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Allouch Jean - 213 Ocurrencias Con Jacques Lacan PDF
Allouch Jean - 213 Ocurrencias Con Jacques Lacan PDF
ocurrencias
con
Jacques Lacan
Jean Allouch
Traducción al español de
Marcelo Pasternac
y Nora Pasternac
0 SISTEMAS TECNICOS
DE EDICION, S.A. de C V
Versión en español de Ja obra titulada 132 bons mots avec Jacques Lacan, de lean
Allouch, publicada originalmente en francés por Editions Érés, littoral, Toulouse,
Francia © 1985.
ISB N 2-86586-050-7 •
ISBN 968-6579-13-3
Prim era edición: 1992
Prim era reimpresión: 1993
B C D E FG H1J K L - M - 9 9 S 7 6 5 4 3
¿A quién se ie p ara?
A cto fallido
A fu e ra
A nticipación
A s u n to arreg lad o
¿Ausencia?
Buen día
C afé caliente
C asam iento
Ciérrela
C ogido en la tra m p a
C ólera y d u lzu ra
C o m en za m o s
Conflicto con respecto al p róx im o encuentro
C o n ju ro
C on ocim ien to p aran o ico
C o n ozco u n o que
C onsejo dietético
C o n tra tie m p o
C onversación de café entre dos analizantes
C u a n d o “ perm itirse” no es “ au to riz arse”
C u estio n am ie n to
De la contem p lación
De un buen uso del esquem a L
Del yo
D em asiado caro
Denegación es ley
Denegación es ley (2)
Desanálisis
Después de después
Dialéctica de u n a intervención
Dicha
D onde se ve a Lacan fijar el precio de las sesiones
El analizante tenía razón
Él hab la de mí
El psicoanálisis, su público y el Estado
Él se habría olvidado a sí mismo
En caso de necesidad
¡Entonces se t ra ta b a de eso!
Ese nudo, ese fuego
¡Eso es!
Eso suele ocurrir. . .
E star o no estar en análisis
Falo im aginario
F alta de orto g ra fía
Fem inidad
Fin de análisis
Fin de análisis (2)
F o b ia con n om bre propio
G loria a ti
¿H abló él?
H erencia
H ola, ¿Lacan?
Indicación de analista
Inscripción en la E . F . P .
Interpretación
J a q u e al parricida
Lacan no contento
Land-rover
Leer y releer
¿Literato o psicoanalista?
M alestar en el análisis
M edicina
¿N eologism o o interpretación?
N o h ab ría hab ido sesión
N o m b re falso
P a p á re fu n fu ñ a
P a rto
P asa o fracasa
P edido de gracias
Placer
P leonasm o
P rim era noticia
P rim era sesión con Lacan
Prohibición
Puercoépico
Que. . . ¿o cola?
¿Que? ¿.Primero?
¿Quién es paciente?
¿Q uién paga los gastos?
R em olino de la dem an d a
Sala de espera
Se ro b a ro n el bastón (la canne)
Sesión de seminario, sesión de análisis
Sin aliento
S o ñ ar cuenta
Suicidio
Transcripción
T u rb a d a
U n a p a la b ra de más
Videncia
¿Y ahora?
Zen-análisis
Presentación de enfermo
A pesar de to d o
A un transexual
A dvertida
Aliento
C onsigna
C ulpabilidad
C uració n
E n los límites del saber
E n g ra n aje
Es simple
Escándalo
Esquizofrénico
Gentil m a m á
Hipnosis
Indicación de analista
Lacan difiriendo de él m ismo
Los elegidos p erd o n an
M arido to m a d o
M arido y m u jer
M oraleja
P alab ra im puesta
P uesta a p u n to
¿Q uién lo dirá?
¿Sabe?
Sonrisa
T elepatía
¿Topología. . . o geom etría?
Un tipo com o yo
Él se habría olvidado a sí mismo
En caso de necesidad
¡Entonces se tra ta b a de eso!
Ese n udo , ese fuego
¡Eso es!
Eso suele ocurrir. . .
E star o no estar en análisis
Falo im aginario
Falta de o rto grafía
Fem inidad
Fin de análisis
Fin de análisis (2)
F obia con n o m b re p rop io
Gloria a ti
¿H abló él?
H erencia
H ola, ¿Lacan?
Indicación de analista
Inscripción en la E .F .P .
Interpretación
Jaq u e al parricida
Lacan no contento
L and-rover
Leer y releer
¿L iterato o psicoanalista?
M alestar en el análisis
Medicina
¿N eologism o o interpretación?
N o h ab ría habid o sesión
N o m b re falso
P a p á refunfuñ a
P arlo
Pasa o fracasa
P edido de gracias
Placer
P leonasm o
Prim era noticia
P rim era sesión con Lacan
Prohibición
Puercoépico
Que. . . 6o cola?
¿Qué? ¿Prim ero?
¿Quién es paciente?
¿Q uien paga los gastos?
Rem olino de la d em and a
Sala de espera
Se ro b a ro n el bastón (la canne)
Sesión de sem inario, sesión de análisis
Sin aliento
S o ñar cuenta
Suicidio
T ranscripción
T u rb a d a
U n a p alab ra de más
Videncia
¿Y ahora?
Zen-análisis
Presentación de enfermo
A pesar de to d o
A un transexua!
A dvertida
Aliento
C onsigna
C ulpabilidad
C uració n
En los límites del saber
E n g ra n aje
Es simple
Escándalo
E squizofrénico
Gentil m a m á
Hipnosis
Indicación de analista
Lacan difiriendo de él mismo
Los elegidos p erd o n an
M arid o to m a d o
M arid o y m ujer
M oraleja
P a la b ra im puesta
P uesta a pu n to
¿Q uién lo dirá?
¿Sabe?
Sonrisa
Telepatía
¿Topología. . . o geom etría?
Un tipo co m o yo
Práctica del control
Encuentros
Jacques Lacan
S em inario del 22 de noviem bre de 1967
i E n f r a n c é s , c on ner ie ; q u e s i g n if i c a t o n t e r í a , p e r o c o n u n a c o a n o t a c i ó n m á s fuerc e, s e x u a l ,
p o r ser d e r i v a c i ó n d e ia p a l a b r a c o n . q u e q u i e r e d e c i r 1) v u l v a , c o n o (en E s p a ñ a ) , c o n c h a (en e! R í o
d e la P l a t a ) . ei c.; y 2) t o m o , i m b é c i l, et c. E x i s t e n f o r m a s lo c al es en d i s t i n t o s pa í s e s d e h a b l a e s p a ñ o
la: p e n d e j a d a , b o l u u e z , p e i o t u d e z , j i l i p o i l a d a , etc.
L a i r a d u c c i ó n p o r “ í o n t e n a ' 1 fu e l a r g a m e n t e m e d i t a d a y d i s c u t i d a p o r la d i r e c c i ó n e d i t o r i a l .
T i e n e en c u e n t a las c a r a c t e r í s t i c a s m e n c i o n a d a s del v o c a b l o f r a n c é s “ c o n n e r i e ” ( cf r. D i c c i o n a r i o
f r a n c é s R o b e r í ) . E n la o p c i ó n p o i v e r t ir “ c o n n e r i e ” p o r “ t o n i e r i a ” se p r o d u c e , c o m o s uel e o c u r r i r
c o n las t r a d u c c i o n e s , u n a p é r d i d a p a n í c u l a ? m e n t e d e l i c a d a p o r la c o n n o t a c i ó n s e x u a l m e n c i o n a d a
q u e n o s h a o b l i g a d o a r o m p e r n u e s t r o c r i t e r i o d e r e d u c i r al m í n i m o las N o t a s de T r a d u c c i ó n . El
v o c a b l o e s p a ñ o l de u s o re g i o n a l “ p e n d e j a d a ’’ ti en e u n a c o n n o t a c i ó n s e x u a l (la v i n c u l a d a c o n el vel lo
p u b i a n o ) d i s t i n t a a la de “ c o n n e r i e ’1 y la v o c a c i ó n d e c i r c u l a c i ó n en t o d a A m é r i c a L a t i n a y E s p a ñ a
p a r a c s i a e d i c ió n n o s h a h e c h o e l u d i r , en g e n e r a l , lo s l o c a l i s m o s . E n la s i g u i e n t e r e f e r e n c i a del s e m i
n a r i o El a c t o p s i c o a n a l i i i c o ( se sió n del 22 d e n o v i e m b r e d e 1967), c u y o e s t a b l e c i m i e n t o y t r a d u c c i ó n
es d e n u e s t r a r e s p o n s a b i l i d a d , se p u e d e leer c ó m o L a c a n pr ec is a la c o n n o t a c i ó n se xu al de la q u e se t r a t a :
“ P a r a el p s ic o n a l i s í a ia ie y {. . es; " D a d a la v e r d a d lo q u e e s d e ia v e r d a d , y a ia "c o n n e r i e ”
lo q u e es d e ¡a ‘ 'c on t ie n e " Pi te s b ie n , n o es tan s i m p l e , p o r q u e efias se re cu b r en y si h o y una d i m e n
s ió n allí, p r o p i a d e l ps ic o a n á li s i s , no es i a ni o ia v e r d a d c e la “ c o n n e r i e " s i n o la " c o n n e r i e ” d e la
v e r d a d . Q u i e t o d e c i r q u e ( p u e s t o s a p a r t e lo s c a s o s en q u e p o d e m o s a s e p i i z a r - -io q u e e q u i v a l e a
d e c i r a s e x u a r — la v e r d a d ; es d e c i r , no h a c e r d e ella, c o m o en lógi ca, s o l o un v a l o r V q u e f u n c i o n a
en o p o s i c i ó n a un < v t;/o/ > Fj, en i o d o l u g a r d o n d e la v e r d a d esta en c o n e x i ó n con o tr a co sa , v a s p e-
a a J m e m e c o n n u e st ra f u n c i ó n d e s er h a b la n te , ia v e r d a d s e e n c u e n tr a p u e s t a en d i f i c u l t a d e s p o r ¡a
i n c i d e n c ia d e al go q u e es el c c n i r o d e lo q u e d e s i v n n en e s ta ocasión, co n e l t é r m i n o d e la “ c o n n e r i e ’J.
q u e q u ie r e d e c ir e s to (. . .): el ó r g a n o q u e da , si p u e d o d e c i rio, su c a t e g o r ía a i a t r i b u l o d e l q u e
s e t r a í a e s tá j u s i a m e r a e m a r c a d o p o r ¡o q u e l l a m a r é u n a ¡'¡ ap ro pi a ci ón p a r t i c u l a r p a r a el g oc e ,
q u e e s d e allí d e d o n d e ¡orna su re li eve a q u e l l o d e lo q u e se trat e, a s a b e r , el c ar ác t er i r r e d u c ti b le
d e l a c t o s e x u a l p a r a ¡o d a r e a li z a c ió n ve rí di ca ; q u e e s d e es o d e ¡o q u e s e tr at a en ci a c t o p s i c o a n a l d i -
co, p u e s el a c t o p s i c n a n a i í t i c o s e ar tic ul a s e g u r a m e n t e c o n o t r o n iv e l y lo u u e r e s p o n d e , en es ie o t r o
n ive l, a es ta de fi c ie n c i a q u e e x p e r i m e n t a ia v e r d a d p o r s u a p r o x i m a c i ó n e l c a m p o sexual, h e a l l í lo
i¡ue m.’S es necesGi : 0 n .¡ a r r o g a r en su e s t a t u s ”
( N . d e T .)
Este ¡ibro da testim onio de la práctica analítica de Jacques Lacan pero
sin disociarla del cam ino abierto de su d octrina. En esta tensión entre
una práctica y una enseñanza, sucede que la práctica desborda del marco
de lo privado d o n d e, sin em b arg o , se sitúa am pliam ente, y constituye
p o r sí misma enseñanza. En la Escuela circulan rum ores a su respecto,
“ h a b la d u ría s” si se quiere, y hasta “ c o m a d re o s ” , pero a los que se
presta oídos. Suscitan ei interés de todos, interés irreductible a u n a c o m
placencia in ap ro p ia d a.
" P a r a s u g e r ir le s d e q u é s e traía, io r n a r é u n e j e m p l o . U n d í a r e c o g í d e
la b o c a d e u n e n c a n t a d o r m u c h a c h o q u e t e n í a t o d o s lo s d e r e c h o s a lo
q u e s e ¡ la m a u n c o n o (un c o n ) , ¡a a n é c d o t a siguiente: le h a b í a o c u r r i d o
una d esventura, tenía una cita con una m uchachito q u e lo d e jó caer
com o una crepa, co m o un p a n q u eq u e.
_C om prendí muy bien — m e d ijo — que una vez m ás “ era u ne femrne
de n on-recevoir” ( = una m u je r de no recibir, h o m o fo n ía con “ une fin
de non-recevo ir” - r e c h a z o sin consideración de u n a dem anda).
¡ A s í llam aba a eso!
¿O ué es esta encan tad ora tontería (connerie) (pues él la decía, así, de
todo corazón)? H a b ía escuchado sucederse tres palabras; ¡as aplicaba.
Pero su po ng an q u e lo h ubiese hecho a p ro p ó sito , sería un chiste. En
v e r d a d el solo hecho de q u e y o se lo relate, que y o la lleve al cam po
del O tro, hace de esta tontería un chiste.
E fectiva m ente, es m u y gracioso p ara to d o el m u n d o salvo p ara él y
para aquél q u e lo recibe, fr e n te a fre n te , de él. Pero desde el m o m e n to
en que es algo q u e se cuenta, es extrem a d a m en te d ivertid o ; d e tal suer
te que estaríam os to ta lm e n te errados al p en sa r que el to n to (con) care
ce de ingenio, incluso si esta d im en sió n se agrega con una referencia
a í O tro ."
Se llam ará ocurrencia a u na secuencia discursiva cerrad a a la m an era
del chiste pero con la cual, m ás allá de este cierre, la partición entre
verdad y ton tería p erm a nece parcialm ente no efectuada.
*
^£
Este libro recoge unas doscientas trece6 (uno, dos y tres, pero no en
“ el b u e n ” orden) ocurrencias no necesariam ente de Jacques Lacan si
no con Jacq ues Lacan: cada una lo im plica de cierta m anera, lo sitúa
en cierto lugar, m an e ra y lugar de los que no hay razón alguna p ara
su p oner que serían las mismas p a ra todos.
Tal florilegio no h ab ría podido ni siquiera ser im aginado si no existie
se ese lazo o c u rre n c ia /e n señ an z a que a c a b a de ser subrayado. De he
cho, en el tiem po que fue el de la a p e rtu ra de caminos de la enseñanza
de Jacques Lacan, la ocurrencia circula, y en primer lugar en la Escuela.
La publicación de estas 213 ocurrencias am biciona así tener su parte,
limitada, pero en n uestra opinión no desdeñable, en la to m a en cu en
ta, hoy, de la apertura de caminos de Lacan. Es claro que la comunidad
analítica se encuentra concernida en p rim er lugar. Y com o esta c o m u
nidad estuvo, desde su partida, implicada en esa apertura, no nos aso m
b rarem o s de que se trate aquí no de un Lacan solitario, com o se ha
pretendido con d em asiada com placencia (se dirá: ¿con qué interés?),
sino de la tensión, de la diferencia de potencial p ro ducida entre una
enseñanza en vías de elaboración y u n a práctica efectiva y no m an ten i
da idéntica a si m ism a en el curso de los años.
**
E sta últim a analogía h ará com prensible que se haya o p ta d o por una
diferenciación tajante entre las notas y el relato de la ocurrencia, de
p u r a d a ésta, tanto com o se podía, de todo elem ento explicativo.
£
*^
Jean Allouch
Práctica
analítica
¿a quién se le para?
Ni bien term ina la sesión en curso, ella llama a Lacan. Gloria contesta.,
titubea, se niega a com unicarla con Lacan en ese m om ento, prop one
vagamente una cita telefónica p ara el día siguiente. Ella, p r o f u n d a
mente irritada, llama al día siguiente. Hay los mismos titubeos por parte
de Gloria. Ella term ina sacando ía siguiente conclusión:
— Bueno. Dígale que yo me presentaré ante su puerta a la hora de mi
próxima cita.
Gloria:
— Un m om entito. . .
luego, después de algunos instantes:
— ¿A qué hora?
Hela aquí, entonces, al día siguiente, situ ada en el lugar mismo que
la palabra de su analista le había asignado: afuera de su consultorio.
Epílogo: L a a n é c d o t a c o n c l u y e a q u í; p e r o , d a d o s u interés, a l g u n o s
p o r m e n o r e s d e l a s u n t o s e r á n r e v e la d o s , e x c e p c i o n a l m e n t e , al lector.
P r i m e r o h a y q u e d e c ir q u e L a c a n ía r e c ib i ó e s ta v e z c o m o lo h a c í a h a
b i t u a l m e n t e y q u e p o r lo t a n t o el a n á lis is s i g u i ó s u cu rso. . . ¿ P e r o
e n t o n c e s ? ¿ O u é h a b í a o c u r r i d o ? Y en p r i m e r lu gar, ¿ p o r q u é ella n o
h a b ía i d o a s u s e s i ó n ? L a n o c h e a n t e r i o r ella h a b ía t e n i d o el s ig u i e n t e
s u e ñ o : Lacan recibía a sus pacientes en lo de ella; luego, a la tarde,
to m ab a un taxi para ir a la rué de Lille; seguía recibiendo pacientes
en el taxi, después en lo de él. E s t a n d o b a j o el e f e c t o d e e s te s u e ñ o
ella n o se h a b í a p r e s e n t a d o a su s e s ió n . A h o r a b ie n , L a c a n ig n o r a b a
ese s u e n o q u e p o m a e n c o n t i n u i d a d " e n lo cié e l l a ” c o n “en lo d e L a
c a n ' , h a c i e n d o d e e s o s d o s lu g a r e s u n s o l o luga r. ¡ E n t r e lo s d o s n o
h a b ía e s ta e x i e r i u i i d a d q u e j u s t a m e n t e ia i n t e r v e n c i ó n te l e f ó n i c a d e
Lacan c o n s tru ía '
— Lévi-Strauss murió.
R espuesta y conclusión de la sesión;
— ¡B uena la ha hecho usted!
asunto arreglado
Rumor.
casamiento
La tra m p a funcionó.
Lacan, tras un suspiro com o del fin del m u n d o , le dice con una des
arm a n te dulzura:
— ¿Quién le dice lo contrario?
comenzamos
A l salir se dio cuenta: era la primera vez que Lacan le había dicho “ hasta
la vista” .
Con el tono irritado que se usa habitualmente para este género de de
claraciones, él exclama:
— Oh ¡a la, qué estúpido soy.
Respuesta de Lacan:
—N o porque usted lo diga dejará de ser verdad.
conocimiento paranoico
G' De dónde sabe el a n alizante que Lacan sabe? ¿Se equivoca con ese saber del
saber del Otro? Pero, incluso si se equivocó, ¿acaso no es víctima del error
de buena manera? Sí, y es lo aur Gloria confirma aceptando el dinero.
¡Sorpresa! Ai liegar al rellano del n úm ero 5 de la calle de Lille p ara
su sesión, él descubre, totalm ente a la vista sobre la estera un billete
de 50 francos.
Se agacha, lo recoge y se encuentra un poco tu rbado por eso. P ero .ya
tocó el tim bre, y Gloria abre la puerta: esp ontáneam ente le tiende el
billete.
T o m á n d o lo ella le declara:
— ¡H u m , conozco uno que se ío h ab ría guardado!
En 1972, héte aquí que las trenzas borrom eas llegan al pizarrón, en
el seminario. Ella se dice:
— ¡Qué mala suerte!
Por supuesto que una vez form ulada esta exigencia él espera que
Lacan lo despida gentilmente. Por ejem plo, con una expresión del tipo:
— Bien, mi estim ado, ¡hasta mañana!
Esta es una intervención en el real que hace pasar la demanda al otro lado,
poniéndola de manifiesto como Jetnunda de otra cosa.
Lacan m ism o c o n tó esta ocurrencia de su práctica analítica; p o r cierto
que, p ara hacerlo, tuvo que ir. . . a Italia.
No se sabe p o r qué razón pero tal era el hecho: sus sesiones, a d m iti
das, sin em bargo, p o r anticipad o co m o “ did ácticas” en un país veci
no, eran singularm ente baratas.
C o m o el g ru p o al que pertenecía to m ó co ntacto con Lacan y la Escue
la freudiana, él decidió ir al enc u en tro de Lacan, pero po r su propia
cuenta.
T uvo entonces varias entrevistas con él, m ientras proseguía, por otra
parte, su análisis.
C laro es que estas entrevistas eran p aga d as a m ás de diez veces el p re
cio de cada una de sus sesiones. . .
Y ocurrió lo que tenía que ocurrir: quiso co n tin u ar su análisis con
Lacan.
Él, joven psiquiatra, jefe de clínica com o fo había sido su m aestro pe
ro a la vez colega Lacan, había esperado p a ra retom ar su análisis, esta
vez con él, a saber lo que Lacan decía de la transferencia.
—A h o ra , quiero hacer un análisis con usted.
—Invíteme a cenar.
Sí, era una muy bella y joven mujer. El cuidado que le otorgaba a su
presentación, la preocupación que tenía por su ropa, sólo podían com
pararse con su natural belleza.
Estando en análisis con Lacan, ella le dijo un día que tenía la intención
de asistir, esa misma noche y por primera vez en su vida, a cierta reu
nión de la Escuela.
Respuesta:
—Prohibiré que usted aparezca.
ese nudo, ese fuego
Y no cesa el sonsonete.
Ya pasada la puerta, ella todavía lo escucha: él no cesó de decir asaz.
eso suele ocurrir. ..
' recuenta), aunque fuese asiduamente, aunque fuese desde hace mucho tiem-
i:(¡, el thvan de un psicoanalista, no es necesariamente estar en análisis.
E n tra, fu m a n d o el cigarro, en el consultorio de L acan. A greguem os
que no se tra ta b a de cualquier cigarro sino de! célebre D av idof to r
cido que L ac a n exhibía regularm ente en esa época y que se h ab ía c o n
vertido, an te los ojos de todos, casi en su em blem a y hasta en el de los
lacanianos.
Al revelar hoy esta anécdota, ella aclara tam bién cuáles fueron las con
secuencias sobre su práctica com o analista. Dice que recibe a sus p a
cientes d u ra n te u n tiem po que no es ni el de Jos o rtod oxo s 45 m inutos
ni el de las sesiones p u n tu a d a s “ laca n ian as” . Se basa en E L C A L E N
D A R IO que cada uno lleva en sí.
De esta maneta, el -ja¡en da rio que Lacan lenta ese día en sus manos adquirió
la dignidad de ur. objeto imerno detentado por cada t-no de ¡os analizantes. . .
de ella.
No sabía — creía él— cóm o po ner térm ino a su análisis.
L acan acepta que ella no diga u n a p alab ra, pero su a n a liz a n te está le
jos de aceptar la recíproca: ella reclam a que él le hable. Respuesta:
— Si yo hablo, usted no io so p o rta y si no hablo, tam poco.
herencia
Él estab a e n c a n ta d o .
Sujeto/objeto.
hola, ¿Lacan?
— H o la , ¿L acan?
— C laro que no, y cuelga el teléfono.
Interpretación de Lacan:
— ¿Les assises? (: asientos, asentaderas)
jaque al parricida
— C o m o tuve que p asar un año en u n san ato rio antitu berculoso termi
n a ro n p o r m a n d a rm e con un psicoanalista psicosom ático.
C o m e n ta rio de Lacan:
— A h, no crea que yo estoy contento p o r to d o eso.
land-rover
¿Se supondrá acaso que el analista sabia la respuesta ames de que el analizante
la captase con motivo de su intervención? Suponiendo que ese fuese el ca
so, la continuación habría sido diferente si el analista se la hubiese dicho. Com
párese con ¡a "buena anécdota” titulada aquí “ Interpretación
leer y releer
Está com pletam ente perturbada. ¿H abría com etido un error ai com pro
meterse com o lo h a b ía hecho? ¿Lo hab ía hecho p re m a tu ra m e n te ? P o
demos imaginar las cien mil interrogaciones que ocu p a b an su analizante
caletre.
Insistencia de Lacan:
—Al irse usted d e jará un cheque de 300 francos en el cajón de la p e
queña có m o d a. Si usted vuelve lo recibiré tres veces po r sem ana y me
a b o n a rá 300 francos cada vez. H a g a el cálculo p ara saber cuánto le
costará eso p o r mes.
La lectura que él hace apres conp de su decisión de partir a ese lugar le asegura
que se había dirigido a Lacan completamente, efectivamente, en tamo psicoana
lista, y no en tanto literato.
Lacan lo recibía, de tiem po en tiem po, d u ra n te un lapso m ás largo que
el d e j a s sesiones cortas, casi habitual. Él designaba esas excepcionales
intervenciones de L ac an diciendo que, al hacerlo, L ac an “ re n o v a b a el
m alestar de las p rolo n g ac io n es” .
medicina
Intervención en el real.
En su tercera entrevista con Lacan fue tra ta d o con menos m iram ientos
que en las dos anteriores; esta vez tuvo que esperar antes de ser recibi
do. C u a n d o finalm ente pasa, no deja de señalar a Lacan su retraso,
a lo cual Lacan responde:
— Yo no soy responsivo.
Era algo sumamente asom broso e incluso duro de digerir para alguien
que, com o tantos otros en aque! tiem po, consideraba que todo lo que
Lacan hacía o decía merecía ser anotado, interpretado, repercutido (co
mo lo muestra el hecho de que nos haya relatado la presente aventura).
Hay que pensar que Lacan no ignoraba hasta qué punto su desmentido
era poco creíble porque agregó la intervención siguiente: cuando su a n a
lizante pag a b a esta sesión le declaró que no se la debía. Ya hab ía sido
pagada el día anterior.
Un paciente travieso decide tenderle u na tra m p a a Lacan. Le habla por'
teléfono bajo un no m b re falso:
— H abía J u a n Pérez.
— C laro que no, responde Lacan. Y cuelga.
papá refunfuña
listaba excluido poder decirle a ese padre: “ ¿Pero, en qué se está metiendo
usted? ¿ Y, con que derech o ?" por la razón de que, al meterse en eso, creía
hacerlo a Ululo de padre. Unica respuesta analítica posible frente a su conduc
ta intempestiva: despedirlo.
parto
Ella tiene su bebé esa m ism a noche. La fecha era 15 y la hora, 10:05.
£s e! fin de las vacaciones, a comienzos de septiembre, pero todavía
las clases no em p ez aro n . Lacan Ic dice que la recibe com o un favor,
que to davía no ha re to m a d o sus consultas; p or lo tan to costará más
caro d u ra n te este periodo. Ella acepta el sacrificio.
pero sus amigos se burlan. T am b ién ellos son recibidos, p ero sin su
plemento. Ella piensa que se hace ilusiones, que en la fecha prevista
Lacan no a c e p tará el retorno al precio anterior. E n ese caso, ella no
podrá c o n tin u a r p agando ese precio a lo largo de todo el año.
£1 día del com ienzo del año escolar paga sin com entarios el precio a n
terior. Y Lacan no m anifiesta ninguna reacción.
¡No logra responder! Siem pre intrigado, decide al fin plantear la pre
g u n ta directam ente a Lacan:
— ¿En qué m o m ento preciso de mi sesión decide usted levantarse de
su sillón?
— En el m o m en to o p o rtu n o .
E sq u ive de ¡o que hay lugar para esquivar: una posición del anaEmant? que
apunta a aprehender su análisis desde el punto de vista ríe su analista. La inter
vención de tacan lo dispensa de este trabajo, eosa que lo alegra en grado su
m o . La p iu e n a es que cuenta su aventura como una ocurrencia. Entonces, la
respuesta "en el imánenlo o p o rtu n o " vino en el momento oportuno.
gj, alum no de L acan, está ah o ra, desde hace muchos años, en análisis
con el m aestro. Después de un tiem po “ a p r o p ia d o ” , y mientras co n ti
nuaba su p ro p ia cura, se hab ía instalado com o psicoanalista.
Después de un tiem po suplem entario y no menos apropiado parécele
que su análisis está term in ado .
Pregunta: ¿ Lacan podía form ular este juicio antes de que el analízame pasara
u! u c í o cíe i h í e n ' u t u p i r s u a n á l i s i s ?
Hila viene a pedir a Lacan retom ar con él su análisis. Su analista acaba
de m orir, lo entierran ese m ism o día.
— ¿ C u án d o ?
— ¡En este m o m en to !
— ¿N o tiene usted la intención de ir allá?
Ella, un poco vacilante, dice:
— . . .Sí.
— ¿D ispone de un m edio de loco m o ció n?
Ella le dice a Lacan que tiene una relación con X X X . Respuesta dicha
con tono seco:
—Le prohíbo frecuentarlo.
Luego hay un silencio. Después:
—Usted SABE que él está en análisis conm igo.
Dos analizantes de Lacan se en c u entran alreded or de algunas copas en
ocasión de un congreso de la E .F .P . U n o de ellos, ligeramente achis
p a d o , largó su confidencia.
Él llega a sus sesiones con u na reg ularidad de m etró nom o; tiene el as
pecto de poseer sus costum bres, siempre im p ertu rbable en esa sala de.
espera de Lacan.
Ella comenzó hace poco, a veces llega corriendo, otras, antes de hora. . .
Lacan se inclina sobre ella con aire delicioso y con voz de falsete íe dice:
— ¡Sí!
Todavía m u ch o tiempo después, ella cuen ta esto con deleite.
i ! tsierk
sonar cuenta
El analizante:
— Soñé que. . .
1AQ
¿y ahora?
Le pregu nta a Lacan si, a p rop ósito de cierto caso, ella puede em
plear, co m o lo había hecho m uchos año s antes en ocasión de otro ca
so, el térm ino de “ d o b le ” .
Respuesta:
— En esa época usted no podía equivocarse.
Lacan:
— Él se siente m uy culpable. . . es decir, que está decidido a ir a o tra
parte.
£1 enfermo:
—¿Soy yo un caso de psikotia? Porque yo. . .yo he to m ad o conciencia.
Lacan:
—Usted es, evidentemente, un hombre feliz.
'Subrayado ¡.mr íz'.P., Quien ¡ce csi ia "buena anécdota' ’ en ¡a “ historióla '
(.'ruste, en un n-lupipuy.o ’its cree que el "yo creo " cié i.ucun y el del enfermo
Lacan:
— ¿C óm o era ella?
La enferm a:
—Gentil.
Lacan:
—Es decir llena de intenciones-. . .
La enferm a:
— . . .que ella no p o día realizar. Eso ocurría.
Lacan:
— O sea alguien corno usted.
Lacan:
— Lo mismo da.
no
¿Cóm o se definía el público de la presentación de enferm o? ¿Qué ras
go distinguía a los elegidos?
La enferm a:
— N o hay que pensar en alguien que le ha to m a d o su m arid o a una.
Lacan:
— ¿En qué es to m a d o é)? ¡Él no es to m a d o ! U n m arid o no se birla así
com o así. Él no es to m a d o , ¡no le hace hacer tod o lo que ella quiere!
La enferm a:
— Es el térm ino que ella empleó: ella to m ó al hom bre, no to m ó al m a
rido. Es eso, recuerdo la frase.
El que ha sido lomado (el hombre; no es el que había que ¡ornar (el marido).
/-*«’ intervención de Lacan lleva el "m ando tomado a otro registro, no ya a
aquel, imaginario, en que la fórmula vale como un rasgo de la imagen de la
otra ntujer sino aquel, simbólica, en que vale a titulo de una palabra de su
¡nterioeuiora.
A una m ujer que le decía que su m arido ejerce el mismo oficio que ella:
—¿P ero , con to do , no en la m ism a em presa, eh?
/.V ¡a pareja
C onclusión de una presentación:
hormilla amo >efen'nciudü: c'S una aplicación de la ley que ello miaña enuncia
Lacan:
— ¿Tiene usted el sentim iento, la im presión de que esta d e m a n d a de
divorcio le fue inspirada por. . .
La enferm a:
— N o es eso en absoluto.
Lacan:
— . . . por algún otro ?
La enferm a:
—No es eso en qipsoluto.
Lacan:
— Entonces ponga las cosas a punto.
La enferma:
—La voz no es una voz extraña a mí; tenía la impresión de oírme, está
detrás mío, a mi altura.
Lacan:
— ¿Usted tiene la impresión de oírse, quiere decir que ella habla?
La enferma:
—Sí.
Lacan:
— ¿Cómo habla ella? ¿No la deja a usted ni chistar?
La enferma:
— Sí. . . como si me impidiese hablar. . . no sé cóm o decirlo. . .
Lacan:
— Inténtelo. ¿Quién lo dirá si no es usted?
Lacan:
—No hay razón p ara que yo no sonría.
telepatía
Desde hacía mucho tiempo Lacan tomaba apoyo sobre la escritura to-
pológica. N o es este el lugar para decir en qué ese cifrado topológico
era conveniente, en particular debido a su diferenciación con la g eo
metría. Ni tampoco para desarrollar cóm o ese apoyo diferencial resul
taba mucho más acentuado todavía con la topología del nudo
borromeo.
Uno de sus amigos está en control con Lacan, y hela aquí decidida a
ir a su vez. Aceptado. Paga 100 francos, lo que, en aquel tiempo, era
para ella una suma importante.
P ero las cosas no o cu rrirán exactam ente com o lo hab ía previsto; vién
dola en la saia de espera, Lacan se ad ela n ta hacia ella y la h o n ra — p ú
b licam en te— . . . con un besam anos.
Él m enciona el sueño de uno de sus analizantes; se trata, entre otros
elem entos, de un avión que despega (decolle) y de visión.
Lacan lo interroga:
— ¿Q uién, en su e n to rn o , presenta un despegam iento, un desprendi
m iento (d ec o lle m en t) de retina?
C onrad Síein hab laba ese día a Lacan de una paciente suya que se a d o r
mecía en el diván. L ac an , nos da testim onio Stein, se m ostró m uy
sorprendido: ¡no sabía que eso podía ocurrir!
Un co ntro l con Lacan era, a su ojos, com o la co ron ació n de u na carre
ra de analista bien conducida. Su análisis se h ab ía desarrollado a la
entera satisfacción de los dos participantes, hab ía em prendido con tal
o tal otro no tab le de la Escuela excelentes controles. . en una p a la
bra, no le fa ltab a más que el asentim iento de! m aestro.
Respuesta:
— C iertam en te, pero es ella la que sueña.
en flagrante dormir
C on esta m uleta del control, las cosas habían m ejo ra d o netam ente al
cabo del tiem po; ta n to y tan bien que ese paciente llegó a interrum pir
el trata m ien to .
El analista sabía que el objetivo terapéutico del paciente estaba log ra
do pero que, en cu a n to al análisis p ro p iam e n te dicho. . . ¡naranjas! Se
había trata d o de u na b uena psicoterapia.
Cfr. ia con] erenaa medita " h l simbólico, el imaginario y el rea! ’ (1.923) donde
el perverso es. dice, inanalizable.
i ganado! pero, ¿a qué precio?
Así lo hizo, con la p u n tita del trasero a p o y a d a en el peq ueñ o sofá, evi-,
ta n d o escrupulosam ente to d o m ovim iento intempestivo.
Lacan:
— ¿No se quita su abrigo?
— N. . . n n . . . no. . .
— ¿Su vestido no le gusta?
histeria
Entre los invitados, uno de los jóvenes conferencistas del día, psicoana
lista de provincia, se atrevió a un discurso público. No se puede decir
que esié d espreocupado acerca de la acogida de su trab a jo . Su esposa
está a su lado.
Los azares de su recorrido conducen a L ac an a acercarse al gru po que
la pareja provinciana fo rm a con o tra p areja. Saludos, presentaciones,
breve silencio. Luego el conferencista dice, dirigiéndose a Lacan:
— La última p arte de mi exposición no pareció m uy clara. Me parece
haberle d ado largas al asunto. . .
U n a angélica sonrisa de Lacan am eniza su respuesta:
— ¡Así es, exactam ente!
— Me parece, señor, que eso no es totalm ente lo que usted quiere decir.
— ¡Claro que sí!
— ¿P u ed o pregun tarle. . . en qué hay allí un error de traducción?
— El sujeto supuesto saber, es el sujeto del inconsciente.
Descartes. . . sobre la mesa
h í c n 'u r a fonética
A lo que el otro contestó pues que no, q ue no y q ue no, y que decid ida
m ente no, que él no sabía.
b e n e fic io d e d rc ir ¡m e n o .
L ac an m ism o cuenta esta a v e n tu ra en su sem inario del 10 de diciem bre
de 1974. P o c o tiem po después, debía reconocer que hab ía necesitado
esperar 20 años p a ra poder t o m a r n o ta del hecho de que lo que él decía
tenía efectos de sentido. P ero he aqu í el acontecim iento:
A cep tó, y no solam ente ir a h ab lar sino tam bién el título que le era
dulcem ente im puesto. N o aceptarlo, señaló, sólo pod ría haber sido re
cibido co m o una denegación.
¿R esultado de la operación? Al térm ino de su exposición le llegaron
de regreso p re gu ntas cuya pertinencia era tal que no p ud o sino c o n
cluir que a ese “ fenó m en o la c a n ia n o ” , a despecho incluso del objetivo
exhibicionista, él lo había. . . d em ostrado.
C o nversa n d o con Lacan él le cuenta, no sin divertirse, que hace unos
cu arenta años él se e n c o n tra b a en el liceo con un tipo que se llam aba
Lacan. Ese tipo era adem ás u n re d o m a d o imbécil. Un día h ab ían lle
gado casi al en frentam iento. Aquel L acan se había perm itido , en efec
to, enviarle una carta que — lo recuerda tod avía, ellos tenían trece o
catorce a ñ o s — com en z ab a por: “ S e ñ o r” .
- - ¿ Y luego?, p re g unta L acan.
— No, usted no me com p ren de. ¡No soy yo quien h ab ía escrito la c a r
ta, es él!
— ¡Ah! Usted sabe, el inconsciente. . .
En o p o rtu n id a d de u n a de sus (últimas) jo rn a d a s de trab a jo. La E s
cuela freudina organiza una recepción. Se alquiló, en el Boulevard Saint
G erm ain , la M a iso n d e l ’A m e n g ü e L atine.
Confróntese el motivo invocado, por ejemplo, con este otro: “ No puedo te
mario pues es el hijo de un am ig o m ío ". En este último caso la posibilidad
de que haya análisis hubiese sido gravemente hipotecada. Unica elección posi
ble pora Lacan: mencionar co/no motivo de su rechazo el dinero, el significan
te más an iq uilante a'e toda significación que pueda existir.
E stam o s en 1988. C reen cuenta que L ac an le h abría dicho co n fid en
cialmente:
— T o d o lo que yo sé del psicoanálisis lo recibí de Ñachí.
Y G reen agrega inm ed iatam en te, no sin malevolencia:
— C osa que es evidente.
Un analista parisiense explicó un día así las llamadas “ sesiones cortas” :
---Lacan es cíau stró fo bo.
firm a
Daniel Lagache le habría dicho a Lacan, después que éste hubo cerra
do su seminario sobre L a ética del psicoanálisis:
— Entonces. . . ¿Cuándo vas a hacer tu estética?
Í 'Jo
Él, ex m iem bro de la d ifu nta Escuela fre u d ia n a , era de aquel m ovi
m iento que debía desem bocar en la creación de L a causa freu d ia n a .
P e ro las cosas iban m uy rápido, y se tra ta b a a h o ra del em plazam iento
de la institución siguiente: L a escuela de la causa freu d ia n a .
E n el curso de u n a de sus sesiones de análisis, interrog a a Lacan:
— ¿Está usted a favor de la creación de la escuela de la causa freudiana?
— ¡A bso lu tam en te no i
Divulgó, p o r supuesto, inm ediatam ente la noticia entre sus allegados:
L acan no estaba a favor.
Al día siguiente recibió un llam ado telefónico de una que tenía a u g u
ra d o un h erm oso porvenir en la fu tu ra institución. Ella tenía ante sus
ojos los estatutos de la nueva escuela y Lacan había agregado, con m a
no ciertam ente tem b lo ro sa pero con tin ta roja: “ Es aquí la escuela de
aquellos que me a m a n ” .
E s ta b a escrito, entonces. . .
Una reunión del j u r a d o de acuerdo, ése al que le co rrespo ndía la deci
sión de n o m b ra r a los que se h abían p ro p u e s to co m o pasantes.
El ju ra d o oye a los dos pasadores (passeurs). H ay poca discusión, pues
es claro para todos que hubo equivocación, que se trata de una dem anda
de calificación profesional. Y entonces la respuesta no pod ría ser sino
negativa. Lacan interviene:
— Yo estoy a favor.
Se decía, en la Escuela:
¿ L la m a d o ul orden?
En ocasión de la escisión que debía desem bocar en ia creación de la
A .P .F . (A ssociation Psychanalvtiq ue de France) co m o g ru p o que se
sep a ra b a de Lacan, uno de los am os dei. nuevo g ru p o confió a l e a n
L aplanche:
L ir. en la misma ¿poca a! cantante Jacques fírcí: “ Es d emas i ado fácil entrar
>.¡i las iglesias, verter allí tod a su suciedad frente al cura que en la luz gris cie
rra los ojos par a per do na r l os mejor. Calíale enionccs, g¡an Jacques, ¿Qué sa
ín: s tú Jei buen Dios?. . etc.
En septiembre de 1960 la S .F .P . (S ociété Frangaise de Psychanalyse)
organiza un encuentro internacional sobre la sexualidad femenina. Par
ticipa en él Franz Alexander, cuyas tesis Lacan había criticado enérgi
cam ente. Viendo a ese buen hombre, que tiene ochenta años, Lacan
declara, ante G ranoff:
— Cuando se está ilum inado por una verdadera llama, no se envejece
nunca.
Liegado a un p u n to de su análisis en que él en carab a presentar su can
did arura ai pase, hizo u na proposición original a Lacan: quería entre
g ar p or escrito los elementos para ese pase.
R espuesta:
— Sí, si usted quiere. Sepa, sin em bargo, que eso no será leído.
Es la últim a reunión “ científica” de la Sociedad francesa de p sico an á
lisis. Jea n Ciavreul p resenta un tra b a jo sobre la perversión.
Las diferencias m orfológicas de los dos anim ales, que Lacan señalaba
con el d edo a sus oyentes, d em o strab a n con u n a claridad inm ejorable
la incidencia de la im agen del sem ejante sobre la constitución del cu er
po propio.
El tal Turkey había sido encargado, por la International Psychoanalytic
A ssociation, de la averiguación destinada a instruir el expediente de
la d e m a n d a de afiliación de la Sociéíe Frangaise a la citada In tern a
cional.
L acan, traducien do su n o m b re (pues claro, eso n o se debe hacer) lo
n o m b ra b a :
— Señor Pavo.
Lnquerodo melonar,ico de todo este auinto con ¡o a¡no de! orden de la Jarse,
termino ¡/uc, en 1 ¡toan, no so opone, ciertamenfe. u la scrieiiad.
respeto
Ya la falta de o rto g ra fía revela que hay gato en cerrad o. El día siguien
te, en efecto, 30 de septiem bre de 1975, L acan le telefonea p a ra rectifi
car el título. Será: L E S IN T H O M E .
1; ' ' '<~riman / e ciada ul otro cic respetar cuir/acJosami uno m ism o
i-’p r i suj a no respetar.
Él, joven interno en psiquiatría, se había resucito a fran q u ea r e]
paso, a atreverse a to m a r su p lu m a p a r a invitar a L ac an a la Sala de
guardia.
e l o u le n ¡le lu x ítems.
Son, con toda evidencia, las que le fueron infligidas a Lacan. Son dos,
con algunos años de intervalo.
París, 1932. L acan, joven psiquiatra, sostiene su tesis ante sus m aes
tros. U no de ellos le solicita fo rm u la r lo que él se prop u so con ella.
— En sum a, señor, no podem os olvidar que la locura sea un fen óm eno
del p ensam iento. . .
El m aestro del que se tra ta interrum pe de inm ediato al o ra d o r con un
gesto significativo:
— Bueh. . . ¿Y después? P asem os a las cosas serias. ¿Nos va a hacer
usted unos palm os de narices? N o deshonrem os esta ho ra solemne.
Reacción de Lacan catorce años más tarde: traducir ese corte en un
latín com o el del molieresco Diafoirus: N u m dignus eris inlrare in nos-
tro d o cto corpore cum isto voce: pensare.
( '< a o u ¡ ' n u s m o en p á g i n a ( ! V 4 j , c o n : ‘ ‘ . W / . s a l u m n o s , s: s n p i n s a , m i n r , -
lo'. co/tJurco. csi-nnin íUe r r i . r r / u i i o ' " .
Sigmunct
/:/ rea! só lo s e a lc a n z a co n el n ú m e r o .
sin su five o ’cíock té
.Vi/ es posibie hacer ¡yira cosa que admitir que. con ¡usías tazones, Hínnlcotí
¡nípula a Lacan la responsabilidad de !ü que ¡r,crece ser conaderado como un
lapsus calami. De donde se deduce que, a despecho de su hitena voluntad, r
hasta de su deseo de apenara, es i a promoción en Fra n cia de! ItalLrc.yjj i siniu-
i o.'natío no le convenía a Lacan, r que, en aquel m e n e e n !, .Cacan no Lj saoia.
F.n u na ocasión en que interrogaban a L ac an preguntándole:
— ¿Es usted socialista?
él respondió:
— N o , salvo en mis m om entos de debilidad.
c . / / \ R a y m o n d (juem-au. sz: <■.1 ‘ ' : > ' socialista a ¡os veinte ¿idos es ca
recer de corazón; serlo io/nj-.nr; a ios cuarenta, es carecer ¡le ¿meligencia’'.
El 13 de enero de 1970 en ocasión de las A ssises d e l ’E cole fre u d ie n n e
en que fue a d o p ta d a — no sin alb oro tos y al precio de u na escisión—
ia P ro p o sició n de octubre de 1967 sobre s i p sicoanalista de la escuela,
Lacan tuvo u n a indisposición.
Ira u’pucu.'ad esiruciuraí, para la jerarqu ía, para distinguir ¡o <¡:ie es rasgo par-
lincnte. y lo que no es tal.
Él tiene una cita a las 10 horas en pu n to en G uitrancou rt p ara tra b a ja r
con Lacan. Lacan le dibujó un plano dei trayecto, no puede equivo
carse de cam ino.
'‘escritura fo nética.
H a b ía u n a cuestión que estaba en el centro de los debates que iban a
culm inar con la escisión de 1953: la de las “ sesiones c o r ta s ” . A* algu
nos de sus analizantes, L acan les hacía notar:
— Fíjese cóm o alargo el tiem po de las sesiones, usted p o d rá dar testi
m onio de ello.
Y diciendo eso, L ac an persistía en practicar com o en el p asado.
C'tr. Das d:ng como nhjeio ai que ajum a el coleccionista, en el seminario so-
V e l .3 é u c a d d p í i c u a u á i i s i b . Cfr. sobre codo el comentario, el uño siguienié,
de un pasaje ríe L a ¡ c e l a de! j ú c - ¿ o de deán Renoir, donde el Marqu es d e ¡a
i líe s e , uve prestía ¡a su m e s bello organillo, latean hace entonces re.J erencia ¡sor
¡somera \ez al a e a l m a para su cmplazamienlo del okjeio a.
Encuentros
a picaro, picaro y medio
P ero Sim one regatea com o un feriante: ella encararía corno m áxim o
cu a tro entrevistas. N egativa de Lacan.
m i mujer, Blanchot y yo
í (>;■,■ C>(. C l Ó í i .
L ac an estaba entrado en años c u a n d o fue, ac o m p a ñ ad o de Philippe
Sollers, a realizar u n a visita am istosa a Benvcniste. Se sabe que éste
se hallaba afásico en sus últimos m o m en tos.