b r e esta visión grandio-
sa. S e g ú n G i l s o n , su c o n c e p c i ó n d e la h i s t o r i a s e c a r a c t e r i z a e s e n c i a l m e n t e
p o r l a c o m ú n r e f e r e n c i a a la E n c a r n a c i ó n , c o n c e b i d a c o m o p u n t o final d e
los t i e m p o s p a s a d o s y p u n t o d e p a r t i d a d e u n a e r a n u e v a ; y t a m b i é n p o r
u n « f i n a l i s m o » e s e n c i a l , e n v i r t u d d e l c u a l la a v e n t u r a h u m a n a se v a defi-
n i e n d o c o m o construcción progresiva d e la C i u d a d d e D i o s . D e esta m a -
n e r a a d q u i e r e sentido la s u c e s i ó n d e las g e n e r a c i o n e s y d e l o s a c o n t e c i m i e n -
tos.
Se p u e d e d e s c u b r i r e n c u a l q u i e r h e c h o la a c c i ó n r e c t o r a d e la P r o v i -
d e n c i a , p o r q u e el d e s e n v o l v i m i e n t o d e los a c o n t e c i m i e n t o s d e p e n d e d e la
p r e v i s i ó n d i v i n a e n o r d e n a la S a l v a c i ó n .
S e g ú n G i l s o n , d a d o q u e la h i s t o r i a d e l m u n d o e s t á c o n c e b i d a c o m o la
36
d e l p r o g r e s o ( a q u í m o r a l y e s p i r i t u a l ) o r i e n t a d o h a c i a u n a d e t e r m i n a d a fi-
n a l i d a d , se p u e d e h a b l a r d e u n orden lineal q u e s u s t i t u y e el- orden cíclico
d e los p e n s a d o r e s g r e c o r r o m a n o s .
L a c o n c e p c i ó n d e la historiografía m e d i e v a l d e G i l s o n , i n d u d a b l e m e n t e
j u s t a , si c o n s i d e r a m o s s u c u m b r e (el m u n d o d e l o s p r e l a d o s y d e l o s g r a n -
d e s a b a d e s c a r o l i n g i o s , f o r m a d o s , c o m o el a r z o b i s p o d e R e i m s , H i n c m a r ,
d e a c u e r d o c o n el p e n s a m i e n t o d e S a n A g u s t í n ) , r e s u l t a m á s d i s c u t i b l e e n
r e l a c i ó n a h i s t o r i a d o r e s m á s m o d e s t o s , c o m o R a o u l G l a b e r . H a s t a el si-
glo XII, s e p u e d e h a b l a r d e u n a g r a n i n d i f e r e n c i a h a c i a el t i e m p o , c o n c e -
b i d o y v i v i d o e s e n c i a l m e n t e c o m o tiempo natural (el ciclo d e l a s e s t a c i o n e s
y d e l o s m e s e s ) y c o m o tiempo litúrgico ( o r g a n i z a d o t a m b i é n e n f e c h a s fi-
j a s ) . L o s a c o n t e c i m i e n t o s h i s t ó r i c o s i n t e r e s a n m á s p o r s u carga simbólica
q u e p o r sus a n t e c e d e n t e s y c o n s e c u e n c i a s . P e r o , e n el siglo x n , n a c e r á u n
nuevo sentido del tiempo, q u e c o n m o c i o n a r á de alguna m a n e r a los marcos
d e esta historia eclesiológica a la q u e n o s h e m o s referido a n t e r i o r m e n t e .
B ) E l n a c i m i e n t o d e u n a « c o n s c i e n c i a a c t i v a » d e l a h i s t o r i a e n el si-
glo x n (cf. M . D . C h e n u , La Théologie au XII'. siécle).
L a a p a r i c i ó n d e u n nuevo sentido del tiempo v a u n i d a a la a p a r i c i ó n d e
u n nuevo sentido de la naturaleza, o m á s e x a c t a m e n t e , del h o m b r e q u e ac-
t ú a e n el s e n o d e la n a t u r a l e z a : homo faber, homo artifex, e n r e l a c i ó n c o n
el d e s a r r o l l o d e l c o m e r c i o y c o n el c r e c i m i e n t o u r b a n o . A l h o m b r e , s e g ú n
los t e ó l o g o s d e l siglo XII ( G i l b e r t d e la P o r r e e , H u g o d e S a i n t - V i c t o r ) , n o
le b a s t a c o n sufrir el m u n d o e x t e r i o r , s i n o q u e i n t e n t a m e d i a n t e s u activi-
d a d y t r a b a j o t r a n s f o r m a r l o (ars s e i m p o n e a natura). Así nace también
u n a nueva visión de la historia, q u e se c a r a c t e r i z a p o r :
1. L a a t e n c i ó n c o n c e d i d a a las obras y a l o s actos d e l a h u m a n i d a d ,
b a j o l a é g i d a d e la P r o v i d e n c i a . M u c h o s s o n los q u e se p r e o c u p a n p o r l a
h i s t o r i a , g e n e r a l m e n t e c l é r i g o s q u e v i v e n c e r c a d e los p r í n c i p e s : O t ó n d e
Freisingen respecto a los e m p e r a d o r e s germánicos, Orderico Vital y J o h n
d e S a l i s b u r y e n la c o r t e a n g l o n o r m a n d a .
2 . E l d e s e o d e b e n e f i c i a r s e d e l a h e r e n c i a d e las g e n e r a c i o n e s a n t e -
riores, q u e e x p r e s a B e r n a r d d e C h a r t r e s c o n e s t a s p a l a b r a s : « L a v e r d a d es
hija d e l t i e m p o . » E n a n o s e n c a r a m a d o s s o b r e l o s h o m b r o s d e l o s g i g a n t e s
(los a u t o r e s a n t i g u o s y l o s P a d r e s d e l a I g l e s i a ) , los p e n s a d o r e s d e l siglo x n
d e s e a n sin e m b a r g o m i r a r m á s a l l á . S e a l u m b r a u n a n o c i ó n c o n f u s a d e l p r o -
g r e s o e n la h i s t o r i a , e s p e c i a l m e n t e e n el d o m i n i o d e las i n s t i t u c i o n e s e c l e -
siásticas y d e las r e g l a s m o r a l e s .
3 . L a r e f l e x i ó n s o b r e la Historia, especialmente por parte de H u g o de
S a i n t - V i c t o r , el c u a l p r e c i s a su d o b l e s e n t i d o . D e u n a p a r t e , la s e r i e d e a c o n -
t e c i m i e n t o s q u e son p r o d u c t o d e la p r e v i s i ó n d i v i n a e n o r d e n a l a s a l v a c i ó n
y e s t á n o r g a n i z a d o s d e f o r m a q u e c o n d u c e n a u n fin p r e c o n c e b i d o . D e o t r a
p a r t e , la disciplina intelectual q u e t r a t a d e estos a c o n t e c i m i e n t o s , o histo-
r i a e s c r i t a , c o n c e b i d a c o m o series narrationis, como sucesión organizada,
como continuidad articulada.
4 . L a e l a b o r a c i ó n d e u n bagaje conceptual p a r a p e n s a r el t i e m p o his-
tórico y e l a b o r a r u n a periodización global d e la a v e n t u r a h u m a n a . O b i e n
la d i v i s i ó n d e l a h i s t o r i a es l a m i s m a q u e la d e l o s d í a s d e la s e m a n a , q u e
s o n t a m b i é n l o s d e l a C r e a c i ó n , seis d í a s , seis e d a d e s d e la h u m a n i d a d (la
d e A d á n , l a d e N o é , e t c . ) , s i e n d o el s é p t i m o el d e l r e p o s o y la b e a t i t u d .
37
 concepción del t i e m p o . Los historiadores, por m á s providencialistas que
s e a n , d e f i n e n la h i s t o r i a c o m o u n relato verídico fundamentado en la cro-
nología. E n c a m b i o , la h a g i o g r a f í a n o s e p r e o c u p a d e la c r o n o l o g í a : s u a m -
b i c i ó n q u e d a l i m i t a d a a a p o r t a r u n c o n j u n t o d e hechos-pruebas que dan va-
lidez a u n a i n s t i t u c i ó n o l e g i t i m i d a d a u n c u l t o . S e p r o p o n e i l u s t r a r l a e j e m -
p l a r i d a d d e u n s a n t o o su c a p a c i d a d d e h a c e r m i l a g r o s a p o r t a n d o h e c h o s
p e r m u t a b l e s y m a n i p u l a b l e s . El t i e m p o circular de la liturgia ejerce su m a g -
n e t i s m o s o b r e l a h a g i o g r a f í a . E n c a m b i o , el s e n t i d o d e la d u r a c i ó n es a l g o
p e r c e p t i b l e e n la h i s t o r i a .
P o r último, n o s o t r o s c r e e m o s q u e la a b u n d a n c i a de la p r o d u c c i ó n ha-
giográfica h a c o n s t i t u i d o u n freno al a d v e n i m i e n t o d e u n a h i s t o r i a q u e o t o r -
g a r á t o d a s u a t e n c i ó n al d e v e n i r h u m a n o e n el t i e m p o . Sin e m b a r g o , e s t e
« r e p r o c h e » n o afecta n e c e s a r i a m e n t e a las g r a n d e s c o n s t r u c c i o n e s t e o l ó g i -
c a s . P o r q u e , si b i e n las v i d a s d e los s a n t o s y los l i b r o s d e l o s m i l a g r o s t i e -
n e n f r e c u e n t e m e n t e la c a d e n c i a r e p e t i t i v a d e l a l i t u r g i a , e n c a m b i o la t e o -
logía p r o p o n e u n a v i s i ó n u n i f i c a d o r a y o r i e n t a d a d e la h i s t o r i a .
3. ¿ L A T E O L O G Í A ( P A R T I C U L A R M E N T E E N E L S I G L O xn) AL SERVICIO D E
LA HISTORIA?
L a r e p r e s e n t a c i ó n d e l p u e b l o c r i s t i a n o c a m i n a n d o h a c i a su b e a t i t u d
— a u t é n t i c a filosofía d e la h i s t o r i a — h a c o n t r i b u i d o a i n s t a u r a r u n a v i s i ó n
lineal y finalista d e l d e v e n i r h u m a n o . E s t o es p a r t i c u l a r m e n t e e v i d e n t e e n
el siglo x n , c u a n d o la t e o l o g í a t o p a c o n u n m o v i m i e n t o social r e a l y c o n -
t r i b u y e a la e c l o s i ó n d e u n a c o n c e p c i ó n d i n á m i c a d e l a h i s t o r i a .
A ) D u r a n t e la a l t a E d a d M e d i a , el e s q u e m a d o m i n a n t e p a r a p e n s a r
la h i s t o r i a p r o c e d e d e la Ciudad de Dios, d e S a n A g u s t í n . R e c o r d e m o s sus
l í n e a s d i r e c t r i c e s : la c i u d a d t e r r e s t r e , d i v i d i d a e n t r e c r i s t i a n o s y p a g a n o s , y
r e u n i f i c a d a b a j o l a f o r m a d e I m p e r i o r o m a n o , c a m i n a h a c i a la C i u d a d C e -
l e s t e . L a Civitas Dei e s t á y a p r e s e n t e , b a j o l a f o r m a d e I g l e s i a , e n l a C i u -
d a d T e r r e s t r e , p a r a g u i a r l a . E l s e n t i d o p r o f u n d o d e l a h i s t o r i a se r e d u c e a
las c o n q u i s t a s d e e s t a i n s t i t u c i ó n f u n d a d a p o r D i o s p a r a a s o c i a r a l o s h o m -
b r e s a su p r o p i a b e a t i t u d . D e e s t a visión se d e s p r e n d e el p a r t i c u l a r e s t a t u -
t o p o l í t i c o e h i s t ó r i c o d e los c r i s t i a n o s : m i e m b r o s d e l a c i u d a d d e D i o s , s o n
p e r e g r i n o s d e e s t e m u n d o , q u e se s i r v e n d e la p a z r e l a t i v a d e la C i u d a d
T e r r e s t r e p a r a a l c a n z a r la p a z c e l e s t e .
L o s teólogos h a n tejido múltiples variaciones s o b r e esta visión grandio-
sa. S e g ú n G i l s o n , su c o n c e p c i ó n d e la h i s t o r i a s e c a r a c t e r i z a e s e n c i a l m e n t e
p o r l a c o m ú n r e f e r e n c i a a la E n c a r n a c i ó n , c o n c e b i d a c o m o p u n t o final d e
los t i e m p o s p a s a d o s y p u n t o d e p a r t i d a d e u n a e r a n u e v a ; y t a m b i é n p o r
u n « f i n a l i s m o » e s e n c i a l , e n v i r t u d d e l c u a l la a v e n t u r a h u m a n a se v a defi-
n i e n d o c o m o construcción progresiva d e la C i u d a d d e D i o s . D e esta m a -
n e r a a d q u i e r e sentido la s u c e s i ó n d e las g e n e r a c i o n e s y d e l o s a c o n t e c i m i e n -
tos.
Se p u e d e d e s c u b r i r e n c u a l q u i e r h e c h o la a c c i ó n r e c t o r a d e la P r o v i -
d e n c i a , p o r q u e el d e s e n v o l v i m i e n t o d e los a c o n t e c i m i e n t o s d e p e n d e d e la
p r e v i s i ó n d i v i n a e n o r d e n a la S a l v a c i ó n .
S e g ú n G i l s o n , d a d o q u e la h i s t o r i a d e l m u n d o e s t á c o n c e b i d a c o m o la
36
d e l p r o g r e s o ( a q u í m o r a l y e s p i r i t u a l ) o r i e n t a d o h a c i a u n a d e t e r m i n a d a fi-
n a l i d a d , se p u e d e h a b l a r d e u n orden lineal q u e s u s t i t u y e el- orden cíclico
d e los p e n s a d o r e s g r e c o r r o m a n o s .
L a c o n c e p c i ó n d e la historiografía m e d i e v a l d e G i l s o n , i n d u d a b l e m e n t e
j u s t a , si c o n s i d e r a m o s s u c u m b r e (el m u n d o d e l o s p r e l a d o s y d e l o s g r a n -
d e s a b a d e s c a r o l i n g i o s , f o r m a d o s , c o m o el a r z o b i s p o d e R e i m s , H i n c m a r ,
d e a c u e r d o c o n el p e n s a m i e n t o d e S a n A g u s t í n ) , r e s u l t a m á s d i s c u t i b l e e n
r e l a c i ó n a h i s t o r i a d o r e s m á s m o d e s t o s , c o m o R a o u l G l a b e r . H a s t a el si-
glo XII, s e p u e d e h a b l a r d e u n a g r a n i n d i f e r e n c i a h a c i a el t i e m p o , c o n c e -
b i d o y v i v i d o e s e n c i a l m e n t e c o m o tiempo natural (el ciclo d e l a s e s t a c i o n e s
y d e l o s m e s e s ) y c o m o tiempo litúrgico ( o r g a n i z a d o t a m b i é n e n f e c h a s fi-
j a s ) . L o s a c o n t e c i m i e n t o s h i s t ó r i c o s i n t e r e s a n m á s p o r s u carga simbólica
q u e p o r sus a n t e c e d e n t e s y c o n s e c u e n c i a s . P e r o , e n el siglo x n , n a c e r á u n
nuevo sentido del tiempo, q u e c o n m o c i o n a r á de alguna m a n e r a los marcos
d e esta historia eclesiológica a la q u e n o s h e m o s referido a n t e r i o r m e n t e .
B ) E l n a c i m i e n t o d e u n a « c o n s c i e n c i a a c t i v a » d e l a h i s t o r i a e n el si-
glo x n (cf. M . D . C h e n u , La Théologie au XII'. siécle).
L a a p a r i c i ó n d e u n nuevo sentido del tiempo v a u n i d a a la a p a r i c i ó n d e
u n nuevo sentido de la naturaleza, o m á s e x a c t a m e n t e , del h o m b r e q u e ac-
t ú a e n el s e n o d e la n a t u r a l e z a : homo faber, homo artifex, e n r e l a c i ó n c o n
el d e s a r r o l l o d e l c o m e r c i o y c o n el c r e c i m i e n t o u r b a n o . A l h o m b r e , s e g ú n
los t e ó l o g o s d e l siglo XII ( G i l b e r t d e la P o r r e e , H u g o d e S a i n t - V i c t o r ) , n o
le b a s t a c o n sufrir el m u n d o e x t e r i o r , s i n o q u e i n t e n t a m e d i a n t e s u activi-
d a d y t r a b a j o t r a n s f o r m a r l o (ars s e i m p o n e a natura). Así nace también
u n a nueva visión de la historia, q u e se c a r a c t e r i z a p o r :
1. L a a t e n c i ó n c o n c e d i d a a las obras y a l o s actos d e l a h u m a n i d a d ,
b a j o l a é g i d a d e la P r o v i d e n c i a . M u c h o s s o n los q u e se p r e o c u p a n p o r l a
h i s t o r i a , g e n e r a l m e n t e c l é r i g o s q u e v i v e n c e r c a d e los p r í n c i p e s : O t ó n d e
Freisingen respecto a los e m p e r a d o r e s germánicos, Orderico Vital y J o h n
d e S a l i s b u r y e n la c o r t e a n g l o n o r m a n d a .
2 . E l d e s e o d e b e n e f i c i a r s e d e l a h e r e n c i a d e las g e n e r a c i o n e s a n t e -
riores, q u e e x p r e s a B e r n a r d d e C h a r t r e s c o n e s t a s p a l a b r a s : « L a v e r d a d es
hija d e l t i e m p o . » E n a n o s e n c a r a m a d o s s o b r e l o s h o m b r o s d e l o s g i g a n t e s
(los a u t o r e s a n t i g u o s y l o s P a d r e s d e l a I g l e s i a ) , los p e n s a d o r e s d e l siglo x n
d e s e a n sin e m b a r g o m i r a r m á s a l l á . S e a l u m b r a u n a n o c i ó n c o n f u s a d e l p r o -
g r e s o e n la h i s t o r i a , e s p e c i a l m e n t e e n el d o m i n i o d e las i n s t i t u c i o n e s e c l e -
siásticas y d e las r e g l a s m o r a l e s .
3 . L a r e f l e x i ó n s o b r e la Historia, especialmente por parte de H u g o de
S a i n t - V i c t o r , el c u a l p r e c i s a su d o b l e s e n t i d o . D e u n a p a r t e , la s e r i e d e a c o n -
t e c i m i e n t o s q u e son p r o d u c t o d e la p r e v i s i ó n d i v i n a e n o r d e n a l a s a l v a c i ó n
y e s t á n o r g a n i z a d o s d e f o r m a q u e c o n d u c e n a u n fin p r e c o n c e b i d o . D e o t r a
p a r t e , la disciplina intelectual q u e t r a t a d e estos a c o n t e c i m i e n t o s , o histo-
r i a e s c r i t a , c o n c e b i d a c o m o series narrationis, como sucesión organizada,
como continuidad articulada.
4 . L a e l a b o r a c i ó n d e u n bagaje conceptual p a r a p e n s a r el t i e m p o his-
tórico y e l a b o r a r u n a periodización global d e la a v e n t u r a h u m a n a . O b i e n
la d i v i s i ó n d e l a h i s t o r i a es l a m i s m a q u e la d e l o s d í a s d e la s e m a n a , q u e
s o n t a m b i é n l o s d e l a C r e a c i ó n , seis d í a s , seis e d a d e s d e la h u m a n i d a d (la
d e A d á n , l a d e N o é , e t c . ) , s i e n d o el s é p t i m o el d e l r e p o s o y la b e a t i t u d .
37
O b i e n s e h a c e u n a t r i p a r t i c i ó n d e l a h i s t o r i a : ante legem, sub legem, sub
gratia ( a n t e s d e la l e y , b a j o l a l e y , b a j o l a g r a c i a ) . E s t e e s q u e m a e x p r e s a
c l a r a m e n t e «el d i s p o s i t i v o d e la p r e v i s i ó n d e la s a l v a c i ó n » . A s i m i s m o , o t r a
v i s i ó n t r i p a r t i t a c o r r e s p o n d e a las t r e s p e r s o n a s d e la T r i n i d a d (la e d a d d e l
P a d r e , la e d a d del H i j o , la e d a d del E s p í r i t u ) .
H a y o t r o s d o s e s q u e m a s , m e n o s i n f l u i d o s p o r la t e o l o g í a , i g u a l m e n t e
m u y e x t e n d i d o s . E l p r i m e r o es el d e la translatio imperii (la t r a n s f e r e n c i a
d e la s o b e r a n í a i m p e r i a l s e g ú n el t r a n s c u r r i r d e los s i g l o s ) . L a s o b e r a n í a h a
r e c a í d o s u c e s i v a m e n t e e n los r o m a n o s , l o s b i z a n t i n o s , los f r a n c o s y , p o r ú l -
t i m o , e n los g e r m a n o s , a p a r t i r d e l a c o r o n a c i ó n d e O t ó n I .
E l s e g u n d o es el d e la translatio studii (la t r a n s f e r e n c i a d e l s a b e r ) , o
s e a , el d e s p l a z a m i e n t o d e l a civilización d e l E s t e al O e s t e . L a A t e n a s d e
P e r i c l e s c o n s t i t u y ó el p r i m e r h o g a r d e l a c u l t u r a o c c i d e n t a l , d e s p u é s l a
R o m a d e A u g u s t o , a n t e s d e q u e el s a b e r r e n a c i e r a e n A q u i s g r á n c o n C a r -
l o m a g n o , p a r a a f i n c a r s e i n m e d i a t a m e n t e , e n el siglo X I I , e n las e s c u e l a s ca-
t e d r a l i c i a s s i t u a d a s e n t r e el L o i r a y el R h i n . S e p e r c i b e q u e el d e s t i n o d e
O c c i d e n t e se forja a p a r t i r d e l p o d e r y d e l a c u l t u r a .
P o r e s t a s r a z o n e s se c o m p r e n d e f á c i l m e n t e q u e el relato de los aconte-
cimientos pasados gane en coherencia e n t r e los historiadores y cronistas del
siglo X I I . A l g u n o s se p r e o c u p a n p o r l a b ú s q u e d a d e las r e l a c i o n e s c a u s a l e s
e n t r e l o s h e c h o s . P o r e j e m p l o , G u i l l a u m e d e C o n c h e s : « H a y q u e b u s c a r la
r a z ó n d e t o d a s las c o s a s . » P o r e j e m p l o , G u i b e r t d e N o g e n t {Gesta Dei per
Francos): « H e c r e í d o d e b e r e x p o n e r e n p r i m e r l u g a r los m o t i v o s y las cir-
c u n s t a n c i a s q u e h a c í a n u r g e n t e t a l e x p e d i c i ó n » (se t r a t a d e l a s e g u n d a c r u -
z a d a ) . P o r e j e m p l o , G u i l l a u m e d e T y r , q u e se p r e g u n t a p o r las r a z o n e s d e
los é x i t o s d e s p u é s d e l o s f r a c a s o s d e las C r u z a d a s (la d i s c i p l i n a m i l i t a r , la
u n i ó n d e los e n e m i g o s , e t c . ) . Sin e m b a r g o , e n su p e n s a m i e n t o , las c a u s a s
h u m a n a s e s t á n s i e m p r e t o c a d a s p o r l o s d e s i g n i o s d i v i n o s : «la p r i m e r a c a u -
sa n o s r e m i t e h a c i a D i o s , a u t o r d e t o d a s las c o s a s » .
4. VISIÓN D E LA HISTORIA Y SENTIDO COMÚN DEL TIEMPO
D e s p u é s d e h a b e r c o n s i d e r a d o las c o n e x i o n e s e n t r e las e s p e c u l a c i o n e s
t e o l ó g i c a s y l a a c t i v i d a d h i s t o r i o g r á f i c a , v e a m o s las r e l a c i o n e s e x i s t e n t e s e n -
t r e el b a g a j e m e n t a l c o m ú n , p a r t i c u l a r m e n t e la c o n c e p c i ó n c o r r i e n t e d e l
t i e m p o p a s a d o , y la v i s i ó n d e l p a s a d o d o m i n a n t e e n t r e los m e m o r i a l i s t a s .
L a s f u e n t e s a las q u e r e c u r r i r s o n los r e l a t o s d e p e r e g r i n a c i ó n a T i e r r a S a n -
t a (siglos X l l - x r v ) , las d e c l a r a c i o n e s d e l o s t e s t i m o n i o s e n l a s i n v e s t i g a c i o -
n e s j u d i c i a l e s e n el M e d i o d í a d e F r a n c i a (1250-1350) y los t e s t i m o n i o s
i c o n o g r á f i c o s . N o s o t r o s u t i l i z a r e m o s las a c t a s d e l c o l o q u i o Le tetnps et la
histoire, T o u r s , 1 9 7 5 , p u b l i c a d a e n Annales de Bretagne et des Pays de
l'Ouest, 1976/2, y e s p e c i a l m e n t e e n los a r t í c u l o s d e C . D e l u z , M . G r a m a i n
y C. Schaeffer.
L o s a u t o r e s d e los r e l a t o s d e p e r e g r i n a c i ó n l l e g a n a t e n e r u n a i d e a d e
la m e d i d a d e l t i e m p o v i v i d o e n r e l a c i ó n a su c a m i n a r h a c i a J e r u s a l é n . I n -
d i c a n las p r i n c i p a l e s e t a p a s d e s u v i a j e , a v e c e s s e ñ a l a n d o l a f e c h a y h o r a
d e l l e g a d a . P e r o su s e n t i d o d e l p a s a d o e s t á p o c o d e s a r r o l l a d o . E v o c a n d e
f o r m a i m p r e c i s a y s i e m p r e u t i l i z a n d o los m i s m o s a d v e r b i o s ( « a n t a ñ o » , « d e s -
d e h a c e t i e m p o » , « h a c e m u c h í s i m o t i e m p o » . . . ) . S i n e m b a r g o , la c o n t e m -
38
p l a c i ó n d e a l g u n o s m o n u m e n t o s a g u d i z a a v e c e s s u c u r i o s i d a d p o r el p a s a -
d o . D e d i c a n b r e v e s n o t i c i a s h i s t ó r i c a s a las c i u d a d e s c u y a s r u i n a s s o n m á s
n o t a b l e s . « L l e g u é a R o m a , q u e e n o t r o t i e m p o fue i n m e n s a , c o m o p a r e c e
p o r las r u i n a s d e sus e d i f i c i o s . » R o d a s , C h i p r e y C i t e r e a d a n p i e a l a e v o -
cación de seres mitológicos. Se despierta u n cierto sentido crítico: c u a n d o
u n a u t o r l l e g a a s o s t e n e r , e n 1 3 3 5 , q u e s e p u e d e v e r a ú n la e s t a t u a d e sal
d e L o t , u n n a r r a d o r , al a ñ o s i g u i e n t e , e x p r e s a sus d u d a s («yo n o sé si q u e -
da algún testimonio de ello»). U n a característica más general es la repre-
sentación de los grandes acontecimientos de la historia sagrada: « E n este
l u g a r (el C a l v a r i o ) . . . C r i s t o e s d e s n u d a d o , c r u c i f i c a d o , c l a v a d o e n l a
c r u z . . . » T o d o l o q u e h a c e r e f e r e n c i a a l a s a l v a c i ó n se r e v i v e r e g u l a r m e n t e
e n la r e p r e s e n t a c i ó n s a g r a d a . E s t e p r e s e n t e es el t i e m p o del m i t o s i e m p r e
activo.
Las fuentes jurídicas del L a n g u e d o c revelan t a m b i é n un d o m i n i o inse-
g u r o d e l p a s a d o . D a n c u e n t a d e i n v e s t i g a c i o n e s t e s t i m o n i a l e s a c e r c a d e los
límites d e l o s p u e b l o s , p o r e j e m p l o , o d e las c a u s a s d e l o s c o n f l i c t o s e n t r e
las c o m u n i d a d e s r u r a l e s . P r e f e r e n t e m e n t e s e i n t e r r o g a a los a n c i a n o s y a
los n o t a b l e s . L a « c a l i d a d d e l r e c u e r d o » g e n e r a l m e n t e e s d e f i c i e n t e . E s t a s
m e m o r i a s i m p r e c i s a s , y, c u r i o s a m e n t e , p o c o a n e c d ó t i c a s , p o c o e m o t i v a s ,
a p e n a s se o c u p a n d e l a s c a l a m i d a d e s y r a r a m e n t e c i t a n f e c h a s y n o m b r e s
p r o p i o s , si b i e n a p o r t a n t e s t i m o n i o s c o n c o r d a n t e s s o b r e lo e s e n c i a l . H a y
m á s p r e c i s i ó n e n los c l é r i g o s , e n l o s a n t i g u o s c ó n s u l e s e , i n c l u s o , e n a q u e -
llos q u e s e d e d i c a n a a c t i v i d a d e s m e r c a n t i l e s , lo q u e v i e n e a a c r e d i t a r la
i d e a d e la construcción social de la memoria. E n t é r m i n o s g e n e r a l e s , la m e -
d i d a del t i e m p o p a s a d o es i m p r e c i s a . E n t r e l o s h e c h o s m á s r e p e t i d o s se e n -
c u e n t r a el c a l e n d a r i o d e a c t i v i d a d e s r u r a l e s , l a s u c e s i ó n d e fiestas r e l i g i o -
sas y los ritos i n s t i t u c i o n a l e s , c o m o el t i e m p o e n el q u e f u l a n o e r a « b a y l e »
u o b i s p o . H a b i t u a l m e n t e , se r e d o n d e a n las e d a d e s y las d i s t a n c i a s e n el
t i e m p o p o r t r a m o s d e c i n c o o d i e z a ñ o s . S e c o n s i d e r a i n m e m o r i a l t o d o lo
q u e es a n t e r i o r a la v i d a d e l t e s t i m o n i o . M u y r a r a m e n t e se h a c e r e f e r e n c i a
a l o s a c o n t e c i m i e n t o s e x t e r i o r e s al t i e m p o c e r r a d o d e l p u e b l o .
F i n a l m e n t e r e c u r r i r e m o s al t e s t i m o n i o i c o n o g r á f i c o p a r a d e m o s t r a r la
c o n f l u e n c i a d e l e t e r n o p r e s e n t e d e l t i e m p o r e l i g i o s o y d e los a c o n t e c i m i e n -
t o s c o n t e m p o r á n e o s d e final d e l a E d a d M e d i a . C o n s i d e r e m o s la r e p r e s e n -
t a c i ó n d e l a a d o r a c i ó n d e l o s M a g o s d e J e a n F o u q u e t e n las Horas, d e E t i e n -
n e Chevalier, d e e n t r e 1452 y 1457. Schaeffer distingue en esta p i n t u r a : de
u n a p a r t e , el a c o n t e c i m i e n t o l i t ú r g i c o , el h e c h o i n m u t a b l e d e l a r e v e l a c i ó n ,
o s e a , u n a s e r i e d e elementos fuera del tiempo; p o r o t r a p a r t e , t o d o l o q u e
manifiesta la «proyección d e este a c o n t e c i m i e n t o en la historia del r e i n a d o
d e C a r l o s V I I » . G a s p a r p a r e c e c o n f u n d i r s e c o n el s o b e r a n o , M e l c h o r c o n
el delfín L u i s , B a l t a s a r c o n C a r l o s d e F r a n c i a . L a g u a r d i a p e r s o n a l d e l r e y
está representada con u n sentido exigente del detalle (vestido, a r m a m e n -
t o ) . E n el ú l t i m o p l a n o , l a t o m a d e u n p a l a c i o c o n m e m o r a p r o b a b l e m e n t e
la l i b e r a c i ó n d e P o n t - A u d e m e r p o r las t r o p a s r e a l e s . E n esta e s c e n a c o h a -
b i t a el r e p o r t a j e c o n l a e v o c a c i ó n d e lo i n m u t a b l e . N o b a s t a c o n d e c i r q u e
el p i n t o r p r e s t a « i n g e n u a m e n t e » a l o s r e y e s m a g o s l a a p a r i e n c i a , las vesti-
d u r a s y la e s c o l t a d e l o s s o b e r a n o s d e su t i e m p o . P e r o l o c i e r t o e s q u e se
p r o d u c e a q u í « e l c a b a l g a m i e n t o e n t r e u n h e c h o d e la r e v e l a c i ó n y u n h e -
cho d e la historia c o n t e m p o r á n e a » .
S e m e j a n t e s e n t r e c r u z a m i e n t o s e n t r e el p r e s e n t e y el p a s a d o , s e m e j a n -
39
O b i e n s e h a c e u n a t r i p a r t i c i ó n d e l a h i s t o r i a : ante legem, sub legem, sub
gratia ( a n t e s d e la l e y , b a j o l a l e y , b a j o l a g r a c i a ) . E s t e e s q u e m a e x p r e s a
c l a r a m e n t e «el d i s p o s i t i v o d e la p r e v i s i ó n d e la s a l v a c i ó n » . A s i m i s m o , o t r a
v i s i ó n t r i p a r t i t a c o r r e s p o n d e a las t r e s p e r s o n a s d e la T r i n i d a d (la e d a d d e l
P a d r e , la e d a d del H i j o , la e d a d del E s p í r i t u ) .
H a y o t r o s d o s e s q u e m a s , m e n o s i n f l u i d o s p o r la t e o l o g í a , i g u a l m e n t e
m u y e x t e n d i d o s . E l p r i m e r o es el d e la translatio imperii (la t r a n s f e r e n c i a
d e la s o b e r a n í a i m p e r i a l s e g ú n el t r a n s c u r r i r d e los s i g l o s ) . L a s o b e r a n í a h a
r e c a í d o s u c e s i v a m e n t e e n los r o m a n o s , l o s b i z a n t i n o s , los f r a n c o s y , p o r ú l -
t i m o , e n los g e r m a n o s , a p a r t i r d e l a c o r o n a c i ó n d e O t ó n I .
E l s e g u n d o es el d e la translatio studii (la t r a n s f e r e n c i a d e l s a b e r ) , o
s e a , el d e s p l a z a m i e n t o d e l a civilización d e l E s t e al O e s t e . L a A t e n a s d e
P e r i c l e s c o n s t i t u y ó el p r i m e r h o g a r d e l a c u l t u r a o c c i d e n t a l , d e s p u é s l a
R o m a d e A u g u s t o , a n t e s d e q u e el s a b e r r e n a c i e r a e n A q u i s g r á n c o n C a r -
l o m a g n o , p a r a a f i n c a r s e i n m e d i a t a m e n t e , e n el siglo X I I , e n las e s c u e l a s ca-
t e d r a l i c i a s s i t u a d a s e n t r e el L o i r a y el R h i n . S e p e r c i b e q u e el d e s t i n o d e
O c c i d e n t e se forja a p a r t i r d e l p o d e r y d e l a c u l t u r a .
P o r e s t a s r a z o n e s se c o m p r e n d e f á c i l m e n t e q u e el relato de los aconte-
cimientos pasados gane en coherencia e n t r e los historiadores y cronistas del
siglo X I I . A l g u n o s se p r e o c u p a n p o r l a b ú s q u e d a d e las r e l a c i o n e s c a u s a l e s
e n t r e l o s h e c h o s . P o r e j e m p l o , G u i l l a u m e d e C o n c h e s : « H a y q u e b u s c a r la
r a z ó n d e t o d a s las c o s a s . » P o r e j e m p l o , G u i b e r t d e N o g e n t {Gesta Dei per
Francos): « H e c r e í d o d e b e r e x p o n e r e n p r i m e r l u g a r los m o t i v o s y las cir-
c u n s t a n c i a s q u e h a c í a n u r g e n t e t a l e x p e d i c i ó n » (se t r a t a d e l a s e g u n d a c r u -
z a d a ) . P o r e j e m p l o , G u i l l a u m e d e T y r , q u e se p r e g u n t a p o r las r a z o n e s d e
los é x i t o s d e s p u é s d e l o s f r a c a s o s d e las C r u z a d a s (la d i s c i p l i n a m i l i t a r , la
u n i ó n d e los e n e m i g o s , e t c . ) . Sin e m b a r g o , e n su p e n s a m i e n t o , las c a u s a s
h u m a n a s e s t á n s i e m p r e t o c a d a s p o r l o s d e s i g n i o s d i v i n o s : «la p r i m e r a c a u -
sa n o s r e m i t e h a c i a D i o s , a u t o r d e t o d a s las c o s a s » .
4. VISIÓN D E LA HISTORIA Y SENTIDO COMÚN DEL TIEMPO
D e s p u é s d e h a b e r c o n s i d e r a d o las c o n e x i o n e s e n t r e las e s p e c u l a c i o n e s
t e o l ó g i c a s y l a a c t i v i d a d h i s t o r i o g r á f i c a , v e a m o s las r e l a c i o n e s e x i s t e n t e s e n -
t r e el b a g a j e m e n t a l c o m ú n , p a r t i c u l a r m e n t e la c o n c e p c i ó n c o r r i e n t e d e l
t i e m p o p a s a d o , y la v i s i ó n d e l p a s a d o d o m i n a n t e e n t r e los m e m o r i a l i s t a s .
L a s f u e n t e s a las q u e r e c u r r i r s o n los r e l a t o s d e p e r e g r i n a c i ó n a T i e r r a S a n -
t a (siglos X l l - x r v ) , las d e c l a r a c i o n e s d e l o s t e s t i m o n i o s e n l a s i n v e s t i g a c i o -
n e s j u d i c i a l e s e n el M e d i o d í a d e F r a n c i a (1250-1350) y los t e s t i m o n i o s
i c o n o g r á f i c o s . N o s o t r o s u t i l i z a r e m o s las a c t a s d e l c o l o q u i o Le tetnps et la
histoire, T o u r s , 1 9 7 5 , p u b l i c a d a e n Annales de Bretagne et des Pays de
l'Ouest, 1976/2, y e s p e c i a l m e n t e e n los a r t í c u l o s d e C . D e l u z , M . G r a m a i n
y C. Schaeffer.
L o s a u t o r e s d e los r e l a t o s d e p e r e g r i n a c i ó n l l e g a n a t e n e r u n a i d e a d e
la m e d i d a d e l t i e m p o v i v i d o e n r e l a c i ó n a su c a m i n a r h a c i a J e r u s a l é n . I n -
d i c a n las p r i n c i p a l e s e t a p a s d e s u v i a j e , a v e c e s s e ñ a l a n d o l a f e c h a y h o r a
d e l l e g a d a . P e r o su s e n t i d o d e l p a s a d o e s t á p o c o d e s a r r o l l a d o . E v o c a n d e
f o r m a i m p r e c i s a y s i e m p r e u t i l i z a n d o los m i s m o s a d v e r b i o s ( « a n t a ñ o » , « d e s -
d e h a c e t i e m p o » , « h a c e m u c h í s i m o t i e m p o » . . . ) . S i n e m b a r g o , la c o n t e m -
38
p l a c i ó n d e a l g u n o s m o n u m e n t o s a g u d i z a a v e c e s s u c u r i o s i d a d p o r el p a s a -
d o . D e d i c a n b r e v e s n o t i c i a s h i s t ó r i c a s a las c i u d a d e s c u y a s r u i n a s s o n m á s
n o t a b l e s . « L l e g u é a R o m a , q u e e n o t r o t i e m p o fue i n m e n s a , c o m o p a r e c e
p o r las r u i n a s d e sus e d i f i c i o s . » R o d a s , C h i p r e y C i t e r e a d a n p i e a l a e v o -
cación de seres mitológicos. Se despierta u n cierto sentido crítico: c u a n d o
u n a u t o r l l e g a a s o s t e n e r , e n 1 3 3 5 , q u e s e p u e d e v e r a ú n la e s t a t u a d e sal
d e L o t , u n n a r r a d o r , al a ñ o s i g u i e n t e , e x p r e s a sus d u d a s («yo n o sé si q u e -
da algún testimonio de ello»). U n a característica más general es la repre-
sentación de los grandes acontecimientos de la historia sagrada: « E n este
l u g a r (el C a l v a r i o ) . . . C r i s t o e s d e s n u d a d o , c r u c i f i c a d o , c l a v a d o e n l a
c r u z . . . » T o d o l o q u e h a c e r e f e r e n c i a a l a s a l v a c i ó n se r e v i v e r e g u l a r m e n t e
e n la r e p r e s e n t a c i ó n s a g r a d a . E s t e p r e s e n t e es el t i e m p o del m i t o s i e m p r e
activo.
Las fuentes jurídicas del L a n g u e d o c revelan t a m b i é n un d o m i n i o inse-
g u r o d e l p a s a d o . D a n c u e n t a d e i n v e s t i g a c i o n e s t e s t i m o n i a l e s a c e r c a d e los
límites d e l o s p u e b l o s , p o r e j e m p l o , o d e las c a u s a s d e l o s c o n f l i c t o s e n t r e
las c o m u n i d a d e s r u r a l e s . P r e f e r e n t e m e n t e s e i n t e r r o g a a los a n c i a n o s y a
los n o t a b l e s . L a « c a l i d a d d e l r e c u e r d o » g e n e r a l m e n t e e s d e f i c i e n t e . E s t a s
m e m o r i a s i m p r e c i s a s , y, c u r i o s a m e n t e , p o c o a n e c d ó t i c a s , p o c o e m o t i v a s ,
a p e n a s se o c u p a n d e l a s c a l a m i d a d e s y r a r a m e n t e c i t a n f e c h a s y n o m b r e s
p r o p i o s , si b i e n a p o r t a n t e s t i m o n i o s c o n c o r d a n t e s s o b r e lo e s e n c i a l . H a y
m á s p r e c i s i ó n e n los c l é r i g o s , e n l o s a n t i g u o s c ó n s u l e s e , i n c l u s o , e n a q u e -
llos q u e s e d e d i c a n a a c t i v i d a d e s m e r c a n t i l e s , lo q u e v i e n e a a c r e d i t a r la
i d e a d e la construcción social de la memoria. E n t é r m i n o s g e n e r a l e s , la m e -
d i d a del t i e m p o p a s a d o es i m p r e c i s a . E n t r e l o s h e c h o s m á s r e p e t i d o s se e n -
c u e n t r a el c a l e n d a r i o d e a c t i v i d a d e s r u r a l e s , l a s u c e s i ó n d e fiestas r e l i g i o -
sas y los ritos i n s t i t u c i o n a l e s , c o m o el t i e m p o e n el q u e f u l a n o e r a « b a y l e »
u o b i s p o . H a b i t u a l m e n t e , se r e d o n d e a n las e d a d e s y las d i s t a n c i a s e n el
t i e m p o p o r t r a m o s d e c i n c o o d i e z a ñ o s . S e c o n s i d e r a i n m e m o r i a l t o d o lo
q u e es a n t e r i o r a la v i d a d e l t e s t i m o n i o . M u y r a r a m e n t e se h a c e r e f e r e n c i a
a l o s a c o n t e c i m i e n t o s e x t e r i o r e s al t i e m p o c e r r a d o d e l p u e b l o .
F i n a l m e n t e r e c u r r i r e m o s al t e s t i m o n i o i c o n o g r á f i c o p a r a d e m o s t r a r la
c o n f l u e n c i a d e l e t e r n o p r e s e n t e d e l t i e m p o r e l i g i o s o y d e los a c o n t e c i m i e n -
t o s c o n t e m p o r á n e o s d e final d e l a E d a d M e d i a . C o n s i d e r e m o s la r e p r e s e n -
t a c i ó n d e l a a d o r a c i ó n d e l o s M a g o s d e J e a n F o u q u e t e n las Horas, d e E t i e n -
n e Chevalier, d e e n t r e 1452 y 1457. Schaeffer distingue en esta p i n t u r a : de
u n a p a r t e , el a c o n t e c i m i e n t o l i t ú r g i c o , el h e c h o i n m u t a b l e d e l a r e v e l a c i ó n ,
o s e a , u n a s e r i e d e elementos fuera del tiempo; p o r o t r a p a r t e , t o d o l o q u e
manifiesta la «proyección d e este a c o n t e c i m i e n t o en la historia del r e i n a d o
d e C a r l o s V I I » . G a s p a r p a r e c e c o n f u n d i r s e c o n el s o b e r a n o , M e l c h o r c o n
el delfín L u i s , B a l t a s a r c o n C a r l o s d e F r a n c i a . L a g u a r d i a p e r s o n a l d e l r e y
está representada con u n sentido exigente del detalle (vestido, a r m a m e n -
t o ) . E n el ú l t i m o p l a n o , l a t o m a d e u n p a l a c i o c o n m e m o r a p r o b a b l e m e n t e
la l i b e r a c i ó n d e P o n t - A u d e m e r p o r las t r o p a s r e a l e s . E n esta e s c e n a c o h a -
b i t a el r e p o r t a j e c o n l a e v o c a c i ó n d e lo i n m u t a b l e . N o b a s t a c o n d e c i r q u e
el p i n t o r p r e s t a « i n g e n u a m e n t e » a l o s r e y e s m a g o s l a a p a r i e n c i a , las vesti-
d u r a s y la e s c o l t a d e l o s s o b e r a n o s d e su t i e m p o . P e r o l o c i e r t o e s q u e se
p r o d u c e a q u í « e l c a b a l g a m i e n t o e n t r e u n h e c h o d e la r e v e l a c i ó n y u n h e -
cho d e la historia c o n t e m p o r á n e a » .
S e m e j a n t e s e n t r e c r u z a m i e n t o s e n t r e el p r e s e n t e y el p a s a d o , s e m e j a n -
39

tes c a b a l g a m i e n t o s e n t r e los p l a n o s d i v i n o y h u m a n o se e n c u e n t r a n e n las
c r ó n i c a s . I g u a l m e n t e se e n c u e n t r a e n ellas el d o m i n i o i m p e r f e c t o d e l p a s a -
d o , las fluctuaciones d e la c r o n o l o g í a y la i n e x a c t i t u d d e las e v a l u a c i o n e s ,
e n cifras q u e c o n s t i t u y e n el d e n o m i n a d o r c o m ú n d e la m e n t a l i d a d p r o p i a
d e la época. L e a m o s a h o r a a Joinville.
5. JOINVILLE, CRONISTA Y MORALISTA
J e a n , s e ñ o r d e J o i n v i l l e ( h a c i a 1224-1317), p r o c e d í a d e u n a familia d e
la m á s a l t a n o b l e z a . F u e , c o m o su p a d r e , s e n e s c a l d e C h a m p a g n e . A c o m -
p a ñ ó a L u i s I X a E g i p t o e n 1 2 4 8 , c o m b a t i ó a su l a d o e n L a M a n s u r a y fue
h e c h o p r i s i o n e r o . E n c a m b i o n o siguió al s o b e r a n o e n la e x p e d i c i ó n a T ú -
n e z d e 1270. F u e y a al final d e su v i d a c u a n d o d e c i d i ó h a c e r « u n l i b r o d e
santas palabras y b u e n o s hechos» del rey S a n Luis, e n cuya p r o x i m i d a d ha-
b í a v i v i d o . A c a b ó d e d i c t a r sus Memorias e n 1309. G r a n d e es la p a r t e d e
los r e c u e r d o s p e r s o n a l e s , p e r o la c o m p i l a d a n o es t a m p o c o p e q u e ñ a . J o i n -
ville t o m ó m u c h a s c o s a s d e u n a v i d a d e S a n L u i s e s c r i t a p o r G u i l l a u m e d e
N a n g i s , el c u a l se f u n d a m e n t a b a a su v e z e n e s c r i t o s d e l c o n f e s o r d e l a c o r t e .
J o i n v i l l e f o r m a p a r t e d e a q u e l l o s c r o n i s t a s q u e h a n t r a b a j a d o p a r a la fu-
t u r a h i s t o r i a m i t o l ó g i c a d e l o s f r a n c e s e s . N o s h a d e j a d o g r a b a d o p o r l o s si-
glos d e los siglos el r e t r a t o i d e a l d e e s t e r e y e n el q u e v e í a la e n c a r n a c i ó n
d e las a s p i r a c i o n e s m á s e l e v a d a s d e su t i e m p o . « E s t e s a n t o v a r ó n a m a a
D i o s c o n t o d o s u c o r a z ó n e i m i t a sus o b r a s . . . E n p a l a b r a s , el r e y s a n t o fue
m o d e r a d o : j a m á s le oí m e n t a r al d i a b l o . . . T o m a b a su v i n o c o n m e s u r a , s e -
g ú n l o q u e c o n s i d e r a b a q u e p o d í a s o p o r t a r , e t c . » D e j e m o s a q u í las i m á g e -
n e s d e E p i n a l , la e n c i n a d e V i n c e n n e s y t o d o l o d e m á s . H a g i ó g r a f o y c r o -
n i s t a a la v e z , J o i n v i l l e a t r i b u y e a D i o s c o n s t a n t e s i n t e r v e n c i o n e s e n el t r a n s -
c u r s o d e las a c c i o n e s h u m a n a s : « D i o s t o d o p o d e r o s o n o s c o n c e d i ó u n a g r a n
g r a c i a , c u a n d o n o s salvó d e la m u e r t e y d e l p e l i g r o . . . G r a n g r a c i a n o s c o n -
dedió Nuestro Señor entregándonos Damiette, que no habríamos podido
t o m a r sin r e n d i r l a p o r h a m b r e . » C a b a l l e r o , s e c o m p l a c e e n n a r r a r l o s h e -
c h o s h e r o i c o s y e x a l t a las p r o e z a s m i l i t a r e s d e l r e y , d e su c o r t e , casi las
suyas p r o p i a s , en L a M a n s u r a : « Y o decidí, d e a c u e r d o con mis caballeros,
p e r s e g u i r a los m u c h o s t u r c o s q u e e n s u p r o p i o c a m p o c a r g a b a n sus i m p e -
d i m e n t a s c o n la m a n o i z q u i e r d a . » N o s r e l a t a , a m a n e r a d e b a t a l l a , u n a
s e r i e d e p r o e z a s i n d i v i d u a l e s . E l a r d o r e n p e r s e g u i r a los infieles (¡a p o r
e l l o s , a p o r ellos!) es tal q u e d i s t o r s i o n a l o s p l a n e s m e j o r t r a z a d o s , sin q u e
n i n g u n o a c e p t e c o m b a t i r e n la r e t a g u a r d i a .
T o d a s estas observaciones son triviales, p e r o válidas p a r a otros m u c h o s
m e m o r i a l i s t a s c o n t e m p o r á n e o s . H a y o t r o J o i n v i l l e m e n o s c o n o c i d o , el q u e
r e l a t a d e t a l l a d a m e n t e los t r a t a d o s s u b s i g u i e n t e s a l a t o m a d e D a m i e t t e p o r
los c r u z a d o s . ¿ C ó m o se v a a r e p a r t i r el b o t í n ? ¿ S e s e g u i r á el p a r e c e r d e l
l e g a d o , p a r t i d a r i o d e r e s e r v a r p a r a el s o b e r a n o la m a y o r p a r t e , o s e r e s p e -
t a r á n las c o s t u m b r e s d e T i e r r a S a n t a , c o m o p i d e n l o s c o m b a t i e n t e s ? « C u a n -
d o se c o n q u i s t a n las c i u d a d e s a los e n e m i g o s , d e l o s b i e n e s q u e se e n c u e n -
t r a n e n ellas, u n t e r c i o d e b e s e r p a r a el r e y , y p a r a los p e r e g r i n o s l o s o t r o s
d o s . » N o h a b i e n d o d a d o satisfacción L u i s I X a e s t e r e q u e r i m i e n t o « m u -
c h o s s e s i n t i e r o n i n s a t i s f e c h o s d e q u e el r e y d e s a f i a r a las b u e n a s c o s t u m -
bres antiguas».
40
Joinville p o s e e cierta capacidad d e observación, u n a « a s o m b r o s a m e -
m o r i a d e l d e t a l l e v i s u a l » , s e g ú n A n d r é e D u b y , y p r e s t a a t e n c i ó n a l a dife-
r e n c i a e n t r e las f o r m a s d e v i d a y las c o s t u m b r e s . E v o c a c o n t r a z o s p r e c i s o s
las c o s t u m b r e s d e l o s b e d u i n o s , e n s u r a d i c a l a l t e r i d a d d e n ó m a d a s .
«No habitan en sus pueblos, ciudades o castillos, sino que duermen
siempre en el campo. D u r a n t e la noche, o durante el día cuando hace
mal tiempo, establecen sus enseres, sus mujeres y sus hijos en una espe-
cie de abrigos hechos con aros de toneles, atados a varas largas, como los
carros de los demás. Por encima, se echan pieles de cordero, llamadas pie-
les de Damasco, preparadas con alumbre. Los beduinos portan también
abrigos de piel que les cubren el cuerpo, piernas y pies. Cuando llueve
por la noche o cuando hace mal tiempo, se envuelven en sus abrigos de
piel, quitan las riendas a sus caballos y los dejan pacer cerca de ellos. Des-
pués, por la mañana, extienden su abrigos de piel al sol, los frotan, los
tratan con alumbre y enseguida parece que no se hayan mojado la noche
anterior.
Creen que nadie p u e d e morir antes de que le llegue su hora, se nie-
gan a portar armadura y, cuando maldicen a sus hijos, dicen: "Maldito
seas, como el franco que se pone u n a armadura por miedo a la m u e r t e . "
Sólo portan, en la batalla, la lanza y la espada. Casi todos se visten con
sobrepelliz, como los sacerdotes. Su cabeza está envuelta con telas que
les llegan hasta debajo del m e n t ó n , lo que les hace parecer a nuestros
ojos muy feos y repugnantes p o r q u e sus cabellos y su barba son muy ne-
gros.
Se alimentan de la leche de sus animales y compran a los ricos de las
llanuras del país el pasto de sus praderas para que pazcan en ellas sus re-
baños. Su n ú m e r o nadie sabría calcularlo, porque háylos en el reino de
Egipto, en el de Jerusalén y en todas las otras tierras de sarracenos y de
infieles, a quienes pagan grandes tributos cada año.» (Edición A . Duby,
col. 10/18, p p . 64-65.)
A p a r t e de los detalles pintorescos q u e p o d í a m o s e s p e r a r , algunas a n o -
taciones c o n c i e r n e n a la vida e c o n ó m i c a , p a r t i c u l a r m e n t e la o b h g a c i ó n de
a l q u i l a r l o s p a s t o s a l o s a g r i c u l t o r e s ricos s e d e n t a r i o s y la d e p a g a r t r i b u t o
al E s t a d o . ¿ M i r a d a d e c o n q u i s t a d o r , o d e s e ñ o r q u e a l g o s a b e d e e c o n o -
m í a rural? P o s i b l e m e n t e se t r a t a d e la visión d e u n c r u z a d o q u e participa-
b a p l e n a m e n t e d e l o s i d e a l e s d e l a c r i s t i a n d a d e n f r e n t a d a al m u n d o m u s u l -
mán.
6. Los ÚLTIMOS ESPLENDORES D E L A HISTORIA CRISTIANA: BOSSUET
L a c o n c e p c i ó n p r o v i d e n c i a l i s t a d e l a h i s t o r i a h u m a n a , s e g ú n la c u a l D i o s
p o s e e c a p a c i d a d p a r a i n t e r v e n i r e n t o d o i n s t a n t e p a r a m o d i f i c a r su c u r s o ,
h a d e j a d o su i m p r o n t a , m á s allá d e l a E d a d M e d i a , d u r a n t e la E d a d M o -
d e r n a . G e n e r a l m e n t e , B o s s u e t e s t á c o n s i d e r a d o c o m o su m e j o r r e p r e s e n -
t a n t e . V e r d a d e r a m e n t e , s u Discours sur 1'Histoire Universelle (primera edi-
c i ó n e n 1 6 8 1 , s e g u i d a d e o t r a , r e f u n d i d a , e n 1700) n o d e b e s e r c o n s i d e r a d a
c o m o u n a afirmación triunfante d e la historia providencialista, sino m á s
b i e n c o m o u n a r e s p u e s t a a las a m e n a z a s q u e p e s a b a n s o b r e e l l a . E n e f e c t o
41

tes c a b a l g a m i e n t o s e n t r e los p l a n o s d i v i n o y h u m a n o se e n c u e n t r a n e n las
c r ó n i c a s . I g u a l m e n t e se e n c u e n t r a e n ellas el d o m i n i o i m p e r f e c t o d e l p a s a -
d o , las fluctuaciones d e la c r o n o l o g í a y la i n e x a c t i t u d d e las e v a l u a c i o n e s ,
e n cifras q u e c o n s t i t u y e n el d e n o m i n a d o r c o m ú n d e la m e n t a l i d a d p r o p i a
d e la época. L e a m o s a h o r a a Joinville.
5. JOINVILLE, CRONISTA Y MORALISTA
J e a n , s e ñ o r d e J o i n v i l l e ( h a c i a 1224-1317), p r o c e d í a d e u n a familia d e
la m á s a l t a n o b l e z a . F u e , c o m o su p a d r e , s e n e s c a l d e C h a m p a g n e . A c o m -
p a ñ ó a L u i s I X a E g i p t o e n 1 2 4 8 , c o m b a t i ó a su l a d o e n L a M a n s u r a y fue
h e c h o p r i s i o n e r o . E n c a m b i o n o siguió al s o b e r a n o e n la e x p e d i c i ó n a T ú -
n e z d e 1270. F u e y a al final d e su v i d a c u a n d o d e c i d i ó h a c e r « u n l i b r o d e
santas palabras y b u e n o s hechos» del rey S a n Luis, e n cuya p r o x i m i d a d ha-
b í a v i v i d o . A c a b ó d e d i c t a r sus Memorias e n 1309. G r a n d e es la p a r t e d e
los r e c u e r d o s p e r s o n a l e s , p e r o la c o m p i l a d a n o es t a m p o c o p e q u e ñ a . J o i n -
ville t o m ó m u c h a s c o s a s d e u n a v i d a d e S a n L u i s e s c r i t a p o r G u i l l a u m e d e
N a n g i s , el c u a l se f u n d a m e n t a b a a su v e z e n e s c r i t o s d e l c o n f e s o r d e l a c o r t e .
J o i n v i l l e f o r m a p a r t e d e a q u e l l o s c r o n i s t a s q u e h a n t r a b a j a d o p a r a la fu-
t u r a h i s t o r i a m i t o l ó g i c a d e l o s f r a n c e s e s . N o s h a d e j a d o g r a b a d o p o r l o s si-
glos d e los siglos el r e t r a t o i d e a l d e e s t e r e y e n el q u e v e í a la e n c a r n a c i ó n
d e las a s p i r a c i o n e s m á s e l e v a d a s d e su t i e m p o . « E s t e s a n t o v a r ó n a m a a
D i o s c o n t o d o s u c o r a z ó n e i m i t a sus o b r a s . . . E n p a l a b r a s , el r e y s a n t o fue
m o d e r a d o : j a m á s le oí m e n t a r al d i a b l o . . . T o m a b a su v i n o c o n m e s u r a , s e -
g ú n l o q u e c o n s i d e r a b a q u e p o d í a s o p o r t a r , e t c . » D e j e m o s a q u í las i m á g e -
n e s d e E p i n a l , la e n c i n a d e V i n c e n n e s y t o d o l o d e m á s . H a g i ó g r a f o y c r o -
n i s t a a la v e z , J o i n v i l l e a t r i b u y e a D i o s c o n s t a n t e s i n t e r v e n c i o n e s e n el t r a n s -
c u r s o d e las a c c i o n e s h u m a n a s : « D i o s t o d o p o d e r o s o n o s c o n c e d i ó u n a g r a n
g r a c i a , c u a n d o n o s salvó d e la m u e r t e y d e l p e l i g r o . . . G r a n g r a c i a n o s c o n -
dedió Nuestro Señor entregándonos Damiette, que no habríamos podido
t o m a r sin r e n d i r l a p o r h a m b r e . » C a b a l l e r o , s e c o m p l a c e e n n a r r a r l o s h e -
c h o s h e r o i c o s y e x a l t a las p r o e z a s m i l i t a r e s d e l r e y , d e su c o r t e , casi las
suyas p r o p i a s , en L a M a n s u r a : « Y o decidí, d e a c u e r d o con mis caballeros,
p e r s e g u i r a los m u c h o s t u r c o s q u e e n s u p r o p i o c a m p o c a r g a b a n sus i m p e -
d i m e n t a s c o n la m a n o i z q u i e r d a . » N o s r e l a t a , a m a n e r a d e b a t a l l a , u n a
s e r i e d e p r o e z a s i n d i v i d u a l e s . E l a r d o r e n p e r s e g u i r a los infieles (¡a p o r
e l l o s , a p o r ellos!) es tal q u e d i s t o r s i o n a l o s p l a n e s m e j o r t r a z a d o s , sin q u e
n i n g u n o a c e p t e c o m b a t i r e n la r e t a g u a r d i a .
T o d a s estas observaciones son triviales, p e r o válidas p a r a otros m u c h o s
m e m o r i a l i s t a s c o n t e m p o r á n e o s . H a y o t r o J o i n v i l l e m e n o s c o n o c i d o , el q u e
r e l a t a d e t a l l a d a m e n t e los t r a t a d o s s u b s i g u i e n t e s a l a t o m a d e D a m i e t t e p o r
los c r u z a d o s . ¿ C ó m o se v a a r e p a r t i r el b o t í n ? ¿ S e s e g u i r á el p a r e c e r d e l
l e g a d o , p a r t i d a r i o d e r e s e r v a r p a r a el s o b e r a n o la m a y o r p a r t e , o s e r e s p e -
t a r á n las c o s t u m b r e s d e T i e r r a S a n t a , c o m o p i d e n l o s c o m b a t i e n t e s ? « C u a n -
d o se c o n q u i s t a n las c i u d a d e s a los e n e m i g o s , d e l o s b i e n e s q u e se e n c u e n -
t r a n e n ellas, u n t e r c i o d e b e s e r p a r a el r e y , y p a r a los p e r e g r i n o s l o s o t r o s
d o s . » N o h a b i e n d o d a d o satisfacción L u i s I X a e s t e r e q u e r i m i e n t o « m u -
c h o s s e s i n t i e r o n i n s a t i s f e c h o s d e q u e el r e y d e s a f i a r a las b u e n a s c o s t u m -
bres antiguas».
40
Joinville p o s e e cierta capacidad d e observación, u n a « a s o m b r o s a m e -
m o r i a d e l d e t a l l e v i s u a l » , s e g ú n A n d r é e D u b y , y p r e s t a a t e n c i ó n a l a dife-
r e n c i a e n t r e las f o r m a s d e v i d a y las c o s t u m b r e s . E v o c a c o n t r a z o s p r e c i s o s
las c o s t u m b r e s d e l o s b e d u i n o s , e n s u r a d i c a l a l t e r i d a d d e n ó m a d a s .
«No habitan en sus pueblos, ciudades o castillos, sino que duermen
siempre en el campo. D u r a n t e la noche, o durante el día cuando hace
mal tiempo, establecen sus enseres, sus mujeres y sus hijos en una espe-
cie de abrigos hechos con aros de toneles, atados a varas largas, como los
carros de los demás. Por encima, se echan pieles de cordero, llamadas pie-
les de Damasco, preparadas con alumbre. Los beduinos portan también
abrigos de piel que les cubren el cuerpo, piernas y pies. Cuando llueve
por la noche o cuando hace mal tiempo, se envuelven en sus abrigos de
piel, quitan las riendas a sus caballos y los dejan pacer cerca de ellos. Des-
pués, por la mañana, extienden su abrigos de piel al sol, los frotan, los
tratan con alumbre y enseguida parece que no se hayan mojado la noche
anterior.
Creen que nadie p u e d e morir antes de que le llegue su hora, se nie-
gan a portar armadura y, cuando maldicen a sus hijos, dicen: "Maldito
seas, como el franco que se pone u n a armadura por miedo a la m u e r t e . "
Sólo portan, en la batalla, la lanza y la espada. Casi todos se visten con
sobrepelliz, como los sacerdotes. Su cabeza está envuelta con telas que
les llegan hasta debajo del m e n t ó n , lo que les hace parecer a nuestros
ojos muy feos y repugnantes p o r q u e sus cabellos y su barba son muy ne-
gros.
Se alimentan de la leche de sus animales y compran a los ricos de las
llanuras del país el pasto de sus praderas para que pazcan en ellas sus re-
baños. Su n ú m e r o nadie sabría calcularlo, porque háylos en el reino de
Egipto, en el de Jerusalén y en todas las otras tierras de sarracenos y de
infieles, a quienes pagan grandes tributos cada año.» (Edición A . Duby,
col. 10/18, p p . 64-65.)
A p a r t e de los detalles pintorescos q u e p o d í a m o s e s p e r a r , algunas a n o -
taciones c o n c i e r n e n a la vida e c o n ó m i c a , p a r t i c u l a r m e n t e la o b h g a c i ó n de
a l q u i l a r l o s p a s t o s a l o s a g r i c u l t o r e s ricos s e d e n t a r i o s y la d e p a g a r t r i b u t o
al E s t a d o . ¿ M i r a d a d e c o n q u i s t a d o r , o d e s e ñ o r q u e a l g o s a b e d e e c o n o -
m í a rural? P o s i b l e m e n t e se t r a t a d e la visión d e u n c r u z a d o q u e participa-
b a p l e n a m e n t e d e l o s i d e a l e s d e l a c r i s t i a n d a d e n f r e n t a d a al m u n d o m u s u l -
mán.
6. Los ÚLTIMOS ESPLENDORES D E L A HISTORIA CRISTIANA: BOSSUET
L a c o n c e p c i ó n p r o v i d e n c i a l i s t a d e l a h i s t o r i a h u m a n a , s e g ú n la c u a l D i o s
p o s e e c a p a c i d a d p a r a i n t e r v e n i r e n t o d o i n s t a n t e p a r a m o d i f i c a r su c u r s o ,
h a d e j a d o su i m p r o n t a , m á s allá d e l a E d a d M e d i a , d u r a n t e la E d a d M o -
d e r n a . G e n e r a l m e n t e , B o s s u e t e s t á c o n s i d e r a d o c o m o su m e j o r r e p r e s e n -
t a n t e . V e r d a d e r a m e n t e , s u Discours sur 1'Histoire Universelle (primera edi-
c i ó n e n 1 6 8 1 , s e g u i d a d e o t r a , r e f u n d i d a , e n 1700) n o d e b e s e r c o n s i d e r a d a
c o m o u n a afirmación triunfante d e la historia providencialista, sino m á s
b i e n c o m o u n a r e s p u e s t a a las a m e n a z a s q u e p e s a b a n s o b r e e l l a . E n e f e c t o
41
fue e n 1678 c u a n d o R i c h a r d S i m ó n p u b l i c ó u n a Histoire critique du Vieux
Testament, i n t r o d u c i e n d o el conflicto e n t r e la c i e n c i a p r o f a n a d e los t e x t o s
y l a t e o l o g í a d o g m á t i c a . L a s e g u n d a p a r t e d e l Discours d e B o s s u e t e s t á di-
rigida c o n t r a a q u é l y c o n t r a S p i n o z a , q u i e n , n e g a n d o el m i l a g r o , p r e t e n d e
s o m e t e r a D i o s a las l e y e s d e la n a t u r a l e z a . E l o b i s p o d e M e a u x « n o es el
c o n s t r u c t o r a p a c i b l e d e u n a s u n t u o s a c a t e d r a l (...) s i n o , m á s b i e n , el o b r e -
ro q u e r e c o r r e , a t a r e a d o , a p r e s u r a d o , a r e p a s a r brechas c a d a día m á s a m e -
nazadoras.» (Paul H a z a r d ) .
Se p u e d e encontrar en cualquier m a n u a l de historia literaria u n a bio-
grafía d e B o s s u e t ( 1 6 2 7 - 1 7 0 4 ) , q u e fue el j e f e i n d i s c u t i d o d e l a I g l e s i a ga-
l i c a n a s o m e t i d a a la M o n a r q u í a , y t e ó l o g o oficial f r e n t e a las a m e n a z a s d e l
p r o t e s t a n t i s m o , d e l j a n s e n i s m o y d e l q u i e t i s m o . P r e l a d o c o r t e s a n o , fue el
e n c a r g a d o d e las o r a c i o n e s f ú n e b r e s y d e l a e d u c a c i ó n d e l D e l f í n , al q u e
d e d i c ó el Discours sur l'Histoire Universelle. Esta obra pretendía liberar a
la h i s t o r i a d e p r e c e p t o s d e s a b i d u r í a m o r a l y p o l í t i c a , y e s c l a r e c e r a l g u n a s
c o n s t a n t e s d e la n a t u r a l e z a h u m a n a . E r a t a m b i é n u n e j e r c i c i o r e t ó r i c o , e n
el q u e la b ú s q u e d a d e u n e s t i l o g a l l a r d o p r e v a l e c í a s o b r e l a p r e o c u p a c i ó n
e r u d i t a . L a p r e o c u p a c i ó n l i t e r a r i a y la p r e o c u p a c i ó n u t i l i t a r i a , t a n n e f a s t a
e n la h i s t o r i a d e l a é p o c a clásica, s e g ú n E h r a r d y P a l m a d e , e s t á n s i e m p r e
presentes e n él.
E l Discours a d o p t a t r e s f o r m a s s u c e s i v a s : p r i m e r o , l a d e u n s i m p l e r e -
s u m e n d e la h i s t o r i a u n i v e r s a l ; d e s p u é s , la d e l e c c i o n e s s o b r e la h i s t o r i a d e
l a r e l i g i ó n , y, f i n a l m e n t e , la d e u n c u r s o d e filosofía d e la h i s t o r i a d o n d e
se e x p l i c a el a u g e y l a d e c a d e n c i a d e l o s i m p e r i o s p o r el e s t a d o d e las l e y e s
y d e las i n s t i t u c i o n e s . E l c o n j u n t o d a l u g a r a u n l i b r o d i v i d i d o e n t r e s p a r -
t e s : Les Epoques (o s e a , u n a c r o n o l o g í a ) ; La Suite de la Religión ( u n h e r -
m o s o s e r m ó n d o n d e v e m o s c ó m o la Iglesia p e r m a n e c e enhiesta e n m e d i o
d e l a r u i n a d e l o s I m p e r i o s ) ; finalmente, Les Empires, la p a r t e m á s v i v a ,
sólidamente f u n d a m e n t a d a en acontecimientos, según J. Calvet, t e n i e n d o
e n c u e n t a los Kmites d e l a c i e n c i a d e l a é p o c a . E n l o s c o m i e n z o s d e e s t a
t e r c e r a p a r t e e x p o n e c ó m o los I m p e r i o s sucesivos h a n servido a los desig-
n i o s d e D i o s p a r a su p u e b l o , p e r m i t i e n d o el a d v e n i m i e n t o y el t r i u n f o d e
la Iglesia.
E s t a s p á g i n a s d e m u e s t r a n q u e l a v i s i ó n d e la h i s t o r i a d e B o s s u e t es uti-
litaria. E n e f e c t o , d e b e r s u p o n e r u n a e n s e ñ a n z a p a r a l o s p r í n c i p e s y p a r a
sus s u b d i t o s , r e v e l á n d o l e s el p l a n d i v i n o p a r a la h u m a n i d a d . P e r o i g u a l -
m e n t e es r e t ó r i c a l i t e r a r i a p o r q u e s e a f e r r a a los grandes objetivos. Se p r e -
s e n t a c o m o u n a s e r i e s i s t e m á t i c a d e c u a d r o s (la serie de la verdadera Igle-
sia, la serie de los Imperios) q u e i n c l u y e t e o r e m a s b á s i c o s . (En primer lu-
gar, estos Imperios poseen, para la mayoría, una vinculación necesaria con
la historia del pueblo de Dios.) L a h i s t o r i a e s t á r e g i d a p o r l a n e c e s i d a d , n o
p o r la q u e p r o c e d e d e los d e t e r m i n i s m o s n a t u r a l e s o s o c i a l e s , s i n o p o r la
q u e se d e d u c e d e l p l a n d i v i n o p a r a la h u m a n i d a d .
La demostración del t e o r e m a de b a s e se o p e r a e n tres tiempos. E l pri-
m e r o p u e d e t i t u l a r s e : los I m p e r i o s y el p u e b l o d e D i o s . A s i r i o s , b a b i l o -
n i o s , p e r s a s , e t c . , s o n m a n i p u l a d o s p o r D i o s p a r a sus p r o p i o s fines s u c e s i -
v o s : « c a s t i g a r , r e s t a b l e c e r , p r o t e g e r , e j e r c e r , s o s t e n e r su l i b e r t a d » . F i n a l -
m e n t e , los r o m a n o s « p r e s t a n sus m a n o s a la v e n g a n z a d i v i n a » . L a h i s t o r i a
h u m a n a q u e d a r e d u c i d a a las r e l a c i o n e s d e D i o s c o n el p u e b l o e l e g i d o , p o -
s e e u n c e n t r o d e g r a v e d a d e n t o r n o d e l c u a l g r a v i t a t o d o l o d e m á s , d e for-
42
m a subordinada. Los grandes agentes históricos están desprovistos absolu-
t a m e n t e d e a u t o n o m í a , t a n t o s u s p u e b l o s c o m o sus j e f e s . N o a c t ú a n , e s t á n
d i r i g i d o s c o m o m a r i o n e t a s ( p o r e j e m p l o : «han servido para...», «han pres-
tado sus manos»). N o t i e n e n s i q u i e r a c o n c i e n c i a c l a r a d e lo q u e h a c e n (no
piensan en ello). A s i m i s m o , m u c h o s a c t o r e s h i s t ó r i c o s s e e n c u e n t r a n e n el
e j e r c i c i o d e u n a m i s m a f u n c i ó n a c t u a n t e , q u e c o n s i s t e e n servir d e a u x i l i a -
r e s a l a p e d a g o g í a d i v i n a r e s p e c t o al p u e b l o d e I s r a e l .
S e g u n d o t i e m p o : el I m p e r i o r o m a n o h a f a v o r e c i d o d e d i v e r s a s f o r m a s
l a d i f u s i ó n d e l c r i s t i a n i s m o . E n l o s p l a n o s e s p a c i a l y é t n i c o (el comercio en-
tre tantos pueblos diferentes), h a p u e s t o los f u n d a m e n t o s d e l u n i v e r s a l i s m o
c r i s t i a n o . L a s p e r s e c u c i o n e s s e h a n v u e l t o c o n t r a él y h a n s e r v i d o p a r a r e -
v a l o r i z a r l a I g l e s i a . F i n a l m e n t e s o m e t i d o , p a s a a e s t a r al s e r v i c i o d e é s t a ,
c o m o u n a b e s t i a d o m a d a . T e r c e r t i e m p o : la I g l e s i a fue la a u t é n t i c a h e r e -
d e r a d e l I m p e r i o . D e p o s i t a r í a d e l a m a j e s t a d r o m a n a , s u p o i m p o n e r su ley
a l o s b á r b a r o s . E l r e i n a d o d e l a a r b i t r a r i e d a d d i v i n a se h a e x p r e s a d o m e -
d i a n t e f ó r m u l a s c a r a c t e r í s t i c a s («debía caer», «debía sufrir su destino»).
E s t e providencialismo rígido tiene formas grandiosas p o r q u e hace de-
p e n d e r a la h i s t o r i a d e u n a m o q u e t i e n e e n sus m a n o s el d e s a r r o l l o d e l o s
a c o n t e c i m i e n t o s y el p r o p i o t i e m p o . E l d e s o r d e n d e los h e c h o s es p u r a a p a -
riencia: t o d o e s t á o r d e n a d o d e c o n f o r m i d a d c o n la p e r s e c u c i ó n d e u n fin.
P e r o e s t a v i s i ó n d e la h i s t o r i a es m u y u n i l a t e r a l . S ó l o o casi s ó l o s e c o n s i g -
n a n h e c h o s c o n c e r n i e n t e s al m u n d o j u d e o - c r i s t i a n o . J e r u s a l é n s i g u e c o n s -
t i t u y e n d o , c o m o e n l a E d a d M e d i a , el c e n t r o d e l m u n d o . L a h i s t o r i a n o
c o m i e n z a a n t e s d e l a ñ o 2 5 0 0 a. J. C , t a l es l a c r o n o l o g í a q u e B o s s u e t m a n -
t i e n e e n c o n t r a d e l o s c o n o c i m i e n t o s científicos d e su t i e m p o . A d e m á s , su
p e r i o d i z a c i ó n d e l a h i s t o r i a h u m a n a , d e s d e la C r e a c i ó n h a s t a el a ñ o 8 0 0 ,
consta sólo d e d o c e é p o c a s , definidas e s e n c i a l m e n t e p o r criterios religio-
s o s : d e s p u é s d e la é p o c a d e A d á n , l a d e N o é , d e s p u é s l a d e A b r a h a m , e t c .
A p a r e n t e m e n t e , n a d a h a c a m b i a d o d e s d e el siglo x n .
L a v e r d a d es q u e B o s s u e t d i c e a c o n t i n u a c i ó n q u e l a h i s t o r i a n o es t a n
sólo u n a sucesión de m i l a g r o s . E n el t e x t o s i g u i e n t e d e f i n e u n d o m i n i o e n
el q u e actúan causas secundarias y enuncia, con gran perspicacia, algunos
d e los principios del análisis h i s t ó r i c o .
«Pues este mismo Dios, que es todopoderoso por sí mismo, que ha
obrado la concatenación del universo, ha querido, para establecer el or-
den, que las partes de u n todo inmenso dependan las unas de las otras;
este mismo Dios ha querido también que el decurso de las cosas huma-
nas tuviera su periodización y sus proporciones; pretendo decir que los
hombres y las naciones han alcanzado una calidad proporcional al nivel
al que estaban destinados, y que, dejando aparte algunos momentos ex-
traordinarios en los cuales Dios desea que sea patente la intervención de
su m a n o , no llega ningún gran cambio que no tenga sus causas en los si-
glos precedentes.
Y de la misma manera que en todos los asuntos hay quien los prepa-
ra, quien decide emprenderlos y quien consigue hacerlos triunfar, así la
verdadera ciencia de la historia consiste en destacar, en cada época, las
secretas disposiciones, que han preparado los grandes cambios, y las cir-
cunstancias importantes que los han hecho posibles.
E n efecto, no basta mirar lo que se tiene delante de los ojos, es decir,
no basta con considerar los grandes acontecimientos que deciden de pron-
43
fue e n 1678 c u a n d o R i c h a r d S i m ó n p u b l i c ó u n a Histoire critique du Vieux
Testament, i n t r o d u c i e n d o el conflicto e n t r e la c i e n c i a p r o f a n a d e los t e x t o s
y l a t e o l o g í a d o g m á t i c a . L a s e g u n d a p a r t e d e l Discours d e B o s s u e t e s t á di-
rigida c o n t r a a q u é l y c o n t r a S p i n o z a , q u i e n , n e g a n d o el m i l a g r o , p r e t e n d e
s o m e t e r a D i o s a las l e y e s d e la n a t u r a l e z a . E l o b i s p o d e M e a u x « n o es el
c o n s t r u c t o r a p a c i b l e d e u n a s u n t u o s a c a t e d r a l (...) s i n o , m á s b i e n , el o b r e -
ro q u e r e c o r r e , a t a r e a d o , a p r e s u r a d o , a r e p a s a r brechas c a d a día m á s a m e -
nazadoras.» (Paul H a z a r d ) .
Se p u e d e encontrar en cualquier m a n u a l de historia literaria u n a bio-
grafía d e B o s s u e t ( 1 6 2 7 - 1 7 0 4 ) , q u e fue el j e f e i n d i s c u t i d o d e l a I g l e s i a ga-
l i c a n a s o m e t i d a a la M o n a r q u í a , y t e ó l o g o oficial f r e n t e a las a m e n a z a s d e l
p r o t e s t a n t i s m o , d e l j a n s e n i s m o y d e l q u i e t i s m o . P r e l a d o c o r t e s a n o , fue el
e n c a r g a d o d e las o r a c i o n e s f ú n e b r e s y d e l a e d u c a c i ó n d e l D e l f í n , al q u e
d e d i c ó el Discours sur l'Histoire Universelle. Esta obra pretendía liberar a
la h i s t o r i a d e p r e c e p t o s d e s a b i d u r í a m o r a l y p o l í t i c a , y e s c l a r e c e r a l g u n a s
c o n s t a n t e s d e la n a t u r a l e z a h u m a n a . E r a t a m b i é n u n e j e r c i c i o r e t ó r i c o , e n
el q u e la b ú s q u e d a d e u n e s t i l o g a l l a r d o p r e v a l e c í a s o b r e l a p r e o c u p a c i ó n
e r u d i t a . L a p r e o c u p a c i ó n l i t e r a r i a y la p r e o c u p a c i ó n u t i l i t a r i a , t a n n e f a s t a
e n la h i s t o r i a d e l a é p o c a clásica, s e g ú n E h r a r d y P a l m a d e , e s t á n s i e m p r e
presentes e n él.
E l Discours a d o p t a t r e s f o r m a s s u c e s i v a s : p r i m e r o , l a d e u n s i m p l e r e -
s u m e n d e la h i s t o r i a u n i v e r s a l ; d e s p u é s , la d e l e c c i o n e s s o b r e la h i s t o r i a d e
l a r e l i g i ó n , y, f i n a l m e n t e , la d e u n c u r s o d e filosofía d e la h i s t o r i a d o n d e
se e x p l i c a el a u g e y l a d e c a d e n c i a d e l o s i m p e r i o s p o r el e s t a d o d e las l e y e s
y d e las i n s t i t u c i o n e s . E l c o n j u n t o d a l u g a r a u n l i b r o d i v i d i d o e n t r e s p a r -
t e s : Les Epoques (o s e a , u n a c r o n o l o g í a ) ; La Suite de la Religión ( u n h e r -
m o s o s e r m ó n d o n d e v e m o s c ó m o la Iglesia p e r m a n e c e enhiesta e n m e d i o
d e l a r u i n a d e l o s I m p e r i o s ) ; finalmente, Les Empires, la p a r t e m á s v i v a ,
sólidamente f u n d a m e n t a d a en acontecimientos, según J. Calvet, t e n i e n d o
e n c u e n t a los Kmites d e l a c i e n c i a d e l a é p o c a . E n l o s c o m i e n z o s d e e s t a
t e r c e r a p a r t e e x p o n e c ó m o los I m p e r i o s sucesivos h a n servido a los desig-
n i o s d e D i o s p a r a su p u e b l o , p e r m i t i e n d o el a d v e n i m i e n t o y el t r i u n f o d e
la Iglesia.
E s t a s p á g i n a s d e m u e s t r a n q u e l a v i s i ó n d e la h i s t o r i a d e B o s s u e t es uti-
litaria. E n e f e c t o , d e b e r s u p o n e r u n a e n s e ñ a n z a p a r a l o s p r í n c i p e s y p a r a
sus s u b d i t o s , r e v e l á n d o l e s el p l a n d i v i n o p a r a la h u m a n i d a d . P e r o i g u a l -
m e n t e es r e t ó r i c a l i t e r a r i a p o r q u e s e a f e r r a a los grandes objetivos. Se p r e -
s e n t a c o m o u n a s e r i e s i s t e m á t i c a d e c u a d r o s (la serie de la verdadera Igle-
sia, la serie de los Imperios) q u e i n c l u y e t e o r e m a s b á s i c o s . (En primer lu-
gar, estos Imperios poseen, para la mayoría, una vinculación necesaria con
la historia del pueblo de Dios.) L a h i s t o r i a e s t á r e g i d a p o r l a n e c e s i d a d , n o
p o r la q u e p r o c e d e d e los d e t e r m i n i s m o s n a t u r a l e s o s o c i a l e s , s i n o p o r la
q u e se d e d u c e d e l p l a n d i v i n o p a r a la h u m a n i d a d .
La demostración del t e o r e m a de b a s e se o p e r a e n tres tiempos. E l pri-
m e r o p u e d e t i t u l a r s e : los I m p e r i o s y el p u e b l o d e D i o s . A s i r i o s , b a b i l o -
n i o s , p e r s a s , e t c . , s o n m a n i p u l a d o s p o r D i o s p a r a sus p r o p i o s fines s u c e s i -
v o s : « c a s t i g a r , r e s t a b l e c e r , p r o t e g e r , e j e r c e r , s o s t e n e r su l i b e r t a d » . F i n a l -
m e n t e , los r o m a n o s « p r e s t a n sus m a n o s a la v e n g a n z a d i v i n a » . L a h i s t o r i a
h u m a n a q u e d a r e d u c i d a a las r e l a c i o n e s d e D i o s c o n el p u e b l o e l e g i d o , p o -
s e e u n c e n t r o d e g r a v e d a d e n t o r n o d e l c u a l g r a v i t a t o d o l o d e m á s , d e for-
42
m a subordinada. Los grandes agentes históricos están desprovistos absolu-
t a m e n t e d e a u t o n o m í a , t a n t o s u s p u e b l o s c o m o sus j e f e s . N o a c t ú a n , e s t á n
d i r i g i d o s c o m o m a r i o n e t a s ( p o r e j e m p l o : «han servido para...», «han pres-
tado sus manos»). N o t i e n e n s i q u i e r a c o n c i e n c i a c l a r a d e lo q u e h a c e n (no
piensan en ello). A s i m i s m o , m u c h o s a c t o r e s h i s t ó r i c o s s e e n c u e n t r a n e n el
e j e r c i c i o d e u n a m i s m a f u n c i ó n a c t u a n t e , q u e c o n s i s t e e n servir d e a u x i l i a -
r e s a l a p e d a g o g í a d i v i n a r e s p e c t o al p u e b l o d e I s r a e l .
S e g u n d o t i e m p o : el I m p e r i o r o m a n o h a f a v o r e c i d o d e d i v e r s a s f o r m a s
l a d i f u s i ó n d e l c r i s t i a n i s m o . E n l o s p l a n o s e s p a c i a l y é t n i c o (el comercio en-
tre tantos pueblos diferentes), h a p u e s t o los f u n d a m e n t o s d e l u n i v e r s a l i s m o
c r i s t i a n o . L a s p e r s e c u c i o n e s s e h a n v u e l t o c o n t r a él y h a n s e r v i d o p a r a r e -
v a l o r i z a r l a I g l e s i a . F i n a l m e n t e s o m e t i d o , p a s a a e s t a r al s e r v i c i o d e é s t a ,
c o m o u n a b e s t i a d o m a d a . T e r c e r t i e m p o : la I g l e s i a fue la a u t é n t i c a h e r e -
d e r a d e l I m p e r i o . D e p o s i t a r í a d e l a m a j e s t a d r o m a n a , s u p o i m p o n e r su ley
a l o s b á r b a r o s . E l r e i n a d o d e l a a r b i t r a r i e d a d d i v i n a se h a e x p r e s a d o m e -
d i a n t e f ó r m u l a s c a r a c t e r í s t i c a s («debía caer», «debía sufrir su destino»).
E s t e providencialismo rígido tiene formas grandiosas p o r q u e hace de-
p e n d e r a la h i s t o r i a d e u n a m o q u e t i e n e e n sus m a n o s el d e s a r r o l l o d e l o s
a c o n t e c i m i e n t o s y el p r o p i o t i e m p o . E l d e s o r d e n d e los h e c h o s es p u r a a p a -
riencia: t o d o e s t á o r d e n a d o d e c o n f o r m i d a d c o n la p e r s e c u c i ó n d e u n fin.
P e r o e s t a v i s i ó n d e la h i s t o r i a es m u y u n i l a t e r a l . S ó l o o casi s ó l o s e c o n s i g -
n a n h e c h o s c o n c e r n i e n t e s al m u n d o j u d e o - c r i s t i a n o . J e r u s a l é n s i g u e c o n s -
t i t u y e n d o , c o m o e n l a E d a d M e d i a , el c e n t r o d e l m u n d o . L a h i s t o r i a n o
c o m i e n z a a n t e s d e l a ñ o 2 5 0 0 a. J. C , t a l es l a c r o n o l o g í a q u e B o s s u e t m a n -
t i e n e e n c o n t r a d e l o s c o n o c i m i e n t o s científicos d e su t i e m p o . A d e m á s , su
p e r i o d i z a c i ó n d e l a h i s t o r i a h u m a n a , d e s d e la C r e a c i ó n h a s t a el a ñ o 8 0 0 ,
consta sólo d e d o c e é p o c a s , definidas e s e n c i a l m e n t e p o r criterios religio-
s o s : d e s p u é s d e la é p o c a d e A d á n , l a d e N o é , d e s p u é s l a d e A b r a h a m , e t c .
A p a r e n t e m e n t e , n a d a h a c a m b i a d o d e s d e el siglo x n .
L a v e r d a d es q u e B o s s u e t d i c e a c o n t i n u a c i ó n q u e l a h i s t o r i a n o es t a n
sólo u n a sucesión de m i l a g r o s . E n el t e x t o s i g u i e n t e d e f i n e u n d o m i n i o e n
el q u e actúan causas secundarias y enuncia, con gran perspicacia, algunos
d e los principios del análisis h i s t ó r i c o .
«Pues este mismo Dios, que es todopoderoso por sí mismo, que ha
obrado la concatenación del universo, ha querido, para establecer el or-
den, que las partes de u n todo inmenso dependan las unas de las otras;
este mismo Dios ha querido también que el decurso de las cosas huma-
nas tuviera su periodización y sus proporciones; pretendo decir que los
hombres y las naciones han alcanzado una calidad proporcional al nivel
al que estaban destinados, y que, dejando aparte algunos momentos ex-
traordinarios en los cuales Dios desea que sea patente la intervención de
su m a n o , no llega ningún gran cambio que no tenga sus causas en los si-
glos precedentes.
Y de la misma manera que en todos los asuntos hay quien los prepa-
ra, quien decide emprenderlos y quien consigue hacerlos triunfar, así la
verdadera ciencia de la historia consiste en destacar, en cada época, las
secretas disposiciones, que han preparado los grandes cambios, y las cir-
cunstancias importantes que los han hecho posibles.
E n efecto, no basta mirar lo que se tiene delante de los ojos, es decir,
no basta con considerar los grandes acontecimientos que deciden de pron-
43
 to la fortuna de los imperios. Quien pretenda comprender a fondo las co-
sas humanas debe de adoptar una perspectiva más amplia; debe observar
inclinaciones y costumbres o, dicho más brevemente, el carácter tanto de
los pueblos dominantes en general como de los príncipes en particular y
de todos los hombres extraordinarios que, por la importancia del perso-
naje que han tenido que interpretar en el mundo, han contribuido, para
bien o para mal, al cambio de los Estados y de la fortuna pública.»
Se c o n s t a t a e n e s t a s l í n e a s q u e el p r o v i d e n c i a l i s m o d e B o s s u e t n o es el
r e i n o d e la a r b i t r a r i e d a d , s i n o el d e l o r d e n , q u e se i m p o n e t a n t o al c o s m o s
c o m o al t i e m p o . E x i s t e u n a o r d e n a c i ó n d e las c o s a s h u m a n a s , q u e r i d a i n i -
c i a l m e n t e p o r D i o s , q u e le d i s p e n s a d e i n t e r v e n i r c o n s t a n t e m e n t e e n l a h i s -
t o r i a . P o r e l l o , es p o s i b l e d e l i m i t a r u n c a m p o d e la h i s t o r i a , o s e a , u n a o b -
s e r v a c i ó n s i t u a d a al n i v e l d e la c o n c a t e n a c i ó n d e las c a u s a s s e c u n d a r i a s .
B o s s u e t s u g i e r e u n análisis e n t r e s t i e m p o s d e l o s grandes cambios: causas
r e m o t a s , m ó v i l e s i n m e d i a t o s , r e s u l t a d o s . P a r a c o n s e g u i r l o , se i m p o n e sa-
b e r e s c a p a r a l a f a s c i n a c i ó n d e l t i e m p o b r e v e , r e m o n t a r s e al p a s a d o y l a n -
z a r s e al e s t u d i o d e los r a s g o s específicos d e los pueblos dominantes y d e los
hombres extraordinarios.
H e aquí q u e estos principios nos recuerdan a Tucídides. N o s q u e d a p o r
s a b e r si «la v e r d a d e r a c i e n c i a d e la h i s t o r i a » n o e s t á , e n B o s s u e t , n e c e s a -
riamente v i c i a d a p o r el p r o v i d e n c i a l i s m o , p o r la c o n v i c c i ó n d e q u e D i o s o r -
d e n a , e n ú l t i m a i n s t a n c i a , el d e v e n i r h u m a n o . ¿ P o d e m o s e s t a r d e a c u e r d o
c o n J . C a l v e t c u a n d o a s e g u r a q u e l a t e o l o g í a d e la h i s t o r i a d e B o s s u e t se
s u p e r p o n e a su r e l a t o h i s t ó r i c o , sin a f e c t a r l e r e a l m e n t e ? ¿ D e b e m o s c r e e r
q u e su m í s t i c a t e o l ó g i c a d e b e s i t u a r s e e n el m i s m o p l a n o q u e la m í s t i c a d e -
m o c r á t i c a d e M i c h e l e t p o r e j e m p l o ? A fin d e c u e n t a s , su i n f o r m a c i ó n d e
h i s t o r i a d o r es s ó l i d a , los m a t e r i a l e s q u e u t i l i z a , d e b u e n a l e y , y n a d i e o s a -
ría n e g a r su p e r s p i c a c i a . E n c u a l q u i e r c a s o , b a j o la a p a r e n t e p e r m a n e n c i a
d e los e s q u e m a s d e la h i s t o r i a c r i s t i a n a , d e s d e el siglo v al x v n , se o c u l t a
una mutación profunda.
DOCUMENTO
Ernienterio: Milagros de S a n Filiberto (después del a ñ o 862)
E l n ú m e r o d e n a v i o s a u m e n t a ; la i n c a l c u l a b l e m u l t i t u d d e n o r m a n d o s
n o cesa d e crecer; p o r t o d o s lados los cristianos son víctimas de m a t a n z a s ,
saqueos, devastaciones, incendios, cuyos manifiestos testimonios d u r a r á n
e n t a n t o e x i s t a el m u n d o . S e a p o d e r a n d e t o d a s las c i u d a d e s q u e a t r a v i e -
s a n sin q u e n a d i e les r e s i s t a ; s e a p o d e r a n d e las d e B u r d e o s , P é r i g u e u x , L i -
m o g e s , A n g u l e m a y T o l o s a . A n g e r s , T o u r s , así c o m o O r l e a n s s o n a n i q u i -
l a d a s ; se r o b a n m u c h a s c e n i z a s d e s a n t o s ; así se r e a l i z a casi e x a c t a m e n t e
la a m e n a z a q u e el s e ñ o r h a p r o f e r i d o p o r b o c a d e s u p r o f e t a : « U n a p l a g a
p r o c e d e n t e d e l N o r t e a l c a n z a r á a t o d o s los h a b i t a n t e s d e la t i e r r a . »
Nosotros también huimos a u n a localidad de n o m b r e Cunault, situada
e n A n j o u , e n la ribera d e l L o i r a , q u e C a r l o s , el g l o r i o s o r e y c i t a d o m á s
a r r i b a , n o s h a b í a d o n a d o c o m o r e f u g i o a n t e s d e la t o m a d e A n g e r s , a c a u -
sa d e l p e l i g r o q u e n o s a m e n a z a b a , m i e n t r a s q u e el c u e r p o d e S a n F i l i b e r t o
44
p e r m a n e c í a t o d a v í a e n el m o n a s t e r i o d e D e a s , a p e s a r d e q u e h u b i e s e s i d o
i n c e n d i a d o y a é s t e p o r l o s n o r m a n d o s ; p e r o l a t i e r r a d e H e r b a u g e n o se
resignaba a dejarse despojar de tan grandioso patrón en tanto q u e u n a par-
t e d e los m o n j e s p u d i e r a p e r m a n e c e r a ú n s o b r e su s u e l o .
Algunos años después, u n n ú m e r o incalculable de navios n o r m a n d o s re-
m o n t a el río S e n a . E l m a l a u m e n t a e n l a r e g i ó n . L a c i u d a d d e R u á n es in-
vadida, s a q u e a d a , i n c e n d i a d a : las de París, Beauvais y M e a u x son t o m a -
d a s ; la p l a z a f u e r t e d e M e l u n es d e v a s t a d a ; C h a r t r e s es o c u p a d a ; E v r e u x
es s a q u e a d a al i g u a l q u e B a y e u x , y las d e m á s c i u d a d e s s o n s u c e s i v a m e n t e
invadidas. A p e n a s q u e d a localidad, ni m o n a s t e r i o , q u e h a y a n sido respe-
t a d o s ; t o d o s los h a b i t a n t e s e m p r e n d e n la f u g a y r a r o s s o n a q u e l l o s q u e o s a n
decir: « P e r m a n e c e d , p e r m a n e c e d , resistid, luchad p o r vuestro país, p o r
v u e s t r o s h i j o s y p o r v u e s t r a f a m i l i a . » E n s u t o r p o r , i n m e r s o s e n m u t u a s ri-
validades, rescatan m e d i a n t e tributos lo q u e d e b í a n d e h a b e r defendido con
las a r m a s e n l a m a n o y d e j a n z o z o b r a r el r e i n o d e l o s c r i s t i a n o s .
R á p i d a m e n t e l o s n o r m a n d o s p a s a n a E s p a ñ a , d e s c i e n d e n p o r el R ó d a -
n o y d e v a s t a n I t a l i a . E l a ñ o 8 5 7 d e la E n c a r n a c i ó n d e C r i s t o t r a n s c u r r i ó
e n m e d i o d e e s t e d e s e n c a d e n a m i e n t o g e n e r a l d e g u e r r a s civiles y e x t r a n j e -
ras, p e r o conservamos alguna esperanza d e volver a nuestra casa, esperan-
za q u e e s m a n i f i e s t a m e n t e i l u s o r i a h a s t a el m o m e n t o p r e s e n t e . Y m i e n t r a s
q u e las p e r i p e c i a s d e n u e s t r a h u i d a n o s o b l i g a b a n a a l o j a r n o s e n d i v e r s o s
l u g a r e s , el c u e r p o d e S a n F i l i b e r t o h a b í a s i d o d e j a d o e n s u l u g a r , c o m o aca-
b a m o s de decir, p o r q u e e n r a z ó n d e los m a l e s q u e se a c u m u l a b a n , n o ha-
b í a m o s c o n s e g u i d o l a g a r a n t í a d e u n a s i l o s e g u r o . N o o f r e c i é n d o s e n o s nin-
g ú n r e f u g i o e n n i n g u n a p a r t e , n o p o d í a m o s s o p o r t a r q u e el c u e r p o d e l s a n -
t o n o s s i g u i e r a e n n u e s t r o s d e s p l a z a m i e n t o s ; t a m b i é n es m á s e x a c t o d e c i r
q u e casi h a s i d o a r r a n c a d o s u b r e p t i c i a m e n t e d e las m a n o s d e l o s p r o p i o s
normandos que no hablar de u n traslado solemne acompañado de cantos
d e g l o r i a c u a n d o se l e h a c o l o c a d o e n l a c i u d a d d e C u n a u l t c i t a d a m á s a r r i -
b a . S e h a h e c h o t o d o a fin d e p o d e r l o t r a s l a d a r d e s d e q u e las c i r c u n s t a n -
cias lo e x i g í a n . E s t o h a o c u r r i d o , c o m o s e s a b e , e n el a ñ o 862 d e l a E n c a r -
n a c i ó n , c u a n d o se le h a h e c h o a b a n d o n a r C u n a u l t p a r a t r a n s p o r t a r l o a su
d o m i n i o d e Messay. Se c o n s i g n a r á n d e s p u é s p a r a divulgarlos los milagros
q u e sus m é r i t o s h a n h e c h o r e s p l a n d e c e r allí, d e s p u é s d e r e l a t a r t o d o s los
q u e , c o m o y o h e d i c h o , n o h a n c a b i d o e n el l i b r o p r e c e d e n t e . P e r o h e a q u í
q u e l o s p a g a n o s p r o s i g u e n sin d e s c a n s o s u s p e r s e c u c i o n e s ; h e a q u í q u e la
r u e d a del t i e m p o r e h u s a d e t e n e r s e y q u e yo v e o a m e n g u a r s e d e m a s i a d o rá-
p i d a m e n t e el n ú m e r o d e a ñ o s q u e m e q u e d a n . A ú n es t i e m p o y las cir-
cunstancias exigen q u e estos milagros sean publicados.
e
( E d i c i ó n R . L a t o u c h e . T e x t e s d ' H i s t o i r e m é d i é v a l e , V - X T siécle)
45
 to la fortuna de los imperios. Quien pretenda comprender a fondo las co-
sas humanas debe de adoptar una perspectiva más amplia; debe observar
inclinaciones y costumbres o, dicho más brevemente, el carácter tanto de
los pueblos dominantes en general como de los príncipes en particular y
de todos los hombres extraordinarios que, por la importancia del perso-
naje que han tenido que interpretar en el mundo, han contribuido, para
bien o para mal, al cambio de los Estados y de la fortuna pública.»
Se c o n s t a t a e n e s t a s l í n e a s q u e el p r o v i d e n c i a l i s m o d e B o s s u e t n o es el
r e i n o d e la a r b i t r a r i e d a d , s i n o el d e l o r d e n , q u e se i m p o n e t a n t o al c o s m o s
c o m o al t i e m p o . E x i s t e u n a o r d e n a c i ó n d e las c o s a s h u m a n a s , q u e r i d a i n i -
c i a l m e n t e p o r D i o s , q u e le d i s p e n s a d e i n t e r v e n i r c o n s t a n t e m e n t e e n l a h i s -
t o r i a . P o r e l l o , es p o s i b l e d e l i m i t a r u n c a m p o d e la h i s t o r i a , o s e a , u n a o b -
s e r v a c i ó n s i t u a d a al n i v e l d e la c o n c a t e n a c i ó n d e las c a u s a s s e c u n d a r i a s .
B o s s u e t s u g i e r e u n análisis e n t r e s t i e m p o s d e l o s grandes cambios: causas
r e m o t a s , m ó v i l e s i n m e d i a t o s , r e s u l t a d o s . P a r a c o n s e g u i r l o , se i m p o n e sa-
b e r e s c a p a r a l a f a s c i n a c i ó n d e l t i e m p o b r e v e , r e m o n t a r s e al p a s a d o y l a n -
z a r s e al e s t u d i o d e los r a s g o s específicos d e los pueblos dominantes y d e los
hombres extraordinarios.
H e aquí q u e estos principios nos recuerdan a Tucídides. N o s q u e d a p o r
s a b e r si «la v e r d a d e r a c i e n c i a d e la h i s t o r i a » n o e s t á , e n B o s s u e t , n e c e s a -
riamente v i c i a d a p o r el p r o v i d e n c i a l i s m o , p o r la c o n v i c c i ó n d e q u e D i o s o r -
d e n a , e n ú l t i m a i n s t a n c i a , el d e v e n i r h u m a n o . ¿ P o d e m o s e s t a r d e a c u e r d o
c o n J . C a l v e t c u a n d o a s e g u r a q u e l a t e o l o g í a d e la h i s t o r i a d e B o s s u e t se
s u p e r p o n e a su r e l a t o h i s t ó r i c o , sin a f e c t a r l e r e a l m e n t e ? ¿ D e b e m o s c r e e r
q u e su m í s t i c a t e o l ó g i c a d e b e s i t u a r s e e n el m i s m o p l a n o q u e la m í s t i c a d e -
m o c r á t i c a d e M i c h e l e t p o r e j e m p l o ? A fin d e c u e n t a s , su i n f o r m a c i ó n d e
h i s t o r i a d o r es s ó l i d a , los m a t e r i a l e s q u e u t i l i z a , d e b u e n a l e y , y n a d i e o s a -
ría n e g a r su p e r s p i c a c i a . E n c u a l q u i e r c a s o , b a j o la a p a r e n t e p e r m a n e n c i a
d e los e s q u e m a s d e la h i s t o r i a c r i s t i a n a , d e s d e el siglo v al x v n , se o c u l t a
una mutación profunda.
DOCUMENTO
Ernienterio: Milagros de S a n Filiberto (después del a ñ o 862)
E l n ú m e r o d e n a v i o s a u m e n t a ; la i n c a l c u l a b l e m u l t i t u d d e n o r m a n d o s
n o cesa d e crecer; p o r t o d o s lados los cristianos son víctimas de m a t a n z a s ,
saqueos, devastaciones, incendios, cuyos manifiestos testimonios d u r a r á n
e n t a n t o e x i s t a el m u n d o . S e a p o d e r a n d e t o d a s las c i u d a d e s q u e a t r a v i e -
s a n sin q u e n a d i e les r e s i s t a ; s e a p o d e r a n d e las d e B u r d e o s , P é r i g u e u x , L i -
m o g e s , A n g u l e m a y T o l o s a . A n g e r s , T o u r s , así c o m o O r l e a n s s o n a n i q u i -
l a d a s ; se r o b a n m u c h a s c e n i z a s d e s a n t o s ; así se r e a l i z a casi e x a c t a m e n t e
la a m e n a z a q u e el s e ñ o r h a p r o f e r i d o p o r b o c a d e s u p r o f e t a : « U n a p l a g a
p r o c e d e n t e d e l N o r t e a l c a n z a r á a t o d o s los h a b i t a n t e s d e la t i e r r a . »
Nosotros también huimos a u n a localidad de n o m b r e Cunault, situada
e n A n j o u , e n la ribera d e l L o i r a , q u e C a r l o s , el g l o r i o s o r e y c i t a d o m á s
a r r i b a , n o s h a b í a d o n a d o c o m o r e f u g i o a n t e s d e la t o m a d e A n g e r s , a c a u -
sa d e l p e l i g r o q u e n o s a m e n a z a b a , m i e n t r a s q u e el c u e r p o d e S a n F i l i b e r t o
44
p e r m a n e c í a t o d a v í a e n el m o n a s t e r i o d e D e a s , a p e s a r d e q u e h u b i e s e s i d o
i n c e n d i a d o y a é s t e p o r l o s n o r m a n d o s ; p e r o l a t i e r r a d e H e r b a u g e n o se
resignaba a dejarse despojar de tan grandioso patrón en tanto q u e u n a par-
t e d e los m o n j e s p u d i e r a p e r m a n e c e r a ú n s o b r e su s u e l o .
Algunos años después, u n n ú m e r o incalculable de navios n o r m a n d o s re-
m o n t a el río S e n a . E l m a l a u m e n t a e n l a r e g i ó n . L a c i u d a d d e R u á n es in-
vadida, s a q u e a d a , i n c e n d i a d a : las de París, Beauvais y M e a u x son t o m a -
d a s ; la p l a z a f u e r t e d e M e l u n es d e v a s t a d a ; C h a r t r e s es o c u p a d a ; E v r e u x
es s a q u e a d a al i g u a l q u e B a y e u x , y las d e m á s c i u d a d e s s o n s u c e s i v a m e n t e
invadidas. A p e n a s q u e d a localidad, ni m o n a s t e r i o , q u e h a y a n sido respe-
t a d o s ; t o d o s los h a b i t a n t e s e m p r e n d e n la f u g a y r a r o s s o n a q u e l l o s q u e o s a n
decir: « P e r m a n e c e d , p e r m a n e c e d , resistid, luchad p o r vuestro país, p o r
v u e s t r o s h i j o s y p o r v u e s t r a f a m i l i a . » E n s u t o r p o r , i n m e r s o s e n m u t u a s ri-
validades, rescatan m e d i a n t e tributos lo q u e d e b í a n d e h a b e r defendido con
las a r m a s e n l a m a n o y d e j a n z o z o b r a r el r e i n o d e l o s c r i s t i a n o s .
R á p i d a m e n t e l o s n o r m a n d o s p a s a n a E s p a ñ a , d e s c i e n d e n p o r el R ó d a -
n o y d e v a s t a n I t a l i a . E l a ñ o 8 5 7 d e la E n c a r n a c i ó n d e C r i s t o t r a n s c u r r i ó
e n m e d i o d e e s t e d e s e n c a d e n a m i e n t o g e n e r a l d e g u e r r a s civiles y e x t r a n j e -
ras, p e r o conservamos alguna esperanza d e volver a nuestra casa, esperan-
za q u e e s m a n i f i e s t a m e n t e i l u s o r i a h a s t a el m o m e n t o p r e s e n t e . Y m i e n t r a s
q u e las p e r i p e c i a s d e n u e s t r a h u i d a n o s o b l i g a b a n a a l o j a r n o s e n d i v e r s o s
l u g a r e s , el c u e r p o d e S a n F i l i b e r t o h a b í a s i d o d e j a d o e n s u l u g a r , c o m o aca-
b a m o s de decir, p o r q u e e n r a z ó n d e los m a l e s q u e se a c u m u l a b a n , n o ha-
b í a m o s c o n s e g u i d o l a g a r a n t í a d e u n a s i l o s e g u r o . N o o f r e c i é n d o s e n o s nin-
g ú n r e f u g i o e n n i n g u n a p a r t e , n o p o d í a m o s s o p o r t a r q u e el c u e r p o d e l s a n -
t o n o s s i g u i e r a e n n u e s t r o s d e s p l a z a m i e n t o s ; t a m b i é n es m á s e x a c t o d e c i r
q u e casi h a s i d o a r r a n c a d o s u b r e p t i c i a m e n t e d e las m a n o s d e l o s p r o p i o s
normandos que no hablar de u n traslado solemne acompañado de cantos
d e g l o r i a c u a n d o se l e h a c o l o c a d o e n l a c i u d a d d e C u n a u l t c i t a d a m á s a r r i -
b a . S e h a h e c h o t o d o a fin d e p o d e r l o t r a s l a d a r d e s d e q u e las c i r c u n s t a n -
cias lo e x i g í a n . E s t o h a o c u r r i d o , c o m o s e s a b e , e n el a ñ o 862 d e l a E n c a r -
n a c i ó n , c u a n d o se le h a h e c h o a b a n d o n a r C u n a u l t p a r a t r a n s p o r t a r l o a su
d o m i n i o d e Messay. Se c o n s i g n a r á n d e s p u é s p a r a divulgarlos los milagros
q u e sus m é r i t o s h a n h e c h o r e s p l a n d e c e r allí, d e s p u é s d e r e l a t a r t o d o s los
q u e , c o m o y o h e d i c h o , n o h a n c a b i d o e n el l i b r o p r e c e d e n t e . P e r o h e a q u í
q u e l o s p a g a n o s p r o s i g u e n sin d e s c a n s o s u s p e r s e c u c i o n e s ; h e a q u í q u e la
r u e d a del t i e m p o r e h u s a d e t e n e r s e y q u e yo v e o a m e n g u a r s e d e m a s i a d o rá-
p i d a m e n t e el n ú m e r o d e a ñ o s q u e m e q u e d a n . A ú n es t i e m p o y las cir-
cunstancias exigen q u e estos milagros sean publicados.
e
( E d i c i ó n R . L a t o u c h e . T e x t e s d ' H i s t o i r e m é d i é v a l e , V - X T siécle)
45
 CAPÍTULO 3

L A H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A (II):
LOS CRONISTAS D E LOS SIGLOS XIV Y XV

L a h i s t o r i a , hija d e l a d e s g r a c i a , es t a m b i é n s e r v i d o r a del p o d e r , y m á s
q u e n u n c a e n l o s d o s ú l t i m o s siglos d e la E d a d M e d i a . L a s c r ó n i c a s e s t á n
l l e n a s d e g r a n d e s h e c h o s y g r a n d e s c a l a m i d a d e s : l a p e s t e m e r o d e a y la
g u e r r a se e t e r n i z a . A p e n a s t e r m i n ó el c o n f l i c t o f r a n c o - i n g l é s , c u a n d o se ini-
cia el e n f r e n t a m i e n t o f r a n c o - b o r g o ñ ó n . A c a u s a d e sus r i v a l i d a d e s , l o s p r í n -
cipes n o p u e d e n prescindir d e los servicios d e los historiógrafos, q u e t i e n e n
la misión d e exaltarlos y d e d e f e n d e r sus d e r e c h o s . N i Froissart, ni los cro-
n i s t a s b o r g o ñ e s e s , n i i n c l u s o T h o m a s B a s i n o C o m m y n e s e s c a p a n a e s t a ser-
v i d u m b r e . Sin e m b a r g o , e n e s t o s d o s ú l t i m o s a p a r e c e u n t o n o n u e v o , q u e
p r o c e d e d e u n c i e r t o distanciamiento d e l o b j e t o q u e t r a t a n . E s t e gesto de
separar a n u n c i a l a h i s t o r i o g r a f í a d e l o s t i e m p o s m o d e r n o s . Y lo m i s m o el
h e c h o d e q u e l a h i s t o r i a p l a n t e e , a p a r t i r d e l siglo x r v , c a d a v e z m á s aspi-
raciones colectivas y se convierta en el «vehículo privilegiado del sentimien-
to nacional».

1. FROISSART, HERALDO D E LA DECLINANTE SOCIEDAD CABALLERESCA

Sin r e l a t a r d e t a l l a d a m e n t e la larga existencia d e J e a n F r o i s s a r t

(1337-1410), r e t e n g a m o s d e ella algunos aspectos esenciales: su v e r t i e n t e
d e historiador protegido (va d e u n a c o r t e principesca a o t r a ) , la inestabili-
d a d d e sus e l e c c i o n e s p o l í t i c a s ( p r i m e r o p r o i n g l é s , t o m ó p a r t i d o p o r los
f r a n c e s e s d e s p u é s d e 1370) y, f i n a l m e n t e , s u s n u m e r o s o s v i a j e s ( a I n g l a -
t e r r a , E s c o c i a , B r e t a ñ a , A q u i t a n i a ; a la c o r t e d e G a s t ó n P h e b u s , c o n d e d e
Foix, en O r t h e z ) , q u e le p e r m i t i e r o n reunir u n a información b a s t a n t e am-
p l i a . D e d o n d e p r o c e d e c i e r t a d o s i f i c a c i ó n q u e h a y e n él e n t r e la c o m p i l a -
c i ó n ( e n el p r i m e r l i b r o d e sus c r ó n i c a s s i g u e m u y d e c e r c a el r e l a t o d e s u
c o m p a t r i o t a J e a n L e B e l ) y d a t o s o b t e n i d o s d e los a c t o r e s d e l o s p r o p i o s
a c o n t e c i m i e n t o s e n l o s d i f e r e n t e s t e a t r o s d e l conflicto f r a n c o - i n g l é s . L o s
t r e s l i b r o s d e las Crónicas c o m p r e n d e n el p e r í o d o q u e se e x t i e n d e e n t r e
1328 y 1400. S u c o m p o s i c i ó n s e d i s t r i b u y e e n m á s o m e n o s m e d i o siglo.
F r o i s s a r t d e f i n i ó su o b r a , n o sin a m b i c i ó n , c o m o u n a « c r ó n i c a h i s t o r i a -

47
 CAPÍTULO 3

L A H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A (II):
LOS CRONISTAS D E LOS SIGLOS XIV Y XV

L a h i s t o r i a , hija d e l a d e s g r a c i a , es t a m b i é n s e r v i d o r a del p o d e r , y m á s
q u e n u n c a e n l o s d o s ú l t i m o s siglos d e la E d a d M e d i a . L a s c r ó n i c a s e s t á n
l l e n a s d e g r a n d e s h e c h o s y g r a n d e s c a l a m i d a d e s : l a p e s t e m e r o d e a y la
g u e r r a se e t e r n i z a . A p e n a s t e r m i n ó el c o n f l i c t o f r a n c o - i n g l é s , c u a n d o se ini-
cia el e n f r e n t a m i e n t o f r a n c o - b o r g o ñ ó n . A c a u s a d e sus r i v a l i d a d e s , l o s p r í n -
cipes n o p u e d e n prescindir d e los servicios d e los historiógrafos, q u e t i e n e n
la misión d e exaltarlos y d e d e f e n d e r sus d e r e c h o s . N i Froissart, ni los cro-
n i s t a s b o r g o ñ e s e s , n i i n c l u s o T h o m a s B a s i n o C o m m y n e s e s c a p a n a e s t a ser-
v i d u m b r e . Sin e m b a r g o , e n e s t o s d o s ú l t i m o s a p a r e c e u n t o n o n u e v o , q u e
p r o c e d e d e u n c i e r t o distanciamiento d e l o b j e t o q u e t r a t a n . E s t e gesto de
separar a n u n c i a l a h i s t o r i o g r a f í a d e l o s t i e m p o s m o d e r n o s . Y lo m i s m o el
h e c h o d e q u e l a h i s t o r i a p l a n t e e , a p a r t i r d e l siglo x r v , c a d a v e z m á s aspi-
raciones colectivas y se convierta en el «vehículo privilegiado del sentimien-
to nacional».

1. FROISSART, HERALDO D E LA DECLINANTE SOCIEDAD CABALLERESCA

Sin r e l a t a r d e t a l l a d a m e n t e la larga existencia d e J e a n F r o i s s a r t

(1337-1410), r e t e n g a m o s d e ella algunos aspectos esenciales: su v e r t i e n t e
d e historiador protegido (va d e u n a c o r t e principesca a o t r a ) , la inestabili-
d a d d e sus e l e c c i o n e s p o l í t i c a s ( p r i m e r o p r o i n g l é s , t o m ó p a r t i d o p o r los
f r a n c e s e s d e s p u é s d e 1370) y, f i n a l m e n t e , s u s n u m e r o s o s v i a j e s ( a I n g l a -
t e r r a , E s c o c i a , B r e t a ñ a , A q u i t a n i a ; a la c o r t e d e G a s t ó n P h e b u s , c o n d e d e
Foix, en O r t h e z ) , q u e le p e r m i t i e r o n reunir u n a información b a s t a n t e am-
p l i a . D e d o n d e p r o c e d e c i e r t a d o s i f i c a c i ó n q u e h a y e n él e n t r e la c o m p i l a -
c i ó n ( e n el p r i m e r l i b r o d e sus c r ó n i c a s s i g u e m u y d e c e r c a el r e l a t o d e s u
c o m p a t r i o t a J e a n L e B e l ) y d a t o s o b t e n i d o s d e los a c t o r e s d e l o s p r o p i o s
a c o n t e c i m i e n t o s e n l o s d i f e r e n t e s t e a t r o s d e l conflicto f r a n c o - i n g l é s . L o s
t r e s l i b r o s d e las Crónicas c o m p r e n d e n el p e r í o d o q u e se e x t i e n d e e n t r e
1328 y 1400. S u c o m p o s i c i ó n s e d i s t r i b u y e e n m á s o m e n o s m e d i o siglo.
F r o i s s a r t d e f i n i ó su o b r a , n o sin a m b i c i ó n , c o m o u n a « c r ó n i c a h i s t o r i a -

47
d a » . Si l a c r ó n i c a es s ó l o u n r e l a t o r e s u m i d o d e los a c o n t e c i m i e n t o s , la h i s -
t o r i a t r a t a l a m a t e r i a ad plenum. F r o i s s a r t n o s e x p o n e su d e s e o d e « c r o n i -
c a r e h i s t o r i a r a lo l a r g o d e t o d a la m a t e r i a » , sin l i m i t a r s e a d e c i r : « E n
aquel t i e m p o sucedió esto y aquello.» ¿ S u p o v e r d a d e r a m e n t e e s c a p a r a los
h'mites d e l g é n e r o n a r r a t i v o y « e s c l a r e c e r la m a t e r i a » e n t e n d i e n d o p o r ello
e x p l i c a r los h e c h o s ?
I n d u d a b l e m e n t e , F r o i s s a r t t u v o la «preocupación de informarse» exac-
t a m e n t e . C o n s i d e r e m o s e n p r i m e r l u g a r el c a s o d e l a g u e r r a d e S u c e s i ó n
d e B r e t a ñ a (1341-1364), q u e todavía n o h a b í a t e r m i n a d o c u a n d o Froissart
llegó a l a c o r t e d e E d u a r d o I I I d e I n g l a t e r r a e n 1 3 6 1 . N o s d i c e ( e d i c i ó n S.
L u c e , t o m o I I , X X J J , X X I I I ) q u e n o p u d o c o n t e n t a r s e c o n los r e l a t o s p r o -
p a l a d o s p o r « m u c h o s j u g l a r e s y p o e t a s c a l l e j e r o s » , q u e e n sus « c a n c i o n e s
d e g e s t a f a n t a s i o s a y p o e m a s m e n t i r o s o s h a b í a n e v o c a d o el p r o b l e m a d e
B r e t a ñ a y el d e s c o n t e n t o d e J u a n el H e r m o s o , e n el q u e se i n s p i r a b a , y su
p r o p i o d e s c o n t e n t o . R e a l m e n t e , e s t o s p o e m a s y e s t a s c a n c i o n e s n o se r e -
f e r í a n , e n a b s o l u t o , a los « h e c h o s r e a l e s » , c u y o r e l a t o c o n s t i t u í a su o b j e t i -
v o . Y a ñ a d e : « H e v i s i t a d o y r e c o r r i d o la m a y o r p a r t e d e B r e t a ñ a , h e lle-
v a d o a c a b o u n a i n v e s t i g a c i ó n c e r c a d e los s e ñ o r e s y l o s h e r a l d o s a p r o p ó -
sito d e las g u e r r a s , las c o n q u i s t a s , los a s a l t o s , las i n c u r s i o n e s , las b a t a l l a s ,
l o s s o c o r r o s y t o d o s los h e r o i c o s h e c h o s d e a r m a s a c o n t e c i d o s d e s d e 1340
h a s t a el final d e l l i b r o ; m e h e i m p u e s t o e s t a t a r e a t a n t o a r e q u e r i m i e n t o y
a e x p e n s a s d e m i s e ñ o r y m a e s t r o (Eduard III) c o m o p a r a s a t i s f a c e r m e a
m í m i s m o , p a r a d a r a u t e n t i c i d a d y b a s e s s ó l i d a s a m i t r a b a j o : e n t o d o lo
cual mis esfuerzos h a n sido a m p l i a m e n t e r e c o m p e n s a d o s . » E s t a s p o c o co-
n o c i d a s l í n e a s n o s r e v e l a n u n método q u e a s o c i a c o m p i l a c i ó n e i n v e s t i g a -
c i ó n s o b r e el t e r r e n o ; u n a condición d e c r o n i s t a r e t r i b u i d o p o r el p o d e r , y
finalmente u n objetivo, o s e a , r e l a t a r l a v e r d a d d e los h e c h o s . ¿ H a y q u e
derivar de esta proclamación de espíritu «positivo» u n a cierta precisión en
la n a r r a c i ó n d e las g u e r r a s b r e t o n a s , n o e x e n t a sin e m b a r g o d e b u r d o s e r r o -
res? P o r e j e m p l o : Froissart analiza c o n b a s t a n t e a g u d e z a los e r r o r e s q u e
s u r g e n e n l a c i u d a d d e R e t i n e s s i t i a d a p o r C a r l o s d e B l o i s e n m a y o d e 1342:
l o s b u r g u e s e s y el m u n i c i p i o p r e t e n d e n r e n d i r s e , p e r o el r e p r e s e n t a n t e d e
la c o n d e s a d e M o n t f o r t q u i e r e resistir. Ú n i c a m e n t e s u a r r e s t o h i z o p o s i b l e
q u e los h a b i t a n t e s d e l a c i u d a d p u d i e r a n n e g o c i a r c o n el j e f e d e l o s sitia-
d o r e s , c u y o c o m p o r t a m i e n t o fue a p r e c i a d o d e m a n e r a i m p a r c i a l . N o se le
i m p u t ó n i n g u n a c r u e l d a d ; d e j ó s a n o s y s a l v o s a t o d o s los p a r t i d a r i o s d e
Montfort.
N u e s t r o c r o n i s t a p r a c t i c a b a c o n t a l e n t o la i n v e s t i g a c i ó n o r a l , lo q u e le
s u p o n e c i e r t a r e c u p e r a c i ó n d e i n t e r é s e n n u e s t r o s d í a s y el h o n o r d e s e r
m e n c i o n a d o e n t r e los p r e c u r s o r e s d e la «historia i n m e d i a t a » . P á g i n a céle-
b r e e n t r e todas, h e aquí la entrevista con u n forajido gascón, B a s c o t d e
M a u l é o n , q u e F r o i s s a r t e n c o n t r ó c o n o c a s i ó n d e su e s t a n c i a e n la c o r t e d e
O r t h e z e n 1388-89:
Vi venir allí a un escudero gascón, que se llamaba Bascot de Mau-
léon, y que podía tener unos cincuenta y cinco años, con aspecto de hom-
bre de armas atrevido. Y se alojó con gran arrogancia, en el mismo al-
bergue que yo, el de la Luna, en Ernuaulton du Pin y pidió yacijas dig-
nas de un gran barón, y tanto a él como a su gente se le sirvió en vajilla
(de plata)...
(...) Me preguntó:
48
—Señor Jehon, ¿hay lugar en vuestra historia para lo que yo os habla-
ré?
(...) Con estas palabras empezó su relato y dijo así...
—La primera vez que fui a r m a d o , fue bajo el caudillaje de Bouck en
la batalla de Poitiers, y. para empezar, conseguí en este día tres prisio-
neros, un caballero y dos escuderos, que me supusieron entre todos tres
mil francos.
H a y q u e destacar la brillante e n t r a d a en escena d e B a sc o t. P a r e c e q u e
fue él q u i e n h a b r í a s o l i c i t a d o al h i s t o r i a d o r u n l u g a r e n s u r e l a t o . ¿ C ó m o
e x p l i c a r í a m o s e s t a i n v e r s i ó n d e las r e a l e s p o s i c i o n e s o c u p a d a s p o r el actor
y el narrador! ¿Es posible que Froissart n o quiere presentarse como bus-
c a d o r d e t e s t i m o n i o s ? ¿ O se t r a t a d e u n s u b t e r f u g i o d e c o m p o s i c i ó n d e s t i -
n a d o a crear u n «efecto directo»?
Froissart se desdibuja detrás d e este testigo de excepción, cuya narra-
c i ó n e n p r i m e r a p e r s o n a es t a n v i v a y c o l o r i s t a . E l c r o n i s t a s e s i e n t e visi-
b l e m e n t e f a s c i n a d o p o r el d e s t i n o f u e r a d e lo c o m ú n y el é x i t o m a t e r i a l d e
e s t e h o m b r e d e g u e r r a sin e s c r ú p u l o s ( p a r a l a c o n t i n u a c i ó n d e l r e l a t o , v e r
la e d i c i ó n M i r o t , t o m o X I I , p p . 95 a 1 0 0 ) .
E l o b j e t i v o c o n f e s a d o d e F r o i s s a r t l o c o n s t i t u y e la e x a l t a c i ó n d e las
p r o e z a s d e los c o m b a t i e n t e s del conflicto franco-inglés.
A fin de que las grandes maravillas y los bellos hechos de armas que
han tenido lugar a causa de las grandes guerras de Francia y de Ingla-
terra y de los reinos vecinos... sean registradas y vistas y conocidas en la
actualidad y en el porvenir, yo m e quiero responsabilizar de ordenarlas
y ponerlas en prosa...
P a r a i l u s t r a r e s t e a s p e c t o b i e n c o n o c i d o d e las Crónicas, b a s t a c o n m e n -
c i o n a r l a h e r o i c a r e s i s t e n c i a d e l a c o n d e s a d e M o n t f o r t e n H o n n e b o u t , si-
t i a d a p o r las t r o p a s d e C a r l o s d e B l o i s , e n 1 3 4 2 :
Y la condesa que llevaba armadura e iba montada en u n buen corcel,
cabalgaba de calle en calle por la ciudad, y exhortaba a sus gentes para
que la defendieran. Y hacía que todas las mujeres de la ciudad levanta-
sen las calzadas y llevasen las piedras a las almenas para lanzarlas a los
enemigos. Y hacía llevar bombardas y grandes recipientes llenos de cal
viva para lanzarlos sobre los asaltantes.
E l e s t u d i o d e t a l l a d o d e la m u y c o n o c i d a n a r r a c i ó n d e la Jacquerie de
1 3 5 8 , e n el p r i m e r l i b r o d e las Crónicas, e n el c u a l F r o i s s a r t se i n s p i r a di-
r e c t a m e n t e e n el c a n ó n i g o d e L i e j a , J e a n L e B e l , n o s p e r m i t e d e s c u b r i r la-
g u n a s e n el h i s t o r i a d o r e n c u a n t o a l a i n f o r m a c i ó n , la a b s o l u t a p r i m i c i a
d e l a n a r r a c i ó n s o b r e l a i n v e s t i g a c i ó n d e las c a u s a s , y f i n a l m e n t e u n a t o -
m a d e posición m u y clara e n favor d e los partidarios del o r d e n aristocrático.
Los hechos se relatan de manera muy incompleta. E n 1356, d e s p u é s d e
l a d e r r o t a d e P o i t i e r s , el r e y J u a n el B u e n o se e n c u e n t r a p r i s i o n e r o e n I n -
g l a t e r r a . E l delfín, d u q u e d e N o r m a n d í a , y f u t u r o C a r l o s V , es el r e g e n t e .
Se e n f r e n t a c o n l a h o s t i l i d a d d e l o s e s t a d o s g e n e r a l e s , q u e se n i e g a n a a u -
t o r i z a r la c o n c e s i ó n d e l o s s u b s i d i o s n e c e s a r i o s p a r a p a g a r el r e s c a t e d e l
r e y sin o b t e n e r c o n t r a p a r t i d a s p o l í t i c a s ( c o n t r o l s o b r e la g e s t i ó n d e l o s ofi-
49
d a » . Si l a c r ó n i c a es s ó l o u n r e l a t o r e s u m i d o d e los a c o n t e c i m i e n t o s , la h i s -
t o r i a t r a t a l a m a t e r i a ad plenum. F r o i s s a r t n o s e x p o n e su d e s e o d e « c r o n i -
c a r e h i s t o r i a r a lo l a r g o d e t o d a la m a t e r i a » , sin l i m i t a r s e a d e c i r : « E n
aquel t i e m p o sucedió esto y aquello.» ¿ S u p o v e r d a d e r a m e n t e e s c a p a r a los
h'mites d e l g é n e r o n a r r a t i v o y « e s c l a r e c e r la m a t e r i a » e n t e n d i e n d o p o r ello
e x p l i c a r los h e c h o s ?
I n d u d a b l e m e n t e , F r o i s s a r t t u v o la «preocupación de informarse» exac-
t a m e n t e . C o n s i d e r e m o s e n p r i m e r l u g a r el c a s o d e l a g u e r r a d e S u c e s i ó n
d e B r e t a ñ a (1341-1364), q u e todavía n o h a b í a t e r m i n a d o c u a n d o Froissart
llegó a l a c o r t e d e E d u a r d o I I I d e I n g l a t e r r a e n 1 3 6 1 . N o s d i c e ( e d i c i ó n S.
L u c e , t o m o I I , X X J J , X X I I I ) q u e n o p u d o c o n t e n t a r s e c o n los r e l a t o s p r o -
p a l a d o s p o r « m u c h o s j u g l a r e s y p o e t a s c a l l e j e r o s » , q u e e n sus « c a n c i o n e s
d e g e s t a f a n t a s i o s a y p o e m a s m e n t i r o s o s h a b í a n e v o c a d o el p r o b l e m a d e
B r e t a ñ a y el d e s c o n t e n t o d e J u a n el H e r m o s o , e n el q u e se i n s p i r a b a , y su
p r o p i o d e s c o n t e n t o . R e a l m e n t e , e s t o s p o e m a s y e s t a s c a n c i o n e s n o se r e -
f e r í a n , e n a b s o l u t o , a los « h e c h o s r e a l e s » , c u y o r e l a t o c o n s t i t u í a su o b j e t i -
v o . Y a ñ a d e : « H e v i s i t a d o y r e c o r r i d o la m a y o r p a r t e d e B r e t a ñ a , h e lle-
v a d o a c a b o u n a i n v e s t i g a c i ó n c e r c a d e los s e ñ o r e s y l o s h e r a l d o s a p r o p ó -
sito d e las g u e r r a s , las c o n q u i s t a s , los a s a l t o s , las i n c u r s i o n e s , las b a t a l l a s ,
l o s s o c o r r o s y t o d o s los h e r o i c o s h e c h o s d e a r m a s a c o n t e c i d o s d e s d e 1340
h a s t a el final d e l l i b r o ; m e h e i m p u e s t o e s t a t a r e a t a n t o a r e q u e r i m i e n t o y
a e x p e n s a s d e m i s e ñ o r y m a e s t r o (Eduard III) c o m o p a r a s a t i s f a c e r m e a
m í m i s m o , p a r a d a r a u t e n t i c i d a d y b a s e s s ó l i d a s a m i t r a b a j o : e n t o d o lo
cual mis esfuerzos h a n sido a m p l i a m e n t e r e c o m p e n s a d o s . » E s t a s p o c o co-
n o c i d a s l í n e a s n o s r e v e l a n u n método q u e a s o c i a c o m p i l a c i ó n e i n v e s t i g a -
c i ó n s o b r e el t e r r e n o ; u n a condición d e c r o n i s t a r e t r i b u i d o p o r el p o d e r , y
finalmente u n objetivo, o s e a , r e l a t a r l a v e r d a d d e los h e c h o s . ¿ H a y q u e
derivar de esta proclamación de espíritu «positivo» u n a cierta precisión en
la n a r r a c i ó n d e las g u e r r a s b r e t o n a s , n o e x e n t a sin e m b a r g o d e b u r d o s e r r o -
res? P o r e j e m p l o : Froissart analiza c o n b a s t a n t e a g u d e z a los e r r o r e s q u e
s u r g e n e n l a c i u d a d d e R e t i n e s s i t i a d a p o r C a r l o s d e B l o i s e n m a y o d e 1342:
l o s b u r g u e s e s y el m u n i c i p i o p r e t e n d e n r e n d i r s e , p e r o el r e p r e s e n t a n t e d e
la c o n d e s a d e M o n t f o r t q u i e r e resistir. Ú n i c a m e n t e s u a r r e s t o h i z o p o s i b l e
q u e los h a b i t a n t e s d e l a c i u d a d p u d i e r a n n e g o c i a r c o n el j e f e d e l o s sitia-
d o r e s , c u y o c o m p o r t a m i e n t o fue a p r e c i a d o d e m a n e r a i m p a r c i a l . N o se le
i m p u t ó n i n g u n a c r u e l d a d ; d e j ó s a n o s y s a l v o s a t o d o s los p a r t i d a r i o s d e
Montfort.
N u e s t r o c r o n i s t a p r a c t i c a b a c o n t a l e n t o la i n v e s t i g a c i ó n o r a l , lo q u e le
s u p o n e c i e r t a r e c u p e r a c i ó n d e i n t e r é s e n n u e s t r o s d í a s y el h o n o r d e s e r
m e n c i o n a d o e n t r e los p r e c u r s o r e s d e la «historia i n m e d i a t a » . P á g i n a céle-
b r e e n t r e todas, h e aquí la entrevista con u n forajido gascón, B a s c o t d e
M a u l é o n , q u e F r o i s s a r t e n c o n t r ó c o n o c a s i ó n d e su e s t a n c i a e n la c o r t e d e
O r t h e z e n 1388-89:
Vi venir allí a un escudero gascón, que se llamaba Bascot de Mau-
léon, y que podía tener unos cincuenta y cinco años, con aspecto de hom-
bre de armas atrevido. Y se alojó con gran arrogancia, en el mismo al-
bergue que yo, el de la Luna, en Ernuaulton du Pin y pidió yacijas dig-
nas de un gran barón, y tanto a él como a su gente se le sirvió en vajilla
(de plata)...
(...) Me preguntó:
48
—Señor Jehon, ¿hay lugar en vuestra historia para lo que yo os habla-
ré?
(...) Con estas palabras empezó su relato y dijo así...
—La primera vez que fui a r m a d o , fue bajo el caudillaje de Bouck en
la batalla de Poitiers, y. para empezar, conseguí en este día tres prisio-
neros, un caballero y dos escuderos, que me supusieron entre todos tres
mil francos.
H a y q u e destacar la brillante e n t r a d a en escena d e B a sc o t. P a r e c e q u e
fue él q u i e n h a b r í a s o l i c i t a d o al h i s t o r i a d o r u n l u g a r e n s u r e l a t o . ¿ C ó m o
e x p l i c a r í a m o s e s t a i n v e r s i ó n d e las r e a l e s p o s i c i o n e s o c u p a d a s p o r el actor
y el narrador! ¿Es posible que Froissart n o quiere presentarse como bus-
c a d o r d e t e s t i m o n i o s ? ¿ O se t r a t a d e u n s u b t e r f u g i o d e c o m p o s i c i ó n d e s t i -
n a d o a crear u n «efecto directo»?
Froissart se desdibuja detrás d e este testigo de excepción, cuya narra-
c i ó n e n p r i m e r a p e r s o n a es t a n v i v a y c o l o r i s t a . E l c r o n i s t a s e s i e n t e visi-
b l e m e n t e f a s c i n a d o p o r el d e s t i n o f u e r a d e lo c o m ú n y el é x i t o m a t e r i a l d e
e s t e h o m b r e d e g u e r r a sin e s c r ú p u l o s ( p a r a l a c o n t i n u a c i ó n d e l r e l a t o , v e r
la e d i c i ó n M i r o t , t o m o X I I , p p . 95 a 1 0 0 ) .
E l o b j e t i v o c o n f e s a d o d e F r o i s s a r t l o c o n s t i t u y e la e x a l t a c i ó n d e las
p r o e z a s d e los c o m b a t i e n t e s del conflicto franco-inglés.
A fin de que las grandes maravillas y los bellos hechos de armas que
han tenido lugar a causa de las grandes guerras de Francia y de Ingla-
terra y de los reinos vecinos... sean registradas y vistas y conocidas en la
actualidad y en el porvenir, yo m e quiero responsabilizar de ordenarlas
y ponerlas en prosa...
P a r a i l u s t r a r e s t e a s p e c t o b i e n c o n o c i d o d e las Crónicas, b a s t a c o n m e n -
c i o n a r l a h e r o i c a r e s i s t e n c i a d e l a c o n d e s a d e M o n t f o r t e n H o n n e b o u t , si-
t i a d a p o r las t r o p a s d e C a r l o s d e B l o i s , e n 1 3 4 2 :
Y la condesa que llevaba armadura e iba montada en u n buen corcel,
cabalgaba de calle en calle por la ciudad, y exhortaba a sus gentes para
que la defendieran. Y hacía que todas las mujeres de la ciudad levanta-
sen las calzadas y llevasen las piedras a las almenas para lanzarlas a los
enemigos. Y hacía llevar bombardas y grandes recipientes llenos de cal
viva para lanzarlos sobre los asaltantes.
E l e s t u d i o d e t a l l a d o d e la m u y c o n o c i d a n a r r a c i ó n d e la Jacquerie de
1 3 5 8 , e n el p r i m e r l i b r o d e las Crónicas, e n el c u a l F r o i s s a r t se i n s p i r a di-
r e c t a m e n t e e n el c a n ó n i g o d e L i e j a , J e a n L e B e l , n o s p e r m i t e d e s c u b r i r la-
g u n a s e n el h i s t o r i a d o r e n c u a n t o a l a i n f o r m a c i ó n , la a b s o l u t a p r i m i c i a
d e l a n a r r a c i ó n s o b r e l a i n v e s t i g a c i ó n d e las c a u s a s , y f i n a l m e n t e u n a t o -
m a d e posición m u y clara e n favor d e los partidarios del o r d e n aristocrático.
Los hechos se relatan de manera muy incompleta. E n 1356, d e s p u é s d e
l a d e r r o t a d e P o i t i e r s , el r e y J u a n el B u e n o se e n c u e n t r a p r i s i o n e r o e n I n -
g l a t e r r a . E l delfín, d u q u e d e N o r m a n d í a , y f u t u r o C a r l o s V , es el r e g e n t e .
Se e n f r e n t a c o n l a h o s t i l i d a d d e l o s e s t a d o s g e n e r a l e s , q u e se n i e g a n a a u -
t o r i z a r la c o n c e s i ó n d e l o s s u b s i d i o s n e c e s a r i o s p a r a p a g a r el r e s c a t e d e l
r e y sin o b t e n e r c o n t r a p a r t i d a s p o l í t i c a s ( c o n t r o l s o b r e la g e s t i ó n d e l o s ofi-
49
d a l e s , etc.). Las corporaciones parisienses, dirigidas p o r E t i e n n e M a r c e l ,
c o n t r o l a n e n p a r t e el C o n s e j o r e a l . P a r a l e l a m e n t e , G a r l o s el M a l o , r e y d e
N a v a r r a , d e s c e n d i e n t e d e u n a r a m a d i r e c t a d e los C a p e t o , i n t r i g a e n b e n e -
ficio p r o p i o a p r o v e c h á n d o s e d e l v a c í o d e p o d e r . S u l i b e r a c i ó n se r e m o n t a
al m e s d e n o v i e m b r e d e 1357 y n o t u v o n i n g u n a r e l a c i ó n c o n el d e s e n c a -
d e n a m i e n t o d e l a Jacquerie, e n S a i n t - L e u - d ' E s s e r e n t , c e r c a d e C r e i l , el 2 1
ó 22 d e m a y o d e 1358. U n o s c a m p e s i n o s a t a c a n a u n o s caballeros y m a t a n
a n u e v e . P a r a e s c a p a r a la r e p r e s i ó n , se m a n t i e n e n a r m a d o s . L a tribula-
ción s e e x t i e n d e r á p i d a m e n t e d e c i u d a d e n c i u d a d .
E l B e a u v a i s y las r e g i o n e s c e r c a n a s e n t r a n e n i n s u r r e c c i ó n : l a B r i e , el
V a l o i s , el L a o n n a i s , el S o i s s o n n a i s . U n a t a l l l a m a r a d a p r o c e d e d e u n d e s -
c o n t e n t o m u y p r o f u n d o c o n t r a la n o b l e z a , a c u s a d a de h a b e r traicionado a
P o i t i e r s , y c o n t r a l a fiscalidad r e a l . E l p r o g r a m a d e los s u b l e v a d o s es ex-
p e d i t i v o : destruirlos a todos.
D e s p u é s d e h a b e r a t a c a d o a l g u n o s castillos y h a b e r c o m e t i d o i n e v i t a -
b l e s v i o l e n c i a s , e l i g i e r o n u n j e f e , « J a c q u e s B o n h o m m e » . E s t e n o m b r e es
2
despreciativo . Se t r a t a b a e n efecto de un tal G u i l l a u m e Carie, c a m p e s i n o
a c o m o d a d o p r o c e d e n t e d e M e l l o , cerca d e Creil. O t r a s fuentes n o s lo p r e -
sentan como muy capaz y «preparado», rodeado de u n verdadero estado
mayor.
C u a n d o la revuelta alcanzó su p u n t o c u l m i n a n t e , e n los p r i m e r o s días
d e j u n i o d e 1 3 5 8 , c u b r í a u n á r e a m u c h o m á s v a s t a d e lo q u e F r o i s s a r t n o s
p e r m i t e c r e e r . D e h e c h o , u n a q u i n c e n a d e d e p a r t a m e n t o s d e l a Isla d e F r a n -
cia, d e s d e N o r m a n d í a a A n x o i s , f u e r o n p a s t o d e la r e b e l i ó n . L a e v a l u a c i ó n
d e los d a ñ o s p a r a la r e g i ó n d e C o r b i e y A m i e n s ( m á s d e s e s e n t a c a s a s y
m u c h o s castillos) es p l a u s i b l e . H a y q u e d e s t a c a r , n o o b s t a n t e , q u e n i n g u n o
d e e s t o s d e s p e r f e c t o s e s t á d a t a d o y l o c a l i z a d o e x a c t a m e n t e . Se m a n t i e n e
la d u d a : ¿ s e t r a t a d e h a b l a d u r í a s o d e h e c h o s c i e r t o s ?
D e s d e los p r i m e r o s d í a s d e j u n i o d e 1 3 5 8 , se o r g a n i z ó l a r e a c c i ó n s e -
ñ o r i a l o contra-Jacquerie; los n o b l e s d e la I s l a d e F r a n c i a a p e l a r o n a los d e l
Imperio y de Flandes. L a solidaridad aristocrática actuó a fondo en esta
g u e r r a d e c l a s e s . F r o i s s a r t i n v i e r t e a l g o el o r d e n d e los a c o n t e c i m i e n t o s .
D e h e c h o , el r e f l u j o d e l a Jacquerie n o e m p e z ó h a s t a d e s p u é s d e la d e r r o t a
d e C a t e n o y , el 10 d e j u n i o d e 1358. C a r l o s el M a l o , q u e d e s p u é s d e h a b e r
d a d o la m o m e n t á n e a i m p r e s i ó n d e a p o y a r a los c a m p e s i n o s s u b l e v a d o s s e
e n t r e g ó a la c a u s a a r i s t o c r á t i c a , h a b í a l o g r a d o a t r a e r a G u i l l a u m e C a r i e a
u n a t r a m p a . D e s a p a r e c i d o s u j e f e , los c a m p e s i n o s se d e s b a n d a r o n . E n t o -
c e r e m p e z ó la contra-Jacquerie {empezaron a matar y a descuartizar a estas
gentes malvadas). L a f a s e m á s s a n g r i e n t a d u r ó h a s t a el 20 d e j u n i o d e 1358.
L a revuelta campesina no había d u r a d o más de tres meses o cuatro sema-
n a s . S u a p l a s t a m i e n t o fue s e g u i d o d e u n a r e p r e s i ó n j u d i c i a l . L a contra-Jac-
querie p r o d u j o u n a s v e i n t e m i l v í c t i m a s f r e n t e a a l g u n o s c e n t e n a r e s d e b i -
d a s a los c a m p e s i n o s . F r o i s s a r t n o d i c e n i p a l a b r a d e t o d o e s t o .
Este relato está tejido d e inexactitudes y de imprecisiones. Lo c o m p r o -
b a m o s e n las cifras a v a n z a d a s p o r el c r o n i s t a .
Fueron más de seis mil c o n s t i t u y e u n a e v a l u a c i ó n q u i z á a c e p t a b l e p a r a
la r e g i ó n d e B e a u v a i s , p a r a las t r o p a s d e c h o q u e d e J a c q u e s B o n h o m m e ,
2
El término Jacques procede sin duda del jubón de tejido ribeteado de cuero (jacques) que
los campesinos llevaban en el combate.
50
p e r o d e m a s i a d o b a j a p a r a el c o n j u n t o d e l m o v i m i e n t o al n i v e l a l c a n z a d o a
finales d e l m e s d e m a y o y p r i n c i p i o s d e j u n i o . P o r el c o n t r a r i o , pudieran
ser más de cien mil a v a n z a u n a cifra d e m a s i a d o e l e v a d a . F r o i s s a r t se h a c e
e c o d e l t e m o r s u s c i t a d o e n t r e los n o b l e s p o r e s t a m o v i l i z a c i ó n c a m p e s i n a .
P o d r í a m o s p r o f u n d i z a r e n e s t e análisis c o n f r o n t a n d o e l r e l a t o d e F r o i s -
s a r t c o n l o s c o n o c i m i e n t o s a d q u i r i d o s p o r los h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s ( s o b r e
t o d o g r a c i a s al e s t u d i o s i s t e m á t i c o d e l o s d o c u m e n t o s j u d i c i a l e s ) .
E l c r o n i s t a , e s t á v i s t o , f r e c u e n t e m e n t e se e q u i v o c a . E l r e p r o c h e se ex-
tiende t a m b i é n a J e a n L e Bel. O t r o s historiógrafos c o n t e m p o r á n e o s , tales
c o m o el c a r m e l i t a J e a n d e B e n e t t e , n o s o f r e c e n u n r e l a t o m á s d o c u m e n t a -
d o d e la Jacquerie, al m o s t r a r q u e e s t a l l a m a r a d a d e r e v u e l t a t e n í a su o r i -
g e n e n la g r a n m i s e r i a d e l c a m p o y e n u n a c o m p r e n s i b l e h o s t i l i d a d h a c i a
l o s n o b l e s , a la v e z q u e d e n u n c i a n l o s e x c e s o s c o m e t i d o s p o s t e r i o r m e n t e .
« E n e f e c t o , n i n g ú n n o b l e s e a t r e v í a a salir f u e r a d e l o s c a s t i l l o s , y a q u e si
los c a m p e s i n o s lo h u b i e r a n v i s t o o h u b i e r a c a í d o e n t r e sus m a n o s , h u b i e r a
sido a s e s i n a d o , o h u b i e r a e s c a p a d o m u y m a l t r e c h o . . . Y a q u e a q u e l l o s q u e
i n i c i a l m e n t e s e h a b í a n l a n z a d o a e s t a e m p r e s a p o r a m o r a la j u s t i c i a y p o r -
q u e sus s e ñ o r e s , l e j o s d e d e f e n d e r l e s , les o p r i m í a n , s e r e b a j a r o n a c o m e t e r
a c t o s viles y a b o m i n a b l e s » , e t c . E s t e fraile m e n d i c a n t e n o es t o t a l m e n t e i n -
s e n s i b l e a los s u f r i m i e n t o s d e l p u e b l o y s u b r a y a los e x c e s o s d e l a v e n g a n z a
d e l o s n o b l e s : « r e c o r r i e n d o l o s c a m p o s , i n c e n d i a r o n l a m a y o r p a r t e d e las
p r o p i e d a d e s ; d e c a p i t a r o n m i s e r a b l e m e n t e a los c a m p e s i n o s , t a n t o a los trai-
d o r e s c o m o a los d e m á s , e n sus c a s a s o t r a b a j a n d o e n las v i ñ a s o e n l o s
c a m p o s » . F r o i s s a r t , p o r el c o n t r a r i o , t i e n e u n a v i s i ó n m á s social q u e i n t e -
l e c t u a l . M a n i f i e s t a s e r u n p o r t a d o r d e la i d e o l o g í a c a b a l l e r e s c a .
E s t e t e x t o p r o c e d e d e u n defensor del orden aristocrático c o m o lo p r u e -
b a n m ú l t i p l e s d e t a l l e s . T a n t o e n lo q u e s e r e f i e r e a s u a p a r i c i ó n c o m o a su
d e s a r r o l l o , d e s p o j a a l a r e b e l i ó n c a m p e s i n a d e t o d a lógica. V e m o s c ó m o
se s u c e d e n a c o n t e c i m i e n t o s a i s l a d o s (se reunieron algunas gentes...; enton-
ces se fueron a la casa de un caballero; después se fueron a otro castillo),
antes de q u e se p r o d u z c a u n f e n ó m e n o d e tipo «bola d e nieve». N o hay
n i n g u n a c o h e r e n c i a e n t o d o e l l o , m á s q u e l a q u e m a n t i e n e el h i l o d e l a
n a r r a c i ó n . P o r l o d e m á s , s e g ú n F r o i s s a r t , l a i n s u r r e c c i ó n d e los c a m p e s i n o s
es t a n i r r a c i o n a l c o m o d e s o r g a n i z a d a . A l p r i n c i p i o s e t r a t a d e u n r u m o r (de-
cían que) d e c u y a c o m p r o b a c i ó n n o se p r e o c u p a n (sin otro consejo).
D e s d e la d e s o r g a n i z a c i ó n t o t a l (reunidos sin jefe) se p a s a a u n a p a r o d i a
d e p o d e r e n la p e r s o n a d e J a c q u e s B o n h o m m e . E l n o r e s p e t a r el c ó d i g o
m i l i t a r d e la c a b a l l e r í a (sin más armas que estacas, bastones herrados y cu-
chillos; sin armadura) d e s e m b o c a e n u n a v i o l e n c i a (actuaban como locos,
o sea, u n a vuelta a la animalidad). S a q u e o , violación, asesinato, canibalis-
m o , n o falta n i n g ú n i n g r e d i e n t e p a r a d e s c r i b i r e s t a v u e l t a a la b a r b a r i e . L o
s u b r a y a n las m ú l t i p l e s i n t e r v e n c i o n e s d e l n a r r a d o r d u r a n t e e l r e l a t o . L o s
c a m p e s i n o s s o n c a l i f i c a d o s a s í (gentes malvadas, eligieron al peor de entre
los malos), s u c o m p o r t a m i e n t o así (como perros rabiosos) o se r e c u r r e a la
h i p ó c r i t a o m i s i ó n d e c i e r t o s d e t a l l e s p o r d e c e n c i a (no osaría escribir).
A s í se v a p r e p a r a n d o al l e c t o r p a r a q u e c o n s i d e r e l e g í t i m o el c a s t i g o d e
los s u b l e v a d o s . L a c o a l i c i ó n s e ñ o r i a l es p r e s e n t a d a c o m o e v i d e n t e . L a s p e o -
res crueldades vengativas n o son más que u n a justa consecuencia (empe-
zaron a matar y a descuartizar a estas gentes malvadas). Se p r e s c i n d e d e la
c o n t a b i l i d a d d e e s t a s m a t a n z a s . A los o j o s d e F r o i s s a r t lo ú n i c o q u e i m -
51
d a l e s , etc.). Las corporaciones parisienses, dirigidas p o r E t i e n n e M a r c e l ,
c o n t r o l a n e n p a r t e el C o n s e j o r e a l . P a r a l e l a m e n t e , G a r l o s el M a l o , r e y d e
N a v a r r a , d e s c e n d i e n t e d e u n a r a m a d i r e c t a d e los C a p e t o , i n t r i g a e n b e n e -
ficio p r o p i o a p r o v e c h á n d o s e d e l v a c í o d e p o d e r . S u l i b e r a c i ó n se r e m o n t a
al m e s d e n o v i e m b r e d e 1357 y n o t u v o n i n g u n a r e l a c i ó n c o n el d e s e n c a -
d e n a m i e n t o d e l a Jacquerie, e n S a i n t - L e u - d ' E s s e r e n t , c e r c a d e C r e i l , el 2 1
ó 22 d e m a y o d e 1358. U n o s c a m p e s i n o s a t a c a n a u n o s caballeros y m a t a n
a n u e v e . P a r a e s c a p a r a la r e p r e s i ó n , se m a n t i e n e n a r m a d o s . L a tribula-
ción s e e x t i e n d e r á p i d a m e n t e d e c i u d a d e n c i u d a d .
E l B e a u v a i s y las r e g i o n e s c e r c a n a s e n t r a n e n i n s u r r e c c i ó n : l a B r i e , el
V a l o i s , el L a o n n a i s , el S o i s s o n n a i s . U n a t a l l l a m a r a d a p r o c e d e d e u n d e s -
c o n t e n t o m u y p r o f u n d o c o n t r a la n o b l e z a , a c u s a d a de h a b e r traicionado a
P o i t i e r s , y c o n t r a l a fiscalidad r e a l . E l p r o g r a m a d e los s u b l e v a d o s es ex-
p e d i t i v o : destruirlos a todos.
D e s p u é s d e h a b e r a t a c a d o a l g u n o s castillos y h a b e r c o m e t i d o i n e v i t a -
b l e s v i o l e n c i a s , e l i g i e r o n u n j e f e , « J a c q u e s B o n h o m m e » . E s t e n o m b r e es
2
despreciativo . Se t r a t a b a e n efecto de un tal G u i l l a u m e Carie, c a m p e s i n o
a c o m o d a d o p r o c e d e n t e d e M e l l o , cerca d e Creil. O t r a s fuentes n o s lo p r e -
sentan como muy capaz y «preparado», rodeado de u n verdadero estado
mayor.
C u a n d o la revuelta alcanzó su p u n t o c u l m i n a n t e , e n los p r i m e r o s días
d e j u n i o d e 1 3 5 8 , c u b r í a u n á r e a m u c h o m á s v a s t a d e lo q u e F r o i s s a r t n o s
p e r m i t e c r e e r . D e h e c h o , u n a q u i n c e n a d e d e p a r t a m e n t o s d e l a Isla d e F r a n -
cia, d e s d e N o r m a n d í a a A n x o i s , f u e r o n p a s t o d e la r e b e l i ó n . L a e v a l u a c i ó n
d e los d a ñ o s p a r a la r e g i ó n d e C o r b i e y A m i e n s ( m á s d e s e s e n t a c a s a s y
m u c h o s castillos) es p l a u s i b l e . H a y q u e d e s t a c a r , n o o b s t a n t e , q u e n i n g u n o
d e e s t o s d e s p e r f e c t o s e s t á d a t a d o y l o c a l i z a d o e x a c t a m e n t e . Se m a n t i e n e
la d u d a : ¿ s e t r a t a d e h a b l a d u r í a s o d e h e c h o s c i e r t o s ?
D e s d e los p r i m e r o s d í a s d e j u n i o d e 1 3 5 8 , se o r g a n i z ó l a r e a c c i ó n s e -
ñ o r i a l o contra-Jacquerie; los n o b l e s d e la I s l a d e F r a n c i a a p e l a r o n a los d e l
Imperio y de Flandes. L a solidaridad aristocrática actuó a fondo en esta
g u e r r a d e c l a s e s . F r o i s s a r t i n v i e r t e a l g o el o r d e n d e los a c o n t e c i m i e n t o s .
D e h e c h o , el r e f l u j o d e l a Jacquerie n o e m p e z ó h a s t a d e s p u é s d e la d e r r o t a
d e C a t e n o y , el 10 d e j u n i o d e 1358. C a r l o s el M a l o , q u e d e s p u é s d e h a b e r
d a d o la m o m e n t á n e a i m p r e s i ó n d e a p o y a r a los c a m p e s i n o s s u b l e v a d o s s e
e n t r e g ó a la c a u s a a r i s t o c r á t i c a , h a b í a l o g r a d o a t r a e r a G u i l l a u m e C a r i e a
u n a t r a m p a . D e s a p a r e c i d o s u j e f e , los c a m p e s i n o s se d e s b a n d a r o n . E n t o -
c e r e m p e z ó la contra-Jacquerie {empezaron a matar y a descuartizar a estas
gentes malvadas). L a f a s e m á s s a n g r i e n t a d u r ó h a s t a el 20 d e j u n i o d e 1358.
L a revuelta campesina no había d u r a d o más de tres meses o cuatro sema-
n a s . S u a p l a s t a m i e n t o fue s e g u i d o d e u n a r e p r e s i ó n j u d i c i a l . L a contra-Jac-
querie p r o d u j o u n a s v e i n t e m i l v í c t i m a s f r e n t e a a l g u n o s c e n t e n a r e s d e b i -
d a s a los c a m p e s i n o s . F r o i s s a r t n o d i c e n i p a l a b r a d e t o d o e s t o .
Este relato está tejido d e inexactitudes y de imprecisiones. Lo c o m p r o -
b a m o s e n las cifras a v a n z a d a s p o r el c r o n i s t a .
Fueron más de seis mil c o n s t i t u y e u n a e v a l u a c i ó n q u i z á a c e p t a b l e p a r a
la r e g i ó n d e B e a u v a i s , p a r a las t r o p a s d e c h o q u e d e J a c q u e s B o n h o m m e ,
2
El término Jacques procede sin duda del jubón de tejido ribeteado de cuero (jacques) que
los campesinos llevaban en el combate.
50
p e r o d e m a s i a d o b a j a p a r a el c o n j u n t o d e l m o v i m i e n t o al n i v e l a l c a n z a d o a
finales d e l m e s d e m a y o y p r i n c i p i o s d e j u n i o . P o r el c o n t r a r i o , pudieran
ser más de cien mil a v a n z a u n a cifra d e m a s i a d o e l e v a d a . F r o i s s a r t se h a c e
e c o d e l t e m o r s u s c i t a d o e n t r e los n o b l e s p o r e s t a m o v i l i z a c i ó n c a m p e s i n a .
P o d r í a m o s p r o f u n d i z a r e n e s t e análisis c o n f r o n t a n d o e l r e l a t o d e F r o i s -
s a r t c o n l o s c o n o c i m i e n t o s a d q u i r i d o s p o r los h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s ( s o b r e
t o d o g r a c i a s al e s t u d i o s i s t e m á t i c o d e l o s d o c u m e n t o s j u d i c i a l e s ) .
E l c r o n i s t a , e s t á v i s t o , f r e c u e n t e m e n t e se e q u i v o c a . E l r e p r o c h e se ex-
tiende t a m b i é n a J e a n L e Bel. O t r o s historiógrafos c o n t e m p o r á n e o s , tales
c o m o el c a r m e l i t a J e a n d e B e n e t t e , n o s o f r e c e n u n r e l a t o m á s d o c u m e n t a -
d o d e la Jacquerie, al m o s t r a r q u e e s t a l l a m a r a d a d e r e v u e l t a t e n í a su o r i -
g e n e n la g r a n m i s e r i a d e l c a m p o y e n u n a c o m p r e n s i b l e h o s t i l i d a d h a c i a
l o s n o b l e s , a la v e z q u e d e n u n c i a n l o s e x c e s o s c o m e t i d o s p o s t e r i o r m e n t e .
« E n e f e c t o , n i n g ú n n o b l e s e a t r e v í a a salir f u e r a d e l o s c a s t i l l o s , y a q u e si
los c a m p e s i n o s lo h u b i e r a n v i s t o o h u b i e r a c a í d o e n t r e sus m a n o s , h u b i e r a
sido a s e s i n a d o , o h u b i e r a e s c a p a d o m u y m a l t r e c h o . . . Y a q u e a q u e l l o s q u e
i n i c i a l m e n t e s e h a b í a n l a n z a d o a e s t a e m p r e s a p o r a m o r a la j u s t i c i a y p o r -
q u e sus s e ñ o r e s , l e j o s d e d e f e n d e r l e s , les o p r i m í a n , s e r e b a j a r o n a c o m e t e r
a c t o s viles y a b o m i n a b l e s » , e t c . E s t e fraile m e n d i c a n t e n o es t o t a l m e n t e i n -
s e n s i b l e a los s u f r i m i e n t o s d e l p u e b l o y s u b r a y a los e x c e s o s d e l a v e n g a n z a
d e l o s n o b l e s : « r e c o r r i e n d o l o s c a m p o s , i n c e n d i a r o n l a m a y o r p a r t e d e las
p r o p i e d a d e s ; d e c a p i t a r o n m i s e r a b l e m e n t e a los c a m p e s i n o s , t a n t o a los trai-
d o r e s c o m o a los d e m á s , e n sus c a s a s o t r a b a j a n d o e n las v i ñ a s o e n l o s
c a m p o s » . F r o i s s a r t , p o r el c o n t r a r i o , t i e n e u n a v i s i ó n m á s social q u e i n t e -
l e c t u a l . M a n i f i e s t a s e r u n p o r t a d o r d e la i d e o l o g í a c a b a l l e r e s c a .
E s t e t e x t o p r o c e d e d e u n defensor del orden aristocrático c o m o lo p r u e -
b a n m ú l t i p l e s d e t a l l e s . T a n t o e n lo q u e s e r e f i e r e a s u a p a r i c i ó n c o m o a su
d e s a r r o l l o , d e s p o j a a l a r e b e l i ó n c a m p e s i n a d e t o d a lógica. V e m o s c ó m o
se s u c e d e n a c o n t e c i m i e n t o s a i s l a d o s (se reunieron algunas gentes...; enton-
ces se fueron a la casa de un caballero; después se fueron a otro castillo),
antes de q u e se p r o d u z c a u n f e n ó m e n o d e tipo «bola d e nieve». N o hay
n i n g u n a c o h e r e n c i a e n t o d o e l l o , m á s q u e l a q u e m a n t i e n e el h i l o d e l a
n a r r a c i ó n . P o r l o d e m á s , s e g ú n F r o i s s a r t , l a i n s u r r e c c i ó n d e los c a m p e s i n o s
es t a n i r r a c i o n a l c o m o d e s o r g a n i z a d a . A l p r i n c i p i o s e t r a t a d e u n r u m o r (de-
cían que) d e c u y a c o m p r o b a c i ó n n o se p r e o c u p a n (sin otro consejo).
D e s d e la d e s o r g a n i z a c i ó n t o t a l (reunidos sin jefe) se p a s a a u n a p a r o d i a
d e p o d e r e n la p e r s o n a d e J a c q u e s B o n h o m m e . E l n o r e s p e t a r el c ó d i g o
m i l i t a r d e la c a b a l l e r í a (sin más armas que estacas, bastones herrados y cu-
chillos; sin armadura) d e s e m b o c a e n u n a v i o l e n c i a (actuaban como locos,
o sea, u n a vuelta a la animalidad). S a q u e o , violación, asesinato, canibalis-
m o , n o falta n i n g ú n i n g r e d i e n t e p a r a d e s c r i b i r e s t a v u e l t a a la b a r b a r i e . L o
s u b r a y a n las m ú l t i p l e s i n t e r v e n c i o n e s d e l n a r r a d o r d u r a n t e e l r e l a t o . L o s
c a m p e s i n o s s o n c a l i f i c a d o s a s í (gentes malvadas, eligieron al peor de entre
los malos), s u c o m p o r t a m i e n t o así (como perros rabiosos) o se r e c u r r e a la
h i p ó c r i t a o m i s i ó n d e c i e r t o s d e t a l l e s p o r d e c e n c i a (no osaría escribir).
A s í se v a p r e p a r a n d o al l e c t o r p a r a q u e c o n s i d e r e l e g í t i m o el c a s t i g o d e
los s u b l e v a d o s . L a c o a l i c i ó n s e ñ o r i a l es p r e s e n t a d a c o m o e v i d e n t e . L a s p e o -
res crueldades vengativas n o son más que u n a justa consecuencia (empe-
zaron a matar y a descuartizar a estas gentes malvadas). Se p r e s c i n d e d e la
c o n t a b i l i d a d d e e s t a s m a t a n z a s . A los o j o s d e F r o i s s a r t lo ú n i c o q u e i m -
51
p o r t a es el r e s t a b l e c i m i e n t o d e l o r d e n a r i s t o c r á t i c o . L o a t r i b u y e , e n ú l t i m a
i n s t a n c i a , a la i n t e r v e n c i ó n d e la P r o v i d e n c i a : «Si D i o s n o h u b i e r a p u e s t o
r e m e d i o p o r su g r a c i a , el i n f o r t u n i o se h u b i e r a m u l t i p l i c a d o t a n t o . . . » S i n
d u d a a l g u n a n o se t r a t a d e u n s i m p l e r e c u r s o d e e s t i l o . A p a r e n t e m e n t e n o
se e n c a d e n a b a n a q u í m á s q u e a c t o s h u m a n o s , sin u n a c a u s a b i e n d e f i n i d a .
¿ N o es en ú l t i m a i n s t a n c i a D i o s el q u e s o s t i e n e l o s h i l o s d e la i n t r i g a ?
F r o i s s a r t , m e j o r q u e n i n g ú n o t r o , n o s m u e s t r a q u e l a c r ó n i c a d e la b a j a
E d a d M e d i a p u e d e t r a n s m i t i r u n e x p l í c i t o m e n s a j e i d e o l ó g i c o b a j o la a p a -
r e n t e m e n t e i n g e n u a f o r m a d e l s i m p l e r e l a t o , e n el q u e el f r e c u e n t e u s o d e l
p r e t é r i t o i n d e f i n i d o r e f u e r z a l a ilusión d e u n e n c a d e n a m i e n t o a u t o m á t i c o
d e los h e c h o s y d e los g e s t o s . D e s p u é s d e l s e r v i c i o a D i o s , p r i n c i p a l p r e o -
c u p a c i ó n d e los h i s t o r i ó g r a f o s d e l siglo x n , s e i m p o n e el s e r v i c i o a los s e -
ñ o r e s y a los p r í n c i p e s .
2. LOS CRONISTAS DEPENDIENTES DE LOS PRÍNCIPES
L a d e p e n d e n c i a d e los h i s t o r i ó g r a f o s c o n r e s p e c t o al p r í n c i p e l l e g a a v e -
ces h a s t a tal p u n t o , q u e se h a c e difícil d i s t i n g u i r l o s d e l o s p a n e g i r i s t a s . Si
t e n e m o s en c u e n t a su relativa i n d e p e n d e n c i a , C o m m y n e s y T h o m a s Basin
parecen constituir casos peculiares.
L o s s o b e r a n o s V a l o i s , c o m o e n o t r o t i e m p o los C a p e t o , t u v i e r o n su h i s -
t o r i a d o r , e n c a r g a d o d e r e d a c t a r las Grandes Chroniques de France. D u r a n -
t e el r e i n a d o d e C a r l o s V I I t i e n e e s t a r e s p o n s a b i l i d a d J e a n C h a r t i e r , m o n -
j e d e S a i n t - D e n i s . L u i s X I e s t a b l e c e d o s c a r g o s : « p o r u n a p a r t e , la a u t o r i -
d a d d e c r o n i c a r » ( e s d e c i r , d e s e g u i r el hilo d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o n t e m -
p o r á n e o s ) , q u e s u p o n d r á u n a p e n s i ó n fija, y , p o r o t r a p a r t e , l a m i s i ó n d e
ser « h i s t o r i a d o r del r e y » , r e t r i b u i d a c o n g r a t i f i c a c i o n e s e x t r a o r d i n a r i a s ,
c u y o t r a b a j o consistiría e n « r e c o g e r y b u s c a r las h i s t o r i a s y l e y e n d a s r e l a -
c i o n a d a s c o n los h e c h o s d e e s t e r e i n o » . T h o m a s B a s i n j a m á s t u v o u n c a r g o
p a r e c i d o , a u n q u e h a y a v i v i d o e n el e n t o r n o i n m e d i a t o d e C a r l o s V I L S e
p a s ó a la h i s t o r i a al final d e s u c a r r e r a p o l í t i c a y e c l e s i á s t i c a . N a c i d o e n el
s e n o d e u n a familia d e c o m e r c i a n t e s d e C a n d e b e c , d o t a d o d e u n a s ó l i d a
formación universitaria, se convirtió e n 1441 en o b i s p o - c o n d e de Lisieux.
D e s p u é s de h a b e r s e a d a p t a d o d u r a n t e algunos años a la ocupación inglesa,
s u p o elegir o p o r t u n a m e n t e el c a m p o f r a n c é s e n 1 4 4 9 . T e r m i n a d a l a r e c o n -
q u i s t a d e N o r m a n d í a , C a r l o s V I I le c o l m ó d e f a v o r e s y le h i z o su c o n s e j e -
r o . P e r o p e r d i ó esta p r i v i l e g i a d a p o s i c i ó n d u r a n t e el r e i n a d o d e L u i s X I
p o r p a r t i c i p a r e n la r e v u e l t a f e u d a l l l a m a d a d e l B i e n P ú b l i c o . E n 1465 t u v o
q u e exiliarse y, e s t a n d o e n U t r e c h t , r e d a c t ó s u c e s i v a m e n t e la Histoire de
Charles VII (1471-1472) y la Histoire de Louis XI ( a p a r t i r d e 1 4 7 3 ) , o s e a ,
un panegírico y un arreglo de cuentas.
E n c u a n t o a P h i l i p p e d e C o m m y n e s , n a c i ó e n 1447 e n u n a familia d e
f u n c i o n a r i o s d e los d u q u e s d e B o r g o ñ a . E n 1464 e n t r ó al s e r v i c i o d e l c o n -
d e d e C h a r o l á i s (el f u t u r o C a r l o s el T e m e r a r i o ) c o n v i r t i é n d o s e e n su c h a m -
b e l á n . D e s p u é s d e h a b e r l e s e r v i d o d i l i g e n t e m e n t e , e n 1472 se u n i ó a
L u i s X I , q u e le c o l m ó d e h o n o r e s . D i s f r u t ó d e l f a v o r d e l r e y h a s t a 1 4 7 7 ,
f e c h a e n la q u e c a y ó e n u n a s e m i d e s g r a c i a , q u e p r o c u r ó d i s i m u l a r e n sus
Memorias, a n t e s d e ser a d m i t i d o a c o m p a r t i r los ú l t i m o s d í a s d e s u s e ñ o r .
E n 1484, t o m ó p a r t i d o a f a v o r d e ios E s t a d o s G e n e r a l e s c o n t r a la r e g e n t e
52
A n a d e B e a u j e u , l o q u e le v a l i ó e s t a r e n c a r c e l a d o d u r a n t e a l g u n o s m e s e s .
R e c u p e r ó el f a v o r d u r a n t e el r e i n a d o d e C a r l o s V I I I , q u e le c o n f i ó d i v e r -
sas m i s i o n e s d i p l o m á t i c a s , e n u n a d e las c u a l e s fue a V e n e c i a . E n t r e 1489
y 1492 e s c r i b i ó sus Memorias, pensadas como materiales preparatorios para
u n a o b r a e n latín, q u e t e n í a q u e redactar A n g e l o C a t o , arzobispo d e V i e -
n a . L o s libros I-VI están dedicados a Luis X I . L o s libros V I I y V I I I , q u e
n a r r a n l a e x p e d i c i ó n a I t a l i a , f u e r o n e s c r i t o s e n t r e 1495 y 1498. N o s d i c e
C o m m y n e s q u e , m e d i a n t e esta o b r a , «se p o d r á conocer la g r a n d e z a del
p r í n c i p e » , p e r o n u n c a p i e r d e d e v i s t a la p r e o c u p a c i ó n d e h a c e r s u p r o p i a
apología.
Pocos príncipes protegieron o estimularon a tantos historiógrafos c o m o
l o s d u q u e s d e B o r g o ñ a . D e l a lista d e los c r o n i s t a s d e s t a c a n l o s n o m b r e s
de Monstrelet, Mathieu d'Escouchy, Jacques du Clercq, Jean de Wavrin,
Georges Chastellain, Olivier de L a M a r c h e y J e a n Molinet. A l g u n o s de
ellos o s t e n t a b a n a m e n u d o a l t a s f u n c i o n e s e n la c o r t e , t a l e s c o m o J e a n L e
F é v r e ( t 1468), h e r a l d o d e a r m a s d e la o r d e n del Toisón d e O r o , o cierto
Chastellain (1405-1475), p r i m e r o e n c a r g a d o d e la g u a r d a y distribución del
p a n , m á s tarde historiógrafo, cronista gratificado con u n a pensión anual de
657 l i b r a s , o i n c l u s o O l i v i e r d e L a M a r c h e ( h a c i a 1 4 2 5 - 1 5 0 2 ) , h o m b r e d e
armas y maestro de ceremonias. Su misión estaba claramente definida: «re-
c o g e r e n f o r m a d e c r ó n i c a l o s h e c h o s n o t a b l e s , d i g n o s d e ser r e c o r d a d o s ,
q u e h a y a n o c u r r i d o y q u e p u e d a n o c u r r i r e n el f u t u r o » . P o d í a s u c e d e r q u e ,
c o n e s t e o b j e t i v o , los p r í n c i p e s l e s a b r i e s e n s u s a r c h i v o s , t a l c o m o h i z o C a r -
l o s el T e m e r a r i o p a r a J e a n d e W a v r i n .
S e e s p e r a b a d e los c r o n i s t a s , p o r l o m e n o s , d o s t i p o s d e s e r v i c i o s . P r i -
m e r o , e x a l t a r las h a z a ñ a s d e l o s p r í n c i p e s y d e s u d i n a s t í a , c o m o M o l i n e t ,
q u e q u i e r e h o n r a r «la m u y i l u s t r e y r e f u l g e n t e c a s a d e B o r g o ñ a » y l a n z a
u n a n a t e m a c o n t r a sus e n e m i g o s . A d e m á s , c o n t r i b u i r a l a c o h e s i ó n d e l o s
E s t a d o s b o r g o ñ e s e s , c o n j u n t o h e t e r o g é n e o y d e r e c i e n t e c o n s t i t u c i ó n , in-
v o c a n d o a n t e c e d e n t e s h i s t ó r i c o s , c o m o el r e i n o b u r g u n d i o o el r e i n o b o r -
g o ñ ó n d e l siglo X. E l i n t e r é s m u y a c e n t u a d o p o r el p a s a d o d e las p r o v i n -
cias r e c i e n t e m e n t e i n t e g r a d a s , c o m o H o l a n d a , F r i s i a o B r a b a n t e , r e v e l a l a
m i s m a p r e o c u p a c i ó n . E l d i s c u r s o h i s t o r i o g r á f i c o p e r m i t e c o l o c a r b a j o el sig-
n o d e la n e c e s i d a d las felices a d q u i s i c i o n e s t e r r i t o r i a l e s r e a l i z a d a s p o r F e -
l i p e el B u e n o , o f r e c i e n d o u n a v e r s i ó n conforme d e sus o r í g e n e s y d e s u vin-
c u l a c i ó n al c o n j u n t o b o r g o ñ ó n .
T a m b i é n e n B r e t a ñ a a p a r e c e n l o s c r o n i s t a s oficiales, a u n q u e u n p o c o
m á s t a r d í a m e n t e q u e e n B o r g o ñ a . T o d a v í a a finales d e l siglo XIV, el t r a b a -
j o h i s t o r i o g r á f i c o se c o n f í a a c l é r i g o s sin d i r e c t a r e l a c i ó n c o n l a c o r t e d u -
c a l . L o p r u e b a la Chronique de Saint-Brieuc, r e d a c t a d a e n t r e 1389 y 1416
p o r u n c a n ó n i g o , q u e b e b e e n las f u e n t e s d e las a n t i g u a s t r a d i c i o n e s a c e r c a
d e los orígenes b r e t o n e s . N o s i n f o r m a m á s , a u n q u e i n v o l u n t a r i a m e n t e ,
acerca d e su p r o p i a m e n t a l i d a d q u e acerca del p a s a d o d e la provincia. D u -
r a n t e el g o b i e r n o d e J u a n V d e s t a c a G u i l l e r m o G r u e l , a u t o r d e l a Chroni-
que d'Arthur de Richmond, al q u e h a b í a s e g u i d o d u r a n t e u n a p a r t e d e su
existencia. E s u n panegírico del condestable, q u e acumula «flagrantes erro-
r e s , a p r e c i a c i o n e s falsas, l a g u n a s c o n s i d e r a b l e s » y q u e silencia l o s e p i s o -
d i o s m o l e s t o s . G r u e l , b a s t a n t e b i e n i n f o r m a d o a c e r c a d e las o p e r a c i o n e s m i -
l i t a r e s , t r a t a los a c o n t e c i m i e n t o s d i p l o m á t i c o s d e m a n e r a d e s e n v u e l t a : « Y
a c o r d a r o n lo q u e les p a r e c i ó o p o r t u n o » , s i r v e d e análisis p a r a las c l á u s u l a s
53
p o r t a es el r e s t a b l e c i m i e n t o d e l o r d e n a r i s t o c r á t i c o . L o a t r i b u y e , e n ú l t i m a
i n s t a n c i a , a la i n t e r v e n c i ó n d e la P r o v i d e n c i a : «Si D i o s n o h u b i e r a p u e s t o
r e m e d i o p o r su g r a c i a , el i n f o r t u n i o se h u b i e r a m u l t i p l i c a d o t a n t o . . . » S i n
d u d a a l g u n a n o se t r a t a d e u n s i m p l e r e c u r s o d e e s t i l o . A p a r e n t e m e n t e n o
se e n c a d e n a b a n a q u í m á s q u e a c t o s h u m a n o s , sin u n a c a u s a b i e n d e f i n i d a .
¿ N o es en ú l t i m a i n s t a n c i a D i o s el q u e s o s t i e n e l o s h i l o s d e la i n t r i g a ?
F r o i s s a r t , m e j o r q u e n i n g ú n o t r o , n o s m u e s t r a q u e l a c r ó n i c a d e la b a j a
E d a d M e d i a p u e d e t r a n s m i t i r u n e x p l í c i t o m e n s a j e i d e o l ó g i c o b a j o la a p a -
r e n t e m e n t e i n g e n u a f o r m a d e l s i m p l e r e l a t o , e n el q u e el f r e c u e n t e u s o d e l
p r e t é r i t o i n d e f i n i d o r e f u e r z a l a ilusión d e u n e n c a d e n a m i e n t o a u t o m á t i c o
d e los h e c h o s y d e los g e s t o s . D e s p u é s d e l s e r v i c i o a D i o s , p r i n c i p a l p r e o -
c u p a c i ó n d e los h i s t o r i ó g r a f o s d e l siglo x n , s e i m p o n e el s e r v i c i o a los s e -
ñ o r e s y a los p r í n c i p e s .
2. LOS CRONISTAS DEPENDIENTES DE LOS PRÍNCIPES
L a d e p e n d e n c i a d e los h i s t o r i ó g r a f o s c o n r e s p e c t o al p r í n c i p e l l e g a a v e -
ces h a s t a tal p u n t o , q u e se h a c e difícil d i s t i n g u i r l o s d e l o s p a n e g i r i s t a s . Si
t e n e m o s en c u e n t a su relativa i n d e p e n d e n c i a , C o m m y n e s y T h o m a s Basin
parecen constituir casos peculiares.
L o s s o b e r a n o s V a l o i s , c o m o e n o t r o t i e m p o los C a p e t o , t u v i e r o n su h i s -
t o r i a d o r , e n c a r g a d o d e r e d a c t a r las Grandes Chroniques de France. D u r a n -
t e el r e i n a d o d e C a r l o s V I I t i e n e e s t a r e s p o n s a b i l i d a d J e a n C h a r t i e r , m o n -
j e d e S a i n t - D e n i s . L u i s X I e s t a b l e c e d o s c a r g o s : « p o r u n a p a r t e , la a u t o r i -
d a d d e c r o n i c a r » ( e s d e c i r , d e s e g u i r el hilo d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o n t e m -
p o r á n e o s ) , q u e s u p o n d r á u n a p e n s i ó n fija, y , p o r o t r a p a r t e , l a m i s i ó n d e
ser « h i s t o r i a d o r del r e y » , r e t r i b u i d a c o n g r a t i f i c a c i o n e s e x t r a o r d i n a r i a s ,
c u y o t r a b a j o consistiría e n « r e c o g e r y b u s c a r las h i s t o r i a s y l e y e n d a s r e l a -
c i o n a d a s c o n los h e c h o s d e e s t e r e i n o » . T h o m a s B a s i n j a m á s t u v o u n c a r g o
p a r e c i d o , a u n q u e h a y a v i v i d o e n el e n t o r n o i n m e d i a t o d e C a r l o s V I L S e
p a s ó a la h i s t o r i a al final d e s u c a r r e r a p o l í t i c a y e c l e s i á s t i c a . N a c i d o e n el
s e n o d e u n a familia d e c o m e r c i a n t e s d e C a n d e b e c , d o t a d o d e u n a s ó l i d a
formación universitaria, se convirtió e n 1441 en o b i s p o - c o n d e de Lisieux.
D e s p u é s de h a b e r s e a d a p t a d o d u r a n t e algunos años a la ocupación inglesa,
s u p o elegir o p o r t u n a m e n t e el c a m p o f r a n c é s e n 1 4 4 9 . T e r m i n a d a l a r e c o n -
q u i s t a d e N o r m a n d í a , C a r l o s V I I le c o l m ó d e f a v o r e s y le h i z o su c o n s e j e -
r o . P e r o p e r d i ó esta p r i v i l e g i a d a p o s i c i ó n d u r a n t e el r e i n a d o d e L u i s X I
p o r p a r t i c i p a r e n la r e v u e l t a f e u d a l l l a m a d a d e l B i e n P ú b l i c o . E n 1465 t u v o
q u e exiliarse y, e s t a n d o e n U t r e c h t , r e d a c t ó s u c e s i v a m e n t e la Histoire de
Charles VII (1471-1472) y la Histoire de Louis XI ( a p a r t i r d e 1 4 7 3 ) , o s e a ,
un panegírico y un arreglo de cuentas.
E n c u a n t o a P h i l i p p e d e C o m m y n e s , n a c i ó e n 1447 e n u n a familia d e
f u n c i o n a r i o s d e los d u q u e s d e B o r g o ñ a . E n 1464 e n t r ó al s e r v i c i o d e l c o n -
d e d e C h a r o l á i s (el f u t u r o C a r l o s el T e m e r a r i o ) c o n v i r t i é n d o s e e n su c h a m -
b e l á n . D e s p u é s d e h a b e r l e s e r v i d o d i l i g e n t e m e n t e , e n 1472 se u n i ó a
L u i s X I , q u e le c o l m ó d e h o n o r e s . D i s f r u t ó d e l f a v o r d e l r e y h a s t a 1 4 7 7 ,
f e c h a e n la q u e c a y ó e n u n a s e m i d e s g r a c i a , q u e p r o c u r ó d i s i m u l a r e n sus
Memorias, a n t e s d e ser a d m i t i d o a c o m p a r t i r los ú l t i m o s d í a s d e s u s e ñ o r .
E n 1484, t o m ó p a r t i d o a f a v o r d e ios E s t a d o s G e n e r a l e s c o n t r a la r e g e n t e
52
A n a d e B e a u j e u , l o q u e le v a l i ó e s t a r e n c a r c e l a d o d u r a n t e a l g u n o s m e s e s .
R e c u p e r ó el f a v o r d u r a n t e el r e i n a d o d e C a r l o s V I I I , q u e le c o n f i ó d i v e r -
sas m i s i o n e s d i p l o m á t i c a s , e n u n a d e las c u a l e s fue a V e n e c i a . E n t r e 1489
y 1492 e s c r i b i ó sus Memorias, pensadas como materiales preparatorios para
u n a o b r a e n latín, q u e t e n í a q u e redactar A n g e l o C a t o , arzobispo d e V i e -
n a . L o s libros I-VI están dedicados a Luis X I . L o s libros V I I y V I I I , q u e
n a r r a n l a e x p e d i c i ó n a I t a l i a , f u e r o n e s c r i t o s e n t r e 1495 y 1498. N o s d i c e
C o m m y n e s q u e , m e d i a n t e esta o b r a , «se p o d r á conocer la g r a n d e z a del
p r í n c i p e » , p e r o n u n c a p i e r d e d e v i s t a la p r e o c u p a c i ó n d e h a c e r s u p r o p i a
apología.
Pocos príncipes protegieron o estimularon a tantos historiógrafos c o m o
l o s d u q u e s d e B o r g o ñ a . D e l a lista d e los c r o n i s t a s d e s t a c a n l o s n o m b r e s
de Monstrelet, Mathieu d'Escouchy, Jacques du Clercq, Jean de Wavrin,
Georges Chastellain, Olivier de L a M a r c h e y J e a n Molinet. A l g u n o s de
ellos o s t e n t a b a n a m e n u d o a l t a s f u n c i o n e s e n la c o r t e , t a l e s c o m o J e a n L e
F é v r e ( t 1468), h e r a l d o d e a r m a s d e la o r d e n del Toisón d e O r o , o cierto
Chastellain (1405-1475), p r i m e r o e n c a r g a d o d e la g u a r d a y distribución del
p a n , m á s tarde historiógrafo, cronista gratificado con u n a pensión anual de
657 l i b r a s , o i n c l u s o O l i v i e r d e L a M a r c h e ( h a c i a 1 4 2 5 - 1 5 0 2 ) , h o m b r e d e
armas y maestro de ceremonias. Su misión estaba claramente definida: «re-
c o g e r e n f o r m a d e c r ó n i c a l o s h e c h o s n o t a b l e s , d i g n o s d e ser r e c o r d a d o s ,
q u e h a y a n o c u r r i d o y q u e p u e d a n o c u r r i r e n el f u t u r o » . P o d í a s u c e d e r q u e ,
c o n e s t e o b j e t i v o , los p r í n c i p e s l e s a b r i e s e n s u s a r c h i v o s , t a l c o m o h i z o C a r -
l o s el T e m e r a r i o p a r a J e a n d e W a v r i n .
S e e s p e r a b a d e los c r o n i s t a s , p o r l o m e n o s , d o s t i p o s d e s e r v i c i o s . P r i -
m e r o , e x a l t a r las h a z a ñ a s d e l o s p r í n c i p e s y d e s u d i n a s t í a , c o m o M o l i n e t ,
q u e q u i e r e h o n r a r «la m u y i l u s t r e y r e f u l g e n t e c a s a d e B o r g o ñ a » y l a n z a
u n a n a t e m a c o n t r a sus e n e m i g o s . A d e m á s , c o n t r i b u i r a l a c o h e s i ó n d e l o s
E s t a d o s b o r g o ñ e s e s , c o n j u n t o h e t e r o g é n e o y d e r e c i e n t e c o n s t i t u c i ó n , in-
v o c a n d o a n t e c e d e n t e s h i s t ó r i c o s , c o m o el r e i n o b u r g u n d i o o el r e i n o b o r -
g o ñ ó n d e l siglo X. E l i n t e r é s m u y a c e n t u a d o p o r el p a s a d o d e las p r o v i n -
cias r e c i e n t e m e n t e i n t e g r a d a s , c o m o H o l a n d a , F r i s i a o B r a b a n t e , r e v e l a l a
m i s m a p r e o c u p a c i ó n . E l d i s c u r s o h i s t o r i o g r á f i c o p e r m i t e c o l o c a r b a j o el sig-
n o d e la n e c e s i d a d las felices a d q u i s i c i o n e s t e r r i t o r i a l e s r e a l i z a d a s p o r F e -
l i p e el B u e n o , o f r e c i e n d o u n a v e r s i ó n conforme d e sus o r í g e n e s y d e s u vin-
c u l a c i ó n al c o n j u n t o b o r g o ñ ó n .
T a m b i é n e n B r e t a ñ a a p a r e c e n l o s c r o n i s t a s oficiales, a u n q u e u n p o c o
m á s t a r d í a m e n t e q u e e n B o r g o ñ a . T o d a v í a a finales d e l siglo XIV, el t r a b a -
j o h i s t o r i o g r á f i c o se c o n f í a a c l é r i g o s sin d i r e c t a r e l a c i ó n c o n l a c o r t e d u -
c a l . L o p r u e b a la Chronique de Saint-Brieuc, r e d a c t a d a e n t r e 1389 y 1416
p o r u n c a n ó n i g o , q u e b e b e e n las f u e n t e s d e las a n t i g u a s t r a d i c i o n e s a c e r c a
d e los orígenes b r e t o n e s . N o s i n f o r m a m á s , a u n q u e i n v o l u n t a r i a m e n t e ,
acerca d e su p r o p i a m e n t a l i d a d q u e acerca del p a s a d o d e la provincia. D u -
r a n t e el g o b i e r n o d e J u a n V d e s t a c a G u i l l e r m o G r u e l , a u t o r d e l a Chroni-
que d'Arthur de Richmond, al q u e h a b í a s e g u i d o d u r a n t e u n a p a r t e d e su
existencia. E s u n panegírico del condestable, q u e acumula «flagrantes erro-
r e s , a p r e c i a c i o n e s falsas, l a g u n a s c o n s i d e r a b l e s » y q u e silencia l o s e p i s o -
d i o s m o l e s t o s . G r u e l , b a s t a n t e b i e n i n f o r m a d o a c e r c a d e las o p e r a c i o n e s m i -
l i t a r e s , t r a t a los a c o n t e c i m i e n t o s d i p l o m á t i c o s d e m a n e r a d e s e n v u e l t a : « Y
a c o r d a r o n lo q u e les p a r e c i ó o p o r t u n o » , s i r v e d e análisis p a r a las c l á u s u l a s
53

d e u n t r a t a d o . Sólo a partir d e los r e i n a d o s de Francisco II y d e A n a d e
B r e t a ñ a p o d e m o s h a b l a r d e h i s t o r i a d o r e s oficiales. D e s p u é s d e J e a n d e
Saint Paul ( t después d e 1476), cuya narración incide sobre t o d o acerca d e
l a g u e r r a e n t r e Blois y M o n t f o r t , h a y q u e c i t a r a F i e r r e L e B a u d , c a n ó n i g o
d e V i t r é , c o n s e j e r o y l i m o s n e r o d e la d u q u e s a A n a , q u i e n e n 1498 le e n -
c a r g ó q u e e s c r i b i e r a la h i s t o r i a d e B r e t a ñ a . R e c u p e r a m u c h a s d e las a n t i -
guas leyendas, pero también sabe apoyarse en d o c u m e n t o s auténticos. Su
f a m a es m e n o s q u e la d e A l a i n B o u c h a r t , a b o g a d o e n el P a r l a m e n t o d e B r e -
t a ñ a , secretario d e Francisco I I , e s t i m u l a d o p o r la d u q u e s a A n a d u r a n t e la
r e d a c c i ó n d e sus Grandes Chroniques de Bretaigne ( 1 5 1 4 ) . L a Épistole, que
sirve d e inicio al l i b r o , d e l a c u a l d a m o s f r a g m e n t o s e n el a n e x o , es m u y
r e v e l a d o r a d e su concepto de la historia, en algunos aspectos m e d i e v a l , r e -
n a c e n t i s t a e n o t r o s . C o n m e m o r a c i ó n d e las « c o s a s d i g n a s d e r e c o r d a r » , l a
h i s t o r i a es t a m b i é n u n a l e c c i ó n m o r a l q u e n o s p e r m i t e v e r « c ó m o h a n lle-
gado a suceder unos y otros haciendo bien o haciendo mal». Escribirla cons-
t i t u y e u n a m i s i ó n c o n r e s p e c t o al p a í s n a t a l , al q u e h a y q u e d e v o l v e r el r e -
c u e r d o d e sus o r í g e n e s , d a d o q u e se c a r e c e d e « t e x t o c o m p l e t o a c e r c a d e l
noble país bretón». Enraizado en un sentimiento nacional profundo («yo
q u e soy b r e t ó n , d e B r e t a ñ a , h e q u e r i d o e x a m i n a r las h i s t o r i a s a n t i g u a s y
las c r ó n i c a s » ) , el t r a b a j o h i s t o r i o g r á f i c o d e B o u c h a r t c o n t i e n e t r e s t i e m p o s
p r i n c i p a l e s : i n v e s t i g a c i ó n , c o m p i l a c i ó n y síntesis r e s u m i d a . I n v e s t i g a c i ó n ,
d o n d e se h a n c o n s e r v a d o « v i e j o s v o l ú m e n e s y r e g i s t r o s » ( ¿ e n l o s m o n a s t e -
r i o s , c o m o el d e L e B a u d e n S a i n t - M a t h i e u d e F i n e t e r r e ; e n l a c a n c i l l e r í a
d u c a l ? ) . C o m p i l a c i ó n : «y lo q u e y o h a y a p o d i d o e n c o n t r a r y e x t r a e r , lo h e
p u e s t o p o r escrito d e m a n e r a r e s u m i d a » . A l a i n B o u c h a r t t a n p r o n t o resu-
m e los t e x t o s c o m o se i m p o n e c i t a r l o s e x a c t a m e n t e , i n c l u y e n d o e n su o b r a ,
n o s d i c e , « s e n t e n c i a s , t a l e s c o m o las h e e n c o n t r a d o sin a ñ a d i r n a d a p o r e s -
c r i t o q u e n o h a y a visto y l e í d o » . C o n f í a p a r a los a c o n t e c i m i e n t o s r e c i e n t e s
e n los t e s t i m o n i o s o r a l e s , y r e c o g e u n a p a r t e d e su i n f o r m a c i ó n « d e l o q u e
l o s a n c i a n o s le h a n d i c h o e i n f o r m a d o » . S í n t e s i s , e n fin, q u e B o u c h a r t c o n -
c i b e c o m o u n a n a r r a c i ó n o r d e n a d a s i g u i e n d o el d e s a r r o l l o d e los r e i n a d o s .
E s t a b l e c i ó « o r d e n a d a m e n t e l o s n o m b r e s d e los r e y e s , d u q u e s y p r í n c i p e s
d e este n o b l e país» hasta Francisco I I . U n a o b r a d e este tipo m e r e c e , e n
su o p i n i ó n , el n o m b r e d e crónica. S e t r a t a d e u n g é n e r o n o b l e , q u e r e l a t a
los hechos y gestos de tiempos diversos, p o r o p o s i c i ó n a la historia, q u e se
l i m i t a a n a r r a r los hechos presentes al escritor.
D e la d e p e n d e n c i a d e la h i s t o r i a c o n r e s p e c t o al p o d e r se d e r i v a n m u -
c h a s s e r v i d u m b r e s p a r a el m e m o r i a l i s t a : l a e s t r e c h e z d e s u c a m p o d e v i s i ó n
( q u e s e l i m i t a a los h e c h o s m i l i t a r e s , a l a v i d a d e l a c o r t e y a las g r a n d e s
c e r e m o n i a s religiosas o civiles, i g n o r a n d o p o r c o m p l e t o al p u e b l o ) , la u t i -
l i z a c i ó n d e l estilo n o b l e ( o la a m p u l o s a e s c r i t u r a d e l o s b o r g o ñ e s e s , o l a i m i -
t a c i ó n d e los a u t o r e s a n t i g u o s c o m o T h o m a s B a s i n ) , y , f i n a l m e n t e , t o m a r
p a r t i d o p o r el p r í n c i p e q u e e n c a r g a b a la o b r a o q u e , p o r l o m e n o s , l a finan-
ciaba.
N o h a y q u e fiarse d e m a s i a d o d e los p r i n c i p i o s e n u n c i a d o s p o r l o s c r o -
n i s t a s . C h a s t e l l a i n d i c e q u e q u i e r e e v i t a r la a d u l a c i ó n servil, p e r o es u n a
v o z a i s l a d a e n el c o r o d e l o s p a n e g i r i s t a s b o r g o ñ e s e s . E n c u a n t o a B a s i n y
C o m m y n e s , u n o y o t r o s e e r i g e n e n c a m p e o n e s d e la v e r d a d . E s c u c h e m o s
c ó m o B a s i n d e f i n e su m i s i ó n e n el p r e f a c i o a la Histoire de Charles VII: « e s -
cribir y t r a n s m i t i r a l a p o s t e r i d a d , e n f o r m a d e a u t é n t i c o s r e l a t o s , la h i s t o -
54
r i a d e l p a s a d o y s o b r e t o d o la v i d a d e l o s p e r s o n a j e s i l u s t r e s » . Y c e n s u r a r
a los a d u l a d o r e s q u e son legión: « P e r o son m u c h o s los q u e escriben tales
r e l a t o s m á s c o n la e s p e r a n z a d e u n b e n e f i c i o , o p a r a g a n a r s e c o n la a d u l a -
c i ó n el f a v o r d e l v u l g a r i g n o r a n t e , d e l o s r e y e s o d e l o s p r í n c i p e s , q u e p o r
el a r d i e n t e d e s e o d e p r o c l a m a r y s a c a r a la l u z l a v e r d a d . » I m b u i d o d e sus
r e s p o n s a b i l i d a d e s c o n r e s p e c t o a las f u t u r a s g e n e r a c i o n e s , se a s i g n a c o m o
t a r e a el r e l a t a r a q u e l l o d e l o q u e h a s i d o « t e s t i g o o c u l a r » y lo q u e h a s a b i -
d o « p o r a u t o r e s al a b r i g o d e t o d a s o s p e c h a » . E s c u c h e m o s a C o m m y n e s ,
q u e q u i e r e h a b l a r «lo m á s c e r c a p o s i b l e d e l a v e r d a d » , sin o c u l t a r c i e r t a s
debilidades de Luis X I , e n cuyo e n t o r n o h a vivido d u r a n t e m u c h o s a ñ o s ,
p e r o c o n c e d i é n d o l e a l a v e z el l u g a r e m i n e n t e q u e se m e r e c e e n t r e l o s s o -
b e r a n o s d e su t i e m p o , y a q u e n o h a c o n o c i d o «ningún príncipe q u e , e n su
c o n j u n t o , h a y a t e n i d o m e n o s vicios q u e él».
F r e c u e n t e m e n t e , las o b r a s n o se c o r r e s p o n d e n c o n los principios. S o n
a b u n d a n t e s los silencios h á b i l e s y las v e r s i o n e s p a r t i d i s t a s d e l o s a c o n t e c i -
m i e n t o s , c o m o c u a n d o a t r i b u y e n el a s e s i n a t o d e L u i s d e O r l e a n s ( e n 1407)
n o a l o s s e c u a c e s d e J u a n Sin M i e d o , s i n o a u n v i e n t o a d v e r s o q u e p r e c i -
p i t ó al p r í n c i p e e n t i e r r a . S e l a n z a n c o n t r a J u a n a d e A r c o y c o n t r a a q u e l l o s
q u e l a s i g u i e r o n : «ellos creyeron que era cosa angélica aquella que tenía el
diablo en su seno» (Livre des trahisons de France envers la maison de Bour-
gogne). A l a i n B o u c h a r t , p o r s u p a r t e , t o m a e x p l í c i t a m e n t e p a r t i d o e n c o n -
t r a d e P i e r r e L a n d a i s , el t o d o p o d e r o s o t e s o r e r o d e F r a n c i s c o I I d e B r e t a -
ña, cuya vertiente de advenedizo le repugna. D e m a n e r a más discreta,
C o m m y n e s tiene silencios llenos d e significado, p o r e j e m p l o c u a n d o relega
entre bastidores aquellos q u e le suplantaron cerca de Luis X I , después de
1 4 7 7 . E n s u s r e l a t o s p a r a l e l o s d e l r e y d e F r a n c i a y d e C a r l o s el T e m e r a r i o ,
o t o r g a t o d o s l o s s i g n o s d e s u p e r i o r i d a d al p r i m e r o , m i e n t r a s q u e a b r u m a
al s e g u n d o : m a l s o l d a d o , m a l t á c t i c o , a p a s i o n a d a m e n t e v e n g a t i v o e n l o q u e
r e s p e c t a a las c i u d a d e s r e b e l d e s ; e n r e s u m e n , « p r í n c i p e d e l f r a c a s o » , c u y o
d e s m e s u r a d o o r g u l l o d e s e n c a d e n a l a v e n g a n z a d i v i n a . ¿ N o fue s i m p l e m e n -
t e el s e n t i d o c o m ú n l o q u e l l e v ó a C o m m y n e s a a b a n d o n a r a u n s e ñ o r así
p a r a u n i r s e al r e y d e F r a n c i a ?
O t r a p r u e b a , t a m b i é n reveladora del escaso grado de objetividad de
C o m m y n e s - y de Basin, consiste e n confrontar sus apreciaciones acerca de
Luis X I . Q u e haya divergencias acerca del balance del conjunto del reina-
d o , se p u e d e c o m p r e n d e r : si C o m m y n e s t i e n e u n a o p i n i ó n f a v o r a b l e , B a -
sin, p o r el c o n t r a r i o , e s d e los m á s e x p e d i t i v o s e n su « B r i é v e E p i t a p h e d e
Louis».
«Insigne bribón conocido desde aquí hasta los infiernos. A b o m i n a b l e
tirano de un pueblo admirable.»
P e r o es s o r p r e n d e n t e q u e l o s d o s a u t o r e s j u z g u e n d e m a n e r a t a n dife-
r e n t e la v e s t i m e n t a d e l s o b e r a n o : m o d e s t a e n e x c e s o s e g ú n su a n t i g u o
c h a m b e l á n ; g r o t e s c a e i n d i g n a d e u n r e y p a r a el o b i s p o L i s i e u x : « S e h a b r í a
podido pensar en u n bufón o en u n b o r r a c h o , m á s q u e en u n rey o en u n a
p e r s o n a d e distinción.» Sería a b u r r i d o seguir la confrontación e n t r e estos
d o s t e s t i g o s , s i e m p r e e n d e s a c u e r d o a c e r c a d e casi t o d o .
55

d e u n t r a t a d o . Sólo a partir d e los r e i n a d o s de Francisco II y d e A n a d e
B r e t a ñ a p o d e m o s h a b l a r d e h i s t o r i a d o r e s oficiales. D e s p u é s d e J e a n d e
Saint Paul ( t después d e 1476), cuya narración incide sobre t o d o acerca d e
l a g u e r r a e n t r e Blois y M o n t f o r t , h a y q u e c i t a r a F i e r r e L e B a u d , c a n ó n i g o
d e V i t r é , c o n s e j e r o y l i m o s n e r o d e la d u q u e s a A n a , q u i e n e n 1498 le e n -
c a r g ó q u e e s c r i b i e r a la h i s t o r i a d e B r e t a ñ a . R e c u p e r a m u c h a s d e las a n t i -
guas leyendas, pero también sabe apoyarse en d o c u m e n t o s auténticos. Su
f a m a es m e n o s q u e la d e A l a i n B o u c h a r t , a b o g a d o e n el P a r l a m e n t o d e B r e -
t a ñ a , secretario d e Francisco I I , e s t i m u l a d o p o r la d u q u e s a A n a d u r a n t e la
r e d a c c i ó n d e sus Grandes Chroniques de Bretaigne ( 1 5 1 4 ) . L a Épistole, que
sirve d e inicio al l i b r o , d e l a c u a l d a m o s f r a g m e n t o s e n el a n e x o , es m u y
r e v e l a d o r a d e su concepto de la historia, en algunos aspectos m e d i e v a l , r e -
n a c e n t i s t a e n o t r o s . C o n m e m o r a c i ó n d e las « c o s a s d i g n a s d e r e c o r d a r » , l a
h i s t o r i a es t a m b i é n u n a l e c c i ó n m o r a l q u e n o s p e r m i t e v e r « c ó m o h a n lle-
gado a suceder unos y otros haciendo bien o haciendo mal». Escribirla cons-
t i t u y e u n a m i s i ó n c o n r e s p e c t o al p a í s n a t a l , al q u e h a y q u e d e v o l v e r el r e -
c u e r d o d e sus o r í g e n e s , d a d o q u e se c a r e c e d e « t e x t o c o m p l e t o a c e r c a d e l
noble país bretón». Enraizado en un sentimiento nacional profundo («yo
q u e soy b r e t ó n , d e B r e t a ñ a , h e q u e r i d o e x a m i n a r las h i s t o r i a s a n t i g u a s y
las c r ó n i c a s » ) , el t r a b a j o h i s t o r i o g r á f i c o d e B o u c h a r t c o n t i e n e t r e s t i e m p o s
p r i n c i p a l e s : i n v e s t i g a c i ó n , c o m p i l a c i ó n y síntesis r e s u m i d a . I n v e s t i g a c i ó n ,
d o n d e se h a n c o n s e r v a d o « v i e j o s v o l ú m e n e s y r e g i s t r o s » ( ¿ e n l o s m o n a s t e -
r i o s , c o m o el d e L e B a u d e n S a i n t - M a t h i e u d e F i n e t e r r e ; e n l a c a n c i l l e r í a
d u c a l ? ) . C o m p i l a c i ó n : «y lo q u e y o h a y a p o d i d o e n c o n t r a r y e x t r a e r , lo h e
p u e s t o p o r escrito d e m a n e r a r e s u m i d a » . A l a i n B o u c h a r t t a n p r o n t o resu-
m e los t e x t o s c o m o se i m p o n e c i t a r l o s e x a c t a m e n t e , i n c l u y e n d o e n su o b r a ,
n o s d i c e , « s e n t e n c i a s , t a l e s c o m o las h e e n c o n t r a d o sin a ñ a d i r n a d a p o r e s -
c r i t o q u e n o h a y a visto y l e í d o » . C o n f í a p a r a los a c o n t e c i m i e n t o s r e c i e n t e s
e n los t e s t i m o n i o s o r a l e s , y r e c o g e u n a p a r t e d e su i n f o r m a c i ó n « d e l o q u e
l o s a n c i a n o s le h a n d i c h o e i n f o r m a d o » . S í n t e s i s , e n fin, q u e B o u c h a r t c o n -
c i b e c o m o u n a n a r r a c i ó n o r d e n a d a s i g u i e n d o el d e s a r r o l l o d e los r e i n a d o s .
E s t a b l e c i ó « o r d e n a d a m e n t e l o s n o m b r e s d e los r e y e s , d u q u e s y p r í n c i p e s
d e este n o b l e país» hasta Francisco I I . U n a o b r a d e este tipo m e r e c e , e n
su o p i n i ó n , el n o m b r e d e crónica. S e t r a t a d e u n g é n e r o n o b l e , q u e r e l a t a
los hechos y gestos de tiempos diversos, p o r o p o s i c i ó n a la historia, q u e se
l i m i t a a n a r r a r los hechos presentes al escritor.
D e la d e p e n d e n c i a d e la h i s t o r i a c o n r e s p e c t o al p o d e r se d e r i v a n m u -
c h a s s e r v i d u m b r e s p a r a el m e m o r i a l i s t a : l a e s t r e c h e z d e s u c a m p o d e v i s i ó n
( q u e s e l i m i t a a los h e c h o s m i l i t a r e s , a l a v i d a d e l a c o r t e y a las g r a n d e s
c e r e m o n i a s religiosas o civiles, i g n o r a n d o p o r c o m p l e t o al p u e b l o ) , la u t i -
l i z a c i ó n d e l estilo n o b l e ( o la a m p u l o s a e s c r i t u r a d e l o s b o r g o ñ e s e s , o l a i m i -
t a c i ó n d e los a u t o r e s a n t i g u o s c o m o T h o m a s B a s i n ) , y , f i n a l m e n t e , t o m a r
p a r t i d o p o r el p r í n c i p e q u e e n c a r g a b a la o b r a o q u e , p o r l o m e n o s , l a finan-
ciaba.
N o h a y q u e fiarse d e m a s i a d o d e los p r i n c i p i o s e n u n c i a d o s p o r l o s c r o -
n i s t a s . C h a s t e l l a i n d i c e q u e q u i e r e e v i t a r la a d u l a c i ó n servil, p e r o es u n a
v o z a i s l a d a e n el c o r o d e l o s p a n e g i r i s t a s b o r g o ñ e s e s . E n c u a n t o a B a s i n y
C o m m y n e s , u n o y o t r o s e e r i g e n e n c a m p e o n e s d e la v e r d a d . E s c u c h e m o s
c ó m o B a s i n d e f i n e su m i s i ó n e n el p r e f a c i o a la Histoire de Charles VII: « e s -
cribir y t r a n s m i t i r a l a p o s t e r i d a d , e n f o r m a d e a u t é n t i c o s r e l a t o s , la h i s t o -
54
r i a d e l p a s a d o y s o b r e t o d o la v i d a d e l o s p e r s o n a j e s i l u s t r e s » . Y c e n s u r a r
a los a d u l a d o r e s q u e son legión: « P e r o son m u c h o s los q u e escriben tales
r e l a t o s m á s c o n la e s p e r a n z a d e u n b e n e f i c i o , o p a r a g a n a r s e c o n la a d u l a -
c i ó n el f a v o r d e l v u l g a r i g n o r a n t e , d e l o s r e y e s o d e l o s p r í n c i p e s , q u e p o r
el a r d i e n t e d e s e o d e p r o c l a m a r y s a c a r a la l u z l a v e r d a d . » I m b u i d o d e sus
r e s p o n s a b i l i d a d e s c o n r e s p e c t o a las f u t u r a s g e n e r a c i o n e s , se a s i g n a c o m o
t a r e a el r e l a t a r a q u e l l o d e l o q u e h a s i d o « t e s t i g o o c u l a r » y lo q u e h a s a b i -
d o « p o r a u t o r e s al a b r i g o d e t o d a s o s p e c h a » . E s c u c h e m o s a C o m m y n e s ,
q u e q u i e r e h a b l a r «lo m á s c e r c a p o s i b l e d e l a v e r d a d » , sin o c u l t a r c i e r t a s
debilidades de Luis X I , e n cuyo e n t o r n o h a vivido d u r a n t e m u c h o s a ñ o s ,
p e r o c o n c e d i é n d o l e a l a v e z el l u g a r e m i n e n t e q u e se m e r e c e e n t r e l o s s o -
b e r a n o s d e su t i e m p o , y a q u e n o h a c o n o c i d o «ningún príncipe q u e , e n su
c o n j u n t o , h a y a t e n i d o m e n o s vicios q u e él».
F r e c u e n t e m e n t e , las o b r a s n o se c o r r e s p o n d e n c o n los principios. S o n
a b u n d a n t e s los silencios h á b i l e s y las v e r s i o n e s p a r t i d i s t a s d e l o s a c o n t e c i -
m i e n t o s , c o m o c u a n d o a t r i b u y e n el a s e s i n a t o d e L u i s d e O r l e a n s ( e n 1407)
n o a l o s s e c u a c e s d e J u a n Sin M i e d o , s i n o a u n v i e n t o a d v e r s o q u e p r e c i -
p i t ó al p r í n c i p e e n t i e r r a . S e l a n z a n c o n t r a J u a n a d e A r c o y c o n t r a a q u e l l o s
q u e l a s i g u i e r o n : «ellos creyeron que era cosa angélica aquella que tenía el
diablo en su seno» (Livre des trahisons de France envers la maison de Bour-
gogne). A l a i n B o u c h a r t , p o r s u p a r t e , t o m a e x p l í c i t a m e n t e p a r t i d o e n c o n -
t r a d e P i e r r e L a n d a i s , el t o d o p o d e r o s o t e s o r e r o d e F r a n c i s c o I I d e B r e t a -
ña, cuya vertiente de advenedizo le repugna. D e m a n e r a más discreta,
C o m m y n e s tiene silencios llenos d e significado, p o r e j e m p l o c u a n d o relega
entre bastidores aquellos q u e le suplantaron cerca de Luis X I , después de
1 4 7 7 . E n s u s r e l a t o s p a r a l e l o s d e l r e y d e F r a n c i a y d e C a r l o s el T e m e r a r i o ,
o t o r g a t o d o s l o s s i g n o s d e s u p e r i o r i d a d al p r i m e r o , m i e n t r a s q u e a b r u m a
al s e g u n d o : m a l s o l d a d o , m a l t á c t i c o , a p a s i o n a d a m e n t e v e n g a t i v o e n l o q u e
r e s p e c t a a las c i u d a d e s r e b e l d e s ; e n r e s u m e n , « p r í n c i p e d e l f r a c a s o » , c u y o
d e s m e s u r a d o o r g u l l o d e s e n c a d e n a l a v e n g a n z a d i v i n a . ¿ N o fue s i m p l e m e n -
t e el s e n t i d o c o m ú n l o q u e l l e v ó a C o m m y n e s a a b a n d o n a r a u n s e ñ o r así
p a r a u n i r s e al r e y d e F r a n c i a ?
O t r a p r u e b a , t a m b i é n reveladora del escaso grado de objetividad de
C o m m y n e s - y de Basin, consiste e n confrontar sus apreciaciones acerca de
Luis X I . Q u e haya divergencias acerca del balance del conjunto del reina-
d o , se p u e d e c o m p r e n d e r : si C o m m y n e s t i e n e u n a o p i n i ó n f a v o r a b l e , B a -
sin, p o r el c o n t r a r i o , e s d e los m á s e x p e d i t i v o s e n su « B r i é v e E p i t a p h e d e
Louis».
«Insigne bribón conocido desde aquí hasta los infiernos. A b o m i n a b l e
tirano de un pueblo admirable.»
P e r o es s o r p r e n d e n t e q u e l o s d o s a u t o r e s j u z g u e n d e m a n e r a t a n dife-
r e n t e la v e s t i m e n t a d e l s o b e r a n o : m o d e s t a e n e x c e s o s e g ú n su a n t i g u o
c h a m b e l á n ; g r o t e s c a e i n d i g n a d e u n r e y p a r a el o b i s p o L i s i e u x : « S e h a b r í a
podido pensar en u n bufón o en u n b o r r a c h o , m á s q u e en u n rey o en u n a
p e r s o n a d e distinción.» Sería a b u r r i d o seguir la confrontación e n t r e estos
d o s t e s t i g o s , s i e m p r e e n d e s a c u e r d o a c e r c a d e casi t o d o .
55
 3. U N A D I F E R E N T E PERCEPCIÓN D E LAS REALIDADES POLÍTICAS Y
MILITARES
E n e s t e - c a m p o , la o p o s i c i ó n se s i t ú a , p o r u n a p a r t e , e n t r e los c r o n i s t a s
b o r g o ñ e s e s , t o d a v í a p r i s i o n e r o s d e l s u e ñ o c a b a l l e r e s c o y, p o r o t r a , e n B a -
sin y C o m m y n e s , m u c h o m á s q u e e n el r e l a t o d e las p r á c t i c a s p o l í t i c a s y
g u e r r e r a s . E n t r e e s t o s ú l t i m o s se o p e r a u n c i e r t o d i s t a n c i a m i e n t o c o n r e s -
p e c t o al o b j e t o d e l q u e t r a t a n , a c t i t u d q u e a n u n c i a los t i e m p o s m o d e r n o s ,
al c o n s i d e r a r al p a s a d o c o m o o b j e t o d i s t a n c i a d o d e l h i s t o r i a d o r .
E x a m i n a m o s p r i m e r o c ó m o se e v o c a l a v i d a d e c o r t e . D e l l a d o b o r g o -
ñ ó n , asistimos a la «puesta en escena de u n s u e ñ o » . N o h a y m á s q u e tor-
n e o s , fiestas, b a n q u e t e s y e n t r a d a s p r i n c i p e s c a s d e h e r m é t i c o s i m b o l i s m o ,
t o d o ello r e l a t a d o c o n t o d o l u j o d e d e t a l l e s . O l i v i e r d e L a M a r c h e d e d i c a
l a m i t a d d e s u r e l a t o d e l r e m a d o d e l T e m e r a r i o , q u e t i e n e d o s c i e n t a s cin-
c u e n t a p á g i n a s , a la b o d a d e l d u q u e c o n M a r g a r i t a d e Y o r k . ¡ N e c e s i t ó n o
m e n o s d e s e s e n t a p á g i n a s p a r a r e l a t a r el f a m o s o b a n q u e t e d e l faisán q u e
t u v o l u g a r e n Lille e n 1454! P o r el c o n t r a r i o , e n C o m m y n e s n o q u e d a g r a n
c o s a d e e s t e c e r e m o n i a l a r i s t o c r á t i c o . L a s fiestas s e r e l a t a n b r e v e m e n t e , l a
a l e g r í a q u e se d e s p r e n d e d e ellas es e f e c t i v a m e n t e r e l a t i v a e n u n m u n d o
v i o l e n t o e n el q u e los p r í n c i p e s sin e s c r ú p u l o s i n t e n t a n d e s t r u i r s e . L a s p a -
r a d a s principescas son m á s c a r a s q u e e s c o n d e n sórdidos m a n e j o s ; los gran-
des matrimonios n o son más que transacciones interesadas. P o r añadidura,
e s t o s f e s t e j o s s o n r u i n o s o s p a r a el E s t a d o y c o r r u p t o r e s p a r a los p r í n c i p e s ,
y a q u e d e g r a d a n y d e b i l i t a n el c a r á c t e r y l a i n t e l i g e n c i a .
E n c o n t r a m o s el m i s m o c o n t r a s t e c u a n d o se t r a t a d e la g u e r r a . L o s c r o -
nistas b o r g o ñ e s e s exaltan los «grandes h e c h o s d e a r m a s » c o n i n a g o t a b l e
p r o l i j i d a d ( o c h e n t a p á g i n a s p a r a el sitio d i r i g i d o p o r N e u s s e n M o l i n e t ) .
E v o c a n c o m p l a c i d a m e n t e l o s h o r r o r e s d e la g u e r r a a t r a v é s d e i m á g e n e s
estereotipadas de débil carga emocional: «unos m o r í a n de h a m b r e , otros
se p u d r í a n e n la m i s e r i a » ( M o l i n e t ) . C o m m y n e s , p o r su p a r t e , es m e n o s e l o -
c u e n t e a c e r c a d e las o p e r a c i o n e s m i l i t a r e s ; se c i r c u n s c r i b e b á s i c a m e n t e a
los t r a t a d o s d i p l o m á t i c o s y a la e v o l u c i ó n d e l d e s a r r o l l o d e las f u e r z a s ; m á s
q u e c e l e b r a r los g r a n d e s h e c h o s d e a r m a s n o s m u e s t r a a l o s c o m b a t i e n t e s
e n l u c h a c o n el h a m b r e , el frío y el b a r r o ( c o n o c a s i ó n d e las g u e r r a s d e
I t a l i a ) . E n s u s Memorias y a n o se r e a l i z a n h e r o i c a s l o c u r a s , n o se p r o n u n -
cian h i s t ó r i c a s frases e n p l e n a b a t a l l a , la « g u e r r a y a n o es u n a c o s a a l e g r e » .
R e i n a l a fría m i r a d a d e l m e m o r i a l i s t a , q u e se c o m p l a c e e n m i n i m i z a r los
éxitos.
T h o m a s Basin da p r u e b a s d e u n a perspicacia igual c u a n d o n o s relata la
o c u p a c i ó n i n g l e s a d e N o r m a n d í a . Su e v o c a c i ó n d e l o s c a m p o s d e v a s t a d o s ,
h a c i a 1420, es d e lo m á s d e s g a r r a d o r . E n 1436, e s t a l l a el l e v a n t a m i e n t o d e
los c a m p e s i n o s d e C a u x , a g o t a d o s p o r el a u m e n t o d e la p r e s i ó n fiscal. P e r o
n o e n c o n t r a r o n ningún a p o y o p o r p a r t e d e los « h o m b r e s d e a r m a s france-
ses o d e los s e ñ o r e s d e l p a í s q u e a c u d i e r o n a e s t o s p a r a j e s » . C o n s o r p r e n -
d e n t e l u c i d e z , B a s i n n o s r e v e l a el m o t i v o : « E l l o s (los n o b l e s ) e n v i d i a b a n
al p u e b l o p o r h a b e r i n i c i a d o t a n b i e n la a c c i ó n » , c u y o é x i t o h a b r í a a m e n a -
z a d o su p r o p i o p o d e r e n el f u t u r o . E s t a s l í n e a s , d e la m i s m a m a n e r a q u e
ciertas páginas d e C o m m y n e s , nos p e r m i t e n p e n s a r q u e la historiografía
f r a n c e s a d e fines d e l siglo X V h a b í a a l c a n z a d o a q u e l « m o m e n t o m a q u i a v é -
lico» a p a r t i r d e l c u a l se p l a n t e a c o m o p r i n c i p a l m i s i ó n el a n a l i z a r l o s c o m -
56
p i e j o s j u e g o s d e l a v i d a p o l í t i c a , d e j a n d o d e l a d o el d e s c i f r a r l o s m e n s a j e s
e n v i a d o s p o r D i o s a los h o m b r e s a través d e los a c o n t e c i m i e n t o s . C o m m y -
n e s s o b r e t o d o e s el d i g n o c o n t e m p o r á n e o d e M a q u i a v e l o . L e i n t e r e s a n los
análisis d e p s i c o l o g í a c o m p a r a d a d e l o s p u e b l o s , se m u e s t r a m u y s e n s i b l e
a las r e l a c i o n e s d e f u e r z a s e n t r e l o s e s t a d o s q u e se e n f r e n t a n s o b r e el t a -
b l e r o e u r o p e o , a la v e z q u e q u i e r e d a r l e c c i o n e s a los g o b e r n a n t e s . A p a r -
t i r d e a h o r a el h i s t o r i a d o r e m p i e z a a t e n e r «su p a p e l d e t é c n i c o - s u s t i t u t o
del príncipe» ( M . d e C e r t e a u ) .
4. L A HISTORIA, «VEHÍCULO PRIVILEGIADO D E L SENTIMIENTO NACIONAL»
D e s d e fines d e l siglo X I V se r e v e l a c l a r a m e n t e e s t a t e n d e n c i a , q u e se
r e f u e r z a e n el X V , a l a q u e n o e s a j e n a la g u e r r a f r a n c o - i n g l e s a . N o s lo
d e m u e s t r a l a r e d a c c i ó n d e las o b r a s t i t u l a d a s Brevis Tractatus (Tratado
Breve) o Compendium (Resumen) q u e a n u n c i a n los f u t u r o s m a n u a l e s d e
h i s t o r i a y d e g e o g r a f í a . N o s facilitan c u a d r o s c r o n o l ó g i c o s a c e r c a d e l o s
s o b e r a n o s d e F r a n c i a y d e las n a c i o n e s v e c i n a s , j u n t o c o n a l g u n a s c o n s i d e -
r a c i o n e s r e s p e c t o a la p o t e n c i a r e s p e c t i v a d e s u s r e i n o s . P o r e j e m p l o , el Bre-
vis Tractatus, de E t i e n n e de C o n t y ( t 1413), estudiado p o r Philippe Con-
t a m i n e , q u e o f r e c e u n c u a d r o d e la c r i s t i a n d a d l a t i n a h a c i a 1 4 0 0 . E n el
corazón de ésta, Francia, dividida en tres idiomas (flamenco, b r e t ó n y
f r a n c é s ) , c o n c i e n t o u n a c i u d a d e s y m á s d e m i l villas a m u r a l l a d a s . C i u d a -
d e s c o m o B a r c e l o n a y C r a c o v i a m e r e c e n u n a s p o c a s l í n e a s f u n d a d a s e n los
«comentarios d e m u c h o s n o b l e s y m e r c a d e r e s » q u e estuvieron e n ellas. Se
e n u m e r a n d e m a n e r a r e s u m i d a los recursos d e los diferentes p a í s e s , tales
c o m o l a c e r a y las p i e l e s p o l a c a s . S e r e p a r t e n c e n s u r a s y e l o g i o s e n t r e los
d i s t i n t o s p u e b l o s y a p u n t a y a el chauvinismo francés. H a y que destacar que
el r e y d e F r a n c i a es c o n s i d e r a d o c o m o «el m á s g r a n d e , el m á s p o d e r o s o ,
el m á s n o b l e , el m á s s a n t o y el m á s r a z o n a b l e e n t r e t o d o s los r e y e s cristia-
nos».
L a elaboración de arquetipos históricos, que más tarde serán recupera-
d o s p o r l a t r a d i c i ó n e s c o l a r , c o m o las figuras i d e a l e s d e C l o d o v e o ( C l o v i s )
y S a n L u i s , v a e n el m i s m o s e n t i d o . S e g ú n C o l e t t e B e a u n e , fue a p r i n c i -
p i o s d e l siglo X I V c u a n d o C l o v i s e m p e z ó a ser c o n s i d e r a d o c o m o e l s a n t o
f u n d a d o r d e l a m o n a r q u í a f r a n c e s a . E n el siglo x v q u e d a e s t a b l e c i d a ya su
i m a g e n c o n l o s r a s g o s s i g u i e n t e s : e n p r i m e r l u g a r , C l o v i s e s u n g u e r r e r o y,
e n c o n s e c u e n c i a , e s «el a u t o r d e las f r o n t e r a s f r a n c e s a s t a l c o m o s o n y s e -
r á n p o r t o d a la e t e r n i d a d » , p e r o es t a m b i é n u n m o n j e p r ó x i m o a l o s p o -
b r e s . E s el r e y c r i s t i a n í s i m o p o r e x c e l e n c i a , u n g i d o c o n el ó l e o d e l a S a n t a
A m p o l l a y c u y a s a r m a s c o n las f l o r e s d e lis p r o c e d e n d e l c i e l o . E n t i e m p o s
d e C a r l o s V I L él o s t e n t a « t o d o s l o s a t r i b u t o s d e l a m o n a r q u í a » .
F i n a l m e n t e , ciertas obras se a p o y a n e n u n p r o f u n d o sentimiento nacio-
nal. Se p u e d e citar, a d e m á s del caso e s t u d i a d o a n t e r i o r m e n t e de A l a i n B o u -
c h a r t , el d e l h u m a n i s t a R o b e r t G a g u i n , a u t o r d e u n Compendium de Fran-
corum origine et gestis ( 1 4 9 5 ) e n el q u e v i b r a « e l a m o r d e la g l o r i a d e su
p a t r i a » . P r o c l a m a m u y a l t o la s u p e r i o r i d a d c u l t u r a l d e F r a n c i a s o b r e I t a l i a ,
c o n t r a r i a m e n t e a la o p i n i ó n f o r m u l a d a p o r P e t r a r c a e n el siglo a n t e r i o r :
«no se p u e d e n buscar o r a d o r e s y p o e t a s fuera d e Italia.» E s angiófobo c o m o
57
 3. U N A D I F E R E N T E PERCEPCIÓN D E LAS REALIDADES POLÍTICAS Y
MILITARES
E n e s t e - c a m p o , la o p o s i c i ó n se s i t ú a , p o r u n a p a r t e , e n t r e los c r o n i s t a s
b o r g o ñ e s e s , t o d a v í a p r i s i o n e r o s d e l s u e ñ o c a b a l l e r e s c o y, p o r o t r a , e n B a -
sin y C o m m y n e s , m u c h o m á s q u e e n el r e l a t o d e las p r á c t i c a s p o l í t i c a s y
g u e r r e r a s . E n t r e e s t o s ú l t i m o s se o p e r a u n c i e r t o d i s t a n c i a m i e n t o c o n r e s -
p e c t o al o b j e t o d e l q u e t r a t a n , a c t i t u d q u e a n u n c i a los t i e m p o s m o d e r n o s ,
al c o n s i d e r a r al p a s a d o c o m o o b j e t o d i s t a n c i a d o d e l h i s t o r i a d o r .
E x a m i n a m o s p r i m e r o c ó m o se e v o c a l a v i d a d e c o r t e . D e l l a d o b o r g o -
ñ ó n , asistimos a la «puesta en escena de u n s u e ñ o » . N o h a y m á s q u e tor-
n e o s , fiestas, b a n q u e t e s y e n t r a d a s p r i n c i p e s c a s d e h e r m é t i c o s i m b o l i s m o ,
t o d o ello r e l a t a d o c o n t o d o l u j o d e d e t a l l e s . O l i v i e r d e L a M a r c h e d e d i c a
l a m i t a d d e s u r e l a t o d e l r e m a d o d e l T e m e r a r i o , q u e t i e n e d o s c i e n t a s cin-
c u e n t a p á g i n a s , a la b o d a d e l d u q u e c o n M a r g a r i t a d e Y o r k . ¡ N e c e s i t ó n o
m e n o s d e s e s e n t a p á g i n a s p a r a r e l a t a r el f a m o s o b a n q u e t e d e l faisán q u e
t u v o l u g a r e n Lille e n 1454! P o r el c o n t r a r i o , e n C o m m y n e s n o q u e d a g r a n
c o s a d e e s t e c e r e m o n i a l a r i s t o c r á t i c o . L a s fiestas s e r e l a t a n b r e v e m e n t e , l a
a l e g r í a q u e se d e s p r e n d e d e ellas es e f e c t i v a m e n t e r e l a t i v a e n u n m u n d o
v i o l e n t o e n el q u e los p r í n c i p e s sin e s c r ú p u l o s i n t e n t a n d e s t r u i r s e . L a s p a -
r a d a s principescas son m á s c a r a s q u e e s c o n d e n sórdidos m a n e j o s ; los gran-
des matrimonios n o son más que transacciones interesadas. P o r añadidura,
e s t o s f e s t e j o s s o n r u i n o s o s p a r a el E s t a d o y c o r r u p t o r e s p a r a los p r í n c i p e s ,
y a q u e d e g r a d a n y d e b i l i t a n el c a r á c t e r y l a i n t e l i g e n c i a .
E n c o n t r a m o s el m i s m o c o n t r a s t e c u a n d o se t r a t a d e la g u e r r a . L o s c r o -
nistas b o r g o ñ e s e s exaltan los «grandes h e c h o s d e a r m a s » c o n i n a g o t a b l e
p r o l i j i d a d ( o c h e n t a p á g i n a s p a r a el sitio d i r i g i d o p o r N e u s s e n M o l i n e t ) .
E v o c a n c o m p l a c i d a m e n t e l o s h o r r o r e s d e la g u e r r a a t r a v é s d e i m á g e n e s
estereotipadas de débil carga emocional: «unos m o r í a n de h a m b r e , otros
se p u d r í a n e n la m i s e r i a » ( M o l i n e t ) . C o m m y n e s , p o r su p a r t e , es m e n o s e l o -
c u e n t e a c e r c a d e las o p e r a c i o n e s m i l i t a r e s ; se c i r c u n s c r i b e b á s i c a m e n t e a
los t r a t a d o s d i p l o m á t i c o s y a la e v o l u c i ó n d e l d e s a r r o l l o d e las f u e r z a s ; m á s
q u e c e l e b r a r los g r a n d e s h e c h o s d e a r m a s n o s m u e s t r a a l o s c o m b a t i e n t e s
e n l u c h a c o n el h a m b r e , el frío y el b a r r o ( c o n o c a s i ó n d e las g u e r r a s d e
I t a l i a ) . E n s u s Memorias y a n o se r e a l i z a n h e r o i c a s l o c u r a s , n o se p r o n u n -
cian h i s t ó r i c a s frases e n p l e n a b a t a l l a , la « g u e r r a y a n o es u n a c o s a a l e g r e » .
R e i n a l a fría m i r a d a d e l m e m o r i a l i s t a , q u e se c o m p l a c e e n m i n i m i z a r los
éxitos.
T h o m a s Basin da p r u e b a s d e u n a perspicacia igual c u a n d o n o s relata la
o c u p a c i ó n i n g l e s a d e N o r m a n d í a . Su e v o c a c i ó n d e l o s c a m p o s d e v a s t a d o s ,
h a c i a 1420, es d e lo m á s d e s g a r r a d o r . E n 1436, e s t a l l a el l e v a n t a m i e n t o d e
los c a m p e s i n o s d e C a u x , a g o t a d o s p o r el a u m e n t o d e la p r e s i ó n fiscal. P e r o
n o e n c o n t r a r o n ningún a p o y o p o r p a r t e d e los « h o m b r e s d e a r m a s france-
ses o d e los s e ñ o r e s d e l p a í s q u e a c u d i e r o n a e s t o s p a r a j e s » . C o n s o r p r e n -
d e n t e l u c i d e z , B a s i n n o s r e v e l a el m o t i v o : « E l l o s (los n o b l e s ) e n v i d i a b a n
al p u e b l o p o r h a b e r i n i c i a d o t a n b i e n la a c c i ó n » , c u y o é x i t o h a b r í a a m e n a -
z a d o su p r o p i o p o d e r e n el f u t u r o . E s t a s l í n e a s , d e la m i s m a m a n e r a q u e
ciertas páginas d e C o m m y n e s , nos p e r m i t e n p e n s a r q u e la historiografía
f r a n c e s a d e fines d e l siglo X V h a b í a a l c a n z a d o a q u e l « m o m e n t o m a q u i a v é -
lico» a p a r t i r d e l c u a l se p l a n t e a c o m o p r i n c i p a l m i s i ó n el a n a l i z a r l o s c o m -
56
p i e j o s j u e g o s d e l a v i d a p o l í t i c a , d e j a n d o d e l a d o el d e s c i f r a r l o s m e n s a j e s
e n v i a d o s p o r D i o s a los h o m b r e s a través d e los a c o n t e c i m i e n t o s . C o m m y -
n e s s o b r e t o d o e s el d i g n o c o n t e m p o r á n e o d e M a q u i a v e l o . L e i n t e r e s a n los
análisis d e p s i c o l o g í a c o m p a r a d a d e l o s p u e b l o s , se m u e s t r a m u y s e n s i b l e
a las r e l a c i o n e s d e f u e r z a s e n t r e l o s e s t a d o s q u e se e n f r e n t a n s o b r e el t a -
b l e r o e u r o p e o , a la v e z q u e q u i e r e d a r l e c c i o n e s a los g o b e r n a n t e s . A p a r -
t i r d e a h o r a el h i s t o r i a d o r e m p i e z a a t e n e r «su p a p e l d e t é c n i c o - s u s t i t u t o
del príncipe» ( M . d e C e r t e a u ) .
4. L A HISTORIA, «VEHÍCULO PRIVILEGIADO D E L SENTIMIENTO NACIONAL»
D e s d e fines d e l siglo X I V se r e v e l a c l a r a m e n t e e s t a t e n d e n c i a , q u e se
r e f u e r z a e n el X V , a l a q u e n o e s a j e n a la g u e r r a f r a n c o - i n g l e s a . N o s lo
d e m u e s t r a l a r e d a c c i ó n d e las o b r a s t i t u l a d a s Brevis Tractatus (Tratado
Breve) o Compendium (Resumen) q u e a n u n c i a n los f u t u r o s m a n u a l e s d e
h i s t o r i a y d e g e o g r a f í a . N o s facilitan c u a d r o s c r o n o l ó g i c o s a c e r c a d e l o s
s o b e r a n o s d e F r a n c i a y d e las n a c i o n e s v e c i n a s , j u n t o c o n a l g u n a s c o n s i d e -
r a c i o n e s r e s p e c t o a la p o t e n c i a r e s p e c t i v a d e s u s r e i n o s . P o r e j e m p l o , el Bre-
vis Tractatus, de E t i e n n e de C o n t y ( t 1413), estudiado p o r Philippe Con-
t a m i n e , q u e o f r e c e u n c u a d r o d e la c r i s t i a n d a d l a t i n a h a c i a 1 4 0 0 . E n el
corazón de ésta, Francia, dividida en tres idiomas (flamenco, b r e t ó n y
f r a n c é s ) , c o n c i e n t o u n a c i u d a d e s y m á s d e m i l villas a m u r a l l a d a s . C i u d a -
d e s c o m o B a r c e l o n a y C r a c o v i a m e r e c e n u n a s p o c a s l í n e a s f u n d a d a s e n los
«comentarios d e m u c h o s n o b l e s y m e r c a d e r e s » q u e estuvieron e n ellas. Se
e n u m e r a n d e m a n e r a r e s u m i d a los recursos d e los diferentes p a í s e s , tales
c o m o l a c e r a y las p i e l e s p o l a c a s . S e r e p a r t e n c e n s u r a s y e l o g i o s e n t r e los
d i s t i n t o s p u e b l o s y a p u n t a y a el chauvinismo francés. H a y que destacar que
el r e y d e F r a n c i a es c o n s i d e r a d o c o m o «el m á s g r a n d e , el m á s p o d e r o s o ,
el m á s n o b l e , el m á s s a n t o y el m á s r a z o n a b l e e n t r e t o d o s los r e y e s cristia-
nos».
L a elaboración de arquetipos históricos, que más tarde serán recupera-
d o s p o r l a t r a d i c i ó n e s c o l a r , c o m o las figuras i d e a l e s d e C l o d o v e o ( C l o v i s )
y S a n L u i s , v a e n el m i s m o s e n t i d o . S e g ú n C o l e t t e B e a u n e , fue a p r i n c i -
p i o s d e l siglo X I V c u a n d o C l o v i s e m p e z ó a ser c o n s i d e r a d o c o m o e l s a n t o
f u n d a d o r d e l a m o n a r q u í a f r a n c e s a . E n el siglo x v q u e d a e s t a b l e c i d a ya su
i m a g e n c o n l o s r a s g o s s i g u i e n t e s : e n p r i m e r l u g a r , C l o v i s e s u n g u e r r e r o y,
e n c o n s e c u e n c i a , e s «el a u t o r d e las f r o n t e r a s f r a n c e s a s t a l c o m o s o n y s e -
r á n p o r t o d a la e t e r n i d a d » , p e r o es t a m b i é n u n m o n j e p r ó x i m o a l o s p o -
b r e s . E s el r e y c r i s t i a n í s i m o p o r e x c e l e n c i a , u n g i d o c o n el ó l e o d e l a S a n t a
A m p o l l a y c u y a s a r m a s c o n las f l o r e s d e lis p r o c e d e n d e l c i e l o . E n t i e m p o s
d e C a r l o s V I L él o s t e n t a « t o d o s l o s a t r i b u t o s d e l a m o n a r q u í a » .
F i n a l m e n t e , ciertas obras se a p o y a n e n u n p r o f u n d o sentimiento nacio-
nal. Se p u e d e citar, a d e m á s del caso e s t u d i a d o a n t e r i o r m e n t e de A l a i n B o u -
c h a r t , el d e l h u m a n i s t a R o b e r t G a g u i n , a u t o r d e u n Compendium de Fran-
corum origine et gestis ( 1 4 9 5 ) e n el q u e v i b r a « e l a m o r d e la g l o r i a d e su
p a t r i a » . P r o c l a m a m u y a l t o la s u p e r i o r i d a d c u l t u r a l d e F r a n c i a s o b r e I t a l i a ,
c o n t r a r i a m e n t e a la o p i n i ó n f o r m u l a d a p o r P e t r a r c a e n el siglo a n t e r i o r :
«no se p u e d e n buscar o r a d o r e s y p o e t a s fuera d e Italia.» E s angiófobo c o m o
57

l a m a y o r í a d e sus c o m p a t r i o t a s , j u z g a c o n p o n d e r a c i ó n a l o s c a s t e l l a n o s ,
d e q u i e n e s a p r e c i a sus v i r t u d e s g u e r r e r a s , a u n q u e s e a n i n f e r i o r e s a las d e
l o s f r a n c e s e s , y d a u n a i m a g e n f a v o r a b l e d e los a l e m a n e s , i n v e n t o r e s d e l a
i m p r e n t a , y q u e f o r m a n p a r t e d e l o s poetae christiani, c o m o los f r a n c e s e s ,
e n o p o s i c i ó n a los i t a l i a n o s , i m p r e g n a d o s t o d o s d e p a g a n i s m o a n t i g u o . T a l
c o m o lo h a s e ñ a l a d o M i r e i l l e S c h m i d t - C h a z a n ( L e Métier d'histoiren au Mo-
jen Age, d i r e c . B e r n a r d G u e n é e , p p . 2 3 3 - 3 0 1 ) , el s e n t i m i e n t o n a c i o n a l d e
G a g u i n a s o c i a al a m o r d e la t i e r r a c a r n a l , c u y a f e r t i l i d a d a l a b a , el o r g u l l o
d e pertenecer a u n país cargado de historia que h a g e n e r a d o tantos h o m -
b r e s i l u s t r e s , s o b r e t o d o « p o r la b r i l l a n t e z d e las l e t r a s » , y la v i n c u l a c i ó n a
u n o s r e y e s a q u i e n e s p r e s t a t o d o s los t r i b u t o s q u e les c o n f i e r e la p r o p a g a n -
d a oficial: g r a n d e s p o r las v i c i s i t u d e s q u e h a n sufrido y p o r su p o d e r í o a c -
t u a l , s e r v i d o r e s d e l a v e r d a d e r a f e , p r o t e c t o r e s d e las l e t r a s , e t c . A l e x a l t a r
l a m o n a r q u í a , G a g u i n d e d i c a p o c o e s p a c i o al p u e b l o f r a n c é s , d e l q u e d e s -
t a c a l a c a p a c i d a d d e o b e d i e n c i a al p r í n c i p e y a la I g l e s i a , p e r o d e l q u e d e -
n u n c i a c o n d u r e z a la r a p a c i d a d y las i n c l i n a c i o n e s l u j u r i o s a s . Su v i s i ó n d e
la e n t i d a d n a c i o n a l , a u n q u e m á s e l a b o r a d a q u e l a d e l o s h i s t o r i ó g r a f o s d e
p r i n c i p i o s d e l siglo XV, s i g u e s i e n d o i n c o m p l e t a y c o n t i n ú a r e l e g a n d o a las
m a s a s e n t r e los b a s t i d o r e s d e l a g r a n h i s t o r i a . E x p r e s a las c o n c e p c i o n e s d e
u n e s t r e c h o c e n á c u l o d e r e l i g i o s o s , u n i v e r s i t a r i o s y g r a n d e s oficiales d e l
r e y , c u y o p a t r i o t i s m o es a l a v e z p o l í t i c o y c u l t u r a l , p o r el d e s e o d e l i b e -
r a r s e d e la t u t e l a i t a l i a n a .
En conclusión, sin d u d a n o r e s u l t a e x c e s i v o d e c i r q u e el siglo XV e s t á
m a r c a d o p o r p r o f u n d o s c a m b i o s e n las p r á c t i c a s h i s t o r i o g r á f i c a s . C i e r t a -
m e n t e , s i g u e s i e n d o d o m i n a n t e la e x p r e s i ó n e s t e r e o t i p a d a d e la v i d a p o l í -
t i c a y m i l i t a r , p e r o a p a r t i r d e a h o r a y a se l a n z a n m i r a d a s p e r s p i c a c e s s ó b r e -
l o s j u e g o s d e la g u e r r a y d e l a d i p l o m a c i a . A j u s t o t í t u l o p o d e m o s
c o n s i d e r a r q u e C o m m y n e s p r o c e d i ó a u n a v e r d a d e r a « r e e s c r i t u r a » d e las
c r ó n i c a s c o n t e m p o r á n e a s , p o r s u a g u d a m i r a d a q u e h a c e r e c a e r s o b r e los
p r í n c i p e s , p o r s u d e s c o n f i a n z a h a c i a las b r i l l a n t e s a p a r i e n c i a s y p o r su cí-
n i c o análisis d e u n m u n d o g o b e r n a d o p o r l a c o d i c i a y el e n g a ñ o . A l r e d e -
d o r d e l 1500, la o t r a g r a n e v o l u c i ó n r e s i d e e n la a c e n t u a c i ó n d e la v e r t i e n -
t e l i t e r a r i a y r e t ó r i c a d e la h i s t o r i a . P o r i n f l u e n c i a d e l h u m a n i s m o , l o s a u -
t o r e s se c o m p l a c e n e n calificarse d e orador o noble orador, se d e f i e n d e n
c o n t r a los r e p r o c h e s d e falta d e e l o c u e n c i a o d e «estilo a g r a d a b l e » ( p o r
e j e m p l o , A l a i n B o u c h a r t « t e n i e n d o e n c u e n t a q u e es n a t i v o d e B r e t a ñ a » ) ,
f i n a l m e n t e b u s c a n el e q u i l i b r i o d e la c o m p o s i c i ó n . E s significativo el v e r
c ó m o R o b e r t G a g u i n e n u n c i a , e n 1 4 7 8 , la r e g l a d e o r o d e la h i s t o r i a d e s -
c r i p t i v a d e s t i n a d a a e x p o n e r la c o n c a t e n a c i ó n d e l o s h e c h o s : « E l q u e escri-
b a e s t o s a c o n t e c i m i e n t o s n o s a t i s f a r á a la h i s t o r i a , si n o c o n o c e los h e c h o s ,
l o s d a t o s , los p r o y e c t o s y los r e s u l t a d o s . »
Post-scriptum
H a b í a m o s t e r m i n a d o la r e d a c c i ó n d e e s t o s d o s p r i m e r o s c a p í t u l o s , c u a n -
d o a p a r e c i ó la o b r a m a e s t r a d e B e r n a r d G u e n é e , Histoire et culture histo-
ríque dans l'Occident medieval, P a r í s , A u b i e r , 1980, 439 p á g i n a s . E x t r a e -
remos aquí algunas ideas maestras de aquella obra, p a r a completar algunas
d e n u e s t r a s t e o r í a s o p a r a c o r r e g i r sus p e r s p e c t i v a s . B e r n a r d G u e n é e n o s
58
dice q u e los h o m b r e s d e la E d a d M e d i a t i e n e n u n a i d e a clara d e la histo-
ria, c o n s i d e r a d a c o m o « u n r e l a t o c l a r o y v e r d a d e r o » , c o n t r a r i a a l a f á b u l a ,
« q u e t r e n z a ficciones». H u g o d e S a i n t - V í c t o r ( t 1 1 4 1 ) , p o r e j e m p l o , a s i g n ó
u n p r o g r a m a m u y c l a r o al c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o : « L a s p e r s o n a s p o r las
c u a l e s t i e n e n l u g a r l o s a c o n t e c i m i e n t o s , l o s l u g a r e s d o n d e s u c e d e n y el t i e m -
p o e n el q u e s u c e d e n . » L o s h i s t o r i a d o r e s m e d i e v a l e s , p o c o p r e o c u p a d o s
p o r l o s l u g a r e s , q u i s i e r o n b á s i c a m e n t e a b r a z a r t o d o el d e s a r r o l l o d e l t i e m -
p o y s u final [ab initio seculi usque adfinem). N o r e t u v i e r o n m á s q u e los
h e c h o s [gesta) r e a l i z a d o s p o r e m i n e n t e s a c t o r e s . E l i n g l é s R a n u l f H i g d e n
(1299-1364) d i c e : « H a y s i e t e c l a s e s d e p e r s o n a s c u y o s a c t o s s o n r e c o r d a d o s
p o r l o s h i s t o r i a d o r e s , a s a b e r : el p r í n c i p e e n su r e i n o , el c a b a l l e r o e n la
g u e r r a , el j u e z e n el t r i b u n a l , el o b i s p o e n t r e los c l é r i g o s , el p o l í t i c o e n la
s o c i e d a d , el a m o e n s u c a s a , e l m o n j e e n s u m o n a s t e r i o . A los c u a l e s c o r r e s -
p o n d e n s i e t e clases d e a c t i v i d a d e s , a s a b e r : l a c o n s t r u c c i ó n d e c i u d a d e s , l a
v i c t o r i a s o b r e los e n e m i g o s , l a a p l i c a c i ó n d e l d e r e c h o , el castigo d e l o s crí-
m e n e s , la o r g a n i z a c i ó n d e la res publica, la g e s t i ó n e n el á m b i t o f a m i l i a r ,
la c o n q u i s t a d e la s a l v a c i ó n . » H e a q u í el « a r m a r i o f e u d a l » e n el q u e l a m a -
teria histórica está dispuesta e n función d e la j e r a r q u í a d e los a c t o r e s , an-
tes del cuestionario universal d e los historiadores positivistas, i r ó n i c a m e n t e
calificado p o r L u d e n F e b v r e d e « c ó m o d a b u r g u e s a » c o n l o s c a j o n e s b i e n
e t i q u e t a d o s . T a l c o m o h e m o s v i s t o , l a h i s t o r i a a s í c o n c e b i d a n o e s u n a dis-
ciplina a u t ó n o m a , es u n a ciencia auxiliar d e la m o r a l , d e la teología y del
d e r e c h o , c o m o lo p r u e b a n las n u m e r o s a s c r ó n i c a s i n c l u i d a s e n l o s c a r t u l a -
r i o s m o n á s t i c o s , q u e t i e n e n , c o m o e s t o s ú l t i m o s , p o r o b j e t i v o el j u s t i f i c a r
la p o s e s i ó n d e c i e r t o s d e r e c h o s y p r i v i l e g i o s . P a r a q u e la h i s t o r i a a c c e d a a
u n a cierta a u t o n o m í a h a y q u e e s p e r a r a los p r o g r e s o s d e la reflexión polí-
t i c a e n l a b a j a E d a d M e d i a , a fin d e q u e t e n g a , p o r e j e m p l o , u n a s e c c i ó n
s e p a r a d a e n las b i b l i o t e c a s .
L a E d a d M e d i a h a c o n o c i d o u n a gran v a r i e d a d d e tipos de historiado-
r e s . E n lo s u c e s i v o y a n o n o s p o d r e m o s c o n t e n t a r c o n r e c o r d a r , c o m o h e -
m o s h e c h o , a los s e m p i t e r n o s R a o u l G l a b e r , Joinville, Froissart y o t r o s
c o m o C o m m y n e s . B e r n a r d G u e n é e h a establecido u n a v e r d a d e r a sociolo-
gía d e l s a b e r h i s t ó r i c o , d i s t i n g u i e n d o l o s t i p o s d e h i s t o r i a d o r m á s p o r l o s
l u g a r e s d o n d e e j e r c e n s u t r a b a j o q u e e n f u n c i ó n d e é p o c a s . P r i m e r o : el
monje g u a r d i á n d e los m a n u s c r i t o s y l o s l i b r o s d e l m o n a s t e r i o , l i g a d o a l a
d e f e n s a d e su c l a u s t r o y a v e c e s t a m b i é n a las g r a n d e s c a u s a s n a c i o n a l e s
(los c i s t e r c i e n s e s i n g l e s e s e s t á n i n f l a m a d o s d e u n a r d i e n t e p a t r i o t i s m o a n -
ti-escocés). F r e c u e n t e m e n t e , tiene éste u n a vertiente erudita: escribe yux-
t a p o n i e n d o r e s ú m e n e s d e t e x t o s , a veces c o n t r a p u e s t o s p a r a buscar la ver-
s i ó n m á s s e g u r a , d e u n a m a n e r a q u e a n u n c i a la h i s t o r i a m e t ó d i c a d e l si-
glo x r x ; sufre l a o b s e s i v a p r e o c u p a c i ó n p o r l a c r o n o l o g í a , a d q u i r i d a e n el
ejercicio del c ó m p u t o litúrgico. S e g ú n B . G u e n é e , siempre tiene algo de
h a g i ó g r a f o , a u n q u e n o p a r e c e q u e le s e a a j e n o el s e n t i d o d e la d i s t i n c i ó n
d e g é n e r o s . A l e s c r i b i r l a Vie du roi Robert le Pieux, H e l g a u d d e F l u e r y
(1004-1041) se e x t e n d e r á a m p l i a m e n t e a c e r c a d e sus v i r t u d e s , p e r o p a s a r á
p o r a l t o «el r e s t o , es d e c i r , sus c o m b a t e s , sus e n e m i g o s v e n c i d o s , l o s h o -
n o r e s c o n s e g u i d o s p o r s u f u e r z a e i n t e l i g e n c i a , d e j a n d o (él) a l o s h i s t o r i a -
d o r e s el c u i d a d o d e e s c r i b i r » . S e g u n d o t i p o e s p e c i f i c a d o : el historiador de
corte y de calle. A s í , l o s j u g l a r e s q u e c a n t a n «los h e c h o s d e los p r í n c i p e s y
l o s s a n t o s » , los c a p e l l a n e s y l o s s e c r e t a r i o s q u e n a r r a n l o s éxitos d e s u s p r o -
59

l a m a y o r í a d e sus c o m p a t r i o t a s , j u z g a c o n p o n d e r a c i ó n a l o s c a s t e l l a n o s ,
d e q u i e n e s a p r e c i a sus v i r t u d e s g u e r r e r a s , a u n q u e s e a n i n f e r i o r e s a las d e
l o s f r a n c e s e s , y d a u n a i m a g e n f a v o r a b l e d e los a l e m a n e s , i n v e n t o r e s d e l a
i m p r e n t a , y q u e f o r m a n p a r t e d e l o s poetae christiani, c o m o los f r a n c e s e s ,
e n o p o s i c i ó n a los i t a l i a n o s , i m p r e g n a d o s t o d o s d e p a g a n i s m o a n t i g u o . T a l
c o m o lo h a s e ñ a l a d o M i r e i l l e S c h m i d t - C h a z a n ( L e Métier d'histoiren au Mo-
jen Age, d i r e c . B e r n a r d G u e n é e , p p . 2 3 3 - 3 0 1 ) , el s e n t i m i e n t o n a c i o n a l d e
G a g u i n a s o c i a al a m o r d e la t i e r r a c a r n a l , c u y a f e r t i l i d a d a l a b a , el o r g u l l o
d e pertenecer a u n país cargado de historia que h a g e n e r a d o tantos h o m -
b r e s i l u s t r e s , s o b r e t o d o « p o r la b r i l l a n t e z d e las l e t r a s » , y la v i n c u l a c i ó n a
u n o s r e y e s a q u i e n e s p r e s t a t o d o s los t r i b u t o s q u e les c o n f i e r e la p r o p a g a n -
d a oficial: g r a n d e s p o r las v i c i s i t u d e s q u e h a n sufrido y p o r su p o d e r í o a c -
t u a l , s e r v i d o r e s d e l a v e r d a d e r a f e , p r o t e c t o r e s d e las l e t r a s , e t c . A l e x a l t a r
l a m o n a r q u í a , G a g u i n d e d i c a p o c o e s p a c i o al p u e b l o f r a n c é s , d e l q u e d e s -
t a c a l a c a p a c i d a d d e o b e d i e n c i a al p r í n c i p e y a la I g l e s i a , p e r o d e l q u e d e -
n u n c i a c o n d u r e z a la r a p a c i d a d y las i n c l i n a c i o n e s l u j u r i o s a s . Su v i s i ó n d e
la e n t i d a d n a c i o n a l , a u n q u e m á s e l a b o r a d a q u e l a d e l o s h i s t o r i ó g r a f o s d e
p r i n c i p i o s d e l siglo XV, s i g u e s i e n d o i n c o m p l e t a y c o n t i n ú a r e l e g a n d o a las
m a s a s e n t r e los b a s t i d o r e s d e l a g r a n h i s t o r i a . E x p r e s a las c o n c e p c i o n e s d e
u n e s t r e c h o c e n á c u l o d e r e l i g i o s o s , u n i v e r s i t a r i o s y g r a n d e s oficiales d e l
r e y , c u y o p a t r i o t i s m o es a l a v e z p o l í t i c o y c u l t u r a l , p o r el d e s e o d e l i b e -
r a r s e d e la t u t e l a i t a l i a n a .
En conclusión, sin d u d a n o r e s u l t a e x c e s i v o d e c i r q u e el siglo XV e s t á
m a r c a d o p o r p r o f u n d o s c a m b i o s e n las p r á c t i c a s h i s t o r i o g r á f i c a s . C i e r t a -
m e n t e , s i g u e s i e n d o d o m i n a n t e la e x p r e s i ó n e s t e r e o t i p a d a d e la v i d a p o l í -
t i c a y m i l i t a r , p e r o a p a r t i r d e a h o r a y a se l a n z a n m i r a d a s p e r s p i c a c e s s ó b r e -
l o s j u e g o s d e la g u e r r a y d e l a d i p l o m a c i a . A j u s t o t í t u l o p o d e m o s
c o n s i d e r a r q u e C o m m y n e s p r o c e d i ó a u n a v e r d a d e r a « r e e s c r i t u r a » d e las
c r ó n i c a s c o n t e m p o r á n e a s , p o r s u a g u d a m i r a d a q u e h a c e r e c a e r s o b r e los
p r í n c i p e s , p o r s u d e s c o n f i a n z a h a c i a las b r i l l a n t e s a p a r i e n c i a s y p o r su cí-
n i c o análisis d e u n m u n d o g o b e r n a d o p o r l a c o d i c i a y el e n g a ñ o . A l r e d e -
d o r d e l 1500, la o t r a g r a n e v o l u c i ó n r e s i d e e n la a c e n t u a c i ó n d e la v e r t i e n -
t e l i t e r a r i a y r e t ó r i c a d e la h i s t o r i a . P o r i n f l u e n c i a d e l h u m a n i s m o , l o s a u -
t o r e s se c o m p l a c e n e n calificarse d e orador o noble orador, se d e f i e n d e n
c o n t r a los r e p r o c h e s d e falta d e e l o c u e n c i a o d e «estilo a g r a d a b l e » ( p o r
e j e m p l o , A l a i n B o u c h a r t « t e n i e n d o e n c u e n t a q u e es n a t i v o d e B r e t a ñ a » ) ,
f i n a l m e n t e b u s c a n el e q u i l i b r i o d e la c o m p o s i c i ó n . E s significativo el v e r
c ó m o R o b e r t G a g u i n e n u n c i a , e n 1 4 7 8 , la r e g l a d e o r o d e la h i s t o r i a d e s -
c r i p t i v a d e s t i n a d a a e x p o n e r la c o n c a t e n a c i ó n d e l o s h e c h o s : « E l q u e escri-
b a e s t o s a c o n t e c i m i e n t o s n o s a t i s f a r á a la h i s t o r i a , si n o c o n o c e los h e c h o s ,
l o s d a t o s , los p r o y e c t o s y los r e s u l t a d o s . »
Post-scriptum
H a b í a m o s t e r m i n a d o la r e d a c c i ó n d e e s t o s d o s p r i m e r o s c a p í t u l o s , c u a n -
d o a p a r e c i ó la o b r a m a e s t r a d e B e r n a r d G u e n é e , Histoire et culture histo-
ríque dans l'Occident medieval, P a r í s , A u b i e r , 1980, 439 p á g i n a s . E x t r a e -
remos aquí algunas ideas maestras de aquella obra, p a r a completar algunas
d e n u e s t r a s t e o r í a s o p a r a c o r r e g i r sus p e r s p e c t i v a s . B e r n a r d G u e n é e n o s
58
dice q u e los h o m b r e s d e la E d a d M e d i a t i e n e n u n a i d e a clara d e la histo-
ria, c o n s i d e r a d a c o m o « u n r e l a t o c l a r o y v e r d a d e r o » , c o n t r a r i a a l a f á b u l a ,
« q u e t r e n z a ficciones». H u g o d e S a i n t - V í c t o r ( t 1 1 4 1 ) , p o r e j e m p l o , a s i g n ó
u n p r o g r a m a m u y c l a r o al c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o : « L a s p e r s o n a s p o r las
c u a l e s t i e n e n l u g a r l o s a c o n t e c i m i e n t o s , l o s l u g a r e s d o n d e s u c e d e n y el t i e m -
p o e n el q u e s u c e d e n . » L o s h i s t o r i a d o r e s m e d i e v a l e s , p o c o p r e o c u p a d o s
p o r l o s l u g a r e s , q u i s i e r o n b á s i c a m e n t e a b r a z a r t o d o el d e s a r r o l l o d e l t i e m -
p o y s u final [ab initio seculi usque adfinem). N o r e t u v i e r o n m á s q u e los
h e c h o s [gesta) r e a l i z a d o s p o r e m i n e n t e s a c t o r e s . E l i n g l é s R a n u l f H i g d e n
(1299-1364) d i c e : « H a y s i e t e c l a s e s d e p e r s o n a s c u y o s a c t o s s o n r e c o r d a d o s
p o r l o s h i s t o r i a d o r e s , a s a b e r : el p r í n c i p e e n su r e i n o , el c a b a l l e r o e n la
g u e r r a , el j u e z e n el t r i b u n a l , el o b i s p o e n t r e los c l é r i g o s , el p o l í t i c o e n la
s o c i e d a d , el a m o e n s u c a s a , e l m o n j e e n s u m o n a s t e r i o . A los c u a l e s c o r r e s -
p o n d e n s i e t e clases d e a c t i v i d a d e s , a s a b e r : l a c o n s t r u c c i ó n d e c i u d a d e s , l a
v i c t o r i a s o b r e los e n e m i g o s , l a a p l i c a c i ó n d e l d e r e c h o , el castigo d e l o s crí-
m e n e s , la o r g a n i z a c i ó n d e la res publica, la g e s t i ó n e n el á m b i t o f a m i l i a r ,
la c o n q u i s t a d e la s a l v a c i ó n . » H e a q u í el « a r m a r i o f e u d a l » e n el q u e l a m a -
teria histórica está dispuesta e n función d e la j e r a r q u í a d e los a c t o r e s , an-
tes del cuestionario universal d e los historiadores positivistas, i r ó n i c a m e n t e
calificado p o r L u d e n F e b v r e d e « c ó m o d a b u r g u e s a » c o n l o s c a j o n e s b i e n
e t i q u e t a d o s . T a l c o m o h e m o s v i s t o , l a h i s t o r i a a s í c o n c e b i d a n o e s u n a dis-
ciplina a u t ó n o m a , es u n a ciencia auxiliar d e la m o r a l , d e la teología y del
d e r e c h o , c o m o lo p r u e b a n las n u m e r o s a s c r ó n i c a s i n c l u i d a s e n l o s c a r t u l a -
r i o s m o n á s t i c o s , q u e t i e n e n , c o m o e s t o s ú l t i m o s , p o r o b j e t i v o el j u s t i f i c a r
la p o s e s i ó n d e c i e r t o s d e r e c h o s y p r i v i l e g i o s . P a r a q u e la h i s t o r i a a c c e d a a
u n a cierta a u t o n o m í a h a y q u e e s p e r a r a los p r o g r e s o s d e la reflexión polí-
t i c a e n l a b a j a E d a d M e d i a , a fin d e q u e t e n g a , p o r e j e m p l o , u n a s e c c i ó n
s e p a r a d a e n las b i b l i o t e c a s .
L a E d a d M e d i a h a c o n o c i d o u n a gran v a r i e d a d d e tipos de historiado-
r e s . E n lo s u c e s i v o y a n o n o s p o d r e m o s c o n t e n t a r c o n r e c o r d a r , c o m o h e -
m o s h e c h o , a los s e m p i t e r n o s R a o u l G l a b e r , Joinville, Froissart y o t r o s
c o m o C o m m y n e s . B e r n a r d G u e n é e h a establecido u n a v e r d a d e r a sociolo-
gía d e l s a b e r h i s t ó r i c o , d i s t i n g u i e n d o l o s t i p o s d e h i s t o r i a d o r m á s p o r l o s
l u g a r e s d o n d e e j e r c e n s u t r a b a j o q u e e n f u n c i ó n d e é p o c a s . P r i m e r o : el
monje g u a r d i á n d e los m a n u s c r i t o s y l o s l i b r o s d e l m o n a s t e r i o , l i g a d o a l a
d e f e n s a d e su c l a u s t r o y a v e c e s t a m b i é n a las g r a n d e s c a u s a s n a c i o n a l e s
(los c i s t e r c i e n s e s i n g l e s e s e s t á n i n f l a m a d o s d e u n a r d i e n t e p a t r i o t i s m o a n -
ti-escocés). F r e c u e n t e m e n t e , tiene éste u n a vertiente erudita: escribe yux-
t a p o n i e n d o r e s ú m e n e s d e t e x t o s , a veces c o n t r a p u e s t o s p a r a buscar la ver-
s i ó n m á s s e g u r a , d e u n a m a n e r a q u e a n u n c i a la h i s t o r i a m e t ó d i c a d e l si-
glo x r x ; sufre l a o b s e s i v a p r e o c u p a c i ó n p o r l a c r o n o l o g í a , a d q u i r i d a e n el
ejercicio del c ó m p u t o litúrgico. S e g ú n B . G u e n é e , siempre tiene algo de
h a g i ó g r a f o , a u n q u e n o p a r e c e q u e le s e a a j e n o el s e n t i d o d e la d i s t i n c i ó n
d e g é n e r o s . A l e s c r i b i r l a Vie du roi Robert le Pieux, H e l g a u d d e F l u e r y
(1004-1041) se e x t e n d e r á a m p l i a m e n t e a c e r c a d e sus v i r t u d e s , p e r o p a s a r á
p o r a l t o «el r e s t o , es d e c i r , sus c o m b a t e s , sus e n e m i g o s v e n c i d o s , l o s h o -
n o r e s c o n s e g u i d o s p o r s u f u e r z a e i n t e l i g e n c i a , d e j a n d o (él) a l o s h i s t o r i a -
d o r e s el c u i d a d o d e e s c r i b i r » . S e g u n d o t i p o e s p e c i f i c a d o : el historiador de
corte y de calle. A s í , l o s j u g l a r e s q u e c a n t a n «los h e c h o s d e los p r í n c i p e s y
l o s s a n t o s » , los c a p e l l a n e s y l o s s e c r e t a r i o s q u e n a r r a n l o s éxitos d e s u s p r o -
59
t e c t o r e s , los l i t e r a t o s c o m o F r o i s s a r t y J e a n L e m a i r e d e s B e l g e s , p r e o c u -
p a d o s p o r g a n a r s e u n p ú b l i c o , y a q u e p a r a ellos l a h i s t o r i a es u n m e d i o d e
existir. L e e n p o c o s l i b r o s , p e r o s a c a n p r o v e c h o d e la t r a d i c i ó n o r a l y b e -
b e n e n las f u e n t e s d e las e p o p e y a s . L e s a c e c h a n m u c h o s d e f e c t o s , c o m o e x -
c e d e r s e e n el p a n e g í r i c o , c o m p o n e r e s c r i t o s d e p r o p a g a n d a y n o p r e o c u -
p a r s e d e m a s i a d o p o r la e x a c t i t u d d e los h e c h o s . T e r c e r a c a t e g o r í a : el his-
toriador burócrata, p e r s o n a j e c a r a c t e r í s t i c o d e la b a j a E d a d M e d i a , e n la
q u e se d e s a r r o l l a n l o s servicios a d m i n i s t r a t i v o s , e s p e c i a l m e n t e las c a n c i l l e -
rías. A s í , J e a n d e M o n t r e u i l , d u r a n t e el r e i n a d o d e C a r l o s V I , y L e o n a r d o
B r u n i , c a n c i l l e r d e F l o r e n c i a e n t r e 1427 y 1444, s o n l i t e r a t o s q u e e s c r i b e n
h i s t o r i a d e la m i s m a m a n e r a q u e r e d a c t a n c o n t r a t o s o t r a t a d o s d i p l o m á t i -
c o s , s e m b r á n d o l a d e f r a g m e n t o s d e o r a t o r i a p a r e c i d o s a l o s d i s c u r s o s ofi-
ciales, c u y a r e d a c c i ó n t i e n e n a s u c a r g o . Sin e m b a r g o , su i n f o r m a c i ó n d e -
p e n d e d e la i n s t i t u c i ó n e n la q u e d e s a r r o l l a n s u l a b o r , y s u o b r a t i e n e q u e
ser a v a l a d a p o r e s t a ú l t i m a : así v e m o s c ó m o los p a t r o n o s d e la U n i v e r s i d a d
d e P a d u a a p r u e b a n s o l e m n e m e n t e la h i s t o r i a d e la c i u d a d e s c r i t a p o r u n
n o t a r i o e n 1262. E s t a r i c a v a r i e d a d d e h i s t o r i a d o r e s h a c e p a l i d e c e r e s p e -
c i a l m e n t e el brillo d e l i t e r a t o s t i p o F r o i s s a r t , d e m a s i a d o a m e n u d o t o m a -
d o s c o m o r e f e r e n c i a , y a q u e la h i s t o r i a d e l p o r v e n i r , e r u d i t a y p r e o c u p a d a
p o r la v e r d a d , n o n a c e e n las c o r t e s , s i n o e n l o s scriptoria m o n á s t i c o s y e n
los d e s p a c h o s . S e g ú n B . G u e n é e , e s , e n e s t e s e n t i d o , q u e se p u e d e d e c i r
q u e la e r u d i c i ó n m o d e r n a t i e n e r a í c e s m e d i e v a l e s . ¡ Q u é s i n g u l a r i n v e r s i ó n
de perspectiva!
Sin e m b a r g o , la h i s t o r i o g r a f í a m e d i e v a l sufre s e r i o s handicaps en cuan-
t o a las f u e n t e s y t o d a v í a m á s e n c u a n t o a su t r a t a m i e n t o . P e r o n o p r e c i -
s a m e n t e p o r el h e c h o d e c o n c e d e r l a p r i m a c í a a lo v i s t o y o í d o s o b r e l o leí-
d o . E n n u e s t r a h i s t o r i a i n m e d i a t a , e n t é r m i n o s g e n e r a l e s d u r a n t e el ú l t i m o
m e d i o siglo o u n p o c o m á s , n o s d a m o s c u e n t a d e l p a p e l p r i v i l e g i a d o d e l o
o r a l p a r a c o n o c e r el p r ó x i m o p a s a d o . P a r a ir m á s a l l á , h a y q u e b a s a r s e e n
los t e s t i m o n i o s i n d i r e c t o s y e n la m e m o r i a c o l e c t i v a , a r i e s g o d e c a e r e n la
l e y e n d a . L a casi g e n e r a l i n c a p a c i d a d p a r a d a t a r l o s m o n u m e n t o s y d e s c i -
frar las inscripciones c o n s t i t u y e u n p r o b l e m a m á s g r a v e , así c o m o el c a r á c t e r
r e d u c i d o d e l a d o c u m e n t a c i ó n d e l o s a r c h i v o s , q u e m u y f r e c u e n t e m e n t e se
limita a u n solo establecimiento m o n á s t i c o o a u n a única casa principesca.
Sin e m b a r g o , a p a r t i r d e l siglo x i n y , t o d a v í a m á s e n los siglos x r v y x v ,
la m e j o r clasificación d e los a r c h i v o s p e r m i t e e x c e p c i o n a l m e n t e i n v e s t i g a -
ciones m á s amplias c o m o la d e Pierre L e B a u d , llevada a c a b o a partir d e
1498 a t r a v é s d e m á s d e v e i n t e b i b l i o t e c a s m o n á s t i c a s p a r a e s c r i b i r s u h i s -
toria de B r e t a ñ a .
F i n a l m e n t e , el ú l t i m o handicap lo c o n s t i t u y e l a p o b r e z a y el d e f i c i e n t e
m a n t e n i m i e n t o d e las b i b l i o t e c a s h a s t a p o r l o m e n o s finales d e l siglo x i n :
n i n g u n a clasificación d e o b r a s , m u y p o c o s l i b r o s d e h i s t o r i a ( L u c a n o , S a -
l u s t i o , E u s e b i o , O r o s i o y a l g u n o s o t r o s ) , u n a c i r c u l a c i ó n m u y l e n t a d e las
o b r a s c o n t e m p o r á n e a s , e t c . S ó l o a p a r t i r d e l a s e g u n d a m i t a d d e l siglo XV
m e j o r a v e r d a d e r a m e n t e la s i t u a c i ó n d e s d e el m o m e n t o e n q u e c o m i e n z a la
difusión d e l a i m p r e n t a : e n a d e l a n t e , la d i s m i n u c i ó n d e l p r e c i o d e las o b r a s
y la m e j o r clasificación d e f o n d o s m á s s u r t i d o s p e r m i t e n u n a u t i l i z a c i ó n m á s
m a s i v a d e los l i b r o s a n t i g u o s y m o d e r n o s ( q u e se c o n o c e n m á s r á p i d a m e n -
t e ) . T a l c o m o h a b í a m o s a n u n c i a d o en las p á g i n a s a n t e r i o r e s , a p a r t i r d e l o s
60
a ñ o s 1450, h a y u n a r e n o v a c i ó n d e c i s i v a d e l p a n o r a m a i n t e l e c t u a l y d e la
producción historiográfica.
DOCUMENTO
A l a i n Bouchart: Les Grandes Chroniques de Bretagne (Societé des B i -
bliophiles B r e t o n s , N a n t e s , 1896; t e x t o m o d e r n i z a d o p o r n o s o t r o s ) .
Epístoia
P a r a l l e g a r m á s f á c i l m e n t e al m a y o r h o n o r , es c o s a m u y c o n v e n i e n t e ,
p a r a a q u e l q u e d e s e a h a c e r su t e s o r o y s u r i q u e z a d e l p r e c i o s o d o n d e la
s a b i d u r í a , v o l v e r a t r a e r f r e c u e n t e m e n t e a su m e m o r i a l o s h e c h o s d e los
h o m b r e s n o t a b l e s p r e c e d e n t e s , q u e h a n d i c h o o h e c h o c o s a s d i g n a s d e ser
r e c o r d a d a s y conservadas: ya q u e h a c i e n d o esto y r e c o r d a n d o las historias
q u e h a n s i d o e s c r i t a s , p o d e m o s v e r c u á l h a s i d o s u fin, s e g ú n si h a n o b r a d o
bien o mal... A h o r a bien, ocurre que, leyendo y examinando muchas cró-
nicas e historias, a lo q u e h e q u e r i d o dedicar algún t i e m p o p a r a evitar la
o c i o s i d a d , q u e es l a m a d r a s t r a d e l a v i r t u d , d e s p u é s d e h a b e r m e d e d i c a d o
al e s t u d i o d e m i v o c a c i ó n e n l o s t i e m p o s y e s t a c i o n e s d i s p u e s t a s p a r a el r e -
p o s o , h e visto y leído m u c h a s crónicas, historias y o t r o s libros, q u e t r a t a n
d e los h e c h o s y g e s t a s d e m u y g r a n n ú m e r o d e e m p e r a d o r e s , r e y e s y o t r o s
p r í n c i p e s , d e los l u g a r e s d e d o n d e p r o c e d í a n , d e los o r í g e n e s y p r i m e r a s
creaciones d e sus i m p e r i o s , reinos y p r i n c i p a d o s , d e su larga y b r e v e dura-
c i ó n . P e r o t o d a v í a n o h e v i s t o n i n g ú n t r a t a d o d e d i c a d o p o r c o m p l e t o al n o -
b l e p a í s d e B r e t a ñ a , q u e a n t i g u a m e n t e r e c i b i ó el n o m b r e d e r e i n o d e A r -
m ó r i c a , n i d e los n o m b r e s d e r e y e s y d e p r í n c i p e s q u e o c u p a r o n y p o s e y e -
r o n e s t e p a í s d e s d e q u e se l l a m ó B r e t a ñ a . P o r e s t o , y t e n i e n d o e n c u e n t a
la b e l l a p r o p o s i c i ó n d e T u l i o (Cicerón) e n el p r i m e r l i b r o d e los oficios (De
offtciis), e n el q u e d i c e q u e e s t a m o s , d e s d e n u e s t r o n a c i m i e n t o , o b l i g a d o s
n o s ó l o c o n r e s p e c t o a n u e s t r o s p r o g e n i t o r e s , s i n o t a m b i é n c o n r e s p e c t o al
país d o n d e h e m o s nacido (...) y o , q u e soy b r e t ó n n a c i d o en B r e t a ñ a , h e
q u e r i d o e x a m i n a r las a n t i g u a s h i s t o r i a s y c r ó n i c a s y l o s v i e j o s v o l ú m e n e s y
m o s t r a r los registros, q u e y o h e investigado y b u s c a d o en los lugares d o n d e
s e a c o s t u m b r a n a g u a r d a r c a r t a s d e p e r p e t u a m e m o r i a ; y d e lo q u e h e p o -
d i d o e n c o n t r a r y e x t r a e r h e e s c r i t o y r e d a c t a d o , d e m a n e r a r e s u m i d a (ya
q u e l a b r e v e d a d e s la a m i g a d e l a m e m o r i a ) q u i é n fue el p r i m e r b r e t ó n ,
c ó m o I n g l a t e r r a se l l a m ó p r i m e r o B r e t a ñ a , la m a n e r a y l a é p o c a e n la q u e
l o s b r e t o n e s c o n q u i s t a r o n el r e i n o d e A r m ó r i c a e n l a G a l i a , al c u a l d e s d e
e n t o n c e s l l a m a r o n B r e t a ñ a , y h e e s t a b l e c i d o p o r o r d e n l o s n o m b r e s d e los
reyes, duques y príncipes de este noble país hasta tiempos de Francisco II,
ú l t i m o d u q u e d e B r e t a ñ a . . . y e n el p e r í o d o c o r r e s p o n d i e n t e al r e i n a d o d e
c a d a u n o d e e s t o s p r í n c i p e s , a ñ a d i r é , p a r a el d i s f r u t e e s p i r i t u a l d e l e c t o r e s
y oyentes, algunos hechos dignos de memoria, sucedidos en otras partes,
y a l g u n a s s e n t e n c i a s y d e c i s i o n e s c o r r e s p o n d i e n t e s a los p r o p ó s i t o s q u e se
t r a t a r á n , tal c o m o las h e e n c o n t r a d o , sin a ñ a d i r n a d a q u e y o n o h a y a v i s t o
y leído.
61
t e c t o r e s , los l i t e r a t o s c o m o F r o i s s a r t y J e a n L e m a i r e d e s B e l g e s , p r e o c u -
p a d o s p o r g a n a r s e u n p ú b l i c o , y a q u e p a r a ellos l a h i s t o r i a es u n m e d i o d e
existir. L e e n p o c o s l i b r o s , p e r o s a c a n p r o v e c h o d e la t r a d i c i ó n o r a l y b e -
b e n e n las f u e n t e s d e las e p o p e y a s . L e s a c e c h a n m u c h o s d e f e c t o s , c o m o e x -
c e d e r s e e n el p a n e g í r i c o , c o m p o n e r e s c r i t o s d e p r o p a g a n d a y n o p r e o c u -
p a r s e d e m a s i a d o p o r la e x a c t i t u d d e los h e c h o s . T e r c e r a c a t e g o r í a : el his-
toriador burócrata, p e r s o n a j e c a r a c t e r í s t i c o d e la b a j a E d a d M e d i a , e n la
q u e se d e s a r r o l l a n l o s servicios a d m i n i s t r a t i v o s , e s p e c i a l m e n t e las c a n c i l l e -
rías. A s í , J e a n d e M o n t r e u i l , d u r a n t e el r e i n a d o d e C a r l o s V I , y L e o n a r d o
B r u n i , c a n c i l l e r d e F l o r e n c i a e n t r e 1427 y 1444, s o n l i t e r a t o s q u e e s c r i b e n
h i s t o r i a d e la m i s m a m a n e r a q u e r e d a c t a n c o n t r a t o s o t r a t a d o s d i p l o m á t i -
c o s , s e m b r á n d o l a d e f r a g m e n t o s d e o r a t o r i a p a r e c i d o s a l o s d i s c u r s o s ofi-
ciales, c u y a r e d a c c i ó n t i e n e n a s u c a r g o . Sin e m b a r g o , su i n f o r m a c i ó n d e -
p e n d e d e la i n s t i t u c i ó n e n la q u e d e s a r r o l l a n s u l a b o r , y s u o b r a t i e n e q u e
ser a v a l a d a p o r e s t a ú l t i m a : así v e m o s c ó m o los p a t r o n o s d e la U n i v e r s i d a d
d e P a d u a a p r u e b a n s o l e m n e m e n t e la h i s t o r i a d e la c i u d a d e s c r i t a p o r u n
n o t a r i o e n 1262. E s t a r i c a v a r i e d a d d e h i s t o r i a d o r e s h a c e p a l i d e c e r e s p e -
c i a l m e n t e el brillo d e l i t e r a t o s t i p o F r o i s s a r t , d e m a s i a d o a m e n u d o t o m a -
d o s c o m o r e f e r e n c i a , y a q u e la h i s t o r i a d e l p o r v e n i r , e r u d i t a y p r e o c u p a d a
p o r la v e r d a d , n o n a c e e n las c o r t e s , s i n o e n l o s scriptoria m o n á s t i c o s y e n
los d e s p a c h o s . S e g ú n B . G u e n é e , e s , e n e s t e s e n t i d o , q u e se p u e d e d e c i r
q u e la e r u d i c i ó n m o d e r n a t i e n e r a í c e s m e d i e v a l e s . ¡ Q u é s i n g u l a r i n v e r s i ó n
de perspectiva!
Sin e m b a r g o , la h i s t o r i o g r a f í a m e d i e v a l sufre s e r i o s handicaps en cuan-
t o a las f u e n t e s y t o d a v í a m á s e n c u a n t o a su t r a t a m i e n t o . P e r o n o p r e c i -
s a m e n t e p o r el h e c h o d e c o n c e d e r l a p r i m a c í a a lo v i s t o y o í d o s o b r e l o leí-
d o . E n n u e s t r a h i s t o r i a i n m e d i a t a , e n t é r m i n o s g e n e r a l e s d u r a n t e el ú l t i m o
m e d i o siglo o u n p o c o m á s , n o s d a m o s c u e n t a d e l p a p e l p r i v i l e g i a d o d e l o
o r a l p a r a c o n o c e r el p r ó x i m o p a s a d o . P a r a ir m á s a l l á , h a y q u e b a s a r s e e n
los t e s t i m o n i o s i n d i r e c t o s y e n la m e m o r i a c o l e c t i v a , a r i e s g o d e c a e r e n la
l e y e n d a . L a casi g e n e r a l i n c a p a c i d a d p a r a d a t a r l o s m o n u m e n t o s y d e s c i -
frar las inscripciones c o n s t i t u y e u n p r o b l e m a m á s g r a v e , así c o m o el c a r á c t e r
r e d u c i d o d e l a d o c u m e n t a c i ó n d e l o s a r c h i v o s , q u e m u y f r e c u e n t e m e n t e se
limita a u n solo establecimiento m o n á s t i c o o a u n a única casa principesca.
Sin e m b a r g o , a p a r t i r d e l siglo x i n y , t o d a v í a m á s e n los siglos x r v y x v ,
la m e j o r clasificación d e los a r c h i v o s p e r m i t e e x c e p c i o n a l m e n t e i n v e s t i g a -
ciones m á s amplias c o m o la d e Pierre L e B a u d , llevada a c a b o a partir d e
1498 a t r a v é s d e m á s d e v e i n t e b i b l i o t e c a s m o n á s t i c a s p a r a e s c r i b i r s u h i s -
toria de B r e t a ñ a .
F i n a l m e n t e , el ú l t i m o handicap lo c o n s t i t u y e l a p o b r e z a y el d e f i c i e n t e
m a n t e n i m i e n t o d e las b i b l i o t e c a s h a s t a p o r l o m e n o s finales d e l siglo x i n :
n i n g u n a clasificación d e o b r a s , m u y p o c o s l i b r o s d e h i s t o r i a ( L u c a n o , S a -
l u s t i o , E u s e b i o , O r o s i o y a l g u n o s o t r o s ) , u n a c i r c u l a c i ó n m u y l e n t a d e las
o b r a s c o n t e m p o r á n e a s , e t c . S ó l o a p a r t i r d e l a s e g u n d a m i t a d d e l siglo XV
m e j o r a v e r d a d e r a m e n t e la s i t u a c i ó n d e s d e el m o m e n t o e n q u e c o m i e n z a la
difusión d e l a i m p r e n t a : e n a d e l a n t e , la d i s m i n u c i ó n d e l p r e c i o d e las o b r a s
y la m e j o r clasificación d e f o n d o s m á s s u r t i d o s p e r m i t e n u n a u t i l i z a c i ó n m á s
m a s i v a d e los l i b r o s a n t i g u o s y m o d e r n o s ( q u e se c o n o c e n m á s r á p i d a m e n -
t e ) . T a l c o m o h a b í a m o s a n u n c i a d o en las p á g i n a s a n t e r i o r e s , a p a r t i r d e l o s
60
a ñ o s 1450, h a y u n a r e n o v a c i ó n d e c i s i v a d e l p a n o r a m a i n t e l e c t u a l y d e la
producción historiográfica.
DOCUMENTO
A l a i n Bouchart: Les Grandes Chroniques de Bretagne (Societé des B i -
bliophiles B r e t o n s , N a n t e s , 1896; t e x t o m o d e r n i z a d o p o r n o s o t r o s ) .
Epístoia
P a r a l l e g a r m á s f á c i l m e n t e al m a y o r h o n o r , es c o s a m u y c o n v e n i e n t e ,
p a r a a q u e l q u e d e s e a h a c e r su t e s o r o y s u r i q u e z a d e l p r e c i o s o d o n d e la
s a b i d u r í a , v o l v e r a t r a e r f r e c u e n t e m e n t e a su m e m o r i a l o s h e c h o s d e los
h o m b r e s n o t a b l e s p r e c e d e n t e s , q u e h a n d i c h o o h e c h o c o s a s d i g n a s d e ser
r e c o r d a d a s y conservadas: ya q u e h a c i e n d o esto y r e c o r d a n d o las historias
q u e h a n s i d o e s c r i t a s , p o d e m o s v e r c u á l h a s i d o s u fin, s e g ú n si h a n o b r a d o
bien o mal... A h o r a bien, ocurre que, leyendo y examinando muchas cró-
nicas e historias, a lo q u e h e q u e r i d o dedicar algún t i e m p o p a r a evitar la
o c i o s i d a d , q u e es l a m a d r a s t r a d e l a v i r t u d , d e s p u é s d e h a b e r m e d e d i c a d o
al e s t u d i o d e m i v o c a c i ó n e n l o s t i e m p o s y e s t a c i o n e s d i s p u e s t a s p a r a el r e -
p o s o , h e visto y leído m u c h a s crónicas, historias y o t r o s libros, q u e t r a t a n
d e los h e c h o s y g e s t a s d e m u y g r a n n ú m e r o d e e m p e r a d o r e s , r e y e s y o t r o s
p r í n c i p e s , d e los l u g a r e s d e d o n d e p r o c e d í a n , d e los o r í g e n e s y p r i m e r a s
creaciones d e sus i m p e r i o s , reinos y p r i n c i p a d o s , d e su larga y b r e v e dura-
c i ó n . P e r o t o d a v í a n o h e v i s t o n i n g ú n t r a t a d o d e d i c a d o p o r c o m p l e t o al n o -
b l e p a í s d e B r e t a ñ a , q u e a n t i g u a m e n t e r e c i b i ó el n o m b r e d e r e i n o d e A r -
m ó r i c a , n i d e los n o m b r e s d e r e y e s y d e p r í n c i p e s q u e o c u p a r o n y p o s e y e -
r o n e s t e p a í s d e s d e q u e se l l a m ó B r e t a ñ a . P o r e s t o , y t e n i e n d o e n c u e n t a
la b e l l a p r o p o s i c i ó n d e T u l i o (Cicerón) e n el p r i m e r l i b r o d e los oficios (De
offtciis), e n el q u e d i c e q u e e s t a m o s , d e s d e n u e s t r o n a c i m i e n t o , o b l i g a d o s
n o s ó l o c o n r e s p e c t o a n u e s t r o s p r o g e n i t o r e s , s i n o t a m b i é n c o n r e s p e c t o al
país d o n d e h e m o s nacido (...) y o , q u e soy b r e t ó n n a c i d o en B r e t a ñ a , h e
q u e r i d o e x a m i n a r las a n t i g u a s h i s t o r i a s y c r ó n i c a s y l o s v i e j o s v o l ú m e n e s y
m o s t r a r los registros, q u e y o h e investigado y b u s c a d o en los lugares d o n d e
s e a c o s t u m b r a n a g u a r d a r c a r t a s d e p e r p e t u a m e m o r i a ; y d e lo q u e h e p o -
d i d o e n c o n t r a r y e x t r a e r h e e s c r i t o y r e d a c t a d o , d e m a n e r a r e s u m i d a (ya
q u e l a b r e v e d a d e s la a m i g a d e l a m e m o r i a ) q u i é n fue el p r i m e r b r e t ó n ,
c ó m o I n g l a t e r r a se l l a m ó p r i m e r o B r e t a ñ a , la m a n e r a y l a é p o c a e n la q u e
l o s b r e t o n e s c o n q u i s t a r o n el r e i n o d e A r m ó r i c a e n l a G a l i a , al c u a l d e s d e
e n t o n c e s l l a m a r o n B r e t a ñ a , y h e e s t a b l e c i d o p o r o r d e n l o s n o m b r e s d e los
reyes, duques y príncipes de este noble país hasta tiempos de Francisco II,
ú l t i m o d u q u e d e B r e t a ñ a . . . y e n el p e r í o d o c o r r e s p o n d i e n t e al r e i n a d o d e
c a d a u n o d e e s t o s p r í n c i p e s , a ñ a d i r é , p a r a el d i s f r u t e e s p i r i t u a l d e l e c t o r e s
y oyentes, algunos hechos dignos de memoria, sucedidos en otras partes,
y a l g u n a s s e n t e n c i a s y d e c i s i o n e s c o r r e s p o n d i e n t e s a los p r o p ó s i t o s q u e se
t r a t a r á n , tal c o m o las h e e n c o n t r a d o , sin a ñ a d i r n a d a q u e y o n o h a y a v i s t o
y leído.
61
 CAPÍTULO 4

HISTORIADORES Y GEÓGRAFOS
DEL RENACIMIENTO

E n el siglo X V I s e h a l l a y a m u y e x t e n d i d o el g u s t o p o r l a h i s t o r i a e n F r a n -
cia. A p a r e c e n m i l e s d e o b r a s , s e g ú n H e n r i H a u s e r (Les Sources de ¡'his-
toire de France au XVI' siécle, P a r í s , 1 9 1 2 ) . P o r su p a r t e , G . H u p p e r t h a
h e c h o u n a lista d e m á s d e s e t e c i e n t o s l i b r o s d e h i s t o r i a p u b l i c a d o s e n t r e
1550 y 1 6 1 0 , e s t i m a n d o q u e c o n s t i t u y e n el t r e i n t a p o r c i e n t o d e los e d i t a -
d o s e n P a r í s a c o m i e n z o s d e l siglo x v n . L a n e c e s i d a d d e u n a c u l t u r a
f u n d a m e n t a d a e n l a h i s t o r i a se m a n i f i e s t a d e d o s f o r m a s d i s t i n t a s . E n g e -
n e r a l , a t r a e n los c o m p e n d i o s , l a s e x p o s i c i o n e s s i n t e t i z a d a s , a l g o así c o m o
« m o d e l o s r e d u c i d o s d e la i n m e n s i d a d » . E s t a s o b r a s se p r o p o n e n estimular
u n s a b e r u n i t a r i o , d e s t a c a n d o las l í n e a s m a e s t r a s . E n r e a l i d a d , e s c e n i f i c a n
l a h i s t o r i a c o m o si d e u n « g r a n e s p e c t á c u l o » se t r a t a r a . B o s q u e j a n p a i s a j e s
h i s t ó r i c o s , e n los q u e l a s f e c h a s - h i t o s c o r r e s p o n d e n a l u g a r e s d e s t a c a d o s d e
la geografía. E n c a d a e s c e n a i n t e r v i e n e n los c o r r e s p o n d i e n t e s p e r s o n a j e s ,
a c t o r e s d e u n « v e r d a d e r o » d r a m a . M á s c o n c r e t a m e n t e , a t r a e t o d o lo q u e
s e r e l a c i o n a c o n l o c o t i d i a n o , l o s a n a l e s , l o s d i a r i o s , l a s m e m o r i a s . L o s di-
f e r e n t e s a m b i e n t e s t i e n e n , c a d a u n o , sus n e c e s i d a d e s e s p e c í f i c a s : l o s n o -
b l e s , el r e l a t o m i l i t a r ; el c l e r o , l a h i s t o r i a r e l i g i o s a ; l o s p a r l a m e n t a r i o s , la
historia política. L a historia está fraccionada, c o m p r e n d i e n d o distintos cam-
pos. E n o t r o p l a n o , florecen los h i s t o r i a d o r e s locales o regionales.

1. CUESTIONES D E MÉTODO

U n a d e las g r a n d e s i n n o v a c i o n e s i n t r o d u c i d a s p o r l o s h i s t o r i a d o r e s d e l
siglo X V I c o n s i s t i ó e n n o c o n t e n t a r s e c o n el r e l a t o d e l a res gestae, p o n i e n -
d o e n p r á c t i c a u n a p r i m e r a f o r m a d e c u e s t i o n a m i e n t o e n r e l a c i ó n al m é t o -
d o histórico, con la a m b i c i ó n , a v e c e s , d e evocar la t o t a l i d a d d e la r e a l i d a d
y d e e x p o n e r las l e y e s d e s u f u n c i o n a m i e n t o .
Interesa destacar, en primer lugar, algunas tendencias generales, em-
p e z a n d o p o r el r e c h a z o d e l d o g m a t i s m o e s c o l á s t i c o , m o t i v a d o p o r el d e s -
c u b r i m i e n t o d e l a r e l a t i v i d a d d e las c o s a s y d e l o s s i s t e m a s p o l í t i c o s , q u e
se i n t e n t a s o m e t e r a las l e y e s . S e p r e t e n d e , t a m b i é n , a r r a n c a r a la h i s t o r i a
d e l t e r r e n o d e l a f á b u l a , i n v e s t i g a n d o y s o m e t i e n d o a la crítica l o s v e s t i g i o s

63
 CAPÍTULO 4

HISTORIADORES Y GEÓGRAFOS
DEL RENACIMIENTO

E n el siglo X V I s e h a l l a y a m u y e x t e n d i d o el g u s t o p o r l a h i s t o r i a e n F r a n -
cia. A p a r e c e n m i l e s d e o b r a s , s e g ú n H e n r i H a u s e r (Les Sources de ¡'his-
toire de France au XVI' siécle, P a r í s , 1 9 1 2 ) . P o r su p a r t e , G . H u p p e r t h a
h e c h o u n a lista d e m á s d e s e t e c i e n t o s l i b r o s d e h i s t o r i a p u b l i c a d o s e n t r e
1550 y 1 6 1 0 , e s t i m a n d o q u e c o n s t i t u y e n el t r e i n t a p o r c i e n t o d e los e d i t a -
d o s e n P a r í s a c o m i e n z o s d e l siglo x v n . L a n e c e s i d a d d e u n a c u l t u r a
f u n d a m e n t a d a e n l a h i s t o r i a se m a n i f i e s t a d e d o s f o r m a s d i s t i n t a s . E n g e -
n e r a l , a t r a e n los c o m p e n d i o s , l a s e x p o s i c i o n e s s i n t e t i z a d a s , a l g o así c o m o
« m o d e l o s r e d u c i d o s d e la i n m e n s i d a d » . E s t a s o b r a s se p r o p o n e n estimular
u n s a b e r u n i t a r i o , d e s t a c a n d o las l í n e a s m a e s t r a s . E n r e a l i d a d , e s c e n i f i c a n
l a h i s t o r i a c o m o si d e u n « g r a n e s p e c t á c u l o » se t r a t a r a . B o s q u e j a n p a i s a j e s
h i s t ó r i c o s , e n los q u e l a s f e c h a s - h i t o s c o r r e s p o n d e n a l u g a r e s d e s t a c a d o s d e
la geografía. E n c a d a e s c e n a i n t e r v i e n e n los c o r r e s p o n d i e n t e s p e r s o n a j e s ,
a c t o r e s d e u n « v e r d a d e r o » d r a m a . M á s c o n c r e t a m e n t e , a t r a e t o d o lo q u e
s e r e l a c i o n a c o n l o c o t i d i a n o , l o s a n a l e s , l o s d i a r i o s , l a s m e m o r i a s . L o s di-
f e r e n t e s a m b i e n t e s t i e n e n , c a d a u n o , sus n e c e s i d a d e s e s p e c í f i c a s : l o s n o -
b l e s , el r e l a t o m i l i t a r ; el c l e r o , l a h i s t o r i a r e l i g i o s a ; l o s p a r l a m e n t a r i o s , la
historia política. L a historia está fraccionada, c o m p r e n d i e n d o distintos cam-
pos. E n o t r o p l a n o , florecen los h i s t o r i a d o r e s locales o regionales.

1. CUESTIONES D E MÉTODO

U n a d e las g r a n d e s i n n o v a c i o n e s i n t r o d u c i d a s p o r l o s h i s t o r i a d o r e s d e l
siglo X V I c o n s i s t i ó e n n o c o n t e n t a r s e c o n el r e l a t o d e l a res gestae, p o n i e n -
d o e n p r á c t i c a u n a p r i m e r a f o r m a d e c u e s t i o n a m i e n t o e n r e l a c i ó n al m é t o -
d o histórico, con la a m b i c i ó n , a v e c e s , d e evocar la t o t a l i d a d d e la r e a l i d a d
y d e e x p o n e r las l e y e s d e s u f u n c i o n a m i e n t o .
Interesa destacar, en primer lugar, algunas tendencias generales, em-
p e z a n d o p o r el r e c h a z o d e l d o g m a t i s m o e s c o l á s t i c o , m o t i v a d o p o r el d e s -
c u b r i m i e n t o d e l a r e l a t i v i d a d d e las c o s a s y d e l o s s i s t e m a s p o l í t i c o s , q u e
se i n t e n t a s o m e t e r a las l e y e s . S e p r e t e n d e , t a m b i é n , a r r a n c a r a la h i s t o r i a
d e l t e r r e n o d e l a f á b u l a , i n v e s t i g a n d o y s o m e t i e n d o a la crítica l o s v e s t i g i o s

63
d e j a d o s p o r el p a s a d o , a fin d e l l e g a r a r e c o n s t r u i r los h e c h o s d e la f o r m a
m á s v e r í d i c a p o s i b l e . U n t e s t i m o n i o d e ello lo c o n s t i t u y e l a e n c u e s t a d e l
j u r i s t a E t i e n n e P a s q u i e r , a b o g a d o d e l P a r l a m e n t o d e P a r í s , e n Les Recher-
ches de la France (1560 y s i g . ) . U n a v e z e s t a b l e c i d o s los h e c h o s ( ¿ a c a s o n o
es la h i s t o r i a l a v e r d a d d e las c o s a s s i n g u l a r e s ? ) , e s p r e c i s o r e a g r u p a r l o s e n
c o n j u n t o s p a r a c o n s e g u i r u n a e x p o s i c i ó n c o r r e c t a , u n o r d e n l ó g i c o e n el r e -
l a t o , q u e r e q u i e r e u n análisis d e las c a u s a s . S e g ú n J e a n W o l f , e n su Recueil
de l'art historique, p u b l i c a d o e n 1579, d e s p u é s d e h a b e r e l a b o r a d o el h e c h o
c o n a b s o l u t a s e g u r i d a d , es p r e c i s o s i t u a r l o e n u n a c a d e n a d e r a z o n e s h i s -
tóricas y lógicas. A l g u n o s historiadores alientan m a y o r e s ambiciones y pre-
t e n d e n c o n s t r u i r u n a h i s t o r i a u n i v e r s a l d e l a civilización o d e las civiliza-
c i o n e s , a b a r c a n d o t o d o s sus a s p e c t o s .
L a « v e r d a d e r a » h i s t o r i a d e b e r á c o m p r e n d e r l o N a t u r a l , l o s h á b i t o s , las
c o s t u m b r e s y «las f o r m a s d e a c t u a r d e l p u e b l o a q u e se r e f i e r e » ( H u p p e r t ,
p . 1 4 8 ) . E s p r e c i s o l o g r a r «la r e p r e s e n t a c i ó n d e l T o d o » ( L a P o p e l i n i é r e ) ,
sin d e j a r n a d a al m a r g e n d e l a e x p l i c a c i ó n r a c i o n a l .
L a s a m b i c i o n e s d e Jean B o d i n ( 1 5 3 0 - 1 5 9 6 ) , o r i u n d o d e A n g e r s , a b o g a -
do del P a r l a m e n t o de París, p r o c u r a d o r del rey a partir de 1588, magistra-
d o , t a n i n t e r e s a d o p o r la p o l í t i c a c o m o p o r la h i s t o r i a , e x p r e s a d a s e n s u Mé-
thode pour une connaissance aisée de l'histoire (Methodus ad facilem histo-
riarum cognitionem, 1 5 6 6 ) , p u e d e n r e s u m i r s e e n lo s i g u i e n t e : u n i f i c a r r a -
c i o n a l m e n t e la d i v e r s i d a d d e l a r e a l i d a d .
E l h i s t o r i a d o r se d e c a n t a p o r l o s h e c h o s s i n g u l a r e s , p e r o p a r a r e s t a b l e -
cerlos e n lo universal y p a r a reducirlos a leyes, definidas c o m o « p r o d u c t o s
q u e se d e r i v a n d e la n a t u r a l e z a d e las c o s a s » . S e m e j a n t e t a r e a es difícil si
n o i m p o s i b l e , p o r q u e la h i s t o r i a d e los s e r e s h u m a n o s es u n a i n n o v a c i ó n
p e r p e t u a : « C a d a , d í a . nacen_ n u e v a s J e y e s , . n u e v a s c o l u m b r e s , . n u e y a s - i n s t i -
m d o n e s . » . C i e n d a . a b i e r t a a~desarrollos i m p r e v i s i b l e s , l a h i s t o r i a es c o n t r a -
riaba las c i e n c i a s c e r r a d a s q u e p u e d e n r e d u c i r s e a p r i n c i p i o s y l e y e s .
- A p a r e n t e m e n t e , l a h i s t o r i a se n o s o f r e c e c o m o u n c a o s . E s p r e c i s o sa-
b e r d e s c u b r i r e n ella el o r d e n y d e s c o m p o n e r l a d e f o r m a c o h e r e n t e , p r o -
y e c t a n d o , « s o b r e la m a s a i n f o r m e d e l o s h e c h o s , l o s m a r c o s r a c i o n a l e s d e l
e s p í r i t u » ( D u b o i s ) . Su e x i g e n c i a d e r a c i o n a l i d a d se c o m b i n a c o n la d e u n i -
v e r s a l i d a d , y a q u e t o d a s las civilizaciones i n t e r v i e n e n e n u n t i e m p o ú n i c o .
P a r a B o d i n , el h i s t o r i a d o r e s , p o r t a n t o , u n a e s p e c i e d e d e m i u r g o q u e
o r d e n a c o n c r e c i o n e s q u e s o n d i v e r s a s e n su e s e n c i a . E l c l i m a c o n t r i b u y e
d e f o r m a d e c i s i v a a la d i v e r s i d a d , e n l a m e d i d a e n l a q u e rige el h u m o r i n -
t e r n o ; p o r t a n t o , las m e n t a l i d a d e s . E s p e c i a l m e n t e el sol e j e r c e u n a i n f l u e n -
cia d e t e r m i n a n t e . S e g ú n B o d i n , l o s m e r i d i o n a l e s (australes) s o n fríos, s e -
cos, d u r o s , l a m p i ñ o s , débiles, bajos y tienen la voz a g u d a ; los n ó r d i c o s ,
p o r el c o n t r a r i o , s o n c á l i d o s , h ú m e d o s , v e l l u d o s , r o b u s t o s , t i e n e n la c a r n e
t i e r n a , la p i e l b l a n c a y la v o z g r a v e . D e e s t o s c a r a c t e r e s se d e r i v a n las di-
f e r e n c i a s p s i c o l ó g i c a s . L a s f o r m a s d e c a d a civilización e s t á n e n r a i z a d a s e n
las c i r c u n s t a n c i a s n a t u r a l e s .
N o s h a l l a m o s a q u í e n los a n t í p o d a s d e la e r u d i c i ó n . B o d i n se c o m p l a c e
e n u t i l i z a r c a t e g o r í a s a b s t r a c t a s . P r e t e n d e clasificar a l o s h o m b r e s y a las
c o s a s , c o n c i b i e n d o p a r a ello u n Tableau du droit universel, r e g i d o p o r la
r e g l a d e los c o n t r a r i o s , e n v i r t u d d e l a c u a l , «si el m e r i d i o n a l es m o r e n o ,
el s e p t e n t r i o n a l es b l a n c o ; si la t a l l a d e l ú l t i m o es g r a n d e , l a d e l p r i m e r o
es p e q u e ñ a » , e t c . (Methodus, V , 3 3 3 ) . L l e v a n d o M n m á s l e j o s la s i s t e m a -
64
t i z a c i ó n , i n v e s t i g a la i n f l u e n c i a q u e h a n e j e r c i d o l o s n ú m e r o s e n l a c o n s t i -
t u c i ó n d e l o s i m p e r i o s , e s p e c u l a n d o a c e r c a d e las f e c h a s d e las b a t a l l a s y
d e l a e d a d d e los h é r o e s e n el m o m e n t o d e s u m u e r t e . ¿ N o m u r i e r o n A r i s -
tóteles, E r a s m o y L u t e r o e n su s e x a g é s i m o tercer a ñ o ? T a l delirio a r i t m é -
t i c o le h i z o c r e e r q u e la cifra 4 9 6 e r a d e t e r m i n a n t e p a r a el c u r s o d e l a
historia. ¿ N o habían transcurrido 496 años desde A u g u s t o hasta R ó m u l o
Augústulo, desde Constantino h a s t a C a r l o m a g n o y desde Siagrio hasta
H u g o C a p e t o ? S u s d i s t a n c i a s c o n s t a n t e s , sus r e g u l a r i d a d e s a r i t m é t i c a s p e r -
m i t e n p r e v e r el p o r v e n i r . E l m u n d o sufre l a l e y d e las cifras (sin q u e d a r
reducido a una ecuación, c o m o dicen algunos comentaristas). Corresponde
al i n t e l e c t u a l d e s c u b r i r el o r d e n o c u l t o . L a s r e v o l u c i o n e s h u m a n a s s e r e l a -
cionan, siempre en virtud d e este o r d e n , con los cambios astrales y climá-
ticos.
B o d i n h a c e , a la v e z q u e e s t o s l a b o r i o s o s a n á l i s i s , g e n i a l e s a n t i c i p a c i o -
n e s . P o r e j e m p l o , i n t u y ó q u e el t a b ú d e l i n c e s t o i n c i t a b a a e x t e n d e r las
alianzas m a t r i m o n i a l e s . Q u i s o edificar u n a ciencia política, siguiendo a P o -
libio y a d e l a n t á n d o s e a M o n t e s q u i e u (cf. La République, auténtica suma
p o l í t i c a ) . I n t u y ó , o b s c u r a m e n t e , l a e x i s t e n c i a d e u n a s l e y e s q u e r e g í a n el
c o m p o r t a m i e n t o del h o m b r e en sociedad.
L a n c e l o t d e l a P o p e l i n i é r e ( 1 5 4 0 7 - 1 6 0 8 ) s e d e d i c a a l a b ú s q u e d a d e L'I-
dée de l'histoire accomplie (1599). N o s d a u n a definición tradicional d e la
h i s t o r i a : u n a n a r r a c i ó n g e n e r a l , e l o c u e n t e y j u i c i o s a d e las a c c i o n e s m á s n o -
t a b l e s d e l o s h o m b r e s y d e o t r o s a c c i d e n t e s significativos s e g ú n el t i e m p o ,
los l u g a r e s , c a u s a s , p r o g r e s o y a c o n t e c i m i e n t o s . R e c u r r i e n d o a p r e g u n t a s , -
e s b o z a u n p r o g r a m a m u y a m p l i o y m u y n u e v o p a r a el c o n o c i m i e n t o h i s t ó -
r i c o : « ¿ C u á l e s f u e r o n las d i f e r e n c i a s e x i s t e n t e s e n t r e l o s p u e b l o s , e n t r e g a -
l o s , r o m a n o s y g e r m a n o s e n l a p r o p i a G a ñ a ? ¿ C u á l (la d i f e r e n c i a ) e n t r e
f r a n c e s e s y g e r m a n o s ? ¿ C u á n d o , c ó m o y p o r q u é p e n e t r ó , se a c e p t ó , c r e -
c i ó , se d e b a t i ó y m a n t u v o l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a e n las G a l i a s . . . ? ¿ C ó m o e r a
la n o b l e z a , c u á l s u a u t o r i d a d , p o d e r , a c t u a c i ó n , d e b e r y f u n c i o n e s e n t o d a s
estas naciones? ¿Por m e d i o de q u é leyes, costumbres, formas d e vida, jus-
ticia y p o l i c í a s e m a n t u v i e r o n e s t o s p u e b l o s , t a n t o e n l a p a z c o m o e n la
g u e r r a , b a j o la d e p l o r a b l e p a c i e n c i a d e n u e s t r o s a n t i g u o s p a d r e s ? »
Francois H o t m a n (1524-1590) t a m b i é n tenía g r a n d e s aspiraciones. Ju-
risconsulto, profesor d e d e r e c h o r o m a n o , calvinista c o n v e n c i d o , g r a n via-
j e r o , p o s e í a u n a v a s t a e x p e r i e n c i a . D e b i ó s u c e l e b r i d a d a la Franco-Galia
( 1 5 7 3 ) , e n la q u e se m o s t r a b a h o s t i l a las i n t e r v e n c i o n e s d e l p o d e r r e a l e n
el d o m i n i o e s p i r i t u a l . E n el p l a n o h i s t ó r i c o , d e b e m o s r e c o r d a r la n o v e d a d
d e l p r o y e c t o f o r m u l a d o e n el p r i m e r c a p í t u l o y l a p r e o c u p a c i ó n , c l a r a m e n -
t e e x p r e s a d a , d e q u e la i n v e s t i g a c i ó n s o b r e el p a s a d o t e n g a u t i l i d a d p a r a
el p r e s e n t e : « H a b i é n d o m e p r o p u e s t o e s c r i b i r a c e r c a d e las c o s t u m b r e s y
d e la p o l í t i c a d e n u e s t r a F r a n c i a g a l a , e n t a n t o p u e d a servir p a r a u s o d e
n u e s t r a cosa«pública y c o m o d i d a d d e los t i e m p o s actuales, m e p a r e c e con-
v e n i e n t e c o m e n z a r p o r d e d u c i r c u á l fue el a n t i g u o e s t a d o d e l a G a l i a , a n -
tes d e q u e se viera d o m i n a d a y r e d u c i d a p o r los r o m a n o s a u n a Provincia.»
E l r e s u l t a d o n o e s t á a l a a l t u r a d e sus a m b i c i o n e s . A u n q u e f u n d a m e n t a d o
e n g r a n d e s a u t o r e s ( C é s a r , T á c i t o , e t c . ) , el c u a d r o d e l a G a l i a s e r e v e l a a n a -
c r ó n i c o , h a l l á n d o s e a p l i c a d o el v o c a b u l a r i o p o l í t i c o p r o p i o del A n t i g u o R é -
g i m e n , sin s o m e t e r l o a p r o c e s o a l g u n o , a las t r i b u s g a l a s : c a d a a ñ o , n o s
d i c e H o t m a n , se r e u n í a u n a « a s a m b l e a g e n e r a l d e t o d o el p a í s , d o n d e se
65
d e j a d o s p o r el p a s a d o , a fin d e l l e g a r a r e c o n s t r u i r los h e c h o s d e la f o r m a
m á s v e r í d i c a p o s i b l e . U n t e s t i m o n i o d e ello lo c o n s t i t u y e l a e n c u e s t a d e l
j u r i s t a E t i e n n e P a s q u i e r , a b o g a d o d e l P a r l a m e n t o d e P a r í s , e n Les Recher-
ches de la France (1560 y s i g . ) . U n a v e z e s t a b l e c i d o s los h e c h o s ( ¿ a c a s o n o
es la h i s t o r i a l a v e r d a d d e las c o s a s s i n g u l a r e s ? ) , e s p r e c i s o r e a g r u p a r l o s e n
c o n j u n t o s p a r a c o n s e g u i r u n a e x p o s i c i ó n c o r r e c t a , u n o r d e n l ó g i c o e n el r e -
l a t o , q u e r e q u i e r e u n análisis d e las c a u s a s . S e g ú n J e a n W o l f , e n su Recueil
de l'art historique, p u b l i c a d o e n 1579, d e s p u é s d e h a b e r e l a b o r a d o el h e c h o
c o n a b s o l u t a s e g u r i d a d , es p r e c i s o s i t u a r l o e n u n a c a d e n a d e r a z o n e s h i s -
tóricas y lógicas. A l g u n o s historiadores alientan m a y o r e s ambiciones y pre-
t e n d e n c o n s t r u i r u n a h i s t o r i a u n i v e r s a l d e l a civilización o d e las civiliza-
c i o n e s , a b a r c a n d o t o d o s sus a s p e c t o s .
L a « v e r d a d e r a » h i s t o r i a d e b e r á c o m p r e n d e r l o N a t u r a l , l o s h á b i t o s , las
c o s t u m b r e s y «las f o r m a s d e a c t u a r d e l p u e b l o a q u e se r e f i e r e » ( H u p p e r t ,
p . 1 4 8 ) . E s p r e c i s o l o g r a r «la r e p r e s e n t a c i ó n d e l T o d o » ( L a P o p e l i n i é r e ) ,
sin d e j a r n a d a al m a r g e n d e l a e x p l i c a c i ó n r a c i o n a l .
L a s a m b i c i o n e s d e Jean B o d i n ( 1 5 3 0 - 1 5 9 6 ) , o r i u n d o d e A n g e r s , a b o g a -
do del P a r l a m e n t o de París, p r o c u r a d o r del rey a partir de 1588, magistra-
d o , t a n i n t e r e s a d o p o r la p o l í t i c a c o m o p o r la h i s t o r i a , e x p r e s a d a s e n s u Mé-
thode pour une connaissance aisée de l'histoire (Methodus ad facilem histo-
riarum cognitionem, 1 5 6 6 ) , p u e d e n r e s u m i r s e e n lo s i g u i e n t e : u n i f i c a r r a -
c i o n a l m e n t e la d i v e r s i d a d d e l a r e a l i d a d .
E l h i s t o r i a d o r se d e c a n t a p o r l o s h e c h o s s i n g u l a r e s , p e r o p a r a r e s t a b l e -
cerlos e n lo universal y p a r a reducirlos a leyes, definidas c o m o « p r o d u c t o s
q u e se d e r i v a n d e la n a t u r a l e z a d e las c o s a s » . S e m e j a n t e t a r e a es difícil si
n o i m p o s i b l e , p o r q u e la h i s t o r i a d e los s e r e s h u m a n o s es u n a i n n o v a c i ó n
p e r p e t u a : « C a d a , d í a . nacen_ n u e v a s J e y e s , . n u e v a s c o l u m b r e s , . n u e y a s - i n s t i -
m d o n e s . » . C i e n d a . a b i e r t a a~desarrollos i m p r e v i s i b l e s , l a h i s t o r i a es c o n t r a -
riaba las c i e n c i a s c e r r a d a s q u e p u e d e n r e d u c i r s e a p r i n c i p i o s y l e y e s .
- A p a r e n t e m e n t e , l a h i s t o r i a se n o s o f r e c e c o m o u n c a o s . E s p r e c i s o sa-
b e r d e s c u b r i r e n ella el o r d e n y d e s c o m p o n e r l a d e f o r m a c o h e r e n t e , p r o -
y e c t a n d o , « s o b r e la m a s a i n f o r m e d e l o s h e c h o s , l o s m a r c o s r a c i o n a l e s d e l
e s p í r i t u » ( D u b o i s ) . Su e x i g e n c i a d e r a c i o n a l i d a d se c o m b i n a c o n la d e u n i -
v e r s a l i d a d , y a q u e t o d a s las civilizaciones i n t e r v i e n e n e n u n t i e m p o ú n i c o .
P a r a B o d i n , el h i s t o r i a d o r e s , p o r t a n t o , u n a e s p e c i e d e d e m i u r g o q u e
o r d e n a c o n c r e c i o n e s q u e s o n d i v e r s a s e n su e s e n c i a . E l c l i m a c o n t r i b u y e
d e f o r m a d e c i s i v a a la d i v e r s i d a d , e n l a m e d i d a e n l a q u e rige el h u m o r i n -
t e r n o ; p o r t a n t o , las m e n t a l i d a d e s . E s p e c i a l m e n t e el sol e j e r c e u n a i n f l u e n -
cia d e t e r m i n a n t e . S e g ú n B o d i n , l o s m e r i d i o n a l e s (australes) s o n fríos, s e -
cos, d u r o s , l a m p i ñ o s , débiles, bajos y tienen la voz a g u d a ; los n ó r d i c o s ,
p o r el c o n t r a r i o , s o n c á l i d o s , h ú m e d o s , v e l l u d o s , r o b u s t o s , t i e n e n la c a r n e
t i e r n a , la p i e l b l a n c a y la v o z g r a v e . D e e s t o s c a r a c t e r e s se d e r i v a n las di-
f e r e n c i a s p s i c o l ó g i c a s . L a s f o r m a s d e c a d a civilización e s t á n e n r a i z a d a s e n
las c i r c u n s t a n c i a s n a t u r a l e s .
N o s h a l l a m o s a q u í e n los a n t í p o d a s d e la e r u d i c i ó n . B o d i n se c o m p l a c e
e n u t i l i z a r c a t e g o r í a s a b s t r a c t a s . P r e t e n d e clasificar a l o s h o m b r e s y a las
c o s a s , c o n c i b i e n d o p a r a ello u n Tableau du droit universel, r e g i d o p o r la
r e g l a d e los c o n t r a r i o s , e n v i r t u d d e l a c u a l , «si el m e r i d i o n a l es m o r e n o ,
el s e p t e n t r i o n a l es b l a n c o ; si la t a l l a d e l ú l t i m o es g r a n d e , l a d e l p r i m e r o
es p e q u e ñ a » , e t c . (Methodus, V , 3 3 3 ) . L l e v a n d o M n m á s l e j o s la s i s t e m a -
64
t i z a c i ó n , i n v e s t i g a la i n f l u e n c i a q u e h a n e j e r c i d o l o s n ú m e r o s e n l a c o n s t i -
t u c i ó n d e l o s i m p e r i o s , e s p e c u l a n d o a c e r c a d e las f e c h a s d e las b a t a l l a s y
d e l a e d a d d e los h é r o e s e n el m o m e n t o d e s u m u e r t e . ¿ N o m u r i e r o n A r i s -
tóteles, E r a s m o y L u t e r o e n su s e x a g é s i m o tercer a ñ o ? T a l delirio a r i t m é -
t i c o le h i z o c r e e r q u e la cifra 4 9 6 e r a d e t e r m i n a n t e p a r a el c u r s o d e l a
historia. ¿ N o habían transcurrido 496 años desde A u g u s t o hasta R ó m u l o
Augústulo, desde Constantino h a s t a C a r l o m a g n o y desde Siagrio hasta
H u g o C a p e t o ? S u s d i s t a n c i a s c o n s t a n t e s , sus r e g u l a r i d a d e s a r i t m é t i c a s p e r -
m i t e n p r e v e r el p o r v e n i r . E l m u n d o sufre l a l e y d e las cifras (sin q u e d a r
reducido a una ecuación, c o m o dicen algunos comentaristas). Corresponde
al i n t e l e c t u a l d e s c u b r i r el o r d e n o c u l t o . L a s r e v o l u c i o n e s h u m a n a s s e r e l a -
cionan, siempre en virtud d e este o r d e n , con los cambios astrales y climá-
ticos.
B o d i n h a c e , a la v e z q u e e s t o s l a b o r i o s o s a n á l i s i s , g e n i a l e s a n t i c i p a c i o -
n e s . P o r e j e m p l o , i n t u y ó q u e el t a b ú d e l i n c e s t o i n c i t a b a a e x t e n d e r las
alianzas m a t r i m o n i a l e s . Q u i s o edificar u n a ciencia política, siguiendo a P o -
libio y a d e l a n t á n d o s e a M o n t e s q u i e u (cf. La République, auténtica suma
p o l í t i c a ) . I n t u y ó , o b s c u r a m e n t e , l a e x i s t e n c i a d e u n a s l e y e s q u e r e g í a n el
c o m p o r t a m i e n t o del h o m b r e en sociedad.
L a n c e l o t d e l a P o p e l i n i é r e ( 1 5 4 0 7 - 1 6 0 8 ) s e d e d i c a a l a b ú s q u e d a d e L'I-
dée de l'histoire accomplie (1599). N o s d a u n a definición tradicional d e la
h i s t o r i a : u n a n a r r a c i ó n g e n e r a l , e l o c u e n t e y j u i c i o s a d e las a c c i o n e s m á s n o -
t a b l e s d e l o s h o m b r e s y d e o t r o s a c c i d e n t e s significativos s e g ú n el t i e m p o ,
los l u g a r e s , c a u s a s , p r o g r e s o y a c o n t e c i m i e n t o s . R e c u r r i e n d o a p r e g u n t a s , -
e s b o z a u n p r o g r a m a m u y a m p l i o y m u y n u e v o p a r a el c o n o c i m i e n t o h i s t ó -
r i c o : « ¿ C u á l e s f u e r o n las d i f e r e n c i a s e x i s t e n t e s e n t r e l o s p u e b l o s , e n t r e g a -
l o s , r o m a n o s y g e r m a n o s e n l a p r o p i a G a ñ a ? ¿ C u á l (la d i f e r e n c i a ) e n t r e
f r a n c e s e s y g e r m a n o s ? ¿ C u á n d o , c ó m o y p o r q u é p e n e t r ó , se a c e p t ó , c r e -
c i ó , se d e b a t i ó y m a n t u v o l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a e n las G a l i a s . . . ? ¿ C ó m o e r a
la n o b l e z a , c u á l s u a u t o r i d a d , p o d e r , a c t u a c i ó n , d e b e r y f u n c i o n e s e n t o d a s
estas naciones? ¿Por m e d i o de q u é leyes, costumbres, formas d e vida, jus-
ticia y p o l i c í a s e m a n t u v i e r o n e s t o s p u e b l o s , t a n t o e n l a p a z c o m o e n la
g u e r r a , b a j o la d e p l o r a b l e p a c i e n c i a d e n u e s t r o s a n t i g u o s p a d r e s ? »
Francois H o t m a n (1524-1590) t a m b i é n tenía g r a n d e s aspiraciones. Ju-
risconsulto, profesor d e d e r e c h o r o m a n o , calvinista c o n v e n c i d o , g r a n via-
j e r o , p o s e í a u n a v a s t a e x p e r i e n c i a . D e b i ó s u c e l e b r i d a d a la Franco-Galia
( 1 5 7 3 ) , e n la q u e se m o s t r a b a h o s t i l a las i n t e r v e n c i o n e s d e l p o d e r r e a l e n
el d o m i n i o e s p i r i t u a l . E n el p l a n o h i s t ó r i c o , d e b e m o s r e c o r d a r la n o v e d a d
d e l p r o y e c t o f o r m u l a d o e n el p r i m e r c a p í t u l o y l a p r e o c u p a c i ó n , c l a r a m e n -
t e e x p r e s a d a , d e q u e la i n v e s t i g a c i ó n s o b r e el p a s a d o t e n g a u t i l i d a d p a r a
el p r e s e n t e : « H a b i é n d o m e p r o p u e s t o e s c r i b i r a c e r c a d e las c o s t u m b r e s y
d e la p o l í t i c a d e n u e s t r a F r a n c i a g a l a , e n t a n t o p u e d a servir p a r a u s o d e
n u e s t r a cosa«pública y c o m o d i d a d d e los t i e m p o s actuales, m e p a r e c e con-
v e n i e n t e c o m e n z a r p o r d e d u c i r c u á l fue el a n t i g u o e s t a d o d e l a G a l i a , a n -
tes d e q u e se viera d o m i n a d a y r e d u c i d a p o r los r o m a n o s a u n a Provincia.»
E l r e s u l t a d o n o e s t á a l a a l t u r a d e sus a m b i c i o n e s . A u n q u e f u n d a m e n t a d o
e n g r a n d e s a u t o r e s ( C é s a r , T á c i t o , e t c . ) , el c u a d r o d e l a G a l i a s e r e v e l a a n a -
c r ó n i c o , h a l l á n d o s e a p l i c a d o el v o c a b u l a r i o p o l í t i c o p r o p i o del A n t i g u o R é -
g i m e n , sin s o m e t e r l o a p r o c e s o a l g u n o , a las t r i b u s g a l a s : c a d a a ñ o , n o s
d i c e H o t m a n , se r e u n í a u n a « a s a m b l e a g e n e r a l d e t o d o el p a í s , d o n d e se
65
 d i s c u t í a n l o s a s u n t o s d e l e s t a d o y los c o n c e r n i e n t e s al b i e n g e n e r a l d e la
c o s a p ú b l i c a » . N o n o s d e j e m o s p a r a l i z a r p o r la d i s c o r d a n c i a e n t r e las p a -
l a b r a s y las c o s a s . R e t e n g a m o s l a n o v e d a d d e l c u e s t i o n a m i e n t o ( l u e g o H o t -
m a n se p r e g u n t a q u é l e n g u a h a b l a b a n l o s g a l o s ) y l a a g u d e z a d e su s e n t i d o
c r í t i c o , q u e ridiculiza l a l e y e n d a d e l o r i g e n t r o y a n o d e los f r a n c o s .
2. L E J A N O S INDICIOS D E LA N U E V A HISTORIA
P o d e m o s e s t i m a r , d e f o r m a m u y a m p l i a , q u e las a n t i c i p a c i o n e s d e l si-
glo X V I m a n t i e n e n a l g u n o s n e x o s c o n l a e x a l t a c i ó n s u r g i d a d e los g r a n d e s
d e s c u b r i m i e n t o s , c o n el s e n t i m i e n t o d e vivir e n u n m u n d o e n el q u e t o d o s
los e l e m e n t o s s o n i n t e r d e p e n d i e n t e s , u n m u n d o e n m u t a c i ó n . . . L a a n t i c o m -
p a r t i m e n t a c i ó n i n t e l e c t u a l a c o m p a ñ a a la a p e r t u r a e c o n ó m i c a . S e r í a c o m -
p l e t a m e n t e i n g e n u o p r e t e n d e r d e s i g n a r , e n t r e l o s a u t o r e s d e l siglo X V I , a
u n p r e c u r s o r d e F e r n a n d B r a u d e l ( e n la p e r s o n a d e J e a n B o d i n ) o a u n h e r -
m a n o m a y o r d e E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e (¿en la p e r s o n a d e A n d r é T h e -
v e t ? ) , p e r o n o es g r a t u i t o el insistir e n las a p r o x i m a c i o n e s h a b i d a s e n e s t e
siglo e n t r e l a h i s t o r i a y o t r a s r a m a s d e l s a b e r , c o m o la e c o n o m í a p o l í t i c a
( t o d a v í a e n e s t a d o b a l b u c i e n t e ) y la g e o g r a f í a .
A) Historia y e c o n o m í a política
L a p r i n c i p a l r e f e r e n c i a e n e s t a m a t e r i a la c o n s t i t u y e e v i d e n t e m e n t e « L a
R e s p o n s e d e J e a n B o d i n á M . d e M a l e s t r o i t » , p u b l i c a d a e n 1568. E l j u r i s t a
a n g e v i n o t r a t a e n ella u n t e m a e x t r a o r d i n a r i a m e n t e n u e v o , «la c a r e s t í a d e
l a v i d a e n el siglo x v i » , s e g ú n la e x p r e s i ó n d e H e n r i H a u s e r . D i s t i n g u e cla-
r a m e n t e t r e s c a u s a s p r i n c i p a l e s : la a b u n d a n c i a d e l o r o y d e l a p l a t a p r o c e -
d e n t e s d e l N u e v o M u n d o ; los m o n o p o l i o s d e m e r c a d e r e s , a r t e s a n o s y a s a -
l a r i a d o s q u e i m p u l s a n al a l z a las m e r c a n c í a s y l o s s u e l d o s ; y l a « e s c a s e z »
que resulta de exportaciones excesivas, destinadas especialmente a Espa-
ñ a . Sin e n t r a r e n el d e t a l l e d e u n a a r g u m e n t a c i ó n rigurosa ( p p . 9-17) cita-
r e m o s t a n s ó l o la o p i m ó n d e H e n r i H a u s e r : « A l g u n a s i d e a s d e B o d i n , a u n -
' q u e su e s t i l o s e a o b s c u r o y , a v e c e s , i n c o r r e c t o . . . , s o b r e el p a p e l r e a l d e l a
m o n e d a , l o s m e c a n i s m o s d e l o s i n t e r c a m b i o s i n t e r n a c i o n e s , o la i n f l u e n c i a
d e los m e t a l e s p r e c i o s o s . . . , s o n t a n c l a r a s c o m o l a s d e u n e c o n o m i s t a m o -
d e r n o . D e s c u b r e e n la d i v i s i ó n g e o g r á f i c a d e l t r a b a j o u n a ley p r o v i d e n c i a l
o n a t u r a l , d e s t i n a d a a p r o m o v e r los i n t e r c a m b i o s y a p r o c u r a r la p a z . »
(pp. L i l i y LIV.)
B) Historia y geografía: u n a u n i ó n p r o m e t e d o r a
E n e s t a m a t e r i a fue e j e m p l a r el m u n d o g e r m á n i c o . G e n e r a l m e n t e s e
c o n s i d e r a q u e s u p r i m e r g r a n h i s t o r i a d o r fue u n h u m a n i s t a d e S e l e s t a t , B e a -
t u s R h e n a n u s ( 7 - 1 5 4 7 ) , a u t o r d e u n a Historia de Alemania e n 1531 e n l a
q u e cita t e x t o s e s c r i t o s e n u n a l e m á n a r c a i c o , d e m o s t r a n d o u n g r a n s e n t i d o
d e la crítica d o c u m e n t a l , a d q u i r i d o al e s t u d i a r las o b r a s d e P l i n i o , T á c i t o
y T i t o L i v i o , d e los q u e fue e d i t o r . T a m b i é n se r e c o n o c e , e n g e n e r a l , a S e -
66
b a s t í a n M ü n s t e r ( 1 4 8 9 - 1 5 5 2 ) c o m o el p r i m e r g e ó g r a f o , c o m o el E s t r a b ó n
a l e m á n . C o r d e l i e r , c o n v e r t i d o al l u t e r a n i s m o , e n s e ñ ó t e o l o g í a y h e b r e o e n
B a s i l e a a p a r t i r d e 1 5 2 8 . E s p í r i t u e n c i c l o p é d i c o , p u b l i c ó e n 1544 u n a e n o r -
m e Cosmografía, especie de geografía universal. L a descripción del con-
j u n t o d e los c o n t i n e n t e s c o m i e n z a c o n u n libro d e geografía g e n e r a l s o b r e
los c í r c u l o s ( p o l a r e s , t r o p i c a l e s , e t c . ) y s o b r e los v o l c a n e s y l o s g l a c i a r e s ,
d e s c r i t o s c o n b a s t a n t e e x a c t i t u d ( v é a s e N u m a B r o c , La Geógraphie de la
Renaissance, p . 71). L a o b r a contiene comentarios desenvueltos acerca de
l o s d i f e r e n t e s p a í s e s , c o m o las islas B r i t á n i c a s , a t r a v e s a d a s p o r d o s ríos p r i n -
c i p a l e s , el H u m b e r y el T á m e s i s . M ü n s t e r se c o m p l a c e a s i m i s m o e n l o s p a -
r a l e l o s ( p o r e j e m p l o , c o m p a r a la G a l i a , « f e c u n d a d a p o r c a n t i d a d d e llu-
v i a s » , y E s p a ñ a , o b l i g a d a a « u t i l i z a r riegos s a c a n d o a g u a s d e los g r a n d e s
ríos a t r a v é s d e f o s o s » . P o s e e el a r t e d e p e r c i b i r las c u a l i d a d e s p r o p i a s d e
las d i f e r e n t e s r e g i o n e s , c o m o E s c a m a , L a p o n i a o M o s c o v i a : « E l p a í s , a d o r -
n a d o c o n m u c h o s y b e l l o s ríos, e s l l a n o , sin m o n t a ñ a s ; n o o b s t a n t e , h a y m u -
c h o s b o s q u e s y p a n t a n o s casi p o r t o d a s p a r t e s . . . » ( B r o c , p . 8 0 ) . C o n s i d e -
r a q u e la l e n g u a p e r m i t e , m e j o r q u e los ríos o q u e las m o n t a ñ a s , i n d i v i -
d u a l i z a r las n a c i o n e s . E s t a p e r c e p c i ó n d e l o s h e c h o s l i n g ü í s t i c o s p a r e c e m u y
nueva.
E n lo c o n c e r n i e n t e a A l e m a n i a , las n o t i c i a s d e d i c a d a s p o r M ü n s t e r a
las d i f e r e n t e s r e g i o n e s r e ú n e n o b s e r v a c i o n e s g e o g r á f i c a s e i n f o r m a c i o n e s
h i s t ó r i c a s , r e l a c i o n á n d o s e a m b o s s a b e r e s m u t u a m e n t e . S i n e m b a r g o , cier-
tas evocaciones regionales d e s e m b o c a n en un confuso enciclopedismo en
el q u e se m e z c l a n l a e t i m o l o g í a , l a t o p o g r a f í a , la e n u m e r a c i ó n d e las p r i n -
c i p a l e s c i u d a d e s y el c a t á l o g o d e l a s « m a r a v i l l a s » . ¿ N o es n e c e s a r i o dis-
t r a e r , i n s t r u i r y e d i f i c a r a l a v e z ? D e h e c h o , la Cosmographie, descripción
r a z o n a d a d e l g l o b o , fue l e í d a a l a v e z c o m o u n a e n c i c l o p e d i a y c o m o u n a
o b r a de edificación.
A u n q u e s e m a n t i e n e t r i b u t a r i o d e l o s a n t i g u o s y d e los v i a j e r o s d e la
E d a d M e d i a , S e b a s t i a n M ü n s t e r fue u n i n n o v a d o r a l i n i c i a r u n a a m p l i a e n -
c u e s t a d e s t i n a d a a r e c o g e r i n f o r m a c i o n e s c e r c a d e l o s p r í n c i p e s , d e las ciu-
d a d e s y d e l o s s a b i o s . C o n e l l o f a v o r e c i ó e n A l e m a n i a el d e s a r r o l l o d e la
t o p o g r a f í a y d e las c r ó n i c a s e n l a s q u e se m u l t i p l i c a r o n l o s m a p a s y l a s p e r s -
p e c t i v a s c a b a l l e r a s d e las c i u d a d e s .
E n t r e los s u c e s o r e s f r a n c e s e s d e M ü n s t e r p o d e m o s c i t a r a B e l l e f o r e s t ,
Thevet y Bodin. El gascón Francois de Belleforest, historiador del rey, p o -
l í g r a f o , e s c r i b i ó u n a Histoire genérale de France, s e g u i d a d e u n a Histoire
universelle du monde y d e u n a Cosmographie ( 1 5 7 5 ) , a d a p t a c i ó n d e la d e
M ü n s t e r , p e r o a m p l i a d a c o n u n a s e r i e d e c o n s i d e r a c i o n e s s o b r e la g l o r i a y
la c a í d a d e los r e i n o s . S u p o l o g r a r l a c o l a b o r a c i ó n d e l o s e r u d i t o s d e las
provincias.
A n d r é Thevet, otro franciscano, cosmógrafo e historiador del rey, tam-
b i é n e s c r i b i ó u n a Cosmographie universelle e n 1575, d e s p u é s d e h a b e r via-
j a d o p o r el P r ó x i m o O r i e n t e y A m é r i c a . P r o p o r c i o n a n o t i c i a s t o p o n í m i c a s ,
h i s t ó r i c a s y g e o g r á f i c a s p o r p a í s e s , c i t a sus f u e n t e s y h a c e s u y o s , p o r n e c e -
s i d a d , los e r r o r e s d e M ü n s t e r . T h e v e t p r o v o c a u n a v i o l e n t a p o l é m i c a c o n
el s e d e n t a r i o B e l l e f o r e s t , al d e f e n d e r q u e l a g e o g r a f í a d e b e e s t a r r e s e r v a d a
p a r a los v i a j e r o s , l o s ú n i c o s q u e t i e n e n e x p e r i e n c i a d e l m u n d o . T h e v e t s a b e
e x p r e s a r su p l e t ó r i c a v i t a l i d a d , n o e x e n t a d e c i e r t a i n g e n u i d a d , c u a n d o c o n -
67
 d i s c u t í a n l o s a s u n t o s d e l e s t a d o y los c o n c e r n i e n t e s al b i e n g e n e r a l d e la
c o s a p ú b l i c a » . N o n o s d e j e m o s p a r a l i z a r p o r la d i s c o r d a n c i a e n t r e las p a -
l a b r a s y las c o s a s . R e t e n g a m o s l a n o v e d a d d e l c u e s t i o n a m i e n t o ( l u e g o H o t -
m a n se p r e g u n t a q u é l e n g u a h a b l a b a n l o s g a l o s ) y l a a g u d e z a d e su s e n t i d o
c r í t i c o , q u e ridiculiza l a l e y e n d a d e l o r i g e n t r o y a n o d e los f r a n c o s .
2. L E J A N O S INDICIOS D E LA N U E V A HISTORIA
P o d e m o s e s t i m a r , d e f o r m a m u y a m p l i a , q u e las a n t i c i p a c i o n e s d e l si-
glo X V I m a n t i e n e n a l g u n o s n e x o s c o n l a e x a l t a c i ó n s u r g i d a d e los g r a n d e s
d e s c u b r i m i e n t o s , c o n el s e n t i m i e n t o d e vivir e n u n m u n d o e n el q u e t o d o s
los e l e m e n t o s s o n i n t e r d e p e n d i e n t e s , u n m u n d o e n m u t a c i ó n . . . L a a n t i c o m -
p a r t i m e n t a c i ó n i n t e l e c t u a l a c o m p a ñ a a la a p e r t u r a e c o n ó m i c a . S e r í a c o m -
p l e t a m e n t e i n g e n u o p r e t e n d e r d e s i g n a r , e n t r e l o s a u t o r e s d e l siglo X V I , a
u n p r e c u r s o r d e F e r n a n d B r a u d e l ( e n la p e r s o n a d e J e a n B o d i n ) o a u n h e r -
m a n o m a y o r d e E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e (¿en la p e r s o n a d e A n d r é T h e -
v e t ? ) , p e r o n o es g r a t u i t o el insistir e n las a p r o x i m a c i o n e s h a b i d a s e n e s t e
siglo e n t r e l a h i s t o r i a y o t r a s r a m a s d e l s a b e r , c o m o la e c o n o m í a p o l í t i c a
( t o d a v í a e n e s t a d o b a l b u c i e n t e ) y la g e o g r a f í a .
A) Historia y e c o n o m í a política
L a p r i n c i p a l r e f e r e n c i a e n e s t a m a t e r i a la c o n s t i t u y e e v i d e n t e m e n t e « L a
R e s p o n s e d e J e a n B o d i n á M . d e M a l e s t r o i t » , p u b l i c a d a e n 1568. E l j u r i s t a
a n g e v i n o t r a t a e n ella u n t e m a e x t r a o r d i n a r i a m e n t e n u e v o , «la c a r e s t í a d e
l a v i d a e n el siglo x v i » , s e g ú n la e x p r e s i ó n d e H e n r i H a u s e r . D i s t i n g u e cla-
r a m e n t e t r e s c a u s a s p r i n c i p a l e s : la a b u n d a n c i a d e l o r o y d e l a p l a t a p r o c e -
d e n t e s d e l N u e v o M u n d o ; los m o n o p o l i o s d e m e r c a d e r e s , a r t e s a n o s y a s a -
l a r i a d o s q u e i m p u l s a n al a l z a las m e r c a n c í a s y l o s s u e l d o s ; y l a « e s c a s e z »
que resulta de exportaciones excesivas, destinadas especialmente a Espa-
ñ a . Sin e n t r a r e n el d e t a l l e d e u n a a r g u m e n t a c i ó n rigurosa ( p p . 9-17) cita-
r e m o s t a n s ó l o la o p i m ó n d e H e n r i H a u s e r : « A l g u n a s i d e a s d e B o d i n , a u n -
' q u e su e s t i l o s e a o b s c u r o y , a v e c e s , i n c o r r e c t o . . . , s o b r e el p a p e l r e a l d e l a
m o n e d a , l o s m e c a n i s m o s d e l o s i n t e r c a m b i o s i n t e r n a c i o n e s , o la i n f l u e n c i a
d e los m e t a l e s p r e c i o s o s . . . , s o n t a n c l a r a s c o m o l a s d e u n e c o n o m i s t a m o -
d e r n o . D e s c u b r e e n la d i v i s i ó n g e o g r á f i c a d e l t r a b a j o u n a ley p r o v i d e n c i a l
o n a t u r a l , d e s t i n a d a a p r o m o v e r los i n t e r c a m b i o s y a p r o c u r a r la p a z . »
(pp. L i l i y LIV.)
B) Historia y geografía: u n a u n i ó n p r o m e t e d o r a
E n e s t a m a t e r i a fue e j e m p l a r el m u n d o g e r m á n i c o . G e n e r a l m e n t e s e
c o n s i d e r a q u e s u p r i m e r g r a n h i s t o r i a d o r fue u n h u m a n i s t a d e S e l e s t a t , B e a -
t u s R h e n a n u s ( 7 - 1 5 4 7 ) , a u t o r d e u n a Historia de Alemania e n 1531 e n l a
q u e cita t e x t o s e s c r i t o s e n u n a l e m á n a r c a i c o , d e m o s t r a n d o u n g r a n s e n t i d o
d e la crítica d o c u m e n t a l , a d q u i r i d o al e s t u d i a r las o b r a s d e P l i n i o , T á c i t o
y T i t o L i v i o , d e los q u e fue e d i t o r . T a m b i é n se r e c o n o c e , e n g e n e r a l , a S e -
66
b a s t í a n M ü n s t e r ( 1 4 8 9 - 1 5 5 2 ) c o m o el p r i m e r g e ó g r a f o , c o m o el E s t r a b ó n
a l e m á n . C o r d e l i e r , c o n v e r t i d o al l u t e r a n i s m o , e n s e ñ ó t e o l o g í a y h e b r e o e n
B a s i l e a a p a r t i r d e 1 5 2 8 . E s p í r i t u e n c i c l o p é d i c o , p u b l i c ó e n 1544 u n a e n o r -
m e Cosmografía, especie de geografía universal. L a descripción del con-
j u n t o d e los c o n t i n e n t e s c o m i e n z a c o n u n libro d e geografía g e n e r a l s o b r e
los c í r c u l o s ( p o l a r e s , t r o p i c a l e s , e t c . ) y s o b r e los v o l c a n e s y l o s g l a c i a r e s ,
d e s c r i t o s c o n b a s t a n t e e x a c t i t u d ( v é a s e N u m a B r o c , La Geógraphie de la
Renaissance, p . 71). L a o b r a contiene comentarios desenvueltos acerca de
l o s d i f e r e n t e s p a í s e s , c o m o las islas B r i t á n i c a s , a t r a v e s a d a s p o r d o s ríos p r i n -
c i p a l e s , el H u m b e r y el T á m e s i s . M ü n s t e r se c o m p l a c e a s i m i s m o e n l o s p a -
r a l e l o s ( p o r e j e m p l o , c o m p a r a la G a l i a , « f e c u n d a d a p o r c a n t i d a d d e llu-
v i a s » , y E s p a ñ a , o b l i g a d a a « u t i l i z a r riegos s a c a n d o a g u a s d e los g r a n d e s
ríos a t r a v é s d e f o s o s » . P o s e e el a r t e d e p e r c i b i r las c u a l i d a d e s p r o p i a s d e
las d i f e r e n t e s r e g i o n e s , c o m o E s c a m a , L a p o n i a o M o s c o v i a : « E l p a í s , a d o r -
n a d o c o n m u c h o s y b e l l o s ríos, e s l l a n o , sin m o n t a ñ a s ; n o o b s t a n t e , h a y m u -
c h o s b o s q u e s y p a n t a n o s casi p o r t o d a s p a r t e s . . . » ( B r o c , p . 8 0 ) . C o n s i d e -
r a q u e la l e n g u a p e r m i t e , m e j o r q u e los ríos o q u e las m o n t a ñ a s , i n d i v i -
d u a l i z a r las n a c i o n e s . E s t a p e r c e p c i ó n d e l o s h e c h o s l i n g ü í s t i c o s p a r e c e m u y
nueva.
E n lo c o n c e r n i e n t e a A l e m a n i a , las n o t i c i a s d e d i c a d a s p o r M ü n s t e r a
las d i f e r e n t e s r e g i o n e s r e ú n e n o b s e r v a c i o n e s g e o g r á f i c a s e i n f o r m a c i o n e s
h i s t ó r i c a s , r e l a c i o n á n d o s e a m b o s s a b e r e s m u t u a m e n t e . S i n e m b a r g o , cier-
tas evocaciones regionales d e s e m b o c a n en un confuso enciclopedismo en
el q u e se m e z c l a n l a e t i m o l o g í a , l a t o p o g r a f í a , la e n u m e r a c i ó n d e las p r i n -
c i p a l e s c i u d a d e s y el c a t á l o g o d e l a s « m a r a v i l l a s » . ¿ N o es n e c e s a r i o dis-
t r a e r , i n s t r u i r y e d i f i c a r a l a v e z ? D e h e c h o , la Cosmographie, descripción
r a z o n a d a d e l g l o b o , fue l e í d a a l a v e z c o m o u n a e n c i c l o p e d i a y c o m o u n a
o b r a de edificación.
A u n q u e s e m a n t i e n e t r i b u t a r i o d e l o s a n t i g u o s y d e los v i a j e r o s d e la
E d a d M e d i a , S e b a s t i a n M ü n s t e r fue u n i n n o v a d o r a l i n i c i a r u n a a m p l i a e n -
c u e s t a d e s t i n a d a a r e c o g e r i n f o r m a c i o n e s c e r c a d e l o s p r í n c i p e s , d e las ciu-
d a d e s y d e l o s s a b i o s . C o n e l l o f a v o r e c i ó e n A l e m a n i a el d e s a r r o l l o d e la
t o p o g r a f í a y d e las c r ó n i c a s e n l a s q u e se m u l t i p l i c a r o n l o s m a p a s y l a s p e r s -
p e c t i v a s c a b a l l e r a s d e las c i u d a d e s .
E n t r e los s u c e s o r e s f r a n c e s e s d e M ü n s t e r p o d e m o s c i t a r a B e l l e f o r e s t ,
Thevet y Bodin. El gascón Francois de Belleforest, historiador del rey, p o -
l í g r a f o , e s c r i b i ó u n a Histoire genérale de France, s e g u i d a d e u n a Histoire
universelle du monde y d e u n a Cosmographie ( 1 5 7 5 ) , a d a p t a c i ó n d e la d e
M ü n s t e r , p e r o a m p l i a d a c o n u n a s e r i e d e c o n s i d e r a c i o n e s s o b r e la g l o r i a y
la c a í d a d e los r e i n o s . S u p o l o g r a r l a c o l a b o r a c i ó n d e l o s e r u d i t o s d e las
provincias.
A n d r é Thevet, otro franciscano, cosmógrafo e historiador del rey, tam-
b i é n e s c r i b i ó u n a Cosmographie universelle e n 1575, d e s p u é s d e h a b e r via-
j a d o p o r el P r ó x i m o O r i e n t e y A m é r i c a . P r o p o r c i o n a n o t i c i a s t o p o n í m i c a s ,
h i s t ó r i c a s y g e o g r á f i c a s p o r p a í s e s , c i t a sus f u e n t e s y h a c e s u y o s , p o r n e c e -
s i d a d , los e r r o r e s d e M ü n s t e r . T h e v e t p r o v o c a u n a v i o l e n t a p o l é m i c a c o n
el s e d e n t a r i o B e l l e f o r e s t , al d e f e n d e r q u e l a g e o g r a f í a d e b e e s t a r r e s e r v a d a
p a r a los v i a j e r o s , l o s ú n i c o s q u e t i e n e n e x p e r i e n c i a d e l m u n d o . T h e v e t s a b e
e x p r e s a r su p l e t ó r i c a v i t a l i d a d , n o e x e n t a d e c i e r t a i n g e n u i d a d , c u a n d o c o n -
67
signa sus o b s e r v a c i o n e s ( p o r e j e m p l o s o b r e la b a h í a d e R í o , s o b r e el t a b a -
c o , las c o s t u m b r e s d e l o s t u p i n a m b a , cf. B r o c , p . 9 1 ) .
F i n a l m e n t e , J e a n B o d i n se r e v e l a t a n s i s t e m á t i c o e n l a g e o g r a f í a c o m o
e n la h i s t o r i a : las c o s t u m b r e s y las i n s t i t u c i o n e s v a r í a n , n o s d i c e , s e g ú n l o s
l u g a r e s ; s e c o r r e s p o n d e n c o n las t r e s g r a n d e s z o n a s c l i m á t i c a s d e p u e b l o s
( B r o c , p . 9 3 ) . D e n t r o d e e s t a división, la m o n t a ñ a i n t r o d u c e sus c o r r e c t i -
v o s ( h a y n i e v e s e n el e c u a d o r ) y sus v e n t a j a s . D a d o q u e el d e t e r m i n i s m o
d e B o d i n se c a r a c t e r i z a p o r la falta t o t a l d e rigidez, n o es p o s i b l e c o n v e r -
tirlo e n « p a d r e » d e l m e d i o a m b i e n t a l i s m o c o n t e m p o r á n e o .
. B o d i n c o n s i d e r ó s i e m p r e la g e o g r a f í a c o m o u n a e s p e c i e d e « m e m o r i a
artificial» d e la h i s t o r i a , y a q u e incita a i n j e r t a r i n f o r m a c i o n e s y r e c u e r d o s
e n los sitios. A su m a n e r a , p r e t e n d i ó c o n s t r u i r u n a c i e n c i a t o t a l , q u e e n -
globase t o d o cuanto p r o c e d e de la n a t u r a l e z a y d e la actividad h u m a n a . L e -
j o s d e l i m i t a r s e a la c r o n o l o g í a , c o n c i b i ó su d e s p l e g a m i e n t o e n el e s p a c i o .
D e h e c h o , fue u n geohistoriador, producto c o n s u m a d o del m a t r i m o n i o
(¿por a m o r o p o r interés?) entre a m b a s disciplinas. C o n v e n c i d o d e la re-
l a c i ó n q u e e x i s t e e n t r e t o d o s los h o m b r e s , f o r t a l e c i d a a c a u s a d e l o s g r a n -
des descubrimientos, B o d i n presintió ya la n o c i ó n b r a u d e l i a n a d e e c o n o -
m í a - m u n d o (cf. F . L e s t r i n g a n t , Jean Bodin cosmographe, Colloque d'An-
g e r s , 133-147).
C ) L o s a u t o r e s d e l siglo X V I t a m b i é n s o n los p r i m e r o s e n o f r e c e r n o s
e j e m p l o s , a ú n b a l b u c i e n t e s , d e la h i s t o r i a - p r o b l e m a , g é n e r o c u l t i v a d o c o n
p r e d i l e c c i ó n p o r los m a e s t r o s d e los Annales ESC. S i r v a c o m o t e s t i m o n i o ,
e s t e h e r m o s o p a s a j e d e la Franco-Galia o La Gaule frangaise, e n el q u e
H o t m a n se p r e g u n t a c u á l e r a la l e n g u a q u e u s a b a n l o s g a l o s :
«A mi juicio, la opinión que tiene más probabilidad de verosimilitud
es la de aquellos que escriben que los galos tenían un lenguaje aparte y
apenas algo diferente del de los antiguos ingleses. Y hay dos razones que
me obligan a creerlo así. La primera, por aquello que escribe César de
que tenían por costumbre trasladarse nomalmente a Inglaterra los que
querían tener u n conocimiento perfecto de la disciplina de los druidas.
Ahora bien, existía la máxima entre ellos de no poner nada p o r escrito,
y no se utilizaba ningún género de libros, ni de escrituras. Por lo tanto,
necesariamente, debían de hablar la misma lengua, o al menos, alguna
parecida a la que se hablaba en la Galia. La otra, según afirma C. Táci-
to, en la Vida de Agrícola, es que no había gran diferencia entre la len-
gua de los ingleses y la de los galos. Y si podemos fundar cualquier juicio
sobre simples conjeturas, no m e parece demasiado impertinente la de
Beatas Rhenanus, quien opina que la jerga vulgar de aquéllos a los que
llamamos bretones breton-mants * es todavía un vestigio de nuestra anti-
gua lengua. E n cuanto a las razones en las que se fundamenta, vale más
buscarlas en el libro, donde él mismo las deduce, que reiterarlas aquí.
Esto es todo lo que podemos decir, con cierta verosimilitud, de la antiua
lengua de nuestro primeros galos. Pero, respecto a la lengua que usamos
hoy, resulta bastante fácil descubrir que está compuesta por otras mu-
chas. Y para decirlo claramente y con certeza, es preciso dividir nuestra
lengua francesa en cuatro; y de estas cuatro p a n e s , primero tendremos
que restar exactamente la mitad, restituirla a los romanos, reconociendo
* N . de T . Se llama así a aquel que habla bretón y siente verdadero apego por lo bretón.
68
que se la debemos a ellos, como bien saben los que h a n saboreado, por
poquito que sea, la lengua latina. Porque sabemos que, p o r una parte,
los galos, sometidos a los romanos, se adaptaban, ya fuera de forma na-
tural o por necesidad, a su manera de ser y a su lengua, y que, por otra
parte, los romanos estaban muy interesados en imponer su lengua latina
donde habían plantado sus armas, a fin de que fuera recibida por doquier
(tal como lo atestigua Valerio el Grande) y, con este fin. construían co-
legios y universidades en todas las ciudades grandes, como en A u t u n , Be-
sancpn, Lyón y otras partes, lo que se puede saber por Tácito y p o r el
poeta Ausonio.»
(Páginas 20-21, texto modernizado p o r nosotros.)
D e s t a c a r e m o s l a n o v e d a d d e l a c u e s t i ó n p l a n t e a d a y su a r t e d e a r g u -
m e n t a r , b a s á n d o s e e n a u t o r e s ( e n t r e e l l o s B e a t u s R h e n a n u s ) , a u n q u e sin
d e j a r d e s e r p r u d e n t e . E l r a z o n a m i e n t o se l a b r a u n a m p l i o e s p a c i o e n el
análisis h i s t ó r i c o . H o t m a n a n u n c i a la m o d e r n a n o c i ó n d e a c u l t u r a c i ó n d e
los g a l o s p o r p a r t e d e l o s r o m a n o s , p e r o s u v i s i ó n d e l o r i g e n d e l f r a n c é s es
todavía bastante ingenua.
3. E L DESARROLLO DE LA HISTORIA REGIONAL. E L CASO DEL BRETÓN
BERTRAND D'ARGENTRÉ
D e s p u é s d e u n e c l i p s e d e casi s e t e n t a a ñ o s , el j u r i s t a B e r t r a n d d ' A r -
g e n t r é , s o b r i n o n i e t o d e P i e r r e L e B a u d , r e s t a b l e c e l a g r a n t r a d i c i ó n d e las
c r ó n i c a s b r e t o n a s , p u b l i c a n d o , e n 1 5 8 2 , u n a Histoire de Bretagne q u e l e h a -
b í a sido e n c a r g a d a p o r l o s e s t a d o s d e l a p r o v i n c i a .
E l s e n e s c a l d e R e n n e s , e d i t o r d e l a Nouvelle Coutume de Bretagne
( 1 5 8 0 ) , es u n h o m b r e c u l t i v a d o : ¡ g e ó g r a f o , l i n g ü i s t a , h u m a n i s t a ! Se d e s -
m a r c a d e l o s v u l g a r e s c r o n i s t a s y d e n u n c i a sin m i r a m i e n t o s sus e r r o r e s . D e -
d i c ó s e a r e a l i z a r u n a a m p l i a i n v e s t i g a c i ó n a p r o p ó s i t o d e las h a z a ñ a s d e los
b r e t o n e s , i n c l u s o e n I t a l i a y e n E s c o c i a . H i z o u n a s e l e c c i ó n e n t r e las f á b u -
las y los d o c u m e n t o s a u t é n t i c o s , p r o f u s a m e n t e citados. N o carece d e sen-
tido crítico, a u n q u e n o p o r ello deje d e c o m e t e r errores etimológicos,
adrninistrativos, geográficos, etc.
M u y v i n c u l a d o a su p a í s , c e l e b r a el p a r t i c u l a r i s m o c o m o sus p r e d e c e -
sores d e la E d a d M e d i a : u n a tierra, descrita c o n u n cierto sentido geográ-
fico; u n a l e n g u a , q u e t e n d r í a o r i g e n g a l o , i d e a t o m a d a d e H o t m a n y B e a -
tus R h e n a n u s ; u n p u e b l o , cuyos d u q u e s garantizaron su i n d e p e n d e n c i a
durante mucho tiempo.
A u n a c e p t a n d o d e m u y b u e n g r a d o la i n t e g r a c i ó n d e su p r o v i n c i a e n el
r e i n o d e F r a n c i a , c a e e n l a c e l t o m a n í a , e n el d e l i r i o g a l o d e l siglo X V I , h a -
c i e n d o d e él u n u s o s u b v e r s i v o e n l a m e d i d a e n q u e u t i l i z a la c u e s t i ó n cél-
t i c a e n el s e n t i d o d e p r o v i n c i a , f r e n t e a a q u e l l o s q u e se s i r v e n d e e l l a e n
el s e n t i d o r e a l . D e e s t a m a n e r a l l e g a a o p o n e r s e a l o s j u r i s t a s f r a n c e s e s q u e
d e s c o n f í a n d e las tesis q u e a ñ o r a n e l f e u d a l i s m o . E l l o e x p l i c a q u e el P a r -
l a m e n t o d e P a r í s c o n d e n a r a su o b r a e n 1 5 8 2 , y q u e l a c o n d e n a f u e s e r e t i -
r a d a e n 1 5 8 8 , a p e s a r d e h a b e r s i d o la o b r a r e t o c a d a . L a s o b r a s d e A r g e n -
t r é f u e r o n i n v o c a d a s , h a s t a el siglo X V I I I , p a r a d e f e n d e r ios p r i v i l e g i o s d e l
d u c a d o ( v é a s e e n L'Histoire Littéraire et culturelle de la Bretagne, t o m o I,
69
signa sus o b s e r v a c i o n e s ( p o r e j e m p l o s o b r e la b a h í a d e R í o , s o b r e el t a b a -
c o , las c o s t u m b r e s d e l o s t u p i n a m b a , cf. B r o c , p . 9 1 ) .
F i n a l m e n t e , J e a n B o d i n se r e v e l a t a n s i s t e m á t i c o e n l a g e o g r a f í a c o m o
e n la h i s t o r i a : las c o s t u m b r e s y las i n s t i t u c i o n e s v a r í a n , n o s d i c e , s e g ú n l o s
l u g a r e s ; s e c o r r e s p o n d e n c o n las t r e s g r a n d e s z o n a s c l i m á t i c a s d e p u e b l o s
( B r o c , p . 9 3 ) . D e n t r o d e e s t a división, la m o n t a ñ a i n t r o d u c e sus c o r r e c t i -
v o s ( h a y n i e v e s e n el e c u a d o r ) y sus v e n t a j a s . D a d o q u e el d e t e r m i n i s m o
d e B o d i n se c a r a c t e r i z a p o r la falta t o t a l d e rigidez, n o es p o s i b l e c o n v e r -
tirlo e n « p a d r e » d e l m e d i o a m b i e n t a l i s m o c o n t e m p o r á n e o .
. B o d i n c o n s i d e r ó s i e m p r e la g e o g r a f í a c o m o u n a e s p e c i e d e « m e m o r i a
artificial» d e la h i s t o r i a , y a q u e incita a i n j e r t a r i n f o r m a c i o n e s y r e c u e r d o s
e n los sitios. A su m a n e r a , p r e t e n d i ó c o n s t r u i r u n a c i e n c i a t o t a l , q u e e n -
globase t o d o cuanto p r o c e d e de la n a t u r a l e z a y d e la actividad h u m a n a . L e -
j o s d e l i m i t a r s e a la c r o n o l o g í a , c o n c i b i ó su d e s p l e g a m i e n t o e n el e s p a c i o .
D e h e c h o , fue u n geohistoriador, producto c o n s u m a d o del m a t r i m o n i o
(¿por a m o r o p o r interés?) entre a m b a s disciplinas. C o n v e n c i d o d e la re-
l a c i ó n q u e e x i s t e e n t r e t o d o s los h o m b r e s , f o r t a l e c i d a a c a u s a d e l o s g r a n -
des descubrimientos, B o d i n presintió ya la n o c i ó n b r a u d e l i a n a d e e c o n o -
m í a - m u n d o (cf. F . L e s t r i n g a n t , Jean Bodin cosmographe, Colloque d'An-
g e r s , 133-147).
C ) L o s a u t o r e s d e l siglo X V I t a m b i é n s o n los p r i m e r o s e n o f r e c e r n o s
e j e m p l o s , a ú n b a l b u c i e n t e s , d e la h i s t o r i a - p r o b l e m a , g é n e r o c u l t i v a d o c o n
p r e d i l e c c i ó n p o r los m a e s t r o s d e los Annales ESC. S i r v a c o m o t e s t i m o n i o ,
e s t e h e r m o s o p a s a j e d e la Franco-Galia o La Gaule frangaise, e n el q u e
H o t m a n se p r e g u n t a c u á l e r a la l e n g u a q u e u s a b a n l o s g a l o s :
«A mi juicio, la opinión que tiene más probabilidad de verosimilitud
es la de aquellos que escriben que los galos tenían un lenguaje aparte y
apenas algo diferente del de los antiguos ingleses. Y hay dos razones que
me obligan a creerlo así. La primera, por aquello que escribe César de
que tenían por costumbre trasladarse nomalmente a Inglaterra los que
querían tener u n conocimiento perfecto de la disciplina de los druidas.
Ahora bien, existía la máxima entre ellos de no poner nada p o r escrito,
y no se utilizaba ningún género de libros, ni de escrituras. Por lo tanto,
necesariamente, debían de hablar la misma lengua, o al menos, alguna
parecida a la que se hablaba en la Galia. La otra, según afirma C. Táci-
to, en la Vida de Agrícola, es que no había gran diferencia entre la len-
gua de los ingleses y la de los galos. Y si podemos fundar cualquier juicio
sobre simples conjeturas, no m e parece demasiado impertinente la de
Beatas Rhenanus, quien opina que la jerga vulgar de aquéllos a los que
llamamos bretones breton-mants * es todavía un vestigio de nuestra anti-
gua lengua. E n cuanto a las razones en las que se fundamenta, vale más
buscarlas en el libro, donde él mismo las deduce, que reiterarlas aquí.
Esto es todo lo que podemos decir, con cierta verosimilitud, de la antiua
lengua de nuestro primeros galos. Pero, respecto a la lengua que usamos
hoy, resulta bastante fácil descubrir que está compuesta por otras mu-
chas. Y para decirlo claramente y con certeza, es preciso dividir nuestra
lengua francesa en cuatro; y de estas cuatro p a n e s , primero tendremos
que restar exactamente la mitad, restituirla a los romanos, reconociendo
* N . de T . Se llama así a aquel que habla bretón y siente verdadero apego por lo bretón.
68
que se la debemos a ellos, como bien saben los que h a n saboreado, por
poquito que sea, la lengua latina. Porque sabemos que, p o r una parte,
los galos, sometidos a los romanos, se adaptaban, ya fuera de forma na-
tural o por necesidad, a su manera de ser y a su lengua, y que, por otra
parte, los romanos estaban muy interesados en imponer su lengua latina
donde habían plantado sus armas, a fin de que fuera recibida por doquier
(tal como lo atestigua Valerio el Grande) y, con este fin. construían co-
legios y universidades en todas las ciudades grandes, como en A u t u n , Be-
sancpn, Lyón y otras partes, lo que se puede saber por Tácito y p o r el
poeta Ausonio.»
(Páginas 20-21, texto modernizado p o r nosotros.)
D e s t a c a r e m o s l a n o v e d a d d e l a c u e s t i ó n p l a n t e a d a y su a r t e d e a r g u -
m e n t a r , b a s á n d o s e e n a u t o r e s ( e n t r e e l l o s B e a t u s R h e n a n u s ) , a u n q u e sin
d e j a r d e s e r p r u d e n t e . E l r a z o n a m i e n t o se l a b r a u n a m p l i o e s p a c i o e n el
análisis h i s t ó r i c o . H o t m a n a n u n c i a la m o d e r n a n o c i ó n d e a c u l t u r a c i ó n d e
los g a l o s p o r p a r t e d e l o s r o m a n o s , p e r o s u v i s i ó n d e l o r i g e n d e l f r a n c é s es
todavía bastante ingenua.
3. E L DESARROLLO DE LA HISTORIA REGIONAL. E L CASO DEL BRETÓN
BERTRAND D'ARGENTRÉ
D e s p u é s d e u n e c l i p s e d e casi s e t e n t a a ñ o s , el j u r i s t a B e r t r a n d d ' A r -
g e n t r é , s o b r i n o n i e t o d e P i e r r e L e B a u d , r e s t a b l e c e l a g r a n t r a d i c i ó n d e las
c r ó n i c a s b r e t o n a s , p u b l i c a n d o , e n 1 5 8 2 , u n a Histoire de Bretagne q u e l e h a -
b í a sido e n c a r g a d a p o r l o s e s t a d o s d e l a p r o v i n c i a .
E l s e n e s c a l d e R e n n e s , e d i t o r d e l a Nouvelle Coutume de Bretagne
( 1 5 8 0 ) , es u n h o m b r e c u l t i v a d o : ¡ g e ó g r a f o , l i n g ü i s t a , h u m a n i s t a ! Se d e s -
m a r c a d e l o s v u l g a r e s c r o n i s t a s y d e n u n c i a sin m i r a m i e n t o s sus e r r o r e s . D e -
d i c ó s e a r e a l i z a r u n a a m p l i a i n v e s t i g a c i ó n a p r o p ó s i t o d e las h a z a ñ a s d e los
b r e t o n e s , i n c l u s o e n I t a l i a y e n E s c o c i a . H i z o u n a s e l e c c i ó n e n t r e las f á b u -
las y los d o c u m e n t o s a u t é n t i c o s , p r o f u s a m e n t e citados. N o carece d e sen-
tido crítico, a u n q u e n o p o r ello deje d e c o m e t e r errores etimológicos,
adrninistrativos, geográficos, etc.
M u y v i n c u l a d o a su p a í s , c e l e b r a el p a r t i c u l a r i s m o c o m o sus p r e d e c e -
sores d e la E d a d M e d i a : u n a tierra, descrita c o n u n cierto sentido geográ-
fico; u n a l e n g u a , q u e t e n d r í a o r i g e n g a l o , i d e a t o m a d a d e H o t m a n y B e a -
tus R h e n a n u s ; u n p u e b l o , cuyos d u q u e s garantizaron su i n d e p e n d e n c i a
durante mucho tiempo.
A u n a c e p t a n d o d e m u y b u e n g r a d o la i n t e g r a c i ó n d e su p r o v i n c i a e n el
r e i n o d e F r a n c i a , c a e e n l a c e l t o m a n í a , e n el d e l i r i o g a l o d e l siglo X V I , h a -
c i e n d o d e él u n u s o s u b v e r s i v o e n l a m e d i d a e n q u e u t i l i z a la c u e s t i ó n cél-
t i c a e n el s e n t i d o d e p r o v i n c i a , f r e n t e a a q u e l l o s q u e se s i r v e n d e e l l a e n
el s e n t i d o r e a l . D e e s t a m a n e r a l l e g a a o p o n e r s e a l o s j u r i s t a s f r a n c e s e s q u e
d e s c o n f í a n d e las tesis q u e a ñ o r a n e l f e u d a l i s m o . E l l o e x p l i c a q u e el P a r -
l a m e n t o d e P a r í s c o n d e n a r a su o b r a e n 1 5 8 2 , y q u e l a c o n d e n a f u e s e r e t i -
r a d a e n 1 5 8 8 , a p e s a r d e h a b e r s i d o la o b r a r e t o c a d a . L a s o b r a s d e A r g e n -
t r é f u e r o n i n v o c a d a s , h a s t a el siglo X V I I I , p a r a d e f e n d e r ios p r i v i l e g i o s d e l
d u c a d o ( v é a s e e n L'Histoire Littéraire et culturelle de la Bretagne, t o m o I,
69
las c o n t r i b u c i o n e s d e J . K e r h e r v é y d e J. M e y e r ) . L a h i s t o r i a c o n t i n ú a r i n -
d i e n d o e m i n e n t e s servicios a l a p o l í t i c a , s i g u i e n d o el i m p u l s o i n i c i a d o e n
la E d a d M e d i a .
CONCLUSIÓN
Concluiremos formulando algunas preguntas:
¿ N o c o n s t i t u y e u n a a r b i t r a r i e d a d d i s t i n g u i r la h i s t o r i a y l a g e o g r a f í a e n
el c o n j u n t o d e las o b r a s d e l siglo XVI? A l g u n o s a u t o r e s , c o m o T h e v e t a p r o -
pósito d e E n r i q u e I I , ¿ n o son a la vez cosmógrafos e historiadores?
¿ S e p u e d e r e d u c i r e s t a h i s t o r i a ( e n el a m p l i o s e n t i d o d e l t é r m i n o ) a u n a
« e l a b o r a c i ó n d e clase c u l t u r a l » d o m i n a n t e , i d e n t i f i c a d a c o n l o s t o g a d o s , es
d e c i r , a b o g a d o s , j u e c e s , oficiales, q u e h a n e s t u d i a d o e n c o l e g i o s d e h u m a -
n i d a d e s y e n f a c u l t a d e s d e d e r e c h o , e n las q u e d e s c u b r i e r o n l a crítica filo-
lógica e histórica?
¿ P r o c e d e ú n i c a m e n t e d e su f o r m a c i ó n y d e su c o n c i e n c i a n a c i o n a l el i n -
t e r é s p o r l a h i s t o r i a d e e s t o s j u r i s t a s , e s t i m u l a d o s p o r la h e r i d a d e las
g u e r r a s d e r e l i g i ó n ? ¿ N o es p r e c i s o r e s e r v a r u n e s p a c i o a l a i n f l u e n c i a i t a -
l i a n a , e s p e c i a l m e n t e a la d e l j u r i s t a f l o r e n t i n o G u i c h a r d i n o ( 1 4 8 3 - 1 5 4 0 ) , a u -
t o r d e u n a Storia d'Italia e n t r e 1537 y 1 5 4 0 , r e c o n o c i d o p o r B o d i n c o m o el
p a d r e d e la h i s t o r i a ?
70
CAPÍTULO 5
LAS FILOSOFÍAS D E LA HISTORIA
L a s filosofías d e l a h i s t o r i a s u r g i e r o n e n el siglo x v n i , e n la é p o c a d e
las L u c e s . E n t o n c e s n a c e n l a s i d e a s d e l d e v e n i r d e l a m a t e r i a , d e l a e v o l u -
c i ó n d e las e s p e c i e s , d e l p r o g r e s o d e los s e r e s h u m a n o s . P e n s a d o r e s c o m o
V o l t a i r e , K a n t o C o n d o r c e t c r e í a n e n el m o v i m i e n t o a s c e n d e n t e d e la h u -
m a n i d a d h a c i a u n e s t a d o i d e a l . E n el siglo x i x , b a j o el i m p a c t o d e l a R e -
v o l u c i ó n f r a n c e s a y o t r a s r e v o l u c i o n e s e u r o p e a s , florecen las filosofías d e
la historia. T o d a s , s e a n religiosas o a t e a s , optimistas o pesimistas, t i e n e n
e n c o m ú n el i n t e n t a r d e s c u b r i r u n s e n t i d o a l a h i s t o r i a . L a s d o c t r i n a s d e
H e g e l y d e C o m t e se p u e d e n c o n s i d e r a r c o m o los m o d e l o s d e l g é n e r o : o r -
g a n i z a n los p e r í o d o s , a p r e c i a n l o s c a m b i o s o l a s p e r m a n e n c i a s , i n t e r p r e t a n
l a e v o l u c i ó n g e n e r a l d e l m u n d o c o n a y u d a d e u n ú n i c o p r i n c i p i o : el p r o -
greso del espíritu o d e la «ley d e los tres e s t a d o s » . E n cierta m a n e r a , M a r x ,
q u e h a c e d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o u n a t e o r í a científica l i g a d a a u n a p r á c -
t i c a r e v o l u c i o n a r i a , n o a b a n d o n a p o r c o m p l e t o el m a r c o d e l a filosofía d e
l a h i s t o r i a e n l a m e d i d a e n q u e , p a r a é l , l a e v o l u c i ó n d e la h u m a n i d a d si-
g u e e s t a n d o o r i e n t a d a h a c i a u n fin. E n el siglo x x , l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a
e s c u e l a m e t ó d i c a e n j u i c i a r o n el p r o c e s o d e las filosofías d e la h i s t o r i a y, g l o - .
b a l m e n t e , g a n a r o n el p l e i t o . D e s p u é s d e l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , R .
A r o n t u v o q u e a d m i t i r q u e «la i n c e r t i d u m b r e d e l a d o c u m e n t a c i ó n , la in-
m e n s i d a d d e las c o n c e p c i o n e s , l a p r e t e n s i ó n d e s o m e t e r l a c o m p l e j i d a d d e
lo r e a l a u n e s q u e m a r í g i d o , t o d o s e s t o s d e f e c t o s , q u e s e a t r i b u y e n a los
s i s t e m a s c l á s i c o s , s o n c a r a c t e r í s t i c o s d e la filosofía d e la h i s t o r i a » . D e s d e
e n t o n c e s los historiadores profesionales sólo se p e r m i t e n u n a reflexión d e
o r d e n e p i s t e m o l ó g i c o a c e r c a d e la s i t u a c i ó n d e l c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o . Sin
e m b a r g o , e n p l e n o siglo XX, t o d a v í a e x i s t e n filosofías d e l a h i s t o r i a : s o n las
i n t e r p r e t a c i o n e s cíclicas d e l d e s t i n o d e las c i v i l i z a c i o n e s tal c o m o las for-
m u l a n O . S p e n g l e r o A . T o y n b e e ; o b i e n las r e p e r c u s i o n e s d e l p e n s a m i e n -
t o m a r x i s t a , c o m o las t e o r í a s q u e G . L u k a c s e x p o n e e n Historia y concien-
cia de clase.
71
las c o n t r i b u c i o n e s d e J . K e r h e r v é y d e J. M e y e r ) . L a h i s t o r i a c o n t i n ú a r i n -
d i e n d o e m i n e n t e s servicios a l a p o l í t i c a , s i g u i e n d o el i m p u l s o i n i c i a d o e n
la E d a d M e d i a .
CONCLUSIÓN
Concluiremos formulando algunas preguntas:
¿ N o c o n s t i t u y e u n a a r b i t r a r i e d a d d i s t i n g u i r la h i s t o r i a y l a g e o g r a f í a e n
el c o n j u n t o d e las o b r a s d e l siglo XVI? A l g u n o s a u t o r e s , c o m o T h e v e t a p r o -
pósito d e E n r i q u e I I , ¿ n o son a la vez cosmógrafos e historiadores?
¿ S e p u e d e r e d u c i r e s t a h i s t o r i a ( e n el a m p l i o s e n t i d o d e l t é r m i n o ) a u n a
« e l a b o r a c i ó n d e clase c u l t u r a l » d o m i n a n t e , i d e n t i f i c a d a c o n l o s t o g a d o s , es
d e c i r , a b o g a d o s , j u e c e s , oficiales, q u e h a n e s t u d i a d o e n c o l e g i o s d e h u m a -
n i d a d e s y e n f a c u l t a d e s d e d e r e c h o , e n las q u e d e s c u b r i e r o n l a crítica filo-
lógica e histórica?
¿ P r o c e d e ú n i c a m e n t e d e su f o r m a c i ó n y d e su c o n c i e n c i a n a c i o n a l el i n -
t e r é s p o r l a h i s t o r i a d e e s t o s j u r i s t a s , e s t i m u l a d o s p o r la h e r i d a d e las
g u e r r a s d e r e l i g i ó n ? ¿ N o es p r e c i s o r e s e r v a r u n e s p a c i o a l a i n f l u e n c i a i t a -
l i a n a , e s p e c i a l m e n t e a la d e l j u r i s t a f l o r e n t i n o G u i c h a r d i n o ( 1 4 8 3 - 1 5 4 0 ) , a u -
t o r d e u n a Storia d'Italia e n t r e 1537 y 1 5 4 0 , r e c o n o c i d o p o r B o d i n c o m o el
p a d r e d e la h i s t o r i a ?
70
CAPÍTULO 5
LAS FILOSOFÍAS D E LA HISTORIA
L a s filosofías d e l a h i s t o r i a s u r g i e r o n e n el siglo x v n i , e n la é p o c a d e
las L u c e s . E n t o n c e s n a c e n l a s i d e a s d e l d e v e n i r d e l a m a t e r i a , d e l a e v o l u -
c i ó n d e las e s p e c i e s , d e l p r o g r e s o d e los s e r e s h u m a n o s . P e n s a d o r e s c o m o
V o l t a i r e , K a n t o C o n d o r c e t c r e í a n e n el m o v i m i e n t o a s c e n d e n t e d e la h u -
m a n i d a d h a c i a u n e s t a d o i d e a l . E n el siglo x i x , b a j o el i m p a c t o d e l a R e -
v o l u c i ó n f r a n c e s a y o t r a s r e v o l u c i o n e s e u r o p e a s , florecen las filosofías d e
la historia. T o d a s , s e a n religiosas o a t e a s , optimistas o pesimistas, t i e n e n
e n c o m ú n el i n t e n t a r d e s c u b r i r u n s e n t i d o a l a h i s t o r i a . L a s d o c t r i n a s d e
H e g e l y d e C o m t e se p u e d e n c o n s i d e r a r c o m o los m o d e l o s d e l g é n e r o : o r -
g a n i z a n los p e r í o d o s , a p r e c i a n l o s c a m b i o s o l a s p e r m a n e n c i a s , i n t e r p r e t a n
l a e v o l u c i ó n g e n e r a l d e l m u n d o c o n a y u d a d e u n ú n i c o p r i n c i p i o : el p r o -
greso del espíritu o d e la «ley d e los tres e s t a d o s » . E n cierta m a n e r a , M a r x ,
q u e h a c e d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o u n a t e o r í a científica l i g a d a a u n a p r á c -
t i c a r e v o l u c i o n a r i a , n o a b a n d o n a p o r c o m p l e t o el m a r c o d e l a filosofía d e
l a h i s t o r i a e n l a m e d i d a e n q u e , p a r a é l , l a e v o l u c i ó n d e la h u m a n i d a d si-
g u e e s t a n d o o r i e n t a d a h a c i a u n fin. E n el siglo x x , l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a
e s c u e l a m e t ó d i c a e n j u i c i a r o n el p r o c e s o d e las filosofías d e la h i s t o r i a y, g l o - .
b a l m e n t e , g a n a r o n el p l e i t o . D e s p u é s d e l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , R .
A r o n t u v o q u e a d m i t i r q u e «la i n c e r t i d u m b r e d e l a d o c u m e n t a c i ó n , la in-
m e n s i d a d d e las c o n c e p c i o n e s , l a p r e t e n s i ó n d e s o m e t e r l a c o m p l e j i d a d d e
lo r e a l a u n e s q u e m a r í g i d o , t o d o s e s t o s d e f e c t o s , q u e s e a t r i b u y e n a los
s i s t e m a s c l á s i c o s , s o n c a r a c t e r í s t i c o s d e la filosofía d e la h i s t o r i a » . D e s d e
e n t o n c e s los historiadores profesionales sólo se p e r m i t e n u n a reflexión d e
o r d e n e p i s t e m o l ó g i c o a c e r c a d e la s i t u a c i ó n d e l c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o . Sin
e m b a r g o , e n p l e n o siglo XX, t o d a v í a e x i s t e n filosofías d e l a h i s t o r i a : s o n las
i n t e r p r e t a c i o n e s cíclicas d e l d e s t i n o d e las c i v i l i z a c i o n e s tal c o m o las for-
m u l a n O . S p e n g l e r o A . T o y n b e e ; o b i e n las r e p e r c u s i o n e s d e l p e n s a m i e n -
t o m a r x i s t a , c o m o las t e o r í a s q u e G . L u k a c s e x p o n e e n Historia y concien-
cia de clase.
71
1. K A N T Y LAS LUCES
E l p e n s a m i e n t o t e l e o l ó g i c o q u e p o s t u l a u n s e n t i d o a la h i s t o r i a t i e n e s u
o r i g e n e n u n t e x t o d e P l a t ó n : el Fedón. E n s u d i á l o g o , P l a t ó n h a c e q u e S ó -
c r a t e s e n u n c i e las s i g u i e n t e s p r o p o s i c i o n e s : « a ) h a y o r d e n e n el u n i v e r s o ;
b ) t o d o e s t á o r d e n a d o p a r a l o g r a r u n r e s u l t a d o m e j o r ; c) u n a i n t e l i g e n c i a
o r d e n a d o r a a p l i c a e s t e c o n c e p t o al m u n d o ; d ) lo m e j o r se s i t ú a a n i v e l i n -
t e l e c t u a l y n o m a t e r i a l ; e ) e x i s t e n l a B e l l e z a , la V e r d a d y el B i e n e n sí m i s -
m o s . » M a n t e n i e n d o las p r o p o r c i o n e s , B o s s u e t e s b o z a u n a t e l e o l o g í a — m e -
j o r dicho u n a t e o l o g í a — d e la historia c u a n d o afirma « q u e D i o s h a h e c h o
el e n c a d e n a m i e n t o d e l u n i v e r s o (...) y h a q u e r i d o q u e el c u r s o d e las c o s a s
h u m a n a s t e n g a sus c o n s e c u e n c i a s y sus p r o p o r c i o n e s (...) q u e la d i v i n a P r o -
v i d e n c i a p r e s i d a el d e s t i n o d e los I m p e r i o s , s u e x p a n s i ó n y su c a í d a » (Dis-
curso sobre la historia universal). D e la m i s m a m a n e r a , Leibniz se i n t e r r o -
g a s o b r e la t e n d e n c i a h a c i a lo m e j o r : s u b r a y a l a c o n t r a d i c c i ó n e n t r e l a exis-
tencia de u n dios c r e a d o r , a b s o l u t a m e n t e sabio y t o d o p o d e r o s o , y la cons-
t a n t e m a n i f e s t a c i ó n d e l m a l — l a s g u e r r a s , las e p i d e m i a s y o t r a s c a t á s t r o -
f e s — ; sin e m b a r g o , se p r o n u n c i a p o r la r a c i o n a l i d a d d e la e l e c c i ó n d i v i n a :
«Si e s t u v i é r a m o s e n la m e d i d a d e c o m p r e n d e r la a r m o n í a u n i v e r s a l , v e r í a -
m o s q u e aquello, a lo q u e nos sentimos t e n t a d o s a censurar, h a sido digno
d e s e r e l e g i d o » (...) « V i v i m o s e n el m e j o r d e l o s m u n d o s p o s i b l e s » (Ensa-
yos de Teodicea).
Sin e m b a r g o , la filosofía d e las L u c e s f r e c u e n t e m e n t e es a h i s t ó r i c a . E s
significativa a e s t e r e s p e c t o la o b r a d e J . J. R o u s s e a u . E n p r i n c i p i o , e n el
Discurso sobre el origen de la desigualdad se e s b o z a u n a t e o r í a d e l a h i s -
t o r i a . J. J . R o u s s e a u p a r t e d e u n a c o n s i d e r a c i ó n m o r a l : « C u a n d o o b s e r v a -
m o s l a c o n s t i t u c i ó n n a t u r a l d e las c o s a s , e v i d e n t e m e n t e , p a r e c e q u e el h o m -
b r e e s t é d e s t i n a d o a ser la m á s feliz d e las c r i a t u r a s ; c u a n d o c o n t e m p l a m o s
s u e s t a d o a c t u a l p a r e c e q u e la e s p e c i e h u m a n a s e a l a m á s d i g n a d e l á s t i m a .
P a r e c e q u e la m a y o r í a d e sus m a l e s s o n o b r a s u y a . » E s t a b l e c i d o e s t e p r e -
s u p u e s t o , el filósofo v a p o r p r o g r e s i ó n r e g r e s i v a , d e s p o j a n d o al h o m b r e d e
t o d o lo q u e v i e n e d e l e x t e r i o r p a r a r e m o n t a r s e h a s t a el e s t a d o n a t u r a l . E n
e s t e e s t a d i o ( q u e es u n a ficción y n o u n a r e a l i d a d ) , el h o m b r e v i v e e n u n a
s i t u a c i ó n n o confiictiva, e n e s t a d o d e e q u i l i b r i o y a r m o n í a . E s es e n el m o -
m e n t o e n el q u e el e q u i l i b r i o se r o m p e e n t r e las f a c u l t a d e s y las n e c e s i d a -
d e s c u a n d o el h o m b r e e n t r a e n l a h i s t o r i a , e n l a q u e d e b e a c t u a r .
« A m e d i d a q u e el g é n e r o h u m a n o se e x t e n d i ó , las p e n a s se m u l t i p l i c a -
r o n p a r a los h o m b r e s . . . A ñ o s e s t é r i l e s , i n v i e r n o s l a r g o s y d u r o s , v e r a n o s
a r d i e n t e s e x i g i e r o n d e ellos u n a n u e v a i n d u s t r i a . » D e s d e e n t o n c e s , l a h u -
m a n i d a d evoluciona hacia u n a sociedad cada vez m á s organizada; poco a
p o c o v a a p a r e c i e n d o la p r o p i e d a d ; se a h o n d a n las d e s i g u a l d a d e s e n t r e ri-
c o s y p o b r e s ; e n i n s t i t u c i o n e s j u r í d i c a s s a n c i o n a n las r e l a c i o n e s d e f u e r z a .
A g r a n d e s r a s g o s , e s t e es el p a s o d e l e s t a d o n a t u r a l al e s t a d o civil. E n la
r e f l e x i ó n d e R o u s s e a u , l a h i s t o r i a n o es m á s q u e u n a a b s t r a c c i ó n (el n e g a -
t i v o d e l a n a t u r a l e z a ) p u e s t a al s e r v i c i o d e u n a d e m o s t r a c i ó n m o r a l .
E l p e n s a m i e n t o d e K a n t mezcla u n a teleología p r o c e d e n t e d e la tradi-
c i ó n c r i s t i a n a y u n a r e f l e x i ó n é t i c a p r o p i a d e la e r a d e las L u c e s . K a n t r e -
c o n c i l i a así la h e r e n c i a d e B o s s u e t y el l e g a d o d e R o u s s e a u c o m o lo d e -
m u e s t r a e s t e f r a g m e n t o : « L a h i s t o r i a d e la n a t u r a l e z a se inicia c o n el b i e n ,
y a q u e es o b r a d e D i o s ; l a h i s t o r i a d e l a l i b e r t a d se inicia c o n el m a l , y a
72
q u e e s o b r a d e l h o m b r e . P o r lo q u e s e r e f i e r e al i n d i v i d u o q u e , h a c i e n d o
u s o d e s u l i b e r t a d , n o p i e n s a m á s q u e e n sí m i s m o , se h a s a l i d o p e r d i e n d o
c o n e s t e c a m b i o . P o r lo q u e s e r e f i e r e a l a n a t u r a l e z a , p r e o c u p a d a p o r o r i e n -
t a r el fin q u e ella r e s e r v a al h o m b r e c o n v i s t a s a su e s p e c i e , f u e u n a v e n -
t a j a . P o r t a n t o , el i n d i v i d u o t i e n e r a z ó n e n r e g i s t r a r a s u c u e n t a , c o m o fal-
t a s s u y a s , t o d o s los m a l e s q u e s o p o r t a . . . , p e r o al m i s m o t i e m p o , c o m o
m i e m b r o d e u n a e s p e c i e , t i e n e r a z ó n e n a d m i r a r la s a b i d u r í a d e l o r d e n . . . »
(Conjeturas sobre los orígenes de la historia humana). A diferencia de R o u s -
s e a u , q u e c o n c i b e u n a h i s t o r i a ficticia, K a n t q u i e r e p e n s a r «la h i s t o r i a
r e a l » . . . « c o m p r e n d i d a d e m a n e r a e m p í r i c a » . P e r o la historia del filósofo
n o es e x a c t a m e n t e l a d e l h i s t o r i a d o r ; . e s u n a h i s t o r i a d e l s e n t i d o d e l a v i d a
h u m a n a . P a r a K a n t , l a filosofía d e l a h i s t o r i a se a f i r m a c o m o u n a p a r t e d e
la M o r a l .
K a n t expresó su reflexión s o b r e la historia e n u n a serie de opúsculos,
s o b r e t o d o e n la Idea de una Historia Universal desde un punto de vista cos-
mopolita ( 1 7 8 4 ) . S e g ú n l a h i p ó t e s i s d e K a n t , e x i s t e u n a f i n a l i d a d e n el a b -
s u r d o c u r s o d e l o s a s u n t o s h u m a n o s , e n l a a c u m u l a c i ó n d e los h e c h o d e l a
h i s t o r i a e m p í r i c a . S i n e m b a r g o , e s t a finalidad n o la h a c o n c e b i d o n i n g u n a
inteligencia s u p r e m a ; n o la h a q u e r i d o n i n g u n a sociedad h u m a n a ; corres-
p o n d e a u n «plan d e la n a t u r a l e z a » . P a r a d ó j i c a m e n t e , la n a t u r a l e z a realiza
sus fines a t r a v é s d e l o s h o m b r e s : « L o s i n d i v i d u o s e i n c l u s o los p u e b l o s n o
s u e ñ a n m á s q u e e n l o g r a r sus o b j e t i v o s p a r t i c u l a r e s d e c o n f o r m i d a d c o n
sus d e s e o s p e r s o n a l e s y a m e n u d o p e r j u d i c a n d o al p r ó j i m o , c o n s p i r a n d o
sin s a b e r l o (ellos) c o n t r a el p l a n d e l a n a t u r a l e z a » ( p . 6 0 ) . L a r a z ó n es el
p o d e r c o n el q u e e s t á d o t a d o el h o m b r e p a r a r e a l i z a r sus p r o y e c t o s . Y a
q u e el p l a n p r e v i s t o p a r a el h o m b r e n o c o n s i s t e e n q u e é s t e a l c a n c e el e s -
t a d o n a t u r a l , s i n o q u e c o n s i g a el e s t a d o c u l t u r a l , e n e s t e a s p e c t o , K a n t s e
o p o n e a R o u s s e a u . H a y q u e p o n e r d e r e l i e v e q u e la n a t u r a l e z a n o e s m u y
g e n e r o s a e n lo q u e r e s p e c t a a e s t o s d o n e s : si confía l a r a z ó n a l a h u m a n i -
dad, es q u e n o tiene p a r a ésta n i n g u n a función precisa.
C u a n d o K a n t h a b l a d e l h o m b r e , s e r e f i e r e a la e s p e c i e y n o al i n d i v i -
d u o . C i e r t a m e n t e , la n a t u r a l e z a n e c e s i t a u n a l í n e a i n t e r m i n a b l e d e g e n e -
r a c i o n e s p a r a l o g r a r sus fines. L a m u e r t e s ó l o e s u n a c c i d e n t e p a r a el in-
d i v i d u o , p e r o n o a f e c t a al d e s a r r o l l o d e l a e s p e c i e . A u n m á s , l a n a t u r a l e z a
o b l i g a al i n d i v i d u o a l i m i t a r s u v i d a , a e s f o r z a r s e y a a p l i c a r s e al t r a b a j o .
L a c o n s e c u e n c i a d e s u l i m i t a c i ó n v i t a l o b l i g a al i n d i v i d u o a salir d e su p e -
r e z a , l e i m p u l s a a a c t u a r . K a n t s u b r a y a c l a r a m e n t e q u e el i n d i v i d u o e s t á al
s e r v i c i o d e l a e s p e c i e : «lo q u e e n l o s s e r e s i n d i v i d u a l e s n o s s o r p r e n d e , p o r
s u f o r m a i n t r i n c a d a e i r r e g u l a r , p o d r á n o o b s t a n t e s e r c o n o c i d o e n el c o n -
j u n t o d e l a e s p e c i e , b a j o el a s p e c t o d e u n d e s a r r o l l o c o n t i n u o , a u n q u e l e n -
t o , d e las d i s p o s i c i o n e s i n i c i a l e s » ( p . 5 9 ) . E l filósofo t o d a v í a p r e c i s a : « E n
el h o m b r e — c o m o ú n i c a c r i a t u r a r a z o n a b l e s o b r e l a t i e r r a — , las d i s p o s i -
c i o n e s n a t u r a l e s q u e t i e n d e n al u s o d e l a r a z ó n n o d e b i e r o n r e c i b i r su d e -
s a r r o l l o c o m p l e t o e n el i n d i v i d u o , s i n o s o l a m e n t e e n l a e s p e c i e » ( p r o p o s i -
c i ó n 1 ) . A l o l a r g o d e la o b r a d e K a n t , el p o s t u l a d o d e la v i d a e t e r n a d e
la e s p e c i e h u m a n a , a f i r m a d o e n l a filosofía d e l a h i s t o r i a , j u e g a el m i s m o
p a p e l q u e el p o s t u l a d o d e l a i n m o r t a l i d a d d e l a l m a e n la filosofía m o r a l .
L a n a t u r a l e z a h a d a d o al h o m b r e « e l i m p u l s o h a c i a l a h u m a n i d a d » , p e r o
n o su h u m a n i d a d . « A l p r o v e e r al h o m b r e d e r a z ó n , l a r a z ó n i n d i c a b a cla-
r a m e n t e s u p l a n (...) E l h o m b r e n o d e b í a s e r g o b e r n a d o p o r el i n s t i n t o , n i
73
1. K A N T Y LAS LUCES
E l p e n s a m i e n t o t e l e o l ó g i c o q u e p o s t u l a u n s e n t i d o a la h i s t o r i a t i e n e s u
o r i g e n e n u n t e x t o d e P l a t ó n : el Fedón. E n s u d i á l o g o , P l a t ó n h a c e q u e S ó -
c r a t e s e n u n c i e las s i g u i e n t e s p r o p o s i c i o n e s : « a ) h a y o r d e n e n el u n i v e r s o ;
b ) t o d o e s t á o r d e n a d o p a r a l o g r a r u n r e s u l t a d o m e j o r ; c) u n a i n t e l i g e n c i a
o r d e n a d o r a a p l i c a e s t e c o n c e p t o al m u n d o ; d ) lo m e j o r se s i t ú a a n i v e l i n -
t e l e c t u a l y n o m a t e r i a l ; e ) e x i s t e n l a B e l l e z a , la V e r d a d y el B i e n e n sí m i s -
m o s . » M a n t e n i e n d o las p r o p o r c i o n e s , B o s s u e t e s b o z a u n a t e l e o l o g í a — m e -
j o r dicho u n a t e o l o g í a — d e la historia c u a n d o afirma « q u e D i o s h a h e c h o
el e n c a d e n a m i e n t o d e l u n i v e r s o (...) y h a q u e r i d o q u e el c u r s o d e las c o s a s
h u m a n a s t e n g a sus c o n s e c u e n c i a s y sus p r o p o r c i o n e s (...) q u e la d i v i n a P r o -
v i d e n c i a p r e s i d a el d e s t i n o d e los I m p e r i o s , s u e x p a n s i ó n y su c a í d a » (Dis-
curso sobre la historia universal). D e la m i s m a m a n e r a , Leibniz se i n t e r r o -
g a s o b r e la t e n d e n c i a h a c i a lo m e j o r : s u b r a y a l a c o n t r a d i c c i ó n e n t r e l a exis-
tencia de u n dios c r e a d o r , a b s o l u t a m e n t e sabio y t o d o p o d e r o s o , y la cons-
t a n t e m a n i f e s t a c i ó n d e l m a l — l a s g u e r r a s , las e p i d e m i a s y o t r a s c a t á s t r o -
f e s — ; sin e m b a r g o , se p r o n u n c i a p o r la r a c i o n a l i d a d d e la e l e c c i ó n d i v i n a :
«Si e s t u v i é r a m o s e n la m e d i d a d e c o m p r e n d e r la a r m o n í a u n i v e r s a l , v e r í a -
m o s q u e aquello, a lo q u e nos sentimos t e n t a d o s a censurar, h a sido digno
d e s e r e l e g i d o » (...) « V i v i m o s e n el m e j o r d e l o s m u n d o s p o s i b l e s » (Ensa-
yos de Teodicea).
Sin e m b a r g o , la filosofía d e las L u c e s f r e c u e n t e m e n t e es a h i s t ó r i c a . E s
significativa a e s t e r e s p e c t o la o b r a d e J . J. R o u s s e a u . E n p r i n c i p i o , e n el
Discurso sobre el origen de la desigualdad se e s b o z a u n a t e o r í a d e l a h i s -
t o r i a . J. J . R o u s s e a u p a r t e d e u n a c o n s i d e r a c i ó n m o r a l : « C u a n d o o b s e r v a -
m o s l a c o n s t i t u c i ó n n a t u r a l d e las c o s a s , e v i d e n t e m e n t e , p a r e c e q u e el h o m -
b r e e s t é d e s t i n a d o a ser la m á s feliz d e las c r i a t u r a s ; c u a n d o c o n t e m p l a m o s
s u e s t a d o a c t u a l p a r e c e q u e la e s p e c i e h u m a n a s e a l a m á s d i g n a d e l á s t i m a .
P a r e c e q u e la m a y o r í a d e sus m a l e s s o n o b r a s u y a . » E s t a b l e c i d o e s t e p r e -
s u p u e s t o , el filósofo v a p o r p r o g r e s i ó n r e g r e s i v a , d e s p o j a n d o al h o m b r e d e
t o d o lo q u e v i e n e d e l e x t e r i o r p a r a r e m o n t a r s e h a s t a el e s t a d o n a t u r a l . E n
e s t e e s t a d i o ( q u e es u n a ficción y n o u n a r e a l i d a d ) , el h o m b r e v i v e e n u n a
s i t u a c i ó n n o confiictiva, e n e s t a d o d e e q u i l i b r i o y a r m o n í a . E s es e n el m o -
m e n t o e n el q u e el e q u i l i b r i o se r o m p e e n t r e las f a c u l t a d e s y las n e c e s i d a -
d e s c u a n d o el h o m b r e e n t r a e n l a h i s t o r i a , e n l a q u e d e b e a c t u a r .
« A m e d i d a q u e el g é n e r o h u m a n o se e x t e n d i ó , las p e n a s se m u l t i p l i c a -
r o n p a r a los h o m b r e s . . . A ñ o s e s t é r i l e s , i n v i e r n o s l a r g o s y d u r o s , v e r a n o s
a r d i e n t e s e x i g i e r o n d e ellos u n a n u e v a i n d u s t r i a . » D e s d e e n t o n c e s , l a h u -
m a n i d a d evoluciona hacia u n a sociedad cada vez m á s organizada; poco a
p o c o v a a p a r e c i e n d o la p r o p i e d a d ; se a h o n d a n las d e s i g u a l d a d e s e n t r e ri-
c o s y p o b r e s ; e n i n s t i t u c i o n e s j u r í d i c a s s a n c i o n a n las r e l a c i o n e s d e f u e r z a .
A g r a n d e s r a s g o s , e s t e es el p a s o d e l e s t a d o n a t u r a l al e s t a d o civil. E n la
r e f l e x i ó n d e R o u s s e a u , l a h i s t o r i a n o es m á s q u e u n a a b s t r a c c i ó n (el n e g a -
t i v o d e l a n a t u r a l e z a ) p u e s t a al s e r v i c i o d e u n a d e m o s t r a c i ó n m o r a l .
E l p e n s a m i e n t o d e K a n t mezcla u n a teleología p r o c e d e n t e d e la tradi-
c i ó n c r i s t i a n a y u n a r e f l e x i ó n é t i c a p r o p i a d e la e r a d e las L u c e s . K a n t r e -
c o n c i l i a así la h e r e n c i a d e B o s s u e t y el l e g a d o d e R o u s s e a u c o m o lo d e -
m u e s t r a e s t e f r a g m e n t o : « L a h i s t o r i a d e la n a t u r a l e z a se inicia c o n el b i e n ,
y a q u e es o b r a d e D i o s ; l a h i s t o r i a d e l a l i b e r t a d se inicia c o n el m a l , y a
72
q u e e s o b r a d e l h o m b r e . P o r lo q u e s e r e f i e r e al i n d i v i d u o q u e , h a c i e n d o
u s o d e s u l i b e r t a d , n o p i e n s a m á s q u e e n sí m i s m o , se h a s a l i d o p e r d i e n d o
c o n e s t e c a m b i o . P o r lo q u e s e r e f i e r e a l a n a t u r a l e z a , p r e o c u p a d a p o r o r i e n -
t a r el fin q u e ella r e s e r v a al h o m b r e c o n v i s t a s a su e s p e c i e , f u e u n a v e n -
t a j a . P o r t a n t o , el i n d i v i d u o t i e n e r a z ó n e n r e g i s t r a r a s u c u e n t a , c o m o fal-
t a s s u y a s , t o d o s los m a l e s q u e s o p o r t a . . . , p e r o al m i s m o t i e m p o , c o m o
m i e m b r o d e u n a e s p e c i e , t i e n e r a z ó n e n a d m i r a r la s a b i d u r í a d e l o r d e n . . . »
(Conjeturas sobre los orígenes de la historia humana). A diferencia de R o u s -
s e a u , q u e c o n c i b e u n a h i s t o r i a ficticia, K a n t q u i e r e p e n s a r «la h i s t o r i a
r e a l » . . . « c o m p r e n d i d a d e m a n e r a e m p í r i c a » . P e r o la historia del filósofo
n o es e x a c t a m e n t e l a d e l h i s t o r i a d o r ; . e s u n a h i s t o r i a d e l s e n t i d o d e l a v i d a
h u m a n a . P a r a K a n t , l a filosofía d e l a h i s t o r i a se a f i r m a c o m o u n a p a r t e d e
la M o r a l .
K a n t expresó su reflexión s o b r e la historia e n u n a serie de opúsculos,
s o b r e t o d o e n la Idea de una Historia Universal desde un punto de vista cos-
mopolita ( 1 7 8 4 ) . S e g ú n l a h i p ó t e s i s d e K a n t , e x i s t e u n a f i n a l i d a d e n el a b -
s u r d o c u r s o d e l o s a s u n t o s h u m a n o s , e n l a a c u m u l a c i ó n d e los h e c h o d e l a
h i s t o r i a e m p í r i c a . S i n e m b a r g o , e s t a finalidad n o la h a c o n c e b i d o n i n g u n a
inteligencia s u p r e m a ; n o la h a q u e r i d o n i n g u n a sociedad h u m a n a ; corres-
p o n d e a u n «plan d e la n a t u r a l e z a » . P a r a d ó j i c a m e n t e , la n a t u r a l e z a realiza
sus fines a t r a v é s d e l o s h o m b r e s : « L o s i n d i v i d u o s e i n c l u s o los p u e b l o s n o
s u e ñ a n m á s q u e e n l o g r a r sus o b j e t i v o s p a r t i c u l a r e s d e c o n f o r m i d a d c o n
sus d e s e o s p e r s o n a l e s y a m e n u d o p e r j u d i c a n d o al p r ó j i m o , c o n s p i r a n d o
sin s a b e r l o (ellos) c o n t r a el p l a n d e l a n a t u r a l e z a » ( p . 6 0 ) . L a r a z ó n es el
p o d e r c o n el q u e e s t á d o t a d o el h o m b r e p a r a r e a l i z a r sus p r o y e c t o s . Y a
q u e el p l a n p r e v i s t o p a r a el h o m b r e n o c o n s i s t e e n q u e é s t e a l c a n c e el e s -
t a d o n a t u r a l , s i n o q u e c o n s i g a el e s t a d o c u l t u r a l , e n e s t e a s p e c t o , K a n t s e
o p o n e a R o u s s e a u . H a y q u e p o n e r d e r e l i e v e q u e la n a t u r a l e z a n o e s m u y
g e n e r o s a e n lo q u e r e s p e c t a a e s t o s d o n e s : si confía l a r a z ó n a l a h u m a n i -
dad, es q u e n o tiene p a r a ésta n i n g u n a función precisa.
C u a n d o K a n t h a b l a d e l h o m b r e , s e r e f i e r e a la e s p e c i e y n o al i n d i v i -
d u o . C i e r t a m e n t e , la n a t u r a l e z a n e c e s i t a u n a l í n e a i n t e r m i n a b l e d e g e n e -
r a c i o n e s p a r a l o g r a r sus fines. L a m u e r t e s ó l o e s u n a c c i d e n t e p a r a el in-
d i v i d u o , p e r o n o a f e c t a al d e s a r r o l l o d e l a e s p e c i e . A u n m á s , l a n a t u r a l e z a
o b l i g a al i n d i v i d u o a l i m i t a r s u v i d a , a e s f o r z a r s e y a a p l i c a r s e al t r a b a j o .
L a c o n s e c u e n c i a d e s u l i m i t a c i ó n v i t a l o b l i g a al i n d i v i d u o a salir d e su p e -
r e z a , l e i m p u l s a a a c t u a r . K a n t s u b r a y a c l a r a m e n t e q u e el i n d i v i d u o e s t á al
s e r v i c i o d e l a e s p e c i e : «lo q u e e n l o s s e r e s i n d i v i d u a l e s n o s s o r p r e n d e , p o r
s u f o r m a i n t r i n c a d a e i r r e g u l a r , p o d r á n o o b s t a n t e s e r c o n o c i d o e n el c o n -
j u n t o d e l a e s p e c i e , b a j o el a s p e c t o d e u n d e s a r r o l l o c o n t i n u o , a u n q u e l e n -
t o , d e las d i s p o s i c i o n e s i n i c i a l e s » ( p . 5 9 ) . E l filósofo t o d a v í a p r e c i s a : « E n
el h o m b r e — c o m o ú n i c a c r i a t u r a r a z o n a b l e s o b r e l a t i e r r a — , las d i s p o s i -
c i o n e s n a t u r a l e s q u e t i e n d e n al u s o d e l a r a z ó n n o d e b i e r o n r e c i b i r su d e -
s a r r o l l o c o m p l e t o e n el i n d i v i d u o , s i n o s o l a m e n t e e n l a e s p e c i e » ( p r o p o s i -
c i ó n 1 ) . A l o l a r g o d e la o b r a d e K a n t , el p o s t u l a d o d e la v i d a e t e r n a d e
la e s p e c i e h u m a n a , a f i r m a d o e n l a filosofía d e l a h i s t o r i a , j u e g a el m i s m o
p a p e l q u e el p o s t u l a d o d e l a i n m o r t a l i d a d d e l a l m a e n la filosofía m o r a l .
L a n a t u r a l e z a h a d a d o al h o m b r e « e l i m p u l s o h a c i a l a h u m a n i d a d » , p e r o
n o su h u m a n i d a d . « A l p r o v e e r al h o m b r e d e r a z ó n , l a r a z ó n i n d i c a b a cla-
r a m e n t e s u p l a n (...) E l h o m b r e n o d e b í a s e r g o b e r n a d o p o r el i n s t i n t o , n i
73
s e c u n d a d o p o r u n c o n o c i m i e n t o i n n a t o ; d e b í a e x t r a e r l o t o d o d e sí m i s m o »
( p r o p o s i c i ó n 3 ) . P o r t a n t o , la n a t u r a l e z a h a d e j a d o al h o m b r e la p r e o c u -
p a c i ó n d e i n v e n t a r su v i d a m a t e r i a l , s a t i s f a c e r sus n e c e s i d a d e s , a s e g u r a r sus
o c i o s , p e r o t a m b i é n e x t r a e r d e sí m i s m o «su i n t e l i g e n c i a h a s t a l a b o n d a d
d e su v o l u n t a d » . E n e s t a s c o n d i c i o n e s , el h o m b r e d e b e vivir e n s o c i e d a d .
E s e n t o n c e s c u a n d o se e n c u e n t r a e n u n a s i t u a c i ó n c o n t r a d i c t o r i a : p o r u n a
p a r t e , u n d e s e o le e m p u j a a vivir c o n o t r o s h o m b r e s , a a n u d a r l a z o s socia-
l e s ; . p o r o t r a , u n i m p u l s o le c o n d u c e a a i s l a r s e , a e n c o n t r a r s e s o l o . E s l o
q u e K a n t l l a m a « i n c l i n a c i ó n a e n t r a r e n s o c i e d a d a la v e z q u e r e p u l s i ó n a
h a c e r l o » . E n r e a l i d a d , el a n t a g o n i s m o e n t r e la s o c i a b i l i d a d y la i n s o c i a b i -
l i d a d es el m e d i o d e q u e se s i r v e l a n a t u r a l e z a p a r a l l e v a r a b u e n p u e r t o
el d e s a r r o l l o d e t o d a s las d i s p o s i c i o n e s d e la h u m a n i d a d . L a d i s c o r d i a a n i -
v e l d e la e s p e c i e n o es d e l t o d o n e g a t i v a , m á s b i e n a p a r e c e c o m o u n f a c t o r
d e p r o g r e s o . E l d e s t i n o d e l h o m b r e n o es l a f e l i c i d a d a c u a l q u i e r p r e c i o .
E n e s t a p e r s p e c t i v a , l a h o s t i l i d a d e n t r e l o s i n d i v i d u o s los o b l i g a a salir d e
u n estado d e beatitud m á s o m e n o s primitiva y a c o m p r o m e t e r s e e n la r e a -
l i z a c i ó n d e t a r e a s difíciles p e r o g r a n d i o s a s .
L a r e a l i z a c i ó n d e l a s o c i e d a d civil e s el p r o b l e m a e s e n c i a l c o n el q u e s e
e n f r e n t a r á l a r a z ó n a lo l a r g o d e l a h i s t o r i a , « a d m i n i s t r a n d o el d e r e c h o d e
f o r m a u n i v e r s a l » . K a n t o b s e r v a : « E n l í n e a s g e n e r a l e s , se p u e d a p l a n t e a r l a
h i s t o r i a d e la e s p e c i e h u m a n a c o m o l a r e a l i z a c i ó n d e u n p l a n o c u l t o d e l a
naturaleza p a r a producir u n a perfecta constitución política» (proposi-
c i ó n 8 ) . P o r t a n t o , se t r a t a d e e s t a b l e c e r u n a o r g a n i z a c i ó n civil t a l q u e las
l e y e s p u e d a n r e g u l a r l o s a n t a g o n i s m o s e i n s t i t u i r las l i b e r t a d e s . A h o r a b i e n ,
e s t a c o m p l e j a e m p r e s a s e e n f r e n t a c o n d o s o b s t á c u l o s . E l p r i m e r o es la
c u e s t i ó n d e la a u t o r i d a d . D a d a l a d u a l i d a d d e la n a t u r a l e z a h u m a n a divi-
d i d a e n t r e l a a s p i r a c i ó n h a c i a el b i e n y l a a t r a c c i ó n p o r el m a l , h a y q u e i m -
p o n e r a los h o m b r e s « u n s o b e r a n o q u e b a t a e n la b r e c h a las v o l u n t a d e s p a r -
t i c u l a r e s » n e c e s a r i a m e n t e e g o í s t a s . S i n e m b a r g o , e s t e s o b e r a n o , q u e a la
v e z es u n h o m b r e , d e b e c o m p o r t a r s e c o m o u n j e f e j u s t o , r e s p e t a n d o a los
d e m á s h o m b r e s . C r e e m o s q u e n o es fácil d e s c u b r i r u n i n d i v i d u o p r o v i s t o
d e c u a l i d a d e s t a n e x c e p c i o n a l e s . E l s e g u n d o e s c o l l o es el p r o b l e m a d e la
entente e n t r e las n a c i o n e s . L o s p u e b l o s se d e s g a r r a n , se a g r e d e n , s e h a c e n
l a g u e r r a , f r e c u e n t e m e n t e d e f o r m a s a n g r i e n t a p a r a las p e r s o n a s y d e s a s -
t r o s a p a r a las p r o p i e d a d e s . N o o b s t a n t e , K a n t n o se i n m u t a : i n t e r p r e t a l o s
conflictos « c o m o o t r a s t a n t a s t e n t a t i v a s p a r a e s t a b l e c e r n u e v a s r e l a c i o n e s
e n t r e los e s t a d o s » . D e los i n s e n s a t o s e n f r e n t a m i e n t o s a los q u e se e n t r e g a n
l o s h o m b r e s a c a b a r á p o r s u r g i r « u n a c o m u n i d a d civil u n i v e r s a l ( . . . ) q u e a d -
m i n i s t r a r á el d e r e c h o i n t e r n a c i o n a l d e m a n e r a q u e el e s t a d o m á s p e q u e ñ o
p u e d a l o g r a r la g a r a n t í a d e su s e g u r i d a d (...) a p a r t i r d e u n a f u e r z a u n i d a
y de u n a confluencia de voluntades».
C o m o p o d e m o s s u p o n e r , el c o n c e p t o d e u n s o b e r a n o j u s t o , a r b i t r o e n -
t r e los i n t e r e s e s p a r t i c u l a r e s , y el d e u n a « s o c i e d a d d e n a c i o n e s » g a r a n t e
d e la s e g u r i d a d d e los e s t a d o s , s o n « i d e a l e s » e n el s e n t i d o k a n t i a n o , u n d o -
b l e o b j e t i v o m o r a l q u e l a h u m a n i d a d d e b e fijarse y e s f o r z a r s e p o r r e a l i z a r .
P o r a h o r a , la e s p e c i e h u m a n a t o d a v í a n o h a a l c a n z a d o la « c o n s t i t u c i ó n p e r -
f e c t a » ; ú n i c a m e n t e e s t á « e n m a r c h a h a c i a la e r a d e las L u c e s » . C i e r t a m e n -
t e , la é p o c a d e la I l u s t r a c i ó n n o es el p a r a í s o r e c u p e r a d o ; r e c u e r d a m á s
u n a « e d a d d e m a d u r e z » , e n la q u e la e s p e c i e h u m a n a e m p i e z a a l i b r a r s e
d e t u t e l a s , c o m p r e n d i d a la d e la d o m i n a c i ó n d i v i n a . K a n t p e r c i b e s i g n o s
74
a n u n c i a d o r e s d e l a v a n c e ¡fcacia l a s L u c e s : l a e x t e n s i ó n d e las l i b e r t a d e s e c o -
n ó m i c a s , civiles, r e l i g i o s a s e n I n g l a t e r r a , e n A l e m a n i a o e n A u s t r i a a fines
d e l siglo x v n i ; y , al m i s m o t i e m p o , l a R e v o l u c i ó n e n F r a n c i a . E l filósofo
celebra este acontecimiento histórico en t é r m i n o s entusiásticos: « N u n c a se
o l v i d a r á u n f e n ó m e n o así, y a q u e h a d e s c u b i e r t o q u e e x i s t e e n el f o n d o d e
la n a t u r a l e z a h u m a n a , u n a p o s i b i l i d a d d e p r o g r e s o m o r a l q u e h a s t a el p r e -
s e n t e n i n g ú n h o m b r e p o l í t i c o h a b í a s o s p e c h a d o » {El conflicto de las facul-
tades, 1 7 9 8 ) .
2. H E G E L Y LA DIALÉCTICA
G e o r g W . F . H e g e l nació e n Stuttgart en 1770; su p a d r e e r a funciona-
rio d e F i n a n z a s . H i z o sus e s t u d i o s s e c u n d a r i o s e n S t u t t g a r t , e m p r e n d i ó e s -
t u d i o s d e t e o l o g í a e n T u b i n g a , p e r o a b a n d o n ó su i d e a d e ser p a s t o r . T o d a
s u v i d a e s t u v o m a r c a d a p o r s u f o r m a c i ó n r e l i g i o s a l u t e r a n a . E n t r e 1793 y
1800 t r a b a j ó c o m o p r e c e p t o r e n B e r n a y F r a n c f o r t ; d e 1801 a 1806 e n s e ñ ó
e n l a u n i v e r s i d a d d e J e n a ; e n t r e 1806-1807 a c t u ó c o m o r e d a c t o r e n la Ga-
zette de Bamberg; d i r i g i ó el l i c e o d e N u r e m b e r g d e 1808 a 1 8 1 6 . C o n t r a j o
m a t r i m o n i o fue p a d r e d e f a m i l i a . D u r a n t e el c u r s o d e su c a r r e r a c o m o e n -
s e ñ a n t e , H e g e l a s i m i l ó las o b r a s filosóficas d e sus c o n t e m p o r á n e o s : K a n t ,
F i c h t e y S c h e l l i n g . C o m o t o d a l a élite i n t e l e c t u a l a l e m a n a , H e g e l se s i e n t e
m u y i n f l u i d o p o r el p e n s a m i e n t o d e las L u c e s , a d m i r a l a R e v o l u c i ó n f r a n -
c e s a y e s p e r a m u c h o d e s u d i f u s i ó n a t r a v é s d e E u r o p a , g r a c i a s a las c o n -
q u i s t a s n a p o l e ó n i c a s . E l t r a u m a d e la b a t a l l a d e J e n a ( o c t u b r e d e 1 8 0 6 ) ,
que despierta en Fichte un virulento nacionalismo prusiano, no quebranta
l a c o n f i a n z a d e H e g e l e n las « i d e a s f r a n c e s a s » . T r a s l a g u e r r a , e n 1 8 1 7 , H e -
gel o b t i e n e u n a c á t e d r a d e filosofía e n H e i d e l b e r g ; d e s p u é s s u s t i t u y e a fich-
t e e n la c á t e d r a d e filosofía d e B e r l í n e n t r e 1818 y 1 8 3 1 . A l l í a c c e d e a la
fama, se r o d e a d e discípulos — V o n H e n n i n g , E . G a n s , B . B a u e r , etcéte-
r a — y actúa c o m o ideólogo del estado p r u s i a n o . M u e r e a causa de u n a epi-
demia de cólera en 1831.
H e g e l p e r t e n e c e , i n d u d a b l e m e n t e , al m u n d o d e la I l u s t r a c i ó n : c r e e e n
la f u e r z a d e l a r a z ó n . A l d i r i g i r s e a sus a l u m n o s les r e c o m i e n d a « c o n f i a r
e n l a c i e n c i a , t e n e r fe e n la r a z ó n » . N o o b s t a n t e , H e g e l s i g u e v i n c u l a d o a
la r e l i g i ó n ; c o n t e m p l a el d e s a r r o l l o d e l p r o t e s t a n t i s m o e n la filosofía q u e
p r o f e s a ; p o r e l l o se p r o p o n e e l e v a r la fe d e s d e el s e n t i m i e n t o s u b j e t i v o a
la c e r t e z a r a c i o n a l . S e a n c u a l e s f u e r e n las i n f l u e n c i a s q u e le m a r c a r o n , la
obra de Hegel constituye un grandioso intento de construir u n sistema en
el q u e t o d o el u n i v e r s o p u e d a s e r p e n s a d o . E l p r o y e c t o d e l p r o f e s o r d e B e r -
lín se p r e s e n t a b a j o f o r m a d e u n a a m p l i a d e d u c c i ó n q u e a b r a z a t o d o s los
c o n o c i m i e n t o s posibles. Se distinguen tres secciones: l ) la lógica, q u e trata
d e l a i d e a a b s t r a c t a d e l a f o r m a c i ó n d e c a t e g o r í a s i n t e l e c t u a l e s ; 2) l a filo-
sofía d e la n a t u r a l e z a , q u e e x a m i n a la d i f u s i ó n d e l a i d e a en el m u n d o n a -
t u r a l , y 3) la filosofía d e l e s p í r i t u , q u e se i n t e r e s a p o r l a t o m a d e c o n c i e n -
cia d e l e s p í r i t u a t r a v é s d e la h i s t o r i a u n i v e r s a l . E n v i d a d e H e g e l s ó l o se
p u b l i c a r o n t r e s o b r a s : La fenomenología del espíritu ( 1 8 0 7 ) ; La lógica 3 v o -
l ú m e n e s ( 1 8 1 2 - 1 8 1 7 ) ; y La filosofía del derecho ( 1 8 2 1 ) . D e s p u é s d e l a m u e r -
t e d e l m a e s t r o , a l g u n o s d e sus d i s c í p u l o s — G a n s , M a r h e i n e k e y o t r o s —
t r a n s c r i b i e r o n sus n o t a s d e c l a s e , las r e o r g a n i z a r o n y p u b l i c a r o n ( e n t r e 1838
75
s e c u n d a d o p o r u n c o n o c i m i e n t o i n n a t o ; d e b í a e x t r a e r l o t o d o d e sí m i s m o »
( p r o p o s i c i ó n 3 ) . P o r t a n t o , la n a t u r a l e z a h a d e j a d o al h o m b r e la p r e o c u -
p a c i ó n d e i n v e n t a r su v i d a m a t e r i a l , s a t i s f a c e r sus n e c e s i d a d e s , a s e g u r a r sus
o c i o s , p e r o t a m b i é n e x t r a e r d e sí m i s m o «su i n t e l i g e n c i a h a s t a l a b o n d a d
d e su v o l u n t a d » . E n e s t a s c o n d i c i o n e s , el h o m b r e d e b e vivir e n s o c i e d a d .
E s e n t o n c e s c u a n d o se e n c u e n t r a e n u n a s i t u a c i ó n c o n t r a d i c t o r i a : p o r u n a
p a r t e , u n d e s e o le e m p u j a a vivir c o n o t r o s h o m b r e s , a a n u d a r l a z o s socia-
l e s ; . p o r o t r a , u n i m p u l s o le c o n d u c e a a i s l a r s e , a e n c o n t r a r s e s o l o . E s l o
q u e K a n t l l a m a « i n c l i n a c i ó n a e n t r a r e n s o c i e d a d a la v e z q u e r e p u l s i ó n a
h a c e r l o » . E n r e a l i d a d , el a n t a g o n i s m o e n t r e la s o c i a b i l i d a d y la i n s o c i a b i -
l i d a d es el m e d i o d e q u e se s i r v e l a n a t u r a l e z a p a r a l l e v a r a b u e n p u e r t o
el d e s a r r o l l o d e t o d a s las d i s p o s i c i o n e s d e la h u m a n i d a d . L a d i s c o r d i a a n i -
v e l d e la e s p e c i e n o es d e l t o d o n e g a t i v a , m á s b i e n a p a r e c e c o m o u n f a c t o r
d e p r o g r e s o . E l d e s t i n o d e l h o m b r e n o es l a f e l i c i d a d a c u a l q u i e r p r e c i o .
E n e s t a p e r s p e c t i v a , l a h o s t i l i d a d e n t r e l o s i n d i v i d u o s los o b l i g a a salir d e
u n estado d e beatitud m á s o m e n o s primitiva y a c o m p r o m e t e r s e e n la r e a -
l i z a c i ó n d e t a r e a s difíciles p e r o g r a n d i o s a s .
L a r e a l i z a c i ó n d e l a s o c i e d a d civil e s el p r o b l e m a e s e n c i a l c o n el q u e s e
e n f r e n t a r á l a r a z ó n a lo l a r g o d e l a h i s t o r i a , « a d m i n i s t r a n d o el d e r e c h o d e
f o r m a u n i v e r s a l » . K a n t o b s e r v a : « E n l í n e a s g e n e r a l e s , se p u e d a p l a n t e a r l a
h i s t o r i a d e la e s p e c i e h u m a n a c o m o l a r e a l i z a c i ó n d e u n p l a n o c u l t o d e l a
naturaleza p a r a producir u n a perfecta constitución política» (proposi-
c i ó n 8 ) . P o r t a n t o , se t r a t a d e e s t a b l e c e r u n a o r g a n i z a c i ó n civil t a l q u e las
l e y e s p u e d a n r e g u l a r l o s a n t a g o n i s m o s e i n s t i t u i r las l i b e r t a d e s . A h o r a b i e n ,
e s t a c o m p l e j a e m p r e s a s e e n f r e n t a c o n d o s o b s t á c u l o s . E l p r i m e r o es la
c u e s t i ó n d e la a u t o r i d a d . D a d a l a d u a l i d a d d e la n a t u r a l e z a h u m a n a divi-
d i d a e n t r e l a a s p i r a c i ó n h a c i a el b i e n y l a a t r a c c i ó n p o r el m a l , h a y q u e i m -
p o n e r a los h o m b r e s « u n s o b e r a n o q u e b a t a e n la b r e c h a las v o l u n t a d e s p a r -
t i c u l a r e s » n e c e s a r i a m e n t e e g o í s t a s . S i n e m b a r g o , e s t e s o b e r a n o , q u e a la
v e z es u n h o m b r e , d e b e c o m p o r t a r s e c o m o u n j e f e j u s t o , r e s p e t a n d o a los
d e m á s h o m b r e s . C r e e m o s q u e n o es fácil d e s c u b r i r u n i n d i v i d u o p r o v i s t o
d e c u a l i d a d e s t a n e x c e p c i o n a l e s . E l s e g u n d o e s c o l l o es el p r o b l e m a d e la
entente e n t r e las n a c i o n e s . L o s p u e b l o s se d e s g a r r a n , se a g r e d e n , s e h a c e n
l a g u e r r a , f r e c u e n t e m e n t e d e f o r m a s a n g r i e n t a p a r a las p e r s o n a s y d e s a s -
t r o s a p a r a las p r o p i e d a d e s . N o o b s t a n t e , K a n t n o se i n m u t a : i n t e r p r e t a l o s
conflictos « c o m o o t r a s t a n t a s t e n t a t i v a s p a r a e s t a b l e c e r n u e v a s r e l a c i o n e s
e n t r e los e s t a d o s » . D e los i n s e n s a t o s e n f r e n t a m i e n t o s a los q u e se e n t r e g a n
l o s h o m b r e s a c a b a r á p o r s u r g i r « u n a c o m u n i d a d civil u n i v e r s a l ( . . . ) q u e a d -
m i n i s t r a r á el d e r e c h o i n t e r n a c i o n a l d e m a n e r a q u e el e s t a d o m á s p e q u e ñ o
p u e d a l o g r a r la g a r a n t í a d e su s e g u r i d a d (...) a p a r t i r d e u n a f u e r z a u n i d a
y de u n a confluencia de voluntades».
C o m o p o d e m o s s u p o n e r , el c o n c e p t o d e u n s o b e r a n o j u s t o , a r b i t r o e n -
t r e los i n t e r e s e s p a r t i c u l a r e s , y el d e u n a « s o c i e d a d d e n a c i o n e s » g a r a n t e
d e la s e g u r i d a d d e los e s t a d o s , s o n « i d e a l e s » e n el s e n t i d o k a n t i a n o , u n d o -
b l e o b j e t i v o m o r a l q u e l a h u m a n i d a d d e b e fijarse y e s f o r z a r s e p o r r e a l i z a r .
P o r a h o r a , la e s p e c i e h u m a n a t o d a v í a n o h a a l c a n z a d o la « c o n s t i t u c i ó n p e r -
f e c t a » ; ú n i c a m e n t e e s t á « e n m a r c h a h a c i a la e r a d e las L u c e s » . C i e r t a m e n -
t e , la é p o c a d e la I l u s t r a c i ó n n o es el p a r a í s o r e c u p e r a d o ; r e c u e r d a m á s
u n a « e d a d d e m a d u r e z » , e n la q u e la e s p e c i e h u m a n a e m p i e z a a l i b r a r s e
d e t u t e l a s , c o m p r e n d i d a la d e la d o m i n a c i ó n d i v i n a . K a n t p e r c i b e s i g n o s
74
a n u n c i a d o r e s d e l a v a n c e ¡fcacia l a s L u c e s : l a e x t e n s i ó n d e las l i b e r t a d e s e c o -
n ó m i c a s , civiles, r e l i g i o s a s e n I n g l a t e r r a , e n A l e m a n i a o e n A u s t r i a a fines
d e l siglo x v n i ; y , al m i s m o t i e m p o , l a R e v o l u c i ó n e n F r a n c i a . E l filósofo
celebra este acontecimiento histórico en t é r m i n o s entusiásticos: « N u n c a se
o l v i d a r á u n f e n ó m e n o así, y a q u e h a d e s c u b i e r t o q u e e x i s t e e n el f o n d o d e
la n a t u r a l e z a h u m a n a , u n a p o s i b i l i d a d d e p r o g r e s o m o r a l q u e h a s t a el p r e -
s e n t e n i n g ú n h o m b r e p o l í t i c o h a b í a s o s p e c h a d o » {El conflicto de las facul-
tades, 1 7 9 8 ) .
2. H E G E L Y LA DIALÉCTICA
G e o r g W . F . H e g e l nació e n Stuttgart en 1770; su p a d r e e r a funciona-
rio d e F i n a n z a s . H i z o sus e s t u d i o s s e c u n d a r i o s e n S t u t t g a r t , e m p r e n d i ó e s -
t u d i o s d e t e o l o g í a e n T u b i n g a , p e r o a b a n d o n ó su i d e a d e ser p a s t o r . T o d a
s u v i d a e s t u v o m a r c a d a p o r s u f o r m a c i ó n r e l i g i o s a l u t e r a n a . E n t r e 1793 y
1800 t r a b a j ó c o m o p r e c e p t o r e n B e r n a y F r a n c f o r t ; d e 1801 a 1806 e n s e ñ ó
e n l a u n i v e r s i d a d d e J e n a ; e n t r e 1806-1807 a c t u ó c o m o r e d a c t o r e n la Ga-
zette de Bamberg; d i r i g i ó el l i c e o d e N u r e m b e r g d e 1808 a 1 8 1 6 . C o n t r a j o
m a t r i m o n i o fue p a d r e d e f a m i l i a . D u r a n t e el c u r s o d e su c a r r e r a c o m o e n -
s e ñ a n t e , H e g e l a s i m i l ó las o b r a s filosóficas d e sus c o n t e m p o r á n e o s : K a n t ,
F i c h t e y S c h e l l i n g . C o m o t o d a l a élite i n t e l e c t u a l a l e m a n a , H e g e l se s i e n t e
m u y i n f l u i d o p o r el p e n s a m i e n t o d e las L u c e s , a d m i r a l a R e v o l u c i ó n f r a n -
c e s a y e s p e r a m u c h o d e s u d i f u s i ó n a t r a v é s d e E u r o p a , g r a c i a s a las c o n -
q u i s t a s n a p o l e ó n i c a s . E l t r a u m a d e la b a t a l l a d e J e n a ( o c t u b r e d e 1 8 0 6 ) ,
que despierta en Fichte un virulento nacionalismo prusiano, no quebranta
l a c o n f i a n z a d e H e g e l e n las « i d e a s f r a n c e s a s » . T r a s l a g u e r r a , e n 1 8 1 7 , H e -
gel o b t i e n e u n a c á t e d r a d e filosofía e n H e i d e l b e r g ; d e s p u é s s u s t i t u y e a fich-
t e e n la c á t e d r a d e filosofía d e B e r l í n e n t r e 1818 y 1 8 3 1 . A l l í a c c e d e a la
fama, se r o d e a d e discípulos — V o n H e n n i n g , E . G a n s , B . B a u e r , etcéte-
r a — y actúa c o m o ideólogo del estado p r u s i a n o . M u e r e a causa de u n a epi-
demia de cólera en 1831.
H e g e l p e r t e n e c e , i n d u d a b l e m e n t e , al m u n d o d e la I l u s t r a c i ó n : c r e e e n
la f u e r z a d e l a r a z ó n . A l d i r i g i r s e a sus a l u m n o s les r e c o m i e n d a « c o n f i a r
e n l a c i e n c i a , t e n e r fe e n la r a z ó n » . N o o b s t a n t e , H e g e l s i g u e v i n c u l a d o a
la r e l i g i ó n ; c o n t e m p l a el d e s a r r o l l o d e l p r o t e s t a n t i s m o e n la filosofía q u e
p r o f e s a ; p o r e l l o se p r o p o n e e l e v a r la fe d e s d e el s e n t i m i e n t o s u b j e t i v o a
la c e r t e z a r a c i o n a l . S e a n c u a l e s f u e r e n las i n f l u e n c i a s q u e le m a r c a r o n , la
obra de Hegel constituye un grandioso intento de construir u n sistema en
el q u e t o d o el u n i v e r s o p u e d a s e r p e n s a d o . E l p r o y e c t o d e l p r o f e s o r d e B e r -
lín se p r e s e n t a b a j o f o r m a d e u n a a m p l i a d e d u c c i ó n q u e a b r a z a t o d o s los
c o n o c i m i e n t o s posibles. Se distinguen tres secciones: l ) la lógica, q u e trata
d e l a i d e a a b s t r a c t a d e l a f o r m a c i ó n d e c a t e g o r í a s i n t e l e c t u a l e s ; 2) l a filo-
sofía d e la n a t u r a l e z a , q u e e x a m i n a la d i f u s i ó n d e l a i d e a en el m u n d o n a -
t u r a l , y 3) la filosofía d e l e s p í r i t u , q u e se i n t e r e s a p o r l a t o m a d e c o n c i e n -
cia d e l e s p í r i t u a t r a v é s d e la h i s t o r i a u n i v e r s a l . E n v i d a d e H e g e l s ó l o se
p u b l i c a r o n t r e s o b r a s : La fenomenología del espíritu ( 1 8 0 7 ) ; La lógica 3 v o -
l ú m e n e s ( 1 8 1 2 - 1 8 1 7 ) ; y La filosofía del derecho ( 1 8 2 1 ) . D e s p u é s d e l a m u e r -
t e d e l m a e s t r o , a l g u n o s d e sus d i s c í p u l o s — G a n s , M a r h e i n e k e y o t r o s —
t r a n s c r i b i e r o n sus n o t a s d e c l a s e , las r e o r g a n i z a r o n y p u b l i c a r o n ( e n t r e 1838
75
y 1845) c o n el n o m b r e d e H e g e l d i e c i o c h o v o l ú m e n e s , e n t r e los q u e s e e n -
c u e n t r a n La estética, La filosofía de la religión y Lecciones sobre la filoso-
fía de la historia.
El pensamiento de Hegel preconiza un idealismo absoluto, que supone
u n a i d e n t i d a d e n t r e el s u j e t o y el o b j e t o , e n t r e el c o n o c e r y el s e r . E n e s t e
s e n t i d o , H e g e l r e e c u e n t r a el « r e a l i s m o » d e la A n t i g ü e d a d , q u e b r a n t a d o
m o m e n t á n e a m e n t e p o r el « n o m i n a l i s m o » d e la E d a d M e d i a . P o d e m o s a p r e -
ciar e s t e ' p u r o i d e a l i s m o e n e s t e p a s a j e d e las Lecciones sobre la filosofía
de la historia: « E l e s p í r i t u t i e n e su c e n t r o e n sí m i s m o ; c a r e c e d e u n i d a d
f u e r a d e é l , p e r o la h a e n c o n t r a d o , está e n sí m i s m o y c o n sí m i s m o . . . E l
e s p í r i t u se c o n o c e a sí m i s m o ; es el j u i c i o d e su p r o p i a n a t u r a l e z a ; t a m b i é n
es la a c t i v i d a d a t r a v é s d e la c u a l se f o r m a a sí m i s m o , se p r o d u c e , s e h a c e
lo q u e es e n sí m i s m o . » S e g ú n e s t a d e f i n i c i ó n , p o d e m o s d e c i r d e l a h i s t o r i a
u n i v e r s a l q u e es la r e p r e s e n t a c i ó n d e l e s p í r i t u e n s u e s f u e r z o p o r a d q u i r i r
el c o n o c i m i e n t o d e l o q u e es ( I n t r o d u c c i ó n , p . 2 7 ) . E n e s t a s c o n d i c i o n e s ,
la filosofía d e la h i s t o r i a n o p o d r í a d e c i r lo q u e d e b e ser el m u n d o , n i p r o -
d u c i r e s t e m u n d o a fortiori. « L a filosofía d e la h i s t o r i a s ó l o significa s u c o n -
s i d e r a c i ó n r e f l e x i o n a d a . . . » L a ú n i c a i d e a q u e a p o r t a la filosofía es q u e la
r a z ó n g o b i e r n a el m u n d o y q u e , e n c o n s e c u e n c i a , «la h i s t o r i a d e l m u n d o
es el m o v i m i e n t o g r a c i a s al c u a l la s u b s t a n c i a e s p i r i t u a l e n t r a e n p o s e s i ó n
d e s u r e a l i d a d » . E s difícil i m a g i n a r u n a c o n s t r u c c i ó n m á s a b s t r a c t a : la h i s -
t o r i a d e l e s p í r i t u se c o n f u n d e c o n l a h i s t o r i a d e l u n i v e r s o .
H e g e l , s i g u i e n d o a B o s s u e t , a c e n t u a n d o a K a n t , se m a n t i e n e r e s u e l t a -
m e n t e e n u n a p e r s p e c t i v a t e l e o l ó g i c a : n o a d m i t e q u e el m u n d o s e h a y a li-
b e r a d o al a z a r . « T e n e m o s q u e b u s c a r e n l a h i s t o r i a u n o b j e t i v o u n i v e r s a l ,
el o b j e t i v o final d e l m u n d o , n o u n o b j e t i v o p a r t i c u l a r d e l e s p í r i t u s u b j e t i v o
o del s e n t i m i e n t o h u m a n o . D e b e m o s captarla con la r a z ó n , ya q u e ésta n o
p u e d e encontrar interés en ningún objetivo particular, sino ú n i c a m e n t e e n
el a b s o l u t o . » L a r e a l i z a c i ó n p r o f a n a d e la f i n a l i d a d d e l u n i v e r s o se o p e r a
p o r el p r o g r e s o d e l e s p í r i t u . « S e t r a t a p o r t a n t o d e l o b j e t i v o final q u e p e r -
s i g u e la h u m a n i d a d , q u e el e s p í r i t u se p r o p a g u e e n el m u n d o y q u e s e r e a -
lice i m p u l s a d o p o r u n a f u e r z a infinita. Su o b j e t i v o e s llegar a la c o n s c i e n -
cia d e u n o m i s m o , d e a d e c u a r el m u n d o a u n o m i s m o . » Y la e v o l u c i ó n d e l
e s p í r i t u v a e n el s e n t i d o d e l p r o g r e s o .
L a n a t u r a l e z a s ó l o c o n o c e u n r e t o r n o cíclico d e l a s e s t a c i o n e s ; la r a z ó n
se d i r i g e h a c i a u n ú l t i m o fin: « E n l a n a t u r a l e z a , l a r e s u r r e c c i ó n s ó l o es l a
r e p e t i c i ó n d e lo m i s m o , u n a m o n ó t o n a h i s t o r i a q u e s i g u e u n i d é n t i c o ciclo.
N o h a y n a d a n u e v o b a j o el sol. N o s u c e d e lo m i s m o c o n el sol d e l e s p í r i t u .
S u m a r c h a , su m o v i m i e n t o n o es u n a a u t o r r e p e t i c i ó n . E l a s p e c t o c a m b i a n -
t e q u e r e v i s t e el e s p í r i t u e s e s e n c i a l m e n t e el p r o g r e s o (La razón de la his-
toria).
H e g e l i n t r o d u c e la d i m e n s i ó n d e la t e m p o r a l i d a d . E n la t r a d i c i ó n m e -
d i e v a l , el t i e m p o se c o n c e b í a c o m o u n a d e g r a d a c i ó n o n t o l ó g i c a . E n l a c o n -
c e p c i ó n h e g e l i a n a , el t i e m p o d e v i e n e u n a c a t e g o r í a d e i n t e l i g i b i l i d a d . « E l
e s p í r i t u s e m a n i f i e s t a n e c e s a r i a m e n t e e n el t i e m p o ; d u r a n t e t o d o el t i e m p o
q u e n e c e s i t a su c o n c e p t o p u r o . . . » (Fenomenología del espíritu). E l e s p í r i -
t u , a c t o r p r i n c i p a l d e la h i s t o r i a , n o t o m a d i r e c t a m e n t e c o n s c i e n c i a d e sí
m i s m o , s i n o p o r u n m o v i m i e n t o d i a l é c t i c o , p o r u n a o p e r a c i ó n a ritmo t e r -
n a r i o . E l m o v i m i e n t o d i a l é c t i c o s u p o n e t r e s m o m e n t o s : la tesis (el s e r ) ; la
antítesis (el n o - s e r ) ; la síntesis (el d e v e n i r ) . E n su m o v i m i e n t o , el e s p í r i t u
76
s e p o s a e n sí m i s m o , s e d e s a r r o l l a f u e r a d e sí m i s m o , p a r a v o l v e r a sí m i s -
m o ; a t r a v é s d e e s t a s m u t a c i o n e s , el e s p í r i t u l l e g a a u n a f o r m a n u e v a , l o -
g r a c o n s t i t u i r u n a u n i d a d s u p e r i o r : « E l e s p í r i t u q u e se f o r m a m a d u r a , l e n t a
y silenciosamente h a s t a su n u e v a figura, desintegra fragmento a f r a g m e n t o
el edificio d e s u m u n d o p r e c e d e n t e . . . E s t a c o n t i n u a f r a g m e n t a c i ó n , q u e n o
a l t e r a b a la fisonomía d e l t o d o , s e v e b r u s c a m e n t e i n t e r r u m p i d a p o r l a sa-
l i d a d e l sol q u e , c o n su s u b d i t a l u z , d i b u j a u n a v e z m á s la f o r m a d e l m u n -
d o n u e v o » (Fenomenología del espíritu). H e g e l n o se h m i t a a e n u n c i a r u n
p u r o i d e a l i s m o , h e c h o c o r r i e n t e e n el siglo x v í n ; i n v e n t a el m o v i m i e n t o d i a -
l é c t i c o , q u e d o m i n a r á el p e n s a m i e n t o d e l siglo XTX.
H e g e l se inspira en K a n t c u a n d o percibe u n «plan oculto», q u e escapa
a la c o n s c i e n c i a d e l a e s p e c i e h u m a n a . L a l i b e r t a d , r e a l i z a c i ó n p o r el e s p í -
ritu d e su p r o p i a e s e n c i a , e s l a f i n a l i d a d a b s o l u t a d e l a h i s t o r i a . ¿ P o r q u é
m e d i o p r o g r e s a l a l i b e r t a d e n l a h i s t o r i a ? L a s a c c i o n e s d e los h o m b r e s se
d e r i v a n d e sus i n t e r e s e s e g o í s t a s c o n m a y o r f r e c u e n c i a q u e d e sus v i r t u d e s .
A p a r e n t e m e n t e , l a h i s t o r i a e s t r á g i c a , y a q u e l a v i o l e n c i a d e las p a s i o n e s
p a r e c e d e t e r m i n a r el c u r s o d e l o s a s u n t o s h u m a n o s : las g u e r r a s , las l u c h a s
s o c i a l e s , l o s conflictos e n t r e e s t a d o s , e t c . E n r e a l i d a d , el e s p í r i t u r e a l i z a
l o s fines r a c i o n a l e s a t r a v é s d e l a s a c c i o n e s d e los h o m b r e s : « I n t e r v i e n e n
d o s e l e m e n t o s : u n o e s l a i d e a ; o t r o , l a s p a s i o n e s h u m a n a s ; u n o es l a c a d e -
n a , el o t r o es l a t r a m a d e l g r a n t a p i z q u e c o n s t i t u y e l a h i s t o r i a u n i v e r s a l . . .
p r e s e n t á n d o s e a s í , b a j o f o r m a d e e s e n c i a d e l a v o l u n t a d d e la n a t u r a l e z a . . . ,
l a n e c e s i d a d , el i n s t i n t o , l a p a s i ó n , el i n t e r é s p a r t i c u l a r q u e e x i s t e i n m e d i a -
t a m e n t e p o r sí m i s m o . . . E s t a i n m e n s a a m a l g a m a d e v o l u n t a d , d e i n t e r é s ,
d e a c t i v i d a d , c o n s t i t u y e el c o n j u n t o d e i n s t r u m e n t o s y m e d i o s d e q u e se sir-
v e el g e n i o d e l u n i v e r s o p a r a r e a l i z a r s u fin, e l e v a r l o a la c o n s c i e n c i a y r e a -
l i z a r l o . . . » (Lecciones sobre filosofía de la historia). F i n a l m e n t e , la historia
universal aparece c o m o u n p r o c e s o , lento, obscuro, doloroso, a través del
c u a l l a h u m a n i d a d p a s a d e l i n c o n s c i e n t e al c o n s c i e n t e .
E s e n t o n c e s c u a n d o H e g e l a v a n z a l a i d e a d e la « t r a m p a d e l a r a z ó n » .
E n el c u r s o d e l a h i s t o r i a d e las a c c i o n e s d e los h o m b r e s s e d e r i v a a l g o di-
f e r e n t e d e a q u e l l o q u e p r o y e c t a r o n , d e l o q u e s a b e o d e lo q u e d e s e a n .
L o s i n d i v i d u o s c r e e n r e a l i z a r sus p r o p i o s o b j e t i v o s , d e f e n d e r sus i n t e r e s e s ,
y n o h a c e n m á s q u e r e a l i z a r , sin d a r s e c u e n t a d e e l l o , u n d e s t i n o m á s v a s -
t o , q u e les s u p e r a . L a r a z ó n , m e d i a n t e u n a a r t i m a ñ a , s a c a p a r t i d o d e l i n s -
t i n t o c o l e c t i v o p a r a h a c e r a v a n z a r a la h u m a n i d a d p o r la vía d e la p e r f e c -
c i ó n . U n c a s o h i s t ó r i c o n o s h a r á c o m p r e n d e r m e j o r el m e c a n i s m o . A l final
d e l a R e p ú b l i c a r o m a n a , a C é s a r le m u e v e l a p a s i ó n d e l p o d e r ; a c c e d e a
las p r i n c i p a l e s m a g i s t r a t u r a s , al m a n d o d e las l e g i o n e s , al g o b i e r n o d e las
provincias (tesis). Sus e n e m i g o s — P o m p e y o , C r a s o , e t c . — , q u e t a m b i é n
t i e n e n a m b i c i o n e s p e r s o n a l e s , p o n e n o b s t á c u l o s e n su c a m i n o ; las c o n s e -
c u e n c i a s s o n v i o l e n t a s g u e r r a s civiles ( a n t í t e s i s ) . C é s a r t r i u n f a s o b r e s u s ri-
v a l e s , se i m p o n e e n R o m a c o m o ú n i c o d u e ñ o e i n s t a u r a el p r i n c i p a d o , se-
g ú n el m o d e l o d e u n a m o n a r q u í a h e l e n í s t i c a ( s í n t e s i s ) . D u r a n t e e s t e e n -
f r e n t a m i e n t o , q u e i n c e n d i a t o d o el m u n d o m e d í t a r r á n e o , l o s p r o t a g o n i s t a s
s o n m o v i d o s p o r f u e r z a s p r o f u n d a s , sin t e n e r c l a r a m e n t e c o n s c i e n c i a d e sus
o b j e t i v o s . C é s a r c r e ó el I m p e r i o sin h a b e r l o q u e r i d o e x p l í c i t a m e n t e . Se
p o n e d e r e l i e v e , a l a v e z , c o m o lo c o n c i b e H e g e l , el p a p e l d e l o s « g r a n d e s
h o m b r e s » . Según él, los individuos fuera d e lo c o m ú n — A l e j a n d r o , C é s a r ,
N a p o l e ó n , e t c . — s o n l o s q u e «el t i e m p o r e c l a m a » , a q u e l l o s c u y a s a m b i c i o -
77
y 1845) c o n el n o m b r e d e H e g e l d i e c i o c h o v o l ú m e n e s , e n t r e los q u e s e e n -
c u e n t r a n La estética, La filosofía de la religión y Lecciones sobre la filoso-
fía de la historia.
El pensamiento de Hegel preconiza un idealismo absoluto, que supone
u n a i d e n t i d a d e n t r e el s u j e t o y el o b j e t o , e n t r e el c o n o c e r y el s e r . E n e s t e
s e n t i d o , H e g e l r e e c u e n t r a el « r e a l i s m o » d e la A n t i g ü e d a d , q u e b r a n t a d o
m o m e n t á n e a m e n t e p o r el « n o m i n a l i s m o » d e la E d a d M e d i a . P o d e m o s a p r e -
ciar e s t e ' p u r o i d e a l i s m o e n e s t e p a s a j e d e las Lecciones sobre la filosofía
de la historia: « E l e s p í r i t u t i e n e su c e n t r o e n sí m i s m o ; c a r e c e d e u n i d a d
f u e r a d e é l , p e r o la h a e n c o n t r a d o , está e n sí m i s m o y c o n sí m i s m o . . . E l
e s p í r i t u se c o n o c e a sí m i s m o ; es el j u i c i o d e su p r o p i a n a t u r a l e z a ; t a m b i é n
es la a c t i v i d a d a t r a v é s d e la c u a l se f o r m a a sí m i s m o , se p r o d u c e , s e h a c e
lo q u e es e n sí m i s m o . » S e g ú n e s t a d e f i n i c i ó n , p o d e m o s d e c i r d e l a h i s t o r i a
u n i v e r s a l q u e es la r e p r e s e n t a c i ó n d e l e s p í r i t u e n s u e s f u e r z o p o r a d q u i r i r
el c o n o c i m i e n t o d e l o q u e es ( I n t r o d u c c i ó n , p . 2 7 ) . E n e s t a s c o n d i c i o n e s ,
la filosofía d e la h i s t o r i a n o p o d r í a d e c i r lo q u e d e b e ser el m u n d o , n i p r o -
d u c i r e s t e m u n d o a fortiori. « L a filosofía d e la h i s t o r i a s ó l o significa s u c o n -
s i d e r a c i ó n r e f l e x i o n a d a . . . » L a ú n i c a i d e a q u e a p o r t a la filosofía es q u e la
r a z ó n g o b i e r n a el m u n d o y q u e , e n c o n s e c u e n c i a , «la h i s t o r i a d e l m u n d o
es el m o v i m i e n t o g r a c i a s al c u a l la s u b s t a n c i a e s p i r i t u a l e n t r a e n p o s e s i ó n
d e s u r e a l i d a d » . E s difícil i m a g i n a r u n a c o n s t r u c c i ó n m á s a b s t r a c t a : la h i s -
t o r i a d e l e s p í r i t u se c o n f u n d e c o n l a h i s t o r i a d e l u n i v e r s o .
H e g e l , s i g u i e n d o a B o s s u e t , a c e n t u a n d o a K a n t , se m a n t i e n e r e s u e l t a -
m e n t e e n u n a p e r s p e c t i v a t e l e o l ó g i c a : n o a d m i t e q u e el m u n d o s e h a y a li-
b e r a d o al a z a r . « T e n e m o s q u e b u s c a r e n l a h i s t o r i a u n o b j e t i v o u n i v e r s a l ,
el o b j e t i v o final d e l m u n d o , n o u n o b j e t i v o p a r t i c u l a r d e l e s p í r i t u s u b j e t i v o
o del s e n t i m i e n t o h u m a n o . D e b e m o s captarla con la r a z ó n , ya q u e ésta n o
p u e d e encontrar interés en ningún objetivo particular, sino ú n i c a m e n t e e n
el a b s o l u t o . » L a r e a l i z a c i ó n p r o f a n a d e la f i n a l i d a d d e l u n i v e r s o se o p e r a
p o r el p r o g r e s o d e l e s p í r i t u . « S e t r a t a p o r t a n t o d e l o b j e t i v o final q u e p e r -
s i g u e la h u m a n i d a d , q u e el e s p í r i t u se p r o p a g u e e n el m u n d o y q u e s e r e a -
lice i m p u l s a d o p o r u n a f u e r z a infinita. Su o b j e t i v o e s llegar a la c o n s c i e n -
cia d e u n o m i s m o , d e a d e c u a r el m u n d o a u n o m i s m o . » Y la e v o l u c i ó n d e l
e s p í r i t u v a e n el s e n t i d o d e l p r o g r e s o .
L a n a t u r a l e z a s ó l o c o n o c e u n r e t o r n o cíclico d e l a s e s t a c i o n e s ; la r a z ó n
se d i r i g e h a c i a u n ú l t i m o fin: « E n l a n a t u r a l e z a , l a r e s u r r e c c i ó n s ó l o es l a
r e p e t i c i ó n d e lo m i s m o , u n a m o n ó t o n a h i s t o r i a q u e s i g u e u n i d é n t i c o ciclo.
N o h a y n a d a n u e v o b a j o el sol. N o s u c e d e lo m i s m o c o n el sol d e l e s p í r i t u .
S u m a r c h a , su m o v i m i e n t o n o es u n a a u t o r r e p e t i c i ó n . E l a s p e c t o c a m b i a n -
t e q u e r e v i s t e el e s p í r i t u e s e s e n c i a l m e n t e el p r o g r e s o (La razón de la his-
toria).
H e g e l i n t r o d u c e la d i m e n s i ó n d e la t e m p o r a l i d a d . E n la t r a d i c i ó n m e -
d i e v a l , el t i e m p o se c o n c e b í a c o m o u n a d e g r a d a c i ó n o n t o l ó g i c a . E n l a c o n -
c e p c i ó n h e g e l i a n a , el t i e m p o d e v i e n e u n a c a t e g o r í a d e i n t e l i g i b i l i d a d . « E l
e s p í r i t u s e m a n i f i e s t a n e c e s a r i a m e n t e e n el t i e m p o ; d u r a n t e t o d o el t i e m p o
q u e n e c e s i t a su c o n c e p t o p u r o . . . » (Fenomenología del espíritu). E l e s p í r i -
t u , a c t o r p r i n c i p a l d e la h i s t o r i a , n o t o m a d i r e c t a m e n t e c o n s c i e n c i a d e sí
m i s m o , s i n o p o r u n m o v i m i e n t o d i a l é c t i c o , p o r u n a o p e r a c i ó n a ritmo t e r -
n a r i o . E l m o v i m i e n t o d i a l é c t i c o s u p o n e t r e s m o m e n t o s : la tesis (el s e r ) ; la
antítesis (el n o - s e r ) ; la síntesis (el d e v e n i r ) . E n su m o v i m i e n t o , el e s p í r i t u
76
s e p o s a e n sí m i s m o , s e d e s a r r o l l a f u e r a d e sí m i s m o , p a r a v o l v e r a sí m i s -
m o ; a t r a v é s d e e s t a s m u t a c i o n e s , el e s p í r i t u l l e g a a u n a f o r m a n u e v a , l o -
g r a c o n s t i t u i r u n a u n i d a d s u p e r i o r : « E l e s p í r i t u q u e se f o r m a m a d u r a , l e n t a
y silenciosamente h a s t a su n u e v a figura, desintegra fragmento a f r a g m e n t o
el edificio d e s u m u n d o p r e c e d e n t e . . . E s t a c o n t i n u a f r a g m e n t a c i ó n , q u e n o
a l t e r a b a la fisonomía d e l t o d o , s e v e b r u s c a m e n t e i n t e r r u m p i d a p o r l a sa-
l i d a d e l sol q u e , c o n su s u b d i t a l u z , d i b u j a u n a v e z m á s la f o r m a d e l m u n -
d o n u e v o » (Fenomenología del espíritu). H e g e l n o se h m i t a a e n u n c i a r u n
p u r o i d e a l i s m o , h e c h o c o r r i e n t e e n el siglo x v í n ; i n v e n t a el m o v i m i e n t o d i a -
l é c t i c o , q u e d o m i n a r á el p e n s a m i e n t o d e l siglo XTX.
H e g e l se inspira en K a n t c u a n d o percibe u n «plan oculto», q u e escapa
a la c o n s c i e n c i a d e l a e s p e c i e h u m a n a . L a l i b e r t a d , r e a l i z a c i ó n p o r el e s p í -
ritu d e su p r o p i a e s e n c i a , e s l a f i n a l i d a d a b s o l u t a d e l a h i s t o r i a . ¿ P o r q u é
m e d i o p r o g r e s a l a l i b e r t a d e n l a h i s t o r i a ? L a s a c c i o n e s d e los h o m b r e s se
d e r i v a n d e sus i n t e r e s e s e g o í s t a s c o n m a y o r f r e c u e n c i a q u e d e sus v i r t u d e s .
A p a r e n t e m e n t e , l a h i s t o r i a e s t r á g i c a , y a q u e l a v i o l e n c i a d e las p a s i o n e s
p a r e c e d e t e r m i n a r el c u r s o d e l o s a s u n t o s h u m a n o s : las g u e r r a s , las l u c h a s
s o c i a l e s , l o s conflictos e n t r e e s t a d o s , e t c . E n r e a l i d a d , el e s p í r i t u r e a l i z a
l o s fines r a c i o n a l e s a t r a v é s d e l a s a c c i o n e s d e los h o m b r e s : « I n t e r v i e n e n
d o s e l e m e n t o s : u n o e s l a i d e a ; o t r o , l a s p a s i o n e s h u m a n a s ; u n o es l a c a d e -
n a , el o t r o es l a t r a m a d e l g r a n t a p i z q u e c o n s t i t u y e l a h i s t o r i a u n i v e r s a l . . .
p r e s e n t á n d o s e a s í , b a j o f o r m a d e e s e n c i a d e l a v o l u n t a d d e la n a t u r a l e z a . . . ,
l a n e c e s i d a d , el i n s t i n t o , l a p a s i ó n , el i n t e r é s p a r t i c u l a r q u e e x i s t e i n m e d i a -
t a m e n t e p o r sí m i s m o . . . E s t a i n m e n s a a m a l g a m a d e v o l u n t a d , d e i n t e r é s ,
d e a c t i v i d a d , c o n s t i t u y e el c o n j u n t o d e i n s t r u m e n t o s y m e d i o s d e q u e se sir-
v e el g e n i o d e l u n i v e r s o p a r a r e a l i z a r s u fin, e l e v a r l o a la c o n s c i e n c i a y r e a -
l i z a r l o . . . » (Lecciones sobre filosofía de la historia). F i n a l m e n t e , la historia
universal aparece c o m o u n p r o c e s o , lento, obscuro, doloroso, a través del
c u a l l a h u m a n i d a d p a s a d e l i n c o n s c i e n t e al c o n s c i e n t e .
E s e n t o n c e s c u a n d o H e g e l a v a n z a l a i d e a d e la « t r a m p a d e l a r a z ó n » .
E n el c u r s o d e l a h i s t o r i a d e las a c c i o n e s d e los h o m b r e s s e d e r i v a a l g o di-
f e r e n t e d e a q u e l l o q u e p r o y e c t a r o n , d e l o q u e s a b e o d e lo q u e d e s e a n .
L o s i n d i v i d u o s c r e e n r e a l i z a r sus p r o p i o s o b j e t i v o s , d e f e n d e r sus i n t e r e s e s ,
y n o h a c e n m á s q u e r e a l i z a r , sin d a r s e c u e n t a d e e l l o , u n d e s t i n o m á s v a s -
t o , q u e les s u p e r a . L a r a z ó n , m e d i a n t e u n a a r t i m a ñ a , s a c a p a r t i d o d e l i n s -
t i n t o c o l e c t i v o p a r a h a c e r a v a n z a r a la h u m a n i d a d p o r la vía d e la p e r f e c -
c i ó n . U n c a s o h i s t ó r i c o n o s h a r á c o m p r e n d e r m e j o r el m e c a n i s m o . A l final
d e l a R e p ú b l i c a r o m a n a , a C é s a r le m u e v e l a p a s i ó n d e l p o d e r ; a c c e d e a
las p r i n c i p a l e s m a g i s t r a t u r a s , al m a n d o d e las l e g i o n e s , al g o b i e r n o d e las
provincias (tesis). Sus e n e m i g o s — P o m p e y o , C r a s o , e t c . — , q u e t a m b i é n
t i e n e n a m b i c i o n e s p e r s o n a l e s , p o n e n o b s t á c u l o s e n su c a m i n o ; las c o n s e -
c u e n c i a s s o n v i o l e n t a s g u e r r a s civiles ( a n t í t e s i s ) . C é s a r t r i u n f a s o b r e s u s ri-
v a l e s , se i m p o n e e n R o m a c o m o ú n i c o d u e ñ o e i n s t a u r a el p r i n c i p a d o , se-
g ú n el m o d e l o d e u n a m o n a r q u í a h e l e n í s t i c a ( s í n t e s i s ) . D u r a n t e e s t e e n -
f r e n t a m i e n t o , q u e i n c e n d i a t o d o el m u n d o m e d í t a r r á n e o , l o s p r o t a g o n i s t a s
s o n m o v i d o s p o r f u e r z a s p r o f u n d a s , sin t e n e r c l a r a m e n t e c o n s c i e n c i a d e sus
o b j e t i v o s . C é s a r c r e ó el I m p e r i o sin h a b e r l o q u e r i d o e x p l í c i t a m e n t e . Se
p o n e d e r e l i e v e , a l a v e z , c o m o lo c o n c i b e H e g e l , el p a p e l d e l o s « g r a n d e s
h o m b r e s » . Según él, los individuos fuera d e lo c o m ú n — A l e j a n d r o , C é s a r ,
N a p o l e ó n , e t c . — s o n l o s q u e «el t i e m p o r e c l a m a » , a q u e l l o s c u y a s a m b i c i o -
77
n e s y ; a c c i o n e s s é ; a d a p t a n m e j o r a l a s c i r c u n s t a n c i a s históricas^(Lecciones••
sobre filosofía de la historia).
E n d e f i n i t i v a , H e g e l d e j a e n t r e v e r el o b j e t i v o final h a c i a el q u e la R a ­
z ó n g u í a a la h u m a n i d a d . E l filósofo, p r o t e g i d o p o r la m o n a r q u í a p r u s i a n a ,
e x p u s o s u t e o r í a d e l e s t a d o b á s i c a m e n t e e n La filosofía del derecho ( 1 8 2 1 ) .
L a f a m i l i a , l a s o c i e d a d civil, el e s t a d o s e p r e s e n t a n c o m o l o s t r e s e s t a d i o s
d e u n a a s c e n s i ó n h a c i a lo a b s o l u t o . L a familia e s t á u n i d a p o r l a z o s n a t u ­
r a l e s , p e r o s ó l o c o n o c e sus i n t e r e s e s p a r t i c u l a r e s . P a r a s a t i s f a c e r l a s n e c e ­
s i d a d e s m a t e r i a l e s d e los h o m b r e s , l a s o c i e d a d civil s e v e o b l i g a d a a e s t r u c ­
t u r a r instituciones e c o n ó m i c a s , sociales y jurídicas, q u e n o p u e d e n ser p e r ­
fectas t o d a s . E l e s t a d o p e r m i t e acceder, a u n nivel s u p e r i o r : l a a d m i n i s t r a ­
c i ó n , q u e s e a p o y a e n la «clase u n i v e r s a l » (los f u n c i o n a r i o s ) , l o g r a c o n c i ­
liar los i n t e r e s e s p r i v a d o s y l o s fines g e n e r a l e s . « E l e s t a d o e s la r e a l i d a d
p o r m e d i o d e l a c u a l el i n d i v i d u o p o s e e s u l i b e r t a d y d i s f r u t a d e e l l a . . . E l
e s t a d o es la v i d a v e r d a d e r a m e n t e m o r a l , y a q u e es l a u n i d a d d e la v o l u n ­
t a d g e n e r a l . . . E n la historia universal, sólo se p u e d e h a b l a r d e p u e b l o s q u e
f o r m a n u n e s t a d o . E n e f e c t o , h a y q u e s a b e r q u e u n E s t a d o es l a r e a l i z a ­
c i ó n d e l a l i b e r t a d , es d e c i r , d e l o b j e t i v o final a b s o l u t o » (Lección sobre fi­
losofía de la historia). La conclusión hegeliana parece bastante decepcio­
n a n t e : l a l a r g a m a r c h a d e l e s p í r i t u , a c o m p a s a d a p o r l o s m o v i m i e n t o s d e la
dialéctica, c o n d u c e a la creación d e u n e s t a d o m o d e r n o , b u r o c r á t i c o , q u e
se s u p o n e q u e e n c a r n a l a m o r a l , l a l i b e r t a d y la r a z ó n , l a f o r m a ú l t i m a d e l
progreso.
3. COMTE Y EL POSITIVISMO
A u g u s t o C o m t e n a c i ó e n M o n t p e f i i e r e n 1798. H i z o e s t u d i o s s e c u n d a ­
rios e n su c i u d a d n a t a l , fue a l a c a p i t a l y e n t r ó e n la E s c u e l a P o l i t é c n i c a
e n 1814, d e la q u e fue e x p u l s a d o p o r i n d i s c i p l i n a e n 1816. T u v o q u e g a ­
n a r s e l a v i d a d a n d o l e c c i o n e s d e m a t e m á t i c a s , m á s t a r d e fue s e c r e t a r i o d e
S a i n t - S i m o n . F u e e n e s t a é p o c a , e n t r e 1817 y 1824, c u a n d o A . C o m t e «se
e m a n c i p a d e las c r e e n c i a s r e l i g i o s a s » , se a d h i e r e a las i d e a s r a c i o n a l i s t a s y
se d e s l i z a p o c o a p o c o h a c i a i d e a s « s o c i a l i s t a s » . A p a r t i r d e e n t o n c e s , d u ­
r a n t e u n c u a r t o d e siglo, A . C o m t e c o n s t r u y e s u g r a n o b r a : Cursos de fi­
losofía positiva, q u e , e n u n a s s e s e n t a l e c c i o n e s , t r a t a d e la f o r m a c i ó n d e
las c i e n c i a s y la e v o l u c i ó n d e las s o c i e d a d e s . L a p u b l i c a c i ó n d e l o s seis v o ­
l ú m e n e s d e l « c u r s o » , se e x t i e n d e d e 1830 a 1852 a c a u s a d e las c o r r e c c i o ­
n e s , c o m p l e m e n t o s , p r o l o n g a c i o n e s , etc. E n su vida p r i v a d a , A . C o m t e co­
n o c i ó g r a v e s d i f i c u l t a d e s : t u v o p e n o s a s r e l a c i o n e s c o n su e s p o s a , C a r o l i n e
M a s s i n ; sufrió p r o b l e m a s m e n t a l e s q u e l e c o n d u j e r o n a u n a t e n t a t i v a d e sui­
c i d i o , s e g u i d a d e u n i n t e r n a m i e n t o t e m p o r a l ; f i n a l m e n t e , se e n a m o r ó p e r ­
d i d a m e n t e , sin é x i t o , d e C l o t i l d e d e V a u x , y su a m o r c o n t r a r i a d o s e c o n ­
v i r t i ó e n e x a l t a c i ó n m í s t i c a . A . C o m t e t e r m i n a su r e f l e x i ó n c o n d o s o b r a s
d e t o n o r e l i g i o s o : Catecismo positivista, e n 1 8 5 2 , y El sistema de política po­
sitiva, e n 1853-1854. E l n u e v o p r o f e t a d e l a « r e l i g i ó n d e l a h u m a n i d a d » m u -
r í o e n P a r í s e n 1857.
A u g u s t o C o m t e p u e d e s e r c o n s i d e r a d o , l e g í t i m a m e n t e , c o m o el « i n v e n ­
t o r » d e la s o c i o l o g í a . S u m a e s t r o — y j e f e — , H . d e S a i n t - S i m o n , a f i r m a la
p o s i b i l i d a d d e u n a c i e n c i a d e l h o m b r e , c o n c e b i d a c o m o u n a fisiología a m -
78
p l i a d a d e l o o r g á n i c o a l o s o c i a l , e n El catecismo de los industriales (1823).
A . C o m t e r e c u p e r a l a i d e a d e u n a c i e n c i a d e la s o c i e d a d — l a «física s o ­
c i a l » — q u e s e r í a a n á l o g a a las o t r a s r a m a s d e la física o , m á s a m p l i a m e n t e ,
a las c i e n c i a s d e l a n a t u r a l e z a . L a física social d e b e s e r «la c i e n c i a d e la es­
pecie... e n t e n d i d a c o m o u n a i n m e n s a y e t e r n a u n i d a d social». A partir d e
l a l e c c i ó n 4 7 d e «filosofía p o s i t i v a » , A . C o m t e d e n o m i n a « s o c i o l o g í a » a e s t e
n u e v o sector del saber y la define c o m o la « v e r d a d e r a ciencia d e la natu­
r a l e z a h u m a n a . . . y la c l a v e d e l a filosofía p o s i t i v a » . S e g ú n G . G u r v i t c h , A .
C o m t e es el p a d r e d e l a s o c i o l o g í a : e n e f e c t o , el a p ó s t o l d e l p o s i t i v i s m o
p u s o e n e v i d e n c i a el c a r á c t e r i r r e d u c t i b l e d e la r e a l i d a d s o c i a l ; i n t e n t ó d e ­
t e r m i n a r la p o s i c i ó n d e la s o c i o l o g í a e n t r e las d e m á s c i e n c i a s h u m a n a s , y
e n r e l a c i ó n a l a s c i e n c i a s d e la n a t u r a l e z a ; p u d o e n r i q u e c e r la s o c i o l o g í a
c o n los d e s c u b r i m i e n t o s d e la h i s t o r i a y d e la e t n o g r a f í a ; finalmente, o b ­
s e r v ó l a d i f i c u l t a d m e t o d o l ó g i c a d e u n a c i e n c i a e n la q u e el s u j e t o y el o b ­
j e t o p u e d e n c o n f u n d i r s e , e n la q u e u n h o m b r e se e n t r e g a al e s t u d i o d e l o s
demás hombres.
P o r t a n t o , s e g ú n A . C o m t e , l a s o c i o l o g í a es « e l e s t u d i o p o s i t i v o d e l c o n ­
j u n t o d e leyes f u n d a m e n t a l e s p r o p i a s d e los f e n ó m e n o s sociales». L a suso­
d i c h a c i e n c i a se d i v i d e e n d o s r a m a s s e g ú n se t r a t e d e e s t a b l e c e r « l e y e s e s ­
t á t i c a s » — q u e c o n c i e r n e n a la e x i s t e n c i a d e la s o c i e d a d — o d e t e r m i n a «le­
y e s d i n á m i c a s » — q u e se r e l a c i o n a n c o n el m o v i m i e n t o d e la s o c i e d a d — .
L a « e s t á t i c a social» s e r í a l a t e o r í a d e l o r d e n ; l a « d i n á m i c a social» s e r í a la
t e o r í a d e l p r o g r e s o . A e s t e n i v e l , A . C o m t e d e s v e l a , d e s d e la p r i m e r a e d i ­
c i ó n d e l c u r s o d e filosofía p o s i t i v a , l a «ley d e l o s t r e s e s t a d i o s » : « A l e s t u ­
d i a r el d e s a r r o l l o t o t a l d e l a i n t e l i g e n c i a h u m a n a e n sus d i v e r s a s e s f e r a s d e
a c t i v i d a d , d e s d e su p r i m e r y m á s s i m p l e d e s a r r o l l o h a s t a n u e s t r o s d í a s , c r e o
h a b e r d e s c u b i e r t o u n a ley f u n d a m e n t a l a l a q u e e s t á s u j e t o p o r u n a i n v a ­
riable n e c e s i d a d , y q u e m e p a r e c e s ó l i d a m e n t e e s t a b l e c i d a , s e a p o r las p r u e ­
b a s r a c i o n a l e s s u m i n i s t r a d a s p o r el c o n o c i m i e n t o d e n u e s t r a o r g a n i z a c i ó n ,
s e a p o r las v e r i f i c a c i o n e s h i s t ó r i c a s s u r g i d a s d e u n a t e n t o e x a m e n d e l p a ­
s a d o . E s t a ley c o n s i s t e e n q u e c a d a u n a d e n u e s t r a s c o n c e p c i o n e s p r i n c i ­
pales, cada r a m a d e nuestros conocimientos, pasa sucesivamente p o r tres
e s t a d i o s t e ó r i c o s d i f e r e n t e s : el e s t a d i o t e o l ó g i c o o ficticio; el e s t a d i o m e t a -
físico o a b s t r a c t o ; el e s t a d i o científico p o s i t i v o . . . »
E n el estadio teológico, el espíritu h u m a n o , al dirigir esencialmente
sus investigaciones hacia la naturaleza íntima de los seres, las causas pri­
meras y finales de todos los efectos que le afectan; en una palabra, hacia
todos los conocimientos absolutos, se representan los fenómenos como
producidos por la acción directa y continua de agentes sobrenaturales más
o menos numerosos, cuya intervención arbitraria explica todas las ano­
malías aparentes del universo. E n el estadio metafísico, que en el fondo
no es más que una simple modificación del primero, los agentes sobrena­
turales son sustituidos por fuerza abstractas, verdaderas entidades (abs­
tracciones personificadas), inherentes a los diversos seres del mundo y
concebidas como capaces de generar por sí mismas todos los fenómenos
observados, cuya explicación consiste entonces en asignar a cada uno la
entidad correspondiente. Finalmente, en el estadio positivo, el espíritu hu­
m a n o , al reconocer la imposibilidad de obtener nociones absolutas, re­
nuncia a buscar el origen y destino del universo y a conocer las causas
íntimas de los fenómenos, para dedicarse únicamente a descubrir sus le-
79
n e s y ; a c c i o n e s s é ; a d a p t a n m e j o r a l a s c i r c u n s t a n c i a s históricas^(Lecciones••
sobre filosofía de la historia).
E n d e f i n i t i v a , H e g e l d e j a e n t r e v e r el o b j e t i v o final h a c i a el q u e la R a ­
z ó n g u í a a la h u m a n i d a d . E l filósofo, p r o t e g i d o p o r la m o n a r q u í a p r u s i a n a ,
e x p u s o s u t e o r í a d e l e s t a d o b á s i c a m e n t e e n La filosofía del derecho ( 1 8 2 1 ) .
L a f a m i l i a , l a s o c i e d a d civil, el e s t a d o s e p r e s e n t a n c o m o l o s t r e s e s t a d i o s
d e u n a a s c e n s i ó n h a c i a lo a b s o l u t o . L a familia e s t á u n i d a p o r l a z o s n a t u ­
r a l e s , p e r o s ó l o c o n o c e sus i n t e r e s e s p a r t i c u l a r e s . P a r a s a t i s f a c e r l a s n e c e ­
s i d a d e s m a t e r i a l e s d e los h o m b r e s , l a s o c i e d a d civil s e v e o b l i g a d a a e s t r u c ­
t u r a r instituciones e c o n ó m i c a s , sociales y jurídicas, q u e n o p u e d e n ser p e r ­
fectas t o d a s . E l e s t a d o p e r m i t e acceder, a u n nivel s u p e r i o r : l a a d m i n i s t r a ­
c i ó n , q u e s e a p o y a e n la «clase u n i v e r s a l » (los f u n c i o n a r i o s ) , l o g r a c o n c i ­
liar los i n t e r e s e s p r i v a d o s y l o s fines g e n e r a l e s . « E l e s t a d o e s la r e a l i d a d
p o r m e d i o d e l a c u a l el i n d i v i d u o p o s e e s u l i b e r t a d y d i s f r u t a d e e l l a . . . E l
e s t a d o es la v i d a v e r d a d e r a m e n t e m o r a l , y a q u e es l a u n i d a d d e la v o l u n ­
t a d g e n e r a l . . . E n la historia universal, sólo se p u e d e h a b l a r d e p u e b l o s q u e
f o r m a n u n e s t a d o . E n e f e c t o , h a y q u e s a b e r q u e u n E s t a d o es l a r e a l i z a ­
c i ó n d e l a l i b e r t a d , es d e c i r , d e l o b j e t i v o final a b s o l u t o » (Lección sobre fi­
losofía de la historia). La conclusión hegeliana parece bastante decepcio­
n a n t e : l a l a r g a m a r c h a d e l e s p í r i t u , a c o m p a s a d a p o r l o s m o v i m i e n t o s d e la
dialéctica, c o n d u c e a la creación d e u n e s t a d o m o d e r n o , b u r o c r á t i c o , q u e
se s u p o n e q u e e n c a r n a l a m o r a l , l a l i b e r t a d y la r a z ó n , l a f o r m a ú l t i m a d e l
progreso.
3. COMTE Y EL POSITIVISMO
A u g u s t o C o m t e n a c i ó e n M o n t p e f i i e r e n 1798. H i z o e s t u d i o s s e c u n d a ­
rios e n su c i u d a d n a t a l , fue a l a c a p i t a l y e n t r ó e n la E s c u e l a P o l i t é c n i c a
e n 1814, d e la q u e fue e x p u l s a d o p o r i n d i s c i p l i n a e n 1816. T u v o q u e g a ­
n a r s e l a v i d a d a n d o l e c c i o n e s d e m a t e m á t i c a s , m á s t a r d e fue s e c r e t a r i o d e
S a i n t - S i m o n . F u e e n e s t a é p o c a , e n t r e 1817 y 1824, c u a n d o A . C o m t e «se
e m a n c i p a d e las c r e e n c i a s r e l i g i o s a s » , se a d h i e r e a las i d e a s r a c i o n a l i s t a s y
se d e s l i z a p o c o a p o c o h a c i a i d e a s « s o c i a l i s t a s » . A p a r t i r d e e n t o n c e s , d u ­
r a n t e u n c u a r t o d e siglo, A . C o m t e c o n s t r u y e s u g r a n o b r a : Cursos de fi­
losofía positiva, q u e , e n u n a s s e s e n t a l e c c i o n e s , t r a t a d e la f o r m a c i ó n d e
las c i e n c i a s y la e v o l u c i ó n d e las s o c i e d a d e s . L a p u b l i c a c i ó n d e l o s seis v o ­
l ú m e n e s d e l « c u r s o » , se e x t i e n d e d e 1830 a 1852 a c a u s a d e las c o r r e c c i o ­
n e s , c o m p l e m e n t o s , p r o l o n g a c i o n e s , etc. E n su vida p r i v a d a , A . C o m t e co­
n o c i ó g r a v e s d i f i c u l t a d e s : t u v o p e n o s a s r e l a c i o n e s c o n su e s p o s a , C a r o l i n e
M a s s i n ; sufrió p r o b l e m a s m e n t a l e s q u e l e c o n d u j e r o n a u n a t e n t a t i v a d e sui­
c i d i o , s e g u i d a d e u n i n t e r n a m i e n t o t e m p o r a l ; f i n a l m e n t e , se e n a m o r ó p e r ­
d i d a m e n t e , sin é x i t o , d e C l o t i l d e d e V a u x , y su a m o r c o n t r a r i a d o s e c o n ­
v i r t i ó e n e x a l t a c i ó n m í s t i c a . A . C o m t e t e r m i n a su r e f l e x i ó n c o n d o s o b r a s
d e t o n o r e l i g i o s o : Catecismo positivista, e n 1 8 5 2 , y El sistema de política po­
sitiva, e n 1853-1854. E l n u e v o p r o f e t a d e l a « r e l i g i ó n d e l a h u m a n i d a d » m u -
r í o e n P a r í s e n 1857.
A u g u s t o C o m t e p u e d e s e r c o n s i d e r a d o , l e g í t i m a m e n t e , c o m o el « i n v e n ­
t o r » d e la s o c i o l o g í a . S u m a e s t r o — y j e f e — , H . d e S a i n t - S i m o n , a f i r m a la
p o s i b i l i d a d d e u n a c i e n c i a d e l h o m b r e , c o n c e b i d a c o m o u n a fisiología a m -
78
p l i a d a d e l o o r g á n i c o a l o s o c i a l , e n El catecismo de los industriales (1823).
A . C o m t e r e c u p e r a l a i d e a d e u n a c i e n c i a d e la s o c i e d a d — l a «física s o ­
c i a l » — q u e s e r í a a n á l o g a a las o t r a s r a m a s d e la física o , m á s a m p l i a m e n t e ,
a las c i e n c i a s d e l a n a t u r a l e z a . L a física social d e b e s e r «la c i e n c i a d e la es­
pecie... e n t e n d i d a c o m o u n a i n m e n s a y e t e r n a u n i d a d social». A partir d e
l a l e c c i ó n 4 7 d e «filosofía p o s i t i v a » , A . C o m t e d e n o m i n a « s o c i o l o g í a » a e s t e
n u e v o sector del saber y la define c o m o la « v e r d a d e r a ciencia d e la natu­
r a l e z a h u m a n a . . . y la c l a v e d e l a filosofía p o s i t i v a » . S e g ú n G . G u r v i t c h , A .
C o m t e es el p a d r e d e l a s o c i o l o g í a : e n e f e c t o , el a p ó s t o l d e l p o s i t i v i s m o
p u s o e n e v i d e n c i a el c a r á c t e r i r r e d u c t i b l e d e la r e a l i d a d s o c i a l ; i n t e n t ó d e ­
t e r m i n a r la p o s i c i ó n d e la s o c i o l o g í a e n t r e las d e m á s c i e n c i a s h u m a n a s , y
e n r e l a c i ó n a l a s c i e n c i a s d e la n a t u r a l e z a ; p u d o e n r i q u e c e r la s o c i o l o g í a
c o n los d e s c u b r i m i e n t o s d e la h i s t o r i a y d e la e t n o g r a f í a ; finalmente, o b ­
s e r v ó l a d i f i c u l t a d m e t o d o l ó g i c a d e u n a c i e n c i a e n la q u e el s u j e t o y el o b ­
j e t o p u e d e n c o n f u n d i r s e , e n la q u e u n h o m b r e se e n t r e g a al e s t u d i o d e l o s
demás hombres.
P o r t a n t o , s e g ú n A . C o m t e , l a s o c i o l o g í a es « e l e s t u d i o p o s i t i v o d e l c o n ­
j u n t o d e leyes f u n d a m e n t a l e s p r o p i a s d e los f e n ó m e n o s sociales». L a suso­
d i c h a c i e n c i a se d i v i d e e n d o s r a m a s s e g ú n se t r a t e d e e s t a b l e c e r « l e y e s e s ­
t á t i c a s » — q u e c o n c i e r n e n a la e x i s t e n c i a d e la s o c i e d a d — o d e t e r m i n a «le­
y e s d i n á m i c a s » — q u e se r e l a c i o n a n c o n el m o v i m i e n t o d e la s o c i e d a d — .
L a « e s t á t i c a social» s e r í a l a t e o r í a d e l o r d e n ; l a « d i n á m i c a social» s e r í a la
t e o r í a d e l p r o g r e s o . A e s t e n i v e l , A . C o m t e d e s v e l a , d e s d e la p r i m e r a e d i ­
c i ó n d e l c u r s o d e filosofía p o s i t i v a , l a «ley d e l o s t r e s e s t a d i o s » : « A l e s t u ­
d i a r el d e s a r r o l l o t o t a l d e l a i n t e l i g e n c i a h u m a n a e n sus d i v e r s a s e s f e r a s d e
a c t i v i d a d , d e s d e su p r i m e r y m á s s i m p l e d e s a r r o l l o h a s t a n u e s t r o s d í a s , c r e o
h a b e r d e s c u b i e r t o u n a ley f u n d a m e n t a l a l a q u e e s t á s u j e t o p o r u n a i n v a ­
riable n e c e s i d a d , y q u e m e p a r e c e s ó l i d a m e n t e e s t a b l e c i d a , s e a p o r las p r u e ­
b a s r a c i o n a l e s s u m i n i s t r a d a s p o r el c o n o c i m i e n t o d e n u e s t r a o r g a n i z a c i ó n ,
s e a p o r las v e r i f i c a c i o n e s h i s t ó r i c a s s u r g i d a s d e u n a t e n t o e x a m e n d e l p a ­
s a d o . E s t a ley c o n s i s t e e n q u e c a d a u n a d e n u e s t r a s c o n c e p c i o n e s p r i n c i ­
pales, cada r a m a d e nuestros conocimientos, pasa sucesivamente p o r tres
e s t a d i o s t e ó r i c o s d i f e r e n t e s : el e s t a d i o t e o l ó g i c o o ficticio; el e s t a d i o m e t a -
físico o a b s t r a c t o ; el e s t a d i o científico p o s i t i v o . . . »
E n el estadio teológico, el espíritu h u m a n o , al dirigir esencialmente
sus investigaciones hacia la naturaleza íntima de los seres, las causas pri­
meras y finales de todos los efectos que le afectan; en una palabra, hacia
todos los conocimientos absolutos, se representan los fenómenos como
producidos por la acción directa y continua de agentes sobrenaturales más
o menos numerosos, cuya intervención arbitraria explica todas las ano­
malías aparentes del universo. E n el estadio metafísico, que en el fondo
no es más que una simple modificación del primero, los agentes sobrena­
turales son sustituidos por fuerza abstractas, verdaderas entidades (abs­
tracciones personificadas), inherentes a los diversos seres del mundo y
concebidas como capaces de generar por sí mismas todos los fenómenos
observados, cuya explicación consiste entonces en asignar a cada uno la
entidad correspondiente. Finalmente, en el estadio positivo, el espíritu hu­
m a n o , al reconocer la imposibilidad de obtener nociones absolutas, re­
nuncia a buscar el origen y destino del universo y a conocer las causas
íntimas de los fenómenos, para dedicarse únicamente a descubrir sus le-
79
 yes efectivas, es decir, sus relaciones invariables de sucesión y similitud,
gracias al uso bien combinado del razonamiento y de la observación. La
explicación de los hechos, reducida a sus términos reales, no.es desde en-
tonces más que la relación establecida entre los distintos fenómenos par-
ticulares y algunos hechos generales, cuyo número disminuye cada vez
más gracias a los progresos de la ciencia (Curso de filosofía positiva, Pri-
mera lección, t. I, ed. 1864, pp. 8-10).
E n p r i n c i p i o , la «ley d e los t r e s e s t a d i o s » c o r r e s p o n d e ai u n a c i e r t a
e s t r u c t u r a d e la i n t e l i g e n c i a h u m a n a . A . C o m t e o b s e r v a : « C a d a u n o d e
n o s o t r o s , al c o n t e m p l a r su p r o p i a h i s t o r i a , ¿ n o r e c u e r d a q u e h a s i d o , su-
c e s i v a m e n t e , e n s u i n f a n c i a t e ó l o g o , e n s u j u v e n t u d m e t a f í s i c o y e n su m a -
d u r e z físico?» (Curso, t. I, p . 11). D e h e c h o , la «ley d e l o s t r e s e s t a d i o s »
c a r a c t e r i z a el m o d o d e c o n s t i t u c i ó n d e las c i e n c i a s . C a d a r a m a d e l c o n o c i -
m i e n t o p a s a p o r los t r e s e s t a d i o s y n o llega a s e r c i e n c i a m á s q u e e n el e s -
t a d i o p o s i t i v o . P o r o t r o l a d o , la e m e r g e n c i a p r o g r e s i v a d e l e s t a d i o p o s i t i v o
e n el s a b e r p e r m i t e clasificar las c i e n c i a s p o r o r d e n d e a p a r i c i ó n c r o n o l ó -
gica, d e g e n e r a l i d a d d e c r e c i e n t e y c o m p l e j i d a d c r e c i e n t e . L a s c i e n c i a s fun-
d a m e n t a l e s , a las q u e se i n c o r p o r a n las c i e n c i a s a p l i c a d a s , se clasifican e n
el s i g u i e n t e o r d e n j e r á r q u i c o : m a t e m á t i c a s , a s t r o n o m í a , física, q u í m i c a ,
b i o l o g í a . S e g ú n A . C o m t e , h a l l e g a d o el m o m e n t o d e a ñ a d i r u n a s e x t a a
la lista: la s o c i o l o g í a (o física s o c i a l ) . C o n e s t a n u e v a c i e n c i a p o s i t i v a , el
h o m b r e d e s c u b r e q u e es u n a n i m a l social y q u e e s t á e n s i t u a c i ó n d e c o m -
p r e n d e r las i n s t i t u c i o n e s r e l i g i o s a s , m o r a l e s , e d u c a t i v a s , p o l í t i c a s , j u r í d i -
c a s , e t c . , las c u a l e s r e g u l a n el f u n c i o n a m i e n t o d e las s o c i e d a d e s h u m a n a s .
A p r i m e r a v i s t a , la «ley d e los t r e s e s t a d i o s » se p r e s e n t a c o m o u n a t e o -
ría d e l c o n o c i m i e n t o ; si l a c o n t e m p l a m o s m á s c e r c a , t a m b i é n se r e v e l a c o m o
u n a filosofía d e la h i s t o r i a . E n e f e c t o , c u a n d o H e g e l s e p l a n t e a el p r o g r e s o
d e l E s p í r i t u s e g ú n los t r e s t i e m p o s d e la d i a l é c t i c a , C o m t e i m a g i n a l a p r o -
g r e s i ó n d e l e s p í r i t u h u m a n o p o r e t a p a s , s e g ú n el ritmo i g u a l m e n t e t e r n a -
r i o , p e r o d i f e r e n t e e n su e s e n c i a , d e los t r e s e s t a d i o s .
E n sus ú l t i m o s e s c r i t o s , A . C o m t e t a m b i é n p a r e c e a p l i c a r la «ley d e l o s
t r e s e s t a d i o s » a la e v o l u c i ó n d e las s o c i e d a d e s o c c i d e n t a l e s . E n l a E d a d M e -
d i a , el e s p í r i t u t e o l ó g i c o h a b r í a i m p u e s t o el r e c o n o c i m i e n t o d e u n a a u t o r i -
dad sacralizada, u n a confusión de poderes espirituales y t e m p o r a l e s , u n a
e s t r i c t a j e r a r q u í a s o c i a l , i n f l u e n c i a n d o t o d a l a o r g a n i z a c i ó n d e las i n s t i t u -
c i o n e s f e u d a l e s . E n los t i e m p o s m o d e r n o s , d e l R e n a c i m i e n t o al Siglo d e
las L u c e s , el e s p í r i t u m e t a f í s i c o h a b r í a e m p r e n d i d o u n a crítica r a d i c a l d e
las f o r m a s d e l p e n s a m i e n t o y d e las o r g a n i z a c i o n e s s o c i a l e s , p e r o f u n d á n -
d o s e e n e n t i d a d e s a b s t r a c t a s , c o m o los d e r e c h o s d e l h o m b r e , el e s t a d o c o n s -
t i t u c i o n a l , e t c . E n el siglo XIX, c u a n d o l a s o c i e d a d e u r o p e a e s t á c o m p r o -
m e t i d a e n la e r a i n d u s t r i a l , el e s p í r i t u p o s i t i v o d e b e r í a p r o m o v e r las c i e n -
cias y las t é c n i c a s e i n s t a u r a r u n n u e v o o r d e n e n el q u e los p o d e r e s s e r í a n
c o m p a r t i d o s e n t r e l o s s a b i o s filósofos y l o s c a p i t a n e s d e i n d u s t r i a . L a «ley
d e los t r e s e s t a d i o s » p e r m i t e p o r t a n t o i n t e r p r e t a r l a a v e n t u r a h u m a n a , e n
sus g r a n d e s l í n e a s , p o r lo m e n o s e n O c c i d e n t e .
D e s p u é s de h a b e r fundado u n a sociología, u n a ciencia de observación,
A . C o m t e a m b i c i o n a edificar u n a p o l í t i c a , u n m é t o d o d e a c c i ó n . A s í l o ex-
p o n e e n el Sistema de política positiva, p u b l i c a d o e n 1853-1854. E n e f e c t o ,
el c o n o c i m i e n t o científico d e los h e c h o s s o c i a l e s c o n f i e r e el m e d i o d e a c -
80
tuar s o b r e ellos, d e modificarlos, d e o r d e n a r l o s d e m a n e r a racional. Sin e m -
b a r g o , la p u e s t a en m a r c h a d e u n a política positiva implica la fundación d e
u n a religión positiva. E n este estadio, A . C o m t e t o m a p r e s t a d a u n a idea
a su m a e s t r o Saint-Simon, s e g ú n la cual sólo u n a n u e v a religión, a d a p t a d a
a l a e r a i n d u s t r i a l , p u e d e d a r s a t i s f a c c i ó n al a l t r u i s m o i n h e r e n t e a la n a t u -
r a l e z a h u m a n a . A p a r t i r d e e n t o n c e s s e v u e l c a e n el d e l i r i o m í s t i c o : c e l e -
b r a la «Religión d e la H u m a n i d a d » , cuyo d o g m a descansa s o b r e u n a cu-
riosa t r i n i d a d : E l G r a n E n t o r n o (el E s p a c i o ) , el G r a n F e t i c h e (la T i e r r a ) ,
el G r a n S e r (la H u m a n i d a d ) ; s u c u l t o s u p o n e la e x i s t e n c i a d e s a c e r d o t e s ,
d e t e m p l o s , d e s a c r a m e n t o s y s e o r i e n t a h a c i a l a a d o r a c i ó n d e la M u j e r
( q u e se p a r e c e c u r i o s a m e n t e a C l o t i l d e d e V a u x ) . E l p e n s a m i e n t o d e A .
C o m t e , m a r c a d o i n i c i a l m e n t e p o r u n c i e r t o r a c i o n a l i s m o , finaliza e n u n a
e x a l t a d a r e l i g i o s i d a d . E l c a s o n o es a i s l a d o . A m e d i a d o s d e l siglo XIX, l a
m a y o r p a r t e d e l o s s o c i a l i s t a s u t ó p i c o s — H . d e S a i n t - S i m o n y sus d i s c í p u -
los C h . F o u r i e r , V . C o n s i d e r a n t , P . L e r o u x , e t c . — mezclan e s t r e c h a m e n t e
l o s análisis c o n c r e t o s , d e s v e l a n d o l o s m e c a n i s m o s d e la s o c i e d a d c a p i t a l i s t a
i n d u s t r i a l y l o s s u e ñ o s m á s d e s b o c a d o s r e f e r e n t e s a la o r g a n i z a c i ó n a r m ó -
n i c a d e los s i s t e m a s e c o n ó m i c o s , p o l í t i c o s y r e l i g i o s o s , p r e t e n d i e n d o t o d o s
a s e g u r a r l a felicidad d e l o s h o m b r e s .
4. SPENGLER Y EL DESTINO ORGÁNICO
O . S p e n g l e r n a c i ó e n 1880 e n l a A l e m a n i a c e n t r a l , e n la r e g i ó n d e l
H a r z . A d q u i e r e u n a f o r m a c i ó n c i e n t í f i c a , l o q u e le p e r m i t e e n s e ñ a r m a t e -
máticas en distintos colegios secundarios, s o b r e t o d o en H a m b u r g o . D u -
r a n t e e s t o s a ñ o s d e l a Belle Époque acumula un bagaje de conocimientos
l i b r e s c o s y e m p i e z a a r e d a c t a r su Boceto para una morfología de la historia
universal. L a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l r e t r a s ó l a e l a b o r a c i ó n d e la o b r a ,
q u e n o s e p u b l i c ó h a s t a 1 9 1 8 , al m i s m o t i e m p o q u e l a d e r r o t a d e A l e m a -
n i a , b a j o u n t í t u l o t a n a t r a y e n t e c o m o i n q u i e t a n t e : La decadencia de Oc-
cidente. E l p r i m e r v o l u m e n s e p r e s e n t a c o m o u n a r e f l e x i ó n t e ó r i c a a c e r c a
d e l o s f u n d a m e n t o s d e l a c i e n c i a y d e l a r t e a t r a v é s d e t o d a s las civilizacio-
n e s (el l i b r o , c o m p a c t o , d e c o m p r e n s i ó n difícil, t i e n e m á s d e 875 p á g i n a s
en la edición francesa). E l segundo v o l u m e n , de peso m e n o s agobiante, d e
l e c t u r a m á s fácil, t r a t a e x c l u s i v a m e n t e d e l o s p r o b l e m a s d e la A l e m a n i a
c o n t e m p o r á n e a . L a o b r a t u v o i n m e d i a t a m e n t e g r a n é x i t o : su t i r a d a a l c a n -
z ó c e r c a d e cien m i l e j e m p l a r e s , es d e c i r , q u e s u p e r ó l a c o m u n i d a d c i e n t í -
fica p a r a a l c a n z a r u n a f r a c c i ó n b a s t a n t e a m p l i a d e la o p i n i ó n p ú b l i c a . M á s
t a r d e , O . Spengler publicó panfletos políticos — p o r e j e m p l o , «Prusianís-
imo y s o c i a l i s m o » e n 1 9 2 0 , y a r t í c u l o s s o b r e la a c t u a l i d a d , r e u n i d o s b a j o el
e p í g r a f e d e « E s c r i t o s h i s t ó r i c o s y filosóficos». D u r a n t e la r e p ú b l i c a d e W e i -
m a r , e l a n t i g u o p r o f e s o r d e m a t e m á t i c a s a c t ú a d e « i d e ó l o g o » d e la d e r e c h a
m o n á r q u i c a n a c i o n a l i s t a , a n t i r r e p u b l i c a n a y a n t i s o c i a l i s t a . N o e s c o n d e cier-
t a s s i m p a t í a s p o r l o s n a z i s h a s t a s u l l e g a d a al p o d e r e n 1 9 3 3 , p e r o s e s e p a r a
d e ellos d e s p u é s d e la « n o c h e d e l o s c u c h i l l o s l a r g o s » e n 1 9 3 4 . O . S p e n g l e r
m u r i ó en M u n i c h e n 1936.
E n La decadencia de Occidente, el a u t o r u t i l i z a c o n s t a n t e m e n t e u n m é -
t o d o c o m p a r a d o : r e l a c i o n a c o n f u s a m e n t e t o d a s las c i v i l i z a c i o n e s a p a r e c i -
d a s s o b r e el p l a n e t a y t o d o s l o s c a m p o s d e las a c t i v i d a d e s h u m a n a s . J u z -
81
 yes efectivas, es decir, sus relaciones invariables de sucesión y similitud,
gracias al uso bien combinado del razonamiento y de la observación. La
explicación de los hechos, reducida a sus términos reales, no.es desde en-
tonces más que la relación establecida entre los distintos fenómenos par-
ticulares y algunos hechos generales, cuyo número disminuye cada vez
más gracias a los progresos de la ciencia (Curso de filosofía positiva, Pri-
mera lección, t. I, ed. 1864, pp. 8-10).
E n p r i n c i p i o , la «ley d e los t r e s e s t a d i o s » c o r r e s p o n d e ai u n a c i e r t a
e s t r u c t u r a d e la i n t e l i g e n c i a h u m a n a . A . C o m t e o b s e r v a : « C a d a u n o d e
n o s o t r o s , al c o n t e m p l a r su p r o p i a h i s t o r i a , ¿ n o r e c u e r d a q u e h a s i d o , su-
c e s i v a m e n t e , e n s u i n f a n c i a t e ó l o g o , e n s u j u v e n t u d m e t a f í s i c o y e n su m a -
d u r e z físico?» (Curso, t. I, p . 11). D e h e c h o , la «ley d e l o s t r e s e s t a d i o s »
c a r a c t e r i z a el m o d o d e c o n s t i t u c i ó n d e las c i e n c i a s . C a d a r a m a d e l c o n o c i -
m i e n t o p a s a p o r los t r e s e s t a d i o s y n o llega a s e r c i e n c i a m á s q u e e n el e s -
t a d i o p o s i t i v o . P o r o t r o l a d o , la e m e r g e n c i a p r o g r e s i v a d e l e s t a d i o p o s i t i v o
e n el s a b e r p e r m i t e clasificar las c i e n c i a s p o r o r d e n d e a p a r i c i ó n c r o n o l ó -
gica, d e g e n e r a l i d a d d e c r e c i e n t e y c o m p l e j i d a d c r e c i e n t e . L a s c i e n c i a s fun-
d a m e n t a l e s , a las q u e se i n c o r p o r a n las c i e n c i a s a p l i c a d a s , se clasifican e n
el s i g u i e n t e o r d e n j e r á r q u i c o : m a t e m á t i c a s , a s t r o n o m í a , física, q u í m i c a ,
b i o l o g í a . S e g ú n A . C o m t e , h a l l e g a d o el m o m e n t o d e a ñ a d i r u n a s e x t a a
la lista: la s o c i o l o g í a (o física s o c i a l ) . C o n e s t a n u e v a c i e n c i a p o s i t i v a , el
h o m b r e d e s c u b r e q u e es u n a n i m a l social y q u e e s t á e n s i t u a c i ó n d e c o m -
p r e n d e r las i n s t i t u c i o n e s r e l i g i o s a s , m o r a l e s , e d u c a t i v a s , p o l í t i c a s , j u r í d i -
c a s , e t c . , las c u a l e s r e g u l a n el f u n c i o n a m i e n t o d e las s o c i e d a d e s h u m a n a s .
A p r i m e r a v i s t a , la «ley d e los t r e s e s t a d i o s » se p r e s e n t a c o m o u n a t e o -
ría d e l c o n o c i m i e n t o ; si l a c o n t e m p l a m o s m á s c e r c a , t a m b i é n se r e v e l a c o m o
u n a filosofía d e la h i s t o r i a . E n e f e c t o , c u a n d o H e g e l s e p l a n t e a el p r o g r e s o
d e l E s p í r i t u s e g ú n los t r e s t i e m p o s d e la d i a l é c t i c a , C o m t e i m a g i n a l a p r o -
g r e s i ó n d e l e s p í r i t u h u m a n o p o r e t a p a s , s e g ú n el ritmo i g u a l m e n t e t e r n a -
r i o , p e r o d i f e r e n t e e n su e s e n c i a , d e los t r e s e s t a d i o s .
E n sus ú l t i m o s e s c r i t o s , A . C o m t e t a m b i é n p a r e c e a p l i c a r la «ley d e l o s
t r e s e s t a d i o s » a la e v o l u c i ó n d e las s o c i e d a d e s o c c i d e n t a l e s . E n l a E d a d M e -
d i a , el e s p í r i t u t e o l ó g i c o h a b r í a i m p u e s t o el r e c o n o c i m i e n t o d e u n a a u t o r i -
dad sacralizada, u n a confusión de poderes espirituales y t e m p o r a l e s , u n a
e s t r i c t a j e r a r q u í a s o c i a l , i n f l u e n c i a n d o t o d a l a o r g a n i z a c i ó n d e las i n s t i t u -
c i o n e s f e u d a l e s . E n los t i e m p o s m o d e r n o s , d e l R e n a c i m i e n t o al Siglo d e
las L u c e s , el e s p í r i t u m e t a f í s i c o h a b r í a e m p r e n d i d o u n a crítica r a d i c a l d e
las f o r m a s d e l p e n s a m i e n t o y d e las o r g a n i z a c i o n e s s o c i a l e s , p e r o f u n d á n -
d o s e e n e n t i d a d e s a b s t r a c t a s , c o m o los d e r e c h o s d e l h o m b r e , el e s t a d o c o n s -
t i t u c i o n a l , e t c . E n el siglo XIX, c u a n d o l a s o c i e d a d e u r o p e a e s t á c o m p r o -
m e t i d a e n la e r a i n d u s t r i a l , el e s p í r i t u p o s i t i v o d e b e r í a p r o m o v e r las c i e n -
cias y las t é c n i c a s e i n s t a u r a r u n n u e v o o r d e n e n el q u e los p o d e r e s s e r í a n
c o m p a r t i d o s e n t r e l o s s a b i o s filósofos y l o s c a p i t a n e s d e i n d u s t r i a . L a «ley
d e los t r e s e s t a d i o s » p e r m i t e p o r t a n t o i n t e r p r e t a r l a a v e n t u r a h u m a n a , e n
sus g r a n d e s l í n e a s , p o r lo m e n o s e n O c c i d e n t e .
D e s p u é s de h a b e r fundado u n a sociología, u n a ciencia de observación,
A . C o m t e a m b i c i o n a edificar u n a p o l í t i c a , u n m é t o d o d e a c c i ó n . A s í l o ex-
p o n e e n el Sistema de política positiva, p u b l i c a d o e n 1853-1854. E n e f e c t o ,
el c o n o c i m i e n t o científico d e los h e c h o s s o c i a l e s c o n f i e r e el m e d i o d e a c -
80
tuar s o b r e ellos, d e modificarlos, d e o r d e n a r l o s d e m a n e r a racional. Sin e m -
b a r g o , la p u e s t a en m a r c h a d e u n a política positiva implica la fundación d e
u n a religión positiva. E n este estadio, A . C o m t e t o m a p r e s t a d a u n a idea
a su m a e s t r o Saint-Simon, s e g ú n la cual sólo u n a n u e v a religión, a d a p t a d a
a l a e r a i n d u s t r i a l , p u e d e d a r s a t i s f a c c i ó n al a l t r u i s m o i n h e r e n t e a la n a t u -
r a l e z a h u m a n a . A p a r t i r d e e n t o n c e s s e v u e l c a e n el d e l i r i o m í s t i c o : c e l e -
b r a la «Religión d e la H u m a n i d a d » , cuyo d o g m a descansa s o b r e u n a cu-
riosa t r i n i d a d : E l G r a n E n t o r n o (el E s p a c i o ) , el G r a n F e t i c h e (la T i e r r a ) ,
el G r a n S e r (la H u m a n i d a d ) ; s u c u l t o s u p o n e la e x i s t e n c i a d e s a c e r d o t e s ,
d e t e m p l o s , d e s a c r a m e n t o s y s e o r i e n t a h a c i a l a a d o r a c i ó n d e la M u j e r
( q u e se p a r e c e c u r i o s a m e n t e a C l o t i l d e d e V a u x ) . E l p e n s a m i e n t o d e A .
C o m t e , m a r c a d o i n i c i a l m e n t e p o r u n c i e r t o r a c i o n a l i s m o , finaliza e n u n a
e x a l t a d a r e l i g i o s i d a d . E l c a s o n o es a i s l a d o . A m e d i a d o s d e l siglo XIX, l a
m a y o r p a r t e d e l o s s o c i a l i s t a s u t ó p i c o s — H . d e S a i n t - S i m o n y sus d i s c í p u -
los C h . F o u r i e r , V . C o n s i d e r a n t , P . L e r o u x , e t c . — mezclan e s t r e c h a m e n t e
l o s análisis c o n c r e t o s , d e s v e l a n d o l o s m e c a n i s m o s d e la s o c i e d a d c a p i t a l i s t a
i n d u s t r i a l y l o s s u e ñ o s m á s d e s b o c a d o s r e f e r e n t e s a la o r g a n i z a c i ó n a r m ó -
n i c a d e los s i s t e m a s e c o n ó m i c o s , p o l í t i c o s y r e l i g i o s o s , p r e t e n d i e n d o t o d o s
a s e g u r a r l a felicidad d e l o s h o m b r e s .
4. SPENGLER Y EL DESTINO ORGÁNICO
O . S p e n g l e r n a c i ó e n 1880 e n l a A l e m a n i a c e n t r a l , e n la r e g i ó n d e l
H a r z . A d q u i e r e u n a f o r m a c i ó n c i e n t í f i c a , l o q u e le p e r m i t e e n s e ñ a r m a t e -
máticas en distintos colegios secundarios, s o b r e t o d o en H a m b u r g o . D u -
r a n t e e s t o s a ñ o s d e l a Belle Époque acumula un bagaje de conocimientos
l i b r e s c o s y e m p i e z a a r e d a c t a r su Boceto para una morfología de la historia
universal. L a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l r e t r a s ó l a e l a b o r a c i ó n d e la o b r a ,
q u e n o s e p u b l i c ó h a s t a 1 9 1 8 , al m i s m o t i e m p o q u e l a d e r r o t a d e A l e m a -
n i a , b a j o u n t í t u l o t a n a t r a y e n t e c o m o i n q u i e t a n t e : La decadencia de Oc-
cidente. E l p r i m e r v o l u m e n s e p r e s e n t a c o m o u n a r e f l e x i ó n t e ó r i c a a c e r c a
d e l o s f u n d a m e n t o s d e l a c i e n c i a y d e l a r t e a t r a v é s d e t o d a s las civilizacio-
n e s (el l i b r o , c o m p a c t o , d e c o m p r e n s i ó n difícil, t i e n e m á s d e 875 p á g i n a s
en la edición francesa). E l segundo v o l u m e n , de peso m e n o s agobiante, d e
l e c t u r a m á s fácil, t r a t a e x c l u s i v a m e n t e d e l o s p r o b l e m a s d e la A l e m a n i a
c o n t e m p o r á n e a . L a o b r a t u v o i n m e d i a t a m e n t e g r a n é x i t o : su t i r a d a a l c a n -
z ó c e r c a d e cien m i l e j e m p l a r e s , es d e c i r , q u e s u p e r ó l a c o m u n i d a d c i e n t í -
fica p a r a a l c a n z a r u n a f r a c c i ó n b a s t a n t e a m p l i a d e la o p i n i ó n p ú b l i c a . M á s
t a r d e , O . Spengler publicó panfletos políticos — p o r e j e m p l o , «Prusianís-
imo y s o c i a l i s m o » e n 1 9 2 0 , y a r t í c u l o s s o b r e la a c t u a l i d a d , r e u n i d o s b a j o el
e p í g r a f e d e « E s c r i t o s h i s t ó r i c o s y filosóficos». D u r a n t e la r e p ú b l i c a d e W e i -
m a r , e l a n t i g u o p r o f e s o r d e m a t e m á t i c a s a c t ú a d e « i d e ó l o g o » d e la d e r e c h a
m o n á r q u i c a n a c i o n a l i s t a , a n t i r r e p u b l i c a n a y a n t i s o c i a l i s t a . N o e s c o n d e cier-
t a s s i m p a t í a s p o r l o s n a z i s h a s t a s u l l e g a d a al p o d e r e n 1 9 3 3 , p e r o s e s e p a r a
d e ellos d e s p u é s d e la « n o c h e d e l o s c u c h i l l o s l a r g o s » e n 1 9 3 4 . O . S p e n g l e r
m u r i ó en M u n i c h e n 1936.
E n La decadencia de Occidente, el a u t o r u t i l i z a c o n s t a n t e m e n t e u n m é -
t o d o c o m p a r a d o : r e l a c i o n a c o n f u s a m e n t e t o d a s las c i v i l i z a c i o n e s a p a r e c i -
d a s s o b r e el p l a n e t a y t o d o s l o s c a m p o s d e las a c t i v i d a d e s h u m a n a s . J u z -
81
g u e m o s p o r e s t e f r a g m e n t o e l e g i d o al a z a r : « U n a m e z q u i t a n o t i e n e f a c h a -
d a , d e b i d o a q u e la t e m p e s t a d i c o n o c l a s t a d e los m u s u l m a n e s y d e l o s c r i s -
tianos paulinos, que arrasó también Bizancio en tiempos de L e ó n III, des-
t e r r ó d e l a r t e p l á s t i c o el r e t r a t o , p a r a n o d e j a r d e s p u é s m á s q u e u n f o n d o
sólido de arabescos h u m a n o s . E n E g i p t o , la p a r t e frontal d e u n a e s t a t u a
e s , c o m o el p i l o n o d e u n t e m p l o p a r a la f a c h a d a d e su t e m p l o , u n a g r a n -
d i o s a a p a r i c i ó n q u e e m e r g e d e la m a s a p é t r e a d e l c u e r p o , c o m o v e m o s e n
la esfinge h i k s a d e T a n i s , r e t r a t o d e A m e n e m h e t I I I . E n C h i n a , p a r e c e u n
paisaje lleno d e surcos y p e q u e ñ a s cicatrices cargadas d e significación.» E n
m e n o s d e d i e z l í n e a s , el e r u d i t o c o m p a r a las f o r m a s d e las m e z q u i t a s , l o s
t e m p l o s , las e s t a t u a s , p a s a n d o d e s d e el I s l a m a B i z a n c i o , d e s d e el E g i p t o
faraónico a la C h i n a imperial. E s t e e n f o q u e estético nos h a c e s o ñ a r con
« E l M u s e o i m a g i n a r i o » , d e A n d r é M a l r a u x , q u e y u x t a p o n e las o b r a s d e
arte a través del t i e m p o y del espacio. L a reflexión p o r analogía, tal c o m o
s e p r a c t i c a e n e s t a o b r a , d e j a el flanco a b i e r t o a l a crítica, e n la m e d i d a e n
q u e i n e v i t a b l e m e n t e se a p o y a s o b r e c o n o c i m i e n t o s d e s e g u n d a m a n o q u e
n o siempre son m u y seguros. P e r o , c o m o dice L . F e b v r e , la v o l u n t a d d e
síntesis, incluso c u a n d o p e c a p o r exceso d e ambición, s u p o n e u n a g r a d a b l e
c a m b i o a n t e la m i n u c i a e s t é r i l d e las m o n o g r a f í a s d e m a s i a d o e s p e c i a l i z a d a s
p o r las q u e se i n c l i n a b a n l o s u n i v e r s i t a r i o s « p o s i t i v i s t a s » , e n A l e m a n i a y e n
F r a n c i a , a fines del siglo x i x y p r i n c i p i o s d e l x x .
E n c i e r t o s e n t i d o , O . S p e n g l e r a n u n c i a el e s t r u c t u r a l i s m o . S u p o s t u l a -
d o inicial es q u e la c i e n c i a n o es u n i v e r s a l . P a r a d e m o s t r a r l o , se v e o b l i g a -
d o a s e g m e n t a r l a h u m a n i d a d e n b l o q u e s a b s o l u t a m e n t e e x t r a ñ o s e n t r e sí.
E n e s t a p e r s p e c t i v a , las civilizaciones f u n c i o n a n c o m o e s t r u c t u r a s c e r r a d a s
q u e n o se c o m u n i c a n e n t r e sí e n el p l a n o d e las i d e a s r a c i o n a l e s . N o o b s -
t a n t e , e n el s e n o d e u n a civilización c o n c r e t a , l o s e l e m e n t o s se c o r r e s p o n -
d e n : las m e n t a l i d a d e s c o l e c t i v a s , las e x p r e s i o n e s a r t í s t i c a s , las t é c n i c a s p r o -
d u c t i v a s , ¡as i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s , t o d a s las c r e a c i o n e s c u l t u r a l e s y m a t e -
riales t i e n e n a f i n i d a d e s e n t r e sí. E s p o r e s t a r a z ó n q u e e n c o n t r a m o s e n el
m u n d o g e r m á n i c o : « L a p r o f u n d a i n t e r d e p e n d e n c i a física e n t r e l a s t e o r í a s
físico-químicas m á s m o d e r n a s y l a s a n c e s t r a l e s r e p r e s e n t a c i o n e s d e l o s g e r -
m a n o s ; la p e r f e c t a c o n c o r d a n c i a e n t r e el estilo d e la t r a g e d i a , l a t é c n i c a
d i n á m i c a y la c i r c u l a c i ó n m o n e t a r i a d e n u e s t r o s d í a s ; l a i d e n t i d a d p r i m e r o
c u r i o s a , m á s t a r d e e v i d e n t e , e n t r e l a p e r s p e c t i v a d e la p i n t u r a al ó l e o , l a
i m p r e n t a , el s i s t e m a d e c r é d i t o , las a r m a s d e f u e g o , el c o n t r a p u n t o m u s i -
c a l . . . » E n e s t a s c o n d i c i o n e s , d a d o q u e c a d a civilización f o r m a u n a e n t i d a d
h o m o g é n e a , c e r r a d a e n sí m i s m a , i r r e d u c t i b l e a las d e m á s , l a h i s t o r i a u n i -
v e r s a l s e e n c u e n t r a s i t u a d a b a j o el s i g n o d e l a d i s c o n t i n u i d a d . Se c u e s t i o n a
la v i s i ó n , q u e h a b í a d o m i n a d o el p e n s a m i e n t o d e l siglo x i x , d e u n a h i s t o -
ria c o n t i n u a , l i n e a l , p r o g r e s i v a . C o n u n a p e r s p e c t i v a d e i r o n í a , O . S p e n -
gler r e c h a z a al t r a s t e r o l a t r a d i c i o n a l p e r i o d i f i c a c i ó n — A n t i g ü e d a d , E d a d
M e d i a , T i e m p o s M o d e r n o s — s o b r e la q u e d e s c a n s a la e n s e ñ a n z a d e la h i s -
t o r i a e n las u n i v e r s i d a d e s .
D e s p u é s d e H e g e l , M a r x y o t r o s «faros» d e l a filosofía a l e m a n a , S p e n -
gler i n t e n t a o f r e c e r u n a i n t e r p r e t a c i ó n g l o b a l d e l a h i s t o r i a . S e g ú n H e g e l ,
l a h i s t o r i a se i l u m i n a p o r l a a c t i v i d a d r a c i o n a l d e l e s p í r i t u d e l m u n d o h a c i a
la l i b e r t a d .
S e g ú n M a r x , la h i s t o r i a s e c o m p r e n d e p o r el j u e g o d e las c o n t r a d i c c i o -
n e s e n t r e los n i v e l e s d e i n f r a e s t r u c t u r a y s u p e r e s t r u c t u r a h a s t a el a d v e n i -
82
m i e n t o d e u n a s o c i e d a d s i n c i a s e s . P a r a S p e n g l e r , «los h o m b r e s s o n l o s e s -
clavos- d e l a v o l u n t a d d e l a h i s t o r i a , l o s ó r g a n o s a u x i l i a r e s e j e c u t i v o s d e u n
d e s t i n o o r g á n i c o » . E n e f e c t o , e n l a c o n c e p c i ó n s p e n g l e r i a n a , la t o d o p o d e -
rosa n a t u r a l e z a s o m e t e a los vivos a i m p u l s o s irresistibles. L o o r g á n i c o rei-
n a e n e s t a d o b r u t o . C o m o l o s g r a n d e s á r b o l e s a h o g a n a los p e q u e ñ o s p a r a
a c c e d e r a la l u z , l o s s e r e s h u m a n o s d e b e n m a n i f e s t a r su « v o l u n t a d d e p o -
d e r » , i m p o n e r su f u e r z a f r e n t e a s u s s e m e j a n t e s m e n o s p r o v i s t o s d e e n e r -
gía n a t u r a l , m á s r e s i g n a d o s a d e j a r s e d o m i n a r o a n i q u i l a r . Y las s o c i e d a d e s
son a n i m a d a s c o m o v e g e t a c i o n e s e x t r a o r d i n a r i a s : t i e n e n la p r i m a v e r a q u e
confiere e s p e r a n z a , q u e ve florecer la c r e a c i ó n ; u n v e r a n o q u e p e r m i t e la
m a d u r a c i ó n , a s e g u r a el p r o g r e s o ; u n o t o ñ o q u e h a c e a l c a n z a r su p l e n i t u d
a l o s f r u t o s d e u n a c u l t u r a ; finalmente, u n i n v i e r n o q u e c o r r e s p o n d e a i a
d e g e n e r a c i ó n y l a m u e r t e . E l a u t o r d e La decadencia de Occidente llega a
a f i r m a r : « P a r a m í , l a h u m a n i d a d e s la g r a n d e z a z o o l ó g i c a . » E l v i t a l i s m o d e
Spengler, q u e nos p u e d e s o r p r e n d e r e n la actualidad, n o d e b i ó s o r p r e n d e r
a sus c o n t e m p o r á n e o s . A finales d e l siglo x r x y p r i n c i p i o s d e l x x , u n a i n -
fluyente corriente de pensamiento, ilustrada por Shopenhauer, Bergson y
o t r o s , t i e n d e a edificar l o s s i s t e m a s filosóficos, i n s p i r á n d o s e e n l o s r e s u l t a -
d o s d e las c i e n c i a s n a t u r a l e s . L o « o r g á n i c o s p e n g l e r i a n o » c o r r e s p o n d e a
este universo mental.
S e g ú n O . S p e n g l e r , «la c i v i l i z a c i ó n e s el i n e v i t a b l e d e s t i n o d e uría cul-
t u r a » . E n o t r a s p a l a b r a s , c a d a s o c i e d a d n a c e b a j o la f o r m a d e u n a « c u l t u -
r a » p a r a d e g r a d a r s e d e s p u é s b a j o l a f o r m a d e u n a «civilización». S p e n g l e r
i n s i s t e e n el f a m o s o e j e m p l o d e G r e c i a y d e R o m a . E n t r e l o s siglos VI y rv
a. J. C , y e n t o r n o al m a r E g e o , l o s g r i e g o s i n v e n t a r o n u n a filosofía — c o n
A n a x á g o r a s , Platón, Aristóteles—, u n a literatura — c o n Esquilo y Sófocles,
Tucídides, Jenofonte e Isócrates—, una escultura — c o n Scopas, Praxíte-
l e s , L i s i p o — , u n a a r q u i t e c t u r a — c o n los t e m p l o s d e P a r t e n ó n , D e l f o s , É f e -
so, E p i d a u r o — , etc. L a e p o p e y a de A l e j a n d r o extendió el helenismo a
t o d o el P r ó x i m o O r i e n t e . F u e e n t o n c e s c u a n d o , e n t r e l o s siglos III y I
a. J . C , los r o m a n o s , d o t a d o s d e t a l e n t o m i l i t a r y a b s o l u t a m e n t e i n c u l t o s
h a s t a e n t o n c e s , c o n q u i s t a r o n y s o m e t i e r o n , a s a n g r e y f u e g o , el c o n j u n t o
d e los reinos helenísticos. N o o b s t a n t e , los r o m a n o s n o d e s t r u y e r o n c o m o
s i m p l e s b á r b a r o s ; t o m a r o n p r e s t a d o s l o s m o d e l o s c u l t u r a l e s d e la c i u d a d ,
l a m i t o l o g í a r e l i g i o s a , las t é c n i c a s d e l a a r q u i t e c t u r a , d e l a e s c u l t u r a y d e
l a p i n t u r a y las i m p u s i e r o n sin r e n o v a r l a s a t o d o el m u n d o m e d i t e r r á n e o .
L a c u l t u r a g r i e g a a c a b a e n l a civilización r o m a n a . D e s d e h a c e v e i n t e si-
glos, d e Polibio a M o m m s e n , los escritores están m á s o m e n o s d e a c u e r d o
a c e r c a d e la e v o l u c i ó n g e n e r a l d e l « m u n d o h e l e n í s t i c o y r o m a n o » . S p e n -
gler n o a p o r t a n i n g ú n e l e m e n t o n u e v o al t e m a . S u o r i g i n a l i d a d c o n s i s t e e n
q u e a p l i c a el m e c a n i s m o p r o p i o d e l m u n d o g r e c o r r o m a n o a t o d a s las s o -
c i e d a d e s , e n B a b i l o n i a , E g i p t o , I n d i a , C h i n a . . . y e n el O c c i d e n t e cristia-
n o . . . q u e , d e m a n e r a i r r e m e d i a b l e , h a b r í a n p a s a d o d e la « c u l t u r a » a l a «ci-
vilización».
Si t o d a s las s o c i e d a d e s t i e n e n q u e r e c o r r e r el m i s m o ciclo « o r g á n i c o » ,
e s t á n a b o c a d a s a l a d e c a d e n c i a y, m á s t a r d e , a s u d e s a p a r i c i ó n . P o r t a n t o ,
S p e n g l e r a n u n c i a u n a filosofía d e l a h i s t o r i a r a d i c a l m e n t e p e s i m i s t a . A f i r -
m a : « n o v e o n i p r o g r e s o n i o b j e t i v o p a r a l a h u m a n i d a d , si n o es e n el c e -
83
g u e m o s p o r e s t e f r a g m e n t o e l e g i d o al a z a r : « U n a m e z q u i t a n o t i e n e f a c h a -
d a , d e b i d o a q u e la t e m p e s t a d i c o n o c l a s t a d e los m u s u l m a n e s y d e l o s c r i s -
tianos paulinos, que arrasó también Bizancio en tiempos de L e ó n III, des-
t e r r ó d e l a r t e p l á s t i c o el r e t r a t o , p a r a n o d e j a r d e s p u é s m á s q u e u n f o n d o
sólido de arabescos h u m a n o s . E n E g i p t o , la p a r t e frontal d e u n a e s t a t u a
e s , c o m o el p i l o n o d e u n t e m p l o p a r a la f a c h a d a d e su t e m p l o , u n a g r a n -
d i o s a a p a r i c i ó n q u e e m e r g e d e la m a s a p é t r e a d e l c u e r p o , c o m o v e m o s e n
la esfinge h i k s a d e T a n i s , r e t r a t o d e A m e n e m h e t I I I . E n C h i n a , p a r e c e u n
paisaje lleno d e surcos y p e q u e ñ a s cicatrices cargadas d e significación.» E n
m e n o s d e d i e z l í n e a s , el e r u d i t o c o m p a r a las f o r m a s d e las m e z q u i t a s , l o s
t e m p l o s , las e s t a t u a s , p a s a n d o d e s d e el I s l a m a B i z a n c i o , d e s d e el E g i p t o
faraónico a la C h i n a imperial. E s t e e n f o q u e estético nos h a c e s o ñ a r con
« E l M u s e o i m a g i n a r i o » , d e A n d r é M a l r a u x , q u e y u x t a p o n e las o b r a s d e
arte a través del t i e m p o y del espacio. L a reflexión p o r analogía, tal c o m o
s e p r a c t i c a e n e s t a o b r a , d e j a el flanco a b i e r t o a l a crítica, e n la m e d i d a e n
q u e i n e v i t a b l e m e n t e se a p o y a s o b r e c o n o c i m i e n t o s d e s e g u n d a m a n o q u e
n o siempre son m u y seguros. P e r o , c o m o dice L . F e b v r e , la v o l u n t a d d e
síntesis, incluso c u a n d o p e c a p o r exceso d e ambición, s u p o n e u n a g r a d a b l e
c a m b i o a n t e la m i n u c i a e s t é r i l d e las m o n o g r a f í a s d e m a s i a d o e s p e c i a l i z a d a s
p o r las q u e se i n c l i n a b a n l o s u n i v e r s i t a r i o s « p o s i t i v i s t a s » , e n A l e m a n i a y e n
F r a n c i a , a fines del siglo x i x y p r i n c i p i o s d e l x x .
E n c i e r t o s e n t i d o , O . S p e n g l e r a n u n c i a el e s t r u c t u r a l i s m o . S u p o s t u l a -
d o inicial es q u e la c i e n c i a n o es u n i v e r s a l . P a r a d e m o s t r a r l o , se v e o b l i g a -
d o a s e g m e n t a r l a h u m a n i d a d e n b l o q u e s a b s o l u t a m e n t e e x t r a ñ o s e n t r e sí.
E n e s t a p e r s p e c t i v a , las civilizaciones f u n c i o n a n c o m o e s t r u c t u r a s c e r r a d a s
q u e n o se c o m u n i c a n e n t r e sí e n el p l a n o d e las i d e a s r a c i o n a l e s . N o o b s -
t a n t e , e n el s e n o d e u n a civilización c o n c r e t a , l o s e l e m e n t o s se c o r r e s p o n -
d e n : las m e n t a l i d a d e s c o l e c t i v a s , las e x p r e s i o n e s a r t í s t i c a s , las t é c n i c a s p r o -
d u c t i v a s , ¡as i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s , t o d a s las c r e a c i o n e s c u l t u r a l e s y m a t e -
riales t i e n e n a f i n i d a d e s e n t r e sí. E s p o r e s t a r a z ó n q u e e n c o n t r a m o s e n el
m u n d o g e r m á n i c o : « L a p r o f u n d a i n t e r d e p e n d e n c i a física e n t r e l a s t e o r í a s
físico-químicas m á s m o d e r n a s y l a s a n c e s t r a l e s r e p r e s e n t a c i o n e s d e l o s g e r -
m a n o s ; la p e r f e c t a c o n c o r d a n c i a e n t r e el estilo d e la t r a g e d i a , l a t é c n i c a
d i n á m i c a y la c i r c u l a c i ó n m o n e t a r i a d e n u e s t r o s d í a s ; l a i d e n t i d a d p r i m e r o
c u r i o s a , m á s t a r d e e v i d e n t e , e n t r e l a p e r s p e c t i v a d e la p i n t u r a al ó l e o , l a
i m p r e n t a , el s i s t e m a d e c r é d i t o , las a r m a s d e f u e g o , el c o n t r a p u n t o m u s i -
c a l . . . » E n e s t a s c o n d i c i o n e s , d a d o q u e c a d a civilización f o r m a u n a e n t i d a d
h o m o g é n e a , c e r r a d a e n sí m i s m a , i r r e d u c t i b l e a las d e m á s , l a h i s t o r i a u n i -
v e r s a l s e e n c u e n t r a s i t u a d a b a j o el s i g n o d e l a d i s c o n t i n u i d a d . Se c u e s t i o n a
la v i s i ó n , q u e h a b í a d o m i n a d o el p e n s a m i e n t o d e l siglo x i x , d e u n a h i s t o -
ria c o n t i n u a , l i n e a l , p r o g r e s i v a . C o n u n a p e r s p e c t i v a d e i r o n í a , O . S p e n -
gler r e c h a z a al t r a s t e r o l a t r a d i c i o n a l p e r i o d i f i c a c i ó n — A n t i g ü e d a d , E d a d
M e d i a , T i e m p o s M o d e r n o s — s o b r e la q u e d e s c a n s a la e n s e ñ a n z a d e la h i s -
t o r i a e n las u n i v e r s i d a d e s .
D e s p u é s d e H e g e l , M a r x y o t r o s «faros» d e l a filosofía a l e m a n a , S p e n -
gler i n t e n t a o f r e c e r u n a i n t e r p r e t a c i ó n g l o b a l d e l a h i s t o r i a . S e g ú n H e g e l ,
l a h i s t o r i a se i l u m i n a p o r l a a c t i v i d a d r a c i o n a l d e l e s p í r i t u d e l m u n d o h a c i a
la l i b e r t a d .
S e g ú n M a r x , la h i s t o r i a s e c o m p r e n d e p o r el j u e g o d e las c o n t r a d i c c i o -
n e s e n t r e los n i v e l e s d e i n f r a e s t r u c t u r a y s u p e r e s t r u c t u r a h a s t a el a d v e n i -
82
m i e n t o d e u n a s o c i e d a d s i n c i a s e s . P a r a S p e n g l e r , «los h o m b r e s s o n l o s e s -
clavos- d e l a v o l u n t a d d e l a h i s t o r i a , l o s ó r g a n o s a u x i l i a r e s e j e c u t i v o s d e u n
d e s t i n o o r g á n i c o » . E n e f e c t o , e n l a c o n c e p c i ó n s p e n g l e r i a n a , la t o d o p o d e -
rosa n a t u r a l e z a s o m e t e a los vivos a i m p u l s o s irresistibles. L o o r g á n i c o rei-
n a e n e s t a d o b r u t o . C o m o l o s g r a n d e s á r b o l e s a h o g a n a los p e q u e ñ o s p a r a
a c c e d e r a la l u z , l o s s e r e s h u m a n o s d e b e n m a n i f e s t a r su « v o l u n t a d d e p o -
d e r » , i m p o n e r su f u e r z a f r e n t e a s u s s e m e j a n t e s m e n o s p r o v i s t o s d e e n e r -
gía n a t u r a l , m á s r e s i g n a d o s a d e j a r s e d o m i n a r o a n i q u i l a r . Y las s o c i e d a d e s
son a n i m a d a s c o m o v e g e t a c i o n e s e x t r a o r d i n a r i a s : t i e n e n la p r i m a v e r a q u e
confiere e s p e r a n z a , q u e ve florecer la c r e a c i ó n ; u n v e r a n o q u e p e r m i t e la
m a d u r a c i ó n , a s e g u r a el p r o g r e s o ; u n o t o ñ o q u e h a c e a l c a n z a r su p l e n i t u d
a l o s f r u t o s d e u n a c u l t u r a ; finalmente, u n i n v i e r n o q u e c o r r e s p o n d e a i a
d e g e n e r a c i ó n y l a m u e r t e . E l a u t o r d e La decadencia de Occidente llega a
a f i r m a r : « P a r a m í , l a h u m a n i d a d e s la g r a n d e z a z o o l ó g i c a . » E l v i t a l i s m o d e
Spengler, q u e nos p u e d e s o r p r e n d e r e n la actualidad, n o d e b i ó s o r p r e n d e r
a sus c o n t e m p o r á n e o s . A finales d e l siglo x r x y p r i n c i p i o s d e l x x , u n a i n -
fluyente corriente de pensamiento, ilustrada por Shopenhauer, Bergson y
o t r o s , t i e n d e a edificar l o s s i s t e m a s filosóficos, i n s p i r á n d o s e e n l o s r e s u l t a -
d o s d e las c i e n c i a s n a t u r a l e s . L o « o r g á n i c o s p e n g l e r i a n o » c o r r e s p o n d e a
este universo mental.
S e g ú n O . S p e n g l e r , «la c i v i l i z a c i ó n e s el i n e v i t a b l e d e s t i n o d e uría cul-
t u r a » . E n o t r a s p a l a b r a s , c a d a s o c i e d a d n a c e b a j o la f o r m a d e u n a « c u l t u -
r a » p a r a d e g r a d a r s e d e s p u é s b a j o l a f o r m a d e u n a «civilización». S p e n g l e r
i n s i s t e e n el f a m o s o e j e m p l o d e G r e c i a y d e R o m a . E n t r e l o s siglos VI y rv
a. J. C , y e n t o r n o al m a r E g e o , l o s g r i e g o s i n v e n t a r o n u n a filosofía — c o n
A n a x á g o r a s , Platón, Aristóteles—, u n a literatura — c o n Esquilo y Sófocles,
Tucídides, Jenofonte e Isócrates—, una escultura — c o n Scopas, Praxíte-
l e s , L i s i p o — , u n a a r q u i t e c t u r a — c o n los t e m p l o s d e P a r t e n ó n , D e l f o s , É f e -
so, E p i d a u r o — , etc. L a e p o p e y a de A l e j a n d r o extendió el helenismo a
t o d o el P r ó x i m o O r i e n t e . F u e e n t o n c e s c u a n d o , e n t r e l o s siglos III y I
a. J . C , los r o m a n o s , d o t a d o s d e t a l e n t o m i l i t a r y a b s o l u t a m e n t e i n c u l t o s
h a s t a e n t o n c e s , c o n q u i s t a r o n y s o m e t i e r o n , a s a n g r e y f u e g o , el c o n j u n t o
d e los reinos helenísticos. N o o b s t a n t e , los r o m a n o s n o d e s t r u y e r o n c o m o
s i m p l e s b á r b a r o s ; t o m a r o n p r e s t a d o s l o s m o d e l o s c u l t u r a l e s d e la c i u d a d ,
l a m i t o l o g í a r e l i g i o s a , las t é c n i c a s d e l a a r q u i t e c t u r a , d e l a e s c u l t u r a y d e
l a p i n t u r a y las i m p u s i e r o n sin r e n o v a r l a s a t o d o el m u n d o m e d i t e r r á n e o .
L a c u l t u r a g r i e g a a c a b a e n l a civilización r o m a n a . D e s d e h a c e v e i n t e si-
glos, d e Polibio a M o m m s e n , los escritores están m á s o m e n o s d e a c u e r d o
a c e r c a d e la e v o l u c i ó n g e n e r a l d e l « m u n d o h e l e n í s t i c o y r o m a n o » . S p e n -
gler n o a p o r t a n i n g ú n e l e m e n t o n u e v o al t e m a . S u o r i g i n a l i d a d c o n s i s t e e n
q u e a p l i c a el m e c a n i s m o p r o p i o d e l m u n d o g r e c o r r o m a n o a t o d a s las s o -
c i e d a d e s , e n B a b i l o n i a , E g i p t o , I n d i a , C h i n a . . . y e n el O c c i d e n t e cristia-
n o . . . q u e , d e m a n e r a i r r e m e d i a b l e , h a b r í a n p a s a d o d e la « c u l t u r a » a l a «ci-
vilización».
Si t o d a s las s o c i e d a d e s t i e n e n q u e r e c o r r e r el m i s m o ciclo « o r g á n i c o » ,
e s t á n a b o c a d a s a l a d e c a d e n c i a y, m á s t a r d e , a s u d e s a p a r i c i ó n . P o r t a n t o ,
S p e n g l e r a n u n c i a u n a filosofía d e l a h i s t o r i a r a d i c a l m e n t e p e s i m i s t a . A f i r -
m a : « n o v e o n i p r o g r e s o n i o b j e t i v o p a r a l a h u m a n i d a d , si n o es e n el c e -
83
 3
r e b r o d e los Homais progresistas de O c c i d e n t e . Ni siquiera veo u n espí- c i ó n d e las t a r e a s e n e l p l a n o i n t e l e c t u a l r e f l e j a f a l s a m e n t e l a d i v i s i ó n d e l
ritu y , m e n o s t o d a v í a , u n a u n i d a d d e e s f u e r z o s y s e n t i m i e n t o s ( . . . ) e n l a t r a b a j o e n la s o c i e d a d i n d u s t r i a l . A h o r a b i e n , c o n s i d e r a q u e la e s c u e l a h i s -
m a s a d e las p o b l a c i o n e s » . E l filósofo s e e s f u e r z a p o r m a t e n e r s e i m p á v i d o
tórica francesa funciona a tres niveles: p r i m e r o , n u m e r o s o s historiadores
a n t e el c a o s : « E i n c l u s o c u a n d o p e r e c e n p u e b l o s e n t e r o s y se h u n d e n e n la
se d e d i c a n a la laboriosa r e c o g i d a d e « m a t e r i a s p r i m a s » —vestigios a r q u e o -
r u i n a viejas civilizaciones, la t i e r r a c o n t i n ú a s i e m p r e g i r a n d o y los p l a n e t a s
lógicos, recogida de inscripciones, uniformes, correspondencias, periódi-
s i g u i e n d o su c u r s o . » A h o r a b i e n , el t é r m i n o i r r e v o c a b l e t a m b i é n e x i s t e p a r a
c o s , s e r i e s e s t a d í s t i c a s , d o c u m e n t o s d e t o d o t i p o — ; d e s p u é s , la m a y o r p a r -
la civilización o c c i d e n t a l : « F r a n c i a e I n g l a t e r r a h a n r e a l i z a d o , A l e m a n i a
t e d e los investigadores e l a b o r a n estudios c o n carácter monográfico a c e r c a
e s t á a p u n t o d e r e a l i z a r , u n p a s o d e g i g a n t e h a c i a l o a n o r g á n i c o , h a c i a el
d e u n p e r s o n a j e , u n g r u p o social, u n a r e g i ó n , u n sector d e la actividad d e n -
fin.» L a o b r a , q u e p r o c l a m a la « d e c a d e n c i a d e O c c i d e n t e » , l l e g a a s u h o r a ,
t r o d e u n o s e s t r e c h o s l í m i t e s a r q u e o l ó g i c o s ; finalmente, a l g u n o s « m a e s -
e n el m o m e n t o d e l a r m i s t i c i o d e R e t h o n d e s y d e l t r a t a d o d e V e r s a r l e s . L a
t r o s » , q u e p r e t e n d e n s a b e r m á s , y u x t a p o n e n las o b s e r v a c i o n e s d e las m o -
p o d e r o s a A l e m a n i a , e n p l e n a a s c e n s i ó n e n l a Belle Époque, h a p e r d i d o la
n o g r a f í a s p a r a r e d a c t a r o b r a s d e s í n t e s i s . S e g ú n T o y n b e e , se d e d u c e d e e s t e
g u e r r a m u n d i a l , se h a l l a c o n u n e j é r c i t o v e n c i d o , u n t e r r i t o r i o o c u p a d o y
m é t o d o q u e : 1) la i m p o r t a n c i a d e l a s f u e n t e s d e t e r m i n a los c o n o c i m i e n t o s
parcialmente a m p u t a d o , u n a m o n e d a despreciada, u n r é g i m e n político con-
(así e s t a m o s b i e n i n f o r m a d o s a c e r c a d e l E g i p t o p t o l e m a i c o , y a q u e l a s e -
v u l s i o n a d o . L a i n s u r r e c c i o n e s c o m u n i s t a s y los putschs n a c i o n a l i s t a s e s t á n
q u e d a d d e las orillas d e l v a l l e d e l N i l o h a p e r m i t i d o c o n s e r v a r g r a n n ú m e -
a p u n t o d e derribar la república s o c i a l d e m ó c r a t a e n cualquier m o m e n t o .
El libro de Spengler, q u e , en otras épocas habría p o d i d o dormitar en cual- r o d e p a p i r o s , m i e n t r a s q u e i g n o r a m o s casi t o d o a c e r c a d e l a Siria s e l é u c i -
q u i e r b i b l i o t e c a , e n c u e n t r a u n g r a n a u d i t o r i o e n el p ú b l i c o a l e m á n , á v i d o d a , y a q u e las c o n d i c i o n e s d e c o n s e r v a c i ó n d e l o s d o c u m e n t o s e r a n m e n o s
d e j u s t i f i c a r su p r o p i o d e s a s t r e a c a u s a d e la t e o r í a g e n e r a l d e las c a t á s t r o - f a v o r a b l e s e n el C r e c i e n t e F é r t i l ) ; 2 ) q u e l o s h i s t o r i a d o r e s f r e c u e n t e m e n t e
fes. se c o n t e n t a n c o n p u n t o s d e v i s t a p a r c i a l e s , r e d u c i d o s al h o r i z o n t e d e s u e s -
p e c i a l i d a d . P a r a T o y n b e e , l o q u e c u e n t a es l a v i s i ó n d e c o n j u n t o ; p r e f i e r e
l o s a m p l i o s h o r i z o n t e s , l a r e f l e x i ó n p l a n e t a r i a , s u p e r p o n i e n d o l o s siglos y
l o s c o n t i n e n t e s , a fin d e q u e el « e s p í r i t u a b a r q u e el u n i v e r s o e n t e r o » .
5. TOYNBEE Y EL CICLO DE LAS CIVILIZACIONES
Por t a n t o , T o y n b e e realiza u n a historia c o m p a r a d a , p o r influencia d e
Spengler, que descansa sobre u n a documentación de segunda m a n o , y usa,
A r n o l d T o y n b e e , historiador y ensayista, nació en los últimos años del
y a veces abusa, del r a z o n a m i e n t o p o r analogía. El ensayista británico,
siglo XIX e n G r a n B r e t a ñ a . E n a g o s t o d e 1914, c u a n d o e s t a b a e n s e ñ a n d o
c o m o el p e n s a d o r a l e m á n , p r e f i g u r a el « e s t r u c t u r a h s m o » e n las c i e n c i a s h u -
e n O x f o r d , se d a c u e n t a d e q u e é l , T o y n b e e , s e e n c u e n t r a s u m e r g i d o e n l a
m a n a s . E n A Study of History, l a e v o l u c i ó n d e l a s s o c i e d a d e s d e j a d e ser
P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l c o m o Tucídides en la g u e r r a del P e l o p o n e s o . D e -
c o n t i n u a , l i n e a l , o r i e n t a d a . T o y n b e e s ó l o s e i n t e r e s a p o r la u n i d a d h i s t ó r i -
c i d i ó , p a r a el r e s t o d e su v i d a , ser a la v e z a c t o r y e s p e c t a d o r , « t e n e r s i e m -
c a , l a m á s a m p l i a e n el e s p a c i o , l a m á s l a r g a e n el t i e m p o , a s a b e r , «la ci-
p r e u n p i e e n el p r e s e n t e y o t r o e n el p a s a d o » . D e h e c h o y d u r a n t e d é c a -
v i l i z a c i ó n » . L o q u e d e f i n e c o m o «la t e n t a t i v a d e c r e a r u n e s t a d o d e s o c i e -
d a s , T o y n b e e t r a b a j ó e n el A n u a r i o d e A s u n t o s E x t e r i o r e s p a r a el F o r e i g n
d a d e n el q u e t o d o s los h o m b r e s p u e d a n vivir j u n t o s , e n a r m o n í a , c o m o
Office; l l e v a a c a b o m i s i o n e s , r e d a c t a e s t u d i o s a c e r c a d e l « Á f r i c a á r a b e y
m i e m b r o s d e u n a m i s m a y ú n i c a f a m i l i a » . E n a l g u n o s a s p e c t o s , la v i s i ó n
el Á f r i c a n e g r a » , «la c u l t u r a d e C h i n a y d e J a p ó n » , « e l p a p e l d e las c i u d a -
d e T o y n b e e n o e s t a b a m u y a l e j a d a d e l a d e M a r x . C u a n d o el h i s t o r i a d o r
d e s e n l a h i s t o r i a » , e t c . A l m i s m o t i e m p o e l a b o r a u n i n m e n s a síntesis a c e r -
b r i t á n i c o e s c r i b e : «los c o m p o n e n t e s d e l a s o c i e d a d n o s o n l o s s e r e s h u m a -
c a d e l n a c i m i e n t o , d e s a r r o l l o y d e c a d e n c i a d e las c i v i l i z a c i o n e s . L a m o n u -
n o s , s i n o las r e l a c i o n e s q u e e x i s t e n e n t r e e l l o s » , l o p o d e m o s t r a n s c r i b i r e n
m e n t a l o b r a A Study of History se p u b l i c ó e n d o c e v o l ú m e n e s e n t r e 1934
la t e m i n o l o g í a m a r x i s t a c o m o : «la s o c i e d a d e s t á e n c e r r a d a e n u n a r e d d e
y 1 9 6 1 . E n el o c a s o d e s u v i d a , p o r d e s e o d e l l e g a r a u n p ú b l i c o m á s a m -
r e l a c i o n e s s o c i a l e s d e p r o d u c c i ó n » . F u e r e l o q u e f u e r e , el a u t o r d e A Study
p l i o , el a u t o r p u b l i c ó el v o l u m e n d e c i m o t e r c e r o , q u e r e s u m e los a n t e r i o -
of History p e r c i b e l a s c i v i l i z a c i o n e s c o m o e n t i d a d e s c e r r a d a s , c o m p a r t i m e n -
r e s . E s t a v e z el l i b r o s e t r a d u j o a v a r i o s i d i o m a s . R . A r o n s e ñ a l a q u e la
tadas unas en relación a otras, m e n c i o n a alrededor de treinta y cuatro
p r i n c i p a l o b r a d e T o y n b e e es «la o b r a m á s c é l e b r e y c o n t r o v e r t i d a d e la
« g r a n d e s civilizaciones» d e s d e el a ñ o 3000 a. J . C . h a s t a n u e s t r o s d í a s : p o r
historiografía c o n t e m p o r á n e a » , y « q u e es r e c h a z a d a con u n a m e z c l a d e in-
e j e m p l o , el E g i p t o f a r a ó n i c o , M e s o p o t a m i a ( d e S u m e r a A s s u r ) , la C h i n a
dignación, envidia y desprecio p o r la m a y o r í a de los historiadores profesio-
i m p e r i a l , el P e r ú d e l o s i n c a s , el I m p e r i o o t o m a n o , e t c . U n a « g r a n civili-
nales».
z a c i ó n » p u e d e t e n e r « s a t é l i t e s » ; p o r e j e m p l o , a l r e d e d o r d e la civilización
E n e f e c t o , T o y n b e e c u e s t i o n a f r a n c a m e n t e la t r a y e c t o r i a s e g u i d a p o r c h i n a , l o s s a t é l i t e s c o r e a n o , j a p o n é s y v i e t n a m i t a . Y las c i v i l i z a c i o n e s n o
los h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s d e s d e l o s « p o s i t i v i s t a s » t r a d i c i o n a l e s a los i n n o - se s u c e d e n i n e v i t a b l e m e n t e , p u e d e n c o e x i s t i r . E n el siglo x x , c i n c o g r a n -
v a d o r e s d e l o s Anuales. E l ensayista británico c o n s i d e r a q u e la j e r a r q u i z a - d e s civilizaciones s e d i v i d e n el p l a n e t a : O c c i d e n t e , la U n i ó n S o v i é t i c a y s u s
z o n a s d e i n f l u e n c i a , el I s l a m , la I n d i a y el E x t r e m o O r i e n t e .

3
Homais. Uno de los personajes de M. Bovary, que simula un anticlericaüsmo volteriano T o y n b e e s e p r e g u n t a a c e r c a d e l n a c i m i e n t o d e las c i v i l i z a c i o n e s . E s a q u í
y tiene pretensiones científicas. Personifica la pequeña burguesía a la que Fiaubert fustiga por d o n d e s e i n t r o d u c e su m o d e l o m á s o r i g i n a l : el m e c a n i s m o d e l « c h a l l e n g e
sus lugares comunes. (N. del T.) a n d r e s p o n s e » , d e l d e s a f í o y l a r e s p u e s t a . U n a civilización p u e d e a p a r e c e r

84 85
 3
r e b r o d e los Homais progresistas de O c c i d e n t e . Ni siquiera veo u n espí- c i ó n d e las t a r e a s e n e l p l a n o i n t e l e c t u a l r e f l e j a f a l s a m e n t e l a d i v i s i ó n d e l
ritu y , m e n o s t o d a v í a , u n a u n i d a d d e e s f u e r z o s y s e n t i m i e n t o s ( . . . ) e n l a t r a b a j o e n la s o c i e d a d i n d u s t r i a l . A h o r a b i e n , c o n s i d e r a q u e la e s c u e l a h i s -
m a s a d e las p o b l a c i o n e s » . E l filósofo s e e s f u e r z a p o r m a t e n e r s e i m p á v i d o
tórica francesa funciona a tres niveles: p r i m e r o , n u m e r o s o s historiadores
a n t e el c a o s : « E i n c l u s o c u a n d o p e r e c e n p u e b l o s e n t e r o s y se h u n d e n e n la
se d e d i c a n a la laboriosa r e c o g i d a d e « m a t e r i a s p r i m a s » —vestigios a r q u e o -
r u i n a viejas civilizaciones, la t i e r r a c o n t i n ú a s i e m p r e g i r a n d o y los p l a n e t a s
lógicos, recogida de inscripciones, uniformes, correspondencias, periódi-
s i g u i e n d o su c u r s o . » A h o r a b i e n , el t é r m i n o i r r e v o c a b l e t a m b i é n e x i s t e p a r a
c o s , s e r i e s e s t a d í s t i c a s , d o c u m e n t o s d e t o d o t i p o — ; d e s p u é s , la m a y o r p a r -
la civilización o c c i d e n t a l : « F r a n c i a e I n g l a t e r r a h a n r e a l i z a d o , A l e m a n i a
t e d e los investigadores e l a b o r a n estudios c o n carácter monográfico a c e r c a
e s t á a p u n t o d e r e a l i z a r , u n p a s o d e g i g a n t e h a c i a l o a n o r g á n i c o , h a c i a el
d e u n p e r s o n a j e , u n g r u p o social, u n a r e g i ó n , u n sector d e la actividad d e n -
fin.» L a o b r a , q u e p r o c l a m a la « d e c a d e n c i a d e O c c i d e n t e » , l l e g a a s u h o r a ,
t r o d e u n o s e s t r e c h o s l í m i t e s a r q u e o l ó g i c o s ; finalmente, a l g u n o s « m a e s -
e n el m o m e n t o d e l a r m i s t i c i o d e R e t h o n d e s y d e l t r a t a d o d e V e r s a r l e s . L a
t r o s » , q u e p r e t e n d e n s a b e r m á s , y u x t a p o n e n las o b s e r v a c i o n e s d e las m o -
p o d e r o s a A l e m a n i a , e n p l e n a a s c e n s i ó n e n l a Belle Époque, h a p e r d i d o la
n o g r a f í a s p a r a r e d a c t a r o b r a s d e s í n t e s i s . S e g ú n T o y n b e e , se d e d u c e d e e s t e
g u e r r a m u n d i a l , se h a l l a c o n u n e j é r c i t o v e n c i d o , u n t e r r i t o r i o o c u p a d o y
m é t o d o q u e : 1) la i m p o r t a n c i a d e l a s f u e n t e s d e t e r m i n a los c o n o c i m i e n t o s
parcialmente a m p u t a d o , u n a m o n e d a despreciada, u n r é g i m e n político con-
(así e s t a m o s b i e n i n f o r m a d o s a c e r c a d e l E g i p t o p t o l e m a i c o , y a q u e l a s e -
v u l s i o n a d o . L a i n s u r r e c c i o n e s c o m u n i s t a s y los putschs n a c i o n a l i s t a s e s t á n
q u e d a d d e las orillas d e l v a l l e d e l N i l o h a p e r m i t i d o c o n s e r v a r g r a n n ú m e -
a p u n t o d e derribar la república s o c i a l d e m ó c r a t a e n cualquier m o m e n t o .
El libro de Spengler, q u e , en otras épocas habría p o d i d o dormitar en cual- r o d e p a p i r o s , m i e n t r a s q u e i g n o r a m o s casi t o d o a c e r c a d e l a Siria s e l é u c i -
q u i e r b i b l i o t e c a , e n c u e n t r a u n g r a n a u d i t o r i o e n el p ú b l i c o a l e m á n , á v i d o d a , y a q u e las c o n d i c i o n e s d e c o n s e r v a c i ó n d e l o s d o c u m e n t o s e r a n m e n o s
d e j u s t i f i c a r su p r o p i o d e s a s t r e a c a u s a d e la t e o r í a g e n e r a l d e las c a t á s t r o - f a v o r a b l e s e n el C r e c i e n t e F é r t i l ) ; 2 ) q u e l o s h i s t o r i a d o r e s f r e c u e n t e m e n t e
fes. se c o n t e n t a n c o n p u n t o s d e v i s t a p a r c i a l e s , r e d u c i d o s al h o r i z o n t e d e s u e s -
p e c i a l i d a d . P a r a T o y n b e e , l o q u e c u e n t a es l a v i s i ó n d e c o n j u n t o ; p r e f i e r e
l o s a m p l i o s h o r i z o n t e s , l a r e f l e x i ó n p l a n e t a r i a , s u p e r p o n i e n d o l o s siglos y
l o s c o n t i n e n t e s , a fin d e q u e el « e s p í r i t u a b a r q u e el u n i v e r s o e n t e r o » .
5. TOYNBEE Y EL CICLO DE LAS CIVILIZACIONES
Por t a n t o , T o y n b e e realiza u n a historia c o m p a r a d a , p o r influencia d e
Spengler, que descansa sobre u n a documentación de segunda m a n o , y usa,
A r n o l d T o y n b e e , historiador y ensayista, nació en los últimos años del
y a veces abusa, del r a z o n a m i e n t o p o r analogía. El ensayista británico,
siglo XIX e n G r a n B r e t a ñ a . E n a g o s t o d e 1914, c u a n d o e s t a b a e n s e ñ a n d o
c o m o el p e n s a d o r a l e m á n , p r e f i g u r a el « e s t r u c t u r a h s m o » e n las c i e n c i a s h u -
e n O x f o r d , se d a c u e n t a d e q u e é l , T o y n b e e , s e e n c u e n t r a s u m e r g i d o e n l a
m a n a s . E n A Study of History, l a e v o l u c i ó n d e l a s s o c i e d a d e s d e j a d e ser
P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l c o m o Tucídides en la g u e r r a del P e l o p o n e s o . D e -
c o n t i n u a , l i n e a l , o r i e n t a d a . T o y n b e e s ó l o s e i n t e r e s a p o r la u n i d a d h i s t ó r i -
c i d i ó , p a r a el r e s t o d e su v i d a , ser a la v e z a c t o r y e s p e c t a d o r , « t e n e r s i e m -
c a , l a m á s a m p l i a e n el e s p a c i o , l a m á s l a r g a e n el t i e m p o , a s a b e r , «la ci-
p r e u n p i e e n el p r e s e n t e y o t r o e n el p a s a d o » . D e h e c h o y d u r a n t e d é c a -
v i l i z a c i ó n » . L o q u e d e f i n e c o m o «la t e n t a t i v a d e c r e a r u n e s t a d o d e s o c i e -
d a s , T o y n b e e t r a b a j ó e n el A n u a r i o d e A s u n t o s E x t e r i o r e s p a r a el F o r e i g n
d a d e n el q u e t o d o s los h o m b r e s p u e d a n vivir j u n t o s , e n a r m o n í a , c o m o
Office; l l e v a a c a b o m i s i o n e s , r e d a c t a e s t u d i o s a c e r c a d e l « Á f r i c a á r a b e y
m i e m b r o s d e u n a m i s m a y ú n i c a f a m i l i a » . E n a l g u n o s a s p e c t o s , la v i s i ó n
el Á f r i c a n e g r a » , «la c u l t u r a d e C h i n a y d e J a p ó n » , « e l p a p e l d e las c i u d a -
d e T o y n b e e n o e s t a b a m u y a l e j a d a d e l a d e M a r x . C u a n d o el h i s t o r i a d o r
d e s e n l a h i s t o r i a » , e t c . A l m i s m o t i e m p o e l a b o r a u n i n m e n s a síntesis a c e r -
b r i t á n i c o e s c r i b e : «los c o m p o n e n t e s d e l a s o c i e d a d n o s o n l o s s e r e s h u m a -
c a d e l n a c i m i e n t o , d e s a r r o l l o y d e c a d e n c i a d e las c i v i l i z a c i o n e s . L a m o n u -
n o s , s i n o las r e l a c i o n e s q u e e x i s t e n e n t r e e l l o s » , l o p o d e m o s t r a n s c r i b i r e n
m e n t a l o b r a A Study of History se p u b l i c ó e n d o c e v o l ú m e n e s e n t r e 1934
la t e m i n o l o g í a m a r x i s t a c o m o : «la s o c i e d a d e s t á e n c e r r a d a e n u n a r e d d e
y 1 9 6 1 . E n el o c a s o d e s u v i d a , p o r d e s e o d e l l e g a r a u n p ú b l i c o m á s a m -
r e l a c i o n e s s o c i a l e s d e p r o d u c c i ó n » . F u e r e l o q u e f u e r e , el a u t o r d e A Study
p l i o , el a u t o r p u b l i c ó el v o l u m e n d e c i m o t e r c e r o , q u e r e s u m e los a n t e r i o -
of History p e r c i b e l a s c i v i l i z a c i o n e s c o m o e n t i d a d e s c e r r a d a s , c o m p a r t i m e n -
r e s . E s t a v e z el l i b r o s e t r a d u j o a v a r i o s i d i o m a s . R . A r o n s e ñ a l a q u e la
tadas unas en relación a otras, m e n c i o n a alrededor de treinta y cuatro
p r i n c i p a l o b r a d e T o y n b e e es «la o b r a m á s c é l e b r e y c o n t r o v e r t i d a d e la
« g r a n d e s civilizaciones» d e s d e el a ñ o 3000 a. J . C . h a s t a n u e s t r o s d í a s : p o r
historiografía c o n t e m p o r á n e a » , y « q u e es r e c h a z a d a con u n a m e z c l a d e in-
e j e m p l o , el E g i p t o f a r a ó n i c o , M e s o p o t a m i a ( d e S u m e r a A s s u r ) , la C h i n a
dignación, envidia y desprecio p o r la m a y o r í a de los historiadores profesio-
i m p e r i a l , el P e r ú d e l o s i n c a s , el I m p e r i o o t o m a n o , e t c . U n a « g r a n civili-
nales».
z a c i ó n » p u e d e t e n e r « s a t é l i t e s » ; p o r e j e m p l o , a l r e d e d o r d e la civilización
E n e f e c t o , T o y n b e e c u e s t i o n a f r a n c a m e n t e la t r a y e c t o r i a s e g u i d a p o r c h i n a , l o s s a t é l i t e s c o r e a n o , j a p o n é s y v i e t n a m i t a . Y las c i v i l i z a c i o n e s n o
los h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s d e s d e l o s « p o s i t i v i s t a s » t r a d i c i o n a l e s a los i n n o - se s u c e d e n i n e v i t a b l e m e n t e , p u e d e n c o e x i s t i r . E n el siglo x x , c i n c o g r a n -
v a d o r e s d e l o s Anuales. E l ensayista británico c o n s i d e r a q u e la j e r a r q u i z a - d e s civilizaciones s e d i v i d e n el p l a n e t a : O c c i d e n t e , la U n i ó n S o v i é t i c a y s u s
z o n a s d e i n f l u e n c i a , el I s l a m , la I n d i a y el E x t r e m o O r i e n t e .

3
Homais. Uno de los personajes de M. Bovary, que simula un anticlericaüsmo volteriano T o y n b e e s e p r e g u n t a a c e r c a d e l n a c i m i e n t o d e las c i v i l i z a c i o n e s . E s a q u í
y tiene pretensiones científicas. Personifica la pequeña burguesía a la que Fiaubert fustiga por d o n d e s e i n t r o d u c e su m o d e l o m á s o r i g i n a l : el m e c a n i s m o d e l « c h a l l e n g e
sus lugares comunes. (N. del T.) a n d r e s p o n s e » , d e l d e s a f í o y l a r e s p u e s t a . U n a civilización p u e d e a p a r e c e r

84 85
c u a n d o s e enfrenta a r i a o b s t á c u l o , a u n a p r u e b a ; n a c e de la dificultad y
n e s » . M i e n t r a s q u e , s e g ú n S p e n g l e r , u n a civilización p e r e c e p o r q u e es víc-
n o d e la facilidad:
t i m a d e l e n v e j e c i m i e n t o b i o l ó g i c o , s e g ú n T o y n b e e , u n a civilización d e c l i n a
F r e c u e n t e m e n t e , el desafío p r o c e d e del e n t o r n o natural. C u a n d o , des-
p o r q u e q u i e r e , p o r q u e se a b a n d o n a . A t e n a s , V e n e c i a o C o n s t a n t i n o p l a s e
p u é s d e la g l a c i a c i ó n , los d e s i e r t o s s u s t i t u y e r o n a las r i c a s p r a d e r a s d e l S a -
h u n d i e r o n , r e n u n c i a r o n a d e f e n d e r s e p o r q u e s ó l o s o ñ a b a n c o n sus p a s a d a s
h a r a y d e l P r ó x i m o O r i e n t e , las c o m u n i d a d e s d e g a n a d e r o s se n e g a r o n a
g l o r i a s . E s p e l i g r o s o p a r a u n a c i v i l i z a c i ó n d o r m i r s e e n sus l a u r e l e s . L o s sig-
d e s a p a r e c e r , se h u n d i e r o n e n los m a l s a n o s v a l l e s d e l N i l o y d e l E u f r a t e s ,
nos p r e c u r s o r e s d e la d e g e n e r a c i ó n son los conflictos sociales, las g u e r r a s
y s e l a n z a r o n a d r e n a r , a h a c e r d i q u e s y c a n a l e s d e las z o n a s p a n t a n o s a s
civiles o la f o r m a c i ó n d e i m p e r i o s m i l i t a r e s : l o s d e los a q u e m é n i d a s , d e l o s
p a r a t r a n s f o r m a r l a s e n c a m p o s c u l t i v a d o s . F u e así c o m o e m e r g i e r o n las ci-
r o m a n o s , de los g u p t a s . E n el ú l t i m o e s t a d i o , dos agentes se p u e d e n en-
vilizaciones d e E g i p t o y d e C a l d e a . D e l a m i s m a m a n e r a , los m a y a s t u v i e -
c a r g a r d e la e j e c u c i ó n : o b i e n u n p r o l e t a r i a d o i n t e r i o r , o b i e n u n p r o l e t a -
r o n q u e d e s f o r e s t a r la selva v i r g e n a n t e s d e c o n s t r u i r las c i u d a d e s d e l Y u -
r i a d o e x t e r i o r , o l o s d o s a l a v e z . A s í , d e l o s siglos n i al V d. J. C , las r e -
c a t á n ; los i n c a s i n s t a l a r o n sus t e m p l o s y sus p a l a c i o s e n el a l t i p l a n o , m u y
v u e l t a s d e l o s c r i s t i a n o s , l o s b a g a u d a s y o t r a s c a p a s p o p u l a r e s e n el i n t e r i o r
p o c o h o s p i t a l a r i o , d e los A n d e s ; l o s p r u s i a n o s r e c u p e r a r o n las t i e r r a s frías
:
d e las p r o v i n c i a s y las i n v a s i o n e s d e l o s g o d o s , l o s a l a m a n o s , v á n d a l o s y
y h ú m e d a s d e l B r a n d e b u r g o . A v e c e s , el d e t e r n i n i s m o p u e d e ser d e o r d e n
o t r o s b á r b a r o s q u e f r a n q u e a r o n las f r o n t e r a s , s u m a r o n s u s e f e c t o s p a r a p r o -
h u m a n o . L o s a q u e o s , a ú n b á r b a r o s , a p l a s t a r o n a l o s c r e t e n s e s , m á s refi-
v o c a r la c a í d a d e l I m p e r i o r o m a n o . E n n u e s t r a é p o c a , e n el siglo XX, l o s
n a d o s , s u p e r a r o n el o b s t á c u l o d e l e s p a c i o m a r í t i m o y e d i f i c a r o n la b r i l l a n -
d e r r a m a m i e n t o s d e s a n g r e y las d e s t r u c c i o n e s d e l a s d o s g r a n d e s g u e r r a s y
t e civilización h e l é n i c a a l r e d e d o r d e la c u e n c a d e l E g e o . L o s t u r c o s sufrie-
l o s c h o q u e s d e las l u c h a s o b r e r a s , q u e a n u n c i a n las r e v o l u c i o n e s socialis-
r o n el e s p a n t o s o c h o q u e d e los m o g o l e s , l o g r a r o n s o b r e v i v i r y , m e d i o siglo
t a s , i n c l u s o c o m u n i s t a s ( c u r i o s a m e n t e , el a u t o r n o d i c e n i p a l a b r a d e las
m á s t a r d e , i n i c i a r o n la c o n s t r u c c i ó n d e l I m p e r i o o t o m a n o . Si s e g u i m o s a
a t r o c e s m a q u i n a c i o n e s f a s c i s t a s ) , e v i d e n c i a n el d e b i l i t a m i e n t o d e la E u r o -
T o y n b e e , « c u a n t o m a y o r es la d i f i c u l t a d , m á s p o d e r o s o se h a c e el e s t í m u -
p a o c c i d e n t a l . E n d e f i n i t i v a , t a n t o T o y n b e e c o m o S p e n g l e r c o n s t a t a n el r e -
l o » . P e r o n o s p o d e m o s p r e g u n t a r si la l e y d e « c h a l l e n g e a n d r e s p o n s e » a c -
t r o c e s o d e la V i e j a E u r o p a y l a a s c e n s i ó n al p o d e r d e l o s E s t a d o s U n i d o s
t ú a en c u a l q u i e r c i r c u n s t a n c i a . L a civilización c r i s t i a n a o c c i d e n t a l , q u e flo-
y d e la U n i ó n Soviética.
r e c i ó a l r e d e d o r d e P a r í s y L o n d r e s , se e s t a b l e c i ó e n t i e r r a s f é r t i l e s , d e cli-
m a t e m p l a d o y n o h a sufrido i n v a s i o n e s d o l o r o s a s . E n e s t e c a s o , c o n o c e - L o h e m o s s e ñ a l a d o , S p e n g l e r p u b l i c ó La decadencia de Occidente al d í a
m o s la « r e s p u e s t a » , p e r o b u s c a m o s e n v a n o el « d e s a f í o » . siguiente d e la d e r r o t a del S e g u n d o R e i c h a l e m á n . T o y n b e e r e d a c t a su A
Study of History, d e s d e l o s i n i c i o s d e l o s a ñ o s t r e i n t a a finales d e l o s cin-
D e s p u é s d e l decisivo m o m e n t o d e l n a c i m i e n t o , t o d a civilización se c o m - c u e n t a , e n la é p o c a e n q u e l a G r a n B r e t a ñ a p e r d í a su i m p e r i o c o l o n i a l . N o
p r o m e t e e n u n p r o c e s o d e c r e c i m i e n t o . A v e c e s , el d e s a f í o es d e m a s i a d o s o n s i m p l e s c o i n c i d e n c i a s . L o s d o s a u t o r e s d e d u c e n d e sus p r o p i a s e x p e -
difícil d e s u p e r a r y la civilización « a b o r t a » o « q u e d a e n s u s p e n s o » : así l o s riencias la c o n v i c c i ó n d e q u e « l a s c i v i l i z a c i o n e s s o n m o r t a l e s » . S i n e m b a r -
e s q u i m a l e s i n t e n t a r o n v e n c e r el e n t o r n o p o l a r d e m a s i a d o i n h u m a n o , y s ó l o go, mientras que Spengler cae en u n nihilismo fuertemente teñido d e
h a n l o g r a d o m a n t e n e r rígidas e s t r u c t u r a s d e s u p e r v i v e n c i a ; l o s p o l i n e s i o s r a c i s m o y x e n o f o b i a , T o y n b e e n o se a b a n d o n a al p e s i m i s m o y se v u e l v e
d e la isla d e P a s c u a n o p u d i e r o n d o m i n a r la i n m e n s i d a d d e l P a c í f i c o , se h a c i a el d e í s m o . A l final d e s u o b r a , T o y n b e e se i n t e r e s a p o r las r e l i g i o n e s
m a n t u v i e r o n aislados y d e s a p a r e c i e r o n ; los celtas t u v i e r o n q u e enfrentarse u n i v e r s a l e s — e l b u d i s m o , el i s l a m , el c r i s t i a n i s m o — q u e s o b r e v i v e n a l o s
a d e m a s i a d o s a s a l t o s — l o s r o m a n o s , los g e r m a n o s , l o s v i k i n g o s — y sus i n s - i m p e r i o s , h a c e n nacer n u e v a s civilizaciones y p e r m i t e n acceder a realida-
t i t u c i o n e s n o l o g r a r o n a l c a n z a r la m a d u r e z . C u a n d o el e s t í m u l o es suficien- d e s e s p i r i t u a l e s s u p e r i o r e s . C i e r t a m e n t e , l a I g l e s i a t e r r e n a l n u n c a s e r á la
t e , sin ser e x c e s i v o , la civilización se d e s a r r o l l a : c o n t r o l a c a d a v e z m á s el p e r f e c t a t r a s p o s i c i ó n d e l a C i u d a d d e D i o s . P e r o T o y n b e e llega a l a c o n -
e n t o r n o n a t u r a l y a u m e n t a las p r o d u c c i o n e s m a t e r i a l e s ; e l a b o r a i n s t i t u c i o - c l u s i ó n d e q u e el o b j e t i v o d e la r e l i g i ó n es s a l v a r las a l m a s , n o las i n s t i t u -
n e s civiles, m i l i t a r e s y r e l i g i o s a s c a d a v e z m á s c o m p l e j a s ; c r e a a b u n d a n t e s c i o n e s : « E l s e n t i d o d e la h i s t o r i a e s h a c e r d e l m u n d o u n a p r o v i n c i a d e l r e i -
o b r a s l i t e r a r i a s y a r t í s t i c a s . E l m o v i m i e n t o es l a n z a d o p o r p e r s o n a l i d a d e s n o d e D i o s (...) L o s h o m b r e s s o n s ó l o p e o n e s r e d u c i d o s a la i m p o t e n c i a ,
excepcionales —Confucio, San Pablo, M a h o m a , Lenin, e t c . — o por mino- e n l a g r a n p a r t i d a q u e D i o s j u e g a s o b r e el t a b l e r o d e l o s d í a s y d e l a s n o -
rías i n n o v a d o r a s — l o s a r i s t ó c r a t a s g r i e g o s , los j u n k e r s p r u s i a n o s , l o s b o l - ches, m o v i é n d o l o s en t o d o s los sentidos, inmovilizándolos, r e t i r á n d o l o s y
c h e v i q u e s , e t c . — . E n el p e r í o d o d e c r e c i m i e n t o p o d e m o s d i s t i n g u i r t r e s v a - v o l v i é n d o l o s a p o n e r , u n o a u n o , e n s u c a j a . » A Study of History, q u e al
riantes p r i n c i p a l e s : 1) el m o d e l o h e l é n i c o , c a r a c t e r i z a d o p o r el p a s o d e u n i - p r i n c i p i o se p r e s e n t a c o m o u n a filosofía d e l a h i s t o r i a , e n s e ñ a d a d e m a n e -
d a d e s p o l í t i c a s r e s t r i n g i d a s , las c i u d a d e s - e s t a d o , a u n i m p e r i o m u n d i a l ( e n r a e m p í r i c a , d e s e m b o c a al final e n u n a t e o l o g í a d e la h i s t o r i a , f u n d a d a s o -
e s t e c a s o , el M e d i t e r r á n e o h e l e n í s t i c o y r o m a n o ) ; 2 ) el m o d e l o c h i n o , m a r - bre u n providencialismo de aspecto arcaico.
c a d o p o r la a l t e r n a n c i a , e n p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n , d e d e c a d e n c i a s y
d e r e n a c i m i e n t o s d e u n e s t a d o c o n v o c a c i ó n u n i v e r s a l ; 3) el m o d e l o j u d í o ,
l i g a d o al f e n ó m e n o d e la « d i á s p o r a » , e n el q u e el g r u p o h u m a n o , p r i v a d o
d e u n t e r r i t o r i o n a c i o n a l , i n t e n t a p r e s e r v a r su i d e n t i d a d g r a c i a s a l a e s t r i c -
t a o b s e r v a n c i a d e u n a r e l i g i ó n y d e u n a m a n e r a d e vivir.
D e s p u é s del n a c i m i e n t o y del crecimiento v i e n e la d e c a d e n c i a . C o m o
se h a s u b r a y a d o i r ó n i c a m e n t e , T o y n b e e es « u n g r a n a s e s i n o d e civilizacio-

86 87
c u a n d o s e enfrenta a r i a o b s t á c u l o , a u n a p r u e b a ; n a c e de la dificultad y
n e s » . M i e n t r a s q u e , s e g ú n S p e n g l e r , u n a civilización p e r e c e p o r q u e es víc-
n o d e la facilidad:
t i m a d e l e n v e j e c i m i e n t o b i o l ó g i c o , s e g ú n T o y n b e e , u n a civilización d e c l i n a
F r e c u e n t e m e n t e , el desafío p r o c e d e del e n t o r n o natural. C u a n d o , des-
p o r q u e q u i e r e , p o r q u e se a b a n d o n a . A t e n a s , V e n e c i a o C o n s t a n t i n o p l a s e
p u é s d e la g l a c i a c i ó n , los d e s i e r t o s s u s t i t u y e r o n a las r i c a s p r a d e r a s d e l S a -
h u n d i e r o n , r e n u n c i a r o n a d e f e n d e r s e p o r q u e s ó l o s o ñ a b a n c o n sus p a s a d a s
h a r a y d e l P r ó x i m o O r i e n t e , las c o m u n i d a d e s d e g a n a d e r o s se n e g a r o n a
g l o r i a s . E s p e l i g r o s o p a r a u n a c i v i l i z a c i ó n d o r m i r s e e n sus l a u r e l e s . L o s sig-
d e s a p a r e c e r , se h u n d i e r o n e n los m a l s a n o s v a l l e s d e l N i l o y d e l E u f r a t e s ,
nos p r e c u r s o r e s d e la d e g e n e r a c i ó n son los conflictos sociales, las g u e r r a s
y s e l a n z a r o n a d r e n a r , a h a c e r d i q u e s y c a n a l e s d e las z o n a s p a n t a n o s a s
civiles o la f o r m a c i ó n d e i m p e r i o s m i l i t a r e s : l o s d e los a q u e m é n i d a s , d e l o s
p a r a t r a n s f o r m a r l a s e n c a m p o s c u l t i v a d o s . F u e así c o m o e m e r g i e r o n las ci-
r o m a n o s , de los g u p t a s . E n el ú l t i m o e s t a d i o , dos agentes se p u e d e n en-
vilizaciones d e E g i p t o y d e C a l d e a . D e l a m i s m a m a n e r a , los m a y a s t u v i e -
c a r g a r d e la e j e c u c i ó n : o b i e n u n p r o l e t a r i a d o i n t e r i o r , o b i e n u n p r o l e t a -
r o n q u e d e s f o r e s t a r la selva v i r g e n a n t e s d e c o n s t r u i r las c i u d a d e s d e l Y u -
r i a d o e x t e r i o r , o l o s d o s a l a v e z . A s í , d e l o s siglos n i al V d. J. C , las r e -
c a t á n ; los i n c a s i n s t a l a r o n sus t e m p l o s y sus p a l a c i o s e n el a l t i p l a n o , m u y
v u e l t a s d e l o s c r i s t i a n o s , l o s b a g a u d a s y o t r a s c a p a s p o p u l a r e s e n el i n t e r i o r
p o c o h o s p i t a l a r i o , d e los A n d e s ; l o s p r u s i a n o s r e c u p e r a r o n las t i e r r a s frías
:
d e las p r o v i n c i a s y las i n v a s i o n e s d e l o s g o d o s , l o s a l a m a n o s , v á n d a l o s y
y h ú m e d a s d e l B r a n d e b u r g o . A v e c e s , el d e t e r n i n i s m o p u e d e ser d e o r d e n
o t r o s b á r b a r o s q u e f r a n q u e a r o n las f r o n t e r a s , s u m a r o n s u s e f e c t o s p a r a p r o -
h u m a n o . L o s a q u e o s , a ú n b á r b a r o s , a p l a s t a r o n a l o s c r e t e n s e s , m á s refi-
v o c a r la c a í d a d e l I m p e r i o r o m a n o . E n n u e s t r a é p o c a , e n el siglo XX, l o s
n a d o s , s u p e r a r o n el o b s t á c u l o d e l e s p a c i o m a r í t i m o y e d i f i c a r o n la b r i l l a n -
d e r r a m a m i e n t o s d e s a n g r e y las d e s t r u c c i o n e s d e l a s d o s g r a n d e s g u e r r a s y
t e civilización h e l é n i c a a l r e d e d o r d e la c u e n c a d e l E g e o . L o s t u r c o s sufrie-
l o s c h o q u e s d e las l u c h a s o b r e r a s , q u e a n u n c i a n las r e v o l u c i o n e s socialis-
r o n el e s p a n t o s o c h o q u e d e los m o g o l e s , l o g r a r o n s o b r e v i v i r y , m e d i o siglo
t a s , i n c l u s o c o m u n i s t a s ( c u r i o s a m e n t e , el a u t o r n o d i c e n i p a l a b r a d e las
m á s t a r d e , i n i c i a r o n la c o n s t r u c c i ó n d e l I m p e r i o o t o m a n o . Si s e g u i m o s a
a t r o c e s m a q u i n a c i o n e s f a s c i s t a s ) , e v i d e n c i a n el d e b i l i t a m i e n t o d e la E u r o -
T o y n b e e , « c u a n t o m a y o r es la d i f i c u l t a d , m á s p o d e r o s o se h a c e el e s t í m u -
p a o c c i d e n t a l . E n d e f i n i t i v a , t a n t o T o y n b e e c o m o S p e n g l e r c o n s t a t a n el r e -
l o » . P e r o n o s p o d e m o s p r e g u n t a r si la l e y d e « c h a l l e n g e a n d r e s p o n s e » a c -
t r o c e s o d e la V i e j a E u r o p a y l a a s c e n s i ó n al p o d e r d e l o s E s t a d o s U n i d o s
t ú a en c u a l q u i e r c i r c u n s t a n c i a . L a civilización c r i s t i a n a o c c i d e n t a l , q u e flo-
y d e la U n i ó n Soviética.
r e c i ó a l r e d e d o r d e P a r í s y L o n d r e s , se e s t a b l e c i ó e n t i e r r a s f é r t i l e s , d e cli-
m a t e m p l a d o y n o h a sufrido i n v a s i o n e s d o l o r o s a s . E n e s t e c a s o , c o n o c e - L o h e m o s s e ñ a l a d o , S p e n g l e r p u b l i c ó La decadencia de Occidente al d í a
m o s la « r e s p u e s t a » , p e r o b u s c a m o s e n v a n o el « d e s a f í o » . siguiente d e la d e r r o t a del S e g u n d o R e i c h a l e m á n . T o y n b e e r e d a c t a su A
Study of History, d e s d e l o s i n i c i o s d e l o s a ñ o s t r e i n t a a finales d e l o s cin-
D e s p u é s d e l decisivo m o m e n t o d e l n a c i m i e n t o , t o d a civilización se c o m - c u e n t a , e n la é p o c a e n q u e l a G r a n B r e t a ñ a p e r d í a su i m p e r i o c o l o n i a l . N o
p r o m e t e e n u n p r o c e s o d e c r e c i m i e n t o . A v e c e s , el d e s a f í o es d e m a s i a d o s o n s i m p l e s c o i n c i d e n c i a s . L o s d o s a u t o r e s d e d u c e n d e sus p r o p i a s e x p e -
difícil d e s u p e r a r y la civilización « a b o r t a » o « q u e d a e n s u s p e n s o » : así l o s riencias la c o n v i c c i ó n d e q u e « l a s c i v i l i z a c i o n e s s o n m o r t a l e s » . S i n e m b a r -
e s q u i m a l e s i n t e n t a r o n v e n c e r el e n t o r n o p o l a r d e m a s i a d o i n h u m a n o , y s ó l o go, mientras que Spengler cae en u n nihilismo fuertemente teñido d e
h a n l o g r a d o m a n t e n e r rígidas e s t r u c t u r a s d e s u p e r v i v e n c i a ; l o s p o l i n e s i o s r a c i s m o y x e n o f o b i a , T o y n b e e n o se a b a n d o n a al p e s i m i s m o y se v u e l v e
d e la isla d e P a s c u a n o p u d i e r o n d o m i n a r la i n m e n s i d a d d e l P a c í f i c o , se h a c i a el d e í s m o . A l final d e s u o b r a , T o y n b e e se i n t e r e s a p o r las r e l i g i o n e s
m a n t u v i e r o n aislados y d e s a p a r e c i e r o n ; los celtas t u v i e r o n q u e enfrentarse u n i v e r s a l e s — e l b u d i s m o , el i s l a m , el c r i s t i a n i s m o — q u e s o b r e v i v e n a l o s
a d e m a s i a d o s a s a l t o s — l o s r o m a n o s , los g e r m a n o s , l o s v i k i n g o s — y sus i n s - i m p e r i o s , h a c e n nacer n u e v a s civilizaciones y p e r m i t e n acceder a realida-
t i t u c i o n e s n o l o g r a r o n a l c a n z a r la m a d u r e z . C u a n d o el e s t í m u l o es suficien- d e s e s p i r i t u a l e s s u p e r i o r e s . C i e r t a m e n t e , l a I g l e s i a t e r r e n a l n u n c a s e r á la
t e , sin ser e x c e s i v o , la civilización se d e s a r r o l l a : c o n t r o l a c a d a v e z m á s el p e r f e c t a t r a s p o s i c i ó n d e l a C i u d a d d e D i o s . P e r o T o y n b e e llega a l a c o n -
e n t o r n o n a t u r a l y a u m e n t a las p r o d u c c i o n e s m a t e r i a l e s ; e l a b o r a i n s t i t u c i o - c l u s i ó n d e q u e el o b j e t i v o d e la r e l i g i ó n es s a l v a r las a l m a s , n o las i n s t i t u -
n e s civiles, m i l i t a r e s y r e l i g i o s a s c a d a v e z m á s c o m p l e j a s ; c r e a a b u n d a n t e s c i o n e s : « E l s e n t i d o d e la h i s t o r i a e s h a c e r d e l m u n d o u n a p r o v i n c i a d e l r e i -
o b r a s l i t e r a r i a s y a r t í s t i c a s . E l m o v i m i e n t o es l a n z a d o p o r p e r s o n a l i d a d e s n o d e D i o s (...) L o s h o m b r e s s o n s ó l o p e o n e s r e d u c i d o s a la i m p o t e n c i a ,
excepcionales —Confucio, San Pablo, M a h o m a , Lenin, e t c . — o por mino- e n l a g r a n p a r t i d a q u e D i o s j u e g a s o b r e el t a b l e r o d e l o s d í a s y d e l a s n o -
rías i n n o v a d o r a s — l o s a r i s t ó c r a t a s g r i e g o s , los j u n k e r s p r u s i a n o s , l o s b o l - ches, m o v i é n d o l o s en t o d o s los sentidos, inmovilizándolos, r e t i r á n d o l o s y
c h e v i q u e s , e t c . — . E n el p e r í o d o d e c r e c i m i e n t o p o d e m o s d i s t i n g u i r t r e s v a - v o l v i é n d o l o s a p o n e r , u n o a u n o , e n s u c a j a . » A Study of History, q u e al
riantes p r i n c i p a l e s : 1) el m o d e l o h e l é n i c o , c a r a c t e r i z a d o p o r el p a s o d e u n i - p r i n c i p i o se p r e s e n t a c o m o u n a filosofía d e l a h i s t o r i a , e n s e ñ a d a d e m a n e -
d a d e s p o l í t i c a s r e s t r i n g i d a s , las c i u d a d e s - e s t a d o , a u n i m p e r i o m u n d i a l ( e n r a e m p í r i c a , d e s e m b o c a al final e n u n a t e o l o g í a d e la h i s t o r i a , f u n d a d a s o -
e s t e c a s o , el M e d i t e r r á n e o h e l e n í s t i c o y r o m a n o ) ; 2 ) el m o d e l o c h i n o , m a r - bre u n providencialismo de aspecto arcaico.
c a d o p o r la a l t e r n a n c i a , e n p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n , d e d e c a d e n c i a s y
d e r e n a c i m i e n t o s d e u n e s t a d o c o n v o c a c i ó n u n i v e r s a l ; 3) el m o d e l o j u d í o ,
l i g a d o al f e n ó m e n o d e la « d i á s p o r a » , e n el q u e el g r u p o h u m a n o , p r i v a d o
d e u n t e r r i t o r i o n a c i o n a l , i n t e n t a p r e s e r v a r su i d e n t i d a d g r a c i a s a l a e s t r i c -
t a o b s e r v a n c i a d e u n a r e l i g i ó n y d e u n a m a n e r a d e vivir.
D e s p u é s del n a c i m i e n t o y del crecimiento v i e n e la d e c a d e n c i a . C o m o
se h a s u b r a y a d o i r ó n i c a m e n t e , T o y n b e e es « u n g r a n a s e s i n o d e civilizacio-

86 87
 CAPÍTULO 6

LA HISTORIA ERUDITA DESDE MABILLON A

FUSTEL D E COULANGES

L o s límites impuestos a este capítulo son n e c e s a r i a m e n t e un t a n t o ar-

bitrarios, a u n q u e n o falten a r g u m e n t o s p a r a justificarlos. D e e n t r a d a , n o s
a p o y a r e m o s e n la a u t o r i d a d d e M a r c B l o c h q u e v e í a e n el a ñ o 1 6 8 1 , a ñ o
d e l a p u b l i c a c i ó n d e l De re diplomática, de D o m Mabillon, un gran hito
e n la h i s t o r i a d e l e s p í r i t u h u m a n o , « y a q u e e n e s t a o c a s i ó n » se e s t a b l e c i ó
d e f i n i t i v a m e n t e la crítica d e l o s d o c u m e n t o s d e a r c h i v o . Y h a y q u e s a l u d a r
e s t e m o m e n t o e n el q u e la d u d a s i s t e m á t i c a s e c o n v i e r t e e n m é t o d o d e i n -
v e s t i g a c i ó n y n o s v i m o s l i b e r a d o s d e l v i e j o « s e d i c e » . Sin e m b a r g o , n a d a
n o s i m p i d e r e m o n t a r n o s m á s a t r á s e n n u e s t r a i n v e s t i g a c i ó n . D e s d e el si-
glo XVI se o b s e r v a u n a e r u d i c i ó n m e t ó d i c a j u n t o a o t r a « c o n f u s a y d e s o r -
d e n a d a » . Se a p o y a la p r i m e r a en textos m á s s e g u r o s , u s a diccionarios, se
p r e o c u p a d e l a epigrafía y l a n u m i s m á t i c a , i n v a l i d a v i e j a s l e y e n d a s , c o m o
la del origen t r o y a n o d e los francos. Y a J e a n B o d i n , p r e o c u p a d o p o r r e -
m o n t a r s e d e s d e l o s h e c h o s a s u s c a u s a s , s e i n t e r r o g a a c e r c a d e l «oficio d e l
historiador»; t o d a v í a m á s L a n c e l o t d e la P o p e l i n i é r e , p a r a q u i e n u n simple
r e l a t o n o s e r í a u n a historia perfecta. Se asigna la t a r e a d e « m e n o s c o n t a r y
m á s c o m p r e n d e r y h a c e r c o m p r e n d e r » . E n c u a n t o al K m i t e i n f e r i o r p o d e -
m o s invocar la a u t o r i d a d d e Fustel d e C o u l a n g e s . ¿ A c a s o n o escribía e n
1872: « L a h i s t o r i a q u e a m a m o s es l a v e r d a d e r a c i e n c i a f r a n c e s a d e a n t a ñ o ,
la e r u d i c i ó n t a n t r a n q u i l a , t a n s i m p l e , t a n a l t a d e n u e s t r o s b e n e d i c t i n o s , d e
n u e s t r a A c a d e m i a d e I n s c r i p c i o n e s (...) q u e s e m b r a r o n , p o r así d e c i r l o ,
t o d a la e r u d i c i ó n d e n u e s t r o s d í a s » ?
E n las p á g i n a s s i g u i e n t e s p r e t e n d e m o s d e m o s t r a r q u e l o s o r í g e n e s d e
la escuela metódica de los historiadores profesionales, f r e c u e n t e m e n t e lla-
m a d a « p o s i t i v i s t a » , e s t á m á s e n r e l a c i ó n c o n l o s e r u d i t o s d e l siglo x v m q u e
c o n los escritos d e A u g u s t o C o m t e . E n s e g u n d o lugar, esta escuela, q u e
sin d u d a u t i l i z ó a l g u n a s f ó r m u l a s d e é s t e , h e r e d ó d e los p r i m e r o s sus p r o -
c e d i m i e n t o s d e la crítica t e x t u a l y la p r á c t i c a d e la d u d a m e t ó d i c a e n el e x a -
m e n d e los t e s t i m o n i o s . A d e m á s , n o p o d r e m o s i g n o r a r u n a c i e r t a r e l a c i ó n
i n s t i t u c i o n a l e n t r e i o s c í r c u l o s e r u d i t o s d e l siglo x v i l l y las s o c i e d a d e s c i e n -
tíficas d e l x i x . H a y q u e m e n c i o n a r q u e e n t r e 1680 y 1 7 8 0 , a l g u n o s h i s t o -
riadores se s i n t i e r o n t e n t a d o s p o r p e r s p e c t i v a s m á s a m p l i a s q u e las d e l a
e r u d i c i ó n s i l e n c i o s a . A s p i r a r o n a e s t u d i a r las c o s t u m b r e s y l a civilización

89
 CAPÍTULO 6

LA HISTORIA ERUDITA DESDE MABILLON A

FUSTEL D E COULANGES

L o s límites impuestos a este capítulo son n e c e s a r i a m e n t e un t a n t o ar-

bitrarios, a u n q u e n o falten a r g u m e n t o s p a r a justificarlos. D e e n t r a d a , n o s
a p o y a r e m o s e n la a u t o r i d a d d e M a r c B l o c h q u e v e í a e n el a ñ o 1 6 8 1 , a ñ o
d e l a p u b l i c a c i ó n d e l De re diplomática, de D o m Mabillon, un gran hito
e n la h i s t o r i a d e l e s p í r i t u h u m a n o , « y a q u e e n e s t a o c a s i ó n » se e s t a b l e c i ó
d e f i n i t i v a m e n t e la crítica d e l o s d o c u m e n t o s d e a r c h i v o . Y h a y q u e s a l u d a r
e s t e m o m e n t o e n el q u e la d u d a s i s t e m á t i c a s e c o n v i e r t e e n m é t o d o d e i n -
v e s t i g a c i ó n y n o s v i m o s l i b e r a d o s d e l v i e j o « s e d i c e » . Sin e m b a r g o , n a d a
n o s i m p i d e r e m o n t a r n o s m á s a t r á s e n n u e s t r a i n v e s t i g a c i ó n . D e s d e el si-
glo XVI se o b s e r v a u n a e r u d i c i ó n m e t ó d i c a j u n t o a o t r a « c o n f u s a y d e s o r -
d e n a d a » . Se a p o y a la p r i m e r a en textos m á s s e g u r o s , u s a diccionarios, se
p r e o c u p a d e l a epigrafía y l a n u m i s m á t i c a , i n v a l i d a v i e j a s l e y e n d a s , c o m o
la del origen t r o y a n o d e los francos. Y a J e a n B o d i n , p r e o c u p a d o p o r r e -
m o n t a r s e d e s d e l o s h e c h o s a s u s c a u s a s , s e i n t e r r o g a a c e r c a d e l «oficio d e l
historiador»; t o d a v í a m á s L a n c e l o t d e la P o p e l i n i é r e , p a r a q u i e n u n simple
r e l a t o n o s e r í a u n a historia perfecta. Se asigna la t a r e a d e « m e n o s c o n t a r y
m á s c o m p r e n d e r y h a c e r c o m p r e n d e r » . E n c u a n t o al K m i t e i n f e r i o r p o d e -
m o s invocar la a u t o r i d a d d e Fustel d e C o u l a n g e s . ¿ A c a s o n o escribía e n
1872: « L a h i s t o r i a q u e a m a m o s es l a v e r d a d e r a c i e n c i a f r a n c e s a d e a n t a ñ o ,
la e r u d i c i ó n t a n t r a n q u i l a , t a n s i m p l e , t a n a l t a d e n u e s t r o s b e n e d i c t i n o s , d e
n u e s t r a A c a d e m i a d e I n s c r i p c i o n e s (...) q u e s e m b r a r o n , p o r así d e c i r l o ,
t o d a la e r u d i c i ó n d e n u e s t r o s d í a s » ?
E n las p á g i n a s s i g u i e n t e s p r e t e n d e m o s d e m o s t r a r q u e l o s o r í g e n e s d e
la escuela metódica de los historiadores profesionales, f r e c u e n t e m e n t e lla-
m a d a « p o s i t i v i s t a » , e s t á m á s e n r e l a c i ó n c o n l o s e r u d i t o s d e l siglo x v m q u e
c o n los escritos d e A u g u s t o C o m t e . E n s e g u n d o lugar, esta escuela, q u e
sin d u d a u t i l i z ó a l g u n a s f ó r m u l a s d e é s t e , h e r e d ó d e los p r i m e r o s sus p r o -
c e d i m i e n t o s d e la crítica t e x t u a l y la p r á c t i c a d e la d u d a m e t ó d i c a e n el e x a -
m e n d e los t e s t i m o n i o s . A d e m á s , n o p o d r e m o s i g n o r a r u n a c i e r t a r e l a c i ó n
i n s t i t u c i o n a l e n t r e i o s c í r c u l o s e r u d i t o s d e l siglo x v i l l y las s o c i e d a d e s c i e n -
tíficas d e l x i x . H a y q u e m e n c i o n a r q u e e n t r e 1680 y 1 7 8 0 , a l g u n o s h i s t o -
riadores se s i n t i e r o n t e n t a d o s p o r p e r s p e c t i v a s m á s a m p l i a s q u e las d e l a
e r u d i c i ó n s i l e n c i o s a . A s p i r a r o n a e s t u d i a r las c o s t u m b r e s y l a civilización

89
e n g e n e r a l . V o l t a i r e es r e p r e s e n t a t i v o a e s t e r e s p e c t o : c o m o los e r u d i t o s ,
se p r e o c u p a p o r la n a r r a c i ó n e x a c t a ; c o m o filósofo, e s t á a b i e r t o a t o d o lo
q u e es h u m a n o . H a b r á q u e m e n c i o n a r a q u í a t o d o s l o s q u e p r e s i n t i e r o n las
exigencias d e la historia global.
1. O B S T Á C U L O S P A R A E L D E S A R R O L L O D E L A HISTORIA M E T Ó D I C A (XVH y
XVHI) -
A l g u n a s d e e s t a s t r a b a s s o n « h e r e d a d e s » , t a l e s c o m o el f r e n o i n t e l e c -
t u a l c o n s t i t u i d o p o r la h i s t o r i a p r o v i d e n c i a l i s t a , c u y o s e s q u e m a s d e p e n s a -
m i e n t o p r o c e d e n d e los t e ó l o g o s m e d i e v a l e s , c o m o el f u n c i o n a m i e n t o cir-
c u l a r d e l p e n s a m i e n t o s i m b ó l i c o , t o d a v í a e n b o g a e n el siglo x v i : « E l m u n -
d o s e e n r o s c a b a e n sí m i s m o ; la t i e r r a r e f l e j a b a el c i e l o , los r o s t r o s se m i -
r a b a n e n las e s t r e l l a s , y l a h i e r b a e n v o l v í a e n sus t a l l o s los s e c r e t o s q u e s e r -
v í a n al h o m b r e » ( M . F o u c a u l t ) . L a s a b i d u r í a se c o n v e r t í a así e n p r i s i o n e r a
d e las « g r a n d e s figuras c i r c u l a r e s » . E l e s f u e r z o d e l e s p í r i t u c o n s i s t e e n « r e -
v e l a r las firmas», p u e s t a s s o b r e las c o s a s , y p r o c e d e r a su « d e s c i f r a m i e n t o » .
H a y o t r a s t r a b a s p r o p i a s d e l p e n s a m i e n t o c l á s i c o , el c u a l es p o c o f a v o -
r a b l e a la h i s t o r i a . A q u é l « t i e n d e a lo p e r m a n e n t e y a lo u n i v e r s a l » , m i e n -
t r a s q u e la h i s t o r i a « p a r e c e el l u g a r d e l o c o n t i n g e n t e y lo p a r t i c u l a r » . A s í
s e c o m p r e n d e q u e l a n o c i ó n d e Orden t o m e el r e l e v o al d e Similitud como
c a t e g o r í a f u n d a m e n t a l d e l p e n s a m i e n t o . A h o r a b i e n , el o r d e n se a c o m o d a
m a l al c a m b i o , ley i m p e r i o s a d e la h i s t o r i a . A d e m á s , las c i e n c i a s d e l a n a -
t u r a l e z a a v a n z a n r á p i d a m e n t e y s u p r e s t i g i o s u p e r a al d e l a h i s t o r i a , c o n -
s i d e r a d a c o m o l a p a r i e n t e p o b r e , c i e n c i a s e p u l t a d a e n los l i b r o s , t o t a l m e n -
t e d e p e n d i e n t e d e la m e m o r i a , según Pascal.
P o r t a n t o , la h i s t o r i a e s t á r e l a c i o n a d a c o n las l e t r a s . E n f u n c i ó n d e e s t e
p r e j u i c i o l i t e r a r i o , se i n t e n t a h a c e r u n a o b r a b e l l a a n t e s q u e u n a o b r a e x a c -
t a y m i n u c i o s a . H a s t a el p u n t o d e q u e los h i s t o r i a d o r e s f a m o s o s d e s p r e c i a n
la e r u d i c i ó n y h a c e n p o c o c a s o d e l o s d o c u m e n t o s o r i g i n a l e s . E l g é n e r o h i s -
t ó r i c o t i e n e a s í sus o r a d o r e s , p a r a los q u e la h i s t o r i a s ó l o es « u n c o n j u n t o
d e a c o n t e c i m i e n t o s m a r a v i l l o s o s (...) d r a m a s d e t o d a s c l a s e s , g u e r r a s , r e -
b e l i o n e s , a l t e r a c i o n e s , p r o c e s o s , a m o r e s » ( P . H a z a r d ) . T i e n e t a m b i é n sus
c o m p i l a d o r e s , c o m o R o l l i n , d e n u n c i a d o p o r V o l t a i r e e n sus Nouvelles con-
sidérations sur l'Histoire, e n 1774, q u e p l a g i a a d i f e r e n t e s a u t o r e s p a r a c o m -
p o n e r su Histoire ancienne, repitiendo «célebres tonterías que a b u n d a n en
l o s h i s t o r i a d o r e s a n t i g u o s » , y t i e n e a a q u e l l o s q u e p o n e n «la h i s t o r i a e n pil-
d o r a s » r e s u m i e n d o la h i s t o r i a civil, n a t u r a l , p o l í t i c a , e t c . , d e t o d o s l o s p u e -
b l o s , c o m o el p a d r e B u f f i e r , q u e p r e t e n d e q u e sólo l a p a l a b r a Rabismaf per-
m i t e r e c o r d a r la s u c e s i ó n d e los r e y e s d e A r a g ó n y d e sus c o n q u i s t a s . O t r o s
p o n e n la h i s t o r i a d e F r a n c i a e n v e r s o . A s í se a f i r m a a c e r c a d e F a r a m o n d ,
p r e s u n t o f u n d a d o r d e l e s t a d o f r a n c o e n el a ñ o 4 8 0 , d. J. C : « P o r l a ley sá-
lica, q u e s i e m p r e se s i g u i ó , p r o h i b i ó a las m u j e r e s a c c e d e r al t r o n o . » O t r o s
c o m p o n e n listas d e n o m b r e s y r e s ú m e n e s c r o n o l ó g i c o s , l l e n o s d e f e c h a s
inexactas y d e acontecimientos d u d o s o s . Se p r e o c u p a r o n s o b r e t o d o p o r es-
cribir Disertaciones para ser leídas, y p r o c l a m a n , c o m o el a b a d G o y e r e n
1755: « L a e r u d i c i ó n , las e s p i n o s a s i n v e s t i g a c i o n e s n o s f a t i g a n , y p r e f e r i m o s
c o r r e r l i g e r a m e n t e s o b r e las s u p e r f i c i e s q u e e n c e r r a r n o s p e s a d a m e n t e e n
las p r o f u n d i d a d e s . »
90
T a m b i é n h a y o t r o p e l i g r o q u e a m e n a z a a l a h i s t o r i a : su s u b o r d i n a c i ó n
a l a t e o l o g í a o a l a filosofía. E s t e p r e j u i c i o u t i l i t a r i o c o n d u j o a e s p e r a r l e c -
c i o n e s d e la h i s t o r i a y a c o n f u n d i r l a p a r c i a l m e n t e c o n l a m o r a l . « E s n e c e -
s a r i o q u e m u e s t r e l a d e r r o t a d e l vicio y el t r i u n f o d e la v i r t u d , l o s b u e n o s
s i e m p r e s e r á n r e c o m p e n s a d o s , los m a l o s s i e m p r e castigados» ( P a u l H a -
z a r d ) . L o s filósofos d e l siglo X V I I I n o s e l i b r a r o n d e e s t a c o n c e p c i ó n . L e e n
la h i s t o r i a c o n m u c h o s p r e j u i c i o s a n t i p a p i s t a s y a n t i c l e r i c a l e s . A s u s o j o s ,
l a E d a d M e d i a es m á s u n e r r o r a r e c h a z a r q u e u n h e c h o h i s t ó r i c o a c o m -
p r e n d e r . S e g ú n B o l i n g b r o k e , «la h i s t o r i a es l a filosofía q u e , a t r a v é s d e
e j e m p l o s , n o s s e ñ a l a c ó m o t e n e m o s q u e c o n d u c i r n o s e n t o d a s las c i r c u n s -
t a n c i a s d e l a v i d a p ú b l i c a y p r i v a d a » ( 1 7 5 1 ) . D u r a n t e e s t o s d o s s i g l o s , es
t a m b i é n m u y e v i d e n t e l a s u b o r d i n a c i ó n d e l a h i s t o r i a a l a p o l í t i c a , t a n t o si
se t r a t a d e d e f e n d e r al a b s o l u t i s m o r e a l c o m o — a l a i n v e r s a — d e a p o y a r
las p r e t e n s i o n e s d e los P a r l a m e n t o s . L o s filósofos d i r i g e n p r e f e r e n t e m e n t e
su m e n s a j e a los p r í n c i p e s « c o n d e n a d o s a v e r a l o s h o m b r e s s ó l o b a j o la
m á s c a r a » , e s p e r a n d o así a n i m a r l o s a t r a b a j a r p o r l a f e l i c i d a d d e sus p u e -
blos.
2. Los P R E C U R S O R E S D E L A P O S T U R A CRÍTICA (FINES D E L SIGLO xvii)
M a r c Bloch ha reconstruido brillantemente esta «generación q u e n a c e
h a c i a el m o m e n t o e n q u e s e p u b l i c ó el Discurso del método», la d e M a b i -
llon y d e Spinoza, nacidos en 1632; t a m b i é n la de L e N a i n d e Tillemont y
d e R i c h a r d S i m ó n , n a c i d o s , r e s p e c t i v a m e n t e , e n 1637 y e n 1 6 3 8 . ¿ C a r t e -
s i a n o s ? N o d e l t o d o , sin d u d a ; m á s b i e n e s p í r i t u s i n f l u i d o s p o r l a filosofía
c a r t e s i a n a « a t r a v é s d e u n a e s p e c i e d e o s m o s i s » , h a s t a el p u n t o d e q u e ,
c u a n d o e l l o s p u b l i c a r o n sus l i b r o s e n t r e 1680 y 1 6 9 0 , el « p i r r o n i s m o h i s t ó -
rico» e r a l a m o d a i n t e l e c t u a l . U n a . p a l a b r a c l a v e califica su g e s t i ó n , l a crí-
tica, la c u a l d e s i g n a l a a c t i t u d d e l e s p í r i f t f q u e « c o n s i s t e e n n o c r e e r c o n
l i g e r e z a y e n s a b e r d u d a r e n m u c h a s o c a s i o n e s » . E s t a c r í t i c a se e x t i e n d e a
t o d o s l o s c a m p o s d e la a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l ; h a c i e n d o « t a b l a r a s a d e l a f e » ,
d e j a n d o d e a p o y a r s e e n las a u t o r i d a d e s t r a d i c i o n a l e s , i n t e n t a « l l e g a r p o r
este m e d i o a nuevas certezas (o a grandes probabilidades), d e b i d a m e n t e
c o m p r o b a d a s a p a r t i r d e e n t o n c e s » . D e e s t e m o d o t o m a c o m o b l a n c o la t r a -
d i c i o n a l c r e e n c i a e n el milagro, q u e la r a z ó n n o p u e d e admitir en la m e d i -
d a e n q u e v a e n c o n t r a d e las l e y e s d e la n a t u r a l e z a . P r i m e r o o c u r r i ó el
a s u n t o d e los c o m e t a s d e 1680-1681, c o n s i d e r a d o s p o r la g e n t e crédula c o m o
p r e s a g i o s e n v i a d o s d e s d e lo a l t o . B a y l e d e n u n c i ó e n e l l o la s u p e r v i v e n c i a
d e s u p e r s t i c i o n e s p a g a n a s . D e s p u é s fue F o n t e n e l l e el q u e s e d e d i c ó a l a
c u e s t i ó n d e l o s o r á c u l o s y d e las sibilas e n 1 6 8 6 . E s t o s o r á c u l o s , d i c e , p r o -
c e d e n d e la picardía h u m a n a y n o d e u n a i n t e r v e n c i ó n divina. S o n i m p o s -
t u r a s , p o s i b i l i t a d a s p o r l a i g n o r a n c i a d e las m u l t i t u d e s . Y al r e l a t a r l a h i s -
t o r i a d e l diente de oro, q u e a l g u n o s c r e y e r o n e n t r e g a d o p o r D i o s a u n n i ñ o
d e Silesia p a r a c o n s o l a r a l o s c r i s t i a n o s afligidos p o r l o s t u r c o s ( e n 1 5 9 3 ) ,
se c o m p r o b ó f i n a l m e n t e q u e « e r a u n a h o j a d e o r o a p l i c a d a al d i e n t e c o n
m u c h a d e s t r e z a » . F o n t e n e l l e d e d u c e d e e l l o , c o n fría i r o n í a : « A s e g u r é m o -
n o s b i e n d e l h e c h o , a n t e s d e i n q u i e t a m o s p o r la c a u s a . »
L a s S a g r a d a s E s c r i t u r a s n o p o d í a n q u e d a r al m a r g e n d e e s t a c r í t i c a g e -
91
e n g e n e r a l . V o l t a i r e es r e p r e s e n t a t i v o a e s t e r e s p e c t o : c o m o los e r u d i t o s ,
se p r e o c u p a p o r la n a r r a c i ó n e x a c t a ; c o m o filósofo, e s t á a b i e r t o a t o d o lo
q u e es h u m a n o . H a b r á q u e m e n c i o n a r a q u í a t o d o s l o s q u e p r e s i n t i e r o n las
exigencias d e la historia global.
1. O B S T Á C U L O S P A R A E L D E S A R R O L L O D E L A HISTORIA M E T Ó D I C A (XVH y
XVHI) -
A l g u n a s d e e s t a s t r a b a s s o n « h e r e d a d e s » , t a l e s c o m o el f r e n o i n t e l e c -
t u a l c o n s t i t u i d o p o r la h i s t o r i a p r o v i d e n c i a l i s t a , c u y o s e s q u e m a s d e p e n s a -
m i e n t o p r o c e d e n d e los t e ó l o g o s m e d i e v a l e s , c o m o el f u n c i o n a m i e n t o cir-
c u l a r d e l p e n s a m i e n t o s i m b ó l i c o , t o d a v í a e n b o g a e n el siglo x v i : « E l m u n -
d o s e e n r o s c a b a e n sí m i s m o ; la t i e r r a r e f l e j a b a el c i e l o , los r o s t r o s se m i -
r a b a n e n las e s t r e l l a s , y l a h i e r b a e n v o l v í a e n sus t a l l o s los s e c r e t o s q u e s e r -
v í a n al h o m b r e » ( M . F o u c a u l t ) . L a s a b i d u r í a se c o n v e r t í a así e n p r i s i o n e r a
d e las « g r a n d e s figuras c i r c u l a r e s » . E l e s f u e r z o d e l e s p í r i t u c o n s i s t e e n « r e -
v e l a r las firmas», p u e s t a s s o b r e las c o s a s , y p r o c e d e r a su « d e s c i f r a m i e n t o » .
H a y o t r a s t r a b a s p r o p i a s d e l p e n s a m i e n t o c l á s i c o , el c u a l es p o c o f a v o -
r a b l e a la h i s t o r i a . A q u é l « t i e n d e a lo p e r m a n e n t e y a lo u n i v e r s a l » , m i e n -
t r a s q u e la h i s t o r i a « p a r e c e el l u g a r d e l o c o n t i n g e n t e y lo p a r t i c u l a r » . A s í
s e c o m p r e n d e q u e l a n o c i ó n d e Orden t o m e el r e l e v o al d e Similitud como
c a t e g o r í a f u n d a m e n t a l d e l p e n s a m i e n t o . A h o r a b i e n , el o r d e n se a c o m o d a
m a l al c a m b i o , ley i m p e r i o s a d e la h i s t o r i a . A d e m á s , las c i e n c i a s d e l a n a -
t u r a l e z a a v a n z a n r á p i d a m e n t e y s u p r e s t i g i o s u p e r a al d e l a h i s t o r i a , c o n -
s i d e r a d a c o m o l a p a r i e n t e p o b r e , c i e n c i a s e p u l t a d a e n los l i b r o s , t o t a l m e n -
t e d e p e n d i e n t e d e la m e m o r i a , según Pascal.
P o r t a n t o , la h i s t o r i a e s t á r e l a c i o n a d a c o n las l e t r a s . E n f u n c i ó n d e e s t e
p r e j u i c i o l i t e r a r i o , se i n t e n t a h a c e r u n a o b r a b e l l a a n t e s q u e u n a o b r a e x a c -
t a y m i n u c i o s a . H a s t a el p u n t o d e q u e los h i s t o r i a d o r e s f a m o s o s d e s p r e c i a n
la e r u d i c i ó n y h a c e n p o c o c a s o d e l o s d o c u m e n t o s o r i g i n a l e s . E l g é n e r o h i s -
t ó r i c o t i e n e a s í sus o r a d o r e s , p a r a los q u e la h i s t o r i a s ó l o es « u n c o n j u n t o
d e a c o n t e c i m i e n t o s m a r a v i l l o s o s (...) d r a m a s d e t o d a s c l a s e s , g u e r r a s , r e -
b e l i o n e s , a l t e r a c i o n e s , p r o c e s o s , a m o r e s » ( P . H a z a r d ) . T i e n e t a m b i é n sus
c o m p i l a d o r e s , c o m o R o l l i n , d e n u n c i a d o p o r V o l t a i r e e n sus Nouvelles con-
sidérations sur l'Histoire, e n 1774, q u e p l a g i a a d i f e r e n t e s a u t o r e s p a r a c o m -
p o n e r su Histoire ancienne, repitiendo «célebres tonterías que a b u n d a n en
l o s h i s t o r i a d o r e s a n t i g u o s » , y t i e n e a a q u e l l o s q u e p o n e n «la h i s t o r i a e n pil-
d o r a s » r e s u m i e n d o la h i s t o r i a civil, n a t u r a l , p o l í t i c a , e t c . , d e t o d o s l o s p u e -
b l o s , c o m o el p a d r e B u f f i e r , q u e p r e t e n d e q u e sólo l a p a l a b r a Rabismaf per-
m i t e r e c o r d a r la s u c e s i ó n d e los r e y e s d e A r a g ó n y d e sus c o n q u i s t a s . O t r o s
p o n e n la h i s t o r i a d e F r a n c i a e n v e r s o . A s í se a f i r m a a c e r c a d e F a r a m o n d ,
p r e s u n t o f u n d a d o r d e l e s t a d o f r a n c o e n el a ñ o 4 8 0 , d. J. C : « P o r l a ley sá-
lica, q u e s i e m p r e se s i g u i ó , p r o h i b i ó a las m u j e r e s a c c e d e r al t r o n o . » O t r o s
c o m p o n e n listas d e n o m b r e s y r e s ú m e n e s c r o n o l ó g i c o s , l l e n o s d e f e c h a s
inexactas y d e acontecimientos d u d o s o s . Se p r e o c u p a r o n s o b r e t o d o p o r es-
cribir Disertaciones para ser leídas, y p r o c l a m a n , c o m o el a b a d G o y e r e n
1755: « L a e r u d i c i ó n , las e s p i n o s a s i n v e s t i g a c i o n e s n o s f a t i g a n , y p r e f e r i m o s
c o r r e r l i g e r a m e n t e s o b r e las s u p e r f i c i e s q u e e n c e r r a r n o s p e s a d a m e n t e e n
las p r o f u n d i d a d e s . »
90
T a m b i é n h a y o t r o p e l i g r o q u e a m e n a z a a l a h i s t o r i a : su s u b o r d i n a c i ó n
a l a t e o l o g í a o a l a filosofía. E s t e p r e j u i c i o u t i l i t a r i o c o n d u j o a e s p e r a r l e c -
c i o n e s d e la h i s t o r i a y a c o n f u n d i r l a p a r c i a l m e n t e c o n l a m o r a l . « E s n e c e -
s a r i o q u e m u e s t r e l a d e r r o t a d e l vicio y el t r i u n f o d e la v i r t u d , l o s b u e n o s
s i e m p r e s e r á n r e c o m p e n s a d o s , los m a l o s s i e m p r e castigados» ( P a u l H a -
z a r d ) . L o s filósofos d e l siglo X V I I I n o s e l i b r a r o n d e e s t a c o n c e p c i ó n . L e e n
la h i s t o r i a c o n m u c h o s p r e j u i c i o s a n t i p a p i s t a s y a n t i c l e r i c a l e s . A s u s o j o s ,
l a E d a d M e d i a es m á s u n e r r o r a r e c h a z a r q u e u n h e c h o h i s t ó r i c o a c o m -
p r e n d e r . S e g ú n B o l i n g b r o k e , «la h i s t o r i a es l a filosofía q u e , a t r a v é s d e
e j e m p l o s , n o s s e ñ a l a c ó m o t e n e m o s q u e c o n d u c i r n o s e n t o d a s las c i r c u n s -
t a n c i a s d e l a v i d a p ú b l i c a y p r i v a d a » ( 1 7 5 1 ) . D u r a n t e e s t o s d o s s i g l o s , es
t a m b i é n m u y e v i d e n t e l a s u b o r d i n a c i ó n d e l a h i s t o r i a a l a p o l í t i c a , t a n t o si
se t r a t a d e d e f e n d e r al a b s o l u t i s m o r e a l c o m o — a l a i n v e r s a — d e a p o y a r
las p r e t e n s i o n e s d e los P a r l a m e n t o s . L o s filósofos d i r i g e n p r e f e r e n t e m e n t e
su m e n s a j e a los p r í n c i p e s « c o n d e n a d o s a v e r a l o s h o m b r e s s ó l o b a j o la
m á s c a r a » , e s p e r a n d o así a n i m a r l o s a t r a b a j a r p o r l a f e l i c i d a d d e sus p u e -
blos.
2. Los P R E C U R S O R E S D E L A P O S T U R A CRÍTICA (FINES D E L SIGLO xvii)
M a r c Bloch ha reconstruido brillantemente esta «generación q u e n a c e
h a c i a el m o m e n t o e n q u e s e p u b l i c ó el Discurso del método», la d e M a b i -
llon y d e Spinoza, nacidos en 1632; t a m b i é n la de L e N a i n d e Tillemont y
d e R i c h a r d S i m ó n , n a c i d o s , r e s p e c t i v a m e n t e , e n 1637 y e n 1 6 3 8 . ¿ C a r t e -
s i a n o s ? N o d e l t o d o , sin d u d a ; m á s b i e n e s p í r i t u s i n f l u i d o s p o r l a filosofía
c a r t e s i a n a « a t r a v é s d e u n a e s p e c i e d e o s m o s i s » , h a s t a el p u n t o d e q u e ,
c u a n d o e l l o s p u b l i c a r o n sus l i b r o s e n t r e 1680 y 1 6 9 0 , el « p i r r o n i s m o h i s t ó -
rico» e r a l a m o d a i n t e l e c t u a l . U n a . p a l a b r a c l a v e califica su g e s t i ó n , l a crí-
tica, la c u a l d e s i g n a l a a c t i t u d d e l e s p í r i f t f q u e « c o n s i s t e e n n o c r e e r c o n
l i g e r e z a y e n s a b e r d u d a r e n m u c h a s o c a s i o n e s » . E s t a c r í t i c a se e x t i e n d e a
t o d o s l o s c a m p o s d e la a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l ; h a c i e n d o « t a b l a r a s a d e l a f e » ,
d e j a n d o d e a p o y a r s e e n las a u t o r i d a d e s t r a d i c i o n a l e s , i n t e n t a « l l e g a r p o r
este m e d i o a nuevas certezas (o a grandes probabilidades), d e b i d a m e n t e
c o m p r o b a d a s a p a r t i r d e e n t o n c e s » . D e e s t e m o d o t o m a c o m o b l a n c o la t r a -
d i c i o n a l c r e e n c i a e n el milagro, q u e la r a z ó n n o p u e d e admitir en la m e d i -
d a e n q u e v a e n c o n t r a d e las l e y e s d e la n a t u r a l e z a . P r i m e r o o c u r r i ó el
a s u n t o d e los c o m e t a s d e 1680-1681, c o n s i d e r a d o s p o r la g e n t e crédula c o m o
p r e s a g i o s e n v i a d o s d e s d e lo a l t o . B a y l e d e n u n c i ó e n e l l o la s u p e r v i v e n c i a
d e s u p e r s t i c i o n e s p a g a n a s . D e s p u é s fue F o n t e n e l l e el q u e s e d e d i c ó a l a
c u e s t i ó n d e l o s o r á c u l o s y d e las sibilas e n 1 6 8 6 . E s t o s o r á c u l o s , d i c e , p r o -
c e d e n d e la picardía h u m a n a y n o d e u n a i n t e r v e n c i ó n divina. S o n i m p o s -
t u r a s , p o s i b i l i t a d a s p o r l a i g n o r a n c i a d e las m u l t i t u d e s . Y al r e l a t a r l a h i s -
t o r i a d e l diente de oro, q u e a l g u n o s c r e y e r o n e n t r e g a d o p o r D i o s a u n n i ñ o
d e Silesia p a r a c o n s o l a r a l o s c r i s t i a n o s afligidos p o r l o s t u r c o s ( e n 1 5 9 3 ) ,
se c o m p r o b ó f i n a l m e n t e q u e « e r a u n a h o j a d e o r o a p l i c a d a al d i e n t e c o n
m u c h a d e s t r e z a » . F o n t e n e l l e d e d u c e d e e l l o , c o n fría i r o n í a : « A s e g u r é m o -
n o s b i e n d e l h e c h o , a n t e s d e i n q u i e t a m o s p o r la c a u s a . »
L a s S a g r a d a s E s c r i t u r a s n o p o d í a n q u e d a r al m a r g e n d e e s t a c r í t i c a g e -
91
n e r a l d e l m i l a g r o . D e l l a d o p r o t e s t a n t e , u n p r o f e s o r d e O x f o r d l l e g ó a asi-
m i l a r las S a g r a d a s E s c r i t u r a s c o n las f á b u l a s d e O r i e n t e ( e n 1 6 9 5 ) ; d e l l a d o
judío, Spinoza sugiere i n t e r p r e t a r la Biblia del m i s m o m o d o q u e la n a t u -
r a l e z a , e i n t e r r o g a r s e a c e r c a d e «las d i v e r s a s s u e r t e s q u e h a y a n p o d i d o su-
frir los l i b r o s d e los p r o f e t a s ( . . . ) , l a v i d a , l o s e s t u d i o s d e l a u t o r d e c a d a
l i b r o » ; d e l l a d o c a t ó l i c o , M a b i l l o n y el a b a t e F l e u r y i n v a l i d a n c i e r t o n ú m e -
r o d e l e y e n d a s . P e r o fue el o r a t o r i a n o R i c h a r d S i m ó n el q u e r e a l i z ó la rup-
tura crítica: « L o s q u e h a c e n p r o f e s i ó n d e c r í t i c o s n o d e b e n d e t e n e r s e m á s
q u e p a r a e x p l i c a r el s e n t i d o l i t e r a l d e sus a u t o r e s y e v i t a r t o d o lo q u e es
i n ú t i l p a r a su p l a n » (Histoire Critique du Vieux Testament, 1678). D e ori-
g e n h u m i l d e , R i c h a r d S i m ó n e n t r ó e n los o r a t o r i a n o s e n 1 6 6 2 . A t r a í d o p o r
l a e r u d i c i ó n e s t u d i a h e b r e o , se s u m e r g e e n los l i b r o s o r i e n t a l e s , v a d i r e c -
t a m e n t e a las f u e n t e s . C o n v e n c i d o c o n e s t a e x p e r i e n c i a q u i e r e h a c e r r e c o -
n o c e r los d e r e c h o s d e la crítica. E s t a d e b e e s t a b l e c e r , e n p r i m e r l u g a r , el
g r a d o d e seguridad y autenticidad d e los textos e s t u d i a d o s : « P r i m e r a m e n -
t e , es i m p o s i b l e e n t e n d e r p e r f e c t a m e n t e los l i b r o s s a g r a d o s a m e n o s q u e
se s e p a p o r a n t i c i p a d o l o s d i s t i n t o s e s t a d o s e n q u e se h a n e n c o n t r a d o los
t e x t o s d e e s t o s l i b r o s , s e g ú n las d i s t i n t a s é p o c a s y l o s d i f e r e n t e s l u g a r e s . »
A c o n t i n u a c i ó n , l a crítica e x c l u y e las c o n s i d e r a c i o n e s e s t é t i c a s y m o r a l e s ,
lo m i s m o q u e , apriori, las t e o l o g í a s , a f i r m á n d o s e p l e n a m e n t e d u e ñ a d e sus
p r o p i a s a c t u a c i o n e s . F i n a l m e n t e , l a crítica se a p o y a a n t e t o d o e n la filolo-
gía, a la q u e s e c o n f i e r e la c o n d i c i ó n d e c i e n c i a s o b e r a n a . E s t a p r e o c u p a -
c i ó n p o r l a c o r r e c t a c o m p r e n s i ó n d e l o s t e x t o s a n u n c i a la crítica interna,
q u e s e r í a d e f i n i d a p o r los m a e s t r o s d e l siglo XIX. G r a c i a s a e s t a m e t ó d i c a
l a b o r , R i c h a r d S i m ó n a p o r t a r e s p u e s t a s m u y n u e v a s al p r o b l e m a d e la i n s -
p i r a c i ó n d i v i n a d e los t e x t o s s a g r a d o s . P r e s e n t a n , d i c e , r a s t r o s d e a l t e r a -
c i o n e s ; su c r o n o l o g í a e s i n c o m p l e t a y n o m e n c i o n a a l o s s o b e r a n o s s e ñ a l a -
d o s p o r los a u t o r e s p r o f a n o s . Si c o n s i d e r a m o s el c a s o d e l P e n t a t e u c o , h a y
q u e r e c o n o c e r q u e se a t r i b u y ó f a l s a m e n t e a M o i s é s , y a q u e fue o t r o el q u e
procedió a p o n e r l o p o r escrito. «¿Se p o d r á decir, p o r e j e m p l o , q u e Moisés
s e a el a u t o r d e l ú l t i m o c a p í t u l o d e l D e u t e r o n o m i o , e n el q u e se d e s c r i b e
su m u e r t e y s e p u l t u r a ? » I g u a l m e n t e d e s c u b r e i n c o h e r e n c i a s e n el r e l a t o d e
la C r e a c i ó n . E l e s p í r i t u crítico p r e v a l e c e e n él s o b r e el e s p í r i t u d e la fe.
A p e s a r d e e l l o , R i c h a r d S i m ó n n o d e j a r á n u n c a d e c o n s i d e r a r s e fiel a
la o r t o d o x i a . D e h e c h o , n o n i e g a la i n s p i r a c i ó n d i v i n a d e l o s l i b r o s s a g r a -
d o s e, i n c l u s o , la e x t i e n d e a los q u e r e t o c a r o n l o s t e x t o s . N o o b s t a n t e , fue
p e r s e g u i d o p o r las a u t o r i d a d e s r e l i g i o s a s y civiles: e x c l u s i ó n d e l O r a t o r i o
e n 1678; s e c u e s t r o d e su o b r a p o r o r d e n d e l C o n s e j o d e l R e y ; i n c l u s o e n
el í n d i c e e n 1 6 8 3 ; a t a q u e s d e B o s s u e t , e t c . A p e s a r d e t o d o c o n t i n ú a s u
o b r a , p u b l i c a n d o e n 1690 u n a Histoire critique du Text du Nouveau Testa-
ment. C o n s i d e r a q u e l a g r a m á t i c a t i e n e q u e i m p o n e r s e a l a t e o l o g í a p a r a
l o g r a r e x p l i c a r b i e n el N u e v o T e s t a m e n t o , d e s p u é s d e h a b e r e s t a b l e c i d o el
s e n t i d o l i t e r a l . C a d a v e z m á s s o s p e c h o s o a l o s o j o s d e las a u t o r i d a d e s , R i -
c h a r d S i m ó n s e e x t i n g u i ó c r i s t i a n a m e n t e e n 1712. R e t e n g a m o s s o b r e t o d o
d e su o b r a el h e c h o d e q u e fustiga l a t r a d i c i ó n , f u n d a m e n t a d a e n q u e «siem-
pre se ha creído; ha sido constantemente enseñado», y q u e afirma, con
v i g o r , los d e b e r e s y los d e r e c h o s d e l a c r í t i c a , c u y o s p r i n c i p i o s s o n los
m i s m o s t a n t o si se t r a t a d e la Ilíada c o m o d e l P e n t a t e u c o . E n a l g u n o s
historiadores e n c o n t r a m o s u n a actitud s e m e j a n t e , p e r o dicho con m e n o s au-
dacia.
92
D o m M a b i U o n ( 1 6 3 2 - 1 7 0 1 ) se s i t ú a e n p r i m e r a fila e n t r e é s t o s ; b e n e -
dictino d e la c o n g r e g a c i ó n d e San M a u r o , establecido en S a i n t - G e r m a i n -
d e s - P r é s . a q u i e n se d e b e n las Acta sanctorum ordinis sancti Benedicti (nue-
v e v o l ú m e n e s , 1688-1701) y s o b r e t o d o el De re diplomática ( 1 6 8 1 ) , q u e fun-
d ó la ciencia d e la d i p l o m á t i c a , s u m i n i s t r a n d o los m e d i o s d e distinguir los
diplomas auténticos d e los q u e f u e r o n falsificados, r e e l a b o r a d o s o i n t e r p o -
l a d o s . H e a q u í p r e c i s a m e n t e u n p a s a j e d e l Librorum de re diplomática sup-
plementum ( P a r í s , 1 7 0 4 ) , e n el q u e M a b i l l o n t r a t a l a i n t e r p o l a c i ó n c o n m u -
cha sagacidad:
«¿Por qué medios se hace la interpolación? Hay una gran diferencia
entre los documentos falsos y los documentos interpolados (interpola-
re = alterar, falsificar). Nada p u e d e justificar las falsificaciones, pero la
interpolación es excusable la mayoría de las veces. Puede producirse por
añadidura, por cambio o por error. Tomemos el caso de los que reunían
las cartas auténticas de u n a iglesia o de un monasterio en una sola obra
que llamamos cartulario: si encontraban en alguna parte la mención de
los años del reinado de papas, reyes o emperadores, puesta en la parte
inferior de antiguos documentos, ellos mismos añadían los años de la en-
carnación o incluso de la indicción para que se conociera con exactitud
la fecha de un documento dado. E n este asunto, pecaban frecuentemente
contra las reglas de la cronología, pero no contra las leyes de la justicia.
Una práctica parecida constituye la interpolación por adjunción. Otra ca-
tegoría procede de una modificación aportada al documento, así cuando
una palabra se traduce por otra o se retoca de manera temeraria, lo que
a veces sucede a investigadores poco experimentados que se creen exper-
tos, tales como los que leían fevun en los antiguos documentos y lo sus-
tituían por la palabra feodum, que todavía no se usaba en aquellos tiem-
pos. Finalmente, la interpolación procede sobre todo de u n error del es-
criba, o bien poco versado en la difícil lectura de un documento auténti-
co, o víctima de u n error ocular, o que se salta una línea o que transcribe
una o dos palabra por otras distintas. Y de aquí proceden las diversas lec-
turas de los documentos transmitidos de mano en m a n o ; su diversidad no
debe lesionar la autoridad de los documentos auténticos.»
(Traducido del latín.)
¿ Q u i é n , c o n la m í n i m a e x p e r i e n c i a d e t r a b a j o e n a r c h i v o s y e s p e c i a l -
m e n t e e n el e s t u d i o d e d o c u m e n t o s m e d i e v a l e s , n o s u s c r i b i r í a e s t o s p e r t i -
n e n t e s c o m e n t a r i o s ? ¿ N o es u n a r e g l a d e o r o d e la d i s c i p l i n a h a c e r l a g u e r r a
a los e r r o r e s y a las f a l s i f i c a c i o n e s ?
L e N a i n de Tillemont, digno c o n t e m p o r á n e o de Mabillon (1637-1698),
a n t i g u o a l u m n o d e l o s S o l i t a r i o s d e P o r t - R o y a l , p u b l i c a p r i m e r o la Histoire
des Empereurs... qui ont régné durant les sixpremiers siécles a l'Eglise ( 1 6 9 1
y sigs.) e i n m e d i a t a m e n t e las Mémoires pour servir á l'histoire ecclésiatique
des six premiers siécles, justifiés par les citations des autors originaux avec
une chronologie ou Fon fait un abrégé de l'histoire ecclésiastique et avec des
notes pour éclaircir les difficultés des faits et de la chronologie (1693 y sigs).
T í t u l o l a r g o , d e a c u e r d o c o n la c o s t u m b r e d e la é p o c a , p e r o m u y signifi-
c a t i v o ; n o h a y h i s t o r i a fiable sin m a t e r i a l d e b u e n a ley, r e v a l i d a d o p o r u n
escrupuloso e x a m e n q u e d e m u e s t r a u n naciente espíritu crítico. I n m e d i a -
t a m e n t e , e n el p r e f a c i o , las g r a n d e s l í n e a s d e su p r o c e d i m i e n t o . L e j o s d e
93
n e r a l d e l m i l a g r o . D e l l a d o p r o t e s t a n t e , u n p r o f e s o r d e O x f o r d l l e g ó a asi-
m i l a r las S a g r a d a s E s c r i t u r a s c o n las f á b u l a s d e O r i e n t e ( e n 1 6 9 5 ) ; d e l l a d o
judío, Spinoza sugiere i n t e r p r e t a r la Biblia del m i s m o m o d o q u e la n a t u -
r a l e z a , e i n t e r r o g a r s e a c e r c a d e «las d i v e r s a s s u e r t e s q u e h a y a n p o d i d o su-
frir los l i b r o s d e los p r o f e t a s ( . . . ) , l a v i d a , l o s e s t u d i o s d e l a u t o r d e c a d a
l i b r o » ; d e l l a d o c a t ó l i c o , M a b i l l o n y el a b a t e F l e u r y i n v a l i d a n c i e r t o n ú m e -
r o d e l e y e n d a s . P e r o fue el o r a t o r i a n o R i c h a r d S i m ó n el q u e r e a l i z ó la rup-
tura crítica: « L o s q u e h a c e n p r o f e s i ó n d e c r í t i c o s n o d e b e n d e t e n e r s e m á s
q u e p a r a e x p l i c a r el s e n t i d o l i t e r a l d e sus a u t o r e s y e v i t a r t o d o lo q u e es
i n ú t i l p a r a su p l a n » (Histoire Critique du Vieux Testament, 1678). D e ori-
g e n h u m i l d e , R i c h a r d S i m ó n e n t r ó e n los o r a t o r i a n o s e n 1 6 6 2 . A t r a í d o p o r
l a e r u d i c i ó n e s t u d i a h e b r e o , se s u m e r g e e n los l i b r o s o r i e n t a l e s , v a d i r e c -
t a m e n t e a las f u e n t e s . C o n v e n c i d o c o n e s t a e x p e r i e n c i a q u i e r e h a c e r r e c o -
n o c e r los d e r e c h o s d e la crítica. E s t a d e b e e s t a b l e c e r , e n p r i m e r l u g a r , el
g r a d o d e seguridad y autenticidad d e los textos e s t u d i a d o s : « P r i m e r a m e n -
t e , es i m p o s i b l e e n t e n d e r p e r f e c t a m e n t e los l i b r o s s a g r a d o s a m e n o s q u e
se s e p a p o r a n t i c i p a d o l o s d i s t i n t o s e s t a d o s e n q u e se h a n e n c o n t r a d o los
t e x t o s d e e s t o s l i b r o s , s e g ú n las d i s t i n t a s é p o c a s y l o s d i f e r e n t e s l u g a r e s . »
A c o n t i n u a c i ó n , l a crítica e x c l u y e las c o n s i d e r a c i o n e s e s t é t i c a s y m o r a l e s ,
lo m i s m o q u e , apriori, las t e o l o g í a s , a f i r m á n d o s e p l e n a m e n t e d u e ñ a d e sus
p r o p i a s a c t u a c i o n e s . F i n a l m e n t e , l a crítica se a p o y a a n t e t o d o e n la filolo-
gía, a la q u e s e c o n f i e r e la c o n d i c i ó n d e c i e n c i a s o b e r a n a . E s t a p r e o c u p a -
c i ó n p o r l a c o r r e c t a c o m p r e n s i ó n d e l o s t e x t o s a n u n c i a la crítica interna,
q u e s e r í a d e f i n i d a p o r los m a e s t r o s d e l siglo XIX. G r a c i a s a e s t a m e t ó d i c a
l a b o r , R i c h a r d S i m ó n a p o r t a r e s p u e s t a s m u y n u e v a s al p r o b l e m a d e la i n s -
p i r a c i ó n d i v i n a d e los t e x t o s s a g r a d o s . P r e s e n t a n , d i c e , r a s t r o s d e a l t e r a -
c i o n e s ; su c r o n o l o g í a e s i n c o m p l e t a y n o m e n c i o n a a l o s s o b e r a n o s s e ñ a l a -
d o s p o r los a u t o r e s p r o f a n o s . Si c o n s i d e r a m o s el c a s o d e l P e n t a t e u c o , h a y
q u e r e c o n o c e r q u e se a t r i b u y ó f a l s a m e n t e a M o i s é s , y a q u e fue o t r o el q u e
procedió a p o n e r l o p o r escrito. «¿Se p o d r á decir, p o r e j e m p l o , q u e Moisés
s e a el a u t o r d e l ú l t i m o c a p í t u l o d e l D e u t e r o n o m i o , e n el q u e se d e s c r i b e
su m u e r t e y s e p u l t u r a ? » I g u a l m e n t e d e s c u b r e i n c o h e r e n c i a s e n el r e l a t o d e
la C r e a c i ó n . E l e s p í r i t u crítico p r e v a l e c e e n él s o b r e el e s p í r i t u d e la fe.
A p e s a r d e e l l o , R i c h a r d S i m ó n n o d e j a r á n u n c a d e c o n s i d e r a r s e fiel a
la o r t o d o x i a . D e h e c h o , n o n i e g a la i n s p i r a c i ó n d i v i n a d e l o s l i b r o s s a g r a -
d o s e, i n c l u s o , la e x t i e n d e a los q u e r e t o c a r o n l o s t e x t o s . N o o b s t a n t e , fue
p e r s e g u i d o p o r las a u t o r i d a d e s r e l i g i o s a s y civiles: e x c l u s i ó n d e l O r a t o r i o
e n 1678; s e c u e s t r o d e su o b r a p o r o r d e n d e l C o n s e j o d e l R e y ; i n c l u s o e n
el í n d i c e e n 1 6 8 3 ; a t a q u e s d e B o s s u e t , e t c . A p e s a r d e t o d o c o n t i n ú a s u
o b r a , p u b l i c a n d o e n 1690 u n a Histoire critique du Text du Nouveau Testa-
ment. C o n s i d e r a q u e l a g r a m á t i c a t i e n e q u e i m p o n e r s e a l a t e o l o g í a p a r a
l o g r a r e x p l i c a r b i e n el N u e v o T e s t a m e n t o , d e s p u é s d e h a b e r e s t a b l e c i d o el
s e n t i d o l i t e r a l . C a d a v e z m á s s o s p e c h o s o a l o s o j o s d e las a u t o r i d a d e s , R i -
c h a r d S i m ó n s e e x t i n g u i ó c r i s t i a n a m e n t e e n 1712. R e t e n g a m o s s o b r e t o d o
d e su o b r a el h e c h o d e q u e fustiga l a t r a d i c i ó n , f u n d a m e n t a d a e n q u e «siem-
pre se ha creído; ha sido constantemente enseñado», y q u e afirma, con
v i g o r , los d e b e r e s y los d e r e c h o s d e l a c r í t i c a , c u y o s p r i n c i p i o s s o n los
m i s m o s t a n t o si se t r a t a d e la Ilíada c o m o d e l P e n t a t e u c o . E n a l g u n o s
historiadores e n c o n t r a m o s u n a actitud s e m e j a n t e , p e r o dicho con m e n o s au-
dacia.
92
D o m M a b i U o n ( 1 6 3 2 - 1 7 0 1 ) se s i t ú a e n p r i m e r a fila e n t r e é s t o s ; b e n e -
dictino d e la c o n g r e g a c i ó n d e San M a u r o , establecido en S a i n t - G e r m a i n -
d e s - P r é s . a q u i e n se d e b e n las Acta sanctorum ordinis sancti Benedicti (nue-
v e v o l ú m e n e s , 1688-1701) y s o b r e t o d o el De re diplomática ( 1 6 8 1 ) , q u e fun-
d ó la ciencia d e la d i p l o m á t i c a , s u m i n i s t r a n d o los m e d i o s d e distinguir los
diplomas auténticos d e los q u e f u e r o n falsificados, r e e l a b o r a d o s o i n t e r p o -
l a d o s . H e a q u í p r e c i s a m e n t e u n p a s a j e d e l Librorum de re diplomática sup-
plementum ( P a r í s , 1 7 0 4 ) , e n el q u e M a b i l l o n t r a t a l a i n t e r p o l a c i ó n c o n m u -
cha sagacidad:
«¿Por qué medios se hace la interpolación? Hay una gran diferencia
entre los documentos falsos y los documentos interpolados (interpola-
re = alterar, falsificar). Nada p u e d e justificar las falsificaciones, pero la
interpolación es excusable la mayoría de las veces. Puede producirse por
añadidura, por cambio o por error. Tomemos el caso de los que reunían
las cartas auténticas de u n a iglesia o de un monasterio en una sola obra
que llamamos cartulario: si encontraban en alguna parte la mención de
los años del reinado de papas, reyes o emperadores, puesta en la parte
inferior de antiguos documentos, ellos mismos añadían los años de la en-
carnación o incluso de la indicción para que se conociera con exactitud
la fecha de un documento dado. E n este asunto, pecaban frecuentemente
contra las reglas de la cronología, pero no contra las leyes de la justicia.
Una práctica parecida constituye la interpolación por adjunción. Otra ca-
tegoría procede de una modificación aportada al documento, así cuando
una palabra se traduce por otra o se retoca de manera temeraria, lo que
a veces sucede a investigadores poco experimentados que se creen exper-
tos, tales como los que leían fevun en los antiguos documentos y lo sus-
tituían por la palabra feodum, que todavía no se usaba en aquellos tiem-
pos. Finalmente, la interpolación procede sobre todo de u n error del es-
criba, o bien poco versado en la difícil lectura de un documento auténti-
co, o víctima de u n error ocular, o que se salta una línea o que transcribe
una o dos palabra por otras distintas. Y de aquí proceden las diversas lec-
turas de los documentos transmitidos de mano en m a n o ; su diversidad no
debe lesionar la autoridad de los documentos auténticos.»
(Traducido del latín.)
¿ Q u i é n , c o n la m í n i m a e x p e r i e n c i a d e t r a b a j o e n a r c h i v o s y e s p e c i a l -
m e n t e e n el e s t u d i o d e d o c u m e n t o s m e d i e v a l e s , n o s u s c r i b i r í a e s t o s p e r t i -
n e n t e s c o m e n t a r i o s ? ¿ N o es u n a r e g l a d e o r o d e la d i s c i p l i n a h a c e r l a g u e r r a
a los e r r o r e s y a las f a l s i f i c a c i o n e s ?
L e N a i n de Tillemont, digno c o n t e m p o r á n e o de Mabillon (1637-1698),
a n t i g u o a l u m n o d e l o s S o l i t a r i o s d e P o r t - R o y a l , p u b l i c a p r i m e r o la Histoire
des Empereurs... qui ont régné durant les sixpremiers siécles a l'Eglise ( 1 6 9 1
y sigs.) e i n m e d i a t a m e n t e las Mémoires pour servir á l'histoire ecclésiatique
des six premiers siécles, justifiés par les citations des autors originaux avec
une chronologie ou Fon fait un abrégé de l'histoire ecclésiastique et avec des
notes pour éclaircir les difficultés des faits et de la chronologie (1693 y sigs).
T í t u l o l a r g o , d e a c u e r d o c o n la c o s t u m b r e d e la é p o c a , p e r o m u y signifi-
c a t i v o ; n o h a y h i s t o r i a fiable sin m a t e r i a l d e b u e n a ley, r e v a l i d a d o p o r u n
escrupuloso e x a m e n q u e d e m u e s t r a u n naciente espíritu crítico. I n m e d i a -
t a m e n t e , e n el p r e f a c i o , las g r a n d e s l í n e a s d e su p r o c e d i m i e n t o . L e j o s d e
93
b u s c a r e l e f e c t o l i t e r a r i o , se i n c l i n a p o r u n e s t i l o s i m p l e y n o t e m e l a a b u n -
dancia d e detalles: « C o n vistas a suministrar datos a aquellos q u e q u i e r a n
e m p r e n d e r algún trabajo acerca d e éste, se h a considerado o p o r t u n o reu-
n i r t o d o l o q u e se e n c u e n t r a e n l o s a u t o r e s a fin d e q u e p u e d a n j u z g a r ellos
m i s m o s lo q u e es o p o r t u n o d e c i r y c a l l a r . » Y a q u e l a o b r a n o v a d i r i g i d a
a u n p ú b l i c o a m p l i o , s i n o a « a q u e l l o s q u e q u i e r e n s a b e r d e las c o s a s a fon-
d o , s e a s i m p l e m e n t e p a r a c o n o c e r la v e r d a d y n u t r i r s e d e e l l a , s e a p a r a c o m -
p o n e r a c o n t i n u a c i ó n u n a o b r a m á s i m p o r t a n t e » , l a d i s t r i b u c i ó n d é e s t e li-
b r o lo destina a los eruditos: lejos d e ser u n a n a r r a c i ó n c o n t i n u a , está di-
v i d i d o « p o r t í t u l o s e n l o s q u e s ó l o s e v e u n a c o s a a l a v e z » , así l a b i o g r a f í a
d e u n s a n t o o el r e l a t o d e u n a p e r s e c u c i ó n , sin m a n t e n e r r e l a c i ó n c o n l o s
d e m á s a c o n t e c i m i e n t o s r e l i g i o s o s . H e a q u í el a n u n c i o d e u n a c i e r t a h i s t o -
ria q u e t e n d r á p o r m i s i ó n e s t u d i a r , s e p a r a d a m e n t e , las d i s t i n t a s c a t e g o r í a s
de hechos, teniendo en cuenta que la cronología debe reinar como señora
e n c a d a u n o d e los p e q u e ñ o s c o m p a r t i m e n t o s así d e f i n i d o s . L e N a i n d e T i -
l l e m o n t n o p r e t e n d e o t r a cosa q u e « r e p r e s e n t a r la v e r d a d d e lo q u e p a s ó
d u r a n t e l o s p r i m e r o s siglos y e s t a b l e c e r l a s i e m p r e q u e s e a p o s i b l e p o r el
t e s t i m o n i o d e los a u t o r e s m á s a n t i g u o s » ( c o n s i d e r a d o s c o m o l o s m á s s e g u -
r o s ) . P o r t a n t o , las f u e n t e s h a n s i d o s o m e t i d a s a u n a s e v e r a s e l e c c i ó n : j u n -
to a piezas originales, L e Nain d e Tillemont h a conservado otras q u e pre-
s e n t a n « u n a i r e d e a n t i g ü e d a d q u e h a c e a v e n t u r a r q u e p o r lo m e n o s el f o n -
d o procede de d o c u m e n t o s originales», p e r o n o le concede u n a confianza
i l i m i t a d a ( « s e h a t e n i d o c u i d a d o e n d i s t i n g u i r é s t a s d e las p r i m e r a s y e n m a r -
c a r , b i e n e n el t e x t o o b i e n e n las n o t a s , el c a s o q u e se les d e b e h a c e r » ) .
F i n a l m e n t e , t r a t a sin c o n s i d e r a c i o n e s l o s d o c u m e n t o s m á s t a r d í o s , p r o c e -
d e n t e s d e u n a é p o c a « e n la q u e l a v e r d a d d e l a h i s t o r i a se v e a l t e r a d a p o r
d i v e r s a s t r a d i c i o n e s p o p u l a r e s y, f r e c u e n t e m e n t e , p o r ficciones i n v e n t a d a s
a p r o p ó s i t o » . P a r e c e q u e , a sus o j o s , l a c a l i d a d b á s i c a d e l h i s t o r i a d o r r e s i -
d e e n u n c i e r t o a r t e p a r a d i s t i n g u i r lo v e r d a d e r o d e l o falso. E s u n a e s p e c i e
d e o l f a t o a d q u i r i d o p o r la e x p e r i e n c i a . ¿ C ó m o d i s c e r n i r , s e p r e g u n t a , l a s
v e r d a d e r a s v i d a s d e los s a n t o s d e las falsas? A l l e e r las v e r d a d e r a s « s e a d -
quiere u n especial olfato p a r a discernir lo q u e tiene cierto a r o m a d e anti-
g ü e d a d y d e v e r d a d , frente a lo q u e h u e l e a fábula y a tradición p o p u l a r » .
A s í , p o c o a p o c o , s e a p r e n d e a j u z g a r lo q u e p u e d e h a b e r s i d o e s c r i t o e n
u n a é p o c a y lo q u e i n d u d a b l e m e n t e e s t á m u y a l e j a d o d e e l l a . E l h i s t o r i a -
dor está ya a p u n t o d e convertirse en u n profesional.
3. E L NACIMIENTO D E LA ERUDICIÓN
( F I N E S D E L S I G L O X V I I Y P R I N C I P I O S D E L XVHT)
D a d o q u e e s t e f e n ó m e n o h a s i d o m u y b i e n e s t u d i a d o e n el p l a n o insti-
t u c i o n a l p o r los a u t o r e s p r e c e d e n t e s ( t a l e s c o m o E h r a r d P a l m a d e ) , n o s li-
m i t a r e m o s a s e ñ a l a r las c r e a c i o n e s d e a c a d e m i a s y b i b l i o t e c a s , q u e p e r m i -
t e n el n a c i m i e n t o d e u n a v i d a científica c o l e c t i v a , y a m e n c i o n a r los t r a b a -
jos d e los jesuítas bollandistas especializados e n la publicación d e vidas d e
s a n t o s (Acta sanctorum), las d e l o s o r a t o r i o s ( e d i c i ó n y r e v i s a d o d e l a c o m -
p i l a c i ó n d e l a Gallia Christiana) y , s o b r e t o d o , las d e los b e n e d i c t i n o s d e
l a C o n g r e g a c i ó n d e S a n M a u r o . F i e l e s a la e n s e ñ a n z a d e D o m M a b i l l o n ,
se lanzan a grandes e m p r e s a s d e edición d e d o c u m e n t o s antiguos. D e s p u é s
94
d e l o s Monuments de la Monarchie Frangaise ( 1 7 2 9 - 1 7 3 3 ) , d e B e r n a r d d e
M o n t f a n c o n , v i e n e n L'Histoire littéraire de la France ( a p a r t i r d e 1733) y
el Recuil des Histoirens des Gaules et de la France, i n i c i a d o p o r D o m B o u -
q u e t e n 1 7 3 8 , sin o l v i d a r L'art de vérifier les datos des faits historiques, des
chartes, des Chroniques et autres anciens monuments, depuis la Naissance
de Nótre Seigneur ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1 7 5 0 ) . U n a p r o v i n c i a c o m o B r e t a ñ a d i s -
fruta i g u a l m e n t e d e esta erudición b e n e d i c t i n a , c o m o lo p r u e b a n p o r ejem-
p l o las Mémoires pour servir de Preuves a l'Histoire de Bretagne (París,
1 7 4 2 ) , d e D o m P . - H . M o r i c e , y Les Vies des saints de Bretagne, de D o m
Alexis L o b i n e a u , del c o n v e n t o de S a n t a M e l a n i a d e R e n n e s (1666-1727).
F u e r a d e l o s c l a u s t r o s , l a e r u d i c i ó n oficial n a c i ó c o n l a Académie royale
des Inscriptions et Belles-Lettres (1663), q u e tiene p r i m e r o u n a precisa fun-
c i ó n al s e r v i c i o d e l p o d e r m o n á r q u i c o : « r e d a c t a r las divisas d e las m e d a l l a s
y las i n s c r i p c i o n e s d e los m o n u m e n t o s » a la m a y o r g l o r i a d e L u i s X I V . M u y
p r o n t o se convirtió en caldo d e cultivo d e e r u d i t o s , e inició la publicación
d e Mémoires e n 1 7 1 7 , a s í c o m o e l Recueil des Ordonnances des Rois de
France. T o d o s e s t o s t r a b a j o s , p o r i m p o r t a n t e s q u e h a y a n s i d o p a r a el n a -
cimiento d e la ciencia histórica, e n g e n e r a l f u e r o n p o c o c o n s i d e r a d o s p o r
los c o n t e m p o r á n e o s . A t í t u l o d e e j e m p l o , h e a q u í c ó m o el p r e s i d e n t e d e
B r o s s e s c u e n t a u n a v i s i t a q u e h i z o al i l u s t r e M u r a t o r i e n s u b i b l i o t e c a d e
M ó d e n a : « E n c o n t r a m o s a aquel b u e n viajero con sus cuatro pelos blancos
y s u c a l v a c a b e z a , t r a b a j a n d o ( . . . ) e n a q u e l l a g a l e r í a glacial e n m e d i o d e
u n m o n t ó n de antigüedades, d e trastos viejos italianos, ya q u e n o m e atre-
v o a calificar d e a n t i g ü e d a d a t o d o l o q u e se r e l a c i o n a c o n a q u e l l o s o b s c u -
r o s siglos d e i g n o r a n c i a . »
E x a m i n e m o s c o n m a y o r d e t a l l e l o s procedimientos d e esta historia eru-
dita, q u e p a r e c e n a n u n c i a r m u c h a s d e las características q u e i m p o n d r á la
e s c u e l a m e t ó d i c a d e s p u é s d e 1 8 7 6 . P r i m e r a c a r a c t e r í s t i c a : el c u l t o a l o s d o -
c u m e n t o s originales, m a p a s , d o c u m e n t o s r e a l e s , bulas pontificias, etc., así
c o m o l o s sellos y las a r m a s , l i g a d o s u n o s y o t r o s a l a o b s e s i ó n p o r a c l a r a r
los o r í g e n e s d e los p o d e r e s y d e las i n s t i t u c i o n e s . E n s e g u n d o l u g a r , la p r e o -
c u p a c i ó n p o r i n t e r p r e t a r c o r r e c t a m e n t e estos d o c u m e n t o s r e q u i e r e la p u -
b l i c a c i ó n d e i n s t r u m e n t o s d e t r a b a j o a d a p t a d o s , t a l e s c o m o el g l o s a r i o d e
l a t í n m e d i e v a l d e D u C a n g e ( 1 6 7 8 ) , l a Paléographie grecque, de Montfau-
c o n , o el Grand Dictionnaire historique, de M o r e r i (veinte ediciones de
1674 a 1 7 5 9 ) . D e s d e e n t o n c e s , l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a s e d e f i n e a n t e t o d o
c o m o u n t r a b a j o s o b r e los t e x t o s , t o m a n d o c o m o b a s e los m é t o d o s d e la
g r a m á t i c a y l a e x é g e s i s . T i e n d e e s e n c i a l m e n t e , y é s t a es su t e r c e r a c a r a c -
t e r í s t i c a , a c o n s t r u i r u n cronología exacta, a t r a v é s d e l a c o n f r o n t a c i ó n sis-
t e m á t i c a d e los t e s t i m o n i o s . V e a m o s el P r e f a c i o L'Art de vérifier les dates
(p. 1):
«La importancia de este arte, que nos enseña a establecer el orden
de los acontecimientos en el tiempo, está tan generalmente reconocida,
que es ocioso reyelar aquí sus ventajas. Nadie ignora que la cronología
y la geografía son como los dos ojos de la historia que, guiada por sus
luces, pone en sus relatos la distribución y la claridad convenientes y q u e ,
sin ellas, el conjunto de los hechos, cuyo conocimiento nos ha llegado,
no es más que un caos tenebroso, que sobrecarga la memoria sin ilumi-
nar el espíritu. ¡Cuántos errores se introdujeron en la historia, tanto ecle-
siástica como pagana, a causa de la privación de estas dos ciencias! Son
95
b u s c a r e l e f e c t o l i t e r a r i o , se i n c l i n a p o r u n e s t i l o s i m p l e y n o t e m e l a a b u n -
dancia d e detalles: « C o n vistas a suministrar datos a aquellos q u e q u i e r a n
e m p r e n d e r algún trabajo acerca d e éste, se h a considerado o p o r t u n o reu-
n i r t o d o l o q u e se e n c u e n t r a e n l o s a u t o r e s a fin d e q u e p u e d a n j u z g a r ellos
m i s m o s lo q u e es o p o r t u n o d e c i r y c a l l a r . » Y a q u e l a o b r a n o v a d i r i g i d a
a u n p ú b l i c o a m p l i o , s i n o a « a q u e l l o s q u e q u i e r e n s a b e r d e las c o s a s a fon-
d o , s e a s i m p l e m e n t e p a r a c o n o c e r la v e r d a d y n u t r i r s e d e e l l a , s e a p a r a c o m -
p o n e r a c o n t i n u a c i ó n u n a o b r a m á s i m p o r t a n t e » , l a d i s t r i b u c i ó n d é e s t e li-
b r o lo destina a los eruditos: lejos d e ser u n a n a r r a c i ó n c o n t i n u a , está di-
v i d i d o « p o r t í t u l o s e n l o s q u e s ó l o s e v e u n a c o s a a l a v e z » , así l a b i o g r a f í a
d e u n s a n t o o el r e l a t o d e u n a p e r s e c u c i ó n , sin m a n t e n e r r e l a c i ó n c o n l o s
d e m á s a c o n t e c i m i e n t o s r e l i g i o s o s . H e a q u í el a n u n c i o d e u n a c i e r t a h i s t o -
ria q u e t e n d r á p o r m i s i ó n e s t u d i a r , s e p a r a d a m e n t e , las d i s t i n t a s c a t e g o r í a s
de hechos, teniendo en cuenta que la cronología debe reinar como señora
e n c a d a u n o d e los p e q u e ñ o s c o m p a r t i m e n t o s así d e f i n i d o s . L e N a i n d e T i -
l l e m o n t n o p r e t e n d e o t r a cosa q u e « r e p r e s e n t a r la v e r d a d d e lo q u e p a s ó
d u r a n t e l o s p r i m e r o s siglos y e s t a b l e c e r l a s i e m p r e q u e s e a p o s i b l e p o r el
t e s t i m o n i o d e los a u t o r e s m á s a n t i g u o s » ( c o n s i d e r a d o s c o m o l o s m á s s e g u -
r o s ) . P o r t a n t o , las f u e n t e s h a n s i d o s o m e t i d a s a u n a s e v e r a s e l e c c i ó n : j u n -
to a piezas originales, L e Nain d e Tillemont h a conservado otras q u e pre-
s e n t a n « u n a i r e d e a n t i g ü e d a d q u e h a c e a v e n t u r a r q u e p o r lo m e n o s el f o n -
d o procede de d o c u m e n t o s originales», p e r o n o le concede u n a confianza
i l i m i t a d a ( « s e h a t e n i d o c u i d a d o e n d i s t i n g u i r é s t a s d e las p r i m e r a s y e n m a r -
c a r , b i e n e n el t e x t o o b i e n e n las n o t a s , el c a s o q u e se les d e b e h a c e r » ) .
F i n a l m e n t e , t r a t a sin c o n s i d e r a c i o n e s l o s d o c u m e n t o s m á s t a r d í o s , p r o c e -
d e n t e s d e u n a é p o c a « e n la q u e l a v e r d a d d e l a h i s t o r i a se v e a l t e r a d a p o r
d i v e r s a s t r a d i c i o n e s p o p u l a r e s y, f r e c u e n t e m e n t e , p o r ficciones i n v e n t a d a s
a p r o p ó s i t o » . P a r e c e q u e , a sus o j o s , l a c a l i d a d b á s i c a d e l h i s t o r i a d o r r e s i -
d e e n u n c i e r t o a r t e p a r a d i s t i n g u i r lo v e r d a d e r o d e l o falso. E s u n a e s p e c i e
d e o l f a t o a d q u i r i d o p o r la e x p e r i e n c i a . ¿ C ó m o d i s c e r n i r , s e p r e g u n t a , l a s
v e r d a d e r a s v i d a s d e los s a n t o s d e las falsas? A l l e e r las v e r d a d e r a s « s e a d -
quiere u n especial olfato p a r a discernir lo q u e tiene cierto a r o m a d e anti-
g ü e d a d y d e v e r d a d , frente a lo q u e h u e l e a fábula y a tradición p o p u l a r » .
A s í , p o c o a p o c o , s e a p r e n d e a j u z g a r lo q u e p u e d e h a b e r s i d o e s c r i t o e n
u n a é p o c a y lo q u e i n d u d a b l e m e n t e e s t á m u y a l e j a d o d e e l l a . E l h i s t o r i a -
dor está ya a p u n t o d e convertirse en u n profesional.
3. E L NACIMIENTO D E LA ERUDICIÓN
( F I N E S D E L S I G L O X V I I Y P R I N C I P I O S D E L XVHT)
D a d o q u e e s t e f e n ó m e n o h a s i d o m u y b i e n e s t u d i a d o e n el p l a n o insti-
t u c i o n a l p o r los a u t o r e s p r e c e d e n t e s ( t a l e s c o m o E h r a r d P a l m a d e ) , n o s li-
m i t a r e m o s a s e ñ a l a r las c r e a c i o n e s d e a c a d e m i a s y b i b l i o t e c a s , q u e p e r m i -
t e n el n a c i m i e n t o d e u n a v i d a científica c o l e c t i v a , y a m e n c i o n a r los t r a b a -
jos d e los jesuítas bollandistas especializados e n la publicación d e vidas d e
s a n t o s (Acta sanctorum), las d e l o s o r a t o r i o s ( e d i c i ó n y r e v i s a d o d e l a c o m -
p i l a c i ó n d e l a Gallia Christiana) y , s o b r e t o d o , las d e los b e n e d i c t i n o s d e
l a C o n g r e g a c i ó n d e S a n M a u r o . F i e l e s a la e n s e ñ a n z a d e D o m M a b i l l o n ,
se lanzan a grandes e m p r e s a s d e edición d e d o c u m e n t o s antiguos. D e s p u é s
94
d e l o s Monuments de la Monarchie Frangaise ( 1 7 2 9 - 1 7 3 3 ) , d e B e r n a r d d e
M o n t f a n c o n , v i e n e n L'Histoire littéraire de la France ( a p a r t i r d e 1733) y
el Recuil des Histoirens des Gaules et de la France, i n i c i a d o p o r D o m B o u -
q u e t e n 1 7 3 8 , sin o l v i d a r L'art de vérifier les datos des faits historiques, des
chartes, des Chroniques et autres anciens monuments, depuis la Naissance
de Nótre Seigneur ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1 7 5 0 ) . U n a p r o v i n c i a c o m o B r e t a ñ a d i s -
fruta i g u a l m e n t e d e esta erudición b e n e d i c t i n a , c o m o lo p r u e b a n p o r ejem-
p l o las Mémoires pour servir de Preuves a l'Histoire de Bretagne (París,
1 7 4 2 ) , d e D o m P . - H . M o r i c e , y Les Vies des saints de Bretagne, de D o m
Alexis L o b i n e a u , del c o n v e n t o de S a n t a M e l a n i a d e R e n n e s (1666-1727).
F u e r a d e l o s c l a u s t r o s , l a e r u d i c i ó n oficial n a c i ó c o n l a Académie royale
des Inscriptions et Belles-Lettres (1663), q u e tiene p r i m e r o u n a precisa fun-
c i ó n al s e r v i c i o d e l p o d e r m o n á r q u i c o : « r e d a c t a r las divisas d e las m e d a l l a s
y las i n s c r i p c i o n e s d e los m o n u m e n t o s » a la m a y o r g l o r i a d e L u i s X I V . M u y
p r o n t o se convirtió en caldo d e cultivo d e e r u d i t o s , e inició la publicación
d e Mémoires e n 1 7 1 7 , a s í c o m o e l Recueil des Ordonnances des Rois de
France. T o d o s e s t o s t r a b a j o s , p o r i m p o r t a n t e s q u e h a y a n s i d o p a r a el n a -
cimiento d e la ciencia histórica, e n g e n e r a l f u e r o n p o c o c o n s i d e r a d o s p o r
los c o n t e m p o r á n e o s . A t í t u l o d e e j e m p l o , h e a q u í c ó m o el p r e s i d e n t e d e
B r o s s e s c u e n t a u n a v i s i t a q u e h i z o al i l u s t r e M u r a t o r i e n s u b i b l i o t e c a d e
M ó d e n a : « E n c o n t r a m o s a aquel b u e n viajero con sus cuatro pelos blancos
y s u c a l v a c a b e z a , t r a b a j a n d o ( . . . ) e n a q u e l l a g a l e r í a glacial e n m e d i o d e
u n m o n t ó n de antigüedades, d e trastos viejos italianos, ya q u e n o m e atre-
v o a calificar d e a n t i g ü e d a d a t o d o l o q u e se r e l a c i o n a c o n a q u e l l o s o b s c u -
r o s siglos d e i g n o r a n c i a . »
E x a m i n e m o s c o n m a y o r d e t a l l e l o s procedimientos d e esta historia eru-
dita, q u e p a r e c e n a n u n c i a r m u c h a s d e las características q u e i m p o n d r á la
e s c u e l a m e t ó d i c a d e s p u é s d e 1 8 7 6 . P r i m e r a c a r a c t e r í s t i c a : el c u l t o a l o s d o -
c u m e n t o s originales, m a p a s , d o c u m e n t o s r e a l e s , bulas pontificias, etc., así
c o m o l o s sellos y las a r m a s , l i g a d o s u n o s y o t r o s a l a o b s e s i ó n p o r a c l a r a r
los o r í g e n e s d e los p o d e r e s y d e las i n s t i t u c i o n e s . E n s e g u n d o l u g a r , la p r e o -
c u p a c i ó n p o r i n t e r p r e t a r c o r r e c t a m e n t e estos d o c u m e n t o s r e q u i e r e la p u -
b l i c a c i ó n d e i n s t r u m e n t o s d e t r a b a j o a d a p t a d o s , t a l e s c o m o el g l o s a r i o d e
l a t í n m e d i e v a l d e D u C a n g e ( 1 6 7 8 ) , l a Paléographie grecque, de Montfau-
c o n , o el Grand Dictionnaire historique, de M o r e r i (veinte ediciones de
1674 a 1 7 5 9 ) . D e s d e e n t o n c e s , l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a s e d e f i n e a n t e t o d o
c o m o u n t r a b a j o s o b r e los t e x t o s , t o m a n d o c o m o b a s e los m é t o d o s d e la
g r a m á t i c a y l a e x é g e s i s . T i e n d e e s e n c i a l m e n t e , y é s t a es su t e r c e r a c a r a c -
t e r í s t i c a , a c o n s t r u i r u n cronología exacta, a t r a v é s d e l a c o n f r o n t a c i ó n sis-
t e m á t i c a d e los t e s t i m o n i o s . V e a m o s el P r e f a c i o L'Art de vérifier les dates
(p. 1):
«La importancia de este arte, que nos enseña a establecer el orden
de los acontecimientos en el tiempo, está tan generalmente reconocida,
que es ocioso reyelar aquí sus ventajas. Nadie ignora que la cronología
y la geografía son como los dos ojos de la historia que, guiada por sus
luces, pone en sus relatos la distribución y la claridad convenientes y q u e ,
sin ellas, el conjunto de los hechos, cuyo conocimiento nos ha llegado,
no es más que un caos tenebroso, que sobrecarga la memoria sin ilumi-
nar el espíritu. ¡Cuántos errores se introdujeron en la historia, tanto ecle-
siástica como pagana, a causa de la privación de estas dos ciencias! Son
95
 innumerables. Pero, gracias a los trabajos de los cronologistas (hay que
decir lo mismo de los geógrafos), que desde hace más de u n siglo se han
dedicado a estudiar la historia en las fuentes, muchos de estos errores han
sido corregidos o por lo menos reconocidos como tales. N o obstante, sus
sabias y penosas investigaciones no han disipado todas las nubes y alla-
nado todas las dificultades. Por el contrario dejaron pendientes cantidad
de espinosas cuestiones cuya solución depende menos de la sagacidad del
espíritu que del auxilio del arte. Por tanto, es hacer un favor esencial a
. la República de las Letras el establecer reglas generales y seguras para
comprobar las fechas de los monumentos históricos, marcar las épocas de
los acontecimientos y conciliar, cuando se pueda, a los autores, que tam-
poco están de acuerdo entre sí y a veces ni siquiera parecen estarlo con-
sigo mismos.»
L a misión ya está t r a z a d a p a r a los historiadores del futuro: considera-
r á n a c a b a d a la historia c u a n d o h a y a n constituido i n i n t e r r u m p i d a s c a d e n a s
d e hechos. E s t a cronología hay q u e distribuirla j e r á r q u i c a m e n t e , dedicán-
d o s e p r i m e r o a las i n s t i t u c i o n e s m á s i m p o r t a n t e s , p a r a t e n e r e n c u e n t a m á s
t a r d e las d e m e n o r r a n g o . P r i m e r o , la lista d e c o n c i l i o s « q u e i n f o r m a a c e r -
c a d e las é p o c a s d e l o s t r i u n f o s q u e la I g l e s i a h a l o g r a d o s o b r e las h e r e j í a s
y las d e los c a m b i o s q u e h a h e c h o e n s u d i s c i p l i n a » . S ó l o d e s p u é s « s e p a s a
a la h i s t o r i a civil. L o s e m p e r a d o r e s r o m a n o s a b r e n l a e s c e n a ( . . . ) . D e
O r i e n t e (...) p a s a m o s a O c c i d e n t e , d e l q u e se r e c o r r e n p r i m e r o y s u c e s i -
v a m e n t e t o d a s las m o n a r q u í a s y , a c o n t i n u a c i ó n , l o s p r i n c i p a d o s s u b a l t e r -
n o s q u e se d e r i v e n d e ellas. E n t r e las m o n a r q u í a s o c c i d e n t a l e s , F r a n c i a es
el p r i m e r t e m a q u e se t r a t a y a q u e l e n el q u e se e n t r e t i e n e n c o n m a y o r c o m -
p l a c e n c i a . E l i n t e r é s q u e i n s p i r a la p a t r i a n o es el ú n i c o m o t i v o d e e s t a p r e -
dilección y estaremos d e a c u e r d o , d e j a n d o d e lado cualquier prejuicio, q u e
n o h a y ningún reino de E u r o p a q u e m e r e z c a m á s q u e F r a n c i a la a t e n c i ó n
y la c u r i o s i d a d d e l l e c t o r » . U n a d i s t r i b u c i ó n así p r e f i g u r a d i r e c t a m e n t e l a
d e los m a n u a l e s d e h i s t o r i a d e los a ñ o s 1880-1940; n o falta n a d a , n i s i q u i e -
r a el chauvinismo nacional. Esta secuencia d e hechos, repartidos con arre-
glo a d e t e r m i n a d o s apriori, e s t á b a s a d a e n f u e n t e s m á s s e g u r a s : « E n l a e l e c -
c i ó n d e los a u t o r e s n o n o s h e m o s d e j a d o a r r a s t r a r n i p o r l a p r e v e n c i ó n n i
p o r la r e p u t a c i ó n , q u e m u c h o s a d q u i r i e r o n con t o d a justicia. H e m o s b u s -
c a d o la v e r d a d p o r t o d a s p a r t e s , y allí d o n d e se h a c r e í d o v e r l a , h e m o s c o n -
s i d e r a d o u n d e b e r i n d i s p e n s a b l e el s e g u i r l a . » S e r v i r l a v e r d a d , e x t i r p a r el
error, r e c h a z a n d o cualquier prejuicio e i l u m i n á n d o s e con la « a n t o r c h a d e
la c r í t i c a » , é s t a es l a c u a r t a c a r a c t e r í s t i c a b á s i c a d e l a h i s t o r i a e r u d i t a . E s
p r e c i s a m e n t e e n n o m b r e d e l a v e r d a d q u e D o m M o r i c e se m u e s t r a m u y crí-
t i c o c o n r e s p e c t o al c r o n i s t a A l a i n B o u c h a r t e n el p r e f a c i o d e L'Histoire
ecclésiastique et civile de Bretagne ( P a r í s , 1 7 5 0 ) : « E l a u t o r h a a d m i t i d o fá-
b u l a s , q u e e r a n m o n e d a " c o r r i e n t e e n su t i e m p o ( . . . ) , C o n r e s p e c t o a l o s
hechos, p o d e m o s decir q u e t r a t a con ligereza lo q u e hay d e v e r d a d e r o y se
d e t i e n e m u c h o e n lo q u e es falso.» N u e s t r o b e n e d i c t i n o es d i g n o c o n t e m -
p o r á n e o d e V o l t a i r e , q u e se m o f a d e las « c é l e b r e s t o n t e r í a s q u e r e p i t e n l o s
historiadores antiguos», y de D i d e r o t , q u e subraya: « Q u i e n dice historia-
d o r dice n a r r a d o r fiel, r e l a t o r e x a c t o y s i n c e r o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , q u e
se a p o y a e n su p r o p i o t e s t i m o n i o o e n el i n f o r m e d e p e r s o n a s d i g n a s d e
c r é d i t o . » A p a r t i r d e e n t o n c e s , es p r á c t i c a c o r r i e n t e el s o m e t e r l o s t e s t i m o -
nios a u n a serie d e p r e g u n t a s d e sentido c o m ú n , q u e constituyen los pri-
96
m e r o s e l e m e n t o s d e u n m é t o d o histórico: « ¿ Q u i é n e s son los testigos?, ¿ q u é
valor t i e n e n ? , ¿son i n s t r u i d o s ? , ¿ s o n c o n t e m p o r á n e o s d e los h e c h o s rela-
t a d o s ? » Se a c o n s e j a n o c o n s e r v a r m á s q u e l o q u e es i n d u d a b l e . L a d u d a o
la s o s p e c h a c r e c e n y se e x t i e n d e n , s o b r e t o d o e n l o q u e se r e f i e r e a p e r í o -
dos m u y antiguos. U n a m e m o r i a p r e s e n t a d a a la A c a d e m i a d e Inscripcio-
n e s e n 1723 a v a n z a q u e « n o s a b e m o s n a d a s e g u r o a c e r c a d e R ó m u l o » y d e
los orígenes d e R o m a e n g e n e r a l . L a i n c e r t i d u m b r e t a m b i é n afecta a la
E d a d M e d i a y , m á s a m p l i a m e n t e , s e e x t i e n d e al c o n j u n t o d e h e c h o s m a -
ravillosos contados p o r los historiadores del p a s a d o . P e r o o c u r r e q u e esta
a c t i v i d a d crítica s e d e t i e n e a m i t a d d e c a m i n o . A s í , D o m L o b i n e a u r e c h a -
z a a l g u n o s m i l a g r o s a t r i b u i d o s a S a n S a m s o n d e D o l p o r su b i ó g r a f o m e -
r o v i n g i o ( « n o p o d e m o s p r e s t a r a t e n c i ó n a l o q u e d i c e el a u t o r ( . . . ) n i n o s
p o d e m o s c r e e r el m i l a g r o d e u n a h o r r i b l e s e r p i e n t e q u e se d i c e q u e él e x -
p u l s ó » ) , p e r o r e c o n o c e o t r o s q u e s e s i t ú a n e n el p l a n o e s p i r i t u a l . S ó l o h a
c u e s t i o n a d o u n a p a r t e d e la l e y e n d a p r i m i t i v a , sin d e s t r u i r l a p o r c o m p l e t o .
L o s h i s t o r i a d o r e s d e l siglo x r x i r á n m á s allá e n s u a p l i c a c i ó n d e l a s o s p e -
c h a a t o d o lo q u e se r e f i e r a a h e c h o s i r r a c i o n a l e s . N o s q u e d a p o r m e n c i o -
n a r u n a ú l t i m a particularidad d e la erudición d e los t i e m p o s clásicos: se d e -
d i c a n c o n m a y o r f r e c u e n c i a a t r a b a j o s c o n c r e t o s , sin « l a n z a r s e a l o s e s p a -
cios infinitos y a l o s t i e m p o s i l i m i t a d o s » . S e c u l t i v a , e n p r i m e r l u g a r , l a h i s -
t o r i a n a c i o n a l o p r o v i n c i a l , casi l a m o n o g r a f í a , d e l a c u a l l a Histoire de
Charles XII, d e V o l t a i r e , c o n s t i t u y e u n b u e n e j e m p l o . E s t a t e n d e n c i a a l o s
e s t u d i o s f r a g m e n t a r i o s florecerá y a p l e n a m e n t e e n el siglo x r x , siglo e n el
q u e l a h i s t o r i o g r a f í a se e n r a i z a r á e n el s u e l o n a c i o n a l y e n el t e r r u ñ o c a m -
pesino.
4. VOLTAIRE Y LA AMPLIACIÓN D E LAS PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
V o l t a i r e (1694-1778) s e c o n v i r t i ó p r o g r e s i v a m e n t e a l a h i s t o r i a . S u f a m a
de p o e t a ya e s t a b a s ó l i d a m e n t e f u n d a d a c u a n d o se lanzó a escribir su o b r a
Historia de Carlos XII ( 1 7 3 1 ) . S e a f i c i o n ó al e s t u d i o d e l p a s a d o al c o m p o -
n e r sus g r a n d e s e p o p e y a s Edipo (1718) y La Herniada ( 1 7 2 3 ) . A l final d e l
r e i n a d o d e L u i s X I V , m u c h o s c o n t e m p o r á n e o s t e n í a n el s e n t i m i e n t o d e h a -
b e r vivido u n a gran época, y q u e r í a n pintarla p a r a la posterioridad. L a s des-
g r a c i a s d e 1709-1710, t a n t o m á s d o l o r o s a m e n t e s e n t i d a s , p u e s t o q u e F r a n -
cia s e h a b í a c o n s t i t u i d o ( p o r el h e c h o d e la c e n t r a l i z a c i ó n m o n á r q u i c a ) e n
« u n t o d o r e g u l a r , c a d a u n a d e c u y a s l í n e a s c o n d u c e al c e n t r o » ( R e n e P o -
m e a u ) , n o h a c í a n m á s q u e a v i v a r e s t e s e n t i m i e n t o . M á s allá d e e s t a s r a z o -
n e s c o y u n t u r a l e s , se p r e s t a b a a t e n c i ó n m á s e s p e c í f i c a a la v i d a e n s o c i e d a d
y a los s i s t e m a s p o l í t i c o s . V o l t a i r e , p a r t i c i p a n d o d e e s t e e n t u s i a s m o , a b o r -
d a c o m o l i t e r a t o y m o r a l i s t a e s t e c a m p o d e e s t u d i o n u e v o p a r a él. A s u s
o j o s , l a h i s t o r i a d e b e e s t u d i a r l o s m o t i v o s y las G a s i o j e ^ m i e ^ u í a n j a ^ a c -
c i o n e j j m m a ñ a s T T J e b e p r e s e n t a r grandes h é r o e s , c o m o Carlos X I I se Sue-
cia, e l e g i d o p o r q u e e r a « e x c e s i v a m e n t e g r a n d e , d e s g r a c i a d o y l o c o » . H é -
r o e s e n f r e n t a d o s q u e p u e d e n d a r l u g a r a b e l l a s a n t í t e s i s , c o m o la q u e s e
d e s a r r o l l a e n t r e el c o n q u i s t a d o r s u e c o y el z a r P e d r o el G r a n d e , s u a d v e r -
s a r i o e n P o l t o v a e n 1709: C a r l o s X I I , i l u s t r e p o r los n u e v e a ñ o s d e v i c t o -
rias; P e d r o A l e x i e v i c h , p o r l o s n u e v e a ñ o s d e d i f i c u l t a d e s q u e p a d e c i ó t r a -
97
 innumerables. Pero, gracias a los trabajos de los cronologistas (hay que
decir lo mismo de los geógrafos), que desde hace más de u n siglo se han
dedicado a estudiar la historia en las fuentes, muchos de estos errores han
sido corregidos o por lo menos reconocidos como tales. N o obstante, sus
sabias y penosas investigaciones no han disipado todas las nubes y alla-
nado todas las dificultades. Por el contrario dejaron pendientes cantidad
de espinosas cuestiones cuya solución depende menos de la sagacidad del
espíritu que del auxilio del arte. Por tanto, es hacer un favor esencial a
. la República de las Letras el establecer reglas generales y seguras para
comprobar las fechas de los monumentos históricos, marcar las épocas de
los acontecimientos y conciliar, cuando se pueda, a los autores, que tam-
poco están de acuerdo entre sí y a veces ni siquiera parecen estarlo con-
sigo mismos.»
L a misión ya está t r a z a d a p a r a los historiadores del futuro: considera-
r á n a c a b a d a la historia c u a n d o h a y a n constituido i n i n t e r r u m p i d a s c a d e n a s
d e hechos. E s t a cronología hay q u e distribuirla j e r á r q u i c a m e n t e , dedicán-
d o s e p r i m e r o a las i n s t i t u c i o n e s m á s i m p o r t a n t e s , p a r a t e n e r e n c u e n t a m á s
t a r d e las d e m e n o r r a n g o . P r i m e r o , la lista d e c o n c i l i o s « q u e i n f o r m a a c e r -
c a d e las é p o c a s d e l o s t r i u n f o s q u e la I g l e s i a h a l o g r a d o s o b r e las h e r e j í a s
y las d e los c a m b i o s q u e h a h e c h o e n s u d i s c i p l i n a » . S ó l o d e s p u é s « s e p a s a
a la h i s t o r i a civil. L o s e m p e r a d o r e s r o m a n o s a b r e n l a e s c e n a ( . . . ) . D e
O r i e n t e (...) p a s a m o s a O c c i d e n t e , d e l q u e se r e c o r r e n p r i m e r o y s u c e s i -
v a m e n t e t o d a s las m o n a r q u í a s y , a c o n t i n u a c i ó n , l o s p r i n c i p a d o s s u b a l t e r -
n o s q u e se d e r i v e n d e ellas. E n t r e las m o n a r q u í a s o c c i d e n t a l e s , F r a n c i a es
el p r i m e r t e m a q u e se t r a t a y a q u e l e n el q u e se e n t r e t i e n e n c o n m a y o r c o m -
p l a c e n c i a . E l i n t e r é s q u e i n s p i r a la p a t r i a n o es el ú n i c o m o t i v o d e e s t a p r e -
dilección y estaremos d e a c u e r d o , d e j a n d o d e lado cualquier prejuicio, q u e
n o h a y ningún reino de E u r o p a q u e m e r e z c a m á s q u e F r a n c i a la a t e n c i ó n
y la c u r i o s i d a d d e l l e c t o r » . U n a d i s t r i b u c i ó n así p r e f i g u r a d i r e c t a m e n t e l a
d e los m a n u a l e s d e h i s t o r i a d e los a ñ o s 1880-1940; n o falta n a d a , n i s i q u i e -
r a el chauvinismo nacional. Esta secuencia d e hechos, repartidos con arre-
glo a d e t e r m i n a d o s apriori, e s t á b a s a d a e n f u e n t e s m á s s e g u r a s : « E n l a e l e c -
c i ó n d e los a u t o r e s n o n o s h e m o s d e j a d o a r r a s t r a r n i p o r l a p r e v e n c i ó n n i
p o r la r e p u t a c i ó n , q u e m u c h o s a d q u i r i e r o n con t o d a justicia. H e m o s b u s -
c a d o la v e r d a d p o r t o d a s p a r t e s , y allí d o n d e se h a c r e í d o v e r l a , h e m o s c o n -
s i d e r a d o u n d e b e r i n d i s p e n s a b l e el s e g u i r l a . » S e r v i r l a v e r d a d , e x t i r p a r el
error, r e c h a z a n d o cualquier prejuicio e i l u m i n á n d o s e con la « a n t o r c h a d e
la c r í t i c a » , é s t a es l a c u a r t a c a r a c t e r í s t i c a b á s i c a d e l a h i s t o r i a e r u d i t a . E s
p r e c i s a m e n t e e n n o m b r e d e l a v e r d a d q u e D o m M o r i c e se m u e s t r a m u y crí-
t i c o c o n r e s p e c t o al c r o n i s t a A l a i n B o u c h a r t e n el p r e f a c i o d e L'Histoire
ecclésiastique et civile de Bretagne ( P a r í s , 1 7 5 0 ) : « E l a u t o r h a a d m i t i d o fá-
b u l a s , q u e e r a n m o n e d a " c o r r i e n t e e n su t i e m p o ( . . . ) , C o n r e s p e c t o a l o s
hechos, p o d e m o s decir q u e t r a t a con ligereza lo q u e hay d e v e r d a d e r o y se
d e t i e n e m u c h o e n lo q u e es falso.» N u e s t r o b e n e d i c t i n o es d i g n o c o n t e m -
p o r á n e o d e V o l t a i r e , q u e se m o f a d e las « c é l e b r e s t o n t e r í a s q u e r e p i t e n l o s
historiadores antiguos», y de D i d e r o t , q u e subraya: « Q u i e n dice historia-
d o r dice n a r r a d o r fiel, r e l a t o r e x a c t o y s i n c e r o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , q u e
se a p o y a e n su p r o p i o t e s t i m o n i o o e n el i n f o r m e d e p e r s o n a s d i g n a s d e
c r é d i t o . » A p a r t i r d e e n t o n c e s , es p r á c t i c a c o r r i e n t e el s o m e t e r l o s t e s t i m o -
nios a u n a serie d e p r e g u n t a s d e sentido c o m ú n , q u e constituyen los pri-
96
m e r o s e l e m e n t o s d e u n m é t o d o histórico: « ¿ Q u i é n e s son los testigos?, ¿ q u é
valor t i e n e n ? , ¿son i n s t r u i d o s ? , ¿ s o n c o n t e m p o r á n e o s d e los h e c h o s rela-
t a d o s ? » Se a c o n s e j a n o c o n s e r v a r m á s q u e l o q u e es i n d u d a b l e . L a d u d a o
la s o s p e c h a c r e c e n y se e x t i e n d e n , s o b r e t o d o e n l o q u e se r e f i e r e a p e r í o -
dos m u y antiguos. U n a m e m o r i a p r e s e n t a d a a la A c a d e m i a d e Inscripcio-
n e s e n 1723 a v a n z a q u e « n o s a b e m o s n a d a s e g u r o a c e r c a d e R ó m u l o » y d e
los orígenes d e R o m a e n g e n e r a l . L a i n c e r t i d u m b r e t a m b i é n afecta a la
E d a d M e d i a y , m á s a m p l i a m e n t e , s e e x t i e n d e al c o n j u n t o d e h e c h o s m a -
ravillosos contados p o r los historiadores del p a s a d o . P e r o o c u r r e q u e esta
a c t i v i d a d crítica s e d e t i e n e a m i t a d d e c a m i n o . A s í , D o m L o b i n e a u r e c h a -
z a a l g u n o s m i l a g r o s a t r i b u i d o s a S a n S a m s o n d e D o l p o r su b i ó g r a f o m e -
r o v i n g i o ( « n o p o d e m o s p r e s t a r a t e n c i ó n a l o q u e d i c e el a u t o r ( . . . ) n i n o s
p o d e m o s c r e e r el m i l a g r o d e u n a h o r r i b l e s e r p i e n t e q u e se d i c e q u e él e x -
p u l s ó » ) , p e r o r e c o n o c e o t r o s q u e s e s i t ú a n e n el p l a n o e s p i r i t u a l . S ó l o h a
c u e s t i o n a d o u n a p a r t e d e la l e y e n d a p r i m i t i v a , sin d e s t r u i r l a p o r c o m p l e t o .
L o s h i s t o r i a d o r e s d e l siglo x r x i r á n m á s allá e n s u a p l i c a c i ó n d e l a s o s p e -
c h a a t o d o lo q u e se r e f i e r a a h e c h o s i r r a c i o n a l e s . N o s q u e d a p o r m e n c i o -
n a r u n a ú l t i m a particularidad d e la erudición d e los t i e m p o s clásicos: se d e -
d i c a n c o n m a y o r f r e c u e n c i a a t r a b a j o s c o n c r e t o s , sin « l a n z a r s e a l o s e s p a -
cios infinitos y a l o s t i e m p o s i l i m i t a d o s » . S e c u l t i v a , e n p r i m e r l u g a r , l a h i s -
t o r i a n a c i o n a l o p r o v i n c i a l , casi l a m o n o g r a f í a , d e l a c u a l l a Histoire de
Charles XII, d e V o l t a i r e , c o n s t i t u y e u n b u e n e j e m p l o . E s t a t e n d e n c i a a l o s
e s t u d i o s f r a g m e n t a r i o s florecerá y a p l e n a m e n t e e n el siglo x r x , siglo e n el
q u e l a h i s t o r i o g r a f í a se e n r a i z a r á e n el s u e l o n a c i o n a l y e n el t e r r u ñ o c a m -
pesino.
4. VOLTAIRE Y LA AMPLIACIÓN D E LAS PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
V o l t a i r e (1694-1778) s e c o n v i r t i ó p r o g r e s i v a m e n t e a l a h i s t o r i a . S u f a m a
de p o e t a ya e s t a b a s ó l i d a m e n t e f u n d a d a c u a n d o se lanzó a escribir su o b r a
Historia de Carlos XII ( 1 7 3 1 ) . S e a f i c i o n ó al e s t u d i o d e l p a s a d o al c o m p o -
n e r sus g r a n d e s e p o p e y a s Edipo (1718) y La Herniada ( 1 7 2 3 ) . A l final d e l
r e i n a d o d e L u i s X I V , m u c h o s c o n t e m p o r á n e o s t e n í a n el s e n t i m i e n t o d e h a -
b e r vivido u n a gran época, y q u e r í a n pintarla p a r a la posterioridad. L a s des-
g r a c i a s d e 1709-1710, t a n t o m á s d o l o r o s a m e n t e s e n t i d a s , p u e s t o q u e F r a n -
cia s e h a b í a c o n s t i t u i d o ( p o r el h e c h o d e la c e n t r a l i z a c i ó n m o n á r q u i c a ) e n
« u n t o d o r e g u l a r , c a d a u n a d e c u y a s l í n e a s c o n d u c e al c e n t r o » ( R e n e P o -
m e a u ) , n o h a c í a n m á s q u e a v i v a r e s t e s e n t i m i e n t o . M á s allá d e e s t a s r a z o -
n e s c o y u n t u r a l e s , se p r e s t a b a a t e n c i ó n m á s e s p e c í f i c a a la v i d a e n s o c i e d a d
y a los s i s t e m a s p o l í t i c o s . V o l t a i r e , p a r t i c i p a n d o d e e s t e e n t u s i a s m o , a b o r -
d a c o m o l i t e r a t o y m o r a l i s t a e s t e c a m p o d e e s t u d i o n u e v o p a r a él. A s u s
o j o s , l a h i s t o r i a d e b e e s t u d i a r l o s m o t i v o s y las G a s i o j e ^ m i e ^ u í a n j a ^ a c -
c i o n e j j m m a ñ a s T T J e b e p r e s e n t a r grandes h é r o e s , c o m o Carlos X I I se Sue-
cia, e l e g i d o p o r q u e e r a « e x c e s i v a m e n t e g r a n d e , d e s g r a c i a d o y l o c o » . H é -
r o e s e n f r e n t a d o s q u e p u e d e n d a r l u g a r a b e l l a s a n t í t e s i s , c o m o la q u e s e
d e s a r r o l l a e n t r e el c o n q u i s t a d o r s u e c o y el z a r P e d r o el G r a n d e , s u a d v e r -
s a r i o e n P o l t o v a e n 1709: C a r l o s X I I , i l u s t r e p o r los n u e v e a ñ o s d e v i c t o -
rias; P e d r o A l e x i e v i c h , p o r l o s n u e v e a ñ o s d e d i f i c u l t a d e s q u e p a d e c i ó t r a -
97
 1
t a n d o d e f o r m a r t r o p a s i g u a l e s a las s u e c a s ; el m o n a r c a s u e c o , l i b e r a l p o r
g r a n d e z a d e a l m a , l l e n o d e g l o r i a p o r h a b e r civilizado a los s u y o s ( . . . ) , el
m o s c o v i t a sin a p e n a s m á s h a b e r q u e las apariencias¿_El h i s t o r i a d o r d e b e t e -
n e r l a p r e o c u p a c i ó n d e c o m p l a c e r , e s c r i b i e n d o b r e v e m e n t e y sin l l e n a r s u
r e l a t o d e d e t a l l e s i n ú t i l e s » ) C i e r t a m e n t e , s u i n f o r m a c i ó n t i e n e q u e s e r sóli-
da,; « S e h a r e d a c t a d o e s t a h i s t o r i a s o b r e r e l a t o s d e p e r s o n a s c o n o c i d a s , q u e
p a s a r o n m u c h o s a ñ o s j u n t o a C a r l o s X I I y P e d r o el G r a n d e , e m p e r a d o r d e
Moscovia, y que, habiéndose retirado a un país libre, m u c h o tiempo des-
p u é s d e la m u e r t e d e estos príncipes, n o tenían n i n g ú n interés en disfrazar
la v e r d a d . » D e h e c h o , V o l t a i r e s e d o c u m e n t ó c o n c i e n z u d a m e n t e ; a d e m á s
d e o b r a s h i s t ó r i c a s , c o n s u l t ó l i b r o s d e g e o g r a f í a y m a p a s , lo q u e n o i m p i d e
q u e su v i s i ó n d e P o l o n i a n o s e a m á s q u e u n a s e r i e d e l u g a r e s c o m u n e s . D e
e n t r e la i n g e n t e información r e u n i d a realizó u n a severa selección: «Sólo se
h a n e l e g i d o los a c o n t e c i m i e n t o s m á s i n t e r e s a n t e s d e su vida.¿ E s t a m o s c o n -
v e n c i d o s d e q u e la h i s t o r i a d e u n p r í n c i p e n o c o n s i s t e e n t o d o l o q u e h a
h e c h o , s i n o e n t o d o lo h e c h o q u e s e a d i g n o d e ser t r a n s m i t i d o a l a p o s t e -
ridad.»" E s u n a delicia l e e r las r é p l i c a s d e V o l t a i r e a l o s c o m e n t a r i o s p o c o
a g r a d a b l e s q u e M . d e L a M o t r a y e h a b í a h e c h o a su o b r a . A su c o n t r a d i c -
tor, q u e se l a m e n t a d e q u e n o c u e n t e la historia d e los prisioneros rusos
l i b e r a d o s p o r los s u e c o s d e s p u é s d e « h a b e r l e s c o r t a d o e n d o s l a c i n t u r a d e
sus c a l z a s , las c u a l e s se v e í a n o b l i g a d o s a s o s t e n e r c o n las d o s m a n o s » , V o l -
t a i r e r e s p o n d e m o r d a z m e n t e : « E s t á p o r v e r si es u n a falta i m p o r t a n t e el
h a b e r o m i t i d o la a v e n t u r a d e los c a l z o n e s d e los m o s c o v i t a s . » A p e s a r d e
las m ú l t i p l e s p o d a s , el r e l a t o d e las g u e r r a s o c u p a t o d a v í a u n l u g a r e s e n c i a l
e n la o b r a , y el a u t o r lo l a m e n t a r á a l g u n o s a ñ o s m á s t a r d e : « M e a v e r g ü e n -
zo de haber hablado tanto de c o m b a t e s , de tantos hechos negativos p a r a
los h o m b r e s ( . . . ) . H a b r í a h e c h o m e j o r e v i t a n d o t o d o s e s t o s d e t a l l e s d e c o m -
b a t e s l i b r a d o s e n el p a í s d e l o s s á r m a t a s y h u b i e r a d e b i d o insistir c o n m a -
y o r p r o f u n d i d a d a c e r c a d e lo q u e h a h e c h o el z a r p o r el b i e n d e l a h u m a -
nidad. M e interesa más u n a legua cuadrada roturada que una llanura
cubierta de cadáveres.»
V o l t a i r e h i z o j u s t i c i a a la h i s t o r i a d e la civilización c o n El siglo de
Luis XIV, i n i c i a d o e n 1 7 3 2 , casi a c a b a d o e n 1739 y p u b l i c a d o e n 1751 e n
B e r l í n , tal c o m o lo a n u n c i a e n s u c a r t a al a b a t e D u b o s d e l 30 d e o c t u b r e
d e 1738, c a r t a q u e es m u y r e v e l a d o r a d e la g é n e s i s d e l a o b r a : « N o s o n los
a n a l e s d e su r e m a d o ; es m á s b i e n l a h i s t o r i a d e l e s p í r i t u h u m a n o e x t r a í d a
d e l siglo m á s g l o r i o s o q u e h a h a b i d o p a r a el e s p í r i t u h u m a n o . » P e r o l o s
a c o n t e c i m i e n t o s d i p l o m á t i c o s y m i l i t a r e s c o n t i n ú a n o c u p a n d o e n e l l a u n lu-
g a r e s e n c i a l . V o l t a i r e e n u m e r a a su c o r r e s p o n s a l la lista d e l o s c a p í t u l o s d e
su o b r a : h a y v e i n t e p a r a l o s « g r a n d e s a c o n t e c i m i e n t o s » , u n o p a r a la v i d a
p r i v a d a d e L u i s XTV, d o s p a r a la « p o l í t i c a i n t e r i o r » d e l r e i n o , c o m p r e n d i -
d o el c o m e r c i o , o t r o s d o s p a r a los a s u n t o s e c l e s i á s t i c o s , c i n c o o seis p a r a
la h i s t o r i a d e l a r t e . E n e s t a m i s m a c a r t a e x p r e s a u n a g r a n p r e o c u p a c i ó n
p o r ir a lo e s e n c i a l y d e c i r l o c o n c o n c i s i ó n e x t r e m a : « P a r a la v i d a p r i v a d a
d e L u i s X I V t e n g o las M e m o r i a s d e M . D a n g e a u e n c u a r e n t a v o l ú m e n e s ,
d e las q u e h e e x t r a í d o c u a r e n t a p á g i n a s . » V o l t a i r e e s t á al a c e c h o d e las c o n -
fidencias d e los « v i e j o s c o r t e s a n o s , a y u d a s d e c á m a r a , g r a n d e s s e ñ o r e s y
o t r o s » ; i n c l u s o p e r s i g u e , si c a b e , m á s los d o c u m e n t o s i n é d i t o s , c o m o el Me-
morial écrit de la main de Louis XTV q u e d e s e a r í a p o d e r c o n s u l t a r , c o m o
las M e m o r i a s d e los i n t e n d e n t e s d e las q u e o b t i e n e i n f o r m a c i o n e s a c e r c a
98
d e los entresijos del reino. C o n c i b e s u o b r a c o m o u n a s e r i e d e c u a d r o s , a
riesgo d e n o r e s p e t a r s i e m p r e la c r o n o l o g í a , y d e p r e s e n t a r a v e c e s a n t e s
el e f e c t o q u e la c a u s a . E n e s t o n o h a c e m á s q u e p l e g a r s e a las r e g l a s clá-
sicas d e l a « p i n t u r a h i s t ó r i c a » . B u s c a , l o m i s m o e n el c o n j u n t o d e l l i b r o
q u e en cada u n o d e los c u a d r o s en particular, u n cierto efecto d e perspec-
t i v a ( e n p r i m e r p l a n o , el t u m u l t o d e las g u e r r a s ; e n s e g u n d o , l o s e s p l e n d o -
r e s d e l a c o r t e ; al f o n d o , las q u e r e l l a s r e l i g i o s a s ) : « L o s p r i n c i p a l e s p e r s o -
n a j e s e s t á n e n p r i m e r p l a n o ; la m u l t i t u d , al f o n d o . » E s p i n t o r a l a v e z q u e
d r a m a t u r g o , al t r a t a r la h i s t o r i a c o m o el d e s a r r o l l o d e u n a i n t r i g a . P r e s e n -
t a c i ó n , n u d o y d e s e n l a c e se s u c e d e n e n la p r i m e r a p a r t e del Siglo; y ya la
Historia de Carlos XII e s t a b a d i s t r i b u i d a c o m o u n a t r a g e d i a e n c i n c o a c t o s .
V o l t a i r e m a n t i e n e a s a b i e n d a s l a i n t r i g a : « M i s e c r e t o c o n s i s t e e n f o r z a r al
lector a preguntarse ¿será destruida H o l a n d a ? , ¿sucumbirá Luis XTV?»
T o d o e s t o n o e s t a b a d e s p r o v i s t o d e s e g u n d a s i n t e n c i o n e s i n t e r e s a d a s : se t r a -
t a b a d e llamar la a t e n c i ó n del e s t a d o c o m p o n i e n d o g r a n d e s c u a d r o s histó-
ricos y r e d a c t a n d o l a c r ó n i c a d e l o s h e c h o s c o n t e m p o r á n e o s . E n 1 7 4 5 , se
c o n f i ó a V o l t a i r e el c a r g o d e h i s t o r i ó g r a f o d e l r e y , p e r o p o r p o c o t i e m p o .
F u e e n t o n c e s c u a n d o p u s o las b a s e s d e u n a h i s t o r i a u n i v e r s a l l l a m a d a
Ensayo sobre las costumbres y el espíritu de las naciones, redactada entre
1740 y 1 7 5 6 , e n l a q u e V o l t a i r e e x p r e s ó c l a r a m e n t e su a m b i c i ó n d e r e n o v a r
el g é n e r o h i s t ó r i c o . E n e f e c t o , las Nuevas consideraciones sobre la historia
(1744) se i n i c i a n c o n u n a v e r d a d e r a p r o f e s i ó n d e f e , e n l a q u e a l g u n o s h a n
v i s t o el p r i m e r m a n i f i e s t o d e l a h i s t o r i a t o t a l . V o l t a i r e n o s d i c e d e e n t r a d a é t
q u e la h i s t o r i a n o es u n g é n e r o i n m u t a b l e . L a m a n e r a d e c o n c e b i r l a e s t á
r e l a c i o n a d a c o n el m o v i m i e n t o científico g e n e r a l . E l d e s p e r t a r d e l e s p í r i t u
crítico está a p u n t o d e a r r u i n a r algunas persistentes leyendas. E n este a m -
p l i o p r o c e s o d e d e s m i t i f i c a c i ó n s e i n c l u y e t a n t o la m i t o l o g í a a n t i g u a c o m o
el m u n d o s o b r e n a t u r a l m e d i e v a l y , p o r t a n t o , c r i s t i a n o . T a m b i é n h a y q u e
dedicarse a la historia m o d e r n a , d i g a m o s c o n t e m p o r á n e a . M a l d i t o s s e a n
l o s i n n u m e r a b l e s r e l a t o s d e b a t a l l a s y fiestas, m a l d i t o s s e a n l o s c o m a d r e o s
d e la c o r t e q u e l l e n a n t a n t a s o b r a s ; ¿ d e j e m o s sitio p a r a l o s h e c h o s l l e n o s de&~
e n s e ñ a n z a s y p a r a los « c o n o c i m i e n t o s d e m a y o r utilidad y m á s d u r a d e r o s » ^
¿ P o r q u é n o d e d i c a r s e a e d i f i c a r «la h i s t o r i a d e los h o m b r e s » e n l u g a r d e
l a d e «los r e y e s y las c o r t e s » ? H a y q u e i n t e n t a r e v a l u a r las v e n t a j a s y d e s -
v e n t a j a s d e las g u e r r a s y d e las c o n q u i s t a s c o l o n i a l e s . H a y q u e e s t a b l e c e r ,
sobre t o d o , las bases d e u n a ciencia demográfica, p a r a atajar u n d e b a t e
q u e i n q u i e t a a m u c h o s : ¿ e s c i e r t o q u e l a t i e r r a se d e s p u e b l a , c o m o lo s o s -
t i e n e M o n t e s q u i e u e n las Cartas Persas! D e s p u é s d e h a b e r a v a n z a d o n u -
m e r o s a s p r u e b a s d e l o c o n t r a r i o , V o l t a i r e d e n u n c i a el c a r á c t e r a n t i c u a d o y
m o r a l i z a n t e d e la t e s i s d e la d e s p o b l a c i ó n . E s p e r a q u e c o n f i r m e n sus p u n -
t o s d e v i s t a los p r i m e r o s b a l b u c e o s d e l a d e m o g r a f í a y, s o b r e t o d o , la apli-
c a c i ó n d e la r e g l a d e l h o l a n d é s K e r s s e b o o m ( 1 6 9 1 - 1 7 7 1 ) , s e g ú n l a c u a l b a s -
t a c o n m u l t i p l i c a r el n ú m e r o d e n a c i m i e n t o s p o r t r e i n t a y c u a t r o p a r a o b -
t e n e r l a cifra t o t a l d e l a p o b l a c i ó n . C o n l o s a ñ o s , los c r i t e r i o s s e a f i n a n .
H a c i a 1 7 6 0 , el a b a t e E x p i l l y e s t i m a q u e h a y q u e m u l t i p l i c a r l a m e d i a a n u a l
d e n a c i m i e n t o s p o r v e i n t i c i n c o p a r a c o n o c e r el n ú m e r o d e h a b i t a n t e s . E n
A n j o u , l o s i n t e n d e n t e s a p l i c a n el c o e f i c i e n t e d e 2 3 2 / 3 , q u e , s e g ú n u n e s -
pecialista c o n t e m p o r á n e o , p e r m i t e o b t e n e r u n a p r i m e r a aproximación ve-
r o s í m i l . V o l t a i r e f o r m u l a m á s t a r d e o t r a s e x i g e n c i a s . L a p r i m e r a se m a n -
t i e n e d e n t r o d e los e s q u e m a s a n t i g u o s d e la h i s t o r i a c o m o j u e z : « S e b u s -
99
 1
t a n d o d e f o r m a r t r o p a s i g u a l e s a las s u e c a s ; el m o n a r c a s u e c o , l i b e r a l p o r
g r a n d e z a d e a l m a , l l e n o d e g l o r i a p o r h a b e r civilizado a los s u y o s ( . . . ) , el
m o s c o v i t a sin a p e n a s m á s h a b e r q u e las apariencias¿_El h i s t o r i a d o r d e b e t e -
n e r l a p r e o c u p a c i ó n d e c o m p l a c e r , e s c r i b i e n d o b r e v e m e n t e y sin l l e n a r s u
r e l a t o d e d e t a l l e s i n ú t i l e s » ) C i e r t a m e n t e , s u i n f o r m a c i ó n t i e n e q u e s e r sóli-
da,; « S e h a r e d a c t a d o e s t a h i s t o r i a s o b r e r e l a t o s d e p e r s o n a s c o n o c i d a s , q u e
p a s a r o n m u c h o s a ñ o s j u n t o a C a r l o s X I I y P e d r o el G r a n d e , e m p e r a d o r d e
Moscovia, y que, habiéndose retirado a un país libre, m u c h o tiempo des-
p u é s d e la m u e r t e d e estos príncipes, n o tenían n i n g ú n interés en disfrazar
la v e r d a d . » D e h e c h o , V o l t a i r e s e d o c u m e n t ó c o n c i e n z u d a m e n t e ; a d e m á s
d e o b r a s h i s t ó r i c a s , c o n s u l t ó l i b r o s d e g e o g r a f í a y m a p a s , lo q u e n o i m p i d e
q u e su v i s i ó n d e P o l o n i a n o s e a m á s q u e u n a s e r i e d e l u g a r e s c o m u n e s . D e
e n t r e la i n g e n t e información r e u n i d a realizó u n a severa selección: «Sólo se
h a n e l e g i d o los a c o n t e c i m i e n t o s m á s i n t e r e s a n t e s d e su vida.¿ E s t a m o s c o n -
v e n c i d o s d e q u e la h i s t o r i a d e u n p r í n c i p e n o c o n s i s t e e n t o d o l o q u e h a
h e c h o , s i n o e n t o d o lo h e c h o q u e s e a d i g n o d e ser t r a n s m i t i d o a l a p o s t e -
ridad.»" E s u n a delicia l e e r las r é p l i c a s d e V o l t a i r e a l o s c o m e n t a r i o s p o c o
a g r a d a b l e s q u e M . d e L a M o t r a y e h a b í a h e c h o a su o b r a . A su c o n t r a d i c -
tor, q u e se l a m e n t a d e q u e n o c u e n t e la historia d e los prisioneros rusos
l i b e r a d o s p o r los s u e c o s d e s p u é s d e « h a b e r l e s c o r t a d o e n d o s l a c i n t u r a d e
sus c a l z a s , las c u a l e s se v e í a n o b l i g a d o s a s o s t e n e r c o n las d o s m a n o s » , V o l -
t a i r e r e s p o n d e m o r d a z m e n t e : « E s t á p o r v e r si es u n a falta i m p o r t a n t e el
h a b e r o m i t i d o la a v e n t u r a d e los c a l z o n e s d e los m o s c o v i t a s . » A p e s a r d e
las m ú l t i p l e s p o d a s , el r e l a t o d e las g u e r r a s o c u p a t o d a v í a u n l u g a r e s e n c i a l
e n la o b r a , y el a u t o r lo l a m e n t a r á a l g u n o s a ñ o s m á s t a r d e : « M e a v e r g ü e n -
zo de haber hablado tanto de c o m b a t e s , de tantos hechos negativos p a r a
los h o m b r e s ( . . . ) . H a b r í a h e c h o m e j o r e v i t a n d o t o d o s e s t o s d e t a l l e s d e c o m -
b a t e s l i b r a d o s e n el p a í s d e l o s s á r m a t a s y h u b i e r a d e b i d o insistir c o n m a -
y o r p r o f u n d i d a d a c e r c a d e lo q u e h a h e c h o el z a r p o r el b i e n d e l a h u m a -
nidad. M e interesa más u n a legua cuadrada roturada que una llanura
cubierta de cadáveres.»
V o l t a i r e h i z o j u s t i c i a a la h i s t o r i a d e la civilización c o n El siglo de
Luis XIV, i n i c i a d o e n 1 7 3 2 , casi a c a b a d o e n 1739 y p u b l i c a d o e n 1751 e n
B e r l í n , tal c o m o lo a n u n c i a e n s u c a r t a al a b a t e D u b o s d e l 30 d e o c t u b r e
d e 1738, c a r t a q u e es m u y r e v e l a d o r a d e la g é n e s i s d e l a o b r a : « N o s o n los
a n a l e s d e su r e m a d o ; es m á s b i e n l a h i s t o r i a d e l e s p í r i t u h u m a n o e x t r a í d a
d e l siglo m á s g l o r i o s o q u e h a h a b i d o p a r a el e s p í r i t u h u m a n o . » P e r o l o s
a c o n t e c i m i e n t o s d i p l o m á t i c o s y m i l i t a r e s c o n t i n ú a n o c u p a n d o e n e l l a u n lu-
g a r e s e n c i a l . V o l t a i r e e n u m e r a a su c o r r e s p o n s a l la lista d e l o s c a p í t u l o s d e
su o b r a : h a y v e i n t e p a r a l o s « g r a n d e s a c o n t e c i m i e n t o s » , u n o p a r a la v i d a
p r i v a d a d e L u i s XTV, d o s p a r a la « p o l í t i c a i n t e r i o r » d e l r e i n o , c o m p r e n d i -
d o el c o m e r c i o , o t r o s d o s p a r a los a s u n t o s e c l e s i á s t i c o s , c i n c o o seis p a r a
la h i s t o r i a d e l a r t e . E n e s t a m i s m a c a r t a e x p r e s a u n a g r a n p r e o c u p a c i ó n
p o r ir a lo e s e n c i a l y d e c i r l o c o n c o n c i s i ó n e x t r e m a : « P a r a la v i d a p r i v a d a
d e L u i s X I V t e n g o las M e m o r i a s d e M . D a n g e a u e n c u a r e n t a v o l ú m e n e s ,
d e las q u e h e e x t r a í d o c u a r e n t a p á g i n a s . » V o l t a i r e e s t á al a c e c h o d e las c o n -
fidencias d e los « v i e j o s c o r t e s a n o s , a y u d a s d e c á m a r a , g r a n d e s s e ñ o r e s y
o t r o s » ; i n c l u s o p e r s i g u e , si c a b e , m á s los d o c u m e n t o s i n é d i t o s , c o m o el Me-
morial écrit de la main de Louis XTV q u e d e s e a r í a p o d e r c o n s u l t a r , c o m o
las M e m o r i a s d e los i n t e n d e n t e s d e las q u e o b t i e n e i n f o r m a c i o n e s a c e r c a
98
d e los entresijos del reino. C o n c i b e s u o b r a c o m o u n a s e r i e d e c u a d r o s , a
riesgo d e n o r e s p e t a r s i e m p r e la c r o n o l o g í a , y d e p r e s e n t a r a v e c e s a n t e s
el e f e c t o q u e la c a u s a . E n e s t o n o h a c e m á s q u e p l e g a r s e a las r e g l a s clá-
sicas d e l a « p i n t u r a h i s t ó r i c a » . B u s c a , l o m i s m o e n el c o n j u n t o d e l l i b r o
q u e en cada u n o d e los c u a d r o s en particular, u n cierto efecto d e perspec-
t i v a ( e n p r i m e r p l a n o , el t u m u l t o d e las g u e r r a s ; e n s e g u n d o , l o s e s p l e n d o -
r e s d e l a c o r t e ; al f o n d o , las q u e r e l l a s r e l i g i o s a s ) : « L o s p r i n c i p a l e s p e r s o -
n a j e s e s t á n e n p r i m e r p l a n o ; la m u l t i t u d , al f o n d o . » E s p i n t o r a l a v e z q u e
d r a m a t u r g o , al t r a t a r la h i s t o r i a c o m o el d e s a r r o l l o d e u n a i n t r i g a . P r e s e n -
t a c i ó n , n u d o y d e s e n l a c e se s u c e d e n e n la p r i m e r a p a r t e del Siglo; y ya la
Historia de Carlos XII e s t a b a d i s t r i b u i d a c o m o u n a t r a g e d i a e n c i n c o a c t o s .
V o l t a i r e m a n t i e n e a s a b i e n d a s l a i n t r i g a : « M i s e c r e t o c o n s i s t e e n f o r z a r al
lector a preguntarse ¿será destruida H o l a n d a ? , ¿sucumbirá Luis XTV?»
T o d o e s t o n o e s t a b a d e s p r o v i s t o d e s e g u n d a s i n t e n c i o n e s i n t e r e s a d a s : se t r a -
t a b a d e llamar la a t e n c i ó n del e s t a d o c o m p o n i e n d o g r a n d e s c u a d r o s histó-
ricos y r e d a c t a n d o l a c r ó n i c a d e l o s h e c h o s c o n t e m p o r á n e o s . E n 1 7 4 5 , se
c o n f i ó a V o l t a i r e el c a r g o d e h i s t o r i ó g r a f o d e l r e y , p e r o p o r p o c o t i e m p o .
F u e e n t o n c e s c u a n d o p u s o las b a s e s d e u n a h i s t o r i a u n i v e r s a l l l a m a d a
Ensayo sobre las costumbres y el espíritu de las naciones, redactada entre
1740 y 1 7 5 6 , e n l a q u e V o l t a i r e e x p r e s ó c l a r a m e n t e su a m b i c i ó n d e r e n o v a r
el g é n e r o h i s t ó r i c o . E n e f e c t o , las Nuevas consideraciones sobre la historia
(1744) se i n i c i a n c o n u n a v e r d a d e r a p r o f e s i ó n d e f e , e n l a q u e a l g u n o s h a n
v i s t o el p r i m e r m a n i f i e s t o d e l a h i s t o r i a t o t a l . V o l t a i r e n o s d i c e d e e n t r a d a é t
q u e la h i s t o r i a n o es u n g é n e r o i n m u t a b l e . L a m a n e r a d e c o n c e b i r l a e s t á
r e l a c i o n a d a c o n el m o v i m i e n t o científico g e n e r a l . E l d e s p e r t a r d e l e s p í r i t u
crítico está a p u n t o d e a r r u i n a r algunas persistentes leyendas. E n este a m -
p l i o p r o c e s o d e d e s m i t i f i c a c i ó n s e i n c l u y e t a n t o la m i t o l o g í a a n t i g u a c o m o
el m u n d o s o b r e n a t u r a l m e d i e v a l y , p o r t a n t o , c r i s t i a n o . T a m b i é n h a y q u e
dedicarse a la historia m o d e r n a , d i g a m o s c o n t e m p o r á n e a . M a l d i t o s s e a n
l o s i n n u m e r a b l e s r e l a t o s d e b a t a l l a s y fiestas, m a l d i t o s s e a n l o s c o m a d r e o s
d e la c o r t e q u e l l e n a n t a n t a s o b r a s ; ¿ d e j e m o s sitio p a r a l o s h e c h o s l l e n o s de&~
e n s e ñ a n z a s y p a r a los « c o n o c i m i e n t o s d e m a y o r utilidad y m á s d u r a d e r o s » ^
¿ P o r q u é n o d e d i c a r s e a e d i f i c a r «la h i s t o r i a d e los h o m b r e s » e n l u g a r d e
l a d e «los r e y e s y las c o r t e s » ? H a y q u e i n t e n t a r e v a l u a r las v e n t a j a s y d e s -
v e n t a j a s d e las g u e r r a s y d e las c o n q u i s t a s c o l o n i a l e s . H a y q u e e s t a b l e c e r ,
sobre t o d o , las bases d e u n a ciencia demográfica, p a r a atajar u n d e b a t e
q u e i n q u i e t a a m u c h o s : ¿ e s c i e r t o q u e l a t i e r r a se d e s p u e b l a , c o m o lo s o s -
t i e n e M o n t e s q u i e u e n las Cartas Persas! D e s p u é s d e h a b e r a v a n z a d o n u -
m e r o s a s p r u e b a s d e l o c o n t r a r i o , V o l t a i r e d e n u n c i a el c a r á c t e r a n t i c u a d o y
m o r a l i z a n t e d e la t e s i s d e la d e s p o b l a c i ó n . E s p e r a q u e c o n f i r m e n sus p u n -
t o s d e v i s t a los p r i m e r o s b a l b u c e o s d e l a d e m o g r a f í a y, s o b r e t o d o , la apli-
c a c i ó n d e la r e g l a d e l h o l a n d é s K e r s s e b o o m ( 1 6 9 1 - 1 7 7 1 ) , s e g ú n l a c u a l b a s -
t a c o n m u l t i p l i c a r el n ú m e r o d e n a c i m i e n t o s p o r t r e i n t a y c u a t r o p a r a o b -
t e n e r l a cifra t o t a l d e l a p o b l a c i ó n . C o n l o s a ñ o s , los c r i t e r i o s s e a f i n a n .
H a c i a 1 7 6 0 , el a b a t e E x p i l l y e s t i m a q u e h a y q u e m u l t i p l i c a r l a m e d i a a n u a l
d e n a c i m i e n t o s p o r v e i n t i c i n c o p a r a c o n o c e r el n ú m e r o d e h a b i t a n t e s . E n
A n j o u , l o s i n t e n d e n t e s a p l i c a n el c o e f i c i e n t e d e 2 3 2 / 3 , q u e , s e g ú n u n e s -
pecialista c o n t e m p o r á n e o , p e r m i t e o b t e n e r u n a p r i m e r a aproximación ve-
r o s í m i l . V o l t a i r e f o r m u l a m á s t a r d e o t r a s e x i g e n c i a s . L a p r i m e r a se m a n -
t i e n e d e n t r o d e los e s q u e m a s a n t i g u o s d e la h i s t o r i a c o m o j u e z : « S e b u s -
99
c a r a c u á l h a sido el vicio r a d i c a l y la v i r t u d d o m i n a n t e d e u n a n a c i ó n . » L a
s e g u n d a es m u y n u e v a , y a q u e u r g e la n e c e s i d a d d e l o g r a r u n « c á l c u l o g l o -
bal» d e la r i q u e z a c o m e r c i a l e i n d u s t r i a l d e c a d a p a í s , u t i l i z a n d o f u e n t e s h a s -
t a e n t o n c e s sin e x p l o t a r , c o m o los r e g i s t r o s d e e x p o r t a c i o n e s . F i n a l m e n t e ,
d e f i n e el g r a n o b j e t o d e la h i s t o r i a d e l p o r v e n i r , o s e a , «los c a m b i o s e n las
c o s t u m b r e s y e n las l e y e s » .
A p a r t i r d e B o s s u e t , e s t e o b j e t i v o se h a b í a d e s p l a z a d o n o t a b l e m e n t e ,
d e m o d o q u e y a n o se t r a t a d e e v o c a r ¡as a c c i o n e s d e l o s g r a n d e s h o m b r e s
n i los g r a n d e s golpes d e l a P r o v i d e n c i a , s i n o l o s e l e m e n t o s r e g u l a d o r e s d e
la s o c i e d a d civil e n su c o n j u n t o . A p a r t i r d e é l , la h i s t o r i a d e b e a b r i r s e a
t o d o lo q u e es h u m a n o y, p o r t a n t o , a l a d i v e r s i d a d d e las c i v i l i z a c i o n e s .
P o r lo d e m á s , e n el Ensayo sobre las costumbres..., V o l t a i r e d e n u n c i a el
j u d e o c e n t r i s m o d e B o s s u e t ( « p a r e c e h a b e r e s c r i t o ú n i c a m e n t e p a r a insi-
n u a r q u e t o d o se h a h e c h o e n el m u n d o e n t o r n o a l a n a c i ó n j u d í a » ) , y l e
r e p r o c h a h a b e r « o l v i d a d o e n t e r a m e n t e a los a n t i g u o s p u e b l o s d e O r i e n t e ,
a los i n d i o s y a los c h i n o s , q u e h a n sido t a n i m p o r t a n t e s a n t e s d e q u e n a -
c i e r a n las o t r a s n a c i o n e s » . . D i c e , e n l a m i s m a o b r a , q u e h a y q u e c o n c i l i a r
el c o n o c i m i e n t o d e la n a t u r a l e z a h u m a n a , q u e « s e p a r e c e d e s d e u n e x t r e -
m o al o t r o d e l u n i v e r s o » , y el c o n o c i m i e n t o d e la d i v e r s i d a d d e las c o s t u m -
b r e s , y a q u e «la c u l t u r a p r o d u c e f r u t o s d i v e r s o s » . T a l e s s o n las v í a s q u e p e r -
m i t e n «escribir h i s t o r i a m o d e r n a v e r d a d e r a m e n t e p o l í t i c a y v e r d a d e r a m e n -
t e filosófica». C o n s i d e r e m o s q u e el c o n o c i m i e n t o d e l h o m b r e y l a a d m i n i s -
t r a c i ó n d e la c i u d a d g a n a r á n c o n e l l o .
E x p u e s t o el p r o g r a m a , d e n t r o d e su r a d i c a l n o v e d a d , s u r g e l a i n e v i t a -
b l e p r e g u n t a : ¿ q u é se h i z o d e l a p r á c t i c a d e V o l t a i r e c o m o h i s t o r i a d o r ?
¿ F u e fiel a los p r i n c i p i o s q u e d e c l a r a b a ? ¿ Q u i é n le d i s c u t i r í a s u p r e o c u p a -
ción p o r desmitificar a l g u n a s p i a d o s a s l e y e n d a s a n t e sus c o m p a ñ e r o s ? ¿ N o
arruinó, p o r e j e m p l o , la h e r o i c a versión del cruce del R h i n p o r los ejérci-
t o s d e L u i s XTV, q u e h a b í a n f o r j a d o B o i l e a u y B o s s u e t ? ¿ N o p r o c e d i ó a
pacientes investigaciones d o c u m e n t a l e s , d e a c u e r d o c o n la regla cartesiana
d e l o s c e n s o s c o m p l e t o s ? ¿ N o t u v o , e n s u m o g r a d o , el a r t e d e a u n a r el r e -
l a t o y los c o n o c i m i e n t o s ú t i l e s ? H e m o s v i s t o q u e se m a n t i e n e c e r c a d e l o s
h e c h o s , b u s c a n d o s i e m p r e el d e t a l l e significativo. V o l t a i r e s i g u e d e d i c á n -
d o s e a m p l i a m e n t e a la c r ó n i c a m i l i t a r y d i p l o m á t i c a ; a s í , e n su Historia del
Imperio de Rusia bajo Pedro el Grande (1759) a ú n c o n s a g r a l a m i t a d d e su
d e s a r r o l l o a las g u e r r a s d e l z a r ; e n el Tratado del siglo de Luis XTV ú n i c a -
m e n t e l a c o n c l u s i ó n e v o c a «los p r o g r e s o s d e l e s p í r i t u h u m a n o » . P e r o V o l -
t a i r e , al i n t e r e s a r s e p o r l o s p r o b l e m a s d e m o g r á f i c o s y e c o n ó m i c o s , a b r i ó
u n a vía h a c i a el p o r v e n i r . P o r l i m i t a d a s q u e n o s p a r e z c a n sus i n f o r m a c i o -
n e s a c e r c a d e l c o m e r c i o y l a i n d u s t r i a , n o s o n m e n o s fiables q u e las d e l a
m a y o r í a d e sus c o n t e m p o r á n e o s . H e a q u í c ó m o s a l u d a la o b r a r e a l i z a d a
p o r C o l b e r t : « D e s d e el a ñ o 1663 al 1672, e n c a d a a ñ o d e e s t e m i n i s t e r i o se
e s t a b l e c i ó a l g u n a m a n u f a c t u r a . L o s p a ñ o s f i n o s , q u e a n t e s se i m p o r t a b a n
d e I n g l a t e r r a y d e H o l a n d a , se f a b r i c a r o n e n A b b e v i l l e . E l r e y a d e l a n t a b a
a los f a b r i c a n t e s d o s m i l l i b r a s p o r c a d a t e l a r , a d e m á s d e c o n s i d e r a b l e s g r a -
tificaciones. E n el a ñ o 1669, s e c o n t a b a c o n c u a r e n t a y c u a t r o m i l d o s c i e n -
t o s t e l a r e s d e l a n a e n el r e i n o . L a s m a n u f a c t u r a s d e s e d a , p e r f e c c i o n a d a s ,
dieron lugar a un comercio d e más d e cincuenta millones d e aquella é p o c a
( . . . ) . L a s t a p i c e r í a s d e G o b e l i n o s s u p e r a r o n a las d e F l a n d e s . E n el a m p l i o
recinto de Gobelinos, había entonces más de ochocientos obreros; trescien-
100
t o s s e a l o j a b a n e n él ( . . . ) , m i l s e i s c i e n t a s j ó v e n e s se d e d i c a b a n al e n c a j e ,
se hizo venir a treinta obreras-principales d e Venecia y doscientas d e Flan-
d e s ; y se les d i o t r e i n t a y seis m i l l i b r a s p a r a e s t i m u l a r l a s » (El siglo de
Luis XTV, c a p í t u l o X X L X ) . S o n l o s p r i m e r o s y t í m i d o s i n i c i o s d e l a histo-
ria-dato. Q u e d a t o d a v í a u n a r e g l a d e o r o d e l a h i s t o r i a crítica q u e V o l t a i r e
m a n t u v o m á s difícilmente: h a y q u e « a b a n d o n a r t o d o espíritu de p a r t i d o » .
A b r a m o s l a h i s t o r i a d e R u s i a m e n c i o n a d a . L o s j u i c i o s a priori d e l filósofo
d e las L u c e s s o n c o n s t a n t e s : l o s m o n j e s s o n i g n o r a n t e s , o c i o s o s , e s t é r i l e s ;
las o b l i g a c i o n e s r e l i g i o s a s s ó l o d i f i c u l t a n l a a c t i v i d a d p r o d u c t i v a , c o m o el
a y u n o de la C u a r e s m a . ¿ A l m e n o s s u p o ser V o l t a i r e p l e n a m e n t e libre res-
p e c t o a l o s g r a n d e s d e e s t e m u n d o c o n l o s q u e c o n v i v í a , q u e le p r o t e g í a n
y a veces le vigilaban? D e h e c h o , escribió c o m o h o m b r e libre q u e sabía h a -
c e r c o n c e s i o n e s . A s í a c e p t ó s o m e t e r s u h i s t o r i a d e R u s i a al v i s t o b u e n o d e
la c e n s u r a , q u e silenciaba ciertos agitados episodios del r e i n a d o d e P e d r o
el G r a n d e . L o e x p l i c ó c í n i c a m e n t e : « M e d i e r o n m u y b u e n a s p i e l e s , y soy
m u y friolero.»
D e la o b r a d e V o l t a i r e se d e s p r e n d e u n a filosofía d e l a h i s t o r i a q u e a
v e c e s c h o c a c o n sus p r o p i o s p r i n c i p i o s . A s í s u c e d e , p o r e j e m p l o , c o n el
t e m a d e las « s o r p r e s a s d e la h i s t o r i a » , c o n el d e l a c o n t e c i m i e n t o q u e d e s -
m i e n t e las p r e v i s i o n e s , e n u n c a m p o e n el q u e «lo v e r o s í m i l n o s i e m p r e su-
c e d e » , y e n el q u e s o n p o s i b l e s t o d o s l o s c a m b i o s . S i e m p r e h a y u n a p a r t e
d e c o n t i n g e n c i a e n el d e v e n i r h u m a n o , y l o s i m p o n d e r a b l e s p u e d e n t e n e r
g r a n d e s c o n s e c u e n c i a s . D e e l l o p r o c e d e l a t e n d e n c i a a v a l o r a r el p e q u e ñ o
d e t a l l e . E s u n a m a n e r a d e c u e s t i o n a r l a c r e e n c i a d e q u e la h i s t o r i a t e n g a
u n s e n t i d o e s t a b l e c i d o p o r D i o s d e s d e t o d a l a e t e r n i d a d y d e d e s t r u i r el p r o -
v i d e n c i a l i s m o al e s t i l o d e B o s s u e t . V o l t a i r e d e d i c ó u n a i m p o r t a n c i a e s e n -
cial a los g r a n d e s h o m b r e s , t a n t o c o m o a las p e q u e ñ a s c a s u a l i d a d e s . L a s
c u a t r o épocas principales q u e distingue e n la historia h u m a n a t i e n e n gran-
des s o b e r a n o s p o r e m b l e m a ; la G r e c i a d e Filipo y A l e j a n d r o , la R o m a de
C é s a r y A u g u s t o , la F l o r e n c i a d e los M é d i c i s y l a F r a n c i a d e L u i s X I V . L a
acción de algunos individuos excepcionales p u d o desencadenar, en efecto,
g r a n d e s c a m b i o s . E n l a p r i m e r a fila d e l o s h é r o e s figura P e d r o el G r a n d e ,
q u e saca a R u s i a d e la b a r b a r i e de la m i s m a m a n e r a q u e h a c e surgir P e -
t e r s b u r g o d e l o s p a n t a n o s d e l N e v a , q u e d e s a r r o l l a la civilización e n t r e sus
s u b d i t o s , q u e p r o h i b e l o s t r a j e s l a r g o s o l a s b a r b a s y , c o n la r e f o r m a d e la
v e s t i m e n t a , h a c e a sus s u b d i t o s m á s a p t o s p a r a r e c i b i r las l u c e s . E n F r a n -
c i a , p o r e n d e , « t o d o e s s a l v a j e » h a s t a L u i s X I V , q u e d e r r a m a s o b r e ella
«la h o n e s t i d a d » b a j o f o r m a d e d i s c i p l i n a s o c i a l i m p u e s t a a t o d o s . E n e s t e
s e n t i d o , V o l t a i r e se m a n t i e n e m u y e n l a l í n e a d e l a c o n c e p c i ó n h e r e d a d a
d e l o s « h u m a n i s t a s » , s e g ú n l a c u a l las s o c i e d a d e s s o n m o d e l a d a s p o r sus
g u í a s . C o m o a g e n t e s d e u n a c u l t u r a u n i f o r m i z a n t e , f o r j a n l a s n a c i o n e s al
« f o r z a r a la n a t u r a l e z a » . Q u i é n p o d r í a n e g a r las v i r t u d e s r e a c c i o n a r i a s d e
e s t a filosofía p o l í t i c a , q u e p r e c o n i z a d e b u e n g r a d o el u s o d e l a c o a c c i ó n
( p o r d é s p o t a s i l u s t r a d o s , n a t u r a l m e n t e ) y q u e a d e m á s s e a d a p t a a las d e -
s i g u a l d a d e s s o c i a l e s , b a s á n d o l a s e n el o r d e n n a t u r a l : « E l m e n e s t r a l , el o b r e -
r o , d e b e q u e d a r l i m i t a d o a l o n e c e s a r i o p a r a t r a b a j a r : la n a t u r a l e z a d e l
h o m b r e es así. E s n e c e s a r i o q u e la m a y o r p a r t e d e los h o m b r e s s e a n p o -
bres.» A pesar de t o d o , Voltaire fue c o n s i d e r a d o p o r sus c o n t e m p o r á n e o s
c o m o el e n e m i g o d e l p a s a d o , c o m o el q u e a n u n c i a b a el a d v e n i m i e n t o d e
una ciudadanía mejor.
101
c a r a c u á l h a sido el vicio r a d i c a l y la v i r t u d d o m i n a n t e d e u n a n a c i ó n . » L a
s e g u n d a es m u y n u e v a , y a q u e u r g e la n e c e s i d a d d e l o g r a r u n « c á l c u l o g l o -
bal» d e la r i q u e z a c o m e r c i a l e i n d u s t r i a l d e c a d a p a í s , u t i l i z a n d o f u e n t e s h a s -
t a e n t o n c e s sin e x p l o t a r , c o m o los r e g i s t r o s d e e x p o r t a c i o n e s . F i n a l m e n t e ,
d e f i n e el g r a n o b j e t o d e la h i s t o r i a d e l p o r v e n i r , o s e a , «los c a m b i o s e n las
c o s t u m b r e s y e n las l e y e s » .
A p a r t i r d e B o s s u e t , e s t e o b j e t i v o se h a b í a d e s p l a z a d o n o t a b l e m e n t e ,
d e m o d o q u e y a n o se t r a t a d e e v o c a r ¡as a c c i o n e s d e l o s g r a n d e s h o m b r e s
n i los g r a n d e s golpes d e l a P r o v i d e n c i a , s i n o l o s e l e m e n t o s r e g u l a d o r e s d e
la s o c i e d a d civil e n su c o n j u n t o . A p a r t i r d e é l , la h i s t o r i a d e b e a b r i r s e a
t o d o lo q u e es h u m a n o y, p o r t a n t o , a l a d i v e r s i d a d d e las c i v i l i z a c i o n e s .
P o r lo d e m á s , e n el Ensayo sobre las costumbres..., V o l t a i r e d e n u n c i a el
j u d e o c e n t r i s m o d e B o s s u e t ( « p a r e c e h a b e r e s c r i t o ú n i c a m e n t e p a r a insi-
n u a r q u e t o d o se h a h e c h o e n el m u n d o e n t o r n o a l a n a c i ó n j u d í a » ) , y l e
r e p r o c h a h a b e r « o l v i d a d o e n t e r a m e n t e a los a n t i g u o s p u e b l o s d e O r i e n t e ,
a los i n d i o s y a los c h i n o s , q u e h a n sido t a n i m p o r t a n t e s a n t e s d e q u e n a -
c i e r a n las o t r a s n a c i o n e s » . . D i c e , e n l a m i s m a o b r a , q u e h a y q u e c o n c i l i a r
el c o n o c i m i e n t o d e la n a t u r a l e z a h u m a n a , q u e « s e p a r e c e d e s d e u n e x t r e -
m o al o t r o d e l u n i v e r s o » , y el c o n o c i m i e n t o d e la d i v e r s i d a d d e las c o s t u m -
b r e s , y a q u e «la c u l t u r a p r o d u c e f r u t o s d i v e r s o s » . T a l e s s o n las v í a s q u e p e r -
m i t e n «escribir h i s t o r i a m o d e r n a v e r d a d e r a m e n t e p o l í t i c a y v e r d a d e r a m e n -
t e filosófica». C o n s i d e r e m o s q u e el c o n o c i m i e n t o d e l h o m b r e y l a a d m i n i s -
t r a c i ó n d e la c i u d a d g a n a r á n c o n e l l o .
E x p u e s t o el p r o g r a m a , d e n t r o d e su r a d i c a l n o v e d a d , s u r g e l a i n e v i t a -
b l e p r e g u n t a : ¿ q u é se h i z o d e l a p r á c t i c a d e V o l t a i r e c o m o h i s t o r i a d o r ?
¿ F u e fiel a los p r i n c i p i o s q u e d e c l a r a b a ? ¿ Q u i é n le d i s c u t i r í a s u p r e o c u p a -
ción p o r desmitificar a l g u n a s p i a d o s a s l e y e n d a s a n t e sus c o m p a ñ e r o s ? ¿ N o
arruinó, p o r e j e m p l o , la h e r o i c a versión del cruce del R h i n p o r los ejérci-
t o s d e L u i s XTV, q u e h a b í a n f o r j a d o B o i l e a u y B o s s u e t ? ¿ N o p r o c e d i ó a
pacientes investigaciones d o c u m e n t a l e s , d e a c u e r d o c o n la regla cartesiana
d e l o s c e n s o s c o m p l e t o s ? ¿ N o t u v o , e n s u m o g r a d o , el a r t e d e a u n a r el r e -
l a t o y los c o n o c i m i e n t o s ú t i l e s ? H e m o s v i s t o q u e se m a n t i e n e c e r c a d e l o s
h e c h o s , b u s c a n d o s i e m p r e el d e t a l l e significativo. V o l t a i r e s i g u e d e d i c á n -
d o s e a m p l i a m e n t e a la c r ó n i c a m i l i t a r y d i p l o m á t i c a ; a s í , e n su Historia del
Imperio de Rusia bajo Pedro el Grande (1759) a ú n c o n s a g r a l a m i t a d d e su
d e s a r r o l l o a las g u e r r a s d e l z a r ; e n el Tratado del siglo de Luis XTV ú n i c a -
m e n t e l a c o n c l u s i ó n e v o c a «los p r o g r e s o s d e l e s p í r i t u h u m a n o » . P e r o V o l -
t a i r e , al i n t e r e s a r s e p o r l o s p r o b l e m a s d e m o g r á f i c o s y e c o n ó m i c o s , a b r i ó
u n a vía h a c i a el p o r v e n i r . P o r l i m i t a d a s q u e n o s p a r e z c a n sus i n f o r m a c i o -
n e s a c e r c a d e l c o m e r c i o y l a i n d u s t r i a , n o s o n m e n o s fiables q u e las d e l a
m a y o r í a d e sus c o n t e m p o r á n e o s . H e a q u í c ó m o s a l u d a la o b r a r e a l i z a d a
p o r C o l b e r t : « D e s d e el a ñ o 1663 al 1672, e n c a d a a ñ o d e e s t e m i n i s t e r i o se
e s t a b l e c i ó a l g u n a m a n u f a c t u r a . L o s p a ñ o s f i n o s , q u e a n t e s se i m p o r t a b a n
d e I n g l a t e r r a y d e H o l a n d a , se f a b r i c a r o n e n A b b e v i l l e . E l r e y a d e l a n t a b a
a los f a b r i c a n t e s d o s m i l l i b r a s p o r c a d a t e l a r , a d e m á s d e c o n s i d e r a b l e s g r a -
tificaciones. E n el a ñ o 1669, s e c o n t a b a c o n c u a r e n t a y c u a t r o m i l d o s c i e n -
t o s t e l a r e s d e l a n a e n el r e i n o . L a s m a n u f a c t u r a s d e s e d a , p e r f e c c i o n a d a s ,
dieron lugar a un comercio d e más d e cincuenta millones d e aquella é p o c a
( . . . ) . L a s t a p i c e r í a s d e G o b e l i n o s s u p e r a r o n a las d e F l a n d e s . E n el a m p l i o
recinto de Gobelinos, había entonces más de ochocientos obreros; trescien-
100
t o s s e a l o j a b a n e n él ( . . . ) , m i l s e i s c i e n t a s j ó v e n e s se d e d i c a b a n al e n c a j e ,
se hizo venir a treinta obreras-principales d e Venecia y doscientas d e Flan-
d e s ; y se les d i o t r e i n t a y seis m i l l i b r a s p a r a e s t i m u l a r l a s » (El siglo de
Luis XTV, c a p í t u l o X X L X ) . S o n l o s p r i m e r o s y t í m i d o s i n i c i o s d e l a histo-
ria-dato. Q u e d a t o d a v í a u n a r e g l a d e o r o d e l a h i s t o r i a crítica q u e V o l t a i r e
m a n t u v o m á s difícilmente: h a y q u e « a b a n d o n a r t o d o espíritu de p a r t i d o » .
A b r a m o s l a h i s t o r i a d e R u s i a m e n c i o n a d a . L o s j u i c i o s a priori d e l filósofo
d e las L u c e s s o n c o n s t a n t e s : l o s m o n j e s s o n i g n o r a n t e s , o c i o s o s , e s t é r i l e s ;
las o b l i g a c i o n e s r e l i g i o s a s s ó l o d i f i c u l t a n l a a c t i v i d a d p r o d u c t i v a , c o m o el
a y u n o de la C u a r e s m a . ¿ A l m e n o s s u p o ser V o l t a i r e p l e n a m e n t e libre res-
p e c t o a l o s g r a n d e s d e e s t e m u n d o c o n l o s q u e c o n v i v í a , q u e le p r o t e g í a n
y a veces le vigilaban? D e h e c h o , escribió c o m o h o m b r e libre q u e sabía h a -
c e r c o n c e s i o n e s . A s í a c e p t ó s o m e t e r s u h i s t o r i a d e R u s i a al v i s t o b u e n o d e
la c e n s u r a , q u e silenciaba ciertos agitados episodios del r e i n a d o d e P e d r o
el G r a n d e . L o e x p l i c ó c í n i c a m e n t e : « M e d i e r o n m u y b u e n a s p i e l e s , y soy
m u y friolero.»
D e la o b r a d e V o l t a i r e se d e s p r e n d e u n a filosofía d e l a h i s t o r i a q u e a
v e c e s c h o c a c o n sus p r o p i o s p r i n c i p i o s . A s í s u c e d e , p o r e j e m p l o , c o n el
t e m a d e las « s o r p r e s a s d e la h i s t o r i a » , c o n el d e l a c o n t e c i m i e n t o q u e d e s -
m i e n t e las p r e v i s i o n e s , e n u n c a m p o e n el q u e «lo v e r o s í m i l n o s i e m p r e su-
c e d e » , y e n el q u e s o n p o s i b l e s t o d o s l o s c a m b i o s . S i e m p r e h a y u n a p a r t e
d e c o n t i n g e n c i a e n el d e v e n i r h u m a n o , y l o s i m p o n d e r a b l e s p u e d e n t e n e r
g r a n d e s c o n s e c u e n c i a s . D e e l l o p r o c e d e l a t e n d e n c i a a v a l o r a r el p e q u e ñ o
d e t a l l e . E s u n a m a n e r a d e c u e s t i o n a r l a c r e e n c i a d e q u e la h i s t o r i a t e n g a
u n s e n t i d o e s t a b l e c i d o p o r D i o s d e s d e t o d a l a e t e r n i d a d y d e d e s t r u i r el p r o -
v i d e n c i a l i s m o al e s t i l o d e B o s s u e t . V o l t a i r e d e d i c ó u n a i m p o r t a n c i a e s e n -
cial a los g r a n d e s h o m b r e s , t a n t o c o m o a las p e q u e ñ a s c a s u a l i d a d e s . L a s
c u a t r o épocas principales q u e distingue e n la historia h u m a n a t i e n e n gran-
des s o b e r a n o s p o r e m b l e m a ; la G r e c i a d e Filipo y A l e j a n d r o , la R o m a de
C é s a r y A u g u s t o , la F l o r e n c i a d e los M é d i c i s y l a F r a n c i a d e L u i s X I V . L a
acción de algunos individuos excepcionales p u d o desencadenar, en efecto,
g r a n d e s c a m b i o s . E n l a p r i m e r a fila d e l o s h é r o e s figura P e d r o el G r a n d e ,
q u e saca a R u s i a d e la b a r b a r i e de la m i s m a m a n e r a q u e h a c e surgir P e -
t e r s b u r g o d e l o s p a n t a n o s d e l N e v a , q u e d e s a r r o l l a la civilización e n t r e sus
s u b d i t o s , q u e p r o h i b e l o s t r a j e s l a r g o s o l a s b a r b a s y , c o n la r e f o r m a d e la
v e s t i m e n t a , h a c e a sus s u b d i t o s m á s a p t o s p a r a r e c i b i r las l u c e s . E n F r a n -
c i a , p o r e n d e , « t o d o e s s a l v a j e » h a s t a L u i s X I V , q u e d e r r a m a s o b r e ella
«la h o n e s t i d a d » b a j o f o r m a d e d i s c i p l i n a s o c i a l i m p u e s t a a t o d o s . E n e s t e
s e n t i d o , V o l t a i r e se m a n t i e n e m u y e n l a l í n e a d e l a c o n c e p c i ó n h e r e d a d a
d e l o s « h u m a n i s t a s » , s e g ú n l a c u a l las s o c i e d a d e s s o n m o d e l a d a s p o r sus
g u í a s . C o m o a g e n t e s d e u n a c u l t u r a u n i f o r m i z a n t e , f o r j a n l a s n a c i o n e s al
« f o r z a r a la n a t u r a l e z a » . Q u i é n p o d r í a n e g a r las v i r t u d e s r e a c c i o n a r i a s d e
e s t a filosofía p o l í t i c a , q u e p r e c o n i z a d e b u e n g r a d o el u s o d e l a c o a c c i ó n
( p o r d é s p o t a s i l u s t r a d o s , n a t u r a l m e n t e ) y q u e a d e m á s s e a d a p t a a las d e -
s i g u a l d a d e s s o c i a l e s , b a s á n d o l a s e n el o r d e n n a t u r a l : « E l m e n e s t r a l , el o b r e -
r o , d e b e q u e d a r l i m i t a d o a l o n e c e s a r i o p a r a t r a b a j a r : la n a t u r a l e z a d e l
h o m b r e es así. E s n e c e s a r i o q u e la m a y o r p a r t e d e los h o m b r e s s e a n p o -
bres.» A pesar de t o d o , Voltaire fue c o n s i d e r a d o p o r sus c o n t e m p o r á n e o s
c o m o el e n e m i g o d e l p a s a d o , c o m o el q u e a n u n c i a b a el a d v e n i m i e n t o d e
una ciudadanía mejor.
101
 N o s - p a r e c e q u e s u l e g a d o h i s t o r i o g r á f i c o e s d o b l e . P o r s u s a g a c i d a d crí-
t i c a , p o r s u d e s c o n f i a n z a h a c i a l o s f e n ó m e n o s i r r a c i o n a l e s , p o r su e x i g e n -
cia d e c l a r i d a d y c o n c i s i ó n , a s í c o m o p o r s u p r e o c u p a c i ó n p o r l a c o m p o s i -
ción o r d e n a d a y equilibrada, c r e e m o s q u e anuncia a algunos m a e s t r o s d e
la h i s t o r i a cte fines d e siglo X I X . L a r e v a l o r i z a c i ó n d e l o s p e q u e ñ o s a c o n -
tecimientos n o e n c o n t r a r á e c o hasta estos últimos; así Charles Seignobos,
c u a n d o afirma q u e u n a p a r t e i m p o r t a n t e d e los acontecimientos «resulta
d e a c c i d e n t e s d e b i d o s al a z a r » . E n c a m b i o , l o s p r i n c i p i o s e n u n c i a d o s p o r
el p a d r e p u t a t i v o d e l a h i s t o r i a t o t a l e n c o n t r a r o n u n a m p l i o e c o y a e n l a
p r i m e r a m i t a d d e l siglo x r x . P r i m e r o e n G u i z o t , e n l a i n t r o d u c c i ó n d e s u
Curso de historia moderna e n 1 8 2 8 : « ¿ N o c r e e n , e n e f e c t o , s e ñ o r e s , q u e el
h e c h o d e l a civilización e s el h e c h o p o r e x c e l e n c i a , e l h e c h o g e n e r a l y d e -
finitivo e n el q u e d e s e m b o c a n t o d o s l o s d e m á s , e n el q u e s e r e s u m e n ? T o -
m e n t o d o s los h e c h o s d e los q u e s e c o m p o n e l a h i s t o r i a d e u n p u e b l o , q u e
e s t a m o s a c o s t u m b r a d o s a considerar c o m o los e l e m e n t o s d e su vida; t o m e n
sus i n s t i t u c i o n e s , s u c o m e r c i o , s u i n d u s t r i a , s u s g u e r r a s , t o d o s l o s d e t a l l e s
de su gobierno; cuando q u e r e m o s considerar estos derechos e n su conjun-
to, e n su relación, c u a n d o q u e r e m o s apreciarlos y juzgarlos, ¿ q u é les p r e -
g u n t a m o s ? L e s p r e g u n t a m o s e n q u é h a n c o n t r i b u i d o a l a civilización d e
este p u e b l o , q u é p a p e l h a n j u g a d o e n él, q u e influencia h a n ejercido (...).»
M á s t a r d e , l e e m o s e n C h a t e a u b r i a n d , e n el p r e f a c i o d e sus Estudios histó-
ricos ( 1 8 3 1 ) : « F r e c u e n t e m e n t e e l h i s t o r i a d o r s ó l o e r a u n v i a j e r o q u e c o n -
t a b a l o q u e h a b í a v i s t o . . . A h o r a la h i s t o r i a e s u n a e n c i c l o p e d i a ; h a y q u e
m e t e r l e d e t o d o , d e s d e l a a s t r o n o m í a a la q u í m i c a , d e s d e e l a r t e d e l f i n a n -
c i e r o h a s t a el d e l f a b r i c a n t e , d e s d e el c o n o c i m i e n t o d e l p i n t o r , d e l e s c u l t o r
y d e l a r q u i t e c t o h a s t a e l d e l e c o n o m i s t a , d e s d e el e s t u d i o d e l a s l e y e s e c l e -
s i á s t i c a s , civiles y c r i m i n a l e s h a s t a el d e l a s l e y e s p o l í t i c a s . » F i n a l m e n t e , a
Michelet le gustaba saludarle c o m o «nuestro maestro Voltaire», sin com-
p a r t i r s u « m a t e r i a l i s m o » . C r e í a q u e el Ensayo sobre las costumbres... ha-
b í a a b i e r t o l a fase a s c e n d e n t e d e l a h i s t o r i a .
5. L A S P R I M I C I A S D E L A I N S T I T U C I Ó N H I S T Ó R I C A (1800-1870)
C u a n d o , e n 1876, s e l a n z ó l a Revue historique, Gabriel M o n o d juzgó
m u y s e v e r a m e n t e a l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a p r i m e r a m i t a d d e l siglo XLX y a
fueren románticos o liberales. E n t r e las razones q u e alegaba a propósito
de la inferioridad d e la producción francesa respecto a la a l e m a n a , invoca-
b a «el genio d e la nación» y , s o b r e t o d o , la ausencia d e tradiciones cientí-
ficas: « Q u i z á h e m o s g a n a d o e n o r i g i n a l i d a d , p o r l o m e n o s d e s d e el p u n t o
de vista d e la forma literaria, p e r o h e m o s p e r d i d o e n c u a n t o a la utilidad
científica d e l o s t r a b a j o s d e n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s . » Y d e n u n c i a b a a c o n -
t i n u a c i ó n los n e f a s t o s e f e c t o s d e las p a s i o n e s p o l í t i c a s y r e l i g i o s a s , así c o m o
el m u y e x t e n d i d o p e c a d o d e p r o c e d e r a « p r e c i p i t a d a s g e n e r a l i z a c i o n e s » . E s -
tas reticencias s o n bien comprensibles. U n b u e n c o n o c e d o r d e la historia
r o m á n t i c a n o s d i c e q u e é s t a s e c a r a c t e r i z a , e n c i e r t o s a s p e c t o s , p o r el r e -
t r o c e s o d e e s p í r i t u c r í t i c o . « L a h i s t o r i a oscila e n t r e l a n o v e l a y el d r a m a ,
buscando su vía propia» ( P . M o r e a u ) . Se exhibe u n gusto algo sospechoso
p o r e l c o l o r l o c a l : «Si s e p e r m i t e s e r m i n u c i o s o , t i e n e q u e s e r a q u e l l o q u e
102
i d e n t i f i c a al c o l o r l o c a l l o q u e h a y a d e c a r a c t e r i z a r a l a h i s t o r i a » ( A u g u s t i n
T h i e r r y ) . S e c u l t i v a m á s el c u a d r o d e g é n e r o q u e l a r e c o n s t r u c c i ó n v e r í d i -
ca. E l entusiasmo p o r la E d a d M e d i a p r o n t o c a e e n los excesos d e l estilo
Viollet-le-Duc. Q u e d a , sin e m b a r g o , la actividad erudita q u e se r e e m p r e n -
dió, i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e la R e v o l u c i ó n , e n t r e los benedictinos d e
S o l e s m e s , l o s c u a l e s r e a n u d a n l a s t r a d i c i o n e s d e l o s frailes d e S a n M a u r o
y continúan, e n la A c a d e m i a d e las Inscripciones, las colecciones q u e h a -
4
b í a n q u e d a d o i n t e r r u m p i d a s e n e l l a , e i g u a l m e n t e e n l a Ecole des Chartes
f u n d a d a e n 1821. E s t a «efervescencia histórica» se intensifica d u r a n t e la
m o n a r q u í a d e j u l i o : « L a S o c i e d a d d e H i s t o r i a d e F r a n c i a inicia s u s t r a b a -
jos; la escuela arqueológica d e A t e n a s se organiza e n 1846; la provincia tra-
b a j a e n sus s o c i e d a d e s c i e n t í f i c a s , e n sus a c a d e m i a s . » L u i s F e l i p e e s u n e n -
tusiasta d e la arqueología, G u i z o t dirige la publicación d e los d o c u m e n t o s
d e h i s t o r i a d e F r a n c i a , m i e n t r a s q u e M é r i m é e e j e r c e d e s d e 1833 l a s fun-
ciones d e inspector general d e los movimientos históricos. A s í e m p r e n d e
u n a m e t ó d i c a p r o s p e c c i ó n e n las p r o v i n c i a s f r a n c e s a s , c u y o s r e s u l t a d o s c o n -
signa en sus notas d e viaje (1834-1840). T o d o s estos trabajos c o n t r i b u y e n
a r e c o n o c e r l a i m p o r t a n c i a q u e t i e n e n , j u n t o a l o s i m p u l s o s d e la i m a g i n a -
ción, las virtudes tradicionales d e l historiador, c o m o la escrupulosa p r e o -
cupación p o r la exactitud y la p r u d e n c i a e n los juicios.
Según Pierre M o r e a u , el propio Augustin Thierry « n o avanza ninguna
i n t e r p r e t a c i ó n d e los h e c h o s sin antes corregirla, verificarla y c o n t r a s t a r -
l a » . ¿ E s t a « t i t u b e a n t e o s c i l a c i ó n » q u e d e s c u b r e e n e l a u t o r d e l o s Tiempos
merovingios n o anuncia las « t e m b l o r o s a s prudencias» d e la escuela positi-
vista? E n la p a z d e las bibliotecas y d e l o s archivos, laboriosos eruditos,
t a l e s c o m o G u i g n i a u t , al q u e J u l e s S i m ó n califica d e « s a b i o q u e d e s e s p e -
raría a los alemanes», r e ú n e n los materiales p a r a las futuras síntesis: «Sa-
bía t o d o lo q u e n o necesitábamos saber, y lo q u e sabía e r a lo q u e n o s e n -
señaba...» Su opinión acerca d e la existencia d e H o m e r o «tenía tantos p a -
réntesis, notas marginales y notas a pie d e página, que renunciamos a com-
probarla». Se trata d e una acusación, pero contiene su parte d e verdad. A
partir d e 1830, s e distinguen dos escuelas c l a r a m e n t e diferenciadas, r e p r e -
s e n t a d a s p o r S a i n t e - B e u v e y M i c h e l e t : « U n a c a m i n a p o r l a orilla d e u n río,
con u n p a r a g u a s e n u n a m a n o y u n microscopio e n la otra. Michelet viaja
e n g l o b o , c o n u n a n t e o j o : n o s e p u e d e n e n c o n t r a r . » M e r c e d a la m u l t i p l i -
c a c i ó n d e las s o c i e d a d e s científicas c r e c e n n o t a b l e m e n t e , e n t r e 1830 y 1 8 7 0 ,
las filas d e l o s a d e p t o s d e l a e s c u e l a d e l m i c r o s c o p i o .
FUNDACIONES E NTERRITORIO FRANCÉS
1830-1849 1850-1870
Sociedades históricas y arqueológicas 23 27
Sociedades d e intereses múltiples 25 28
4
Centro superior de enseñanza de las ciencias auxiliares de la historia, destinado a formar
a archiveros, paleógrafos y bibliotecarios. (N. del T . )
103
 N o s - p a r e c e q u e s u l e g a d o h i s t o r i o g r á f i c o e s d o b l e . P o r s u s a g a c i d a d crí-
t i c a , p o r s u d e s c o n f i a n z a h a c i a l o s f e n ó m e n o s i r r a c i o n a l e s , p o r su e x i g e n -
cia d e c l a r i d a d y c o n c i s i ó n , a s í c o m o p o r s u p r e o c u p a c i ó n p o r l a c o m p o s i -
ción o r d e n a d a y equilibrada, c r e e m o s q u e anuncia a algunos m a e s t r o s d e
la h i s t o r i a cte fines d e siglo X I X . L a r e v a l o r i z a c i ó n d e l o s p e q u e ñ o s a c o n -
tecimientos n o e n c o n t r a r á e c o hasta estos últimos; así Charles Seignobos,
c u a n d o afirma q u e u n a p a r t e i m p o r t a n t e d e los acontecimientos «resulta
d e a c c i d e n t e s d e b i d o s al a z a r » . E n c a m b i o , l o s p r i n c i p i o s e n u n c i a d o s p o r
el p a d r e p u t a t i v o d e l a h i s t o r i a t o t a l e n c o n t r a r o n u n a m p l i o e c o y a e n l a
p r i m e r a m i t a d d e l siglo x r x . P r i m e r o e n G u i z o t , e n l a i n t r o d u c c i ó n d e s u
Curso de historia moderna e n 1 8 2 8 : « ¿ N o c r e e n , e n e f e c t o , s e ñ o r e s , q u e el
h e c h o d e l a civilización e s el h e c h o p o r e x c e l e n c i a , e l h e c h o g e n e r a l y d e -
finitivo e n el q u e d e s e m b o c a n t o d o s l o s d e m á s , e n el q u e s e r e s u m e n ? T o -
m e n t o d o s los h e c h o s d e los q u e s e c o m p o n e l a h i s t o r i a d e u n p u e b l o , q u e
e s t a m o s a c o s t u m b r a d o s a considerar c o m o los e l e m e n t o s d e su vida; t o m e n
sus i n s t i t u c i o n e s , s u c o m e r c i o , s u i n d u s t r i a , s u s g u e r r a s , t o d o s l o s d e t a l l e s
de su gobierno; cuando q u e r e m o s considerar estos derechos e n su conjun-
to, e n su relación, c u a n d o q u e r e m o s apreciarlos y juzgarlos, ¿ q u é les p r e -
g u n t a m o s ? L e s p r e g u n t a m o s e n q u é h a n c o n t r i b u i d o a l a civilización d e
este p u e b l o , q u é p a p e l h a n j u g a d o e n él, q u e influencia h a n ejercido (...).»
M á s t a r d e , l e e m o s e n C h a t e a u b r i a n d , e n el p r e f a c i o d e sus Estudios histó-
ricos ( 1 8 3 1 ) : « F r e c u e n t e m e n t e e l h i s t o r i a d o r s ó l o e r a u n v i a j e r o q u e c o n -
t a b a l o q u e h a b í a v i s t o . . . A h o r a la h i s t o r i a e s u n a e n c i c l o p e d i a ; h a y q u e
m e t e r l e d e t o d o , d e s d e l a a s t r o n o m í a a la q u í m i c a , d e s d e e l a r t e d e l f i n a n -
c i e r o h a s t a el d e l f a b r i c a n t e , d e s d e el c o n o c i m i e n t o d e l p i n t o r , d e l e s c u l t o r
y d e l a r q u i t e c t o h a s t a e l d e l e c o n o m i s t a , d e s d e el e s t u d i o d e l a s l e y e s e c l e -
s i á s t i c a s , civiles y c r i m i n a l e s h a s t a el d e l a s l e y e s p o l í t i c a s . » F i n a l m e n t e , a
Michelet le gustaba saludarle c o m o «nuestro maestro Voltaire», sin com-
p a r t i r s u « m a t e r i a l i s m o » . C r e í a q u e el Ensayo sobre las costumbres... ha-
b í a a b i e r t o l a fase a s c e n d e n t e d e l a h i s t o r i a .
5. L A S P R I M I C I A S D E L A I N S T I T U C I Ó N H I S T Ó R I C A (1800-1870)
C u a n d o , e n 1876, s e l a n z ó l a Revue historique, Gabriel M o n o d juzgó
m u y s e v e r a m e n t e a l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a p r i m e r a m i t a d d e l siglo XLX y a
fueren románticos o liberales. E n t r e las razones q u e alegaba a propósito
de la inferioridad d e la producción francesa respecto a la a l e m a n a , invoca-
b a «el genio d e la nación» y , s o b r e t o d o , la ausencia d e tradiciones cientí-
ficas: « Q u i z á h e m o s g a n a d o e n o r i g i n a l i d a d , p o r l o m e n o s d e s d e el p u n t o
de vista d e la forma literaria, p e r o h e m o s p e r d i d o e n c u a n t o a la utilidad
científica d e l o s t r a b a j o s d e n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s . » Y d e n u n c i a b a a c o n -
t i n u a c i ó n los n e f a s t o s e f e c t o s d e las p a s i o n e s p o l í t i c a s y r e l i g i o s a s , así c o m o
el m u y e x t e n d i d o p e c a d o d e p r o c e d e r a « p r e c i p i t a d a s g e n e r a l i z a c i o n e s » . E s -
tas reticencias s o n bien comprensibles. U n b u e n c o n o c e d o r d e la historia
r o m á n t i c a n o s d i c e q u e é s t a s e c a r a c t e r i z a , e n c i e r t o s a s p e c t o s , p o r el r e -
t r o c e s o d e e s p í r i t u c r í t i c o . « L a h i s t o r i a oscila e n t r e l a n o v e l a y el d r a m a ,
buscando su vía propia» ( P . M o r e a u ) . Se exhibe u n gusto algo sospechoso
p o r e l c o l o r l o c a l : «Si s e p e r m i t e s e r m i n u c i o s o , t i e n e q u e s e r a q u e l l o q u e
102
i d e n t i f i c a al c o l o r l o c a l l o q u e h a y a d e c a r a c t e r i z a r a l a h i s t o r i a » ( A u g u s t i n
T h i e r r y ) . S e c u l t i v a m á s el c u a d r o d e g é n e r o q u e l a r e c o n s t r u c c i ó n v e r í d i -
ca. E l entusiasmo p o r la E d a d M e d i a p r o n t o c a e e n los excesos d e l estilo
Viollet-le-Duc. Q u e d a , sin e m b a r g o , la actividad erudita q u e se r e e m p r e n -
dió, i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e la R e v o l u c i ó n , e n t r e los benedictinos d e
S o l e s m e s , l o s c u a l e s r e a n u d a n l a s t r a d i c i o n e s d e l o s frailes d e S a n M a u r o
y continúan, e n la A c a d e m i a d e las Inscripciones, las colecciones q u e h a -
4
b í a n q u e d a d o i n t e r r u m p i d a s e n e l l a , e i g u a l m e n t e e n l a Ecole des Chartes
f u n d a d a e n 1821. E s t a «efervescencia histórica» se intensifica d u r a n t e la
m o n a r q u í a d e j u l i o : « L a S o c i e d a d d e H i s t o r i a d e F r a n c i a inicia s u s t r a b a -
jos; la escuela arqueológica d e A t e n a s se organiza e n 1846; la provincia tra-
b a j a e n sus s o c i e d a d e s c i e n t í f i c a s , e n sus a c a d e m i a s . » L u i s F e l i p e e s u n e n -
tusiasta d e la arqueología, G u i z o t dirige la publicación d e los d o c u m e n t o s
d e h i s t o r i a d e F r a n c i a , m i e n t r a s q u e M é r i m é e e j e r c e d e s d e 1833 l a s fun-
ciones d e inspector general d e los movimientos históricos. A s í e m p r e n d e
u n a m e t ó d i c a p r o s p e c c i ó n e n las p r o v i n c i a s f r a n c e s a s , c u y o s r e s u l t a d o s c o n -
signa en sus notas d e viaje (1834-1840). T o d o s estos trabajos c o n t r i b u y e n
a r e c o n o c e r l a i m p o r t a n c i a q u e t i e n e n , j u n t o a l o s i m p u l s o s d e la i m a g i n a -
ción, las virtudes tradicionales d e l historiador, c o m o la escrupulosa p r e o -
cupación p o r la exactitud y la p r u d e n c i a e n los juicios.
Según Pierre M o r e a u , el propio Augustin Thierry « n o avanza ninguna
i n t e r p r e t a c i ó n d e los h e c h o s sin antes corregirla, verificarla y c o n t r a s t a r -
l a » . ¿ E s t a « t i t u b e a n t e o s c i l a c i ó n » q u e d e s c u b r e e n e l a u t o r d e l o s Tiempos
merovingios n o anuncia las « t e m b l o r o s a s prudencias» d e la escuela positi-
vista? E n la p a z d e las bibliotecas y d e l o s archivos, laboriosos eruditos,
t a l e s c o m o G u i g n i a u t , al q u e J u l e s S i m ó n califica d e « s a b i o q u e d e s e s p e -
raría a los alemanes», r e ú n e n los materiales p a r a las futuras síntesis: «Sa-
bía t o d o lo q u e n o necesitábamos saber, y lo q u e sabía e r a lo q u e n o s e n -
señaba...» Su opinión acerca d e la existencia d e H o m e r o «tenía tantos p a -
réntesis, notas marginales y notas a pie d e página, que renunciamos a com-
probarla». Se trata d e una acusación, pero contiene su parte d e verdad. A
partir d e 1830, s e distinguen dos escuelas c l a r a m e n t e diferenciadas, r e p r e -
s e n t a d a s p o r S a i n t e - B e u v e y M i c h e l e t : « U n a c a m i n a p o r l a orilla d e u n río,
con u n p a r a g u a s e n u n a m a n o y u n microscopio e n la otra. Michelet viaja
e n g l o b o , c o n u n a n t e o j o : n o s e p u e d e n e n c o n t r a r . » M e r c e d a la m u l t i p l i -
c a c i ó n d e las s o c i e d a d e s científicas c r e c e n n o t a b l e m e n t e , e n t r e 1830 y 1 8 7 0 ,
las filas d e l o s a d e p t o s d e l a e s c u e l a d e l m i c r o s c o p i o .
FUNDACIONES E NTERRITORIO FRANCÉS
1830-1849 1850-1870
Sociedades históricas y arqueológicas 23 27
Sociedades d e intereses múltiples 25 28
4
Centro superior de enseñanza de las ciencias auxiliares de la historia, destinado a formar
a archiveros, paleógrafos y bibliotecarios. (N. del T . )
103
 A p a r t i r d e 1830 p r o l i f e r a n las A c a d e m i a s , s o c i e d a d e s h i s t ó r i c a s y s o -
ciedades de anticuarios, especialmente en torno a París, Toulouse, Gaen y
Poitiers. U n a s son estrictamente.históricas y arqueológicas, otras h a c e n
a l a r d e d e m ú l t i p l e s c u r i o s i d a d e s , c o m o las s o c i e d a d e s p o l i f a c é t i c a s y las s o -
c i e d a d e s d e e m u l a c i ó n . E i n c l u s o e n e s t a s ú l t i m a s a u m e n t a n los t r a b a j o s
h i s t ó r i c o s . S e h a p o d i d o r e p r e s e n t a r g r á f i c a m e n t e el a s c e n s o d e la h i s t o r i a
e n el d e p a r t a m e n t o d e E l M a r n e d e s d e 1860, y el c o r r e l a t i v o d e s c e n s o d e
la a g r o n o m í a y d e las c i e n c i a s e n g e n e r a l . E n t r e l o s a ñ o s 1840-1870, s o b r e
d i e c i n u e v e s o c i e d a d e s a c t i v a s , h a y t r e c e d e d i c a d a s a la h i s t o r i a . Y si al p r i n -
cipio sólo e s t á n d e d i c a d o s a t e m a s h i s t ó r i c o s u n a c u a r t a p a r t e d e sus t r a -
b a j o s , d e s p u é s el p o r c e n t a j e c r e c e h a s t a u n t e r c i o .
D a d o q u e n o es p o s i b l e c a l i b r a r la p r o d u c c i ó n d e t o d o s e s t o s c e n á c u l o s
e r u d i t o s , d i s p e r s o s a t r a v é s d e F r a n c i a , C h . O . C a r b o n e l l h a i n t e n t a d o va-
l o r a r la i m p o r t a n c i a r e s p e c t i v a d e los d i f e r e n t e s d o m i n i o s d e la h i s t o r i a a
t r a v é s d e los 1.884 t í t u l o s p u b l i c a d o s e n t r e 1870 y 1 8 7 4 . C r e e m o s i n t e r e -
s a n t e e x p l i c a r l a s i t u a c i ó n e x i s t e n t e a n t e s d e l n a c i m i e n t o d e lo q u e se h a
l l a m a d o la escuela metódica de los historiadores profesionales en t o r n o a
La Revue historique, f u n d a d a e n 1 8 7 6 . L a h i s t o r i a r e l i g i o s a d i s f r u t a d e evi-
d e n t e p r e e m i n e n c i a , ya q u e c u b r e l a q u i n t a p a r t e d e l a p r o d u c c i ó n , o casi
la c u a r t a p a r t e si t e n e m o s e n c u e n t a las m o n o g r a f í a s y las e d i c i o n e s d e
t e x o s . U n o d e c a d a seis h i s t o r i a d o r e s es s a c e r d o t e o r e l i g i o s o . E s t a p r o -
d u c c i ó n es m á s h a g i o g r á f i c a q u e h i s t ó r i c a ; e n el m e j o r d e l o s c a s o s , s e le
a t r i b u y e n a l g u n a s v e l e i d a d e s científicas, p e r o casi s i e m p r e se d a n p r u e b a s
d e u n a « m e t ó d i c a c r e d u l i d a d » e n lo q u e r e s p e c t a a las f u e n t e s . L a s e d i c i o -
n e s d e t e x t o s (250 o b r a s e n t o t a l ) c o n s t i t u y e n o t r o s e c t o r i m p o r t a n t e d e la
p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a , t a n t o si se t r a t a d e c a r t u l a r i o s , c o m o d e l i b r o s d e c u e n -
tas, de crónicas o d e m e m o r i a s . M u c h o s libros aparecen «acompañados de
d o c u m e n t o s i n é d i t o s , a p o y a d o s e n p i e z a s justificativas» c o m o s i g n o d e u n
a u t é n t i c o c u l t o a las f u e n t e s e s c r i t a s . A p e s a r d e l d e s i g u a l v a l o r d e e s t a s
p u b l i c a c i o n e s , e n u n o s t r e i n t a a ñ o s se p a s a d e l a e d i c i ó n p a s i v a a la e d i c i ó n
crítica, c o m o l o d e m u e s t r a e l n ú m e r o c r e c i e n t e d e las n o t a s a p i e d e p á g i -
n a . T a m b i é n se p o n e n d e m o d a las m o n o g r a f í a s l o c a l e s : e n t r e 1870 y 1875
se p u b l i c a n 4 0 0 ; e n g e n e r a l , su a m p l i t u d e s t á e n f u n c i ó n d e l n ú m e r o d e h a -
b i t a n t e s d e la c i u d a d o p u e b l o q u e se e s t u d i a n ( d e s d e 16 p á g i n a s p a r a u n
p u e b l o d e 171 h a b i t a n t e s a 9 2 5 p a r a P a r í s , ¡casos e x t r e m o s ! ) . E s t a s o b r a s ,
frecuentemente m u y heteróclitas, verdaderos trasteros documentales, es-
t á n l l e n a s d e p e q u e ñ o s h e c h o s y d e j a n d e l a d o la d e m o g r a f í a y la e c o n o -
m í a , t o d o a la m a y o r h o n r a y g l o r i a d e los h é r o e s e p ó n i m o s d e la c i u d a d .
Si h e m o s d e c r e e r al a b a t e G o u d é , p o r e j e m p l o , C h a t e a u b r i a n d , « d e s d e su
n a c i m i e n t o , n o p o d í a e s p e r a r o t r a v i d a q u e la q u e le v e n í a l e g a d a p o r s u s
b a r o n e s » . L a a r q u e o l o g í a y la h i s t o r i a d e l a r t e o c u p a b a n u n a d é c i m a p a r t e
d e l a p r o d u c c i ó n , o s e a , u n o s 180 folletos y o b r a s , e n t r e las c u a l e s o c h o
n o v e n a s p a r t e s e s t a b a n d e d i c a d a s al s a g r a d o t e r r i t o r i o n a c i o n a l , c o n u n a
p r e f e r e n c i a m u y a c u s a d a p o r los m o n u m e n t o s r e l i g i o s o s d e la E d a d M e d í a .
L a a u s e n c i a d e u n m é t o d o u n i f o r m e se d e j a s e n t i r e n e s t o s t r a b a j o s , y a q u e
las e l e v a c i o n e s líricas y las c o n s i d e r a c i o n e s e s o t é r i c a s m á s d e s e n f r e n a d a s
a p a r e c e n j u n t o a análisis p s e u d o i n t e l e c t u a l e s c o n u n a f u e r t e d o s i s d e j a c -
t a n c i a t e r m i n o l ó g i c a («los d o b l e s a r c o s a b o c i n a d o s d e o j i v a » , e t c . ) y c o n
llanas e n u m e r a c i o n e s propias d e espíritus escrupulosos. U n último carácter
d e la h i s t o r i o g r a f í a f r a n c e s a d e l o s a ñ o s 1870 m e r e c e s e r s u b r a y a d o : las e s -
104
c a s a s o b r a s d e d i c a d a s a o t r o s p a í s e s q u e n o s e a n F r a n c i a . Se p u b l i c a n s o -
l a m e n t e cinco historias universales, 41 estudios s o b r e E u r o p a y n u e v e so-
b r e las c o l o n i a s , c o n t r a 168 c o n s a g r a d o s a l a h i s t o r i a n a c i o n a l . E n ellas se
d e s p l i e g a u n e u r o c e n t r i s m o a u l t r a n z a . C o m o p r u e b a , h e a q u í la o p i n i ó n
e m i t i d a p o r R i a n c e y e n su Historia del mundo, cuyas perspectivas de he-
c h o s o n m á s e s t r e c h a s q u e las d e l Ensayo sobre las costumbres: «La tiranía
m u s u l m a n a » e n c u e n t r a «su p r i n c i p i o e n l a c o b a r d í a e i n c u r a b l e s e n s u a l i -
d a d d e los h o m b r e s d e g e n e r a d o s q u e h a b i t a n e n e s t a s r e g i o n e s » . Si a ñ a d i -
m o s a esta m i o p í a , t a n francesa, y a esta autosatisfacción del h o m b r e oc-
c i d e n t a l , la g r a n m i s e r i a q u e a f e c t a a l a filosofía d e l a h i s t o r i a , h a y q u e r e -
c o n o c e r q u e el c u a d r o es p o c o h a l a g ü e ñ o . R e c o r d a r e m o s s o b r e t o d o a l g u -
n a s t o r p e z a s : la a t r a c c i ó n e j e r c i d a p o r los p r o b l e m a s d e á m b i t o l o c a l , el p e r -
s i s t e n t e p e s o d e la I g l e s i a s o b r e la h i s t o r i o g r a f í a y , m á s a m p l i a m e n t e , el
casi t o t a l a c a p a r a m i e n t o d e l a h i s t o r i a p o r las clases d o m i n a n t e s . S i n e m -
b a r g o , a p e s a r d e t o d a s e s t a s d e b i l i d a d e s , se p r e p a r a u n c a l d o d e c u l t i v o
favorable a investigaciones m á s profundas (ediciones de documentos, re-
vistas, coloquios, e t c . ) . L a institución histórica francesa d e los años
1870-1875 financia a l g u n a s m i s i o n e s e n el e x t e r i o r , p e r o se a p o y a f u n d a -
m e n t a l m e n t e e n u n o s 5 0 0 « m o n ó g r a f o s y a q u e ó l o g o s l o c a l e s q u e , c o m o la
m á q u i n a d e W e l l s , r e m o n t a n el t i e m p o s i n c a m b i a r n u n c a d e l u g a r » ( C h .
O. Carbonell).
Q u e d a p r e g u n t a r n o s en q u é m e d i d a se detecta en este a m b i e n t e t o d a -
vía a n g o s t o d e l o s h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s , e n el q u e se p e r c i b e l a n e c e s i -
d a d de u n «discurso del m é t o d o » , la influencia de los tres v e n e r a b l e s pa-
triarcas que son T a i n e , R e n á n y Fustel d e Coulanges. Todavía son u n m i t o ,
n o s d i c e C h . O . C a r b o n e l l c o n su a c o s t u m b r a d a v i v a c i d a d . D e h e c h o , n o s
d i c e , e s t o s t r e s g r a n d e s p e r s o n a j e s d e los a ñ o s 1860-1870 s o n m u y p o c o r e -
presentativos, m u y p o c o «creadores de escuela». Sus obras m á s i m p o r t a n -
t e s , la Historia de la literatura inglesa ( 1 8 6 3 ) , La ciudad antigua (1863) y
La vida de Jesús ( 1 8 6 4 ) f u e r o n l e í d a s , p e r o n u n c a i n f l u y e r o n p a r t i c u l a r -
m e n t e e n la c o r p o r a c i ó n d e l o s h i s t o r i a d o r e s . T a i n e p r e c o n i z ó u n a h i s t o r i a
e x p e r i m e n t a l y se a u t o c o n s i d e r ó , e n el p r e f a c i o d e l o s Ensayos de crítica y
de historia ( 1 8 6 6 ) , el C l a u d e B e r n a r d d e l a c i e n c i a h i s t ó r i c a . E l m é t o d o e n
c u a t r o e t a p a s , p o r él p r e c o n i z a d o , a n u n c i a el s i s t e m a q u e r e c o m e n d a r á n
L a n g l o i s y S e i g n o b o s e n 1 8 9 8 : a ) el análisis, q u e c o n s i s t e e n b u s c a r l o s h e -
c h o s y a i s l a r l o s ; b ) l a clasificación d e los h e c h o s , c o n s i d e r a n d o a p a r t e c a d a
c l a s e d e e l l o s ( r e l i g i ó n , a r t e , filosofía, i n d u s t r i a , c o m e r c i o , a g r i c u l t u r a ,
e t c . ) ; c) l a definición d e los h e c h o s , e n f o r m a d e «frase a b r e v i a d a » , q u e re-
s u m a el p r o c e s o a n t e r i o r , y d ) e l estudio d e las c o n e x i o n e s e x i s t e n t e s e n t r e
las d i f e r e n t e s d e f i n i c i o n e s , así e n t r e « u n p r e c e p t o d e v e r s i f i c a c i ó n e n B o i -
l e a u , u n a ley d e C o l b e r t s o b r e l a s h i p o t e c a s , u n a s e n t e n c i a d e B o s s u e t s o -
b r e l a r e a l e z a d e D i o s » , p a r a v e r e n q u é m e d i d a f o r m a n u n sistema. P o r el
c o n t r a r i o , otras ideas m a e s t r a s d e T a i n e e n c u e n t r a n m e n o r eco en los his-
t o r i a d o r e s p r o f e s i o n a l e s , p o r e j e m p l o la a f i r m a c i ó n d e q u e las l e y e s , q u e
l a r a z ó n i r á d e s c u b r i e n d o p r o g r e s i v a m e n t e , g o b i e r n a n a los h o m b r e s . S o n
las l e y e s d e la n a t u r a l e z a , q u e s e a p l i c a n i g u a l m e n t e a la h i s t o r i a . Si a c e p -
t a m o s e s t o , t o d o se p u e d e c o n o c e r d e l a m i s m a m a n e r a : « L o s n a t u r a l i s t a s
han probado (...). Por u n m é t o d o p r o b a d o (...). Por un m é t o d o parecido,
los historiadores (...).» Explicar la génesis de u n a o b r a literaria e n función
d e l a r a z a , el m e d i o g e o g r á f i c o y l a é p o c a n o e s , d e s p u é s d e t o d o , m á s q u e
105
 A p a r t i r d e 1830 p r o l i f e r a n las A c a d e m i a s , s o c i e d a d e s h i s t ó r i c a s y s o -
ciedades de anticuarios, especialmente en torno a París, Toulouse, Gaen y
Poitiers. U n a s son estrictamente.históricas y arqueológicas, otras h a c e n
a l a r d e d e m ú l t i p l e s c u r i o s i d a d e s , c o m o las s o c i e d a d e s p o l i f a c é t i c a s y las s o -
c i e d a d e s d e e m u l a c i ó n . E i n c l u s o e n e s t a s ú l t i m a s a u m e n t a n los t r a b a j o s
h i s t ó r i c o s . S e h a p o d i d o r e p r e s e n t a r g r á f i c a m e n t e el a s c e n s o d e la h i s t o r i a
e n el d e p a r t a m e n t o d e E l M a r n e d e s d e 1860, y el c o r r e l a t i v o d e s c e n s o d e
la a g r o n o m í a y d e las c i e n c i a s e n g e n e r a l . E n t r e l o s a ñ o s 1840-1870, s o b r e
d i e c i n u e v e s o c i e d a d e s a c t i v a s , h a y t r e c e d e d i c a d a s a la h i s t o r i a . Y si al p r i n -
cipio sólo e s t á n d e d i c a d o s a t e m a s h i s t ó r i c o s u n a c u a r t a p a r t e d e sus t r a -
b a j o s , d e s p u é s el p o r c e n t a j e c r e c e h a s t a u n t e r c i o .
D a d o q u e n o es p o s i b l e c a l i b r a r la p r o d u c c i ó n d e t o d o s e s t o s c e n á c u l o s
e r u d i t o s , d i s p e r s o s a t r a v é s d e F r a n c i a , C h . O . C a r b o n e l l h a i n t e n t a d o va-
l o r a r la i m p o r t a n c i a r e s p e c t i v a d e los d i f e r e n t e s d o m i n i o s d e la h i s t o r i a a
t r a v é s d e los 1.884 t í t u l o s p u b l i c a d o s e n t r e 1870 y 1 8 7 4 . C r e e m o s i n t e r e -
s a n t e e x p l i c a r l a s i t u a c i ó n e x i s t e n t e a n t e s d e l n a c i m i e n t o d e lo q u e se h a
l l a m a d o la escuela metódica de los historiadores profesionales en t o r n o a
La Revue historique, f u n d a d a e n 1 8 7 6 . L a h i s t o r i a r e l i g i o s a d i s f r u t a d e evi-
d e n t e p r e e m i n e n c i a , ya q u e c u b r e l a q u i n t a p a r t e d e l a p r o d u c c i ó n , o casi
la c u a r t a p a r t e si t e n e m o s e n c u e n t a las m o n o g r a f í a s y las e d i c i o n e s d e
t e x o s . U n o d e c a d a seis h i s t o r i a d o r e s es s a c e r d o t e o r e l i g i o s o . E s t a p r o -
d u c c i ó n es m á s h a g i o g r á f i c a q u e h i s t ó r i c a ; e n el m e j o r d e l o s c a s o s , s e le
a t r i b u y e n a l g u n a s v e l e i d a d e s científicas, p e r o casi s i e m p r e se d a n p r u e b a s
d e u n a « m e t ó d i c a c r e d u l i d a d » e n lo q u e r e s p e c t a a las f u e n t e s . L a s e d i c i o -
n e s d e t e x t o s (250 o b r a s e n t o t a l ) c o n s t i t u y e n o t r o s e c t o r i m p o r t a n t e d e la
p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a , t a n t o si se t r a t a d e c a r t u l a r i o s , c o m o d e l i b r o s d e c u e n -
tas, de crónicas o d e m e m o r i a s . M u c h o s libros aparecen «acompañados de
d o c u m e n t o s i n é d i t o s , a p o y a d o s e n p i e z a s justificativas» c o m o s i g n o d e u n
a u t é n t i c o c u l t o a las f u e n t e s e s c r i t a s . A p e s a r d e l d e s i g u a l v a l o r d e e s t a s
p u b l i c a c i o n e s , e n u n o s t r e i n t a a ñ o s se p a s a d e l a e d i c i ó n p a s i v a a la e d i c i ó n
crítica, c o m o l o d e m u e s t r a e l n ú m e r o c r e c i e n t e d e las n o t a s a p i e d e p á g i -
n a . T a m b i é n se p o n e n d e m o d a las m o n o g r a f í a s l o c a l e s : e n t r e 1870 y 1875
se p u b l i c a n 4 0 0 ; e n g e n e r a l , su a m p l i t u d e s t á e n f u n c i ó n d e l n ú m e r o d e h a -
b i t a n t e s d e la c i u d a d o p u e b l o q u e se e s t u d i a n ( d e s d e 16 p á g i n a s p a r a u n
p u e b l o d e 171 h a b i t a n t e s a 9 2 5 p a r a P a r í s , ¡casos e x t r e m o s ! ) . E s t a s o b r a s ,
frecuentemente m u y heteróclitas, verdaderos trasteros documentales, es-
t á n l l e n a s d e p e q u e ñ o s h e c h o s y d e j a n d e l a d o la d e m o g r a f í a y la e c o n o -
m í a , t o d o a la m a y o r h o n r a y g l o r i a d e los h é r o e s e p ó n i m o s d e la c i u d a d .
Si h e m o s d e c r e e r al a b a t e G o u d é , p o r e j e m p l o , C h a t e a u b r i a n d , « d e s d e su
n a c i m i e n t o , n o p o d í a e s p e r a r o t r a v i d a q u e la q u e le v e n í a l e g a d a p o r s u s
b a r o n e s » . L a a r q u e o l o g í a y la h i s t o r i a d e l a r t e o c u p a b a n u n a d é c i m a p a r t e
d e l a p r o d u c c i ó n , o s e a , u n o s 180 folletos y o b r a s , e n t r e las c u a l e s o c h o
n o v e n a s p a r t e s e s t a b a n d e d i c a d a s al s a g r a d o t e r r i t o r i o n a c i o n a l , c o n u n a
p r e f e r e n c i a m u y a c u s a d a p o r los m o n u m e n t o s r e l i g i o s o s d e la E d a d M e d í a .
L a a u s e n c i a d e u n m é t o d o u n i f o r m e se d e j a s e n t i r e n e s t o s t r a b a j o s , y a q u e
las e l e v a c i o n e s líricas y las c o n s i d e r a c i o n e s e s o t é r i c a s m á s d e s e n f r e n a d a s
a p a r e c e n j u n t o a análisis p s e u d o i n t e l e c t u a l e s c o n u n a f u e r t e d o s i s d e j a c -
t a n c i a t e r m i n o l ó g i c a («los d o b l e s a r c o s a b o c i n a d o s d e o j i v a » , e t c . ) y c o n
llanas e n u m e r a c i o n e s propias d e espíritus escrupulosos. U n último carácter
d e la h i s t o r i o g r a f í a f r a n c e s a d e l o s a ñ o s 1870 m e r e c e s e r s u b r a y a d o : las e s -
104
c a s a s o b r a s d e d i c a d a s a o t r o s p a í s e s q u e n o s e a n F r a n c i a . Se p u b l i c a n s o -
l a m e n t e cinco historias universales, 41 estudios s o b r e E u r o p a y n u e v e so-
b r e las c o l o n i a s , c o n t r a 168 c o n s a g r a d o s a l a h i s t o r i a n a c i o n a l . E n ellas se
d e s p l i e g a u n e u r o c e n t r i s m o a u l t r a n z a . C o m o p r u e b a , h e a q u í la o p i n i ó n
e m i t i d a p o r R i a n c e y e n su Historia del mundo, cuyas perspectivas de he-
c h o s o n m á s e s t r e c h a s q u e las d e l Ensayo sobre las costumbres: «La tiranía
m u s u l m a n a » e n c u e n t r a «su p r i n c i p i o e n l a c o b a r d í a e i n c u r a b l e s e n s u a l i -
d a d d e los h o m b r e s d e g e n e r a d o s q u e h a b i t a n e n e s t a s r e g i o n e s » . Si a ñ a d i -
m o s a esta m i o p í a , t a n francesa, y a esta autosatisfacción del h o m b r e oc-
c i d e n t a l , la g r a n m i s e r i a q u e a f e c t a a l a filosofía d e l a h i s t o r i a , h a y q u e r e -
c o n o c e r q u e el c u a d r o es p o c o h a l a g ü e ñ o . R e c o r d a r e m o s s o b r e t o d o a l g u -
n a s t o r p e z a s : la a t r a c c i ó n e j e r c i d a p o r los p r o b l e m a s d e á m b i t o l o c a l , el p e r -
s i s t e n t e p e s o d e la I g l e s i a s o b r e la h i s t o r i o g r a f í a y , m á s a m p l i a m e n t e , el
casi t o t a l a c a p a r a m i e n t o d e l a h i s t o r i a p o r las clases d o m i n a n t e s . S i n e m -
b a r g o , a p e s a r d e t o d a s e s t a s d e b i l i d a d e s , se p r e p a r a u n c a l d o d e c u l t i v o
favorable a investigaciones m á s profundas (ediciones de documentos, re-
vistas, coloquios, e t c . ) . L a institución histórica francesa d e los años
1870-1875 financia a l g u n a s m i s i o n e s e n el e x t e r i o r , p e r o se a p o y a f u n d a -
m e n t a l m e n t e e n u n o s 5 0 0 « m o n ó g r a f o s y a q u e ó l o g o s l o c a l e s q u e , c o m o la
m á q u i n a d e W e l l s , r e m o n t a n el t i e m p o s i n c a m b i a r n u n c a d e l u g a r » ( C h .
O. Carbonell).
Q u e d a p r e g u n t a r n o s en q u é m e d i d a se detecta en este a m b i e n t e t o d a -
vía a n g o s t o d e l o s h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s , e n el q u e se p e r c i b e l a n e c e s i -
d a d de u n «discurso del m é t o d o » , la influencia de los tres v e n e r a b l e s pa-
triarcas que son T a i n e , R e n á n y Fustel d e Coulanges. Todavía son u n m i t o ,
n o s d i c e C h . O . C a r b o n e l l c o n su a c o s t u m b r a d a v i v a c i d a d . D e h e c h o , n o s
d i c e , e s t o s t r e s g r a n d e s p e r s o n a j e s d e los a ñ o s 1860-1870 s o n m u y p o c o r e -
presentativos, m u y p o c o «creadores de escuela». Sus obras m á s i m p o r t a n -
t e s , la Historia de la literatura inglesa ( 1 8 6 3 ) , La ciudad antigua (1863) y
La vida de Jesús ( 1 8 6 4 ) f u e r o n l e í d a s , p e r o n u n c a i n f l u y e r o n p a r t i c u l a r -
m e n t e e n la c o r p o r a c i ó n d e l o s h i s t o r i a d o r e s . T a i n e p r e c o n i z ó u n a h i s t o r i a
e x p e r i m e n t a l y se a u t o c o n s i d e r ó , e n el p r e f a c i o d e l o s Ensayos de crítica y
de historia ( 1 8 6 6 ) , el C l a u d e B e r n a r d d e l a c i e n c i a h i s t ó r i c a . E l m é t o d o e n
c u a t r o e t a p a s , p o r él p r e c o n i z a d o , a n u n c i a el s i s t e m a q u e r e c o m e n d a r á n
L a n g l o i s y S e i g n o b o s e n 1 8 9 8 : a ) el análisis, q u e c o n s i s t e e n b u s c a r l o s h e -
c h o s y a i s l a r l o s ; b ) l a clasificación d e los h e c h o s , c o n s i d e r a n d o a p a r t e c a d a
c l a s e d e e l l o s ( r e l i g i ó n , a r t e , filosofía, i n d u s t r i a , c o m e r c i o , a g r i c u l t u r a ,
e t c . ) ; c) l a definición d e los h e c h o s , e n f o r m a d e «frase a b r e v i a d a » , q u e re-
s u m a el p r o c e s o a n t e r i o r , y d ) e l estudio d e las c o n e x i o n e s e x i s t e n t e s e n t r e
las d i f e r e n t e s d e f i n i c i o n e s , así e n t r e « u n p r e c e p t o d e v e r s i f i c a c i ó n e n B o i -
l e a u , u n a ley d e C o l b e r t s o b r e l a s h i p o t e c a s , u n a s e n t e n c i a d e B o s s u e t s o -
b r e l a r e a l e z a d e D i o s » , p a r a v e r e n q u é m e d i d a f o r m a n u n sistema. P o r el
c o n t r a r i o , otras ideas m a e s t r a s d e T a i n e e n c u e n t r a n m e n o r eco en los his-
t o r i a d o r e s p r o f e s i o n a l e s , p o r e j e m p l o la a f i r m a c i ó n d e q u e las l e y e s , q u e
l a r a z ó n i r á d e s c u b r i e n d o p r o g r e s i v a m e n t e , g o b i e r n a n a los h o m b r e s . S o n
las l e y e s d e la n a t u r a l e z a , q u e s e a p l i c a n i g u a l m e n t e a la h i s t o r i a . Si a c e p -
t a m o s e s t o , t o d o se p u e d e c o n o c e r d e l a m i s m a m a n e r a : « L o s n a t u r a l i s t a s
han probado (...). Por u n m é t o d o p r o b a d o (...). Por un m é t o d o parecido,
los historiadores (...).» Explicar la génesis de u n a o b r a literaria e n función
d e l a r a z a , el m e d i o g e o g r á f i c o y l a é p o c a n o e s , d e s p u é s d e t o d o , m á s q u e
105
u n p r o b l e m a d e m e c á n i c a , c o n la d i f e r e n c i a d e q u e la m e d i d a d e la g r a n -
d e z a n o p u e d e t e n e r la m i s m a p r e c i s i ó n q u e la física. T a i n e e n c a r n a , m á s
q u e n i n g ú n o t r o , l a a m b i c i ó n científica: « C r e o q u e t o d o es p o s i b l e m e d i a n -
te la inteligencia h u m a n a . C r e o q u e con datos suficientes, los q u e n o s p o -
d r á n p r o p o r c i o n a r los i n s t r u m e n t o s p e r f e c c i o n a d o s y la o b s e r v a c i ó n c o n t i -
n u a d a , se p o d r á s a b e r t o d o a c e r c a d e l h o m b r e y d e l a v i d a . L o s p r o p i o s
p r o b l e m a s m e n t a l e s d e p e n d e n d e l t r a t a m i e n t o científico: el vicio y l a vir-
t u d s o n p r o d u c t o s c o m o el v i t r i o l o y el a z ú c a r . N o p a r e c e q u e m u c h o s
h i s t o r i a d o r e s c o n t e m p o r á n e o s , p a r t i d a r i o s d e la p r i m a d a d e l a p s i c o l o g í a ,
compartan este intrépido reduccionismo. También R e n á n había proclama-
d o i g u a l m e n t e m u y a l t o s u fe e n El porvenir de la ciencia (1848) y e n u n a
d e n c i a e x a c t a d e las c o s a s d e l e s p í r i t u . P e r o n o es s e g u r o q u e La vida de
Jesús, se a d a p t e p o r c o m p l e t o a e s t e p r o g r a m a . E n el p r e f a c i o d e e s t a o b r a ,
r e d a c t a d a e n 1867, el a u t o r r e c o n o c e q u e n o se l i m i t a a c o n o c i m i e n t o s s ó -
l i d a m e n t e e s t a b l e c i d o s : «Si s ó l o se a v a n z a n c o s a s s e g u r a s » — d i c e — , « h a -
b r í a q u e l i m i t a r s e a a l g u n a s l í n e a s . » M á s t a r d e , e n las c o l u m n a s d e La Re-
vue historique, se le p u e d e r e p r o c h a r , a l a v e z q u e se a d m i r a , s u « p r e d i l e c -
d ó n p o r las é p o c a s c o n o c i d a s a m e d i a s , a t r a v é s d e d o c u m e n t o s d e p r o c e -
d e n c i a d u d o s a , c u y a e r u d i c i ó n y c r í t i c a n o b a s t a n p a r a r e c o n s t r u i r la v e r -
d a d e r a i m a g e n » . P o r el c o n t r a r i o , el e s c e p t i c i s m o q u e l e g a n a al final d e
s u v i d a y q u e le c o n d u c e a n o v e r e n la h i s t o r i a m á s q u e u n a « p o b r e c i e n c i a
c o y u n t u r a ! » , n o s p a r e c e a n u n c i a r l a r e s i g n a d a p r u d e n c i a d e la g e n e r a c i ó n
siguiente.
E n c u a n t o a F u s t e l d e C o u l a n g e s ( 1 8 3 0 - 1 8 8 9 ) , s i e m p r e m a n i f e s t ó sus r e -
s e r v a s r e s p e c t o a las a m b i c i o n e s científicas: « L a h i s t o r i a n o r e s u e l v e las
c u e s t i o n e s : n o s e n s e ñ a a e x a m i n a r l a s . » V i s t o el m e s u r a d o c a r á c t e r « t u c i d i -
diano» de estos propósitos, ¿no podría h a b e r inspirado u n a escuela? Ch.
O . C a r b o n e l l d e n u e v o r e s p o n d e c o n u n a n e g a t i v a : La ciudad antigua, en
la q u e p r e v a l e c e el e s p í r i t u d e l s i s t e m a , es u n c a s o ú n i c o e n l o s a ñ o s d u -
r a n t e los c u a l e s p u l u l a n las m o n o g r a f í a s . F u s t e l e s t á c o n s i d e r a d o b á s i c a -
m e n t e c o m o u n p r o f e s o r d e m o r a l cívica q u e d e n u n d a las q u e r e l l a s e n t r e
los h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s d e las d i s t i n t a s e s c u e l a s , e n u n m o m e n t o e n q u e
la e r u d i c i ó n a l e m a n a « h a a r m a d o a A l e m a n i a p a r a la c o n q u i s t a » . C r e e m o s
sin e m b a r g o q u e h a y q u e p o n d e r a r e s t a a p r e c i a c i ó n d e C h . O . C a r b o n e l l .
Fustel de Coulanges nos p a r e c e q u e h a contribuido n o t a b l e m e n t e a esta-
b l e c e r l o s p r o c e d i m i e n t o s d e l a h i s t o r i a e r u d i t a . P r i m e r o , p o r el h e c h o d e
c o n s i d e r a r el p a s a d o c o m o u n o b j e t o s e p a r a d o d e l h i s t o r i a d o r , q u e p u e d e
s e r o b s e r v a d o c o n « u n a m i r a d a m á s s e r e n a y s e g u r a » q u e el p r e s e n t e , lo
q u e p e r m i t e d i s t i n g u i r m á s f á c i l m e n t e la i l u s i ó n d e l a v e r d a d . Y t a m b i é n
p o r las r e p e t i d a s p r e v e n c i o n e s c o n t r a los i m p u l s o s d e la i m a g i n a c i ó n y los
e x c e s o s d e l a s u b j e t i v i d a d : « L a h i s t o r i a es u n a c i e n c i a ; n o i m a g i n a ; sólo
v e . » O , i n c l u s o , la h i s t o r i a e x i g e « u n e s p í r i t u a b s o l u t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e
y l i b r e , s o b r e t o d o c o n r e s p e c t o a u n o m i s m o » . F i n a l m e n t e , p o r el e n u n -
c i a d o d e u n a r e g l a d e o r o s e g ú n la c u a l l a h i s t o r i a d e b e b a s a r s e e s e n d a l -
m e n t e e n l a crítica d e l o s d o c u m e n t o s e s c r i t o s . E s t e c r e d o q u e p r a c t i c ó d u -
r a n t e t r e i n t a y d n c o a ñ o s , a p e s a r d e la h o s t i l i d a d d e l o s e s p í r i t u s s i s t e m á -
t i c o s y l o s s e m i e r u d i t o s , lo e x p o n e u n a v e z m á s , u n a ñ o a n t e s d e su m u e r -
t e , e n el p r i m e r c a p í t u l o d e La monarquía franca ( 1 8 8 8 ) . N o h a y s a l v a c i ó n
f u e r a d e l o s d o c u m e n t o s e s c r i t o s : « L e y e s , c a r t a s , f ó r m u l a s , c r ó n i c a s e his-
t o r i a s , es n e c e s a r i o h a b e r l e í d o e s t o s d o c u m e n t o s sin h a b e r o m i t i d o n i u n o
106
solo. Y a q u e ninguno d e ellos, t o m a d o aisladamente, da una idea exacta
d e l a s o c i e d a d . S e c o m p l e t a n o s e r e c t i f i c a n e n t r e sí los u n o s a l o s o t r o s .
E l e s c r i t o r s ó l o d e b e p e n s a r a p a r t i r d e l o s d o c u m e n t o s y e s c r i b i r b a j o su
d i c t a d o : « S u ú n i c a h a b i l i d a d c o n s i s t e e n s a c a r d e los d o c u m e n t o s t o d o lo
q u e c o n t e n g a n y e n n o a ñ a d i r l e s lo q u e n o c o n t e n g a n . E l m e j o r h i s t o r i a d o r
es el q u e se m a n t i e n e m á s c e r c a d e l o s t e x t o s y l o s i n t e r p r e t a c o n m a y o r
exactitud, aquel q u e n o escribe, ni siquiera p i e n s a , m á s q u e a p a r t i r d e
e l l o s . » A b r a m o s La ciudad antigua, o b r a d e m a d u r e z . D e e n t r a d a , s o r p r e n -
d e la p e r s p e c t i v a s i s t e m á t i c a : « N o s p r o p o n e m o s m o s t r a r a q u í e n v i r t u d d e
q u é p r i n c i p i o s y q u é r e g l a s f u e r o n g o b e r n a d a s las s o c i e d a d e s g r i e g a y r o -
m a n a . » L e j o s d e afligirnos c o n laboriosos análisis, antes de h a c e r n o s dis-
f r u t a r c o n las a l e g r í a s d e l a s í n t e s i s , el a u t o r e m p i e z a p o r e x p o n e r c o n t o d a
claridad su idea m o t r i z : « L a historia d e G r e c i a y la d e R o m a s o n t e s t i m o -
n i o y e j e m p l o d e l a e s t r e c h a r e l a c i ó n q u e s i e m p r e h a y e n t r e las i d e a s d e la
i n t e l i g e n d a h u m a n a y el e s t a d o s o c i a l d e u n p u e b l o . C o n t e m p l a d las insti-
t u c i o n e s d e los a n t i g u o s sin p e n s a r e n s u s c r e e n d a s , las e n c o n t r a r é i s o b s -
c u r a s , r a r a s , i n e x p l i c a b l e s . . . P e r o s i t u a d las c r e e n c i a s f r e n t e a e s t a s i n s t i t u -
ciones y a estas leyes, veréis c o m o los h e c h o s se clarificarán i n m e d i a t a m e n -
t e , y su explicación s e r á o b v i a . » H e a q u í la enunciación de u n a ley histó-
r i c a , s e g ú n la c u a l el h e c h o r e l i g i o s o e x p l i c a el h e c h o social. D e d o n d e se
d e d u c e el i n t e r é s d e c o n o c e r las c r e e n c i a s m á s a n t i g u a s . E n a u s e n c i a d e t e x -
t o s s a g r a d o s ( ¿ p e r o d ó n d e e s t á n l o s h i m n o s d e los a n t i g u o s h e l e n o s ? ) , es
p o s i b l e d e s c u b r i r l o s v e s t i g i o s d e l o s c u l t o s a n t i g u o s e n t r e los g r i e g o s d e la
é p o c a d e P e r i c l e s y l o s d e l o s r o m a n o s d e l a é p o c a d e C i c e r ó n . C o n la p e r s -
p i c a c i a d e u n e t n ó l o g o , el a u t o r e x a m i n a l a d i s c o r d a n c i a e x i s t e n t e e n t r e l o s
ritos m u y a r c a i c o s y l a s c r e e n c i a s , m á s r e c i e n t e s , d e l c i u d a d a n o r o m a n o d e l
siglo I a. J . C : « C o n t e m p l a d d e c e r c a l o s ritos q u e o b s e r v a o las f ó r m u l a s
q u e r e d t a , y e n c o n t r a r e m o s el r a s t r o d e l o q u e c r e í a n l o s h o m b r e s q u i n c e
o v e i n t e siglos a n t e s d e é l . » D a d o q u e l a r e l i g i ó n h a s i d o p u e s el p r i n d p i o
constitutivo d e la familia a n t i g u a , e i n m e d i a t a m e n t e d e la ciudad, la b o d a
f u e la c e r e m o n i a p o r e x c e l e n c i a . S e t r a t a b a , p a r a l a j o v e n , d e a b a n d o n a r
el h o g a r p a t e r n o p a r a a d o p t a r o t r a r e l i g i ó n d o m é s t i c a . E n l í m p i d a s p á g i -
n a s , F u s t e l d e C o u l a n g e s d e s c r i b e el m a t r i m o n i o r o m a n o . L e j o s d e satis-
f a c e r s e c o n el m i n u c i o s o anáfisis d e l ritual, a p o y á n d o s e s i e m p r e e n l o s t e x -
t o s sin r e c u r r i r a l a d o c u m e n t a c i ó n figurada, s e i n t e r r o g a a c e r c a d e l s e n t i -
do de estas prácticas. T a m b i é n r a z o n a ampliamente en función de la vero-
s i m i h t u d . P o r e j e m p l o , c u a n d o s e p r e g u n t a l a r a z ó n p o r la c u a l el m a r i d o
« r a p t a » a su m u j e r p a r a h a c e r l a e n t r a r e n la n u e v a c a s a : « ¿ P a r a q u é e s t e
rito?, ¿ e s u n s í m b o l o d e l p u d o r d e la j o v e n ? E s t o es p o c o p r o b a b l e (...)
¿ N o q u e r r á significar q u e la m u j e r , q u e h a r á sacrificios e n e s t e h o g a r , n o
t i e n e n i n g ú n d e r e c h o p o r sí m i s m a , q u e e l l a n o se a c e r c a a e s t e h o g a r p o r
p r o p i a v o l u n t a d , y q u e e s n e c e s a r i o q u e el s e ñ o r d e e s t e l u g a r y l a divini-
d a d l a i n t r o d u z c a n p o r u n a c t o d e s u p o d e r ? » L o s r a z o n a m i e n t o s d e l his-
t o r i a d o r se e s f u e r z a n p o r l l e n a r l o s v a c í o s d e l a d o c u m e n t a c i ó n . N o s e c o n -
t e n t a c o n e s c r i b i r b a j o el d i c t a d o d e las f u e n t e s . D e c i d i d a m e n t e , F u s t e l d e
Coulanges n o quiere dejarse e n c e r r a r e n las p r u d e n t e s reglas q u e e n u n d ó ,
al c o n t r a r i o q u e V o l t a i r e , c u y a s o b r a s h i s t ó r i c a s n o s i e m p r e r e s p o n d í a n al
a m b i c i o s o p r o g r a m a q u e él m i s m o h a b í a t r a z a d o p a r a la d i s c i p l i n a .
107
u n p r o b l e m a d e m e c á n i c a , c o n la d i f e r e n c i a d e q u e la m e d i d a d e la g r a n -
d e z a n o p u e d e t e n e r la m i s m a p r e c i s i ó n q u e la física. T a i n e e n c a r n a , m á s
q u e n i n g ú n o t r o , l a a m b i c i ó n científica: « C r e o q u e t o d o es p o s i b l e m e d i a n -
te la inteligencia h u m a n a . C r e o q u e con datos suficientes, los q u e n o s p o -
d r á n p r o p o r c i o n a r los i n s t r u m e n t o s p e r f e c c i o n a d o s y la o b s e r v a c i ó n c o n t i -
n u a d a , se p o d r á s a b e r t o d o a c e r c a d e l h o m b r e y d e l a v i d a . L o s p r o p i o s
p r o b l e m a s m e n t a l e s d e p e n d e n d e l t r a t a m i e n t o científico: el vicio y l a vir-
t u d s o n p r o d u c t o s c o m o el v i t r i o l o y el a z ú c a r . N o p a r e c e q u e m u c h o s
h i s t o r i a d o r e s c o n t e m p o r á n e o s , p a r t i d a r i o s d e la p r i m a d a d e l a p s i c o l o g í a ,
compartan este intrépido reduccionismo. También R e n á n había proclama-
d o i g u a l m e n t e m u y a l t o s u fe e n El porvenir de la ciencia (1848) y e n u n a
d e n c i a e x a c t a d e las c o s a s d e l e s p í r i t u . P e r o n o es s e g u r o q u e La vida de
Jesús, se a d a p t e p o r c o m p l e t o a e s t e p r o g r a m a . E n el p r e f a c i o d e e s t a o b r a ,
r e d a c t a d a e n 1867, el a u t o r r e c o n o c e q u e n o se l i m i t a a c o n o c i m i e n t o s s ó -
l i d a m e n t e e s t a b l e c i d o s : «Si s ó l o se a v a n z a n c o s a s s e g u r a s » — d i c e — , « h a -
b r í a q u e l i m i t a r s e a a l g u n a s l í n e a s . » M á s t a r d e , e n las c o l u m n a s d e La Re-
vue historique, se le p u e d e r e p r o c h a r , a l a v e z q u e se a d m i r a , s u « p r e d i l e c -
d ó n p o r las é p o c a s c o n o c i d a s a m e d i a s , a t r a v é s d e d o c u m e n t o s d e p r o c e -
d e n c i a d u d o s a , c u y a e r u d i c i ó n y c r í t i c a n o b a s t a n p a r a r e c o n s t r u i r la v e r -
d a d e r a i m a g e n » . P o r el c o n t r a r i o , el e s c e p t i c i s m o q u e l e g a n a al final d e
s u v i d a y q u e le c o n d u c e a n o v e r e n la h i s t o r i a m á s q u e u n a « p o b r e c i e n c i a
c o y u n t u r a ! » , n o s p a r e c e a n u n c i a r l a r e s i g n a d a p r u d e n c i a d e la g e n e r a c i ó n
siguiente.
E n c u a n t o a F u s t e l d e C o u l a n g e s ( 1 8 3 0 - 1 8 8 9 ) , s i e m p r e m a n i f e s t ó sus r e -
s e r v a s r e s p e c t o a las a m b i c i o n e s científicas: « L a h i s t o r i a n o r e s u e l v e las
c u e s t i o n e s : n o s e n s e ñ a a e x a m i n a r l a s . » V i s t o el m e s u r a d o c a r á c t e r « t u c i d i -
diano» de estos propósitos, ¿no podría h a b e r inspirado u n a escuela? Ch.
O . C a r b o n e l l d e n u e v o r e s p o n d e c o n u n a n e g a t i v a : La ciudad antigua, en
la q u e p r e v a l e c e el e s p í r i t u d e l s i s t e m a , es u n c a s o ú n i c o e n l o s a ñ o s d u -
r a n t e los c u a l e s p u l u l a n las m o n o g r a f í a s . F u s t e l e s t á c o n s i d e r a d o b á s i c a -
m e n t e c o m o u n p r o f e s o r d e m o r a l cívica q u e d e n u n d a las q u e r e l l a s e n t r e
los h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s d e las d i s t i n t a s e s c u e l a s , e n u n m o m e n t o e n q u e
la e r u d i c i ó n a l e m a n a « h a a r m a d o a A l e m a n i a p a r a la c o n q u i s t a » . C r e e m o s
sin e m b a r g o q u e h a y q u e p o n d e r a r e s t a a p r e c i a c i ó n d e C h . O . C a r b o n e l l .
Fustel de Coulanges nos p a r e c e q u e h a contribuido n o t a b l e m e n t e a esta-
b l e c e r l o s p r o c e d i m i e n t o s d e l a h i s t o r i a e r u d i t a . P r i m e r o , p o r el h e c h o d e
c o n s i d e r a r el p a s a d o c o m o u n o b j e t o s e p a r a d o d e l h i s t o r i a d o r , q u e p u e d e
s e r o b s e r v a d o c o n « u n a m i r a d a m á s s e r e n a y s e g u r a » q u e el p r e s e n t e , lo
q u e p e r m i t e d i s t i n g u i r m á s f á c i l m e n t e la i l u s i ó n d e l a v e r d a d . Y t a m b i é n
p o r las r e p e t i d a s p r e v e n c i o n e s c o n t r a los i m p u l s o s d e la i m a g i n a c i ó n y los
e x c e s o s d e l a s u b j e t i v i d a d : « L a h i s t o r i a es u n a c i e n c i a ; n o i m a g i n a ; sólo
v e . » O , i n c l u s o , la h i s t o r i a e x i g e « u n e s p í r i t u a b s o l u t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e
y l i b r e , s o b r e t o d o c o n r e s p e c t o a u n o m i s m o » . F i n a l m e n t e , p o r el e n u n -
c i a d o d e u n a r e g l a d e o r o s e g ú n la c u a l l a h i s t o r i a d e b e b a s a r s e e s e n d a l -
m e n t e e n l a crítica d e l o s d o c u m e n t o s e s c r i t o s . E s t e c r e d o q u e p r a c t i c ó d u -
r a n t e t r e i n t a y d n c o a ñ o s , a p e s a r d e la h o s t i l i d a d d e l o s e s p í r i t u s s i s t e m á -
t i c o s y l o s s e m i e r u d i t o s , lo e x p o n e u n a v e z m á s , u n a ñ o a n t e s d e su m u e r -
t e , e n el p r i m e r c a p í t u l o d e La monarquía franca ( 1 8 8 8 ) . N o h a y s a l v a c i ó n
f u e r a d e l o s d o c u m e n t o s e s c r i t o s : « L e y e s , c a r t a s , f ó r m u l a s , c r ó n i c a s e his-
t o r i a s , es n e c e s a r i o h a b e r l e í d o e s t o s d o c u m e n t o s sin h a b e r o m i t i d o n i u n o
106
solo. Y a q u e ninguno d e ellos, t o m a d o aisladamente, da una idea exacta
d e l a s o c i e d a d . S e c o m p l e t a n o s e r e c t i f i c a n e n t r e sí los u n o s a l o s o t r o s .
E l e s c r i t o r s ó l o d e b e p e n s a r a p a r t i r d e l o s d o c u m e n t o s y e s c r i b i r b a j o su
d i c t a d o : « S u ú n i c a h a b i l i d a d c o n s i s t e e n s a c a r d e los d o c u m e n t o s t o d o lo
q u e c o n t e n g a n y e n n o a ñ a d i r l e s lo q u e n o c o n t e n g a n . E l m e j o r h i s t o r i a d o r
es el q u e se m a n t i e n e m á s c e r c a d e l o s t e x t o s y l o s i n t e r p r e t a c o n m a y o r
exactitud, aquel q u e n o escribe, ni siquiera p i e n s a , m á s q u e a p a r t i r d e
e l l o s . » A b r a m o s La ciudad antigua, o b r a d e m a d u r e z . D e e n t r a d a , s o r p r e n -
d e la p e r s p e c t i v a s i s t e m á t i c a : « N o s p r o p o n e m o s m o s t r a r a q u í e n v i r t u d d e
q u é p r i n c i p i o s y q u é r e g l a s f u e r o n g o b e r n a d a s las s o c i e d a d e s g r i e g a y r o -
m a n a . » L e j o s d e afligirnos c o n laboriosos análisis, antes de h a c e r n o s dis-
f r u t a r c o n las a l e g r í a s d e l a s í n t e s i s , el a u t o r e m p i e z a p o r e x p o n e r c o n t o d a
claridad su idea m o t r i z : « L a historia d e G r e c i a y la d e R o m a s o n t e s t i m o -
n i o y e j e m p l o d e l a e s t r e c h a r e l a c i ó n q u e s i e m p r e h a y e n t r e las i d e a s d e la
i n t e l i g e n d a h u m a n a y el e s t a d o s o c i a l d e u n p u e b l o . C o n t e m p l a d las insti-
t u c i o n e s d e los a n t i g u o s sin p e n s a r e n s u s c r e e n d a s , las e n c o n t r a r é i s o b s -
c u r a s , r a r a s , i n e x p l i c a b l e s . . . P e r o s i t u a d las c r e e n c i a s f r e n t e a e s t a s i n s t i t u -
ciones y a estas leyes, veréis c o m o los h e c h o s se clarificarán i n m e d i a t a m e n -
t e , y su explicación s e r á o b v i a . » H e a q u í la enunciación de u n a ley histó-
r i c a , s e g ú n la c u a l el h e c h o r e l i g i o s o e x p l i c a el h e c h o social. D e d o n d e se
d e d u c e el i n t e r é s d e c o n o c e r las c r e e n c i a s m á s a n t i g u a s . E n a u s e n c i a d e t e x -
t o s s a g r a d o s ( ¿ p e r o d ó n d e e s t á n l o s h i m n o s d e los a n t i g u o s h e l e n o s ? ) , es
p o s i b l e d e s c u b r i r l o s v e s t i g i o s d e l o s c u l t o s a n t i g u o s e n t r e los g r i e g o s d e la
é p o c a d e P e r i c l e s y l o s d e l o s r o m a n o s d e l a é p o c a d e C i c e r ó n . C o n la p e r s -
p i c a c i a d e u n e t n ó l o g o , el a u t o r e x a m i n a l a d i s c o r d a n c i a e x i s t e n t e e n t r e l o s
ritos m u y a r c a i c o s y l a s c r e e n c i a s , m á s r e c i e n t e s , d e l c i u d a d a n o r o m a n o d e l
siglo I a. J . C : « C o n t e m p l a d d e c e r c a l o s ritos q u e o b s e r v a o las f ó r m u l a s
q u e r e d t a , y e n c o n t r a r e m o s el r a s t r o d e l o q u e c r e í a n l o s h o m b r e s q u i n c e
o v e i n t e siglos a n t e s d e é l . » D a d o q u e l a r e l i g i ó n h a s i d o p u e s el p r i n d p i o
constitutivo d e la familia a n t i g u a , e i n m e d i a t a m e n t e d e la ciudad, la b o d a
f u e la c e r e m o n i a p o r e x c e l e n c i a . S e t r a t a b a , p a r a l a j o v e n , d e a b a n d o n a r
el h o g a r p a t e r n o p a r a a d o p t a r o t r a r e l i g i ó n d o m é s t i c a . E n l í m p i d a s p á g i -
n a s , F u s t e l d e C o u l a n g e s d e s c r i b e el m a t r i m o n i o r o m a n o . L e j o s d e satis-
f a c e r s e c o n el m i n u c i o s o anáfisis d e l ritual, a p o y á n d o s e s i e m p r e e n l o s t e x -
t o s sin r e c u r r i r a l a d o c u m e n t a c i ó n figurada, s e i n t e r r o g a a c e r c a d e l s e n t i -
do de estas prácticas. T a m b i é n r a z o n a ampliamente en función de la vero-
s i m i h t u d . P o r e j e m p l o , c u a n d o s e p r e g u n t a l a r a z ó n p o r la c u a l el m a r i d o
« r a p t a » a su m u j e r p a r a h a c e r l a e n t r a r e n la n u e v a c a s a : « ¿ P a r a q u é e s t e
rito?, ¿ e s u n s í m b o l o d e l p u d o r d e la j o v e n ? E s t o es p o c o p r o b a b l e (...)
¿ N o q u e r r á significar q u e la m u j e r , q u e h a r á sacrificios e n e s t e h o g a r , n o
t i e n e n i n g ú n d e r e c h o p o r sí m i s m a , q u e e l l a n o se a c e r c a a e s t e h o g a r p o r
p r o p i a v o l u n t a d , y q u e e s n e c e s a r i o q u e el s e ñ o r d e e s t e l u g a r y l a divini-
d a d l a i n t r o d u z c a n p o r u n a c t o d e s u p o d e r ? » L o s r a z o n a m i e n t o s d e l his-
t o r i a d o r se e s f u e r z a n p o r l l e n a r l o s v a c í o s d e l a d o c u m e n t a c i ó n . N o s e c o n -
t e n t a c o n e s c r i b i r b a j o el d i c t a d o d e las f u e n t e s . D e c i d i d a m e n t e , F u s t e l d e
Coulanges n o quiere dejarse e n c e r r a r e n las p r u d e n t e s reglas q u e e n u n d ó ,
al c o n t r a r i o q u e V o l t a i r e , c u y a s o b r a s h i s t ó r i c a s n o s i e m p r e r e s p o n d í a n al
a m b i c i o s o p r o g r a m a q u e él m i s m o h a b í a t r a z a d o p a r a la d i s c i p l i n a .
107
 DOCUMENTOS N O T A III. De si Ireneo era el único obispo de las Galios.

L o q u e d i c e E u s e b i o d e q u e S. I r e n e o g o b e r n a b a las I g l e s i a s d e las G a -
I . U n a v i s i ó n e s t e r e o t i p a d a d e l a h i s t o r i a e n la p r i m e r a m i t a d d e l si- lias (...) s e g u r a m e n t e d a p i e al P . Q u e s n e l a c r e e r q u e e n t o n c e s S. I r e n e o
glo XVII. H e a q u í c ó m o n o s p r e s e n t a D e s m a r e t s d e S a i n t - S o r l i n ( 1 5 9 5 - 1 6 7 6 ) , e r a el ú n i c o o b i s p o d e las G a l i a s : y e s t e P a d r e t o d a v í a s u b r a y a q u e E u s e -
e n sus Jeux historiques des rois de France, reines renommées, a algunos de b i o , d e s p u é s d e h a b e r d i c h o q u e la c u e s t i ó n d e l a P a s c u a h a b í a s i d o j u z g a -
los r e y e s q u e c o n s t r u y e r o n F r a n c i a : d a p o r l o s o b i s p o s d e l P o n t , a ñ a d e y por las Iglesias de las Galias, cam-
b i a n d o la p a l a b r a O b i s p o s p o r I g l e s i a . S a n S a t u r n i n o t a m b i é n le a p o y a
c u a n d o d i c e q u e e s t e s a n t o fue a T o u l o u s e h a c i a el a ñ o 2 5 0 , c u a n d o s ó l o
«Ni buenos ni malos» h a b í a p o c a s iglesias e n las G a l i a s . S e p u e d e o p o n e r a e s t o lo q u e d i c e E u -
s e b i o , q u e los e v a n g e l i s t a s , d e s p u é s d e h a b e r a n u n c i a d o l a ley e n u n p a í s ,
i n m e d i a t e m e n t e n o m b r a b a n allí p a s t o r e s ; l o q u e s e g ú n l a s c o s t u m b r e s a n -
26.° C a r l o s el C a l v o , e m p e r a d o r . G u e r r e ó sin r a z ó n .
t i g u a s q u i e r e d e c i r j e f e s d e las I g l e s i a s , es d e c i r , O b i s p o s . L u e g o , v e m o s
27.° L u i s el T a r t a m u d o . E m p e r a d o r . S ó l o r e i n ó d o s a ñ o s y d e j ó a su
p o r la h i s t o r i a q u e , d e s d e l o s t i e m p o s d e S. P o t h i n , h a b í a c r i s t i a n o s e n V i e n -
m u j e r e m b a r a z a d a - d e C a r l o s el S i m p l e .
n e y en A u t u n , y E u s e b i o , c o m o a c a b a m o s d e ver, r e c o n o c í a la existencia
60.° F r a n c i s c o I I . M u r i ó m u y j o v e n .
d e m u c h a s I g l e s i a s e n las G a l i a s e n t i e m p o s d e S a n I r e n e o .

Crueles

6." Childeberto cruel y avaro.

7.° C l o t a r i o m a t ó p o r su p r o p i a m a n o a sus s o b r i n o s .
8.° Chereberto.
8.° C h i l p e r i c o . E s t r a n g u l ó a su e s p o s a .
14." Childerico II. Hizo azotar a un g e n t i l h o m b r e a quien m a t ó .

( C i t a d o , c o n i l u s t r a c i o n e s , e n L'Histoire Genérale de l'Énseignement et

de l'education en France, t o m o I I , De Gutemberg aux Lumiéres, por F. Le-
brun, M . V e n a r d y H . Q u é n i a r t , París, 1981, p . 520).

I I . L e N a i n d e T i l l e m o n t , Memoires pour servir á l'histoire ecclésias-

tique des six premiers siécles. Notes sur Saint Irénée, edición de 1701,
p p . 620-621.

N O T A I I . De cómo San heneo no fue obispo hasta después de la muer-

te de San Pothin.

E l P . H a l l o i x p a r e c e i n c l i n a d o a c r e e r q u e S. P o t h i n , m u c h o s a ñ o s a n -
t e s d e su m u e r t e , h a b í a o r d e n a d o o b i s p o a S a n I r e n e o p a r a q u e le a s i s t i e r a
e n su v e j e z y le s u c e d i e r a . E r a a v a n z a r u n a c o s a c o n t r a r i a a l a c o s t u m b r e
d e la Iglesia, sin n i g ú n d a t o p o s i t i v o , d a d o q u e , s e g ú n c o n f i e s a él m i s m o ,
las r a z o n e s e n q u e se a p o y a s ó l o s o n p r o b a b i l i d a d e s y c o n v e n i e n c i a s , q u e
p o d e m o s calificar d e i m a g i n a r i a s . T i e n e e n c o n t r a las a f i r m a c i o n e s d e S a n
E u s e b i o y S a n J e r ó n i m o , q u e d i c e n q u e S a n I r e n e o r e c i b i ó el e p i s c o p a d o
d e L y ó n d e s p u é s d e la m u e r t e d e S. P o t h i n . P e r o i n c l u s o t i e n e e n c o n t r a
la d e l o s M á r t i r e s d e L y ó n q u e , c u a n d o e s c r i b e n al p a p a E l e u t e r i o , o i n -
m e d i a t a m e n t e a n t e s d e la m u e r t e d e S. P o t h i n , o q u i z á c u a n d o y a e s t a b a
m u e r t o , d i c e n q u e la j e r a r q u í a q u e t e n í a S. I r e n e o e r a la d e s a c e r d o t e ; d e
d o n d e c o n c l u y ó E u s e b i o q u e e n t o n c e s e r a s a c e r d o t e d e L y ó n , sin p r e o c u -
p a r s e d e q u e , a v e c e s , la p a l a b r a s a c e r d o t e s e p u e d a c o n s i d e r a r e q u i v a l e n -
t e a la d e o b i s p o .

109
108
 DOCUMENTOS N O T A III. De si Ireneo era el único obispo de las Galios.

L o q u e d i c e E u s e b i o d e q u e S. I r e n e o g o b e r n a b a las I g l e s i a s d e las G a -
I . U n a v i s i ó n e s t e r e o t i p a d a d e l a h i s t o r i a e n la p r i m e r a m i t a d d e l si- lias (...) s e g u r a m e n t e d a p i e al P . Q u e s n e l a c r e e r q u e e n t o n c e s S. I r e n e o
glo XVII. H e a q u í c ó m o n o s p r e s e n t a D e s m a r e t s d e S a i n t - S o r l i n ( 1 5 9 5 - 1 6 7 6 ) , e r a el ú n i c o o b i s p o d e las G a l i a s : y e s t e P a d r e t o d a v í a s u b r a y a q u e E u s e -
e n sus Jeux historiques des rois de France, reines renommées, a algunos de b i o , d e s p u é s d e h a b e r d i c h o q u e la c u e s t i ó n d e l a P a s c u a h a b í a s i d o j u z g a -
los r e y e s q u e c o n s t r u y e r o n F r a n c i a : d a p o r l o s o b i s p o s d e l P o n t , a ñ a d e y por las Iglesias de las Galias, cam-
b i a n d o la p a l a b r a O b i s p o s p o r I g l e s i a . S a n S a t u r n i n o t a m b i é n le a p o y a
c u a n d o d i c e q u e e s t e s a n t o fue a T o u l o u s e h a c i a el a ñ o 2 5 0 , c u a n d o s ó l o
«Ni buenos ni malos» h a b í a p o c a s iglesias e n las G a l i a s . S e p u e d e o p o n e r a e s t o lo q u e d i c e E u -
s e b i o , q u e los e v a n g e l i s t a s , d e s p u é s d e h a b e r a n u n c i a d o l a ley e n u n p a í s ,
i n m e d i a t e m e n t e n o m b r a b a n allí p a s t o r e s ; l o q u e s e g ú n l a s c o s t u m b r e s a n -
26.° C a r l o s el C a l v o , e m p e r a d o r . G u e r r e ó sin r a z ó n .
t i g u a s q u i e r e d e c i r j e f e s d e las I g l e s i a s , es d e c i r , O b i s p o s . L u e g o , v e m o s
27.° L u i s el T a r t a m u d o . E m p e r a d o r . S ó l o r e i n ó d o s a ñ o s y d e j ó a su
p o r la h i s t o r i a q u e , d e s d e l o s t i e m p o s d e S. P o t h i n , h a b í a c r i s t i a n o s e n V i e n -
m u j e r e m b a r a z a d a - d e C a r l o s el S i m p l e .
n e y en A u t u n , y E u s e b i o , c o m o a c a b a m o s d e ver, r e c o n o c í a la existencia
60.° F r a n c i s c o I I . M u r i ó m u y j o v e n .
d e m u c h a s I g l e s i a s e n las G a l i a s e n t i e m p o s d e S a n I r e n e o .

Crueles

6." Childeberto cruel y avaro.

7.° C l o t a r i o m a t ó p o r su p r o p i a m a n o a sus s o b r i n o s .
8.° Chereberto.
8.° C h i l p e r i c o . E s t r a n g u l ó a su e s p o s a .
14." Childerico II. Hizo azotar a un g e n t i l h o m b r e a quien m a t ó .

( C i t a d o , c o n i l u s t r a c i o n e s , e n L'Histoire Genérale de l'Énseignement et

de l'education en France, t o m o I I , De Gutemberg aux Lumiéres, por F. Le-
brun, M . V e n a r d y H . Q u é n i a r t , París, 1981, p . 520).

I I . L e N a i n d e T i l l e m o n t , Memoires pour servir á l'histoire ecclésias-

tique des six premiers siécles. Notes sur Saint Irénée, edición de 1701,
p p . 620-621.

N O T A I I . De cómo San heneo no fue obispo hasta después de la muer-

te de San Pothin.

E l P . H a l l o i x p a r e c e i n c l i n a d o a c r e e r q u e S. P o t h i n , m u c h o s a ñ o s a n -
t e s d e su m u e r t e , h a b í a o r d e n a d o o b i s p o a S a n I r e n e o p a r a q u e le a s i s t i e r a
e n su v e j e z y le s u c e d i e r a . E r a a v a n z a r u n a c o s a c o n t r a r i a a l a c o s t u m b r e
d e la Iglesia, sin n i g ú n d a t o p o s i t i v o , d a d o q u e , s e g ú n c o n f i e s a él m i s m o ,
las r a z o n e s e n q u e se a p o y a s ó l o s o n p r o b a b i l i d a d e s y c o n v e n i e n c i a s , q u e
p o d e m o s calificar d e i m a g i n a r i a s . T i e n e e n c o n t r a las a f i r m a c i o n e s d e S a n
E u s e b i o y S a n J e r ó n i m o , q u e d i c e n q u e S a n I r e n e o r e c i b i ó el e p i s c o p a d o
d e L y ó n d e s p u é s d e la m u e r t e d e S. P o t h i n . P e r o i n c l u s o t i e n e e n c o n t r a
la d e l o s M á r t i r e s d e L y ó n q u e , c u a n d o e s c r i b e n al p a p a E l e u t e r i o , o i n -
m e d i a t a m e n t e a n t e s d e la m u e r t e d e S. P o t h i n , o q u i z á c u a n d o y a e s t a b a
m u e r t o , d i c e n q u e la j e r a r q u í a q u e t e n í a S. I r e n e o e r a la d e s a c e r d o t e ; d e
d o n d e c o n c l u y ó E u s e b i o q u e e n t o n c e s e r a s a c e r d o t e d e L y ó n , sin p r e o c u -
p a r s e d e q u e , a v e c e s , la p a l a b r a s a c e r d o t e s e p u e d a c o n s i d e r a r e q u i v a l e n -
t e a la d e o b i s p o .

109
108
 CAPÍTULO 7

MICHELET Y LA APREHENSIÓN TOTAL DEL

PASADO

P a r a l o s p a r t i d a r i o s d e la « N u e v a H i s t o r i a » , M i c h e l e t c o n s t i t u y e u n a r e -
f e r e n c i a r i t u a l o b l i g a d a , p u e s t o q u e se h a b í a c o n s a g r a d o a la « r e s u r r e c c i ó n
d e l p a s a d o i n t e g r a l » . P r e t e n d i ó s e r p o r t a v o z d e u n a h i s t o r i a otra, d i f e r e n -
t e , a p t a p a r a h a c e r h a b l a r a los « s i l e n c i o s » , q u e d i e r a a m p l i o e s p a c i o a las
pulsiones irracionales. S e r u n «resucitador», r e c r e a r la vida m i s m a , consti-
t u y e la ambición s u p r e m a d e cualquier h i s t o r i a d o r d e s p u é s d e h a b e r dedi-
c a d o s u v i d a a la i n v e s t i g a c i ó n e r u d i t a . E n l o s t i e m p o s a c t u a l e s , e n l o s q u e
p r e v a l e c e u n t i p o d e h i s t o r i a t a n d i f e r e n t e , c o n sus a n á l i s i s s e r i a l e s , c u r v a s
y gráficas, Michelet resulta u n m o d e l o fascinante. N o s p o d e m o s p r e g u n t a r
si n o es M i c h e l e t u n m i t o p i a d o s a m e n t e c o n s e r v a d o . A n t e s d e l l e g a r a n i n -
g u n a conclusión, h a b r e m o s d e precisar los límites d e su p r o y e c t o histórico,
c o m p r o b a r c ó m o le d a c u m p l i m i e n t o e n s u s e s c r i t o s , y t e n e r p r e s e n t e s los
obstáculos q u e e n c o n t r ó , ideológicos u n o s e inconscientes otros, en su a p r e -
hensión global de! p a s a d o .

1. E L PROYECTO-TESTAMENTO D E MICHELET

P a r a a n a l i z a r l o , n o s b a s a r e m o s p r i n c i p a l m e n t e e n el c é l e b r e Préface á
l'histoire de France, q u e i n c l u i m o s al final d e l c a p í t u l o . F u e r e d a c t a d o p o r
M i c h e l e t e n t r e el 2 2 d e f e b r e r o y el 12 d e s e p t i e m b r e d e 1@69, a p e t i c i ó n
d e s u e d i t o r , q u e q u e r í a r e e d i t a r la Histoire de France, c u y o d e c i m o s é p t i -
m o y ú l t i m o t o m o e s t a b a a la v e n t a d e s d e 1867. M i c h e l e t a f i r m a b a orgu-
l l o s a m e n t e s u a m b i c i ó n d e h a b e r d e c i d i d o s e r , d e s d e e l c o m i e n z o d e su.
c a r r e r a , el r e s u c i t a d o r d e la t o t a l i d a d n a c i o n a l e n g e s t a c i ó n a t r a v é s d e los
siglos. Tal p r o c l a m a c i ó n exige algunos correctivos y algunas aclaraciones.

A. E s t e Prefacio^tá escrito ^ d e la c a r r e -
r a . d e M i c h e l e t . T i e n e p o r o b j e t o s i t u a r t o d a s u o b r a d e n t r o d e las c o o r d e -
nadas de un proyecto único. E s , por tanto, un texto madurado durante mu-
cho t i e m p o , q u e ha sido p r e v i a m e n t e esbozado muchas veces, p o r ejemplo
e n : « M a t e r i a l e s d e u n p r e f a c i o a p l a z a d o : m i v i d a , m i s e n s e ñ a n z a s , m i s li-
b r o s » . E s u n t e x t o q u e r e s u m e t o d a su v i d a , d e la q u e v a m o s a r e c o r d a r

111
 CAPÍTULO 7

MICHELET Y LA APREHENSIÓN TOTAL DEL

PASADO

P a r a l o s p a r t i d a r i o s d e la « N u e v a H i s t o r i a » , M i c h e l e t c o n s t i t u y e u n a r e -
f e r e n c i a r i t u a l o b l i g a d a , p u e s t o q u e se h a b í a c o n s a g r a d o a la « r e s u r r e c c i ó n
d e l p a s a d o i n t e g r a l » . P r e t e n d i ó s e r p o r t a v o z d e u n a h i s t o r i a otra, d i f e r e n -
t e , a p t a p a r a h a c e r h a b l a r a los « s i l e n c i o s » , q u e d i e r a a m p l i o e s p a c i o a las
pulsiones irracionales. S e r u n «resucitador», r e c r e a r la vida m i s m a , consti-
t u y e la ambición s u p r e m a d e cualquier h i s t o r i a d o r d e s p u é s d e h a b e r dedi-
c a d o s u v i d a a la i n v e s t i g a c i ó n e r u d i t a . E n l o s t i e m p o s a c t u a l e s , e n l o s q u e
p r e v a l e c e u n t i p o d e h i s t o r i a t a n d i f e r e n t e , c o n sus a n á l i s i s s e r i a l e s , c u r v a s
y gráficas, Michelet resulta u n m o d e l o fascinante. N o s p o d e m o s p r e g u n t a r
si n o es M i c h e l e t u n m i t o p i a d o s a m e n t e c o n s e r v a d o . A n t e s d e l l e g a r a n i n -
g u n a conclusión, h a b r e m o s d e precisar los límites d e su p r o y e c t o histórico,
c o m p r o b a r c ó m o le d a c u m p l i m i e n t o e n s u s e s c r i t o s , y t e n e r p r e s e n t e s los
obstáculos q u e e n c o n t r ó , ideológicos u n o s e inconscientes otros, en su a p r e -
hensión global de! p a s a d o .

1. E L PROYECTO-TESTAMENTO D E MICHELET

P a r a a n a l i z a r l o , n o s b a s a r e m o s p r i n c i p a l m e n t e e n el c é l e b r e Préface á
l'histoire de France, q u e i n c l u i m o s al final d e l c a p í t u l o . F u e r e d a c t a d o p o r
M i c h e l e t e n t r e el 2 2 d e f e b r e r o y el 12 d e s e p t i e m b r e d e 1@69, a p e t i c i ó n
d e s u e d i t o r , q u e q u e r í a r e e d i t a r la Histoire de France, c u y o d e c i m o s é p t i -
m o y ú l t i m o t o m o e s t a b a a la v e n t a d e s d e 1867. M i c h e l e t a f i r m a b a orgu-
l l o s a m e n t e s u a m b i c i ó n d e h a b e r d e c i d i d o s e r , d e s d e e l c o m i e n z o d e su.
c a r r e r a , el r e s u c i t a d o r d e la t o t a l i d a d n a c i o n a l e n g e s t a c i ó n a t r a v é s d e los
siglos. Tal p r o c l a m a c i ó n exige algunos correctivos y algunas aclaraciones.

A. E s t e Prefacio^tá escrito ^ d e la c a r r e -
r a . d e M i c h e l e t . T i e n e p o r o b j e t o s i t u a r t o d a s u o b r a d e n t r o d e las c o o r d e -
nadas de un proyecto único. E s , por tanto, un texto madurado durante mu-
cho t i e m p o , q u e ha sido p r e v i a m e n t e esbozado muchas veces, p o r ejemplo
e n : « M a t e r i a l e s d e u n p r e f a c i o a p l a z a d o : m i v i d a , m i s e n s e ñ a n z a s , m i s li-
b r o s » . E s u n t e x t o q u e r e s u m e t o d a su v i d a , d e la q u e v a m o s a r e c o r d a r

111
 tan sólo algunos m o m e n t o s cruciales. N a c i d o en París en 1798, hijo d e u n
a r t e s a n o i m p r e s o r , M i c h e l e t h a c e sus e s t u d i o s e n el c o l e g i o C a r l o m a g n o y
e n la S o r b o n a . A p a r t i r d e 1821 es agrégé d e L e t r a s ; i n m e d i a t a m e n t e d e s -
p u é s , s i e n d o y a p r o f e s o r d e ¡a E s c u e l a N o r m a l , e s c r i b e m a n u a l e s d e h i s t o -
' r i a . A c c e d e a la n o t o r i e d a d a p a r t i r d e 1830: p r o f e s o r d e la h i j a d e L u i s -
F e l i p e , l l e g a a ser jefe d e la s e c c i ó n h i s t ó r i c a d e los A r c h i v o s n a c i o n a l e s ;
d e s p u é s , catedrático e n la S o r b o n a , y , finalmente, p r o f e s o r d e l C o l e g i o d e
F r a n c i a y m i e m b r o d e l I n s t i t u t o ( 1 8 3 3 ) . R e d a c t a su Précis d'Histoire. A par-
tir d e 1842, se a l i n e a e n la c o r r i e n t e d e la p e q u e ñ a b u r g u e s í a l i b e r a l y a n -
ticlerical; e m b a r g a d o p o r l o s i d e a l e s d e 1789, s e a d h i e r e a las a s p i r a c i o n e s
r e v o l u c i o n a r i a s d e 1848. S u h o s t i l i d a d h a c i a el p a r t i d o d e l o r d e n y h a c i a el
p r í n c i p e - p r e s i d e n t e le c u e s t a el v e r s e s u s p e n d i d o e n l a d o c e n c i a e n 1 8 5 1 .
D u r a n t e t o d o s e s t o s a ñ o s p r o s i g u i ó sin d e s c a n s o su m o n u m e n t a l Histoire
de France, p u b l i c a n d o p r i m e r o La Edad Media (6 v o l ú m e n e s , 1833-1844)
y d e s p u é s La Revolución (7 v o l ú m e n e s , 1847-1853).
D e s d e 1852 h a s t a su m u e r t e , e n 1874, v i v e p o b r e m e n t e e n N a n t e s y e n
P a r í s , a p a s i o n a d a m e n t e d e d i c a d o a escribir u n a o b r a l i t e r a r i a d e a c e n t o s
p r o f é t i c o s : La mujer ( 1 8 5 9 ) , La bruja, La Biblia de la humanidad (1864).
A l m i s m o t i e m p o c o n c l u y e s u Historia de Francia c o n El Renacimiento y l e n g u a j e a c t u a l , la p r e o c u p a c i ó n p o r l a g l o b a l i d a d . E s t a h i s t o r i a , « d e m a -
Los Tiempos Modernos (1857-1867).
B. T o d a la o b r a del historiador, a decir v e r d a d m u y diversa, está con-
t e n i d a e n el Prefacio d e 1 8 6 9 , d e n t r o d e las c o o r d e n a d a s d e u n a ú n i c a p u l -
s i ó n c r e a d o r a . E s el « r e l á m p a g o d e j u l i o » ( p á r r a f o 1 ) , l u m i n o s a r e v e l a c i ó n
d e F r a n c i a , f r u t o d e l t r a b a j o d e c u a r e n t a a ñ o s . ¡ B o t ó n d e m u e s t r a d e la
i d e o l o g í a p e q u e ñ o - b u r g u e s a , al i g u a l q u e la e v o c a c i ó n d e a q u e l l a « b r i l l a n -
t e m a ñ a n a d e j u l i o » ! ( p á r r a f o 10). P a r e c e e v i d e n t e l a t r a s p o s i c i ó n d e los
valores cristianos.
S e t r a t a d e u n a i l u m i n a c i ó n m í s t i c a , e n l a q u e «la l l a m a l o simplifica
todo». Esta obra, «concebida en un instante», (párrafo 1), de hecho cam-
b i a e n sus f a c e t a s , c o m o l o d e m u e s t r a n las v i s i o n e s s u c e s i v a s d e la E d a d
Media, que explicaremos más adelante. Los grandiosos ímpetus románti-
c o s d e los p á r r a f o s 7 y 8 n o s c o n m u e v e n m á s q u e su m í s t i c a r e p u b l i c a n a .
S u p a s i ó n es l a d e l h i s t o r i a d o r e n b u s c a d e l a « v i d a m i s m a » . S u « v i o l e n t a
v o l u n t a d » d e r e h a c e r l o t o d o es a n á l o g a a la d e G e r i c a u l t . M i c h e l e t i r á
«aprehendiendo y apropiándoselo todo» —se sobreentiende como materia
h i s t ó r i c a — , p a r a c o n f e s a r al final d e sus d í a s : « H e b e b i d o d e m a s i a d a s a n -
g r e d e los m u e r t o s . » B u r ó c r a t a p o r s u f o r m a d e t r a b a j a r , n u n c a p e r m i t i r á
q u e se a p a c i g ü e n e n él n i las p a s i o n e s n i las f u r i a s .
C. M i c h e l e t d e s e a alejarse radicalmente de la práctica histórica domi-
nante, peto m a n t e n i e n d o r e s p e t o y r e v e r e n c i a h a c i a sus colegas,~d~¿ a h í q u e
f r e c u e n t e m e n t e e n t o n e a l a b a n z a s a n t e la i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a e n g e r m e n :
« H o m b r e s e m i n e n t e s lo h a b í a n e s t u d i a d o » ( p á r r a f o 2 ) ; «el i l u s t r e S i s m o n -
di», « p e r s e v e r a n t e t r a b a j a d o r » (p. 3); «esta n o b l e p l é y a d e histórica» q u e ,
d e 1820 a 1830, «brilla t a n i n t e n s a m e n t e » ( p . 5 ) . P e r o , a p e s a r d e t o d o s e s -
t o s p e r s o n a j e s d i s t i n g u i d o s , e n 1830 ¡en F r a n c i a n o h a b í a m á s q u e «los a n a -
les, en absoluto historia»! (p. 2). Michelet reprocha algunas debilidades a
los i l u s t r e s r e p r e s e n t a n t e s d e la h i s t o r i a l i b e r a l : A . T h i e r r y , G u i z o t , M i g -
n e t , T h i e r s y o t r o s . E n p r i m e r l u g a r les r e p r o c h a l o l i m i t a d o d e su infor-
m a c i ó n . S i s m o n d i « n o e n t r a a p e n a s e n la i n v e s t i g a c i ó n e r u d i t a » ( p . 3 ) ; sus
c o l e g a s d e j a n lo m e j o r « s u m i d o e n las f u e n t e s i n é d i t a s » ( p . 2 4 ) . A q u í se
112
e x p r e s a el a n t i g u o j e f e d e l a s e c c i ó n h i s t ó r i c a d e l o s A r c h i v o s n a c i o n a l e s ,
«cementerios de la historia» q u e t a n t o e s t i m u l a b a n su imaginación: « N o tar-
d é e n d a r m e c u e n t a d e q u e h a b í a , e n el a p a r e n t e s i l e n c i o d e a q u e l l a s ga-
l e r í a s , u n m o v i m i e n t o , u n m u r m u l l o q u e n o e r a el d e la m u e r t e ( . . . ) , t o d o s
v i v í a n y h a b l a b a n ( . . . ) y , a m e d i d a q u e y o s o p l a b a s o b r e su p o l v o , l o s v e í a
incorporarse.»
L a i g n o r a n c i a a c e r c a d e «las f u e n t e s p r i m i t i v a s , l a m a y o r p a r t e i n é d i -
t a s » ( p . 4 ) , h a p e r m a n e c i d o h a s t a 1 8 3 0 - 1 8 3 6 , i n c l u s o p a r a el p r o p i o M i c h e -
l e t , c u y a d o c u m e n t a c i ó n e r a s o b r e t o d o l i b r e s c a e n el m o m e n t o e n q u e e s -
c r i b í a Précis d'Histoire Moderne (1828) y su Introduction a l'Histoire Uni-
verselle ( 1 8 3 1 ) .
F o r m u l a u n s e g u n d o m o t i v o d e q u e j a r e s p e c t o a sus e m i n e n t e s c o l e g a s :
carecen del sentido d e la historia total. D a n d e m a s i a d a i m p o r t a n c i a a la p o -
lítica ( p . 2 ) a e x p e n s a s d e o t r a s i n s t a n c i a s d e l a r e a l i d a d . S ó l o t i e n e n p u n -
t o s d e v i s t a f r a g m e n t a d o s , l o q u e les c o n d u c e a aislar l o s o b j e t o s d e e s t u -
d i o (la r a z a , las i n s t i t u c i o n e s , e t c . ) sin a p r e h e n d e r l a s i n t e r r e l a c i o n e s q u e
h a y e n t r e los distintos d o m i n i o s ( p . 5).
D e e s t a m a n e r a s e p i e r d e d e v i s t a «la a r m o n í a s u p e r i o r » , o s e a , e n el
siado poco material, d e m a s i a d o poco epiritual» (pp. 22 y 23), descuida tan-
t o el s u s t r a t o m a t e r i a l c o m o las e l a b o r a c i o n e s d e l « a l m a n a c i o n a l » , s i t u á n -
d o s e e n u n t e r r e n o i n t e r m e d i o e n t r e lo poh'tico y l o i n s t i t u c i o n a l .
T e r c e r m o t i v o d e q u e j a : l a n o b l e p l é y a d e e s v í c t i m a d e los a priori i d e o -
l ó g i c o s . A s í el a d m i r a b l e T h i e r r y q u e d a a n c l a d o e n l a t e o r í a d e l a « p e r p e -
t u i d a d d e las r a z a s » ( p . 1 4 ) , t o m a d a d e a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s d e l siglo x v n i ,
l o c u a l l e i n d u c e a s u b r a y a r las s u c e s i v a s d o m i n a c i o n e s d e los g a l o s , l o s f r a n -
cos, etc. Tal i n t e r p r e t a c i ó n e x p r e s a la exaltación del sentimiento n a c i o n a l ,
v i n c u l a d o al m o v i m i e n t o r o m á n t i c o , y l e i m p u l s a a t r a d u c i r l o s c o n f l i c t o s
d e clases e n c o n f l i c t o s r a c i a l e s , p o r e j e m p l o : ¡la a r i s t r o c r a c i a f r a n c a se o p o -
n e al t e r c e r e s t a d o g a l o ! P e r o l a o b r a d e T h i e r r y c o n s e r v a su a t r a c t i v o e n
la m e d i d a en q u e e s c a p a a u ñ a visión sistemática y surge e s p o n t á n e a m e n t e
d e las v i b r a c i o n e s d e u n « c o r a z ó n c o n m o v i d o » p o r l a i n v a s i ó n e x t r a n j e r a ,
al q u e m u e v e n l o s i d e a l e s p a t r i ó t i c o s ( p . 1 4 ) . E s t a v i b r a c i ó n i n t e r n a « s e h a -
lla t a m b i é n e n l o s e s c r i t o s d e M i c h e l e t c u y a p a s i o n a l t e m á t i c a s u b y a c e n t e
es m u c h a s v e c e s m á s a t r a c t i v a q u e l a s i d e a s e x p l í c i t a m e n t e a f i r m a d a s » .
D. A q u í l a ambición de totalidad está m á s claramente afirmada que
n u n c a . La «.totalidad v i v i d a » q u e p r e t e n d e r e c o n s t r u i r M i c h e l e t se s i t ú a a
u n n i v e l m á s p r o f u n d o q u e el « g l o b a l » d e l o s h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s . S e t r a -
t a d e a p r e h e n d e r l a unidad viva y n o s o l a m e n t e i n s t a n c i a s i n t e r r e l a c i o n a -
d a s . T o d o s l o s e s c a l o n e s d e la r e a l i d a d , h a b i t u a l m e n t e s e p a r a d o s , s e s u b -
s u m e n e n u n a armonía superior ( p . 5 ) . « Y o h e s i d o el p r i m e r o e n v e r l a ( a
F r a n c i a ) c o m o u n a l m a y u n a p e r s o n a » ( p . 2 ) . E l h i s t o r i a d o r a c c e d e a lo
u n o , n o divino, sino nacional. L a m u y tradicional m e t á f o r a del organicis-
m o ( p . 6) e x p l í c i t a l a n o c i ó n d e la a r m o n í a s u p e r i o r . L a v i d a i m p l i c a l a s o -
lidaridad d e los ó r g a n o s , su m u t u a influencia, e t c . .
- ^ L a a m b i c i ó n d e l h i s t o r i a d o r c o n s i s t e p o r t a n t o e n reencontrar la vida his-
tórica ( p . 7 ) p o r d o s c a m i n o s c o m p l e m e n t a r i o s :
a) seguirla en todas sus vías, l o q u e i m p l i c a e x t e n s a i n f o r m a c i ó n , u n
trabajo minucioso dé reconstrucción;
113
 tan sólo algunos m o m e n t o s cruciales. N a c i d o en París en 1798, hijo d e u n
a r t e s a n o i m p r e s o r , M i c h e l e t h a c e sus e s t u d i o s e n el c o l e g i o C a r l o m a g n o y
e n la S o r b o n a . A p a r t i r d e 1821 es agrégé d e L e t r a s ; i n m e d i a t a m e n t e d e s -
p u é s , s i e n d o y a p r o f e s o r d e ¡a E s c u e l a N o r m a l , e s c r i b e m a n u a l e s d e h i s t o -
' r i a . A c c e d e a la n o t o r i e d a d a p a r t i r d e 1830: p r o f e s o r d e la h i j a d e L u i s -
F e l i p e , l l e g a a ser jefe d e la s e c c i ó n h i s t ó r i c a d e los A r c h i v o s n a c i o n a l e s ;
d e s p u é s , catedrático e n la S o r b o n a , y , finalmente, p r o f e s o r d e l C o l e g i o d e
F r a n c i a y m i e m b r o d e l I n s t i t u t o ( 1 8 3 3 ) . R e d a c t a su Précis d'Histoire. A par-
tir d e 1842, se a l i n e a e n la c o r r i e n t e d e la p e q u e ñ a b u r g u e s í a l i b e r a l y a n -
ticlerical; e m b a r g a d o p o r l o s i d e a l e s d e 1789, s e a d h i e r e a las a s p i r a c i o n e s
r e v o l u c i o n a r i a s d e 1848. S u h o s t i l i d a d h a c i a el p a r t i d o d e l o r d e n y h a c i a el
p r í n c i p e - p r e s i d e n t e le c u e s t a el v e r s e s u s p e n d i d o e n l a d o c e n c i a e n 1 8 5 1 .
D u r a n t e t o d o s e s t o s a ñ o s p r o s i g u i ó sin d e s c a n s o su m o n u m e n t a l Histoire
de France, p u b l i c a n d o p r i m e r o La Edad Media (6 v o l ú m e n e s , 1833-1844)
y d e s p u é s La Revolución (7 v o l ú m e n e s , 1847-1853).
D e s d e 1852 h a s t a su m u e r t e , e n 1874, v i v e p o b r e m e n t e e n N a n t e s y e n
P a r í s , a p a s i o n a d a m e n t e d e d i c a d o a escribir u n a o b r a l i t e r a r i a d e a c e n t o s
p r o f é t i c o s : La mujer ( 1 8 5 9 ) , La bruja, La Biblia de la humanidad (1864).
A l m i s m o t i e m p o c o n c l u y e s u Historia de Francia c o n El Renacimiento y l e n g u a j e a c t u a l , la p r e o c u p a c i ó n p o r l a g l o b a l i d a d . E s t a h i s t o r i a , « d e m a -
Los Tiempos Modernos (1857-1867).
B. T o d a la o b r a del historiador, a decir v e r d a d m u y diversa, está con-
t e n i d a e n el Prefacio d e 1 8 6 9 , d e n t r o d e las c o o r d e n a d a s d e u n a ú n i c a p u l -
s i ó n c r e a d o r a . E s el « r e l á m p a g o d e j u l i o » ( p á r r a f o 1 ) , l u m i n o s a r e v e l a c i ó n
d e F r a n c i a , f r u t o d e l t r a b a j o d e c u a r e n t a a ñ o s . ¡ B o t ó n d e m u e s t r a d e la
i d e o l o g í a p e q u e ñ o - b u r g u e s a , al i g u a l q u e la e v o c a c i ó n d e a q u e l l a « b r i l l a n -
t e m a ñ a n a d e j u l i o » ! ( p á r r a f o 10). P a r e c e e v i d e n t e l a t r a s p o s i c i ó n d e los
valores cristianos.
S e t r a t a d e u n a i l u m i n a c i ó n m í s t i c a , e n l a q u e «la l l a m a l o simplifica
todo». Esta obra, «concebida en un instante», (párrafo 1), de hecho cam-
b i a e n sus f a c e t a s , c o m o l o d e m u e s t r a n las v i s i o n e s s u c e s i v a s d e la E d a d
Media, que explicaremos más adelante. Los grandiosos ímpetus románti-
c o s d e los p á r r a f o s 7 y 8 n o s c o n m u e v e n m á s q u e su m í s t i c a r e p u b l i c a n a .
S u p a s i ó n es l a d e l h i s t o r i a d o r e n b u s c a d e l a « v i d a m i s m a » . S u « v i o l e n t a
v o l u n t a d » d e r e h a c e r l o t o d o es a n á l o g a a la d e G e r i c a u l t . M i c h e l e t i r á
«aprehendiendo y apropiándoselo todo» —se sobreentiende como materia
h i s t ó r i c a — , p a r a c o n f e s a r al final d e sus d í a s : « H e b e b i d o d e m a s i a d a s a n -
g r e d e los m u e r t o s . » B u r ó c r a t a p o r s u f o r m a d e t r a b a j a r , n u n c a p e r m i t i r á
q u e se a p a c i g ü e n e n él n i las p a s i o n e s n i las f u r i a s .
C. M i c h e l e t d e s e a alejarse radicalmente de la práctica histórica domi-
nante, peto m a n t e n i e n d o r e s p e t o y r e v e r e n c i a h a c i a sus colegas,~d~¿ a h í q u e
f r e c u e n t e m e n t e e n t o n e a l a b a n z a s a n t e la i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a e n g e r m e n :
« H o m b r e s e m i n e n t e s lo h a b í a n e s t u d i a d o » ( p á r r a f o 2 ) ; «el i l u s t r e S i s m o n -
di», « p e r s e v e r a n t e t r a b a j a d o r » (p. 3); «esta n o b l e p l é y a d e histórica» q u e ,
d e 1820 a 1830, «brilla t a n i n t e n s a m e n t e » ( p . 5 ) . P e r o , a p e s a r d e t o d o s e s -
t o s p e r s o n a j e s d i s t i n g u i d o s , e n 1830 ¡en F r a n c i a n o h a b í a m á s q u e «los a n a -
les, en absoluto historia»! (p. 2). Michelet reprocha algunas debilidades a
los i l u s t r e s r e p r e s e n t a n t e s d e la h i s t o r i a l i b e r a l : A . T h i e r r y , G u i z o t , M i g -
n e t , T h i e r s y o t r o s . E n p r i m e r l u g a r les r e p r o c h a l o l i m i t a d o d e su infor-
m a c i ó n . S i s m o n d i « n o e n t r a a p e n a s e n la i n v e s t i g a c i ó n e r u d i t a » ( p . 3 ) ; sus
c o l e g a s d e j a n lo m e j o r « s u m i d o e n las f u e n t e s i n é d i t a s » ( p . 2 4 ) . A q u í se
112
e x p r e s a el a n t i g u o j e f e d e l a s e c c i ó n h i s t ó r i c a d e l o s A r c h i v o s n a c i o n a l e s ,
«cementerios de la historia» q u e t a n t o e s t i m u l a b a n su imaginación: « N o tar-
d é e n d a r m e c u e n t a d e q u e h a b í a , e n el a p a r e n t e s i l e n c i o d e a q u e l l a s ga-
l e r í a s , u n m o v i m i e n t o , u n m u r m u l l o q u e n o e r a el d e la m u e r t e ( . . . ) , t o d o s
v i v í a n y h a b l a b a n ( . . . ) y , a m e d i d a q u e y o s o p l a b a s o b r e su p o l v o , l o s v e í a
incorporarse.»
L a i g n o r a n c i a a c e r c a d e «las f u e n t e s p r i m i t i v a s , l a m a y o r p a r t e i n é d i -
t a s » ( p . 4 ) , h a p e r m a n e c i d o h a s t a 1 8 3 0 - 1 8 3 6 , i n c l u s o p a r a el p r o p i o M i c h e -
l e t , c u y a d o c u m e n t a c i ó n e r a s o b r e t o d o l i b r e s c a e n el m o m e n t o e n q u e e s -
c r i b í a Précis d'Histoire Moderne (1828) y su Introduction a l'Histoire Uni-
verselle ( 1 8 3 1 ) .
F o r m u l a u n s e g u n d o m o t i v o d e q u e j a r e s p e c t o a sus e m i n e n t e s c o l e g a s :
carecen del sentido d e la historia total. D a n d e m a s i a d a i m p o r t a n c i a a la p o -
lítica ( p . 2 ) a e x p e n s a s d e o t r a s i n s t a n c i a s d e l a r e a l i d a d . S ó l o t i e n e n p u n -
t o s d e v i s t a f r a g m e n t a d o s , l o q u e les c o n d u c e a aislar l o s o b j e t o s d e e s t u -
d i o (la r a z a , las i n s t i t u c i o n e s , e t c . ) sin a p r e h e n d e r l a s i n t e r r e l a c i o n e s q u e
h a y e n t r e los distintos d o m i n i o s ( p . 5).
D e e s t a m a n e r a s e p i e r d e d e v i s t a «la a r m o n í a s u p e r i o r » , o s e a , e n el
siado poco material, d e m a s i a d o poco epiritual» (pp. 22 y 23), descuida tan-
t o el s u s t r a t o m a t e r i a l c o m o las e l a b o r a c i o n e s d e l « a l m a n a c i o n a l » , s i t u á n -
d o s e e n u n t e r r e n o i n t e r m e d i o e n t r e lo poh'tico y l o i n s t i t u c i o n a l .
T e r c e r m o t i v o d e q u e j a : l a n o b l e p l é y a d e e s v í c t i m a d e los a priori i d e o -
l ó g i c o s . A s í el a d m i r a b l e T h i e r r y q u e d a a n c l a d o e n l a t e o r í a d e l a « p e r p e -
t u i d a d d e las r a z a s » ( p . 1 4 ) , t o m a d a d e a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s d e l siglo x v n i ,
l o c u a l l e i n d u c e a s u b r a y a r las s u c e s i v a s d o m i n a c i o n e s d e los g a l o s , l o s f r a n -
cos, etc. Tal i n t e r p r e t a c i ó n e x p r e s a la exaltación del sentimiento n a c i o n a l ,
v i n c u l a d o al m o v i m i e n t o r o m á n t i c o , y l e i m p u l s a a t r a d u c i r l o s c o n f l i c t o s
d e clases e n c o n f l i c t o s r a c i a l e s , p o r e j e m p l o : ¡la a r i s t r o c r a c i a f r a n c a se o p o -
n e al t e r c e r e s t a d o g a l o ! P e r o l a o b r a d e T h i e r r y c o n s e r v a su a t r a c t i v o e n
la m e d i d a en q u e e s c a p a a u ñ a visión sistemática y surge e s p o n t á n e a m e n t e
d e las v i b r a c i o n e s d e u n « c o r a z ó n c o n m o v i d o » p o r l a i n v a s i ó n e x t r a n j e r a ,
al q u e m u e v e n l o s i d e a l e s p a t r i ó t i c o s ( p . 1 4 ) . E s t a v i b r a c i ó n i n t e r n a « s e h a -
lla t a m b i é n e n l o s e s c r i t o s d e M i c h e l e t c u y a p a s i o n a l t e m á t i c a s u b y a c e n t e
es m u c h a s v e c e s m á s a t r a c t i v a q u e l a s i d e a s e x p l í c i t a m e n t e a f i r m a d a s » .
D. A q u í l a ambición de totalidad está m á s claramente afirmada que
n u n c a . La «.totalidad v i v i d a » q u e p r e t e n d e r e c o n s t r u i r M i c h e l e t se s i t ú a a
u n n i v e l m á s p r o f u n d o q u e el « g l o b a l » d e l o s h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s . S e t r a -
t a d e a p r e h e n d e r l a unidad viva y n o s o l a m e n t e i n s t a n c i a s i n t e r r e l a c i o n a -
d a s . T o d o s l o s e s c a l o n e s d e la r e a l i d a d , h a b i t u a l m e n t e s e p a r a d o s , s e s u b -
s u m e n e n u n a armonía superior ( p . 5 ) . « Y o h e s i d o el p r i m e r o e n v e r l a ( a
F r a n c i a ) c o m o u n a l m a y u n a p e r s o n a » ( p . 2 ) . E l h i s t o r i a d o r a c c e d e a lo
u n o , n o divino, sino nacional. L a m u y tradicional m e t á f o r a del organicis-
m o ( p . 6) e x p l í c i t a l a n o c i ó n d e la a r m o n í a s u p e r i o r . L a v i d a i m p l i c a l a s o -
lidaridad d e los ó r g a n o s , su m u t u a influencia, e t c . .
- ^ L a a m b i c i ó n d e l h i s t o r i a d o r c o n s i s t e p o r t a n t o e n reencontrar la vida his-
tórica ( p . 7 ) p o r d o s c a m i n o s c o m p l e m e n t a r i o s :
a) seguirla en todas sus vías, l o q u e i m p l i c a e x t e n s a i n f o r m a c i ó n , u n
trabajo minucioso dé reconstrucción;
113
 b ) restablecer... la acción recíproca de las diversas fuerzas en un pode-
roso movimiento, a c t i t u d q u e r e s p o n d e e v i d e n t e m e n t e a u n a filosofía v i t a -
lista, t o m a d a d e V i c o y d e a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s a l e m a n e s , s e g ú n l a c u a l
h a y u n p r i n c i p i o vital e n l a h i s t o r i a d e la h u m a n i d a d .
A s í p o d e m o s a b a r c a r c o n m á s p r e c i s i ó n el problema histórico de Mi-
c h e l e t ( p . 9 ) , o s e a , la resurrección de la vida integral, c o m p r e n d i d o e n sus
c á l i d a s e n t r a ñ a s , e n «sus o r g a n i s m o s i n t e r i o r e s p r o f u n d o s » . A ñ a d e e n o t r a
p a r t e : « s o n n e c e s a r i o s el a r d o r y la e m o c i ó n » . T a l p r o y e c t o es h i j o , m á s
q u e d e u n a d e c i s i ó n r a c i o n a l , d e la p a s i ó n , d e l d e s e o d e a b a r c a r la m a t e r i a
h i s t ó r i c a v i v a y, t a m b i é n , d e su r e l a c i ó n c o n los m u e r t o s . P a r a a p r e h e n d e r
así l a h i s t o r i a p o r d e n t r o , es n e c e s a r i o p e r c i b i r el p a s a d o e n o t r a o n d a , d e
m a n e r a q u e la n a r r a c i ó n h i s t ó r i c a d e j e d e s e r u n puzzle i n e r t e y se c o n -
v i e r t a e n v i d a y m o v i m i e n t o . M i c h e l e t n o s p r o p o r c i o n a el s u s t i t u t o laico d e
la r e s u r r e c c i ó n d e los m u e r t o s : « U n i n m e n s o m o v i m i e n t o se a g i t a a n t e m i s
ojos» (p. 1 1 ) .
P r e c i s a los c a r a c t e r e s d e la a u t é n t i c a v i d a q u e h a c e r e n a c e r ( p . 1 2 ) : n o
s e t r a t a d e u n c a l o r d e l a b o r a t o r i o , n i d e m o v i m i e n t o s c o n v u l s i v o s artifi-
cialmente producidos e n u n cadáver (galvanismo), sino d e u n crecimiento
l e n t o , d e u n a c o n t i n u i d a d . L a v i d a v e g e t a l n o s s u m i n i s t r a el m o d e l o . E n -
r a i z a e n u n substrato g e o g r á f i c o y c l i m á t i c o ( p . 1 6 ) q u e n o es t a n s ó l o el
e s c e n a r i o d e las a c t i v i d a d e s h i s t ó r i c a s , s i n o d e l c o n j u n t o d e las c o n d i c i o n e s
e c o l ó g i c a s q u e m o d e l a n l o s s e r e s v i v o s ( « d e t a l n i d o , tal p á j a r o » ) , A p e s a r
d e t a n a t r a c t i v a p r o c l a m a , los a c t o r e s d e M i c h e l e t « f l o t a n » u n t a n t o « e n el
a i r e » , e n l o s e s p a c i o s v a p o r o s o s d e l a m í s t i c a r e p u b l i c a n a , c o m o la F r a n c i a
«hija d e la l i b e r t a d » ( p . 2 0 ) .
E s t a ú l t i m a e x p r e s i ó n n o s i n c i t a a e v o c a r el trabajo sobre sí misma
( p . 1 8 ) d e t o d a s o c i e d a d q u e , s e g ú n M i c h e l e t , c o n s t i t u y e el p r o p i o m o v i -
m i e n t o d e la h i s t o r i a , c u y a c o n c e p c i ó n es p a r a él e s e n c i a l m e n t e d i n á m i c a .
T a m b i é n e v o c a el gran trabajo de las naciones ( p . 1 7 ) , algo así c o m o u n a
g e s t a c i ó n c o n t i n u a d e su p r o p i a p e r s o n a l i d a d , lo q u e le p e r m i t e h a c e r j u s -
ticia al f a t a l i s m o r a c i a l . S e p r o d u c e u n a o p e r a c i ó n d e t r i t u r a c i ó n y a m a l g a -
m a c i ó n , e n l a q u e t o d o s l o s e l e m e n t o s o r i g i n a l e s se f u n d e n p a r a d a r n a c i -
miento a u n organismo original. Se trata de una actividad m o r a l , de u n a
t o m a d e conciencia progresiva y n o sólo d e progresos yuxtapuestos. E s t a
i d e a v u e l v e a a p a r e c e r e n el p á r r a f o 1 9 , e n el q u e q u e d a m a n i f i e s t a m e n t e
c l a r o q u e el p e n s a m i e n t o d e M i c h e l e t e s t á v i n c u l a d o a l o q u e s e p o d r í a lla-
m a r « v i t a l i s m o e v o l u c i o n i s t a » , d o n d e el p r i n c i p i o v i t a l u s u r p a los a t r i b u t o s
d e D i o s . Así marcha la vida histórica t r a t a d e c ó m o se h a c e l a fusión y la
a m a l g a m a q u e c o n d u c e n a l a e l a b o r a c i ó n d e las p e r s o n a l i d a d e s n a c i o n a l e s
d i f e r e n t e s . E l m o d e l o e n la m a t e r i a e s , c o m o n o p o d í a p o r m e n o s d e s e r ,
F r a n c i a , p o r t a e s t a n d a r t e d e la l i b e r t a d d e l m u n d o .
E. L a r e l a c i ó n e x i s t e n t e e n t r e el h i s t o r i a d o r y su o b r a e s t á f o r m u l a d a
e n t é r m i n o s m u y o r i g i n a l e s . E l a u t o r e s t á p r o f u n d a m e n t e i m p l i c a d o e n la
o p e r a c i ó n q u e h a r e a l i z a d o . L a o b j e t i v i d a d , s e g ú n M i c h e l e t , es u n falso p r o -
b l e m a . E l h i s t o r i a d o r n o d e b e p r e t e n d e r s i q u i e r a e c l i p s a r s e a n t e su t r a b a -
j o , s i n o e s t a r p r e s e n t e e n é l , a t o d o s los n i v e l e s , c o n sus p a s i o n e s y e m o -
c i o n e s . L a p r e s e n c i a d e l h i s t o r i a d o r e n s u o b r a es c o m p a r a b l e c o n l a d e l
a r t i s t a e n la s u y a ( p . 2 6 ) .
N a d a h a y m á s p e r n i c i o s o q u e el h i s t o r i a d o r q u e s e e c l i p s a , c o m o B a -
114
r a n t e . « S ó l o se p u e d e n p e n e t r a r l o s m i s t e r i o s d e l p a s a d o » c o n la p r o p i a p e r -
s o n a l i d a d ( p . 2 7 ) . Ú n i c a m e n t e u n a r e l a c i ó n a m o r o s a c o n el t e m a p e r m i t e
l l e g a r a t e n e r u n a s e g u n d a p e r c e p c i ó n ( p . 2 8 ) . E s e v i d e n t e la i n c l i n a c i ó n
d e M i c h e l e t , b a s t a n t e t u r b u l e n t a , p o r el « g r a n d i o s o , s o m b r í o , t e r r i b l e si-
glo x i v » , t i e m p o d e p e s t e s y d e g u e r r a s , e n c u y o c o n t a c t o h a l l a n r e s o n a n -
cia los p r o p i o s f a n t a s m a s d e l a u t o r .
L a p r o p i a v i d a d e M i c h e l e t s e « h a l l a i n v o l u c r a d a » ( p . 2 5 ) e n la Histoire
de France, l i b r o n a c i d o d e l a « t o r m e n t a ( o t r a v e z la i n c l i n a c i ó n a la t u r b u -
l e n c i a ) d e la j u v e n t u d » ( p . 2 9 ) , u n a l o c u r a , u n t r a b a j o a b r u m a d o r , al q u e
s e h a d e d i c a d o c o m o si s e t r a t a r a d e la r e s o l u c i ó n d e -un p r o b l e m a c r u c i a l
(ver p . 9 ) . « E s e h a sido mi ú n i c o g r a n a c o n t e c i m i e n t o » ( p . 2 5 ) , frase q u e
s u e n a a c o n f e s i ó n : p a r a el h i s t o r i a d o r , su a u t é n t i c a v i d a s e h a l l a e n t r e los
p e r s o n a j e s d e l p a s a d o , v i v i e n d o el t i e m p o p r e s e n t e p o r d e l e g a c i ó n . P a r a
M i c h e l e t , la historia se d e t i e n e e n 1 7 8 9 , o m á s e x a c t a m e n t e en 1 7 9 0 , en la
Fiesta d e la F e d e r a c i ó n .
A su v e z , e s t e l i b r o es el p r o d u c t o d e t o d a u n a v i d a d e d i c a d a a! t r a b a -
j o , lo q u e explica su h o m o g e n e i d a d , su p r o f u n d a c o h e r e n c i a (p. 1 3 ) : h a
ido creciendo lentamente, c o m o u n a planta, a partir de un único m é t o d o .
Se presenta c o m o u n conjunto a r m ó n i c o , pleno de múltiples ecos. Tales
a f i r m a c i o n e s e n m a s c a r a n m u c h a s v a r i a c i o n e s d e f o n d o , si n o d e f o r m a .
O p e r a n d o u n a i n v e r s i ó n e n l a r e l a c i ó n e n t r e el a u t o r y su o b r a , e n c o n -
t r a m o s l í n e a s s o r p r e n d e n t e s a c e r c a d e l h i s t o r i a d o r e n g e n d r a d o p o r el t e x t o
(p. 2 9 ) :
« E s t e hijo h a h e c h o a su p a d r e . » A c o n t i n u a c i ó n p r o p o r c i o n a . l a expli-
cación: «Me ha hecho crecer en fuerza y en clarividencia», etc. L e y é n d o l o
se t i e n e al s e n s a c i ó n d e q u e M i c h e l e t h a r e s u e l t o sus p r o b l e m a s i n t e r i o r e s
al h i l o d e sus p á g i n a s , l l e g a n d o a a l c a n z a r u n e s t a d o d e p a z , u n a v e z c o n -
cluida su t a r e a d e r e s u c i t a d o r . S u e n a c o m o u n desafío a la historia objeti-
v a , q u e e s t a b a t r a t a n d o d e p r e c i s a r sus p r o c e d i m i e n t o s e n l o s a ñ o s
1860-1870.
E s t e célebre texto p u e d e ser leído a dos niveles, con apreciaciones
o p u e s t a s e n c a d a o c a s i ó n . E s , e n m u c h o s a s p e c t o s , u n m o n u m e n t o d e la
i d e o l o g í a p e q u e ñ o - b u r g u e s a . U n a s i m p l e r e a g r u p a c i ó n léxica e n t o r n o d e
Francia r e s u l t a a b r u m a d o r a : « l u z , a l m a , p e r s o n a , b i j a d e s u l i b e r t a d , h a h e -
c h o F r a n c i a » , e t c . P e r o t a m b i é n e x p r e s a l a r e l a c i ó n v i t a l e x i s t e n t e e n t r e el
a u t o r y s u o b r a . E n t o r n o d e l e n t r a ñ a b l e término-/¿foro se a g r u p a n : « v i d a ,
lentitud, m é t o d o , forma, color, armónico, único acontecimiento, m e ha
c r e a d o » , e t c . L a o b r a d e M i c h e l e t s e s a l v a p o r e s t a p a s i ó n q u e le d e v o r a .
R o l a n d B a r t h e s h a d i c h o d e él q u e e r a u n d e v o r a d o r d e la h i s t o r i a , a n i m a -
d o d e u n a m o r f u r i o s o p o r el t r a b a j o , s o m e t i d o a u n a d i s c i p l i n a m o n a c a l
a fin d e s a c i a r su a p e t i t o i n s a c i a b l e . S u i n g e s t i ó n d e l a h i s t o r i a t i e n e r e s o -
n a n c i a s d e r i t u a l ( « h e b e b i d o d e m a s i a d o la s a n g r e d e los m u e r t o s » ) , p e r o
t a m b i é n algo d e animal: « r a m o n e a la historia», dice B a r t h e s . E s en este ni-
^el d o n d e r a d i c a la e m o c i ó n y el a t r a c t i v o d e l o s e s c r i t o s d e M i c h e l e t .
2. FRACASO DE LA GLOBALIDAD
L a g r a n d i o s a a m b i c i ó n e n u n c i a d a e n el Prefacio d e 1 8 6 9 n o l l e g a a r e a -
lizarse a lo largo d e la c a r r e r a d e Michelet. D o s series d e razones explican
115
 b ) restablecer... la acción recíproca de las diversas fuerzas en un pode-
roso movimiento, a c t i t u d q u e r e s p o n d e e v i d e n t e m e n t e a u n a filosofía v i t a -
lista, t o m a d a d e V i c o y d e a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s a l e m a n e s , s e g ú n l a c u a l
h a y u n p r i n c i p i o vital e n l a h i s t o r i a d e la h u m a n i d a d .
A s í p o d e m o s a b a r c a r c o n m á s p r e c i s i ó n el problema histórico de Mi-
c h e l e t ( p . 9 ) , o s e a , la resurrección de la vida integral, c o m p r e n d i d o e n sus
c á l i d a s e n t r a ñ a s , e n «sus o r g a n i s m o s i n t e r i o r e s p r o f u n d o s » . A ñ a d e e n o t r a
p a r t e : « s o n n e c e s a r i o s el a r d o r y la e m o c i ó n » . T a l p r o y e c t o es h i j o , m á s
q u e d e u n a d e c i s i ó n r a c i o n a l , d e la p a s i ó n , d e l d e s e o d e a b a r c a r la m a t e r i a
h i s t ó r i c a v i v a y, t a m b i é n , d e su r e l a c i ó n c o n los m u e r t o s . P a r a a p r e h e n d e r
así l a h i s t o r i a p o r d e n t r o , es n e c e s a r i o p e r c i b i r el p a s a d o e n o t r a o n d a , d e
m a n e r a q u e la n a r r a c i ó n h i s t ó r i c a d e j e d e s e r u n puzzle i n e r t e y se c o n -
v i e r t a e n v i d a y m o v i m i e n t o . M i c h e l e t n o s p r o p o r c i o n a el s u s t i t u t o laico d e
la r e s u r r e c c i ó n d e los m u e r t o s : « U n i n m e n s o m o v i m i e n t o se a g i t a a n t e m i s
ojos» (p. 1 1 ) .
P r e c i s a los c a r a c t e r e s d e la a u t é n t i c a v i d a q u e h a c e r e n a c e r ( p . 1 2 ) : n o
s e t r a t a d e u n c a l o r d e l a b o r a t o r i o , n i d e m o v i m i e n t o s c o n v u l s i v o s artifi-
cialmente producidos e n u n cadáver (galvanismo), sino d e u n crecimiento
l e n t o , d e u n a c o n t i n u i d a d . L a v i d a v e g e t a l n o s s u m i n i s t r a el m o d e l o . E n -
r a i z a e n u n substrato g e o g r á f i c o y c l i m á t i c o ( p . 1 6 ) q u e n o es t a n s ó l o el
e s c e n a r i o d e las a c t i v i d a d e s h i s t ó r i c a s , s i n o d e l c o n j u n t o d e las c o n d i c i o n e s
e c o l ó g i c a s q u e m o d e l a n l o s s e r e s v i v o s ( « d e t a l n i d o , tal p á j a r o » ) , A p e s a r
d e t a n a t r a c t i v a p r o c l a m a , los a c t o r e s d e M i c h e l e t « f l o t a n » u n t a n t o « e n el
a i r e » , e n l o s e s p a c i o s v a p o r o s o s d e l a m í s t i c a r e p u b l i c a n a , c o m o la F r a n c i a
«hija d e la l i b e r t a d » ( p . 2 0 ) .
E s t a ú l t i m a e x p r e s i ó n n o s i n c i t a a e v o c a r el trabajo sobre sí misma
( p . 1 8 ) d e t o d a s o c i e d a d q u e , s e g ú n M i c h e l e t , c o n s t i t u y e el p r o p i o m o v i -
m i e n t o d e la h i s t o r i a , c u y a c o n c e p c i ó n es p a r a él e s e n c i a l m e n t e d i n á m i c a .
T a m b i é n e v o c a el gran trabajo de las naciones ( p . 1 7 ) , algo así c o m o u n a
g e s t a c i ó n c o n t i n u a d e su p r o p i a p e r s o n a l i d a d , lo q u e le p e r m i t e h a c e r j u s -
ticia al f a t a l i s m o r a c i a l . S e p r o d u c e u n a o p e r a c i ó n d e t r i t u r a c i ó n y a m a l g a -
m a c i ó n , e n l a q u e t o d o s l o s e l e m e n t o s o r i g i n a l e s se f u n d e n p a r a d a r n a c i -
miento a u n organismo original. Se trata de una actividad m o r a l , de u n a
t o m a d e conciencia progresiva y n o sólo d e progresos yuxtapuestos. E s t a
i d e a v u e l v e a a p a r e c e r e n el p á r r a f o 1 9 , e n el q u e q u e d a m a n i f i e s t a m e n t e
c l a r o q u e el p e n s a m i e n t o d e M i c h e l e t e s t á v i n c u l a d o a l o q u e s e p o d r í a lla-
m a r « v i t a l i s m o e v o l u c i o n i s t a » , d o n d e el p r i n c i p i o v i t a l u s u r p a los a t r i b u t o s
d e D i o s . Así marcha la vida histórica t r a t a d e c ó m o se h a c e l a fusión y la
a m a l g a m a q u e c o n d u c e n a l a e l a b o r a c i ó n d e las p e r s o n a l i d a d e s n a c i o n a l e s
d i f e r e n t e s . E l m o d e l o e n la m a t e r i a e s , c o m o n o p o d í a p o r m e n o s d e s e r ,
F r a n c i a , p o r t a e s t a n d a r t e d e la l i b e r t a d d e l m u n d o .
E. L a r e l a c i ó n e x i s t e n t e e n t r e el h i s t o r i a d o r y su o b r a e s t á f o r m u l a d a
e n t é r m i n o s m u y o r i g i n a l e s . E l a u t o r e s t á p r o f u n d a m e n t e i m p l i c a d o e n la
o p e r a c i ó n q u e h a r e a l i z a d o . L a o b j e t i v i d a d , s e g ú n M i c h e l e t , es u n falso p r o -
b l e m a . E l h i s t o r i a d o r n o d e b e p r e t e n d e r s i q u i e r a e c l i p s a r s e a n t e su t r a b a -
j o , s i n o e s t a r p r e s e n t e e n é l , a t o d o s los n i v e l e s , c o n sus p a s i o n e s y e m o -
c i o n e s . L a p r e s e n c i a d e l h i s t o r i a d o r e n s u o b r a es c o m p a r a b l e c o n l a d e l
a r t i s t a e n la s u y a ( p . 2 6 ) .
N a d a h a y m á s p e r n i c i o s o q u e el h i s t o r i a d o r q u e s e e c l i p s a , c o m o B a -
114
r a n t e . « S ó l o se p u e d e n p e n e t r a r l o s m i s t e r i o s d e l p a s a d o » c o n la p r o p i a p e r -
s o n a l i d a d ( p . 2 7 ) . Ú n i c a m e n t e u n a r e l a c i ó n a m o r o s a c o n el t e m a p e r m i t e
l l e g a r a t e n e r u n a s e g u n d a p e r c e p c i ó n ( p . 2 8 ) . E s e v i d e n t e la i n c l i n a c i ó n
d e M i c h e l e t , b a s t a n t e t u r b u l e n t a , p o r el « g r a n d i o s o , s o m b r í o , t e r r i b l e si-
glo x i v » , t i e m p o d e p e s t e s y d e g u e r r a s , e n c u y o c o n t a c t o h a l l a n r e s o n a n -
cia los p r o p i o s f a n t a s m a s d e l a u t o r .
L a p r o p i a v i d a d e M i c h e l e t s e « h a l l a i n v o l u c r a d a » ( p . 2 5 ) e n la Histoire
de France, l i b r o n a c i d o d e l a « t o r m e n t a ( o t r a v e z la i n c l i n a c i ó n a la t u r b u -
l e n c i a ) d e la j u v e n t u d » ( p . 2 9 ) , u n a l o c u r a , u n t r a b a j o a b r u m a d o r , al q u e
s e h a d e d i c a d o c o m o si s e t r a t a r a d e la r e s o l u c i ó n d e -un p r o b l e m a c r u c i a l
(ver p . 9 ) . « E s e h a sido mi ú n i c o g r a n a c o n t e c i m i e n t o » ( p . 2 5 ) , frase q u e
s u e n a a c o n f e s i ó n : p a r a el h i s t o r i a d o r , su a u t é n t i c a v i d a s e h a l l a e n t r e los
p e r s o n a j e s d e l p a s a d o , v i v i e n d o el t i e m p o p r e s e n t e p o r d e l e g a c i ó n . P a r a
M i c h e l e t , la historia se d e t i e n e e n 1 7 8 9 , o m á s e x a c t a m e n t e en 1 7 9 0 , en la
Fiesta d e la F e d e r a c i ó n .
A su v e z , e s t e l i b r o es el p r o d u c t o d e t o d a u n a v i d a d e d i c a d a a! t r a b a -
j o , lo q u e explica su h o m o g e n e i d a d , su p r o f u n d a c o h e r e n c i a (p. 1 3 ) : h a
ido creciendo lentamente, c o m o u n a planta, a partir de un único m é t o d o .
Se presenta c o m o u n conjunto a r m ó n i c o , pleno de múltiples ecos. Tales
a f i r m a c i o n e s e n m a s c a r a n m u c h a s v a r i a c i o n e s d e f o n d o , si n o d e f o r m a .
O p e r a n d o u n a i n v e r s i ó n e n l a r e l a c i ó n e n t r e el a u t o r y su o b r a , e n c o n -
t r a m o s l í n e a s s o r p r e n d e n t e s a c e r c a d e l h i s t o r i a d o r e n g e n d r a d o p o r el t e x t o
(p. 2 9 ) :
« E s t e hijo h a h e c h o a su p a d r e . » A c o n t i n u a c i ó n p r o p o r c i o n a . l a expli-
cación: «Me ha hecho crecer en fuerza y en clarividencia», etc. L e y é n d o l o
se t i e n e al s e n s a c i ó n d e q u e M i c h e l e t h a r e s u e l t o sus p r o b l e m a s i n t e r i o r e s
al h i l o d e sus p á g i n a s , l l e g a n d o a a l c a n z a r u n e s t a d o d e p a z , u n a v e z c o n -
cluida su t a r e a d e r e s u c i t a d o r . S u e n a c o m o u n desafío a la historia objeti-
v a , q u e e s t a b a t r a t a n d o d e p r e c i s a r sus p r o c e d i m i e n t o s e n l o s a ñ o s
1860-1870.
E s t e célebre texto p u e d e ser leído a dos niveles, con apreciaciones
o p u e s t a s e n c a d a o c a s i ó n . E s , e n m u c h o s a s p e c t o s , u n m o n u m e n t o d e la
i d e o l o g í a p e q u e ñ o - b u r g u e s a . U n a s i m p l e r e a g r u p a c i ó n léxica e n t o r n o d e
Francia r e s u l t a a b r u m a d o r a : « l u z , a l m a , p e r s o n a , b i j a d e s u l i b e r t a d , h a h e -
c h o F r a n c i a » , e t c . P e r o t a m b i é n e x p r e s a l a r e l a c i ó n v i t a l e x i s t e n t e e n t r e el
a u t o r y s u o b r a . E n t o r n o d e l e n t r a ñ a b l e término-/¿foro se a g r u p a n : « v i d a ,
lentitud, m é t o d o , forma, color, armónico, único acontecimiento, m e ha
c r e a d o » , e t c . L a o b r a d e M i c h e l e t s e s a l v a p o r e s t a p a s i ó n q u e le d e v o r a .
R o l a n d B a r t h e s h a d i c h o d e él q u e e r a u n d e v o r a d o r d e la h i s t o r i a , a n i m a -
d o d e u n a m o r f u r i o s o p o r el t r a b a j o , s o m e t i d o a u n a d i s c i p l i n a m o n a c a l
a fin d e s a c i a r su a p e t i t o i n s a c i a b l e . S u i n g e s t i ó n d e l a h i s t o r i a t i e n e r e s o -
n a n c i a s d e r i t u a l ( « h e b e b i d o d e m a s i a d o la s a n g r e d e los m u e r t o s » ) , p e r o
t a m b i é n algo d e animal: « r a m o n e a la historia», dice B a r t h e s . E s en este ni-
^el d o n d e r a d i c a la e m o c i ó n y el a t r a c t i v o d e l o s e s c r i t o s d e M i c h e l e t .
2. FRACASO DE LA GLOBALIDAD
L a g r a n d i o s a a m b i c i ó n e n u n c i a d a e n el Prefacio d e 1 8 6 9 n o l l e g a a r e a -
lizarse a lo largo d e la c a r r e r a d e Michelet. D o s series d e razones explican
115
su f r a c a s o . E l a u t o r j i e J a .Histoire de France c o n t e m p l a el p a s a d a c o n i a s
l e n t e s d e su i d e o l o g í a y sufre el p e s o d e s u i n c o n s c i e n t e , l o q u e d e t e r m i n a
q u e s u a p r o x i m a c i ó n a la m a t e r i a h i s t ó r i c a s e a s e l e c t i v a .
:
Sin p r e t e n d e r r e p r o c h a r a M i c h e l e t el f a l t a r a la o b j e t i v i d a d q u e j a m á s
predicó, v a m o s a destacar, en p r i m e r lugar, dos e j e m p l o s de la influencia
d e t e r m i n a n t e q u e sus opciones ideológicas y p o l í t i c a s h a n e j e r c i d o s o b r e su
visión del p a s a d o .
Su concepción de la Edad Media f l u c t ú a e n f u n c i ó n d e s u h i s t o r i a p e r -
s o n a l y d e sus c o m p r o m i s o s s u c e s i v o s , c o m o lo h a d e m o s t r a d o a d m i r a b l e -
m e n t e J a c q u e s L e Goff: a) D e s d e 1833 a 1 8 4 4 , b a j o l a i n f l u e n c i a d e l a
c o r r i e n t e r o m á n t i c a , m o n t a u n a « h e r m o s a E d a d M e d i a » , a la v e z m a t e r i a l
y e s p i r i t u a l , e n el s e n o d e la c u a l se r e a l i z a «el g r a n m o v i m i e n t o p r o g r e s i -
v o , i n t e r i o r , d e l a l m a n a c i o n a l » . É p o c a d e p i e d r a s p l e n a s d e v i d a q u e «se
a n i m a ( n ) y se e s p i r i t u a l i z a ( n ) b a j o la a r d i e n t e y s e v e r a m a n o d e l a r t i s t a » ,
é p o c a d e la i n f a n c i a d e F r a n c i a , e n la q u e se s u c e d e n l o s b á r b a r o s d e s b o r -
d a n t e s d e s a n g r e n u e v a , los p a s t o r c i l l o s d e las c r u z a d a s p o p u l a r e s y J u a n a
d e A r c o . M i c h e l e t t o d a v í a c o n s i d e r a q u e el C r i s t i a n i s m o es u n a f u e r z a p o -
sitiva q u e h a t r a b a j a d o p o r la l i b e r a c i ó n d e los h u m i l d e s . C e l e b r a la u n i ó n
d e l a r e l i g i ó n y d e p u e b l o , c u y o s s u f r i m i e n t o s y l u c h a s (la Jacquerie, los t r a -
b a j a d o r e s flamencos) d e s c u b r e , b) A p a r t i r d e 1855 d o m i n a «la s o m b r í a
E d a d M e d i a » , « m i e n e m i g a E d a d M e d i a » ; así s e e x p r e s a t r a t a n d o d e r e c -
tificar sus o b r a s p r e c e d e n t e s . H a s t a e n t o n c e s n o h a b í a v i s t o m á s q u e el
i d e a l , a h o r a d e s c u b r e la r e a l i d a d , su « e s t a d o e x t r a ñ o y m o n s t r u o s o » . E s s u
a n t i c l e r i c a l i s m o , c a d a d í a m á s y m á s v i r u l e n t o , el q u e le i m p e l e a e s t a n e -
g a c i ó n . I n c l u s o y a n o h a l l a g r a c i a e n su a r t e . L a I g l e s i a , l e j o s d e s e r l a p r o -
t e c t o r a d e l ^ p u e b l o , n o e s m á s q u e u n a i n s t i t u c i ó n r e p r e s i v a , y a c u y a s víc-
t i m a s r e h a b i l i t a ( t a n t o a A b e l a r d o c o m o a los a l b i g e n s e s ) . L a Iglesia p r o -
h i b e la fiesta y h a c e i m p e r a r l a i g n o r a c i a . c) C o n La bruja ( 1 8 6 2 ) , M i c h e l e t
d e s c u b r e u n a E d a d M e d i a s u b t e r r á n e a , e n l a q u e S a t a n á s es el a r b i t r o . Sa-
t a n á s , « r a r o n o m b r e d e l a l i b e r t a d , la c u a l es c a m b i a n t e , j o v e n m i l i t a n t e
e n p r i n c i p i o , n e g a t i v a , c r e a d o r a ; d e s p u é s , m á s y m á s f e c u n d a » . V e e n la
b r u j a a la m a d r e d e l a c i e n c i a m o d e r n a , p o r su c o n o c i m i e n t o d e la n a t u -
r a l e z a , d e l c u e r p o y d e la m e d i c i n a . U n s i g l o , el siglo x r v , q u e e j e r c e u n a
sombría fascinación sobre Michelet, está p i n t a d o , m á s q u e cualquier o t r o ,
c o n c o l o r e s d i a b ó l i c o s , d) O t r o ú l t i m o c a m b i o d e M i c h e l e t ; y a e n v e j e c i d o ,
a s q u e a d o p o r el t r i u n f o d e l m a q u m i s m o , d e l c a p i t a l d u r a n t e el s e g u n d o I m -
p e r i o , r e t o r n a a la E d a d M e d i a d e s u j u v e n t u d , p e r í o d o d e v i d a d e s b o r -
dante y de creatividad...
Su visión de conjunto de la historia se o r d e n a s i g u i e n d o u n a bipolaridad
q u e es c o m o m í n i m o e s q u e m á t i c a . S e e n f r e n t a n los p r i n c i p i o s a n t i t é t i c o s
e n u n a e s p e c i e d e s u s t i t u c i ó n d e la p s i c o m a q u i a d e l o s a u t o r e s m e d i e v a l e s :
g r a c i a y j u s t i c i a , f a t a l i d a d y l i b e r t a d , C r i s t i a n i s m o y R e v o l u c i ó n . T o d o s lo
e x c e s o s q u e se p r o d u c e n a lo l a r g o d e l d e s a r r o l l o d e la h i s t o r i a e s t á n c u -
riosamente a s o c i a d o s a la a c c i ó n d e la g r a c i a , e n e m i g a d e l a j u s t i c i a , f u e n -
t e d e a r b i t r a r i e d a d y d e t i r a n í a . E n t r e sus a g e n t e s se e n c u e n t r a n t a n t o los
j e s u í t a s c o m o B o n a p a r t e , m i e n t r a s q u e los v a l d e n s e s y la b r u j a , p o r e j e m -
p l o , s o n h e r a l d o s d e la j u s t i c i a . A e s t a o p o s i c i ó n b i n a r i a se s u m a o t r a : l a
antítesis e n t r e C r i s t i a n i s m o y R e v o l u c i ó n . L a s e g u n d a u s u r p a los a t r i b u t o s
d e l a p r i m e r a : ¿ n o t i e n e , a c a s o t a m b i é n su e u c a r i s t í a (la F i e s t a d e l a F e -
d e r a c i ó n ) , su p a s i ó n y su g r a n s a c e r d o t e (el p r o p i o M i c h e l e t ) ? M i c h e l e t es
116
c o n s c i e n t e d e l c a r á c t e r s a g r a d o d e s u t r a b a j o d e h i s t o r i a d o r : « P o r t a b a el
p a s a d o c o m o h u b i e r a p o r t a d o las c e n i z a s d e m i p a d r e o d e m i h i j o . »
M i c h e l e t , m a g o d e la h i s t o r i a r e p u b l i c a n a , h a s i d o o b j e t o d e a t a q u e s
m u y v i v o s n o t o t a l m e n t e i n j u s t i f i c a d o s , p o r p a r t e d e M a u r r a s , el c u a l d i c e
c o n i r o n í a : «Su p r o c e d i m i e n t o u s u a l c o n s i s t e e n e l e v a r a la d i g n i d a d d e
D i o s c a d a s e d i m e n t o d e i d e a g e n e r a l q u e s e le o c u r r e . M i c h e l e t e l a b o r ó el
p e n s a m i e n t o c o n el c o r a z ó n , h i z o q u e su c o r a z ó n p e n s a s e s o b r e t o d a c l a s e
d e t e m a s : l a h i s t o r i a d e l a h u m a n i d a d , l a d e l a n a t u r a l e z a , la m o r a l , la r e -
ligión ( . . . ) . E s t a m i x t u r a , h o r n e a d a al c a l o r d e su i m a g i n a c i ó n y d e su p a -
s i ó n , se c o n v i e r t e e n u n p r o d u c t o c o n c o n s i s t e n c i a , a l g o así c o m o u n h u -
m i l d e c o r p u s d e filosofía p o p u l a r . »
El peso del inconsciente h a sido revelado p o r R o l a n d B a r t h e s m e d i a n t e
u n análisis t e m á t i c o p r o f u n d o . E n s u o p i n i ó n , l a o b r a d e M i c h e l e t c o n s t i -
t u y e « u n a r e d o r g a n i z a d a d e o b s e s i o n e s » , l o c u a l se m a n i f i e s t a , p o r e j e m -
p l o , en su e t e r n o v o l v e r a l o s m i s m o s t e m a s , o e n l a i d e n t i f i c a c i ó n e n t r e
b á r b a r o y e m p u j e d e la s a n g r e n u e v a , e n t r e m o n a r q u í a y sangre a g o t a d a ,
e n t r e j e s u í t a y s e q u e d a d . E s e v i d e n t e q u e e s t o s t e m a s r e s p o n d e n a l a acti-
tud que Michelet a d o p t a a n t e la vida o l a m a t e r i a , y q u e están estrecha-
m e n t e u n i d o s a su s i s t e m a d e v a l o r e s .
P a r a i l u s t r a r e s t a i n t e r p r e t a c i ó n p s i c o a n a l í t i c a , f o r m u l a d a d e forma fas-
c i n a n t e p o r R o l a n d B a r t h e s , v a m o s a e x a m i n a r a l g u n a s d e las o b s e s i o n e s
m a y o r e s d e M i c h e l e t , sin p r e t e n d e r a g o t a r el r e g i s t r o , m u y a b u n d a n t e p o r
c i e r t o . P r i m e r o a p a r e c e el g u s t o p o r la h o m o g e n e i d a d y la c o n t i n u i d a d , t a n -
t o e n la m a t e r i a c o m o e n l a d u r a c i ó n . P o r e j e m p l o , F r a n c i a es el p r o d u c t o
d e u n a fusión q u e se d i o e n la F i e s t a d e l a F e d e r a c i ó n d e 1790; e n t o n c e s
s e d e s v a n e c i e r o n las p a r t i c u l a r i d a d e s p r o v i n c i a l e s y n a c i ó l a p a t r i a c o m ú n ,
s ó l i d a m e n t e a r r a i g a d a e n la t i e r r a . E l p r i n c i p i o n a c i o n a l , c o m o el p r i n c i p i o
d e m o c r á t i c o , h a t e n i d o , a lo largo d e los siglos, u n crecimiento l e n t o y con-
t i n u o , d e t i p o v e g e t a l . L a h i s t o r i a « a lo M i c h e l e t » n o es u n e n c a d e n a m i e n -
t o m e c á n i c o d e c a u s a s y e f e c t o s , s i n o u n a _ « c a d e n a d e i d e n t i d a d e s » , p o r lo
q u e p u e d e n ser p r e s e n t a d a s c o m o ( p r e ) figuras d e l p u e b l o n a d a m e n o s q u e
L o u i s L e D é b o n n a i r e , R o b e r t o el P i a d o s o , G o d o f r e d o d e B o u i l l o n y J u a -
n a d e A r c o . ¡ C ó m o n o p e n s a r e n los m a n u a l e s destinados a la e n s e ñ a n z a
p ú b l i c a d u r a n t e la I I I y l a I V R e p ú b l i c a , e n los q u e t a n t a s f i g u r a s h i s t ó r i c a s
e n c u e n t r a n e c o a t r a v é s d e l o s siglos ( C a r l o m a g n o y J u l e s F e r r y , e t c . ) ! E s t a
historia-árbol, e s t a s e r i e d e i d e n t i d a d e s , se a v i e n e m u y b i e n c o n u n c i e r t o
evolucionismo, situando las sucesivas figuras, q u e r e s p o n d e n a u n m i s m o
principio, en estadios diferentes de crecimiento.
M i c h e l e t e s t a b a i g u a l m e n t e o b s e s i o n a d o p o r el d e s e o d e e n t r a r e n r e -
l a c i ó n c o n los m u e r t o s y d e l l e g a r a e n c o n t r a r s u « s u b s t a n c i a c o r r u p t i b l e » .
L o s d o c u m e n t o s , p a r a él, e r a n voces q u e h a b í a q u e escuchar. Q u e r í a ren-
dir plena justicia a sus a u t o r e s , c u m p l i e n d o , c o m o signo d e r e s p e t o hacia
e l l o s , u n « g e s t o r e p a r a d o r » , q u e c o n s i s t í a e n d e s v e l a r el s e n t i d o p r o f u n d o
d e su e x i s t e n c i a y d e v o l v e r l e s u n a v i d a p l e n a :
«He hablado del oficio que ocupa Camoens en la orilla mortífera de
la India: administrador del bien de los fallecidos.
Sí, cada muerto deja un pequeño bien, su memoria, y quiere que sea
cuidada. Para aquel que no tiene amigos, la magistratura debe suplirlos.
Porque la ley y la justicia son más seguras que nuestra ternura olvidadi-
za; muy pronto se secan nuestras lágrimas.
117
su f r a c a s o . E l a u t o r j i e J a .Histoire de France c o n t e m p l a el p a s a d a c o n i a s
l e n t e s d e su i d e o l o g í a y sufre el p e s o d e s u i n c o n s c i e n t e , l o q u e d e t e r m i n a
q u e s u a p r o x i m a c i ó n a la m a t e r i a h i s t ó r i c a s e a s e l e c t i v a .
:
Sin p r e t e n d e r r e p r o c h a r a M i c h e l e t el f a l t a r a la o b j e t i v i d a d q u e j a m á s
predicó, v a m o s a destacar, en p r i m e r lugar, dos e j e m p l o s de la influencia
d e t e r m i n a n t e q u e sus opciones ideológicas y p o l í t i c a s h a n e j e r c i d o s o b r e su
visión del p a s a d o .
Su concepción de la Edad Media f l u c t ú a e n f u n c i ó n d e s u h i s t o r i a p e r -
s o n a l y d e sus c o m p r o m i s o s s u c e s i v o s , c o m o lo h a d e m o s t r a d o a d m i r a b l e -
m e n t e J a c q u e s L e Goff: a) D e s d e 1833 a 1 8 4 4 , b a j o l a i n f l u e n c i a d e l a
c o r r i e n t e r o m á n t i c a , m o n t a u n a « h e r m o s a E d a d M e d i a » , a la v e z m a t e r i a l
y e s p i r i t u a l , e n el s e n o d e la c u a l se r e a l i z a «el g r a n m o v i m i e n t o p r o g r e s i -
v o , i n t e r i o r , d e l a l m a n a c i o n a l » . É p o c a d e p i e d r a s p l e n a s d e v i d a q u e «se
a n i m a ( n ) y se e s p i r i t u a l i z a ( n ) b a j o la a r d i e n t e y s e v e r a m a n o d e l a r t i s t a » ,
é p o c a d e la i n f a n c i a d e F r a n c i a , e n la q u e se s u c e d e n l o s b á r b a r o s d e s b o r -
d a n t e s d e s a n g r e n u e v a , los p a s t o r c i l l o s d e las c r u z a d a s p o p u l a r e s y J u a n a
d e A r c o . M i c h e l e t t o d a v í a c o n s i d e r a q u e el C r i s t i a n i s m o es u n a f u e r z a p o -
sitiva q u e h a t r a b a j a d o p o r la l i b e r a c i ó n d e los h u m i l d e s . C e l e b r a la u n i ó n
d e l a r e l i g i ó n y d e p u e b l o , c u y o s s u f r i m i e n t o s y l u c h a s (la Jacquerie, los t r a -
b a j a d o r e s flamencos) d e s c u b r e , b) A p a r t i r d e 1855 d o m i n a «la s o m b r í a
E d a d M e d i a » , « m i e n e m i g a E d a d M e d i a » ; así s e e x p r e s a t r a t a n d o d e r e c -
tificar sus o b r a s p r e c e d e n t e s . H a s t a e n t o n c e s n o h a b í a v i s t o m á s q u e el
i d e a l , a h o r a d e s c u b r e la r e a l i d a d , su « e s t a d o e x t r a ñ o y m o n s t r u o s o » . E s s u
a n t i c l e r i c a l i s m o , c a d a d í a m á s y m á s v i r u l e n t o , el q u e le i m p e l e a e s t a n e -
g a c i ó n . I n c l u s o y a n o h a l l a g r a c i a e n su a r t e . L a I g l e s i a , l e j o s d e s e r l a p r o -
t e c t o r a d e l ^ p u e b l o , n o e s m á s q u e u n a i n s t i t u c i ó n r e p r e s i v a , y a c u y a s víc-
t i m a s r e h a b i l i t a ( t a n t o a A b e l a r d o c o m o a los a l b i g e n s e s ) . L a Iglesia p r o -
h i b e la fiesta y h a c e i m p e r a r l a i g n o r a c i a . c) C o n La bruja ( 1 8 6 2 ) , M i c h e l e t
d e s c u b r e u n a E d a d M e d i a s u b t e r r á n e a , e n l a q u e S a t a n á s es el a r b i t r o . Sa-
t a n á s , « r a r o n o m b r e d e l a l i b e r t a d , la c u a l es c a m b i a n t e , j o v e n m i l i t a n t e
e n p r i n c i p i o , n e g a t i v a , c r e a d o r a ; d e s p u é s , m á s y m á s f e c u n d a » . V e e n la
b r u j a a la m a d r e d e l a c i e n c i a m o d e r n a , p o r su c o n o c i m i e n t o d e la n a t u -
r a l e z a , d e l c u e r p o y d e la m e d i c i n a . U n s i g l o , el siglo x r v , q u e e j e r c e u n a
sombría fascinación sobre Michelet, está p i n t a d o , m á s q u e cualquier o t r o ,
c o n c o l o r e s d i a b ó l i c o s , d) O t r o ú l t i m o c a m b i o d e M i c h e l e t ; y a e n v e j e c i d o ,
a s q u e a d o p o r el t r i u n f o d e l m a q u m i s m o , d e l c a p i t a l d u r a n t e el s e g u n d o I m -
p e r i o , r e t o r n a a la E d a d M e d i a d e s u j u v e n t u d , p e r í o d o d e v i d a d e s b o r -
dante y de creatividad...
Su visión de conjunto de la historia se o r d e n a s i g u i e n d o u n a bipolaridad
q u e es c o m o m í n i m o e s q u e m á t i c a . S e e n f r e n t a n los p r i n c i p i o s a n t i t é t i c o s
e n u n a e s p e c i e d e s u s t i t u c i ó n d e la p s i c o m a q u i a d e l o s a u t o r e s m e d i e v a l e s :
g r a c i a y j u s t i c i a , f a t a l i d a d y l i b e r t a d , C r i s t i a n i s m o y R e v o l u c i ó n . T o d o s lo
e x c e s o s q u e se p r o d u c e n a lo l a r g o d e l d e s a r r o l l o d e la h i s t o r i a e s t á n c u -
riosamente a s o c i a d o s a la a c c i ó n d e la g r a c i a , e n e m i g a d e l a j u s t i c i a , f u e n -
t e d e a r b i t r a r i e d a d y d e t i r a n í a . E n t r e sus a g e n t e s se e n c u e n t r a n t a n t o los
j e s u í t a s c o m o B o n a p a r t e , m i e n t r a s q u e los v a l d e n s e s y la b r u j a , p o r e j e m -
p l o , s o n h e r a l d o s d e la j u s t i c i a . A e s t a o p o s i c i ó n b i n a r i a se s u m a o t r a : l a
antítesis e n t r e C r i s t i a n i s m o y R e v o l u c i ó n . L a s e g u n d a u s u r p a los a t r i b u t o s
d e l a p r i m e r a : ¿ n o t i e n e , a c a s o t a m b i é n su e u c a r i s t í a (la F i e s t a d e l a F e -
d e r a c i ó n ) , su p a s i ó n y su g r a n s a c e r d o t e (el p r o p i o M i c h e l e t ) ? M i c h e l e t es
116
c o n s c i e n t e d e l c a r á c t e r s a g r a d o d e s u t r a b a j o d e h i s t o r i a d o r : « P o r t a b a el
p a s a d o c o m o h u b i e r a p o r t a d o las c e n i z a s d e m i p a d r e o d e m i h i j o . »
M i c h e l e t , m a g o d e la h i s t o r i a r e p u b l i c a n a , h a s i d o o b j e t o d e a t a q u e s
m u y v i v o s n o t o t a l m e n t e i n j u s t i f i c a d o s , p o r p a r t e d e M a u r r a s , el c u a l d i c e
c o n i r o n í a : «Su p r o c e d i m i e n t o u s u a l c o n s i s t e e n e l e v a r a la d i g n i d a d d e
D i o s c a d a s e d i m e n t o d e i d e a g e n e r a l q u e s e le o c u r r e . M i c h e l e t e l a b o r ó el
p e n s a m i e n t o c o n el c o r a z ó n , h i z o q u e su c o r a z ó n p e n s a s e s o b r e t o d a c l a s e
d e t e m a s : l a h i s t o r i a d e l a h u m a n i d a d , l a d e l a n a t u r a l e z a , la m o r a l , la r e -
ligión ( . . . ) . E s t a m i x t u r a , h o r n e a d a al c a l o r d e su i m a g i n a c i ó n y d e su p a -
s i ó n , se c o n v i e r t e e n u n p r o d u c t o c o n c o n s i s t e n c i a , a l g o así c o m o u n h u -
m i l d e c o r p u s d e filosofía p o p u l a r . »
El peso del inconsciente h a sido revelado p o r R o l a n d B a r t h e s m e d i a n t e
u n análisis t e m á t i c o p r o f u n d o . E n s u o p i n i ó n , l a o b r a d e M i c h e l e t c o n s t i -
t u y e « u n a r e d o r g a n i z a d a d e o b s e s i o n e s » , l o c u a l se m a n i f i e s t a , p o r e j e m -
p l o , en su e t e r n o v o l v e r a l o s m i s m o s t e m a s , o e n l a i d e n t i f i c a c i ó n e n t r e
b á r b a r o y e m p u j e d e la s a n g r e n u e v a , e n t r e m o n a r q u í a y sangre a g o t a d a ,
e n t r e j e s u í t a y s e q u e d a d . E s e v i d e n t e q u e e s t o s t e m a s r e s p o n d e n a l a acti-
tud que Michelet a d o p t a a n t e la vida o l a m a t e r i a , y q u e están estrecha-
m e n t e u n i d o s a su s i s t e m a d e v a l o r e s .
P a r a i l u s t r a r e s t a i n t e r p r e t a c i ó n p s i c o a n a l í t i c a , f o r m u l a d a d e forma fas-
c i n a n t e p o r R o l a n d B a r t h e s , v a m o s a e x a m i n a r a l g u n a s d e las o b s e s i o n e s
m a y o r e s d e M i c h e l e t , sin p r e t e n d e r a g o t a r el r e g i s t r o , m u y a b u n d a n t e p o r
c i e r t o . P r i m e r o a p a r e c e el g u s t o p o r la h o m o g e n e i d a d y la c o n t i n u i d a d , t a n -
t o e n la m a t e r i a c o m o e n l a d u r a c i ó n . P o r e j e m p l o , F r a n c i a es el p r o d u c t o
d e u n a fusión q u e se d i o e n la F i e s t a d e l a F e d e r a c i ó n d e 1790; e n t o n c e s
s e d e s v a n e c i e r o n las p a r t i c u l a r i d a d e s p r o v i n c i a l e s y n a c i ó l a p a t r i a c o m ú n ,
s ó l i d a m e n t e a r r a i g a d a e n la t i e r r a . E l p r i n c i p i o n a c i o n a l , c o m o el p r i n c i p i o
d e m o c r á t i c o , h a t e n i d o , a lo largo d e los siglos, u n crecimiento l e n t o y con-
t i n u o , d e t i p o v e g e t a l . L a h i s t o r i a « a lo M i c h e l e t » n o es u n e n c a d e n a m i e n -
t o m e c á n i c o d e c a u s a s y e f e c t o s , s i n o u n a _ « c a d e n a d e i d e n t i d a d e s » , p o r lo
q u e p u e d e n ser p r e s e n t a d a s c o m o ( p r e ) figuras d e l p u e b l o n a d a m e n o s q u e
L o u i s L e D é b o n n a i r e , R o b e r t o el P i a d o s o , G o d o f r e d o d e B o u i l l o n y J u a -
n a d e A r c o . ¡ C ó m o n o p e n s a r e n los m a n u a l e s destinados a la e n s e ñ a n z a
p ú b l i c a d u r a n t e la I I I y l a I V R e p ú b l i c a , e n los q u e t a n t a s f i g u r a s h i s t ó r i c a s
e n c u e n t r a n e c o a t r a v é s d e l o s siglos ( C a r l o m a g n o y J u l e s F e r r y , e t c . ) ! E s t a
historia-árbol, e s t a s e r i e d e i d e n t i d a d e s , se a v i e n e m u y b i e n c o n u n c i e r t o
evolucionismo, situando las sucesivas figuras, q u e r e s p o n d e n a u n m i s m o
principio, en estadios diferentes de crecimiento.
M i c h e l e t e s t a b a i g u a l m e n t e o b s e s i o n a d o p o r el d e s e o d e e n t r a r e n r e -
l a c i ó n c o n los m u e r t o s y d e l l e g a r a e n c o n t r a r s u « s u b s t a n c i a c o r r u p t i b l e » .
L o s d o c u m e n t o s , p a r a él, e r a n voces q u e h a b í a q u e escuchar. Q u e r í a ren-
dir plena justicia a sus a u t o r e s , c u m p l i e n d o , c o m o signo d e r e s p e t o hacia
e l l o s , u n « g e s t o r e p a r a d o r » , q u e c o n s i s t í a e n d e s v e l a r el s e n t i d o p r o f u n d o
d e su e x i s t e n c i a y d e v o l v e r l e s u n a v i d a p l e n a :
«He hablado del oficio que ocupa Camoens en la orilla mortífera de
la India: administrador del bien de los fallecidos.
Sí, cada muerto deja un pequeño bien, su memoria, y quiere que sea
cuidada. Para aquel que no tiene amigos, la magistratura debe suplirlos.
Porque la ley y la justicia son más seguras que nuestra ternura olvidadi-
za; muy pronto se secan nuestras lágrimas.
117
 La historia es esta magistratura. Y los muertos son, utilizando las pa-
labras del-derecho romano, miserabiles personae, de los que debe preo-
- cuparse el magistrado.
E n mi carrera, nunca he perdido de vista este deber de historiador.
H e dado a muchos muertos demasiado olvidados asistencia, asistencia que
yo mismo necesitaré.
Les he exhumado y dado una segunda vida. A muchos de ellos les he
hecho nacer yo, ya que carecieron de vida en su momento. Otros nacie-
ron un poco antes de que nuevas y sobrecogedoras circunstancias los des-
truyeran, aniquilando su memoria (ejemplo, los héroes protestantes
muertos antes del brillante y desmemoriado siglo XVIII, antes de Voltai-
re y Montesqüieu).
La historia acoge y renueva las glorias desheredadas; da vida a los
muertos, los resucita» (histoire du XIX' siécle, tomo n, «El directorio»,
prefacio (p. 11), citado por R. Barthes).
N o h a y r e s u r r e c c i ó n p o s i b l e si n o se d e v u e l v e a l o s d i f u n t o s su « c o m -
plexión», su circulación s a n g u í n e a y la t e x t u r a viva d e su piel. L o s r e t r a t o s
d e M i c h e l e t n o s o n el r e s u l t a d o d e m e d i t a d a e l a b o r a c i ó n ; p o r el c o n t r a r i o ,
los e s b o z a r á p i d a m e n t e y u n o o d o s a d j e t i v o s b a s t a n p a r a e v o c a r lo e s e n -
cial d e l i n d i v i d u o , a e x p e n s a s d e su a n a t o m í a . V e m o s desfilar así, e n u n a
especie de m u s e o Grevin, a Luis X V , seco c o m o u n s a r m i e n t o ; a Luis XVT,
pálido y graso; a Napoleón, amarillo y cerúleo; a un Robespierre-gato, en
contraste con u n Marat-sapo:
«El personaje tenebroso se colocó al sol, sonriendo con su vasta boca.
Su presencia en la tribuna agitó a todo el mundo: parecía sucio. Su rostro
ancho y plano, que apenas se destacaba del cráneo y del cuerpo; sus ma-
nos gruesas, ordinarias, posadas sobre la tribuna; sus ojos saltones no pa-
recían corresponderse con la idea de un hombre, sino más bien con la de
un sapo...» (Histoire de la Révolution, tomo IV, libro III, cap. 3).
E n c u a n t o a las m u j e r e s , u n a s s o n d u l z o n a s , o t r a s e v o c a n la m a n t e q u i -
lla, o l a c r e m a b l a n d a ( M m e . d e P o m p a d o u r ) o «el a g u a e s t a n c a d a , c o m o
u n p a n t a n o s o s p e c h o s o » (la d u q u e s a d e O r l e a n s ) ( ¡ ! ) . C a d a u n o d e e s t o s
p e r s o n a j e s t i e n e su a t r a c t i v o , o b i e n s u s c i t a r e p u l s i ó n , d e p e n d i e n t e s u n o u
o t r o t a n t o d e s u e p i d e r m i s c o m o d e las c o n v i c c i o n e s p o l í t i c a s d e M i c h e l e t
( r e c o r d e m o s q u e la m o n a r q u í a es s i n ó n i m o d e v a n i d a d , d e s a n g r e a g o t a -
da). Sus actores históricos m a n t i e n e n relaciones de tipo pasional o e r ó t i c o ,
d i g n a s d e las m e j o r e s e v o c a c i o n e s n o v e l e s c a s . C u a n d o r e l a t a el m a t r i m o -
nio d e N a p o l e ó n y M a r í a Luisa, Michelet d a libre curso a su d e s b o r d a n t e
i m a g i n a c i ó n y a sus f a n t a s m a s :
«Fue un sacrificio h u m a n o . María Luisa, a pesar del esplendor de su
sangre y de la frescura de sus veinte años, parecía muerta. E r a entregada
al Minotauro, al gran enemigo de su familia, al asesino del duque de Eng-
hien. ¿No iba a devorarla? (...) Su amarilla piel de corso se había vuelto,
a causa de la grasa, blanquecina, fantasmagórica. A la hija del Norte, una
rosa (una rosa un tanto vulgar, según la descripción que de ella hace
Prud'hon), le producía espanto su contacto» (Histoire du XIX' siécle,
tomo III, libro IV, cap. 8).
E n las m u c h a s citas d e las l í n e a s a n t e r i o r e s y a lo h e m o s v i s t o : M i c h e l e t
118
e s t á o b s e s i o n a d o p o r la s a n g r e , q u e es p a r a él l a « s u b s t a n c i a c a r d i n a l d e l a
h i s t o r i a » . R o l a n d B a r t h e s h a h e c h o u n a s u g e s t i v a clasificación d e las s a n -
gres de los h é r o e s d e M i c h e l e t . L a valiente h e r m a n a M a r g a r i t a M a r í a d e
A l a c o q u e , p r o p a g a n d i s t a d e l a d e v o c i ó n al S a g r a d o C o r a z ó n d e J e s ú s , a fi-
n a l e s d e l siglo XVII, e s t á a f e c t a d a p o r u n e x c e s o d e s a n g r e :
«Las Salesas, como es sabido, esperaban la visita del E s p o s o , y se lla-
maban Hijas del Corazón de Jesús. Pero el Esposo no llegaba. La ado-
ración del Corazón (pero del Corazón de María) había surgido en Nor-
mandía con poco éxito. Pero en la espirituosa Borgoña, donde sexo y san-
gre son exuberantes, u n a muchacha borgoñona, religiosa salesa de Paray,
recibió la visita prometida, y Jesús le permitió besar las llagas de su co-
razón sangrante. Margarita María de Alacoque (era su n o m b r e ) , con la
palidez de la madrugada debida al frío régimen conventual, no se había
abatido. Tardíamente enclaustrada, en la plenitud de la vida y de la ju-
ventud, la pobre muchacha era víctima de su sangre pletórica. Cada mes
había que sangrarla. Y , a pesar de ello, no dejó de tener, a los veintisiete
años, un éxtasis supremo de celeste felicidad. Fuera de sí misma, se con-
fesó de ello con su abadesa, mujer hábil que tuvo la osadía de extender
un contrato de matrimonio entre Jesús y Margarita María de Alacoque,
la cual firmó con su sangre. La superiora firmó osadamente por Jesús.
Lo más fuerte del caso es que hubo nupcias. A partir de entonces,- cada
mes, la esposa fue visitada por el Esposo» (Histoire de France, t o m o XIII,
cap. 15).
E n cambio, Carlos X I I d e Suecia y Saint-Just tuvieron una sangre «pá-
l i d a y s e c a » , y R o b e s p i e r r e u n a s a n g r e i n s í p i d a q u e c o n t r a s t a c o n la m u y
g e n e r o s a d e las m u j e r e s d e T h e r m i d o r q u e a s i s t e n a su e j e c u c i ó n , las c u a -
les « o f r e c í a n u n e s p e c t á c u l o i n t o l e r a b l e . I m p ú d i c a s , m e d i o d e s n u d a s b a j o
p r e t e x t o d e q u e e r a j u l i o , c a r g a d a s d e flores sus g a r g a n t a s , a c o d a d a s s o b r e
t e r c i o p e l o s , c o n m e d i o c u e r p o i n c l i n a d o s o b r e l a rué S a i n t H o n o r é , r o d e a -
d a s d e h o m b r e s s i t u a d o s a sus e s p a l d a s 7 " c n i l l a b a n : ¡ A m u e r t e , a l a g u i l l o -
t i n a ! » E l v i s i o n a r i o M i c h e l e t e s a s a l t a d o p o r los f a n t a s m a s d e l a s a n g r e
d e r r a m a d a , lo m i s m o c u a n d o las m a t a n z a s d e S a n B a r t o l o m é q u e c u a n d o
l a s d e l o s l e p r o s o s y a p e s t a d o s d e l « t e r r i b l e siglo x r v » , y, m u y e s p e c i a l m e n -
t e , c u a n d o las d e s e p t i e m b r e .
E n c o n c l u s i ó n , p o d e m o s p r e g u n t a r n o s si M i c h e l e t , d a d a s u p e r c e p c i ó n ¿ ~
s e l e c t i v a y p a r t i d i s t a d e l p a s a d o , s e h a l i m i t a d o a m i m a r el s u e ñ o d e l a .
r e s u r r e c c i ó n d e l a v i d a i n t e g r a l . L a r e s p u e s t a es q u e , a p e s a r d e s u s limi-
t a c i o n e s , h a r e a l i z a d o , p a r c i a l m e n t e , su p r o y e c t o . P o s e y ó , i n d u d a b l e m e n -
t e , el s e n t i d o d e las g r a d e s f u e r z a s c o l e c t i v a s e n la o b r a d e l a h i s t o r i a . Su
h é r o e p o r e x c e l e n c i a e s el p u e b l o , t é n r á n o m á g i c o , a c u y a i n v o c a c i ó n se
r e s u e l v e n las c o n t r a d i c c i o n e s y se r e a b s o r b e n las o p o s i c i o n e s , y a s e a n d e
e d a d , clase o sexo. E l p u e b l o es a n d r ó g i n o , masculino y f e m e n i n o a la vez,
p o r q u e a s o c i a i n t e l i g e n c i a e i n t u i c i ó n . E s u n n i ñ o p o r sus a s p i r a c i o n e s e í m -
p e t u s ; u n v i e j o p o r su s a b i d u r í a , f r u t o d e la e x p e r i e n c i a . E s u n « p o t e n c i a l
d e calor», u n a matriz, un seno:
«En la nacionalidad, como en la geología, el calor está debajo. Des-
cended, comprobaréis que el calor aumenta; en las capas interiores hay
fuego.
Los pobres aman a Francia por obligación, porque tienen deberes ha-
119
 La historia es esta magistratura. Y los muertos son, utilizando las pa-
labras del-derecho romano, miserabiles personae, de los que debe preo-
- cuparse el magistrado.
E n mi carrera, nunca he perdido de vista este deber de historiador.
H e dado a muchos muertos demasiado olvidados asistencia, asistencia que
yo mismo necesitaré.
Les he exhumado y dado una segunda vida. A muchos de ellos les he
hecho nacer yo, ya que carecieron de vida en su momento. Otros nacie-
ron un poco antes de que nuevas y sobrecogedoras circunstancias los des-
truyeran, aniquilando su memoria (ejemplo, los héroes protestantes
muertos antes del brillante y desmemoriado siglo XVIII, antes de Voltai-
re y Montesqüieu).
La historia acoge y renueva las glorias desheredadas; da vida a los
muertos, los resucita» (histoire du XIX' siécle, tomo n, «El directorio»,
prefacio (p. 11), citado por R. Barthes).
N o h a y r e s u r r e c c i ó n p o s i b l e si n o se d e v u e l v e a l o s d i f u n t o s su « c o m -
plexión», su circulación s a n g u í n e a y la t e x t u r a viva d e su piel. L o s r e t r a t o s
d e M i c h e l e t n o s o n el r e s u l t a d o d e m e d i t a d a e l a b o r a c i ó n ; p o r el c o n t r a r i o ,
los e s b o z a r á p i d a m e n t e y u n o o d o s a d j e t i v o s b a s t a n p a r a e v o c a r lo e s e n -
cial d e l i n d i v i d u o , a e x p e n s a s d e su a n a t o m í a . V e m o s desfilar así, e n u n a
especie de m u s e o Grevin, a Luis X V , seco c o m o u n s a r m i e n t o ; a Luis XVT,
pálido y graso; a Napoleón, amarillo y cerúleo; a un Robespierre-gato, en
contraste con u n Marat-sapo:
«El personaje tenebroso se colocó al sol, sonriendo con su vasta boca.
Su presencia en la tribuna agitó a todo el mundo: parecía sucio. Su rostro
ancho y plano, que apenas se destacaba del cráneo y del cuerpo; sus ma-
nos gruesas, ordinarias, posadas sobre la tribuna; sus ojos saltones no pa-
recían corresponderse con la idea de un hombre, sino más bien con la de
un sapo...» (Histoire de la Révolution, tomo IV, libro III, cap. 3).
E n c u a n t o a las m u j e r e s , u n a s s o n d u l z o n a s , o t r a s e v o c a n la m a n t e q u i -
lla, o l a c r e m a b l a n d a ( M m e . d e P o m p a d o u r ) o «el a g u a e s t a n c a d a , c o m o
u n p a n t a n o s o s p e c h o s o » (la d u q u e s a d e O r l e a n s ) ( ¡ ! ) . C a d a u n o d e e s t o s
p e r s o n a j e s t i e n e su a t r a c t i v o , o b i e n s u s c i t a r e p u l s i ó n , d e p e n d i e n t e s u n o u
o t r o t a n t o d e s u e p i d e r m i s c o m o d e las c o n v i c c i o n e s p o l í t i c a s d e M i c h e l e t
( r e c o r d e m o s q u e la m o n a r q u í a es s i n ó n i m o d e v a n i d a d , d e s a n g r e a g o t a -
da). Sus actores históricos m a n t i e n e n relaciones de tipo pasional o e r ó t i c o ,
d i g n a s d e las m e j o r e s e v o c a c i o n e s n o v e l e s c a s . C u a n d o r e l a t a el m a t r i m o -
nio d e N a p o l e ó n y M a r í a Luisa, Michelet d a libre curso a su d e s b o r d a n t e
i m a g i n a c i ó n y a sus f a n t a s m a s :
«Fue un sacrificio h u m a n o . María Luisa, a pesar del esplendor de su
sangre y de la frescura de sus veinte años, parecía muerta. E r a entregada
al Minotauro, al gran enemigo de su familia, al asesino del duque de Eng-
hien. ¿No iba a devorarla? (...) Su amarilla piel de corso se había vuelto,
a causa de la grasa, blanquecina, fantasmagórica. A la hija del Norte, una
rosa (una rosa un tanto vulgar, según la descripción que de ella hace
Prud'hon), le producía espanto su contacto» (Histoire du XIX' siécle,
tomo III, libro IV, cap. 8).
E n las m u c h a s citas d e las l í n e a s a n t e r i o r e s y a lo h e m o s v i s t o : M i c h e l e t
118
e s t á o b s e s i o n a d o p o r la s a n g r e , q u e es p a r a él l a « s u b s t a n c i a c a r d i n a l d e l a
h i s t o r i a » . R o l a n d B a r t h e s h a h e c h o u n a s u g e s t i v a clasificación d e las s a n -
gres de los h é r o e s d e M i c h e l e t . L a valiente h e r m a n a M a r g a r i t a M a r í a d e
A l a c o q u e , p r o p a g a n d i s t a d e l a d e v o c i ó n al S a g r a d o C o r a z ó n d e J e s ú s , a fi-
n a l e s d e l siglo XVII, e s t á a f e c t a d a p o r u n e x c e s o d e s a n g r e :
«Las Salesas, como es sabido, esperaban la visita del E s p o s o , y se lla-
maban Hijas del Corazón de Jesús. Pero el Esposo no llegaba. La ado-
ración del Corazón (pero del Corazón de María) había surgido en Nor-
mandía con poco éxito. Pero en la espirituosa Borgoña, donde sexo y san-
gre son exuberantes, u n a muchacha borgoñona, religiosa salesa de Paray,
recibió la visita prometida, y Jesús le permitió besar las llagas de su co-
razón sangrante. Margarita María de Alacoque (era su n o m b r e ) , con la
palidez de la madrugada debida al frío régimen conventual, no se había
abatido. Tardíamente enclaustrada, en la plenitud de la vida y de la ju-
ventud, la pobre muchacha era víctima de su sangre pletórica. Cada mes
había que sangrarla. Y , a pesar de ello, no dejó de tener, a los veintisiete
años, un éxtasis supremo de celeste felicidad. Fuera de sí misma, se con-
fesó de ello con su abadesa, mujer hábil que tuvo la osadía de extender
un contrato de matrimonio entre Jesús y Margarita María de Alacoque,
la cual firmó con su sangre. La superiora firmó osadamente por Jesús.
Lo más fuerte del caso es que hubo nupcias. A partir de entonces,- cada
mes, la esposa fue visitada por el Esposo» (Histoire de France, t o m o XIII,
cap. 15).
E n cambio, Carlos X I I d e Suecia y Saint-Just tuvieron una sangre «pá-
l i d a y s e c a » , y R o b e s p i e r r e u n a s a n g r e i n s í p i d a q u e c o n t r a s t a c o n la m u y
g e n e r o s a d e las m u j e r e s d e T h e r m i d o r q u e a s i s t e n a su e j e c u c i ó n , las c u a -
les « o f r e c í a n u n e s p e c t á c u l o i n t o l e r a b l e . I m p ú d i c a s , m e d i o d e s n u d a s b a j o
p r e t e x t o d e q u e e r a j u l i o , c a r g a d a s d e flores sus g a r g a n t a s , a c o d a d a s s o b r e
t e r c i o p e l o s , c o n m e d i o c u e r p o i n c l i n a d o s o b r e l a rué S a i n t H o n o r é , r o d e a -
d a s d e h o m b r e s s i t u a d o s a sus e s p a l d a s 7 " c n i l l a b a n : ¡ A m u e r t e , a l a g u i l l o -
t i n a ! » E l v i s i o n a r i o M i c h e l e t e s a s a l t a d o p o r los f a n t a s m a s d e l a s a n g r e
d e r r a m a d a , lo m i s m o c u a n d o las m a t a n z a s d e S a n B a r t o l o m é q u e c u a n d o
l a s d e l o s l e p r o s o s y a p e s t a d o s d e l « t e r r i b l e siglo x r v » , y, m u y e s p e c i a l m e n -
t e , c u a n d o las d e s e p t i e m b r e .
E n c o n c l u s i ó n , p o d e m o s p r e g u n t a r n o s si M i c h e l e t , d a d a s u p e r c e p c i ó n ¿ ~
s e l e c t i v a y p a r t i d i s t a d e l p a s a d o , s e h a l i m i t a d o a m i m a r el s u e ñ o d e l a .
r e s u r r e c c i ó n d e l a v i d a i n t e g r a l . L a r e s p u e s t a es q u e , a p e s a r d e s u s limi-
t a c i o n e s , h a r e a l i z a d o , p a r c i a l m e n t e , su p r o y e c t o . P o s e y ó , i n d u d a b l e m e n -
t e , el s e n t i d o d e las g r a d e s f u e r z a s c o l e c t i v a s e n la o b r a d e l a h i s t o r i a . Su
h é r o e p o r e x c e l e n c i a e s el p u e b l o , t é n r á n o m á g i c o , a c u y a i n v o c a c i ó n se
r e s u e l v e n las c o n t r a d i c c i o n e s y se r e a b s o r b e n las o p o s i c i o n e s , y a s e a n d e
e d a d , clase o sexo. E l p u e b l o es a n d r ó g i n o , masculino y f e m e n i n o a la vez,
p o r q u e a s o c i a i n t e l i g e n c i a e i n t u i c i ó n . E s u n n i ñ o p o r sus a s p i r a c i o n e s e í m -
p e t u s ; u n v i e j o p o r su s a b i d u r í a , f r u t o d e la e x p e r i e n c i a . E s u n « p o t e n c i a l
d e calor», u n a matriz, un seno:
«En la nacionalidad, como en la geología, el calor está debajo. Des-
cended, comprobaréis que el calor aumenta; en las capas interiores hay
fuego.
Los pobres aman a Francia por obligación, porque tienen deberes ha-
119
 cia ella; los ricos la aman porque les pertenece, por reconocimiento. El
patriotismo de los primeros es un sentimiento de deber; el de los segun-
dos es un sentimiento de exigencia, la pretensión de un derecho.
El campesino, ya lo hemos dicho, se ha desposado en legítimo matri-
monio con Francia; es su mujer, para siempre; vive con ella. Para el obre-
ro, es su hermosa querida; no posee nada, pero tiene su Francia, su no-
ble pasado, su gloria. Liberado de las ideas locales, adora la gran unidad.
Para que se debilite en él este sentimiento hace falta ser muy miserable,
hallarse envilecido por el hambre y el trabajo; de otra forma nunca llega
a extinguirse en él tal sentimiento» (Le peuple, I, cap. 8).
E l p u e b l o , q u e h a i d o e m e r g i e n d o p r o g r e s i v a m e n t e a t r a v é s d e la h i s -
t o r i a , t i e n e la v o c a c i ó n d e c o n g r e g a r a t o d o el m u n d o . E f e c t i v a m e n t e , s e r
p u e b l o es a n t e t o d o u n e s t a d o d e e s p í r i t u : « Y o soy p u e b l o , t e n g o al p u e b l o
en m i c o r a z ó n . » H a y q u e s u m e r g i r s e e n é l , v i b r a r c o n é l , e s p e c i a l m e n t e al
r e l a t a r lo o c u r r i d o e n los a ñ o s q u e v a n d e 1789 a 1792. M i c h e l e t h a s i d o
el p r i m e r o e n r e c o n o c e r la i m p o r t a n c i a d e c i s i v a d e las m a s a s e n la h i s t o r i a .
U n p o d e r o s o h á l i t o , el g r a n d i o s o v i e n t o d e la f r a t e r n i d a d d e m o c r á t i c a , r e -
c o r r e t o d o su r e l a t o d e la R e v o l u c i ó n . P o r q u e a m a al p u e b l o , s a b e a p r e -
ciar c o n j u s t i c i a , y sin e x c e s i v a c o m p l a c e n c i a , su c o m p o r t a m i e n t o . C u a n d o
r e l a t a las m a t a n z a s d e s e p t i e m b r e , a n a l i z a d e f o r m a b a s t a n t e c o n v i n c e n t e
la p s i c o l o g í a d e los c o m e r c i a n t e s e n b a n c a r r o t a , q u e e n g r o s a n las filas d e
los m a t o n e s , y l a d e la m u c h e d u m b r e , d e s e o s a d e b a r r e r d e P a r í s la p l a g a
c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i a , p e r o s i e m p r e d i s p u e s t a a e n t e r n e c e r s e c u a n d o el tri-
b u n a l p r o n u n c i a u n a a b s o l u c i ó n . P u e b l o v e r s á t i l , b l a n d o d e c o r a z ó n y ol-
v i d a d i z o a la v e z ( . . . ) . C u a n d o r e l a t a los inicios d e l a i n s u r r e c c i ó n m o n á r -
q u i c a d e la V e n d é e e n 1 7 9 3 , M i c h e l e t « s i e n t e » el c o m p o r t a m i e n t o d e l o s
c a m p e s i n o s c o n m u c h o a c i e r t o y n o d i s i m u l a el rigor d e l a l e y d e r e q u i s i -
c i ó n , p e r o , al m i s m o t i e m p o , d e n u n c i a la p r o p a g a n d a y las m a n i p u l a c i o n e s
del c l e r o o b s c u r a n t i s t a , y c e l e b r a , c o n e m o c i ó n , a los m á r t i r e s r e p u b l i c a n o s :
«El clero, después de cuatro años, a pesar de su rabia y de su violen-
cia, no conseguía atraerse a las masas. Más furioso que convencido, no
hallaba los medios, sencillos y poderosos, capaces de conmover la fibra
sensible del pueblo. No bastaba con proclamar y comentar las bulas pon-
tificias; el Papa estaba en R o m a y quedaba muy lejos de la V e n d é e . A p e -
nas había milagros. Por sencillo que fuera el pueblo, no resulta arriesga-
do pensar que muchos tenían sus dudas. Sus artimañas turbaban a unos
y volvían tibios a otros. Cathelineau imaginó algo ingenuo y leal que pro-
dujo mayor impresión que todas las mentiras juntas: en las procesiones
en las que se portaba la cruz, las parroquias de los curas juramentados
llevarían su Cristo envuelto en crespones negros.
Tuvo u n efecto inmenso. Todas las mujeres sencillas lloraban viendo
a Cristo de esta manera humillado, sufriendo la Pasión por segunda vez
(...). ¡Qué reproche a la dureza, a la insensibilidad de los hombres, ca-
paces de soportar la cautividad de Nuestro Señor! (...). Los hombres se
acusaban, se hacían recíprocos reproches. Ocasionó celos y rivalidades en-
tre los pueblos próximos. Los que sentían vergüenza de no sacar a su Cris-
to con el rostro descubierto eran vilipendiados públicamente por el resto
como cobardes que soportaban tiranía (...).
La ley de la requisición había intensificado el odio del campesino con-
tra Cholet, contra las ciudades en general, contra los ayuntamientos. En
virtud de esta ley, la Convención imponía a los funcionarios municipales
120
la terrible carga de improvisar un ejército, personal y material, hombres
y cosas, todo. Les otorgaba el derecho de conseguir los reclutamientos y
también el equipamiento, la indumentaria y los transportes. Se decía que
la República iba a requisar ios animales (...). ¡Tocar a los bueyes! ¡Dios
omnipotente! (...) Eso bastaba para tomar las armas.
La ley de la requisición autorizaba a los comunes a resolver entre ellos
mismos cómo formar el contingente total. Si un muchacho era muy ne-
cesario en su familia, la municipalidad lo dejaba en ella y tomaba otro.
Precisamente la arbitrariedad del sistema multiplicaba las disputas. Pare-
cía que la Convención, debido a lo imprudente de esta ley, hubiera he-
cho un llamamiento general a la discusión. Las autoridades municipales
no sabían a quién escuchar. Se injuriaba y se amenazaba p o r igual a los
republicanos y a los monárquicos. U n municipal monárquico a quien los
campesinos querían liquidar, les decía: " ¿ Q u e os creéis? (...) jamás en-
contraréis otro que sea más aristócrata."
El día 10 explotaron los odios, atroces en Machecoul. Tocaban a re-
bato cuando u n a enorme masa rural caía sobre la pequeña ciudad. Los
patriotas se echaron a la calle intrépidamente, doscientos hombres frente
a muchos miles. L a multitud pasó p o r encima de sus cuerpos. E n t r ó como
una m a r e a apoderándose de todo. E r a u n domingo; llegaban con el pro-
pósito de vengarse y divertirse. Por diversión, crucificaron de cien for-
mas al cura constitucional. L e mataron a golpes, infligidos sólo en la cara.
Después se dedicaron a la caza de los patriotas» (Scénes de la Révolution
Frangaise).
C a n t o r d e l p u e b l o , d e s u s s u f r i m i e n t o s y d e sus t r i u n f o s , M i c h e l e t s u p o
e n c o n t r a r e s p a c i o e n s u h i s t o r i a p a r a d e s c r i b i r el m e d i o g e o g r á f i c o y c l i m á -
t i c o y las i n t e r a c c i o n e s e n t r e l o s c u e r p o s y el m e d i o . S e i n t e r e s a n o s ó l o
p o r l a e n t i d a d d e l p u e b l o , s i n o p o r las c o n d i c i o n e s d e la v i d a c o n c r e t a d e
las m a s a s . D e d i c a s u a t e n c i ó n al p r e s u p u e s t o f a m i l i a r , a s u a l i m e n t a c i ó n e
i n d u m e n t a r i a , c o n sus c o n n o t a c i o n e s s o c i a l e s . T a m b i é n se i n t e r e s a p o r t o d o
lo q u e h a s t a e n t o n c e s h a b í a q u e d a d o a h r a a r g e n d e l a s o c i e d a d y d e l a n á -
fisis h i s t ó r i c o : l o i r r a c i o n a l , l a h e r e j í a , l o s m a l e f i c i o s , l o s p r o s c r i t o s y los
m a r g i n a d o s , la c u l t u r a p o p u l a r . . . E n e s t e a s p e c t o p u e d e ser c o n s i d e r a d o
5
c o m o el p r e c u r s o r d i r e c t o d e t o d a u n a l í n e a d e h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s q u e
s e d e d i c a n a h a c e r r e s u r g i r t o d o c u a n t o fue o b j e t o d e r e c h a z o e n el p a s a d o .
DOCUMENTO
Prefacio a la historia d e F r a n c i a , 1869
E s t a o b r a , e l a b o r a d a d u r a n t e c u a r e n t a a ñ o s , fue c o n c e b i d a e n u n i n s -
tante, en u n relampaguear del m e s de julio. E n aquellos m e m o r a b l e s días,
se h i z o la l u z , i n t e n s í s i m a , y v i a F r a n c i a .
F r a n c i a t e n í a anales, p e r o n o historia. H o m b r e s e m i n e n t e s la h a b í a n es-
t u d i a d o , s o b r e t o d o d e s d e el p u n t o d e vista político. N i n g u n o la h a b í a p e -
5
Entre las obras más significativas de esta corriente Mstoriográfica merecen citarse los tra-
bajos de C. Ginzburg, Le Fromage et les Vers (1980) y Les Batalles noctumes (1980). Del pri-
mero hay traducción al castellano en Muchnik, Barcelona.
121
 cia ella; los ricos la aman porque les pertenece, por reconocimiento. El
patriotismo de los primeros es un sentimiento de deber; el de los segun-
dos es un sentimiento de exigencia, la pretensión de un derecho.
El campesino, ya lo hemos dicho, se ha desposado en legítimo matri-
monio con Francia; es su mujer, para siempre; vive con ella. Para el obre-
ro, es su hermosa querida; no posee nada, pero tiene su Francia, su no-
ble pasado, su gloria. Liberado de las ideas locales, adora la gran unidad.
Para que se debilite en él este sentimiento hace falta ser muy miserable,
hallarse envilecido por el hambre y el trabajo; de otra forma nunca llega
a extinguirse en él tal sentimiento» (Le peuple, I, cap. 8).
E l p u e b l o , q u e h a i d o e m e r g i e n d o p r o g r e s i v a m e n t e a t r a v é s d e la h i s -
t o r i a , t i e n e la v o c a c i ó n d e c o n g r e g a r a t o d o el m u n d o . E f e c t i v a m e n t e , s e r
p u e b l o es a n t e t o d o u n e s t a d o d e e s p í r i t u : « Y o soy p u e b l o , t e n g o al p u e b l o
en m i c o r a z ó n . » H a y q u e s u m e r g i r s e e n é l , v i b r a r c o n é l , e s p e c i a l m e n t e al
r e l a t a r lo o c u r r i d o e n los a ñ o s q u e v a n d e 1789 a 1792. M i c h e l e t h a s i d o
el p r i m e r o e n r e c o n o c e r la i m p o r t a n c i a d e c i s i v a d e las m a s a s e n la h i s t o r i a .
U n p o d e r o s o h á l i t o , el g r a n d i o s o v i e n t o d e la f r a t e r n i d a d d e m o c r á t i c a , r e -
c o r r e t o d o su r e l a t o d e la R e v o l u c i ó n . P o r q u e a m a al p u e b l o , s a b e a p r e -
ciar c o n j u s t i c i a , y sin e x c e s i v a c o m p l a c e n c i a , su c o m p o r t a m i e n t o . C u a n d o
r e l a t a las m a t a n z a s d e s e p t i e m b r e , a n a l i z a d e f o r m a b a s t a n t e c o n v i n c e n t e
la p s i c o l o g í a d e los c o m e r c i a n t e s e n b a n c a r r o t a , q u e e n g r o s a n las filas d e
los m a t o n e s , y l a d e la m u c h e d u m b r e , d e s e o s a d e b a r r e r d e P a r í s la p l a g a
c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i a , p e r o s i e m p r e d i s p u e s t a a e n t e r n e c e r s e c u a n d o el tri-
b u n a l p r o n u n c i a u n a a b s o l u c i ó n . P u e b l o v e r s á t i l , b l a n d o d e c o r a z ó n y ol-
v i d a d i z o a la v e z ( . . . ) . C u a n d o r e l a t a los inicios d e l a i n s u r r e c c i ó n m o n á r -
q u i c a d e la V e n d é e e n 1 7 9 3 , M i c h e l e t « s i e n t e » el c o m p o r t a m i e n t o d e l o s
c a m p e s i n o s c o n m u c h o a c i e r t o y n o d i s i m u l a el rigor d e l a l e y d e r e q u i s i -
c i ó n , p e r o , al m i s m o t i e m p o , d e n u n c i a la p r o p a g a n d a y las m a n i p u l a c i o n e s
del c l e r o o b s c u r a n t i s t a , y c e l e b r a , c o n e m o c i ó n , a los m á r t i r e s r e p u b l i c a n o s :
«El clero, después de cuatro años, a pesar de su rabia y de su violen-
cia, no conseguía atraerse a las masas. Más furioso que convencido, no
hallaba los medios, sencillos y poderosos, capaces de conmover la fibra
sensible del pueblo. No bastaba con proclamar y comentar las bulas pon-
tificias; el Papa estaba en R o m a y quedaba muy lejos de la V e n d é e . A p e -
nas había milagros. Por sencillo que fuera el pueblo, no resulta arriesga-
do pensar que muchos tenían sus dudas. Sus artimañas turbaban a unos
y volvían tibios a otros. Cathelineau imaginó algo ingenuo y leal que pro-
dujo mayor impresión que todas las mentiras juntas: en las procesiones
en las que se portaba la cruz, las parroquias de los curas juramentados
llevarían su Cristo envuelto en crespones negros.
Tuvo u n efecto inmenso. Todas las mujeres sencillas lloraban viendo
a Cristo de esta manera humillado, sufriendo la Pasión por segunda vez
(...). ¡Qué reproche a la dureza, a la insensibilidad de los hombres, ca-
paces de soportar la cautividad de Nuestro Señor! (...). Los hombres se
acusaban, se hacían recíprocos reproches. Ocasionó celos y rivalidades en-
tre los pueblos próximos. Los que sentían vergüenza de no sacar a su Cris-
to con el rostro descubierto eran vilipendiados públicamente por el resto
como cobardes que soportaban tiranía (...).
La ley de la requisición había intensificado el odio del campesino con-
tra Cholet, contra las ciudades en general, contra los ayuntamientos. En
virtud de esta ley, la Convención imponía a los funcionarios municipales
120
la terrible carga de improvisar un ejército, personal y material, hombres
y cosas, todo. Les otorgaba el derecho de conseguir los reclutamientos y
también el equipamiento, la indumentaria y los transportes. Se decía que
la República iba a requisar ios animales (...). ¡Tocar a los bueyes! ¡Dios
omnipotente! (...) Eso bastaba para tomar las armas.
La ley de la requisición autorizaba a los comunes a resolver entre ellos
mismos cómo formar el contingente total. Si un muchacho era muy ne-
cesario en su familia, la municipalidad lo dejaba en ella y tomaba otro.
Precisamente la arbitrariedad del sistema multiplicaba las disputas. Pare-
cía que la Convención, debido a lo imprudente de esta ley, hubiera he-
cho un llamamiento general a la discusión. Las autoridades municipales
no sabían a quién escuchar. Se injuriaba y se amenazaba p o r igual a los
republicanos y a los monárquicos. U n municipal monárquico a quien los
campesinos querían liquidar, les decía: " ¿ Q u e os creéis? (...) jamás en-
contraréis otro que sea más aristócrata."
El día 10 explotaron los odios, atroces en Machecoul. Tocaban a re-
bato cuando u n a enorme masa rural caía sobre la pequeña ciudad. Los
patriotas se echaron a la calle intrépidamente, doscientos hombres frente
a muchos miles. L a multitud pasó p o r encima de sus cuerpos. E n t r ó como
una m a r e a apoderándose de todo. E r a u n domingo; llegaban con el pro-
pósito de vengarse y divertirse. Por diversión, crucificaron de cien for-
mas al cura constitucional. L e mataron a golpes, infligidos sólo en la cara.
Después se dedicaron a la caza de los patriotas» (Scénes de la Révolution
Frangaise).
C a n t o r d e l p u e b l o , d e s u s s u f r i m i e n t o s y d e sus t r i u n f o s , M i c h e l e t s u p o
e n c o n t r a r e s p a c i o e n s u h i s t o r i a p a r a d e s c r i b i r el m e d i o g e o g r á f i c o y c l i m á -
t i c o y las i n t e r a c c i o n e s e n t r e l o s c u e r p o s y el m e d i o . S e i n t e r e s a n o s ó l o
p o r l a e n t i d a d d e l p u e b l o , s i n o p o r las c o n d i c i o n e s d e la v i d a c o n c r e t a d e
las m a s a s . D e d i c a s u a t e n c i ó n al p r e s u p u e s t o f a m i l i a r , a s u a l i m e n t a c i ó n e
i n d u m e n t a r i a , c o n sus c o n n o t a c i o n e s s o c i a l e s . T a m b i é n se i n t e r e s a p o r t o d o
lo q u e h a s t a e n t o n c e s h a b í a q u e d a d o a h r a a r g e n d e l a s o c i e d a d y d e l a n á -
fisis h i s t ó r i c o : l o i r r a c i o n a l , l a h e r e j í a , l o s m a l e f i c i o s , l o s p r o s c r i t o s y los
m a r g i n a d o s , la c u l t u r a p o p u l a r . . . E n e s t e a s p e c t o p u e d e ser c o n s i d e r a d o
5
c o m o el p r e c u r s o r d i r e c t o d e t o d a u n a l í n e a d e h i s t o r i a d o r e s a c t u a l e s q u e
s e d e d i c a n a h a c e r r e s u r g i r t o d o c u a n t o fue o b j e t o d e r e c h a z o e n el p a s a d o .
DOCUMENTO
Prefacio a la historia d e F r a n c i a , 1869
E s t a o b r a , e l a b o r a d a d u r a n t e c u a r e n t a a ñ o s , fue c o n c e b i d a e n u n i n s -
tante, en u n relampaguear del m e s de julio. E n aquellos m e m o r a b l e s días,
se h i z o la l u z , i n t e n s í s i m a , y v i a F r a n c i a .
F r a n c i a t e n í a anales, p e r o n o historia. H o m b r e s e m i n e n t e s la h a b í a n es-
t u d i a d o , s o b r e t o d o d e s d e el p u n t o d e vista político. N i n g u n o la h a b í a p e -
5
Entre las obras más significativas de esta corriente Mstoriográfica merecen citarse los tra-
bajos de C. Ginzburg, Le Fromage et les Vers (1980) y Les Batalles noctumes (1980). Del pri-
mero hay traducción al castellano en Muchnik, Barcelona.
121
n e t r a d o e n los infinitos d e t a l l e s d e los m ú l t i p l e s d e s a r r o l l o s d e su a c t i v i d a d
(religiosa, económica, artística, e t c . ) . N i n g u n o la h a b í a a b a r c a d o en la uni-
d a d v i v a d e sus e l e m e n t o s n a t u r a l e s y g e o g r á f i c o s . Y o fui el p r i m e r o e n v e r -
la c o m o u n a l m a , c o m o u n a p e r s o n a .
E l ilustre Sismondi, p e r s e v e r a n t e t r a b a j a d o r , h o n e s t o y juicioso, se ele-
v a e x c e p c i o n a l m e n t e , e n sus a n a l e s p o l í t i c o s , a c o n c e p c i o n e s d e c o n j u n t o .
P e r o , p o r o t r o l a d o , a p e n a s p e n e t r a e n las i n v e s t i g a c i o n e s e r u d i t a s . E l m i s -
m o confiesa lealmente (cuando escribe en G i n e b r a ) q u e carece d e actas y
manuscritos
P o r lo d e m á s , h a s t a 1830 ( i n c l u s o h a s t a 1 8 3 6 ) , n i n g u n o d e l o s n o t a b l e s
historiadores d e esta é p o c a h a b í a sentido a ú n la necesidad d e buscar los h e -
c h o s , m á s allá d e los l i b r o s p u b l i c a d o s , e n las f u e n t e s p r i m i t i v a s , i n é d i t a s
la m a y o r í a e n t o n c e s , q u e se h a l l a b a n e n los m a n u s c r i t o s d e n u e s t r a s biblio-
t e c a s y e n los d o c u m e n t o s d e n u e s t r o s a r c h i v o s .
L a n o b l e p l é y a d e histórica i n t e g r a d a p o r los señores de B a r a n t e , G u i -
z o t , M i g n e t , T h i e r s , T h i e r r y , y q u e b r i l l a e n t r e 1820 y 1 8 3 0 , e n f o c a la h i s -
t o r i a d e s d e d i v e r s o s p u n t o s d e v i s t a e s p e c í f i c o s . U n o se p r e o c u p ó p o r el e l e -
m e n t o é t n i c o , o t r o p o r las i n s t i t u c i o n e s , e t c . , sin c o m p r e n d e r q u i z á c u a n
difícil es aislar e s t o s e l e m e n t o s y c ó m o i n f l u y e n l o s u n o s e n los o t r o s . L a
r a z a , p o r e j e m p l o , ¿ p e r m a n e c e i d é n t i c a sin sufrir l a i n f l u e n c i a d e las c o s -
t u m b r e s c a m b i a n t e s ? ¿ P u e d e n e s t u d i a r s e las i n s t i t u c i o n e s , sin t e n e r e n
c u e n t a la h i s t o r i a d e las i d e a s y las m i l c i r c u n s t a n c i a s s o c i a l e s d e las q u e
e m e r g e n ? L a s e s p e c i a l i d a d e s s o n s i e m p r e a l g o artificiales; p r e t e n d e n escla-
r e c e r a s p e c t o s d e t e r m i n a d o s , p e r o p u e d e n d a r n o s falsos p e r f i l e s y e q u i v o -
c a r n o s s o b r e el c o n j u n t o , p e r d i e n d o d e v i s t a l a a r m o n í a s u p e r i o r .
L a v i d a es s o b e r a n a y m u y e x i g e n t e . N o es v e r d a d e r a m e n t e v i d a si n o
es c o m p l e t a . S u s ó r g a n o s s o n s o l i d a r i o s l o s u n o s r e s p e c t o a los o t r o s y a c -
t ú a n c o n j u n t a m e n t e . N u e s t r a s f u n c i o n e s e s t á n v i n c u l a d a s y se s u p e r p o n e n
las u n a s a las o t r a s . B a s t a q u e f a l t e u n a y las o t r a s d e j a r á n d e vivir. E n
o t r o t i e m p o se c r e í a p o d e r aislar m e d i a n t e el e s c a l p e l o y s e g u i r a i s l a d a m e n -
t e c a d a u n o d e n u e s t r o s s i s t e m a s , p e r o n o es p o s i b l e p o r q u e t o d o i n f l u y e
sobre todo.
P o r t a n t o , o t o d o o n a d a . P a r a r e e n c o n t r a r la v i d a h i s t ó r i c a , h a y q u e
s e g u i r l a p a c i e n t e m e n t e e n t o d a s sus v í a s , e n t o d a s sus f o r m a s , e n t o d o s sus
e l e m e n t o s . P e r o t a m b i é n es n e c e s a r i o r e h a c e r y r e s t a b l e c e r , c o n m a y o r p a -
sión a ú n , el j u e g o d e t o d o e l l o , la a c c i ó n r e c í p r o c a d e las d i v e r s a s f u e r z a s
e n u n p o d e r o s o m o v i m i e n t o q u e v o l v e r í a a ser la v i d a m i s m a .
G é r i c a u l t , el m a e s t r o , c u y a g e n i a l i d a d sin d u d a n o m e h a sido d a d a ,
p e r o sí su v i o l e n c i a v o l u n t a d , n o se t u r b ó al e n t r a r e n el L o u v r e (el L o u v r e
d e e n t o n c e s , q u e r e u n í a e n su s e n o t o d o el a r t e e u r o p e o ) . D i j o : « ¡ E s t á
bien! Y o voy a rehacerlo.» M e d i a n t e rápidos esbozos iba t o m a n d o y apro-
p i á n d o s e l o t o d o . Y d e n o h a b e r t e n i d o l u g a r el a ñ o 1 8 1 5 , h u b i e r a c u m p l i -
d o su p a l a b r a . E s t o es p a s i ó n , l a furia d e la j u v e n t u d .
M i p r o b l e m a histórico era m á s complicado a ú n , m á s p a v o r o s o , p o r q u e
su o b j e t i v o e r a l a resurrección de la vida integral, n o e n su s u p e r f i c i e a p a -
r e n t e , s i n o e n sus o r g a n i s m o s i n t e r n o s y p r o f u n d o s . N i n g ú n n o m b r e p r u -
d e n t e lo h u b i e r a s o ñ a d o . F e l i z m e n t e y o n o lo e r a .
U n a brillante m a ñ a n a del m e s de julio mi j o v e n corazón n o se espantó
ante tal e m p r e s a s o b r e h u m a n a , a n t e su e n o r m e e s p e r a n z a , su p o t e n t e elec-
t r i c i d a d . A c i e r t a s h o r a s n o e x i s t e n los o b s t á c u l o s . L a l l a m a l o simplifica
122
t o d o . M i l c o s a s i n t r i n c a d a s s e r e s u e l v e n , s e h a l l a n sus a u t é n t i c a s r e l a c i o n e s
y (se a r m o n i z a n ) s e i l u m i n a n . M u c h o s r e s o r t e s , q u e a i s l a d o s s o n p e s a d o s
e i n e r t e s , s e m u e v e n p o r sí m i s m o s si s o n e m p l a z a d o s e n e l c o n j u n t o .
A l m e n o s é s t a fue m i f e , y e s t e a c t o d e f e , f u e r e c u a l f u e r e m i d e b i l i -
d a d , dio resultado. Se agitó a n t e mis ojos u n i n m e n s o m o v i m i e n t o . L a s m ú l -
t i p l e s f u e r z a s , n a t u r a l e s y a r t í s t i c a s , s e b u s c a r o n , se c o m b i n a r o n , c o n difi-
c u l t a d e s al p r i n c i p i o . L o s m i e m b r o s d e l g r a n c u e r p o , p u e b l o s , r a z a s , c o -
m a r c a s , se r e c o m p u s i e r o n d e s d e e l m a r h a s t a el R h i n , h a s t a el R ó d a n o , h a s -
t a l o s A l p e s , y d e s f i l a r o n l o s siglos p o r la G a l i a y la F r a n c i a .
T o d o s , a m i g o s , e n e m i g o s , d i r á n « q u é vivo e s t a b a » . P e r o ¿cuáles son los
v e r d a d e r o s s i g n o s d e l a v i d a ? C o n c i e r t a d e s t r e z a se p u e d e c o n s e g u i r l a a n i -
m a c i ó n , u n a e s p e c i e d e c a l o r . P u e d e p a r e c e r q u e el g a l v a n i s m o , c o n s u s sal-
t o s , sus f u e r z a s , sus c o n t r a s t e s l l a m a t i v o s , sus s o r p r e s a s y p e q u e ñ o s m i l a -
g r o s , v a m á s allá d e l a p r o p i a v i d a . P e r o l a v e r d a d e r a v i d a t i e n e u n s i g n o
c o m p l e t a m e n t e diferente, su c o n t i n u i d a d . L a vida n a c e d e golpe, d u r a , cre-
c e p l á c i d a m e n t e , l e n t a m e n t e , uno tenore. S u u n i d a d n o es c o m o l a d e u n a
o b r a d e t e a t r o e n c i n c o a c t o s , s i n o la a r m ó n i c a i d e n t i d a d d e l a l m a ( e n s u
desarrollo muchas veces inmenso).
L a crítica m á s s e v e r a , si j u z g a el c o n j u n t o d e m i l i b r o , n o d e j a r á d e r e -
c o n o c e r m e e n él p o r l a f u e r z a d e l a v i d a . N o h a s i d o h i j o d e l a p r e c i p i t a -
c i ó n ; al m e n o s p o s e e el m é r i t o d e h a b e r s i d o e l a b o r a d o c o n l e n t i t u d . E l m é -
t o d o h a s i d o s i e m p r e e l m i s m o , d e s d e el p r i m e r o al ú l t i m o v o l u m e n ; i g u a l
e n m i G e o g r a f í a q u e e n m i L u i s X V y e n m i R e v o l u c i ó n . Se s o s t i e n e n l a
f o r m a y el c o l o r , lo q u e n o d e j a d e s e r e x c e p c i o n a l e n u n t r a b a j o q u e h a
d u r a d o t a n t o s a ñ o s . S i e m p r e las m i s m a s c u a l i d a d e s y l o s m i s m o s d e f e c t o s .
Si é s t o s h u b i e r a n d e s a p a r e c i d o , l a o b r a h u b i e r a p e r d i d o h o m o g e n e i d a d c o -
l o r , p e r s o n a l i d a d . T a l c u a l , es p r e f e r i b l e q u e s e m a n t e n g a a r m ó n i c a , u n
todo vido.
C u a n d o c o m e n z a b a m i o b r a , e x i s t í a u n l i b r o g e n i a l , el d e T h i e r r y . Sa-
gaz y p e n e t r a n t e , intérprete delicado, gran cincelador, admirable trabaja-
d o r , sin e m b a r g o , T h i e r r y e r a e s c l a v o d e u n s e ñ o r . S u s e ñ o r , su t i r a n o , e r a
el p u n t o d e v i s t a e x c l u s i v o , s i s t e m á t i c o , d e l a p e r p e t u i d a d d e las r a z a s . L o
atractivo de este gran libro consiste e n q u e , debajo d e este sistema q u e po-
dría p a r e c e r fatalista, se siente respirar u n c o r a z ó n e m o c i o n a d o , e m b a r g a -
d o p o r el a l m a n a c i o n a l y el d e r e c h o a la l i b e r t a d , q u e l u c h a c o n t r a l a fuer-
z a f a t a l , la i n v a s i ó n .
L e a m o y le a d m i r o m u c h o . S i n e m b a r g o , m e c u e s t a d e c i r l o , n i l o m a -
t e r i a l n i lo e s p i r i t u a l d e s u l i b r o m e s a t i s f a c e n .
M e p a r e c e q u e lo m a t e r i a l , l a r a z a , el p u e b l o , q u e es su c o n t i n u a d o r ,
e s t á n e c e s i t a d o d e q u e se le p o n g a d e b a j o u n a b a s e i m p o r t a n t e , l a t i e r r a
q u e lo s o s t e n í a y lo n u t r í a . S i n u n f u n d a m e n t o g e o g r á f i c o , el p u e b l o , el a c -
t o r h i s t ó r i c o , p a r e c e c a m i n a r e n el a i r e c o m o e n las p i n t u r a s c h i n a s e n las
q u e falta el s u e l o . N o c r e á i s q u e el s u e l o e s t a n sólo el e s c e n a r i o d e l a a c -
c i ó n . I n f l u y e d e c i e n m a n e r a s , m e d i a n t e el a l i m e n t o , el c l i m a , e t c . D e t a l
n i d o , tal p á j a r o . D e tal patria, tal h o m b r e .
L a r a z a , e l e m e n t o i m p o r t a n t e y d o m i n a n t e e n los t i e m p o s b á r b a r o s , a n -
t e s d e - q u e se f o r j a r a n las n a c i o n e s , h a i d o p e r d i e n d o i m p o r t a n c i a , d e b i l i -
tándose, extinguiéndose, a medida que cada nación iba m a d u r a n d o y per-
s o n i f i c á n d o s e . E l i l u s t r e S. M i l i l o e x p l i c a m u y b i e n : « L a j u s t i f i c a c i ó n m á s
fácil, p a r a d i s p e n s a r s e d e l e s t u d i o d e las i n f l u e n c i a s m o r a l e s y s o c i a l e s , se-
123
n e t r a d o e n los infinitos d e t a l l e s d e los m ú l t i p l e s d e s a r r o l l o s d e su a c t i v i d a d
(religiosa, económica, artística, e t c . ) . N i n g u n o la h a b í a a b a r c a d o en la uni-
d a d v i v a d e sus e l e m e n t o s n a t u r a l e s y g e o g r á f i c o s . Y o fui el p r i m e r o e n v e r -
la c o m o u n a l m a , c o m o u n a p e r s o n a .
E l ilustre Sismondi, p e r s e v e r a n t e t r a b a j a d o r , h o n e s t o y juicioso, se ele-
v a e x c e p c i o n a l m e n t e , e n sus a n a l e s p o l í t i c o s , a c o n c e p c i o n e s d e c o n j u n t o .
P e r o , p o r o t r o l a d o , a p e n a s p e n e t r a e n las i n v e s t i g a c i o n e s e r u d i t a s . E l m i s -
m o confiesa lealmente (cuando escribe en G i n e b r a ) q u e carece d e actas y
manuscritos
P o r lo d e m á s , h a s t a 1830 ( i n c l u s o h a s t a 1 8 3 6 ) , n i n g u n o d e l o s n o t a b l e s
historiadores d e esta é p o c a h a b í a sentido a ú n la necesidad d e buscar los h e -
c h o s , m á s allá d e los l i b r o s p u b l i c a d o s , e n las f u e n t e s p r i m i t i v a s , i n é d i t a s
la m a y o r í a e n t o n c e s , q u e se h a l l a b a n e n los m a n u s c r i t o s d e n u e s t r a s biblio-
t e c a s y e n los d o c u m e n t o s d e n u e s t r o s a r c h i v o s .
L a n o b l e p l é y a d e histórica i n t e g r a d a p o r los señores de B a r a n t e , G u i -
z o t , M i g n e t , T h i e r s , T h i e r r y , y q u e b r i l l a e n t r e 1820 y 1 8 3 0 , e n f o c a la h i s -
t o r i a d e s d e d i v e r s o s p u n t o s d e v i s t a e s p e c í f i c o s . U n o se p r e o c u p ó p o r el e l e -
m e n t o é t n i c o , o t r o p o r las i n s t i t u c i o n e s , e t c . , sin c o m p r e n d e r q u i z á c u a n
difícil es aislar e s t o s e l e m e n t o s y c ó m o i n f l u y e n l o s u n o s e n los o t r o s . L a
r a z a , p o r e j e m p l o , ¿ p e r m a n e c e i d é n t i c a sin sufrir l a i n f l u e n c i a d e las c o s -
t u m b r e s c a m b i a n t e s ? ¿ P u e d e n e s t u d i a r s e las i n s t i t u c i o n e s , sin t e n e r e n
c u e n t a la h i s t o r i a d e las i d e a s y las m i l c i r c u n s t a n c i a s s o c i a l e s d e las q u e
e m e r g e n ? L a s e s p e c i a l i d a d e s s o n s i e m p r e a l g o artificiales; p r e t e n d e n escla-
r e c e r a s p e c t o s d e t e r m i n a d o s , p e r o p u e d e n d a r n o s falsos p e r f i l e s y e q u i v o -
c a r n o s s o b r e el c o n j u n t o , p e r d i e n d o d e v i s t a l a a r m o n í a s u p e r i o r .
L a v i d a es s o b e r a n a y m u y e x i g e n t e . N o es v e r d a d e r a m e n t e v i d a si n o
es c o m p l e t a . S u s ó r g a n o s s o n s o l i d a r i o s l o s u n o s r e s p e c t o a los o t r o s y a c -
t ú a n c o n j u n t a m e n t e . N u e s t r a s f u n c i o n e s e s t á n v i n c u l a d a s y se s u p e r p o n e n
las u n a s a las o t r a s . B a s t a q u e f a l t e u n a y las o t r a s d e j a r á n d e vivir. E n
o t r o t i e m p o se c r e í a p o d e r aislar m e d i a n t e el e s c a l p e l o y s e g u i r a i s l a d a m e n -
t e c a d a u n o d e n u e s t r o s s i s t e m a s , p e r o n o es p o s i b l e p o r q u e t o d o i n f l u y e
sobre todo.
P o r t a n t o , o t o d o o n a d a . P a r a r e e n c o n t r a r la v i d a h i s t ó r i c a , h a y q u e
s e g u i r l a p a c i e n t e m e n t e e n t o d a s sus v í a s , e n t o d a s sus f o r m a s , e n t o d o s sus
e l e m e n t o s . P e r o t a m b i é n es n e c e s a r i o r e h a c e r y r e s t a b l e c e r , c o n m a y o r p a -
sión a ú n , el j u e g o d e t o d o e l l o , la a c c i ó n r e c í p r o c a d e las d i v e r s a s f u e r z a s
e n u n p o d e r o s o m o v i m i e n t o q u e v o l v e r í a a ser la v i d a m i s m a .
G é r i c a u l t , el m a e s t r o , c u y a g e n i a l i d a d sin d u d a n o m e h a sido d a d a ,
p e r o sí su v i o l e n c i a v o l u n t a d , n o se t u r b ó al e n t r a r e n el L o u v r e (el L o u v r e
d e e n t o n c e s , q u e r e u n í a e n su s e n o t o d o el a r t e e u r o p e o ) . D i j o : « ¡ E s t á
bien! Y o voy a rehacerlo.» M e d i a n t e rápidos esbozos iba t o m a n d o y apro-
p i á n d o s e l o t o d o . Y d e n o h a b e r t e n i d o l u g a r el a ñ o 1 8 1 5 , h u b i e r a c u m p l i -
d o su p a l a b r a . E s t o es p a s i ó n , l a furia d e la j u v e n t u d .
M i p r o b l e m a histórico era m á s complicado a ú n , m á s p a v o r o s o , p o r q u e
su o b j e t i v o e r a l a resurrección de la vida integral, n o e n su s u p e r f i c i e a p a -
r e n t e , s i n o e n sus o r g a n i s m o s i n t e r n o s y p r o f u n d o s . N i n g ú n n o m b r e p r u -
d e n t e lo h u b i e r a s o ñ a d o . F e l i z m e n t e y o n o lo e r a .
U n a brillante m a ñ a n a del m e s de julio mi j o v e n corazón n o se espantó
ante tal e m p r e s a s o b r e h u m a n a , a n t e su e n o r m e e s p e r a n z a , su p o t e n t e elec-
t r i c i d a d . A c i e r t a s h o r a s n o e x i s t e n los o b s t á c u l o s . L a l l a m a l o simplifica
122
t o d o . M i l c o s a s i n t r i n c a d a s s e r e s u e l v e n , s e h a l l a n sus a u t é n t i c a s r e l a c i o n e s
y (se a r m o n i z a n ) s e i l u m i n a n . M u c h o s r e s o r t e s , q u e a i s l a d o s s o n p e s a d o s
e i n e r t e s , s e m u e v e n p o r sí m i s m o s si s o n e m p l a z a d o s e n e l c o n j u n t o .
A l m e n o s é s t a fue m i f e , y e s t e a c t o d e f e , f u e r e c u a l f u e r e m i d e b i l i -
d a d , dio resultado. Se agitó a n t e mis ojos u n i n m e n s o m o v i m i e n t o . L a s m ú l -
t i p l e s f u e r z a s , n a t u r a l e s y a r t í s t i c a s , s e b u s c a r o n , se c o m b i n a r o n , c o n difi-
c u l t a d e s al p r i n c i p i o . L o s m i e m b r o s d e l g r a n c u e r p o , p u e b l o s , r a z a s , c o -
m a r c a s , se r e c o m p u s i e r o n d e s d e e l m a r h a s t a el R h i n , h a s t a el R ó d a n o , h a s -
t a l o s A l p e s , y d e s f i l a r o n l o s siglos p o r la G a l i a y la F r a n c i a .
T o d o s , a m i g o s , e n e m i g o s , d i r á n « q u é vivo e s t a b a » . P e r o ¿cuáles son los
v e r d a d e r o s s i g n o s d e l a v i d a ? C o n c i e r t a d e s t r e z a se p u e d e c o n s e g u i r l a a n i -
m a c i ó n , u n a e s p e c i e d e c a l o r . P u e d e p a r e c e r q u e el g a l v a n i s m o , c o n s u s sal-
t o s , sus f u e r z a s , sus c o n t r a s t e s l l a m a t i v o s , sus s o r p r e s a s y p e q u e ñ o s m i l a -
g r o s , v a m á s allá d e l a p r o p i a v i d a . P e r o l a v e r d a d e r a v i d a t i e n e u n s i g n o
c o m p l e t a m e n t e diferente, su c o n t i n u i d a d . L a vida n a c e d e golpe, d u r a , cre-
c e p l á c i d a m e n t e , l e n t a m e n t e , uno tenore. S u u n i d a d n o es c o m o l a d e u n a
o b r a d e t e a t r o e n c i n c o a c t o s , s i n o la a r m ó n i c a i d e n t i d a d d e l a l m a ( e n s u
desarrollo muchas veces inmenso).
L a crítica m á s s e v e r a , si j u z g a el c o n j u n t o d e m i l i b r o , n o d e j a r á d e r e -
c o n o c e r m e e n él p o r l a f u e r z a d e l a v i d a . N o h a s i d o h i j o d e l a p r e c i p i t a -
c i ó n ; al m e n o s p o s e e el m é r i t o d e h a b e r s i d o e l a b o r a d o c o n l e n t i t u d . E l m é -
t o d o h a s i d o s i e m p r e e l m i s m o , d e s d e el p r i m e r o al ú l t i m o v o l u m e n ; i g u a l
e n m i G e o g r a f í a q u e e n m i L u i s X V y e n m i R e v o l u c i ó n . Se s o s t i e n e n l a
f o r m a y el c o l o r , lo q u e n o d e j a d e s e r e x c e p c i o n a l e n u n t r a b a j o q u e h a
d u r a d o t a n t o s a ñ o s . S i e m p r e las m i s m a s c u a l i d a d e s y l o s m i s m o s d e f e c t o s .
Si é s t o s h u b i e r a n d e s a p a r e c i d o , l a o b r a h u b i e r a p e r d i d o h o m o g e n e i d a d c o -
l o r , p e r s o n a l i d a d . T a l c u a l , es p r e f e r i b l e q u e s e m a n t e n g a a r m ó n i c a , u n
todo vido.
C u a n d o c o m e n z a b a m i o b r a , e x i s t í a u n l i b r o g e n i a l , el d e T h i e r r y . Sa-
gaz y p e n e t r a n t e , intérprete delicado, gran cincelador, admirable trabaja-
d o r , sin e m b a r g o , T h i e r r y e r a e s c l a v o d e u n s e ñ o r . S u s e ñ o r , su t i r a n o , e r a
el p u n t o d e v i s t a e x c l u s i v o , s i s t e m á t i c o , d e l a p e r p e t u i d a d d e las r a z a s . L o
atractivo de este gran libro consiste e n q u e , debajo d e este sistema q u e po-
dría p a r e c e r fatalista, se siente respirar u n c o r a z ó n e m o c i o n a d o , e m b a r g a -
d o p o r el a l m a n a c i o n a l y el d e r e c h o a la l i b e r t a d , q u e l u c h a c o n t r a l a fuer-
z a f a t a l , la i n v a s i ó n .
L e a m o y le a d m i r o m u c h o . S i n e m b a r g o , m e c u e s t a d e c i r l o , n i l o m a -
t e r i a l n i lo e s p i r i t u a l d e s u l i b r o m e s a t i s f a c e n .
M e p a r e c e q u e lo m a t e r i a l , l a r a z a , el p u e b l o , q u e es su c o n t i n u a d o r ,
e s t á n e c e s i t a d o d e q u e se le p o n g a d e b a j o u n a b a s e i m p o r t a n t e , l a t i e r r a
q u e lo s o s t e n í a y lo n u t r í a . S i n u n f u n d a m e n t o g e o g r á f i c o , el p u e b l o , el a c -
t o r h i s t ó r i c o , p a r e c e c a m i n a r e n el a i r e c o m o e n las p i n t u r a s c h i n a s e n las
q u e falta el s u e l o . N o c r e á i s q u e el s u e l o e s t a n sólo el e s c e n a r i o d e l a a c -
c i ó n . I n f l u y e d e c i e n m a n e r a s , m e d i a n t e el a l i m e n t o , el c l i m a , e t c . D e t a l
n i d o , tal p á j a r o . D e tal patria, tal h o m b r e .
L a r a z a , e l e m e n t o i m p o r t a n t e y d o m i n a n t e e n los t i e m p o s b á r b a r o s , a n -
t e s d e - q u e se f o r j a r a n las n a c i o n e s , h a i d o p e r d i e n d o i m p o r t a n c i a , d e b i l i -
tándose, extinguiéndose, a medida que cada nación iba m a d u r a n d o y per-
s o n i f i c á n d o s e . E l i l u s t r e S. M i l i l o e x p l i c a m u y b i e n : « L a j u s t i f i c a c i ó n m á s
fácil, p a r a d i s p e n s a r s e d e l e s t u d i o d e las i n f l u e n c i a s m o r a l e s y s o c i a l e s , se-
123
r í a a t r i b u i r las d i f e r e n c i a s d e c a r á c t e r a d i f e r e n c i a s n a t u r a l e s i n d e s t r u c t i - cho Barante para Froissart), no es, en absoluto, un historiador. El antiguo
bles.» c r o n i s t a , e x t r a o r d i n a r i a m e n t e a t r a c t i v o , es a b s o l u t a m e n t e i n c a p a z d e d e c i r
C o n t r a a q u e l l o s q u e e n los t i e m p o s m o d e r n o s b u s c a n el e l e m e n t o é t n i - al p o b r e c r i a d o q u e v a d e t r á s d e él l o q u e es el g r a n d i o s o , s o m b r í o y t e r r i -
co y l o e x a g e r a n , y o d e s t a c a b a u n e c h o m o r a l , e n o r m e y b a s t a n t e d e s - b l e siglo XIV. P a r a a l c a n z a r a s a b e r l o s e n e c e s i t a t o d a n u e s t r a c a p a c i d a d d e
a p e r c i b i d o , d e la p r o p i a h i s t o r i a . E s el p o d e r o s o trabajo de ella sobre sí análisis y t o d a n u e s t r a e r u d i c i ó n . H a c e f a l t a u n g r a n i n g e n i o p a r a d e s c u b r i r
misma, e n el q u e F r a n c i a v a t r a n s f o r m a n d o t o d o s sus e l e m e n t o s b r u t o s l o s m i s t e r i o s , i n a c c e s i b l e s p a r a el n a r r a d o r . ¿ Q u é - i n g e n i o , q u é i n s t r u m e n -
m e d i a n t e su p r o p i o p r o g r e s o . A p a r t i r d e los e l e m e n t o s a p o r t a d o s p o r el to? La personalidad m o d e r n a , tan potente y tan amplia.
u r b a n i s m o r o m a n o , p o r las t r i b u s a l e m a n a s , p o r el c l a n c é l t i c o , u n a v e z a n u - A l ir p e n e t r a n d o m á s y m á s e n el t e m a , se l e a m a y e n t o n c e s s e le c o n -
l a d o s , d e s a p a r e c i d o s , h e m o s i d o e x t r a y e n d o , a lo l a r g o d e l a h i s t o r i a , r e - templa con creciente interés. El corazón emocionado posee un segundo sen-
sultados diferentes e incluso contrarios, e n gran p a r t e , a t o d o aquello q u e t i d o , v e m i l c o s a s q u e s o n i n v i s i b l e s p a r a el p u e b l o i n d i f e r e n t e . H i s t o r i a d o r
les p r e c e d i ó . e h i s t o r i a se u n e n e n e s t a c o n t e m p l a c i ó n . ¿ E l l o es b u e n o ? ¿ E s m a l o ? O c u r r e
L a v i d a p o s e e s o b r e sí m i s m a u n a a c c i ó n d e g e s t a c i ó n p e r s o n a l , c a p a z en este p u n t o algo q u e n u n c a se h a descrito y q u e v a m o s a revelar:
d e crear, a partir d e los m a t e r i a l e s preexistentes, cosas a b s o l u t a m e n t e n u e - L a h i s t o r i a , c o n e l c o r r e r d e l t i e m p o , h a c e al h i s t o r i a d o r e n m a y o r m e -
v a s . D e l p a n y d e las f r u t a s q u e h e m o s c o m i d o h a c e m o s s a n g r e r o j a y s a - d i d a q u e el h i s t o r i a d o r h a c e la h i s t o r i a . S o y h i j o d e m i l i b r o . S o y s u o b r a .
lada, q u e n a d a tiene q u e ver con los alimentos d e los q u e la e l a b o r a m o s . E s t e h i j o h a h e c h o a su p a d r e . Si b i e n , e n p r i n c i p i o , el l i b r o h a s a l i d o d e
I g u a l o c u r r e c o n l a v i d a h i s t ó r i c a : c a d a p u e b l o se v a h a c i e n d o , se v a e n - m í , d e m i t e m p e s t u o s a j u v e n t u d , él h a a c r e c e n t a d o e n m í la f u e r z a y l a cla-
g e n d r a n d o , va t r i t u r a n d o y a m a l g a m a n d o los e l e m e n t o s q u e p e r m a n e c e n rividencia, l a v e h e m e n c i a f e c u n d a , el p o d e r r e a l d e r e s u c i t a r el p a s a d o . Si
indudablemente reducidos a un estado obscuro y confuso, que son bien nos p a r e c e m o s , e s t u p e n d o . L o s rasgos q u e tiene de m í son en gran m e d i d a
p o c a c o s a e n r e l a c i ó n al l a r g o c a m i n o d e t r a b a j o q u e s u p o n e la c o n s t r u c - a q u e l l o s q u e le d e b o , l o s q u e h e c o n s e g u i d o g r a c i a s a él.
c i ó n d e la g r a n a l m a n a c i o n a l .
F r a n c i a h a h e c h o a F r a n c i a , y el e l e m e n t o é t n i c o , d a d o p o r el d e s t i n o , M i c h e l e t , Préface á l'Histoire de France, p a r a la e d i c i ó n d e 1 8 6 9 .
m e p a r e c e s e c u n d a r i o . F r a n c i a es h i j a d e su l i b e r t a d . L a p a r t e e s e n c i a l e n ( T e x t o c i t a d o p o r J . E h r a r d y G . P a l m a d e , L'Histoire, A r m a n d Colin,
el p r o g r e s o h u m a n o es l a f u e r z a v i v a , el h o m b r e . El hombre es su propio p p . 261 a 265).
Prometeo.
E n r e s u m e n , la h i s t o r i a , t a l c o m o y o l a v e o e n e s t o s h i s t o r i a d o r e s e m i -
n e n t e s (y a l g u n o s a d m i r a b l e s ) , m e p a r e c e d é b i l e n s u s d o s m é t o d o s :
Demasiado poco material p o r q u e t i e n e n e n c u e n t a las r a z a s , p e r o n o el
s u e l o , el c l i m a , los a l i m e n t o s y t a n t a s o t r a s c i r c u n s t a n c i a s físicas y fisiológi-
cas.
Demasiado poco espiritual p o r q u e h a b l a n d e l e y e s , d e a c t o s p o l í t i c o s
p e r o n o d e las i d e a s , d e las c o s t u m b r e s , d e l g r a n m o v i m i e n t o p r o g r e s i v o ,
interior, del alma nacional.
E s p e c i a l m e n t e se e c h a d e m e n o s la c u r i o s i d a d p o r el p e q u e ñ o d e t a l l e
e r u d i t o , d o n d e lo m e j o r q u i z á d e b í a p e r m a n e c e r e s c o n d i d o e n las f u e n t e s
inéditas.
E n e s t e l i b r o e s t á t o d a m i v i d a , q u e h a t r a n s c u r r i d o c o n él. H a s i d o m i
ú n i c o a c o n t e c i m i e n t o . T a l i d e n t i d a d e n t r e el l i b r o y el a u t o r ¿ n o e n c i e r r a
u n p e l i g r o ? ¿ P u e d e la o b r a d e j a r d e e s t a r c o l o r e a d a p o r l o s s e n t i m i e n t o s
y la e d a d d e a q u e l q u e la e s c r i b e ?
S i e m p r e es así. N i n g ú n r e t r a t o , p o r e x a c t o y c o n f o r m e al m o d e l o , q u e
s e a , d e j a d e p o s e e r algo s u b j e t i v o q u e el a r t i s t a h a i n t r o d u c i d o e n él. L o s
m a e s t r o s d e la h i s t o r i a n o se a p a r t a n d e e s t a l e y . T á c i t o , e n s u T i b e r i o , d e s -
c r i b e ( c o n el t o n o s o f o c a n t e d e su t i e m p o ) «los q u i n c e l a r g o s a ñ o s » d e si-
l e n c i o . T h i e r r y , al h a c e r el r e l a t o d e C l o d o v e o o d e l a c o n q u i s t a d e G u i -
l l e r m o , e s t á s i n t i e n d o la h o n d a e m o c i ó n d e la F r a n c i a r e c i e n t e m e n t e i n v a -
d i d a y su o p o s i c i ó n a u n r e i n a d o q u e le p a r e c e e x t r a n j e r o .
Si ello c o n s t i t u y e u n d e f e c t o , h a y q u e c o n f e s a r q u e n o s h a s i d o ú t i l . E l
h i s t o r i a d o r q u e n o c a e e n e s t e d e f e c t o , q u e p r o c u r a e c l i p s a r s e al e s c r i b i r ,
q u e p r e t e n d e n o ser e ir d e t r á s d e la c r ó n i c a c o n t e m p o r á n e a ( c o m o h a h e -

124 125
r í a a t r i b u i r las d i f e r e n c i a s d e c a r á c t e r a d i f e r e n c i a s n a t u r a l e s i n d e s t r u c t i - cho Barante para Froissart), no es, en absoluto, un historiador. El antiguo
bles.» c r o n i s t a , e x t r a o r d i n a r i a m e n t e a t r a c t i v o , es a b s o l u t a m e n t e i n c a p a z d e d e c i r
C o n t r a a q u e l l o s q u e e n los t i e m p o s m o d e r n o s b u s c a n el e l e m e n t o é t n i - al p o b r e c r i a d o q u e v a d e t r á s d e él l o q u e es el g r a n d i o s o , s o m b r í o y t e r r i -
co y l o e x a g e r a n , y o d e s t a c a b a u n e c h o m o r a l , e n o r m e y b a s t a n t e d e s - b l e siglo XIV. P a r a a l c a n z a r a s a b e r l o s e n e c e s i t a t o d a n u e s t r a c a p a c i d a d d e
a p e r c i b i d o , d e la p r o p i a h i s t o r i a . E s el p o d e r o s o trabajo de ella sobre sí análisis y t o d a n u e s t r a e r u d i c i ó n . H a c e f a l t a u n g r a n i n g e n i o p a r a d e s c u b r i r
misma, e n el q u e F r a n c i a v a t r a n s f o r m a n d o t o d o s sus e l e m e n t o s b r u t o s l o s m i s t e r i o s , i n a c c e s i b l e s p a r a el n a r r a d o r . ¿ Q u é - i n g e n i o , q u é i n s t r u m e n -
m e d i a n t e su p r o p i o p r o g r e s o . A p a r t i r d e los e l e m e n t o s a p o r t a d o s p o r el to? La personalidad m o d e r n a , tan potente y tan amplia.
u r b a n i s m o r o m a n o , p o r las t r i b u s a l e m a n a s , p o r el c l a n c é l t i c o , u n a v e z a n u - A l ir p e n e t r a n d o m á s y m á s e n el t e m a , se l e a m a y e n t o n c e s s e le c o n -
l a d o s , d e s a p a r e c i d o s , h e m o s i d o e x t r a y e n d o , a lo l a r g o d e l a h i s t o r i a , r e - templa con creciente interés. El corazón emocionado posee un segundo sen-
sultados diferentes e incluso contrarios, e n gran p a r t e , a t o d o aquello q u e t i d o , v e m i l c o s a s q u e s o n i n v i s i b l e s p a r a el p u e b l o i n d i f e r e n t e . H i s t o r i a d o r
les p r e c e d i ó . e h i s t o r i a se u n e n e n e s t a c o n t e m p l a c i ó n . ¿ E l l o es b u e n o ? ¿ E s m a l o ? O c u r r e
L a v i d a p o s e e s o b r e sí m i s m a u n a a c c i ó n d e g e s t a c i ó n p e r s o n a l , c a p a z en este p u n t o algo q u e n u n c a se h a descrito y q u e v a m o s a revelar:
d e crear, a partir d e los m a t e r i a l e s preexistentes, cosas a b s o l u t a m e n t e n u e - L a h i s t o r i a , c o n e l c o r r e r d e l t i e m p o , h a c e al h i s t o r i a d o r e n m a y o r m e -
v a s . D e l p a n y d e las f r u t a s q u e h e m o s c o m i d o h a c e m o s s a n g r e r o j a y s a - d i d a q u e el h i s t o r i a d o r h a c e la h i s t o r i a . S o y h i j o d e m i l i b r o . S o y s u o b r a .
lada, q u e n a d a tiene q u e ver con los alimentos d e los q u e la e l a b o r a m o s . E s t e h i j o h a h e c h o a su p a d r e . Si b i e n , e n p r i n c i p i o , el l i b r o h a s a l i d o d e
I g u a l o c u r r e c o n l a v i d a h i s t ó r i c a : c a d a p u e b l o se v a h a c i e n d o , se v a e n - m í , d e m i t e m p e s t u o s a j u v e n t u d , él h a a c r e c e n t a d o e n m í la f u e r z a y l a cla-
g e n d r a n d o , va t r i t u r a n d o y a m a l g a m a n d o los e l e m e n t o s q u e p e r m a n e c e n rividencia, l a v e h e m e n c i a f e c u n d a , el p o d e r r e a l d e r e s u c i t a r el p a s a d o . Si
indudablemente reducidos a un estado obscuro y confuso, que son bien nos p a r e c e m o s , e s t u p e n d o . L o s rasgos q u e tiene de m í son en gran m e d i d a
p o c a c o s a e n r e l a c i ó n al l a r g o c a m i n o d e t r a b a j o q u e s u p o n e la c o n s t r u c - a q u e l l o s q u e le d e b o , l o s q u e h e c o n s e g u i d o g r a c i a s a él.
c i ó n d e la g r a n a l m a n a c i o n a l .
F r a n c i a h a h e c h o a F r a n c i a , y el e l e m e n t o é t n i c o , d a d o p o r el d e s t i n o , M i c h e l e t , Préface á l'Histoire de France, p a r a la e d i c i ó n d e 1 8 6 9 .
m e p a r e c e s e c u n d a r i o . F r a n c i a es h i j a d e su l i b e r t a d . L a p a r t e e s e n c i a l e n ( T e x t o c i t a d o p o r J . E h r a r d y G . P a l m a d e , L'Histoire, A r m a n d Colin,
el p r o g r e s o h u m a n o es l a f u e r z a v i v a , el h o m b r e . El hombre es su propio p p . 261 a 265).
Prometeo.
E n r e s u m e n , la h i s t o r i a , t a l c o m o y o l a v e o e n e s t o s h i s t o r i a d o r e s e m i -
n e n t e s (y a l g u n o s a d m i r a b l e s ) , m e p a r e c e d é b i l e n s u s d o s m é t o d o s :
Demasiado poco material p o r q u e t i e n e n e n c u e n t a las r a z a s , p e r o n o el
s u e l o , el c l i m a , los a l i m e n t o s y t a n t a s o t r a s c i r c u n s t a n c i a s físicas y fisiológi-
cas.
Demasiado poco espiritual p o r q u e h a b l a n d e l e y e s , d e a c t o s p o l í t i c o s
p e r o n o d e las i d e a s , d e las c o s t u m b r e s , d e l g r a n m o v i m i e n t o p r o g r e s i v o ,
interior, del alma nacional.
E s p e c i a l m e n t e se e c h a d e m e n o s la c u r i o s i d a d p o r el p e q u e ñ o d e t a l l e
e r u d i t o , d o n d e lo m e j o r q u i z á d e b í a p e r m a n e c e r e s c o n d i d o e n las f u e n t e s
inéditas.
E n e s t e l i b r o e s t á t o d a m i v i d a , q u e h a t r a n s c u r r i d o c o n él. H a s i d o m i
ú n i c o a c o n t e c i m i e n t o . T a l i d e n t i d a d e n t r e el l i b r o y el a u t o r ¿ n o e n c i e r r a
u n p e l i g r o ? ¿ P u e d e la o b r a d e j a r d e e s t a r c o l o r e a d a p o r l o s s e n t i m i e n t o s
y la e d a d d e a q u e l q u e la e s c r i b e ?
S i e m p r e es así. N i n g ú n r e t r a t o , p o r e x a c t o y c o n f o r m e al m o d e l o , q u e
s e a , d e j a d e p o s e e r algo s u b j e t i v o q u e el a r t i s t a h a i n t r o d u c i d o e n él. L o s
m a e s t r o s d e la h i s t o r i a n o se a p a r t a n d e e s t a l e y . T á c i t o , e n s u T i b e r i o , d e s -
c r i b e ( c o n el t o n o s o f o c a n t e d e su t i e m p o ) «los q u i n c e l a r g o s a ñ o s » d e si-
l e n c i o . T h i e r r y , al h a c e r el r e l a t o d e C l o d o v e o o d e l a c o n q u i s t a d e G u i -
l l e r m o , e s t á s i n t i e n d o la h o n d a e m o c i ó n d e la F r a n c i a r e c i e n t e m e n t e i n v a -
d i d a y su o p o s i c i ó n a u n r e i n a d o q u e le p a r e c e e x t r a n j e r o .
Si ello c o n s t i t u y e u n d e f e c t o , h a y q u e c o n f e s a r q u e n o s h a s i d o ú t i l . E l
h i s t o r i a d o r q u e n o c a e e n e s t e d e f e c t o , q u e p r o c u r a e c l i p s a r s e al e s c r i b i r ,
q u e p r e t e n d e n o ser e ir d e t r á s d e la c r ó n i c a c o n t e m p o r á n e a ( c o m o h a h e -

124 125
 CAPÍTULO 8

LA ESCUELA METÓDICA

L a e s c u e l a h i s t ó r i c a q u e l l a m a m o s « m e t ó d i c a » o q u e , c o n m a y o r fre-
c u e n c i a , l l a m a m o s « p o s i t i v i s t a » , a p a r e c e , se d e s a r r o l l a y p r o l o n g a d u r a n t e
l a T e r c e r a R e p ú b l i c a e n F r a n c i a . S u s p r i n c i p i o s b á s i c o s se e x p o n e n e n d o s
t e x t o s - p r o g r a m a : el m a n i f i e s t o , e s c r i t o p o r G . M o n o d , p a r a l a n z a r La Re-
vue historique en 1876; y la guía q u e C h . - V . Langlois y C h . S e i g n o b o s re-
d a c t a r o n p a r a los e s t u d i a n t e s e n 1 8 9 8 . l ^ _ e s c u e i a j T i e M d i c a _ q u i e x e J i m p ^ n e r
u n a investigación científica, d e j a n d o ^ l e l a d o c u a l q u i e r especuiacióriJilasQ-
fica, y j r e t e n l l í e f f l ó l a ^ s o l u t a o b j e t i v i d a d e n e L c a m p o d e l a h i s t o r i a . P r o -
c u r a l o g r a r e s t o s fines a p l i c a n d o t é c n i c a s r i g u r o s a s e n j o q u e r e s p e c t a aTT5-
v e n t a r i o d é las f u e n t e s , la crítica d e ¡os d o c u m e n t o s y Ja o r g a n i z a c i ó n d e
las tareas profesionales. L o s historiadores «positivistas» participan en la r e -
f o r m a d e l a e n s e ñ a n z a s u p e r i o r y o c u p a n c á t e d r a s e n las n u e v a s u n i v e r s i -
d a d e s ; d i r i g e n g r a n d e s c o l e c c i o n e s — E . L a v i s s e : Histoire de France; A.
R a m b a u d : Histoire genérale; L . H a l p e n y P h . S a g n a c : Peuples et civilisa-
tions—, f o r m u l a n l o s p r o g r a m a s y e l a b o r a n l o s l i b r o s d e h i s t o r i a d e s t i n a -
dos a los a l u m n o s d e los colegios s e c u n d a r i o s y escuelas p r i m a r i a s . A h o r a
b i e n , los m a n u a l e s e s c o l a r e s a l a b a n , m u y e x p l í c i t a m e n t e , el r é g i m e n r e p u -
b l i c a n o , a l i m e n t a n la p r o p a g a n d a n a c i o n a l i s t a y a p r u e b a n l a c o n q u i s t a c o -
lonial. P o r t a n t o , esta c o r r i e n t e d e p e n s a m i e n t o funda u n a disciplina cien-
tífica y , s i m u l t á n e a m e n t e , s e g r e g a u n d i s c u r s o i d e o l ó g i c o . A n t e e s t e « m o n s -
t r u o i n t e l e c t u a l » , u n o s e s i e n t e t e n t a d o p o r la d u d a a c e r c a d e la c a p a c i d a d
d e c u a l q u i e r r a m a del c o n o c i m i e n t o e n c i e n c i a s h u m a n a s p a r a a b s t r a e r s e
del m e d i o a m b i e n t e del q u e p r o c e d e í L a escuela metódica continuó domi-
n a n d o l a e n s e ñ a n z a y l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a e n las u n i v e r s i d a d e s h a s t a
l o s a ñ o s 4 0 ; y m a r c ó u n a e v o l u c i ó n m í t i c a d e la c o l e c t i v i d a d f r a n c e s a — e n
f o r m a d e u n a galería d e h é r o e s y d e c o m b a t e s e j e m p l a r e s — en la m e m o r i a
d e las g e n e r a c i o n e s d e e s c o l a r e s h a s t a los a ñ o s 6 0 .

1. « L A REVUE HISTORIQUE»

E n 1 8 7 6 , l a taná^ór^tJ^a^Reyue historique por G. Monod y G. Fag-

n i e z m a r c a , lajor^titudój)j¿<í_TO3. e s c u e l a , h i s t ó r i c a d e s e o s a d e a c o g e r a t o -

127
 CAPÍTULO 8

LA ESCUELA METÓDICA

L a e s c u e l a h i s t ó r i c a q u e l l a m a m o s « m e t ó d i c a » o q u e , c o n m a y o r fre-
c u e n c i a , l l a m a m o s « p o s i t i v i s t a » , a p a r e c e , se d e s a r r o l l a y p r o l o n g a d u r a n t e
l a T e r c e r a R e p ú b l i c a e n F r a n c i a . S u s p r i n c i p i o s b á s i c o s se e x p o n e n e n d o s
t e x t o s - p r o g r a m a : el m a n i f i e s t o , e s c r i t o p o r G . M o n o d , p a r a l a n z a r La Re-
vue historique en 1876; y la guía q u e C h . - V . Langlois y C h . S e i g n o b o s re-
d a c t a r o n p a r a los e s t u d i a n t e s e n 1 8 9 8 . l ^ _ e s c u e i a j T i e M d i c a _ q u i e x e J i m p ^ n e r
u n a investigación científica, d e j a n d o ^ l e l a d o c u a l q u i e r especuiacióriJilasQ-
fica, y j r e t e n l l í e f f l ó l a ^ s o l u t a o b j e t i v i d a d e n e L c a m p o d e l a h i s t o r i a . P r o -
c u r a l o g r a r e s t o s fines a p l i c a n d o t é c n i c a s r i g u r o s a s e n j o q u e r e s p e c t a aTT5-
v e n t a r i o d é las f u e n t e s , la crítica d e ¡os d o c u m e n t o s y Ja o r g a n i z a c i ó n d e
las tareas profesionales. L o s historiadores «positivistas» participan en la r e -
f o r m a d e l a e n s e ñ a n z a s u p e r i o r y o c u p a n c á t e d r a s e n las n u e v a s u n i v e r s i -
d a d e s ; d i r i g e n g r a n d e s c o l e c c i o n e s — E . L a v i s s e : Histoire de France; A.
R a m b a u d : Histoire genérale; L . H a l p e n y P h . S a g n a c : Peuples et civilisa-
tions—, f o r m u l a n l o s p r o g r a m a s y e l a b o r a n l o s l i b r o s d e h i s t o r i a d e s t i n a -
dos a los a l u m n o s d e los colegios s e c u n d a r i o s y escuelas p r i m a r i a s . A h o r a
b i e n , los m a n u a l e s e s c o l a r e s a l a b a n , m u y e x p l í c i t a m e n t e , el r é g i m e n r e p u -
b l i c a n o , a l i m e n t a n la p r o p a g a n d a n a c i o n a l i s t a y a p r u e b a n l a c o n q u i s t a c o -
lonial. P o r t a n t o , esta c o r r i e n t e d e p e n s a m i e n t o funda u n a disciplina cien-
tífica y , s i m u l t á n e a m e n t e , s e g r e g a u n d i s c u r s o i d e o l ó g i c o . A n t e e s t e « m o n s -
t r u o i n t e l e c t u a l » , u n o s e s i e n t e t e n t a d o p o r la d u d a a c e r c a d e la c a p a c i d a d
d e c u a l q u i e r r a m a del c o n o c i m i e n t o e n c i e n c i a s h u m a n a s p a r a a b s t r a e r s e
del m e d i o a m b i e n t e del q u e p r o c e d e í L a escuela metódica continuó domi-
n a n d o l a e n s e ñ a n z a y l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a e n las u n i v e r s i d a d e s h a s t a
l o s a ñ o s 4 0 ; y m a r c ó u n a e v o l u c i ó n m í t i c a d e la c o l e c t i v i d a d f r a n c e s a — e n
f o r m a d e u n a galería d e h é r o e s y d e c o m b a t e s e j e m p l a r e s — en la m e m o r i a
d e las g e n e r a c i o n e s d e e s c o l a r e s h a s t a los a ñ o s 6 0 .

1. « L A REVUE HISTORIQUE»

E n 1 8 7 6 , l a taná^ór^tJ^a^Reyue historique por G. Monod y G. Fag-

n i e z m a r c a , lajor^titudój)j¿<í_TO3. e s c u e l a , h i s t ó r i c a d e s e o s a d e a c o g e r a t o -

127
 r J x ^ l f j s i r r v e s t i g a d o r e s s e r i o s , e n el m a r c o d e u n c i e r t o e c l e c t i c i s m o , i d e o l ó -
g i c o . E l « P r e á m b u l o » , q u e a b r e el p r i m e r n ú m e r o , n o o c u l t a las a m b i c i o -
ü e ¡ T d e l o q u e d e b í a l l e g a r a ser « u n a p u b l i c a c i ó n p e r i ó d i c a d e s t i n a d a a d a r
a c o n o c e r i n v e s t i g a c i o n e s o r i g i n a l e s a c e r c a d e los d i v e r s o s p e r í o d o s h i s t ó -
r i c o s y a s u m i n i s t r a r i n f o r m a c i o n e s e x a c t a s y c o m p l e t a s s o b r e los e s t u d i o s
h i s t ó r i c o s , t a n t o e n el e x t r a n j e r o c o m o e n F r a n c i a » . E n r e a l i d a d , La
historigue p r e t e n d e c u b r i r p r i n c i p a l r n e n t e la h i s t o r i a e u r o p e a d e s d e l a m u e r -
t e d e T e o d o s i o (395) h a s t a la c a í d a d e N a p o l e ó n I ( 1 8 1 5 ) . P o r u n a p a r t e ,
blijo~forma d e a r t í c u l o s e r u d i t o s , y p o r o t r a , c o n a y u d a d e r e c e n s i o n e s d e
lecturas? ~ "
E n el c o n s e j o d e r e d a c c i ó n , e n el q u e figuran l o s c o l a b o r a d o r e s m á s a c -
t i v o s , c o e x i s t e n d o s g e n e r a c i o n e s : la d e los « a n t i g u o s » , q u e a l c a n z a r o n su
m a d u r e z d u r a n t e el S e g u n d o I m p e r i o , y s o n c o n o c i d o s p o r sus o b r a s c o m o
filósofos e h i s t o r i a d o r e s , t a l e s c o m o D u r u y , R e n á n , T a i n e , B o u t a r i c , F u s -
t e l d e C o u l a n g e s ; y la d e los « j ó v e n e s l o b o s » , q u e d a r á n su p l e n a m e d i d a
e n los p r i m e r o s d e c e n i o s d e la T e r c e r a R e p ú b l i c a , c o m o M o n o d , L a v i s s e ,
G u i r a u d , B é m o n t , R a m b a u d . D e los c i n c u e n t a y t r e s f u n d a d o r e s , t r e i n t a
y u n o s o n e n s e ñ a n t e s — e n el C o l e g i o d e F r a n c i a , e n la E s c u e l a d e A l t o s
E s t u d i o s , e n las f a c u l t a d e s d e L e t r a s — , d i e c i n u e v e s o n a r c h i v e r o s y b i b l i o -
t e c a r i o s . E l c í r c u l o es m á s b i e n e s t r e c h o . E s e v i d e n t e la v o l u n t a d d e c r e a r
u n a r e v i s t a d e s t i n a d a a los p r o f e s i o n a l e s i n t e g r a d o s e n el a m b i e n t e d e las
u n i v e r s i d a d e s , e n c o n t a c t o c o n l o s f o n d o s d e los a r c h i v o s .
La Revue historique se e r i g e c o n t r a su h e r m a n a m a y o r La Revue des
Questions historiques, q u e le p r e c e d i ó e n d i e z a ñ o s . G . M o n o d n o o c u l t a
la a n a l o g í a n i l a o p o s i c i ó n e n t r e las d o s p u b l i c a c i o n e s : « E l é x i t o d e La Re-
vue des Questions historiques, los felices r e s u l t a d o s q u e h a p r o d u c i d o , el
p r o v e c h o q u e h e m o s o b t e n i d o d e su lectura h a n sido u n estímulo p a r a imi-
t a r l a . P e r o , al m i s m o t i e m p o , se a p a r t a s e n s i b l e m e n t e d e l i d e a l q u e n o s p r o -
p o n e m o s (...). N o h a sido fundada con u n objetivo desisteresado y cientí-
fico, sino p a r a la d e f e n s a d e c i e r t a s i d e a s p o l í t i c a s y r e l i g i o s a s » (Manifies-
to, 1 8 7 6 ) . E n e f e c t o , La Revue des Questions historiques fue c o n s t i t u i d a
p o r a r i s t ó c r a t a s — e l m a r q u é s d e B e a u c o u r t , el c o n d e H e n r i d e 1 ' E m p i n o i s ,
el c o n d e H y a c i n t h e d e C h a r e n c e y — y p o r p l e b e y o s — L e ó n G a u t i e r , M a -
rius S e p e t , e t c . — q u e c o m p a r t í a n el g u s t o p o r la e r u d i c i ó n , la v i n c u l a c i ó n
a la fe c a t ó l i c a y u n a t e n d e n c i a p o l í t i c a m e n t e r e a c c i o n a r i a . E n e s t a r e v i s t a ,
la m a y o r í a d e los a r t í c u l o s t r a t a n a c e r c a d e l a m o n a r q u í a y d e la iglesia
f r a n c e s a , i n s i s t i e n d o s o b r e l a v u e l t a a las t r a d i c i o n e s y el r e s p e t o p o r las
j e r a r q u í a s s o c i a l e s . A d e m á s , el d i r e c t o r d e la p u b l i c a c i ó n es u n c o n s e j e r o
p o l í t i c o d e l c o n d e d e C h a m b o r d . La Revue des Questions historiques tra-
d u c e , a t o d o s los e f e c t o s , el p e n s a m i e n t o d e l a d e r e c h a u l t r a m o n t a n a y l e -
g i t i m i s t a q u e t r i u n f a e n la é p o c a d e l « o r d e n m o r a l » .
E n p r i n c i p i o , La Revue historique n o se p r o n u n c i a p o r n i n g u n a r e l i g i ó n ,
n i n g u n a d o c t r i n a , n i n g ú n p a r t i d o . Sin e m b a r g o , si c o n t e m p l a m o s d e c e r c a
el e q u i p o d e sus r e d a c t o r e s , v e m o s q u e se v i n c u l a a u n g r u p o b a s t a n t e h o -
m o g é n e o a nivel social y p o l í t i c o . G a b r i e l M o n o d , d i r i g e n t e d e l a r e v i s t a ,
d e s c i e n d e d e u n a f a m i l i a d e p a s t o r e s g i n e b r i n o s y e n t r e sus p r i m o s h e r m a -
n o s se c u e n t a n o m e n o s d e c a t o r c e p a s t o r e s . T a m b i é n s o n p r o t e s t a n t e s n u -
m e r o s o s c o l a b o r a d o r e s d e la p u b l i c a c i ó n , así R o d o l p h e R e u s s , X a v i e r
M o s s m a n n , Pierre V a u c h e r , Charles Bayet, A r t h u r Giry, Camille Jullian,
G e o r g e s P a r r o t , P a u l M e y e r , A l f r e d L e r o u x y o t r o s . J u n t o a ellos se e n -
128
cuentran algunos judíos, por ejemplo Gustave Bloch y James Darmeste-
ter, y librepensadores francmasones tales como E r n e s t Lavisse, P. Guiraud
o E r n e s t H a v e t . Los católicos son escasos. E l codirector, G. Fagniez, q u e
p e r t e n e c e a la r e l i g i ó n d o m i n a n t e e n F r a n c i a , i n t e n t a a s e g u r a r u n a a p e r t u -
ra, m a n t e n e r u n p l u r a l i s m o doctrinal; p e r o , d e s d e 1881, p r e s e n t a la dimi-
Revue
sión a c a u s a d e l o s v i r u l e n t o s a t a q u e s d e La Revue historique c o n t r a la Igle-
sia c a t ó l i c a y — ¡ t r a i c i ó n ! — se p a s a a la A c c i ó n f r a n c e s a y a La Revue des
Questions historiques. A h o r a b i e n , s o n l o s i n t e l e c t u a l e s p r o t e s t a n t e s o li-
b r e p e n s a d o r e s , f o r m a d o s e n l a E s c u e l a n o r m a l s u p e r i o r y e n la « E s c o l e d e s
C h a r t e s » , c o m o l a m a y o r p a r t e d e l o s m i e m b r o s d e Revue historique, los
q u e c r e a r o n la E s c u e l a a l s a c i a n a , y la E s c u e l a d e C i e n c i a s p o l í t i c a s , q u e p o -
b l a r o n l a E s c u e l a p r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s , q u e o c u p a r o n las d i r e c c i o n e s
d e l m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a e n l o s a ñ o s 1870. S e t r a t a d e l m i s m o
« l o b b y » p r o t e s t a n t e y f r a n c m a s ó n q u e h i z o a d o p t a r las l e y e s F e r r y , insti-
t u y e n d o la e n s e ñ a n z a p r i m a r i a l a i c a , g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a a p r i n c i p i o s d e
l o s a ñ o s 1880.
G . M o n o d , e n s u Manifiesto d e 1 8 7 6 , b o s q u e j a u n c u a d r o d e la h i s t o -
r i o g r a f í a f r a n c e s a d e s d e el siglo XVI. La Revue historique s e c o n s i d e r a c o m o
el p u n t o final d e u n a t r a d i c i ó n , q u e n a c e e n la r e f l e x i ó n d e los h u m a n i s t a s
d e l R e n a c i m i e n t o — J . J . S c a l i g e r , J. B o d i n — , s e p r o l o n g a a t r a v é s d e la
investigación erudita d e los benedictinos de San M a u r o — D . Mabillon,
D . M o n t f a u c o n — , continúa con la a b u n d a n t e producción de los r o m á n t i -
cos — D . B a r a n t e , A . T h i e r r y , J. M i c h e l e t — .
A m e d i a d o s d e l siglo XIX, l a d i s c i p h n a h i s t ó r i c a d e s c a n s a e n s ó l i d a s i n s -
tituciones, tales c o m o la « E c o l e d e s C h a r t e s » , la E s c u e l a práctica d e A l t o s
E s t u d i o s , la S o c i e d a d d e la h i s t o r i a d e F r a n c i a , o las n u m e r o s a s s o c i e d a d e s
científicas. G . M o n o d s e m u e s t r a m á s o r i g i n a l c u a n d o r e c o n o c e la d e u d a
d e l o s h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s c o n r e s p e c t o a l o s a l e m a n e s : «Se d e b e a t r i -
b u i r a A l e m a n i a la m a y o r p a r t e d e l t r a b a j o h i s t ó r i c o d e n u e s t r o siglo ( . . . ) .
P u b l i c a c i ó n d e t e x t o s , c r í t i c a d e f u e n t e s , p a c i e n t e e x p l i c a c i ó n d e t o d a s las
p a r t e s d e l a h i s t o r i a , e x a m i n a d a s u n a a u n a y d e s d e t o d o s los p u n t o s d e
v i s t a , n a d a se h a d e j a d o d e l a d o . E s s u f i c i e n t e citar l o s n o m b r e s d e L a s -
sen, Boeck, Niebuhr, M o m m s e n , Savigny, E i c h h o r n , R a n k e , Waitz, Pertz,
G e r v i n u s ; r e c o r d a r la c o l e c c i ó n d e l « C o r p u s I n s c r i p t i o n u m » , la d e l o s « M o -
n u m e n t a G e r m a n i a e » , la d e l o s « J a h r b ü c h e r d e s D e u t s c h e n R e i c h s » , l a d e
las « C h r o n i k e n d e D e u t s c h e n S t a e d t e » . . . (Manifiesto, p p . 315-316). Cier-
t a m e n t e , el d i r e c t o r d e La Revue historique, q u e pasó u n tiempo en las uni-
v e r s i d a d e s d e l o t r o l a d o d e l R h i n , se l i m i t a a a p r e c i a r l o s l o g r o s d e l a e r u -
d i c i ó n a l e m a n a , p e r o al h a c e r l o d e m u e s t r a u n a c i e r t a v a l e n t í a d e s a f i a n d o
e l chauvinismo francés sólo u n o s años d e s p u é s d e S e d á n .
G . M o n o d y sus a m i g o s c o n s i d e r a n m o d e s t a m e n t e q u e e n F r a n c i a l a h i s -
t o r i a e s t á e n sus inicios : « A p e s a r d e t o d o s los p r o g r e s o s r e a l i z a d o s , t o d a -
vía e s t a m o s e n u n p e r í o d o d e p r e p a r a c i ó n , d e e l a b o r a c i ó n d e m a t e r i a l e s ,
q u e s e r v i r á n m á s t a r d e p a r a c o n s t r u i r edificios m á s v a s t o s » (Manifiesto,
p . 3 2 0 ) . Sin e m b a r g o , l o s r e d a c t o r e s d e La Revue historique consideran que
a c t ú a n d e a c u e r d o c o n u n m é t o d o científico:
« C o n s e r v a r e m o s e n La Revue historique u n c a r á c t e r l i t e r a r i o , sin ser
u n a p u r a erudición, n u e s t r a revista sólo admitirá trabajos originales y d e
p r i m e r a m a n o q u e e n r i q u e z c a n la ciencia, o bien p o r la p r o p i a investiga-
c i ó n o b i e n p o r sus r e s u l t a d o s , q u e f i g u r a r á n e n su c o n c l u s i ó n , p e r o r e c l a -
129
 r J x ^ l f j s i r r v e s t i g a d o r e s s e r i o s , e n el m a r c o d e u n c i e r t o e c l e c t i c i s m o , i d e o l ó -
g i c o . E l « P r e á m b u l o » , q u e a b r e el p r i m e r n ú m e r o , n o o c u l t a las a m b i c i o -
ü e ¡ T d e l o q u e d e b í a l l e g a r a ser « u n a p u b l i c a c i ó n p e r i ó d i c a d e s t i n a d a a d a r
a c o n o c e r i n v e s t i g a c i o n e s o r i g i n a l e s a c e r c a d e los d i v e r s o s p e r í o d o s h i s t ó -
r i c o s y a s u m i n i s t r a r i n f o r m a c i o n e s e x a c t a s y c o m p l e t a s s o b r e los e s t u d i o s
h i s t ó r i c o s , t a n t o e n el e x t r a n j e r o c o m o e n F r a n c i a » . E n r e a l i d a d , La
historigue p r e t e n d e c u b r i r p r i n c i p a l r n e n t e la h i s t o r i a e u r o p e a d e s d e l a m u e r -
t e d e T e o d o s i o (395) h a s t a la c a í d a d e N a p o l e ó n I ( 1 8 1 5 ) . P o r u n a p a r t e ,
blijo~forma d e a r t í c u l o s e r u d i t o s , y p o r o t r a , c o n a y u d a d e r e c e n s i o n e s d e
lecturas? ~ "
E n el c o n s e j o d e r e d a c c i ó n , e n el q u e figuran l o s c o l a b o r a d o r e s m á s a c -
t i v o s , c o e x i s t e n d o s g e n e r a c i o n e s : la d e los « a n t i g u o s » , q u e a l c a n z a r o n su
m a d u r e z d u r a n t e el S e g u n d o I m p e r i o , y s o n c o n o c i d o s p o r sus o b r a s c o m o
filósofos e h i s t o r i a d o r e s , t a l e s c o m o D u r u y , R e n á n , T a i n e , B o u t a r i c , F u s -
t e l d e C o u l a n g e s ; y la d e los « j ó v e n e s l o b o s » , q u e d a r á n su p l e n a m e d i d a
e n los p r i m e r o s d e c e n i o s d e la T e r c e r a R e p ú b l i c a , c o m o M o n o d , L a v i s s e ,
G u i r a u d , B é m o n t , R a m b a u d . D e los c i n c u e n t a y t r e s f u n d a d o r e s , t r e i n t a
y u n o s o n e n s e ñ a n t e s — e n el C o l e g i o d e F r a n c i a , e n la E s c u e l a d e A l t o s
E s t u d i o s , e n las f a c u l t a d e s d e L e t r a s — , d i e c i n u e v e s o n a r c h i v e r o s y b i b l i o -
t e c a r i o s . E l c í r c u l o es m á s b i e n e s t r e c h o . E s e v i d e n t e la v o l u n t a d d e c r e a r
u n a r e v i s t a d e s t i n a d a a los p r o f e s i o n a l e s i n t e g r a d o s e n el a m b i e n t e d e las
u n i v e r s i d a d e s , e n c o n t a c t o c o n l o s f o n d o s d e los a r c h i v o s .
La Revue historique se e r i g e c o n t r a su h e r m a n a m a y o r La Revue des
Questions historiques, q u e le p r e c e d i ó e n d i e z a ñ o s . G . M o n o d n o o c u l t a
la a n a l o g í a n i l a o p o s i c i ó n e n t r e las d o s p u b l i c a c i o n e s : « E l é x i t o d e La Re-
vue des Questions historiques, los felices r e s u l t a d o s q u e h a p r o d u c i d o , el
p r o v e c h o q u e h e m o s o b t e n i d o d e su lectura h a n sido u n estímulo p a r a imi-
t a r l a . P e r o , al m i s m o t i e m p o , se a p a r t a s e n s i b l e m e n t e d e l i d e a l q u e n o s p r o -
p o n e m o s (...). N o h a sido fundada con u n objetivo desisteresado y cientí-
fico, sino p a r a la d e f e n s a d e c i e r t a s i d e a s p o l í t i c a s y r e l i g i o s a s » (Manifies-
to, 1 8 7 6 ) . E n e f e c t o , La Revue des Questions historiques fue c o n s t i t u i d a
p o r a r i s t ó c r a t a s — e l m a r q u é s d e B e a u c o u r t , el c o n d e H e n r i d e 1 ' E m p i n o i s ,
el c o n d e H y a c i n t h e d e C h a r e n c e y — y p o r p l e b e y o s — L e ó n G a u t i e r , M a -
rius S e p e t , e t c . — q u e c o m p a r t í a n el g u s t o p o r la e r u d i c i ó n , la v i n c u l a c i ó n
a la fe c a t ó l i c a y u n a t e n d e n c i a p o l í t i c a m e n t e r e a c c i o n a r i a . E n e s t a r e v i s t a ,
la m a y o r í a d e los a r t í c u l o s t r a t a n a c e r c a d e l a m o n a r q u í a y d e la iglesia
f r a n c e s a , i n s i s t i e n d o s o b r e l a v u e l t a a las t r a d i c i o n e s y el r e s p e t o p o r las
j e r a r q u í a s s o c i a l e s . A d e m á s , el d i r e c t o r d e la p u b l i c a c i ó n es u n c o n s e j e r o
p o l í t i c o d e l c o n d e d e C h a m b o r d . La Revue des Questions historiques tra-
d u c e , a t o d o s los e f e c t o s , el p e n s a m i e n t o d e l a d e r e c h a u l t r a m o n t a n a y l e -
g i t i m i s t a q u e t r i u n f a e n la é p o c a d e l « o r d e n m o r a l » .
E n p r i n c i p i o , La Revue historique n o se p r o n u n c i a p o r n i n g u n a r e l i g i ó n ,
n i n g u n a d o c t r i n a , n i n g ú n p a r t i d o . Sin e m b a r g o , si c o n t e m p l a m o s d e c e r c a
el e q u i p o d e sus r e d a c t o r e s , v e m o s q u e se v i n c u l a a u n g r u p o b a s t a n t e h o -
m o g é n e o a nivel social y p o l í t i c o . G a b r i e l M o n o d , d i r i g e n t e d e l a r e v i s t a ,
d e s c i e n d e d e u n a f a m i l i a d e p a s t o r e s g i n e b r i n o s y e n t r e sus p r i m o s h e r m a -
n o s se c u e n t a n o m e n o s d e c a t o r c e p a s t o r e s . T a m b i é n s o n p r o t e s t a n t e s n u -
m e r o s o s c o l a b o r a d o r e s d e la p u b l i c a c i ó n , así R o d o l p h e R e u s s , X a v i e r
M o s s m a n n , Pierre V a u c h e r , Charles Bayet, A r t h u r Giry, Camille Jullian,
G e o r g e s P a r r o t , P a u l M e y e r , A l f r e d L e r o u x y o t r o s . J u n t o a ellos se e n -
128
cuentran algunos judíos, por ejemplo Gustave Bloch y James Darmeste-
ter, y librepensadores francmasones tales como E r n e s t Lavisse, P. Guiraud
o E r n e s t H a v e t . Los católicos son escasos. E l codirector, G. Fagniez, q u e
p e r t e n e c e a la r e l i g i ó n d o m i n a n t e e n F r a n c i a , i n t e n t a a s e g u r a r u n a a p e r t u -
ra, m a n t e n e r u n p l u r a l i s m o doctrinal; p e r o , d e s d e 1881, p r e s e n t a la dimi-
Revue
sión a c a u s a d e l o s v i r u l e n t o s a t a q u e s d e La Revue historique c o n t r a la Igle-
sia c a t ó l i c a y — ¡ t r a i c i ó n ! — se p a s a a la A c c i ó n f r a n c e s a y a La Revue des
Questions historiques. A h o r a b i e n , s o n l o s i n t e l e c t u a l e s p r o t e s t a n t e s o li-
b r e p e n s a d o r e s , f o r m a d o s e n l a E s c u e l a n o r m a l s u p e r i o r y e n la « E s c o l e d e s
C h a r t e s » , c o m o l a m a y o r p a r t e d e l o s m i e m b r o s d e Revue historique, los
q u e c r e a r o n la E s c u e l a a l s a c i a n a , y la E s c u e l a d e C i e n c i a s p o l í t i c a s , q u e p o -
b l a r o n l a E s c u e l a p r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s , q u e o c u p a r o n las d i r e c c i o n e s
d e l m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a e n l o s a ñ o s 1870. S e t r a t a d e l m i s m o
« l o b b y » p r o t e s t a n t e y f r a n c m a s ó n q u e h i z o a d o p t a r las l e y e s F e r r y , insti-
t u y e n d o la e n s e ñ a n z a p r i m a r i a l a i c a , g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a a p r i n c i p i o s d e
l o s a ñ o s 1880.
G . M o n o d , e n s u Manifiesto d e 1 8 7 6 , b o s q u e j a u n c u a d r o d e la h i s t o -
r i o g r a f í a f r a n c e s a d e s d e el siglo XVI. La Revue historique s e c o n s i d e r a c o m o
el p u n t o final d e u n a t r a d i c i ó n , q u e n a c e e n la r e f l e x i ó n d e los h u m a n i s t a s
d e l R e n a c i m i e n t o — J . J . S c a l i g e r , J. B o d i n — , s e p r o l o n g a a t r a v é s d e la
investigación erudita d e los benedictinos de San M a u r o — D . Mabillon,
D . M o n t f a u c o n — , continúa con la a b u n d a n t e producción de los r o m á n t i -
cos — D . B a r a n t e , A . T h i e r r y , J. M i c h e l e t — .
A m e d i a d o s d e l siglo XIX, l a d i s c i p h n a h i s t ó r i c a d e s c a n s a e n s ó l i d a s i n s -
tituciones, tales c o m o la « E c o l e d e s C h a r t e s » , la E s c u e l a práctica d e A l t o s
E s t u d i o s , la S o c i e d a d d e la h i s t o r i a d e F r a n c i a , o las n u m e r o s a s s o c i e d a d e s
científicas. G . M o n o d s e m u e s t r a m á s o r i g i n a l c u a n d o r e c o n o c e la d e u d a
d e l o s h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s c o n r e s p e c t o a l o s a l e m a n e s : «Se d e b e a t r i -
b u i r a A l e m a n i a la m a y o r p a r t e d e l t r a b a j o h i s t ó r i c o d e n u e s t r o siglo ( . . . ) .
P u b l i c a c i ó n d e t e x t o s , c r í t i c a d e f u e n t e s , p a c i e n t e e x p l i c a c i ó n d e t o d a s las
p a r t e s d e l a h i s t o r i a , e x a m i n a d a s u n a a u n a y d e s d e t o d o s los p u n t o s d e
v i s t a , n a d a se h a d e j a d o d e l a d o . E s s u f i c i e n t e citar l o s n o m b r e s d e L a s -
sen, Boeck, Niebuhr, M o m m s e n , Savigny, E i c h h o r n , R a n k e , Waitz, Pertz,
G e r v i n u s ; r e c o r d a r la c o l e c c i ó n d e l « C o r p u s I n s c r i p t i o n u m » , la d e l o s « M o -
n u m e n t a G e r m a n i a e » , la d e l o s « J a h r b ü c h e r d e s D e u t s c h e n R e i c h s » , l a d e
las « C h r o n i k e n d e D e u t s c h e n S t a e d t e » . . . (Manifiesto, p p . 315-316). Cier-
t a m e n t e , el d i r e c t o r d e La Revue historique, q u e pasó u n tiempo en las uni-
v e r s i d a d e s d e l o t r o l a d o d e l R h i n , se l i m i t a a a p r e c i a r l o s l o g r o s d e l a e r u -
d i c i ó n a l e m a n a , p e r o al h a c e r l o d e m u e s t r a u n a c i e r t a v a l e n t í a d e s a f i a n d o
e l chauvinismo francés sólo u n o s años d e s p u é s d e S e d á n .
G . M o n o d y sus a m i g o s c o n s i d e r a n m o d e s t a m e n t e q u e e n F r a n c i a l a h i s -
t o r i a e s t á e n sus inicios : « A p e s a r d e t o d o s los p r o g r e s o s r e a l i z a d o s , t o d a -
vía e s t a m o s e n u n p e r í o d o d e p r e p a r a c i ó n , d e e l a b o r a c i ó n d e m a t e r i a l e s ,
q u e s e r v i r á n m á s t a r d e p a r a c o n s t r u i r edificios m á s v a s t o s » (Manifiesto,
p . 3 2 0 ) . Sin e m b a r g o , l o s r e d a c t o r e s d e La Revue historique consideran que
a c t ú a n d e a c u e r d o c o n u n m é t o d o científico:
« C o n s e r v a r e m o s e n La Revue historique u n c a r á c t e r l i t e r a r i o , sin ser
u n a p u r a erudición, n u e s t r a revista sólo admitirá trabajos originales y d e
p r i m e r a m a n o q u e e n r i q u e z c a n la ciencia, o bien p o r la p r o p i a investiga-
c i ó n o b i e n p o r sus r e s u l t a d o s , q u e f i g u r a r á n e n su c o n c l u s i ó n , p e r o r e c l a -
129

m a m o s a la vez d e nuestros c o l a b o r a d o r e s u n a exposición e s t r i c t a m e n t e
científica, e n la q u e c a d a a f i r m a c i ó n s e a c o m p a ñ e d e p r u e b a s , d e r e f e r e n -
cias a las f u e n t e s y c i t a c i o n e s q u e e x c l u y a n las v a g u e d a d e s y l o s e x c e s o s d e
o r a t o r i a ( « P r e á m b u l o » , p . 2 9 5 ) . Y e n la e n s e ñ a n z a s u p e r i o r d e b e i n s e r t a r -
s e : « T o d o s los q u e se d e d i c a n a l a i n v e s t i g a c i ó n científica s o n s o l i d a r i o s los
u n o s d e los o t r o s ; t r a b a j a n e n l a m i s m a o b r a , r e a l i z a n p a r t e s d i v e r s a s d e
u n m i s m o p l a n , t i e n d e n al m i s m o o b j e t i v o . E s ú t i l , es i n d i s p e n s a b l e q u e s e
s i e n t a n u n i d o s y q u e sus e s f u e r z o s s e a n c o o r d i n a d o s p a r a ser m á s f u e r t e s
(Manifiesto, p . 3 2 1 ) . A g r a n d e s r a s g o s , los p r i n c i p i o s d e f i n i d o s e n el t e x t o
i n a u g u r a l d e G . M o n o d — e l t r a b a j o d e a r c h i v o s , la r e f e r e n c i a a las f u e n -
t e s , la o r g a n i z a c i ó n d e l a p r o f e s i ó n — a p a r e c e r á n e x p u e s t o s v e i n t i t r é s a ñ o s
m á s t a r d e e n el m a n u a l d e L a n g l o i s y S e i g n o b o s .
E n el p e r í o d o d e su m a d u r e z , e n t r e 1880 y 1900, M o n o d e j e r c e u n v e r -
d a d e r o m a g i s t e r i o m o r a l s o b r e l a « p r o f e s i ó n h i s t ó r i c a » : es el d i r e c t o r ú n i c o
d e La Revue historique, c o d i r e c t o r d e La Revue critique, p r o f e s o r e n l a
E N S , p r e s i d e n t e d e la s e c c i ó n c u a r t a d e E P H E , r e s p o n s a b l e d e d i v e r s a s c o -
m i s i o n e s u n i v e r s i t a r i a s y s o c i e d a d e s científicas. E n La Revue historique, el
d i r e c t o r se e n c a r g a p e r s o n a l m e n t e d e l « b o l e t í n crítico» c o n s a g r a d o a l a b i -
b l i o g r a f í a f r a n c e s a ; i n s e n s i b l e m e n t e o r i e n t a sus c o m e n t a r i o s h a c i a las c u e s -
tiones c o n t e m p o r á n e a s ; llega a dar lecciones d e m o r a l y d e política. A ni-
v e l d e d e c l a r a c i ó n d e i n t e n c i o n e s , La Revue historique se considera n e u t r a
e i m p a r c i a l , i n c l i n a d a «a l a c i e n c i a p o s i t i v a » , « c e r r a d a a las t e o r í a s p o l í t i -
cas y filosóficas». E n c u a n t o a las a c c i o n e s c o n c r e t a s , La Revue historique
t o m a p o s t u r a e n f a v o r d e l a R e p ú b l i c a o p o r t u n i s t a ; a p r u e b a la a c c i ó n d e
los g o b i e r n o s W a d d i n g t o n , F r e y c i n e t , F e r r y , G a m b e t t a ; a p l a u d e l a a p r o -
b a c i ó n d e las l e y e s e s c o l a r e s ; a p o y a l a i n s t a u r a c i ó n d e la l i b e r t a d e s p ú b l i -
cas e n t r e 1870 y. 1884. E n el e n t i e r r o d e G a m b e t t a , G . M o n o d desfiló p r e -
cedido d e u n a p a n c a r t a en la q u e se leía: « La historia es m a e s t r a d e la cien-
c i a » . E n la m i s m a é p o c a , La Revue historique participa e n la r e i n t e r p r e t a -
c i ó n d e la R e v o l u c i ó n f r a n c e s a d e 1 7 8 9 - 1 7 9 3 , q u e s e c o n v i e r t e e n el m i t o
fundador de u n a Tercera República, garantizando la vida democrática y
a s e g u r a n d o l a d e f e n s a d e las f r o n t e r a s . F u e e n t o n c e s c u a n d o s e e n t r o n i z ó
e n 14 d e j u l i o c o m o d í a d e fiesta n a c i o n a l . M á s t a r d e , M o n o d c o n d e n a l a
o l e a d a b o u l a n g e r i s t a , el m i l i t a r i s m o q u e a m e n a z a las i n s t i t u c i o n e s r e p u b l i -
c a n a s e n t r e 1885 y 1889. E n l o s a ñ o s 9 0 , el d i r e c t o r d e La Revue historique
h a b l a m e n o s e n sus c r ó n i c a s d e p o l í t i c a i n t e r i o r , n o p o r q u e s e h a y a a p o d e -
r a d o d e él u n c i e r t o e s c r ú p u l o d e n e u t r a l i d a d , s i n o p o r q u e p r e s t a m a y o r
a t e n c i ó n a la p o l í t i c a e x t r a n j e r a .
D e la m i s m a m a n e r a , La Revue historique, que oficialmente rechaza
t o d o « c r e d o d o g m á t i c o » , se c o m p r o m e t e r e s u e l t a m e n t e e n el c o m b a t e a n -
ticlerical. A u n q u e los p r o t e s t a n t e s s e a n m u y n u m e r o s o s e n el c o m i t é d e r e -
d a c c i ó n , la h i s t o r i a d e l a r e l i g i ó n r e f o r m a d a n o o c u p a u n g r a n l u g a r e n l a
r e v i s t a . Si c o n s u l t a m o s los c u a r e n t a p r i m e r o s n ú m e r o s , d e u n t o t a l d e
o c h e n t a y tres estudios, sólo n u e v e artículos a b o r d a n t e m a s relacionados
c o n el p r o t e s t a n t i s m o (así la h e r e j í a d e l o s P a t a r i n o s e n F l o r e n c i a — n ú m .
4 — ; la b i o g r a f í a d e M i g u e l S e r v e t — n ú m . 1 0 — , e t c . ) . P o r el c o n t r a r i o , l a
historia del cristianismo a p a r e c e a m p l i a m e n t e t r a t a d a . L o s a u t o r e s p a r e c e n
f a v o r a b l e s a la Iglesia d e los p r i m e r o s siglos y t o l e r a n t e s c o n l a I g l e s i a d e
la E d a d M e d i a ; p e r o se m u e s t r a n agresivos hacia la Iglesia católica, surgi-
d a d e l C o n c i l i o d e T r e n t o , q u e p r a c t i c a la C o n t r a r r e f o r m a . U n e j e m p l o :
130
C h . - L . L i v e t critica v i o l e n t a m e n t e las r e d u c c i o n e s j e s u í t i c a s d e l P a r a g u a y
« q u e s ó l o t e n í a n u n o b j e t i v o , e l a u m e n t o d e las riquezas d e l a o r d e n ; y
s ó l o u n m e d i o , el s o m e t i m i e n t o d e l o s i n d í g e n a s » (RH, t. 1 8 , p . 3 2 5 ) . N o
o b s t a n t e , d e s p u é s d e los violentos a t a q u e s t e n d e n t e s a destruir la influen-
cia d e u n a I g l e s i a c a t ó l i c a c o n s e r v a d o r a y l e g i t i m i s t a , a finales d e l o s a ñ o s
7 0 y e n los a ñ o s 8 0 , l o s a n á l i s i s d e La Revue historique se h a c e n m á s m a -
tizados e n c o n s o n a n c i a c o n la « a d h e s i ó n » d e la Iglesia a la R e p ú b l i c a en
l o s a ñ o s 9 0 . G . M o n o d l l e g a i n c l u s o a e s c r i b i r : « N a d i e p u e d e e v i t a r , al c o n -
t e m p l a r la Iglesia católica, u n s e n t i m i e n t o d e a d m i r a c i ó n y v e n e r a c i ó n p o r
la i n s t i t u c i ó n m á s i m p o r t a n t e , t a n t o p o r s u i n f l u e n c i a c o m o p o r s u d u r a -
c i ó n , q u e el m u n d o h a y a c o n o c i d o » (RH, 1 8 9 5 , n ú m . 1 ) .
F i n a l m e n t e , La Revue historique alardea de u n a preocupación ética de
r e s o n a n c i a n a c i o n a l . M o n o d c o n s i d e r a q u e l a s o l i d a r i d a d liga a l o s h o m -
b r e s del p r e s e n t e con los h o m b r e s del p a s a d o : « E l historiador s a b e q u e la
v i d a es u n c a m b i o p e r p e t u o ; p e r o q u e e s t e c a m b i o s i e m p r e es u n a t r a n s -
f o r m a c i ó n d e e l e m e n t o s a n t i g u o s , n u n c a u n a c r e a c i ó n ex novo. D a a las g e -
n e r a c i o n e s p r e s e n t e s el v i v o s e n t i m i e n t o , l a p r o f u n d a c o n s c i e n c i a d e l a
feliz y n e c e s a r i a s o l i d a r i d a d , q u e les u n e a las g e n e r a c i o n e s a n t e r i o r e s »
(Manifiesto, p . 323). E s t e t i p o d e simpatía intuitiva j u e g a t a n t o m á s e n la
o c a s i ó n e n q u e el e s p e c i a l i s t a s e d e d i c a a l a h i s t o r i a n a c i o n a l : « E l e s t u d i o
d e l p a s a d o d e F r a n c i a es u n a t a r e a p r i m o r d i a l (...) p o r m e d i o d e l a c u a l
p o d e m o s d e v o l v e r a n u e s t r o p a í s l a u n i d a d y la f u e r z a m o r a l » ( « P r e á m b u -
l o » , 1 8 7 6 ) . S e t r a t a , d e s p u é s d e l a g r a v e d e r r o t a d e 1 8 7 0 , « d e d e s p e r t a r la
c o n c i e n c i a d e sí m i s m a e n el a l m a d e l a n a c i ó n a t r a v é s d e l c o n o c i m i e n t o
p r o f u n d o d e su historia». L a s revoluciones son c o n s i d e r a d a s b u e n a s o m a -
l a s s e g ú n l o s c a s o s : s e c e l e b r a el l e v a n t a m i e n t o d e 1 7 8 9 , q u e p e r m i t e l a d e -
c l a r a c i ó n d e los D e r e c h o s d e l H o m b r e y l a s u p r e s i ó n d e l o s p r i v i l e g i o s se-
ñ o r i a l e s ; se d e n i g r a e n c a m b i o l a i n s u r r e c c i ó n d e 1 8 7 1 , q u e c o n d u c e a las
l u c h a s f r a t i c i d a s a n t e l a m i r a d a d e l e n e m i g o . E n lo q u e r e s p e c t a a l a e v o -
l u c i ó n i n t e r i o r , La Revue historique se inclina p o r u n «justo m e d i o » , ale-
j a d o d e t o d o e x c e s o . E n l a v a l o r a c i ó n d e l a s i t u a c i ó n e x t e r i o r , La Revue
historique s e d e s l i z a , c o n el p a s o d e l o s a ñ o s , d e s d e u n f e r o z n a c i o n a l i s m o
h a c i a u n s a b i o p a c i f i s m o . H a c i a 1 8 8 0 , M o n o d d e n u n c i a «el c r i m e n d e l a i n -
v a s i ó n p r u s i a n a » , l l o r a a c a u s a d e la a n e x i ó n d e A l s a c i a y L o r e n a , y casi
r e c l a m a venganza; hacia 1890, e m p i e z a a hablar en favor de u n a reconci-
l i a c i ó n f r a n c o - a l e m a n a , ú n i c o m e d i o d e s o l u c i o n a r las d i f e r e n c i a s e v i t a n d o
las a t r o c i d a d e s d e l a g u e r r a .
2. E L DISCURSO DEL M É T O D O
U n c u a r t o d e siglo d e s p u é s d e l a f u n d a c i ó n d e La Revue historique, sus
c o l a b o r a d o r e s i n v a d i e r o n las c á t e d r a s d e h i s t o r i a e n las u n i v e r s i d a d e s r e -
cientemente creadas o reformadas. F u e entonces cuando dos de ellos, C h a r -
les-Víctor Langlois y C h a r l e s Seignobos, definieron las reglas aplicables a
l a d i s c i p l i n a e n u n a Introduction aux études historiques (Hachette, primera
e d i c i ó n , 1 8 9 8 ) . C h a r l e s - V i c t o r L a n g l o i s es u n m e d i e v a l i s t a , i n t e r e s a d o p o r
l o s f o n d o s d e los A r c h i v o s n a c i o n a l e s y el P u b l i c R e c o r d Office, q u e r e -
d a c t ó o b r a s s o b r e la I n q u i s i c i ó n y s o b r e el d u c a d o d e B r e t a ñ a , y p a r t i c i p ó
e n l a p r i m e r a s e r i e d e l a Historia de Francia, d i r i g i d a p o r E r ñ e s t L a v i s s e ,
131

m a m o s a la vez d e nuestros c o l a b o r a d o r e s u n a exposición e s t r i c t a m e n t e
científica, e n la q u e c a d a a f i r m a c i ó n s e a c o m p a ñ e d e p r u e b a s , d e r e f e r e n -
cias a las f u e n t e s y c i t a c i o n e s q u e e x c l u y a n las v a g u e d a d e s y l o s e x c e s o s d e
o r a t o r i a ( « P r e á m b u l o » , p . 2 9 5 ) . Y e n la e n s e ñ a n z a s u p e r i o r d e b e i n s e r t a r -
s e : « T o d o s los q u e se d e d i c a n a l a i n v e s t i g a c i ó n científica s o n s o l i d a r i o s los
u n o s d e los o t r o s ; t r a b a j a n e n l a m i s m a o b r a , r e a l i z a n p a r t e s d i v e r s a s d e
u n m i s m o p l a n , t i e n d e n al m i s m o o b j e t i v o . E s ú t i l , es i n d i s p e n s a b l e q u e s e
s i e n t a n u n i d o s y q u e sus e s f u e r z o s s e a n c o o r d i n a d o s p a r a ser m á s f u e r t e s
(Manifiesto, p . 3 2 1 ) . A g r a n d e s r a s g o s , los p r i n c i p i o s d e f i n i d o s e n el t e x t o
i n a u g u r a l d e G . M o n o d — e l t r a b a j o d e a r c h i v o s , la r e f e r e n c i a a las f u e n -
t e s , la o r g a n i z a c i ó n d e l a p r o f e s i ó n — a p a r e c e r á n e x p u e s t o s v e i n t i t r é s a ñ o s
m á s t a r d e e n el m a n u a l d e L a n g l o i s y S e i g n o b o s .
E n el p e r í o d o d e su m a d u r e z , e n t r e 1880 y 1900, M o n o d e j e r c e u n v e r -
d a d e r o m a g i s t e r i o m o r a l s o b r e l a « p r o f e s i ó n h i s t ó r i c a » : es el d i r e c t o r ú n i c o
d e La Revue historique, c o d i r e c t o r d e La Revue critique, p r o f e s o r e n l a
E N S , p r e s i d e n t e d e la s e c c i ó n c u a r t a d e E P H E , r e s p o n s a b l e d e d i v e r s a s c o -
m i s i o n e s u n i v e r s i t a r i a s y s o c i e d a d e s científicas. E n La Revue historique, el
d i r e c t o r se e n c a r g a p e r s o n a l m e n t e d e l « b o l e t í n crítico» c o n s a g r a d o a l a b i -
b l i o g r a f í a f r a n c e s a ; i n s e n s i b l e m e n t e o r i e n t a sus c o m e n t a r i o s h a c i a las c u e s -
tiones c o n t e m p o r á n e a s ; llega a dar lecciones d e m o r a l y d e política. A ni-
v e l d e d e c l a r a c i ó n d e i n t e n c i o n e s , La Revue historique se considera n e u t r a
e i m p a r c i a l , i n c l i n a d a «a l a c i e n c i a p o s i t i v a » , « c e r r a d a a las t e o r í a s p o l í t i -
cas y filosóficas». E n c u a n t o a las a c c i o n e s c o n c r e t a s , La Revue historique
t o m a p o s t u r a e n f a v o r d e l a R e p ú b l i c a o p o r t u n i s t a ; a p r u e b a la a c c i ó n d e
los g o b i e r n o s W a d d i n g t o n , F r e y c i n e t , F e r r y , G a m b e t t a ; a p l a u d e l a a p r o -
b a c i ó n d e las l e y e s e s c o l a r e s ; a p o y a l a i n s t a u r a c i ó n d e la l i b e r t a d e s p ú b l i -
cas e n t r e 1870 y. 1884. E n el e n t i e r r o d e G a m b e t t a , G . M o n o d desfiló p r e -
cedido d e u n a p a n c a r t a en la q u e se leía: « La historia es m a e s t r a d e la cien-
c i a » . E n la m i s m a é p o c a , La Revue historique participa e n la r e i n t e r p r e t a -
c i ó n d e la R e v o l u c i ó n f r a n c e s a d e 1 7 8 9 - 1 7 9 3 , q u e s e c o n v i e r t e e n el m i t o
fundador de u n a Tercera República, garantizando la vida democrática y
a s e g u r a n d o l a d e f e n s a d e las f r o n t e r a s . F u e e n t o n c e s c u a n d o s e e n t r o n i z ó
e n 14 d e j u l i o c o m o d í a d e fiesta n a c i o n a l . M á s t a r d e , M o n o d c o n d e n a l a
o l e a d a b o u l a n g e r i s t a , el m i l i t a r i s m o q u e a m e n a z a las i n s t i t u c i o n e s r e p u b l i -
c a n a s e n t r e 1885 y 1889. E n l o s a ñ o s 9 0 , el d i r e c t o r d e La Revue historique
h a b l a m e n o s e n sus c r ó n i c a s d e p o l í t i c a i n t e r i o r , n o p o r q u e s e h a y a a p o d e -
r a d o d e él u n c i e r t o e s c r ú p u l o d e n e u t r a l i d a d , s i n o p o r q u e p r e s t a m a y o r
a t e n c i ó n a la p o l í t i c a e x t r a n j e r a .
D e la m i s m a m a n e r a , La Revue historique, que oficialmente rechaza
t o d o « c r e d o d o g m á t i c o » , se c o m p r o m e t e r e s u e l t a m e n t e e n el c o m b a t e a n -
ticlerical. A u n q u e los p r o t e s t a n t e s s e a n m u y n u m e r o s o s e n el c o m i t é d e r e -
d a c c i ó n , la h i s t o r i a d e l a r e l i g i ó n r e f o r m a d a n o o c u p a u n g r a n l u g a r e n l a
r e v i s t a . Si c o n s u l t a m o s los c u a r e n t a p r i m e r o s n ú m e r o s , d e u n t o t a l d e
o c h e n t a y tres estudios, sólo n u e v e artículos a b o r d a n t e m a s relacionados
c o n el p r o t e s t a n t i s m o (así la h e r e j í a d e l o s P a t a r i n o s e n F l o r e n c i a — n ú m .
4 — ; la b i o g r a f í a d e M i g u e l S e r v e t — n ú m . 1 0 — , e t c . ) . P o r el c o n t r a r i o , l a
historia del cristianismo a p a r e c e a m p l i a m e n t e t r a t a d a . L o s a u t o r e s p a r e c e n
f a v o r a b l e s a la Iglesia d e los p r i m e r o s siglos y t o l e r a n t e s c o n l a I g l e s i a d e
la E d a d M e d i a ; p e r o se m u e s t r a n agresivos hacia la Iglesia católica, surgi-
d a d e l C o n c i l i o d e T r e n t o , q u e p r a c t i c a la C o n t r a r r e f o r m a . U n e j e m p l o :
130
C h . - L . L i v e t critica v i o l e n t a m e n t e las r e d u c c i o n e s j e s u í t i c a s d e l P a r a g u a y
« q u e s ó l o t e n í a n u n o b j e t i v o , e l a u m e n t o d e las riquezas d e l a o r d e n ; y
s ó l o u n m e d i o , el s o m e t i m i e n t o d e l o s i n d í g e n a s » (RH, t. 1 8 , p . 3 2 5 ) . N o
o b s t a n t e , d e s p u é s d e los violentos a t a q u e s t e n d e n t e s a destruir la influen-
cia d e u n a I g l e s i a c a t ó l i c a c o n s e r v a d o r a y l e g i t i m i s t a , a finales d e l o s a ñ o s
7 0 y e n los a ñ o s 8 0 , l o s a n á l i s i s d e La Revue historique se h a c e n m á s m a -
tizados e n c o n s o n a n c i a c o n la « a d h e s i ó n » d e la Iglesia a la R e p ú b l i c a en
l o s a ñ o s 9 0 . G . M o n o d l l e g a i n c l u s o a e s c r i b i r : « N a d i e p u e d e e v i t a r , al c o n -
t e m p l a r la Iglesia católica, u n s e n t i m i e n t o d e a d m i r a c i ó n y v e n e r a c i ó n p o r
la i n s t i t u c i ó n m á s i m p o r t a n t e , t a n t o p o r s u i n f l u e n c i a c o m o p o r s u d u r a -
c i ó n , q u e el m u n d o h a y a c o n o c i d o » (RH, 1 8 9 5 , n ú m . 1 ) .
F i n a l m e n t e , La Revue historique alardea de u n a preocupación ética de
r e s o n a n c i a n a c i o n a l . M o n o d c o n s i d e r a q u e l a s o l i d a r i d a d liga a l o s h o m -
b r e s del p r e s e n t e con los h o m b r e s del p a s a d o : « E l historiador s a b e q u e la
v i d a es u n c a m b i o p e r p e t u o ; p e r o q u e e s t e c a m b i o s i e m p r e es u n a t r a n s -
f o r m a c i ó n d e e l e m e n t o s a n t i g u o s , n u n c a u n a c r e a c i ó n ex novo. D a a las g e -
n e r a c i o n e s p r e s e n t e s el v i v o s e n t i m i e n t o , l a p r o f u n d a c o n s c i e n c i a d e l a
feliz y n e c e s a r i a s o l i d a r i d a d , q u e les u n e a las g e n e r a c i o n e s a n t e r i o r e s »
(Manifiesto, p . 323). E s t e t i p o d e simpatía intuitiva j u e g a t a n t o m á s e n la
o c a s i ó n e n q u e el e s p e c i a l i s t a s e d e d i c a a l a h i s t o r i a n a c i o n a l : « E l e s t u d i o
d e l p a s a d o d e F r a n c i a es u n a t a r e a p r i m o r d i a l (...) p o r m e d i o d e l a c u a l
p o d e m o s d e v o l v e r a n u e s t r o p a í s l a u n i d a d y la f u e r z a m o r a l » ( « P r e á m b u -
l o » , 1 8 7 6 ) . S e t r a t a , d e s p u é s d e l a g r a v e d e r r o t a d e 1 8 7 0 , « d e d e s p e r t a r la
c o n c i e n c i a d e sí m i s m a e n el a l m a d e l a n a c i ó n a t r a v é s d e l c o n o c i m i e n t o
p r o f u n d o d e su historia». L a s revoluciones son c o n s i d e r a d a s b u e n a s o m a -
l a s s e g ú n l o s c a s o s : s e c e l e b r a el l e v a n t a m i e n t o d e 1 7 8 9 , q u e p e r m i t e l a d e -
c l a r a c i ó n d e los D e r e c h o s d e l H o m b r e y l a s u p r e s i ó n d e l o s p r i v i l e g i o s se-
ñ o r i a l e s ; se d e n i g r a e n c a m b i o l a i n s u r r e c c i ó n d e 1 8 7 1 , q u e c o n d u c e a las
l u c h a s f r a t i c i d a s a n t e l a m i r a d a d e l e n e m i g o . E n lo q u e r e s p e c t a a l a e v o -
l u c i ó n i n t e r i o r , La Revue historique se inclina p o r u n «justo m e d i o » , ale-
j a d o d e t o d o e x c e s o . E n l a v a l o r a c i ó n d e l a s i t u a c i ó n e x t e r i o r , La Revue
historique s e d e s l i z a , c o n el p a s o d e l o s a ñ o s , d e s d e u n f e r o z n a c i o n a l i s m o
h a c i a u n s a b i o p a c i f i s m o . H a c i a 1 8 8 0 , M o n o d d e n u n c i a «el c r i m e n d e l a i n -
v a s i ó n p r u s i a n a » , l l o r a a c a u s a d e la a n e x i ó n d e A l s a c i a y L o r e n a , y casi
r e c l a m a venganza; hacia 1890, e m p i e z a a hablar en favor de u n a reconci-
l i a c i ó n f r a n c o - a l e m a n a , ú n i c o m e d i o d e s o l u c i o n a r las d i f e r e n c i a s e v i t a n d o
las a t r o c i d a d e s d e l a g u e r r a .
2. E L DISCURSO DEL M É T O D O
U n c u a r t o d e siglo d e s p u é s d e l a f u n d a c i ó n d e La Revue historique, sus
c o l a b o r a d o r e s i n v a d i e r o n las c á t e d r a s d e h i s t o r i a e n las u n i v e r s i d a d e s r e -
cientemente creadas o reformadas. F u e entonces cuando dos de ellos, C h a r -
les-Víctor Langlois y C h a r l e s Seignobos, definieron las reglas aplicables a
l a d i s c i p l i n a e n u n a Introduction aux études historiques (Hachette, primera
e d i c i ó n , 1 8 9 8 ) . C h a r l e s - V i c t o r L a n g l o i s es u n m e d i e v a l i s t a , i n t e r e s a d o p o r
l o s f o n d o s d e los A r c h i v o s n a c i o n a l e s y el P u b l i c R e c o r d Office, q u e r e -
d a c t ó o b r a s s o b r e la I n q u i s i c i ó n y s o b r e el d u c a d o d e B r e t a ñ a , y p a r t i c i p ó
e n l a p r i m e r a s e r i e d e l a Historia de Francia, d i r i g i d a p o r E r ñ e s t L a v i s s e ,
131
e s c r i b i e n d o el t o m o I I I : Saint Louis, Philippe Le Belet les derniers Capé-
tiens (1226-1328)-(1901). C h a r l e s S e i g n o b o s es u n m o d e r n i s t a a u t o r d e u n a
a
s e r i e d e m a n u a l e s d e s t i n a d o s a la e n s e ñ a n z a ( d e l a c l a s e 6 . a la t e r m i n a l ) ,
d e u n a Histoire de l'Europe au XIX' siécle ( 1 8 9 7 ) . T a m b i é n c o l a b o r ó e n l a
s e g u n d a s e r i e d e E r n e s t L a v i s s e , al e s c r i b i r Le Déclin de l'Empire et l'éta-
blissement de la République (1859-1875), t o m o V I I d e l a Histoire de la Fran-
ce Contemporaine, y el t o m o V I I I : L'evolution de la Troisiéme République
(1875-1914)- (1921). E s i g u a l m e n t e a u t o r , j u n t o c o n P . M i l i u k o v , L . E i s e -
n e m a n n y o t r o s e s p e c i a l i s t a s , d e u n a Histoire de la Russie e n t r e s v o l ú m e -
n e s ( d e s d e l o s o r í g e n e s a la r e v o l u c i ó n b o l c h e v i q u e ) e n 1932. C h . - V .
Langlois y C h . S e i g n o b o s , a m b o s profesores en la S o r b o n a y m i e m b r o s del
I n s t i t u t o , t i e n e n el m é r i t o , e n r e l a c i ó n c o n sus c o l e g a s , d e p r e o c u p a r s e p o r
l o s p r o b l e m a s e p i s t e m o l ó g i c o s . Su « b r e v i a r i o » a s p i r a b a a f o r m a r g e n e r a -
c i o n e s d e h i s t o r i a d o r e s . D e h e c h o , la o b r a e x p r e s a , e x a c t a m e n t e , el p u n t o
d e vista d e la « e s c u e l a m e t ó d i c a » , q u e d o m i n a la p r o d u c c i ó n f r a n c e s a e n -
t r e 1880 y 1 9 3 0 .
L a n g l o i s y S e i g n o b o s a p o r t a n u n a c o n t r i b u c i ó n d e c i s i v a p a r a la c o n s -
t r u c c i ó n d e u n a h i s t o r i a científica. C o n s i d e r a n c o n i n d i f e r e n c i a — a v e c e s
c o n d e s p r e c i o — la t e o l o g í a d e la h i s t o r i a , al e s t i l o d e B o s s u e t , l a filosofía
d e la h i s t o r i a s e g ú n H e g e l o C o m t e , y l a h i s t o r i a l i t e r a r i a al estilo d e M i -
chelet: «El procedimiento m á s natural d e explicación consiste en admitir
q u e u n a c a u s a t r a s c e n d e n t e , la P r o v i d e n c i a , d i r i g e t o d o s l o s h e c h o s d e la
historia hacia u n objetivo sólo conocido p o r D i o s . E s t a explicación sólo
p u e d e ser la c o n c l u s i ó n m e t a f í s i c a d e u n a c o n s t r u c c i ó n científica, y a q u e la
ciencia sólo e s t u d i a las c a u s a s d e t e r m i n a n t e s . E l h i s t o r i a d o r n o t i e n e p o r
q u é b u s c a r l a c a u s a p r i m e r a a las c a u s a s finales, d e l a m i s m a m a n e r a q u e
t a m p o c o lo h a c e el q u í m i c o o el n a t u r a l i s t a . D e h e c h o , h o y y a casi n a d i e
se p a r a a discutir l a t e o r í a d e la P r o v i d e n c i a e n la h i s t o r i a , b a j o s u f o r m a
t e o l ó g i c a . P e r o l a t e n d e n c i a a e x p l i c a r los h e c h o s h i s t ó r i c o s m e d i a n t e c a u -
sas t r a s c e n d e n t e s se m a n t i e n e e n t e o r í a s m á s m o d e r n a s , e n las q u e l a
m e t a f í s i c a se disfraza b a j o f o r m a s científicas. L a m a y o r p a r t e d e l o s h i s t o -
riadores d e l siglo XIX h a sufrido d e m a n e r a t a n a c u s a d a la a c c i ó n d e l a e d u -
c a c i ó n filosófica, q u e i n t r o d u c e n , i n c l u s o , sin d a r s e c u e n t a , f ó r m u l a s m e -
tafísicas e n l a c o n s t r u c c i ó n d e l a m i s m a . » L a e s c u e l a m e t ó d i c a r e a l i z a así
u n a v e r d a d e r a « r u p t u r a e p i s t e m o l ó g i c a » al d e s c a r t a r el p r o v i d e n c i a l i s m o
c r i s t i a n o , el p r o g r e s i s m o r a c i o n a l i s t a o el f i n a l i s m o m a r x i s t a .
S e g ú n L a n g l o i s y S e i g n o b o s , «la h i s t o r i a s ó l o es la p u e s t a e n p r á c t i c a
de documentos». L a fórmula supone u n a teoría del conocimiento — u n a re-
l a c i ó n e n t r e el s u j e t o (el h i s t o r i a d o r ) y 'el o b j e t o (el d o c u m e n t o ) — q u e n o
se explícita. E n r e a l i d a d , se t r a t a d e la « t e o r í a d e l r e f l e j o » q u e p r o c e d e d e
V o n R a n k e (a ella se a l u d i r á m á s t a r d e ) . D e e n t r a d a , la e s c u e l a m e t ó d i c a
d e j a d e l a d o el p a p e l e s e n c i a l d e las p r e g u n t a s q u e el h i s t o r i a d o r p l a n t e a
a sus f u e n t e s , y r e c o m i e n d a la d e s a p a r i c i ó n d e l p r o p i o h i s t o r i a d o r d e t r á s
d e ios t e x t o s . ¿ Q u é es p a r a L a n g l o i s y S e i g n o b o s u n d o c u m e n t o ? : « E n t r e
l o s p e n s a m i e n t o s y los a c t o s d e los h o m b r e s , s o n m u y p o c o s los q u e d e j a n
h u e l l a s visibles y, c u a n d o se p r o d u c e n , d u r a n p o c o ; b a s t a u n a c c i d e n t e p a r a
borrarlos. Luego cualquier pensamiento y cualquier acto que no hayan de-
j a d o v e s t i g i o s , d i r e c t o s o i n d i r e c t o s , o c u y o s v e s t i g i o s visibles h a y a n d e s a -
p a r e c i d o , se h a p e r d i d o p a r a la h i s t o r i a . » N o p o d e m o s h a c e r o t r a c o s a q u e
a c e p t a r e s t a e v i d e n c i a , d e u n a e n o r m e t r i v i a l i d a d . Sin e m b a r g o , l o s d o s a u -
132
t o r e s p r e c i s a n q u e l o s d o c u m e n t o s e s c r i t o s , l o s t e s t i m o n i o s v o l u n t a r i o s : car-
t a s , d e c r e t o s , c o r r e s p o n d e n c i a , m a n u s c r i t o s d i v e r s o s , s o n los « v e s t i g i o s
d e j a d o s p o r los p e n s a m i e n t o s y los actos d e a n t a ñ o » . N o p i e n s a n en los
d o c u m e n t o s n o e s c r i t o s : p o r e j e m p l o , los y a c i m i e n t o s a r q u e o l ó g i c o s , q u e
r e f l e j a n la v i d a e c o n ó m i c a , l a e s t r u c t u r a social o l a o r g a n i z a c i ó n m i l i t a r . N i
e n los t e s t i m o n i o s i n v o l u n t a r i o s : p o r e j e m p l o , l o s m a n u a l e s d e l o s c o n f e -
s o r e s , q u e e x p r e s a n las m e n t a l i d a d e s r e l i g i o s a s . L a c o n c e p c i ó n m u y e s t r e -
c h a d e l d o c u m e n t o l i m i t a l a a m b i c i ó n ele l a d i s c i p l i n a : « L a c a n t i d a d d e d o -
c u m e n t o s q u e e x i s t e n , p o r lo m e n o s d e d o c u m e n t o s c o n o c i d o s , es fija; el
t i e m p o , a p e s a r d e t o d a s las p r e c a u c i o n e s q u e se h a n t o m a d o , la d i s m i n u y e
sin c e s a r : n o a u m e n t a r á n n u n c a ( . . . ) . L o s p r o g r e s o s d e la c i e n c i a h i s t ó r i c a
se v e n h m i t a d o s p o r e s t a c a u s a . »
P o r t a n t o , «la h i s t o r i a d i s p o n e d e u n h m i t a d o stock d e d o c u m e n t o s » .
P a r a L a n g l o i s y S e i g n o b o s , l a t a r e a p r i o r i t a r i a es e s t a b l e c e r el i n v e n t a r i o
d e m a t e r i a l e s d i s p o n i b l e s : « B u s c a r , r e c o g e r los d o c u m e n t o s es u n a d e las
p a r t e s p r i n c i p a l e s , l ó g i c a m e n t e l a p r i m e r a , d e l oficio d e h i s t o r i a d o r . » E n
A l e m a n i a se d i o a e s t a d i s c i p l i n a el n o m b r e d e heurística. C o n t i n u a n d o la
a c t i v i d a d i n i c i a d a p o r l o s e r u d i t o s d e l siglo x v i n , y p r i n c i p i o s d e l x r x , los
p a r t i d a r i o s d e l a e s c u e l a m e t ó d i c a d e fines d e l siglo XIX y p r i n c i p i o s d e l XX
s e d e d i c a n a « p r o t e g e r l o s d o c u m e n t o s c o n t r a el o l v i d o , las p é r d i d a s , los
i n c e n d i o s y o t r a s d e s t r u c c i o n e s ; y c o n s e r v a r l o s e n d e p ó s i t o s c o m o el M u -
seo Británico de L o n d r e s y las Bibliotecas Nacionales de París, Bruselas,
F l o r e n c i a o S a n P e t e r s b u r g o » . L o s p r o p i o s h i s t o r i a d o r e s se p r e o c u p a n p o r
clasificar l o s f o n d o s d e l o s a r c h i v o s : « L a h e u r í s t i c a s e r í a m á s fácil si se h u -
b i e r a n r e a l i z a d o b u e n o s i n v e n t a r i o s d e s c r i p t i v o s d e t o d o s los f o n d o s d o c u -
m e n t a l e s (...) y . s i s e h u b i e r a n h e c h o r e p e r t o r i o s g e n e r a l e s ( c o n t a b l a s al-
f a b é t i c a s s i s t e m á t i c a s , e t c . ) ; f i n a l m e n t e , si f u e r a p o s i b l e c o n s u l t a r e n a l g ú n
l u g a r la c o l e c c i ó n c o m p l e t a d e t o d o s e s t o s i n v e n t a r i o s y d e sus í n d i c e s r e s -
p e c t i v o s . » L o s d e s e o s d e L a n g l o i s y S e i g n o b o s se h a n visto r e a l i z a d o s p a r -
c i a l m e n t e , p o r lo m e n o s e n s u p a í s . E n el m o m e n t o e n q u e e s c r i b e n , e s -
pecialistas, f r e c u e n t e m e n t e p r o c e d e n t e s d e la « É c o l e des C h a r t e s » , reali-
z a n y a el c a t á l o g o d e l o s A r c h i v o s n a c i o n a l e s , el d e l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l ,
l o s f i c h e r o s d e los A r c h i v o s d e p a r t a m e n t a l e s . A l m i s m o t i e m p o , la S o c i e -
dad de Historia de Francia dirige u n e n o r m e trabajo de publicación, trans-
f o r m a n d o fuentes m a n u s c r i t a s e n o b r a s i m p r e s a s (un e j e m p l o e n t r e cien:
L a s c a r t a s d e los e m b a j a d o r e s d e M i l á n e n F r a n c i a d u r a n t e l o s r e i n a d o s d e
L u i s X I y F r a n c i s c o S f o r z a , d e s d e 1461 a 1 4 6 6 , e n c u a t r o v o l ú m e n e s , e d i -
t a d o s en 1916).
C o n el d o c u m e n t o y a a s a l v o , r e g i s t r a d o , c l a s i f i c a d o , c o n v i e n e s o m e -
t e r l o "a u n a s e r i e d e o p e r a c i o n e s a n a l í t i c a s . E l p r i m e r p a s o es l a crítica
externa ( e r u d i t a ) . E l i j a m o s u n c a s o , p a r a d e m o s t r a r l o : « E l h o m e n a j e d e
G a s t ó n F e b u s al P r í n c i p e N e g r o p o r M a r s a n y G a b a r d a n » ( c i t a d o p o r R .
B o u t r u c h e , Segnoires et Féodalité, t. 1 , 1 9 5 9 , p p . 3 3 7 - 3 3 8 ) . Si s e g u i m o s el
p r o c e d i m i e n t o d e la e s c u e l a m e t ó d i c a , p r i m e r o d e b e m o s e n c o n t r a r la f u e n -
t e . E n e s t a c i r c u n s t a n c i a , el a c t a s e c o n s e r v a e n el P u b l i c R e c o r d O f f i c e ,
c o n la s i g n a t u r a E . 3 6 1 / 1 8 9 , fss. 14 V y 1 5 . A c o n t i n u a c i ó n , e x a m i n a r si se
t r a t a d e u n o r i g i n a l , u n a c o p i a , o u n d o c u m e n t o falso. L a t é c n i c a d e la p a -
l e o g r a f í a p e r m i t e c o n s t a t a r la a u t e n t i c i d a d d e l d o c u m e n t o . F i n a l m e n t e , e s -
t a b l e c e r los p u n t o s d e r e f e r e n c i a , s e ñ a l a r l o s firmantes — p o r u n a p a r t e G a s -
t ó n F e b r u s , c o n d e de Foix, vizconde de B e a r n ; p o r otra, E d u a r d o , prínci-
133
e s c r i b i e n d o el t o m o I I I : Saint Louis, Philippe Le Belet les derniers Capé-
tiens (1226-1328)-(1901). C h a r l e s S e i g n o b o s es u n m o d e r n i s t a a u t o r d e u n a
a
s e r i e d e m a n u a l e s d e s t i n a d o s a la e n s e ñ a n z a ( d e l a c l a s e 6 . a la t e r m i n a l ) ,
d e u n a Histoire de l'Europe au XIX' siécle ( 1 8 9 7 ) . T a m b i é n c o l a b o r ó e n l a
s e g u n d a s e r i e d e E r n e s t L a v i s s e , al e s c r i b i r Le Déclin de l'Empire et l'éta-
blissement de la République (1859-1875), t o m o V I I d e l a Histoire de la Fran-
ce Contemporaine, y el t o m o V I I I : L'evolution de la Troisiéme République
(1875-1914)- (1921). E s i g u a l m e n t e a u t o r , j u n t o c o n P . M i l i u k o v , L . E i s e -
n e m a n n y o t r o s e s p e c i a l i s t a s , d e u n a Histoire de la Russie e n t r e s v o l ú m e -
n e s ( d e s d e l o s o r í g e n e s a la r e v o l u c i ó n b o l c h e v i q u e ) e n 1932. C h . - V .
Langlois y C h . S e i g n o b o s , a m b o s profesores en la S o r b o n a y m i e m b r o s del
I n s t i t u t o , t i e n e n el m é r i t o , e n r e l a c i ó n c o n sus c o l e g a s , d e p r e o c u p a r s e p o r
l o s p r o b l e m a s e p i s t e m o l ó g i c o s . Su « b r e v i a r i o » a s p i r a b a a f o r m a r g e n e r a -
c i o n e s d e h i s t o r i a d o r e s . D e h e c h o , la o b r a e x p r e s a , e x a c t a m e n t e , el p u n t o
d e vista d e la « e s c u e l a m e t ó d i c a » , q u e d o m i n a la p r o d u c c i ó n f r a n c e s a e n -
t r e 1880 y 1 9 3 0 .
L a n g l o i s y S e i g n o b o s a p o r t a n u n a c o n t r i b u c i ó n d e c i s i v a p a r a la c o n s -
t r u c c i ó n d e u n a h i s t o r i a científica. C o n s i d e r a n c o n i n d i f e r e n c i a — a v e c e s
c o n d e s p r e c i o — la t e o l o g í a d e la h i s t o r i a , al e s t i l o d e B o s s u e t , l a filosofía
d e la h i s t o r i a s e g ú n H e g e l o C o m t e , y l a h i s t o r i a l i t e r a r i a al estilo d e M i -
chelet: «El procedimiento m á s natural d e explicación consiste en admitir
q u e u n a c a u s a t r a s c e n d e n t e , la P r o v i d e n c i a , d i r i g e t o d o s l o s h e c h o s d e la
historia hacia u n objetivo sólo conocido p o r D i o s . E s t a explicación sólo
p u e d e ser la c o n c l u s i ó n m e t a f í s i c a d e u n a c o n s t r u c c i ó n científica, y a q u e la
ciencia sólo e s t u d i a las c a u s a s d e t e r m i n a n t e s . E l h i s t o r i a d o r n o t i e n e p o r
q u é b u s c a r l a c a u s a p r i m e r a a las c a u s a s finales, d e l a m i s m a m a n e r a q u e
t a m p o c o lo h a c e el q u í m i c o o el n a t u r a l i s t a . D e h e c h o , h o y y a casi n a d i e
se p a r a a discutir l a t e o r í a d e la P r o v i d e n c i a e n la h i s t o r i a , b a j o s u f o r m a
t e o l ó g i c a . P e r o l a t e n d e n c i a a e x p l i c a r los h e c h o s h i s t ó r i c o s m e d i a n t e c a u -
sas t r a s c e n d e n t e s se m a n t i e n e e n t e o r í a s m á s m o d e r n a s , e n las q u e l a
m e t a f í s i c a se disfraza b a j o f o r m a s científicas. L a m a y o r p a r t e d e l o s h i s t o -
riadores d e l siglo XIX h a sufrido d e m a n e r a t a n a c u s a d a la a c c i ó n d e l a e d u -
c a c i ó n filosófica, q u e i n t r o d u c e n , i n c l u s o , sin d a r s e c u e n t a , f ó r m u l a s m e -
tafísicas e n l a c o n s t r u c c i ó n d e l a m i s m a . » L a e s c u e l a m e t ó d i c a r e a l i z a así
u n a v e r d a d e r a « r u p t u r a e p i s t e m o l ó g i c a » al d e s c a r t a r el p r o v i d e n c i a l i s m o
c r i s t i a n o , el p r o g r e s i s m o r a c i o n a l i s t a o el f i n a l i s m o m a r x i s t a .
S e g ú n L a n g l o i s y S e i g n o b o s , «la h i s t o r i a s ó l o es la p u e s t a e n p r á c t i c a
de documentos». L a fórmula supone u n a teoría del conocimiento — u n a re-
l a c i ó n e n t r e el s u j e t o (el h i s t o r i a d o r ) y 'el o b j e t o (el d o c u m e n t o ) — q u e n o
se explícita. E n r e a l i d a d , se t r a t a d e la « t e o r í a d e l r e f l e j o » q u e p r o c e d e d e
V o n R a n k e (a ella se a l u d i r á m á s t a r d e ) . D e e n t r a d a , la e s c u e l a m e t ó d i c a
d e j a d e l a d o el p a p e l e s e n c i a l d e las p r e g u n t a s q u e el h i s t o r i a d o r p l a n t e a
a sus f u e n t e s , y r e c o m i e n d a la d e s a p a r i c i ó n d e l p r o p i o h i s t o r i a d o r d e t r á s
d e ios t e x t o s . ¿ Q u é es p a r a L a n g l o i s y S e i g n o b o s u n d o c u m e n t o ? : « E n t r e
l o s p e n s a m i e n t o s y los a c t o s d e los h o m b r e s , s o n m u y p o c o s los q u e d e j a n
h u e l l a s visibles y, c u a n d o se p r o d u c e n , d u r a n p o c o ; b a s t a u n a c c i d e n t e p a r a
borrarlos. Luego cualquier pensamiento y cualquier acto que no hayan de-
j a d o v e s t i g i o s , d i r e c t o s o i n d i r e c t o s , o c u y o s v e s t i g i o s visibles h a y a n d e s a -
p a r e c i d o , se h a p e r d i d o p a r a la h i s t o r i a . » N o p o d e m o s h a c e r o t r a c o s a q u e
a c e p t a r e s t a e v i d e n c i a , d e u n a e n o r m e t r i v i a l i d a d . Sin e m b a r g o , l o s d o s a u -
132
t o r e s p r e c i s a n q u e l o s d o c u m e n t o s e s c r i t o s , l o s t e s t i m o n i o s v o l u n t a r i o s : car-
t a s , d e c r e t o s , c o r r e s p o n d e n c i a , m a n u s c r i t o s d i v e r s o s , s o n los « v e s t i g i o s
d e j a d o s p o r los p e n s a m i e n t o s y los actos d e a n t a ñ o » . N o p i e n s a n en los
d o c u m e n t o s n o e s c r i t o s : p o r e j e m p l o , los y a c i m i e n t o s a r q u e o l ó g i c o s , q u e
r e f l e j a n la v i d a e c o n ó m i c a , l a e s t r u c t u r a social o l a o r g a n i z a c i ó n m i l i t a r . N i
e n los t e s t i m o n i o s i n v o l u n t a r i o s : p o r e j e m p l o , l o s m a n u a l e s d e l o s c o n f e -
s o r e s , q u e e x p r e s a n las m e n t a l i d a d e s r e l i g i o s a s . L a c o n c e p c i ó n m u y e s t r e -
c h a d e l d o c u m e n t o l i m i t a l a a m b i c i ó n ele l a d i s c i p l i n a : « L a c a n t i d a d d e d o -
c u m e n t o s q u e e x i s t e n , p o r lo m e n o s d e d o c u m e n t o s c o n o c i d o s , es fija; el
t i e m p o , a p e s a r d e t o d a s las p r e c a u c i o n e s q u e se h a n t o m a d o , la d i s m i n u y e
sin c e s a r : n o a u m e n t a r á n n u n c a ( . . . ) . L o s p r o g r e s o s d e la c i e n c i a h i s t ó r i c a
se v e n h m i t a d o s p o r e s t a c a u s a . »
P o r t a n t o , «la h i s t o r i a d i s p o n e d e u n h m i t a d o stock d e d o c u m e n t o s » .
P a r a L a n g l o i s y S e i g n o b o s , l a t a r e a p r i o r i t a r i a es e s t a b l e c e r el i n v e n t a r i o
d e m a t e r i a l e s d i s p o n i b l e s : « B u s c a r , r e c o g e r los d o c u m e n t o s es u n a d e las
p a r t e s p r i n c i p a l e s , l ó g i c a m e n t e l a p r i m e r a , d e l oficio d e h i s t o r i a d o r . » E n
A l e m a n i a se d i o a e s t a d i s c i p l i n a el n o m b r e d e heurística. C o n t i n u a n d o la
a c t i v i d a d i n i c i a d a p o r l o s e r u d i t o s d e l siglo x v i n , y p r i n c i p i o s d e l x r x , los
p a r t i d a r i o s d e l a e s c u e l a m e t ó d i c a d e fines d e l siglo XIX y p r i n c i p i o s d e l XX
s e d e d i c a n a « p r o t e g e r l o s d o c u m e n t o s c o n t r a el o l v i d o , las p é r d i d a s , los
i n c e n d i o s y o t r a s d e s t r u c c i o n e s ; y c o n s e r v a r l o s e n d e p ó s i t o s c o m o el M u -
seo Británico de L o n d r e s y las Bibliotecas Nacionales de París, Bruselas,
F l o r e n c i a o S a n P e t e r s b u r g o » . L o s p r o p i o s h i s t o r i a d o r e s se p r e o c u p a n p o r
clasificar l o s f o n d o s d e l o s a r c h i v o s : « L a h e u r í s t i c a s e r í a m á s fácil si se h u -
b i e r a n r e a l i z a d o b u e n o s i n v e n t a r i o s d e s c r i p t i v o s d e t o d o s los f o n d o s d o c u -
m e n t a l e s (...) y . s i s e h u b i e r a n h e c h o r e p e r t o r i o s g e n e r a l e s ( c o n t a b l a s al-
f a b é t i c a s s i s t e m á t i c a s , e t c . ) ; f i n a l m e n t e , si f u e r a p o s i b l e c o n s u l t a r e n a l g ú n
l u g a r la c o l e c c i ó n c o m p l e t a d e t o d o s e s t o s i n v e n t a r i o s y d e sus í n d i c e s r e s -
p e c t i v o s . » L o s d e s e o s d e L a n g l o i s y S e i g n o b o s se h a n visto r e a l i z a d o s p a r -
c i a l m e n t e , p o r lo m e n o s e n s u p a í s . E n el m o m e n t o e n q u e e s c r i b e n , e s -
pecialistas, f r e c u e n t e m e n t e p r o c e d e n t e s d e la « É c o l e des C h a r t e s » , reali-
z a n y a el c a t á l o g o d e l o s A r c h i v o s n a c i o n a l e s , el d e l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l ,
l o s f i c h e r o s d e los A r c h i v o s d e p a r t a m e n t a l e s . A l m i s m o t i e m p o , la S o c i e -
dad de Historia de Francia dirige u n e n o r m e trabajo de publicación, trans-
f o r m a n d o fuentes m a n u s c r i t a s e n o b r a s i m p r e s a s (un e j e m p l o e n t r e cien:
L a s c a r t a s d e los e m b a j a d o r e s d e M i l á n e n F r a n c i a d u r a n t e l o s r e i n a d o s d e
L u i s X I y F r a n c i s c o S f o r z a , d e s d e 1461 a 1 4 6 6 , e n c u a t r o v o l ú m e n e s , e d i -
t a d o s en 1916).
C o n el d o c u m e n t o y a a s a l v o , r e g i s t r a d o , c l a s i f i c a d o , c o n v i e n e s o m e -
t e r l o "a u n a s e r i e d e o p e r a c i o n e s a n a l í t i c a s . E l p r i m e r p a s o es l a crítica
externa ( e r u d i t a ) . E l i j a m o s u n c a s o , p a r a d e m o s t r a r l o : « E l h o m e n a j e d e
G a s t ó n F e b u s al P r í n c i p e N e g r o p o r M a r s a n y G a b a r d a n » ( c i t a d o p o r R .
B o u t r u c h e , Segnoires et Féodalité, t. 1 , 1 9 5 9 , p p . 3 3 7 - 3 3 8 ) . Si s e g u i m o s el
p r o c e d i m i e n t o d e la e s c u e l a m e t ó d i c a , p r i m e r o d e b e m o s e n c o n t r a r la f u e n -
t e . E n e s t a c i r c u n s t a n c i a , el a c t a s e c o n s e r v a e n el P u b l i c R e c o r d O f f i c e ,
c o n la s i g n a t u r a E . 3 6 1 / 1 8 9 , fss. 14 V y 1 5 . A c o n t i n u a c i ó n , e x a m i n a r si se
t r a t a d e u n o r i g i n a l , u n a c o p i a , o u n d o c u m e n t o falso. L a t é c n i c a d e la p a -
l e o g r a f í a p e r m i t e c o n s t a t a r la a u t e n t i c i d a d d e l d o c u m e n t o . F i n a l m e n t e , e s -
t a b l e c e r los p u n t o s d e r e f e r e n c i a , s e ñ a l a r l o s firmantes — p o r u n a p a r t e G a s -
t ó n F e b r u s , c o n d e de Foix, vizconde de B e a r n ; p o r otra, E d u a r d o , prínci-
133
p e d e A q u i t a n i a , h i j o d e l r e y d e I n g l a t e r r a — ; i n d i c a r la f e c h a — e l 1 2 d e
e n e r o d e 1 3 6 4 — . , y el l u g a r — l a c a s a d e l o s D o m i n i c o s e n A n g e n — . « E l
análisis d e l t e x t o d e b e d a r l u g a r a l a r e a l i z a c i ó n d e u n a ficha e n u n a h o j a
s u e l t a , q u e s e p u e d a t r a s l a d a r , c o n u n a m e n c i ó n d e su p r o c e d e n c i a ( . . . ) .
L a m o v i l i d a d d e las fichas p e r m i t e clasificarlas a v o l u n t a d c o n m u l t i t u d d e
c o m b i n a c i o n e s . » E l s i s t e m a d e fichas d a al h i s t o r i a d o r el m e d i o d e t r a b a j a r
en p r o f u n d i d a d , m a n i p u l a n d o m á s fácilmente sus m a t e r i a l e s , y c o n d u c e a
l a p r o l i f e r a c i ó n d e las n o t a s a p i e d e p á g i n a , g r a c i a s a l a s c u a l e s c a d a l e c t o r
d e u n a o b r a histórica, a condición de q u e sea e r u d i t o , p u e d e volver a la
f u e n t e , y v e r i f i c a r lo f u n d a d a s q u e e r a n las a f i r m a c i o n e s d e su c o l e g a .
E l s e g u n d o p a s o e s la crítica interna ( o h e r m e n é u t i c a ) . S e t r a t a d e v o l -
v e r . a l a ficha, i n c l u y e n d o e n ella las p r e c i s i o n e s s u m i n i s t r a d a s p o r l a c r í t i c a
e r u d i t a y c o m p l e t a r l a r e s u m i e n d o los d a t o s e s e n c i a l e s i n s c r i t o s e n el d o c u -
m e n t o . S e g ú n L a n g l o i s y S e i g n o b o s , h a y q u e r e a l i z a r : « 1 ) E l análisis d e l
c o n t e n i d o del acta y la crítica positiva d e la interpretación p a r a asegurarse
d e l o q u e q u i s o d e c i r el a u t o r ; 2 ) el anáfisis d e las c o n d i c i o n e s e n l a s q u e
s e p r o d u j o el d o c u m e n t o y la c r í t i c a n e g a t i v a n e c e s a r i a p a r a c o n t r o l a r l a s
opiniones del autor. L a h e r m e n é u t i c a a veces obliga a recurrir a u n estudio
l i n g ü í s t i c o p a r a d e t e r m i n a r el v a l o r d e p a l a b r a s o f r a s e s . A s í , e n l a s o b r a s
r e d a c t a d a s e n l a t í n , la significación d e las p a l a b r a s p u e d e n v a r i a r s e g ú n l a s
é p o c a s . L a l e n g u a d e C i c e r ó n n o e s la d e G r e g o r i o d e T o u r s , q u e n o se
c o r r e s p o n d e c o n l a d e S a n B e r n a r d o . Y e s m e j o r e v i t a r los c o n t r a s e n t i d o s .
A d e m á s , la h e r m e n é u t i c a o b l i g a a i n t e r r o g a r s e a c e r c a d e l a s i n t e n c i o n e s
d e las p e r s o n a s q u e h a n e s c r i t o l o s d o c u m e n t o s . T o m e m o s o t r o c a s o , a tí-
t u l o d e i l u s t r a c i ó n . D u r a n t e el v e r a n o d e 1 5 3 4 , e n u n d i s c u r s o p r o n u n c i a d o
e n T o u l o u s e , E t i e n n e D o l e t declara: « O s p i d o q u e creáis q u e d e n i n g u n a
m a n e r a f o r m o p a r t e d e e s t a s e c t a i m p í a y o b s t i n a d a d e l o s l u t e r a n o s . . . » (ci-
t a d o p o r L . F e b v r e , La Religión de Rabelais, 1 9 4 2 , p . 5 1 ) . ¿Es sincero
E t i e n n e D o l e t ? E n esta é p o c a es posible s u p o n e r q u e m i e n t e , ya q u e p u e -
d e s e r c o n d e n a d o a la h o g u e r a si s e l e r e c o n o c e c u l p a b l e d e h e r e j í a . T a m -
bién p o d e m o s suponer q u e dice la verdad y que simplemente profesa u n
e v a n g e l i s m o e r a s m i s t a . E s t e e s el t i p o d e p r e g u n t a s q u e f o r m u l a l a c r í t i c a
interna.
C u a n d o h a n finalizado las o p e r a c i o n e s analíticas, q u e d a a b i e r t a la vía
p a r a las operaciones sintéticas. E s aconsejable actuar por etapas. El primer
estadio consiste e n c o m p a r a r varios d o c u m e n t o s p a r a establecer u n h e c h o
p a r t i c u l a r . P o r e j e m p l o , si i n t e n t a m o s p r e c i s a r a l g ú n e p i s o d i o d e l a c o n j u -
r a c i ó n d e C a t i l i n a , p o d e m o s c o m p a r a r el r e l a t o d e C i c e r ó n y la v e r s i ó n d e
Salustio. « T o m a d o s a i s l a d a m e n t e , m u c h o s hechos p r o b a d o s sólo parcial-
m e n t e p u e d e n confirmarse los u n o s con los o t r o s , d e m a n e r a q u e d e n u n a
c e r t i d u m b r e d e c o n j u n t o . » E l s e g u n d o e s t a d i o c o n d u c e a r e a g r u p a r los h e -
c h o s a i s l a d o s e n los m a r c o s g e n e r a l e s . S e r e ú n e n l o s h e c h o s r e l a t i v o s a las
c o n d i c i o n e s n a t u r a l e s : l a g e o g r a f í a , el c l i m a , e t c . ; las p r o d u c c i o n e s m a t e -
riales: la a g r i c u l t u r a , l a i n d u s t r i a , el c o m e r c i o , e t c . ; los g r u p o s s o c i a l e s : l a s
f a m i l i a s , los c l a n e s , las p r o f e s i o n e s , las c l a s e s , e t c . ; las i n s t i t u c i o n e s p o l í t i -
c a s : el g o b i e r n o , la j u s t i c i a , l a a d m i n i s t r a c i ó n , e t c . E l t e r c e r e s t a d i o a p u n t a
a m a n e j a r el r a z o n a m i e n t o , s e a p o r d e d u c c i ó n , s e a p o r a n a l o g í a , p a r a r e -
l a c i o n a r los h e c h o s e n t r e sí y p a r a c o l m a r las l a g u n a s d e la d o c u m e n t a c i ó n .
P o r e j e m p l o , si i g n o r a m o s c a s i t o d o a c e r c a d e las a c c i o n e s d e los r u g i o s y
los b a s t a r n o s , los a l a n o s y l o s s u e v o s , n o s i m a g i n a m o s q u e , m á s o m e n o s ,
134
s e c o m p o r t a n c o m o l o s p u e b l o s b á r b a r o s m e j o r c o n o c i d o s , c o m o los o s t r o -
g o d o s , los visigodos y los francos. E l c u a r t o estadio o b h g a a realizar u n a
e l e c c i ó n e n t r e l a m a s a d e los a c o n t e c i m i e n t o s : « U n a h i s t o r i a e n l a q u e n o
s e sacrificase n i n g ú n h e c h o d e b e r í a c o n t e n e r t o d o s los a c t o s , t o d o s l o s p e n -
s a m i e n t o s , t o d a s las a v e n t u r a s de t o d o s los h o m b r e s e n t o d a s las é p o c a s .
Sería u n conocimiento c o m p l e t o , q u e nadie llegaría a hacer suyo, n o por
falta d e m a t e r i a l e s , sino p o r falta d e t i e m p o . » E l ú l t i m o estadio c o n d u c e
al h i s t o r i a d o r a i n t e n t a r a l g u n a s g e n e r a l i z a c i o n e s , a a r r i e s g a r a l g u n a s i n t e r -
p r e t a c i o n e s , sin p r e t e n d e r m a n t e n e r la i l u s i ó n « d e p e n e t r a r e n el m i s t e r i o
d e l o s o r í g e n e s d e l a s s o c i e d a d e s » ( p . 2 7 5 ) . T o d o o c u r r e c o m o si, a n i v e l
d e s í n t e s i s , la e s c u e l a m e t ó d i c a t e m i e r a la c o n c l u s i ó n .
E n s u m a n u a l , L a n g l o i s y S e i g n o b o s p r o p o n e n , d a d a la c o m p l e j i d a d d e
las distintas actividades e n historia, i n s t a u r a r u n a división del t r a b a j o q u e
a b a r c a r s e al c o n j u n t o d e la p r o f e s i ó n . P r i m e r o , t i e n e q u e e x i s t i r u n a c a t e -
g o r í a d e e x p e r t o s q u e d o m i n e n p e r f e c t a m e n t e las t é c n i c a s d e la e r u d i c i ó n .
S o n los a r c h i v e r o s y b i b l i o t e c a r i o s , « o b r e r o s d e l o s c a t á l o g o s d e s c r i p t i v o s
y l o s í n d i c e s ( . . . ) r e s t a u r a d o r e s y e d i t o r e s d e t e x t o s » . A c o n t i n u a c i ó n , es
i m p o r t a n t e q u e « j ó v e n e s i n v e s t i g a d o r e s » se c o n s a g r e n e x c l u s i v a m e n t e a las
m o n o g r a f í a s , o b s e r v a n d o l a s r e g l a s d e l m é t o d o (crítica d e d o c u m e n t o s , r e a -
l i z a c i ó n d e fichas, e t c . ) , « c o n el o b j e t i v o d e e l u c i d a r u n p u n t o e s p e c i a l , u n
c o n j u n t o l i m i t a d o d e h e c h o s » . A s í , el a p r e n d i z d e h i s t o r i a d o r , b a j o el c o n -
trol d e u n t u t o r e x p e r i m e n t a d o , inicia su c a r r e r a c o n u n a m o n o g r a f í a : d e
un pueblo, u n a empresa, u n a batalla, u n a personalidad, una obra de arte,
e t c . F i n a l m e n t e , c o r r e s p o n d e a los p r o f e s o r e s t i t u l a r e s d e e n s e ñ a n z a s u p e -
rior « c o n s a g r a r t o d o s u t i e m p o a e s t u d i a r e s t a s m o n o g r a f í a s , c o n el fin d e
c o m b i n a r l a s d e m a n e r a científica e n e s q u e m a s g e n e r a l e s . L o s « m a e s t r o s »
s e e n c i e r r a n a s í e n s u e s p e c i a l i d a d ; c u a n d o q u i e r e n r e a l i z a r u n a s í n t e s i s , se
dividen los capítulos d e u n a o b r a o los v o l ú m e n e s d e u n a colección (por
e j e m p l o , l a s e r i e d e la Histoire de France, d i r i g i d a p o r E . L a v i s s e ) . D e s d e
fines d e l siglo x i x , l a o r g a n i z a c i ó n « r a c i o n a l » d e l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a
.concuerda c o n la institución del « m a n d a r i n a t o » e n la universidad.
3. LAVISSE Y LA HISTORIA D E FRANCIA
E r n e s t Lavisse, nacido en 1 8 4 2 , hijo de un t e n d e r o , comerciante de «no-
v e d a d e s » e n N o u v i o n - e n - T h i é r a c h e , r e a l i z a e s t u d i o s s e c u n d a r i o s e n el c o -
l e g i o d e L a o n , p r e t e n d e e n t r a r e n S a i n t - C y r y m á s t a r d e se d e c i d e p o r l a
E s c u e l a N o r m a l S u p e r i o r . E n su j u v e n t u d lee a p a s i o n a d a m e n t e a los auto-
r e s « r e p u b l i c a n o s » y f r e c u e n t a a h o m b r e s p o l í t i c o s h o s t i l e s al i m p e r i o c o m o
L . G a m b e t t a , C h . F l o q u e t , G . C l e m e n c e a u , e t c . C u a n d o a b a n d o n a la rué
d ' U l m , e s n o m b r a d o p r o f e s o r d e l L i c e o H e r i TV. F u e e n t o n c e s c u a n d o E .
Lavisse t u v o la s u e r t e d e llamar la a t e n c i ó n d e Víctor D u r u y , ministro d e
I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , q u e l e c o n v i e r t e e n s u j e f e d e g a b i n e t e (sin el t í t u l o )
y le r e c o m i e n d a c o m o p r e c e p t o r del príncipe imperial. E n 1 8 6 8 , c o n vein-
t i s é i s a ñ o s , el b r i l l a n t e « n o r m a l i e n » y a e s t á i n s t a l a d o e n los a l e d a ñ o s d e l
p o d e r y s u e ñ a c o n a c c e d e r e n el f u t u r o a las m á s a l t a s r e s p o n s a b i l i d a d e s .
D o s a ñ o s m á s t a r d e , e n 1 8 7 0 , el d e s a s t r e d e S e d á n p r e c i p i t a l a c a í d a d e l
S e g u n d o I m p e r i o ( . . . ) y , d e p a s o , a r r u m a l a s a m b i c i o n e s del e v e n t u a l « c o n -
s e j e r o d e l p r í n c i p e » . P a r a d ó j i c a m e n t e , la d e r r o t a d e F r a n c i a i n c i t a a E r -
135
p e d e A q u i t a n i a , h i j o d e l r e y d e I n g l a t e r r a — ; i n d i c a r la f e c h a — e l 1 2 d e
e n e r o d e 1 3 6 4 — . , y el l u g a r — l a c a s a d e l o s D o m i n i c o s e n A n g e n — . « E l
análisis d e l t e x t o d e b e d a r l u g a r a l a r e a l i z a c i ó n d e u n a ficha e n u n a h o j a
s u e l t a , q u e s e p u e d a t r a s l a d a r , c o n u n a m e n c i ó n d e su p r o c e d e n c i a ( . . . ) .
L a m o v i l i d a d d e las fichas p e r m i t e clasificarlas a v o l u n t a d c o n m u l t i t u d d e
c o m b i n a c i o n e s . » E l s i s t e m a d e fichas d a al h i s t o r i a d o r el m e d i o d e t r a b a j a r
en p r o f u n d i d a d , m a n i p u l a n d o m á s fácilmente sus m a t e r i a l e s , y c o n d u c e a
l a p r o l i f e r a c i ó n d e las n o t a s a p i e d e p á g i n a , g r a c i a s a l a s c u a l e s c a d a l e c t o r
d e u n a o b r a histórica, a condición de q u e sea e r u d i t o , p u e d e volver a la
f u e n t e , y v e r i f i c a r lo f u n d a d a s q u e e r a n las a f i r m a c i o n e s d e su c o l e g a .
E l s e g u n d o p a s o e s la crítica interna ( o h e r m e n é u t i c a ) . S e t r a t a d e v o l -
v e r . a l a ficha, i n c l u y e n d o e n ella las p r e c i s i o n e s s u m i n i s t r a d a s p o r l a c r í t i c a
e r u d i t a y c o m p l e t a r l a r e s u m i e n d o los d a t o s e s e n c i a l e s i n s c r i t o s e n el d o c u -
m e n t o . S e g ú n L a n g l o i s y S e i g n o b o s , h a y q u e r e a l i z a r : « 1 ) E l análisis d e l
c o n t e n i d o del acta y la crítica positiva d e la interpretación p a r a asegurarse
d e l o q u e q u i s o d e c i r el a u t o r ; 2 ) el anáfisis d e las c o n d i c i o n e s e n l a s q u e
s e p r o d u j o el d o c u m e n t o y la c r í t i c a n e g a t i v a n e c e s a r i a p a r a c o n t r o l a r l a s
opiniones del autor. L a h e r m e n é u t i c a a veces obliga a recurrir a u n estudio
l i n g ü í s t i c o p a r a d e t e r m i n a r el v a l o r d e p a l a b r a s o f r a s e s . A s í , e n l a s o b r a s
r e d a c t a d a s e n l a t í n , la significación d e las p a l a b r a s p u e d e n v a r i a r s e g ú n l a s
é p o c a s . L a l e n g u a d e C i c e r ó n n o e s la d e G r e g o r i o d e T o u r s , q u e n o se
c o r r e s p o n d e c o n l a d e S a n B e r n a r d o . Y e s m e j o r e v i t a r los c o n t r a s e n t i d o s .
A d e m á s , la h e r m e n é u t i c a o b l i g a a i n t e r r o g a r s e a c e r c a d e l a s i n t e n c i o n e s
d e las p e r s o n a s q u e h a n e s c r i t o l o s d o c u m e n t o s . T o m e m o s o t r o c a s o , a tí-
t u l o d e i l u s t r a c i ó n . D u r a n t e el v e r a n o d e 1 5 3 4 , e n u n d i s c u r s o p r o n u n c i a d o
e n T o u l o u s e , E t i e n n e D o l e t declara: « O s p i d o q u e creáis q u e d e n i n g u n a
m a n e r a f o r m o p a r t e d e e s t a s e c t a i m p í a y o b s t i n a d a d e l o s l u t e r a n o s . . . » (ci-
t a d o p o r L . F e b v r e , La Religión de Rabelais, 1 9 4 2 , p . 5 1 ) . ¿Es sincero
E t i e n n e D o l e t ? E n esta é p o c a es posible s u p o n e r q u e m i e n t e , ya q u e p u e -
d e s e r c o n d e n a d o a la h o g u e r a si s e l e r e c o n o c e c u l p a b l e d e h e r e j í a . T a m -
bién p o d e m o s suponer q u e dice la verdad y que simplemente profesa u n
e v a n g e l i s m o e r a s m i s t a . E s t e e s el t i p o d e p r e g u n t a s q u e f o r m u l a l a c r í t i c a
interna.
C u a n d o h a n finalizado las o p e r a c i o n e s analíticas, q u e d a a b i e r t a la vía
p a r a las operaciones sintéticas. E s aconsejable actuar por etapas. El primer
estadio consiste e n c o m p a r a r varios d o c u m e n t o s p a r a establecer u n h e c h o
p a r t i c u l a r . P o r e j e m p l o , si i n t e n t a m o s p r e c i s a r a l g ú n e p i s o d i o d e l a c o n j u -
r a c i ó n d e C a t i l i n a , p o d e m o s c o m p a r a r el r e l a t o d e C i c e r ó n y la v e r s i ó n d e
Salustio. « T o m a d o s a i s l a d a m e n t e , m u c h o s hechos p r o b a d o s sólo parcial-
m e n t e p u e d e n confirmarse los u n o s con los o t r o s , d e m a n e r a q u e d e n u n a
c e r t i d u m b r e d e c o n j u n t o . » E l s e g u n d o e s t a d i o c o n d u c e a r e a g r u p a r los h e -
c h o s a i s l a d o s e n los m a r c o s g e n e r a l e s . S e r e ú n e n l o s h e c h o s r e l a t i v o s a las
c o n d i c i o n e s n a t u r a l e s : l a g e o g r a f í a , el c l i m a , e t c . ; las p r o d u c c i o n e s m a t e -
riales: la a g r i c u l t u r a , l a i n d u s t r i a , el c o m e r c i o , e t c . ; los g r u p o s s o c i a l e s : l a s
f a m i l i a s , los c l a n e s , las p r o f e s i o n e s , las c l a s e s , e t c . ; las i n s t i t u c i o n e s p o l í t i -
c a s : el g o b i e r n o , la j u s t i c i a , l a a d m i n i s t r a c i ó n , e t c . E l t e r c e r e s t a d i o a p u n t a
a m a n e j a r el r a z o n a m i e n t o , s e a p o r d e d u c c i ó n , s e a p o r a n a l o g í a , p a r a r e -
l a c i o n a r los h e c h o s e n t r e sí y p a r a c o l m a r las l a g u n a s d e la d o c u m e n t a c i ó n .
P o r e j e m p l o , si i g n o r a m o s c a s i t o d o a c e r c a d e las a c c i o n e s d e los r u g i o s y
los b a s t a r n o s , los a l a n o s y l o s s u e v o s , n o s i m a g i n a m o s q u e , m á s o m e n o s ,
134
s e c o m p o r t a n c o m o l o s p u e b l o s b á r b a r o s m e j o r c o n o c i d o s , c o m o los o s t r o -
g o d o s , los visigodos y los francos. E l c u a r t o estadio o b h g a a realizar u n a
e l e c c i ó n e n t r e l a m a s a d e los a c o n t e c i m i e n t o s : « U n a h i s t o r i a e n l a q u e n o
s e sacrificase n i n g ú n h e c h o d e b e r í a c o n t e n e r t o d o s los a c t o s , t o d o s l o s p e n -
s a m i e n t o s , t o d a s las a v e n t u r a s de t o d o s los h o m b r e s e n t o d a s las é p o c a s .
Sería u n conocimiento c o m p l e t o , q u e nadie llegaría a hacer suyo, n o por
falta d e m a t e r i a l e s , sino p o r falta d e t i e m p o . » E l ú l t i m o estadio c o n d u c e
al h i s t o r i a d o r a i n t e n t a r a l g u n a s g e n e r a l i z a c i o n e s , a a r r i e s g a r a l g u n a s i n t e r -
p r e t a c i o n e s , sin p r e t e n d e r m a n t e n e r la i l u s i ó n « d e p e n e t r a r e n el m i s t e r i o
d e l o s o r í g e n e s d e l a s s o c i e d a d e s » ( p . 2 7 5 ) . T o d o o c u r r e c o m o si, a n i v e l
d e s í n t e s i s , la e s c u e l a m e t ó d i c a t e m i e r a la c o n c l u s i ó n .
E n s u m a n u a l , L a n g l o i s y S e i g n o b o s p r o p o n e n , d a d a la c o m p l e j i d a d d e
las distintas actividades e n historia, i n s t a u r a r u n a división del t r a b a j o q u e
a b a r c a r s e al c o n j u n t o d e la p r o f e s i ó n . P r i m e r o , t i e n e q u e e x i s t i r u n a c a t e -
g o r í a d e e x p e r t o s q u e d o m i n e n p e r f e c t a m e n t e las t é c n i c a s d e la e r u d i c i ó n .
S o n los a r c h i v e r o s y b i b l i o t e c a r i o s , « o b r e r o s d e l o s c a t á l o g o s d e s c r i p t i v o s
y l o s í n d i c e s ( . . . ) r e s t a u r a d o r e s y e d i t o r e s d e t e x t o s » . A c o n t i n u a c i ó n , es
i m p o r t a n t e q u e « j ó v e n e s i n v e s t i g a d o r e s » se c o n s a g r e n e x c l u s i v a m e n t e a las
m o n o g r a f í a s , o b s e r v a n d o l a s r e g l a s d e l m é t o d o (crítica d e d o c u m e n t o s , r e a -
l i z a c i ó n d e fichas, e t c . ) , « c o n el o b j e t i v o d e e l u c i d a r u n p u n t o e s p e c i a l , u n
c o n j u n t o l i m i t a d o d e h e c h o s » . A s í , el a p r e n d i z d e h i s t o r i a d o r , b a j o el c o n -
trol d e u n t u t o r e x p e r i m e n t a d o , inicia su c a r r e r a c o n u n a m o n o g r a f í a : d e
un pueblo, u n a empresa, u n a batalla, u n a personalidad, una obra de arte,
e t c . F i n a l m e n t e , c o r r e s p o n d e a los p r o f e s o r e s t i t u l a r e s d e e n s e ñ a n z a s u p e -
rior « c o n s a g r a r t o d o s u t i e m p o a e s t u d i a r e s t a s m o n o g r a f í a s , c o n el fin d e
c o m b i n a r l a s d e m a n e r a científica e n e s q u e m a s g e n e r a l e s . L o s « m a e s t r o s »
s e e n c i e r r a n a s í e n s u e s p e c i a l i d a d ; c u a n d o q u i e r e n r e a l i z a r u n a s í n t e s i s , se
dividen los capítulos d e u n a o b r a o los v o l ú m e n e s d e u n a colección (por
e j e m p l o , l a s e r i e d e la Histoire de France, d i r i g i d a p o r E . L a v i s s e ) . D e s d e
fines d e l siglo x i x , l a o r g a n i z a c i ó n « r a c i o n a l » d e l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a
.concuerda c o n la institución del « m a n d a r i n a t o » e n la universidad.
3. LAVISSE Y LA HISTORIA D E FRANCIA
E r n e s t Lavisse, nacido en 1 8 4 2 , hijo de un t e n d e r o , comerciante de «no-
v e d a d e s » e n N o u v i o n - e n - T h i é r a c h e , r e a l i z a e s t u d i o s s e c u n d a r i o s e n el c o -
l e g i o d e L a o n , p r e t e n d e e n t r a r e n S a i n t - C y r y m á s t a r d e se d e c i d e p o r l a
E s c u e l a N o r m a l S u p e r i o r . E n su j u v e n t u d lee a p a s i o n a d a m e n t e a los auto-
r e s « r e p u b l i c a n o s » y f r e c u e n t a a h o m b r e s p o l í t i c o s h o s t i l e s al i m p e r i o c o m o
L . G a m b e t t a , C h . F l o q u e t , G . C l e m e n c e a u , e t c . C u a n d o a b a n d o n a la rué
d ' U l m , e s n o m b r a d o p r o f e s o r d e l L i c e o H e r i TV. F u e e n t o n c e s c u a n d o E .
Lavisse t u v o la s u e r t e d e llamar la a t e n c i ó n d e Víctor D u r u y , ministro d e
I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , q u e l e c o n v i e r t e e n s u j e f e d e g a b i n e t e (sin el t í t u l o )
y le r e c o m i e n d a c o m o p r e c e p t o r del príncipe imperial. E n 1 8 6 8 , c o n vein-
t i s é i s a ñ o s , el b r i l l a n t e « n o r m a l i e n » y a e s t á i n s t a l a d o e n los a l e d a ñ o s d e l
p o d e r y s u e ñ a c o n a c c e d e r e n el f u t u r o a las m á s a l t a s r e s p o n s a b i l i d a d e s .
D o s a ñ o s m á s t a r d e , e n 1 8 7 0 , el d e s a s t r e d e S e d á n p r e c i p i t a l a c a í d a d e l
S e g u n d o I m p e r i o ( . . . ) y , d e p a s o , a r r u m a l a s a m b i c i o n e s del e v e n t u a l « c o n -
s e j e r o d e l p r í n c i p e » . P a r a d ó j i c a m e n t e , la d e r r o t a d e F r a n c i a i n c i t a a E r -
135
nest Lavisse a establecerse e n A l e m a n i a . P e r m a n e c e d u r a n t e tres años en neraciones de jóvenes patriotas». C u a n d o este habitual de los salones b o -
las u n i v e r s i d a d e s d e m á s allá d e l R h i n , s a c a p r o v e c h o s a s l e c c i o n e s r e l a c i o - n a p a r t i s t a s d a su a d h e s i ó n a las i n s t i t u c i o n e s r e p u b l i c a n a s , e s p o r q u e c o n -
n a d a s c o n el oficio d e h i s t o r i a d o r , y r e g r e s a c o n u n a t e s i s t i t u l a d a « L a M a r - s i d e r a q u e «fortificar l a d e m o c r a c i a es u n m e d i o d e a r m a r a F r a n c i a » .
c h e d e B r a n d e b o u r g ; essai s u r les o r i g i n e s d e la m o n a r c h i e p r u s s i e n n e » D e n t r o d e e s t a p e r s p e c t i v a , h a c i a 1 8 9 0 , E r n e s t L a v i s s e c o n c i b e la n e -
(1875). M á s t a r d e c o n t i n ú a i n t e r e s á n d o s e p o r el p a s a d o g e r m á n i c o al p u - cesidad de u n a vasta reconstrucción del p a s a d o nacional; r e ú n e u n equipo
blicar e s t u d i o s a c e r c a d e L'Histoire de la Prusse ( 1 8 7 9 ) , Trois Empereurs d e c o n o c i d o s h i s t o r i a d o r e s , casi t o d o s c a t e d r á t i c o s u n i v e r s i t a r i o s , e inicia
d'Allemagne (1888) y Le Grand Frédéric ( 1 8 9 1 ) . u n a c o l e c c i ó n m o n u m e n t a l , e n n u e v e t o m o s (y d i e c i s i e t e v o l ú m e n e s ) , q u e
E n el ú l t i m o c u a r t o d e l siglo XIX, c u a n d o l o s p o l í t i c o s « o p o r t u n i s t a s » a p a r e c e r á n a l o l a r g o d e l o s a ñ o s 1 9 0 0 . H e a q u í la lista d e las o b r a s q u e
m a n e j a n los asuntos d e l a - R e p ú b l i c a francesa, E r n e s t Lavisse escala c o m p o n e n la Histoire de France de l'époque gallo-romaine á la Révolution:
b r i l l a n t e m e n t e los s u c e s i v o s p e l d a ñ o s d e s u c a r r e r a u n i v e r s i t a r i a : es c a t e -
d r á t i c o e n 1 8 7 8 , e n l a S o r b o t í a e n 1 8 8 8 , d i r e c t o r d e la E s c u e l a N o r m a l S u - — 1.1. P . V i d a l d e l a B l a c h e : Tablean de Géographie de la France. 1 9 0 3 ;
p e r i o r e n 1904. S u i n f l u e n c i a s u p e r a a m p l i a m e n t e las a u l a s : es e l e g i d o — t. I I . 1. C . B a y e t , C . P f i s t e r , A . K l e i n c l a u s z : Le Christianisme, les
m i e m b r o d e l a A c a d e m i a f r a n c e s a e n 1 8 9 3 ; e n 1894 s e c o n v i e r t e e n j e f e d e Barbares, les Mérovingiens et les Carolingiens, 1903 ; 2. A. L u c h a i -
La Rué de París; es a c o g i d o e n l o s s a l o n e s m á s f a m o s o s y el T o d o - P a r í s se r e : Les Premiers Capétiens (987-1137), 1901.
a p r e s u r a a a c u d i r a sus c o n f e r e n c i a s . J u l e s I s a a c le d e s c r i b e así: « S e i m p o - — t. I I I . 1. A . L u c h a i r e : Louis VII, Philippe Auguste, Louis VIII
n í a en t o d a s p a r t e s , g r a c i a s a u n a c i e r t a m a j e s t a d n a t u r a l , o l í m p i c a , q u e lo (1137-1226), 1 9 0 1 ; 2 . C h . - V . L a n g l o i s : Saint Louis, Philippe le Bel
relacionaba con un Monnet-Sully o un Victor H u g o (...). C o m o conferen- et les Derniers Capétiens (1226-1238), 1901.
c i a n t e , c a u t i v a b a al a u d i t o r i o c o n su m a r a v i l l o s a d i c c i ó n , q u e d a b a v i d a y — t. TV'. 1. A . C o v i l l e : Les Premiers Valois et la Guerre dé Cent Ans
r e l i e v e a las m e n o r e s o b s e r v a c i o n e s . C u á n t a s v e c e s m e h e d i c h o al salir d e (1328-1422). 1 9 0 2 ; 2. C h . P e í i t D u t a i l l i s : Charles VII, Louis XI,
l a sala d o n d e a c a b a b a d e o í r l e : " ¡ Q u é g r a n o r a d o r , q u é g r a n a c t o r h u b i e r a Charles VIH (1422-1492), 1902.
sido e s t e h o m b r e ! " » . L a i n f l u e n c i a d e E r n e s t L a v i s s e se e x t i e n d e m á s allá — t. V . 1. H . L e m o n n i e r : Charles VIII, Louis XII et Franqois I. Les
d e los c í r c u l o s u n i v e r s i t a r i o s , h a s t a el m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n y las e d i t o - Guerres d'Italie (1492-1547), 1 9 0 3 ; 2 . La Lutte contre la Maison
riales: « C o n s e s e n t a a ñ o s lo g o b e r n a b a t o d o , lo p r e s i d í a t o d o : rué des É c o - dAutriche. La France sous Frangois I et Henri II (1519-1559), 1904.
l e s , la S o r b o n a , los E s t u d i o s h i s t ó r i c o s (...) boulevards Saint-Germain y — t. V I . 1. J. M a r i é j o l : La Reforme, La Ligue et l'Édit de Nantes
S a i n t - M i c h e l , H a c h e t t e , A r m a n d C o l i n , g r a n d e s firmas d e l a e d i c i ó n , p u - (1559-1598), 1904; 2 . Henri TV et Louis XIII (1598-1643), 1905.
b l i c a c i o n e s e s p e c i a l i z a d a s , i n c l u s o e s c o l a r e s ( . . . ) ; rué G r e n e l l e , el C o n s e j o — t. V I L 1. E . L a v i s s e : Louis XTV, la Fronde, le Roi, Colbert
S u p e r i o r d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , sin m e n c i o n a r i n m u m e r a b l e s c o m i s i o n e s (1643-1685), 1 9 0 5 ; 2 . Louis XIV, la Religión, les Lettres et les Arts,
y c e r e m o n i a s » ( c i t a d o p o r I . I s a a c , Espériences de ma vie 1 9 5 9 , la Guerre (1643-1685), 1906.
p p . 265-267). — t. V I I I . 1. A . d e S a i n t - L é g e r , A . R e b e l l i a u , P h . S a g n a c , E . L a v i s s e :
Louis XTV et la Fin du régne. (1685-1715), 1908 ; 2. H . C a r r é : La
Ernest Lavisse, a u n q u e se deja cubrir de elogios, títulos y condecora-
Régence et le Régne de Louis XV (1715-1774), 1909.
c i o n e s , n o a b a n d o n a su i n t e r é s p o r las m e d i d a s c o n c r e t a s . E n 1896 es u n o
d e los r e d a c t o r e s d e la ley P o i n c a r é q u e r e f o r m a l a e n s e ñ a n z a s u p e r i o r , — t. I X . 1. H . C a r r é , P h . S a g n a c , E . L a v i s s e : Le Régne de Louis XVI
r e g u l a los c u r s o s p a r a los e s t u d i a n t e s , c r e a el d i p l o m a d e E s t u d i o s s u p e - (1774-1789), 1 9 1 1 ; 2 . Tables analytiques, 1911.
riores, d i s p o n e el c o n c u r s o d e la agregation y c o n s o l i d a la r e d d e u n i v e r s i -
El p l a n general d e la colección e v i d e n c i a b a algunos principios, a m e -
d a d e s p r o v i n c i a l e s . E n 1904, d e s d e su c a r g o d e d i r e c t o r , m o d i f i c a el fun-
n u d o i m p l í c i t o s , q u e g u í a n los t r a b a j o s d e l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a e s c u e l a
c i o n a m i e n t o d e la E s c u e l a N o r m a l S u p e r i o r . E s t e d e s t a c a d o i n t e l e c t u a l se
m e t ó d i c a . E n p r i m e r l u g a r , el p r o p i o t í t u l o — H i s t o r i a de Francia— atesti-
sitúa, c o n los a n i m a d o r e s d e La Revue historique e n t r e los historiadores
g u a q u e el t e m a d e l e s t u d i o se c e n t r a e n u n e s t a d o - n a c i ó n , q u e se s u p o n e
m á s d e s t a c a d o s d e la e s c u e l a m e t ó d i c a . Sin e m b a r g o , a d i f e r e n c i a d e M o -
q u e e x i s t e d e s d e l a é p o c a d e C l o d o v e o h a s t a l a d e L u i s X V I , afortiori has-
n o d y sus a m i g o s l i b e r a l e s y r e p u b l i c a n o s , L a v i s s e m a n t i e n e sus s i m p a t í a s
t a los g o b i e r n o s d e G a m b e t t a , F e r r y o C l e m e n c e a u . S e g u n d o : la p e r i o d i -
b o n a p a r t i s t a s , y se h a l l a e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n el p r í n c i p e i m p e r i a l . N o
ficación se a r t i c u l a e n f u n c i ó n d e l o s r e i n a d o s . P o r e j e m p l o , e n el t o m o
se c o m p r o m e t e e n las g r a n d e s b a t a l l a s p o r la R e p ú b l i c a : c o n o c a s i ó n d e la
:
LU, L u i s V I I , F e l i p e A u g u s t o , L u i s V I I I s i r v e n d e j a l o n e s e n t r e 1137 y 1226.
crisis b o u l a n g e r i s t a n o a p a r e c e e n p ú b l i c o ; e n el m o m e n t o d e l'affaire D r e y -
C i e r t a m e n t e , e s t a s c e s u r a s c r o n o l ó g i c a s s e s i t ú a n e n la t r a d i c i ó n d e los v i e -
fus, evita t o m a r p o s i c i o n e s . E n r e a l i d a d , E r n e s t L a v i s s e es m á s n a c i o n a l i s -
jos anales, p e r o d e j a n e n t e n d e r q u e c a d a s o b e r a n o incide d e m a n e r a deci-
t a q u e r e p u b l i c a n o . E l h u n d i m i e n t o f r a n c é s d e 1870-1871 l e h u m i l l ó p r o -
siva e n el c u r s o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s . E n el m i s m o o r d e n d e i d e a s , h o m -
f u n d a m e n t e , h a s t a el p u n t o d e ir a b u s c a r e n el a d v e r s a r i o a l e m á n los m o -
bres ilustres—Sully, Richelieu, Colbert y o t r o s — d e s e m p e ñ a n u n papel pri-
d e l o s p a r a i m i t a r l e m e j o r , p a r a v e n c e r l e m e j o r . Y se m a n t i e n e p r ó x i m o a
m o r d i a l . T e r c e r o : los h e c h o s p o l í t i c o s , m i h t a r e s y d i p l o m á t i c o s c e n t r a n la
los a m b i e n t e s m i l i t a r e s a c a u s a d e sus r e l a c i o n e s f a m i l i a r e s , y a q u e su h e r -
a t e n c i ó n . P o r e j e m p l o , e n el t o m o V , las g u e r r a s d e I t a l i a ( b a t a l l a s d e M a -
m a n o es g e n e r a l . C u a n d o el c o n s e j e r o d e l m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i -
l i g n a n , P a v í a , e t c . ) se d e s c r i b e n c o n t a l lujo d e d e t a l l e s q u e c o l m a r í a n d e
c a s u g i e r e u n a r e f o r m a d e la e n s e ñ a n z a s e c u n d a r i a , r e d a c t a u n a s e r i e d e
s a t i s f a c c i ó n a u n oficial d e e s t a d o m a y o r .
m a n u a l e s d e s t i n a d o s a ia e s c u e l a p r i m a r i a c o n la i n t e n c i ó n d e «forjar g e -

136 137
nest Lavisse a establecerse e n A l e m a n i a . P e r m a n e c e d u r a n t e tres años en neraciones de jóvenes patriotas». C u a n d o este habitual de los salones b o -
las u n i v e r s i d a d e s d e m á s allá d e l R h i n , s a c a p r o v e c h o s a s l e c c i o n e s r e l a c i o - n a p a r t i s t a s d a su a d h e s i ó n a las i n s t i t u c i o n e s r e p u b l i c a n a s , e s p o r q u e c o n -
n a d a s c o n el oficio d e h i s t o r i a d o r , y r e g r e s a c o n u n a t e s i s t i t u l a d a « L a M a r - s i d e r a q u e «fortificar l a d e m o c r a c i a es u n m e d i o d e a r m a r a F r a n c i a » .
c h e d e B r a n d e b o u r g ; essai s u r les o r i g i n e s d e la m o n a r c h i e p r u s s i e n n e » D e n t r o d e e s t a p e r s p e c t i v a , h a c i a 1 8 9 0 , E r n e s t L a v i s s e c o n c i b e la n e -
(1875). M á s t a r d e c o n t i n ú a i n t e r e s á n d o s e p o r el p a s a d o g e r m á n i c o al p u - cesidad de u n a vasta reconstrucción del p a s a d o nacional; r e ú n e u n equipo
blicar e s t u d i o s a c e r c a d e L'Histoire de la Prusse ( 1 8 7 9 ) , Trois Empereurs d e c o n o c i d o s h i s t o r i a d o r e s , casi t o d o s c a t e d r á t i c o s u n i v e r s i t a r i o s , e inicia
d'Allemagne (1888) y Le Grand Frédéric ( 1 8 9 1 ) . u n a c o l e c c i ó n m o n u m e n t a l , e n n u e v e t o m o s (y d i e c i s i e t e v o l ú m e n e s ) , q u e
E n el ú l t i m o c u a r t o d e l siglo XIX, c u a n d o l o s p o l í t i c o s « o p o r t u n i s t a s » a p a r e c e r á n a l o l a r g o d e l o s a ñ o s 1 9 0 0 . H e a q u í la lista d e las o b r a s q u e
m a n e j a n los asuntos d e l a - R e p ú b l i c a francesa, E r n e s t Lavisse escala c o m p o n e n la Histoire de France de l'époque gallo-romaine á la Révolution:
b r i l l a n t e m e n t e los s u c e s i v o s p e l d a ñ o s d e s u c a r r e r a u n i v e r s i t a r i a : es c a t e -
d r á t i c o e n 1 8 7 8 , e n l a S o r b o t í a e n 1 8 8 8 , d i r e c t o r d e la E s c u e l a N o r m a l S u - — 1.1. P . V i d a l d e l a B l a c h e : Tablean de Géographie de la France. 1 9 0 3 ;
p e r i o r e n 1904. S u i n f l u e n c i a s u p e r a a m p l i a m e n t e las a u l a s : es e l e g i d o — t. I I . 1. C . B a y e t , C . P f i s t e r , A . K l e i n c l a u s z : Le Christianisme, les
m i e m b r o d e l a A c a d e m i a f r a n c e s a e n 1 8 9 3 ; e n 1894 s e c o n v i e r t e e n j e f e d e Barbares, les Mérovingiens et les Carolingiens, 1903 ; 2. A. L u c h a i -
La Rué de París; es a c o g i d o e n l o s s a l o n e s m á s f a m o s o s y el T o d o - P a r í s se r e : Les Premiers Capétiens (987-1137), 1901.
a p r e s u r a a a c u d i r a sus c o n f e r e n c i a s . J u l e s I s a a c le d e s c r i b e así: « S e i m p o - — t. I I I . 1. A . L u c h a i r e : Louis VII, Philippe Auguste, Louis VIII
n í a en t o d a s p a r t e s , g r a c i a s a u n a c i e r t a m a j e s t a d n a t u r a l , o l í m p i c a , q u e lo (1137-1226), 1 9 0 1 ; 2 . C h . - V . L a n g l o i s : Saint Louis, Philippe le Bel
relacionaba con un Monnet-Sully o un Victor H u g o (...). C o m o conferen- et les Derniers Capétiens (1226-1238), 1901.
c i a n t e , c a u t i v a b a al a u d i t o r i o c o n su m a r a v i l l o s a d i c c i ó n , q u e d a b a v i d a y — t. TV'. 1. A . C o v i l l e : Les Premiers Valois et la Guerre dé Cent Ans
r e l i e v e a las m e n o r e s o b s e r v a c i o n e s . C u á n t a s v e c e s m e h e d i c h o al salir d e (1328-1422). 1 9 0 2 ; 2. C h . P e í i t D u t a i l l i s : Charles VII, Louis XI,
l a sala d o n d e a c a b a b a d e o í r l e : " ¡ Q u é g r a n o r a d o r , q u é g r a n a c t o r h u b i e r a Charles VIH (1422-1492), 1902.
sido e s t e h o m b r e ! " » . L a i n f l u e n c i a d e E r n e s t L a v i s s e se e x t i e n d e m á s allá — t. V . 1. H . L e m o n n i e r : Charles VIII, Louis XII et Franqois I. Les
d e los c í r c u l o s u n i v e r s i t a r i o s , h a s t a el m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n y las e d i t o - Guerres d'Italie (1492-1547), 1 9 0 3 ; 2 . La Lutte contre la Maison
riales: « C o n s e s e n t a a ñ o s lo g o b e r n a b a t o d o , lo p r e s i d í a t o d o : rué des É c o - dAutriche. La France sous Frangois I et Henri II (1519-1559), 1904.
l e s , la S o r b o n a , los E s t u d i o s h i s t ó r i c o s (...) boulevards Saint-Germain y — t. V I . 1. J. M a r i é j o l : La Reforme, La Ligue et l'Édit de Nantes
S a i n t - M i c h e l , H a c h e t t e , A r m a n d C o l i n , g r a n d e s firmas d e l a e d i c i ó n , p u - (1559-1598), 1904; 2 . Henri TV et Louis XIII (1598-1643), 1905.
b l i c a c i o n e s e s p e c i a l i z a d a s , i n c l u s o e s c o l a r e s ( . . . ) ; rué G r e n e l l e , el C o n s e j o — t. V I L 1. E . L a v i s s e : Louis XTV, la Fronde, le Roi, Colbert
S u p e r i o r d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , sin m e n c i o n a r i n m u m e r a b l e s c o m i s i o n e s (1643-1685), 1 9 0 5 ; 2 . Louis XIV, la Religión, les Lettres et les Arts,
y c e r e m o n i a s » ( c i t a d o p o r I . I s a a c , Espériences de ma vie 1 9 5 9 , la Guerre (1643-1685), 1906.
p p . 265-267). — t. V I I I . 1. A . d e S a i n t - L é g e r , A . R e b e l l i a u , P h . S a g n a c , E . L a v i s s e :
Louis XTV et la Fin du régne. (1685-1715), 1908 ; 2. H . C a r r é : La
Ernest Lavisse, a u n q u e se deja cubrir de elogios, títulos y condecora-
Régence et le Régne de Louis XV (1715-1774), 1909.
c i o n e s , n o a b a n d o n a su i n t e r é s p o r las m e d i d a s c o n c r e t a s . E n 1896 es u n o
d e los r e d a c t o r e s d e la ley P o i n c a r é q u e r e f o r m a l a e n s e ñ a n z a s u p e r i o r , — t. I X . 1. H . C a r r é , P h . S a g n a c , E . L a v i s s e : Le Régne de Louis XVI
r e g u l a los c u r s o s p a r a los e s t u d i a n t e s , c r e a el d i p l o m a d e E s t u d i o s s u p e - (1774-1789), 1 9 1 1 ; 2 . Tables analytiques, 1911.
riores, d i s p o n e el c o n c u r s o d e la agregation y c o n s o l i d a la r e d d e u n i v e r s i -
El p l a n general d e la colección e v i d e n c i a b a algunos principios, a m e -
d a d e s p r o v i n c i a l e s . E n 1904, d e s d e su c a r g o d e d i r e c t o r , m o d i f i c a el fun-
n u d o i m p l í c i t o s , q u e g u í a n los t r a b a j o s d e l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a e s c u e l a
c i o n a m i e n t o d e la E s c u e l a N o r m a l S u p e r i o r . E s t e d e s t a c a d o i n t e l e c t u a l se
m e t ó d i c a . E n p r i m e r l u g a r , el p r o p i o t í t u l o — H i s t o r i a de Francia— atesti-
sitúa, c o n los a n i m a d o r e s d e La Revue historique e n t r e los historiadores
g u a q u e el t e m a d e l e s t u d i o se c e n t r a e n u n e s t a d o - n a c i ó n , q u e se s u p o n e
m á s d e s t a c a d o s d e la e s c u e l a m e t ó d i c a . Sin e m b a r g o , a d i f e r e n c i a d e M o -
q u e e x i s t e d e s d e l a é p o c a d e C l o d o v e o h a s t a l a d e L u i s X V I , afortiori has-
n o d y sus a m i g o s l i b e r a l e s y r e p u b l i c a n o s , L a v i s s e m a n t i e n e sus s i m p a t í a s
t a los g o b i e r n o s d e G a m b e t t a , F e r r y o C l e m e n c e a u . S e g u n d o : la p e r i o d i -
b o n a p a r t i s t a s , y se h a l l a e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n el p r í n c i p e i m p e r i a l . N o
ficación se a r t i c u l a e n f u n c i ó n d e l o s r e i n a d o s . P o r e j e m p l o , e n el t o m o
se c o m p r o m e t e e n las g r a n d e s b a t a l l a s p o r la R e p ú b l i c a : c o n o c a s i ó n d e la
:
LU, L u i s V I I , F e l i p e A u g u s t o , L u i s V I I I s i r v e n d e j a l o n e s e n t r e 1137 y 1226.
crisis b o u l a n g e r i s t a n o a p a r e c e e n p ú b l i c o ; e n el m o m e n t o d e l'affaire D r e y -
C i e r t a m e n t e , e s t a s c e s u r a s c r o n o l ó g i c a s s e s i t ú a n e n la t r a d i c i ó n d e los v i e -
fus, evita t o m a r p o s i c i o n e s . E n r e a l i d a d , E r n e s t L a v i s s e es m á s n a c i o n a l i s -
jos anales, p e r o d e j a n e n t e n d e r q u e c a d a s o b e r a n o incide d e m a n e r a deci-
t a q u e r e p u b l i c a n o . E l h u n d i m i e n t o f r a n c é s d e 1870-1871 l e h u m i l l ó p r o -
siva e n el c u r s o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s . E n el m i s m o o r d e n d e i d e a s , h o m -
f u n d a m e n t e , h a s t a el p u n t o d e ir a b u s c a r e n el a d v e r s a r i o a l e m á n los m o -
bres ilustres—Sully, Richelieu, Colbert y o t r o s — d e s e m p e ñ a n u n papel pri-
d e l o s p a r a i m i t a r l e m e j o r , p a r a v e n c e r l e m e j o r . Y se m a n t i e n e p r ó x i m o a
m o r d i a l . T e r c e r o : los h e c h o s p o l í t i c o s , m i h t a r e s y d i p l o m á t i c o s c e n t r a n la
los a m b i e n t e s m i l i t a r e s a c a u s a d e sus r e l a c i o n e s f a m i l i a r e s , y a q u e su h e r -
a t e n c i ó n . P o r e j e m p l o , e n el t o m o V , las g u e r r a s d e I t a l i a ( b a t a l l a s d e M a -
m a n o es g e n e r a l . C u a n d o el c o n s e j e r o d e l m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i -
l i g n a n , P a v í a , e t c . ) se d e s c r i b e n c o n t a l lujo d e d e t a l l e s q u e c o l m a r í a n d e
c a s u g i e r e u n a r e f o r m a d e la e n s e ñ a n z a s e c u n d a r i a , r e d a c t a u n a s e r i e d e
s a t i s f a c c i ó n a u n oficial d e e s t a d o m a y o r .
m a n u a l e s d e s t i n a d o s a ia e s c u e l a p r i m a r i a c o n la i n t e n c i ó n d e «forjar g e -

136 137
 P o r el c o n t r a r i o , l o s h e c h o s e c o n ó m i c o s , s o c i a l e s y c u l t u r a l e s s o n t r a -
tados con m e n o r atención y situados siempre en posición subordinada, plan- 4. LOS MANUALES ESCOLARES
t e a d o s e n el c u a d r o d e u n a e s t r a t e g i a p o l í t i c a . P o r e j e m p l o , e n el t o m o V I I ,
c u a n d o s e h a c e a l u s i ó n a l o s inicios d e l r e i n a d o d e L u i s X I V ( 1 6 6 1 - 1 6 8 5 ) ,
E n 1875 se a d o p t a n las l e y e s c o n s t i t u c i o n a l e s q u e d e f i n e n l o s p r o c e d i -
s e e x a m i n a n , b a j o el e p í g r a f e « E l g o b i e r n o e c o n ó m i c o » , las f i n a n z a s , la
m i e n t o s d e d e s i g n a c i ó n y las r e g l a s d e f u n c i o n a m i e n t o d e l a s d o s c á m a r a s
a g r i c u l t u r a , l a i n d u s t r i a y el c o m e r c i o . E n d e f i n i t i v a , a lo l a r g o d e t o d a la
y d e l g o b i e r n o . E n t r e 1877 y 1 8 7 9 , s u c e s i v a s e l e c c i o n e s l l e v a r á n m a y o r í a s
o b r a e s t á l a t e n t e u n a tesis q u e L a v i s s e t r a t a d e d e m o s t r a r c o n c l u y e n d o q u e ,
d e i z q u i e r d a a la C á m a r a d e d i p u t a d o s , d e s p u é s al S e n a d o . M a c M a h o n
a u n q u e l a m o n a r q u í a c a p e t a se i n c l i n a r a h a c i a el a b s o l u t i s m o , c o n s t r u y ó
d e b e primero «someterse», y m á s t a r d e «dimitir». L a República triunfa.
u n a a d m i n i s t r a c i ó n , s u p r i m i ó los p a r t i c u l a r i s m o s , r e u n i ó las p r o v i n c i a s ; e n
D e s d e e n t o n c e s , d u r a n t e c i n c o o seis a ñ o s , los m i n i s t e r i o s « o p o r t u n i s t a s »
ú l t i m a i n s t a n c i a , « r e f o r z ó la u n i d a d f r a n c e s a » .
c o n c e d e n la a m n i s t í a a los m i e m b r o s d e l a C o m u n a ( 1 8 8 0 ) , i n s t a u r a n las
L a o b r a e s t á i n c o m p l e t a , y a q u e la f o r m a c i ó n d e l e s t a d o - n a c i ó n n o s e libertades públicas: p r e n s a , r e u n i ó n , etc. (1881), legalizan los sindicatos
i n t e r r u m p e c o n el fin d e l A n t i g u o R é g i m e n . P o r e l l o , la o b r a se p r o l o n g ó ( 1 8 8 4 ) , e i m p o n e n la e s c u e l a l a i c a ( m a r z o 1 8 8 0 ) , g r a t u i t a ( j u n i o 1881) y obli-
d e s p u é s e n u n a Hístoire de la France contemporaine, de la Révolution á la g a t o r i a ( m a r z o 1882). L o s d i r i g e n t e s p o l í t i c o s « o p o r t u n i s t a s » — L . G a m b e t -
Paix de 1919. E n e s t a o c a s i ó n , E r n e s t L a v i s s e se l i m i t ó a o t o r g a r s u p a t r o - ta, J. Ferry, Ch. de Freycinet, W . W a d i n g t o n , L. Say, e t c . — son anima-
n a z g o , a b a n d o n a n d o la d i r e c c i ó n e f e c t i v a e n m a n o s d e su d i s c í p u l o C h a r - d o s , a c o n s e j a d o s , g u i a d o s e n su o b r a e s c o l a r p o r l o s r e s p o n s a b l e s d e l
les S e i g n o b o s . L a n u e v a s e r i e c o m p r e n d e n u e v e v o l ú m e n e s , q u e s e p u b l i - ministerio de Instrucción pública — P . B e r t , F . Buisson, F, P é c a u t , J. Steeg
caron en m e n o s d e tres a ñ o s , en la i n m e d i a t a p o s g u e r r a . E r n e s t Lavisse y o t r o s — y p o r J. M a c é y sus a m i g o s a n i m a d o r e s d e la L i g a r l e la E n s e -
t u v o l a a l e g r í a d e v e r las ú l t i m a s o b r a s a c a b a d a s a n t e s d e f a l l e c e r . L a c o - ñ a n z a . E n c o n t r a d e l o q u e s e a c o s t u m b r a a d e c i r , las l e y e s F e r r y n o « e s -
l e c c i ó n p r e s e n t a el s i g u i e n t e o r d e n : c o l a r i z a r o n » a l o s f r a n c e s e s . P e r o las m e d i d a s t o m a d a s p e r m i t i e r o n c o n s -
t r u i r u n a r e d d e edificios q u e c u b r í a t o d a s las c o m u n a s ; f o r m a r u n c u e r p o
h o m o g é n e o d e p r o f e s o r e s y p r o f e s o r a s l a i c o s e n las e s c u e l a s n o r m a l e s , y
— t. I . P h . S a g n a c : La Révolution (1789-1792), 1920. e x t i r p a r el a n a l f a b e t i s m o , al i n t e g r a r el t e r c i o d e l a p o b l a c i ó n i n f a n t i l q u e
— t. I I . G . P a r i s e t : La Révolution (1792-1799), 1920. e n t o n c e s e s c a p a b a t o d a v í a a l a e d u c a c i ó n . Sin e m b a r g o , l o s r e p u b l i c a n o s
— t. I I I . G . P a r i s e t : Le Consulat etl'Empire (1799-1815), 1921. «burgueses» m a n t u v i e r o n u n p r o f u n d o a b i s m o e n t r e la escuela p r i m a r i a ,
d e s t i n a d a al p u e b l o , y la s e c u n d a r i a , r e s e r v a d a a la é l i t e .
— t. I V . S. C h a r l e t t y : La Restauration (1815-1830), 1921.
— t. V . S. C h a r l e t t y : La Monarchie de Juillet (1830-1848), 1921. L a h i s t o r i a « m e t ó d i c a » p a r t i c i p a e n la o b r a e s c o l a r d e l a T e r c e r a R e -
— t. V I . C h . S e i g n o b o s : La Révolution1
de 1848 et les debuts du Second p ú b l i c a . E n e f e c t o , l o s i n s p i r a d o r e s d e las l e y e s F e r r y — F . B u i s s o n , P . B e r t ,
Empire (1848-1859), 1921. J . M a c é , e t c . — y l o s c o l a b o r a d o r e s d e La Revue historique — G . Monod,
— t. V I L C h . S e i g n o b o s : Le Déclin de l'Empire et l'établissement de la E . L a v i s s e , A . R a m b a u d , e t c . — p e r t e n e c e n a l o s m i s m o s a m b i e n t e s ; fre-
Troisiéme République (1859-1875), 1921. c u e n t a n t o d o s los d e s p a c h o s ' d e l m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , las E s -
c u e l a s n o r m a l e s s u p e r i o r e s , l o s t e m p l o s p r o t e s t a n t e s o las l o g i a s m a s ó n i -
— t. V I I I . C h . S e i g n o b o s : L'Evolution de la Troisiéme République
cas. A l t o s funcionarios o d e s t a c a d o s universitarios, t o d o s t i e n e n los mis-
(1875-1914), 1921.
m o s o b j e t i v o s : f o r m a r a las n u e v a s g e n e r a c i o n e s e n el a m o r a l a R e p ú b l i -
— t. LX. H . B i d o u , A . G a u v a i n , C h . S e i g n o b o s : La Grande Guerre c a , a fin d e c o n s o l i d a r el s o p o r t e social d e l r é g i m e n ; r e c h a z a r el o b s c u r a n -
(1914-1918), 1922. t i s m o c l e r i c a l , r e t i r á n d o l e a l a Iglesia el c o n t r o l s o b r e los e s p í r i t u s ; p r e p a -
r a r l a v e n g a n z a c o n t r a el e n e m i g o h e r e d i t a r i o , c o n t r a el R e i c h a l e m á n . E s -
t a s i d e a s d i r e c t r i c e s s o n las q u e , a t r a v é s d e las i n s t r u c c i o n e s m i n i s t e r i a l e s ,
E n e s t a Histoire de la France contemporaine v o l v e m o s a e n c o n t r a r los
o r i e n t a n los p r o g r a m a s y c o n f o r m a n l o s m a n u a l e s d e h i s t o r i a , g e o g r a f í a e
a x i o m a s q u e c o n d i c i o n a n las r e f l e x i o n e s d e los h i s t o r i a d o r e s d e la Belle
i n s t r u c c i ó n cívica. E l m á s c é l e b r e e s el « P e t i t L a v i s s e » q u e se p u b l i c ó p o r
Époque. L a t r a m a d e l t i e m p o s e d i v i d e e n g r a n d e s p e r í o d o s , s e g ú n los r e -
p r i m e r a v e z e n 1884 ( s o b r e u n t o t a l d e 2 4 0 p á g i n a s t e n í a 100 g r a b a d o s ) .
gímenes (Restauración, monarquía de Julio, Segunda República, etc.); en
C o n e s t e m o t i v o , el p r o f e s o r d e la S o r b o n a c o n d e n s ó h a s t a el e x t r e m o los
p e r í o d o s m á s cortos, según los gobiernos ( W a l d e c k - R o u s s e a u , C o m b e s ,
e l e m e n t o s q u e figurarán e n s u e x t e n s a s e r i e u n i v e r s i t a r i a d e la Historia de
R o u v i e r , C l e m e n c e a u , etc.). E l r e l a t o e n c a d e n a los a c o n t e c i m i e n t o s , res-
Francia. E l « P e t i t L a v i s s e » c o n o c i ó i n m e d i a t a m e n t e u n é x i t o i n m e n s o : se
p e t a n d o la c a u s a l i d a d l i n e a l y m u l t i p l i c a n d o las p r e c i s i o n e s ( e l r e l a t o d e l a
p u b l i c ó p o r c e n t e n a r e s d e m i l e s d e e j e m p l a r e s , se r e e d i t ó m u c h a s v e c e s ( e n
« G r a n G u e r r a » n o omite ningún a t a q u e , ningún c o n t r a a t a q u e en todos los
1895 s e a l c a n z ó la s e p t u a g é s i m o q u i n t a e d i c i ó n ) . E l a u t o r s o m e t e la o b r a
f r e n t e s , d e s d e j u l i o d e 1914 a n o v i e m b r e d e 1918). Y «la p o l í t i c a s i g u e o c u -
a c o n s t a n t e s r e v i s i o n e s , h a s t a l a v e r s i ó n d e f i n i t i v a d e 1912 (272 p á g i n a s c o n
p a n d o el c e n t r o n e u r á l g i c o del i n t e r é s p o l í t i c o » : l a s c o m b i n a c i o n e s m i n i s -
142 g r a b a d o s ) . L o s d e m á s m a n u a l e s n o s u p o n d r á n u n a a m e n a z a p a r a el m o -
t e r i a l e s , los d e b a t e s p a r l a m e n t a r i o s , las e l e c c i o n e s l e g i s l a t i v a s o c u p a n m a -
n o p o l i o casi a b s o l u t o d e d i f u s i ó n d e l « L a v i s s e » y d i f i e r e n p o c o d e é l , t a n t o
y o r e s p a c i o q u e l o s d e s c u b r i m i e n t o s c i e n t í f i c o s , las a c t i v i d a d e s i n d u s t r i a l e s
p o r la f o r m a c o m o p o r el c o n t e n i d o . A s í p o r e j e m p l o los « C u r s o s d e h i s -
o las c o s t u m b r e s c a m p e s i n a s .
t o r i a » d e A u l a r d y D e b i d o u r ( 1 8 9 4 ) , el d e C a l v e t ( 1 8 9 9 ) , el d e B r o s s o l e t t e

138
139
 P o r el c o n t r a r i o , l o s h e c h o s e c o n ó m i c o s , s o c i a l e s y c u l t u r a l e s s o n t r a -
tados con m e n o r atención y situados siempre en posición subordinada, plan- 4. LOS MANUALES ESCOLARES
t e a d o s e n el c u a d r o d e u n a e s t r a t e g i a p o l í t i c a . P o r e j e m p l o , e n el t o m o V I I ,
c u a n d o s e h a c e a l u s i ó n a l o s inicios d e l r e i n a d o d e L u i s X I V ( 1 6 6 1 - 1 6 8 5 ) ,
E n 1875 se a d o p t a n las l e y e s c o n s t i t u c i o n a l e s q u e d e f i n e n l o s p r o c e d i -
s e e x a m i n a n , b a j o el e p í g r a f e « E l g o b i e r n o e c o n ó m i c o » , las f i n a n z a s , la
m i e n t o s d e d e s i g n a c i ó n y las r e g l a s d e f u n c i o n a m i e n t o d e l a s d o s c á m a r a s
a g r i c u l t u r a , l a i n d u s t r i a y el c o m e r c i o . E n d e f i n i t i v a , a lo l a r g o d e t o d a la
y d e l g o b i e r n o . E n t r e 1877 y 1 8 7 9 , s u c e s i v a s e l e c c i o n e s l l e v a r á n m a y o r í a s
o b r a e s t á l a t e n t e u n a tesis q u e L a v i s s e t r a t a d e d e m o s t r a r c o n c l u y e n d o q u e ,
d e i z q u i e r d a a la C á m a r a d e d i p u t a d o s , d e s p u é s al S e n a d o . M a c M a h o n
a u n q u e l a m o n a r q u í a c a p e t a se i n c l i n a r a h a c i a el a b s o l u t i s m o , c o n s t r u y ó
d e b e primero «someterse», y m á s t a r d e «dimitir». L a República triunfa.
u n a a d m i n i s t r a c i ó n , s u p r i m i ó los p a r t i c u l a r i s m o s , r e u n i ó las p r o v i n c i a s ; e n
D e s d e e n t o n c e s , d u r a n t e c i n c o o seis a ñ o s , los m i n i s t e r i o s « o p o r t u n i s t a s »
ú l t i m a i n s t a n c i a , « r e f o r z ó la u n i d a d f r a n c e s a » .
c o n c e d e n la a m n i s t í a a los m i e m b r o s d e l a C o m u n a ( 1 8 8 0 ) , i n s t a u r a n las
L a o b r a e s t á i n c o m p l e t a , y a q u e la f o r m a c i ó n d e l e s t a d o - n a c i ó n n o s e libertades públicas: p r e n s a , r e u n i ó n , etc. (1881), legalizan los sindicatos
i n t e r r u m p e c o n el fin d e l A n t i g u o R é g i m e n . P o r e l l o , la o b r a se p r o l o n g ó ( 1 8 8 4 ) , e i m p o n e n la e s c u e l a l a i c a ( m a r z o 1 8 8 0 ) , g r a t u i t a ( j u n i o 1881) y obli-
d e s p u é s e n u n a Hístoire de la France contemporaine, de la Révolution á la g a t o r i a ( m a r z o 1882). L o s d i r i g e n t e s p o l í t i c o s « o p o r t u n i s t a s » — L . G a m b e t -
Paix de 1919. E n e s t a o c a s i ó n , E r n e s t L a v i s s e se l i m i t ó a o t o r g a r s u p a t r o - ta, J. Ferry, Ch. de Freycinet, W . W a d i n g t o n , L. Say, e t c . — son anima-
n a z g o , a b a n d o n a n d o la d i r e c c i ó n e f e c t i v a e n m a n o s d e su d i s c í p u l o C h a r - d o s , a c o n s e j a d o s , g u i a d o s e n su o b r a e s c o l a r p o r l o s r e s p o n s a b l e s d e l
les S e i g n o b o s . L a n u e v a s e r i e c o m p r e n d e n u e v e v o l ú m e n e s , q u e s e p u b l i - ministerio de Instrucción pública — P . B e r t , F . Buisson, F, P é c a u t , J. Steeg
caron en m e n o s d e tres a ñ o s , en la i n m e d i a t a p o s g u e r r a . E r n e s t Lavisse y o t r o s — y p o r J. M a c é y sus a m i g o s a n i m a d o r e s d e la L i g a r l e la E n s e -
t u v o l a a l e g r í a d e v e r las ú l t i m a s o b r a s a c a b a d a s a n t e s d e f a l l e c e r . L a c o - ñ a n z a . E n c o n t r a d e l o q u e s e a c o s t u m b r a a d e c i r , las l e y e s F e r r y n o « e s -
l e c c i ó n p r e s e n t a el s i g u i e n t e o r d e n : c o l a r i z a r o n » a l o s f r a n c e s e s . P e r o las m e d i d a s t o m a d a s p e r m i t i e r o n c o n s -
t r u i r u n a r e d d e edificios q u e c u b r í a t o d a s las c o m u n a s ; f o r m a r u n c u e r p o
h o m o g é n e o d e p r o f e s o r e s y p r o f e s o r a s l a i c o s e n las e s c u e l a s n o r m a l e s , y
— t. I . P h . S a g n a c : La Révolution (1789-1792), 1920. e x t i r p a r el a n a l f a b e t i s m o , al i n t e g r a r el t e r c i o d e l a p o b l a c i ó n i n f a n t i l q u e
— t. I I . G . P a r i s e t : La Révolution (1792-1799), 1920. e n t o n c e s e s c a p a b a t o d a v í a a l a e d u c a c i ó n . Sin e m b a r g o , l o s r e p u b l i c a n o s
— t. I I I . G . P a r i s e t : Le Consulat etl'Empire (1799-1815), 1921. «burgueses» m a n t u v i e r o n u n p r o f u n d o a b i s m o e n t r e la escuela p r i m a r i a ,
d e s t i n a d a al p u e b l o , y la s e c u n d a r i a , r e s e r v a d a a la é l i t e .
— t. I V . S. C h a r l e t t y : La Restauration (1815-1830), 1921.
— t. V . S. C h a r l e t t y : La Monarchie de Juillet (1830-1848), 1921. L a h i s t o r i a « m e t ó d i c a » p a r t i c i p a e n la o b r a e s c o l a r d e l a T e r c e r a R e -
— t. V I . C h . S e i g n o b o s : La Révolution1
de 1848 et les debuts du Second p ú b l i c a . E n e f e c t o , l o s i n s p i r a d o r e s d e las l e y e s F e r r y — F . B u i s s o n , P . B e r t ,
Empire (1848-1859), 1921. J . M a c é , e t c . — y l o s c o l a b o r a d o r e s d e La Revue historique — G . Monod,
— t. V I L C h . S e i g n o b o s : Le Déclin de l'Empire et l'établissement de la E . L a v i s s e , A . R a m b a u d , e t c . — p e r t e n e c e n a l o s m i s m o s a m b i e n t e s ; fre-
Troisiéme République (1859-1875), 1921. c u e n t a n t o d o s los d e s p a c h o s ' d e l m i n i s t e r i o d e I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , las E s -
c u e l a s n o r m a l e s s u p e r i o r e s , l o s t e m p l o s p r o t e s t a n t e s o las l o g i a s m a s ó n i -
— t. V I I I . C h . S e i g n o b o s : L'Evolution de la Troisiéme République
cas. A l t o s funcionarios o d e s t a c a d o s universitarios, t o d o s t i e n e n los mis-
(1875-1914), 1921.
m o s o b j e t i v o s : f o r m a r a las n u e v a s g e n e r a c i o n e s e n el a m o r a l a R e p ú b l i -
— t. LX. H . B i d o u , A . G a u v a i n , C h . S e i g n o b o s : La Grande Guerre c a , a fin d e c o n s o l i d a r el s o p o r t e social d e l r é g i m e n ; r e c h a z a r el o b s c u r a n -
(1914-1918), 1922. t i s m o c l e r i c a l , r e t i r á n d o l e a l a Iglesia el c o n t r o l s o b r e los e s p í r i t u s ; p r e p a -
r a r l a v e n g a n z a c o n t r a el e n e m i g o h e r e d i t a r i o , c o n t r a el R e i c h a l e m á n . E s -
t a s i d e a s d i r e c t r i c e s s o n las q u e , a t r a v é s d e las i n s t r u c c i o n e s m i n i s t e r i a l e s ,
E n e s t a Histoire de la France contemporaine v o l v e m o s a e n c o n t r a r los
o r i e n t a n los p r o g r a m a s y c o n f o r m a n l o s m a n u a l e s d e h i s t o r i a , g e o g r a f í a e
a x i o m a s q u e c o n d i c i o n a n las r e f l e x i o n e s d e los h i s t o r i a d o r e s d e la Belle
i n s t r u c c i ó n cívica. E l m á s c é l e b r e e s el « P e t i t L a v i s s e » q u e se p u b l i c ó p o r
Époque. L a t r a m a d e l t i e m p o s e d i v i d e e n g r a n d e s p e r í o d o s , s e g ú n los r e -
p r i m e r a v e z e n 1884 ( s o b r e u n t o t a l d e 2 4 0 p á g i n a s t e n í a 100 g r a b a d o s ) .
gímenes (Restauración, monarquía de Julio, Segunda República, etc.); en
C o n e s t e m o t i v o , el p r o f e s o r d e la S o r b o n a c o n d e n s ó h a s t a el e x t r e m o los
p e r í o d o s m á s cortos, según los gobiernos ( W a l d e c k - R o u s s e a u , C o m b e s ,
e l e m e n t o s q u e figurarán e n s u e x t e n s a s e r i e u n i v e r s i t a r i a d e la Historia de
R o u v i e r , C l e m e n c e a u , etc.). E l r e l a t o e n c a d e n a los a c o n t e c i m i e n t o s , res-
Francia. E l « P e t i t L a v i s s e » c o n o c i ó i n m e d i a t a m e n t e u n é x i t o i n m e n s o : se
p e t a n d o la c a u s a l i d a d l i n e a l y m u l t i p l i c a n d o las p r e c i s i o n e s ( e l r e l a t o d e l a
p u b l i c ó p o r c e n t e n a r e s d e m i l e s d e e j e m p l a r e s , se r e e d i t ó m u c h a s v e c e s ( e n
« G r a n G u e r r a » n o omite ningún a t a q u e , ningún c o n t r a a t a q u e en todos los
1895 s e a l c a n z ó la s e p t u a g é s i m o q u i n t a e d i c i ó n ) . E l a u t o r s o m e t e la o b r a
f r e n t e s , d e s d e j u l i o d e 1914 a n o v i e m b r e d e 1918). Y «la p o l í t i c a s i g u e o c u -
a c o n s t a n t e s r e v i s i o n e s , h a s t a l a v e r s i ó n d e f i n i t i v a d e 1912 (272 p á g i n a s c o n
p a n d o el c e n t r o n e u r á l g i c o del i n t e r é s p o l í t i c o » : l a s c o m b i n a c i o n e s m i n i s -
142 g r a b a d o s ) . L o s d e m á s m a n u a l e s n o s u p o n d r á n u n a a m e n a z a p a r a el m o -
t e r i a l e s , los d e b a t e s p a r l a m e n t a r i o s , las e l e c c i o n e s l e g i s l a t i v a s o c u p a n m a -
n o p o l i o casi a b s o l u t o d e d i f u s i ó n d e l « L a v i s s e » y d i f i e r e n p o c o d e é l , t a n t o
y o r e s p a c i o q u e l o s d e s c u b r i m i e n t o s c i e n t í f i c o s , las a c t i v i d a d e s i n d u s t r i a l e s
p o r la f o r m a c o m o p o r el c o n t e n i d o . A s í p o r e j e m p l o los « C u r s o s d e h i s -
o las c o s t u m b r e s c a m p e s i n a s .
t o r i a » d e A u l a r d y D e b i d o u r ( 1 8 9 4 ) , el d e C a l v e t ( 1 8 9 9 ) , el d e B r o s s o l e t t e

138
139
( 1 9 0 4 ) , el d e G a u t i e r y D e s c h a m p s ( 1 9 0 5 ) , el d e G u i o t y M a n e ( 1 9 0 6 ) , el
de Rogie y Despiques (1908), etc.
» E n los l i b r o s d e s t i n a d o s a n i ñ o s d e s i e t e a d o c e a ñ o s , el d i s c u r s o i d e o -
l ó g i c o es t a n t o o m á s e v i d e n t e c u a n t o q u e , n e c e s a r i a m e n t e , el r e l a t o c a r e -
c e d e m a t i c e s y su l e n g u a j e es m u y s i m p l e . L a e s c u e l a m e t ó d i c a e x p o n e sus
p r i n c i p i o s c a n d o r o s a m e n t e , sin n i n g u n a m á s c a r a . A d e m á s , el g r u p o r e p u -
b l i c a n o , q u e c r e a l a e s c u e l a laica, g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a , a f i r m a c l a r a m e n t e
q u e la e s c u e l a n o es n e u t r a ; q u e t i e n e q u e e s t a r al s e r v i c i o d e u n p r o y e c t o
p o l í t i c o . E n 1884, F . B u i s s o n , d i r e c t o r d e e n s e ñ a n z a p r i m a r i a , s a l u d a l a sa-
lida del «Petit Lavisse» e n estos t é r m i n o s : « H e aquí u n libro d e historia ver-
d a d e r a m e n t e nacional y v e r d a d e r a m e n t e liberal, q u e necesitábamos c o m o
u n i n s t r u m e n t o d e e d u c a c i ó n , i n c l u s o d e e d u c a c i ó n m o r a l . » E n 1 9 1 2 , e n el
p r ó l o g o a la ú l t i m a e d i c i ó n d e su m a n u a l , E . L a v i s s e t o d a v í a se m u e s t r a
m á s e x p l í c i t o : «Si el e s c o l a r n o lleva c o n s i g o el r e c u e r d o v i v o d e n u e s t r a s
g l o r i a s n a c i o n a l e s , si n o s a b e q u e sus a n t e p a s a d o s c o m b a t i e r o n e n m i l c a m -
p o s d e b a t a l l a p o r n o b l e s c a u s a s ; si n o h a s a b i d o c u á n t a s a n g r e y e s f u e r z o s
h a c o s t a d o l a u n i d a d d e n u e s t r a p a t r i a y el o b t e n e r d e l c a o s d e n u e s t r a s
v i e j a s i n s t i t u c i o n e s a q u e l l a s l e y e s q u e n o s h a n h e c h o l i b r e s ; si n o se c o n -
v i e r t e e n u n c i u d a d a n o c o n v e n c i d o d e sus d e b e r e s y u n s o l d a d o q u e a m a
su fusil, el p r o f e s o r h a b r á p e r d i d o el t i e m p o . » L a t a r e a d e l m a e s t r o e s t á
d e e s t a m a n e r a p e r f e c t a m e n t e d e f i n i d a : d u r a n t e las c l a s e s d e h i s t o r i a t i e n e
que formar a republicanos conscientes y soldados valientes.
Si r e p a s a m o s los m a n u a l e s d e h i s t o r i a p u b l i c a d o s e n t r e 1884 y 1 9 1 4 , p e r -
c i b i m o s e n ellos f á c i l m e n t e a l g u n o s p o s t u l a d o s f u n d a m e n t a l e s . L a p r i m e r a
n o c i ó n es la d e u n a « F r a n c i a e t e r n a » , d e s d e « n u e s t r o s a n t e p a s a d o s los g a -
los» h a s t a l o s c i u d a d a n o s d e la T e r c e r a R e p ú b l i c a . L o s h a b i t a n t e s d e e s t e
bello país p e r t e n e c e n a u n a colectividad q u e , p r o g r e s i v a m e n t e , ha llegado
a s e r n a c i o n a l . N o h a y n a d a q u e los s e p a r e : se h a n b o r r a d o l o s p a r t i c u l a -
rismos n a c i o n a l e s ; las d e s i g u a l d a d e s s o c i a l e s s e h a n a t e n u a d o . L o s « o t r o s » ,
l o s i n d i v i d u o s d i f e r e n t e s , se i d e n t i f i c a n c o n l o s e x t r a n j e r o s , l o s e n e m i g o s ,
los a g r e s o r e s . ' L a l a r g a m a r c h a h a c i a l a f o r m a c i ó n d e l e s t a d o - n a c i ó n s e d e -
sarrolla c o m o u n a sucesión d e acontecimientos excepcionales e n los q u e
d e s t a c a n v i r t u o s o s h é r o e s . E l m a n u a l d e h i s t o r i a t i e n e el a s p e c t o d e u n a
p i n a c o t e c a : V e r c i n g e t o r i x e n A l e s i a , C l o v i s r o m p i e n d o el v a s o d e S o i s s o n s ,
C a r l o m a g n o a n t e los e s c o l a r e s , F e l i p e A u g u s t o e n B o u v i n e s , S a n L u i s b a j o
el c a s t a ñ o d e V i n c e n n e s , los b u r g u e s e s d e C a l a i s , J u a n a d e A r c o e n la h o -
g u e r a , F r a n c i s c o I e n M a r i g n a n , R i c h e l i e u e n el a s e d i o d e L a R o c h e l l e ,
L u i s XTV e n V e r s a l l e s , el m a r i s c a l d e S a j o r n a e n F o n t e n o y , l a t o m a d e la
B a s t i l l a , B o n a p a r t e e n el p u e n t e d e A r c ó l e , e t c . U n a l í n e a d i v i s o r i a s e p a r a
los « b u e n o s » , q u e r e f o r z a r o n l a a u t o r i d a d d e l e s t a d o y u n i f i c a r o n las p r o -
v i n c i a s — p o r e j e m p l o , D u G u e s c l i n , L u i s X I o R i c h e l i e u — , y «los m a l o s » ,
q u e se l a n z a r o n a g u e r r a s r u i n o s a s y d e j a r o n p e r d e r p r o v i n c i a s o c o l o n i a s
— p o r ejemplo, Carlos VIII y Luis X I I , quizá Luis X I V , y ciertamente
L u i s X V — . P o r e l l o , l e e m o s e n el « P e t i t L a v i s s e » : E n r i q u e I V y s u a m i g o
Sully t r a t a r o n d e l o g r a r q u e los f r a n c e s e s f u e r a n lo m á s felices p o s i b l e ( . . . ) .
« E l m a l r e y L u i s X V n o p r e s t ó n i n g u n a a t e n c i ó n a las r e c l a m a c i o n e s c o n -
t r a las i n j u s t i c i a s . D e c í a q u e le t e n í a n sin c u i d a d o . »
L a s e g u n d a t o m a d e p o s t u r a es la a p o l o g í a d e l r é g i m e n r e p u b l i c a n o . L a
h e r e n c i a d e la R e v o l u c i ó n se r e c u p e r a , f r a n c a m e n t e e n lo q u e se r e f i e r e al
p e r í o d o 1789-1792; c o n v a c i l a c i o n e s p a r a el p e r í o d o 1792-1794. L a r e c o n s -
140
trucción privilegia los episodios m o d e r a d o s : se insiste acerca d e la r e u n i ó n
d e l o s E s t a d o s G e n e r a l e s , la d e c l a r a c i ó n d e l o s D e r e c h o s d e l H o m b r e , la
F i e s t a d e la F e d e r a c i ó n ; y s e p a s a c o m o s o b r e a s c u a s p o r los e n f r e n t a m i e n -
t o s e n la C o n v e n c i ó n , y las b r u t a l i d a d e s d e l t e r r o r , o s e las e s c o n d e t r a s
los é x i t o s d e l o s s o l d a d o s d e l A ñ o I I . D e t o d a s m a n e r a s , la R e v o l u c i ó n d e
1789 a p a r e c e c o m o u n a r u p t u r a r a d i c a l q u e h a c e e m e r g e r la s o b e r a n í a d e
l a n a c i ó n , i n s t a u r a el r e s p e t o p o r l a l e y , i n t r o d u c e l a l i b e r t a d d e c o n c i e n c i a
y la l i b e r t a d d e t r a b a j o ( m a n u a l G a u t i e r - D e s c h a m p s ) . Si e x a m i n a m o s u n
m u r a l r e a l i z a d o p o r C h . D u p u y p a r a l o s e s c o l a r e s , la h i s t o r i a d e F r a n c i a
d e l siglo x i x p u e d e i n t e r p r e t a r s e s e g ú n u n e s q u e m a b i p o l a r : « R e v o l u c i ó n
d e 1789: se c o n q u i s t a n l a l i b e r t a d y l a i g u a l d a d ; P r i m e r I m p e r i o : F r a n c i a
e x p e r i m e n t a el d e s p o t i s m o ; R e s t a u r a c i ó n y m o n a r q u í a d e j u l i o : d e n u e v o
se e n s a y a la r e a l e z a ; S e g u n d a R e p ú b l i c a : se r e c o n q u i s t a la l i b e r t a d p o r u n
i n s t a n t e ; S e g u n d o I m p e r i o : se p i e r d e l a l i b e r t a d d e n u e v o ; T e r c e r a R e p ú -
b l i c a : f i n a l m e n t e , el p u e b l o e s d u e ñ o d e sus d e s t i n o s . » L o s r e g í m e n e s a b -
s o l u t i s t a s p r e s e n t a n u n s i g n o —, s o n « p e y o r a t i v o s » ; los r e g í m e n e s r e p u b l i -
c a n o s e s t á n p r o v i s t o s d e u n s i g n o + , s o n « m e j o r e s » . A fin d e - c u e n t a s , la
T e r c e r a R e p ú b l i c a se p r e s e n t a c o m o «el m e j o r d e l o s m u n d o s » : « H a lleva-
d o a F r a n c i a a su r a n g o d e g r a n n a c i ó n ; h a i m p u e s t o el s e r v i c i o m i l i t a r
i g u a l p a r a t o d o s ; h a c r e a d o la e n s e ñ a n z a l a i c a , g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a ; h a
r e s t a u r a d o las l i b e r t a d e s p ú b l i c a s : d e p r e n s a , r e u n i ó n , a s o c i a c i ó n ; h a s e p a -
r a d o la I g l e s i a d e l e s t a d o ; y h a c o n s t i t u i d o u n i m p e r i o c o l o n i a l » d e l m a n u a l
G a u t i e r - D e s c h a m p s ) . L a T e r c e r a República garantiza u n a armoniosa orga-
nización difícilmente s u p e r a b l e ; la C o m u n a se describe c o m o u n súbito ac-
c e s o d e l o c u r a , casi i n c o m p r e n s i b l e ; y n o se p l a n t e a j a m á s l a p e r s p e c t i v a
d e u n r é g i m e n socialista.
L a tercera opción es u n a p e r m a n e n t e exaltación d e la M a d r e Patria. D e
1880 a 1898, c o n la p r i m e r a generación, la p r o p a g a n d a nacionalista es desen-
frenada, e n p r o p o r c i ó n a l a humillación sentida d e s p u é s d e la d e r r o t a d e
1870-1871. E n m a y o d e 1882, el periódico L'École r e c o m i e n d a las consignas p a -
trióticas, los relatos heroicos y los cantos marciales, c o m o el Escolar-soldado:
P o u r é t r e u n h o m m e , il f a u t s a v o i r é c r i r e
E t tout petit, a p p r e n d r e á travailler.
P o u r la P a t r i e , u n e n f a n t d o i t s ' i n s t r u i r e
E t dans l'école a p p r e n d r e a travailler.
L'heure a sonné, marchons a u p a s , J e u n e s , enfants, soyons soldats (bis).
[ P a r a ser u n h o m b r e , h a y q u e s a b e r e s c r i b i r y a p r e n d e r a t r a b a j a r d e s -
d e p e q u e ñ o . P o r l a p a t r i a , el n i ñ o s e d e b e i n s t r u i r . Y e n la e s c u e l a a p r e n -
d e r a t r a b a j a r . H a s o n a d o la h o r a , m a r c h e m o s al p a s o , n i ñ o s , s e a m o s sol-
d a d o s (bis).]
E s t e c a n t o se e n s e ñ a b a e n la e s c u e l a d e p á r v u l o s y e n el g r a d o e l e m e n t a l .
E n u n clima de este t i p o , los m a n u a l e s d e historia seleccionan los h e -
c h o s d e a r m a s q u e i l u s t r a n la d e f e n s a d e l t e r r i t o r i o c o n t r a el i n v a s o r , d e s d e
l a r e v u e l t a d e l a G a l i a h a s t a el c o m b a t e d e V a l y . Y J u a n a d e A r c o se c o n -
v i e r t e e n la h e r o í n a n a c i o n a l , el s í m b o l o d e l a r e s i s t e n c i a : « J u a n a d e A r c o
es l a figura m á s c o n m o v e d o r a q u e n u n c a h a y a a p a r e c i d o s o b r e la t i e r r a .
N i n g ú n o t r o p u e b l o t i e n e e n su h i s t o r i a u n a J u a n a d e A r c o » ( m a n u a l G a u -
t i e r - D e s c h a m p s ) . C o n l a s e g u n d a g e n e r a c i ó n , d e 1899 a 1914, el n a c i o n a -
141
( 1 9 0 4 ) , el d e G a u t i e r y D e s c h a m p s ( 1 9 0 5 ) , el d e G u i o t y M a n e ( 1 9 0 6 ) , el
de Rogie y Despiques (1908), etc.
» E n los l i b r o s d e s t i n a d o s a n i ñ o s d e s i e t e a d o c e a ñ o s , el d i s c u r s o i d e o -
l ó g i c o es t a n t o o m á s e v i d e n t e c u a n t o q u e , n e c e s a r i a m e n t e , el r e l a t o c a r e -
c e d e m a t i c e s y su l e n g u a j e es m u y s i m p l e . L a e s c u e l a m e t ó d i c a e x p o n e sus
p r i n c i p i o s c a n d o r o s a m e n t e , sin n i n g u n a m á s c a r a . A d e m á s , el g r u p o r e p u -
b l i c a n o , q u e c r e a l a e s c u e l a laica, g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a , a f i r m a c l a r a m e n t e
q u e la e s c u e l a n o es n e u t r a ; q u e t i e n e q u e e s t a r al s e r v i c i o d e u n p r o y e c t o
p o l í t i c o . E n 1884, F . B u i s s o n , d i r e c t o r d e e n s e ñ a n z a p r i m a r i a , s a l u d a l a sa-
lida del «Petit Lavisse» e n estos t é r m i n o s : « H e aquí u n libro d e historia ver-
d a d e r a m e n t e nacional y v e r d a d e r a m e n t e liberal, q u e necesitábamos c o m o
u n i n s t r u m e n t o d e e d u c a c i ó n , i n c l u s o d e e d u c a c i ó n m o r a l . » E n 1 9 1 2 , e n el
p r ó l o g o a la ú l t i m a e d i c i ó n d e su m a n u a l , E . L a v i s s e t o d a v í a se m u e s t r a
m á s e x p l í c i t o : «Si el e s c o l a r n o lleva c o n s i g o el r e c u e r d o v i v o d e n u e s t r a s
g l o r i a s n a c i o n a l e s , si n o s a b e q u e sus a n t e p a s a d o s c o m b a t i e r o n e n m i l c a m -
p o s d e b a t a l l a p o r n o b l e s c a u s a s ; si n o h a s a b i d o c u á n t a s a n g r e y e s f u e r z o s
h a c o s t a d o l a u n i d a d d e n u e s t r a p a t r i a y el o b t e n e r d e l c a o s d e n u e s t r a s
v i e j a s i n s t i t u c i o n e s a q u e l l a s l e y e s q u e n o s h a n h e c h o l i b r e s ; si n o se c o n -
v i e r t e e n u n c i u d a d a n o c o n v e n c i d o d e sus d e b e r e s y u n s o l d a d o q u e a m a
su fusil, el p r o f e s o r h a b r á p e r d i d o el t i e m p o . » L a t a r e a d e l m a e s t r o e s t á
d e e s t a m a n e r a p e r f e c t a m e n t e d e f i n i d a : d u r a n t e las c l a s e s d e h i s t o r i a t i e n e
que formar a republicanos conscientes y soldados valientes.
Si r e p a s a m o s los m a n u a l e s d e h i s t o r i a p u b l i c a d o s e n t r e 1884 y 1 9 1 4 , p e r -
c i b i m o s e n ellos f á c i l m e n t e a l g u n o s p o s t u l a d o s f u n d a m e n t a l e s . L a p r i m e r a
n o c i ó n es la d e u n a « F r a n c i a e t e r n a » , d e s d e « n u e s t r o s a n t e p a s a d o s los g a -
los» h a s t a l o s c i u d a d a n o s d e la T e r c e r a R e p ú b l i c a . L o s h a b i t a n t e s d e e s t e
bello país p e r t e n e c e n a u n a colectividad q u e , p r o g r e s i v a m e n t e , ha llegado
a s e r n a c i o n a l . N o h a y n a d a q u e los s e p a r e : se h a n b o r r a d o l o s p a r t i c u l a -
rismos n a c i o n a l e s ; las d e s i g u a l d a d e s s o c i a l e s s e h a n a t e n u a d o . L o s « o t r o s » ,
l o s i n d i v i d u o s d i f e r e n t e s , se i d e n t i f i c a n c o n l o s e x t r a n j e r o s , l o s e n e m i g o s ,
los a g r e s o r e s . ' L a l a r g a m a r c h a h a c i a l a f o r m a c i ó n d e l e s t a d o - n a c i ó n s e d e -
sarrolla c o m o u n a sucesión d e acontecimientos excepcionales e n los q u e
d e s t a c a n v i r t u o s o s h é r o e s . E l m a n u a l d e h i s t o r i a t i e n e el a s p e c t o d e u n a
p i n a c o t e c a : V e r c i n g e t o r i x e n A l e s i a , C l o v i s r o m p i e n d o el v a s o d e S o i s s o n s ,
C a r l o m a g n o a n t e los e s c o l a r e s , F e l i p e A u g u s t o e n B o u v i n e s , S a n L u i s b a j o
el c a s t a ñ o d e V i n c e n n e s , los b u r g u e s e s d e C a l a i s , J u a n a d e A r c o e n la h o -
g u e r a , F r a n c i s c o I e n M a r i g n a n , R i c h e l i e u e n el a s e d i o d e L a R o c h e l l e ,
L u i s XTV e n V e r s a l l e s , el m a r i s c a l d e S a j o r n a e n F o n t e n o y , l a t o m a d e la
B a s t i l l a , B o n a p a r t e e n el p u e n t e d e A r c ó l e , e t c . U n a l í n e a d i v i s o r i a s e p a r a
los « b u e n o s » , q u e r e f o r z a r o n l a a u t o r i d a d d e l e s t a d o y u n i f i c a r o n las p r o -
v i n c i a s — p o r e j e m p l o , D u G u e s c l i n , L u i s X I o R i c h e l i e u — , y «los m a l o s » ,
q u e se l a n z a r o n a g u e r r a s r u i n o s a s y d e j a r o n p e r d e r p r o v i n c i a s o c o l o n i a s
— p o r ejemplo, Carlos VIII y Luis X I I , quizá Luis X I V , y ciertamente
L u i s X V — . P o r e l l o , l e e m o s e n el « P e t i t L a v i s s e » : E n r i q u e I V y s u a m i g o
Sully t r a t a r o n d e l o g r a r q u e los f r a n c e s e s f u e r a n lo m á s felices p o s i b l e ( . . . ) .
« E l m a l r e y L u i s X V n o p r e s t ó n i n g u n a a t e n c i ó n a las r e c l a m a c i o n e s c o n -
t r a las i n j u s t i c i a s . D e c í a q u e le t e n í a n sin c u i d a d o . »
L a s e g u n d a t o m a d e p o s t u r a es la a p o l o g í a d e l r é g i m e n r e p u b l i c a n o . L a
h e r e n c i a d e la R e v o l u c i ó n se r e c u p e r a , f r a n c a m e n t e e n lo q u e se r e f i e r e al
p e r í o d o 1789-1792; c o n v a c i l a c i o n e s p a r a el p e r í o d o 1792-1794. L a r e c o n s -
140
trucción privilegia los episodios m o d e r a d o s : se insiste acerca d e la r e u n i ó n
d e l o s E s t a d o s G e n e r a l e s , la d e c l a r a c i ó n d e l o s D e r e c h o s d e l H o m b r e , la
F i e s t a d e la F e d e r a c i ó n ; y s e p a s a c o m o s o b r e a s c u a s p o r los e n f r e n t a m i e n -
t o s e n la C o n v e n c i ó n , y las b r u t a l i d a d e s d e l t e r r o r , o s e las e s c o n d e t r a s
los é x i t o s d e l o s s o l d a d o s d e l A ñ o I I . D e t o d a s m a n e r a s , la R e v o l u c i ó n d e
1789 a p a r e c e c o m o u n a r u p t u r a r a d i c a l q u e h a c e e m e r g e r la s o b e r a n í a d e
l a n a c i ó n , i n s t a u r a el r e s p e t o p o r l a l e y , i n t r o d u c e l a l i b e r t a d d e c o n c i e n c i a
y la l i b e r t a d d e t r a b a j o ( m a n u a l G a u t i e r - D e s c h a m p s ) . Si e x a m i n a m o s u n
m u r a l r e a l i z a d o p o r C h . D u p u y p a r a l o s e s c o l a r e s , la h i s t o r i a d e F r a n c i a
d e l siglo x i x p u e d e i n t e r p r e t a r s e s e g ú n u n e s q u e m a b i p o l a r : « R e v o l u c i ó n
d e 1789: se c o n q u i s t a n l a l i b e r t a d y l a i g u a l d a d ; P r i m e r I m p e r i o : F r a n c i a
e x p e r i m e n t a el d e s p o t i s m o ; R e s t a u r a c i ó n y m o n a r q u í a d e j u l i o : d e n u e v o
se e n s a y a la r e a l e z a ; S e g u n d a R e p ú b l i c a : se r e c o n q u i s t a la l i b e r t a d p o r u n
i n s t a n t e ; S e g u n d o I m p e r i o : se p i e r d e l a l i b e r t a d d e n u e v o ; T e r c e r a R e p ú -
b l i c a : f i n a l m e n t e , el p u e b l o e s d u e ñ o d e sus d e s t i n o s . » L o s r e g í m e n e s a b -
s o l u t i s t a s p r e s e n t a n u n s i g n o —, s o n « p e y o r a t i v o s » ; los r e g í m e n e s r e p u b l i -
c a n o s e s t á n p r o v i s t o s d e u n s i g n o + , s o n « m e j o r e s » . A fin d e - c u e n t a s , la
T e r c e r a R e p ú b l i c a se p r e s e n t a c o m o «el m e j o r d e l o s m u n d o s » : « H a lleva-
d o a F r a n c i a a su r a n g o d e g r a n n a c i ó n ; h a i m p u e s t o el s e r v i c i o m i l i t a r
i g u a l p a r a t o d o s ; h a c r e a d o la e n s e ñ a n z a l a i c a , g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a ; h a
r e s t a u r a d o las l i b e r t a d e s p ú b l i c a s : d e p r e n s a , r e u n i ó n , a s o c i a c i ó n ; h a s e p a -
r a d o la I g l e s i a d e l e s t a d o ; y h a c o n s t i t u i d o u n i m p e r i o c o l o n i a l » d e l m a n u a l
G a u t i e r - D e s c h a m p s ) . L a T e r c e r a República garantiza u n a armoniosa orga-
nización difícilmente s u p e r a b l e ; la C o m u n a se describe c o m o u n súbito ac-
c e s o d e l o c u r a , casi i n c o m p r e n s i b l e ; y n o se p l a n t e a j a m á s l a p e r s p e c t i v a
d e u n r é g i m e n socialista.
L a tercera opción es u n a p e r m a n e n t e exaltación d e la M a d r e Patria. D e
1880 a 1898, c o n la p r i m e r a generación, la p r o p a g a n d a nacionalista es desen-
frenada, e n p r o p o r c i ó n a l a humillación sentida d e s p u é s d e la d e r r o t a d e
1870-1871. E n m a y o d e 1882, el periódico L'École r e c o m i e n d a las consignas p a -
trióticas, los relatos heroicos y los cantos marciales, c o m o el Escolar-soldado:
P o u r é t r e u n h o m m e , il f a u t s a v o i r é c r i r e
E t tout petit, a p p r e n d r e á travailler.
P o u r la P a t r i e , u n e n f a n t d o i t s ' i n s t r u i r e
E t dans l'école a p p r e n d r e a travailler.
L'heure a sonné, marchons a u p a s , J e u n e s , enfants, soyons soldats (bis).
[ P a r a ser u n h o m b r e , h a y q u e s a b e r e s c r i b i r y a p r e n d e r a t r a b a j a r d e s -
d e p e q u e ñ o . P o r l a p a t r i a , el n i ñ o s e d e b e i n s t r u i r . Y e n la e s c u e l a a p r e n -
d e r a t r a b a j a r . H a s o n a d o la h o r a , m a r c h e m o s al p a s o , n i ñ o s , s e a m o s sol-
d a d o s (bis).]
E s t e c a n t o se e n s e ñ a b a e n la e s c u e l a d e p á r v u l o s y e n el g r a d o e l e m e n t a l .
E n u n clima de este t i p o , los m a n u a l e s d e historia seleccionan los h e -
c h o s d e a r m a s q u e i l u s t r a n la d e f e n s a d e l t e r r i t o r i o c o n t r a el i n v a s o r , d e s d e
l a r e v u e l t a d e l a G a l i a h a s t a el c o m b a t e d e V a l y . Y J u a n a d e A r c o se c o n -
v i e r t e e n la h e r o í n a n a c i o n a l , el s í m b o l o d e l a r e s i s t e n c i a : « J u a n a d e A r c o
es l a figura m á s c o n m o v e d o r a q u e n u n c a h a y a a p a r e c i d o s o b r e la t i e r r a .
N i n g ú n o t r o p u e b l o t i e n e e n su h i s t o r i a u n a J u a n a d e A r c o » ( m a n u a l G a u -
t i e r - D e s c h a m p s ) . C o n l a s e g u n d a g e n e r a c i ó n , d e 1899 a 1914, el n a c i o n a -
141

l i s m o se m a t i z a m á s . C o n el t i e m p o , la h e r i d a d e S e d á n v a c i c a t r i z a n d o .
L a o p i n i ó n p ú b l i c a , q u e c u e n t a c o n las a l i a n z a s q u e F r a n c i a h a c o n t r a í d o
c o n R u s i a y G r a n B r e t a ñ a , se s i e n t e m e n o s a m e n a z a d a y, p o r t a n t o , m e -
n o s a g r e s i v a . Y el m o v i m i e n t o s o c i a l i s t a , c o n v o c a c i ó n i n t e m a c i o n a l i s t a ,
e m p i e z a a influir e n c i e r t a s c a p a s s o c i a l e s , s o b r e t o d o e n t r e l o s p r o f e s o r e s .
D e s d e e n t o n c e s , los m a n u a l e s i n t e n t a n d e m o s t r a r a los n i ñ o s q u e l a g u e r r a
p u e d e s e r u n a s a g r i e n t a c a l a m i d a d ; q u e es p r e f e r i b l e r e c u r r i r a la n e g o c i a -
c i ó n ; q u e es b u e n o p r e s e r v a r la p a z . E n el p a n t e ó n d e l o s h é r o e s n a c i o n a -
l e s , l o s h a y civiles — H u g o o P a s t e u r — j u n t o a g u e r r e r o s c o m o R o l a n d o , B a -
yard u H o c h e . N o o b s t a n t e , la g u e r r a defensiva sigue siendo legítima: « L a
g u e r r a , e s t a p l a g a , e s t e a s e s i n a t o , se c o n v e r t i r í a e n s a n t a , si] el e x t r a n j e r o ,
a m e n a z a n d o n u e s t r a s f r o n t e r a s , t u v i e r a i n t e n c i ó n d e a r r e b a t a r n o s la i n d e -
pendencia» (manual Guiot y Mane). j a c o n t e c i m i e n t o s » , c o m p l a c e r í a a l a e s c u e l a d e l o s Ármales).
E s t a ú l t i m a o r i e n t a c i ó n t i e n d e a justificar l a c o l o n i z a c i ó n . L o s g o b i e r -
n o s o p o r t u n i s t a s , q u e e d i f i c a r o n las i n s t i t u c i o n e s r e p u b l i c a n a s , e m p r e n d i e -
r o n t a m b i é n las c o n q u i s t a s c o l o n i a l e s e n T ú n e z , e n T o n k i n , e n M a d a g a s -
c a r ; y sus s u c e s o r e s , m o d e r a d o s o r a d i c a l e s , p r o s i g u i e r o n la o b r a o c u p a n d o
Sudán, D a h o m e y , Congo y más tarde Marruecos. Los manuales escolares
r e c u p e r a n los a r g u m e n t o s oficiales p a r a e x p l i c a r las o p e r a c i o n e s m i l i t a r e s .
H e a q u í u n e j e m p l o e n el q u e la v o l u n t a d d e simplificar b o r d e a el ridículo:
« E n 1881, Jules Ferry decidió castigar a los K r u m i r s , t u r b u l e n t a tribu q u e
i n v a d í a sin c e s a r n u e s t r a A r g e l i a . E n el c u r s o d e la p e r s e c u c i ó n n u e s t r o s
s o l d a d o s se v i e r o n o b l i g a d o s a o c u p a r T ú n e z , q u e r e t u v i m o s » (sic) ( m a n u a l
B r o s s o l e t t e ) . E n el e s p í r i t u d e l o s d i r i g e n t e s d e l a T e r c e r a R e p ú b l i c a , la
constitución de u n imperio colonial permite encontrar u n a compensación a
l a p é r d i d a d e A l s a c i a y L o r e n a y o t o r g a r a F r a n c i a el n i v e l d e g r a n p o t e n -
cia, al i g u a l q u e G r a n B r e t a ñ a y A l e m a n i a . Sin e m b a r g o , la p e r s p e c t i v a d e
sacar p a r t i d o d e los p r o d u c t o s exóticos n o está a u s e n t e : fosfatos d e T ú n e z ,
cacahuetes del Senegal, m a d e r a de G a b ó n , c a u c h o d e I n d o c h i n a , etc. L o s
m a n u a l e s e s c o l a r e s c o n f i r m a n el m ó v i l d e l a e x p l o t a c i ó n e c o n ó m i c a : « J u l e s
F e r r y quiso que Francia dispusiera de magníficas colonias q u e a u m e n t a r í a n
s u riqueza c o m e r c i a l » ( m a n u a l G a u t i e r - D e s c h a m p s ) . S i e m p r e , la e m p r e s a
c o l o n i a l e s t á c u b i e r t a c o n el p r e t e x t o d e u n a m i s i ó n c i v i l i z a d o r a : « L o s p u e -
b l o s i n d í g e n a s a p e n a s s o n civilizados y a v e c e s c o m p l e t a m e n t e s a l v a j e s »
( m a n u a l L e m o n n i e r - S c h a r a d e r - D u b o i s ) . L o s franceses, p o s e e d o r e s de la
c u l t u r a , v i e n e n p a r a s a l v a r d e la b a r b a r i e a los p r i m i t i v o s . L o s l i b r o s d e h i s -
t o r i a y d e g e o g r a f í a m u e s t r a n a los e d u c a d o r e s i n s t a l a n d o e s c u e l a s , a l o s
m é d i c o s o r g a n i z a n d o h o s p i t a l e s , a los a d m i n i s t r a d o r e s s u p r i m i e n d o i n h u -
m a n a s c o s t u m b r e s . U n a i m a g e n c l a v e r e p r e s e n t a a S a v o r g n a n d e B r a z z a li-
b e r a n d o a e s c l a v o s e n el C o n g o . E n d e f i n i t i v a , la b u e n a c o n c i e n c i a e s t á
p o r c o m p l e t o a f a v o r d e l h e c h o c o l o n i a l : « F r a n c i a q u i e r e q u e los n i ñ o s á r a -
b e s sean tan bien e d u c a d o s c o m o los niños franceses. E s t o p r u e b a q u e F r a n -
cia es b u e n a y g e n e r o s a c o n l o s p u e b l o s q u e h a s o m e t i d o » ( m a n u a l L a v i s s e ) .
5. L A OBJETIVIDAD EN LA HISTORIA * rismo e n su Introducción
E s u n e r r o r q u e se h a y a calificado y q u e t o d a v í a s e c a l i f i q u e a l a e s c u e -
la h i s t ó r i c a q u e s e i m p u s o e n F r a n c i a e n t r e 1880 y 1 9 3 0 , c o m o c o r r i e n t e « p o -
sitivista». E n e f e c t o , l a v e r d a d e r a h i s t o r i a p o s i t i v i s t a fue d e f i n i d a p o r
142
L . B o u r d e a u e n L'Histoire et les Histoirens: essai critique sur l'histoire con-
sidérée comme science positive, p u b l i c a d o e n 1888. C o m o b u e n discípulo
d e C o m t e , L . B o u r d e a u se s i t ú a e n u n p l a n o filosófico. S e g ú n é l , l a h i s t o -
r i a es «la c i e n c i a d e los d e s a r r o l l o s d e l a r a z ó n » , y t i e n e p o r o b j e t o «la u n i -
versalidad d e los h e c h o s q u e la r a z ó n dirige o cuya influencia sufre». L a
h i s t o r i a , q u e t o m a m o d e l o d e la s o c i o l o g í a , d e b e e s t u d i a r e l m o v i m i e n t o
d e l a p o b l a c i ó n , la o r g a n i z a c i ó n d e la f a m i l i a , la f o r m a del habitat y d e la
a l i m e n t a c i ó n ; e n t é r m i n o s m á s g e n e r a l e s , t o d a s las a c t i v i d a d e s h u m a n a s ,
e n t o d a s sus d i m e n s i o n e s . P o r el c o n t r a r i o , e s t a d i s c i p l i n a p u e d e d e j a r d e
l a d o los a c o n t e c i m i e n t o s s i n g u l a r e s y l o s p e r s o n a j e s i l u s t r e s : « E s n e c e s a r i o
q u e los a r i s t ó c r a t a s d e l a g l o r i a d e s a p a r e z c a n a n t e l a i m p o r t a n c i a c a d a v e z
m a y o r d e las m u l t i t u d e s ( . . . ) . O c u p é m o n o s d e las m a s a s » ( e s t a c l a s e d e c o n -
c e p c i ó n , q u e p r e t e n d e l a « t o t a l i d a d » , r e c h a z a n d o el « p u r o r e l a t o d e los
L. Bourdeau,
fiel al p e n s a m i e n t o d e A . C o m t e , e s t a b l e c e p a r a l a h i s t o r i a científica el o b -
j e t i v o d e « b u s c a r las l e y e s q u e p r e s i d e n el d e s a r r o l l o d e la e s p e c i e h u m a -
n a » . E s t a l e y e s se p u e d e n clasificar e n t r e s g r u p o s : 1) las l e y e s d e orden,
q u e m u e s t r a n la s i m i l i t u d d e las c o s a s ; 2 ) las l e y e s d e relación, q u e h a c e n
q u e las « m i s m a s c a u s a s p r o v o q u e n l o s m i s m o s e f e c t o s » ; y 3 ) la l e y supre-
ma, q u e regula el c u r s o d e l a h i s t o r i a . E n s u m a , se t r a t a d e u n a filosofía
d e la historia, r e s u e l t a m e n t e d e t e r m i n i s t a , q u e p r e t e n d e a la vez reconsti-
t u i r el p a s a d o y p r e v e r e l p o r v e n i r .
A h o r a b i e n , el p r o g r a m a d e B o u r d e a u s e s i t ú a e n el l a d o o p u e s t o d e l
proyecto c o m ú n d e M o n o d , Lavisse, Langlois, Seignobos y sus amigos. E n
el Manifiesto c o n el q u e s e i n i c i a La Revue historique e n 1876, G . M o n o d
e m p l e a la fórmula «ciencia positiva», p e r o e n u n sentido m u y alejado de
la d o c t r i n a d e C o m t e : « N u e s t r a r e v i s t a s e r á u n a p u b l i c a c i ó n d e c i e n c i a p o -
sitiva y d e l i b r e d i s c u s i ó n ; sin e m b a r g o , n o a b a n d o n a r á el c a m p o d e los h e -
c h o s y s e m a n t e n d r á c e r r a d a a las t e o r í a s p o l í t i c a s y filosóficas». C u a n d o
a p a r e c e la o b r a d e L . B o u r d e a u , G . M o n o d p a r e c e m u y r e t i c e n t e al r e s -
p e c t o ; afirma e n t o n c e s : « L a historia sólo será u n a ciencia descriptiva, ac-
tuando sobre elementos siempre en movimiento, en mutación y devenir per-
p e t u o s . C o m o ^ m á x i m o s e la p o d r í a c o m p a r a r c o n l a m e t e o r o l o g í a » (RH,
1888, n ú m . 3 , p . 385). U n o s a ñ o s m á s t a r d e , c u a n d o se p l a n t e a u n d e b a t e
s o b r e el p a p e l d e las c i e n c i a s s o c i a l e s e n las n u e v a s u n i v e r s i d a d e s , G . M o -
n o d r e v i s a su o p i n i ó n a c e r c a d e L . B o u r d e a u : « L o s l i b r o s d e e s t e a u t o r n o
t i e n e n t o d a la r e p u t a c i ó n q u e se m e r e c e n ( . . . ) . S u h o r a l l e g a r á c u a n d o e s -
t e m o s c o n v e n c i d o s e n F r a n c i a , c o m o y a lo e s t á n e n E s t a d o s U n i d o s , d e
q u e l a c i e n c i a social n o es s o l a m e n t e l a b a s e s ó l i d a d e la h i s t o r i a , s i n o la
p a r t e e s e n c i a l d e la m i s m a . E s s o r p r e n d e n t e q u e F r a n c i a s e a el p a í s e n el
q u e las g e n i a l e s o p i n i o n e s d e A . C o m t e a c e r c a d e l a s o c i o l o g í a h a y a n p r o -
d u c i d o h a s t a el m o m e n t o l o s m e n o r e s f r u t o s » (RH, 1896, n ú m . 2 , p . 9 2 ) .
G . M o n o d se m u e s t r a c o n c i l i a d o r p o r q u e p r e t e n d e v i n c u l a r l a h i s t o r i a c o n
las d e m á s c i e n c i a s h u m a n a s a n i v e l d e l a e n s e ñ a n z a s u p e r i o r . P e r o sus c o m -
p a ñ e r o s n o le s i g u e n : L a n g l o i s y S e i g n o b o s r e c h a z a n t o d a r e f e r e n c i a a la
«filosofía p o s i t i v a » y se m a n t i e n e n , e n 1 8 9 8 , d e n t r o d e u n r i g u r o s o e m p i -
a los estudios históricos.
E n r e a l i d a d , los p a r t i d a r i o s d e la e s c u e l a m e t ó d i c a n o se i n s p i r a r o n e n
el f r a n c é s A u g u s t o C o m t e , s i n o e n el a l e m á n L e o p o l d v o n R a n k e . I n m e -
d i a t a m e n t e d e s p u é s d e la g u e r r a 1870-1871, m u c h o s j ó v e n e s historiadores
143

l i s m o se m a t i z a m á s . C o n el t i e m p o , la h e r i d a d e S e d á n v a c i c a t r i z a n d o .
L a o p i n i ó n p ú b l i c a , q u e c u e n t a c o n las a l i a n z a s q u e F r a n c i a h a c o n t r a í d o
c o n R u s i a y G r a n B r e t a ñ a , se s i e n t e m e n o s a m e n a z a d a y, p o r t a n t o , m e -
n o s a g r e s i v a . Y el m o v i m i e n t o s o c i a l i s t a , c o n v o c a c i ó n i n t e m a c i o n a l i s t a ,
e m p i e z a a influir e n c i e r t a s c a p a s s o c i a l e s , s o b r e t o d o e n t r e l o s p r o f e s o r e s .
D e s d e e n t o n c e s , los m a n u a l e s i n t e n t a n d e m o s t r a r a los n i ñ o s q u e l a g u e r r a
p u e d e s e r u n a s a g r i e n t a c a l a m i d a d ; q u e es p r e f e r i b l e r e c u r r i r a la n e g o c i a -
c i ó n ; q u e es b u e n o p r e s e r v a r la p a z . E n el p a n t e ó n d e l o s h é r o e s n a c i o n a -
l e s , l o s h a y civiles — H u g o o P a s t e u r — j u n t o a g u e r r e r o s c o m o R o l a n d o , B a -
yard u H o c h e . N o o b s t a n t e , la g u e r r a defensiva sigue siendo legítima: « L a
g u e r r a , e s t a p l a g a , e s t e a s e s i n a t o , se c o n v e r t i r í a e n s a n t a , si] el e x t r a n j e r o ,
a m e n a z a n d o n u e s t r a s f r o n t e r a s , t u v i e r a i n t e n c i ó n d e a r r e b a t a r n o s la i n d e -
pendencia» (manual Guiot y Mane). j a c o n t e c i m i e n t o s » , c o m p l a c e r í a a l a e s c u e l a d e l o s Ármales).
E s t a ú l t i m a o r i e n t a c i ó n t i e n d e a justificar l a c o l o n i z a c i ó n . L o s g o b i e r -
n o s o p o r t u n i s t a s , q u e e d i f i c a r o n las i n s t i t u c i o n e s r e p u b l i c a n a s , e m p r e n d i e -
r o n t a m b i é n las c o n q u i s t a s c o l o n i a l e s e n T ú n e z , e n T o n k i n , e n M a d a g a s -
c a r ; y sus s u c e s o r e s , m o d e r a d o s o r a d i c a l e s , p r o s i g u i e r o n la o b r a o c u p a n d o
Sudán, D a h o m e y , Congo y más tarde Marruecos. Los manuales escolares
r e c u p e r a n los a r g u m e n t o s oficiales p a r a e x p l i c a r las o p e r a c i o n e s m i l i t a r e s .
H e a q u í u n e j e m p l o e n el q u e la v o l u n t a d d e simplificar b o r d e a el ridículo:
« E n 1881, Jules Ferry decidió castigar a los K r u m i r s , t u r b u l e n t a tribu q u e
i n v a d í a sin c e s a r n u e s t r a A r g e l i a . E n el c u r s o d e la p e r s e c u c i ó n n u e s t r o s
s o l d a d o s se v i e r o n o b l i g a d o s a o c u p a r T ú n e z , q u e r e t u v i m o s » (sic) ( m a n u a l
B r o s s o l e t t e ) . E n el e s p í r i t u d e l o s d i r i g e n t e s d e l a T e r c e r a R e p ú b l i c a , la
constitución de u n imperio colonial permite encontrar u n a compensación a
l a p é r d i d a d e A l s a c i a y L o r e n a y o t o r g a r a F r a n c i a el n i v e l d e g r a n p o t e n -
cia, al i g u a l q u e G r a n B r e t a ñ a y A l e m a n i a . Sin e m b a r g o , la p e r s p e c t i v a d e
sacar p a r t i d o d e los p r o d u c t o s exóticos n o está a u s e n t e : fosfatos d e T ú n e z ,
cacahuetes del Senegal, m a d e r a de G a b ó n , c a u c h o d e I n d o c h i n a , etc. L o s
m a n u a l e s e s c o l a r e s c o n f i r m a n el m ó v i l d e l a e x p l o t a c i ó n e c o n ó m i c a : « J u l e s
F e r r y quiso que Francia dispusiera de magníficas colonias q u e a u m e n t a r í a n
s u riqueza c o m e r c i a l » ( m a n u a l G a u t i e r - D e s c h a m p s ) . S i e m p r e , la e m p r e s a
c o l o n i a l e s t á c u b i e r t a c o n el p r e t e x t o d e u n a m i s i ó n c i v i l i z a d o r a : « L o s p u e -
b l o s i n d í g e n a s a p e n a s s o n civilizados y a v e c e s c o m p l e t a m e n t e s a l v a j e s »
( m a n u a l L e m o n n i e r - S c h a r a d e r - D u b o i s ) . L o s franceses, p o s e e d o r e s de la
c u l t u r a , v i e n e n p a r a s a l v a r d e la b a r b a r i e a los p r i m i t i v o s . L o s l i b r o s d e h i s -
t o r i a y d e g e o g r a f í a m u e s t r a n a los e d u c a d o r e s i n s t a l a n d o e s c u e l a s , a l o s
m é d i c o s o r g a n i z a n d o h o s p i t a l e s , a los a d m i n i s t r a d o r e s s u p r i m i e n d o i n h u -
m a n a s c o s t u m b r e s . U n a i m a g e n c l a v e r e p r e s e n t a a S a v o r g n a n d e B r a z z a li-
b e r a n d o a e s c l a v o s e n el C o n g o . E n d e f i n i t i v a , la b u e n a c o n c i e n c i a e s t á
p o r c o m p l e t o a f a v o r d e l h e c h o c o l o n i a l : « F r a n c i a q u i e r e q u e los n i ñ o s á r a -
b e s sean tan bien e d u c a d o s c o m o los niños franceses. E s t o p r u e b a q u e F r a n -
cia es b u e n a y g e n e r o s a c o n l o s p u e b l o s q u e h a s o m e t i d o » ( m a n u a l L a v i s s e ) .
5. L A OBJETIVIDAD EN LA HISTORIA * rismo e n su Introducción
E s u n e r r o r q u e se h a y a calificado y q u e t o d a v í a s e c a l i f i q u e a l a e s c u e -
la h i s t ó r i c a q u e s e i m p u s o e n F r a n c i a e n t r e 1880 y 1 9 3 0 , c o m o c o r r i e n t e « p o -
sitivista». E n e f e c t o , l a v e r d a d e r a h i s t o r i a p o s i t i v i s t a fue d e f i n i d a p o r
142
L . B o u r d e a u e n L'Histoire et les Histoirens: essai critique sur l'histoire con-
sidérée comme science positive, p u b l i c a d o e n 1888. C o m o b u e n discípulo
d e C o m t e , L . B o u r d e a u se s i t ú a e n u n p l a n o filosófico. S e g ú n é l , l a h i s t o -
r i a es «la c i e n c i a d e los d e s a r r o l l o s d e l a r a z ó n » , y t i e n e p o r o b j e t o «la u n i -
versalidad d e los h e c h o s q u e la r a z ó n dirige o cuya influencia sufre». L a
h i s t o r i a , q u e t o m a m o d e l o d e la s o c i o l o g í a , d e b e e s t u d i a r e l m o v i m i e n t o
d e l a p o b l a c i ó n , la o r g a n i z a c i ó n d e la f a m i l i a , la f o r m a del habitat y d e la
a l i m e n t a c i ó n ; e n t é r m i n o s m á s g e n e r a l e s , t o d a s las a c t i v i d a d e s h u m a n a s ,
e n t o d a s sus d i m e n s i o n e s . P o r el c o n t r a r i o , e s t a d i s c i p l i n a p u e d e d e j a r d e
l a d o los a c o n t e c i m i e n t o s s i n g u l a r e s y l o s p e r s o n a j e s i l u s t r e s : « E s n e c e s a r i o
q u e los a r i s t ó c r a t a s d e l a g l o r i a d e s a p a r e z c a n a n t e l a i m p o r t a n c i a c a d a v e z
m a y o r d e las m u l t i t u d e s ( . . . ) . O c u p é m o n o s d e las m a s a s » ( e s t a c l a s e d e c o n -
c e p c i ó n , q u e p r e t e n d e l a « t o t a l i d a d » , r e c h a z a n d o el « p u r o r e l a t o d e los
L. Bourdeau,
fiel al p e n s a m i e n t o d e A . C o m t e , e s t a b l e c e p a r a l a h i s t o r i a científica el o b -
j e t i v o d e « b u s c a r las l e y e s q u e p r e s i d e n el d e s a r r o l l o d e la e s p e c i e h u m a -
n a » . E s t a l e y e s se p u e d e n clasificar e n t r e s g r u p o s : 1) las l e y e s d e orden,
q u e m u e s t r a n la s i m i l i t u d d e las c o s a s ; 2 ) las l e y e s d e relación, q u e h a c e n
q u e las « m i s m a s c a u s a s p r o v o q u e n l o s m i s m o s e f e c t o s » ; y 3 ) la l e y supre-
ma, q u e regula el c u r s o d e l a h i s t o r i a . E n s u m a , se t r a t a d e u n a filosofía
d e la historia, r e s u e l t a m e n t e d e t e r m i n i s t a , q u e p r e t e n d e a la vez reconsti-
t u i r el p a s a d o y p r e v e r e l p o r v e n i r .
A h o r a b i e n , el p r o g r a m a d e B o u r d e a u s e s i t ú a e n el l a d o o p u e s t o d e l
proyecto c o m ú n d e M o n o d , Lavisse, Langlois, Seignobos y sus amigos. E n
el Manifiesto c o n el q u e s e i n i c i a La Revue historique e n 1876, G . M o n o d
e m p l e a la fórmula «ciencia positiva», p e r o e n u n sentido m u y alejado de
la d o c t r i n a d e C o m t e : « N u e s t r a r e v i s t a s e r á u n a p u b l i c a c i ó n d e c i e n c i a p o -
sitiva y d e l i b r e d i s c u s i ó n ; sin e m b a r g o , n o a b a n d o n a r á el c a m p o d e los h e -
c h o s y s e m a n t e n d r á c e r r a d a a las t e o r í a s p o l í t i c a s y filosóficas». C u a n d o
a p a r e c e la o b r a d e L . B o u r d e a u , G . M o n o d p a r e c e m u y r e t i c e n t e al r e s -
p e c t o ; afirma e n t o n c e s : « L a historia sólo será u n a ciencia descriptiva, ac-
tuando sobre elementos siempre en movimiento, en mutación y devenir per-
p e t u o s . C o m o ^ m á x i m o s e la p o d r í a c o m p a r a r c o n l a m e t e o r o l o g í a » (RH,
1888, n ú m . 3 , p . 385). U n o s a ñ o s m á s t a r d e , c u a n d o se p l a n t e a u n d e b a t e
s o b r e el p a p e l d e las c i e n c i a s s o c i a l e s e n las n u e v a s u n i v e r s i d a d e s , G . M o -
n o d r e v i s a su o p i n i ó n a c e r c a d e L . B o u r d e a u : « L o s l i b r o s d e e s t e a u t o r n o
t i e n e n t o d a la r e p u t a c i ó n q u e se m e r e c e n ( . . . ) . S u h o r a l l e g a r á c u a n d o e s -
t e m o s c o n v e n c i d o s e n F r a n c i a , c o m o y a lo e s t á n e n E s t a d o s U n i d o s , d e
q u e l a c i e n c i a social n o es s o l a m e n t e l a b a s e s ó l i d a d e la h i s t o r i a , s i n o la
p a r t e e s e n c i a l d e la m i s m a . E s s o r p r e n d e n t e q u e F r a n c i a s e a el p a í s e n el
q u e las g e n i a l e s o p i n i o n e s d e A . C o m t e a c e r c a d e l a s o c i o l o g í a h a y a n p r o -
d u c i d o h a s t a el m o m e n t o l o s m e n o r e s f r u t o s » (RH, 1896, n ú m . 2 , p . 9 2 ) .
G . M o n o d se m u e s t r a c o n c i l i a d o r p o r q u e p r e t e n d e v i n c u l a r l a h i s t o r i a c o n
las d e m á s c i e n c i a s h u m a n a s a n i v e l d e l a e n s e ñ a n z a s u p e r i o r . P e r o sus c o m -
p a ñ e r o s n o le s i g u e n : L a n g l o i s y S e i g n o b o s r e c h a z a n t o d a r e f e r e n c i a a la
«filosofía p o s i t i v a » y se m a n t i e n e n , e n 1 8 9 8 , d e n t r o d e u n r i g u r o s o e m p i -
a los estudios históricos.
E n r e a l i d a d , los p a r t i d a r i o s d e la e s c u e l a m e t ó d i c a n o se i n s p i r a r o n e n
el f r a n c é s A u g u s t o C o m t e , s i n o e n el a l e m á n L e o p o l d v o n R a n k e . I n m e -
d i a t a m e n t e d e s p u é s d e la g u e r r a 1870-1871, m u c h o s j ó v e n e s historiadores
143
franceses —G. M o n o d , E . Lavisse, C . M l i a n , C h . Seignobos y o t r o s — fue-
:
r o n a c o m p l e t a r " su f o r m a c i ó n e n c e n t r o s d e i n v e s t i g a c i ó n y e n s e ñ a n z a m á s
allá d e l R h i n . C r e y e r o n q u e la v i c t o r i a d e A l e m a n i a s e e x p l i c a b a p o r l a p e r -
fecta o r g a n i z a c i ó n d e sus i n s t i t u c i o n e s m i l i t a r e s , civiles e i n t e l e c t u a l e s , q u e
era conveniente observar para, m á s tarde, imitar estas ejemplares realiza-
c i o n e s a fin d e g a r a n t i z a r l a r e c u p e r a c i ó n d e F r a n c i a . A s í se v i e r o n influi-
d o s p o r los e r u d i t o s a l e m a n e s , los M o m m s e n , S y b e l , T r e i t s c h k e , W a i t z ,
D e l h r ü c k , e t c . , y t o m a r o n c o m o m o d e l o los p r o g r a m a s , los m é t o d o s y las
e s t r u c t u r a s d e l a s u n i v e r s i d a d e s a l e m a n a s . E n 1896, C a m i l l e J u l l i a n a d m i t e
el v a l o r d e l s i s t e m a g e r m á n i c o , a l a v e z q u e c u e s t i o n a la p r e t e n d i d a infe-
rioridad f r a n c e s a : « A l e m a n i a t r i u n f a p o r l a s o l i d a r i d a d y la c o h e s i ó n ( . . . ) ;
siempre c a r e c e r e m o s d e este espíritu d e disciplina q u e ellos t i e n e n (...). N o
o b s t a n t e , e n A l e m a n i a l a h i s t o r i a s e d e s m o r o n a y d i s p e r s a ( . . . ) , n o e s su-
perior a la historia francesa.» Asistimos a u n curioso f e n ó m e n o e n m a t e r i a
d e difusión d e i d e a s . L a e s c u e l a f r a n c e s a t o m a d e l a e s c u e l a a l e m a n a l i n a
d o c t r i n a científica q u e o r i g i n a u n a p r á c t i c a h i s t ó r i c a , s i n a t r e v e r s e a s e ñ a -
lar sus o r í g e n e s , y a v e c e s n i s i q u i e r a a e n u n c i a r s u s p r i n c i p i o s , d e b i d o a
u n a reflejo d e « p u d o r n a c i o n a l i s t a » .
P o r t a n t o h a y q u e a c u d i r a la f u e n t e . A m e d i a d o s d e l siglo XIX, l a t e s i s
d e L . v o n R a n k e c u e s t i o n a r o n las filosofías d e l a h i s t o r i a « e s p e c u l a t i v a s ,
s u b j e t i v a s » y « m o r a l i z a n t e s » ; y a v a n z a r o n f ó r m u l a s «científicas», « o b j e t i -
vas» ( o «positivas») q u e i n f l u y e r o n e n d o s o t r e s g e n e r a c i o n e s d e h i s t o r i a -
dores, primero en Alemania, m á s tarde e n Francia. L o s postulados teóri-
cos d e R a n k e s e e n c a d e n a n d e la s i g u i e n t e m a n e r a : 1.' r e g l a ) al h i s t o r i a d o r
n o l e c o r r e s p o n d e « j u z g a r el p a s a d o n i i n s t r u i r a sus c o n t e m p o r á n e o s , s i n o
s i m p l e m e n t e r e n d i r c u e n t a s d e l o q u e p a s ó r e a l m e n t e » ; 2.* r e g l a ) n o h a y
n i n g u n a i n t e r d e p e n d e n c i a e n t r e el s u j e t o c o n o c e d o r — e l h i s t o r i a d o r — y el
objeto del conocimiento — e l hecho histórico—. P o r hipótesis, el historia-
dor escapa a cualquier condicionamiento social; lo q u e le p e r m i t e ser i m -
p a r c i a l e n su p e r c e p c i ó n d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s ; 3." r e g l a ) l a h i s t o r i a — c o n -
j u n t o d e res gestae— e x i s t e e n sí m i s m a , o b j e t i v a m e n t e ; i n c l u s o t i e n e u n a
forma d a d a , u n a estructura definida, q u e es d i r e c t a m e n t e accesible al co-
n o c i m i e n t o ; 4.* r e g l a ) l a r e l a c i ó n c o g n o s c i t i v a s e a d a p t a a u n m o d e l o m e -
canicista. E l h i s t o r i a d o r r e g i s t r a el h e c h o h i s t ó r i c o , d e m a n e r a p a s i v a , c o m o
el e s p e j o r e f l e j a la i m a g e n d e u n o b j e t o , c o m o el a p a r a t o f o t o g r á f i c o fija
a
el a s p e c t o d e u n a e s c e n a o d e u n p a i s a j e ; 5 . r e g l a ) l a t a r e a d e l h i s t o r i a d o r
c o n s i s t e e n r e u n i r u n n ú m e r o suficiente d e h e c h o s , a p o y a d o s e n d o c u m e n -
t o s s e g u r o s ; a p a r t i r d e e s t o s h e c h o s , el p r o p i o r e l a t o h i s t ó r i c o s e o r g a n i z a
y s e d e j a i n t e r p r e t a r . T o d a r e f l e x i ó n t e ó r i c a es i n ú t i l , i n c l u s o p e r j u d i c i a l ,
p o r q u e introduce u n e l e m e n t o d e especulación. Según R a n k e , la ciencia p o -
sitiva p u e d e a l c a n z a r la o b j e t i v i d a d y c o n o c e r la v e r d a d d e la h i s t o r i a .
L a e s c u e l a m e t ó d i c a , q u e aplicó al p i e d e l a l e t r a e l p r o g r a m a d e R a n -
k e , h i z o p r o g r e s a r v e r d a d e r a m e n t e la h i s t o r i o g r a f í a e n F r a n c i a . N o o b s t a n -
t e , al e x a m i n a r su o b r a n o p o d e m o s e v i t a r u n a s e n s a c i ó n d e m a l e s t a r . Y a
q u e la c o n t r a d i c c i ó n es e v i d e n t e e n t r e l o s p r i n c i p i o s d e c l a r a d o s y l a s r e a l i -
z a c i o n e s efectivas. E n 1 8 7 6 , G . M o n o d p r o c l a m a su n e u t r a l i d a d : « E l p u n -
t o d e vista e s t r i c t a m e n t e científico e n el q u e n o s s i t u a m o s b a s t a r á p a r a d a r
a n u e s t r a o b r a la u n i d a d d e t o n o y d e c a r á c t e r ( . . . ) . N o p r o f e s a r e m o s n i n -
gún credo dogmático; n o n o s p o n d r e m o s a las órdenes de ningún partido
(...).» E n 1898, C h . V . Langlois y C h . Seignobos descartan cualquier es-
144
peculación «acerca d e la causa p r i m e r a y las causas finales», cualquier r e -
flexión s o b r e l a n a t u r a l e z a d e l a s s o c i e d a d e s ; y c o n s i d e r a n , c o n u n a c i e r t a
candidez, q u e la «historia se constituirá (...) c u a n d o t o d o s los d o c u m e n t o s
h a y a n sido d e s c u b i e r t o s , p u r i f i c a d o s y o r d e n a d o s » . A h o r a b i e n , a l m i s m o
t i e m p o , La Revue historique t o m a posición e n favor d e los g o b i e r n o s o p o r -
tunistas; se enfrenta c o n la Iglesia católica, m o n á r q u i c a y u l t r a m o n t a n a ; d e -
fiende la e s c u e l a l a i c a , g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a . E . L a v i s s e , a t r a v é s d e s u m o -
n u m e n t a l Histoire de France, c r e a el m i t o d e u n e s t a d o - n a c i ó n , q u e s u r g e
en el p e r í o d o i n t e r m e d i o e n t r e los galos y los merovingios, se consolidan
g r a c i a s a las m e d i d a s a d m i n i s t r a t i v a s y a l a s c o n q u i s t a s m i l i t a r e s d e l o s C a -
petos, y alcanza u n a estructura ideal: la República democrática, m o d e r a d a
y centralizadora. L ^ m a n u a l e s ^ e s c o l a r e s sobre t o d o , directamente inspira-
d o s p o r l o s n o t a b l e s u n i v e r s i t a r i o s , n o j l u d a n e n h a c e r el e l o g i o d e l a
T e r c e r a R e p ú b l i c a , p a r a a m p l i a r e n el p o r v e n i r s u c l i e n t e l a e l e c t o r a l , r e -
f o r z a n d o p o r t a n t o su b a s e s o c i a l . C e l e b r a n d o el . c u l t o a ios. h é r o e s n a c i o -
n a l e s , e x c i t a n p e r m a n e n t e m e n t e e l s e n t i m i e n t o p a t r i ó t i c o p a r a p r e p a r a r la
v e n g a n z a d e la n u e v a g e n e r a c i ó n contra el e n e m i g o h e r e d i t a r i o , e l b á r b a r o ,
germánico. Y , c o n el subterfugio d e u n a misión civilizadora, justifican la
expansión colonial d e Francia. E n estas condiciones, la ciencia histórica,
q u e p r e t e n d e la Imparcialidad, la objetividad, d e m u e s t r a q u e es u n discur-
so ideológico q u e sirve a los intereses d e u n r é g i m e n político o manifiesta
las a s p i r a c i o n e s d e u n a c o m u n i d a d n a c i o n a l .
L a escuela metódica, con fundamentos p o c o estables y graves.contra-
dictiones,,noJaiíl57en s e r a t a c a d a p o r t o d a s p a r t e s . D e s d e l o s a ñ o s 1 9 2 0
e n La Revue de Synthése, m á s t a r d e , d u r a n t e l o s a ñ o s 1 9 3 0 , e n Les Aúna-
les, L . F e b v r e , M . B l o c h y s u s a m i g o s a t a c a r o n a l o s h e r e d e r o s d e E . L a -
visse, a C h . Seignobos, L . H a p h e n , P h . S a g n a c y otros q u e e n t o n c e s ocu-
p a b a n i m p o r t a n t e s f u n c i o n e s e n l a s u n i v e r s i d a d e s . E l g r u p o d e l o s Aúnales
dirige a la historia tradicional — l l a m a d a p o r aquél «historizante»— cuatro
reproches"principales: 1) L a histoná''histórIzáifé'sólo p r e s t a ' a t e n c i ó n a l o s
d o c u m e n t o s es_critos _a l o s t e s t i m o n i o s v o l u n t a r i o s ( d e c r e t o s , c a r t a s , infor-
J
m e s , etc.), mientras q u e los d o c u m e n t o s n o escritos, los testimonios invo-
l u n t a r i o s (vestigios a r q u e o l ó g i c o s , s e r i e s e s t a d í s t i c a s , e t c . ) , i n f o r m a n i g u a l -
m e n t e a c e r c a d e l a s a c t i v i d a d e s h u m a n a s . 2) L a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e p o n e
el a c e n t o e n e l a c o n t e c i m i e n t o , e l h e c h o singular, q u e s u c e d e e n u n t i e m p o
corto (por ejemplo el cómBaíe de F o n t e n o y ) , mientras q u e es m á s intere-
s a n t e c o n o c e r la v i d a d e l a s s o c i e d a d e s , q u e s e r e v e l a e n l o s h e c h o s o r d i -
narios, repetidos, q u e se desarrollan e n u n período de tiempo largo (por
e j e m p l o el c u l t i v o d e l t r i g o ) . 3 ) L a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e p j i v j l ^ i a j j 3 s , h e :
c h o s p o l í t i c o s , d i p l o m á t i c o s y. militares ( a s í el a s e s i n a t o d e E n r i q u e I V , la
paz de Westfalia o la batalla d e Austerlitz) y menosprecia, e r r ó n e a m e n t e ,
l o s h e c h o s e c o n ó m i c o s , _ s o c i a l e s j y _ c u l t a r a l e s ( c o m o la i n n o v a c i ó n q u e s u -
p u s o e l m o l i n o d e v i e n t o , l o s d e r e c h o s s e ñ o r i a l e s o la r e l i g i o s i d a d j a n s e -
n i s t a ) . 4 ) L a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e , j < l a d e l o s v e n c i d o s de_1870», t i e n e « t e m -
-
blorosas p r u d e n c i a s ! ^ t e t r i e c o m p r o m e t e r s e en u n d e b a t e , r a r a m e n t e se
arriesga a u n a interpretación y r e n u n c i a p o r anticipado a cualquier síntesis.
Sin"émbTrgo7TS^cueIá*dé"los"An«aZe5' n o p l a n t e a la cuestión d e la obje-
tivi<tó3T3slonca; n o p o n e d e r e l i e v e l a d i s c o r d a n c i a , l a i n c o m p a t i b i l i d a d
e n t r e el c o m p r o m i s o d e l a n e u t r a l i d a d científica y l a t o m a d e p o s i c i ó n p o -
lítica d e l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a e s c u e l a m e t ó d i c a .
145
franceses —G. M o n o d , E . Lavisse, C . M l i a n , C h . Seignobos y o t r o s — fue-
:
r o n a c o m p l e t a r " su f o r m a c i ó n e n c e n t r o s d e i n v e s t i g a c i ó n y e n s e ñ a n z a m á s
allá d e l R h i n . C r e y e r o n q u e la v i c t o r i a d e A l e m a n i a s e e x p l i c a b a p o r l a p e r -
fecta o r g a n i z a c i ó n d e sus i n s t i t u c i o n e s m i l i t a r e s , civiles e i n t e l e c t u a l e s , q u e
era conveniente observar para, m á s tarde, imitar estas ejemplares realiza-
c i o n e s a fin d e g a r a n t i z a r l a r e c u p e r a c i ó n d e F r a n c i a . A s í se v i e r o n influi-
d o s p o r los e r u d i t o s a l e m a n e s , los M o m m s e n , S y b e l , T r e i t s c h k e , W a i t z ,
D e l h r ü c k , e t c . , y t o m a r o n c o m o m o d e l o los p r o g r a m a s , los m é t o d o s y las
e s t r u c t u r a s d e l a s u n i v e r s i d a d e s a l e m a n a s . E n 1896, C a m i l l e J u l l i a n a d m i t e
el v a l o r d e l s i s t e m a g e r m á n i c o , a l a v e z q u e c u e s t i o n a la p r e t e n d i d a infe-
rioridad f r a n c e s a : « A l e m a n i a t r i u n f a p o r l a s o l i d a r i d a d y la c o h e s i ó n ( . . . ) ;
siempre c a r e c e r e m o s d e este espíritu d e disciplina q u e ellos t i e n e n (...). N o
o b s t a n t e , e n A l e m a n i a l a h i s t o r i a s e d e s m o r o n a y d i s p e r s a ( . . . ) , n o e s su-
perior a la historia francesa.» Asistimos a u n curioso f e n ó m e n o e n m a t e r i a
d e difusión d e i d e a s . L a e s c u e l a f r a n c e s a t o m a d e l a e s c u e l a a l e m a n a l i n a
d o c t r i n a científica q u e o r i g i n a u n a p r á c t i c a h i s t ó r i c a , s i n a t r e v e r s e a s e ñ a -
lar sus o r í g e n e s , y a v e c e s n i s i q u i e r a a e n u n c i a r s u s p r i n c i p i o s , d e b i d o a
u n a reflejo d e « p u d o r n a c i o n a l i s t a » .
P o r t a n t o h a y q u e a c u d i r a la f u e n t e . A m e d i a d o s d e l siglo XIX, l a t e s i s
d e L . v o n R a n k e c u e s t i o n a r o n las filosofías d e l a h i s t o r i a « e s p e c u l a t i v a s ,
s u b j e t i v a s » y « m o r a l i z a n t e s » ; y a v a n z a r o n f ó r m u l a s «científicas», « o b j e t i -
vas» ( o «positivas») q u e i n f l u y e r o n e n d o s o t r e s g e n e r a c i o n e s d e h i s t o r i a -
dores, primero en Alemania, m á s tarde e n Francia. L o s postulados teóri-
cos d e R a n k e s e e n c a d e n a n d e la s i g u i e n t e m a n e r a : 1.' r e g l a ) al h i s t o r i a d o r
n o l e c o r r e s p o n d e « j u z g a r el p a s a d o n i i n s t r u i r a sus c o n t e m p o r á n e o s , s i n o
s i m p l e m e n t e r e n d i r c u e n t a s d e l o q u e p a s ó r e a l m e n t e » ; 2.* r e g l a ) n o h a y
n i n g u n a i n t e r d e p e n d e n c i a e n t r e el s u j e t o c o n o c e d o r — e l h i s t o r i a d o r — y el
objeto del conocimiento — e l hecho histórico—. P o r hipótesis, el historia-
dor escapa a cualquier condicionamiento social; lo q u e le p e r m i t e ser i m -
p a r c i a l e n su p e r c e p c i ó n d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s ; 3." r e g l a ) l a h i s t o r i a — c o n -
j u n t o d e res gestae— e x i s t e e n sí m i s m a , o b j e t i v a m e n t e ; i n c l u s o t i e n e u n a
forma d a d a , u n a estructura definida, q u e es d i r e c t a m e n t e accesible al co-
n o c i m i e n t o ; 4.* r e g l a ) l a r e l a c i ó n c o g n o s c i t i v a s e a d a p t a a u n m o d e l o m e -
canicista. E l h i s t o r i a d o r r e g i s t r a el h e c h o h i s t ó r i c o , d e m a n e r a p a s i v a , c o m o
el e s p e j o r e f l e j a la i m a g e n d e u n o b j e t o , c o m o el a p a r a t o f o t o g r á f i c o fija
a
el a s p e c t o d e u n a e s c e n a o d e u n p a i s a j e ; 5 . r e g l a ) l a t a r e a d e l h i s t o r i a d o r
c o n s i s t e e n r e u n i r u n n ú m e r o suficiente d e h e c h o s , a p o y a d o s e n d o c u m e n -
t o s s e g u r o s ; a p a r t i r d e e s t o s h e c h o s , el p r o p i o r e l a t o h i s t ó r i c o s e o r g a n i z a
y s e d e j a i n t e r p r e t a r . T o d a r e f l e x i ó n t e ó r i c a es i n ú t i l , i n c l u s o p e r j u d i c i a l ,
p o r q u e introduce u n e l e m e n t o d e especulación. Según R a n k e , la ciencia p o -
sitiva p u e d e a l c a n z a r la o b j e t i v i d a d y c o n o c e r la v e r d a d d e la h i s t o r i a .
L a e s c u e l a m e t ó d i c a , q u e aplicó al p i e d e l a l e t r a e l p r o g r a m a d e R a n -
k e , h i z o p r o g r e s a r v e r d a d e r a m e n t e la h i s t o r i o g r a f í a e n F r a n c i a . N o o b s t a n -
t e , al e x a m i n a r su o b r a n o p o d e m o s e v i t a r u n a s e n s a c i ó n d e m a l e s t a r . Y a
q u e la c o n t r a d i c c i ó n es e v i d e n t e e n t r e l o s p r i n c i p i o s d e c l a r a d o s y l a s r e a l i -
z a c i o n e s efectivas. E n 1 8 7 6 , G . M o n o d p r o c l a m a su n e u t r a l i d a d : « E l p u n -
t o d e vista e s t r i c t a m e n t e científico e n el q u e n o s s i t u a m o s b a s t a r á p a r a d a r
a n u e s t r a o b r a la u n i d a d d e t o n o y d e c a r á c t e r ( . . . ) . N o p r o f e s a r e m o s n i n -
gún credo dogmático; n o n o s p o n d r e m o s a las órdenes de ningún partido
(...).» E n 1898, C h . V . Langlois y C h . Seignobos descartan cualquier es-
144
peculación «acerca d e la causa p r i m e r a y las causas finales», cualquier r e -
flexión s o b r e l a n a t u r a l e z a d e l a s s o c i e d a d e s ; y c o n s i d e r a n , c o n u n a c i e r t a
candidez, q u e la «historia se constituirá (...) c u a n d o t o d o s los d o c u m e n t o s
h a y a n sido d e s c u b i e r t o s , p u r i f i c a d o s y o r d e n a d o s » . A h o r a b i e n , a l m i s m o
t i e m p o , La Revue historique t o m a posición e n favor d e los g o b i e r n o s o p o r -
tunistas; se enfrenta c o n la Iglesia católica, m o n á r q u i c a y u l t r a m o n t a n a ; d e -
fiende la e s c u e l a l a i c a , g r a t u i t a y o b l i g a t o r i a . E . L a v i s s e , a t r a v é s d e s u m o -
n u m e n t a l Histoire de France, c r e a el m i t o d e u n e s t a d o - n a c i ó n , q u e s u r g e
en el p e r í o d o i n t e r m e d i o e n t r e los galos y los merovingios, se consolidan
g r a c i a s a las m e d i d a s a d m i n i s t r a t i v a s y a l a s c o n q u i s t a s m i l i t a r e s d e l o s C a -
petos, y alcanza u n a estructura ideal: la República democrática, m o d e r a d a
y centralizadora. L ^ m a n u a l e s ^ e s c o l a r e s sobre t o d o , directamente inspira-
d o s p o r l o s n o t a b l e s u n i v e r s i t a r i o s , n o j l u d a n e n h a c e r el e l o g i o d e l a
T e r c e r a R e p ú b l i c a , p a r a a m p l i a r e n el p o r v e n i r s u c l i e n t e l a e l e c t o r a l , r e -
f o r z a n d o p o r t a n t o su b a s e s o c i a l . C e l e b r a n d o el . c u l t o a ios. h é r o e s n a c i o -
n a l e s , e x c i t a n p e r m a n e n t e m e n t e e l s e n t i m i e n t o p a t r i ó t i c o p a r a p r e p a r a r la
v e n g a n z a d e la n u e v a g e n e r a c i ó n contra el e n e m i g o h e r e d i t a r i o , e l b á r b a r o ,
germánico. Y , c o n el subterfugio d e u n a misión civilizadora, justifican la
expansión colonial d e Francia. E n estas condiciones, la ciencia histórica,
q u e p r e t e n d e la Imparcialidad, la objetividad, d e m u e s t r a q u e es u n discur-
so ideológico q u e sirve a los intereses d e u n r é g i m e n político o manifiesta
las a s p i r a c i o n e s d e u n a c o m u n i d a d n a c i o n a l .
L a escuela metódica, con fundamentos p o c o estables y graves.contra-
dictiones,,noJaiíl57en s e r a t a c a d a p o r t o d a s p a r t e s . D e s d e l o s a ñ o s 1 9 2 0
e n La Revue de Synthése, m á s t a r d e , d u r a n t e l o s a ñ o s 1 9 3 0 , e n Les Aúna-
les, L . F e b v r e , M . B l o c h y s u s a m i g o s a t a c a r o n a l o s h e r e d e r o s d e E . L a -
visse, a C h . Seignobos, L . H a p h e n , P h . S a g n a c y otros q u e e n t o n c e s ocu-
p a b a n i m p o r t a n t e s f u n c i o n e s e n l a s u n i v e r s i d a d e s . E l g r u p o d e l o s Aúnales
dirige a la historia tradicional — l l a m a d a p o r aquél «historizante»— cuatro
reproches"principales: 1) L a histoná''histórIzáifé'sólo p r e s t a ' a t e n c i ó n a l o s
d o c u m e n t o s es_critos _a l o s t e s t i m o n i o s v o l u n t a r i o s ( d e c r e t o s , c a r t a s , infor-
J
m e s , etc.), mientras q u e los d o c u m e n t o s n o escritos, los testimonios invo-
l u n t a r i o s (vestigios a r q u e o l ó g i c o s , s e r i e s e s t a d í s t i c a s , e t c . ) , i n f o r m a n i g u a l -
m e n t e a c e r c a d e l a s a c t i v i d a d e s h u m a n a s . 2) L a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e p o n e
el a c e n t o e n e l a c o n t e c i m i e n t o , e l h e c h o singular, q u e s u c e d e e n u n t i e m p o
corto (por ejemplo el cómBaíe de F o n t e n o y ) , mientras q u e es m á s intere-
s a n t e c o n o c e r la v i d a d e l a s s o c i e d a d e s , q u e s e r e v e l a e n l o s h e c h o s o r d i -
narios, repetidos, q u e se desarrollan e n u n período de tiempo largo (por
e j e m p l o el c u l t i v o d e l t r i g o ) . 3 ) L a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e p j i v j l ^ i a j j 3 s , h e :
c h o s p o l í t i c o s , d i p l o m á t i c o s y. militares ( a s í el a s e s i n a t o d e E n r i q u e I V , la
paz de Westfalia o la batalla d e Austerlitz) y menosprecia, e r r ó n e a m e n t e ,
l o s h e c h o s e c o n ó m i c o s , _ s o c i a l e s j y _ c u l t a r a l e s ( c o m o la i n n o v a c i ó n q u e s u -
p u s o e l m o l i n o d e v i e n t o , l o s d e r e c h o s s e ñ o r i a l e s o la r e l i g i o s i d a d j a n s e -
n i s t a ) . 4 ) L a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e , j < l a d e l o s v e n c i d o s de_1870», t i e n e « t e m -
-
blorosas p r u d e n c i a s ! ^ t e t r i e c o m p r o m e t e r s e en u n d e b a t e , r a r a m e n t e se
arriesga a u n a interpretación y r e n u n c i a p o r anticipado a cualquier síntesis.
Sin"émbTrgo7TS^cueIá*dé"los"An«aZe5' n o p l a n t e a la cuestión d e la obje-
tivi<tó3T3slonca; n o p o n e d e r e l i e v e l a d i s c o r d a n c i a , l a i n c o m p a t i b i l i d a d
e n t r e el c o m p r o m i s o d e l a n e u t r a l i d a d científica y l a t o m a d e p o s i c i ó n p o -
lítica d e l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a e s c u e l a m e t ó d i c a .
145
 E l p e n s a m i e n t o « r e l a t i v i s t a » o « p r e s e n t i s t a » q u e se e x p r e s a e s p e c i a l -
m e n t e e n G r a n B r e t a ñ a y e n E s t a d o s U n i d o s e n los a ñ o s 1930-1940, r e a l i -
z a u n a crítica m á s r a d i c a l d e l a h i s t o r i o g r a f í a « p o s i t i v i s t a » , al p o n e r e n d u d a
los p r e s u p u e s t o s teóricos d e R a n k e . C h . B e a r d considera q u e la p r e t e n s i ó n
científica t r a d u c e u n a e l e c c i ó n i d e o l ó g i c a : « ¿ E n q u é se h a c o n v e r t i d o e s t e
h i s t o r i c i s m o q u e p e r m i t í a al h i s t o r i a d o r i m a g i n a r s e q u e se p u e d e c o n o c e r
la h i s t o r i a t a l c o m o se h a d e s a r r o l l a d o r e a l m e n t e ? E s t a filosofía — p o r q u e
e s t a c o r r i e n t e es u n a filosofía, a u n q u e n e g a s e la filosofía— h a e x p e r i m e n -
t a d o u n f r a c a s o » (The American Historical Review, 1937, vol. L X I I I ,
n ú m . 3 , p , 8 1 ) . L a t e n d e n c i a r e l a t i v i s t a c o n s i d e r a e n t e r a m e n t e falsa l a t e o -
r í a p o s i t i v i s t a d e l c o n o c i m i e n t o s e g ú n la c u a l el s u j e t o r e e n v í a s i m p l e m e n t e
la i m a g e n d e l o b j e t o ; h a c e v a l e r q u e , e n s u t r a b a j o , el h i s t o r i a d o r s i e m p r e
tiene u n a actitud activa constructiva, j a m á s pasiva. C h . O m á n afirma: « L a
h i s t o r i a n o es. u n a s u n t o p u r a m e n t e o b j e t i v o ; es l a m a n e r a c o n la q u e el
historiador capta y p o n e en relación t o d a u n a serie de acontecimientos»
(On the Writing of History, 1939, p . 7 ) . R . G . C o l l i n g w o o d c r e e t a m b i é n
q u e el h i s t o r i a d o r s e l e c c i o n a d e l i b e r a d a m e n t e e n la m a s a d e l o s h e c h o s h i s -
t ó r i c o s ; y q u e , n e c e s a r i a m e n t e , se v e i m p e l i d o a d e s c r i b i r el p a s a d o e n fun-
c i ó n d e l p r e s e n t e : « E l p e n s a m i e n t o h i s t ó r i c o es u n a a c t i v i d a d d e la i m a g i -
n a c i ó n ( . . . ) . S e t i e n d e a r e c o n s t i t u i r el p a s a d o e n r e l a c i ó n al p r e s e n t e ( . . . ) .
E n h i s t o r i a , n i n g ú n c o n o c i m i e n t o a d q u i r i d o es d e f i n i t i v o . U n t e s t i m o n i o ,
v á l i d o e n u n m o m e n t o d a d o , c e s a d e s e r l o d e s d e el m o m e n t o e n q u e se m o -
difican l o s m é t o d o s y e n c u a n t o q u e c a m b i a l a f o r m a c i ó n d e l o s h i s t o r i a -
d o r e s » (The Idea of History, 1946, p p . 2 4 7 - 2 4 8 ) . C . B e c k e r l l e v a h a s t a el
l í m i t e l a l ó g i c a d e l p r e s e n t i s m o : « C a d a siglo r e i n t e r p r e t a el p a s a d o p a r a
q u e é s t e s i r v a a sus p r o p i o s fines ( . . . ) . E l p a s a d o es u n a e s p e c i e d e p a n t a l l a
s o b r e l a q u e c a d a g e n e r a c i ó n p r o y e c t a su p r o p i a v i s i ó n d e l p o r v e n i r ; y m i e n -
t r a s v i v a l a e s p e r a n z a e n el c o r a z ó n d e l o s h o m b r e s , las « h i s t o r i a s n u e v a s »
se s u c e d e r á n (Everyman his own Historian, 1935, p p . 169-170). U n relati-
vismo d e este tipo condujo a d u d a r d e la posibilidad d e fundar u n a ciencia
d e la historia.
E l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o es u n fiel r e f l e j o d e l « p o s i t i v i s m o » , s e g u r o d e
a l c a n z a r l a o b j e t i v i d a d , y d e l « p r e s e n t i s m o » , p r e o c u p a d o p o r m o s t r a r el p a -
p e l d e l a s u b j e t i v i d a d . D e s d e 1 8 4 6 , K a r l M a r x s e i n t e r r o g a , e n los m a n u s -
c r i t o s d e La ideología alemana, acerca del proceso del conocimiento; con
este propósito, p o n e en evidencia dos mecanismos fundamentales. P o r u n a
p a r t e , el i n d i v i d u o q u e t o m a c o n c i e n c i a e s t á s o c i a l m e n t e d e t e r m i n a d o : « L o s
h o m b r e s son los p r o d u c t o r e s d e sus r e p r e s e n t a c i o n e s , d e sus ideas (...),
p e r o los h o m b r e s reales, a c t u a n t e s , están c o n d i c i o n a d o s p o r u n d e t e r m i n a -
d o d e s a r r o l l o d e sus f u e r z a s p r o d u c t i v a s y p o r las r e l a c i o n e s q u e le c o r r e s -
p o n d e n » . P o r o t r a p a r t e , el c o n o c i m i e n t o es u n a a c t i v i d a d n o a b s t r a c t a s i n o
c o n c r e t a ; e s t á r e l a c i o n a d a c o n la « p r a x i s » : « H a s t a a q u í , el p r i n c i p a l d e f e c -
t o d e t o d o s l o s filósofos (...) es q u e , p a r a e l l o s , la r e a l i d a d , el m u n d o s e n -
sible, sólo son captados en f o r m a d e o b j e t o o d e intuición, p e r o n o e n tan-
t o q u e la actividad h u m a n a concreta, n o en t a n t o q u e práctica» (Tesis
sobre Feuerbach). P o r t a n t o , el s u j e t o c o n o c e d o r n o s a b r í a s e r e s p o n t á n e a -
m e n t e imparcial, ya q u e p e r t e n e c e a u n g r u p o profesional, a u n a clase
s o c i a l , a u n a c o m u n i d a d n a c i o n a l d e la q u e p u e d e , c o n s c i e n t e o i n c o n s c i e n -
t e m e n t e , e x p r e s a r sus o p i n i o n e s , d e f e n d e r sus i n t e r e s e s . L o c u a l , p o r e j e m -
p l o , e x p l i c a q u e las p o s i c i o n e s i d e o l ó g i c a s d e los h i s t o r i a d o r e s d e la e s c u e -
146
l a m e t ó d i c a r e f l e j e n , c o n f i r m e n , s o s t e n g a n las o r i e n t a c i o n e s p o l í t i c a s d e l o s
ambientes burgueses, republicanos y liberales. A diferencia de los presen-
t i s t a s , q u e se c o n t e n t a n c o n l a r e c o n s t i t u c i ó n d e l p a s a d o s u b j e t i v o y t e m -
p o r a l , los m a r x i s t a s e s p e r a n a l c a n z a r u n a c o m p r e h e n s i ó n científica y o b j e -
tiva d e la e v o l u c i ó n d e las s o c i e d a d e s h u m a n a s , t e n i e n d o e n c u e n t a las
d e t e r m i n a c i o n e s s o c i a l e s d e l c o n o c i m i e n t o , u t i l i z a n d o los c o n c e p t o s d e m a -
t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , y s i t u á n d o s e « d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e clase d e l p r o -
letariado».
DOCUMENTO
G. M o n o d : Los principios d e « L a R e v u e historique»
P r e t e n d e m o s m a n t e n e r n o s i n d e p e n d i e n t e s d e cualquier o p i n i ó n políti-
c a y r e l i g i o s a , y l a lista d e h o m b r e s e m i n e n t e s q u e h a n q u e r i d o o t o r g a r s u
p a t r o n a z g o a l a Revue d e m u e s t r a q u e ellos c r e e n q u e e s t e p r o g r a m a es r e a -
lizable.
E s t á n l e j o s d e p r o f e s a r t o d o s las m i s m a s d o c t r i n a s en p o l í t i c a y e n r e -
l i g i ó n , p e r o c r e e n , c o n n o s o t r o s , q u e l a h i s t o r i a p u e d e s e r e s t u d i a d a e n sí
m i s m a , y sin p r e o c u p a r s e d e las c o n c l u s i o n e s q u e se p u e d e n s a c a r e n f a v o r
o e n c o n t r a d e t a l o c u a l c r e e n c i a . S i n d u d a , las o p i n i o n e s p a r t i c u l a r e s s i e m -
p r e i n f l u y e n e n c i e r t a m e d i d a s o b r e l a m a n e r a c o n q u e se e s t u d i a n , se v e n
y se juzgan los h e c h o s y los h o m b r e s . P e r o d e b e m o s esforzarnos p o r sepa-
rar estas causas d e p r e v e n c i ó n y d e e r r o r , p a r a n o juzgar los acontecimien-
t o s y los p e r s o n a j e s m á s q u e e n sí m i s m o s . A d m i t i r e m o s n o o b s t a n t e o p i -
n i o n e s y a p r e c i a c i o n e s d i v e r g e n t e s , a c o n d i c i ó n d e q u e se a p o y e n s o b r e
p r u e b a s seriamente discutidas y sobre hechos, n o sobre m e r a s afirmacio-
n e s . N u e s t r a Revue s e r á u n a p u b l i c a c i ó n d e c i e n c i a p o s i t i v a y l i b r e discu-
s i ó n , p e r o s e e n c e r r a r á e n el d o m i n i o d e l o s h e c h o s y se m a n t e n d r á c e r r a -
d a a las t e o r í a s p o l í t i c a s o filosóficas.
Por tanto, no enarbolamos ninguna bandera, no profesamos ningún cre-
d o d o g m á t i c o ; n o n o s p o n e m o s a las ó r d e n e s d e n i n g ú n p a r t i d o ; l o q u e n o
q u i e r e d e c i r q u e n u e s t r a Revue v a y a a ser u n a « B a b e l » e n la q u e s e m a n i -
fiesten t o d a s las o p i n i o n e s . E l p u n t o d e v i s t a e s t r i c t a m e n t e científico e n el
q u e nos situamos bastará p a r a dar a nuestra publicación u n i d a d d e tono y
d e carácter. T o d o s los q u e a c e p t a n este p u n t o d e vista m u e s t r a n u n m i s m o
s e n t i m i e n t o c o n r e s p e c t o al p a s a d o : u n a s i m p a t í a r e s p e t u o s a , p e r o i n d e -
p e n d i e n t e . E n e f e c t o , el h i s t o r i a d o r n o p u e d e c o m p r e n d e r el p a s a d o sin
u n a c i e r t a s i m p a t í a , sin o l v i d a r sus p r o p i o s s e n t i m i e n t o s , s u s p r o p i a s i d e a s ,
p a r a a p r o p i a r s e p o r u n i n s t a n t e d e las d e l o s h o m b r e s d e a n t a ñ o , sin j u z g a r
l o s h e c h o s e n el m i e d o e n el q u e se h a n p r o d u c i d o . A l m i s m o t i e m p o , el
h i s t o r i a d o r a b o r d a e s t e p a s a d o c o n u n s e n t i m i e n t o d e r e s p e t o , y a q u e sien-
te m e j o r q u e n a d i e los mil vínculos q u e n o s u n e n a n u e s t r o s a n t e p a s a d o s ;
sabe q u e n u e s t r a vida está f o r m a d a d e la suya, n u e s t r a s virtudes y n u e s t r o s
vicios d e s u s b u e n a s y m a l a s a c c i o n e s , d e t o d a s l a s c u a l e s s o m o s s o l i d a r i o s .
H a y a l g o d e filial e n el r e s p e t o c o n el q u e el h i s t o r i a d o r i n t e n t a p e n e t r a r
e n su a l m a , s e c o n s i d e r a c o m o el d e p o s i t a r i o d e las t r a d i c i o n e s d e s u p u e -
b l o y d e las d e l a h u m a n i d a d .
Ál m i s m o t i e m p o , el h i s t o r i a d o r c o n s e r v a s u p e r f e c t a i n d e p e n d e n c i a d e
147
 E l p e n s a m i e n t o « r e l a t i v i s t a » o « p r e s e n t i s t a » q u e se e x p r e s a e s p e c i a l -
m e n t e e n G r a n B r e t a ñ a y e n E s t a d o s U n i d o s e n los a ñ o s 1930-1940, r e a l i -
z a u n a crítica m á s r a d i c a l d e l a h i s t o r i o g r a f í a « p o s i t i v i s t a » , al p o n e r e n d u d a
los p r e s u p u e s t o s teóricos d e R a n k e . C h . B e a r d considera q u e la p r e t e n s i ó n
científica t r a d u c e u n a e l e c c i ó n i d e o l ó g i c a : « ¿ E n q u é se h a c o n v e r t i d o e s t e
h i s t o r i c i s m o q u e p e r m i t í a al h i s t o r i a d o r i m a g i n a r s e q u e se p u e d e c o n o c e r
la h i s t o r i a t a l c o m o se h a d e s a r r o l l a d o r e a l m e n t e ? E s t a filosofía — p o r q u e
e s t a c o r r i e n t e es u n a filosofía, a u n q u e n e g a s e la filosofía— h a e x p e r i m e n -
t a d o u n f r a c a s o » (The American Historical Review, 1937, vol. L X I I I ,
n ú m . 3 , p , 8 1 ) . L a t e n d e n c i a r e l a t i v i s t a c o n s i d e r a e n t e r a m e n t e falsa l a t e o -
r í a p o s i t i v i s t a d e l c o n o c i m i e n t o s e g ú n la c u a l el s u j e t o r e e n v í a s i m p l e m e n t e
la i m a g e n d e l o b j e t o ; h a c e v a l e r q u e , e n s u t r a b a j o , el h i s t o r i a d o r s i e m p r e
tiene u n a actitud activa constructiva, j a m á s pasiva. C h . O m á n afirma: « L a
h i s t o r i a n o es. u n a s u n t o p u r a m e n t e o b j e t i v o ; es l a m a n e r a c o n la q u e el
historiador capta y p o n e en relación t o d a u n a serie de acontecimientos»
(On the Writing of History, 1939, p . 7 ) . R . G . C o l l i n g w o o d c r e e t a m b i é n
q u e el h i s t o r i a d o r s e l e c c i o n a d e l i b e r a d a m e n t e e n la m a s a d e l o s h e c h o s h i s -
t ó r i c o s ; y q u e , n e c e s a r i a m e n t e , se v e i m p e l i d o a d e s c r i b i r el p a s a d o e n fun-
c i ó n d e l p r e s e n t e : « E l p e n s a m i e n t o h i s t ó r i c o es u n a a c t i v i d a d d e la i m a g i -
n a c i ó n ( . . . ) . S e t i e n d e a r e c o n s t i t u i r el p a s a d o e n r e l a c i ó n al p r e s e n t e ( . . . ) .
E n h i s t o r i a , n i n g ú n c o n o c i m i e n t o a d q u i r i d o es d e f i n i t i v o . U n t e s t i m o n i o ,
v á l i d o e n u n m o m e n t o d a d o , c e s a d e s e r l o d e s d e el m o m e n t o e n q u e se m o -
difican l o s m é t o d o s y e n c u a n t o q u e c a m b i a l a f o r m a c i ó n d e l o s h i s t o r i a -
d o r e s » (The Idea of History, 1946, p p . 2 4 7 - 2 4 8 ) . C . B e c k e r l l e v a h a s t a el
l í m i t e l a l ó g i c a d e l p r e s e n t i s m o : « C a d a siglo r e i n t e r p r e t a el p a s a d o p a r a
q u e é s t e s i r v a a sus p r o p i o s fines ( . . . ) . E l p a s a d o es u n a e s p e c i e d e p a n t a l l a
s o b r e l a q u e c a d a g e n e r a c i ó n p r o y e c t a su p r o p i a v i s i ó n d e l p o r v e n i r ; y m i e n -
t r a s v i v a l a e s p e r a n z a e n el c o r a z ó n d e l o s h o m b r e s , las « h i s t o r i a s n u e v a s »
se s u c e d e r á n (Everyman his own Historian, 1935, p p . 169-170). U n relati-
vismo d e este tipo condujo a d u d a r d e la posibilidad d e fundar u n a ciencia
d e la historia.
E l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o es u n fiel r e f l e j o d e l « p o s i t i v i s m o » , s e g u r o d e
a l c a n z a r l a o b j e t i v i d a d , y d e l « p r e s e n t i s m o » , p r e o c u p a d o p o r m o s t r a r el p a -
p e l d e l a s u b j e t i v i d a d . D e s d e 1 8 4 6 , K a r l M a r x s e i n t e r r o g a , e n los m a n u s -
c r i t o s d e La ideología alemana, acerca del proceso del conocimiento; con
este propósito, p o n e en evidencia dos mecanismos fundamentales. P o r u n a
p a r t e , el i n d i v i d u o q u e t o m a c o n c i e n c i a e s t á s o c i a l m e n t e d e t e r m i n a d o : « L o s
h o m b r e s son los p r o d u c t o r e s d e sus r e p r e s e n t a c i o n e s , d e sus ideas (...),
p e r o los h o m b r e s reales, a c t u a n t e s , están c o n d i c i o n a d o s p o r u n d e t e r m i n a -
d o d e s a r r o l l o d e sus f u e r z a s p r o d u c t i v a s y p o r las r e l a c i o n e s q u e le c o r r e s -
p o n d e n » . P o r o t r a p a r t e , el c o n o c i m i e n t o es u n a a c t i v i d a d n o a b s t r a c t a s i n o
c o n c r e t a ; e s t á r e l a c i o n a d a c o n la « p r a x i s » : « H a s t a a q u í , el p r i n c i p a l d e f e c -
t o d e t o d o s l o s filósofos (...) es q u e , p a r a e l l o s , la r e a l i d a d , el m u n d o s e n -
sible, sólo son captados en f o r m a d e o b j e t o o d e intuición, p e r o n o e n tan-
t o q u e la actividad h u m a n a concreta, n o en t a n t o q u e práctica» (Tesis
sobre Feuerbach). P o r t a n t o , el s u j e t o c o n o c e d o r n o s a b r í a s e r e s p o n t á n e a -
m e n t e imparcial, ya q u e p e r t e n e c e a u n g r u p o profesional, a u n a clase
s o c i a l , a u n a c o m u n i d a d n a c i o n a l d e la q u e p u e d e , c o n s c i e n t e o i n c o n s c i e n -
t e m e n t e , e x p r e s a r sus o p i n i o n e s , d e f e n d e r sus i n t e r e s e s . L o c u a l , p o r e j e m -
p l o , e x p l i c a q u e las p o s i c i o n e s i d e o l ó g i c a s d e los h i s t o r i a d o r e s d e la e s c u e -
146
l a m e t ó d i c a r e f l e j e n , c o n f i r m e n , s o s t e n g a n las o r i e n t a c i o n e s p o l í t i c a s d e l o s
ambientes burgueses, republicanos y liberales. A diferencia de los presen-
t i s t a s , q u e se c o n t e n t a n c o n l a r e c o n s t i t u c i ó n d e l p a s a d o s u b j e t i v o y t e m -
p o r a l , los m a r x i s t a s e s p e r a n a l c a n z a r u n a c o m p r e h e n s i ó n científica y o b j e -
tiva d e la e v o l u c i ó n d e las s o c i e d a d e s h u m a n a s , t e n i e n d o e n c u e n t a las
d e t e r m i n a c i o n e s s o c i a l e s d e l c o n o c i m i e n t o , u t i l i z a n d o los c o n c e p t o s d e m a -
t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , y s i t u á n d o s e « d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e clase d e l p r o -
letariado».
DOCUMENTO
G. M o n o d : Los principios d e « L a R e v u e historique»
P r e t e n d e m o s m a n t e n e r n o s i n d e p e n d i e n t e s d e cualquier o p i n i ó n políti-
c a y r e l i g i o s a , y l a lista d e h o m b r e s e m i n e n t e s q u e h a n q u e r i d o o t o r g a r s u
p a t r o n a z g o a l a Revue d e m u e s t r a q u e ellos c r e e n q u e e s t e p r o g r a m a es r e a -
lizable.
E s t á n l e j o s d e p r o f e s a r t o d o s las m i s m a s d o c t r i n a s en p o l í t i c a y e n r e -
l i g i ó n , p e r o c r e e n , c o n n o s o t r o s , q u e l a h i s t o r i a p u e d e s e r e s t u d i a d a e n sí
m i s m a , y sin p r e o c u p a r s e d e las c o n c l u s i o n e s q u e se p u e d e n s a c a r e n f a v o r
o e n c o n t r a d e t a l o c u a l c r e e n c i a . S i n d u d a , las o p i n i o n e s p a r t i c u l a r e s s i e m -
p r e i n f l u y e n e n c i e r t a m e d i d a s o b r e l a m a n e r a c o n q u e se e s t u d i a n , se v e n
y se juzgan los h e c h o s y los h o m b r e s . P e r o d e b e m o s esforzarnos p o r sepa-
rar estas causas d e p r e v e n c i ó n y d e e r r o r , p a r a n o juzgar los acontecimien-
t o s y los p e r s o n a j e s m á s q u e e n sí m i s m o s . A d m i t i r e m o s n o o b s t a n t e o p i -
n i o n e s y a p r e c i a c i o n e s d i v e r g e n t e s , a c o n d i c i ó n d e q u e se a p o y e n s o b r e
p r u e b a s seriamente discutidas y sobre hechos, n o sobre m e r a s afirmacio-
n e s . N u e s t r a Revue s e r á u n a p u b l i c a c i ó n d e c i e n c i a p o s i t i v a y l i b r e discu-
s i ó n , p e r o s e e n c e r r a r á e n el d o m i n i o d e l o s h e c h o s y se m a n t e n d r á c e r r a -
d a a las t e o r í a s p o l í t i c a s o filosóficas.
Por tanto, no enarbolamos ninguna bandera, no profesamos ningún cre-
d o d o g m á t i c o ; n o n o s p o n e m o s a las ó r d e n e s d e n i n g ú n p a r t i d o ; l o q u e n o
q u i e r e d e c i r q u e n u e s t r a Revue v a y a a ser u n a « B a b e l » e n la q u e s e m a n i -
fiesten t o d a s las o p i n i o n e s . E l p u n t o d e v i s t a e s t r i c t a m e n t e científico e n el
q u e nos situamos bastará p a r a dar a nuestra publicación u n i d a d d e tono y
d e carácter. T o d o s los q u e a c e p t a n este p u n t o d e vista m u e s t r a n u n m i s m o
s e n t i m i e n t o c o n r e s p e c t o al p a s a d o : u n a s i m p a t í a r e s p e t u o s a , p e r o i n d e -
p e n d i e n t e . E n e f e c t o , el h i s t o r i a d o r n o p u e d e c o m p r e n d e r el p a s a d o sin
u n a c i e r t a s i m p a t í a , sin o l v i d a r sus p r o p i o s s e n t i m i e n t o s , s u s p r o p i a s i d e a s ,
p a r a a p r o p i a r s e p o r u n i n s t a n t e d e las d e l o s h o m b r e s d e a n t a ñ o , sin j u z g a r
l o s h e c h o s e n el m i e d o e n el q u e se h a n p r o d u c i d o . A l m i s m o t i e m p o , el
h i s t o r i a d o r a b o r d a e s t e p a s a d o c o n u n s e n t i m i e n t o d e r e s p e t o , y a q u e sien-
te m e j o r q u e n a d i e los mil vínculos q u e n o s u n e n a n u e s t r o s a n t e p a s a d o s ;
sabe q u e n u e s t r a vida está f o r m a d a d e la suya, n u e s t r a s virtudes y n u e s t r o s
vicios d e s u s b u e n a s y m a l a s a c c i o n e s , d e t o d a s l a s c u a l e s s o m o s s o l i d a r i o s .
H a y a l g o d e filial e n el r e s p e t o c o n el q u e el h i s t o r i a d o r i n t e n t a p e n e t r a r
e n su a l m a , s e c o n s i d e r a c o m o el d e p o s i t a r i o d e las t r a d i c i o n e s d e s u p u e -
b l o y d e las d e l a h u m a n i d a d .
Ál m i s m o t i e m p o , el h i s t o r i a d o r c o n s e r v a s u p e r f e c t a i n d e p e n d e n c i a d e
147
e s p í r i t u y n o r e n u n c i a a sus d e r e c h o s d e crítico y j u e z . L a s a n t i g u a s t r a d i - CAPÍTULO 9
c i o n e s se c o m p o n e n d e los e l e m e n t o s m á s d i v e r s o s , s o n f r u t o d e u n a s u c e -
sión d e p e r í o d o s d i f e r e n t e s , i n c l u s o d e r e v o l u c i o n e s , las c u a l e s , c a d a u n a
a su t i e m p o , h a n t e n i d o su l e g i t i m i d a d y u t i l i d a d r e l a t i v a s . E l h i s t o r i a d o r
n o s e c o n v i e r t e e n el d e f e n s o r d e u n o s c o n t r a o t r o s ; n o p r e t e n d e b o r r a r a LA ESCUELA D E LOS «ANNALES»
u n o s d e la m e m o r i a d e los h o m b r e s p a r a c o n c e d e r a o t r o s u n l u g a r i n m e -
r e c i d o . Se .esfuerza p o r d e s e n t r a ñ a r sus c a u s a s , d e f i n i r su c a r á c t e r , d e t e r -
m i n a r sus r e s u l t a d o s e n el d e s a r r o l l o g e n e r a l d e l a h i s t o r i a . N o h a c e el p r o -
c e s o d e la m o n a r q u í a e n n o m b r e d e la f e u d a l i d a d , n i el d e l 89 e n n o m b r e
d e la m o n a r q u í a . M u e s t r a l o s v í n c u l o s n e c e s a r i o s q u e r e l a c i o n a n l a R e v o -
l u c i ó n c o n el A n t i g u o R é g i m e n , el A n t i g u o R é g i m e n c o n la E d a d M e d i a ,
y la E d a d M e d i a . c o n la - A n t i g ü e d a d , s u b r a y a n d o sin d u d a las f a l t a s
c o m e t i d a s , y q u e . e s b u e n o c o n o c e r p a r a e v i t a r q u e se r e p i t a n , p e r o r e c o r -
d a n d o s i e m p r e q u e su p a p e l a n t e t o d o c o n s i s t e e n c o m p r e n d e r y e x p l i c a r ,
n o en loar o condenar.
N u e s t r a é p o c a , m á s q u e c u a l q u i e r o t r a , es la a p r o p i a d a p a r a e s t e e s t u -
dio imparcial y simpático del p a s a d o . Las revoluciones q u e h a n estremeci-
d o y t r a s t o r n a d o al m u n d o m o d e r n o h a n h e c h o d e s a p a r e c e r d e las a l m a s C o n t r a el d o m i n i o d e l a « e s c u e l a p o s i t i v a » se e r i g e u n a n u e v a t e n d e n -
l o s r e s p e t o s s u p e r s t i c i o s o s y las c i e g a s v e n e r a c i o n e s , p e r o al m i s m o t i e m p o cia e n l a h i s t o r i o g r a f í a f r a n c e s a , l a c u a l e m p i e z a a e x p r e s a r s e d i s c r e t a m é n -
h a n h e c h o c o m p r e n d e r t o d a la f u e r z a y v i t a l i d a d q u e p i e r d e u n p u e b l o c u a n - t e , e n l a Revue de Sviüiwse e n Sa d é c a d a d e 1920 y . m á s f r a n c a m e n t e , e n
d o r o m p e v i o l e n t a m e n t e c o n el p a s a d o . E s p e c i a l m e n t e , e n lo q u e r e s p e c t a la d é c a d a d e 1930, e n la r e v i s t a Anuales. La nueva corriente menosprecia
a F r a n c i a , los dolorosos acontecimientos, q u e c r e a r o n en nuestra patria p a r - ¡ el a c o n t e c i m i e n t o y - h a c e h i n c a p i é e n los p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n ; d e s -
tidos hostiles, vinculándose c a d a u n o d e ellos a u n a tradición histórica es- ; p l a z a l a a t e n c i ó n d e l a v i d a p o l í t i c a h a c i a la a c t i v i d a d e c o n ó m i c a , l a o r g a -
p e c i a l , y los q u e , m á s r e c i e n t e m e n t e , h a n m u t i l a d o l a i d e n t i d a d n a c i o n a l n i z a c i ó n social y l a p s i c o l o g í a c o l e c t i v a , y t r a t a d e a p r o x i m a r la h i s t o r i a a
l e n t a m e n t e c r e a d a a lo l a r g o d e los siglos, c o n v i e r t e n e n u n d e b e r el d e s - las o t r a s c i e n c i a s h u m a n a s . S u s o r i e n t a c i o n e s g e n e r a l e s s e e x p o n e n e n los
p e r t a r , e n el a l m a d e la n a c i ó n , l a c o n c i e n c i a d e sí m i s m a p o r m e d i o d e l p o l é m i c o s a r t í c u l o s d e L . F e b v r e (Combáis pour l'histoire), e n el m a n i f i e s -
p r o f u n d o c o n o c i m i e n t o d e su h i s t o r i a . S ó l o así p o d r á n c o m p r e n d e r t o d o s t o i n a c a b a d o d e M . B l o c h (Métier d'historien), y se p o n e n e n práctica en
el v í n c u l o l ó g i c o q u e u n e t o d o s l o s p e r í o d o s d e l d e s a r r o l l o d e n u e s t r o p a í s , o b r a s e j e m p l a r e s , c o m o las t e s i s d e F . B r a u d e l (la Méditerranée á l'époque
e i n c l u s o t o d a s sus r e v o l u c i o n e s . A s í , t o d o s se s e n t i r á n r e t o ñ o s d e l m i s m o de Philippe II) y d e P . G o u b e r t (Beauvaix el les Beauvaisis aux XVII' y
s u e l o , h i j o s d e la m i s m a r a z a , sin r e n e g a r d e n i n g u n a p a r t e d e la h e r e n c i a XVIII' siécles) e n t r e o t r o s . D e s p u é s d e l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , la
p a t e r n a , t o d o s h i j o s d e la v i e j a F r a n c i a y, al m i s m o t i e m p o , t o d o s c i u d a - « n u e v a h i s t o r i a » se i m p o n e m e d i a n t e u n a r e v i s t a — L e s Annales ESC—
d a n o s c o n el m i s m o t í t u l o d e l a F r a n c i a m o d e r n a . c u y a n o t o r i e d a d v a a c r e c e n t á n d o s e , m e d i a n t e el i n s t i t u t o d e i n v e s t i g a c i ó n
\ y e n s e ñ a n z a — l a s e x t a s e c c i ó n d e la « E s c u e l a P r á c t i c a d e A l t o s E s t u -
E s así c o m o la h i s t o r i a , sin p r o p o n e r s e o t r o o b j e t i v o n i otro fin que el 's d i o s » — , y g r a c i a s a l a b u e n a r e l a c i ó n c o n las e d i t o r i a l e s y la p r e n s a . E n t r e
provecho que se saca de la verdad, t r a b a j a d e m a n e r a s e c r e t a y s e g u r a p o r ' l o s a ñ o s 1950 y 1960, l o s c o l a b o r a d o r e s d e l o s Annales p r o f u n d i z a n e n la
la g r a n d e z a d e la p a t r i a , al m i s m o t i e m p o q u e p o r el p r o g r e s o d e l g é n e r o g e o g r a f í a h i s t ó r i c a , e n la h i s t o r i a e c o n ó m i c a y e n l a d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a ;
humano. e n l a d é c a d a d e 1970 i n i c i a n el c u l t i v o d e la h i s t o r i a d e las m e n t a l i d a d e s .
D e s p u é s d e m e d i o siglo d e e x p e r i e n c i a s , l a m a y o r p a r t e d e l o s h i s t o r i a d o -
(La Revue historique, en r e p r o d . (1976), del texto original del Manifiesto res de Francia y algunos historiadores extranjeros — d e E u r o p a occidental,
d e 1876; G . M o n o d , «Du progrés des études historiques en France».) E s t a d o s U n i d o s , A m é r i c a l a t i n a — se m u e s t r a n i n f l u e n c i a d o s p o r el e s p í r i -
t u d e los Annales, a pesar de que éste no haya podido vencer completa-
m e n t e la resistencia universitaria.

1. FEBVRE Y LOS «ANNALES»

L u c i e n F e b v r e , n a c i d o e n 1 8 7 8 , a d q u i e r e su f o r m a c i ó n d e h i s t o r i a d o r
e n N a n c y , d e s p u é s e n P a r í s ( e n la E s c u e l a N o r m a l S u p e r i o r y e n l a S o r b o -
n a ) , e n u n a é p o c a e n l a q u e l a « e s c u e l a m e t ó d i c a » e x a l t a la p r e o c u p a c i ó n
p o r el d a t o , p r i v i l e g i a la d i m e n s i ó n p o l í t i c a y p a r e c e f a s c i n a d a p o r el a c o n -

148 149
e s p í r i t u y n o r e n u n c i a a sus d e r e c h o s d e crítico y j u e z . L a s a n t i g u a s t r a d i - CAPÍTULO 9
c i o n e s se c o m p o n e n d e los e l e m e n t o s m á s d i v e r s o s , s o n f r u t o d e u n a s u c e -
sión d e p e r í o d o s d i f e r e n t e s , i n c l u s o d e r e v o l u c i o n e s , las c u a l e s , c a d a u n a
a su t i e m p o , h a n t e n i d o su l e g i t i m i d a d y u t i l i d a d r e l a t i v a s . E l h i s t o r i a d o r
n o s e c o n v i e r t e e n el d e f e n s o r d e u n o s c o n t r a o t r o s ; n o p r e t e n d e b o r r a r a LA ESCUELA D E LOS «ANNALES»
u n o s d e la m e m o r i a d e los h o m b r e s p a r a c o n c e d e r a o t r o s u n l u g a r i n m e -
r e c i d o . Se .esfuerza p o r d e s e n t r a ñ a r sus c a u s a s , d e f i n i r su c a r á c t e r , d e t e r -
m i n a r sus r e s u l t a d o s e n el d e s a r r o l l o g e n e r a l d e l a h i s t o r i a . N o h a c e el p r o -
c e s o d e la m o n a r q u í a e n n o m b r e d e la f e u d a l i d a d , n i el d e l 89 e n n o m b r e
d e la m o n a r q u í a . M u e s t r a l o s v í n c u l o s n e c e s a r i o s q u e r e l a c i o n a n l a R e v o -
l u c i ó n c o n el A n t i g u o R é g i m e n , el A n t i g u o R é g i m e n c o n la E d a d M e d i a ,
y la E d a d M e d i a . c o n la - A n t i g ü e d a d , s u b r a y a n d o sin d u d a las f a l t a s
c o m e t i d a s , y q u e . e s b u e n o c o n o c e r p a r a e v i t a r q u e se r e p i t a n , p e r o r e c o r -
d a n d o s i e m p r e q u e su p a p e l a n t e t o d o c o n s i s t e e n c o m p r e n d e r y e x p l i c a r ,
n o en loar o condenar.
N u e s t r a é p o c a , m á s q u e c u a l q u i e r o t r a , es la a p r o p i a d a p a r a e s t e e s t u -
dio imparcial y simpático del p a s a d o . Las revoluciones q u e h a n estremeci-
d o y t r a s t o r n a d o al m u n d o m o d e r n o h a n h e c h o d e s a p a r e c e r d e las a l m a s C o n t r a el d o m i n i o d e l a « e s c u e l a p o s i t i v a » se e r i g e u n a n u e v a t e n d e n -
l o s r e s p e t o s s u p e r s t i c i o s o s y las c i e g a s v e n e r a c i o n e s , p e r o al m i s m o t i e m p o cia e n l a h i s t o r i o g r a f í a f r a n c e s a , l a c u a l e m p i e z a a e x p r e s a r s e d i s c r e t a m é n -
h a n h e c h o c o m p r e n d e r t o d a la f u e r z a y v i t a l i d a d q u e p i e r d e u n p u e b l o c u a n - t e , e n l a Revue de Sviüiwse e n Sa d é c a d a d e 1920 y . m á s f r a n c a m e n t e , e n
d o r o m p e v i o l e n t a m e n t e c o n el p a s a d o . E s p e c i a l m e n t e , e n lo q u e r e s p e c t a la d é c a d a d e 1930, e n la r e v i s t a Anuales. La nueva corriente menosprecia
a F r a n c i a , los dolorosos acontecimientos, q u e c r e a r o n en nuestra patria p a r - ¡ el a c o n t e c i m i e n t o y - h a c e h i n c a p i é e n los p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n ; d e s -
tidos hostiles, vinculándose c a d a u n o d e ellos a u n a tradición histórica es- ; p l a z a l a a t e n c i ó n d e l a v i d a p o l í t i c a h a c i a la a c t i v i d a d e c o n ó m i c a , l a o r g a -
p e c i a l , y los q u e , m á s r e c i e n t e m e n t e , h a n m u t i l a d o l a i d e n t i d a d n a c i o n a l n i z a c i ó n social y l a p s i c o l o g í a c o l e c t i v a , y t r a t a d e a p r o x i m a r la h i s t o r i a a
l e n t a m e n t e c r e a d a a lo l a r g o d e los siglos, c o n v i e r t e n e n u n d e b e r el d e s - las o t r a s c i e n c i a s h u m a n a s . S u s o r i e n t a c i o n e s g e n e r a l e s s e e x p o n e n e n los
p e r t a r , e n el a l m a d e la n a c i ó n , l a c o n c i e n c i a d e sí m i s m a p o r m e d i o d e l p o l é m i c o s a r t í c u l o s d e L . F e b v r e (Combáis pour l'histoire), e n el m a n i f i e s -
p r o f u n d o c o n o c i m i e n t o d e su h i s t o r i a . S ó l o así p o d r á n c o m p r e n d e r t o d o s t o i n a c a b a d o d e M . B l o c h (Métier d'historien), y se p o n e n e n práctica en
el v í n c u l o l ó g i c o q u e u n e t o d o s l o s p e r í o d o s d e l d e s a r r o l l o d e n u e s t r o p a í s , o b r a s e j e m p l a r e s , c o m o las t e s i s d e F . B r a u d e l (la Méditerranée á l'époque
e i n c l u s o t o d a s sus r e v o l u c i o n e s . A s í , t o d o s se s e n t i r á n r e t o ñ o s d e l m i s m o de Philippe II) y d e P . G o u b e r t (Beauvaix el les Beauvaisis aux XVII' y
s u e l o , h i j o s d e la m i s m a r a z a , sin r e n e g a r d e n i n g u n a p a r t e d e la h e r e n c i a XVIII' siécles) e n t r e o t r o s . D e s p u é s d e l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , la
p a t e r n a , t o d o s h i j o s d e la v i e j a F r a n c i a y, al m i s m o t i e m p o , t o d o s c i u d a - « n u e v a h i s t o r i a » se i m p o n e m e d i a n t e u n a r e v i s t a — L e s Annales ESC—
d a n o s c o n el m i s m o t í t u l o d e l a F r a n c i a m o d e r n a . c u y a n o t o r i e d a d v a a c r e c e n t á n d o s e , m e d i a n t e el i n s t i t u t o d e i n v e s t i g a c i ó n
\ y e n s e ñ a n z a — l a s e x t a s e c c i ó n d e la « E s c u e l a P r á c t i c a d e A l t o s E s t u -
E s así c o m o la h i s t o r i a , sin p r o p o n e r s e o t r o o b j e t i v o n i otro fin que el 's d i o s » — , y g r a c i a s a l a b u e n a r e l a c i ó n c o n las e d i t o r i a l e s y la p r e n s a . E n t r e
provecho que se saca de la verdad, t r a b a j a d e m a n e r a s e c r e t a y s e g u r a p o r ' l o s a ñ o s 1950 y 1960, l o s c o l a b o r a d o r e s d e l o s Annales p r o f u n d i z a n e n la
la g r a n d e z a d e la p a t r i a , al m i s m o t i e m p o q u e p o r el p r o g r e s o d e l g é n e r o g e o g r a f í a h i s t ó r i c a , e n la h i s t o r i a e c o n ó m i c a y e n l a d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a ;
humano. e n l a d é c a d a d e 1970 i n i c i a n el c u l t i v o d e la h i s t o r i a d e las m e n t a l i d a d e s .
D e s p u é s d e m e d i o siglo d e e x p e r i e n c i a s , l a m a y o r p a r t e d e l o s h i s t o r i a d o -
(La Revue historique, en r e p r o d . (1976), del texto original del Manifiesto res de Francia y algunos historiadores extranjeros — d e E u r o p a occidental,
d e 1876; G . M o n o d , «Du progrés des études historiques en France».) E s t a d o s U n i d o s , A m é r i c a l a t i n a — se m u e s t r a n i n f l u e n c i a d o s p o r el e s p í r i -
t u d e los Annales, a pesar de que éste no haya podido vencer completa-
m e n t e la resistencia universitaria.

1. FEBVRE Y LOS «ANNALES»

L u c i e n F e b v r e , n a c i d o e n 1 8 7 8 , a d q u i e r e su f o r m a c i ó n d e h i s t o r i a d o r
e n N a n c y , d e s p u é s e n P a r í s ( e n la E s c u e l a N o r m a l S u p e r i o r y e n l a S o r b o -
n a ) , e n u n a é p o c a e n l a q u e l a « e s c u e l a m e t ó d i c a » e x a l t a la p r e o c u p a c i ó n
p o r el d a t o , p r i v i l e g i a la d i m e n s i ó n p o l í t i c a y p a r e c e f a s c i n a d a p o r el a c o n -

148 149

t e c i m i e n t o . E l j o v e n F e b v r e se v e o b l i g a d o a s o m e t e r s e a las l e y e s d e l g é -
n e r o u n i v e r s i t a r i o e n b o g a : h a c e s u tesis d e d o c t o r a d o s o b r e u n a s u n t o d i -
p l o m á t i c o y m i l i t a r ; p e r o i n t e n t a a m p l i a r s u v i s i ó n al á m b i t o s o c i a l , e n el
m a r c o d e u n a r e g i ó n ; d e a h í s u t í t u l o — « F e l i p e I I y el F r a n c o C o n d a d o » —
y el s u b t í t u l o , « E s t u d i o d e h i s t o r i a p o l í t i c a , r e l i g i o s a y social» ( 1 9 1 1 ) . I n -
m e d i a t a m e n t e d e s p u é s , L . F e b v r e r e d a c t a s u Histoire de la Franche-Comté
.(1912), q u e d e m u e s t r a s u v i n c u l a c i ó n a e s t a p r o v i n c i a . N o m b r a d o p r o f e s o r
d e E s t r a s b u r g o e n 1919 y d e s p u é s , e n 1 9 3 3 , p r o f e s o r d e l C o l e g i o d e F r a n -
cia, p r o s i g u e su o b r a d e e s p e c i a l i s t a d e l siglo XVI, e n la e n s e ñ a n z a y e n la
i n v e s t i g a c i ó n . E n sus p r i c i p a l e s l i b r o s c u l t i v a el g é n e r o t r a d i c i o n a l d e la b i o -
grafía, c o n f r o n t a n d o a sus h é r o e s c o n l a s o c i e d a d d e s u t i e m p o ; se d e s l i z a
d e s d e l a r e f l e x i ó n s o b r e u n p e r s o n a j e i l u s t r e h a c i a l a e x p l o r a c i ó n d e las
m e n t a l i d a d e s c o l e c t i v a s . E s t a m i s m a i n c l i n a c i ó n se v u e l v e a e n c o n t r a r e n
Un destín: Martin Luther ( 1 9 2 8 ) ; Origine et Des périers ou l'enigme du
Cymbalum mundi ( 1 9 4 2 ) ; Le Probléme de l'incroyance au XVI' siécle: la
religión de Rebeláis ( 1 9 4 2 ) ; Autour de l'Heptameron, amour sacre, amour
profane (a p r o p ó s i t o d e M a r g a r i t a d e N a v a r r a ) ( 1 9 4 4 ) . E s t e e s p e c i a l i s t a d e l
siglo x v i d e s p l i e g a t a m b i é n su t a l e n t o e n m u c h o s a r t í c u l o s , c o m o : « G . B u d é
y los o r í g e n e s d e h u m a n i s m o f r a n c é s » (Revue de Synthése, 1907); «La
g u e r r a d e los c a m p e s i n o s e n A l e m a n i a » (Aúnales, 1934); «El capitalismo
d e L i e j a e n el siglo XVI» (Amales, 1949), etc.
M u y p r o n t o , L u d e n F e b v r e s e u n e a l a e m p r e s a d e H e n r i B e r r , el c u a l
es u n o d e l o s p r i m e r o s f ü ó s o f o s e n r e a c c i o n a r c o n t r a l a « e s c u e l a m e t ó d i -
c a » ; s u c o n c e p c i ó n d e la h i s t o r i a — c i e n c i a d e l p r o g r e s o d e la h u m a n i d a d —
es m u y d i s t i n t a d e l p u r o e j e r c i c i o d e l a e r u d i c i ó n . E s l o q u e a n u n c i a t e x -
t u a l m e n t e su tesis: « P o r v e n i r d e la filosofía: e s b o z o d e u n a síntesis d e l o s
c o n o c i m i e n t o s f u n d a m e n t a d a e n l a h i s t o r i a » ( 1 8 9 3 ) . E n 1 9 0 0 , H . B e r r fun-
d a La Revue de Synthése, q u e d i r i g i r á d u r a n t e m e d i o siglo. S u p u b l i c a c i ó n
d e v i e n e u n a e n c r u c i j a d a e n l a q u e s e e n c u e n t r a n E . D u r k h e i m y sus discí-
p u l o s s o c i ó l o g o s ; P . V i d a l d e L a B l a c h e y sus a m i g o s g e ó g r a f o s ; F . S i m i a n d
y otros economistas; H . W a l l o n y o t r o s psicólogos; L . F e b v r e y los histo-
riadores h o s t i l e s a l o s « p o s i t i v i s t a s » . P a r a H . B e r r , la h i s t o r i a , r e s u l t a d o d e
las e x p e r i e n c i a s h u m a n a s , e s t á l l a m a d a a ser l a c i e n c i a d e las c i e n c i a s . P a r a
F . S i m i a n d , l a h i s t o r i a d e b e d i l u i r s e e n c i e n c i a social c o n p r o f u n d i d a d t e m -
p o r a l . L . F e b v r e d u d a e n t r e a m b a s c o n c e p c i o n e s e x t r e m a s y m a n t i e n e la
i d e a d e la u n i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s . E n 1920, H . B e r r e d i t a u n a g r a n
colección: « L a evolución d e la h u m a n i d a d » — c u a r e n t a v o l ú m e n e s publica-
d o s e n el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a s — . L . F e b v r e a p o r t a s u c o n t r i b u c i ó n a la
o b r a c o l e c t i v a , e s p e c i a l m e n t e La terre et l'Évolution humdine e n 1922. L .
F e b v r e i n t e n t a , h a c i e n d o s u y a l a e l e c c i ó n d e V i d a l d e la B í a n c h e , t e n d e r
u n p u e n t e e n t r e la h i s t o r i a y l a g e o g r a f í a . P r e t e n d e , « p o r m e d i o d e la c o m -
p a r a c i ó n y d e l a a b s t r a c c i ó n , d e s t a c a r el p a p e l q u e t i e n e n e n las h i s t o r i a s
humanas determinados factores considerados especialmente como geográ-
ficos: la d i s t a n c i a , el e s p a c i o , la s i t u a c i ó n . . . » ( p . 3 7 ) . E s t e l i b r o , a p e s a r d e -
ser d e m a s i a d o g e n e r a l , q u i z á p r e m a t u r o , i n a u g u r a l a g e o h i s t o r i a , «la v e r -
d a d e r a geografía h u m a n a retrospectiva».
D u r a n t e la d é c a d a - d e 1920 — A l s a c i a - L o r e n a es d e n u e v o f r a n c e s a — ,
la u n i v e r s i d a d d e E s t r a s b u r g o r e ú n e p r o f e s o r e s b r i l l a n t e s e i m a g i n a t i v o s .
E n ella se e n c u e n t r a n y se h a c e n a m i g o s L . F e b v r e y M . B l o c h , los c u a l e s
f o r j a n el p r o y e c t o d e r e n o v a r la h i s t o r i a ; d i a l o g a n c o n el g e ó g r a f o H . B a u -
150
lig, el p s i c ó l o g o C . B l o n d e l , el s o c i ó l o g o G . L e B r a s y o t r o s c o l e g a s a b i e r -
t o s al i n t e r c a m b i o e n t r e l a s d i s c i p l i n a s . H a b i e n d o a l c a n z a d o la e d a d d e l a
m a d u r e z y d i s p o n i e n d o d e l a p o y o d e la E d i t o r i a l A . C o l i n , M . B l o c h y L .
F e v b r e f u n d a n l a r e v i s t a Les Amales d'Histoire économique et sociale e n
1 9 2 9 . E l e d i t o r i a l d e l p r i m e r n ú m e r o p r o c l a m a d o s o b j e t i v o s : 1) a c a b a r c o n
el m o n o p o l i o d e la e s p e c i a l i d a d , p r o m o v e r l a p l u r i d i s c i p l i n a r i e d a d y f a v o -
r e c e r l a u n i ó n d e las c i e n c i a s h u m a n a s ; b ) p a s a r d e l e s t a d i o d e l o s d e b a t e s
t e ó r i c o s (los d e La Revue de Synthése) al e s t a d i o d e las r e a l i z a c i o n e s c o n -
cretas, hacienco hincapié en las e n c u e s t a s colectivas p a r a la historia con-
t e m p o r á n e a . I n t e g r a n el c o m i t é d e r e d a c c i ó n , a d e m á s d e l o s d i r e c t o r e s ,
cuatro historiadores: A . Piganiol, G. Espinas, H . Pirenne y H . Hauser; u n
s o c i ó l o g o : ¡Vi. H a l b w a c h s ; u n p o l i t ó l o g o : A . S i e g f r i e d ; u n g e ó g r a f o : A . D e -
m a n g e o n . A partir d e l m o m e n t o e n q u e son designados profesores L . F e b v r e ,
e n 1 9 3 3 , e n el C o l e g i o d e F r a n c i a , y M . B l o c h , e n 1 9 3 6 , e n l a S o r b o n a , la
r e v i s t a Les Annales s e t r a s l a d a d e E s t r a s b u r g o a P a r í s , a u m e n t a el n ú m e r o
d e sus l e c t o r e s , a t a c a d u r a m e n t e a l o s h i s t o r i a d o r e s t r a d i c i o n a l e s y d e s p i e r -
t a v o c a c i o n e s e n t r e l o s j ó v e n e s i n v e s t i g a d o r e s . Sin e m b a r g o , e n t r e 1939 y
1 9 4 4 , d e b i d o a la g u e r r a y a l a o c u p a c i ó n , l a r e v i s t a a t r a v i e s a d i f i c u l t a d e s
a d m i n i s t r a t i v a s y p i e r d e a m u c h o s d e sus a n i m a d o r e s ( e n p a r t i c u l a r a M .
B l o c h ) . T r a s l a l i b e r a c i ó n , s e i m p o n e el c a m b i o . A p a r t i r d e 1 9 4 6 , L . F e b v -
r e c o n s e r v a , él s o l o , l a d i r e c c i ó n ; s e r o d e a d e u n e q u i p o n u e v o — F . B r a u -
d e l , G . F r i e d m a n n , C h . M o r a z é y P . L e u i l l o t — , a d o p t a o t r o t í t u l o : Anna-
les. Economies, Sociétés, Civilisations, y d i r i g e l a o r i e n t a c i ó n d e la h i s t o r i a
e c o n ó m i c a y social h a c i a l a h i s t o r i a d e las m e n t a l i d a d e s . E n r e s u m e n , L .
F e b v r e a p a r e c e c o m o el p r i n c i p a l i n s p i r a d o r d e u n a r e v i s t a e n l a q u e h a p u -
blicado 924 artículos, n o t a s , críticas y r e c e n s i o n e s e n t r e ' 1 9 2 9 y 1948.
A t r a v é s d e sus m ú l t i p l e s a r t í c u l o s , a p a r e c i d o s e n La Revue de Synthése
y e n los Annales, L . F e b v r e instruye,,proceso a la «historia historizante».
P o r e j e m p l o , h a r á n l a c r í t i c a d e La Histoire de la Russie (3 v o l . , 1 9 3 2 ) , d e
C h . S e i g n o b o s , C h . E i s e n e m a n n , P . M i l i u k o v y o t r o s c o l a b o r a d o r e s , e n La
Revue de Synthése, n ú m . V I I , 1934. E n p r i m e r lugar, L . F e b v r e criticará
la distribución d e la o b r a : « L a historia d e R u s i a p r o p i a m e n t e dicha comien-
z a e n la p á g i n a 81 c o n el a r t í c u l o d e M i a k o t i n e q u e i n t r o d u c e a las t r i b u s
e s l a v a s e n l a h i s t o r i a d e l a E u r o p a o r i e n t a l , h a c i a el siglo VII. ¡ E n ¡a p á g i -
n a 8 1 , el siglo v i l ; e n la p á g i n a 1 5 0 , y a , I v á n el T e r r i b l e ; en l a p á g i n a 2 6 7 ,
P e d r o el G r a n d e ! R e c a p i t u l e m o s : e n u n a h i s t o r i a d e 1.416 p á g i n a s , e n t r e s
v o l ú m e n e s , s e d e d i c a n 2 0 0 p á g i n a s a d i e z siglos ( x i i - x v n ) , f r e n t e a 1.140
-páginas a d o s siglos y m e d i o ( 1 6 8 2 - 1 9 3 2 ) . » P o d e m o s p r e g u n t a r n o s p o r q u é
L . F e b v r e c u e n t a t a n m e t i c u l o s a m e n t e el n ú m e r o d e p á g i n a s y la r a z ó n p o r
la c u a l es t a n i m p o r t a n t e el e q u i l i b r i o e n el t r a t a m i e n t o d e los p e r í o d o s ,
p e r o es f á c i l m e n t e c o m p r e n s i b l e c u a n d o l e e m o s la j u s t i f i c a c i ó n q u e a l e g a
C h . S e i g n o b o s e n su p r e f a c i o : e n d i e z siglos d e h i s t o r i a r u s a — d i c e — , d e s -
d e l o s o r í g e n e s h a s t a P e d r o el G r a n d e , 2 0 0 p á g i n a s , « n o h a y a c o n t e c i m i e n -
t o s n i d o c u m e n t o s » . P o r t a n t o , L . F e b v r e r e c h a z a la c o n c e p c i ó n d e l a his-
toria c o m o simple registro de u n a serie d e acontecimientos apoyados en do-
c u m e n t o s e s c r i t o s . « U s t e d e s lo a s e g u r a n : ¡se d e s c o n o c e la h i s t o r i a d e d i e z
s i g l o s ! . . . N o e s t o y d e a c u e r d o . Sí q u e se p u e d e c o n o c e r . T o d o s l o s q u e la
e s t u d i a n lo s a b e n ; t o d o s a q u e l l o s q u e n o se l i m i t a n a t r a n s c r i b i r d o c u m e n -
t o s , y q u e se las i n g e n i a n p a r a r e c o n s t r u i r el p a s a d o u t i l i z a n d o u n a p a n o -
151

t e c i m i e n t o . E l j o v e n F e b v r e se v e o b l i g a d o a s o m e t e r s e a las l e y e s d e l g é -
n e r o u n i v e r s i t a r i o e n b o g a : h a c e s u tesis d e d o c t o r a d o s o b r e u n a s u n t o d i -
p l o m á t i c o y m i l i t a r ; p e r o i n t e n t a a m p l i a r s u v i s i ó n al á m b i t o s o c i a l , e n el
m a r c o d e u n a r e g i ó n ; d e a h í s u t í t u l o — « F e l i p e I I y el F r a n c o C o n d a d o » —
y el s u b t í t u l o , « E s t u d i o d e h i s t o r i a p o l í t i c a , r e l i g i o s a y social» ( 1 9 1 1 ) . I n -
m e d i a t a m e n t e d e s p u é s , L . F e b v r e r e d a c t a s u Histoire de la Franche-Comté
.(1912), q u e d e m u e s t r a s u v i n c u l a c i ó n a e s t a p r o v i n c i a . N o m b r a d o p r o f e s o r
d e E s t r a s b u r g o e n 1919 y d e s p u é s , e n 1 9 3 3 , p r o f e s o r d e l C o l e g i o d e F r a n -
cia, p r o s i g u e su o b r a d e e s p e c i a l i s t a d e l siglo XVI, e n la e n s e ñ a n z a y e n la
i n v e s t i g a c i ó n . E n sus p r i c i p a l e s l i b r o s c u l t i v a el g é n e r o t r a d i c i o n a l d e la b i o -
grafía, c o n f r o n t a n d o a sus h é r o e s c o n l a s o c i e d a d d e s u t i e m p o ; se d e s l i z a
d e s d e l a r e f l e x i ó n s o b r e u n p e r s o n a j e i l u s t r e h a c i a l a e x p l o r a c i ó n d e las
m e n t a l i d a d e s c o l e c t i v a s . E s t a m i s m a i n c l i n a c i ó n se v u e l v e a e n c o n t r a r e n
Un destín: Martin Luther ( 1 9 2 8 ) ; Origine et Des périers ou l'enigme du
Cymbalum mundi ( 1 9 4 2 ) ; Le Probléme de l'incroyance au XVI' siécle: la
religión de Rebeláis ( 1 9 4 2 ) ; Autour de l'Heptameron, amour sacre, amour
profane (a p r o p ó s i t o d e M a r g a r i t a d e N a v a r r a ) ( 1 9 4 4 ) . E s t e e s p e c i a l i s t a d e l
siglo x v i d e s p l i e g a t a m b i é n su t a l e n t o e n m u c h o s a r t í c u l o s , c o m o : « G . B u d é
y los o r í g e n e s d e h u m a n i s m o f r a n c é s » (Revue de Synthése, 1907); «La
g u e r r a d e los c a m p e s i n o s e n A l e m a n i a » (Aúnales, 1934); «El capitalismo
d e L i e j a e n el siglo XVI» (Amales, 1949), etc.
M u y p r o n t o , L u d e n F e b v r e s e u n e a l a e m p r e s a d e H e n r i B e r r , el c u a l
es u n o d e l o s p r i m e r o s f ü ó s o f o s e n r e a c c i o n a r c o n t r a l a « e s c u e l a m e t ó d i -
c a » ; s u c o n c e p c i ó n d e la h i s t o r i a — c i e n c i a d e l p r o g r e s o d e la h u m a n i d a d —
es m u y d i s t i n t a d e l p u r o e j e r c i c i o d e l a e r u d i c i ó n . E s l o q u e a n u n c i a t e x -
t u a l m e n t e su tesis: « P o r v e n i r d e la filosofía: e s b o z o d e u n a síntesis d e l o s
c o n o c i m i e n t o s f u n d a m e n t a d a e n l a h i s t o r i a » ( 1 8 9 3 ) . E n 1 9 0 0 , H . B e r r fun-
d a La Revue de Synthése, q u e d i r i g i r á d u r a n t e m e d i o siglo. S u p u b l i c a c i ó n
d e v i e n e u n a e n c r u c i j a d a e n l a q u e s e e n c u e n t r a n E . D u r k h e i m y sus discí-
p u l o s s o c i ó l o g o s ; P . V i d a l d e L a B l a c h e y sus a m i g o s g e ó g r a f o s ; F . S i m i a n d
y otros economistas; H . W a l l o n y o t r o s psicólogos; L . F e b v r e y los histo-
riadores h o s t i l e s a l o s « p o s i t i v i s t a s » . P a r a H . B e r r , la h i s t o r i a , r e s u l t a d o d e
las e x p e r i e n c i a s h u m a n a s , e s t á l l a m a d a a ser l a c i e n c i a d e las c i e n c i a s . P a r a
F . S i m i a n d , l a h i s t o r i a d e b e d i l u i r s e e n c i e n c i a social c o n p r o f u n d i d a d t e m -
p o r a l . L . F e b v r e d u d a e n t r e a m b a s c o n c e p c i o n e s e x t r e m a s y m a n t i e n e la
i d e a d e la u n i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s . E n 1920, H . B e r r e d i t a u n a g r a n
colección: « L a evolución d e la h u m a n i d a d » — c u a r e n t a v o l ú m e n e s publica-
d o s e n el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a s — . L . F e b v r e a p o r t a s u c o n t r i b u c i ó n a la
o b r a c o l e c t i v a , e s p e c i a l m e n t e La terre et l'Évolution humdine e n 1922. L .
F e b v r e i n t e n t a , h a c i e n d o s u y a l a e l e c c i ó n d e V i d a l d e la B í a n c h e , t e n d e r
u n p u e n t e e n t r e la h i s t o r i a y l a g e o g r a f í a . P r e t e n d e , « p o r m e d i o d e la c o m -
p a r a c i ó n y d e l a a b s t r a c c i ó n , d e s t a c a r el p a p e l q u e t i e n e n e n las h i s t o r i a s
humanas determinados factores considerados especialmente como geográ-
ficos: la d i s t a n c i a , el e s p a c i o , la s i t u a c i ó n . . . » ( p . 3 7 ) . E s t e l i b r o , a p e s a r d e -
ser d e m a s i a d o g e n e r a l , q u i z á p r e m a t u r o , i n a u g u r a l a g e o h i s t o r i a , «la v e r -
d a d e r a geografía h u m a n a retrospectiva».
D u r a n t e la d é c a d a - d e 1920 — A l s a c i a - L o r e n a es d e n u e v o f r a n c e s a — ,
la u n i v e r s i d a d d e E s t r a s b u r g o r e ú n e p r o f e s o r e s b r i l l a n t e s e i m a g i n a t i v o s .
E n ella se e n c u e n t r a n y se h a c e n a m i g o s L . F e b v r e y M . B l o c h , los c u a l e s
f o r j a n el p r o y e c t o d e r e n o v a r la h i s t o r i a ; d i a l o g a n c o n el g e ó g r a f o H . B a u -
150
lig, el p s i c ó l o g o C . B l o n d e l , el s o c i ó l o g o G . L e B r a s y o t r o s c o l e g a s a b i e r -
t o s al i n t e r c a m b i o e n t r e l a s d i s c i p l i n a s . H a b i e n d o a l c a n z a d o la e d a d d e l a
m a d u r e z y d i s p o n i e n d o d e l a p o y o d e la E d i t o r i a l A . C o l i n , M . B l o c h y L .
F e v b r e f u n d a n l a r e v i s t a Les Amales d'Histoire économique et sociale e n
1 9 2 9 . E l e d i t o r i a l d e l p r i m e r n ú m e r o p r o c l a m a d o s o b j e t i v o s : 1) a c a b a r c o n
el m o n o p o l i o d e la e s p e c i a l i d a d , p r o m o v e r l a p l u r i d i s c i p l i n a r i e d a d y f a v o -
r e c e r l a u n i ó n d e las c i e n c i a s h u m a n a s ; b ) p a s a r d e l e s t a d i o d e l o s d e b a t e s
t e ó r i c o s (los d e La Revue de Synthése) al e s t a d i o d e las r e a l i z a c i o n e s c o n -
cretas, hacienco hincapié en las e n c u e s t a s colectivas p a r a la historia con-
t e m p o r á n e a . I n t e g r a n el c o m i t é d e r e d a c c i ó n , a d e m á s d e l o s d i r e c t o r e s ,
cuatro historiadores: A . Piganiol, G. Espinas, H . Pirenne y H . Hauser; u n
s o c i ó l o g o : ¡Vi. H a l b w a c h s ; u n p o l i t ó l o g o : A . S i e g f r i e d ; u n g e ó g r a f o : A . D e -
m a n g e o n . A partir d e l m o m e n t o e n q u e son designados profesores L . F e b v r e ,
e n 1 9 3 3 , e n el C o l e g i o d e F r a n c i a , y M . B l o c h , e n 1 9 3 6 , e n l a S o r b o n a , la
r e v i s t a Les Annales s e t r a s l a d a d e E s t r a s b u r g o a P a r í s , a u m e n t a el n ú m e r o
d e sus l e c t o r e s , a t a c a d u r a m e n t e a l o s h i s t o r i a d o r e s t r a d i c i o n a l e s y d e s p i e r -
t a v o c a c i o n e s e n t r e l o s j ó v e n e s i n v e s t i g a d o r e s . Sin e m b a r g o , e n t r e 1939 y
1 9 4 4 , d e b i d o a la g u e r r a y a l a o c u p a c i ó n , l a r e v i s t a a t r a v i e s a d i f i c u l t a d e s
a d m i n i s t r a t i v a s y p i e r d e a m u c h o s d e sus a n i m a d o r e s ( e n p a r t i c u l a r a M .
B l o c h ) . T r a s l a l i b e r a c i ó n , s e i m p o n e el c a m b i o . A p a r t i r d e 1 9 4 6 , L . F e b v -
r e c o n s e r v a , él s o l o , l a d i r e c c i ó n ; s e r o d e a d e u n e q u i p o n u e v o — F . B r a u -
d e l , G . F r i e d m a n n , C h . M o r a z é y P . L e u i l l o t — , a d o p t a o t r o t í t u l o : Anna-
les. Economies, Sociétés, Civilisations, y d i r i g e l a o r i e n t a c i ó n d e la h i s t o r i a
e c o n ó m i c a y social h a c i a l a h i s t o r i a d e las m e n t a l i d a d e s . E n r e s u m e n , L .
F e b v r e a p a r e c e c o m o el p r i n c i p a l i n s p i r a d o r d e u n a r e v i s t a e n l a q u e h a p u -
blicado 924 artículos, n o t a s , críticas y r e c e n s i o n e s e n t r e ' 1 9 2 9 y 1948.
A t r a v é s d e sus m ú l t i p l e s a r t í c u l o s , a p a r e c i d o s e n La Revue de Synthése
y e n los Annales, L . F e b v r e instruye,,proceso a la «historia historizante».
P o r e j e m p l o , h a r á n l a c r í t i c a d e La Histoire de la Russie (3 v o l . , 1 9 3 2 ) , d e
C h . S e i g n o b o s , C h . E i s e n e m a n n , P . M i l i u k o v y o t r o s c o l a b o r a d o r e s , e n La
Revue de Synthése, n ú m . V I I , 1934. E n p r i m e r lugar, L . F e b v r e criticará
la distribución d e la o b r a : « L a historia d e R u s i a p r o p i a m e n t e dicha comien-
z a e n la p á g i n a 81 c o n el a r t í c u l o d e M i a k o t i n e q u e i n t r o d u c e a las t r i b u s
e s l a v a s e n l a h i s t o r i a d e l a E u r o p a o r i e n t a l , h a c i a el siglo VII. ¡ E n ¡a p á g i -
n a 8 1 , el siglo v i l ; e n la p á g i n a 1 5 0 , y a , I v á n el T e r r i b l e ; en l a p á g i n a 2 6 7 ,
P e d r o el G r a n d e ! R e c a p i t u l e m o s : e n u n a h i s t o r i a d e 1.416 p á g i n a s , e n t r e s
v o l ú m e n e s , s e d e d i c a n 2 0 0 p á g i n a s a d i e z siglos ( x i i - x v n ) , f r e n t e a 1.140
-páginas a d o s siglos y m e d i o ( 1 6 8 2 - 1 9 3 2 ) . » P o d e m o s p r e g u n t a r n o s p o r q u é
L . F e b v r e c u e n t a t a n m e t i c u l o s a m e n t e el n ú m e r o d e p á g i n a s y la r a z ó n p o r
la c u a l es t a n i m p o r t a n t e el e q u i l i b r i o e n el t r a t a m i e n t o d e los p e r í o d o s ,
p e r o es f á c i l m e n t e c o m p r e n s i b l e c u a n d o l e e m o s la j u s t i f i c a c i ó n q u e a l e g a
C h . S e i g n o b o s e n su p r e f a c i o : e n d i e z siglos d e h i s t o r i a r u s a — d i c e — , d e s -
d e l o s o r í g e n e s h a s t a P e d r o el G r a n d e , 2 0 0 p á g i n a s , « n o h a y a c o n t e c i m i e n -
t o s n i d o c u m e n t o s » . P o r t a n t o , L . F e b v r e r e c h a z a la c o n c e p c i ó n d e l a his-
toria c o m o simple registro de u n a serie d e acontecimientos apoyados en do-
c u m e n t o s e s c r i t o s . « U s t e d e s lo a s e g u r a n : ¡se d e s c o n o c e la h i s t o r i a d e d i e z
s i g l o s ! . . . N o e s t o y d e a c u e r d o . Sí q u e se p u e d e c o n o c e r . T o d o s l o s q u e la
e s t u d i a n lo s a b e n ; t o d o s a q u e l l o s q u e n o se l i m i t a n a t r a n s c r i b i r d o c u m e n -
t o s , y q u e se las i n g e n i a n p a r a r e c o n s t r u i r el p a s a d o u t i l i z a n d o u n a p a n o -
151
 plia d e disciplinas c o n v e r g e n t e s . » A s í p u e s , L . F e b v r e a c o n s e j a u t i l i z a r d o -
c u m e n t o s n o e s c r i t o s ( p o r e j e m p l o , v e s t i g i o s a r q u e o l ó g i c o s ) y r e c u r r i r a las
ciencias p r ó x i m a s ( p o r e j e m p l o , a l a l i n g ü í s t i c a y a la e t n o l o g í a ) .
A c t o s e g u i d o , L . F e b v r e s u b r a y a l o s a priori i d e o l ó g i c o s d e C h . S e i g -
n o b o s y d e sus a m i g o s « p o s i t i v i s t a s » : « P e r o ¿ c ó m o se dosifican las " m a t e -
r i a s " , c o m o se d i c e e n f a r m a c o l o g í a ? E n p r i m e r l u g a r , la c u e s t i ó n p o l í t i c a .
¡Sólo M a u r r a s p u e d e d e c i r l o ! P e r o n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s n o se l i m i t a n a
d e c i r l o ; lo p o n e n e n p r á c t i c a . T i e n e n u n s i s t e m a , o m e j o r q u i z á , u n c o n -
trasistema. U n a vez m á s , C h . Seignobos e n t o n a u n c a n t o d e gloria e n h o -
n o r d e l a h i s t o r i a - c u a d r o ( . . . ) . S e t r a t a d e lo q u e y o l l a m o " s i s t e m a d e l a
c ó m o d a " (...). ¡Todo bien colocado y o r d e n a d o ! P r i m e r cajón, la política;
a l a d e r e c h a , la poh'tica i n t e r i o r ; a la i z q u i e r d a , la p o l í t i c a e x t e r i o r , sin c o n -
fusión p o s i b l e . E n el s e g u n d o c a j ó n : e n el rincón d e l a d e r e c h a , " l o s m o -
v i m i e n t o s d e l a p o b l a c i ó n " ; e n el rincón d e la i z q u i e r d a , " l a o r g a n i z a c i ó n
d e la s o c i e d a d ( . . . ) . E n el t e r c e r c a j ó n , la h i s t o r i a d e R u s i a , o b i e n l o s fe-
n ó m e n o s e c o n ó m i c o s : la a g r i c u l t u r a , l a i n d u s t r i a , el c o m e r c i o ( . . . ) . E n r e a -
lidad n o t e n e m o s u n a h i s t o r i a d e R u s i a , sino u n m a n u a l d e h i s t o r i a p o l í t i c a
d e R u s i a d e s d e 1682 a 1932, c o n u n a i n t r o d u c c i ó n d e u n a s d o s c i e n t a s p á -
ginas s o b r e l a R u s i a a n t e r i o r a P e d r o el G r a n d e ( . . . ) . E s e v i d e n t e q u e , e n
el c u a d r o t r a d i c i o n a l d e l o s r e i n a d o s M . M i l i u k o v y sus c o l a b o r a d o r e s h a n
sabido hacer un relato m u y preciso y bastante repleto de "acontecimien-
t o s " d e la h i s t o r i a r u s a — a c o n t e c i m i e n t o s e c o n ó m i c o s , s o c i a l e s , l i t e r a r i o s
y a r t í s t i c o s , e n l a m e d i d a e n q u e d e p e n d e n d e la a c c i ó n p o l í t i c a d e los g o -
biernos—.» Dicho de otra m a n e r a , L. Febvre recomienda, por u n a parte,
n o aislar e n c o m p a r t i m e n t o s l a r e a l i d a d s o c i a l , h a c e r p a t e n t e s sus i n t e r a c -
c i o n e s ; p o r o t r a p a r t e , i n v e r t i r l a j e r a r q u í a d e las i n s t a n c i a s : n o d e s c e n d e r
d e lo p o l í t i c o a l o e c o n ó m i c o , s i n o r e m o n t a r d e lo e c o n ó m i c o h a c i a l o p o -
lítico.
A l finalizar su crítica, L . F e b v r e e s b o z a el perfil d e o t r a h i s t o r i a — l a
d e l o s Annales— t o t a l m e n t e o p u e s t a a la t r a d i c i ó n d e l a « e s c u e l a m e t ó d i -
c a » . « H o j e o la Histoire de la Russie ( d e C h . S e i g n o b o s , P . M i l i u k o v y
otros). ¡Qué espectáculo!, zares extravagantes que parecen escapados de
Ubu rey; t r a g e d i a s p a l a c i e g a s ; m i n i s t r o s c o n c u s i o n a r i o s ; b u r ó c r a t a s - p a p a -
gayos; multitud de pricazes y ucases. E n cambio n o nos dice n a d a acerca
de-la v i d a v i g o r o s a , o r i g i n a l y p r o f u n d a d e l p a í s ; n i d e l a f o r m a d e vivir e n
el b o s q u e y e n la e s t e p a , n i d e l flujo y r e f l u j o d e las m i g r a c i o n e s d e la p o -
b l a c i ó n , d e l a g r a n m a r e a h u m a n a , d e l r i t m o i r r e g u l a r q u e , s a l t a n d o los
U r a l e s , se d e s p l a z a h a s t a el E x t r e m o O r i e n t e s i b e r i a n o ; n a d a a c e r c a d e la
v i d a d e los r í o s , d e los p e s c a d o r e s , los b a r q u e r o s , d e l t r á n s i t o ; n a d a a p r o -
p ó s i t o d e l t r a b a j o a g r í c o l a d e los c a m p e s i n o s , d e sus ú t i l e s , t é c n i c a s , r o t a -
ción d e c u l t i v o s , p a s t o s , e x p l o t a c i ó n f o r e s t a l ( . . . ) ; n a d a d e l f u n c i o n a m i e n t o
del gran dominio y del gran t e r r a t e n i e n t e y su forma d e vida; n a d a a p r o -
p ó s i t o del n a c i m i e n t o d e las c i u d a d e s , d e su o r i g e n , d e s a r r o l l o , i n s t i t u c i o -
n e s y c a r a c t e r e s , o d e ¡as g r a n d e s ferias r u s a s , o d e l a l e n t a c o n s t i t u c i ó n d e
lo q u e l l a m a m o s la b u r g u e s í a ( . . . ) ; o d e l p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r l a fe o r -
todoxa en la vida colectiva rusa (...); o d e los p r o b l e m a s lingüísticos; o d e
los a n t a g o n i s m o s r e g i o n a l e s . » L . F e b v r e e s b o z a así lo q u e él c o n s i d e r a u n a
h i s t o r i a t o t a l , q u e a b a r c a t o d o s los a s p e c t o s d e la a c t i v i d a d h u m a n a .
L . F e b v r e , l e j o s d e i n v e r t i r t o d a s sus e n e r g í a s e n c o m b a t i r la « h i s t o r i a
h i s t o r i z a n t e » , fue t a m b i é n c a p a z d e c o n s t r u i r u n a o b r a m o d e l o q u e a b r a
152
n u e v a s p e r s p e c t i v a s , c o m o l o d e m u e s t r a , p o r e j e m p l o , l a o b r a t i t u l a d a : Le
probléme de l'incroyance au XVI' siécle: la religión de Rabelais, publicada
e n 1942. A l p r i n c i p i o , e n u n p r i m e r t i e m p o , L . F e b v r e c o n t r a d i c e l a t e s i s
d e A . L e f r a n c —cf. Études sur Gargantea ( 1 9 1 2 ) , s o b r e Pantagruel (1922),
y s o b r e el Tiers Livre ( 1 9 3 1 ) — , s e g ú n la c u a l R a b e l a i s e r a u n n o c r e y e n t e ,
u n l i b r e p e n s a d o r , u n r a c i o n a l i s t a . E l d i r e c t o r d e l o s Annales vuelve a es-
tudiar los d o c u m e n t o s y los e x a m i n a d e f o r m a m á s e r u d i t a . E n efecto, h a -
cia 1 5 3 6 - 1 5 3 7 , m u c h o s p o e t a s — J . V i s a g i e r , N . B o u r b o n , J. C . S c a l i g e r —
6
habían acusado a Rabelais de ser u n «sectario de Luciano» . L . F e b v r e de-
m u e s t r a q u e t a l e s a c u s a c i o n e s s o n i n j u r i a s sin m a y o r a l c a n c e , f r e c u e n t e s
e n los m e d i o s l i t e r a r i o s . M á s t a r d e , h a c i a 1 5 4 3 - 1 5 4 4 , J. C a l v i n o , G . P o s t e l
y l o s t e ó l o g o s d e la S o r b o n a , c o n s i d e r a r o n a R a b e l a i s c o m o u n « a t e o » .
L . F e b v r e d e m u e s t r a q u e en aquella é p o c a la n o c i ó n d e ateísmo i m p l i c a b a
s o l a m e n t e u n a d e s v i a c i ó n e n r e l a c i ó n a l a r e l i g i ó n oficial. E n c u a n t o a las
b u r l a s q u e e s m a l t a n sus n o v e l a s — p o r e j e m p l o , el n a c i m i e n t o d e G a r g a n -
t ú a , a t r a v é s d e l a v e n a c a v a y d e la o r e j a i z q u i e r d a d e s u m a d r e , e v i d e n t e
a l u s i ó n a la i n m a c u l a d a c o n c e p c i ó n d e J e s u c r i s t o — , L . F e b v r e r e c u e r d a
q u e se t r a t a d e « m a l i c i a s c l e r i c a l e s » , f a m i l i a r i d a d e s a n o d i n a s f r e c u e n t e s e n
l o s s e r m o n e s d e los frailes f r a n c i s c a n o s , y R a b e l a i s h a b í a p e r t e n e c i d o a l a
o r d e n franciscana d u r a n t e doce años. E n definitiva, L. F e b v r e r e p r o c h a a
A . L e f r a n c h a b e r c o m e t i d o u n a n a c r o n i s m o , « l e y e n d o u n t e x t o d e l si-
glo x v i c o n la m e n t a l i d a d d e u n h o m b r e d e l siglo x x » .
M á s t a r d e , e n u n s e g u n d o t i e m p o , L . F e b v r e i n t e n t a definir el cristia-
n i s m o d e R a b e l a i s . D e h e c h o , e n Pantagruel (1532) y Gargantúa ( 1 5 3 4 ) , la
c a r t a d e Grandgousier a s u h i j o , o l a d e s c r i p c i ó n d e la a b a d í a d e T h é l é m e
y o t r o s p a s a j e s r e v e l a n o r i e n t a c i o n e s r e l i g i o s a s s i n g u l a r e s . Si se s i g u e el
« C r e d o d e l o s g i g a n t e s » , e x i s t e u n D i o s e n t r e s p e r s o n a s d e las c u a l e s el
H i j o es el p r e d i l e c t o . E l p r i m e r o y casi ú n i c o d e b e r r e s p e c t o a D i o s e s l e e r ,
m e d i t a r y p r a c t i c a r el E v a n g e l i o . L a v i d a r e l i g i o s a d e b e ser c o m p l e t a m e n t e
i n t e r i o r . L a s s u p e r s t i c i o n e s , l a v e n t a d e i n d u l g e n c i a s , las p e r e g r i n a c i o n e s ,
el c u l t o a los s a n t o s s o n o b j e t o d e s a r c a s m o s , y p o r t a n t o r e c h a z a b l e s . E l
clero n o p a r e c e d e s e m p e ñ a r u n p a p e l esencial. P o r t o d o s estos indicios pa-
r e c e q u e R a b e l a i s c o n o c í a el E v a n g e l i o y q u e se h a b í a v i s t o a f e c t a d o p o r
l a p r e d i c a c i ó n d e L u t e r o . Sin e m b a r g o , el a n t i g u o m o n j e f r a n c i s c a n o n o sus-
c r i b i ó el d o g m a l u t e r a n o d e la j u s t i f i c a c i ó n p o r l a fe. L . F e b v r e e x p l i c a q u e
la religión d e R a b e l a i s d e b e c o m p r e n d e r s e t e n i e n d o en c u e n t a las referen-
cias d e l a Filosofía de Cristo, d e E r a s m o , el c u a l se a p o y a e n l a l e c t u r a d e l
N u e v o T e s t a m e n t o , c o n f i e s a s u p r e d i l e c c i ó n p o r el H i j o , s u p r i m e l a m e -
d i a c i ó n d e la V i r g e n y d e los s a n t o s , r e d u c e el v a l o r d e los s a c r a m e n t o s ,
a t e n ú a l a m a n c h a d e l p e c a d o o r i g i n a l y p r o c l a m a su c o n f i a n z a e n l a n a -
turaleza h u m a n a . E n consecuencia, hay q u e situar a Rabelais j u n t o a
E r a s m o , Lefévre d ' E t a p l e s , T o m á s M o r o y e n t r e los «evangelistas», q u e es-
p e r a b a n , e n t r e 1500 y 1 5 3 5 , u n a t r a n s f o r m a c i ó n sin c o n m o c i o n e s d e l cris-
t i a n i s m o ; y n o se le p u e d e clasificar e n t r e los « p r o t e s t a n t e s » c o m o C a l v i n o ,
6
Luciano de Samosata, escritor de origen egipcio y cultura griega que ridiculiza a los dioses
antiguos en sus mejores obras: Diálogos de los dioses, Diálogos de los muertos, Prometeo (...),
y al cristianismo en su obra La muerte de Peregrinos. (N. del T.)
153
 plia d e disciplinas c o n v e r g e n t e s . » A s í p u e s , L . F e b v r e a c o n s e j a u t i l i z a r d o -
c u m e n t o s n o e s c r i t o s ( p o r e j e m p l o , v e s t i g i o s a r q u e o l ó g i c o s ) y r e c u r r i r a las
ciencias p r ó x i m a s ( p o r e j e m p l o , a l a l i n g ü í s t i c a y a la e t n o l o g í a ) .
A c t o s e g u i d o , L . F e b v r e s u b r a y a l o s a priori i d e o l ó g i c o s d e C h . S e i g -
n o b o s y d e sus a m i g o s « p o s i t i v i s t a s » : « P e r o ¿ c ó m o se dosifican las " m a t e -
r i a s " , c o m o se d i c e e n f a r m a c o l o g í a ? E n p r i m e r l u g a r , la c u e s t i ó n p o l í t i c a .
¡Sólo M a u r r a s p u e d e d e c i r l o ! P e r o n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s n o se l i m i t a n a
d e c i r l o ; lo p o n e n e n p r á c t i c a . T i e n e n u n s i s t e m a , o m e j o r q u i z á , u n c o n -
trasistema. U n a vez m á s , C h . Seignobos e n t o n a u n c a n t o d e gloria e n h o -
n o r d e l a h i s t o r i a - c u a d r o ( . . . ) . S e t r a t a d e lo q u e y o l l a m o " s i s t e m a d e l a
c ó m o d a " (...). ¡Todo bien colocado y o r d e n a d o ! P r i m e r cajón, la política;
a l a d e r e c h a , la poh'tica i n t e r i o r ; a la i z q u i e r d a , la p o l í t i c a e x t e r i o r , sin c o n -
fusión p o s i b l e . E n el s e g u n d o c a j ó n : e n el rincón d e l a d e r e c h a , " l o s m o -
v i m i e n t o s d e l a p o b l a c i ó n " ; e n el rincón d e la i z q u i e r d a , " l a o r g a n i z a c i ó n
d e la s o c i e d a d ( . . . ) . E n el t e r c e r c a j ó n , la h i s t o r i a d e R u s i a , o b i e n l o s fe-
n ó m e n o s e c o n ó m i c o s : la a g r i c u l t u r a , l a i n d u s t r i a , el c o m e r c i o ( . . . ) . E n r e a -
lidad n o t e n e m o s u n a h i s t o r i a d e R u s i a , sino u n m a n u a l d e h i s t o r i a p o l í t i c a
d e R u s i a d e s d e 1682 a 1932, c o n u n a i n t r o d u c c i ó n d e u n a s d o s c i e n t a s p á -
ginas s o b r e l a R u s i a a n t e r i o r a P e d r o el G r a n d e ( . . . ) . E s e v i d e n t e q u e , e n
el c u a d r o t r a d i c i o n a l d e l o s r e i n a d o s M . M i l i u k o v y sus c o l a b o r a d o r e s h a n
sabido hacer un relato m u y preciso y bastante repleto de "acontecimien-
t o s " d e la h i s t o r i a r u s a — a c o n t e c i m i e n t o s e c o n ó m i c o s , s o c i a l e s , l i t e r a r i o s
y a r t í s t i c o s , e n l a m e d i d a e n q u e d e p e n d e n d e la a c c i ó n p o l í t i c a d e los g o -
biernos—.» Dicho de otra m a n e r a , L. Febvre recomienda, por u n a parte,
n o aislar e n c o m p a r t i m e n t o s l a r e a l i d a d s o c i a l , h a c e r p a t e n t e s sus i n t e r a c -
c i o n e s ; p o r o t r a p a r t e , i n v e r t i r l a j e r a r q u í a d e las i n s t a n c i a s : n o d e s c e n d e r
d e lo p o l í t i c o a l o e c o n ó m i c o , s i n o r e m o n t a r d e lo e c o n ó m i c o h a c i a l o p o -
lítico.
A l finalizar su crítica, L . F e b v r e e s b o z a el perfil d e o t r a h i s t o r i a — l a
d e l o s Annales— t o t a l m e n t e o p u e s t a a la t r a d i c i ó n d e l a « e s c u e l a m e t ó d i -
c a » . « H o j e o la Histoire de la Russie ( d e C h . S e i g n o b o s , P . M i l i u k o v y
otros). ¡Qué espectáculo!, zares extravagantes que parecen escapados de
Ubu rey; t r a g e d i a s p a l a c i e g a s ; m i n i s t r o s c o n c u s i o n a r i o s ; b u r ó c r a t a s - p a p a -
gayos; multitud de pricazes y ucases. E n cambio n o nos dice n a d a acerca
de-la v i d a v i g o r o s a , o r i g i n a l y p r o f u n d a d e l p a í s ; n i d e l a f o r m a d e vivir e n
el b o s q u e y e n la e s t e p a , n i d e l flujo y r e f l u j o d e las m i g r a c i o n e s d e la p o -
b l a c i ó n , d e l a g r a n m a r e a h u m a n a , d e l r i t m o i r r e g u l a r q u e , s a l t a n d o los
U r a l e s , se d e s p l a z a h a s t a el E x t r e m o O r i e n t e s i b e r i a n o ; n a d a a c e r c a d e la
v i d a d e los r í o s , d e los p e s c a d o r e s , los b a r q u e r o s , d e l t r á n s i t o ; n a d a a p r o -
p ó s i t o d e l t r a b a j o a g r í c o l a d e los c a m p e s i n o s , d e sus ú t i l e s , t é c n i c a s , r o t a -
ción d e c u l t i v o s , p a s t o s , e x p l o t a c i ó n f o r e s t a l ( . . . ) ; n a d a d e l f u n c i o n a m i e n t o
del gran dominio y del gran t e r r a t e n i e n t e y su forma d e vida; n a d a a p r o -
p ó s i t o del n a c i m i e n t o d e las c i u d a d e s , d e su o r i g e n , d e s a r r o l l o , i n s t i t u c i o -
n e s y c a r a c t e r e s , o d e ¡as g r a n d e s ferias r u s a s , o d e l a l e n t a c o n s t i t u c i ó n d e
lo q u e l l a m a m o s la b u r g u e s í a ( . . . ) ; o d e l p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r l a fe o r -
todoxa en la vida colectiva rusa (...); o d e los p r o b l e m a s lingüísticos; o d e
los a n t a g o n i s m o s r e g i o n a l e s . » L . F e b v r e e s b o z a así lo q u e él c o n s i d e r a u n a
h i s t o r i a t o t a l , q u e a b a r c a t o d o s los a s p e c t o s d e la a c t i v i d a d h u m a n a .
L . F e b v r e , l e j o s d e i n v e r t i r t o d a s sus e n e r g í a s e n c o m b a t i r la « h i s t o r i a
h i s t o r i z a n t e » , fue t a m b i é n c a p a z d e c o n s t r u i r u n a o b r a m o d e l o q u e a b r a
152
n u e v a s p e r s p e c t i v a s , c o m o l o d e m u e s t r a , p o r e j e m p l o , l a o b r a t i t u l a d a : Le
probléme de l'incroyance au XVI' siécle: la religión de Rabelais, publicada
e n 1942. A l p r i n c i p i o , e n u n p r i m e r t i e m p o , L . F e b v r e c o n t r a d i c e l a t e s i s
d e A . L e f r a n c —cf. Études sur Gargantea ( 1 9 1 2 ) , s o b r e Pantagruel (1922),
y s o b r e el Tiers Livre ( 1 9 3 1 ) — , s e g ú n la c u a l R a b e l a i s e r a u n n o c r e y e n t e ,
u n l i b r e p e n s a d o r , u n r a c i o n a l i s t a . E l d i r e c t o r d e l o s Annales vuelve a es-
tudiar los d o c u m e n t o s y los e x a m i n a d e f o r m a m á s e r u d i t a . E n efecto, h a -
cia 1 5 3 6 - 1 5 3 7 , m u c h o s p o e t a s — J . V i s a g i e r , N . B o u r b o n , J. C . S c a l i g e r —
6
habían acusado a Rabelais de ser u n «sectario de Luciano» . L . F e b v r e de-
m u e s t r a q u e t a l e s a c u s a c i o n e s s o n i n j u r i a s sin m a y o r a l c a n c e , f r e c u e n t e s
e n los m e d i o s l i t e r a r i o s . M á s t a r d e , h a c i a 1 5 4 3 - 1 5 4 4 , J. C a l v i n o , G . P o s t e l
y l o s t e ó l o g o s d e la S o r b o n a , c o n s i d e r a r o n a R a b e l a i s c o m o u n « a t e o » .
L . F e b v r e d e m u e s t r a q u e en aquella é p o c a la n o c i ó n d e ateísmo i m p l i c a b a
s o l a m e n t e u n a d e s v i a c i ó n e n r e l a c i ó n a l a r e l i g i ó n oficial. E n c u a n t o a las
b u r l a s q u e e s m a l t a n sus n o v e l a s — p o r e j e m p l o , el n a c i m i e n t o d e G a r g a n -
t ú a , a t r a v é s d e l a v e n a c a v a y d e la o r e j a i z q u i e r d a d e s u m a d r e , e v i d e n t e
a l u s i ó n a la i n m a c u l a d a c o n c e p c i ó n d e J e s u c r i s t o — , L . F e b v r e r e c u e r d a
q u e se t r a t a d e « m a l i c i a s c l e r i c a l e s » , f a m i l i a r i d a d e s a n o d i n a s f r e c u e n t e s e n
l o s s e r m o n e s d e los frailes f r a n c i s c a n o s , y R a b e l a i s h a b í a p e r t e n e c i d o a l a
o r d e n franciscana d u r a n t e doce años. E n definitiva, L. F e b v r e r e p r o c h a a
A . L e f r a n c h a b e r c o m e t i d o u n a n a c r o n i s m o , « l e y e n d o u n t e x t o d e l si-
glo x v i c o n la m e n t a l i d a d d e u n h o m b r e d e l siglo x x » .
M á s t a r d e , e n u n s e g u n d o t i e m p o , L . F e b v r e i n t e n t a definir el cristia-
n i s m o d e R a b e l a i s . D e h e c h o , e n Pantagruel (1532) y Gargantúa ( 1 5 3 4 ) , la
c a r t a d e Grandgousier a s u h i j o , o l a d e s c r i p c i ó n d e la a b a d í a d e T h é l é m e
y o t r o s p a s a j e s r e v e l a n o r i e n t a c i o n e s r e l i g i o s a s s i n g u l a r e s . Si se s i g u e el
« C r e d o d e l o s g i g a n t e s » , e x i s t e u n D i o s e n t r e s p e r s o n a s d e las c u a l e s el
H i j o es el p r e d i l e c t o . E l p r i m e r o y casi ú n i c o d e b e r r e s p e c t o a D i o s e s l e e r ,
m e d i t a r y p r a c t i c a r el E v a n g e l i o . L a v i d a r e l i g i o s a d e b e ser c o m p l e t a m e n t e
i n t e r i o r . L a s s u p e r s t i c i o n e s , l a v e n t a d e i n d u l g e n c i a s , las p e r e g r i n a c i o n e s ,
el c u l t o a los s a n t o s s o n o b j e t o d e s a r c a s m o s , y p o r t a n t o r e c h a z a b l e s . E l
clero n o p a r e c e d e s e m p e ñ a r u n p a p e l esencial. P o r t o d o s estos indicios pa-
r e c e q u e R a b e l a i s c o n o c í a el E v a n g e l i o y q u e se h a b í a v i s t o a f e c t a d o p o r
l a p r e d i c a c i ó n d e L u t e r o . Sin e m b a r g o , el a n t i g u o m o n j e f r a n c i s c a n o n o sus-
c r i b i ó el d o g m a l u t e r a n o d e la j u s t i f i c a c i ó n p o r l a fe. L . F e b v r e e x p l i c a q u e
la religión d e R a b e l a i s d e b e c o m p r e n d e r s e t e n i e n d o en c u e n t a las referen-
cias d e l a Filosofía de Cristo, d e E r a s m o , el c u a l se a p o y a e n l a l e c t u r a d e l
N u e v o T e s t a m e n t o , c o n f i e s a s u p r e d i l e c c i ó n p o r el H i j o , s u p r i m e l a m e -
d i a c i ó n d e la V i r g e n y d e los s a n t o s , r e d u c e el v a l o r d e los s a c r a m e n t o s ,
a t e n ú a l a m a n c h a d e l p e c a d o o r i g i n a l y p r o c l a m a su c o n f i a n z a e n l a n a -
turaleza h u m a n a . E n consecuencia, hay q u e situar a Rabelais j u n t o a
E r a s m o , Lefévre d ' E t a p l e s , T o m á s M o r o y e n t r e los «evangelistas», q u e es-
p e r a b a n , e n t r e 1500 y 1 5 3 5 , u n a t r a n s f o r m a c i ó n sin c o n m o c i o n e s d e l cris-
t i a n i s m o ; y n o se le p u e d e clasificar e n t r e los « p r o t e s t a n t e s » c o m o C a l v i n o ,
6
Luciano de Samosata, escritor de origen egipcio y cultura griega que ridiculiza a los dioses
antiguos en sus mejores obras: Diálogos de los dioses, Diálogos de los muertos, Prometeo (...),
y al cristianismo en su obra La muerte de Peregrinos. (N. del T.)
153

F a r e l , B é z e y o t r o s , l o s c u a l e s a c e p t a n el c i s m a y f u n d a n u n a I g l e s i a r e f o r -
m a d a e n t r e 1535 y 1 5 6 5 .
E n u n t e r c e r t i e m p o , L . F e b v r e i n v e s t i g a s o b r e la p o s i b i l i d a d d e l a
i n c r e d u l i d a d e n el siglo x v i , y a q u e e n a q u e l l a é p o c a la r e l i g i ó n e s t a b a
s i e m p r e p r e s e n t e e n la v i d a c o t i d i a n a . L a I g l e s i a r e g i s t r a los b a u t i s m o s , l o s
m a t r i m o n i o s y los e n t i e r r o s ; i m p o n e p r e s c r i p c i o n e s a l i m e n t i c i a s y p r o h i b i -
c i o n e s s e x u a l e s ; fija el c a l e n d a r i o d e l o s d í a s festivos y d e l o s l a b o r a b l e s ;
e n m a r c a las c e r e m o n i a s p ú b l i c a s ( m i s a s , p r o c e s i o n e s , d i v e r s i o n e s ) ; f o r m a
a los i n t e l e c t u a l e s y c e n s u r a l o s l i b r o s . P o r o t r a p a r t e , se c a r e c e d e l u t i l l a j e
mental p a r a expresar u n p e n s a m i e n t o lógico. L a lengua n o dispone de vo-
c a b u l a r i o suficiente (faltan las n o c i o n e s d e c a u s a l i d a d , d e s í n t e s i s , d e d e -
d u c c i ó n , e t c . ) , n i d e u n a s i n t a x i s a d e c u a d a (la f r a s e es d e s o r d e n a d a ; n o c o n -
c u e r d a n l o s t i e m p o s ; las f o r m a s s o n e x c e s i v a s ) . E l u n i v e r s o e s p i r i t u a l m e -
d i e v a l c i e r t a m e n t e se vio q u e b r a n t a d o p o r el « r e n a c i m i e n t o » d e l o s m o d e -
los g r e c o r r o m a n o s , p o r el p r o g r e s o d e l a i m p r e n t a , p o r el d e s c u b r i m i e n t o
d e los n u e v o s c o n t i n e n t e s . Sin e m b a r g o , las c i e n c i a s — l a s m a t e m á t i c a s , l a
a s t r o n o m í a , l a física, la m e d i c i n a — n o p o s e e n los i n s t r u m e n t o s n e c e s a r i o s
p a r a p o d e r s e c o n s t i t u i r ( u n e j e m p l o : s i e n d o e x c e p c i o n a l el u s o d e l r e l o j ,
sigue siendo incierta la m e d i d a del t i e m p o ) . L o s sabios — L . da Vinci,
A . P a r é , M . S e r v e t , G . B r u n o , C o p é r n i c o — v i v e n c o m o p r e c u r s o r e s , soli-
t a r i o s y a m e n a z a d o s . T e n d r á q u e p a s a r u n siglo p a r a q u e el Discurso del
método, d e D e s c a r t e s ; l a Gramática, d e P o r t - R o y a l , y la l e n t e u t i l i z a d a p o r
G a l i l e o s u m i n i s t r e n l o s m e d i o s p a r a p o d e r e n u n c i a r u n r a c i o n a l i s m o fun-
d a m e n t a d o e n l a c i e n c i a . D i c h o e n o t r o s t é r m i n o s , e n la é p o c a d e R a b e -
l a i s , es i n c o n c e b i b l e el a t e í s m o : « P r e t e n d e r h a c e r d e l siglo X V I u n siglo li-
b e r t i n o , u n siglo r a c i o n a l i s t a (...) es el p e o r d e l o s e r r o r e s ( . . . ) ; p o r el c o n -
t r a r i o , fue u n siglo q u e b u s c a b a , p o r e n c i m a d e t o d a s las c o s a s , e l r e f l e j o
d e l o d i v i n o . » C o n e s t a d e m o s t r a c i ó n m a g i s t r a l , L . F e b v r e i n t r o d u c e el e s -
t u d i o d e las e s t r u c t u r a s m e n t a l e s e n la h i s t o r i a .
2. M. BLOCH: EL OFICIO D E L HISTORIADOR
M a r c B l o c h , n a c i d o e n 1 8 8 6 , e n el s e n o d e u n a farnilia b u r g u e s a j u d í a ,
p a s a p o r la E s c u e l a n o r m a l s u p e r i o r , s i g u e l o s c u r s o s d e F . L o t , C h . Pfis-
t e r , P . V i d a l d e L a B l a c h e e n l a S o r b o n a , p e r m a n e c e a l g ú n t i e m p o e n las
u n i v e r s i d a d e s a l e m a n a s d e L e i p z i g y B e r l í n , y, d e s p u é s , e n s e ñ a h i s t o r i a e n
los Liceos d e M o n t p e l l i e r y A m i e n s h a s t a 1914. V i v e , c o m o oficial, la d u r a
e x p e r i e n c i a d e la P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l . A l finalizar el conflicto d e f i e n -
d e u n a tesis a b r e v i a d a — « R e y e s y s i e r v o s » — s o b r e las m a n u m i s i o n e s c o n -
c e d i d a s p o r l o s ú l t i m o s c a p e t o s d e l í n e a d i r e c t a . D e 1919 a 1 9 3 6 , M . B l o c h
fue p r o f e s o r d e la u n i v e r s i d a d d e E s t r a s b u r g o , d o n d e las a u t o r i d a d e s h a -
bían expulsado, p o r razones de prestigio, a algunos intelectuales de valía.
E n e s t e h o g a r c u l t u r a l a n u d ó r e l a c i o n e s fructíferas c o n los h i s t o r i a d o r e s
— L . F e b v r e , A . P i g a n i o l , C h . - E . P e r r i n , G . L e f é v r e — y los p s i c o - s o c i ó l o -
gos — C h . B l o n d e l , M . H a l b w a c h s , G . L e B r a s — . E l g r u p o d e E s t r a s b u r g o
a c r e c i e n t a e n t o n c e s s u a u d i e n c i a a p a r t i r d e la p u b l i c a c i ó n , e n 1 9 2 9 , d e s u
r e v i s t a : Les Ármales d'histoire économique et sociale.
Especialista de historia medieval, M . Bloch se dio a conocer con tres
o b r a s i m p o r t a n t e s : Les Rois thaumaturges — u n estudio acerca del carácter
154
s o b r e n a t u r a l a t r i b u i d o al p o d e r r e a l , e s p e c i a l m e n t e e n F r a n c i a y e n I n g l a -
t e r r a ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1 9 2 3 ) — , Les caracteres originaux de l'histoire rurale
fragaise — a n á l i s i s d e l a e v o l u c i ó n d e las e s t r u c t u r a s a g r a r i a s e n el O c c i d e n -
t e m e d i e v a l y m o d e r n o d e s d e el siglo x i al x v n i ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1 9 3 1 ) —
y La Société féodale — s í n t e s i s d e l o s c o n o c i m i e n t o s d e a q u e l m o m e n t o a c e r -
c a d e la o r g a n i z a c i ó n social e n l a E d a d M e d i a ( p r i m e r a e d i c i ó n 1 9 3 6 ) — .
C o n ellos c r e c e el p r e s t i g i o d e M . B l o c h : d a c o n f e r e n c i a s e n M a d r i d , L o n -
d r e s y O s l o ; m u l t i p l i c a s u a r t í c u l o s y c r í t i c a s e n los Ármales; finalmente,
s u c e d e a H a u s e r e n 1936 e n l a S o r b o n a .
C u a n d o se h a l l a e n p l e n a a c t i v i d a d , t r a t a n d o d e c r e a r u n i n s t i t u t o d e
historia económica e n la universidad d e París, M . Bloch se ve obligado a
i n t e r r u m p i r sus t r a b a j o s . D e n u e v o m o v i l i z a d o , d e b e i n c o r p o r a r s e e n s e p -
t i e m b r e d e 1939 a l a l l a m a d a « g u e r r a d e b r o m a » y p r e s e n c i a l a c a t á s t r o f e
d e m a y o - j u n i o d e 1 9 4 0 . P u e d e e s c a p a r c o n d i f i c u l t a d e s d e l c e r c o y se r e -
fugia e n la C r e u s e , d o n d e r e d a c t a , t o d a v í a r e c i e n t e s l o s a c o n t e c i m i e n t o s ,
e n t r e j u l i o y s e p t i e m b r e d e 1 9 4 0 , L'Étrange Défaite. La obra, testimonio
e x t r a o r d i n a r i a m e n t e l ú c i d o , p o n e d e r e h e v e los desequilibrios d e la socie-
d a d francesa; d e s c u b r e las debilidades d e los militares, de los políticos, de
l o s h o m b r e s d e n e g o c i o s y d e l o s i n t e l e c t u a l e s ; y e x p l i c a las c a u s a s d e l a
d e r r o t a del ejército, del « é x o d o » y suicidio d e la R e p ú b l i c a . A p e s a r d e ser
judío asimilado, ateo p o r convicción, a d e m á s de ex combatiente, M . Bloch
s e s i e n t e a m e n a z a d o p o r las m e d i d a s a n t i s e m i t a s a d o p t a d a s p o r l o s a l e -
m a n e s d e l a o c u p a c i ó n y p o r sus c o l a b o r a d o r e s f r a n c e s e s . E n 1 9 4 1 y a c o -
m i e n z o s d e 1 9 4 2 , e l g o b i e r n o d e V i c h y le p e r m i t e e j e r c e r l a e n s e ñ a n z a e n
C l e r m o n t - F e r r a n d y d e s p u é s e n M o n t p e l l i e r . P e r o , en n o v i e m b r e d e 1942,
c u a n d o el e j é r c i t o a l e m á n i n v a d e l a z o n a l i b r e , s e v e o b l i g a d o a p a s a r a la
c l a n d e s t i n i d a d . A l g u n o s m e s e s d e s p u é s , M . B l o c h se u n e a l a R e s i s t e n c i a
e n l a r e g i ó n d e L y ó n . E n v í s p e r a s d e l a L i b e r a c i ó n , e n j u n i o d e 1944, es
d e t e n i d o , t o r t u r a d o y fusilado p o r los nazis.
D u r a n t e su e s t a n c i a e n la C r e u s e , e n 1 9 4 1 , B l o c h i n t e n t ó , « t r a t a n d o d e
h a l l a r u n p o c o d e e q u i l i b r i o e s p i r i t u a l » , r e f l e x i o n a r s o b r e el método e n la
h i s t o r i a a p a r t i r d e l a e x p e r i e n c i a d e l g r u p o d e los Ármales. Su m a n u s c r i t o ,
i n c o m p l e t o , fue a r r e g l a d o y p u b l i c a d o p o r L . F e b v r e c o n u n t í t u l o d o b l e :
Apologiepour l'histoire ou Métier d'Historien. A p e s a r d e su c a r á c t e r frag-
m e n t a r i o , el c u a d e r n o d e n o t a s d e M . B l o c h se n o s p r e s e n t a c o m o u n a r e s -
p u e s t a al m a n u a l d e C h - V . L a n g l o i s y C h . S e i g n o b o s , c o m o u n m a n i f i e s t o
d e l a e s c u e l a d e l o s Anuales, c o n t r a r i o al b r e v i a r i o d e l a e s c u e l a m e t ó d i c a .
S i n e m b a r g o , M . B l o c h e s a l g o m e n o s c r í t i c o q u e L . F e b v r e r e s p e c t o a la
« h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e » , y a p r e c i a el p r o g r e s o d e l a e r u d i c i ó n e n el siglo XTX:
« L a e s c u e l a a l e m a n a , R e n á n , F o u s t e l d e C o u l a n g e s , h a n d a d o c a t e g o r í a in-
t e l e c t u a l a la e r u d i c i ó n . E l h i s t o r i a d o r h a s i d o c o n d u c i d o p o r e l l o s al t a -
l l e r . » Sin e m b a r g o , M . B l o c h a d m i t e q u e l a e r u d i c i ó n p u e d e m o v e r s e e n
el v a c í o e n las o b r a s d e los d i s c í p u l o s d e G . M o n o d : « L o s m á r g e n e s infe-
riores d e las p á g i n a s e j e r c e n , s o b r e m u c h o s e r u d i t o s , u n a a t r a c c i ó n casi v e r -
t i g i n o s a . » B l o c h c o n d e n a , al i g u a l q u e L . F e b v r e , l a falta d e a m b i c i ó n d e
los h i s t o r i a d o r e s « p o s i t i v i s t a s » : « M u y p r e o c u p a d o s , d e b i d o a su e d u c a c i ó n
p r i m e r a , p o r las d i f i c u l t a d e s , las d u d a s , l a s f r e c u e n t e s r e p e t i c i o n e s d é l a crí-
tica d o c u m e n t a l , e x t r a e n de estas c o n s t a t a c i o n e s , a n t e t o d o , u n a lección d e
h u m i l d a d d e s e n g a ñ a d a . N o les p a r e c e q u e l a d i s c i p l i n a a la q u e d e d i c a n su
155

F a r e l , B é z e y o t r o s , l o s c u a l e s a c e p t a n el c i s m a y f u n d a n u n a I g l e s i a r e f o r -
m a d a e n t r e 1535 y 1 5 6 5 .
E n u n t e r c e r t i e m p o , L . F e b v r e i n v e s t i g a s o b r e la p o s i b i l i d a d d e l a
i n c r e d u l i d a d e n el siglo x v i , y a q u e e n a q u e l l a é p o c a la r e l i g i ó n e s t a b a
s i e m p r e p r e s e n t e e n la v i d a c o t i d i a n a . L a I g l e s i a r e g i s t r a los b a u t i s m o s , l o s
m a t r i m o n i o s y los e n t i e r r o s ; i m p o n e p r e s c r i p c i o n e s a l i m e n t i c i a s y p r o h i b i -
c i o n e s s e x u a l e s ; fija el c a l e n d a r i o d e l o s d í a s festivos y d e l o s l a b o r a b l e s ;
e n m a r c a las c e r e m o n i a s p ú b l i c a s ( m i s a s , p r o c e s i o n e s , d i v e r s i o n e s ) ; f o r m a
a los i n t e l e c t u a l e s y c e n s u r a l o s l i b r o s . P o r o t r a p a r t e , se c a r e c e d e l u t i l l a j e
mental p a r a expresar u n p e n s a m i e n t o lógico. L a lengua n o dispone de vo-
c a b u l a r i o suficiente (faltan las n o c i o n e s d e c a u s a l i d a d , d e s í n t e s i s , d e d e -
d u c c i ó n , e t c . ) , n i d e u n a s i n t a x i s a d e c u a d a (la f r a s e es d e s o r d e n a d a ; n o c o n -
c u e r d a n l o s t i e m p o s ; las f o r m a s s o n e x c e s i v a s ) . E l u n i v e r s o e s p i r i t u a l m e -
d i e v a l c i e r t a m e n t e se vio q u e b r a n t a d o p o r el « r e n a c i m i e n t o » d e l o s m o d e -
los g r e c o r r o m a n o s , p o r el p r o g r e s o d e l a i m p r e n t a , p o r el d e s c u b r i m i e n t o
d e los n u e v o s c o n t i n e n t e s . Sin e m b a r g o , las c i e n c i a s — l a s m a t e m á t i c a s , l a
a s t r o n o m í a , l a física, la m e d i c i n a — n o p o s e e n los i n s t r u m e n t o s n e c e s a r i o s
p a r a p o d e r s e c o n s t i t u i r ( u n e j e m p l o : s i e n d o e x c e p c i o n a l el u s o d e l r e l o j ,
sigue siendo incierta la m e d i d a del t i e m p o ) . L o s sabios — L . da Vinci,
A . P a r é , M . S e r v e t , G . B r u n o , C o p é r n i c o — v i v e n c o m o p r e c u r s o r e s , soli-
t a r i o s y a m e n a z a d o s . T e n d r á q u e p a s a r u n siglo p a r a q u e el Discurso del
método, d e D e s c a r t e s ; l a Gramática, d e P o r t - R o y a l , y la l e n t e u t i l i z a d a p o r
G a l i l e o s u m i n i s t r e n l o s m e d i o s p a r a p o d e r e n u n c i a r u n r a c i o n a l i s m o fun-
d a m e n t a d o e n l a c i e n c i a . D i c h o e n o t r o s t é r m i n o s , e n la é p o c a d e R a b e -
l a i s , es i n c o n c e b i b l e el a t e í s m o : « P r e t e n d e r h a c e r d e l siglo X V I u n siglo li-
b e r t i n o , u n siglo r a c i o n a l i s t a (...) es el p e o r d e l o s e r r o r e s ( . . . ) ; p o r el c o n -
t r a r i o , fue u n siglo q u e b u s c a b a , p o r e n c i m a d e t o d a s las c o s a s , e l r e f l e j o
d e l o d i v i n o . » C o n e s t a d e m o s t r a c i ó n m a g i s t r a l , L . F e b v r e i n t r o d u c e el e s -
t u d i o d e las e s t r u c t u r a s m e n t a l e s e n la h i s t o r i a .
2. M. BLOCH: EL OFICIO D E L HISTORIADOR
M a r c B l o c h , n a c i d o e n 1 8 8 6 , e n el s e n o d e u n a farnilia b u r g u e s a j u d í a ,
p a s a p o r la E s c u e l a n o r m a l s u p e r i o r , s i g u e l o s c u r s o s d e F . L o t , C h . Pfis-
t e r , P . V i d a l d e L a B l a c h e e n l a S o r b o n a , p e r m a n e c e a l g ú n t i e m p o e n las
u n i v e r s i d a d e s a l e m a n a s d e L e i p z i g y B e r l í n , y, d e s p u é s , e n s e ñ a h i s t o r i a e n
los Liceos d e M o n t p e l l i e r y A m i e n s h a s t a 1914. V i v e , c o m o oficial, la d u r a
e x p e r i e n c i a d e la P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l . A l finalizar el conflicto d e f i e n -
d e u n a tesis a b r e v i a d a — « R e y e s y s i e r v o s » — s o b r e las m a n u m i s i o n e s c o n -
c e d i d a s p o r l o s ú l t i m o s c a p e t o s d e l í n e a d i r e c t a . D e 1919 a 1 9 3 6 , M . B l o c h
fue p r o f e s o r d e la u n i v e r s i d a d d e E s t r a s b u r g o , d o n d e las a u t o r i d a d e s h a -
bían expulsado, p o r razones de prestigio, a algunos intelectuales de valía.
E n e s t e h o g a r c u l t u r a l a n u d ó r e l a c i o n e s fructíferas c o n los h i s t o r i a d o r e s
— L . F e b v r e , A . P i g a n i o l , C h . - E . P e r r i n , G . L e f é v r e — y los p s i c o - s o c i ó l o -
gos — C h . B l o n d e l , M . H a l b w a c h s , G . L e B r a s — . E l g r u p o d e E s t r a s b u r g o
a c r e c i e n t a e n t o n c e s s u a u d i e n c i a a p a r t i r d e la p u b l i c a c i ó n , e n 1 9 2 9 , d e s u
r e v i s t a : Les Ármales d'histoire économique et sociale.
Especialista de historia medieval, M . Bloch se dio a conocer con tres
o b r a s i m p o r t a n t e s : Les Rois thaumaturges — u n estudio acerca del carácter
154
s o b r e n a t u r a l a t r i b u i d o al p o d e r r e a l , e s p e c i a l m e n t e e n F r a n c i a y e n I n g l a -
t e r r a ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1 9 2 3 ) — , Les caracteres originaux de l'histoire rurale
fragaise — a n á l i s i s d e l a e v o l u c i ó n d e las e s t r u c t u r a s a g r a r i a s e n el O c c i d e n -
t e m e d i e v a l y m o d e r n o d e s d e el siglo x i al x v n i ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1 9 3 1 ) —
y La Société féodale — s í n t e s i s d e l o s c o n o c i m i e n t o s d e a q u e l m o m e n t o a c e r -
c a d e la o r g a n i z a c i ó n social e n l a E d a d M e d i a ( p r i m e r a e d i c i ó n 1 9 3 6 ) — .
C o n ellos c r e c e el p r e s t i g i o d e M . B l o c h : d a c o n f e r e n c i a s e n M a d r i d , L o n -
d r e s y O s l o ; m u l t i p l i c a s u a r t í c u l o s y c r í t i c a s e n los Ármales; finalmente,
s u c e d e a H a u s e r e n 1936 e n l a S o r b o n a .
C u a n d o se h a l l a e n p l e n a a c t i v i d a d , t r a t a n d o d e c r e a r u n i n s t i t u t o d e
historia económica e n la universidad d e París, M . Bloch se ve obligado a
i n t e r r u m p i r sus t r a b a j o s . D e n u e v o m o v i l i z a d o , d e b e i n c o r p o r a r s e e n s e p -
t i e m b r e d e 1939 a l a l l a m a d a « g u e r r a d e b r o m a » y p r e s e n c i a l a c a t á s t r o f e
d e m a y o - j u n i o d e 1 9 4 0 . P u e d e e s c a p a r c o n d i f i c u l t a d e s d e l c e r c o y se r e -
fugia e n la C r e u s e , d o n d e r e d a c t a , t o d a v í a r e c i e n t e s l o s a c o n t e c i m i e n t o s ,
e n t r e j u l i o y s e p t i e m b r e d e 1 9 4 0 , L'Étrange Défaite. La obra, testimonio
e x t r a o r d i n a r i a m e n t e l ú c i d o , p o n e d e r e h e v e los desequilibrios d e la socie-
d a d francesa; d e s c u b r e las debilidades d e los militares, de los políticos, de
l o s h o m b r e s d e n e g o c i o s y d e l o s i n t e l e c t u a l e s ; y e x p l i c a las c a u s a s d e l a
d e r r o t a del ejército, del « é x o d o » y suicidio d e la R e p ú b l i c a . A p e s a r d e ser
judío asimilado, ateo p o r convicción, a d e m á s de ex combatiente, M . Bloch
s e s i e n t e a m e n a z a d o p o r las m e d i d a s a n t i s e m i t a s a d o p t a d a s p o r l o s a l e -
m a n e s d e l a o c u p a c i ó n y p o r sus c o l a b o r a d o r e s f r a n c e s e s . E n 1 9 4 1 y a c o -
m i e n z o s d e 1 9 4 2 , e l g o b i e r n o d e V i c h y le p e r m i t e e j e r c e r l a e n s e ñ a n z a e n
C l e r m o n t - F e r r a n d y d e s p u é s e n M o n t p e l l i e r . P e r o , en n o v i e m b r e d e 1942,
c u a n d o el e j é r c i t o a l e m á n i n v a d e l a z o n a l i b r e , s e v e o b l i g a d o a p a s a r a la
c l a n d e s t i n i d a d . A l g u n o s m e s e s d e s p u é s , M . B l o c h se u n e a l a R e s i s t e n c i a
e n l a r e g i ó n d e L y ó n . E n v í s p e r a s d e l a L i b e r a c i ó n , e n j u n i o d e 1944, es
d e t e n i d o , t o r t u r a d o y fusilado p o r los nazis.
D u r a n t e su e s t a n c i a e n la C r e u s e , e n 1 9 4 1 , B l o c h i n t e n t ó , « t r a t a n d o d e
h a l l a r u n p o c o d e e q u i l i b r i o e s p i r i t u a l » , r e f l e x i o n a r s o b r e el método e n la
h i s t o r i a a p a r t i r d e l a e x p e r i e n c i a d e l g r u p o d e los Ármales. Su m a n u s c r i t o ,
i n c o m p l e t o , fue a r r e g l a d o y p u b l i c a d o p o r L . F e b v r e c o n u n t í t u l o d o b l e :
Apologiepour l'histoire ou Métier d'Historien. A p e s a r d e su c a r á c t e r frag-
m e n t a r i o , el c u a d e r n o d e n o t a s d e M . B l o c h se n o s p r e s e n t a c o m o u n a r e s -
p u e s t a al m a n u a l d e C h - V . L a n g l o i s y C h . S e i g n o b o s , c o m o u n m a n i f i e s t o
d e l a e s c u e l a d e l o s Anuales, c o n t r a r i o al b r e v i a r i o d e l a e s c u e l a m e t ó d i c a .
S i n e m b a r g o , M . B l o c h e s a l g o m e n o s c r í t i c o q u e L . F e b v r e r e s p e c t o a la
« h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e » , y a p r e c i a el p r o g r e s o d e l a e r u d i c i ó n e n el siglo XTX:
« L a e s c u e l a a l e m a n a , R e n á n , F o u s t e l d e C o u l a n g e s , h a n d a d o c a t e g o r í a in-
t e l e c t u a l a la e r u d i c i ó n . E l h i s t o r i a d o r h a s i d o c o n d u c i d o p o r e l l o s al t a -
l l e r . » Sin e m b a r g o , M . B l o c h a d m i t e q u e l a e r u d i c i ó n p u e d e m o v e r s e e n
el v a c í o e n las o b r a s d e los d i s c í p u l o s d e G . M o n o d : « L o s m á r g e n e s infe-
riores d e las p á g i n a s e j e r c e n , s o b r e m u c h o s e r u d i t o s , u n a a t r a c c i ó n casi v e r -
t i g i n o s a . » B l o c h c o n d e n a , al i g u a l q u e L . F e b v r e , l a falta d e a m b i c i ó n d e
los h i s t o r i a d o r e s « p o s i t i v i s t a s » : « M u y p r e o c u p a d o s , d e b i d o a su e d u c a c i ó n
p r i m e r a , p o r las d i f i c u l t a d e s , las d u d a s , l a s f r e c u e n t e s r e p e t i c i o n e s d é l a crí-
tica d o c u m e n t a l , e x t r a e n de estas c o n s t a t a c i o n e s , a n t e t o d o , u n a lección d e
h u m i l d a d d e s e n g a ñ a d a . N o les p a r e c e q u e l a d i s c i p l i n a a la q u e d e d i c a n su
155
t a l e n t o s e a c a p a z , a fin d e c u e n t a s , d e d a r l e s c o n c l u s i o n e s c o m p l e t a m e n t e
c i e r t a s p a r a h o y , n i m u c h a s p e r s p e c t i v a s d e p r o g r e s o p a r a el f u t u r o . »
M . Bloch afirma, c o n t r a r i a m e n t e a lo q u e sostienen C h - V . Langlois y
C h . S e i g n o b o s , q u e «el stock d e d o c u m e n t o s » d e l q u e d i s p o n e l a h i s t o r i a
n o es ^ i m i t a d o ; a c o n s e j a n o utilizar e x c l u s i v a m e n t e d o c u m e n t o s e s c r i t o s y
recurrir a otros materiales (arqueológicos, artísticos, numismáticos, etc.):
« N u e s t r o c o n o c i m i e n t o d e las i n v a s i o n e s g e r m á n i c a s d e p e n d e t a n t o d e l a
a r q u e o l o g í a f u n e r a r i a y d e l e s t u d i o d e la t o p o n i m i a c o m o d e l e x a m e n d e
las c r ó n i c a s o d e las c a r t a s ( . . . ) . L a s i m á g e n e s p i n t a d a s o e s c u l p i d a s , la dis-
p o s i c i ó n d e las t u m b a s y su m o b i l i a r i o p u e d e n d o c u m e n t a r n o s s o b r e sus
c r e e n c i a s y a c t i t u d e s p o r lo m e n o s t a n t o c o m o m u c h o s e s c r i t o s . » R e s p e c t o
a la A n t i g ü e d a d g r e c o r r o m a n a , es v e r d a d q u e los d o c u m e n t o s s o n e x c e p -
cionales, q u e n o s son conocidos, q u e están clasificados, traducidos y co-
m e n t a d o s . A s í t o d a s las o b r a s d e l o s a u t o r e s g r i e g o s — P l a t ó n , A r i s t ó t e l e s ,
J e n o f o n t e , P l u t a r c o , e t c . — y d e los a u t o r e s l a t i n o s — C i c e r ó n , C é s a r , T i t o
L i v i o , e t c . — e s t á n r e u n i d a s e n los d o s c i e n t o s o t r e s c i e n t o s v o l ú m e n e s d e
la c o l e c c i ó n B u d é . Sin e m b a r g o , e n el m o m e n t o e n el q u e e s c r i b e M . B l o c h ,
se c o m e n z a b a a p r o f u n d i z a r e n la p e r c e p c i ó n d e l m u n d o h e l e n í s t i c o y r o -
m a n o y a r e n o v a r la m e t o d o l o g í a d e las e x c a v a c i o n e s a r q u e o l ó g i c a s . U n
e j e m p l o : g r a c i a s al d e s c u b r i m i e n t o d e los t e m p l o s , t e a t r o s , t e r m a s , m e r c a -
d o s , t i e n d a s , c a s a s , calles y p l a z a s d e O s t i a y P o m p e y a , J. C a r c o p i n o p u e -
d e escribir su Vie quotidienne á Rome ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1938-). E l p r o p i o
M . B l o c h n o se l i m i t a , p a r a el e s t u d i o d e l a E d a d M e d i a o c c i d e n t a l , a los
c a r t u l a r i o s , a c t a s d e c a n c i l l e r í a y v i d a s d e s a n t o s , s i n o q u e se i n t e r e s a p o r
los t e s o r o s e n t e r r a d o s e n los p e r í o d o s t u r b u l e n t o s , lo q u e le i m p u l s a a e s -
b o z a r u n a « H i s t o r i a m o n e t a r i a d e E u r o p a » (cf. a l g u n o s c a p í t u l o s p u b l i c a -
d o s , a t í t u l o p o s t u m o , e n 1 9 5 4 ) . S i m u l t á n e a m e n t e , E . Salin a r r o j a n u e v a
luz s o b r e el t i e m p o o s c u r o d e los r e i n o s b á r b a r o s , h a c i e n d o u n i n v e n t a r i o
d e las a r m a s , a d o r n o s y m u e b l e s d e p o s i t a d o s e n las t u m b a s , y e s c r i b e e n
1943 « E l h i e r r o e n la é p o c a m e r o v i n g i a » . C o f u n d a d o r d e l o s Anuales, al
p r o p o n e r e x t e n d e r el c o n c e p t o d e d o c u m e n t o a las f u e n t e s n o e s c r i t a s , c o n -
s i g u e B l o c h q u e los t r a b a j o s a r q u e o l ó g i c o s a d q u i e r a n u n d e s a r r o l l o c o n s i -
d e r a b l e d e s p u é s d e la S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l ( e j e m p l o : P . - M . D u v a l , Pa-
rís, des origines au III' siécle, 1 9 6 1 ; M . d e B o u á r d , Manuel d'archéologie
médiévale, 1 9 7 5 ; R . B u c h a n a n , Industrial Archeology in Britain, 1 9 7 2 , e t c . ) .
M . Bloch n o p r e t e n d e t a n sólo explorar n u e v o s d o c u m e n t o s , sino des-
c u b r i r n u e v o s c a m p o s . D e t o d o s l o s r e s p o n s a b l e s d e l o s Annales, es el m á s
i n c l i n a d o h a c i a el análisis d e los h e c h o s e c o n ó m i c o s . E n e s t e t e r r e n o , a u n -
q u e n o lo h a y a r e c o n o c i d o e x p l í c i t a m e n t e , e s t á influido p o r M a r x , el c u a l
le i n s p i r a el i n t e r é s p o r p o n e r e n r e l a c i ó n las e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s y las
clases s o c i a l e s ; t a m b i é n q u e d a i n f l u e n c i a d o p o r las i n v e s t i g a c i o n e s d e l e c o -
n o m i s t a F . S i m i a n d y d e l h i s t o r i a d o r H . H a u s e r , q u e le a n i m a n a a p r e c i a r
las fluctuaciones e c o n ó m i c a s a p a r t i r d e las s e r i e s d e p r e c i o s . M . B l o c h r e a -
liza i n d u d a b l e m e n t e su o b r a m a e s t r a c o n Les Caracteres originaux de l'his-
toire rurale frangaise du XI' au XVIII' siécle (1931). O b s e r v a r e n e s t e l i b r o
las f o r m a s d e o c u p a c i ó n d e l s u e l o , las t é c n i c a s d e p r o d u c c i ó n , las f o r m a s
d e p o b l a m i e n t o , las c o n d i c i o n e s s e ñ o r i a l e s , las p r á c t i c a s c o m u n i t a r i a s d u -
r a n t e u n a e t a p a d e l a r g a d u r a c i ó n y e n el c o n j u n t o d e l t e r r i t o r i o n a c i o n a l .
L a vía p o r él t r a z a d a es s e g u i d a p o r l o s m e d i e v a l i s t a s d e l a g e n e r a c i ó n si-
g u i e n t e , c o m o lo d e m u e s t r a n la o b r a d e R . B o u t r u c h e , Seigneurie et Feo-
156
dalité ( 1 9 5 9 ) , o L'Économie rurale et la Vie des campagnes dans l'Occident
medieval ( 1 9 6 2 ) , d e G . D u b y . A d e m á s , M . B l o c h d e s e a q u e l a h i s t o r i a e c o -
n ó m i c a s e d i r i j a m á s h a c i a el m u n d o c o n t e m p o r á n e o : « ¿ S e p u e d e c r e e r q u e
p a r a c o m p r e n d e r l a s o c i e d a d a c t u a l b a s t a c o n z a m b u l l i r s e e n la l e c t u r a d e
los d e b a t e s p a r l a m e n t a r i o s y e n los archivos d e p r o t o c o l o s ? ¿ N o es n e c e -
sario saber t a m b i é n interpretar u n balance bancario, que p u e d e resultar
p a r a el p r o f a n o m á s h e r m é t i c o q u e m u c h o s j e r o g l í f i c o s ? ¿ E s a c e p t a b l e , e n
u n a é p o c a e n la q u e r e i n a l a m á q u i n a , q u e el h i s t o r i a d o r i g n o r e c ó m o e s -
t á n h e c h a s las m á q u i n a s y c ó m o se m o d i f i c a n ? » V e i n t e a ñ o s d e s p u é s , l a l e c -
c i ó n h a s i d o y a a p r e n d i d a , c o m o l o d e m u e s t r a n las o b r a s s i g u i e n t e s : L'in-
dustrie textile sous le Second Empire ( 1 9 5 6 ) , d e C . F o h l e n ; La formation
de la grande entreprise capitaliste, de 1815 á 1848 ( 1 9 5 9 ) , d e B . G i l i e ; o La
Naissance du Crédit Lyonnaise, de 1863 a 1882 ( 1 9 6 1 ) , d e J. B o u v i e r .
M . B l o c h d e s e a a m p l i a r el c a m p o d e l a h i s t o r i a h a c i a o t r a s d i r e c c i o n e s .
L a f r e c u e n t e r e l a c i ó n c o n A . V a r a g n a c le h i z o i n t e r e s a r s e p o r l a p r e h i s t o -
ria, y la l e c t u r a d e A . V a n G e n n e p le d e m o s t r ó c u a n i n t e r e s a n t e es el fol-
c i o r e . I n i c i a d o e n l a e t n o l o g í a , s e a r r i e s g a a e s c r i b i r Les Rois Thaumatur-
ges ( 1 9 2 3 ) , e n s a y o i n n o v a d o r e n el q u e e x a m i n a la d i m e n s i ó n m á g i c a d e la
a u t o r i d a d m o n á r q u i c a — e s p e c i a l m e n t e el p o d e r , a t r i b u i d o al r e y c a p e t o ,
d e curar a los escrófulos m e d i a n t e simple imposición de m a n o s — . P e r o n o
c o n t i n ú a e s t e t r a b a j o d e a n t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a , d e j a n d o a sus a m i g o s l a
p r e o c u p a c i ó n p o r ir e s t a b l e c i e n d o l o s j a l o n e s d e l a h i s t o r i a d e las m e n t a l i -
d a d e s , c o m o p u e d e v e r s e e n las r e c o p i l a c i o n e s d e a r t í c u l o s d e G . L e B r a s ,
Études de sociologie religieuse ( 1 9 5 6 ) , y d e L . F e b v r e , Au coeur religieux
du XVI' siécle ( 1 9 5 7 ) . P o r o t r a p a r t e , M . B l o c h p e r c i b e b i e n la i m p o r t a n c i a
d e l a h n g ü í s t i c a : « C ó m o se p u e d e n p e r m i t i r i g n o r a r las a d q u i s i c i o n e s fun-
d a m e n t a l e s d e l a l i n g ü í s t i c a p e r s o n a s q u e , l a m a y o r p a r t e d e las v e c e s , n o
p o d r á n a l c a n z a r los o b j e t i v o s q u e s e p r o p o n e n e n sus e s t u d i o s m á s q u e a
t r a v é s d e las p a l a b r a s ( . . . ) . » E n s u Apologie pour l'histoire, M . B l o c h se
p r e g u n t a , al i r e s c r i b i e n d o sus p á g i n a s , p o r e l s e n t i d o d e t é r m i n o s c o m o
«siervo» (p. 81), «pueblo» (p. 82), «Imperio» (p. 82), «colono» (p. 84),
«feudalismo», (p. 86), «revolución» (p. 87), «libertad» (p. 88), etc.: «Al-
gunos de nuestros predecesores, como Fustel de Coulanges, nos h a n deja-
d o a d m i r a b l e s m o d e l o s d e e s t u d i o s o b r e el s e n t i d o d e las p a l a b r a s , d e l a
s e m á n t i c a h i s t ó r i c a . D e s d e e n t o n c e s los p r o g r e s o s d e la h n g ü í s t i c a h a n a g u -
dizado n u e s t r o s i n s t r u m e n t o s . Q u e los j ó v e n e s investigadores n o d e j e n d e
m a n e j a r l o s . » D e h e c h o , l a s i n s t i t u c i o n e s d e M . B l o c h n o se p l a s m a r o n h a s -
t a m u c h o m á s t a r d e , h a c i a l o s a ñ o s 1960 y 1 9 7 0 , e n r e a l i z a c i o n e s e j e m p l a -
res en materia de etno-histórica y semántico-histórica.
M . B l o c h i n s i s t e e n l a n e c e s i d a d d e d a r u n a i n s t r u c c i ó n s ó l i d a a los j ó -
v e n e s h i s t o r i a d o r e s : « E s c o n v e n i e n t e q u e el h i s t o r i a d o r p o s e a al m e n o s u n
b a r n i z d e las p r i n c i p a l e s t é c n i c a s d e s u oficio ( . . . ) . L a lista d e las discipli-
n a s que p r o p o n e m o s a nuestros alumnos es demasiado corta.» Convendría,
p u e s , a ñ a d i r , al a p r e n d i z a j e d e l a e p i g r a f í a , la p a l e o g r a f í a y l a d i p l o m á t i c a ,
u n a i n i c i a c i ó n a la a r q u e o l o g í a , a l a e s t a d í s t i c a , a la h i s t o r i a d e l a r t e y a
las l e n g u a s a n t i g u a s y m o d e r n a s . Y t o d o e s t o t o d a v í a n o b a s t a . P a r a llegar
a s e r u n a u t é n t i c o p r o f e s i o n a l d e la h i s t o r i a , h a y q u e c o n o c e r a s i m i s m o las
ciencias p r ó x i m a s : geografía, etnografía, demografía, e c o n o m í a , sociología,
l i n g ü í s t i c a : «Si n o le es p o s i b l e a u n solo h o m b r e (el h i s t o r i a d o r ) a l c a n z a r
el d o m i n i o d e t a l m u l t i p l i c i d a d d e c o m p e t e n c i a s ( . . . ) s e p u e d e t r a t a r d e
157
t a l e n t o s e a c a p a z , a fin d e c u e n t a s , d e d a r l e s c o n c l u s i o n e s c o m p l e t a m e n t e
c i e r t a s p a r a h o y , n i m u c h a s p e r s p e c t i v a s d e p r o g r e s o p a r a el f u t u r o . »
M . Bloch afirma, c o n t r a r i a m e n t e a lo q u e sostienen C h - V . Langlois y
C h . S e i g n o b o s , q u e «el stock d e d o c u m e n t o s » d e l q u e d i s p o n e l a h i s t o r i a
n o es ^ i m i t a d o ; a c o n s e j a n o utilizar e x c l u s i v a m e n t e d o c u m e n t o s e s c r i t o s y
recurrir a otros materiales (arqueológicos, artísticos, numismáticos, etc.):
« N u e s t r o c o n o c i m i e n t o d e las i n v a s i o n e s g e r m á n i c a s d e p e n d e t a n t o d e l a
a r q u e o l o g í a f u n e r a r i a y d e l e s t u d i o d e la t o p o n i m i a c o m o d e l e x a m e n d e
las c r ó n i c a s o d e las c a r t a s ( . . . ) . L a s i m á g e n e s p i n t a d a s o e s c u l p i d a s , la dis-
p o s i c i ó n d e las t u m b a s y su m o b i l i a r i o p u e d e n d o c u m e n t a r n o s s o b r e sus
c r e e n c i a s y a c t i t u d e s p o r lo m e n o s t a n t o c o m o m u c h o s e s c r i t o s . » R e s p e c t o
a la A n t i g ü e d a d g r e c o r r o m a n a , es v e r d a d q u e los d o c u m e n t o s s o n e x c e p -
cionales, q u e n o s son conocidos, q u e están clasificados, traducidos y co-
m e n t a d o s . A s í t o d a s las o b r a s d e l o s a u t o r e s g r i e g o s — P l a t ó n , A r i s t ó t e l e s ,
J e n o f o n t e , P l u t a r c o , e t c . — y d e los a u t o r e s l a t i n o s — C i c e r ó n , C é s a r , T i t o
L i v i o , e t c . — e s t á n r e u n i d a s e n los d o s c i e n t o s o t r e s c i e n t o s v o l ú m e n e s d e
la c o l e c c i ó n B u d é . Sin e m b a r g o , e n el m o m e n t o e n el q u e e s c r i b e M . B l o c h ,
se c o m e n z a b a a p r o f u n d i z a r e n la p e r c e p c i ó n d e l m u n d o h e l e n í s t i c o y r o -
m a n o y a r e n o v a r la m e t o d o l o g í a d e las e x c a v a c i o n e s a r q u e o l ó g i c a s . U n
e j e m p l o : g r a c i a s al d e s c u b r i m i e n t o d e los t e m p l o s , t e a t r o s , t e r m a s , m e r c a -
d o s , t i e n d a s , c a s a s , calles y p l a z a s d e O s t i a y P o m p e y a , J. C a r c o p i n o p u e -
d e escribir su Vie quotidienne á Rome ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1938-). E l p r o p i o
M . B l o c h n o se l i m i t a , p a r a el e s t u d i o d e l a E d a d M e d i a o c c i d e n t a l , a los
c a r t u l a r i o s , a c t a s d e c a n c i l l e r í a y v i d a s d e s a n t o s , s i n o q u e se i n t e r e s a p o r
los t e s o r o s e n t e r r a d o s e n los p e r í o d o s t u r b u l e n t o s , lo q u e le i m p u l s a a e s -
b o z a r u n a « H i s t o r i a m o n e t a r i a d e E u r o p a » (cf. a l g u n o s c a p í t u l o s p u b l i c a -
d o s , a t í t u l o p o s t u m o , e n 1 9 5 4 ) . S i m u l t á n e a m e n t e , E . Salin a r r o j a n u e v a
luz s o b r e el t i e m p o o s c u r o d e los r e i n o s b á r b a r o s , h a c i e n d o u n i n v e n t a r i o
d e las a r m a s , a d o r n o s y m u e b l e s d e p o s i t a d o s e n las t u m b a s , y e s c r i b e e n
1943 « E l h i e r r o e n la é p o c a m e r o v i n g i a » . C o f u n d a d o r d e l o s Anuales, al
p r o p o n e r e x t e n d e r el c o n c e p t o d e d o c u m e n t o a las f u e n t e s n o e s c r i t a s , c o n -
s i g u e B l o c h q u e los t r a b a j o s a r q u e o l ó g i c o s a d q u i e r a n u n d e s a r r o l l o c o n s i -
d e r a b l e d e s p u é s d e la S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l ( e j e m p l o : P . - M . D u v a l , Pa-
rís, des origines au III' siécle, 1 9 6 1 ; M . d e B o u á r d , Manuel d'archéologie
médiévale, 1 9 7 5 ; R . B u c h a n a n , Industrial Archeology in Britain, 1 9 7 2 , e t c . ) .
M . Bloch n o p r e t e n d e t a n sólo explorar n u e v o s d o c u m e n t o s , sino des-
c u b r i r n u e v o s c a m p o s . D e t o d o s l o s r e s p o n s a b l e s d e l o s Annales, es el m á s
i n c l i n a d o h a c i a el análisis d e los h e c h o s e c o n ó m i c o s . E n e s t e t e r r e n o , a u n -
q u e n o lo h a y a r e c o n o c i d o e x p l í c i t a m e n t e , e s t á influido p o r M a r x , el c u a l
le i n s p i r a el i n t e r é s p o r p o n e r e n r e l a c i ó n las e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s y las
clases s o c i a l e s ; t a m b i é n q u e d a i n f l u e n c i a d o p o r las i n v e s t i g a c i o n e s d e l e c o -
n o m i s t a F . S i m i a n d y d e l h i s t o r i a d o r H . H a u s e r , q u e le a n i m a n a a p r e c i a r
las fluctuaciones e c o n ó m i c a s a p a r t i r d e las s e r i e s d e p r e c i o s . M . B l o c h r e a -
liza i n d u d a b l e m e n t e su o b r a m a e s t r a c o n Les Caracteres originaux de l'his-
toire rurale frangaise du XI' au XVIII' siécle (1931). O b s e r v a r e n e s t e l i b r o
las f o r m a s d e o c u p a c i ó n d e l s u e l o , las t é c n i c a s d e p r o d u c c i ó n , las f o r m a s
d e p o b l a m i e n t o , las c o n d i c i o n e s s e ñ o r i a l e s , las p r á c t i c a s c o m u n i t a r i a s d u -
r a n t e u n a e t a p a d e l a r g a d u r a c i ó n y e n el c o n j u n t o d e l t e r r i t o r i o n a c i o n a l .
L a vía p o r él t r a z a d a es s e g u i d a p o r l o s m e d i e v a l i s t a s d e l a g e n e r a c i ó n si-
g u i e n t e , c o m o lo d e m u e s t r a n la o b r a d e R . B o u t r u c h e , Seigneurie et Feo-
156
dalité ( 1 9 5 9 ) , o L'Économie rurale et la Vie des campagnes dans l'Occident
medieval ( 1 9 6 2 ) , d e G . D u b y . A d e m á s , M . B l o c h d e s e a q u e l a h i s t o r i a e c o -
n ó m i c a s e d i r i j a m á s h a c i a el m u n d o c o n t e m p o r á n e o : « ¿ S e p u e d e c r e e r q u e
p a r a c o m p r e n d e r l a s o c i e d a d a c t u a l b a s t a c o n z a m b u l l i r s e e n la l e c t u r a d e
los d e b a t e s p a r l a m e n t a r i o s y e n los archivos d e p r o t o c o l o s ? ¿ N o es n e c e -
sario saber t a m b i é n interpretar u n balance bancario, que p u e d e resultar
p a r a el p r o f a n o m á s h e r m é t i c o q u e m u c h o s j e r o g l í f i c o s ? ¿ E s a c e p t a b l e , e n
u n a é p o c a e n la q u e r e i n a l a m á q u i n a , q u e el h i s t o r i a d o r i g n o r e c ó m o e s -
t á n h e c h a s las m á q u i n a s y c ó m o se m o d i f i c a n ? » V e i n t e a ñ o s d e s p u é s , l a l e c -
c i ó n h a s i d o y a a p r e n d i d a , c o m o l o d e m u e s t r a n las o b r a s s i g u i e n t e s : L'in-
dustrie textile sous le Second Empire ( 1 9 5 6 ) , d e C . F o h l e n ; La formation
de la grande entreprise capitaliste, de 1815 á 1848 ( 1 9 5 9 ) , d e B . G i l i e ; o La
Naissance du Crédit Lyonnaise, de 1863 a 1882 ( 1 9 6 1 ) , d e J. B o u v i e r .
M . B l o c h d e s e a a m p l i a r el c a m p o d e l a h i s t o r i a h a c i a o t r a s d i r e c c i o n e s .
L a f r e c u e n t e r e l a c i ó n c o n A . V a r a g n a c le h i z o i n t e r e s a r s e p o r l a p r e h i s t o -
ria, y la l e c t u r a d e A . V a n G e n n e p le d e m o s t r ó c u a n i n t e r e s a n t e es el fol-
c i o r e . I n i c i a d o e n l a e t n o l o g í a , s e a r r i e s g a a e s c r i b i r Les Rois Thaumatur-
ges ( 1 9 2 3 ) , e n s a y o i n n o v a d o r e n el q u e e x a m i n a la d i m e n s i ó n m á g i c a d e la
a u t o r i d a d m o n á r q u i c a — e s p e c i a l m e n t e el p o d e r , a t r i b u i d o al r e y c a p e t o ,
d e curar a los escrófulos m e d i a n t e simple imposición de m a n o s — . P e r o n o
c o n t i n ú a e s t e t r a b a j o d e a n t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a , d e j a n d o a sus a m i g o s l a
p r e o c u p a c i ó n p o r ir e s t a b l e c i e n d o l o s j a l o n e s d e l a h i s t o r i a d e las m e n t a l i -
d a d e s , c o m o p u e d e v e r s e e n las r e c o p i l a c i o n e s d e a r t í c u l o s d e G . L e B r a s ,
Études de sociologie religieuse ( 1 9 5 6 ) , y d e L . F e b v r e , Au coeur religieux
du XVI' siécle ( 1 9 5 7 ) . P o r o t r a p a r t e , M . B l o c h p e r c i b e b i e n la i m p o r t a n c i a
d e l a h n g ü í s t i c a : « C ó m o se p u e d e n p e r m i t i r i g n o r a r las a d q u i s i c i o n e s fun-
d a m e n t a l e s d e l a l i n g ü í s t i c a p e r s o n a s q u e , l a m a y o r p a r t e d e las v e c e s , n o
p o d r á n a l c a n z a r los o b j e t i v o s q u e s e p r o p o n e n e n sus e s t u d i o s m á s q u e a
t r a v é s d e las p a l a b r a s ( . . . ) . » E n s u Apologie pour l'histoire, M . B l o c h se
p r e g u n t a , al i r e s c r i b i e n d o sus p á g i n a s , p o r e l s e n t i d o d e t é r m i n o s c o m o
«siervo» (p. 81), «pueblo» (p. 82), «Imperio» (p. 82), «colono» (p. 84),
«feudalismo», (p. 86), «revolución» (p. 87), «libertad» (p. 88), etc.: «Al-
gunos de nuestros predecesores, como Fustel de Coulanges, nos h a n deja-
d o a d m i r a b l e s m o d e l o s d e e s t u d i o s o b r e el s e n t i d o d e las p a l a b r a s , d e l a
s e m á n t i c a h i s t ó r i c a . D e s d e e n t o n c e s los p r o g r e s o s d e la h n g ü í s t i c a h a n a g u -
dizado n u e s t r o s i n s t r u m e n t o s . Q u e los j ó v e n e s investigadores n o d e j e n d e
m a n e j a r l o s . » D e h e c h o , l a s i n s t i t u c i o n e s d e M . B l o c h n o se p l a s m a r o n h a s -
t a m u c h o m á s t a r d e , h a c i a l o s a ñ o s 1960 y 1 9 7 0 , e n r e a l i z a c i o n e s e j e m p l a -
res en materia de etno-histórica y semántico-histórica.
M . B l o c h i n s i s t e e n l a n e c e s i d a d d e d a r u n a i n s t r u c c i ó n s ó l i d a a los j ó -
v e n e s h i s t o r i a d o r e s : « E s c o n v e n i e n t e q u e el h i s t o r i a d o r p o s e a al m e n o s u n
b a r n i z d e las p r i n c i p a l e s t é c n i c a s d e s u oficio ( . . . ) . L a lista d e las discipli-
n a s que p r o p o n e m o s a nuestros alumnos es demasiado corta.» Convendría,
p u e s , a ñ a d i r , al a p r e n d i z a j e d e l a e p i g r a f í a , la p a l e o g r a f í a y l a d i p l o m á t i c a ,
u n a i n i c i a c i ó n a la a r q u e o l o g í a , a l a e s t a d í s t i c a , a la h i s t o r i a d e l a r t e y a
las l e n g u a s a n t i g u a s y m o d e r n a s . Y t o d o e s t o t o d a v í a n o b a s t a . P a r a llegar
a s e r u n a u t é n t i c o p r o f e s i o n a l d e la h i s t o r i a , h a y q u e c o n o c e r a s i m i s m o las
ciencias p r ó x i m a s : geografía, etnografía, demografía, e c o n o m í a , sociología,
l i n g ü í s t i c a : «Si n o le es p o s i b l e a u n solo h o m b r e (el h i s t o r i a d o r ) a l c a n z a r
el d o m i n i o d e t a l m u l t i p l i c i d a d d e c o m p e t e n c i a s ( . . . ) s e p u e d e t r a t a r d e
157
combinar.las técnicas practicadas por diferentes eruditos.» O sea, organi-
z a r u n t r a b a j o e n e q u i p o , r e a g r u p a n d o e s p e c i a l i d a d e s d e d i s t i n t a s discipli-
n a s . É s t e es el p r o g r a m a q u e l l e v a r á a l a p r á c t i c a la e s c u e l a d e los Annales,
u n o s a ñ o s m á s t a r d e , al c o n s t i t u i r l a s e x t a s e c c i ó n d e l a E s c u e l a P r á c t i c a
d e A l t o s E s t u d i o s . E l p e r m a n e n t e r e c u r s o al m é t o d o c o m p a r a t i v o , l a p r e o -
c u p a c i ó n p o r d a r al h i s t o r i a d o r u n a f o r m a c i ó n p l u r i d i s c i p l i n a r , la d e c i s i ó n
d e r e a l i z a r u n a i n v e s t i g a c i ó n c o l e c t i v a , se e x p l i c a n p o r la c o n v i c c i ó n , a r r a i -
g a d a e n M . B l o c h , d e l a u n i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s , q u e d e f i n e t e x -
t u a l m e n t e d e la s i g u i e n t e m a n e r a : « L o q u e c o n s t i t u y e el o b j e t o d e l a h i s -
t o r i a es el e s p e c t á c u l o d e las a c t i v i d a d e s h u m a n a s . » Y t a m b i é n : « N o h a y
m á s q u é u n a c i e n c i a h u m a n a e n el t i e m p o , q u e n e c e s i t a i n c e s a n t e m e n t e
u n i r el e s t u d i o d e los " m u e r t o s y d e los v i v o s . »
E l e n s a y o d e B l o c h se inicia c o n l a s i g u i e n t e p r e g u n t a , q u e f o r m u l a el
h i s t o r i a d o r a s u p a d r e : « P a p á , d i m e , ¿ p a r a q u é sirve la h i s t o r i a ? L a r e s -
p u e s t a se p r o p o r c i o n a m á s t a r d e e n la o b r a : " B a s t a p a r a explicarlo u n a p a -
labra: c o m p r e n d e r . " E l historiador d e b e p o s e e r la pasión d e c o m p r e n d e r ,
lo q u e i m p l i c a q u e r e n u n c i a , t a n t o c o m o s e a p o s i b l e , al j u i c i o d e v a l o r . »
L a s ciencias s e h a n m o s t r a d o s i e m p r e m á s f e c u n d a s c u a n d o h a n a b a n d o -
n a d o el a n t i g u o a n t r o p o c e n t r i s m o d e l b i e n y d e l m a l . E n c o n s e c u e n c i a , el
h i s t o r i a d o r d e b e e n t r e g a r s e a u n a e s p e c i e d e ascesis, d e c a t a r s i s , d e s e m b a -
r a z á n d o s e d e s u s p r e j u i c i o s , d e sus s e n t i m i e n t o s y d e sus r e f e r e n c i a s i n t e -
l e c t u a l e s : « P a r a p e n e t r a r u n a c o n s c i e n c i a , es n e c e s a r i o casi d e s p o j a r s e d e
u n o m i s m o . » A s í p u e s , la e s c u e l a d e los Annales c o m p a r t e c o n la escuela
m e t ó d i c a el d e s e o — o l a p r e t e n s i ó n — d e a l c a n z a r u n s a b e r o b j e t i v o . Sin e m -
b a r g o , el e s f u e r z o d e a b s t r a c c i ó n , el r e c h a z o d e l j u i c i o m o r a l , l a e x c l u s i ó n
d e t o d o finalismo n o significan p a r a M . B l o c h u n a h u i d a h a c i a a d e l a n t e
a n t e l o s p r o b l e m a s q u e p l a n t e a l a s o c i e d a d d e su t i e m p o . L a r e f l e x i ó n s o -
b r e L'Etrange Défaite d e 1 9 4 0 , así c o m o s u c o m p r o m i s o c o n l a R e s i s t e n c i a
d e 1 9 4 3 , d e m u e s t r a n q u e e s t e h i s t o r i a d o r n o se e n c i e r r a e n su « t o r r e d e m a r -
fil». S e g ú n M . B l o c h , « e s n e c e s a r i o c o m p r e n d e r el p a s a d o a p a r t i r d e l p r e -
s e n t e » , así c o m o « c o m p r e n d e r el p r e s e n t e a l a luz d e l p a s a d o » . E l p e r p e -
t u o v a i v é n e n t r e p a s a d o y p r e s e n t e p e r m i t e e n r i q u e c e r el c o n o c i m i e n t o d e
las s o c i e d a d e s a n t i g u a s e i l u m i n a r el d e l a s o c i e d a d a c t u a l .
3. F. BRAUDEL: LOS TIEMPOS D E LA HISTORIA
F e r n a n d B r a u d e l , n a c i d o e n 1902, h i z o sus -estudios d e h i s t o r i a , a p r o b ó
la agrégation y p a s ó d i e z a ñ o s e n A r g e l i a , d e 1923 a 1 9 3 2 . E n A r g e l i a d e s -
c u b r e el M e d i t e r r á n e o («el M e d i t e r r á n e o d e la o t r a o r i l l a , v i s t o al r e v é s » ) .
E n c o n t r ó después a L . F e b v r e , q u e será su «maestro» y su a m i g o , y q u i e n
le a c o n s e j a r á c a m b i a r el t e m a c o n v e n c i o n a l d e su t e s i s , « L a p o l í t i c a m e d i -
t e r r á n e a d e Felipe II», p o r u n a investigación original s o b r e «El M e d i t e r r á -
n e o e n la é p o c a d e F e l i p e I I » . E l c a m b i o d e t í t u l o s u p o n e s u b v e r t i r l a p e r s -
p e c t i v a . A lo l a r g o d e m u c h o s a ñ o s , F . B r a u d e l e x a m i n a l o s f o n d o s d e los
a r c h i v o s , d e a c c e s o m á s o m e n o s fácil, d e S i m a n c a s , M a d r i d , G e n o v a ,
R o m a , V e n e c i a y D u b r o v n i k . D e 1935 a 1 9 3 7 , u n a m i s i ó n e n el B r a s i l le
a l e j a t e m p o r a l m e n t e d e sus p r e o c u p a c i o n e s m e d i t e r r á n e a s , p e r o l e a b r e los
h o r i z o n t e s a m e r i c a n o s . D e s p u é s d e e s t e i n t e r v a l o feliz, v i v e u n a r u p t u r a d o -
l o r o s a . D e s d e 1939 a 1 9 4 5 , la g u e r r a m u n d i a l le s o m e t e a p r u e b a s i n t e r m i -
158
n a b l e s , s i e n d o c a p t u r a d o c o n la o c u p a c i ó n e i n t e r n a d o e n u n c a m p o d e p r i -
s i o n e r o s c e r c a d e L ü b e c k . D u r a n t e s u c a u t i v i d a d e n A l e m a n i a , sin l i b r o s ,
sin n o t a s , t r a b a j a n d o d e m e m o r i a , p o n e e n o r d e n s u i n v e s t i g a c i ó n y escri-
b e u n p r i m e r m a n u s c r i t o . D e v u e l t a e n F r a n c i a , e n t r e 1945 y 1 9 4 6 , verifica
s u d o c u m e n t a c i ó n , a c a b a s u r e d a c c i ó n y d e f i e n d e s u tesis d e d o c t o r a d o . E n
r e a l i d a d , La Méditerranée e s l a o b r a d e s u v i d a : e s b o z a el p r o y e c t o h a c i a
1929; la p u b l i c a c i ó n inicial d a t a d e 1 9 4 9 , y l a v e r s i ó n c o r r e g i d a y p u e s t a al
d í a a p a r e c e e n 1 9 6 6 . S e t r a t a d e u n g r a n l i b r o , e n el q u e t o m a f o r m a c o n -
creta la i n n o v a c i ó n m e t o d o l ó g i c a , y d e u n libro grueso (1.160 p á g i n a s en
l a p r i m e r a e d i c i ó n ; 1.222 p á g i n a s e n l a s e g u n d a e d i c i ó n ) , q u e fija el « t i p o -
ideal» de lo q u e d e b í a ser u n a tesis d o c t o r a l , e n Francia, p a r a u n a s cuantas
generaciones de historiadores.
L a o b r a , c a r a c t e r í s t i c a d e l e s p í r i t u d e l o s Annales, vuelve la espalda a
la t r a d i c i ó n d e l a « h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e » . E l p r o t a g o n i s t a n o es F e l i p e I I ,
u n h o m b r e d e e s t a d o , s i n o el M e d i t e r r á n e o , u n e s p a c i o m a r í t i m o . F . B r a u -
d e l h a a s i m i l a d o las l e c c i o n e s d e la g e o g r a f í a h u m a n a — T a b l e a u de la Fran-
ce, d e P . V i d a l d e L a B l a c h e ; las tesis r e g i o n a l e s d e R . B l a n c h a r d , d e J .
S i o n o d e A . D e m a n g e o n — , q u e d a n c u e n t a d e la f o r m a c i ó n d e l o s p a i s a -
jes a partir d e la evolución histórica. Y se h a inspirado e n la experiencia
d e L . F e b v r e , q u e h a b í a i n i c i a d o el d i á l o g o e n t r e l a g e o g r a f í a y la h i s t o r i a
e n La Terre et l'Évolution humaine. S i g u i e n d o la v í a d e sus p r e d e c e s o r e s ,
el a u t o r d e La Méditerranée intenta realizar u n a «geo-historia», cuyo pro-
g r a m a d e f i n e así: « S i t u a r l o s p r o b l e m a s h u m a n o s , t a l c o m o los v e u n a g e o -
grafía h u m a n a i n t e l i g e n t e , e n el e s p a c i o — y si es p o s i b l e c a r t o g r a f i a d o s — ;
s i t u a r l o s e n el p a s a d o t e n i e n d o e n c u e n t a l a é p o c a ; e m a n c i p a r la g e o g r a f í a
d e l s e g u i m i e n t o d e las r e a l i d a d e s a c t u a l e s ( a l a s q u e se a p l i c a ú n i c a m e n t e
o c a s i ) , o b l i g á n d o l a a r e e s t u d i a r , c o n s u m é t o d o y e s p e c i f i c i d a d , las r e a l i -
d a d e s d e l p a s a d o . H a c e r u n a v e r d a d e r a g e o g r a f í a h u m a n a r e t r o s p e c t i v a , su-
1
p e r a n d o l a t r a d i c i o n a l g e o g r a f í a h i s t ó r i c a , al e s t i l o d e L o n g n o n , d e d i c a d a
casi e x c l u s i v a m e n t e al e s t u d i o d e las f r o n t e r a s d e l o s E s t a d o s y d e las cir-
c u n s c r i p c i o n e s a d m i n i s t r a t i v a s , sin p r e o c u p a r s e p o r l a p r o p i a t i e r r a , el cli-
m a , el s u e l o , las p l a n t a s y l o s a n i m a l e s ( . . . ) ; o b l i g a r a los g e ó g r a f o s a p r e s -
t a r m á s a t e n c i ó n al t i e m p o (lo q u e s e r í a r e l a t i v a m e n t e fácil), y a l o s h i s t o -
riadores a p r e o c u p a r s e m á s p o r el e s p a c i o (lo q u e s e r á m á s a r d u o ) . . . » R e -
f l e x i o n a n d o s o b r e la d i a l é c t i c a d e l t i e m p o y d e l e s p a c i o , F . B r a u d e l c o n c i -
b e l a i d e a d e l a p l u r a l i d a d d e las d u r a c i o n e s : « A s í h e m o s l l e g a d o a l a d e s -
composición d e la historia e n p l a n o s e s c a l o n a d o s . O , dicho de o t r a m a n e -
r a , a l a d i s t i n c i ó n d e u n t i e m p o g e o g r á f i c o , u n t i e m p o social, u n t i e m p o i n -
dividual.»
P r i m e r p l a n o : « u n a h i s t o r i a casi i n m ó v i l , la d e l h o m b r e e n r e l a c i ó n c o n
el m e d i o q u e l e r o d e a ; u n a h i s t o r i a l e n t a e n u n t r a n s c u r s o y e n s u t r a n s -
f o r m a c i ó n , h e c h a d e v u e l t a s c o n s t a n t e s , d e ciclos i n c e s a n t e m e n t e r e c o m e n -
z a d o s » . E n l a p r i m e r a p a r t e d e s u t e s i s , F . B r a u d e l p r e s e n t a el n i v e l d e lar-
ga duración. D e s c r i b e las m o n t a ñ a s — e l A t l a s , los A p e n i n o s , el T a u r u s ,
e t c . — y a l o s m o n t a ñ e s e s q u e las p u e b l a n , c o n sus c o s t u m b r e s a n c e s t r a l e s
y sus t r a s h u m a n c i a s r e g u l a r e s ; las l l a n u r a s l i t o r a l e s — L a n g u e d o c , C a m p a -
7
Auguste Honoré Lognon (París, 1844-1911) es considerado como uno de los fundadores
de la geografía histórica, autor de Géographie de la Gaule au VI'. siecle, 1878. (N. del T.)
159
combinar.las técnicas practicadas por diferentes eruditos.» O sea, organi-
z a r u n t r a b a j o e n e q u i p o , r e a g r u p a n d o e s p e c i a l i d a d e s d e d i s t i n t a s discipli-
n a s . É s t e es el p r o g r a m a q u e l l e v a r á a l a p r á c t i c a la e s c u e l a d e los Annales,
u n o s a ñ o s m á s t a r d e , al c o n s t i t u i r l a s e x t a s e c c i ó n d e l a E s c u e l a P r á c t i c a
d e A l t o s E s t u d i o s . E l p e r m a n e n t e r e c u r s o al m é t o d o c o m p a r a t i v o , l a p r e o -
c u p a c i ó n p o r d a r al h i s t o r i a d o r u n a f o r m a c i ó n p l u r i d i s c i p l i n a r , la d e c i s i ó n
d e r e a l i z a r u n a i n v e s t i g a c i ó n c o l e c t i v a , se e x p l i c a n p o r la c o n v i c c i ó n , a r r a i -
g a d a e n M . B l o c h , d e l a u n i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s , q u e d e f i n e t e x -
t u a l m e n t e d e la s i g u i e n t e m a n e r a : « L o q u e c o n s t i t u y e el o b j e t o d e l a h i s -
t o r i a es el e s p e c t á c u l o d e las a c t i v i d a d e s h u m a n a s . » Y t a m b i é n : « N o h a y
m á s q u é u n a c i e n c i a h u m a n a e n el t i e m p o , q u e n e c e s i t a i n c e s a n t e m e n t e
u n i r el e s t u d i o d e los " m u e r t o s y d e los v i v o s . »
E l e n s a y o d e B l o c h se inicia c o n l a s i g u i e n t e p r e g u n t a , q u e f o r m u l a el
h i s t o r i a d o r a s u p a d r e : « P a p á , d i m e , ¿ p a r a q u é sirve la h i s t o r i a ? L a r e s -
p u e s t a se p r o p o r c i o n a m á s t a r d e e n la o b r a : " B a s t a p a r a explicarlo u n a p a -
labra: c o m p r e n d e r . " E l historiador d e b e p o s e e r la pasión d e c o m p r e n d e r ,
lo q u e i m p l i c a q u e r e n u n c i a , t a n t o c o m o s e a p o s i b l e , al j u i c i o d e v a l o r . »
L a s ciencias s e h a n m o s t r a d o s i e m p r e m á s f e c u n d a s c u a n d o h a n a b a n d o -
n a d o el a n t i g u o a n t r o p o c e n t r i s m o d e l b i e n y d e l m a l . E n c o n s e c u e n c i a , el
h i s t o r i a d o r d e b e e n t r e g a r s e a u n a e s p e c i e d e ascesis, d e c a t a r s i s , d e s e m b a -
r a z á n d o s e d e s u s p r e j u i c i o s , d e sus s e n t i m i e n t o s y d e sus r e f e r e n c i a s i n t e -
l e c t u a l e s : « P a r a p e n e t r a r u n a c o n s c i e n c i a , es n e c e s a r i o casi d e s p o j a r s e d e
u n o m i s m o . » A s í p u e s , la e s c u e l a d e los Annales c o m p a r t e c o n la escuela
m e t ó d i c a el d e s e o — o l a p r e t e n s i ó n — d e a l c a n z a r u n s a b e r o b j e t i v o . Sin e m -
b a r g o , el e s f u e r z o d e a b s t r a c c i ó n , el r e c h a z o d e l j u i c i o m o r a l , l a e x c l u s i ó n
d e t o d o finalismo n o significan p a r a M . B l o c h u n a h u i d a h a c i a a d e l a n t e
a n t e l o s p r o b l e m a s q u e p l a n t e a l a s o c i e d a d d e su t i e m p o . L a r e f l e x i ó n s o -
b r e L'Etrange Défaite d e 1 9 4 0 , así c o m o s u c o m p r o m i s o c o n l a R e s i s t e n c i a
d e 1 9 4 3 , d e m u e s t r a n q u e e s t e h i s t o r i a d o r n o se e n c i e r r a e n su « t o r r e d e m a r -
fil». S e g ú n M . B l o c h , « e s n e c e s a r i o c o m p r e n d e r el p a s a d o a p a r t i r d e l p r e -
s e n t e » , así c o m o « c o m p r e n d e r el p r e s e n t e a l a luz d e l p a s a d o » . E l p e r p e -
t u o v a i v é n e n t r e p a s a d o y p r e s e n t e p e r m i t e e n r i q u e c e r el c o n o c i m i e n t o d e
las s o c i e d a d e s a n t i g u a s e i l u m i n a r el d e l a s o c i e d a d a c t u a l .
3. F. BRAUDEL: LOS TIEMPOS D E LA HISTORIA
F e r n a n d B r a u d e l , n a c i d o e n 1902, h i z o sus -estudios d e h i s t o r i a , a p r o b ó
la agrégation y p a s ó d i e z a ñ o s e n A r g e l i a , d e 1923 a 1 9 3 2 . E n A r g e l i a d e s -
c u b r e el M e d i t e r r á n e o («el M e d i t e r r á n e o d e la o t r a o r i l l a , v i s t o al r e v é s » ) .
E n c o n t r ó después a L . F e b v r e , q u e será su «maestro» y su a m i g o , y q u i e n
le a c o n s e j a r á c a m b i a r el t e m a c o n v e n c i o n a l d e su t e s i s , « L a p o l í t i c a m e d i -
t e r r á n e a d e Felipe II», p o r u n a investigación original s o b r e «El M e d i t e r r á -
n e o e n la é p o c a d e F e l i p e I I » . E l c a m b i o d e t í t u l o s u p o n e s u b v e r t i r l a p e r s -
p e c t i v a . A lo l a r g o d e m u c h o s a ñ o s , F . B r a u d e l e x a m i n a l o s f o n d o s d e los
a r c h i v o s , d e a c c e s o m á s o m e n o s fácil, d e S i m a n c a s , M a d r i d , G e n o v a ,
R o m a , V e n e c i a y D u b r o v n i k . D e 1935 a 1 9 3 7 , u n a m i s i ó n e n el B r a s i l le
a l e j a t e m p o r a l m e n t e d e sus p r e o c u p a c i o n e s m e d i t e r r á n e a s , p e r o l e a b r e los
h o r i z o n t e s a m e r i c a n o s . D e s p u é s d e e s t e i n t e r v a l o feliz, v i v e u n a r u p t u r a d o -
l o r o s a . D e s d e 1939 a 1 9 4 5 , la g u e r r a m u n d i a l le s o m e t e a p r u e b a s i n t e r m i -
158
n a b l e s , s i e n d o c a p t u r a d o c o n la o c u p a c i ó n e i n t e r n a d o e n u n c a m p o d e p r i -
s i o n e r o s c e r c a d e L ü b e c k . D u r a n t e s u c a u t i v i d a d e n A l e m a n i a , sin l i b r o s ,
sin n o t a s , t r a b a j a n d o d e m e m o r i a , p o n e e n o r d e n s u i n v e s t i g a c i ó n y escri-
b e u n p r i m e r m a n u s c r i t o . D e v u e l t a e n F r a n c i a , e n t r e 1945 y 1 9 4 6 , verifica
s u d o c u m e n t a c i ó n , a c a b a s u r e d a c c i ó n y d e f i e n d e s u tesis d e d o c t o r a d o . E n
r e a l i d a d , La Méditerranée e s l a o b r a d e s u v i d a : e s b o z a el p r o y e c t o h a c i a
1929; la p u b l i c a c i ó n inicial d a t a d e 1 9 4 9 , y l a v e r s i ó n c o r r e g i d a y p u e s t a al
d í a a p a r e c e e n 1 9 6 6 . S e t r a t a d e u n g r a n l i b r o , e n el q u e t o m a f o r m a c o n -
creta la i n n o v a c i ó n m e t o d o l ó g i c a , y d e u n libro grueso (1.160 p á g i n a s en
l a p r i m e r a e d i c i ó n ; 1.222 p á g i n a s e n l a s e g u n d a e d i c i ó n ) , q u e fija el « t i p o -
ideal» de lo q u e d e b í a ser u n a tesis d o c t o r a l , e n Francia, p a r a u n a s cuantas
generaciones de historiadores.
L a o b r a , c a r a c t e r í s t i c a d e l e s p í r i t u d e l o s Annales, vuelve la espalda a
la t r a d i c i ó n d e l a « h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e » . E l p r o t a g o n i s t a n o es F e l i p e I I ,
u n h o m b r e d e e s t a d o , s i n o el M e d i t e r r á n e o , u n e s p a c i o m a r í t i m o . F . B r a u -
d e l h a a s i m i l a d o las l e c c i o n e s d e la g e o g r a f í a h u m a n a — T a b l e a u de la Fran-
ce, d e P . V i d a l d e L a B l a c h e ; las tesis r e g i o n a l e s d e R . B l a n c h a r d , d e J .
S i o n o d e A . D e m a n g e o n — , q u e d a n c u e n t a d e la f o r m a c i ó n d e l o s p a i s a -
jes a partir d e la evolución histórica. Y se h a inspirado e n la experiencia
d e L . F e b v r e , q u e h a b í a i n i c i a d o el d i á l o g o e n t r e l a g e o g r a f í a y la h i s t o r i a
e n La Terre et l'Évolution humaine. S i g u i e n d o la v í a d e sus p r e d e c e s o r e s ,
el a u t o r d e La Méditerranée intenta realizar u n a «geo-historia», cuyo pro-
g r a m a d e f i n e así: « S i t u a r l o s p r o b l e m a s h u m a n o s , t a l c o m o los v e u n a g e o -
grafía h u m a n a i n t e l i g e n t e , e n el e s p a c i o — y si es p o s i b l e c a r t o g r a f i a d o s — ;
s i t u a r l o s e n el p a s a d o t e n i e n d o e n c u e n t a l a é p o c a ; e m a n c i p a r la g e o g r a f í a
d e l s e g u i m i e n t o d e las r e a l i d a d e s a c t u a l e s ( a l a s q u e se a p l i c a ú n i c a m e n t e
o c a s i ) , o b l i g á n d o l a a r e e s t u d i a r , c o n s u m é t o d o y e s p e c i f i c i d a d , las r e a l i -
d a d e s d e l p a s a d o . H a c e r u n a v e r d a d e r a g e o g r a f í a h u m a n a r e t r o s p e c t i v a , su-
1
p e r a n d o l a t r a d i c i o n a l g e o g r a f í a h i s t ó r i c a , al e s t i l o d e L o n g n o n , d e d i c a d a
casi e x c l u s i v a m e n t e al e s t u d i o d e las f r o n t e r a s d e l o s E s t a d o s y d e las cir-
c u n s c r i p c i o n e s a d m i n i s t r a t i v a s , sin p r e o c u p a r s e p o r l a p r o p i a t i e r r a , el cli-
m a , el s u e l o , las p l a n t a s y l o s a n i m a l e s ( . . . ) ; o b l i g a r a los g e ó g r a f o s a p r e s -
t a r m á s a t e n c i ó n al t i e m p o (lo q u e s e r í a r e l a t i v a m e n t e fácil), y a l o s h i s t o -
riadores a p r e o c u p a r s e m á s p o r el e s p a c i o (lo q u e s e r á m á s a r d u o ) . . . » R e -
f l e x i o n a n d o s o b r e la d i a l é c t i c a d e l t i e m p o y d e l e s p a c i o , F . B r a u d e l c o n c i -
b e l a i d e a d e l a p l u r a l i d a d d e las d u r a c i o n e s : « A s í h e m o s l l e g a d o a l a d e s -
composición d e la historia e n p l a n o s e s c a l o n a d o s . O , dicho de o t r a m a n e -
r a , a l a d i s t i n c i ó n d e u n t i e m p o g e o g r á f i c o , u n t i e m p o social, u n t i e m p o i n -
dividual.»
P r i m e r p l a n o : « u n a h i s t o r i a casi i n m ó v i l , la d e l h o m b r e e n r e l a c i ó n c o n
el m e d i o q u e l e r o d e a ; u n a h i s t o r i a l e n t a e n u n t r a n s c u r s o y e n s u t r a n s -
f o r m a c i ó n , h e c h a d e v u e l t a s c o n s t a n t e s , d e ciclos i n c e s a n t e m e n t e r e c o m e n -
z a d o s » . E n l a p r i m e r a p a r t e d e s u t e s i s , F . B r a u d e l p r e s e n t a el n i v e l d e lar-
ga duración. D e s c r i b e las m o n t a ñ a s — e l A t l a s , los A p e n i n o s , el T a u r u s ,
e t c . — y a l o s m o n t a ñ e s e s q u e las p u e b l a n , c o n sus c o s t u m b r e s a n c e s t r a l e s
y sus t r a s h u m a n c i a s r e g u l a r e s ; las l l a n u r a s l i t o r a l e s — L a n g u e d o c , C a m p a -
7
Auguste Honoré Lognon (París, 1844-1911) es considerado como uno de los fundadores
de la geografía histórica, autor de Géographie de la Gaule au VI'. siecle, 1878. (N. del T.)
159
n i a , M i t i d j a — , c o n sus a g u a s p a n t a n o s a s , sus h a b i t a n t e s m i n a d o s p o r l a
m a l a r i a ; l a s . « l l a n u r a s l í q u i d a s » — e l m a r N e g r o , el E g e o , el A d r i á t i c o ,
e t c . — , c u y a s c o s t a s y c u y o s v i e n t o s y c o r r i e n t e s d e t e r m i n a n las f o r m a s y
l o s r i t m o s d e la n a v e g a c i ó n ; las islas — C e r d e ñ a , C r e t a , C h i p r e ; e t c . — , q u e
s o n , a la v e z , e s c a l a s p a r a l o s m a r i n o s , n i d o s d e p i r a t a s y c e n t r o s d e e m i -
g r a c i ó n . E l á ü t o r p r e c i s a los l í m i t e s d e la c u e n c a m e d i t e r r á n e a : al n o r t e ,
las r e g i o n e s t e m p l a d a s h a b i t a d a s p o r s e d e n t a r i o s , t i e r r a s c r i s t i a n a s ; al s u r ,
los d e s i e r t o s á r i d o s , r e c o r r i d o s p o r n ó m a d a s , t i e r r a s i s l á m i c a s . ¡Y d e f i n e l o s
r a s g o s s i n g u l a r e s d e l c l i m a , m a r c a d o p o r el p r e d o m i n i o d e la s e q u e d a d ,
con inviernos templados y veranos cálidos. E l t i e m p o geográfico p a r e c e
c o n f u n d i r s e c o n la e t e r n i d a d ; p a r e c e q u e el e s p a c i o m e d i t e r r á n e o n o h a y a
c a m b i a d o e n t r e los t i e m p o s d e A u g u s t o y d e F e l i p e I I . Sin e m b a r g o d e b e
c o r r e g i r s e e s t a i m p r e s i ó n d e i n m o v i l i d a d : al c o r r e r d e los siglos, el c l i m a
h a p o d i d o r e g i s t r a r v a r i a c i o n e s ; la v e g e t a c i ó n h a s u f r i d o d e g r a c i o n e s ; las
u b i c a c i o n e s d e las c i u d a d e s , a v e c e s se h a n d e s p l a z a d o , a v e c e s s e h a m o -
dificado el t r a z a d o d e las v í a s . A s í l a o b s e r v a c i ó n g e o g r á f i c a n o s l l e v a a
« d e s c u b r i r las o s c i l a c i o n e s m á s l e n t a s q u e c o n o c e l a h i s t o r i a » .
Segundo plano: «una historia de ritmos lentos (...), u n a historia estruc-
t u r a l ; se diría d e b u e n a g a n a u n a h i s t o r i a s o c i a l , la d e l o s g r u p o s y l o s a g r u -
p a m i e n t o s » . E l n i v e l d e l a d u r a c i ó n cíclica es e x a m i n a d o e n l a s e g u n d a p a r -
t e d e su tesis. F . B r a u d e l s e ñ a l a los e j e s d e c o m u n i c a c i ó n , l o s t e r r e s t r e s y
los m a r í t i m o s ; m i d e las d i s t a n c i a s c o m e r c i a l e s , e n f u n c i ó n d e las v e l o c i d a -
d e s m e d i a s d e los n a v i o s ; c a l i b r a la d i m e n s i ó n d e l o s m e r c a d o s — d e T o s -
c a n a o d e A n d a l u c í a — , o el r a d i o d e a c c i ó n d e los p u e r t o s — V e n e c i a , L i -
v o r n p o M a r s e l l a — . C a l c u l a el n ú m e r o d e los h a b i t a n t e s e n a q u e l l a é p o c a
( d e b í a n s e r q u i z á u n o s s e s e n t a m i l l o n e s ) y s u r e p a r t o , s e ñ a l a n d o las r e g i o -
n e s v a c í a s — p o r e j e m p l o , el A l g a r v e — y las r e g i o n e s o c u p a d a s — p o r e j e m -
p l o , M a l t a — ; e v a l ú a el c r e c i m i e n t o d e m o g r á f i c o (Sicilia t i e n e , e n 1 5 0 1 ,
6 0 0 . 0 0 0 h a b i t a n t e s , y e n 1607, 1.100.000). S e i n t e r e s a p o r los m e c a n i s m o s
m o n e t a r i o s , d e m o s t r a n d o q u e el o r o d e l S u d á n se a g o t a a finales d e l si-
glo XV; y q u e el aflujo d e o r o y p l a t a , p r o c e n d e n t e d e l C a r i b e y d e M é x i c o
y, d e s p u é s , la p l a t a d e l P e r ú , q u e llega a Sevilla, p a s a p r i m e r o a t r a v é s d e
A m b e r e s , después a través d e G e n o v a , e x t e n d i é n d o s e p o r los países m e -
d i t e r r á n e o s d u r a n t e el siglo x v i . L a a b u n d a n c i a d e m e t a l e s p r e c i o s o s p r o -
v o c a la s u b i d a d e los p r e c i o s , d e a c u e r d o c o n u n a t e n d e n c i a s e c u l a r ( d e
1530 a 1 6 2 0 ) , m o d u l a d a p o r f l u c t u a c i o n e s d e c e n a l e s ( b a j a d e 1558 a 1 5 6 7 ;
alza d e 1567 a 1576; b a j a d e 1576 a 1588, e t c . ) . E l m o v i m i e n t o d e los p r e -
cios i n c i d e e n las r e n t a s : n e g o c i a n t e s y s e ñ o r e s se e n r i q u e c e n ; o b r e r o s y
c a m p e s i n o s se e m p o b r e c e n . F . B r a u d e l e s t u d i a la c o y u n t u r a e n el M e d i -
t e r r á n e o d e l siglo x v i , c u a n d o L a b r o u s s e a c a b a d e a n a l i z a r la e v o l u c i ó n d e
los p r e c i o s e n la F r a n c i a d e l siglo x v i n . C o n a m b a s c o n t r i b u c i o n e s , l a h i s -
t o r i a e c o n ó m i c a f r a n c e s a e s t a b l e c e sus f u n d a m e n t o s .
T e r c e r p l a n o : « u n a h i s t o r i a t r a d i c i o n a l , o si se q u i e r e , u n a h i s t o r i a h e -
c h a n o a la m e d i d a d e l h o m b r e , s i n o d e l i n d i v i d u o ( . . . ) ; u n a a g i t a c i ó n su-
perficial, las o l a s q u e los m e r c a d o s a l z a n c o n su p o t e n t e m o v i m i e n t o . U n a
historia con oscilaciones b r e v e s , r á p i d a s , nerviosas». E l nivel del t i e m p o
c o r t o es a b o r d a d o e n l a t e r c e r a p a r t e d e su t e s i s , d o n d e el a u t o r p r e s e n t a
8
Mitidja es una fértil llanura de Argelia.
160
los i m p e r i o s r i v a l e s — e l e s p a ñ o l y el t u r c o — d e s c r i b i e n d o sus c o m p l e j a s
i n s t i t u c i o n e s , s u s d i v e r s a s p r o v i n c i a s , sus p o b l a c i o n e s h e t e r o g é n e a s ; e s t i m a
las f u e r z a s m i l i t a r e s r e s p e c t i v a s c o n s i d e r a n d o la o r g a n i z a c i ó n d e l o s e j é r c i -
t o s , el v a l o r d e las f l o t a s , l a r e d d e l a s f o r t i f i c a c i o n e s . M o n t a d o el d e c o r a -
d o , el h i s t o r i a d o r p o n e l a e s c e n a e n a c c i ó n ; p a s a r e v i s t a a los p r i n c i p a l e s
« a c o n t e c i m i e n t o s » : l a a b d i c a c i ó n d e C a r l o s V ( 1 5 5 6 ) , la p a z d e C a t e a u -
C a m b r é s i s ( 1 5 5 9 ) , l a g u e r r a h i s p a n o - t u r c a ( d e 1561 a 1 5 6 4 ) , el g o l p e d e
f u e r z a e n M a l t a ( 1 5 6 4 ) , l a f o r m a c i ó n d e l a a l i a n z a c o n t r a e l t u r c o ( d e 1566
a 1 5 7 0 ) , l a b a t a l l a d e L e p a n t o ( 1 5 7 1 ) , las t r e g u a s h i s p a n o - t u r c a s ( d e 1578
a 1581 y 1 5 8 3 ) , y o t r o s e p i s o d i o s d e u n e n f r e n t a m i e n t o q u e d u r a m e d i o si-
glo. E l relato, bien d o c u m e n t a d o , b i e n escrito, e n r i q u e c e la historia militar
y d i p l o m á t i c a . P e r o s u a u t o r n o se a p a s i o n a p o r u n g é n e r o t a n t r a d i c i o n a l :
p o r e j e m p l o , r e s p e c t o d e l a b a t a l l a d e L e p a n t o , s e i n t e r e s a m á s p o r sus efec-
t o s d u r a d e r o s q u e p o r sus p e r i p e c i a s : «Si la a t e n c i ó n n o s e p o l a r i z a e x c l u -
s i v a m e n t e e n t o r n o a l o s a c o n t e c i m i e n t o s , c a p a b r i l l a n t e y s u p e r f i c i a l d e la
h i s t o r i a , e n t o n c e s s u r g e n m i l r e a l i d a d e s n u e v a s q u e , sin f a n f a r r i a s , sin r u i -
d o s , c a m i n a n m á s allá d e L e p a n t o . S e r o m p e el e n c a n t a m i e n t o d e l p o d e r
o t o m a n o (...); r e a p a r e c e la c a r r e r a activa d e la cristiandad (...); se disloca
la e n o r m e a r m a d a t u r c a . » F . B r a u d e l , al p r e s t a r a t e n c i ó n a la h i s t o r i a « d e
las b a t a l l a s » , h a c e u n a c o n c e s i ó n a la e s c u e l a « p o s i t i v i s t a » , c u y a a f i r m a c i ó n
s e g u í a s i e n d o f u e r t e e n l a i n s t i t u c i ó n u n i v e r s i t a r i a ; sin e m b a r g o , c o m o dig-
n o r e p r e s e n t a n t e d e l a e s c u e l a d e l o s Annales, r e l e g a el a c o n t e c i m i e n t o a
u n s e g u n d o p l a n o . A l a f r a s e d e E . L a v i s s e « p r i m e r o la p o l í t i c a » , s u c e d e
la d e F . B r a u d e l , «la p o l í t i c a d e s p u é s » .
T r a s h a b e r defendido su tesis, F . B r a u d e l realiza u n a c a r r e r a excepcio-
n a l . D u r a n t e m á s d e v e i n t e a ñ o s , d e s d e 1946 a 1 9 6 8 , p r i m e r o j u n t o a
L . F e b v r e y d e s p u é s s o l o , d i r i g e l a r e v i s t a Annales, p r e s i d e la sección 6. a
d e l a E s c u e l a p r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s , o c u p a u n a c á t e d r a e n el C o l e g i o
d e F r a n c i a y d i r i g e las i n v e s t i g a c i o n e s d e m u c h o s h i s t o r i a d o r e s q u e s e ini-
c i a n . A lo l a r g o d e e s t e p e r í o d o r e d a c t a u n a s e r i e d e a r t í c u l o s d e c a r á c t e r
m e t o d o l ó g i c o , q u e r e ú n e y p u b l i c a c o n el t í t u l o d e Écrits sur ¡'Histoire, en
1 9 6 9 . E n g e n e r a l , F . B r a u d e l p e r m a n e c e fiel a l a s o r i e n t a c i o n e s d e L . F e b v -
r e y d e M . B l o c h : p r e c o n i z a l a u n i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s , i n t e n t a c o n s -
t r u i r u n a « h i s t o r i a t o t a l » , y m a n t i e n e la u n i ó n e n t r e el p a s a d o y el p r e s e n -
t e : « D e s p u é s d e la f u n d a c i ó n d e l o s Annales ( . . . ) el h i s t o r i a d o r h a q u e r i d o
s e r , y se h a h e c h o , e c o n o m i s t a , a n t r o p ó l o g o , d e m ó g r a f o , p s i c ó l o g o , lin-
g ü i s t a ( . . . ) . E l h i s t o r i a d o r e s , p u e d e d e c i r s e , u n o d e los oficios m e n o s e s -
t r u c t u r a d o s d e la c i e n c i a s o c i a l ; p o r t a n t o , u n o d e los m á s f l e x i b l e s , d e l o s
m á s abiertos. L a historia h a c o n t i n u a d o n u t r i é n d o s e , en esta m i s m a línea,
d e las otras ciencias h u m a n a s (...). H a y u n a historia e c o n ó m i c a ( . . . ) , u n a
maravillosa historia geográfica (...), u n a demografía histórica, incluso u n a
h i s t o r i a social ( . . . ) . P e r o si l a h i s t o r i a o m n i p r e s e n t e p o n e e n d u d a lo social
e n su s e n t i d o p l e n a r i o , s i e m p r e l o h a c e a p a r t i r d e l p r o p i o m o v i m i e n t o d e l
t i e m p o ( . . . ) . L a h i s t o r i a d i a l é c t i c a d e la d u r a c i ó n ( . . . ) es d e l e s t u d i o d e lo
social, d e t o d o lo social; y, p o r t a n t o , del p a s a d o t a n t o c o m o del p r e s e n t e »
(Écrits, p p . 103-104 y p p . 1 0 6 - 1 0 7 ) . A u n q u e se d e f i e n d e d e p r e t e n d e r i n s -
t a u r a r el « h i s t o r i c i s m o » — u n a e s p e c i e d e i m p e r i a l i s m o d e l a e x p l i c a c i ó n h i s -
t ó r i c a — , F . B r a u d e l s i t ú a s u d i s c i p l i n a e n u n a p o s i c i ó n d o m i n a n t e , e n la
e n c r u c i j a d a d e las c i e n c i a s h u m a n a s .
Manteniendo un diálogo constante c o n sus c o l e g a s — e l sociólogo
161
n i a , M i t i d j a — , c o n sus a g u a s p a n t a n o s a s , sus h a b i t a n t e s m i n a d o s p o r l a
m a l a r i a ; l a s . « l l a n u r a s l í q u i d a s » — e l m a r N e g r o , el E g e o , el A d r i á t i c o ,
e t c . — , c u y a s c o s t a s y c u y o s v i e n t o s y c o r r i e n t e s d e t e r m i n a n las f o r m a s y
l o s r i t m o s d e la n a v e g a c i ó n ; las islas — C e r d e ñ a , C r e t a , C h i p r e ; e t c . — , q u e
s o n , a la v e z , e s c a l a s p a r a l o s m a r i n o s , n i d o s d e p i r a t a s y c e n t r o s d e e m i -
g r a c i ó n . E l á ü t o r p r e c i s a los l í m i t e s d e la c u e n c a m e d i t e r r á n e a : al n o r t e ,
las r e g i o n e s t e m p l a d a s h a b i t a d a s p o r s e d e n t a r i o s , t i e r r a s c r i s t i a n a s ; al s u r ,
los d e s i e r t o s á r i d o s , r e c o r r i d o s p o r n ó m a d a s , t i e r r a s i s l á m i c a s . ¡Y d e f i n e l o s
r a s g o s s i n g u l a r e s d e l c l i m a , m a r c a d o p o r el p r e d o m i n i o d e la s e q u e d a d ,
con inviernos templados y veranos cálidos. E l t i e m p o geográfico p a r e c e
c o n f u n d i r s e c o n la e t e r n i d a d ; p a r e c e q u e el e s p a c i o m e d i t e r r á n e o n o h a y a
c a m b i a d o e n t r e los t i e m p o s d e A u g u s t o y d e F e l i p e I I . Sin e m b a r g o d e b e
c o r r e g i r s e e s t a i m p r e s i ó n d e i n m o v i l i d a d : al c o r r e r d e los siglos, el c l i m a
h a p o d i d o r e g i s t r a r v a r i a c i o n e s ; la v e g e t a c i ó n h a s u f r i d o d e g r a c i o n e s ; las
u b i c a c i o n e s d e las c i u d a d e s , a v e c e s se h a n d e s p l a z a d o , a v e c e s s e h a m o -
dificado el t r a z a d o d e las v í a s . A s í l a o b s e r v a c i ó n g e o g r á f i c a n o s l l e v a a
« d e s c u b r i r las o s c i l a c i o n e s m á s l e n t a s q u e c o n o c e l a h i s t o r i a » .
Segundo plano: «una historia de ritmos lentos (...), u n a historia estruc-
t u r a l ; se diría d e b u e n a g a n a u n a h i s t o r i a s o c i a l , la d e l o s g r u p o s y l o s a g r u -
p a m i e n t o s » . E l n i v e l d e l a d u r a c i ó n cíclica es e x a m i n a d o e n l a s e g u n d a p a r -
t e d e su tesis. F . B r a u d e l s e ñ a l a los e j e s d e c o m u n i c a c i ó n , l o s t e r r e s t r e s y
los m a r í t i m o s ; m i d e las d i s t a n c i a s c o m e r c i a l e s , e n f u n c i ó n d e las v e l o c i d a -
d e s m e d i a s d e los n a v i o s ; c a l i b r a la d i m e n s i ó n d e l o s m e r c a d o s — d e T o s -
c a n a o d e A n d a l u c í a — , o el r a d i o d e a c c i ó n d e los p u e r t o s — V e n e c i a , L i -
v o r n p o M a r s e l l a — . C a l c u l a el n ú m e r o d e los h a b i t a n t e s e n a q u e l l a é p o c a
( d e b í a n s e r q u i z á u n o s s e s e n t a m i l l o n e s ) y s u r e p a r t o , s e ñ a l a n d o las r e g i o -
n e s v a c í a s — p o r e j e m p l o , el A l g a r v e — y las r e g i o n e s o c u p a d a s — p o r e j e m -
p l o , M a l t a — ; e v a l ú a el c r e c i m i e n t o d e m o g r á f i c o (Sicilia t i e n e , e n 1 5 0 1 ,
6 0 0 . 0 0 0 h a b i t a n t e s , y e n 1607, 1.100.000). S e i n t e r e s a p o r los m e c a n i s m o s
m o n e t a r i o s , d e m o s t r a n d o q u e el o r o d e l S u d á n se a g o t a a finales d e l si-
glo XV; y q u e el aflujo d e o r o y p l a t a , p r o c e n d e n t e d e l C a r i b e y d e M é x i c o
y, d e s p u é s , la p l a t a d e l P e r ú , q u e llega a Sevilla, p a s a p r i m e r o a t r a v é s d e
A m b e r e s , después a través d e G e n o v a , e x t e n d i é n d o s e p o r los países m e -
d i t e r r á n e o s d u r a n t e el siglo x v i . L a a b u n d a n c i a d e m e t a l e s p r e c i o s o s p r o -
v o c a la s u b i d a d e los p r e c i o s , d e a c u e r d o c o n u n a t e n d e n c i a s e c u l a r ( d e
1530 a 1 6 2 0 ) , m o d u l a d a p o r f l u c t u a c i o n e s d e c e n a l e s ( b a j a d e 1558 a 1 5 6 7 ;
alza d e 1567 a 1576; b a j a d e 1576 a 1588, e t c . ) . E l m o v i m i e n t o d e los p r e -
cios i n c i d e e n las r e n t a s : n e g o c i a n t e s y s e ñ o r e s se e n r i q u e c e n ; o b r e r o s y
c a m p e s i n o s se e m p o b r e c e n . F . B r a u d e l e s t u d i a la c o y u n t u r a e n el M e d i -
t e r r á n e o d e l siglo x v i , c u a n d o L a b r o u s s e a c a b a d e a n a l i z a r la e v o l u c i ó n d e
los p r e c i o s e n la F r a n c i a d e l siglo x v i n . C o n a m b a s c o n t r i b u c i o n e s , l a h i s -
t o r i a e c o n ó m i c a f r a n c e s a e s t a b l e c e sus f u n d a m e n t o s .
T e r c e r p l a n o : « u n a h i s t o r i a t r a d i c i o n a l , o si se q u i e r e , u n a h i s t o r i a h e -
c h a n o a la m e d i d a d e l h o m b r e , s i n o d e l i n d i v i d u o ( . . . ) ; u n a a g i t a c i ó n su-
perficial, las o l a s q u e los m e r c a d o s a l z a n c o n su p o t e n t e m o v i m i e n t o . U n a
historia con oscilaciones b r e v e s , r á p i d a s , nerviosas». E l nivel del t i e m p o
c o r t o es a b o r d a d o e n l a t e r c e r a p a r t e d e su t e s i s , d o n d e el a u t o r p r e s e n t a
8
Mitidja es una fértil llanura de Argelia.
160
los i m p e r i o s r i v a l e s — e l e s p a ñ o l y el t u r c o — d e s c r i b i e n d o sus c o m p l e j a s
i n s t i t u c i o n e s , s u s d i v e r s a s p r o v i n c i a s , sus p o b l a c i o n e s h e t e r o g é n e a s ; e s t i m a
las f u e r z a s m i l i t a r e s r e s p e c t i v a s c o n s i d e r a n d o la o r g a n i z a c i ó n d e l o s e j é r c i -
t o s , el v a l o r d e las f l o t a s , l a r e d d e l a s f o r t i f i c a c i o n e s . M o n t a d o el d e c o r a -
d o , el h i s t o r i a d o r p o n e l a e s c e n a e n a c c i ó n ; p a s a r e v i s t a a los p r i n c i p a l e s
« a c o n t e c i m i e n t o s » : l a a b d i c a c i ó n d e C a r l o s V ( 1 5 5 6 ) , la p a z d e C a t e a u -
C a m b r é s i s ( 1 5 5 9 ) , l a g u e r r a h i s p a n o - t u r c a ( d e 1561 a 1 5 6 4 ) , el g o l p e d e
f u e r z a e n M a l t a ( 1 5 6 4 ) , l a f o r m a c i ó n d e l a a l i a n z a c o n t r a e l t u r c o ( d e 1566
a 1 5 7 0 ) , l a b a t a l l a d e L e p a n t o ( 1 5 7 1 ) , las t r e g u a s h i s p a n o - t u r c a s ( d e 1578
a 1581 y 1 5 8 3 ) , y o t r o s e p i s o d i o s d e u n e n f r e n t a m i e n t o q u e d u r a m e d i o si-
glo. E l relato, bien d o c u m e n t a d o , b i e n escrito, e n r i q u e c e la historia militar
y d i p l o m á t i c a . P e r o s u a u t o r n o se a p a s i o n a p o r u n g é n e r o t a n t r a d i c i o n a l :
p o r e j e m p l o , r e s p e c t o d e l a b a t a l l a d e L e p a n t o , s e i n t e r e s a m á s p o r sus efec-
t o s d u r a d e r o s q u e p o r sus p e r i p e c i a s : «Si la a t e n c i ó n n o s e p o l a r i z a e x c l u -
s i v a m e n t e e n t o r n o a l o s a c o n t e c i m i e n t o s , c a p a b r i l l a n t e y s u p e r f i c i a l d e la
h i s t o r i a , e n t o n c e s s u r g e n m i l r e a l i d a d e s n u e v a s q u e , sin f a n f a r r i a s , sin r u i -
d o s , c a m i n a n m á s allá d e L e p a n t o . S e r o m p e el e n c a n t a m i e n t o d e l p o d e r
o t o m a n o (...); r e a p a r e c e la c a r r e r a activa d e la cristiandad (...); se disloca
la e n o r m e a r m a d a t u r c a . » F . B r a u d e l , al p r e s t a r a t e n c i ó n a la h i s t o r i a « d e
las b a t a l l a s » , h a c e u n a c o n c e s i ó n a la e s c u e l a « p o s i t i v i s t a » , c u y a a f i r m a c i ó n
s e g u í a s i e n d o f u e r t e e n l a i n s t i t u c i ó n u n i v e r s i t a r i a ; sin e m b a r g o , c o m o dig-
n o r e p r e s e n t a n t e d e l a e s c u e l a d e l o s Annales, r e l e g a el a c o n t e c i m i e n t o a
u n s e g u n d o p l a n o . A l a f r a s e d e E . L a v i s s e « p r i m e r o la p o l í t i c a » , s u c e d e
la d e F . B r a u d e l , «la p o l í t i c a d e s p u é s » .
T r a s h a b e r defendido su tesis, F . B r a u d e l realiza u n a c a r r e r a excepcio-
n a l . D u r a n t e m á s d e v e i n t e a ñ o s , d e s d e 1946 a 1 9 6 8 , p r i m e r o j u n t o a
L . F e b v r e y d e s p u é s s o l o , d i r i g e l a r e v i s t a Annales, p r e s i d e la sección 6. a
d e l a E s c u e l a p r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s , o c u p a u n a c á t e d r a e n el C o l e g i o
d e F r a n c i a y d i r i g e las i n v e s t i g a c i o n e s d e m u c h o s h i s t o r i a d o r e s q u e s e ini-
c i a n . A lo l a r g o d e e s t e p e r í o d o r e d a c t a u n a s e r i e d e a r t í c u l o s d e c a r á c t e r
m e t o d o l ó g i c o , q u e r e ú n e y p u b l i c a c o n el t í t u l o d e Écrits sur ¡'Histoire, en
1 9 6 9 . E n g e n e r a l , F . B r a u d e l p e r m a n e c e fiel a l a s o r i e n t a c i o n e s d e L . F e b v -
r e y d e M . B l o c h : p r e c o n i z a l a u n i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s , i n t e n t a c o n s -
t r u i r u n a « h i s t o r i a t o t a l » , y m a n t i e n e la u n i ó n e n t r e el p a s a d o y el p r e s e n -
t e : « D e s p u é s d e la f u n d a c i ó n d e l o s Annales ( . . . ) el h i s t o r i a d o r h a q u e r i d o
s e r , y se h a h e c h o , e c o n o m i s t a , a n t r o p ó l o g o , d e m ó g r a f o , p s i c ó l o g o , lin-
g ü i s t a ( . . . ) . E l h i s t o r i a d o r e s , p u e d e d e c i r s e , u n o d e los oficios m e n o s e s -
t r u c t u r a d o s d e la c i e n c i a s o c i a l ; p o r t a n t o , u n o d e los m á s f l e x i b l e s , d e l o s
m á s abiertos. L a historia h a c o n t i n u a d o n u t r i é n d o s e , en esta m i s m a línea,
d e las otras ciencias h u m a n a s (...). H a y u n a historia e c o n ó m i c a ( . . . ) , u n a
maravillosa historia geográfica (...), u n a demografía histórica, incluso u n a
h i s t o r i a social ( . . . ) . P e r o si l a h i s t o r i a o m n i p r e s e n t e p o n e e n d u d a lo social
e n su s e n t i d o p l e n a r i o , s i e m p r e l o h a c e a p a r t i r d e l p r o p i o m o v i m i e n t o d e l
t i e m p o ( . . . ) . L a h i s t o r i a d i a l é c t i c a d e la d u r a c i ó n ( . . . ) es d e l e s t u d i o d e lo
social, d e t o d o lo social; y, p o r t a n t o , del p a s a d o t a n t o c o m o del p r e s e n t e »
(Écrits, p p . 103-104 y p p . 1 0 6 - 1 0 7 ) . A u n q u e se d e f i e n d e d e p r e t e n d e r i n s -
t a u r a r el « h i s t o r i c i s m o » — u n a e s p e c i e d e i m p e r i a l i s m o d e l a e x p l i c a c i ó n h i s -
t ó r i c a — , F . B r a u d e l s i t ú a s u d i s c i p l i n a e n u n a p o s i c i ó n d o m i n a n t e , e n la
e n c r u c i j a d a d e las c i e n c i a s h u m a n a s .
Manteniendo un diálogo constante c o n sus c o l e g a s — e l sociólogo
161
 G . G u r v i t c h , el d e m ó g r a f o A . S a u v y , el e t n ó l o g o C . L é v i - S t r a u s s — , el h i s -
t o r i a d o r F . B r a u d e l b u s c a l o s p u n t o s d e c o n t a c t o e n t r e las c i e n c i a s socia-
les. E n su o p i n i ó n , e x i s t e n c o n v e r g e n c i a s e n t o r n o a las n o c i o n e s d e
«duración», de «estructura» y de «modelo». H e aquí algunos ejemplos.
Mientras que G. Gurvitch distingue entre temporalidades múltiples: «El
t i e m p o d e l a r g a d u r a c i ó n y d e m a r c h a l e n t a , el t i e m p o - e n g a ñ o o t i e m p o s o r -
p r e s a , el t i e m p o cíclico o d e m o v i m i e n t o o n d u l a d o , el t i e m p o d e p u l s a c i o -
n e s i r r e g u l a r e s , el t i e m p o e n r e t r a s o r e s p e c t o a sí m i s m o , e t c . » , F . B r a u d e l
s i t ú a la h i s t o r i a s o b r e t r e s p l a n o s : « E n l a s u p e r f i c i e , u n a h i s t o r i a d e l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s , q u e , s e i n s c r i b e e n el t i e m p o c o r t o ( . . . ) ; a m e d i a p e n d i e n t e ,
u n a h i s t o r i a c o y u n t u r a ! , q u e s i g u e u n ritmo m á s l e n t o ; e n p r o f u n d i d a d , u n a
h i s t o r i a e s t r u c t u r a l , d e l a r g a d u r a c i ó n , q u e a f e c t a a siglos.» E s e n t o n c e s
c u a n d o C . L é v i - S t r a u s s o p o n e u n a h i s t o r i a q u e se p r e o c u p a r í a p o r la e v o -
l u c i ó n l i n e a l , e n l a d i m e n s i ó n d e l a d i a c r o n í a , a u n a e t n o l o g í a q u e se i n t e -
r e s a r í a p o r la e s t r u c t u r a , e n la d i m e n s i ó n d e la s i n c r o n í a ; y t a m b i é n c u a n -
d o a f i r m a q u e a m b a s d i s c i p l i n a s « s e d i s t i n g u e n e s p e c i a l m e n t e p o r sus p e r s -
p e c t i v a s c o m p l e m e n t a r i a s : l a h i s t o r i a o r g a n i z a n d o sus d a t o s e n r e l a c i ó n a
e x p r e s i o n e s c o n s c i e n t e s ; l a e t n o l o g í a , e n r e l a c i ó n a las c o n d i c i o n e s i n c o n s -
c i e n t e s d e la v i d a s o c i a l » . F . B r a u d e l a l e g a q u e «la e s c u e l a d e l o s Anuales
se h a d e d i c a d o a t o m a r t a n t o l o s h e c h o s r e p e t i t i v o s c o m o l o s s i n g u l a r e s ;
las r e a l i d a d e s c o n s c i e n t e s al i g u a l q u e las i n c o n s c i e n t e s » . C u a n d o A . S a u v y
utiliza m o d e l o s , d e c i d i d a m e n t e m a t e m á t i c o s , p a r a a p r e c i a r la r e l a c i ó n ó p -
tima e n t r e población y p r o d u c c i ó n total, m e d i a y m a r g i n a l , F . B r a u d e l in-
v i t a a l o s h i s t o r i a d o r e s a s e g u i r su e j e m p l o , a u t i l i z a r m o d e l o s « q u e n o s o n
más que hipótesis, tentativas de explicación (...)». O bien: «La investiga-
c i ó n d e b e d e ir i n t e r m i n a b l e m e n t e d e s d e l a r e a l i d a d social h a c i a el m o d e -
l o , d e s p u é s d e s d e é s t e h a c i a a q u é l l a y así s u c e s i v a m e n t e , i n t r o d u c i e n d o u n a
serie de r e t o q u e s , realizando viajes p a c i e n t e m e n t e r e n o v a d o s . E l m o d e l o
es, alternativamente, ensayo de explicación (...), instrumento de control,
d e v e r i f i c a c i ó n (...) d e la p r o p i a v i d a d e u n a e s t r u c t u r a d a d a . »
F . B r a u d e l a c o m e t e u n a s e g u n d a o b r a m o n u m e n t a l , q u e inicia c o n l a
p r e p a r a c i ó n d e sus e n s e ñ a n z a s e n el C o l e g i o d e F r a n c i a , a finales d e l o s
a ñ o s 1950, t o m a f o r m a e n u n a p u b l i c a c i ó n r e d u c i d a ( u n v o l u m e n ) h a c i a m e -
d i a d o s d e 1960, y a p a r e c e , e n u n a v e r s i ó n a m p l i a d a ( t r e s v o l ú m e n e s ) , e n
1980. Su t í t u l o : Civilisation matérielle. Économie et Capitalisme du XV au
XVIII' siécle. E n el p r i m e r o d e e s o s v o l ú m e n e s e s t u d i a «las e s t r u c t u r a s d e
lo c o t i d i a n o , la v i d a d e c a d a d í a , tal c o m o s e i m p o n e a l o s s e r e s h u m a n o s » ;
el s e g u n d o v a d e d i c a d o a l o s « i n t e r c a m b i o s (...) d e l o s m e c a n i s m o s d e la
e c o n o m í a y d e l c o m e r c i o e s t r u c t u r a d o s p o r el c a p i t a l i s m o » ; el t e r c e r o al
« s i s t e m a d e d o m i n a c i ó n i n t e r n a c i o n a l ( . . . ) , al f u n c i o n a m i e n t o d e l o s p o d e -
r e s e c o n ó m i c o s y p o l í t i c o s » . E l a s p e c t o m á s o r i g i n a l r e s i d e e n la r e v a l o r i -
z a c i ó n d e la « v i d a m a t e r i a l » : « P o r t o d a s p a r t e s , s o b r e la s u p e r f i c i e d e l s u e -
lo, se nos presenta u n a vida material h e c h a de rutinas, de herencias, d e
triunfos m u y antiguos. L a vida agrícola, p o r e j e m p l o , e n o r m e m e n t e p r i o -
ritaria e n el m u n d o e n t e r o h a s t a el siglo x v m , r e m o n t a sus r a í c e s , m u c h o
m á s allá d e l siglo x v , a u n a é p o c a m i l e n a r i a . T a l o c u r r e c o n el t r i g o , el
a r r o z , el m a í z y su u t i l i z a c i ó n e n l a c o c i n a , q u e figuran e n t r e l o s h á b i t o s
alimenticios m á s antiguos de los seres h u m a n o s . I g u a l m e n t e son tan viejos
c o m o las p l a n t a s c u l t i v a d a s , los ú t i l e s r u d i m e n t a r i o s , p o c o c o m p l i c a d o s ,
q u e m u l t i p l i c a n y s u a v i z a n el e s f u e r z o h u m a n o : la p a l a n c a , el t o r n o , el p e -
162
dal, la m a n i v e l a , la p o l e a (...). L a e x p r e s i ó n vida m a t e r i a l designará p r e -
f e r e n t e m e n t e , p o r t a n t o , los gestos r e p e t i d o s , los p r o c e d i m i e n t o s e m p í r i -
c o s , las viejas r e c e t a s , l a s s o l u c i o n e s v e n i d a s d e la n o c h e d e l o s t i e m p o s
( . . . ) . U n a v i d a e l e m e n t a l q u e n o es u n a v i d a s u f r i d a p a s i v a m e n t e n i , e n a b -
soluto, inmóvil» ( p r i m e r a edición, 1967, p . 10).
4. L A S PRODUCCIONES HISTÓRICAS
L a e s c u e l a d e l o s Anuales a b r e l a c a n t e r a d e la h i s t o r i a e c o n ó m i c a d e s -
d e l a d é c a d a d e 1930. L a g r a n d e p r e s i ó n i n c i t a a los c o n t e m p o r á n e o s a p r e -
g u n t a r s e p o r q u é se a l t e r n a n l o s t i e m p o s d e e x p a n s i ó n y los t i e m p o s d e
r e c e s i ó n e n las a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s ; u n a d e m o s t r a c i ó n d e e s t a p r e o c u -
p a c i ó n es el l i b r o d e F . S i m i a n d : Les Fluctuations économiques et la Crise
mondiales ( 1 9 3 2 ) . D e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a h i s t o r i o g r a f í a s e o p e r a u n a
v e r d a d e r a m u t a c i ó n c o n l a o b r a d e C . - E . L a b r o u s s e : Esquisse du mouve-
ment des prix et des revenus en France au XVIII' siécle ( 1 9 3 3 ) . E n s u p r i -
m e r a t e s i s , el a u t o r , u n j u r i s t a p o r s u f o r m a c i ó n c o n v e r t i d o a l a e c o n o m í a
y a l a h i s t o r i a , c o m p a r a las s e r i e s d e l o s p r e c i o s — d e l t r i g o , d e l c e n t e n o ,
d e l v i n o , e t c . — r e g i s t r a d o s e n l o s m e r c a d o s d u r a n t e el p e r í o d o d e e s t a b i -
l i d a d m o n e t a r i a q u e s e e x t i e n d e d e 1726 a 1 7 8 9 ; g r a c i a s a e s t o s d a t o s e s -
t a d í s t i c o s , c u i d a d o s a m e n t e e l a b o r a d o s y v e r i f i c a d o s , a p r e c i a el m o v i m i e n -
t o d e l a r g a d u r a c i ó n (el « t r e n d » s e c u l a r ) , l o s flujos y r e f l u j o s e n los v e i n -
ticinco a ñ o s (las f a s e s A y B d e S i m i a n d ) , l o s ciclos c o r t o s d e m e n o s d e
diez años (intra-decenales) y las fluctuaciones estacionales q u e se p r o d u -
c e n c a d a p o c o s m e s e s ; c o m p a r a l a e v o l u c i ó n d e los p r e c i o s d e los p r o d u c -
t o s d e la a g r i c u l t u r a y d e la i n d u s t r i a c o n l a e v o l u c i ó n d e las r e n t a s (la r e n -
t a d e l o s b i e n e s r a í c e s , el p r o v e c h o d e l n e g o c i a n t e , el s a l a r i o o b r e r o ) . E n
su s e g u n d a t e s i s , C . - E . L a b r o u s s e e s t u d i a La Crise de V économie frangaise
á la fin de IAnden Régime ( 1 9 4 3 ) , y e s t a b l e c e q u e e n el p r o l o n g a d o c r e c i -
m i e n t o d e l siglo X V I I I t i e n e l u g a r u n a r e c e s i ó n i n t e r c í c l i c a d e 1774 a 1 7 9 1 ,
s o b r e l a q u e s e i n s e r t a u n a crisis d e s u b s i s t e n c i a e n t r e 1788 y 1 7 8 9 ; c o n e s t e
m o t i v o , c o n s t r u y e el « m o d e l o » d e l a crisis d e l A n t i g u o R é g i m e n , p r e d o -
m i n a n t e m e n t e a g r a r i a , e n la q u e u n a m a l a c o s e c h a a c c i d e n t a l p r o v o c a u n a
s u b i d a b r u t a l d e l o s p r e c i o s d e los c e r e a l e s , l o q u e e n t r a ñ a u n a r e d u c c i ó n
d e l c o n s u m o p o p u l a r y d e s e n c a d e n a u n a s u p e r p r o d u c c i ó n e n la i n d u s t r i a
t r a d i c i o n a l , h a c i e n d o v e r c o n ello c ó m o l o s d e s e q u i l i b r i o s e c o n ó m i c o s afec-
t a n d e m a n e r a d i f e r e n t e a las c l a s e s s o c i a l e s e i n c l u s o c o n d u c e n a e n f r e n -
t a m i e n t o s p o l í t i c o s . O b s e r v a r q u e el « m á x i m u m » d e l p r e c i o d e l p a n c o i n -
c i d e c o n la t o m a d e l a B a s t i l l a a m e d i a d o s d e j u l i o d e 1 7 8 9 , e q u i v a l í a a d e s -
cubrir u n a n u e v a d i m e n s i ó n d e la R e v o l u c i ó n francesa.
C . - E . L a b r o u s s e n o p e r t e n e c e , e s t r i c t a m e n t e , a la e s c u e l a d e l o s Anua-
les; e s t á e x c e s i v a m e n t e i n f l u e n c i a d o p o r el p e n s a m i e n t o d e M a r x y p o r l a
a c t i v i d a d d e J a u r é s , p e r o a c e p t ó c o l a b o r a r c o n los d i s c í p u l o s d e M . B l o c h
y d e L . F e b v r e . P o r ello e n s e ñ a b a s i m u l t á n e a m e n t e e n la antigua S o r b o n a
a
y e n la s e c c i ó n 6 . d e l a E s c u e l a p r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s y , e n a m b a s
i n s t i t u c i o n e s , e n t r e 1946 y 1 9 6 6 , f o r m ó u n a g e n e r a c i ó n d e h i s t o r i a d o r e s e c o -
n o m i s t a s . L o s m é t o d o s e s t a d í s t i c o s e l a b o r a d o s p o r C . - E . L a b r o u s s e s e apli-
c a n e n t o n c e s e n m u c h o s t r a b a j o s q u e t r a t a n d e los ciclos y las crisis: p o r
e j e m p l o , la tesis d e A . C h a b e r t , « E n s a y o a c e r c a d e l m o v i m i e n t o d e l o s p r e -
163
 G . G u r v i t c h , el d e m ó g r a f o A . S a u v y , el e t n ó l o g o C . L é v i - S t r a u s s — , el h i s -
t o r i a d o r F . B r a u d e l b u s c a l o s p u n t o s d e c o n t a c t o e n t r e las c i e n c i a s socia-
les. E n su o p i n i ó n , e x i s t e n c o n v e r g e n c i a s e n t o r n o a las n o c i o n e s d e
«duración», de «estructura» y de «modelo». H e aquí algunos ejemplos.
Mientras que G. Gurvitch distingue entre temporalidades múltiples: «El
t i e m p o d e l a r g a d u r a c i ó n y d e m a r c h a l e n t a , el t i e m p o - e n g a ñ o o t i e m p o s o r -
p r e s a , el t i e m p o cíclico o d e m o v i m i e n t o o n d u l a d o , el t i e m p o d e p u l s a c i o -
n e s i r r e g u l a r e s , el t i e m p o e n r e t r a s o r e s p e c t o a sí m i s m o , e t c . » , F . B r a u d e l
s i t ú a la h i s t o r i a s o b r e t r e s p l a n o s : « E n l a s u p e r f i c i e , u n a h i s t o r i a d e l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s , q u e , s e i n s c r i b e e n el t i e m p o c o r t o ( . . . ) ; a m e d i a p e n d i e n t e ,
u n a h i s t o r i a c o y u n t u r a ! , q u e s i g u e u n ritmo m á s l e n t o ; e n p r o f u n d i d a d , u n a
h i s t o r i a e s t r u c t u r a l , d e l a r g a d u r a c i ó n , q u e a f e c t a a siglos.» E s e n t o n c e s
c u a n d o C . L é v i - S t r a u s s o p o n e u n a h i s t o r i a q u e se p r e o c u p a r í a p o r la e v o -
l u c i ó n l i n e a l , e n l a d i m e n s i ó n d e l a d i a c r o n í a , a u n a e t n o l o g í a q u e se i n t e -
r e s a r í a p o r la e s t r u c t u r a , e n la d i m e n s i ó n d e la s i n c r o n í a ; y t a m b i é n c u a n -
d o a f i r m a q u e a m b a s d i s c i p l i n a s « s e d i s t i n g u e n e s p e c i a l m e n t e p o r sus p e r s -
p e c t i v a s c o m p l e m e n t a r i a s : l a h i s t o r i a o r g a n i z a n d o sus d a t o s e n r e l a c i ó n a
e x p r e s i o n e s c o n s c i e n t e s ; l a e t n o l o g í a , e n r e l a c i ó n a las c o n d i c i o n e s i n c o n s -
c i e n t e s d e la v i d a s o c i a l » . F . B r a u d e l a l e g a q u e «la e s c u e l a d e l o s Anuales
se h a d e d i c a d o a t o m a r t a n t o l o s h e c h o s r e p e t i t i v o s c o m o l o s s i n g u l a r e s ;
las r e a l i d a d e s c o n s c i e n t e s al i g u a l q u e las i n c o n s c i e n t e s » . C u a n d o A . S a u v y
utiliza m o d e l o s , d e c i d i d a m e n t e m a t e m á t i c o s , p a r a a p r e c i a r la r e l a c i ó n ó p -
tima e n t r e población y p r o d u c c i ó n total, m e d i a y m a r g i n a l , F . B r a u d e l in-
v i t a a l o s h i s t o r i a d o r e s a s e g u i r su e j e m p l o , a u t i l i z a r m o d e l o s « q u e n o s o n
más que hipótesis, tentativas de explicación (...)». O bien: «La investiga-
c i ó n d e b e d e ir i n t e r m i n a b l e m e n t e d e s d e l a r e a l i d a d social h a c i a el m o d e -
l o , d e s p u é s d e s d e é s t e h a c i a a q u é l l a y así s u c e s i v a m e n t e , i n t r o d u c i e n d o u n a
serie de r e t o q u e s , realizando viajes p a c i e n t e m e n t e r e n o v a d o s . E l m o d e l o
es, alternativamente, ensayo de explicación (...), instrumento de control,
d e v e r i f i c a c i ó n (...) d e la p r o p i a v i d a d e u n a e s t r u c t u r a d a d a . »
F . B r a u d e l a c o m e t e u n a s e g u n d a o b r a m o n u m e n t a l , q u e inicia c o n l a
p r e p a r a c i ó n d e sus e n s e ñ a n z a s e n el C o l e g i o d e F r a n c i a , a finales d e l o s
a ñ o s 1950, t o m a f o r m a e n u n a p u b l i c a c i ó n r e d u c i d a ( u n v o l u m e n ) h a c i a m e -
d i a d o s d e 1960, y a p a r e c e , e n u n a v e r s i ó n a m p l i a d a ( t r e s v o l ú m e n e s ) , e n
1980. Su t í t u l o : Civilisation matérielle. Économie et Capitalisme du XV au
XVIII' siécle. E n el p r i m e r o d e e s o s v o l ú m e n e s e s t u d i a «las e s t r u c t u r a s d e
lo c o t i d i a n o , la v i d a d e c a d a d í a , tal c o m o s e i m p o n e a l o s s e r e s h u m a n o s » ;
el s e g u n d o v a d e d i c a d o a l o s « i n t e r c a m b i o s (...) d e l o s m e c a n i s m o s d e la
e c o n o m í a y d e l c o m e r c i o e s t r u c t u r a d o s p o r el c a p i t a l i s m o » ; el t e r c e r o al
« s i s t e m a d e d o m i n a c i ó n i n t e r n a c i o n a l ( . . . ) , al f u n c i o n a m i e n t o d e l o s p o d e -
r e s e c o n ó m i c o s y p o l í t i c o s » . E l a s p e c t o m á s o r i g i n a l r e s i d e e n la r e v a l o r i -
z a c i ó n d e la « v i d a m a t e r i a l » : « P o r t o d a s p a r t e s , s o b r e la s u p e r f i c i e d e l s u e -
lo, se nos presenta u n a vida material h e c h a de rutinas, de herencias, d e
triunfos m u y antiguos. L a vida agrícola, p o r e j e m p l o , e n o r m e m e n t e p r i o -
ritaria e n el m u n d o e n t e r o h a s t a el siglo x v m , r e m o n t a sus r a í c e s , m u c h o
m á s allá d e l siglo x v , a u n a é p o c a m i l e n a r i a . T a l o c u r r e c o n el t r i g o , el
a r r o z , el m a í z y su u t i l i z a c i ó n e n l a c o c i n a , q u e figuran e n t r e l o s h á b i t o s
alimenticios m á s antiguos de los seres h u m a n o s . I g u a l m e n t e son tan viejos
c o m o las p l a n t a s c u l t i v a d a s , los ú t i l e s r u d i m e n t a r i o s , p o c o c o m p l i c a d o s ,
q u e m u l t i p l i c a n y s u a v i z a n el e s f u e r z o h u m a n o : la p a l a n c a , el t o r n o , el p e -
162
dal, la m a n i v e l a , la p o l e a (...). L a e x p r e s i ó n vida m a t e r i a l designará p r e -
f e r e n t e m e n t e , p o r t a n t o , los gestos r e p e t i d o s , los p r o c e d i m i e n t o s e m p í r i -
c o s , las viejas r e c e t a s , l a s s o l u c i o n e s v e n i d a s d e la n o c h e d e l o s t i e m p o s
( . . . ) . U n a v i d a e l e m e n t a l q u e n o es u n a v i d a s u f r i d a p a s i v a m e n t e n i , e n a b -
soluto, inmóvil» ( p r i m e r a edición, 1967, p . 10).
4. L A S PRODUCCIONES HISTÓRICAS
L a e s c u e l a d e l o s Anuales a b r e l a c a n t e r a d e la h i s t o r i a e c o n ó m i c a d e s -
d e l a d é c a d a d e 1930. L a g r a n d e p r e s i ó n i n c i t a a los c o n t e m p o r á n e o s a p r e -
g u n t a r s e p o r q u é se a l t e r n a n l o s t i e m p o s d e e x p a n s i ó n y los t i e m p o s d e
r e c e s i ó n e n las a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s ; u n a d e m o s t r a c i ó n d e e s t a p r e o c u -
p a c i ó n es el l i b r o d e F . S i m i a n d : Les Fluctuations économiques et la Crise
mondiales ( 1 9 3 2 ) . D e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a h i s t o r i o g r a f í a s e o p e r a u n a
v e r d a d e r a m u t a c i ó n c o n l a o b r a d e C . - E . L a b r o u s s e : Esquisse du mouve-
ment des prix et des revenus en France au XVIII' siécle ( 1 9 3 3 ) . E n s u p r i -
m e r a t e s i s , el a u t o r , u n j u r i s t a p o r s u f o r m a c i ó n c o n v e r t i d o a l a e c o n o m í a
y a l a h i s t o r i a , c o m p a r a las s e r i e s d e l o s p r e c i o s — d e l t r i g o , d e l c e n t e n o ,
d e l v i n o , e t c . — r e g i s t r a d o s e n l o s m e r c a d o s d u r a n t e el p e r í o d o d e e s t a b i -
l i d a d m o n e t a r i a q u e s e e x t i e n d e d e 1726 a 1 7 8 9 ; g r a c i a s a e s t o s d a t o s e s -
t a d í s t i c o s , c u i d a d o s a m e n t e e l a b o r a d o s y v e r i f i c a d o s , a p r e c i a el m o v i m i e n -
t o d e l a r g a d u r a c i ó n (el « t r e n d » s e c u l a r ) , l o s flujos y r e f l u j o s e n los v e i n -
ticinco a ñ o s (las f a s e s A y B d e S i m i a n d ) , l o s ciclos c o r t o s d e m e n o s d e
diez años (intra-decenales) y las fluctuaciones estacionales q u e se p r o d u -
c e n c a d a p o c o s m e s e s ; c o m p a r a l a e v o l u c i ó n d e los p r e c i o s d e los p r o d u c -
t o s d e la a g r i c u l t u r a y d e la i n d u s t r i a c o n l a e v o l u c i ó n d e las r e n t a s (la r e n -
t a d e l o s b i e n e s r a í c e s , el p r o v e c h o d e l n e g o c i a n t e , el s a l a r i o o b r e r o ) . E n
su s e g u n d a t e s i s , C . - E . L a b r o u s s e e s t u d i a La Crise de V économie frangaise
á la fin de IAnden Régime ( 1 9 4 3 ) , y e s t a b l e c e q u e e n el p r o l o n g a d o c r e c i -
m i e n t o d e l siglo X V I I I t i e n e l u g a r u n a r e c e s i ó n i n t e r c í c l i c a d e 1774 a 1 7 9 1 ,
s o b r e l a q u e s e i n s e r t a u n a crisis d e s u b s i s t e n c i a e n t r e 1788 y 1 7 8 9 ; c o n e s t e
m o t i v o , c o n s t r u y e el « m o d e l o » d e l a crisis d e l A n t i g u o R é g i m e n , p r e d o -
m i n a n t e m e n t e a g r a r i a , e n la q u e u n a m a l a c o s e c h a a c c i d e n t a l p r o v o c a u n a
s u b i d a b r u t a l d e l o s p r e c i o s d e los c e r e a l e s , l o q u e e n t r a ñ a u n a r e d u c c i ó n
d e l c o n s u m o p o p u l a r y d e s e n c a d e n a u n a s u p e r p r o d u c c i ó n e n la i n d u s t r i a
t r a d i c i o n a l , h a c i e n d o v e r c o n ello c ó m o l o s d e s e q u i l i b r i o s e c o n ó m i c o s afec-
t a n d e m a n e r a d i f e r e n t e a las c l a s e s s o c i a l e s e i n c l u s o c o n d u c e n a e n f r e n -
t a m i e n t o s p o l í t i c o s . O b s e r v a r q u e el « m á x i m u m » d e l p r e c i o d e l p a n c o i n -
c i d e c o n la t o m a d e l a B a s t i l l a a m e d i a d o s d e j u l i o d e 1 7 8 9 , e q u i v a l í a a d e s -
cubrir u n a n u e v a d i m e n s i ó n d e la R e v o l u c i ó n francesa.
C . - E . L a b r o u s s e n o p e r t e n e c e , e s t r i c t a m e n t e , a la e s c u e l a d e l o s Anua-
les; e s t á e x c e s i v a m e n t e i n f l u e n c i a d o p o r el p e n s a m i e n t o d e M a r x y p o r l a
a c t i v i d a d d e J a u r é s , p e r o a c e p t ó c o l a b o r a r c o n los d i s c í p u l o s d e M . B l o c h
y d e L . F e b v r e . P o r ello e n s e ñ a b a s i m u l t á n e a m e n t e e n la antigua S o r b o n a
a
y e n la s e c c i ó n 6 . d e l a E s c u e l a p r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s y , e n a m b a s
i n s t i t u c i o n e s , e n t r e 1946 y 1 9 6 6 , f o r m ó u n a g e n e r a c i ó n d e h i s t o r i a d o r e s e c o -
n o m i s t a s . L o s m é t o d o s e s t a d í s t i c o s e l a b o r a d o s p o r C . - E . L a b r o u s s e s e apli-
c a n e n t o n c e s e n m u c h o s t r a b a j o s q u e t r a t a n d e los ciclos y las crisis: p o r
e j e m p l o , la tesis d e A . C h a b e r t , « E n s a y o a c e r c a d e l m o v i m i e n t o d e l o s p r e -
163
 cios e n F r a n c i a , d e s d e 1789 a 1820» ( 1 9 4 5 ) , o la e n c u e s t a c o l e c t i v a r e a l i z a d a
. p o r el p r o p i o . C . - E . L a b r o u s s e , G . D é s e r t , A . T u d e s q , M . A g u l h o n y o t r o s ,
Aspeets de la dépression en France de 1846 á 1851 ( 1 9 5 6 ) . A d e m á s , la « h i s -
t o r i a d e l a . c o y u n t u r a » , f u n d a d a p o r C . - E . L a b r o u s s e , y la « g e o - b i s t o r i a »
r e n o v a d a p o r F . B r a u d e l , se h a l l a n e s t r e c h a m e n t e m e z c l a d a s e n i n v e s t i g a -
c i o n e s c o n c e r n i e n t e s a los c a m b i o s c o m e r c i a l e s h a b i d o s e n g r a n d e s e s p a -
cios y l a r g a s d u r a c i o n e s , c o m o p o r e j e m p l o : P . C h a u n u , Séville et l'Atlan-
- tique•4504-1650'•(•1956); F . M a u r o , Le Portugal et l'Atlántique 1570-1670
( 1 9 5 7 ) ; F . C r o u z e t , L'Économie britannique et le Blocus continental
1806-1813 ( 1 9 5 8 ) . T a n t o la h i s t o r i a e c o n ó m i c a , q u e s e a p o y a e n s e r i e s d e
p r e c i o s d e p r o d u c c i ó n y d e r e n t a s , c o m o la h i s t o r i a d e m o g r á f i c a , q u e se fun-
d a m e n t a e n series d e n a c i m i e n t o s , m a t r i m o n i o s y d e f u n c i o n e s , s o n o b j e t o
de m u c h a s tesis, e n c u a d r a d a s en u n espacio regional y en u n a d u r a c i ó n plu-
risecular. L a s m á s c o n o c i d a s s o n las d e P . G o u b e r t , Beauvais et le Beau-
vaisis aux XVII' et XVIII' siécles ( 1 9 6 0 ) ; R . B a e h r e l , La Basse Provence ru-
mie du XVI' au XVIII' siécle ( 1 9 6 1 ) ; P . V i l a r , La Catalogne dans l'Espagne
moderne ( 1 9 6 2 ) ; E . L e R o y L a d u r i e , Les Paysans du Languedoc du X\"
siécle ( 1 9 6 6 ) .
C . - E . L a b r o u s s e n o p r e t e n d í a l i m i t a r ú n i c a m e n t e la « h i s t o r i a s e r i a l » a
l a d i m e n s i ó n e c o n ó m i c a ; t a m b i é n se i n t e r e s a i g u a l m e n t e p o r la d i m e n s i ó n
social. E n el c o n g r e s o i n t e r n a c i o n a l d e R o m a , e n 1 9 5 5 , p r e s e n t ó su p l a n
p a r a u n a e n c u e s t a s o b r e la b u r g u e s í a d e los siglos x v i n y x r x a b a s e d e e s -
t u d i a r las listas e l e c t o r a l e s , los r e g i s t r o s fiscales, l o s i n v e n t a r i o s q u e s i g u e n
a los f a l l e c i m i e n t o s y los c o n t r a t o s m a t r i m o n i a l e s , d e f i n i e n d o la c a t e g o r í a
social t e n i e n d o e n c u e n t a la p o s i c i ó n e c o n ó m i c a , el e s t a t u t o j u r í d i c o y la
a c t i v i d a d p r o f e s i o n a l . E l p l a n se llevó a c a b o , p a r c i a l m e n t e , c o n l a o b r a d e
A . D a u m a r d , La Bourgeoisieparisienne de 1815 a 1848 ( 1 9 6 3 ) , y l a d e A . - J .
T u d e s q , Les Grands Notables en France 1840-1849 ( 1 9 6 4 ) ; y s e r á o b j e t o d e
n u e v o s d e b a t e s e n d i v e r s o s c o l o q u i o s : Les sources et les méthodes de l'his-
toire sociale ( 1 9 6 5 ) , Les niveaux de culture et les groupes sociaux (1966),
Les ordres et les classes ( 1 9 6 7 ) . P o r o t r a p a r t e , h a l l a m o s l a i n s p i r a c i ó n d e
C . - E . L a b r o u s s e e n e s t u d i o s q u e u t i l i z a n la h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a c o m o b a s e
d e la h i s t o r i a social. C a s o p r i m e r o : J. B o u v i e r , F . F u r e t y M . G i l l e t , e n Le
Mouvement du profit en France au XIX' siécle ( 1 9 6 5 ) . d o n d e i n t e n t a n e s -
t u d i a r la e v o l u c i ó n d e las r e n t a s p a t r o n a l e s e n las s o c i e d a d e s s i d e r ú r g i c a s ,
e n las e x p l o t a c i o n e s c a r b o n í f e r a s y e n los b a n c o s , a p a r t i r d e los a r c h i v o s
e m p r e s a r i a l e s , m e d i a n t e u n análisis c o m p l e j o d e los b a l a n c e s , p a r a p r o c e -
d e r luego a trazar curvas de producción de valores y beneficios. C a s o se-
g u n d o : M . P e r r o t , e n Les ouvriers en gréve, de 1871 a 1890 ( 1 9 7 1 ) , d o n d e
h a c e u n a e s t a d í s t i c a d e las h u e l g a s u t i l i z a n d o l o s d o c u m e n t o s d i s p o n i b l e s
( p e r i ó d i c o s , r e l a c i o n e s d e la p o l i c í a , e t c . ) , d a d o q u e e n a q u e l l a é p o c a las
a u t o r i d a d e s n o r e g i s t r a b a n c o n r e g u l a r i d a d los d í a s d e p a r o ; i n t r o d u c e l o s
d a t o s e n el o r d e n a d o r , h a c e c u a d r o s , d i b u j a c u r v a s , y c o n s i g u e e x p l i c a r la
h u e l g a o b r e r a e n t o d o s sus a s p e c t o s — a m p l i t u d , i n t e n s i d a d , d u r a c i ó n , r e -
s u l t a d o s — t e n i e n d o e n c u e n t a e d a d y s e x o d e los h u e l g u i s t a s , oficios y e s -
taciones del año.
L a e s c u e l a d e los Annales d e s c u b r e el d o m i n i o d e la h i s t o r i a d e m o g r á -
fica d e s p u é s d e q u e finalizara la s e g u n d a « g r a n g u e r r a » . E n 1946, e n u n a r -
t í c u l o d e l a r e v i s t a Population, Jean Meuvret p o n e en relación, por prime-
r a v e z , las crisis d e s u b s i s t e n c i a s y los a c c i d e n t e s d e m o g r á f i c o s d u r a n t e el
164
Antiguo R é g i m e n , y d e m u e s t r a q u e a u n a mala cosecha, a c o m p a ñ a d a siem-
p r e d e u n a r á p i d a s u b i d a d e los precios d e los cereales, c o r r e s p o n d e u n r e -
p u n t e d e la m o r t a l i d a d y u n h u n d i m i e n t o d e la n u p c i a l i d a d y d e l a n a t a l i -
d a d . H a c i a 1 9 5 0 , i n s t r u i d o p o r la d o b l e e x p e r i e n c i a d e C . - E . L a b r o u s s e y
d e J. M e u v r e t , P i e r r e G o u b e r t c o m i e n z a a e x p l o r a r d e f o r m a s i s t e m á t i c a ,
p o r u n a p a r t e , las « m e r c u r i a l e s » d e los p r e c i o s , y p o r o t r a , l o s r e g i s t r o s
parroquiales. A partir de un conjunto de parroquias pertenecientes a una
p e q u e ñ a p r o v i n c i a , el h i s t o r i a d o r s e d e d i c a i n c a n s a b l e m e n t e a r e a l i z a r r e -
c u e n t o s p e s a d o s y f a s t i d i o s o s , c o r r e p o n d i e n t e s a u n siglo e n t e r o , e x t r a y e n -
d o series m u y i n t e r e s a n t e s d e n a c i m i e n t o s , b o d a s y d e f u n c i o n e s . L a tesis
d e P . G o u b e r t , « B e a u v a i s et le B e a u v a i s i s d e 1600 a 1730», m a r c a u n giro
h i s t o r i o g r á f i c o : o f r e c e el m o d e l o p a r a e v a l u a r el m o v i m i e n t o d e l a p o b l a -
c i ó n e n la é p o c a d e l a p r e e s t a d í s t i c a . A l m i s m o t i e m p o , u n d e m ó g r a f o , L .
H e n r y , y u n a r c h i v e r o , M . F l e u r y , e l a b o r a n u n Manuel de dépouillement
d e los r e g i s t r o s p a r r o q u i a l e s ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1956). E l m é t o d o e s riguro-
s o . E n u n a p r i m e r a f a s e , se t r a s l a d a n a fichas e s p e c i a l e s n o s ó l o las a c t a s
— b a u t i s m o s , m a t r i m o n i o s y s e p u l t u r a s — , s i n o t a m b i é n t o d a s las i n f o r m a -
c i o n e s q u e c o n t i e n e n — a p e l l i d o s , n o m b r e s , e d a d , s e x o , r e l a c i o n e s familia-
r e s , o r í g e n e s g e o g r á f i c o s , e t c . , y t a m b i é n d e los h i j o s , p a d r e s y t e s t i g o s — .
E n u n a s e g u n d a e t a p a , c o n v i e n e reconstruir, en otras fichas, las familias
d u r a n t e d o s g e n e r a c i o n e s , l o q u e p e r m i t e c a l c u l a r la e d a d m e d i a d e m a t r i -
m o n i o y d e v i d a , así c o m o la d u r a c i ó n d e la u n i ó n , la t a s a d e f e c u n d i d a d ,
el i n t e r v a l o e n t r e l o s e m b a r a z o s , el p o r c e n t a j e d e h i j o s i l e g í t i m o s , la i m -
p o r t a n c i a d e l c e l i b a t o , d e l a v i u d e d a d y d e las s e g u n d a n u p c i a s . E l m a n u a l
F l e u r y - H e n r y n o s o t o r g a p r o c e d i m i e n t o s p a r a a p r e c i a r la v i d a d e l a c é l u l a
familiar e n l a s o c i e d a d t r a d i c i o n a l .
L a d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , u n a v e z i n v e n t a d a la m e t o d o l o g í a , p a s a al e s -
t a d i o d e las r e a l i z a c i o n e s p r á c t i c a s . A p a r t i r d e 1 9 5 8 , el I n s t i t u t o N a c i o n a l
d e Estudios D e m o g r á f i c o s realizó en Francia u n a encuesta p o r s o n d e o so-
b r e u n a m u e s t r a d e c u a r e n t a p a r r o q u i a s , a fin d e r e h a c e r l a h i s t o r i a d e l a
población francesa d e s d e la é p o c a de Luis XTV h a s t a n u e s t r o días. A l mis-
m o t i e m p o , a p a r e c e n las p r i m e r a s monografías locales de p u e b l o s elegidos
al a z a r : E . G a u t i e r y L . H e n r y , La Population de Crulai ( 1 9 5 8 ) ; P . G o u -
h i e r , La Population de Port-en-Bessin ( 1 9 6 2 ) ; J. G a n i a g e , Trois Villages de
l'Ile-de-France ( 1 9 6 3 ) , e t c . E n 1 9 6 2 se o r g a n i z a b a u n a s o c i e d a d d e d e m o -
grafía h i s t ó r i c a p o r i n i c i a t i v a d e M . R e i n h a r d , P . G o u b e r t , L . H e n r y ,
L . C h e v a l i e r y J. D u p a q u i e r , c e l e b r á n d o s e s e m i n a r i o s y c o l o q u i o s . A d e -
m á s , o r g a n i z a la s o c i e d a d u n l a b o r a t o r i o d e l C N R S y f u n d a u n a r e v i s t a e s -
p e c i a l i z a d a , los Annales de Démographie historique. E n las u n i v e r s i d a d e s
de provincia se f o r m a n equipos en t o r n o de P . C h a u n u en C a e n , de A . Ar-
m a n g a u d e n T o u l o u s e , d e J. P . P o u s s o u e n B u r d e o s , e t c . , q u e o r i e n t a n a
los estudiantes hacia la e x p l o r a c i ó n d e los registros p a r r o q u i a l e s a la h o r a
d e realizar sus trabajos ( m e m o r i a s d e licenciatura y tercer ciclo). Parale-
l a m e n t e , a l g u n a s t e s i s e j e m p l a r e s c o m p a r a n la e v o l u c i ó n e c o n ó m i c a y d e -
m o g r á f i c a , p o n e n d e r e h e v e las e s t r u c t u r a s específicas e n m a t e r i a d e n u p -
c i a l i d a d , f e c u n d i d a d y m o r t a l i d a d e n el m a r c o d e u n a r e g i ó n d u r a n t e u n
t i e m p o d e l a r g a d u r a c i ó n . A e s t e r e s p e c t o , m e r e c e n c i t a r s e Les Paysans du
Languedoc du XV' au XVIII' siécle ( 1 9 6 6 ) , d e E . L e R o y L a d u r i e , y Les
Hommes et la Mort en Anjou aux XVII' et XVIII' siécles ( 1 9 7 1 ) , d e F . L e -
b r u n . O t r o s h i s t o r i a d o r e s se i n t e r e s a n p o r las p o b l a c i o n e s d e las c i u d a d e s ,
165
 cios e n F r a n c i a , d e s d e 1789 a 1820» ( 1 9 4 5 ) , o la e n c u e s t a c o l e c t i v a r e a l i z a d a
. p o r el p r o p i o . C . - E . L a b r o u s s e , G . D é s e r t , A . T u d e s q , M . A g u l h o n y o t r o s ,
Aspeets de la dépression en France de 1846 á 1851 ( 1 9 5 6 ) . A d e m á s , la « h i s -
t o r i a d e l a . c o y u n t u r a » , f u n d a d a p o r C . - E . L a b r o u s s e , y la « g e o - b i s t o r i a »
r e n o v a d a p o r F . B r a u d e l , se h a l l a n e s t r e c h a m e n t e m e z c l a d a s e n i n v e s t i g a -
c i o n e s c o n c e r n i e n t e s a los c a m b i o s c o m e r c i a l e s h a b i d o s e n g r a n d e s e s p a -
cios y l a r g a s d u r a c i o n e s , c o m o p o r e j e m p l o : P . C h a u n u , Séville et l'Atlan-
- tique•4504-1650'•(•1956); F . M a u r o , Le Portugal et l'Atlántique 1570-1670
( 1 9 5 7 ) ; F . C r o u z e t , L'Économie britannique et le Blocus continental
1806-1813 ( 1 9 5 8 ) . T a n t o la h i s t o r i a e c o n ó m i c a , q u e s e a p o y a e n s e r i e s d e
p r e c i o s d e p r o d u c c i ó n y d e r e n t a s , c o m o la h i s t o r i a d e m o g r á f i c a , q u e se fun-
d a m e n t a e n series d e n a c i m i e n t o s , m a t r i m o n i o s y d e f u n c i o n e s , s o n o b j e t o
de m u c h a s tesis, e n c u a d r a d a s en u n espacio regional y en u n a d u r a c i ó n plu-
risecular. L a s m á s c o n o c i d a s s o n las d e P . G o u b e r t , Beauvais et le Beau-
vaisis aux XVII' et XVIII' siécles ( 1 9 6 0 ) ; R . B a e h r e l , La Basse Provence ru-
mie du XVI' au XVIII' siécle ( 1 9 6 1 ) ; P . V i l a r , La Catalogne dans l'Espagne
moderne ( 1 9 6 2 ) ; E . L e R o y L a d u r i e , Les Paysans du Languedoc du X\"
siécle ( 1 9 6 6 ) .
C . - E . L a b r o u s s e n o p r e t e n d í a l i m i t a r ú n i c a m e n t e la « h i s t o r i a s e r i a l » a
l a d i m e n s i ó n e c o n ó m i c a ; t a m b i é n se i n t e r e s a i g u a l m e n t e p o r la d i m e n s i ó n
social. E n el c o n g r e s o i n t e r n a c i o n a l d e R o m a , e n 1 9 5 5 , p r e s e n t ó su p l a n
p a r a u n a e n c u e s t a s o b r e la b u r g u e s í a d e los siglos x v i n y x r x a b a s e d e e s -
t u d i a r las listas e l e c t o r a l e s , los r e g i s t r o s fiscales, l o s i n v e n t a r i o s q u e s i g u e n
a los f a l l e c i m i e n t o s y los c o n t r a t o s m a t r i m o n i a l e s , d e f i n i e n d o la c a t e g o r í a
social t e n i e n d o e n c u e n t a la p o s i c i ó n e c o n ó m i c a , el e s t a t u t o j u r í d i c o y la
a c t i v i d a d p r o f e s i o n a l . E l p l a n se llevó a c a b o , p a r c i a l m e n t e , c o n l a o b r a d e
A . D a u m a r d , La Bourgeoisieparisienne de 1815 a 1848 ( 1 9 6 3 ) , y l a d e A . - J .
T u d e s q , Les Grands Notables en France 1840-1849 ( 1 9 6 4 ) ; y s e r á o b j e t o d e
n u e v o s d e b a t e s e n d i v e r s o s c o l o q u i o s : Les sources et les méthodes de l'his-
toire sociale ( 1 9 6 5 ) , Les niveaux de culture et les groupes sociaux (1966),
Les ordres et les classes ( 1 9 6 7 ) . P o r o t r a p a r t e , h a l l a m o s l a i n s p i r a c i ó n d e
C . - E . L a b r o u s s e e n e s t u d i o s q u e u t i l i z a n la h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a c o m o b a s e
d e la h i s t o r i a social. C a s o p r i m e r o : J. B o u v i e r , F . F u r e t y M . G i l l e t , e n Le
Mouvement du profit en France au XIX' siécle ( 1 9 6 5 ) . d o n d e i n t e n t a n e s -
t u d i a r la e v o l u c i ó n d e las r e n t a s p a t r o n a l e s e n las s o c i e d a d e s s i d e r ú r g i c a s ,
e n las e x p l o t a c i o n e s c a r b o n í f e r a s y e n los b a n c o s , a p a r t i r d e los a r c h i v o s
e m p r e s a r i a l e s , m e d i a n t e u n análisis c o m p l e j o d e los b a l a n c e s , p a r a p r o c e -
d e r luego a trazar curvas de producción de valores y beneficios. C a s o se-
g u n d o : M . P e r r o t , e n Les ouvriers en gréve, de 1871 a 1890 ( 1 9 7 1 ) , d o n d e
h a c e u n a e s t a d í s t i c a d e las h u e l g a s u t i l i z a n d o l o s d o c u m e n t o s d i s p o n i b l e s
( p e r i ó d i c o s , r e l a c i o n e s d e la p o l i c í a , e t c . ) , d a d o q u e e n a q u e l l a é p o c a las
a u t o r i d a d e s n o r e g i s t r a b a n c o n r e g u l a r i d a d los d í a s d e p a r o ; i n t r o d u c e l o s
d a t o s e n el o r d e n a d o r , h a c e c u a d r o s , d i b u j a c u r v a s , y c o n s i g u e e x p l i c a r la
h u e l g a o b r e r a e n t o d o s sus a s p e c t o s — a m p l i t u d , i n t e n s i d a d , d u r a c i ó n , r e -
s u l t a d o s — t e n i e n d o e n c u e n t a e d a d y s e x o d e los h u e l g u i s t a s , oficios y e s -
taciones del año.
L a e s c u e l a d e los Annales d e s c u b r e el d o m i n i o d e la h i s t o r i a d e m o g r á -
fica d e s p u é s d e q u e finalizara la s e g u n d a « g r a n g u e r r a » . E n 1946, e n u n a r -
t í c u l o d e l a r e v i s t a Population, Jean Meuvret p o n e en relación, por prime-
r a v e z , las crisis d e s u b s i s t e n c i a s y los a c c i d e n t e s d e m o g r á f i c o s d u r a n t e el
164
Antiguo R é g i m e n , y d e m u e s t r a q u e a u n a mala cosecha, a c o m p a ñ a d a siem-
p r e d e u n a r á p i d a s u b i d a d e los precios d e los cereales, c o r r e s p o n d e u n r e -
p u n t e d e la m o r t a l i d a d y u n h u n d i m i e n t o d e la n u p c i a l i d a d y d e l a n a t a l i -
d a d . H a c i a 1 9 5 0 , i n s t r u i d o p o r la d o b l e e x p e r i e n c i a d e C . - E . L a b r o u s s e y
d e J. M e u v r e t , P i e r r e G o u b e r t c o m i e n z a a e x p l o r a r d e f o r m a s i s t e m á t i c a ,
p o r u n a p a r t e , las « m e r c u r i a l e s » d e los p r e c i o s , y p o r o t r a , l o s r e g i s t r o s
parroquiales. A partir de un conjunto de parroquias pertenecientes a una
p e q u e ñ a p r o v i n c i a , el h i s t o r i a d o r s e d e d i c a i n c a n s a b l e m e n t e a r e a l i z a r r e -
c u e n t o s p e s a d o s y f a s t i d i o s o s , c o r r e p o n d i e n t e s a u n siglo e n t e r o , e x t r a y e n -
d o series m u y i n t e r e s a n t e s d e n a c i m i e n t o s , b o d a s y d e f u n c i o n e s . L a tesis
d e P . G o u b e r t , « B e a u v a i s et le B e a u v a i s i s d e 1600 a 1730», m a r c a u n giro
h i s t o r i o g r á f i c o : o f r e c e el m o d e l o p a r a e v a l u a r el m o v i m i e n t o d e l a p o b l a -
c i ó n e n la é p o c a d e l a p r e e s t a d í s t i c a . A l m i s m o t i e m p o , u n d e m ó g r a f o , L .
H e n r y , y u n a r c h i v e r o , M . F l e u r y , e l a b o r a n u n Manuel de dépouillement
d e los r e g i s t r o s p a r r o q u i a l e s ( p r i m e r a e d i c i ó n , 1956). E l m é t o d o e s riguro-
s o . E n u n a p r i m e r a f a s e , se t r a s l a d a n a fichas e s p e c i a l e s n o s ó l o las a c t a s
— b a u t i s m o s , m a t r i m o n i o s y s e p u l t u r a s — , s i n o t a m b i é n t o d a s las i n f o r m a -
c i o n e s q u e c o n t i e n e n — a p e l l i d o s , n o m b r e s , e d a d , s e x o , r e l a c i o n e s familia-
r e s , o r í g e n e s g e o g r á f i c o s , e t c . , y t a m b i é n d e los h i j o s , p a d r e s y t e s t i g o s — .
E n u n a s e g u n d a e t a p a , c o n v i e n e reconstruir, en otras fichas, las familias
d u r a n t e d o s g e n e r a c i o n e s , l o q u e p e r m i t e c a l c u l a r la e d a d m e d i a d e m a t r i -
m o n i o y d e v i d a , así c o m o la d u r a c i ó n d e la u n i ó n , la t a s a d e f e c u n d i d a d ,
el i n t e r v a l o e n t r e l o s e m b a r a z o s , el p o r c e n t a j e d e h i j o s i l e g í t i m o s , la i m -
p o r t a n c i a d e l c e l i b a t o , d e l a v i u d e d a d y d e las s e g u n d a n u p c i a s . E l m a n u a l
F l e u r y - H e n r y n o s o t o r g a p r o c e d i m i e n t o s p a r a a p r e c i a r la v i d a d e l a c é l u l a
familiar e n l a s o c i e d a d t r a d i c i o n a l .
L a d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , u n a v e z i n v e n t a d a la m e t o d o l o g í a , p a s a al e s -
t a d i o d e las r e a l i z a c i o n e s p r á c t i c a s . A p a r t i r d e 1 9 5 8 , el I n s t i t u t o N a c i o n a l
d e Estudios D e m o g r á f i c o s realizó en Francia u n a encuesta p o r s o n d e o so-
b r e u n a m u e s t r a d e c u a r e n t a p a r r o q u i a s , a fin d e r e h a c e r l a h i s t o r i a d e l a
población francesa d e s d e la é p o c a de Luis XTV h a s t a n u e s t r o días. A l mis-
m o t i e m p o , a p a r e c e n las p r i m e r a s monografías locales de p u e b l o s elegidos
al a z a r : E . G a u t i e r y L . H e n r y , La Population de Crulai ( 1 9 5 8 ) ; P . G o u -
h i e r , La Population de Port-en-Bessin ( 1 9 6 2 ) ; J. G a n i a g e , Trois Villages de
l'Ile-de-France ( 1 9 6 3 ) , e t c . E n 1 9 6 2 se o r g a n i z a b a u n a s o c i e d a d d e d e m o -
grafía h i s t ó r i c a p o r i n i c i a t i v a d e M . R e i n h a r d , P . G o u b e r t , L . H e n r y ,
L . C h e v a l i e r y J. D u p a q u i e r , c e l e b r á n d o s e s e m i n a r i o s y c o l o q u i o s . A d e -
m á s , o r g a n i z a la s o c i e d a d u n l a b o r a t o r i o d e l C N R S y f u n d a u n a r e v i s t a e s -
p e c i a l i z a d a , los Annales de Démographie historique. E n las u n i v e r s i d a d e s
de provincia se f o r m a n equipos en t o r n o de P . C h a u n u en C a e n , de A . Ar-
m a n g a u d e n T o u l o u s e , d e J. P . P o u s s o u e n B u r d e o s , e t c . , q u e o r i e n t a n a
los estudiantes hacia la e x p l o r a c i ó n d e los registros p a r r o q u i a l e s a la h o r a
d e realizar sus trabajos ( m e m o r i a s d e licenciatura y tercer ciclo). Parale-
l a m e n t e , a l g u n a s t e s i s e j e m p l a r e s c o m p a r a n la e v o l u c i ó n e c o n ó m i c a y d e -
m o g r á f i c a , p o n e n d e r e h e v e las e s t r u c t u r a s específicas e n m a t e r i a d e n u p -
c i a l i d a d , f e c u n d i d a d y m o r t a l i d a d e n el m a r c o d e u n a r e g i ó n d u r a n t e u n
t i e m p o d e l a r g a d u r a c i ó n . A e s t e r e s p e c t o , m e r e c e n c i t a r s e Les Paysans du
Languedoc du XV' au XVIII' siécle ( 1 9 6 6 ) , d e E . L e R o y L a d u r i e , y Les
Hommes et la Mort en Anjou aux XVII' et XVIII' siécles ( 1 9 7 1 ) , d e F . L e -
b r u n . O t r o s h i s t o r i a d o r e s se i n t e r e s a n p o r las p o b l a c i o n e s d e las c i u d a d e s ,
165

m á s difíciles d e a p r e h e n d e r q u e las p o b l a c i o n e s c a m p e s i n a s : M . G a r d e n e s -
t u d i a Lyon et les Lyonnais au XVIII' siécle ( 1 9 7 0 ) ; J . C . P e r r o t e x a m i n a
Caen au XVIII' siécle ( 1 9 7 5 ) . J . D u p a q u i e r , p o r su p a r t e , t o m a e n c o n s i -
. d e r a c i ó n f u e n t e s h a s t a e n t o n c e s casi d e l t o d o d e s e s t i m a d a s p o r su i n s e g u -
ridad: los c e n s o s y las listas d e la t a l l a p a r a el s e r v i c i o m i l i t a r . T r a s d e d i -
c a r s e a h a c e r u n a crítica s e r i a d e s u v a l o r d o c u m e n t a l , las u t i l i z a p a r a
e s t i m a r la d i s t r i b u c i ó n d e l a . p o b l a c i ó n e n el e s p a c i o . S u v a l o r q u e d a d e -
• m o s t r a d o e n su t e s i s , « L a P o p u l a t i o n r u r a l e d u B a s s i n p a r i s i é n á l ' é p o q u e
d e L o u i s - X I V » ( 1 9 7 9 ) . P r o g r e s i v a m e n t e , g r a c i a s a las m ú l t i p l e s m o n o g r a -
fías, l o c a l e s y a los g r a n d e s e s t u d i o s r e g i o n a l e s o u r b a n o s , p u d o e s t a b l e c e r -
se el c u a d r o d e m o g r á f i c o d e la F r a n c i a d e l A n t i g u o R é g i m e n .
E n el ú l t i m o . d e c e n i o , l a e s c u e l a d e los Aúnales se d e s p l a z a d e s d e l a
d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , d e c a r á c t e r c u a n t i t a t i v o , h a c i a la a n t r o p o l o g í a
histórica, d e carácter m á s cualitativo. E n 1948, Philippe A r i e s , u n franco-
t i r a d o r , m o s t r ó la v í a a s e g u i r e n su Histoire des populations frangaises et
de leur attitude devant la vie depuis le XVIII' siécle. E l a u t o r o b s e r v a : « L a s
e s t a d í s t i c a s d e m o g r á f i c a s n o s d e s c u b r e n l a m a n e r a d e vivir d e los h o m b r e s ,
la c o n c e p c i ó n q u e p o s e e n d e sí m i s m o s , d e su p r o p i o c u e r p o , d e s u exis-
t e n c i a familiar ( . . . ) » ( r e e d i c i ó n 1 9 7 1 , p . 1 5 ) . S i g u i e n d o su c o n s e j o , el g r u -
p o d e los Anuales d i r i g e s u a t e n c i ó n h a c i a el e x a m e n d e l c u e r p o , s a n o o
e n f e r m o , a c e r c á n d o s e p o r e s t a v í a a u n a h i s t o r i a d e la m e d i c i n a . E n e s t e
a s p e c t o , m e r e c e n m e n c i o n a r s e Les Hommes et la Peste en France et dans
les pays méditerranéens ( 1 9 7 5 ) , d e J . N . B i r a b e n , y Les Médicins dans la
France de l'Ouest au XIX' siécle ( 1 9 7 6 ) , d e J . L e ó n a r d . P o r o t r a p a r t e , l a
h i s t o r i a d e la p o b l a c i ó n se d e s v í a e n d i r e c c i ó n h a c i a la h i s t o r i a d e la f a m i -
lia, l a c u a l e n g l o b a a u n a h i s t o r i a d e l a s e x u a l i d a d q u e a b o r d a l o s p r o b l e -
m a s d e las p r o h i b i c i o n e s r e l i g i o s a s , d e las p r á c t i c a s a n t i c o n c e p t i v a s y d e las
r e l a c i o n e s l e g í t i m a s e i l e g í t i m a s . T e s t i m o n i o d e e l l o s o n las o b r a s s i g u i e n -
t e s : J. L . F l a n d r i n , Les Amours paysannes du XVI'siécle (Archives) (1975);
F . L e b r u n , La Vie conjúgale sous VAnden Régime (1975); J. Solé, LA-
mour en Occident á l'époque moderne (1976). A l m i s m o t i e m p o , la inves-
t i g a c i ó n i n t e n t a p e n e t r a r e n u n t e r r e n o d e difícil a c c e s o e n el q u e se m e z -
c l a n lo b i o l ó g i c o y lo m e n t a l . S e r e f l e x i o n a s o b r e l a a c t i t u d h u m a n a f r e n t e
a la v i d a , al i n f o r m a r s e a c e r c a d e la c o n c e p c i ó n , el e m b a r a z o , el a l u m b r a -
m i e n t o y l a p r i m e r a i n f a n c i a : p o r e j e m p l o , e n los l i b r o s d e P h . A r i e s , L'En-
fant et la Vie familiale dans la France dAnclen Régime (1960, reedición
1 9 7 3 ) ; e n el d e J. G é l i s , M . L a g e t , M . F . M o r e l , Entrer dans la vie: nais-
sances et enfances dans la France tradionnelle ( 1 9 7 8 ) ; e n el d e M . L a g e t ,
Naissances ( 1 9 8 2 ) . A s i m i s m o se f o r m u l a n i n t e r r o g a n t e s s o b r e l a a c t i t u d h u -
m a n a f r e n t e a la m u e r t e , h a c i e n d o e n c u e s t a s a c e r c a d e las c o s t u m b r e s fu-
n e r a r i a s , las c l á u s u l a s t e s t a m e n t a r i a s y las r e p r e s e n t a c i o n e s d e l m á s allá:
p o r e j e m p l o , e n los l i b r o s d e M . V o v e l l e , Mourir antrefois (Archives)
( 1 9 7 4 ) ; P h . A r i e s , L'Homme et la Mort ( 1 9 7 7 ) , o P . C h a u n u , La Morí a
París, du XVI' au XVIII' siécle ( 1 9 7 8 ) . T o d o s e s t o s l i b r o s i n d i c a n el d e s -
p l a z a m i e n t o d e l o b j e t o d e los análisis d e s d e los m e c a n i s m o s d e m o g r á f i c o s
al análisis d e l o s c o m p o r t a m i e n t o s c o l e c t i v o s .
D e s d e el c o m i e n z o d e los a ñ o s 1 9 2 0 , M . B l o c h y L . F e b v r e h a b í a n m a -
n i f e s t a d o su i n t e r é s p o r l a p r e h i s t o r i a , el f o l c l o r e y la h i s t o r i a d e las reli-
g i o n e s . Sin e m b a r g o , s ó l o h a c i a finales d e los a ñ o s 1960 l a e s c u e l a d e los
Anuales e m p i e z a a r e l a c i o n a r l a h i s t o r i a y la e t n o l o g í a . E . L e R o y L a d u -
166
r i e , e n Montaillou, village occitan de 1294 á 1324 ( 1 9 7 5 ) , r e c u p e r a u n o d e
los e x p e d i e n t e s d e l a I n q u i s i c i ó n c o n c e r n i e n t e a l o s ú l t i m o s c a t a r o s d e l L a n -
g u e d o c ; r e l e e l o s i n t e r r o g a t o r i o s p r a c t i c a d o s a los s o p é e n o s o s , p l a n t e a n u e -
v a s p r e g u n t a s a los t e x t o s ; e n fin, s e c o m p o r t a c o m o u n e t n ó l o g o t r a n s -
p l a n t a d o al p a s a d o . D e e s t a f o r m a h a c e r e v i v i r a u n a c o m u n i d a d r u r a l d e
c o m i e n z o s d e l siglo XXV, r e c o n s t r u y e n d o sus t r a b a j o s d e l c a m p o , las for-
m a s d e l a g a n a d e r í a , las d e l habitat, l o s g e s t o s c o t i d i a n o s , l o s c l a n e s f a m i -
l i a r e s , las p r á c t i c a s s e x u a l e s , las c r e e n c i a s r e l i g i o s a s , los r i t o s m á g i c o s , las
r e l a c i o n e s c o n las a u t o r i d a d e s . Y l l e g a a d e s c u b r i r u n m u n d o c o h e r e n t e ,
e n el q u e la v i d a s o c i a l s e o r g a n i z a e n t o r n o d e la « c a s a » , c e n t r o d e l a r e d
d e los p a r i e n t e s y d e sus a l i a n z a s . P o r s u p a r t e , N . W a c h t e l , e n La Vision
des vaincus ( 1 9 7 1 ) , d e d i c a s u a t e n c i ó n a l o s p u e b l o s d e l a n t i g u o I m p e r i o
i n c a q u e h a b i t a b a n l o s a l t i p l a n o s d e los A n d e s ; n o le b a s t a l a v i s i ó n d e l o s
v e n c e d o r e s — l o s e s p a ñ o l e s d o m i n a d o r e s — q u e n o s p r e s e n t a n las c r ó n i c a s ,
la c o r r e s p o n d e n c i a y las r e l a c i o n e s a d m i n i s t r a t i v a s d e l a é p o c a c o l o n i a l , e
i n t e n t a hallar la visión d e los v e n c i d o s — l o s indios d o m i n a d o s — cuyas h u e -
llas s u b s i s t e n e n los c u e n t o s , l o s b a i l e s , l a s fiestas y o t r a s m a n i f e s t a c i o n e s
folclóricas d e l a é p o c a a c t u a l ; las d o s a p r o x i m a c i o n e s c o m b i n a d a s , l a d e l
h i s t o r i a d o r y l a d e l e t n ó l o g o , le p e r m i t e n c o m p r e n d e r el v i o l e n t o t r a u m a -
t i s m o q u e a f e c t ó a l a p o b l a c i ó n i n d i a d e l siglo XVI, d i e z m a d a , s i m u l t á n e a -
m e n t e , p o r la c o n q u i s t a m i l i t a r , p o r la e m b e s t i d a m i c r o b i a n a y l a t e r r i b l e
explotación. L o s prestigiosos trabajos del etnólogo C. Lévi-Strauss, espe-
c i a l m e n t e s u s e r i e Mythologiques ( 1 9 6 4 - 1 9 7 2 ) , i n c i t a r o n a los h i s t o r i a d o r e s
d e los Aúnales a a p l i c a r l o s m é t o d o s d e l análisis e s t r u c t u r a l a las l e y e n d a s
m e d i e v a l e s , c o m o lo d e m u e s t r a n los artículos de J. L e Goff y E . L e R o y
L a d u r i e , « M e l u s i n e , m a t e r n e l l e et d é f r i c h e u s e » (Aúnales, 1971), y de J. L e
Goff y P . V i d a l - N a q u e t , «Lévi-Strauss e n B r o c é l i a n d e » — a p r o p ó s i t o de
u n p o e m a d e C h e r é t i e n d e T r o y e s — (Anuales, 1975). P a r e c e q u e la aproxi-
m a c i ó n e n t r e la e t n o l o g í a y la historia d a excelentes resultados.
S e g ú n u n a f ó r m u l a d e M . V o v e l l e , l a e s c u e l a d e los Anuales s e r e m o n -
t a « d e l a b o d e g a al g r a n e r o » , d e s d e u n a h i s t o r i a e c o n ó m i c a y d e m o g r á f i c a ,
m u y p r o d u c t i v a s e n l o s a ñ o s 50 y 6 0 , h a c i a u n a h i s t o r i a c u l t u r a l e n p l e n o
d e s a r r o l l o e n l o s a ñ o s 7 0 . A p r e n d i d a s las l e c c i o n e s d e l o s h i s t o r i a d o r e s p r e -
c u r s o r e s — L . F e b v r e y P h . A r i e s — , f a s c i n a d o s p o r los r e s u l t a d o s d e e t n ó -
l o g o s o filósofos m u y p r ó x i m o s a e l l o s — C . L é v i - S t r a u s s y M . F o u c a u l t — ,
l o s i n v e s t i g a d o r e s d e l a n u e v a g e n e r a c i ó n d e los Aúnales desean explorar
las e s t r u c t u r a s m e n t a l e s , q u e s e s i t ú a n a m e d i o c a m i n o e n t r e l a o r g a n i z a -
c i ó n social y el d i s c u r s o i d e o l ó g i c o , e n l a f r o n t e r a e n t r e lo c o n s c i e n t e y lo
i n c o n s c i e n t e , e n « u n a p r i s i ó n d e l a r g a d u r a c i ó n » . L a h i s t o r i a d e las m e n -
t a l i d a d e s t r a t a d e c i d i d a m e n t e d e l o s m o d o s d e p e n s a m i e n t o , d e l a s élites y
d e las c r e e n c i a s p o p u l a r e s , d e las t r a d i c i o n e s r e l i g i o s a s y d e l a s c o s t u m b r e s
civiles. A e s t e r e s p e c t o , s o n significativas las o b r a s d e R . M a n d r o u , Ma-
gistrats et Sorciers en France au XVIII' siécle ( 1 9 6 8 ) ; M . A g u l h o n , Pénitents
et Franc-Magons de l'Ancienne Provence ( 1 9 6 8 ) , y M . V o v e l l e , Pieté baro-
que el Déchristianisation en Provence au XVIII' siécle ( 1 9 7 8 ) . L a h i s t o r i a
d e las m e n t a l i d a d e s se o c u p a i g u a l m e n t e d e las f o r m a s d e l a s o c i a b i l i d a d ,
e s p e c i a l m e n t e d e la fiesta q u e p u e d e n r e v e l a r , b r u t a l m e n t e , las c o n t r a d i c -
c i o n e s s o c i a l e s r e p r i m i d a s . A e s t e r e s p e c t o , s o n c a r a c t e r í s t i c a s las o b r a s d e
M . V o v e l l e , Les Métamorphoses de la jete en Provence de 1750 á 1820
167

m á s difíciles d e a p r e h e n d e r q u e las p o b l a c i o n e s c a m p e s i n a s : M . G a r d e n e s -
t u d i a Lyon et les Lyonnais au XVIII' siécle ( 1 9 7 0 ) ; J . C . P e r r o t e x a m i n a
Caen au XVIII' siécle ( 1 9 7 5 ) . J . D u p a q u i e r , p o r su p a r t e , t o m a e n c o n s i -
. d e r a c i ó n f u e n t e s h a s t a e n t o n c e s casi d e l t o d o d e s e s t i m a d a s p o r su i n s e g u -
ridad: los c e n s o s y las listas d e la t a l l a p a r a el s e r v i c i o m i l i t a r . T r a s d e d i -
c a r s e a h a c e r u n a crítica s e r i a d e s u v a l o r d o c u m e n t a l , las u t i l i z a p a r a
e s t i m a r la d i s t r i b u c i ó n d e l a . p o b l a c i ó n e n el e s p a c i o . S u v a l o r q u e d a d e -
• m o s t r a d o e n su t e s i s , « L a P o p u l a t i o n r u r a l e d u B a s s i n p a r i s i é n á l ' é p o q u e
d e L o u i s - X I V » ( 1 9 7 9 ) . P r o g r e s i v a m e n t e , g r a c i a s a las m ú l t i p l e s m o n o g r a -
fías, l o c a l e s y a los g r a n d e s e s t u d i o s r e g i o n a l e s o u r b a n o s , p u d o e s t a b l e c e r -
se el c u a d r o d e m o g r á f i c o d e la F r a n c i a d e l A n t i g u o R é g i m e n .
E n el ú l t i m o . d e c e n i o , l a e s c u e l a d e los Aúnales se d e s p l a z a d e s d e l a
d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , d e c a r á c t e r c u a n t i t a t i v o , h a c i a la a n t r o p o l o g í a
histórica, d e carácter m á s cualitativo. E n 1948, Philippe A r i e s , u n franco-
t i r a d o r , m o s t r ó la v í a a s e g u i r e n su Histoire des populations frangaises et
de leur attitude devant la vie depuis le XVIII' siécle. E l a u t o r o b s e r v a : « L a s
e s t a d í s t i c a s d e m o g r á f i c a s n o s d e s c u b r e n l a m a n e r a d e vivir d e los h o m b r e s ,
la c o n c e p c i ó n q u e p o s e e n d e sí m i s m o s , d e su p r o p i o c u e r p o , d e s u exis-
t e n c i a familiar ( . . . ) » ( r e e d i c i ó n 1 9 7 1 , p . 1 5 ) . S i g u i e n d o su c o n s e j o , el g r u -
p o d e los Anuales d i r i g e s u a t e n c i ó n h a c i a el e x a m e n d e l c u e r p o , s a n o o
e n f e r m o , a c e r c á n d o s e p o r e s t a v í a a u n a h i s t o r i a d e la m e d i c i n a . E n e s t e
a s p e c t o , m e r e c e n m e n c i o n a r s e Les Hommes et la Peste en France et dans
les pays méditerranéens ( 1 9 7 5 ) , d e J . N . B i r a b e n , y Les Médicins dans la
France de l'Ouest au XIX' siécle ( 1 9 7 6 ) , d e J . L e ó n a r d . P o r o t r a p a r t e , l a
h i s t o r i a d e la p o b l a c i ó n se d e s v í a e n d i r e c c i ó n h a c i a la h i s t o r i a d e la f a m i -
lia, l a c u a l e n g l o b a a u n a h i s t o r i a d e l a s e x u a l i d a d q u e a b o r d a l o s p r o b l e -
m a s d e las p r o h i b i c i o n e s r e l i g i o s a s , d e las p r á c t i c a s a n t i c o n c e p t i v a s y d e las
r e l a c i o n e s l e g í t i m a s e i l e g í t i m a s . T e s t i m o n i o d e e l l o s o n las o b r a s s i g u i e n -
t e s : J. L . F l a n d r i n , Les Amours paysannes du XVI'siécle (Archives) (1975);
F . L e b r u n , La Vie conjúgale sous VAnden Régime (1975); J. Solé, LA-
mour en Occident á l'époque moderne (1976). A l m i s m o t i e m p o , la inves-
t i g a c i ó n i n t e n t a p e n e t r a r e n u n t e r r e n o d e difícil a c c e s o e n el q u e se m e z -
c l a n lo b i o l ó g i c o y lo m e n t a l . S e r e f l e x i o n a s o b r e l a a c t i t u d h u m a n a f r e n t e
a la v i d a , al i n f o r m a r s e a c e r c a d e la c o n c e p c i ó n , el e m b a r a z o , el a l u m b r a -
m i e n t o y l a p r i m e r a i n f a n c i a : p o r e j e m p l o , e n los l i b r o s d e P h . A r i e s , L'En-
fant et la Vie familiale dans la France dAnclen Régime (1960, reedición
1 9 7 3 ) ; e n el d e J. G é l i s , M . L a g e t , M . F . M o r e l , Entrer dans la vie: nais-
sances et enfances dans la France tradionnelle ( 1 9 7 8 ) ; e n el d e M . L a g e t ,
Naissances ( 1 9 8 2 ) . A s i m i s m o se f o r m u l a n i n t e r r o g a n t e s s o b r e l a a c t i t u d h u -
m a n a f r e n t e a la m u e r t e , h a c i e n d o e n c u e s t a s a c e r c a d e las c o s t u m b r e s fu-
n e r a r i a s , las c l á u s u l a s t e s t a m e n t a r i a s y las r e p r e s e n t a c i o n e s d e l m á s allá:
p o r e j e m p l o , e n los l i b r o s d e M . V o v e l l e , Mourir antrefois (Archives)
( 1 9 7 4 ) ; P h . A r i e s , L'Homme et la Mort ( 1 9 7 7 ) , o P . C h a u n u , La Morí a
París, du XVI' au XVIII' siécle ( 1 9 7 8 ) . T o d o s e s t o s l i b r o s i n d i c a n el d e s -
p l a z a m i e n t o d e l o b j e t o d e los análisis d e s d e los m e c a n i s m o s d e m o g r á f i c o s
al análisis d e l o s c o m p o r t a m i e n t o s c o l e c t i v o s .
D e s d e el c o m i e n z o d e los a ñ o s 1 9 2 0 , M . B l o c h y L . F e b v r e h a b í a n m a -
n i f e s t a d o su i n t e r é s p o r l a p r e h i s t o r i a , el f o l c l o r e y la h i s t o r i a d e las reli-
g i o n e s . Sin e m b a r g o , s ó l o h a c i a finales d e los a ñ o s 1960 l a e s c u e l a d e los
Anuales e m p i e z a a r e l a c i o n a r l a h i s t o r i a y la e t n o l o g í a . E . L e R o y L a d u -
166
r i e , e n Montaillou, village occitan de 1294 á 1324 ( 1 9 7 5 ) , r e c u p e r a u n o d e
los e x p e d i e n t e s d e l a I n q u i s i c i ó n c o n c e r n i e n t e a l o s ú l t i m o s c a t a r o s d e l L a n -
g u e d o c ; r e l e e l o s i n t e r r o g a t o r i o s p r a c t i c a d o s a los s o p é e n o s o s , p l a n t e a n u e -
v a s p r e g u n t a s a los t e x t o s ; e n fin, s e c o m p o r t a c o m o u n e t n ó l o g o t r a n s -
p l a n t a d o al p a s a d o . D e e s t a f o r m a h a c e r e v i v i r a u n a c o m u n i d a d r u r a l d e
c o m i e n z o s d e l siglo XXV, r e c o n s t r u y e n d o sus t r a b a j o s d e l c a m p o , las for-
m a s d e l a g a n a d e r í a , las d e l habitat, l o s g e s t o s c o t i d i a n o s , l o s c l a n e s f a m i -
l i a r e s , las p r á c t i c a s s e x u a l e s , las c r e e n c i a s r e l i g i o s a s , los r i t o s m á g i c o s , las
r e l a c i o n e s c o n las a u t o r i d a d e s . Y l l e g a a d e s c u b r i r u n m u n d o c o h e r e n t e ,
e n el q u e la v i d a s o c i a l s e o r g a n i z a e n t o r n o d e la « c a s a » , c e n t r o d e l a r e d
d e los p a r i e n t e s y d e sus a l i a n z a s . P o r s u p a r t e , N . W a c h t e l , e n La Vision
des vaincus ( 1 9 7 1 ) , d e d i c a s u a t e n c i ó n a l o s p u e b l o s d e l a n t i g u o I m p e r i o
i n c a q u e h a b i t a b a n l o s a l t i p l a n o s d e los A n d e s ; n o le b a s t a l a v i s i ó n d e l o s
v e n c e d o r e s — l o s e s p a ñ o l e s d o m i n a d o r e s — q u e n o s p r e s e n t a n las c r ó n i c a s ,
la c o r r e s p o n d e n c i a y las r e l a c i o n e s a d m i n i s t r a t i v a s d e l a é p o c a c o l o n i a l , e
i n t e n t a hallar la visión d e los v e n c i d o s — l o s indios d o m i n a d o s — cuyas h u e -
llas s u b s i s t e n e n los c u e n t o s , l o s b a i l e s , l a s fiestas y o t r a s m a n i f e s t a c i o n e s
folclóricas d e l a é p o c a a c t u a l ; las d o s a p r o x i m a c i o n e s c o m b i n a d a s , l a d e l
h i s t o r i a d o r y l a d e l e t n ó l o g o , le p e r m i t e n c o m p r e n d e r el v i o l e n t o t r a u m a -
t i s m o q u e a f e c t ó a l a p o b l a c i ó n i n d i a d e l siglo XVI, d i e z m a d a , s i m u l t á n e a -
m e n t e , p o r la c o n q u i s t a m i l i t a r , p o r la e m b e s t i d a m i c r o b i a n a y l a t e r r i b l e
explotación. L o s prestigiosos trabajos del etnólogo C. Lévi-Strauss, espe-
c i a l m e n t e s u s e r i e Mythologiques ( 1 9 6 4 - 1 9 7 2 ) , i n c i t a r o n a los h i s t o r i a d o r e s
d e los Aúnales a a p l i c a r l o s m é t o d o s d e l análisis e s t r u c t u r a l a las l e y e n d a s
m e d i e v a l e s , c o m o lo d e m u e s t r a n los artículos de J. L e Goff y E . L e R o y
L a d u r i e , « M e l u s i n e , m a t e r n e l l e et d é f r i c h e u s e » (Aúnales, 1971), y de J. L e
Goff y P . V i d a l - N a q u e t , «Lévi-Strauss e n B r o c é l i a n d e » — a p r o p ó s i t o de
u n p o e m a d e C h e r é t i e n d e T r o y e s — (Anuales, 1975). P a r e c e q u e la aproxi-
m a c i ó n e n t r e la e t n o l o g í a y la historia d a excelentes resultados.
S e g ú n u n a f ó r m u l a d e M . V o v e l l e , l a e s c u e l a d e los Anuales s e r e m o n -
t a « d e l a b o d e g a al g r a n e r o » , d e s d e u n a h i s t o r i a e c o n ó m i c a y d e m o g r á f i c a ,
m u y p r o d u c t i v a s e n l o s a ñ o s 50 y 6 0 , h a c i a u n a h i s t o r i a c u l t u r a l e n p l e n o
d e s a r r o l l o e n l o s a ñ o s 7 0 . A p r e n d i d a s las l e c c i o n e s d e l o s h i s t o r i a d o r e s p r e -
c u r s o r e s — L . F e b v r e y P h . A r i e s — , f a s c i n a d o s p o r los r e s u l t a d o s d e e t n ó -
l o g o s o filósofos m u y p r ó x i m o s a e l l o s — C . L é v i - S t r a u s s y M . F o u c a u l t — ,
l o s i n v e s t i g a d o r e s d e l a n u e v a g e n e r a c i ó n d e los Aúnales desean explorar
las e s t r u c t u r a s m e n t a l e s , q u e s e s i t ú a n a m e d i o c a m i n o e n t r e l a o r g a n i z a -
c i ó n social y el d i s c u r s o i d e o l ó g i c o , e n l a f r o n t e r a e n t r e lo c o n s c i e n t e y lo
i n c o n s c i e n t e , e n « u n a p r i s i ó n d e l a r g a d u r a c i ó n » . L a h i s t o r i a d e las m e n -
t a l i d a d e s t r a t a d e c i d i d a m e n t e d e l o s m o d o s d e p e n s a m i e n t o , d e l a s élites y
d e las c r e e n c i a s p o p u l a r e s , d e las t r a d i c i o n e s r e l i g i o s a s y d e l a s c o s t u m b r e s
civiles. A e s t e r e s p e c t o , s o n significativas las o b r a s d e R . M a n d r o u , Ma-
gistrats et Sorciers en France au XVIII' siécle ( 1 9 6 8 ) ; M . A g u l h o n , Pénitents
et Franc-Magons de l'Ancienne Provence ( 1 9 6 8 ) , y M . V o v e l l e , Pieté baro-
que el Déchristianisation en Provence au XVIII' siécle ( 1 9 7 8 ) . L a h i s t o r i a
d e las m e n t a l i d a d e s se o c u p a i g u a l m e n t e d e las f o r m a s d e l a s o c i a b i l i d a d ,
e s p e c i a l m e n t e d e la fiesta q u e p u e d e n r e v e l a r , b r u t a l m e n t e , las c o n t r a d i c -
c i o n e s s o c i a l e s r e p r i m i d a s . A e s t e r e s p e c t o , s o n c a r a c t e r í s t i c a s las o b r a s d e
M . V o v e l l e , Les Métamorphoses de la jete en Provence de 1750 á 1820
167
( 1 9 7 6 ) ; M . O z o u f , La jete révolutionnaire de 1789 á 1799 ( 1 9 7 6 ) ; E . L e R o y C A P Í T U L O 10
L a d u r i e , Le Carnaval de Romans á la fin du XVI' siécle ( 1 9 7 9 ) . M u y p r ó x i -
m a s a la e l a b o r a c i ó n d e la p s i c o l o g í a h i s t ó r i c a s o n las m a n i f e s t a c i o n e s d e
la c o n f r o n t a c i ó n e n t r e el p s i c o a n á l i s i s y la h i s t o r i a . A . B e s a n c o n se e s f u e r -
z a p o r e s c l a r e c e r la r e l a c i ó n q u e m a n t i e n e el s o b e r a n o c o n sus s u b d i t o s e n LA NUEVA HISTORIA, H E R E D A D A D E LA
R u s i a a l a luz d e l c o m p l e j o d e E d i p o e n Le Tsarévitch inmolé ( 1 9 6 8 ) . M . ESCUELA DE LOS «ANNALES»
d e C e r t e a u m e z c l a la h i s t o r i a p o l í t i c a , la s o c i o l o g í a r e l i g i o s a y l a p s i c o p a -
t o l o g í a p a r a c o m p r e n d e r u n a s u n t o d e b r u j e r í a d e l siglo XVIII: La Posses-
sion de Loudun ( 1 9 7 0 ) . S i n e m b a r g o , la h i s t o r i a p s i c o a n a l í t i c a , falta d e c o n -
c e p t o s o p e r a t i v o s q u e le p e r m i t a n l l e g a r al i n c o n s c i e n t e c o l e c t i v o , d a l a i m -
p r e s i ó n m u y p r o n t o d e n o p r o g r e s a r , m i e n t r a s q u e la h i s t o r i a d e las m e n -
t a l i d a d e s m a n t i e n e el i m p u l s o inicial, y a q u e sus m é t o d o s i n c i e r t o s , sus lí-
m i t e s p o c o p r e c i s o s , le a u t o r i z a n a a s i m i l a r las a p o r t a c i o n e s d e o t r a s disci-
plinas.

L a nueva historia, h e a q u í u n a e s p e c i e d e m a r c h a m o l a n z a d o al m e r c a -
d o e n 1978 p o r a l g u n a s g r a n d e s figuras d e l a e s c u e l a d e los Annales (cf. el
d i c c i o n a r i o d e La Nouvelle Histoire, París, 1978, dirigido p o r J a c q u e s L e
Goff c o n la c o l a b o r a c i ó n d e R o g e r C h a r t i e r y J a c q u e s R e v e l . H a y t r a d u c -
ción en B i l b a o , M e n s a j e r o ) , y q u e está lejos d e ser a c e p t a d a u n á n i m e m e n -
t e e n el m u n d o d e los h i s t o r i a d o r e s . P r i m e r o , e n el p r o p i o s e n o d e l a e s -
c u e l a d e los Annales, d o n d e algunos manifiestan u n súbito interés p o r la
historia antigua a la m a n e r a d e Fustel d e C o u l a n g e s , m i e n t r a s q u e otros
e c h a n l a c u l p a al t ó p i c o s e g ú n el c u a l t o d o s l o s c o l a b o r a d o r e s d e l a p r e s t i -
g i o s a r e v i s t a c o m p a r t i r í a n u n a c o m ú n c o n c e p c i ó n d e la d i s c i p l i n a , y n o s r e -
c u e r d a n , c o m o Frangois F u r e t , q u e los p a d r e s f u n d a d o r e s p r e c o n i z a r o n
a n t e t o d o « e x p e r i m e n t a r en t o d o s los c a m p o s » . D e s p u é s , p o r los marxis-
t a s , q u e o p i n a n q u e l a n o v e d a d q u e se e n a r b o l a t a n a l t o , f r e c u e n t e m e n t e
n o es m á s q u e el r e d e s c u b r i m i e n t o d e a l g u n a s e n s e ñ a n z a s b á s i c a s d e M a r x ,
p u e s t a s al d í a , d e s p u é s d e h a b e r s e m a n t e n i d o o c u l t a s d u r a n t e l u s t r o s . F i -
n a l m e n t e , p o r los g r a n d e s b a t a l l o n e s d e l g r e m i o d e l o s h i s t o r i a d o r e s , e n el
q u e se d e n u n c i a c o n f u s a m e n t e el l a d o p u b l i c i t a r i o d e l a e m p r e s a , las c o n -
c e s i o n e s al l e n g u a j e « m e d i á t i c o » , el a v e n t u r e r i s m o d e c i e r t a s i n v e s t i g a c i o -
n e s dirigidas b a j o el s i g n o d e l a e t n o - h i s t o r i a o l a p s i c o - h i s t o r i a y , s o b r e
t o d o , el i m p e r i a l i s m o i n t e l e c t u a l d e u n a c o r r i e n t e q u e r e i v i n d i c a « l a r e n o -
v a c i ó n d e t o d o el c a m p o d e l a h i s t o r i a » , i g n o r a n d o d e l i b e r a d a m e n t e l a a p o r -
t a c i ó n d e a l g u n o s i n n o v a d o r e s d e p r i m e r a fila. E n e f e c t o , ¿ n o es a s o m b r o -
s o el silencio q u e se m a n t i e n e a c e r c a d e l a o b r a d e H e n r i - I r é n é e M a r r o u ,
e n l a a b u r r i d a , d e s i g u a l y a m e n u d o i n t r a s c e n d e n t e e n c i c l o p e d i a d e La Nou-
velle Histoire! ¿ C ó m o n o a s o m b r a r s e , en sentido inverso, d e la autosatis-
facción p r e g o n a d a p o r a l g u n o s a n t e el « m i l a g r o f r a n c é s » e n m a t e r i a d e h i s -
t o r i a ? P o r c e l e b r a r s e e x c e s i v a m e n t e é s t e , n o p o d í a n d e j a r d e a t r a e r s e los
comentarios poco amenos, pero m u y pertinentes, de u n historiador holan-
d é s , W . d e B o e r , p a r a q u i e n los Annales y l a « n u e v a h i s t o r i a » se b e n e f i -
c i a r o n d e u n m e c a n i s m o m u y c o n o c i d o e n l a h i s t o r i a d e las c i e n c i a s , q u e
s e l l a m a el f e n ó m e n o d e c o n c e n t r a c i ó n é p i c a o principio de San Mateo :
« E s t e c o n s i s t e e n a t r i b u i r las i n v e n c i o n e s d e n u m e r o s o s s a b i o s s ó l o a u n p e -
q u e ñ o n ú m e r o d e e l l o s . C o m o d i c e el E v a n g e l i o : s e d a r á a a q u e l q u e y a

168 169
( 1 9 7 6 ) ; M . O z o u f , La jete révolutionnaire de 1789 á 1799 ( 1 9 7 6 ) ; E . L e R o y C A P Í T U L O 10
L a d u r i e , Le Carnaval de Romans á la fin du XVI' siécle ( 1 9 7 9 ) . M u y p r ó x i -
m a s a la e l a b o r a c i ó n d e la p s i c o l o g í a h i s t ó r i c a s o n las m a n i f e s t a c i o n e s d e
la c o n f r o n t a c i ó n e n t r e el p s i c o a n á l i s i s y la h i s t o r i a . A . B e s a n c o n se e s f u e r -
z a p o r e s c l a r e c e r la r e l a c i ó n q u e m a n t i e n e el s o b e r a n o c o n sus s u b d i t o s e n LA NUEVA HISTORIA, H E R E D A D A D E LA
R u s i a a l a luz d e l c o m p l e j o d e E d i p o e n Le Tsarévitch inmolé ( 1 9 6 8 ) . M . ESCUELA DE LOS «ANNALES»
d e C e r t e a u m e z c l a la h i s t o r i a p o l í t i c a , la s o c i o l o g í a r e l i g i o s a y l a p s i c o p a -
t o l o g í a p a r a c o m p r e n d e r u n a s u n t o d e b r u j e r í a d e l siglo XVIII: La Posses-
sion de Loudun ( 1 9 7 0 ) . S i n e m b a r g o , la h i s t o r i a p s i c o a n a l í t i c a , falta d e c o n -
c e p t o s o p e r a t i v o s q u e le p e r m i t a n l l e g a r al i n c o n s c i e n t e c o l e c t i v o , d a l a i m -
p r e s i ó n m u y p r o n t o d e n o p r o g r e s a r , m i e n t r a s q u e la h i s t o r i a d e las m e n -
t a l i d a d e s m a n t i e n e el i m p u l s o inicial, y a q u e sus m é t o d o s i n c i e r t o s , sus lí-
m i t e s p o c o p r e c i s o s , le a u t o r i z a n a a s i m i l a r las a p o r t a c i o n e s d e o t r a s disci-
plinas.

L a nueva historia, h e a q u í u n a e s p e c i e d e m a r c h a m o l a n z a d o al m e r c a -
d o e n 1978 p o r a l g u n a s g r a n d e s figuras d e l a e s c u e l a d e los Annales (cf. el
d i c c i o n a r i o d e La Nouvelle Histoire, París, 1978, dirigido p o r J a c q u e s L e
Goff c o n la c o l a b o r a c i ó n d e R o g e r C h a r t i e r y J a c q u e s R e v e l . H a y t r a d u c -
ción en B i l b a o , M e n s a j e r o ) , y q u e está lejos d e ser a c e p t a d a u n á n i m e m e n -
t e e n el m u n d o d e los h i s t o r i a d o r e s . P r i m e r o , e n el p r o p i o s e n o d e l a e s -
c u e l a d e los Annales, d o n d e algunos manifiestan u n súbito interés p o r la
historia antigua a la m a n e r a d e Fustel d e C o u l a n g e s , m i e n t r a s q u e otros
e c h a n l a c u l p a al t ó p i c o s e g ú n el c u a l t o d o s l o s c o l a b o r a d o r e s d e l a p r e s t i -
g i o s a r e v i s t a c o m p a r t i r í a n u n a c o m ú n c o n c e p c i ó n d e la d i s c i p l i n a , y n o s r e -
c u e r d a n , c o m o Frangois F u r e t , q u e los p a d r e s f u n d a d o r e s p r e c o n i z a r o n
a n t e t o d o « e x p e r i m e n t a r en t o d o s los c a m p o s » . D e s p u é s , p o r los marxis-
t a s , q u e o p i n a n q u e l a n o v e d a d q u e se e n a r b o l a t a n a l t o , f r e c u e n t e m e n t e
n o es m á s q u e el r e d e s c u b r i m i e n t o d e a l g u n a s e n s e ñ a n z a s b á s i c a s d e M a r x ,
p u e s t a s al d í a , d e s p u é s d e h a b e r s e m a n t e n i d o o c u l t a s d u r a n t e l u s t r o s . F i -
n a l m e n t e , p o r los g r a n d e s b a t a l l o n e s d e l g r e m i o d e l o s h i s t o r i a d o r e s , e n el
q u e se d e n u n c i a c o n f u s a m e n t e el l a d o p u b l i c i t a r i o d e l a e m p r e s a , las c o n -
c e s i o n e s al l e n g u a j e « m e d i á t i c o » , el a v e n t u r e r i s m o d e c i e r t a s i n v e s t i g a c i o -
n e s dirigidas b a j o el s i g n o d e l a e t n o - h i s t o r i a o l a p s i c o - h i s t o r i a y , s o b r e
t o d o , el i m p e r i a l i s m o i n t e l e c t u a l d e u n a c o r r i e n t e q u e r e i v i n d i c a « l a r e n o -
v a c i ó n d e t o d o el c a m p o d e l a h i s t o r i a » , i g n o r a n d o d e l i b e r a d a m e n t e l a a p o r -
t a c i ó n d e a l g u n o s i n n o v a d o r e s d e p r i m e r a fila. E n e f e c t o , ¿ n o es a s o m b r o -
s o el silencio q u e se m a n t i e n e a c e r c a d e l a o b r a d e H e n r i - I r é n é e M a r r o u ,
e n l a a b u r r i d a , d e s i g u a l y a m e n u d o i n t r a s c e n d e n t e e n c i c l o p e d i a d e La Nou-
velle Histoire! ¿ C ó m o n o a s o m b r a r s e , en sentido inverso, d e la autosatis-
facción p r e g o n a d a p o r a l g u n o s a n t e el « m i l a g r o f r a n c é s » e n m a t e r i a d e h i s -
t o r i a ? P o r c e l e b r a r s e e x c e s i v a m e n t e é s t e , n o p o d í a n d e j a r d e a t r a e r s e los
comentarios poco amenos, pero m u y pertinentes, de u n historiador holan-
d é s , W . d e B o e r , p a r a q u i e n los Annales y l a « n u e v a h i s t o r i a » se b e n e f i -
c i a r o n d e u n m e c a n i s m o m u y c o n o c i d o e n l a h i s t o r i a d e las c i e n c i a s , q u e
s e l l a m a el f e n ó m e n o d e c o n c e n t r a c i ó n é p i c a o principio de San Mateo :
« E s t e c o n s i s t e e n a t r i b u i r las i n v e n c i o n e s d e n u m e r o s o s s a b i o s s ó l o a u n p e -
q u e ñ o n ú m e r o d e e l l o s . C o m o d i c e el E v a n g e l i o : s e d a r á a a q u e l q u e y a

168 169

tiene y t e n d r á m u c h o m á s ; p e r o a a q u e l q u e n o t i e n e s e le d e s p o j a r á i n c l u -
so d e lo q u e t i e n e » (L'Histoire et ses Méthodes, Presses Universitaires de
Lille, 1981, p p . 90-91). Y este autor a ñ a d e : « T a n t o e n F r a n c i a c o m o en m u -
c h o s o t r o s p a í s e s , h a b í a i d e a s , p r o g r a m a s . y e n s a y o s s e m e j a n t e s a los d e l o s
Ármales, p e r o d a t a b a n d e m u c h o a n t e s d e la c r e a c i ó n d e e s t o s ú l t i m o s . »
Propiamente hablando, Marc Bloch y Lucien Febvre no inventaron gran
cosa, p e r o hicieron posible «un e n f o q u e m o d e r n o d e la historia, alcanzar
el é x i t o p r o n t o e n F r a n c i a , l l e g a r a ser u n a i n s t i t u c i ó n , l o q u e s u p u s o la c r e a -
ción d e puestos d e trabajo e hizo posible la investigación y la publicación».
N o s t e m e m o s q u e e s t e d i s c u r s o se d i r i g e t a m b i é n a la n u e v a h i s t o r i a , q u e
c o n t i n ú a h a c i e n d o a c t u a r e n b e n e f i c i o p r o p i o el principio de San Mateo y
se e n c a r g a d e e l a b o r a r su p r o p i a h i s t o r i o g r a f í a , c o m o lo d e m u e s t r a n d o s
a r t í c u l o s a p a r e c i d o s e n Les Anuales ESC e n 1 9 7 9 , d e b i d o s u n o a A n d r é
B u r g u i é r e y o t r o a J a c q u e s R e v e l , q u e t r a t a n a c e r c a d e los Annales entre
1929-1979. P o r m u y o b j e t i v o s q u e s e a n a m b o s t e x t o s , l o m e n o s q u e se l e e
es q u e el e s p í r i t u d e los Annales se h a c o n v e r t i d o e n «el b i e n c o m ú n d e l a
m a y o r p a r t e d e los h i s t o r i a d o r e s y q u e l a e d i c i ó n y la p r e n s a m u l t i p l i c a n »
u n a p r o d u c c i ó n q u e , a v e c e s , es u n a a d a p t a c i ó n l i b r e d e la h i s t o r i a s e g ú n
l o s Annales, i m p l í c i t a m e n t e c o n s i d e r a d a c o m o el p a r a d i g m a a b s o l u t o .
A b a n d o n a n d o a q u í c u a l q u i e r e s p í r i t u p o l é m i c o y d e j a n d o a o t r o s el c u i -
d a d o d e d e s c r i b i r , c o n t a n t o t a l e n t o c o m o h u m o r , las c u r i o s a s c o s t u m b r e s
d e l a t r i b u d e los i n t e l e c t u a l e s , i n t e n t a r e m o s d e u n a m a n e r a m á s clásica d e s -
cribir los a p o y o s i n s t i t u c i o n a l e s d e l o s q u e d i s p o n e l a n u e v a h i s t o r i a , a n a -
lizar las r e f e r e n c i a s m á s c o r r i e n t e s d e sus a d e p t o s , d e l i m i t a r l o s o b j e t o s d e
sus i n v e s t i g a c i o n e s y, f i n a l m e n t e , e v o c a r su c o n s u m a d o a r t e d e l a r e l e c t u r a
d e d o c u m e n t o s y el r e c i c l a j e d e m a t e r i a l e s a n t i g u o s al s e r v i c i o d e p r o b l e -
m á t i c a s up to date. S e ñ a l a r e m o s , d e p a s o , las m o d i f i c a c i o n e s q u e la n u e v a
h i s t o r i a h a i m p u e s t o al e s p í r i t u d e los p r i m e r o s Annales.
1. U N A PODEROSA INSTITUCIÓN
D e s d e l a m u e r t e d e L u c i e n F e b v r e e n 1956, l a e s c u e l a d e l o s Annales
y l a r e v i s t a q u e es s u e m b l e m a a d q u i r i e r o n u n p u e s t o d o m i n a n t e e n la h i s -
t o r i o g r a f í a f r a n c e s a . F e r n a n d B r a u d e l fue su g u í a i n d i s c u t i b l e , a s u m i e n d o
la m a y o r p a r t e d e las r e s p o n s a b i l i d a d e s h a s t a 1968. D e s p u é s d e e s t a f e c h a ,
se r o d e ó d e u n c o m i t é e n el q u e figuran J . L e Goff, E . L e R o y L a d u r i e y
M . F e r r o ; y d e u n s e c r e t a r i a d o e n el q u e s e s u c e d i e r o n R . M a n d r o u ,
A . B u r g u i é r e y J . R e v e l . E n l o s a ñ o s 1960 y 1 9 7 0 , la r e v i s t a p u b l i c ó seis
n ú m e r o s — a l r e d e d o r d e 1.500 p á g i n a s — p o r a ñ o ; o c u p a el p r i m e r l u g a r
e n t r e las r e v i s t a s d e c i e n c i a s h u m a n a s e n F r a n c i a y e x t i e n d e su c a m p o d e
i n f l u e n c i a a E u r o p a o c c i d e n t a l y los E s t a d o s U n i d o s . B a s t a l e e r sus « s u -
m a r i o s » p a r a d i s t i n g u i r sus o r i e n t a c i o n e s p r i n c i p a l e s . L o s Annales se m a n -
tienen siempre vinculados a reflexiones metodológicas (ejemplos: E . L e
R o y L a d u r i e , Histoire et Climat, n ú m . 1 , 1 9 5 9 ; J. M . G o u e s s e , Párente, Fa-
mille et Mariage en Normandie, n ú m . 5 , 1 9 7 2 ) , f a v o r e c e n el d i á l o g o e n t r e
las disciplinas ( e j e m p l o s : Histoire et Structures, n ú m . e s p e c i a l 3-4, 1 9 7 1 ;
Histoire et Sciences, n ú m . e s p e c i a l 5 , 1 9 7 5 ) . L o s Annales, que pretenden
s e r p l u r i d i s c i p l i n a r e s , a b r e n sus c o l u m n a s n o s ó l o a los h i s t o r i a d o r e s ( e j e m -
p l o ^ . R i c h e t , Croissances et Blocages en France du XV, au XVIII' siécle,
170
n ú m . 4 , 1 9 6 8 ) , s i n o t a m b i é n a l o s s o c i ó l o g o s ( e j e m p l o : P . B o u r d i e u , Les
Stratégies matrimoniales, n ú m . 3 , 1972) y a los e c o n o m i s t a s ( e j e m p l o :
C . F u r t a d o , Développement et Stagnation en Amérique latine, n ú m . 1,
1966). Y los Annales tienen pretensiones ecuménicas, pretenden cubrir to-
d o s l o s p e r í o d o s d e la h i s t o r i a y t o d a s las r e g i o n e s d e l m u n d o ( e j e m p l o : G .
V i l l e , La fin des combats de gladiateurs á Rome, n ú m . 4 , 1 9 7 9 ; R . T r e x l e r ,
Les Religieuses a Florence á la fin de Moyen Age, n ú m . 6, 1 9 7 2 ; C . M i l s k y ,
La Reforme de l'écriture en Chine avant 1949, n ú m . 2 , 1 9 7 3 , e t c . ) .
E l g r u p o d e los Annales se a p o y a e n u n a i n s t i t u c i ó n u n i v e r s i t a r i a . E n
1 9 4 7 , L . F e b v r e l o g r ó d e los g o b i e r n o s d e l a L i b e r a c i ó n l a f u n d a c i ó n d e la
s e c c i ó n s e x t a d e la E s c u e l a P r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s ( E P H E ) , e s p e c i a l i -
zada en «ciencias e c o n ó m i c a s y sociales». F e b v r e m i s m o presidió este or-
g a n i s m o y d e f i n i ó sus o b j e t i v o s : g a r a n t i z a r u n a e s t r e c h a r e l a c i ó n e n t r e e n -
s e ñ a n z a e i n v e s t i g a c i ó n , d i f u n d i r l o s c o n o c i m i e n t o s e n el m a r c o d e l o s s e -
m i n a r i o s , e s t i m u l a r las i n v e s t i g a c i o n e s c o l e c t i v a s , o r g a n i z a r el e n c u e n t r o
e n t r e las c i e n c i a s h u m a n a s . E n 1 9 5 6 , F . B r a u d e l s u c e d e a L . F e b v r e y m a n -
t i e n e las l í n e a s d i r e c t r i c e s a n t e r i o r e s . A finales d e l o s a ñ o s 50 y 6 0 , l a sec-
ción sexta d e la E s c u e l a r e ú n e a l r e d e d o r d e treinta «directores d e estu-
d i o s » : h i s t o r i a d o r e s m u y p r ó x i m o s a l a r e v i s t a Annales — J . L e Goff, E . L e
R o y Ladurie, F . Furet, M . F e r r o — ; historiadores más independientes, a
m e n u d o economistas o d e m ó g r a f o s — C . - E . L a b r o u s s e , J. M e u v r e t , P . Vi-
lar—; sociólogos—G. F r i e d m a n n , A . T o u r a i n e — ; psico-historiadores—A.
B e s a n c o n , M . d e C e r t e a u — . E n principio, están r e p r e s e n t a d a s la m a y o r
p a r t e d e las c i e n c i a s h u m a n a s ; e n r e a l i d a d , la h i s t o r i a a c a p a r a l a m a y o r p a r -
t e d e los c a r g o s . S e g ú n F . B r a u d e l , l a h i s t o r i a p u e d e « a p o r t a r u n l e n g u a j e
c o m ú n » , «dar la d i m e n s i ó n f u n d a m e n t a l del t i e m p o » , «preservar la u n i d a d
d e las c i e n c i a s s o c i a l e s » . E n 1 9 6 8 , F . B r a u d e l l o g r a r e a l i z a r u n p r o y e c t o
m u y d e s e a d o : l a c r e a c i ó n d e l a M S H ( C a s a d e las C i e n c i a s d e l H o m b r e ) .
E l r é g i m e n g a u l l i s t a a c e p t a i n s t a l a r la s e c c i ó n s e x t a d e la E P H E e n u n v a s -
t o i n m u e b l e — n ú m . 5 6 d e l boulevard R a s p a l i , P a r í s — e n el q u e se r e u n i e -
r o n p r o g r e s i v a m e n t e los d i v e r s o s c e n t r o s y l a b o r a t o r i o s h a s t a e n t o n c e s d i s -
p e r s o s p o r el b a r r i o l a t i n o . L a Maison o f r e c e u n e q u i p a m i e n t o s ó l i d o , i n -
d i s p e n s a b l e p a r a la i n v e s t i g a c i ó n , c o n d e s p a c h o s , s a l a s d e c o n f e r e n c i a s , u n a
biblioteca, sistemas de r e p r o d u c c i ó n , o r d e n a d o r e s ; y, desde l u e g o , perso-
n a l p a r a h a c e r f u n c i o n a r los d i f e r e n t e s s e r v i c i o s . P o c o d e s p u é s , la s e c c i ó n
s e x t a d e l a E s c u e l a P r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s se t r a n s f o r m a r á e n E s c u e l a
de Altos Estudios d e Ciencias Sociales ( E H E S S ) . L a E H E S S adquirió en-
t o n c e s e s t a t u t o u n i v e r s i t a r i o , l o q u e facilita la c o n c e s i ó n d e c r é d i t o s , l a i n s -
cripción d e estudiantes y la c o n c e s i ó n d e títulos a c a d é m i c o s .
E l g r u p o d e l o s Annales dispone de otros apoyos extrauniversitarios.
E n e f e c t o , sus r e s p o n s a b l e s s u e l e n e s t a r m u y i n t r o d u c i d o s e n las e d i t o r i a -
l e s . P . N o r a d i r i g e la « B i b l i o t e c a d e las H i s t o r i a s » e n la e d i t o r i a l G a l l i -
m a r d , q u e s e l e c c i o n a las o b r a s u n i e n d o l a h i s t o r i a al r e s t o d e las c i e n c i a s
h u m a n a s ( e j e m p l o s : E . L e R o y L a d u r i e , Montaillou; M . F o u c a u l t , Histoi-
re de la folie). J . L e G o f f i n s p i r a l a c o l e c c i ó n « E t n o l o g í a h i s t ó r i c a » e n la
e d i t o r i a l F l a m m a r i o n , q u e p r i v i l e g i a el e s t u d i o d e l o s u s o s , c o s t u m b r e s y
v e s t i d o s ( e j e m p l o s : M . S e g a l e n , Mari et femme dans la socíété paysanne;
A . B u r g u i é r e , Bretons de Plozevet). J. G o y dirige la serie «Ciencia» (Sec-
c i ó n h i s t ó r i c a ) d e la e d i t o r i a l F l a m m a r i o n , e n la q u e a p a r e c e n g r a n d e s tesis
e n v e r s i ó n r e s u m i d a ( e j e m p l o s : P . G o u b e r t , Cent Mille Provinciaux au
171

tiene y t e n d r á m u c h o m á s ; p e r o a a q u e l q u e n o t i e n e s e le d e s p o j a r á i n c l u -
so d e lo q u e t i e n e » (L'Histoire et ses Méthodes, Presses Universitaires de
Lille, 1981, p p . 90-91). Y este autor a ñ a d e : « T a n t o e n F r a n c i a c o m o en m u -
c h o s o t r o s p a í s e s , h a b í a i d e a s , p r o g r a m a s . y e n s a y o s s e m e j a n t e s a los d e l o s
Ármales, p e r o d a t a b a n d e m u c h o a n t e s d e la c r e a c i ó n d e e s t o s ú l t i m o s . »
Propiamente hablando, Marc Bloch y Lucien Febvre no inventaron gran
cosa, p e r o hicieron posible «un e n f o q u e m o d e r n o d e la historia, alcanzar
el é x i t o p r o n t o e n F r a n c i a , l l e g a r a ser u n a i n s t i t u c i ó n , l o q u e s u p u s o la c r e a -
ción d e puestos d e trabajo e hizo posible la investigación y la publicación».
N o s t e m e m o s q u e e s t e d i s c u r s o se d i r i g e t a m b i é n a la n u e v a h i s t o r i a , q u e
c o n t i n ú a h a c i e n d o a c t u a r e n b e n e f i c i o p r o p i o el principio de San Mateo y
se e n c a r g a d e e l a b o r a r su p r o p i a h i s t o r i o g r a f í a , c o m o lo d e m u e s t r a n d o s
a r t í c u l o s a p a r e c i d o s e n Les Anuales ESC e n 1 9 7 9 , d e b i d o s u n o a A n d r é
B u r g u i é r e y o t r o a J a c q u e s R e v e l , q u e t r a t a n a c e r c a d e los Annales entre
1929-1979. P o r m u y o b j e t i v o s q u e s e a n a m b o s t e x t o s , l o m e n o s q u e se l e e
es q u e el e s p í r i t u d e los Annales se h a c o n v e r t i d o e n «el b i e n c o m ú n d e l a
m a y o r p a r t e d e los h i s t o r i a d o r e s y q u e l a e d i c i ó n y la p r e n s a m u l t i p l i c a n »
u n a p r o d u c c i ó n q u e , a v e c e s , es u n a a d a p t a c i ó n l i b r e d e la h i s t o r i a s e g ú n
l o s Annales, i m p l í c i t a m e n t e c o n s i d e r a d a c o m o el p a r a d i g m a a b s o l u t o .
A b a n d o n a n d o a q u í c u a l q u i e r e s p í r i t u p o l é m i c o y d e j a n d o a o t r o s el c u i -
d a d o d e d e s c r i b i r , c o n t a n t o t a l e n t o c o m o h u m o r , las c u r i o s a s c o s t u m b r e s
d e l a t r i b u d e los i n t e l e c t u a l e s , i n t e n t a r e m o s d e u n a m a n e r a m á s clásica d e s -
cribir los a p o y o s i n s t i t u c i o n a l e s d e l o s q u e d i s p o n e l a n u e v a h i s t o r i a , a n a -
lizar las r e f e r e n c i a s m á s c o r r i e n t e s d e sus a d e p t o s , d e l i m i t a r l o s o b j e t o s d e
sus i n v e s t i g a c i o n e s y, f i n a l m e n t e , e v o c a r su c o n s u m a d o a r t e d e l a r e l e c t u r a
d e d o c u m e n t o s y el r e c i c l a j e d e m a t e r i a l e s a n t i g u o s al s e r v i c i o d e p r o b l e -
m á t i c a s up to date. S e ñ a l a r e m o s , d e p a s o , las m o d i f i c a c i o n e s q u e la n u e v a
h i s t o r i a h a i m p u e s t o al e s p í r i t u d e los p r i m e r o s Annales.
1. U N A PODEROSA INSTITUCIÓN
D e s d e l a m u e r t e d e L u c i e n F e b v r e e n 1956, l a e s c u e l a d e l o s Annales
y l a r e v i s t a q u e es s u e m b l e m a a d q u i r i e r o n u n p u e s t o d o m i n a n t e e n la h i s -
t o r i o g r a f í a f r a n c e s a . F e r n a n d B r a u d e l fue su g u í a i n d i s c u t i b l e , a s u m i e n d o
la m a y o r p a r t e d e las r e s p o n s a b i l i d a d e s h a s t a 1968. D e s p u é s d e e s t a f e c h a ,
se r o d e ó d e u n c o m i t é e n el q u e figuran J . L e Goff, E . L e R o y L a d u r i e y
M . F e r r o ; y d e u n s e c r e t a r i a d o e n el q u e s e s u c e d i e r o n R . M a n d r o u ,
A . B u r g u i é r e y J . R e v e l . E n l o s a ñ o s 1960 y 1 9 7 0 , la r e v i s t a p u b l i c ó seis
n ú m e r o s — a l r e d e d o r d e 1.500 p á g i n a s — p o r a ñ o ; o c u p a el p r i m e r l u g a r
e n t r e las r e v i s t a s d e c i e n c i a s h u m a n a s e n F r a n c i a y e x t i e n d e su c a m p o d e
i n f l u e n c i a a E u r o p a o c c i d e n t a l y los E s t a d o s U n i d o s . B a s t a l e e r sus « s u -
m a r i o s » p a r a d i s t i n g u i r sus o r i e n t a c i o n e s p r i n c i p a l e s . L o s Annales se m a n -
tienen siempre vinculados a reflexiones metodológicas (ejemplos: E . L e
R o y L a d u r i e , Histoire et Climat, n ú m . 1 , 1 9 5 9 ; J. M . G o u e s s e , Párente, Fa-
mille et Mariage en Normandie, n ú m . 5 , 1 9 7 2 ) , f a v o r e c e n el d i á l o g o e n t r e
las disciplinas ( e j e m p l o s : Histoire et Structures, n ú m . e s p e c i a l 3-4, 1 9 7 1 ;
Histoire et Sciences, n ú m . e s p e c i a l 5 , 1 9 7 5 ) . L o s Annales, que pretenden
s e r p l u r i d i s c i p l i n a r e s , a b r e n sus c o l u m n a s n o s ó l o a los h i s t o r i a d o r e s ( e j e m -
p l o ^ . R i c h e t , Croissances et Blocages en France du XV, au XVIII' siécle,
170
n ú m . 4 , 1 9 6 8 ) , s i n o t a m b i é n a l o s s o c i ó l o g o s ( e j e m p l o : P . B o u r d i e u , Les
Stratégies matrimoniales, n ú m . 3 , 1972) y a los e c o n o m i s t a s ( e j e m p l o :
C . F u r t a d o , Développement et Stagnation en Amérique latine, n ú m . 1,
1966). Y los Annales tienen pretensiones ecuménicas, pretenden cubrir to-
d o s l o s p e r í o d o s d e la h i s t o r i a y t o d a s las r e g i o n e s d e l m u n d o ( e j e m p l o : G .
V i l l e , La fin des combats de gladiateurs á Rome, n ú m . 4 , 1 9 7 9 ; R . T r e x l e r ,
Les Religieuses a Florence á la fin de Moyen Age, n ú m . 6, 1 9 7 2 ; C . M i l s k y ,
La Reforme de l'écriture en Chine avant 1949, n ú m . 2 , 1 9 7 3 , e t c . ) .
E l g r u p o d e los Annales se a p o y a e n u n a i n s t i t u c i ó n u n i v e r s i t a r i a . E n
1 9 4 7 , L . F e b v r e l o g r ó d e los g o b i e r n o s d e l a L i b e r a c i ó n l a f u n d a c i ó n d e la
s e c c i ó n s e x t a d e la E s c u e l a P r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s ( E P H E ) , e s p e c i a l i -
zada en «ciencias e c o n ó m i c a s y sociales». F e b v r e m i s m o presidió este or-
g a n i s m o y d e f i n i ó sus o b j e t i v o s : g a r a n t i z a r u n a e s t r e c h a r e l a c i ó n e n t r e e n -
s e ñ a n z a e i n v e s t i g a c i ó n , d i f u n d i r l o s c o n o c i m i e n t o s e n el m a r c o d e l o s s e -
m i n a r i o s , e s t i m u l a r las i n v e s t i g a c i o n e s c o l e c t i v a s , o r g a n i z a r el e n c u e n t r o
e n t r e las c i e n c i a s h u m a n a s . E n 1 9 5 6 , F . B r a u d e l s u c e d e a L . F e b v r e y m a n -
t i e n e las l í n e a s d i r e c t r i c e s a n t e r i o r e s . A finales d e l o s a ñ o s 50 y 6 0 , l a sec-
ción sexta d e la E s c u e l a r e ú n e a l r e d e d o r d e treinta «directores d e estu-
d i o s » : h i s t o r i a d o r e s m u y p r ó x i m o s a l a r e v i s t a Annales — J . L e Goff, E . L e
R o y Ladurie, F . Furet, M . F e r r o — ; historiadores más independientes, a
m e n u d o economistas o d e m ó g r a f o s — C . - E . L a b r o u s s e , J. M e u v r e t , P . Vi-
lar—; sociólogos—G. F r i e d m a n n , A . T o u r a i n e — ; psico-historiadores—A.
B e s a n c o n , M . d e C e r t e a u — . E n principio, están r e p r e s e n t a d a s la m a y o r
p a r t e d e las c i e n c i a s h u m a n a s ; e n r e a l i d a d , la h i s t o r i a a c a p a r a l a m a y o r p a r -
t e d e los c a r g o s . S e g ú n F . B r a u d e l , l a h i s t o r i a p u e d e « a p o r t a r u n l e n g u a j e
c o m ú n » , «dar la d i m e n s i ó n f u n d a m e n t a l del t i e m p o » , «preservar la u n i d a d
d e las c i e n c i a s s o c i a l e s » . E n 1 9 6 8 , F . B r a u d e l l o g r a r e a l i z a r u n p r o y e c t o
m u y d e s e a d o : l a c r e a c i ó n d e l a M S H ( C a s a d e las C i e n c i a s d e l H o m b r e ) .
E l r é g i m e n g a u l l i s t a a c e p t a i n s t a l a r la s e c c i ó n s e x t a d e la E P H E e n u n v a s -
t o i n m u e b l e — n ú m . 5 6 d e l boulevard R a s p a l i , P a r í s — e n el q u e se r e u n i e -
r o n p r o g r e s i v a m e n t e los d i v e r s o s c e n t r o s y l a b o r a t o r i o s h a s t a e n t o n c e s d i s -
p e r s o s p o r el b a r r i o l a t i n o . L a Maison o f r e c e u n e q u i p a m i e n t o s ó l i d o , i n -
d i s p e n s a b l e p a r a la i n v e s t i g a c i ó n , c o n d e s p a c h o s , s a l a s d e c o n f e r e n c i a s , u n a
biblioteca, sistemas de r e p r o d u c c i ó n , o r d e n a d o r e s ; y, desde l u e g o , perso-
n a l p a r a h a c e r f u n c i o n a r los d i f e r e n t e s s e r v i c i o s . P o c o d e s p u é s , la s e c c i ó n
s e x t a d e l a E s c u e l a P r á c t i c a d e A l t o s E s t u d i o s se t r a n s f o r m a r á e n E s c u e l a
de Altos Estudios d e Ciencias Sociales ( E H E S S ) . L a E H E S S adquirió en-
t o n c e s e s t a t u t o u n i v e r s i t a r i o , l o q u e facilita la c o n c e s i ó n d e c r é d i t o s , l a i n s -
cripción d e estudiantes y la c o n c e s i ó n d e títulos a c a d é m i c o s .
E l g r u p o d e l o s Annales dispone de otros apoyos extrauniversitarios.
E n e f e c t o , sus r e s p o n s a b l e s s u e l e n e s t a r m u y i n t r o d u c i d o s e n las e d i t o r i a -
l e s . P . N o r a d i r i g e la « B i b l i o t e c a d e las H i s t o r i a s » e n la e d i t o r i a l G a l l i -
m a r d , q u e s e l e c c i o n a las o b r a s u n i e n d o l a h i s t o r i a al r e s t o d e las c i e n c i a s
h u m a n a s ( e j e m p l o s : E . L e R o y L a d u r i e , Montaillou; M . F o u c a u l t , Histoi-
re de la folie). J . L e G o f f i n s p i r a l a c o l e c c i ó n « E t n o l o g í a h i s t ó r i c a » e n la
e d i t o r i a l F l a m m a r i o n , q u e p r i v i l e g i a el e s t u d i o d e l o s u s o s , c o s t u m b r e s y
v e s t i d o s ( e j e m p l o s : M . S e g a l e n , Mari et femme dans la socíété paysanne;
A . B u r g u i é r e , Bretons de Plozevet). J. G o y dirige la serie «Ciencia» (Sec-
c i ó n h i s t ó r i c a ) d e la e d i t o r i a l F l a m m a r i o n , e n la q u e a p a r e c e n g r a n d e s tesis
e n v e r s i ó n r e s u m i d a ( e j e m p l o s : P . G o u b e r t , Cent Mille Provinciaux au
171
XVII'. siécle; A . K r i e g e l , Les Orígenes du comunisme francais). P. Nora y
J . R e v e l d i r i g e n la c o l e c c i ó n « A r c h i v o s » d e la e d i t o r i a l G a l l í m a r d , e n l a
q u e c a d a t e m a se e s t r u c t u r a a p a r t i r d e u n a s e r i e d e d o c u m e n t o s p r e s e n -
t a d o p o r u n e s p e c i a l i s t a ( e j e m p l o s : G . D u b y , L'An Mil; E t i e m b l e , Les Jé-
suites en Chine; J . R o u g e r i e , Procés des communards). L a r e v i s t a H. His-
toire, l a n z a d a p o r H a c h e t t e e n 1979, p r e t e n d e r e c u r r i r a l a h i s t o r i a p a r a
c o m p r e n d e r m e j o r la a c t u a l i d a d ( e j e m p l o s : n ú m . 3 , « L e s Juifs e n F r a n c e » ;
n ú m . 4 , « L e s E t a t s - U n i s » ) ; e s t a p u b l i c a c i ó n e s t á p a t r o c i n a d a p o r el e q u i p o
d e los Annales, d e s e o s o d e n o a b a n d o n a r a los c o m p e t i d o r e s el m e r c a d o
d e las r e v i s t a s d e h i s t o r i a d e s t i n a d a s al g r a n p ú b l i c o . A d e m á s , el e q u i p o
d e los Annales m a n t i e n e sus p o s i c i o n e s e n t r e los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n
d e m a s a s . S u s c o l a b o r a d o r e s r e a l i z a n la crítica h i s t ó r i c a e n c i e r t o s p e r i ó d i -
c o s y s e m a n a r i o s . E . L e R o y L a d u r i e y E . T o d d d a n sus c o n s e j o s e n Le
Monde; F . F u r e t , J. y M . O z o u f h a c e n sus c o m e n t a r i o s e n Le Nouvel Ob-
servateur. A d e m á s , J. L e G o f f y D . R i c h e t a n i m a n u n a e m i s i ó n d e r a d i o
— « L o s l u n e s d e l a h i s t o r i a » — e n la q u e l o s h i s t o r i a d o r e s p r e s e n t a n s u s
o b r a s . L o s r e p r e s e n t a n t e s d e los Annales n o c o n t r o l a n n i n g u n a d e las filia-
les t e l e v i s i v a s , p e r o a p a r e c e n f r e c u e n t e m e n t e c o n m o t i v o d e d e b a t e s h i s t ó -
ricos, p o l í t i c o s o l i t e r a r i o s . C o m o d i c e J. C h e s n e a u x , el holding d e l o s An-
nales es u n o d e los n ú c l e o s d e l p o d e r i n t e l e c t u a l e n F r a n c i a .
A p r i n c i p i o s d e 1 9 7 0 , F . B r a u d e l d i v i d e su h e r e n c i a e n t r e sus s u c e s o -
r e s , s o b r e t o d o J. L e G o f f y E . L e R o y L a d u r i e . E l n u e v o e q u i p o se e n -
c a r g a r á d e r e a l i z a r u n b a l a n c e c o n m o t i v o d e l c i n c u e n t e n a r i o d e l o s Anna-
les. E n 1 9 7 4 , J . L e G o f f y P . N o r a r e ú n e n , c o n el t í t u l o d e Faire 1'Histoire,
tres colecciones d e artículos q u e plantean «nuevos p r o b l e m a s » , esbozan
«nuevos p u n t o s d e vista» y m a r c a n «nuevos objetivos». E n 1978, J. L e Goff
p u b l i c a la e n c i c l o p e d i a t i t u l a d a La Nouvelle Histoire, e n la q u e s e m e z c l a n
a r t í c u l o s d e f o n d o ( a c e r c a d e la n o c i ó n d e e s t r u c t u r a , el c o n c e p t o d e l a r g a
d u r a c i ó n , o l a h i s t o r i a i n m e d i a t a , e t c . ) ; n o t a s a c e r c a d e los p r o t a g o n i s t a s
( H . B e r r , G . D u m é z i l , F . S i m i a n d , e t c . ) y n o t a s s o b r e t e r m i n o l o g í a (cli-
m a , l e n g u a j e , p s i c o a n á l i s i s , e t c . ) . E n a m b a s e m p r e s a s se e n c u e n t r a n , c o n
m á s o m e n o s p a r t i c i p a c i ó n , P h . A r i e s , J. P . A r o n , A . B u r g u i é r e , M . d e
C e r t e a u , R . C h a r t i e r , M . F e r r o , F . F u r e t , D . J u l i a , J . L e Goff, P . N o r a ,
J . R e v e l , R . R o c h e , A . S c h n a p p , J. C . S c m i t t , P . V i d a l - N a q u e t , M . V o v e -
lle y a l g u n o s o t r o s .
L a producción de t o d a esta constelación de historiadores, por a b u n d a n -
t e q u e s e a , e s t á l e j o s d e r e c u b r i r t o d o el c a m p o d e la h i s t o r i a . E n e f e c t o ,
d e b i d o q u i z á al i m p u l s o i n i c i a l m e n t e d a d o p o r L . F e b v r e y F . B r a u d e l , l a
e s c u e l a d e los Annales se i n t e r e s a p r i o r i t a r i a m e n t e p o r E u r o p a o c c i d e n t a l
y sus d e p e n d e n c i a s , d e s d e la E d a d M e d i a al Siglo d e las L u c e s . E . L e R o y
L a d u r i e n o l o g r a c i t a r m á s q u e a « m o d e r n i s t a s » (L'Histoire, n ú m . 2, junio
1 9 7 8 ) , al b o s q u e j a r u n c u a d r o - p a l m a r e s d e la p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a r e c i e n -
t e , s i e m p r e d e n t r o d e l e s t i l o « s e r i e s d e p r e c i o s » al q u e es t a n a f i c i o n a d o .
E n l a E F Í E S S , la c l a r a d e n o m i n a c i ó n d e l o s modernistas y d e a l g u n o s me-
dievalistas se a c o m p a ñ a d e u n a casi e x c l u s i ó n d e l o s e s t u d i o s o s d e la A n t i -
g ü e d a d y d e los contemporaneístas. P o r t a n t o , la m a y o r p a r t e d e los e s t u -
d i o s r e l a c i o n a d o s c o n l a A n t i g ü e d a d se e l a b o r a n f u e r a n d e l c í r c u l o d e l o s
Annales ( p o r e j e m p l o e n la E s c u e l a d e A t e n a s o l a E s c u e l a d e R o m a ) y
t a m b i é n l a m a y o r p a r t e d e las i n v e s t i g a c i o n e s a c e r c a d e l m u n d o c o n t e m -
p o r á n e o ( p o r e j e m p l o e n la F u n d a c i ó n d e C i e n c i a s P o l í t i c a s o e n el I n s t i -
172
t u t o del T i e m p o P r e s e n t e ) . A d e m á s , en F r a n c i a existen u n a t r e i n t e n a d e
U E R , d e d e p a r t a m e n t o s o l a b o r a t o r i o s e n los q u e d e s a r r o l l a n su t r a b a j o
varios centenares de historiadores profesionales. Su simple existencia re-
c u e r d a q u e la E H E S S n o e s m á s q u e u n c e n t r o d e i n v e s t i g a c i ó n c o m o o t r o
c u a l q u i e r a , p e r o q u e d i s f r u t a d e lo q u e F r a n g o i s F u r e t , n o sin o r g u l l o , lla-
m a la « h e g e m o n í a d e l a r e p u t a c i ó n » .
2. E L CULTO A LOS ANTEPASADOS
N a d a d e f i n e m e j o r u n a c o r r i e n t e d e p e n s a m i e n t o q u e los t e x t o s s a g r a -
dos que invoca. P a r a d ó j i c a m e n t e , esta corriente p u n t e r a ha experimenta-
d o la necesidad d e d o t a r s e d e u n a gloriosa genealogía y de establecer u n a
v e r s i ó n casi m í t i c a d e s u s o r í g e n e s , d e d i c a n d o u n v e r d a d e r o c u l t o a sus p a -
dres fundadores. N o n o s e x t r a ñ e m o s de encotrar, entre los a n t e p a s a d o s ve-
n e r a d o s p o r J a c q u e s L e G o f f ( « L ' H i s t o i r e n o u v e l l e » , e n La Nouvelle His-
toire, p p . 2 1 9 - 2 4 1 ) , al V o l t a i r e d e l Essai sur les Moeurs, n i al M i c h e l e t d e l
Preface d e 1 8 6 9 , i n v o c a d o d e m a n e r a casi r i t u a l , sin d u d a p o r n o s t a l g i a d e
u n a historia total q u e ya n o se p u e d e realizar hoy. P e r o nos s o r p r e n d e r á
a u n m á s e n c o n t r a r a C h a t e a u b r i a n d , m u y i n t e r e s a d o , e n sus Écrits histori-
ques, p o r e v o c a r t o d o s l o s a s p e c t o s d e l o c o t i d i a n o , y a G u i z o t , el p e r s p i -
caz a n a l i s t a d e l hecho civilizador.
L o s Annales n a c e n e n 1929, fecha mítica, m á s conocida h a s t a e n t o n c e s
p o r c i e r t o v i e r n e s n e g r o , e n e l q u e l a f u n d a c i ó n d e l o s Annales d'histoire
économique et sociale v i e n e n a a b r i r u n c a m p o n u e v o e n la h i s t o r i a , a b a -
t i e n d o las a n t i g u a s b a r r e r a s e n t r e l o s h e c h o s d e n a t u r a l e z a d i f e r e n t e y d e -
j a n d o q u e a v a n c e el t r i u n f o d e l « c o m p a r a t i v i s m o » . S e a m o s j u s t o s : l a d e u -
d a d e B l o c h y F e b v r e c o n r e s p e c t o a a l g u n o s d e sus p r e d e c e s o r e s ( B e r r ,
P i r e n n e , S i m i a n d ) s e m e n c i o n a s i e m p r e . P e r o n o es m e n o s c i e r t o q u e , e n
1 9 2 9 , e m p i e z a l a g e s t a d e l o s p a d r e s f u n d a d o r e s c o n t r a los p a r t i d a r i o s d e
la h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e y o t r o s « p o s i t i v i s t a s » t a r d í o s . E n 1946 ( r e v o l u c i ó n
d e n t r o d e l a r e v o l u c i ó n ) , la r e v i s t a - e m b l e m a d e la h i s t o r i o g r a f í a f r a n c e s a
c a m b i a d e sigla y p a s a a l l a m a r s e , Annales ESC. L u d e n F e b v r e d e s c u b r e
a su legítimo h e r e d e r o , F e r n a n d B r a u d e l , q u e tiene q u e batirse con los B u r -
g r a v e s d e l a h i s t o r i a u n i v e r s i t a r i a e n e s t e c a m p o c e r r a d o q u e es el t r i b u n a l
d e l a agrégation d e h i s t o r i a e n t r e 1950 y 1 9 5 5 . P a s a n l o s a ñ o s y el m i s m o
F e r n a n d B r a u d e l v e c r e c e r a sus s u c e s o r e s : E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e , J a c -
q u e s L e Goff, M a r c F e r r o .
E s t a g e n e o l o g í a d e i n t e l e c t u a l e s t i e n e d i v e r s a s f u n c i o n e s . E n p r i m e r lu-
gar legitima, ya q u e c o n v i e r t e a u n limitado círculo d e historiadores en los
d e p o s i t a r i o s d e l e s p í r i t u d e l o s p r i m e r o s Annales. Después de Jacques Le
Goff, E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e y G e o r g e s D u b y , v i e n e n A n d r é B u r g u i é -
re, Roger Chartier, Jacques Revel, Jean-Claude Schmitt... Esta genealogía
t a m b i é n c o n s t i t u y e u n a r g u m e n t o d e p e s o e n l a conflictiva c o h a b i t a c i ó n c o n
l o s d e m á s s e c t o r e s d e l a c i e n c i a h i s t ó r i c a . Q u e t o d o s i n v o q u e m o s a los v e -
nerable a n t e p a s a d o s p e r m i t e evitarnos enfrentamientos d e m a s i a d o violen-
t o s . ¿ N o n o s d i c e J a c q u e s L e Goff, c o n el e s p í r i t u d e c o n c i l i a c i ó n q u e le
c a r a c t e r i z a , q u e la n u e v a h i s t o r i a s e a p o y a en una larga y sólida tradición
y que una parte de los logros técnicos del método positivista sigue siendo vá-
lido? ¿ N o c e l e b r a el sólido bagaje d e l o s h i s t o r i a d o r e s p r o f e s i o n a l e s y l a / ¿ r -
173
XVII'. siécle; A . K r i e g e l , Les Orígenes du comunisme francais). P. Nora y
J . R e v e l d i r i g e n la c o l e c c i ó n « A r c h i v o s » d e la e d i t o r i a l G a l l í m a r d , e n l a
q u e c a d a t e m a se e s t r u c t u r a a p a r t i r d e u n a s e r i e d e d o c u m e n t o s p r e s e n -
t a d o p o r u n e s p e c i a l i s t a ( e j e m p l o s : G . D u b y , L'An Mil; E t i e m b l e , Les Jé-
suites en Chine; J . R o u g e r i e , Procés des communards). L a r e v i s t a H. His-
toire, l a n z a d a p o r H a c h e t t e e n 1979, p r e t e n d e r e c u r r i r a l a h i s t o r i a p a r a
c o m p r e n d e r m e j o r la a c t u a l i d a d ( e j e m p l o s : n ú m . 3 , « L e s Juifs e n F r a n c e » ;
n ú m . 4 , « L e s E t a t s - U n i s » ) ; e s t a p u b l i c a c i ó n e s t á p a t r o c i n a d a p o r el e q u i p o
d e los Annales, d e s e o s o d e n o a b a n d o n a r a los c o m p e t i d o r e s el m e r c a d o
d e las r e v i s t a s d e h i s t o r i a d e s t i n a d a s al g r a n p ú b l i c o . A d e m á s , el e q u i p o
d e los Annales m a n t i e n e sus p o s i c i o n e s e n t r e los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n
d e m a s a s . S u s c o l a b o r a d o r e s r e a l i z a n la crítica h i s t ó r i c a e n c i e r t o s p e r i ó d i -
c o s y s e m a n a r i o s . E . L e R o y L a d u r i e y E . T o d d d a n sus c o n s e j o s e n Le
Monde; F . F u r e t , J. y M . O z o u f h a c e n sus c o m e n t a r i o s e n Le Nouvel Ob-
servateur. A d e m á s , J. L e G o f f y D . R i c h e t a n i m a n u n a e m i s i ó n d e r a d i o
— « L o s l u n e s d e l a h i s t o r i a » — e n la q u e l o s h i s t o r i a d o r e s p r e s e n t a n s u s
o b r a s . L o s r e p r e s e n t a n t e s d e los Annales n o c o n t r o l a n n i n g u n a d e las filia-
les t e l e v i s i v a s , p e r o a p a r e c e n f r e c u e n t e m e n t e c o n m o t i v o d e d e b a t e s h i s t ó -
ricos, p o l í t i c o s o l i t e r a r i o s . C o m o d i c e J. C h e s n e a u x , el holding d e l o s An-
nales es u n o d e los n ú c l e o s d e l p o d e r i n t e l e c t u a l e n F r a n c i a .
A p r i n c i p i o s d e 1 9 7 0 , F . B r a u d e l d i v i d e su h e r e n c i a e n t r e sus s u c e s o -
r e s , s o b r e t o d o J. L e G o f f y E . L e R o y L a d u r i e . E l n u e v o e q u i p o se e n -
c a r g a r á d e r e a l i z a r u n b a l a n c e c o n m o t i v o d e l c i n c u e n t e n a r i o d e l o s Anna-
les. E n 1 9 7 4 , J . L e G o f f y P . N o r a r e ú n e n , c o n el t í t u l o d e Faire 1'Histoire,
tres colecciones d e artículos q u e plantean «nuevos p r o b l e m a s » , esbozan
«nuevos p u n t o s d e vista» y m a r c a n «nuevos objetivos». E n 1978, J. L e Goff
p u b l i c a la e n c i c l o p e d i a t i t u l a d a La Nouvelle Histoire, e n la q u e s e m e z c l a n
a r t í c u l o s d e f o n d o ( a c e r c a d e la n o c i ó n d e e s t r u c t u r a , el c o n c e p t o d e l a r g a
d u r a c i ó n , o l a h i s t o r i a i n m e d i a t a , e t c . ) ; n o t a s a c e r c a d e los p r o t a g o n i s t a s
( H . B e r r , G . D u m é z i l , F . S i m i a n d , e t c . ) y n o t a s s o b r e t e r m i n o l o g í a (cli-
m a , l e n g u a j e , p s i c o a n á l i s i s , e t c . ) . E n a m b a s e m p r e s a s se e n c u e n t r a n , c o n
m á s o m e n o s p a r t i c i p a c i ó n , P h . A r i e s , J. P . A r o n , A . B u r g u i é r e , M . d e
C e r t e a u , R . C h a r t i e r , M . F e r r o , F . F u r e t , D . J u l i a , J . L e Goff, P . N o r a ,
J . R e v e l , R . R o c h e , A . S c h n a p p , J. C . S c m i t t , P . V i d a l - N a q u e t , M . V o v e -
lle y a l g u n o s o t r o s .
L a producción de t o d a esta constelación de historiadores, por a b u n d a n -
t e q u e s e a , e s t á l e j o s d e r e c u b r i r t o d o el c a m p o d e la h i s t o r i a . E n e f e c t o ,
d e b i d o q u i z á al i m p u l s o i n i c i a l m e n t e d a d o p o r L . F e b v r e y F . B r a u d e l , l a
e s c u e l a d e los Annales se i n t e r e s a p r i o r i t a r i a m e n t e p o r E u r o p a o c c i d e n t a l
y sus d e p e n d e n c i a s , d e s d e la E d a d M e d i a al Siglo d e las L u c e s . E . L e R o y
L a d u r i e n o l o g r a c i t a r m á s q u e a « m o d e r n i s t a s » (L'Histoire, n ú m . 2, junio
1 9 7 8 ) , al b o s q u e j a r u n c u a d r o - p a l m a r e s d e la p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a r e c i e n -
t e , s i e m p r e d e n t r o d e l e s t i l o « s e r i e s d e p r e c i o s » al q u e es t a n a f i c i o n a d o .
E n l a E F Í E S S , la c l a r a d e n o m i n a c i ó n d e l o s modernistas y d e a l g u n o s me-
dievalistas se a c o m p a ñ a d e u n a casi e x c l u s i ó n d e l o s e s t u d i o s o s d e la A n t i -
g ü e d a d y d e los contemporaneístas. P o r t a n t o , la m a y o r p a r t e d e los e s t u -
d i o s r e l a c i o n a d o s c o n l a A n t i g ü e d a d se e l a b o r a n f u e r a n d e l c í r c u l o d e l o s
Annales ( p o r e j e m p l o e n la E s c u e l a d e A t e n a s o l a E s c u e l a d e R o m a ) y
t a m b i é n l a m a y o r p a r t e d e las i n v e s t i g a c i o n e s a c e r c a d e l m u n d o c o n t e m -
p o r á n e o ( p o r e j e m p l o e n la F u n d a c i ó n d e C i e n c i a s P o l í t i c a s o e n el I n s t i -
172
t u t o del T i e m p o P r e s e n t e ) . A d e m á s , en F r a n c i a existen u n a t r e i n t e n a d e
U E R , d e d e p a r t a m e n t o s o l a b o r a t o r i o s e n los q u e d e s a r r o l l a n su t r a b a j o
varios centenares de historiadores profesionales. Su simple existencia re-
c u e r d a q u e la E H E S S n o e s m á s q u e u n c e n t r o d e i n v e s t i g a c i ó n c o m o o t r o
c u a l q u i e r a , p e r o q u e d i s f r u t a d e lo q u e F r a n g o i s F u r e t , n o sin o r g u l l o , lla-
m a la « h e g e m o n í a d e l a r e p u t a c i ó n » .
2. E L CULTO A LOS ANTEPASADOS
N a d a d e f i n e m e j o r u n a c o r r i e n t e d e p e n s a m i e n t o q u e los t e x t o s s a g r a -
dos que invoca. P a r a d ó j i c a m e n t e , esta corriente p u n t e r a ha experimenta-
d o la necesidad d e d o t a r s e d e u n a gloriosa genealogía y de establecer u n a
v e r s i ó n casi m í t i c a d e s u s o r í g e n e s , d e d i c a n d o u n v e r d a d e r o c u l t o a sus p a -
dres fundadores. N o n o s e x t r a ñ e m o s de encotrar, entre los a n t e p a s a d o s ve-
n e r a d o s p o r J a c q u e s L e G o f f ( « L ' H i s t o i r e n o u v e l l e » , e n La Nouvelle His-
toire, p p . 2 1 9 - 2 4 1 ) , al V o l t a i r e d e l Essai sur les Moeurs, n i al M i c h e l e t d e l
Preface d e 1 8 6 9 , i n v o c a d o d e m a n e r a casi r i t u a l , sin d u d a p o r n o s t a l g i a d e
u n a historia total q u e ya n o se p u e d e realizar hoy. P e r o nos s o r p r e n d e r á
a u n m á s e n c o n t r a r a C h a t e a u b r i a n d , m u y i n t e r e s a d o , e n sus Écrits histori-
ques, p o r e v o c a r t o d o s l o s a s p e c t o s d e l o c o t i d i a n o , y a G u i z o t , el p e r s p i -
caz a n a l i s t a d e l hecho civilizador.
L o s Annales n a c e n e n 1929, fecha mítica, m á s conocida h a s t a e n t o n c e s
p o r c i e r t o v i e r n e s n e g r o , e n e l q u e l a f u n d a c i ó n d e l o s Annales d'histoire
économique et sociale v i e n e n a a b r i r u n c a m p o n u e v o e n la h i s t o r i a , a b a -
t i e n d o las a n t i g u a s b a r r e r a s e n t r e l o s h e c h o s d e n a t u r a l e z a d i f e r e n t e y d e -
j a n d o q u e a v a n c e el t r i u n f o d e l « c o m p a r a t i v i s m o » . S e a m o s j u s t o s : l a d e u -
d a d e B l o c h y F e b v r e c o n r e s p e c t o a a l g u n o s d e sus p r e d e c e s o r e s ( B e r r ,
P i r e n n e , S i m i a n d ) s e m e n c i o n a s i e m p r e . P e r o n o es m e n o s c i e r t o q u e , e n
1 9 2 9 , e m p i e z a l a g e s t a d e l o s p a d r e s f u n d a d o r e s c o n t r a los p a r t i d a r i o s d e
la h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e y o t r o s « p o s i t i v i s t a s » t a r d í o s . E n 1946 ( r e v o l u c i ó n
d e n t r o d e l a r e v o l u c i ó n ) , la r e v i s t a - e m b l e m a d e la h i s t o r i o g r a f í a f r a n c e s a
c a m b i a d e sigla y p a s a a l l a m a r s e , Annales ESC. L u d e n F e b v r e d e s c u b r e
a su legítimo h e r e d e r o , F e r n a n d B r a u d e l , q u e tiene q u e batirse con los B u r -
g r a v e s d e l a h i s t o r i a u n i v e r s i t a r i a e n e s t e c a m p o c e r r a d o q u e es el t r i b u n a l
d e l a agrégation d e h i s t o r i a e n t r e 1950 y 1 9 5 5 . P a s a n l o s a ñ o s y el m i s m o
F e r n a n d B r a u d e l v e c r e c e r a sus s u c e s o r e s : E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e , J a c -
q u e s L e Goff, M a r c F e r r o .
E s t a g e n e o l o g í a d e i n t e l e c t u a l e s t i e n e d i v e r s a s f u n c i o n e s . E n p r i m e r lu-
gar legitima, ya q u e c o n v i e r t e a u n limitado círculo d e historiadores en los
d e p o s i t a r i o s d e l e s p í r i t u d e l o s p r i m e r o s Annales. Después de Jacques Le
Goff, E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e y G e o r g e s D u b y , v i e n e n A n d r é B u r g u i é -
re, Roger Chartier, Jacques Revel, Jean-Claude Schmitt... Esta genealogía
t a m b i é n c o n s t i t u y e u n a r g u m e n t o d e p e s o e n l a conflictiva c o h a b i t a c i ó n c o n
l o s d e m á s s e c t o r e s d e l a c i e n c i a h i s t ó r i c a . Q u e t o d o s i n v o q u e m o s a los v e -
nerable a n t e p a s a d o s p e r m i t e evitarnos enfrentamientos d e m a s i a d o violen-
t o s . ¿ N o n o s d i c e J a c q u e s L e Goff, c o n el e s p í r i t u d e c o n c i l i a c i ó n q u e le
c a r a c t e r i z a , q u e la n u e v a h i s t o r i a s e a p o y a en una larga y sólida tradición
y que una parte de los logros técnicos del método positivista sigue siendo vá-
lido? ¿ N o c e l e b r a el sólido bagaje d e l o s h i s t o r i a d o r e s p r o f e s i o n a l e s y l a / ¿ r -
173
me base institucional d e la d i s c i p l i n a ? H e a q u í c ó m o se a p a c i g u a n los t e -
m o r e s d e l o s B u r g r a v e s d e la i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a .
B u s c a n d o m á s la u n i ó n q u e el e n f r e n t a m i e n t o , r e f l e j o m u y e x p l i c a b l e
d e p a r t e d e u n a c o r r i e n t e d e p e n s a m i e n t o q u e se h a a s e g u r a d o u n a p o s i -
c i ó n h e g e m ó n i c a , la n u e v a h i s t o r i a s e m u e s t r a « d e f i n i t i v a m e n t e m o l e s t a
c o n las h u e l g a s » . Y se a b a n d o n a p e r e z o s a m e n t e al c u l t o a la p e r s o n a l i d a d ,
c o m o la R u s i a d e B r e z n e v . E n u n a r t í c u l o t a n b r i l l a n t e c o m o e x c e s i v o
( « A l l e r g i c o c a n t a b i l e » , Annales ESC, 1 9 8 1 , p p . 623 y s i g . ) , M i c h e l M o r i -
n e a u r e l a t ó c o n d e t a l l e los s i n s a b o r e s q u e vivió p o r h a b e r s e a t r e v i d o a d i s -
c u t i r las t a b l a s d e l a ley d e los « s a n t o s S i m i a n d y H a m i l t o n » , a p r o p ó s i t o
d e las r e m e s a s d e m e t a l e s p r e c i o s o s d e la E u r o p a m o d e r n a . A f i r m a q u e ni
s i q u i e r a se a t r e v e n a s e ñ a l a r l o s e r r o r e s d e S i m i a n d , ' y q u e se d e m u e s t r a
u n a igual ceguera con respecto a trabajos m á s recientes q u e contienen erro-
r e s g r o s e r o s (calificados sin m i r a m i e n t o s d e b u r d o s ) . E n l a a c u s a c i ó n final
d i c e : « D e n u n c i o u n c i e r t o n ú m e r o d e g r a v e s e r r o r e s q u e se h a n i n t r o d u c i -
d o e n m u c h o s s e c t o r e s b á s i c o s d e la h i s t o r i a e c o n ó m i c a m o d e r n a ; d e n u n -
cio la t o l e r a n c i a d e la q u e h a n d i s f r u t a d o s i m p l e m e n t e p o r el h e c h o d e l a
n o t o r i e d a d d e sus a u t o r e s ( . . . ) , d e n u n c i o la i n v a s i ó n d e l c u l t o a l a p e r s o -
nalidad en historia (...).» P a r a hacerse u n a opinión acerca del último agra-
v i o , b a s t a c o n p r o c e d e r a u n r á p i d o r e c u e n t o d e las r e f e r e n c i a s a la o b r a
d e F e r n a n d B r a u d e l e n La Nouvelle Histoire. R a r o s s o n los c o l a b o r a d o r e s
q u e h a n o m i t i d o el i n c i e n s o p a r a el a u t o r d e La Méditerranée et le Monde
méditeranéen á l'époque de Philippe II. E n 1 9 7 8 , los e s t u d i a n t e s h a b í a n
a p r e n d i d o la l e c c i ó n : h a b í a n c a n o n i z a d o e s p o n t á n e a m e n t e a F e r n a n d B r a u -
d e l , h a b í a n s i t u a d o su efigie e n s u b i b l i o t e c a , le d i r i g í a n p l e g a r i a s ( « S a n F e r -
n a n d o , p a t r ó n d e l a n u e v a h i s t o r i a , h a z q u e p a s e sin p r o b l e m a s m i e x a m e n
d e e p i s t e m o l o g í a » ) y le h a b í a n o f r e c i d o c o n m o v e d o r e s e x v o t o s ( p o s t a l e s ,
manuales de historia, cuadernos, etc.) c o m o prueba de reconocimiento.
I n t e n t e m o s s e r e q u i t a t i v o s c o n r e s p e c t o a l a i d e a l i z a d a v e r s i ó n q u e la
c o r r i e n t e d e los Annales o f r e c e a p r o p ó s i t o d e sus inicios y d e la m a y o r p a r -
t e d e sus h a l l a z g o s . L a s o b r e v a l o r a c i ó n é p i c a p u e d e c o m p r e n d e r s e e n t r e
a q u e l l o s q u e , c o m o J a c q u e s L e Goff, s i e m p r e e s t u v i e r o n e n l a v a n g u a r d i a
d e l c o m b a t e c o n t r a l o s s e c t o r e s m á s c o n s e r v a d o r e s d e la d i s c i p l i n a h i s t ó r i -
c a . P o r el c o n t r a r i o , la a u t o s a t i s f a c c i ó n y la p e r p e t u a i n v o c a c i ó n d e algu-
n a s g r a n d e s figuras s ó l o l a s t i m a n a n u m e r o s o s i n v e s t i g a d o r e s q u e n o t i e -
n e n a c c e s o a e s t a m e r i t o c r a c i a c o o p t a d a , y q u e se n i e g a n a v e r c ó m o su
v e n e r a b l e d i s c i p l i n a sufre la l e y d e l star system. D i c h o e s t o , los d o s h e r e -
d e r o s q u e s o n A n d r é B u g u i é r e y J a c q u e s R e v e l d a n m u e s t r a s , e n los ar-
tículos a n t e r i o r m e n t e m e n c i o n a d o s , d e u n a valerosa objetividad. E l p r i m e -
r o llega i n c l u s o a d e c i r q u e los m i s m o s M a r c B l o c h y L u c i e n F e b v r e for-
m a b a n p a r t e d e l establishment universitario y q u e , en resumidas cuentas,
su o r i g i n a l i d a d c o n s i s t í a m á s « e n su m a n e r a d e a f i r m a r su p r o g r a m a q u e
e n e l p r o p i o p r o g r a m a » . A u n q u e ello n o c o m p l a z c a a M i c h e l M o r i n e a u ,
los d i s c í p u l o s n o s o n s i e m p r e t a n d ó c i l e s c o m o p a r a g r i t a r , a n t e u n a v e r d a d
molesta: « A p a g a d la luz.»
174
3. Ni JESÚS, NI M A O , NI T O Y N B E E ; U N P O C O D E M A R X Y L A M A Y O R
CANTIDAD D E CIENCIA POSIBLE
Los nuevos historiadores evitan u n a opción ideológica clara, después de
h a b e r c o q u e t e a d o a l g u n o s d e e l l o s c o n el m a r x i s m o y d e h a b e r m i l i t a d o e n
las filas d e l p a r t i d o c o m u n i s t a . S i g u e n l o s p a s o s d e l o s m a e s t r o s f u n d a d o -
r e s , s i e m p r e a l e r t a c o n t r a las e s q u e m a t i z a c i o n e s r e d u c t o r a s , y a q u e t e n í a n -
c o n c i e n c i a d e la e x t r a o r d i n a r i a c o m p l e j i d a d d e los f e n ó m e n o s s o c i a l e s y d e
la m u l t i p l i c i d a d d e las i n t e r r e l a c i o n e s e n t r e los d i f e r e n t e s n i v e l e s d e la r e a -
l i d a d . ¿ N o se d e c l a r a el p r o p i o M a r c B l o c h m á s s o r p r e n d i d o p o r l o s r e s u l -
t a d o s e c o n ó m i c o s d e l o s f e n ó m e n o s r e l i g i o s o s q u e p o r las i m p l i c a c i o n e s e c o -
n ó m i c a s d e lo r e l i g i o s o ? S u s d i s c í p u l o s e v i t a n t a m b i é n c u a l q u i e r c l a s e d e
d e t e r n i n i s m o e s t r i c t o , casi c u a l q u i e r « d e t e r m i n a c i ó n e n ú l t i m a i n s t a n c i a » :
p r e f i e r e n las e x p l i c a c i o n e s p l u r a l e s , l a s i n t e r r e l a c i o n e s d i a l é c t i c a s e n t r e las
d i v e r s a s i n s t a n c i a s d e l o r e a l , l a a c t u a l i z a c i ó n d e los m ú l t i p l e s c ó d i g o s q u e
rigen la v i d a s o c i a l . . .
C o n s e c u e n t e m e n t e , l o s s i t e m a s filosóficos g l o b a l e s , q u e p r e t e n d e n
e n u n c i a r el s e n t i d o d e l a h i s t o r i a , a p e n a s s o n a p r e c i a d o s e n l o s Annales.
L a m i s m a a v e r s i ó n les i n s p i r a t a n t o l a t e o l o g í a d e l a h i s t o r i a , c o m p r e n d i -
d o s l o s t r a b a j o s c o n t e m p o r á n e o s d e H . I . M a r r o u y P . R i c o e u r , c o m o las
grandes interpretaciones del devenir h u m a n o propuestas por D e Vico, H e -
g e l , C r o c e y T o y n b e e ( q u e n o s e r e h a b i l i t a y a d e s p u é s d e la d u r í s i m a crí-
t i c a d e L u c i e n F e b v r e , el c u a l l e r e p r o c h a a u n t i e m p o su m i r a d a s e l e c t i v a
d e l p a s a d o y la l i v i a n d a d d e s u s c o n o c i m i e n t o s ) , c o m o el m i s m o m a r x i s m o
d o g m á t i c o , r e c u s a d o p o r s u c o n c e p c i ó n l i n e a l y finalista d e la h i s t o r i a . Sin
d u d a es «la m á s g l o b a l y l a m á s c o h e r e n t e d e las v i s i o n e s s i n t é t i c a s d e l a
h i s t o r i a » , n o s d i c e n L e G o f f y N o r a e n el p r e f a c i o d e Faire de 1'Histoire,
p e r o sus c o n c e p t o s f u n d a m e n t a l e s (la i d e o l o g í a c o m o reflejo d e l o r e a l , la
explicación e c o n ó m i c a en ú l t i m a instancia) n o resisten a n t e los recientes
p r o g r e s o s d e las c i e n c i a s h u m a n a s .
S e a b a n d o n a p u e s l a i n c l i n a c i ó n a l a s i s t e m a t i z a c i ó n , se p r o c l a m a la p r i -
m a c í a d e l a i n v e s t i g a c i ó n científica s o b r e las o p c i o n e s filosóficas y , sin e n -
t r e g a r s e a u n c i e n t i f i s m o p a s a d o d e m o d a , se p r e t e n d e q u e el h i s t o r i a d o r
s e a u n científico r e l e v a n t e , a u n q u e « n o p u e d a s e r E i n s t e i n » y siga sufrien-
d o «la p r o m i s c u i d a d d e l o s d i v u l g a d o r e s d e p o c a c a t e g o r í a » , p a r t i c u l a r m e n -
t e e n «los p e r i ó d i c o s , r e v i s t a s y d e m á s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n » ( L e Goff,
Nora).
C o m o el físico o el n a t u r a l i s t a , el h i s t o r i a d o r d e b e p r o c e d e r a h i l v a n a r
hipótesis q u e s o m e t e r á d e s p u é s a su verificación y a rectificación. P o r q u e
n o e x i s t e n h e c h o s h i s t ó r i c o s e n sí m i s m o s , n i b a s t a c o n e x t r a e r l o s d e los d o -
c u m e n t o s y t r a b a r l o s con o t r o s h e c h o s históricos, p a r a constituir u n a serie
c r o n o l ó g i c a « n a t u r a l » , s i n o q u e , p a r a p r o s e g u i r el t r a b a j o d e L u c i e n F e b v -
r e , es n e c e s a r i o t e n e r e n c u e n t a «lo y a i n v e n t a d o y h e c h o » , y a y u d a r s e c o n
hipótesis y coyunturas, m e d i a n t e u n trabajo delicado y apasionante. A l
igual q u e sus c o l e g a s e n o t r a s d i s c i p l i n a s , el h i s t o r i a d o r v a c o n s t r u y e n d o el
o b j e t o d e s u a n á l i s i s , al m i s m o t i e m p o q u e v a c o m p i l a n d o u n corpus d e d o -
c u m e n t o s d e naturalezas diversas (textos, escritos, objetos, fotografías,
i m á g e n e s , e n t r e v i s t a s , e t c . ) , a fin d e r e s p o n d e r a p r e g u n t a s q u e se f o r m u l a
s o b r e el p a s a d o ( ¿ t u v o l u g a r l a i n v a s i ó n d ó r i c a ? , ¿ c u á n d o s e inició l a c r e e n -
cia e n el P u r g a t o r i o ? , ¿ l a c o n s i d e r a c i ó n d e la i n f a n c i a es a l g o n a t u r a l o u n a
me base institucional d e la d i s c i p l i n a ? H e a q u í c ó m o se a p a c i g u a n los t e -
m o r e s d e l o s B u r g r a v e s d e la i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a .
B u s c a n d o m á s la u n i ó n q u e el e n f r e n t a m i e n t o , r e f l e j o m u y e x p l i c a b l e
d e p a r t e d e u n a c o r r i e n t e d e p e n s a m i e n t o q u e se h a a s e g u r a d o u n a p o s i -
c i ó n h e g e m ó n i c a , la n u e v a h i s t o r i a s e m u e s t r a « d e f i n i t i v a m e n t e m o l e s t a
c o n las h u e l g a s » . Y se a b a n d o n a p e r e z o s a m e n t e al c u l t o a la p e r s o n a l i d a d ,
c o m o la R u s i a d e B r e z n e v . E n u n a r t í c u l o t a n b r i l l a n t e c o m o e x c e s i v o
( « A l l e r g i c o c a n t a b i l e » , Annales ESC, 1 9 8 1 , p p . 623 y s i g . ) , M i c h e l M o r i -
n e a u r e l a t ó c o n d e t a l l e los s i n s a b o r e s q u e vivió p o r h a b e r s e a t r e v i d o a d i s -
c u t i r las t a b l a s d e l a ley d e los « s a n t o s S i m i a n d y H a m i l t o n » , a p r o p ó s i t o
d e las r e m e s a s d e m e t a l e s p r e c i o s o s d e la E u r o p a m o d e r n a . A f i r m a q u e ni
s i q u i e r a se a t r e v e n a s e ñ a l a r l o s e r r o r e s d e S i m i a n d , ' y q u e se d e m u e s t r a
u n a igual ceguera con respecto a trabajos m á s recientes q u e contienen erro-
r e s g r o s e r o s (calificados sin m i r a m i e n t o s d e b u r d o s ) . E n l a a c u s a c i ó n final
d i c e : « D e n u n c i o u n c i e r t o n ú m e r o d e g r a v e s e r r o r e s q u e se h a n i n t r o d u c i -
d o e n m u c h o s s e c t o r e s b á s i c o s d e la h i s t o r i a e c o n ó m i c a m o d e r n a ; d e n u n -
cio la t o l e r a n c i a d e la q u e h a n d i s f r u t a d o s i m p l e m e n t e p o r el h e c h o d e l a
n o t o r i e d a d d e sus a u t o r e s ( . . . ) , d e n u n c i o la i n v a s i ó n d e l c u l t o a l a p e r s o -
nalidad en historia (...).» P a r a hacerse u n a opinión acerca del último agra-
v i o , b a s t a c o n p r o c e d e r a u n r á p i d o r e c u e n t o d e las r e f e r e n c i a s a la o b r a
d e F e r n a n d B r a u d e l e n La Nouvelle Histoire. R a r o s s o n los c o l a b o r a d o r e s
q u e h a n o m i t i d o el i n c i e n s o p a r a el a u t o r d e La Méditerranée et le Monde
méditeranéen á l'époque de Philippe II. E n 1 9 7 8 , los e s t u d i a n t e s h a b í a n
a p r e n d i d o la l e c c i ó n : h a b í a n c a n o n i z a d o e s p o n t á n e a m e n t e a F e r n a n d B r a u -
d e l , h a b í a n s i t u a d o su efigie e n s u b i b l i o t e c a , le d i r i g í a n p l e g a r i a s ( « S a n F e r -
n a n d o , p a t r ó n d e l a n u e v a h i s t o r i a , h a z q u e p a s e sin p r o b l e m a s m i e x a m e n
d e e p i s t e m o l o g í a » ) y le h a b í a n o f r e c i d o c o n m o v e d o r e s e x v o t o s ( p o s t a l e s ,
manuales de historia, cuadernos, etc.) c o m o prueba de reconocimiento.
I n t e n t e m o s s e r e q u i t a t i v o s c o n r e s p e c t o a l a i d e a l i z a d a v e r s i ó n q u e la
c o r r i e n t e d e los Annales o f r e c e a p r o p ó s i t o d e sus inicios y d e la m a y o r p a r -
t e d e sus h a l l a z g o s . L a s o b r e v a l o r a c i ó n é p i c a p u e d e c o m p r e n d e r s e e n t r e
a q u e l l o s q u e , c o m o J a c q u e s L e Goff, s i e m p r e e s t u v i e r o n e n l a v a n g u a r d i a
d e l c o m b a t e c o n t r a l o s s e c t o r e s m á s c o n s e r v a d o r e s d e la d i s c i p l i n a h i s t ó r i -
c a . P o r el c o n t r a r i o , la a u t o s a t i s f a c c i ó n y la p e r p e t u a i n v o c a c i ó n d e algu-
n a s g r a n d e s figuras s ó l o l a s t i m a n a n u m e r o s o s i n v e s t i g a d o r e s q u e n o t i e -
n e n a c c e s o a e s t a m e r i t o c r a c i a c o o p t a d a , y q u e se n i e g a n a v e r c ó m o su
v e n e r a b l e d i s c i p l i n a sufre la l e y d e l star system. D i c h o e s t o , los d o s h e r e -
d e r o s q u e s o n A n d r é B u g u i é r e y J a c q u e s R e v e l d a n m u e s t r a s , e n los ar-
tículos a n t e r i o r m e n t e m e n c i o n a d o s , d e u n a valerosa objetividad. E l p r i m e -
r o llega i n c l u s o a d e c i r q u e los m i s m o s M a r c B l o c h y L u c i e n F e b v r e for-
m a b a n p a r t e d e l establishment universitario y q u e , en resumidas cuentas,
su o r i g i n a l i d a d c o n s i s t í a m á s « e n su m a n e r a d e a f i r m a r su p r o g r a m a q u e
e n e l p r o p i o p r o g r a m a » . A u n q u e ello n o c o m p l a z c a a M i c h e l M o r i n e a u ,
los d i s c í p u l o s n o s o n s i e m p r e t a n d ó c i l e s c o m o p a r a g r i t a r , a n t e u n a v e r d a d
molesta: « A p a g a d la luz.»
174
3. Ni JESÚS, NI M A O , NI T O Y N B E E ; U N P O C O D E M A R X Y L A M A Y O R
CANTIDAD D E CIENCIA POSIBLE
Los nuevos historiadores evitan u n a opción ideológica clara, después de
h a b e r c o q u e t e a d o a l g u n o s d e e l l o s c o n el m a r x i s m o y d e h a b e r m i l i t a d o e n
las filas d e l p a r t i d o c o m u n i s t a . S i g u e n l o s p a s o s d e l o s m a e s t r o s f u n d a d o -
r e s , s i e m p r e a l e r t a c o n t r a las e s q u e m a t i z a c i o n e s r e d u c t o r a s , y a q u e t e n í a n -
c o n c i e n c i a d e la e x t r a o r d i n a r i a c o m p l e j i d a d d e los f e n ó m e n o s s o c i a l e s y d e
la m u l t i p l i c i d a d d e las i n t e r r e l a c i o n e s e n t r e los d i f e r e n t e s n i v e l e s d e la r e a -
l i d a d . ¿ N o se d e c l a r a el p r o p i o M a r c B l o c h m á s s o r p r e n d i d o p o r l o s r e s u l -
t a d o s e c o n ó m i c o s d e l o s f e n ó m e n o s r e l i g i o s o s q u e p o r las i m p l i c a c i o n e s e c o -
n ó m i c a s d e lo r e l i g i o s o ? S u s d i s c í p u l o s e v i t a n t a m b i é n c u a l q u i e r c l a s e d e
d e t e r n i n i s m o e s t r i c t o , casi c u a l q u i e r « d e t e r m i n a c i ó n e n ú l t i m a i n s t a n c i a » :
p r e f i e r e n las e x p l i c a c i o n e s p l u r a l e s , l a s i n t e r r e l a c i o n e s d i a l é c t i c a s e n t r e las
d i v e r s a s i n s t a n c i a s d e l o r e a l , l a a c t u a l i z a c i ó n d e los m ú l t i p l e s c ó d i g o s q u e
rigen la v i d a s o c i a l . . .
C o n s e c u e n t e m e n t e , l o s s i t e m a s filosóficos g l o b a l e s , q u e p r e t e n d e n
e n u n c i a r el s e n t i d o d e l a h i s t o r i a , a p e n a s s o n a p r e c i a d o s e n l o s Annales.
L a m i s m a a v e r s i ó n les i n s p i r a t a n t o l a t e o l o g í a d e l a h i s t o r i a , c o m p r e n d i -
d o s l o s t r a b a j o s c o n t e m p o r á n e o s d e H . I . M a r r o u y P . R i c o e u r , c o m o las
grandes interpretaciones del devenir h u m a n o propuestas por D e Vico, H e -
g e l , C r o c e y T o y n b e e ( q u e n o s e r e h a b i l i t a y a d e s p u é s d e la d u r í s i m a crí-
t i c a d e L u c i e n F e b v r e , el c u a l l e r e p r o c h a a u n t i e m p o su m i r a d a s e l e c t i v a
d e l p a s a d o y la l i v i a n d a d d e s u s c o n o c i m i e n t o s ) , c o m o el m i s m o m a r x i s m o
d o g m á t i c o , r e c u s a d o p o r s u c o n c e p c i ó n l i n e a l y finalista d e la h i s t o r i a . Sin
d u d a es «la m á s g l o b a l y l a m á s c o h e r e n t e d e las v i s i o n e s s i n t é t i c a s d e l a
h i s t o r i a » , n o s d i c e n L e G o f f y N o r a e n el p r e f a c i o d e Faire de 1'Histoire,
p e r o sus c o n c e p t o s f u n d a m e n t a l e s (la i d e o l o g í a c o m o reflejo d e l o r e a l , la
explicación e c o n ó m i c a en ú l t i m a instancia) n o resisten a n t e los recientes
p r o g r e s o s d e las c i e n c i a s h u m a n a s .
S e a b a n d o n a p u e s l a i n c l i n a c i ó n a l a s i s t e m a t i z a c i ó n , se p r o c l a m a la p r i -
m a c í a d e l a i n v e s t i g a c i ó n científica s o b r e las o p c i o n e s filosóficas y , sin e n -
t r e g a r s e a u n c i e n t i f i s m o p a s a d o d e m o d a , se p r e t e n d e q u e el h i s t o r i a d o r
s e a u n científico r e l e v a n t e , a u n q u e « n o p u e d a s e r E i n s t e i n » y siga sufrien-
d o «la p r o m i s c u i d a d d e l o s d i v u l g a d o r e s d e p o c a c a t e g o r í a » , p a r t i c u l a r m e n -
t e e n «los p e r i ó d i c o s , r e v i s t a s y d e m á s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n » ( L e Goff,
Nora).
C o m o el físico o el n a t u r a l i s t a , el h i s t o r i a d o r d e b e p r o c e d e r a h i l v a n a r
hipótesis q u e s o m e t e r á d e s p u é s a su verificación y a rectificación. P o r q u e
n o e x i s t e n h e c h o s h i s t ó r i c o s e n sí m i s m o s , n i b a s t a c o n e x t r a e r l o s d e los d o -
c u m e n t o s y t r a b a r l o s con o t r o s h e c h o s históricos, p a r a constituir u n a serie
c r o n o l ó g i c a « n a t u r a l » , s i n o q u e , p a r a p r o s e g u i r el t r a b a j o d e L u c i e n F e b v -
r e , es n e c e s a r i o t e n e r e n c u e n t a «lo y a i n v e n t a d o y h e c h o » , y a y u d a r s e c o n
hipótesis y coyunturas, m e d i a n t e u n trabajo delicado y apasionante. A l
igual q u e sus c o l e g a s e n o t r a s d i s c i p l i n a s , el h i s t o r i a d o r v a c o n s t r u y e n d o el
o b j e t o d e s u a n á l i s i s , al m i s m o t i e m p o q u e v a c o m p i l a n d o u n corpus d e d o -
c u m e n t o s d e naturalezas diversas (textos, escritos, objetos, fotografías,
i m á g e n e s , e n t r e v i s t a s , e t c . ) , a fin d e r e s p o n d e r a p r e g u n t a s q u e se f o r m u l a
s o b r e el p a s a d o ( ¿ t u v o l u g a r l a i n v a s i ó n d ó r i c a ? , ¿ c u á n d o s e inició l a c r e e n -
cia e n el P u r g a t o r i o ? , ¿ l a c o n s i d e r a c i ó n d e la i n f a n c i a es a l g o n a t u r a l o u n a
a d q u i s i c i ó n c u l t u r a l d e la é p o c a m o d e r n a ? , e t c . ) . I n t e r e s a l a historia de los
problemas, obra de u n analista y n o de un n a r r a d o r o de u n profeta. E l
h i s t o r i a d o r se e s f u e r z a e n p r o p o n e r , e n f u n c i ó n d e la p r e g u n t a f o r m u l a d a ,
la i n t e r p r e t a c i ó n r a c i o n a l d e los d a t o s ( p r e v i a m e n t e h o m o g e n e i z a d o s ) q u e
le s u m i n i s t r a la c o m p i l a c i ó n h e c h a . N o s d i c e M i c h e l d e C e r t e a u , o r f e b r e
e n la m a t e r i a , q u e el h i s t o r i a d o r « e l a b o r a lo p e n s a b l e c o n los d o c u m e n t o s » .
E n la b ú s q u e d a d e lo p e n s a b l e , el h i s t o r i a d o r r e c u r r e a t e c n o l o g í a s d e
p u n t a q u e le faciliten el a c c e s o al e s t a t u t o , t a n d e s e a d o , d e h o m b r e d e c i e n -
cia. L a lista d e c i e n c i a s a u x i l i a r e s q u e u t i l i z a se h a a l a r g a d o d e m a n e r a i m -
p o r t a n t e d e s d e L a n g l o i s y S e i g n o b o s e i n c l u s o d e s d e 1929: d e n d r o c r o n o l o -
gía, e s t u d i o d e l p o l e n fósil, d o t a c i ó n p o r r a d i o c a r b o n o , a r q u e o l o g í a a é r e a ,
t r a t a m i e n t o i n f o r m á t i c o d e l o s d a t o s , análisis a u t o m á t i c o d e l d i s c u r s o ; n o
h a y n a d a i m p o s i b l e p a r a el n u e v o h i s t o r i a d o r . D e s d e los a ñ o s 1950, l o s An-
nales e s t á n l l e n o s d e series e s t a d í s t i c a s . N o i m p o r t a d e m a s i a d o si t i e n e n al-
g u n o s e r r o r e s : cifras falsas o c u r v a s v e r d a d e r a s . E n l o s a ñ o s 7 0 , l a c o m p u -
t a d o r a fascina, y v e m o s a a l g u n o s d e l o s m á s e m i n e n t e s m o d e r n i s t a s c e d e r
a los h e c h i z o s d e l a New Economic History, cuyos maestros Fogel y E n -
g e r m a n s o m e t e n el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o p a s a d o a m o d e l o s h i p o t é t i c o d e -
d u c t i v o s , y p a r a verificar e s t o s ú l t i m o s r e c u r r e n a h i p ó t e s i s c o n t r a f a c t u a -
les. P o r e j e m p l o , p a r a d e t e r m i n a r el e f e c t o e c o n ó m i c o d e u n a i n n o v a c i ó n ,
¿ n o h a y q u e c r e a r u n m o d e l o d e s o c i e d a d sin e s t a i n n o v a c i ó n y m e d i r a c o n -
t i n u a c i ó n las d i f e r e n c i a s q u e o b s e r v a m o s ? C a y e n d o e n la h i s t o r i a - f i c c i ó n ,
los « c l i o m é t r i c o s » l l e g a n a i m a g i n a r los E s t a d o s U n i d o s sin f e r r o c a r r i l e s
( n o s h a c e n s a b e r q u e n o e r a n i n d i s p e n s a b l e s p a r a el c r e c i m i e n t o ) y el S u r
sin e s c l a v o s ( q u e , al t i e m p o d e su d e s a p a r i c i ó n , c o n s t i t u í a n « u n a i n v e r s i ó n
s u m a m e n t e r e n t a b l e » ) . E s t a s conclusiones, c o n s i d e r a d a s en la actualidad
c o n c i e r t o e s c e p t i c i s m o , se p r e s e n t a b a n c o m o v e r d a d e s o b j e t i v a s h a s t a h a c e
p o c o , p o r q u e tenían u n a b a s e m a t e m á t i c a . L e Goff y N o r a desconfían del
omnipotente ordenador e i n s i s t e n a c e r c a d e los « r i e s g o s d e u n a s u b o r d i n a -
c i ó n a lo m e n s u r a b l e » . L o q u e n o i m p i d e d e n i n g u n a m a n e r a el análisis fac-
t o r i a l , m u y b i e n r e p r e s e n t a d o e n los Annales; lo p r u e b a , p o r e j e m p l o , el
artículo de H . Millet, «La composición del capítulo catedralicio de L a o n :
u n análisis factorial» ( e n e r o - f e b r e r o 1 9 8 1 ) .
L a n u e v a h i s t o r i a c o n s e r v a d e l m a r x i s m o a l g u n a s a p o r t a c i o n e s científi-
c a s , a u n q u e s o n r e c h a z a d o s m u c h o s d e sus a s p e c t o s filosóficos. F e r n a n d
B r a u d e l t a m b i é n r e c o n o c e la d e u d a c o n r e s p e c t o a M a r x ; p a r a é l , el a u t o r
d e El capital fue el p r i m e r o q u e e s t a b l e c i ó « v e r d a d e r o s m o d e l o s s o c i a l e s »
o p e r a t i v o s p a r a p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n ; m i e n t r a s q u e , p a r a J. L e Goff,
M a r x es el a n t e p a s a d o d e las p e r i o d i z a c i o n e s a m p l i a s y d e l anáfisis e s t r u c -
t u r a l d e lo social. P a r a l o s h i s t o r i a d o r e s m a r x i s t a s e s t a d e u d a es t o d a v í a
m á s i m p o r t a n t e . P i e r r e V i l a r c o n s i d e r a q u e el m é r i t o p r i n c i p a l d e S i m i a n d ,
F e b v r e y B l o c h es h a b e r s a b i d o r e c o b r a r a l g u n a s e n s e ñ a n z a s i m p o r t a n t e s
d e M a r x (Une histoire en construction). P o r su p a r t e , G u y B o i s , e n « M a r -
x i s m e et H i s t o i r e n o u v e í l e » ( e n La Nouvelle Histoire), d e j a e n t e n d e r cla-
r a m e n t e q u e las tesis c e n t r a l e s y los c a r a c t e r e s i m p o r t a n t e s d e l a n u e v a h i s -
t o r i a e s t á n e n g e r m e n e n el m a r x i s m o . P a r a é l , la h i s t o r i a g l o b a l n o es m á s
q u e u n a n u e v a d e s i g n a c i ó n d e l modo de producción o d e la formación eco-
nómica y social, t é r m i n o s m a r x i s t a s q u e d e s i g n a n el t o d o social a r t i c u l a d o .
E n c u a n t o a los m é t o d o s c u a n t i t a t i v o s , M a r x ya l o s p r a c t i c a b a . T a m b i é n
p r i v i l e g i a b a las e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s y la a c c i ó n d e l h o m b r e d e la c a l l e , a
176
e x p e n s a s d e l o s h e c h o s d e g r a n r e l i e v e y d e los é x i t o s d e las i n d i v i d u a l i d a -
d e s d e s t a c a d a s . P o r lo d e m á s , p r o s i g u e G u y B o i s , h a c e m u c h o t i e m p o q u e
el m a r a s m o e j e r c e u n a difusa e indirecta influencia s o b r e los h i s t o r i a d o r e s
f r a n c e s e s . S e l a p u e d e l o c a l i z a r e n el p a p e l e s e n c i a l q u e s e r e c o n o c i ó a l a
h i s t o r i a e c o n ó m i c a e n l o s a ñ o s 50 y e n l a i n s i s t e n c i a a c e r c a d e las l u c h a s
d e c l a s e s , así c o m o s o b r e l a a p r o p i a c i ó n i n j u s t a d e l p r o d u c t o s o c i a l , tal
c o m o a p a r e c e e n l a o b r a d e E r n e s t L a b r o u s s e . E s t a i n f l u e n c i a se v e r e f o r -
z a d a e n la a c t u a l i d a d , y a q u e , l e j o s d e l i m i t a r s e a la i n s t a n c i a e c o n ó m i c o -
s o c i a l , g a n a l o s d e m á s n i v e l e s d e l a r e a l i d a d y s e e x t i e n d e al a n á l i s i s d e l a
t o t a l i d a d d e las p r á c t i c a s h u m a n a s . L o s c o n c e p t o s c e n t r a l e s d e l m a r x i s m o
( e s p e c i a l m e n t e l o s d e l modo de producción y el d e ideología) se u t i l i z a n i m -
p l í c i t a m e n t e e n l i b r o s r e c i e n t e s , a u n q u e n o se a d o p t e e n ellos la t e r m i n o -
logía clásica d e l m a r x i s m o , y a u n q u e se e v i t e t o d a r e f e r e n c i a e x p l í c i t a al
m a t e r i a l i s m o d i a l é c t i c o . H a y u n a c o m p l e t a c o n f l u e n c i a d e las d o s g r a n d e s
c o r r i e n t e s d e la h i s t o r i o g r a f í a c o n t e m p o r á n e a , lo q u e n o i m p i d e q u e l o s h i s -
t o r i a d o r e s m a r x i s t a s s i g a n t e n i e n d o u n p a p e l o r i g i n a l ( p o r e j e m p l o , e n el
análisis d e l d i s c u r s o y e n l a h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a d e las m e n t a l i d a d e s ) , q u e
d e n i n g u n a m a n e r a p o n e fin a u n c o n t e n c i o s o q u e s i g u e s i e n d o m u y g r a -
v o s o . C o m o b i e n d i c e G u y B o i s , a l g u n a s p r á c t i c a s d e la n u e v a h i s t o r i a c o n s -
t i t u y e n t r a m p a s a los o j o s d e l o s m a r x i s t a s . ¿ N o es la s a c r o s a n t a c u a n t i f i -
c a c i ó n p r i s i o n e r a d e l e s t a d o d e las f u e n t e s , y n o se a r r i e s g a a p r i v i l e g i a r las
r e a l i d a d e s s o c i a l e s e m e r g e n t e s ( t a l e s c o m o l o s d a t o s d e m o g r á f i c o s ) a ex-
p e n s a s d e o t r o s , t a m b i é n e s e n c i a l e s , q u e se m a n t i e n e n o c u l t o s ( c o m o los
m e c a n i s m o s d e la plusvalía p o r e j e m p l o ) ? L a sucesión d e estudios seriados
(el l i b r o e n el siglo x v í n , l o s e x v o t o s m a r i n o s d e P o n a n t , l o s r e t a b l o s d e
las á n i m a s d e l P u r g a t o r i o d e l siglo XV al XX), ¿ n o p u e d e n l l e g a r a a t o m i z a r
la r e a l i d a d h i s t ó r i c a , n o p u e d e n s u p o n e r u n a f r a g m e n t a c i ó n d e las p e r s p e c -
tivas y, finalmente, p r o h i b i r el r e c u r s o al c o n c e p t o u n i f i c a d o r d e l m o d o d e
p r o d u c c i ó n ? E l p a p e l c o n c e d i d o a las p r o f u n d i d a d e s m e n t a l e s , q u e a v e c e s
a d q u i e r e n , e n t r e los h i s t o r i a d o r e s d e l a n u e v a h i s t o r i a , el c a r á c t e r d e in-
fraestructuras d e t e r m i n a n t e s , ¿ n o diluye los principios d e explicación m a r -
xistas y n o h a c e n p e r d e r d e v i s t a l a p r i m a c í a d e las r e l a c i o n e s d e p r o d u c -
c i ó n ? F i n a l m e n t e , ¿ n o a c t ú a n c o m o a r m a s d e g u e r r a c o n t r a el m a r x i s m o
las c i e n c i a s n u e v a s , t a l e s c o m o u n a c i e r t a e r n o - h i s t o r i a q u e , a f u e r z a d e i n -
sistir a c e r c a d e l i n c o n s c i e n t e c o l e c t i v o , l a s o c i a b i l i d a d y o t r o s c o m p o r t a -
m i e n t o s p e r e n n e s d e l o s g r u p o s h u m a n o s , d e v a l ú a la e x p l i c a c i ó n s o b r e la
l u c h a d e c l a s e s , c u a n d o n o e n a r b o l a las r e l a c i o n e s d e p a r e n t e s c o c o n t r a las
relaciones d e p r o d u c c i ó n ? T e n i e n d o e n c u e n t a estos peligros, G u y B o i s in-
v i t a a los m a r x i s t a s a u t é n t i c o s a r e n o v a r el d e s a f í o d e la n u e v a h i s t o r i a , d e -
m o s t r a n d o u n a fidelidad sin fisuras a l o s c o n c e p t o s c e n t r a l e s d e l m a r x i s m o ,
q u e , s e g ú n é l , s o n los ú n i c o s q u e p u e d e n p e r m i t i r p e n s a r el p a s a d o d e for-
m a coherente, total y dinámica.
4. LOS AVATARES DE LA GLOBALIDAD
E s t e c o n c e p t o c l a v e , p o r n o d e c i r e s t e t é r m i n o m á g i c o d e l a n u e v a his-
t o r i a , h a p r e s e n t a d o y c o n t i n ú a p r e s e n t a n d o m u c h a s f a c e t a s d i s t i n t a s , in-
c l u s o casi c o n t r a p u e s t a s .
L a n u e v a h i s t o r i a , sin d u d a p o r f i d e l i d a d a V o l t a i r e y M i c h e l e t , p e r o
177
a d q u i s i c i ó n c u l t u r a l d e la é p o c a m o d e r n a ? , e t c . ) . I n t e r e s a l a historia de los
problemas, obra de u n analista y n o de un n a r r a d o r o de u n profeta. E l
h i s t o r i a d o r se e s f u e r z a e n p r o p o n e r , e n f u n c i ó n d e la p r e g u n t a f o r m u l a d a ,
la i n t e r p r e t a c i ó n r a c i o n a l d e los d a t o s ( p r e v i a m e n t e h o m o g e n e i z a d o s ) q u e
le s u m i n i s t r a la c o m p i l a c i ó n h e c h a . N o s d i c e M i c h e l d e C e r t e a u , o r f e b r e
e n la m a t e r i a , q u e el h i s t o r i a d o r « e l a b o r a lo p e n s a b l e c o n los d o c u m e n t o s » .
E n la b ú s q u e d a d e lo p e n s a b l e , el h i s t o r i a d o r r e c u r r e a t e c n o l o g í a s d e
p u n t a q u e le faciliten el a c c e s o al e s t a t u t o , t a n d e s e a d o , d e h o m b r e d e c i e n -
cia. L a lista d e c i e n c i a s a u x i l i a r e s q u e u t i l i z a se h a a l a r g a d o d e m a n e r a i m -
p o r t a n t e d e s d e L a n g l o i s y S e i g n o b o s e i n c l u s o d e s d e 1929: d e n d r o c r o n o l o -
gía, e s t u d i o d e l p o l e n fósil, d o t a c i ó n p o r r a d i o c a r b o n o , a r q u e o l o g í a a é r e a ,
t r a t a m i e n t o i n f o r m á t i c o d e l o s d a t o s , análisis a u t o m á t i c o d e l d i s c u r s o ; n o
h a y n a d a i m p o s i b l e p a r a el n u e v o h i s t o r i a d o r . D e s d e los a ñ o s 1950, l o s An-
nales e s t á n l l e n o s d e series e s t a d í s t i c a s . N o i m p o r t a d e m a s i a d o si t i e n e n al-
g u n o s e r r o r e s : cifras falsas o c u r v a s v e r d a d e r a s . E n l o s a ñ o s 7 0 , l a c o m p u -
t a d o r a fascina, y v e m o s a a l g u n o s d e l o s m á s e m i n e n t e s m o d e r n i s t a s c e d e r
a los h e c h i z o s d e l a New Economic History, cuyos maestros Fogel y E n -
g e r m a n s o m e t e n el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o p a s a d o a m o d e l o s h i p o t é t i c o d e -
d u c t i v o s , y p a r a verificar e s t o s ú l t i m o s r e c u r r e n a h i p ó t e s i s c o n t r a f a c t u a -
les. P o r e j e m p l o , p a r a d e t e r m i n a r el e f e c t o e c o n ó m i c o d e u n a i n n o v a c i ó n ,
¿ n o h a y q u e c r e a r u n m o d e l o d e s o c i e d a d sin e s t a i n n o v a c i ó n y m e d i r a c o n -
t i n u a c i ó n las d i f e r e n c i a s q u e o b s e r v a m o s ? C a y e n d o e n la h i s t o r i a - f i c c i ó n ,
los « c l i o m é t r i c o s » l l e g a n a i m a g i n a r los E s t a d o s U n i d o s sin f e r r o c a r r i l e s
( n o s h a c e n s a b e r q u e n o e r a n i n d i s p e n s a b l e s p a r a el c r e c i m i e n t o ) y el S u r
sin e s c l a v o s ( q u e , al t i e m p o d e su d e s a p a r i c i ó n , c o n s t i t u í a n « u n a i n v e r s i ó n
s u m a m e n t e r e n t a b l e » ) . E s t a s conclusiones, c o n s i d e r a d a s en la actualidad
c o n c i e r t o e s c e p t i c i s m o , se p r e s e n t a b a n c o m o v e r d a d e s o b j e t i v a s h a s t a h a c e
p o c o , p o r q u e tenían u n a b a s e m a t e m á t i c a . L e Goff y N o r a desconfían del
omnipotente ordenador e i n s i s t e n a c e r c a d e los « r i e s g o s d e u n a s u b o r d i n a -
c i ó n a lo m e n s u r a b l e » . L o q u e n o i m p i d e d e n i n g u n a m a n e r a el análisis fac-
t o r i a l , m u y b i e n r e p r e s e n t a d o e n los Annales; lo p r u e b a , p o r e j e m p l o , el
artículo de H . Millet, «La composición del capítulo catedralicio de L a o n :
u n análisis factorial» ( e n e r o - f e b r e r o 1 9 8 1 ) .
L a n u e v a h i s t o r i a c o n s e r v a d e l m a r x i s m o a l g u n a s a p o r t a c i o n e s científi-
c a s , a u n q u e s o n r e c h a z a d o s m u c h o s d e sus a s p e c t o s filosóficos. F e r n a n d
B r a u d e l t a m b i é n r e c o n o c e la d e u d a c o n r e s p e c t o a M a r x ; p a r a é l , el a u t o r
d e El capital fue el p r i m e r o q u e e s t a b l e c i ó « v e r d a d e r o s m o d e l o s s o c i a l e s »
o p e r a t i v o s p a r a p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n ; m i e n t r a s q u e , p a r a J. L e Goff,
M a r x es el a n t e p a s a d o d e las p e r i o d i z a c i o n e s a m p l i a s y d e l anáfisis e s t r u c -
t u r a l d e lo social. P a r a l o s h i s t o r i a d o r e s m a r x i s t a s e s t a d e u d a es t o d a v í a
m á s i m p o r t a n t e . P i e r r e V i l a r c o n s i d e r a q u e el m é r i t o p r i n c i p a l d e S i m i a n d ,
F e b v r e y B l o c h es h a b e r s a b i d o r e c o b r a r a l g u n a s e n s e ñ a n z a s i m p o r t a n t e s
d e M a r x (Une histoire en construction). P o r su p a r t e , G u y B o i s , e n « M a r -
x i s m e et H i s t o i r e n o u v e í l e » ( e n La Nouvelle Histoire), d e j a e n t e n d e r cla-
r a m e n t e q u e las tesis c e n t r a l e s y los c a r a c t e r e s i m p o r t a n t e s d e l a n u e v a h i s -
t o r i a e s t á n e n g e r m e n e n el m a r x i s m o . P a r a é l , la h i s t o r i a g l o b a l n o es m á s
q u e u n a n u e v a d e s i g n a c i ó n d e l modo de producción o d e la formación eco-
nómica y social, t é r m i n o s m a r x i s t a s q u e d e s i g n a n el t o d o social a r t i c u l a d o .
E n c u a n t o a los m é t o d o s c u a n t i t a t i v o s , M a r x ya l o s p r a c t i c a b a . T a m b i é n
p r i v i l e g i a b a las e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s y la a c c i ó n d e l h o m b r e d e la c a l l e , a
176
e x p e n s a s d e l o s h e c h o s d e g r a n r e l i e v e y d e los é x i t o s d e las i n d i v i d u a l i d a -
d e s d e s t a c a d a s . P o r lo d e m á s , p r o s i g u e G u y B o i s , h a c e m u c h o t i e m p o q u e
el m a r a s m o e j e r c e u n a difusa e indirecta influencia s o b r e los h i s t o r i a d o r e s
f r a n c e s e s . S e l a p u e d e l o c a l i z a r e n el p a p e l e s e n c i a l q u e s e r e c o n o c i ó a l a
h i s t o r i a e c o n ó m i c a e n l o s a ñ o s 50 y e n l a i n s i s t e n c i a a c e r c a d e las l u c h a s
d e c l a s e s , así c o m o s o b r e l a a p r o p i a c i ó n i n j u s t a d e l p r o d u c t o s o c i a l , tal
c o m o a p a r e c e e n l a o b r a d e E r n e s t L a b r o u s s e . E s t a i n f l u e n c i a se v e r e f o r -
z a d a e n la a c t u a l i d a d , y a q u e , l e j o s d e l i m i t a r s e a la i n s t a n c i a e c o n ó m i c o -
s o c i a l , g a n a l o s d e m á s n i v e l e s d e l a r e a l i d a d y s e e x t i e n d e al a n á l i s i s d e l a
t o t a l i d a d d e las p r á c t i c a s h u m a n a s . L o s c o n c e p t o s c e n t r a l e s d e l m a r x i s m o
( e s p e c i a l m e n t e l o s d e l modo de producción y el d e ideología) se u t i l i z a n i m -
p l í c i t a m e n t e e n l i b r o s r e c i e n t e s , a u n q u e n o se a d o p t e e n ellos la t e r m i n o -
logía clásica d e l m a r x i s m o , y a u n q u e se e v i t e t o d a r e f e r e n c i a e x p l í c i t a al
m a t e r i a l i s m o d i a l é c t i c o . H a y u n a c o m p l e t a c o n f l u e n c i a d e las d o s g r a n d e s
c o r r i e n t e s d e la h i s t o r i o g r a f í a c o n t e m p o r á n e a , lo q u e n o i m p i d e q u e l o s h i s -
t o r i a d o r e s m a r x i s t a s s i g a n t e n i e n d o u n p a p e l o r i g i n a l ( p o r e j e m p l o , e n el
análisis d e l d i s c u r s o y e n l a h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a d e las m e n t a l i d a d e s ) , q u e
d e n i n g u n a m a n e r a p o n e fin a u n c o n t e n c i o s o q u e s i g u e s i e n d o m u y g r a -
v o s o . C o m o b i e n d i c e G u y B o i s , a l g u n a s p r á c t i c a s d e la n u e v a h i s t o r i a c o n s -
t i t u y e n t r a m p a s a los o j o s d e l o s m a r x i s t a s . ¿ N o es la s a c r o s a n t a c u a n t i f i -
c a c i ó n p r i s i o n e r a d e l e s t a d o d e las f u e n t e s , y n o se a r r i e s g a a p r i v i l e g i a r las
r e a l i d a d e s s o c i a l e s e m e r g e n t e s ( t a l e s c o m o l o s d a t o s d e m o g r á f i c o s ) a ex-
p e n s a s d e o t r o s , t a m b i é n e s e n c i a l e s , q u e se m a n t i e n e n o c u l t o s ( c o m o los
m e c a n i s m o s d e la plusvalía p o r e j e m p l o ) ? L a sucesión d e estudios seriados
(el l i b r o e n el siglo x v í n , l o s e x v o t o s m a r i n o s d e P o n a n t , l o s r e t a b l o s d e
las á n i m a s d e l P u r g a t o r i o d e l siglo XV al XX), ¿ n o p u e d e n l l e g a r a a t o m i z a r
la r e a l i d a d h i s t ó r i c a , n o p u e d e n s u p o n e r u n a f r a g m e n t a c i ó n d e las p e r s p e c -
tivas y, finalmente, p r o h i b i r el r e c u r s o al c o n c e p t o u n i f i c a d o r d e l m o d o d e
p r o d u c c i ó n ? E l p a p e l c o n c e d i d o a las p r o f u n d i d a d e s m e n t a l e s , q u e a v e c e s
a d q u i e r e n , e n t r e los h i s t o r i a d o r e s d e l a n u e v a h i s t o r i a , el c a r á c t e r d e in-
fraestructuras d e t e r m i n a n t e s , ¿ n o diluye los principios d e explicación m a r -
xistas y n o h a c e n p e r d e r d e v i s t a l a p r i m a c í a d e las r e l a c i o n e s d e p r o d u c -
c i ó n ? F i n a l m e n t e , ¿ n o a c t ú a n c o m o a r m a s d e g u e r r a c o n t r a el m a r x i s m o
las c i e n c i a s n u e v a s , t a l e s c o m o u n a c i e r t a e r n o - h i s t o r i a q u e , a f u e r z a d e i n -
sistir a c e r c a d e l i n c o n s c i e n t e c o l e c t i v o , l a s o c i a b i l i d a d y o t r o s c o m p o r t a -
m i e n t o s p e r e n n e s d e l o s g r u p o s h u m a n o s , d e v a l ú a la e x p l i c a c i ó n s o b r e la
l u c h a d e c l a s e s , c u a n d o n o e n a r b o l a las r e l a c i o n e s d e p a r e n t e s c o c o n t r a las
relaciones d e p r o d u c c i ó n ? T e n i e n d o e n c u e n t a estos peligros, G u y B o i s in-
v i t a a los m a r x i s t a s a u t é n t i c o s a r e n o v a r el d e s a f í o d e la n u e v a h i s t o r i a , d e -
m o s t r a n d o u n a fidelidad sin fisuras a l o s c o n c e p t o s c e n t r a l e s d e l m a r x i s m o ,
q u e , s e g ú n é l , s o n los ú n i c o s q u e p u e d e n p e r m i t i r p e n s a r el p a s a d o d e for-
m a coherente, total y dinámica.
4. LOS AVATARES DE LA GLOBALIDAD
E s t e c o n c e p t o c l a v e , p o r n o d e c i r e s t e t é r m i n o m á g i c o d e l a n u e v a his-
t o r i a , h a p r e s e n t a d o y c o n t i n ú a p r e s e n t a n d o m u c h a s f a c e t a s d i s t i n t a s , in-
c l u s o casi c o n t r a p u e s t a s .
L a n u e v a h i s t o r i a , sin d u d a p o r f i d e l i d a d a V o l t a i r e y M i c h e l e t , p e r o
177
 t a m b i é n b a j o l a i n f l u e n c i a d e la e s c u e l a g e o g r á f i c a f r a n c e s a y d e l a g e o g r a -
fía b r a u d e l i a n a , h a b u s c a d o s i e m p r e la c o m p r e n s i ó n d e los g r a n d e s e s p a -
cios y las g r a n d e s m a s a s h i s t ó r i c a s . L o d e m u e s t r a n el p a p e l e s e n c i a l c o n -
c e d i d o e n los Annales a la c a r t o g r a f í a h i s t ó r i c a , q u e visualiza l o s f e n ó m e -
n o s m a s i v o s d e l a r g a d u r a c i ó n . N o es s o l a m e n t e d e s c r i p t i v a , p e r m i t e p l a n -
t e a r p r e g u n t a s n u e v a s y h a c e r a v a n z a r la i n t e r p r e t a c i ó n d e l o s f e n ó m e n o s .
E l h i s t o r i a d o r h o l a n d é s W . d e n B o e r s i t ú a , a j u s t o t í t u l o , e n t r e los e l e m e n -
t o s c o n s t i t u t i v o s d e l p a r a d i g m a d e los Annales el h e c h o d e q u e «la e s t a d í s -
tica y l a s e m i o l o g í a gráfica s u s t i t u y e n la crítica filológica d e los t e x t o s , a
veces con m e n o r penetración». Esta última reflexión, poco gratificante, n o
t i e n e e n c u e n t a el h e c h o d e q u e la c a r t o g r a f í a e s t a d í s t i c a , f r e c u e n t e m e n t e ,
t i e n e c o m o f u n c i ó n p o n e r e n i m á g e n e s el c o n t e n i d o d e los d o c u m e n t o s , d e s -
p l e g a r l o ( e n el s e n t i d o p r o p i o d e l t é r m i n o ) a n t e s d e a b o r d a r su i n t e r p r e t a -
c i ó n . P u e d e v e r s e , p a r a c o n v e n c e r s e d e e l l o , el e s t u d i o d e E m m a n u e l L e
R o y L a d u r i e « E x p l o i t a t i o n q u a n t i t a t i v e et c a r t o g r a p h i q u e d e s a r c h i v e s m i -
l i t a i r e s f r a n c a i s e s ( 1 8 1 9 - 1 8 2 6 ) » , e n Le Territoíre de l'historien, Gallimard,
1977, p p . 33 a 8 8 . E s t o s a r c h i v o s o f r e c e n las i n f o r m a c i o n e s s i g u i e n t e s a c e r -
c a d e los r e c l u t a s : oficio, e s t a t u r a , a n o m a l í a s físicas, a l f a b e t i z a c i ó n , e v e n -
t u a l v o c a c i ó n e c l e s i á s t i c a . E l c o n j u n t o es t a n t o m á s p r e c i o s o c u a n t o q u e e n
esta época todavía n o existen estadísticas nacionales detalladas, excepto
p a r a a l g u n o s s e c t o r e s . D e d o n d e se p u e d e p l a n t e a r u n p o s i b l e e s t u d i o d e
a n t r o p o l o g í a c o m p a r a d a d e los r e c l u t a s f r a n c e s e s , t e n i e n d o e n c u e n t a s u r e -
g i ó n d e o r i g e n , g r a c i a s al t r a t a m i e n t o i n f o r m á t i c o d e los d a t o s y el e s t a b l e -
c i m i e n t o d e m a p a s c a r t o g r á f i c o s . Se c o n s t a t a p o r e j e m p l o q u e las élites ( j ó -
v e n e s p r o c e d e n t e s d e las g r a n d e s e s c u e l a s , p r o f e s o r e s . . . ) se l o c a l i z a n fun-
d a m e n t a l m e n t e e n el N o r d e s t e ; p o r t a n t o , e n la F r a n c i a d e s a r r o l l a d a e i n s -
truida. E n c u a n t o a los estudiantes eclesiásticos, se localizan s o b r e t o d o e n
B r e t a ñ a , e n las r e g i o n e s p o b r e s y m o n t a ñ o s a s d e l S u r ( P i r i n e o s , M a c i z o
C e n t r a l , A l p e s ) y e n el E s t e , c o m o u n a v a n c e d e l a c a r t o g r a f í a d e la p r á c -
tica r e l i g i o s a e n el siglo XX. Si t e n e m o s e n c u e n t a l a e s t a t u r a d e l o s r e c l u -
t a s , los m á s a l t o s se l o c a l i z a n al N o r d e s t e d e la l í n e a e n t r e S a i n t M a l o y
G i n e b r a , y los m á s b a j o s e n las r e g i o n e s d e l O e s t e , el C e n t r o y el M i d i . Si
h a c e m o s i n t e r v e n i r o t r o s c r i t e r i o s ( c o m o el r e p a r t o s o c i o p r o f e s i o n a l , e n t r e
o t r o s ) a p a r e c e el c o n t r a s t e e n t r e las d o s F r a n c i a s : l o s f a c t o r e s r e l a c i o n a d o s
c o n el d e s a r r o l l o y l a m o d e r n i z a c i ó n s e l o c a l i z a n e n el N o r t e ; p o r el c o n -
t r a r i o , las c a r a c t e r í s t i c a s d e « s u b d e s a r r o l l o » , y a v e c e s d e a r c a í s m o , se a g r u -
p a n e n el S u r , C e n t r o y O e s t e , d o n d e se c o n c e n t r a n los j ó v e n e s q u e n o sa-
b e n n i l e e r n i e s c r i b i r . L o s r e s u l t a d o s s o n b a s t a n t e s u g e r e n t e s e n sí m i s -
m o s , p e r o a d e m á s a b r e n el c a m i n o a m ú l t i p l e s c o r r e l a c i o n e s c o n o t r o s d a -
t o s r e c o g i d o s p o r los s o c i o - h i s t o r i a d o r e s d e l siglo x r x .
L a p r e o c u p a c i ó n p o r las m a s a s se m a n i f e s t ó , e n p r i m e r l u g a r , e n el d e -
s a r r o l l o d e la d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , c u y a s p r o d u c c i o n e s se a n a l i z a r o n e n el
c a p í t u l o V I L S e g ú n F r a n c o i s F u r e t , es la ú n i c a p r o d u c c i ó n r i g u r o s a d e la
n u e v a h i s t o r i a q u e h a s a b i d o d e s l i z a r s e « e n el m o l d e d e o t r a d i s c i p l i n a , sin
m o d i f i c a r los o b j e t i v o s , l o s c o n c e p t o s o los p r o c e d i m i e n t o s d e i n v e s t i g a -
c i ó n » . P o r el c o n t r a r i o , se m u e s t r a m á s r e s e r v a d o c o n r e s p e c t o a l a h i s t o r i a
s o c i o l ó g i c a , e n la q u e , s e g ú n é l , el h i s t o r i a d o r n o se sirve d e u n r i g u r o s o
sistema conceptual, sino s o l a m e n t e de u n a orientación d e su curiosidad,
q u e le l l e v a a p r o m o v e r al h o m b r e c o m ú n (el m é d i c o , el s a c e r d o t e , el p r o -
178
fesor) y a a n a l i z a r el f u n c i o n a m i e n t o d e l o s o r g a n i z a d o r e s d e m a s a s ( v e r la
tesis d e A n t o i n e P r o s t a c e r c a d e Les Anciens Combattants, 1914-1940).
E l l l a m a m i e n t o l a n z a d o e n el siglo p a s a d o p o r M i c h e l e t . A u g u s t o C o m -
te y B o u r d e a u , u n d i s c í p u l o s u y o d e m a s i a d o o l v i d a d o , p a r a e s t u d i a r la his-
t o r i a d e l o s n o g r a d u a d o s h a s i d o p l e n a m e n t e e s c u c h a d o p o r los Annales
y su m o v i m i e n t o .
L a a s p i r a c i ó n p o r l a g l o b a l i d a d t a m b i é n s e m a n i f i e s t a e n la p r e o c u p a -
ción b r a u d e l i a n a p o r evocar las diferentes carencias del t i e m p o histórico y
p o r « r e u n i r í a s » e n u n t i e m p o ú n i c o . Y a q u e l a f a m o s a d i s t i n c i ó n e n t r e las
t r e s d u r a c i o n e s ( v e r c a p í t u l o V I I ) , c o r r e s p o n d e d e h e c h o a t r e s n i v e l e s su-
cesivos d e o b s e r v a c i ó n . D e s p u é s h a b r á q u e m o s t r a r l a i n t e r f e r e n c i a d e e s -
tas duraciones e n u n a c o y u n t u r a única, «el i m p e r i o s o t i e m p o del m u n d o » .
L o s d i s c í p u l o s d e B r a u d e l se h a n fijado s o b r e t o d o e n la p r i m a c í a d e la
l a r g a d u r a c i ó n , h a s t a el p u n t o d e l l e g a r a c o n c e b i r u n a historia inmóvil (en
e s t e c a s o , l a d e la F r a n c i a r u r a l e n t r e 1300 y 1 7 0 0 ) , y d e j a r d e l a d o l a t u r -
b u l e n t a h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a , a l a q u e se h a b í a n c o n s a g r a d o e n t r e u n t e r -
cio y la m i t a d d e los a r t í c u l o s e n los p r i m e r o s Annales. A este respecto,
d e s t a q u e m o s q u e u n t e m a c o m o el d e l a R e v o l u c i ó n f r a n c e s a , locas classi-
cus d e la h i s t o r i o g r a f í a n a c i o n a l , r e l a t o q u e « u n e el c a m b i o y el p r o g r e s o »
( F . F u r e t ) , es i g n o r a d o casi p o r c o m p l e t o p o r p a r t e d e los n u e v o s h i s t o r i a -
dores.
É s t o s t a m b i é n s e l a n z a r o n al análisis g l o b a l d e p e r í o d o s m u y a m p l i o s ,
c o h e r e n t e s e n s u o r g a n i z a c i ó n social y e c o n ó m i c a y c o r o n a d o s p o r u n sis-
t e m a h o m o g é n e o d e r e p r e s e n t a c i o n e s . E s t a s « t o t a l i d a d e s p e n s a d a s » se ca-
racterizan p o r u n a p r o f u n d a u n i d a d d e inspiración, p o r u n a atmósfera ge-
n e r a l , c o m o La Civilisation de l'Occident medieval d e s c r i t a p o r J a c q u e s L e
G o f f c o m o u n a c r i s t i a n d a d e n l a q u e l a r e l i g i ó n r e g u l a t o d a l a v i d a social,
i n c l u i d o s los c o m p o r t a m i e n t o s e c o n ó m i c o s y l a p e r c e p c i ó n d e l m u n d o . Le
Temps des cathédrales, d e G e o r g e s D u b y , y La Civilización de la Renais-
sance, d e J e a n D e l u m e a u , s e ñ a l a n i g u a l m e n t e e s t a p e r c e p c i ó n g l o b a l d e la
materia histórica. Bellas construcciones, seductoras totalidades culturales,
p e r o ¡edificios i n e v i t a b l e m e n t e f r á g i l e s , m a r c o s d e m a s i a d o e s t r e c h o s p a r a
u n a r e a l i d a d p l u r a l ! T a m b i é n , s i n r e n u n c i a r a b u s c a r l a g l o b a l i d a d , se h a
q u e r i d o a l c a n z a r l a , s o b r e u n a b a s e e s p a c i a l m á s r e s t r i n g i d a , e n el m a r c o
d e l o s e s t u d i o s r e g i o n a l e s . E l « B e a u v a i s i s » d e F i e r r e G o u b e r t , « e n el q u e
se h a e s t u d i a d o y p r e s e n t a d o la totalidad d e u n a sociedad», h a t e n i d o con-
t i n u a d o r e s : e l A n j o u d e L e b r u n , el L a t i u m d e T o u b e r t , la P i c a r d í a d e F o s -
sier, la B r e t a ñ a d e A l a i n Croix. S a g r a d a letanía q u e recitan p i a d o s a m e n t e
l o s e s t u d i a n t e s . C o m o h a b í a q u e ir s i e m p r e m á s l e j o s e n el a n á l i s i s , la b ú -
q u e d a sin fin d e l a g l o b a l i d a d se e j e r c i ó a c o n t i n u a c i ó n a e s c a l a d e la m o -
nografía u r b a n a o r u r a l , a veces c o n la c o l a b o r a c i ó n d e m u c h o s e q u i p o s es-
p e c i a l i z a d o s (los Bretones de Plozevet h a n sido estudiados d e espaldas, de
c a r a y d e perfil b a j o l a d i r e c c i ó n d e A n d r é B u r g u i é r e ) ; o t r a s h a c i e n d o c o n -
verger u n a pluralidad d e p u n t o s de vista sobre u n d o c u m e n t o único (para
e x t r a e r l a q u i n t a e s e n c i a d e las d e c l a r a c i o n e s r e a l i z a d a s p o r l o s h a b i t a n t e s
d e M o n t a i l l o u a n t e el i n q u i s i d o r , L e R o y L a d u r i e s a b e s e r , p o r turnc^, g e ó -
g r a f o , d e m ó g r a f o , l i n g ü i s t a y e t n ó l o g o , e n u n b r i l l a n t í s i m o show), t i tér-
m i n o antropología histórica, c a d a vez m á s utilizado, expresa m u y bien esta
a s p i r a c i ó n - p o r c a p t a r a l o s h o m b r e s d e l p a s a d o e n el c o n j u n t o d e u n e n -
t o r n o a la v e z ecológico, tecnológico, afectivo, simbólico, etc. U n a tarea
179
 t a m b i é n b a j o l a i n f l u e n c i a d e la e s c u e l a g e o g r á f i c a f r a n c e s a y d e l a g e o g r a -
fía b r a u d e l i a n a , h a b u s c a d o s i e m p r e la c o m p r e n s i ó n d e los g r a n d e s e s p a -
cios y las g r a n d e s m a s a s h i s t ó r i c a s . L o d e m u e s t r a n el p a p e l e s e n c i a l c o n -
c e d i d o e n los Annales a la c a r t o g r a f í a h i s t ó r i c a , q u e visualiza l o s f e n ó m e -
n o s m a s i v o s d e l a r g a d u r a c i ó n . N o es s o l a m e n t e d e s c r i p t i v a , p e r m i t e p l a n -
t e a r p r e g u n t a s n u e v a s y h a c e r a v a n z a r la i n t e r p r e t a c i ó n d e l o s f e n ó m e n o s .
E l h i s t o r i a d o r h o l a n d é s W . d e n B o e r s i t ú a , a j u s t o t í t u l o , e n t r e los e l e m e n -
t o s c o n s t i t u t i v o s d e l p a r a d i g m a d e los Annales el h e c h o d e q u e «la e s t a d í s -
tica y l a s e m i o l o g í a gráfica s u s t i t u y e n la crítica filológica d e los t e x t o s , a
veces con m e n o r penetración». Esta última reflexión, poco gratificante, n o
t i e n e e n c u e n t a el h e c h o d e q u e la c a r t o g r a f í a e s t a d í s t i c a , f r e c u e n t e m e n t e ,
t i e n e c o m o f u n c i ó n p o n e r e n i m á g e n e s el c o n t e n i d o d e los d o c u m e n t o s , d e s -
p l e g a r l o ( e n el s e n t i d o p r o p i o d e l t é r m i n o ) a n t e s d e a b o r d a r su i n t e r p r e t a -
c i ó n . P u e d e v e r s e , p a r a c o n v e n c e r s e d e e l l o , el e s t u d i o d e E m m a n u e l L e
R o y L a d u r i e « E x p l o i t a t i o n q u a n t i t a t i v e et c a r t o g r a p h i q u e d e s a r c h i v e s m i -
l i t a i r e s f r a n c a i s e s ( 1 8 1 9 - 1 8 2 6 ) » , e n Le Territoíre de l'historien, Gallimard,
1977, p p . 33 a 8 8 . E s t o s a r c h i v o s o f r e c e n las i n f o r m a c i o n e s s i g u i e n t e s a c e r -
c a d e los r e c l u t a s : oficio, e s t a t u r a , a n o m a l í a s físicas, a l f a b e t i z a c i ó n , e v e n -
t u a l v o c a c i ó n e c l e s i á s t i c a . E l c o n j u n t o es t a n t o m á s p r e c i o s o c u a n t o q u e e n
esta época todavía n o existen estadísticas nacionales detalladas, excepto
p a r a a l g u n o s s e c t o r e s . D e d o n d e se p u e d e p l a n t e a r u n p o s i b l e e s t u d i o d e
a n t r o p o l o g í a c o m p a r a d a d e los r e c l u t a s f r a n c e s e s , t e n i e n d o e n c u e n t a s u r e -
g i ó n d e o r i g e n , g r a c i a s al t r a t a m i e n t o i n f o r m á t i c o d e los d a t o s y el e s t a b l e -
c i m i e n t o d e m a p a s c a r t o g r á f i c o s . Se c o n s t a t a p o r e j e m p l o q u e las élites ( j ó -
v e n e s p r o c e d e n t e s d e las g r a n d e s e s c u e l a s , p r o f e s o r e s . . . ) se l o c a l i z a n fun-
d a m e n t a l m e n t e e n el N o r d e s t e ; p o r t a n t o , e n la F r a n c i a d e s a r r o l l a d a e i n s -
truida. E n c u a n t o a los estudiantes eclesiásticos, se localizan s o b r e t o d o e n
B r e t a ñ a , e n las r e g i o n e s p o b r e s y m o n t a ñ o s a s d e l S u r ( P i r i n e o s , M a c i z o
C e n t r a l , A l p e s ) y e n el E s t e , c o m o u n a v a n c e d e l a c a r t o g r a f í a d e la p r á c -
tica r e l i g i o s a e n el siglo XX. Si t e n e m o s e n c u e n t a l a e s t a t u r a d e l o s r e c l u -
t a s , los m á s a l t o s se l o c a l i z a n al N o r d e s t e d e la l í n e a e n t r e S a i n t M a l o y
G i n e b r a , y los m á s b a j o s e n las r e g i o n e s d e l O e s t e , el C e n t r o y el M i d i . Si
h a c e m o s i n t e r v e n i r o t r o s c r i t e r i o s ( c o m o el r e p a r t o s o c i o p r o f e s i o n a l , e n t r e
o t r o s ) a p a r e c e el c o n t r a s t e e n t r e las d o s F r a n c i a s : l o s f a c t o r e s r e l a c i o n a d o s
c o n el d e s a r r o l l o y l a m o d e r n i z a c i ó n s e l o c a l i z a n e n el N o r t e ; p o r el c o n -
t r a r i o , las c a r a c t e r í s t i c a s d e « s u b d e s a r r o l l o » , y a v e c e s d e a r c a í s m o , se a g r u -
p a n e n el S u r , C e n t r o y O e s t e , d o n d e se c o n c e n t r a n los j ó v e n e s q u e n o sa-
b e n n i l e e r n i e s c r i b i r . L o s r e s u l t a d o s s o n b a s t a n t e s u g e r e n t e s e n sí m i s -
m o s , p e r o a d e m á s a b r e n el c a m i n o a m ú l t i p l e s c o r r e l a c i o n e s c o n o t r o s d a -
t o s r e c o g i d o s p o r los s o c i o - h i s t o r i a d o r e s d e l siglo x r x .
L a p r e o c u p a c i ó n p o r las m a s a s se m a n i f e s t ó , e n p r i m e r l u g a r , e n el d e -
s a r r o l l o d e la d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , c u y a s p r o d u c c i o n e s se a n a l i z a r o n e n el
c a p í t u l o V I L S e g ú n F r a n c o i s F u r e t , es la ú n i c a p r o d u c c i ó n r i g u r o s a d e la
n u e v a h i s t o r i a q u e h a s a b i d o d e s l i z a r s e « e n el m o l d e d e o t r a d i s c i p l i n a , sin
m o d i f i c a r los o b j e t i v o s , l o s c o n c e p t o s o los p r o c e d i m i e n t o s d e i n v e s t i g a -
c i ó n » . P o r el c o n t r a r i o , se m u e s t r a m á s r e s e r v a d o c o n r e s p e c t o a l a h i s t o r i a
s o c i o l ó g i c a , e n la q u e , s e g ú n é l , el h i s t o r i a d o r n o se sirve d e u n r i g u r o s o
sistema conceptual, sino s o l a m e n t e de u n a orientación d e su curiosidad,
q u e le l l e v a a p r o m o v e r al h o m b r e c o m ú n (el m é d i c o , el s a c e r d o t e , el p r o -
178
fesor) y a a n a l i z a r el f u n c i o n a m i e n t o d e l o s o r g a n i z a d o r e s d e m a s a s ( v e r la
tesis d e A n t o i n e P r o s t a c e r c a d e Les Anciens Combattants, 1914-1940).
E l l l a m a m i e n t o l a n z a d o e n el siglo p a s a d o p o r M i c h e l e t . A u g u s t o C o m -
te y B o u r d e a u , u n d i s c í p u l o s u y o d e m a s i a d o o l v i d a d o , p a r a e s t u d i a r la his-
t o r i a d e l o s n o g r a d u a d o s h a s i d o p l e n a m e n t e e s c u c h a d o p o r los Annales
y su m o v i m i e n t o .
L a a s p i r a c i ó n p o r l a g l o b a l i d a d t a m b i é n s e m a n i f i e s t a e n la p r e o c u p a -
ción b r a u d e l i a n a p o r evocar las diferentes carencias del t i e m p o histórico y
p o r « r e u n i r í a s » e n u n t i e m p o ú n i c o . Y a q u e l a f a m o s a d i s t i n c i ó n e n t r e las
t r e s d u r a c i o n e s ( v e r c a p í t u l o V I I ) , c o r r e s p o n d e d e h e c h o a t r e s n i v e l e s su-
cesivos d e o b s e r v a c i ó n . D e s p u é s h a b r á q u e m o s t r a r l a i n t e r f e r e n c i a d e e s -
tas duraciones e n u n a c o y u n t u r a única, «el i m p e r i o s o t i e m p o del m u n d o » .
L o s d i s c í p u l o s d e B r a u d e l se h a n fijado s o b r e t o d o e n la p r i m a c í a d e la
l a r g a d u r a c i ó n , h a s t a el p u n t o d e l l e g a r a c o n c e b i r u n a historia inmóvil (en
e s t e c a s o , l a d e la F r a n c i a r u r a l e n t r e 1300 y 1 7 0 0 ) , y d e j a r d e l a d o l a t u r -
b u l e n t a h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a , a l a q u e se h a b í a n c o n s a g r a d o e n t r e u n t e r -
cio y la m i t a d d e los a r t í c u l o s e n los p r i m e r o s Annales. A este respecto,
d e s t a q u e m o s q u e u n t e m a c o m o el d e l a R e v o l u c i ó n f r a n c e s a , locas classi-
cus d e la h i s t o r i o g r a f í a n a c i o n a l , r e l a t o q u e « u n e el c a m b i o y el p r o g r e s o »
( F . F u r e t ) , es i g n o r a d o casi p o r c o m p l e t o p o r p a r t e d e los n u e v o s h i s t o r i a -
dores.
É s t o s t a m b i é n s e l a n z a r o n al análisis g l o b a l d e p e r í o d o s m u y a m p l i o s ,
c o h e r e n t e s e n s u o r g a n i z a c i ó n social y e c o n ó m i c a y c o r o n a d o s p o r u n sis-
t e m a h o m o g é n e o d e r e p r e s e n t a c i o n e s . E s t a s « t o t a l i d a d e s p e n s a d a s » se ca-
racterizan p o r u n a p r o f u n d a u n i d a d d e inspiración, p o r u n a atmósfera ge-
n e r a l , c o m o La Civilisation de l'Occident medieval d e s c r i t a p o r J a c q u e s L e
G o f f c o m o u n a c r i s t i a n d a d e n l a q u e l a r e l i g i ó n r e g u l a t o d a l a v i d a social,
i n c l u i d o s los c o m p o r t a m i e n t o s e c o n ó m i c o s y l a p e r c e p c i ó n d e l m u n d o . Le
Temps des cathédrales, d e G e o r g e s D u b y , y La Civilización de la Renais-
sance, d e J e a n D e l u m e a u , s e ñ a l a n i g u a l m e n t e e s t a p e r c e p c i ó n g l o b a l d e la
materia histórica. Bellas construcciones, seductoras totalidades culturales,
p e r o ¡edificios i n e v i t a b l e m e n t e f r á g i l e s , m a r c o s d e m a s i a d o e s t r e c h o s p a r a
u n a r e a l i d a d p l u r a l ! T a m b i é n , s i n r e n u n c i a r a b u s c a r l a g l o b a l i d a d , se h a
q u e r i d o a l c a n z a r l a , s o b r e u n a b a s e e s p a c i a l m á s r e s t r i n g i d a , e n el m a r c o
d e l o s e s t u d i o s r e g i o n a l e s . E l « B e a u v a i s i s » d e F i e r r e G o u b e r t , « e n el q u e
se h a e s t u d i a d o y p r e s e n t a d o la totalidad d e u n a sociedad», h a t e n i d o con-
t i n u a d o r e s : e l A n j o u d e L e b r u n , el L a t i u m d e T o u b e r t , la P i c a r d í a d e F o s -
sier, la B r e t a ñ a d e A l a i n Croix. S a g r a d a letanía q u e recitan p i a d o s a m e n t e
l o s e s t u d i a n t e s . C o m o h a b í a q u e ir s i e m p r e m á s l e j o s e n el a n á l i s i s , la b ú -
q u e d a sin fin d e l a g l o b a l i d a d se e j e r c i ó a c o n t i n u a c i ó n a e s c a l a d e la m o -
nografía u r b a n a o r u r a l , a veces c o n la c o l a b o r a c i ó n d e m u c h o s e q u i p o s es-
p e c i a l i z a d o s (los Bretones de Plozevet h a n sido estudiados d e espaldas, de
c a r a y d e perfil b a j o l a d i r e c c i ó n d e A n d r é B u r g u i é r e ) ; o t r a s h a c i e n d o c o n -
verger u n a pluralidad d e p u n t o s de vista sobre u n d o c u m e n t o único (para
e x t r a e r l a q u i n t a e s e n c i a d e las d e c l a r a c i o n e s r e a l i z a d a s p o r l o s h a b i t a n t e s
d e M o n t a i l l o u a n t e el i n q u i s i d o r , L e R o y L a d u r i e s a b e s e r , p o r turnc^, g e ó -
g r a f o , d e m ó g r a f o , l i n g ü i s t a y e t n ó l o g o , e n u n b r i l l a n t í s i m o show), t i tér-
m i n o antropología histórica, c a d a vez m á s utilizado, expresa m u y bien esta
a s p i r a c i ó n - p o r c a p t a r a l o s h o m b r e s d e l p a s a d o e n el c o n j u n t o d e u n e n -
t o r n o a la v e z ecológico, tecnológico, afectivo, simbólico, etc. U n a tarea
179
 d e e s t e t i p o s ó l o se p u e d e r e a l i z a r , d e s d e l u e g o , s o b r e u n a b a s e e s p a c i a l
restringida.
O t r a m o d a l i d a d d e l a h i s t o r i a g l o b a l s e d e f i n e e n r e f e r e n c i a al hecho
social total, y tal y c o m o lo a b o r d a M a r c e l M a u r s , y e n t e n d i e n d o p o r tal
u n h e c h o social p a r t i c u l a r q u e r e m i t e al c o n j u n t o d e u n s i s t e m a y q u e r e ­
v e l a sus e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s . H e m o s v i s t o s u r g i r h i s t o r i a s a p a r e n t e m e n t e
s e c t o r i a l e s , q u e d e h e c h o r e m i t e n « a la t o t a l i d a d d e la s o c i e d a d » y h a c e n
i n t e r v e n i r h i p ó t e s i s m u y a m p l i a s : así el e v e r g e t i s m o g r e c o r r o m a n o , q u e
P a u l V e y n e a n a l i z a e n Le Pain et le Cirque, e s t á e s t r e c h a m e n t e l i g a d o al
m o d o d e c i r c u l a c i ó n d e r i q u e z a s e n la s o c i e d a d a n t i g u a , y c o n s t i t u y e u n a
forma d e redistribución d e u n a p a r t e del e x c e d e n t e a c a p a r a d o p o r los d o ­
minadores. Otros historiadores, a instancias de Paul V e y n e , h a n definido
t e m a s d e i n v e s t i g a c i ó n g l o b a l i z a d o r e s , s i t u a d o s e n la i n t e r s e c c i ó n d e m u l ­
t i p l i c i d a d d e f e n ó m e n o s s o c i a l e s , t a l e s c o m o el encastillamiento d e las p o ­
b l a c i o n e s r u r a l e s d e la I t a l i a c e n t r a l a p r i n c i p i o s d e l siglo X I , e s t u d i a d o p o r
P . T o u b e r t (ver capítulo I X ) .
Sin e m b a r g o , a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s e v i t a n a d o p t a r u n a p e r s p e c t i v a g l o ­
b a l y se a s i g n a n c o m o t a r e a el r e n d i r c u e n t a s d e la c o h e r e n c i a d e s e r i e s
d o c u m e n t a l e s d e l a l a r g a d u r a c i ó n . A s í J. C . S c h m i t t , q u i e n , e n Le Saint
Levrier, a n a l i z a la p e r v i v e n c i a y las i n f l e x i o n e s d e l c u l t o d e l s a n t o p e r r o
G u i n e f o r t , d e s d e el siglo x i n al x x , e n u n a l e j a d o c a n t ó n d e D o m b e s . D e
lo q u e se r e v e l a q u e h a y u n a t e m p o r a l i d a d p r o p i a d e l o s c o m p o r t a m i e n t o s
s u p e r s t i c i o s o s , a s o m b r o s a m e n t e r í g i d o s , q u e es a m p l i a m e n t e i n d e p e n d i e n ­
t e d e las e v o l u c i o n e s y las t u r b u l e n c i a s q u e a f e c t a n lo e c o n ó m i c o y lo p o ­
lítico. M u c h o s j ó v e n e s h i s t o r i a d o r e s l l e v a r í a n d e b u e n a g a n a h a s t a l o e x ­
t r e m o l a f ó r m u l a d e E r n e s t L a b r o u s s e : « L o social v a d e t r á s d e l o e c o n ó ­
m i c o , y lo m e n t a l d e t r á s d e l o s o c i a l . » E s t a n u e v a c o n c e p c i ó n d e l h e c h o
h i s t ó r i c o h a sido s i s t e m a t i z a d a p o r F r a n c o i s F u r e t e n u n a r t í c u l o t i t u l a d o
« L ' H i s t o i r e q u a n t i t a t i v e et l a c o n s t r u c t i o n d u fait h i s t o r i q u e » ( e n Faire de
VHistoire, I, p p . 4 2 - 6 2 ) , d o n d e se p u e d e l e e r u n a e s p e c i e d e m a n i f i e s t o d e
la h i s t o r i a s e r i a d a . É s t a se p u e d e d e f i n i r c o m o u n a c o n c e p t u a l i z a c i ó n d e l
p a s a d o , e s f o r z á n d o s e p o r « c o n s t i t u i r el h e c h o h i s t ó r i c o e n s e r i e s t e m p o r a ­
les d e u n i d a d e s h o m o g é n e a s y c o m p a r a b l e s , p a r a p o d e r m e d i r así la e v o ­
l u c i ó n p o r i n t e r v a l o s d e t i e m p o d a d o s , g e n e r a l m e n t e a n u a l e s » . L e j o s d e li­
m i t a r s e al a c o n t e c i m i e n t o ú n i c o , c o m o l a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e , se d e d i c a a
la « r e p e t i c i ó n r e g u l a r d e d a t o s s e l e c c i o n a d o s y c o n s t r u i d o s e n f u n c i ó n d e
su c a r á c t e r c o m p a r a b l e » . L a r e a l i d a d h i s t ó r i c a se p u e d e así d e s c o m p o n e r
e n s u b s i s t e m a s , e n t r e los c u a l e s se p u e d e n e s t a b l e c e r las a r t i c u l a c i o n e s .
P e r o , d e e n t r a d a , n o se i n t e n t a e s t u d i a r el c o n j u n t o d e l a m a s a d o c u m e n t a l
c o n c e r n i e n t e a t o d o s los a s p e c t o s d e la r e a l i d a d e n u n a é p o c a d a d a , ni a
c o n s t r u i r u n s i s t e m a d e i n t e r p r e t a c i ó n g l o b a l . E n c o n s e c u e n c i a , el p r o b l e ­
m a d e las f u e n t e s se p l a n t e a e n t é r m i n o s n u e v o s : lo q u e i m p o r t a n o es t a n ­
t o la r e l a c i ó n q u e los d o c u m e n t o s m a n t i e n e n c o n la r e a l i d a d c o m o el v a l o r
r e l a t i v o d e los d o c u m e n t o s r e l a c i o n a d o s e n t r e sí, e n el s e n o d e s e r i e s d o ­
c u m e n t a l e s c o n s t i t u i d a s p o r el i n v e s t i g a d o r y o r g a n i z a d a s p a r a q u e p u e d a n
o f r e c e r d a t o s c o m p a r a b l e s . T a n t o si se e n c u e n t r a n e n las listas d e i m p u e s ­
t o s , e n los c a r t u l a r i o s m o n á s t i c o s o e n l o s c u a d e r n o s d e q u e j a s , s o n e n g e ­
neral «reducibles a u n lenguaje susceptible de p r o g r a m a c i ó n » y p u e d e n uti­
lizarse d e m a n e r a m á s o m e n o s sustitutiva: p o r e j e m p l o , h a y q u e s a b e r pa­
s a r d e u n a c u r v a d e p r e c i o s a u n análisis d e l a c o y u n t u r a e c o n ó m i c a , d e la
180
e v o l u c i ó n d e l p r e c i o d e l o s a l q u i l e r e s a l a d e la p o b l a c i ó n . A s í s e t o m a c o n ­
c i e n c i a d e la « e x t r a o r d i n a r i a e l a s t i c i d a d » d e las f u e n t e s h i s t ó r i c a s y d e l a
multiplicidad de mensajes q u e p u e d e n transmitirnos.
C o n t o d o e s t o , l o q u e se h a m o d i f i c a d o r a d i c a l m e n t e es la r e l a c i ó n e n ­
t r e el h i s t o r i a d o r y l o s h e c h o s . M i e n t r a s q u e l a h i s t o r i a d e l o s a c o n t e c i ­
m i e n t o s se f u n d a b a e n l a u n i c i d a d , l o q u e i m p l i c a b a el corto plazo y el fi-
nalismo (la h i s t o r i a n o s h a c í a asistir al a d v e n i m i e n t o d e las g r a n d e s v e r d a ­
d e s filosóficas o p o l í t i c a s c o m o l a l i b e r t a d , la d e m o c r a c i a , la r a z ó n , e t c . ) ,
la h i s t o r i a s e r i a l se r e l a c i o n a c o n l o s f e n ó m e n o s r e p e t i t i v o s y d e s c o m p o n e
l a r e a l i d a d e n n i v e l e s d i f e r e n t e s . D i c h o d e o t r a f o r m a : a ) e s t u d i a las v a ­
riaciones a l a r g o p l a z o y y a n o e s t á s o m e t i d a al « m i s t e r i o s o e m p u j e d e l
a c o n t e c i m i e n t o » ; b ) s u s p e n d e c u a l q u i e r c o n c e p c i ó n g l o b a l d e la h i s t o r i a
y , p o r t a n t o , al a príori s e g ú n e l c u a l t o d o s l o s e l e m e n t o s d e u n a s o c i e d a d
t i e n e n u n a e v o l u c i ó n h o m o g é n e a . E l análisis g l o b a l v e n d r á a c o n t i n u a c i ó n ,
m e d i a n t e l a e l a b o r a c i ó n d e l « s i s t e m a d e s i s t e m a s » , d e s p u é s d e lo c u a l se
e s t a b l e c e r á n las c o y u n t u r a s d i f e r e n c i a l e s , d e a c u e r d o c o n los n i v e l e s d e a c ­
t i v i d a d c o n s i d e r a d o s . M i e n t r a s t a n t o , las p e r i o d i z a c i o n e s d e c o n j u n t o d e la
h i s t o r i a t r a d i c i o n a l se d e b e n s o m e t e r a n u e v o e x a m e n . A s í , « e l c o n c e p t o
d e Renacimiento es sin d u d a p e r t i n e n t e c o n r e l a c i ó n a l o s i n d i c a d o r e s d e
h i s t o r i a c u l t u r a l , p e r o c a r e c e d e s e n t i d o e n r e l a c i ó n a los d a t o s d e l a p r o ­
d u c t i v i d a d a g r a r i a » ( p . 6 0 ) . D e j a n d o d e l a d o el e s t u d i o d e las t o t a l i d a d e s
históricas, en lo sucesivo h a y q u e delimitar en u n c o n j u n t o los niveles en
evolución r á p i d a y los «sectores c o n u n a fuerte inercia».
5. A P R O V E C H A R L O TODO: EL ARTE D E L RECICLAJE Y LA REVISIÓN D E
TEXTOS
L a nueva historia da p r u e b a s de un gran ingenio p a r a inventar, rein-
v e n t a r o reciclar fuentes históricas hasta e n t o n c e s d o r m i d a s o c o n s i d e r a d a s
c o m o d e f i n i t i v a m e n t e a g o t a d a s . J a c q u e s L e G o f f n o s d i c e q u e se b a s a « e n
u n a multiplicidad d e d o c u m e n t o s : escritos d e t o d a s clases, d o c u m e n t o s ,
productos de excavaciones arqueológicas, d o c u m e n t o s orales, etc. U n a es­
t a d í s t i c a , u n a c u r v a d e p r e c i o s , u n a f o t o g r a f í a , u n a p e l í c u l a o el p o l e n fó­
sil, p a r a u n p a s a d o m á s l e j a n o , u n ú t i l , u n e x v o t o s o n , p a r a la n u e v a h i s ­
toria, d o c u m e n t o s d e p r i m e r o r d e n » . Estas p o c a s líneas, llenas d e referen­
cias i m p l í c i t a s a d e s t a c a d o s t r a b a j o s , c i t a n c o n f u s a m e n t e v e s t i g i o s d e l p a ­
s a d o y m a t e r i a l e s e l a b o r a d o s p o r el h i s t o r i a d o r ( e s t a d í s t i c a , c u r v a d e p r e ­
cios). D e h e c h o , hay q u e distinguir m u c h o s casos de invención de docu­
mentos nuevos.
P u e d e s e r , p r i m e r o , el d e s c u b r i m i e n t o stricto sensu, p o r e j e m p l o m e r ­
c e d a la a r q u e o l o g í a a é r e a . E n é s t a c o n f l u y e n u n a t é c n i c a (la f o t o g r a f í a a é ­
r e a ) , u n s i s t e m a d e l e c t u r a d e l o s v e s t i g i o s d e l t e r r e n o ( e n f u n c i ó n d e sus
d i s t i n t a s t o n a l i d a d e s y d e ! c r e c i m i e n t o d i f e r e n c i a l d e la v e g e t a c i ó n ) , u n a
p r o b l e m á t i c a p l a n t e a d a p o r el h i s t o r i a d o r y , a v e c e s , h a s t a u n a c a s u a l i d a d :
así, l a s e q u í a d e 1976 m o t i v ó u n a u m e n t o e x t r a o r d i n a r i o d e los c o n o c i m i e n ­
t o s a c e r c a d e l s u e l o f r a n c é s ( v e r Les Dossiers de l'archéologie, n ú m . 22, ju­
n i o 1 9 7 7 ) . D e s p u é s d e a l g u n a s s e m a n a s d e s e q u í a s a h a r i a n a , las v a r i a c i o ­
n e s e n l a h u m e d a d d e l s u e l o ( q u e se c o n s e r v a m e j o r e n los a n t i g u o s fosos
q u e e n ios m u r o s e n t e r r a d o s ) a p a r e c i e r o n c o n u n a c l a r i d a d sin p r e c e d e n -
181
 d e e s t e t i p o s ó l o se p u e d e r e a l i z a r , d e s d e l u e g o , s o b r e u n a b a s e e s p a c i a l
restringida.
O t r a m o d a l i d a d d e l a h i s t o r i a g l o b a l s e d e f i n e e n r e f e r e n c i a al hecho
social total, y tal y c o m o lo a b o r d a M a r c e l M a u r s , y e n t e n d i e n d o p o r tal
u n h e c h o social p a r t i c u l a r q u e r e m i t e al c o n j u n t o d e u n s i s t e m a y q u e r e ­
v e l a sus e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s . H e m o s v i s t o s u r g i r h i s t o r i a s a p a r e n t e m e n t e
s e c t o r i a l e s , q u e d e h e c h o r e m i t e n « a la t o t a l i d a d d e la s o c i e d a d » y h a c e n
i n t e r v e n i r h i p ó t e s i s m u y a m p l i a s : así el e v e r g e t i s m o g r e c o r r o m a n o , q u e
P a u l V e y n e a n a l i z a e n Le Pain et le Cirque, e s t á e s t r e c h a m e n t e l i g a d o al
m o d o d e c i r c u l a c i ó n d e r i q u e z a s e n la s o c i e d a d a n t i g u a , y c o n s t i t u y e u n a
forma d e redistribución d e u n a p a r t e del e x c e d e n t e a c a p a r a d o p o r los d o ­
minadores. Otros historiadores, a instancias de Paul V e y n e , h a n definido
t e m a s d e i n v e s t i g a c i ó n g l o b a l i z a d o r e s , s i t u a d o s e n la i n t e r s e c c i ó n d e m u l ­
t i p l i c i d a d d e f e n ó m e n o s s o c i a l e s , t a l e s c o m o el encastillamiento d e las p o ­
b l a c i o n e s r u r a l e s d e la I t a l i a c e n t r a l a p r i n c i p i o s d e l siglo X I , e s t u d i a d o p o r
P . T o u b e r t (ver capítulo I X ) .
Sin e m b a r g o , a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s e v i t a n a d o p t a r u n a p e r s p e c t i v a g l o ­
b a l y se a s i g n a n c o m o t a r e a el r e n d i r c u e n t a s d e la c o h e r e n c i a d e s e r i e s
d o c u m e n t a l e s d e l a l a r g a d u r a c i ó n . A s í J. C . S c h m i t t , q u i e n , e n Le Saint
Levrier, a n a l i z a la p e r v i v e n c i a y las i n f l e x i o n e s d e l c u l t o d e l s a n t o p e r r o
G u i n e f o r t , d e s d e el siglo x i n al x x , e n u n a l e j a d o c a n t ó n d e D o m b e s . D e
lo q u e se r e v e l a q u e h a y u n a t e m p o r a l i d a d p r o p i a d e l o s c o m p o r t a m i e n t o s
s u p e r s t i c i o s o s , a s o m b r o s a m e n t e r í g i d o s , q u e es a m p l i a m e n t e i n d e p e n d i e n ­
t e d e las e v o l u c i o n e s y las t u r b u l e n c i a s q u e a f e c t a n lo e c o n ó m i c o y lo p o ­
lítico. M u c h o s j ó v e n e s h i s t o r i a d o r e s l l e v a r í a n d e b u e n a g a n a h a s t a l o e x ­
t r e m o l a f ó r m u l a d e E r n e s t L a b r o u s s e : « L o social v a d e t r á s d e l o e c o n ó ­
m i c o , y lo m e n t a l d e t r á s d e l o s o c i a l . » E s t a n u e v a c o n c e p c i ó n d e l h e c h o
h i s t ó r i c o h a sido s i s t e m a t i z a d a p o r F r a n c o i s F u r e t e n u n a r t í c u l o t i t u l a d o
« L ' H i s t o i r e q u a n t i t a t i v e et l a c o n s t r u c t i o n d u fait h i s t o r i q u e » ( e n Faire de
VHistoire, I, p p . 4 2 - 6 2 ) , d o n d e se p u e d e l e e r u n a e s p e c i e d e m a n i f i e s t o d e
la h i s t o r i a s e r i a d a . É s t a se p u e d e d e f i n i r c o m o u n a c o n c e p t u a l i z a c i ó n d e l
p a s a d o , e s f o r z á n d o s e p o r « c o n s t i t u i r el h e c h o h i s t ó r i c o e n s e r i e s t e m p o r a ­
les d e u n i d a d e s h o m o g é n e a s y c o m p a r a b l e s , p a r a p o d e r m e d i r así la e v o ­
l u c i ó n p o r i n t e r v a l o s d e t i e m p o d a d o s , g e n e r a l m e n t e a n u a l e s » . L e j o s d e li­
m i t a r s e al a c o n t e c i m i e n t o ú n i c o , c o m o l a h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e , se d e d i c a a
la « r e p e t i c i ó n r e g u l a r d e d a t o s s e l e c c i o n a d o s y c o n s t r u i d o s e n f u n c i ó n d e
su c a r á c t e r c o m p a r a b l e » . L a r e a l i d a d h i s t ó r i c a se p u e d e así d e s c o m p o n e r
e n s u b s i s t e m a s , e n t r e los c u a l e s se p u e d e n e s t a b l e c e r las a r t i c u l a c i o n e s .
P e r o , d e e n t r a d a , n o se i n t e n t a e s t u d i a r el c o n j u n t o d e l a m a s a d o c u m e n t a l
c o n c e r n i e n t e a t o d o s los a s p e c t o s d e la r e a l i d a d e n u n a é p o c a d a d a , ni a
c o n s t r u i r u n s i s t e m a d e i n t e r p r e t a c i ó n g l o b a l . E n c o n s e c u e n c i a , el p r o b l e ­
m a d e las f u e n t e s se p l a n t e a e n t é r m i n o s n u e v o s : lo q u e i m p o r t a n o es t a n ­
t o la r e l a c i ó n q u e los d o c u m e n t o s m a n t i e n e n c o n la r e a l i d a d c o m o el v a l o r
r e l a t i v o d e los d o c u m e n t o s r e l a c i o n a d o s e n t r e sí, e n el s e n o d e s e r i e s d o ­
c u m e n t a l e s c o n s t i t u i d a s p o r el i n v e s t i g a d o r y o r g a n i z a d a s p a r a q u e p u e d a n
o f r e c e r d a t o s c o m p a r a b l e s . T a n t o si se e n c u e n t r a n e n las listas d e i m p u e s ­
t o s , e n los c a r t u l a r i o s m o n á s t i c o s o e n l o s c u a d e r n o s d e q u e j a s , s o n e n g e ­
neral «reducibles a u n lenguaje susceptible de p r o g r a m a c i ó n » y p u e d e n uti­
lizarse d e m a n e r a m á s o m e n o s sustitutiva: p o r e j e m p l o , h a y q u e s a b e r pa­
s a r d e u n a c u r v a d e p r e c i o s a u n análisis d e l a c o y u n t u r a e c o n ó m i c a , d e la
180
e v o l u c i ó n d e l p r e c i o d e l o s a l q u i l e r e s a l a d e la p o b l a c i ó n . A s í s e t o m a c o n ­
c i e n c i a d e la « e x t r a o r d i n a r i a e l a s t i c i d a d » d e las f u e n t e s h i s t ó r i c a s y d e l a
multiplicidad de mensajes q u e p u e d e n transmitirnos.
C o n t o d o e s t o , l o q u e se h a m o d i f i c a d o r a d i c a l m e n t e es la r e l a c i ó n e n ­
t r e el h i s t o r i a d o r y l o s h e c h o s . M i e n t r a s q u e l a h i s t o r i a d e l o s a c o n t e c i ­
m i e n t o s se f u n d a b a e n l a u n i c i d a d , l o q u e i m p l i c a b a el corto plazo y el fi-
nalismo (la h i s t o r i a n o s h a c í a asistir al a d v e n i m i e n t o d e las g r a n d e s v e r d a ­
d e s filosóficas o p o l í t i c a s c o m o l a l i b e r t a d , la d e m o c r a c i a , la r a z ó n , e t c . ) ,
la h i s t o r i a s e r i a l se r e l a c i o n a c o n l o s f e n ó m e n o s r e p e t i t i v o s y d e s c o m p o n e
l a r e a l i d a d e n n i v e l e s d i f e r e n t e s . D i c h o d e o t r a f o r m a : a ) e s t u d i a las v a ­
riaciones a l a r g o p l a z o y y a n o e s t á s o m e t i d a al « m i s t e r i o s o e m p u j e d e l
a c o n t e c i m i e n t o » ; b ) s u s p e n d e c u a l q u i e r c o n c e p c i ó n g l o b a l d e la h i s t o r i a
y , p o r t a n t o , al a príori s e g ú n e l c u a l t o d o s l o s e l e m e n t o s d e u n a s o c i e d a d
t i e n e n u n a e v o l u c i ó n h o m o g é n e a . E l análisis g l o b a l v e n d r á a c o n t i n u a c i ó n ,
m e d i a n t e l a e l a b o r a c i ó n d e l « s i s t e m a d e s i s t e m a s » , d e s p u é s d e lo c u a l se
e s t a b l e c e r á n las c o y u n t u r a s d i f e r e n c i a l e s , d e a c u e r d o c o n los n i v e l e s d e a c ­
t i v i d a d c o n s i d e r a d o s . M i e n t r a s t a n t o , las p e r i o d i z a c i o n e s d e c o n j u n t o d e la
h i s t o r i a t r a d i c i o n a l se d e b e n s o m e t e r a n u e v o e x a m e n . A s í , « e l c o n c e p t o
d e Renacimiento es sin d u d a p e r t i n e n t e c o n r e l a c i ó n a l o s i n d i c a d o r e s d e
h i s t o r i a c u l t u r a l , p e r o c a r e c e d e s e n t i d o e n r e l a c i ó n a los d a t o s d e l a p r o ­
d u c t i v i d a d a g r a r i a » ( p . 6 0 ) . D e j a n d o d e l a d o el e s t u d i o d e las t o t a l i d a d e s
históricas, en lo sucesivo h a y q u e delimitar en u n c o n j u n t o los niveles en
evolución r á p i d a y los «sectores c o n u n a fuerte inercia».
5. A P R O V E C H A R L O TODO: EL ARTE D E L RECICLAJE Y LA REVISIÓN D E
TEXTOS
L a nueva historia da p r u e b a s de un gran ingenio p a r a inventar, rein-
v e n t a r o reciclar fuentes históricas hasta e n t o n c e s d o r m i d a s o c o n s i d e r a d a s
c o m o d e f i n i t i v a m e n t e a g o t a d a s . J a c q u e s L e G o f f n o s d i c e q u e se b a s a « e n
u n a multiplicidad d e d o c u m e n t o s : escritos d e t o d a s clases, d o c u m e n t o s ,
productos de excavaciones arqueológicas, d o c u m e n t o s orales, etc. U n a es­
t a d í s t i c a , u n a c u r v a d e p r e c i o s , u n a f o t o g r a f í a , u n a p e l í c u l a o el p o l e n fó­
sil, p a r a u n p a s a d o m á s l e j a n o , u n ú t i l , u n e x v o t o s o n , p a r a la n u e v a h i s ­
toria, d o c u m e n t o s d e p r i m e r o r d e n » . Estas p o c a s líneas, llenas d e referen­
cias i m p l í c i t a s a d e s t a c a d o s t r a b a j o s , c i t a n c o n f u s a m e n t e v e s t i g i o s d e l p a ­
s a d o y m a t e r i a l e s e l a b o r a d o s p o r el h i s t o r i a d o r ( e s t a d í s t i c a , c u r v a d e p r e ­
cios). D e h e c h o , hay q u e distinguir m u c h o s casos de invención de docu­
mentos nuevos.
P u e d e s e r , p r i m e r o , el d e s c u b r i m i e n t o stricto sensu, p o r e j e m p l o m e r ­
c e d a la a r q u e o l o g í a a é r e a . E n é s t a c o n f l u y e n u n a t é c n i c a (la f o t o g r a f í a a é ­
r e a ) , u n s i s t e m a d e l e c t u r a d e l o s v e s t i g i o s d e l t e r r e n o ( e n f u n c i ó n d e sus
d i s t i n t a s t o n a l i d a d e s y d e ! c r e c i m i e n t o d i f e r e n c i a l d e la v e g e t a c i ó n ) , u n a
p r o b l e m á t i c a p l a n t e a d a p o r el h i s t o r i a d o r y , a v e c e s , h a s t a u n a c a s u a l i d a d :
así, l a s e q u í a d e 1976 m o t i v ó u n a u m e n t o e x t r a o r d i n a r i o d e los c o n o c i m i e n ­
t o s a c e r c a d e l s u e l o f r a n c é s ( v e r Les Dossiers de l'archéologie, n ú m . 22, ju­
n i o 1 9 7 7 ) . D e s p u é s d e a l g u n a s s e m a n a s d e s e q u í a s a h a r i a n a , las v a r i a c i o ­
n e s e n l a h u m e d a d d e l s u e l o ( q u e se c o n s e r v a m e j o r e n los a n t i g u o s fosos
q u e e n ios m u r o s e n t e r r a d o s ) a p a r e c i e r o n c o n u n a c l a r i d a d sin p r e c e d e n -
181
 t e s , r e v e l a n d o a los h i t o r i a d o r e s la e x i s t e n c i a d e c e n t e n a r e s d e y a c i m i e n t o s
L o s m e n ú s y los l i b r o s d e c o c i n a (cf. J . - P . A r o n , « L a C u i s i n e , u n m e n ú
neolíticos, de establecimientos galorromanos y de fortalezas feudales. E n C
a u X I X s i é c l e » , Faire de l'Histoire, I I I , p p . 192 y s i g u i e n t e s ) t a m b i é n p r o -
B e a u c e s e h a n d e s c u b i e r t o d i v e r s o s y a c i m i e n t o s p r o t o h i s t ó r i c o s , u n a ciu-
vocaron la bulimia d e los h i s t o r i a d o r e s . H a s t a n o h a c e m u c h o , este t i p o d e
d a d a n t i g u a e n V e r d e s , c e r c a d e C h á t e a u d u n , e n la q u e t o d a v í a se p u e d e
f u e n t e s d a b a p r e t e x t o a los c r o n i s t a s y g a c e t i l l e r o s p a r a e x t a s i a r s e a n t e el
v e r el p e r í m e t r o , las t e r m a s , las t i e n d a s , e t c . E n V e n d é e se h a n d e c u b i e r t o
formidable apetito de nuestros a n t e p a s a d o s ; a h o r a se busca e n ellos, con
c i e n t o d i e c i s i e t e n u e v o s y a c i m i e n t o s , e n t r e los c u a l e s h a y q u i n c e c a m p o s
desigual fortuna, indicaciones acerca d e estructuras sociales y m e n t a l e s . E l
neolíticos delimitados por u n o o varios recintos circulares, y veinticinco
autor tiene en cuenta «tres conceptos del d o c u m e n t o culinario». P r i m e r o ,
pueblos g a l o r r o m a n o s (cuyos planos completos fueron fotografiados p o r
la r e l a c i ó n y el c o s t o d e l o s a l i m e n t o s c o n s u m i d o s e n 1846 y 1 8 4 7 e n los
p r i m e r a v e z e n l a r e g i ó n ) . S e o b t u v i e r o n r e s u l t a d o s m u y i m p o r t a n t e s e n el
hospitales generales d e la Beneficencia pública en París, lo q u e s u p o n e in-
E s t e , d o n d e se p u d i e r o n e s t a b l e c e r los p l a n o s d e las c i u d a d e s c o n u n a p r e -
formaciones sobre medicina, economía y administración. Los m e n ú s ape-
cisión i n i g u a l a b l e , y t a m b i é n e n C o r s e u l , e n B r e t a ñ a , d o n d e se p u d o d e -
n a s a c u s a n la i n f l u e n c i a d e l a crisis d e s u b s i s t e n c i a s d e 1846-1847 y c o n s t i -
t e c t a r l a e s t r u c t u r a u r b a n a d e la civitas Coríosolitum, en una extensión
tuirían «una i m a g e n d e los d e s e o s p o p u l a r e s » , e n c u b i e r t a p o r la ideología
aproximada de veinte hectáreas.
b u r g u e s a . E l a u t o r e v a l ú a i g u a l m e n t e la r a c i ó n e n e r g é t i c a d e l a q u e d i s p o -
D e s p u é s , l a c o r r i e n t e d e l o s Annales, entendida en un sentido m u y am- n e cada e n f e r m o , q u e se sitúa e n t r e 2.200 y 2.600 calorías diarias, o sea,
p l i o , s u p o p r o m o v e r los d o c u m e n t o s h a s t a e n t o n c e s d e j a d o s a l o s g a c e t i - lo n e c e s a r i o p a r a s u b s i s t i r .
l l e r o s d e l p a s a d o , r e l e g a d o s e n l o m a r g i n a l , l o p i n t o r e s c o o lo a n e c d ó t i c o .
D e s p u é s J . - P . A r o n e x a m i n a l o s m e n ú s d e los r e s t a u r a n t e s p a r i s i e n s e s
L o s r e l a t o s d e fiestas y c e r e m o n i a s , o las r e l a c i o n e s d e desfiles y p r o c e s i o -
e n l o s a ñ o s 1 8 8 0 , « p a r a d e l i m i t a r la s e n s i b i l i d a d a l i m e n t a r i a » . D e d o n d e se
n e s , d e j a r o n d e s e r p r i v a t i v o s d e los e r u d i t o s l o c a l e s y a c c e d i e r o n ' a la g r a n
d e s p r e n d e u n análisis d e l d e s i g u a l p r e s t i g i o d e los d i f e r e n t e s a l i m e n t o s , y
h i s t o r i a . A p a r t i r d e l m o m e n t o e n q u e se h a h e c h o p r e v a l e c e r la b ú s q u e d a
u n a p u e s t a d e r e l i e v e d e l a « c o n t r a c c i ó n d e la g a m a a l i m e n t i c i a » a fines d e l
d e l s e n t i d o s o b r e la m i n u c i o s i d a d d e l a d e s c r i p c i ó n , los r i t u a l e s a p a r e c e n
siglo XIX ( ¿ e f e c t o d e l a d e m o c r a c i a n i v e l a d o r a ? ) c o n r e l a c i ó n a la p r o f u -
c o m o e x c e l e n t e s r e v e l a d o r e s d e las b a s e s p r o f u n d a s d e u n s i s t e m a social.
s i ó n q u e h a b í a c a r a c t e r i z a d o el final d e l siglo x v i l l y el p r i n c i p i o d e l XIX,
E s significativo el c a s o d e las «fiestas r e v o l u c i o n a r i a s f r a n c e s a s » , e s t u d i a -
e n l o s q u e la m e s a b u r g u e s a h a b í a t o m a d o el r e l e v o d e l a p r i n c i p e s c a ( . . . ) .
d a s p o r M o n a O z o u f (Faire de VHistoire). E n e f e c t o , e s t a s fiestas h a b í a n
F i n a l m e n t e , el análisis d e l s e r v i c i o d e m e s a d e l r e s t a u r a n t e p a r i s i e n s e p r o -
sido estudiadas p o r Aulard unas y p o r Mathiez otras, p e r o ú n i c a m e n t e des-
p i e d a d d e A n t o n i n C a r é m e ( n o m b r e p r e d e s t i n a d o ) e n los años 1820-1840,
d e el p u n t o d e v i s t a c o n m e m o r a t i v o (los g r a n d e s m o m e n t o s d e la R e v o l u -
r e v e l a el carácter sincrónico d e la g a s t r o n o m í a d e l siglo XIX, p u e s t o q u e
c i ó n ) y p o l í t i c o . A q u í el p u n t o d e v i s t a es d i f e r e n t e , e i n c i d e s o b r e l o s m e -
« t o d o se c o n s u m i r í a s i m u l t á n e a m e n t e » ( s o p a s , e n t r a n t e s , p e s c a d o s , c a r n e s ,
c a n i s m o s p r o f u n d o s d e l a fiesta, s o b r e el d e s e o q u e se e x p r e s a e n ella d e
e n t r e m e s e s , t o d o se l l e v a b a al m i s m o t i e m p o ) , y p e r m i t e r e c o n s t r u i r l o s h á -
r e o r g a n i z a r , d e r e e s c r i b i r l a h i s t o r i a . L a a u t o r a i n s i s t e a c e r c a d e los s i g u i e n -
bitos de glotonería d e la é p o c a d e la b u r g u e s í a en ascenso.
t e s c a r a c t e r e s d e la c e l e b r a c i ó n r e v o l u c i o n a r i a : a) E n s e ñ a la R e v o l u c i ó n a
los q u e n o la h a n c o n o c i d o , c o m p o n i e n d o u n a historia anual y c o n m e m o - O t r a f u e n t e r e c i é n d e s c u b i e r t a , el folclore, y a n o se r e l e g a a l a i n t e m -
rativa d e esta Revolución, cuyas grandes e t a p a s relata. D i c e , d e ' m a n e r a ina- p o r a l i d a d , n i se d e j a c o m o o b j e t o d e c u r i o s i d a d sólo p a r a e t n ó g r a f o s y via-
g o t a b l e , a g o l p e d e r ó t u l o s y m á x i m a s , m u c h o m á s d e lo q u e m u e s t r a , j e r o s . E n La visión des vaingus, N a t h a n W a c h t e l n o s m u e s t r a c ó m o el fol-
b ) P r e s e n t a caracteres p e r m a n e n t e s a los ojos d e los testigos, q u e frecuen- c l o r e a c t u a l d e los i n d i o s d e l P e r ú , M é j i c o y G u a t e m a l a c o n s e r v a v e s t i g i o s
t e m e n t e s i t ú a n e n el m i s m o p l a n o t a n t o las fiestas d e l a R a z ó n c o m o las d e l t r a u m a t i s m o p r o v o c a d o p o r la c o n q u i s t a e s p a ñ o l a d e l siglo x v i . P o r
d e l S e r s u p r e m o . E s t a f u n c i ó n d e c u l t o d e s u s t i t u c i ó n , s u s t i t u t o d e l cristia- u n a p a r t e , c o n s e r v a el r e c u e r d o d e las r e a c c i o n e s d e l siglo XVI ( r e s i s t e n c i a
n i s m o , p r o c e d e r í a d e u n a a n a l o g í a e n t r e lo r e l i g i o s o y a l g u n a s m a n i f e s - a los c o n q u i s t a d o r e s o sumisión, s e g ú n los casos). P o r o t r a p a r t e , d e f o r m a
t a c i o n e s d e l a v i d a s o c i a l , s i t u a d a s b a j o el s i g n o d e la u n a n i m i d a d y l a l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o n u n a c i e r t a l ó g i c a , p a r a c o m p e n s a r el t r a u m a t i s m o
e x a l t a c i ó n , c) M á s q u e m a n t e n e r u n r e c u e r d o , significa f u n d a m e n t a l m e n t e inicial y o f r e c e r u n a s a l i d a i m a g i n a r i a a s o c i e d a d e s q u e l a c o n q u i s t a d e s i n -
v o l v e r a e m p e z a r , la m u e r t e d e l v i e j o m u n d o y l a i n s t a u r a c i ó n e n « u n t i e m - t e g r ó : t a m b i é n p u e d e p r e s e n t a r la i m a g e n d e u n a c o n j u n c i ó n , y n o d e u n
p o r e h e c h o d e n u e v o » . E s t a m b i é n u n e r r o r el p r o p o r c i o n a r s o l a m e n t e u n a e n f r e n t a m i e n t o e n t r e i n d i o s y e s p a ñ o l e s , b a s a d a e n la s u p e r i o r i d a d i n d i a
i n t e r p r e t a c i ó n r a c i o n a l (y p o l í t i c a ) d e e s t a s c e l e b r a c i o n e s . P o r t a n t o , es t o d o ( a n v e r s o o n í r i c o d e l s o m e t i m i e n t o a l o s n u e v o s s e ñ o r e s . . . ) . P e r o n o se d e -
lo vivido d e la fiesta r e v o l u c i o n a r i a (y n o s o l a m e n t e el sentido pretendido t i e n e n aquí los casos d e r e i n v e n c i ó n d e d o c u m e n t o s . L o s libros d e milagros
d e é s t a , y a e s t u d i a d o p o r sus p r e d e c e s o r e s ) lo q u e M o n a O z o u f h a p r e t e n - d e la E d a d M e d i a , p o r e j e m p l o , h a n d e m o s t r a d o s e r ú t i l e s i n d i c a d o r e s a c e r -
d i d o c o n su análisis h i s t ó r i c o . c a d e la n o s o l o g í a d e e s t a é p o c a , m i e n t r a s q u e las v i d a s d e s a n t o s y las c o -
l e c c i o n e s d e e j e m p l o s u t i l i z a d o s p o r l o s p r e d i c a d o r e s n o s t r a n s m i t e n algu-
U n n ú m e r o d e la r e v i s t a Ethnologie frangaise (1977/1) m u e s t r a t o d o el
n o s f r a g m e n t o s d e t r a d i c i ó n o r a l y v e s t i g i o s d e la r e l i g i ó n s u b t e r r á n e a r e -
p a r t i d o q u e se p u e d e s a c a r d e las p r o c e s i o n e s y e n t r a d a s r e a l e s o p r i n c i -
c h a z a d a p o r el c r i s t i a n i s m o t r i u n f a n t e .
p e s c a s e n las c i u d a d e s . P u e d e c o n s t a t a r s e q u e el e s t u d i o e s t r u c t u r a l y el a n á -
A t r a v é s d e l o s e j e m p l o s q u e a c a b a m o s d e c i t a r , p o d r e m o s v e r q u e la
lisis h i s t ó r i c o ( e x p l i c a c i ó n a p a r t i r d e l o s o r í g e n e s ) se c o m p l e t a n m á s q u e
n u e v a h i s t o r i a p r o p u g n a la relectura (a m e n u d o i n s p i r a d a e n la l i n g ü í s t i c a ,
se o p o n e n , p o r e j e m p l o e n el t r a b a j o d e T . J o l a s , Parcours cérémoniel d'un
la s e m i ó t i c a o el p s i c o a n á l i s i s ) d e f u e n t e s c o n o c i d a s , a n t e s q u e la l e c t u r a
terroir villageois; e n e s t e c a s o c o n el d e M i n o t p a r a C o s t a d e O r o .
de documentos nuevos. Esta prioritaria preocupación por proponer nuevas
182
183
 t e s , r e v e l a n d o a los h i t o r i a d o r e s la e x i s t e n c i a d e c e n t e n a r e s d e y a c i m i e n t o s
L o s m e n ú s y los l i b r o s d e c o c i n a (cf. J . - P . A r o n , « L a C u i s i n e , u n m e n ú
neolíticos, de establecimientos galorromanos y de fortalezas feudales. E n C
a u X I X s i é c l e » , Faire de l'Histoire, I I I , p p . 192 y s i g u i e n t e s ) t a m b i é n p r o -
B e a u c e s e h a n d e s c u b i e r t o d i v e r s o s y a c i m i e n t o s p r o t o h i s t ó r i c o s , u n a ciu-
vocaron la bulimia d e los h i s t o r i a d o r e s . H a s t a n o h a c e m u c h o , este t i p o d e
d a d a n t i g u a e n V e r d e s , c e r c a d e C h á t e a u d u n , e n la q u e t o d a v í a se p u e d e
f u e n t e s d a b a p r e t e x t o a los c r o n i s t a s y g a c e t i l l e r o s p a r a e x t a s i a r s e a n t e el
v e r el p e r í m e t r o , las t e r m a s , las t i e n d a s , e t c . E n V e n d é e se h a n d e c u b i e r t o
formidable apetito de nuestros a n t e p a s a d o s ; a h o r a se busca e n ellos, con
c i e n t o d i e c i s i e t e n u e v o s y a c i m i e n t o s , e n t r e los c u a l e s h a y q u i n c e c a m p o s
desigual fortuna, indicaciones acerca d e estructuras sociales y m e n t a l e s . E l
neolíticos delimitados por u n o o varios recintos circulares, y veinticinco
autor tiene en cuenta «tres conceptos del d o c u m e n t o culinario». P r i m e r o ,
pueblos g a l o r r o m a n o s (cuyos planos completos fueron fotografiados p o r
la r e l a c i ó n y el c o s t o d e l o s a l i m e n t o s c o n s u m i d o s e n 1846 y 1 8 4 7 e n los
p r i m e r a v e z e n l a r e g i ó n ) . S e o b t u v i e r o n r e s u l t a d o s m u y i m p o r t a n t e s e n el
hospitales generales d e la Beneficencia pública en París, lo q u e s u p o n e in-
E s t e , d o n d e se p u d i e r o n e s t a b l e c e r los p l a n o s d e las c i u d a d e s c o n u n a p r e -
formaciones sobre medicina, economía y administración. Los m e n ú s ape-
cisión i n i g u a l a b l e , y t a m b i é n e n C o r s e u l , e n B r e t a ñ a , d o n d e se p u d o d e -
n a s a c u s a n la i n f l u e n c i a d e l a crisis d e s u b s i s t e n c i a s d e 1846-1847 y c o n s t i -
t e c t a r l a e s t r u c t u r a u r b a n a d e la civitas Coríosolitum, en una extensión
tuirían «una i m a g e n d e los d e s e o s p o p u l a r e s » , e n c u b i e r t a p o r la ideología
aproximada de veinte hectáreas.
b u r g u e s a . E l a u t o r e v a l ú a i g u a l m e n t e la r a c i ó n e n e r g é t i c a d e l a q u e d i s p o -
D e s p u é s , l a c o r r i e n t e d e l o s Annales, entendida en un sentido m u y am- n e cada e n f e r m o , q u e se sitúa e n t r e 2.200 y 2.600 calorías diarias, o sea,
p l i o , s u p o p r o m o v e r los d o c u m e n t o s h a s t a e n t o n c e s d e j a d o s a l o s g a c e t i - lo n e c e s a r i o p a r a s u b s i s t i r .
l l e r o s d e l p a s a d o , r e l e g a d o s e n l o m a r g i n a l , l o p i n t o r e s c o o lo a n e c d ó t i c o .
D e s p u é s J . - P . A r o n e x a m i n a l o s m e n ú s d e los r e s t a u r a n t e s p a r i s i e n s e s
L o s r e l a t o s d e fiestas y c e r e m o n i a s , o las r e l a c i o n e s d e desfiles y p r o c e s i o -
e n l o s a ñ o s 1 8 8 0 , « p a r a d e l i m i t a r la s e n s i b i l i d a d a l i m e n t a r i a » . D e d o n d e se
n e s , d e j a r o n d e s e r p r i v a t i v o s d e los e r u d i t o s l o c a l e s y a c c e d i e r o n ' a la g r a n
d e s p r e n d e u n análisis d e l d e s i g u a l p r e s t i g i o d e los d i f e r e n t e s a l i m e n t o s , y
h i s t o r i a . A p a r t i r d e l m o m e n t o e n q u e se h a h e c h o p r e v a l e c e r la b ú s q u e d a
u n a p u e s t a d e r e l i e v e d e l a « c o n t r a c c i ó n d e la g a m a a l i m e n t i c i a » a fines d e l
d e l s e n t i d o s o b r e la m i n u c i o s i d a d d e l a d e s c r i p c i ó n , los r i t u a l e s a p a r e c e n
siglo XIX ( ¿ e f e c t o d e l a d e m o c r a c i a n i v e l a d o r a ? ) c o n r e l a c i ó n a la p r o f u -
c o m o e x c e l e n t e s r e v e l a d o r e s d e las b a s e s p r o f u n d a s d e u n s i s t e m a social.
s i ó n q u e h a b í a c a r a c t e r i z a d o el final d e l siglo x v i l l y el p r i n c i p i o d e l XIX,
E s significativo el c a s o d e las «fiestas r e v o l u c i o n a r i a s f r a n c e s a s » , e s t u d i a -
e n l o s q u e la m e s a b u r g u e s a h a b í a t o m a d o el r e l e v o d e l a p r i n c i p e s c a ( . . . ) .
d a s p o r M o n a O z o u f (Faire de VHistoire). E n e f e c t o , e s t a s fiestas h a b í a n
F i n a l m e n t e , el análisis d e l s e r v i c i o d e m e s a d e l r e s t a u r a n t e p a r i s i e n s e p r o -
sido estudiadas p o r Aulard unas y p o r Mathiez otras, p e r o ú n i c a m e n t e des-
p i e d a d d e A n t o n i n C a r é m e ( n o m b r e p r e d e s t i n a d o ) e n los años 1820-1840,
d e el p u n t o d e v i s t a c o n m e m o r a t i v o (los g r a n d e s m o m e n t o s d e la R e v o l u -
r e v e l a el carácter sincrónico d e la g a s t r o n o m í a d e l siglo XIX, p u e s t o q u e
c i ó n ) y p o l í t i c o . A q u í el p u n t o d e v i s t a es d i f e r e n t e , e i n c i d e s o b r e l o s m e -
« t o d o se c o n s u m i r í a s i m u l t á n e a m e n t e » ( s o p a s , e n t r a n t e s , p e s c a d o s , c a r n e s ,
c a n i s m o s p r o f u n d o s d e l a fiesta, s o b r e el d e s e o q u e se e x p r e s a e n ella d e
e n t r e m e s e s , t o d o se l l e v a b a al m i s m o t i e m p o ) , y p e r m i t e r e c o n s t r u i r l o s h á -
r e o r g a n i z a r , d e r e e s c r i b i r l a h i s t o r i a . L a a u t o r a i n s i s t e a c e r c a d e los s i g u i e n -
bitos de glotonería d e la é p o c a d e la b u r g u e s í a en ascenso.
t e s c a r a c t e r e s d e la c e l e b r a c i ó n r e v o l u c i o n a r i a : a) E n s e ñ a la R e v o l u c i ó n a
los q u e n o la h a n c o n o c i d o , c o m p o n i e n d o u n a historia anual y c o n m e m o - O t r a f u e n t e r e c i é n d e s c u b i e r t a , el folclore, y a n o se r e l e g a a l a i n t e m -
rativa d e esta Revolución, cuyas grandes e t a p a s relata. D i c e , d e ' m a n e r a ina- p o r a l i d a d , n i se d e j a c o m o o b j e t o d e c u r i o s i d a d sólo p a r a e t n ó g r a f o s y via-
g o t a b l e , a g o l p e d e r ó t u l o s y m á x i m a s , m u c h o m á s d e lo q u e m u e s t r a , j e r o s . E n La visión des vaingus, N a t h a n W a c h t e l n o s m u e s t r a c ó m o el fol-
b ) P r e s e n t a caracteres p e r m a n e n t e s a los ojos d e los testigos, q u e frecuen- c l o r e a c t u a l d e los i n d i o s d e l P e r ú , M é j i c o y G u a t e m a l a c o n s e r v a v e s t i g i o s
t e m e n t e s i t ú a n e n el m i s m o p l a n o t a n t o las fiestas d e l a R a z ó n c o m o las d e l t r a u m a t i s m o p r o v o c a d o p o r la c o n q u i s t a e s p a ñ o l a d e l siglo x v i . P o r
d e l S e r s u p r e m o . E s t a f u n c i ó n d e c u l t o d e s u s t i t u c i ó n , s u s t i t u t o d e l cristia- u n a p a r t e , c o n s e r v a el r e c u e r d o d e las r e a c c i o n e s d e l siglo XVI ( r e s i s t e n c i a
n i s m o , p r o c e d e r í a d e u n a a n a l o g í a e n t r e lo r e l i g i o s o y a l g u n a s m a n i f e s - a los c o n q u i s t a d o r e s o sumisión, s e g ú n los casos). P o r o t r a p a r t e , d e f o r m a
t a c i o n e s d e l a v i d a s o c i a l , s i t u a d a s b a j o el s i g n o d e la u n a n i m i d a d y l a l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o n u n a c i e r t a l ó g i c a , p a r a c o m p e n s a r el t r a u m a t i s m o
e x a l t a c i ó n , c) M á s q u e m a n t e n e r u n r e c u e r d o , significa f u n d a m e n t a l m e n t e inicial y o f r e c e r u n a s a l i d a i m a g i n a r i a a s o c i e d a d e s q u e l a c o n q u i s t a d e s i n -
v o l v e r a e m p e z a r , la m u e r t e d e l v i e j o m u n d o y l a i n s t a u r a c i ó n e n « u n t i e m - t e g r ó : t a m b i é n p u e d e p r e s e n t a r la i m a g e n d e u n a c o n j u n c i ó n , y n o d e u n
p o r e h e c h o d e n u e v o » . E s t a m b i é n u n e r r o r el p r o p o r c i o n a r s o l a m e n t e u n a e n f r e n t a m i e n t o e n t r e i n d i o s y e s p a ñ o l e s , b a s a d a e n la s u p e r i o r i d a d i n d i a
i n t e r p r e t a c i ó n r a c i o n a l (y p o l í t i c a ) d e e s t a s c e l e b r a c i o n e s . P o r t a n t o , es t o d o ( a n v e r s o o n í r i c o d e l s o m e t i m i e n t o a l o s n u e v o s s e ñ o r e s . . . ) . P e r o n o se d e -
lo vivido d e la fiesta r e v o l u c i o n a r i a (y n o s o l a m e n t e el sentido pretendido t i e n e n aquí los casos d e r e i n v e n c i ó n d e d o c u m e n t o s . L o s libros d e milagros
d e é s t a , y a e s t u d i a d o p o r sus p r e d e c e s o r e s ) lo q u e M o n a O z o u f h a p r e t e n - d e la E d a d M e d i a , p o r e j e m p l o , h a n d e m o s t r a d o s e r ú t i l e s i n d i c a d o r e s a c e r -
d i d o c o n su análisis h i s t ó r i c o . c a d e la n o s o l o g í a d e e s t a é p o c a , m i e n t r a s q u e las v i d a s d e s a n t o s y las c o -
l e c c i o n e s d e e j e m p l o s u t i l i z a d o s p o r l o s p r e d i c a d o r e s n o s t r a n s m i t e n algu-
U n n ú m e r o d e la r e v i s t a Ethnologie frangaise (1977/1) m u e s t r a t o d o el
n o s f r a g m e n t o s d e t r a d i c i ó n o r a l y v e s t i g i o s d e la r e l i g i ó n s u b t e r r á n e a r e -
p a r t i d o q u e se p u e d e s a c a r d e las p r o c e s i o n e s y e n t r a d a s r e a l e s o p r i n c i -
c h a z a d a p o r el c r i s t i a n i s m o t r i u n f a n t e .
p e s c a s e n las c i u d a d e s . P u e d e c o n s t a t a r s e q u e el e s t u d i o e s t r u c t u r a l y el a n á -
A t r a v é s d e l o s e j e m p l o s q u e a c a b a m o s d e c i t a r , p o d r e m o s v e r q u e la
lisis h i s t ó r i c o ( e x p l i c a c i ó n a p a r t i r d e l o s o r í g e n e s ) se c o m p l e t a n m á s q u e
n u e v a h i s t o r i a p r o p u g n a la relectura (a m e n u d o i n s p i r a d a e n la l i n g ü í s t i c a ,
se o p o n e n , p o r e j e m p l o e n el t r a b a j o d e T . J o l a s , Parcours cérémoniel d'un
la s e m i ó t i c a o el p s i c o a n á l i s i s ) d e f u e n t e s c o n o c i d a s , a n t e s q u e la l e c t u r a
terroir villageois; e n e s t e c a s o c o n el d e M i n o t p a r a C o s t a d e O r o .
de documentos nuevos. Esta prioritaria preocupación por proponer nuevas
182
183
interpretaciones, después de decenios de pasiva transcripción de fuentes,
n o p u e d e ser m á s l e g í t i m a , p e r o c o r r e el p e l i g r o d e e n c e r r a r a los h i s t o r i a -
d o r e s e n los l e g a d o s t e x t u a l e s d e l siglo XIX. A n t e e s t e p e l i g r o , h a y t a m b i é n
u n a p r e o c u p a c i ó n p o r e x h u m a r y e d i t a r n u e v a s f u e n t e s : lo p r u e b a l a i n v e s -
t i g a c i ó n r e a l i z a d a p o r J a c q u e s L e Goff y J e a n - C l a u d e S c h m i t t a c e r c a d e
l o s exempla m e d i e v a l e s . '
L a contrautilización de d o c u m e n t o s , ya sugerida por Bloch y F e b v r e
(cuestionarse acerca del sentido d e u n e r r o r , d e u n a f a l s e d a d . . . ) , t a m b i é n
d e m u e s t r a ser u n a v í a p r o m e t e d o r a . M a r c F e r r o n o s lo d e m u e s t r a e n « L e
F i l m : u n e c o n t r a - a n a l y s e d e l a s o c i é t é » (Faire de l'Histoire, III,
p p . 2 3 6 - 2 5 6 ) , d o n d e m a n i f i e s t a ique la p e l í c u l a n o se d e b e c o n s i d e r a r c o m o
el s i m p l e reflejo d e u n a s o c i e d a d , sino c o m o u n m e d i o d e a c c e d e r a é s t a
o de- p r o v o c a r la c a í d a d e u n c i e r t o n ú m e r o d e m á s c a r a s . S e g ú n F e r r o , p o r
e j e m p l o , el análisis d e los n o t i c i e r o s d e las m a n i f e s t a c i o n e s p o p u l a r e s d e
P e t r o g r a d o , e n t r e f e b r e r o y o c t u b r e d e 1917, p a r e c e m o s t r a r q u e l o s m a -
nifestantes eran, con m a y o r frecuencia, soldados en lugar de o b r e r o s . H e
a q u í lo q u e c u e s t i o n a r í a , si e n a l g ú n m o m e n t o e s t u v o d e f i n i t i v a m e n t e e s -
t a b l e c i d o , m u c h a s d e las i d e a s a c e r c a d e las « m a n i f e s t a c i o n e s d e m a s a s » e n
las q u e el p a p e l d e v a n g u a r d i a les c o r r e s p o n d e r í a n e c e s a r i a m e n t e a l o s o b r e -
r o s , p r o l e t a r i o s c o n s c i e n t e s y o r g a n i z a d o s , y n o a los s o l d a d o s , q u e e r a n
e n su m a y o r í a « c a m p e s i n o s d e u n i f o r m e » . U n a t r a d i c i ó n h i s t ó r i c a falsifica-
d o r a q u e d a r í a así c u e s t i o n a d a .
A l g u n o s p i o n e r o s d e la n u e v a h i s t o r i a p i e n s a n i n c l u s o p o d e r ir m á s a l l á
d e la contrautilización d e fuentes, y p o d e r r a z o n a r , e n ausencia d e cual-
q u i e r d o c u m e n t o , a c e r c a d e e l l a . E n Les Trois Ordres ou l'imaginaire du
féodalisme, G e o r g e s D u b y se e x t i e n d e m u y a m p l i a m e n t e a c e r c a d e l e c l i p s e
d e l e s q u e m a t r i p a r t i t o ( s e g ú n el c u a l l a s o c i e d a d m e d i e v a l s e d i v i d e e n t r e
los q u e r e z a n , los q u e c o m b a t e n y l o s q u e t r a b a j a n ) , e n t r e 1030 y 1180 e n
las r e g i o n e s s e p t e n t r i o n a l e s d e F r a n c i a . D u b y v e e n ello d i v e r s a s r a z o n e s :
los m o n j e s d e e s t a é p o c a r e c h a z a n el m o d e l o t e r n a r i o p o r q u e p r e f i e r e n las
c o n s t r u c c i o n e s b i n a r i a s (los p e r f e c t o s se o p o n e n a l o s p e r f e c t i b l e s ) o c u a -
t r i p a r t i t a s ( m o n j e s - c l é r i g o s - c a b a l l e r o s - t r a b a j a d o r e s ) ; la d i v e r s i d a d es t a l
q u e los t e ó l o g o s y a n o p u e d e n m a n t e n e r el v i e j o e s q u e m a y d e b e n t e n e r
e n c u e n t a la v a r i e d a d d e los e s t a t u t o s r e a l e s ( . . . ) . H e a q u í q u e la a u s e n c i a
a d q u i e r e s e n t i d o , h e a q u í q u e los silencios h a b l a n y q u e s e d i s i p a n las z o -
n a s d e s o m b r a s . P e r o se n e c e s i t a t o d o el v i r t u o s i s m o d e l a u t o r p a r a l o g r a r
deducir tantas enseñanzas de un vacío documental. E s t e arte de producir
t e x t o (¡un c e n t e n a r d e p á g i n a s ! ) e n a u s e n c i a d e c u a l q u i e r t e x t o e n c u e n t r a
r á p i d a m e n t e sus l í m i t e s , y p o d r í a r e v e l a r s e c o m o p e l i g r o s o si se d e d i c a s e n
a él d e m a s i a d o s e p í g o n o s .
H a y o t r o Hmite c o n el q u e t r o p i e z a la n u e v a h i s t o r i a : «los m é t o d o s » crí-
ticos de estos d o c u m e n t o s n u e v o s están m á s o m e n o s calcados d e los esta-
b l e c i d o s p o r los e r u d i t o s d e los siglos x v n , X V I I I y x i x ( . . . ) . Se h a e s b o z a -
d o a p e n a s u n n u e v o c o n c e p t o d e l d o c u m e n t o y d e l a crítica q u e h a y q u e
h a c e r ( J . L e G o f f ) . P o r m á s q u e se m u l t i p l i q u e n las n u e v a s f u e n t e s , fre-
c u e n t e m e n t e los m é t o d o s d e t r a t a m i e n t o s i g u e n s i e n d o t r a d i c i o n a l e s , e x -
c e p t o los t r a b a j o s d e los cliómetras y l o s d e los « p e r e g r i n o s d e la e s t r u c t u -
r a » ( v e r el c a p í t u l o i x ) . M u c h o s d e los t e x t o s r e d e s c u b i e r t o s s ó l o f u e r o n
u t i l i z a d o s e n f o r m a d e m o n t a j e s a p r e s u r a d o s : la c o l e c c i ó n « A r c h i v e s » d a
b a s t a n t e s e j e m p l o s d e e l l o . N o h a m u e r t o el b u e n y a n t i g u o m é t o d o d e ti-
184
jeras-bote de goma. O t r o s t e x t o s s o n a n a l i z a d o s s u p e r f i c i a l m e n t e c o n u n
completo desconocimiento d e las categorías lingüísticas m á s e l e m e n t a l e s .
E l t r a t a m i e n t o d e la i c o n o g r a f í a t o d a v í a e s m á s d e c e p c i o n a n t e : f r e c u e n t e -
m e n t e , las o b r a s se d e s c o m p o n e n e n e l e m e n t o s , se a t o m i z a n , n o s e a n a l i -
z a n e n sus p r o f u n d a s c o h e r e n c i a s . H a y m á s f r e c u e n c i a s c o m p a r a d a s d e M a -
ría, J o s é , P e d r o o P a b l o e n los r e t a b l o s d e cualquier región francesa, q u e
e s t u d i o s e s t r u c t u r a l e s d e r e t a b l o s p r e c i s o s , b i e n e n t r o n c a d o s e n su a m b i e n -
t e s i m b ó l i c o y ritual.
U t i l i z a n d o i n s t r u m e n t o s m e t o d o l ó g i c o s d e c a l i d a d d e s i g u a l , los n u e v o s
historiadores h a n sabido provocar múltiples revisiones del r e n o v a d o con-
j u n t o d e fuentes d o c u m e n t a l e s del q u e d i s p o n í a n , p a r a satisfacer los n u e -
vos t e m a s d e s u i n s a c i a b l e c u r i o s i d a d . E s i n ú t i l e x t a s i a r s e u n a v e z m á s a n t e
ios « n u e v o s r o p a j e s d e C l í o » , y t r a e r a q u í u n m u y c o n o c i d o d i c h o a c e r c a
d e las n u e v a s h i s t o r i a s q u e h a n florecido e n e s t o s ú l t i m o s v e i n t e a ñ o s ( s o -
b r e c l i m a , los m i t o s , el i n c o n s c i e n t e , las c o m i d a s , l a b e b i d a , el n a c e r y el
m o r i r , el l e e r y el e s c r i b i r , el s e n t i r y el t o c a r , e t c . ) . E s t a l e t a n í a r e c l a m a
a l g u n o s c o m e n t a r i o s . N o c a r e c e d e c o n c e s i o n e s a l a m o d a y las d e m a n d a s
d e l g r a n p ú b l i c o , a f i c i o n a d o a l o s e s t u d i o s a c e r c a d e las a c t i t u d e s c o r p o r a -
les y , m á s e s p e c i a l m e n t e , a c e r c a d e l a v i d a s e x u a l ( v e r J . - P . A r o n , Le Pe-
nis et l'Occident). S i e m p r e s e v a l o r a la periferia a e x p e n s a s d e l centro: l o s
m a r g i n a l e s , los h e t e r o d o x o s y las b r u j a s d i s f r u t a n a c t u a l m e n t e d e u n t r a t o
d e f a v o r . E l a n v e r s o d e l o v i v i d o (lo i m a g i n a r i o , l o s s u e ñ o s , las c o n s t r u c -
c i o n e s i d e o l ó g i c a s ) r e t i e n e m á s l a a t e n c i ó n q u e las c o n d i c i o n e s r e a l e s d e la
e x i s t e n c i a . I n t e r e s a e s t u d i a r l a s s o m b r a s : f a n t a s m a s y o b s e s i o n e s ( v e r los
m i e d o s e v o c a d o s p o r J e a n D e l u m e a u , los d e la n o c h e , del l o b o , del m a r ,
d e l a m u j e r , d e l d i a b l o ) ; i m p u l s o s r e p r i m i d o s ; sabbats y o t r a s b r u j e r í a s ( v e r
la i n t r o d u c c i ó n d e A . D a n e t al Marteau des sorciéres, de J. S p r e n g e r y
H . I n s t i t o r i s ) . D e s p u é s d e h a b e r p a s a d o u n siglo e s t a b l e c i e n d o c r o n o l o g í a s
y v e i n t i c i n c o a ñ o s c o n s a g r a d o s a las s e r i e s e s t a d í s t i c a s , la h i s t o r i a se s u m e r -
g e e n u n a a t m ó s f e r a n e o r r o m á n t i c a : los e s p e c t r o s r e c o r r e n los c a m p o s , Sa-
t á n m u l t i p l i c a sus m a l e f i c i o s , la b r u j a es la s e ñ o r a d e l p u e b l o , l a l l e g a d a
d e l A n t i c r i s t o es i n m i n e n t e ( . . . ) . L a h i s t o r i a f r a n c e s a s e h a c o n v e r t i d o e n
u n show p e r m a n e n t e , e n el q u e las p r o d u c c i o n e s c o n u n a f u e r t e c a r g a fan-
t a s m a g ó r i c a s e s u c e d e n c o n a c e l e r a d a c a d e n c i a , y e n el q u e l a s vedettes d e
estilo m á s brillante p u e d e n estar a g o t a d a s en p o c o s a ñ o s . Q u é lejos p a r e -
cen los t i e m p o s d e los apacibles listados cronológicos, sólo i n t e r r u m p i d o s
p o r a l g u n o s t r a n q u i l o s c u a d r o s , y el d e l o s p a t r i a r c a s q u e , c o m o L a v i s s e ,
p o d í a n r e i n a r e n la c i e n c i a h i s t ó r i c a d u r a n t e d e c e n i o s . A p a r t i r d e a q u í , la
h i s t o r i a q u e d a s o m e t i d a a la ley d e l m e r c a d o y c o r r e el r i e s g o d e s e r vícti-
m a d e u n a r á p i d a obsolescencia d e los p r o t a g o n i s t a s y de los c o n c e p t o s .
L o s h e r e d e r o s de D o m M a b i l l o n a veces d a n la i m p r e s i ó n d e h a b e r opta-
d o , n o sin p e l i g r o , p o r el show business.
185
interpretaciones, después de decenios de pasiva transcripción de fuentes,
n o p u e d e ser m á s l e g í t i m a , p e r o c o r r e el p e l i g r o d e e n c e r r a r a los h i s t o r i a -
d o r e s e n los l e g a d o s t e x t u a l e s d e l siglo XIX. A n t e e s t e p e l i g r o , h a y t a m b i é n
u n a p r e o c u p a c i ó n p o r e x h u m a r y e d i t a r n u e v a s f u e n t e s : lo p r u e b a l a i n v e s -
t i g a c i ó n r e a l i z a d a p o r J a c q u e s L e Goff y J e a n - C l a u d e S c h m i t t a c e r c a d e
l o s exempla m e d i e v a l e s . '
L a contrautilización de d o c u m e n t o s , ya sugerida por Bloch y F e b v r e
(cuestionarse acerca del sentido d e u n e r r o r , d e u n a f a l s e d a d . . . ) , t a m b i é n
d e m u e s t r a ser u n a v í a p r o m e t e d o r a . M a r c F e r r o n o s lo d e m u e s t r a e n « L e
F i l m : u n e c o n t r a - a n a l y s e d e l a s o c i é t é » (Faire de l'Histoire, III,
p p . 2 3 6 - 2 5 6 ) , d o n d e m a n i f i e s t a ique la p e l í c u l a n o se d e b e c o n s i d e r a r c o m o
el s i m p l e reflejo d e u n a s o c i e d a d , sino c o m o u n m e d i o d e a c c e d e r a é s t a
o de- p r o v o c a r la c a í d a d e u n c i e r t o n ú m e r o d e m á s c a r a s . S e g ú n F e r r o , p o r
e j e m p l o , el análisis d e los n o t i c i e r o s d e las m a n i f e s t a c i o n e s p o p u l a r e s d e
P e t r o g r a d o , e n t r e f e b r e r o y o c t u b r e d e 1917, p a r e c e m o s t r a r q u e l o s m a -
nifestantes eran, con m a y o r frecuencia, soldados en lugar de o b r e r o s . H e
a q u í lo q u e c u e s t i o n a r í a , si e n a l g ú n m o m e n t o e s t u v o d e f i n i t i v a m e n t e e s -
t a b l e c i d o , m u c h a s d e las i d e a s a c e r c a d e las « m a n i f e s t a c i o n e s d e m a s a s » e n
las q u e el p a p e l d e v a n g u a r d i a les c o r r e s p o n d e r í a n e c e s a r i a m e n t e a l o s o b r e -
r o s , p r o l e t a r i o s c o n s c i e n t e s y o r g a n i z a d o s , y n o a los s o l d a d o s , q u e e r a n
e n su m a y o r í a « c a m p e s i n o s d e u n i f o r m e » . U n a t r a d i c i ó n h i s t ó r i c a falsifica-
d o r a q u e d a r í a así c u e s t i o n a d a .
A l g u n o s p i o n e r o s d e la n u e v a h i s t o r i a p i e n s a n i n c l u s o p o d e r ir m á s a l l á
d e la contrautilización d e fuentes, y p o d e r r a z o n a r , e n ausencia d e cual-
q u i e r d o c u m e n t o , a c e r c a d e e l l a . E n Les Trois Ordres ou l'imaginaire du
féodalisme, G e o r g e s D u b y se e x t i e n d e m u y a m p l i a m e n t e a c e r c a d e l e c l i p s e
d e l e s q u e m a t r i p a r t i t o ( s e g ú n el c u a l l a s o c i e d a d m e d i e v a l s e d i v i d e e n t r e
los q u e r e z a n , los q u e c o m b a t e n y l o s q u e t r a b a j a n ) , e n t r e 1030 y 1180 e n
las r e g i o n e s s e p t e n t r i o n a l e s d e F r a n c i a . D u b y v e e n ello d i v e r s a s r a z o n e s :
los m o n j e s d e e s t a é p o c a r e c h a z a n el m o d e l o t e r n a r i o p o r q u e p r e f i e r e n las
c o n s t r u c c i o n e s b i n a r i a s (los p e r f e c t o s se o p o n e n a l o s p e r f e c t i b l e s ) o c u a -
t r i p a r t i t a s ( m o n j e s - c l é r i g o s - c a b a l l e r o s - t r a b a j a d o r e s ) ; la d i v e r s i d a d es t a l
q u e los t e ó l o g o s y a n o p u e d e n m a n t e n e r el v i e j o e s q u e m a y d e b e n t e n e r
e n c u e n t a la v a r i e d a d d e los e s t a t u t o s r e a l e s ( . . . ) . H e a q u í q u e la a u s e n c i a
a d q u i e r e s e n t i d o , h e a q u í q u e los silencios h a b l a n y q u e s e d i s i p a n las z o -
n a s d e s o m b r a s . P e r o se n e c e s i t a t o d o el v i r t u o s i s m o d e l a u t o r p a r a l o g r a r
deducir tantas enseñanzas de un vacío documental. E s t e arte de producir
t e x t o (¡un c e n t e n a r d e p á g i n a s ! ) e n a u s e n c i a d e c u a l q u i e r t e x t o e n c u e n t r a
r á p i d a m e n t e sus l í m i t e s , y p o d r í a r e v e l a r s e c o m o p e l i g r o s o si se d e d i c a s e n
a él d e m a s i a d o s e p í g o n o s .
H a y o t r o Hmite c o n el q u e t r o p i e z a la n u e v a h i s t o r i a : «los m é t o d o s » crí-
ticos de estos d o c u m e n t o s n u e v o s están m á s o m e n o s calcados d e los esta-
b l e c i d o s p o r los e r u d i t o s d e los siglos x v n , X V I I I y x i x ( . . . ) . Se h a e s b o z a -
d o a p e n a s u n n u e v o c o n c e p t o d e l d o c u m e n t o y d e l a crítica q u e h a y q u e
h a c e r ( J . L e G o f f ) . P o r m á s q u e se m u l t i p l i q u e n las n u e v a s f u e n t e s , fre-
c u e n t e m e n t e los m é t o d o s d e t r a t a m i e n t o s i g u e n s i e n d o t r a d i c i o n a l e s , e x -
c e p t o los t r a b a j o s d e los cliómetras y l o s d e los « p e r e g r i n o s d e la e s t r u c t u -
r a » ( v e r el c a p í t u l o i x ) . M u c h o s d e los t e x t o s r e d e s c u b i e r t o s s ó l o f u e r o n
u t i l i z a d o s e n f o r m a d e m o n t a j e s a p r e s u r a d o s : la c o l e c c i ó n « A r c h i v e s » d a
b a s t a n t e s e j e m p l o s d e e l l o . N o h a m u e r t o el b u e n y a n t i g u o m é t o d o d e ti-
184
jeras-bote de goma. O t r o s t e x t o s s o n a n a l i z a d o s s u p e r f i c i a l m e n t e c o n u n
completo desconocimiento d e las categorías lingüísticas m á s e l e m e n t a l e s .
E l t r a t a m i e n t o d e la i c o n o g r a f í a t o d a v í a e s m á s d e c e p c i o n a n t e : f r e c u e n t e -
m e n t e , las o b r a s se d e s c o m p o n e n e n e l e m e n t o s , se a t o m i z a n , n o s e a n a l i -
z a n e n sus p r o f u n d a s c o h e r e n c i a s . H a y m á s f r e c u e n c i a s c o m p a r a d a s d e M a -
ría, J o s é , P e d r o o P a b l o e n los r e t a b l o s d e cualquier región francesa, q u e
e s t u d i o s e s t r u c t u r a l e s d e r e t a b l o s p r e c i s o s , b i e n e n t r o n c a d o s e n su a m b i e n -
t e s i m b ó l i c o y ritual.
U t i l i z a n d o i n s t r u m e n t o s m e t o d o l ó g i c o s d e c a l i d a d d e s i g u a l , los n u e v o s
historiadores h a n sabido provocar múltiples revisiones del r e n o v a d o con-
j u n t o d e fuentes d o c u m e n t a l e s del q u e d i s p o n í a n , p a r a satisfacer los n u e -
vos t e m a s d e s u i n s a c i a b l e c u r i o s i d a d . E s i n ú t i l e x t a s i a r s e u n a v e z m á s a n t e
ios « n u e v o s r o p a j e s d e C l í o » , y t r a e r a q u í u n m u y c o n o c i d o d i c h o a c e r c a
d e las n u e v a s h i s t o r i a s q u e h a n florecido e n e s t o s ú l t i m o s v e i n t e a ñ o s ( s o -
b r e c l i m a , los m i t o s , el i n c o n s c i e n t e , las c o m i d a s , l a b e b i d a , el n a c e r y el
m o r i r , el l e e r y el e s c r i b i r , el s e n t i r y el t o c a r , e t c . ) . E s t a l e t a n í a r e c l a m a
a l g u n o s c o m e n t a r i o s . N o c a r e c e d e c o n c e s i o n e s a l a m o d a y las d e m a n d a s
d e l g r a n p ú b l i c o , a f i c i o n a d o a l o s e s t u d i o s a c e r c a d e las a c t i t u d e s c o r p o r a -
les y , m á s e s p e c i a l m e n t e , a c e r c a d e l a v i d a s e x u a l ( v e r J . - P . A r o n , Le Pe-
nis et l'Occident). S i e m p r e s e v a l o r a la periferia a e x p e n s a s d e l centro: l o s
m a r g i n a l e s , los h e t e r o d o x o s y las b r u j a s d i s f r u t a n a c t u a l m e n t e d e u n t r a t o
d e f a v o r . E l a n v e r s o d e l o v i v i d o (lo i m a g i n a r i o , l o s s u e ñ o s , las c o n s t r u c -
c i o n e s i d e o l ó g i c a s ) r e t i e n e m á s l a a t e n c i ó n q u e las c o n d i c i o n e s r e a l e s d e la
e x i s t e n c i a . I n t e r e s a e s t u d i a r l a s s o m b r a s : f a n t a s m a s y o b s e s i o n e s ( v e r los
m i e d o s e v o c a d o s p o r J e a n D e l u m e a u , los d e la n o c h e , del l o b o , del m a r ,
d e l a m u j e r , d e l d i a b l o ) ; i m p u l s o s r e p r i m i d o s ; sabbats y o t r a s b r u j e r í a s ( v e r
la i n t r o d u c c i ó n d e A . D a n e t al Marteau des sorciéres, de J. S p r e n g e r y
H . I n s t i t o r i s ) . D e s p u é s d e h a b e r p a s a d o u n siglo e s t a b l e c i e n d o c r o n o l o g í a s
y v e i n t i c i n c o a ñ o s c o n s a g r a d o s a las s e r i e s e s t a d í s t i c a s , la h i s t o r i a se s u m e r -
g e e n u n a a t m ó s f e r a n e o r r o m á n t i c a : los e s p e c t r o s r e c o r r e n los c a m p o s , Sa-
t á n m u l t i p l i c a sus m a l e f i c i o s , la b r u j a es la s e ñ o r a d e l p u e b l o , l a l l e g a d a
d e l A n t i c r i s t o es i n m i n e n t e ( . . . ) . L a h i s t o r i a f r a n c e s a s e h a c o n v e r t i d o e n
u n show p e r m a n e n t e , e n el q u e las p r o d u c c i o n e s c o n u n a f u e r t e c a r g a fan-
t a s m a g ó r i c a s e s u c e d e n c o n a c e l e r a d a c a d e n c i a , y e n el q u e l a s vedettes d e
estilo m á s brillante p u e d e n estar a g o t a d a s en p o c o s a ñ o s . Q u é lejos p a r e -
cen los t i e m p o s d e los apacibles listados cronológicos, sólo i n t e r r u m p i d o s
p o r a l g u n o s t r a n q u i l o s c u a d r o s , y el d e l o s p a t r i a r c a s q u e , c o m o L a v i s s e ,
p o d í a n r e i n a r e n la c i e n c i a h i s t ó r i c a d u r a n t e d e c e n i o s . A p a r t i r d e a q u í , la
h i s t o r i a q u e d a s o m e t i d a a la ley d e l m e r c a d o y c o r r e el r i e s g o d e s e r vícti-
m a d e u n a r á p i d a obsolescencia d e los p r o t a g o n i s t a s y de los c o n c e p t o s .
L o s h e r e d e r o s de D o m M a b i l l o n a veces d a n la i m p r e s i ó n d e h a b e r opta-
d o , n o sin p e l i g r o , p o r el show business.
185
 C A P Í T U L O 11

9
EL MARXISMO Y L A HISTORIA

K a r l M a r x n a c i ó e n T r é y e r i s , e n 1 8 1 8 , e n el s e n o d e u n a familia bur-
g u e s a j u d í a _ c o n v e r t i d a a l p r o t e s t a n t i s m o i y a t r a í d a por; el espíritu._de la I l u s -
t r a c i ó n . R e a l i z a s u s e s t u d i o s , e n t r e l o s a ñ o s 1830 y 1835, e n e l i n s t i t u t o d e
T r é v e r i s , y d e s p u é s , e n t r e 1835 y 1840, e n l a s u n i v e r s i d a d e s d e B o n n y B e r -
lín. D e f i e n d e s u tesis s o b r e e l p e n s a m i e n t o g r i e g o ( e l e s t o i c i s m o , e l e p i c u -
r e i s m o , e t c . ) e n J e n a e n 1 8 4 1 ; c o l a b o r a e n r e v i s t a s — G a c e t a renana, l o s
Anales franco-alemanes— y, t r a s u n l a r g o n o v i a z g o , s e d e s p o s a c o n J e n n y
v o n W e s t p h a l e n , e n 1 8 4 3 . . E 1 « j o v e n Mar^asjmila.la filosofía d e H e g e l y
después la p o n e e n d u d a , dialoga c o n los «jóvenes hegelianos» — R u g e ,
B a u e r , F e u e r b a c h — y r e d a c t a sus. p r i m e r o s m a n u s c r i t o s E c o n o m í a polí-
ticaj filosofía ( 1 8 4 4 ) , La ideología alemana (1845-1846)—. E n t r e 1844 y
1850 vive e n P a r í s , B r u s e l a s y L o n d r e s ; a n u d a c o n F . E n g e l s u n a a m i s t a d
a t o d a p r u e b a y u n a e n t e n t e intelectual fructífera; e n t r a en c o n t a c t o c o n
los socialistas franceses, c o m o lo p r u e b a su p o l é m i c a c o n P . J. P r o u d h o n
—Miseria de la filosofía ( 1 8 4 7 ) — ; p a r t i c i p a e n l a L i g a d e los c o m u n i s t a s y
se e n t u s i a s m a c o n l a s r e v o l u c i o n e s e u r o p e a s —Manifiesto del partido co-
munista (1848)—; estudia e s p e c i a l m e n t e los acontecimientos q u e se d e -
s a r r o l l a n e n F r a n c i a — L a lucha de clases en Francia ( 1 8 5 0 ) ; El 18 bruma-
rio de Luis Bonaparte ( 1 8 5 2 ) — . A p a r t i r d e 1 8 5 1 , M a r x y su f a m i l i a s e i n s -
talan c o n carácter definitivo e n L o n d r e s , y viven d e los artículos q u e M a r x
e s c r i b e p a r a g r a n d e s d i a r i o s — N e w York Tribune, Neue Order Zeitung,
e t c . — , b e n e f i c i á n d o s e d e v e z e n c u a n d o d e l a a y u d a financiera q u e l e p r e s -
t a s u a m i g o E n g e l s . E n 1 8 6 4 , M a r x i n t e r v i e n e e n la f u n d a c i ó n d e l a A s o -
ciación Internacional d e T r a b a j a d o r e s , cuyos «estatutos» y «discurso inau-
g u r a l » r e d a c t a . E n l o s a ñ o s s i g u i e n t e s s e e n f r e n t a n , e n el s e n o d e l a o r g a -
nización, los amigos d e M a r x c o n los partidarios de P r o u d h o n y. después,
c o n l o s d e B a k u n i n . T r a s l a e x p e r i e n c i a d e l a C o m u n a — L a guerra civil en
Francia ( 1 8 7 1 ) — , l o s m a r x i s t a s a b a n d o n a n la A I T , d o m i n a d a p o r l o s a n a r -
quistas. Sin e m b a r g o , d u r a n t e m á s d e treinta a ñ o s , M a r x consagra lo esen-
cial d e s u e n e r g í a a l e e r m u c h í s i m o , a a c u m u l a r v o l u m i n o s o s c u a d e r n o s y

9
Por regla general, las citas de Marx y Engels están extraídas de sus obras completas, según
la versión francesa de las Editions Sociales.

187
 C A P Í T U L O 11

9
EL MARXISMO Y L A HISTORIA

K a r l M a r x n a c i ó e n T r é y e r i s , e n 1 8 1 8 , e n el s e n o d e u n a familia bur-
g u e s a j u d í a _ c o n v e r t i d a a l p r o t e s t a n t i s m o i y a t r a í d a por; el espíritu._de la I l u s -
t r a c i ó n . R e a l i z a s u s e s t u d i o s , e n t r e l o s a ñ o s 1830 y 1835, e n e l i n s t i t u t o d e
T r é v e r i s , y d e s p u é s , e n t r e 1835 y 1840, e n l a s u n i v e r s i d a d e s d e B o n n y B e r -
lín. D e f i e n d e s u tesis s o b r e e l p e n s a m i e n t o g r i e g o ( e l e s t o i c i s m o , e l e p i c u -
r e i s m o , e t c . ) e n J e n a e n 1 8 4 1 ; c o l a b o r a e n r e v i s t a s — G a c e t a renana, l o s
Anales franco-alemanes— y, t r a s u n l a r g o n o v i a z g o , s e d e s p o s a c o n J e n n y
v o n W e s t p h a l e n , e n 1 8 4 3 . . E 1 « j o v e n Mar^asjmila.la filosofía d e H e g e l y
después la p o n e e n d u d a , dialoga c o n los «jóvenes hegelianos» — R u g e ,
B a u e r , F e u e r b a c h — y r e d a c t a sus. p r i m e r o s m a n u s c r i t o s E c o n o m í a polí-
ticaj filosofía ( 1 8 4 4 ) , La ideología alemana (1845-1846)—. E n t r e 1844 y
1850 vive e n P a r í s , B r u s e l a s y L o n d r e s ; a n u d a c o n F . E n g e l s u n a a m i s t a d
a t o d a p r u e b a y u n a e n t e n t e intelectual fructífera; e n t r a en c o n t a c t o c o n
los socialistas franceses, c o m o lo p r u e b a su p o l é m i c a c o n P . J. P r o u d h o n
—Miseria de la filosofía ( 1 8 4 7 ) — ; p a r t i c i p a e n l a L i g a d e los c o m u n i s t a s y
se e n t u s i a s m a c o n l a s r e v o l u c i o n e s e u r o p e a s —Manifiesto del partido co-
munista (1848)—; estudia e s p e c i a l m e n t e los acontecimientos q u e se d e -
s a r r o l l a n e n F r a n c i a — L a lucha de clases en Francia ( 1 8 5 0 ) ; El 18 bruma-
rio de Luis Bonaparte ( 1 8 5 2 ) — . A p a r t i r d e 1 8 5 1 , M a r x y su f a m i l i a s e i n s -
talan c o n carácter definitivo e n L o n d r e s , y viven d e los artículos q u e M a r x
e s c r i b e p a r a g r a n d e s d i a r i o s — N e w York Tribune, Neue Order Zeitung,
e t c . — , b e n e f i c i á n d o s e d e v e z e n c u a n d o d e l a a y u d a financiera q u e l e p r e s -
t a s u a m i g o E n g e l s . E n 1 8 6 4 , M a r x i n t e r v i e n e e n la f u n d a c i ó n d e l a A s o -
ciación Internacional d e T r a b a j a d o r e s , cuyos «estatutos» y «discurso inau-
g u r a l » r e d a c t a . E n l o s a ñ o s s i g u i e n t e s s e e n f r e n t a n , e n el s e n o d e l a o r g a -
nización, los amigos d e M a r x c o n los partidarios de P r o u d h o n y. después,
c o n l o s d e B a k u n i n . T r a s l a e x p e r i e n c i a d e l a C o m u n a — L a guerra civil en
Francia ( 1 8 7 1 ) — , l o s m a r x i s t a s a b a n d o n a n la A I T , d o m i n a d a p o r l o s a n a r -
quistas. Sin e m b a r g o , d u r a n t e m á s d e treinta a ñ o s , M a r x consagra lo esen-
cial d e s u e n e r g í a a l e e r m u c h í s i m o , a a c u m u l a r v o l u m i n o s o s c u a d e r n o s y

9
Por regla general, las citas de Marx y Engels están extraídas de sus obras completas, según
la versión francesa de las Editions Sociales.

187
a p u b l i c a r a l g u n o s b o s q u e j o s — L o s principios de economía ( 1 8 5 7 ) , La crí-
tica'de la economía política ( 1 8 5 9 ) — , h a s t a l l e g a r a la p u b l i c a c i ó n d e s u
o b r a m á s i m p o r t a n t e : el l i b r o i d e El capital, e n 1867. D e s p u é s , M a r x c o n -
t i n ú a d e d i c a d o a su t a r e a , p e r o la e n f e r m e d a d l e v a d e b i l i t a n d o , y m u e r e
e n 1883. F . E n g e l s a c a b a r á El capital, a p a r t i r d e las n o t a s d e j a d a s p o r s u
a m i g o y d e s u s p r o p i a s r e f l e x i o n e s , p u b l i c a n d o el l i b r o I I e n 1885 y el l i b r o
I I I e n 1894.
1. E L MATERIALISMO HISTÓRICO
D u r a n t e sus a ñ o s d e f o r m a c i ó n , M a r x a s i m i l a la filosofía d e H e g e l , sis-
t e m a d e " p é n s a n S é ñ f o d o m i n a n t e e n A l e m a n i a e n e l s e g u n d o c u a r t o d e l si-
glo X I X . E n 1 8 4 2 , c o n o c a s i ó n d e l a s u n t o d e la l e ñ a , c u y a r e c o g i d a f u e c o n -
s i d e r a d a p o r la D i e t a r e n a n a c o m o u n r o b o , el j o v e n filósofo t o m a c o n -
c i e n c i a d e q u e el d e r e c h o p r o t e g e la p r o p i e d a d , d e « q u e las r e l a c i o n e s j u -
rídicas ( . . . ) n o p u e d e n s e r e n t e n d i d a s s ó l o p o r ellas m i s m a s n i p o r la p r e -
t e n d i d a e v o l u c i ó n g e n e r a l d e l e s p í r i t u h u m a n o , s i n o q u e , p o r el c o n t r a r i o ,
t i e n e n s u s r a í c e s e n las c o n d i c i o n e s d e la e x i s t e n c i a m a t e r i a l » . E n 1 8 4 3 ,
M a r x r e d a c t a su Crítica de la filosofía del derecho de Hegel, e n l a q u e d e -
m u e s t r a q u e n o es el e s t a d o el q u e d e t e r m i n a l a s o c i e d a d civil, s i n o q u e ,
p o r el c o n t r a r i o , e s l a s o c i e d a d civil la q u e d e t e r m i n a el e s t a d o . D e s p u é s ,
el filósofo a l e m á n s e d e d i c a a e s t u d i a r a l o s e c o n o m i s t a s i n g l e s e s ( A . S m i t h ,
D . R i c a r d o , J . S. M i l i , e t c . ) y f r a n c e s e s ( J . B . S a y , S. S i s m o n d i , etc.)._En_
sus Manuscritos d e 1 8 4 4 (Economía política y filosofía), Mjjgnde^cubre el
mecjmjsm_Q,d_eja a l i e n a c i ó n : «el o b r e r o e s t á , r e p e c t o a su t r a b a j o , e n l a m i s -
m a r e l a c j ó n j m e r e s p e c t o a u n o b j e t o e x t r a ñ o » , y s u b r a y a . , é l papel...-de-la
h i s t o r i a , « q u e e s l a r e p r o d u c c i ó n d e l h o m b r e p o r el h o m b r e a t r a v é s d e l
t r a b a j o y d e l e n f r e n t á r m e n t o al i n u n d o » . E n a q u é l l o s m o m e n t o s , F . E n g e l s
d e s c r i b e c o n c r e t a m e n t e La situación de la clase obrera en Inglaterra ( u n a
e n c u e s t a social p u b l i c a d a e n 1 8 4 5 ) . E n t o n c e s , l o s d o s a m i g o s s e d e d i c a r o n
j u n t o s a r e v i s a r l a filosofía i d e a l i s t a e n La Sagrada Familia, las «Tesis so-
bre Feuerbach» y o t r o s c u a d e r n o s d e La ideología alemana escritos e n
1845-1846. E n c e s t a f e c h a , el p e n s a m i e n t o m a r x i s t a h a b í a e l a b o r a d o y a s u s
principios f u n d ^ r r i e n t a l e s T T é f ó ^ e ^ revo-
l u c i o n e s d e 1848 y u n a l a r g a r e f l e x i ó n — m a s U é H i e z a ñ o s — s o b r e la e c o -
n o m í a p o l í t i c a p a r a q u e M a r x p r e s e n t e s u e s b o z o de; El capital: l a Contri-
bucióna la crítica de la economía política e n 1 8 5 9 . E n e l b r e v e p r e f a c i o
que procede a esta o b r a . M a r x r e s u m e las ideas directrices del materialis-
m o histórico. ,
« E n l a p r o d u c c i ó n social d e su e x i s t e n c i a , l o s h o m b r e s e n t r a n (...) e n
relaciones de producción, las cuales corresponden a u n grado d e desarrollo
d e t e r m i n a d o d e s u s f u e r z a s p r o d u c t i v a s m a t e r i a l e s » ( P r e f a c i o I , 3-6). E l p r i -
m e r c o n c e p t o — « l a s j u g z a s p r o d u c t i v a s » — p a r e c e fácil d e definir. A p r i -
m e r a vista, l a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s c o m p r e n d e n l a s f u e n t e s d e la e n e r g í a
(leña, carbón, p e t r ó l e o , etc.), L a s j n a j e r i a s j m m a s (algodón, caucho, mine-
r a l d e h i e r r o , e t c . ) , las..máquinas. ( m o l i n o d e v i e n t o , m á q u i n a d e v a p o r , c a -
d e n a d e m o n t a j e , útiles d e t o d a s c l a s e s ) ; e x a m i n a d a s d e f o r m a m á s d e t e -
n i d a c o m p r e n d e n t a m b i é n l o s c o n o c i m i e n t o s científicos y t é c n i c o s ( p o r
e j e m p l o , l o s i n v e n t o s d e L a v o i s i e r a p l i c a d o s a la f a b r i c a c i ó n d e la i n d u s t r i a
188
química') y a l o s ' t r a b a j a d o r e s ( s e g ú n s u p e s o d e m o g r á f i c o , su d i s t r i b u c i ó n
e n el e s p a c i o , s u c u a l i f i c a c i ó n p r o f e s i o n a l ) . L a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s nojion
simplemente materiales; t a m b i é n sonJhumanas. A d e m á s a M a r x le i m p o r t a
m e n o s su e s t a d o , s u c a n t i d a d , q u e su_nivel. E l s e g u n d o j x m c e p t c T — l a s r e -
L
l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n — rennte_aj[aju:elaci^^
t e j e n e n t r e sí c o n el o b j e t o d e p r o d u c i r y r e p a r t i r ^ . b i e i i e s x ^ r v i c i o s . E n
las i b c i e d a d e s r u r a l e s d e l O c c i d e n t e m e d i e v a l s e e n t i e n d e p o r r e l a c i o n e s
d e p r o d u c c i ó n : el m a r c o d e l d o m i n i o s e ñ o r i a l , c o n el r e p a r t o d e l a s t i e r r a s
entre la reserva y los feudos, el sistema d e corveas, las detracciones d e ta-
sas y , t a m b i é n , l a s d i v e r s a s c a t e g o r í a s d e l o s c a m p e s i n o s — s i e r v o s , m a n u -
misos, colonos, propietarios d e alodios— y la organización de la comuni-
dad campesina, c o n la rotación d e cultivos, pastos comunales, landas y bos-
q u e s c o m u n a l e s . E n las s o c i e d a d e s i n d u s t r i a l e s d e l O c c i d e n t e c o n t e m p o r á -
n e o s o n r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n : la p r o p i e d a d d e l c a p i t a l , q u e p e r m i t e t o -
m a r decisiones, elegir las inversiones, r e p a r t i r beneficios: el funcionamien-
t o d e l a s e m p r e s a s , c o n el p e r s o n a l j e r a r q u i z a d o , la disciplina d e l t a l l e r , l a
fijación d e n o r m a s y h o r a r i o s ; y l a s i t u a c i ó n d e los o b r e r o s , q u e v a r í a s e -
g ú n l o s s a l a r i o s , el p r o c e d i m i e n t o d e c o n t r a t a c i ó n y d e d e s p i d o y la i m p o r -
tancia d e los sindicatos. L a s fuerzas
ción constituyen la infraestructura e c o n ó m i c a d e u n a sociedad.
«AjjarJir_dfíJa.base concreta ( d e la infraestructura e c o n ó m i c a ) se cons-
tituye u n a s u ^ r e s t r a t u r a j t ó d i c a . x p p K t i c a , a l a q u e c o r r e s p o n d e n Fas for-
m a s d e l a c o n c i e n c i a social» ( P r e f a c i o I , 7 - 9 ) . L a n o c i ó n d e « s u p e r e s t r u c -
tura jurídica y-.p©lífea+>"se^mpren d e las
relaciones jurídicas, mstitucionesjDoM Veamos dos
e j e m p l o s . E n la é p o c a d e l a R e p ú b l i c a r o m a n a , d e s d e e l siglo r v a l I a. I . C . ,
las i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s p r e v e í a n el r e p a r t o d e l o s p o d e r e s e n t r e l o s m a -
g i s t r a d o s , el S e n a d o y l a A s a m b l e a d e l p u e b l o ; d e f i n í a n l o s d e r e c h o s y d e -
b e r e s d e la c i u d a d a n í a ; o r g a n i z a b a n l a s l e g i o n e s e n f u n c i ó n d e las c l a s e s ,
d e l a e d a d y d e las c a t e g o r í a s fiscales; r e g l a m e n t a b a n la a d m i n i s t r a c i ó n d e
los m u n i c i p i o s , d e l a s c o l o n i a s y d e l a s p r o v i n c i a s . E n la é p o c a d e l a T e r -
c e r a R e p ú b l i c a e n F r a n c i a , a finales d e l siglo X I X y c o m i e n z o s d e l X X , l a s
instituciones políticas t i e n e n u n ejecutivo débil — u n p r e s i d e n t e decorativo
y u n o s gobiernos e f í m e r o s — , u n legislativo fuerte — e l S e n a d o y, s o b r e
t o d o , la C á m a r a d e los d i p u t a d o s — , u n a administración centralizada q u e
controla los d e p a r t a m e n t o s , u n a vida democrática asegurada p o r eleccio-
nes regulares y leyes liberales d e p r e n s a , asociación y d e enseñanza. L a n o -
ción d e « c o n c i e n c i a s o c i a l » r e s u l t a m á s difícil d e definir. A d o p t a d i v e r s a s
f o r m a s q u e v a n d e s d e e x p r e s i o n e s l i t e r a r i a s y filosóficas hasta l o s e n s a y o s
de K a n t , Voltaire o R o u s s e a u p a s a n d o p o r los tratados d e Platón, Aristó-
teles o C i c e r ó n , i n c l u y e n d o las n o v e l a s d e B a l z a c , S t e n d h a l o F l a u b e r t .
T a m b i é n e s lícito i n c l u i r entre ellas l a s d o c t r i n a s r e l i g i o s a s , tanto l o s m i t o s
c o n c e r n i e n t e s a l o s d i o s e s griegos, c o m o e l d o g m a d e la T r i n i d a d e n la I g l e -
sia c a t ó l i c a o el s i s t e m a s i m b ó l i c o d e l a f r a n c - m a s o n e r í a ; y las c r e a c i o n e s
a r t í s t i c a s , d e s d e l a s p i r á m i d e s d e G i z e h y l o s t e m p l o s d e K a m a k hasta l o s
c u a d r o s d e M i g u e l Á n g e l , R a f a e l o T i z i a n o , y las e s c u l t u r a s d e R o d i n o
Z a d k i n e . T o d a s estas m a n i f e s t a c i o n e s d e l a c o n c i e n c i a social s e califican
c o m o «formas ideológicas» (Prefacio I, 25-26).
E l e s q u e m a marxista d e la organización d e las sociedades p u e d e conce-
b i r s e d e d o s maneras".' S e g ú n u n a p r i m e r a i n t e r p r e t a c i ó n , c ó m o u n a e s p e c i e
189
a p u b l i c a r a l g u n o s b o s q u e j o s — L o s principios de economía ( 1 8 5 7 ) , La crí-
tica'de la economía política ( 1 8 5 9 ) — , h a s t a l l e g a r a la p u b l i c a c i ó n d e s u
o b r a m á s i m p o r t a n t e : el l i b r o i d e El capital, e n 1867. D e s p u é s , M a r x c o n -
t i n ú a d e d i c a d o a su t a r e a , p e r o la e n f e r m e d a d l e v a d e b i l i t a n d o , y m u e r e
e n 1883. F . E n g e l s a c a b a r á El capital, a p a r t i r d e las n o t a s d e j a d a s p o r s u
a m i g o y d e s u s p r o p i a s r e f l e x i o n e s , p u b l i c a n d o el l i b r o I I e n 1885 y el l i b r o
I I I e n 1894.
1. E L MATERIALISMO HISTÓRICO
D u r a n t e sus a ñ o s d e f o r m a c i ó n , M a r x a s i m i l a la filosofía d e H e g e l , sis-
t e m a d e " p é n s a n S é ñ f o d o m i n a n t e e n A l e m a n i a e n e l s e g u n d o c u a r t o d e l si-
glo X I X . E n 1 8 4 2 , c o n o c a s i ó n d e l a s u n t o d e la l e ñ a , c u y a r e c o g i d a f u e c o n -
s i d e r a d a p o r la D i e t a r e n a n a c o m o u n r o b o , el j o v e n filósofo t o m a c o n -
c i e n c i a d e q u e el d e r e c h o p r o t e g e la p r o p i e d a d , d e « q u e las r e l a c i o n e s j u -
rídicas ( . . . ) n o p u e d e n s e r e n t e n d i d a s s ó l o p o r ellas m i s m a s n i p o r la p r e -
t e n d i d a e v o l u c i ó n g e n e r a l d e l e s p í r i t u h u m a n o , s i n o q u e , p o r el c o n t r a r i o ,
t i e n e n s u s r a í c e s e n las c o n d i c i o n e s d e la e x i s t e n c i a m a t e r i a l » . E n 1 8 4 3 ,
M a r x r e d a c t a su Crítica de la filosofía del derecho de Hegel, e n l a q u e d e -
m u e s t r a q u e n o es el e s t a d o el q u e d e t e r m i n a l a s o c i e d a d civil, s i n o q u e ,
p o r el c o n t r a r i o , e s l a s o c i e d a d civil la q u e d e t e r m i n a el e s t a d o . D e s p u é s ,
el filósofo a l e m á n s e d e d i c a a e s t u d i a r a l o s e c o n o m i s t a s i n g l e s e s ( A . S m i t h ,
D . R i c a r d o , J . S. M i l i , e t c . ) y f r a n c e s e s ( J . B . S a y , S. S i s m o n d i , etc.)._En_
sus Manuscritos d e 1 8 4 4 (Economía política y filosofía), Mjjgnde^cubre el
mecjmjsm_Q,d_eja a l i e n a c i ó n : «el o b r e r o e s t á , r e p e c t o a su t r a b a j o , e n l a m i s -
m a r e l a c j ó n j m e r e s p e c t o a u n o b j e t o e x t r a ñ o » , y s u b r a y a . , é l papel...-de-la
h i s t o r i a , « q u e e s l a r e p r o d u c c i ó n d e l h o m b r e p o r el h o m b r e a t r a v é s d e l
t r a b a j o y d e l e n f r e n t á r m e n t o al i n u n d o » . E n a q u é l l o s m o m e n t o s , F . E n g e l s
d e s c r i b e c o n c r e t a m e n t e La situación de la clase obrera en Inglaterra ( u n a
e n c u e s t a social p u b l i c a d a e n 1 8 4 5 ) . E n t o n c e s , l o s d o s a m i g o s s e d e d i c a r o n
j u n t o s a r e v i s a r l a filosofía i d e a l i s t a e n La Sagrada Familia, las «Tesis so-
bre Feuerbach» y o t r o s c u a d e r n o s d e La ideología alemana escritos e n
1845-1846. E n c e s t a f e c h a , el p e n s a m i e n t o m a r x i s t a h a b í a e l a b o r a d o y a s u s
principios f u n d ^ r r i e n t a l e s T T é f ó ^ e ^ revo-
l u c i o n e s d e 1848 y u n a l a r g a r e f l e x i ó n — m a s U é H i e z a ñ o s — s o b r e la e c o -
n o m í a p o l í t i c a p a r a q u e M a r x p r e s e n t e s u e s b o z o de; El capital: l a Contri-
bucióna la crítica de la economía política e n 1 8 5 9 . E n e l b r e v e p r e f a c i o
que procede a esta o b r a . M a r x r e s u m e las ideas directrices del materialis-
m o histórico. ,
« E n l a p r o d u c c i ó n social d e su e x i s t e n c i a , l o s h o m b r e s e n t r a n (...) e n
relaciones de producción, las cuales corresponden a u n grado d e desarrollo
d e t e r m i n a d o d e s u s f u e r z a s p r o d u c t i v a s m a t e r i a l e s » ( P r e f a c i o I , 3-6). E l p r i -
m e r c o n c e p t o — « l a s j u g z a s p r o d u c t i v a s » — p a r e c e fácil d e definir. A p r i -
m e r a vista, l a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s c o m p r e n d e n l a s f u e n t e s d e la e n e r g í a
(leña, carbón, p e t r ó l e o , etc.), L a s j n a j e r i a s j m m a s (algodón, caucho, mine-
r a l d e h i e r r o , e t c . ) , las..máquinas. ( m o l i n o d e v i e n t o , m á q u i n a d e v a p o r , c a -
d e n a d e m o n t a j e , útiles d e t o d a s c l a s e s ) ; e x a m i n a d a s d e f o r m a m á s d e t e -
n i d a c o m p r e n d e n t a m b i é n l o s c o n o c i m i e n t o s científicos y t é c n i c o s ( p o r
e j e m p l o , l o s i n v e n t o s d e L a v o i s i e r a p l i c a d o s a la f a b r i c a c i ó n d e la i n d u s t r i a
188
química') y a l o s ' t r a b a j a d o r e s ( s e g ú n s u p e s o d e m o g r á f i c o , su d i s t r i b u c i ó n
e n el e s p a c i o , s u c u a l i f i c a c i ó n p r o f e s i o n a l ) . L a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s nojion
simplemente materiales; t a m b i é n sonJhumanas. A d e m á s a M a r x le i m p o r t a
m e n o s su e s t a d o , s u c a n t i d a d , q u e su_nivel. E l s e g u n d o j x m c e p t c T — l a s r e -
L
l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n — rennte_aj[aju:elaci^^
t e j e n e n t r e sí c o n el o b j e t o d e p r o d u c i r y r e p a r t i r ^ . b i e i i e s x ^ r v i c i o s . E n
las i b c i e d a d e s r u r a l e s d e l O c c i d e n t e m e d i e v a l s e e n t i e n d e p o r r e l a c i o n e s
d e p r o d u c c i ó n : el m a r c o d e l d o m i n i o s e ñ o r i a l , c o n el r e p a r t o d e l a s t i e r r a s
entre la reserva y los feudos, el sistema d e corveas, las detracciones d e ta-
sas y , t a m b i é n , l a s d i v e r s a s c a t e g o r í a s d e l o s c a m p e s i n o s — s i e r v o s , m a n u -
misos, colonos, propietarios d e alodios— y la organización de la comuni-
dad campesina, c o n la rotación d e cultivos, pastos comunales, landas y bos-
q u e s c o m u n a l e s . E n las s o c i e d a d e s i n d u s t r i a l e s d e l O c c i d e n t e c o n t e m p o r á -
n e o s o n r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n : la p r o p i e d a d d e l c a p i t a l , q u e p e r m i t e t o -
m a r decisiones, elegir las inversiones, r e p a r t i r beneficios: el funcionamien-
t o d e l a s e m p r e s a s , c o n el p e r s o n a l j e r a r q u i z a d o , la disciplina d e l t a l l e r , l a
fijación d e n o r m a s y h o r a r i o s ; y l a s i t u a c i ó n d e los o b r e r o s , q u e v a r í a s e -
g ú n l o s s a l a r i o s , el p r o c e d i m i e n t o d e c o n t r a t a c i ó n y d e d e s p i d o y la i m p o r -
tancia d e los sindicatos. L a s fuerzas
ción constituyen la infraestructura e c o n ó m i c a d e u n a sociedad.
«AjjarJir_dfíJa.base concreta ( d e la infraestructura e c o n ó m i c a ) se cons-
tituye u n a s u ^ r e s t r a t u r a j t ó d i c a . x p p K t i c a , a l a q u e c o r r e s p o n d e n Fas for-
m a s d e l a c o n c i e n c i a social» ( P r e f a c i o I , 7 - 9 ) . L a n o c i ó n d e « s u p e r e s t r u c -
tura jurídica y-.p©lífea+>"se^mpren d e las
relaciones jurídicas, mstitucionesjDoM Veamos dos
e j e m p l o s . E n la é p o c a d e l a R e p ú b l i c a r o m a n a , d e s d e e l siglo r v a l I a. I . C . ,
las i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s p r e v e í a n el r e p a r t o d e l o s p o d e r e s e n t r e l o s m a -
g i s t r a d o s , el S e n a d o y l a A s a m b l e a d e l p u e b l o ; d e f i n í a n l o s d e r e c h o s y d e -
b e r e s d e la c i u d a d a n í a ; o r g a n i z a b a n l a s l e g i o n e s e n f u n c i ó n d e las c l a s e s ,
d e l a e d a d y d e las c a t e g o r í a s fiscales; r e g l a m e n t a b a n la a d m i n i s t r a c i ó n d e
los m u n i c i p i o s , d e l a s c o l o n i a s y d e l a s p r o v i n c i a s . E n la é p o c a d e l a T e r -
c e r a R e p ú b l i c a e n F r a n c i a , a finales d e l siglo X I X y c o m i e n z o s d e l X X , l a s
instituciones políticas t i e n e n u n ejecutivo débil — u n p r e s i d e n t e decorativo
y u n o s gobiernos e f í m e r o s — , u n legislativo fuerte — e l S e n a d o y, s o b r e
t o d o , la C á m a r a d e los d i p u t a d o s — , u n a administración centralizada q u e
controla los d e p a r t a m e n t o s , u n a vida democrática asegurada p o r eleccio-
nes regulares y leyes liberales d e p r e n s a , asociación y d e enseñanza. L a n o -
ción d e « c o n c i e n c i a s o c i a l » r e s u l t a m á s difícil d e definir. A d o p t a d i v e r s a s
f o r m a s q u e v a n d e s d e e x p r e s i o n e s l i t e r a r i a s y filosóficas hasta l o s e n s a y o s
de K a n t , Voltaire o R o u s s e a u p a s a n d o p o r los tratados d e Platón, Aristó-
teles o C i c e r ó n , i n c l u y e n d o las n o v e l a s d e B a l z a c , S t e n d h a l o F l a u b e r t .
T a m b i é n e s lícito i n c l u i r entre ellas l a s d o c t r i n a s r e l i g i o s a s , tanto l o s m i t o s
c o n c e r n i e n t e s a l o s d i o s e s griegos, c o m o e l d o g m a d e la T r i n i d a d e n la I g l e -
sia c a t ó l i c a o el s i s t e m a s i m b ó l i c o d e l a f r a n c - m a s o n e r í a ; y las c r e a c i o n e s
a r t í s t i c a s , d e s d e l a s p i r á m i d e s d e G i z e h y l o s t e m p l o s d e K a m a k hasta l o s
c u a d r o s d e M i g u e l Á n g e l , R a f a e l o T i z i a n o , y las e s c u l t u r a s d e R o d i n o
Z a d k i n e . T o d a s estas m a n i f e s t a c i o n e s d e l a c o n c i e n c i a social s e califican
c o m o «formas ideológicas» (Prefacio I, 25-26).
E l e s q u e m a marxista d e la organización d e las sociedades p u e d e conce-
b i r s e d e d o s maneras".' S e g ú n u n a p r i m e r a i n t e r p r e t a c i ó n , c ó m o u n a e s p e c i e
189

¿ ^ b i r ^ l a r i z a g ó r i í j d s j a i i a p a r t e , l a infraestructura e c o n ó m i c a ; d e otra par-
t e , J a - s i i p e m s r r i i t ^ j i j jdp ntogir.a; ftntrp. a ^ h o s p o l o s fl'* reiarinnps <tih«jgn__
f
~tóire",í- I , p . 1 7 9 ) . E l h i s t o r i a d o r n o m a r x i s t a F ^ B r a u d e l v e e n l a n o c i ó n
l a arquitectura de la sociedad. S e g ú n . u n _ s e g u n d o e s q u e m a , p o d e m o s . i m a -
g i n a r u n e s c a l . o n a m i e n t o d e n i v e l e s : e n la b a s e s e h a l l a n las f u e r z a s p r o d u c -
t i v a s , s o b r e j a s q u e r e p o s a n las a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s , l a s c u a l e s s i r v e n
d e b a s e a l a s r e l a c i o n e s sociales y a las i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s y d a n f o r m a
a los discursos ideológicos. E n u n a construcción d e esta guisa p o d e m o s dis-
tingmrjrrveles rntermedios, a u n q u e lo m á s importante, e n la concepción
m a r x i s t a , es^la_relación_entre l o s n i v e l e s , « l a a r t i c u l a c i ó n e n t r e l a s i n s t a n -
cias d e l t o d o s o c i a l » , m i e n t r a s q u e el p e n s a m i e n t o i d e a l i s t a s e c o m p l a c e e n
h a c e r c o m p a r t i m e n t o s e s t a n c o s , e n s e p a r a r l o s n i v e l e s d e l a orgaruzácíoñ...
social. A s í , l a h i s t o r i a delá~fiI6sofía t r a d i c i o n a l s e p r e s e n t a c o m o u n e n c a -
d e n a m i e n t o d e i d e a s , q u e s e o r i g i n a n las u n a s a las o t r a s , d e s d e P l a t ó n a
H e i d e g g e r , c a r e c i e n d o d e r e f e r e n c i a s a las s o c i e d a d e s e n l a s q u e e s t a s t e o -
rías h a n s i d o c o n c e b i d a s , e x p r e s a d a s y d i s c u t i d a s . A s í , la h i s t o r i a p o s i t i v i s -
t a s e p e r m i t e aislar l o s a c o n t e c i m i e n t o s p o l í t i c o s , d e s e n t e n d i é n d o s e d e l a s
r e l a c i o n e s sociales y d e l a s a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s . E l n i a i c r i a i i s r n o h i s l ó -
rico plantea el grave p r o b l e m a del d e t e r m i n i s m o e n t r e los niveles d e l a p e a -
hd5rTs5cial7TJñate
m i c i s t a » — p o r e j e m p l o , I T c o r r i e n t e d i r i g i d a p o r J . G u e s d c — , tiendeZcL.
rédücff "directamente t o d o s los f e n ó m e n o s , situando e n el nivel d e J a ^ u p e -
r e s t r u c f u f a í o d ó s " l ó s ; m e c a n i s m o s q u e d e p e n d e n d e l n i v e l d e la m f r a e s t r u c - ,
t u r a , l.'nu t e n d e n c i a p o s t e r i o r d e l m a r x i s m o — e s p e c i a l m e n t e el g r u p o c o n s -
t i t u i d o e n t o r n o d e L . A l t h u s s e r — p r o p o n e u n a visión m e n o s m e c a n i c i s t a ,
s e g ú n l a c u a l « c a d a u n o d e l o s n i v e l e s c o n s t i t u y e p o r sí m i s m o " u ñ a ésTruc-
t u r a r e l a t i v a m e n t e a u t ó n o m a » , y «la r e l a c i ó n e n t r e l a i n f r a e s t r u c t u r a . y l a
superestructura tiene doble dirección, d e u n a hacia otra y d e otra hacia
u n a » , si b i e n , « e n ú l t i m a i n s t a n c i a , l a e c o n o m í a e s d e t e r m i n a n t e » (Lire le
capüdX n, p. 45 y p. my.
«El m o d o d e producción d e la vida material condiciona e n g e n e r a l el
p r o c e s o d e la v i d a s o c i a l , p o l í t i c a e i n t e l e c t u a l » . . . ( P r e f a c i o I , 1 0 - 1 1 ) . S e -
gún la opinión d e R_Vilar, q u e e n este aspecto coincide con Althusser: « E l
c o n c e p t o c e n t r a l ^ d j a d i i x o h e r e n t e , e l o b j e t o t e ó r i c o d e M a r x , es e'¡ m o d o
de j > r ^ u c c j ^ . ^ m g ^ ^ c t u r a d e t e r m i n a d a , y d e t e r m i n a n t e » (Faire de
l'Histoire, t . I , p . 1 7 9 ) . S e g ú n E . B a l i b a r , el m o d o d e p r o d u c c i ó n s e p r e -
s e n t a c o m o « u n s i s t e m a d e f o r m a s » . . . , « u n a c o m b i n a c i ó n , casi u n a c o m b i -
n a t o r i a ( . . . ) e n la q u e l o s e l e m e n t o s ( s i e m p r e l o s m i s m o s ) s o n v i r t u a l e s , al
m a r g e n d e su relación según u n m o d o determinado (...). Estos elementos
s o n : 1) el o b r e r o q u e d i s p o n e d e s u f u e r z a d e t r a b a j o ; 2 ) l o s m e d i o s d e p r o -
d u c c i ó n ( . . . ) ; 3) e l n o o b r e r o q u e s e a p r o p i a d e l a p l u s v a l í a (Lire le capital,
t. I I , p . 2 0 5 ) . K . M a r x p r e c i s a q u e e l m o d o d e p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a s ó l o
se d a allí d o n d e el d e t e n t a d o r d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n y d e s u b s i s t e n -
cia h a l l a e n el m e r c a d o a l t r a b a j a d o r l i b r e q u e v i e n e a v e n d e r l e s u f u e r z a
d e trabajo; y esta única condición encierra todo u n m u n d o n u e v o . L o q u e
c a r a c t e r i z a a la é p o c a c a p i t a l i s t a e s , p u e s , e l h e c h o d e q u e l a f u e r z a d e s u
t r a b a j o a d q u i e r e p a r a el p r o p i o t r a b a j a d o r la f o r m a d e u n a m e r c a n c í a q u e
le p e r t e n e c e ; y su t r a b a j o , c o n s e c u e n t e m e n t e , la f o r m a d e u n t r a b a j o a s a -
l a r i a d o » (El capital, l i b r o I , p . 7 1 9 ) . E l h i s t o r i a d o r m a r x i s t a P . V i l a r s u b r a -
y a la o r i g i n a l i d a d d e l c o n c e p t o d e m o d o d e p r o d u c c i ó n ^ 1) e s « e l p r i m e r
ofJjetoTeorico susceptiMé~de~exprésar~éf"tó'dó social» ( . . . ) ; 2 ) e s « e s t r u c t u -
190
ra de fimaojiarniea-to-y-des^^
t r a d i c c i ó n ^ i m p l i c a . t a m b i é n . l a j i e c e s i d a . d A e „ s u . d e s t r u c c i ó n » (Faire de l'His-
de m o d o d e producción el e q u i v a l e n t e d e u n m o d e l o : «El genio deJVlarx,
el s e c r e t o d e su d u r a d e r o £ o d e r _ r e s i d e e n q u e h a sido el p r i m e r o e n f a b r i -
3
c á 7 V e r d a # r ^ ^ ^ S ^ ^ Q C J a ( e ^ y . a j > a r t í r d e períodos d e larga duración»
(Escrits sur l'Histoire, p . 8 0 ) . M a r x distirigae una s u c e a ó n d e m o d o s de p r o -
d u c c j ó n _ a . . t r a v e s a d a la. h i s t o r i a . . « A g r a n d e s r a s g o s , l o s m o d o s d e p r o d u c -
ción a s i á t i c o , a n t i g u o , f e u d a l y b u r g u é s m o d e r n o p u e d e n s e r c o n s i d e r a d o s
c o m o " é p o c a s progréaslis»~"(TréTlcíó7I7 4 1 - 4 3 ) . E s t a p e r i o d i z a c i ó n r e c u e r -
d a l a clasificación e s t a b l e c i d a p o r H e g e l , e n s u s Lecciones de filosofía de
la historia ( a p a r e c i d o h a c i a 1 8 3 8 ) , e n l a s q u e el e s p í r i t u h u m a n o p a s a d e
O r i e n t e a G r e c i a , a R o m a y a la E u r o p a c r i s t i a n a ; y r e c u e r d a a u n m á s a
la e v o l u c i ó n t r a z a d a p o r A . B l a n q u i , e n su Histoire de l'économie politique
( 1 8 3 7 ) , e n l a q u e l a o r g a n i z a c i ó n social p a s a p o r t r e s g r a n d e s fases c o r r e s -
pondientes a la A n t i g ü e d a d , a la E d a d M e d i a y a los tiempos m o d e r n o s .
I n d u d a b l e m e n t e , K . M a r x h a t o m a d o d e s u s p r e d e c e s o r e s su p e r p e c t i v a .
L a n o v e d a d j e s i c f e _ e j i ^ u s _ d e f i n e cada modo de producción por las r e l a c i o -
n e s d e p r o d u c c i ó n q u e l e s i r v e n de b a s e , y l o s c a r a c t e r i z a r e , f o r m a c l a r a :
1) e l m o d o d e " p r ó d ü c c i o ñ ~ á ñ f i g u ó ^ - ^ - C u y á r e l a c i ó n d e p r o d u c c i ó n e s l a e s -
c l a v i t u d — , q u e c o i n c i d e c o n e l m u n d o h e l e n í s t i c o y r o m a n o ; 2 ) el m o d o
de producción feudal — c u y a relación d e producción es la s e r v i d u m b r e —
q u e h a c e r e f e r e n c i a e v i d e n t e m e n t e al O c c i d e n t e m e d i e v a l ( e l t é r m i n o « s e -
ñ o r i a l » s e r í a m á s c o n v e n i e n t e q u e el t é r m i n o « f e u d a l » , p e r o a q u í s e t r a t a
d e u n detalle historiográfico); 3) el m o d o d e p r o d u c c i ó n capitalista — c u y a
relación d e p r o d u c c i ó n es el a s a l a r i a d o — , q u e se introduce e n E u r o p a e n
la é p o c a d e l a r e v o l u c i ó n i n d u s t r i a l , y q u e e s t á e x t e n d i d o a t o d o el p l a n e t a
e n la é p o c a a c t u a l . E n La ideología alemana ( 1 8 4 6 ) y e n e l Manifiesto (1848)
se indican sólo tres m o d o s d e producción: antigua, feudal y capitalista. E n
el p r e f a c i o a l a Crítica de la economía política (1859) m e n c i o n a e l m o d o d e
p r o d u c c i ó n a s i á t i c o — c u y a r e l a c i ó n d e p r o d u c c i ó n e s t á m e d i a t i z a d a p o r el
E s t a d o — q u e r e c u e r d a la organización del Egipto faraónico, d e la China
imperial o del Perú incaico.
L a periodización de la historia propuesta por Marx nc^séjjresJa.a.una
lectujajai^^ p r i m e r l u g a r , n o e s t á fijado d e m a n e r a p r e c i s a e l n ú -
m e r o d e m o d o s d e p r o d u c c i ó n . E n s u s Principios de una crítica de la eco-
nomía política (1858) — u n m a n u s c r i t o q u e h a p e r m a n e c i d o m u c h o t i e m p o
i n é d i t o — , M a r x h a b l a d e « c o m u n i d a d tribal», q u e tiene «la condición d e
la utilización c o m ú n del s u e l o » , y h a c e alusión a u n a « p r o p i e d a d g e r m á n i -
ca» y a u n a « p r o p i e d a d eslava», distintas d e la « p r o p i e d a d r o m a n a » . ¿ C u á n -
tas formas d e producción existen: tres, cinco, diez? C i e r t a m e n t e M a r x es-
t a b a dispuesto siempre a revisar sus m o d e l o s , a modificar los caracteres d e
los m o d o s d e p r o d u c c i ó n , e n función del p r o g r e s o d e los c o n o c i m i e n t o s d e
l a h i s t o r i a , d e la e c o n o m í a y d e l a e t n o l o g í a . A d e m á s , enj>gmión.,de.Marx,
l a e v o l u c i ó n - d e - t e h u m a n i d a d - n o - s i g u e unxuKO..niíeaXTsino q u e p r o c e d e
p o r m u t a c i o n e s d e u n a e s t r u c t u r a a o t r a . ¿ C ó m o s e o p e r a la t r a n s i c i ó n ?
L o s modosi_de p r o d u c c i ó n j m e d e n s u c e d e r s e u n o s a . o t r o s l p o r l a t v i a r e v o -
l u c i o n a r i a , c o r t a y brusca", y t a m b i é n m e d i a n t e t r a n s f o r m a c i o n e s m á s l e n -
tas a lo largo d e m u c h o s siglos; incluso p u e d e n coexistir, p r e d o m i n a n d o
u n a y q u e d a n d o r e l e g a d a a u n e s t a d i o s e c u n d a r i o la o t r a . E n el siglo XVIII
191

¿ ^ b i r ^ l a r i z a g ó r i í j d s j a i i a p a r t e , l a infraestructura e c o n ó m i c a ; d e otra par-
t e , J a - s i i p e m s r r i i t ^ j i j jdp ntogir.a; ftntrp. a ^ h o s p o l o s fl'* reiarinnps <tih«jgn__
f
~tóire",í- I , p . 1 7 9 ) . E l h i s t o r i a d o r n o m a r x i s t a F ^ B r a u d e l v e e n l a n o c i ó n
l a arquitectura de la sociedad. S e g ú n . u n _ s e g u n d o e s q u e m a , p o d e m o s . i m a -
g i n a r u n e s c a l . o n a m i e n t o d e n i v e l e s : e n la b a s e s e h a l l a n las f u e r z a s p r o d u c -
t i v a s , s o b r e j a s q u e r e p o s a n las a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s , l a s c u a l e s s i r v e n
d e b a s e a l a s r e l a c i o n e s sociales y a las i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s y d a n f o r m a
a los discursos ideológicos. E n u n a construcción d e esta guisa p o d e m o s dis-
tingmrjrrveles rntermedios, a u n q u e lo m á s importante, e n la concepción
m a r x i s t a , es^la_relación_entre l o s n i v e l e s , « l a a r t i c u l a c i ó n e n t r e l a s i n s t a n -
cias d e l t o d o s o c i a l » , m i e n t r a s q u e el p e n s a m i e n t o i d e a l i s t a s e c o m p l a c e e n
h a c e r c o m p a r t i m e n t o s e s t a n c o s , e n s e p a r a r l o s n i v e l e s d e l a orgaruzácíoñ...
social. A s í , l a h i s t o r i a delá~fiI6sofía t r a d i c i o n a l s e p r e s e n t a c o m o u n e n c a -
d e n a m i e n t o d e i d e a s , q u e s e o r i g i n a n las u n a s a las o t r a s , d e s d e P l a t ó n a
H e i d e g g e r , c a r e c i e n d o d e r e f e r e n c i a s a las s o c i e d a d e s e n l a s q u e e s t a s t e o -
rías h a n s i d o c o n c e b i d a s , e x p r e s a d a s y d i s c u t i d a s . A s í , la h i s t o r i a p o s i t i v i s -
t a s e p e r m i t e aislar l o s a c o n t e c i m i e n t o s p o l í t i c o s , d e s e n t e n d i é n d o s e d e l a s
r e l a c i o n e s sociales y d e l a s a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s . E l n i a i c r i a i i s r n o h i s l ó -
rico plantea el grave p r o b l e m a del d e t e r m i n i s m o e n t r e los niveles d e l a p e a -
hd5rTs5cial7TJñate
m i c i s t a » — p o r e j e m p l o , I T c o r r i e n t e d i r i g i d a p o r J . G u e s d c — , tiendeZcL.
rédücff "directamente t o d o s los f e n ó m e n o s , situando e n el nivel d e J a ^ u p e -
r e s t r u c f u f a í o d ó s " l ó s ; m e c a n i s m o s q u e d e p e n d e n d e l n i v e l d e la m f r a e s t r u c - ,
t u r a , l.'nu t e n d e n c i a p o s t e r i o r d e l m a r x i s m o — e s p e c i a l m e n t e el g r u p o c o n s -
t i t u i d o e n t o r n o d e L . A l t h u s s e r — p r o p o n e u n a visión m e n o s m e c a n i c i s t a ,
s e g ú n l a c u a l « c a d a u n o d e l o s n i v e l e s c o n s t i t u y e p o r sí m i s m o " u ñ a ésTruc-
t u r a r e l a t i v a m e n t e a u t ó n o m a » , y «la r e l a c i ó n e n t r e l a i n f r a e s t r u c t u r a . y l a
superestructura tiene doble dirección, d e u n a hacia otra y d e otra hacia
u n a » , si b i e n , « e n ú l t i m a i n s t a n c i a , l a e c o n o m í a e s d e t e r m i n a n t e » (Lire le
capüdX n, p. 45 y p. my.
«El m o d o d e producción d e la vida material condiciona e n g e n e r a l el
p r o c e s o d e la v i d a s o c i a l , p o l í t i c a e i n t e l e c t u a l » . . . ( P r e f a c i o I , 1 0 - 1 1 ) . S e -
gún la opinión d e R_Vilar, q u e e n este aspecto coincide con Althusser: « E l
c o n c e p t o c e n t r a l ^ d j a d i i x o h e r e n t e , e l o b j e t o t e ó r i c o d e M a r x , es e'¡ m o d o
de j > r ^ u c c j ^ . ^ m g ^ ^ c t u r a d e t e r m i n a d a , y d e t e r m i n a n t e » (Faire de
l'Histoire, t . I , p . 1 7 9 ) . S e g ú n E . B a l i b a r , el m o d o d e p r o d u c c i ó n s e p r e -
s e n t a c o m o « u n s i s t e m a d e f o r m a s » . . . , « u n a c o m b i n a c i ó n , casi u n a c o m b i -
n a t o r i a ( . . . ) e n la q u e l o s e l e m e n t o s ( s i e m p r e l o s m i s m o s ) s o n v i r t u a l e s , al
m a r g e n d e su relación según u n m o d o determinado (...). Estos elementos
s o n : 1) el o b r e r o q u e d i s p o n e d e s u f u e r z a d e t r a b a j o ; 2 ) l o s m e d i o s d e p r o -
d u c c i ó n ( . . . ) ; 3) e l n o o b r e r o q u e s e a p r o p i a d e l a p l u s v a l í a (Lire le capital,
t. I I , p . 2 0 5 ) . K . M a r x p r e c i s a q u e e l m o d o d e p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a s ó l o
se d a allí d o n d e el d e t e n t a d o r d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n y d e s u b s i s t e n -
cia h a l l a e n el m e r c a d o a l t r a b a j a d o r l i b r e q u e v i e n e a v e n d e r l e s u f u e r z a
d e trabajo; y esta única condición encierra todo u n m u n d o n u e v o . L o q u e
c a r a c t e r i z a a la é p o c a c a p i t a l i s t a e s , p u e s , e l h e c h o d e q u e l a f u e r z a d e s u
t r a b a j o a d q u i e r e p a r a el p r o p i o t r a b a j a d o r la f o r m a d e u n a m e r c a n c í a q u e
le p e r t e n e c e ; y su t r a b a j o , c o n s e c u e n t e m e n t e , la f o r m a d e u n t r a b a j o a s a -
l a r i a d o » (El capital, l i b r o I , p . 7 1 9 ) . E l h i s t o r i a d o r m a r x i s t a P . V i l a r s u b r a -
y a la o r i g i n a l i d a d d e l c o n c e p t o d e m o d o d e p r o d u c c i ó n ^ 1) e s « e l p r i m e r
ofJjetoTeorico susceptiMé~de~exprésar~éf"tó'dó social» ( . . . ) ; 2 ) e s « e s t r u c t u -
190
ra de fimaojiarniea-to-y-des^^
t r a d i c c i ó n ^ i m p l i c a . t a m b i é n . l a j i e c e s i d a . d A e „ s u . d e s t r u c c i ó n » (Faire de l'His-
de m o d o d e producción el e q u i v a l e n t e d e u n m o d e l o : «El genio deJVlarx,
el s e c r e t o d e su d u r a d e r o £ o d e r _ r e s i d e e n q u e h a sido el p r i m e r o e n f a b r i -
3
c á 7 V e r d a # r ^ ^ ^ S ^ ^ Q C J a ( e ^ y . a j > a r t í r d e períodos d e larga duración»
(Escrits sur l'Histoire, p . 8 0 ) . M a r x distirigae una s u c e a ó n d e m o d o s de p r o -
d u c c j ó n _ a . . t r a v e s a d a la. h i s t o r i a . . « A g r a n d e s r a s g o s , l o s m o d o s d e p r o d u c -
ción a s i á t i c o , a n t i g u o , f e u d a l y b u r g u é s m o d e r n o p u e d e n s e r c o n s i d e r a d o s
c o m o " é p o c a s progréaslis»~"(TréTlcíó7I7 4 1 - 4 3 ) . E s t a p e r i o d i z a c i ó n r e c u e r -
d a l a clasificación e s t a b l e c i d a p o r H e g e l , e n s u s Lecciones de filosofía de
la historia ( a p a r e c i d o h a c i a 1 8 3 8 ) , e n l a s q u e el e s p í r i t u h u m a n o p a s a d e
O r i e n t e a G r e c i a , a R o m a y a la E u r o p a c r i s t i a n a ; y r e c u e r d a a u n m á s a
la e v o l u c i ó n t r a z a d a p o r A . B l a n q u i , e n su Histoire de l'économie politique
( 1 8 3 7 ) , e n l a q u e l a o r g a n i z a c i ó n social p a s a p o r t r e s g r a n d e s fases c o r r e s -
pondientes a la A n t i g ü e d a d , a la E d a d M e d i a y a los tiempos m o d e r n o s .
I n d u d a b l e m e n t e , K . M a r x h a t o m a d o d e s u s p r e d e c e s o r e s su p e r p e c t i v a .
L a n o v e d a d j e s i c f e _ e j i ^ u s _ d e f i n e cada modo de producción por las r e l a c i o -
n e s d e p r o d u c c i ó n q u e l e s i r v e n de b a s e , y l o s c a r a c t e r i z a r e , f o r m a c l a r a :
1) e l m o d o d e " p r ó d ü c c i o ñ ~ á ñ f i g u ó ^ - ^ - C u y á r e l a c i ó n d e p r o d u c c i ó n e s l a e s -
c l a v i t u d — , q u e c o i n c i d e c o n e l m u n d o h e l e n í s t i c o y r o m a n o ; 2 ) el m o d o
de producción feudal — c u y a relación d e producción es la s e r v i d u m b r e —
q u e h a c e r e f e r e n c i a e v i d e n t e m e n t e al O c c i d e n t e m e d i e v a l ( e l t é r m i n o « s e -
ñ o r i a l » s e r í a m á s c o n v e n i e n t e q u e el t é r m i n o « f e u d a l » , p e r o a q u í s e t r a t a
d e u n detalle historiográfico); 3) el m o d o d e p r o d u c c i ó n capitalista — c u y a
relación d e p r o d u c c i ó n es el a s a l a r i a d o — , q u e se introduce e n E u r o p a e n
la é p o c a d e l a r e v o l u c i ó n i n d u s t r i a l , y q u e e s t á e x t e n d i d o a t o d o el p l a n e t a
e n la é p o c a a c t u a l . E n La ideología alemana ( 1 8 4 6 ) y e n e l Manifiesto (1848)
se indican sólo tres m o d o s d e producción: antigua, feudal y capitalista. E n
el p r e f a c i o a l a Crítica de la economía política (1859) m e n c i o n a e l m o d o d e
p r o d u c c i ó n a s i á t i c o — c u y a r e l a c i ó n d e p r o d u c c i ó n e s t á m e d i a t i z a d a p o r el
E s t a d o — q u e r e c u e r d a la organización del Egipto faraónico, d e la China
imperial o del Perú incaico.
L a periodización de la historia propuesta por Marx nc^séjjresJa.a.una
lectujajai^^ p r i m e r l u g a r , n o e s t á fijado d e m a n e r a p r e c i s a e l n ú -
m e r o d e m o d o s d e p r o d u c c i ó n . E n s u s Principios de una crítica de la eco-
nomía política (1858) — u n m a n u s c r i t o q u e h a p e r m a n e c i d o m u c h o t i e m p o
i n é d i t o — , M a r x h a b l a d e « c o m u n i d a d tribal», q u e tiene «la condición d e
la utilización c o m ú n del s u e l o » , y h a c e alusión a u n a « p r o p i e d a d g e r m á n i -
ca» y a u n a « p r o p i e d a d eslava», distintas d e la « p r o p i e d a d r o m a n a » . ¿ C u á n -
tas formas d e producción existen: tres, cinco, diez? C i e r t a m e n t e M a r x es-
t a b a dispuesto siempre a revisar sus m o d e l o s , a modificar los caracteres d e
los m o d o s d e p r o d u c c i ó n , e n función del p r o g r e s o d e los c o n o c i m i e n t o s d e
l a h i s t o r i a , d e la e c o n o m í a y d e l a e t n o l o g í a . A d e m á s , enj>gmión.,de.Marx,
l a e v o l u c i ó n - d e - t e h u m a n i d a d - n o - s i g u e unxuKO..niíeaXTsino q u e p r o c e d e
p o r m u t a c i o n e s d e u n a e s t r u c t u r a a o t r a . ¿ C ó m o s e o p e r a la t r a n s i c i ó n ?
L o s modosi_de p r o d u c c i ó n j m e d e n s u c e d e r s e u n o s a . o t r o s l p o r l a t v i a r e v o -
l u c i o n a r i a , c o r t a y brusca", y t a m b i é n m e d i a n t e t r a n s f o r m a c i o n e s m á s l e n -
tas a lo largo d e m u c h o s siglos; incluso p u e d e n coexistir, p r e d o m i n a n d o
u n a y q u e d a n d o r e l e g a d a a u n e s t a d i o s e c u n d a r i o la o t r a . E n el siglo XVIII
191
 e m e r g e , e n la E u r o p a occidental, «el t r a b a j o asalariado», m i e n t r a s q u e se
i m p l a n t a l a s e r v i d u m b r e e n la E u r o p a o r i e n t a l y e n t a n t o q u e s e e x t i e n d e
la e s c l a v i t u d d e l o s n e g r o s e n A m é r i c a . A d e m á s n o h a y q u e c o n f u n d i r
« m o d o d e producción», q u e es u n m o d e l o de funcionamento, y «formación
social, q u e c o r r e s p o n d e a u n sociedad c o n c r e t a . A s í , e n el c u a d r o del m o d o
d e p r o d u c c i ó n f e u d a l , se h a l l a n f o r m a c i o n e s sociales t a n d i f e r e n t e s c o m o
el S a c r o I m p e r i o R o m a n o G e r m á n i c o d e l siglo XI, la F r a n c i a d e l o s C a p e -
t o s d e l siglo XIII, o el J a p ó n d e l o s T o k u g a w a d e l siglo x v m .
:
• M a r x h a c e s u y o e l m é t o d o d i a l é c t i c o do licgei. p e r o r e v o l u c i o n á n d o l o .
porúélrd^ó~«plitIs~^^ el m o v i m i e n t o d e l p e n s a m i e n t o ,
q u e p e r s o n i f i c a e n el t é r m i n o I d e a , e s el d e m i u r g o d e la r e a l i d a d , la c u a l
n o e s m á s q u e la f o r m a f e n o m e n o l ó g i c a d e la I d e a . - P a r a m í ( M a r x ! , p o r
el c o n t r a r i o , el m o v i m i e n t o d e l p e n s a m i e n t o n o e s m á s q u e r e f l e j o d e l m o -
v i m i e n t o r e a l , _ ^ i a a a ^ ~ M ^ j E t e r t n m a n o ' (..".)7 E l m o v i m i e n t o c o n t r a -
rifojffn arfe~«nrifrfHH r ^ r i i t a f e a a i f l - q e n t e e l b u r g u é s , d e forma.muy.acu-
s a d a , p o r l a s y i c i s i t u d e s . d e j a i n d i i s t r i a m o d e r n a a t r a v é s d e s u ciclo p e r i ó -
d i c o , c u y o p u n t o c u l m i n a n t e ^ e s la crisis ( . . . ) . M a r x r e c u p e r a l a n o c i ó n d e
la c o n t r a d i c c i ó n , la s u m e r g e e n el s e n o d e la r e a l i d a d social y la c o n v i e r t e
e n " e l m o t o r d e l a h i s t o r i a " . E n u n c i e r t o m o m e n t o d e su desarrolJo_, las
fuerzas productivas materiales d é l a ^ é d á l T e ñ f r a n e n contradicción c o n
las r e í a c i o n e s . d e p r o d u c c i ó n ; e n t o n c e s se inicia u n a é p o c a d e r e v o l u c i ó n s o -
cial. E l c a m b i o e n la b a s e e c o n ó m i c a s u b v i e r t e , m á s o m e n o s , t o d a la e n o r -
m e s u p e r e s t r u c t u r a . » L o s d i v e r s o s n i v e l e s d e l a r e a l i d a d social d e j a ; ; d e
c o i n c i d i r los.un.Qs c o n l o s o t r o s ; l a c o n t r a d i c c i ó n e n t r e las i n s t a n c i a s d e s e m -
r
b o c a e n la d e s t r u c c i ó n d e u n a e s t r a c t o r á ' y erTTá a p a r i c i ó n d é b t r a ^ s t f ü c
t u r a . E s t a r e f l e x i ó n t e ó r i c a s e p u e d e i l u s t r a r p o r m e d i o d é ' dós~éjemplós
h i s t ó r i c o s . E l p r i m e r c a s o , e l m á s c é l e b r e , c o n c i e r n e a la R e v o l u c i ó n f r a n -
c e s a . E n el siglo x v r a , el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o , u n i d o al p r o g r e s o d e l a s
c i e n c i a s y d e l a s t é c n i c a s , a la r e n o v a c i ó n d e l o s c u l t i v o s , al c r e c i m i e n t o d e
la p o b l a c i ó n , c h o c a c o n el o r d e n a n t i g u o , c o n l a a d m i n i s t r a c i ó n m o n á r q u i -
c a , c o n el m a r c o s e ñ o r i a l , c o n el s i s t e m a c o r p o r a t i v o g r e m i a l . S o b r e v i e n e
l a t o r m e n t a d e l a R e v o l u c i ó n y , d e s p u é s , la e s t a b i l i z a c i ó n d e l I m p e r i o e n -
t r e l o s a ñ o s 1789 y 1 8 1 5 . E n e l siglo Xix, s e i n t r o d u c e la s o c i e d a d c a p i t a -
lista l i b e r a l , d i r i g i d a p o r u n a b u r g u e s í a d e e m p r e s a r i o s q u e e x p l o t a a la
m a s a d e los o b r e r o s a s a l a r i a d o s . E l s e g u n d o c a s o , m e n o s c o n o c i d o q u i z á ,
se r e f i e r e a l o s E s t a d o s U n i d o s d e m e d i a d o s d e l siglo x i x . L a e x i s t e n c i a
d e p l a n t a c i o n e s esclavistas e n e l S u r e n t o r p e c e el f u n c i o n a m i e n t o d e l a i n -
d u s t r i a c a p i t a l i s t a d e l N o r t e . E l conflicto s e r e s u e l v e m e d i a n t e l a g u e r r a d e
S e c e s i ó n , d e 1861 a 1865. V e n c e d o r , el g r u p o d i r i g e n t e d e l N o r d e s t e l i b e r a
a l o s a n t i g u o s e s c l a v o s n e g r o s , a t r a e la i n m i g r a c i ó n e u r o p e a , m u l t i p l i c a l a s
empresas industriales, conquista nuevos espacios.
E l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o p a r e c e p o s t u l a r u n d e t e r m i n i s m o social. « E n
la pTódüccióñ social d e su e x i s t e n c i a , l o s h o m b r e s e n t r a n e n u n a s r e l a c i o -
n e s d e t e r m i n a d a s , n e c e s a r i a s , i n d e p e n d i e n t e s d e su v o l u n t a d . » A s í j r u e s ,
las r e l a c i o n e s sociales n o s o n l i b r e s y n o s i e m p r e s o n c o n s c i e n t e s : « D e la
m i s m a m a n e r a q u e n o s e p u e d e j u z g a r a u n i n d i v i d u o p o r la i d e a q u e é s t e
t i e n e de.,sí m i s m o , t a m p o c o s e p u e d e j u z g a r u n a é p o c a d e s u b v e r s i ó n p o r
la c o n c i e n c i a q u e é s t a t i e n e d e sí m i s m a . » D e s d e el p u n t o d e v i s t a m a r x i s -
t a , e s g r a n d e l a t e n t a c i ó n d e c r e e r q u e e l c u r s o ~ 3 e l o s a c o n t e c i m i e n t o s se
d e s a r r o l l a ~ á í m a r g e n d e las d e c i s i o n e s humanas. Sin e m b a r g o , M a r x e v i t a
192
c a e r en_el d e t e r m i n i s m o , i n t r o d u c i é n d o l e ^ ¿je. p r á c -
t i c a s o c i a l . P a r a e l a u t o r d e El Capital, l a a c c i ó n y l a c o n c i e n c i a e s t á n e s -
íréchanTéñte unidas. U n g r u p o h u m a n o sólo p u e d e c o m p r e n d e r la evolu-
c i ó n c o m p r o m e t i é n d o s e e n el p r o c e s o d e l c a m b i o . E n o t r o s t é r m i n o s , l o s
h o m b r e s , a u n q u e estén insertos en las estructuras sociales, n o son objetos
pasivos, sino sujetos activos d e su propia historia. Sin e m b a r g o , M a r x n o
e s c a p a c o m p l e t a m e n t e d e l e v o l u c i o n i s m o d e l siglo x i x , q u e s e h a l l a p r e -
s e n t e e n su p r o p i o a m b i e n t e i n t e l e c t u a l . A l i g u a l q u e H e g e l y o t r o s p e n -
s a d o r e s d e m e n o r e n v e r g a d u r a , M a r x m a n t i e n e la idea del sentido d e la his-
t o r i a , d e l a finalidad d e l a s a c c i o n e s h u m a n a s : « L a s r e l a c i o n e s d e p r o d u c -
c i ó n b u r g u e s a s s o n la ú l t i m a f o r m a c o n t r a d i c t o r i a d e l p r o c e s o d e p r o d u c -
c i ó n social ( . . . ) . C o n e s t a f o r m a c i ó n social se a c a b a p o r t a n t o c o n la p r e -
h i s t o r i a d e la s o c i e d a d h u m a n a . » Si s e l e c o m p r e n d e b i e n , t o d o e l p r o c e s o
d e l a historia (calificado c o m o prehistoria) se n o s p r e s e n t a c o m o el p e r í o -
d o d e l a p r o c r e a c i ó n d e l c o m u n i s m o . A l final d e u n a l a r g a e v o l u c i ó n m a r -
cada p o r dolorosas contradicciones —crisis, epidemias, migraciones,
g u e r r a s , e t c . — , la h i s t o r i a a l u m b r a la s o c i e d a d c o m u n i s t a d e l a p a z y d e la
abundancia. El porvenir radiante d e los marxistas p o s e e alguna semejanza
c o n el p a r a í s o d e l o s c r i s t i a n o s .
2. L A SOCIOLOGÍA D E LAS CLASES
Karl M a r x e s b o z a u r m j o c i o l o g í a d e las clases a través d e lo q u e ge-
nenihiaern^j;£ de~^quena"di-
m e n s i ó n ( u n c e n t e n a r d e p á g i n a s p o r c a d a opúsculoJT^scntasTobreTa m a r -
cha, desde la perspectiva del c o m b a t e . E n n o v i e m b r e d e 1847, K. M a r x y
F . E n g e l s son los e n c a r g a d o s d e r e d a c t a r el p r o g r a m a d e la Liga d e los co-
munistas — u n a r e d d e comités o b r e r o s ingleses, franceses y, sobre t o d o ,
a l e m a n e s — ; c u m p l e n s u t a r e a e s c r i b i e n d o u n a síntesis d e la h i s t o r i a d e la
h u m a n i d a d qe concluye c o n u n llamamiento a la «subversión violenta del
o r d e n e s t a b l e c i d o » ; y l a n z a n e l Manifiesto comunista e n la p r i m a v e r a d e
1848, c u a n d o l a r e v o l u c i ó n agita a F r a n c i a , A l e m a n i a , Italia y A u s t r i a .
S i e m p r e c o m p r o m e t i d o e n la a c t i v i d a d d e l a L i g a c o m u n i s t a , c o n s c i e n t e d e l
r e f l u j o d e la m a r e a r e v o l u c i o n a r i a , K . M a r x c o n t e m p l a a t e n t a m e n t e la si-
t u a c i ó n f r a n c e s a : e s t u d i a e n La lucha de clases en Francia ( 1 8 5 0 ) , l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s q u e c o n d u j e r o n d e s d e e l e s t a l l i d o d e f e b r e r o d e 1848 h a s t a el
r e p l i e g u e d e 1 8 4 9 , y e n El 18 brumario de Luis Bonaparte (1852), los con-
flictos sociales y p o l í t i c o s o c u r r i d o s d e s d e la r e p r e s i ó n d e la i n s u r r e c c i ó n
o b r e r a , e n j u n i o d e 1 8 4 8 , h a s t a el g o l p e d e e s t a d o q u e a c a b ó c o n el r é g i -
m e n parlamentario en diciembre d e 1851. M á s tarde, como m i e m b r o del
c o n s e j o g e n e r a l d e l a A I T , K . M a r x r e l a t a , d e s d e el o t o ñ o d e 1870 a l a p r i -
m a v e r a d e 1871, la génesis d e la C o m u n a d e París, el intento d e establecer
u n a n u e v a f o r m a d e e s t a d o y su a p l a s t a m i e n t o p o r e l e j é r c i t o d e V e r s a i l e s ,
e n La guerra civil en Francia ( 1 8 7 1 ) . C u a n d o e s c r i b e e s t a s o b r a s , K . M a r x
se c o m p o r t a , a l a v e z c o m o u n p e r i o d i s t a q u e d e s c r i b e l a a c t u a l i d a d , l a «his-
toria inmediata»; c o m o u n dirigente político q u e se dirige a las organiza-
c i o n e s o b r e r a s — l a L i g a c o m u n i s t a y la A s o c i a c i ó n I n t e r n a c i o n a l d e los T r a -
b a j a d o r e s ; y c o m o u n científico q u e s e e s f u e r z a p o r c o m p r e n d e r e l f u n c i o -
n a m i e n t o d e l a s o c i e d a d . E s t e m é t o d o c o n d u c e , a v e c e s , a la « c i m a d e la
193
 e m e r g e , e n la E u r o p a occidental, «el t r a b a j o asalariado», m i e n t r a s q u e se
i m p l a n t a l a s e r v i d u m b r e e n la E u r o p a o r i e n t a l y e n t a n t o q u e s e e x t i e n d e
la e s c l a v i t u d d e l o s n e g r o s e n A m é r i c a . A d e m á s n o h a y q u e c o n f u n d i r
« m o d o d e producción», q u e es u n m o d e l o de funcionamento, y «formación
social, q u e c o r r e s p o n d e a u n sociedad c o n c r e t a . A s í , e n el c u a d r o del m o d o
d e p r o d u c c i ó n f e u d a l , se h a l l a n f o r m a c i o n e s sociales t a n d i f e r e n t e s c o m o
el S a c r o I m p e r i o R o m a n o G e r m á n i c o d e l siglo XI, la F r a n c i a d e l o s C a p e -
t o s d e l siglo XIII, o el J a p ó n d e l o s T o k u g a w a d e l siglo x v m .
:
• M a r x h a c e s u y o e l m é t o d o d i a l é c t i c o do licgei. p e r o r e v o l u c i o n á n d o l o .
porúélrd^ó~«plitIs~^^ el m o v i m i e n t o d e l p e n s a m i e n t o ,
q u e p e r s o n i f i c a e n el t é r m i n o I d e a , e s el d e m i u r g o d e la r e a l i d a d , la c u a l
n o e s m á s q u e la f o r m a f e n o m e n o l ó g i c a d e la I d e a . - P a r a m í ( M a r x ! , p o r
el c o n t r a r i o , el m o v i m i e n t o d e l p e n s a m i e n t o n o e s m á s q u e r e f l e j o d e l m o -
v i m i e n t o r e a l , _ ^ i a a a ^ ~ M ^ j E t e r t n m a n o ' (..".)7 E l m o v i m i e n t o c o n t r a -
rifojffn arfe~«nrifrfHH r ^ r i i t a f e a a i f l - q e n t e e l b u r g u é s , d e forma.muy.acu-
s a d a , p o r l a s y i c i s i t u d e s . d e j a i n d i i s t r i a m o d e r n a a t r a v é s d e s u ciclo p e r i ó -
d i c o , c u y o p u n t o c u l m i n a n t e ^ e s la crisis ( . . . ) . M a r x r e c u p e r a l a n o c i ó n d e
la c o n t r a d i c c i ó n , la s u m e r g e e n el s e n o d e la r e a l i d a d social y la c o n v i e r t e
e n " e l m o t o r d e l a h i s t o r i a " . E n u n c i e r t o m o m e n t o d e su desarrolJo_, las
fuerzas productivas materiales d é l a ^ é d á l T e ñ f r a n e n contradicción c o n
las r e í a c i o n e s . d e p r o d u c c i ó n ; e n t o n c e s se inicia u n a é p o c a d e r e v o l u c i ó n s o -
cial. E l c a m b i o e n la b a s e e c o n ó m i c a s u b v i e r t e , m á s o m e n o s , t o d a la e n o r -
m e s u p e r e s t r u c t u r a . » L o s d i v e r s o s n i v e l e s d e l a r e a l i d a d social d e j a ; ; d e
c o i n c i d i r los.un.Qs c o n l o s o t r o s ; l a c o n t r a d i c c i ó n e n t r e las i n s t a n c i a s d e s e m -
r
b o c a e n la d e s t r u c c i ó n d e u n a e s t r a c t o r á ' y erTTá a p a r i c i ó n d é b t r a ^ s t f ü c
t u r a . E s t a r e f l e x i ó n t e ó r i c a s e p u e d e i l u s t r a r p o r m e d i o d é ' dós~éjemplós
h i s t ó r i c o s . E l p r i m e r c a s o , e l m á s c é l e b r e , c o n c i e r n e a la R e v o l u c i ó n f r a n -
c e s a . E n el siglo x v r a , el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o , u n i d o al p r o g r e s o d e l a s
c i e n c i a s y d e l a s t é c n i c a s , a la r e n o v a c i ó n d e l o s c u l t i v o s , al c r e c i m i e n t o d e
la p o b l a c i ó n , c h o c a c o n el o r d e n a n t i g u o , c o n l a a d m i n i s t r a c i ó n m o n á r q u i -
c a , c o n el m a r c o s e ñ o r i a l , c o n el s i s t e m a c o r p o r a t i v o g r e m i a l . S o b r e v i e n e
l a t o r m e n t a d e l a R e v o l u c i ó n y , d e s p u é s , la e s t a b i l i z a c i ó n d e l I m p e r i o e n -
t r e l o s a ñ o s 1789 y 1 8 1 5 . E n e l siglo Xix, s e i n t r o d u c e la s o c i e d a d c a p i t a -
lista l i b e r a l , d i r i g i d a p o r u n a b u r g u e s í a d e e m p r e s a r i o s q u e e x p l o t a a la
m a s a d e los o b r e r o s a s a l a r i a d o s . E l s e g u n d o c a s o , m e n o s c o n o c i d o q u i z á ,
se r e f i e r e a l o s E s t a d o s U n i d o s d e m e d i a d o s d e l siglo x i x . L a e x i s t e n c i a
d e p l a n t a c i o n e s esclavistas e n e l S u r e n t o r p e c e el f u n c i o n a m i e n t o d e l a i n -
d u s t r i a c a p i t a l i s t a d e l N o r t e . E l conflicto s e r e s u e l v e m e d i a n t e l a g u e r r a d e
S e c e s i ó n , d e 1861 a 1865. V e n c e d o r , el g r u p o d i r i g e n t e d e l N o r d e s t e l i b e r a
a l o s a n t i g u o s e s c l a v o s n e g r o s , a t r a e la i n m i g r a c i ó n e u r o p e a , m u l t i p l i c a l a s
empresas industriales, conquista nuevos espacios.
E l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o p a r e c e p o s t u l a r u n d e t e r m i n i s m o social. « E n
la pTódüccióñ social d e su e x i s t e n c i a , l o s h o m b r e s e n t r a n e n u n a s r e l a c i o -
n e s d e t e r m i n a d a s , n e c e s a r i a s , i n d e p e n d i e n t e s d e su v o l u n t a d . » A s í j r u e s ,
las r e l a c i o n e s sociales n o s o n l i b r e s y n o s i e m p r e s o n c o n s c i e n t e s : « D e la
m i s m a m a n e r a q u e n o s e p u e d e j u z g a r a u n i n d i v i d u o p o r la i d e a q u e é s t e
t i e n e de.,sí m i s m o , t a m p o c o s e p u e d e j u z g a r u n a é p o c a d e s u b v e r s i ó n p o r
la c o n c i e n c i a q u e é s t a t i e n e d e sí m i s m a . » D e s d e el p u n t o d e v i s t a m a r x i s -
t a , e s g r a n d e l a t e n t a c i ó n d e c r e e r q u e e l c u r s o ~ 3 e l o s a c o n t e c i m i e n t o s se
d e s a r r o l l a ~ á í m a r g e n d e las d e c i s i o n e s humanas. Sin e m b a r g o , M a r x e v i t a
192
c a e r en_el d e t e r m i n i s m o , i n t r o d u c i é n d o l e ^ ¿je. p r á c -
t i c a s o c i a l . P a r a e l a u t o r d e El Capital, l a a c c i ó n y l a c o n c i e n c i a e s t á n e s -
íréchanTéñte unidas. U n g r u p o h u m a n o sólo p u e d e c o m p r e n d e r la evolu-
c i ó n c o m p r o m e t i é n d o s e e n el p r o c e s o d e l c a m b i o . E n o t r o s t é r m i n o s , l o s
h o m b r e s , a u n q u e estén insertos en las estructuras sociales, n o son objetos
pasivos, sino sujetos activos d e su propia historia. Sin e m b a r g o , M a r x n o
e s c a p a c o m p l e t a m e n t e d e l e v o l u c i o n i s m o d e l siglo x i x , q u e s e h a l l a p r e -
s e n t e e n su p r o p i o a m b i e n t e i n t e l e c t u a l . A l i g u a l q u e H e g e l y o t r o s p e n -
s a d o r e s d e m e n o r e n v e r g a d u r a , M a r x m a n t i e n e la idea del sentido d e la his-
t o r i a , d e l a finalidad d e l a s a c c i o n e s h u m a n a s : « L a s r e l a c i o n e s d e p r o d u c -
c i ó n b u r g u e s a s s o n la ú l t i m a f o r m a c o n t r a d i c t o r i a d e l p r o c e s o d e p r o d u c -
c i ó n social ( . . . ) . C o n e s t a f o r m a c i ó n social se a c a b a p o r t a n t o c o n la p r e -
h i s t o r i a d e la s o c i e d a d h u m a n a . » Si s e l e c o m p r e n d e b i e n , t o d o e l p r o c e s o
d e l a historia (calificado c o m o prehistoria) se n o s p r e s e n t a c o m o el p e r í o -
d o d e l a p r o c r e a c i ó n d e l c o m u n i s m o . A l final d e u n a l a r g a e v o l u c i ó n m a r -
cada p o r dolorosas contradicciones —crisis, epidemias, migraciones,
g u e r r a s , e t c . — , la h i s t o r i a a l u m b r a la s o c i e d a d c o m u n i s t a d e l a p a z y d e la
abundancia. El porvenir radiante d e los marxistas p o s e e alguna semejanza
c o n el p a r a í s o d e l o s c r i s t i a n o s .
2. L A SOCIOLOGÍA D E LAS CLASES
Karl M a r x e s b o z a u r m j o c i o l o g í a d e las clases a través d e lo q u e ge-
nenihiaern^j;£ de~^quena"di-
m e n s i ó n ( u n c e n t e n a r d e p á g i n a s p o r c a d a opúsculoJT^scntasTobreTa m a r -
cha, desde la perspectiva del c o m b a t e . E n n o v i e m b r e d e 1847, K. M a r x y
F . E n g e l s son los e n c a r g a d o s d e r e d a c t a r el p r o g r a m a d e la Liga d e los co-
munistas — u n a r e d d e comités o b r e r o s ingleses, franceses y, sobre t o d o ,
a l e m a n e s — ; c u m p l e n s u t a r e a e s c r i b i e n d o u n a síntesis d e la h i s t o r i a d e la
h u m a n i d a d qe concluye c o n u n llamamiento a la «subversión violenta del
o r d e n e s t a b l e c i d o » ; y l a n z a n e l Manifiesto comunista e n la p r i m a v e r a d e
1848, c u a n d o l a r e v o l u c i ó n agita a F r a n c i a , A l e m a n i a , Italia y A u s t r i a .
S i e m p r e c o m p r o m e t i d o e n la a c t i v i d a d d e l a L i g a c o m u n i s t a , c o n s c i e n t e d e l
r e f l u j o d e la m a r e a r e v o l u c i o n a r i a , K . M a r x c o n t e m p l a a t e n t a m e n t e la si-
t u a c i ó n f r a n c e s a : e s t u d i a e n La lucha de clases en Francia ( 1 8 5 0 ) , l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s q u e c o n d u j e r o n d e s d e e l e s t a l l i d o d e f e b r e r o d e 1848 h a s t a el
r e p l i e g u e d e 1 8 4 9 , y e n El 18 brumario de Luis Bonaparte (1852), los con-
flictos sociales y p o l í t i c o s o c u r r i d o s d e s d e la r e p r e s i ó n d e la i n s u r r e c c i ó n
o b r e r a , e n j u n i o d e 1 8 4 8 , h a s t a el g o l p e d e e s t a d o q u e a c a b ó c o n el r é g i -
m e n parlamentario en diciembre d e 1851. M á s tarde, como m i e m b r o del
c o n s e j o g e n e r a l d e l a A I T , K . M a r x r e l a t a , d e s d e el o t o ñ o d e 1870 a l a p r i -
m a v e r a d e 1871, la génesis d e la C o m u n a d e París, el intento d e establecer
u n a n u e v a f o r m a d e e s t a d o y su a p l a s t a m i e n t o p o r e l e j é r c i t o d e V e r s a i l e s ,
e n La guerra civil en Francia ( 1 8 7 1 ) . C u a n d o e s c r i b e e s t a s o b r a s , K . M a r x
se c o m p o r t a , a l a v e z c o m o u n p e r i o d i s t a q u e d e s c r i b e l a a c t u a l i d a d , l a «his-
toria inmediata»; c o m o u n dirigente político q u e se dirige a las organiza-
c i o n e s o b r e r a s — l a L i g a c o m u n i s t a y la A s o c i a c i ó n I n t e r n a c i o n a l d e los T r a -
b a j a d o r e s ; y c o m o u n científico q u e s e e s f u e r z a p o r c o m p r e n d e r e l f u n c i o -
n a m i e n t o d e l a s o c i e d a d . E s t e m é t o d o c o n d u c e , a v e c e s , a la « c i m a d e la
193

reflexión marxista» (según P . Villar), p e r o acusa frecuentemente limitacio-
nes —falta d e perspectiva, información insuficiente, mezcla de g é n e r o s — .
E n l a s e g u n d a m i t a l d e l siglo X V I H , l o s filósofos d e la E n c i c l o p e d i a — D i -
derot, D ' A l e m b e r t , e t c . — , y los fundadores d e la e c o n o m í a política
— A . Smith y sus discípulos— e m p l e a n los t é r m i n o s «estados» u « ó r d e n e s »
• p a r a d e s i g n a r l o s g r u p o s s o c i a l e s f u d a m e n t a l e s . E l t é r m i n o d e «clase» a p a -
rece, p o r v e z p r i m e r a , e n plena Revolución: e n 1794, B a b e u f exige «que
n o haya m á s divisiones d e los c i u d a d a n o s e n m u c h a s clases». H a c i a 1820,
S a i n t - S i m o n e s t i m a q u e la clase i n d u s t r i a l « d e b e o c u p a r l a p r i m e r a fila ( . . . ) ,
d e b i e n d o t r a b a j a r l a s o t r a s clases p a r a e l l a » . E n l o s a ñ o s 1 8 3 0 y 1 8 4 0 , l o s
- socialistas f r a n c e s e s — F o u r i e r , P r o u d h o n , P e c q u e u r , L u i s B l a n c , C a b e t ,
e t c . — , q u e d e n u n c i a n los m a l e s del capitalismo liberal, n o cesan d e h a b l a r
d e «clases p r o p i e t a r i a s » , «clases m e d i a s » y «clases t r a b a j a d o r a s » . P o r t a n -
t o , K . M a r x n o i n v e n t a el c o n c e p t o d e c l a s e s , s i n o q u e e x t r a e e s t e - c o n c e p -
to d e T ^ c e r v o ^ e r s o c i a l i s m o . f r a n c é s ; pero, l o - u t i h z a , d e . i o r m a , p e r s o n a l ,
s i t u á n d o l o e n e l c e n t r o n e u r á l g i c o d e su s i s t e m a d e p e n s a m i e n t o . E l Ma-
nifiesto s e i n i c i a c o n l a s i g u i e n t e _ a f i x m a r i ó n p e r e n t o r i a : « L a h i s t o r i a d e l a
hum;uiidad.'h'ás'tá l u i é A r o s d í a s , e s ¡a hi.-toria d e la l u c h a d e c l a s e s . 1 i o n i -
"bresTffii^yescIáWsTp^aSs y p l e b e y o s , a m o s y s i e r v o s , m a e s t r o s y ofi-
ciales; e n u n a p a l a b r a : o p r e s o r e s y o p r i m i d o s s e e n f r e n t a r o n s i e m p r e ; m a n -
tuvieron u n a lucha constante, velada unas veces y otras franca y abierta;
lucha q u e terminó, unas veces, con la transformación revolucionaria d e toda
la s o c i e d a d ; o t r a s , c o n e l h u n d i m i e n t o d e las clases e n l u c h a . » D e s d e J a p e r s -
p e c t i v a d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , c a d a m o d o d e p r o d u c c i ó n e x i g e u n a cía-
se d o m i n a n t e , p o s e e d o r a d e los i n s t r u m e n t o s d e p r o d u c c i ó n , q u e se a p r o -
p i a u n a fracción dertrafiajó'delorotfos'Y^^'cl^" dominada, que"no
p o s e e m á s q u e la f u e r z a d e su t r a b a j o y q u e n o "dispone m á s q u e d e u n a
p a r t e d e l v a l o r p o r ella p r o d u c i d o . L a e x t o r a ó n j k i a - p l u s v a h a . t o m a d i v e r -
sas f o r m a s : t r a b a j o f o r z o s o d e l e s c l a v o e n el m o d o d e p r o d u c c i ó n a n t i g u o ;
p r e s t a c i ó n d e servicios d e l s i e r v o e n e l m o d o d e p r o d u c c i ó n f e u d a l ; p l u s -
v a l í a a r r e b a t a d a a l a s a l a r i a d o e n el m o d o d e p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a . D e b i -
d o a e l l o , c a d a m o d o d e p r o d u c c i ó n p o r t a e n sí m i s m o u n a c o n t r a d i c c i ó n
de intereses y provoca u n antagonismo d e clases.
E l Manifiesto a f i r m a la e x i s t e n c i a d e l a s clases e n l a s s o c i e d a d e s p r e c a -
p i t a l i s t a s : « L a h i s t o r i a d e l a h u m a n i d a d e s l a h i s t o r i a d e l a l u c h a d e cla-
ses.» M á s t a r d e , c u a n d o t i e n e l u g a r la r e e d i c i ó n , F . E n g e l s a ñ a d e u n a n o t a :
« L a h i s t o r i a d e la h u m a n i d a d ( . . . ) m á s e x a c t a m e n t e e s c r i t a . » E n t r e l a e d i -
ción d e 1848 y la d e 1 8 8 8 , F . E n g e l s c o n o c e l o s t r a b a j o s d e l e t n ó l o g o
L . M o r g a n sobre la «comunidad primitiva», sociedad q u e desconoce la es-
c r i t u r a , f u n d a d a s o b r e la familia e n el s e n t i d o a m p l i o d e l t é r m i n o , y q u e
g a r a n t i z a la p r o p i e d a d c o l e c t i v a . E n 1 8 5 8 , e s t u d i a n d o «las f o r m a s p r e c a p i -
talistas d e l a p r o d u c c i ó n » , K . M a r x s ó l o t i e n e e n c u e n t a l a s c o m u n i d a d e s
t r i b a l e s e n t r e «los c e l t a s , l o s g e r m a n o s , l o s e s l a v o s , l o s i n d i o s s a l v a j e s d e
A m é r i c a » y los p u e b l o s p a s t o r e s d e O r i e n t e , p e r o n o distingue t o d a v í a las
clases e n l a s s o c i e d a d e s d e s p ó t i c a s d e M é x i c o , P e r ú o P e r s i a : « N o h a y n a d a
c o n t r a d i c t o r i o , al i g u a l q u e e n la m a y o r p a r t e d e las f o r m a s a s i á t i c a s , e n
las q u e l a u n i d a d c e n t r a l i z a d o r a , q u e s e e r i g e p o r e n c i m a d e las p e q u e ñ a s
c o m u n i d a d e s , d e s e m p e ñ a la figura d e l p r o p i e t a r i o s u p r e m o y ú n i c o . » . A s í
p u e s , l a s clases s o c i a l e s n o a p a r e c e T J u T j i a s i a ^ d £ s r ^
m i t i v o ,faasta.después_delmodo de producciónasiáticp», c o n l o s m o d o s . d e
194
p r o d u c c i ó n « a n t i g u o » y « f e u d a l » . ^Manifiesto p r e c i s a : « E n las é p o c a s his-
tóricas" a n t i g u a s " é ñ c f M f f a r f w r c á s i " " p ó f t o d a s partes ú ñ F o r p ñ i H c i ó ñ c o m - ~
p l e t a d e la s o c i e d a d e n c l a s e s d l s t m t a s T ü ü á i e r a r q u í a " v a r i a d a d é p o s i c i o n e s
sociales. E n la R o m a antigua t e n e m o s patriaos,-caballeros;"" plebeyos" y
esclavos; e n la E d a d M e d i a , señores, vasallos, maestros, c o m p a ñ e r o s ,
s i e r v o s ; y, casi e n c a d a c l a s e , n u e v a s d i v i s i o n e s j e r á r q u i c a s . » E n n u e s t r a
o p i n i ó n , si l o s a u t o r e s d e l Manifiesto hubieran dispuesto de informaciones
históricas m á s c o m p l e t a s y serias, h a b r í a n disociado «estados», «órdenes»
«castas» y otros g r u p o s d e «clases sociales» p r o p i a m e n t e dichas e n las so-
c i e d a d e s p r e c a p i t a l i s t a s d e la A n t i g ü e d a d y d e l a E d a d M e d i a .
L a e s t r a t i f i c a c i ó n d e l a s c l a s e s p a r e c e r e s p o n d e r a d e c u a d a m e n t e a las
s o c i e d a d e s c a p i t a l i s t a s . P e r o a ú n a s í s e p r e s e n t a n l o s p r o b l e m a s c u a n d o se
l e e a t e n t a m e n t e e l Manifiesto. E n u n a n o t a , F . E n g e l s h a c e a l g u n a s defi-
n i c i o n e s : « P o r b u r g u e s í a e n t e n d e m o s la c l a s e d e l o s c a p i t a l i s t a s m o d e r n o s ,
p r o p i e t a r i o s d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n , q u e e x p l o t a n el t r a b a j o a s a l a -
riado. P o r p r o l e t a r i a d o , e n t e n d e m o s l a c l a s e d e l o s t r a b a j a d o r e s m o d e r n o s ,
q u e , n o p o s e y e n d o ningún m e d i o d e producción, se ven obligados a ven-
d e r l a f u e r z a d e t r a b a j o p a r a v i v i r » ( r e e d i c i ó n d e 1 8 8 8 ) . A s í , el m o d o d e
producción capitalista enfrenta a d o s clases: empresarios y asalariados. P e r o
el Manifiesto t i e n e e n c u e n t a l a e x i s t e n c i a d e o t r a s clases: a r i s t o c r a c i a t e r r a -
teniente, campesinado, p e q u e ñ a burguesía; y concreta la composición de
la c l a s e m e d i a , n o m b r a n d o a l o s « p e q u e ñ o s i n d u s t r i a l e s , p e q u e ñ o s c o m e r -
c i a n t e s , a r t e s a n o s , a g r i c u l t o r e s . . . » . A l m i s m o t i e m p o , el Manifiesto consi-
d e r a q u e las c l a s e s m e d i a s e s t á n l l a m a d a s a d e s a p a r e c e r : « N u e s t r a é p o c a
(...) s e d i f e r e n c i a d e l a s o t r a s p o r u n r a s g o p e c u l i a r : h a s i m p l i f i c a d o l o s a n -
tagonismos d e las clases. C a d a v e z m á s , la sociedad se divide e n dos gran-
d e s c a m p o s e n e m i g o s , e n d o s c l a s e s q u e s e e n f r e n t a n d i r e c t a m e n t e : la b u r -
g u e s í a y e l p r o l e t a r i a d o . » E n e l Manifiesto, la o b r a m e n o s e l a b o r a d a y sin
e m b a r g o m á s l e í d a , K . M a r x y F . E n g e l s n o s e p a r a n n í t i d a m e n t e el análisis
c o n c r e t o d e u n a f o r m a c i ó n social — p o r e j e m p l o , la s o c i e d a d i n g l e s a v i c t o -
riana, q u e c o m p r e n d e diversas capas sociales: aristócratas, industriales, co-
m e r c i a n t e s , r e n t i s t a s , a r t e s a n o s , o b r e r o s , c a m p e s i n o s , e t c . — d e la r e f l e x i ó n
teórica s o b r e el m o d o d e p r o d u c c i ó n capitalista, q u e tiende a instaurar u n
s i s t e m a d i c o t ó m i c o , u n a r e l a c i ó n coflictiva e n t r e d o s b l o q u e s , el u n o c o n s -
t i t u i d o e n t o r n o d e l a b u r g u e s í a i n d u s t r i a l , y el o t r o , e n t o r n o d e l p r o l e t a -
riado o b r e r o .
t0
^J^^íLH2^^!?£_EL§íijE9ií££P ^ ^ clases s o c i a l e s e s t u d i a n d o la
e a s
soriedad^francesa bajo la Segunda R e p u b l i c a T é ñ T E f l g brumario de Luis,
Bonaparte'.lZ& r e v o l u c i ó n de f e b r e r o d e 1848 e s t á d e s c r i t a e r H o T s i g u i e n t e s
iSrmmosT «Todos l o s e l e m e n t o s q u e habían desencadenado o h e c h o l a r e -
v o l u c i ó n , l a l S p o ^ i a r j i n i i r í a s t i c a . la b u r g u e s í a r e p u b l i c a n a , la p e q u e ñ a b u r -
g u e s í a r e p u b l i c a n a d e m ó c r a t a , l a clase o b r e r a s o c i á l d e m o c r a t a - h a l l a r o n
provisionalmente su lugar e n el g o b i e r n o . » L a insurrección o b r e r a d e j u m o
d e 1848 d a l u g a r a e s t e c o m e n t a r i o : « L a r e p ú b l i c a b u r g u e s a s e i m p u s o : t e -
n í a a su f a v o r a l a a r i s t o c r a c i a financiera, a l a b u r g u e s í a i n d u s t r i a l , a las
clases m e d i a s , a l a p e q u e ñ a b u r g u e s í a , al e j é r c i t o , al l u m p e n p r o l e t a r i a d o
organizado e n «ejército d e r e s e r v a » , a los intelectuales, a los clérigos y a
t o d a la p o b l a c i ó n r u r a l ; e n c a m b i o , a f a v o r d e l p r o l e t a r i a d o n o h a b í a n a -
d i e . » E l g o l p e d e e s t a d o d e 2 d e d i c i e m b r e d e 1 8 5 1 e s j u z g a d o d e la si-
guiente m a n e r a : « B o n a p a r t e , e n c u a n t o es u n p o d e r ejecutivo q u e se h a
195

reflexión marxista» (según P . Villar), p e r o acusa frecuentemente limitacio-
nes —falta d e perspectiva, información insuficiente, mezcla de g é n e r o s — .
E n l a s e g u n d a m i t a l d e l siglo X V I H , l o s filósofos d e la E n c i c l o p e d i a — D i -
derot, D ' A l e m b e r t , e t c . — , y los fundadores d e la e c o n o m í a política
— A . Smith y sus discípulos— e m p l e a n los t é r m i n o s «estados» u « ó r d e n e s »
• p a r a d e s i g n a r l o s g r u p o s s o c i a l e s f u d a m e n t a l e s . E l t é r m i n o d e «clase» a p a -
rece, p o r v e z p r i m e r a , e n plena Revolución: e n 1794, B a b e u f exige «que
n o haya m á s divisiones d e los c i u d a d a n o s e n m u c h a s clases». H a c i a 1820,
S a i n t - S i m o n e s t i m a q u e la clase i n d u s t r i a l « d e b e o c u p a r l a p r i m e r a fila ( . . . ) ,
d e b i e n d o t r a b a j a r l a s o t r a s clases p a r a e l l a » . E n l o s a ñ o s 1 8 3 0 y 1 8 4 0 , l o s
- socialistas f r a n c e s e s — F o u r i e r , P r o u d h o n , P e c q u e u r , L u i s B l a n c , C a b e t ,
e t c . — , q u e d e n u n c i a n los m a l e s del capitalismo liberal, n o cesan d e h a b l a r
d e «clases p r o p i e t a r i a s » , «clases m e d i a s » y «clases t r a b a j a d o r a s » . P o r t a n -
t o , K . M a r x n o i n v e n t a el c o n c e p t o d e c l a s e s , s i n o q u e e x t r a e e s t e - c o n c e p -
to d e T ^ c e r v o ^ e r s o c i a l i s m o . f r a n c é s ; pero, l o - u t i h z a , d e . i o r m a , p e r s o n a l ,
s i t u á n d o l o e n e l c e n t r o n e u r á l g i c o d e su s i s t e m a d e p e n s a m i e n t o . E l Ma-
nifiesto s e i n i c i a c o n l a s i g u i e n t e _ a f i x m a r i ó n p e r e n t o r i a : « L a h i s t o r i a d e l a
hum;uiidad.'h'ás'tá l u i é A r o s d í a s , e s ¡a hi.-toria d e la l u c h a d e c l a s e s . 1 i o n i -
"bresTffii^yescIáWsTp^aSs y p l e b e y o s , a m o s y s i e r v o s , m a e s t r o s y ofi-
ciales; e n u n a p a l a b r a : o p r e s o r e s y o p r i m i d o s s e e n f r e n t a r o n s i e m p r e ; m a n -
tuvieron u n a lucha constante, velada unas veces y otras franca y abierta;
lucha q u e terminó, unas veces, con la transformación revolucionaria d e toda
la s o c i e d a d ; o t r a s , c o n e l h u n d i m i e n t o d e las clases e n l u c h a . » D e s d e J a p e r s -
p e c t i v a d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , c a d a m o d o d e p r o d u c c i ó n e x i g e u n a cía-
se d o m i n a n t e , p o s e e d o r a d e los i n s t r u m e n t o s d e p r o d u c c i ó n , q u e se a p r o -
p i a u n a fracción dertrafiajó'delorotfos'Y^^'cl^" dominada, que"no
p o s e e m á s q u e la f u e r z a d e su t r a b a j o y q u e n o "dispone m á s q u e d e u n a
p a r t e d e l v a l o r p o r ella p r o d u c i d o . L a e x t o r a ó n j k i a - p l u s v a h a . t o m a d i v e r -
sas f o r m a s : t r a b a j o f o r z o s o d e l e s c l a v o e n el m o d o d e p r o d u c c i ó n a n t i g u o ;
p r e s t a c i ó n d e servicios d e l s i e r v o e n e l m o d o d e p r o d u c c i ó n f e u d a l ; p l u s -
v a l í a a r r e b a t a d a a l a s a l a r i a d o e n el m o d o d e p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a . D e b i -
d o a e l l o , c a d a m o d o d e p r o d u c c i ó n p o r t a e n sí m i s m o u n a c o n t r a d i c c i ó n
de intereses y provoca u n antagonismo d e clases.
E l Manifiesto a f i r m a la e x i s t e n c i a d e l a s clases e n l a s s o c i e d a d e s p r e c a -
p i t a l i s t a s : « L a h i s t o r i a d e l a h u m a n i d a d e s l a h i s t o r i a d e l a l u c h a d e cla-
ses.» M á s t a r d e , c u a n d o t i e n e l u g a r la r e e d i c i ó n , F . E n g e l s a ñ a d e u n a n o t a :
« L a h i s t o r i a d e la h u m a n i d a d ( . . . ) m á s e x a c t a m e n t e e s c r i t a . » E n t r e l a e d i -
ción d e 1848 y la d e 1 8 8 8 , F . E n g e l s c o n o c e l o s t r a b a j o s d e l e t n ó l o g o
L . M o r g a n sobre la «comunidad primitiva», sociedad q u e desconoce la es-
c r i t u r a , f u n d a d a s o b r e la familia e n el s e n t i d o a m p l i o d e l t é r m i n o , y q u e
g a r a n t i z a la p r o p i e d a d c o l e c t i v a . E n 1 8 5 8 , e s t u d i a n d o «las f o r m a s p r e c a p i -
talistas d e l a p r o d u c c i ó n » , K . M a r x s ó l o t i e n e e n c u e n t a l a s c o m u n i d a d e s
t r i b a l e s e n t r e «los c e l t a s , l o s g e r m a n o s , l o s e s l a v o s , l o s i n d i o s s a l v a j e s d e
A m é r i c a » y los p u e b l o s p a s t o r e s d e O r i e n t e , p e r o n o distingue t o d a v í a las
clases e n l a s s o c i e d a d e s d e s p ó t i c a s d e M é x i c o , P e r ú o P e r s i a : « N o h a y n a d a
c o n t r a d i c t o r i o , al i g u a l q u e e n la m a y o r p a r t e d e las f o r m a s a s i á t i c a s , e n
las q u e l a u n i d a d c e n t r a l i z a d o r a , q u e s e e r i g e p o r e n c i m a d e las p e q u e ñ a s
c o m u n i d a d e s , d e s e m p e ñ a la figura d e l p r o p i e t a r i o s u p r e m o y ú n i c o . » . A s í
p u e s , l a s clases s o c i a l e s n o a p a r e c e T J u T j i a s i a ^ d £ s r ^
m i t i v o ,faasta.después_delmodo de producciónasiáticp», c o n l o s m o d o s . d e
194
p r o d u c c i ó n « a n t i g u o » y « f e u d a l » . ^Manifiesto p r e c i s a : « E n las é p o c a s his-
tóricas" a n t i g u a s " é ñ c f M f f a r f w r c á s i " " p ó f t o d a s partes ú ñ F o r p ñ i H c i ó ñ c o m - ~
p l e t a d e la s o c i e d a d e n c l a s e s d l s t m t a s T ü ü á i e r a r q u í a " v a r i a d a d é p o s i c i o n e s
sociales. E n la R o m a antigua t e n e m o s patriaos,-caballeros;"" plebeyos" y
esclavos; e n la E d a d M e d i a , señores, vasallos, maestros, c o m p a ñ e r o s ,
s i e r v o s ; y, casi e n c a d a c l a s e , n u e v a s d i v i s i o n e s j e r á r q u i c a s . » E n n u e s t r a
o p i n i ó n , si l o s a u t o r e s d e l Manifiesto hubieran dispuesto de informaciones
históricas m á s c o m p l e t a s y serias, h a b r í a n disociado «estados», «órdenes»
«castas» y otros g r u p o s d e «clases sociales» p r o p i a m e n t e dichas e n las so-
c i e d a d e s p r e c a p i t a l i s t a s d e la A n t i g ü e d a d y d e l a E d a d M e d i a .
L a e s t r a t i f i c a c i ó n d e l a s c l a s e s p a r e c e r e s p o n d e r a d e c u a d a m e n t e a las
s o c i e d a d e s c a p i t a l i s t a s . P e r o a ú n a s í s e p r e s e n t a n l o s p r o b l e m a s c u a n d o se
l e e a t e n t a m e n t e e l Manifiesto. E n u n a n o t a , F . E n g e l s h a c e a l g u n a s defi-
n i c i o n e s : « P o r b u r g u e s í a e n t e n d e m o s la c l a s e d e l o s c a p i t a l i s t a s m o d e r n o s ,
p r o p i e t a r i o s d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n , q u e e x p l o t a n el t r a b a j o a s a l a -
riado. P o r p r o l e t a r i a d o , e n t e n d e m o s l a c l a s e d e l o s t r a b a j a d o r e s m o d e r n o s ,
q u e , n o p o s e y e n d o ningún m e d i o d e producción, se ven obligados a ven-
d e r l a f u e r z a d e t r a b a j o p a r a v i v i r » ( r e e d i c i ó n d e 1 8 8 8 ) . A s í , el m o d o d e
producción capitalista enfrenta a d o s clases: empresarios y asalariados. P e r o
el Manifiesto t i e n e e n c u e n t a l a e x i s t e n c i a d e o t r a s clases: a r i s t o c r a c i a t e r r a -
teniente, campesinado, p e q u e ñ a burguesía; y concreta la composición de
la c l a s e m e d i a , n o m b r a n d o a l o s « p e q u e ñ o s i n d u s t r i a l e s , p e q u e ñ o s c o m e r -
c i a n t e s , a r t e s a n o s , a g r i c u l t o r e s . . . » . A l m i s m o t i e m p o , el Manifiesto consi-
d e r a q u e las c l a s e s m e d i a s e s t á n l l a m a d a s a d e s a p a r e c e r : « N u e s t r a é p o c a
(...) s e d i f e r e n c i a d e l a s o t r a s p o r u n r a s g o p e c u l i a r : h a s i m p l i f i c a d o l o s a n -
tagonismos d e las clases. C a d a v e z m á s , la sociedad se divide e n dos gran-
d e s c a m p o s e n e m i g o s , e n d o s c l a s e s q u e s e e n f r e n t a n d i r e c t a m e n t e : la b u r -
g u e s í a y e l p r o l e t a r i a d o . » E n e l Manifiesto, la o b r a m e n o s e l a b o r a d a y sin
e m b a r g o m á s l e í d a , K . M a r x y F . E n g e l s n o s e p a r a n n í t i d a m e n t e el análisis
c o n c r e t o d e u n a f o r m a c i ó n social — p o r e j e m p l o , la s o c i e d a d i n g l e s a v i c t o -
riana, q u e c o m p r e n d e diversas capas sociales: aristócratas, industriales, co-
m e r c i a n t e s , r e n t i s t a s , a r t e s a n o s , o b r e r o s , c a m p e s i n o s , e t c . — d e la r e f l e x i ó n
teórica s o b r e el m o d o d e p r o d u c c i ó n capitalista, q u e tiende a instaurar u n
s i s t e m a d i c o t ó m i c o , u n a r e l a c i ó n coflictiva e n t r e d o s b l o q u e s , el u n o c o n s -
t i t u i d o e n t o r n o d e l a b u r g u e s í a i n d u s t r i a l , y el o t r o , e n t o r n o d e l p r o l e t a -
riado o b r e r o .
t0
^J^^íLH2^^!?£_EL§íijE9ií££P ^ ^ clases s o c i a l e s e s t u d i a n d o la
e a s
soriedad^francesa bajo la Segunda R e p u b l i c a T é ñ T E f l g brumario de Luis,
Bonaparte'.lZ& r e v o l u c i ó n de f e b r e r o d e 1848 e s t á d e s c r i t a e r H o T s i g u i e n t e s
iSrmmosT «Todos l o s e l e m e n t o s q u e habían desencadenado o h e c h o l a r e -
v o l u c i ó n , l a l S p o ^ i a r j i n i i r í a s t i c a . la b u r g u e s í a r e p u b l i c a n a , la p e q u e ñ a b u r -
g u e s í a r e p u b l i c a n a d e m ó c r a t a , l a clase o b r e r a s o c i á l d e m o c r a t a - h a l l a r o n
provisionalmente su lugar e n el g o b i e r n o . » L a insurrección o b r e r a d e j u m o
d e 1848 d a l u g a r a e s t e c o m e n t a r i o : « L a r e p ú b l i c a b u r g u e s a s e i m p u s o : t e -
n í a a su f a v o r a l a a r i s t o c r a c i a financiera, a l a b u r g u e s í a i n d u s t r i a l , a las
clases m e d i a s , a l a p e q u e ñ a b u r g u e s í a , al e j é r c i t o , al l u m p e n p r o l e t a r i a d o
organizado e n «ejército d e r e s e r v a » , a los intelectuales, a los clérigos y a
t o d a la p o b l a c i ó n r u r a l ; e n c a m b i o , a f a v o r d e l p r o l e t a r i a d o n o h a b í a n a -
d i e . » E l g o l p e d e e s t a d o d e 2 d e d i c i e m b r e d e 1 8 5 1 e s j u z g a d o d e la si-
guiente m a n e r a : « B o n a p a r t e , e n c u a n t o es u n p o d e r ejecutivo q u e se h a
195
hecho i n d e p e n d i e n t e d e la s o c i e d a d , s e s i e n t e l l a m a d o a a s e g u r a r el o r d e n
b u r g u é s . P e r o la fuerza d e este o r d e n b u r g u é s descansa e n la clase m e d i a .
P o r ello s e erige e n r e p r e s e n t a n t e d e esta c l a s e ( . . . ) . A l a v e z , B o n a p a r t e
se opone a l a b u r g u e s í a e n c u a n t o q u e r e p r e s e n t a a los c a m p e s i n o s y al p u e -
b l o . » L a l e c t u r a d e t e n i d a d e estos t e x t o s d e m u e s t r a q u e l a j v i s i r á j n a m s t a
d e ¡as ciases e s s i n g u l a r m e n t e c o m p l e j a , i n c l u s o , a veces, o b s c u r a . P o r una
p a r t e a e ñ l a s o c i e d a d f r a n c e s a d e m e d i a d o s d e l sigio X K g e j o m b i a a , al m e -
n o s , m e d i a " d o c e n a d e clases: aristocracia, b u r g u e s í a , p.eqiieñaJ?urguesía,
p r b l e t a n a d o obrero, c a m p e s i n a d o , s u b p r o l e t a r i a d o . P o j otra p a r t e ^ l a s cla-
ses se c o n f u n d e n c o n otros g r u p o s , casi c o n i n s t i t u c i o n e s : s a c e r d o t e s , inte-
lectuales," m i l i t a r e s , e t c . F i n a l m e n t e , l a s clases tienen c a r a c t e r e s i m p r e c i -
sSTjúnas veces e c o n ó m i c o s ^ — l a - b u r g u e s í a i n d u s t n a l — , o t r a s p o l í t i c o s — l a
burguesía republicana.
E n El 18 brumario, K . M a r x s i t ú a l a s clases sociales e n r e l a c i ó n c o n el
p o d e r p o l í t i c o . P r i m e r a constatar;iónj_ias.-Clases.-se--expresan-a4ravés-de-los
p a r t i d o s : « D u f a r I t e T á T S s t a u r a c i ó n , l o s g r a n d e s p r o p i e t a r i o s h a b í a n sido
los amos y, c o n s e c u e n t e m e n t e , eran l e g i t i m i s t a s . D u r a n t e l a m o n a r q u í a d e
j u l i o , l o s amos h a b í a n sido l a a r i s t o c r a c i a financiera y l o s g r a n d e s i n d u s -
triales y, c o n s e c u e n t e m e n t e , eran o r l e a n i s t a s . » « E n 1848, e l p a r t i d o p r o l e -
tario aparecía como u n simple anexo d e l partido d e m ó c r a t a p e q u e ñ o - b u r -
gués ( . . . ) . E l p a r t i d o d e m ó c r a t a , a s u v e z , s e apoya s o b r e l o s h o m b r o s d e l
p a r t i d o r e p u b l i c a n o b u r g u é s . » S e g u n d a c o n s t a t a c i ó n : l a s clases anudan
alianzas y s e e n f r e n t a n e n l a s l u c h a s : « D u r a n t e l a s j o r n a d a s d e j u n i o d e
1848. ¡ o d a s ¡as ciases > ¡odo> ios p a n i d o s s e h a b í a n u n i d o e n el " p a r t i d o
del o r d e n " , frente a la clase proletaria c o n los partidarios d e " l a a n a r q u í a " ,
del s o c i a l i s m o , d e l c o m u n i s m o ( . . . ) . L o s d i r i g e n t e s d e l p a r t i d o d e l o r d e n
h a b í a n r e c u p e r a d o las viejas palabras del o r d e n — " p r o p i e d a d , familia, r e -
ligión"— y las habían lanzado a sus t r o p a s , llamándolas a la cruzada con-
trarrevolucionaria.» Terceja ccmstatactónx.las,josicipnes,recíprocas d é l a s
w
clases d e t e r m i n a n l o s r e g í m e n e s p o l í t i c o s : « L a R e p ú b l i c a p a r l a m e n t a r i a e r a
algo m á s q u e el t e r r e n o n e u t r o donde l a s d o s f r a c c i o n e s d e l a b u r g u e s í a
francesa — l a l e g i t i m i s t a y l a o r l e a n i s t a ; l a gran p r o p i e d a d d e l a t i e r r a y l a
industria— coexistían c o n iguales derechos. L a República e r a la condición
indispensable d e su c o m ú n dominación, la única forma d e estado e n la q u e
podían quedar subordinadas las pretensiones d e las diferentes fracciones,
y las d e t o d a s l a s o t r a s clases s o c i a l e s , a s u i n t e r é s g e n e r a l d e c l a s e . » Últi-
m a c o n s t a t a c i ó n : el a p a r a t o d e l e s t a d o puede e s t a r al s e r v i c i o d e l a c l a s e
d o m i n a n t e , pero puede c o n s e g u i r t a m b i é n c i e r t a a u t o n o m í a : « C u a n d o l a
m o n a r q u í a absoluta, c u a n d o la p r i m e r a Revolución y c u a n d o N a p o l e ó n I ,
la b u r o c r a c i a f u e t a n sólo el m e d i o d e preparar l a d o m i n a c i ó n d e l a b u r -
guesía. D u r a n t e la é p o c a d e la R e s t a u r a c i ó n , d e Luis Felipe y d e la R e p ú -
blica p a r l a m e n t a r i a , f u e el i n s t r u m e n t o d e l a c l a s e d o m i n a n t e ( . . . ) . F u e c o n
el s e g u n d o B o n a p a r t e c u a n d o d e v i n o c o m p l e t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e . »
¿ E x i s t e u n a d e f i n i c i ó n d e clase m a r x i s t a ? E n u n f r a g m e n t o d e l m a n u s -
crito r e d a c t a d o p a r a ^ t i i b r o - T I I d e E Z " l Q i p M ; ^ a t r t l 5 S i m m t a r i a s ' - c l a s e s
eñ~TmiaóX3fiTiu. p o s i c i ó n e n e l m c K i o T a T g f o d B a ^ x ^ t a l i s t a s : ¿ C ó m o
llegan a c o n s t i t u i r los t r a b a j a d o r e s a s a l a r i a d o s , los c a p i t a l i s t a s y los terra-
t e n i e n t e s las tres g r a n d e s clases s o c i a l e s ? A p r i m e r a vista, a causa d e l a
i d e n t i d a d d e s u s r e c u r s o s y d e las f u e n t e s d e los mismos: h e aquí t r e s gran-
deS-.grupo.S-,SQCides.myps,rnia^ respectivamente,
196
del s a l a r i o , d e l b e n e f i c i o y d e l a r e n t a , e s d e c i r , d e l v a l o r d e s u f u e r z a d e
trabajo, d e su capitlDTlErsTüTSena^
~EfigeIs~lro~vueT^^
qmériTTmáTrñ^
i e j f t ^ é c o n ó j m c o s : « S e l l a m a n clases a vastos g r u p o s h u m a n o s q u e se dis-
t i n g u e n . p o r el l u g a r q u e o c u p a n e n u n s i s t e m a h i s t ó r i c o d e f i n i d o d e ¡a p r o -
d u c c i ó n social, p o r s u r e l a c i ó n c o n J o s _ m ^ su p a p e l
"socaáTeñ l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l t r a b a j o y , e n c o n s e c u e n c i a , p o r l o s m e -
dios l i é o b t e n e r J a s j i q u e z a s . sociales_y ja..canti_dad_ d e _éitás"_de q u é d i s p o -
n e n . » E n p r i n c i p i o , l a c l a s e social s e c a r a c t e r i z a p o r l a p o s e s i ó n o n o p o -
"Tésioñ d e l o s i n s t r u m e n t o s d e p r o d u c c i ó n , p o r el o r i g e n y el n i v e l d e s u s
ingresos, p o r la comunidad d e intereses económicos.
Sin ejnbarjo^sejÚD_Marx, u n grupo h u m a n o exclusivamente d e t e r m i -
3.dojB^su^slatuto_econr3rm
e n sí». P a r a l l e g a r a s e r c o m p l e t a m e n t e u n a c l a s e s o c i a l , o d i c h o d é o t r a
m a n e r a , « u n a c l a s e p a r a ^TtY^^óíS^TMr^^f^ so&ád^dstá entre
sus m i e m b r o s , t o m a r c o n c i e n c i a d e s u s i n t e r e s e s c o l e c t i v o s . M a r x l o d e -
m u e s t r a a l d e s c r i b i r al c a m p e s i n a d o " f i ^ i i c i s e i í ' * E Í '18"Brwnario: « E n l a m e -
dida e n q u e millones d e familias campesinas viven e n condiciones q u e les
s e p a r a n d e o t r a s clases s o c i a l e s y s e e n f r e n t a n a ellas p o r s u g é n e r o d e v i d a ,
i n t e r e s e s y c u l t u r a , c o n s t i t u y e n u n a c l a s e . P e r o n o l a c o n s t i t u y e n e n l a me-
d i d a e n q u e l a s i m i h t u d d e s u s i n t e r e s e s n o c r e a e n t r e ellos n i n g u n a soli-
daridad, ninguna vinculación nacional, ninguna organización política. P o r
ello los c a m p e s i n o s s o n i n c a p a c e s d e d e f e n d e r , p o r s í m i s m o s , s u s i n t e r e s e s
d e c l a s e . » M a r x l o p r e c i s a i g u a l m e n t e e n La ideología alemana: « L o s i n d i -
v i d u o s a i s l a d o s n o f o r m a n u n a clase e n t a n t o q u e n o n e c e s i t a n l u c h a r c o n -
j u n t a m e n t e contra otra clase.» A s í p u e s , u n grupo económico se transfor-
m a e n clase social a t r a v é s d e l a t o m a d e c o n c i e n c i a , l a cual s e m a n i f i e s t a
en los actos: lucha e n forma d e huelgas, manifestaciones, alborotos; el voto
en las elecciones; la organización d e p a r t i d o s , asociaciones y sindicatos; la
expresión d e u n a ideología —liberalismo, radicalismo, socialismo, etc.—.
E n definitiva, m i e n t r a s q u e el c o n c e p t o d e c l a s e d e s e m p e ñ a u n p a p e l c o n -
siderable e n la doctrina marxista, e n c a m b i o n o s e halla u n a teoría elabo-
r a d a d e l a s clases s o c i a l e s e n n i n g u n o d e l o s e s c r i t o s d e M a r x y E n g e l s .
Pierre Vilar observa, respecto a las «obras históricas lo siguiente: M a r x ha-
bla d e h i s t o r i a c o m o h a b l a d e p o l í t i c a , c o n l a ú n i c a i n t e n c i ó n d e e s t a b l e c e r
haces d e probabíliddes, p e r o n o certidumbres (...); con la esperanza d e re-
d u c i r el c a m p o d e l o i n c i e r t o . T o d a v í a n o e s u n a c i e n c i a . Y M a r x n o se
h a c e n i n g u n a ilusión al r e s p e c t o ( . . . ) . S e t r a t a t a n s ó l o d e u n e j e r c i c i o e m -
p í r i c o q u e v a s i n c e s a r d e l e j e m p l o a l r a z o n a m i e n t o y d e l r a z o n a m i e n t o al
e j e m p l o , y q u e h a n p r a c t i c a d o (casi s i e m p r e m a l ) l o s p o l í t i c o s y l o s h i s t o -
riadores.» A p r o p ó s i t o d e la sociología d e las clases, a p e n a s e s b o z a d a e n
las o b r a s d e M a r x , s e p u e d e n r e t e n e r a l g u n a s i d e a s f u n d a m e n t a l e s . P r i m e -
ro: la definición d e clase s u p o n e u n a d o b l e referencia: a ) a u n criterio eco-
nómico: la posición e n el m o d o d e producción; b ) a u n criterio psicológico
y político: la t o m a d e conciencia. S e g u n d o : es m e n o s pertinente considerar
u n a clase e n sí m i s m a , a i s l a d a m e n t e , q u e l a e s t r u c t u r a d e clases s o c i a l e s ,
e n l a m e d i d a e n q u e l a s c l a s e s e x i s t e n s o b r e t o d o p o r s u s r e l a c i o n e s recí-
p r o c a s . T e r c e r o : l a l u c h a d e c l a s e s « d e t e r m i n a » , e n g r a n p a r t e , l o s conflic-
t o s p o l í t i c o s , p e r o n o s e d e b e r e d u c i r , d e m a n e r a s i m p l i s t a , el n i v e l p o l í t i c o
197
hecho i n d e p e n d i e n t e d e la s o c i e d a d , s e s i e n t e l l a m a d o a a s e g u r a r el o r d e n
b u r g u é s . P e r o la fuerza d e este o r d e n b u r g u é s descansa e n la clase m e d i a .
P o r ello s e erige e n r e p r e s e n t a n t e d e esta c l a s e ( . . . ) . A l a v e z , B o n a p a r t e
se opone a l a b u r g u e s í a e n c u a n t o q u e r e p r e s e n t a a los c a m p e s i n o s y al p u e -
b l o . » L a l e c t u r a d e t e n i d a d e estos t e x t o s d e m u e s t r a q u e l a j v i s i r á j n a m s t a
d e ¡as ciases e s s i n g u l a r m e n t e c o m p l e j a , i n c l u s o , a veces, o b s c u r a . P o r una
p a r t e a e ñ l a s o c i e d a d f r a n c e s a d e m e d i a d o s d e l sigio X K g e j o m b i a a , al m e -
n o s , m e d i a " d o c e n a d e clases: aristocracia, b u r g u e s í a , p.eqiieñaJ?urguesía,
p r b l e t a n a d o obrero, c a m p e s i n a d o , s u b p r o l e t a r i a d o . P o j otra p a r t e ^ l a s cla-
ses se c o n f u n d e n c o n otros g r u p o s , casi c o n i n s t i t u c i o n e s : s a c e r d o t e s , inte-
lectuales," m i l i t a r e s , e t c . F i n a l m e n t e , l a s clases tienen c a r a c t e r e s i m p r e c i -
sSTjúnas veces e c o n ó m i c o s ^ — l a - b u r g u e s í a i n d u s t n a l — , o t r a s p o l í t i c o s — l a
burguesía republicana.
E n El 18 brumario, K . M a r x s i t ú a l a s clases sociales e n r e l a c i ó n c o n el
p o d e r p o l í t i c o . P r i m e r a constatar;iónj_ias.-Clases.-se--expresan-a4ravés-de-los
p a r t i d o s : « D u f a r I t e T á T S s t a u r a c i ó n , l o s g r a n d e s p r o p i e t a r i o s h a b í a n sido
los amos y, c o n s e c u e n t e m e n t e , eran l e g i t i m i s t a s . D u r a n t e l a m o n a r q u í a d e
j u l i o , l o s amos h a b í a n sido l a a r i s t o c r a c i a financiera y l o s g r a n d e s i n d u s -
triales y, c o n s e c u e n t e m e n t e , eran o r l e a n i s t a s . » « E n 1848, e l p a r t i d o p r o l e -
tario aparecía como u n simple anexo d e l partido d e m ó c r a t a p e q u e ñ o - b u r -
gués ( . . . ) . E l p a r t i d o d e m ó c r a t a , a s u v e z , s e apoya s o b r e l o s h o m b r o s d e l
p a r t i d o r e p u b l i c a n o b u r g u é s . » S e g u n d a c o n s t a t a c i ó n : l a s clases anudan
alianzas y s e e n f r e n t a n e n l a s l u c h a s : « D u r a n t e l a s j o r n a d a s d e j u n i o d e
1848. ¡ o d a s ¡as ciases > ¡odo> ios p a n i d o s s e h a b í a n u n i d o e n el " p a r t i d o
del o r d e n " , frente a la clase proletaria c o n los partidarios d e " l a a n a r q u í a " ,
del s o c i a l i s m o , d e l c o m u n i s m o ( . . . ) . L o s d i r i g e n t e s d e l p a r t i d o d e l o r d e n
h a b í a n r e c u p e r a d o las viejas palabras del o r d e n — " p r o p i e d a d , familia, r e -
ligión"— y las habían lanzado a sus t r o p a s , llamándolas a la cruzada con-
trarrevolucionaria.» Terceja ccmstatactónx.las,josicipnes,recíprocas d é l a s
w
clases d e t e r m i n a n l o s r e g í m e n e s p o l í t i c o s : « L a R e p ú b l i c a p a r l a m e n t a r i a e r a
algo m á s q u e el t e r r e n o n e u t r o donde l a s d o s f r a c c i o n e s d e l a b u r g u e s í a
francesa — l a l e g i t i m i s t a y l a o r l e a n i s t a ; l a gran p r o p i e d a d d e l a t i e r r a y l a
industria— coexistían c o n iguales derechos. L a República e r a la condición
indispensable d e su c o m ú n dominación, la única forma d e estado e n la q u e
podían quedar subordinadas las pretensiones d e las diferentes fracciones,
y las d e t o d a s l a s o t r a s clases s o c i a l e s , a s u i n t e r é s g e n e r a l d e c l a s e . » Últi-
m a c o n s t a t a c i ó n : el a p a r a t o d e l e s t a d o puede e s t a r al s e r v i c i o d e l a c l a s e
d o m i n a n t e , pero puede c o n s e g u i r t a m b i é n c i e r t a a u t o n o m í a : « C u a n d o l a
m o n a r q u í a absoluta, c u a n d o la p r i m e r a Revolución y c u a n d o N a p o l e ó n I ,
la b u r o c r a c i a f u e t a n sólo el m e d i o d e preparar l a d o m i n a c i ó n d e l a b u r -
guesía. D u r a n t e la é p o c a d e la R e s t a u r a c i ó n , d e Luis Felipe y d e la R e p ú -
blica p a r l a m e n t a r i a , f u e el i n s t r u m e n t o d e l a c l a s e d o m i n a n t e ( . . . ) . F u e c o n
el s e g u n d o B o n a p a r t e c u a n d o d e v i n o c o m p l e t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e . »
¿ E x i s t e u n a d e f i n i c i ó n d e clase m a r x i s t a ? E n u n f r a g m e n t o d e l m a n u s -
crito r e d a c t a d o p a r a ^ t i i b r o - T I I d e E Z " l Q i p M ; ^ a t r t l 5 S i m m t a r i a s ' - c l a s e s
eñ~TmiaóX3fiTiu. p o s i c i ó n e n e l m c K i o T a T g f o d B a ^ x ^ t a l i s t a s : ¿ C ó m o
llegan a c o n s t i t u i r los t r a b a j a d o r e s a s a l a r i a d o s , los c a p i t a l i s t a s y los terra-
t e n i e n t e s las tres g r a n d e s clases s o c i a l e s ? A p r i m e r a vista, a causa d e l a
i d e n t i d a d d e s u s r e c u r s o s y d e las f u e n t e s d e los mismos: h e aquí t r e s gran-
deS-.grupo.S-,SQCides.myps,rnia^ respectivamente,
196
del s a l a r i o , d e l b e n e f i c i o y d e l a r e n t a , e s d e c i r , d e l v a l o r d e s u f u e r z a d e
trabajo, d e su capitlDTlErsTüTSena^
~EfigeIs~lro~vueT^^
qmériTTmáTrñ^
i e j f t ^ é c o n ó j m c o s : « S e l l a m a n clases a vastos g r u p o s h u m a n o s q u e se dis-
t i n g u e n . p o r el l u g a r q u e o c u p a n e n u n s i s t e m a h i s t ó r i c o d e f i n i d o d e ¡a p r o -
d u c c i ó n social, p o r s u r e l a c i ó n c o n J o s _ m ^ su p a p e l
"socaáTeñ l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l t r a b a j o y , e n c o n s e c u e n c i a , p o r l o s m e -
dios l i é o b t e n e r J a s j i q u e z a s . sociales_y ja..canti_dad_ d e _éitás"_de q u é d i s p o -
n e n . » E n p r i n c i p i o , l a c l a s e social s e c a r a c t e r i z a p o r l a p o s e s i ó n o n o p o -
"Tésioñ d e l o s i n s t r u m e n t o s d e p r o d u c c i ó n , p o r el o r i g e n y el n i v e l d e s u s
ingresos, p o r la comunidad d e intereses económicos.
Sin ejnbarjo^sejÚD_Marx, u n grupo h u m a n o exclusivamente d e t e r m i -
3.dojB^su^slatuto_econr3rm
e n sí». P a r a l l e g a r a s e r c o m p l e t a m e n t e u n a c l a s e s o c i a l , o d i c h o d é o t r a
m a n e r a , « u n a c l a s e p a r a ^TtY^^óíS^TMr^^f^ so&ád^dstá entre
sus m i e m b r o s , t o m a r c o n c i e n c i a d e s u s i n t e r e s e s c o l e c t i v o s . M a r x l o d e -
m u e s t r a a l d e s c r i b i r al c a m p e s i n a d o " f i ^ i i c i s e i í ' * E Í '18"Brwnario: « E n l a m e -
dida e n q u e millones d e familias campesinas viven e n condiciones q u e les
s e p a r a n d e o t r a s clases s o c i a l e s y s e e n f r e n t a n a ellas p o r s u g é n e r o d e v i d a ,
i n t e r e s e s y c u l t u r a , c o n s t i t u y e n u n a c l a s e . P e r o n o l a c o n s t i t u y e n e n l a me-
d i d a e n q u e l a s i m i h t u d d e s u s i n t e r e s e s n o c r e a e n t r e ellos n i n g u n a soli-
daridad, ninguna vinculación nacional, ninguna organización política. P o r
ello los c a m p e s i n o s s o n i n c a p a c e s d e d e f e n d e r , p o r s í m i s m o s , s u s i n t e r e s e s
d e c l a s e . » M a r x l o p r e c i s a i g u a l m e n t e e n La ideología alemana: « L o s i n d i -
v i d u o s a i s l a d o s n o f o r m a n u n a clase e n t a n t o q u e n o n e c e s i t a n l u c h a r c o n -
j u n t a m e n t e contra otra clase.» A s í p u e s , u n grupo económico se transfor-
m a e n clase social a t r a v é s d e l a t o m a d e c o n c i e n c i a , l a cual s e m a n i f i e s t a
en los actos: lucha e n forma d e huelgas, manifestaciones, alborotos; el voto
en las elecciones; la organización d e p a r t i d o s , asociaciones y sindicatos; la
expresión d e u n a ideología —liberalismo, radicalismo, socialismo, etc.—.
E n definitiva, m i e n t r a s q u e el c o n c e p t o d e c l a s e d e s e m p e ñ a u n p a p e l c o n -
siderable e n la doctrina marxista, e n c a m b i o n o s e halla u n a teoría elabo-
r a d a d e l a s clases s o c i a l e s e n n i n g u n o d e l o s e s c r i t o s d e M a r x y E n g e l s .
Pierre Vilar observa, respecto a las «obras históricas lo siguiente: M a r x ha-
bla d e h i s t o r i a c o m o h a b l a d e p o l í t i c a , c o n l a ú n i c a i n t e n c i ó n d e e s t a b l e c e r
haces d e probabíliddes, p e r o n o certidumbres (...); con la esperanza d e re-
d u c i r el c a m p o d e l o i n c i e r t o . T o d a v í a n o e s u n a c i e n c i a . Y M a r x n o se
h a c e n i n g u n a ilusión al r e s p e c t o ( . . . ) . S e t r a t a t a n s ó l o d e u n e j e r c i c i o e m -
p í r i c o q u e v a s i n c e s a r d e l e j e m p l o a l r a z o n a m i e n t o y d e l r a z o n a m i e n t o al
e j e m p l o , y q u e h a n p r a c t i c a d o (casi s i e m p r e m a l ) l o s p o l í t i c o s y l o s h i s t o -
riadores.» A p r o p ó s i t o d e la sociología d e las clases, a p e n a s e s b o z a d a e n
las o b r a s d e M a r x , s e p u e d e n r e t e n e r a l g u n a s i d e a s f u n d a m e n t a l e s . P r i m e -
ro: la definición d e clase s u p o n e u n a d o b l e referencia: a ) a u n criterio eco-
nómico: la posición e n el m o d o d e producción; b ) a u n criterio psicológico
y político: la t o m a d e conciencia. S e g u n d o : es m e n o s pertinente considerar
u n a clase e n sí m i s m a , a i s l a d a m e n t e , q u e l a e s t r u c t u r a d e clases s o c i a l e s ,
e n l a m e d i d a e n q u e l a s c l a s e s e x i s t e n s o b r e t o d o p o r s u s r e l a c i o n e s recí-
p r o c a s . T e r c e r o : l a l u c h a d e c l a s e s « d e t e r m i n a » , e n g r a n p a r t e , l o s conflic-
t o s p o l í t i c o s , p e r o n o s e d e b e r e d u c i r , d e m a n e r a s i m p l i s t a , el n i v e l p o l í t i c o
197
a l . n i v e l social, p o r q u e c a d a i n s t a n c i a t i e n e c i e r t a a u t o n o m í a e n s u f u n c i o -
n a m i e n t o . C u a r t o : l o s g r u p o s sociales s e p a r e c e n a l a s c l a s e s — y p u e d e n
l l a m a r s e a s í , a f a l t a d e m a y o r p r e c i s i ó n — e n las s o c i e d a d e s p r e c a p i t a l i s t a s ,
p e r o n o t i e n e n l o s m i s m o s c a r a c t e r e s , ni l a s m i s m a s f u n c i o n e s , n i l o s m i s -
m o s c o m p o r t a m i e n t o s q u e t i e n e n las clases e n l a s s o c i e d a d e s c a p i t a l i s t a s .
3. E L CONCEPTO D E IDEOLOGÍA
§ e c » B o c e . £ Q n - e l . n o m b r e de-«jde61og.QS» a u n grupo d e cjentíficps..fran-
c e s e s q u e -han d e s e m p e ñ a d o u n p a p e l i n t e l e c t u a l y ^ f r e c u e m e m j s n t e ^ t e i n -
b i é n p o l í t i c o d e p r i m e r a c a t e g o r í a entre'Í78S> y 1 8 3 0 . S e t r a t a d e p r o f e s i o -
n a l e s y e s p e c i a l i s t a s , como~eTlñe"dicó~"CabanIs, el g e ó g r a f o V o l n e y , el
e s c r i t o r B . C o n s t a n t , el a r c h i v e r o D a u n o u , el filósofo D e s t u t t d e T r a c y .
E s t e "último i n v e n t ó , e n u n a m e m o r i a p r e s e n t a d a e n e l I n s t i t u t o e n 1 7 9 6 ,
el t é r m i n o « i d e o l o g í a » p a r a r e e m p l a z a r l a s n o c i o n e s d e m e t a f í s i c a y d e p s i -
c o l o g í a . L a i d e o l o g í a p r e t e n d a j a s o m a - ^ i e n c i a - d e » c i f t n n i a s . » , .r&ftttada..en
v
el e s t u d i o d e l h o m b r e , p e r o e x t e n d i é n d o s e a j a s ciencias n a t u r a
gicas, m o r a l e s y políticas.'Enuncia a l g u n a s i d a a s , n u e v a s : l a v o l u n t a d d e r e -
nunciar a t o d o t i p o d e ^ x p l i c i c i á n . t r a s c e n d e n t a l . p a r a e x p l i c a r el c o n o c i -
m i e n t o ; la voluntad d e constituir u n sistema metodológico tal q u e p u e d a n
e n c o n t r a r *en é l su l u g a r l a s d i v e r s a s disciplinas y d e d u c i r s e l a s u n a s d e l a s
o t r a s ; l a i n t e n c i ó n d e c o n c r e t a r e s t e p r o y e c t o científico p o r m e d i o d e l a s
instituciones d e enseñanza e investigación. U n e j e m p l o : según D e s t u t t d e
Tracy, la ciencia, la e c o n o m í a y la política tienen estrechas relaciones y d o -
b l e s e n t i d o . E n c o n s e c u e n c i a , e s p o s i b l e edificar u n a c i e n c i a d e la e c o n o -
m í a q u e s e r á la d e la j u s t a n e c e s i d a d y l a j u s t a p r o p i e d a d , y u n a c i e n c i a d e
la p o l í t i c a q u e s e r á la d e l a v e r d a d e r a l i b e r t a d . I n v e r s a m e n t e , si s e l a d o t a
d e b u e n a s i n s t i t u c i o n e s , s e p u e d e e s p e r a r d e ella e l p r o g r e s o d e l a s o p i n i o -
n e s y d e l a s c o n c i e n c i a s , a t r a v é s d e l a s r e a l i z a c i o n e s científicas y e d u c a t i -
v a s . D u r a n t e l a C o n v e n c i ó n , el D i r e c t o r i o , e l C o n s u l a d o y el I m p e r i o , l o s
i d e ó l o g o s c o n t r i b u y e r o n a edificar l a s i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a l e s , p r o p o n i e n d o
la r e o r g a n i z a c i ó n d e l I n s t i t u t o , l a f u n d a c i ó n d e l a E s c u e l a N o r m a l , l a r e a -
lización d e las e s c u e l a s c e n t r a l e s (los f u t u r o s l i c e o s ) ; e i n t e r v i n i e r o n e n l a s
i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s , p a r t i c i p a n d o e n las a s a m b l e a s , p r o p o n i e n d o l e y e s ,
a p r o b a n d o o criticando los gobiernos. A través d e los diferentes r e g í m e -
nes, los «ideólogos» siguieron siendo liberales m o d e r a d o s . P o r lo q u e se ex-
plica q u e d e n u n c i a r a n e l d e s p o t i s m o i m p e r i a l y q u e , e n r e v a n c h a , N a p o -
l e ó n l o s calificara d e d o c t r i n a r i o s a b s t r a c t o s .
e n 0
® J 2 5 § í y Í S S Í - j l e J . o s ~ « i d e ó l o g a s » — q u e e s u n a p r o l o n g a c i ó n d e l a fi-
losofía d e las L u c e s — p a s ó d e F r a n c i a a A l e m a n i a _en_el m o m e n t o d e l a s
conquistas mihtares^y d e las anexiones d e e s t a d o s d u r a n t e la R e v o l u c i ó n y
el I m p e r i o . P e r o , e n el" ú l t i m o t e r c i ó d e l siglo x i x T a "pesar"del* e n t u s i a s m o
d e s p e r t a d o p o r las i d e a s f r a n c e s a s m á s allá d e l R h i n , l a s élites a l e m a n a s e s -
t a b a n s o b r e t o d o p e n d i e n t e s d e su p r o p i o s filósofos: K a n t , F i c h t e , H e g e l .
E s t e ú l t i m o d i o f o r m a a u n s i s t e m a p o r c o m p l e t o i d e a l i s t a e n La fenome-
nología del espíritu, La filosofía del derecho, Las lecciones sobre la filosofía
de la historia, e t c . S e g ú n H e g e l , la h i s t o r i a u n i v e r s a l s e c o r r e s p o n d e c o n l a
m a r c h a d i a l é c t i c a d e l e s p í r i t u h a c i a u n o b j e t i v o final: la c o n c i e n c i a d e sí m i s -
m o . E n t r e l o s a ñ o s 1830 y 1 8 4 0 , m u e r t o el « m a e s t r o » d e B e r l í n , s u s discí-
198
pulos — E . G a n s , A . R u g e , B . B a u e r , L . F e u e r b a c h , e t c . — c o m p l e t a n sus
manuscritos y los publican. K Marx _gue¡Jiacja entmces.,sus.estudios.uni-
1 i
v e r s i t a r i o s , , s e s u m e r g e , e n l a s o b r a s d e H e g e l y se r e l a c i o n a c o n _ l o s , « j ó v e -
nes hegelianos». S j h i j m i l w o o j í ^ ^ j?.
Engels y d e s u cokboxación.en.la Rheinische Zeüung, v..después.de.haher
léídcTaios historiadores fraceses y a los e c o n o m i s t a s ingleses, K . M a r x se
d i s t a n c i a d e ía filosofía de HegéT."Bn los anos 18l5"3Bfó¡K. M a r x ' y F E n - :
gels r e d a c t a n l o s c u a d e r n o s d e La "ideología^fl/eOTa«a, « a fin d e a r r e g l a r
c u e n t a s c o n ( s u ) conciencia filosófica d e o t r o tiempo». S e l a n z a n a h a c e r
u n a crítica v i o l e n t a , n o d e l o s e v e n t u a l e s d i s c í p u l o s a l e m a n e s d e l o s « i d e ó -
logos» f r a n c e s e s , s i n o d e H e g e l y d e l o s j ó v e n e s h e g e l i a n o s . N o e n c o n t r a n -
d o e d i t o r p a r a s u v o l u m i n o s o m a n u s c r i t o , s u s a u t o r e s lo a b a n d o n a n « a l a
critica r o e d o r a d e l o s r a t o n e s » . E l p ú b l i c o n o c o n o c e r á , p u e s , La ideología
alemana h a s t a s e r , p o r p r i m e r a v e z , p u b l i c a d a e n 1 9 3 3 .
E n las_«Tesis s o b r e F e u e r b a c h » — l a p r i m e r a p a r t e d e La ideología ale-
mana—, M a r x , ¿ " E n ^ s 3 a * e m ú é s t r a n q u e e l idealismo hegeHano. t o m a p o r
realidades objetivas sus construcciones imaginarias: « E n la ideología, los
h o m b r e s y sus relaciones a p a r e c e n con la cabeza e n los pies, c o m o e n u n a
c á m a r a f o t o g r á f i c a » . Y t a m b i é n : « U n a v e z r e p a r a d a s las i d e a s d o m i n a n t e s
d e los individuos q u e d o m i n a n y d e las relaciones d e p r o d u c c i ó n (...) en-
t o n c e s e s m u y fácil a b s t r a e r l a s d i f e r e n t e s i d e a s , l a I d e a , c o m o e l e m e n t o
q u e d o m i n a l a h i s t o r i a ( . . . ) . E l p r o p i o H e g e l c o n f i e s a , a l final d e s u Filo-
sofía de la historia, q u e e x a m i n a ú n i c a m e n t e l a p r o g r e s i ó n d e l c o n c e p t o . »
O bien: « E n la imaginación d e los jóvenes hegelianos, las relaciones h u -
m a n a s y todos los h e c h o s y gestos d e los h o m b r e s s o n p r o d u c t o d e su con-
ciencia.» M a r x y E n g e l s o p e r a n u n a inversión d e los t é r m i n o s , h a c i e n d o d e -
p e n d e r l a f o r m a c i ó n d e l a s i d e a s d e las c o n d i c i o n e s d e v i d a : « F r e n t e a la
filosofía e s p e c u l a t i v a q u e d e s c i e n d e d e l c i e l o a la t i e r r a , e s l a t i e r r a l a q u e
s e alza h a c i a el cielo a q u í » ( . . . ) ; « L a p r o d u c c i ó n d e l a s i d e a s , d e las r e p r e -
s e n t a c i o n e s y d e la c o n c i e n c i a e s t á , e n p r i m e r l u g a r , d i r e c t a e í n t i m a m e n t e
u n i d a a l a a c t i v i d a d m a t e r i a l d e l o s h o m b r e s » ( . . . ) ; « N o es l a c o n c i e n c i a
q u i e n d e t e r m i n a la v i d a , s i n o l a v i d a q u i e n d e t e r m i n a la c o n c i e n c i a » .
A p a r t i r d e e n t o n c e s , M a r x y E n g e l s i n t e g r a n su c o n c e p c i ó n d e l a i d e o -
logía e n e l m a r c o d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o : « S ó n J o s h o m b r e s q u i e n e s s o n
productores deTsus"representaciones y d e sus ideas, p e r o h o m b r e s reales,
actuantes, tales c o m o r e a l m e n t e son, condicionados p o r u n d e t e r m i n a d o d e -
sarrollo d e su fuerza productiva y j j o r las relaciones q u e c o r r e s p o n d e n a
a q u é l » ; « L a j r u e v a j j o n c e p a o n d ^ J a h i s t o r i a s e J u n d a m e n t a e n .el d e s a r r o -
llo d e l p r o c e s o r e a l d e l a p r o d u c c i ó n X---J; v i n c u l a e l m o d o d e p r o d u c c i ó n
a la t ó r m á d e l á s i ^ o o n é s l i u m á n a s , e s d e c E / a la sociedad civil (.Tr)-y
ex"5Hra7"a"partrr^ las
fórmái„dSlconciéncía^ filosofía, moral, etc.—»7" """""""""" ~ ~
F . E n g e l s üustraTa~"*rtil^ concepto de ideología e n u n
artículo dedicado a «La g u e r r a de los campesinos» q u e tuvo lugar e n Ale-
m a n i a a p r i n c i p i o s d e l siglo XVI ( p u b l i c a d o e n la Nueva gaceta renana, e n
1 8 5 0 ) . P a r a c o m p r e n d e r m e j o r el análisis d e E n g e l s , c o n v i e n e r e c o r d a r al-
g u n o s a c o n t e c i m i e n t o s h i s t ó r i c o s . E n 1 5 1 7 , L u t e r o , al fijar s u s « 9 5 tesis»
en W i t t e m b e r g , r o m p e c o n la d o c t r i n a oficial d e f e n d i d a por el p a p a d o e n
R o m a . E l r e f o r m a d o r p o n e el a c e n t o s o b r e el p e c a d o o r i g i n a l , s o b r e l a p r e -
d e s t i n a c i ó n , s o b r e l a s a l v a c i ó n p o r l a fe, d e s p r e c i a n d o l a s obras; r e c o m i e n -
199
a l . n i v e l social, p o r q u e c a d a i n s t a n c i a t i e n e c i e r t a a u t o n o m í a e n s u f u n c i o -
n a m i e n t o . C u a r t o : l o s g r u p o s sociales s e p a r e c e n a l a s c l a s e s — y p u e d e n
l l a m a r s e a s í , a f a l t a d e m a y o r p r e c i s i ó n — e n las s o c i e d a d e s p r e c a p i t a l i s t a s ,
p e r o n o t i e n e n l o s m i s m o s c a r a c t e r e s , ni l a s m i s m a s f u n c i o n e s , n i l o s m i s -
m o s c o m p o r t a m i e n t o s q u e t i e n e n las clases e n l a s s o c i e d a d e s c a p i t a l i s t a s .
3. E L CONCEPTO D E IDEOLOGÍA
§ e c » B o c e . £ Q n - e l . n o m b r e de-«jde61og.QS» a u n grupo d e cjentíficps..fran-
c e s e s q u e -han d e s e m p e ñ a d o u n p a p e l i n t e l e c t u a l y ^ f r e c u e m e m j s n t e ^ t e i n -
b i é n p o l í t i c o d e p r i m e r a c a t e g o r í a entre'Í78S> y 1 8 3 0 . S e t r a t a d e p r o f e s i o -
n a l e s y e s p e c i a l i s t a s , como~eTlñe"dicó~"CabanIs, el g e ó g r a f o V o l n e y , el
e s c r i t o r B . C o n s t a n t , el a r c h i v e r o D a u n o u , el filósofo D e s t u t t d e T r a c y .
E s t e "último i n v e n t ó , e n u n a m e m o r i a p r e s e n t a d a e n e l I n s t i t u t o e n 1 7 9 6 ,
el t é r m i n o « i d e o l o g í a » p a r a r e e m p l a z a r l a s n o c i o n e s d e m e t a f í s i c a y d e p s i -
c o l o g í a . L a i d e o l o g í a p r e t e n d a j a s o m a - ^ i e n c i a - d e » c i f t n n i a s . » , .r&ftttada..en
v
el e s t u d i o d e l h o m b r e , p e r o e x t e n d i é n d o s e a j a s ciencias n a t u r a
gicas, m o r a l e s y políticas.'Enuncia a l g u n a s i d a a s , n u e v a s : l a v o l u n t a d d e r e -
nunciar a t o d o t i p o d e ^ x p l i c i c i á n . t r a s c e n d e n t a l . p a r a e x p l i c a r el c o n o c i -
m i e n t o ; la voluntad d e constituir u n sistema metodológico tal q u e p u e d a n
e n c o n t r a r *en é l su l u g a r l a s d i v e r s a s disciplinas y d e d u c i r s e l a s u n a s d e l a s
o t r a s ; l a i n t e n c i ó n d e c o n c r e t a r e s t e p r o y e c t o científico p o r m e d i o d e l a s
instituciones d e enseñanza e investigación. U n e j e m p l o : según D e s t u t t d e
Tracy, la ciencia, la e c o n o m í a y la política tienen estrechas relaciones y d o -
b l e s e n t i d o . E n c o n s e c u e n c i a , e s p o s i b l e edificar u n a c i e n c i a d e la e c o n o -
m í a q u e s e r á la d e la j u s t a n e c e s i d a d y l a j u s t a p r o p i e d a d , y u n a c i e n c i a d e
la p o l í t i c a q u e s e r á la d e l a v e r d a d e r a l i b e r t a d . I n v e r s a m e n t e , si s e l a d o t a
d e b u e n a s i n s t i t u c i o n e s , s e p u e d e e s p e r a r d e ella e l p r o g r e s o d e l a s o p i n i o -
n e s y d e l a s c o n c i e n c i a s , a t r a v é s d e l a s r e a l i z a c i o n e s científicas y e d u c a t i -
v a s . D u r a n t e l a C o n v e n c i ó n , el D i r e c t o r i o , e l C o n s u l a d o y el I m p e r i o , l o s
i d e ó l o g o s c o n t r i b u y e r o n a edificar l a s i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a l e s , p r o p o n i e n d o
la r e o r g a n i z a c i ó n d e l I n s t i t u t o , l a f u n d a c i ó n d e l a E s c u e l a N o r m a l , l a r e a -
lización d e las e s c u e l a s c e n t r a l e s (los f u t u r o s l i c e o s ) ; e i n t e r v i n i e r o n e n l a s
i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s , p a r t i c i p a n d o e n las a s a m b l e a s , p r o p o n i e n d o l e y e s ,
a p r o b a n d o o criticando los gobiernos. A través d e los diferentes r e g í m e -
nes, los «ideólogos» siguieron siendo liberales m o d e r a d o s . P o r lo q u e se ex-
plica q u e d e n u n c i a r a n e l d e s p o t i s m o i m p e r i a l y q u e , e n r e v a n c h a , N a p o -
l e ó n l o s calificara d e d o c t r i n a r i o s a b s t r a c t o s .
e n 0
® J 2 5 § í y Í S S Í - j l e J . o s ~ « i d e ó l o g a s » — q u e e s u n a p r o l o n g a c i ó n d e l a fi-
losofía d e las L u c e s — p a s ó d e F r a n c i a a A l e m a n i a _en_el m o m e n t o d e l a s
conquistas mihtares^y d e las anexiones d e e s t a d o s d u r a n t e la R e v o l u c i ó n y
el I m p e r i o . P e r o , e n el" ú l t i m o t e r c i ó d e l siglo x i x T a "pesar"del* e n t u s i a s m o
d e s p e r t a d o p o r las i d e a s f r a n c e s a s m á s allá d e l R h i n , l a s élites a l e m a n a s e s -
t a b a n s o b r e t o d o p e n d i e n t e s d e su p r o p i o s filósofos: K a n t , F i c h t e , H e g e l .
E s t e ú l t i m o d i o f o r m a a u n s i s t e m a p o r c o m p l e t o i d e a l i s t a e n La fenome-
nología del espíritu, La filosofía del derecho, Las lecciones sobre la filosofía
de la historia, e t c . S e g ú n H e g e l , la h i s t o r i a u n i v e r s a l s e c o r r e s p o n d e c o n l a
m a r c h a d i a l é c t i c a d e l e s p í r i t u h a c i a u n o b j e t i v o final: la c o n c i e n c i a d e sí m i s -
m o . E n t r e l o s a ñ o s 1830 y 1 8 4 0 , m u e r t o el « m a e s t r o » d e B e r l í n , s u s discí-
198
pulos — E . G a n s , A . R u g e , B . B a u e r , L . F e u e r b a c h , e t c . — c o m p l e t a n sus
manuscritos y los publican. K Marx _gue¡Jiacja entmces.,sus.estudios.uni-
1 i
v e r s i t a r i o s , , s e s u m e r g e , e n l a s o b r a s d e H e g e l y se r e l a c i o n a c o n _ l o s , « j ó v e -
nes hegelianos». S j h i j m i l w o o j í ^ ^ j?.
Engels y d e s u cokboxación.en.la Rheinische Zeüung, v..después.de.haher
léídcTaios historiadores fraceses y a los e c o n o m i s t a s ingleses, K . M a r x se
d i s t a n c i a d e ía filosofía de HegéT."Bn los anos 18l5"3Bfó¡K. M a r x ' y F E n - :
gels r e d a c t a n l o s c u a d e r n o s d e La "ideología^fl/eOTa«a, « a fin d e a r r e g l a r
c u e n t a s c o n ( s u ) conciencia filosófica d e o t r o tiempo». S e l a n z a n a h a c e r
u n a crítica v i o l e n t a , n o d e l o s e v e n t u a l e s d i s c í p u l o s a l e m a n e s d e l o s « i d e ó -
logos» f r a n c e s e s , s i n o d e H e g e l y d e l o s j ó v e n e s h e g e l i a n o s . N o e n c o n t r a n -
d o e d i t o r p a r a s u v o l u m i n o s o m a n u s c r i t o , s u s a u t o r e s lo a b a n d o n a n « a l a
critica r o e d o r a d e l o s r a t o n e s » . E l p ú b l i c o n o c o n o c e r á , p u e s , La ideología
alemana h a s t a s e r , p o r p r i m e r a v e z , p u b l i c a d a e n 1 9 3 3 .
E n las_«Tesis s o b r e F e u e r b a c h » — l a p r i m e r a p a r t e d e La ideología ale-
mana—, M a r x , ¿ " E n ^ s 3 a * e m ú é s t r a n q u e e l idealismo hegeHano. t o m a p o r
realidades objetivas sus construcciones imaginarias: « E n la ideología, los
h o m b r e s y sus relaciones a p a r e c e n con la cabeza e n los pies, c o m o e n u n a
c á m a r a f o t o g r á f i c a » . Y t a m b i é n : « U n a v e z r e p a r a d a s las i d e a s d o m i n a n t e s
d e los individuos q u e d o m i n a n y d e las relaciones d e p r o d u c c i ó n (...) en-
t o n c e s e s m u y fácil a b s t r a e r l a s d i f e r e n t e s i d e a s , l a I d e a , c o m o e l e m e n t o
q u e d o m i n a l a h i s t o r i a ( . . . ) . E l p r o p i o H e g e l c o n f i e s a , a l final d e s u Filo-
sofía de la historia, q u e e x a m i n a ú n i c a m e n t e l a p r o g r e s i ó n d e l c o n c e p t o . »
O bien: « E n la imaginación d e los jóvenes hegelianos, las relaciones h u -
m a n a s y todos los h e c h o s y gestos d e los h o m b r e s s o n p r o d u c t o d e su con-
ciencia.» M a r x y E n g e l s o p e r a n u n a inversión d e los t é r m i n o s , h a c i e n d o d e -
p e n d e r l a f o r m a c i ó n d e l a s i d e a s d e las c o n d i c i o n e s d e v i d a : « F r e n t e a la
filosofía e s p e c u l a t i v a q u e d e s c i e n d e d e l c i e l o a la t i e r r a , e s l a t i e r r a l a q u e
s e alza h a c i a el cielo a q u í » ( . . . ) ; « L a p r o d u c c i ó n d e l a s i d e a s , d e las r e p r e -
s e n t a c i o n e s y d e la c o n c i e n c i a e s t á , e n p r i m e r l u g a r , d i r e c t a e í n t i m a m e n t e
u n i d a a l a a c t i v i d a d m a t e r i a l d e l o s h o m b r e s » ( . . . ) ; « N o es l a c o n c i e n c i a
q u i e n d e t e r m i n a la v i d a , s i n o l a v i d a q u i e n d e t e r m i n a la c o n c i e n c i a » .
A p a r t i r d e e n t o n c e s , M a r x y E n g e l s i n t e g r a n su c o n c e p c i ó n d e l a i d e o -
logía e n e l m a r c o d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o : « S ó n J o s h o m b r e s q u i e n e s s o n
productores deTsus"representaciones y d e sus ideas, p e r o h o m b r e s reales,
actuantes, tales c o m o r e a l m e n t e son, condicionados p o r u n d e t e r m i n a d o d e -
sarrollo d e su fuerza productiva y j j o r las relaciones q u e c o r r e s p o n d e n a
a q u é l » ; « L a j r u e v a j j o n c e p a o n d ^ J a h i s t o r i a s e J u n d a m e n t a e n .el d e s a r r o -
llo d e l p r o c e s o r e a l d e l a p r o d u c c i ó n X---J; v i n c u l a e l m o d o d e p r o d u c c i ó n
a la t ó r m á d e l á s i ^ o o n é s l i u m á n a s , e s d e c E / a la sociedad civil (.Tr)-y
ex"5Hra7"a"partrr^ las
fórmái„dSlconciéncía^ filosofía, moral, etc.—»7" """""""""" ~ ~
F . E n g e l s üustraTa~"*rtil^ concepto de ideología e n u n
artículo dedicado a «La g u e r r a de los campesinos» q u e tuvo lugar e n Ale-
m a n i a a p r i n c i p i o s d e l siglo XVI ( p u b l i c a d o e n la Nueva gaceta renana, e n
1 8 5 0 ) . P a r a c o m p r e n d e r m e j o r el análisis d e E n g e l s , c o n v i e n e r e c o r d a r al-
g u n o s a c o n t e c i m i e n t o s h i s t ó r i c o s . E n 1 5 1 7 , L u t e r o , al fijar s u s « 9 5 tesis»
en W i t t e m b e r g , r o m p e c o n la d o c t r i n a oficial d e f e n d i d a por el p a p a d o e n
R o m a . E l r e f o r m a d o r p o n e el a c e n t o s o b r e el p e c a d o o r i g i n a l , s o b r e l a p r e -
d e s t i n a c i ó n , s o b r e l a s a l v a c i ó n p o r l a fe, d e s p r e c i a n d o l a s obras; r e c o m i e n -
199
 d a l a l e c t u r a , e n e x c l u s i v a , d e la B i b l i a ; s u g i e r e l a s i m p l i f i c a c i ó n d e l o s sa-
c r a m e n t o s y d e f i e n d e el m a t r i m o n i o d e l o s s a c e r d o t e s , al t i e m p o q u e c u e s -
t i o n a la j e r a r q u í a e c l e s i á s t i c a . E l t e ó l o g o d e W i t t e m b e r g l o g r a e s c a p a r a l a
h o g u e r a r e s e r v a d a a l o s h e r e j e s c u a n d o c o n s i g u e el a p o y o d e l o s p r í n c i p e s
a l e m a n e s — A l b e r t o de B r a n d e b u r g o , Juan de Sajonia, Felipe de H e s s e ,
e t c , — . . . É s t o s s e c u l a r i z a n los b i e n e s d e l c l e r o e n sus e s t a d o s y d i r i g e n l a
L i g a d e S m a l k a l d a c o n t r a el e m p e r a d o r C a r l o s V . Sin e m b a r g o , l a p r e d i -
c a c i ó n d e L u t e r o i m p u l s a el v i e n t o d e l a i n s u r r e c c i ó n e n A l e m a n i a . É n l o s
a ñ o s 1 5 2 2 - 1 5 2 3 , la p e q u e ñ a n o b l e z a e m p o b r e c i d a , c o n F í u t t e n y S i c k i n g e n
: a l a c a b e z a , se a g i t a y s e o r g a n i z a , h a s t a ser a p l a s t a d a p o r las t r o p a s d e l
e l e c t o r d e T r é v e r i s . A l m i s m o t i e m p o , T o m á s M ü n t z e r y el g r u p o d e l o s
« i l u m i n a d o s » d e Z w i c k a u p r e t e n d e n ir m á s allá d e las r e f o r m a s d e L u t e r o :
i n s i s t e n e n la r e v o l u c i ó n i n t e r i o r d e l e s p í r i t u , d e m a n d a n la s u p r e s i ó n d e los
c l é r i g o s , p r e d i c a n el b a u t i s m o d e los a d u l t o s y e x i g e n la c o m u n i d a d d e b i e -
n e s . E s t e p r o g r a m a , a u d a z t a n t o d e s d e el p u n t o d e v i s t a r e l i g i o s o c o m o s o -
cial, es b i e n a c o g i d o p o r las c a p a s r u r a l e s m á s p o b r e s . L o s c a m p e s i n o s d e
la A l e m a n i a d e l S u r , e n las r e g i o n e s d e S c h a f f h o u s e , U l m , B a m b e r g , F r i -
b u r g o , r e h u s a n los d i e z m o s y las c o r v e a s , se a p o d e r a n d e las t i e r r a s , a t a -
c a n l o s c a s t i l l o s , e n t r a n e n las c i u d a d e s . E n t o n c e s L u t e r o c o n d e n a a M ü n t -
z e r y a sus a m i g o s y a n i m a a los s e ñ o r e s a r e p r i m i r l a Jacquerie d e l o s sier-
v o s . E n 1 5 2 5 , s o n e x t e r m i n a d a s las b a n d a s d e los c a m p e s i n o s i n s u r r e c t o s
p o r los e j é r c i t o s d e l o s p r í n c i p e s d e T u r i n g i a .
E n su e s t u d i o , F . E n g e l s a d o p t a u n a c o n c e p c i ó n d i a m e t r a l m e n t e c o n -
t r a r i a a la d e l o s « i d e ó l o g o s » a l e m a n e s , « q u e n o v e n e n las l u c h a s d e la
E d a d Media más que violentas querellas teológicas»; «que son bastante cré-
d u l o s c o m o p a r a a c e p t a r , c o m o si f u e r a d i n e r o c o n t a n t e y s o n a n t e , las ilu-
s i o n e s q u e a q u e l l a é p o c a se h a c í a d e sí m i s m a » . E l a m i g o d e K . M a r x d a
su i n t e r p r e t a c i ó n d e l c i s m a p r o t e s t a n t e : « E n l a s l l a m a d a s g u e r r a s d e r e l i -
g i ó n d e l siglo x v i ( e n A l e m a n i a ) , lo v e r d a d e r a m e n t e i m p o r t a n t e e r a n l o s
i n t e r e s e s m a t e r i a l e s , los i n t e r e s e s d e c l a s e ; a q u e l l a s g u e r r a s e r a n g u e r r a s
d e c l a s e s ; d e la m i s m a m a n e r a q u e las c o l i s i o n e s d e c l a s e s q u e se p r o d u j e -
r o n m á s t a r d e e n I n g l a t e r r a y e n F r a n c i a . Si las l u c h a s d e c l a s e s , e n a q u e l l a
é p o c a , a d o p t a b a n u n c a r á c t e r r e l i g i o s o , si los i n t e r e s e s , las n e c e s i d a d e s , las
r e i v i n d i c a c i o n e s d e las d i f e r e n t e s clases s e d i s i m u l a b a n b a j o la m á s c a r a d e
l a r e l i g i ó n , ello n o c a m b i a p a r a n a d a el f o n d o d e l a c u e s t i ó n . » C o n s e c u e n -
t e m e n t e , s e g ú n F . E n g e l s , el m o v i m i e n t o d e la R e f o r m a , e n l a E u r o p a o c -
c i d e n t a l d e l siglo XVI, n o d e b e ser e n t e n d i d o e n f u n c i ó n d e sus d i s c u r s o s
r e l i g i o s o s — s o b r e la s a l v a c i ó n p o r la f e , l a s u p r e m a c í a d e l E v a n g e l i o , l a
c o m u n i ó n b a j o las d o s e s p e c i e s , e t c . — , s i n o p o r l o s conflictos s o c i a l e s q u e
estos discursos t r a d u c e n i n d i r e c t a m e n t e — l a secularización d e los b i e n e s
eclesiásticos e n b e n e f i c i o d e l o s p r í n c i p e s , l a a s c e n s i ó n d e los c o m e r c i a n t e s
e n r i q u e c i d o s e n las c i u d a d e s , l a d e c i s i ó n d e los c a m p e s i n o s d e l i b e r a r s e d e
los d e r e c h o s s e ñ o r i a l e s , e t c . — . E n el c a s o c o n c r e t o d e A l e m a n i a , e n t r e l o s
a ñ o s 1517 y 1 5 2 5 , al p r i n c i p i o , t o d a s las clases s o c i a l e s s e h a b í a n u n i d o y
s e g u i d o a L u t e r o p a r a d e s e m b a r a z a r s e d e la t u t e l a d e R o m a ; a c o n t i n u a -
c i ó n , los i n t e r e s e s d e los g r u p o s se h i c i e r o n d i v e r g e n t e s y las clases d o m i -
n a n t e s h i c i e r o n c a l l a r , m e d i a n t e u n a r e p r e s i ó n s a n g u i n a r i a , las r e i v i n d i c a -
c i o n e s d e las clases d o m i n a d a s . D e s d e e s t a ó p t i c a , L u t e r o a d o p t a l a f i g u r a
del « r e f o r m a d o r burgués» y M ü n t z e r la del «revolucionario p l e b e y o » .
K . M a r x y F . E n g e l s , h e r e d e r o s d e l r a c i o n a l i s m o d e las L u c e s , s o n n o
200
c r e y e n t e s a b s o l u t o s . E l m a r x i s m o y el a t e í s m o s o n i n d i s o c i a b l e s . D e s d e el
p u n t o d e v i s t a d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a es u n a i d e o -
logía q u e r e f l e j a , o c u l t a o d e f o r m a la e s t r u c t u r a d e c l a s e s . E n a p o y o d e
esta afirmación teórica, se p u e d e n citar casos concretos. El sistema d e los
t r e s ó r d e n e s — o r a d o r e s , m i l i t a r e s , t r a b a j a d o r e s — , v i s i ó n d e la s o c i e d a d
e l a b o r a d a p o r la I g l e s i a d e l siglo X I , j u s t i f i c a , b a j o el p r e t e x t o d e l i n t e r -
c a m b i o d e servicios m u t u o s , l a e x p l o t a c i ó n d e la m a s a d e los t r a b a j a d o r e s
— l o s c a m p e s i n o s — p o r l o s d o s g r u p o s d e n o t r a b a j a d o r e s — c l é r i g o s y ca-
b a l l e r o s — . L a s c r u z a d a s , p r e s e n t a d a s c o m o la m a r c h a p u r i f i c a d o r a d e l p u e -
blo cristiano o r g a n i z a d o p a r a rescatar los Santos L u g a r e s , favorecen la ex-
p a n s i ó n d e la n o b l e z a m i l i t a r d e O c c i d e n t e , á v i d a d e h a c e r s e c o n f e u d o s
e n O r i e n t e — e n G r e c i a , e n C h i p r e , e n P a l e s t i n a — , e n l o s siglos X I I y x m .
L a s u b l e v a c i ó n d e l a V e n d é e , e n n o m b r e d e C r i s t o - R e y , c o r r e s p o n d e a la
r e a c c i ó n d e los n o b l e s q u e a r r a s t r a n a l o s c a m p e s i n o s f a n á t i c o s c o n t r a la
R e p ú b l i c a j a c o b i n a d e l o s b u r g u e s e s y d e l o s sans-culottes en los años
1793-1794. S e p o d r í a c o n t i n u a r l a s e r i e d e las i n t e r p r e t a c i o n e s q u e r e d u c e n
las r e p r e s e n t a c i o n e s r e l i g i o s a s a r e i v i n d i c a c i o n e s s o c i a l e s . D e h e c h o , e n « L a
g u e r r a d e los c a m p e s i n o s » , F . E n g e l s n o se u m i t a a e s t a clase d e d e m o s -
tración simplista; su reflexión v a m á s lejos c u a n d o explica q u e , en la E d a d
M e d i a , los s a c e r d o t e s t u v i e r o n el m o n o p o l i o d e l a c u l t u r a i n t e l e c t u a l y la
propia cultura adoptó u n carácter esencialmente teológico: «Los dogmas
de la Iglesia e r a n i g u a l m e n t e a x i o m a s políticos y los pasajes bíblicos t e n í a n
f u e r z a d e ley a n t e l o s t r i b u n a l e s ( . . . ) . C o n s e c u e n t e m e n t e , t o d a s las d o c t r i -
nas revolucionarias, sociales y políticas d e b í a n ser, a la vez y p r i n c i p a l m e n -
t e , h e r e j í a s t e o l ó g i c a s . » P o r t a n t o , l a r e l i g i ó n n o e s s o l a m e n t e el « o p i o d e l
p u e b l o » , u n i n s t r u m e n t o d e d o m i n a c i ó n ; se r e v e l a t a m b i é n c o m o u n l e n -
guaje q u e expresa los i n t e r e s e s e c o n ó m i c o s , sociales y políticos. Y su ins-
t i t u c i ó n , la I g l e s i a , d e s e m p e ñ a el p a p e l d e « a p a r a t o i d e o l ó g i c o d e l e s t a d o » .
.Ajinj3£.meiu^s -¿cóm y
A t r a v é s d e l o s d i v e r s o s textos, se d e s p r e n d e - u n ~ p n m e r . s e n t i d a - d e L c o n -
^ c ^ f c ^ l a l d e o j o g í a s e j ; Q n f u n d e j ; o n . u n a _ p a r í e „ d e , l a , s ú p e r estructurado, c o n
el c o n j u n t o ~ d e l a m i s m a . E n l a s « T e s i s s o b r e F e u o r b a e l w . ;a i d e o l o g í a se
i d e n t i f i c a u n a s v e c e s c o n c a r á c t e r r e s t r i n g i d o , c o n u n a s p e c t o d e l a filoso-
ñ a r r e n p a r t i c u l a r c o n el s i s t e m a d e H e g e l ; o t r a s v e c e s , c o n c a r á c t e r m á s . a m -
p l i o , c o n la p r o d u c c i ó n d e las i d e a s : « L a s f a n t a s m a g o r í a s e n el c e r e b r o h u -
m a n o s o n s u D h m a a o n e s " q u e Y é " s ü l f á n n e c e s a r i a m e n t e d e la v i d a m a t e r i a l
(..-)- P o r e s t e h e c h o , l a m o r a l , l a r e l i g i ó n , la m e t a f í s i c a y el r e s t o d e l a i d e o -
l o g í a , así c o m o las f o r m a s d e l a c o n c i e n c i a q u e le c o r r e s p o n d e n , p i e r d e n
r á p i d a m e n t e c u a l q u i e r a p a r i e n c i a d e a u t o n o m í a . » E n el p r e f a c i o a l a Crí-
tica de la economía política, el t e r r e n o d e la n o c i ó n i d e o l o g í a se a m p l í a t o -
davía m á s : « E s necesario ditinguir s i e m p r e e n t r e la alteración m a t e r i a l de
las c o n d i c i o n e s e c o n ó m i c a s d e p r o d u c c i ó n y las f o r m a s j u r í d i c a s , p o l í t i c a s ,
r e l i g i o s a s , a r t í s t i c a s o filosóficas; e n r e s u m e n , las f o r m a s i d e o l ó g i c a s b a j o
las c u a l e s l o s h o m b r e s t o m a n c o n c i e n c i a d e e s t e conflicto y lo l l e v a n a
c a b o . » P a r a M a r x , e n t é r m i n o e x t r e m o , las « f o r m a s i d e o l ó g i c a s » e n g l o b a n
t o d a s las r e p r e s e n t a c i o n e s , d i s c u r s o s y t e o r í a s p r o d u c i d o s p o r las i n s t i t u -
ciones políticas, jurídicas, religiosas y culturales. E n este estado d e cosas,
el t é r m i n o i d e o l o g í a s e v u e l v e d e m a s i a d o v a g o c o m o p a r a ser o p e r a t i v o .
E l c o n c e p t o d e ideología, a través d e otros escritos marxistas, a d o p t a
o t r o s e n t i d o : "el d e l a t a l s a c o n c i e n c i a . U n « l X g u e r £ a j ^ J ^ c f f i g f 5 e S 5 o i » ,
201
 d a l a l e c t u r a , e n e x c l u s i v a , d e la B i b l i a ; s u g i e r e l a s i m p l i f i c a c i ó n d e l o s sa-
c r a m e n t o s y d e f i e n d e el m a t r i m o n i o d e l o s s a c e r d o t e s , al t i e m p o q u e c u e s -
t i o n a la j e r a r q u í a e c l e s i á s t i c a . E l t e ó l o g o d e W i t t e m b e r g l o g r a e s c a p a r a l a
h o g u e r a r e s e r v a d a a l o s h e r e j e s c u a n d o c o n s i g u e el a p o y o d e l o s p r í n c i p e s
a l e m a n e s — A l b e r t o de B r a n d e b u r g o , Juan de Sajonia, Felipe de H e s s e ,
e t c , — . . . É s t o s s e c u l a r i z a n los b i e n e s d e l c l e r o e n sus e s t a d o s y d i r i g e n l a
L i g a d e S m a l k a l d a c o n t r a el e m p e r a d o r C a r l o s V . Sin e m b a r g o , l a p r e d i -
c a c i ó n d e L u t e r o i m p u l s a el v i e n t o d e l a i n s u r r e c c i ó n e n A l e m a n i a . É n l o s
a ñ o s 1 5 2 2 - 1 5 2 3 , la p e q u e ñ a n o b l e z a e m p o b r e c i d a , c o n F í u t t e n y S i c k i n g e n
: a l a c a b e z a , se a g i t a y s e o r g a n i z a , h a s t a ser a p l a s t a d a p o r las t r o p a s d e l
e l e c t o r d e T r é v e r i s . A l m i s m o t i e m p o , T o m á s M ü n t z e r y el g r u p o d e l o s
« i l u m i n a d o s » d e Z w i c k a u p r e t e n d e n ir m á s allá d e las r e f o r m a s d e L u t e r o :
i n s i s t e n e n la r e v o l u c i ó n i n t e r i o r d e l e s p í r i t u , d e m a n d a n la s u p r e s i ó n d e los
c l é r i g o s , p r e d i c a n el b a u t i s m o d e los a d u l t o s y e x i g e n la c o m u n i d a d d e b i e -
n e s . E s t e p r o g r a m a , a u d a z t a n t o d e s d e el p u n t o d e v i s t a r e l i g i o s o c o m o s o -
cial, es b i e n a c o g i d o p o r las c a p a s r u r a l e s m á s p o b r e s . L o s c a m p e s i n o s d e
la A l e m a n i a d e l S u r , e n las r e g i o n e s d e S c h a f f h o u s e , U l m , B a m b e r g , F r i -
b u r g o , r e h u s a n los d i e z m o s y las c o r v e a s , se a p o d e r a n d e las t i e r r a s , a t a -
c a n l o s c a s t i l l o s , e n t r a n e n las c i u d a d e s . E n t o n c e s L u t e r o c o n d e n a a M ü n t -
z e r y a sus a m i g o s y a n i m a a los s e ñ o r e s a r e p r i m i r l a Jacquerie d e l o s sier-
v o s . E n 1 5 2 5 , s o n e x t e r m i n a d a s las b a n d a s d e los c a m p e s i n o s i n s u r r e c t o s
p o r los e j é r c i t o s d e l o s p r í n c i p e s d e T u r i n g i a .
E n su e s t u d i o , F . E n g e l s a d o p t a u n a c o n c e p c i ó n d i a m e t r a l m e n t e c o n -
t r a r i a a la d e l o s « i d e ó l o g o s » a l e m a n e s , « q u e n o v e n e n las l u c h a s d e la
E d a d Media más que violentas querellas teológicas»; «que son bastante cré-
d u l o s c o m o p a r a a c e p t a r , c o m o si f u e r a d i n e r o c o n t a n t e y s o n a n t e , las ilu-
s i o n e s q u e a q u e l l a é p o c a se h a c í a d e sí m i s m a » . E l a m i g o d e K . M a r x d a
su i n t e r p r e t a c i ó n d e l c i s m a p r o t e s t a n t e : « E n l a s l l a m a d a s g u e r r a s d e r e l i -
g i ó n d e l siglo x v i ( e n A l e m a n i a ) , lo v e r d a d e r a m e n t e i m p o r t a n t e e r a n l o s
i n t e r e s e s m a t e r i a l e s , los i n t e r e s e s d e c l a s e ; a q u e l l a s g u e r r a s e r a n g u e r r a s
d e c l a s e s ; d e la m i s m a m a n e r a q u e las c o l i s i o n e s d e c l a s e s q u e se p r o d u j e -
r o n m á s t a r d e e n I n g l a t e r r a y e n F r a n c i a . Si las l u c h a s d e c l a s e s , e n a q u e l l a
é p o c a , a d o p t a b a n u n c a r á c t e r r e l i g i o s o , si los i n t e r e s e s , las n e c e s i d a d e s , las
r e i v i n d i c a c i o n e s d e las d i f e r e n t e s clases s e d i s i m u l a b a n b a j o la m á s c a r a d e
l a r e l i g i ó n , ello n o c a m b i a p a r a n a d a el f o n d o d e l a c u e s t i ó n . » C o n s e c u e n -
t e m e n t e , s e g ú n F . E n g e l s , el m o v i m i e n t o d e la R e f o r m a , e n l a E u r o p a o c -
c i d e n t a l d e l siglo XVI, n o d e b e ser e n t e n d i d o e n f u n c i ó n d e sus d i s c u r s o s
r e l i g i o s o s — s o b r e la s a l v a c i ó n p o r la f e , l a s u p r e m a c í a d e l E v a n g e l i o , l a
c o m u n i ó n b a j o las d o s e s p e c i e s , e t c . — , s i n o p o r l o s conflictos s o c i a l e s q u e
estos discursos t r a d u c e n i n d i r e c t a m e n t e — l a secularización d e los b i e n e s
eclesiásticos e n b e n e f i c i o d e l o s p r í n c i p e s , l a a s c e n s i ó n d e los c o m e r c i a n t e s
e n r i q u e c i d o s e n las c i u d a d e s , l a d e c i s i ó n d e los c a m p e s i n o s d e l i b e r a r s e d e
los d e r e c h o s s e ñ o r i a l e s , e t c . — . E n el c a s o c o n c r e t o d e A l e m a n i a , e n t r e l o s
a ñ o s 1517 y 1 5 2 5 , al p r i n c i p i o , t o d a s las clases s o c i a l e s s e h a b í a n u n i d o y
s e g u i d o a L u t e r o p a r a d e s e m b a r a z a r s e d e la t u t e l a d e R o m a ; a c o n t i n u a -
c i ó n , los i n t e r e s e s d e los g r u p o s se h i c i e r o n d i v e r g e n t e s y las clases d o m i -
n a n t e s h i c i e r o n c a l l a r , m e d i a n t e u n a r e p r e s i ó n s a n g u i n a r i a , las r e i v i n d i c a -
c i o n e s d e las clases d o m i n a d a s . D e s d e e s t a ó p t i c a , L u t e r o a d o p t a l a f i g u r a
del « r e f o r m a d o r burgués» y M ü n t z e r la del «revolucionario p l e b e y o » .
K . M a r x y F . E n g e l s , h e r e d e r o s d e l r a c i o n a l i s m o d e las L u c e s , s o n n o
200
c r e y e n t e s a b s o l u t o s . E l m a r x i s m o y el a t e í s m o s o n i n d i s o c i a b l e s . D e s d e el
p u n t o d e v i s t a d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a es u n a i d e o -
logía q u e r e f l e j a , o c u l t a o d e f o r m a la e s t r u c t u r a d e c l a s e s . E n a p o y o d e
esta afirmación teórica, se p u e d e n citar casos concretos. El sistema d e los
t r e s ó r d e n e s — o r a d o r e s , m i l i t a r e s , t r a b a j a d o r e s — , v i s i ó n d e la s o c i e d a d
e l a b o r a d a p o r la I g l e s i a d e l siglo X I , j u s t i f i c a , b a j o el p r e t e x t o d e l i n t e r -
c a m b i o d e servicios m u t u o s , l a e x p l o t a c i ó n d e la m a s a d e los t r a b a j a d o r e s
— l o s c a m p e s i n o s — p o r l o s d o s g r u p o s d e n o t r a b a j a d o r e s — c l é r i g o s y ca-
b a l l e r o s — . L a s c r u z a d a s , p r e s e n t a d a s c o m o la m a r c h a p u r i f i c a d o r a d e l p u e -
blo cristiano o r g a n i z a d o p a r a rescatar los Santos L u g a r e s , favorecen la ex-
p a n s i ó n d e la n o b l e z a m i l i t a r d e O c c i d e n t e , á v i d a d e h a c e r s e c o n f e u d o s
e n O r i e n t e — e n G r e c i a , e n C h i p r e , e n P a l e s t i n a — , e n l o s siglos X I I y x m .
L a s u b l e v a c i ó n d e l a V e n d é e , e n n o m b r e d e C r i s t o - R e y , c o r r e s p o n d e a la
r e a c c i ó n d e los n o b l e s q u e a r r a s t r a n a l o s c a m p e s i n o s f a n á t i c o s c o n t r a la
R e p ú b l i c a j a c o b i n a d e l o s b u r g u e s e s y d e l o s sans-culottes en los años
1793-1794. S e p o d r í a c o n t i n u a r l a s e r i e d e las i n t e r p r e t a c i o n e s q u e r e d u c e n
las r e p r e s e n t a c i o n e s r e l i g i o s a s a r e i v i n d i c a c i o n e s s o c i a l e s . D e h e c h o , e n « L a
g u e r r a d e los c a m p e s i n o s » , F . E n g e l s n o se u m i t a a e s t a clase d e d e m o s -
tración simplista; su reflexión v a m á s lejos c u a n d o explica q u e , en la E d a d
M e d i a , los s a c e r d o t e s t u v i e r o n el m o n o p o l i o d e l a c u l t u r a i n t e l e c t u a l y la
propia cultura adoptó u n carácter esencialmente teológico: «Los dogmas
de la Iglesia e r a n i g u a l m e n t e a x i o m a s políticos y los pasajes bíblicos t e n í a n
f u e r z a d e ley a n t e l o s t r i b u n a l e s ( . . . ) . C o n s e c u e n t e m e n t e , t o d a s las d o c t r i -
nas revolucionarias, sociales y políticas d e b í a n ser, a la vez y p r i n c i p a l m e n -
t e , h e r e j í a s t e o l ó g i c a s . » P o r t a n t o , l a r e l i g i ó n n o e s s o l a m e n t e el « o p i o d e l
p u e b l o » , u n i n s t r u m e n t o d e d o m i n a c i ó n ; se r e v e l a t a m b i é n c o m o u n l e n -
guaje q u e expresa los i n t e r e s e s e c o n ó m i c o s , sociales y políticos. Y su ins-
t i t u c i ó n , la I g l e s i a , d e s e m p e ñ a el p a p e l d e « a p a r a t o i d e o l ó g i c o d e l e s t a d o » .
.Ajinj3£.meiu^s -¿cóm y
A t r a v é s d e l o s d i v e r s o s textos, se d e s p r e n d e - u n ~ p n m e r . s e n t i d a - d e L c o n -
^ c ^ f c ^ l a l d e o j o g í a s e j ; Q n f u n d e j ; o n . u n a _ p a r í e „ d e , l a , s ú p e r estructurado, c o n
el c o n j u n t o ~ d e l a m i s m a . E n l a s « T e s i s s o b r e F e u o r b a e l w . ;a i d e o l o g í a se
i d e n t i f i c a u n a s v e c e s c o n c a r á c t e r r e s t r i n g i d o , c o n u n a s p e c t o d e l a filoso-
ñ a r r e n p a r t i c u l a r c o n el s i s t e m a d e H e g e l ; o t r a s v e c e s , c o n c a r á c t e r m á s . a m -
p l i o , c o n la p r o d u c c i ó n d e las i d e a s : « L a s f a n t a s m a g o r í a s e n el c e r e b r o h u -
m a n o s o n s u D h m a a o n e s " q u e Y é " s ü l f á n n e c e s a r i a m e n t e d e la v i d a m a t e r i a l
(..-)- P o r e s t e h e c h o , l a m o r a l , l a r e l i g i ó n , la m e t a f í s i c a y el r e s t o d e l a i d e o -
l o g í a , así c o m o las f o r m a s d e l a c o n c i e n c i a q u e le c o r r e s p o n d e n , p i e r d e n
r á p i d a m e n t e c u a l q u i e r a p a r i e n c i a d e a u t o n o m í a . » E n el p r e f a c i o a l a Crí-
tica de la economía política, el t e r r e n o d e la n o c i ó n i d e o l o g í a se a m p l í a t o -
davía m á s : « E s necesario ditinguir s i e m p r e e n t r e la alteración m a t e r i a l de
las c o n d i c i o n e s e c o n ó m i c a s d e p r o d u c c i ó n y las f o r m a s j u r í d i c a s , p o l í t i c a s ,
r e l i g i o s a s , a r t í s t i c a s o filosóficas; e n r e s u m e n , las f o r m a s i d e o l ó g i c a s b a j o
las c u a l e s l o s h o m b r e s t o m a n c o n c i e n c i a d e e s t e conflicto y lo l l e v a n a
c a b o . » P a r a M a r x , e n t é r m i n o e x t r e m o , las « f o r m a s i d e o l ó g i c a s » e n g l o b a n
t o d a s las r e p r e s e n t a c i o n e s , d i s c u r s o s y t e o r í a s p r o d u c i d o s p o r las i n s t i t u -
ciones políticas, jurídicas, religiosas y culturales. E n este estado d e cosas,
el t é r m i n o i d e o l o g í a s e v u e l v e d e m a s i a d o v a g o c o m o p a r a ser o p e r a t i v o .
E l c o n c e p t o d e ideología, a través d e otros escritos marxistas, a d o p t a
o t r o s e n t i d o : "el d e l a t a l s a c o n c i e n c i a . U n « l X g u e r £ a j ^ J ^ c f f i g f 5 e S 5 o i » ,
201
F . E n g e l s hace esta ohservación:„«Los.ideólogos, no. . v e n , e n i a revolución
de 1789 más que un debate algojyiolento acerca de..las.ventajas d e l a . m o -
narquía constitucional en relación con la monarquía absoluta (...); en la re-
volución de 1848 tan sólo una tentativa de resolver la cuestión: república
o monarquía (...).» Aquí, la ideología se presenta como un craiotirniento
imperfecto: los ideólogosliipj5efciFeh las luchas* de clases que. explican las
revolúdonés políticas, sencillamente porque son intelectuales ciegos. E n la
tantas veces citada obra « L a guerra de los campesinos», E n g e l s escribe a
propósito del papel de la I g l e s i a en la E d a d M e d i a : « L a soberanía de la
teología en el terreno de la actividad intelectual era (...) la consecuencia
:necesaria de la situación de la Iglesia, la síntesis más general y la sanción
de la dominación feudal.» E n t o n c e s , la ideología es descrita: a la vez, como
una concepción global, una visión del m u n d o , y como un discurso mixtifi-
cador, que tiende a justificar la explotación social. R r r j M t i m o , en J a s « T e s i s
sobre F e u e r b a c h ^ K a r l M a r x c o n c í b e l a ideología como el sistema de va^
lores que un grupo d i r i g e n t e impone a toda la sociedad: « E l pensamiento
de la clase dominante es también e l pensamiento dominante de c a d a época'*
(.. ) f L a clase que dispone de los medios de producción material detenta
al rmsnío~tiOTipo losmediós de producción intelectual.» D e un texto a otro,
hay variaciones: el concepto de ideología, al igual que el concepto de cla-
ses, no ha sido objeto de una verdadera elaboración teórica.
4. L A ESCLEROSIS DOGMÁTICA
.Los partidos socialistas, que se reúnen en la Segunda InternacioaaJ...en-
tre^lj^li^jjid^ como doctrina oficial,
como fundamento teórico de sus programas respectivos, tero, <3£§sM£3é
la müérté~dé E n g e l s en 1895, los~dmgeñfeslbT6ialisTS"yá no p u e d e n seguir
a"vm^<méñT:"or»Z}ue'"Ies garantice la exacta interpretación de las obras de
M a r x ; frecuentemente caracen de la cultura filosófica necesaria para asimi-
lar el,materialismo matoneo, y se dejan influir por las ideologías del mo-
m e n t ó T p S í c ^ a n n e n t e por el positivismo y el darwinismo social. E n tales
condiciones, el marxisjno__s_e_ü]mrf^^
cido y anquilosado y es divulgado, de forma simplificada, no sólo en libros,
sino en foíletosT artículos, Ponieren hYmSí€SS
lisriffrjistórico sufre dTsviáciones;^6re todo el«cierItiBsmo» y el «econo-
micismo». L a primera deformación —eí «científismo»—, que se hallaba en
gemíSñ en los trabajos de E n g e l s , consiste en convertir la investigación de
Marx en una «ciencia positiva» que descansa sobre un conjunto de concep-
tos definitivamente establecidos, lo cual dispensa de hacer nuevas reflexio-
nes filosóficas y nuevas investigaciones sobre la sociedad. L a segunda
deformación —la economicista—consiste en afirmar, en cualquier circuns-
tancia, la primacía de la economía; en reducir directamente los fenómenos
de la superestructura a partir de la infraestructura, y en creer en la evolu-
ción ineluctable del capitalismo hacia el socialismo. E n A l e m a n i a , estas po-
siciones fueron defendidas por el principal teórico de la socialdemocracia,
K . K a u s t s k y , en obras tales como La doctrina económica de Marx ( 1 8 8 7 ) ,
La revolución social ( 1 9 0 2 ) , El camino del poder ( 1 9 1 0 ) . E n F r a n c i a , las
mismas orientaciones vuelven a encontrarse en los discursos y artículos de
202
J. G u e s d e , e n el r e s u m e n d e El capital d e G . D e v i l l e , e n los l i b r o s d e P . L a -
f a r g u e : El materialismo económico ( 1 8 8 4 ) , La teoría de la plusvalía (1985),
e t c . E n el s e n o d e la S e g u n d a I n t e r n a c i o n a l , e x i s t e n d i v e r s a s c o r r i e n t e s
—los austromarxistas, los revisionistas, los izquierdistas— q u e r e c h a z a n las
c o m e n t e s k a u t s k y s t a s y g u e s d i s t a s . Sin e m b a r g o , s o n e s t a s ú l t i m a s l a s q u e
p r e v a l e c e n , a finales d e l siglo XLX y p r i n c i p i o s d e l siglo X X , e n l a v e r s i ó n
del m a r x i s m o d e s t i n a d o a l a s m a s a s .
L e n i n i m p u g n a p o r e r r ó n e a la t e n d e n c i a economicista, q u e generalmen-
t e v a u n i d a a la o r i e n t a c i ó n r e f o r m i s t a ; d e m o d o q u e r e a n u d a d i r e c t a m e n t e
el c a m i n o d e M a r x e n l a m e d i d a e n q u e utiliza el m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o
c o m o u n m é t o d o d e i n v e s t i g a c i ó n q u e l e p e r m i t a c o m p r e n d e r las s i t u a c i o -
n e s c o n c r e t a s . E s t o e s lo q u e l l e v a a c a b o e n La evolución del capitalismo
en Rusia (1898) o e n El imperialismo, estadio supremo del capitalismo
(1916). L e n i n s i t ú a e n el c e n t r o d e s u r e f l e x i ó n l a n o c i ó n d e « p r a x i s » ;
ins is t e e n l a u n i d a d d i a l é c t i c a e n t r e al a c t i v i d a d t e ó r i c a y la a c t i v i d a d p r á c -
tica, e n t r e el c o n o c i m i e n t o d e l a r e a l i d a d y l a a c c i ó n q u e p r e t e n d e t r a n s -
f o r m a r l a . P o r ello p e r f i l a el m o d e l o d e u n p a r t i d o r e v o l u c i o n a r i o c a p a z d e
l u c h a r c o n t r a l a a u t o c r a c i a z a r i s t a e n ¿Qué hacer? ( 1 9 0 2 ) ; y d e f i n e l a es-
t r a t e g i a d e la t o m a d e l p o d e r , q u e i m p l i c a la d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o , e n
El estado y la revolución ( 1 9 1 7 ) . P a s a n d o a l o s h e c h o s , el p a r t i d o b o l c h e -
v i q u e , d i r i g i d o p o r L e n i n , c o n s i g u e « l i d e r a r » el m o v i m i e n t o d e m a s a s y a p o -
derarse del a p a r a t o del e s t a d o e n t r e febrero y octubre d e 1917; y consigue,
m e d i a n t e el c o n t r o l d e l a e c o n o m í a , l a c o n s t i t u c i ó n d e l a p o l i c í a p o l í t i c a y
la m o v i l i z a c i ó n d e l « e j é r c i t o r o j o » , e l i m i n a r a los p a r t i d o s r i v a l e s , v e n c e r
al e j é r c i t o b l a n c o y r e c h a z a r l a s a g r e s i o n e s e x t e r i o r e s , e n t r e n o v i e m b r e d e
1917 y m a r z o d e 1 9 2 1 . D u r a n t e el p e r i o d o d e l a N u e v a Política E c o n ó m i -
c a , d e 1921 a 1 9 2 8 , s e i n s t a u r a n l a s i n s t i t u c i o n e s s o v i é t i c a s y s e r e p a r a n los
e s t r a g o s d e l a g u e r r a civil. P e r o , d e s p u é s d e l a d e s a p a r i c i ó n d e L e n i n , se
d e s e n c a d e n a n l a s l u c h a s d e las f a c c i o n e s p o r a p o d e r a r s e d e l a d i r e c c i ó n d e l
p a r t i d o b o l c h e v i q u e . A p a r t i r d e 1 9 2 8 , y h a s t a 1 9 3 8 , el g r u p o d e S t a l i n ,
q u e se h a d e s e m b a r a z a d o p r i m e r o d e la « o p o s i c i ó n d e i z q u i e r d a s » ( T r o t s k y ,
Zinoviev, K á m e n e v ) y d e s p u é s d e la «oposición d e derechas» (Bujarin,
R y k o v , T o m s k y ) , a c r e c i e n t a el t e r r o r p o l i c i a c o , i m p o n e la c o l e c t i v i z a c i ó n
a g r a r i a y c o n s t r u y e la i n d u s t r i a p e s a d a a c o s t a d e i n m e n s o s sacrificios h u m a -
nos.
:
D e s d e e n t o n c e s , el « m a r x i s m o - l e n i n i s m o » se c o n v i e r t e e n u n s i s t e m a
i d e o l ó g i c o c u y a f u n c i ó n e s la d e j u s t i f i c a r l a d i c t a d u r a d e l p a r t i d o - e s t a d o .
D a d o q u e él e s la e n c a r n a c i ó n d e l a c l a s e t r a b a j a d o r a , d a d o q u e h a h e c h o
la r e v o l u c i ó n y d a d o q u e es el q u e d e t e r m i n a el c u r s o d e la h i s t o r i a , el p a r -
t i d o c o m u n i s t a n o p u e d e e q u i v o c a r s e . S u s a b e r l e g i t i m a su p o d e r . L a o b r a
t i t u l a d a La historia del partido comunista ( b o l c h e v i q u e ) de la URSS, r e d a c -
t a d a p o r u n a c o m i s i ó n — d e l a q u e f o r m ó p a r t e S t a l i n — y a p r o b a d a p o r el
c o m i t é c e n t r a l d e l P C U S e n 1 9 3 8 , r e f l e j a p e r f e c t a m e n t e la r e g r e s i ó n t e ó -
rica d e la e r a e s t a l i n i s t a . E n c o n j u n t o , el m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o f u e e l e v a -
d o a la c a t e g o r í a d e c i e n c i a e x a c t a , c a p a z d e e s t a b l e c e r las l e y e s q u e
p e r m i t i e r a n c o n o c e r el p a s a d o y p r e v e r el f u t u r o : « M a r x y E n g e l s h a n d e s -
c u b i e r t o las l e y e s d e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a y h a n d e m o s t r a -
d o c i e n t í f i c a m e n t e q u e el d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a y l a l u c h a d e
c l a s e s , e n el s e n o d e e s t a s o c i e d a d , e n t r a ñ a r á n i n e l u c t a b l e m e n t e l a c a í d a
del capitalismo, la victoria del p r o l e t a r i a d o , la dictadura del proletariado.»
203
F . E n g e l s hace esta ohservación:„«Los.ideólogos, no. . v e n , e n i a revolución
de 1789 más que un debate algojyiolento acerca de..las.ventajas d e l a . m o -
narquía constitucional en relación con la monarquía absoluta (...); en la re-
volución de 1848 tan sólo una tentativa de resolver la cuestión: república
o monarquía (...).» Aquí, la ideología se presenta como un craiotirniento
imperfecto: los ideólogosliipj5efciFeh las luchas* de clases que. explican las
revolúdonés políticas, sencillamente porque son intelectuales ciegos. E n la
tantas veces citada obra « L a guerra de los campesinos», E n g e l s escribe a
propósito del papel de la I g l e s i a en la E d a d M e d i a : « L a soberanía de la
teología en el terreno de la actividad intelectual era (...) la consecuencia
:necesaria de la situación de la Iglesia, la síntesis más general y la sanción
de la dominación feudal.» E n t o n c e s , la ideología es descrita: a la vez, como
una concepción global, una visión del m u n d o , y como un discurso mixtifi-
cador, que tiende a justificar la explotación social. R r r j M t i m o , en J a s « T e s i s
sobre F e u e r b a c h ^ K a r l M a r x c o n c í b e l a ideología como el sistema de va^
lores que un grupo d i r i g e n t e impone a toda la sociedad: « E l pensamiento
de la clase dominante es también e l pensamiento dominante de c a d a época'*
(.. ) f L a clase que dispone de los medios de producción material detenta
al rmsnío~tiOTipo losmediós de producción intelectual.» D e un texto a otro,
hay variaciones: el concepto de ideología, al igual que el concepto de cla-
ses, no ha sido objeto de una verdadera elaboración teórica.
4. L A ESCLEROSIS DOGMÁTICA
.Los partidos socialistas, que se reúnen en la Segunda InternacioaaJ...en-
tre^lj^li^jjid^ como doctrina oficial,
como fundamento teórico de sus programas respectivos, tero, <3£§sM£3é
la müérté~dé E n g e l s en 1895, los~dmgeñfeslbT6ialisTS"yá no p u e d e n seguir
a"vm^<méñT:"or»Z}ue'"Ies garantice la exacta interpretación de las obras de
M a r x ; frecuentemente caracen de la cultura filosófica necesaria para asimi-
lar el,materialismo matoneo, y se dejan influir por las ideologías del mo-
m e n t ó T p S í c ^ a n n e n t e por el positivismo y el darwinismo social. E n tales
condiciones, el marxisjno__s_e_ü]mrf^^
cido y anquilosado y es divulgado, de forma simplificada, no sólo en libros,
sino en foíletosT artículos, Ponieren hYmSí€SS
lisriffrjistórico sufre dTsviáciones;^6re todo el«cierItiBsmo» y el «econo-
micismo». L a primera deformación —eí «científismo»—, que se hallaba en
gemíSñ en los trabajos de E n g e l s , consiste en convertir la investigación de
Marx en una «ciencia positiva» que descansa sobre un conjunto de concep-
tos definitivamente establecidos, lo cual dispensa de hacer nuevas reflexio-
nes filosóficas y nuevas investigaciones sobre la sociedad. L a segunda
deformación —la economicista—consiste en afirmar, en cualquier circuns-
tancia, la primacía de la economía; en reducir directamente los fenómenos
de la superestructura a partir de la infraestructura, y en creer en la evolu-
ción ineluctable del capitalismo hacia el socialismo. E n A l e m a n i a , estas po-
siciones fueron defendidas por el principal teórico de la socialdemocracia,
K . K a u s t s k y , en obras tales como La doctrina económica de Marx ( 1 8 8 7 ) ,
La revolución social ( 1 9 0 2 ) , El camino del poder ( 1 9 1 0 ) . E n F r a n c i a , las
mismas orientaciones vuelven a encontrarse en los discursos y artículos de
202
J. G u e s d e , e n el r e s u m e n d e El capital d e G . D e v i l l e , e n los l i b r o s d e P . L a -
f a r g u e : El materialismo económico ( 1 8 8 4 ) , La teoría de la plusvalía (1985),
e t c . E n el s e n o d e la S e g u n d a I n t e r n a c i o n a l , e x i s t e n d i v e r s a s c o r r i e n t e s
—los austromarxistas, los revisionistas, los izquierdistas— q u e r e c h a z a n las
c o m e n t e s k a u t s k y s t a s y g u e s d i s t a s . Sin e m b a r g o , s o n e s t a s ú l t i m a s l a s q u e
p r e v a l e c e n , a finales d e l siglo XLX y p r i n c i p i o s d e l siglo X X , e n l a v e r s i ó n
del m a r x i s m o d e s t i n a d o a l a s m a s a s .
L e n i n i m p u g n a p o r e r r ó n e a la t e n d e n c i a economicista, q u e generalmen-
t e v a u n i d a a la o r i e n t a c i ó n r e f o r m i s t a ; d e m o d o q u e r e a n u d a d i r e c t a m e n t e
el c a m i n o d e M a r x e n l a m e d i d a e n q u e utiliza el m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o
c o m o u n m é t o d o d e i n v e s t i g a c i ó n q u e l e p e r m i t a c o m p r e n d e r las s i t u a c i o -
n e s c o n c r e t a s . E s t o e s lo q u e l l e v a a c a b o e n La evolución del capitalismo
en Rusia (1898) o e n El imperialismo, estadio supremo del capitalismo
(1916). L e n i n s i t ú a e n el c e n t r o d e s u r e f l e x i ó n l a n o c i ó n d e « p r a x i s » ;
ins is t e e n l a u n i d a d d i a l é c t i c a e n t r e al a c t i v i d a d t e ó r i c a y la a c t i v i d a d p r á c -
tica, e n t r e el c o n o c i m i e n t o d e l a r e a l i d a d y l a a c c i ó n q u e p r e t e n d e t r a n s -
f o r m a r l a . P o r ello p e r f i l a el m o d e l o d e u n p a r t i d o r e v o l u c i o n a r i o c a p a z d e
l u c h a r c o n t r a l a a u t o c r a c i a z a r i s t a e n ¿Qué hacer? ( 1 9 0 2 ) ; y d e f i n e l a es-
t r a t e g i a d e la t o m a d e l p o d e r , q u e i m p l i c a la d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o , e n
El estado y la revolución ( 1 9 1 7 ) . P a s a n d o a l o s h e c h o s , el p a r t i d o b o l c h e -
v i q u e , d i r i g i d o p o r L e n i n , c o n s i g u e « l i d e r a r » el m o v i m i e n t o d e m a s a s y a p o -
derarse del a p a r a t o del e s t a d o e n t r e febrero y octubre d e 1917; y consigue,
m e d i a n t e el c o n t r o l d e l a e c o n o m í a , l a c o n s t i t u c i ó n d e l a p o l i c í a p o l í t i c a y
la m o v i l i z a c i ó n d e l « e j é r c i t o r o j o » , e l i m i n a r a los p a r t i d o s r i v a l e s , v e n c e r
al e j é r c i t o b l a n c o y r e c h a z a r l a s a g r e s i o n e s e x t e r i o r e s , e n t r e n o v i e m b r e d e
1917 y m a r z o d e 1 9 2 1 . D u r a n t e el p e r i o d o d e l a N u e v a Política E c o n ó m i -
c a , d e 1921 a 1 9 2 8 , s e i n s t a u r a n l a s i n s t i t u c i o n e s s o v i é t i c a s y s e r e p a r a n los
e s t r a g o s d e l a g u e r r a civil. P e r o , d e s p u é s d e l a d e s a p a r i c i ó n d e L e n i n , se
d e s e n c a d e n a n l a s l u c h a s d e las f a c c i o n e s p o r a p o d e r a r s e d e l a d i r e c c i ó n d e l
p a r t i d o b o l c h e v i q u e . A p a r t i r d e 1 9 2 8 , y h a s t a 1 9 3 8 , el g r u p o d e S t a l i n ,
q u e se h a d e s e m b a r a z a d o p r i m e r o d e la « o p o s i c i ó n d e i z q u i e r d a s » ( T r o t s k y ,
Zinoviev, K á m e n e v ) y d e s p u é s d e la «oposición d e derechas» (Bujarin,
R y k o v , T o m s k y ) , a c r e c i e n t a el t e r r o r p o l i c i a c o , i m p o n e la c o l e c t i v i z a c i ó n
a g r a r i a y c o n s t r u y e la i n d u s t r i a p e s a d a a c o s t a d e i n m e n s o s sacrificios h u m a -
nos.
:
D e s d e e n t o n c e s , el « m a r x i s m o - l e n i n i s m o » se c o n v i e r t e e n u n s i s t e m a
i d e o l ó g i c o c u y a f u n c i ó n e s la d e j u s t i f i c a r l a d i c t a d u r a d e l p a r t i d o - e s t a d o .
D a d o q u e él e s la e n c a r n a c i ó n d e l a c l a s e t r a b a j a d o r a , d a d o q u e h a h e c h o
la r e v o l u c i ó n y d a d o q u e es el q u e d e t e r m i n a el c u r s o d e la h i s t o r i a , el p a r -
t i d o c o m u n i s t a n o p u e d e e q u i v o c a r s e . S u s a b e r l e g i t i m a su p o d e r . L a o b r a
t i t u l a d a La historia del partido comunista ( b o l c h e v i q u e ) de la URSS, r e d a c -
t a d a p o r u n a c o m i s i ó n — d e l a q u e f o r m ó p a r t e S t a l i n — y a p r o b a d a p o r el
c o m i t é c e n t r a l d e l P C U S e n 1 9 3 8 , r e f l e j a p e r f e c t a m e n t e la r e g r e s i ó n t e ó -
rica d e la e r a e s t a l i n i s t a . E n c o n j u n t o , el m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o f u e e l e v a -
d o a la c a t e g o r í a d e c i e n c i a e x a c t a , c a p a z d e e s t a b l e c e r las l e y e s q u e
p e r m i t i e r a n c o n o c e r el p a s a d o y p r e v e r el f u t u r o : « M a r x y E n g e l s h a n d e s -
c u b i e r t o las l e y e s d e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a y h a n d e m o s t r a -
d o c i e n t í f i c a m e n t e q u e el d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a y l a l u c h a d e
c l a s e s , e n el s e n o d e e s t a s o c i e d a d , e n t r a ñ a r á n i n e l u c t a b l e m e n t e l a c a í d a
del capitalismo, la victoria del p r o l e t a r i a d o , la dictadura del proletariado.»
203
L a c i e n c i a h i s t ó r i c a , si p r e t e n d e ser u n a v e r d a d e r a c i e n c i a , n o p u e d e r e d u -
cir l a h i s t o r i a d e l d e s a r r o l l o social a los h e c h o s d e l o s r e y e s y d e l o s j e f e s
d e los e j é r c i t o s , a los h e c h o s d e los c o n q u i s t a d o r e s y d e los a v a s a l l a d o r e s
e n n o m b r e d e l e s t a d o . L a ciencia h i s t ó r i c a d e b e o c u p a r s e a n t e t o d o d e los
b i e n e s m a t e r i a l e s , d e la h i s t o r i a d e las m a s a s t r a b a j a d o r a s , d e la h i s t o r i a
d e los p u e b l o s ( . . . ) . E l p a r t i d o d e l p r o l e t a r i a d o , si p r e t e n d e ser u n a u t é n -
t i c o p a r t i d o , d e b e r a d q u i r i r a n t e t o d o la c i e n c i a d e las l e y e s d e l d e s a r r o l l o
e c o n ó m i c o d e la s o c i e d a d . E l e s t a l i n i s m o a c e n t ú a l a d e s v i a c i ó n «cientifis-
ta» del m a r x i s m o .
E n la Historia del partido comunista de la URSS se p e r c i b e n l o s e n f r e n -
t a m i e n t o s p o l í t i c o s c o m o l u c h a s d e c l a s e s . T a l es la i n t e r p r e t a c i ó n q u e se
d a a las a g i t a c i o n e s d e 1905: « L a r e v o l u c i ó n d e m u e s t r a q u e la b u r g u e s í a
l i b e r a l b u s c a b a la a l i a n z a , n o c o n el p u e b l o , s i n o c o n el z a r , q u e e r a u n a
f u e r z a c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i a (..'.). L a r e v o l u c i ó n d e m u e s t r a q u e s o l a m e n t e
la clase t r a b a j a d o r a p u e d e dirigir la r e v o l u c i ó n d e m o c r á t i c a b u r g u e s a ; q u e
s o l a m e n t e ella es c a p a z d e h a c e r r e c u l a r a l a b u r g u e s í a c a d e t e - l i b e r a l , d e
a n i q u i l a r a los l a t i f u n d i s t a s ( . . . ) . » A s í p u e s , l a l u c h a d e clases es el m o t o r
d e la h i s t o r i a . P e r o , e n m e d i o d e e s t o s c o n f l i c t o s , h a y u n a c t o r c o l e c t i v o
p r o t a g o n i s t a : el p a r t i d o c o m u n i s t a , c o m o o c u r r e , p o r e j e m p l o , c u a n d o los
a c o n t e c i m i e n t o s d e l a ñ o 1917: « E n o c h o m e s e s , d e f e b r e r o a o c t u b r e , el
p a r t i d o b o l c h e v i q u e r e a l i z a u n a d e las t a r e a s m á s difíciles: h a c e q u e m i l l o -
n e s d e c a m p e s i n o s se s i t ú e n al l a d o d e la r e v o l u c i ó n s o c i a l i s t a ; s u s t r a e a las
m a s a s a la i n f l u e n c i a d e los p a r t i d o s p e q u e ñ o s - b u r g u e s e s ( s o c i a l r e v o l u c i o -
narios, m e n c h e v i q u e s , anarquistas); despliega u n a i n t e n s a actividad políti-
c a e n el f r e n t e y e n l a r e t a g u a r d i a , p r e p a r a n d o a las m a s a s p a r a l a r e v o l u -
c i ó n d e o c t u b r e . » L a clase o b r e r a c e d e el p r o t a g o n i s m o a s u « v a n g u a r d i a » ,
y, a su v e z , el p a r t i d o b o l c h e v i q u e t i e n d e a d i l u i r s e d e t r á s d e l a d i r e c c i ó n
d e l m i s m o . P o r e j e m p l o , d e s p u é s d e l f r a c a s o d e las j o r n a d a s d e j u l i o d e
1917: « L o s b o l c h e v i q u e s se v e í a n o b l i g a d o s a r e u n i r s e c l a n d e s t i n a m e n t e , y
L e n i n , j e f e d e l p a r t i d o p r o l e t a r i o , se v e í a o b l i g a d o a e s c o n d e r s e ( . . . ) . N o
p u d o asistir al c o n g r e s o , p e r o l o d i r i g i ó , d e s d e el l u g a r al q u e se h a b í a r e -
t i r a d o , p o r m e d i o d e sus c o m p a ñ e r o s d e P e t r o g r a d o : S t a l i n , S v e r d l o v , M o -
l o t o v , O r d j o n i k d z é ( . . . ) . L a s p o s i b i l i d a d e s d e d e s a r r o l l o pacífico d e la r e -
v o l u c i ó n d e s a p a r e c i e r o n . S ó l o se p o d í a h a c e r u n a c o s a , d i j o el c a m a r a d a
Stalin: t o m a r el p o d e r p o r la f u e r z a , d e r r i b a n d o el g o b i e r n o p r o v i s i o n a l . »
P a r a d ó j i c a m e n t e , el e s t a l i n i s m o se d e s v í a (al insistir e n las c o n t r a d i c c i o n e s
s o c i a l e s ) , d e la c o n c e p c i ó n m a r x i s t a d e la h i s t o r i a , h a c i a u n a c o n c e p c i ó n
m á s tradicional q u e c o n c e d e m a y o r i m p o r t a n c i a a la intervención d e u n gru-
p o de h o m b r e s — e n esta ocasión, L e n i n , Stalin y a d l á t e r e s — .
L a Historia del partido comunista de la URSS se e s c r i b i ó e n l a é p o c a
e n q u e S t a l i n i n s t a u r a su p o d e r a b s o l u t o y l i q u i d a a t o d o s sus a d v e r s a r i o s .
Los acontecimientos históricos que v a n desde la creación del p a r t i d o bol-
c h e v i q u e e n 1902-1903 a las g r a n d e s p u r g a s d e 1936-1938 s o n r e v i s a d o s ,
c o r r e g i d o s , a j u s t a d o s e n f u n c i ó n d e las n e c e s i d a d e s p o l í t i c a s d e l m o m e n t o .
E n el s e n o d e l p a r t i d o c o m u n i s t a , l o s ú n i c o s q u e h a n t e n i d o s i e m p r e r a z ó n
y han realizado hechos positivos son, p o r u n a p a r t e , L e n i n y, p o r otra, Sta-
lin y sus a m i g o s . E n c a m b i o , s i e m p r e se e q u i v o c a r o n y sólo h i c i e r o n c o s a s
n e g a t i v a s el r e s t o d e los d i r i g e n t e s — T r o t s k y , K á m e n e v , R y k o v , B u j a r i n ,
e t c . — . E s d e s d e e s t a ó p t i c a c o m o se n o s p r e s e n t a n las n e g o c i a c i o n e s d e
B r e s t - L i t o v s k : « E l 10 d e f e b r e r o d e 1918 se i n t e r r u m p i e r o n las n e g o c i a c i o -
204
n e s . A u n q u e L e n i n y S t a l i n h u b i e s e n i n s i s t i d o e n n o m b r e del c o m i t é c e n -
t r a l e n q u e se f i r m a s e l a p a z , T r o t s k y , p r e s i d e n t e d e l a d e l e g a c i ó n s o v i é t i -
ca, t r a i c i o n ó las ó r d e n e s e x p r e s a s d e l p a r t i d o b o l c h e v i q u e ; d e c l a r ó q u e la
R e p ú b l i c a d e los s o v i e t s r e h u s a b a f i r m a r l a p a z e n las c o n d i c i o n e s p r o p u e s -
t a s p o r A l e m a n i a , y a s e g u r ó a l o s a l e m a n e s q u e ¡a R e p ú b l i c a d e los s o v i e t s
n o h a r í a la g u e r r a , q u e p r o s e g u i r í a la d e s m o v i l i z a c i ó n d e las t r o p a s . » L a
c o l e c t i v i z a c i ó n d e las t i e r r a s s e d e s c r i b e d e s d e i d é n t i c o p u n t o d e v i s t a : « E n
1 9 2 8 , l a a g i t a c i ó n d i r i g i d a p o r el b l o q u e t r o t s k i s t a - z i n o v i e v i s t a c o n t r a l a p o -
lítica d e l p a r t i d o , c o n t r a la c o n s t r u c c i ó n d e l s o c i a l i s m o , c o n t r a l a c o l e c t i v i -
z a c i ó n , e i g u a l m e n t e , l a a g i t a c i ó n d e los p a r t i d a r i o s d e B u j a r i n , q u e d e c í a n
q u e la e m p r e s a d e l o s k o l k h o s e s n o t r i u n f a r í a , q u e e r a n e c e s a r i o n o t o c a r
a l o s k u l a k s ( . . . ) , q u e el e n r i q u e c i m i e n t o d e la b u r g u e s í a n o c o n s t i t u í a n i n -
g u n a a m e n a z a p a r a el s o c i a l i s m o , t o d a e s t a a g i t a c i ó n t u v o e c o e n t r e l o s e l e -
m e n t o s c a p i t a l i s t a s d e l p a í s . » L a d e f o r m a c i ó n d e los h e c h o s l l e g a a l í m i t e s
e x t r e m o s c o n la i n t e r p r e t a c i ó n d e los « p r o c e s o s d e M o s c ú » : « E n 1 9 3 7 y
1 9 3 8 , l o s p r o c e s o s r e v e l a r o n q u e l o s m o n s t r u o s t r o t s k i s t a s y b u j a r i n i s t a s se
h a b í a n p r o p u e s t o , p o r o r d e n d e sus p a t r o n o s d e los servicios d e e s p i o n a j e
b u r g u e s e s , d e s t r u i r el p a r t i d o y el e s t a d o s o v i é t i c o ( . . . ) , p r e p a r a r l a d e r r o -
t a d e l e j é r c i t o r o j o , d e s m e m b r a r la U R S S , e n t r e g a r a los j a p o n e s e s l a p r o -
vincia m a r í t i m a d e E x t r e m o - O r i e n t e ; a P o l o n i a , Bielorrusia; a A l e m a n i a ,
Ucrania.»
P e r m a n e n t e m e n t e , el h i s t o r i ó g r a f o s o v i é t i c o c o n s t r u y e el p a s a d o e n fun-
ción d e l p r e s e n t e . L a s s u c e s i v a s e d i c i o n e s d e la Historia del partido comu-
nista de la URSS s u f r e n r e t o q u e s — s e d e s f i g u r a n los a c o n t e c i m i e n t o s , se
e s c a m o t e a n p e r s o n a j e s — , a m e d i d a d e las fluctuaciones d e la l í n e a p o l í t i -
ca. E n 1956, d e s p u é s del X X C o n g r e s o , Stalin, c o n d e n a d o p o r K h r u s c h e v ,
d e s a p a r e c e p r á c t i c a m e n t e d e l a h i s t o r i a , y sus v í c t i m a s c o n él; p e r m a n e c e n
v e l a d a s las d e p o r t a c i o n e s m a s i v a s . Y se a l u d e , p a r a e x p l i c a r la e v o l u c i ó n
d e la U R S S e n t r e 1928 y 1 9 5 3 , a u n p a r t i d o c o m u n i s t a a n ó n i m o , o m n i s -
c i e n t e y o m n i p r e s e n t e . S e a ñ a d e n , a las r e v i s i o n e s p o l í t i c a s c o n c e r n i e n t e s
a l a h i s t o r i a d e l P C y a la c o n s t r u c c i ó n d e l s o c i a l i s m o , las d e f o r m a c i o n e s
n a c i o n a l i s t a s q u e r e s p e c t a n a l a h i s t o r i a d e R u s i a y , d e s p u é s , a l a d e la
U R S S . D e s d e 1934, las i n s t r u c c i o n e s oficiales p r e c i s a n q u e « u n a c o r r e c t a
e n s e ñ a n z a d e la h i s t o r i a d e b e c o n v e n c e r d e q u e el p u e b l o s o v i é t i c o e s t á a
la c a b e z a d e las n a c i o n e s ( . . . ) ; d e b e insistir e n las g u e r r a s p a r a a l i m e n t a r
el p a t r i o t i s m o . » É s t a es l a r a z ó n p o r la c u a l l o s m a n u a l e s e s c o l a r e s n o h a -
blan del p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r los varegos — i n v a s o r e s g e r m á n i c o s o es-
c a n d i n a v o s — e n l a f u n d a c i ó n d e l e s t a d o r u s o h a c i a el siglo IX, p o r la q u e
o l v i d a n l a i n f l u e n c i a d e la c o n v e r s i ó n a l a r e l i g i ó n o r t o d o x a e n la c o n s t i t u -
c i ó n d e la i d e n t i d a d c o l e c t i v a e n los siglos x al X I I ; glorifican l a s l u c h a s d e
l i b e r a c i ó n d e l o s r u s o s c o n t r a l o s c a b a l l e r o s t e u t ó n i c o s y las « h o r d a s t á r t a -
r a s » d e los siglos X I I I y X I V ; d e s c u b r e n los m é r i t o s d e l « d e s p o t i s m o i l u s t r a -
d o » d e P e d r o el G r a n d e y C a t a l i n a I I e n el siglo XVín; p r e s e n t a n la c o n -
q u i s t a c o l o n i a l d e l A s i a c e n t r a l e n el siglo XIX c o m o u n a l i b e r a c i ó n d e l y u g o
f e u d a l ; y a c r e c i e n t a n l a p a r t i c i p a c i ó n d e l a U R S S y d i s m i n u y e n la d e G r a n
B r e t a ñ a y d e l o s E s t a d o s U n i d o s e n la v i c t o r i a s o b r e la A l e m a n i a n a z i , h a -
cia m e d i a d o s d e l siglo x x .
L a visión d e l a h i s t o r i a c o n c e b i d a e n l a é p o c a d e S t a l i n p e r m a n e c e casi
i n t a c t a e n la é p o c a d e K h u s c h e v y d e B r e z n e v . N o h a c e t a n t o s a ñ o s , u n
e q u i p o d e h i s t o r i a d o r e s s o v i é t i c o s d i o a l a luz u n a Historia de Francia. E l
205
L a c i e n c i a h i s t ó r i c a , si p r e t e n d e ser u n a v e r d a d e r a c i e n c i a , n o p u e d e r e d u -
cir l a h i s t o r i a d e l d e s a r r o l l o social a los h e c h o s d e l o s r e y e s y d e l o s j e f e s
d e los e j é r c i t o s , a los h e c h o s d e los c o n q u i s t a d o r e s y d e los a v a s a l l a d o r e s
e n n o m b r e d e l e s t a d o . L a ciencia h i s t ó r i c a d e b e o c u p a r s e a n t e t o d o d e los
b i e n e s m a t e r i a l e s , d e la h i s t o r i a d e las m a s a s t r a b a j a d o r a s , d e la h i s t o r i a
d e los p u e b l o s ( . . . ) . E l p a r t i d o d e l p r o l e t a r i a d o , si p r e t e n d e ser u n a u t é n -
t i c o p a r t i d o , d e b e r a d q u i r i r a n t e t o d o la c i e n c i a d e las l e y e s d e l d e s a r r o l l o
e c o n ó m i c o d e la s o c i e d a d . E l e s t a l i n i s m o a c e n t ú a l a d e s v i a c i ó n «cientifis-
ta» del m a r x i s m o .
E n la Historia del partido comunista de la URSS se p e r c i b e n l o s e n f r e n -
t a m i e n t o s p o l í t i c o s c o m o l u c h a s d e c l a s e s . T a l es la i n t e r p r e t a c i ó n q u e se
d a a las a g i t a c i o n e s d e 1905: « L a r e v o l u c i ó n d e m u e s t r a q u e la b u r g u e s í a
l i b e r a l b u s c a b a la a l i a n z a , n o c o n el p u e b l o , s i n o c o n el z a r , q u e e r a u n a
f u e r z a c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i a (..'.). L a r e v o l u c i ó n d e m u e s t r a q u e s o l a m e n t e
la clase t r a b a j a d o r a p u e d e dirigir la r e v o l u c i ó n d e m o c r á t i c a b u r g u e s a ; q u e
s o l a m e n t e ella es c a p a z d e h a c e r r e c u l a r a l a b u r g u e s í a c a d e t e - l i b e r a l , d e
a n i q u i l a r a los l a t i f u n d i s t a s ( . . . ) . » A s í p u e s , l a l u c h a d e clases es el m o t o r
d e la h i s t o r i a . P e r o , e n m e d i o d e e s t o s c o n f l i c t o s , h a y u n a c t o r c o l e c t i v o
p r o t a g o n i s t a : el p a r t i d o c o m u n i s t a , c o m o o c u r r e , p o r e j e m p l o , c u a n d o los
a c o n t e c i m i e n t o s d e l a ñ o 1917: « E n o c h o m e s e s , d e f e b r e r o a o c t u b r e , el
p a r t i d o b o l c h e v i q u e r e a l i z a u n a d e las t a r e a s m á s difíciles: h a c e q u e m i l l o -
n e s d e c a m p e s i n o s se s i t ú e n al l a d o d e la r e v o l u c i ó n s o c i a l i s t a ; s u s t r a e a las
m a s a s a la i n f l u e n c i a d e los p a r t i d o s p e q u e ñ o s - b u r g u e s e s ( s o c i a l r e v o l u c i o -
narios, m e n c h e v i q u e s , anarquistas); despliega u n a i n t e n s a actividad políti-
c a e n el f r e n t e y e n l a r e t a g u a r d i a , p r e p a r a n d o a las m a s a s p a r a l a r e v o l u -
c i ó n d e o c t u b r e . » L a clase o b r e r a c e d e el p r o t a g o n i s m o a s u « v a n g u a r d i a » ,
y, a su v e z , el p a r t i d o b o l c h e v i q u e t i e n d e a d i l u i r s e d e t r á s d e l a d i r e c c i ó n
d e l m i s m o . P o r e j e m p l o , d e s p u é s d e l f r a c a s o d e las j o r n a d a s d e j u l i o d e
1917: « L o s b o l c h e v i q u e s se v e í a n o b l i g a d o s a r e u n i r s e c l a n d e s t i n a m e n t e , y
L e n i n , j e f e d e l p a r t i d o p r o l e t a r i o , se v e í a o b l i g a d o a e s c o n d e r s e ( . . . ) . N o
p u d o asistir al c o n g r e s o , p e r o l o d i r i g i ó , d e s d e el l u g a r al q u e se h a b í a r e -
t i r a d o , p o r m e d i o d e sus c o m p a ñ e r o s d e P e t r o g r a d o : S t a l i n , S v e r d l o v , M o -
l o t o v , O r d j o n i k d z é ( . . . ) . L a s p o s i b i l i d a d e s d e d e s a r r o l l o pacífico d e la r e -
v o l u c i ó n d e s a p a r e c i e r o n . S ó l o se p o d í a h a c e r u n a c o s a , d i j o el c a m a r a d a
Stalin: t o m a r el p o d e r p o r la f u e r z a , d e r r i b a n d o el g o b i e r n o p r o v i s i o n a l . »
P a r a d ó j i c a m e n t e , el e s t a l i n i s m o se d e s v í a (al insistir e n las c o n t r a d i c c i o n e s
s o c i a l e s ) , d e la c o n c e p c i ó n m a r x i s t a d e la h i s t o r i a , h a c i a u n a c o n c e p c i ó n
m á s tradicional q u e c o n c e d e m a y o r i m p o r t a n c i a a la intervención d e u n gru-
p o de h o m b r e s — e n esta ocasión, L e n i n , Stalin y a d l á t e r e s — .
L a Historia del partido comunista de la URSS se e s c r i b i ó e n l a é p o c a
e n q u e S t a l i n i n s t a u r a su p o d e r a b s o l u t o y l i q u i d a a t o d o s sus a d v e r s a r i o s .
Los acontecimientos históricos que v a n desde la creación del p a r t i d o bol-
c h e v i q u e e n 1902-1903 a las g r a n d e s p u r g a s d e 1936-1938 s o n r e v i s a d o s ,
c o r r e g i d o s , a j u s t a d o s e n f u n c i ó n d e las n e c e s i d a d e s p o l í t i c a s d e l m o m e n t o .
E n el s e n o d e l p a r t i d o c o m u n i s t a , l o s ú n i c o s q u e h a n t e n i d o s i e m p r e r a z ó n
y han realizado hechos positivos son, p o r u n a p a r t e , L e n i n y, p o r otra, Sta-
lin y sus a m i g o s . E n c a m b i o , s i e m p r e se e q u i v o c a r o n y sólo h i c i e r o n c o s a s
n e g a t i v a s el r e s t o d e los d i r i g e n t e s — T r o t s k y , K á m e n e v , R y k o v , B u j a r i n ,
e t c . — . E s d e s d e e s t a ó p t i c a c o m o se n o s p r e s e n t a n las n e g o c i a c i o n e s d e
B r e s t - L i t o v s k : « E l 10 d e f e b r e r o d e 1918 se i n t e r r u m p i e r o n las n e g o c i a c i o -
204
n e s . A u n q u e L e n i n y S t a l i n h u b i e s e n i n s i s t i d o e n n o m b r e del c o m i t é c e n -
t r a l e n q u e se f i r m a s e l a p a z , T r o t s k y , p r e s i d e n t e d e l a d e l e g a c i ó n s o v i é t i -
ca, t r a i c i o n ó las ó r d e n e s e x p r e s a s d e l p a r t i d o b o l c h e v i q u e ; d e c l a r ó q u e la
R e p ú b l i c a d e los s o v i e t s r e h u s a b a f i r m a r l a p a z e n las c o n d i c i o n e s p r o p u e s -
t a s p o r A l e m a n i a , y a s e g u r ó a l o s a l e m a n e s q u e ¡a R e p ú b l i c a d e los s o v i e t s
n o h a r í a la g u e r r a , q u e p r o s e g u i r í a la d e s m o v i l i z a c i ó n d e las t r o p a s . » L a
c o l e c t i v i z a c i ó n d e las t i e r r a s s e d e s c r i b e d e s d e i d é n t i c o p u n t o d e v i s t a : « E n
1 9 2 8 , l a a g i t a c i ó n d i r i g i d a p o r el b l o q u e t r o t s k i s t a - z i n o v i e v i s t a c o n t r a l a p o -
lítica d e l p a r t i d o , c o n t r a la c o n s t r u c c i ó n d e l s o c i a l i s m o , c o n t r a l a c o l e c t i v i -
z a c i ó n , e i g u a l m e n t e , l a a g i t a c i ó n d e los p a r t i d a r i o s d e B u j a r i n , q u e d e c í a n
q u e la e m p r e s a d e l o s k o l k h o s e s n o t r i u n f a r í a , q u e e r a n e c e s a r i o n o t o c a r
a l o s k u l a k s ( . . . ) , q u e el e n r i q u e c i m i e n t o d e la b u r g u e s í a n o c o n s t i t u í a n i n -
g u n a a m e n a z a p a r a el s o c i a l i s m o , t o d a e s t a a g i t a c i ó n t u v o e c o e n t r e l o s e l e -
m e n t o s c a p i t a l i s t a s d e l p a í s . » L a d e f o r m a c i ó n d e los h e c h o s l l e g a a l í m i t e s
e x t r e m o s c o n la i n t e r p r e t a c i ó n d e los « p r o c e s o s d e M o s c ú » : « E n 1 9 3 7 y
1 9 3 8 , l o s p r o c e s o s r e v e l a r o n q u e l o s m o n s t r u o s t r o t s k i s t a s y b u j a r i n i s t a s se
h a b í a n p r o p u e s t o , p o r o r d e n d e sus p a t r o n o s d e los servicios d e e s p i o n a j e
b u r g u e s e s , d e s t r u i r el p a r t i d o y el e s t a d o s o v i é t i c o ( . . . ) , p r e p a r a r l a d e r r o -
t a d e l e j é r c i t o r o j o , d e s m e m b r a r la U R S S , e n t r e g a r a los j a p o n e s e s l a p r o -
vincia m a r í t i m a d e E x t r e m o - O r i e n t e ; a P o l o n i a , Bielorrusia; a A l e m a n i a ,
Ucrania.»
P e r m a n e n t e m e n t e , el h i s t o r i ó g r a f o s o v i é t i c o c o n s t r u y e el p a s a d o e n fun-
ción d e l p r e s e n t e . L a s s u c e s i v a s e d i c i o n e s d e la Historia del partido comu-
nista de la URSS s u f r e n r e t o q u e s — s e d e s f i g u r a n los a c o n t e c i m i e n t o s , se
e s c a m o t e a n p e r s o n a j e s — , a m e d i d a d e las fluctuaciones d e la l í n e a p o l í t i -
ca. E n 1956, d e s p u é s del X X C o n g r e s o , Stalin, c o n d e n a d o p o r K h r u s c h e v ,
d e s a p a r e c e p r á c t i c a m e n t e d e l a h i s t o r i a , y sus v í c t i m a s c o n él; p e r m a n e c e n
v e l a d a s las d e p o r t a c i o n e s m a s i v a s . Y se a l u d e , p a r a e x p l i c a r la e v o l u c i ó n
d e la U R S S e n t r e 1928 y 1 9 5 3 , a u n p a r t i d o c o m u n i s t a a n ó n i m o , o m n i s -
c i e n t e y o m n i p r e s e n t e . S e a ñ a d e n , a las r e v i s i o n e s p o l í t i c a s c o n c e r n i e n t e s
a l a h i s t o r i a d e l P C y a la c o n s t r u c c i ó n d e l s o c i a l i s m o , las d e f o r m a c i o n e s
n a c i o n a l i s t a s q u e r e s p e c t a n a l a h i s t o r i a d e R u s i a y , d e s p u é s , a l a d e la
U R S S . D e s d e 1934, las i n s t r u c c i o n e s oficiales p r e c i s a n q u e « u n a c o r r e c t a
e n s e ñ a n z a d e la h i s t o r i a d e b e c o n v e n c e r d e q u e el p u e b l o s o v i é t i c o e s t á a
la c a b e z a d e las n a c i o n e s ( . . . ) ; d e b e insistir e n las g u e r r a s p a r a a l i m e n t a r
el p a t r i o t i s m o . » É s t a es l a r a z ó n p o r la c u a l l o s m a n u a l e s e s c o l a r e s n o h a -
blan del p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r los varegos — i n v a s o r e s g e r m á n i c o s o es-
c a n d i n a v o s — e n l a f u n d a c i ó n d e l e s t a d o r u s o h a c i a el siglo IX, p o r la q u e
o l v i d a n l a i n f l u e n c i a d e la c o n v e r s i ó n a l a r e l i g i ó n o r t o d o x a e n la c o n s t i t u -
c i ó n d e la i d e n t i d a d c o l e c t i v a e n los siglos x al X I I ; glorifican l a s l u c h a s d e
l i b e r a c i ó n d e l o s r u s o s c o n t r a l o s c a b a l l e r o s t e u t ó n i c o s y las « h o r d a s t á r t a -
r a s » d e los siglos X I I I y X I V ; d e s c u b r e n los m é r i t o s d e l « d e s p o t i s m o i l u s t r a -
d o » d e P e d r o el G r a n d e y C a t a l i n a I I e n el siglo XVín; p r e s e n t a n la c o n -
q u i s t a c o l o n i a l d e l A s i a c e n t r a l e n el siglo XIX c o m o u n a l i b e r a c i ó n d e l y u g o
f e u d a l ; y a c r e c i e n t a n l a p a r t i c i p a c i ó n d e l a U R S S y d i s m i n u y e n la d e G r a n
B r e t a ñ a y d e l o s E s t a d o s U n i d o s e n la v i c t o r i a s o b r e la A l e m a n i a n a z i , h a -
cia m e d i a d o s d e l siglo x x .
L a visión d e l a h i s t o r i a c o n c e b i d a e n l a é p o c a d e S t a l i n p e r m a n e c e casi
i n t a c t a e n la é p o c a d e K h u s c h e v y d e B r e z n e v . N o h a c e t a n t o s a ñ o s , u n
e q u i p o d e h i s t o r i a d o r e s s o v i é t i c o s d i o a l a luz u n a Historia de Francia. E l
205

p r i m e r v o l u m e n s o b r e v u e l a d i e c i o c h o siglos, d e s d e l a b a t a l l a d e A l e s i a a
l a t o m a d e la B a s t i l l a . E l r e l a t o es m u y b r e v e p o r q u e es m u y difícil i n t e r -
p r e t a r , d e a c u e r d o c o n el p r i n c i p i o d e l u c h a d e c l a s e s , l a c o n q u i s t a d e las
G a l i a s , las i n v a s i o n e s b á r b a r a s , la g u e r r a d e los C i e n A ñ o s o la c o n s t r u c -
c i ó n d e V e r s a l l e s . R e s p e c t o a la E d a d M e d i a , s e m i n u s v a l o r a la f u n c i ó n d e
l a Iglesia: n o se d i c e n i u n a p a l a b r a d e las p e r e g r i n a c i o n e s ; a p e n a s se h a b l a
d e las c r u z a d a s ; se m e n c i o n a l a c o n s t r u c c i ó n d e las c a t e d r a l e s ú n i c a m e n t e
p a r a d e s t a c a r el p r o g r e s o d e la t é c n i c a . R e s p e c t o a los t i e m p o s m o d e r n o s ,
s e e x p o n e f a v o r a b l e m e n t e la e m p r e s a d e l a m o n a r q u í a c a p e t a q u e t i e n d e
a c o n s o l i d a r u n e s t a d o n a c i o n a l , p e r o se insiste m a c h a c o n a m e n t e e n las r e -
vueltas campesinas en Poitou, en B r e t a ñ a , en L a n g u e d o c y otras provin-
cias. E l s e g u n d o v o l u m e n e s t á d e d i c a d o al siglo X I X , d e s d e 1789 a 1918.
L o s historiadores soviéticos t r a t a n esta é p o c a con m a y o r desenvoltura, n o
t i e n e n m á s q u e i n s p i r a r s e e n los e s c r i t o s d e M a r x , E n g e l s y L e n i n p a r a p o -
n e r e n e v i d e n c i a la d e c a d e n c i a d e l a a r i s t o c r a c i a f e u d a l , l a a s c e n s i ó n d e l a
b u r g u e s í a c a p i t a l i s t a , la f o r m a c i ó n d e l p r o l e t a r i a d o o b r e r o , la i m p o r t a n c i a
d e las clases m e d i a s , y r e l a t a r las a l i a n z a s y e n f r e n t a m i e n t o s e n t r e las cla-
s e s , e s p e c i a l m e n t e e n 1 7 8 9 , e n 1 8 1 5 , e n 1830, e n 1 8 4 8 , e n 1 8 7 1 , e n 1 8 8 0 ,
e n 1914. E l t e r c e r v o l u m e n se l i m i t a al p e r í o d o q u e v a d e las e l e c c i o n e s d e
1919 a las d e 1978. S e t r a t a , e s e n c i a l m e n t e , d e u n a h i s t o r i a d e l p a r t i d o c o -
m u n i s t a e n s u r e l a c i ó n c o n l a s o c i e d a d f r a n c e s a . Se r e l a t a n , c o n t o d o l u j o
d e d e t a l l e s , las h u e l g a s o b r e r a s , las e s c i s i o n e s y las r e u n i f i c a c i o n e s d e las
organizaciones sindicales, los heroicos c o m b a t e s d e la Resistencia. P e r o se
silencian los e s p i s o d i o s c o m p r o m e t e d o r e s : la p r e s e n c i a d e D o r i o t e n l a d i -
r e c c i ó n e n la d é c a d a d e los a ñ o s 1920 y c o m i e n z o s d e la d é c a d a d e 1 9 3 0 ;
el p e s o d e S t a l i n e n l o s c a m b i o s d e l í n e a e n 1 8 2 8 , 1 9 3 4 , 1939 y 1 9 4 7 ; l o s
c o n t a c t o s e n t r e a l g u n o s d i r i g e n t e s c o m u n i s t a s y los n a z i s d e la o c u p a c i ó n ,
d u r a n t e el v e r a n o d e 1 9 4 0 , y t a n t a s o t r a s c o s a s .
5. L A RENOVACIÓN MARXISTA
Antes d^aFxwa^G^rraJ^i^ial, e n e l _ m a r c o d e la S e g u n d a I n t e r -
n a c i o n a l , J a s escuelas..filosóficas r e a c c i o n a r o n c o n t r a l a o r i e n t a c i ó n c i e n t i -
fisiajy e c o n o m j c i s t a _ Q t o r g a d a , a l . m a t e r i a Ü s m o h i s t ó r i c o . É ñ A u s t r i a . M a x
A d l e r p i d e q u e s e t o m e n e n c u e n t a , s i m u l t á n e a m e n t e , los d i v e r s o s f a c t o r e s
q u e d e t e r m i n a n la e v o l u c i ó n h i s t ó r i c a : n o sólo el d e s a r r o l l o d e las f u e r z a s
p r o d u c t i v a s , el p r o g r e s o d e las l u c h a s d e c l a s e s , s i n o t a m b i é n l o s j u i c i o s m o -
r a l e s q u e se d e s p r e n d e n d e las c o n t r a d i c c i o n e s s o c i a l e s y q u e p e s a n e n l o s
enfrentamientos políticos. O t r o s representantes del «austro-marxismo» h a n
t e n i d o el m é r i t o d e e s c l a r e c e r p r o b l e m a s d e l i c a d o s : O t t o B a u e r t r a t a La
cuestión de las nacionalidades ( 1 9 0 7 ) ; R u d o l f H i l f e r d i n g e x a m i n a El capital
financiero (1910), etc. E n A l e m a n i a , E . Bernstein h a c e u n a «revisión» c o m -
p l e t a d e l m a r x i s m o e n su l i b r o Socialismo teórico y socialdemocracia (1900):
critica l o s análisis e c o n ó m i c o s d e El capital, r e c h a z a n d o la t e o r í a d e la
p l u s v a l í a e i n t r o d u c i e n d o la n o c i ó n d e u t i l i d a d m a r g i n a l ; se a p a r t a d e l a
d i a l é c t i c a , dice n o p e r c i b i r el c a m b i o a t r a v é s d e l j u e g o d e las c o n t r a d i c -
c i o n e s , d e las m u t a c i o n e s b r u t a l e s ; p o r el c o n t r a r i o , v e m á s c l a r o s l o s p r o -
g r e s o s l e n t o s y r e g u l a r e s ; c r e e q u e la s o c i e d a d a v a n z a h a c i a el s o c i a l i s m o
n o p o r e f e c t o d e l d e t e r m i n i s m o e c o n ó m i c o , s i n o b a j o el i m p u l s o d e u n i d e a l
206
d e o r d e n m o r a l . E n F r a n c i a , J e a n J a u r é s i n t e n t a h a c e r u n a síntesis e n t r e
la t r a d i c i ó n d e m o c r á t i c a , h e r e d a d a d e l a R e v o l u c i ó n f r a n c e s a , y e l socia-
lismo, de origen m á s reciente, d e inspiración marxista.
E n la i n t r o d u c c i ó n a s u Histoire socialiste ( 1 9 0 2 ) , J a u r é s p r e t e n d e ser
« m a t e r i a l i s t a c o n M a r x y m í s t i c o c o n M i c h e l e t » . P a r a el d i r i g e n t e d e l a sec-
c i ó n f r a n c e s a d e la I n t e r n a c i o n a l O b r e r a ( S F I O ) , el m o t o r d e l a h i s t o r i a n o
e s t á e n l a t e n s i ó n d e las r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n , s i n o e n la c o n t r a d i c c i ó n
e n t r e las a s p i r a c i o n e s a l t r u i s t a s d e l h o m b r e y su n e g a c i ó n e n la v i d a e c o -
n ó m i c a . C o m o h e m o s v i s t o , l a o b r a d e M a r x se p r e s t a a m ú l t i p l e s e x é g e s i s .
D e s p u é s d e la revolución d e 1917, los bolcheviques a d q u i e r e n i n m e n s o
p r e s t i g i o y a p a r e c e n a l o s o j o s d e los m i l i t a n t e s r e v o l u c i o n a r i o s c o m o
« m a e s t r o s d e l p e n s a r » . D u r a n t e c e r c a d e c u a r e n t a a ñ o s , d e s d e los a ñ o s 20
a l o s a ñ o s 6 0 , el p e n s a m i e n t o m a r x i s t a e s e x p r i m i d o e n el m o l i n o e s t a l i n i s -
t a . Sin e m b a r g o , A n t o n i o G r a m s c i , el t e ó r i c o d e l o s c o n s e j o s d e f á b r i c a e n
1 9 2 0 , u n o d e los f u n d a d o r e s d e l P C I e n t r e l o s a ñ o s 1 9 2 1 y 1 9 2 6 , v í c t i m a
d e l f a s c i s m o , a r r e s t a d o e n 1927 y m u e r t o e n 1 9 3 7 , a p o r t a u n a r e f l e x i ó n rica
y o r i g i n a l e n s u s a r t í c u l o s d e l p e r i ó d i c o Ordine nuovo y e n sus Cartas desde
la prisión. A . G r a m s c i critica el d e t e r m i n i s m o e c o n ó m i c o e x p u e s t o e n el
m a n u a l d e v u l g a r i z a c i ó n s o v i é t i c a d e N . B u j a r i n y E . P r e o b r a j e n s k i , titu-
l a d o El ABC del comunismo: «La pretensión (presentada como postulado
esencial del m a t e r i a l i s m o histórico) d e explicar t o d a fluctuación d e la p o -
lítica y d e l a i d e o l o g í a c o m o u n a e x p r e s i ó n i n m e d i a t a d e la e s t r u c t u r a e c o -
nómica d e b e ser c o m b a t i d a , teórica y p r á c t i c a m e n t e , c o m o u n infantilismo
p r i m i t i v o ( . . . ) , c o n el p r o p i o t e s t i m o n i o d e M a r x , a u t o r d e e s c r i t o s h i s t ó -
r i c o s y p o l í t i c o s . » E n El materialismo histórico, A . Gramsci hace tres ob-
s e r v a c i o n e s i m p o r t a n t e s : 1) las l e y e s e c o n ó m i c a s n o f u n c i o n a n c o m o las le-
y e s físicas — c o m o m á x i m o p e r m i t e n e v a l u a r las « t e n d e n c i a s » , p e r o j a m á s
las « c o n s t a n t e s » — ; 2 ) l o s m e c a n i s m o s d e la d i a l é c t i c a n o p u e d e n s e r sim-
p l i f i c a d o s , « d i v i n i z a d o s » , h a c i e n d o c r e e r q u e a c t ú a n i n e l u c t a b l e m e n t e ; 3)
l o s h e c h o s p o l í t i c o s c o n s e r v a n c i e r t a a u t o n o m í a e n r e l a c i ó n c o n las l u c h a s
d e c l a s e s y las e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s . E n o t r o s t e x t o s , A . G r a m s c i i n v e n -
t a n u e v o s c o n c e p t o s , p o r e j e m p l o , la n o c i ó n d e « c a t a r s i s » , e q u i v a l e n t e a
la t o m a d e c o n c i e n c i a , p a r a d e s i g n a r el p a s o d e l a e c o n o m í a a la p o l í t i c a ,
d e lo o b j e t i v o a lo s u b j e t i v o , d e l a n e c e s i d a d a la l i b e r t a d ; o b i e n l a i d e a
d e « b l o q u e h i s t ó r i c o » , f o r m a d o e n u n a c i r c u n s t a n c i a p r e c i s a p o r la a l i a n z a
d e m u c h a s c l a s e s o f r a c c i o n e s d e c l a s e . E n t é r m i n o s g e n e r a l e s , el p e n s a -
miento de Gramsci rechaza todo dogmatismo. Por ello, durante m u c h o
t i e m p o el P C I , i n f l u i d o p o r el e s t a l i n i s m o , n o d i f u n d i ó su o b r a e n e x t r a c t o s
c u i d a d o s a m e n t e e l e g i d o s , y se a b s t u v o d e h a c e r t r a d u c c i o n e s .
H a y q u e e s p e r a r al final d e l a d é c a d a d e 1950 y c o m i e n z o s d e l a d é c a d a
d e 1960 p a r a q u e s e a n c o n o c i d a s y d i s c u t i d a s e n l o s c í r c u l o s m i l i t a n t e s las
obras de A . Gramsci, O . Bauer, G. Lukács y otros autores, que h a n man-
t e n i d o viva la reflexión m a r x i s t a a p e s a r d e la esclerosis estalinista. E n F r a n -
cia, en esta é p o c a , L o u i s A l t h u s s e r f o r m a un g r u p o de j ó v e n e s intelectua-
les c o m u n i s t a s — E . B a l i b a r , R . E s t a b l e t , P . M a c h e r e y , J . R a n c i é r e , e t c . — .
S o l o o c o n sus d i s c í p u l o s , p u b l i c a s u c e s i v a m e n t e Pour Marx ( 1 9 6 5 ) , Lire
le capital ( 1 9 6 6 ) , Lénine etlaphilosophie ( 1 9 6 9 ) , Réponse áJ. Lewis ( 1 9 7 3 ) .
E v i d e n t e m e n t e , L . A l t h u s s e r p e r m a n e c e fiel al c i e n t i f i c i s m o . D i s t i n g u e , e n
l a o b r a d e M a r x , e n t r e l o s e s c r i t o s d e j u v e n t u d — p o r e j e m p l o , los Manus-
critos d e 1 8 4 4 — , q u e p r o c e d e n d e l t e r r e n o d e la i d e o l o g í a , y l o s e s c r i t o s
207

p r i m e r v o l u m e n s o b r e v u e l a d i e c i o c h o siglos, d e s d e l a b a t a l l a d e A l e s i a a
l a t o m a d e la B a s t i l l a . E l r e l a t o es m u y b r e v e p o r q u e es m u y difícil i n t e r -
p r e t a r , d e a c u e r d o c o n el p r i n c i p i o d e l u c h a d e c l a s e s , l a c o n q u i s t a d e las
G a l i a s , las i n v a s i o n e s b á r b a r a s , la g u e r r a d e los C i e n A ñ o s o la c o n s t r u c -
c i ó n d e V e r s a l l e s . R e s p e c t o a la E d a d M e d i a , s e m i n u s v a l o r a la f u n c i ó n d e
l a Iglesia: n o se d i c e n i u n a p a l a b r a d e las p e r e g r i n a c i o n e s ; a p e n a s se h a b l a
d e las c r u z a d a s ; se m e n c i o n a l a c o n s t r u c c i ó n d e las c a t e d r a l e s ú n i c a m e n t e
p a r a d e s t a c a r el p r o g r e s o d e la t é c n i c a . R e s p e c t o a los t i e m p o s m o d e r n o s ,
s e e x p o n e f a v o r a b l e m e n t e la e m p r e s a d e l a m o n a r q u í a c a p e t a q u e t i e n d e
a c o n s o l i d a r u n e s t a d o n a c i o n a l , p e r o se insiste m a c h a c o n a m e n t e e n las r e -
vueltas campesinas en Poitou, en B r e t a ñ a , en L a n g u e d o c y otras provin-
cias. E l s e g u n d o v o l u m e n e s t á d e d i c a d o al siglo X I X , d e s d e 1789 a 1918.
L o s historiadores soviéticos t r a t a n esta é p o c a con m a y o r desenvoltura, n o
t i e n e n m á s q u e i n s p i r a r s e e n los e s c r i t o s d e M a r x , E n g e l s y L e n i n p a r a p o -
n e r e n e v i d e n c i a la d e c a d e n c i a d e l a a r i s t o c r a c i a f e u d a l , l a a s c e n s i ó n d e l a
b u r g u e s í a c a p i t a l i s t a , la f o r m a c i ó n d e l p r o l e t a r i a d o o b r e r o , la i m p o r t a n c i a
d e las clases m e d i a s , y r e l a t a r las a l i a n z a s y e n f r e n t a m i e n t o s e n t r e las cla-
s e s , e s p e c i a l m e n t e e n 1 7 8 9 , e n 1 8 1 5 , e n 1830, e n 1 8 4 8 , e n 1 8 7 1 , e n 1 8 8 0 ,
e n 1914. E l t e r c e r v o l u m e n se l i m i t a al p e r í o d o q u e v a d e las e l e c c i o n e s d e
1919 a las d e 1978. S e t r a t a , e s e n c i a l m e n t e , d e u n a h i s t o r i a d e l p a r t i d o c o -
m u n i s t a e n s u r e l a c i ó n c o n l a s o c i e d a d f r a n c e s a . Se r e l a t a n , c o n t o d o l u j o
d e d e t a l l e s , las h u e l g a s o b r e r a s , las e s c i s i o n e s y las r e u n i f i c a c i o n e s d e las
organizaciones sindicales, los heroicos c o m b a t e s d e la Resistencia. P e r o se
silencian los e s p i s o d i o s c o m p r o m e t e d o r e s : la p r e s e n c i a d e D o r i o t e n l a d i -
r e c c i ó n e n la d é c a d a d e los a ñ o s 1920 y c o m i e n z o s d e la d é c a d a d e 1 9 3 0 ;
el p e s o d e S t a l i n e n l o s c a m b i o s d e l í n e a e n 1 8 2 8 , 1 9 3 4 , 1939 y 1 9 4 7 ; l o s
c o n t a c t o s e n t r e a l g u n o s d i r i g e n t e s c o m u n i s t a s y los n a z i s d e la o c u p a c i ó n ,
d u r a n t e el v e r a n o d e 1 9 4 0 , y t a n t a s o t r a s c o s a s .
5. L A RENOVACIÓN MARXISTA
Antes d^aFxwa^G^rraJ^i^ial, e n e l _ m a r c o d e la S e g u n d a I n t e r -
n a c i o n a l , J a s escuelas..filosóficas r e a c c i o n a r o n c o n t r a l a o r i e n t a c i ó n c i e n t i -
fisiajy e c o n o m j c i s t a _ Q t o r g a d a , a l . m a t e r i a Ü s m o h i s t ó r i c o . É ñ A u s t r i a . M a x
A d l e r p i d e q u e s e t o m e n e n c u e n t a , s i m u l t á n e a m e n t e , los d i v e r s o s f a c t o r e s
q u e d e t e r m i n a n la e v o l u c i ó n h i s t ó r i c a : n o sólo el d e s a r r o l l o d e las f u e r z a s
p r o d u c t i v a s , el p r o g r e s o d e las l u c h a s d e c l a s e s , s i n o t a m b i é n l o s j u i c i o s m o -
r a l e s q u e se d e s p r e n d e n d e las c o n t r a d i c c i o n e s s o c i a l e s y q u e p e s a n e n l o s
enfrentamientos políticos. O t r o s representantes del «austro-marxismo» h a n
t e n i d o el m é r i t o d e e s c l a r e c e r p r o b l e m a s d e l i c a d o s : O t t o B a u e r t r a t a La
cuestión de las nacionalidades ( 1 9 0 7 ) ; R u d o l f H i l f e r d i n g e x a m i n a El capital
financiero (1910), etc. E n A l e m a n i a , E . Bernstein h a c e u n a «revisión» c o m -
p l e t a d e l m a r x i s m o e n su l i b r o Socialismo teórico y socialdemocracia (1900):
critica l o s análisis e c o n ó m i c o s d e El capital, r e c h a z a n d o la t e o r í a d e la
p l u s v a l í a e i n t r o d u c i e n d o la n o c i ó n d e u t i l i d a d m a r g i n a l ; se a p a r t a d e l a
d i a l é c t i c a , dice n o p e r c i b i r el c a m b i o a t r a v é s d e l j u e g o d e las c o n t r a d i c -
c i o n e s , d e las m u t a c i o n e s b r u t a l e s ; p o r el c o n t r a r i o , v e m á s c l a r o s l o s p r o -
g r e s o s l e n t o s y r e g u l a r e s ; c r e e q u e la s o c i e d a d a v a n z a h a c i a el s o c i a l i s m o
n o p o r e f e c t o d e l d e t e r m i n i s m o e c o n ó m i c o , s i n o b a j o el i m p u l s o d e u n i d e a l
206
d e o r d e n m o r a l . E n F r a n c i a , J e a n J a u r é s i n t e n t a h a c e r u n a síntesis e n t r e
la t r a d i c i ó n d e m o c r á t i c a , h e r e d a d a d e l a R e v o l u c i ó n f r a n c e s a , y e l socia-
lismo, de origen m á s reciente, d e inspiración marxista.
E n la i n t r o d u c c i ó n a s u Histoire socialiste ( 1 9 0 2 ) , J a u r é s p r e t e n d e ser
« m a t e r i a l i s t a c o n M a r x y m í s t i c o c o n M i c h e l e t » . P a r a el d i r i g e n t e d e l a sec-
c i ó n f r a n c e s a d e la I n t e r n a c i o n a l O b r e r a ( S F I O ) , el m o t o r d e l a h i s t o r i a n o
e s t á e n l a t e n s i ó n d e las r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n , s i n o e n la c o n t r a d i c c i ó n
e n t r e las a s p i r a c i o n e s a l t r u i s t a s d e l h o m b r e y su n e g a c i ó n e n la v i d a e c o -
n ó m i c a . C o m o h e m o s v i s t o , l a o b r a d e M a r x se p r e s t a a m ú l t i p l e s e x é g e s i s .
D e s p u é s d e la revolución d e 1917, los bolcheviques a d q u i e r e n i n m e n s o
p r e s t i g i o y a p a r e c e n a l o s o j o s d e los m i l i t a n t e s r e v o l u c i o n a r i o s c o m o
« m a e s t r o s d e l p e n s a r » . D u r a n t e c e r c a d e c u a r e n t a a ñ o s , d e s d e los a ñ o s 20
a l o s a ñ o s 6 0 , el p e n s a m i e n t o m a r x i s t a e s e x p r i m i d o e n el m o l i n o e s t a l i n i s -
t a . Sin e m b a r g o , A n t o n i o G r a m s c i , el t e ó r i c o d e l o s c o n s e j o s d e f á b r i c a e n
1 9 2 0 , u n o d e los f u n d a d o r e s d e l P C I e n t r e l o s a ñ o s 1 9 2 1 y 1 9 2 6 , v í c t i m a
d e l f a s c i s m o , a r r e s t a d o e n 1927 y m u e r t o e n 1 9 3 7 , a p o r t a u n a r e f l e x i ó n rica
y o r i g i n a l e n s u s a r t í c u l o s d e l p e r i ó d i c o Ordine nuovo y e n sus Cartas desde
la prisión. A . G r a m s c i critica el d e t e r m i n i s m o e c o n ó m i c o e x p u e s t o e n el
m a n u a l d e v u l g a r i z a c i ó n s o v i é t i c a d e N . B u j a r i n y E . P r e o b r a j e n s k i , titu-
l a d o El ABC del comunismo: «La pretensión (presentada como postulado
esencial del m a t e r i a l i s m o histórico) d e explicar t o d a fluctuación d e la p o -
lítica y d e l a i d e o l o g í a c o m o u n a e x p r e s i ó n i n m e d i a t a d e la e s t r u c t u r a e c o -
nómica d e b e ser c o m b a t i d a , teórica y p r á c t i c a m e n t e , c o m o u n infantilismo
p r i m i t i v o ( . . . ) , c o n el p r o p i o t e s t i m o n i o d e M a r x , a u t o r d e e s c r i t o s h i s t ó -
r i c o s y p o l í t i c o s . » E n El materialismo histórico, A . Gramsci hace tres ob-
s e r v a c i o n e s i m p o r t a n t e s : 1) las l e y e s e c o n ó m i c a s n o f u n c i o n a n c o m o las le-
y e s físicas — c o m o m á x i m o p e r m i t e n e v a l u a r las « t e n d e n c i a s » , p e r o j a m á s
las « c o n s t a n t e s » — ; 2 ) l o s m e c a n i s m o s d e la d i a l é c t i c a n o p u e d e n s e r sim-
p l i f i c a d o s , « d i v i n i z a d o s » , h a c i e n d o c r e e r q u e a c t ú a n i n e l u c t a b l e m e n t e ; 3)
l o s h e c h o s p o l í t i c o s c o n s e r v a n c i e r t a a u t o n o m í a e n r e l a c i ó n c o n las l u c h a s
d e c l a s e s y las e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s . E n o t r o s t e x t o s , A . G r a m s c i i n v e n -
t a n u e v o s c o n c e p t o s , p o r e j e m p l o , la n o c i ó n d e « c a t a r s i s » , e q u i v a l e n t e a
la t o m a d e c o n c i e n c i a , p a r a d e s i g n a r el p a s o d e l a e c o n o m í a a la p o l í t i c a ,
d e lo o b j e t i v o a lo s u b j e t i v o , d e l a n e c e s i d a d a la l i b e r t a d ; o b i e n l a i d e a
d e « b l o q u e h i s t ó r i c o » , f o r m a d o e n u n a c i r c u n s t a n c i a p r e c i s a p o r la a l i a n z a
d e m u c h a s c l a s e s o f r a c c i o n e s d e c l a s e . E n t é r m i n o s g e n e r a l e s , el p e n s a -
miento de Gramsci rechaza todo dogmatismo. Por ello, durante m u c h o
t i e m p o el P C I , i n f l u i d o p o r el e s t a l i n i s m o , n o d i f u n d i ó su o b r a e n e x t r a c t o s
c u i d a d o s a m e n t e e l e g i d o s , y se a b s t u v o d e h a c e r t r a d u c c i o n e s .
H a y q u e e s p e r a r al final d e l a d é c a d a d e 1950 y c o m i e n z o s d e l a d é c a d a
d e 1960 p a r a q u e s e a n c o n o c i d a s y d i s c u t i d a s e n l o s c í r c u l o s m i l i t a n t e s las
obras de A . Gramsci, O . Bauer, G. Lukács y otros autores, que h a n man-
t e n i d o viva la reflexión m a r x i s t a a p e s a r d e la esclerosis estalinista. E n F r a n -
cia, en esta é p o c a , L o u i s A l t h u s s e r f o r m a un g r u p o de j ó v e n e s intelectua-
les c o m u n i s t a s — E . B a l i b a r , R . E s t a b l e t , P . M a c h e r e y , J . R a n c i é r e , e t c . — .
S o l o o c o n sus d i s c í p u l o s , p u b l i c a s u c e s i v a m e n t e Pour Marx ( 1 9 6 5 ) , Lire
le capital ( 1 9 6 6 ) , Lénine etlaphilosophie ( 1 9 6 9 ) , Réponse áJ. Lewis ( 1 9 7 3 ) .
E v i d e n t e m e n t e , L . A l t h u s s e r p e r m a n e c e fiel al c i e n t i f i c i s m o . D i s t i n g u e , e n
l a o b r a d e M a r x , e n t r e l o s e s c r i t o s d e j u v e n t u d — p o r e j e m p l o , los Manus-
critos d e 1 8 4 4 — , q u e p r o c e d e n d e l t e r r e n o d e la i d e o l o g í a , y l o s e s c r i t o s
207
d e l a m a d u r e z — p o r e j e m p l o , el l i b r o I d e El capital, d e 1 8 6 7 — , q u e p e r -
t e n e c e n y a al t e r r e n o d e l a c i e n c i a ; e n t r e a m b o s s e s i t ú a u n m o m e n t o d e -
cisivo: la « r u p t u r a e p i s t e m o l ó g i c a » . A d e m á s , L . A l t h u s s e r p r e t e n d e d e s e n -
r a i z a r el « h u m a n i s m o » d e q u e e s t a b a i m p r e g n a d o el m a r x i s m o : « E l h o m -
b r e es u n m i t o d e l a i d e o l o g í a b u r g u e s a » , a f i r m a . D e d o n d e s e d e d u c e s u
c o n c e p c i ó n d e l a h i s t o r i a , « q u e es u n i n m e n s o s i s t e m a n a t u r a l - h u m a n o e n
m o v i m i e n t o c u y o m o t o r es l a l u c h a d e c l a s e s . L a h i s t o r i a e s u n p r o c e s o sin
p r o t a g o n i s t a . D e s a p a r e c e c o m p l e t a m e n t e la c u e s t i ó n d e s a b e r c ó m o el h o m -
b r e h a c e l a h i s t o r i a » (Répónse á J. Lewis, p . 3 1 ) . D e h e c h o , L . A l t h u s s e r
se a t i e n e a l a e s t r i c t a o r t o d o x i a d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o . S i n e m b a r g o , l a
filosofía c o m u n i s t a , al p r o c e d e r a la r e l e c t u r a d e la o b r a d e M a r x , a l a l u z
del estructuralismo e n b o g a , consigue afirmar m u c h o s c o n c e p t o s — m o d o
d e producción, fuerzas productivas, formación social, ideología, e t c . — q u e
devienen m á s claramente operativas p a r a los historiadores, sociólogos o
economistas q u e los utilizan.
M e n t o r xjuejps.iüósofosiian contribuido, aunque tardíamente, a dar
a c o n o c e r m e j o r el m a t e r i a l i s m o .histórico y o l v i d a r el c a t e c i s m o e s t a l i n i s t a ,
los h l s f o H á S o r e s h a n s a b i d o , t e m p r a n a m e n t e , e x t r a e r d e l a s o b r a s d e M a r x
l o T i r S t r u m e n t o s d e análisis al s e r v i c i o d e l a h i s t o r i a e c o n ó m i c a y s o c i a l .
M r K t o c n " a c u s a la~mfluencia i m p l í c i t a d e K . M a r x c u a n d o r e d a c t a Les ca-
racteres óTígmaux de l'histoire rurale frangaise ( 1 9 3 1 ) o La Société féodale
( 1 9 3 6 ) . P r u e b a d e e l l o es s u d e f i n i c i ó n d e l a « c l a s e s e ñ o r i a l » : «Si el campo_
o , m á s e x c e p c i o n a l m e n t e , la t i e n d a o el t a l l e r a v i t u a l l a n al n o b l e , s i e m p r e
eríirgracias al_ttabajÓ"de los o t r o s h o m b r e s . » C . - E . L a b r o u s s e s e inspira,"
a la v e z , e n El capital, d e K . M a r x , y e n l o s t r a b a j o s s o b r e el « s a l a r i o » d e
F . S i m i a n d p a r a e l a b o r a r s u Esquisse du mouvement des prix et des revenus
en France au XVIIP siécle (1933) y s u Crise de l'économie frangaise a la fin
de VAnden Régime ( 1 9 4 3 ) . N o s ^ p r o p o r c i o n a u n a a u t é n t i c a l e c c i ó n d e his-
t o r i a m a r x i s t a c u a n d o d e m u e s t r a l á T n c í d é h c i a d e l a s fluctuaciones d e p r e -
cios "sobre l o s r e c u r s o s d e las d i f e r e n t e s c a p a s s o c i a l e s — t e r r a t e n i e n t e S j p e -
queños" pTópTefíno_s^ampesmos, obreros agrícoláTTartésaños urbanos,
e t c . ^ T I g ü a l m e n t e c u a n d o construye el m o d e l o d e subproducción agrícola,
o p o n i é n d o l a al m o d e l o d e s u p e r p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l . C o n c l u y e : « L a s e c o -
n o m í a s s u f r e n l a s crisis d e s u s e s t r u c t u r a s . » T o d a l a h i s t o r i a e c o n ó m i c a q u e
se h a h e c h o e n F r a n c i a , e n t r e 1945 y 1 9 6 5 , e s t á i n f l u i d a s i m u l t á n e a m e n t e
p o r e l « e s p í r i t u d e l o s Annales» y p o r u n « m a r x i s m o d i f u s o » . S i r v a n d e p r u e -
b a l a s tesis d e J . B o u v i e r s o b r e « E l n a c i m i e n t o d e l C r é d i t o L y o n a i s » (1961)
y d e P . V i l a r s o b r e « C a t a l u ñ a e n la E s p a ñ a m o d e r n a » ( 1 9 6 2 ) .
E n l o s a ñ o s 1960 y 1 9 7 0 , ia h u e l l a d e l m a r x i s m o n o q u e d a l i m i t a d a a la
h i s t o r i a e c o n ó m i c a — a l n i v e l d e la « i n f r a e s t r u c t u r a » — . s i n o q u e se. e x t i e n -
d e a la h i s t o r i a d e l a s m e n t a l i d a d e s — a l n i v e l d e l a « s u p e r e s t r u c t u r a » — .
A l i f e r m e d T é v á í i s t a G . D u b y c o m i e n z a s u c a r r e r a c o n u n a v a s t a síntesis s o -
b r e L'Economie rurale et la Vie des campagnes dans l'Occident medieval
( 1 9 6 2 ) ; d e s p u é s s e i n t e r e s a m á s y m á s p o r los c o m p o r t a m i e n t o s , l a s s e n s i -
b i l i d a d e s , l a s i d e a s , c o m o l o d e m u e s t r a s u ú l t i m o e s t u d i o s o b r e el m a t r i -
m o n i o : Le Chevalier, la Femme et le Prétre ( 1 9 8 1 ) . E n u n c a p í t u l o d e Faire
de VHistoire ( 1 9 7 4 ) , G . D u b y i n t e n t a definir el c o n c e p t o d e i d e o l o g í a : t o m a ,
sin d u d a r l o , u n a cita d e L . A l t h u s s e r q u e dice t e x t u a l m e n t e q u e la i d e o l o -
gía es « u n s i s t e m a ( q u e p o s e e s u p r o p i a l ó g i c a ) d e r e p r e s e n t a c i o n e s ( i m á -
genes, mitos, ideas según los casos), d o t a d o d e u n a existencia y d e u n p a -
208
peí históricos e n el s e n o d e u n a sociedad d a d a » . A continuación p r o p o n e
su p a r t i c u l a r i n t e r p r e t a c i ó n , e n l a q u e l a s i d e o l o g í a s a p a r e c e n c o m o « r e -
presentaciones globalizantes, deformantes, concurrentes, estabilizantes
(...) q u e i n s c r i b e n , e n la m e m o r i a d e l o s t i e m p o s p a s a d o s , o b j e t i v a y m í t i -
c a , el p r o y e c t o d e l a d v e n i m i e n t o d e u n a s o c i e d a d m á s p e r f e c t a » . G . D u b y
c o n t i n ú a el a n á l i s i s i n i c i a d o p o r K . M a r x y F . E n g e l s e n La ideología ale-
mana, p e r o sin c o n s i d e r a r s e i n s e r t o e n l a c o r r i e n t e m a r x i s t a . A l a i n v e r s a ,
o t r o s h i s t o r i a d o r e s q u e p r o c l a m a n s u p e r t e n e n c i a al p a r t i d o c o m u n i s t a se
arriesgan a introducirse e n los terrenos abiertos p o r los n o marxistas, m á s
o m e n o s p r ó x i m o s a l o s Annales. M . V o v e l l e c r e e q u e la h i s t o r i a d e l a s m e n -
t a l i d a d e s n o se o p o n e a la h i s t o r i a s o c i a l , sino q u e e s «su r e m a t e y c u l m i -
nación»; lo demuestra dedicándose a investigaciones concretas a partir de
l a r g a s s e r i e s d e t e s t a m e n t o s , c o n el o b j e t i v o d e d i s c e r n i r l a s a c t i t u d e s d e
los h o m b r e s a n t e la m u e r t e ; y , c o n c l u i d a s u e n c u e s t a , p u b l i c a u n a o b r a
e j e m p l a r : Pieté baroque et Déchristianisation en Provence au XVIIP siécle
(1973). L a historiadora R . R o b í n p r o c u r a convencer a los historiadores d e
« q u e el r e c u r s o d e l m é t o d o l i n g ü í s t i c o p u e d e s e r u n a m a g n í f i c a a y u d a » ; p r e -
t e n d e «llegar a u n a t e o r í a d e l discurso, p r i n c i p a l m e n t e del discurso políti-
c o » ; p o r e l l o , la h i s t o r i a d o r a i n t e n t a a p r o x i m a r d o s d i s c i p l i n a s , h a s t a e n -
t o n c e s m u y a l e j a d a s , e n s u l i b r o Histoire et linguistique (1973).
P . V i l a r h a c e u n b a l a n c e d e t o d o ello e n s u a r t í c u l o « H i s t o r i a m a r x i s t a ,
h i s t o r i a e n c o n s t r u c c i ó n » , p u b l i c a d o e n e l c o l e c t i v o Faire de VHistoire. En
p r i m e r lugar, P . Vilar r e c u e r d a q u e K . M a r x j a m á s h a sido historiador e n
el s e n t i d o e s t r i c t o d e l t é r m i n o . L o c u a l n o le h a i m p e d i d o , p a r a c o n s t r u i r
s u o b r a m a e s t r a , El capital, obligarse a h a c e r largas lecturas históricas
— a c e r c a d e la m o n e d a , d e l c o m e r c i o , la t e c n o l o g í a , l a p o b l a c i ó n , el c o l o -
n i a l i s m o , e t c . — . S i n e m b a r g o , e n El capital, si b i e n el p r o c e d i m i e n t o d e
i n v e s t i g a c i ó n e s d e c a r á c t e r h i s t ó r i c o , e l p r o c e d i m i e n t o d e e x p o s i c i ó n e s el
que corresponde a la teoría económica. N o h a y q u e buscar en los trabajos
de M a r x u n a ciencia d e la historia, definitivamente h e c h a , cuyos principios
b a s t a r í a a p l i c a r p a r a c o m p r e n d e r el f u n c i o n a m i e n t o d e l a s s o c i e d a d e s . E s
m e j o r i n s p i r a r s e e n l a p r á c t i c a d e M a r x , p o r e j e m p l o e n el p r o c e d i m i e n t o
q u e u t i l i z a p a r a r e a l i z a r l o s a n á l i s i s d e l 18 brumario de Luis Bonaparte u
otros escritos «históricos». A continuación, P . Vilar señala las convergen-
cias e n t r e la h i s t o r i a d e l o s Annales y la historia marxista. El materialismo
n o h i s t ó r i c o p u e d e i n t e g r a r p e r f e c t a m e n t e l o s d e s c u b r i m i e n t o s d e l o s An-
nales, y a q u e t r a t a n d e l a c u a n t i f i c a c i ó n d e l o s d a t o s , d e la p e r c e p c i ó n d e
los h e c h o s e n el e s p a c i o , d e l a d i s t i n c i ó n d e l o s t i e m p o s s o c i a l e s , o d e la
v o l u n t a d d e c o n s e g u i r la « h i s t o r i a t o t a l » . A s u v e z , el g r u p o d e l o s Annales
n o d e b e o p o n e r n i n g u n a o b j e c i ó n al p r o y e c t o , t o m a d o d e M a r x , d e f u n d a r
« u n a c i e n c i a d e l a s o c i e d a d h u m a n a q u e s e a a la v e z : c o h e r e n t e , g r a c i a s a
un e s q u e m a teórico sólido y c o m ú n ; total, o sea, capaz d e n o dejar fuera
d e s u j u r i s d i c c i ó n n i n g ú n c a m p o d e anáfisis ú t i l ; d i n á m i c a , p o r q u e , n o p u -
d i e n d o s e r e t e r n a n i n g u n a e s t a b i l i d a d , n a d a e s m á s ú t i l q u e d e s c u b r i r el
principio d e los cambios». E n fin, P . Vilar c r e e q u e la t a r e a del historiador
m a r x i s t a , se ..confunde. c 0 n la a ^ ü a l q ú i e r ^ h i s t o r i a d o r ^ e n ; f e m e d i d a . e n q u e
t
consiste en confrontar los conceptos e l a b o r a d o s t e ó r i c a m e n t e c o n las rea-
lidades concretas q u e a p a r e c e n e n contacto c o n los d o c u m e n t o s ; e n la m e -
d i d a e n q u e i m p l i c a u n v a i v é n c o n s t a n t e d e la t e o r í a T T á p r a c t i c a y d e l a
p r á c t i c a a la t e o r í a , e v i t a n d o e l p e l i g r o , d e l idealismo"^' d e l e m p i r i s m o . E n
209
d e l a m a d u r e z — p o r e j e m p l o , el l i b r o I d e El capital, d e 1 8 6 7 — , q u e p e r -
t e n e c e n y a al t e r r e n o d e l a c i e n c i a ; e n t r e a m b o s s e s i t ú a u n m o m e n t o d e -
cisivo: la « r u p t u r a e p i s t e m o l ó g i c a » . A d e m á s , L . A l t h u s s e r p r e t e n d e d e s e n -
r a i z a r el « h u m a n i s m o » d e q u e e s t a b a i m p r e g n a d o el m a r x i s m o : « E l h o m -
b r e es u n m i t o d e l a i d e o l o g í a b u r g u e s a » , a f i r m a . D e d o n d e s e d e d u c e s u
c o n c e p c i ó n d e l a h i s t o r i a , « q u e es u n i n m e n s o s i s t e m a n a t u r a l - h u m a n o e n
m o v i m i e n t o c u y o m o t o r es l a l u c h a d e c l a s e s . L a h i s t o r i a e s u n p r o c e s o sin
p r o t a g o n i s t a . D e s a p a r e c e c o m p l e t a m e n t e la c u e s t i ó n d e s a b e r c ó m o el h o m -
b r e h a c e l a h i s t o r i a » (Répónse á J. Lewis, p . 3 1 ) . D e h e c h o , L . A l t h u s s e r
se a t i e n e a l a e s t r i c t a o r t o d o x i a d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o . S i n e m b a r g o , l a
filosofía c o m u n i s t a , al p r o c e d e r a la r e l e c t u r a d e la o b r a d e M a r x , a l a l u z
del estructuralismo e n b o g a , consigue afirmar m u c h o s c o n c e p t o s — m o d o
d e producción, fuerzas productivas, formación social, ideología, e t c . — q u e
devienen m á s claramente operativas p a r a los historiadores, sociólogos o
economistas q u e los utilizan.
M e n t o r xjuejps.iüósofosiian contribuido, aunque tardíamente, a dar
a c o n o c e r m e j o r el m a t e r i a l i s m o .histórico y o l v i d a r el c a t e c i s m o e s t a l i n i s t a ,
los h l s f o H á S o r e s h a n s a b i d o , t e m p r a n a m e n t e , e x t r a e r d e l a s o b r a s d e M a r x
l o T i r S t r u m e n t o s d e análisis al s e r v i c i o d e l a h i s t o r i a e c o n ó m i c a y s o c i a l .
M r K t o c n " a c u s a la~mfluencia i m p l í c i t a d e K . M a r x c u a n d o r e d a c t a Les ca-
racteres óTígmaux de l'histoire rurale frangaise ( 1 9 3 1 ) o La Société féodale
( 1 9 3 6 ) . P r u e b a d e e l l o es s u d e f i n i c i ó n d e l a « c l a s e s e ñ o r i a l » : «Si el campo_
o , m á s e x c e p c i o n a l m e n t e , la t i e n d a o el t a l l e r a v i t u a l l a n al n o b l e , s i e m p r e
eríirgracias al_ttabajÓ"de los o t r o s h o m b r e s . » C . - E . L a b r o u s s e s e inspira,"
a la v e z , e n El capital, d e K . M a r x , y e n l o s t r a b a j o s s o b r e el « s a l a r i o » d e
F . S i m i a n d p a r a e l a b o r a r s u Esquisse du mouvement des prix et des revenus
en France au XVIIP siécle (1933) y s u Crise de l'économie frangaise a la fin
de VAnden Régime ( 1 9 4 3 ) . N o s ^ p r o p o r c i o n a u n a a u t é n t i c a l e c c i ó n d e his-
t o r i a m a r x i s t a c u a n d o d e m u e s t r a l á T n c í d é h c i a d e l a s fluctuaciones d e p r e -
cios "sobre l o s r e c u r s o s d e las d i f e r e n t e s c a p a s s o c i a l e s — t e r r a t e n i e n t e S j p e -
queños" pTópTefíno_s^ampesmos, obreros agrícoláTTartésaños urbanos,
e t c . ^ T I g ü a l m e n t e c u a n d o construye el m o d e l o d e subproducción agrícola,
o p o n i é n d o l a al m o d e l o d e s u p e r p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l . C o n c l u y e : « L a s e c o -
n o m í a s s u f r e n l a s crisis d e s u s e s t r u c t u r a s . » T o d a l a h i s t o r i a e c o n ó m i c a q u e
se h a h e c h o e n F r a n c i a , e n t r e 1945 y 1 9 6 5 , e s t á i n f l u i d a s i m u l t á n e a m e n t e
p o r e l « e s p í r i t u d e l o s Annales» y p o r u n « m a r x i s m o d i f u s o » . S i r v a n d e p r u e -
b a l a s tesis d e J . B o u v i e r s o b r e « E l n a c i m i e n t o d e l C r é d i t o L y o n a i s » (1961)
y d e P . V i l a r s o b r e « C a t a l u ñ a e n la E s p a ñ a m o d e r n a » ( 1 9 6 2 ) .
E n l o s a ñ o s 1960 y 1 9 7 0 , ia h u e l l a d e l m a r x i s m o n o q u e d a l i m i t a d a a la
h i s t o r i a e c o n ó m i c a — a l n i v e l d e la « i n f r a e s t r u c t u r a » — . s i n o q u e se. e x t i e n -
d e a la h i s t o r i a d e l a s m e n t a l i d a d e s — a l n i v e l d e l a « s u p e r e s t r u c t u r a » — .
A l i f e r m e d T é v á í i s t a G . D u b y c o m i e n z a s u c a r r e r a c o n u n a v a s t a síntesis s o -
b r e L'Economie rurale et la Vie des campagnes dans l'Occident medieval
( 1 9 6 2 ) ; d e s p u é s s e i n t e r e s a m á s y m á s p o r los c o m p o r t a m i e n t o s , l a s s e n s i -
b i l i d a d e s , l a s i d e a s , c o m o l o d e m u e s t r a s u ú l t i m o e s t u d i o s o b r e el m a t r i -
m o n i o : Le Chevalier, la Femme et le Prétre ( 1 9 8 1 ) . E n u n c a p í t u l o d e Faire
de VHistoire ( 1 9 7 4 ) , G . D u b y i n t e n t a definir el c o n c e p t o d e i d e o l o g í a : t o m a ,
sin d u d a r l o , u n a cita d e L . A l t h u s s e r q u e dice t e x t u a l m e n t e q u e la i d e o l o -
gía es « u n s i s t e m a ( q u e p o s e e s u p r o p i a l ó g i c a ) d e r e p r e s e n t a c i o n e s ( i m á -
genes, mitos, ideas según los casos), d o t a d o d e u n a existencia y d e u n p a -
208
peí históricos e n el s e n o d e u n a sociedad d a d a » . A continuación p r o p o n e
su p a r t i c u l a r i n t e r p r e t a c i ó n , e n l a q u e l a s i d e o l o g í a s a p a r e c e n c o m o « r e -
presentaciones globalizantes, deformantes, concurrentes, estabilizantes
(...) q u e i n s c r i b e n , e n la m e m o r i a d e l o s t i e m p o s p a s a d o s , o b j e t i v a y m í t i -
c a , el p r o y e c t o d e l a d v e n i m i e n t o d e u n a s o c i e d a d m á s p e r f e c t a » . G . D u b y
c o n t i n ú a el a n á l i s i s i n i c i a d o p o r K . M a r x y F . E n g e l s e n La ideología ale-
mana, p e r o sin c o n s i d e r a r s e i n s e r t o e n l a c o r r i e n t e m a r x i s t a . A l a i n v e r s a ,
o t r o s h i s t o r i a d o r e s q u e p r o c l a m a n s u p e r t e n e n c i a al p a r t i d o c o m u n i s t a se
arriesgan a introducirse e n los terrenos abiertos p o r los n o marxistas, m á s
o m e n o s p r ó x i m o s a l o s Annales. M . V o v e l l e c r e e q u e la h i s t o r i a d e l a s m e n -
t a l i d a d e s n o se o p o n e a la h i s t o r i a s o c i a l , sino q u e e s «su r e m a t e y c u l m i -
nación»; lo demuestra dedicándose a investigaciones concretas a partir de
l a r g a s s e r i e s d e t e s t a m e n t o s , c o n el o b j e t i v o d e d i s c e r n i r l a s a c t i t u d e s d e
los h o m b r e s a n t e la m u e r t e ; y , c o n c l u i d a s u e n c u e s t a , p u b l i c a u n a o b r a
e j e m p l a r : Pieté baroque et Déchristianisation en Provence au XVIIP siécle
(1973). L a historiadora R . R o b í n p r o c u r a convencer a los historiadores d e
« q u e el r e c u r s o d e l m é t o d o l i n g ü í s t i c o p u e d e s e r u n a m a g n í f i c a a y u d a » ; p r e -
t e n d e «llegar a u n a t e o r í a d e l discurso, p r i n c i p a l m e n t e del discurso políti-
c o » ; p o r e l l o , la h i s t o r i a d o r a i n t e n t a a p r o x i m a r d o s d i s c i p l i n a s , h a s t a e n -
t o n c e s m u y a l e j a d a s , e n s u l i b r o Histoire et linguistique (1973).
P . V i l a r h a c e u n b a l a n c e d e t o d o ello e n s u a r t í c u l o « H i s t o r i a m a r x i s t a ,
h i s t o r i a e n c o n s t r u c c i ó n » , p u b l i c a d o e n e l c o l e c t i v o Faire de VHistoire. En
p r i m e r lugar, P . Vilar r e c u e r d a q u e K . M a r x j a m á s h a sido historiador e n
el s e n t i d o e s t r i c t o d e l t é r m i n o . L o c u a l n o le h a i m p e d i d o , p a r a c o n s t r u i r
s u o b r a m a e s t r a , El capital, obligarse a h a c e r largas lecturas históricas
— a c e r c a d e la m o n e d a , d e l c o m e r c i o , la t e c n o l o g í a , l a p o b l a c i ó n , el c o l o -
n i a l i s m o , e t c . — . S i n e m b a r g o , e n El capital, si b i e n el p r o c e d i m i e n t o d e
i n v e s t i g a c i ó n e s d e c a r á c t e r h i s t ó r i c o , e l p r o c e d i m i e n t o d e e x p o s i c i ó n e s el
que corresponde a la teoría económica. N o h a y q u e buscar en los trabajos
de M a r x u n a ciencia d e la historia, definitivamente h e c h a , cuyos principios
b a s t a r í a a p l i c a r p a r a c o m p r e n d e r el f u n c i o n a m i e n t o d e l a s s o c i e d a d e s . E s
m e j o r i n s p i r a r s e e n l a p r á c t i c a d e M a r x , p o r e j e m p l o e n el p r o c e d i m i e n t o
q u e u t i l i z a p a r a r e a l i z a r l o s a n á l i s i s d e l 18 brumario de Luis Bonaparte u
otros escritos «históricos». A continuación, P . Vilar señala las convergen-
cias e n t r e la h i s t o r i a d e l o s Annales y la historia marxista. El materialismo
n o h i s t ó r i c o p u e d e i n t e g r a r p e r f e c t a m e n t e l o s d e s c u b r i m i e n t o s d e l o s An-
nales, y a q u e t r a t a n d e l a c u a n t i f i c a c i ó n d e l o s d a t o s , d e la p e r c e p c i ó n d e
los h e c h o s e n el e s p a c i o , d e l a d i s t i n c i ó n d e l o s t i e m p o s s o c i a l e s , o d e la
v o l u n t a d d e c o n s e g u i r la « h i s t o r i a t o t a l » . A s u v e z , el g r u p o d e l o s Annales
n o d e b e o p o n e r n i n g u n a o b j e c i ó n al p r o y e c t o , t o m a d o d e M a r x , d e f u n d a r
« u n a c i e n c i a d e l a s o c i e d a d h u m a n a q u e s e a a la v e z : c o h e r e n t e , g r a c i a s a
un e s q u e m a teórico sólido y c o m ú n ; total, o sea, capaz d e n o dejar fuera
d e s u j u r i s d i c c i ó n n i n g ú n c a m p o d e anáfisis ú t i l ; d i n á m i c a , p o r q u e , n o p u -
d i e n d o s e r e t e r n a n i n g u n a e s t a b i l i d a d , n a d a e s m á s ú t i l q u e d e s c u b r i r el
principio d e los cambios». E n fin, P . Vilar c r e e q u e la t a r e a del historiador
m a r x i s t a , se ..confunde. c 0 n la a ^ ü a l q ú i e r ^ h i s t o r i a d o r ^ e n ; f e m e d i d a . e n q u e
t
consiste en confrontar los conceptos e l a b o r a d o s t e ó r i c a m e n t e c o n las rea-
lidades concretas q u e a p a r e c e n e n contacto c o n los d o c u m e n t o s ; e n la m e -
d i d a e n q u e i m p l i c a u n v a i v é n c o n s t a n t e d e la t e o r í a T T á p r a c t i c a y d e l a
p r á c t i c a a la t e o r í a , e v i t a n d o e l p e l i g r o , d e l idealismo"^' d e l e m p i r i s m o . E n
209
. o p i n i ó n d é P. V ^ ^ h Q , ^ J ' a J u ^ t o r i a d e l o s h i s t o r i a d o r e s (si n o c o l o c a -
m o s e n t r e e l l o s a C a s t e l o t ) se p a r e c e m á s a l a h i s t o r i a s e g ú n M a r x , o s e g ú n C A P Í T U L O 12
I b n K h a l d u n , q u e a l a h i s t o r i a s e g ú n R a y m o n d A r ' o n . q u e es d e la" é p o c a
de Tucídides». ~

EL ESTRUCTURALISMO Y LA HISTORIA

E l e s t r u c t u r a l i s m o , q u e h a e j e r c i d o a u t é n t i c a f a s c i n a c i ó n s o b r e l a casi
t o t a l i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s e n l a d é c a d a d e los a ñ o s 60, h a i n f l u i d o
t a r d í a m e n t e e n la h i s t o r i a . S i n e m b a r g o , el h i s t o r i a d o r d e l a d é c a d a d e los
a ñ o s 80 h a t e r m i n a d o p o r s e g u i r el c a m i n o i n i c i a d o p o r el filósofo L é v i -
Strauss con u n entusiasmo q u e H é l é n e V é d r i n e describe, en términos hu-
m o r í s t i c o s , así: « d e c e p c i o n a d o d e la r a z ó n ( . . . ) , a c o m p l e j a d o p o r l a c i e n c i a
( q u e a p e n a s c o n o c e ) , el filósofo se l a n z a al e s t r u c t u r a l i s m o , p e r s u a d i d o d e
q u e así e s c a p a d e la i d e o l o g í a y s e v u e l v e a h a l l a r e n el s e g u r o t e r r e n o d e l
s a b e r , d e s e m b a r a z a d o p o r fin d e l o s e f l u v i o s p e r n i c i o s o s del i d e a l i s m o » .
D e a h í l a p r o l i f e r a c i ó n , e n las r e v i s t a s , d e u n a « c i e n c i a » q u e se p r o p o n e
d e s v e l a r «al p r o f a n o la e s t r u c t u r a d e l a s t e r t u l i a s d e c a f é , los m o d e l o s d e
l a d o m i n a c i ó n f e u d a l , l a s e m i ó t i c a d e La pilosophie dans le boudoir, el
cierre del c a m p o epistémico del c o m e r c i o d e gatos e n t r e los Z i g o n s d e T s o u -
d o n . . . » . E n h i s t o r i a , el e s t r u c t u r a h s m o n u n c a h a d e s p e r t a d o u n a a d m i r a -
c i ó n t o t a l , sin r e s e r v a s , s i e m p r e h a t o p a d o c o n l a firme r e s i s t e n c i a d e los
defensores d e la libertad del sujeto y del c a r á c t e r imprevisible d e los acon-
tecimientos. Fieles a la crítica d o c u m e n t a l clásica, p a r t i d a r i o s d e los h e c h o s
b i e n e s t a b l e c i d o s , h a n d e n u n c i a d o el c a r á c t e r e s q u e m á t i c o d e l o s m o d e l o s
e l a b o r a d o s p a r a e x p l i c a r el f u n c i o n a m i e n t o d e l a s o c i e d a d e n la h i s t o r i a o
p a r a interpretar textos concretos. C u a n d o A n d r é Burguiére escribió en
1971 — e n el n ú m e r o e s p e c i a l d e l o s Annales 'ESC d e d i c a d o a Histoire et
Structure—: « N u n c a h a b r á g u e r r a e n t r e la h i s t o r i a y el e s t r u c t u r a l i s m o » , m a -
nifestaba u n o p t i m i s m o e x a g e r a d o , explicable i n d u d a b l e m e n t e p o r la «co-
y u n t u r a d e a p a c i g u a m i e n t o » a p r o p ó s i t o d e la c u a l e s t a b a e s c r i b i e n d o . P o r -
q u e conflicto l o h u b o d e s d e f i n a l e s d e l o s a ñ o s 5 0 , y n o s e t r a t a b a d e u n a
simple « q u e r e l l a ' r e t ó r i c a » . Y conflictivas h a n sido algunas s o n a d a s procla-
m a c i o n e s , c o m o c u a n d o L é v i - S t r a u s s d e c í a e n Race et histoire (1952) q u e
la h i s t o r i a «le h o r r i p i l a b a » , p o r q u e o t o r g a la p r i m a c í a al a c o n t e c i m i e n t o y
p o r q u e a f i r m a el « p r o g r e s o » i n e l u c t a b l e d e l p e n s a m i e n t o . D e s p u é s l i m i t a -
b a el p a p e l q u e le c o r r e s p o n d e e n el c a m p o d e las c i e n c i a s h u m a n a s , « q u e
p r o c e d e d i r e c t a m e n t e d e la c o n t i n g e n c i a i r r e d u c t i b l e » (Du miel aux cen-
dres, 1 9 6 6 , p . 4 0 8 ) . E l e n f r e n t a m i e n t o h a d a d o sin e m b a r g o p a s o a c o m -
promisos, n o exentos d e m a l e n t e n d i d o s . D e esta forma se van definiendo

210
211
. o p i n i ó n d é P. V ^ ^ h Q , ^ J ' a J u ^ t o r i a d e l o s h i s t o r i a d o r e s (si n o c o l o c a -
m o s e n t r e e l l o s a C a s t e l o t ) se p a r e c e m á s a l a h i s t o r i a s e g ú n M a r x , o s e g ú n C A P Í T U L O 12
I b n K h a l d u n , q u e a l a h i s t o r i a s e g ú n R a y m o n d A r ' o n . q u e es d e la" é p o c a
de Tucídides». ~

EL ESTRUCTURALISMO Y LA HISTORIA

E l e s t r u c t u r a l i s m o , q u e h a e j e r c i d o a u t é n t i c a f a s c i n a c i ó n s o b r e l a casi
t o t a l i d a d d e las c i e n c i a s h u m a n a s e n l a d é c a d a d e los a ñ o s 60, h a i n f l u i d o
t a r d í a m e n t e e n la h i s t o r i a . S i n e m b a r g o , el h i s t o r i a d o r d e l a d é c a d a d e los
a ñ o s 80 h a t e r m i n a d o p o r s e g u i r el c a m i n o i n i c i a d o p o r el filósofo L é v i -
Strauss con u n entusiasmo q u e H é l é n e V é d r i n e describe, en términos hu-
m o r í s t i c o s , así: « d e c e p c i o n a d o d e la r a z ó n ( . . . ) , a c o m p l e j a d o p o r l a c i e n c i a
( q u e a p e n a s c o n o c e ) , el filósofo se l a n z a al e s t r u c t u r a l i s m o , p e r s u a d i d o d e
q u e así e s c a p a d e la i d e o l o g í a y s e v u e l v e a h a l l a r e n el s e g u r o t e r r e n o d e l
s a b e r , d e s e m b a r a z a d o p o r fin d e l o s e f l u v i o s p e r n i c i o s o s del i d e a l i s m o » .
D e a h í l a p r o l i f e r a c i ó n , e n las r e v i s t a s , d e u n a « c i e n c i a » q u e se p r o p o n e
d e s v e l a r «al p r o f a n o la e s t r u c t u r a d e l a s t e r t u l i a s d e c a f é , los m o d e l o s d e
l a d o m i n a c i ó n f e u d a l , l a s e m i ó t i c a d e La pilosophie dans le boudoir, el
cierre del c a m p o epistémico del c o m e r c i o d e gatos e n t r e los Z i g o n s d e T s o u -
d o n . . . » . E n h i s t o r i a , el e s t r u c t u r a h s m o n u n c a h a d e s p e r t a d o u n a a d m i r a -
c i ó n t o t a l , sin r e s e r v a s , s i e m p r e h a t o p a d o c o n l a firme r e s i s t e n c i a d e los
defensores d e la libertad del sujeto y del c a r á c t e r imprevisible d e los acon-
tecimientos. Fieles a la crítica d o c u m e n t a l clásica, p a r t i d a r i o s d e los h e c h o s
b i e n e s t a b l e c i d o s , h a n d e n u n c i a d o el c a r á c t e r e s q u e m á t i c o d e l o s m o d e l o s
e l a b o r a d o s p a r a e x p l i c a r el f u n c i o n a m i e n t o d e l a s o c i e d a d e n la h i s t o r i a o
p a r a interpretar textos concretos. C u a n d o A n d r é Burguiére escribió en
1971 — e n el n ú m e r o e s p e c i a l d e l o s Annales 'ESC d e d i c a d o a Histoire et
Structure—: « N u n c a h a b r á g u e r r a e n t r e la h i s t o r i a y el e s t r u c t u r a l i s m o » , m a -
nifestaba u n o p t i m i s m o e x a g e r a d o , explicable i n d u d a b l e m e n t e p o r la «co-
y u n t u r a d e a p a c i g u a m i e n t o » a p r o p ó s i t o d e la c u a l e s t a b a e s c r i b i e n d o . P o r -
q u e conflicto l o h u b o d e s d e f i n a l e s d e l o s a ñ o s 5 0 , y n o s e t r a t a b a d e u n a
simple « q u e r e l l a ' r e t ó r i c a » . Y conflictivas h a n sido algunas s o n a d a s procla-
m a c i o n e s , c o m o c u a n d o L é v i - S t r a u s s d e c í a e n Race et histoire (1952) q u e
la h i s t o r i a «le h o r r i p i l a b a » , p o r q u e o t o r g a la p r i m a c í a al a c o n t e c i m i e n t o y
p o r q u e a f i r m a el « p r o g r e s o » i n e l u c t a b l e d e l p e n s a m i e n t o . D e s p u é s l i m i t a -
b a el p a p e l q u e le c o r r e s p o n d e e n el c a m p o d e las c i e n c i a s h u m a n a s , « q u e
p r o c e d e d i r e c t a m e n t e d e la c o n t i n g e n c i a i r r e d u c t i b l e » (Du miel aux cen-
dres, 1 9 6 6 , p . 4 0 8 ) . E l e n f r e n t a m i e n t o h a d a d o sin e m b a r g o p a s o a c o m -
promisos, n o exentos d e m a l e n t e n d i d o s . D e esta forma se van definiendo

210
211
los p r o c e d i m i e n t o s d e u n a h i s t o r i a e s t r u c t u r a l , q u e h a s a b i d o h a c e r s u y o s d e j e d e e s p e c u l a r ( r e f e r e n c i a a l a tesis a v a n z a d a e n La pensée sauvage se-
los a d e l a n t o s d e la e t n o l o g í a , d e la lingüística y d e la s e m i ó t i c a , c o n t a l d e g ú n l a c u a l los h o m b r e s s i e m p r e h a n p e n s a d o p o r d e m á s . L a s s o c i e d a d e s
l o g r a r la i n t e l i g i b i l i d a d p r o f u n d a d e los h e c h o s p a s a d o s , m á s allá d e la e s - s o l i t a r i a s s o n las m á s i n m o v i l i s t a s m i e n t r a s q u e las a g r u p a c i o n e s d e s o c i e -
p u m a d é l o s a c o n t e c i m i e n t o s y d e l « p u l u l a r d e los d e s t i n o s i n d i v i d u a l e s » . d a d e s p a r e c e n m á s i n n o v a d o r a s . L a c o n t r i b u c i ó n d e u n a c u l t u r a a la «pues-;
t a » e n c o m ú n n o r e s i d e p r e c i s a m e n t e en las i n v e n c i o n e s q u e e s c a p a z d e
f o r j a r , s i n o , p r i n c i p a l m e n t e , e n las v a r i a c i o n e s q u e p r e s e n t a e n r e l a c i ó n a
1. ESTRUCTURALISMO E HISTORIA: DEBATES Y COMBATES (DE LOS AÑOS las o t r a s c u l t u r a s . E s t a s v a r i a n t e s d i f e r e n c i a l e s s o n t a m b i é n i n d i s p e n s a b l e s
50 A LOS 70) e n su p r o p i o s e n o , si e s q u e se t r a t a d e q u e i n c i t e n a i n v e n t a r . L a r e l a c i ó n ,
en sentido doble, entre adquisiciones técnicas y desigualdades sociales p u e -
N o s l i m i t a r e m o s a q u í a las p r i n c i p a l e s e t a p a s d e l d e b a t e e n t r e l a h i s t o - d e constatarse t a n t o en la r e v o l u c i ó n neolítica c o m o en la revolución in-
ria y la e t o n o l o g í a , y a q u e n o s p a r e c e el m á s r i c o e n e n s e ñ a n z a s , p e r o las dustrial. A propósito de estas afirmaciones, M á x i m e R o d i n s o n decía: « H a y
d i f i c u l t a d e s e n t r e l a h i s t o r i a y la lingüística n o h a n s i d o m e n o r e s a p r o p ó - m o t i v o p a r a d e s a n i m a r a B i l l a n c o u r t » , e x p r e s a n d o así, c o n h u m o r , l a r a -
sito d e la d i a c r o n í a y la s i n c r o n í a . F i j é m o n o s , e n p r i m e r l u g a r , e n Race et dical o p o s i c i ó n e n t r e la v i s i ó n d i a l é c t i c a d e la h i s t o r i a y la c o n c e p c i ó n e s -
histoire, r e d a c t a d o p o r L é v i - S t r a u s s e n 1952, p o c o d e s p u é s d e s u tesis s o - t r u c t u r a l i s t a , q u e d a m a y o r i m p o r t a n c i a a l a c o r r e l a c i ó n f u n c i o n a l e n la si-
b r e Les structures élémentaires de la párente, p a r a f o r m a r p a r t e d e u n a s e - cronía.
rie d e p u b l i c a c i o n e s p a t r o c i n a d a s p o r la U N E S C O s o b r e el p r o b l e m a d e l
C o n la Anthropologie structurale ( 1 9 5 8 ) , se inicia u n a c i e r t a a p r o x i m a -
racismo. E s t e escrito nos p e r m i t e h a c e r n o s u n a idea del a n t a g o n i s m o exis-
c i ó n e n t r e l a h i s t o r i a y la e t n o l o g í a , sin q u e e s t a ú l t i m a r e n u n c i e p o r c o m -
t e n t e , e n a q u e l l a s f e c h a s , e n t r e las c o n c e p c i o n e s del p a d r e d e l e s t r u c t u r a -
p l e t o a u n c i e r t o i m p e r i a l i s m o . D e s d e sus p r i m e r a s p á g i n a s , L é v i - S t r a u s s
l i s m o y el h i s t o r i c i s m o r e i n a n t e e n el m u n d o o c c i d e n t a l . E n p r i n c i p i o t o m a
se d e s m a r c a de los e t n ó l o g o s funcionalistas q u e p r e t e n d e n , c o m o M a l i n o w s -
el e t n o c e n t r i s m o y el e v o l u c i o n i s m o i m p l í c i t o s e n l o s e u r o p e o s , q u e les h a -
k i , h a c e r l a h i s t o r i a d e u n p r e s e n t e sin p a s a d o y u n análisis s i n c r ó n i c o d e
c e n c o n s i d e r a r los d i f e r e n t e s e s t a d o s d e las s o c i e d a d e s h u m a n a s c o m o e s -
l o s s i s t e m a s c u l t u r a l e s sin m á s . L é v i - S t r a u s s c o n s i d e r a i n d i s p e n s a b l e c o n o -
t a d i o s o e t a p a s d e u n d e s a r r o l l o ú n i c o d e la h u m a n i d a d . N o s d i c e q u e el
c e r el d e s a r r o l l o h i s t ó r i c o q u e h a d e s e m b o c a d o e n las a c t u a l e s f o r m a s d e
p r o g r e s o n o es n i n e c e s a r i o n i c o n t i n u o ; p r o c e d e m e d i a n t e s a l t o s , b r i n c o s ,
l a v i d a social: s ó l o e s t e c o n o c i m i e n t o n o s p e r m i t e « s o p e s a r y e v a l u a r , e n
mutaciones, cambiando — p o r necesidad— de dirección. H a y u n o s perío-
sus r e l a c i o n e s r e s p e c t i v a s , l o s e l e m e n t o s d e l p r e s e n t e » . M u c h o s e l e m e n t o s
d o s y u n a s s o c i e d a d e s m á s acumulativos que otros en cuanto a adquisicio-
a p r o x i m a n a la h i s t o r i a y a la e t n o l o g í a : u n a y o t r a t i e n e n p o r o b j e t o e s -
n e s d e t o d a s c l a s e s , t é c n i c a s o i n t e l e c t u a l e s . L e j o s d e o p o n e r , d e f o r m a rí-
t u d i a r l a v i d a social p a r a l l e g a r a « u n m e j o r c o n o c i m i e n t o d e l h o m b r e » .
g i d a , a u n a historia estacionaria — l a d e las sociedades frías— u n a historia
P e r o , e n c u a n t o a sus m é t o d o s , « v a r í a n s o l a m e n t e e n l a d o s i f i c a c i ó n d e los
acumulativa — l a d e las sociedades calientes—, L é v i - S t r a u s s d e s t a c a el ca-
p r o c e d i m i e n t o s d e i n v e s t i g a c i ó n » . S i g u e h a b i e n d o , sin e m b a r g o , u n a c l a r a
r á c t e r a c u m u l a t i v o d e las c u l t u r a s , sin q u e n i n g u n a d e ellas p e r m a n e z c a
d i f e r e n c i a d e p e r s p e c t i v a , y a q u e l a « h i s t o r i a o r g a n i z a sus d a t o s e n r e l a c i ó n
c o m p l e t a m e n t e i n m ó v i l . ¿ A c a s o n o d e p e n d e t o d o d e l c r i t e r i o q u e se u t i l i -
c o n l a s e x p r e s i o n e s c o n s c i e n t e s d e l a v i d a s o c i a l , y l a e t n o l o g í a c o n las c o n -
c e ? Si el m u n d o o c c i d e n t a l h a a c u m u l a d o t r i u n f o s e n el a s p e c t o m e c á n i c o ,
diciones inconscientes d e la m i s m a » . E n t e n d e m o s q u e la historia se sitúa
p o r e j e m p l o , ¿ n o h a q u e d a d o a t r a s a d o , r e s p e c t o a O r i e n t e , e n lo r e f e r e n t e
e n el p l a n o d e lo d i c h o , d e l o m a n i f e s t a d o , a p a r t i r d e t e s t i m o n i o s , m i e n -
al c o n o c i m i e n t o d e l c u e r p o ? L a a p a r i c i ó n d e u n a c u l t u r a m á s a c u m u l a t i v a
t r a s q u e l a e t n o l o g í a i n v e s t i g a e n u n t e r r e n o q u e e s t á m á s allá d e l o d i c h o
s e r í a , d e h e c h o , a n á l o g a a la q u e « s a l e » , c o m o r e s u l t a d o d e u n a c o m b i n a -
y d e l o m a n i f e s t a d o , i n s p i r á n d o s e e n el m é t o d o l i n g ü í s t i c o . U n a c u l t u r a ,
ción c o m p l e j a , e n u n j u e g o d e a z a r . P a r a t e o r i z a r s o b r e el g r a n j u e g o d e
e n e f e c t o o r g a n i z a , s i l e n c i o s a m e n t e , l o s c o m p o r t a m i e n t o s c o t i d i a n o s , d e la
la civilización, el a u t o r b u s c a u n m o d e l o i n t e r p r e t a t i v o p o r el l a d o d e la r u -
m i s m a m a n e r a q u e el s i s t e m a l i n g ü í s t i c o o r g a n i z a el d i s c u r s o al m a r g e n d e
l e t a , a u n r e c o n o c i e n d o su c a r á c t e r a p r o x i m a t i v o . D e la m i s m a m a n e r a q u e
la c o n s c i e n c i a d e l s u j e t o q u e h a b l a . A r m a d o c o n el i n s t r u m e n t o l i n g ü í s t i -
el c á l c u l o d e p r o b a b i l i d a d e s n o s e n s e ñ a q u e u n a c o a l i c i ó n d e e n v i d a d o r e s
c o , p u e d e l a n z a r s e a i n v e s t i g a r «la e s t r u c t u r a i n c o n s c i e n t e , s u b y a c e n t e e n
t i e n e m á s p o s i b i l i d a d e s d e g a n a r q u e u n j u g a d o r e n s o l i t a r i o , así m u c h a s
c a d a i n s t i t u c i ó n o e n c a d a c o s t u m b r e , a fin d e o b t e n e r u n p r i n c i p i o d e i n -
culturas q u e t e n g a n relación m u t u a serán m á s creadoras q u e u n a sola. D e
terpretación válido p a r a otras instituciones y otras costumbres». Lévi-
a h í el a b s u r d o q u e s u p o n e « d e c l a r a r q u e u n a c u l t u r a es s u p e r i o r a o t r a » ,
Strauss cita, a título d e e j e m p l o de estructura inconsciente, q u e p e r d u r a a
y a q u e el p r o g r e s o es el r e s u l t a d o d e las i n t e r a c c i o n e s e n t r e d i f e r e n t e s t a -
t r a v é s d e l o s a c c i d e n t e s h i s t ó r i c o s , l a o r g a n i z a c i ó n d u a l i s t a d e las s o c i e d a -
lantes culturales. A veces h a y q u e e s p e r a r a q u e «salga» la c o m b i n a c i ó n
d e s g u i n e a n a s , q u e se h a m a n t e n i d o a p e s a r d e las m ú l t i p l e s d i v i s i o n e s d e
b u e n a : v e r el c o n t r a s t e e x i s t e n t e e n t r e u n a p r e h i s t o r i a e s t a c i o n a r i a y u n a
l o s c l a n e s y d e l o s p u e b l o s . L a e t n o l o g í a n o p u e d e d e s c u i d a r las v i c i s i t u d e s
p r e h i s t o r i a a c u m u l a t i v a . E l p r o g r e s o d e la h u m a n i d a d n o t i e n e n a d a d e i n e -
h i s t ó r i c a s , p e r o s ó l o las u t i l i z a p a r a p r o c e d e r , a t r a v é s d e e l l a s , a la filtra-
luctable, puesto que, en cada m o m e n t o , hay pluralidad de posibilidades,
c i ó n d e l o s d a t o s e s t r u c t u r a l e s . D e l a m i s m a m a n e r a t o m a e n c u e n t a las ex-
l i m i t á n d o s e la h i s t o r i a a a c t u a l i z a r u n a e n t r e t o d a s e l l a s . L a a v e n t u r a h u -
p r e s i o n e s c o n s c i e n t e s d e l o s f e n ó m e n o s s o c i a l e s (lo q u e los h i s t o r i a d o r e s d e -
m a n a n o t i e n e n a d a q u e v e r c o n u n a p r o g r e s i ó n t r i u n f a l h a c i a el p u n t o o m e -
n o m i n a n testimonios), p e r o p a r a buscar, a través de ellos, la estructura
g a , p o r el c o n t r a r i o es m á s b i e n u n « c a m i n o i n c i e r t o c o n m ú l t i p l e s d e s v i a -
o c u l t a : « S u fin es a l c a n z a r , m á s allá d e la i m a g e n c o n s c i e n t e y s i e m p r e di-
c i o n e s , l l e n o d e f r a c a s o s y a r r e p e n t i m i e n t o s , sin q u e j a m á s la h u m a n i d a d
f e r e n t e q u e los h o m b r e s s e h a c e n d e su d e v e n i r , el i n v e n t a r i o d e las p o s í -

212 213
los p r o c e d i m i e n t o s d e u n a h i s t o r i a e s t r u c t u r a l , q u e h a s a b i d o h a c e r s u y o s d e j e d e e s p e c u l a r ( r e f e r e n c i a a l a tesis a v a n z a d a e n La pensée sauvage se-
los a d e l a n t o s d e la e t n o l o g í a , d e la lingüística y d e la s e m i ó t i c a , c o n t a l d e g ú n l a c u a l los h o m b r e s s i e m p r e h a n p e n s a d o p o r d e m á s . L a s s o c i e d a d e s
l o g r a r la i n t e l i g i b i l i d a d p r o f u n d a d e los h e c h o s p a s a d o s , m á s allá d e la e s - s o l i t a r i a s s o n las m á s i n m o v i l i s t a s m i e n t r a s q u e las a g r u p a c i o n e s d e s o c i e -
p u m a d é l o s a c o n t e c i m i e n t o s y d e l « p u l u l a r d e los d e s t i n o s i n d i v i d u a l e s » . d a d e s p a r e c e n m á s i n n o v a d o r a s . L a c o n t r i b u c i ó n d e u n a c u l t u r a a la «pues-;
t a » e n c o m ú n n o r e s i d e p r e c i s a m e n t e en las i n v e n c i o n e s q u e e s c a p a z d e
f o r j a r , s i n o , p r i n c i p a l m e n t e , e n las v a r i a c i o n e s q u e p r e s e n t a e n r e l a c i ó n a
1. ESTRUCTURALISMO E HISTORIA: DEBATES Y COMBATES (DE LOS AÑOS las o t r a s c u l t u r a s . E s t a s v a r i a n t e s d i f e r e n c i a l e s s o n t a m b i é n i n d i s p e n s a b l e s
50 A LOS 70) e n su p r o p i o s e n o , si e s q u e se t r a t a d e q u e i n c i t e n a i n v e n t a r . L a r e l a c i ó n ,
en sentido doble, entre adquisiciones técnicas y desigualdades sociales p u e -
N o s l i m i t a r e m o s a q u í a las p r i n c i p a l e s e t a p a s d e l d e b a t e e n t r e l a h i s t o - d e constatarse t a n t o en la r e v o l u c i ó n neolítica c o m o en la revolución in-
ria y la e t o n o l o g í a , y a q u e n o s p a r e c e el m á s r i c o e n e n s e ñ a n z a s , p e r o las dustrial. A propósito de estas afirmaciones, M á x i m e R o d i n s o n decía: « H a y
d i f i c u l t a d e s e n t r e l a h i s t o r i a y la lingüística n o h a n s i d o m e n o r e s a p r o p ó - m o t i v o p a r a d e s a n i m a r a B i l l a n c o u r t » , e x p r e s a n d o así, c o n h u m o r , l a r a -
sito d e la d i a c r o n í a y la s i n c r o n í a . F i j é m o n o s , e n p r i m e r l u g a r , e n Race et dical o p o s i c i ó n e n t r e la v i s i ó n d i a l é c t i c a d e la h i s t o r i a y la c o n c e p c i ó n e s -
histoire, r e d a c t a d o p o r L é v i - S t r a u s s e n 1952, p o c o d e s p u é s d e s u tesis s o - t r u c t u r a l i s t a , q u e d a m a y o r i m p o r t a n c i a a l a c o r r e l a c i ó n f u n c i o n a l e n la si-
b r e Les structures élémentaires de la párente, p a r a f o r m a r p a r t e d e u n a s e - cronía.
rie d e p u b l i c a c i o n e s p a t r o c i n a d a s p o r la U N E S C O s o b r e el p r o b l e m a d e l
C o n la Anthropologie structurale ( 1 9 5 8 ) , se inicia u n a c i e r t a a p r o x i m a -
racismo. E s t e escrito nos p e r m i t e h a c e r n o s u n a idea del a n t a g o n i s m o exis-
c i ó n e n t r e l a h i s t o r i a y la e t n o l o g í a , sin q u e e s t a ú l t i m a r e n u n c i e p o r c o m -
t e n t e , e n a q u e l l a s f e c h a s , e n t r e las c o n c e p c i o n e s del p a d r e d e l e s t r u c t u r a -
p l e t o a u n c i e r t o i m p e r i a l i s m o . D e s d e sus p r i m e r a s p á g i n a s , L é v i - S t r a u s s
l i s m o y el h i s t o r i c i s m o r e i n a n t e e n el m u n d o o c c i d e n t a l . E n p r i n c i p i o t o m a
se d e s m a r c a de los e t n ó l o g o s funcionalistas q u e p r e t e n d e n , c o m o M a l i n o w s -
el e t n o c e n t r i s m o y el e v o l u c i o n i s m o i m p l í c i t o s e n l o s e u r o p e o s , q u e les h a -
k i , h a c e r l a h i s t o r i a d e u n p r e s e n t e sin p a s a d o y u n análisis s i n c r ó n i c o d e
c e n c o n s i d e r a r los d i f e r e n t e s e s t a d o s d e las s o c i e d a d e s h u m a n a s c o m o e s -
l o s s i s t e m a s c u l t u r a l e s sin m á s . L é v i - S t r a u s s c o n s i d e r a i n d i s p e n s a b l e c o n o -
t a d i o s o e t a p a s d e u n d e s a r r o l l o ú n i c o d e la h u m a n i d a d . N o s d i c e q u e el
c e r el d e s a r r o l l o h i s t ó r i c o q u e h a d e s e m b o c a d o e n las a c t u a l e s f o r m a s d e
p r o g r e s o n o es n i n e c e s a r i o n i c o n t i n u o ; p r o c e d e m e d i a n t e s a l t o s , b r i n c o s ,
l a v i d a social: s ó l o e s t e c o n o c i m i e n t o n o s p e r m i t e « s o p e s a r y e v a l u a r , e n
mutaciones, cambiando — p o r necesidad— de dirección. H a y u n o s perío-
sus r e l a c i o n e s r e s p e c t i v a s , l o s e l e m e n t o s d e l p r e s e n t e » . M u c h o s e l e m e n t o s
d o s y u n a s s o c i e d a d e s m á s acumulativos que otros en cuanto a adquisicio-
a p r o x i m a n a la h i s t o r i a y a la e t n o l o g í a : u n a y o t r a t i e n e n p o r o b j e t o e s -
n e s d e t o d a s c l a s e s , t é c n i c a s o i n t e l e c t u a l e s . L e j o s d e o p o n e r , d e f o r m a rí-
t u d i a r l a v i d a social p a r a l l e g a r a « u n m e j o r c o n o c i m i e n t o d e l h o m b r e » .
g i d a , a u n a historia estacionaria — l a d e las sociedades frías— u n a historia
P e r o , e n c u a n t o a sus m é t o d o s , « v a r í a n s o l a m e n t e e n l a d o s i f i c a c i ó n d e los
acumulativa — l a d e las sociedades calientes—, L é v i - S t r a u s s d e s t a c a el ca-
p r o c e d i m i e n t o s d e i n v e s t i g a c i ó n » . S i g u e h a b i e n d o , sin e m b a r g o , u n a c l a r a
r á c t e r a c u m u l a t i v o d e las c u l t u r a s , sin q u e n i n g u n a d e ellas p e r m a n e z c a
d i f e r e n c i a d e p e r s p e c t i v a , y a q u e l a « h i s t o r i a o r g a n i z a sus d a t o s e n r e l a c i ó n
c o m p l e t a m e n t e i n m ó v i l . ¿ A c a s o n o d e p e n d e t o d o d e l c r i t e r i o q u e se u t i l i -
c o n l a s e x p r e s i o n e s c o n s c i e n t e s d e l a v i d a s o c i a l , y l a e t n o l o g í a c o n las c o n -
c e ? Si el m u n d o o c c i d e n t a l h a a c u m u l a d o t r i u n f o s e n el a s p e c t o m e c á n i c o ,
diciones inconscientes d e la m i s m a » . E n t e n d e m o s q u e la historia se sitúa
p o r e j e m p l o , ¿ n o h a q u e d a d o a t r a s a d o , r e s p e c t o a O r i e n t e , e n lo r e f e r e n t e
e n el p l a n o d e lo d i c h o , d e l o m a n i f e s t a d o , a p a r t i r d e t e s t i m o n i o s , m i e n -
al c o n o c i m i e n t o d e l c u e r p o ? L a a p a r i c i ó n d e u n a c u l t u r a m á s a c u m u l a t i v a
t r a s q u e l a e t n o l o g í a i n v e s t i g a e n u n t e r r e n o q u e e s t á m á s allá d e l o d i c h o
s e r í a , d e h e c h o , a n á l o g a a la q u e « s a l e » , c o m o r e s u l t a d o d e u n a c o m b i n a -
y d e l o m a n i f e s t a d o , i n s p i r á n d o s e e n el m é t o d o l i n g ü í s t i c o . U n a c u l t u r a ,
ción c o m p l e j a , e n u n j u e g o d e a z a r . P a r a t e o r i z a r s o b r e el g r a n j u e g o d e
e n e f e c t o o r g a n i z a , s i l e n c i o s a m e n t e , l o s c o m p o r t a m i e n t o s c o t i d i a n o s , d e la
la civilización, el a u t o r b u s c a u n m o d e l o i n t e r p r e t a t i v o p o r el l a d o d e la r u -
m i s m a m a n e r a q u e el s i s t e m a l i n g ü í s t i c o o r g a n i z a el d i s c u r s o al m a r g e n d e
l e t a , a u n r e c o n o c i e n d o su c a r á c t e r a p r o x i m a t i v o . D e la m i s m a m a n e r a q u e
la c o n s c i e n c i a d e l s u j e t o q u e h a b l a . A r m a d o c o n el i n s t r u m e n t o l i n g ü í s t i -
el c á l c u l o d e p r o b a b i l i d a d e s n o s e n s e ñ a q u e u n a c o a l i c i ó n d e e n v i d a d o r e s
c o , p u e d e l a n z a r s e a i n v e s t i g a r «la e s t r u c t u r a i n c o n s c i e n t e , s u b y a c e n t e e n
t i e n e m á s p o s i b i l i d a d e s d e g a n a r q u e u n j u g a d o r e n s o l i t a r i o , así m u c h a s
c a d a i n s t i t u c i ó n o e n c a d a c o s t u m b r e , a fin d e o b t e n e r u n p r i n c i p i o d e i n -
culturas q u e t e n g a n relación m u t u a serán m á s creadoras q u e u n a sola. D e
terpretación válido p a r a otras instituciones y otras costumbres». Lévi-
a h í el a b s u r d o q u e s u p o n e « d e c l a r a r q u e u n a c u l t u r a es s u p e r i o r a o t r a » ,
Strauss cita, a título d e e j e m p l o de estructura inconsciente, q u e p e r d u r a a
y a q u e el p r o g r e s o es el r e s u l t a d o d e las i n t e r a c c i o n e s e n t r e d i f e r e n t e s t a -
t r a v é s d e l o s a c c i d e n t e s h i s t ó r i c o s , l a o r g a n i z a c i ó n d u a l i s t a d e las s o c i e d a -
lantes culturales. A veces h a y q u e e s p e r a r a q u e «salga» la c o m b i n a c i ó n
d e s g u i n e a n a s , q u e se h a m a n t e n i d o a p e s a r d e las m ú l t i p l e s d i v i s i o n e s d e
b u e n a : v e r el c o n t r a s t e e x i s t e n t e e n t r e u n a p r e h i s t o r i a e s t a c i o n a r i a y u n a
l o s c l a n e s y d e l o s p u e b l o s . L a e t n o l o g í a n o p u e d e d e s c u i d a r las v i c i s i t u d e s
p r e h i s t o r i a a c u m u l a t i v a . E l p r o g r e s o d e la h u m a n i d a d n o t i e n e n a d a d e i n e -
h i s t ó r i c a s , p e r o s ó l o las u t i l i z a p a r a p r o c e d e r , a t r a v é s d e e l l a s , a la filtra-
luctable, puesto que, en cada m o m e n t o , hay pluralidad de posibilidades,
c i ó n d e l o s d a t o s e s t r u c t u r a l e s . D e l a m i s m a m a n e r a t o m a e n c u e n t a las ex-
l i m i t á n d o s e la h i s t o r i a a a c t u a l i z a r u n a e n t r e t o d a s e l l a s . L a a v e n t u r a h u -
p r e s i o n e s c o n s c i e n t e s d e l o s f e n ó m e n o s s o c i a l e s (lo q u e los h i s t o r i a d o r e s d e -
m a n a n o t i e n e n a d a q u e v e r c o n u n a p r o g r e s i ó n t r i u n f a l h a c i a el p u n t o o m e -
n o m i n a n testimonios), p e r o p a r a buscar, a través de ellos, la estructura
g a , p o r el c o n t r a r i o es m á s b i e n u n « c a m i n o i n c i e r t o c o n m ú l t i p l e s d e s v i a -
o c u l t a : « S u fin es a l c a n z a r , m á s allá d e la i m a g e n c o n s c i e n t e y s i e m p r e di-
c i o n e s , l l e n o d e f r a c a s o s y a r r e p e n t i m i e n t o s , sin q u e j a m á s la h u m a n i d a d
f e r e n t e q u e los h o m b r e s s e h a c e n d e su d e v e n i r , el i n v e n t a r i o d e las p o s í -

212 213
 bilidades inconscientes, q u e no son ilimitadas, y cuyo repertorio y relacio-
n e s d e c o m p a t i b i l i d a d o i n c o m p a t i b i l i d a d , q u e c a d a u n a t e j e c o n t o d a s las
d e m á s , s u m i n i s t r a n la a r q u i t e c t u r a l ó g i c a d e los d e s a r r o l l o s h i s t ó r i c o s , q u e
p u e d e n s e r i m p r e v i s i b l e s , p e r o j a m á s a r b i t r a r i o s . » Si t r a d u c i m o s e s t e r a z o -
n a m i e n t o e n t é r m i n o s l i n g ü í s t i c o s , p o d r í a m o s d e c i r q u e se t r a t a d e r e n u n -
ciar al « c o n t e n i d o l e x i c o g r á f i c o » p a r a a p r e h e n d e r la s i n t a x i s . L o s h i s t o r i a -
d o r e s e s t á n b a s t a n t e p o c o f a m i l i a r i z a d o s c o n e s t a p r á c t i c a , a u n q u e n o ig-
n o r e n t o t a l m e n t e los « e l e m e n t o s i n c o n s c i e n t e s d e l a v i d a s o c i a l » , e s p e c i a l -
m e n t e e n sus i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e la h i s t o r i a e c o n ó m i c a y s o b r e la h i s t o r i a
d e las m e n t a l i d a d e s . I n d u d a b l e m e n t e , s e r í a m e j o r d e c i r q u e e s t o s t r a b a j o s
esclarecen ciertas determinaciones profundas, p e r o n o p r o p i a m e n t e incons-
c i e n t e s , d e los c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s . L é v i - S t r a u s s se las a n e x i o n a a b u -
s i v a m e n t e c u a n d o p r o c l a m a : « T o d o b u e n l i b r o d e h i s t o r i a (...) e s t á i m p r e g -
n a d o de etnología.»
P o r m u c h a s r a z o n e s , el c é l e b r e a r t í c u l o d e F e r n a n d B r a u d e l t i t u l a d o
« H i s t o i r e et s c i e n c e s s o c i a l e s . L a ' l o n g u e d u r é e » (Annales ESC, n ú m . 4 ,
1 9 5 8 , p p . 7 2 5 - 7 5 3 , r e c o g i d o e n Écrits sur l'Histoire) puede parecer una res-
p u e s t a sin c o n c e s i o n e s a L é v i - S t r a u s s , a c u y o d e s e o d e a p r o x i m a r s e a la his-
toria alude de paso. Sólo nos referiremos a dos t o m a s d e posición impor-
t a n t e s : a ) el e s t u d i o d e las e s t r u c t u r a s c o n s t i t u i r á e n el f u t u r o la m i s i ó n p r i n -
cipal d e la h i s t o r i a ; b ) n o es c u e s t i ó n d e e s t a b l e c e r u n a d i s t i n c i ó n d e m a s i a -
d o n e t a e n t r e el análisis d e l o s p r o c e s o s c o n s c i e n t e s y el d e las f o r m a s i n -
c o n s c i e n t e s d e la v i d a s o c i a l , p e r o es n e c e s a r i o , p o r el c o n t r a r i o , o r g a n i z a r
u n a p r o s p e c c i ó n social e n p r o f u n d i d a d r e c u r r i e n d o a los i n s t r u m e n t o s d e l
conocimiento q u e son m o d e l o s abstractos. L a vocación del historiador de
e s t u d i a r las e s t r u c t u r a s e s t á í n t i m a m e n t e l i g a d a a la p r i m a c í a q u e c o n c e d e
B r a u d e l a los análisis d e p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n s o b r e l o s d e d u r a c i ó n
c o r t a o m e d i a . A s í p u e s , d a m á s i m p o r t a n c i a , sin d i s c u s i ó n , a la h i s t o r i a
« d e a m p l i t u d s e c u l a r » . A e s t e n i v e l a p r e h e n d e la e s t r u c t u r a , d e l a q u e B r a u -
d e l d a u n a d e f i n i c i ó n m e m o r a b l e : « P o r e s t r u c t u r a , los o b s e r v a d o r e s d e l o
social e n t i e n d e n u n a o r g a n i z a c i ó n , u n a c o h e r e n c i a , r e l a c i o n e s b a s t a n t e e s -
t a b l e c i d a s e n t r e r e a l i d a d y m a s a s o c i a l . P a r a n o s o t r o s , los h i s t o r i a d o r e s ,
u n a e s t r u c t u r a es i n d u d a b l e m e n t e u n c o n j u n t o , u n a a r q u i t e c t u r a ; o m e j o r
a ú n , u n a r e a l i d a d q u e el t i e m p o u t i l i z a m a l y v e h i c u l a d u r a n t e d e m a s i a d o
t i e m p o . D e t e r m i n a d a s e s t r u c t u r a s , al d u r a r m u c h o t i e m p o , d e v i e n e n e l e -
m e n t o s estables p a r a infinidad d e g e n e r a c i o n e s ; o b s t r u y e n la historia, im-
p i d i e n d o su m o v i m i e n t o , o s e a , c o n f o r m á n d o l a . O t r o s s e d e s m o r o n a n m á s
r á p i d a m e n t e . P e r o t o d o s s i r v e n , a la v e z , c o m o a p o y o s y o b s t á c u l o s . O b s -
táculos p o r q u e son c o m o límites (curva envolvente, en sentido m a t e m á t i -
c o ) q u e el h o m b r e y sus e x p e r i e n c i a s n o p u e d e n f r a n q u e a r . P e n s a d e n l a
dificultad q u e e n t r a ñ a r o m p e r c i e r t o s m a r c o s g e o g r á f i c o s , c i e r t a s r e a l i d a -
des biológicas, ciertos límites d e la p r o d u c t i v i d a d , incluso d e t e r m i n a d a s
c o a c c i o n e s e s p i r i t u a l e s : los m a r c o s m e n t a l e s s o n p r i s i o n e s d e l a r g a d u r a -
c i ó n . » E s e v i d e n t e q u e B r a u d e l t i e n e d e la e s t r u c t u r a u n a c o n c e p c i ó n q u e
s i g u e s i e n d o d e s c r i p t i v a (una organización, una coherencia) p r ó x i m a a la
d e los a r q u i t e c t o s , s o c i ó l o g o s y e s p e c i a l i s t a s d e la g e o g r a f í a h u m a n a . Sin
e m b a r g o , la e s t r u c t u r a n o es i n e r t e ; e n p a r t e es el r e s u l t a d o d e p r o c e s o s
d i a l é c t i c o s , d e i n t e r a c c i o n e s e n t r e las d i v e r s a s i n s t a n c i a s d e lo r e a l (relacio-
nes bastante establecidas entre realidades y masas sociales). La aportación
p r i n c i p a l d e B r a u d e l c o n s i s t e e n c o n f e r i r a la e s t r u c t u r a u n a d i m e n s i ó n t e m -
214
p o r a l , e n s o m e t e r l a a l a i m p e r i o s a ley d e l panta reí. E s t a realidad, que el
tiempo utiliza mal y vehicula demasiado tiempo, c o n s t i t u y e u n z ó c a l o r e s i s -
tente, pero en absoluto inmutable, del devenir histórico; u n marco peren-
ne, p e r o n o e t e r n o , q u e conforma los c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s . Cual-
q u i e r f o r m a c i ó n social e n g l o b a m u c h a s e s t r u c t u r a s d e d u r a c i ó n v a r i a b l e
( v i e n e a la m e m o r i a l a f ó r m u l a d e E r n e s t L a b r o u s s e : ' « L o social s i e m p r e
m a r c h a c o n r e t r a s o r e s p e c t o a l o e c o n ó m i c o , y l o m e n t a l r e s p e c t o a lo s o -
c i a l » ) , c a d a u n a d e las c u a l e s d e s e m p e ñ a u n a f u n c i ó n b i v a l e n t e : s o n apo-
yos e n la m e d i d a e n q u e f a c i l i t a n l a r e p r o d u c c i ó n s o c i a l , y s o n t a m b i é n obs-
táculos p o r q u e f r e n a n l a i n n o v a c i ó n . E n s u m a , l a e s t r u c t u r a d e B r a u d e l es
viva, incluso c u a n d o actúe despacio: tiene u n a esperanza d e vida variable,
es p l u r a l , a b a r c a t o d a s las i n s t a n c i a s d e l o s o c i a l , sin s o m e t e r s e a l a s a c r o -
santa infraestructura m a t e r i a l d e los marxistas; carece d e existencia m á s
allá d e lo r e a l , c o m o e n L é v i - S t r a u s s , p e r o e x p r e s a n í t i d a m e n t e las l í n e a s
d i r e c t r i c e s y las r e g u l a r i d a d e s d e lo v i v i d o - p e r c i b i d o . E s t e e n r a i z a m i e n t o
e n lo concreto se manifiesta c l a r a m e n t e c u a n d o B r a u d e l evoca, a grandes
r a s g o s , el e c o s i s t e m a m e d i t e r r á n e o : « M i r a d el p a p e l d e l a t r a s h u m a n c i a e n
la v i d a m o n t a ñ e s a ( . . . ) m i r a d l a d u r a d e r a i m p l a n t a c i ó n d e las c i u d a d e s ,
e t c . » N o s p a r e c e q u e , e n e s t e c a s o , se t r a t a d e u n p e n s a m i e n t o c o n c r e t o ,
y n o d e u n a a r q u i t e c t u r a l ó g i c a « i n m a n e n t e a lo r e a l » , s u s c e p t i b l e d e a c o -
ger los m á s variados contenidos históricos.
T o m e m o s la segunda afirmación fudamental de Braudel, q u e consiste
e n r e c h a z a r u n a d i v i s i ó n d e m a s i a d o t a j a n t e e n t r e l a h i s t o r i a d e las f o r m a s
c o n s c i e n t e s y l a d e las f o r m a s i n s c o n s c i e n t e s d e la v i d a s o c i a l : e n p r i m e r
lugar, p o r q u e «la separación e n t r e superficie clara y p r o f u n d i d a d e s obscu-
r a s — e n t r e r u i d o y s i l e n c i o — e s difícil, a l e a t o r i a » ; e n s e g u n d o l u g a r , p o r -
q u e la h i s t o r i a l l a m a d a i n c o n s c i e n t e « e s f r e c u e n t e m e n t e m e j o r p e r c i b i d a
c u a n d o n o s e p r e t e n d e e x p l i c a r l a m u c h o » . D e a h í q u e la t a r e a a s i g n a d a a
las c i e n c i a s s o c i a l e s , y e s p e c i a l m e n t e a l a h i s t o r i a , c o n s i s t a « e n a b o r d a r d e
f r e n t e l a s e m i o b s c u r i d a d » , p a r a e s c l a r e c e r las « r e g u l a r i d a d e s » d e la v i d a s o -
cial s o b r e las c u a l e s l o s c o n t e m p o r á n e o s n o t e n í a n c o n c i e n c i a c l a r a . P a r a
c o n s e g u i r l o , es n e c e s a r i o f o r j a r m o d e l o s i n t e r p r e t a t i v o s , d e f i n i d o s c o m o
« h i p ó t e s i s , s i s t e m a s d e e x p l i c a c i o n e s s ó l i d a m e n t e v i n c u l a d o s p o r s u s for-
m a s de ecuación o sus funciones: esto igual a aquello, o esto d e t e r m i n a a
a q u e l l o . U n a d e t e r m i n a d a r e a l i d a d n o p a r e c e si t a l o t r a n o la a c o m p a ñ a ,
y se r e v e l a n r e l a c i o n e s e s t r e c h a s y c o n s t a n t e s e n t r e é s t a y a q u é l l a . E s t o s
m o d e l o s , q u e s o n l o s i n s t r u m e n t o s i d ó n e o s p a r a r e d e s c r i b i r lo r e a l e x t r a í -
d o d e sus p r o f u n d a s c o h e r e n c i a s , p u e d e n s e r e s t á t i c o s o d i n á m i c o s ( c u a n d o
se t r a t a d e p e q u e ñ o s g r u p o s h u m a n o s ) o e s t a d í s t i c o s ( p a r a c o n j u n t o s m á s
a m p l i o s ) . S o n a p l i c a b l e s « a o t r o s m e d i o s s o c i a l e s d e la m i s m a n a t u r a l e z a ,
a t r a v é s d e l t i e m p o y d e l e s p a c i o » . D e b e n p o d e r resistir l a p r u e b a d e la d u -
r a c i ó n , q u e e n t r a ñ a a l t e r a c i o n e s y m o d i f i c a c i o n e s d e l a e s t r u c t u r a inicial.
A d e m á s , en general, sólo tienen carácter aproximativo y m u y r a r a m e n t e
e n t r a ñ a n u n a a u t é n t i c a s i s t e m a t i z a c i ó n científica. É s t e es el c a s o , efectiva-
m e n t e , d e l o s p l a n e s d e m o d e l o s p r o p u e s t o s p o r B r a u d e l p a r a e x p l i c a r el
ciclo d e d e s a r r o l l o d e las c i u d a d e s i t a l i a n a s d e l o s siglos x v al X V I I I ( e n las
q u e s e s u c e d e n las f a s e s m e r c a n t i l , i n d u s t r i a l , c o m e r c i a l y b a n c a r i a ) o , m á s
a m p l i a m e n t e , d e t e r m i n a d a s c o n s t a n t e s d e l a h i s t o r i a e u r o p e a e n t r e 1300 y
1750 ( f r a g i l i d a d d e m o g r á f i c a , p r i m a c í a d e l a c i r c u l a c i ó n p o r m a r , p a p e l
e s e n c i a l d e l t r á f i c o e x t e r i o r ) . E s t o s e s q u e m a s i n t e r p r e t a t i v o s n o d e b e n ser
215
 bilidades inconscientes, q u e no son ilimitadas, y cuyo repertorio y relacio-
n e s d e c o m p a t i b i l i d a d o i n c o m p a t i b i l i d a d , q u e c a d a u n a t e j e c o n t o d a s las
d e m á s , s u m i n i s t r a n la a r q u i t e c t u r a l ó g i c a d e los d e s a r r o l l o s h i s t ó r i c o s , q u e
p u e d e n s e r i m p r e v i s i b l e s , p e r o j a m á s a r b i t r a r i o s . » Si t r a d u c i m o s e s t e r a z o -
n a m i e n t o e n t é r m i n o s l i n g ü í s t i c o s , p o d r í a m o s d e c i r q u e se t r a t a d e r e n u n -
ciar al « c o n t e n i d o l e x i c o g r á f i c o » p a r a a p r e h e n d e r la s i n t a x i s . L o s h i s t o r i a -
d o r e s e s t á n b a s t a n t e p o c o f a m i l i a r i z a d o s c o n e s t a p r á c t i c a , a u n q u e n o ig-
n o r e n t o t a l m e n t e los « e l e m e n t o s i n c o n s c i e n t e s d e l a v i d a s o c i a l » , e s p e c i a l -
m e n t e e n sus i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e la h i s t o r i a e c o n ó m i c a y s o b r e la h i s t o r i a
d e las m e n t a l i d a d e s . I n d u d a b l e m e n t e , s e r í a m e j o r d e c i r q u e e s t o s t r a b a j o s
esclarecen ciertas determinaciones profundas, p e r o n o p r o p i a m e n t e incons-
c i e n t e s , d e los c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s . L é v i - S t r a u s s se las a n e x i o n a a b u -
s i v a m e n t e c u a n d o p r o c l a m a : « T o d o b u e n l i b r o d e h i s t o r i a (...) e s t á i m p r e g -
n a d o de etnología.»
P o r m u c h a s r a z o n e s , el c é l e b r e a r t í c u l o d e F e r n a n d B r a u d e l t i t u l a d o
« H i s t o i r e et s c i e n c e s s o c i a l e s . L a ' l o n g u e d u r é e » (Annales ESC, n ú m . 4 ,
1 9 5 8 , p p . 7 2 5 - 7 5 3 , r e c o g i d o e n Écrits sur l'Histoire) puede parecer una res-
p u e s t a sin c o n c e s i o n e s a L é v i - S t r a u s s , a c u y o d e s e o d e a p r o x i m a r s e a la his-
toria alude de paso. Sólo nos referiremos a dos t o m a s d e posición impor-
t a n t e s : a ) el e s t u d i o d e las e s t r u c t u r a s c o n s t i t u i r á e n el f u t u r o la m i s i ó n p r i n -
cipal d e la h i s t o r i a ; b ) n o es c u e s t i ó n d e e s t a b l e c e r u n a d i s t i n c i ó n d e m a s i a -
d o n e t a e n t r e el análisis d e l o s p r o c e s o s c o n s c i e n t e s y el d e las f o r m a s i n -
c o n s c i e n t e s d e la v i d a s o c i a l , p e r o es n e c e s a r i o , p o r el c o n t r a r i o , o r g a n i z a r
u n a p r o s p e c c i ó n social e n p r o f u n d i d a d r e c u r r i e n d o a los i n s t r u m e n t o s d e l
conocimiento q u e son m o d e l o s abstractos. L a vocación del historiador de
e s t u d i a r las e s t r u c t u r a s e s t á í n t i m a m e n t e l i g a d a a la p r i m a c í a q u e c o n c e d e
B r a u d e l a los análisis d e p e r í o d o s d e l a r g a d u r a c i ó n s o b r e l o s d e d u r a c i ó n
c o r t a o m e d i a . A s í p u e s , d a m á s i m p o r t a n c i a , sin d i s c u s i ó n , a la h i s t o r i a
« d e a m p l i t u d s e c u l a r » . A e s t e n i v e l a p r e h e n d e la e s t r u c t u r a , d e l a q u e B r a u -
d e l d a u n a d e f i n i c i ó n m e m o r a b l e : « P o r e s t r u c t u r a , los o b s e r v a d o r e s d e l o
social e n t i e n d e n u n a o r g a n i z a c i ó n , u n a c o h e r e n c i a , r e l a c i o n e s b a s t a n t e e s -
t a b l e c i d a s e n t r e r e a l i d a d y m a s a s o c i a l . P a r a n o s o t r o s , los h i s t o r i a d o r e s ,
u n a e s t r u c t u r a es i n d u d a b l e m e n t e u n c o n j u n t o , u n a a r q u i t e c t u r a ; o m e j o r
a ú n , u n a r e a l i d a d q u e el t i e m p o u t i l i z a m a l y v e h i c u l a d u r a n t e d e m a s i a d o
t i e m p o . D e t e r m i n a d a s e s t r u c t u r a s , al d u r a r m u c h o t i e m p o , d e v i e n e n e l e -
m e n t o s estables p a r a infinidad d e g e n e r a c i o n e s ; o b s t r u y e n la historia, im-
p i d i e n d o su m o v i m i e n t o , o s e a , c o n f o r m á n d o l a . O t r o s s e d e s m o r o n a n m á s
r á p i d a m e n t e . P e r o t o d o s s i r v e n , a la v e z , c o m o a p o y o s y o b s t á c u l o s . O b s -
táculos p o r q u e son c o m o límites (curva envolvente, en sentido m a t e m á t i -
c o ) q u e el h o m b r e y sus e x p e r i e n c i a s n o p u e d e n f r a n q u e a r . P e n s a d e n l a
dificultad q u e e n t r a ñ a r o m p e r c i e r t o s m a r c o s g e o g r á f i c o s , c i e r t a s r e a l i d a -
des biológicas, ciertos límites d e la p r o d u c t i v i d a d , incluso d e t e r m i n a d a s
c o a c c i o n e s e s p i r i t u a l e s : los m a r c o s m e n t a l e s s o n p r i s i o n e s d e l a r g a d u r a -
c i ó n . » E s e v i d e n t e q u e B r a u d e l t i e n e d e la e s t r u c t u r a u n a c o n c e p c i ó n q u e
s i g u e s i e n d o d e s c r i p t i v a (una organización, una coherencia) p r ó x i m a a la
d e los a r q u i t e c t o s , s o c i ó l o g o s y e s p e c i a l i s t a s d e la g e o g r a f í a h u m a n a . Sin
e m b a r g o , la e s t r u c t u r a n o es i n e r t e ; e n p a r t e es el r e s u l t a d o d e p r o c e s o s
d i a l é c t i c o s , d e i n t e r a c c i o n e s e n t r e las d i v e r s a s i n s t a n c i a s d e lo r e a l (relacio-
nes bastante establecidas entre realidades y masas sociales). La aportación
p r i n c i p a l d e B r a u d e l c o n s i s t e e n c o n f e r i r a la e s t r u c t u r a u n a d i m e n s i ó n t e m -
214
p o r a l , e n s o m e t e r l a a l a i m p e r i o s a ley d e l panta reí. E s t a realidad, que el
tiempo utiliza mal y vehicula demasiado tiempo, c o n s t i t u y e u n z ó c a l o r e s i s -
tente, pero en absoluto inmutable, del devenir histórico; u n marco peren-
ne, p e r o n o e t e r n o , q u e conforma los c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s . Cual-
q u i e r f o r m a c i ó n social e n g l o b a m u c h a s e s t r u c t u r a s d e d u r a c i ó n v a r i a b l e
( v i e n e a la m e m o r i a l a f ó r m u l a d e E r n e s t L a b r o u s s e : ' « L o social s i e m p r e
m a r c h a c o n r e t r a s o r e s p e c t o a l o e c o n ó m i c o , y l o m e n t a l r e s p e c t o a lo s o -
c i a l » ) , c a d a u n a d e las c u a l e s d e s e m p e ñ a u n a f u n c i ó n b i v a l e n t e : s o n apo-
yos e n la m e d i d a e n q u e f a c i l i t a n l a r e p r o d u c c i ó n s o c i a l , y s o n t a m b i é n obs-
táculos p o r q u e f r e n a n l a i n n o v a c i ó n . E n s u m a , l a e s t r u c t u r a d e B r a u d e l es
viva, incluso c u a n d o actúe despacio: tiene u n a esperanza d e vida variable,
es p l u r a l , a b a r c a t o d a s las i n s t a n c i a s d e l o s o c i a l , sin s o m e t e r s e a l a s a c r o -
santa infraestructura m a t e r i a l d e los marxistas; carece d e existencia m á s
allá d e lo r e a l , c o m o e n L é v i - S t r a u s s , p e r o e x p r e s a n í t i d a m e n t e las l í n e a s
d i r e c t r i c e s y las r e g u l a r i d a d e s d e lo v i v i d o - p e r c i b i d o . E s t e e n r a i z a m i e n t o
e n lo concreto se manifiesta c l a r a m e n t e c u a n d o B r a u d e l evoca, a grandes
r a s g o s , el e c o s i s t e m a m e d i t e r r á n e o : « M i r a d el p a p e l d e l a t r a s h u m a n c i a e n
la v i d a m o n t a ñ e s a ( . . . ) m i r a d l a d u r a d e r a i m p l a n t a c i ó n d e las c i u d a d e s ,
e t c . » N o s p a r e c e q u e , e n e s t e c a s o , se t r a t a d e u n p e n s a m i e n t o c o n c r e t o ,
y n o d e u n a a r q u i t e c t u r a l ó g i c a « i n m a n e n t e a lo r e a l » , s u s c e p t i b l e d e a c o -
ger los m á s variados contenidos históricos.
T o m e m o s la segunda afirmación fudamental de Braudel, q u e consiste
e n r e c h a z a r u n a d i v i s i ó n d e m a s i a d o t a j a n t e e n t r e l a h i s t o r i a d e las f o r m a s
c o n s c i e n t e s y l a d e las f o r m a s i n s c o n s c i e n t e s d e la v i d a s o c i a l : e n p r i m e r
lugar, p o r q u e «la separación e n t r e superficie clara y p r o f u n d i d a d e s obscu-
r a s — e n t r e r u i d o y s i l e n c i o — e s difícil, a l e a t o r i a » ; e n s e g u n d o l u g a r , p o r -
q u e la h i s t o r i a l l a m a d a i n c o n s c i e n t e « e s f r e c u e n t e m e n t e m e j o r p e r c i b i d a
c u a n d o n o s e p r e t e n d e e x p l i c a r l a m u c h o » . D e a h í q u e la t a r e a a s i g n a d a a
las c i e n c i a s s o c i a l e s , y e s p e c i a l m e n t e a l a h i s t o r i a , c o n s i s t a « e n a b o r d a r d e
f r e n t e l a s e m i o b s c u r i d a d » , p a r a e s c l a r e c e r las « r e g u l a r i d a d e s » d e la v i d a s o -
cial s o b r e las c u a l e s l o s c o n t e m p o r á n e o s n o t e n í a n c o n c i e n c i a c l a r a . P a r a
c o n s e g u i r l o , es n e c e s a r i o f o r j a r m o d e l o s i n t e r p r e t a t i v o s , d e f i n i d o s c o m o
« h i p ó t e s i s , s i s t e m a s d e e x p l i c a c i o n e s s ó l i d a m e n t e v i n c u l a d o s p o r s u s for-
m a s de ecuación o sus funciones: esto igual a aquello, o esto d e t e r m i n a a
a q u e l l o . U n a d e t e r m i n a d a r e a l i d a d n o p a r e c e si t a l o t r a n o la a c o m p a ñ a ,
y se r e v e l a n r e l a c i o n e s e s t r e c h a s y c o n s t a n t e s e n t r e é s t a y a q u é l l a . E s t o s
m o d e l o s , q u e s o n l o s i n s t r u m e n t o s i d ó n e o s p a r a r e d e s c r i b i r lo r e a l e x t r a í -
d o d e sus p r o f u n d a s c o h e r e n c i a s , p u e d e n s e r e s t á t i c o s o d i n á m i c o s ( c u a n d o
se t r a t a d e p e q u e ñ o s g r u p o s h u m a n o s ) o e s t a d í s t i c o s ( p a r a c o n j u n t o s m á s
a m p l i o s ) . S o n a p l i c a b l e s « a o t r o s m e d i o s s o c i a l e s d e la m i s m a n a t u r a l e z a ,
a t r a v é s d e l t i e m p o y d e l e s p a c i o » . D e b e n p o d e r resistir l a p r u e b a d e la d u -
r a c i ó n , q u e e n t r a ñ a a l t e r a c i o n e s y m o d i f i c a c i o n e s d e l a e s t r u c t u r a inicial.
A d e m á s , en general, sólo tienen carácter aproximativo y m u y r a r a m e n t e
e n t r a ñ a n u n a a u t é n t i c a s i s t e m a t i z a c i ó n científica. É s t e es el c a s o , efectiva-
m e n t e , d e l o s p l a n e s d e m o d e l o s p r o p u e s t o s p o r B r a u d e l p a r a e x p l i c a r el
ciclo d e d e s a r r o l l o d e las c i u d a d e s i t a l i a n a s d e l o s siglos x v al X V I I I ( e n las
q u e s e s u c e d e n las f a s e s m e r c a n t i l , i n d u s t r i a l , c o m e r c i a l y b a n c a r i a ) o , m á s
a m p l i a m e n t e , d e t e r m i n a d a s c o n s t a n t e s d e l a h i s t o r i a e u r o p e a e n t r e 1300 y
1750 ( f r a g i l i d a d d e m o g r á f i c a , p r i m a c í a d e l a c i r c u l a c i ó n p o r m a r , p a p e l
e s e n c i a l d e l t r á f i c o e x t e r i o r ) . E s t o s e s q u e m a s i n t e r p r e t a t i v o s n o d e b e n ser
215
 m o n t a d o s e n a b s t r a c t o : es n e c e s a r i o e v a l u a r s i e m p r e su o p e r a t i v i d a d s o -
m e t i é n d o l o s a variadas p r u e b a s . e n c o n t a c t o c o n la realidad y r e t o c á n d o l o s
e n c o n s e c u e n c i a . N a t u r a l m e n t e d e b e n i n t e g r a r el f a c t o r d u r a c i ó n . E l e j e m -
p l o , e n e s t a m a t e r i a , p r o v i e n e d e M a r x , q u e fue el p r i m e r o e n c o n s t r u i r « a u -
t é n t i c o s m o d e l o s sociales» e n u n m a r c o t e m p o r a l p r e c i s o . A s u v e z , B r a u -
d e l r e a f i r m a l a p a r t i c u l a r i d a d d e la h i s t o r i a , s o m e t i e n d o l o s c o n c e p t o s fun-
d a m e n t a l e s d e l e s t r u c t u r a l i s m o a la l e y d e l t i e m p o .
A c o m i e n z o s d e la d é c a d a d e los 6 0 , L é v i - S t r a u s s r e i t e r ó sus a t a q u e s
c o n t r a el e s t a t u t o p r i v i l e g i a d o d e la h i s t o r i a e n el p e n s a m i e n t o o c c i d e n t a l .
E n el c a p í t u l o . I X d e Lapensée sauvage ( 1 9 6 2 ) , c r i t i c a a p a s i o n a d a m e n t e d e -
t e r m i n a d a s tesis d e f e n d i d a s p o r S a r t r e e n la Critique de la raison dialecti-
que. R e c h a z a , p a r t i c u l a r m e n t e , l a o p o s i c i ó n s a r t r i a n a e n t r e r a z ó n a n a l í t i c a
y r a z ó n d i a l é c t i c a , s i e n d o e s t a ú l t i m a i n s e p a r a b l e d e la c o n c i e n c i a h i s t ó r i -
ca. Definiéndose c ó m o materialista y «esteta», q u e estudia a los h o m b r e s
c o m o si f u e r a n h o r m i g a s , p r e t e n d e d e s c u b r i r las c o n s t a n t e s « i n v a r i a b l e s »
i n d e p e n d i e n t e s d e la d i v e r s i d a d d e s o c i e d a d e s (y e n t r e e s t a s invariables, el
h e c h o d e q u e la h u m a n i d a d h a y a p e n s a d o s i e m p r e i g u a l d e b i e n , o c a s i ,
p u e s t o q u e el p e n s a m i e n t o salvaje d i s p o n e d e los i n s t r u m e n t o s l ó g i c o s a d e -
cuados p a r a « p o n e r en o r d e n » la diversidad d e lo real). T a m p o c o p u e d e
a c e p t a r q u e S a r t r e m e n o s p r e c i e a «los p u e b l o s sin h i s t o r i a » , d i s t i n g u i e n d o
e n t r e «la v e r d a d d i a l é c t i c a » y «la d i a l é c t i c a r e p e t i t i v a y a c o r t o p l a z o » d e
las s o c i e d a d e s p r i m i t i v a s . N i p u e d e d e j a r d e d e n u n c i a r l a f u n c i ó n p r o p i a -
m e n t e m í t i c a d e la h i s t o r i a e n el p e n s a m i e n t o s a r t r i a n o , y d e a f i r m a r q u e
l a h i s t o r i a es u n a « i n v e s t i g a c i ó n c o m p l e m e n t a r i a » d e la e t n o l o g í a , q u e n o
p u e d e a s p i r a r a e j e r c e r n i n g u n a s o b e r a n í a s o b r e a q u é l l a . H a c e s u y a así u n a
a n t i g u a d i s t i n c i ó n e n t r e la c i e n c i a d e la diversidad en el tiempo y l a c i e n c i a
d e la diversidad en el espacio, p a r a e r i g i r s e c o n t r a el « p r e s t i g i o e s p e c i a l »
c o n c e d i d o a l a « d i m e n s i ó n t e m p o r a l » , c u y a s r a z o n e s n o se le e s c a p a n : el
e f e c t o d e c o n t i n u i d a d q u e p r o d u c e el r e l a t o h i s t ó r i c o p r e v a l e c e s o b r e la d i s -
continuidad q u e reina en la etnología: a d e m á s , n o s c o n c e b i m o s a n o s o t r o s
m i s m o s c o m o p r o d u c t o d e la h i s t o r i a y p r o y e c t a m o s n u e s t r a i l u s i ó n p e r s o -
n a l s o b r e la s o c i e d a d , t o m a n d o el r e l a t o d e los o r í g e n e s c o m o l a e x p o s i -
c i ó n d e las c a u s a s . A s í la h i s t o r i a n o s h a c e s u m e r g i r n o s e n u n a i l u s i ó n p r o -
p i a m e n t e m e t a f í s i c a ( r e e c o n t r a r , f u e r a d e n o s o t r o s m i s m o s , el m i s m o s e r
d e l c a m b i o ) , i m p i d i é n d o n o s v e r q u e n o es m á s q u e u n a a p r o x i m a c i ó n frag-
m e n t a r i a d e la realidad. A s í p u e s , p r o c e d e p o r abstracción y p o r selección,
siendo p o r definición t o d o h e c h o histórico i n a g o t a b l e , r e s o l v i é n d o s e en
multitud d e fenómenos individuales. E l historiador elige, p u e s , p a r a evitar
el c a o s d e l a infinita d i s p e r s i ó n d e l análisis d e los d e s t i n o s i n d i v i d u a l e s . H a -
b l a r d e h i s t o r i a u n i v e r s a l es u n f r a u d e p o r q u e es e m p r e s a i m p o s i b l e , q u e
c o m p o r t a e n sí m i s m a el p r i n c i p i o d e e x p l o s i ó n i n f i n i t e s i m a l y , p o r t a n t o ,
d e su p r o p i a d e s t r u c c i ó n . D e h e c h o , l a h i s t o r i a n o p u e d e ser m á s q u e par-
cial, e n l a m e d i d a e n q u e t r a t a d e s u b c o n j u n t o s y n o d e la t o t a l i d a d , y par-
cial, p o r q u e d o m i n a n s o b r e ella p u n t o s d e v i s t a i n c o n c i l i a b l e s e i g u a l m e n t e
v e r a c e s . R e t e n d r e m o s d e e s t a s p á g i n a s , e n las q u e n o t o d o es n u e v o , q u e
L é v i - S t r a u s s p r o c l a m a l a p r i m a c í a d e l a e t n o l o g í a , d e n u n c i a la i l u s i ó n h i s -
toricista y t i e n d e i m p l í c i t a m e n t e a r e d u c i r la h i s t o r i a a u n a r e c i t a c i ó n c r o -
n o l ó g i c a , al c o n s i d e r a r q u e el c ó d i g o d e e s t a d i s c i p l i n a « c o n s i s t e e n e s t a -
b l e c e r u n a c r o n o l o g í a » . C u a n d o p r o c l a m a : « n o h a y h i s t o r i a sin f e c h a s »
(¡para convencerse n o h a y m á s q u e ver la experiencia c o r r i e n t e d e los p e -
216
dagogos!), y c u a n d o n o s r e c u e r d a q u e « t o d a su originalidad y especificidad
r e s i d e n e n l a a p r e h e n s i ó n d e l a r e l a c i ó n e x i s t e n t e e n t r e el a n t e s y el d e s -
p u é s » , c r e e m o s q u e el e t n ó l o g o u t i l i z a u n l e n g u a j e d e o t r o t i e m p o , e s c a -
s a m e n t e v e r s a d o en las conquistas d e la r e c i e n t e historia estructural, q u e
n o t i e n e e n c u e n t a los « c o r t e s d e h i s t o r i a l e n t a » , a p a r t i r d e l o s c u a l e s B r a u -
d e l a c o n s e j a b a r e p e n s a r el c o n j u n t o d e la d i s c i p l i n a .
A nuestro e n t e n d e r , u n o de los resultados m á s ilustres del d e b a t e e n t r e
h i s t o r i a y e s t r u c t u r a l i s m o h a s i d o el c o n s e g u i d o p o r N a t h a n W a c h t e l e n las
p r i m e r a s p á g i n a s d e La visión des vaincus ( 1 9 7 1 ) , q u e c o n s t i t u y e a l g o así
c o m o l a c a r t a m a g n a d e l a r e c i e n t í s i m a e t n o - h i s t o r i a . A l a d o p t a r el p u n t o
d e v i s t a d e l o t r o , e n e s t e c a s o el d e los i n d i o s d e A m é r i c a , v í c t i m a s d e l a
c o n q u i s t a e s p a ñ o l a d e l siglo XVI, el a u t o r d e b e s u p e r a r d o s o b s t á c u l o s : u n o ,
h a b i t u a l e n la h i s t o r i a , el d e l a d i s t a n c i a e n el t i e m p o ; y el o t r o , n u e v o , el
d e l a s e p a r a c i ó n e n t r e el m u n d o m a r g i n a l y l a c u l t u r a d o m i n a n t e . P a r a e l l o
es i m p r e s c i n d i b l e s u p e r a r l a s a n t í t e s i s e n t r e h i s t o r i a y e t n o l o g í a , c o m o l a
o p o s i c i ó n e n t r e d i a c r o n í a y s i n c r o n í a , e n t r e lo f o r m a l y lo c o n c r e t o . D e h e -
c h o , a m b a s disciplinas d e b e n m o v e r s e s o b r e el e j e s i n c r ó n i c o y s o b r e el d i a -
c r ó n i c o : la h i s t o r i a , p o r q u e l a c o n c e p c i ó n d e t i e m p o u n i f o r m e h a s i d o su-
p e r a d a p o r la d e t e m p o r a l i d a d e s diferenciadas q u e es necesario i n t e n t a r
c o n c i l i a r e n las c o n s t r u c c i o n e s s i n c r ó n i c a s ; l a e t n o l o g í a , p o r q u e s e n e c e s i t a
e s t u d i a r l a g é n e s i s d e l o s s i s t e m a s d e r e l a c i o n e s q u e se a n a l i z a . U n a y o t r a
c o n s t r u y e n m o d e l o s a b s t r a c t o s al s e l e c c i o n a r l o s d a t o s e m p í r i c o s y al t r a -
d u c i r sus r e l a c i o n e s a « f ó r m u l a s r i g u r o s a s » ( W a c h t e l d a u n e j e m p l o p a r a -
d i g m á t i c o d e e l l o , r e l a c i o n a n d o el f u n c i o n a m i e n t o d e l e s t a d o i n c a c o n el
j u e g o d e l o s p r i n c i p i o s d e r e c i p r o c i d a d y r e d i s t r i b u c i ó n ) . A m b a s se p r o p o -
n e n p a s a r d e l a d i v e r s i d a d d e lo v i v i d o a las r e g l a s q u e lo o r d e n a n ( e n h i s -
t o r i a , p u e d e n s e r las o s c i l a c i o n e s d e los p r e c i o s o las c u r v a s d e l a n a t a -
lidad). E n los dos casos, se p u e d e h a b l a r d e u n «vaivén e n t r e análisis y
c o n c r e c i ó n » . Sin e m b a r g o , a p e s a r d e t o d a s e s t a s d i v e r g e n c i a s , l a s p e r s p e c -
t i v a s s i g u e n s i e n d o d i s t i n t a s , y a q u e l a h i s t o r i a v u e l v e finalmente a lo sin-
g u l a r , m i e n t r a s q u e l a e t n o l o g í a e s t á e s e n c i a l m e n t e v i n c u l a d a al s i s t e m a y
a las r e g l a s .
A c o m i e n z o s d e l a d é c a d a d e l o s 7 0 , p a r e c i ó y a l l e g a d o el t i e m p o d e
las c o n v e r g e n c i a s , c o m o l o d e m u e s t r a la i n t r o d u c c i ó n d e A n d r é B u r g u i é r e
e n el n ú m e r o d e l o s Annales d e d i c a d o a Histoire et structure. El autor re-
conoce q u e algunos ataques contra la historia están bien f u n d a m e n t a d o s ,
e s p e c i a l m e n t e el q u e s e d i r i g e c o n t r a el vicio h i s t o r i c i s t a q u e c o n s i s t e e n
d e s p l a z a r el análisis d e l o s f e n ó m e n o s h a c i a el e s t u d i o d e su g é n e s i s . A l m i s -
m o t i e m p o , y d e f o r m a q u i z á e x c e s i v a , p i d e c u e n t a s p o r la p r o l o n g a d a c o m -
p l i c i d a d d e sus c o l e g a s h i s t o r i a d o r e s c o n el e s t r u c t u r a l i s m o : «Si el análisis
estructural consiste e n revelar la p e r m a n e n c i a » , en m o s t r a r d e f o r m a
e v i d e n t e , tras d e la a p a r e n t e dispersión d e los d a t o s , «un sistema d e
t r a n s f o r m a c i o n e s q u e c o m p o r t a l e y e s e n c u a n t o q u e es u n s i s t e m a » , l o s h i s -
t o r i a d o r e s e s t á n o b l i g a d o s a r e c o n o c e r , « a ú n a riesgo d e p a r e c e r q u e
r e i v i n d i c a n u n n u e v o d e r e c h o d e p r i m o g e n i t u r a , q u e e s t e c a m i n o les es fa-
m i l i a r d e s d e h a c e m u c h o t i e m p o » . B u r g u i é r e , a n i m a d o c o n las r e c i e n t e s
conquistas realizadas e n su disciplina, p a r t i c u l a r m e n t e la a c o s t u m b r a d a p e r -
m e a b i l i d a d d e las f r o n t e r a s e n t r e d a t o s c o n s c i e n t e s y c o n d i c i o n e s i n c o n s -
c i e n t e s d e l a v i d a s o c i a l , a t a c a l a c o s t u m b r e d e « h a c e r d e l a h i s t o r a el c h i v o
e x p i a t o r i o d e las c i e n c i a s h u m a n a s » , critica la a c t i t u d d e n o d e j a r l e m á s
217
 m o n t a d o s e n a b s t r a c t o : es n e c e s a r i o e v a l u a r s i e m p r e su o p e r a t i v i d a d s o -
m e t i é n d o l o s a variadas p r u e b a s . e n c o n t a c t o c o n la realidad y r e t o c á n d o l o s
e n c o n s e c u e n c i a . N a t u r a l m e n t e d e b e n i n t e g r a r el f a c t o r d u r a c i ó n . E l e j e m -
p l o , e n e s t a m a t e r i a , p r o v i e n e d e M a r x , q u e fue el p r i m e r o e n c o n s t r u i r « a u -
t é n t i c o s m o d e l o s sociales» e n u n m a r c o t e m p o r a l p r e c i s o . A s u v e z , B r a u -
d e l r e a f i r m a l a p a r t i c u l a r i d a d d e la h i s t o r i a , s o m e t i e n d o l o s c o n c e p t o s fun-
d a m e n t a l e s d e l e s t r u c t u r a l i s m o a la l e y d e l t i e m p o .
A c o m i e n z o s d e la d é c a d a d e los 6 0 , L é v i - S t r a u s s r e i t e r ó sus a t a q u e s
c o n t r a el e s t a t u t o p r i v i l e g i a d o d e la h i s t o r i a e n el p e n s a m i e n t o o c c i d e n t a l .
E n el c a p í t u l o . I X d e Lapensée sauvage ( 1 9 6 2 ) , c r i t i c a a p a s i o n a d a m e n t e d e -
t e r m i n a d a s tesis d e f e n d i d a s p o r S a r t r e e n la Critique de la raison dialecti-
que. R e c h a z a , p a r t i c u l a r m e n t e , l a o p o s i c i ó n s a r t r i a n a e n t r e r a z ó n a n a l í t i c a
y r a z ó n d i a l é c t i c a , s i e n d o e s t a ú l t i m a i n s e p a r a b l e d e la c o n c i e n c i a h i s t ó r i -
ca. Definiéndose c ó m o materialista y «esteta», q u e estudia a los h o m b r e s
c o m o si f u e r a n h o r m i g a s , p r e t e n d e d e s c u b r i r las c o n s t a n t e s « i n v a r i a b l e s »
i n d e p e n d i e n t e s d e la d i v e r s i d a d d e s o c i e d a d e s (y e n t r e e s t a s invariables, el
h e c h o d e q u e la h u m a n i d a d h a y a p e n s a d o s i e m p r e i g u a l d e b i e n , o c a s i ,
p u e s t o q u e el p e n s a m i e n t o salvaje d i s p o n e d e los i n s t r u m e n t o s l ó g i c o s a d e -
cuados p a r a « p o n e r en o r d e n » la diversidad d e lo real). T a m p o c o p u e d e
a c e p t a r q u e S a r t r e m e n o s p r e c i e a «los p u e b l o s sin h i s t o r i a » , d i s t i n g u i e n d o
e n t r e «la v e r d a d d i a l é c t i c a » y «la d i a l é c t i c a r e p e t i t i v a y a c o r t o p l a z o » d e
las s o c i e d a d e s p r i m i t i v a s . N i p u e d e d e j a r d e d e n u n c i a r l a f u n c i ó n p r o p i a -
m e n t e m í t i c a d e la h i s t o r i a e n el p e n s a m i e n t o s a r t r i a n o , y d e a f i r m a r q u e
l a h i s t o r i a es u n a « i n v e s t i g a c i ó n c o m p l e m e n t a r i a » d e la e t n o l o g í a , q u e n o
p u e d e a s p i r a r a e j e r c e r n i n g u n a s o b e r a n í a s o b r e a q u é l l a . H a c e s u y a así u n a
a n t i g u a d i s t i n c i ó n e n t r e la c i e n c i a d e la diversidad en el tiempo y l a c i e n c i a
d e la diversidad en el espacio, p a r a e r i g i r s e c o n t r a el « p r e s t i g i o e s p e c i a l »
c o n c e d i d o a l a « d i m e n s i ó n t e m p o r a l » , c u y a s r a z o n e s n o se le e s c a p a n : el
e f e c t o d e c o n t i n u i d a d q u e p r o d u c e el r e l a t o h i s t ó r i c o p r e v a l e c e s o b r e la d i s -
continuidad q u e reina en la etnología: a d e m á s , n o s c o n c e b i m o s a n o s o t r o s
m i s m o s c o m o p r o d u c t o d e la h i s t o r i a y p r o y e c t a m o s n u e s t r a i l u s i ó n p e r s o -
n a l s o b r e la s o c i e d a d , t o m a n d o el r e l a t o d e los o r í g e n e s c o m o l a e x p o s i -
c i ó n d e las c a u s a s . A s í la h i s t o r i a n o s h a c e s u m e r g i r n o s e n u n a i l u s i ó n p r o -
p i a m e n t e m e t a f í s i c a ( r e e c o n t r a r , f u e r a d e n o s o t r o s m i s m o s , el m i s m o s e r
d e l c a m b i o ) , i m p i d i é n d o n o s v e r q u e n o es m á s q u e u n a a p r o x i m a c i ó n frag-
m e n t a r i a d e la realidad. A s í p u e s , p r o c e d e p o r abstracción y p o r selección,
siendo p o r definición t o d o h e c h o histórico i n a g o t a b l e , r e s o l v i é n d o s e en
multitud d e fenómenos individuales. E l historiador elige, p u e s , p a r a evitar
el c a o s d e l a infinita d i s p e r s i ó n d e l análisis d e los d e s t i n o s i n d i v i d u a l e s . H a -
b l a r d e h i s t o r i a u n i v e r s a l es u n f r a u d e p o r q u e es e m p r e s a i m p o s i b l e , q u e
c o m p o r t a e n sí m i s m a el p r i n c i p i o d e e x p l o s i ó n i n f i n i t e s i m a l y , p o r t a n t o ,
d e su p r o p i a d e s t r u c c i ó n . D e h e c h o , l a h i s t o r i a n o p u e d e ser m á s q u e par-
cial, e n l a m e d i d a e n q u e t r a t a d e s u b c o n j u n t o s y n o d e la t o t a l i d a d , y par-
cial, p o r q u e d o m i n a n s o b r e ella p u n t o s d e v i s t a i n c o n c i l i a b l e s e i g u a l m e n t e
v e r a c e s . R e t e n d r e m o s d e e s t a s p á g i n a s , e n las q u e n o t o d o es n u e v o , q u e
L é v i - S t r a u s s p r o c l a m a l a p r i m a c í a d e l a e t n o l o g í a , d e n u n c i a la i l u s i ó n h i s -
toricista y t i e n d e i m p l í c i t a m e n t e a r e d u c i r la h i s t o r i a a u n a r e c i t a c i ó n c r o -
n o l ó g i c a , al c o n s i d e r a r q u e el c ó d i g o d e e s t a d i s c i p l i n a « c o n s i s t e e n e s t a -
b l e c e r u n a c r o n o l o g í a » . C u a n d o p r o c l a m a : « n o h a y h i s t o r i a sin f e c h a s »
(¡para convencerse n o h a y m á s q u e ver la experiencia c o r r i e n t e d e los p e -
216
dagogos!), y c u a n d o n o s r e c u e r d a q u e « t o d a su originalidad y especificidad
r e s i d e n e n l a a p r e h e n s i ó n d e l a r e l a c i ó n e x i s t e n t e e n t r e el a n t e s y el d e s -
p u é s » , c r e e m o s q u e el e t n ó l o g o u t i l i z a u n l e n g u a j e d e o t r o t i e m p o , e s c a -
s a m e n t e v e r s a d o en las conquistas d e la r e c i e n t e historia estructural, q u e
n o t i e n e e n c u e n t a los « c o r t e s d e h i s t o r i a l e n t a » , a p a r t i r d e l o s c u a l e s B r a u -
d e l a c o n s e j a b a r e p e n s a r el c o n j u n t o d e la d i s c i p l i n a .
A nuestro e n t e n d e r , u n o de los resultados m á s ilustres del d e b a t e e n t r e
h i s t o r i a y e s t r u c t u r a l i s m o h a s i d o el c o n s e g u i d o p o r N a t h a n W a c h t e l e n las
p r i m e r a s p á g i n a s d e La visión des vaincus ( 1 9 7 1 ) , q u e c o n s t i t u y e a l g o así
c o m o l a c a r t a m a g n a d e l a r e c i e n t í s i m a e t n o - h i s t o r i a . A l a d o p t a r el p u n t o
d e v i s t a d e l o t r o , e n e s t e c a s o el d e los i n d i o s d e A m é r i c a , v í c t i m a s d e l a
c o n q u i s t a e s p a ñ o l a d e l siglo XVI, el a u t o r d e b e s u p e r a r d o s o b s t á c u l o s : u n o ,
h a b i t u a l e n la h i s t o r i a , el d e l a d i s t a n c i a e n el t i e m p o ; y el o t r o , n u e v o , el
d e l a s e p a r a c i ó n e n t r e el m u n d o m a r g i n a l y l a c u l t u r a d o m i n a n t e . P a r a e l l o
es i m p r e s c i n d i b l e s u p e r a r l a s a n t í t e s i s e n t r e h i s t o r i a y e t n o l o g í a , c o m o l a
o p o s i c i ó n e n t r e d i a c r o n í a y s i n c r o n í a , e n t r e lo f o r m a l y lo c o n c r e t o . D e h e -
c h o , a m b a s disciplinas d e b e n m o v e r s e s o b r e el e j e s i n c r ó n i c o y s o b r e el d i a -
c r ó n i c o : la h i s t o r i a , p o r q u e l a c o n c e p c i ó n d e t i e m p o u n i f o r m e h a s i d o su-
p e r a d a p o r la d e t e m p o r a l i d a d e s diferenciadas q u e es necesario i n t e n t a r
c o n c i l i a r e n las c o n s t r u c c i o n e s s i n c r ó n i c a s ; l a e t n o l o g í a , p o r q u e s e n e c e s i t a
e s t u d i a r l a g é n e s i s d e l o s s i s t e m a s d e r e l a c i o n e s q u e se a n a l i z a . U n a y o t r a
c o n s t r u y e n m o d e l o s a b s t r a c t o s al s e l e c c i o n a r l o s d a t o s e m p í r i c o s y al t r a -
d u c i r sus r e l a c i o n e s a « f ó r m u l a s r i g u r o s a s » ( W a c h t e l d a u n e j e m p l o p a r a -
d i g m á t i c o d e e l l o , r e l a c i o n a n d o el f u n c i o n a m i e n t o d e l e s t a d o i n c a c o n el
j u e g o d e l o s p r i n c i p i o s d e r e c i p r o c i d a d y r e d i s t r i b u c i ó n ) . A m b a s se p r o p o -
n e n p a s a r d e l a d i v e r s i d a d d e lo v i v i d o a las r e g l a s q u e lo o r d e n a n ( e n h i s -
t o r i a , p u e d e n s e r las o s c i l a c i o n e s d e los p r e c i o s o las c u r v a s d e l a n a t a -
lidad). E n los dos casos, se p u e d e h a b l a r d e u n «vaivén e n t r e análisis y
c o n c r e c i ó n » . Sin e m b a r g o , a p e s a r d e t o d a s e s t a s d i v e r g e n c i a s , l a s p e r s p e c -
t i v a s s i g u e n s i e n d o d i s t i n t a s , y a q u e l a h i s t o r i a v u e l v e finalmente a lo sin-
g u l a r , m i e n t r a s q u e l a e t n o l o g í a e s t á e s e n c i a l m e n t e v i n c u l a d a al s i s t e m a y
a las r e g l a s .
A c o m i e n z o s d e l a d é c a d a d e l o s 7 0 , p a r e c i ó y a l l e g a d o el t i e m p o d e
las c o n v e r g e n c i a s , c o m o l o d e m u e s t r a la i n t r o d u c c i ó n d e A n d r é B u r g u i é r e
e n el n ú m e r o d e l o s Annales d e d i c a d o a Histoire et structure. El autor re-
conoce q u e algunos ataques contra la historia están bien f u n d a m e n t a d o s ,
e s p e c i a l m e n t e el q u e s e d i r i g e c o n t r a el vicio h i s t o r i c i s t a q u e c o n s i s t e e n
d e s p l a z a r el análisis d e l o s f e n ó m e n o s h a c i a el e s t u d i o d e su g é n e s i s . A l m i s -
m o t i e m p o , y d e f o r m a q u i z á e x c e s i v a , p i d e c u e n t a s p o r la p r o l o n g a d a c o m -
p l i c i d a d d e sus c o l e g a s h i s t o r i a d o r e s c o n el e s t r u c t u r a l i s m o : «Si el análisis
estructural consiste e n revelar la p e r m a n e n c i a » , en m o s t r a r d e f o r m a
e v i d e n t e , tras d e la a p a r e n t e dispersión d e los d a t o s , «un sistema d e
t r a n s f o r m a c i o n e s q u e c o m p o r t a l e y e s e n c u a n t o q u e es u n s i s t e m a » , l o s h i s -
t o r i a d o r e s e s t á n o b l i g a d o s a r e c o n o c e r , « a ú n a riesgo d e p a r e c e r q u e
r e i v i n d i c a n u n n u e v o d e r e c h o d e p r i m o g e n i t u r a , q u e e s t e c a m i n o les es fa-
m i l i a r d e s d e h a c e m u c h o t i e m p o » . B u r g u i é r e , a n i m a d o c o n las r e c i e n t e s
conquistas realizadas e n su disciplina, p a r t i c u l a r m e n t e la a c o s t u m b r a d a p e r -
m e a b i l i d a d d e las f r o n t e r a s e n t r e d a t o s c o n s c i e n t e s y c o n d i c i o n e s i n c o n s -
c i e n t e s d e l a v i d a s o c i a l , a t a c a l a c o s t u m b r e d e « h a c e r d e l a h i s t o r a el c h i v o
e x p i a t o r i o d e las c i e n c i a s h u m a n a s » , critica la a c t i t u d d e n o d e j a r l e m á s
217
 co, e n «una línea pálida y confusa, e n u n a diferencia m u c h a s veces i m p e r -
c a m p o q u e el d e lo c o n t i n g e n t e y lo n o f o r m a l i z a b l e , y d e a s i g n a r l e c o m o
c e p t i b l e q u e se h a l l a e n la f o r m a y c o n s i s t e n c i a d e los d e t r i t u s r o c o s o s ? »
e s t a t u t o el d e « q u e d a r e t e r n a m e n t e a n c l a d a e n el i m p e r i o d e lo a c c i d e n -
H e a q u í lo q u e c o n d u c e a la p r o f u n d a i n t e l e g i b i l i d a d d e l p a i s a j e , m e d i a n t e
t a l » . C l i o p o d r í a sin e m b a r g o r e i v i n d i c a r p a r a sí el a l u m b r a m i e n t o d e l e s -
el d e s p l a z a m i e n t o d e l o s e n s i b l e a l o r a c i o n a l , e n t e n d i e n d o q u e «la n a t u -
t r u c t u r a l i s m o c o m o f r u t o d e su l a r g a c o h a b i t a c i ó n c o n el m a r x i s m o , el c u a l
r a l e z a d e lo v e r d a d e r o s e h a c e v i s i b l e p r e c i s a m e n t e e n el c u i d a d o q u e p o n e
l e h a e n s e ñ a d o a b u s c a r , e n c u a l q u i e r s o c i e d a d , su f o r m a d e f u n c i o n a m i e n -
en ocultarse». Lévi-Strauss lo desarrolla m á s a m p l i a m e n t e en su Anth.ro-
t o y , e n c u a l q u i e r t e x t o , el m e n s a j e q u e o c u l t a d e t r á s d e l o q u e d i c e . D e l
pologie structurale, I , p á g i n a 303 y s i g u i e n t e s , al t r a t a r d e « l a n o c i ó n d e e s -
m i s m o m o d o , c o n o c e los m o d e l o s m á s s o f i s t i c a d o s , i n c l u s o las h i p ó t e s i s
tructura en etnología». E s t a noción, nos dice, «no se refiere a la realidad
contra-factuales forjadas p o r los cliómetras (por e j e m p l o : ¿ c ó m o h a b r í a
e m p í r i c a , s i n o a los m o d e l o s c o n s t r u i d o s a p a r t i r d e e l l a » . P o r t a n t o , n o
s i d o el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o d e los E s t a d o s U n i d o s e n el siglo x i x sin l o s
hay q u e confundir estructuras sociales con relaciones sociales. E s t a s últi-
f e r r o c a r r i l e s ? ) , o los « m o d e l o s c o m p l e j o s » d e l a d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , q u e
m a s c o n s t i t u y e n s o l a m e n t e l a m a t e r i a p r i m a p a r a la e l a b o r a c i ó n d e m o d e -
.«integran d a t o s c u a n t i t a t i v o s y s í n t o m a s d e c o m p o r t a m i e n t o s » . A ñ a d e u n
los, q u e p o n d r á n d e manifiesto la p r o p i a estructura. P a r a p o d e r h a b l a r d e
último a r g u m e n t o q u e suena a revancha: está a p u n t o de iniciarse u n re-
estructura d e b e n cumplirse cuatro condiciones: a) d e b e t e n e r «carácter de
flujo g e n e r a l h a c i a la h i s t o r i a . ¿ N o es i n d i s p e n s a b l e i n v e s t i g a r los a n t e c e -
sistema», d e m a n e r a q u e la modificación d e u n o d e los e l e m e n t o s r e p e r c u -
d e n t e s d e las e s t r u c t u r a s c o n s t i t u i d a s ? ¿ N o se c o n c e d e , a p a r t i r d e e n t o n -
t a s o b r e t o d o s l o s d e m á s ; b ) el m o d e l o e s t r u c t u r a l d e b e p e r t e n e c e r « a u n
c e s , u n a g r a n a t e n c i ó n t a n t o a las r u p t u r a s e p i s t e m o l ó g i c a s , q u e e s c o n d e n
g r u p o d e t r a n s f o r m a c i o n e s » ; c) d e b e s e r p o s i b l e « p r e v e r d e q u é f o r m a r e a c -
l a h i s t o r i a d e las i d e a s , c o m o a las m u t a c i o n e s q u e a f e c t a n a l o s s i s t e m a s
c i o n a r á el m o d e l o e n c a s o d e q u e s e m o d i f i q u e u n o d e l o s e l e m e n t o s » ;
sociales? U n a constatación p a r e c e i m p o n e r s e : « U n p o c o d e estructuralis-
d ) el f u n c i o n a m i e n t o d e l m o d e l o d e b e r á « d a r c u e n t a d e t o d o s los h e c h o s
m o a l e j a d e la h i s t o r i a ; m u c h o e s t r u c t u r a l i s m o c o n d u c e a e l l a . » ¿ S e h a n s u -
o b s e r v a d o s » . S i t u á n d o s e m á s allá d e los f e n ó m e n o s d i r e c t a m e n t e o b s e r v a -
p e r a d o r e a l m e n t e t o d o s los a n t a g o n i s m o s ?
b l e s , e n u n a e s p e c i e d e i n c o n s c i e n t e s o c i a l , la e s t r u c t u r a es i n m a n e n t e a las
r e l a c i o n e s s o c i a l e s , c o m o l a g r a m á t i c a l o es a la l e n g u a h a b l a d a . E s u n e s -
q u e m a c o n c e p t u a l , u n a f o r m a q u e i m p o n e tal o cual configuración a los di-
2. A M B I G Ü E D A D E S Y DIFICULTADES PERSISTENTES (DÉCADA D E LOS
v e r s o s d a t o s . U n a c o n c e p c i ó n p r ó x i m a se h a l l a e n el p s i c ó l o g o J e a n P i a g e t :
AÑOS 70)
« U n a estructura es u n sistema de transformaciones q u e c o m p o r t a leyes en
t a n t o q u e sistema (por oposición a las p r o p i e d a d e s d e los e l e m e n t o s ) , y q u e
Si la h i s t o r i a y el e s t r u c t u r a l i s m o h a n l l e g a d o finalmente a u n c o m p r o -
s e m a n t i e n e o se e n r i q u e c e p o r el p r o p i o j u e g o d e las t r a n s f o r m a c i o n e s ,
miso, y a veces a u n a e n t e n t e cordial, subsisten m u c h a s a m b i g ü e d a d e s per-
sin q u e é s t a s s e e x t r a l i m i t e n f u e r a d e sus f r o n t e r a s o a p e l e n a e l e m e n t o s
s i s t e n t e s : a) la c o h a b i t a c i ó n d e m u c h a s c o n c e p c i o n e s d e l a e s t r u c t u r a ; b )
externos.» La estructura presenta, por tanto, tres caracteres esenciales: to-
l a d e s i g u a l c o n c i e n c i a , e n t r e l o s h i s t o r i a d o r e s , d e las d i f i c u l t a d e s i n h e r e n -
t a l i z a c i ó n , o s e a , r e p l e g a m i e n t o d e l s i s t e m a s o b r e sí m i s m o ; t r a n s f o r m a -
t e s a l a e v o l u c i ó n d e l e s t r u c t u r a l i s m o ; c) e n c o n s e c u e n c i a , l a d i v e r s i d a d d e
c i ó n ; a u t o r r e g u l a c i ó n f u n d a d a s o b r e r e g u l a c i o n e s i n t e r n a s . T o d o s e s t o s ca-
a s p e c t o s p r e s e n t a d a p o r l a p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a q u e se l l a m a e s t r u c t u r a l i s -
r a c t e r e s s e h a l l a n e n l a d e f i n i c i ó n p r o p u e s t a p o r P a u l R i c o e u r , el c u a l e n -
t a — l a m a y o r í a d e los historiadores p e r m a n e c e vinculada a la c o n c e p c i ó n
tiende por estructura «un ente autónomo de dependencias internas». E n
t r a d i c i o n a l d e l a e s t r u c t u r a , c o n c e b i d a c o m o la manera en la que las partes
l o s d i f e r e n t e s a u t o r e s e n c o n t r a m o s l o s m i s m o s c a r a c t e r e s p e r t i n e n t e s d e la
de un todo se ajustan entre ellas—. E s é s t a u n a c o n c e p c i ó n e s e n c i a l m e n t e
e s t r u c t u r a : l a i n t e r d e p e n d e n c i a d e t o d o s l o s e l e m e n t o s , el r e p l e g a m i e n t o
d e s c r i p t i v a , q u e c o n s i s t e e n t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n las l í n e a s d i r e c t r i c e s d e
d e l c o n j u n t o s o b r e sí m i s m o , la s i n c r o n í a , l a p o s i b l e r e a l i z a c i ó n d e m ú l t i -
u n c o n j u n t o , y a s e a s o c i a l , i n s t i t u c i o n a l o i d e o l ó g i c o . D e a h í la p r o l i f e r a -
p l e s v a r i a b l e s . N o es s e g u r o q u e los m o d e l o s i n t e r p r e t a t i v o s d e l o s h i s t o -
c i ó n d e o b r a s t i t u l a d a s Structures politiques o Structures sociales de, e t c .
r i a d o r e s p u e d a n (y d e b a n ) c o r r e s p o n d e r s e d e f o r m a p l e n a m e n t e satisfac-
N o s p a r e c e q u e estas aproximaciones estructurales d e vastos conjuntos es-
toria con todas estas características, p o r q u e , entre otras razones, n o p u e -
t á n m u y a l e j a d a s d e l anáfisis e s t r u c t u r a l p r a c t i c a d o p o r los l i n g ü i s t a s y l o s
d e n i g n o r a r n i l o s p r o c e s o s t e m p o r a l e s d e e r o s i ó n l e n t a d e las e s t r u c t u r a s
e t n ó l o g o s , q u e s e f u n d a m e n t a e n u n a c o n c e p c i ó n d e la e s t r u c t u r a c o m o si
ni la irrupción accidental d e a c o n t e c i m i e n t o s exteriores q u e alteran los con-
f u e r a u n a arquitectura lógica inmanente a lo real. P a r a L é v i - S t r a u s s , l a e s -
j u n t o s m á s e s t a b l e s . A t í t u l o d e e j e m p l o p o d e m o s v e r la d e s t r u c c i ó n r á p i -
t r u c t u r a s e o c u l t a b a j o las a p a r i e n c i a s . L a g e o m o r f o l o g í a c o n s t i t u y e u n a
d a d e la sociedad inca d e s p u é s d e la c o n q u i s t a española.
m a g n i f i c a i n i c i a c i ó n al r e s p e c t o , y a q u e se d e d i c a a i n t e r p r e t a r las f o r m a s
superficiales d e l r e l i e v e e n f u n c i ó n d e l a d i s p o s i c i ó n e n p r o f u n d i d a d , d e l o s N o s s e r á i n d u d a b l e m e n t e útil a c e r c a r n o s a h o r a a u n c a s o c o n c r e t o d e
e s t r a t o s d e la t i e r r a . U n p a i s a j e p u e d e s e r t r a n s p o s i c i ó n d i r e c t a , o d e r i v a - anáfisis e s t r u c t u r a l , r e a l i z a d o p o r el p r o p i o L é v i - S t r a u s s , p a r a m e j o r c o m -
d a , o i n v e r s a , d e la e s t r u c t u r a o c u l t a . N o p o d e m o s d e j a r d e e v o c a r l a c é - p r e n d e r s u n a t u r a l e z a y p e r c i b i r l a d i f i c u l t a d q u e h a y e n c o n c i l i a r i o c o n el
l e b r e p á g i n a d e Tristes tropiques, e n la q u e L é v i - S t r a u s s n o s r e l a t a sus m a - análisis h i s t ó r i c o c l á s i c o . T o m a r e m o s el e j e m p l o d e l triángulo culinario
r a v i l l o s o s d e s c u b r i m i e n t o s e n el M i d i f r a n c é s , p r o p i o s d e u n g e ó l o g o q u e (L'Arc, n ú m . 2 6 , p p . 19 a 2 9 ) . L a c o c i n a , t a n u n i v e r s a l c o m o e l l e n g u a j e ,
se inicia: t o d o p a i s a j e se p r e s e n t a , a p r i m e r a v i s t a , c o m o u n i n m e n s o d e - r e p o s a s o b r e u n s i s t e m a t r i a n g u l a r q u e a s o c i a lo crudo, lo cocido y lo po-
s o r d e n , d e j á n d o n o s e n l i b e r t a d p a r a q u e e s c o j a m o s el s e n t i d o q u e p r e f i r a - drido. Si lo c r u d o c o n s t i t u y e el p o l o n o m a r c a d o . d e e s t e c o n j u n t o , l o c o -
m o s d a r l e . » P e r o ¿ n o r e s i d e ei p r i n c i p i o o r d e n a d o r e n el s u s t r a t o g e o l ó g i - c i d o r e s u l t a d e l a t r a n s f o r m a c i ó n c u l t u r a l d e l o c r u d o , y lo p o d r i d o r e s u l t a

219
218
 co, e n «una línea pálida y confusa, e n u n a diferencia m u c h a s veces i m p e r -
c a m p o q u e el d e lo c o n t i n g e n t e y lo n o f o r m a l i z a b l e , y d e a s i g n a r l e c o m o
c e p t i b l e q u e se h a l l a e n la f o r m a y c o n s i s t e n c i a d e los d e t r i t u s r o c o s o s ? »
e s t a t u t o el d e « q u e d a r e t e r n a m e n t e a n c l a d a e n el i m p e r i o d e lo a c c i d e n -
H e a q u í lo q u e c o n d u c e a la p r o f u n d a i n t e l e g i b i l i d a d d e l p a i s a j e , m e d i a n t e
t a l » . C l i o p o d r í a sin e m b a r g o r e i v i n d i c a r p a r a sí el a l u m b r a m i e n t o d e l e s -
el d e s p l a z a m i e n t o d e l o s e n s i b l e a l o r a c i o n a l , e n t e n d i e n d o q u e «la n a t u -
t r u c t u r a l i s m o c o m o f r u t o d e su l a r g a c o h a b i t a c i ó n c o n el m a r x i s m o , el c u a l
r a l e z a d e lo v e r d a d e r o s e h a c e v i s i b l e p r e c i s a m e n t e e n el c u i d a d o q u e p o n e
l e h a e n s e ñ a d o a b u s c a r , e n c u a l q u i e r s o c i e d a d , su f o r m a d e f u n c i o n a m i e n -
en ocultarse». Lévi-Strauss lo desarrolla m á s a m p l i a m e n t e en su Anth.ro-
t o y , e n c u a l q u i e r t e x t o , el m e n s a j e q u e o c u l t a d e t r á s d e l o q u e d i c e . D e l
pologie structurale, I , p á g i n a 303 y s i g u i e n t e s , al t r a t a r d e « l a n o c i ó n d e e s -
m i s m o m o d o , c o n o c e los m o d e l o s m á s s o f i s t i c a d o s , i n c l u s o las h i p ó t e s i s
tructura en etnología». E s t a noción, nos dice, «no se refiere a la realidad
contra-factuales forjadas p o r los cliómetras (por e j e m p l o : ¿ c ó m o h a b r í a
e m p í r i c a , s i n o a los m o d e l o s c o n s t r u i d o s a p a r t i r d e e l l a » . P o r t a n t o , n o
s i d o el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o d e los E s t a d o s U n i d o s e n el siglo x i x sin l o s
hay q u e confundir estructuras sociales con relaciones sociales. E s t a s últi-
f e r r o c a r r i l e s ? ) , o los « m o d e l o s c o m p l e j o s » d e l a d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , q u e
m a s c o n s t i t u y e n s o l a m e n t e l a m a t e r i a p r i m a p a r a la e l a b o r a c i ó n d e m o d e -
.«integran d a t o s c u a n t i t a t i v o s y s í n t o m a s d e c o m p o r t a m i e n t o s » . A ñ a d e u n
los, q u e p o n d r á n d e manifiesto la p r o p i a estructura. P a r a p o d e r h a b l a r d e
último a r g u m e n t o q u e suena a revancha: está a p u n t o de iniciarse u n re-
estructura d e b e n cumplirse cuatro condiciones: a) d e b e t e n e r «carácter de
flujo g e n e r a l h a c i a la h i s t o r i a . ¿ N o es i n d i s p e n s a b l e i n v e s t i g a r los a n t e c e -
sistema», d e m a n e r a q u e la modificación d e u n o d e los e l e m e n t o s r e p e r c u -
d e n t e s d e las e s t r u c t u r a s c o n s t i t u i d a s ? ¿ N o se c o n c e d e , a p a r t i r d e e n t o n -
t a s o b r e t o d o s l o s d e m á s ; b ) el m o d e l o e s t r u c t u r a l d e b e p e r t e n e c e r « a u n
c e s , u n a g r a n a t e n c i ó n t a n t o a las r u p t u r a s e p i s t e m o l ó g i c a s , q u e e s c o n d e n
g r u p o d e t r a n s f o r m a c i o n e s » ; c) d e b e s e r p o s i b l e « p r e v e r d e q u é f o r m a r e a c -
l a h i s t o r i a d e las i d e a s , c o m o a las m u t a c i o n e s q u e a f e c t a n a l o s s i s t e m a s
c i o n a r á el m o d e l o e n c a s o d e q u e s e m o d i f i q u e u n o d e l o s e l e m e n t o s » ;
sociales? U n a constatación p a r e c e i m p o n e r s e : « U n p o c o d e estructuralis-
d ) el f u n c i o n a m i e n t o d e l m o d e l o d e b e r á « d a r c u e n t a d e t o d o s los h e c h o s
m o a l e j a d e la h i s t o r i a ; m u c h o e s t r u c t u r a l i s m o c o n d u c e a e l l a . » ¿ S e h a n s u -
o b s e r v a d o s » . S i t u á n d o s e m á s allá d e los f e n ó m e n o s d i r e c t a m e n t e o b s e r v a -
p e r a d o r e a l m e n t e t o d o s los a n t a g o n i s m o s ?
b l e s , e n u n a e s p e c i e d e i n c o n s c i e n t e s o c i a l , la e s t r u c t u r a es i n m a n e n t e a las
r e l a c i o n e s s o c i a l e s , c o m o l a g r a m á t i c a l o es a la l e n g u a h a b l a d a . E s u n e s -
q u e m a c o n c e p t u a l , u n a f o r m a q u e i m p o n e tal o cual configuración a los di-
2. A M B I G Ü E D A D E S Y DIFICULTADES PERSISTENTES (DÉCADA D E LOS
v e r s o s d a t o s . U n a c o n c e p c i ó n p r ó x i m a se h a l l a e n el p s i c ó l o g o J e a n P i a g e t :
AÑOS 70)
« U n a estructura es u n sistema de transformaciones q u e c o m p o r t a leyes en
t a n t o q u e sistema (por oposición a las p r o p i e d a d e s d e los e l e m e n t o s ) , y q u e
Si la h i s t o r i a y el e s t r u c t u r a l i s m o h a n l l e g a d o finalmente a u n c o m p r o -
s e m a n t i e n e o se e n r i q u e c e p o r el p r o p i o j u e g o d e las t r a n s f o r m a c i o n e s ,
miso, y a veces a u n a e n t e n t e cordial, subsisten m u c h a s a m b i g ü e d a d e s per-
sin q u e é s t a s s e e x t r a l i m i t e n f u e r a d e sus f r o n t e r a s o a p e l e n a e l e m e n t o s
s i s t e n t e s : a) la c o h a b i t a c i ó n d e m u c h a s c o n c e p c i o n e s d e l a e s t r u c t u r a ; b )
externos.» La estructura presenta, por tanto, tres caracteres esenciales: to-
l a d e s i g u a l c o n c i e n c i a , e n t r e l o s h i s t o r i a d o r e s , d e las d i f i c u l t a d e s i n h e r e n -
t a l i z a c i ó n , o s e a , r e p l e g a m i e n t o d e l s i s t e m a s o b r e sí m i s m o ; t r a n s f o r m a -
t e s a l a e v o l u c i ó n d e l e s t r u c t u r a l i s m o ; c) e n c o n s e c u e n c i a , l a d i v e r s i d a d d e
c i ó n ; a u t o r r e g u l a c i ó n f u n d a d a s o b r e r e g u l a c i o n e s i n t e r n a s . T o d o s e s t o s ca-
a s p e c t o s p r e s e n t a d a p o r l a p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a q u e se l l a m a e s t r u c t u r a l i s -
r a c t e r e s s e h a l l a n e n l a d e f i n i c i ó n p r o p u e s t a p o r P a u l R i c o e u r , el c u a l e n -
t a — l a m a y o r í a d e los historiadores p e r m a n e c e vinculada a la c o n c e p c i ó n
tiende por estructura «un ente autónomo de dependencias internas». E n
t r a d i c i o n a l d e l a e s t r u c t u r a , c o n c e b i d a c o m o la manera en la que las partes
l o s d i f e r e n t e s a u t o r e s e n c o n t r a m o s l o s m i s m o s c a r a c t e r e s p e r t i n e n t e s d e la
de un todo se ajustan entre ellas—. E s é s t a u n a c o n c e p c i ó n e s e n c i a l m e n t e
e s t r u c t u r a : l a i n t e r d e p e n d e n c i a d e t o d o s l o s e l e m e n t o s , el r e p l e g a m i e n t o
d e s c r i p t i v a , q u e c o n s i s t e e n t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n las l í n e a s d i r e c t r i c e s d e
d e l c o n j u n t o s o b r e sí m i s m o , la s i n c r o n í a , l a p o s i b l e r e a l i z a c i ó n d e m ú l t i -
u n c o n j u n t o , y a s e a s o c i a l , i n s t i t u c i o n a l o i d e o l ó g i c o . D e a h í la p r o l i f e r a -
p l e s v a r i a b l e s . N o es s e g u r o q u e los m o d e l o s i n t e r p r e t a t i v o s d e l o s h i s t o -
c i ó n d e o b r a s t i t u l a d a s Structures politiques o Structures sociales de, e t c .
r i a d o r e s p u e d a n (y d e b a n ) c o r r e s p o n d e r s e d e f o r m a p l e n a m e n t e satisfac-
N o s p a r e c e q u e estas aproximaciones estructurales d e vastos conjuntos es-
toria con todas estas características, p o r q u e , entre otras razones, n o p u e -
t á n m u y a l e j a d a s d e l anáfisis e s t r u c t u r a l p r a c t i c a d o p o r los l i n g ü i s t a s y l o s
d e n i g n o r a r n i l o s p r o c e s o s t e m p o r a l e s d e e r o s i ó n l e n t a d e las e s t r u c t u r a s
e t n ó l o g o s , q u e s e f u n d a m e n t a e n u n a c o n c e p c i ó n d e la e s t r u c t u r a c o m o si
ni la irrupción accidental d e a c o n t e c i m i e n t o s exteriores q u e alteran los con-
f u e r a u n a arquitectura lógica inmanente a lo real. P a r a L é v i - S t r a u s s , l a e s -
j u n t o s m á s e s t a b l e s . A t í t u l o d e e j e m p l o p o d e m o s v e r la d e s t r u c c i ó n r á p i -
t r u c t u r a s e o c u l t a b a j o las a p a r i e n c i a s . L a g e o m o r f o l o g í a c o n s t i t u y e u n a
d a d e la sociedad inca d e s p u é s d e la c o n q u i s t a española.
m a g n i f i c a i n i c i a c i ó n al r e s p e c t o , y a q u e se d e d i c a a i n t e r p r e t a r las f o r m a s
superficiales d e l r e l i e v e e n f u n c i ó n d e l a d i s p o s i c i ó n e n p r o f u n d i d a d , d e l o s N o s s e r á i n d u d a b l e m e n t e útil a c e r c a r n o s a h o r a a u n c a s o c o n c r e t o d e
e s t r a t o s d e la t i e r r a . U n p a i s a j e p u e d e s e r t r a n s p o s i c i ó n d i r e c t a , o d e r i v a - anáfisis e s t r u c t u r a l , r e a l i z a d o p o r el p r o p i o L é v i - S t r a u s s , p a r a m e j o r c o m -
d a , o i n v e r s a , d e la e s t r u c t u r a o c u l t a . N o p o d e m o s d e j a r d e e v o c a r l a c é - p r e n d e r s u n a t u r a l e z a y p e r c i b i r l a d i f i c u l t a d q u e h a y e n c o n c i l i a r i o c o n el
l e b r e p á g i n a d e Tristes tropiques, e n la q u e L é v i - S t r a u s s n o s r e l a t a sus m a - análisis h i s t ó r i c o c l á s i c o . T o m a r e m o s el e j e m p l o d e l triángulo culinario
r a v i l l o s o s d e s c u b r i m i e n t o s e n el M i d i f r a n c é s , p r o p i o s d e u n g e ó l o g o q u e (L'Arc, n ú m . 2 6 , p p . 19 a 2 9 ) . L a c o c i n a , t a n u n i v e r s a l c o m o e l l e n g u a j e ,
se inicia: t o d o p a i s a j e se p r e s e n t a , a p r i m e r a v i s t a , c o m o u n i n m e n s o d e - r e p o s a s o b r e u n s i s t e m a t r i a n g u l a r q u e a s o c i a lo crudo, lo cocido y lo po-
s o r d e n , d e j á n d o n o s e n l i b e r t a d p a r a q u e e s c o j a m o s el s e n t i d o q u e p r e f i r a - drido. Si lo c r u d o c o n s t i t u y e el p o l o n o m a r c a d o . d e e s t e c o n j u n t o , l o c o -
m o s d a r l e . » P e r o ¿ n o r e s i d e ei p r i n c i p i o o r d e n a d o r e n el s u s t r a t o g e o l ó g i - c i d o r e s u l t a d e l a t r a n s f o r m a c i ó n c u l t u r a l d e l o c r u d o , y lo p o d r i d o r e s u l t a

219
218
d e la t r a n s f o r m a c i ó n n a t u r a l d e lo c r u d o . A c a d a u n a d e estas formas d a d a , a c o n d i c i ó n d e d a r v i d a y c o l o r al m a r c o v a c í o y d e i n t r o d u c i r l o s e f e c -
v a c í a s , c a d a c u l t u r a le c o n f i e r e u n a t o n a l i d a d p a r t i c u l a r q u e d e t e r m i n a la t o s d e la d i v e r s i d a d s o c i a l : l a c o c i n a e n sí n o e x i s t e , s ó l o e x i s t e n las c o s -
f o r m a c o n l a q u e c a d a a l i m e n t o d e b e s e r c o c i d o . Si c o n s i d e r a m o s las m o - t u m b r e s alimenticias e n a m b i e n t e s concretos. Quizá este ejemplo contribu-
d a l i d a d e s d e la c o c c i ó n , c o n s t a t a r e m o s u n a d i f e r e n c i a significativa e n t r e el y a a h a c e r c o m p r e n d e r m e j o r c ó m o e r a p r o b l e m á t i c a e n la h i s t o r i a la acli-
a s a d o y el h e r v i d o . E l p r i m e r o es r e s u l t a d o d e l a e x p o s i c i ó n d i r e c t a , n o m a t a c i ó n d e los p r i n c i p i o s d e l a e t n o l o g í a e s t r u c t u r a l i s t a .
m e d i a t i z a d a , al f u e g o ; u n a p r á c t i c a b a s t a n t e p r ó x i m a a l a j n a t u r a l e z a u n a ¿ C ó m o sacar p a r t i d o d e la inmovilidad d e la estructura? ¿ Q u é e s t a t u t o
c o c i n a p o c o e l a b o r a d a , u n a e s p e c i e d e c o m p r o m i s o e n t r é lo c r u d o y lo c o n f e r i r a la d i s c o n t i n u i d a d ( q u e n o s p e r m i t e p e n s a r e n el p a s o d e u n sis-
q u e m a d o . P o r el c o n t r a r i o , l o h e r v i d o es r e s u l t a d o d e una; d o b l e m e d i a t i - t e m a c e r r a d o a o t r o ) ? ¿ Q u é p a p e l r e c o n o c e r a las n o r m a s i n c o n s c i e n t e s d e
z a c i ó n , l a d e l a g u a y la d e l r e c i p i e n t e . E s t a c o c c i ó n e l a b o r a d a s e s i t ú a d e l la v i d a s o c i a l ? P o d r í a m o s f o r m u l a r m u c h a s q u e p o d r í a n s u s c i t a r o t r a s t a n -
l a d o d e la c u l t u r a (la m a r m i t a es s i g n o d e civilización t a n t o e n I r l a n d a c o m o tas r e s p u e s t a s . D e ahí la e x t r e m a v a r i e d a d d e la historia estructural, d e ahí
e n N u e v a C a l e d o n i a ) ; es l a c o c i n a d e d e n t r o , la e n d o - c o c i n a , q u e p r e s e n t a q u e n o s p a r e z c a p o s i b l e d i s t i n g u i r , a riesgo d e h a c e r u n a simplificación a b u -
a l g u n a a f i n i d a d c o n lo p o d r i d o . Y p r o s i g u e el a n á l i s i s , m e d í a n t e a s o c i a c i o - s i v a , cuatro corrientes principales: a) u n a corriente braudeliana q u e preten-
n e s y o p o s i c i o n e s s u c e s i v a s ; así l o a s a d o se s i t u a r í a d e l l a d o d e lo d e p r e - de conceptualizar vastos conjuntos h u m a n o s sometidos a evoluciones len-
d a d o r , d e l a p r o d i g a l i d a d y d e la v i d a a g r e s t e d e l c a z a d o r , m i e n t r a s q u e l o tas; b) una corriente mutacionista, especialmente representada por Michel
h e r v i d o se s i t u a r í a d e l l a d o d e l a v i d a s e d e n t a r i a , d e la c o n s e r v a c i ó n y d e F o u c a u l t , q u e a n a l i z a l o s e s t a d o s e s t a b l e s d e l a e s t r u c t u r a social, p e r o o t o r -
la e c o n o m í a d o m é s t i c a r e g i d a p o r las m u j e r e s . L é v i - S t r a u s s i n t r o d u c e e n - g a n d o u n a a t e n c i ó n p r i v i l e g i a d a al p a s o d e u n e s t a d o a o t r o y s i t u a n d o el
t o n c e s u n a t e r c e r a p r á c t i c a c u l i n a r i a , el a h u m a d o , o s e a u n a c o c c i ó n n o m e - c o n c e p t o d e d i s c o n t i n u i d a d e n el e p i c e n t r o ; c) u n a c o r r i e n t e d e e s t r i c t a o b e -
d i a t i z a d a , l e n t a , p r o f u n d a , q u e p r e s e n t a u n a o p o s i c i ó n significativa c o n las d i e n c i a e s t r u c t u r a l i s t a q u e p r e c o n i z a el t r a b a j o s o b r e u n corpus c e r r a d o (sis-
d o s p r á c t i c a s a n t e r i o r m e n t e a n a l i z a d a s . S e p u e d e n r e s u m i r e n el s i g u i e n t e t e m a ritual, t e x t o , d o c u m e n t o figurado) y q u e r e c u r r e a la e l a b o r a c i ó n d e
cuadro: m o d e l o s abstractos « p a r a forjar lo p e n s a b l e » a partir d e este material d o -
c u m e n t a l ; d ) finalmente, l a a n t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a , d i s c i p l i n a m u y j o v e n ,
d e v a s t a s a m b i c i o n e s , q u e p a r e c e c a p a z d e c o n j u g a r las c o r r i e n t e s c i t a d a s
hervido y d e i n t e g r a r t a n t o las a d q u i s i c i o n e s d e l a h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a c o m o las d e
asado ahumado
la h i s t o r i a d e la c u l t u r a m a t e r i a l . V a m o s a t r a t a r b r e v e m e n t e d e la p r i m e -
— cocción lenta — cocción rápida — sobre un ahumador r a , a u n q u e v o l v e r e m o s a insistir m á s a m p l i a m e n t e s o b r e las t r e s ú l t i m a s .
— presencia del agua — sin agua — objeto cultural destruido
— utensilio duradero (mar- — sin utensilio después de su uso; por E l r e c e n t í s i m o t e x t o h i s t ó r i c o t i t u l a d o « L a h i s t o r i a d e las e s t r u c t u r a s » ,
mita) tanto, precario d e K . P o m i a n ( e n La Nouvelle Histoire, p p . 5 2 8 a 553) n o s p a r e c e d e i n s -
— resultado precario — resultado duradero; la piración braudeliana. L a s referencias fundamentales del autor son caracte-
cama ahumada se conser-
rísticas: La Méditerranée et le monde méditerranéen a l'époque de Philip-
va mucho tiempo
pe II, c i e r t a m e n t e , p e r o t a m b i é n Les structures du Latium medieval, de
P i e r r e T o u b e r t . U n a d e las m á s i m p o r t a n t e s a p o r t a c i o n e s d e esta tesis c o n -
E n ú l t i m a i n s t a n c i a , la infinita v a r i e d a d d e p r á c t i c a s c u l i n a r i a s se p o - s i s t e e n e s c l a r e c e r el c a r á c t e r p r o p i a m e n t e r e v o l u c i o n a r i o d e l incastillamen-
d r í a r e d u c i r a u n m o d e l o a b s t r a c t o d e tipo t r i a n g u l a r : to d e los siglos X y XI, e n t e n d i e n d o p o r t a l el r e a g r u p a m i e n t o a u t o r i t a r i o
d e las p o b l a c i o n e s p r ó x i m a s a l a s f o r t a l e z a s , q u e se e f e c t u ó , b a j o la é g i d a
CRUDO d e los s e ñ o r e s , d u r a n t e la p r i m e r a é p o c a feudal. E n estrecha relación con
la c o n s t i t u c i ó n d e u n habitat c o n c e n t r a d o y s i t u a d o e n a l t o , s e o p e r a l a r e o r -
asado g a n i z a c i ó n d e l o s t e r r u ñ o s d i s p u e s t o s e n z o n a s c o n c é n t r i c a s y se r e c o m p o -
n e n c o n j u n t a m e n t e las r e l a c i o n e s d e e x p l o t a c i ó n , los p o d e r e s d e l a a u t o r i -
H (-)
Aire Agua d a d y el s i s t e m a j u d i c i a l . L a n u e v a e s t r u c t u r a , q u e se h a i n t r o d u c i d o e n las
p r o x i m i d a d e s d e l A ñ o M i l , es « u n c o n j u n t o c o h e r e n t e d e e l e m e n t o s , e n el
(+) (+)
ahumado hervido q u e l a t r a n s f o r m a c i ó n d e c u a l q u i e r a d e ellos p r o v o c a l a d e t o d o s l o s d e -
COCIDO PODRIDO m á s » . D u r a n t e m á s d e q u i n i e n t o s a ñ o s constituirá «un invariable c u a d r o es-
t a b l e , e n c u y o i n t e r i o r s e d e s p l i e g a n las a c t i v i d a d e s d e las p o b l a c i o n e s c a m -
E s t e e s q u e m a p u e d e — y d e b e — ser a m p l i a d o , p a r a añadir la fritura, p e s i n a s » . E s t e c a s o e j e m p l a r p e r m i t e a K r z y s z t o f P o m i a n d e s t a c a r l o s ca-
la c o c c i ó n a v a p o r , e t c . S e p u e d e i n t e n t a r a ú n s u p e r p o n e r l e o t r o s e s q u e - r a c t e r e s f u n d a m e n t a l e s d e la historia estructural, concebida c o m o la «his-
m a s c o n c e r n i e n t e s a la r e l a c i ó n h o m b r e - m u j e r , o r g a n i z a c i ó n d e l t r a b a j o , r e - t o r i a d e las p o b l a c i o n e s t o t a l e s » q u e d e s d e ñ a lo e x c e p c i o n a l p a r a i n t e r e -
l a c i o n e s e n t r e el p o b l a d o y l a s a b a n a . A s í d e s c u b r i r e m o s q u e la c o c i n a d e s a r s e « p o r l o q u e es b a n a l , r e p e t i t i v o , p r e s e n t e e n la v i d a c o t i d i a n a » ; c o m o
u n a s o c i e d a d es u n l e n g u a j e m e d i a n t e el c u a l é s t a t r a d u c e i n c o n s c i e n t e - u n a h i s t o r i a p s i c o l ó g i c a , e n l a q u e el t r a t a m i e n t o e s t a d í s t i c o d e f e n ó m e n o s
m e n t e su e s t r u c t u r a y d e s v e l a sus c o n t r a d i c c i o n e s . T a l g u í a p u e d e ser útil c o m o la n u p c i a l i d a d y l a n a t a l i d a d , p o r e j e m p l o , p e r m i t e d e s c u b r i r a c t i t u -
al h i s t o r i a d o r d e s e o s o d e e s t u d i a r las m o d a l i d a d e s d e la m e s a e n u n a é p o c a d e s m á s s e c r e t a s ; c o m o u n a h i s t o r i a d e l o s f e n ó m e n o s sociales t o t a l e s q u e

220 221
d e la t r a n s f o r m a c i ó n n a t u r a l d e lo c r u d o . A c a d a u n a d e estas formas d a d a , a c o n d i c i ó n d e d a r v i d a y c o l o r al m a r c o v a c í o y d e i n t r o d u c i r l o s e f e c -
v a c í a s , c a d a c u l t u r a le c o n f i e r e u n a t o n a l i d a d p a r t i c u l a r q u e d e t e r m i n a la t o s d e la d i v e r s i d a d s o c i a l : l a c o c i n a e n sí n o e x i s t e , s ó l o e x i s t e n las c o s -
f o r m a c o n l a q u e c a d a a l i m e n t o d e b e s e r c o c i d o . Si c o n s i d e r a m o s las m o - t u m b r e s alimenticias e n a m b i e n t e s concretos. Quizá este ejemplo contribu-
d a l i d a d e s d e la c o c c i ó n , c o n s t a t a r e m o s u n a d i f e r e n c i a significativa e n t r e el y a a h a c e r c o m p r e n d e r m e j o r c ó m o e r a p r o b l e m á t i c a e n la h i s t o r i a la acli-
a s a d o y el h e r v i d o . E l p r i m e r o es r e s u l t a d o d e l a e x p o s i c i ó n d i r e c t a , n o m a t a c i ó n d e los p r i n c i p i o s d e l a e t n o l o g í a e s t r u c t u r a l i s t a .
m e d i a t i z a d a , al f u e g o ; u n a p r á c t i c a b a s t a n t e p r ó x i m a a l a j n a t u r a l e z a u n a ¿ C ó m o sacar p a r t i d o d e la inmovilidad d e la estructura? ¿ Q u é e s t a t u t o
c o c i n a p o c o e l a b o r a d a , u n a e s p e c i e d e c o m p r o m i s o e n t r é lo c r u d o y lo c o n f e r i r a la d i s c o n t i n u i d a d ( q u e n o s p e r m i t e p e n s a r e n el p a s o d e u n sis-
q u e m a d o . P o r el c o n t r a r i o , l o h e r v i d o es r e s u l t a d o d e una; d o b l e m e d i a t i - t e m a c e r r a d o a o t r o ) ? ¿ Q u é p a p e l r e c o n o c e r a las n o r m a s i n c o n s c i e n t e s d e
z a c i ó n , l a d e l a g u a y la d e l r e c i p i e n t e . E s t a c o c c i ó n e l a b o r a d a s e s i t ú a d e l la v i d a s o c i a l ? P o d r í a m o s f o r m u l a r m u c h a s q u e p o d r í a n s u s c i t a r o t r a s t a n -
l a d o d e la c u l t u r a (la m a r m i t a es s i g n o d e civilización t a n t o e n I r l a n d a c o m o tas r e s p u e s t a s . D e ahí la e x t r e m a v a r i e d a d d e la historia estructural, d e ahí
e n N u e v a C a l e d o n i a ) ; es l a c o c i n a d e d e n t r o , la e n d o - c o c i n a , q u e p r e s e n t a q u e n o s p a r e z c a p o s i b l e d i s t i n g u i r , a riesgo d e h a c e r u n a simplificación a b u -
a l g u n a a f i n i d a d c o n lo p o d r i d o . Y p r o s i g u e el a n á l i s i s , m e d í a n t e a s o c i a c i o - s i v a , cuatro corrientes principales: a) u n a corriente braudeliana q u e preten-
n e s y o p o s i c i o n e s s u c e s i v a s ; así l o a s a d o se s i t u a r í a d e l l a d o d e lo d e p r e - de conceptualizar vastos conjuntos h u m a n o s sometidos a evoluciones len-
d a d o r , d e l a p r o d i g a l i d a d y d e la v i d a a g r e s t e d e l c a z a d o r , m i e n t r a s q u e l o tas; b) una corriente mutacionista, especialmente representada por Michel
h e r v i d o se s i t u a r í a d e l l a d o d e l a v i d a s e d e n t a r i a , d e la c o n s e r v a c i ó n y d e F o u c a u l t , q u e a n a l i z a l o s e s t a d o s e s t a b l e s d e l a e s t r u c t u r a social, p e r o o t o r -
la e c o n o m í a d o m é s t i c a r e g i d a p o r las m u j e r e s . L é v i - S t r a u s s i n t r o d u c e e n - g a n d o u n a a t e n c i ó n p r i v i l e g i a d a al p a s o d e u n e s t a d o a o t r o y s i t u a n d o el
t o n c e s u n a t e r c e r a p r á c t i c a c u l i n a r i a , el a h u m a d o , o s e a u n a c o c c i ó n n o m e - c o n c e p t o d e d i s c o n t i n u i d a d e n el e p i c e n t r o ; c) u n a c o r r i e n t e d e e s t r i c t a o b e -
d i a t i z a d a , l e n t a , p r o f u n d a , q u e p r e s e n t a u n a o p o s i c i ó n significativa c o n las d i e n c i a e s t r u c t u r a l i s t a q u e p r e c o n i z a el t r a b a j o s o b r e u n corpus c e r r a d o (sis-
d o s p r á c t i c a s a n t e r i o r m e n t e a n a l i z a d a s . S e p u e d e n r e s u m i r e n el s i g u i e n t e t e m a ritual, t e x t o , d o c u m e n t o figurado) y q u e r e c u r r e a la e l a b o r a c i ó n d e
cuadro: m o d e l o s abstractos « p a r a forjar lo p e n s a b l e » a partir d e este material d o -
c u m e n t a l ; d ) finalmente, l a a n t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a , d i s c i p l i n a m u y j o v e n ,
d e v a s t a s a m b i c i o n e s , q u e p a r e c e c a p a z d e c o n j u g a r las c o r r i e n t e s c i t a d a s
hervido y d e i n t e g r a r t a n t o las a d q u i s i c i o n e s d e l a h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a c o m o las d e
asado ahumado
la h i s t o r i a d e la c u l t u r a m a t e r i a l . V a m o s a t r a t a r b r e v e m e n t e d e la p r i m e -
— cocción lenta — cocción rápida — sobre un ahumador r a , a u n q u e v o l v e r e m o s a insistir m á s a m p l i a m e n t e s o b r e las t r e s ú l t i m a s .
— presencia del agua — sin agua — objeto cultural destruido
— utensilio duradero (mar- — sin utensilio después de su uso; por E l r e c e n t í s i m o t e x t o h i s t ó r i c o t i t u l a d o « L a h i s t o r i a d e las e s t r u c t u r a s » ,
mita) tanto, precario d e K . P o m i a n ( e n La Nouvelle Histoire, p p . 5 2 8 a 553) n o s p a r e c e d e i n s -
— resultado precario — resultado duradero; la piración braudeliana. L a s referencias fundamentales del autor son caracte-
cama ahumada se conser-
rísticas: La Méditerranée et le monde méditerranéen a l'époque de Philip-
va mucho tiempo
pe II, c i e r t a m e n t e , p e r o t a m b i é n Les structures du Latium medieval, de
P i e r r e T o u b e r t . U n a d e las m á s i m p o r t a n t e s a p o r t a c i o n e s d e esta tesis c o n -
E n ú l t i m a i n s t a n c i a , la infinita v a r i e d a d d e p r á c t i c a s c u l i n a r i a s se p o - s i s t e e n e s c l a r e c e r el c a r á c t e r p r o p i a m e n t e r e v o l u c i o n a r i o d e l incastillamen-
d r í a r e d u c i r a u n m o d e l o a b s t r a c t o d e tipo t r i a n g u l a r : to d e los siglos X y XI, e n t e n d i e n d o p o r t a l el r e a g r u p a m i e n t o a u t o r i t a r i o
d e las p o b l a c i o n e s p r ó x i m a s a l a s f o r t a l e z a s , q u e se e f e c t u ó , b a j o la é g i d a
CRUDO d e los s e ñ o r e s , d u r a n t e la p r i m e r a é p o c a feudal. E n estrecha relación con
la c o n s t i t u c i ó n d e u n habitat c o n c e n t r a d o y s i t u a d o e n a l t o , s e o p e r a l a r e o r -
asado g a n i z a c i ó n d e l o s t e r r u ñ o s d i s p u e s t o s e n z o n a s c o n c é n t r i c a s y se r e c o m p o -
n e n c o n j u n t a m e n t e las r e l a c i o n e s d e e x p l o t a c i ó n , los p o d e r e s d e l a a u t o r i -
H (-)
Aire Agua d a d y el s i s t e m a j u d i c i a l . L a n u e v a e s t r u c t u r a , q u e se h a i n t r o d u c i d o e n las
p r o x i m i d a d e s d e l A ñ o M i l , es « u n c o n j u n t o c o h e r e n t e d e e l e m e n t o s , e n el
(+) (+)
ahumado hervido q u e l a t r a n s f o r m a c i ó n d e c u a l q u i e r a d e ellos p r o v o c a l a d e t o d o s l o s d e -
COCIDO PODRIDO m á s » . D u r a n t e m á s d e q u i n i e n t o s a ñ o s constituirá «un invariable c u a d r o es-
t a b l e , e n c u y o i n t e r i o r s e d e s p l i e g a n las a c t i v i d a d e s d e las p o b l a c i o n e s c a m -
E s t e e s q u e m a p u e d e — y d e b e — ser a m p l i a d o , p a r a añadir la fritura, p e s i n a s » . E s t e c a s o e j e m p l a r p e r m i t e a K r z y s z t o f P o m i a n d e s t a c a r l o s ca-
la c o c c i ó n a v a p o r , e t c . S e p u e d e i n t e n t a r a ú n s u p e r p o n e r l e o t r o s e s q u e - r a c t e r e s f u n d a m e n t a l e s d e la historia estructural, concebida c o m o la «his-
m a s c o n c e r n i e n t e s a la r e l a c i ó n h o m b r e - m u j e r , o r g a n i z a c i ó n d e l t r a b a j o , r e - t o r i a d e las p o b l a c i o n e s t o t a l e s » q u e d e s d e ñ a lo e x c e p c i o n a l p a r a i n t e r e -
l a c i o n e s e n t r e el p o b l a d o y l a s a b a n a . A s í d e s c u b r i r e m o s q u e la c o c i n a d e s a r s e « p o r l o q u e es b a n a l , r e p e t i t i v o , p r e s e n t e e n la v i d a c o t i d i a n a » ; c o m o
u n a s o c i e d a d es u n l e n g u a j e m e d i a n t e el c u a l é s t a t r a d u c e i n c o n s c i e n t e - u n a h i s t o r i a p s i c o l ó g i c a , e n l a q u e el t r a t a m i e n t o e s t a d í s t i c o d e f e n ó m e n o s
m e n t e su e s t r u c t u r a y d e s v e l a sus c o n t r a d i c c i o n e s . T a l g u í a p u e d e ser útil c o m o la n u p c i a l i d a d y l a n a t a l i d a d , p o r e j e m p l o , p e r m i t e d e s c u b r i r a c t i t u -
al h i s t o r i a d o r d e s e o s o d e e s t u d i a r las m o d a l i d a d e s d e la m e s a e n u n a é p o c a d e s m á s s e c r e t a s ; c o m o u n a h i s t o r i a d e l o s f e n ó m e n o s sociales t o t a l e s q u e

220 221
s e s i t ú a n , s e g ú n es p r o p i o d e la c o n c e p c i ó n d e la é p o c a , « e n el p u n t o d e
i n t e r s e c c i ó n d e lo e c o n ó m i c o y d e lo p o l í t i c o , d e lo social y d e l o m e n t a l » ; 3. MlCHEL FOUCAULT, PENSADOR DE LA DISCONTINUIDAD Y DE LA
RELACIÓN
f i n a l m e n t e , c o m o u n a h i s t o r i a b i o l ó g i c a , q u e a n a l i z a las r e a c c i o n e s d e l o s
h o m b r e s a n t e las c o a c c i o n e s n a t u r a l e s ( c l i m a , i n v a s i o n e s m i c r o b i a n a s , e t c . ) .
M i c h e l F o u c a u l t n u n c a n e g ó ciertos e n f r e n t a m i e n t o s , p o r lo d e m á s evi-
A u n o t o r g a n d o u n lugar privilegiado a los m a r c o s estables q u e o r g a n i z a n
d e n t e s , c o n el e s t r u c t u r a l i s m o , p e r o , s o b r e t o d o , t u v o la v a l e n t í a d e « e x -
l a c o t i d i a n e i d a d , l a h i s t o r i a e s t r u c t u r a l r e v a l o r i z a t a m b i é n el c o n c e p t o d e
p l a y a r l o s p r i n c i p i o s » d e la t r a n s f o r m a c i ó n q u e e s t a b a n t e n i e n d o l u g a r e n
revolución de dos formas: p o r u n a p a r t e , en tanto que r u p t u r a q u e e n t r a ñ a
la h i s t o r i a . I n d u d a b l e m e n t e a l u d í a a las p r á c t i c a s d e la h i s t o r i a e s t r u c t u r a l
e l h u n d i m i e n t o d e l a a n t i g u a e s t r u c t u r a y el a d v e n i m i e n t o d e l a n u e v a ; p o r
y s e r i a d a , a p r o p ó s i t o d e la c u a l p r o c u r ó e x t r a e r t o d a s sus c o n s e c u e n c i a s
o t r a p a r t e , e n t a n t o q u e p r o c e s o silencioso y m u y lento, c o m o la revolu-
teóricas. N o s c o n v e n c e r e m o s fácilmente l e y e n d o , d e forma paralela, su ce-
c i ó n a g r í c o l a o l a p r o g r e s i v a a l f a b e t i z a c i ó n d e los f r a n c e s e s ( q u e s e d e s a r r o -
l e b é r r i m a i n t r o d u c c i ó n a L'Archéologie du savoir (1969) y l a r e f l e x i ó n , casi
lla a lo l a r g o d e t r e s c i e n t o s a ñ o s a p r o x i m a d a m e n t e ) . C o n c e b i d a así, l a r e -
c o n t e m p o r á n e a , d e F r a n c o i s F u r e t a c e r c a d e « L ' h i s t o i r e q u a n t i t a t i v e e t la
v o l u c i ó n n o es «la s e r i e d e a c o n t e n c i m e n t o s ú n i c o s » q u e h a c í a las d e l i c i a s
c o n s t r u c t i o n d u fait h i s t o r i q u e » (Annales ESC , 1 9 7 1 , n ú m . 1. p p . 6 3 - 7 5 ) .
d e los m a e s t r o s d e la h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e , sino u n a « o l e a d a d e i n n o v a c i o -
A p a r e n t e m e n t e n a d a h a y m á s o p u e s t o q u e l a h i s t o r i a s e r i a d a , q u e se d e -
n e s q u e se p r o p a g a a p a r t i r d e u n p u n t o inicial a t r a v é s d e i n n u m e r a b l e s
s a r r o l l a e n l a d i a c r o n í a , y el mutacionismo de Foucault, que da máxima im-
repeticiones».
p o r t a n c i a a las r u p t u r a s b r u s c a s y a la e m e r g e n c i a d e e s t r u c t u r a s n u e v a s .
C o n c e p c i o n e s p r ó x i m a s a las d e K . P o m i a n s o n las q u e , a n u e s t r o p a -
D e h e c h o , ¿quién n o percibe q u e los estudios seriados se f u n d a m e n t a n e n
recer, guían algunos trabajos de E m m a n u e l L e Roy Ladurie, especialmen-
la d i s c o n t i n u i d a d p o r q u e i m p l i c a n , a l a v e z , l a d e h m i t a c i ó n d e u n e s p a c i o
t e « L ' H i s t o i r e i n m o b i l e » d e l a F r a n c i a t r a d i c i o n a l r u r a l e n t r e los a ñ o s 1300
p a r a el a n á l i s i s , el e s t a b l e c i m i e n t o d e las c e n s u r a s c r o n o l ó g i c a s significati-
y 1730 (Annales ESC, m a y o - j u n i o 1 9 7 4 , p p . 673 y s.) y d e P i e r r e C h a u n u .
v a s , y l a d i s t i n c i ó n d e las t e m p o r a l i d a d e s p r o p i a s d e las d i v e r s a s i n s t a n c i a s
E n Le temps des reformes, 1250-1550, C h a u n u p r o p o n e , refiriéndose explí-
d e lo r e a l ? A d e m á s , e s t o s e s t u d i o s , d e s a r r o l l á n d o s e e n p e r í o d o s d e l a r g a
c i t a m e n t e a l a n o c i ó n d e « e s t r u c t u r a a u t ó n o m a f o r m a d a » , u n m o d e l o in-
d u r a c i ó n , a c t u a l i z a n las p e r m a n e n c i a s y r e g u l a r i d a d e s s u b y a c e n t e s b a j o las
t e r p r e t a t i v o p a r t i c u l a r m e n t e e s c l a r e c e d o r p a r a pensar la vida religiosa de
oscilaciones superficiales. O sea, q u e estos trabajos h a c e n aflorar zócalos
l o s h u m i l d e s a finales d e l a E d a d M e d i a . L a s a r t i c u l a c i o n e s f u n d a m e n t a l e s
estructurales de n a t u r a l e z a variada (rigidez del sistema e c o n ó m i c o , rutina
s o n : t r a n s m i s i ó n o r a l d e l m e n s a j e ; p r i m a c í a d e l h a c e r s o b r e el s a b e r , s o - 1 0
m e n t a l , e t c . ) . E n l a s p r i m e r a s p á g i n a s d e L'Archéologie du savoir , Fou-
c i a l i z a c i ó n d e l a a s c e s i s , q u e t i e n e c o m o e j e f u n d a m e n t a l las p r o h i b i c i o n e s
c a u l t s e ñ a l a p r e c i s a m e n t e el d e s p l a z a m i e n t o d e l a m i r a d a d e l h i s t o r i a d o r ,
alimenticias y sexuales; v a l o r a c i ó n d e los ritos d e iniciación y d e integra-
q u e le h a h e c h o dirigirse hacia «los g r a n d e s zócalos inmóviles y m u d o s » ,
c i ó n , t a l e s c o m o el b a u t i s m o y la c o n f i r m a c i ó n ; e n fin, l a b ú s q u e d a d e u n a
hasta entonces ocultos bajo los acontecimientos. A partir de este m o m e n t o
« s o c i a b i l i d a d c o m p e n s a d o r a » q u e h a l l a s u s a t i s f a c c i ó n t a n t o e n el r i t o d e
el i n v e s t i g a d o r d i s t i n g u e « c a p a s s e d i m e n t a r i a s d i v e r s a s » , a n a l i z a l o s f e n ó -
l a m i s a d o m i n i c a l c o m o e n el b a u t i s m o , o c a s i ó n d e t e j e r v í n c u l o s p r o t e c -
m e n o s d e d e s n i v e l e n p r o f u n d i d a d , d e s c u b r e las d i s c o r d a n c i a s e n t r e u n e s -
t o r e s r e s p e c t o al n i ñ o , e l i g i é n d o l e m u c h o s p a d r i n o s y m a d r i n a s . C o m o v e -
t r a t o d e la r e a l i d a d y o t r o . T a l p r o b l e m á t i c a c u e s t i o n a l a c o n c e p c i ó n clási-
m o s , s e h a c e r e f e r e n c i a a l o d e m o g r á f i c o y a lo social p a r a i n t e r p r e t a r l o
c a d e l d o c u m e n t o . E s t e y a n o es c o n s i d e r a d o c o m o u n r e f l e j o d e l p a s a d o ,
r e l i g i o s o . E n el s e n o d e e s t a r í g i d a e s t r u c t u r a d e r e p r e s e n t a c i o n e s y c o m -
sino c o m o u n material q u e h a y q u e tratar, d e s c o m p o n e r , repartir en series.
p o r t a m i e n t o s m a d u r a u n a revolución q u e d e s e m b o c a r á e n la g r a n r u p t u r a
L a h i s t o r i a y a n o p r e t e n d e s e r l a m e m o r i a d e la h u m a n i d a d , s i n o q u e se
d e l siglo x v i . E n e f e c t o , l a s e p a r a c i ó n e n t r e c l é r i g o s y l a i c o s se a t e n ú a d e s -
define, m á s m o d e s t a m e n t e , c o m o u n t r a b a j o a realizar a partir d e la « m a -
d e u n a d o b l e p e r p e c t i v a : e n p r i m e r l u g a r , s e x u a l , y a q u e el p r o g r e s i v o r e -
t e r i a l i d a d d o c u m e n t a l » . P o r s u p a r t e , la h i s t o r i a d e las i d e a s e s t u d i a d e s d e
t r a s o d e la e d a d d e c a s a r s e m a n t i e n e a m u c h o s l a i c o s a d u l t o s e n el m i s m o
e s t e m o m e n t o las rupturas epistemológicas, las transiciones y las transfor-
e s t a d o d e c o n t i n e n c i a p r o p i o d e los c l é r i g o s ; e n s e g u n d o l u g a r , c u l t u r a l ,
maciones de los conceptos. D e s p l a z a su i n t e r é s d e s d e las c o n t i n u i d a d e s cul-
p o r q u e c a d a v e z c r e c e m á s el n ú m e r o d e los « q u e l e e n y e s c r i b e n » . P o r
t u r a l e s ( c a m b i o s , i n f l u e n c i a s , e t c . ) h a c i a las c o h e r e n c i a s i n t e r n a s d e l o s d i -
e l l o los l a i c o s a s p i r a n a a c a b a r c o n el m o n o p o l i o s a c e r d o t a l d e e x p l i c a r las
f e r e n t e s s i s t e m a s c o n c e p t u a l e s , y s o b r e t o d o h a c i a la t r a n s i c i ó n d e u n sis-
S a g r a d a s E s c r i t u r a s y d e m a n i p u l a r l o s a c r o b a j o t o d a s sus f o r m a s . E s t e e s -
t e m a a otro. Por este h e c h o , la discontinuidad adquiere un papel central
t u d i o , e l e g i d o p o r su c a r á c t e r r e p r e s e n t a t i v o , m u e s t r a l a v i t a l i d a d d e la h i s -
e n t o d a s las f o r m a s d e l a h i s t o r i a ( s o c i a l , i n t e l e c t u a l , e t c . ) . H a s t a e n t o n c e s ,
t o r i a q u e P o m i a n d e n o m i n a structurale y a la q u e n o s o t r o s p r o p o n e m o s d e -
la d i s c o n t i n u i d a d se p e r c i b í a c o m o u n o b s t á c u l o , c o m o u n e l e m e n t o « e s -
n o m i n a r structurelle, p o r q u e n o n o s p a r e c e q u e r e s p o n d a t o t a l m e n t e a la
candaloso» q u e h a b í a q u e asimilar. D e a h o r a en a d e l a n t e , la discontinui-
a m b i c i ó n e s t r u c t u r a l i s t a d e a p r e h e n d e r l o s f e n ó m e n o s «al m a r g e n d e sus
d a d es r e s u l t a d o d e u n a o p e r a c i ó n d e l i b e r a d a d e l h i s t o r i a d o r q u e aisla l o s
m a n i f e s t a c i o n e s c o n s c i e n t e s » y d e c o n s e g u i r « s i s t e m a t i z a r sus r e l a c i o n e s y
n i v e l e s e s p e c í f i c o s d e l a n á l i s i s . Y t a m b i é n es r e s u l t a d o d e l análisis q u e se
transformaciones de conjunto a partir de u n reducido n ú m e r o de variables».

10
La reflexión se organizará aquí a partir de este libro y de Surveiller et Punir, 1975. No es
cuestión de tomar en consideración la totalidad de una obra tan considerable, que va desde la
Histoire de la folie á l'áge classique pasa el Droit de savoir, pasando por Les Mots et les Chases.
Pretendemos sólo iluminar un problema, no escribir un artículo de diccionario.
222
223
s e s i t ú a n , s e g ú n es p r o p i o d e la c o n c e p c i ó n d e la é p o c a , « e n el p u n t o d e
i n t e r s e c c i ó n d e lo e c o n ó m i c o y d e lo p o l í t i c o , d e lo social y d e l o m e n t a l » ; 3. MlCHEL FOUCAULT, PENSADOR DE LA DISCONTINUIDAD Y DE LA
RELACIÓN
f i n a l m e n t e , c o m o u n a h i s t o r i a b i o l ó g i c a , q u e a n a l i z a las r e a c c i o n e s d e l o s
h o m b r e s a n t e las c o a c c i o n e s n a t u r a l e s ( c l i m a , i n v a s i o n e s m i c r o b i a n a s , e t c . ) .
M i c h e l F o u c a u l t n u n c a n e g ó ciertos e n f r e n t a m i e n t o s , p o r lo d e m á s evi-
A u n o t o r g a n d o u n lugar privilegiado a los m a r c o s estables q u e o r g a n i z a n
d e n t e s , c o n el e s t r u c t u r a l i s m o , p e r o , s o b r e t o d o , t u v o la v a l e n t í a d e « e x -
l a c o t i d i a n e i d a d , l a h i s t o r i a e s t r u c t u r a l r e v a l o r i z a t a m b i é n el c o n c e p t o d e
p l a y a r l o s p r i n c i p i o s » d e la t r a n s f o r m a c i ó n q u e e s t a b a n t e n i e n d o l u g a r e n
revolución de dos formas: p o r u n a p a r t e , en tanto que r u p t u r a q u e e n t r a ñ a
la h i s t o r i a . I n d u d a b l e m e n t e a l u d í a a las p r á c t i c a s d e la h i s t o r i a e s t r u c t u r a l
e l h u n d i m i e n t o d e l a a n t i g u a e s t r u c t u r a y el a d v e n i m i e n t o d e l a n u e v a ; p o r
y s e r i a d a , a p r o p ó s i t o d e la c u a l p r o c u r ó e x t r a e r t o d a s sus c o n s e c u e n c i a s
o t r a p a r t e , e n t a n t o q u e p r o c e s o silencioso y m u y lento, c o m o la revolu-
teóricas. N o s c o n v e n c e r e m o s fácilmente l e y e n d o , d e forma paralela, su ce-
c i ó n a g r í c o l a o l a p r o g r e s i v a a l f a b e t i z a c i ó n d e los f r a n c e s e s ( q u e s e d e s a r r o -
l e b é r r i m a i n t r o d u c c i ó n a L'Archéologie du savoir (1969) y l a r e f l e x i ó n , casi
lla a lo l a r g o d e t r e s c i e n t o s a ñ o s a p r o x i m a d a m e n t e ) . C o n c e b i d a así, l a r e -
c o n t e m p o r á n e a , d e F r a n c o i s F u r e t a c e r c a d e « L ' h i s t o i r e q u a n t i t a t i v e e t la
v o l u c i ó n n o es «la s e r i e d e a c o n t e n c i m e n t o s ú n i c o s » q u e h a c í a las d e l i c i a s
c o n s t r u c t i o n d u fait h i s t o r i q u e » (Annales ESC , 1 9 7 1 , n ú m . 1. p p . 6 3 - 7 5 ) .
d e los m a e s t r o s d e la h i s t o r i a h i s t o r i z a n t e , sino u n a « o l e a d a d e i n n o v a c i o -
A p a r e n t e m e n t e n a d a h a y m á s o p u e s t o q u e l a h i s t o r i a s e r i a d a , q u e se d e -
n e s q u e se p r o p a g a a p a r t i r d e u n p u n t o inicial a t r a v é s d e i n n u m e r a b l e s
s a r r o l l a e n l a d i a c r o n í a , y el mutacionismo de Foucault, que da máxima im-
repeticiones».
p o r t a n c i a a las r u p t u r a s b r u s c a s y a la e m e r g e n c i a d e e s t r u c t u r a s n u e v a s .
C o n c e p c i o n e s p r ó x i m a s a las d e K . P o m i a n s o n las q u e , a n u e s t r o p a -
D e h e c h o , ¿quién n o percibe q u e los estudios seriados se f u n d a m e n t a n e n
recer, guían algunos trabajos de E m m a n u e l L e Roy Ladurie, especialmen-
la d i s c o n t i n u i d a d p o r q u e i m p l i c a n , a l a v e z , l a d e h m i t a c i ó n d e u n e s p a c i o
t e « L ' H i s t o i r e i n m o b i l e » d e l a F r a n c i a t r a d i c i o n a l r u r a l e n t r e los a ñ o s 1300
p a r a el a n á l i s i s , el e s t a b l e c i m i e n t o d e las c e n s u r a s c r o n o l ó g i c a s significati-
y 1730 (Annales ESC, m a y o - j u n i o 1 9 7 4 , p p . 673 y s.) y d e P i e r r e C h a u n u .
v a s , y l a d i s t i n c i ó n d e las t e m p o r a l i d a d e s p r o p i a s d e las d i v e r s a s i n s t a n c i a s
E n Le temps des reformes, 1250-1550, C h a u n u p r o p o n e , refiriéndose explí-
d e lo r e a l ? A d e m á s , e s t o s e s t u d i o s , d e s a r r o l l á n d o s e e n p e r í o d o s d e l a r g a
c i t a m e n t e a l a n o c i ó n d e « e s t r u c t u r a a u t ó n o m a f o r m a d a » , u n m o d e l o in-
d u r a c i ó n , a c t u a l i z a n las p e r m a n e n c i a s y r e g u l a r i d a d e s s u b y a c e n t e s b a j o las
t e r p r e t a t i v o p a r t i c u l a r m e n t e e s c l a r e c e d o r p a r a pensar la vida religiosa de
oscilaciones superficiales. O sea, q u e estos trabajos h a c e n aflorar zócalos
l o s h u m i l d e s a finales d e l a E d a d M e d i a . L a s a r t i c u l a c i o n e s f u n d a m e n t a l e s
estructurales de n a t u r a l e z a variada (rigidez del sistema e c o n ó m i c o , rutina
s o n : t r a n s m i s i ó n o r a l d e l m e n s a j e ; p r i m a c í a d e l h a c e r s o b r e el s a b e r , s o - 1 0
m e n t a l , e t c . ) . E n l a s p r i m e r a s p á g i n a s d e L'Archéologie du savoir , Fou-
c i a l i z a c i ó n d e l a a s c e s i s , q u e t i e n e c o m o e j e f u n d a m e n t a l las p r o h i b i c i o n e s
c a u l t s e ñ a l a p r e c i s a m e n t e el d e s p l a z a m i e n t o d e l a m i r a d a d e l h i s t o r i a d o r ,
alimenticias y sexuales; v a l o r a c i ó n d e los ritos d e iniciación y d e integra-
q u e le h a h e c h o dirigirse hacia «los g r a n d e s zócalos inmóviles y m u d o s » ,
c i ó n , t a l e s c o m o el b a u t i s m o y la c o n f i r m a c i ó n ; e n fin, l a b ú s q u e d a d e u n a
hasta entonces ocultos bajo los acontecimientos. A partir de este m o m e n t o
« s o c i a b i l i d a d c o m p e n s a d o r a » q u e h a l l a s u s a t i s f a c c i ó n t a n t o e n el r i t o d e
el i n v e s t i g a d o r d i s t i n g u e « c a p a s s e d i m e n t a r i a s d i v e r s a s » , a n a l i z a l o s f e n ó -
l a m i s a d o m i n i c a l c o m o e n el b a u t i s m o , o c a s i ó n d e t e j e r v í n c u l o s p r o t e c -
m e n o s d e d e s n i v e l e n p r o f u n d i d a d , d e s c u b r e las d i s c o r d a n c i a s e n t r e u n e s -
t o r e s r e s p e c t o al n i ñ o , e l i g i é n d o l e m u c h o s p a d r i n o s y m a d r i n a s . C o m o v e -
t r a t o d e la r e a l i d a d y o t r o . T a l p r o b l e m á t i c a c u e s t i o n a l a c o n c e p c i ó n clási-
m o s , s e h a c e r e f e r e n c i a a l o d e m o g r á f i c o y a lo social p a r a i n t e r p r e t a r l o
c a d e l d o c u m e n t o . E s t e y a n o es c o n s i d e r a d o c o m o u n r e f l e j o d e l p a s a d o ,
r e l i g i o s o . E n el s e n o d e e s t a r í g i d a e s t r u c t u r a d e r e p r e s e n t a c i o n e s y c o m -
sino c o m o u n material q u e h a y q u e tratar, d e s c o m p o n e r , repartir en series.
p o r t a m i e n t o s m a d u r a u n a revolución q u e d e s e m b o c a r á e n la g r a n r u p t u r a
L a h i s t o r i a y a n o p r e t e n d e s e r l a m e m o r i a d e la h u m a n i d a d , s i n o q u e se
d e l siglo x v i . E n e f e c t o , l a s e p a r a c i ó n e n t r e c l é r i g o s y l a i c o s se a t e n ú a d e s -
define, m á s m o d e s t a m e n t e , c o m o u n t r a b a j o a realizar a partir d e la « m a -
d e u n a d o b l e p e r p e c t i v a : e n p r i m e r l u g a r , s e x u a l , y a q u e el p r o g r e s i v o r e -
t e r i a l i d a d d o c u m e n t a l » . P o r s u p a r t e , la h i s t o r i a d e las i d e a s e s t u d i a d e s d e
t r a s o d e la e d a d d e c a s a r s e m a n t i e n e a m u c h o s l a i c o s a d u l t o s e n el m i s m o
e s t e m o m e n t o las rupturas epistemológicas, las transiciones y las transfor-
e s t a d o d e c o n t i n e n c i a p r o p i o d e los c l é r i g o s ; e n s e g u n d o l u g a r , c u l t u r a l ,
maciones de los conceptos. D e s p l a z a su i n t e r é s d e s d e las c o n t i n u i d a d e s cul-
p o r q u e c a d a v e z c r e c e m á s el n ú m e r o d e los « q u e l e e n y e s c r i b e n » . P o r
t u r a l e s ( c a m b i o s , i n f l u e n c i a s , e t c . ) h a c i a las c o h e r e n c i a s i n t e r n a s d e l o s d i -
e l l o los l a i c o s a s p i r a n a a c a b a r c o n el m o n o p o l i o s a c e r d o t a l d e e x p l i c a r las
f e r e n t e s s i s t e m a s c o n c e p t u a l e s , y s o b r e t o d o h a c i a la t r a n s i c i ó n d e u n sis-
S a g r a d a s E s c r i t u r a s y d e m a n i p u l a r l o s a c r o b a j o t o d a s sus f o r m a s . E s t e e s -
t e m a a otro. Por este h e c h o , la discontinuidad adquiere un papel central
t u d i o , e l e g i d o p o r su c a r á c t e r r e p r e s e n t a t i v o , m u e s t r a l a v i t a l i d a d d e la h i s -
e n t o d a s las f o r m a s d e l a h i s t o r i a ( s o c i a l , i n t e l e c t u a l , e t c . ) . H a s t a e n t o n c e s ,
t o r i a q u e P o m i a n d e n o m i n a structurale y a la q u e n o s o t r o s p r o p o n e m o s d e -
la d i s c o n t i n u i d a d se p e r c i b í a c o m o u n o b s t á c u l o , c o m o u n e l e m e n t o « e s -
n o m i n a r structurelle, p o r q u e n o n o s p a r e c e q u e r e s p o n d a t o t a l m e n t e a la
candaloso» q u e h a b í a q u e asimilar. D e a h o r a en a d e l a n t e , la discontinui-
a m b i c i ó n e s t r u c t u r a l i s t a d e a p r e h e n d e r l o s f e n ó m e n o s «al m a r g e n d e sus
d a d es r e s u l t a d o d e u n a o p e r a c i ó n d e l i b e r a d a d e l h i s t o r i a d o r q u e aisla l o s
m a n i f e s t a c i o n e s c o n s c i e n t e s » y d e c o n s e g u i r « s i s t e m a t i z a r sus r e l a c i o n e s y
n i v e l e s e s p e c í f i c o s d e l a n á l i s i s . Y t a m b i é n es r e s u l t a d o d e l análisis q u e se
transformaciones de conjunto a partir de u n reducido n ú m e r o de variables».

10
La reflexión se organizará aquí a partir de este libro y de Surveiller et Punir, 1975. No es
cuestión de tomar en consideración la totalidad de una obra tan considerable, que va desde la
Histoire de la folie á l'áge classique pasa el Droit de savoir, pasando por Les Mots et les Chases.
Pretendemos sólo iluminar un problema, no escribir un artículo de diccionario.
222
223
p r o p o n e e s t u d i a r las r u p t u r a s y m o s t r a r las i n f l e x i o n e s significativas e n el
s e n o d e l a r e a l i d a d o b s e r v a d a . C o n s c i e n t e d e la n o v e d a d q u e s u p o n e su in- •
vestigación, Foucault p r e v é protestas v e h e m e n t e s p o r p a r t e d e los erudi-
t o s : « E x c l a m a r á n q u e la h i s t o r i a h a s i d o a s e s i n a d a , c a d a v e z q u e v e a n u t i -
lizar, d e f o r m a d e m a s i a d o m a n i f i e s t a , e n u n análisis h i s t ó r i c o — y e s p e c i a l -
m e n t e si s e t r a t a d e l p e n s a m i e n t o , d e las i d e a s o d e l o s c o n o c i m i e n t o s — ,
las c a t e g o r í a s d e la d i s c o n t i n u i d a d y d e la d i f e r e n c i a , las n o c i o n e s d e u m -
b r a l , d e r u p t u r a y d e t r a n s f o r m a c i ó n , la d e s c r i p c i ó n d e las s e r i e s y d e los
h'mites. S e d e n u n c i a r á q u e c o n s t i t u y e u n a t e n t a d o c o n t r a l o s d e r e c h o s i m -
p r e s c r i p t i b l e s d e la h i s t o r i a y c o n t r a el f u n d a m e n t o d e c u a l q u i e r p o s i b l e h i s -
t o r i c i d a d , P e r o n o n o s e q u i v o q u e m o s : lo q u e se l l o r a c o n t a n t o énfasis n o
es la d e s a p a r i c i ó n d e la h i s t o r i a , sino la d e s p a r i c i ó n d e u n a f o r m a d e h i s -
t o r i a q u e se r e f e r í a p o r c o m p l e t o , a u n q u e s e c r e t a m e n t e , a l a a c t i v i d a d sin-
tética del sujeto.»
V e a m o s a h o r a m á s d e c e r c a , s i e m p r e a t r a v é s d e L'Archéologie, cómo
e s t e p o s t u l a d o d i s c o n t i n u i s t a a r r a s t r a al a u t o r a d e s m a r c a r s e d e l a t r a d i c i o -
n a l h i s t o r i a d e las i d e a s . E s n e c e s a r i o , n o s d i c e , t r a n s g r e d i r los c o n c e p t o s
c o m ú n m e n t e admitidos, c o m o los d e tradición, influencia ( q u e suministra
u n a p o y o a los h e c h o s d e transmisión y de c o m u n i c a c i ó n ) , de evolución
(que relaciona toda u n a serie d e acontecimientos con u n único y m i s m o
principio organizador) o, incluso, de mentalidad de u n a época (que postu-
l a l a e x i s t e n c i a d e u n principio ordenador). H a y q u e a b a n d o n a r todas estas
e x p l i c a c i o n e s p e r e z o s a s . H a y q u e d u d a r d e las s e p a r a c i o n e s h a b i t u a l e s e n -
t r e disciplinas (filosofía, d e r e c h o , h i s t o r i a , e t c . ) y d e n o c i o n e s t a n s i m p l e s
c o m o a q u e l l a s q u e d i c e n q u e tal l i b r o o tal o b r a t i e n e n u n a u t o r . P o r q u e
t o d o t e x t o n o s r e m i t e a o t r o s t e x t o s , se i n s c r i b e e n el c a m p o d e l o s d i s c u r -
sos a s o c i a d o s , y r e p o s a a m p l i a m e n t e s o b r e l o y a d i c h o . A s í p u e s , h a y q u e
r e n u n c i a r a a t r i b u i r v a l o r e s d e s i g u a l e s a los e n u n c i a d o s , d a n d o m a y o r i m -
p o r t a n c i a a lo n u e v o e n r e l a c i ó n a lo a n t i g u o , a l o i n é d i t o a e x p e n s a s d e
lo r e p e t i d o , e t c . E n el f u t u r o , la h i s t o r i a n o d e b e r á y a e s p i a r l o s « a c o n t e -
c i m i e n t o s » d e l p e n s a m i e n t o , s i n o a f e r r a r s e a las r e g l a s q u e c o n d i c i o n a n la
p r o d u c c i ó n d e los d i s c u r s o s e n u n a é p o c a d a d a . E s t o s d i s c u r s o s h a y q u e c o n -
siderarlos c o m o realizaciones verbales regidas «por u n conjunto de reglas
e c o n ó m i c a s , h i s t ó r i c a s , s i e m p r e d e t e r m i n a d a s e n el t i e m p o y e n el e s p a c i o ,
q u e h a n definido, en u n a época d a d a , y p a r a u n área social, e c o n ó m i c a ,
g e o g r á f i c a o lingüística d e t e r m i n a d a , las c o n d i c i o n e s d e l e j e r c i c i o d e la fun-
ción enunciativa». P u e d e n o t a r s e en estas líneas la p r e o c u p a c i ó n p o r con-
ciliar la d i s c i p l i n a e s t r u c t u r a l , q u e e s t u d i a los v a l o r e s d e l f u n c i o n a m i e n t o
d e u n s i s t e m a , c o n las e x i g e n c i a s d e u n a a p r o x i m a c i ó n h i s t ó r i c a , e n el s e n -
tido p l e n o del t é r m i n o .
Surveiller et Punir-Naissance de la prison, p u b l i c a d a e n 1 9 7 5 , c o n s t i t u y e
u n a m u e s t r a d e u n a n u e v a forma d e escribir la historia q u e seduce y t u r b a
a la v e z a los p r o f e s i o n a l e s d e l g é n e r o . L a r e f l e x i ó n d e l a u t o r p a r t e d e l a
c o n s t a t a c i ó n d e la d i f e r e n c i a e n t r e d o s f o r m a s d e r e p r e s i ó n d i s t a n t e s e n
t r e s c u a r t o s d e siglo: la a t r o z e j e c u c i ó n d e D a m i e n s 1 1
e n 1757 y el m i -
11
Damiens (1715-1757). Desequilibrado menta], regicida de Luis XV, a] que asestó una cu-
chillada cuando salía del Palacio de Versalles sin móvil político alguno. Detenido inmediatamen-
te, fue condenado a muerte y descuartizado. Equivocadamente se intentó involucrar en el hecho
a los jansenistas o a los jesuítas. (N. del T.)
224
nucioso e m p l e o del t i e m p o previsto en u n a casa de jóvenes encarcelados
d u r a n t e la m o n a r q u í a d e julio. E s t o s dos estilos p e n a l e s c o n t r a s t a d o s tra-
d u c e n « u n a redistribución d e la e c o n o m í a del castigo en E u r o p a y en los
E s t a d o s U n i d o s » , q u e r e s i d e e n la d e s a p a r i c i ó n d e «la s o m b r í a f i e s t a p u -
n i t i v a » q u e c o n s t i t u í a l a e j e c u c i ó n d e l o s c o n d e n a d o s , así c o m o e n el
r e c u r s o generalizado a la prisión p a r a castigar a los delicuentes. L a encar-
c e l a c i ó n se p r a c t i c a b a d e s d e la a n t i g ü e d a d , p e r o se c o n v i e r t e e n « p i e z a p r i n -
cipal» d e l s i s t e m a p e n a l e n l a t r a n s i c i ó n d e l siglo x v m al x i x . L o s p r o p i o s
contemporáneos tuvieron conciencia d e este cambio brusco, que constitu-
y e el t e m a d e r e f l e x i ó n d e M i c h e l F o u c a u l t . É s t e n o c o n s i d e r a las p r á c t i c a s
judiciales y p e n a l e s a i s l a d a m e n t e , sino c o m o e l e m e n t o s indisociables d e la
e s t r u c t u r a social e n su c o n j u n t o . V e n e n el c a s t i g o p e n a l u n a f u n c i ó n social
c o m p l e j a , y e n los m é t o d o s p u n i t i v o s t é c n i c a s q u e es n e c e s a r i o r e e m p l a z a r
e n el c a m p o g e n e r a l d e l o s p r o c e d i m i e n t o s d e l p o d e r . L a e c o n o m í a d e l c a s -
t i g o d e p e n d e d e la « e c o n o m í a p o l í t i c a d e l c u e r p o » , o r q u e s t a d a p o r l o s d i -
f e r e n t e s p o d e r e s q u e c e r c a n al i n d i v i d u o , «le m a r c a n , le e n c a r r i l a n , le t o r -
t u r a n , le s o m e n t e n a t r a b a j o s f o r z a d o s » . E s t a s u j e c i ó n d e l c u e r p o v a u n i d a
a s u u t i l i z a c i ó n e c o n ó m i c a c o m o f u e r z a p r o d u c t i v a . I m p l i c a la c o n v e r g e n -
cia d e t o d o u n c o n j u n t o d e p r á c t i c a s d i s c i p l i n a r i a s , q u e a c t ú a n d e s d e l a e s -
c u e l a al c u a r t e l , p a s a n d o p o r la f á b r i c a y el t a l l e r . M e r e c e la p e n a s e ñ a l a r
el c a r á c t e r g l o b a l d e e s t a a p r o x i m a c i ó n y e n f o q u e , q u e n o s m u e s t r a n l a e s -
t r e c h a conexión existente e n t r e los diversos a p a r a t o s d e domesticación d e
l o s i n d i v i d u o s . A s í s e i l u s t r a la g é n e s i s d e l s i s t e m a d e c a s t i g o g e n e r a l i z a d o ,
d e d o n d e p r o c e d e el anónimo carcelario d e l o s t i e m p o s a c t u a l e s . F o u c a u l t
a f r o n t a el difícil p r o b l e m a d e l a e m e r g e n c i a y d e la c o n s o l i d a c i ó n d e u n a
n u e v a estructura (punitiva en esta ocasión), q u e constituye un escollo en
el d e b a t e e n t r e h i s t o r i a y e s t r u c t u r a l i s m o . I n v o c a t o d a u n a s e r i e d e f a c t o -
r e s i n t e r r e l a c i o n a d o s , e n t r e e l l o s l o s c a m b i o s e n l a c r i m i n a l i d a d ( a la é p o c a
d e las g r a n d e s b a n d a s s i g u e l a d e l a d e l i n c u e n c i a i n d i v i d u a l , los c r í m e n e s
y las l e y e s se s u a v i z a n ) , el d e s a r r o l l o d e l a p a r a t o j u d i c i a l ( q u e p e r m i t e « e l
m á s e s t r e c h o c o n t r o l p e n a l d e l c u e r p o s o c i a l » ) y , f i n a l m e n t e , la m e n o r t o -
l e r a n c i a a n t e las d i f e r e n t e s f o r m a s d e i l e g a l i d a d , c o m o el c o n t r a b a n d o y la
r a p i ñ a , a l o s q u e el A n t i g u o R é g i m e n se h a b í a a c o s t u m b r a d o . S e i m p o n í a ,
p u e s , la t r a n s f o r m a c i ó n d e l s i s t e m a p e n a l a finales d e l siglo x v m , p e r o
¿ c ó m o ? S e g ú n l o s r e f o r m a d o r e s i n f l u i d o s p o r l o s i d e a l e s d e la L u c e s , h a c í a
falta i n s t a u r a r la e s t a b i l i d a d y n o r m a l i z a c i ó n d e los c a s t i g o s ( e n l u g a r d e l
sombrío relámpago del suplicio), establecer u n a relación d e comunicación
s i m b ó l i c a e n t r e la p e n a y el c r i m e n , y a s e g u r a r l a p u b l i c i d a d d e la r e p a r a -
c i ó n i m p u e s t a al c o n d e n a d o . P e r o q u e d a r á n e n l e t r a m u e r t a los p r o y e c t o s
d e c o n s t r u i r «mil p e q u e ñ o s t e a t r o s d e c a s t i g o » p a r a m o r a l i z a c i ó n d e l c u e r -
p o social e n t e r o . E u r o p a o p t ó p o r el firme f u n c i o n a m i e n t o del « p o d e r d e
c a s t i g a r » , g e n e r a l i z a n d o el e n c a r c e l a m i e n t o . N o se p u e d e n e g a r , e n e s t a
m a t e r i a , la influencia e n F r a n c i a o E s p a ñ a d e los m o d e l o s e x t r a n j e r o s , tan-
to holandeses como anglosajones, a u n q u e sólo p u d o implantarse p o r razo-
n e s i n t e r n a s , y a q u e , a finales d e l a é p o c a m o d e r n a , h a b í a a p a r e c i d o p o r
d o q u i e r u n a s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a e n la e s c u e l a , e n el c u a r t e l , e n el t a l l e r ,
y eficaces t é c n i c a s d e d o m e s t i c a c i ó n p e r m i t í a n f o r j a r « c u e r p o s d ó c i l e s » . L a
d i s c i p l i n a r e v e s t í a e n t o d a s p a r t e s el m i s m o r o s t r o : c l a u s u r a , c o n t e n c i ó n d e
los individuos, c o n t r o l , asignación a lugares precisos, minuciosa distribu-
ción del t i e m p o , sumisión del c u e r p o a los i m p e r a t i v o s t e m p o r a l e s , y t a m -
225
p r o p o n e e s t u d i a r las r u p t u r a s y m o s t r a r las i n f l e x i o n e s significativas e n el
s e n o d e l a r e a l i d a d o b s e r v a d a . C o n s c i e n t e d e la n o v e d a d q u e s u p o n e su in- •
vestigación, Foucault p r e v é protestas v e h e m e n t e s p o r p a r t e d e los erudi-
t o s : « E x c l a m a r á n q u e la h i s t o r i a h a s i d o a s e s i n a d a , c a d a v e z q u e v e a n u t i -
lizar, d e f o r m a d e m a s i a d o m a n i f i e s t a , e n u n análisis h i s t ó r i c o — y e s p e c i a l -
m e n t e si s e t r a t a d e l p e n s a m i e n t o , d e las i d e a s o d e l o s c o n o c i m i e n t o s — ,
las c a t e g o r í a s d e la d i s c o n t i n u i d a d y d e la d i f e r e n c i a , las n o c i o n e s d e u m -
b r a l , d e r u p t u r a y d e t r a n s f o r m a c i ó n , la d e s c r i p c i ó n d e las s e r i e s y d e los
h'mites. S e d e n u n c i a r á q u e c o n s t i t u y e u n a t e n t a d o c o n t r a l o s d e r e c h o s i m -
p r e s c r i p t i b l e s d e la h i s t o r i a y c o n t r a el f u n d a m e n t o d e c u a l q u i e r p o s i b l e h i s -
t o r i c i d a d , P e r o n o n o s e q u i v o q u e m o s : lo q u e se l l o r a c o n t a n t o énfasis n o
es la d e s a p a r i c i ó n d e la h i s t o r i a , sino la d e s p a r i c i ó n d e u n a f o r m a d e h i s -
t o r i a q u e se r e f e r í a p o r c o m p l e t o , a u n q u e s e c r e t a m e n t e , a l a a c t i v i d a d sin-
tética del sujeto.»
V e a m o s a h o r a m á s d e c e r c a , s i e m p r e a t r a v é s d e L'Archéologie, cómo
e s t e p o s t u l a d o d i s c o n t i n u i s t a a r r a s t r a al a u t o r a d e s m a r c a r s e d e l a t r a d i c i o -
n a l h i s t o r i a d e las i d e a s . E s n e c e s a r i o , n o s d i c e , t r a n s g r e d i r los c o n c e p t o s
c o m ú n m e n t e admitidos, c o m o los d e tradición, influencia ( q u e suministra
u n a p o y o a los h e c h o s d e transmisión y de c o m u n i c a c i ó n ) , de evolución
(que relaciona toda u n a serie d e acontecimientos con u n único y m i s m o
principio organizador) o, incluso, de mentalidad de u n a época (que postu-
l a l a e x i s t e n c i a d e u n principio ordenador). H a y q u e a b a n d o n a r todas estas
e x p l i c a c i o n e s p e r e z o s a s . H a y q u e d u d a r d e las s e p a r a c i o n e s h a b i t u a l e s e n -
t r e disciplinas (filosofía, d e r e c h o , h i s t o r i a , e t c . ) y d e n o c i o n e s t a n s i m p l e s
c o m o a q u e l l a s q u e d i c e n q u e tal l i b r o o tal o b r a t i e n e n u n a u t o r . P o r q u e
t o d o t e x t o n o s r e m i t e a o t r o s t e x t o s , se i n s c r i b e e n el c a m p o d e l o s d i s c u r -
sos a s o c i a d o s , y r e p o s a a m p l i a m e n t e s o b r e l o y a d i c h o . A s í p u e s , h a y q u e
r e n u n c i a r a a t r i b u i r v a l o r e s d e s i g u a l e s a los e n u n c i a d o s , d a n d o m a y o r i m -
p o r t a n c i a a lo n u e v o e n r e l a c i ó n a lo a n t i g u o , a l o i n é d i t o a e x p e n s a s d e
lo r e p e t i d o , e t c . E n el f u t u r o , la h i s t o r i a n o d e b e r á y a e s p i a r l o s « a c o n t e -
c i m i e n t o s » d e l p e n s a m i e n t o , s i n o a f e r r a r s e a las r e g l a s q u e c o n d i c i o n a n la
p r o d u c c i ó n d e los d i s c u r s o s e n u n a é p o c a d a d a . E s t o s d i s c u r s o s h a y q u e c o n -
siderarlos c o m o realizaciones verbales regidas «por u n conjunto de reglas
e c o n ó m i c a s , h i s t ó r i c a s , s i e m p r e d e t e r m i n a d a s e n el t i e m p o y e n el e s p a c i o ,
q u e h a n definido, en u n a época d a d a , y p a r a u n área social, e c o n ó m i c a ,
g e o g r á f i c a o lingüística d e t e r m i n a d a , las c o n d i c i o n e s d e l e j e r c i c i o d e la fun-
ción enunciativa». P u e d e n o t a r s e en estas líneas la p r e o c u p a c i ó n p o r con-
ciliar la d i s c i p l i n a e s t r u c t u r a l , q u e e s t u d i a los v a l o r e s d e l f u n c i o n a m i e n t o
d e u n s i s t e m a , c o n las e x i g e n c i a s d e u n a a p r o x i m a c i ó n h i s t ó r i c a , e n el s e n -
tido p l e n o del t é r m i n o .
Surveiller et Punir-Naissance de la prison, p u b l i c a d a e n 1 9 7 5 , c o n s t i t u y e
u n a m u e s t r a d e u n a n u e v a forma d e escribir la historia q u e seduce y t u r b a
a la v e z a los p r o f e s i o n a l e s d e l g é n e r o . L a r e f l e x i ó n d e l a u t o r p a r t e d e l a
c o n s t a t a c i ó n d e la d i f e r e n c i a e n t r e d o s f o r m a s d e r e p r e s i ó n d i s t a n t e s e n
t r e s c u a r t o s d e siglo: la a t r o z e j e c u c i ó n d e D a m i e n s 1 1
e n 1757 y el m i -
11
Damiens (1715-1757). Desequilibrado menta], regicida de Luis XV, a] que asestó una cu-
chillada cuando salía del Palacio de Versalles sin móvil político alguno. Detenido inmediatamen-
te, fue condenado a muerte y descuartizado. Equivocadamente se intentó involucrar en el hecho
a los jansenistas o a los jesuítas. (N. del T.)
224
nucioso e m p l e o del t i e m p o previsto en u n a casa de jóvenes encarcelados
d u r a n t e la m o n a r q u í a d e julio. E s t o s dos estilos p e n a l e s c o n t r a s t a d o s tra-
d u c e n « u n a redistribución d e la e c o n o m í a del castigo en E u r o p a y en los
E s t a d o s U n i d o s » , q u e r e s i d e e n la d e s a p a r i c i ó n d e «la s o m b r í a f i e s t a p u -
n i t i v a » q u e c o n s t i t u í a l a e j e c u c i ó n d e l o s c o n d e n a d o s , así c o m o e n el
r e c u r s o generalizado a la prisión p a r a castigar a los delicuentes. L a encar-
c e l a c i ó n se p r a c t i c a b a d e s d e la a n t i g ü e d a d , p e r o se c o n v i e r t e e n « p i e z a p r i n -
cipal» d e l s i s t e m a p e n a l e n l a t r a n s i c i ó n d e l siglo x v m al x i x . L o s p r o p i o s
contemporáneos tuvieron conciencia d e este cambio brusco, que constitu-
y e el t e m a d e r e f l e x i ó n d e M i c h e l F o u c a u l t . É s t e n o c o n s i d e r a las p r á c t i c a s
judiciales y p e n a l e s a i s l a d a m e n t e , sino c o m o e l e m e n t o s indisociables d e la
e s t r u c t u r a social e n su c o n j u n t o . V e n e n el c a s t i g o p e n a l u n a f u n c i ó n social
c o m p l e j a , y e n los m é t o d o s p u n i t i v o s t é c n i c a s q u e es n e c e s a r i o r e e m p l a z a r
e n el c a m p o g e n e r a l d e l o s p r o c e d i m i e n t o s d e l p o d e r . L a e c o n o m í a d e l c a s -
t i g o d e p e n d e d e la « e c o n o m í a p o l í t i c a d e l c u e r p o » , o r q u e s t a d a p o r l o s d i -
f e r e n t e s p o d e r e s q u e c e r c a n al i n d i v i d u o , «le m a r c a n , le e n c a r r i l a n , le t o r -
t u r a n , le s o m e n t e n a t r a b a j o s f o r z a d o s » . E s t a s u j e c i ó n d e l c u e r p o v a u n i d a
a s u u t i l i z a c i ó n e c o n ó m i c a c o m o f u e r z a p r o d u c t i v a . I m p l i c a la c o n v e r g e n -
cia d e t o d o u n c o n j u n t o d e p r á c t i c a s d i s c i p l i n a r i a s , q u e a c t ú a n d e s d e l a e s -
c u e l a al c u a r t e l , p a s a n d o p o r la f á b r i c a y el t a l l e r . M e r e c e la p e n a s e ñ a l a r
el c a r á c t e r g l o b a l d e e s t a a p r o x i m a c i ó n y e n f o q u e , q u e n o s m u e s t r a n l a e s -
t r e c h a conexión existente e n t r e los diversos a p a r a t o s d e domesticación d e
l o s i n d i v i d u o s . A s í s e i l u s t r a la g é n e s i s d e l s i s t e m a d e c a s t i g o g e n e r a l i z a d o ,
d e d o n d e p r o c e d e el anónimo carcelario d e l o s t i e m p o s a c t u a l e s . F o u c a u l t
a f r o n t a el difícil p r o b l e m a d e l a e m e r g e n c i a y d e la c o n s o l i d a c i ó n d e u n a
n u e v a estructura (punitiva en esta ocasión), q u e constituye un escollo en
el d e b a t e e n t r e h i s t o r i a y e s t r u c t u r a l i s m o . I n v o c a t o d a u n a s e r i e d e f a c t o -
r e s i n t e r r e l a c i o n a d o s , e n t r e e l l o s l o s c a m b i o s e n l a c r i m i n a l i d a d ( a la é p o c a
d e las g r a n d e s b a n d a s s i g u e l a d e l a d e l i n c u e n c i a i n d i v i d u a l , los c r í m e n e s
y las l e y e s se s u a v i z a n ) , el d e s a r r o l l o d e l a p a r a t o j u d i c i a l ( q u e p e r m i t e « e l
m á s e s t r e c h o c o n t r o l p e n a l d e l c u e r p o s o c i a l » ) y , f i n a l m e n t e , la m e n o r t o -
l e r a n c i a a n t e las d i f e r e n t e s f o r m a s d e i l e g a l i d a d , c o m o el c o n t r a b a n d o y la
r a p i ñ a , a l o s q u e el A n t i g u o R é g i m e n se h a b í a a c o s t u m b r a d o . S e i m p o n í a ,
p u e s , la t r a n s f o r m a c i ó n d e l s i s t e m a p e n a l a finales d e l siglo x v m , p e r o
¿ c ó m o ? S e g ú n l o s r e f o r m a d o r e s i n f l u i d o s p o r l o s i d e a l e s d e la L u c e s , h a c í a
falta i n s t a u r a r la e s t a b i l i d a d y n o r m a l i z a c i ó n d e los c a s t i g o s ( e n l u g a r d e l
sombrío relámpago del suplicio), establecer u n a relación d e comunicación
s i m b ó l i c a e n t r e la p e n a y el c r i m e n , y a s e g u r a r l a p u b l i c i d a d d e la r e p a r a -
c i ó n i m p u e s t a al c o n d e n a d o . P e r o q u e d a r á n e n l e t r a m u e r t a los p r o y e c t o s
d e c o n s t r u i r «mil p e q u e ñ o s t e a t r o s d e c a s t i g o » p a r a m o r a l i z a c i ó n d e l c u e r -
p o social e n t e r o . E u r o p a o p t ó p o r el firme f u n c i o n a m i e n t o del « p o d e r d e
c a s t i g a r » , g e n e r a l i z a n d o el e n c a r c e l a m i e n t o . N o se p u e d e n e g a r , e n e s t a
m a t e r i a , la influencia e n F r a n c i a o E s p a ñ a d e los m o d e l o s e x t r a n j e r o s , tan-
to holandeses como anglosajones, a u n q u e sólo p u d o implantarse p o r razo-
n e s i n t e r n a s , y a q u e , a finales d e l a é p o c a m o d e r n a , h a b í a a p a r e c i d o p o r
d o q u i e r u n a s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a e n la e s c u e l a , e n el c u a r t e l , e n el t a l l e r ,
y eficaces t é c n i c a s d e d o m e s t i c a c i ó n p e r m i t í a n f o r j a r « c u e r p o s d ó c i l e s » . L a
d i s c i p l i n a r e v e s t í a e n t o d a s p a r t e s el m i s m o r o s t r o : c l a u s u r a , c o n t e n c i ó n d e
los individuos, c o n t r o l , asignación a lugares precisos, minuciosa distribu-
ción del t i e m p o , sumisión del c u e r p o a los i m p e r a t i v o s t e m p o r a l e s , y t a m -
225
 p r o c h a a s u c o n t r a d i c t o r el n o h a b e r c o m p r e n d i d o el s e n t i d o p r o f u n d o d e
b i e n t o t a l «visibilidad» d e los a c t o r e s . E s t a s mil y u n a f o r m a s d e c o a c c i o -
su t e o r í a - r a z o n a m i e n t o . E s d e m a s i a d o s i m p l e , dice, instalarse en la posi-
n a r c o n f l u y e n e n la e s t r u c t u r a - p r i s i ó n , c u y o m o d e l o p e r f e c t o l o c o n s t r u y e
c i ó n d e l e s p e c i a ü s t a («el c a b a l l e r o d e l a e x a c t i t u d , el d o c t o r d e c o n o c i m i e n -
B e n t h a m e n s u Panóptico, c a s a i d e a l p a r a l o s d e t e n i d o s , d o n d e el c o m p o r -
t o s i n a g o t a b l e s » ) , sin h a c e r el e s f u e r z o d e d i s c e r n i r d e s d e u n c o m i e n z o «la
t a m i e n t o d e c a d a c o n d e n a d o , e n c e r r a d o s o l o e n u n a c é d u l a d e v i d r i o , ha-
d i f e r e n c i a d e p r o c e d i m i e n t o e n t r e el a n á l i s i s d e u n p r o b l e m a y el e s t u d i o
b í a d e s e r c o n s t a n t e m e n t e visible y a p r e c i a b l e p o r el v i g i l a n t e i n s t a l a d o en
d e u n p e r í o d o » . E l p r o b l e m a , e n e s t a o c a s i ó n , e s t r i b a e n s a b e r la r a z ó n
u n a t o r r e central. El p o d e r d e castigar a partir d e e n t o n c e s está a s e g u r a d o
p o r la cual u n n u e v o m e c a n i s m o p u n i t i v o se h a i n t r o d u c i d o hacia 1800. ¿ N o
m e d i a n t e u n f u n c i o n a m i e n t o s u a v e : se f u n d a m e n t a e n l a m a q u i n a r i a e n -
es l e g í t i m o e n t o n c e s , p a r a i n t e n t a r r e s o l v e r l o , elegir los m a t e r i a l e s p e r t i -
c a r g a d a d e l a d i s t r i b u c i ó n d e l o s c u e r p o s , las l u c e s y las s u p e r f i c i e s . N a t u -
n e n t e s , c e n t r a r e x c e s i v a m e n t e el anáfisis y d e s c r i b i r el c a m p o d e las r e l a -
r a l m e n t e , las p r i s i o n e s r e a l e s e s t á n m u y lejos d e p a r e c e r s e a e s t e a r q u e t i -
c i o n e s , e n el q u e se i n s c r i b e l a n u e v a p r á c t i c a p u n i t i v a (lo q u e n o s i n d u c e
p o ; p e r o n o p o r ello d e j a n d e c o n s t i t u i r las m a l l a s d e u n a ú n i c a r e d c a r c e -
a t e n e r e n c u e n t a l a e s c u e l a , el c u a r t e l , e t c . ) ? Si se t r a t a s e d e e s t u d i a r u n
l a r i a q u e s e i n t r o d u c i r í a e n 1840. U n a a b s t r a c c i ó n , l o carcelario, ha dejado
p e r í o d o sería n e c e s a r i o decirlo t o d o , t e n i e n d o e n c u e n t a a los diferentes es-
s u i m p r o n t a p o r t o d a l a s o c i e d a d . E s t r u c t u r a i m b r i c a d a d o n d e las h a y a ,
p e c i a l i s t a s , e n c a d a t e m a c o m o e n u n a l e c c i ó n m a g i s t r a l d e a c c e s o al c u e r -
esta maquinaria anónima y u n tanto kafkiana, persigue cualquier forma de
p o d e p r o f e s o r e s . P e r o s e r í a v a n o el i n t e n t o d e c o n c i l i a r el a n á l i s i s s i s t e -
desviación, organiza carreras disciplinarias continuas q u e persiguen desde
m á t i c o d e la racionalidad de una práctica con la descripción, s a b i a m e n t e
l a p e q u e ñ a d e l i n c u e n c i a a la g r a n c r i m i n a l i d a d , y c o n f i e r e al p o d e r d e cas-
e q u i l i b r a d a , d e l a s o c i e d a d . A d e m á s , ¿ e n n o m b r e d e q u é p r i v i l e g i a r a s í la
t i g a r u n c a r á c t e r « n a t u r a l » y « l e g í t i m o » . E s t e anáfisis d e l o carcelario es sig-
s o c i e d a d , c o m o l a i n s t a n c i a e n l a q u e se d a l a r e a ü d a d ( ¡ o t r o m i t o i n c o m -
n i f i c a t i v o e n u n a a n d a d u r a q u e u n e s i e m p r e la d i v e r s i d a d d e lo c o n c r e t o
b u s t i b l e e n t r e los h i s t o r i a d o r e s , é s t e d e r e c o n s t r u i r l a r e a ü d a d ! ) ? P e r o
( e n e s t e c a s o el m u n d o a b i g a r r a d o d e las p r i s i o n e s ) c o n u n a t e x t u r a d e c o n -
¿ a q u e l l o d e lo q u e t r a t a F o u c a u l t — « u n t i p o d e r a c i o n a ü d a d , u n a m a n e r a
c e p t o s q u e p e r m i t e a c c e d e r a su p r o f u n d a i n t e l i g i b i l i d a d .
d e p e n s a r , u n p r o g r a m a , u n a técnica, u n c o n j u n t o d e esfuerzos racionales
E s t a i n t e r p r e t a c i ó n d e l n a c i m i e n t o d e la p r i s i ó n m o d e r n a es o b j e t o d e y c o o r d i n a d o s » — n o participa t a m b i é n d e lo real, t a n cara a su contradic-
a p a s i o n a d a s r e t i c e n c i a s p o r p a r t e d e los h i s t o r i a d o r e s y , e n p a r t i c u l a r , d e t o r , sin s e r e n sí l o r e a l o b j e t o i n a c c e s i b l e ?
J a c q u e s L é o n a r d , e n s u a r t í c u l o t i t u l a d o « L ' h i s t o r i e n e t le p h i l o s o p h e » ( e s -
V e a m o s a h o r a l a r é p l i c a a a t a q u e s p r e c i s o s . E l d e b a t e s u s c i t a d o p o r Sur-
c r i t o e n 1976 y r e c o g i d o e n L'imposible prison, 1980, p p . 9 a 28). V a m o s
veiller et Punir p r o p o r c i o n ó t a m b i é n a F o u c a u l t la o c a s i ó n d e s i s t e m a t i z a r
a extraer d e esta brillante requisitoria d e u n c o n t e m p o r a n e í s t a los argu-
s u p o s i c i ó n ( « m i s l i b r o s [son] f r a g m e n t o s filosóficos d e l a s c a n t e r a s h i s t ó -
m e n t o s m á s l l a m a t i v o s , y , e n p r i m e r l u g a r , lo r e p r o c h e s . S e g ú n L é o n a r d ,
ricas»), c o n o c a s i ó n d e u n a m e s a r e d o n d a e n l a q u e i n t e r v e n í a j u n t a m e n t e
Foucault sólo p o s e e una información puntual; ignora s o b e r a n a m e n t e m u -
c o n m u c h o s h i s t o r i a d o r e s (L'imposible prison, p p . 40 a 5 6 ) . E l o b j e t o c e n -
c h o s h e c h o s c o n o c i d o s p o r los h i s t o r i a d o r e s , c o m o s o n las r e f o r m a s p e n a -
t r a l d e s u r e f l e x i ó n c o n s i s t e , n o s d i c e , e n « h a c e r el análisis d e u n régimen
les d e la R e v o l u c i ó n y d e l I m p e r i o ( « E l e s c a m o t e o d e la R e v o l u c i ó n i m p i -
de prácticas — c o n s i d e r a n d o l a s p r á c t i c a s c o m o el l u g a r d e e n c u e n t r o e n t r e
d e c o m p r e n d e r (...) p o r q u é se i m p o n e el e n c a r c e l a m i e n t o » ) . E s u n « c o -
l o q u e se d i c e y l o q u e s e h a c e , e n t r e las r e g l a s q u e u n o se i m p o n e y las
s a c o d e l a h i s t o r i a » , a m a n t e d e las g r a n d e s c a b a l g a d a s ( c o r r e a rienda s u e l -
r a z o n e s q u e d a , e n t r e los p r o y e c t o s y las e v i d e n c i a s — » . ¿ E s F o u c a u l t el
t a t r e s siglos, c o m o u n c a b a l l e r o b á r b a r o ) y sus i r r u p c i o n e s e n el c a m p o h i s -
p e n s a d o r p o r e x c e l e n c i a d e l a d i s c o n t i n u i d a d ? D e h e c h o , se c o n v e n c i ó d e
t ó r i c o t i e n e n a l g o d e d e v a s t a d o r , a u n q u e a l g u n a s d e sus h i p ó t e s i s s o n i n -
l a e x i s t e n c i a d e u n « c a m b i o b r u s c o » e n l o s m e c a n i s m o s p u n i t i v o s y se in-
c o n t e s t a b l e m e n t e f e c u n d a s . N o r m a l m e n t e p r o c l i v e al a n a c r o n i s m o ( « F o u -
t e r r o g ó s o b r e las c o n d i c i o n e s q u e p o s i b i l i t a r o n e s t a m u t a c i ó n . N a d a n d o a
c a u l t n o s i e m p r e e x p e r i m e n t a desde el interior, t o d a s las r e a l i d a d e s d e l p a -
c o n t r a c o r r i e n t e d e u n a h i s t o r i a q u e c a d a v e z d e j a m á s d e l a d o el a c o n t e -
s a d o » ) , e x a g e r a la n o r m a l i z a c i ó n y el a u t o r i t a r i s m o e n la F r a n c i a d e L u i s
c i m i e n t o , p r e t e n d e « t r a b a j a r e n el s e n t i d o d e u n a événementialisation».
F e l i p e , d o n d e la r e s i s t e n c i a d e los a n t i g u o s h á b i t o s « d e l d e s o r d e n » s i g u e
E n t e n d e m o s p o r événementialisation (en castellano sería equivalente a
s i e n d o i m p o r t a n t e , d o n d e l a m a y o r í a d e los n i ñ o s , p o r e j e m p l o , n o v a al
e v e n t u a l i z a c i ó n ) l a p r e t e n s i ó n d e F o u c a u l t d e h a l l a r el s e n t i d o d e c i e r t a s
i n t e r n a d o - c u a r t e l . L e g u s t a c r i t i c a r el r a c i o n a l i s m o b u r g u é s , o l v i d á n d o s e d e
s i n g u l a r i d a d e s , f r e c u e n t e m e n t e s u m e r g i d a s b a j o las c o n s t a n t e s o las e v i d e n -
d e n u n c i a r l o s m a l e s d e l o b s c u r a n t i s m o clerical q u e n o c o n t r i b u y ó e n p e -
cias q u e i n v o c a el d i s c u r s o h i s t ó r i c o , y l a d e « c o n s t r u i r , e n t o r n o d e l a c o n -
q u e ñ a m e d i d a a la e m p r e s a d e l c o n t r o l d e l c u e r p o d e s d e el siglo x v m . M á s
t e c i m i e n t o s i n g u l a r , a n a l i z a d o c o m o p r o c e s o , u n polígono, o mejor, un po-
g r a v e a ú n , F o u c a u l t n o c o n c e d e p a p e l a l g u n o a los a c t o r e s d e l a h i s t o r i a .
l i e d r o de inteligibilidad cuyo n ú m e r o de caras n o esté definido de a n t e m a -
E l s i s t e m a c a r c e l a r i o , p a r a é l , q u e d a l i m i t a d o a u n c o j u n t o d e r e g l a s d e fun-
n o y n o p u e d a estar c o n s i d e r a d o j a m á s c o m o a c a b a d o del t o d o » . A s í cual-
c i o n a m i e n t o a n ó n i m a s , a u n a g e o m e t r í a a b a s t r a c t a , a u n a « m a q u i n a r i a sin
q u i e r p r á c t i c a social d e b e d e s e r r e e m p l a z a d a e n el s e n o d e u n c o n j u n t o
m a q u i n i s t a » , lo q u e s e t r a d u c e e s t i l í s t i c a m e n t e e n el a b u s o d e l se y e n l a
d e redes, d e juegos de fuerzas y d e estrategias q u e l a c o n d i c i o n a n . S e asiste
u t i l i z a c i ó n d e v o c a b l o s i m p r e c i s o s t a l e s c o m o poder, estrategia, táctica, téc-
p o r este h e c h o a « u n a especie d e multiplicación causal» cuyas conexiones
nica, e t c . E s t a v e z el r e p r o c h e llega m u y l e j o s , y a q u e L é o n a r d c r i t i c a , d e
establecidas e n t r e prisión, escuela, cuartel, c o n v e n t o y taller constituyen
h e c h o , la o p c i ó n e s t r u c t u r a l i s t a d e F o u c a u l t , e n v i r t u d d e la c u a l l o s a g e n -
u n b u e n e j e m p l o . C u a n t o m á s p r o g r e s a e l anáfisis d e la e s t r u c t u r a , m a y o r
tes históricos son s i m p l e m e n t e sujetos-soportes d e los m e c a n i s m o s estruc-
es l a n e c e s i d a d d e h a c e r i n t e r v e n i r las relaciones de inteligibilidad externa.
t u r a l e s . D e a h í la r é p l i c a d e F o u c a u l t , e n « L a p o u s s i é r e et le n a u g e »
E s t e a s p e c t o d e l p e n s a m i e n t o de" F o u c a u l t h a s i d o n í t i d a m e n t e s u b r a y a d o
( p u b l i c a d o c o m o s i e m p r e e n L'impossible prison, p p . 2 9 a 3 9 ) , c o n q u e r e -
227
226
 p r o c h a a s u c o n t r a d i c t o r el n o h a b e r c o m p r e n d i d o el s e n t i d o p r o f u n d o d e
b i e n t o t a l «visibilidad» d e los a c t o r e s . E s t a s mil y u n a f o r m a s d e c o a c c i o -
su t e o r í a - r a z o n a m i e n t o . E s d e m a s i a d o s i m p l e , dice, instalarse en la posi-
n a r c o n f l u y e n e n la e s t r u c t u r a - p r i s i ó n , c u y o m o d e l o p e r f e c t o l o c o n s t r u y e
c i ó n d e l e s p e c i a ü s t a («el c a b a l l e r o d e l a e x a c t i t u d , el d o c t o r d e c o n o c i m i e n -
B e n t h a m e n s u Panóptico, c a s a i d e a l p a r a l o s d e t e n i d o s , d o n d e el c o m p o r -
t o s i n a g o t a b l e s » ) , sin h a c e r el e s f u e r z o d e d i s c e r n i r d e s d e u n c o m i e n z o «la
t a m i e n t o d e c a d a c o n d e n a d o , e n c e r r a d o s o l o e n u n a c é d u l a d e v i d r i o , ha-
d i f e r e n c i a d e p r o c e d i m i e n t o e n t r e el a n á l i s i s d e u n p r o b l e m a y el e s t u d i o
b í a d e s e r c o n s t a n t e m e n t e visible y a p r e c i a b l e p o r el v i g i l a n t e i n s t a l a d o en
d e u n p e r í o d o » . E l p r o b l e m a , e n e s t a o c a s i ó n , e s t r i b a e n s a b e r la r a z ó n
u n a t o r r e central. El p o d e r d e castigar a partir d e e n t o n c e s está a s e g u r a d o
p o r la cual u n n u e v o m e c a n i s m o p u n i t i v o se h a i n t r o d u c i d o hacia 1800. ¿ N o
m e d i a n t e u n f u n c i o n a m i e n t o s u a v e : se f u n d a m e n t a e n l a m a q u i n a r i a e n -
es l e g í t i m o e n t o n c e s , p a r a i n t e n t a r r e s o l v e r l o , elegir los m a t e r i a l e s p e r t i -
c a r g a d a d e l a d i s t r i b u c i ó n d e l o s c u e r p o s , las l u c e s y las s u p e r f i c i e s . N a t u -
n e n t e s , c e n t r a r e x c e s i v a m e n t e el anáfisis y d e s c r i b i r el c a m p o d e las r e l a -
r a l m e n t e , las p r i s i o n e s r e a l e s e s t á n m u y lejos d e p a r e c e r s e a e s t e a r q u e t i -
c i o n e s , e n el q u e se i n s c r i b e l a n u e v a p r á c t i c a p u n i t i v a (lo q u e n o s i n d u c e
p o ; p e r o n o p o r ello d e j a n d e c o n s t i t u i r las m a l l a s d e u n a ú n i c a r e d c a r c e -
a t e n e r e n c u e n t a l a e s c u e l a , el c u a r t e l , e t c . ) ? Si se t r a t a s e d e e s t u d i a r u n
l a r i a q u e s e i n t r o d u c i r í a e n 1840. U n a a b s t r a c c i ó n , l o carcelario, ha dejado
p e r í o d o sería n e c e s a r i o decirlo t o d o , t e n i e n d o e n c u e n t a a los diferentes es-
s u i m p r o n t a p o r t o d a l a s o c i e d a d . E s t r u c t u r a i m b r i c a d a d o n d e las h a y a ,
p e c i a l i s t a s , e n c a d a t e m a c o m o e n u n a l e c c i ó n m a g i s t r a l d e a c c e s o al c u e r -
esta maquinaria anónima y u n tanto kafkiana, persigue cualquier forma de
p o d e p r o f e s o r e s . P e r o s e r í a v a n o el i n t e n t o d e c o n c i l i a r el a n á l i s i s s i s t e -
desviación, organiza carreras disciplinarias continuas q u e persiguen desde
m á t i c o d e la racionalidad de una práctica con la descripción, s a b i a m e n t e
l a p e q u e ñ a d e l i n c u e n c i a a la g r a n c r i m i n a l i d a d , y c o n f i e r e al p o d e r d e cas-
e q u i l i b r a d a , d e l a s o c i e d a d . A d e m á s , ¿ e n n o m b r e d e q u é p r i v i l e g i a r a s í la
t i g a r u n c a r á c t e r « n a t u r a l » y « l e g í t i m o » . E s t e anáfisis d e l o carcelario es sig-
s o c i e d a d , c o m o l a i n s t a n c i a e n l a q u e se d a l a r e a ü d a d ( ¡ o t r o m i t o i n c o m -
n i f i c a t i v o e n u n a a n d a d u r a q u e u n e s i e m p r e la d i v e r s i d a d d e lo c o n c r e t o
b u s t i b l e e n t r e los h i s t o r i a d o r e s , é s t e d e r e c o n s t r u i r l a r e a ü d a d ! ) ? P e r o
( e n e s t e c a s o el m u n d o a b i g a r r a d o d e las p r i s i o n e s ) c o n u n a t e x t u r a d e c o n -
¿ a q u e l l o d e lo q u e t r a t a F o u c a u l t — « u n t i p o d e r a c i o n a ü d a d , u n a m a n e r a
c e p t o s q u e p e r m i t e a c c e d e r a su p r o f u n d a i n t e l i g i b i l i d a d .
d e p e n s a r , u n p r o g r a m a , u n a técnica, u n c o n j u n t o d e esfuerzos racionales
E s t a i n t e r p r e t a c i ó n d e l n a c i m i e n t o d e la p r i s i ó n m o d e r n a es o b j e t o d e y c o o r d i n a d o s » — n o participa t a m b i é n d e lo real, t a n cara a su contradic-
a p a s i o n a d a s r e t i c e n c i a s p o r p a r t e d e los h i s t o r i a d o r e s y , e n p a r t i c u l a r , d e t o r , sin s e r e n sí l o r e a l o b j e t o i n a c c e s i b l e ?
J a c q u e s L é o n a r d , e n s u a r t í c u l o t i t u l a d o « L ' h i s t o r i e n e t le p h i l o s o p h e » ( e s -
V e a m o s a h o r a l a r é p l i c a a a t a q u e s p r e c i s o s . E l d e b a t e s u s c i t a d o p o r Sur-
c r i t o e n 1976 y r e c o g i d o e n L'imposible prison, 1980, p p . 9 a 28). V a m o s
veiller et Punir p r o p o r c i o n ó t a m b i é n a F o u c a u l t la o c a s i ó n d e s i s t e m a t i z a r
a extraer d e esta brillante requisitoria d e u n c o n t e m p o r a n e í s t a los argu-
s u p o s i c i ó n ( « m i s l i b r o s [son] f r a g m e n t o s filosóficos d e l a s c a n t e r a s h i s t ó -
m e n t o s m á s l l a m a t i v o s , y , e n p r i m e r l u g a r , lo r e p r o c h e s . S e g ú n L é o n a r d ,
ricas»), c o n o c a s i ó n d e u n a m e s a r e d o n d a e n l a q u e i n t e r v e n í a j u n t a m e n t e
Foucault sólo p o s e e una información puntual; ignora s o b e r a n a m e n t e m u -
c o n m u c h o s h i s t o r i a d o r e s (L'imposible prison, p p . 40 a 5 6 ) . E l o b j e t o c e n -
c h o s h e c h o s c o n o c i d o s p o r los h i s t o r i a d o r e s , c o m o s o n las r e f o r m a s p e n a -
t r a l d e s u r e f l e x i ó n c o n s i s t e , n o s d i c e , e n « h a c e r el análisis d e u n régimen
les d e la R e v o l u c i ó n y d e l I m p e r i o ( « E l e s c a m o t e o d e la R e v o l u c i ó n i m p i -
de prácticas — c o n s i d e r a n d o l a s p r á c t i c a s c o m o el l u g a r d e e n c u e n t r o e n t r e
d e c o m p r e n d e r (...) p o r q u é se i m p o n e el e n c a r c e l a m i e n t o » ) . E s u n « c o -
l o q u e se d i c e y l o q u e s e h a c e , e n t r e las r e g l a s q u e u n o se i m p o n e y las
s a c o d e l a h i s t o r i a » , a m a n t e d e las g r a n d e s c a b a l g a d a s ( c o r r e a rienda s u e l -
r a z o n e s q u e d a , e n t r e los p r o y e c t o s y las e v i d e n c i a s — » . ¿ E s F o u c a u l t el
t a t r e s siglos, c o m o u n c a b a l l e r o b á r b a r o ) y sus i r r u p c i o n e s e n el c a m p o h i s -
p e n s a d o r p o r e x c e l e n c i a d e l a d i s c o n t i n u i d a d ? D e h e c h o , se c o n v e n c i ó d e
t ó r i c o t i e n e n a l g o d e d e v a s t a d o r , a u n q u e a l g u n a s d e sus h i p ó t e s i s s o n i n -
l a e x i s t e n c i a d e u n « c a m b i o b r u s c o » e n l o s m e c a n i s m o s p u n i t i v o s y se in-
c o n t e s t a b l e m e n t e f e c u n d a s . N o r m a l m e n t e p r o c l i v e al a n a c r o n i s m o ( « F o u -
t e r r o g ó s o b r e las c o n d i c i o n e s q u e p o s i b i l i t a r o n e s t a m u t a c i ó n . N a d a n d o a
c a u l t n o s i e m p r e e x p e r i m e n t a desde el interior, t o d a s las r e a l i d a d e s d e l p a -
c o n t r a c o r r i e n t e d e u n a h i s t o r i a q u e c a d a v e z d e j a m á s d e l a d o el a c o n t e -
s a d o » ) , e x a g e r a la n o r m a l i z a c i ó n y el a u t o r i t a r i s m o e n la F r a n c i a d e L u i s
c i m i e n t o , p r e t e n d e « t r a b a j a r e n el s e n t i d o d e u n a événementialisation».
F e l i p e , d o n d e la r e s i s t e n c i a d e los a n t i g u o s h á b i t o s « d e l d e s o r d e n » s i g u e
E n t e n d e m o s p o r événementialisation (en castellano sería equivalente a
s i e n d o i m p o r t a n t e , d o n d e l a m a y o r í a d e los n i ñ o s , p o r e j e m p l o , n o v a al
e v e n t u a l i z a c i ó n ) l a p r e t e n s i ó n d e F o u c a u l t d e h a l l a r el s e n t i d o d e c i e r t a s
i n t e r n a d o - c u a r t e l . L e g u s t a c r i t i c a r el r a c i o n a l i s m o b u r g u é s , o l v i d á n d o s e d e
s i n g u l a r i d a d e s , f r e c u e n t e m e n t e s u m e r g i d a s b a j o las c o n s t a n t e s o las e v i d e n -
d e n u n c i a r l o s m a l e s d e l o b s c u r a n t i s m o clerical q u e n o c o n t r i b u y ó e n p e -
cias q u e i n v o c a el d i s c u r s o h i s t ó r i c o , y l a d e « c o n s t r u i r , e n t o r n o d e l a c o n -
q u e ñ a m e d i d a a la e m p r e s a d e l c o n t r o l d e l c u e r p o d e s d e el siglo x v m . M á s
t e c i m i e n t o s i n g u l a r , a n a l i z a d o c o m o p r o c e s o , u n polígono, o mejor, un po-
g r a v e a ú n , F o u c a u l t n o c o n c e d e p a p e l a l g u n o a los a c t o r e s d e l a h i s t o r i a .
l i e d r o de inteligibilidad cuyo n ú m e r o de caras n o esté definido de a n t e m a -
E l s i s t e m a c a r c e l a r i o , p a r a é l , q u e d a l i m i t a d o a u n c o j u n t o d e r e g l a s d e fun-
n o y n o p u e d a estar c o n s i d e r a d o j a m á s c o m o a c a b a d o del t o d o » . A s í cual-
c i o n a m i e n t o a n ó n i m a s , a u n a g e o m e t r í a a b a s t r a c t a , a u n a « m a q u i n a r i a sin
q u i e r p r á c t i c a social d e b e d e s e r r e e m p l a z a d a e n el s e n o d e u n c o n j u n t o
m a q u i n i s t a » , lo q u e s e t r a d u c e e s t i l í s t i c a m e n t e e n el a b u s o d e l se y e n l a
d e redes, d e juegos de fuerzas y d e estrategias q u e l a c o n d i c i o n a n . S e asiste
u t i l i z a c i ó n d e v o c a b l o s i m p r e c i s o s t a l e s c o m o poder, estrategia, táctica, téc-
p o r este h e c h o a « u n a especie d e multiplicación causal» cuyas conexiones
nica, e t c . E s t a v e z el r e p r o c h e llega m u y l e j o s , y a q u e L é o n a r d c r i t i c a , d e
establecidas e n t r e prisión, escuela, cuartel, c o n v e n t o y taller constituyen
h e c h o , la o p c i ó n e s t r u c t u r a l i s t a d e F o u c a u l t , e n v i r t u d d e la c u a l l o s a g e n -
u n b u e n e j e m p l o . C u a n t o m á s p r o g r e s a e l anáfisis d e la e s t r u c t u r a , m a y o r
tes históricos son s i m p l e m e n t e sujetos-soportes d e los m e c a n i s m o s estruc-
es l a n e c e s i d a d d e h a c e r i n t e r v e n i r las relaciones de inteligibilidad externa.
t u r a l e s . D e a h í la r é p l i c a d e F o u c a u l t , e n « L a p o u s s i é r e et le n a u g e »
E s t e a s p e c t o d e l p e n s a m i e n t o de" F o u c a u l t h a s i d o n í t i d a m e n t e s u b r a y a d o
( p u b l i c a d o c o m o s i e m p r e e n L'impossible prison, p p . 2 9 a 3 9 ) , c o n q u e r e -
227
226
p o r P a u l V e y n e : « C a d a p r á c t i c a d e p e n d e d e t o d a s las d e m á s y d e s u s t r a n s -
f o r m a c i o n e s , t o d o es h i s t ó r i c o y t o d o d e p e n d e d e t o d o » ; o b i e n : « L a filo-
sofía d e F o u c a u l t n o es l a filosofía d e l discurso, s i n o l a filosofía d e l a rela-
ción. Relación es el t é r m i n o q u e d e s i g n a l o q u e se h a l l a m a d o estructura.
E n l u g a r d e u n m u n d o h e c h o d e s u j e t o s , d e o b j e t o s o d e su d i a l é c t i c a ( . . . )
t e n e m o s u n m u n d o e n el q u e lo p r i m e r o e s l a r e l a c i ó n : s o n las e s t r u c t u r a s
las q u e d a n sus a s p e c t o s o b j e t i v o s a l a m a t e r i a . » J u s t a c o n s i d e r a c i ó n , e n
p e r s p e c t i v a e s t r u c t u r a l , d e u n a o b r a a la q u e los h i s t o r i a d o r e s h a n r e p r o -
c h a d o , p a r a d ó j i c a m e n t e , q u e p r i v i l e g i a b a p u r a m e n t e el p r o c e s o e v e n t u a l
d e los a c o n t e c i m i e n t o s . C i e r t a m e n t e , F o u c a u l t n o h a p r e t e n d i d o j a m á s asi-
m i l a r las r u p t u r a s , s i n o q u e s u p r i n c i p a l a m b i c i ó n h a c o n s i s t i d o e n b u s c a r ,
d e t r á s d e l o s a c t o s , las r e g l a s q u e r i g e n su r e a l i z a c i ó n ; y b a j o los e n u n c i a -
d o s , la g r a m á t i c a q u e l o s o r d e n a .
4. L A S CONQUISTAS D E L A HISTORIA E S T R U C T U R A L (ANÁLISIS D E LOS
MITOS, TEXTOS Y RITUALES)
N o s q u e d a p o r estudiar lo q u e a n t e r i o r m e n t e h e m o s d e n o m i n a d o la «es-
t r i c t a o b e d i e n c i a » e s t r u c t u r a l i s t a . L o s a ñ o s 1970-1980 h a n s i d o p r ó d i g o s e n
o b r a s n o t a b l e s , d i r e c t a m e n t e i n s p i r a d o s e n los t r a b a j o s d e L é v i - S t r a u s s o
e n la s e m á n t i c a e s t r u c t u r a l d e A . J. G r e i m a s . L'Analyse des mythes c o n s -
t i t u y ó el p r i m e r s e c t o r d e las i n v e s t i g a c i o n e s , e n l a l í n e a d e los p r i n c i p i o s
e n u n c i a d o s p o r L é v i - S t r a u s s e n s u Anthropologie structurale y e n « L e t e m p s
d u m y t h e » (Annales ESC, 1 9 7 1 , p p . 5 3 3 - 5 4 0 ) . D e s p u é s d e h a b e r s u b r a y a -
d o las c a r e n c i a s d e l análisis t r a d i c i o n a l d e l o s m i t o s ( c o n s i d e r a d o s c o m o j u e -
g o s g r a t u i t o s o e x p r e s i o n e s d e s e n t i m i e n t o s f u n d a m e n t a l e s o r e f l e j o s d e las
e s t r u c t u r a s s o c i a l e s ) , el e t n ó l o g o c o n s t a t a q u e , e n u n m i t o , p u e d e o c u r r i r
c u a l q u i e r c o s a , sin r e s p e t a r n i l a l ó g i c a n i l a c o n t i n u i d a d . N o p u e d e c o n f e -
rirse u n a significación p r e c i s a a los m i t o s . L o q u e d a s e n t i d o al m i t o es u n a
c o m b i n a c i ó n d e e l e m e n t o s , y, t a m b i é n , la r e l a c i ó n q u e m a n t i e n e c o n u n
conjunto m á s vasto, p o r q u e está inserto en u n sistema de transformacio-
nes. Está formado p o r u n conjunto de unidades constitutivas o mitemas
c u y a i d e n t i f i c a c i ó n e x i g e t e n e r e n c u e n t a t o d a s las v e r s i o n e s d e l r e l a t o . T a l
es la o p e r a c i ó n r e a l i z a d a p o r L é v i - S t r a u s s e n el m i t o d e E d i p o , c u y o s mi-
temas o r d e n a e n u n p l a n o p a r a d i g m á t i c o (Anthropologie structurale,
p . 2 3 6 ) , p a r a e x t r a e r d e él su significación p r o f u n d a : « E x p r e s a r í a la i m p o -
sibilidad e n la q u e se e n c u e n t r a u n a s o c i e d a d q u e p r o f e s a c r e e r e n la a u -
t o c t o n í a d e l h o m b r e ( . . . ) , d e p a s a r d e e s t a t e o r í a al r e c o n o c i m i e n t o f a c t u a l
d e q u e c a d a u n o d e n o s o t r o s n a c e r e a l m e n t e d e la u n i ó n d e u n h o m b r e y
u n a m u j e r . » D e a q u í se d e d u c e q u e el o b j e t o d e l m i t o es « a p o r t a r u n m o -
d e l o lógico p a r a r e s o l v e r u n a c o n t r a d i c c i ó n » . H a y q u e b u s c a r c u á l e s s o n
las o p e r a c i o n e s lógicas q u e se h a l l a n e n la b a s e d e l p e n s a m i e n t o m í t i c o .
É s t e p r o c e d e d e la t o m a d e c o n c i e n c i a inicial d e l a o p o s i c i ó n e n t r e el c i e l o
y la t i e r r a , lo a l t o y l o b a j o , la t i e r r a y el a g u a , e t c . E s e s t a d i s p a r i d a d d e
l o r e a l lo q u e h a c e oscilar l a e s p e c u l a c i ó n m í t i c a , c o m o si f u n c i o n a s e u n a p a -
r a t o « m o n t a d o d e a n t e m a n o e n el e n t e n d i m i e n t o » . E l p e n s a m i e n t o s a l v a -
j e , al m i s m o t i e m p o , i n t e n t a s u p e r a r e s t a s o p o s i c o n e s r e c u r r i e n d o a e l e -
m e n t o s m e d i a d o r e s : p o r e j e m p l o , el c o y o t e d e s e m p e ñ a l a m i s m a f u n c i ó n
d e i n t e r m e d i a r i o e n t r e los h e r b í v o r o s y l o s c a r n í v o r o s q u e l a n i e b l a e n t r e
228
el cielo y l a t i e r r a . P o r t a n t o , h a y q u e c o n s i d e r a r el m i t o c o m o u n « m o d o
universal d e organizar los d a t o s d e la experiencia sensible», r e g i d o p o r u n a
l ó g i c a « a l g o d i f e r e n t e » d e a q u é l l a e n l a q u e s e f u n d a m e n t a el p e n s a m i e n t o
p o s i t i v i s t a . E s t a m b i é n u n i n s t r u m e n t o l ó g i c o p a r a n e u t r a l i z a r las vicisitu-
d e s h i s t ó r i c a s , p o r q u e p e r m i t e r e s t a b l e c e r , e n el p l a n o i m a g i n a r i o , u n
e s t a d o d e e q u i l i b r i o q u e e c l i p s a las p e r t u r b a c i o n e s p r o v o c a d a s p o r l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s e n el s i s t e m a social.
E n Les Jardins d'Adonis ( 1 9 7 9 ) , M a r c e l D é t i e n n e y el a u t o r d e s u p r e -
facio, J e a n - P i e r r e V e r n a n t , p r a c t i c a n la r i g u r o s a o r t o d o x i a d e L é v i - S t r a u s s .
L o s r e l a t o s m í t i c o s , n o s d i c e V e r n a n t , n o s r e v e l a n «el a l f a b e t o q u e l o s g r i e -
gos h a n u t i l i z a d o p a r a d e l e t r e a r el m u n d o » . ¿ C ó m o l e e r l o s ? D e s d e l u e g o
n o d e u n a f o r m a c o m p a r a t i v a g e n e r a l , ni b u s c a n d o en los p e r s o n a j e s m e -
t á f o r a s d e l o r e a l . U n d i o s n o t i e n e e s e n c i a e n sí m i s m o , n i s e p u e d e defi-
nir m á s q u e en relación (de c o m p l e m e n t a r i e d a d , de oposición) con las otras
divinidades, d e n t r o de u n p a n t e ó n peculiar. H a de ser d e n t r o del m a r c o d e
u n c o n j u n t o m í t i c o d o n d e h a y q u e d e s c u b r i r las d e s v i a c i o n e s , las i n v e r s i o -
n e s o las s i m e t r í a s e n t r e l o s d i v e r s o s e l e m e n t o s . A s í n o b a s t a c o n d e c i r q u e
A d o n i s , el d i o s q u e m u e r e y r e s u c i t a , s i m b o l i z a e l ciclo v e g e t a l . H a y q u e
r e p a r a r en q u e n a c e d e la m i r r a (planta solar y a r o m á t i c a ) p a r a m o r i r en
l a l e c h u g a ( p l a n t a fría y c r u d a ) . E s t o n o s l l e v a a t e n e r e n c u e n t a el c ó d i g o
b o t á n i c o , e n el q u e o c u p a n u n l u g a r c e n t r a l l o s c e r e a l e s : A d o n i s e s c a p a d e
su m u n d o , c o m o s i g n o d e v i d a , y f u e r a d e l a n o r m a . E l c ó d i g o b o t á n i c o
n o s r e m i t e al c ó d i g o z o o l ó g i c o y al c ó d i g o a s t r o n ó m i c o (ya q u e las s u b s -
t a n c i a s a r o m á t i c a s v e g e t a l e s s o n p l a n t a s « c a n i c u l a r e s » ) . A s í el m i t o d e A d o -
n i s es o b j e t o d e u n e r u d i t o d e s c i f r a m i e n t o . E l t e m a d e l m a t r i m o n i o e s e s e n -
cial e n é l . ¿ N o d e s a p a r e c e A d o n i s e n el m o m e n t o e n el q u e a l c a n z a l a e d a d
d e l a u n i ó n c o n y u g a l , d e s p u é s d e u n a i n f a n c i a e n t r e g a d a al a m o r ? S u falta
d e a c c e s o al m a t r i m o n i o s e c o r r e s p o n d e c o n l a a u s e n c i a d e c e r e a l e s e n el
registro b o t á n i c o , e n la m e d i d a en q u e h a y u n vínculo e n t r e m a t r i m o n i o y
a g r i c u l t u r a , a m b o s b a j o el p a t r o c i n i o d e D é m e t e r . S e d e s e m b o c a así e n
u n a i n t e r p r e t a c i ó n n u e v a d e l m i t o r i t u a l d e A d o n i s , q u e r e a l i z a n , e n el m o -
m e n t o d e l a c a n í c u l a , l a s c o r t e s a n a s y las c o n c u b i n a s a c o m p a ñ a d a s d e sus
a m a n t e s , e n u n c l i m a l i c e n c i o s o . E l rito c o n s i s t e e n d e p o s i t a r e n l a a z o t e a
d e las c a s a s p e q u e ñ o s « j a r d i n e s » m e t i d o s e n p o t e s d e c e r á m i c a . L a s p l a n -
tas germinan enseguida y m u e r e n r á p i d a m e n t e . Esta antiagricultura contri-
b u y e a valorar la v e r d a d e r a agricultura, d e la m i s m a m a n e r a q u e la a t m ó s -
f e r a d e d e s e n f r e n o s e x u a l se o p o n e a l a g r a v e d a d d e l a s T e s m o f o r i a s , las
fiestas d e D é m e t e r c e l e b r a d a s p o r m u j e r e s c a s a d a s o b l i g a d a s a s o m e t e r s e
a u n a ascesis s e v e r a . E l análisis e s t r u c t u r a l p e r m i t e p r o g r e s a r a s í e n la
i n t e r p r e t a c i ó n d e u n s i s t e m a m í t i c o y ritual, p a r c i a l m e n t e o p a c o h a s t a e n -
tonces.
E l d e s c i f r a m i e n t o s i s t e m á t i c o d e los rituales m á s v a r i a d o s (fiestas a n t i -
guas c o m o a c a b a m o s d e ver, procesiones cristianas, manifestaciones polí-
ticas) c o n s t i t u y e u n o d e los e j e r c i c i o s f a v o r i t o s d e los e t n o - h i s t o r i a d o r e s ,
p u e d a n o no p u e d a n apoyarse en textos. E m m a n u e l L e R o y Ladurie nos
h a d a d o u n a i n o l v i d a b l e e v o c a c i ó n d e l Carnaval de Romans d e 1 5 8 0 , fiesta
e n s a g r e n t a d a e n l a q u e los n o t a b l e s d e e s t a c i u d a d d e l D e l f i n a d o e l i m i n a -
r o n , d i r i g i d o s p o r el j u e z G u é r i n , a l o s j e f e s d e l p a r t i d o p u p u l a r , e n c a b e -
z a d o s p o r P a u m i e r , los cuales h a b í a d e s e n c a d e n a d o u n a situación revolu-
c i o n a r i a d e s d e h a c í a a l g u n o s m e s e s . C u a n d o t u v o l u g a r el c a r n a v a l d e 1580,
229
p o r P a u l V e y n e : « C a d a p r á c t i c a d e p e n d e d e t o d a s las d e m á s y d e s u s t r a n s -
f o r m a c i o n e s , t o d o es h i s t ó r i c o y t o d o d e p e n d e d e t o d o » ; o b i e n : « L a filo-
sofía d e F o u c a u l t n o es l a filosofía d e l discurso, s i n o l a filosofía d e l a rela-
ción. Relación es el t é r m i n o q u e d e s i g n a l o q u e se h a l l a m a d o estructura.
E n l u g a r d e u n m u n d o h e c h o d e s u j e t o s , d e o b j e t o s o d e su d i a l é c t i c a ( . . . )
t e n e m o s u n m u n d o e n el q u e lo p r i m e r o e s l a r e l a c i ó n : s o n las e s t r u c t u r a s
las q u e d a n sus a s p e c t o s o b j e t i v o s a l a m a t e r i a . » J u s t a c o n s i d e r a c i ó n , e n
p e r s p e c t i v a e s t r u c t u r a l , d e u n a o b r a a la q u e los h i s t o r i a d o r e s h a n r e p r o -
c h a d o , p a r a d ó j i c a m e n t e , q u e p r i v i l e g i a b a p u r a m e n t e el p r o c e s o e v e n t u a l
d e los a c o n t e c i m i e n t o s . C i e r t a m e n t e , F o u c a u l t n o h a p r e t e n d i d o j a m á s asi-
m i l a r las r u p t u r a s , s i n o q u e s u p r i n c i p a l a m b i c i ó n h a c o n s i s t i d o e n b u s c a r ,
d e t r á s d e l o s a c t o s , las r e g l a s q u e r i g e n su r e a l i z a c i ó n ; y b a j o los e n u n c i a -
d o s , la g r a m á t i c a q u e l o s o r d e n a .
4. L A S CONQUISTAS D E L A HISTORIA E S T R U C T U R A L (ANÁLISIS D E LOS
MITOS, TEXTOS Y RITUALES)
N o s q u e d a p o r estudiar lo q u e a n t e r i o r m e n t e h e m o s d e n o m i n a d o la «es-
t r i c t a o b e d i e n c i a » e s t r u c t u r a l i s t a . L o s a ñ o s 1970-1980 h a n s i d o p r ó d i g o s e n
o b r a s n o t a b l e s , d i r e c t a m e n t e i n s p i r a d o s e n los t r a b a j o s d e L é v i - S t r a u s s o
e n la s e m á n t i c a e s t r u c t u r a l d e A . J. G r e i m a s . L'Analyse des mythes c o n s -
t i t u y ó el p r i m e r s e c t o r d e las i n v e s t i g a c i o n e s , e n l a l í n e a d e los p r i n c i p i o s
e n u n c i a d o s p o r L é v i - S t r a u s s e n s u Anthropologie structurale y e n « L e t e m p s
d u m y t h e » (Annales ESC, 1 9 7 1 , p p . 5 3 3 - 5 4 0 ) . D e s p u é s d e h a b e r s u b r a y a -
d o las c a r e n c i a s d e l análisis t r a d i c i o n a l d e l o s m i t o s ( c o n s i d e r a d o s c o m o j u e -
g o s g r a t u i t o s o e x p r e s i o n e s d e s e n t i m i e n t o s f u n d a m e n t a l e s o r e f l e j o s d e las
e s t r u c t u r a s s o c i a l e s ) , el e t n ó l o g o c o n s t a t a q u e , e n u n m i t o , p u e d e o c u r r i r
c u a l q u i e r c o s a , sin r e s p e t a r n i l a l ó g i c a n i l a c o n t i n u i d a d . N o p u e d e c o n f e -
rirse u n a significación p r e c i s a a los m i t o s . L o q u e d a s e n t i d o al m i t o es u n a
c o m b i n a c i ó n d e e l e m e n t o s , y, t a m b i é n , la r e l a c i ó n q u e m a n t i e n e c o n u n
conjunto m á s vasto, p o r q u e está inserto en u n sistema de transformacio-
nes. Está formado p o r u n conjunto de unidades constitutivas o mitemas
c u y a i d e n t i f i c a c i ó n e x i g e t e n e r e n c u e n t a t o d a s las v e r s i o n e s d e l r e l a t o . T a l
es la o p e r a c i ó n r e a l i z a d a p o r L é v i - S t r a u s s e n el m i t o d e E d i p o , c u y o s mi-
temas o r d e n a e n u n p l a n o p a r a d i g m á t i c o (Anthropologie structurale,
p . 2 3 6 ) , p a r a e x t r a e r d e él su significación p r o f u n d a : « E x p r e s a r í a la i m p o -
sibilidad e n la q u e se e n c u e n t r a u n a s o c i e d a d q u e p r o f e s a c r e e r e n la a u -
t o c t o n í a d e l h o m b r e ( . . . ) , d e p a s a r d e e s t a t e o r í a al r e c o n o c i m i e n t o f a c t u a l
d e q u e c a d a u n o d e n o s o t r o s n a c e r e a l m e n t e d e la u n i ó n d e u n h o m b r e y
u n a m u j e r . » D e a q u í se d e d u c e q u e el o b j e t o d e l m i t o es « a p o r t a r u n m o -
d e l o lógico p a r a r e s o l v e r u n a c o n t r a d i c c i ó n » . H a y q u e b u s c a r c u á l e s s o n
las o p e r a c i o n e s lógicas q u e se h a l l a n e n la b a s e d e l p e n s a m i e n t o m í t i c o .
É s t e p r o c e d e d e la t o m a d e c o n c i e n c i a inicial d e l a o p o s i c i ó n e n t r e el c i e l o
y la t i e r r a , lo a l t o y l o b a j o , la t i e r r a y el a g u a , e t c . E s e s t a d i s p a r i d a d d e
l o r e a l lo q u e h a c e oscilar l a e s p e c u l a c i ó n m í t i c a , c o m o si f u n c i o n a s e u n a p a -
r a t o « m o n t a d o d e a n t e m a n o e n el e n t e n d i m i e n t o » . E l p e n s a m i e n t o s a l v a -
j e , al m i s m o t i e m p o , i n t e n t a s u p e r a r e s t a s o p o s i c o n e s r e c u r r i e n d o a e l e -
m e n t o s m e d i a d o r e s : p o r e j e m p l o , el c o y o t e d e s e m p e ñ a l a m i s m a f u n c i ó n
d e i n t e r m e d i a r i o e n t r e los h e r b í v o r o s y l o s c a r n í v o r o s q u e l a n i e b l a e n t r e
228
el cielo y l a t i e r r a . P o r t a n t o , h a y q u e c o n s i d e r a r el m i t o c o m o u n « m o d o
universal d e organizar los d a t o s d e la experiencia sensible», r e g i d o p o r u n a
l ó g i c a « a l g o d i f e r e n t e » d e a q u é l l a e n l a q u e s e f u n d a m e n t a el p e n s a m i e n t o
p o s i t i v i s t a . E s t a m b i é n u n i n s t r u m e n t o l ó g i c o p a r a n e u t r a l i z a r las vicisitu-
d e s h i s t ó r i c a s , p o r q u e p e r m i t e r e s t a b l e c e r , e n el p l a n o i m a g i n a r i o , u n
e s t a d o d e e q u i l i b r i o q u e e c l i p s a las p e r t u r b a c i o n e s p r o v o c a d a s p o r l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s e n el s i s t e m a social.
E n Les Jardins d'Adonis ( 1 9 7 9 ) , M a r c e l D é t i e n n e y el a u t o r d e s u p r e -
facio, J e a n - P i e r r e V e r n a n t , p r a c t i c a n la r i g u r o s a o r t o d o x i a d e L é v i - S t r a u s s .
L o s r e l a t o s m í t i c o s , n o s d i c e V e r n a n t , n o s r e v e l a n «el a l f a b e t o q u e l o s g r i e -
gos h a n u t i l i z a d o p a r a d e l e t r e a r el m u n d o » . ¿ C ó m o l e e r l o s ? D e s d e l u e g o
n o d e u n a f o r m a c o m p a r a t i v a g e n e r a l , ni b u s c a n d o en los p e r s o n a j e s m e -
t á f o r a s d e l o r e a l . U n d i o s n o t i e n e e s e n c i a e n sí m i s m o , n i s e p u e d e defi-
nir m á s q u e en relación (de c o m p l e m e n t a r i e d a d , de oposición) con las otras
divinidades, d e n t r o de u n p a n t e ó n peculiar. H a de ser d e n t r o del m a r c o d e
u n c o n j u n t o m í t i c o d o n d e h a y q u e d e s c u b r i r las d e s v i a c i o n e s , las i n v e r s i o -
n e s o las s i m e t r í a s e n t r e l o s d i v e r s o s e l e m e n t o s . A s í n o b a s t a c o n d e c i r q u e
A d o n i s , el d i o s q u e m u e r e y r e s u c i t a , s i m b o l i z a e l ciclo v e g e t a l . H a y q u e
r e p a r a r en q u e n a c e d e la m i r r a (planta solar y a r o m á t i c a ) p a r a m o r i r en
l a l e c h u g a ( p l a n t a fría y c r u d a ) . E s t o n o s l l e v a a t e n e r e n c u e n t a el c ó d i g o
b o t á n i c o , e n el q u e o c u p a n u n l u g a r c e n t r a l l o s c e r e a l e s : A d o n i s e s c a p a d e
su m u n d o , c o m o s i g n o d e v i d a , y f u e r a d e l a n o r m a . E l c ó d i g o b o t á n i c o
n o s r e m i t e al c ó d i g o z o o l ó g i c o y al c ó d i g o a s t r o n ó m i c o (ya q u e las s u b s -
t a n c i a s a r o m á t i c a s v e g e t a l e s s o n p l a n t a s « c a n i c u l a r e s » ) . A s í el m i t o d e A d o -
n i s es o b j e t o d e u n e r u d i t o d e s c i f r a m i e n t o . E l t e m a d e l m a t r i m o n i o e s e s e n -
cial e n é l . ¿ N o d e s a p a r e c e A d o n i s e n el m o m e n t o e n el q u e a l c a n z a l a e d a d
d e l a u n i ó n c o n y u g a l , d e s p u é s d e u n a i n f a n c i a e n t r e g a d a al a m o r ? S u falta
d e a c c e s o al m a t r i m o n i o s e c o r r e s p o n d e c o n l a a u s e n c i a d e c e r e a l e s e n el
registro b o t á n i c o , e n la m e d i d a en q u e h a y u n vínculo e n t r e m a t r i m o n i o y
a g r i c u l t u r a , a m b o s b a j o el p a t r o c i n i o d e D é m e t e r . S e d e s e m b o c a así e n
u n a i n t e r p r e t a c i ó n n u e v a d e l m i t o r i t u a l d e A d o n i s , q u e r e a l i z a n , e n el m o -
m e n t o d e l a c a n í c u l a , l a s c o r t e s a n a s y las c o n c u b i n a s a c o m p a ñ a d a s d e sus
a m a n t e s , e n u n c l i m a l i c e n c i o s o . E l rito c o n s i s t e e n d e p o s i t a r e n l a a z o t e a
d e las c a s a s p e q u e ñ o s « j a r d i n e s » m e t i d o s e n p o t e s d e c e r á m i c a . L a s p l a n -
tas germinan enseguida y m u e r e n r á p i d a m e n t e . Esta antiagricultura contri-
b u y e a valorar la v e r d a d e r a agricultura, d e la m i s m a m a n e r a q u e la a t m ó s -
f e r a d e d e s e n f r e n o s e x u a l se o p o n e a l a g r a v e d a d d e l a s T e s m o f o r i a s , las
fiestas d e D é m e t e r c e l e b r a d a s p o r m u j e r e s c a s a d a s o b l i g a d a s a s o m e t e r s e
a u n a ascesis s e v e r a . E l análisis e s t r u c t u r a l p e r m i t e p r o g r e s a r a s í e n la
i n t e r p r e t a c i ó n d e u n s i s t e m a m í t i c o y ritual, p a r c i a l m e n t e o p a c o h a s t a e n -
tonces.
E l d e s c i f r a m i e n t o s i s t e m á t i c o d e los rituales m á s v a r i a d o s (fiestas a n t i -
guas c o m o a c a b a m o s d e ver, procesiones cristianas, manifestaciones polí-
ticas) c o n s t i t u y e u n o d e los e j e r c i c i o s f a v o r i t o s d e los e t n o - h i s t o r i a d o r e s ,
p u e d a n o no p u e d a n apoyarse en textos. E m m a n u e l L e R o y Ladurie nos
h a d a d o u n a i n o l v i d a b l e e v o c a c i ó n d e l Carnaval de Romans d e 1 5 8 0 , fiesta
e n s a g r e n t a d a e n l a q u e los n o t a b l e s d e e s t a c i u d a d d e l D e l f i n a d o e l i m i n a -
r o n , d i r i g i d o s p o r el j u e z G u é r i n , a l o s j e f e s d e l p a r t i d o p u p u l a r , e n c a b e -
z a d o s p o r P a u m i e r , los cuales h a b í a d e s e n c a d e n a d o u n a situación revolu-
c i o n a r i a d e s d e h a c í a a l g u n o s m e s e s . C u a n d o t u v o l u g a r el c a r n a v a l d e 1580,
229
 las p o s i c i o n e s sociales d e los a c t o r e s d e la fiesta se e x p r e s a r o n s i m b ó l i c a -
m e n t e m e d i a n t e los n o m b r e s d e los d i f e r e n t e s reynages ( t é r m i n o q u e d e -
signa las a g r u p a c i o n e s , b a j o n o m b r e s d e a n i m a l e s , c o n s t i t u i d a s c o n m o t i v o
d e la e l e c c i ó n d e l r e y y d e su c o r t e ) . E l b e s t i a r i o d e l o s reynages d e l o s h a -
b i t a n t e s d e R o m a n s t r a d u c e , c o n p a r t i c u l a r c l a r i d a d , l a o p o s i c i ó n q u e exis-
t e e n t e ricos y p o b r e s : a los p r i m e r o s les c o r r e s p o n d e n a n i m a l e s q u e v u e -
l a n , « c a r a c t e r i z a d o s s e x u a l m e n t e » ; a los s e g u n d o s , a n i m a l e s d e t i e r r a , c a s -
trados o sexualmente indiferentes.
(Alto) Ricos: gallo, águila, perdiz (animales q u e vuelan).
(Bajo) Artesanos y labradores: oso, oveja, liebre, capón, asno (anima-
les d e t i e r r a ) .
A d e m á s , se r e p r e s e n t a r o n l o s p r o g r a m a s p o l í t i c o s d e las d o s f a c c i o n e s
o p u e s t a s e n los r i t o s d e c a r n a v a l . D e l l a d o p l e b e y o se utilizó el e s l o g a n « ¡ R i -
c o s , r e s t i t u i d ! » y la a m e n a z a e n c a r n a d a e n d a n z a s q u e c o n t e n í a n r a s t r i l l o s ,
e s c o b a s y t e j i d o s m o r t u o r i o s . D e l l a d o p a t r i c i o , se e x h i b i ó la i n v e r s i ó n d e
la tarifa d e los a r t í c u l o s a l i m e n t i c i o s p a r a h a c e r b u r l a d e las r e i v i n d i c a c i o -
n e s p o p u l a r e s , y t a m b i é n se o r g a n i z ó u n g r a n desfile d e los e s t a d o s d e la
s o c i e d a d , c o m o f o r m a d e c o n s a g r a r el o r d e n v i g e n t e . T o d o r e v i s t e a q u í u n a
d i m e n s i ó n a la v e z p o l í t i c a y m í t i c a : c u a n d o los p a r t i d a r i o s d e P a u m i e r b a i -
l a r o n la d a n z a d e las e s p a d a s , é s t a a p a r e c e c o n c o n n o t a c i o n e s s o c i a l e s a m e -
n a z a d o r a s p a r a los ricos, y t a m b i é n c o n r e m i n i s c e n c i a s a g r a r i a s y s e x u a l e s .
A p a r t e d e este lenguaje particular del carnaval d e 1580, r e f e r e n t e a la
l u c h a social, d e s c u b r i m o s l o s r a s g o s p e r m a n e n t e s d e l c a r n a v a l d e las s o c i e -
d a d e s t r a d i c i o n a l e s , l a g r a n fiesta d e l i n v i e r n o , p r ó d i g a e n m ú l t i p l e s c o -
n e x i o n e s : el r i t u a l d e c a m b i o d e a ñ o , e n el q u e se d i s t i n g u e n g e s t o s p r o p i -
c i a t o r i o s d e s t i n a d o s a a s e g u r a r l a f e r t i l i d a d ; y el p r e l u d i o d e l a c u a r e s m a ,
t i e m p o d e f r a n c a c h e l a s y v i o l e n c i a e n el q u e se d e j a l i b r e c u r s o a l o s a c t o s
i r r a c i o n a l e s y l o c o s , t i e m p o d e s t i n a d o a e x p u l s a r el m a l social m e d i a n t e b r o -
m a s e i n s u l t o s . L a i n t e r a c c i ó n e n t r e el p l a n o d e las e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s ,
c o n s t i t u i d o p o r l o s c a r a c t e r e s p e r e n n e s d e l c a r n a v a l y el p l a n o d e los a c o n -
t e c i m i e n t o s e x p l o s i v o s d e 1580 es a n a l i z a d o c o n e x t r a o r d i n a r i a a g u d e z a .
E s , a n u e s t r o e n t e n d e r , u n o d e l o s c a s o s e x c e p c i o n a l e s e n q u e el análisis
e s t r u c t u r a l h a s a b i d o a d a p t a r s e al b r e v e p e r í o d o d e u n a s l u c h a s s o c i a l e s y
e n el q u e el d e s c i f r a m i e n t o d e u n r i t u a l c o m p l e j o se v i n c u l a a l a c r ó n i c a
política.
E l análisis estructural de los textos, t r á t e s e d e u n a o b r a e n su t o t a l i d a d ,
d e u n a p á g i n a p r e c i s a o d e u n d o c u m e n t o e l e g i d o e n t r e los m á s o r d i n a r i o s ,
c o n s t i t u y e i g u a l m e n t e u n a n u e v a v í a p a r a el t r a b a j o h i s t ó r i c o . A l g u n o s i n -
v e s t i g a d o r e s , e n t r e los q u e se p u e d e c i t a r a N a t h a n W a c h t e l , J a c q u e s L e
Goff y M i c h e l d e C e r t e a u , se h a n i n s p i r a d o e n P r o p p , G r e i m a s y B r é m o n d
p a r a r e n o v a r r a d i c a l m e n t e la crítica d e l o s t e x t o s . S u p r o g r a m a p u e d e d e -
finirse así: « S e t r a t a d e s u s t i t u i r , m e d i a n t e la r e p r e s e n t a c i ó n f ó n i c a o g r á -
fica d e l d i s c u r s o (...) u n a r e p r e s e n t a c i ó n artificial, c o n s t r u i d a al p o n e r e n
e v i d e n c i a las c o r r e l a c i o n e s o r e l a c i o n e s q u e a r t i c u l a n , e n t r e e l l a s , las u n i -
d a d e s e l e m e n t a l e s d e la significación» ( J e a n C a l l o u d ) . E s t a p r á c t i c a p u e d e
ser p r ó d i g a e n e n s e ñ a n z a s p a r a el h i s t o r i a d o r . T e s t i m o n i o d e ello es el e j e m -
p l a r e s t u d i o d e N a t h a n W a c h t e l , Pensée sauvage et acculturation (Annales
ESC, 1 9 7 1 , p p . 7 9 3 - 8 4 1 ) , q u e r e s t i t u y e l o s p a i s a j e s m e n t a l e s c o n t r a s t a d o s
d e d o s p e r u a n o s a c u l t u r a d o s d e l siglo x v i a p a r t i r d e l e s t u d i o d e sus o b r a s .
230
U n o , G a r c i l a s o d e la V e g a ( n a c i d o e n 1 5 3 1 ) , es u n p e r f e c t o a s i m i l a d o q u e
s o m e t e la h i s t o r i a d e s u p a í s al t i e m p o l i n e a l e i r r e v e r s i b l e d e l o s o c c i d e n -
t a l e s ; el o t r o , P o m a d e A y a l a ( n a c i d o h a c i a 1 5 3 5 ) , r e i n t e r p r e t a las a p o r t a -
ciones occidentales a través d e la lógica i n d í g e n a : su historia s a g r a d a , p o r
t o m a r u n ú n i c o e j e m p l o , s e d i v i d e e n c i n c o p e r í o d o s , d e a c u e r d o c o n l a vi-
sión d e la historia d e los incas. E s t e e s t u d i o p i o n e r o n o h a e n v e j e c i d o en
a b s o l u t o , a u n c u a n d o l o s h i s t o r i a d o r e s , c o n la a y u d a d e l a s e m i ó t i c a , l o h a n
s o m e t i d o a u n a f o r m a l i z a c i ó n m á s o m e n o s rigurosa d e l c o n t e n i d o d e los
t e x t o s , e n el s e n t i d o d e u n a c r e c i e n t e a b s t r a c c i ó n . P o d r e m o s j u z g a r l o c o n
l a l e c t u r a d e l análisis d e l a Histoire d'un voy age faict en la terre du Brésil,
de Jean de Lery, que realiza de forma sorprendente Michel de Certeau en
L'Escriture de l'histoire (capítulo V, «Ethnograhie. L'oralité, ou l'espace
d e l ' a u t r e : L é r y » , p p . 2 1 5 - 2 4 8 ) . E s t a Histoire d'un voyage, p u b l i c a d a e n
1 5 7 8 , r e l a t a u n a e s t a n c i a e n u n « r e f u g i o » c a l v i n i s t a d e la b a h í a d e R í o e n -
t r e 1556 y 1 5 5 8 , d e s p u é s d e t r e s m e s e s d e v a g a b u n d e o e n t r e l o s t u p i n a m b a
d e l a c o s t a y , finalmente, l a v u e l t a a O c c i d e n t e . E l c o n j u n t o d e l r e l a t o se
o r g a n i z a , s e g ú n D e C e r t e a u , e n t o r n o a l a d i f e r e n c i a e s t r u c t u r a l e n t r e el
aquí y el allá abajo; s u p o n e u n a fractura c o n s t a n t e , t a n t o e n l o q u e a f e c t a
a la t r a v e s í a c o m o a l a d i f e r e n c i a e n t r e l a s o c i e d a d t u p í y la s o c i e d a d o c c i -
d e n t a l . E l t e x t o se n o s p r e s e n t a así c o m o u n t r a b a j o p a r a c o n d u c i r lo otro
a lo mismo. D e p a r t i d a , p u e d e h a c e r s e u n a figura g e o m é t r i c a e n f u n c i ó n
d e u n e j e h o r i z o n t a l q u e s e p a r a por este lado (lo m i s m o ) y por el otro lado
(lo o t r o ) . « E l t r a b a j o q u e e f e c t ú a p u e d e r e p r e s e n t a r s e c o m o u n g i r o d e 90
g r a d o s d e e s t a l í n e a , c r e a n d o así u n e j e l o o t r o / l o m i s m o , p e r p e n d i c u l a r al
e j e p o r e s t e l a d o / p o r a q u e l l a d o . P o r e s t e h e c h o , el " p o r a q u e l l a d o " n o
c o i n c i d e y a c o n la a l t e r i d a d . U n a p a r t e d e l m u n d o q u e p a r e c í a p o r c o m -
p l e t o otro es c o n d u c i d o a lo mismo p o r el e f e c t o d e l d e s n i v e l a m i e n t o q u e
d e s m o n t a l a e x t r a ñ e z a p a r a c o n v e r t i r l a e n u n a exterioridad, m á s allá d e la
c u a l se p u e d e r e c o n o c e r u n a interioridad, única definición del h o m b r e » . E n -
t o n c e s t e n d r í a m o s , d e h e c h o , el m o d e l o d e c u a l q u i e r e s c r i t u r a e t n o l ó g i c a ,
q u e c o n s i s t e e n d e s c u b r i r d e t r á s d e la i r r e d u c t i b l e e x t r a ñ e z a , la p r e s e n c i a
de algunas constantes invariables q u e se e n c u e n t r a n vinculadas a u n a sola
y m i s m a n a t u r a l e z a h u m a n a , así c o m o a u n a l ó g i c a u n i v e r s a l . E s t e r e l a t o
d e v i a j e es una hermenéutica de lo otro y e s t a p r i m e r a f o r m a d e e t n o l o g í a
es u n s u s t i t u t o d e la e x é g e s i s c r i s t i a n a , e n l a q u e el p r o b l e m a d e l a r e l a c i ó n
c o n la a l t e r i d a d j u d í a o c u p a u n l u g a r c e n t r a l . V a s t a c o n c l u s i ó n , d e i n n e g a -
b l e i m p o r t a n c i a p a r a l o s h i s t o r i a d o r e s , e x t r a í d a d e u n análisis s o b r e el cor-
pus c e r r a d o , d i r i g i d a s e g ú n las r e g l a s d e la s e m á n t i c a e s t r u c t u r a l .
A u n q u e q u i z á n o s e a p r u d e n t e l l e g a r a u n a c o n c l u s i ó n , e n u n a discipli-
n a e n l a q u e c a m b i a n t a n r á p i d a m e n t e las p e r s p e c t i v a s , s e p u e d e a d e l a n t a r
q u e , a c t u a l m e n t e , p a r e c e q u e e s t á n e n c a m i n o d e f e d e r a r s e las d i f e r e n t e s
c o r r i e n t e s d e la h i s t o r i a e s t r u c t u r a l b a j o l a d e n o m i n a c i ó n d e antropología
histórica. Las perspectivas d e esta última h a n sido r e c i e n t e m e n t e t r a z a d a s
con notable claridad p o r A n d r é Burguiére («L'anthropologie historique»
e n La Nouvelle Histoire, p p . 37 a 6 1 ) . L a a n t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a t i e n e p o r
o b j e t o , n o s d i c e , e s t u d i a r el h o m b r e e n s u a m b i e n t e b i o - c i i m á t i c o , t é c n i c o ,
f a m i l i a r , social, e t c . P a r a e l l o , a n a l i z a las m ú l t i p l e s r e d e s q u e lo a p r i s i o n a n
( n i v e l e s d e e d a d , p r á c t i c a s d e r e l a c i ó n , c o m p o r t a m i e n t o s e n la m e s a , sis-
t e m a s de r e p r e s e n t a c i o n e s , etc.) y p r e t e n d e ver c ó m o rigen los c o m p o r t a -
231
 las p o s i c i o n e s sociales d e los a c t o r e s d e la fiesta se e x p r e s a r o n s i m b ó l i c a -
m e n t e m e d i a n t e los n o m b r e s d e los d i f e r e n t e s reynages ( t é r m i n o q u e d e -
signa las a g r u p a c i o n e s , b a j o n o m b r e s d e a n i m a l e s , c o n s t i t u i d a s c o n m o t i v o
d e la e l e c c i ó n d e l r e y y d e su c o r t e ) . E l b e s t i a r i o d e l o s reynages d e l o s h a -
b i t a n t e s d e R o m a n s t r a d u c e , c o n p a r t i c u l a r c l a r i d a d , l a o p o s i c i ó n q u e exis-
t e e n t e ricos y p o b r e s : a los p r i m e r o s les c o r r e s p o n d e n a n i m a l e s q u e v u e -
l a n , « c a r a c t e r i z a d o s s e x u a l m e n t e » ; a los s e g u n d o s , a n i m a l e s d e t i e r r a , c a s -
trados o sexualmente indiferentes.
(Alto) Ricos: gallo, águila, perdiz (animales q u e vuelan).
(Bajo) Artesanos y labradores: oso, oveja, liebre, capón, asno (anima-
les d e t i e r r a ) .
A d e m á s , se r e p r e s e n t a r o n l o s p r o g r a m a s p o l í t i c o s d e las d o s f a c c i o n e s
o p u e s t a s e n los r i t o s d e c a r n a v a l . D e l l a d o p l e b e y o se utilizó el e s l o g a n « ¡ R i -
c o s , r e s t i t u i d ! » y la a m e n a z a e n c a r n a d a e n d a n z a s q u e c o n t e n í a n r a s t r i l l o s ,
e s c o b a s y t e j i d o s m o r t u o r i o s . D e l l a d o p a t r i c i o , se e x h i b i ó la i n v e r s i ó n d e
la tarifa d e los a r t í c u l o s a l i m e n t i c i o s p a r a h a c e r b u r l a d e las r e i v i n d i c a c i o -
n e s p o p u l a r e s , y t a m b i é n se o r g a n i z ó u n g r a n desfile d e los e s t a d o s d e la
s o c i e d a d , c o m o f o r m a d e c o n s a g r a r el o r d e n v i g e n t e . T o d o r e v i s t e a q u í u n a
d i m e n s i ó n a la v e z p o l í t i c a y m í t i c a : c u a n d o los p a r t i d a r i o s d e P a u m i e r b a i -
l a r o n la d a n z a d e las e s p a d a s , é s t a a p a r e c e c o n c o n n o t a c i o n e s s o c i a l e s a m e -
n a z a d o r a s p a r a los ricos, y t a m b i é n c o n r e m i n i s c e n c i a s a g r a r i a s y s e x u a l e s .
A p a r t e d e este lenguaje particular del carnaval d e 1580, r e f e r e n t e a la
l u c h a social, d e s c u b r i m o s l o s r a s g o s p e r m a n e n t e s d e l c a r n a v a l d e las s o c i e -
d a d e s t r a d i c i o n a l e s , l a g r a n fiesta d e l i n v i e r n o , p r ó d i g a e n m ú l t i p l e s c o -
n e x i o n e s : el r i t u a l d e c a m b i o d e a ñ o , e n el q u e se d i s t i n g u e n g e s t o s p r o p i -
c i a t o r i o s d e s t i n a d o s a a s e g u r a r l a f e r t i l i d a d ; y el p r e l u d i o d e l a c u a r e s m a ,
t i e m p o d e f r a n c a c h e l a s y v i o l e n c i a e n el q u e se d e j a l i b r e c u r s o a l o s a c t o s
i r r a c i o n a l e s y l o c o s , t i e m p o d e s t i n a d o a e x p u l s a r el m a l social m e d i a n t e b r o -
m a s e i n s u l t o s . L a i n t e r a c c i ó n e n t r e el p l a n o d e las e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s ,
c o n s t i t u i d o p o r l o s c a r a c t e r e s p e r e n n e s d e l c a r n a v a l y el p l a n o d e los a c o n -
t e c i m i e n t o s e x p l o s i v o s d e 1580 es a n a l i z a d o c o n e x t r a o r d i n a r i a a g u d e z a .
E s , a n u e s t r o e n t e n d e r , u n o d e l o s c a s o s e x c e p c i o n a l e s e n q u e el análisis
e s t r u c t u r a l h a s a b i d o a d a p t a r s e al b r e v e p e r í o d o d e u n a s l u c h a s s o c i a l e s y
e n el q u e el d e s c i f r a m i e n t o d e u n r i t u a l c o m p l e j o se v i n c u l a a l a c r ó n i c a
política.
E l análisis estructural de los textos, t r á t e s e d e u n a o b r a e n su t o t a l i d a d ,
d e u n a p á g i n a p r e c i s a o d e u n d o c u m e n t o e l e g i d o e n t r e los m á s o r d i n a r i o s ,
c o n s t i t u y e i g u a l m e n t e u n a n u e v a v í a p a r a el t r a b a j o h i s t ó r i c o . A l g u n o s i n -
v e s t i g a d o r e s , e n t r e los q u e se p u e d e c i t a r a N a t h a n W a c h t e l , J a c q u e s L e
Goff y M i c h e l d e C e r t e a u , se h a n i n s p i r a d o e n P r o p p , G r e i m a s y B r é m o n d
p a r a r e n o v a r r a d i c a l m e n t e la crítica d e l o s t e x t o s . S u p r o g r a m a p u e d e d e -
finirse así: « S e t r a t a d e s u s t i t u i r , m e d i a n t e la r e p r e s e n t a c i ó n f ó n i c a o g r á -
fica d e l d i s c u r s o (...) u n a r e p r e s e n t a c i ó n artificial, c o n s t r u i d a al p o n e r e n
e v i d e n c i a las c o r r e l a c i o n e s o r e l a c i o n e s q u e a r t i c u l a n , e n t r e e l l a s , las u n i -
d a d e s e l e m e n t a l e s d e la significación» ( J e a n C a l l o u d ) . E s t a p r á c t i c a p u e d e
ser p r ó d i g a e n e n s e ñ a n z a s p a r a el h i s t o r i a d o r . T e s t i m o n i o d e ello es el e j e m -
p l a r e s t u d i o d e N a t h a n W a c h t e l , Pensée sauvage et acculturation (Annales
ESC, 1 9 7 1 , p p . 7 9 3 - 8 4 1 ) , q u e r e s t i t u y e l o s p a i s a j e s m e n t a l e s c o n t r a s t a d o s
d e d o s p e r u a n o s a c u l t u r a d o s d e l siglo x v i a p a r t i r d e l e s t u d i o d e sus o b r a s .
230
U n o , G a r c i l a s o d e la V e g a ( n a c i d o e n 1 5 3 1 ) , es u n p e r f e c t o a s i m i l a d o q u e
s o m e t e la h i s t o r i a d e s u p a í s al t i e m p o l i n e a l e i r r e v e r s i b l e d e l o s o c c i d e n -
t a l e s ; el o t r o , P o m a d e A y a l a ( n a c i d o h a c i a 1 5 3 5 ) , r e i n t e r p r e t a las a p o r t a -
ciones occidentales a través d e la lógica i n d í g e n a : su historia s a g r a d a , p o r
t o m a r u n ú n i c o e j e m p l o , s e d i v i d e e n c i n c o p e r í o d o s , d e a c u e r d o c o n l a vi-
sión d e la historia d e los incas. E s t e e s t u d i o p i o n e r o n o h a e n v e j e c i d o en
a b s o l u t o , a u n c u a n d o l o s h i s t o r i a d o r e s , c o n la a y u d a d e l a s e m i ó t i c a , l o h a n
s o m e t i d o a u n a f o r m a l i z a c i ó n m á s o m e n o s rigurosa d e l c o n t e n i d o d e los
t e x t o s , e n el s e n t i d o d e u n a c r e c i e n t e a b s t r a c c i ó n . P o d r e m o s j u z g a r l o c o n
l a l e c t u r a d e l análisis d e l a Histoire d'un voy age faict en la terre du Brésil,
de Jean de Lery, que realiza de forma sorprendente Michel de Certeau en
L'Escriture de l'histoire (capítulo V, «Ethnograhie. L'oralité, ou l'espace
d e l ' a u t r e : L é r y » , p p . 2 1 5 - 2 4 8 ) . E s t a Histoire d'un voyage, p u b l i c a d a e n
1 5 7 8 , r e l a t a u n a e s t a n c i a e n u n « r e f u g i o » c a l v i n i s t a d e la b a h í a d e R í o e n -
t r e 1556 y 1 5 5 8 , d e s p u é s d e t r e s m e s e s d e v a g a b u n d e o e n t r e l o s t u p i n a m b a
d e l a c o s t a y , finalmente, l a v u e l t a a O c c i d e n t e . E l c o n j u n t o d e l r e l a t o se
o r g a n i z a , s e g ú n D e C e r t e a u , e n t o r n o a l a d i f e r e n c i a e s t r u c t u r a l e n t r e el
aquí y el allá abajo; s u p o n e u n a fractura c o n s t a n t e , t a n t o e n l o q u e a f e c t a
a la t r a v e s í a c o m o a l a d i f e r e n c i a e n t r e l a s o c i e d a d t u p í y la s o c i e d a d o c c i -
d e n t a l . E l t e x t o se n o s p r e s e n t a así c o m o u n t r a b a j o p a r a c o n d u c i r lo otro
a lo mismo. D e p a r t i d a , p u e d e h a c e r s e u n a figura g e o m é t r i c a e n f u n c i ó n
d e u n e j e h o r i z o n t a l q u e s e p a r a por este lado (lo m i s m o ) y por el otro lado
(lo o t r o ) . « E l t r a b a j o q u e e f e c t ú a p u e d e r e p r e s e n t a r s e c o m o u n g i r o d e 90
g r a d o s d e e s t a l í n e a , c r e a n d o así u n e j e l o o t r o / l o m i s m o , p e r p e n d i c u l a r al
e j e p o r e s t e l a d o / p o r a q u e l l a d o . P o r e s t e h e c h o , el " p o r a q u e l l a d o " n o
c o i n c i d e y a c o n la a l t e r i d a d . U n a p a r t e d e l m u n d o q u e p a r e c í a p o r c o m -
p l e t o otro es c o n d u c i d o a lo mismo p o r el e f e c t o d e l d e s n i v e l a m i e n t o q u e
d e s m o n t a l a e x t r a ñ e z a p a r a c o n v e r t i r l a e n u n a exterioridad, m á s allá d e la
c u a l se p u e d e r e c o n o c e r u n a interioridad, única definición del h o m b r e » . E n -
t o n c e s t e n d r í a m o s , d e h e c h o , el m o d e l o d e c u a l q u i e r e s c r i t u r a e t n o l ó g i c a ,
q u e c o n s i s t e e n d e s c u b r i r d e t r á s d e la i r r e d u c t i b l e e x t r a ñ e z a , la p r e s e n c i a
de algunas constantes invariables q u e se e n c u e n t r a n vinculadas a u n a sola
y m i s m a n a t u r a l e z a h u m a n a , así c o m o a u n a l ó g i c a u n i v e r s a l . E s t e r e l a t o
d e v i a j e es una hermenéutica de lo otro y e s t a p r i m e r a f o r m a d e e t n o l o g í a
es u n s u s t i t u t o d e la e x é g e s i s c r i s t i a n a , e n l a q u e el p r o b l e m a d e l a r e l a c i ó n
c o n la a l t e r i d a d j u d í a o c u p a u n l u g a r c e n t r a l . V a s t a c o n c l u s i ó n , d e i n n e g a -
b l e i m p o r t a n c i a p a r a l o s h i s t o r i a d o r e s , e x t r a í d a d e u n análisis s o b r e el cor-
pus c e r r a d o , d i r i g i d a s e g ú n las r e g l a s d e la s e m á n t i c a e s t r u c t u r a l .
A u n q u e q u i z á n o s e a p r u d e n t e l l e g a r a u n a c o n c l u s i ó n , e n u n a discipli-
n a e n l a q u e c a m b i a n t a n r á p i d a m e n t e las p e r s p e c t i v a s , s e p u e d e a d e l a n t a r
q u e , a c t u a l m e n t e , p a r e c e q u e e s t á n e n c a m i n o d e f e d e r a r s e las d i f e r e n t e s
c o r r i e n t e s d e la h i s t o r i a e s t r u c t u r a l b a j o l a d e n o m i n a c i ó n d e antropología
histórica. Las perspectivas d e esta última h a n sido r e c i e n t e m e n t e t r a z a d a s
con notable claridad p o r A n d r é Burguiére («L'anthropologie historique»
e n La Nouvelle Histoire, p p . 37 a 6 1 ) . L a a n t r o p o l o g í a h i s t ó r i c a t i e n e p o r
o b j e t o , n o s d i c e , e s t u d i a r el h o m b r e e n s u a m b i e n t e b i o - c i i m á t i c o , t é c n i c o ,
f a m i l i a r , social, e t c . P a r a e l l o , a n a l i z a las m ú l t i p l e s r e d e s q u e lo a p r i s i o n a n
( n i v e l e s d e e d a d , p r á c t i c a s d e r e l a c i ó n , c o m p o r t a m i e n t o s e n la m e s a , sis-
t e m a s de r e p r e s e n t a c i o n e s , etc.) y p r e t e n d e ver c ó m o rigen los c o m p o r t a -
231
m i e n t o s c o r p o r a l e s , . l a s r e l a c i o n e s d o m é s t i c a s , lo cotidiano e n su c o n j u n t o
( v e r Montaillou, village occitan, d e E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e ) . S e t r a t a ,
e n s u m a , d e e v o c a r t o d a la t r a m a d e la v i d a b i o l ó g i c a y social, d e i l u m i n a r
los « s i s t e m a s o c u l t o s » , l o r e p r i m i d o , lo n o - c o n s c i e n t e . E s n e c e s a r i o p e n e -
t r a r el s e n t i d o d é l a s a c t i t u d e s silenciosas y d e los m á s a u t o m á t i c o s g e s t o s ,
e x h u m a r las significaciones p e r d i d a s d e l o s s i s t e m a s s i m b ó l i c o s , c o m o l o s
r i t u a l e s d e v a s a l l a j e o l o s d e m a t r i m o n i o e n la F r a n c i a t r a d i c i o n a l ( v e r J a c -
q u e s L e Goff, « L e r i t u e l s y m b o l i q u e d e la v a s s a l i t é » , e n Pour un autre Mo-
yen Age, 1 9 7 9 , y M a r t i n e S é g a l e n , Mari et femme dans la société traditio-
nelle, 1 9 8 0 ) . E l o b j e t i v o ú l t i m o es e s t a b l e c e r , a p a r t i r d e u n a d e s c r i p c i ó n
e t n o g r á f i c a r i g u r o s a , los c o m p o r t a m i e n t o s d e l p a s a d o , meta lógica del pen-
samiento y de las actitudes humanas. U n a investigación d e este tipo exige
ir m á s allá d e l a s « r a c i o n a l i z a c i o n e s » e l a b o r a d a s p o r l o s a g e n t e s h i s t ó r i c o s ,
y q u e h a y q u e c o n s i d e r a r c o m o m á s c a r a s q u e d i s i m u l a n los d a t o s e s t r u c t u -
r a l e s ; r e q u i e r e t a m b i é n a d o p t a r u n a n u e v a a c t i t u d a n t e el t i e m p o : sin c a e r
e n l a t r a m p a d e la h i s t o r i a i n m ó v i l , h a y q u e p r i v i l e g i a r lo r e p e t i t i v o , lo
«reactivado» incluso, a expensas d e lo c a m b i a n t e , d e d i c a n d o especial aten-
c i ó n a l o s f e n ó m e n o s d e p e t r i f i c a c i ó n social y a las f u e r z a s q u e i n c i d e n
e n él.
232
C A P Í T U L O 13
LA DUDA ACERCA DE LA HISTORIA
R e c o n o z c a m o s d e e n t r a d a q u e este título es capcioso, ya q u e incluye
a n d a d u r a s t a n d i f e r e n t e s c o m o las d e H e n r i M a r r o u , P a u l V e y n e , M i c h e l
d e C e r t e a u y J e a n C h e s n e a u x . P e r o s i g u e s i e n d o útil p a r a d e s i g n a r u n a
corriente m u y amplia de sometimiento en cuestión de algunas certidumbres
s o b r e las q u e d e s c a n s a b a l a c i e n c i a h i s t ó r i c a d e s d e el siglo x i x . H a y q u e
b u s c a r su o r i g e n e n el r e l a t i v i s m o q u e , d e s d e el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a s ,
s e d e d i c ó a a r r a s a r l a n o c i ó n d e hechos establecidos, m o s t r a n d o q u e única-
m e n t e se t r a t a b a d e c r i t e r i o s q u e , e n u n m o m e n t o d a d o , h a b í a n s i d o c o n -
s e n s u a d o s p o r p a r t e d e l o s h i s t o r i a d o r e s . E n l o s u c e s i v o , e n t r e e s t o s últi-
m o s , será de b u e n tono dar p r u e b a s de u n «agnosticismo resignado», como
e n l a o b r a m a e s t r a d e l a New Cambridge Modern History e n 1957: p u e s t o
q u e y a q u e se s a b e q u e l a h i s t o r i a n o p u e d e « c o m p o n e r s e d e p a r t í c u l a s e l e -
m e n t a l e s e i m p e r s o n a l e s q u e n a d a p o d r í a alterar», la a m b i c i ó n d e los au-
t o r e s se l i m i t a r á e n t o n c e s a « d e c i r s i m p l e m e n t e lo q u e se s a b e e n l a a c t u a -
l i d a d » , e n t a n t o q u e se e s p e r a a « q u e l o s r e s u l t a d o s d e sus e s f u e r z o s s e a n
s i e m p r e c u e s t i o n a d o s y s u p e r a d o s » . C o n el p a s o d e l o s a ñ o s , l a d u d a a c e r -
ca d e la historia, t o d a v í a equilibrada e n la o b r a d e H e n r i M a r r o u p o r u n
s a l u d a b l e o p t i m i s m o , se t r a n s f o r m ó m e d i a n t e el s i s t e m á t i c o p r o c e s o al q u e
s e h a v i s t o s o m e t i d a . S e c o n o c e n l o s t e s t i g o s d e l a a c u s a c i ó n : el p r e s e n t e
d e l h i s t o r i a d o r , q u e d e t e r m i n a s u p u n t o d e v i s t a a c e r c a d e l p a s a d o ; l a s fal-
s a s « l e y e s » d e la h i s t o r i a , q u e , e n el m e j o r d e los c a s o s , n o s o n m á s q u e
r e g u l a r i d a d e s a p r o x i m a t i v a s e n el d e s a r r o l l o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s ; los
c o n c e p t o s i n a d e c u a d o s , a b u s i v a m e n t e a p l i c a d o s a las s o c i e d a d e s d e l p a s a -
d o ; el p e s o d e l a i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a , t a n e n v a r a d a e n sus t r a d i c i o n e s ; fi-
n a l m e n t e , l o s artificios d e l p r o p i o t e x t o h i s t ó r i c o , q u e m a n t i e n e l a i l u s i ó n
d e r e c o n s t r u i r el p a s a d o .
N o e n c o n t r a m o s t o d o s estos a r g u m e n t o s e n cada u n o de los c u a t r o au-
t o r e s a n t e r i o r m e n t e m e n c i o n a d o s , p e r o a l g u n o s t e m a s c i r c u l a n d e l u n o al
o t r o , s u f r i e n d o a v e c e s n o t a b l e s i n f l e x i o n e s . Si M a r r o u y V e y n e r e c o n o -
c e n , c o m o p r i n c i p a l m é r i t o d e su d i s c i p l i n a , el s e r u n a i n i g u a l a b l e c o l e c -
c i ó n d e h i s t o r i a s v e r d a d e r a s , D e C e r t e a u i n s i s t e i g u a l m e n t e a c e r c a d e l lu-
g a r q u e o c u p a el e l e m e n t o n a r r a t i v o e n el d i s c u r s o h i s t ó r i c o . C u a n d o
M a r r o u e x i g e al h i s t o r i a d o r q u e e x p o n g a los m o t i v o s y las c o n d i c i o n e s d e
233
m i e n t o s c o r p o r a l e s , . l a s r e l a c i o n e s d o m é s t i c a s , lo cotidiano e n su c o n j u n t o
( v e r Montaillou, village occitan, d e E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e ) . S e t r a t a ,
e n s u m a , d e e v o c a r t o d a la t r a m a d e la v i d a b i o l ó g i c a y social, d e i l u m i n a r
los « s i s t e m a s o c u l t o s » , l o r e p r i m i d o , lo n o - c o n s c i e n t e . E s n e c e s a r i o p e n e -
t r a r el s e n t i d o d é l a s a c t i t u d e s silenciosas y d e los m á s a u t o m á t i c o s g e s t o s ,
e x h u m a r las significaciones p e r d i d a s d e l o s s i s t e m a s s i m b ó l i c o s , c o m o l o s
r i t u a l e s d e v a s a l l a j e o l o s d e m a t r i m o n i o e n la F r a n c i a t r a d i c i o n a l ( v e r J a c -
q u e s L e Goff, « L e r i t u e l s y m b o l i q u e d e la v a s s a l i t é » , e n Pour un autre Mo-
yen Age, 1 9 7 9 , y M a r t i n e S é g a l e n , Mari et femme dans la société traditio-
nelle, 1 9 8 0 ) . E l o b j e t i v o ú l t i m o es e s t a b l e c e r , a p a r t i r d e u n a d e s c r i p c i ó n
e t n o g r á f i c a r i g u r o s a , los c o m p o r t a m i e n t o s d e l p a s a d o , meta lógica del pen-
samiento y de las actitudes humanas. U n a investigación d e este tipo exige
ir m á s allá d e l a s « r a c i o n a l i z a c i o n e s » e l a b o r a d a s p o r l o s a g e n t e s h i s t ó r i c o s ,
y q u e h a y q u e c o n s i d e r a r c o m o m á s c a r a s q u e d i s i m u l a n los d a t o s e s t r u c t u -
r a l e s ; r e q u i e r e t a m b i é n a d o p t a r u n a n u e v a a c t i t u d a n t e el t i e m p o : sin c a e r
e n l a t r a m p a d e la h i s t o r i a i n m ó v i l , h a y q u e p r i v i l e g i a r lo r e p e t i t i v o , lo
«reactivado» incluso, a expensas d e lo c a m b i a n t e , d e d i c a n d o especial aten-
c i ó n a l o s f e n ó m e n o s d e p e t r i f i c a c i ó n social y a las f u e r z a s q u e i n c i d e n
e n él.
232
C A P Í T U L O 13
LA DUDA ACERCA DE LA HISTORIA
R e c o n o z c a m o s d e e n t r a d a q u e este título es capcioso, ya q u e incluye
a n d a d u r a s t a n d i f e r e n t e s c o m o las d e H e n r i M a r r o u , P a u l V e y n e , M i c h e l
d e C e r t e a u y J e a n C h e s n e a u x . P e r o s i g u e s i e n d o útil p a r a d e s i g n a r u n a
corriente m u y amplia de sometimiento en cuestión de algunas certidumbres
s o b r e las q u e d e s c a n s a b a l a c i e n c i a h i s t ó r i c a d e s d e el siglo x i x . H a y q u e
b u s c a r su o r i g e n e n el r e l a t i v i s m o q u e , d e s d e el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a s ,
s e d e d i c ó a a r r a s a r l a n o c i ó n d e hechos establecidos, m o s t r a n d o q u e única-
m e n t e se t r a t a b a d e c r i t e r i o s q u e , e n u n m o m e n t o d a d o , h a b í a n s i d o c o n -
s e n s u a d o s p o r p a r t e d e l o s h i s t o r i a d o r e s . E n l o s u c e s i v o , e n t r e e s t o s últi-
m o s , será de b u e n tono dar p r u e b a s de u n «agnosticismo resignado», como
e n l a o b r a m a e s t r a d e l a New Cambridge Modern History e n 1957: p u e s t o
q u e y a q u e se s a b e q u e l a h i s t o r i a n o p u e d e « c o m p o n e r s e d e p a r t í c u l a s e l e -
m e n t a l e s e i m p e r s o n a l e s q u e n a d a p o d r í a alterar», la a m b i c i ó n d e los au-
t o r e s se l i m i t a r á e n t o n c e s a « d e c i r s i m p l e m e n t e lo q u e se s a b e e n l a a c t u a -
l i d a d » , e n t a n t o q u e se e s p e r a a « q u e l o s r e s u l t a d o s d e sus e s f u e r z o s s e a n
s i e m p r e c u e s t i o n a d o s y s u p e r a d o s » . C o n el p a s o d e l o s a ñ o s , l a d u d a a c e r -
ca d e la historia, t o d a v í a equilibrada e n la o b r a d e H e n r i M a r r o u p o r u n
s a l u d a b l e o p t i m i s m o , se t r a n s f o r m ó m e d i a n t e el s i s t e m á t i c o p r o c e s o al q u e
s e h a v i s t o s o m e t i d a . S e c o n o c e n l o s t e s t i g o s d e l a a c u s a c i ó n : el p r e s e n t e
d e l h i s t o r i a d o r , q u e d e t e r m i n a s u p u n t o d e v i s t a a c e r c a d e l p a s a d o ; l a s fal-
s a s « l e y e s » d e la h i s t o r i a , q u e , e n el m e j o r d e los c a s o s , n o s o n m á s q u e
r e g u l a r i d a d e s a p r o x i m a t i v a s e n el d e s a r r o l l o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s ; los
c o n c e p t o s i n a d e c u a d o s , a b u s i v a m e n t e a p l i c a d o s a las s o c i e d a d e s d e l p a s a -
d o ; el p e s o d e l a i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a , t a n e n v a r a d a e n sus t r a d i c i o n e s ; fi-
n a l m e n t e , l o s artificios d e l p r o p i o t e x t o h i s t ó r i c o , q u e m a n t i e n e l a i l u s i ó n
d e r e c o n s t r u i r el p a s a d o .
N o e n c o n t r a m o s t o d o s estos a r g u m e n t o s e n cada u n o de los c u a t r o au-
t o r e s a n t e r i o r m e n t e m e n c i o n a d o s , p e r o a l g u n o s t e m a s c i r c u l a n d e l u n o al
o t r o , s u f r i e n d o a v e c e s n o t a b l e s i n f l e x i o n e s . Si M a r r o u y V e y n e r e c o n o -
c e n , c o m o p r i n c i p a l m é r i t o d e su d i s c i p l i n a , el s e r u n a i n i g u a l a b l e c o l e c -
c i ó n d e h i s t o r i a s v e r d a d e r a s , D e C e r t e a u i n s i s t e i g u a l m e n t e a c e r c a d e l lu-
g a r q u e o c u p a el e l e m e n t o n a r r a t i v o e n el d i s c u r s o h i s t ó r i c o . C u a n d o
M a r r o u e x i g e al h i s t o r i a d o r q u e e x p o n g a los m o t i v o s y las c o n d i c i o n e s d e
233
su i n v e s t i g a c i ó n , ¿ n o a n u n c i a l a e x i g e n c i a f o r m u l a d a p o r D e C e r t e a u d e
« u n i r , a la. r e c o n s t r u c c i ó n d e u n p a s a d o , el i t i n e r a r i o d e su a n d a d u r a ? » .
C u a n d o Paul V e y n e d e n u n c i a la inconsistencia del texto histórico, u n m é -
t o d o d e análisis e m p í r i c o le c o n d u c e a i n t u i c i o n e s p r ó x i m a s a c i e r t a s c o n -
c l u s i o n e s a l a s q u e llega M i c h e l d e C e r t e a u a t r a v é s d e l análisis s e m i ó t i c o .
F i n a l m e n t e , ¿quién n o descubriría u n cierto p a r e c i d o e n t r e los a c e r a d o s co-
m e n t a r i o s d e Michel de C e r t e a u . acerca del a m b i e n t e d e los historiadores
y la v i t r i ó l i c a crítica d e J e a n C h e s n e a u x , q u e , p o r o t r a p a r t e , r e c u p e r a al-
g u n a s i d e a s m a e s t r a s d e l m e n c i o n a d o e n p r i m e r l u g a r ? E n la l í n e a d e l a c o n -
t r o v e r s i a p o s t e r i o r al 6 8 , u n o y o t r o h a n c o n s i d e r a d o q u e el d e b a t e c o n sus
c o l e g a s n o e r a ú n i c a m e n t e i n t e l e c t u a l , s i n o q u e t e n í a q u e i n c i d i r s o b r e las
e s t r u c t u r a s d e l a p r o p i a c o r p o r a c i ó n d e los h i s t o r i a d o r e s .
1. D E L «PRESENTISMO» OPTIMISTA D E H E N R I MARROU
AL HIPERCRITICISMO D E P A U L VEYNE
A ) D o s l a p i d a r i a s f ó r m u l a s n o s s e r v i r á n d e i n t r o d u c c i ó n a la o b r a clá-
sica d e H e n r i M a r r o u , De la connaissance historique: « L a h i s t o r i a es i n s e -
p a r a b l e d e l h i s t o r i a d o r » y t a m b i é n «la h i s t o r i a es c o n s e c u e n c i a d e l e s f u e r -
z o p o r e l c u a l el h i s t o r i a d o r e s t a b l e c e l a r e l a c i ó n e n t r e el p a s a d o q u e e v o c a
y el p r e s e n t e q u e es el s u y o » . A u n q u e n o e r a n u e v a , m u c h o s h i s t o r i a d o r e s
h i c i e r o n s u y a e s t a filosofía a finales d e los a ñ o s 5 0 . E s c u c h e m o s a H e g e l :
« E l h i s t o r i a d o r n o r m a l y m e d i o c r e , q u e p r e t e n d e q u e s u a c t i t u d es s i m p l e -
m e n t e r e c e p t i v a , q u e se s o m e t e al d a t o , n o es e n a b s o l u t o p a s i v o e n su p e n -
s a m i e n t o , a p o r t a sus c a t e g o r í a s , v i e n d o los h e c h o s a t r a v é s d e ellas» (Lec-
ciones sobre la filosofía de la historia, 1822). E s c u c h e m o s a los m a e s t r o s
d e l presentismo a n g l o s a j ó n d e l o s a ñ o s 1930-1940. S e g ú n R . G . C o l l i n g -
w o o d : « E l p e n s a m i e n t o h i s t ó r i c o es u n a a c t i v i d a d d e l a i m a g i n a c i ó n ( . . . ) .
E n historia, n i n g u n a experiencia es definitiva. U n t e s t i m o n i o , válido e n u n
m o m e n t o d a d o , d e j a d e s e r l o d e s d e q u e se m o d i f i c a n los m é t o d o s y d e s d e
q u e c a m b i a n las c o m p e t e n c i a s d e l o s h i s t o r i a d o r e s » (The Idea of History,
1 9 4 6 ) . P a r a C . B e c k e r , « c a d a siglo r e i n t e r p r e t a el p a s a d o d e m a n e r a q u e
é s t e sirva p a r a sus p r o p i o s fines ( . . . ) . E l p a s a d o es u n a e s p e c i e d e p a n t a l l a
s o b r e la q u e c a d a g e n e r a c i ó n p r o y e c t a su v i s i ó n d e l p o r v e n i r . » R a y m o n d
A r o n se i n s c r i b e e n la m i s m a c o r r i e n t e : « D e s d e q u e se p l a n t e a el t r a b a j o
d e l h i s t o r i a d o r , l a p l u r a l i d a d d e las i n t e r p r e t a c i o n e s es e v i d e n t e . P o r e s o
s u r g e n t a n t a s i n v e s t i g a c i o n e s c o m o s i s t e m a s , es d e c i r , e n t é r m i n o s a m p l i o s ,
concepciones psicológicas y lógicas originales. M á s a ú n , p o d e m o s decir q u e
la t e o r í a p r e c e d e a la h i s t o r i a » (Introduction á la philosophie de l'Histoire,
p . 111). E s t a s e r i e d e citas d e m u e s t r a n q u e , p a r a los r e l a t i v i s t a s , la activi-
d a d d e l p r o t a g o n i s t a es e s e n c i a l e n el p r o c e s o d e l c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o .
L e j o s d e c o n t e n t a r s e c o n e x t r a e r d e las f u e n t e s el p a s a d o , el h i s t o r i a d o r i n -
funde contenidos afectivos, intelectuales e ideológicos en su o b r a . D e h e -
c h o , r e s p o n d e a los p r o b l e m a s s u r g i d o s e n s u p r e s e n t e , d e d o n d e s e d e d u -
c e la p e r p e t u a falta d e c o n c l u s i ó n d e l a h i s t o r i a , q u e e v o l u c i o n a c o n a q u é -
llos.
M a r r o u r e c u p e r a p o r su c u e n t a e s t a s a f i r m a c i o n e s , d e la m i s m a m a n e r a
q u e utiliza c i e r t o s a r g u m e n t o s d e B l o c h y F e b v r e c u a n d o se t r a t a d e e c h a r
la c u l p a a L a n g l o i s y S e i g n o b o s , sus b e s t i a s n e g r a s . A d i f e r e n c i a d e l o s v i e -
234
j o s m a e s t r o s « p o s i t i v i s t a s » , M a r r o u a f i r m a el p r i m a d o d e l a a c t i v i d a d i n t e -
l e c t u a l r e a l i z a d a p o r el h i s t o r i a d o r a p a r t i r d e las f u e n t e s d e q u e d i s p o n e .
C o m o e n el c a s o d e l o s f u n d a d o r e s d e l o s Annales, la p r e g u n t a o c u p a el
p r i m e r l u g a r e n la h i s t o r i a , p e r o e s t a v e z e s t á l a s t r a d a p o r la a n g u s t i a exis-
t e n c i a l y t e ñ i d a d e p e r s o n a l i s m o : n o es s ó l o u n p r o b l e m a p o r r e s o l v e r , es
u n a a c t i v i d a d q u e a r r a i g a e n las m á s p r o f u n d a s a s p i r a c i o n e s d e l s u j e t o p o r
d e s c u b r i r al o t r o . P o r t a n t o , n o p u e d e h a b e r p a r a ello u n m é t o d o ú n i c o .
« E l h i s t o r i a d o r n o es u n s i m p l e o b r e r o d e d i c a d o a la t r a n s f o r m a c i ó n d e u n a
m a t e r i a p r i m a , n i el m é t o d o h i s t ó r i c o es u n a m á q u i n a - h e r r a m i e n t a e n la
q u e se i n t r o d u c i r í a c o m o p o r u n e m b u d o el d o c u m e n t o b r u t o y d e d o n d e
s a l d r í a u n fino t e j i d o d e c o n o c i m i e n t o » . E n c a d a c a s o p a r t i c u l a r , p a r a c a p -
t a r el p a s a d o , h a b r á q u e « e n c e r r a r l o , sin e s c a p a t o r i a p o s i b l e , e n u n a r e d
d e p r e g u n t a s » . D a d o q u e é s t a s p u e d e n v a r i a r h a s t a el i n f i n i t o , n o h a y q u e
t e m e r el a g o t a m i e n t o d e la d o c u m e n t a c i ó n , o b s e s i ó n d e L a n g l o i s y Seig-
n o b o s . G r a c i a s a su i n g e n i o y a sus c o n o c i m i e n t o s p e r s o n a l e s , el h i s t o r i a -
d o r c o n t r i b u y e a c r e a r su d o c u m e n t a c i ó n , n o d e j á n d o s e h m i t a r p o r las n o -
ticias d i v e r s a s p r o c e d e n t e s d e l o s i n v e n t a r i o s d e l o s a r c h i v o s .
E n t o d a s las e t a p a s d e l t r a b a j o h i s t ó r i c o d e b e h a b e r u n c o m p r o m i s o a c -
tivo del sujeto c o n o c e d o r q u e establece u n a relación e n t r e d o s niveles de
h u m a n i d a d , el d e l o s h o m b r e s d e a n t a ñ o , y el p r e s e n t e e n el q u e v i v e , m a r -
cado por u n esfuerzo de «recuperación d e este pasado». É s t e n u n c a p o d r á
s e r a p r e h e n d i d o e n sí m i s m o , s i n o c o m o c o n o c i m i e n t o , es d e c i r , d e s p u é s
d e h a b e r s i d o r e m o d e l a d o p o r las c a t e g o r í a s m e n t a l e s d e l i n v e s t i g a d o r y
p o r las s e r v i d u m b r e s l ó g i c a s y t é c n i c a s q u e se le i m p o n e n . Y e n d o m á s l e j o s -
i n s i s t i e n d o a c e r c a d e l a « c o m u n i ó n f r a t e r n a » q u e se d e b e e s t a b l e c e r e n t r e
el h i s t o r i a d o r y el d o c u m e n t o , M a r r o u d i r á q u e el v a l o r del c o n o c i m i e n t o
h i s t ó r i c o es d i r e c t a m e n t e p r o p o r c i o n a l a l a riqueza i n t e r i o r y a l a c a l i d a d
e s p i r i t u a l d e l s a b i o . L e j o s d e s e r u n diletante, m o v i d o ú n i c a m e n t e p o r la
c u r i o s i d a d , el h i s t o r i a d o r se e n r a i z a p o r a ñ a d i d u r a e n u n « m e d i o s o c i a l , p o -
l í t i c o , n a c i o n a l , c u l t u r a l » q u e l o h a m o d e l a d o , y «al q u e r e t o r n a y a p r o v e -
c h a t o d o lo q u e a q u é l h a c e » . E n el h i s t o r i a d o r así c o n c e b i d o h a y algo d e
g r a n s a c e r d o t e , d e p o s i t a r i o d e las a s p i r a c i o n e s f u n d a m e n t a l e s d e l g r u p o ,
p a r t e r o d e las g r a n d e s p r e g u n t a s c o l e c t i v a s , sin d e j a r s e l l e v a r n u n c a p o r las
exigencias d e la p r o p a g a n d a .
E l conocimiento histórico, lejos de ser u n a simple reproducción del pa-
s a d o , es u n a r e e l a b o r a c i ó n d e é l , y a q u e i n e v i t a b l e m e n t e p a s a p o r la c o n -
c e p t u a l i z a c i ó n . C o n o c e r h i s t ó r i c a m e n t e e s s u s t i t u i r los d a t o s e n b r u t o p o r
u n s i s t e m a d e c o n c e p t o s e l a b o r a d o s p o r el e s p í r i t u . M a r r o u clasifica l o s c o n -
c e p t o s u t i l i z a d o s p o r el h i s t o r i a d o r e n c i n c o g r a n d e s c a t e g o r í a s q u e , h o y en
d í a , p u e d e n p a r e c e r b a s t a n t e a n t i c u a d a s : 1) c o n c e p t o s d e a m b i c i ó n u n i v e r -
s a l , 2) i m á g e n e s s i n g u l a r e s u t i l i z a d a s a n a l ó g i c a o m e t a f ó r i c a m e n t e (así la
n o c i ó n d e b a r r o c o ) , 3 ) n o c i o n e s r e l a t i v a s a u n m e d i o d a d o ( t a l e s c o m o pa-
tricio o i n c l u s o virtud romana, s e g ú n P l u t a r c o ) , 4) t i p o s i d e a l e s w e b e r i a n o s
( l a n o c i ó n d e ciudad antigua) y , finalmente, 5) n o c i o n e s h i s t ó r i c a s q u e d e -
n o t a n m e d i o s h u m a n o s p a r t i c u l a r e s ( B i z a n c i o , el R e n a c i m i e n t o , l a I l u s t r a -
ción). T a x o n o m í a anticuada, ya q u e n o concede ningún lugar a algunos te-
m a s clave d e l a h i s t o r i a c o n c e p t u a l i z a n t e a c t u a l , t a l e s c o m o las n o c i o n e s d e
e s t r u c t u r a o d e m o d o d e p r o d u c c i ó n . Q u e d a n las p á g i n a s a c e r c a d e los ti-
pos ideales i n s p i r a d o s e n M a x W e b e r . S e t r a t a , c o m o el c o n c e p t o d e ciu-
dad antigua b o s q u e j a d o p o r F u s t e l d e C o u l a n g e s , d e e s q u e m a s a b s t r a c t o s
235
su i n v e s t i g a c i ó n , ¿ n o a n u n c i a l a e x i g e n c i a f o r m u l a d a p o r D e C e r t e a u d e
« u n i r , a la. r e c o n s t r u c c i ó n d e u n p a s a d o , el i t i n e r a r i o d e su a n d a d u r a ? » .
C u a n d o Paul V e y n e d e n u n c i a la inconsistencia del texto histórico, u n m é -
t o d o d e análisis e m p í r i c o le c o n d u c e a i n t u i c i o n e s p r ó x i m a s a c i e r t a s c o n -
c l u s i o n e s a l a s q u e llega M i c h e l d e C e r t e a u a t r a v é s d e l análisis s e m i ó t i c o .
F i n a l m e n t e , ¿quién n o descubriría u n cierto p a r e c i d o e n t r e los a c e r a d o s co-
m e n t a r i o s d e Michel de C e r t e a u . acerca del a m b i e n t e d e los historiadores
y la v i t r i ó l i c a crítica d e J e a n C h e s n e a u x , q u e , p o r o t r a p a r t e , r e c u p e r a al-
g u n a s i d e a s m a e s t r a s d e l m e n c i o n a d o e n p r i m e r l u g a r ? E n la l í n e a d e l a c o n -
t r o v e r s i a p o s t e r i o r al 6 8 , u n o y o t r o h a n c o n s i d e r a d o q u e el d e b a t e c o n sus
c o l e g a s n o e r a ú n i c a m e n t e i n t e l e c t u a l , s i n o q u e t e n í a q u e i n c i d i r s o b r e las
e s t r u c t u r a s d e l a p r o p i a c o r p o r a c i ó n d e los h i s t o r i a d o r e s .
1. D E L «PRESENTISMO» OPTIMISTA D E H E N R I MARROU
AL HIPERCRITICISMO D E P A U L VEYNE
A ) D o s l a p i d a r i a s f ó r m u l a s n o s s e r v i r á n d e i n t r o d u c c i ó n a la o b r a clá-
sica d e H e n r i M a r r o u , De la connaissance historique: « L a h i s t o r i a es i n s e -
p a r a b l e d e l h i s t o r i a d o r » y t a m b i é n «la h i s t o r i a es c o n s e c u e n c i a d e l e s f u e r -
z o p o r e l c u a l el h i s t o r i a d o r e s t a b l e c e l a r e l a c i ó n e n t r e el p a s a d o q u e e v o c a
y el p r e s e n t e q u e es el s u y o » . A u n q u e n o e r a n u e v a , m u c h o s h i s t o r i a d o r e s
h i c i e r o n s u y a e s t a filosofía a finales d e los a ñ o s 5 0 . E s c u c h e m o s a H e g e l :
« E l h i s t o r i a d o r n o r m a l y m e d i o c r e , q u e p r e t e n d e q u e s u a c t i t u d es s i m p l e -
m e n t e r e c e p t i v a , q u e se s o m e t e al d a t o , n o es e n a b s o l u t o p a s i v o e n su p e n -
s a m i e n t o , a p o r t a sus c a t e g o r í a s , v i e n d o los h e c h o s a t r a v é s d e ellas» (Lec-
ciones sobre la filosofía de la historia, 1822). E s c u c h e m o s a los m a e s t r o s
d e l presentismo a n g l o s a j ó n d e l o s a ñ o s 1930-1940. S e g ú n R . G . C o l l i n g -
w o o d : « E l p e n s a m i e n t o h i s t ó r i c o es u n a a c t i v i d a d d e l a i m a g i n a c i ó n ( . . . ) .
E n historia, n i n g u n a experiencia es definitiva. U n t e s t i m o n i o , válido e n u n
m o m e n t o d a d o , d e j a d e s e r l o d e s d e q u e se m o d i f i c a n los m é t o d o s y d e s d e
q u e c a m b i a n las c o m p e t e n c i a s d e l o s h i s t o r i a d o r e s » (The Idea of History,
1 9 4 6 ) . P a r a C . B e c k e r , « c a d a siglo r e i n t e r p r e t a el p a s a d o d e m a n e r a q u e
é s t e sirva p a r a sus p r o p i o s fines ( . . . ) . E l p a s a d o es u n a e s p e c i e d e p a n t a l l a
s o b r e la q u e c a d a g e n e r a c i ó n p r o y e c t a su v i s i ó n d e l p o r v e n i r . » R a y m o n d
A r o n se i n s c r i b e e n la m i s m a c o r r i e n t e : « D e s d e q u e se p l a n t e a el t r a b a j o
d e l h i s t o r i a d o r , l a p l u r a l i d a d d e las i n t e r p r e t a c i o n e s es e v i d e n t e . P o r e s o
s u r g e n t a n t a s i n v e s t i g a c i o n e s c o m o s i s t e m a s , es d e c i r , e n t é r m i n o s a m p l i o s ,
concepciones psicológicas y lógicas originales. M á s a ú n , p o d e m o s decir q u e
la t e o r í a p r e c e d e a la h i s t o r i a » (Introduction á la philosophie de l'Histoire,
p . 111). E s t a s e r i e d e citas d e m u e s t r a n q u e , p a r a los r e l a t i v i s t a s , la activi-
d a d d e l p r o t a g o n i s t a es e s e n c i a l e n el p r o c e s o d e l c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o .
L e j o s d e c o n t e n t a r s e c o n e x t r a e r d e las f u e n t e s el p a s a d o , el h i s t o r i a d o r i n -
funde contenidos afectivos, intelectuales e ideológicos en su o b r a . D e h e -
c h o , r e s p o n d e a los p r o b l e m a s s u r g i d o s e n s u p r e s e n t e , d e d o n d e s e d e d u -
c e la p e r p e t u a falta d e c o n c l u s i ó n d e l a h i s t o r i a , q u e e v o l u c i o n a c o n a q u é -
llos.
M a r r o u r e c u p e r a p o r su c u e n t a e s t a s a f i r m a c i o n e s , d e la m i s m a m a n e r a
q u e utiliza c i e r t o s a r g u m e n t o s d e B l o c h y F e b v r e c u a n d o se t r a t a d e e c h a r
la c u l p a a L a n g l o i s y S e i g n o b o s , sus b e s t i a s n e g r a s . A d i f e r e n c i a d e l o s v i e -
234
j o s m a e s t r o s « p o s i t i v i s t a s » , M a r r o u a f i r m a el p r i m a d o d e l a a c t i v i d a d i n t e -
l e c t u a l r e a l i z a d a p o r el h i s t o r i a d o r a p a r t i r d e las f u e n t e s d e q u e d i s p o n e .
C o m o e n el c a s o d e l o s f u n d a d o r e s d e l o s Annales, la p r e g u n t a o c u p a el
p r i m e r l u g a r e n la h i s t o r i a , p e r o e s t a v e z e s t á l a s t r a d a p o r la a n g u s t i a exis-
t e n c i a l y t e ñ i d a d e p e r s o n a l i s m o : n o es s ó l o u n p r o b l e m a p o r r e s o l v e r , es
u n a a c t i v i d a d q u e a r r a i g a e n las m á s p r o f u n d a s a s p i r a c i o n e s d e l s u j e t o p o r
d e s c u b r i r al o t r o . P o r t a n t o , n o p u e d e h a b e r p a r a ello u n m é t o d o ú n i c o .
« E l h i s t o r i a d o r n o es u n s i m p l e o b r e r o d e d i c a d o a la t r a n s f o r m a c i ó n d e u n a
m a t e r i a p r i m a , n i el m é t o d o h i s t ó r i c o es u n a m á q u i n a - h e r r a m i e n t a e n la
q u e se i n t r o d u c i r í a c o m o p o r u n e m b u d o el d o c u m e n t o b r u t o y d e d o n d e
s a l d r í a u n fino t e j i d o d e c o n o c i m i e n t o » . E n c a d a c a s o p a r t i c u l a r , p a r a c a p -
t a r el p a s a d o , h a b r á q u e « e n c e r r a r l o , sin e s c a p a t o r i a p o s i b l e , e n u n a r e d
d e p r e g u n t a s » . D a d o q u e é s t a s p u e d e n v a r i a r h a s t a el i n f i n i t o , n o h a y q u e
t e m e r el a g o t a m i e n t o d e la d o c u m e n t a c i ó n , o b s e s i ó n d e L a n g l o i s y Seig-
n o b o s . G r a c i a s a su i n g e n i o y a sus c o n o c i m i e n t o s p e r s o n a l e s , el h i s t o r i a -
d o r c o n t r i b u y e a c r e a r su d o c u m e n t a c i ó n , n o d e j á n d o s e h m i t a r p o r las n o -
ticias d i v e r s a s p r o c e d e n t e s d e l o s i n v e n t a r i o s d e l o s a r c h i v o s .
E n t o d a s las e t a p a s d e l t r a b a j o h i s t ó r i c o d e b e h a b e r u n c o m p r o m i s o a c -
tivo del sujeto c o n o c e d o r q u e establece u n a relación e n t r e d o s niveles de
h u m a n i d a d , el d e l o s h o m b r e s d e a n t a ñ o , y el p r e s e n t e e n el q u e v i v e , m a r -
cado por u n esfuerzo de «recuperación d e este pasado». É s t e n u n c a p o d r á
s e r a p r e h e n d i d o e n sí m i s m o , s i n o c o m o c o n o c i m i e n t o , es d e c i r , d e s p u é s
d e h a b e r s i d o r e m o d e l a d o p o r las c a t e g o r í a s m e n t a l e s d e l i n v e s t i g a d o r y
p o r las s e r v i d u m b r e s l ó g i c a s y t é c n i c a s q u e se le i m p o n e n . Y e n d o m á s l e j o s -
i n s i s t i e n d o a c e r c a d e l a « c o m u n i ó n f r a t e r n a » q u e se d e b e e s t a b l e c e r e n t r e
el h i s t o r i a d o r y el d o c u m e n t o , M a r r o u d i r á q u e el v a l o r del c o n o c i m i e n t o
h i s t ó r i c o es d i r e c t a m e n t e p r o p o r c i o n a l a l a riqueza i n t e r i o r y a l a c a l i d a d
e s p i r i t u a l d e l s a b i o . L e j o s d e s e r u n diletante, m o v i d o ú n i c a m e n t e p o r la
c u r i o s i d a d , el h i s t o r i a d o r se e n r a i z a p o r a ñ a d i d u r a e n u n « m e d i o s o c i a l , p o -
l í t i c o , n a c i o n a l , c u l t u r a l » q u e l o h a m o d e l a d o , y «al q u e r e t o r n a y a p r o v e -
c h a t o d o lo q u e a q u é l h a c e » . E n el h i s t o r i a d o r así c o n c e b i d o h a y algo d e
g r a n s a c e r d o t e , d e p o s i t a r i o d e las a s p i r a c i o n e s f u n d a m e n t a l e s d e l g r u p o ,
p a r t e r o d e las g r a n d e s p r e g u n t a s c o l e c t i v a s , sin d e j a r s e l l e v a r n u n c a p o r las
exigencias d e la p r o p a g a n d a .
E l conocimiento histórico, lejos de ser u n a simple reproducción del pa-
s a d o , es u n a r e e l a b o r a c i ó n d e é l , y a q u e i n e v i t a b l e m e n t e p a s a p o r la c o n -
c e p t u a l i z a c i ó n . C o n o c e r h i s t ó r i c a m e n t e e s s u s t i t u i r los d a t o s e n b r u t o p o r
u n s i s t e m a d e c o n c e p t o s e l a b o r a d o s p o r el e s p í r i t u . M a r r o u clasifica l o s c o n -
c e p t o s u t i l i z a d o s p o r el h i s t o r i a d o r e n c i n c o g r a n d e s c a t e g o r í a s q u e , h o y en
d í a , p u e d e n p a r e c e r b a s t a n t e a n t i c u a d a s : 1) c o n c e p t o s d e a m b i c i ó n u n i v e r -
s a l , 2) i m á g e n e s s i n g u l a r e s u t i l i z a d a s a n a l ó g i c a o m e t a f ó r i c a m e n t e (así la
n o c i ó n d e b a r r o c o ) , 3 ) n o c i o n e s r e l a t i v a s a u n m e d i o d a d o ( t a l e s c o m o pa-
tricio o i n c l u s o virtud romana, s e g ú n P l u t a r c o ) , 4) t i p o s i d e a l e s w e b e r i a n o s
( l a n o c i ó n d e ciudad antigua) y , finalmente, 5) n o c i o n e s h i s t ó r i c a s q u e d e -
n o t a n m e d i o s h u m a n o s p a r t i c u l a r e s ( B i z a n c i o , el R e n a c i m i e n t o , l a I l u s t r a -
ción). T a x o n o m í a anticuada, ya q u e n o concede ningún lugar a algunos te-
m a s clave d e l a h i s t o r i a c o n c e p t u a l i z a n t e a c t u a l , t a l e s c o m o las n o c i o n e s d e
e s t r u c t u r a o d e m o d o d e p r o d u c c i ó n . Q u e d a n las p á g i n a s a c e r c a d e los ti-
pos ideales i n s p i r a d o s e n M a x W e b e r . S e t r a t a , c o m o el c o n c e p t o d e ciu-
dad antigua b o s q u e j a d o p o r F u s t e l d e C o u l a n g e s , d e e s q u e m a s a b s t r a c t o s
235
de valor r e l a t i v a m e n t e general, q u e p e r m i t e n h a c e r inteligible la diversi-
d a d d e sociedades históricas concretas. S o n d e n a t u r a l e z a ideal, en la m e -
d i d a e n q u e los c a r a c t e r e s s e l e c c i o n a d o s p a r a b o s q u e j a r l o s n o s o n n e c e s a -
riamente los q u e s u m i n i s t r a n los c a s o s c o n c r e t o s m á s n u m e r o s o s , s i n o los
m á s representativos, los m á s inteligibles. M a r r o u dio u n b u e n e j e m p l o d e
ello e n la Nouvelle Histoire de l'Église, d o n d e e s b o z a el r e t r a t o i d e a l d e p a -
d r e d e l a I g l e s i a . U n a v e z e l a b o r a d o el t i p o i d e a l , el h i s t o r i a d o r d e b e v o l -
v e r a lo c o n c r e t o : si é s t e e n c a j a c o n el idealtypus, a p a r t i r . d e e n t o n c e s se
e n c u e n t r a d o t a d o d e i n t e l i g i b i l i d a d ; a falta d e e l l a , s u s i n g u l a r i d a d a p a r e c e
mejor. E l gran peligro sería transformar e n cosa estos conceptos, conver-
tirlos e n i d e a s p l a t ó n i c a s , m á s r e a l e s q u e la p r o p i a r e a l i d a d . P a u l V e y n e lo
repetirá: son únicamente construcciones del espíritu, «etiquetas verbales»
provisionales, situadas s o b r e u n a realidad diversa e inasequible. E n la
ú l t i m a fase d e su e l a b o r a c i ó n , el c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o r e v e l a s u r a d i -
cal n o m i n a l i s m o . D e l e t r e a i m p e r f e c t a m e n t e u n a r e a l i d a d i n f i n i t a m e n t e
diversa.
L a explicación histórica tiene q u e hacer frente a m u c h a s limitaciones.
C i e r t a m e n t e , actualiza los f e n ó m e n o s de c o o r d i n a c i ó n e interrelación é n t r e -
l o s h e c h o s ; s u c e d e q u e los d a t o s h i s t ó r i c o s se d i s t r i b u y e n e n a m p l i o s
c o n j u n t o s , p e r o m u c h o s d e ellos e s c a p a n a los m a r c o s así f o r j a d o s p o r el
e s p í r i t u . M a r r o u d e s c o n f í a d e l m i t o d e l a u n i d a d e s t r u c t u r a l d e las civiliza-
c i o n e s : p u e d e n incluir e n su s e n o s i s t e m a s a r t i c u l a d o s , p e r o a l a v e z s i e m -
pre q u e d a r á n elementos aislados y otros yuxtapuestos de m a n e r a comple-
t a m e n t e e m p í r i c a . J u n t o a las e s t r u c t u r a s i n t e l i g i b l e s , h a y q u e s a b e r d e j a r
l u g a r a las a n o m a l í a s , q u e p r o c e d e n d e l a d i v e r s i d a d d e l o s i n g u l a r . M a r r o u
h a c e p r u e b a d e u n a p r u d e n c i a i g u a l c u a n d o se t r a t a d e l a c a u s a l i d a d . A sus
o j o s , la t r a d i c i o n a l i n v e s t i g a c i ó n s o b r e las c a u s a s , q u e p r o c e d e n d e u n a vi-
s i ó n m e c a n i c i s t a d e la h i s t o r i a y q u e s ó l o a d q u i e r e n s e n t i d o d e n t r o d e u n a
c o n c e p c i ó n e s t r i c t a m e n t e evenemencial d e la m i s m a , d e b e d e j a r d e r e t e n e r
t o d a l a a t e n c i ó n d e l i n v e s t i g a d o r . H a y q u e e s f o r z a r s e e n r e c o n s t r u i r l o s de-
sarrollos coordinados. L a e x p l i c a c i ó n e n h i s t o r i a y a n o se l i m i t a a l a t r a d i -
c i o n a l c o n c a t e n a c i ó n d e h e c h o s , s i n o q u e c o n s i s t e e n el análisis d e l o s « m ü
l a z o s » q u e u n e n , u n o s a o t r o s , los d i v e r s o s a s p e c t o s d e la r e a l i d a d . H a y
q u e h u i r d e la t e n t a c i ó n , p r o p i a d e los filósofos, d e l l e v a r l o t o d o a la u n i -
d a d . « L a r e a l i d a d h i s t ó r i c a es i n a g o t a b l e , a la v e z q u e e q u í v o c a » ( R a y m o n d
A r o n ) . P o r t a n t o , l a h i s t o r i a s ó l o d e b e i n t e n t a r ser u n a descripción razo-
nada d e las m ú l t i p l e s c o o r d i n a c i o n e s q u e c o m p o n e n l a t e x t u r a d e l o r e a l ,
p e r o n o p u e d e p r e t e n d e r e s t a b l e c e r las l e y e s d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o .
D e b e d e s t e r r a r el e s p í r i t u d e s i s t e m a y g u a r d a r s e d e las filosofías t o t a l i z a -
d o r a s c o m o el m a r x i s m o , casi t a n m a l t r a t a d o p o r M a r r o u c o m o p o r V e y n e .
E s t a crítica d e l a r a z ó n h i s t ó r i c a n o d e s e m b o c a e n el e s c e p t i c i s m o : la
historia sigue siendo capaz d e elaborar u n c o n o c i m i e n t o v e r d a d e r o (aun-
q u e p a r c i a l ) d e l h o m b r e , e n s u riqueza y su c o m p l e j i d a d . N o h a y q u e o p o -
n e r l o e s t r i c t a m e n t e a las c i e n c i a s e x a c t a s , y a q u e n o h a y c o n o c i m i e n t o d e l
o b j e t o t o m a d o al 100 p o r 100, sin i n t r o m i s i ó n d e l s u j e t o c o n o c e d o r . P e r o
p o d e m o s calificar a u n a c i e n c i a d e o b j e t i v a c u a n d o l o s p r o c e d i m i e n t o s d e -
finidos le p e r m i t e n a l c a n z a r algo d e lo q u e p e r t e n e c e al o b j e t o . ¿ N o es e s t o
lo q u e o c u r r e e n h i s t o r i a , e n l a q u e los c o n o c i m i e n t o s p r o g r e s a n g r a c i a s a
las c o n t r o v e r s i a s y las p o l é m i c a s ? L a h i s t o r i a es c o m p r e n s i ó n p a r c i a l d e l o b -
j e t o , al m i s m o t i e m p o q u e a v e n t u r a e s p i r i t u a l d e l s u j e t o c o n o c e d o r . E n
236
t o d a o b r a d e b e r í a s e r p o s i b l e d i s t i n g u i r l o q u e p e r t e n e c e al o b j e t o d e lo
q u e es a p o r t a c i ó n p e r s o n a l d e l h i s t o r i a d o r . D a d o q u e s ó l o a p r e h e n d e l a v e r -
d a d p a r c i a l m e n t e , e s t e ú l t i m o d e b e t e n e r p l e n a c o n s c i e n c i a d e las s e r v i -
d u m b r e s q u e p e s a n s o b r e él: límites d e la d o c u m e n t a c i ó n , b a g a j e lógico y
técnico h e r e d a d o , incapacidad d e t o d o aquel q u e no sea Dios p a r a sondear
ríñones y corazones de los h o m b r e s del p a s a d o . E l investigador d e b e r á
t e n e r e n c u e n t a t o d a s e s t a s ü m i t a c i o n e s , o f r e c i e n d o a sus l e c t o r e s u n a d e -
t a l l a d a e x p o s i c i ó n d e su i t i n e r a r i o i n t e l e c t u a l y e l a b o r a n d o u n t e x t o a d o s
n i v e l e s , a la v e z n a r r a t i v o y e x p l i c a t i v o . N o b a s t a c o n s a t i s f a c e r la n o r m a l
h o n e s t i d a d p r o f e s i o n a l , o f r e c i e n d o a t o d o el m u n d o l o s m e d i o s d e c o n t r o -
l a r sus a s e r t o s , h a y q u e s a b e r r e a l i z a r u n a i n t r o s p e c c i ó n c o m o h i s t o r i a d o r
c o m p r o m e t i d o e n u n p r o c e s o d e c o n o c i m i e n t o . N o sería exacto hablar de
p s i c o a n á l i s i s , y a q u e M a r r o u n o h a c e i n t e r v e n i r las m o t i v a c i o n e s i n c o n s -
c i e n t e s d e l t r a b a j o h i s t ó r i c o , t a m p o c o m e n c i o n a el c o n d i c i o n a m i e n t o social
del c o n o c i m i e n t o . Sólo q u i e r e m a n t e n e r los p o s t u l a d o s y los p r o y e c t o s cons-
c i e n t e s d e l i n v e s t i g a d o r . E s t a a c t i t u d n o e s p l e n a m e n t e o p e r a t i v a d a d a su
f a l t a d e l u c i d e z . H a y q u e d e j a r p a s a r l o s a ñ o s p a r a q u e se e s t a b l e z c a u n
c i e r t o d i s t a n c i a m i e n t o e n t r e el a u t o r y s u o b r a , h a c i e n d o q u e e s t a retros-
pección s e a m á s f e c u n d a . E s t a s p á g i n a s e s b o z a n u n a v e r d a d e r a r e v o l u c i ó n
d e l a e s c r i t u r a h i s t ó r i c a , al i n v i t a r a l o s c o l e g a s a n o c o n t e n t a r s e y a c o n
e n u n c i a r l o s r e s u l t a d o s d e sus i n v e s t i g a c i o n e s (lo cierto, lo establecido) y a
p r a c t i c a r d e s d e e n t o n c e s u n a enunciación distanciada, e n la q u e u n a p a r t e
d e l t e x t o j u z g a a la o t r a . E l p r o p i o M a r r o u d i o e j e m p l o al finalizar s u tesis
a c e r c a d e Saint Augustin et la fin de la culture antique c o n u n a retractatio.
A u n q u e n i e g a t o d a v i n c u l a c i ó n al r e l a t i v i s m o , c i e r t a m e n t e s e i n s e r t a e n
e s t a a m p l i a c o r r i e n t e , sin q u e v a c i l e t o t a l m e n t e su s ó l i d o o p t i m i s m o d e cris-
t i a n o c o m p r o m e t i d o q u e s e c o n s i d e r a comisionado a la búsqueda de la ver-
dad p a r a c o m p a r t i r l a c o n los d e m á s . F u e r a i n s p i r a d o p o r él, p o r R a y m o n d
A r o n o p a r a L u c i e n F e b v r e , el r e l a t i v i s m o e j e r c i ó s u h e g e m o n í a e n t r e l o s
historiadores franceses d e los años 50, sufriendo algunos a t a q u e s p o r p a r t e
d e l o s ú l t i m o s p o s i t i v i s t a s y d e l o s m a r x i s t a s . A l g u n o s d e e s t o s ú l t i m o s se
v i e r o n i n f l u i d o s p o r él v i n c u l á n d o s e a u n relativismo objetivo, t a l c o m o lo
f o r m u l a A d a m S c h a f t e n Historia y verdad ( 1 9 7 1 ) : h a b i d a c u e n t a d e l o s di-
ferentes condicionamientos, c o m p r e n d i d o s los afectivos, q u e p e s a n sobre
el h i s t o r i a d o r , l a v e r d a d h i s t ó r i c a a l c a n z a d a es s o l a m e n t e p a r c i a l , p e r o el
c o n o c i m i e n t o p r o g r e s a « p o r el i n f i n i t o p r o c e s o d e a c u m u l a c i ó n d e v e r d a -
des relativas».
B ) P a u l V e y n e i n a u g u r ó l a r e n o v a c i ó n e s p i s t e m o l ó g i c a d e los a ñ o s 7 0 ,
p e r o s o b r e l a b a s e d e l o s l o g r o s d e l a d é c a d a d e 1 9 5 0 . Comment on écrit
l'histoire (1971) v i n o a l l e n a r u n v a c í o t e ó r i c o , e n u n a é p o c a e n l a q u e
r e i n a b a n e n n u e s t r a d i s c i p l i n a las cifras, las c u r v a s y las r e c o n s t r u c c i o n e s
g l o b a l e s d e a m p l i o s c o n j u n t o s s o c i a l e s , f r e c u e n t e m e n t e i n s p i r a d o s e n el
marxismo. Paul V e y n e , ante estos historiadores imperialistas, m a n t e n d r á
el d i s c u r s o t r a d i c i o n a l d e l h u m a n i s m o o c c i d e n t a l , t e ñ i d o d e h o n d o e s c e p -
t i c i s m o . H u m a n i s t a , h a c e j u s t i c i a al s u j e t o h i s t o r i a d o r , q u e v e a n t e t o d o
como u n narrador, u n novelista de la verdad. Escéptico, da pruebas de u n a
t o t a l d e s c o n f i a n z a r e s p e c t o a las p r e t e n s i o n e s d e l a h i s t o r i a d e e r i g i r s e e n
c i e n c i a , lo m i s m o q u e r e s p e c t o a t o d a s l a s t e n t a t i v a s d e c o n c e p t u a l i z a c i ó n
new-look, t a n t o si s o n d e t i p o e s t r u c t u r a l i s t a c o m o m a r x i s t a . N o se p r i v a
d e v o l c a r s e e n u n h i p e r c r i t i c i s m o d e b u e n t o n o c u a n d o a f i r m a sin p a r p a -
237
de valor r e l a t i v a m e n t e general, q u e p e r m i t e n h a c e r inteligible la diversi-
d a d d e sociedades históricas concretas. S o n d e n a t u r a l e z a ideal, en la m e -
d i d a e n q u e los c a r a c t e r e s s e l e c c i o n a d o s p a r a b o s q u e j a r l o s n o s o n n e c e s a -
riamente los q u e s u m i n i s t r a n los c a s o s c o n c r e t o s m á s n u m e r o s o s , s i n o los
m á s representativos, los m á s inteligibles. M a r r o u dio u n b u e n e j e m p l o d e
ello e n la Nouvelle Histoire de l'Église, d o n d e e s b o z a el r e t r a t o i d e a l d e p a -
d r e d e l a I g l e s i a . U n a v e z e l a b o r a d o el t i p o i d e a l , el h i s t o r i a d o r d e b e v o l -
v e r a lo c o n c r e t o : si é s t e e n c a j a c o n el idealtypus, a p a r t i r . d e e n t o n c e s se
e n c u e n t r a d o t a d o d e i n t e l i g i b i l i d a d ; a falta d e e l l a , s u s i n g u l a r i d a d a p a r e c e
mejor. E l gran peligro sería transformar e n cosa estos conceptos, conver-
tirlos e n i d e a s p l a t ó n i c a s , m á s r e a l e s q u e la p r o p i a r e a l i d a d . P a u l V e y n e lo
repetirá: son únicamente construcciones del espíritu, «etiquetas verbales»
provisionales, situadas s o b r e u n a realidad diversa e inasequible. E n la
ú l t i m a fase d e su e l a b o r a c i ó n , el c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o r e v e l a s u r a d i -
cal n o m i n a l i s m o . D e l e t r e a i m p e r f e c t a m e n t e u n a r e a l i d a d i n f i n i t a m e n t e
diversa.
L a explicación histórica tiene q u e hacer frente a m u c h a s limitaciones.
C i e r t a m e n t e , actualiza los f e n ó m e n o s de c o o r d i n a c i ó n e interrelación é n t r e -
l o s h e c h o s ; s u c e d e q u e los d a t o s h i s t ó r i c o s se d i s t r i b u y e n e n a m p l i o s
c o n j u n t o s , p e r o m u c h o s d e ellos e s c a p a n a los m a r c o s así f o r j a d o s p o r el
e s p í r i t u . M a r r o u d e s c o n f í a d e l m i t o d e l a u n i d a d e s t r u c t u r a l d e las civiliza-
c i o n e s : p u e d e n incluir e n su s e n o s i s t e m a s a r t i c u l a d o s , p e r o a l a v e z s i e m -
pre q u e d a r á n elementos aislados y otros yuxtapuestos de m a n e r a comple-
t a m e n t e e m p í r i c a . J u n t o a las e s t r u c t u r a s i n t e l i g i b l e s , h a y q u e s a b e r d e j a r
l u g a r a las a n o m a l í a s , q u e p r o c e d e n d e l a d i v e r s i d a d d e l o s i n g u l a r . M a r r o u
h a c e p r u e b a d e u n a p r u d e n c i a i g u a l c u a n d o se t r a t a d e l a c a u s a l i d a d . A sus
o j o s , la t r a d i c i o n a l i n v e s t i g a c i ó n s o b r e las c a u s a s , q u e p r o c e d e n d e u n a vi-
s i ó n m e c a n i c i s t a d e la h i s t o r i a y q u e s ó l o a d q u i e r e n s e n t i d o d e n t r o d e u n a
c o n c e p c i ó n e s t r i c t a m e n t e evenemencial d e la m i s m a , d e b e d e j a r d e r e t e n e r
t o d a l a a t e n c i ó n d e l i n v e s t i g a d o r . H a y q u e e s f o r z a r s e e n r e c o n s t r u i r l o s de-
sarrollos coordinados. L a e x p l i c a c i ó n e n h i s t o r i a y a n o se l i m i t a a l a t r a d i -
c i o n a l c o n c a t e n a c i ó n d e h e c h o s , s i n o q u e c o n s i s t e e n el análisis d e l o s « m ü
l a z o s » q u e u n e n , u n o s a o t r o s , los d i v e r s o s a s p e c t o s d e la r e a l i d a d . H a y
q u e h u i r d e la t e n t a c i ó n , p r o p i a d e los filósofos, d e l l e v a r l o t o d o a la u n i -
d a d . « L a r e a l i d a d h i s t ó r i c a es i n a g o t a b l e , a la v e z q u e e q u í v o c a » ( R a y m o n d
A r o n ) . P o r t a n t o , l a h i s t o r i a s ó l o d e b e i n t e n t a r ser u n a descripción razo-
nada d e las m ú l t i p l e s c o o r d i n a c i o n e s q u e c o m p o n e n l a t e x t u r a d e l o r e a l ,
p e r o n o p u e d e p r e t e n d e r e s t a b l e c e r las l e y e s d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o .
D e b e d e s t e r r a r el e s p í r i t u d e s i s t e m a y g u a r d a r s e d e las filosofías t o t a l i z a -
d o r a s c o m o el m a r x i s m o , casi t a n m a l t r a t a d o p o r M a r r o u c o m o p o r V e y n e .
E s t a crítica d e l a r a z ó n h i s t ó r i c a n o d e s e m b o c a e n el e s c e p t i c i s m o : la
historia sigue siendo capaz d e elaborar u n c o n o c i m i e n t o v e r d a d e r o (aun-
q u e p a r c i a l ) d e l h o m b r e , e n s u riqueza y su c o m p l e j i d a d . N o h a y q u e o p o -
n e r l o e s t r i c t a m e n t e a las c i e n c i a s e x a c t a s , y a q u e n o h a y c o n o c i m i e n t o d e l
o b j e t o t o m a d o al 100 p o r 100, sin i n t r o m i s i ó n d e l s u j e t o c o n o c e d o r . P e r o
p o d e m o s calificar a u n a c i e n c i a d e o b j e t i v a c u a n d o l o s p r o c e d i m i e n t o s d e -
finidos le p e r m i t e n a l c a n z a r algo d e lo q u e p e r t e n e c e al o b j e t o . ¿ N o es e s t o
lo q u e o c u r r e e n h i s t o r i a , e n l a q u e los c o n o c i m i e n t o s p r o g r e s a n g r a c i a s a
las c o n t r o v e r s i a s y las p o l é m i c a s ? L a h i s t o r i a es c o m p r e n s i ó n p a r c i a l d e l o b -
j e t o , al m i s m o t i e m p o q u e a v e n t u r a e s p i r i t u a l d e l s u j e t o c o n o c e d o r . E n
236
t o d a o b r a d e b e r í a s e r p o s i b l e d i s t i n g u i r l o q u e p e r t e n e c e al o b j e t o d e lo
q u e es a p o r t a c i ó n p e r s o n a l d e l h i s t o r i a d o r . D a d o q u e s ó l o a p r e h e n d e l a v e r -
d a d p a r c i a l m e n t e , e s t e ú l t i m o d e b e t e n e r p l e n a c o n s c i e n c i a d e las s e r v i -
d u m b r e s q u e p e s a n s o b r e él: límites d e la d o c u m e n t a c i ó n , b a g a j e lógico y
técnico h e r e d a d o , incapacidad d e t o d o aquel q u e no sea Dios p a r a sondear
ríñones y corazones de los h o m b r e s del p a s a d o . E l investigador d e b e r á
t e n e r e n c u e n t a t o d a s e s t a s ü m i t a c i o n e s , o f r e c i e n d o a sus l e c t o r e s u n a d e -
t a l l a d a e x p o s i c i ó n d e su i t i n e r a r i o i n t e l e c t u a l y e l a b o r a n d o u n t e x t o a d o s
n i v e l e s , a la v e z n a r r a t i v o y e x p l i c a t i v o . N o b a s t a c o n s a t i s f a c e r la n o r m a l
h o n e s t i d a d p r o f e s i o n a l , o f r e c i e n d o a t o d o el m u n d o l o s m e d i o s d e c o n t r o -
l a r sus a s e r t o s , h a y q u e s a b e r r e a l i z a r u n a i n t r o s p e c c i ó n c o m o h i s t o r i a d o r
c o m p r o m e t i d o e n u n p r o c e s o d e c o n o c i m i e n t o . N o sería exacto hablar de
p s i c o a n á l i s i s , y a q u e M a r r o u n o h a c e i n t e r v e n i r las m o t i v a c i o n e s i n c o n s -
c i e n t e s d e l t r a b a j o h i s t ó r i c o , t a m p o c o m e n c i o n a el c o n d i c i o n a m i e n t o social
del c o n o c i m i e n t o . Sólo q u i e r e m a n t e n e r los p o s t u l a d o s y los p r o y e c t o s cons-
c i e n t e s d e l i n v e s t i g a d o r . E s t a a c t i t u d n o e s p l e n a m e n t e o p e r a t i v a d a d a su
f a l t a d e l u c i d e z . H a y q u e d e j a r p a s a r l o s a ñ o s p a r a q u e se e s t a b l e z c a u n
c i e r t o d i s t a n c i a m i e n t o e n t r e el a u t o r y s u o b r a , h a c i e n d o q u e e s t a retros-
pección s e a m á s f e c u n d a . E s t a s p á g i n a s e s b o z a n u n a v e r d a d e r a r e v o l u c i ó n
d e l a e s c r i t u r a h i s t ó r i c a , al i n v i t a r a l o s c o l e g a s a n o c o n t e n t a r s e y a c o n
e n u n c i a r l o s r e s u l t a d o s d e sus i n v e s t i g a c i o n e s (lo cierto, lo establecido) y a
p r a c t i c a r d e s d e e n t o n c e s u n a enunciación distanciada, e n la q u e u n a p a r t e
d e l t e x t o j u z g a a la o t r a . E l p r o p i o M a r r o u d i o e j e m p l o al finalizar s u tesis
a c e r c a d e Saint Augustin et la fin de la culture antique c o n u n a retractatio.
A u n q u e n i e g a t o d a v i n c u l a c i ó n al r e l a t i v i s m o , c i e r t a m e n t e s e i n s e r t a e n
e s t a a m p l i a c o r r i e n t e , sin q u e v a c i l e t o t a l m e n t e su s ó l i d o o p t i m i s m o d e cris-
t i a n o c o m p r o m e t i d o q u e s e c o n s i d e r a comisionado a la búsqueda de la ver-
dad p a r a c o m p a r t i r l a c o n los d e m á s . F u e r a i n s p i r a d o p o r él, p o r R a y m o n d
A r o n o p a r a L u c i e n F e b v r e , el r e l a t i v i s m o e j e r c i ó s u h e g e m o n í a e n t r e l o s
historiadores franceses d e los años 50, sufriendo algunos a t a q u e s p o r p a r t e
d e l o s ú l t i m o s p o s i t i v i s t a s y d e l o s m a r x i s t a s . A l g u n o s d e e s t o s ú l t i m o s se
v i e r o n i n f l u i d o s p o r él v i n c u l á n d o s e a u n relativismo objetivo, t a l c o m o lo
f o r m u l a A d a m S c h a f t e n Historia y verdad ( 1 9 7 1 ) : h a b i d a c u e n t a d e l o s di-
ferentes condicionamientos, c o m p r e n d i d o s los afectivos, q u e p e s a n sobre
el h i s t o r i a d o r , l a v e r d a d h i s t ó r i c a a l c a n z a d a es s o l a m e n t e p a r c i a l , p e r o el
c o n o c i m i e n t o p r o g r e s a « p o r el i n f i n i t o p r o c e s o d e a c u m u l a c i ó n d e v e r d a -
des relativas».
B ) P a u l V e y n e i n a u g u r ó l a r e n o v a c i ó n e s p i s t e m o l ó g i c a d e los a ñ o s 7 0 ,
p e r o s o b r e l a b a s e d e l o s l o g r o s d e l a d é c a d a d e 1 9 5 0 . Comment on écrit
l'histoire (1971) v i n o a l l e n a r u n v a c í o t e ó r i c o , e n u n a é p o c a e n l a q u e
r e i n a b a n e n n u e s t r a d i s c i p l i n a las cifras, las c u r v a s y las r e c o n s t r u c c i o n e s
g l o b a l e s d e a m p l i o s c o n j u n t o s s o c i a l e s , f r e c u e n t e m e n t e i n s p i r a d o s e n el
marxismo. Paul V e y n e , ante estos historiadores imperialistas, m a n t e n d r á
el d i s c u r s o t r a d i c i o n a l d e l h u m a n i s m o o c c i d e n t a l , t e ñ i d o d e h o n d o e s c e p -
t i c i s m o . H u m a n i s t a , h a c e j u s t i c i a al s u j e t o h i s t o r i a d o r , q u e v e a n t e t o d o
como u n narrador, u n novelista de la verdad. Escéptico, da pruebas de u n a
t o t a l d e s c o n f i a n z a r e s p e c t o a las p r e t e n s i o n e s d e l a h i s t o r i a d e e r i g i r s e e n
c i e n c i a , lo m i s m o q u e r e s p e c t o a t o d a s l a s t e n t a t i v a s d e c o n c e p t u a l i z a c i ó n
new-look, t a n t o si s o n d e t i p o e s t r u c t u r a l i s t a c o m o m a r x i s t a . N o se p r i v a
d e v o l c a r s e e n u n h i p e r c r i t i c i s m o d e b u e n t o n o c u a n d o a f i r m a sin p a r p a -
237
d e a r : « D e s d e H e r o d o t o y T u c í d i d e s , el m é t o d o h i s t ó r i c o n o h a h e c h o n i n -
gún progreso».
S i g a m o s p r i m e r o a P a u l V e y n e e n la b u s c a d e la v e r d a d e r a n a t u r a l e z a
d e l a h i s t o r i a . S u crítica es a v e c e s e s t i m u l a n t e , i n c l u s o a v e c e s c o r r o s i v a .
U n a cura de escepticismo n o podría perjudicar a nadie. ¿ Q u é es, por tan-
t o , Ja h i s t o r i a ? U n r e l a t o v e r í d i c o q u e n a r r a « a c o n t e c i m i e n t o s c u y o a c t o r
es el h o m b r e » , p l e g á n d o s e a las e x i g e n c i a s d e l g é n e r o n a r r a t i v o : « C o m o l a
no.vela, l a h i s t o r i a e l i g e , simplifica, o r g a n i z a , h a c e q u e u n siglo q u e p a e n
u n a p á g i n a . » E s t a n a r r a c i ó n se c e n t r a e n lo i n d i v i d u a l , e n t e n d á m o n o s , s o -
b r e los s e r e s y a c o n t e c i m i e n t o s s i t u a d o s e n u n p r e c i s o m o m e n t o d e l t i e m -
p o . E s u n . c o n o c i m i e n t o ideográfico (que trata de lo particular) p o r oposi-
c i ó n a las ciencias nomográficas q u e e s t a b l e c e n l e y e s , t a l e s c o m o la física
o la e c o n o m í a . L a historia i n t e r e s a p r e c i s a m e n t e p o r q u e c u e n t a , y quizá
m á s q u e la n o v e l a , p o r q u e t r a t a d e a c o n t e c i m i e n t o s c i e r t o s , m a r c a d o s a d e -
m á s p o r el s i g n o d e la d i f e r e n c i a c u l t u r a l : « L a h i s t o r i a es u n s a b e r d e c e p -
c i o n a n t e , q u e e n s e ñ a c o s a s t a n b a n a l e s c o m o n u e s t r a v i d a , si n o f u e r a n d i -
f e r e n t e s . » E s t a e x i g e n c i a d e t i p o n o v e l e s c o es lo q u e i n c i t a al h i s t o r i a d o r
a q u e r e r m a n t e n e r la i l u s i ó n d e r e c o n s t r u i r í n t e g r a m e n t e el p a s a d o .
D e h e c h o , la h i s t o r i a es u n c o n o c i m i e n t o m u t i l a d o e i n c o m p l e t o q u e i n -
t e n t a d i s i m u l a r sus d e b i l i d a d e s . E n m u c h o s p a s a j e s , c o m o e n la o b r a d e
P a u l V e y n e , e s p e c i a l i s t a e n el m u n d o a n t i g u o , se m a n i f i e s t a e s t e a g u d o s e n -
t i m i e n t o p o r l a p é r d i d a d o c u m e n t a l q u e a f e c t a al h i s t o r i a d o r d e p e r í o d o s
l e j a n o s . P o r lo d e m á s , u n a c r í t i c a l ó g i c a d e n u n c i a , c o n b a s t a n t e e x a c t i t u d ,
la i l u s i ó n d e e x h a u s t i v i d a d m a n t e n i d a p o r los t í t u l o s c a p c i o s o s y el f u n c i o -
n a m i e n t o en circuito c e r r a d o d e la investigación histórica: « L o s d o c u m e n -
t o s q u e n o s s u m i n i s t r a n las r e s p u e s t a s t a m b i é n n o s d i c t a n las p r e g u n t a s . »
D e a c u e r d o , ¿ p e r o n o s e t r a t a r í a d e l a m i o p í a d e l o s m a e s t r o s d e l siglo XTX?
¿ N o es e x c e s i v a m e n t e fácil s u b r a y a r las d e b i l i d a d e s d e l a h i s t o r i a , e n n o m -
b r e d e u n e s t a d o s u p e r a d o d e é s t a ? ¿ Q u i é n , h o y e n d í a , s e p r o h i b e el p l a n -
t e a r s e c u e s t i o n e s a j e n a s a su d o c u m e n t a c i ó n ? L a u t i l i z a c i ó n d e u n cuestio-
nario preestablecido, explícitamente r e c o m e n d a d o p o r V o l t a i r e d e s d e 1744,
es u n a r e g l a e n los Annales d e s d e los a ñ o s 3 0 . ¿ L a l e c t u r a sustitutiva d e los
d o c u m e n t o s , así c o m o s u i n t e r p r e t a c i ó n en profundidad, n o se h a n conver-
t i d o e n p r á c t i c a s c o r r i e n t e s d e s d e p r i n c i p i o s d e los a ñ o s 60? S u c e d e q u e el
r e l a t o h i s t ó r i c o es i n c o m p l e t o , d e m a n e r a v a r i a b l e , s e g ú n l o s p e r í o d o s y
q u e intenta disimular esta debilidad bajo bellas construcciones simétricas.
D e t r á s d e e s t a s f a c h a d a s a p a r e c e l a h e t e r o g e n e i d a d d e las c a r e n c i a s : p o r
e j e m p l o , se c o n o c e m e j o r la v i d a p o l í t i c a q u e la social d u r a n t e l a R e p ú b l i -
ca r o m a n a , y o c u r r e lo c o n t r a r i o p a r a el I m p e r i o . T a m b i é n c o n s t a t a m o s
q u e la h i s t o r i a , l e j o s d e c o n t a r s e c o n u n m i s m o ritmo, se e s c r i b e « c o n las
d e s i g u a l d a d e s d e t i e m p o , q u e se c o r r e s p o n d e n c o n l a d e s i g u a l c o n s e r v a c i ó n
d e los v e s t i g i o s d e l p a s a d o » . U n a s v e c e s , d i e z p á g i n a s p a r a el r e l a t o d e u n a
j o r n a d a ; o t r a s , d o s l í n e a s p a r a d i e z a ñ o s : el l e c t o r d e b e c o n f i a r c a d a v e z
e n el n a r r a d o r .
T a m b i é n c o m p r o b a m o s q u e l a h i s t o r i a es u n c o n o c i m i e n t o d e á m b i t o
i n d e t e r m i n a d o , q u e se p l i e g a a u n a ú n i c a r e g l a : q u e t o d o l o q u e se c u e n t e
h a y a t e n i d o l u g a r . D e d o n d e p r o c e d e la i m p r e s i ó n d e d i s c o n t i n u i d a d y frag-
m e n t a c i ó n q u e suscita. S e e x t i e n d e p o t e n c i a l m e n t e a t o d o lo q u e h a c o n s -
t i t u i d o la v i d a c o t i d i a n a d e los h o m b r e s . E n e s t e á m b i t o es u n a i d e a - l í m i t e ,
la p r o s e c u c i ó n d e u n o b j e t i v o i n a c c e s i b l e . E n u n t e r r i t o r i o t a n m a l defini-
238
d o , la a r b i t r a r i e d a d d e l h i s t o r i a d o r se p u e d e e j e r c e r a p l a c e r . C a d a c u a l
practica «su» división d e la m a t e r i a histórica, o r a t e m á t i c a , o r a cronológi-
c a . C a d a c u a l d i s e ñ a a su a l b e d r í o l o s i t i n e r a r i o s e n el c a m p o d e l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s , e l i g i e n d o r e s a l t a r t a l o c u a l a s p e c t o d e las c o s a s , d a n d o a l o s
d e t a l l e s «la i m p o r t a n c i a r e l a t i v a q u e e x i g e l a b u e n a m a r c h a d e la i n t r i g a » .
E l historiador trata d e describir en lugar de narrar; p o r tanto, elegirá un
c o n j u n t o de rasgos pertinentes p a r a i n s t a u r a r u n a c o h e r e n c i a , q u e será la
d e l t e x t o , y n o l a d e la r e a l i d a d q u e e v o c a . E l t r a b a j o al q u e se e n t r e g a
t i e n e a l g o d e r a d i c a l m e n t e s u b j e t i v o y e n c u e n t r a s u fin e n sí m i s m o : « L a
h i s t o r i a es u n a a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l q u e a t i e n d e a satisfacer l a s i m p l e cu-
riosidad por m e d i o de formas literarias cosagradas.» E s t e aforismo sería vá-
l i d o p a r a el i n d i v i d u o h i s t o r i a d o r ( s e g ú n M a r r o u n o s e n c o n t r a m o s l e j o s d e l
i n t e l e c t u a l e n r a i z a d o e n s u m e d i o c o n t o d a s l a s fibras d e su s e r » , o d e l h i s -
t o r i a d o r w e b e r i a n o d e f i n i d o e n « r e l a c i ó n a sus v a l o r e s » ) y p a r a l o s g r u p o s
h u m a n o s : el n a c i m i e n t o d e la h i s t o r i a n o h a b r í a q u e a t r i b u i r l o t a n t o al d e s -
p e r t a r d e la c o n s c i e n c i a d e l sí, s i n o a u n a g e n e r a l c u r i o s i d a d a c e r c a d e los
o r í g e n e s , d a n d o l u g a r al n a c i m i e n t o d e u n g é n e r o l i t e r a r i o p a r t i c u l a r .
¿ C ó m o definir p o r t a n t o l a t a r e a d e l h i s t o r i a d o r ? C o n s i s t e e n c o m p r e n -
d e r y e n n a r r a r m á s q u e e n c o n c e p t u a l i z a r . E n h i s t o r i a , la e x p l i c a c i ó n n o
consiste e n asignar u n h e c h o a su principio, sino, a n t e t o d o , en construir
u n a narración clara y d o c u m e n t a d a . H a c e intervenir u n a multiplicidad de
f a c t o r e s : el a z a r , las c a u s a s m a t e r i a l e s , l a l i b e r t a d , los fines p e r s e g u i d o s .
C u a l q u i e r i n t e r p r e t a c i ó n s i e m p r e es p a r c i a l . N o h a y q u e e n c e r r a r l a e n n i n -
g ú n c o r s é , s i n o a p r e n d e r a e v o c a r el m u n d o v i v i d o « c o n s e r e s c o n c r e t o s
q u e h a c e n y q u e a m a n » . D e e l l o se d e r i v a q u e «la h i s t o r i a n o t i e n e m é t o -
d o » , si n o es a q u e l q u e n o s p e r m i t e c o m p r e n d e r el m u n d o e n q u e v i v i m o s .
E igualmente q u e Paul V e y n e p r o c l a m e q u e los grandes historiadores «no
t i e n e n i d e a s » . D e d o n d e p r o c e d e u n a t a q u e e n r e g l a c o n t r a la h i s t o r i a c o n -
c e p t u a l q u e e n c i e r r a el p a s a d o e n a b s t r a c c i o n e s y h a c e i n t e r v e n i r s i e m p r e
las m i s m a s « g r a n d e s f u e r z a s f a m i l i a r e s » ( t a l e s c o m o la ciudad o la burgue-
sía e n la o b r a d e J a u r é s ) . A d e c i r v e r d a d , l o s h i s t o r i a d o r e s n o p u e d e n a r r e -
g l á r s e l a s sin l o s c o n c e p t o s , c o m p r e n d i d o s los p a r t i d a r i o s d e lo c o n c r e t o , y a
q u e d e s c r i b e n «lo i n d i v i d u a l a t r a v é s d e l o s u n i v e r s a l e s » . P e r o , f r e c u e n t e -
m e n t e , los u s a n d e m a n e r a i n a d e c u a d a ( ¿ n o h a b l a n a l g u n o s d e capitalismo
d e s d e el siglo XII y d e revolución industrial e n p l e n o p e r í o d o f e u d a l ? ) . M á s
grave aún, estos conceptos son r e p r e s e n t a c i o n e s c o m p u e s t a s , desenfocadas
e i n e s t a b l e s , q u e p a r e c e q u e s i r v e n p a r a c o m p r e n d e r , p e r o q u e m á s fre-
c u e n t e m e n t e sólo son incitaciones e n sentido contrario. M á s aún, estos con-
c e p t o s a m e n u d o s o n c o s i f i c a d o s i n c l u s o p e r s o n i f i c a d o s e n el t e x t o h i s t ó r i -
c o , d o n d e a d q u i e r e n el status d e f u e r z a s q u e a c t ú a n e n el d e v e n i r , c u a n d o
e n r e a l i d a d s ó l o se t r a t a d e e t i q u e t a s p r o v i s i o n a l e s p u e s t a s s o b r e c o m p l e -
j o s p r o c e s o s . E s t e p e r t i n e n t e anáfisis d e n u n c i a el r e c u r s o a l a s e x p l i c a c i o -
n e s q u e s i r v e n p a r a t o d o ( v é a s e la c o s t u m b r e a c t u a l d e p o n e r la sociabili-
dad, o l a o p o s i c i ó n e n t r e centro y periferia, e n t o d a s las salsas) y a d v i e r t e
c o n t r a la t e n t a c i ó n d e p o n e r e n pie m a q u i n a r i a s y m o d e l o s abstractos con-
s i d e r a d o s c o m o m á s v e r d a d e r o s q u e los c o m p l e j o s e n c a d e n a m i e n t o s d e l d e -
v e n i r h i s t ó r i c o (lo carcelario de Michel Foucault n o escapa a este repro-
c h e ) . P a u l V e y n e q u i e r e e v i t a r , c o n e s t a s l l a m a d a s d e a t e n c i ó n , q u e la his-
toria n o se convierta en u n a serie d e o b j e t o s u n i f o r m e s , u n a m o n ó t o n a ga-
lería de universales, c u a n d o hay q u e poblarla de seres y acontecimientos
239
d e a r : « D e s d e H e r o d o t o y T u c í d i d e s , el m é t o d o h i s t ó r i c o n o h a h e c h o n i n -
gún progreso».
S i g a m o s p r i m e r o a P a u l V e y n e e n la b u s c a d e la v e r d a d e r a n a t u r a l e z a
d e l a h i s t o r i a . S u crítica es a v e c e s e s t i m u l a n t e , i n c l u s o a v e c e s c o r r o s i v a .
U n a cura de escepticismo n o podría perjudicar a nadie. ¿ Q u é es, por tan-
t o , Ja h i s t o r i a ? U n r e l a t o v e r í d i c o q u e n a r r a « a c o n t e c i m i e n t o s c u y o a c t o r
es el h o m b r e » , p l e g á n d o s e a las e x i g e n c i a s d e l g é n e r o n a r r a t i v o : « C o m o l a
no.vela, l a h i s t o r i a e l i g e , simplifica, o r g a n i z a , h a c e q u e u n siglo q u e p a e n
u n a p á g i n a . » E s t a n a r r a c i ó n se c e n t r a e n lo i n d i v i d u a l , e n t e n d á m o n o s , s o -
b r e los s e r e s y a c o n t e c i m i e n t o s s i t u a d o s e n u n p r e c i s o m o m e n t o d e l t i e m -
p o . E s u n . c o n o c i m i e n t o ideográfico (que trata de lo particular) p o r oposi-
c i ó n a las ciencias nomográficas q u e e s t a b l e c e n l e y e s , t a l e s c o m o la física
o la e c o n o m í a . L a historia i n t e r e s a p r e c i s a m e n t e p o r q u e c u e n t a , y quizá
m á s q u e la n o v e l a , p o r q u e t r a t a d e a c o n t e c i m i e n t o s c i e r t o s , m a r c a d o s a d e -
m á s p o r el s i g n o d e la d i f e r e n c i a c u l t u r a l : « L a h i s t o r i a es u n s a b e r d e c e p -
c i o n a n t e , q u e e n s e ñ a c o s a s t a n b a n a l e s c o m o n u e s t r a v i d a , si n o f u e r a n d i -
f e r e n t e s . » E s t a e x i g e n c i a d e t i p o n o v e l e s c o es lo q u e i n c i t a al h i s t o r i a d o r
a q u e r e r m a n t e n e r la i l u s i ó n d e r e c o n s t r u i r í n t e g r a m e n t e el p a s a d o .
D e h e c h o , la h i s t o r i a es u n c o n o c i m i e n t o m u t i l a d o e i n c o m p l e t o q u e i n -
t e n t a d i s i m u l a r sus d e b i l i d a d e s . E n m u c h o s p a s a j e s , c o m o e n la o b r a d e
P a u l V e y n e , e s p e c i a l i s t a e n el m u n d o a n t i g u o , se m a n i f i e s t a e s t e a g u d o s e n -
t i m i e n t o p o r l a p é r d i d a d o c u m e n t a l q u e a f e c t a al h i s t o r i a d o r d e p e r í o d o s
l e j a n o s . P o r lo d e m á s , u n a c r í t i c a l ó g i c a d e n u n c i a , c o n b a s t a n t e e x a c t i t u d ,
la i l u s i ó n d e e x h a u s t i v i d a d m a n t e n i d a p o r los t í t u l o s c a p c i o s o s y el f u n c i o -
n a m i e n t o en circuito c e r r a d o d e la investigación histórica: « L o s d o c u m e n -
t o s q u e n o s s u m i n i s t r a n las r e s p u e s t a s t a m b i é n n o s d i c t a n las p r e g u n t a s . »
D e a c u e r d o , ¿ p e r o n o s e t r a t a r í a d e l a m i o p í a d e l o s m a e s t r o s d e l siglo XTX?
¿ N o es e x c e s i v a m e n t e fácil s u b r a y a r las d e b i l i d a d e s d e l a h i s t o r i a , e n n o m -
b r e d e u n e s t a d o s u p e r a d o d e é s t a ? ¿ Q u i é n , h o y e n d í a , s e p r o h i b e el p l a n -
t e a r s e c u e s t i o n e s a j e n a s a su d o c u m e n t a c i ó n ? L a u t i l i z a c i ó n d e u n cuestio-
nario preestablecido, explícitamente r e c o m e n d a d o p o r V o l t a i r e d e s d e 1744,
es u n a r e g l a e n los Annales d e s d e los a ñ o s 3 0 . ¿ L a l e c t u r a sustitutiva d e los
d o c u m e n t o s , así c o m o s u i n t e r p r e t a c i ó n en profundidad, n o se h a n conver-
t i d o e n p r á c t i c a s c o r r i e n t e s d e s d e p r i n c i p i o s d e los a ñ o s 60? S u c e d e q u e el
r e l a t o h i s t ó r i c o es i n c o m p l e t o , d e m a n e r a v a r i a b l e , s e g ú n l o s p e r í o d o s y
q u e intenta disimular esta debilidad bajo bellas construcciones simétricas.
D e t r á s d e e s t a s f a c h a d a s a p a r e c e l a h e t e r o g e n e i d a d d e las c a r e n c i a s : p o r
e j e m p l o , se c o n o c e m e j o r la v i d a p o l í t i c a q u e la social d u r a n t e l a R e p ú b l i -
ca r o m a n a , y o c u r r e lo c o n t r a r i o p a r a el I m p e r i o . T a m b i é n c o n s t a t a m o s
q u e la h i s t o r i a , l e j o s d e c o n t a r s e c o n u n m i s m o ritmo, se e s c r i b e « c o n las
d e s i g u a l d a d e s d e t i e m p o , q u e se c o r r e s p o n d e n c o n l a d e s i g u a l c o n s e r v a c i ó n
d e los v e s t i g i o s d e l p a s a d o » . U n a s v e c e s , d i e z p á g i n a s p a r a el r e l a t o d e u n a
j o r n a d a ; o t r a s , d o s l í n e a s p a r a d i e z a ñ o s : el l e c t o r d e b e c o n f i a r c a d a v e z
e n el n a r r a d o r .
T a m b i é n c o m p r o b a m o s q u e l a h i s t o r i a es u n c o n o c i m i e n t o d e á m b i t o
i n d e t e r m i n a d o , q u e se p l i e g a a u n a ú n i c a r e g l a : q u e t o d o l o q u e se c u e n t e
h a y a t e n i d o l u g a r . D e d o n d e p r o c e d e la i m p r e s i ó n d e d i s c o n t i n u i d a d y frag-
m e n t a c i ó n q u e suscita. S e e x t i e n d e p o t e n c i a l m e n t e a t o d o lo q u e h a c o n s -
t i t u i d o la v i d a c o t i d i a n a d e los h o m b r e s . E n e s t e á m b i t o es u n a i d e a - l í m i t e ,
la p r o s e c u c i ó n d e u n o b j e t i v o i n a c c e s i b l e . E n u n t e r r i t o r i o t a n m a l defini-
238
d o , la a r b i t r a r i e d a d d e l h i s t o r i a d o r se p u e d e e j e r c e r a p l a c e r . C a d a c u a l
practica «su» división d e la m a t e r i a histórica, o r a t e m á t i c a , o r a cronológi-
c a . C a d a c u a l d i s e ñ a a su a l b e d r í o l o s i t i n e r a r i o s e n el c a m p o d e l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s , e l i g i e n d o r e s a l t a r t a l o c u a l a s p e c t o d e las c o s a s , d a n d o a l o s
d e t a l l e s «la i m p o r t a n c i a r e l a t i v a q u e e x i g e l a b u e n a m a r c h a d e la i n t r i g a » .
E l historiador trata d e describir en lugar de narrar; p o r tanto, elegirá un
c o n j u n t o de rasgos pertinentes p a r a i n s t a u r a r u n a c o h e r e n c i a , q u e será la
d e l t e x t o , y n o l a d e la r e a l i d a d q u e e v o c a . E l t r a b a j o al q u e se e n t r e g a
t i e n e a l g o d e r a d i c a l m e n t e s u b j e t i v o y e n c u e n t r a s u fin e n sí m i s m o : « L a
h i s t o r i a es u n a a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l q u e a t i e n d e a satisfacer l a s i m p l e cu-
riosidad por m e d i o de formas literarias cosagradas.» E s t e aforismo sería vá-
l i d o p a r a el i n d i v i d u o h i s t o r i a d o r ( s e g ú n M a r r o u n o s e n c o n t r a m o s l e j o s d e l
i n t e l e c t u a l e n r a i z a d o e n s u m e d i o c o n t o d a s l a s fibras d e su s e r » , o d e l h i s -
t o r i a d o r w e b e r i a n o d e f i n i d o e n « r e l a c i ó n a sus v a l o r e s » ) y p a r a l o s g r u p o s
h u m a n o s : el n a c i m i e n t o d e la h i s t o r i a n o h a b r í a q u e a t r i b u i r l o t a n t o al d e s -
p e r t a r d e la c o n s c i e n c i a d e l sí, s i n o a u n a g e n e r a l c u r i o s i d a d a c e r c a d e los
o r í g e n e s , d a n d o l u g a r al n a c i m i e n t o d e u n g é n e r o l i t e r a r i o p a r t i c u l a r .
¿ C ó m o definir p o r t a n t o l a t a r e a d e l h i s t o r i a d o r ? C o n s i s t e e n c o m p r e n -
d e r y e n n a r r a r m á s q u e e n c o n c e p t u a l i z a r . E n h i s t o r i a , la e x p l i c a c i ó n n o
consiste e n asignar u n h e c h o a su principio, sino, a n t e t o d o , en construir
u n a narración clara y d o c u m e n t a d a . H a c e intervenir u n a multiplicidad de
f a c t o r e s : el a z a r , las c a u s a s m a t e r i a l e s , l a l i b e r t a d , los fines p e r s e g u i d o s .
C u a l q u i e r i n t e r p r e t a c i ó n s i e m p r e es p a r c i a l . N o h a y q u e e n c e r r a r l a e n n i n -
g ú n c o r s é , s i n o a p r e n d e r a e v o c a r el m u n d o v i v i d o « c o n s e r e s c o n c r e t o s
q u e h a c e n y q u e a m a n » . D e e l l o se d e r i v a q u e «la h i s t o r i a n o t i e n e m é t o -
d o » , si n o es a q u e l q u e n o s p e r m i t e c o m p r e n d e r el m u n d o e n q u e v i v i m o s .
E igualmente q u e Paul V e y n e p r o c l a m e q u e los grandes historiadores «no
t i e n e n i d e a s » . D e d o n d e p r o c e d e u n a t a q u e e n r e g l a c o n t r a la h i s t o r i a c o n -
c e p t u a l q u e e n c i e r r a el p a s a d o e n a b s t r a c c i o n e s y h a c e i n t e r v e n i r s i e m p r e
las m i s m a s « g r a n d e s f u e r z a s f a m i l i a r e s » ( t a l e s c o m o la ciudad o la burgue-
sía e n la o b r a d e J a u r é s ) . A d e c i r v e r d a d , l o s h i s t o r i a d o r e s n o p u e d e n a r r e -
g l á r s e l a s sin l o s c o n c e p t o s , c o m p r e n d i d o s los p a r t i d a r i o s d e lo c o n c r e t o , y a
q u e d e s c r i b e n «lo i n d i v i d u a l a t r a v é s d e l o s u n i v e r s a l e s » . P e r o , f r e c u e n t e -
m e n t e , los u s a n d e m a n e r a i n a d e c u a d a ( ¿ n o h a b l a n a l g u n o s d e capitalismo
d e s d e el siglo XII y d e revolución industrial e n p l e n o p e r í o d o f e u d a l ? ) . M á s
grave aún, estos conceptos son r e p r e s e n t a c i o n e s c o m p u e s t a s , desenfocadas
e i n e s t a b l e s , q u e p a r e c e q u e s i r v e n p a r a c o m p r e n d e r , p e r o q u e m á s fre-
c u e n t e m e n t e sólo son incitaciones e n sentido contrario. M á s aún, estos con-
c e p t o s a m e n u d o s o n c o s i f i c a d o s i n c l u s o p e r s o n i f i c a d o s e n el t e x t o h i s t ó r i -
c o , d o n d e a d q u i e r e n el status d e f u e r z a s q u e a c t ú a n e n el d e v e n i r , c u a n d o
e n r e a l i d a d s ó l o se t r a t a d e e t i q u e t a s p r o v i s i o n a l e s p u e s t a s s o b r e c o m p l e -
j o s p r o c e s o s . E s t e p e r t i n e n t e anáfisis d e n u n c i a el r e c u r s o a l a s e x p l i c a c i o -
n e s q u e s i r v e n p a r a t o d o ( v é a s e la c o s t u m b r e a c t u a l d e p o n e r la sociabili-
dad, o l a o p o s i c i ó n e n t r e centro y periferia, e n t o d a s las salsas) y a d v i e r t e
c o n t r a la t e n t a c i ó n d e p o n e r e n pie m a q u i n a r i a s y m o d e l o s abstractos con-
s i d e r a d o s c o m o m á s v e r d a d e r o s q u e los c o m p l e j o s e n c a d e n a m i e n t o s d e l d e -
v e n i r h i s t ó r i c o (lo carcelario de Michel Foucault n o escapa a este repro-
c h e ) . P a u l V e y n e q u i e r e e v i t a r , c o n e s t a s l l a m a d a s d e a t e n c i ó n , q u e la his-
toria n o se convierta en u n a serie d e o b j e t o s u n i f o r m e s , u n a m o n ó t o n a ga-
lería de universales, c u a n d o hay q u e poblarla de seres y acontecimientos
239
ú n i c o s . A t e n c i ó n , p u e s , a l o s c o n c e p t o s , «falsos p o r q u e e s t á n d e s d i b u j a -
d o s » , y « d e s d i b u j a d o s p o r q u e su o b j e t o se m u e v e sin c e s a r » . L a h i s t o r i a
s e r e l a c i o n a c o n l a g e o g r a f í a d e u n m u n d o e n el q u e las f r o n t e r a s c a m b i a -
rían sin c e s a r y e ñ el q u e t o d o m a p a , a p e n a s e s t a b l e c i d o , q u e d a r í a a n t i c u a -
d o . N o l o g r a s u p e r a r el « d i v o r c i o d e lo u n o y d e lo m ú l t i p l e » , n i el d e l s e r
y el d e l d e v e n i r . N o p u e d e p a s a r d e las p a l a b r a s p a r a d e c i r c o s a s q u e , a
c a u s a d e sus C a m b i o s c o n t i n u o s , c o n v i e r t e n a las p a l a b r a s e n i n a d e c u a d a s .
P o r t o d a s e s t a s r a z o n e s , el c o n c e p t o a p a r e c e c o m o l a p i e d r a a n g u l a r d e l c o -
n o c i m i e n t o histórico. H a y q u e forjar, p a r a c a d a p e r í o d o , c o n c e p t o s a d e -
1
cuados a los h e c h o s s u j e t o s a i n t e r p r e t a c i ó n , c o n el p e l i g r o d e l o g r a r s ó l o
u n cóctebde narración cierta y nociones inestables.
E s t á i m p l a c a b l e crítica d e l a r a z ó n h i s t ó r i c a t a m b i é n i n c i d e s o b r e l a c a u -
s a l i d a d e n h i s t o r i a , c o n s i d e r a d a c o m o i r r e g u l a r y c o n f u s a la m a y o r í a d e las
v e c e s , e x c l u y e n d o el j u e g o d e d e t e r m i n i s m o s r i g u r o s o s . F r e c u e n t e m e n t e ,
el h i s t o r i a d o r s ó l o c o n o c e el e f e c t o , y s e e s f u e r z a p o r r e m o n t a r s e a l a cau-
sa p o r el m e c a n i s m o d e la retro dicción. E t i m o l ó g i c a m e n t e c o n s i s t e é s t a e n
el a r t e d e d e c i r r e m o n t á n d o s e al p a s a d o , e n t e n d i é n d o s e p o r ello el p r o c e -
d i m i e n t o q u e c o n s i s t e e n r e t r o c e d e r d e s d e el e f e c t o c o n o c i d o h a s t a s u h i -
p o t é t i c a c a u s a , y q u e p e r m i t e « l l e n a r los v a c í o s » d e l t e x t o h i s t ó r i c o . E j e m -
p l o - t i p o : a q u e l q u e h a c e d e r i v a r la i m p o p u l a r i d a d d e L u i s X I V , al final d e
s u r e i n a d o , d e lo g r a v o s o d e los i m p u e s t o s . E l h i s t o r i a d o r , al r e a l i z a r e s t a
o p e r a c i ó n , t a n c o r r i e n t e q u e a v e c e s llega a s e r i n c o n s c i e n t e , s ó l o d e s e m -
b o c a e n u n a c o n c l u s i ó n m á s o m e n o s v e r o s í m i l , q u e p r e t e n d e el r a z o n a -
m i e n t o por analogía. E l relato histórico funciona a m p l i a m e n t e siguiendo
e s t a lógica d e lo v e r o s í m i l . P o r t a n t o , el m é t o d o d e l h i s t o r i a d o r t i e n e q u e
v e r c o n el c o n o c i m i e n t o , c o n la e x p e r i e n c i a a d q u i r i d a , q u e h a c e p o s i b l e c a p -
t a r las r e g u l a r i d a d e s ( p e r o n o las l e y e s ) d e u n p e r í o d o . E s u n a r t e q u e i m -
p l i c a u n l a r g o a p r e n d i z a j e , p e r o n o u n a c i e n c i a , a u n q u e e n él a b u n d e n las
i d e a s g e n e r a l e s . L a h i s t o r i a n o es científica a u n q u e e l l o d i s g u s t e a l o s p o -
sitivistas y a los m a r x i s t a s : e x p l i c a a c o n t e c i m i e n t o s c o n c r e t o s c o m o c o n s e -
cuencia de causas particulares y verosímiles, p e r o es incapaz de traducirlas
a leyes. Se relaciona con u n a intriga d r a m á t i c a q u e s o l a m e n t e será expli-
c a b l e e s c e n a a e s c e n a , d a d a la c o n s t a n t e e n t r a d a e n el e s c e n a r i o d e n u e v o s
actores. D e d o n d e p r o c e d e u n desenlace i n e s p e r a d o , a u n q u e sea n a t u r a l .
R e c h a z a n d o t o d o d e t e r m i n i s m o y desconfiando d e la abstracción, V e y -
n e s e ñ a l a s u h o s t i l i d a d h a c i a el m a r x i s m o , al q u e t r a t a c a b a l l e r o s a m e n t e .
N o s dice q u e «no h a previsto n a d a , ni explicado n a d a » , ya q u e en historia
n o hay n i n g u n a instancia decisiva, susceptible d e d e t e r m i n a r u n a «constan-
te jerarquización causal». H a y q u e dejar esta doctrina «en entredicho»
m i e n t r a s el m a r x i s m o n o n o s p r o p o n g a e x p l i c a c i o n e s c o h e r e n t e s a c e r c a ,
p o r e j e m p l o , d e la m a n e r a c o m o el m o l i n o d e a g u a g e n e r ó la s e r v i d u m b r e .
U l t i m a p i r u e t a d e u n p e n s a m i e n t o q u e se c o m p l a c e e n la p a r a d o j a y q u e
g u s t a d e los j u i c i o s p e r e n t o r i o s , P a u l V e y n e a c t ú a c o m o d i s c í p u l o d e
M a r r o u l l e v a n d o l a crítica m á s l e j o s q u e el m a e s t r o y a ñ a d i é n d o l e u n a t o -
t a l c a r e n c i a d e c o m p r o m i s o c o n el p r e s e n t e , p a r a n o b u s c a r e n la h i s t o r i a
m á s q u e la satisfacción de insaciable curiosidad intelectual.
240
2. E L ASALTO CONJUGADO D E L MARXISMO, LA SEMIÓTICA Y EL
PSICOANÁLISIS
Michel de Certeau y J e a n Chesneaux, «hombres hinite», dirigieron des-
p u é s d e 1970 los a s a l t o s m á s c o n t u n d e n t e s c o n t r a la h i s t o r i a u n i v e r s i t a r i a ,
c o n s i d e r a d a b a j o el d o b l e a s p e c t o d e sus e s t r u c t u r a s « d i s c i p l i n a r i a s » y d e
sus p r o d u c c i o n e s i n t e l e c t u a l e s . L a é p o c a m á s i m p o r t a n t e d e s u p r o d u c c i ó n
e p i s t e m o l ó g i c a se s i t ú a e n 1 9 7 5 - 1 9 7 6 .
A ) E l l o s f o r j a r o n l a s armas de su crítica a lo l a r g o d e i t i n e r a r i o s p e r -
s o n a l e s m u y ricos. J e a n C h e s n e a u x t i e n e u n p a s a d o d e m i l i t a n t e p o l í t i c o
c o m p r o m e t i d o e n las l u c h a s a n t i i m p e r i a l i s t a s y d e i n v e s t i g a d o r e s p e c i a l i z a -
d o e n l a h i s t o r i a social y p o l í t i c a d e l E x t r e m o O r i e n t e c o n t e m p o r á n e o . R e -
v o l u c i o n a r i o , vivió c o n c i e r t a m a l a c o n c i e n c i a s u e x i s t e n c i a d e u n i v e r s i t a r i o
p r i v i l e g i a d o ( v e r las p r i m e r a s p á g i n a s d e s u o b r a Du passé faisons table
rase). P a r a a r r a n c a r a l a h i s t o r i a d e su e m b o t a m i e n t o y p a r a i n s t a u r a r u n a
« r e l a c i ó n a c t i v a c o n el p a s a d o » , s ó l o h a y u n a r m a a sus o j o s : el m a r x i s m o
e n su v e r s i ó n m a o í s t a . M i c h e l d e C e r t e a u siguió u n i t i n e r a r i o c o m p l e t a -
m e n t e d i f e r e n t e , d u r a n t e el c u a l a d q u i r i ó u n a f o r m a c i ó n p l u r i d i s c i p l i n a r d e
filósofo, h i s t o r i a d o r , p s i c o a n a l i s t a y s e m i ó t i c o . C o m o h i s t o r i a d o r , s e in-
t e r r o g a a c e r c a d e l a n a t u r a l e z a d e s u d i s c i p l i n a : es u n a a c t o d e d i v i d i r , d e
s e p a r a r el p r e s e n t e d e l p a s a d o , p r á c t i c a i g n o r a d a e n las s o c i e d a d e s t r a d i -
c i o n a l e s , l i g a d a a l a p a r t i c u l a r r e l a c i ó n q u e O c c i d e n t e m a n t i e n e c o n la
m u e r t e . N u e s t r a civilización n i e g a l a p é r d i d a « a f e c t a n d o al p r e s e n t e el p r i -
vilegio d e r e c a p i t u l a r el p a s a d o e n u n s a b e r » . H i s t o r i a d o r d e l a v i d a reli-
giosa, analiza el f u n c i o n a m i e n t o d e su sub-disciplina, t r a t a d a p o r t u r n o des-
d e distintos á n g u l o s , místico, folclórico o sociológico, p a r a señalar q u e , en
c a d a o c a s i ó n , l a s p r e o c u p a c i o n e s d e l p r e s e n t e s o n l a s q u e h a n m a r c a d o el
p u n t o d e v i s t a d e l p a s a d o (Faire de l'Histoire, 1970, r e e d i t a d o e n L'Ecri-
ture de l'Histoire, 1 9 7 5 ) . P a r t i d a r i o d e las t é c n i c a s m o d e r n a s , s o b r e t o d o
d e l análisis e s t r u c t u r a l d e t e x t o s , v e e n l a h i s t o r i a u n a c o m p l e j a o p e r a c i ó n
y n o l a i l u s o r i a r e s u r r e c c i ó n d e a l g o v i v i d o . N o r e s e r v a el u s o d e l a s e m i ó -
t i c a p a r a el e s t u d i o d e l o s d o c u m e n t o s a n t i g u o s , s i n o q u e t a m b i é n lo u t i l i z a
p a r a d e s c i f r a r el d i s c u r s o h i s t ó r i c o c o n t e m p o r á n e o . P s i c o a n a l i s t a l a c a n i a -
n o , se e n f r e n t a a e s a a n t i g u a c o n v i c c i ó n q u e t i e n e n l o s h i s t o r i a d o r e s d e
e n u n c i a r l o r e a l . N o h a y « l u g a r e s e n l o s q u e se d é l a r e a l i d a d » , p o r m u y
o b j e t i v o q u e s e a a p a r e n t e m e n t e su d i s c u r s o . L o r e a l s i e m p r e l l e v a m á s c a r a
y n u n c a s e p u e d e d i f e r e n c i a r t o t a l m e n t e d e l a i l u s i ó n ( v e r el d e b a t e c o n
R . R o b i n , Dialectiques, n ú m . 14). Tal p u n t o d e vista está r e l a c i o n a d o con
l a crítica m a r x i s t a d e las i d e o l o g í a s , e n l a m e d i d a e n q u e se d e d i c a a d e -
n u n c i a r l o s falsos s e m b l a n t e s y a r e m i t i r c u a l q u i e r d i s c u r s o a sus s e g u n d a s
i n t e n c i o n e s o c u l t a s , a l o q u e s e « o r g a n i z a e n s i l e n c i o » : las l e y e s d e l i n c o n s -
c i e n t e , p e r o t a m b i é n el m e d i o social d e l q u e p a r t i c i p a el h i s t o r i a d o r .
B) Una mirada sin complacencia sobre el mundo de los historiadores.
J e a n C h e s n e a u x b o s q u e j a con acritud u n a « P e q u e ñ a sociología del saber
h i s t ó r i c o » . E c h a la c u l p a s o b r e t o d o a las m u y j e r a r q u i z a d a s e s t r u c t u r a s d e
l a c o r p o r a c i ó n . L a m á q u i n a q u e p r o d u c e la h i s t o r i a « t i e n e sus b l u s a s b l a n -
c a s , sus p e q u e ñ o s j e f e s » y a l g u n o s m a n d a r i n e s e n la c i m a . H a y q u e c u m -
p l i r c i e r t o s r i t o s d e p a s o p a r a f r a n q u e a r las e s c a l e r a s d e la p i r á m i d e : e n
F r a n c i a , la agrégation, l a t e s i s d e l i c e n c i a t u r a , la d e l d o c t o r a d o , y m á s t a r -
241
ú n i c o s . A t e n c i ó n , p u e s , a l o s c o n c e p t o s , «falsos p o r q u e e s t á n d e s d i b u j a -
d o s » , y « d e s d i b u j a d o s p o r q u e su o b j e t o se m u e v e sin c e s a r » . L a h i s t o r i a
s e r e l a c i o n a c o n l a g e o g r a f í a d e u n m u n d o e n el q u e las f r o n t e r a s c a m b i a -
rían sin c e s a r y e ñ el q u e t o d o m a p a , a p e n a s e s t a b l e c i d o , q u e d a r í a a n t i c u a -
d o . N o l o g r a s u p e r a r el « d i v o r c i o d e lo u n o y d e lo m ú l t i p l e » , n i el d e l s e r
y el d e l d e v e n i r . N o p u e d e p a s a r d e las p a l a b r a s p a r a d e c i r c o s a s q u e , a
c a u s a d e sus C a m b i o s c o n t i n u o s , c o n v i e r t e n a las p a l a b r a s e n i n a d e c u a d a s .
P o r t o d a s e s t a s r a z o n e s , el c o n c e p t o a p a r e c e c o m o l a p i e d r a a n g u l a r d e l c o -
n o c i m i e n t o histórico. H a y q u e forjar, p a r a c a d a p e r í o d o , c o n c e p t o s a d e -
1
cuados a los h e c h o s s u j e t o s a i n t e r p r e t a c i ó n , c o n el p e l i g r o d e l o g r a r s ó l o
u n cóctebde narración cierta y nociones inestables.
E s t á i m p l a c a b l e crítica d e l a r a z ó n h i s t ó r i c a t a m b i é n i n c i d e s o b r e l a c a u -
s a l i d a d e n h i s t o r i a , c o n s i d e r a d a c o m o i r r e g u l a r y c o n f u s a la m a y o r í a d e las
v e c e s , e x c l u y e n d o el j u e g o d e d e t e r m i n i s m o s r i g u r o s o s . F r e c u e n t e m e n t e ,
el h i s t o r i a d o r s ó l o c o n o c e el e f e c t o , y s e e s f u e r z a p o r r e m o n t a r s e a l a cau-
sa p o r el m e c a n i s m o d e la retro dicción. E t i m o l ó g i c a m e n t e c o n s i s t e é s t a e n
el a r t e d e d e c i r r e m o n t á n d o s e al p a s a d o , e n t e n d i é n d o s e p o r ello el p r o c e -
d i m i e n t o q u e c o n s i s t e e n r e t r o c e d e r d e s d e el e f e c t o c o n o c i d o h a s t a s u h i -
p o t é t i c a c a u s a , y q u e p e r m i t e « l l e n a r los v a c í o s » d e l t e x t o h i s t ó r i c o . E j e m -
p l o - t i p o : a q u e l q u e h a c e d e r i v a r la i m p o p u l a r i d a d d e L u i s X I V , al final d e
s u r e i n a d o , d e lo g r a v o s o d e los i m p u e s t o s . E l h i s t o r i a d o r , al r e a l i z a r e s t a
o p e r a c i ó n , t a n c o r r i e n t e q u e a v e c e s llega a s e r i n c o n s c i e n t e , s ó l o d e s e m -
b o c a e n u n a c o n c l u s i ó n m á s o m e n o s v e r o s í m i l , q u e p r e t e n d e el r a z o n a -
m i e n t o por analogía. E l relato histórico funciona a m p l i a m e n t e siguiendo
e s t a lógica d e lo v e r o s í m i l . P o r t a n t o , el m é t o d o d e l h i s t o r i a d o r t i e n e q u e
v e r c o n el c o n o c i m i e n t o , c o n la e x p e r i e n c i a a d q u i r i d a , q u e h a c e p o s i b l e c a p -
t a r las r e g u l a r i d a d e s ( p e r o n o las l e y e s ) d e u n p e r í o d o . E s u n a r t e q u e i m -
p l i c a u n l a r g o a p r e n d i z a j e , p e r o n o u n a c i e n c i a , a u n q u e e n él a b u n d e n las
i d e a s g e n e r a l e s . L a h i s t o r i a n o es científica a u n q u e e l l o d i s g u s t e a l o s p o -
sitivistas y a los m a r x i s t a s : e x p l i c a a c o n t e c i m i e n t o s c o n c r e t o s c o m o c o n s e -
cuencia de causas particulares y verosímiles, p e r o es incapaz de traducirlas
a leyes. Se relaciona con u n a intriga d r a m á t i c a q u e s o l a m e n t e será expli-
c a b l e e s c e n a a e s c e n a , d a d a la c o n s t a n t e e n t r a d a e n el e s c e n a r i o d e n u e v o s
actores. D e d o n d e p r o c e d e u n desenlace i n e s p e r a d o , a u n q u e sea n a t u r a l .
R e c h a z a n d o t o d o d e t e r m i n i s m o y desconfiando d e la abstracción, V e y -
n e s e ñ a l a s u h o s t i l i d a d h a c i a el m a r x i s m o , al q u e t r a t a c a b a l l e r o s a m e n t e .
N o s dice q u e «no h a previsto n a d a , ni explicado n a d a » , ya q u e en historia
n o hay n i n g u n a instancia decisiva, susceptible d e d e t e r m i n a r u n a «constan-
te jerarquización causal». H a y q u e dejar esta doctrina «en entredicho»
m i e n t r a s el m a r x i s m o n o n o s p r o p o n g a e x p l i c a c i o n e s c o h e r e n t e s a c e r c a ,
p o r e j e m p l o , d e la m a n e r a c o m o el m o l i n o d e a g u a g e n e r ó la s e r v i d u m b r e .
U l t i m a p i r u e t a d e u n p e n s a m i e n t o q u e se c o m p l a c e e n la p a r a d o j a y q u e
g u s t a d e los j u i c i o s p e r e n t o r i o s , P a u l V e y n e a c t ú a c o m o d i s c í p u l o d e
M a r r o u l l e v a n d o l a crítica m á s l e j o s q u e el m a e s t r o y a ñ a d i é n d o l e u n a t o -
t a l c a r e n c i a d e c o m p r o m i s o c o n el p r e s e n t e , p a r a n o b u s c a r e n la h i s t o r i a
m á s q u e la satisfacción de insaciable curiosidad intelectual.
240
2. E L ASALTO CONJUGADO D E L MARXISMO, LA SEMIÓTICA Y EL
PSICOANÁLISIS
Michel de Certeau y J e a n Chesneaux, «hombres hinite», dirigieron des-
p u é s d e 1970 los a s a l t o s m á s c o n t u n d e n t e s c o n t r a la h i s t o r i a u n i v e r s i t a r i a ,
c o n s i d e r a d a b a j o el d o b l e a s p e c t o d e sus e s t r u c t u r a s « d i s c i p l i n a r i a s » y d e
sus p r o d u c c i o n e s i n t e l e c t u a l e s . L a é p o c a m á s i m p o r t a n t e d e s u p r o d u c c i ó n
e p i s t e m o l ó g i c a se s i t ú a e n 1 9 7 5 - 1 9 7 6 .
A ) E l l o s f o r j a r o n l a s armas de su crítica a lo l a r g o d e i t i n e r a r i o s p e r -
s o n a l e s m u y ricos. J e a n C h e s n e a u x t i e n e u n p a s a d o d e m i l i t a n t e p o l í t i c o
c o m p r o m e t i d o e n las l u c h a s a n t i i m p e r i a l i s t a s y d e i n v e s t i g a d o r e s p e c i a l i z a -
d o e n l a h i s t o r i a social y p o l í t i c a d e l E x t r e m o O r i e n t e c o n t e m p o r á n e o . R e -
v o l u c i o n a r i o , vivió c o n c i e r t a m a l a c o n c i e n c i a s u e x i s t e n c i a d e u n i v e r s i t a r i o
p r i v i l e g i a d o ( v e r las p r i m e r a s p á g i n a s d e s u o b r a Du passé faisons table
rase). P a r a a r r a n c a r a l a h i s t o r i a d e su e m b o t a m i e n t o y p a r a i n s t a u r a r u n a
« r e l a c i ó n a c t i v a c o n el p a s a d o » , s ó l o h a y u n a r m a a sus o j o s : el m a r x i s m o
e n su v e r s i ó n m a o í s t a . M i c h e l d e C e r t e a u siguió u n i t i n e r a r i o c o m p l e t a -
m e n t e d i f e r e n t e , d u r a n t e el c u a l a d q u i r i ó u n a f o r m a c i ó n p l u r i d i s c i p l i n a r d e
filósofo, h i s t o r i a d o r , p s i c o a n a l i s t a y s e m i ó t i c o . C o m o h i s t o r i a d o r , s e in-
t e r r o g a a c e r c a d e l a n a t u r a l e z a d e s u d i s c i p l i n a : es u n a a c t o d e d i v i d i r , d e
s e p a r a r el p r e s e n t e d e l p a s a d o , p r á c t i c a i g n o r a d a e n las s o c i e d a d e s t r a d i -
c i o n a l e s , l i g a d a a l a p a r t i c u l a r r e l a c i ó n q u e O c c i d e n t e m a n t i e n e c o n la
m u e r t e . N u e s t r a civilización n i e g a l a p é r d i d a « a f e c t a n d o al p r e s e n t e el p r i -
vilegio d e r e c a p i t u l a r el p a s a d o e n u n s a b e r » . H i s t o r i a d o r d e l a v i d a reli-
giosa, analiza el f u n c i o n a m i e n t o d e su sub-disciplina, t r a t a d a p o r t u r n o des-
d e distintos á n g u l o s , místico, folclórico o sociológico, p a r a señalar q u e , en
c a d a o c a s i ó n , l a s p r e o c u p a c i o n e s d e l p r e s e n t e s o n l a s q u e h a n m a r c a d o el
p u n t o d e v i s t a d e l p a s a d o (Faire de l'Histoire, 1970, r e e d i t a d o e n L'Ecri-
ture de l'Histoire, 1 9 7 5 ) . P a r t i d a r i o d e las t é c n i c a s m o d e r n a s , s o b r e t o d o
d e l análisis e s t r u c t u r a l d e t e x t o s , v e e n l a h i s t o r i a u n a c o m p l e j a o p e r a c i ó n
y n o l a i l u s o r i a r e s u r r e c c i ó n d e a l g o v i v i d o . N o r e s e r v a el u s o d e l a s e m i ó -
t i c a p a r a el e s t u d i o d e l o s d o c u m e n t o s a n t i g u o s , s i n o q u e t a m b i é n lo u t i l i z a
p a r a d e s c i f r a r el d i s c u r s o h i s t ó r i c o c o n t e m p o r á n e o . P s i c o a n a l i s t a l a c a n i a -
n o , se e n f r e n t a a e s a a n t i g u a c o n v i c c i ó n q u e t i e n e n l o s h i s t o r i a d o r e s d e
e n u n c i a r l o r e a l . N o h a y « l u g a r e s e n l o s q u e se d é l a r e a l i d a d » , p o r m u y
o b j e t i v o q u e s e a a p a r e n t e m e n t e su d i s c u r s o . L o r e a l s i e m p r e l l e v a m á s c a r a
y n u n c a s e p u e d e d i f e r e n c i a r t o t a l m e n t e d e l a i l u s i ó n ( v e r el d e b a t e c o n
R . R o b i n , Dialectiques, n ú m . 14). Tal p u n t o d e vista está r e l a c i o n a d o con
l a crítica m a r x i s t a d e las i d e o l o g í a s , e n l a m e d i d a e n q u e se d e d i c a a d e -
n u n c i a r l o s falsos s e m b l a n t e s y a r e m i t i r c u a l q u i e r d i s c u r s o a sus s e g u n d a s
i n t e n c i o n e s o c u l t a s , a l o q u e s e « o r g a n i z a e n s i l e n c i o » : las l e y e s d e l i n c o n s -
c i e n t e , p e r o t a m b i é n el m e d i o social d e l q u e p a r t i c i p a el h i s t o r i a d o r .
B) Una mirada sin complacencia sobre el mundo de los historiadores.
J e a n C h e s n e a u x b o s q u e j a con acritud u n a « P e q u e ñ a sociología del saber
h i s t ó r i c o » . E c h a la c u l p a s o b r e t o d o a las m u y j e r a r q u i z a d a s e s t r u c t u r a s d e
l a c o r p o r a c i ó n . L a m á q u i n a q u e p r o d u c e la h i s t o r i a « t i e n e sus b l u s a s b l a n -
c a s , sus p e q u e ñ o s j e f e s » y a l g u n o s m a n d a r i n e s e n la c i m a . H a y q u e c u m -
p l i r c i e r t o s r i t o s d e p a s o p a r a f r a n q u e a r las e s c a l e r a s d e la p i r á m i d e : e n
F r a n c i a , la agrégation, l a t e s i s d e l i c e n c i a t u r a , la d e l d o c t o r a d o , y m á s t a r -
241
 d e , p u b l i c a r « t r a b a j o s i m p o r t a n t e s » . E l a u t o r les n i e g a c u a l q u i e r v a l o r e n
sí m i s m o s y sólo les r e c o n o c e u n a f u n c i ó n : « H a c e n p o s i b l e q u e a c t ú e l a
c o o p t a c i ó n e n lo a l t o . » E l e j e r c i c i o d e e s t a ú l t i m a c o r r e s p o n d e : a u n p e q u e -
ñ o n ú m e r o d e m a n d a r i n e s d e la c o r p o r a c i ó n , p r e s e n t e s e n el, c o m i t é c o n -
sultivo u n i v e r s i t a r i o , e n los t r i b u n a l e s d e tesis y e n las c o m i s i o n e s d e l
C N R S , q u e c o n t r o l a n a l a v e z l o s n o m b r a m i e n t o s , las p r o m o c i o n e s y las
a t r i b u c i o n e s d e c r é d i t o s . S o n l o s m i s m o s q u e e n c o n t r a m o s e n la d i r e c c i ó n
d e las g r a n d e s r e v i s t a s , d e d i c a d a s e n e s t a o c a s i ó n a la filtración d e l o s a r -
t í c u l o s . L a c o n c e n t r a c i ó n d e p o d e r e s v a e n a u m e n t o , h a s t a el p u n t o d e q u e
la s e c c i ó n s e x t a d e l a E H E S S f u n c i o n a c o m o u n « h o l d i n g » , c o r o n a n d o l a
i n v e s t i g a c i ó n d e p u n t a y e s f o r z á n d o s e e n r e n t a b i l i z a r l a a t r a v é s d e los m e -
d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d e m a s a s . ; A p a r t i r d e a q u í , la m á q u i n a h i s t ó r i c a es
t a n p o d e r o s a q u e e n c u e n t r a l a f i n a l i d a d e n sí m i s m a , t i e n e q u e ; c o n o c e r u n a
e x p a n s i ó n c o n t i n u a a b a s e d e i n v e s t i g a c i o n e s , a r t í c u l o s y t e s i s , «a i m a g e n
d e la p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a » . C o m o c o n s e c u e n c i a d e e s t e c r e c i m i e n t o s e d e -
finen v e r d a d e r a s p r o p i e d a d e s e n h i s t o r i a q u e o b l i g a n a c a d a i n v e s t i g a d o r a
s i t u a r s e e n u n s e c t o r p r e c i s o d e la i n v e s t i g a c i ó n , y r e n t a b l e , si es p o s i b l e .
L a s r e l a c i o n e s d e p o d e r e n t r e h i s t o r i a d o r e s e j e r c e n así u n a i n f l u e n c i a di-
recta sobre la configuración del saber histórico.
M i c h e l d e C e r t e a u p u s o d e r e l i e v e e s t e a s p e c t o d e la s i t u a c i ó n e n u n a s
p á g i n a s , q u e se c o n v e r t i r í a n e n c l á s i c a s , a c e r c a d e la institución histórica
(L'Ecriture de l'Histoire, p p . 63 y s i g s . ) . S e g ú n el a u t o r , es l e g í t i m o a p l i c a r
a la p r o p i a h i s t o r i a s u p r o b l e m á t i c a c o r r i e n t e , s e g ú n la c u a l t o d a p r o d u c -
ción intelectual tiene q u e remitirse a u n o o dos m e d i o s p o r t a d o r e s . T o m a r
c o n c i e n c i a d e l o s c o n d i c i o n a m i e n t o s d e la h i s t o r i a es u n a e x i g e n c i a d e su
c a r á c t e r científico. L a d i s c i p l i n a n o p u e d e r e s g u a r d a r s e i n d e f i n i d a m e n t e d e -
t r á s d e las p r o c l a m a c i o n e s d e o b j e t i v i d a d . L o s h i s t o r i a d o r e s n o v i v e n e n
u n a e s f e r a s e p a r a d a : c u m p l e n u n a f u n c i ó n social m u y p r e c i s a y e s t á n
i n s e r t o s e n r e d e s i n s t i t u c i o n a l e s o p r e s o r a s ( v e r el p a p e l p a s a d o d e las
A c a d e m i a s y los c í r c u l o s d e e s p e c i a l i s t a s e n el n a c i m i e n t o d e l a h i s t o r i a
e r u d i t a ) . S u s a b e r se a r t i c u l a s o b r e l a i n s t i t u c i ó n , s u « d i s c u r s o i d e o l ó g i c o
s e a d a p t a a u n o r d e n s o c i a l » , i m p o n i é n d o l e silencio casi s i e m p r e . S i n e m -
b a r g o , p u e d e s u c e d e r q u e se l e v a n t e el v e l o s o b r e «lo q u e n o h a s i d o d i -
c h o » , c o m o s u c e d i ó e n 1 9 6 5 , c u a n d o J e a n G l é n i s s o n d e n u n c i ó las t o r p e z a s
m á s visibles d e la h i s t o r i o g r a f í a n a c i o n a l . C o n m a y o r f r e c u e n c i a , las g e n t e s
d e l oficio a c e p t a n p l e g a r s e a r e g l a s s i l e n c i o s a s , d e t e r m i n a d a s p o r r e l a c i o -
n e s d e p o d e r . E s t a d e p e n d e n c i a d e j a v e s t i g i o s l i n g ü í s t i c o s : el u s o d e l
nosotros b o r r a l a i n d i v i d u a l i d a d d e l a u t o r y m a n i f i e s t a q u e la v e r d a d e r a
i n s t a n c i a d e e n u n c i a c i ó n es l a c o r p o r a c i ó n d e h i s t o r i a d o r e s . D e d o n d e p r o -
c e d e la e q u i v o c a c i ó n a c e r c a d e l v e r d a d e r o d e s t i n a t a r i o d e l l i b r o d e h i s t o -
ria: a p a r e n t e m e n t e el p ú b l i c o , d e h e c h o l o s c o l e g a s , q u e c a l i b r a n l a c o n -
f o r m i d a d d e l p r o d u c t o a «las l e y e s d e l m e d i o » , a n t e s d e c o n c e d e r l e la e t i -
q u e t a d e l a c o r p o r a c i ó n y a n t e s d e p e r m i t i r q u e s u a u t o r a c c e d a al r a n g o
d e p o r t a v o z h a b i l i t a d o . P e r o e s t e r e c o n o c i m i e n t o p o r p a r t e d e los c o l e g a s
n o es el ú n i c o c r i t e r i o q u e d e f i n e l a o b r a h i s t ó r i c a d e v a l o r . T a m b i é n se
a p r e c i a e n f u n c i ó n d e u n « e s t a d o d e la c u e s t i ó n » ( ¿ a p o r t a a l g u n a n o v e -
d a d ? ) y d e los p u n t o s c a n d e n t e s d e la i n v e s t i g a c i ó n ( ¿ d e s p l a z a las p r e g u n -
t a s ? ) . E n r e s u m e n , d e b e i n s e r t a r s e e n el conjunto operativo q u e h a c e a v a n -
z a r l a i n v e s t i g a c i ó n . D e b e c o n t r i b u i r a p e r f e c c i o n a r la m á q u i n a d e h a c e r
h i s t o r i a y d a r l e m a t e r i a p a r a q u e f u n c i o n e e n el p o r v e n i r .
242
A h o r a bien, resulta q u e los famosos « m é t o d o s históricos», de h e c h o ,
s ó l o s o n las p r á c t i c a s d e i n i c i a c i ó n a u n g r u p o , d e i n t e g r a c i ó n a u n o s e q u i -
pos y a u n a j e r a r q u í a , y d e r e c o n o c i m i e n t o de las autoridades del m o m e n -
t o . L a h i s t o r i a e s t á así « e s t r e c h a m e n t e c o n f i g u r a d a p o r el s i s t e m a e n el q u e
se e l a b o r a » y a h o r a m á s q u e n u n c a . E n e l l a f u n c i o n a n r e g l a s i m p l í c i t a s , e n
n o m b r e d e las c u a l e s se p e r m i t e n c i e r t a s p r o d u c c i o n e s y s e p r o h i b e n o t r a s .
L a s elecciones ideológicas p r o s i g u e n su m a r c h a s u b t e r r á n e a e n la institu-
c i ó n , i n c l u s o a u n c u a n d o l o s t i e m p o s y a n o s o n p r o c l i v e s a las g r a n d e s p r o -
c l a m a c i o n e s d e f e . E l c o l o r i n d e f i n i d o q u e a d q u i e r e el d i s c u r s o d o m i n a n t e
no debe equivocarnos a este respecto.
C ) La crítica del discurso histórico c o n s t i t u y e el t e r r e n o d e a t a q u e p r e -
f e r i d o p a r a n u e s t r o s d o s a u t o r e s . N o p e r d a m o s el t i e m p o a c e r c a d e l a s m a -
n i f e s t a c i o n e s exph'citas d e la i d e o l o g í a e n el t e x t o h i s t ó r i c o , a u n q u e n o d e j a
d e s e r p e r t i n e n t e l a r e q u i s i t o r i a d e J e a n C h e s n e a u x c o n t r a u n a c i e r t a his-
t o r i a l i g a d a al p o d e r d e l e s t a d o . D e n u n c i a la f r a g m e n t a c i ó n d e l p a s a d o si-
g u i e n d o n o r m a s i d e o l ó g i c a s (la d i v i s i ó n e n c u a t r o d e la h i s t o r i a a s o c i a su
c u l m i n a c i ó n al t r i u n f o d e l a b u r g u e s í a , y l a t e o r í a e s t a l i n i a n a d e l o s c i n c o
e s t a d i o s c u m p l i ó la m i s m a f u n c i ó n c o n r e s p e c t o al p r o l e t a r i a d o ) , el a r t e d e
los g o b e r n a n t e s d e b u s c a r las j u s t i f i c a c i o n e s e n el p a s a d o y d e d e s c u b r i r e n
él las p r e f i g u r a c i o n e s d e l a s r e a l i d a d e s p r e s e n t e s , las m a n i p u l a c i o n e s d e l a
m e m o r i a c o l e c t i v a c o n o c a s i ó n d e l o s g r a n d e s a n i v e r s a r i o s , sin o l v i d a r la
o c u l t a c i ó n d e l o s e p i s o d i o s m o l e s t o s p o r l o s h i s t o r i a d o r e s q u e e s c r i b e n al
d i c t a d o . S u crítica es m á s n u e v a c u a n d o a c t u a l i z a l a i d e o l o g í a i m p l í c i t a e n
el f u n c i o n a m i e n t o a p a r e n t e m e n t e m á s neutro y m á s objetivo d e l d i s c u r s o
h i s t ó r i c o u n i v e r s i t a r i o . E c h a la c u l p a a «lo q u e es e v i d e n t e e n el oficio»
( v e r el c a p í t u l o 6: « L a s falsas e v i d e n c i a s d e l d i s c u r s o h i s t ó r i c o » ) , t a l c o m o
la c o n v i c c i ó n , q u e p e r d u r a , d e p o d e r e s t a b l e c e r el h e c h o h i s t ó r i c o e n t o d a
s u p u r e z a , el c u l t o a las f u e n t e s y a l a b i b l i o g r a f í a ( u n a o b r a es a p r e c i a d a
e n f u n c i ó n d e l n ú m e r o y d e l a g a r a n t í a d e sus r e f e r e n c i a s ) , así c o m o l a m a -
n í a d e la p e r i o d i z a c i ó n , el c u l t o a l a c u a n t i f i c a c i ó n sin crítica p r e v i a d e l m a -
t e r i a l cifrado y, f i n a l m e n t e , el u s o sin d i s c e r n i m i e n t o d e las c a t e g o r í a s
l i n g ü í s t i c a s d e s i n c r o n í a y d i a c r o n í a . A p a r t i r d e e s t a s falaces e v i d e n c i a s se
edifica el d i s c u r s o d e l o s h i s t o r i a d o r e s p r o f e s i o n a l e s q u e d e b e r í a s e r técni-
co y profesional y, p o r e n d e , v e t a d o a los « a m a t e u r s » ; intelectualista,
e n t r e g á n d o s e a él c o m o a u n a « a c t i v i d a d a u t ó n o m a d e l e s p í r i t u » ; produc-
tivista, s o m e t i d o a la l e y d e b r o n c e d e l publica o perece; y , finalmente, acu-
mulativo, al a c e c h o d e « a l m e n a s » e x p l o t a b l e s , c o m o si el s a b e r se c o n s t r u -
yese pieza a pieza.
N o s falta e s p a c i o p a r a h a c e r d i s t i n c i ó n e n t r e los r e p r o c h e s j u s t i f i c a d o s
( p o r e j e m p l o , el j u e g o d e las c o n n i v e n c i a s y l a p r á c t i c a d e la c i t a s i m u l a d a ,
o i n c l u s o el u s o d e u n a f r a s e o l o g í a p r e s t a d a ) y los a t a q u e s i n f u n d a d o s
( ¿ q u i é n p u e d e p o n e r e n d u d a s e r i a m e n t e l a i n m e n s a a p o r t a c i ó n d e las t é c -
nicas cuantitativas o la d e los análisis c o y u n t u r a l e s ? ) . C o n t e n t é m o n o s con
d e n u n c i a r d o s p e l i g r o s : el p r i m e r o c o n s i s t e e n v o l v e r s u m a r i a m e n t e a las
r e g l a s q u e g o b i e r n a n l a p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a , las q u e los d i r e c t o r e s d e e m -
p r e s a i m p o n e n a la e c o n o m í a c a p i t a l i s t a , c o m o si el s u j e t o - a u t o r n o d i s p u -
s i e r a d e l m e n o r m a r g e n d e a u t o n o m í a ; el s e g u n d o r e s i d e e n la t o t a l c o n -
fusión e n t r e ideología y ciencia, q u e c o n d u c e a p o n e r , sobre u n m i s m o pla-
n o , l a p a l a b r a falible d e u n m e m o r i a l i s t a y el r e s u l t a d o d e u n a i n v e s t i g a -
c i ó n científica.
243
 d e , p u b l i c a r « t r a b a j o s i m p o r t a n t e s » . E l a u t o r les n i e g a c u a l q u i e r v a l o r e n
sí m i s m o s y sólo les r e c o n o c e u n a f u n c i ó n : « H a c e n p o s i b l e q u e a c t ú e l a
c o o p t a c i ó n e n lo a l t o . » E l e j e r c i c i o d e e s t a ú l t i m a c o r r e s p o n d e : a u n p e q u e -
ñ o n ú m e r o d e m a n d a r i n e s d e la c o r p o r a c i ó n , p r e s e n t e s e n el, c o m i t é c o n -
sultivo u n i v e r s i t a r i o , e n los t r i b u n a l e s d e tesis y e n las c o m i s i o n e s d e l
C N R S , q u e c o n t r o l a n a l a v e z l o s n o m b r a m i e n t o s , las p r o m o c i o n e s y las
a t r i b u c i o n e s d e c r é d i t o s . S o n l o s m i s m o s q u e e n c o n t r a m o s e n la d i r e c c i ó n
d e las g r a n d e s r e v i s t a s , d e d i c a d a s e n e s t a o c a s i ó n a la filtración d e l o s a r -
t í c u l o s . L a c o n c e n t r a c i ó n d e p o d e r e s v a e n a u m e n t o , h a s t a el p u n t o d e q u e
la s e c c i ó n s e x t a d e l a E H E S S f u n c i o n a c o m o u n « h o l d i n g » , c o r o n a n d o l a
i n v e s t i g a c i ó n d e p u n t a y e s f o r z á n d o s e e n r e n t a b i l i z a r l a a t r a v é s d e los m e -
d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d e m a s a s . ; A p a r t i r d e a q u í , la m á q u i n a h i s t ó r i c a es
t a n p o d e r o s a q u e e n c u e n t r a l a f i n a l i d a d e n sí m i s m a , t i e n e q u e ; c o n o c e r u n a
e x p a n s i ó n c o n t i n u a a b a s e d e i n v e s t i g a c i o n e s , a r t í c u l o s y t e s i s , «a i m a g e n
d e la p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a » . C o m o c o n s e c u e n c i a d e e s t e c r e c i m i e n t o s e d e -
finen v e r d a d e r a s p r o p i e d a d e s e n h i s t o r i a q u e o b l i g a n a c a d a i n v e s t i g a d o r a
s i t u a r s e e n u n s e c t o r p r e c i s o d e la i n v e s t i g a c i ó n , y r e n t a b l e , si es p o s i b l e .
L a s r e l a c i o n e s d e p o d e r e n t r e h i s t o r i a d o r e s e j e r c e n así u n a i n f l u e n c i a di-
recta sobre la configuración del saber histórico.
M i c h e l d e C e r t e a u p u s o d e r e l i e v e e s t e a s p e c t o d e la s i t u a c i ó n e n u n a s
p á g i n a s , q u e se c o n v e r t i r í a n e n c l á s i c a s , a c e r c a d e la institución histórica
(L'Ecriture de l'Histoire, p p . 63 y s i g s . ) . S e g ú n el a u t o r , es l e g í t i m o a p l i c a r
a la p r o p i a h i s t o r i a s u p r o b l e m á t i c a c o r r i e n t e , s e g ú n la c u a l t o d a p r o d u c -
ción intelectual tiene q u e remitirse a u n o o dos m e d i o s p o r t a d o r e s . T o m a r
c o n c i e n c i a d e l o s c o n d i c i o n a m i e n t o s d e la h i s t o r i a es u n a e x i g e n c i a d e su
c a r á c t e r científico. L a d i s c i p l i n a n o p u e d e r e s g u a r d a r s e i n d e f i n i d a m e n t e d e -
t r á s d e las p r o c l a m a c i o n e s d e o b j e t i v i d a d . L o s h i s t o r i a d o r e s n o v i v e n e n
u n a e s f e r a s e p a r a d a : c u m p l e n u n a f u n c i ó n social m u y p r e c i s a y e s t á n
i n s e r t o s e n r e d e s i n s t i t u c i o n a l e s o p r e s o r a s ( v e r el p a p e l p a s a d o d e las
A c a d e m i a s y los c í r c u l o s d e e s p e c i a l i s t a s e n el n a c i m i e n t o d e l a h i s t o r i a
e r u d i t a ) . S u s a b e r se a r t i c u l a s o b r e l a i n s t i t u c i ó n , s u « d i s c u r s o i d e o l ó g i c o
s e a d a p t a a u n o r d e n s o c i a l » , i m p o n i é n d o l e silencio casi s i e m p r e . S i n e m -
b a r g o , p u e d e s u c e d e r q u e se l e v a n t e el v e l o s o b r e «lo q u e n o h a s i d o d i -
c h o » , c o m o s u c e d i ó e n 1 9 6 5 , c u a n d o J e a n G l é n i s s o n d e n u n c i ó las t o r p e z a s
m á s visibles d e la h i s t o r i o g r a f í a n a c i o n a l . C o n m a y o r f r e c u e n c i a , las g e n t e s
d e l oficio a c e p t a n p l e g a r s e a r e g l a s s i l e n c i o s a s , d e t e r m i n a d a s p o r r e l a c i o -
n e s d e p o d e r . E s t a d e p e n d e n c i a d e j a v e s t i g i o s l i n g ü í s t i c o s : el u s o d e l
nosotros b o r r a l a i n d i v i d u a l i d a d d e l a u t o r y m a n i f i e s t a q u e la v e r d a d e r a
i n s t a n c i a d e e n u n c i a c i ó n es l a c o r p o r a c i ó n d e h i s t o r i a d o r e s . D e d o n d e p r o -
c e d e la e q u i v o c a c i ó n a c e r c a d e l v e r d a d e r o d e s t i n a t a r i o d e l l i b r o d e h i s t o -
ria: a p a r e n t e m e n t e el p ú b l i c o , d e h e c h o l o s c o l e g a s , q u e c a l i b r a n l a c o n -
f o r m i d a d d e l p r o d u c t o a «las l e y e s d e l m e d i o » , a n t e s d e c o n c e d e r l e la e t i -
q u e t a d e l a c o r p o r a c i ó n y a n t e s d e p e r m i t i r q u e s u a u t o r a c c e d a al r a n g o
d e p o r t a v o z h a b i l i t a d o . P e r o e s t e r e c o n o c i m i e n t o p o r p a r t e d e los c o l e g a s
n o es el ú n i c o c r i t e r i o q u e d e f i n e l a o b r a h i s t ó r i c a d e v a l o r . T a m b i é n se
a p r e c i a e n f u n c i ó n d e u n « e s t a d o d e la c u e s t i ó n » ( ¿ a p o r t a a l g u n a n o v e -
d a d ? ) y d e los p u n t o s c a n d e n t e s d e la i n v e s t i g a c i ó n ( ¿ d e s p l a z a las p r e g u n -
t a s ? ) . E n r e s u m e n , d e b e i n s e r t a r s e e n el conjunto operativo q u e h a c e a v a n -
z a r l a i n v e s t i g a c i ó n . D e b e c o n t r i b u i r a p e r f e c c i o n a r la m á q u i n a d e h a c e r
h i s t o r i a y d a r l e m a t e r i a p a r a q u e f u n c i o n e e n el p o r v e n i r .
242
A h o r a bien, resulta q u e los famosos « m é t o d o s históricos», de h e c h o ,
s ó l o s o n las p r á c t i c a s d e i n i c i a c i ó n a u n g r u p o , d e i n t e g r a c i ó n a u n o s e q u i -
pos y a u n a j e r a r q u í a , y d e r e c o n o c i m i e n t o de las autoridades del m o m e n -
t o . L a h i s t o r i a e s t á así « e s t r e c h a m e n t e c o n f i g u r a d a p o r el s i s t e m a e n el q u e
se e l a b o r a » y a h o r a m á s q u e n u n c a . E n e l l a f u n c i o n a n r e g l a s i m p l í c i t a s , e n
n o m b r e d e las c u a l e s se p e r m i t e n c i e r t a s p r o d u c c i o n e s y s e p r o h i b e n o t r a s .
L a s elecciones ideológicas p r o s i g u e n su m a r c h a s u b t e r r á n e a e n la institu-
c i ó n , i n c l u s o a u n c u a n d o l o s t i e m p o s y a n o s o n p r o c l i v e s a las g r a n d e s p r o -
c l a m a c i o n e s d e f e . E l c o l o r i n d e f i n i d o q u e a d q u i e r e el d i s c u r s o d o m i n a n t e
no debe equivocarnos a este respecto.
C ) La crítica del discurso histórico c o n s t i t u y e el t e r r e n o d e a t a q u e p r e -
f e r i d o p a r a n u e s t r o s d o s a u t o r e s . N o p e r d a m o s el t i e m p o a c e r c a d e l a s m a -
n i f e s t a c i o n e s exph'citas d e la i d e o l o g í a e n el t e x t o h i s t ó r i c o , a u n q u e n o d e j a
d e s e r p e r t i n e n t e l a r e q u i s i t o r i a d e J e a n C h e s n e a u x c o n t r a u n a c i e r t a his-
t o r i a l i g a d a al p o d e r d e l e s t a d o . D e n u n c i a la f r a g m e n t a c i ó n d e l p a s a d o si-
g u i e n d o n o r m a s i d e o l ó g i c a s (la d i v i s i ó n e n c u a t r o d e la h i s t o r i a a s o c i a su
c u l m i n a c i ó n al t r i u n f o d e l a b u r g u e s í a , y l a t e o r í a e s t a l i n i a n a d e l o s c i n c o
e s t a d i o s c u m p l i ó la m i s m a f u n c i ó n c o n r e s p e c t o al p r o l e t a r i a d o ) , el a r t e d e
los g o b e r n a n t e s d e b u s c a r las j u s t i f i c a c i o n e s e n el p a s a d o y d e d e s c u b r i r e n
él las p r e f i g u r a c i o n e s d e l a s r e a l i d a d e s p r e s e n t e s , las m a n i p u l a c i o n e s d e l a
m e m o r i a c o l e c t i v a c o n o c a s i ó n d e l o s g r a n d e s a n i v e r s a r i o s , sin o l v i d a r la
o c u l t a c i ó n d e l o s e p i s o d i o s m o l e s t o s p o r l o s h i s t o r i a d o r e s q u e e s c r i b e n al
d i c t a d o . S u crítica es m á s n u e v a c u a n d o a c t u a l i z a l a i d e o l o g í a i m p l í c i t a e n
el f u n c i o n a m i e n t o a p a r e n t e m e n t e m á s neutro y m á s objetivo d e l d i s c u r s o
h i s t ó r i c o u n i v e r s i t a r i o . E c h a la c u l p a a «lo q u e es e v i d e n t e e n el oficio»
( v e r el c a p í t u l o 6: « L a s falsas e v i d e n c i a s d e l d i s c u r s o h i s t ó r i c o » ) , t a l c o m o
la c o n v i c c i ó n , q u e p e r d u r a , d e p o d e r e s t a b l e c e r el h e c h o h i s t ó r i c o e n t o d a
s u p u r e z a , el c u l t o a las f u e n t e s y a l a b i b l i o g r a f í a ( u n a o b r a es a p r e c i a d a
e n f u n c i ó n d e l n ú m e r o y d e l a g a r a n t í a d e sus r e f e r e n c i a s ) , así c o m o l a m a -
n í a d e la p e r i o d i z a c i ó n , el c u l t o a l a c u a n t i f i c a c i ó n sin crítica p r e v i a d e l m a -
t e r i a l cifrado y, f i n a l m e n t e , el u s o sin d i s c e r n i m i e n t o d e las c a t e g o r í a s
l i n g ü í s t i c a s d e s i n c r o n í a y d i a c r o n í a . A p a r t i r d e e s t a s falaces e v i d e n c i a s se
edifica el d i s c u r s o d e l o s h i s t o r i a d o r e s p r o f e s i o n a l e s q u e d e b e r í a s e r técni-
co y profesional y, p o r e n d e , v e t a d o a los « a m a t e u r s » ; intelectualista,
e n t r e g á n d o s e a él c o m o a u n a « a c t i v i d a d a u t ó n o m a d e l e s p í r i t u » ; produc-
tivista, s o m e t i d o a la l e y d e b r o n c e d e l publica o perece; y , finalmente, acu-
mulativo, al a c e c h o d e « a l m e n a s » e x p l o t a b l e s , c o m o si el s a b e r se c o n s t r u -
yese pieza a pieza.
N o s falta e s p a c i o p a r a h a c e r d i s t i n c i ó n e n t r e los r e p r o c h e s j u s t i f i c a d o s
( p o r e j e m p l o , el j u e g o d e las c o n n i v e n c i a s y l a p r á c t i c a d e la c i t a s i m u l a d a ,
o i n c l u s o el u s o d e u n a f r a s e o l o g í a p r e s t a d a ) y los a t a q u e s i n f u n d a d o s
( ¿ q u i é n p u e d e p o n e r e n d u d a s e r i a m e n t e l a i n m e n s a a p o r t a c i ó n d e las t é c -
nicas cuantitativas o la d e los análisis c o y u n t u r a l e s ? ) . C o n t e n t é m o n o s con
d e n u n c i a r d o s p e l i g r o s : el p r i m e r o c o n s i s t e e n v o l v e r s u m a r i a m e n t e a las
r e g l a s q u e g o b i e r n a n l a p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a , las q u e los d i r e c t o r e s d e e m -
p r e s a i m p o n e n a la e c o n o m í a c a p i t a l i s t a , c o m o si el s u j e t o - a u t o r n o d i s p u -
s i e r a d e l m e n o r m a r g e n d e a u t o n o m í a ; el s e g u n d o r e s i d e e n la t o t a l c o n -
fusión e n t r e ideología y ciencia, q u e c o n d u c e a p o n e r , sobre u n m i s m o pla-
n o , l a p a l a b r a falible d e u n m e m o r i a l i s t a y el r e s u l t a d o d e u n a i n v e s t i g a -
c i ó n científica.
243
 M i c h e l d e C e r t e a u d e s t a c a p o r d e s c u b r i r l a i d e o l o g í a e s c o n d i d a e n el
t e x t o h i s t ó r i c o , b a j o la f o r m a d e p r e s u p u e s t o s q u e d e t e r m i n a n las i n i c i a l e s
e l e c c i o n e s r e a l i z a d a s p o r el i n v e s t i g a d o r ( p e r í o d o , t e m a , e t c . ) . P e r o s e d e -
dica a n t e t o d o a d e s v e l a r los m e c a n i s m o s s e c r e t o s d e l d i s c u r s o h i s t ó r i c o ,
d e l q u e r e v e l a a la v e z la i n c o n s i s t e n c i a y s u a s p e c t o e n g a ñ o s o . E n l o s o r í -
g e n e s d e su a c t i t u d , la crítica d e R o l a n d B a r t h e s : el d i s c u r s o h i s t ó r i c o se
c a r a c t e r i z a p o r la d e s a p a r i c i ó n d e l t e m a d e la e n u n c i a c i ó n q u e , e n g e n e r a l ,
sólo d e j a h a b l a r a la r e f e r e n c i a . E s t e d i s c u r s o c o l m a el v a c í o y r a c i o n a l i z a
el c a o s . P r o d u c e u n efecto de realidad m u y f u e r t e , e n la m e d i d a e n q u e j u e -
ga c o n el p r e s t i g i o d e «lo s u c e d i d o » . Se m a n t i e n e f u n d a m e n t a l m e n t e n a r r a -
t i v o , lo q u e se m a n i f i e s t a en el u s o d e l p a s a d o o d e l p r e s e n t e h i s t ó r i c o , e n
el p a p e l j u g a d o p o r los i n d i c a d o r e s t e m p o r a l e s y e n el h e c h o d e q u e l a c a u -
sa se d i s t i n g u e d i f í c i l m e n t e d e l a n t e c e d e n t e . A d m i t i e n d o t o d o e s t o , D e C e r -
t e a u insiste i g u a l m e n t e a c e r c a d e l lado persuasivo del discurso histórico:
«Se p r e s e n t a c o m o c o n s t a t a t i v o o n a r r a t i v o , p e r o es c o n m i n a t o r i o . » A p a -
r e n t e m e n t e r e l a t a la h i s t o r i a p a s a d a , p e r o d e h e c h o i n t e n t a h a c e r h i s t o r i a
a c t u a l , influir e n las p r á c t i c a s p r e s e n t e s y f u t u r a s . C o n s a g r á n d o s e a i n v e n -
t a r i a r la r e a l i d a d ( v e r el p a p e l d e los n o m b r e s p r o p i o s e n la m a t e r i a ) , d e
h e c h o i m p o n e el c o n f i a r e n el h i s t o r i a d o r ( q u e n o p u e d e c o n t a r l o t o d o ) e n
n o m b r e d e su p r o f u n d o c o n o c i m i e n t o d e l o s d o c u m e n t o s . E s t e d i s c u r s o fun-
c i o n a a m p l i a m e n t e e n lo q u e se r e f i e r e a la v e r o s i m i l i t u d , a las c o r r e l a c i o -
n e s y a los e n c a d e n a m i e n t o s c r o n o l ó g i c o s , p e r o m u y p o c o e n c u a n t o a l o s
razonamientos rigurosos. Para convencer mejor, recurre a u n a importante
m a q u i n a r i a ( r e f e r e n c i a s , f u e n t e s , b i b l i o g r a f í a , e t c . ) . Y lo q u e es m á s g r a -
v e , p o n e j u n t o s «los e l e m e n t o s a r t i c u l a d o s p o r u n a t e o r í a , y l o q u e n o e s t á
c o n t r o l a d o p o r ella». D e d o n d e p r o c e d e u n d i a g n ó s t i c o c r u e l p e r o j u s t o
( l é a n s e , p a r a c o n v e n c e r s e , las p o n e n c i a s a los c o n g r e s o s ) : « E s t e s i s t e m a (el
discurso histórico) u n e l o q u e ya se p u e d e pensar c o n lo q u e t o d a v í a h a y
q u e c r e e r . » L a h i s t o r i a c o m b i n a el c i e n t i f i s m o c o n u n a e s p e c i e d e r e t ó r i c a
performativa.
L a e s c r i t u r a h i s t ó r i c a d a u n a i m a g e n i n v e r t i d a d e la p r á c t i c a d e l i n v e s -
t i g a d o r . E n e f e c t o , p r e s e n t a c o m o u n inicio (el p u n t o d e p a r t i d a c r o n o l ó -
gico) lo q u e es u n p u n t o d e l l e g a d a , y a q u e l a i n v e s t i g a c i ó n p a r t e d e l p r e -
s e n t e . E l t e x t o e s t á m a r c a d o p o r u n p r i n c i p i o d e cierre, m i e n t r a s q u e la
i n v e s t i g a c i ó n e s , e n sí m i s m a , i n d e f i n i d a . S e p r e s e n t a c o m o u n s a b e r ( d e
d o n d e p r o c e d e n sus a s p e c t o s d i d á c t i c o s e i m p e r s o n a l e s ) e n m a s c a r a n d o las
incertidumbres d e la investigación. P o r m u y c e r r a d o q u e sea a p a r e n t e m e n -
t e el t e x t o , e n r e a l i d a d , es i n e s t a b l e ; su o r g a n i z a c i ó n e s t r u c t u r a l y su divi-
sión e n g r a n d e s u n i d a d e s c r o n o l ó g i c a s s o n c u e s t i o n a d a s c o n s t a n t e m e n t e a
c a u s a del a u m e n t o d e la m a s a d e l a i n f o r m a c i ó n . G é n e r o a m b i g u o , j u e g o
d e m á s c a r a s , el d i s c u r s o h i s t ó r i c o t a m b i é n es u n género desdoblado, e n el
q u e u n a m i t a d d e l t e x t o se a p o y a s o b r e l a o t r a : l a p r i m e r a es c o n t i n u a ,
m i e n t r a s q u e la s e g u n d a e s t á d i s e m i n a d a (el h o r m i g u e o d e n o t a s al p i e d e l
enunciado).
E s t e algo mixto q u e es la h i s t o r i a ( e n t r e c i e n c i a y n a r r a c i ó n , e n t r e c i e n -
cia y r e t ó r i c a ) p e r m i t e satisfacer los i m p u l s o s p r o f u n d o s . E s t a v e z el p s i -
coanálisis t o m a el r e l e v o d e la s e m i ó t i c a . ¿ N o h a b r í a r e s a b i o s d e c a n i b a l i s -
m o e n el h e c h o d e q u e el h i s t o r i a d o r se p o n g a e n el l u g a r d e la t r a d i c i ó n ,
q u e o c u p e el « l u g a r del m u e r t o » ? Y , a n t e t o d o , se t r a t a d e n o n e r e n e s c e -
n a u n a m u l t i t u d d e m u e r t o s . D e d o n d e p r o c e d e la estructura de la galería
244
d e l t e x t o h i s t ó r i c o q u e « r e p r e s e n t a a l o s m u e r t o s a lo l a r g o d e u n i t i n e r a r i o
n a r r a t i v o » . E s c r i b i r h i s t o r i a e s , finalmente, p r o c e d e r a u n rito de enterra-
miento p a r a a p a c i g u a r a l o s e s p e c t r o s q u e n o s p o d r í a n i m p o r t u n a r , y d e j a r
sitio así a u n a c t u a r p r e s e n t e .
D ) A lo largo de estas líneas aparece un t e m a , recurrente, q u e p o -
d r í a m o s calificar d e i n a d e c u a c i ó n e n t r e el d i s c u r s o h i s t ó r i c o y l a r e a l i d a d
del p a s a d o . N o es exclusivo d e Michel d e C e r t e a u , ya q u e lo e n c o n t r a m o s
t a m b i é n e n los m a e s t r o s q u e r e f l e x i o n a n s o b r e l a h i s t o r i a s e r i a d a , p a r t i c u -
l a r m e n t e e n F r a n c o i s F u r e t ( « L e q u a n t i t a t i f e n h i s t o i r e » , e n Faire de l'His-
toire, I , p p . 42 a 6 2 ) , p a r a q u i e n l a s p r á c t i c a s d e la h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a n o s
i n d u c e n a p l a n t e a r n o s e n t é r m i n o s n u e v o s el p r o b l e m a d e las f u e n t e s . A
p a r t i r d e e n t o n c e s , c u a n d o se d e d i c a a u t i l i z a r los d a t o s s e l e c c i o n a d o s y
c o n s t r u i d o s e n f u n c i ó n d e s u c a r á c t e r c o m p a r a b l e , l o q u e i m p o r t a n o es
t a n s ó l o l a r e l a c i ó n q u e e x i s t e e n t r e l o s d o c u m e n t o s y la r e a l i d a d , s i n o el
valor relativo de unos d o c u m e n t o s en relación con otros d o c u m e n t o s . A l
u t i l i z a r l o s , el h i s t o r i a d o r n o p r e t e n d e e v o c a r l a r e a l i d a d t o t a l , l i m i t á n d o s e
a dar u n a interpretación de u n o o varios sub-sistemas q u e ha captado en
el s e n o d e l a m i s m a . J e a n C h e s n e a u x n o c o m p a r t e e n a b s o l u t o e s t a p r o -
b l e m á t i c a ; c o m o m a r x i s t a , e s t á c o n v e n c i d o d e p o d e r h a l l a r la r e a l i d a d b a j o
l a s a p a r i e n c i a s q u e la e n m a s c a r a n y d e p o d e r r e n c o n s t r u i r el m o v i m i e n t o
r e a l d e las s o c i e d a d e s e n s u c o n j u n t o . E n e s t o se d i f e r e n c i a r a d i c a l m e n t e
d e M i c h e l d e C e r t e a u . A p a r t i r d e Faire de l'Histoire (artículo escrito en
1970), este último distingue c l a r a m e n t e dos clases d e historia: u n a , dedica-
d a a h a c e r r e v i v i r el p a s a d o ; o t r a , a e l a b o r a r m o d e l o s p a r a c o n s t i t u i r y c o m -
p r e n d e r las series d e d o c u m e n t o s , los cuales t r a n s f o r m a n los vestigios del
p a s a d o e n algo pensable y e x p o n e n d e t a l l a d a m e n t e l a s c o n d i c i o n e s d e su
p r o p i a p r o d u c c i ó n ( h i p ó t e s i s , p o s t u l a d o s d e p a r t i d a , e t a p a s d e la i n v e s t i -
g a c i ó n , e t c . ) . E n e s t e t r a b a j o s e c o m b i n a n «las a c c i o n e s d e l a u t o r y las r e -
s i s t e n c i a s d e su m a t e r i a l » . E l c o n o c i m i e n t o d e l p a s a d o t i e n e i m p r e s o el ca-
r á c t e r del p r o c e d i m i e n t o c o n q u e es e l a b o r a d o . E l e x a m e n d e la o p e r a c i ó n
e f e c t u a d a p o r el h i s t o r i a d o r a d q u i e r e t a n t a i m p o r t a n c i a c o m o la t e n t a t i v a
d e reconstrucción del p a s a d o : « E s n e c e s a r i o u n i r a la reconstrucción del p a -
s a d o el i t i n e r a r i o d e las a c c i o n e s q u e c o n d u c e n a él» y, p o r e n d e , t o m a r
c o n c i e n c i a d e l o s l í m i t e s d e l a i n t e r p r e t a c i ó n h i s t ó r i c a , y d e las regiones si-
lenciosas q u e e s c a p a n a l a m i s m a .
E s t a s r e f l e x i o n e s s e c o n t i n ú a n e n « L ' o p é r a t i o n h i s t o r i o g r a p h i q u e » (L'E-
criture..., p p . 63 a 1 2 0 ) . E s t a ú l t i m a es a n a l i z a d a c o m o u n a s e r i e d e mani-
pulaciones, c o m o u n trabajo q u e se h a c e «a partir de u n material p a r a trans-
f o r m a r l o e n h i s t o r i a » . I n v e n t a r i a r las f u e n t e s e q u i v a l e a t r a n s f o r m a r e n do-
cumentos l o s v e s t i g i o s e s c r i t o s o l o s o b j e t o s , a c a m b i a r l e s s u status. H a c e r -
les h a b l a r e q u i v a l e m u c h a s v e c e s a c a m b i a r su l e n g u a j e p r i m i g e n i o e n u n
discurso diferente (por e j e m p l o , h a c e r historia demográfica a partir d e fuen-
t e s fiscales). V i e n e a ser el r e s u l t a d o d e l t r a t a m i e n t o i m p u e s t o a l o s d a t o s
reunidos ( e c o n o m e t r í a , lingüística cuantitativa, etc.). L o m á s i m p o r t a n t e
e s l a c o h e r e n c i a e n l a r e a l i z a c i ó n , q u e d e b e s e r inicial, m i e n t r a s q u e , e n
o t r o t i e m p o , e r a terminal (la s í n t e s i s e l a b o r a d a al final d e l a c o l e c t a ) . E s t a
h i s t o r i a c o n c e p t u a l d e v i e n e u n b a n c o d e e n s a y o s p a r a los m o d e l o s i n t e r -
p r e t a t i v o s p r o c e d e n t e s d e las c i e n c i a s p r ó x i m a s ( e c o n o m í a , s o c i o l o g í a , et-
n o l o g í a ) . U n a o b r a c o m o Montaillou, village aceitan n o s s u m i n i s t r a u n a
m a g n í f i c a i l u s t r a c i ó n d e l o q u e s o n e s t a s p r á c t i c a s : u n a f u e n t e ú n i c a , el r e -
245
 M i c h e l d e C e r t e a u d e s t a c a p o r d e s c u b r i r l a i d e o l o g í a e s c o n d i d a e n el
t e x t o h i s t ó r i c o , b a j o la f o r m a d e p r e s u p u e s t o s q u e d e t e r m i n a n las i n i c i a l e s
e l e c c i o n e s r e a l i z a d a s p o r el i n v e s t i g a d o r ( p e r í o d o , t e m a , e t c . ) . P e r o s e d e -
dica a n t e t o d o a d e s v e l a r los m e c a n i s m o s s e c r e t o s d e l d i s c u r s o h i s t ó r i c o ,
d e l q u e r e v e l a a la v e z la i n c o n s i s t e n c i a y s u a s p e c t o e n g a ñ o s o . E n l o s o r í -
g e n e s d e su a c t i t u d , la crítica d e R o l a n d B a r t h e s : el d i s c u r s o h i s t ó r i c o se
c a r a c t e r i z a p o r la d e s a p a r i c i ó n d e l t e m a d e la e n u n c i a c i ó n q u e , e n g e n e r a l ,
sólo d e j a h a b l a r a la r e f e r e n c i a . E s t e d i s c u r s o c o l m a el v a c í o y r a c i o n a l i z a
el c a o s . P r o d u c e u n efecto de realidad m u y f u e r t e , e n la m e d i d a e n q u e j u e -
ga c o n el p r e s t i g i o d e «lo s u c e d i d o » . Se m a n t i e n e f u n d a m e n t a l m e n t e n a r r a -
t i v o , lo q u e se m a n i f i e s t a en el u s o d e l p a s a d o o d e l p r e s e n t e h i s t ó r i c o , e n
el p a p e l j u g a d o p o r los i n d i c a d o r e s t e m p o r a l e s y e n el h e c h o d e q u e l a c a u -
sa se d i s t i n g u e d i f í c i l m e n t e d e l a n t e c e d e n t e . A d m i t i e n d o t o d o e s t o , D e C e r -
t e a u insiste i g u a l m e n t e a c e r c a d e l lado persuasivo del discurso histórico:
«Se p r e s e n t a c o m o c o n s t a t a t i v o o n a r r a t i v o , p e r o es c o n m i n a t o r i o . » A p a -
r e n t e m e n t e r e l a t a la h i s t o r i a p a s a d a , p e r o d e h e c h o i n t e n t a h a c e r h i s t o r i a
a c t u a l , influir e n las p r á c t i c a s p r e s e n t e s y f u t u r a s . C o n s a g r á n d o s e a i n v e n -
t a r i a r la r e a l i d a d ( v e r el p a p e l d e los n o m b r e s p r o p i o s e n la m a t e r i a ) , d e
h e c h o i m p o n e el c o n f i a r e n el h i s t o r i a d o r ( q u e n o p u e d e c o n t a r l o t o d o ) e n
n o m b r e d e su p r o f u n d o c o n o c i m i e n t o d e l o s d o c u m e n t o s . E s t e d i s c u r s o fun-
c i o n a a m p l i a m e n t e e n lo q u e se r e f i e r e a la v e r o s i m i l i t u d , a las c o r r e l a c i o -
n e s y a los e n c a d e n a m i e n t o s c r o n o l ó g i c o s , p e r o m u y p o c o e n c u a n t o a l o s
razonamientos rigurosos. Para convencer mejor, recurre a u n a importante
m a q u i n a r i a ( r e f e r e n c i a s , f u e n t e s , b i b l i o g r a f í a , e t c . ) . Y lo q u e es m á s g r a -
v e , p o n e j u n t o s «los e l e m e n t o s a r t i c u l a d o s p o r u n a t e o r í a , y l o q u e n o e s t á
c o n t r o l a d o p o r ella». D e d o n d e p r o c e d e u n d i a g n ó s t i c o c r u e l p e r o j u s t o
( l é a n s e , p a r a c o n v e n c e r s e , las p o n e n c i a s a los c o n g r e s o s ) : « E s t e s i s t e m a (el
discurso histórico) u n e l o q u e ya se p u e d e pensar c o n lo q u e t o d a v í a h a y
q u e c r e e r . » L a h i s t o r i a c o m b i n a el c i e n t i f i s m o c o n u n a e s p e c i e d e r e t ó r i c a
performativa.
L a e s c r i t u r a h i s t ó r i c a d a u n a i m a g e n i n v e r t i d a d e la p r á c t i c a d e l i n v e s -
t i g a d o r . E n e f e c t o , p r e s e n t a c o m o u n inicio (el p u n t o d e p a r t i d a c r o n o l ó -
gico) lo q u e es u n p u n t o d e l l e g a d a , y a q u e l a i n v e s t i g a c i ó n p a r t e d e l p r e -
s e n t e . E l t e x t o e s t á m a r c a d o p o r u n p r i n c i p i o d e cierre, m i e n t r a s q u e la
i n v e s t i g a c i ó n e s , e n sí m i s m a , i n d e f i n i d a . S e p r e s e n t a c o m o u n s a b e r ( d e
d o n d e p r o c e d e n sus a s p e c t o s d i d á c t i c o s e i m p e r s o n a l e s ) e n m a s c a r a n d o las
incertidumbres d e la investigación. P o r m u y c e r r a d o q u e sea a p a r e n t e m e n -
t e el t e x t o , e n r e a l i d a d , es i n e s t a b l e ; su o r g a n i z a c i ó n e s t r u c t u r a l y su divi-
sión e n g r a n d e s u n i d a d e s c r o n o l ó g i c a s s o n c u e s t i o n a d a s c o n s t a n t e m e n t e a
c a u s a del a u m e n t o d e la m a s a d e l a i n f o r m a c i ó n . G é n e r o a m b i g u o , j u e g o
d e m á s c a r a s , el d i s c u r s o h i s t ó r i c o t a m b i é n es u n género desdoblado, e n el
q u e u n a m i t a d d e l t e x t o se a p o y a s o b r e l a o t r a : l a p r i m e r a es c o n t i n u a ,
m i e n t r a s q u e la s e g u n d a e s t á d i s e m i n a d a (el h o r m i g u e o d e n o t a s al p i e d e l
enunciado).
E s t e algo mixto q u e es la h i s t o r i a ( e n t r e c i e n c i a y n a r r a c i ó n , e n t r e c i e n -
cia y r e t ó r i c a ) p e r m i t e satisfacer los i m p u l s o s p r o f u n d o s . E s t a v e z el p s i -
coanálisis t o m a el r e l e v o d e la s e m i ó t i c a . ¿ N o h a b r í a r e s a b i o s d e c a n i b a l i s -
m o e n el h e c h o d e q u e el h i s t o r i a d o r se p o n g a e n el l u g a r d e la t r a d i c i ó n ,
q u e o c u p e el « l u g a r del m u e r t o » ? Y , a n t e t o d o , se t r a t a d e n o n e r e n e s c e -
n a u n a m u l t i t u d d e m u e r t o s . D e d o n d e p r o c e d e la estructura de la galería
244
d e l t e x t o h i s t ó r i c o q u e « r e p r e s e n t a a l o s m u e r t o s a lo l a r g o d e u n i t i n e r a r i o
n a r r a t i v o » . E s c r i b i r h i s t o r i a e s , finalmente, p r o c e d e r a u n rito de enterra-
miento p a r a a p a c i g u a r a l o s e s p e c t r o s q u e n o s p o d r í a n i m p o r t u n a r , y d e j a r
sitio así a u n a c t u a r p r e s e n t e .
D ) A lo largo de estas líneas aparece un t e m a , recurrente, q u e p o -
d r í a m o s calificar d e i n a d e c u a c i ó n e n t r e el d i s c u r s o h i s t ó r i c o y l a r e a l i d a d
del p a s a d o . N o es exclusivo d e Michel d e C e r t e a u , ya q u e lo e n c o n t r a m o s
t a m b i é n e n los m a e s t r o s q u e r e f l e x i o n a n s o b r e l a h i s t o r i a s e r i a d a , p a r t i c u -
l a r m e n t e e n F r a n c o i s F u r e t ( « L e q u a n t i t a t i f e n h i s t o i r e » , e n Faire de l'His-
toire, I , p p . 42 a 6 2 ) , p a r a q u i e n l a s p r á c t i c a s d e la h i s t o r i a c u a n t i t a t i v a n o s
i n d u c e n a p l a n t e a r n o s e n t é r m i n o s n u e v o s el p r o b l e m a d e las f u e n t e s . A
p a r t i r d e e n t o n c e s , c u a n d o se d e d i c a a u t i l i z a r los d a t o s s e l e c c i o n a d o s y
c o n s t r u i d o s e n f u n c i ó n d e s u c a r á c t e r c o m p a r a b l e , l o q u e i m p o r t a n o es
t a n s ó l o l a r e l a c i ó n q u e e x i s t e e n t r e l o s d o c u m e n t o s y la r e a l i d a d , s i n o el
valor relativo de unos d o c u m e n t o s en relación con otros d o c u m e n t o s . A l
u t i l i z a r l o s , el h i s t o r i a d o r n o p r e t e n d e e v o c a r l a r e a l i d a d t o t a l , l i m i t á n d o s e
a dar u n a interpretación de u n o o varios sub-sistemas q u e ha captado en
el s e n o d e l a m i s m a . J e a n C h e s n e a u x n o c o m p a r t e e n a b s o l u t o e s t a p r o -
b l e m á t i c a ; c o m o m a r x i s t a , e s t á c o n v e n c i d o d e p o d e r h a l l a r la r e a l i d a d b a j o
l a s a p a r i e n c i a s q u e la e n m a s c a r a n y d e p o d e r r e n c o n s t r u i r el m o v i m i e n t o
r e a l d e las s o c i e d a d e s e n s u c o n j u n t o . E n e s t o se d i f e r e n c i a r a d i c a l m e n t e
d e M i c h e l d e C e r t e a u . A p a r t i r d e Faire de l'Histoire (artículo escrito en
1970), este último distingue c l a r a m e n t e dos clases d e historia: u n a , dedica-
d a a h a c e r r e v i v i r el p a s a d o ; o t r a , a e l a b o r a r m o d e l o s p a r a c o n s t i t u i r y c o m -
p r e n d e r las series d e d o c u m e n t o s , los cuales t r a n s f o r m a n los vestigios del
p a s a d o e n algo pensable y e x p o n e n d e t a l l a d a m e n t e l a s c o n d i c i o n e s d e su
p r o p i a p r o d u c c i ó n ( h i p ó t e s i s , p o s t u l a d o s d e p a r t i d a , e t a p a s d e la i n v e s t i -
g a c i ó n , e t c . ) . E n e s t e t r a b a j o s e c o m b i n a n «las a c c i o n e s d e l a u t o r y las r e -
s i s t e n c i a s d e su m a t e r i a l » . E l c o n o c i m i e n t o d e l p a s a d o t i e n e i m p r e s o el ca-
r á c t e r del p r o c e d i m i e n t o c o n q u e es e l a b o r a d o . E l e x a m e n d e la o p e r a c i ó n
e f e c t u a d a p o r el h i s t o r i a d o r a d q u i e r e t a n t a i m p o r t a n c i a c o m o la t e n t a t i v a
d e reconstrucción del p a s a d o : « E s n e c e s a r i o u n i r a la reconstrucción del p a -
s a d o el i t i n e r a r i o d e las a c c i o n e s q u e c o n d u c e n a él» y, p o r e n d e , t o m a r
c o n c i e n c i a d e l o s l í m i t e s d e l a i n t e r p r e t a c i ó n h i s t ó r i c a , y d e las regiones si-
lenciosas q u e e s c a p a n a l a m i s m a .
E s t a s r e f l e x i o n e s s e c o n t i n ú a n e n « L ' o p é r a t i o n h i s t o r i o g r a p h i q u e » (L'E-
criture..., p p . 63 a 1 2 0 ) . E s t a ú l t i m a es a n a l i z a d a c o m o u n a s e r i e d e mani-
pulaciones, c o m o u n trabajo q u e se h a c e «a partir de u n material p a r a trans-
f o r m a r l o e n h i s t o r i a » . I n v e n t a r i a r las f u e n t e s e q u i v a l e a t r a n s f o r m a r e n do-
cumentos l o s v e s t i g i o s e s c r i t o s o l o s o b j e t o s , a c a m b i a r l e s s u status. H a c e r -
les h a b l a r e q u i v a l e m u c h a s v e c e s a c a m b i a r su l e n g u a j e p r i m i g e n i o e n u n
discurso diferente (por e j e m p l o , h a c e r historia demográfica a partir d e fuen-
t e s fiscales). V i e n e a ser el r e s u l t a d o d e l t r a t a m i e n t o i m p u e s t o a l o s d a t o s
reunidos ( e c o n o m e t r í a , lingüística cuantitativa, etc.). L o m á s i m p o r t a n t e
e s l a c o h e r e n c i a e n l a r e a l i z a c i ó n , q u e d e b e s e r inicial, m i e n t r a s q u e , e n
o t r o t i e m p o , e r a terminal (la s í n t e s i s e l a b o r a d a al final d e l a c o l e c t a ) . E s t a
h i s t o r i a c o n c e p t u a l d e v i e n e u n b a n c o d e e n s a y o s p a r a los m o d e l o s i n t e r -
p r e t a t i v o s p r o c e d e n t e s d e las c i e n c i a s p r ó x i m a s ( e c o n o m í a , s o c i o l o g í a , et-
n o l o g í a ) . U n a o b r a c o m o Montaillou, village aceitan n o s s u m i n i s t r a u n a
m a g n í f i c a i l u s t r a c i ó n d e l o q u e s o n e s t a s p r á c t i c a s : u n a f u e n t e ú n i c a , el r e -
245
 gistro d e l i n q u i s i d o r J a c q u e s F o u r n i e r , se h a l l a s o m e t i d a e n ella a d i v e r s o s
t r a t a m i e n t o s sucesivos, q u e h a n sido posibles gracias a masivas i m p o r t a c i o -
n e s d e p r o b l e m á t i c a s e x t e r i o r e s . S i n e m b a r g o , s e r í a u n e r r o r p e n s a r q u e el
t e x t o d e E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e s e a u n e s p e j o d e la r e a l i d a d , y a q u e
esta ú l t i m a s e r e f r a c t a a t r a v é s d e la r e d d e los c u e s t i o n a r i o s a c t u a l e s , d e
la m i s m a m a n e r a q u e el i n q u i s i d o r i m p o n í a a las d e c l a r a c i o n e s d e l o s h a -
b i t a n t e s d e M o n t a i l l o u la i m p r o n t a d e las c a t e g o r í a s d e s u p e n s a m i e n t o .
V o l v a m o s a Michel d e C e r t e a u p a r a evaluar la distancia i n f r a n q u e a b l e q u e
m e d i a e n t r e la h i s t o r i a t r a d i c i o n a l , s ó l i d a m e n t e a d h e r i d a a la r e a l i d a d , y la
p r á c t i c a q u e él p r e c o n i z a , q u e p r e t e n d e forjar lo pensable y fijar el límite
de lo pensable, p o r q u e la n o r m a e n c u e n t r a e n ello la r e s i s t e n c i a d e lo p a r -
t i c u l a r . R e c u p e r a n d o la t e r m i n o l o g í a d e G u y L a r d r e a u , ¿ s e p u e d e d e c i r
q u e t a l h i s t o r i a « s e s o s t i e n e s o b r e lo r e a l » o q u e la historia, o b j e t o c o n s -
t r u i d o , se e r i g e s o b r e lo r e a l ? P a r a M i c h e l d e C e r t e a u , la r e a l i d a d e s l a p r á c -
t i c a h i s t ó r i c a , c o n sus c o n e x i o n e s t é c n i c a s , s o c i a l e s y d e m á s , «y n o u n a
m e r a r e l a c i ó n c o n u n a r e a l i d a d e x t e r i o r » . L a m a q u i n a r i a d e la h i s t o r i a es
m á s auténtica q u e l o s p r o d u c t o s q u e e l a b o r a .
En conclusión, h a y q u e d e j a r u n h u e c o a las perspectivas abiertas, o a
las m i s i o n e s q u e n u e s t r o s c u a t r o e p i s t e m ó l o g o s c o n f i e r e n a l a d i s c i p l i n a h i s -
t ó r i c a . E n e s t e t e r r e n o c o i n c i d e n H e n r i M a r r o u y P a u l V e y n e : al m e n o s la
h i s t o r i a t i e n e el m é r i t o d e s u p e r a r n o s y d e s u m i n i s t r a r al imaginario colec-
tivo u n i r r e e m p l a z a b l e r e p e r t o r i o d e r e l a t o s v e r í d i c o s . T a m b i é n sirve d e
p e r m a n e n t e v a c u n a c o n t r a el d o g m a t i s m o , d a d a la m u l t i p l i c a c i ó n d e e x p l i -
caciones posibles de c a d a a c o n t e c i m i e n t o , d a d a la v a r i e d a d d e c o m p o r t a -
m i e n t o s y s i s t e m a s sociales q u e d e s c u b r e , y d a d a s las p o s i b i l i d a d e s d e d e s -
cubrimientos q u e maneja. E s u n a escuela de libertad, p o r q u e n o es posible
a c e p t a r n i r e h u s a r la h e r e n c i a d e n u e s t r o s a n t e p a s a d o s , c u y a h i s t o r i a n o s
d e s c u b r e su p r e c i o d e i m p o r t a n c i a .
Otro breve tema tratado, desde Henri Marrou a Jean Chesneaux, por
g r a n d e q u e f u e r a l a d e s c o n f i a n z a d e l p r i m e r o h a c i a la i n t r u s i ó n d e l p o l í t i c o
e n la i n v e s t i g a c i ó n , es el d e l c o m p r o m i s o a c t i v o d e l h i s t o r i a d o r r e s p e c t o a
l a s o c i e d a d e n l a q u e v i v e . M a r r o u le c o n f i e r e u n a m i s i ó n social e m i n e n t e ,
q u e n o p u e d e ser r e a l i z a d a m á s q u e p o r u n p r o f e s i o n a l : « N o r m a l m e n t e , la
investigación histórica d e b e concluir en u n a o b r a , u n a e n s e ñ a n z a oral, cur-
s o , c o n f e r e n c i a s , y, m á s f r e c u e n t e m e n t e , u n e s c r i t o , m e m o r i a , a r t í c u l o , li-
b r o . D i g a m o s que esto constituye u n a exigencia d e carácter práctico so-
cial.» E l h i s t o r i a d o r n o d e b e h m i t a r s e a e n r i q u e c e r s u experiencia interior,
sino q u e d e b e c o m p a r t i r el f r u t o d e su i n v e s t i g a c i ó n c o n sus c o n t e m p o r á -
n e o s , p r a c t i c a n d o u n a e s p e c i e d e e u c a r i s t í a i n t e l e c t u a l . P a r a c o n s e g u i r l o le
s e r á p r e c i s o p l e g a r s e a la dolorosa servidumbre de la escritura. J e a n C h e s -
n e a u x p r e c o n i z a , d e f o r m a m u y d i f e r e n t e , el c o m p r o m i s o d e l h i s t o r i a d o r
r e s p e c t o a las l u c h a s s o c i a l e s y p o l í t i c a s c o n t e m p o r á n e a s . E n su o p i n i ó n ,
l a d o c t r i n a m a r x i s t a n o d e b e ser u n s i m p l e i n s t r u m e n t o i n t e l e c t u a l q u e h a c e
p o s i b l e a n a l i z a r el p a s a d o . N o s r e c u e r d a q u e es u n a t e o r í a r e v o l u c i o n a r i a
q u e a s p i r a a c a m b i a r la s o c i e d a d a c t u a l . P o r t a n t o , n u e s t r a m i r a d a h a c i a el
p a s a d o d e b e r á ser selectiva y « p l e g a r s e a los r e q u e r i m i e n t o s d e l p r e s e n t e » .
P a r a él lo e s e n c i a l es b u s c a r e n las s o c i e d a d e s p a s a d a s l o q u e les h a c o n -
d u c i d o al c a p i t a l i s m o , e x a m i n a r el p a p e l u n i f i c a d o r q u e é s t e h a d e s e m p e -
ñ a d o a e s c a l a p l a n e t a r i a a p a r t i r d e l siglo XVI y d e s c u b r i r las c o n t r a d i c c i o -
n e s q u e le son i n h e r e n t e s , p a r a e x a m i n a r las p e r s p e c t i v a s d e su c a í d a . P a r a
246
p o d e r dirigir las l u c h a s a n t i c a p i t a l i s t a s a c t u a l e s , h a y q u e s a b e r u t i l i z a r l a e x -
p e r i e n c i a d e los m o v i m i e n t o s p o p u l a r e s d e l p a s a d o , « c o n s t i t u i r n o s e n h e -
r e d e r o s d e t o d o l o q u e h a y e n él d e m á s p r e c i o s o » ( M a o t s e - T ú n g ) . E s t a
h i s t o r i a , d e f i n i d a c o m o r e l a c i ó n a c t i v a c o n el p a s a d o , t i e n e q u e e l a b o r a r s e
c o n la p a r t i c i p a c i ó n d e las m a s a s , r e c u s a n d o el « p r o f e s i o n a l i s m o » d e l h i s -
toriador. E j e m p l o s de reconquista del p a s a d o , otorgándoles valor operati-
v o e n el p r e s e n t e , J e a n C h e s n e a u x l o s d e s c u b r e e n 1975 t a n t o e n t r e l o s
h a b i t a n t e s d e Q u e b e c c o m o e n t r e l o s t u p a m a r o s , casi e n I d i A m i n D a d a
( ¡ ! ) . E l h i s t o r i a d o r , a f i r m a , n o p u e d e l i m i t a r s e a t r a b a j a r sobre las m a s a s ,
d e b e a c t u a r con e l l a s , p l e g á n d o s e a l a d e m a n d a social y r e n u n c i a n d o a las
v e n t a j a s d e la d i v i s i ó n d e l t r a b a j o . A s í s e p o n d r á fin a la h i s t o r i a a c a d é m i -
c a , s a b e r a i s l a d o e i n e r t e . A s í l o s h i s t o r i a d o r e s se c o n v e r t i r á n e n « i n t e l e c -
t u a l e s o r g á n i c o s » , i n s e r t o s e n la l u c h a d e m a s a s . P e r o ¿ c ó m o e v i t a r q u e
e s t a h i s t o r i a n o d e g e n e r e e n p r o p a g a n d a ? S o b r e C h e s n e a u x se p e r f i l a l a si-
l u e t a d e J d a n o v , el g r a n s a c e r d o t e d e l a c i e n c i a y d e la c u l t u r a p r o l e t a r i a s ,
únicas v e r d a d e r a s frente a los p r o d u c t o s viciados d e la b u r g u e s í a .
A b s o l u t a m e n t e o p u e s t o a C h e s n e a u x , V e y n e p r e c o n i z a el n o c o m p r o -
m i s o d e l i n v e s t i g a d o r , c o m o h e m o s v i s t o . S e t r a t a r í a d e q u e la h i s t o r i a a b -
s o r b i e r a a la s o c i o l o g í a , e n l a q u e n o v e , c o n la falta d e m a t i c e s q u e l e es
h a b i t u a l , m á s q u e u n a «pseudo-ciencia, n a c i d a d e los c o n v e n c i o n a l i s m o s
a c a d é m i c o s q u e h m i t a n l a l i b e r t a d d e l a h i s t o r i a » . S e r í a n a d a m á s q u e la
h i s t o r i a q u e los h i s t o r i a d o r e s n o q u i e r e n e s c r i b i r . C o m o q u i e r a q u e a m b a s
d i s r i p l i n a s h a c e n u n a descripción comprensiva d e los h e c h o s h u m a n o s , p o -
d r í a n f u n d i r s e e n u n a historia completa, al m e n o s p a r a e s t u d i a r l a é p o c a
c o n t e m p o r á n e a . V e y n e c r e e p r o f u n d a m e n t e e n las v i r t u d e s d e l a h i s t o r i a
c o m p a r a d a , q u e a s i m i l a a l a g e o g r a f í a g e n e r a l y a los e s t u d i o s s o b r e p e r í o -
d o s d e l a r g a d u r a c i ó n . N o se p u e d e m e n o s q u e e s t a r d e a c u e r d o c o n él c u a n -
d o se p r o p o n e l i b e r a r a n u e s t r a d i s c i p l i n a d e d o s c o n v e n c i o n a l i s m o s q u e la
obstaculizan actualmente: la oposición pasado-presente (este último aban-
d o n a d o al s o c i ó l o g o o al p e r i o d i s t a ) y el r e s p e t o p o r el s a c r o s a n t o continuo
e s p a c i o - t e m p o r a l . V e r d a d e r a m e n t e , ¿ t e n e m o s q u e p a r a r n o s en los p r o y e c -
t o s f o r m u l a d o s p o r V e y n e e n 1971? S u p e n s a m i e n t o h a e v o l u c i o n a d o
m u c h o d e s d e e n t o n c e s . H a v u e l t o a t r a t a r , e n 1 9 7 5 , el p r o b l e m a d e la
c o n c e p t u a l i z a c i ó n e n h i s t o r i a ( « L ' H i s t o i r e c o n c e p t u a l i s a n t e » , e n Faire de
1'Histoire, p p . 62 a 9 2 ) . I n s i s t e a q u í d e n u e v o e n la n e c e s a r i a a d e c u a c i ó n
entre conceptos y objetos estudiados, p e r o hace especial hincapié en q u e
e n « l a c o n c e p t u a l i z a c i ó n r e s i d e el i n t e r é s d e la h i s t o r i a » . L a v i n c u l a al « m o -
v i m i e n t o q u e i m p u l s a a las s o c i e d a d e s m o d e r n a s h a c i a la r a c i o n a l i z a c i ó n »
y le a t r i b u y e u n i m p a c t o c o n s i d e r a b l e s o b r e la v i d a c o l e c t i v a , c o m o m e d i o
p a r a t o m a r conciencia susceptible de acelerar algunos cambios sociales. Los
h o m b r e s t i e n e n l a p o s i b i l i d a d d e « a c t u a r s o b r e lo q u e e l l o s s o n , a p a r t i r
del m o m e n t o e n q u e t o m a n conciencia». E s u n a perspectiva seductora, en
l a m e d i d a e n q u e c o n f i e r e a la h i s t o r i a « d e p u n t a » u n a eficacia e n el p r e -
s e n t e , sin c o r r e r el r i e s g o d e h a c e r l a e s c l a v a d e las i d e o l o g í a s p o l í t i c a s .
M i c h e l d e C e r t e a u r e c o n o c e t a m b i é n q u e la h i s t o r i a e s t á , b a j o t o d a s
sus f o r m a s , al s e r v i c i o d e l a s o c i e d a d p r e s e n t e . L a h i s t o r i a p e r m i t e e x p l i c a r
l a identidad social, al s i t u a r l a s o c i e d a d p r e s e n t e e n r e l a c i ó n a las o t r a s . L a
historia confiere a n u e s t r a s o c i e d a d la e n j u n d i a de u n p a s a d o l e g i t i m a d o r .
L a h i s t o r i a t a m b i é n n o s p e r m i t e c o n t e m p l a r sus c o n t r a d i c c i o n e s y, p o r e l l o
247
 gistro d e l i n q u i s i d o r J a c q u e s F o u r n i e r , se h a l l a s o m e t i d a e n ella a d i v e r s o s
t r a t a m i e n t o s sucesivos, q u e h a n sido posibles gracias a masivas i m p o r t a c i o -
n e s d e p r o b l e m á t i c a s e x t e r i o r e s . S i n e m b a r g o , s e r í a u n e r r o r p e n s a r q u e el
t e x t o d e E m m a n u e l L e R o y L a d u r i e s e a u n e s p e j o d e la r e a l i d a d , y a q u e
esta ú l t i m a s e r e f r a c t a a t r a v é s d e la r e d d e los c u e s t i o n a r i o s a c t u a l e s , d e
la m i s m a m a n e r a q u e el i n q u i s i d o r i m p o n í a a las d e c l a r a c i o n e s d e l o s h a -
b i t a n t e s d e M o n t a i l l o u la i m p r o n t a d e las c a t e g o r í a s d e s u p e n s a m i e n t o .
V o l v a m o s a Michel d e C e r t e a u p a r a evaluar la distancia i n f r a n q u e a b l e q u e
m e d i a e n t r e la h i s t o r i a t r a d i c i o n a l , s ó l i d a m e n t e a d h e r i d a a la r e a l i d a d , y la
p r á c t i c a q u e él p r e c o n i z a , q u e p r e t e n d e forjar lo pensable y fijar el límite
de lo pensable, p o r q u e la n o r m a e n c u e n t r a e n ello la r e s i s t e n c i a d e lo p a r -
t i c u l a r . R e c u p e r a n d o la t e r m i n o l o g í a d e G u y L a r d r e a u , ¿ s e p u e d e d e c i r
q u e t a l h i s t o r i a « s e s o s t i e n e s o b r e lo r e a l » o q u e la historia, o b j e t o c o n s -
t r u i d o , se e r i g e s o b r e lo r e a l ? P a r a M i c h e l d e C e r t e a u , la r e a l i d a d e s l a p r á c -
t i c a h i s t ó r i c a , c o n sus c o n e x i o n e s t é c n i c a s , s o c i a l e s y d e m á s , «y n o u n a
m e r a r e l a c i ó n c o n u n a r e a l i d a d e x t e r i o r » . L a m a q u i n a r i a d e la h i s t o r i a es
m á s auténtica q u e l o s p r o d u c t o s q u e e l a b o r a .
En conclusión, h a y q u e d e j a r u n h u e c o a las perspectivas abiertas, o a
las m i s i o n e s q u e n u e s t r o s c u a t r o e p i s t e m ó l o g o s c o n f i e r e n a l a d i s c i p l i n a h i s -
t ó r i c a . E n e s t e t e r r e n o c o i n c i d e n H e n r i M a r r o u y P a u l V e y n e : al m e n o s la
h i s t o r i a t i e n e el m é r i t o d e s u p e r a r n o s y d e s u m i n i s t r a r al imaginario colec-
tivo u n i r r e e m p l a z a b l e r e p e r t o r i o d e r e l a t o s v e r í d i c o s . T a m b i é n sirve d e
p e r m a n e n t e v a c u n a c o n t r a el d o g m a t i s m o , d a d a la m u l t i p l i c a c i ó n d e e x p l i -
caciones posibles de c a d a a c o n t e c i m i e n t o , d a d a la v a r i e d a d d e c o m p o r t a -
m i e n t o s y s i s t e m a s sociales q u e d e s c u b r e , y d a d a s las p o s i b i l i d a d e s d e d e s -
cubrimientos q u e maneja. E s u n a escuela de libertad, p o r q u e n o es posible
a c e p t a r n i r e h u s a r la h e r e n c i a d e n u e s t r o s a n t e p a s a d o s , c u y a h i s t o r i a n o s
d e s c u b r e su p r e c i o d e i m p o r t a n c i a .
Otro breve tema tratado, desde Henri Marrou a Jean Chesneaux, por
g r a n d e q u e f u e r a l a d e s c o n f i a n z a d e l p r i m e r o h a c i a la i n t r u s i ó n d e l p o l í t i c o
e n la i n v e s t i g a c i ó n , es el d e l c o m p r o m i s o a c t i v o d e l h i s t o r i a d o r r e s p e c t o a
l a s o c i e d a d e n l a q u e v i v e . M a r r o u le c o n f i e r e u n a m i s i ó n social e m i n e n t e ,
q u e n o p u e d e ser r e a l i z a d a m á s q u e p o r u n p r o f e s i o n a l : « N o r m a l m e n t e , la
investigación histórica d e b e concluir en u n a o b r a , u n a e n s e ñ a n z a oral, cur-
s o , c o n f e r e n c i a s , y, m á s f r e c u e n t e m e n t e , u n e s c r i t o , m e m o r i a , a r t í c u l o , li-
b r o . D i g a m o s que esto constituye u n a exigencia d e carácter práctico so-
cial.» E l h i s t o r i a d o r n o d e b e h m i t a r s e a e n r i q u e c e r s u experiencia interior,
sino q u e d e b e c o m p a r t i r el f r u t o d e su i n v e s t i g a c i ó n c o n sus c o n t e m p o r á -
n e o s , p r a c t i c a n d o u n a e s p e c i e d e e u c a r i s t í a i n t e l e c t u a l . P a r a c o n s e g u i r l o le
s e r á p r e c i s o p l e g a r s e a la dolorosa servidumbre de la escritura. J e a n C h e s -
n e a u x p r e c o n i z a , d e f o r m a m u y d i f e r e n t e , el c o m p r o m i s o d e l h i s t o r i a d o r
r e s p e c t o a las l u c h a s s o c i a l e s y p o l í t i c a s c o n t e m p o r á n e a s . E n su o p i n i ó n ,
l a d o c t r i n a m a r x i s t a n o d e b e ser u n s i m p l e i n s t r u m e n t o i n t e l e c t u a l q u e h a c e
p o s i b l e a n a l i z a r el p a s a d o . N o s r e c u e r d a q u e es u n a t e o r í a r e v o l u c i o n a r i a
q u e a s p i r a a c a m b i a r la s o c i e d a d a c t u a l . P o r t a n t o , n u e s t r a m i r a d a h a c i a el
p a s a d o d e b e r á ser selectiva y « p l e g a r s e a los r e q u e r i m i e n t o s d e l p r e s e n t e » .
P a r a él lo e s e n c i a l es b u s c a r e n las s o c i e d a d e s p a s a d a s l o q u e les h a c o n -
d u c i d o al c a p i t a l i s m o , e x a m i n a r el p a p e l u n i f i c a d o r q u e é s t e h a d e s e m p e -
ñ a d o a e s c a l a p l a n e t a r i a a p a r t i r d e l siglo XVI y d e s c u b r i r las c o n t r a d i c c i o -
n e s q u e le son i n h e r e n t e s , p a r a e x a m i n a r las p e r s p e c t i v a s d e su c a í d a . P a r a
246
p o d e r dirigir las l u c h a s a n t i c a p i t a l i s t a s a c t u a l e s , h a y q u e s a b e r u t i l i z a r l a e x -
p e r i e n c i a d e los m o v i m i e n t o s p o p u l a r e s d e l p a s a d o , « c o n s t i t u i r n o s e n h e -
r e d e r o s d e t o d o l o q u e h a y e n él d e m á s p r e c i o s o » ( M a o t s e - T ú n g ) . E s t a
h i s t o r i a , d e f i n i d a c o m o r e l a c i ó n a c t i v a c o n el p a s a d o , t i e n e q u e e l a b o r a r s e
c o n la p a r t i c i p a c i ó n d e las m a s a s , r e c u s a n d o el « p r o f e s i o n a l i s m o » d e l h i s -
toriador. E j e m p l o s de reconquista del p a s a d o , otorgándoles valor operati-
v o e n el p r e s e n t e , J e a n C h e s n e a u x l o s d e s c u b r e e n 1975 t a n t o e n t r e l o s
h a b i t a n t e s d e Q u e b e c c o m o e n t r e l o s t u p a m a r o s , casi e n I d i A m i n D a d a
( ¡ ! ) . E l h i s t o r i a d o r , a f i r m a , n o p u e d e l i m i t a r s e a t r a b a j a r sobre las m a s a s ,
d e b e a c t u a r con e l l a s , p l e g á n d o s e a l a d e m a n d a social y r e n u n c i a n d o a las
v e n t a j a s d e la d i v i s i ó n d e l t r a b a j o . A s í s e p o n d r á fin a la h i s t o r i a a c a d é m i -
c a , s a b e r a i s l a d o e i n e r t e . A s í l o s h i s t o r i a d o r e s se c o n v e r t i r á n e n « i n t e l e c -
t u a l e s o r g á n i c o s » , i n s e r t o s e n la l u c h a d e m a s a s . P e r o ¿ c ó m o e v i t a r q u e
e s t a h i s t o r i a n o d e g e n e r e e n p r o p a g a n d a ? S o b r e C h e s n e a u x se p e r f i l a l a si-
l u e t a d e J d a n o v , el g r a n s a c e r d o t e d e l a c i e n c i a y d e la c u l t u r a p r o l e t a r i a s ,
únicas v e r d a d e r a s frente a los p r o d u c t o s viciados d e la b u r g u e s í a .
A b s o l u t a m e n t e o p u e s t o a C h e s n e a u x , V e y n e p r e c o n i z a el n o c o m p r o -
m i s o d e l i n v e s t i g a d o r , c o m o h e m o s v i s t o . S e t r a t a r í a d e q u e la h i s t o r i a a b -
s o r b i e r a a la s o c i o l o g í a , e n l a q u e n o v e , c o n la falta d e m a t i c e s q u e l e es
h a b i t u a l , m á s q u e u n a «pseudo-ciencia, n a c i d a d e los c o n v e n c i o n a l i s m o s
a c a d é m i c o s q u e h m i t a n l a l i b e r t a d d e l a h i s t o r i a » . S e r í a n a d a m á s q u e la
h i s t o r i a q u e los h i s t o r i a d o r e s n o q u i e r e n e s c r i b i r . C o m o q u i e r a q u e a m b a s
d i s r i p l i n a s h a c e n u n a descripción comprensiva d e los h e c h o s h u m a n o s , p o -
d r í a n f u n d i r s e e n u n a historia completa, al m e n o s p a r a e s t u d i a r l a é p o c a
c o n t e m p o r á n e a . V e y n e c r e e p r o f u n d a m e n t e e n las v i r t u d e s d e l a h i s t o r i a
c o m p a r a d a , q u e a s i m i l a a l a g e o g r a f í a g e n e r a l y a los e s t u d i o s s o b r e p e r í o -
d o s d e l a r g a d u r a c i ó n . N o se p u e d e m e n o s q u e e s t a r d e a c u e r d o c o n él c u a n -
d o se p r o p o n e l i b e r a r a n u e s t r a d i s c i p l i n a d e d o s c o n v e n c i o n a l i s m o s q u e la
obstaculizan actualmente: la oposición pasado-presente (este último aban-
d o n a d o al s o c i ó l o g o o al p e r i o d i s t a ) y el r e s p e t o p o r el s a c r o s a n t o continuo
e s p a c i o - t e m p o r a l . V e r d a d e r a m e n t e , ¿ t e n e m o s q u e p a r a r n o s en los p r o y e c -
t o s f o r m u l a d o s p o r V e y n e e n 1971? S u p e n s a m i e n t o h a e v o l u c i o n a d o
m u c h o d e s d e e n t o n c e s . H a v u e l t o a t r a t a r , e n 1 9 7 5 , el p r o b l e m a d e la
c o n c e p t u a l i z a c i ó n e n h i s t o r i a ( « L ' H i s t o i r e c o n c e p t u a l i s a n t e » , e n Faire de
1'Histoire, p p . 62 a 9 2 ) . I n s i s t e a q u í d e n u e v o e n la n e c e s a r i a a d e c u a c i ó n
entre conceptos y objetos estudiados, p e r o hace especial hincapié en q u e
e n « l a c o n c e p t u a l i z a c i ó n r e s i d e el i n t e r é s d e la h i s t o r i a » . L a v i n c u l a al « m o -
v i m i e n t o q u e i m p u l s a a las s o c i e d a d e s m o d e r n a s h a c i a la r a c i o n a l i z a c i ó n »
y le a t r i b u y e u n i m p a c t o c o n s i d e r a b l e s o b r e la v i d a c o l e c t i v a , c o m o m e d i o
p a r a t o m a r conciencia susceptible de acelerar algunos cambios sociales. Los
h o m b r e s t i e n e n l a p o s i b i l i d a d d e « a c t u a r s o b r e lo q u e e l l o s s o n , a p a r t i r
del m o m e n t o e n q u e t o m a n conciencia». E s u n a perspectiva seductora, en
l a m e d i d a e n q u e c o n f i e r e a la h i s t o r i a « d e p u n t a » u n a eficacia e n el p r e -
s e n t e , sin c o r r e r el r i e s g o d e h a c e r l a e s c l a v a d e las i d e o l o g í a s p o l í t i c a s .
M i c h e l d e C e r t e a u r e c o n o c e t a m b i é n q u e la h i s t o r i a e s t á , b a j o t o d a s
sus f o r m a s , al s e r v i c i o d e l a s o c i e d a d p r e s e n t e . L a h i s t o r i a p e r m i t e e x p l i c a r
l a identidad social, al s i t u a r l a s o c i e d a d p r e s e n t e e n r e l a c i ó n a las o t r a s . L a
historia confiere a n u e s t r a s o c i e d a d la e n j u n d i a de u n p a s a d o l e g i t i m a d o r .
L a h i s t o r i a t a m b i é n n o s p e r m i t e c o n t e m p l a r sus c o n t r a d i c c i o n e s y, p o r e l l o
247
 m i s m o , las o b l i g a a c o h a b i t a r . E l d i s c u r s o h i s t ó r i c o « e x h i b e » , p a r a el g r u -
p o , l a p o s i b i l i d a d d e vivir, al m i s m o t i e m p o , sus d i f e r e n c i a s y, p o r e n d e ,
c o n s e r v a a l g u n o s v e s t i g i o s d e l o s m i t o s y d e las t e o l o g í a s a n t i g u a s . S e m a n -
t i e n e l a p o s i b i l i d a d d e e l e g i r e n t r e d o s clases d e h i s t o r i o g r a f í a : la u n a , con-
formista, q u e m a n t i e n e l a i l u s i ó n r e a l i s t a ; l a o t r a , crítica, q u e p r e t e n d e d e s -
c u b r i r las e x c l u s i o n e s p r a c t i c a d a s p o r l o s h i s t o r i a d o r e s y s u s e n t i d o . E s t a
crítica n o p o d r á d e s a r r o l l a r s e m á s q u e a c o n d i c i ó n d e q u e se a r t i c u l e e n r e -
l a c i ó n a los m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s a c t u a l e s . P o r b r i l l a n t e q u e s e a la a r g u -
mentación de Michel de Certeau, ¿podrá nuestra generación contentarse
c o n j a l o n a r l o s s i l e n c i o s d e los h i s t o r i a d o r e s q u e n o s h a n p r e c e d i d o y c o n
a n a l i z a r las r e g l a s s e c r e t a s q u e se i m p o n e n , e n l a h o r a p r e s e n t e , a los s e r -
vidores de Clío? : listas d e l T e r c e r M u n d o y , finalmente, c o n l o s d e f e n s o r e s d e l a c a u s a o c -
CONCLUSIÓN
Si le b a s t a r a a la h i s t o r i o g r a f í a c o n h a c e r u n s i m p l e fresco r e l a t a n d o l a
1 2
s u c e s i ó n d e las e s c u e l a s q u e h a n t e n i d o l u g a r y el d e s t i n o d e c a d a u n o
d e sus r e p r e s e n t a n t e s , c o n s t i t u i r í a i n d u d a b l e m e n t e u n c o n o c i m i e n t o b a s -
t a n t e d e c e p c i o n a n t e , u n s i m p l e a p é n d i c e d e la g r a n h i s t o r i a . H e m o s p r o -
c u r a d o p r e s e r v a r n o s c o n t r a e s t e r i e s g o , o b v i a n d o el h a c e r m e n c i ó n e n e s t e
libro d e t o d o s los cronistas y t o d o s los historiadores q u e h a n c o n t r i b u i d o
a forjar la m e m o r i a c o l e c t i v a d e los f r a n c e s e s d e s d e la a l t a E d a d M e d i a .
P o r la m i s m a r a z ó n , n o h e m o s m e n c i o n a d o a t o d o s los h i s t o r i a d o r e s e m i -
nentes q u e h a n existido d u r a n t e t o d o este t i e m p o . ¿ D e q u é serviría otor-
g a r a u n o s los p r i m e r o s p r e m i o s ; a o t r o s , u n a c c é s i t , y a l o s t e r c e r o s , á n i -
m o s p a r a q u e c o n t i n ú e n s u o b r a ? Si a l g u n o s se h a n e n o j a d o p o r h a b e r s i d o
o l v i d a d o s , q u e c o n s e r v e n l a e s p e r a n z a : t e n e m o s el p r o y e c t o d e h a c e r , p a -
s a d o a l g ú n t i e m p o , la c o n t i n u a c i ó n d e e s t a o b r a , d e d i c á n d o n o s e n ella a
l o s i n t e r c a m b i o s e n t r e l a h i s t o r i a y las o t r a s c i e n c i a s h u m a n a s ( d e m o g r a f í a ,
s o c i o l o g í a , g e o g r a f í a , e t n o l o g í a , l i n g ü í s t i c a , e t c . ) . A s í t e n d r e m o s la o c a s i ó n
d e r e p a r a r a l g u n a s injusticias c o m e t i d a s e n e s t e l i b r o . A s í p u e s , l o q u e n o -
s o t r o s h e m o s p r e t e n d i d o h a sido i l u s t r a r l o s p r o c e s o s d e l p e n s a m i e n t o c o -
m u n e s a los historiadores d e diferentes é p o c a s e s t u d i a d a s , lo q u e n o s h a
o b l i g a d o a s e l e c c i o n a r l o s c a s o s significativos, a u n q u e n o s i e m p r e s e a n los
m á s brillantes. Por ello, u n m o n j e tan obscuro c o m o E r m e n t e r i o o c u p a en
e s t e l i b r o u n l u g a r m á s d e s t a c a d o q u e E g u i n a r d o , el b i ó g r a f o d e C a r l o m a g -
n o ; al igual q u e el m o d e s t o c r o n i s t a A l a i n B o u c h a r t r e s p e c t o a C o m m y n e s ,
y L e Nain de Tillemont respecto a Bossuet.
T e n i e n d o e n c u e n t a e s t a clase d e e s t u d i o q u e p r i v i l e g i a el análisis d e
las a c t i t u d e s m e n t a l e s c o m u n e s e n los m e d i o s i n t e l e c t u a l e s , a e x p e n s a s d e
l o s c a r a c t e r e s p s i c o l ó g i c o s y estilísticos p r o p í o s d e l o s a u t o r e s - h i s t o r i a d o -
r e s , se p u e d e t e n e r la e s p e r a n z a d e c o n s e g u i r m a y o r l u c i d e z a c e r c a d e la
f o r m a d e escribir l a h i s t o r i a e n la a c t u a l i d a d . A s í p u e s , la h i s t o r i o g r a f í a , a
falta d e u t i l i d a d d i r e c t a , sirve al m e n o s p a r a d e s p e r t a r u n a l e g í t i m a d e s -
c o n f i a n z a , ya q u e n o s m u e s t r a a los h i s t o r i a d o r e s q u e n o s h a n p r e c e d i d o ,
u
El término escuela es discutible, muchos historiadores son inclasificables. Pero es cómo-
do, en la medida en que nos permite hacer una primera ordenación de la producción histórica.
248
sus d i s p u t a s y m ú l t i p l e s c o a c c i o n e s i d e o l ó g i c a s , p o l í t i c a s e i n s t i t u c i o n a l e s ,
profiriendo juicios apriorísticos y c o m e t i e n d o yerros m á s o m e n o s graves.
¿ C ó m o p o d r í a l a h i s t o r i a p r e s e n t e e s c a p a r a e s t o s d e f e c t o s , a p e s a r d e sus
a l a r d e s d e o b j e t i v i d a d y d e t o d o el a p a r a t o científico d e q u e se r o d e a ? E n
e s t e s e n t i d o , l a h i s t o r i o g r a f í a es u n a i n m e j o r a b l e v a c u n a c o n t r a l a i n g e n u i -
d a d . N o s r e v e l a h a s t a q u é p u n t o el d i s c u r s o h i s t ó r i c o e s , p o r n a t u r a l e z a ,
inestable, susceptible d e t o d a clase de metamorfosis, cambios de sentido e
i n v e r s i o n e s d e s i g n o . U n a m a g n í f i c a d e s m o s t r a c i ó n d e e l l o n o s la o f r e c e P h i -
l i p p e J o u t a r d e n La Légende des Comisard (París, 1977). D e s d e h a c e u n o s
t r e i n t a a ñ o s , ¿ n o h a n sido s u c e s i v a m e n t e c o m p a r a d o s los insurrectos d e los
C é v e n n e s c o n los m a q u i s d e 1 9 4 2 - 1 9 4 5 , c o n l o s c o m b a t i e n t e s a n t i i m p e r i a -
c i t a n a ? P u e s t o q u e la h i s t o r i a s e m a n i f i e s t a m a l e a b l e s e g ú n los d e s e o s y
elecciones partidistas d e cada cual, puesto q u e «tiene u n a nariz de cera»
(auctoritas cereum nasum habei), c o m o la a u t o r i d a d e s c r i t u r a r i a a l o s o j o s
de los p e n s a d o r e s escolásticos, t o d a p r o d u c c i ó n q u e se p r e c i e d e b e ser o b -
j e t o d e l s i g u i e n t e i n t e r r o g a t o r i o : ¿ d e q u é lugar social o i n s t i t u c i o n a l t r a t a
su a u t o r ? ¿Cuáles son sus m o t i v o s p r o f u n d o s , su elección m e t o d o l ó g i c a ,
s u s o p c i o n e s p o l í t i c a s o filosóficas? P r o c e d i e n d o así, s e e v i t a r á n m u c h o s
e r r o r e s d e i n t e r p r e t a c i ó n y p é r d i d a d e t i e m p o . A l formular estas r e c o m e n -
d a c i o n e s d e s i m p l e s e n t i d o c o m ú n , n o p o d e m o s e v i t a r p e n s a r , n o sin a l g u -
n a e m o c i ó n r e t r o s p e c t i v a , e n l a é p o c a e n q u e , al c o m e n z a r n u e s t r o s e s t u -
dios d e historia, l e í a m o s c o n idéntica actitud los escritos d e G u s t a v e G l o t z
y P i e r r e L é v é q u e s o b r e la G r e c i a d e P e r i c l e s , l o s d e A c h u l e L u c h a i r e y
M a r c B l o c h acerca d e la s o c i e d a d feudal, o los d e J a c q u e s C h a s t e n e t y
R e n e R é m o n d s o b r e l a v i d a p o l í t i c a f r a n c e s a d e l siglo XX. C o n el p a s o d e
los a ñ o s h e m o s c o n s e g u i d o e l a b o r a r la p e r s p e c t i v a con q u e d e b e n leerse es-
t o s a u t o r e s y m u c h o s o t r o s e n r e l a c i ó n a las c o r r i e n t e s d e p e n s a m i e n t o d o -
minantes y a precisas escuelas históricas. Algunos conocimientos elemen-
t a l e s d e m e t o d o l o g í a n o s h a b r í a n p e r m i t i d o h a c e r e s t a e l a b o r a c i ó n d e for-
m a más rápida y segura.
L a introspección del h i s t o r i a d o r , i n d i s p e n s a b l e e n la m e d i d a e n q u e ,
« e n o p i n i ó n d e A l a i n B e s a n g o n , n o e s e n a b s o l u t o i n v e s t i g a c i ó n lo q u e n o
es i n v e s t i g a c i ó n e n sí m i s m o » , s e v e e n o r m e m e n t e f a c i l i t a d a p o r l a h i s t o -
riografía, c o n c e b i d a , e n u n s e n t i d o m u y a m p l i o , c o m o el análisis d e l o s m e -
c a n i s m o s q u e rigen la p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a . A u n q u e s e a calificada c o m o
h i s t o r i a d e s e g u n d o g r a d o o c o m o m e t a d i s c u r s o s o b r e la d i s c i p l i n a , n o s
i n d u c e n e c e s a r i a m e n t e a h a c e r n o s u n a s e r i e d e p r e g u n t a s : ¿ q u é es lo q u e
h a i m p u l s a d o a m i s p r e d e c e s o r e s a e s c r i b i r h i s t o r i a ? ; ¿ q u é es lo q u e m e d e -
t e r m i n a e n el m o m e n t o p r e s e n t e a h a c e r l o y o m i s m o ? ; ¿ d e q u é b a g a j e d o -
c u m e n t a l , m e t o d o l ó g i c o y teórico dispongo p a r a c o m p r o m e t e r m e a llevar-
lo a c a b o ? ; ¿ c u á l e s s o n los o b s t á c u l o s y p r o b l e m a s q u e h a l l a r é e n el c a m i -
n o , y a los q u e h a b r é d e e n c o n t r a r solución? E n este aspecto es e j e m p l a r
la f o r m a d e a c t u a r d e A l a i n C r o i x e n La Bretagne aux XVI' et XVII' sié-
cles, la vie, la morí, la foi ( P a r í s , 1 9 8 1 ) . E n c a d a e t a p a d e su t r a b a j o , el
a u t o r h a c e el i n v e n t a r i o d e l a d o c u m e n t a c i ó n u t i l i z a d a y las d i f i c u l t a d e s e n -
c o n t r a d a s . E n m a t e r i a d e h i s t o r i a d e m o g r á f i c a , los r e g i s t r o s p a r r o q u i a l e s
bretones son excepcionalmente ricos: ha vaciado 5.000, correspondientes
a 5 4 1 p a r r o q u i a s , q u e le h a n s u m i n i s t r a d o 3 . 1 0 0 . 0 0 0 a c t a s d e e s t a d o civil,
las c u a l e s h a n s i d o ' s o m e t i d a s a u n m é t o d o d e t r a b a j o s e m i i n d u s t r i a l ( r e -
249
 m i s m o , las o b l i g a a c o h a b i t a r . E l d i s c u r s o h i s t ó r i c o « e x h i b e » , p a r a el g r u -
p o , l a p o s i b i l i d a d d e vivir, al m i s m o t i e m p o , sus d i f e r e n c i a s y, p o r e n d e ,
c o n s e r v a a l g u n o s v e s t i g i o s d e l o s m i t o s y d e las t e o l o g í a s a n t i g u a s . S e m a n -
t i e n e l a p o s i b i l i d a d d e e l e g i r e n t r e d o s clases d e h i s t o r i o g r a f í a : la u n a , con-
formista, q u e m a n t i e n e l a i l u s i ó n r e a l i s t a ; l a o t r a , crítica, q u e p r e t e n d e d e s -
c u b r i r las e x c l u s i o n e s p r a c t i c a d a s p o r l o s h i s t o r i a d o r e s y s u s e n t i d o . E s t a
crítica n o p o d r á d e s a r r o l l a r s e m á s q u e a c o n d i c i ó n d e q u e se a r t i c u l e e n r e -
l a c i ó n a los m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s a c t u a l e s . P o r b r i l l a n t e q u e s e a la a r g u -
mentación de Michel de Certeau, ¿podrá nuestra generación contentarse
c o n j a l o n a r l o s s i l e n c i o s d e los h i s t o r i a d o r e s q u e n o s h a n p r e c e d i d o y c o n
a n a l i z a r las r e g l a s s e c r e t a s q u e se i m p o n e n , e n l a h o r a p r e s e n t e , a los s e r -
vidores de Clío? : listas d e l T e r c e r M u n d o y , finalmente, c o n l o s d e f e n s o r e s d e l a c a u s a o c -
CONCLUSIÓN
Si le b a s t a r a a la h i s t o r i o g r a f í a c o n h a c e r u n s i m p l e fresco r e l a t a n d o l a
1 2
s u c e s i ó n d e las e s c u e l a s q u e h a n t e n i d o l u g a r y el d e s t i n o d e c a d a u n o
d e sus r e p r e s e n t a n t e s , c o n s t i t u i r í a i n d u d a b l e m e n t e u n c o n o c i m i e n t o b a s -
t a n t e d e c e p c i o n a n t e , u n s i m p l e a p é n d i c e d e la g r a n h i s t o r i a . H e m o s p r o -
c u r a d o p r e s e r v a r n o s c o n t r a e s t e r i e s g o , o b v i a n d o el h a c e r m e n c i ó n e n e s t e
libro d e t o d o s los cronistas y t o d o s los historiadores q u e h a n c o n t r i b u i d o
a forjar la m e m o r i a c o l e c t i v a d e los f r a n c e s e s d e s d e la a l t a E d a d M e d i a .
P o r la m i s m a r a z ó n , n o h e m o s m e n c i o n a d o a t o d o s los h i s t o r i a d o r e s e m i -
nentes q u e h a n existido d u r a n t e t o d o este t i e m p o . ¿ D e q u é serviría otor-
g a r a u n o s los p r i m e r o s p r e m i o s ; a o t r o s , u n a c c é s i t , y a l o s t e r c e r o s , á n i -
m o s p a r a q u e c o n t i n ú e n s u o b r a ? Si a l g u n o s se h a n e n o j a d o p o r h a b e r s i d o
o l v i d a d o s , q u e c o n s e r v e n l a e s p e r a n z a : t e n e m o s el p r o y e c t o d e h a c e r , p a -
s a d o a l g ú n t i e m p o , la c o n t i n u a c i ó n d e e s t a o b r a , d e d i c á n d o n o s e n ella a
l o s i n t e r c a m b i o s e n t r e l a h i s t o r i a y las o t r a s c i e n c i a s h u m a n a s ( d e m o g r a f í a ,
s o c i o l o g í a , g e o g r a f í a , e t n o l o g í a , l i n g ü í s t i c a , e t c . ) . A s í t e n d r e m o s la o c a s i ó n
d e r e p a r a r a l g u n a s injusticias c o m e t i d a s e n e s t e l i b r o . A s í p u e s , l o q u e n o -
s o t r o s h e m o s p r e t e n d i d o h a sido i l u s t r a r l o s p r o c e s o s d e l p e n s a m i e n t o c o -
m u n e s a los historiadores d e diferentes é p o c a s e s t u d i a d a s , lo q u e n o s h a
o b l i g a d o a s e l e c c i o n a r l o s c a s o s significativos, a u n q u e n o s i e m p r e s e a n los
m á s brillantes. Por ello, u n m o n j e tan obscuro c o m o E r m e n t e r i o o c u p a en
e s t e l i b r o u n l u g a r m á s d e s t a c a d o q u e E g u i n a r d o , el b i ó g r a f o d e C a r l o m a g -
n o ; al igual q u e el m o d e s t o c r o n i s t a A l a i n B o u c h a r t r e s p e c t o a C o m m y n e s ,
y L e Nain de Tillemont respecto a Bossuet.
T e n i e n d o e n c u e n t a e s t a clase d e e s t u d i o q u e p r i v i l e g i a el análisis d e
las a c t i t u d e s m e n t a l e s c o m u n e s e n los m e d i o s i n t e l e c t u a l e s , a e x p e n s a s d e
l o s c a r a c t e r e s p s i c o l ó g i c o s y estilísticos p r o p í o s d e l o s a u t o r e s - h i s t o r i a d o -
r e s , se p u e d e t e n e r la e s p e r a n z a d e c o n s e g u i r m a y o r l u c i d e z a c e r c a d e la
f o r m a d e escribir l a h i s t o r i a e n la a c t u a l i d a d . A s í p u e s , la h i s t o r i o g r a f í a , a
falta d e u t i l i d a d d i r e c t a , sirve al m e n o s p a r a d e s p e r t a r u n a l e g í t i m a d e s -
c o n f i a n z a , ya q u e n o s m u e s t r a a los h i s t o r i a d o r e s q u e n o s h a n p r e c e d i d o ,
u
El término escuela es discutible, muchos historiadores son inclasificables. Pero es cómo-
do, en la medida en que nos permite hacer una primera ordenación de la producción histórica.
248
sus d i s p u t a s y m ú l t i p l e s c o a c c i o n e s i d e o l ó g i c a s , p o l í t i c a s e i n s t i t u c i o n a l e s ,
profiriendo juicios apriorísticos y c o m e t i e n d o yerros m á s o m e n o s graves.
¿ C ó m o p o d r í a l a h i s t o r i a p r e s e n t e e s c a p a r a e s t o s d e f e c t o s , a p e s a r d e sus
a l a r d e s d e o b j e t i v i d a d y d e t o d o el a p a r a t o científico d e q u e se r o d e a ? E n
e s t e s e n t i d o , l a h i s t o r i o g r a f í a es u n a i n m e j o r a b l e v a c u n a c o n t r a l a i n g e n u i -
d a d . N o s r e v e l a h a s t a q u é p u n t o el d i s c u r s o h i s t ó r i c o e s , p o r n a t u r a l e z a ,
inestable, susceptible d e t o d a clase de metamorfosis, cambios de sentido e
i n v e r s i o n e s d e s i g n o . U n a m a g n í f i c a d e s m o s t r a c i ó n d e e l l o n o s la o f r e c e P h i -
l i p p e J o u t a r d e n La Légende des Comisard (París, 1977). D e s d e h a c e u n o s
t r e i n t a a ñ o s , ¿ n o h a n sido s u c e s i v a m e n t e c o m p a r a d o s los insurrectos d e los
C é v e n n e s c o n los m a q u i s d e 1 9 4 2 - 1 9 4 5 , c o n l o s c o m b a t i e n t e s a n t i i m p e r i a -
c i t a n a ? P u e s t o q u e la h i s t o r i a s e m a n i f i e s t a m a l e a b l e s e g ú n los d e s e o s y
elecciones partidistas d e cada cual, puesto q u e «tiene u n a nariz de cera»
(auctoritas cereum nasum habei), c o m o la a u t o r i d a d e s c r i t u r a r i a a l o s o j o s
de los p e n s a d o r e s escolásticos, t o d a p r o d u c c i ó n q u e se p r e c i e d e b e ser o b -
j e t o d e l s i g u i e n t e i n t e r r o g a t o r i o : ¿ d e q u é lugar social o i n s t i t u c i o n a l t r a t a
su a u t o r ? ¿Cuáles son sus m o t i v o s p r o f u n d o s , su elección m e t o d o l ó g i c a ,
s u s o p c i o n e s p o l í t i c a s o filosóficas? P r o c e d i e n d o así, s e e v i t a r á n m u c h o s
e r r o r e s d e i n t e r p r e t a c i ó n y p é r d i d a d e t i e m p o . A l formular estas r e c o m e n -
d a c i o n e s d e s i m p l e s e n t i d o c o m ú n , n o p o d e m o s e v i t a r p e n s a r , n o sin a l g u -
n a e m o c i ó n r e t r o s p e c t i v a , e n l a é p o c a e n q u e , al c o m e n z a r n u e s t r o s e s t u -
dios d e historia, l e í a m o s c o n idéntica actitud los escritos d e G u s t a v e G l o t z
y P i e r r e L é v é q u e s o b r e la G r e c i a d e P e r i c l e s , l o s d e A c h u l e L u c h a i r e y
M a r c B l o c h acerca d e la s o c i e d a d feudal, o los d e J a c q u e s C h a s t e n e t y
R e n e R é m o n d s o b r e l a v i d a p o l í t i c a f r a n c e s a d e l siglo XX. C o n el p a s o d e
los a ñ o s h e m o s c o n s e g u i d o e l a b o r a r la p e r s p e c t i v a con q u e d e b e n leerse es-
t o s a u t o r e s y m u c h o s o t r o s e n r e l a c i ó n a las c o r r i e n t e s d e p e n s a m i e n t o d o -
minantes y a precisas escuelas históricas. Algunos conocimientos elemen-
t a l e s d e m e t o d o l o g í a n o s h a b r í a n p e r m i t i d o h a c e r e s t a e l a b o r a c i ó n d e for-
m a más rápida y segura.
L a introspección del h i s t o r i a d o r , i n d i s p e n s a b l e e n la m e d i d a e n q u e ,
« e n o p i n i ó n d e A l a i n B e s a n g o n , n o e s e n a b s o l u t o i n v e s t i g a c i ó n lo q u e n o
es i n v e s t i g a c i ó n e n sí m i s m o » , s e v e e n o r m e m e n t e f a c i l i t a d a p o r l a h i s t o -
riografía, c o n c e b i d a , e n u n s e n t i d o m u y a m p l i o , c o m o el análisis d e l o s m e -
c a n i s m o s q u e rigen la p r o d u c c i ó n h i s t ó r i c a . A u n q u e s e a calificada c o m o
h i s t o r i a d e s e g u n d o g r a d o o c o m o m e t a d i s c u r s o s o b r e la d i s c i p l i n a , n o s
i n d u c e n e c e s a r i a m e n t e a h a c e r n o s u n a s e r i e d e p r e g u n t a s : ¿ q u é es lo q u e
h a i m p u l s a d o a m i s p r e d e c e s o r e s a e s c r i b i r h i s t o r i a ? ; ¿ q u é es lo q u e m e d e -
t e r m i n a e n el m o m e n t o p r e s e n t e a h a c e r l o y o m i s m o ? ; ¿ d e q u é b a g a j e d o -
c u m e n t a l , m e t o d o l ó g i c o y teórico dispongo p a r a c o m p r o m e t e r m e a llevar-
lo a c a b o ? ; ¿ c u á l e s s o n los o b s t á c u l o s y p r o b l e m a s q u e h a l l a r é e n el c a m i -
n o , y a los q u e h a b r é d e e n c o n t r a r solución? E n este aspecto es e j e m p l a r
la f o r m a d e a c t u a r d e A l a i n C r o i x e n La Bretagne aux XVI' et XVII' sié-
cles, la vie, la morí, la foi ( P a r í s , 1 9 8 1 ) . E n c a d a e t a p a d e su t r a b a j o , el
a u t o r h a c e el i n v e n t a r i o d e l a d o c u m e n t a c i ó n u t i l i z a d a y las d i f i c u l t a d e s e n -
c o n t r a d a s . E n m a t e r i a d e h i s t o r i a d e m o g r á f i c a , los r e g i s t r o s p a r r o q u i a l e s
bretones son excepcionalmente ricos: ha vaciado 5.000, correspondientes
a 5 4 1 p a r r o q u i a s , q u e le h a n s u m i n i s t r a d o 3 . 1 0 0 . 0 0 0 a c t a s d e e s t a d o civil,
las c u a l e s h a n s i d o ' s o m e t i d a s a u n m é t o d o d e t r a b a j o s e m i i n d u s t r i a l ( r e -
249
cuento anual de defunciones, bautismos y bodas; relación de datos intere-
s a n t e s ; r e d a c c i ó n d e u n a ficha d e síntesis p o r p a r r o q u i a ; t r a t a m i e n t o arit-
m é t i c o d e l o s d a t o s y t r a z a d o d e c u r v a s ; m o d i f i c a c i ó n d e l c u e s t i o n a r i o a la
vista d e l o s p r i m e r o s r e s u l t a d o s ) . L a m i s m a h o n r a d e z y el m i s m o r i g o r in-
t e l e c t u a l se v u e l v e n a e n c o n t r a r e n los inicios d e la t e r c e r a p a r t e d e d i c a d a
a la cultura macabra; ¿ q u é p a r t i d o e x t r a e r , se p r e g u n t a el a u t o r , d e las f u e n -
t e s escritas t r a d i c i o n a l e s , d e l o s t e s t a m e n t o s , d e las i m á g e n e s y o b j e t o s , d e
la t r a d i c i ó n o r a l , e t c . ? R e a l m e n t e es u n a a d m i r a b l e i n i c i a c i ó n a la h i s t o r i a
c u a n t i t a t i v a d e las m e n t a l i d a d e s . D e f o r m a m u y d i f e r e n t e , J e a n D e l u m e a u
n o s i n v i t a a r e c o r r e r Un chemin d'histoire ( P a r í s , 1981) y d e s t a c a , d e e n -
t r a d a , las p r i n c i p a l e s e t a p a s d e su r e f l e x i ó n s o b r e l a h i s t o r i a r e l i g i o s a : « A l
p r i n c i p i o , lo q u e .quería e r a c o n o c e r — y h a c e r c o n o c e r — m e j o r l a R e f o r -
m a p r o t e s t a n t e ( . . . ) . D e s d e u n p u n t o d e vista p u r a m e n t e m e t o d o l ó g i c o
— p e r o m é t o d o y ecumenismo e r a n coincidentes en esta perspectiva—, m e
p a r e c í a i n ú t i l v o l v e r a h a c e r u n e s t u d i o d e m a s i a d o l a r g o , d e s p u é s d e lo q u e
h a b í a n h e c h o t a n t o s o t r o s , a c e r c a d e las c o n t r o v e r s i a s q u e h a b í a n d i v i d i d o
y e n f r e n t a d o a las d o s f r a c c i o n e s r e l i g i o s a s d e l m u n d o o c c i d e n t a l ( . . . ) , p e r o
m e p r o p o m a c o n s e g u i r u n s e g u n d o o b j e t i v o : d e s c u b r i r las r e l a c i o n e s exis-
tentes entre teología y aspiraciones colectivas (...). A l ampliar mi investi-
g a c i ó n , p r o g r e s i v a m e n t e fui c o m p r e n d i e n d o q u e m e h a b í a r e f e r i d o s o b r e
t o d o a las élites c r i s t i a n a s , e t c . » Q u é r e c o n f o r t a b l e r e s u l t a e s t e d i s c u r s o e n
p r i m e r a p e r s o n a , al i g u a l q u e el d e l p r e f a c i o d e l m i s m o a u t o r e n La Peur
en Occident ( P a r í s , 1 9 7 8 ) : « A m e d i d a q u e tejía m i o b r a — n o s d i c e — m e
vi s o r p r e n d i d o al c o n s t a t a r q u e r e c o m e n z a b a , c u a r e n t a a ñ o s d e s p u é s , el iti-
n e r a r i o p s i c o l ó g i c o d e m i i n f a n c i a y q u e r e c o r r í a d e n u e v o , b a j o el p r e t e x -
t o d e u n a i n v e s t i g a c i ó n h i s t o r i o g r á f i c a , las e t a p a s d e m i m i e d o a l a m u e r -
t e . » D e s p u é s d e J e a n D e l u m e a u , s e r í a c o n v e n i e n t e q u e l o s h i s t o r i a d o r e s se
p r e g u n t e n si el h e c h o d e l a n z a r s e a h a c e r u n t r a b a j o h i s t ó r i c o n o es p a r a
ellos u n a f o r m a d e e s c r i b i r sus Souvenirs d'enfance et de jeunesse. Proce-
d i e n d o así, d e d i c a n d o u n t i e m p o a la i n t r o s p e c c i ó n , l l e g a e l h i s t o r i a d o r a
u n a « e n u n c i a c i ó n d i s t a n c i a d a » ( R e g i n e R o b i n ) , m e d i a n t e la c u a l r e c o n s -
t r u y e u n i t i n e r a r i o al m i s m o t i e m p o q u e e x p o n e l o s r e s u l t a d o s p r o v i s i o n a -
les. E s t a p r á c t i c a es i n f i n i t a m e n t e m á s e s t i m u l a n t e p a r a los l e c t o r e s q u e el
d i s c u r s o c e r r a d o y a u t o s u f i c i e n t e d e la h i s t o r i a q u e se p r e s e n t a c o m o a c a -
b a d a y q u e se p r e o c u p a m á s d e e n m a s c a r a r sus d e b i l i d a d e s q u e d e h a c e r
u n a c o n f e s i ó n s i n c e r a d e sus l a g u n a s .
250
C A P Í T U L O 14
LA RENOVACIÓN DE LA HISTORIA POLÍTICA
Quizá p u e d a p a r e c e m o s algo paradójico que una obra que versa sobre
las e s c u e l a s h i s t ó r i c a s d e d i q u e u n c a p í t u l o a la h i s t o r i a p o l í t i c a c o m o t a l :
e n e f e c t o , d e s d e u n p u n t o d e v i s t a r i g u r o s o , ¿ n o c o n s t i t u y e é s t a un ámbito
de investigación, al i g u a l q u e , p o r e j e m p l o , l a h i s t o r i a e c o n ó m i c a o l a h i s -
t o r i a r e l i g i o s a , y n o u n a c o r r i e n t e h i s t o r i o g r á f i c a específica? D e s d e u n p u n -
t o d e v i s t a m u y e m p í r i c o , j u s t i f i c a r í a p o r sí m i s m a e s t a e l e c c i ó n u n a a p r o x i -
m a c i ó n a l a r e d d e la g e o g r a f í a i n t e l e c t u a l y u n i v e r s i t a r i a e n F r a n c i a : l o s
investigadores d e la historia política c o n s t i t u y e n , e v i d e n t e m e n t e , u n a co-
m u n i d a d p r o p i a , r e a g r a p a d a e n t o r n o a u n o s a n i m a d o r e s decisivos (prin-
cipalmente R e n e R é m o n d ) y a u n o s lugares privilegiados (Fondation Na-
tionale des Sciences Politiques, Institut d ' É t u d e s Politiques, Université Pa-
rís X , N a n t e r r e ) , f r e c u e n t e m e n t e a l m a r g e n d e o t r o s g r u p o s d e h i s t o r i a d o -
r e s , e s p e c i a l m e n t e d e l o s Annales y d e la «Nouvelle histoire». D e s d e u n
p u n t o de vista m a s teórico, p e r o e v i d e n t e m e n t e complementario del ante-
rior, o c u r r e q u e l o s m i e m b r o s d e e s t a c o m u n i d a d c o m p a r t e n c o m p l e t a m e n -
te u n a d e t e r m i n a d a visión d e los f e n ó m e n o s históricos, u n d e t e r m i n a d o nú-
m e r o d e r e c h a z o s y p r e d i l e c c i o n e s q u e les h a c e n confluir e n u n c a m i n o e p i s -
t e m o l ó g i c o , f u n d a m e n t a d o , e n p r i m e r l u g a r , e n la v o l u n t a d d e a f i r m a r la
autonomía r e l a t i v a d e l h e c h o p o l í t i c o y d e o t o r g a r l e u n e s p a c i o c o m o fac-
tor de la historia. Ú n i c a m e n t e d e s d e e s t a p e r s p e c t i v a p u e d e ser c o n s i d e r a -
d a l a n o c i ó n d e e s c u e l a e n r e l a c i ó n a a q u e l l o q u e les c o n c i e r n e , e n t é r m i -
n o s d e n e b u l o s a , d e escuela de límites imprecisos, más que d e grupo rígido
o de capilla...
E s c u e l a h o y m u y d i n á m i c a o , m e j o r d i c h o , r e d i n a m i z a d a b a j o la p r e -
s i ó n d e l a c r í t i c a . P o r q u e , e n e f e c t o , la h i s t o r i a p o l í t i c a h a b í a s u f r i d o f r o n -
t a l m e n t e la p r o f u n d a r e n o v a c i ó n r e a l i z a d a p o r la i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a
f r a n c e s a d e s d e l o s a ñ o s 3 0 , y e r a o b j e t o d e v i r u l e n t o s a t a q u e s q u e le n e -
g a b a n c u a l q u i e r p o s i b i l i d a d d e a b a r c a r la r e a l i d a d y d e a l c a n z a r u n a u t é n -
tico carácter científico. A d e m á s , los h i s t o r i a d o r e s del h e c h o político h u b i e -
r o n d e llevar a c a b o u n largo c o m b a t e , d e u n a p a r t e , p a r a d e s e m p o l v a r la
p r á c t i c a d e sus p r e d e c e s o r e s y o p e r a r u n v e r d a d e r o aggiornamento histo-
r i o g r á f i c o , y, d e o t r a p a r t e , p a r a r e c o n q u i s t a r u n a l e g i t i m i d a d t a n i n t e n s a -
m e n t e i m p u g n a d a e n el p r o p i o s e n o d e la d i s c i p l i n a h i s t ó r i c a .
251
cuento anual de defunciones, bautismos y bodas; relación de datos intere-
s a n t e s ; r e d a c c i ó n d e u n a ficha d e síntesis p o r p a r r o q u i a ; t r a t a m i e n t o arit-
m é t i c o d e l o s d a t o s y t r a z a d o d e c u r v a s ; m o d i f i c a c i ó n d e l c u e s t i o n a r i o a la
vista d e l o s p r i m e r o s r e s u l t a d o s ) . L a m i s m a h o n r a d e z y el m i s m o r i g o r in-
t e l e c t u a l se v u e l v e n a e n c o n t r a r e n los inicios d e la t e r c e r a p a r t e d e d i c a d a
a la cultura macabra; ¿ q u é p a r t i d o e x t r a e r , se p r e g u n t a el a u t o r , d e las f u e n -
t e s escritas t r a d i c i o n a l e s , d e l o s t e s t a m e n t o s , d e las i m á g e n e s y o b j e t o s , d e
la t r a d i c i ó n o r a l , e t c . ? R e a l m e n t e es u n a a d m i r a b l e i n i c i a c i ó n a la h i s t o r i a
c u a n t i t a t i v a d e las m e n t a l i d a d e s . D e f o r m a m u y d i f e r e n t e , J e a n D e l u m e a u
n o s i n v i t a a r e c o r r e r Un chemin d'histoire ( P a r í s , 1981) y d e s t a c a , d e e n -
t r a d a , las p r i n c i p a l e s e t a p a s d e su r e f l e x i ó n s o b r e l a h i s t o r i a r e l i g i o s a : « A l
p r i n c i p i o , lo q u e .quería e r a c o n o c e r — y h a c e r c o n o c e r — m e j o r l a R e f o r -
m a p r o t e s t a n t e ( . . . ) . D e s d e u n p u n t o d e vista p u r a m e n t e m e t o d o l ó g i c o
— p e r o m é t o d o y ecumenismo e r a n coincidentes en esta perspectiva—, m e
p a r e c í a i n ú t i l v o l v e r a h a c e r u n e s t u d i o d e m a s i a d o l a r g o , d e s p u é s d e lo q u e
h a b í a n h e c h o t a n t o s o t r o s , a c e r c a d e las c o n t r o v e r s i a s q u e h a b í a n d i v i d i d o
y e n f r e n t a d o a las d o s f r a c c i o n e s r e l i g i o s a s d e l m u n d o o c c i d e n t a l ( . . . ) , p e r o
m e p r o p o m a c o n s e g u i r u n s e g u n d o o b j e t i v o : d e s c u b r i r las r e l a c i o n e s exis-
tentes entre teología y aspiraciones colectivas (...). A l ampliar mi investi-
g a c i ó n , p r o g r e s i v a m e n t e fui c o m p r e n d i e n d o q u e m e h a b í a r e f e r i d o s o b r e
t o d o a las élites c r i s t i a n a s , e t c . » Q u é r e c o n f o r t a b l e r e s u l t a e s t e d i s c u r s o e n
p r i m e r a p e r s o n a , al i g u a l q u e el d e l p r e f a c i o d e l m i s m o a u t o r e n La Peur
en Occident ( P a r í s , 1 9 7 8 ) : « A m e d i d a q u e tejía m i o b r a — n o s d i c e — m e
vi s o r p r e n d i d o al c o n s t a t a r q u e r e c o m e n z a b a , c u a r e n t a a ñ o s d e s p u é s , el iti-
n e r a r i o p s i c o l ó g i c o d e m i i n f a n c i a y q u e r e c o r r í a d e n u e v o , b a j o el p r e t e x -
t o d e u n a i n v e s t i g a c i ó n h i s t o r i o g r á f i c a , las e t a p a s d e m i m i e d o a l a m u e r -
t e . » D e s p u é s d e J e a n D e l u m e a u , s e r í a c o n v e n i e n t e q u e l o s h i s t o r i a d o r e s se
p r e g u n t e n si el h e c h o d e l a n z a r s e a h a c e r u n t r a b a j o h i s t ó r i c o n o es p a r a
ellos u n a f o r m a d e e s c r i b i r sus Souvenirs d'enfance et de jeunesse. Proce-
d i e n d o así, d e d i c a n d o u n t i e m p o a la i n t r o s p e c c i ó n , l l e g a e l h i s t o r i a d o r a
u n a « e n u n c i a c i ó n d i s t a n c i a d a » ( R e g i n e R o b i n ) , m e d i a n t e la c u a l r e c o n s -
t r u y e u n i t i n e r a r i o al m i s m o t i e m p o q u e e x p o n e l o s r e s u l t a d o s p r o v i s i o n a -
les. E s t a p r á c t i c a es i n f i n i t a m e n t e m á s e s t i m u l a n t e p a r a los l e c t o r e s q u e el
d i s c u r s o c e r r a d o y a u t o s u f i c i e n t e d e la h i s t o r i a q u e se p r e s e n t a c o m o a c a -
b a d a y q u e se p r e o c u p a m á s d e e n m a s c a r a r sus d e b i l i d a d e s q u e d e h a c e r
u n a c o n f e s i ó n s i n c e r a d e sus l a g u n a s .
250
C A P Í T U L O 14
LA RENOVACIÓN DE LA HISTORIA POLÍTICA
Quizá p u e d a p a r e c e m o s algo paradójico que una obra que versa sobre
las e s c u e l a s h i s t ó r i c a s d e d i q u e u n c a p í t u l o a la h i s t o r i a p o l í t i c a c o m o t a l :
e n e f e c t o , d e s d e u n p u n t o d e v i s t a r i g u r o s o , ¿ n o c o n s t i t u y e é s t a un ámbito
de investigación, al i g u a l q u e , p o r e j e m p l o , l a h i s t o r i a e c o n ó m i c a o l a h i s -
t o r i a r e l i g i o s a , y n o u n a c o r r i e n t e h i s t o r i o g r á f i c a específica? D e s d e u n p u n -
t o d e v i s t a m u y e m p í r i c o , j u s t i f i c a r í a p o r sí m i s m a e s t a e l e c c i ó n u n a a p r o x i -
m a c i ó n a l a r e d d e la g e o g r a f í a i n t e l e c t u a l y u n i v e r s i t a r i a e n F r a n c i a : l o s
investigadores d e la historia política c o n s t i t u y e n , e v i d e n t e m e n t e , u n a co-
m u n i d a d p r o p i a , r e a g r a p a d a e n t o r n o a u n o s a n i m a d o r e s decisivos (prin-
cipalmente R e n e R é m o n d ) y a u n o s lugares privilegiados (Fondation Na-
tionale des Sciences Politiques, Institut d ' É t u d e s Politiques, Université Pa-
rís X , N a n t e r r e ) , f r e c u e n t e m e n t e a l m a r g e n d e o t r o s g r u p o s d e h i s t o r i a d o -
r e s , e s p e c i a l m e n t e d e l o s Annales y d e la «Nouvelle histoire». D e s d e u n
p u n t o de vista m a s teórico, p e r o e v i d e n t e m e n t e complementario del ante-
rior, o c u r r e q u e l o s m i e m b r o s d e e s t a c o m u n i d a d c o m p a r t e n c o m p l e t a m e n -
te u n a d e t e r m i n a d a visión d e los f e n ó m e n o s históricos, u n d e t e r m i n a d o nú-
m e r o d e r e c h a z o s y p r e d i l e c c i o n e s q u e les h a c e n confluir e n u n c a m i n o e p i s -
t e m o l ó g i c o , f u n d a m e n t a d o , e n p r i m e r l u g a r , e n la v o l u n t a d d e a f i r m a r la
autonomía r e l a t i v a d e l h e c h o p o l í t i c o y d e o t o r g a r l e u n e s p a c i o c o m o fac-
tor de la historia. Ú n i c a m e n t e d e s d e e s t a p e r s p e c t i v a p u e d e ser c o n s i d e r a -
d a l a n o c i ó n d e e s c u e l a e n r e l a c i ó n a a q u e l l o q u e les c o n c i e r n e , e n t é r m i -
n o s d e n e b u l o s a , d e escuela de límites imprecisos, más que d e grupo rígido
o de capilla...
E s c u e l a h o y m u y d i n á m i c a o , m e j o r d i c h o , r e d i n a m i z a d a b a j o la p r e -
s i ó n d e l a c r í t i c a . P o r q u e , e n e f e c t o , la h i s t o r i a p o l í t i c a h a b í a s u f r i d o f r o n -
t a l m e n t e la p r o f u n d a r e n o v a c i ó n r e a l i z a d a p o r la i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a
f r a n c e s a d e s d e l o s a ñ o s 3 0 , y e r a o b j e t o d e v i r u l e n t o s a t a q u e s q u e le n e -
g a b a n c u a l q u i e r p o s i b i l i d a d d e a b a r c a r la r e a l i d a d y d e a l c a n z a r u n a u t é n -
tico carácter científico. A d e m á s , los h i s t o r i a d o r e s del h e c h o político h u b i e -
r o n d e llevar a c a b o u n largo c o m b a t e , d e u n a p a r t e , p a r a d e s e m p o l v a r la
p r á c t i c a d e sus p r e d e c e s o r e s y o p e r a r u n v e r d a d e r o aggiornamento histo-
r i o g r á f i c o , y, d e o t r a p a r t e , p a r a r e c o n q u i s t a r u n a l e g i t i m i d a d t a n i n t e n s a -
m e n t e i m p u g n a d a e n el p r o p i o s e n o d e la d i s c i p l i n a h i s t ó r i c a .
251
 D e s d e e s t a p e r s p e c t i v a , y a n a d i e p u e d e p o n e r e n d u d a el é x i t o d e l a e m -
p r e s a ; pero> reconquista n o e q u i v a l e a restauración: h a b i e n d o sabido efec-
t u a r u n a amplísima m u t a c i ó n p a r a r e s p o n d e r a los múltiples desafíos q u e
se le h a b í a n h e c h o , la h i s t o r i a p o l í t i c a se h a c o n v e r t i d o e n u n a historia nue-
va, c a s i , a su m a n e r a , e n u n a historia total.
1. U N A HISTORIA POLÍTICA CONTROVERTIDA
- E n - u n artículo aparecido en 1 9 7 4 , Jacques Julliard resumía, en breves
p a l a b r a s , la s i t u a c i ó n d e la h i s t o r i a p o l í t i c a d e n t r o d e la r e c i e n t e e v o l u c i ó n
d e la investigación histórica realizada e n F r a n c i a : «La historia política tie-
n e m a l a p r e n s a e n t r e los h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s . C o n d e n a d a d e s d e h a c e
u n o s c u a r e n t a a ñ o s p o r los m e j o r e s e n t r e e l l o s , c o m o u n M a r c B l o c h o u n
L u c i e n F e b v r e , v í c t i m a d e su s o l i d a r i d a d , d e h e c h o , c o n l a s m á s t r a d i c i o -
n a l e s f o r m a s d e l a h i s t o r i o g r a f í a d e c o m i e n z o s d e siglo, t o d a v í a c o n s e r v a
h o y u n p e r f u m e L a n g l o i s - S e i g n o b o s q u e a p a r t a d e ella a los m e j o r d o t a d o s
y m á s i n n o v a d o r e s d e los j ó v e n e s h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s » (Faire de l'his-
toire, t o m o I I , b a j o la d i r e c c i ó n d e J. L e G o f f y P . N o r a ) . I n d e p e n d i e n t e -
m e n t e d e l ú l t i m o p e r í o d o d e la f r a s e , q u e m e r e c e r í a s e r p a r t i c u l a r m e n t e m a -
t i z a d o r e s p e c t o a los t r a b a j o s y a e n c u r s o e n el m o m e n t o d e la r e d a c c i ó n
d e e s t a s o m b r í a c o n s t a t a c i ó n , el e s c e n a r i o d e l a e v i c c i ó n d e l a h i s t o r i a p o -
lítica se halla a q u í b o s q u e j a d o c o n t o d a s u s e q u e d a d y a m p l i t u d . P a r a c a p -
t a r la t r a m a es p r e c i s o r e c o r d a r lo q u e e r a la h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i c i o n a l y
los v i g o r o s o s r e p l a n t e a m i e n t o s d e q u e fue o b j e t o al e m e r g e r l a « e s c u e l a »
d e los Annales.
N a c i d a d e su p r o p i a h i s t o r i a , q u e la h a b í a c o n d u c i d o d e s d e las c r ó n i c a s
a p o l o g é t i c a s a la s a c r a l i z a c i ó n d e l e s t a d o m o n á r q u i c o y , d e s p u é s , a la e x a l -
t a c i ó n m i h t a n t e d e l r e p u b l i c a n i s m o , la h i s t o r i o g r a f í a d o m i n a n t e d e c o m i e n -
z o s d e siglo r e v e s t í a u n a c o l o r a c i ó n t o t a l m e n t e p o l í t i c a , y ello d e b i d o a s u
propia función política d e legitimación del p o d e r . Prisionera d e su p r o p i o
e s t a t u t o y d e sus f u e n t e s ( e s c r i t a s y o f i c i a l e s ) , se c o n c e n t r a e n el e s t a d o ,
las i n s t i t u c i o n e s , la l u c h a s p o r el p o d e r , e t c . , e m p l e a n d o u n r e l a t o rico e n
erudición pero considerablemente desprovisto de contenido, de densidad
y de profundidad explicativa (...). Puesto q u e n o constituía n a d a m á s q u e
« u n a c r ó n i c a p e r f e c c i o n a d a d e l e s t a d o » ( P . C h a u n u , Histoire, Science so-
ciale), t a l h i s t o r i a d e b í a d e h a c e r c r i s t a l i z a r , l ó g i c a m e n t e , e n c o n t r a s u y a
al p e n s a m i e n t o d e l o s Annales, a l o s q u e s e r v í a d e a c i c a t e e n su i n t e n t o d e
definir u n a n u e v a p r á c t i c a d e la h i s t o r i a .
E n efecto, en la m e d i d a en q u e i n v o c a b a n u n a «historia a la vez ensan-
c h a d a y p r o f u n d a » ( M . B l o c h , Apologie pour l'histoire), M. Bloch y
L . F e b v r e c o n c e n t r a r o n el f u e g o d e sus críticas e n l a t r a d i c i ó n p o s i t i v i s t a
d e los L a v i s s e , S e i g n o b o s o L a n g l o i s , c o n v i r t i é n d o s e así la h i s t o r i a p o l í t i c a
e n u n a u t é n t i c o contra-modelo, en una especie de impronta en negativo d e
la nueva historia. T o m a n d o al r e s p e c t o tesis y a f o r m u l a d a s p o r F r a n c o i s Si-
m i a n d o p o r H e n r i B e r r , f u n d a d o r d e l a Revue de Synthése, M. Bloch y
L . F e b v r e , y d e s p u é s F . B r a u d e l y los p a r t i d a r i o s d e la n u e v a h i s t o r i a , p o c o
a p o c o , h i c i e r o n u n r e t r a t o t o t a l m e n t e p e y o r a t i v o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a y,
p r e c i s o es a d m i t i r l o — a l m e n o s e n los i n i c i o s — , b i e n f u n d a d o .
A s í , p u e d e d e c i r s e q u e , m o j ó n a m o j ó n , se v a n e n f r e n t a n d o l a h i s t o r i a
252
d e l o s Annales y l a h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i c i o n a l . A l l í d o n d e es p r e c i s o i n t e -
r e s a r s e p o r las e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s y el p l a z o l a r g o , la h i s t o r i a p o l í t i c a
a b o r d a t a n s ó l o l a c o y u n t u r a y l a c o n t i n g e n c i a . A l l í d o n d e es p r e c i s o c o n -
c e b i r l o s f e n ó m e n o s h i s t ó r i c o s e n f u n c i ó n d e las m a s a s , r a z o n a s e g ú n l a
l ó g i c a elitista, p s i c o l o g i z a n t e y p r o s a i c a m e n t e b i o g r á f i c a d e l o s « g r a n d e s
h o m b r e s » . A l l í d o n d e e s p r e c i s o p o n e r al d e s n u d o l o s m e c a n i s m o s e n t e r r a -
d o s , s e s u m e r g e e n u n i d e a l i s m o i n g e n u o , s e g ú n el c u a l la h i s t o r i a l a h a c e n
las i d e a s y l a v o l u n t a d d e l o s i n d i v i d u o s . A l l í d o n d e , finalmente, es p r e c i s o
desarrollar u n a a p r o x i m a c i ó n a u n a serie, se h m i t a a lo cualitativo. N a r r a -
t i v a , l i n e a l , d e s c r i p t i v a , l i m i t a d a al r e l a t o d e l a s crisis m i n i s t e r i a l e s , a los
cambios de régimen o de jefe de g o b i e r n o , se limita a peripecias superfi-
c i a l e s . . . E n s u m a , «la h i s t o r i a p o l í t i c a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , s u b j e t i v i s t a ,
psicologizante, idealista, reunía t o d o s los defectos del g é n e r o histórico cuyo
reinado una generación de historiadores pretendía clausurar, precipitando
s u c a d u c i d a d » ( R . R é m o n d , Por une histoire politique, 1988).
Sin e m b a r g o , m i r á n d o l o m á s d e c e r c a , j a m á s los i n s p i r a d o r e s d e l a h i s -
t o r i a d e l o s Annales c e r r a r o n t o t a l m e n t e la p u e r t a a l a p o s i b i l i d a d d e u n a
h i s t o r i a p o l í t i c a renovada. A s í , si b i e n F . B r a u d e l c o n s i d e r a q u e «la h i s t o -
ria p o l í t i c a n o es f o r z o s a m e n t e l a h i s t o r i a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , n i e s t á
c o n d e n a d a a s e r l o » (Écrits sur l'histoire, 1 9 6 9 ) , quizá sea M . B l o c h quien
h a l l e g a d o m á s l e j o s e n el i n t e n t o d e f u n d a r u n a h i s t o r i a p o l í t i c a d i f e r e n t e ,
c o n s u e s t u d i o s o b r e Les Rois Thaumaturges ( 1 9 2 4 ) . A n a l i z a n d o el r i t u a l
d e t o c a r a los e s c r o f u l o s o s , M . B l o c h s e e s f u e r z a e n d e l i m i t a r el c a r á c t e r
s a g r a d o d e u n p o d e r s o b e r a n o , c a p a z d e a c t u a r s o b r e la m i s m a n a t u r a l e z a :
a f i r m a , d e m a n e r a m u y significativa, « h a b e r q u e r i d o c o n t r i b u i r c o n e l l o
(...) e s e n c i a l m e n t e , a la historia política d e E u r o p a , en u n sentido a m p l i o ,
e n el v e r d a d e r o s e n t i d o d e l a p a l a b r a » . D e e s t a m a n e r a m a n i f e s t a b a q u e
la o c u l t a c i ó n p r o g r e s i v a d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a n o t e n í a n a d a d e i n e l u c t a b l e .
( A d e m á s , ¿ n o f o r m a b a p a r t e d e l c o m i t é d e r e d a c c i ó n d e l o s Annales el p o -
l i t ó l o g o A n d r é Siegfried d e s d e s u c r e a c i ó n ? . . . ) Si b i e n la r e n o v a c i ó n a p o r -
t a d a p o r l o s Annales s e d e f i n e p o r su r e c h a z o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i -
c i o n a l y e s c l e r o t i z a d a , el p r o y e c t o d e h i s t o r i a t o t a l n o e x c l u í a , e n m o d o al-
g u n o , e n p r i n c i p i o , la a m b i c i ó n d e i n t e g r a r u n a n u e v a f o r m a d e h i s t o r i a p o -
lítica, f u n d a m e n t a d a e n u n e n s a n c h a m i e n t o d e su p r o b l e m á t i c a y e n u n a
r e v i s i ó n a c t u a l i z a d a d e sus m é t o d o s . P e r o fue l a a c t i t u d d e combate que
a d o p t a r o n l o s h i s t o r i a d o r e s d e l o s Annales l o q u e a p o r t ó , p o c o a p o c o , e s t a
p o s i b i l i d a d ( v é a s e A . G a r r i g o u , « L a c o n s t r u c t i o n d e l ' o b j e t pouvoir chez
B l o c h et F e b v r e » , Politix, n ú m . 6 , 1 9 8 9 ) . D e a h í p r o v i e n e , d e h e c h o , l a p r o -
g r e s i v a r a d i c a l i z a c i ó n d e l a crítica y d e l r e c h a z o : e n l a d é c a d a d e l o s a ñ o s
3 0 , la revista incluía, significativamente, u n a despectiva sección titulada
« H i s t o i r e p o l i t i q u e et h i s t o r i s a n t e » , d e d i c a d a p a r t i c u l a r m e n t e a p u b l i c a r fe-
r o c e s i n f o r m e s d e l o s t r a b a j o s d e h i s t o r i a p o l í t i c a . . . D e s p u é s , al f e c u n d a r
los Annales, la « n u e v a h i s t o r i a » , s e d e s a r r o l l ó u n a c o n c e p c i ó n d e la «his-
t o r i a i n m ó v i l » ( E . L e R o y L a d u r i e ) , c o n v i r t i é n d o s e el h e c h o p o l í t i c o e n «el
h o r i z o n t e m u e r t o d e l d i s c u r s o a n a l i s t a » ( F . D o s s e , L'Histoire en miettes,
1 9 8 7 ) : p o r e j e m p l o , l a e n c i c l o p e d i a s o b r e La Nouvelle Histoire, publicada
e n 1 9 7 8 ( J . L e Goff, R . C h a r t i e r , J. R e v e l ) , n o i n c l u y e e n sus p á g i n a s n i n -
gún c o m e n t a r i o d e d i c a d o a la política.
P o c o a p o c o s e v a i m p o n i e n d o , m á s p r o f u n d a m e n t e a ú n , la i d e a d e q u e
n o s e t r a t a d e c r i t i c a r u n a a p r o x i m a c i ó n f a l s e a d a d e la h i s t o r i a p o l í t i c a , s i n o
253
 D e s d e e s t a p e r s p e c t i v a , y a n a d i e p u e d e p o n e r e n d u d a el é x i t o d e l a e m -
p r e s a ; pero> reconquista n o e q u i v a l e a restauración: h a b i e n d o sabido efec-
t u a r u n a amplísima m u t a c i ó n p a r a r e s p o n d e r a los múltiples desafíos q u e
se le h a b í a n h e c h o , la h i s t o r i a p o l í t i c a se h a c o n v e r t i d o e n u n a historia nue-
va, c a s i , a su m a n e r a , e n u n a historia total.
1. U N A HISTORIA POLÍTICA CONTROVERTIDA
- E n - u n artículo aparecido en 1 9 7 4 , Jacques Julliard resumía, en breves
p a l a b r a s , la s i t u a c i ó n d e la h i s t o r i a p o l í t i c a d e n t r o d e la r e c i e n t e e v o l u c i ó n
d e la investigación histórica realizada e n F r a n c i a : «La historia política tie-
n e m a l a p r e n s a e n t r e los h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s . C o n d e n a d a d e s d e h a c e
u n o s c u a r e n t a a ñ o s p o r los m e j o r e s e n t r e e l l o s , c o m o u n M a r c B l o c h o u n
L u c i e n F e b v r e , v í c t i m a d e su s o l i d a r i d a d , d e h e c h o , c o n l a s m á s t r a d i c i o -
n a l e s f o r m a s d e l a h i s t o r i o g r a f í a d e c o m i e n z o s d e siglo, t o d a v í a c o n s e r v a
h o y u n p e r f u m e L a n g l o i s - S e i g n o b o s q u e a p a r t a d e ella a los m e j o r d o t a d o s
y m á s i n n o v a d o r e s d e los j ó v e n e s h i s t o r i a d o r e s f r a n c e s e s » (Faire de l'his-
toire, t o m o I I , b a j o la d i r e c c i ó n d e J. L e G o f f y P . N o r a ) . I n d e p e n d i e n t e -
m e n t e d e l ú l t i m o p e r í o d o d e la f r a s e , q u e m e r e c e r í a s e r p a r t i c u l a r m e n t e m a -
t i z a d o r e s p e c t o a los t r a b a j o s y a e n c u r s o e n el m o m e n t o d e la r e d a c c i ó n
d e e s t a s o m b r í a c o n s t a t a c i ó n , el e s c e n a r i o d e l a e v i c c i ó n d e l a h i s t o r i a p o -
lítica se halla a q u í b o s q u e j a d o c o n t o d a s u s e q u e d a d y a m p l i t u d . P a r a c a p -
t a r la t r a m a es p r e c i s o r e c o r d a r lo q u e e r a la h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i c i o n a l y
los v i g o r o s o s r e p l a n t e a m i e n t o s d e q u e fue o b j e t o al e m e r g e r l a « e s c u e l a »
d e los Annales.
N a c i d a d e su p r o p i a h i s t o r i a , q u e la h a b í a c o n d u c i d o d e s d e las c r ó n i c a s
a p o l o g é t i c a s a la s a c r a l i z a c i ó n d e l e s t a d o m o n á r q u i c o y , d e s p u é s , a la e x a l -
t a c i ó n m i h t a n t e d e l r e p u b l i c a n i s m o , la h i s t o r i o g r a f í a d o m i n a n t e d e c o m i e n -
z o s d e siglo r e v e s t í a u n a c o l o r a c i ó n t o t a l m e n t e p o l í t i c a , y ello d e b i d o a s u
propia función política d e legitimación del p o d e r . Prisionera d e su p r o p i o
e s t a t u t o y d e sus f u e n t e s ( e s c r i t a s y o f i c i a l e s ) , se c o n c e n t r a e n el e s t a d o ,
las i n s t i t u c i o n e s , la l u c h a s p o r el p o d e r , e t c . , e m p l e a n d o u n r e l a t o rico e n
erudición pero considerablemente desprovisto de contenido, de densidad
y de profundidad explicativa (...). Puesto q u e n o constituía n a d a m á s q u e
« u n a c r ó n i c a p e r f e c c i o n a d a d e l e s t a d o » ( P . C h a u n u , Histoire, Science so-
ciale), t a l h i s t o r i a d e b í a d e h a c e r c r i s t a l i z a r , l ó g i c a m e n t e , e n c o n t r a s u y a
al p e n s a m i e n t o d e l o s Annales, a l o s q u e s e r v í a d e a c i c a t e e n su i n t e n t o d e
definir u n a n u e v a p r á c t i c a d e la h i s t o r i a .
E n efecto, en la m e d i d a en q u e i n v o c a b a n u n a «historia a la vez ensan-
c h a d a y p r o f u n d a » ( M . B l o c h , Apologie pour l'histoire), M. Bloch y
L . F e b v r e c o n c e n t r a r o n el f u e g o d e sus críticas e n l a t r a d i c i ó n p o s i t i v i s t a
d e los L a v i s s e , S e i g n o b o s o L a n g l o i s , c o n v i r t i é n d o s e así la h i s t o r i a p o l í t i c a
e n u n a u t é n t i c o contra-modelo, en una especie de impronta en negativo d e
la nueva historia. T o m a n d o al r e s p e c t o tesis y a f o r m u l a d a s p o r F r a n c o i s Si-
m i a n d o p o r H e n r i B e r r , f u n d a d o r d e l a Revue de Synthése, M. Bloch y
L . F e b v r e , y d e s p u é s F . B r a u d e l y los p a r t i d a r i o s d e la n u e v a h i s t o r i a , p o c o
a p o c o , h i c i e r o n u n r e t r a t o t o t a l m e n t e p e y o r a t i v o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a y,
p r e c i s o es a d m i t i r l o — a l m e n o s e n los i n i c i o s — , b i e n f u n d a d o .
A s í , p u e d e d e c i r s e q u e , m o j ó n a m o j ó n , se v a n e n f r e n t a n d o l a h i s t o r i a
252
d e l o s Annales y l a h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i c i o n a l . A l l í d o n d e es p r e c i s o i n t e -
r e s a r s e p o r las e s t r u c t u r a s p r o f u n d a s y el p l a z o l a r g o , la h i s t o r i a p o l í t i c a
a b o r d a t a n s ó l o l a c o y u n t u r a y l a c o n t i n g e n c i a . A l l í d o n d e es p r e c i s o c o n -
c e b i r l o s f e n ó m e n o s h i s t ó r i c o s e n f u n c i ó n d e las m a s a s , r a z o n a s e g ú n l a
l ó g i c a elitista, p s i c o l o g i z a n t e y p r o s a i c a m e n t e b i o g r á f i c a d e l o s « g r a n d e s
h o m b r e s » . A l l í d o n d e e s p r e c i s o p o n e r al d e s n u d o l o s m e c a n i s m o s e n t e r r a -
d o s , s e s u m e r g e e n u n i d e a l i s m o i n g e n u o , s e g ú n el c u a l la h i s t o r i a l a h a c e n
las i d e a s y l a v o l u n t a d d e l o s i n d i v i d u o s . A l l í d o n d e , finalmente, es p r e c i s o
desarrollar u n a a p r o x i m a c i ó n a u n a serie, se h m i t a a lo cualitativo. N a r r a -
t i v a , l i n e a l , d e s c r i p t i v a , l i m i t a d a al r e l a t o d e l a s crisis m i n i s t e r i a l e s , a los
cambios de régimen o de jefe de g o b i e r n o , se limita a peripecias superfi-
c i a l e s . . . E n s u m a , «la h i s t o r i a p o l í t i c a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , s u b j e t i v i s t a ,
psicologizante, idealista, reunía t o d o s los defectos del g é n e r o histórico cuyo
reinado una generación de historiadores pretendía clausurar, precipitando
s u c a d u c i d a d » ( R . R é m o n d , Por une histoire politique, 1988).
Sin e m b a r g o , m i r á n d o l o m á s d e c e r c a , j a m á s los i n s p i r a d o r e s d e l a h i s -
t o r i a d e l o s Annales c e r r a r o n t o t a l m e n t e la p u e r t a a l a p o s i b i l i d a d d e u n a
h i s t o r i a p o l í t i c a renovada. A s í , si b i e n F . B r a u d e l c o n s i d e r a q u e «la h i s t o -
ria p o l í t i c a n o es f o r z o s a m e n t e l a h i s t o r i a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , n i e s t á
c o n d e n a d a a s e r l o » (Écrits sur l'histoire, 1 9 6 9 ) , quizá sea M . B l o c h quien
h a l l e g a d o m á s l e j o s e n el i n t e n t o d e f u n d a r u n a h i s t o r i a p o l í t i c a d i f e r e n t e ,
c o n s u e s t u d i o s o b r e Les Rois Thaumaturges ( 1 9 2 4 ) . A n a l i z a n d o el r i t u a l
d e t o c a r a los e s c r o f u l o s o s , M . B l o c h s e e s f u e r z a e n d e l i m i t a r el c a r á c t e r
s a g r a d o d e u n p o d e r s o b e r a n o , c a p a z d e a c t u a r s o b r e la m i s m a n a t u r a l e z a :
a f i r m a , d e m a n e r a m u y significativa, « h a b e r q u e r i d o c o n t r i b u i r c o n e l l o
(...) e s e n c i a l m e n t e , a la historia política d e E u r o p a , en u n sentido a m p l i o ,
e n el v e r d a d e r o s e n t i d o d e l a p a l a b r a » . D e e s t a m a n e r a m a n i f e s t a b a q u e
la o c u l t a c i ó n p r o g r e s i v a d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a n o t e n í a n a d a d e i n e l u c t a b l e .
( A d e m á s , ¿ n o f o r m a b a p a r t e d e l c o m i t é d e r e d a c c i ó n d e l o s Annales el p o -
l i t ó l o g o A n d r é Siegfried d e s d e s u c r e a c i ó n ? . . . ) Si b i e n la r e n o v a c i ó n a p o r -
t a d a p o r l o s Annales s e d e f i n e p o r su r e c h a z o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i -
c i o n a l y e s c l e r o t i z a d a , el p r o y e c t o d e h i s t o r i a t o t a l n o e x c l u í a , e n m o d o al-
g u n o , e n p r i n c i p i o , la a m b i c i ó n d e i n t e g r a r u n a n u e v a f o r m a d e h i s t o r i a p o -
lítica, f u n d a m e n t a d a e n u n e n s a n c h a m i e n t o d e su p r o b l e m á t i c a y e n u n a
r e v i s i ó n a c t u a l i z a d a d e sus m é t o d o s . P e r o fue l a a c t i t u d d e combate que
a d o p t a r o n l o s h i s t o r i a d o r e s d e l o s Annales l o q u e a p o r t ó , p o c o a p o c o , e s t a
p o s i b i l i d a d ( v é a s e A . G a r r i g o u , « L a c o n s t r u c t i o n d e l ' o b j e t pouvoir chez
B l o c h et F e b v r e » , Politix, n ú m . 6 , 1 9 8 9 ) . D e a h í p r o v i e n e , d e h e c h o , l a p r o -
g r e s i v a r a d i c a l i z a c i ó n d e l a crítica y d e l r e c h a z o : e n l a d é c a d a d e l o s a ñ o s
3 0 , la revista incluía, significativamente, u n a despectiva sección titulada
« H i s t o i r e p o l i t i q u e et h i s t o r i s a n t e » , d e d i c a d a p a r t i c u l a r m e n t e a p u b l i c a r fe-
r o c e s i n f o r m e s d e l o s t r a b a j o s d e h i s t o r i a p o l í t i c a . . . D e s p u é s , al f e c u n d a r
los Annales, la « n u e v a h i s t o r i a » , s e d e s a r r o l l ó u n a c o n c e p c i ó n d e la «his-
t o r i a i n m ó v i l » ( E . L e R o y L a d u r i e ) , c o n v i r t i é n d o s e el h e c h o p o l í t i c o e n «el
h o r i z o n t e m u e r t o d e l d i s c u r s o a n a l i s t a » ( F . D o s s e , L'Histoire en miettes,
1 9 8 7 ) : p o r e j e m p l o , l a e n c i c l o p e d i a s o b r e La Nouvelle Histoire, publicada
e n 1 9 7 8 ( J . L e Goff, R . C h a r t i e r , J. R e v e l ) , n o i n c l u y e e n sus p á g i n a s n i n -
gún c o m e n t a r i o d e d i c a d o a la política.
P o c o a p o c o s e v a i m p o n i e n d o , m á s p r o f u n d a m e n t e a ú n , la i d e a d e q u e
n o s e t r a t a d e c r i t i c a r u n a a p r o x i m a c i ó n f a l s e a d a d e la h i s t o r i a p o l í t i c a , s i n o
253
d e r e c h a z a r el_ hecho en sí, d e r e c o n o c e r s u i m p o r t a n c i a a los f e n ó m e n o s
p o l í t i c o s . E n e f e c t o , p u e s t o q u e el ritmo d e los c a m b i o s o b e d e c e a u n o s ci-
clos, q u e e x c e d e n a l a d u r a c i ó n d e u n a v i d a (la « l a r g a d u r a c i ó n » d e B r a u -
d e l ) , los h o m b r e s s o n j u g u e t e s d e f u e r z a s q u e los s u p e r a n : b a j o l a d o b l e
influencia del m a r x i s m o y d e la tradición sociológica q u e sigue los pasos d e
D u r k h e i m , l o s h i s t o r i a d o r e s d e los Annales c o n c i b e n la v i d a p o l í t i c a c o m o
u n s i m p l e reflejo, d e s p r o v i s t o d e a u t o n o m í a y r e a l i d a d p r o p i a s . D e s d e e n -
t o n c e s n o se. p u e d e v e r e n ella u n e l e m e n t o d e v e r d a d e r a c a u s a l i d a d h i s t ó -
rica, n i u n o b j e t o d i g n o d e i n t e r é s : p a r a L . F e b v r e , la h i s t o r i a p o l í t i c a t a n
sólo p r e s e n t a «una historia d e superficie. U n a e s p u m a . U n a s olas con cres-
t a s q u e a n i m a n s u p e r f i c i a l m e n t e el p o d e r o s o m o v i m i e n t o r e s p i r a t o r i o d e l a
m a s a o c e á n i c a » ( i n f o r m e d e la t e s i s d e F . B r a u d e l a p r o p ó s i t o d e La Me-
diterranée au temps de Philippe II, Revue Historique, 1950).
2. LOS HOMBRES Y LOS LUGARES DE LA RENOVACIÓN
Sospechosa, a t a c a d a y desacreditada, la historia política n o h a d e s a p a -
r e c i d o , sin e m b a r g o , d e l a e s c e n a h i s t o r i o g r á f i c a f r a n c e s a . S i n d u d a c o n -
s e r v ó d u r a n t e m u c h o t i e m p o su p r e e m i n e n c i a , f r e c u e n t e m e n t e b a j o s u v e r -
t i e n t e m á s t r a d i c i o n a l , e n l a c o n c e p c i ó n d e los p r o g r a m a s e s c o l a r e s , c o n -
f o r m a n d o — a l m e n o s h a s t a l o s a ñ o s 7 0 — u n a p a r t e d e la i d e n t i d a d c o l e c -
tiva. P e r o h u b o algunos p i o n e r o s q u e s u p i e r o n descifrar y e n r i q u e c e r en-
s e g u i d a n u e v o s c a m p o s , r e n o v a n d o el p a t r i m o n i o d e los h i s t o r i a d o r e s d e l
hecho político.
I n c l u s o a n t e s d e l a i r r u p c i ó n d e l m o v i m i e n t o d e los Annales, ya están
s e m b r a d o s , d e h e c h o , los g é r m e n e s de u n a historia política diferente. L o s
t r a b a j o s d e G e o r g e s W e i l l s o b r e el c a t o l i c i s m o l i b e r a l , s o b r e la h i s t o r i a d e
l a i d e a l a i c a , o q u i z á m e j o r a ú n s u Histoire du parti républicain en France
(1900) p o n e n las b a s e s d e u n a h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a e n r a i z a d a e n la d u -
r a c i ó n , i n s i s t i e n d o e s p e c i a l m e n t e s o b r e l a p e r e n n i d a d y el p e s o d e los fe-
n ó m e n o s i d e o l ó g i c o s e n la v i d a p o l í t i c a . L a s p r o p i a s i n v e s t i g a c i o n e s d e
C h . S e i g n o b o s , q u e f u e , sin e m b a r g o , u n o d e l o s b l a n c o s f a v o r i t o s d e l o s
a d v e r s a r i o s d e la h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i c i o n a l , d e s a r r o l l a n l a i n t u i c i ó n d e la
existencia d e actitudes políticas regionales específicas y d u r a d e r a s y, en este
s e n t i d o , f e c u n d a n el e s t u d i o d e las c o n s u l t a s e l e c t o r a l e s . E m e r g e p r i n c i p a l -
m e n t e c o n A n d r é Siegfried, c u y o Tableau politique de la France de l'Ouest
sous la Troisiéme République (1913) i n a u g u r a las i n v e s t i g a c i o n e s d e la g e o -
grafía e l e c t o r a l , o b s e r v a n d o el j u e g o d e l o s d i v e r s o s f a c t o r e s q u e d e t e r m i -
n a n las v o t a c i o n e s ( e s t r u c t u r a s g e o g r á f i c a s y s o c i a l e s , p a r á m e t r o s c u l t u r a -
les y r e l i g i o s o s , f e n ó m e n o s d e i m p l a n t a c i ó n l o c a l , e t c . ) . A c o n t i n u a c i ó n , es
l a h i s t o r i a d e las i d e a s l a q u e m a n t i e n e , a su v e z , la a n t o r c h a d e l a h i s t o r i a
p o l í t i c a : A l b e r t T h i b a u d e t , e n el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a s (La République
desprofesseurs, Les ideespolitiques de la France), d e l i m i t a las l í n e a s m a e s -
t r a s d e l t i e m p o p r e s e n t e ; J e a n - J a c q u e s C h e v a l i e r (Les grandes oeuvres po-
litiques, de Machiavel á nos jours), p r o f e s o r d e S c i e n c e s P o e n t r e 1943 y
1 9 6 5 , d e s a r r o l l a t o d o su c o n o c i m i e n t o d e la p e d a g o g í a p a r a b o s q u e j a r , e n
s í n t e s i s , u n v a s t o fresco d e l e n c a d e n a m i e n t o d e las t e o r í a s p o l í t i c a s e n la
historia.
P e r o , a c o n t i n u a c i ó n , c o r r e s p o n d e a n t e t o d o a R e n e R é m o n d el p a p e l
254
p r i n c i p a l e n la r e n o v a c i ó n d e la h i s t o r i a p o l í t i c a d e s p u é s d e l a S e g u n d a
G u e r r a M u n d i a l , p r i n c i p a l m e n t e c o n l a a p a r i c i ó n d e La droite en France
( r e e d i t a d a y p u e s t a al d í a e n 1 9 8 2 c o n el t í t u l o Les droites en France). En
e s t e l i b r o d e c i s i v o , la h i s t o r i a p o l í t i c a r o m p e d e f i n i t i v a m e n t e c o n la c r ó n i c a
d e los a c o n t e c i m i e n t o s , y «asimila, d e g o l p e , lo m e j o r de los c o m b a t e s d e
l o s Annales ( J . P . R i o u x , e n M . G u i l l a u m e , L'état des sciences sociales en
France, 1 9 8 6 ) . C o n v e r t i d o e n c l á s i c o e n t r e l o s c l á s i c o s , el l i b r o d e R . R é -
m o n d o f r e c e u n a v i s i ó n d e l a r g a d u r a c i ó n d e l a h i s t o r i a d e las f a m i l i a s
p o l í t i c a s , d e s d e la R e v o l u c i ó n h a s t a n u e s t r o s d í a s , f u n d a m e n t a d a e n la
distinción, a partir d e e n t o n c e s b i e n c o n o c i d a , e n t r e tres tradiciones distin-
tas: la d e r e c h a «orleanista», c o n s e r v a d o r a y liberal; lá d e r e c h a legitimista,
tradicionalista y r e a c c i o n a r i a ; la d e r e c h a « b o n a p a r t i s t a » , populista, q u e p r e -
c o n i z a u n a d e m o c r a c i a p l e b i s c i t a r i a y a u t o r i t a r i a . C o n s t i t u y e , p o r el e x a -
m e n d e sus f u n d a m e n t o s i d e o l ó g i c o s y s o c i o l ó g i c o s , d e su i m p l a n t a c i ó n e s -
p a c i a l , d e sus f o r m a s d e e x p r e s i ó n y o r g a n i z a c i ó n , d e sus r e a c c i o n e s a n t e
el a c o n t e c i m i e n t o y s u s e v o l u c i o n e s , e t c . , u n a a p r o x i m a c i ó n global a l o s
c o m p o n e n t e s d e la d e r e c h a francesa q u e se efectúa a b r i e n d o p a s o a u n a
n u e v a visión de la historia política.
D e s d e e n t o n c e s se v a c o n s t i t u y e n d o , p o c o a p o c o , g e n e r a l m e n t e e n t o r -
n o d e R . R é m o n d q u e e j e r c e u n a función, c e n t r a l c o m o i n s p i r a d o r y a n i -
m a d o r , u n a n u e v a f a m i l i a d e h i s t o r i a d o r e s d e l a p o l í t i c a , c u y a g e o g r a f í a se
estructura principalmente con arreglo a dos polos con frecuencia asociados,
d e u n a p a r t e el b i n o m i o F o n d a t i o n N a t i o n a l e d e s S c i e n c e s P o l i t i q u e s - I n s -
titut d ' E t u d e s Politiques y, d e o t r a p a r t e , la U n i v e r s i d a d d e París X , N a n -
t e r r e ( P . N o r a o J. Julliard, a m b o s directores d e la É c o l e des H a u t e s É t u -
d e s e n Sciences Sociales, ilustran la posibilidad d e configuraciones diferen-
tes, a u n q u e — c u a n t i t a t i v a m e n t e — siguen siendo secundarias). M á s recien-
t e m e n t e , u n n u e v o f o c o h a v e n i d o a u n i r s e , p a r c i a l m e n t e , a los o t r o s d o s ,
c o n l a c r e a c i ó n d e l I n s t i t u í d ' H i s t o i r e d u T e m p s P r é s e n t ( I H T P ) p o r el
C N R S , a n i m a d o p o r su director F . B é d a r i d a y p o r J . - P . R i o u x , r e d a c t o r
j e f e d e u n a n u e v a r e v i s t a , f u n d a d a e n 1 9 8 4 , Vingtiéme siécle. Revue d'his-
toire. A f i r m a n d o s u v o l u n t a d d e a b o r d a r sin d i s t i n c i o n e s t o d a s las f a c e t a s
d e l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a , n o d e j a d e e x p r e s a r , y a d e s d e el p r i n c i p i o , su
d e c i s i ó n d e o t o r g a r « e s p e c i a l a t e n c i ó n a las d e c a r á c t e r p o l í t i c o e i d e o l ó g i -
c o q u e a d q u i r i e r o n , a p a r t i r d e l a i r r u p c i ó n d e las m a s a s y d e l o s s i s t e m a s
c e r r a d o s , su p r o p i a d e n s i d a d y su a u t o n o m í a ( « D é c l a r a t i o n de naissance»,
n ú m . 1, 1 9 8 4 ) .
E n 1 9 8 8 , al c o n f l u i r e s t o s c e n t r o s d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a , u n l i b r o d a b a
testimonio del dinamismo colectivo cristalizado en t o r n o a R. R é m o n d :
Pour une histoire politique. D i r i g i d o p o r el p r o p i o R . R é m o n d , « e s t e l i b r o
n o es, p r o p i a m e n t e h a b l a n d o , u n manifiesto» (introducción colectiva), sino
el f r u t o d e la « s o r p r e s a » (ibíd.) d e sus a u t o r e s a n t e l a f o r m a e x c e s i v a m e n t e
c a r i c a t u r e s c a , e n su o p i n i ó n , d e p r e s e n t a r l a h i s t o r i a p o l í t i c a . R e u n i e n d o
l a s a p o r t a c i o n e s d e d i v e r s o s e s p e c i a l i s t a s , S. B e r s t e i n , J . - P . R i o u x ,
J.-J. Becker, M . W i n o k , A . Prost, P. Milza, J.-P. A z é m a , etc., la o b r a pre-
t e n d e p r o p o n e r u n b a l a n c e p r o s p e c t i v o d e las n u m e r o s a s a p o r t a c i o n e s d e
u n a « h i s t o r i a p o l í t i c a r e j u v e n e c i d a ( q u e ) e n c u e n t r a t o d a s sus v i r t u d e s e n
u n a m b i e n t e científico q u e h a c a m b i a d o c o m p l e t a m e n t e e n los d o s ú l t i m o s
d e c e n i o s » (ibíd.), a f i r m a n d o c o n e l l o l a r i q u e z a y — s o b r e t o d o — la v a l i d e z
d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a . E n c i e r t a m a n e r a , s e p u e d e v e r e n ello u n a e s p e c i e
255
d e r e c h a z a r el_ hecho en sí, d e r e c o n o c e r s u i m p o r t a n c i a a los f e n ó m e n o s
p o l í t i c o s . E n e f e c t o , p u e s t o q u e el ritmo d e los c a m b i o s o b e d e c e a u n o s ci-
clos, q u e e x c e d e n a l a d u r a c i ó n d e u n a v i d a (la « l a r g a d u r a c i ó n » d e B r a u -
d e l ) , los h o m b r e s s o n j u g u e t e s d e f u e r z a s q u e los s u p e r a n : b a j o l a d o b l e
influencia del m a r x i s m o y d e la tradición sociológica q u e sigue los pasos d e
D u r k h e i m , l o s h i s t o r i a d o r e s d e los Annales c o n c i b e n la v i d a p o l í t i c a c o m o
u n s i m p l e reflejo, d e s p r o v i s t o d e a u t o n o m í a y r e a l i d a d p r o p i a s . D e s d e e n -
t o n c e s n o se. p u e d e v e r e n ella u n e l e m e n t o d e v e r d a d e r a c a u s a l i d a d h i s t ó -
rica, n i u n o b j e t o d i g n o d e i n t e r é s : p a r a L . F e b v r e , la h i s t o r i a p o l í t i c a t a n
sólo p r e s e n t a «una historia d e superficie. U n a e s p u m a . U n a s olas con cres-
t a s q u e a n i m a n s u p e r f i c i a l m e n t e el p o d e r o s o m o v i m i e n t o r e s p i r a t o r i o d e l a
m a s a o c e á n i c a » ( i n f o r m e d e la t e s i s d e F . B r a u d e l a p r o p ó s i t o d e La Me-
diterranée au temps de Philippe II, Revue Historique, 1950).
2. LOS HOMBRES Y LOS LUGARES DE LA RENOVACIÓN
Sospechosa, a t a c a d a y desacreditada, la historia política n o h a d e s a p a -
r e c i d o , sin e m b a r g o , d e l a e s c e n a h i s t o r i o g r á f i c a f r a n c e s a . S i n d u d a c o n -
s e r v ó d u r a n t e m u c h o t i e m p o su p r e e m i n e n c i a , f r e c u e n t e m e n t e b a j o s u v e r -
t i e n t e m á s t r a d i c i o n a l , e n l a c o n c e p c i ó n d e los p r o g r a m a s e s c o l a r e s , c o n -
f o r m a n d o — a l m e n o s h a s t a l o s a ñ o s 7 0 — u n a p a r t e d e la i d e n t i d a d c o l e c -
tiva. P e r o h u b o algunos p i o n e r o s q u e s u p i e r o n descifrar y e n r i q u e c e r en-
s e g u i d a n u e v o s c a m p o s , r e n o v a n d o el p a t r i m o n i o d e los h i s t o r i a d o r e s d e l
hecho político.
I n c l u s o a n t e s d e l a i r r u p c i ó n d e l m o v i m i e n t o d e los Annales, ya están
s e m b r a d o s , d e h e c h o , los g é r m e n e s de u n a historia política diferente. L o s
t r a b a j o s d e G e o r g e s W e i l l s o b r e el c a t o l i c i s m o l i b e r a l , s o b r e la h i s t o r i a d e
l a i d e a l a i c a , o q u i z á m e j o r a ú n s u Histoire du parti républicain en France
(1900) p o n e n las b a s e s d e u n a h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a e n r a i z a d a e n la d u -
r a c i ó n , i n s i s t i e n d o e s p e c i a l m e n t e s o b r e l a p e r e n n i d a d y el p e s o d e los fe-
n ó m e n o s i d e o l ó g i c o s e n la v i d a p o l í t i c a . L a s p r o p i a s i n v e s t i g a c i o n e s d e
C h . S e i g n o b o s , q u e f u e , sin e m b a r g o , u n o d e l o s b l a n c o s f a v o r i t o s d e l o s
a d v e r s a r i o s d e la h i s t o r i a p o l í t i c a t r a d i c i o n a l , d e s a r r o l l a n l a i n t u i c i ó n d e la
existencia d e actitudes políticas regionales específicas y d u r a d e r a s y, en este
s e n t i d o , f e c u n d a n el e s t u d i o d e las c o n s u l t a s e l e c t o r a l e s . E m e r g e p r i n c i p a l -
m e n t e c o n A n d r é Siegfried, c u y o Tableau politique de la France de l'Ouest
sous la Troisiéme République (1913) i n a u g u r a las i n v e s t i g a c i o n e s d e la g e o -
grafía e l e c t o r a l , o b s e r v a n d o el j u e g o d e l o s d i v e r s o s f a c t o r e s q u e d e t e r m i -
n a n las v o t a c i o n e s ( e s t r u c t u r a s g e o g r á f i c a s y s o c i a l e s , p a r á m e t r o s c u l t u r a -
les y r e l i g i o s o s , f e n ó m e n o s d e i m p l a n t a c i ó n l o c a l , e t c . ) . A c o n t i n u a c i ó n , es
l a h i s t o r i a d e las i d e a s l a q u e m a n t i e n e , a su v e z , la a n t o r c h a d e l a h i s t o r i a
p o l í t i c a : A l b e r t T h i b a u d e t , e n el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a s (La République
desprofesseurs, Les ideespolitiques de la France), d e l i m i t a las l í n e a s m a e s -
t r a s d e l t i e m p o p r e s e n t e ; J e a n - J a c q u e s C h e v a l i e r (Les grandes oeuvres po-
litiques, de Machiavel á nos jours), p r o f e s o r d e S c i e n c e s P o e n t r e 1943 y
1 9 6 5 , d e s a r r o l l a t o d o su c o n o c i m i e n t o d e la p e d a g o g í a p a r a b o s q u e j a r , e n
s í n t e s i s , u n v a s t o fresco d e l e n c a d e n a m i e n t o d e las t e o r í a s p o l í t i c a s e n la
historia.
P e r o , a c o n t i n u a c i ó n , c o r r e s p o n d e a n t e t o d o a R e n e R é m o n d el p a p e l
254
p r i n c i p a l e n la r e n o v a c i ó n d e la h i s t o r i a p o l í t i c a d e s p u é s d e l a S e g u n d a
G u e r r a M u n d i a l , p r i n c i p a l m e n t e c o n l a a p a r i c i ó n d e La droite en France
( r e e d i t a d a y p u e s t a al d í a e n 1 9 8 2 c o n el t í t u l o Les droites en France). En
e s t e l i b r o d e c i s i v o , la h i s t o r i a p o l í t i c a r o m p e d e f i n i t i v a m e n t e c o n la c r ó n i c a
d e los a c o n t e c i m i e n t o s , y «asimila, d e g o l p e , lo m e j o r de los c o m b a t e s d e
l o s Annales ( J . P . R i o u x , e n M . G u i l l a u m e , L'état des sciences sociales en
France, 1 9 8 6 ) . C o n v e r t i d o e n c l á s i c o e n t r e l o s c l á s i c o s , el l i b r o d e R . R é -
m o n d o f r e c e u n a v i s i ó n d e l a r g a d u r a c i ó n d e l a h i s t o r i a d e las f a m i l i a s
p o l í t i c a s , d e s d e la R e v o l u c i ó n h a s t a n u e s t r o s d í a s , f u n d a m e n t a d a e n la
distinción, a partir d e e n t o n c e s b i e n c o n o c i d a , e n t r e tres tradiciones distin-
tas: la d e r e c h a «orleanista», c o n s e r v a d o r a y liberal; lá d e r e c h a legitimista,
tradicionalista y r e a c c i o n a r i a ; la d e r e c h a « b o n a p a r t i s t a » , populista, q u e p r e -
c o n i z a u n a d e m o c r a c i a p l e b i s c i t a r i a y a u t o r i t a r i a . C o n s t i t u y e , p o r el e x a -
m e n d e sus f u n d a m e n t o s i d e o l ó g i c o s y s o c i o l ó g i c o s , d e su i m p l a n t a c i ó n e s -
p a c i a l , d e sus f o r m a s d e e x p r e s i ó n y o r g a n i z a c i ó n , d e sus r e a c c i o n e s a n t e
el a c o n t e c i m i e n t o y s u s e v o l u c i o n e s , e t c . , u n a a p r o x i m a c i ó n global a l o s
c o m p o n e n t e s d e la d e r e c h a francesa q u e se efectúa a b r i e n d o p a s o a u n a
n u e v a visión de la historia política.
D e s d e e n t o n c e s se v a c o n s t i t u y e n d o , p o c o a p o c o , g e n e r a l m e n t e e n t o r -
n o d e R . R é m o n d q u e e j e r c e u n a función, c e n t r a l c o m o i n s p i r a d o r y a n i -
m a d o r , u n a n u e v a f a m i l i a d e h i s t o r i a d o r e s d e l a p o l í t i c a , c u y a g e o g r a f í a se
estructura principalmente con arreglo a dos polos con frecuencia asociados,
d e u n a p a r t e el b i n o m i o F o n d a t i o n N a t i o n a l e d e s S c i e n c e s P o l i t i q u e s - I n s -
titut d ' E t u d e s Politiques y, d e o t r a p a r t e , la U n i v e r s i d a d d e París X , N a n -
t e r r e ( P . N o r a o J. Julliard, a m b o s directores d e la É c o l e des H a u t e s É t u -
d e s e n Sciences Sociales, ilustran la posibilidad d e configuraciones diferen-
tes, a u n q u e — c u a n t i t a t i v a m e n t e — siguen siendo secundarias). M á s recien-
t e m e n t e , u n n u e v o f o c o h a v e n i d o a u n i r s e , p a r c i a l m e n t e , a los o t r o s d o s ,
c o n l a c r e a c i ó n d e l I n s t i t u í d ' H i s t o i r e d u T e m p s P r é s e n t ( I H T P ) p o r el
C N R S , a n i m a d o p o r su director F . B é d a r i d a y p o r J . - P . R i o u x , r e d a c t o r
j e f e d e u n a n u e v a r e v i s t a , f u n d a d a e n 1 9 8 4 , Vingtiéme siécle. Revue d'his-
toire. A f i r m a n d o s u v o l u n t a d d e a b o r d a r sin d i s t i n c i o n e s t o d a s las f a c e t a s
d e l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a , n o d e j a d e e x p r e s a r , y a d e s d e el p r i n c i p i o , su
d e c i s i ó n d e o t o r g a r « e s p e c i a l a t e n c i ó n a las d e c a r á c t e r p o l í t i c o e i d e o l ó g i -
c o q u e a d q u i r i e r o n , a p a r t i r d e l a i r r u p c i ó n d e las m a s a s y d e l o s s i s t e m a s
c e r r a d o s , su p r o p i a d e n s i d a d y su a u t o n o m í a ( « D é c l a r a t i o n de naissance»,
n ú m . 1, 1 9 8 4 ) .
E n 1 9 8 8 , al c o n f l u i r e s t o s c e n t r o s d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a , u n l i b r o d a b a
testimonio del dinamismo colectivo cristalizado en t o r n o a R. R é m o n d :
Pour une histoire politique. D i r i g i d o p o r el p r o p i o R . R é m o n d , « e s t e l i b r o
n o es, p r o p i a m e n t e h a b l a n d o , u n manifiesto» (introducción colectiva), sino
el f r u t o d e la « s o r p r e s a » (ibíd.) d e sus a u t o r e s a n t e l a f o r m a e x c e s i v a m e n t e
c a r i c a t u r e s c a , e n su o p i n i ó n , d e p r e s e n t a r l a h i s t o r i a p o l í t i c a . R e u n i e n d o
l a s a p o r t a c i o n e s d e d i v e r s o s e s p e c i a l i s t a s , S. B e r s t e i n , J . - P . R i o u x ,
J.-J. Becker, M . W i n o k , A . Prost, P. Milza, J.-P. A z é m a , etc., la o b r a pre-
t e n d e p r o p o n e r u n b a l a n c e p r o s p e c t i v o d e las n u m e r o s a s a p o r t a c i o n e s d e
u n a « h i s t o r i a p o l í t i c a r e j u v e n e c i d a ( q u e ) e n c u e n t r a t o d a s sus v i r t u d e s e n
u n a m b i e n t e científico q u e h a c a m b i a d o c o m p l e t a m e n t e e n los d o s ú l t i m o s
d e c e n i o s » (ibíd.), a f i r m a n d o c o n e l l o l a r i q u e z a y — s o b r e t o d o — la v a l i d e z
d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a . E n c i e r t a m a n e r a , s e p u e d e v e r e n ello u n a e s p e c i e
255
d e e q u i v a l e n t e , e n r e l a c i ó n a la h i s t o r i a p o l í t i c a , d e lo q u e f u e r o n las sín-
tesis h i s t o r i o g r á f i c a s d e l o s a ñ o s s e t e n t a s o b r e la n u e v a h i s t o r i a (Faire de
l'Histoire, J. L e Goff, R . C h a r t i e r y J . R e v e l ) y, e n e s t e s e n t i d o , l e e r la
h u e l l a , si n o d e u n a i n v e r s i ó n q u e n a d i e r e i v i n d i c a , al m e n o s d e u n a r e n i -
v e l a c i ó n y ( r e ) l e g i t i m a c i ó n d e las p e r s p e c t i v a s d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a .
3. L A S RAÍCES DEL RETORNO D E LA HISTORIA POLÍTICA
A título anecdótico, p e r o n o obstante r e v e l a d o r , p u e d e s o r p r e n d e r o b -
s e r v a r la e v o l u c i ó n d e las c u e s t i o n e s d e l p r o g r a m a d e h i s t o r i a c o n t e m p o r á -
n e a d e la agregation d e h i s t o r i a : si, e n 1982 y 1 9 8 3 , los c a n d i d a t o s d e b í a n
t r a b a j a r s o b r e «la e v o l u c i ó n e c o n ó m i c a d e F r a n c i a , d e A l e m a n i a , R u s i a o
d é l o s E s t a d o s U n i d o s d e s d e 1850 a 1914», e n 1984 y 1985 se les p e d í a , e n
c a m b i o , d e c a n t a r s e h a c i a «la v i d a p o l í t i c a d e F r a n c i a , d e la A l e m a n i a F e -
d e r a l o d e G r a n B r e t a ñ a d e 1945 a 1 9 6 9 » . . . ¿ N o s u p o n e e l l o , al m e n o s d e
f o r m a s i m b ó l i c a , u n i m p o r t a n t e r e m o z a m i e n t o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a ? D e
h e c h o , d o s series d e p a r á m e t r o s d a n c u e n t a d e e s t e r e t o r n o : d e u n a p a r t e ,
u n o s f a c t o r e s e x ó g e n o s , p r o p i o s d e la e v o l u c i ó n d e las r e a c c i o n e s y c o m -
p o r t a m i e n t o s r e s p e c t o a la d i m e n s i ó n p o l í t i c a d e l a h i s t o r i a , y , d e o t r a p a r -
t e , u n o s f a c t o r e s e n d ó g e n o s , l i g a d o s a l a s m e t a m o r f o s i s d e la p r o d u c c i ó n
historiográfica.
E n el t e r r e n o d e las d e t e r m i n a c i o n e s e x t r a - h i s t ó r i c a s , J. J u l l i a r d insistía
d e s d e 1974 ( e n Faire de l'Histoire) s o b r e el f e n ó m e n o d e l p r o g r e s i v o en-
sanchamiento d e la n o c i ó n d e l h e c h o p o l í t i c o , d e b i d o al p e s o , c a d a v e z m á s
g r a n d e , a d q u i r i d o p o r la d i l a t a d a e s f e r a p o l í t i c a e n las s o c i e d a d e s c o n t e m -
p o r á n e a s («política e c o n ó m i c a » , «política cultural», «política familiar»,
e t c . ) . M á s r e c i e n t e m e n t e (Pour une histoire politique), R. R é m o n d hace,
a su v e z , u n r a z o n a m i e n t o s i m i l a r : el r e t o r n o d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a es el
r e s u l t a d o d e la h i s t o r i a p r ó x i m a q u e h a d e m o s t r a d o l a a u t o n o m í a y l a p r e -
p o n d e r a n c i a d e lo p o l í t i c o e n m u c h í s i m o s d o m i n i o s , t a n t o p o r la i r r u p c i ó n
d e l a c o n t e c i m i e n t o e n el d e v e n i r c o l e c t i v o ( p o r e j e m p l o , el i m p a c t o d e las
g u e r r a s ) c o m o p o r el a c r e c e n t a m i e n t o d e l c a m p o d e i n t e r v e n c i ó n d e l o s e s -
t a d o s , c o m o p o r la c r e c i e n t e p o l i t i z a c i ó n d e s i t u a c i o n e s e n o t r o t i e m p o a p o -
líticas (la e c o l o g í a , p o r e j e m p l o ) . A d e m á s , t a n t o lo u n o c o m o l o o t r o d e -
n o t a n la p é r d i d a d e i n f l u e n c i a d e l o s m o d e l o s d e a n á l i s i s m a r x i s t a : c a e n e n
d e s u s o , f a v o r e c i e n d o a s í el ( r e ) d e s c u b r i m i e n t o d e l o s f a c t o r e s específica-
m e n t e p o l í t i c o s , las t e s i s , s e g ú n las c u a l e s la p o l í t i c a c o n s t i t u i r í a t a n s ó l o ,
e n el m e j o r d e los c a s o s , u n s i m p l e r e f l e j o , y , e n el p e o r , u n p o b r e c a m u -
flaje d e las i n f r a - e s t r u c t u r a s s o c i o - e c o n ó m i c a s , d e t e r m i n a d a s e n ú l t i m a i n s -
tancia.
I n e v i t a b l e m e n t e , t a l t e n d e n c i a se t r a d u c e p r o g r e s i v a m e n t e e n las c i e n -
cias s o c i a l e s . C o m o lo a p u n t a M a r c e l G a u c h e t : « L a o r g a n i z a c i ó n i n t e l e c -
t u a l del c a m p o d e las c i e n c i a s s o c i a l e s e n el c é n i t d e s u e x p a n s i ó n , a finales
d e los a ñ o s 60 y c o m i e n z o s d e l o s 7 0 , p o d r í a s e r e s q u e m á t i c a m e n t e d e s c r i -
t a c o m o u n s i s t e m a q u e a b a r c a t r e s g r a n d e s t é r m i n o s : la l i n g ü í s t i c a , u n a d i s -
c i p l i n a m o d e l o , p o r t a d o r a d e la e s p e r a n z a d e u n a s e m i o l o g í a u m f i c a d o r a ;
l a sociología y la e t n o l o g í a , d o s d i s c i p l i n a s r e i n a s e n el p l a n o d e las apli-
c a c i o n e s ; y d o s t e o r í a s d e r e f e r e n c i a , el m a r x i s m o y el p s i c o a n á l i s i s . U n m i s -
m o p a r a d i g m a h e g e m ó n i c o a s e g u r a la a r t i c u l a c i ó n d e l c o n j u n t o : el p a r a -
256
d i g m a crítico, q u e t i e n e su e x p r e s i ó n filosófica e n el p e n s a m i e n t o d e l a sos-
pecha» ( « C h a n g e m e n t d e p a r a d i g m e e n s c i e n c e s s o c i a l e s ? » , Le Débat, n ú m .
50, 1988). E n este sistema intelectual y científico, hallaba su lugar n a t u r a l
u n a h i s t o r i a b a s a d a e n las s e r i e s , d e d i c a d a a los ciclos d e l a r g a d u r a c i ó n y
a las grandes masas e c o n ó m i c a s y sociales, a b s o l u t a m e n t e contraria a u n a
h i s t o r i a poh'tica, t o d a v í a a c u s a d a d e d e c a n t a r s e s o s p e c h o s a m e n t e h a c i a l o s
acontecimientos, y falaz, a causa d e su v o l u n t a d de atribuir un cierto p e s o
a la política... P e r o l e n t a m e n t e h a i d o a p a r e c i e n d o u n « c a m b i o d e p a r a d i g -
m a » (ibíd.), d i s t i n g u i d o p o r el r e t o r n o d e l a c o n c i e n c i a ( . . . ) y l a r e h a b i l i -
t a c i ó n d e l a p a r t e e x p l í c i t a y r e f l e x i o n a d a d e l a a c c i ó n » (ibíd.) ( v é a s e , p o r
e j e m p l o , A . R a n a u t , L'Ere des individus, 1989). D o s razones explican este
h e c h o : d e u n a p a r t e , l a crisis d e l o s a ñ o s 7 0 - 8 0 , q u e s u p u s o , a n t e u n p r e -
sente decepcionante y u n futuro imprevisible, u n a u m e n t o del interés por
l a h i s t o r i a , y, d e o t r a p a r t e , el h u n d i m i e n t o d e t o d a s las e s c a t o l o g í a s r e v o -
l u c i o n a r i a s c o n f u n d a m e n t o s m á s o m e n o s m e c a n i c i s t a s , lo q u e i n d u c e a-in-
t e r r o g a r s e s o b r e el i n d i v i d u o y l a c o n t i n g e n c i a . D e e s t a m a n e r a , « e s a figu-
ra general de un devenir, resultado de largas necesidades y de reorienta-
ciones contingentes, se va a convertir enseguida en u n o b j e t o privilegiado:
la historia política occidental» (ibíd.).
E n la c o n f l u e n c i a d e t a l e s c a m b i o s c u l t u r a l e s , i n t e l e c t u a l e s y científi-
c o s , s e h a l l a f i n a l m e n t e la d e f i n i c i ó n m i s m a d e l a e s f e r a p o l í t i c a q u e s e h a
t r a n s f o r m a d o . A l r e s p e c t o , el p a s o s e m á n t i c o d e «la» p o l í t i c a h a c i a «el» h e -
c h o p o l í t i c o p u e d e p e r c i b i r s e c o m o u n h e c h o r e v e l a d o r : a la política, acti-
v i d a d específica y — a p a r e n t e m e n t e — b i e n d e l i m i t a d a , se a g r e g a el hecho
político, c a m p o e n g l o b a d o r y p o l i m o r f o , a b i e r t o a t o d a s las o r i l l a s d e l a g e s -
t i ó n d e l o r e a l y d e las r e l a c i o n e s d e p o d e r q u e a q u é l l a c r i s t a l i z a . ¿ N o in-
t e g r a , p o r e j e m p l o , e n sus p á g i n a s , siguiendo la línea d e los m a n u a l e s d e
h i s t o r i a d e i d e a s p o l í t i c a s ( J . - J . C h e v a l i e r , J . T o u c h a r d ) , l a Nouvelle His-
toire des idees politiques, a p a r e c i d a e n 1 9 8 7 , d i r i g i d a p o r P . O r y , u n o s ca-
p í t u l o s d e d i c a d o s al p s i c o a n á l i s i s y a l a p o l í t i c a o , i n c l u s o , al s e x o y a la
política?
D e s p u é s d e l o s i m p u l s o s d e l o s a ñ o s 5 0 y 6 0 , t a m b i é n la h i s t o r i a p o l í -
t i c a , al a m p l i a r s u p r o p ó s i t o , h a t r a n s f o r m a d o p r o f u n d a m e n t e su p r á c t i c a ,
p r e c e d i e n d o en este caso los factores e n d ó g e n o s a los e x ó g e n o s q u e con-
t r i b u y e n a « c o n s a g r a r l o s » y a r e f o r z a r l o s . A l h a c e r el b a l a n c e d e l a r e n o -
v a c i ó n i n t e r n a d e s u d i s c i p l i n a , R . R é m o n d e s t i m a q u e «la i m p u g n a c i ó n d e
q u e h a s i d o o b j e t o l a h i s t o r i a p o l í t i c a le h a s i d o m u y s a l u d a b l e : el d e s a f í o
h a e x c i t a d o la i m a g i n a c i ó n y e s t i m u l a d o l a i n i c i a t i v a » (Pour une histoire po-
litique). D e s d e l a e n s a n c h a d a p e r s p e c t i v a d e u n a e s f e r a p o l í t i c a a m p l i a d a
a l a casi t o t a l i d a d d e l o s c a m p o s d e l a r e a l i d a d c o l e c t i v a , l a h i s t o r i a p o l í t i c a
s e h a c o n v e r t i d o e n u n a « c i e n c i a e n c r u c i j a d a » ( R . R é m o n d , ibíd.), amplia-
m e n t e p l u r i d i s d p H n a r , a t e n t a a las n u e v a s f u e n t e s d e i n f o r m a c i ó n [ u n e j e m -
p l o : el d n e , c o n el e s t u d i o d e R . L a c o u r b e s o b r e La guerre froide dans le
cinema d'espionnage, 1 9 8 5 , o el d e F . G a r c p n t i t u l a d o De Blum á Pétain.
Cinema et société frangaise (1936-1944), 1984] d e c a n t á n d o s e h a c i a l a p o l i -
t o l o g í a , la s o c i o l o g í a , el d e r e c h o p ú b l i c o , la l i n g ü í s t i c a o la p s i c o l o g í a s o -
d a l , d o n d e se u t i l i z a , a s u v e z , el t r a t a m i e n t o e s t a d í s t i c o d e d a t o s , d e l a n á -
lisis c u a n t i t a t i v o , c a r t o g r a f í a , h i s t o r i a o r a l , e t c .
L a « n u e v a » h i s t o r i a p o l í t i c a h a r e a l i z a d o , e n la s o m b r a , u n a c o m p l e t a
m u t a c i ó n . I n t e g r a n d o a t o d o s los actores p o r m e d i o del estudio d e la opi-
257
d e e q u i v a l e n t e , e n r e l a c i ó n a la h i s t o r i a p o l í t i c a , d e lo q u e f u e r o n las sín-
tesis h i s t o r i o g r á f i c a s d e l o s a ñ o s s e t e n t a s o b r e la n u e v a h i s t o r i a (Faire de
l'Histoire, J. L e Goff, R . C h a r t i e r y J . R e v e l ) y, e n e s t e s e n t i d o , l e e r la
h u e l l a , si n o d e u n a i n v e r s i ó n q u e n a d i e r e i v i n d i c a , al m e n o s d e u n a r e n i -
v e l a c i ó n y ( r e ) l e g i t i m a c i ó n d e las p e r s p e c t i v a s d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a .
3. L A S RAÍCES DEL RETORNO D E LA HISTORIA POLÍTICA
A título anecdótico, p e r o n o obstante r e v e l a d o r , p u e d e s o r p r e n d e r o b -
s e r v a r la e v o l u c i ó n d e las c u e s t i o n e s d e l p r o g r a m a d e h i s t o r i a c o n t e m p o r á -
n e a d e la agregation d e h i s t o r i a : si, e n 1982 y 1 9 8 3 , los c a n d i d a t o s d e b í a n
t r a b a j a r s o b r e «la e v o l u c i ó n e c o n ó m i c a d e F r a n c i a , d e A l e m a n i a , R u s i a o
d é l o s E s t a d o s U n i d o s d e s d e 1850 a 1914», e n 1984 y 1985 se les p e d í a , e n
c a m b i o , d e c a n t a r s e h a c i a «la v i d a p o l í t i c a d e F r a n c i a , d e la A l e m a n i a F e -
d e r a l o d e G r a n B r e t a ñ a d e 1945 a 1 9 6 9 » . . . ¿ N o s u p o n e e l l o , al m e n o s d e
f o r m a s i m b ó l i c a , u n i m p o r t a n t e r e m o z a m i e n t o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a ? D e
h e c h o , d o s series d e p a r á m e t r o s d a n c u e n t a d e e s t e r e t o r n o : d e u n a p a r t e ,
u n o s f a c t o r e s e x ó g e n o s , p r o p i o s d e la e v o l u c i ó n d e las r e a c c i o n e s y c o m -
p o r t a m i e n t o s r e s p e c t o a la d i m e n s i ó n p o l í t i c a d e l a h i s t o r i a , y , d e o t r a p a r -
t e , u n o s f a c t o r e s e n d ó g e n o s , l i g a d o s a l a s m e t a m o r f o s i s d e la p r o d u c c i ó n
historiográfica.
E n el t e r r e n o d e las d e t e r m i n a c i o n e s e x t r a - h i s t ó r i c a s , J. J u l l i a r d insistía
d e s d e 1974 ( e n Faire de l'Histoire) s o b r e el f e n ó m e n o d e l p r o g r e s i v o en-
sanchamiento d e la n o c i ó n d e l h e c h o p o l í t i c o , d e b i d o al p e s o , c a d a v e z m á s
g r a n d e , a d q u i r i d o p o r la d i l a t a d a e s f e r a p o l í t i c a e n las s o c i e d a d e s c o n t e m -
p o r á n e a s («política e c o n ó m i c a » , «política cultural», «política familiar»,
e t c . ) . M á s r e c i e n t e m e n t e (Pour une histoire politique), R. R é m o n d hace,
a su v e z , u n r a z o n a m i e n t o s i m i l a r : el r e t o r n o d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a es el
r e s u l t a d o d e la h i s t o r i a p r ó x i m a q u e h a d e m o s t r a d o l a a u t o n o m í a y l a p r e -
p o n d e r a n c i a d e lo p o l í t i c o e n m u c h í s i m o s d o m i n i o s , t a n t o p o r la i r r u p c i ó n
d e l a c o n t e c i m i e n t o e n el d e v e n i r c o l e c t i v o ( p o r e j e m p l o , el i m p a c t o d e las
g u e r r a s ) c o m o p o r el a c r e c e n t a m i e n t o d e l c a m p o d e i n t e r v e n c i ó n d e l o s e s -
t a d o s , c o m o p o r la c r e c i e n t e p o l i t i z a c i ó n d e s i t u a c i o n e s e n o t r o t i e m p o a p o -
líticas (la e c o l o g í a , p o r e j e m p l o ) . A d e m á s , t a n t o lo u n o c o m o l o o t r o d e -
n o t a n la p é r d i d a d e i n f l u e n c i a d e l o s m o d e l o s d e a n á l i s i s m a r x i s t a : c a e n e n
d e s u s o , f a v o r e c i e n d o a s í el ( r e ) d e s c u b r i m i e n t o d e l o s f a c t o r e s específica-
m e n t e p o l í t i c o s , las t e s i s , s e g ú n las c u a l e s la p o l í t i c a c o n s t i t u i r í a t a n s ó l o ,
e n el m e j o r d e los c a s o s , u n s i m p l e r e f l e j o , y , e n el p e o r , u n p o b r e c a m u -
flaje d e las i n f r a - e s t r u c t u r a s s o c i o - e c o n ó m i c a s , d e t e r m i n a d a s e n ú l t i m a i n s -
tancia.
I n e v i t a b l e m e n t e , t a l t e n d e n c i a se t r a d u c e p r o g r e s i v a m e n t e e n las c i e n -
cias s o c i a l e s . C o m o lo a p u n t a M a r c e l G a u c h e t : « L a o r g a n i z a c i ó n i n t e l e c -
t u a l del c a m p o d e las c i e n c i a s s o c i a l e s e n el c é n i t d e s u e x p a n s i ó n , a finales
d e los a ñ o s 60 y c o m i e n z o s d e l o s 7 0 , p o d r í a s e r e s q u e m á t i c a m e n t e d e s c r i -
t a c o m o u n s i s t e m a q u e a b a r c a t r e s g r a n d e s t é r m i n o s : la l i n g ü í s t i c a , u n a d i s -
c i p l i n a m o d e l o , p o r t a d o r a d e la e s p e r a n z a d e u n a s e m i o l o g í a u m f i c a d o r a ;
l a sociología y la e t n o l o g í a , d o s d i s c i p l i n a s r e i n a s e n el p l a n o d e las apli-
c a c i o n e s ; y d o s t e o r í a s d e r e f e r e n c i a , el m a r x i s m o y el p s i c o a n á l i s i s . U n m i s -
m o p a r a d i g m a h e g e m ó n i c o a s e g u r a la a r t i c u l a c i ó n d e l c o n j u n t o : el p a r a -
256
d i g m a crítico, q u e t i e n e su e x p r e s i ó n filosófica e n el p e n s a m i e n t o d e l a sos-
pecha» ( « C h a n g e m e n t d e p a r a d i g m e e n s c i e n c e s s o c i a l e s ? » , Le Débat, n ú m .
50, 1988). E n este sistema intelectual y científico, hallaba su lugar n a t u r a l
u n a h i s t o r i a b a s a d a e n las s e r i e s , d e d i c a d a a los ciclos d e l a r g a d u r a c i ó n y
a las grandes masas e c o n ó m i c a s y sociales, a b s o l u t a m e n t e contraria a u n a
h i s t o r i a poh'tica, t o d a v í a a c u s a d a d e d e c a n t a r s e s o s p e c h o s a m e n t e h a c i a l o s
acontecimientos, y falaz, a causa d e su v o l u n t a d de atribuir un cierto p e s o
a la política... P e r o l e n t a m e n t e h a i d o a p a r e c i e n d o u n « c a m b i o d e p a r a d i g -
m a » (ibíd.), d i s t i n g u i d o p o r el r e t o r n o d e l a c o n c i e n c i a ( . . . ) y l a r e h a b i l i -
t a c i ó n d e l a p a r t e e x p l í c i t a y r e f l e x i o n a d a d e l a a c c i ó n » (ibíd.) ( v é a s e , p o r
e j e m p l o , A . R a n a u t , L'Ere des individus, 1989). D o s razones explican este
h e c h o : d e u n a p a r t e , l a crisis d e l o s a ñ o s 7 0 - 8 0 , q u e s u p u s o , a n t e u n p r e -
sente decepcionante y u n futuro imprevisible, u n a u m e n t o del interés por
l a h i s t o r i a , y, d e o t r a p a r t e , el h u n d i m i e n t o d e t o d a s las e s c a t o l o g í a s r e v o -
l u c i o n a r i a s c o n f u n d a m e n t o s m á s o m e n o s m e c a n i c i s t a s , lo q u e i n d u c e a-in-
t e r r o g a r s e s o b r e el i n d i v i d u o y l a c o n t i n g e n c i a . D e e s t a m a n e r a , « e s a figu-
ra general de un devenir, resultado de largas necesidades y de reorienta-
ciones contingentes, se va a convertir enseguida en u n o b j e t o privilegiado:
la historia política occidental» (ibíd.).
E n la c o n f l u e n c i a d e t a l e s c a m b i o s c u l t u r a l e s , i n t e l e c t u a l e s y científi-
c o s , s e h a l l a f i n a l m e n t e la d e f i n i c i ó n m i s m a d e l a e s f e r a p o l í t i c a q u e s e h a
t r a n s f o r m a d o . A l r e s p e c t o , el p a s o s e m á n t i c o d e «la» p o l í t i c a h a c i a «el» h e -
c h o p o l í t i c o p u e d e p e r c i b i r s e c o m o u n h e c h o r e v e l a d o r : a la política, acti-
v i d a d específica y — a p a r e n t e m e n t e — b i e n d e l i m i t a d a , se a g r e g a el hecho
político, c a m p o e n g l o b a d o r y p o l i m o r f o , a b i e r t o a t o d a s las o r i l l a s d e l a g e s -
t i ó n d e l o r e a l y d e las r e l a c i o n e s d e p o d e r q u e a q u é l l a c r i s t a l i z a . ¿ N o in-
t e g r a , p o r e j e m p l o , e n sus p á g i n a s , siguiendo la línea d e los m a n u a l e s d e
h i s t o r i a d e i d e a s p o l í t i c a s ( J . - J . C h e v a l i e r , J . T o u c h a r d ) , l a Nouvelle His-
toire des idees politiques, a p a r e c i d a e n 1 9 8 7 , d i r i g i d a p o r P . O r y , u n o s ca-
p í t u l o s d e d i c a d o s al p s i c o a n á l i s i s y a l a p o l í t i c a o , i n c l u s o , al s e x o y a la
política?
D e s p u é s d e l o s i m p u l s o s d e l o s a ñ o s 5 0 y 6 0 , t a m b i é n la h i s t o r i a p o l í -
t i c a , al a m p l i a r s u p r o p ó s i t o , h a t r a n s f o r m a d o p r o f u n d a m e n t e su p r á c t i c a ,
p r e c e d i e n d o en este caso los factores e n d ó g e n o s a los e x ó g e n o s q u e con-
t r i b u y e n a « c o n s a g r a r l o s » y a r e f o r z a r l o s . A l h a c e r el b a l a n c e d e l a r e n o -
v a c i ó n i n t e r n a d e s u d i s c i p l i n a , R . R é m o n d e s t i m a q u e «la i m p u g n a c i ó n d e
q u e h a s i d o o b j e t o l a h i s t o r i a p o l í t i c a le h a s i d o m u y s a l u d a b l e : el d e s a f í o
h a e x c i t a d o la i m a g i n a c i ó n y e s t i m u l a d o l a i n i c i a t i v a » (Pour une histoire po-
litique). D e s d e l a e n s a n c h a d a p e r s p e c t i v a d e u n a e s f e r a p o l í t i c a a m p l i a d a
a l a casi t o t a l i d a d d e l o s c a m p o s d e l a r e a l i d a d c o l e c t i v a , l a h i s t o r i a p o l í t i c a
s e h a c o n v e r t i d o e n u n a « c i e n c i a e n c r u c i j a d a » ( R . R é m o n d , ibíd.), amplia-
m e n t e p l u r i d i s d p H n a r , a t e n t a a las n u e v a s f u e n t e s d e i n f o r m a c i ó n [ u n e j e m -
p l o : el d n e , c o n el e s t u d i o d e R . L a c o u r b e s o b r e La guerre froide dans le
cinema d'espionnage, 1 9 8 5 , o el d e F . G a r c p n t i t u l a d o De Blum á Pétain.
Cinema et société frangaise (1936-1944), 1984] d e c a n t á n d o s e h a c i a l a p o l i -
t o l o g í a , la s o c i o l o g í a , el d e r e c h o p ú b l i c o , la l i n g ü í s t i c a o la p s i c o l o g í a s o -
d a l , d o n d e se u t i l i z a , a s u v e z , el t r a t a m i e n t o e s t a d í s t i c o d e d a t o s , d e l a n á -
lisis c u a n t i t a t i v o , c a r t o g r a f í a , h i s t o r i a o r a l , e t c .
L a « n u e v a » h i s t o r i a p o l í t i c a h a r e a l i z a d o , e n la s o m b r a , u n a c o m p l e t a
m u t a c i ó n . I n t e g r a n d o a t o d o s los actores p o r m e d i o del estudio d e la opi-
257

n i ó n p ú b l i c a , y a n o se i n t e r e s a e x c l u s i v a m e n t e p o r l o s « g r a n d e s h o m b r e s » .
Trabajando a partir de u n a amplia recopilación de datos numéricos (aná-
lisis e l e c t o r a l e s , s o c i o l o g í a d e l o s p a r t i d o s , l e x i c o l o g í a . . . ) , s a b e m o s t r a r s e
c u a n t i t a t i v a c u a n d o h a c e f a l t a . A t e n t a al a c o n t e c i m i e n t o , p e r o t a m b i é n a
los m o v i m i e n t o s d e g r a n a m p l i t u d (las i d e o l o g í a s , d e l a r g a d u r a c i ó n , p o r
e j e m p l o ) y a las e s t r u c t u r a s , e s p e c i a l m e n t e a t r a v é s d e la n o c i ó n d e c u l t u r a
p o l í t i c a , y a n o se l i m i t a al d e s a r r o l l o d e s c r i p t i v o d e u n a s i m p l e c r ó n i c a d e
los a c o n t e c i m i e n t o s . E n s u m a , «la n u e v a h i s t o r i a d e l o p o l í t i c o satisface
a c t u a l m e n t e las p r i n c i p a l e s a s p i r a c i o n e s q u e h a b í a n s u s c i t a d o la j u s t i f i c a d a
rebelión c o n t r a la historia política tradicional (...). A b r a z a n d o decidida-
m e n t e l o s g r a n d e s n o m b r e s , t r a b a j a n d o a b a s e d e ciclos d e l a r g a d u r a c i ó n ,
a p r e h e d i e n d o los f e n ó m e n o s m á s g l o b a l e s , i n v e s t i g a n d o e n las p r o f u n d i d a -
d e s d e l a m e m o r i a c o l e c t i v a o d e l i n c o n s c i e n t e las r a í c e s d e las c o n v i c c i o -
n e s y los o r í g e n e s d e los c o m p o r t a m i e n t o s (la h i s t o r i a p o l í t i c a ) h a h e c h o
u n a r e v o l u c i ó n c o m p l e t a » ( R . R é m o n d , Pour une histoire politique). Al tra-
t a r d e a p r e h e n d e r t o d a s las f a c e t a s d e l a r e a l i d a d c o l e c t i v a , ¿ n o s e h a c o n -
v e r t i d o la h i s t o r i a , c o n e s t a a c t i t u d , e n u n a f o r m a d e historia total?
4. ¿ E S LA NUEVA HISTORIA POLÍTICA UNA HISTORIA TOTAL?
P r o f u n d i z a d a , r e n o v a d a y a m p l i a d a e n sus p r o b l e m á t i c a s , o b j e t i v o s y
m é t o d o s , l a h i s t o r i a p o l í t i c a m u l t i p l i c a los c a m p o s d e i n v e s t i g a c i ó n , e n c o n s -
t a n t e m o v i m i e n t o e n t r e la política e n el s e n t i d o clásico d e l t é r m i n o (el p o -
d e r y la v i d a p o l í t i c a ) , e s t u d i a d a e n los m a n u a l e s c l á s i c o s d e síntesis t a l e s
c o m o el d e F . G o g u e l s o b r e La politique des partís sous la II' République
(1946) o el d e J. C h a s p a l s o b r e La vie politique sous la V' République (úl-
t i m a e d i c i ó n , 1 9 8 7 ) , y el hecho político e n s e n t i d o g l o b a l (los d i v e r s o s
a s p e c t o s d e la « c u l t u r a p o l í t i c a » y d e las d e t e r m i n a c i o n e s p o l í t i c a s q u e
inciden e n los individuos y los g r u p o s ) .
D e s d e este p u n t o d e vista, la historia política p u e d e o r i e n t a r s e , en pri-
m e r l u g a r , h a c í a el análisis d e los fundamentos teóricos y d e l o s cuadros ins-
titucionales d e l p o d e r . M u c h o m á s allá d e l o s l í m i t e s d e l a p u r a h i s t o r i a c o n -
t e m p o r á n e a , ¿ n o r e s p o n d e n a u n a c i e r t a d i m e n s i ó n d e la h i s t o r i a p o l í t i c a
o b r a s c o m o Les Trois Ordes ou L'Imaginaire du féodalisme (1978), de
G . D u b y , q u e e s c l a r e c e e s p e c i a l m e n t e el s u r g i m i e n t o d e u n c u e r p o d e « p r o -
f e s i o n a l e s » d e l a p o l í t i c a a finales d e l siglo x i n , o Les Deux Corps du roi,
d e E r n s t K a n t o r o w i c z ( 1 9 5 7 , t r a d u c c i ó n f r a n c e s a 1 9 8 9 ) , q u e e s t u d i a el s i m -
bolismo del p o d e r m e d i e v a l a través d e la i m a g e n d u a l del c u e r p o real, n a -
tural e imperfecto p o r u n a p a r t e , i n m o r t a l e infalible p o r la o t r a ? E n o t r a
dirección c o m p l e t a m e n t e distinta, los trabajos de teoría política c o m p a r a -
d a t a m b i é n c o n t r i b u y e n al e n r i q u e c i m i e n t o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a : p o r e j e m -
p l o , e n Le Droit dans l'Etat. Sur la démocratie en France et en Amérique
( 1 9 8 5 ) , L . C o h e n - T a n u g i p u e d e o p o n e r el m o d e l o f r a n c é s d e « d e m o c r a c i a
m o n o p o h s t i c a , d i r i g i d a p o r e l e s t a d o e n el c u a d r o d e l d e r e c h o p ú b l i c o p r e -
v a l e n t e s o b r e el d e r e c h o c o m ú n , al m o d e l o n o r t e a m e r i c a n o d e d e m o c r a c i a
r e s p l a n d e c i e n t e , f u n d a m e n t a d a e n la a u t o r r e g u l a c i ó n judicial y jurispru-
dencial. I g u a l m e n t e , diversos juristas, politólogos e h i s t o r i a d o r e s , bajo la
d i r e c c i ó n d e O . D u h a m e l y d e J . - L . P a r o d i , e s t u d i a n La Constitution de la
Cinquiéme République p a r a delimitar motivaciones, mecanismos e inciden-
258
c i a s , e s c l a r e c i e n d o e s p e c i a l m e n t e la t r a y e c t o r i a d e l p r o g r e s i v o c o n s e n s o e s -
tablecido en t o r n o a ella.
P e r o , d e f o r m a m á s c e n t r a l , la h i s t o r i a d e «la p o l í t i c a » e x t r a e el m á x i -
m o p a r t i d o d e l f e n ó m e n o e l e c t o r a l , c o n s i d e r a d o c o m o u n o d e sus m a t e r i a -
les b á s i c o s . E l análisis e l e c t o r a l , i l u s t r a d o p o r A . Siegfried, d e s p u é s p o r
F . G o g u e l , c u y a s Chroniques electorales constituyen una referencia, y por
J . C h a p s a l , A . L a n c e l o t y l a e s c u e l a d e l o s p o l i t ó l o g o s d e la F o n d a t i o n N a -
t i o n a l e d e s S c i e n c e s P o l i t i q u e s , se r e v e l a t a n t o m á s f r u c t í f e r o c u a n d o se
a p o y a s o b r e u n ciclo d e l a r g a d u r a c i ó n ( e n F r a n c i a , el s u f r a g i o u n i v e r s a l
es y a a n t i g u o ) , f a v o r e c i e n d o el p o d e r h a c e r f e c u n d a s c o m p a r a c i o n e s . U t i -
lizando c a d a vez m e j o r e s p r o c e d i m i e n t o s , e s p e c i a l m e n t e e s t u d i a n d o la abs-
t e n c i ó n , l o s c a m b i o s d e v o t o e n la s e g u n d a v u e l t a , e t c . , l o s i n v e s t i g a d o r e s
d e l C E V I P O F ( C e n t r e d ' é t u d e d e la v i e p o l i t i q u e f r a n c a i s e c o n t e m p o r a i -
n e ) p u e d e n i n t e r p r e t a r d e m a n e r a r á p i d a y fiable las d i v e r s a s c o n s u l t a s : p o r
e j e m p l o , l a o b r a Les élections de l'alternance (1986, bajo la dirección d e A .
L a n c e l o t ) p o n e d e r e l i e v e l a m o v i l i d a d , casi l a v o l a t i l i d a d , d e u n e l e c t o r a -
do q u e , cada vez m á s , vota en «contra» m á s q u e «a favor», y d e m u e s t r a n
h a s t a q u é p u n t o la v i c t o r i a d e l a i z q u i e r d a , e n las l e g i s l a t i v a s d e j u n i o d e
1 9 8 1 , fue m á s b i e n r e s u l t a d o d e u n a z a r c o y u n t u r a l q u e d e u n a a u t é n t i c a
m a r e j a d a d e f o n d o . P e r o , m á s a l l á d e l o c o y u n t u r a l , el e s t u d i o e l e c t o r a l p e r -
m i t e a p r e h e n d e r las l e n t a s m u t a c i o n e s e s t r u c t u r a l e s : e n s u Chroniques elec-
torales ( t o m o 3 , 1 9 8 3 ) , F . G o g u e l c o m p a r a l a s e l e c c i o n e s d e 1 9 0 2 y las d e
1 9 8 1 y l l e g a a l a c o n c l u s i ó n d e q u e las e s p e c i f i c i d a d e s r e g i o n a l e s , m u y a c u -
s a d a s a p r i n c i p i o s d e s i g l o , s e h a l l a n h o y d e b i l i t a d a s , lo q u e i n d i c a q u e a c -
t u a l m e n t e p e s a m u c h o m á s el a c o n t e c i m i e n t o q u e l a c u l t u r a p o l í t i c a l o c a l .
J u n t o a las e l e c c i o n e s , l o s partidos o c u p a n u n l u g a r p r e d i l e c t o e n el c a m -
p o d e la historia política. Influenciado p o r los politólogos franceses ( M a u -
rice D u v e r g e r ) y a m e r i c a n o s , el e s t u d i o d e l o s p a r t i d o s a b a n d o n a las m o -
n o g r a f í a s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s y / o m i h t a n t e s e n las q u e se h a l l a b a n e n -
c a s t i l l a d a s t r a d i c i o n a l m e n t e , a fin d e p r i v i l e g i a r d i v e r s o s á n g u l o s c o m p l e -
mentarios de ataque, eventualmente desunidos pero, a veces, reunidos en
u n a i n v e s t i g a c i ó n d e g r a n a m p l i t u d , c o m o e n l a t e s i s d e S. B e r s t e i n s o b r e
l a Histoire du Partí redical ( 1 9 8 0 ) . E n p r i m e r l u g a r , u n p a r t i d o se p r e s e n t a
c o m o u n foco de mediación política, q u e t r a d u c e algunas aspiraciones di-
fusas d e l c u e r p o s o c i a l : p o r e j e m p l o , el p a r t i d o r a d i c a l c o m o p a r t i d o d e las
clases m e d i a s . P o r e l l o m i s m o , el p a r t i d o c o n s t i t u y e u n rico espejo d e l a s o -
ciedad d e u n a é p o c a d a d a , en la m e d i d a e n q u e t a n sólo p u e d e e m e r g e r y
d u r a r si r e s p o n d e a d e t e r m i n a d o s p r o b l e m a s f u n d a m e n t a l e s d e l p a í s . P e r o
t a m b i é n p u e d e n intervenir progresivos f e n ó m e n o s «de inercia d e lo políti-
c o » ( S . B e r s t e i n ) , g e n e r a n d o o c r i s t a l i z a n d o el p a r t i d o u n a p o l í t i c a q u e , e n
v i r t u d d e l p e s o q u e h a t e n i d o e n el p a s a d o , le p e r m i t e c o n t i n u a r d e s e m p e -
ñ a n d o u n a f u n c i ó n i m p o r t a n t e sin q u e , sin e m b a r g o , h a y a s a b i d o a d a p t a r -
s e a las n u e v a s c u e s t i o n e s a p o r t a d a s p o r l o s n u e v o s t i e m p o s ( e s l o o c u r r i d o
al p a r t i d o r a d i c a l e n el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a ) . . . E n s e g u n d o l u g a r , el e s -
t u d i o d e l o s p a r t i d o s p u e d e o r i e n t a r s e h a c i a la v í a sociológica, combinando
el análisis d e m i l i t a n t e s y r e s p o n s a b l e s , el d e l e l e c t o r a d o y el d e l a i m a g e n
q u e t i e n e el p a r t i d o o q u e p r e t e n d e d a r d e sí m i s m o ( p o r e j e m p l o , B . P u -
d a l , Prendre partí. Pour une sociologie historique du PCF, 1 9 8 9 ) . T a l e n -
f o q u e se v e a c o m p a ñ a d o , a v e c e s , d e u n a r e f l e x i ó n e n t é r m i n o s d e gene-
raciones ( J . F . Sirinelli, « G é n é r a t i o n et h i s t o i r e p o l i t i q u e » , Vingtiéme sié-
259

n i ó n p ú b l i c a , y a n o se i n t e r e s a e x c l u s i v a m e n t e p o r l o s « g r a n d e s h o m b r e s » .
Trabajando a partir de u n a amplia recopilación de datos numéricos (aná-
lisis e l e c t o r a l e s , s o c i o l o g í a d e l o s p a r t i d o s , l e x i c o l o g í a . . . ) , s a b e m o s t r a r s e
c u a n t i t a t i v a c u a n d o h a c e f a l t a . A t e n t a al a c o n t e c i m i e n t o , p e r o t a m b i é n a
los m o v i m i e n t o s d e g r a n a m p l i t u d (las i d e o l o g í a s , d e l a r g a d u r a c i ó n , p o r
e j e m p l o ) y a las e s t r u c t u r a s , e s p e c i a l m e n t e a t r a v é s d e la n o c i ó n d e c u l t u r a
p o l í t i c a , y a n o se l i m i t a al d e s a r r o l l o d e s c r i p t i v o d e u n a s i m p l e c r ó n i c a d e
los a c o n t e c i m i e n t o s . E n s u m a , «la n u e v a h i s t o r i a d e l o p o l í t i c o satisface
a c t u a l m e n t e las p r i n c i p a l e s a s p i r a c i o n e s q u e h a b í a n s u s c i t a d o la j u s t i f i c a d a
rebelión c o n t r a la historia política tradicional (...). A b r a z a n d o decidida-
m e n t e l o s g r a n d e s n o m b r e s , t r a b a j a n d o a b a s e d e ciclos d e l a r g a d u r a c i ó n ,
a p r e h e d i e n d o los f e n ó m e n o s m á s g l o b a l e s , i n v e s t i g a n d o e n las p r o f u n d i d a -
d e s d e l a m e m o r i a c o l e c t i v a o d e l i n c o n s c i e n t e las r a í c e s d e las c o n v i c c i o -
n e s y los o r í g e n e s d e los c o m p o r t a m i e n t o s (la h i s t o r i a p o l í t i c a ) h a h e c h o
u n a r e v o l u c i ó n c o m p l e t a » ( R . R é m o n d , Pour une histoire politique). Al tra-
t a r d e a p r e h e n d e r t o d a s las f a c e t a s d e l a r e a l i d a d c o l e c t i v a , ¿ n o s e h a c o n -
v e r t i d o la h i s t o r i a , c o n e s t a a c t i t u d , e n u n a f o r m a d e historia total?
4. ¿ E S LA NUEVA HISTORIA POLÍTICA UNA HISTORIA TOTAL?
P r o f u n d i z a d a , r e n o v a d a y a m p l i a d a e n sus p r o b l e m á t i c a s , o b j e t i v o s y
m é t o d o s , l a h i s t o r i a p o l í t i c a m u l t i p l i c a los c a m p o s d e i n v e s t i g a c i ó n , e n c o n s -
t a n t e m o v i m i e n t o e n t r e la política e n el s e n t i d o clásico d e l t é r m i n o (el p o -
d e r y la v i d a p o l í t i c a ) , e s t u d i a d a e n los m a n u a l e s c l á s i c o s d e síntesis t a l e s
c o m o el d e F . G o g u e l s o b r e La politique des partís sous la II' République
(1946) o el d e J. C h a s p a l s o b r e La vie politique sous la V' République (úl-
t i m a e d i c i ó n , 1 9 8 7 ) , y el hecho político e n s e n t i d o g l o b a l (los d i v e r s o s
a s p e c t o s d e la « c u l t u r a p o l í t i c a » y d e las d e t e r m i n a c i o n e s p o l í t i c a s q u e
inciden e n los individuos y los g r u p o s ) .
D e s d e este p u n t o d e vista, la historia política p u e d e o r i e n t a r s e , en pri-
m e r l u g a r , h a c í a el análisis d e los fundamentos teóricos y d e l o s cuadros ins-
titucionales d e l p o d e r . M u c h o m á s allá d e l o s l í m i t e s d e l a p u r a h i s t o r i a c o n -
t e m p o r á n e a , ¿ n o r e s p o n d e n a u n a c i e r t a d i m e n s i ó n d e la h i s t o r i a p o l í t i c a
o b r a s c o m o Les Trois Ordes ou L'Imaginaire du féodalisme (1978), de
G . D u b y , q u e e s c l a r e c e e s p e c i a l m e n t e el s u r g i m i e n t o d e u n c u e r p o d e « p r o -
f e s i o n a l e s » d e l a p o l í t i c a a finales d e l siglo x i n , o Les Deux Corps du roi,
d e E r n s t K a n t o r o w i c z ( 1 9 5 7 , t r a d u c c i ó n f r a n c e s a 1 9 8 9 ) , q u e e s t u d i a el s i m -
bolismo del p o d e r m e d i e v a l a través d e la i m a g e n d u a l del c u e r p o real, n a -
tural e imperfecto p o r u n a p a r t e , i n m o r t a l e infalible p o r la o t r a ? E n o t r a
dirección c o m p l e t a m e n t e distinta, los trabajos de teoría política c o m p a r a -
d a t a m b i é n c o n t r i b u y e n al e n r i q u e c i m i e n t o d e la h i s t o r i a p o l í t i c a : p o r e j e m -
p l o , e n Le Droit dans l'Etat. Sur la démocratie en France et en Amérique
( 1 9 8 5 ) , L . C o h e n - T a n u g i p u e d e o p o n e r el m o d e l o f r a n c é s d e « d e m o c r a c i a
m o n o p o h s t i c a , d i r i g i d a p o r e l e s t a d o e n el c u a d r o d e l d e r e c h o p ú b l i c o p r e -
v a l e n t e s o b r e el d e r e c h o c o m ú n , al m o d e l o n o r t e a m e r i c a n o d e d e m o c r a c i a
r e s p l a n d e c i e n t e , f u n d a m e n t a d a e n la a u t o r r e g u l a c i ó n judicial y jurispru-
dencial. I g u a l m e n t e , diversos juristas, politólogos e h i s t o r i a d o r e s , bajo la
d i r e c c i ó n d e O . D u h a m e l y d e J . - L . P a r o d i , e s t u d i a n La Constitution de la
Cinquiéme République p a r a delimitar motivaciones, mecanismos e inciden-
258
c i a s , e s c l a r e c i e n d o e s p e c i a l m e n t e la t r a y e c t o r i a d e l p r o g r e s i v o c o n s e n s o e s -
tablecido en t o r n o a ella.
P e r o , d e f o r m a m á s c e n t r a l , la h i s t o r i a d e «la p o l í t i c a » e x t r a e el m á x i -
m o p a r t i d o d e l f e n ó m e n o e l e c t o r a l , c o n s i d e r a d o c o m o u n o d e sus m a t e r i a -
les b á s i c o s . E l análisis e l e c t o r a l , i l u s t r a d o p o r A . Siegfried, d e s p u é s p o r
F . G o g u e l , c u y a s Chroniques electorales constituyen una referencia, y por
J . C h a p s a l , A . L a n c e l o t y l a e s c u e l a d e l o s p o l i t ó l o g o s d e la F o n d a t i o n N a -
t i o n a l e d e s S c i e n c e s P o l i t i q u e s , se r e v e l a t a n t o m á s f r u c t í f e r o c u a n d o se
a p o y a s o b r e u n ciclo d e l a r g a d u r a c i ó n ( e n F r a n c i a , el s u f r a g i o u n i v e r s a l
es y a a n t i g u o ) , f a v o r e c i e n d o el p o d e r h a c e r f e c u n d a s c o m p a r a c i o n e s . U t i -
lizando c a d a vez m e j o r e s p r o c e d i m i e n t o s , e s p e c i a l m e n t e e s t u d i a n d o la abs-
t e n c i ó n , l o s c a m b i o s d e v o t o e n la s e g u n d a v u e l t a , e t c . , l o s i n v e s t i g a d o r e s
d e l C E V I P O F ( C e n t r e d ' é t u d e d e la v i e p o l i t i q u e f r a n c a i s e c o n t e m p o r a i -
n e ) p u e d e n i n t e r p r e t a r d e m a n e r a r á p i d a y fiable las d i v e r s a s c o n s u l t a s : p o r
e j e m p l o , l a o b r a Les élections de l'alternance (1986, bajo la dirección d e A .
L a n c e l o t ) p o n e d e r e l i e v e l a m o v i l i d a d , casi l a v o l a t i l i d a d , d e u n e l e c t o r a -
do q u e , cada vez m á s , vota en «contra» m á s q u e «a favor», y d e m u e s t r a n
h a s t a q u é p u n t o la v i c t o r i a d e l a i z q u i e r d a , e n las l e g i s l a t i v a s d e j u n i o d e
1 9 8 1 , fue m á s b i e n r e s u l t a d o d e u n a z a r c o y u n t u r a l q u e d e u n a a u t é n t i c a
m a r e j a d a d e f o n d o . P e r o , m á s a l l á d e l o c o y u n t u r a l , el e s t u d i o e l e c t o r a l p e r -
m i t e a p r e h e n d e r las l e n t a s m u t a c i o n e s e s t r u c t u r a l e s : e n s u Chroniques elec-
torales ( t o m o 3 , 1 9 8 3 ) , F . G o g u e l c o m p a r a l a s e l e c c i o n e s d e 1 9 0 2 y las d e
1 9 8 1 y l l e g a a l a c o n c l u s i ó n d e q u e las e s p e c i f i c i d a d e s r e g i o n a l e s , m u y a c u -
s a d a s a p r i n c i p i o s d e s i g l o , s e h a l l a n h o y d e b i l i t a d a s , lo q u e i n d i c a q u e a c -
t u a l m e n t e p e s a m u c h o m á s el a c o n t e c i m i e n t o q u e l a c u l t u r a p o l í t i c a l o c a l .
J u n t o a las e l e c c i o n e s , l o s partidos o c u p a n u n l u g a r p r e d i l e c t o e n el c a m -
p o d e la historia política. Influenciado p o r los politólogos franceses ( M a u -
rice D u v e r g e r ) y a m e r i c a n o s , el e s t u d i o d e l o s p a r t i d o s a b a n d o n a las m o -
n o g r a f í a s d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s y / o m i h t a n t e s e n las q u e se h a l l a b a n e n -
c a s t i l l a d a s t r a d i c i o n a l m e n t e , a fin d e p r i v i l e g i a r d i v e r s o s á n g u l o s c o m p l e -
mentarios de ataque, eventualmente desunidos pero, a veces, reunidos en
u n a i n v e s t i g a c i ó n d e g r a n a m p l i t u d , c o m o e n l a t e s i s d e S. B e r s t e i n s o b r e
l a Histoire du Partí redical ( 1 9 8 0 ) . E n p r i m e r l u g a r , u n p a r t i d o se p r e s e n t a
c o m o u n foco de mediación política, q u e t r a d u c e algunas aspiraciones di-
fusas d e l c u e r p o s o c i a l : p o r e j e m p l o , el p a r t i d o r a d i c a l c o m o p a r t i d o d e las
clases m e d i a s . P o r e l l o m i s m o , el p a r t i d o c o n s t i t u y e u n rico espejo d e l a s o -
ciedad d e u n a é p o c a d a d a , en la m e d i d a e n q u e t a n sólo p u e d e e m e r g e r y
d u r a r si r e s p o n d e a d e t e r m i n a d o s p r o b l e m a s f u n d a m e n t a l e s d e l p a í s . P e r o
t a m b i é n p u e d e n intervenir progresivos f e n ó m e n o s «de inercia d e lo políti-
c o » ( S . B e r s t e i n ) , g e n e r a n d o o c r i s t a l i z a n d o el p a r t i d o u n a p o l í t i c a q u e , e n
v i r t u d d e l p e s o q u e h a t e n i d o e n el p a s a d o , le p e r m i t e c o n t i n u a r d e s e m p e -
ñ a n d o u n a f u n c i ó n i m p o r t a n t e sin q u e , sin e m b a r g o , h a y a s a b i d o a d a p t a r -
s e a las n u e v a s c u e s t i o n e s a p o r t a d a s p o r l o s n u e v o s t i e m p o s ( e s l o o c u r r i d o
al p a r t i d o r a d i c a l e n el p e r í o d o d e e n t r e g u e r r a ) . . . E n s e g u n d o l u g a r , el e s -
t u d i o d e l o s p a r t i d o s p u e d e o r i e n t a r s e h a c i a la v í a sociológica, combinando
el análisis d e m i l i t a n t e s y r e s p o n s a b l e s , el d e l e l e c t o r a d o y el d e l a i m a g e n
q u e t i e n e el p a r t i d o o q u e p r e t e n d e d a r d e sí m i s m o ( p o r e j e m p l o , B . P u -
d a l , Prendre partí. Pour une sociologie historique du PCF, 1 9 8 9 ) . T a l e n -
f o q u e se v e a c o m p a ñ a d o , a v e c e s , d e u n a r e f l e x i ó n e n t é r m i n o s d e gene-
raciones ( J . F . Sirinelli, « G é n é r a t i o n et h i s t o i r e p o l i t i q u e » , Vingtiéme sié-
259
ele. Revue d'histoire, n ú m . 2 2 , 1 9 8 9 ) : e n Les communistes frañgais (1968),
A n n i e K r i e g e l i n s i s t e s o b r e l a s u c e s i ó n d e m u c h a s g e n e r a c i o n e s e n el s e n o
d e l ' P C F , definidas p o r su fecha d e adhesión (generación sectaria d e la fase
de bólchevización, generaciones abiertas del frente popular y d e la Resis-
t e n c i a , a m b a s i n t e g r a d a s — c o n t r a r i a m e n t e a l a p r e c e d e n t e — e n el c o n s e n -
s o n a c i o n a l y r e p u b l i c a n o , g e n e r a c i ó n d e c o m b a t e d e la g u e r r a f r í a ) , r e v e -
lándose cada u n a de estas generaciones portadora de valores y matices m u y
distintos... E n t e r c e r lugar, la historia d e los partidos políticos s e i n t e r e s a
i g u a l m e n t e p o r la o r g a n i z a c i ó n y funcionamiento de los m i s m o s , en la línea
d e l o s t r a b a j o s f u n d a d o r e s d e R o b e r t s M i c h e l s (Les partís politiques, 1914)
q u e - o b s e r v a n la n a t u r a l e z a o l i g á r q u i c a d e l p a r t i d o s o c i a l d e m ó c r a t a a l e m á n .
A s í , S. B e r s t e i n d i s t i n g u e e n t r e el j u e g o , a . v e c e s c o m p l e j o , d e las e s t r u c -
turas y del a p a r a t o del p a r t i d o radical. A . Kriegel t r a t a de h a c e r u n «en-
s a y o d e e t n o g r a f í a p o l í t i c a » , d e f i n i e n d o al P C F c o m o u n a v e r d a d e r a « c o n -
t r a - s o c i e d a d » , c o n sus r e g l a s , sus n o r m a s , s u j e r a r q u í a , su l e n g u a j e cifra-
d o , su ritual, e t c . F i n a l m e n t e , el e s t u d i o d e l o s p a r t i d o s p o l í t i c o s , m u y
p r ó x i m o a la h i s t o r i a d e las i d e a s , se d e c a n t a c l a r a m e n t e p o r l o s f e n ó m e -
n o s ideológicos,, e s f o r z á n d o s e e s p e c i a l m e n t e e n d e l i m i t a r la cultura política
d e l p a r t i d o a q u e se h a c e r e f e r e n c i a ( r e c u e r d o s , r e f e r e n c i a s o b l i g a d a s , t e x -
t o s s a g r a d o s , s í m b o l o s , r i t o s , v o c a b u l a r i o , e t c . ) . E n s u m a , los p a r t i d o s e s -
t á n c o n s i d e r a d o s c o m o e l e m e n t o s d e « e s t r u c t u r a c i ó n social» ( S . B e r s t e i n ,
Pour une histoire politique): b a j o e s t e t í t u l o lo q u e p r e t e n d e h a c e r , t a n t o
p o r sus m é t o d o s c o m o p o r su a c t i t u d , es u n a h i s t o r i a t o t a l .
D e s d e e s t a p e r s p e c t i v a , l a h i s t o r i a p o l í t i c a se o r i e n t a , c a d a v e z m á s , c o n -
j u n t a m e n t e c o n el e s t u d i o d e los p a r t i d o s e n c u a n t o t a l e s , h a c i a la h i s t o r i a
d e las asociaciones y d e su i n t e r v e n c i ó n e n l a e s f e r a d e l o p o l í t i c o , p a r a d e -
h m i t a r la « m a l l a a s o c i a t i v a q u e c o n t i e n e u n a s o c i e d a d , u n a c u l t u r a y u n a
f o r m a p o l í t i c a » ( J . P . R i o u x , Pour une histoire politique). Desde una etno-
l o g í a p o l í t i c a q u e e x t r a e sus r e f e r e n c i a s d e f u e n t e s a m p l i a m e n t e p l u r i d i s c i -
p l i n a r e s ( e j e m p l o , G e n e v i é v e P o u j o l se i n s p i r a e n l o s t r a b a j o s d e l s o c i ó l o -
go P i e r r e B o u r d i e u p a r a c o m p a r a r , e n L'Éducation populaire, la a c t i v i d a d
d e l a A s s o c i a t i o n C a t h o l i q u e d e l a J e u n e s s e F r a n c a i s e , la d e la p r o t e s t a n t e
U n i ó n C h r é t i e n n e d e s J e u n e s G e n s y l a d e la laica L i g u e F r a n c a i s e d e l ' E n -
s e i g n e m e n t ) , el e s t u d i o d e las a s o c i a c i o n e s p e r m i t e a p r e h e n d e r m e j o r l o s
p r o c e s o s d e l a s o c i a l i z a c i ó n p o l í t i c a , e n t r e el á r e a d e la s o c i e d a d civil y la
del p o d e r . Las asociaciones, lugares de articulación e n t r e la sociabilidad co-
t i d i a n a y la d i m e n s i ó n p o l í t i c a ( M . A g u l h o n , La République au village,
1970), l u g a r e s d e f o r m a c i ó n ( G . C h o l v y , Mouvements de jeunesse. Chré-
tiens etjuifs: sociabilité juvénile dans un cadre européen, 1799-1968), luga-
r e s d e r e f l e x i ó n ( P h . R e c l u s , La République impatiente ou le club des Ja-
cobins, 1951-1958, 1987), lugar d e protesta c o m b a t i v a ( E . W e b e r , L'Ac-
tion frangaise, 1962; J . P . R i o u x , La Ligue de la patrie frangaise, 1 9 7 6 ) , lu-
g a r d e l s i n d i c a l i s m o y d e s u r e l a c i ó n c o n la p o l í t i c a ( A . B e r g a u n i o u x , For-
cé ouvriére, 1982; A . M o n c h a b l o n , Histoire de l'UNEF, 1983), lugar, e n
fin, d e c o n c e n t r a c i ó n c o n m e m o r a t i v a y d e p r e s i ó n r e s p e c t o al p o d e r
( A . P r o s t , Les Anciens Combattants et la Société frangaise, 1977), constitu-
y e n u n o b s e r v a t o r i o d e p r e d i l e c c i ó n p a r a d e l i m i t a r el e s t a d o d e l a v i d a p o -
lítica. A s í , p a r e c e c a d a v e z m á s p r o b a b l e q u e p u e d a e s t a b l e c e r s e u n a c o r r e -
l a c i ó n e n t r e los p e r í o d o s a s o c i a t i v o s d e p l e a m a r y l o s d e «crisis» p o l í t i c a y
r u p t u r a del c o n s e n s o . . .
260
E l personal político, m u c h a s v e c e s f o r m a d o e n el c u a d r o d e l m o v i m i e n -
t o a s o c i a t i v o , r o t o d e s p u é s p o r las r e g l a s d e l a v i d a d e l o s p a r t i d o s , t a m -
b i é n p r e s e n t a u n p u n t o d e vista r e c i e n t e m e n t e d e s a r r o l l a d o p o r la historia
p o l í t i c a . P a r a d ó j i c a m e n t e b a s t a n t e m a l c o n o c i d o , es y a o b j e t o d e i n v e s t i -
g a c i o n e s s o c i o - p o l í t i c a s q u e p e r m i t e n d e l i m i t a r m e j o r el f u n c i o n a m i e n t o
d e l e s t a d o y l o s d e t e r m i n a n t e s d e s u a c t i v i d a d . A s í , e s t u d i a n d o Les Som-
mets de l'État ( 1 9 7 7 ) , el p o l i t ó l o g o P . B i r n b a u m p r o p o n e u n « e n s a y o s o b r e
l a élite d e l p o d e r e n F r a n c i a » , e n el q u e p o n e d e r e l i e v e l a o p o s i c i ó n e n t r e ,
d e u n a p a r t e , la T e r c e r a y la C u a r t a R e p ú b l i c a s , caracterizadas p o r la p r o -
fesionalización del c u e r p o político, b a s t a n t e a l e j a d o , p o r este h e c h o , d e la
alta función política y del p o d e r e c o n ó m i c o , y d e o t r a p a r t e , la V R e p ú b l i -
c a , e n l a q u e s e o p e r a u n a f u s i ó n p a r c i a l e n t r e el p o d e r e j e c u t i v o , l a a l t a
a d m i n i s t r a c i ó n y, e n m e n o r m e d i d a , el m u n d o d e l a e c o n o m í a . D e l a m i s -
m a m a n e r a , a u n q u e utilizando u n a f o r m a q u e r e s p o n d e m á s a la sociología
h i s t ó r i c a q u e a la h i s t o r i a p o l í t i c a , l a t e s i s d e C h . C h a r l e (Les Élites de la
République, 1880-1900, 1 9 8 7 ) , al e s t u d i a r las t r a y e c t o r i a s y las e s t r a t e g i a s
s o c i a l e s y p r o f e s i o n a l e s d e las élites i n t e l e c t u a l e s , e c o n ó m i c a s y a d m i n i s t r a -
tivas, n o s ofrece u n a perspectiva n u e v a sobre las carreras políticas d u r a n t e
la T e r c e r a R e p ú b l i c a . C a p t a m o s e n ella t o d o el i n t e r é s q u e o f r e c e u n a m -
p l i o t r a b a j o p r o s o p o g r á f i c o : y a e s b o z a d o p o r J . E s t é b e (Les Ministres de
la République, 1871-1914, 1 9 8 2 ) , a d q u i e r e , p a r t i c u l a r m e n t e , la f o r m a d e
u n a a m p l i a e n c u e s t a s o b r e el p e r s o n a l p a r l a m e n t a r i o d e l a T e r c e r a R e p ú -
b l i c a , e m p e z a d a e n 1984 e n el m a r c o d e l a C N R S p o r J. M . M a y e u r y M .
A g u l h o n , q u e d e s e m b o c a r í a e n u n a v i s i ó n g l o b a l d e las élites p o l í t i c a s ( a m -
b i e n t e d e p r o c e d e n c i a , f o r m a c i ó n , p a t r i m o n i o , i n s e r c i ó n social y c u l t u r a l ,
c a r r e r a p o l í t i c a , e t c . ) . D e l a m i s m a v e n a p r o s o p o g r á f i c a , el i n m e n s o p r o -
y e c t o c o l e c t i v o d e u n Dictionaire biographique du mouvement ouvrier
frañgais, p u e s t o e n m a r c h a p o r J e a n M a i t r o n , a p o r t a u n i n s t r u m e n t o i n s u s -
t i t u i b l e p a r a el c o n o c i m i e n t o d e las f o r m a c i o n e s s i n d i c a l e s y d e los p a r t i d o s
d e izquierda, t a n t o p a r a los r e s p o n s a b l e s c o m o p a r a los militantes d e b a s e .
L a historia política s u m a , a estos enfoques en términos semi-individua-
l e s , s e m i - c o l e c t i v o s , u n a p r á c t i c a r e n o v a d a d e l a biografía política, c u y o r e -
t o r n o c o n s t i t u y e u n r a s g o s o r p r e n d e n t e e n el p a i s a j e h i s t o r i o g r á f i c o d e los
a ñ o s 8 0 , e n v i r t u d d e l a r e h a b i l i t a c i ó n d e l p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r el i n d i -
v i d u o e n l a h i s t o r i a y d e la p r e o c u p a c i ó n p o r r e i n t r o d u c i r l a s i n g u l a r i d a d
e n las c i e n c i a s s o c i a l e s . S i n e m b a r g o , d i f i r i e n d o e n ello d e las b i o g r a f í a s t r a -
d i c i o n a l e s , q u e s i g u e n o b t e n i e n d o g r a n d e s é x i t o s d e l i b r e r í a , las b i o g r a f í a s
« n u e v o e s t i l o » n o d i r i g e n t a n t o sus e s f u e r z o s a p r e s e n t a r el p e r f i l e x h a u s -
t i v o d e l i n d i v i d u o c o m o a d e l i m i t a r m e j o r l a h i s t o r i a c o l e c t i v a m e d i a n t e el
e s c l a r e c i m i e n t o d e l a h i s t o r i a s i n g u l a r . V e m o s así m u l t i p l i c a r s e l a s b i o g r a -
fías p o l í t i c a s : m o n u m e n t o s a p r o p ó s i t o d e l o s « g r a n d e s h o m b r e s » (el De
Gaulle, d e J. L a c o u t u r e ; el Clemenceau, de J. B . D u r o s e l l e ) , e x h u m a c i ó n
d e l o s « p e r s o n a j e s d e s e g u n d a fila» d e s v a l o r i z a d o s d e m a s i a d o r á p i d a m e n t e
( e n 1 9 8 4 , h a n sido d e d i c a d o s , p o r e j e m p l o , d o s c o l o q u i o s a H e n r i Q u e u i -
l l e ) , d e s c u b r i m i e n t o d e l d i s c r e t o p o d e r d e l o s « h o m b r e s e n la s o m b r a »
( P . A s s o u l i n e , Une éminence grise. Jean Jardín, 1 9 8 6 ) , e x a m e n d e t a l o c u a l
v a s t o p r o b l e m a a t r a v é s d e la b i o g r a f í a ( e n Frangois de Wendel en Répu-
blique, 1 9 7 6 , J . N . J e a n n e n e y e s t u d i a las r e l a c i o n e s e n t r e los a m b i e n t e s d e
l o s n e g o c i o s y l a v i d a p o l í t i c a d u r a n t e l a T e r c e r a R e p ú b l i c a ; e n Un pretre
démocrate, l'abbé Lemire, 1 9 6 8 , J. M . M a y e u r o b s e r v a las r e a c c i o n e s d e la
261
ele. Revue d'histoire, n ú m . 2 2 , 1 9 8 9 ) : e n Les communistes frañgais (1968),
A n n i e K r i e g e l i n s i s t e s o b r e l a s u c e s i ó n d e m u c h a s g e n e r a c i o n e s e n el s e n o
d e l ' P C F , definidas p o r su fecha d e adhesión (generación sectaria d e la fase
de bólchevización, generaciones abiertas del frente popular y d e la Resis-
t e n c i a , a m b a s i n t e g r a d a s — c o n t r a r i a m e n t e a l a p r e c e d e n t e — e n el c o n s e n -
s o n a c i o n a l y r e p u b l i c a n o , g e n e r a c i ó n d e c o m b a t e d e la g u e r r a f r í a ) , r e v e -
lándose cada u n a de estas generaciones portadora de valores y matices m u y
distintos... E n t e r c e r lugar, la historia d e los partidos políticos s e i n t e r e s a
i g u a l m e n t e p o r la o r g a n i z a c i ó n y funcionamiento de los m i s m o s , en la línea
d e l o s t r a b a j o s f u n d a d o r e s d e R o b e r t s M i c h e l s (Les partís politiques, 1914)
q u e - o b s e r v a n la n a t u r a l e z a o l i g á r q u i c a d e l p a r t i d o s o c i a l d e m ó c r a t a a l e m á n .
A s í , S. B e r s t e i n d i s t i n g u e e n t r e el j u e g o , a . v e c e s c o m p l e j o , d e las e s t r u c -
turas y del a p a r a t o del p a r t i d o radical. A . Kriegel t r a t a de h a c e r u n «en-
s a y o d e e t n o g r a f í a p o l í t i c a » , d e f i n i e n d o al P C F c o m o u n a v e r d a d e r a « c o n -
t r a - s o c i e d a d » , c o n sus r e g l a s , sus n o r m a s , s u j e r a r q u í a , su l e n g u a j e cifra-
d o , su ritual, e t c . F i n a l m e n t e , el e s t u d i o d e l o s p a r t i d o s p o l í t i c o s , m u y
p r ó x i m o a la h i s t o r i a d e las i d e a s , se d e c a n t a c l a r a m e n t e p o r l o s f e n ó m e -
n o s ideológicos,, e s f o r z á n d o s e e s p e c i a l m e n t e e n d e l i m i t a r la cultura política
d e l p a r t i d o a q u e se h a c e r e f e r e n c i a ( r e c u e r d o s , r e f e r e n c i a s o b l i g a d a s , t e x -
t o s s a g r a d o s , s í m b o l o s , r i t o s , v o c a b u l a r i o , e t c . ) . E n s u m a , los p a r t i d o s e s -
t á n c o n s i d e r a d o s c o m o e l e m e n t o s d e « e s t r u c t u r a c i ó n social» ( S . B e r s t e i n ,
Pour une histoire politique): b a j o e s t e t í t u l o lo q u e p r e t e n d e h a c e r , t a n t o
p o r sus m é t o d o s c o m o p o r su a c t i t u d , es u n a h i s t o r i a t o t a l .
D e s d e e s t a p e r s p e c t i v a , l a h i s t o r i a p o l í t i c a se o r i e n t a , c a d a v e z m á s , c o n -
j u n t a m e n t e c o n el e s t u d i o d e los p a r t i d o s e n c u a n t o t a l e s , h a c i a la h i s t o r i a
d e las asociaciones y d e su i n t e r v e n c i ó n e n l a e s f e r a d e l o p o l í t i c o , p a r a d e -
h m i t a r la « m a l l a a s o c i a t i v a q u e c o n t i e n e u n a s o c i e d a d , u n a c u l t u r a y u n a
f o r m a p o l í t i c a » ( J . P . R i o u x , Pour une histoire politique). Desde una etno-
l o g í a p o l í t i c a q u e e x t r a e sus r e f e r e n c i a s d e f u e n t e s a m p l i a m e n t e p l u r i d i s c i -
p l i n a r e s ( e j e m p l o , G e n e v i é v e P o u j o l se i n s p i r a e n l o s t r a b a j o s d e l s o c i ó l o -
go P i e r r e B o u r d i e u p a r a c o m p a r a r , e n L'Éducation populaire, la a c t i v i d a d
d e l a A s s o c i a t i o n C a t h o l i q u e d e l a J e u n e s s e F r a n c a i s e , la d e la p r o t e s t a n t e
U n i ó n C h r é t i e n n e d e s J e u n e s G e n s y l a d e la laica L i g u e F r a n c a i s e d e l ' E n -
s e i g n e m e n t ) , el e s t u d i o d e las a s o c i a c i o n e s p e r m i t e a p r e h e n d e r m e j o r l o s
p r o c e s o s d e l a s o c i a l i z a c i ó n p o l í t i c a , e n t r e el á r e a d e la s o c i e d a d civil y la
del p o d e r . Las asociaciones, lugares de articulación e n t r e la sociabilidad co-
t i d i a n a y la d i m e n s i ó n p o l í t i c a ( M . A g u l h o n , La République au village,
1970), l u g a r e s d e f o r m a c i ó n ( G . C h o l v y , Mouvements de jeunesse. Chré-
tiens etjuifs: sociabilité juvénile dans un cadre européen, 1799-1968), luga-
r e s d e r e f l e x i ó n ( P h . R e c l u s , La République impatiente ou le club des Ja-
cobins, 1951-1958, 1987), lugar d e protesta c o m b a t i v a ( E . W e b e r , L'Ac-
tion frangaise, 1962; J . P . R i o u x , La Ligue de la patrie frangaise, 1 9 7 6 ) , lu-
g a r d e l s i n d i c a l i s m o y d e s u r e l a c i ó n c o n la p o l í t i c a ( A . B e r g a u n i o u x , For-
cé ouvriére, 1982; A . M o n c h a b l o n , Histoire de l'UNEF, 1983), lugar, e n
fin, d e c o n c e n t r a c i ó n c o n m e m o r a t i v a y d e p r e s i ó n r e s p e c t o al p o d e r
( A . P r o s t , Les Anciens Combattants et la Société frangaise, 1977), constitu-
y e n u n o b s e r v a t o r i o d e p r e d i l e c c i ó n p a r a d e l i m i t a r el e s t a d o d e l a v i d a p o -
lítica. A s í , p a r e c e c a d a v e z m á s p r o b a b l e q u e p u e d a e s t a b l e c e r s e u n a c o r r e -
l a c i ó n e n t r e los p e r í o d o s a s o c i a t i v o s d e p l e a m a r y l o s d e «crisis» p o l í t i c a y
r u p t u r a del c o n s e n s o . . .
260
E l personal político, m u c h a s v e c e s f o r m a d o e n el c u a d r o d e l m o v i m i e n -
t o a s o c i a t i v o , r o t o d e s p u é s p o r las r e g l a s d e l a v i d a d e l o s p a r t i d o s , t a m -
b i é n p r e s e n t a u n p u n t o d e vista r e c i e n t e m e n t e d e s a r r o l l a d o p o r la historia
p o l í t i c a . P a r a d ó j i c a m e n t e b a s t a n t e m a l c o n o c i d o , es y a o b j e t o d e i n v e s t i -
g a c i o n e s s o c i o - p o l í t i c a s q u e p e r m i t e n d e l i m i t a r m e j o r el f u n c i o n a m i e n t o
d e l e s t a d o y l o s d e t e r m i n a n t e s d e s u a c t i v i d a d . A s í , e s t u d i a n d o Les Som-
mets de l'État ( 1 9 7 7 ) , el p o l i t ó l o g o P . B i r n b a u m p r o p o n e u n « e n s a y o s o b r e
l a élite d e l p o d e r e n F r a n c i a » , e n el q u e p o n e d e r e l i e v e l a o p o s i c i ó n e n t r e ,
d e u n a p a r t e , la T e r c e r a y la C u a r t a R e p ú b l i c a s , caracterizadas p o r la p r o -
fesionalización del c u e r p o político, b a s t a n t e a l e j a d o , p o r este h e c h o , d e la
alta función política y del p o d e r e c o n ó m i c o , y d e o t r a p a r t e , la V R e p ú b l i -
c a , e n l a q u e s e o p e r a u n a f u s i ó n p a r c i a l e n t r e el p o d e r e j e c u t i v o , l a a l t a
a d m i n i s t r a c i ó n y, e n m e n o r m e d i d a , el m u n d o d e l a e c o n o m í a . D e l a m i s -
m a m a n e r a , a u n q u e utilizando u n a f o r m a q u e r e s p o n d e m á s a la sociología
h i s t ó r i c a q u e a la h i s t o r i a p o l í t i c a , l a t e s i s d e C h . C h a r l e (Les Élites de la
République, 1880-1900, 1 9 8 7 ) , al e s t u d i a r las t r a y e c t o r i a s y las e s t r a t e g i a s
s o c i a l e s y p r o f e s i o n a l e s d e las élites i n t e l e c t u a l e s , e c o n ó m i c a s y a d m i n i s t r a -
tivas, n o s ofrece u n a perspectiva n u e v a sobre las carreras políticas d u r a n t e
la T e r c e r a R e p ú b l i c a . C a p t a m o s e n ella t o d o el i n t e r é s q u e o f r e c e u n a m -
p l i o t r a b a j o p r o s o p o g r á f i c o : y a e s b o z a d o p o r J . E s t é b e (Les Ministres de
la République, 1871-1914, 1 9 8 2 ) , a d q u i e r e , p a r t i c u l a r m e n t e , la f o r m a d e
u n a a m p l i a e n c u e s t a s o b r e el p e r s o n a l p a r l a m e n t a r i o d e l a T e r c e r a R e p ú -
b l i c a , e m p e z a d a e n 1984 e n el m a r c o d e l a C N R S p o r J. M . M a y e u r y M .
A g u l h o n , q u e d e s e m b o c a r í a e n u n a v i s i ó n g l o b a l d e las élites p o l í t i c a s ( a m -
b i e n t e d e p r o c e d e n c i a , f o r m a c i ó n , p a t r i m o n i o , i n s e r c i ó n social y c u l t u r a l ,
c a r r e r a p o l í t i c a , e t c . ) . D e l a m i s m a v e n a p r o s o p o g r á f i c a , el i n m e n s o p r o -
y e c t o c o l e c t i v o d e u n Dictionaire biographique du mouvement ouvrier
frañgais, p u e s t o e n m a r c h a p o r J e a n M a i t r o n , a p o r t a u n i n s t r u m e n t o i n s u s -
t i t u i b l e p a r a el c o n o c i m i e n t o d e las f o r m a c i o n e s s i n d i c a l e s y d e los p a r t i d o s
d e izquierda, t a n t o p a r a los r e s p o n s a b l e s c o m o p a r a los militantes d e b a s e .
L a historia política s u m a , a estos enfoques en términos semi-individua-
l e s , s e m i - c o l e c t i v o s , u n a p r á c t i c a r e n o v a d a d e l a biografía política, c u y o r e -
t o r n o c o n s t i t u y e u n r a s g o s o r p r e n d e n t e e n el p a i s a j e h i s t o r i o g r á f i c o d e los
a ñ o s 8 0 , e n v i r t u d d e l a r e h a b i l i t a c i ó n d e l p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r el i n d i -
v i d u o e n l a h i s t o r i a y d e la p r e o c u p a c i ó n p o r r e i n t r o d u c i r l a s i n g u l a r i d a d
e n las c i e n c i a s s o c i a l e s . S i n e m b a r g o , d i f i r i e n d o e n ello d e las b i o g r a f í a s t r a -
d i c i o n a l e s , q u e s i g u e n o b t e n i e n d o g r a n d e s é x i t o s d e l i b r e r í a , las b i o g r a f í a s
« n u e v o e s t i l o » n o d i r i g e n t a n t o sus e s f u e r z o s a p r e s e n t a r el p e r f i l e x h a u s -
t i v o d e l i n d i v i d u o c o m o a d e l i m i t a r m e j o r l a h i s t o r i a c o l e c t i v a m e d i a n t e el
e s c l a r e c i m i e n t o d e l a h i s t o r i a s i n g u l a r . V e m o s así m u l t i p l i c a r s e l a s b i o g r a -
fías p o l í t i c a s : m o n u m e n t o s a p r o p ó s i t o d e l o s « g r a n d e s h o m b r e s » (el De
Gaulle, d e J. L a c o u t u r e ; el Clemenceau, de J. B . D u r o s e l l e ) , e x h u m a c i ó n
d e l o s « p e r s o n a j e s d e s e g u n d a fila» d e s v a l o r i z a d o s d e m a s i a d o r á p i d a m e n t e
( e n 1 9 8 4 , h a n sido d e d i c a d o s , p o r e j e m p l o , d o s c o l o q u i o s a H e n r i Q u e u i -
l l e ) , d e s c u b r i m i e n t o d e l d i s c r e t o p o d e r d e l o s « h o m b r e s e n la s o m b r a »
( P . A s s o u l i n e , Une éminence grise. Jean Jardín, 1 9 8 6 ) , e x a m e n d e t a l o c u a l
v a s t o p r o b l e m a a t r a v é s d e la b i o g r a f í a ( e n Frangois de Wendel en Répu-
blique, 1 9 7 6 , J . N . J e a n n e n e y e s t u d i a las r e l a c i o n e s e n t r e los a m b i e n t e s d e
l o s n e g o c i o s y l a v i d a p o l í t i c a d u r a n t e l a T e r c e r a R e p ú b l i c a ; e n Un pretre
démocrate, l'abbé Lemire, 1 9 6 8 , J. M . M a y e u r o b s e r v a las r e a c c i o n e s d e la
261
o p i n i ó n c a t ó l i c a r e s p e c t o a la p r o p i a T e r c e r a R e p ú b l i c a ) , e t c . E n g e n e r a l , gía (Art et Fascisme, b a j o l a d i r e c c i ó n d e P . M i l z a , 1 9 8 8 ) , o i n c l u s o , l o s fac-
esta s u p e r a b u n d a n t e cantidad d e biografías s o b r e p a s a s i s t e m á t i c a m e n t e la t o r e s d e c o h e s i ó n s u s c e p t i b l e s d e a g r u p a r a v a r i a s familias p o l í t i c a s c o n t r a
estricta d i m e n s i ó n narrativa p a r a alcanzar n u e v a s orillas: p o r e j e m p l o , u n a d v e r s a r i o r e a l o s u p u e s t o ( R . R é m o n d , Histoire de l'anticléricalisme en
Sylvie G u i l l a u m e (Antoine Pinay ou la confiance en politique, 1984) d e - France, 1976; J . - J . B e c k e r y S. B e r s t e i n , Histoire de l'anticommunisme en
s a r r o l l a , a t r a v é s d e l c a s o P i n a y , u n análisis d e los f e n ó m e n o s d e i m a g e n France, 1 9 8 7 ) . E n s u m a , a p a r t i r d e e s t e m o m e n t o , la cultura política se c o n -
c a r a c t e r í s t i c a , ^ d e m e m o r i a y d e m i t o l o g i z a c i ó n e n la p o l í t i c a , y S. B e r s t e i n v i e r t e e n el t e m a p o r e x c e l e n c i a d e la h i s t o r i a d e las i d e a s p o l í t i c a s , y ello
(EdouardHerriot ou la République en personne, 1985) s e i n t e r r o g a s o b r e c o n s t i t u y e la n o c i ó n c e n t r a l , c o m ú n al c o n j u n t o d e los e n f o q u e s d e l a h i s -
los m e c a n i s m o s d e la r e p r e s e n t a t i v i d a d p o l í t i c a , h a c i e n d o d e - s u p e r s o n a j e t o r i a p o l í t i c a , c o m o lo t e s t i m o n i a n p o r e j e m p l o , los t r a b a j o s d e C l . N i c o l e t
u n a e s p e c i e d e s í m b o l o d e la F r a n c i a r e p u b l i c a n a , d e s d e el p u n t o d e v i s t a s o b r e L'Idée républicaine en France ( 1 9 8 2 ) , los d e M . W i n o c k q u e a n a l i z a n
d e l o s o r í g e n e s sociales (el n i ñ o d e clase m e d i a ) , d e l a t r a y e c t o r i a i n d i v i - la vida política francesa e n t é r m i n o s d e r e c u r r e n t e s «guerras franco-fran-
d u a l (la a s c e n s i ó n a p a r t i r d e l a e s c u e l a y el p r o p i o m é r i t o ) y d e l a c u l t u r a c e s a s » , o r g a n i z a d a s s i g u i e n d o e s t r u c t u r a s d e l a r g a d u r a c i ó n (La Fievre hexa-
(el h u m a n i s m o l i t e r a r i o , h i s t ó r i c o y r a c i o n a l i s t a ) . . . gonale, 1986) o t a m b i é n l o s d e R a o u l G i r a r d e t , q u e e n Mythes et mytho-
A s í e v a l u a m o s h a s t a q u é p u n t o la h i s t o r i a p o l í t i c a es d e u d o r a d e las logies politiques (1986) n o se a r r e d r a e n a d e n t r a r s e e n t e r r e n o s v í r g e n e s
ideas políticas. R e p r e s e n t a d a p o r las p e r s o n a l i d a d e s d e J . - J . C h e v a l i e r y d e p a r a definir lo «imaginario e n política» a través d e cuatro mitos políticos
J. T o u c h a r d , a m b o s p r o f e s o r e s d e C i e n c i a s P o l í t i c a s , é s t a s e g u i r á s i e n d o , d e g r a n m a g n i t u d : l o s d e l Complot, el Salvador, la Edad de Oro y l a Uni-
d u r a n t e m u c h o t i e m p o , u n a «historia-galería», «una historia de cumbres» dad...
(ibíd.), s e g ú n su a c t u a l s u c e s o r e n l a calle d e S a i n t - G u i l l a u m e ( M . W i n o c k , P a r a c o n s e g u i r l o , y e l l o c o n s t i t u y e q u i z á u n a d e las a p o r t a c i o n e s m á s
Pour une histoire politique). T o d a v í a h o y p r i v i l e g i a f r e c u e n t e m e n t e el s i e m - r e l e v a n t e s d e l aggiornamento d e la h i s t o r i a p o l í t i c a , se r e c u r r e c a d a v e z
p r e n e c e s a r i o e s t u d i o m o n o g r á f i c o d e u n h o m b r e ( G . L e r o y , Péguy entre m á s , a veces d e forma sistemática (con m á s frecuencia de forma parcial),
l'ordre et la révolution, 1 9 8 1 ; M . R e b é r i o u x , Jaurés et Classe ouvriére, a instrumentos lexicológicos p r o c e d e n t e s d e la lingüística. A p a r t i r d e 1 9 6 2 ,
1 9 8 1 ) , d e u n a o b r a ( P . R o s a n v a l l o n , Le Moment Guizon, 1985), d e u n a l a t e s i s d e J . D u b o i s s o b r e Le Vocabulaire politique et social en France de
c o r r i e n t e ( L . G i r a r d , Les Libéraux franqais, 1814-1875, 1985; A . - M . D u - 1869 a 1972 i l u s t r a l a f e c u n d i d a d d e e s t e t i p o d e i n v e s t i g a c i ó n , r e a l i z a d a d e s -
r a n t o n - C r a b o l , Visages de la nouvelle droite, 1 9 8 8 ; P . A . Taguieff, « L ' i d e n - d e e n t o n c e s p o r el l a b o r a t o r i o d e l e x i c o l o g í a p o l í t i c a d e la É c o l e N ó r m a l e
t i t é n a t i o n a l i s t e » , Lignes, n ú m . 4 , 1 9 8 8 ) , o d e u n t e m a ( J . F r e u n d , La Dé- S u p é r i e u r e d e S a i n t - C l o u d , e i l u s t r a d a p o r la f u n d a c i ó n d e la r e v i s t a Mots
cadence, 1 9 8 4 ) . P e r o , p o c o a p o c o , se v a n s u m a n d o a e s t a s m o n o g r a f í a s e n 1 9 8 0 . P o r u n a p a r t e , s u t r á n s i t o p o r l a l e x i c o l o g í a — m u c h a s v e c e s difí-
indispensables, a d e m á s d e la e x h u m a c i ó n d e h o m b r e s y d e corrientes m a l cil, casi r e p e l e n t e , d e b i d o a s u t e c n i c i s m o y al c a r á c t e r a l e a t o r i o d e sus r e -
c o n o c i d o s ( J . J u l ü a r d , Fernand Pelloutier et les origines du syndicalisme s u l t a d o s — p e r m i t e d e m o s t r a r p o r la vía c u a n t i t a t i v a , c o n m á s rigor, lo q u e
d'action directe, 1 9 7 1 ; Z . S t e r n h e l l , La droite révolutionnaire, 1885-1914, las c i t a s , i n c l u s o n u m e r o s a s , n o p u e d e n probar a u t é n t i c a m e n t e : así, D . P e s -
1 9 7 8 ; S. S a n d , L' Illusion du politique. Georges Sorel et le débat intellectuel c h a n s k i d e m u e s t r a q u e , e n t r e e n e r o d e 1934 y a g o s t o d e 1936, L'Humanité
1900,1985), los f r u t o s d e u n ensanchamiento del corpus, c a d a v e z m á s a b i e r - s u s t i t u y e , e s p e c i a l m e n t e a p a r t i r d e j u l i o d e 1 9 3 5 , el v o c a b u l a r i o d e clase
t o s a los f e n ó m e n o s d e r e s i t u a c i ó n , difusión y r e c e p c i ó n d e i d e a s , a fin d e p o r o t r o v o c a b u l a r i o q u e g r a v i t a s o b r e el e c u m e n i s m o d e l « p u e b l o » , c o n -
« d e s t a c a r ( s u ) r a s t r o e n t o d o s l o s s e c t o r e s d e la s o c i e d a d ( . . . ) , d e s c e n d i e n - f o r m e a la d i n á m i c a d e l a f o r m a c i ó n d e l F r e n t e p o p u l a r . Etpourtant ils tour-
d o d e l o l i m p o d e las grandes obras» ( M . W i n o c k , ibíd.). D o s tesis a b r i r á n , nent. Vocabulaire et stratégie du PCF (1934-1936), 1988.
p r e c o z m e n t e , el c a m i n o d e e s t a a m b i c i o s a a c t i t u d : p r i m e r o , e n 1 9 5 9 , la t e -
P o r o t r a p a r t e , p u e d e a ñ a d i r s e u n a función heurística a la función de-
sis d e R . R é m o n d s o b r e Les Etats-Unis devant 1'opinión frangaise,
m o s t r a t i v a , y a q u e el e s t u d i o d e las e s t r u c t u r a s r e l a t i v a s al l é x i c o p u e d e n
1815-1852; d e s p u é s , e n 1 9 6 8 , l a d e J. T o u c h a r d s o b r e La gloire de Béran-
d e s v e l a r , p o r e j e m p l o , las f i g u r a s m e n t a l e s q u e rigen el d i s c u r s o ( A . P r o s t ,
ger. E n a m b o s c a s o s , s e l l e v a a c a b o u n a v e r d a d e r a a p r e h e n s i ó n d e l a cul-
Vocabulaire des proclamations electorales de 1881, 1885 et 1889, 191A; D .
t u r a política a través d e la i m a g e n d e u n m o d e l o e x t r a n j e r o y del extraor-
d i n a r i o i m p a c t o q u e p r o d u c e u n a u t o r d e c a n c i o n e s p o p u l a r e s d e l siglo x r x .
Labe, Le discours communiste, 1977).
S e g u r a m e n t e , t a l h i s t o r i a p o l í t i c a d o m i n a t a n t o el e s t u d i o d e las series
A p a r t i r d e l a b r e c h a a b i e r t a , l a h i s t o r i a d e las i d e a s n o h a d e j a d o d e d i -
c o m o el d e la d u r a c i ó n . ¿ E q u i v a l e a d e c i r q u e se i g n o r a a p a r t i r d e este
v e r s i f i c a r s e , p a s a n d o p o r el c e d a z o d e s u i n v e s t i g a c i ó n los f e n ó m e n o s d e
m o m e n t o el acontecimiento! L e j o s d e e l l o , m u y al c o n t r a r i o , e n u n a epis-
a c u l t u r a c i ó n p o l í t i c a q u e se r e a l i z a n e n la e s c u e l a ( J . O z o u f , Nous les maí-
t e m o l o g í a q u e r e c o n o c e t o d a su i m p o r t a n c i a a las i n c e r t i d u m b r e s d e ciclo
tres d'écolé), las r e v i s t a s ( M . W i n o c k , Histoire politique de la revue «Es-
c o r t o ( R . R é m o n d , « L e siécle d e l a c o n t i n g e n c e ? » , Vingtiéme siécle. Re-
prit», 1 9 7 5 ) , los p r o c e s o s d e a t r a c c i ó n i d e o l ó g i c a ( P h . B u r r i n , L a Derive fos-
vuel d'histoire, n ú m . 1, 1 9 8 4 ) , «el a c o n t e c i m i e n t o , e s p e c i a l m e n t e e n su v e r -
aste. Doriot, Déat, Bergery, 1 9 8 6 ) , los « a n i m a d o r e s » ( e n su tesis s o b r e u n a
t i e n t e p o l í t i c a , n o s e p u e d e c o n s i d e r a r c o m o u n s i m p l e producto; n o es el
Géneration intellectuelle. Khágneux et normaliens dans l'entredeux guerres,
g r a n o d e a r e n a c o n v e r t i d o e n p e r l a d e n t r o d e l c u e r p o d e la o s t r a - e s t r u c t u -
1 9 8 8 , J . - F . Sirinelli p o n e d e r e l i e v e el p a p e l d e A l a i n e n la f o r m a c i ó n p o -
r a ; p o r el c o n t a r i o , a u n q u e m a t e r i a l i c e u n p u n t o d e r e v i s i ó n d e l a h i s t o r i a ,
lítica d e sus a l u m n o s ) , las r e p r e s e n t a c i o n e s c o l e c t i v a s (LAmérique dans les
e s , al m i s m o t i e m p o , productor d e e s t r u c t u r a » ( J . J u l l i a r d , Faire de VHis-
tetes. Un siécle de fascinations et d'aversions, bajo la dirección de D . L a -
toire). P o r e j e m p l o , u n h e c h o c u a l q u i e r a , p o r m u y a n e c d ó t i c o q u e p a r e z -
c o r n e , J. R u p n i k y M . - F . T o i n e t , 1 9 8 6 ) , las r e l a c i o n e s e n t r e a r t e e i d e o l o -
ca, p u e d e d e m o s t r a r m u c h o s a g a r r o t a m i e n t o s en los engranajes consensua-

262 263
o p i n i ó n c a t ó l i c a r e s p e c t o a la p r o p i a T e r c e r a R e p ú b l i c a ) , e t c . E n g e n e r a l , gía (Art et Fascisme, b a j o l a d i r e c c i ó n d e P . M i l z a , 1 9 8 8 ) , o i n c l u s o , l o s fac-
esta s u p e r a b u n d a n t e cantidad d e biografías s o b r e p a s a s i s t e m á t i c a m e n t e la t o r e s d e c o h e s i ó n s u s c e p t i b l e s d e a g r u p a r a v a r i a s familias p o l í t i c a s c o n t r a
estricta d i m e n s i ó n narrativa p a r a alcanzar n u e v a s orillas: p o r e j e m p l o , u n a d v e r s a r i o r e a l o s u p u e s t o ( R . R é m o n d , Histoire de l'anticléricalisme en
Sylvie G u i l l a u m e (Antoine Pinay ou la confiance en politique, 1984) d e - France, 1976; J . - J . B e c k e r y S. B e r s t e i n , Histoire de l'anticommunisme en
s a r r o l l a , a t r a v é s d e l c a s o P i n a y , u n análisis d e los f e n ó m e n o s d e i m a g e n France, 1 9 8 7 ) . E n s u m a , a p a r t i r d e e s t e m o m e n t o , la cultura política se c o n -
c a r a c t e r í s t i c a , ^ d e m e m o r i a y d e m i t o l o g i z a c i ó n e n la p o l í t i c a , y S. B e r s t e i n v i e r t e e n el t e m a p o r e x c e l e n c i a d e la h i s t o r i a d e las i d e a s p o l í t i c a s , y ello
(EdouardHerriot ou la République en personne, 1985) s e i n t e r r o g a s o b r e c o n s t i t u y e la n o c i ó n c e n t r a l , c o m ú n al c o n j u n t o d e los e n f o q u e s d e l a h i s -
los m e c a n i s m o s d e la r e p r e s e n t a t i v i d a d p o l í t i c a , h a c i e n d o d e - s u p e r s o n a j e t o r i a p o l í t i c a , c o m o lo t e s t i m o n i a n p o r e j e m p l o , los t r a b a j o s d e C l . N i c o l e t
u n a e s p e c i e d e s í m b o l o d e la F r a n c i a r e p u b l i c a n a , d e s d e el p u n t o d e v i s t a s o b r e L'Idée républicaine en France ( 1 9 8 2 ) , los d e M . W i n o c k q u e a n a l i z a n
d e l o s o r í g e n e s sociales (el n i ñ o d e clase m e d i a ) , d e l a t r a y e c t o r i a i n d i v i - la vida política francesa e n t é r m i n o s d e r e c u r r e n t e s «guerras franco-fran-
d u a l (la a s c e n s i ó n a p a r t i r d e l a e s c u e l a y el p r o p i o m é r i t o ) y d e l a c u l t u r a c e s a s » , o r g a n i z a d a s s i g u i e n d o e s t r u c t u r a s d e l a r g a d u r a c i ó n (La Fievre hexa-
(el h u m a n i s m o l i t e r a r i o , h i s t ó r i c o y r a c i o n a l i s t a ) . . . gonale, 1986) o t a m b i é n l o s d e R a o u l G i r a r d e t , q u e e n Mythes et mytho-
A s í e v a l u a m o s h a s t a q u é p u n t o la h i s t o r i a p o l í t i c a es d e u d o r a d e las logies politiques (1986) n o se a r r e d r a e n a d e n t r a r s e e n t e r r e n o s v í r g e n e s
ideas políticas. R e p r e s e n t a d a p o r las p e r s o n a l i d a d e s d e J . - J . C h e v a l i e r y d e p a r a definir lo «imaginario e n política» a través d e cuatro mitos políticos
J. T o u c h a r d , a m b o s p r o f e s o r e s d e C i e n c i a s P o l í t i c a s , é s t a s e g u i r á s i e n d o , d e g r a n m a g n i t u d : l o s d e l Complot, el Salvador, la Edad de Oro y l a Uni-
d u r a n t e m u c h o t i e m p o , u n a «historia-galería», «una historia de cumbres» dad...
(ibíd.), s e g ú n su a c t u a l s u c e s o r e n l a calle d e S a i n t - G u i l l a u m e ( M . W i n o c k , P a r a c o n s e g u i r l o , y e l l o c o n s t i t u y e q u i z á u n a d e las a p o r t a c i o n e s m á s
Pour une histoire politique). T o d a v í a h o y p r i v i l e g i a f r e c u e n t e m e n t e el s i e m - r e l e v a n t e s d e l aggiornamento d e la h i s t o r i a p o l í t i c a , se r e c u r r e c a d a v e z
p r e n e c e s a r i o e s t u d i o m o n o g r á f i c o d e u n h o m b r e ( G . L e r o y , Péguy entre m á s , a veces d e forma sistemática (con m á s frecuencia de forma parcial),
l'ordre et la révolution, 1 9 8 1 ; M . R e b é r i o u x , Jaurés et Classe ouvriére, a instrumentos lexicológicos p r o c e d e n t e s d e la lingüística. A p a r t i r d e 1 9 6 2 ,
1 9 8 1 ) , d e u n a o b r a ( P . R o s a n v a l l o n , Le Moment Guizon, 1985), d e u n a l a t e s i s d e J . D u b o i s s o b r e Le Vocabulaire politique et social en France de
c o r r i e n t e ( L . G i r a r d , Les Libéraux franqais, 1814-1875, 1985; A . - M . D u - 1869 a 1972 i l u s t r a l a f e c u n d i d a d d e e s t e t i p o d e i n v e s t i g a c i ó n , r e a l i z a d a d e s -
r a n t o n - C r a b o l , Visages de la nouvelle droite, 1 9 8 8 ; P . A . Taguieff, « L ' i d e n - d e e n t o n c e s p o r el l a b o r a t o r i o d e l e x i c o l o g í a p o l í t i c a d e la É c o l e N ó r m a l e
t i t é n a t i o n a l i s t e » , Lignes, n ú m . 4 , 1 9 8 8 ) , o d e u n t e m a ( J . F r e u n d , La Dé- S u p é r i e u r e d e S a i n t - C l o u d , e i l u s t r a d a p o r la f u n d a c i ó n d e la r e v i s t a Mots
cadence, 1 9 8 4 ) . P e r o , p o c o a p o c o , se v a n s u m a n d o a e s t a s m o n o g r a f í a s e n 1 9 8 0 . P o r u n a p a r t e , s u t r á n s i t o p o r l a l e x i c o l o g í a — m u c h a s v e c e s difí-
indispensables, a d e m á s d e la e x h u m a c i ó n d e h o m b r e s y d e corrientes m a l cil, casi r e p e l e n t e , d e b i d o a s u t e c n i c i s m o y al c a r á c t e r a l e a t o r i o d e sus r e -
c o n o c i d o s ( J . J u l ü a r d , Fernand Pelloutier et les origines du syndicalisme s u l t a d o s — p e r m i t e d e m o s t r a r p o r la vía c u a n t i t a t i v a , c o n m á s rigor, lo q u e
d'action directe, 1 9 7 1 ; Z . S t e r n h e l l , La droite révolutionnaire, 1885-1914, las c i t a s , i n c l u s o n u m e r o s a s , n o p u e d e n probar a u t é n t i c a m e n t e : así, D . P e s -
1 9 7 8 ; S. S a n d , L' Illusion du politique. Georges Sorel et le débat intellectuel c h a n s k i d e m u e s t r a q u e , e n t r e e n e r o d e 1934 y a g o s t o d e 1936, L'Humanité
1900,1985), los f r u t o s d e u n ensanchamiento del corpus, c a d a v e z m á s a b i e r - s u s t i t u y e , e s p e c i a l m e n t e a p a r t i r d e j u l i o d e 1 9 3 5 , el v o c a b u l a r i o d e clase
t o s a los f e n ó m e n o s d e r e s i t u a c i ó n , difusión y r e c e p c i ó n d e i d e a s , a fin d e p o r o t r o v o c a b u l a r i o q u e g r a v i t a s o b r e el e c u m e n i s m o d e l « p u e b l o » , c o n -
« d e s t a c a r ( s u ) r a s t r o e n t o d o s l o s s e c t o r e s d e la s o c i e d a d ( . . . ) , d e s c e n d i e n - f o r m e a la d i n á m i c a d e l a f o r m a c i ó n d e l F r e n t e p o p u l a r . Etpourtant ils tour-
d o d e l o l i m p o d e las grandes obras» ( M . W i n o c k , ibíd.). D o s tesis a b r i r á n , nent. Vocabulaire et stratégie du PCF (1934-1936), 1988.
p r e c o z m e n t e , el c a m i n o d e e s t a a m b i c i o s a a c t i t u d : p r i m e r o , e n 1 9 5 9 , la t e -
P o r o t r a p a r t e , p u e d e a ñ a d i r s e u n a función heurística a la función de-
sis d e R . R é m o n d s o b r e Les Etats-Unis devant 1'opinión frangaise,
m o s t r a t i v a , y a q u e el e s t u d i o d e las e s t r u c t u r a s r e l a t i v a s al l é x i c o p u e d e n
1815-1852; d e s p u é s , e n 1 9 6 8 , l a d e J. T o u c h a r d s o b r e La gloire de Béran-
d e s v e l a r , p o r e j e m p l o , las f i g u r a s m e n t a l e s q u e rigen el d i s c u r s o ( A . P r o s t ,
ger. E n a m b o s c a s o s , s e l l e v a a c a b o u n a v e r d a d e r a a p r e h e n s i ó n d e l a cul-
Vocabulaire des proclamations electorales de 1881, 1885 et 1889, 191A; D .
t u r a política a través d e la i m a g e n d e u n m o d e l o e x t r a n j e r o y del extraor-
d i n a r i o i m p a c t o q u e p r o d u c e u n a u t o r d e c a n c i o n e s p o p u l a r e s d e l siglo x r x .
Labe, Le discours communiste, 1977).
S e g u r a m e n t e , t a l h i s t o r i a p o l í t i c a d o m i n a t a n t o el e s t u d i o d e las series
A p a r t i r d e l a b r e c h a a b i e r t a , l a h i s t o r i a d e las i d e a s n o h a d e j a d o d e d i -
c o m o el d e la d u r a c i ó n . ¿ E q u i v a l e a d e c i r q u e se i g n o r a a p a r t i r d e este
v e r s i f i c a r s e , p a s a n d o p o r el c e d a z o d e s u i n v e s t i g a c i ó n los f e n ó m e n o s d e
m o m e n t o el acontecimiento! L e j o s d e e l l o , m u y al c o n t r a r i o , e n u n a epis-
a c u l t u r a c i ó n p o l í t i c a q u e se r e a l i z a n e n la e s c u e l a ( J . O z o u f , Nous les maí-
t e m o l o g í a q u e r e c o n o c e t o d a su i m p o r t a n c i a a las i n c e r t i d u m b r e s d e ciclo
tres d'écolé), las r e v i s t a s ( M . W i n o c k , Histoire politique de la revue «Es-
c o r t o ( R . R é m o n d , « L e siécle d e l a c o n t i n g e n c e ? » , Vingtiéme siécle. Re-
prit», 1 9 7 5 ) , los p r o c e s o s d e a t r a c c i ó n i d e o l ó g i c a ( P h . B u r r i n , L a Derive fos-
vuel d'histoire, n ú m . 1, 1 9 8 4 ) , «el a c o n t e c i m i e n t o , e s p e c i a l m e n t e e n su v e r -
aste. Doriot, Déat, Bergery, 1 9 8 6 ) , los « a n i m a d o r e s » ( e n su tesis s o b r e u n a
t i e n t e p o l í t i c a , n o s e p u e d e c o n s i d e r a r c o m o u n s i m p l e producto; n o es el
Géneration intellectuelle. Khágneux et normaliens dans l'entredeux guerres,
g r a n o d e a r e n a c o n v e r t i d o e n p e r l a d e n t r o d e l c u e r p o d e la o s t r a - e s t r u c t u -
1 9 8 8 , J . - F . Sirinelli p o n e d e r e l i e v e el p a p e l d e A l a i n e n la f o r m a c i ó n p o -
r a ; p o r el c o n t a r i o , a u n q u e m a t e r i a l i c e u n p u n t o d e r e v i s i ó n d e l a h i s t o r i a ,
lítica d e sus a l u m n o s ) , las r e p r e s e n t a c i o n e s c o l e c t i v a s (LAmérique dans les
e s , al m i s m o t i e m p o , productor d e e s t r u c t u r a » ( J . J u l l i a r d , Faire de VHis-
tetes. Un siécle de fascinations et d'aversions, bajo la dirección de D . L a -
toire). P o r e j e m p l o , u n h e c h o c u a l q u i e r a , p o r m u y a n e c d ó t i c o q u e p a r e z -
c o r n e , J. R u p n i k y M . - F . T o i n e t , 1 9 8 6 ) , las r e l a c i o n e s e n t r e a r t e e i d e o l o -
ca, p u e d e d e m o s t r a r m u c h o s a g a r r o t a m i e n t o s en los engranajes consensua-

262 263
l e s , c o m o lo p o n e d e m a n i f i e s t o M . W i n o c k e n Drumont et Cié, al e s t u d i a r
el i n c e n d i o d e l B a z a r d e l a C h a r i í é c o n la f i n a l i d a d d e e s c l a r e c e r las e s t r u c -
t u r a s m e n t a l e s d e l a n t i s e m i t i s m o p o l í t i c o a finales d e l siglo XIX, o J. P . A .
B e r n a r d al i n t e n t a r d e f i n i r el a m b i e n t e d e F r a n c i a d u r a n t e l o s a ñ o s d e l a
g u e r r a fría, e v o c a n d o sus d i s t i n t o s h e c h o s m á s s o b r e s a l i e n t e s ( « F a i t s d i v e r s
d e s a n n é e s froides»', Sílex, n ú m . , 2 0 , 1 9 8 1 ) . A s i m i s m o , n o s e a b o r d a n s o -
l a m e n t e las g r a n d e s « j o r n a d a s » e n sí m i s m a s , s i n o q u e , i n t e g r a d a s e n u n
trena q u e las e n g l o b a , t a n t o h a c i a a r r i b a c o m o h a c i a a b a j o , c r i s t a l i z a n i n -
q u i e t u d e s a n t e r i o r e s y r e c u e r d o s p o s t e r i o r e s , c o n v i r t i é n d o s e , a su v e z , d e
e s t a m a n e r a , e n f a c t o r e s d e h i s t o r i a ( S . B e r s t e i n , Le 6 février 1934, 1 9 7 5 ;
O . R u d e l l e , Mai 58, De Gaulle et la République, 1988).
D e e s t a m a n e r a , n o se c o n c i b e l o e s t r u c t u r a l y lo c o y u n t u r a l , el ciclo lar-
g o — o el m e d i o — y l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o m o t é r m i n o s a n t i n ó m i c o s , s i n o
m á s b i e n c o m o l o s d o s p o l o s d e u n a d i a l é c t i c a c o m p l e j a , p o r la q u e a c t ú a n
r e c í p r o c a m e n t e , m e d i a n t e l o s f e n ó m e n o s d e la memoria, estructura y co-
yuntura, c a d a u n a s o b r e la o t r a . U n b u e n e j e m p l o d e s e m e j a n t e imbrica-
c i ó n lo s u m i n i s t r a la tesis d e P a u l B o i s a p r o p ó s i t o d e los c a m p e s i n o s d e la
S a r t h e (Paysans de l'Ouest. Des Structures économiques et sociales aux op-
tions politiques depuis l'époque révolutionnaire dans la Sarthe, 1 9 6 0 ) , q u e
d e m u e s t r a c ó m o la s u b l e v a c i ó n d e los c h u a n e s , d e t e r m i n a d a p o r l o s c u a -
d r o s d e la p r o d u c c i ó n a g r í c o l a e n el siglo x v m , i n t r o d u c e u n a s e s t r u c t u r a s
políticas casi sin c a m b i o s h a s t a el u m b r a l d e los a ñ o s 6 0 . . . M á s r e c i e n t e -
m e n t e , el i n t e r é s se h a d e s p l a z a d o a u n c a m p o p a r t i c u l a r m e n t e f e c u n d o
p a r a la h i s t o r i a p o l í t i c a , el d e l a r e l a c i ó n e n t r e memoria, imagen y política,
i l u s t r a n d o m u y b i e n la f ó r m u l a d e R . A r o n , s e g ú n l a c u a l el o b j e t o d e la
h i s t o r i a se c o n s t i t u y e a p a r t i r d e l a « v i v i d o c r i s t a l i z a d o » (Dimensions de la
conscience historique, 1 9 6 1 ) . M a u r i c e A g u l h o n , p i o n e r o e n l a m a t e r i a (La
République au village, 1 9 7 0 ; Marianne au combat, 1 9 7 9 ; Histoire vagabon-
de, 1 9 8 8 ) , se d e c a n t a p o r el i n g r e s o d e l a p o l í t i c a e n las c o s t u m b r e s d e l si-
glo XIX, p o r l a f o r m a e n l a q u e s e c o n v i e r t e e n u n e l e m e n t o d e l a r e a l i d a d
social, t a n t o a través d e estructuras d e sociabilidad c o m o a través d e los
m o n u m e n t o s y d e l a e s t a t u a r i a . . . E n Bátanles pour la mémoire (1983),
G . N a m e r e s t u d i a t a m b i é n l a f o r m a e n la q u e el p o d e r p o l í t i c o , a p a r t i r d e
1945, h a o r g a n i z a d o , a p r o p i á n d o s e l a , la m e m o r i a d e la S e g u n d a G u e r r a
Mundial, percibida p o r t o d o s c o m o u n a apuesta política de p r i m e r a m a g -
n i t u d (lo q u e d e m u e s t r a , d e s d e u n a p e r s p e c t i v a d i f e r e n t e , H . R o u s s o e n
Le Syndrome de Vichy, 1 9 8 7 ) . A . B o u r e a u s e a v e n t u r a e n el t e r r e n o d e l a
s e m i o l o g í a p o l í t i c a , a n a l i z a n d o l o s s í m b o l o s d e l p o d e r y su f u n c i ó n e n l a
m e m o r i a (L'Aigle. Chronique politique d'un embléme, 1985), c o m o
P h . Burrin c u a n d o o b s e r v a los m e c a n i s m o s d e la escenografía política
( ( P o i g s leves e t b r a s t e n d u s . L a c o n t a g i ó n d e s s y m b o l e s a u t e m p s d u F r o n t
p o p u l a i r e » , Vingtiéme siécle. Revue d'histoire, n ú m . 1 1 , 1 9 8 6 ) . P e r o lo q u e
m e j o r c a r a c t e r i z a e s t a r e c i e n t e o r i e n t a c i ó n d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a es u n a e m -
p r e s a d e g r a n a m p l i t u d : Lieux de mémoire, publicadas bajo la dirección d e
P . N o r a d e s d e 1 9 8 4 , q u e d i r i g e n sus e s f u e r z o s a i n t e n t a r o f r e c e r al « j u e g o
de la oca de la identidad francesa» ( H . R o u s s o ) , p r e s e n t a n d o u n a historia
d e la m e m o r i a c o l e c t i v a d e l o s f r a n c e s e s , u n « i n v e n t a r i o d e los l u g a r e s e n
los q u e e l e c t i v a m e n t e se h a e n c a r n a d o p o r l a v o l u n t a d d e u n o s d e t e r m i n a -
d o s h o m b r e s y p o r el t r a b a j o d e l o s siglos, q u e d a n d o c o m o sus s í m b o l o s
m á s esplendorosos» (P. N o r a ) . E l c o n j u n t o (tres t o m o s repartidos e n cua-
264
tro gruesos v o l ú m e n e s ) multiplica los p u n t o s d e referencia s o b r e los sím-
b l o s ( L a Marseillaise, V e r s a l l e s ) , m o n u m e n t o s (el P a n t h é o n ) l a s f i e s t a s (14
d e j u l i o ) , r e f e r e n c i a s (Histoire de France, d e L a v i s s e ) , r e c u e r d o s s a g r a d o s
( V e r d u n ) , e t c . , q u e c r i s t a l i z a n la c o n c i e n c i a n a c i o n a l y p o l í t i c a . . . D e s d e
e s t a p e r s p e c t i v a , c u l t u r a p o l í t i c a y espacio p u e d e n s e r p u e s t a s ú l t i m a m e n t e
en relación, ya sea m e d i a n t e la o b s e r v a c i ó n m o n o g r á f i c a d e u n f e n ó m e n o
d e d u r a d e r a i m p l a n t a c i ó n l o c a l ( A . F o u r c a n t , Bobigny baulieu rouge,
1 9 8 6 ) , y a s e a m e d i a n t e e n s a y o s d e s í n t e s i s g l o b a l i z a n t e (Géopolitiques des
régions frangaises, b a j o la dirección d e Y v e s L a c o s t e , 1986).
C o n tal s e s g o , se c o m p r e n d e q u e l a h i s t o r i a p o l í t i c a se a f i r m e c o m o h i s -
t o r i a d e l a opinión pública. C i e r t a m e n t e , r e s u l t a d o d e u n a c o m p l e j a «al-
q u i m i a e n t r e las m e n t a l i d a d e s y el c o n t e x t o » ( J . J. B e c k e r , Pour une his-
toire politique), difícil d e d e f i n i r y m á s a ú n d e e s t u d i a r , l a n o c i ó n d e o p i -
nión pública presenta delicados p r o b l e m a s metodológicos (P. L a b o r i e , « D e
r o p i n i o n p u b l i q u e á l ' i m a g i n a a r i e s o c i a l » , Vingtiéme siécle. Revue d'histoi-
re, n ú m . 1 8 , 1 9 8 8 ) . S u análisis p e r m i t e , n o o b s t a n t e , c o m p l e t a r y e n r i q u e -
c e r c o n s i d e r a b l e m e n t e la h i s t o r i a p o l í t i c a , e s c l a r e c i e n d o l a f o r m a e n q u e se
p e r c i b e n las r e a l i d a d e s e i n d i c a n d o c ó m o se c o n v i e r t e , a su v e z , l a p r o p i a
p e r c e p c i ó n d e la realidad e n factor histórico (véase, p o r e j e m p l o , R . S c h o r ,
L'Opinión frangaise et les Etrangers, 1919, 1939, 1 9 8 5 ) . V i é n d o s e o b l i g a d a
a diversificar l o m á s p o s i b l e sus f u e n t e s ( p r e n s a , l i t e r a t u r a , c i n e , i c o n o g r a -
fía, p u b l i c i d a d , c o r r e s p o n d e n c i a s , d i a r i o s í n t i m o s , d e b a t e s p o l í t i c o s , s o n -
deos, archivos g u b e r n a m e n t a l e s y judiciales, informes policiales, hechos
d i v e r s o s , f u e n t e s o r a l e s , e t c . ) , el h i s t o r i a d o r d e l a o p i n i ó n p ú b l i c a s e v a
c o n f r o n t a n d o c o n u n a v i s i ó n e s p e c i a l m e n t e a m p l i a d e l c u e r p o social p o r él
e s t u d i a d o , lo q u e le p e r m i t e r e c o n s t i t u i r « s e c u e n c i a s s i n t o m á t i c a s d e l o i m a -
g i n a r i o c o l e c t i v o » ( P . L a b o r i e ) . D e e s t a m a n e r a , P . L a b o r i e d e m u e s t r a , al
e s t u d i a r m i n u c i o s a m e n t e la o p i n i ó n d e L o t d u r a n t e la o c u p a c i ó n , l a s p r o -
g r e s i v a s t r a n s f o r m a c i o n e s d e u n a p o b l a c i ó n q u e , m a r c a d a p o r la d e r r o t a ,
se r e v e l a d e s d e el c o m i e n z o , m a y o r i t a r i a m e n t e , e n p r o d e V i c h y , a l e j á n -
d o s e p a u l a t i n a m e n t e d e l m a r i s c a l , s o b r e t o d o a p a r t i r d e 1942 (Résistants.
Vichyssois et Autres. L'évolution de Vopinión et des comportements dans le
Lot de 1940 a 1944,1980). I g u a l m e n t e , J. J. B e c k e r esclarece, multiplican-
d o i n n u m e r a b l e s f u e n t e s y a c t u a n d o c o n u n a c r o n o l o g í a m u y p r e c i s a , la for-
m a e n q u e l o s f r a n c e s e s p a s a n , e n el m o m e n t o d e e n t r a d a e n la P r i m e r a
G u e r r a M u n d i a l , e n t r e el m o m e n t o d e l a m o v i l i z a c i ó n y el d e las p r i m e r a s
p a r t i d a s , d e la c o n s t e r n a c i ó n a l a r e s i g n a c i ó n y , d e s p u é s , a la t o m a d e u n a
r e s o l u c i ó n (1914: comment les Frangais sont entres dans la guerre, 1 9 7 7 ) .
D e s d e e n t o n c e s , l a h i s t o r i a p o l í t i c a n o p u e d e o b v i a r , al a b o r d a r el c a m -
p o d e l a c u l t u r a p o l í t i c a y el d e la o p i n i ó n p ú b l i c a , el e s t u d i o d e u n o s pa-
rámetros determinantes de las preferencias políticas, por ejemplo, los am-
bientes intelectuales y los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d e m a s a s (J. N . J e a n -
n e n e y , « L e s m e d i a s » , Pour une histoire politique).
R e c u s a n d o v i g o r o s a m e n t e d e t e r m i n i s m o s sociológicos, a los q u e consi-
d e r a n r e d u c t o r e s y a l o s q u e a c u s a n d e o c u l t a r la e s p e c i f i c i d a d y l a a u t o -
n o m í a relativa del c a m p o político, los h i s t o r i a d o r e s del h e c h o político n o
d e j a n p o r ello d e d e s a r r o l l a r análisis e n t é r m i n o s d e a m b i e n t e s s o c i o c u l t u -
r a l e s , a u n q u e i n s i s t i e n d o e n q u e las d e p e n d e n c i a s s o c i o l ó g i c a s n o s o n d e -
cisivas. U n a o b r a c o l e c t i v a c o m o L'Univers politique des classes moyennes
(1983), q u e r e ú n e a politólogos e h i s t o r i a d o r e s bajo la dirección d e G . L a -
265
l e s , c o m o lo p o n e d e m a n i f i e s t o M . W i n o c k e n Drumont et Cié, al e s t u d i a r
el i n c e n d i o d e l B a z a r d e l a C h a r i í é c o n la f i n a l i d a d d e e s c l a r e c e r las e s t r u c -
t u r a s m e n t a l e s d e l a n t i s e m i t i s m o p o l í t i c o a finales d e l siglo XIX, o J. P . A .
B e r n a r d al i n t e n t a r d e f i n i r el a m b i e n t e d e F r a n c i a d u r a n t e l o s a ñ o s d e l a
g u e r r a fría, e v o c a n d o sus d i s t i n t o s h e c h o s m á s s o b r e s a l i e n t e s ( « F a i t s d i v e r s
d e s a n n é e s froides»', Sílex, n ú m . , 2 0 , 1 9 8 1 ) . A s i m i s m o , n o s e a b o r d a n s o -
l a m e n t e las g r a n d e s « j o r n a d a s » e n sí m i s m a s , s i n o q u e , i n t e g r a d a s e n u n
trena q u e las e n g l o b a , t a n t o h a c i a a r r i b a c o m o h a c i a a b a j o , c r i s t a l i z a n i n -
q u i e t u d e s a n t e r i o r e s y r e c u e r d o s p o s t e r i o r e s , c o n v i r t i é n d o s e , a su v e z , d e
e s t a m a n e r a , e n f a c t o r e s d e h i s t o r i a ( S . B e r s t e i n , Le 6 février 1934, 1 9 7 5 ;
O . R u d e l l e , Mai 58, De Gaulle et la République, 1988).
D e e s t a m a n e r a , n o se c o n c i b e l o e s t r u c t u r a l y lo c o y u n t u r a l , el ciclo lar-
g o — o el m e d i o — y l o s a c o n t e c i m i e n t o s c o m o t é r m i n o s a n t i n ó m i c o s , s i n o
m á s b i e n c o m o l o s d o s p o l o s d e u n a d i a l é c t i c a c o m p l e j a , p o r la q u e a c t ú a n
r e c í p r o c a m e n t e , m e d i a n t e l o s f e n ó m e n o s d e la memoria, estructura y co-
yuntura, c a d a u n a s o b r e la o t r a . U n b u e n e j e m p l o d e s e m e j a n t e imbrica-
c i ó n lo s u m i n i s t r a la tesis d e P a u l B o i s a p r o p ó s i t o d e los c a m p e s i n o s d e la
S a r t h e (Paysans de l'Ouest. Des Structures économiques et sociales aux op-
tions politiques depuis l'époque révolutionnaire dans la Sarthe, 1 9 6 0 ) , q u e
d e m u e s t r a c ó m o la s u b l e v a c i ó n d e los c h u a n e s , d e t e r m i n a d a p o r l o s c u a -
d r o s d e la p r o d u c c i ó n a g r í c o l a e n el siglo x v m , i n t r o d u c e u n a s e s t r u c t u r a s
políticas casi sin c a m b i o s h a s t a el u m b r a l d e los a ñ o s 6 0 . . . M á s r e c i e n t e -
m e n t e , el i n t e r é s se h a d e s p l a z a d o a u n c a m p o p a r t i c u l a r m e n t e f e c u n d o
p a r a la h i s t o r i a p o l í t i c a , el d e l a r e l a c i ó n e n t r e memoria, imagen y política,
i l u s t r a n d o m u y b i e n la f ó r m u l a d e R . A r o n , s e g ú n l a c u a l el o b j e t o d e la
h i s t o r i a se c o n s t i t u y e a p a r t i r d e l a « v i v i d o c r i s t a l i z a d o » (Dimensions de la
conscience historique, 1 9 6 1 ) . M a u r i c e A g u l h o n , p i o n e r o e n l a m a t e r i a (La
République au village, 1 9 7 0 ; Marianne au combat, 1 9 7 9 ; Histoire vagabon-
de, 1 9 8 8 ) , se d e c a n t a p o r el i n g r e s o d e l a p o l í t i c a e n las c o s t u m b r e s d e l si-
glo XIX, p o r l a f o r m a e n l a q u e s e c o n v i e r t e e n u n e l e m e n t o d e l a r e a l i d a d
social, t a n t o a través d e estructuras d e sociabilidad c o m o a través d e los
m o n u m e n t o s y d e l a e s t a t u a r i a . . . E n Bátanles pour la mémoire (1983),
G . N a m e r e s t u d i a t a m b i é n l a f o r m a e n la q u e el p o d e r p o l í t i c o , a p a r t i r d e
1945, h a o r g a n i z a d o , a p r o p i á n d o s e l a , la m e m o r i a d e la S e g u n d a G u e r r a
Mundial, percibida p o r t o d o s c o m o u n a apuesta política de p r i m e r a m a g -
n i t u d (lo q u e d e m u e s t r a , d e s d e u n a p e r s p e c t i v a d i f e r e n t e , H . R o u s s o e n
Le Syndrome de Vichy, 1 9 8 7 ) . A . B o u r e a u s e a v e n t u r a e n el t e r r e n o d e l a
s e m i o l o g í a p o l í t i c a , a n a l i z a n d o l o s s í m b o l o s d e l p o d e r y su f u n c i ó n e n l a
m e m o r i a (L'Aigle. Chronique politique d'un embléme, 1985), c o m o
P h . Burrin c u a n d o o b s e r v a los m e c a n i s m o s d e la escenografía política
( ( P o i g s leves e t b r a s t e n d u s . L a c o n t a g i ó n d e s s y m b o l e s a u t e m p s d u F r o n t
p o p u l a i r e » , Vingtiéme siécle. Revue d'histoire, n ú m . 1 1 , 1 9 8 6 ) . P e r o lo q u e
m e j o r c a r a c t e r i z a e s t a r e c i e n t e o r i e n t a c i ó n d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a es u n a e m -
p r e s a d e g r a n a m p l i t u d : Lieux de mémoire, publicadas bajo la dirección d e
P . N o r a d e s d e 1 9 8 4 , q u e d i r i g e n sus e s f u e r z o s a i n t e n t a r o f r e c e r al « j u e g o
de la oca de la identidad francesa» ( H . R o u s s o ) , p r e s e n t a n d o u n a historia
d e la m e m o r i a c o l e c t i v a d e l o s f r a n c e s e s , u n « i n v e n t a r i o d e los l u g a r e s e n
los q u e e l e c t i v a m e n t e se h a e n c a r n a d o p o r l a v o l u n t a d d e u n o s d e t e r m i n a -
d o s h o m b r e s y p o r el t r a b a j o d e l o s siglos, q u e d a n d o c o m o sus s í m b o l o s
m á s esplendorosos» (P. N o r a ) . E l c o n j u n t o (tres t o m o s repartidos e n cua-
264
tro gruesos v o l ú m e n e s ) multiplica los p u n t o s d e referencia s o b r e los sím-
b l o s ( L a Marseillaise, V e r s a l l e s ) , m o n u m e n t o s (el P a n t h é o n ) l a s f i e s t a s (14
d e j u l i o ) , r e f e r e n c i a s (Histoire de France, d e L a v i s s e ) , r e c u e r d o s s a g r a d o s
( V e r d u n ) , e t c . , q u e c r i s t a l i z a n la c o n c i e n c i a n a c i o n a l y p o l í t i c a . . . D e s d e
e s t a p e r s p e c t i v a , c u l t u r a p o l í t i c a y espacio p u e d e n s e r p u e s t a s ú l t i m a m e n t e
en relación, ya sea m e d i a n t e la o b s e r v a c i ó n m o n o g r á f i c a d e u n f e n ó m e n o
d e d u r a d e r a i m p l a n t a c i ó n l o c a l ( A . F o u r c a n t , Bobigny baulieu rouge,
1 9 8 6 ) , y a s e a m e d i a n t e e n s a y o s d e s í n t e s i s g l o b a l i z a n t e (Géopolitiques des
régions frangaises, b a j o la dirección d e Y v e s L a c o s t e , 1986).
C o n tal s e s g o , se c o m p r e n d e q u e l a h i s t o r i a p o l í t i c a se a f i r m e c o m o h i s -
t o r i a d e l a opinión pública. C i e r t a m e n t e , r e s u l t a d o d e u n a c o m p l e j a «al-
q u i m i a e n t r e las m e n t a l i d a d e s y el c o n t e x t o » ( J . J. B e c k e r , Pour une his-
toire politique), difícil d e d e f i n i r y m á s a ú n d e e s t u d i a r , l a n o c i ó n d e o p i -
nión pública presenta delicados p r o b l e m a s metodológicos (P. L a b o r i e , « D e
r o p i n i o n p u b l i q u e á l ' i m a g i n a a r i e s o c i a l » , Vingtiéme siécle. Revue d'histoi-
re, n ú m . 1 8 , 1 9 8 8 ) . S u análisis p e r m i t e , n o o b s t a n t e , c o m p l e t a r y e n r i q u e -
c e r c o n s i d e r a b l e m e n t e la h i s t o r i a p o l í t i c a , e s c l a r e c i e n d o l a f o r m a e n q u e se
p e r c i b e n las r e a l i d a d e s e i n d i c a n d o c ó m o se c o n v i e r t e , a su v e z , l a p r o p i a
p e r c e p c i ó n d e la realidad e n factor histórico (véase, p o r e j e m p l o , R . S c h o r ,
L'Opinión frangaise et les Etrangers, 1919, 1939, 1 9 8 5 ) . V i é n d o s e o b l i g a d a
a diversificar l o m á s p o s i b l e sus f u e n t e s ( p r e n s a , l i t e r a t u r a , c i n e , i c o n o g r a -
fía, p u b l i c i d a d , c o r r e s p o n d e n c i a s , d i a r i o s í n t i m o s , d e b a t e s p o l í t i c o s , s o n -
deos, archivos g u b e r n a m e n t a l e s y judiciales, informes policiales, hechos
d i v e r s o s , f u e n t e s o r a l e s , e t c . ) , el h i s t o r i a d o r d e l a o p i n i ó n p ú b l i c a s e v a
c o n f r o n t a n d o c o n u n a v i s i ó n e s p e c i a l m e n t e a m p l i a d e l c u e r p o social p o r él
e s t u d i a d o , lo q u e le p e r m i t e r e c o n s t i t u i r « s e c u e n c i a s s i n t o m á t i c a s d e l o i m a -
g i n a r i o c o l e c t i v o » ( P . L a b o r i e ) . D e e s t a m a n e r a , P . L a b o r i e d e m u e s t r a , al
e s t u d i a r m i n u c i o s a m e n t e la o p i n i ó n d e L o t d u r a n t e la o c u p a c i ó n , l a s p r o -
g r e s i v a s t r a n s f o r m a c i o n e s d e u n a p o b l a c i ó n q u e , m a r c a d a p o r la d e r r o t a ,
se r e v e l a d e s d e el c o m i e n z o , m a y o r i t a r i a m e n t e , e n p r o d e V i c h y , a l e j á n -
d o s e p a u l a t i n a m e n t e d e l m a r i s c a l , s o b r e t o d o a p a r t i r d e 1942 (Résistants.
Vichyssois et Autres. L'évolution de Vopinión et des comportements dans le
Lot de 1940 a 1944,1980). I g u a l m e n t e , J. J. B e c k e r esclarece, multiplican-
d o i n n u m e r a b l e s f u e n t e s y a c t u a n d o c o n u n a c r o n o l o g í a m u y p r e c i s a , la for-
m a e n q u e l o s f r a n c e s e s p a s a n , e n el m o m e n t o d e e n t r a d a e n la P r i m e r a
G u e r r a M u n d i a l , e n t r e el m o m e n t o d e l a m o v i l i z a c i ó n y el d e las p r i m e r a s
p a r t i d a s , d e la c o n s t e r n a c i ó n a l a r e s i g n a c i ó n y , d e s p u é s , a la t o m a d e u n a
r e s o l u c i ó n (1914: comment les Frangais sont entres dans la guerre, 1 9 7 7 ) .
D e s d e e n t o n c e s , l a h i s t o r i a p o l í t i c a n o p u e d e o b v i a r , al a b o r d a r el c a m -
p o d e l a c u l t u r a p o l í t i c a y el d e la o p i n i ó n p ú b l i c a , el e s t u d i o d e u n o s pa-
rámetros determinantes de las preferencias políticas, por ejemplo, los am-
bientes intelectuales y los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d e m a s a s (J. N . J e a n -
n e n e y , « L e s m e d i a s » , Pour une histoire politique).
R e c u s a n d o v i g o r o s a m e n t e d e t e r m i n i s m o s sociológicos, a los q u e consi-
d e r a n r e d u c t o r e s y a l o s q u e a c u s a n d e o c u l t a r la e s p e c i f i c i d a d y l a a u t o -
n o m í a relativa del c a m p o político, los h i s t o r i a d o r e s del h e c h o político n o
d e j a n p o r ello d e d e s a r r o l l a r análisis e n t é r m i n o s d e a m b i e n t e s s o c i o c u l t u -
r a l e s , a u n q u e i n s i s t i e n d o e n q u e las d e p e n d e n c i a s s o c i o l ó g i c a s n o s o n d e -
cisivas. U n a o b r a c o l e c t i v a c o m o L'Univers politique des classes moyennes
(1983), q u e r e ú n e a politólogos e h i s t o r i a d o r e s bajo la dirección d e G . L a -
265
vau, G . G r u n b e r g y N . M a y e r , ilustra perfectamente esta actitud orientada
a n t e t o d o h a c i a l a a p u e s t a q u e c o n s t i t u y e n las clases m e d i a s y el l u g a r q u e
é s t a s o c u p a n e n el d i s c u r s o p o l í t i c o .
P o r el c o n t r a r i o , m u c h a s v e c e s se c o n s i d e r a n l o s f a c t o r e s r e l i g i o s o s p o r
e n c i m a d e l o s f a c t o r e s s o c i a l e s , c o m o p a r á m e t r o s m á s i m p o r t a n t e s a la h o r a
d e las p r e f e r e n c i a s y d e los c o m p o r t a m i e n t o s p o l í t i c o s , e n la m e d i d a e n l a
q u e aquéllos p o s e e n m á s valor d e predicción, p o r ejemplo en lo concer-
n i e n t e a las elecciones, q u e los e l e m e n t o s socio-profesionales o geográficos
( G . M i c h e l e t , " M . S i m ó n , Classe, Religión et Comportamentpolitique, 1977).
L a p r o p i a historia religiosa, a m p l i a m e n t e r e n o v a d a ( R . R é m o n d , «L'his-
e
t o r i e r e l i g i e u s e d e la F r a n c e a u X X s i é c l e » , Vingtiéme siécle. Revue a"his-
toire, núm. 1 7 , 1 9 8 8 ) , b a j o el i m p u l s o d e l a s o c i o l o g í a r e l i g i o s a s u r g i d a a
partir d e los trabajos de G. L e B r a s y d e F . B o u l a r d , a p o r t a a la historia
p o l í t i c a i m p o r t a n t e s e s c l a r e c i m i e n t o s , q u e p e r m i t e n r e l a c i o n a r Forces reli-
gieuses et altitudes politiques dans la France contemporaine (R. R é m o n d ,
1965). D e s b o r d a n d o — ¡ p o r u n a v e z ! — l o s l í m i t e s e x c e s i v a m e n t e f r a n c e s e s
d e l a p r e s e n t e o b r a , p o d e m o s h a l l a r u n a b u e n a i l u s t r a c i ó n e n el e s t u d i o d e
G . K e p e l , Le Prophéte et le Pharaon (1984), q u e analiza, a través d e los
m o v i m i e n t o s i s l á m i c o s , las r e l a c i o n e s d e l o s h e c h o s r e l i g i o s o s y d e l o s p o -
líticos e n el E g i p t o c o n t e m p o r á n e o . . .
A s e m e j a n z a d e l h e c h o r e l i g i o s o , el c u l t u r a l se r e v e l a t a m b i é n s u s c e p -
t i b l e d e f e c u n d a r la h i s t o r i a p o l í t i c a ( P . O r y , « L ' h i s t o i r e c u l t u r e l l e d e la
F r a n c e c o n t e m p o r a i n e . Q u e s t i o n et q u e s t i o n n e m e n t » , Vigtiéme siécle. Re-
vue d'histoire, n ú m . 16, 1 9 8 7 ) . P o r e j e m p l o P . Y o n n e t d e s a r r o l l a e n Jeux,
Modes et masses. La société fracaise et le moderne (1985), u n a «sociología
d e la apariencia» q u e , con su estudio d e los c o m p o r t a m i e n t o s culturales
( P M U , jogging, m o d a , rock, e t c . ) , c u e s t i o n a a los h i s t o r i a d o r e s d e l h e c h o
p o l í t i c o l o s i g u i e n t e : si el e s p í r i t u d e m o c r á t i c o n o se r e c o n c e n t r a m á s s o b r e
la a c t i v i d a d cívica, si la e x i s t e n c i a d e u n c u e r p o s o c i a l , u n t a n t o h o m o g é -
n e o , se d i l u y e e n la a t o m i z a c i ó n d e L'Ere du vide ( G . L i p o v e t s k y , 1 9 8 3 ) ,
¿ n o e s t á l l a m a d a la v i d a p o l í t i c a , e n su v e r t i e n t e t r a d i c i o n a l , si n o a d e s a -
p a r e c e r al m e n o s a t r a n s f o r m a r s e d e m a n e r a r a d i c a l ?
Quizá pueda aportar elementos de respuesta una nueva dimensión de
la h i s t o r i a p o l í t i c a , la d e l a h i s t o r i a d e l o s i n t e l e c t u a l e s . R e c i e n t e m e n t e d e -
s a r r o l l a d a , p e r m i t e e v a l u a r el p r o c e s o d e f o r m a c i ó n y d e d i f u s i ó n d e u n a
c u l t u r a p o l í t i c a d a d a , a u n a n d o el análisis d e l o s i t i n e r a r i o s i n d i v i d u a l e s , el
g e n e r a c i o n a l y el d e l a s o c i a b i l i d a d d e l o s a m b i e n t e s i n t e l e c t u a l e s ( J . - F . Si-
r i n e l l i , « L e h a s a r d o u la n é c e s s i t é ? U n e h i s t o i r e e n c h a n t i e r : l ' h i s t o i r e d e s
i n t e l l e c t u e l s » , Vingtiéme siécle. Revue d'histoire, n ú m . 9, 1 9 8 6 ) . E n Géné-
ration intellectuelle. Khagneux et normaliens dans l'entre-doux-guerres
( 1 9 8 8 ) , J . - F . Sirinelli e s c l a r e c e , p o r e j e m p l o , los f e n ó m e n o s d e i m p r e g n a -
c i ó n pacifista e n l a F r a n c i a d e l o s a ñ o s 3 0 ; e n Le Réveil des somnambules.
Le Partí communiste, les intellectuels et la culture ( 1 9 8 7 ) , J. V e r d é s - L e r o u x
ilustra los avatares del P C F , siguiendo la evolución d e los intelectuales co-
m u n i s t a s e n los ú l t i m o s d e c e n i o s , al i g u a l q u e P . G r e m i o n lo h a c e r e s p e c t o
al c o n j u n t o d e la i z q u i e r d a a t r a v é s d e l p r i s m a d e la c u e s t i ó n c h e c o s l o v a c a
e n Paris-Prague. La gauche face au renouveau et a la répression tchécoslo-
vaques (1985).
E s t a ú l t i m a o b r a n o s l l e v a a e n f o c a r u n ú l t i m o a s p e c t o d e la r e n o v a c i ó n
d e la h i s t o r i a p o l í t i c a : los t r a b a j o s d e d i c a d o s al e x t r a n j e r o y las i n v e s t i g a -
266
c i o n e s a c e r c a d e las relaciones internacionales. P o r u n a p a r t e , los historia-
d o r e s franceses del h e c h o político intensifican su a p r o x i m a c i ó n a la d i m e n -
s i ó n i n t e r n a c i o n a l d e l t e m a q u e e s t u d i a n : t a l es el c a s o , p o r e j e m p l o , d e la
d i n á m i c a r e v i s t a Communisme, o el d e l o s a u t o r e s d e L'Internationale so-
cialiste ( d i r i g i d a p o r H . P o r t e l l i , 1 9 8 3 ) . P o r o t r a p a r t e , s o n m u c h o s lo q u e
d e d i c a n t o d o o p a r t e d e sus t r a b a j o s a la h i s t o r i a p o l í t i c a d e t a l o c u a l p a í s
e x t r a n j e r o : e n t r e o t r o s m u c h o s , L . B i a n c o o M . C . B e r g é r e , a la C h i n a ;
F . B é d a r i d a o C h . F . M o u g e l , a la G r a n B r e t a ñ a ; C l . F o h l e n , A . K a s p i o
P . M é l a n d r i , a los E s t a d o s U n i d o s ; H . C a r r é r e d ' E n c a u s e , a la U R S S ; A .
G r o s s e r , a A l e m a n i a ; R . I l b e r t , al m u n d o m u s u l m á n ; el p o l i t ó l o g o G . H e r -
m e t , a E s p a ñ a ; e t c . F i n a l m e n t e , b a j o el i m p u l s o d e s u s d o s m a e s t r o s , P i e r r e
R e n o u v i n y J e a n - B a p t i s t e D u r o s e l l e , a u t o r e s d e u n a c o m ú n Introduction á
l'histoire des relations internationales (1964), los especialistas e n relaciones
internacionales h a n establecido intercambios, de día en día m á s p r o f u n d o s
y f r u c t u o s o s , c o n l o s h i s t o r i a d o r e s d e l h e c h o p o l í t i c o . E n La décadence
( 1 9 7 9 ) , m á s t a r d e e n L'Abime ( 1 9 8 2 ) , el p r o p i o J . B . D u r o s e l l e c o n c e d e
g r a n e s p a c i o , al e s t u d i a r la p o l í t i c a e x t e r i o r d e F r a n c i a a n t e s d e la S e g u n d a
G u e r r a M u n d i a l , a factores d e política interior: i g u a l m e n t e , m u c h a s tesis
( P . M i l z a , Frangais et Italiens á la fin du XIX' siécle, 1 9 8 1 ; M . V a i s s e , Sé-
curité d'abord, la politique frangaise en matiére de désarmement, 1984) r e a -
lizan u n a c o n s t a n t e c o n f r o n t a c i ó n e n t r e la p o l í t i c a i n t e r i o r y r e l a c i o n e s in-
t e r n a c i o n a l e s , h a s t a el p u n t o d e q u e a m b a s s o n r e a l m e n t e i n s e p a r a b l e s .
¿ N o s o n t a m b i é n r e l e v a n t e s las g u e r r a s ( J . P . A z é m a , « L a g u e r r e » , Pour
une histoire politique) p a r a u n a p a r t e d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a , t a n t o c o m o la-
b o r a t o r i o s p r i v i l e g i a d o s q u e d e s c u b r e n el j u e g o social y p o l í t i c o , q u e c o m o
factores d e legitimación política de u n h o m b r e ( D e Gaulle) o de u n parti-
d o (el P C F ) ?
5. HISTORIA POLÍTICA E HISTORIA DEL TIEMPO PRESENTE
C o n s t a t a m o s q u e la historia política se afirma h o y en F r a n c i a c o m o u n a
h i s t o r i a d i n á m i c a , r e v i v i f i c a d a p o r l a t r a v e s í a d e l d e s i e r t o q u e le i m p u s i e -
r o n sus d e t r a c t o r e s , t a n i n t e r e s a d a c o m o l a s d e m á s e n c o n s e g u i r u n a v i s i ó n
g l o b a l d e los f e n ó m e n o s h i s t ó r i c o s . R e a c i a a los e n f o q u e s d e m a s i a d o e s -
t r i c t a m e n t e d e t e r m i n i s t a s , s e m a n i f i e s t a a t e n t a a la c o n t i n g e n c i a y al a c o n -
t e c i m i e n t o q u e c a r a c t e r i z a n «el f r a c a s o d e u n a c i e r t a r a c i o n a l i d a d , p e r o d e
n i n g u n a m a n e r a la c o n f u s i ó n d e l a i n t e l i g e n c i a » ( R . R é m o n d , Pour une his-
toire politique), p e r o se r e v e l a y a a b i e r t a a l o s h o r i z o n t e s d e l a d u r a c i ó n ,
d e la estructura, d e la m e m o r i a y d e la cultura política. C o n s i d e r a n d o , a
e s t e t í t u l o , la p o l í t i c a c o m o « e l l u g a r d e g e s t i ó n d e la s o c i e d a d g l o b a l » y
«el p u n t o d o n d e c o n f l u y e n l a m a y o r p a r t e d e las a c t i v i d a d e s » , p r e t e n d e ,
p o r t a n t o , i n s c r i b i r s e e n u n a p e r s p e c t i v a g l o b a l e n l a q u e la p o l í t i c a es u n
p u n t o de condensación» (ibíd.).
A l l í d o n d e l a « n u e v a h i s t o r i a » s e c u e s t i o n a ( « L e s Annales, por ejem-
p l o , h a n d e s c u i d a d o e x c e s i v a m e n t e el v o l v e r a p e n s a r la h i s t o r i a p o l í t i c a » ,
A . B u r g u i é r e , L'histoire, n ú m . 1 1 9 , 1 9 8 9 ) , la h i s t o r i a p o l í t i c a p u e d e , p o r
t a n t o , p r e c i a r s e d e t e n e r c o m p l e t a y e n t e r a l e g i t i m i d a d . Sin e m b a r g o , le
q u e d a p o r g a n a r u n a ú l t i m a b a t a l l a : a q u e l l a d e l a q u e d e p e n d e i m p o n e r su
267
vau, G . G r u n b e r g y N . M a y e r , ilustra perfectamente esta actitud orientada
a n t e t o d o h a c i a l a a p u e s t a q u e c o n s t i t u y e n las clases m e d i a s y el l u g a r q u e
é s t a s o c u p a n e n el d i s c u r s o p o l í t i c o .
P o r el c o n t r a r i o , m u c h a s v e c e s se c o n s i d e r a n l o s f a c t o r e s r e l i g i o s o s p o r
e n c i m a d e l o s f a c t o r e s s o c i a l e s , c o m o p a r á m e t r o s m á s i m p o r t a n t e s a la h o r a
d e las p r e f e r e n c i a s y d e los c o m p o r t a m i e n t o s p o l í t i c o s , e n la m e d i d a e n l a
q u e aquéllos p o s e e n m á s valor d e predicción, p o r ejemplo en lo concer-
n i e n t e a las elecciones, q u e los e l e m e n t o s socio-profesionales o geográficos
( G . M i c h e l e t , " M . S i m ó n , Classe, Religión et Comportamentpolitique, 1977).
L a p r o p i a historia religiosa, a m p l i a m e n t e r e n o v a d a ( R . R é m o n d , «L'his-
e
t o r i e r e l i g i e u s e d e la F r a n c e a u X X s i é c l e » , Vingtiéme siécle. Revue a"his-
toire, núm. 1 7 , 1 9 8 8 ) , b a j o el i m p u l s o d e l a s o c i o l o g í a r e l i g i o s a s u r g i d a a
partir d e los trabajos de G. L e B r a s y d e F . B o u l a r d , a p o r t a a la historia
p o l í t i c a i m p o r t a n t e s e s c l a r e c i m i e n t o s , q u e p e r m i t e n r e l a c i o n a r Forces reli-
gieuses et altitudes politiques dans la France contemporaine (R. R é m o n d ,
1965). D e s b o r d a n d o — ¡ p o r u n a v e z ! — l o s l í m i t e s e x c e s i v a m e n t e f r a n c e s e s
d e l a p r e s e n t e o b r a , p o d e m o s h a l l a r u n a b u e n a i l u s t r a c i ó n e n el e s t u d i o d e
G . K e p e l , Le Prophéte et le Pharaon (1984), q u e analiza, a través d e los
m o v i m i e n t o s i s l á m i c o s , las r e l a c i o n e s d e l o s h e c h o s r e l i g i o s o s y d e l o s p o -
líticos e n el E g i p t o c o n t e m p o r á n e o . . .
A s e m e j a n z a d e l h e c h o r e l i g i o s o , el c u l t u r a l se r e v e l a t a m b i é n s u s c e p -
t i b l e d e f e c u n d a r la h i s t o r i a p o l í t i c a ( P . O r y , « L ' h i s t o i r e c u l t u r e l l e d e la
F r a n c e c o n t e m p o r a i n e . Q u e s t i o n et q u e s t i o n n e m e n t » , Vigtiéme siécle. Re-
vue d'histoire, n ú m . 16, 1 9 8 7 ) . P o r e j e m p l o P . Y o n n e t d e s a r r o l l a e n Jeux,
Modes et masses. La société fracaise et le moderne (1985), u n a «sociología
d e la apariencia» q u e , con su estudio d e los c o m p o r t a m i e n t o s culturales
( P M U , jogging, m o d a , rock, e t c . ) , c u e s t i o n a a los h i s t o r i a d o r e s d e l h e c h o
p o l í t i c o l o s i g u i e n t e : si el e s p í r i t u d e m o c r á t i c o n o se r e c o n c e n t r a m á s s o b r e
la a c t i v i d a d cívica, si la e x i s t e n c i a d e u n c u e r p o s o c i a l , u n t a n t o h o m o g é -
n e o , se d i l u y e e n la a t o m i z a c i ó n d e L'Ere du vide ( G . L i p o v e t s k y , 1 9 8 3 ) ,
¿ n o e s t á l l a m a d a la v i d a p o l í t i c a , e n su v e r t i e n t e t r a d i c i o n a l , si n o a d e s a -
p a r e c e r al m e n o s a t r a n s f o r m a r s e d e m a n e r a r a d i c a l ?
Quizá pueda aportar elementos de respuesta una nueva dimensión de
la h i s t o r i a p o l í t i c a , la d e l a h i s t o r i a d e l o s i n t e l e c t u a l e s . R e c i e n t e m e n t e d e -
s a r r o l l a d a , p e r m i t e e v a l u a r el p r o c e s o d e f o r m a c i ó n y d e d i f u s i ó n d e u n a
c u l t u r a p o l í t i c a d a d a , a u n a n d o el análisis d e l o s i t i n e r a r i o s i n d i v i d u a l e s , el
g e n e r a c i o n a l y el d e l a s o c i a b i l i d a d d e l o s a m b i e n t e s i n t e l e c t u a l e s ( J . - F . Si-
r i n e l l i , « L e h a s a r d o u la n é c e s s i t é ? U n e h i s t o i r e e n c h a n t i e r : l ' h i s t o i r e d e s
i n t e l l e c t u e l s » , Vingtiéme siécle. Revue d'histoire, n ú m . 9, 1 9 8 6 ) . E n Géné-
ration intellectuelle. Khagneux et normaliens dans l'entre-doux-guerres
( 1 9 8 8 ) , J . - F . Sirinelli e s c l a r e c e , p o r e j e m p l o , los f e n ó m e n o s d e i m p r e g n a -
c i ó n pacifista e n l a F r a n c i a d e l o s a ñ o s 3 0 ; e n Le Réveil des somnambules.
Le Partí communiste, les intellectuels et la culture ( 1 9 8 7 ) , J. V e r d é s - L e r o u x
ilustra los avatares del P C F , siguiendo la evolución d e los intelectuales co-
m u n i s t a s e n los ú l t i m o s d e c e n i o s , al i g u a l q u e P . G r e m i o n lo h a c e r e s p e c t o
al c o n j u n t o d e la i z q u i e r d a a t r a v é s d e l p r i s m a d e la c u e s t i ó n c h e c o s l o v a c a
e n Paris-Prague. La gauche face au renouveau et a la répression tchécoslo-
vaques (1985).
E s t a ú l t i m a o b r a n o s l l e v a a e n f o c a r u n ú l t i m o a s p e c t o d e la r e n o v a c i ó n
d e la h i s t o r i a p o l í t i c a : los t r a b a j o s d e d i c a d o s al e x t r a n j e r o y las i n v e s t i g a -
266
c i o n e s a c e r c a d e las relaciones internacionales. P o r u n a p a r t e , los historia-
d o r e s franceses del h e c h o político intensifican su a p r o x i m a c i ó n a la d i m e n -
s i ó n i n t e r n a c i o n a l d e l t e m a q u e e s t u d i a n : t a l es el c a s o , p o r e j e m p l o , d e la
d i n á m i c a r e v i s t a Communisme, o el d e l o s a u t o r e s d e L'Internationale so-
cialiste ( d i r i g i d a p o r H . P o r t e l l i , 1 9 8 3 ) . P o r o t r a p a r t e , s o n m u c h o s lo q u e
d e d i c a n t o d o o p a r t e d e sus t r a b a j o s a la h i s t o r i a p o l í t i c a d e t a l o c u a l p a í s
e x t r a n j e r o : e n t r e o t r o s m u c h o s , L . B i a n c o o M . C . B e r g é r e , a la C h i n a ;
F . B é d a r i d a o C h . F . M o u g e l , a la G r a n B r e t a ñ a ; C l . F o h l e n , A . K a s p i o
P . M é l a n d r i , a los E s t a d o s U n i d o s ; H . C a r r é r e d ' E n c a u s e , a la U R S S ; A .
G r o s s e r , a A l e m a n i a ; R . I l b e r t , al m u n d o m u s u l m á n ; el p o l i t ó l o g o G . H e r -
m e t , a E s p a ñ a ; e t c . F i n a l m e n t e , b a j o el i m p u l s o d e s u s d o s m a e s t r o s , P i e r r e
R e n o u v i n y J e a n - B a p t i s t e D u r o s e l l e , a u t o r e s d e u n a c o m ú n Introduction á
l'histoire des relations internationales (1964), los especialistas e n relaciones
internacionales h a n establecido intercambios, de día en día m á s p r o f u n d o s
y f r u c t u o s o s , c o n l o s h i s t o r i a d o r e s d e l h e c h o p o l í t i c o . E n La décadence
( 1 9 7 9 ) , m á s t a r d e e n L'Abime ( 1 9 8 2 ) , el p r o p i o J . B . D u r o s e l l e c o n c e d e
g r a n e s p a c i o , al e s t u d i a r la p o l í t i c a e x t e r i o r d e F r a n c i a a n t e s d e la S e g u n d a
G u e r r a M u n d i a l , a factores d e política interior: i g u a l m e n t e , m u c h a s tesis
( P . M i l z a , Frangais et Italiens á la fin du XIX' siécle, 1 9 8 1 ; M . V a i s s e , Sé-
curité d'abord, la politique frangaise en matiére de désarmement, 1984) r e a -
lizan u n a c o n s t a n t e c o n f r o n t a c i ó n e n t r e la p o l í t i c a i n t e r i o r y r e l a c i o n e s in-
t e r n a c i o n a l e s , h a s t a el p u n t o d e q u e a m b a s s o n r e a l m e n t e i n s e p a r a b l e s .
¿ N o s o n t a m b i é n r e l e v a n t e s las g u e r r a s ( J . P . A z é m a , « L a g u e r r e » , Pour
une histoire politique) p a r a u n a p a r t e d e l a h i s t o r i a p o l í t i c a , t a n t o c o m o la-
b o r a t o r i o s p r i v i l e g i a d o s q u e d e s c u b r e n el j u e g o social y p o l í t i c o , q u e c o m o
factores d e legitimación política de u n h o m b r e ( D e Gaulle) o de u n parti-
d o (el P C F ) ?
5. HISTORIA POLÍTICA E HISTORIA DEL TIEMPO PRESENTE
C o n s t a t a m o s q u e la historia política se afirma h o y en F r a n c i a c o m o u n a
h i s t o r i a d i n á m i c a , r e v i v i f i c a d a p o r l a t r a v e s í a d e l d e s i e r t o q u e le i m p u s i e -
r o n sus d e t r a c t o r e s , t a n i n t e r e s a d a c o m o l a s d e m á s e n c o n s e g u i r u n a v i s i ó n
g l o b a l d e los f e n ó m e n o s h i s t ó r i c o s . R e a c i a a los e n f o q u e s d e m a s i a d o e s -
t r i c t a m e n t e d e t e r m i n i s t a s , s e m a n i f i e s t a a t e n t a a la c o n t i n g e n c i a y al a c o n -
t e c i m i e n t o q u e c a r a c t e r i z a n «el f r a c a s o d e u n a c i e r t a r a c i o n a l i d a d , p e r o d e
n i n g u n a m a n e r a la c o n f u s i ó n d e l a i n t e l i g e n c i a » ( R . R é m o n d , Pour une his-
toire politique), p e r o se r e v e l a y a a b i e r t a a l o s h o r i z o n t e s d e l a d u r a c i ó n ,
d e la estructura, d e la m e m o r i a y d e la cultura política. C o n s i d e r a n d o , a
e s t e t í t u l o , la p o l í t i c a c o m o « e l l u g a r d e g e s t i ó n d e la s o c i e d a d g l o b a l » y
«el p u n t o d o n d e c o n f l u y e n l a m a y o r p a r t e d e las a c t i v i d a d e s » , p r e t e n d e ,
p o r t a n t o , i n s c r i b i r s e e n u n a p e r s p e c t i v a g l o b a l e n l a q u e la p o l í t i c a es u n
p u n t o de condensación» (ibíd.).
A l l í d o n d e l a « n u e v a h i s t o r i a » s e c u e s t i o n a ( « L e s Annales, por ejem-
p l o , h a n d e s c u i d a d o e x c e s i v a m e n t e el v o l v e r a p e n s a r la h i s t o r i a p o l í t i c a » ,
A . B u r g u i é r e , L'histoire, n ú m . 1 1 9 , 1 9 8 9 ) , la h i s t o r i a p o l í t i c a p u e d e , p o r
t a n t o , p r e c i a r s e d e t e n e r c o m p l e t a y e n t e r a l e g i t i m i d a d . Sin e m b a r g o , le
q u e d a p o r g a n a r u n a ú l t i m a b a t a l l a : a q u e l l a d e l a q u e d e p e n d e i m p o n e r su
267
 BIBLIOGRAFÍA
o r i e n t a c i ó n — n o e x c l u s i v a c i e r t a m e n t e , p e r o sí m u y r e p r e s e n t a t i v a — r e s -
p e c t o a la historia p r ó x i m a , la «historia del t i e m p o p r e s e n t e » , q u e algunos
confunden con u n a p u r a crónica periodística, r e h u s á n d o l e cualquier esta-
t u t o científico. Si n o es p r e c i s o d e m o s t r a r el i n t e r é s , l a p e r t i n e n c i a y l a v a -
l i d e z d e l o s t r a b a j o s q u e v e r s a n s o b r e u n p a s a d o t a n p r ó x i m o q u e se c o n -
f u n d e c o n el p r e s e n t e , f o r z o s o es a d m i t i r , sin e m b a r g o , q u e sus m é r i t o s n o
h a n c o n q u i s t a d o t o d a v í a a la c o m u n i d a d d e los h i s t o r i a d o r e s e n su t o t a l i -
d a d . Sin e m b a r g o , ¿ n o f u e r o n , e n s u t i e m p o , T u c í d i d e s o M i c h e l e t « h i s t o -
riadores del t i e m p o presente»?

Pascal B a l m a n d

Para el capítulo 1

Los historiadores griegos y latinos son fácilmente accesibles en las ediciones

Alai/Clásica, Clásicos del CSIC y Clásicos Gredos. Los estudios introductorios apor-
tan en general informaciones de gran utilidad. Además p u e d e n consultarse:

H . van Effenterre, VHistoire en Gréce, París, A . Colín, 1967, coll. «U».

F . Hartog, Le Miroir d'Hérodote, París, Gallimard, 1980.
J. de Romilly, Thucydide et l'Impérialisme athénien, París, Les Belles Lettres, 1947.
Histoire et Raison chez Thucydide, París, Les Belles Lettres, 1967.
P . Pédech, La Méthode historique de Polybe, París, Les Belles Lettres, 1964.
A . Momigliano, Problémes d'historiographie ancienne et moderne, París, Gallimard
1983.
G. Sabbah, La Méthode d'Ammien Marcellin, París, Les Belles Lettres, 1978.
C. Nicolet, L'inventaire du Monde, París, Les Belles Lettres, 1988.

Para el capítulo 2

F . Gilson, La Philosophie au Moyen Age, París, Pavot, 1922 (reed. 1976).

M . D . Chenu, La Théologie au XII' siécle, París, Vrin, 1957. R. Delort, Introduc-
tion aux sciences auxiliaires de ¡'histoire, París, A . Colín, 1969.
B . G u e n é e , «Le Métier d'historien au Moyen Age», Études sur l'historiographie mé-
diévale, París, Sorbona, 1977.
«Les genres historiques au Moyen A g e » , Annales ESC, París, Julio-agosto, 1973;
págs. 997-1.016. «L'historiographie en Occident du V e au XV" siécle», núm. spé-
ciai de los Annales de Bretagne et des Pays de l'Ouest, 1980/2.
J. Paul, Histoire intellectuelle de l'Occident medieval, París, A . Colín, 1973.

Para el capítulo 3

J. Foissart, Chronique, ed. Kervyn de Lettenhove (1867-1877), 28 vol. (reímp. 1967).

J. J. N. Palmer (bajo la dirección de), Froissart historien, Londres, Boydell Press,
1981.
P . Tucoo-Chala, «Froissart, le grand repórter du Moyen Age», París, VHistoire,
núm. 44, págs. 52-63.

269
268
 BIBLIOGRAFÍA
o r i e n t a c i ó n — n o e x c l u s i v a c i e r t a m e n t e , p e r o sí m u y r e p r e s e n t a t i v a — r e s -
p e c t o a la historia p r ó x i m a , la «historia del t i e m p o p r e s e n t e » , q u e algunos
confunden con u n a p u r a crónica periodística, r e h u s á n d o l e cualquier esta-
t u t o científico. Si n o es p r e c i s o d e m o s t r a r el i n t e r é s , l a p e r t i n e n c i a y l a v a -
l i d e z d e l o s t r a b a j o s q u e v e r s a n s o b r e u n p a s a d o t a n p r ó x i m o q u e se c o n -
f u n d e c o n el p r e s e n t e , f o r z o s o es a d m i t i r , sin e m b a r g o , q u e sus m é r i t o s n o
h a n c o n q u i s t a d o t o d a v í a a la c o m u n i d a d d e los h i s t o r i a d o r e s e n su t o t a l i -
d a d . Sin e m b a r g o , ¿ n o f u e r o n , e n s u t i e m p o , T u c í d i d e s o M i c h e l e t « h i s t o -
riadores del t i e m p o presente»?

Pascal B a l m a n d

Para el capítulo 1

Los historiadores griegos y latinos son fácilmente accesibles en las ediciones

Alai/Clásica, Clásicos del CSIC y Clásicos Gredos. Los estudios introductorios apor-
tan en general informaciones de gran utilidad. Además p u e d e n consultarse:

H . van Effenterre, VHistoire en Gréce, París, A . Colín, 1967, coll. «U».

F . Hartog, Le Miroir d'Hérodote, París, Gallimard, 1980.
J. de Romilly, Thucydide et l'Impérialisme athénien, París, Les Belles Lettres, 1947.
Histoire et Raison chez Thucydide, París, Les Belles Lettres, 1967.
P . Pédech, La Méthode historique de Polybe, París, Les Belles Lettres, 1964.
A . Momigliano, Problémes d'historiographie ancienne et moderne, París, Gallimard
1983.
G. Sabbah, La Méthode d'Ammien Marcellin, París, Les Belles Lettres, 1978.
C. Nicolet, L'inventaire du Monde, París, Les Belles Lettres, 1988.

Para el capítulo 2

F . Gilson, La Philosophie au Moyen Age, París, Pavot, 1922 (reed. 1976).

M . D . Chenu, La Théologie au XII' siécle, París, Vrin, 1957. R. Delort, Introduc-
tion aux sciences auxiliaires de ¡'histoire, París, A . Colín, 1969.
B . G u e n é e , «Le Métier d'historien au Moyen Age», Études sur l'historiographie mé-
diévale, París, Sorbona, 1977.
«Les genres historiques au Moyen A g e » , Annales ESC, París, Julio-agosto, 1973;
págs. 997-1.016. «L'historiographie en Occident du V e au XV" siécle», núm. spé-
ciai de los Annales de Bretagne et des Pays de l'Ouest, 1980/2.
J. Paul, Histoire intellectuelle de l'Occident medieval, París, A . Colín, 1973.

Para el capítulo 3

J. Foissart, Chronique, ed. Kervyn de Lettenhove (1867-1877), 28 vol. (reímp. 1967).

J. J. N. Palmer (bajo la dirección de), Froissart historien, Londres, Boydell Press,
1981.
P . Tucoo-Chala, «Froissart, le grand repórter du Moyen Age», París, VHistoire,
núm. 44, págs. 52-63.

269
268
P. Abraham et R. Desné, «Histoire Littéraire de la France», tomo I, Des origines B . Neveu, Un historien á l'École de Port-Royal, Sébastien Le Nain de Tillemont
á 1492, París, Ediciones Sociales, 1974. 1636-1698, La Haya, 1966, 337 págs.
J. Dufournet, La Destruction des mythes dans les «Mémoires» de Philippe de Comy-
nes, Ginebra, Droz, 1966.
J. Dufounet, Études sur Philippe de Commynes, París, Champion, 1975. Para el capítulo 7
B . G u e n é e , Histoire et Culture historique dans l'Occident medieval, París, Aubier,
J. Michelet, Le Moyen Age, Laffont, 1981.
1980.
Histoire de la Révolution frangaise, París, Laffont, 1979.
C. B e a u n e , Naissance de la nation France, París, Gallimard, 1985.
Revistas: Europe, n o v . - d i c , 1973, y L'Arc, núm. 52, dedicadas a J. Michelet.
J. Kerhervé, «Aux origines d'un sentiment national, les chroniqueurs bretons de la
R. Barthes, Michelet par lui méme, París, Seuil, nueva edición 1975.
fin du Moyen Age», en el Bulletin de la Société archéologique du Finistére, t.
J. L e Goff, «Les Moyen A g e de Michelet», en Pour un autre Moyen Age, París, Ga-
CVffl, 1980, págs. 165-206.
llimard, 1977, págs. 19-45.

Para e! capítulo 4 Para el capítulo 8

C. G. Dubois, La Conception de l'histoire en France au XVI' siécle, 1560-1620, Pa-
U n a obra esencial:
rís, A . G. Nizet, 1977.
G. Huppert, L'Idée de l'histoireparfaite, París, Flammarion, «Nouvelle bibliothéque Ch. O. Carbonell, Histoire et Historiens, une mutation idéologique des historiens
scientifique», 1972. frañgais, 1865-1885, Toulouse, Privat, 1976.
N. Broc, La Géographie de la Renaissance (1420-1620), París, Bibliothéque natio- Es aconsejable también la lectura de:
nále, 1980.
Colloque Jean-Bodin, Angers, Presses de l'université d'Angers, 1985. 1) A propósito de La Revue historique, el volumen del centenario, núm. 518,
La Réponse de Jean Bodin á M. de Malestroit, 1568 (ed. H . Hauser, París, 1932). abril-junio 1976; reedición del manifiesto de G. Monod, págs. 297-324; Ch. O. Car-
bonell, «La naissance de la RH», págs. 331-351; A . Gérard, «La RH face a l'histoire
contemporaine», págs. 352-405.
Para el capítulo 5 2) Respecto al tema de los manuales escolares:

Además de los textos originales de Kant, Hegel, C o m p t e , Spengler y Toynbee, P. Nora, E . Lavisse, «Son role dans la formation du sentiment national», La Revue
se pueden consultar las siguientes obras generales: historique, julio 1962, págs. 63-106.
J. P. Rioux, «Les métamorphoses d'E. Lavisse», Politique aujourd'hui, nov.-dic
J. Chevalier, «Histoire de la pensée», tomo IV, La pensée moderne de Hegel á Berg- 1975, págs. 3-12.
son, París, Flammarion, 1966. (Hay traducción incompleta.) M . Ozouf, L'École, l'Église et la République, 1871-1914, colee. «Kiosque», A. Co-
R. A r o n , Introducción a la filosofía de la historia, Buenos Aires, Siglo X X , 1983 (re- lín, París, 1963.
edición). 3) A propósito de la crítica del positivismo:
H . I. Marrou, Del conocimiento histórico, Buenos Aires, 1973. a

H . Vedrine, Les Philosophies de l'histoire, déclin ou crise? París, Payot, 1975.
L'Histoire, núm. 3.
Les Philosophies de l'histoire (recopilación de estudios de E . D e t a p e , M. Jamet,
A . Villani, S. Simha, P. Quillet, etc.).
Para el capítulo 6
G. Huppert, L'idée de l'histoire parfait, París, Flammarion, 1973.
P . Hazard, La crisis de la conciencia europea, Madrid, Pegaso, 1941; (reed. en Alian-
za Editorial), 1988.
P. Hazard, El pensamiento europeo en el siglo XVIII, Madrid, Alianza Editorial,
1986.
J. Ehrard et G. Palmade, L'Histoire, París, A . Colín, 1965.
R . Pomeau, Voltaire, Oeuvres historiques, París, «La Pléyade», Gallimard, 1962.
Voltaire par ¡ui-méme, París, Seuil, 1955.
Ch. Rihs, Voltaire, Recherches sur les origines du matérialisme historique, Ginebra,
Droz y París, Ménard, 1962.
Ch. O. Carbonell, Histoire et Historiens, une mutation idéologique des historiens
frañgais, 1865-1885, Toulouse, Privat, 1976.
L. Febvre, Combates por la historia, Barcelona, Ariel, 1982 (5. e d . ) .
A . Schaff, Historia y verdad, Barcelona, Crítica, 1976.
Ch. V. Langlois y Ch. Seignobos, Introduction aux études historiques, París. Hat-
chette, 1989.
G. Lefebvre. El nacimiento de la historiografía moderna, Barcelona. Martínez Roca,
1974.
S. Citrón, Enseigner l'histoire aujourd'hui. La Mémoire perdue et retrouvée. París,
Éditions ouviéres, 1984.
Para el capítulo 9
Solamente algunas obras de carácter metodológico:
a
L . Febvre, Combates por la historia, Barcelona, Ariel, 1982.(5. e d . ) .
a
M. Bloch, Introducción a la historia, México, F C E , 1967 ( 5 . ed.).
F. Braudel, La historia y las ciencias sociales, Madrid, Alianza Editorial, 1968 (hay
reediciones).
Hacer la historia (bajo la dirección de J. Le Goff y P. Nora, con la participación de
treinta y tres especialistas), Barcelona, Laia, 1978, 3 vols.: 1) Nuevos problemas,
2) Nuevos enfoques, 3) Nuevos objetos.

270 271
P. Abraham et R. Desné, «Histoire Littéraire de la France», tomo I, Des origines B . Neveu, Un historien á l'École de Port-Royal, Sébastien Le Nain de Tillemont
á 1492, París, Ediciones Sociales, 1974. 1636-1698, La Haya, 1966, 337 págs.
J. Dufournet, La Destruction des mythes dans les «Mémoires» de Philippe de Comy-
nes, Ginebra, Droz, 1966.
J. Dufounet, Études sur Philippe de Commynes, París, Champion, 1975. Para el capítulo 7
B . G u e n é e , Histoire et Culture historique dans l'Occident medieval, París, Aubier,
J. Michelet, Le Moyen Age, Laffont, 1981.
1980.
Histoire de la Révolution frangaise, París, Laffont, 1979.
C. B e a u n e , Naissance de la nation France, París, Gallimard, 1985.
Revistas: Europe, n o v . - d i c , 1973, y L'Arc, núm. 52, dedicadas a J. Michelet.
J. Kerhervé, «Aux origines d'un sentiment national, les chroniqueurs bretons de la
R. Barthes, Michelet par lui méme, París, Seuil, nueva edición 1975.
fin du Moyen Age», en el Bulletin de la Société archéologique du Finistére, t.
J. L e Goff, «Les Moyen A g e de Michelet», en Pour un autre Moyen Age, París, Ga-
CVffl, 1980, págs. 165-206.
llimard, 1977, págs. 19-45.

Para e! capítulo 4 Para el capítulo 8

C. G. Dubois, La Conception de l'histoire en France au XVI' siécle, 1560-1620, Pa-
U n a obra esencial:
rís, A . G. Nizet, 1977.
G. Huppert, L'Idée de l'histoireparfaite, París, Flammarion, «Nouvelle bibliothéque Ch. O. Carbonell, Histoire et Historiens, une mutation idéologique des historiens
scientifique», 1972. frañgais, 1865-1885, Toulouse, Privat, 1976.
N. Broc, La Géographie de la Renaissance (1420-1620), París, Bibliothéque natio- Es aconsejable también la lectura de:
nále, 1980.
Colloque Jean-Bodin, Angers, Presses de l'université d'Angers, 1985. 1) A propósito de La Revue historique, el volumen del centenario, núm. 518,
La Réponse de Jean Bodin á M. de Malestroit, 1568 (ed. H . Hauser, París, 1932). abril-junio 1976; reedición del manifiesto de G. Monod, págs. 297-324; Ch. O. Car-
bonell, «La naissance de la RH», págs. 331-351; A . Gérard, «La RH face a l'histoire
contemporaine», págs. 352-405.
Para el capítulo 5 2) Respecto al tema de los manuales escolares:

Además de los textos originales de Kant, Hegel, C o m p t e , Spengler y Toynbee, P. Nora, E . Lavisse, «Son role dans la formation du sentiment national», La Revue
se pueden consultar las siguientes obras generales: historique, julio 1962, págs. 63-106.
J. P. Rioux, «Les métamorphoses d'E. Lavisse», Politique aujourd'hui, nov.-dic
J. Chevalier, «Histoire de la pensée», tomo IV, La pensée moderne de Hegel á Berg- 1975, págs. 3-12.
son, París, Flammarion, 1966. (Hay traducción incompleta.) M . Ozouf, L'École, l'Église et la République, 1871-1914, colee. «Kiosque», A. Co-
R. A r o n , Introducción a la filosofía de la historia, Buenos Aires, Siglo X X , 1983 (re- lín, París, 1963.
edición). 3) A propósito de la crítica del positivismo:
H . I. Marrou, Del conocimiento histórico, Buenos Aires, 1973. a

H . Vedrine, Les Philosophies de l'histoire, déclin ou crise? París, Payot, 1975.
L'Histoire, núm. 3.
Les Philosophies de l'histoire (recopilación de estudios de E . D e t a p e , M. Jamet,
A . Villani, S. Simha, P. Quillet, etc.).
Para el capítulo 6
G. Huppert, L'idée de l'histoire parfait, París, Flammarion, 1973.
P . Hazard, La crisis de la conciencia europea, Madrid, Pegaso, 1941; (reed. en Alian-
za Editorial), 1988.
P. Hazard, El pensamiento europeo en el siglo XVIII, Madrid, Alianza Editorial,
1986.
J. Ehrard et G. Palmade, L'Histoire, París, A . Colín, 1965.
R . Pomeau, Voltaire, Oeuvres historiques, París, «La Pléyade», Gallimard, 1962.
Voltaire par ¡ui-méme, París, Seuil, 1955.
Ch. Rihs, Voltaire, Recherches sur les origines du matérialisme historique, Ginebra,
Droz y París, Ménard, 1962.
Ch. O. Carbonell, Histoire et Historiens, une mutation idéologique des historiens
frañgais, 1865-1885, Toulouse, Privat, 1976.
L. Febvre, Combates por la historia, Barcelona, Ariel, 1982 (5. e d . ) .
A . Schaff, Historia y verdad, Barcelona, Crítica, 1976.
Ch. V. Langlois y Ch. Seignobos, Introduction aux études historiques, París. Hat-
chette, 1989.
G. Lefebvre. El nacimiento de la historiografía moderna, Barcelona. Martínez Roca,
1974.
S. Citrón, Enseigner l'histoire aujourd'hui. La Mémoire perdue et retrouvée. París,
Éditions ouviéres, 1984.
Para el capítulo 9
Solamente algunas obras de carácter metodológico:
a
L . Febvre, Combates por la historia, Barcelona, Ariel, 1982.(5. e d . ) .
a
M. Bloch, Introducción a la historia, México, F C E , 1967 ( 5 . ed.).
F. Braudel, La historia y las ciencias sociales, Madrid, Alianza Editorial, 1968 (hay
reediciones).
Hacer la historia (bajo la dirección de J. Le Goff y P. Nora, con la participación de
treinta y tres especialistas), Barcelona, Laia, 1978, 3 vols.: 1) Nuevos problemas,
2) Nuevos enfoques, 3) Nuevos objetos.

270 271
La Nueva Historia (bajo la dirección de J. Le Goff, R. Chartier y J. Revé!, diez ar-
tículos de fondo y ciento veinte notas biográficas o temáticas), Bilbao, Mensa-
jero,' 1988.
A. Burguiére, Diccionario de ciencias históricas, A k a l , Madrid, 1991.
Para el capítulo 10
Hacerla historia (bajo la dirección de J. Le Goff y P. N o r a ) , 3 vols., Barcelona,
Laia, 1978.
La Nueva Historia (bajo la dirección de J. Le Goff, R. Chartier y J. Revel, diez ar-
tículos de fondo y ciento veinte notas biográficas o temáticas), Bilbao, Mensa-
jero, 1988.
L'Histoire et ses méthodes, Presses. Universitaires de Lille, 1981, 229 págs.
F. Furet, «En marge des Annales, Histoire et sciences sociales», Le Débat, núm.
17, dic. 1981, págs. 112-127.
A . Burguiére, «La naissance des Annales»; J. Revel, «Histoire et sciences sociales,
les paradigmes des Annales», Annales ESC, 1976/6, págs. 1.347-1.376.
M. Morineau, «Allergico cantabile», Annales ESC, julio-agosto, 1981, pág. 623 y sig.
H . Couteau-Bégarie, Le Phénoméne «Nouvelle Histoire», París, Económica, 1983.
Para el capítulo 11
K. Marx/F. Engels: Obras escogidas (3 vols.). A k a l , Madrid, 1974.
Entre las muchas exégesis del marxismo merecen citarse:
L. Althusser (y colaboradores), Para leer El capital, Madrid, Siglo X X I , 1976.
G. Gurvitch, Teoría de las clases sociales, Madrid, Cuadernos para el Diálogo, 1971.
S. Ossowski, La Structure de classes dans la conscience sociales, París, A n t h r o p o s ,
1971.
G. Bois, «Marxismo y Nueva Historia», en La Nueva Historia, Mensajero, 1988.
P . Vilar, Historia marxista, historia en construcción, Barcelona, A n a g r a m a , 1975
a
(2. ed.).
P. Vilar, Iniciación al vocabulario del análisis histórico, Barcelona, Crítica, 1980.
Para el capítulo 13
H . I. Marrou, Del conocimiento histórico, Buenos Aires, 1973.
P . Veyne, Cómo se escribe la historia: ensayo de epistemología, Madrid Fraeua
6
1972. ' '
J. Chesneaux, ¿Hacemos tabla rasa del pasado?: A propósito de la historia y de los
historiadores, Madrid, Siglo X X I , 1984.
M . de Certeau, L'Écriture de l'histoire, París, Gallimard, 1975. Revista Dialectiques,
núm. 14, «Débat: l'histoire et le réel», Michel de Certeau y R. Robin, 1976.
P. Ricoeur, Tiempo y relato histórico, Madrid, Cristiandad, 1987.
«Espaces/temps», núms. 29 y 30: Cetobscur objet de l'Histoire. 1. Une forcé trop tran-
quile. 2. A la recherche du temps social.
N . Gagnon y J. Hamelin, L'Homme historien, Quebec-París, 1979..
M . F e r r o , L'Histoire sous surveillance, París, Calmann-Lévy, 1985.
Para el capítulo 14
F . Dosse, L'Histoire en miettes. Des «Annales» á la «nouvelle histoire», París, 1987
(hay traducción en Valencia, Edicions Alfons el Magnánim).
J. M l i a r d , «La politique», Faire de l'Histoire, t. 2, París, 1974 (cfr. traducción).
J. L. Parodi (dir.), La Politique, París, 1971.
R . R é m o n d (dir.), Pour une histoire politique, París, 1988.
«Les liasons dangereuses, Histoire, sociologie, science politique», Politix. Travaux
de science politique, núm. 6, primavera 1989.
La sección «Enjeux» (apuestas), de Vingtiéme siécle. Revue d'histoire incluye re-
flexiones historiográficas y metodológicas muy útiles, con frecuencia citadas en
este capítulo. Así, por ejemplo, la estimulante crítica de G. Noiriel, «Une his-""
toire sociale de la politique est-eile possible?», en el n ú m . 24, 1989.

Para el capítulo 12

Claude Lévi-Strauss, Antropología estructural: mito, sociedad, humanidades, Méxi-

co, Siglo XXI, 1979.
F . Braudel, «La historia y las ciencias sociales», Madrid, Alianza, 1968; Annales
ESC, 1971, núms. 3 y 4, «Histoire et structure».
M. Foucault, Microfísica del poder, Madrid, L a Piqueta, 1978.
M . de Certeau, L'Écriture de l'histoire, París, Gallimard, 1975.
La Nueva Historia (bajo la dirección de J . L e Goff, R. Chastier y J. Revel), Bilbao,
Mensajero, 1988.
Michelle Perrot (bajo la dirección de J. Le Goff, R. Chastier y J. Revel), Bilbao,
Mensajero, 1988.
Michelle Perrot (bajo la dirección de), L'impossible prison, Seuil, 1980.
E . Le Roy Ladurie, Le Carnaval de Romans, París, Gallimard, 1979.
P . Veyne, Foucault révolutionne l'histoire, París, Seuil, 1979.

272
273
La Nueva Historia (bajo la dirección de J. Le Goff, R. Chartier y J. Revé!, diez ar-
tículos de fondo y ciento veinte notas biográficas o temáticas), Bilbao, Mensa-
jero,' 1988.
A. Burguiére, Diccionario de ciencias históricas, A k a l , Madrid, 1991.
Para el capítulo 10
Hacerla historia (bajo la dirección de J. Le Goff y P. N o r a ) , 3 vols., Barcelona,
Laia, 1978.
La Nueva Historia (bajo la dirección de J. Le Goff, R. Chartier y J. Revel, diez ar-
tículos de fondo y ciento veinte notas biográficas o temáticas), Bilbao, Mensa-
jero, 1988.
L'Histoire et ses méthodes, Presses. Universitaires de Lille, 1981, 229 págs.
F. Furet, «En marge des Annales, Histoire et sciences sociales», Le Débat, núm.
17, dic. 1981, págs. 112-127.
A . Burguiére, «La naissance des Annales»; J. Revel, «Histoire et sciences sociales,
les paradigmes des Annales», Annales ESC, 1976/6, págs. 1.347-1.376.
M. Morineau, «Allergico cantabile», Annales ESC, julio-agosto, 1981, pág. 623 y sig.
H . Couteau-Bégarie, Le Phénoméne «Nouvelle Histoire», París, Económica, 1983.
Para el capítulo 11
K. Marx/F. Engels: Obras escogidas (3 vols.). A k a l , Madrid, 1974.
Entre las muchas exégesis del marxismo merecen citarse:
L. Althusser (y colaboradores), Para leer El capital, Madrid, Siglo X X I , 1976.
G. Gurvitch, Teoría de las clases sociales, Madrid, Cuadernos para el Diálogo, 1971.
S. Ossowski, La Structure de classes dans la conscience sociales, París, A n t h r o p o s ,
1971.
G. Bois, «Marxismo y Nueva Historia», en La Nueva Historia, Mensajero, 1988.
P . Vilar, Historia marxista, historia en construcción, Barcelona, A n a g r a m a , 1975
a
(2. ed.).
P. Vilar, Iniciación al vocabulario del análisis histórico, Barcelona, Crítica, 1980.
Para el capítulo 13
H . I. Marrou, Del conocimiento histórico, Buenos Aires, 1973.
P . Veyne, Cómo se escribe la historia: ensayo de epistemología, Madrid Fraeua
6
1972. ' '
J. Chesneaux, ¿Hacemos tabla rasa del pasado?: A propósito de la historia y de los
historiadores, Madrid, Siglo X X I , 1984.
M . de Certeau, L'Écriture de l'histoire, París, Gallimard, 1975. Revista Dialectiques,
núm. 14, «Débat: l'histoire et le réel», Michel de Certeau y R. Robin, 1976.
P. Ricoeur, Tiempo y relato histórico, Madrid, Cristiandad, 1987.
«Espaces/temps», núms. 29 y 30: Cetobscur objet de l'Histoire. 1. Une forcé trop tran-
quile. 2. A la recherche du temps social.
N . Gagnon y J. Hamelin, L'Homme historien, Quebec-París, 1979..
M . F e r r o , L'Histoire sous surveillance, París, Calmann-Lévy, 1985.
Para el capítulo 14
F . Dosse, L'Histoire en miettes. Des «Annales» á la «nouvelle histoire», París, 1987
(hay traducción en Valencia, Edicions Alfons el Magnánim).
J. M l i a r d , «La politique», Faire de l'Histoire, t. 2, París, 1974 (cfr. traducción).
J. L. Parodi (dir.), La Politique, París, 1971.
R . R é m o n d (dir.), Pour une histoire politique, París, 1988.
«Les liasons dangereuses, Histoire, sociologie, science politique», Politix. Travaux
de science politique, núm. 6, primavera 1989.
La sección «Enjeux» (apuestas), de Vingtiéme siécle. Revue d'histoire incluye re-
flexiones historiográficas y metodológicas muy útiles, con frecuencia citadas en
este capítulo. Así, por ejemplo, la estimulante crítica de G. Noiriel, «Une his-""
toire sociale de la politique est-eile possible?», en el n ú m . 24, 1989.

Para el capítulo 12

Claude Lévi-Strauss, Antropología estructural: mito, sociedad, humanidades, Méxi-

co, Siglo XXI, 1979.
F . Braudel, «La historia y las ciencias sociales», Madrid, Alianza, 1968; Annales
ESC, 1971, núms. 3 y 4, «Histoire et structure».
M. Foucault, Microfísica del poder, Madrid, L a Piqueta, 1978.
M . de Certeau, L'Écriture de l'histoire, París, Gallimard, 1975.
La Nueva Historia (bajo la dirección de J . L e Goff, R. Chastier y J. Revel), Bilbao,
Mensajero, 1988.
Michelle Perrot (bajo la dirección de J. Le Goff, R. Chastier y J. Revel), Bilbao,
Mensajero, 1988.
Michelle Perrot (bajo la dirección de), L'impossible prison, Seuil, 1980.
E . Le Roy Ladurie, Le Carnaval de Romans, París, Gallimard, 1979.
P . Veyne, Foucault révolutionne l'histoire, París, Seuil, 1979.

272
273
 ÍNDICE ONOMÁSTICO

Acuituración, 230. Bourdeau (L.), 143, 179.

Actores de la historia, 59. Braudel (F.), 6 6 , 1 4 9 , 1 5 1 , 1 5 8 - 1 6 3 , 1 7 1 ,
Adonis, 229. 172-173, 174, 176, 179, 191, 214-216,
Agustín (san), 36. 217, 252-254.
Alienación, 188. Bretaña, 47, 53-54, 6 1 .
Alemania, 129, 136, 144. Burguiére ( A . ) , 170, 171-172, 173-174,
Althusser (L.), 190, 207, 208. • 211, 217, 231, 267.
Análisis estructural, 217, 229, 230, 241.
Annales. E S C , 68, 149, 151, 182, 251,
252-255, 267. Campesinos, 197, 200.
Antropología histórica, 166, 178, 2 2 1 , Capitalismo, 162.
231. Carbonell ( C h . O . ) , 104, 105-106.
Carcelario, 225-226.
Antropología estructural, 213, 219.
Carnaval, 229-230.
Archivos, 60, 113, 235.
Cartesianos, 91.
A r o n ( R . ) , 7 1 , 84, 210, 234, 236-237,
Cartografía histórica, 178.
264.
Causalidad, 236, 240.
Arqueología, 104, 181.
Causas, 43-44, 236.
Arquetipo, 57.
Arte de verificar los datos, 95. Certeau (M. de), 168, 171, 172, 176,
230-231, 233-234, 241-246, 247-248.
Barthes ( R . ) , 115-116, 118, 244. Chastellain ( G . ) , 53.
Basin (Th.), 47, 52, 54-56. Chaunu (P.), 164, 165-166, 222, 252.
Bayle (P.), 9 1 . Chenu (M. D . ) , 37.
Beduinos, 4 1 . Chesneaux (J.), 5, 172, 233, 241, 247.
Benedictinos, 89, 94. Ciclo de civilizaciones, 83-84, 85-87.
Berr ( H . ) . 150, 172-173, 252. Ciencia histórica, 106-107.132.175,204,
Bibliotecas, 60. 236, 240.
Biografía, 33. Ciencias auxiliares, 175.
Bipolaridad, 116. Civilización(es), 82, 83-84, 102, 212.
B l o c h ( M . ) . 89, 9 1 . 145, 1 4 9 - 1 5 1 , Clases sociales, 193-198, 208.
154-158, 161, 163, 166, 170, 173, 175, Cliométricos, 176.
208, 234, 252. Commynes (Ph. de). 47, 52-53, 54-55,
Bossuet, 21-22, 41-45 , 72, 76 , 92, 100, 58-59.
101, 105, 132. Comparativismo histórico, 85, 247.
Bouchart ( A . ) , 54-56, 57. Comte ( A . ) , 7 1 , 78-81, 8 9 , 1 3 2 , 1 4 3 , 1 7 9 .
Bouquet (dom), 95. Concepto, 235, 239, 247.

275
 ÍNDICE ONOMÁSTICO

Acuituración, 230. Bourdeau (L.), 143, 179.

Actores de la historia, 59. Braudel (F.), 6 6 , 1 4 9 , 1 5 1 , 1 5 8 - 1 6 3 , 1 7 1 ,
Adonis, 229. 172-173, 174, 176, 179, 191, 214-216,
Agustín (san), 36. 217, 252-254.
Alienación, 188. Bretaña, 47, 53-54, 6 1 .
Alemania, 129, 136, 144. Burguiére ( A . ) , 170, 171-172, 173-174,
Althusser (L.), 190, 207, 208. • 211, 217, 231, 267.
Análisis estructural, 217, 229, 230, 241.
Annales. E S C , 68, 149, 151, 182, 251,
252-255, 267. Campesinos, 197, 200.
Antropología histórica, 166, 178, 2 2 1 , Capitalismo, 162.
231. Carbonell ( C h . O . ) , 104, 105-106.
Carcelario, 225-226.
Antropología estructural, 213, 219.
Carnaval, 229-230.
Archivos, 60, 113, 235.
Cartesianos, 91.
A r o n ( R . ) , 7 1 , 84, 210, 234, 236-237,
Cartografía histórica, 178.
264.
Causalidad, 236, 240.
Arqueología, 104, 181.
Causas, 43-44, 236.
Arquetipo, 57.
Arte de verificar los datos, 95. Certeau (M. de), 168, 171, 172, 176,
230-231, 233-234, 241-246, 247-248.
Barthes ( R . ) , 115-116, 118, 244. Chastellain ( G . ) , 53.
Basin (Th.), 47, 52, 54-56. Chaunu (P.), 164, 165-166, 222, 252.
Bayle (P.), 9 1 . Chenu (M. D . ) , 37.
Beduinos, 4 1 . Chesneaux (J.), 5, 172, 233, 241, 247.
Benedictinos, 89, 94. Ciclo de civilizaciones, 83-84, 85-87.
Berr ( H . ) . 150, 172-173, 252. Ciencia histórica, 106-107.132.175,204,
Bibliotecas, 60. 236, 240.
Biografía, 33. Ciencias auxiliares, 175.
Bipolaridad, 116. Civilización(es), 82, 83-84, 102, 212.
B l o c h ( M . ) . 89, 9 1 . 145, 1 4 9 - 1 5 1 , Clases sociales, 193-198, 208.
154-158, 161, 163, 166, 170, 173, 175, Cliométricos, 176.
208, 234, 252. Commynes (Ph. de). 47, 52-53, 54-55,
Bossuet, 21-22, 41-45 , 72, 76 , 92, 100, 58-59.
101, 105, 132. Comparativismo histórico, 85, 247.
Bouchart ( A . ) , 54-56, 57. Comte ( A . ) , 7 1 , 78-81, 8 9 , 1 3 2 , 1 4 3 , 1 7 9 .
Bouquet (dom), 95. Concepto, 235, 239, 247.

275
Conocimiento histórico, 59, 144, 146,
158, 234-236.
Corporación histórica, 241-243.
Crítica, 91-94, 134.
Croix ( A . ) , 179.
Cuantificación, 177, 243.
Cuantitativa (historia), 180-181.
Cuestionario, 238.
Cultura, 83, 100, 212.
Delumeau (J.), 179, 185.
Desafio y respuesta, 85-87.
Diacronía, 217, 243.
Dialéctica, 76-77, 192, 207.
Discontinuidad, 221, 223, 224.
Discurso, 224.
Discurso histórico, 242-245.
División del trabajo (en historia), 135.
D o c u m e n t o s , 9 3 , 94, 98, 104, 106,
132-134, 144, 156, 180-185, 223, 238,
245.
Dominio (de la historia), 156-158.
Duby ( G . ) , 3 1 , 157, 172, 173, 179, 184,
208-209, 258.
D u d a , 97, 233-248.
Du Cange, 95.
Duración, 159.
Escuela de los Annales, 149-168.
Escuela histórica francesa, 84-85, 128.
Escuela Metódica, 89, 127-148,155.
Escuela Práctica de Altos Estudios, 171.
Economicismo, 202-203.
Escritura histórica, 244-245.
E d a d Media, 80, 116, 222.
Eginardo, 33.
El Siglo de Luis XTV, 98-99.
Engels (F.), 187-188, 193, 194-195, 197,
199-204, 206.
Ensayo sobre las costumbres, 99-100.
Ermentario, 35.
Erudición, 89, 94-97.
Espíritu (huella del), 76-77.
Estructural (historia), 221, 228-231.
Estructuralismo, 82, 85, 211-233.
Estructura, 162, 213-215, 218-223, 236.
Etnohistoria, 177, 217.
Etnología, 162, 213, 216-217, 219, 256.
Eurocentrismo, 105.
Exégesis, 92.
Explicación histórica, 236.
Fagniez ( G . ) , 127-128.
Febvre (L.), 82, 134, 145, 149-158, 161,
276
163, 166-167, 170-172, 174-176, 184, H u g o de Saint-Victor, 37-59. Marx ( K . ) , 7 1 , 82, 85, 146, 156, 169
234, 237. 252-254. 176-177, 187-203, 206, 207-210, 216.
F e r r o ( M . ) , 5, 170, 172, 173, 184. Iconografía, 39, 185. Marxismo e historia, 176-178, 187-210
Ferry ( J . ) , 139. Idealismo, 76-77. 240, 245.
Filosofías de la historia, 6 , 42, 71-87, Ideología, 177, 198-202, 243. Marxismo dogmático, 202-206.
101-102. Ideólogos, 189, 209. Marxismo-leninismo, 203-205.
Folklore, 183. Iglesia, 43, 96, 130-131, 201-202. Materialismo histórico, 146, 187-193.
Fontenelle. 9 1 . Imperio colonial, 142. Mediterráneo (mundo), 159-162.
Foucault (M.), 167, 171, 221, 223-228, Imperio r o m a n o , 42, 77, 87. Memoria, 39.
. 239. Inconsciente, 117, 213-214, 215, 237. Mentalidades (historia de las), 166-167.
Francia, 96. 119-120, 140-141, 195-196, Información, 60, 98. Michelet (J.), 44,102,103,111-121,125,
205. Infraestructura, 188-189, 190. 129, 132, 173, 179, 268.
Froissart ( L ) , 47-52, 59-60. Institución histórica, 105, 241-243. Milagro, 43, 44-45, 9 1 .
F u e n t e s , 85, 96, 100, 104, 180-185, 243. Inteligibilidad, 227. Mito, 228-229.
Interpolación, 93.
Fuerzas productivas, 188-192. M o d o de producción, 176, 190-192.
Itinerario, 237, 246.
F u r e t ( F . ) , 164, 169, 171, 172-173, M o d e l o , 162, 215-216, 217-218, 219,
178-180, 223, 245. 245.
Fustel de Coulanges, 6, 89,105-107,128, Jacquerie, 49-51. Mommsen (Th.), 129, 144.
155, 235. Jaurés (J.), 207. M o n o d ( G . ) , 127-132, 139, 143-144,
Joinville (J. de), 40-41, 59. 147-148, 155.
Juglares, 59. Moral e historia, 91.
Gaguin ( R . ) , 57-58. Jullian ( C ) , 128, 144. Morice (dom P . - H . ) , 95 , 96.
Geohistoria, 159. Morineau (M.), 174.
Gilson ( E . ) , 3 1 , 36-37. Kant ( E . ) , 71-77, 198. Muertos (relación de), 117.
Glaber ( R . ) , 3 1 , 37, 59.
Global, 177-181. Labrousse (C.-E.), 160, 163, 165, 171, Naturaleza, 83, 100, 101.
Grandes hombres, 77, 8 6 , 1 0 1 , 1 4 0 , 1 4 2 , 177, 180, 208, 215. Neutralidad, 130, 144.
143. Langlois (Ch. V . ) , 6, 105, 127, 130, Nora ( P . ) , 172, 175, 252, 255, 264.
Gregorio de Tours, 6, 32-33. 131-135, 143-144, 155-156, 176, 234, Nueva historia, 111, 169-185.
G u e n é e (B.), 34, 58. 252.
Objetivo, 236.
G u e r r a , 74, 98, 142, 200. La Marche (O. de), 43, 56. Objetividad, 142-147, 158.
Guizot, 102-103, 112, 173. L a Popeliniére (Lancelot de), 64, 65. Obra histórica, 115.
Hagiografía, 32, 35. Lavisse ( E . ) , 127-129,132,135-138,139, Occidente, 81.
Hecho histórico, 134-135, 144, 180-181. 142-144, 145, 161, 185. Oral, 60.
H e c h o social total, 180. L e Baud (P.), 54, 60, 69. O r d e n , 44, 51-52, 90.
Hegel (G. W . ) , 6 , 7 1 , 7 5 - 7 8 . 80, 8 2 , 1 7 5 , L e Bel (J.), 47, 5 1 .
188, 191-192, 193, 198-199, 201. L e Goff (J.), 7, 116, 167, 169, 170, Patria, 141.
H e r o d o t o , 6, 9-13, 14, 24. 171-176, 179, 181, 184, 230, 232, 252, «Petit Lavisse», 139.
Higden ( R . ) , 59. 256. Piezas originales, 94-95.
Historia (género literario), 37-38, 5 4 , 5 8 , Le Nain de Tillemont, 91, 93-94. Preguntas, 235, 238.
97, 238, 239, 243-244. Lenin, 197, 203, 206. Pueblo de Francia, 58, 119-120.
H i s t o r i a d e F r a n c i a , 111-112, 1 2 1 , Léonard (J.), 166. Pluridisciplinariedad, 157-158, 170.
131-132, 137-138, 238. Le Roy Ladurie ( E . ) , 66, 164, 165-168, Positivismo, 78-81, 142-143.
170-172, 173, 178, 179, 222. 229, 232, «Positivista» (escuela), 127-148.
Historia económica, 163-164, 251.
246, 253. Producción histórica, 6, 104, 243.
Historia erudita, 89-109.
Lévi-Strauss (Ch.)í 162, 167, 212-214. Programas escolares, 139-140.
Historia evenemencial, 66, 160-161.
215-216, 218-220, 228-229. Progreso, 37, 212.
Historia historizante, 145-146, 151-152.
Ley de los tres estadios, 79-80. Proletariado, 87.
Historia liberal, 112.
Historia política, 137-138, 251-268. Leyes de la historia, 105, 143, 236. Providencialismo, 37, 43 , 44, 87, 101.
Historia romántica, 100-101, 112. Luces, 72, 75. 101. Psicoanálisis, 241, 244, 256.
Historia social, 164. Lucha de clases, 194-198, 203-204.
Rabelais (F.), 153-155.
Historia total, 113-114. 161-162, 177, Mabillon, 89, 91-93, 129, 185. R a n k e ( L e o p o l d V o n ) , 1 2 9 , 132,
209, 252. Manuales escolares, 139-142, 145, 205. 143-144, 146.
Historiador, 59, 114-115, 235, 246-247. Marrou ( H . I.), 169, 175, 233-237. 239, Relaciones de producción, 189, 192.
Historiografía, 6, 35, 53. 240, 246. Relato histórico, 216, 238, 239.
277
Conocimiento histórico, 59, 144, 146,
158, 234-236.
Corporación histórica, 241-243.
Crítica, 91-94, 134.
Croix ( A . ) , 179.
Cuantificación, 177, 243.
Cuantitativa (historia), 180-181.
Cuestionario, 238.
Cultura, 83, 100, 212.
Delumeau (J.), 179, 185.
Desafio y respuesta, 85-87.
Diacronía, 217, 243.
Dialéctica, 76-77, 192, 207.
Discontinuidad, 221, 223, 224.
Discurso, 224.
Discurso histórico, 242-245.
División del trabajo (en historia), 135.
D o c u m e n t o s , 9 3 , 94, 98, 104, 106,
132-134, 144, 156, 180-185, 223, 238,
245.
Dominio (de la historia), 156-158.
Duby ( G . ) , 3 1 , 157, 172, 173, 179, 184,
208-209, 258.
D u d a , 97, 233-248.
Du Cange, 95.
Duración, 159.
Escuela de los Annales, 149-168.
Escuela histórica francesa, 84-85, 128.
Escuela Metódica, 89, 127-148,155.
Escuela Práctica de Altos Estudios, 171.
Economicismo, 202-203.
Escritura histórica, 244-245.
E d a d Media, 80, 116, 222.
Eginardo, 33.
El Siglo de Luis XTV, 98-99.
Engels (F.), 187-188, 193, 194-195, 197,
199-204, 206.
Ensayo sobre las costumbres, 99-100.
Ermentario, 35.
Erudición, 89, 94-97.
Espíritu (huella del), 76-77.
Estructural (historia), 221, 228-231.
Estructuralismo, 82, 85, 211-233.
Estructura, 162, 213-215, 218-223, 236.
Etnohistoria, 177, 217.
Etnología, 162, 213, 216-217, 219, 256.
Eurocentrismo, 105.
Exégesis, 92.
Explicación histórica, 236.
Fagniez ( G . ) , 127-128.
Febvre (L.), 82, 134, 145, 149-158, 161,
276
163, 166-167, 170-172, 174-176, 184, H u g o de Saint-Victor, 37-59. Marx ( K . ) , 7 1 , 82, 85, 146, 156, 169
234, 237. 252-254. 176-177, 187-203, 206, 207-210, 216.
F e r r o ( M . ) , 5, 170, 172, 173, 184. Iconografía, 39, 185. Marxismo e historia, 176-178, 187-210
Ferry ( J . ) , 139. Idealismo, 76-77. 240, 245.
Filosofías de la historia, 6 , 42, 71-87, Ideología, 177, 198-202, 243. Marxismo dogmático, 202-206.
101-102. Ideólogos, 189, 209. Marxismo-leninismo, 203-205.
Folklore, 183. Iglesia, 43, 96, 130-131, 201-202. Materialismo histórico, 146, 187-193.
Fontenelle. 9 1 . Imperio colonial, 142. Mediterráneo (mundo), 159-162.
Foucault (M.), 167, 171, 221, 223-228, Imperio r o m a n o , 42, 77, 87. Memoria, 39.
. 239. Inconsciente, 117, 213-214, 215, 237. Mentalidades (historia de las), 166-167.
Francia, 96. 119-120, 140-141, 195-196, Información, 60, 98. Michelet (J.), 44,102,103,111-121,125,
205. Infraestructura, 188-189, 190. 129, 132, 173, 179, 268.
Froissart ( L ) , 47-52, 59-60. Institución histórica, 105, 241-243. Milagro, 43, 44-45, 9 1 .
F u e n t e s , 85, 96, 100, 104, 180-185, 243. Inteligibilidad, 227. Mito, 228-229.
Interpolación, 93.
Fuerzas productivas, 188-192. M o d o de producción, 176, 190-192.
Itinerario, 237, 246.
F u r e t ( F . ) , 164, 169, 171, 172-173, M o d e l o , 162, 215-216, 217-218, 219,
178-180, 223, 245. 245.
Fustel de Coulanges, 6, 89,105-107,128, Jacquerie, 49-51. Mommsen (Th.), 129, 144.
155, 235. Jaurés (J.), 207. M o n o d ( G . ) , 127-132, 139, 143-144,
Joinville (J. de), 40-41, 59. 147-148, 155.
Juglares, 59. Moral e historia, 91.
Gaguin ( R . ) , 57-58. Jullian ( C ) , 128, 144. Morice (dom P . - H . ) , 95 , 96.
Geohistoria, 159. Morineau (M.), 174.
Gilson ( E . ) , 3 1 , 36-37. Kant ( E . ) , 71-77, 198. Muertos (relación de), 117.
Glaber ( R . ) , 3 1 , 37, 59.
Global, 177-181. Labrousse (C.-E.), 160, 163, 165, 171, Naturaleza, 83, 100, 101.
Grandes hombres, 77, 8 6 , 1 0 1 , 1 4 0 , 1 4 2 , 177, 180, 208, 215. Neutralidad, 130, 144.
143. Langlois (Ch. V . ) , 6, 105, 127, 130, Nora ( P . ) , 172, 175, 252, 255, 264.
Gregorio de Tours, 6, 32-33. 131-135, 143-144, 155-156, 176, 234, Nueva historia, 111, 169-185.
G u e n é e (B.), 34, 58. 252.
Objetivo, 236.
G u e r r a , 74, 98, 142, 200. La Marche (O. de), 43, 56. Objetividad, 142-147, 158.
Guizot, 102-103, 112, 173. L a Popeliniére (Lancelot de), 64, 65. Obra histórica, 115.
Hagiografía, 32, 35. Lavisse ( E . ) , 127-129,132,135-138,139, Occidente, 81.
Hecho histórico, 134-135, 144, 180-181. 142-144, 145, 161, 185. Oral, 60.
H e c h o social total, 180. L e Baud (P.), 54, 60, 69. O r d e n , 44, 51-52, 90.
Hegel (G. W . ) , 6 , 7 1 , 7 5 - 7 8 . 80, 8 2 , 1 7 5 , L e Bel (J.), 47, 5 1 .
188, 191-192, 193, 198-199, 201. L e Goff (J.), 7, 116, 167, 169, 170, Patria, 141.
H e r o d o t o , 6, 9-13, 14, 24. 171-176, 179, 181, 184, 230, 232, 252, «Petit Lavisse», 139.
Higden ( R . ) , 59. 256. Piezas originales, 94-95.
Historia (género literario), 37-38, 5 4 , 5 8 , Le Nain de Tillemont, 91, 93-94. Preguntas, 235, 238.
97, 238, 239, 243-244. Lenin, 197, 203, 206. Pueblo de Francia, 58, 119-120.
H i s t o r i a d e F r a n c i a , 111-112, 1 2 1 , Léonard (J.), 166. Pluridisciplinariedad, 157-158, 170.
131-132, 137-138, 238. Le Roy Ladurie ( E . ) , 66, 164, 165-168, Positivismo, 78-81, 142-143.
170-172, 173, 178, 179, 222. 229, 232, «Positivista» (escuela), 127-148.
Historia económica, 163-164, 251.
246, 253. Producción histórica, 6, 104, 243.
Historia erudita, 89-109.
Lévi-Strauss (Ch.)í 162, 167, 212-214. Programas escolares, 139-140.
Historia evenemencial, 66, 160-161.
215-216, 218-220, 228-229. Progreso, 37, 212.
Historia historizante, 145-146, 151-152.
Ley de los tres estadios, 79-80. Proletariado, 87.
Historia liberal, 112.
Historia política, 137-138, 251-268. Leyes de la historia, 105, 143, 236. Providencialismo, 37, 43 , 44, 87, 101.
Historia romántica, 100-101, 112. Luces, 72, 75. 101. Psicoanálisis, 241, 244, 256.
Historia social, 164. Lucha de clases, 194-198, 203-204.
Rabelais (F.), 153-155.
Historia total, 113-114. 161-162, 177, Mabillon, 89, 91-93, 129, 185. R a n k e ( L e o p o l d V o n ) , 1 2 9 , 132,
209, 252. Manuales escolares, 139-142, 145, 205. 143-144, 146.
Historiador, 59, 114-115, 235, 246-247. Marrou ( H . I.), 169, 175, 233-237. 239, Relaciones de producción, 189, 192.
Historiografía, 6, 35, 53. 240, 246. Relato histórico, 216, 238, 239.
277
Relativismo, 146, .237.
Religión, 8 1 ; 87, 200-201.
Renán (E.), 105-106, 128, 155.
República (Tercera), 139, 140-141.
Retórica e historia, 58.
Retrodicción, 240.
Revolución francesa, 75, 120-121, 141.
Revue de Synthése, 150-151, 252.
Revue historique, 106, 127-131. 147-148.
Rousseau (J. J . ) , 72-73.
Ruptura,. 223-224.
Rusia, 100-101, 151-152.
Superestructura, 189-190.
ÍNDICE
Taine ( H . ) , 105, 128.
Teología e historia, 36-38, 87, 132.
Testimonio, 96 (ver fuentes).
Thierry ( A . ) , 103, 112-113, 129.
Tiempo (concepto del), 36-40, 161, 179.
Toynbee ( A . ) , 6, 23, 7 1 , 84-87, 175.
Triángulo culinario, 219.
Tucídides, 6, 9, 12,13-17, 19-20, 22, 29,
44, 83-84, 210, 268.

Sangre (e historia), 119.

Unión Soviética, 203-205.
Sartre (J. P . ) , 216.
Seignobos (Ch.), 6, 102, 105, 127, 130.
131-135, 138, 143-144, 151-152, Vendée (guerra de la), 120-121.
155-156, 176, 234, 252, 254. Verdad, 94, 237.
Sentido de la historia, 7 1 , 193. Veyne (P.), 5, 6, 180, 228, 233-234,
Sentimiento nacional, 54, 57-58, 131. 236-240, 246-247.
Simiand (F.), 150, 156, 163, 172-173, Vilar ( P . j , 164, 171, 176, 190, 197, PRÓLOGO 5
176. 208-210.
Simón ( R . ) , 42, 91-92. Visión de la historia, 3 1 , 36-37. 1. PERSPECTIVAS SOBRE LA HISTORIOGRAFÍA ANTIGUA 9
Sincronía, 217, 243. H e r o d o t o o c ó m o p e n s a r «lo otro» 10
Vitalismo, 83, 116.
Sociedad capitalista, 81, 195-196.
Voltaire, 7 1 , 90, 96-102, 107, 118, 173. Tucídides: la definición c o n j u n t a d e u n m é t o d o y d e u n a escritura 13
Sociedades precapitalistas, 194-195.
238. Polibio o la reconstrucción lógica del p a s a d o 18
Sociedades científicas, 103-109.
Vovelle (M.), 166-167, 172, 209. E n b u s c a de la « v e r d a d e r a n a t u r a l e z a » d e la historiografía r o m a n a 23
Sociología, 78-79, 80, 162, 193-198,
247-248. L a herencia historiográfica antigua 26
Spengler ( O . ) , 6, 23, 7 1 , 81-84, 86-87. Wachtel (N-), 167, 183, 217, 230. Documentos 28
Stalin (J.), 204-205. Wavrin (J. de), 53.
2. L A HISTORIA EN LA E D A D M E D I A ( I ) : L A HISTORIA CRISTIANA 31
N a c i m i e n t o d e la h i s t o r i a c r i s t i a n a e n l a a l t a E d a d M e d i a 31
¿Se p u e d e considerar p o r t a n t o q u e los a u t o r e s d e la alta E d a d
M e d i a ( q u e d u r a h a s t a el siglo Xil) h a c e n g a l a d e u n a g e n e r a l ca-
rencia de sentido histórico? 34
¿ L a T e o l o g í a ( p a r t i c u l a r m e n t e e n el siglo Xil) al s e r v i c i o d e la h i s -
toria? 36
Visión d e la historia y s e n t i d o c o m ú n del t i e m p o 38
Joinvüle, cronista y moralista 40
L o s últimos e s p l e n d o r e s d e la historia cristiana: B o s s u e t 41
Documento 44

3. L A H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A (II): LOS CRONISTAS D E LOS

SIGLOS XIV Y xv . 47
Froissart, heraldo de la declinante sociedad caballeresca 47
L o s cronistas d e p e n d i e n t e s d e los príncipes 52
U n a d i f e r e n t e p e r c e p c i ó n d e las r e a l i d a d e s p o l í t i c a s y m i l i t a r e s . 56
L a historia, «vehículo privilegiado del sentimiento nacional» . . .
Documento 61

4. HISTORIADORES Y GEÓGRAFOS DEL RENACIMIENTO 63

Cuestiones de método 63
L e j a n o s indicios d e la n u e v a historia 66
278 279
Relativismo, 146, .237.
Religión, 8 1 ; 87, 200-201.
Renán (E.), 105-106, 128, 155.
República (Tercera), 139, 140-141.
Retórica e historia, 58.
Retrodicción, 240.
Revolución francesa, 75, 120-121, 141.
Revue de Synthése, 150-151, 252.
Revue historique, 106, 127-131. 147-148.
Rousseau (J. J . ) , 72-73.
Ruptura,. 223-224.
Rusia, 100-101, 151-152.
Superestructura, 189-190.
ÍNDICE
Taine ( H . ) , 105, 128.
Teología e historia, 36-38, 87, 132.
Testimonio, 96 (ver fuentes).
Thierry ( A . ) , 103, 112-113, 129.
Tiempo (concepto del), 36-40, 161, 179.
Toynbee ( A . ) , 6, 23, 7 1 , 84-87, 175.
Triángulo culinario, 219.
Tucídides, 6, 9, 12,13-17, 19-20, 22, 29,
44, 83-84, 210, 268.

Sangre (e historia), 119.

Unión Soviética, 203-205.
Sartre (J. P . ) , 216.
Seignobos (Ch.), 6, 102, 105, 127, 130.
131-135, 138, 143-144, 151-152, Vendée (guerra de la), 120-121.
155-156, 176, 234, 252, 254. Verdad, 94, 237.
Sentido de la historia, 7 1 , 193. Veyne (P.), 5, 6, 180, 228, 233-234,
Sentimiento nacional, 54, 57-58, 131. 236-240, 246-247.
Simiand (F.), 150, 156, 163, 172-173, Vilar ( P . j , 164, 171, 176, 190, 197, PRÓLOGO 5
176. 208-210.
Simón ( R . ) , 42, 91-92. Visión de la historia, 3 1 , 36-37. 1. PERSPECTIVAS SOBRE LA HISTORIOGRAFÍA ANTIGUA 9
Sincronía, 217, 243. H e r o d o t o o c ó m o p e n s a r «lo otro» 10
Vitalismo, 83, 116.
Sociedad capitalista, 81, 195-196.
Voltaire, 7 1 , 90, 96-102, 107, 118, 173. Tucídides: la definición c o n j u n t a d e u n m é t o d o y d e u n a escritura 13
Sociedades precapitalistas, 194-195.
238. Polibio o la reconstrucción lógica del p a s a d o 18
Sociedades científicas, 103-109.
Vovelle (M.), 166-167, 172, 209. E n b u s c a de la « v e r d a d e r a n a t u r a l e z a » d e la historiografía r o m a n a 23
Sociología, 78-79, 80, 162, 193-198,
247-248. L a herencia historiográfica antigua 26
Spengler ( O . ) , 6, 23, 7 1 , 81-84, 86-87. Wachtel (N-), 167, 183, 217, 230. Documentos 28
Stalin (J.), 204-205. Wavrin (J. de), 53.
2. L A HISTORIA EN LA E D A D M E D I A ( I ) : L A HISTORIA CRISTIANA 31
N a c i m i e n t o d e la h i s t o r i a c r i s t i a n a e n l a a l t a E d a d M e d i a 31
¿Se p u e d e considerar p o r t a n t o q u e los a u t o r e s d e la alta E d a d
M e d i a ( q u e d u r a h a s t a el siglo Xil) h a c e n g a l a d e u n a g e n e r a l ca-
rencia de sentido histórico? 34
¿ L a T e o l o g í a ( p a r t i c u l a r m e n t e e n el siglo Xil) al s e r v i c i o d e la h i s -
toria? 36
Visión d e la historia y s e n t i d o c o m ú n del t i e m p o 38
Joinvüle, cronista y moralista 40
L o s últimos e s p l e n d o r e s d e la historia cristiana: B o s s u e t 41
Documento 44

3. L A H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A (II): LOS CRONISTAS D E LOS

SIGLOS XIV Y xv . 47
Froissart, heraldo de la declinante sociedad caballeresca 47
L o s cronistas d e p e n d i e n t e s d e los príncipes 52
U n a d i f e r e n t e p e r c e p c i ó n d e las r e a l i d a d e s p o l í t i c a s y m i l i t a r e s . 56
L a historia, «vehículo privilegiado del sentimiento nacional» . . .
Documento 61

4. HISTORIADORES Y GEÓGRAFOS DEL RENACIMIENTO 63

Cuestiones de método 63
L e j a n o s indicios d e la n u e v a historia 66
278 279
 La sociología de clases 193
E l d e s a r r o l l o d e la h i s t o r i a r e g i o n a l . E l c a s o d e l b r e t ó n B e r t r a n d El concepto d e ideología 198
d'Argentré 69 La esclerosis d o g m á t i c a 202
Conclusión 70 La renovación marxista 206

X 5. L A S FILOSOFÍAS D E LA HISTORIA 71 12. E L ESTRUCTURALISMO Y LA HISTORIA 2\1

K a n t y las L u c e s 72 E s t r u c t u r a l i s m o e h i s t o r i a : d e b a t e s y c o m b a t e s ( d e los a ñ o s 50 a ^
H e g e l y la dialéctica 75 los 7 0 ) 212%
C o m t e y el p o s i t i v i s m o 78 A m b i g ü e d a d e s y dificultades persistentes ( d é c a d a d e los años 70) 2187
S p e n g l e r y el d e s t i n o o r g á n i c o 81 Michel F o u c a u l t , p e n s a d o r d e la discontinuidad y d e la relación 223
T o y n b e e y el ciclo d e las c i v i l i z a c i o n e s 84 L a s conquistas d e la historia estructural (análisis d e los m i t o s , tex-
tos y rituales) 228
6. L A HISTORIA ERUDITA DESDE MABILLON A FUSTEL D E COU-
LANGES 89
13. L A D U D A ACERCA D E LA HISTORIA 233
O b s t á c u l o s p a r a el d e s a r r o l l o d e l a h i s t o r i a m e t ó d i c a (xvn y xvín) 90
D e l « p r e s e n t i s m o » o p t i m i s t a d e H e n r y M a r r o u al h i p e r c r i t i c i s m o
L o s p r e c u r s o r e s d e l a p o s t u r a crítica (fines d e l siglo x v n ) 91
de Paul Veyne 234
E l n a c i m i e n t o d e l a e r u d i c i ó n (fines d e l siglo X V I I y p r i n c i p i o s d e l
E l a s a l t o c o n j u g a d o d e l m a r x i s m o , l a s e m i ó t i c a y el p s i c o a n á l i s i s 241
xvm) 94
Conclusión 248
V o l t a i r e y l a a m p l i a c i ó n d e las p e r s p e c t i v a s h i s t ó r i c a s 97
L a s p r i m i c i a s d e la i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a (1800-1870) 102
14. L A RENOVACIÓN D E LA HISTORIA POLÍTICA 251
Documentos 108
U n a historia política controvertida 252
L o s h o m b r e s y los lugares d e la r e n o v a c i ó n 254
7. MICHELET Y LA APREHENSIÓN TOTAL DEL PASADO 111
L a s raíces del r e t o r n o d e la historia política 256
El proyecto-testamento de Michelet lll
¿ E s la n u e v a historia política u n a historia total? 258
F r a c a s o d e la g l o b a l i d a d 115
Historia política e historia del t i e m p o p r e s e n t e 267
Documento 121

7 8. L A ESCUELA METÓDICA^ 127 BIBLIOGRAFÍA 269

La Revue historique ................................. 127

E l discurso del m é t o d o 131 ÍNDICE ONOMÁSTICO 275

Lavisse y la historia d e F r a n c i a 135

Los manuales escolares 139
L a objetividad en la historia 142
Documento 147

>' 9. L A ESCUELA D E LOS « A N N A L E S » 149

F e b v r e y los « A n n a l e s » 149
M . B l o c h : el oficio d e l h i s t o r i a d o r 154
F . B r a u d e l : los t i e m p o s d e l a h i s t o r i a 158
Las producciones históricas 163

')c 10. L A NUEVA HISTORIA, HEREDADA D E LA ESCUELA D E LOS

«ANNALES» 169
U n a poderosa institución 170
E l c u l t o a los a n t e p a s a d o s 173
N i Jesús, ni M a o , ni T o y n b e e ; u n p o c o d e M a r x y la m a y o r can-
tidad d e ciencia posible 175
L o s a v a t a r e s d e la g l o b a l i d a d 177
A p r o v e c h a r l o t o d o : el a r t e d e l r e c i c l a j e y la r e v i s i ó n d e t e x t o s . 181

E L MARXISMO Y LA HISTORIA 187

El materialismo histórico 188
281
280
 La sociología de clases 193
E l d e s a r r o l l o d e la h i s t o r i a r e g i o n a l . E l c a s o d e l b r e t ó n B e r t r a n d El concepto d e ideología 198
d'Argentré 69 La esclerosis d o g m á t i c a 202
Conclusión 70 La renovación marxista 206

X 5. L A S FILOSOFÍAS D E LA HISTORIA 71 12. E L ESTRUCTURALISMO Y LA HISTORIA 2\1

K a n t y las L u c e s 72 E s t r u c t u r a l i s m o e h i s t o r i a : d e b a t e s y c o m b a t e s ( d e los a ñ o s 50 a ^
H e g e l y la dialéctica 75 los 7 0 ) 212%
C o m t e y el p o s i t i v i s m o 78 A m b i g ü e d a d e s y dificultades persistentes ( d é c a d a d e los años 70) 2187
S p e n g l e r y el d e s t i n o o r g á n i c o 81 Michel F o u c a u l t , p e n s a d o r d e la discontinuidad y d e la relación 223
T o y n b e e y el ciclo d e las c i v i l i z a c i o n e s 84 L a s conquistas d e la historia estructural (análisis d e los m i t o s , tex-
tos y rituales) 228
6. L A HISTORIA ERUDITA DESDE MABILLON A FUSTEL D E COU-
LANGES 89
13. L A D U D A ACERCA D E LA HISTORIA 233
O b s t á c u l o s p a r a el d e s a r r o l l o d e l a h i s t o r i a m e t ó d i c a (xvn y xvín) 90
D e l « p r e s e n t i s m o » o p t i m i s t a d e H e n r y M a r r o u al h i p e r c r i t i c i s m o
L o s p r e c u r s o r e s d e l a p o s t u r a crítica (fines d e l siglo x v n ) 91
de Paul Veyne 234
E l n a c i m i e n t o d e l a e r u d i c i ó n (fines d e l siglo X V I I y p r i n c i p i o s d e l
E l a s a l t o c o n j u g a d o d e l m a r x i s m o , l a s e m i ó t i c a y el p s i c o a n á l i s i s 241
xvm) 94
Conclusión 248
V o l t a i r e y l a a m p l i a c i ó n d e las p e r s p e c t i v a s h i s t ó r i c a s 97
L a s p r i m i c i a s d e la i n s t i t u c i ó n h i s t ó r i c a (1800-1870) 102
14. L A RENOVACIÓN D E LA HISTORIA POLÍTICA 251
Documentos 108
U n a historia política controvertida 252
L o s h o m b r e s y los lugares d e la r e n o v a c i ó n 254
7. MICHELET Y LA APREHENSIÓN TOTAL DEL PASADO 111
L a s raíces del r e t o r n o d e la historia política 256
El proyecto-testamento de Michelet lll
¿ E s la n u e v a historia política u n a historia total? 258
F r a c a s o d e la g l o b a l i d a d 115
Historia política e historia del t i e m p o p r e s e n t e 267
Documento 121

7 8. L A ESCUELA METÓDICA^ 127 BIBLIOGRAFÍA 269

La Revue historique ................................. 127

E l discurso del m é t o d o 131 ÍNDICE ONOMÁSTICO 275

Lavisse y la historia d e F r a n c i a 135

Los manuales escolares 139
L a objetividad en la historia 142
Documento 147

>' 9. L A ESCUELA D E LOS « A N N A L E S » 149

F e b v r e y los « A n n a l e s » 149
M . B l o c h : el oficio d e l h i s t o r i a d o r 154
F . B r a u d e l : los t i e m p o s d e l a h i s t o r i a 158
Las producciones históricas 163

')c 10. L A NUEVA HISTORIA, HEREDADA D E LA ESCUELA D E LOS

«ANNALES» 169
U n a poderosa institución 170
E l c u l t o a los a n t e p a s a d o s 173
N i Jesús, ni M a o , ni T o y n b e e ; u n p o c o d e M a r x y la m a y o r can-
tidad d e ciencia posible 175
L o s a v a t a r e s d e la g l o b a l i d a d 177
A p r o v e c h a r l o t o d o : el a r t e d e l r e c i c l a j e y la r e v i s i ó n d e t e x t o s . 181

E L MARXISMO Y LA HISTORIA 187

El materialismo histórico 188
281
280