Está en la página 1de 3

CIZUANTON HUAN YOLCATL

LA DONCELLA Y L A FIERA

DR© 2016. Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Históricas


Disponible en: http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libros/cuentos_indigenas/iee.html
É s t e e r a u n m e r c a d e r [que] t e n í a tres hijas mujercitas, m u y l i n -
das. C a d a vez que iba a v e n d e r les p r e g u n t a b a q u é cosa q u e r í a n
[que] les trajese, [y] s i e m p re le p e d í a c a d a u n a u n traje m u y bo-
nito. U n a vez, l a m e n o r y a no quiso [que] le trajese su vestido;
solamente le p i d i ó u n a flor. L u e g o e l m e r c a d e r se fue a h a c e r sus
negocios. L e a n o c h e c i ó e n e l c a m i n o [y] entonces v i o u n a luceci-
ta [que] b r i l l a b a a lo lejos; se d i r i g i ó h a c i a d o n d e estaba l a luce-
cita; [ c u a n d o] l l e g ó [a l a casa] s a l u d ó y [ e n vista de que] n a d i e le
contestaba, e n t r ó a u n a c a b a l l e r i z a y v i o [que] h a b í a m u c h o fo-
rraje p a r a caballos. L u e g o le e n t r ó s u e ñ o [y] diose a buscar [ u n
lugar e n ] d o n d e acostarse, d i c i e n d o :
— S i alguno viniese, le p a g a r é lo que h a y a c o m i d o m i caballo.
Ya [estaba a p u n t o de] acostarse [ e n e l suelo], c u a n d o v i o u n a
p u e r t a abierta; e n t r ó [ p o r ella] y e n c o n t r ó [ u n a sala c o n ] m u c h a
c o m i d a . E m p e z ó a cenar. E n cuanto c o m i ó , p e n s ó de n u e v o e n
acostarse, y entonces v i o o t r a p u e r t a abierta. E n t r ó p o r e l l a [y]
vio u n a c a m a m u y bonita. Se p r e g u n t ó a sí m i s m o :
— ¿ Q u é es lo que m e pasa?
E n seguida se a c o s t ó , se d e s n u d ó [y] puso toda su r o p a sobre
u n a sillita. A c o s t ó s e y se d u r m i ó t r a n q u i l o . A l a m a ñ a n a s i g u i e n -
te, c u a n d o d e s p e r t ó , b u s c ó sus vestidos viejos [y] y a n o p a r e c i e -
r o n ; e n c a m b i o v i o que h a b í a allí u n traje m u y bonito. Se l e v a n t ó
y se puso a q u e l traje nuevo . Y a se iba, [y] entonces v i o u n a m e s a
puesta; s e n t ó s e a comer, y a c a b ó de c o m e r y n o v e í a a n a d i e .
E m p e z ó a decir:
— A h o r a y o y a m e voy y doy m u c h a s gracias.
C u a n d o salía, v i o m u c h a s flores sembradas [y] r e c o r d ó [que
d e b í a ] llevar a su h i j a u n a flor; [entonces] dice:
— Y o voy a cortar u n a flor.
E n cuanto l a c o r t ó , v i o salir u n a fiera que e m p e z ó a a m e -
nazarlo diciéndole:
— A h o r a te voy a comer.
[ E n t o n c e s ] le dijo el m e r c a d e r :
— N o m e comas; m i r a : yo c o r t é esa flor s ó l o [ p o r q u e ] m e dijo
m i h i j a [que] le llevara u n a flor.

91
DR© 2016. Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Históricas
Disponible en: http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libros/cuentos_indigenas/iee.html
LA DONCELLA Y LA FIERA 95

— C o r t a u n a flor y r o c í a m e e n e l rostro e l a g u a que c o n t i e n e


la flor.
L u e g o que d e s p e r t ó , fue a c o r t a r u n a flor y le r o c i ó e l rostro;
e n seguida se l e v a n t ó b r u s c a m e n t e a q u e l l a fiera y se t r a n s f o r m ó
e n u n h e r m o s o j o v e n , y se c a s a r o n . 1

1
Publicado en Ethnos, con el título "Cizuonton van Yolhcatl"

DR© 2016. Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Históricas


Disponible en: http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libros/cuentos_indigenas/iee.html

También podría gustarte