Está en la página 1de 10

| J +J S O (pelbAat.lecf'5frá).

£ 13 ÍÍ* £ Acción de leer.


^ c & ^ ir5 2. f. Obra E l o y M a r t o s N ú ñ 4a
tí Mar Campos Fernández-Fígares
^0 Coordinadores
O
o
<D
VH

<D
5/3
Diccionario de

•*-»

tu
formas
^ o

lectura

Red Internacional de —
Universidades Lectoras WSANTILLANA
Diccionario de
nuevas formas
de lectura y escritura
Coordinadores:
Eloy Martos Núñez y
Mar Campos Fernández-Fígares

Red Internacional de
Universidades Lectoras SANTI LLANA
© 2013, d e la coordinación d e la obra, Eloy M a r t o s Núñez y M a r C a m p o s Fernández-Fígares
© 2013, d e cada entrada, el autor o los autores q u e la firman
© D e esta edición: 2013, Red Internacional d e Universidades Lectoras

E d i c i ó n : A l b e r t o M a r t í n Baró

D i r e c c i ó n d e a r t e : José Crespo

J e f e d e d e s a r r o l l o d e p r o y e c t o : Javier Tejeda
D i s e ñ o d e c u b i e r t a : Cristina Falcón M a l d o n a d o

D e s a r r o l l o g r á f i c o c u b i e r t a : José Luis García, Raúl d e A n d r é s

D i r e c c i ó n t é c n i c a : Á n g e l García Encinar

C o o r d i n a c i ó n t é c n i c a : Marisa Valbuena

D o c u m e n t a c i ó n : Marilé Rodrigálvarez

C o m p o s i c i ó n , c o n f e c c i ó n y m o n t a j e : A n t o n i o Díaz Costafreda

C o r r e c c i ó n : Cristina Duran González


R e v i s i ó n y d o c u m e n t a c i ó n : Aitana M a r t o s e ítaca Palmer

C r é d i t o s d e l a s i l u s t r a c i o n e s : A . Guerra; I. Rovira; J . J a i m e ; J . Lucas;


J. M. a
Escudero/ Biblioteca Escuela Traductores d e Toledo. Centro d e investigación
Universidad Castilla-La M a n c h a . ; J . Rosselló; M . S á n c h e z ; O R O N O Z ; P. López;
S. Enríquez/INS Pradolongo, M a d r i d ; S. Padura; X . S. Lobato; A . G . E. F O T O S T O C K /
Palladium, R a y g u n , Science Photo Library, Chevalier Virginie, J a m e s M c L o u g h l i n ,
A n t i q u e Research Cent., Christin Gilbert, Stuart Pearce, P e a t h e g e e Inc, Ingo Kuzia/lntro,
Helene Rogers, Venki Talath, Garry M o o r e , IFPA, Tim Ellis; A L B U M / O s c a r Elias,
H A X A N FILMS, LOLAFILMS; C O M S T O C K ; CONTIFOTO/UPPA; C O R D Ó N PRESS/
Corbis/Seth J o e l ; EFE/SIPA-PRESS/Soren Rasmussen, Tom S a m p s o n , YLI/SIPA I C O N O ;
FOTONONSTOP; GARCÍA-PELAYO/Juancho; G E T T Y I M A G E S SALES SPAIN/
Robert Nickelsberg, Thinkstock; H I G H R E S P R E S S S T O C K / A b l e S t o c k . c o m ; I. P R E Y S L E R ;
ISTOCKPHOTO; M U S E U M ICONOGRAFÍA/J. Martin; PRISMA ARCHIVO FOTOGRÁFICO/
L e e m a g e ; A . M a r t í n ; Esperanza C a m p o s , Pedro L. M e r i n o , Pilar C a m p o s , M a r C a m p o s ,
A n a C a m p o s , C E P U ; A L F A G U A R A ; A r t u r o Laso; B I B L I O T E C A DEL S E N A D O , M A D R I D ;
B I B L I O T E C A N A C I O N A L DE E S P A Ñ A / L a b o r a t o r i o Biblioteca Nacional; Cortesía d e A p p l e ;
Eduard Fortuny; L V M H / T A G H E U E R ; M A T T O N - B I L D ; M u s e o d e Bellas A r t e s d e Asturias;
M U S E O E S P A Ñ O L DE A R T E C O N T E M P O R Á N E O , M A D R I D ; M u s e o Vostell;
ARCHIVO SANTILLANA

I S B N : 978-84-680-0970-4
Printed in Spain

C P : 520659
Depósito legal: M-20108-2013

Queda prohibida, salvo excepción prevista en la


ley, cualquier forma de reproducción, distribución,
comunicación pública y transformación de esta
obra sin contar con autorización de los titulares
de la propiedad intelectual. La infracción de
los derechos mencionados puede ser constitutiva
de delito contra la propiedad intelectual (arts.
270 y ss. del Código Penal).
ÍNDICE
Prefacio 7 Curriculum 165

Autores 15 Derechos de autor 169

Alfabetización académica 17 Diccionarios 172

Alfabetización emocional 21 D i s c a p a c i t a d o s . S i s t e m a s d e lectura 175

Alfabetización informacional 24 Dislexia 178


A l f a b e t i z a c i ó n mediática 29 Dispositivos d e lectura 182

A l f a b e t i z a c i ó n plural 32 Documentos 185


Alfabetización temprana 36 Dramatización 187

A l f a b e t i z a c i ó n visual 38 Ecosistemas d e la lectura 189

Analfabetismo funcional 41 E d a d lectora 194


Análisis del discurso 43 Edición e n la n u b e 197
A n i m a c i ó n sociocultural. G e s t i ó n cultural 46 Edición participativa 199

Anime. Manga 48 Editores 201

Antologías 51 E d u c a c i ó n literaria 204

A p l i c a c i o n e s d e lectura 54 E d u c a c i ó n social 206

Archivo 56 E m p r e n d i m i e n t o y lectura 209

Audición 59 E m p r e s a s culturales 213

Bestseller 62 Entornos d e proximidad. Corografía 215

Biblioteca 65 Erotismo e n la literatura. Literatura erótica 218

Bibliotecas escolares 67 Escrilector 224

Bilingüismo 71 Escritores. Escuelas d e letras 227

Blogs 74 Escritura a m a t e u r , fan fiction 230

Bookcrossing 76 Espacios letrados 234

B r e c h a digital 79 Estadística y lectura 237


B u e n a s prácticas d e lectura y escritura 82 Estrategias d e lectura 240

Canon 85 E v a l u a c i ó n d e la lectura 243

C a r t o g r a f í a s lectoras 89 E v e n t o s letrados 247


C e n t r o s d e d o c u m e n t a c i ó n e n lectura Extensión universitaria 251
y escritura 91 Familia y lectura 254
Ciberliteratura 96 Fluidez y v e l o c i d a d lectora 257
C i e n c i a ficción y terror 100 F o m e n t o d e la lectura 260
C i n e y literatura 104 Fonología y fonética 266
Clásicos: a u t o r e s y textos 107 F o r m a t o s d e lectura 268
C l u b e s d e lectura 109 Fotografía y lectura 270
C o m e n t a r i o d e textos 112 Fracaso lector. Dificultades d e aprendizaje
C ó m i c e ilustración 115 e n la lectura 273
C o m p e t e n c i a e n c o m u n i c a c i ó n lingüística 120 G é n e r o . Perspectiva d e g é n e r o 276
C o m p e t e n c i a literaria 123 G é n e r o s literarios 279
C o m p e t e n c i a s lectoescritoras 126 Geometría 283
C o m p e t e n c i a s orales 132 G e s t u a l i d a d y lectura 287
C o m p r e n s i ó n lectora 135 G r a f í a s y escrituras 290
C o m u n i c a c i ó n n o verbal 138 Gramática 292
C o m u n i d a d e s d e aprendizaje 142 G u í a s d e lectura 295
C o m u n i d a d e s d e práctica 145 H a b i l i d a d e s , m i c r o h a b i l i d a d e s d e lectura 293
Corpus 150 H á b i t o lector 301
Crítica literaria 153 Hermenéutica, interpretación,
C u e n t o s folclóricos, literarios. M i c r o r r e l a t o s 156 r e c e p c i ó n del texto 304

C u l t u r a letrada y cibercultura 160 Herramientas e instrumentos documentales.... 306

Diccionario d e n u e v a s f o r m a s d e lectura y escritura • 5


Hipertexto 308 M e d i a d o r e s d e lectura 499
Humor 310 Medida 501
Inclusión 314 Medios de comunicación de masas 504
Inferencia 318 Microblogging, Twitter 507
I n n o v a c i ó n y sostenibilidad 321 M o d a l i d a d e s d e lectura. Lectura m u l t i m o d a l 509
Instituciones d e lectura 326 N a r r a c i ó n oral. C u e n t a c u e n t o s 511
Interculturalidad 330 Narrativa t r a n s m e d i a 515
Intertexto lector 335 Narrativas personales, escrituras p o p u l a r e s 517
Intriga policiaca y e n i g m a s 339 Narratología 521
Investigación transdisciplinar N e o e v e m e r i s m o y recarga ficcional 524
e n lectura y escritura 343 Neurociencias 527
Itinerarios y prácticas d e lectura 346 N o r m a s d e estilo 530
Lectoescritura 350 N u e v o s e s t u d i o s d e literacidad 534
Lectoescritura m u l t i m e d i a 354 N u e v o s lectores, c o m u n i d a d e s lectoras 538
Lector i n g e n u o f r e n t e a lector e x p e r t o . O b r a s d e referencia 540
Leer e n t r e líneas 356 O c i o y lectura 544
Lectura científica 360 Oralidad 547
Lectura clínica 366 O r g a n i z a d o r e s gráficos 551
Lectura c o n e c t a d a 369 Paracosmos 554
Lectura crítica 371 P a t r i m o n i o cultural intangible.
Lectura d e i m á g e n e s 373 Folclore y posfolclore 558
Lectura e n la n u b e 376 P a t r o c i n a d o r e s d e la alfabetización
Lectura explorativa 378 vs. a l f a b e t i z a c i ó n c i u d a d a n a 562
Lectura fácil 380 Pedagogía 566
Lectura f r a g m e n t a r i a 382 Performances, n u e v a s prácticas culturales 569
Lectura literaria 384 Posmodernidad 572
Lectura musical 387 Postpoesía 576
Lectura oral, lectura e n v o z alta 389 Pragmática 578
Lectura poética 392 P r e g u n t a s al texto 581
Lectura rápida 395 Procesos d o c u m e n t a l e s 584
Lectura social, lectura c o l a b o r a t i v a 398 P u b l i c a c i o n e s periódicas 586
Lectura visual 401 R e d e s sociales 589
Lectura y literacidad 403 Resolución d e p r o b l e m a s 592
Lecturas d e i m a g i n a c i ó n 406 R e s u m e n y síntesis 596
Lecturas del paisaje. Ecocrítica Retórica y aprendizajes literarios 599
y mitopaisajes 410 R i z o m a . C o m u n i d a d e s locales 601
Leer el c u e r p o 413 Sagas 604
Leer el d e p o r t e 415 Segundas lenguas 609
Legibilidad, lecturabilidad 417 Semántica 611
Lexicografía 420 Sensorium audiovisual y j ó v e n e s 614
Lexicología 422 S o c i e d a d lectora 618
Librería 424 S u p e r h é r o e s y a n t i h é r o e s e n la cultura p o p u l a r 620
Libro e l e c t r ó n i c o 427 Talleres d e lectura y escritura 624
Libro e l e c t r ó n i c o : p l a t a f o r m a s d e v e n t a Teatro leído 627
y distribución 431 Técnicas d e e s t u d i o y prácticas d e lectura
Libro e n r i q u e c i d o 433 y escritura 629
Libro h o m o t é t i c o 436 Tematología 632
Libro social 438 Tesis d o c t o r a l e s 636
Libros para la primera infancia 440 Textocentrismo v s . electracy 640
Lingüística 443 Textos y fluidos 643
Literatura c a t a l a n a 445 Textualidades n u e v a s 646
Literatura c o m p a r a d a 454 Tipología d e textos 650
Literatura d e viajes 458 Tipología d o c u m e n t a l 654
Literatura e s p a ñ o l a 462 Tradiciones p o p u l a r e s y literatura infantil
Literatura fantástica 467 y juvenil 656
Literatura gallega 470 Traducción 659
Literatura infantil y juvenil 473 Valores y lectura 663
Literatura infantil y juvenil 2.0 476 Visualización 667
Literatura l a t i n o a m e r i c a n a 478 Vocabulario 670
Literatura líquida 485 V o l u n t a r i a d o y lectura 674
Literatura p o r t u g u e s a 487 Wikis 677
Literatura t r a n s m e d i a 491 C u a d r o s sinópticos 680
M a n d a s . Textos m á g i c o s 493 Referencias 685
M e d i a c i ó n lingüística 496 Agradecimientos 743

6 • Santillana
Co
r
Comunidades de práctica

Concepto

U n a c o m u n i d a d d e p r á c t i c a e s u n g r u p o social c a r a c t e r i z a d o p o r c o m p a r t i r u n a p r á c -

tica c o m ú n , r e c u r r e n t e y e s t a b l e e n el t i e m p o , e n la q u e los p a r t i c i p a n t e s d e s a r r o l l a n

el c o n o c i m i e n t o r e q u e r i d o para realizar sus t a r e a s . El g r u p o social c o n f i g u r a d o a

partir d e e s t a p r á c t i c a c o m ú n , e n e n t o r n o s e s c o l a r e s o l a b o r a l e s y c o n p a r t i c i p a n t e s

d e p r o c e d e n c i a s d i v e r s a s , se a u t o g e s t i o n a e n f u n c i ó n d e u n c o n j u n t o d e p r i o r i d a d e s

propias. El c o n c e p t o e s t á í n t i m a m e n t e r e l a c i o n a d o c o n el c o n c e p t o d e a p r e n d i z a j e :

«las c o m u n i d a d e s d e p r á c t i c a p u e d e n ser e n t e n d i d a s c o m o historias c o m p a r t i d a s

d e a p r e n d i z a j e » ( W e n g e r , 1 9 9 8 : 8 6 ; t r a d u c c i ó n n u e s t r a ; V á s q u e z B r o n f m a n , 2011).

T o d o s u j e t o social p e r t e n e c e a v a r i a s c o m u n i d a d e s d e p r á c t i c a . El c o n c e p t o se d e s a -

rrolla e n el m a r c o del e s t u d i o d e la d i m e n s i ó n social d e l a p r e n d i z a j e ( W e n g e r , 2 0 1 0 ) y

se p o p u l a r i z ó p r i n c i p a l m e n t e a partir d e las i n v e s t i g a c i o n e s d e L a v e y W e n g e r (1991)

c o n b a s e e n la o b r a d e V i g o t s k y (1961 [1934]), q u i e n f u n d a m e n t a el a p r e n d i z a j e i n t e -

ractivo y s i t u a d o a partir d e la c o l a b o r a c i ó n e n t r e a p r e n d i z y e x p e r t o . U n e j e m p l o e s

é a p r e n d i z a j e familiar d e las p a r t e r a s e n Y u c a t e c o el a p r e n d i z a j e f o r m a l i z a d o d e los

sastres vai y g o l a e n Á f r i c a o c c i d e n t a l ( L a v e y W e n g e r , 1 9 9 1 : 61-72).

8 c o n c e p t o se e s p e c i f i c a e n comunidad de aprendizaje c u a n d o se t r a t a d e u n g r u p o

social c o n b a s e e n c e n t r o s e d u c a t i v o s ( e n particular, e n e s c u e l a s , a u n q u e t a m b i é n e n

u n i v e r s i d a d e s y e n t o r n o s l a b o r a l e s ; S a m a r a s et al., 2 0 0 8 ) q u e a t r a v i e s a u n p r o c e s o

d e t r a n s f o r m a c i ó n h a c i a u n a c o n c e p c i ó n p a r t i c i p a t i v a e interactiva del a p r e n d i z a j e ,

e s decir, q u e b u s c a t r a n s f o r m a r s e e n u n a c o m u n i d a d d e p r á c t i c a específicamente

fajada a la e s c o l a r i z a c i ó n institucionalizada. S e d e f i n e , e n c o n c r e t o , c o m o « p r o y e c t o

cíe t r a n s f o r m a c i ó n social y cultural d e u n c e n t r o e d u c a t i v o y d e su e n t o r n o para

conseguir u n a s o c i e d a d d e la i n f o r m a c i ó n para t o d a s las p e r s o n a s , b a s a d a e n el

aprendizaje d i a l ó g i c o , m e d i a n t e u n a e d u c a c i ó n p a r t i c i p a t i v a d e la c o m u n i d a d » (Valls

C a r o l , 2 0 0 0 : 8). El c o n c e p t o se o r i e n t a e s p e c í f i c a m e n t e a t r a n s f o r m a r i n s t i t u c i o n e s

c o n altos niveles d e d e s i g u a l d a d social e n su p o b l a c i ó n e s t u d i a n t i l , c o n e l e v a d a s t a s a s

de f r a c a s o e s c o l a r y c o n e s t r a t e g i a s d e e n s e ñ a n z a - a p r e n d i z a j e t r a d i c i o n a l e s , a j e n a s a

las t r a n s f o r m a c i o n e s e n las a c t u a l e s s o c i e d a d e s m u l t i c u l t u r a l e s e i n f o r m a c i o n a l e s . E n

otras p a l a b r a s , los p r o y e c t o s d e c o m u n i d a d e s d e a p r e n d i z a j e t i e n e n c o m o o b j e t i v o

á e m o c r a t i z a r el a c c e s o a la e d u c a c i ó n , f a v o r e c i e n d o la i g u a l d a d e d u c a t i v a y social.

B e m e n t o s clave d e una c o m u n i d a d d e aprendizaje, q u e modifican profundamente

la d i n á m i c a e d u c a t i v a , s o n la inclusión d e las n u e v a s c o m p e t e n c i a s r e q u e r i d a s p o r la

s o c i e d a d d e la i n f o r m a c i ó n ( p o r e j e m p l o , s e l e c c i o n a r y analizar i n f o r m a c i ó n d e f o r m a

i e x i b l e y a u t ó n o m a ) , la h a b i l i t a c i ó n d e e s p a c i o s h o r i z o n t a l e s , n e g o c i a d o s y d i a l ó g i -

QDS e n el a u l a y e n el e n t o r n o s o c i a l , y la p a r t i c i p a c i ó n a c t i v a d e t o d o s los i n v o l u c r a d o s

en el p r o c e s o d e a p r e n d i z a j e ( p o r e j e m p l o , las f a m i l i a s d e los e s t u d i a n t e s ) (Elboj S a c o

fita/., 2 0 0 6 [ 2 0 0 2 ] : 20-26). El c o n c e p t o se f u n d a m e n t a e n t e o r í a s críticas e d u c a t i v a s

f r e i r é , 1970), s o c i o l ó g i c a s ( H a b e r m a s , 1987 [1981]) y p s i c o l ó g i c a s ( V i g o t s k y , 1961

[1934]). U n e j e m p l o d e c o m u n i d a d d e a p r e n d i z a j e e s el p r o y e c t o d e g e s t i ó n par-

i b p a t i v a d e s d e 1978 d e la E s c u e l a d e P e r s o n a s A d u l t a s La V e r n e d a - S a n t M a r t í d e

•arcelona (Elboj S a t o etai, 2 0 0 6 [2002]: 56-62).

Diccionario de nuevas formas de lectura y escritura • 145


Las comunidades de práctica pueden estar vinculadas a los centros educativos; así por ejemplo
las bibliotecas facilitan el trabajo de aprendizaje de la lectura.

C u a n d o la c o m u n i d a d d e práctica se caracteriza p o r su p a t r i m o n i o v e r b a l , se la d e n o -

m i n a c o m u n i d a d discursiva: g r u p o social identificado a partir d e u n c o n j u n t o c o m ú n d e

prácticas escritas q u e utiliza para llevar a c a b o objetivos sociales c o m u n e s . Los objetivos

s o n públicos y e s t á n s u f i c i e n t e m e n t e c o n s e n s u a d o s , y los m i e m b r o s p o s e e n , al igual

q u e e n las c o m u n i d a d e s d e práctica, diferentes g r a d o s d e c o n o c i m i e n t o y experiencia

d e n t r o d e la c o m u n i d a d , si bien es el n ú c l e o d u r o d e m i e m b r o s e x p e r t o s el q u e g a r a n -

tiza la estabilidad y c o n t i n u i d a d d e la c o m u n i d a d ( S w a l e s , 1 9 9 0 : 24-27). El p a t r i m o n i o

v e r b a l , su rasgo distintivo, consiste e n g é n e r o s discursivos ( p o r e j e m p l o , artículo d e

investigación, e n s a y o ) , v o c a b u l a r i o t é c n i c o y c a n a l e s d e c o m u n i c a c i ó n . D e esta m a n e r a ,

se desplaza el f o c o d e la práctica social situada a la práctica c o m u n i c a t i v a : « e n una

c o m u n i d a d discursiva, las n e c e s i d a d e s c o m u n i c a t i v a s d e sus objetivos t i e n d e n a p r e -

d o m i n a r e n el desarrollo y m a n t e n i m i e n t o d e sus características discursivas» (24; t r a -

d u c c i ó n nuestra). El c o n c e p t o s u r g e d e investigaciones etnolingüísticas ( H y m e s , 1974) y

a n t r o p o l ó g i c a s ( G e e r t z , 1983), y g a n a especificidad a partir d e la o b r a d e S w a l e s (1990)

e n el m a r c o d e la e n s e ñ a n z a d e l e n g u a s para fines específicos ( D u d l e y - E v a n s , 1994).

U n e j e m p l o d e c o m u n i d a d discursiva n o a c a d é m i c a es el Círculo d e E s t u d i o d e H o n g

K o n g , q u e estudia estampillas d e e s e lugar y se c o m u n i c a p r i n c i p a l m e n t e a través d e

u n a p u b l i c a c i ó n bimestral propia ( S w a l e s , 1 9 9 0 : 27-28).

Por último, el c o n c e p t o d e cultura disciplinar discute la c o n c e p c i ó n estática y monolítica

q u e s u p o n e u n a c o m u n i d a d discursiva para p o n e r el f o c o , e n c a m b i o , e n la estructura

d e p o d e r q u e organiza a sus participantes y e n las d i n á m i c a s d e disputa e i m p o s i -

c i ó n d e prácticas c o m u n e s ( H y l a n d , 2 0 0 4 [ 2 0 0 0 ] : 8-12). P o r e s t e m o t i v o , las culturas

disciplinares se d e f i n e n c o m o « p l u r a l i d a d e s d e prácticas y c r e e n c i a s q u e articulan el

disenso y p e r m i t e n q u e los s u b g r u p o s y los individuos i n n o v e n d e n t r o d e los m á r g e n e s

d e sus prácticas, sin debilitar su habilidad para participar e n a c c i o n e s c o m u n e s » ( 1 1 ;

t r a d u c c i ó n nuestra). Delimita u n g r u p o social c a r a c t e r i z a d o p o r c o m p a r t i r prácticas

c o m u n i c a t i v a s específicas q u e d i s p u t a n , d e l i m i t a n y m a n t i e n e n m a r c o s e p i s t e m o l ó g i -

c o s y a c a d é m i c o s propios. D e esta m a n e r a , los t e x t o s q u e e s c r i b e n y l e e n e s t o s g r u p o s

sociales t i e n e n c o m o f u n c i ó n construir, negociar, validar y m a n t e n e r c o n o c i m i e n t o s

específicos, m a r c o s d e c r e e n c i a s y o r g a n i z a c i o n e s j e r á r q u i c a s . La cultura disciplinar

146 • Santillana
atiza, a d e m á s , la relación bidireccional y dialéctica e n t r e las prácticas letradas y los

reos e p i s t e m o l ó g i c o s d e los g r u p o s sociales disciplinares. La n o c i ó n s u r g e d e inves-

c i o n e s e n sociología d e la ciencia ( B o u r d i e u , 2 0 0 5 [1999]) y a n t r o p o l o g í a ( G e e r t z ,

3) reutilizadas d e n t r o d e l m a r c o d e los e s t u d i o s d e l discurso. La biología m o l e c u l a r

un e j e m p l o d e cultura disciplinar, caracterizada p o r ser u n a disciplina r e l a t i v a m e n t e

" v a y, e n sus textos, p o r utilizar m u c h a s m á s citas q u e otras disciplinas científicas

Nyland, 2 0 0 4 [ 2 0 0 0 ] : 3 4 ) .

Análisis

E n t e n d e r los g r u p o s sociales c o m o c o m u n i d a d e s d e p r á c t i c a p e r m i t e focalizar la

p r o d u c c i ó n d e c o n o c i m i e n t o d e n t r o d e las p r á c t i c a s sociales r e a l e s . E n c o n c r e t o , el

a p r e n d i z a p r e n d e a partir d e la gradual participación en la comunidad, y los distintos

grados d e p e r t e n e n c i a ( d e s d e periférica h a s t a c e n t r a l o c o m p l e t a ) y roles a s o c i a d o s

f o r m a n p a r t e d e su t r a y e c t o r i a d e p a r t i c i p a c i ó n e n c u a n t o m i e m b r o a c t i v o d e e s a

comunidad.

l a v a l i d a c i ó n d e la p a r t i c i p a c i ó n parcial c o m o instancia d e a p r e n d i z a j e s e d e n o m i n a

warticipación periférica legítima y s e d e f i n e c o m o « e l p r o c e s o a t r a v é s d e l c u a l los

h u e v o s miembros se vuelven parte d e una c o m u n i d a d d e práctica» (Lave y W e n g e r ,

1 9 9 1 : 2 9 ; t r a d u c c i ó n n u e s t r a ) . Esta p a r t i c i p a c i ó n a c t i v a , p e r t e n e n c i a identitaria y gra-

\éúa\ m a y o r i n v o l u c r a m i e n t o m o t i v a n al a p r e n d i z ( L a v e y W e n g e r , 1 9 9 1 : 122). D e esta

• a ñ e r a , se desacredita una concepción del aprendizaje c o m o transmisión p u r a m e n t e

p m t e m p l a t i v a , m e n t a l , r e p r o d u c t i v a y n o p a r t i c i p a t i v a d e c i e r t a s f o r m a s explícitas,

preposicionales, abstractas y convencionalizadas del conocimiento.

l o s casos paradigmáticos d e c o m u n i d a d e s d e práctica n o se p r o d u c e n e n escuelas,

fm decir, e n c e n t r o s e d u c a t i v o s f u e r t e m e n t e c u r r i c u l a r i z a d o s , sino q u e e n f a t i z a n el

'palor d e s i t u a c i o n e s sociales d e a p r e n d i z a j e ligadas a la p r á c t i c a y al rol d e l a p r e n d i z

t u e n t o r n o s s o c i o c u l t u r a l e s d i v e r s o s . La g r a n d i v e r s i d a d d e a g r u p a c i o n e s s o c i a l e s

qpie s e p u e d e n e n t e n d e r d e n t r o d e l e s p e c t r o d e la n o c i ó n d e c o m u n i d a d d e p r á c t i c a

[ « i n s t i t u y e t a n t o u n a m u e s t r a d e la p o t e n c i a d e l c o n c e p t o c o m o d e sus l i m i t a c i o n e s :

j f c a n z a r e n los r a s g o s e s p e c í f i c o s d e los g r u p o s sociales p o s i b l e m e n t e r e q u i e r a c o n -

c e p t o s m á s e s p e c í f i c o s q u e los d e f i n a n .

[ l a c o m u n i d a d d e práctica e n entornos escolarizados, entendida c o m o comunidad

á e a p r e n d i z a j e , habilita la t r a n s f o r m a c i ó n d e la d i n á m i c a d e las p r á c t i c a s e s c o l a r e s

« a d i c i o n a l e s . E n c o n c r e t o , las i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e c o m u n i d a d e s d e a p r e n d i z a j e

[ a c e n t ú a n la d e s c r i p c i ó n y el análisis d e su c r e a c i ó n y f u n c i o n a m i e n t o e n d i f e r e n t e s

¡ p i t e m o s s o c i o h i s t ó r i c o s e institucionales. E n e s t e s e n t i d o , s o n p r o p u e s t a s m u y l i g a -

b a s a t r a n s f o r m a r (o c o l a b o r a r c o n la t r a n s f o r m a c i ó n d e ) la r e a l i d a d d e i n s t i t u c i o n e s

pducativas concretas.

f o r m a similar a lo q u e s u c e d e c o n el c o n c e p t o d e c o m u n i d a d d e p r á c t i c a , la e s p e -

cificidad d e la c o n f i g u r a c i ó n d e c a d a c o m u n i d a d d e a p r e n d i z a j e n o e s t á d e t e r m i n a d a

¡por la d e f i n i c i ó n d e l c o n c e p t o .

Especificar las c o m u n i d a d e s d e p r á c t i c a a partir d e las p r á c t i c a s l e t r a d a s q u e les s o n

[ c o m u n e s , e s decir, a partir d e l c o n c e p t o d e c o m u n i d a d discursiva, resulta útil para

Diccionario de nuevas formas de lectura y escritura • 147


e s t u d i a r c o m u n i d a d e s c o n h á b i t o s y c a n a l e s discursivos e s p e c í f i c o s ( p o r e j e m p l o ,
p u b l i c a c i o n e s p e r i ó d i c a s , f o r o s , e v e n t o s ) d e c o m u n i c a c i ó n q u e j u e g a n u n rol c l a v e e n
su a g r u p a m i e n t o y p e r d u r a c i ó n relativa e n el t i e m p o . Es decir, para a b o r d a r g r u p o s
s o c i a l e s , e s c o l a r e s o n o , para los c u a l e s la c o m u n i c a c i ó n escrita sea el principal c a n a l
de intercambio.

A la inversa q u e los c o n c e p t o s p r e v i o s , la c o m u n i d a d discursiva a v a n z a e n la e s p e -


cificidad d e c i e r t a s p r á c t i c a s c e n t r a l e s (a saber, la lectura y la escritura). Si los límites
d e e s t e c o n c e p t o r a d i c a n e n su s i m p l i f i c a c i ó n d e las t e n s i o n e s y p u g n a s d e p o d e r , su
énfasis e n la a b s t r a c c i ó n d e los e l e m e n t o s h o m o g é n e o s c o m u n e s explica su a m p l i a
utilización e n la a l f a b e t i z a c i ó n a v a n z a d a .

E n g l o b a r las prácticas sociales, d e aprendizaje y discursivas d e u n g r u p o social bajo el


c o n c e p t o d e cultura disciplinar habilita u n a c a r a c t e r i z a c i ó n g l o b a l d e su f u n c i o n a m i e n t o
q u e n o d e s c o n o c e las t e n s i o n e s , d i v e r g e n c i a s y disputas q u e s u b y a c e n e n la c o n s t r u c -
c i ó n d e c o n s e n s o s m á s o m e n o s c o m p a r t i d o s . D e esta m a n e r a , se f o m e n t a una c o m -
prensión crítica d e los g r u p o s sociales c o n objetivos c o m u n e s . Por o t r o l a d o , p e r m i t e
c o m p r e n d e r c ó m o las prácticas sociales y discursivas g e n e r a n , s o s t i e n e n y m o d i f i c a n
los c o n o c i m i e n t o s c o m p a r t i d o s , así c o m o estos influyen s o b r e aquellas. El c o n c e p t o , sin
e m b a r g o , limita su a l c a n c e a la lógica d e las disciplinas a c a d é m i c a s y científicas.

Implicaciones prácticas

La n o c i ó n d e c o m u n i d a d d e práctica p e r m i t e optimizar las estrategias d e intervención


s o b r e los p r o c e s o s d e aprendizaje y t r a b a j o c o t i d i a n o . En particular, el c o n c e p t o a y u d a
a f o m e n t a r la c r e a c i ó n e i n v o l u c r a m i e n t o a c t i v o e n c o m u n i d a d e s d e práctica interac-
tivas y d o t a d a s d e s e n t i d o para sus m i e m b r o s , e n las q u e se intercambia y desarrolla
c o n o c i m i e n t o c o m ú n , ya q u e el aprendizaje se ubica e n la a c c i ó n participativa y colec-
tiva e n c o n t e x t o , y n o e n la asimilación individual d e c o n o c i m i e n t o a b s t r a c t o .

El e l e m e n t o m á s sobresaliente d e la t r a n s f o r m a c i ó n d e u n a institución e d u c a t i v a e n

u n a c o m u n i d a d d e aprendizaje es q u e el t r a b a j o d i a l o g a d o , n e g o c i a d o y c o n s e n s u a d o

e n t r e los participantes o t o r g a s e n t i d o y valor al p r o c e s o d e aprendizaje. E n e s t e sentido,

las prácticas c o m p a r t i d a s d e escritura y lectura s o n e s p e c i a l m e n t e factibles para p o n e r

e n m a r c h a a c t i v i d a d e s dialógicas p o t e n t e s d e n t r o d e u n a c o m u n i d a d d e aprendizaje.

El c o n c e p t o d e c o m u n i d a d discursiva p e r m i t e identificar los rasgos d e u n i f o r m i d a d y

c o n s e n s o e n las p r á c t i c a s l e t r a d a s del g r u p o social e s t u d i a d o y, p o r t a n t o , facilita la

e n s e ñ a n z a - a p r e n d i z a j e del escritor q u e p r e t e n d e ingresar e n la c o m u n i d a d e n c u r s o s

d e alfabetización avanzada.

La n o c i ó n d e cultura disciplinar p r o v e e u n a a p r o x i m a c i ó n e s p e c i a l m e n t e p o t e n t e para


c o n c e p t u a l i z a r c o m u n i d a d e s a c a d é m i c a s o científicas y para e n t e n d e r la investigación
científica c o m o una a c t i v i d a d social. Los textos escritos se c o n s i d e r a n las m a r c a s m á s
visibles y m á s utilizadas d e las prácticas sociales q u e caracterizan a las culturas a c a -
d é m i c a s y, p o r t a n t o , la n o c i ó n es útil para el e s t u d i o del m o d o escrito e n las f o r m a s
d e c o m u n i c a c i ó n d e los g r u p o s sociales. Si bien esta c o m p l e j i z a c i ó n d e los e l e m e n t o s
c o m u n e s y dispares d e n t r o d e u n a m i s m a c o m u n i d a d p u e d e plantear desafíos a p r o -
p u e s t a s m á s a b s t r a c t a s , es e v i d e n t e q u e c u m p l e u n a f u n c i ó n i m p o r t a n t e e n la f o r m a -
c i ó n d e lectores y escritores críticos c o n r e s p e c t o a las prácticas d e sus c o m u n i d a d e s .

148 • S a n t u l a r i a
Co

R E L A C I O N E S ENTRE CONCEPTOS

*firminos relacionados

munidad de aprendizaje, comunidad discursiva, cultura disciplinar.

deferencias

w r d i e u , P., 2 0 0 5 ( 1 9 9 9 ) ; D u d l e y - E v a n s , T., 1 9 9 4 ; Elboj S a s o , C , Puigdellívol A g u a d é ,

S o l e r G a l l a r t , M . y Valls C a r o l , R., 2 0 0 6 ( 2 0 0 2 ) ; Freiré, P., 1970; G e e r t z , C , 1994

» 3 ) ; H a b e r m a s , J . , 1987 (1981); H y l a n d , K., 2 0 0 4 ( 2 0 0 0 ) ; H y m e s , D. H., 1974; L a v e ,

f W e n g e r , E., 1 9 9 1 ; S a m a r a s , A . P., F r e e s e , A . R., K o s n i k , C . y B e c k , C . (eds.), 2 0 0 8 ;

Htes, J . M . , 1 9 9 0 ; Valls C a r o l , R., 2 0 0 0 ; V á s q u e z B r o n f m a n , S., 2 0 1 1 ; V i g o t s k y , L.

, 1 9 6 1 [1934]; W e n g e r , E., 1 9 9 8 , 2 0 1 0 .

FEDERICO NAVARRO, U N G S

Diccionario de nuevas formas de lectura y escritura • 149

También podría gustarte