DÉBORAH DANOWSKI

Danowski, Déborah y Viveiros de Castro, Eduardo

¿Hay m u n d o por venir? Ensayo sobre Los miedos
y Los fines - la ed. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires:
Caja Negra, 2019. 224 p.; 20 x 13 c m .
EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO
(Futuros próximos; 23)

Traducción de Rodrigo ÁLvarez

ISBN 978-987-1622-73-3

1. Antropología. 2. Etnología. 3. Estudios Culturales

I. Viveiros de Castro, Eduardo II. ÁLvarez, Rodrigo, trad.
III. Título.
CDD 301.01

Título o r i g i n a l : Há mundo por vir? Ensaio sobre

os medos e os fins
¿ H A Y M U N D O P O R VENIR?
® Déborah D a n o w s k i
® Eduardo Viveiros d e Castro
® Caja Negra E d i t o r a , 2 0 1 9
Ensayo sobre los miedos y los fines

Obra publicada con el apoyo de la Fundación Biblioteca

Nacional de Brasil | Ministerio de Ciudadanía
Obra publicada com o apoio da Fundagao Biblioteca
Nacional | Ministério da Cidadania

FUNDACAO
BIBLIOTECA N A C I O N A L

Traducción / Rodrigo ÁLvarez

Caja Negra Editora

B u e n o s Aires / Argentina
info@cajanegraeditora.com.ar
í c = www.cajanegraeditora.com.ar
2 .g ,g -
Dirección Editorial:
Diego Esteras / Ezequiel Fanego

-Kaaas'
Producción: Malena Rey
CAj>i|a
- P Diseño de Colección: Consuelo Parga
NEGRM
Maquetación: Julián Fernández M o u j á n
FUTU R o s
I a ai ¿I Corrección: Renata Prati PROXIMOS
 I
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
I
EN LA G U E R R A DE GAIA

I I

What d oyou d o ,after you stop pretending?

D o u g a l d Hiñe, The D a r k M o u n t a i n Project

Como vimos a l inicio de este ensayo, existe un^ crecien-

t e s e n t i m i e n t o e n l a c u l t u r a contemporánea - l o q u e d e
n i n g u n a m a n e r a q u i e r e d e c i r u n a convicción unánime n i
sobre t o d o c o n s i s t e n t e - d e que los dos a c t u a n t e s d e n u e s -
t r a mito-antropología, l a " h u m a n i d a d " y e l " m u n d o " ( l a
especie y e l planeta, l a s sociedades y sus ambientes, e l
s u j e t o y e l o b j e t o , e l p e n s a m i e n t o y e l ser, e t c . ) h a n ^ t r a -
d o e n u n a conjunción cosmológica n e f a s t a , q u e s e a s o c i a
a los c o n t r o v e r t i d o s n o m b r e s de " A n t r o p o c e n o " y "Gaia".
El primer nombre designa u n nuevo " t i e m p o " , o mejor, u n
nuevo tiempo del t i e m p o - u n nuevo concepto y u n a nue-
va experiencia de l a historicidad-, e n e l cual l a diferencia
de m a g n i t u d e n t r e l a escala d e l a h i s t o r i a h u m a n a y l a s .
e s c a l a s cronológicas d e l a biología y d e l a geofísica h a

d i s m i n u i d o dramáticamente, i n c l u s o h a t e n d i d o a i n v e r t i r -
s e : e l a m b i e n t e c a m b i a más rápidamente q u e l a s o c i e d a d ,
y e l f u t u r o próximo s e v u e l v e así n o s o l o c a d a v e z más i m -
p r e v i s i b l e s i n o , t a l v e z , c a d a v e z más i m p o s i b l e . E l s e g u n d o
n o m b r e , Gaia, designa u n a nueva m a n e r a de e x p e r i m e n t a r
el "espacio" alertando sobre e lhecho de que n u e s t r o m u n -
do, l a Tierra - q u e de repente se h a v u e l t o , por u n lado,
e x i g u a y frágil y , p o r o t r o l a d o , s u s c e p t i b l e e i m p l a c a b l e - ,
h a a s u m i d o l a a p a r i e n c i a de u n a p o t e n c i a a m e n a z a d o r a que
evoca aquellas divinidades i n d i f e r e n t e s , imprevisibles e i n -
comprensibles de nuestro pasado arcaico. Imprevisibilidad,
i n c o m p r e n s i b i l i d a d , sensación d e pánico f r e n t e a l a pérdida
d e l c o n t r o l , s i n o también pérdida d e e s p e r a n z a : h e aquí
l o " q u e c i e r t a m e n t e s o n desafíos inéditos p a r a l a o r g u l l o s a
seguridad intelectual del a modernidad.
T r e s p e n s a d o r e s n o s h a n s i r v i d o h a s t a aquí d e guías e n
n u e s t r o análisis, n o s o l o p o r q u e r e c o n o c i e r o n l a m a g n i t u d y
l a g r a v e d a d d e esas t r a n s f o r m a c i o n e s actuales, s i n o p o r s u
insistencia e n l a necesidad de u n a r e i n v e n c ^
- u n a reconceptuación y / o refiguración- d e l a s n o c i o n e s d e
h u m a n i d a d y de m u n d o suscitadas por la entrada e n escena
del A n t r o p o c e n o y de Gaia: C h ^ o a b a r t y , Amders y U t o i ^
LA E S P E C I E IMPOSIBLE
Dipesh Chakrabarty, en "The Climate of History", llamaba l a
atención s o b r e e l h e c h o d e q u e e l A n t r o p o c e n o p a r e c e e x i g i r
1 . L o s e s c r i t o s d e Günther Andéis, c o m o v i m o s , b u s c a n e x t r a e r l a s i m p l i -
c a n c i a s d e l a e n t r a d a d e l a h u m a n i d a d e n l a " e r a atómica", p e r o s o n r i c o s
e n l e c c i o n e s p a r a n u e s t r a caída e n e l " A n t r o p o c e n o " , d a d a l a d e n s i d a d d e
l a relación, t a n t o epistemológica c o m o ontológica, e n t r e e s t a s d o s b a l i z a s
t e m p o r a l e s ; v e r J o s e p h M a s c o , " B a d W e a t h e r : O n P l a n e t a r y C r i s i s " , Social
Studies of Science, v o l . 4 0 , n° 1 , 2 0 1 0 , p p . 7 - 4 0 ; " T h e E n d o f E n d s " , Anthro-
pological Quarterly, v o l . 8 5 , n° 4 , 2 0 1 2 , p p . 1 1 0 7 - 1 1 2 4 .
^NVA^OS Y I E R R Í C O L A S
G U E R R A DE GAIA
que se r e t o m e el concepto, rechazado c o n estruendo
teorías críticas d e l a mundialización c a p i t a l i s t a , d e
n i d a d " e n c u a n t o " e s p e c i e h u m a n a " . E s t o p o r q u e , decí^"^u"
l a s c o n s e c u e n c i a s d e l a catástrofe climática s o l o s o n c o m '
prensibles cuando pensamos a los h u m a n o s como u n a forma
d e v i d a , y a s u t r a y e c t o r i a más r e c i e n t e ("holocénica" e n e l
e s t r i c t o s e n t i d o etimológico) c o m o p a r t e d e l a l a r g a h i s t o r i a
de l a v i d a e n l a T i e r r a . Esto n o s i g n i f i c a , c i e r t a m e n t e , que
se d e b a s u s c r i b i r u n e s e n c i a l i s m o e s p e c i s t a p r e d a r w i n i a n o
o algún t i p o d e t e l e o l o g i s m o sociotécnico, i g n o r a n d o eí
carácter históricamente c o n t i n g e n t e d e l c a p i t a l i s m o y d e
s u d e p e n d e n c i a d e l u s o i n t e n s i v o d e c o m b u s t i b l e s fósiles.
M i e n t r a s t a n t o , s i n l a comprensión d e a q u e l l o q u e , f u e r a
d e l o s e s t r e c h o s límites d e l a h i s t o r i a c o m o d i s c i p l i n a a c a -
démica, p e r t e n e c e a l a l l a m a d a " h i s t o r i a p r o f u n d a " , ^ e s t o
e s , l a s m u t a c i o n e s genético-culturales q u e , d e s e n c a d e n a d a s
p o r o s c i l a c i o n e s y d e r i v a s multicíclicas o catastróficas e n
el c o m p o r t a m i e n t o del sistema Tierra, crearon a l a especie
h a c e c i e n t o s d e m i l e s d e años, n o p o d r e m o s d a r n o s c u e n -
t a d e cuánto d e p e n d e m o s , c o m o u n a f o r m a d e v i d a e n t r e
otras, de l a s otras especies existentes e n l a Tierra, y por
l o t a n t o d e l a s c o n d i c i o n e s termodinámicas p l a n e t a r i a s q u e
s u s t e n t a n l a b i o s f e r a p r e s e n t e ( y q u e están, c o m o s a b e m o s ,
recíprocamente c o n d i c i o n a d a s p o r e l l a , a l m e n o s e n p a r t e ) .
E l c a l e n t a m i e n t o g l o b a l , c o m o y a señalamos más d e u n a
v e z e n e s t e e n s a y o , traerá a l t e r a c i o n e s q u e permanecerán
durante muchas decenas de siglos, t a l v e z incluso varios
c i e n t o s d e m i l e s d e años. N i e l c a p i t a l i s m o m i s m o p u e d e
d u r a r t a n t o (lo c u a l n o deja d e ser u n a l i v i o ) .
Que l a responsabilidad por el colapso a m b i e n t a l n o p u e -
d a s e r u n i f o r m e m e n t e d i s t r i b u i d a - e s e v i d e n t e cuáles s o n l a s
2 . A n d r e w S h r y o c k y D a n i e l L o r d S m a i l ( e d s . ) , Deep History. The Archi-
tecture ofPast and Present, B e r k e l e y , U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a P r e s s , 2 0 1 1 ,
J o h n B r o o k e , Climate Change and the Course of Global History, o p . c i t .
D H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
A EN L A G U E R R A D E G A I A

° r e g i o n e s geográficas, l a s f o r m a c i o n e s y l o s s e g m e n t o s s o c i a - - E l p u n t o polémico d e " T h e C l i m a t e o f H i s t o r y " e s l a

5 l e s q u e históricamente s e b e n e f i c i a r o n c o n l o s p r o c e s o s q u e
afirmación d e q u e l a h i s t o r i a ( l a h i s t o r i c i d a d ) d e l c a m b i o
K l o d e s e n c a d e n a r o n - n o i m p l i c a que sus consecuencias n o va-
climático n o c a b e d e n t r o d e l a h i s t o r i a ( y d e l a h i s t o r i o -
I y a n a serlo: "el Antropoceno", advierte Chakrabarty, "apunta
grafía) d e l a mundialización, y q u e d e b i d o a e l l o l a crítica
/ h a c i a u n a catástrofe c o m p a r t i d a " . Además, n o d e b e m o s p e r -
u s u a l a l c a p i t a l i s m o c o r r e e l r i e s g o d e s u b e s t i m a r trágica-
der de v i s t a l o s c a m b i o s e n c u r s o e n e l e s c e n a r i o g e o p o l i t i c o ,
mente el verdadero problema:
j c o n l a e m e r g e n c i a de C h i n a , I n d i a y B r a s i l , e n t r e o t r o s , c o m o
y p o t e n c i a s económicas c o n u n p r o m i s o r i o f u t u r o ecotóxico;^ L a problemática d e l a mundialización n o s h a c e l e e r e l c a m b i o
E e n conjunción c o n l a i n e r c i a , l a c o d i c i a y l a i n t r a n s i g e n - climático c o m o u n a m e r a c r i s i s d e g e r e n c i a m i e n t o c a p i t a l i s t a . E s
I c i a d e l o s países c e n t r a l e s , e s e e q u i v a l e n t e a l a c a r r e r a a r - i n n e g a b l e q u e e l c a m b i o climático t i e n e q u e v e r p r o f u n d a m e n t e
p
c o n l a h i s t o r i a d e l c a p i t a l ; p e r o u n a crítica q u e s e a s o l o u n a crí-
Q m a m e n t i s t a e n e l p l a n o d e l a aceleración d e l c r e c i m i e n t o
t i c a del c a p i t a l n o es s u f i c i e n t e para dar c u e n t a d elas cuestiones
s viene colaborando para e l agravamiento de l o s momentos
relativas a l a historia h u m a n a [...]u n a vez que e l Antropoceno
d e i m p a s s e diplomático s o b r e l a "cuestión" a m b i e n t a l . T o d o
comienza a despuntar e ne lhorizonte de nuestro presente.
s u c e d e c o m o s i c i e r t a s víctimas q u i s i e s e n c o m p a r t i r también
l a h o y e n v i d i a b l e condición d e f u t u r o s c u l p a b l e s , d e n t r o d e l a
catástrofe c o m p a r t i d a (ci/í bono?, ¿quién s e b e n e f i c i a ? ) . E s t o i m p l i c a q u e l a c o n c i e n c i a biocosmopolítica r e -
q u e r i d a p o r e l n u e v o t i e m p o exigiría u n t i p o d e s u j e t o
histórico q u e , paradójicamente, C h a k r a b a r t y e s t i m a i m -
3 . A u n q u e e l American way oflife s i g a s i e n d o e l campeón e n l a c a r r e r a d e posible: l a h u m a n i d a d como especie, precisamente. E l
l a s e m i s i o n e s p e r cápita, e n 2 0 0 7 C h i n a superó a l o s E s t a d o s U n i d o s a l g a -
autor a r g u m e n t a que e l concepto de especie, que n a t u r a -
n a r e l p o d i o d e l m a y o r e m i s o r m u n d i a l d e dióxido d e c a r b o n o e n términos
a b s o l u t o s . P a r a u n a d e s o l a d o r a proyección d e l a u m e n t o d e l a s t e m p e r a t u - l i s t a s c o m o E d m u n d 0 . W i l s o n m o v i l i z a n e n términos polí-
r a s g l o b a l e s e n u n e s c e n a r i o q u e t o m a e n c u e n t a e l rápido c r e c i m i e n t o d e t i c o s , "desempeña u n p a p e l c u a s i - h e g e l i a n o [ . . . ] análogo
l a s e m i s i o n e s e n países c o m o C h i n a e I n d i a , v e r K e v i n A n d e r s o n y A l i c e a l q u e l a m u l t i t u d o l a s m a s a s desempeñan e n l o s e s c r i t o s
Bows, "Beyond 'dangerous' climate change: emission scenarios for a n e w
m a r x i s t a s " , p e r o q u e (¿al c o n t r a r i o d e l a s m a s a s m a r x i s -
w o r l d " , Philosophical Transactions of the Royal Society, v o l . 3 6 9 , 2 0 1 2 ,
p p . 2 0 - 2 4 . L o s a u t o r e s m u e s t r a n q u e , considerándose e s a s e m i s i o n e s , l a s t a s ? ) s e trataría d e u n a i d e n t i d a d c o l e c t i v a fenomenoló-
m e t a s d e reducción e s t a b l e c i d a s p a r a l o s l l a m a d o s países d e l A n e x o I s o n g i c a m e n t e vacía.Los seres h u m a n o s , dice C h a k r a b a r t y , '
i r r i s o r i a s e i n c a p a c e s d e e v i t a r u n a u m e n t o m u y s u p e r i o r a l o s 2°C, e l jamás s e experimentan c o m o u n a e s p e c i e , s i n o q u e s o l o
c u a l , p o r o t r a p a r t e , está l e j o s d e s e r u n límite " s e g u r o " , c o m o y a s e
creyó. E n e l e s c e n a r i o m u n d i a l , h a s t a h a c e p o c o B r a s i l e s t u v o c o s e c h a n d o
p u e d e n a p r e h e n d e r s e intelectualmente c o m o u n e j e m p l a r
l o s l a u r e l e s p o r l a reducción d e s u s e m i s i o n e s r e s u l t a n t e d e l a caída d e l a del concepto:
deforestación e n t r e 2 0 0 4 y 2 0 1 2 ; s i n e m b a r g o , más allá d e r e t o r n a r a u n
a u m e n t o d e l a deforestación a p a r t i r d e 2 0 1 3 ( g r a c i a s , e n t r e o t r o s f a c t o r e s ,
a l a implementación d e l n u e v o Código F o r e s t a l ) , l a s e m i s i o n e s o r i u n d a s
4 . E d w a r d 0 . W i l s o n , e l célebre entomólogo, p a d r e d e l a sociobiología y
d e l s e c t o r energético v i e n e n a s u m i e n d o u n a i m p o r t a n c i a r e l a t i v a c a d a v e z
h o y m i l i t a n t e e n l a l u c h a c o n t r a e l c a l e n t a m i e n t o g l o b a l , p u e d e ser c o n s i -
más g r a n d e ; v e r e l s i t i o d e l O b s e r v a t o r i o d e l C l i m a e n o b s e r v a t o r i o d o c l i m a .
e c o . b r . E l a c u e r d o d e París n o e m p l e a l a clasificación d e l o s países e n A n e - derado como u n o de los sumos sacerdotes del culto de aquella " n a t u r a l e -
x o I y A n e x o I I , s i n o q u e s i m p l e m e n t e s e r e f i e r e a "países d e s a r r o l l a d o s " z a " d e l a epistemología - d e l a q u e h a b l a L a t o u r e n l a p r i m e r a c o n f e r e n c i a
y "menos desarrollados". d e Face á Gaia- d e f i n i d a p o r l o s a t r i b u t o s d e l a e x t e r i o r i d a d , u n i d a d ,
des-animación e i n d i s c u t i b i l i d a d .

tontológica d e l a " e s p e c i e h u m a n a " ( e l ethnos d e r e f e r e n -
I n c l u s o s i pudiésemos i d e n t i f i c a r n o s e m o c i o n a l m e n t e con una
1 c i a ) c o n l o s demás p u e b l o s , c o l e c t i v o s e i n t e r e s e s q u e h a -
p a l a b r a c o m o humanidad [mankind], n o sabríamos l o q u e e s s e r
u n a especie, y a que, e n l a h i s t o r i a d e las especies, los h u m a n o s
son solo u n ejemplo del concepto de especie, como cualquier otra
f o r m a d e v i d a . Pero n u n c a n a d i e e x p e r i m e n t a ser u n concepto.^
^ Confesamos nuestra dificultad para seguir e l razo-
V n a m i e n t o del autor e n este paso crucial. Es posible q u e
E a C h a k r a b a r t y l e f a l t e aquí, p o r así d e c i r l o , u n a m a y o r
í atención j u s t a m e n t e s o b r e a q u e l l o s p u e b l o s y d i s c u r s o s
Q subalternos q u et a n bien supo analizar e n otra parte.^
s T a l v e z l e faltó a l g o , u n analogon c o n c e p t u a l q u e p u d i e s e
h a c e r l a s v e c e s d e a q u e l l a n a t u r a l e z a preespecífica o r i -
g i n a r i a , genérica y prehistórica d e l a " h u m a n i d a d " q u e
e n c o n t r a m o s e n l a s mitologías indígenas, g e n e r i c i d a d q u e
e n efecto vuelve posible para l a h u m a n i d a d de referencia
( e l ethnos c o m o " u n i v e r s a l c o n c r e t o " ) u n a aprehensión
5 fenomenológica, t a n i n t e n s a c o m o s e q u i e r a , d e s u p r o -
p i a y p r e c a r i a e s p e c i f i c i d a d e n c u a n t o b l o q u e d e afectos,
c o r p o r a l i d a d v i v i d a , s u b j e t i v i d a d p e r s p e c t i v a e n tensión
c o s m o p o l i t i c a p e r p e t u a c o n las otras humanidades o c u l t a s
b a j o las c o r p o r a l i d a d e s de las o t r a s especies. La s o l i d a r i d a d
5 . o "qué t i p o d e s e r e s u n a e s p e c i e " , what being a speríes is.
6. Dipesh Chakrabarty, "The Climate of Change", op. cit., p . 220. Ver t a m -
bién e l párrafo d e l Libro del desasosiego d e B e r n a r d o S o a r e s / F e r n a n d o
P e s s o a , d o n d e s e e n c u e n t r a l a meditación: " H e c o n s i d e r a d o q u e D i o s ,
s i e n d o i m p r o b a b l e , podría s e r ; p u d i e n d o , p u e s , s e r a d o r a d o ; p e r o q u e l a
H u m a n i d a d , s i e n d o u n a m e r a i d e a biológica, y n o s i g n i f i c a n d o más q u e
l a e s p e c i e a n i m a l h u m a n a , n o e r a más d i g n a d e adoración q u e c u a l q u i e r
o t r a e s p e c i e a n i m a l " ; F e r n a n d o P e s s o a , Libro del desasosiego, B a r c e l o n a ,
Seix Barral, 1997.
7 . U n r e c i e n t e artículo d e I d e l b e r A v e l a r , q u e a b r e u n d i a l o g o e n t r e l a s
propias cosmopoliticas del Antropoceno ( a partir de Chakrabarty) y e l
p e r s p e c t i v i s m o a m e r i n d i o , e s d e g r a n p e r t i n e n c i a p a r a l a discusión; v e r
I d e l b e r A v e l a r , " A m e r i n d i a n P e r s p e c t i v i s m a n d N o n - H u m a n R i g h t s " , Alter/
nativas, v o l 1 , n° 1 , 2 0 1 3 , d i s p o n i b l e e n a l t e r n a t i v a s . o s u . e d u .
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
b i t a n , d i s p u t a n y c o n s t i t u y e n l a T i e r r a n o es, para m u c h o s
pueblos no modernos, l aconsecuencia inerte (conceptual)
de u n a h i s t o r i a n a t u r a l , s i n o u n d a t o a c t i v o ( e x p e r i e n c i a l )
de l a h i s t o r i a social d e l c o n j u n t o d e l v i v i e n t e e n c u a n t o
actualización d i f e r e n c i a d a d e l a p o t e n c i a a n t r o p o m o r f a
precosmológica. E n s u m a , n o s p a r e c e q u e e l c o n c e p t o d e
A n t r o p o c e n o deC h a k r a b a r t y carece de c o m p a r a t i v i s m o et-
nológico y d e c u r i o s i d a d t r a d u c t i v a . ^
Y así e s e t e x t o c a p i t a l - q u e , a n u e s t r o e n t e n d e r , t i e n e
c o m o u n o d e s u s méritos l a admisión d e l a i n s u f i c i e n c i a d e
l a crítica d e l c a p i t a l i s m o p a r a d a r c u e n t a d e l a c r i s i s p l a -
n e t a r i a - ^ t e r m i n a c o n u n a s o r p r e n d e n t e confesión d e p e r -
p l e j i d a d . L a e s p e c i e h u m a n a , c o n c l u y e C h a k r a b a r t y , quizás
p u e d a ser e l n o m b r e p r o v i s o r i o del s u j e t o e n u n a " n u e v a
historia universal de los humanos". Pero, agrega, "nosotros
jamás p o d r e m o s c o m p r e n d e r e s t e u n i v e r s a l " , u n u n i v e r s a l
8 . P e n s e m o s e n l a s " t a b l a s d e traducción" teonomásticas d e l a s q u e h a -
bla J a n Assmann para e l antiguo Oriente Medio, y que Latour evoca e n
l a p r i m e r a c o n f e r e n c i a d e Face á Gaia. E s c u r i o s o , dígase d e p a s o , q u e
C h a k r a b a r t y , a l d i s c u t i r l a v a c u i d a d fenomenológica d e l c o n c e p t o d e e s p e -
c i e , n o s e r e f i e r a a l c o n c e p t o d e Gattungswesen, e l " s e r genérico" - e s t o e s ,
u n i v e r s a l - d e l h o m b r e t e m a t i z a d o e n l o s Manuscritos de 1844, e l c u a l d i o
m a r g e n , e n l o s b u e n o s v i e j o s t i e m p o s , a u n a i n t e n s a discusión a l i n t e r i o r
d e l m a r x i s m o . E n l a s v e r s i o n e s e n inglés d e l o s Manuscritos, e l c o n c e p t o
e s t r a d u c i d o c o m o species being.
9 . P a r a C h a k r a b a r t y , l a constatación d e l a i n s u f i c i e n c i a d e l a sociología
crítica d e l c a p i t a l i s m o n o s i g n i f i c a d e m o d o a l g u n o q u e s e a s u p e r f l u a , y ,
m e n o s aún, errónea. P e r o e s i n d i s c u t i b l e q u e t a l diagnóstico i m p l i c a u n a
s a c u d i d a ideológica, p o r n o d e c i r u n a h e r i d a n a r c i s i s t a , i n f l i g i d a a l a s d i -
f e r e n t e s v e r s i o n e s d e l a i z q u i e r d a q u e s e p r e t e n d e n fieles a l " m a t e r i a l i s m o
histórico", u n a v e z q u e t o d o e l p r o b l e m a c o n l a sociología d e l a m u n d i a -
lización, a fin d e c u e n t a s , es j u s t a m e n t e s u c a r e n c i a d e m a t e r i a l i s m o y s u
e s t r e c h o p r o v i n c i a n i s m o histórico. P a r a u n a e s t i m u l a n t e crítica r e c i e n t e
a l u s o d e l a noción d e " e s p e c i e h u m a n a " o " h u m a n i d a d " c o m o a g e n t e d e l
colapso ambiental que busca evitar el simplismo economicista, ver Cristo-
p h e B o n n e u i l y J e a n - B a p t i s t e F r e s s o z , L'évenement anthropocéne, o p . c i t .

^ q u e e m e r g e d e l s e n t i m i e n t o c o m p a r t i d o d e u n a catástrofe
es d e c i r , d e l a i n m i n e n c i a d e u n a p o c a l i p s i s d e s n u d o , s i n
oin
K r e i n o ( c o m o diría A n d e r s ) , e n l u g a r d e l a transfiguración
I gloriosa del apocalipsis revolucionario q u e prepara e l rei-
/ n o , a l m o d o c r i s t i a n o y marxista.^° E s t e e s u n u n i v e r s a l q u e
n o p u e d e s u b s u m i r p o s i t i v a m e n t e l o s p a r t i c u l a r e s , y q u e así
s o l o m e r e c e e l n o m b r e d e " h i s t o r i a u n i v e r s a l n e g a t i v a " . ¿Qué
V s i g n i f i c a d e c i r q u e la única finalidad común de la humanidad
~~es su fin, s u extinción? Tirefécto,"'mientras a l a expresión
" h i s t o r i a u n i v e r s a l " l e sea s u m a d o - c o m o a u t o e v i d e n t e - e l
^ a m b i g u o c o m p l e m e n t o g e n i t i v o ( y restrictivo) "de los h u m a -
5 n o s " , n o s p a r e c e q u e será difícil s a l i r d e l A n t r o p o c e n o , t a n t o
i n t e l e c t u a l m e n t e c o m o "fenomenológicamente", y p r e s t a r
t o d a l a atención n e c e s a r i a a l a intrusión d e G a i a .
Günther A n d e r s ) a u n q u e r e c u r r e a l a noción d e e s p e c i e
( o g e n r e , - p o r l o m e n o s e n l a versión f r a n c e s a d e l a o b r a q u e
t r a b a j a m o s aquí) e n s u reflexión s o b r e l a mutación s u f r i d a
D por l a h u m a n i d a d con e l advenimiento de l a era nuclear
- p a s a m o s d e l a condición d e u n "género d e m o r t a l e s " a
l a d e u n "género m o r t a l " , u n a e s p e c i e c u y o _ f m s e tornó
metafísicamente i n m i n e n t e - , i n s i s t e s o b r e e l carácter equí-
v o c o d e e x p r e s i o n e s c o m o " a m e n a z a d e l a h u m a n i d a d p o r sí
m i s m a " o " s u i c i d i o atómico", q u e s u g i e r e n u n a i m a g e n d e
l a h u m a n i d a d c o m o e n t i d a d d o t a d a d e u n a e s e n c i a única y
u n i v e r s a l , c o n e l a l m a trágicamente d e s g a r r a d a e n t r e d o s
acciones posibles, l a d e c o m e t e r y l a d e n o c o m e t e r e l acto
d e " a p r e t a r e l botón" d e l h o l o c a u s t o n u c l e a r . E l c o m b a t e
e n t r e e s a s d o s p o s i b i l i d a d e s s e daría, p o r l o t a n t o , e n l o
íntimo d e c a d a u n o d e n o s o t r o s , c o m o u n c o n f l i c t o p a r a -
dójico e n t r e d o s i n c l i n a c i o n e s o p u e s t a s d e n u e s t r a a l m a o
e s e n c i a específica.^'' E s a concepción t i e n e c o m o a t r a c t i v o
1 0 . " D e s d e l a p e r s p e c t i v a a c t u a l d e u n a catástrofe t o t a l , M a r x y P a b l o
p a r e c e n f i a b e r s e v u e l t o contemporáneos"; Günther A n d e r s , Le temps de
la fin, o p . c i t . , p . 9 2 .
1 1 . S o b r e e l c o n c e p t o d e Gattungswesen, v e r l a n o t a 8 a e s t e capítulo.
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
que parece dejar u n espacio a l a esperanza: l a esperanza d e
que n u e s t r a v o l u n t a d , esa i n s t a n c i a s u p u e s t a m e n t e n e u t r a ,
p u d i e s e e j e r c e r e l p a p e l d e árbitro, y t o m a r l a b u e n a d e -
cisión s i e m p r e d e b i d a m e n t e i n f o r m a d a p o r l a razón. P e r o
Anders, m u y por el contrario, piensa que no tenemos dere-
c h o a d i s i m u l a r l a e x i s t e n c i a , e n e s e t i e m p o d e l fin i n a u -
gurado p o r e l a d v e n i m i e n t o d e l a era nuclear, d e dos lados
distintos e inconciliables, e l de los culpables y e l de l a s
víctimas. N o s e t r a t a d e s u i c i d i o , s i n o d e a s e s i n a t o d e u n a
p a r t e d e esa especie p o r o t r a p a r t e d e esa m i s m a especie.^^
A l m i s m o t i e m p o , d a d a s l a s características d e l a tecnología
n u c l e a r , l a aniquilación habrá d e a l c a n z a r e n última i n s t a n -
cia a t o d o s los h u m a n o s s i n d i s t i n c i o n e s , d e m a n e r a que,
d i c e él, dialécticamente l a fisión dará l u g a r a u n a fusión
( " e l e f e c t o d e l a g u e r r a n u c l e a r y a n o conservará ningún
t r a z o d e d u a l i d a d , p u e s l o s e n e m i g o s formarán u n a única y
misma humanidad vencida"). Entonces, para Anders como
p a r a C h a k r a b a r t y , p a r e c e q u e s o l o habrá una h u m a n i d a d
c u a n d o y a n o h a y a h u m a n i d a d alguna, c u a n d o d e s a p a r e z c a
e l último s e r h u m a n o d e l a f a z d e l a t i e r r a .
E n l a p r e s e n t e situación, d e catástrofe climática q u e
d e f i n e a l A n t r o p o c e n o , Ja_distinción e n t r e c u l p a b l e s ~ y víc-
t i m a s , c o m o v i m o s , e s históricamente c l a r a d e s d e u n p u n t o
1 2 . N o sería a b s u r d o a r g u m e n t a r q u e l a i m a g e n d e l a h u m a n i d a d c o m o
e s e n c i a única y u n i v e r s a l y a dejó d e t e n e r " s e n t i d o metafísico" d e s d e e l
p r o g r a m a n a z i d e e x t e r m i n i o d e l o s judíos, p o r l o t a n t o a n t e s d e H i r o s h i -
m a . S i l a g u e r r a n u c l e a r t o t a l s i g n i f i c a e l fin d e l a h u m a n i d a d " p o r m e d i o "
d e l fin d e l m u n d o , l a S h o a h significó e l fin d e l " m u n d o d e l a h u m a n i d a d " ,
o d e l m u n d o h u m a n i s t a e u r o p e o i n i c i a d o e n e l R e n a c i m i e n t o . E l fin d e l a
h u m a n i d a d , e n e s t e s e n t i d o , comenzó c o n A u s c h w i t z , así c o m o e l fin d e l
f u t u r o comenzó c o n H i r o s h i m a .
1 3 . C o m o e n l a i n m e n s a mayoría d e l o s d i s c u r s o s a n t i n u c l e a r e s d e l t i e m p o
d e l a G u e r r a Fría, también e n e l t e x t o d e A n d e r s l a única e s p e c i e c u y a e x -
tinción p a r e c e e s t a r e n j u e g o e n e l a p o c a l i p s i s atómico e s l a h u m a n a ; v e r
Déborah D a n o w s k i , " O h i p e r r e a l i s m o d a s m u d a n q a s climáticas e a s várias
f a c e s d o n e g a c i o n i s m o " , Sopro, n° 7 0 , 2 0 1 2 , p p . 2 - 1 1 .

d e v i s t a c o l e c t i v o o s o c i e t a r i o , p e r o más difícil d e t r a z a r
d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a acciój i n d i v i d u a l , d a d o q u e
h o y somos, muchos de nosotros (nosotros los h u m a n o s y
l o s d i v e r s o s ño h u m a r i o i ~ q u e e s c l a v i z a m o s o c o l o n i z a m o s ) ,
culjgay^s^vícto m i s m o t i e m p o " , e n cada acto que
p r a c t i c a m o s , e n c a d a botóiTqúeapretamos, c a d a b o c a d o d e
c o m i d a o d e ración a n i m a l q u e d e v o r a m o s - a u n q u e s e a t a n
obvio como esencial no confundir a la cadena McDonald's con
el adolescente condicionado a consumir comida chatarra, a
M o n s a n t o c o n e l pequeño a g r i c u l t o r o b l i g a d o a p u l v e r i z a r
g l i f o s a t o s o b r e s u t r i g o genéticamente m o d i f i c a d o , y m e -
n o s aún a l a i n d u s t r i a farmacéutica c o n e l g a n a d o a t i b o r r a -
d o d e antibióticos y h o r m o n a s - . ^ ' ' D e c u a l q u i e r f o r m a , s i ,
c o m o e n el caso del apocalipsis nuclear, t o d o s acabaremos,
u n o s a n t e s q u e o t r o s , s i e n d o víctimas d e l a r u p t u r a d e
l o s planetary houndaries, e s o n o i m p i d e q u e s e p u e d a n y
d e b a n i d e n t i f i c a r l o s l a d o s e n e m i g o s , c o m o sugerirá L a -
" t o u r y c o m o y a escribía e l p r o p i o A n d e r s : " E l t i e m p o d e l
fin e n q u e v i v i m o s . . . c o n t i e n e d o s t i p o s d e h o m b r e s :
l o s c u l p a b l e s y l a s víctimas. D e b e m o s t e n e r e n c u e n t a
e s a d u a l i d a d e n n u e s t r a reacción: n u e s t r a t a r e a t i e n e p o r
I nombre'combate'".^^
1 4 . Además d e f o r z a d o a v o l v e r s e caníbal; v e r C l a u d e Léví-Strauss, " L a
n d e s a g e s s e d e s v a c h e s f o l i e s " , Études rurales, n " 1 5 7 - 1 5 8 , 2 0 0 1 ,
pp. 9-14.
1 5 . Günther A n d e r s , Le temps de la fin, o p . c i t . , p . 3 3 . E s o n o l e impidió
s u b r a y a r también u n a c i e r t a z o n a i m p r e c i s a e n l a línea d i v i s o r i a e n t r e l a s
d o s " h u m a n i d a d e s " , y a q u e , e n e l c a s o d e l a c a r r e r a atómica, e l h e c h o d e
q u e u n país p o s e y e r a l a b o m b a c r e a b a u n a i n s e g u r i d a d i n t e r n a i g u a l o
m a y o r q u e a q u e l l a e n l a q u e s e e n c o n t r a b a n l o s países q u e n o l a poseían,
a l v o l v e r l o u n b l a n c o p r i o r i t a r i o d e l a s o t r a s p o t e n c i a s atómicas ( o p . c i t . ,
p p . 3 9 - 4 0 ) E n e l caso d e l A n t r o p o c e n o , por e l c o n t r a r i o , l a desigualdad
d e c o n d i c i o n e s e s , p o r l o m e n o s inícialmente, m u c h o más c l a r a : l o s países
q u e más c o n t r i b u y e n a l c a l e n t a m i e n t o g l o b a l s o n a q u e l l o s q u e s e e n c u e n -
t r a n , a l m e n o s t e m p o r a r i a m e n t e , e n situación d e m a y o r s e g u r i d a d , d e b i d o
a s u m a y o r c a p a c i d a d económica p a r a m i t i g a r l o s e f e c t o s d e v a s t a d o r e s d e
l o s c a m b i o s climáticos s o b r e s u s p r o p i o s t e r r i t o r i o s .
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
A n d e r s d e f i e n d e l o q u e l l a m a "apocalíptismo profilác-
tico". E n u n r a z o n a m i e n t o algo semejante a lo que adelan-
taría s u a m i g o H a n s Joñas e n e l a r g u m e n t o d e l a "heurís-
tica del m i e d o " , a c l a r a :
S i n o s d i s t i n g u i m o s d e l o s apocalípticos j u d e o c r i s t i a n o s clásicos,
n o e s s o l o p o r t e m e r e l fin ( q u e e l l o s , d e s u p a r t e , e s p e r a b a n ) ,
s i n o s o b r e t o d o p o r q u e n u e s t r a pasión apocalíptica n o t i e n e o t r o
o b j e t i v o q u e e l d e i m p e d i r e l a p o c a l i p s i s . Solo somos apocalípti-
cos para poder estar equivocados.^^
L a profecía d e l " f i n d e l m u n d o " , e n e s t e s e n t i d o , d e b e
s e r p e r f o r m a t i v a m e n t e a n u n c i a d a p a r a q u e no s e v u e l v a ^
r e a l i d a d . Y esto s u g i e r e , d i c h o sea d e paso, t o d a o t r a m a - ^
ñera d e i n t e r p r e t a r l a noción d e " h i s t o r i a u n i v e r s a l n e g a t i -
v a " d e C h a k r a b a r t y . Tenemos el deber de ser pesimistas, e s e
es e l m e n s a j e f u n d a m e n t a l d e A n d e r s , q u e a n t i c i p a u n a r -
g u m e n t o de Clive H a m i l t o n sobre l a presente crisis a m b i e n -
t a l y c o n t r a d i c e l a posición e x p r e s a d a p o r L a t o u r e n u n a
e n t r e v i s t a reciente ("tengo e l deber d e ser o p t i m i s t a " ) . ^ ^
1 6 . H a n s d o n a s . El principio de responsabilidad. Ensayo de una ética para
la civilización tecnológica, B a r c e l o n a , H e r d e r , 1 9 9 5 .
1 7 . Günther A n d e r s , Le temps de la fin, o p . c i t . , p p . 2 9 - 3 0 ; e l s u b r a y a d o
_es n u e s t r o .
, 18. Entre algunos pueblos amerindios, laspesadillas deben ser narradas
; públicamente a l d e s p e r t a r , p a r a q u e l o s e v e n t o s p r e f i g u r a d o s e n e l l a s n o
' se actualicen.
1 9 . B r u n o L a t o u r , "Antropólogo francés B r u n o L a t o u r f a l a s o b r e n a t u r e z a
e política", O Globo, 2 8 d e d i c i e m b r e d e 2 0 1 3 . N o t e m o s d e p a s o q u e e l
p r o p i o L a t o u r había r e c u r r i d o a l a r g u m e n t o d e H a m i l t o n - m i e n t r a s n o
p e r d a m o s t o d a e s p e r a n z a , n o h a r e m o s n a d a - , e n Face á Gaia, e n t r e o t r o s
l u g a r e s . R e c o r d e m o s , también, l a a d v e r t e n c i a c o n q u e S t e v e n Shapín, c o n -
t r a r i a n d o u n a exhortación a l o p t i m i s m o h e c h a p o r N o a m C h o m s k y , c o n -
c l u y e s u r e c i e n t e reseña d e u n l i b r o s o b r e T h o m a s M a l t h u s : " e l p e s i m i s m o
respecto a la naturaleza, a l alcance y a la gravedad denuestros problemas
p u e d e s e r m u c h o más p r o d u c t i v o q u e u n o p t i m i s m o c o m p l a c i e n t e . S i l a
n e c e s i d a d e s l a m a d r e d e l a invención, e l m i e d o e s l a a b u e l a . T e n g a n

D EN L A G U E R R A D E G A I A
A
N
° A n d e r s , e n s u m a , c l a m a p o r u n v e r d a d e r o c o m b a t e político,
5 u n a "guerra" e n el sentido que Latour, a su vez, t o m a pres-
K t a d o d e u n p e n s a d o r "tóxico", e n l a s antípodas ideológicas
I d e l a u t o r d e Le temps de la fin, a s a b e r : C a r i S c h m i t t ; l a
/ g u e r r a c o m o confrontación e s t r i c t a m e n t e i n m a n e n t e , s i n
p o s i b i l i d a d d e intervención d e u n árbitro e x t e r n o o d e uña
j autoridad superior, e n l a cual es necesario confrontar a l
V e n e m i g o e n u n e s c e n a r i o d o n d e l a aniquilación física ( l a
E "negación e x i s t e n c i a l " ) d e l o t r o e s u n a p o s i b i l i d a d r e a l .
^ Para Chakrabarty, como v i m o s , los actores conjurados por el
Q A n t r o p o c e n o son l a especie h u m a n a y la Tierra, pero, a u n -
s que los h u m a n o s seh a y a n t r a n s f o r m a d o en u n a megafuerza
natural, y e l "sistema Tierra" haya asumido u n comporta-
m i e n t o i m p r e v i s i b l e c o m o e l q u e a t r i b u i m o s a l a s fieras {the
climate beast...), el'conñíko p a r e c e t e n e r a p r i m e r a v i s t a
u n árbitro c l a r o , l a c i e n c i a ^ j l a climatología, l a geofísica, l a
[ historia natural. ST-queremos sobrevivir a l Antropoceno,
S p a r e c e d e c i r ^ Chakrabaity)TrésrTalñitañda^^^
a l a q u e d e b e m o s e s c u c h a r y o b i d e c e r . E n eí a p o c a l i p s i s
n u c l e a r d e A n d e r s , a l c o n t r a r i q , _ s i e s posibíe~decir q u e n o
habrá u n a i n s t a n c i a e x t e r i o r a l a s p a r t e s i n t e r e s a d a s , e s
p o r q u e t o d a s están y a del lado d e l o s asesinólo deí/adonde
l a s víctimas, p e r o también p o r q u e , a l m i s m o t i e m p o / t o d o s
serán vící2mas,jrmlujq^eLnmndo^^
sarrollaiá; e n o t r a s p a l a b r a s , c o m o enLdeíancoMTñ^
n i n g u n a v o z e n off q u e n a r r e e l fin d e l a h i s t d r i a . A s i , l a
ausencia de u n a entidad transcendente que pudiese salvar-
nos del apocalipsis (marcianos benevolentes preocupados
p o r l a evolución d e l a G u e r r a Fría, p o r e j e m p l o ) s e r e d o b l a
p o r l a a u s e n c i a absoluta d e m u n d o t r a s l a conflagración
m i e d o [Be afraid]"; S t e v e n Shapín, " L i b e l o n t h e H u m a n R a c e " , London
Review ofBooks, v o l . 3 6 , n° 1 1 , 2 0 1 4 , p . 2 9 . P a r a u n a d e f e n s a e l o c u e n t e y
n o p o U y a n e s c a d e l a e s p e r a n z a c o m o p r i n c i p i o d e l a acción política, v e r ,
e n c a m b i o , e l b e l l o l i b r o d e R e b e c c a S o l n i t , Esperanza en la oscuridad,
M a d r i d , Capitán S w i n g , 2 0 1 7 .
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
n u c l e a r t o t a l . E l fin d e l a g u e r r a atómica s e r i a e l fin a b s o -
l u t o d e l m u n d o y e l fin a b s o l u t o d e l a h u m a n i d a d .
A n d e r s se refiere asi a u n c o m b a t e j i b r a d o e n e l " t i e m -
p o d e l fin" p a r a h a c e r r e t r o c e d e r " e l fin d e l o s t i e m p o s " ,
u n c o m b a t e político p o r l a p a z , p a r a e v i t a r e s a g u e r r a ,
q u e paradójicamente ( o t r o p a r a l e l o más c o n e l A n t r o p o -
c e n o ) ya comenzó, y a había c o m e n z a d o a e x i s t i r d e s d e
q u e l a p r i m e r a b o m b a atómica pasó a s e r f a b r i c a b l e , y
q u e , r e c o r d e m o s , todavía n o terminó, p o r l a m i s m a razón.^
Bruno Latour, a s uvez, habla de_una,querra que, aunque
también y a l í a y a coníenzado, d e b e s e r " o f i c i a l m e n t e " d e -
clarada p a r a q u e l a s c o n v e r s a c i o n e s d e p a z p u e d a n s e r
i n i c i a d a s , y p a r a q u e c o n e l l o n o s o l o s e e v i t e e l fin d e l
m u n d o ( p o r l a generalización d e l e c o c i d i o q u e acompaña
e l a v a n c e d e l f r e n t e d e modernización), s i n o también p a r a
q u e s e c r e e o i r i s t a u r e u n m u n d o ^ y más p r e c i s a m e n t e , u n
' ^ ' m u n d o común", u n modus vivendi e n t r e l o s h a b i t a n t e s
d e u n p l a n e t a p u e s t o d e a h o r a e n a d e l a n t e b a j o l a égida
d e G a i a , u n " p e r s o n a j e d i v i n o " (theóíeros) m u y d i f e r e n t e d e
la naturaleza o de l a divinidad del periodo moderno. U n
p e r s o n a j e , s o b r e t o d o , q u e n o t i e n e ningún interés e n s e r -
v i r d e árbitro e x t e r i o r e n u n c o n f l i c t o e n t r e d o s p u e b l o s ,
e n t r e l o s d o s demoi e n e m i g o s q u e s e o p o n e n h o y e n u n
c o m b a t e m o r t a l e n t o r n o d e l nomos (orden/distribución/
apropiación) d e l a T i e r r a . ^ "
Desde hace mucho t i e m p o Latour viene^presentando
l a s p r u e b a s d e l d e s m o r o n a m i e n t o histórico o b j e t i v o d e
T a distinción f u n d a d o r a d e l a M o d e r n i d a d , a q u e l l a e n t r e
n a t u r a l e z a y política. Más r e c i e n t e m e n t e , señaló e l c o l a p -
s o a m b i e n t a l p l a n e t a r i o c o m o e l r e s u l t a d o más r e a l y , a l
m i s m o t i e m p o , l a p r u e b a más e l o c u e n t e d e l a i r r e a l i d a d
d e t a l distinción; c o n e l l o , s e c o n f i g u r a u n a situación q u e
2 0 . L a tríada demos, theos y nomos e s t r u c t u r a l a exposición d e l a "teología
política d e l a n a t u r a l e z a " e n Face á Gaia.

podríamos l l a m a r c o m o f a l l a múltiple d e l o s órganos d e l
g o b i e r n o cosmopolítico ( e l nomos) d e l o s m o d e r n o s . E n
l a s c o n f e r e n c i a s r e u n i d a s e n Face á Gaia, l a relación e n t r e
l o s p o l o s d e " h u m a n i d a d " ( e l anthropos c o m o demos) y
" m u n d o " ( l a " n a t u r a l e z a " c o m o theos, p e r o también e l
m u n d o e n cuanto ordenado-apropiado por los Modernos)
e s s o m e t i d a a u n análisis d e t a l l a d o y r e c o n s t r u i d a e n tér-
m i n o s q u e p r e t e n d e n , a n t e s q u e n a d a , s u b r a y a r e l carác-
t e r f r a c t u r a d o , d i v i d i d o , n o t o t a l i z a b l e , polémico, c o n -
t i n g e n t e - e n u n a p a l a b r a , político- d e ambos a c t u a n t e s ,
cada u n o por s u lado, y de l a consecuente imposibilidad
d e r e p a r t i r l o s , e n cuanto tales, e n d o s c a m p o s homogé-
n e o s y o p u e s t o s . L o s d o s p e r s o n a j e s míticos nuestro
e n s a y o f o r m a n aquí u n a figura d e u n s o l o l a d o ; l a h u m a -
n i d a d n o está d e l o t r o l a d o d e l s e r , e l l a n o e s e l r e v e r s o o
el negativo del m u n d o , asi como e l m u n d o n o es e l "con-
t e x t o " (el "ambiente") de u nsujeto que l o contra-define
como objeto. No es esta l a dualidad que cuenta, n i esta l a
n e g a t i v i d a d que se i m p o n e .
N o o b s t a n t e , e s e x a c t a m e n t e p o r e s a razón q u e e s n e -
cesario reconocer que estamos e n guerra. S i l a " c o n s t i t u -
ción" m o d e r n a a t o d a s l u c e s y a venía c o l a p s a n d o , c o m o
l o e v i d e n c i a l a p r o p u e s t a d e r e f o r m a ontológica d e l o s
m o d e r n o s q u e L a t o u r gestó p o r l a r g o t i e m p o , y finalmen-
t e presentó e n s u Investigación sobre los modos de exis-
tencia, l a c r i s i s climática ( q u e a t r a v i e s a d i c h o l i b r o d e
m o d o discreto pero insistente, y q u e se trae a l primer
p l a n o e n s u s páginas finales) d i o a e s a g u e r r a u n carác-
ter de urgencia, a l colocarnos a todos frente a l imperativo
d e d e t e r m i n a r e n l a práctica quiénes s o n e s o s " t o d o s " ,
c o n t r a quiénes e x a c t a m e n t e s e está l i b r a n d o l a g u e r r a ,
y d e qué l a d o e s t a m o s " n o s o t r o s " . E l c a m i n o h a c i a , u n a
a n h e l a d a p a z u n i v e r s a l f u t u r a s o l o podrá s e r t r a n s i t a d o ,
e n t i e n d e e l a u t o r , s i c o m e n z a m o s p o r u n múltiple y c o r n -
b i n a d o r e c h a z o a l p r e s e n t e a g e n c i a m i e n t o cosmopolítico
(demos-theos-nomos) i n s t a u r a d o p o r l o s m o d e r n o s . R e c h a -
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
z o , e n t o n c e s , a l a unificación p r e c o z d e l m u l t i v e r s o ( o
s e a , r e c h a z o a l a unificación d e l " m u n d o " , e s e e s p a c i o
m u l t i n a t u r a l de coexistencia de los planos de i n m a n e n c i a
trazados por los i n n u m e r a b l e s colectivos que l o recorren
y a n i m a n ) ; rechazo a l a precedencia del hecho a l valor,
de l o d a d o a l o c o n s t r u i d o , d e l a n a t u r a l e z a a l a c u l t u r a ;
r e c h a z o a l p o d e r d e policía a t r i b u i d o a l a c i e n c i a c o m o e l
intermediario autorizado exclusivo de l a primera natura-
l e z a ; r e c h a z o a l único " v e r d a d e r o " f e t i c h i s m o , a s a b e r , l a |
p r e s u n t a r e f e r e n c i a l i d a d d e l a economía c o m o c i e n c i a d e i
l a s e g u n d a n a t u r a l e z a (pretensión d e m e d i r v a l o r e s i n s -
tituidos por l a propia actividad mensuradora). Rechazo,
finalmente, a l a idea del anthropos como entidad prema-
t u r a m e n t e u n i f i c a d a , figura q u e , e n n o m b r e u n a v e z más
d e u n a n a t u r a l e z a - l a " n a t u r a l e z a h u m a n a " , e s a extraña
amalgama de l a primera y de l a segunda naturalezas dis-
t i n g u i d a s e n l a Investigación-, eclipsa l a contradictoria y ¡
heterogénea p l u r a l i d a d d e c o n d i c i o n e s e i n t e r e s e s d e l o s
c o l e c t i v o s q u e s e v e n f r e n t e a l a t e r r i b l e teofanía d e G a i a . j
P a r a s e g u i r e l a r g u m e n t o d e "teología política" d e s a -
r r o l l a d o e n esas c o n f e r e n c i a s que s o n u n a s u e r t e d e pos-
f a c i o a i f l a Trtv^stigación, c o m e n c e m o s p o r l a r e l e c t u r a d e l
p o l o v " m u n d o ' / ' d e n u e s t r o m a c r o e s q u e m a mítico. E l a u t o r
n o s e x h o r t a a r e c o n o c e r u n a transición histórica e n c u r -
s o ( y a l u c h a r p a r a q u e s e c o m p l e t e ) e n t r e d o s imágenes
del m u n d o : l a Tierra m o d e r n a de l a ciencia galileana, u n a
e s f e r a c e l e s t e e n t r e o t r a s , v a g a n d o e n u n u n i v e r s o isotró-
pico e i n f i n i t o , e n c o n f o r m i d a d con las leyes eternas de l a
matemática, p o r u n l a d o ; y l a G a i a d e L y n n L o v e l o c k y J a -
m e s M a r g u l i s , región l o c a l e x c e p c i o n a l d e n t r o d e l u n i v e r s o ,
a c c i d e n t e cósmico c r e a d o p o r l a a g e n c i a geomórfica d e l a
v i d a , c u y a contribución fisicoquímica p a r a l a constitución
de u n s i s t e m a l e j o s d e l e q u i l i b r i o f u e y e s d e t e r m i n a n t e
p a r a l a manutención d e l a v i d a m i s m a . L a a g e n c i a m i c r o -
física d e l o s h u m a n o s s o b r e l a c u a l i n s i s t e C h a k r a b a r t y - y
c o n razón- e s , p o r l o t a n t o , p a r a l o s h u m a n o s y m u c h o s d e

l o s demás v i v i e n t e s d e l a p r e s e n t e época geológica, s o l o
u n e j e m p l o , - p a r t i c u l a r m e n t e d e s a s t r o s o e n v e r d a d - d e esa
i n s e p a r a b i l i d a d ontológica u n i v e r s a l e n t r e f o r m a y f o n d o ,
el " v i v i e n t e " y s u"ambiente". L o que Isabelle Stengers lla-
mó d e f o r m a t a n a c e r t a d a l a "intrusión d e G a i a " m a r c a u n
e v e n t o d e c i s i v o d e n t r o d e e s e apax q u e e s l a G a i a d e L o v e -
l o c k , e l a d v e n i m i e n t o d e u n a situación histórica nueva, e n
l a q u e d e f i n i t i v a m e n t e dejó d e s e r p o s i b l e v i v i r s i n c o n s i -
d e r a r e l sentido d e e s a i n s e p a r a b i l i d a d .
L a T i e r r a - G a i a s e s e p a r a así d e l a T i e r r a - c u e r p o c e l e s t e ,
lo sublunar vuelve a distinguirse de l o supralunar, l a idea
de " m u n d o " r e c u p e r a u n s e n t i d o e x t r e m a d a m e n t e cerrado,
l o q u e s i g n i f i c a también u n s e n t i d o i n m a n e n t e : t e r r e s t r e ,
l o c a l , próximo, s e c u l a r , n o u n i f i c a d o . L a expresión " e s t e
m u n d o s u b l u n a r n u e s t r o " ^ ' a p a r e c e r e p e t i d a s v e c e s e n Face
á Gaia, s i e m p r e e n c o n t e x t o s d o n d e e l a u t o r d i s t i n g u e e n -
t r e l a situación d e l e g a l i d a d u n i v e r s a l [quid juris?) d e l a
n a t u r a l e z a , t a l c o m o e s a f i r m a d a p o r l a teoría d e l a r e l a -
t i v i d a d o p o r l a mecánica quántica^^ ( l e g a l i d a d q u e L a t o u r
n o r e c u s a e n c u a n t o t a l , s i n o s o l o c o m o emanación mística
de u n m o d e l o desencarnado d e u n a ciencia p u e s t a c o m o
árbitro s u p r e m o , oráculo místico d e u n a n a t u r a l e z a q u e ,
s u p u e s t a m e n t e , v i n o a d e s t r o n a r a las viejas d i v i n i d a d e s ) y
l a situación d e imbricación empírica, e s e n c i a l m e n t e prácti-
c a (quidfacti?) e n t r e l a h u m a n i d a d y esta T i e r r a , situación
q u e podríamos d a r e l n o m b r e , e s t a v e z c o n intención n o p e -
y o r a t i v a , d e excepcionalismo terrícola^ Y e n e s t e s e n t i d o , l a
2 1 . [T]his sublunar/ realm ofours, sublunar oíkos of Gaia, e t c .
2 2 . A u n q u e , c a b e señalarlo, l a t e m p o r a l i d a d y l a u n i v e r s a l i d a d d e t a l e s
l e y e s estén h o y e n discusión: véase e l t r a b a j o d e L e e S m o l i n , q u i e n r e t o -
m a p a r c i a l m e n t e i d e a s d e P e i r c e ( q u e también s o n , p e r o t a l v e z e l a u t o r
lo i g n o r e , ideas de Tarde y Nietzsche) sobre l a h i s t o r i c i d a d de las fuerzas
cósmicas ( v e r también l o s t r a b a j o s d e E l i z a b e t h P o v i n e l l i ) .
2 3 . V e r también B r u n o L a t o u r , " W a i t i n g f o r G a i a : c o m p o s i n g t h e c o m -
m o n world t h r o u g h arts and politics", 2 0 1 1 , conferencia disponible e n
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A O E G A I A
elección d e l a q u e h a b l a b a P a u l E n n i s a l o p o n e r e l c o s m o -
centrismo de los realistas especulativos, "desterritorializa-
dores" firmemente r e t e r r i t o r i a l i z a d o s e n l a Big Science - e l
s a b e r físico-matemático y e l d i s p o s i t i v o tecnoeconómico d e
a c c e s o a l o l e j a n o - , a l g e o c e n t r i s m o d e l a filosofía c o n t i -
n e n t a l , e n e l c a s o d e L a t o u r r e p r e s e n t a d o p o r s u pasión p o r
l a s " c i e n c i a s m e n o r e s " , l a s c i e n c i a s terrícolas, e n e l d o b l e
sentido de ciencias "con l o s l i i e s e n l a t i e r r a " , saberes de
l o próximo ( e l s u e l o , e l c l i m a , l a e c o l o g i a , l a c i u d a d ) , y d e
c i e n c i a s seculares, s a b e r e s q u e i r i v o l u c r a . n ^
c o m o ^ e T c o r r e l a t o i n t e r n o , múltiple, a n i m a d o , c o n t r o v e r - ^
t i d o y p e r p e t u a m e n t e in fieri d e l a a c t i v i d a d c o n c r e t a d e
l o s científicos, e s t a elección o e s t a decisión, decíamos, a d -
"qüíére aquí t o d a su-significación política. U n a significación
q u e I s a b e l l e S t e n g e r s , p o r c i e r t o , sabrá e x p l i c i t a r quizás
e n términos-mucho más r a d i c a l e s q u e l o s d e L a t o u r , c o n s u
noción d e slov/ science. P u e s l a única c o s a q u e e s n e c e s a r i o
a c e l e r a r , e n v i s t a dé l a p r o x i m i d a d c r e c i e n t e d e l a " b a r b a r i e
p o r v e n i r " , e s p r e c i s a m e n t e e l p r o c e s o d e desaceleración d e
larciéncias y d e l a civilización q u e , e n más d e u n s e n t i d o ,
vive a costa de ellas.
Pero l a Tierra-Gaia d e Latour, puesto que es e n esencia
animada - c o m o e n u n c u e n t o d e h a d a s , e n q u e t o d o p u e d e
salir del escenario para volverse u n actor e n el proscenio-,
n o es u n a e n t i d a d superanimada al m o d o deu n a m i s t e r i o -
sa e m i n e n c i a o m n i p o t e n t e , a l g o a s i c o m o u n s u p e r o r g a -
nismo dotado deu n a forma misteriosa de intencionalidad
que fuese l a resultante equilibrada de todas las fuerzas
q u e actúan e n s u s e n o , l o c u a l supondría u n i n g e n i e r o o
gobernador a l m a n d o , que solo distribuyese los papeles y
b r u n o - l a t o u r . f r , e n l a q u e l a distinción s u b l u n a r / s u p r a l u n a r a p a r e c e p o r
p r i m e r a vez, t a l vez derivada de l a serie de S l o t e r d i j k sobre las "esferas".
2 4 . V e r -además d e s u y a c i t a d o En tiempos de catástrofes- I s a b e l l e S t e n -
g e r s , Une autre science est possible! Manifesté pour un ralentissement des
Sciences, París, L a Découverte, 2 0 1 3 .

D EN L A G U E R R A D E G A I A
A
N
° las funciones a las "partes" p r e v i a m e n t e existentes, coor-
5 diñándolas a través d e c i r c u i t o s d e retroalimentaciónT^ E n
K l a r e l e c t u r a d e L o v e l o c k q u e h a c e L a t o u r ( e n s u portrait
I científico, diría c o n u n guiño u n d e l e u z i a n o ) , G a i a e s u n
/ gigantesco acuerdo discordante, mutable y contingente
( u n d e s a s t r e , a mess) d e l a s i n t e n c i o n a l i d a d e s múltiples
^ y d i s t r i b u i d a s d e t o d o s los agentes. Cada o r g a n i s m o m a -
V n i p u l a a sus v e c i n o s " p a r a v o l v e r s u p r o p i a s u p e r v i v e n c i a
E u n p o c o m e n o s i m p r o b a b l e " , l o q u e d i s u e l v e l a oposición
^ entre adentro y afuera, organismo y ambiente, y a que e l
Q a m b i e n t e de cada o r g a n i s m o , y por l o t a n t o de todos los
S o r g a n i s m o s , s o n l o s demás o r g a n i s m o s (¿el a m b i e n t e e n
cuanto sociedad de sociedades, como e n el m u n d o a m e r i n -
dio?), susintencionalidades entrelazadas formando " o n -
d a s d e acción" q u e s e s u p e r p o n e n (¿como l a s mónadas d e
T a r d e ? ) e n c i c l o s p e r p e t u o s d e f l u j o y r e f l u j o , expansión
y contracción. S i G a i a , \ a l i g u a l q u e e l m u n d o edénico d e
I l a wilderness d e l q u e hablábamos a r r i b a , también e s u n
m u n d o vivo y plural, n o s e t r a t a s i n e m b a r g o d e u n m u n d o
armonioso o equilibrado, n i m u c h o m e n o s d e p e n d i e n t e ,
p a r a s u p e r s i s t e n c i a , d e l a exclusión d e l a h u m a n i d a d ,
como s i esta fuese u n invasor extraterrestre llegado para
e s t r a g a r u n i d i l i o p a s t o r i l . E l m u n d o edénico e s u n m u n -
do s i n h i s t o r i a (esta solo c o m i e n z a , j u s t a m e n t e , c o n l a
expulsión d e l paraíso), m i e n t r a s q u e G a i a está a n t e s q u e
n a d a h e c h a d e h i s t o r i a , e l l a e s historia materializada, u n a
s e c u e n c i a c o n t i n g e n t e y t u m u l t u o s a d e e v e n t o s más q u e
el desarrollo de u n a casualidad "supralunar" obediente a
l e y e s t e m p o r a l e s . Así, e n l a concepción d e L a t o u r , n o e s
t a n t o l a historia h u m a n a l a que viene a fundirse inespe-
25. Por e l m i s m o m o t i v o - e s t o e s , por n o ser u n a obra d e a r q u i t e c t u r a o
ingeniería-, G a i a t a m p o c o p u e d e s e r re-engineered, l o c u a l s u g i e r e q u e e l
autor no alberga grandes esperanzas respecto a proyectos de "geoingenie-
ría d e l c l i m a " .
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
rudamente con l a geohistoria, sino l a Tierra-Gaia l a que
se v u e l v e h i s t o r i c i z a d a , n a r r a t i v i z a d a ^ ^ c o m o l a h i s t o r i a
h u m a n a , y q u e c o m p a r t e c o n e s t a , además - y l a a c l a r a -
ción e s e s e n c i a l - , l a a u s e n c i a d e c u a l q u i e r intervención
de u n a p r o v i d e n c i a .
R e s t a s a b e r quién e s e l demos d e G a i a , e l p u e b l o q u e
s e s i e n t e r e u n i d o y c o n v o c a d o p o r e s a e n t i d a d , y quién e s
s u e n e m i g o . E s n e c e s a r i o , decíamos, r e c h a z a r e n p r i n c i p i o
c u a l q u i e r c a n d i d a t o único a l a ( i n ) d i g n i d a d d e s e r e l epó-
n i m o d e l A n t r o p o c e n o . L a noción w i l s o n i a n a d e e s p e c i e
s e d e j a d e l a d o n o t a n t o p o r s u e v a n e s c e n c i a fenomenoló-
gica, a l m o d o d e C h a k r a b a r t y , s i n o p o r ser e l l a t r i b u t a r i a
d e l a n a t u r a l e z a apocalíptica y ahistórica d e l a m o d e r n i -
d a d , así c o m o d e l p o d e r a r b i t r a l a b s o l u t o d e l a c i e n c i a .
P e r o l a s m a s a s r e v o l u c i o n a r i a s d e l a i z q u i e r d a clásica, o t r a
reencarnación r e c u r r e n t e d e l u n i v e r s a l m o d e r n o , t a m p o -
c o darían c u e n t a d e l m e n s a j e , u n a v e z q u e s u v i c t o r i a
continúa d e p e n d i e n d o - s i c o n f i a m o s e n l o s más r e c i e n t e s
c o r i f e o s d e l a filosofía d e l a p r a x i s - d e u n a generalización
e intensificación d e l f r e n t e d e modernización, t a n t o e n e l
p l a n o práctico (destrucción a m b i e n t a l ) c o m o e n e l técnico
( c u l t o a l a N a t u r a l e z a y a l a Razón). L o q u e e l A n t r o p o -
c e n o p o n e e n j a q u e e s , j u s t a m e n t e , l a p r o p i a noción d e
anthropos, d e u n s u j e t o u n i v e r s a l ( e s p e c i e , p e r o también
c l a s e o m u l t i t u d ) c a p a z d e a c t u a r c o m o u n s o l o pueblo.
L a situación p r o p i a m e n t e etnopolítica d e l " h u m a n o " c o m o
muflipIící3aa~tñtFnsivu^ d e pueblos íébe f e - /
conocerse corno d i r e c t a m e n t e i m p l i c a d a e n l a crisis d e l
A n t r o p o c e n o . S i n o e x i s t e u n interés u n i v e r s a l h u m a n o
positivo, e s p o r q u e e x i s t e u n a d i v e r s i d a d d e a l i n e a m i e n -
tos politicos de l o sdistintos pueblos o "culturas" m u n -
diales con muchos otros actuantes y pueblos n o - h u m a n o s
( f o r m a n d o l o q u e L a t o u r d e n o m i n a " c o l e c t i v o s " ) contra
2 6 . G a i a e s e l a g e n t e d e u n a geostory a n t e s q u e e l p a c i e n t e d e u n a geohistory.
 D H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
A
N
° losautoproclamados portavoces de l o universal. E l m u l -
5 t i v e r s o , e l e s t a d o ante-nómico o pre-cósmico d e f o n d o ,
K permanece n o unificado, t a n t o del lado de l a h u m a n i d a d
I c o m o d e l m u n d o . T o d a unificación está ( b a j o u n m o d o q u e
/ podríamos l l a m a r múltiplemente hipotético) e n e l f u t u r o ,
y dependerá d e l a c a p a c i d a d d e negociación u n a v e z d e c l a -
j r a d a l a g u e r r a , l a " g u e r r a d e l o s m u n d o s " c o m o l a nombró
V Latour en otro texto.
E manos contra Gaia, de manera tal que esta última aparece como
I § La guerra de los mundos, en ese texto más antiguo, hacía
Q referencia sobre todo a las relaciones entre los modernos y los
S otros pueblos en el llamado f r o n t de modernización. Seguros de
su acceso privilegiado a la naturaleza, los modernos se atribu-
yeron el rol de civilizadores, aquellos que convencerían a todos
los pueblos reticentes a ellos para reunirse bajo el manto de un
mundo común (un régimen ontológico y cosmopolítico único)
que, no por casualidad, era también el mundo de los moder-
S nos. Frente a las señales cada vez más evidentes del desmoro-
namiento de la "constitución" (la cosmopolitica) que los guió
durante trescientos años, Latour se presentaba entonces como el
diplomático de los modernos, aquel que los ayudaría a componer
una verdadera paz, una verdadera unidad por venir, a condición
de que reconociesen la existencia de una verdadera guerra allí
donde veían solo una cuestión policial de "resocialización" de
delincuentes ontológicos (los no modernos). Trece años después,
en las páginas finales de la Investigación sobre los modos d e
existencia, nuestro autor habla del surgimiento de dos nuevos
e imprevistos f r o n t s de guerra, que tal vez ayuden a convencer
a los modernos acerca de la necesidad de negociar la paz: el
primero es la constatación de que otros pueblos, en Oriente y en
el sur, han aprendido muy bien su lección y han hecho suya la
voluntad de modernizarse, pero según sus propias (y temibles)
2 7 . B r u n o L a t o u r , War of the Worlds. What about Peace?, C h i c a g o , P r i c k l y
Paradigm Press, 2 0 0 2
EN L A G U E R R A O E G A I A
condiciones; el segundo es la "irrupción de Gaia", esa naturaleza
hipersensible del Antropoceno, un extraño enemigo cuya exis-
tencia necesitamos reconocer si queremos tener alguna chance
de sobrevivir como civilización. En F a c e á G a i a , Latour, como
vimos, redefine los dos lados enemigos como "humanos" (los
modernos que creen poder continuar viviendo en la naturaleza
unificada e indiferente del Holoceno) y "terrícolas" (el pueblo
de Gaia), aunque algunas veces se refiera a l a guerra de los h u -
el enemigo de los humanos.
L a g u e r r a d e G a i a e s u n a querrá d e m u n d o s , y n o u n
conflicto sobre e l estado presente y f u t u r o d e l m u n d o ,
porque n o estamos discutiendo si existe o n o e l calen-
t a m i e n t o global, o s i h a y o n o u n colapso a m b i e n t a l e n
c u r s o , v i s t o q u e e s t e e s u n o d e l o s fenómenos m e j o r " r e -
ferenciados"^^ d e l a h i s t o r i a d e las ciencias. N o se t r a t a d e
u n matter of fact, u n a cuestión táctica, u n a v e z q u e n o
e x i s t e c o n t r o v e r s i a s i g n i f i c a t i v a e n t r e l o s científicos r e s -
p e c t o a l o r i g e n antrópico d e l a catástrofe climática. E s t o
n o i m p i d e q u e c i e r t o s s e c t o r e s d e l a opinión pública, d e l a
academia inclusive - p o r n o hablar d e los gobiernos, d e las
grandes c o r p o r a c i o n e s y sus "mercaderes d e l a d ud a " -, ^ ^
c u e s t i o n e n t a l c o n s e n s o e i n s i s t a n e n u n a política d e l bu-
siness as usual, o e n e l o p t i m i s m o v e r d e - c a p i t a l i s t a d e l a
" c r i s i s c o m o o p o r t u n i d a d " . ^ * ^ E s t o s e d a p o r q u e l a teoría
2 8 . E n e l s e n t i d o d e L a t o u r e n e l capítulo 3 d e s u Investigación sobre los
modos de existencia.
2 9 . Naomí O r e s k e s y Erík K . C o n w a y , Mercaderes de la duda. Cómo un puña-
do de científios ocultaron la verdad sobre el calentamiento global, M a d r i d ,
Capitán Swíng, 2 0 1 8 .
30. Incluso las personas que aceptan e l consenso, dice Latour, demasiadas
veces n o se s i e n t e n capaces de hacer nada concreto e i n m e d i a t o para
q u e p o d a m o s e s c a p a r d e l a catástrofe. S o m o s negacíonístas prácticos e n
n u e s t r o q u i e t i s m o egoísta o f a t a l i s t a , c o m o c o n s t a t a c o n s t e r n a d o n u e s t r o
a u t o r h a b l a n d o por m u c h o s , a u n q u e n o , vale aclarar, por todos...

r a c i o n a l i s t a d e l a acción ( e s t a b l e c e r l o s h e c h o s ^ d i s c u t i r
l a s m e d i d a s a t o m a r - > p a s a r a l a acción) n o funcionó e n
e l c a s o d e l a c r i s i s n u c l e a r d e l a G u e r r a Fría, d o n d e mat-
ters offact y matters of concern s e m o s t r a b a n i n d i s o l u b l e -
m e n t e i m b r i c a d o s . Las que se e n f r e n t a n e n l a c o n t r o v e r s i a
a m b i e n t a l s o n p o s i c i o n e s d o n d e l o s a c t o r e s están política-
m e n t e implicados, donde algunos t i e n e n todo por perder y
o t r o s m u c h o p a r a g a n a r , y d o n d e p o r l o t a n t o l a distinción
e n t r e " h e c h o " y " v a l o r " n o t i e n e , e n c o n c r e t o , ningún v a -
l o r . ^ ^ S e t r a t a d e u n a situación d e guerra civil, y n o d e
u n a operación p o l i c i a l e j e c u t a d a a p a r t i r d e u n l u g a r d e
a u t o r i d a d legítima ( t r a e r a l o s d e l i n c u e n t e s " d e v u e l t a a l a
razón", p o r m e d i o d e l a aplicación d e l a l e y ) . S e t r a t a , e n
s u m a , d e d e c i d i r en qué mundo queremos vivir nosotros:
¿serán l o s e n u n c i a d o s s o b r e l o s c o n f l i c t o s ecológicos más d e l
t i p o " e l p u n t o d e ebullición d e l a g u a " o más d e l e s t i l o " l a a m e -
n a z a d e l a G u e r r a F r i a " ? E n o t r a s p a l a b r a s , ¿estamos l i d i a n d o
aquí c o n u n m u n d o c o n s t i t u i d o p o r h e c h o s [matters offact] dis-
tantes, o con u nmundo compuesto de preocupaciones [matters
of concern] a l t a m e n t e sensibles? E s aes otra clara divisoria de
aguas, pues los que se e n c u e n t r a n d e u n lado y del o t r o d e l a
f r o n t e r a , l i t e r a l m e n t e , n o h a b i t a n e l m i s m o m u n d o . Para decirlo
c r u d a m e n t e : a l g u n o s d e n o s o t r o s s e están p r e p a r a n d o p a r a v i v i r
c o m o terrícolas e n e l A n t r o p o c e n o ; o t r o s h a n d e c i d i d o p e r m a n e -
cer c o m o h u m a n o s e n e l H o l o c e n o .
3 1 . P a r a e l p e r e n n e d e b a t e e n t o r n o a l a t e s i s d e M a l t h u s , v e r l a reseña
c i t a d a d e S h a p i n : " L o s d e b a t e s m a l t u s i a n o s c o n c i e r n e n a l a investigación
científica, p e r o a u n a investigación q u e s e e n c u e n t r a e l l a m i s m a e n v u e l t a
e n d e b a t e s e n c u r s o , d e n a t u r a l e z a m o r a l ; y difícilmente p o d e m o s e s p e r a r
que d e t a l tipo de debate pueda emerger u n consenso"; Steve Shapin,
"Libel o n t h e H u m a n Race", op. cit., p. 29.
3 2 . B r u n o L a t o u r , " W a r a n d P e a c e i n a n A g e o f E c o l o g i c a l C o n f l i c t s " , Revue
Juridique de l'Environnement, v o l . 1 , 2 0 1 4 , p p . 5 1 - 6 3 , d i s p o n i b l e e n
bruno-latour.fr.
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
E s t o no s i g n i f i c a , c r e e m o s , q u e i n f o r m a r s e c o r r e c t a -
m e n t e acerca del c o n o c i m i e n t o que las ciencias p e r t i n e n -
tes v i e n e n produciendo sobre e l calentamiento global n o
sea u n f a c t o r d e peso capaz d e t r a e r a m u c h o s " h u m a n o s "
p a r a e l l a d o "terrícola" - c o m o d e h e c h o está s u c e d i e n d o - .
¿Pero s i l o s terrícolas d e l A n t r o p o c e n o n o s e c o n f u n -
den con l a especie h u m a n a como u n t o d o , esto signifi-
caría q u e e l p u e b l o d e G a i a e s u n a p a r t e d e e s t a e s p e c i e ,
y e x c l u s i v a m e n t e d e e l l a ? L o s terrícolas s o n e l p a r t i d o
por e l q u e Latour parece inclinarse,^^ aquel q u e busca
s u s c i t a r e n s u s c o n f e r e n c i a s d e teología política. L i g a -
d o s ontológica y políticamente a l a c a u s a d e l a T i e r r a ,
h o y l o s terrícolas s e a l z a n e n g u e r r a ( p e r o , r e p i t i e n d o
extrañamente a C a r i S c h m i t t , L a t o u r e s p e r a q u e " e l l o s
p u e d e n llegar a ser los a r t e s a n o s d e l a p a z " ) c o n t r a los
a m b i g u o s y t r a i c i o n e r o s h u m a n o s , q u e s o n , entiéndase
b i e n , l o s modernos, e s a r a z a - o r i g i n a l m e n t e o c c i d e n t a l
y d e l n o r t e , p e r o c a d a v e z m e n o s e u r o p e a y más c h i n a ,
i n d i a , brasileña- q u e negó a l a T i e r r a d o s v e c e s , t a n t o a l
a f i r m a r s e tecnológicamente l i b e r a d a d e l o s r e t o s d e l a n a j
t u r a l e z a , c o m o a l d e f i n i r s e c o m o l a única civilización q u e
escapó d e l m u n d o c e r r a d o ( p e r o p e l i g r o s o e i m p r e v i s i b l e )
de los a n i m i s m o s arcaicos y q u e s u p o a b r i r s e a l u n i v e r s o
i n f i n i t o (pero saturado deimperturbable necesidad) de l a
materia inanimada.
3 3 . E l p a s a j e c i t a d o recién e s , sí n o n o s e q u i v o c a m o s , e l e x t r e m o d e r a -
dicalidad y de compromiso asumido por Latour, quien mantiene cierta
ambigüedad e n c u a n t o a s u posición e n e s t a g u e r r a e n t r e d o s m u n d o s .
A u n q u e e n distintas o p o r t u n i d a d e s se h a y a declarado ( o confesado) d i -
plomático d e l o s m o d e r n o s , n o e s difícil v e r q u e n u e s t r o a u t o r t i e n d e c a d a
v e z más a u b i c a r s e d e l l a d o o p u e s t o , p a r e c i e n d o q u e r e r a c t u a r , c o m o d i j o
A l y n e C o s t a , " c o m o u n terrícola i n f i l t r a d o j u n t o a l o s h u m a n o s " , c o n l a
misión d e c o n v e r t i r l o s y finalmente a y u d a r l o s a j u n t a r s e c o n e l p u e b l o d e
G a i a ; A l y n e d e C a s t r o C o s t a , Guerra e paz no Antropoceno. Uma análise da
crise ecológica segundo a obra de Bruno Latour, t e s i s d e maestría, Río d e
Janeiro, 2014.

S i n e m b a r g o , e l a u t o r d e Nunca fuimos modernos n o
p a r e c e s a b e r m u y b i e n qué p e n s a r d e s u s terrícolas. A l g u -
n a s v e c e s l o s c o n c i b e c o m o u n a r e d e m e r g e n t e d e científi-
c o s l a t o u r i a n o s i n d e p e n d i e n t e s ( e n oposición a l o s cientí-
ficos m o d e r n i s t a s y s u s p a t r o n e s c o r p o r a t i v o s ) , q u e p r a c -
t i c a n u n a c i e n c i a " p l e n a m e n t e e n c a r n a d a " , dinámica, p o -
litizada y o r i e n t a d a hacia n u e s t r o m u n d o sublunar; ellos
r e p r e s e n t a n l a "pequeña, minúscula f u e n t e d e e s p e r a n z a "
q u e e l a u t o r n o está m u y s e g u r o s i todavía c o n v i e n e m a n -
t e n e r ( " e s m i deber s e r o p t i m i s t a " . . . ) . O t r a s v e c e s , l o s t e -
rrícolas a p a r e c e n b a j o e l n o m b r e d e u n a causa común, q u e
c o n c i e r n e a t o d o s l o s c o l e c t i v o s d e l p l a n e t a p e r o q u e úni-
camente podria consolidarse s i l o s futuros ex-modernos
realizaran s u ansiosamente esperado v o t o de h u m i l d a d y
a b r i e s e n e l e s p a c i o d e interlocución cosmopolítica:
Si e l m u l t i v e r s o fuese r e i n t r o d u c i d o y s i l a s ciencias naturales
f u e s e n r e s i t u a d a s d e n t r o d e él, s e r i a p o r fin p o s i b l e p e r m i t i r q u e
los o t r o s colectivos cesaran d e s e r " c u l t u r a s " y t u v i e r a n acceso
p l e n o a l a r e a l i d a d , dejándolos c o m p o n e r , u s a n d o o t r a s c l a v e s ,
o t r o s m o d o s d e extensión q u e a q u e l único a d m i t i d o p o r l a p r o -
34
ducción d e c o n o c i m i e n t o [científico]. T a l reinterpretación e s e s -
p e c i a l m e n t e r e l e v a n t e e n l o s días q u e c o r r e n , p o r q u e , a u n q u e l a
n a t u r a l e z a n o e s u n i v e r s a l , l o s climas s i e m p r e f u e r o n i m p o r t a n t e s
p a r a t o d o s l o s p u e b l o s . L a reintroducción d e c l i m a s y atmósferas
c o m o l a n u e v a preocupación cosmopolítica d a t o d a u n a n u e v a u r -
g e n c i a a e s t a c o m u n a l i d a d [communality] entre los colectivos.
L a t i r a d a d e d a d o s d e l " m u n d o común" jamás abolirá
e l m u l t i v e r s o . E s t e e s u n a cuestión m e n o s d e u n i v e r s a l i -
d a d teórica q u e d e interés práctico, u n a cuestión d e s u b -
s i s t e n c i a , e n e l s e n t i d o más f u e r t e p o s i b l e d e l término.
3 4 . L o s términos " c l a v e " (cié, e n s e n t i d o m u s i c a l ) y " m o d o d e extensión"
r e m i t e n a l v o c a b u l a r i o d e l a Investigación sobre los modos de existencia.
3 5 . B r u n o L a t o u r , Face á Gaia, o p . c i t .
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
El c l i m a , cosa variable e i n c o n s t a n t e por excelencia, se
v u e l v e e l e l e m e n t o d e sincronización histérico-política d e
interés p a r a t o d o s l o s p u e b l o s d e l m u n d o . E l " t i e m p o q u e
h a c e " , e l t i e m p o - c l i m a , se v u e l v e l o que c u e n t a ( e n e l )
" t i e m p o q u e p a s a " , e l t i e m p o - h i s t o r i a . E l m u n d o común
latouriano es l o opuesto del " m u n d o sin nosotros" e n e l
sentido del universo sin nadie, e lcosmos unificado por l a
ausencia de experiencia, por l a irrealidad de todo l o q u e
n o s e a figura y m o v i m i e n t o .
Pero, como dijimos, nuestro autor duda e nl a identifi-
cación d e s u s terrícolas. E n l a s c o n f e r e n c i a s d e E d i m b u r -
g o , L a t o u r t r a d u c e e l terriens francés p o r earthlings o, más
f r e c u e n t e m e n t e , c o m o earthbound people, j u g a n d o c o n l a s
múltiples c o n n o t a c i o n e s d e e s t a p a l a b r a c o m p u e s t a : e l p u e -
b l o que se destina a l a T i e r r a , q u e está preso e n l a T i e r r a ,
q u e s e e n c u e n t r a hechizado p o r l a T i e r r a . . . E n l a q u i n t a
conferencia, identifica este "pueblo preso e n l a tierra"
c o n e l dúo h u m a n o d e El caballo de Turín ( e l c a b a l l o d e l
título, p e r s o n a j e c r u c i a l , d e s a p a r e c e c o m o terrícola e n e l
análisis d e L a t o u r ) , c o n d e n a d o a s o b r e v i v i r -sería más
exacto poder decir " s u b v i v i r " - por t o d a l a eternidad e n
u n a T i e r r a q u e v a p e r d i e n d o s u condición d e m u n d o . E s t a
aproximación, c o n f e s a m o s , n o s r e s u l t a t e r r i b l e m e n t e e n i g -
mática. S i n d u d a sería r a z o n a b l e , p o r e j e m p l o , t o m a r l a m o -
notonía m o r t a l q u e a p l a s t a a l o s p r o t a g o n i s t a s d e l film d e
T a r r c o m o u n a i m a g e n e l o c u e n t e d e l a condición d e t a n t o s
p u e b l o s indígenas d e l p l a n e t a después d e l p a s o d e l f r e n t e
d e modernización p o r s u s v i d a s , ^ ' ' o t a l v e z , c o m o p r e t e n -
d e n a l g u n o s , c o m o u n a alegoría d e l v e r g o n z o s o f r a c a s o d e l
s o c i a l i s m o . P e r o e n t o n c e s , e n e s t e c a s o , n o deberíamos d e j a r
36. Ver J u l i a n a Fausto, "Terranos e poetas: 'o povo d e Gaia como povo que
f a l t a ' " , Landa, v o l . 2 , n " 1 , 2 0 1 3 , p p . 1 6 5 - 1 8 1 . ^^^p^.
37. Sobre e l t e d i o que se percibe " e n las escuelas m i s i o n e r ^^^^^^^
m e n t o s d e r e f u g i a d o s y , a v e c e s , e n a l d e a s 'a™/turaa ^^^^^ ^
The Invention of Culture, C h i c a g o , U n i v e r s i t y o f C h i c a g
 D H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
A
N
0 d e m e n c i o n a r q u e u n a s o l i t a r i a e i n c o n g r u e n t e p r o m e s a de
5 alegría a t r a v i e s a p o r a l g u n o s m i n u t o s e l film, traída y U g ,
K vada por l a carreta delos gitanos que pasan ruidosamente
1 por l a propiedad pidiendo agua, para luego seguir adelan-
/ t e , n osin dejar e n manos de l a protagonista f e m e n i n a u n
m i s t e r i o s o l i b r o q u e h a b l a d e l c i e r r e y demolición d e l a s
^ iglesias/^ Tal vez sean ellos l averdadera imagen anticipa-
V t o r i a d e l a v a n g u a r d i a d e l o s terrícolas, a q u e l l o s c a p a c e s d e
E l l e v a r l a g u e r r a c o n t r a los h u m a n o s h a s t a sus m o m e n t o s de-
I c i s i v o s . P u e s e s difícil c o n c e b i r a l p u e b l o d e G a i a c o m o u n a
Q mayoría, c o m o l a universalización d e u n a b u e n a c o n c i e n c i a
5 " e u r o p e a " ; l o s Terrícolas n o p u e d e n n o s e r u n p u e b l o i r r e -
m e d i a b l e m e n t e m e n o r " ( p o r más n u m e r o s o s q u e l l e g u e n
a s e r ) , u n p u e b l o q u e jamás confundiría..£l t e r r i t o r i o _cQn
l a T i e r r a / ^ E l l o s s e p a r e c e n , t a l v e z , a n t e s q u e a l "público
f a n t a s m a " d e l a s d e m o c r a c i a s o c c i d e n t a l e s , " * " m u c h o más a
a q u e l pueblo que falta d e l q u e h a b l a n D e l e u z e y G u a t t a r i ,
2 e l pueblo menor de Kafka y Melville, l a raza inferior de
R i m b a u d , e l i n d i o e n q u e e l filósofo d e v i e n e ( " t a l v e z ' p a r a
q u e ' e l i n d i o q u e e s i n d i o d e v e n g a él m i s m o a l g o más y s e
l i b e r e d e s u agonía"): el pueblo por venir, c a p a z d e o p o n e r
u n a " r e s i s t e n c i a a l p r e s e n t e " y así c r e a r " u n a t i e r r a n u e v a " ,
el mundo por v e n i r / '
38. E l libro es u n a " a n t i - b i b l i a " nietzscheana, c o m o explica el director e n l a
e n t r e v i s t a c i t a d a más a r r i b a (Béla T a r r , " S i m p l e y p u r o " , o p . c i t . ) . L a p r o t a -
g o n i s t a r e c u s a l a invitación d e l o s g i t a n o s , q u e d i c e n e s t a r y e n d o a América.
N i e l l o s sabían l o q u e irían a e n c o n t r a r allá, h o y . . . P e n s e m o s también, p o r
o t r o l a d o , e n l o q u e s i g n i f i c a a c t u a l m e n t e s e r u n g i t a n o e n Hungría.
3 9 . ' ' g _ t e r r i t o r i o e s alemán, l a t i e r r a e s g r i e g a " ; Gilíes D e l e u z e y Félix
G u a t t a r i , Mil mesetas. Capitalismo y esquizofrenia, V a l e n c i a , P r e - T e x t o s ,
2002, p. 343.
4 0 . V e r W a l t e r L i p p m a n n , El fantasma público, M a d r i d , G e n u e v e , 2 0 1 1 ;
B r u n o L a t o u r , " L e fantóme d e l ' e s p r i t p u b l i c . D e s i l l u s i o n s d e l a démocra-
t i e a u x réalités d e s e s a p a r i t i o n s " , e n W a l t e r L i p p m a n n , Le public fantóme,
París, D e m o p o l i s , p p . 3 - 4 9 .
4 1 . V e r Gilíes D e l e u z e y FéUx G u a t t a r i , ¿Qué es la filosofía?, B a r c e l o n a ,
A n a g r a m a , 1 9 9 3 , p p . 1 1 0 - 1 1 1 . L a aproximación e n t r e l o s terrícolas y e l
EN L A G U E R R A D E G A I A
FL_FIN DEL M U N D O C O M O ACONTECIMIENTO FRACTAL
Yo no quiero morir de nuevo.
Davi Kopenawa
Más a d e l a n t e e n l a s c o n f e r e n c i a s , L a t o u r s e p r e g u n t a sí n o
sería p o s i b l e a c e p t a r l a c a n d i d a t u r a " d e a q u e l l o s p u e b l o s
q u e p r e t e n d e n e s t a r r e u n i d o s b a j o l a égida, p o r e j e m p l o , d e
la P a c h a m a m a , l a diosa de l a Tierra". Se refiere c l a r a m e n t e a *
l o s p u e b l o s a m e r i n d i o s y s u s congéneres n o m o d e r n o s , q u e
v i e n e n a d a p t a n d o c a d a v e z más l a retórica a m b i e n t a l i s t a
o c c i d e n t a l a s u s cosmologías, v o c a b u l a r i o s c o n c e p t u a l e s y ,
p r o y e c t o s e x i s t e n c i a l e s , y r e t r a d u c i e n d o e s t o s últimos a u n
l e n g u a j e m o d e r n i z a d o d e inequívoca intención política, y i
q u e c o n e s t o p r e t e n d e n h a c e r q u e l a civilización q u e c o n s i -
d e r a h a b e r i n v e n t a d o l a política, y q u e c r e e q u e t a l i n v e n -
ción l a distingue, e n t i e n d a q u e l a política e s s o l o u n d e p a r - ^
t a m e n t o d e l a cosmopolítica, y q u e e s t o l a iguala a t o d a s
las otras civilizaciones. L a voz d e esos pueblos empieza a
s e r oída p o r l o m e n o s e n a l g u n o s s e c t o r e s d e l a s s o c i e d a d e s -
privilegiadas del " n o r t e global", aquellos que y a se d i e r o n
c u e n t a d e q u e , esta v e z , l a s cosas p u e d e n t e r m i n a r m a l
para todo el m u n d o , en todas partes, deu n modo u otro.
Pero sucede que L a t o u r n o cree que e s a" g e n t e d e l a
P a c h a m a m a " esté a l a a l t u r a d e l desafío:
S i a l m e n o s , d u d a él, pudiésemos e s t a r s e g u r o s d e q u e a q u e l l o
q u e p a s a p o r r e s p e t o p o r l a T i e r r a n o s e d e b e s o l o a l pequeño
número p o b l a c i o n a l y a l carácter r e l a t i v a m e n t e r u d i m e n t a r i o
" p u e b l o q u e f a l t a " n o s f u e s u g e r i d a p o r e l artículo c i t a d o d e J u l i a n a F a u s t o ,
y A l e x a n d r e N o d a r i n o s recordó e l p a s a j e d e La hora de la estrella, de L i s p e c -
t o r e n que Macabea es definida como u n a representante de l a resistenre
r a z a e n a n a o b s t i n a d a q u e t a l v e z u n día r e i v i n d i q u e e l d e r e c h o a l g r i t o ,
C l a r i c e L i s p e c t o r , La hora de la estrella, M a d r i d , S i r u e l a , 1 9 8 9 , p . / 5 .

A
N
^ [the relative weakness] d e l a tecnología d e e s o s p u e b l o s . Níngu-
5 n o d e e s o s p u e b l o s l l a m a d o s " t r a d i c i o n a l e s " , c u y a sabiduría a d -
K m i r a m o s c o n f r e c u e n c i a , está p r e p a r a d o p a r a a m p l i a r l a e s c a l a
I d e sus m o d o s d e v i d a h a s t a las d i m e n s i o n e s d e las gigantescas
metrópolis técnicas e n l a s q u e h o y s e a m o n t o n a más d e l a m i -
tad de l a raza h u m a n a .
V deseabilidad d e que se preservasen las "redes largas" de los
I
V Nos parece q u e L a t o u r n o considera l a posibilidad de
q u e l a s e n g e n e r a l pequeñas p o b l a c i o n e s , y l a tecnología
" r e l a t i v a m e n t e r u d i m e n t a r i a " d e l o s p u e b l o s indígenas y
d e t a n t a s o t r a s minorías sociopolíticas d e l a T i e r r a , p u e -
dan transformarse en u n ejemplo, u n "recurso" y una ventaja
c r u c i a l e s e n u n f u t u r o poscatastrófico o , s i s e p r e f i e r e , e n
u n m u n d o h u m a n o permanentemente d i s m i n u i d o . N u e s t r o
a u t o r n o p a r e c e e s t a r p r e p a r a d o p a r a e n f r e n t a r l a situación
altamente probable d e q u e s e a m o s nosotros, l o s p u e b l o s d e l
c e n t r o , c o n n u e s t r a s s o c i e d a d e s d e tecnología " a v a n z a d a " ,
p o b l a d a s p o r autómatas o b e s o s , mediáticamente t e l e g u i a d o s ,
psicofarmacológicamente e s t a b i l i z a d o s , d e p e n d i e n t e s d e u n
c o n s u m o ( d e u n d e s p e r d i c i o ) m o n u m e n t a l d e energía,''^ v i -
v i e n d o c o m o e n f e r m o s heteronómicamente s u s t e n t a d o s p o r
a p a r a t o s de d e l i c a d a y carísima manutención, e n s u m a , d e q u e
seamos nosotros l o sq u e a l a mayor brevedad tengamos
que poner u n freno y la magnitud denuestros confortables
m o d o s de v i d a . E n e f e c t o , s i h a y a l g u i e n q u e n e c e s i t a " e s t a r
preparado" para algo, ese a l g u i e n somos n o s o t r o s , los que
n o s a m o n t o n a m o s e n l a s " g i g a n t e s c a s metrópolis técnicas".
4 2 . " [ E s t e ] 'anthropos' c u y a civilización y a e s m o v i d a h o y a 1 2 t e r a w a t t s ,
y que se e n c a m i n a para 100 TW s ie lresto del m u n d o se desarrolla hasta e l
n i v e l d e c o n s u m o d e energía d e l o s E s t a d o s U n i d o s ; u n número e s p a n t o s o ,
si consideramos que las fuerzas e n v u e l t a s e n e l m o v i m i e n t o d e las placas
tectónicas n o g e n e r a n más q u e 4 0 T W d e energía"; v e r B r u n o L a t o u r , Face a
Gaia, o p . c i t . V a r i a s f u e n t e s i n d i c a n , e n v e r d a d , u n c o n s u m o g l o b a l m a y o r ,
del o r d e n d e 15 i w , y especifican que los Estados U n i d o s , c o n e l 5% d e l a
población m u n d i a l , c o n s u m e n e l 2 6 % d e e s a energía t o t a l .
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
L a oposición l a t o u r i a n a e n t r e m o d e r n o s y n o m o d e r n o s ,
d e s a r r o l l a d a e n Nunca fuimos modernos, s u l i b r o s e m i n a l d e
1 9 9 1 , se apoyaba e x t e n s a m e n t e e n u n a "diferencia de es-
cala", esto e s , e n l a d i f e r e n c i a d e l o n g i t u d d e las redes so-
ciotécnicas e n e s t o s d o s regímenes d e l o s c o l e c t i v o s . E n s u
p r o p u e s t a d e u n a n u e v a constitución, e l a u t o r a f i r m a b a l a
c o l e c t i v o s m o d e r n o s , p o r c o n s t i t u i r e s t a s , e n s u opinión, u n
a v a n c e histórico i n n e g a b l e . P e r o y a v i m o s cómo l a definición
m i s m a d e l A n t r o p o c e n o c o n s i s t e e n e l fenómeno d e l c o l a p s o
d e l a s m a g n i t u d e s e s c a l a r e s . C u a n d o l a e s p e c i e - a g e n t e bioló-
g i c o s e v u e l v e l a e s p e c i e - f u e r z a geofísica ( p o r l a mediación
histórica d e l a e s p e c i e - i n g e n i e r a ) , c u a n d o l a economía políti-
ca se e n c u e n t r a c o n l a entropía cósmica, s o n l a s m i s m a s i d e a s
d e e s c a l a y d e dimensión l a s q u e p a r e c e n f u e r a d e e s c a l a . Y a l
final d e c u e n t a s , ¿no e s e l p r o p i o L a t o u r , e n s u s c o n f e r e n c i a s
d e E d i m b u r g o , q u i e n o b s e r v a q u e " y a n a d a está e n l a e s c a l a
j u s t a " ? ¿Qué s a b e m o s c o n c e r t e z a s o b r e l a s a m p l i a c i o n e s o
reducciones d e escala que t e n d r e m o s que sufrir a lo largo d e
e s t e s i g l o ? N o m u c h o . E l f u t u r o e s c a d a v e z más i n c i e r t o , o
m e j o r ( o p e o r ) , l o q u e c o n s e g u r i d a d se puede saber d e él e s
q u e , c o m o e n l a canción, " n a d a será c o m o a n t e s " .
E n c u a n t o a l pequeño número p o b l a c i o n a l d e l o s p u e -
b l o s " l l a m a d o s t r a d i c i o n a l e s " , según u n a estimación r e c i e n -
t e d e l a ONU,"'"' e x i s t e n c e r c a d e 3 7 0 m i l l o n e s d e p e r s o n a s
4 3 . N o p o d e m o s aquí s i n o r e c o m e n d a r l a l e c t u r a d e l a s i n g e n i o s a s críticas
q u e M a r i l y n S t r a t h e r n dirigió a l a i d e a l a t o u r i a n a d e l a s " r e d e s l a r g a s " d e
l o s m o d e r n o s , así c o m o d e l a s r e f l e x i o n e s d e l a m i s m a a u t o r a s o b r e l a e s c a -
l a r i d a d c o m o u n i n s t r u m e n t o ( y / o e f e c t o ) d e l a teoría antropológica a n t e s
q u e u n a p r o p i e d a d d e fenómenos o b s e r v a b l e s , p o r así d e c i r , a s i m p l e v i s t a .
V e r M a r i l y n S t r a t h e r n , O efeito etnográfico e outros ensayos, S a n P a b l o ,
C o s a c N a i f y , 2 0 1 4 , u n a antología d e s u s artículos r e a l i z a d a e n B r a s i l , q u e
i n c l u y e v a r i o s t e x t o s s o b r e e s t o s t e m a s , c o m o también s u e s e n c i a l l i b r o
Partial Connections, W a l n u t C r e e k , A l t a m i r a P r e s s , 2 0 0 4 .
44. U n i t e d Nations P e r m a n e n t P o r u m o n Indigenous Issues, " P i f t h Session,
Fact S h e e t 1 : I n d i g e n o u s Peoples a n d I d e n t i t y " , 2 0 0 6 , d i s p o n i b l e e n u n . o r g .
D H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
A
N
^ I I indígenas - e s d e c i r , m i e m b r o s d e p u e b l o s q u e n o s e r e -
^ i conocen n ison reconocidos como ciudadanos comunes de
K l o s Estados que l o s engloban y que, f r e c u e n t e m e n t e , l o s
I I j i i v i d e n - r e p a r t i d a s e n s e t e n t a países d e l m u n d o . P o r c i e r -
/ f o , e s e número n o l l e g a n i c e r c a d e l o s 3 , 5 m i l m i l l o n e s d e
* personas (= m i t a d d e l a especie h u m a n a ) que se e n c u e n -
^ I \ t r a n a m o n t o n a d a s e n n u e s t r a s metrópolis técnicas - c e r c a
y \e m i l m i l l o n e s d e l a s c u a l e s , p o r c i e r t o , v i v e e n s u b u r b i o s
E \o e s p e c i a l m e n t e "técnicos"-"'^ p e r o e s , a fin d e c u e n t a s ,
I ^ m a y o r q u e l a población d e l o s E s t a d o s U n i d o s ( 3 1 4 m i l l o -
^ n e s ) y Canadá ( 3 5 m i l l o n e s ) s u m a d a s , l o c u a l d e b e s i g n i -
s ficar a l g o . P e r o s o b r e t o d o , y u n a v e z más, ¿qué s a b e m o s
a c e r c a d e l a s t r a n s i c i o n e s demográficas q u e l e e s p e r a n a l a
h u m a n i d a d h a c i a fines d e e s t e s i g l o , o i n c l u s o m u c h o a n t e s
de eso, s i c o n s i d e r a m o s q u e l a t e m p e r a t u r a m e d i a g l o b a l
podría a l c a n z a r l o s 4''C d e a u m e n t o y a e n 2 0 6 0 o ZOlof^
Sin olvidar, p o r cierto, e l y a mencionado argumento de
^ que, s itodos los siete m i l m i l l o n e s de personas del m u n d o
a d o p t a s e n e l American way of Ufe - l a extraña versión a m e -
r i c a n a d e l buen vivir- serían n e c e s a r i a s c i n c o T i e r r a s . E s t o
s i g n i f i c a q u e e l país a l n o r t e d e México l e está d e b i e n d o
c o m o mínimo c u a t r o m u n d o s a l r e s t o d e l m u n d o , e n u n a
transformación inédita d e l t e m a mítico d e l a " h u m a n i d a d
s i n m u n d o " . Más allá d e q u e h a y a d e m a s i a d a g e n t e e n e l
m u n d o ( i n f e l i z m e n t e , n o h a y racionalización q u e d e s t r u y a
esa e v i d e n c i a ) , h a y a n t e t o d o m u y p o c a g e n t e c o n "dema-
siado m u n d o y d e m a s i a d a g e n t e c o n m u y p o c o m u n d o , y es
ahí q u e l a c o s a s e c o m p l i c a .
Plus intra e s e l l l a m a d o q u e h a c e L a t o u r c o n t r a e s e p e l i -
g r o , c o r r i g i e n d o y a c t u a l i z a n d o e l v i e j o plus ultra d e l t i e m -
4 5 . V e r M i k e D a v i s , Planeta de ciudades miseria, M a d r i d , A k a l , 2 0 1 4 ; v e r
también J o h n V i d a l , " E v e r y t h i r d p e r s o n w i l l b e a s l u m d w e l l e r w i t h i n 3 0
y e a r s , U N a g e n c y w a r n s " , The Guardian, 4 d e o c t u b r e d e 2 0 0 3 .
4 6 . R i c h a r d B e t t s eí. al, " W h e n c o u l d g l o b a l w a r n i n g r e a c h 4°C?", Philoso-
phical Transactions ofthe Royal Society, v o l . 3 6 9 , n° 1 9 3 4 , 2 0 1 1 , p p . 6 7 - 8 4 .
EN L A G U E R R A D E G A I A
po de las grandes navegaciones -las cuales, n o o l v i d e m o s ,
instituyeron e l m o d e r n o "nomos d e l a T i e r r a " d e a c u e r d o
c o n S c h m i t t , nomos q u e necesitó d e l g e n o c i d i o a m e r i c a n o y ,
más e n g e n e r a l , d e l e x t e r m i n i o d e m u c h o s m i l l o n e s d e s e r e s
h u m a n o s que se e n c o n t r a b a n fuera del espacio del derecho
de gentes e u r o p e o , a p a r t i r del p o s t u l a d o d e a p r o p i a b i l i d a d
t o t a l de las "zonas l i b r e s " del mundo.''^ Es i m p e r a t i v o a h o -
r a , según L a t o u r , r e c o n o c e r l a e x i s t e n c i a d e límites ( " L o s
terrícolas d e b e n e x p l o r a r l a cuestión d e s u s límites": e s t a
declaración, o s a m o s d e c i r , e s u n v e r d a d e r o tipping point e n
l a visión d e l m u n d o l a t o u r i a n a . . . ) , c o n v e n c e r s e d e l a i d e a
d e q u e , e n e s t e m u n d o s u b l u n a r n u e s t r o , t o d a acción t i e -
ne u n costo, esto es, t i e n e consecuencias que reconducen
i n e v i t a b l e m e n t e s o b r e e l a g e n t e . " ' ^ L a máxima d e L a t o u r n o s
p a r e c e , e v i d e n t e m e n t e , más q u e s e n s a t a . ( T a r d e , c o m o v i -
m o s , y a había p r o p u e s t o e n s u Fragmento u n a versión e n
v e r d a d e x t r e m a d e l plus intra...) N o o b s t a n t e , n o s o t r o s l a
e n t e n d e m o s c o m o u n a exhortación a p r e p a r a r n o s p a r a u n a
intensificación no material d e n u e s t r o " m o d o d e v i d a " , " ' ^
4 7 . B r u n o L a t o u r , Face á Gaia, o p . c i t . A g r a d e c e m o s a A l e x a n d r e N o d a r i
l a s a c l a r a c i o n e s s o b r e l a noción s c h m i t t i a n a d e l m o d e r n o nomos o p a r -
tición d e l a T i e r r a , i n a u g u r a d o c o n l a invasión a América y a l a I n d i a ,
y s u finalización ( s i e m p r e según S c h m i t t ) c o n e l a s c e n s o d e l o s E s t a d o s
U n i d o s y l a creación d e l a S o c i e d a d d e l a s N a c i o n e s . N o d a r i s u g i e r e q u e e l
nomos contemporáneo sería a l g o así c o m o l a división e n t r e E s t a d o s - n a c i o -
n e s "legítimos" y l o s rogue states, e l " e j e d e l m a l " ( a l q u e sumaríamos a
l o s "vándalos", l o s casseurs, l o s black blocs, l o s zapatístas, l o s p u e b l o s e n
e s t a d o d e insurrección), y q u e u n f u t u r o nomos d e l a T i e r r a emergería d e l
e s c e n a r i o d e l a catástrofe a m b i e n t a l i m a g i n a d o p o r S t e n g e r s e n e l q u e u n
E s t a d o m u n d i a l , a u t o r i z a d o p o r l a " u r g e n c i a " ( l a excepción) a i n t e r v e n i r
d o n d e , c o m o y c u a n d o q u i e r a , ejercería s u dominación u n i v e r s a l .
4 8 . V e r e l c o n c e p t o d e loop ( c i r c u i t o , v u e l t a , r e t o r n o , retroacción) c o m o
constitutivo de l a "terricolidad" e n l a cuarta conferencia; Bruno Latour,
Face á Gaia, o p . c i t .
4 9 . P r o y e c t o q u e u n o d e l o s a u t o r e s d e e s t e l i b r o denominó e n o t r a p a r t e
"suficiencia intensiva"; ver Eduardo Viveiros de Castro, "Desenvolvimento
económico e r e e n v o l v i m e n t o cosmopolítico: d a n e c e s s i d a d e e x t e n s i v a á
suficiéncia i n t e n s i v a " , Sopro, n° 5 1 , 2 0 1 1 , p p . 1 - 1 1 .

e s t o e s , p a r a u n a t o t a l transformación d e d i c h o m o d o e n u n
proceso q u e i m p e r a t i v a m e n t e t o m e d i s t a n c i a de t o d a f a n t a -
sía d e " d o m i n i o p r o m e t e i c o " , d e c o n t r o l g e r e n c i a l s o b r e e l
m u n d o tomado como otro de l a h u m a n i d a d : h a llegado l a
h o r a d e t r a n s f o r m a r l a enkrateia, e l d o m i n i o o maestría d e sí
m i s m o , e n u n p r o y e c t o colectivo d e re-civilización ( " c i v i l i z a r
l a s prácticas m o d e r n a s " , e s c r i b e S t e n g e r s ) o , quién s a b e , e n
u n p r o y e c t o - t a l v e z más " m o l e c u l a r " , m e n o s titánico- d e
incivilización.^^ E l plus intra d e b e s i g n i f i c a r , d e e s e m o d o ,
u n a tecnología d e f r e n a d o , u n a deseconomía l i b e r a d a d e l a
alucinación d e l c r e c i m i e n t o c o n t i n u o , y u n a insurrección
c u l t u r a l ( s i s e n o s p e r m i t e l a expresión) c o n t r a e l p r o c e s o
d e zombificación d e l c i u d a d a n o - c o n s u m i d o r .
U n a p a l a b r a s o b r e l a técnica. Así c o m o L a t o u r v i e n e
b u s c a n d o d i s o l v e r l a fatídica a m a l g a m a e n t r e l a c i e n c i a y
las ciencias, pensamos que es necesario hacer lo m i s m o e n
l o q u e c o n c i e r n e a l a relación e n t r e l a técnica y l a s técnicas,
r e c h a z a n d o u n a interpretación u n i d i r e c c i o n a l y m o d e r n i s t a
d e l a técnica q u e l a t o m a c o m o u n a e s e n c i a o n t o a n t r o -
pológica q u e f l o r e c e t r i u n f a l e n l a h i s t o r i a ( l o s tecnófilos
a i estilo del B r e a k t h r o u g h I n s t i t u t e son t a n esencialistas
c o m o s u s e n e m i g o s r e t r o - h e i d e g g e r i a n o s ) . E x i s t e n técnicas
terrícolas c o m o e x i s t e n técnicas h u m a n a s , d i f e r e n c i a q u e
n o s e r e d u c e , n o s p a r e c e , a l a m e r a cuestión d e l l a r g o d e s u s
r e d e s . L a g u e r r a e n t r e l o s terrícolas y l o s h u m a n o s habrá
de l i b r a r s e e s e n c i a l m e n t e e n este p l a n o , sobre t o d o c u a n -
d o i n c l u i m o s e n l a categoría a m p l i a d a y p l u r a l i z a d a d e l a s
técnicas t o d a u n a g a m a d e a g e n c i a m i e n t o s sqciotécriicqs^y
de i n v e n t o s i n s t i t u c i o n a l e s , a l g u n o s m u y a n t i g u o s , o t r o s
más r e c i e n t e s , q u e v a n d e s d e l o s s i s t e m a s d e p a r e n t e s c o y
l o s m a p a s totémicos d e l o s aborígenes a u s t r a l i a n o s h a s t a
l a organización h o r i z o n t a l y l a táctica d e f e n s i v a hlack bloc
5 0 . P a r a l a i d e a d e incivilización (uncivilisation), ver e l manifiesto
Dark M o u n t a i n Project, disponible e ndark-mountain.net.
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
de los m o v i m i e n t o s d e p r o t e s t a a l t e r m u n d i s t a s , desde l a s
n u e v a s f o r m a s d e producción, circulación, movilización y
comunicación c r e a d a s p o r l a Internet,^° h a s t a l a s o r g a n i z a -
c i o n e s d e protección e i n t e r c a m b i o d e s e m i l l a s y c u l t i v o s
tradicionales e n distintas zonas de resistencia campesina
por todo el m u n d o , los eficientes sistemas de transferencia
financiera i n f o r m a l e s d e l t i p o hawala, l a a r b o r i c u l t o r a d i f e -
r e n c i a l d e l o s indígenas amazónicos, l a navegación e s t e l a r
p o l i n e s i a , l o s " a g r i c u l t o r e s e x p e r i m e n t a d o r e s " d e l semiári-
d o brasileño,^' h a s t a , e n s u m a , c i e r t a s i n n o v a c i o n e s h i p e r -
contemporáneas c o m o e l m o v i m i e n t o d e l a s e c o v i l l a s , l a
psicopolítica d e l t e c n o c h a m a n i s m o o l a s economías d e s c e n -
t r a l i z a d a s d e l a s m o n e d a s c o m u n i t a r i a s , d e l bitcoin y d e l
crowdfounding.^^ N o t o d a innovación técnica c r u c i a l p a r a
la "resiliencia" d e l a especie necesita pasar por los canales
c o r p o r a t i v o s d e l a Big Science o p o r l a s larguísimas r e d e s d e
h u m a n o s y n o - h u m a n o s m o v i l i z a d a s p o r l a implementación
d e "tecnologías d e p u n t a " . L a t o u r , además, l o r e c o n o c e p e r -
f e c t a m e n t e e n u n p a s a j e d e s u r e c i e n t e Investigación sobre
los modos de existencia:
L o s aborígenes a u s t r a l i a n o s c u y a c a j a d e h e r r a m i e n t a s n o c o m -
prendía más q u e a l g u n o s p o b r e s a r t e f a c t o s - d e p i e d r a , cuerno
o p i e l - s u p i e r o n , s i n e m b a r g o , e s t a b l e c e r c o n l o s s e r e s técnicos
r e l a c i o n e s d e u n a c o m p l e j i d a d q u e continúa a s o m b r a n d o a l o s a r -
queólogos: l o s d i f e r e n c i a l e s d e r e s i s t e n c i a q u e m a n e j a b a n l o s i b a n
a b u s c a r más b i e n e n e l t e j i d o d e l o s m i t o s y l a s u t i l t e x t u r a d e
5 0 . V e r M c K e n z i e W a r k , Un manifiesto hacker, B a r c e l o n a , A l p h a D e c a y , 2 0 0 6 .
5 1 . V e r "3° Encontró N a c i o n a l d e A g r i c u l t o r a s e A g r i c u l t o r e s E x p e r i m e n t a -
d o r e s t e r m i n a c e l e b r a n d o a p a r t i l h a e a uniáo", AS PTA, 1° d e n o v i e m b r e d e
2013, disponible e n aspta.org.br.
5 2 . L a t o u r clasificaría e s o s e j e m p l o s c o m o o t r o s t a n t o s c a s o s d e e n t r e -
c r u z a m i e n t o d e l m o d o d e e x i s t e n c i a d e l a técnica [TEC] c o n o t r o s d i v e r s o s
m o d o s d e e x i s t e n c i a ( [ R E P ] reproducción, [ O R G ] organización, [POL] política,
e t c . ) ; v e r B r u n o L a t o u r , Investigación sobre los modos de existencia, o p .
cit. No t e n e m o s nada para objetar sobre esto.
D H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
A
N

l o s vínculos d e p a r e n t e s c o y de l o s p a i s a j e s . Que su materialidad tares mejorados en que nos (des)encarnaremos en aquella

w
s sea débil a los ojos de los colonizadores no dice nada sobre la in- fusión tecnomístíca g e n e r a d o r a d e l h o m b r e cósmico, m u e s -
K ventiva, la resistencia y la durabilidad de su funcionamiento. Para t r e n u n a "inteligencia artificial" lo suficientemente perspicaz
I conservar las oportunidades de negociación sobre los sucesores de p a r a r e s i s t i r l a e s t u p i d e z n a t u r a l de los h u m a n o s , o p t a n d o
/ los dispositivos actuales de producción, es esencial restituir a los p o r u n a mecanopolítica d e l a s u f i c i e n c i a i n t e n s i v a :
seres de la técnica una capacidad de combinación que los libere
V
por completo de la pesada instrumentalidad. Libertad de maniobra Llámase T e s t d e M a u l d i n : u n a señal p a r a s a b e r s i u n a entidad
I
V indispensable para inventar los dispositivos que habrá que instalar artificial es realmente inteligente puede ser cuando ella deci-
E en su lugar cuando haya que desmantelar el imposible frente de de, a b r u p t a m e n t e , dejar de cooperar c o n l a aceleración d e l a
I
modernización. S i e lverbo "ecologizar" debe transformarse e n l a lA ( I n t e l i g e n c i a A r t i f i c i a l ) . N o p r o g r a m a r s u s u c e s o r . F r e n a r . L o
R
O alternativa a l verbo "modernizar", tendremos necesidad de es- suficiente para vivir. Solo vivir.
S t a b l e c e r c o n l o s s e r e s técnicos t r a n s a c c i o n e s m u y d i f e r e n t e s . ^ '

E n u n a versión electrónica d e l a m i s m a Investigación,
e l a u t o r a g r e g a u n a n o t a s o b r e e s a relación i n e s p e r a d a
e n t r e l a tecnología "neolítica" d e l o s aborígenes y e l d e s -
m a n t e l a m i e n t o p o r v e n i r d e l f r e n t e d e modernización, o l o
q u e l l a m a m o s intensificación no material d e n u e s t r o m o d o
d e v i d a . D e j a así e n c l a r o e l s i g n i f i c a d o d e s u plus intra
c o m o afirmación d e u n a posición n o a c e l e r a c i o n i s t a , n o
t e c n o - t r i u n f a l i s t a a c e r c a d e l n u e v o nomos d e l a T i e r r a :
L a antropología d e l a s técnicas, l a e t n o t e c n o l o g i a , l a etnoar-
queología, c a d a c u a l a s u m o d o , h a n m u l t i p l i c a d o l a s d e s c r i p -
c i o n e s a l t e r n a t i v a s q u e p e r m i t e n s e p a r a r l a técnica d e l estrecho
r e p e r t o r i o etnocéntrico d e l a producción, d e l t r a b a j o , d e l a " b a s e
material", sin perder con ello nada del aobjetividad t a n particu-
l a r q u e e l e n c u e n t r o c o n l o s s e r e s d e TEC f a c i l i t a .
Eso para n o evocar l a i n t e r e s a n t e p o s i b i l i d a d , p o r a h o r a
t a n ficcional c o m o l o s sueños de l o s s i n g u l a r i t a n o s , d e q u e
l a s p r o p i a s máquinas m e t a - u n i v e r s a l e s d e l f u t u r o , l o s a v a -
C o m o s i a l final l a s máquinas se h u b i e s e n v u e l t o c a p a -
c e s d e r e s i n t e t i z a r motu propio l a visión profética d e C a e -
t a n o V e l o s o s o b r e l a figura p o r v e n i r d e l terrícola, a s a b e r ,
e l i n d i o , a q u e l q u e e s - p o r q u e será, p o r q u e s i e m p r e f u e -
"más a v a n z a d o q u e l a más a v a n z a d a d e l a s tecnologías".
A l a s técnicas terrícolas, finalmente, e s n e c e s a r i o a g r e -
g a r e l i n m e n s o r e p e r t o r i o d e détours téchnigues, l a s i m p r o -
v i s a d a s s o l u c i o n e s q u e m o v i l i z a l a evolución d a r w i n i a n a d e
los organismos. No pensamos, por lo t a n t o , a lcontrario de
l o q u e d e f i e n d e L a t o u r e n e l capítulo 8 d e s u Investiga-
ción, q u e l a s técnicas p r e c e d a n histórica y ontológicamente
al h u m a n o solo por haberlo hecho ( y por haberlo hecho
c o m o Homo faber). L a solución i m p r o v i s a d a , e l r e m i e n d o
o l a maña técnica, e s antropogenética p o r q u e es inherente
al viviente. P a r a u s a r e l l e n g u a j e d e l a Investigación, e l e n -
t r e c r u z a m i e n t o REP-TEC v i e n e s i e n d o p r a c t i c a d o h a c e c i e n t o s
d e m i l l o n e s d e años p o r l o s s e r e s v i v o s ; i n c l u s o t a l v e z s e a
l o q u e p e r m i t a d i f e r e n c i a r , d e n t r o d e l m o d o u n i v e r s a l [REP],
e n t r e las t r a y e c t o r i a s de los e x i s t e n t e s a n i m a d o s e i n a n i m a -
d o s . D e f o r m a recíproca, s a b e m o s q u e v a r i a s " e l e c c i o n e s téc-
n i c a s " h u m a n a s p r o v o c a r o n o podrán p r o v o c a r l a extinción

5 3 . B r u n o L a t o u r , Investigación sobre los modos de existencia, op. cit.,

p. 2 2 7 ; e lsubrayado es n u e s t r o . 5 4 . D a v i d Brín, Existence, Londres, Orbit, 2012, p. 448.
D H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
A
N
J d e l a e s p e c i e ( e v e n t o p e r t i n e n t e a l m o d o [REP]) s i n n i n g u n a
5 p o s i b i l i d a d d e " r e c o m e n z a r v a r i a s v e c e s " ( t a l reanudación
K c o r r e c t i v a e s d e f i n i d o r a d e [TEC], según L a t o u r ) . L a t e c n o -
logía bélica n u c l e a r e s e l e j e m p l o más o b v i o , p e r o n i de
l e j o s e l único. ¿Qué e s l a p r e s e n t e catástrofe a m b i e n t a l y l a
a m e n a z a q u e e l l a r e p r e s e n t a p a r a t o d o s l o s h u m a n o s , s i no
l a c o n s e c u e n c i a d e j r r i mnnú técnicas"?
¿Y cuántas d e e l l a s p e r m i t e n ^ o ¿ermitirán^
de n u e v o " , o t r a " c h a n c e " ? "
U n a v e z q u e s e a c e p t a e s a definición a m p l i a d a d e "téc-
Q n i c a " o "tecnología", e s p o s i b l e v e r d e m o d o más c l a r o que
S l a división e n t r e h u m a n o s y terrícolas n o e s s o l o i n h e r e n t e
a n u e s t r a especie (esto es algo, creemos, c o n lo que Latour
fácilmente coincidiría). L a g u e r r a d e G a i a o p o n e dos c a m p o s
o partidos poblados de h u m a n o s y n o - h u m a n o s : animales,
p l a n t a s , máquinas, ríos, g l a c i a r e s , océanos, e l e m e n t o s quí-
m i c o s , e n fin, t o d a l a g a m a d e e x i s t e n t e s q u e s e e n c u e n -
S t r a n involucrados e n e l advenimiento del Antropoceno, y
c u y a p e r s i s t e n c i a ( c o n sus " t r a y e c t o r i a s " , " h i a t o s " , "pases"
y " c o n d i c i o n e s d e f e l i c i d a d " específicas) s e sitúa, v i r t u a l o
actualmente, como " n e g a n d o " el campo opuesto o "negada"
p o r él y , p o r c o n s i g u i e n t e , e n l a situación s c h m i t t i a n a de
enemigo político}^ L o s v i r u s l e t a l e s q u e s e p r o p a g a n j u n -
to con e l igualmente devastador t u r i s m o intercontinental,
l a numerosísima f a u n a simbiótica q u e evolucionó a l a par
5 5 . L a distinción REP-TEC d e l a Investigación n o s p a r e c e , e n s u m a , m a r c a d a
p o r u n c i e r t o a n t r o p o c e n t r i s m o d e l o s m o d e r n o s , c o m o así también - n o
podría s e r d e o t r a m a n e r a - t o d a l a ontología d e l o s m o d e r n o s d e s c r i p t a e n
e l l i b r o , m i s m o e n l a versión p l u r a l i z a d a y r e c o n s t r u i d a p o r L a t o u r d e esa
ontología. A l c o n t e m p l a r e l c u a d r o d e l o s q u i n c e m o d o s d e e x i s t e n c i a c o n e l
q u e s e c i e r r a l a Investigación, n o p o d e m o s d e j a r d e c o n s t a t a r q u e - p a r a f r a -
s e a n d o a u n c o n o c i d o filósofo- l o s anímales y o t r o s v i v i e n t e s s o n " p o b r e s "
e n m o d o s d e e x i s t e n c i a , m i e n t r a s l o s h u m a n o s ( y m u c h o más l o s m o d e r n o s )
aparecen como eminentes "configuradores" demodos de existencia.
5 6 . Aquí e s t a m o s s i g u i e n d o a L a t o u r , p e r o n o s e n e c e s i t a a S c h m i t t para
s a b e r l o q u e e s u n e n e m i g o político.
EN L A G U E R R A D E G A I A
del aparato digestivo h u m a n o , las bacterias d e f i n i t i v a m e n -
t e r e s i s t e n t e s a l o s antibióticos," l a s a r m a s atómicas q u e ^
e n s i l e n c i o a g u a r d a n s u h o r a e n s i l o s subterráneos y e n /
s u b m a r i n o s e n m o v i m i e n t o p e r p e t u o , l a i n c o n t a b l e legión /
d e a n i m a l e s c o n f i n a d o s y t o r t u r a d o s e n c a m p o s d e extermí- ;
n i o p a r a l a extracción d e proteína," l a s p o d e r o s a s fábricas '
d e m e t a n o i n s t a l a d a s e n l o s estómagos d e l o s m i l l o n e s d e
r u m i a n t e s "creados" para e l agronegocio, l a s devastadoras
i n u n d a c i o n e s y sequías c a u s a d a s p o r e l c a l e n t a m i e n t o g l o -
b a l , e l m a r d e A r a l q u e s e volvió u n d e s i e r t o , l a s d e c e -
n a s d e m i l l a r e s d e e s p e c i e s q u e s e e x t i n g u e n c a d a año ( a
u n a t a s a c o m o mínimo m i l v e c e s m a y o r q u e l a t a s a m e d i a
d e desaparición e n l a e s c a l a e v o l u t i v a ) , " l a deforestación
acelerada de l a A m a z o n i a y de Indonesia, e l represamiento
d e l a c u e n c a amazónica p a r a l a generación d e energía h i - )
droeléctrica ( c o n e f e c t o s m a c r o r r e g i o n a l e s p r o b a b l e m e n t e |
m u y n e f a s t o s , s i n o catastróficos), l a saturación d e l o s s u e - \
l o s agrícolas p o r l o s p e s t i c i d a s d e B a y e r y d e BASE ( d o s d e \
l a s h o n o r a b l e s s u c e s o r a s d e l a IG F a r b e n , c u y a h i s t o r i a n o |
e s n e c e s a r i o r e c o r d a r aquí), e l b r a v o Amaranthus palme- \
ri, e l " a m a r a n t o i n c a " r e s i s t e n t e a l h e r b i c i d a R o u n d U p d e
M o n s a n t o q u e i n v a d e l a s p l a n t a c i o n e s d e s o j a transgénica
e n los Estados Unidos,' las semillas T e r m i n a t o r impuestas a
l o s a g r i c u l t o r e s p o r e s a m i s m a m a l d i t a corporación, a l a s
cuales se o p o n e n los cultivos tradicionales de t r i g o , m a n -
dioca, arroz, sorgo o m i j o cuidadosamente preservados por
los campesinos e n las zonas de resistencia a l a agroindus-
tria, los numerosos y misteriosos (para e lconsumidor) adi-
5 7 . ¿Quién d i j o q u e l a h i s t o r i a n o v a h a c i a atrás? V e r F e r g u s W a l s h ,
' " G o l d e n A g e ' o f a n t i b i o t i c s ' s e t t o e n d ' " , BBC News Health, 8 d e e n e r o d e
2 0 1 4 ; y e l i g u a l m e n t e , p r e o c u p a n t e - s i n o más- artículo d e L y n n P e e p l e s ,
' " T h e s t o m a c h b a c t e r i a t h a t c o u l d p r o l o n g y o u r U f e " , Huffington Post, 2 1
de m a y o d e 2 0 1 4 .
5 8 . V e r J o n a t h a n S a f r a n F o e r , Comer animales, B a r c e l o n a , S e i x B a r r a l , 2 0 1 1 .
5 9 . V e r E l i z a b e t h K o l b e r t , La sexta extinción, B a r c e l o n a , Crítica, 2 0 1 5 .

t i v o s químicos d e l o s a l i m e n t o s , l o s a n i m a l e s domésticos
y l o s p e r r o s policías, l o s o s o s q u e p i e r d e n l a p a c i e n c i a c o n
aquellos h u m a n o s que no saben respetar la diferencia entre
especies, e l i n s u s t i t u i b l e pueblo de abejas e n peligro de
extinción d e b i d o a u n a s i n e r g i a d e f a c t o r e s d e o r i g e n a n -
trópico, l o s d r o n e s a s e s i n o s , l a s o m n i p r e s e n t e s cámaras d e
v i g i l a n c i a , e l permafrost q u e d e r r i t e , I n t e r n e t , l o s satélites
d e l s i s t e m a GPS, l a p a r a f e r n a l i a d e i n s t r u m e n t o s , m o d e l o s
y e x p e r i m e n t o s científicos q u e p e r m i t e n e v a l u a r l a e v o l u -
ción d e l o s "límites p l a n e t a r i o s " , e n fin, e s o s i n n u m e r a b l e s
a g e n t e s , a g e n c i a s , a c t o r e s , a c t u a n t e s , a c c i o n e s , fenómenos,
o c o m o m e j o r s e l o s q u i e r a l l a m a r , s e v e n automáticamente
c o n v o c a d o s p o r l a g u e r r a d e G a i a -nótese q u e a l g u n o s , t a l
vez varios deellos, p u e d e n cambiar de campo (de efecto y
d e función) d e l a s m a n e r a s más i n e s p e r a d a s - y s e a r t i c u -
l a n con diferentes pueblos, colectivos, y organizaciones de
i n d i v i d u o s d e l a e s p e c i e Homo sapiens, l o s c u a l e s a s u v e z
se o p o n e n e n t r e sí e n l a m e d i d a m i s m a e n q u e m a n t i e n e n
alianzas con t a l m u l t i t u d de n o - h u m a n o s , esto es, e n l a
m i s m a medida delos intereses vitales que los u n e n a ellos.
S i n o e s m u y difícil e n u m e r a r a l o s n o - h u m a n o s q u e
están i m p l i c a d o s e n l a g u e r r a d e G a i a , y a v i m o s q u e
i d e n t i f i c a r quiénes s o n , dentro d e l a e s p e c i e h u m a n a , l o s
t e r f i c o l a s y s u s e n e m i g o s " h u m a n o s " n o e s t a n fácil. V i m o s
q u e L a t o u r a s o c i a a e s t o s últimos d e m a n e r a u n t a n t o g e -
nérica c o n l o s " m o d e r n o s " , e s t o e s , c o n t o d o s a q u e l l o s
a g e n t e s , d e c o r p o r a c i o n e s a países e i n d i v i d u o s , q u e s e
e n c u e n t r a n c o m p r o m e t i d o s de u n m o d o u otro (las dife-
rencias e n esos " m o d o s " e s , n o hace f a l t a r e p e t i r l o , abso-
l u t a m e n t e esencial) con el avance implacable del frente de
modernización. P e r o n o e s u n a t a r e a i m p o s i b l e , n i inútil,
nombrar a l m e n o s a a l g u n o s d e l o s r e p r e s e n t a n t e s d e l a lí-
n e a d e f r e n t e d e l ejército " h u m a n o " , l o s r e s p o n s a b l e s más
i n m e d i a t o s p o r e l a g r a v a m i e n t o c r e c i e n t e d e l a catástrofe
antropogénica y l o s i n t e r e s a d o s más d i r e c t o s (¿o debería-
m o s d e c i r d e s i n t e r e s a d o s ? ) e n l a d e r r o t a d e l o s terrícolas.
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
A fin d e c u e n t a s , p a r a c o m e n z a r , s o l o n o v e n t a g r a n d e s
compañías s o n r e s p o n s a b l e s p o r d o s t e r c i o s d e l a s e m i s i o -
n e s d e g a s e s d e e f e c t o i n v e r n a d e r o e n l a atmósfera t e r r e s -
t r e : C h e v r o n , E x x o n , BP, S h e l l , S a u d i A r a m c o , G a z P r o m ,
l a S t a t o i l n o r u e g a , l a brasileña Petrobrás, l a s e s t a t a l e s
d e explotación m i n e r a d e carbón d e países c o m o C h i n a ,
Rusia, Polonia...^" Les siguen nombres como Monsanto,
Dupont, Syngenta, Bayer, Cargill, Bunge,^' Dow, "nues-
t r a " V a l e , R i o T i n t o , Nestlé, l a s e m p r e s a s d e l o s s i n i e s t r o s
h e r m a n o s K o c h y m u c h a s o t r a s q u e también m e r e c e n s e r
señaladas p o r s u s v a r i a d a s c o n t r i b u c i o n e s a l a conversión
d e l " m o n o n a t u r a l i s m o " cosmológico d e l o s m o d e r n o s e n
u n a megaeconomía agrícola d e m o n o c u l t i v o s , a l a p e r t u r -
bación d u r a d e r a d e l o s c i c l o s geoquímicos d e l o s s u e l o s y
d e l a s a g u a s , a l a c o l o s a l polución a m b i e n t a l , a l a d i s t r i b u -
ción d e a l i m e n t o s p e r j u d i c i a l e s p a r a l a s a l u d h u m a n a . . .
R e p a r e m o s también e n l a l i s t a d e l o s 1 4 7 b a n c o s y demás
corporaciones conectadas e nu n a superred tentacular que
envuelve a lplaneta e nu n abrazo m o r t a l . . . Y no nos o l -
v i d e m o s d e m e n c i o n a r a l o s g o b i e r n o s d e países c o m o C a -
nadá, A u s t r a l i a , l o s E s t a d o s U n i d o s , B r a s i l y t a n t o s o t r o s
q u e v i e n e n p r o m o v i e n d o prácticas d e extracción d e c o m -
bustibles y minerales de alto potencial contaminante, ha-
c i e n d o l a v i s t a g o r d a a n t e l a deforestación, r e p r e s a n d o l o s
60. Ver " W h i c h fossil f u e l companies are m o s t responsible for climate chan-
g e ? " , The Guardian, 2 0 d e n o v i e m b r e d e 2 0 1 3 , d i s p o n i b l e e n t h e g u a r d i a n .
c o m . P a r a u n a l i s t a más r e c i e n t e d e l a s d o s c i e n t a s p r i n c i p a l e s compañías
e s t a t a l e s , c l a s i f i c a d a s e n función d e l a s p o t e n c i a l e s e m i s i o n e s d e c a r b o n o
d e s u s r e s e r v a s d e c o m b u s t i b l e s fósiles d e c l a r a d a s , v e r " T h e Carbón U n -
d e r g r o u n d 2 0 0 " , e n f o s s i l f r e e i n d e x e s . c o m ; así c o m o también e l s i t i o d e l a
Carbón Tracker Initiative e n c a r b o n t r a c k e r . o r g .
6 1 . V e r " T h e w o r l d ' s t o p 1 0 s e e d c o m p a n i e s : w h o o w n s N a t u r e ? " , GM Watch,
31 deenero de 2009, disponible e n gmwatch.org.
6 2 . Ver " F o o d Processing's Top 1 0 0 " , e n foodprocessing.com.
63. A n d y Coghlan y Debora MacKenzie, "Revealed;_the capitaUst network_
t h a t r u n s t h e w o r l d " , New Scientist, 2 0 1 1 , d i s p o n i b l e e n n e w s c i e n t i s t . c o m .

ríos, t r a b a n d o l a s n e g o c i a c i o n e s e n t o r n o d e l a catástrofe
climática... E n fin, l a l i s t a e s l a r g a p e r o n o e s i n f i n i t a . N o
e s e n c o n t r a d e l a "civilización", e l " p r o g r e s o " , l a " h i s t o -
r i a " , eí " d e s t i n o " o l a " h u m a n i d a d " , c o n c r e t a m e n t e , q u e
l o s terrícolas están l u c h a n d o , s i n o e n c o n t r a d e e s t a s e n -
t i d a d e s m e n c i o n a d a s . S o n e l l a s l a s q u e actúan en nombre
de l o s " h u m a n o s " .
P e r o v o l v a m o s a n u e s t r o s m i s t e r i o s o s terrícolas. V o l -
v a m o s p o r u n b r e v e i n s t a n t e a l a s cosmogonías y l a s e s -
catologías a m e r i n d i a s q u e evocábamos a l g u n a s páginas
atrás, c u a n d o hablábamos d e s u a n t r o p o m o r f i s m o estético
y s u p a m p s i q u i s m o metafísico, d o s c a r a s d e u n a m i s m a
ontología " a n i m i s t a " . E n u n m u n d o e n e l q u e " t o d o y a
está vivo", e s n e c e s a r i o d a r c u e n t a d e l a muerte7ésto e s ,
j u s t i f i c a r l a . L o s m i t o s indígenas v e n e l o r i g e n d e l a c u l -
t u r a y d e l a s o c i e d a d c o m o a l g o intrínsecamente l i g a d o a
l a v i d a d e l o s h u m a n o s , a l a m o r t a l i d a d c o m o condición
existencial. Esta es imaginada, por l o general, como e l
resultado n o de u ncrimen o pecado cometido contra u n a
d i v i n i d a d , s i n o d e u n engaño, u n d e s c u i d o , u n a c i e r t a e s -
tupidez inexplicable de nuestros antepasados. Lqs^huma-
nos arcaicos, cuando se e n f r e n t a r o n con ciertas a l t e r n a -
t i v a s o f r e c i d a s p o r e l d e m i u r g o , e r r a r o n e n s u elección y
t e r m i n a r o n envejeciendo y muriendo deprisa, en lugar de
v i v i r p a r a s i e m p r e c o m o o t r o s e x i s t e n t e s ( p i e d r a s , árboles
d e m a d e r a d u r a ) o d e p e r m a n e c e r p e r p e t u a m e n t e jóvenes
m e d i a n t e periódicos c a m b i o s d e p i e l , c o m o l a s s e r p i e n t e s
y d i s t i n t o s i n v e r t e b r a d o s . Agréguese a e s t o q u e , así c o m o
l a especiación posmítica derivó d e u n continuum i n t e n s i -
vo originario de consistencia "humana", las distinciones
Ínter e i n t r a c u l t u r a l e s e n l o s h u m a n o s a c t u a l e s s u e l e n s e r
explicadas como e l resultado del empobrecimiento demo-
gráfico d e l a h u m a n i d a d p r i m i g e n i a , e n p o c a s p a l a b r a s , d e
l a m o r t a n d a d (extinción p o r u n a catástrofe, e x t e r m i n i o
p o r u n a d i v i n i d a d ) s u f r i d a p o r u n a población e x c e s i v a -
m e n t e n u m e r o s a y d e m a s i a d o homogénea, c r e a n d o así l o s
H U M A N O S Y TERR
EN L A G U E R R A D
"vacíos" o l a g u n a s q u e p e r m i t i e r o n l a diversificación d e
la h u m a n i d a d e npueblos, tribus y clanes categorialmente
distintos.
A u n q u e se pueda l a m e n t a r l a necedad de nuestros a n -
cestros, n a d a de eso es v i s t o c o m o a b s o l u t a m e n t e n e g a t i v o .
Después d e t o d o , d i c e n l o s i n d i o s , s i l a s p e r s o n a s n o m u r i e -
s e n n o habría e s p a c i o d o n d e c r i a r y a l i m e n t a r a l a s f u t u -
r a s g e n e r a c i o n e s . "¿Cómo podríamos t e n e r h i j o s , s i viviése-
mos para siempre y e lm u n d o estuviese saturado de gente?
¿Dónde vivirían, qué comerían?", a c o s t u m b r a n c o m e n t a r l o s
narradores d e esos m i t o s . A h o r a , s i los a m e r i n d i o s , c o m o
muchísimos o t r o s p u e b l o s n o m o d e r n o s , c o m p a r t e n algún
o b j e t i v o c u l t u r a l f u n d a m e n t a l , e s t e e s e l d e tener hijos,
constituir cuerpos de parientes, aliarse por casamiento a
otros cuerpos de parientes, distribuirse y diseminarse e n
d e s c e n d i e n t e s ; p o r q u e l a s p e r s o n a s v i v e n en o t r a s p e r s o n a s ,
con o t r a s p e r s o / i a s , p o r ~ o t r a s p e r s o n a s . " * * E n fin, l o s indicñ
p r e f i e r e n mairténer u n a población r e l a t i v a m e n t e e s t a b l e e n
lugar de aumentar l a "productividad" y "perfeccionar" l a
tecnología d e m o d o d e c r e a r l a s c o n d i c i o n e s ( e l " e x c e d e n -
t e " ) p a r a q u e p u e d a h a b e r s i e m p r e más g e n t e , más n e c e s i -
d a d e s y m a s p r e o c u p a c i o n e s . E l p r e s e n t e etnográfico d e l a s
s o c i e d a d e s l e n t a s c o n t i e n e u n a figuración d e s u f u t u r o .
No se sabe con a b s o l u t a seguridad si esos m i t o s " m a l -
tusianos" preceden a l a conquista, pero todo indica que
sí. ThlmagiiíaciónTndígeira y a había p e n s a d o l a r e d u c - x
ción o r e t a r d a m i e n t o d e j i i ^ A j n t x o p . g _ c ^ e n o , p e r o c o l o c a n d o
el proceso e n e l origen antes que e n e l f i n del m u n d o .
N o iinagiñábafiT t a l ' v e z 7 Tué" s u m u i r f i o " irégarla~árTé~f b r u -
t a l m e n t e t o m a d o p o r l o s e u r o p e o s , e s o s alienígenas c o n f i -
guradores y desfiguradores de m u n d o s . E n cualquier caso,
l o q u e decíamos más a r r i b a a c e r c a d e q u e l o s i n d i o s tenían
6 4 . V e r M a r s h a l l S a h l i n s , What kinship is - and is not, C h i c a g o , U n i v e r s i t y
of Chicago Press, 2 0 1 3 .

a l g o más p a r a enseñarnos e n m a t e r i a d e a p o c a l i p s i s , d e
pérdidas d e m u n d o , catástrofes demográficas y f i n e s d e
la historia, es simplemente l osiguiente: jpara l o o u e b b s
n a t i v o s d e l a s Américas, e l f i n d e l m u n d o y a sucedió, c i n -
c o s i g l o s atrás. P a r a s e r más p r e c i s o s , l a p r i m e r a señal d e l
f i i T s e iñanifestó e l 1 2 d e o c t u b r e d e 1 4 9 2 . ( C o m o posteó
alguien e n Twitter alguna vez, "el primer indio que en-
contró a Colón h i z o u n pésimo d e s c u b r i m i e n t o " . . . ) L a p o -
blación indígena d e l c o n t i n e n t e , m a y o r q u e l a d e E u r o p a
e n a q u e l l a m i s m a época, p u e d e h a b e r p e r d i d o ( p o r l a a c -
ción c o m b i n a d a d e l o s v i r u s - l a v i r u e l a f u e e s p a n t o s a m e n -
t e l e t a l - , d e l h i e r r o , d e l a pólvora y d e l p a p e l - l o s t r a t a -
d o s , l a s b u l a s p a p a l e s , l a s encomiendas y , p o r s u p u e s t o , l a
Biblia-) hasta e l 9 5 % de s uefectivo a lo largo del primer
s i g l o y m e d i o d e l a c o n q u i s t a , l o q u e correspondería, d e
a c u e r d o c o n a l g u n o s demógrafos, a 1 / 5 d e l a población
d e l p l a n e t a . A s í , podríamos d a r e l n o m b r e d e P r i m e r a
Gran Extirrcicm Moderna a ese evento americano e n e l
que el Nuevo M u n d o fue alcanzado por el V i e j o como si se
tratase deu n planeta gigantesco, que proponemos llamar
Mercancía, e n analogía c o n e l p l a n e t a Melancolía d e L a r s
v o n Trier. E n m a t e r i a de concursos deapocalipsis, es cierto
que el genocidio americano de los siglos X V I y X V I I - l a m a -
y o r catástrofe demográfica d e l a h i s t o r i a h a s t a e l p r e s e n t e ,
c o n l a p o s i b l e excepción d e l a p e s t e n e g r a - c a u s a d o p o r e l
c h o q u e c o n e l p l a n e t a Mercancía s i e m p r e tendrá g a r a n t i -
zado s u l u g a r e n t r e las p r i m e r a s posiciones, por l o m e n o s
e n lo que concierne a l a especie h u m a n a , e incluso s i con-
sideramos las grandes posibilidades f u t u r a s d e u n a g u e r r a
nuclear o del megacalentamiento global.
6 5 . P a r a u n r e s u m e n d e l a c a l o r a d o d e b a t e s o b r e l a dimensión d e l i m p a c t o
demográfico d e l a invasión d e América, v e r e l b i e n d o c u m e n t a d o l i b r o - r e -
p o r t a j e d e C h a r l e s M a n n , 1491. Una nueva historia de las Américas antes
de Colón, M a d r i d , T a u r u s , 2 0 0 6 .
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A O E G A I A
E v i d e n t e m e n t e , e s t o s fines d e m u n d o p r o v o c a d o s p o r
e l a v a n c e d e l f r e n t e ( e n él s e n t i d o bélico) d e m o d e r n i z a -
ciórr/^üe s e i n i c i a , p r e c i s a m e n t e , c o n e l ¡plus ultra! d e l a ,
expárísióñ e u r o p e a d e l s i g l o X V I , continúan s u c e d i e n d o e r i
d i s t i n t a s e s c a l a s , e n v a r i o s l u g a r e s más o m e n o s r e m o t o s
del p l a n e t a , e n los t i e m p o s que c o r r e n . N o es preciso i n -
s i s t i r s o b r e l o q u e s u c e d e h o y e n África, e n N u e v a G u i n e a
y e n l a A m a z o n i a o , p a r a s i t u a r n o s más a l n o r t e , e n l o s
t e r r i t o r i o s indígenas d e l o s E s t a d o s U n i d o s y d e Canadá
" i m p a c t a d o s " p o r l o s p r o y e c t o s d e f r a c k i n g hidráulico. L a
p a l a b r a " f r a c k i n g " , e n v e r d a d , n o podría s e r más a p r o p i a -
d a : p u e s e s c o m o s i e l fin d e l m u n d o f u e s e u n aconteci-
miento fractal, q u e s e r e p r o d u c e i n d e f i n i d a m e n t e e n d i -
f e r e n t e s escalas, desde las guerras etnocidas e n d i s t i n t a s
p a r t e s d e África a l a s e s i n a t o sistemático d e líderes indíge-
nas o de m i l i t a n t e s a m b i e n t a l i s t a s e n l a A m a z o n i a , desde
l a c o m p r a d e g i g a n t e s c o s t e r r i t o r i o s d e países p o b r e s p o r
p a r t e d e p o t e n c i a s h i p e r i n d u s t r i a l e s a l a apropiación y
deforestación d e t i e r r a s indígenas e n función d e i n t e r e s e s
t a n t o m i n e r o s c o m o d e l a g r o n e g o c i o , a l a expulsión d e
f a m i l i a s c a m p e s i n a s p a r a l a ampliación d e u n c a m p o d e
s o j a transgénica... E s o p o r n o h a b l a r d e l a "fractalización"
d e l fin q u e a t r a v i e s a d e a r r i b a a b a j o a l a G r a n C a d e n a d e l
Ser,^^ c o n l a desaparición d e l o s i n n u m e r a b l e s Umwelten
de los v i v i e n t e s . Gaia e s " s o l o " e l n o m b r e d e l a s u m a t o r i a
final - e n t o d o s l o s T e n t i d o s d e e s t e a d j e t i v o - d e t o d a s
e s a s figuras d e l fin: G a i a , e n s u m a , e s e l p u n t o máximo
que podemos alcanzar.
S i i a , Aménc^indíg£na_iie^^ y XVII repre-
sentó, p a r a l o s h u m a n o s q u e l a i n v a d i e r o n , u n m u n d o s i q
6 6 . V e r " E x t i n c t i o n c r i s i s continúes s p a c e " , I U C N , 3 d e n o v i e m b r e d e 2 0 0 9 ,
disponible e n i u c n . o r g , asi como el y a mencionado libro de Elizabeth Kol-
b e r t , La sexta extinción, o p . c i t . , y e l increíble s i t i o d e D a v i d U l a n s e y , The
Current Man Extinction, e n m y s t e r i u m . c o m / e x t i n c t i o n . h t m l , q u e d e s d e
1 9 9 8 a c u m u l a n o t i c i a s s o b r e l a a c t u a l extinción e n m a s a .

h o m b r e s - y a sea p o r q u e ellos l a d e s p o b l a r o n o b j e t i v a m e n t e ,
y a p o r q u e T o s h o m b r e s q u e e n c o n t r a r o n allí n o c u a d r a b a n
e n l a categoría d e l o s " h u m a n o s " - , l o s i n d i o s s o b r e v i -
v i e n t e s , l o s terrícolas d e p l e n o d e r e c h o d e a q u e l N u e v o
M u n d o , se v i e r o n , a l a inversa, como h o m b r e s sin m u n d o ,
náufragos, r e f u g i a d o s , i n q u i l i n o s p r e c a r i o s d e u n m u n d o
a l q u e y a n o podían p e r t e n e c e r , p u e s y a n o l e s p e r t e -
necía. 7, no obstante, inesperadamente, muchos de ellos
sobrevivieron. P a s a r o n a v i v i r e n otro mundo, u n m u n d o
de^ o t r o s , s u s i n v a s o r e s y señores. A l g u n o s d e e s o s náu-
fragos se a d a p t a r o n y se " m o d e r n i z a r o n " , pero e n g e n e r a l
lo hicieron de formas que poco t i e n e n que ver con l o que
los modernos e n t i e n d e n por eso; otros l u c h a n por m a n t e -
n e r l o p o c o d e m u n d o q u e l e s quedó, c o n l a e s p e r a n z a d e
que, m i e n t r a s t a n t o , los blancos no acaben por destruir s u
propio m u n d o , el delos blancos m i s m o s , ahora convertido
e n e l " m u n d o común" - e n u n s e n t i d o n a d a l a t o u r i a n o - d e
t o d o s los seres v i v o s .
N o s r e s u l t a f u e r t e m e n t e simbólico q u e u n a d e l a s r e -
c i e n t e s v e r s i o n e s d e l fin d e l m u n d o q u e logró e n t u s i a s m a r
a l a n u e v a generación d e e s p e c t a d o r e s p l a n e t a r i o s - l a v a s -
t a p l a t e a g l o b a l i z a d a d e l a r e d - h a y a s i d o e l así l l a m a d o
"Apocalipsis Maya", anunciado para e l 2 1 de diciembre de
2 0 1 2 . C o m o p o d e m o s c o n s t a t a r , e l m u n d o n o acabó, l o q u e
además, c o m o s e s a b e , n o e s t a b a p r e v i s t o , e n e s t o s térmi-
n o s , e n n i n g u n a tradición e s c r i t a u o r a l d e l o s m a y a s . A u n
así, a p e s a r d e l equívoco, n o n o s p a r e c e u n despropósito
v i n c u l a r el n o m b r e delos mayas a l aidea de " f i n del m u n -
d o " ; a l fin y a l c a b o , n o e s m e n o r e l h e c h o d e q u e l a única
fecha del calendario de origen supuestamente amerindio
que se v e i n c o r p o r a d a a l a c u l t u r a pop m u n d i a l se r e f i e r a
a u n apocalipsis.
E n v e r d a d , l a h i s t o r i a d e l o s m a y a s conoció v a r i o s
" f i n e s " . E n p r i m e r l u g a r , l a p o d e r o s a civilización m e s o a -
m e r i c a n a q u e n o s legó m o n u m e n t o s c o m o Chichón Itzá,
T i k a l o Copán sufrió u n a p r o g r e s i v a d e c a d e n c i a a l o l a r -
H U M A N O S Y TERRÍC
EN L A G U E R R A D E
go d e l o s siglos V I I a X a . C , p r o b a b l e m e n t e debida a
u n a combinación d e c o n f l i c t o s sociopolíticos ( r e b e l i o n e s
y g u e r r a s ) y u n p r o l o n g a d o estrés a m b i e n t a l (sequías
r e l a c i o n a d a s a períodos d e E l Niño, a g o t a m i e n t o d e l o s
s u e l o s ) , q u e finalmente llevó a l c o l a p s o d e l a s o c i e d a d ,
a l a b a n d o n o d e t o d a s a q u e l l a s pirámides y t e m p l o s m a -
j e s t u o s o s y , m u y p r o b a b l e m e n t e , d e l a c u l t u r a científica
y artística q u e florecía e n a q u e l l a s c i u d a d e s d e l a s e l v a .
P r i m e r " f i n d e l m u n d o " , p o r l o t a n t o , d e l período p r e c o -
lombino,^^ que nos puede servir de ejemplo y llamado de
atención f r e n t e a l o s p r o c e s o s contemporáneos e n l o s q u e
l a economía y l a ecología e n t r a n e n u n c o l a p s o recípro-
camente retroalimentado, a l mismo tiempo que estallan
"eventos insurreccionales" en distintas partes del planeta.
A continuación, c o n l a invasión d e América e n e l s i g l o
X V I , l o s m a y a s - c o m o l o s demás p u e b l o s d e l c o n t i n e n t e -
f u e r o n s o m e t i d o s y e s c l a v i z a d o s , además d e d e v a s t a d o s
por lasepidemias que trajo e l invasor.^^ E l genocidio de
l o s p u e b l o s a m e r i n d i o s - e l fin d e l m u n d o p a r a e l l o s - f u e e l
i n i c i o d e l m u n d o m o d e r n o e n E u r o p a : s i n l a expoliación d e
América, E u r o p a jamás habría d e j a d o d e s e r e l p a t i o t r a s e -
ro de Eurasia, c o n t i n e n t e que abrigaba, durante l a "Edad
M e d i a " , a c i v i l i z a c i o n e s i n m e n s a m e n t e más r i c a s q u e l a s
6 7 . ¿O t a l v e z s o l o e s o q u e e s aún más i m p e n s a b l e q u e e l fin d e l m u n -
d o , e l c o l a p s o d e u n E s t a d o , e l fin d e l E s t a d o , c o n l a recuperación d e l a
autodeterminación d e l o s p u e b l o s a él s o m e t i d o s ? S i , c o m o decía W a l t e r
Benjamín, t o d o d o c u m e n t o d e c u l t u r a e s a l m i s m o t i e m p o u n d o c u m e n t o
d e b a r b a r i e , e n t o n c e s e s o s e a p l i c a también a l o s g r a n d e s t r a b a j o s , m o n u -
m e n t o s y c o n o c i m i e n t o s delas civilizaciones mesoamericanas y andinas.
6 8 . H e aquí l o q u e p e n s a b a e l g r a n teórico d e l nomos d e l a T i e r r a s o b r e e s e
proceso: "La superioridad e s p i r i t u a l se encontraba t a n p l e n a m e n t e del lado
e u r o p e o , y d e u n m o d o t a n r a d i c a l , q u e e l N u e v o M u n d o p u d o ser ' t o m a d o ' " ;
C a r i S c h m i t t , El nomos de la Tierra en el Derecho de Gentes del "Juspublicum
europaeum", B u e n o s A i r e s , S t r u h a r t & Cía., 2 0 0 5 , p . 1 2 4 . ¿Será u n e c o d e
l a p e r v e r s a formulación h e g e l i a n a , según l a c u a l l a civilización a m e r i c a n a
" t e n i a q u e s u c u m b i r t a n p r o n t o s e a c e r c a s e a e l l a e l espíritu"?

e u r o p e a s ( B i z a n c i o , C h i n a , I n d i a , e l m u n d o árabe). S i n
e l s a q u e o d e l a s Américas, n o existiría e l c a p i t a l i s m o , n i
h u b i e s e e x i s t i d o , más t a r d e , l a revolución i n d u s t r i a l ; p o r
l o t a n t o , t a l v e z , t a m p o c o existiría e l A n t r o p o c e n o . E s t e
fin d e l m u n d o q u e alcanzó a t o d o s l o s p u e b l o s a m e r i n d i o s
e s i n c l u s o más emblemático, e n e l c a s o d e l o s m a y a s , e n
vista del hecho de que e llibelo i n a u g u r a l contra el geno-
c i d i o a m e r i c a n o p r o v i e n e d e l puño d e l o b i s p o d e C h i a p a s ,
Bartolomé d e l a s C a s a s , c o r a j u d o campeón d e l o s d e r e c h o s
indígenas, o p r e s o r t e m p r a n a m e n t e a r r e p e n t i d o d e l b r u t a l
t r a t a m i e n t o q u e l o s m u y católicos e u r o p e o s infligían a l o s
Vjndios de s u obispado.
Í A pesar de todo esto, a pesar de haber pasado por su-
cesiVos fines-del-mundo, de haberse visto reducidos a u n
campesinado pobre y oprimido, de tener su territorio divi-
d i d o y a d m i n i s t r a d o p o r d i s t i n t o s E s t a d o s n a c i o n a l e s (Mé-
xico, Guatemala, Belice, Honduras, El Salvador), los mayas
continúan e x i s t i e n d o , s u población a u m e n t a , s u l e n g u a
florece, su m u n d o resiste, disminuido pero irredento.))
Pues son j u s t a m e n t e los mayas quienes nos ofrecen,
h o y , e l m e j o r e j e m p l o quizás d e u n a insurrección p o p u -
lar exitosa (en e l sentido de n o haberse transformado e n
o t r a c o s a ) c o n t r a e l m o n s t r u o bicéfalo E s t a d o - m e r c a d o q u e
o p r i m e a l a s minorías d e l p l a n e t a : e l único a l z a m i e n t o d e
u n p u e b l o indígena d e América L a t i n a q u e logró m a n t e -
nerse sin degenerar e n otro proyecto estatal nacionalista
y , l o q u e e s p o r demás i m p o r t a n t e , q u e rápidamente dejó
d e a p o y a r s e e n l a v i e j a escatología r e v o l u c i o n a r i a " m a r -
x i s t a " ( e n verdad cristiana de cabo a r a b o ) , con que Euro-
p a , p o r m e d i o d e s u s i n s o p o r t a b l e s intelectuales-clérigos,
continúa q u e r i e n d o c o n t r o l a r l a s l u c h a s d e liberación d e
l o s p u e b l o s , p a r a t r a z a r u n c a m i n o cosmopolítico p r o p i o .
E s t a m o s refiriéndonos, c l a r o está, a l m o v i m i e n t o z a p a t i s t a ,
e s a s i n g u l a r rebelión q u e e s u n m o d e l o d e " s u s t e n t a b i l i -
d a d " ; s u s t e n t a b i l i d a d política también y s o b r e t o d o . L o s
mayas, que vivieron varios fines-del-mundo, nos muestran
H U M A N O S Y TERRÍCOLAS
EN L A G U E R R A D E G A I A
h o y cómo e s p o s i b l e v i v i r después d e l fin d e l m u n d o ; cómo,
e n s u m a , es posible desafiar al Estado y al mercado, y hacer
v a l e r e l d e r e c h o d e l o s p u e b l o s a l a autodeterminación.
V e r d a d e r o s e s p e c i a l i s t a s e n fines d e l m u n d o , l o s m a y a s
- y t o d o s l o s demás p u e b l o s indígenas d e l a s Américas-
t i e n e n m u c h o p a r a enseñarnos, a h o r a q u e e s t a m o s e n e l
i n i c i o d e u n p r o c e s o d e transformación d e l p l a n e t a q u e
e r f a l g q ^ s e p a r e c e a l a América d e l s i g l o X V I : e s u n m u n d o
i n v a d i d o , a r r a s a d o y d i e z m a d o p o r bárbaros e x t r a n j e r o s .
Imagínese e l l e c t o r ^ ^ q u e esté v i e n d o ( o a c t u a n d o e n ) u n a
d e e s a s películas c l a s e B d e c i e n c i a ficción e n l a s q u e l a
T i e r r a e s i n v a d i d a p o r u n a r a z a d e alienígenas, q u e s e h a -
c e n p a s a r p o r h u m a n o s p a r a d o m i n a r e l p l a n e t a y así u t i -
l i z a r s u s r e c u r s o s , p o r q u e s u m u n d o d e o r i g e n y a s e agotó.
E n g e n e r a l , e n e s o s films l o s alienígenas s e a l i m e n t a n d e
l o s p r o p i o s h u m a n o s : d e s u s a n g r e , s u energía m e n t a l ,
o algo por e l estilo. A h o r a , imagine q u e esa historia y a
sucedió. I m a g i n e q u e l a r a z a alienígena s o m o s , e n v e r - s
dad, nosotros m i s m o s . Hemos sido invadidos por u n a raza
disfrazada de h u m a n o s , y descubrimos que ellos ganaron: ~
n o s o t r o s s o m o s e l l o s . ¿O s e tratará t a l v e z d e d o s e s p e c i e s
d e h u m a n o s , c o m o s u g i e r e L a t o u r ? ¿Una alienígena y o t r a
indígena? O t a l v e z s e a n todos y cada uno d e l o s h u m a n o s
l o s q u e estarían p a r t i d o s a l m e d i o , c o n u n a m i t a d a l i e -
nígena c o h a b i t a n d o c o n u n a m i t a d indígena d e n t r o d e l
m i s m o cuerpo; u nligero desajuste de l a sensibilidad nos i
habría l l e v a d o a p e r c i b i r e s t a autocolonización. D e e s t e i
m o d o , seríamos, n o s o t r o s t o d o s , indígenas, o s e a , t o d o s t e -
rrícolas, i n d i o s i n v a d i d o s p o r l o s e u r o p e o s , l o s " h u m a n o s " ;
fó'dos n o s o t r o s , i n c l u s i v e , c l a r o , l o s e u r o p e o s ( q u e f u e r o n
uñó dé l o s p r i m e r o s p u e b l o s terrícolas e n s e r i n v a d i d o s ) .
6 9 . V e r E d u a r d o V i v e i r o s d e C a s t r o , " D e s e n v o l v i m e n t o económico e r e e n -
v o l v i m e n t o cosmopolítico: d a n e c e s s i d a d e e x t e n s i v a á suficiéncia i n t e n -
siva", op. cit.
U n a p e r f e c t a duplicación e n i n t e n s i d a d {¡plus intra!), fin
d e l a s d i v i s i o n e s e n extensión: l o s i n v a s o r e s s o n l o s i n v a -
didos, los colonizados son los colonizadores. Despertamos
d e u n a p e s a d i l l a i n c o m p r e n s i b l e . Y , c o m o decía O s w a l d d e
EL MUNDO EN SUSPENSO
A n d r a d e , s o l a m e n t e e l h o m b r e d e s n u d o comprenderá.

l_

Desear la guerra contra las guerras futuras

y pasadas, la agonía contra todas las muertes,
y la herida contra todas las cicatrices, en nombre
del devenir y no de lo eterno.
Gilíes Deleuze y Félix Guattari

Hablamos de tres nombres q u en o s guiaron e n buena

p a r t e d e n u e s t r o r e c o r r i d o h a s t a aquí, p e r o faltó h a c e r
hincapié s o b r e u n último y n o m e n o s e s e n c i a l , e l d e I s a -
b e l l e S t e n g e r s . H a c e a l g u n o s años, p o r l o m e n o s d e s d e
En tiempos de catástrofes, e s t a filósofa v i e n e t r a y e n d o a
escena, j u n t o con Latour,' l a figura ambigua y compleja
d e G a i a , p u e s t a c o m o e l p e r s o n a j e - c l a v e p a r a l a comprensión

1. Este lo hace, creemos, desde s u " A n A t t e m p t a t a 'Compositionist M a n i -

festó'", New Literary History, n " 4 1 , 2 0 1 0 , p p . 4 7 1 - 4 9 0 .