Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Postmodernidad
y cristianismo
El desafío
del fragmento
Sal Terrae
resencia a
P teológicA
Colección «PRESENCIA TEOLÓGICA»
50
José M .a Mardones
POSTMODERNIDAD
Y CRISTIANISMO
El desafío del fragmento
(3.a edición)
Editorial SA L TERRAE
Santander
Ifc— -
Indice
IN T R O D U C C IO N ..................................................................................... 9
1.« PARTE
M ODERNIDAD Y PO ST M O D E R N ID A D
1 EL UM BRAL DE LA P O S T M O D E R N ID A D .
RASGOS DISTIN TIVO S D E LA M O D E R N ID A D
GRAVIDA DE P O S T M O D E R N ID A D ........................................... 17
1. La modernidad como proceso de racionalización ........................... 18
2. Descentramiento y relativización ........................................................ 19
3. La razón fragmentada .......................................................................... 23
4. La sociedad de la racionalidad funcional ......................................... 25
5. E l hombre de la modernidad ............................................................... 29
6. Resumen y conclusiones ....................................................................... 31
2.* PARTF.
PO STM O D ER N I DAD Y CR ISTIA N ISM O
7. LA TE O L O G IA EN LA P O ST M O D ER N ID A D .
PO S T M O D E R N ID A D Y CA M B IO DE
PA R A D IG M A EN LA T EO LO G IA ................................................. 133
1. Postmodernidad, policentrismo cultural y teología .......................... 134
2. Teología ecuménica ........................................ ..................................... 137
3. Teología de los pobres, teología de la diferencia .............................. 140
4. Teología mística .................................................................................... 144
5. De camino hacia el nuevo paradigma .............................................. 145
6. Resumen y conclusiones ...................................................................... 147
EPILOGO. EL D ESA FIO POSTM O D ER NO .
O LLAM ADOS A DIALOGAR C O N EL FR A G M EN T O .............. 151
1. El diálogo con la modernidad .............................................................. 151
2. Im cultura delfragmento .................................................................... 153
3. Diálogo en el "invierno eclesial" ......................................................... 154
Introducción
i
Las m o d a s c u ltu ra le s su elen llev ar el sello, a d e m á s d e la in d u s-
iria c u ltu ra l, d e la se n sib ilid a d de la época. E ste en say o está escrito
b ajo la so sp e c h a de q u e la m o d a de la p o s tm o d e m id a d alb erg a
a lg u n as de las p re o c u p a c io n e s y a fa n e s de la cu ltu ra y so cied ad
actuales.
Q u erem o s, p o r ta n to , d ia lo g a r co n la p o stm o d e rn id a d co n el
a n im o de c o n o c e r y d ia g n o stic a r m ejo r a n u estro tiem p o . N os a tra e
la p o sib ilid a d de a tis b a r tras la m o d a teórica u n a m e jo r c o m p re n
sión de n u estro m o m e n to h istó ric o . A sp iram o s a e s c u c h a r las p re
g u n ta s fu n d a m e n ta le s de n u estro hoy y c o n fro n ta rla s co n la fe c ris
tian a. P orq u e nos g u ía la p re te n sió n de c o la b o ra r a la m isió n de
"e sc ru ta r a fo n d o los signos de la ép o c a e in te rp re ta rlo s a la lu z del
E vangelio" (G S . 4).
C u a n d o e n tra m o s co n estos su p u e sto s en el d eb a te actu al d e la
p o stm o d e rn id a d , n u estra s ex p e ctativ as q u e d a n co rro b o ra d a s: nos
h a lla m o s a n te el in te n to de e v a lu a r la re a liz a c ió n o el fracaso del
' proyecto de la m o d e rn id a d ". Es la m ism a so c ied a d m o d e rn a la q u e
es o b je to de an á lisis, reflexión y ev a lu a ció n . El tem a n o es nuevo.
H ace tiem po, al m en o s d esd e H egel, q u e la so c ied a d d e n o m in a d a
" m o d e rn a " es o b je to de reflexión p ro p ia. Pero hoy la ate n c ió n se h a
ag u d iza d o : n o s p re g u n ta m o s in siste n te m e n te a c erca de n u estra
situ ac ió n y de las p o sib ilid a d e s de in a u g u ra r u n a n u ev a época.
D eseos y v islu m b res se d a n cita en este d e b a te so b re la so cie
d a d y la c u ltu ra actu ales. Se tra ta de u n p e n s a m ie n to ten tativ o . A n á
lisis y p ro p u e sta s, reflexiones e intereses q u ie re n a p a r ta r la b ru m a
q ue ro d ea a la co m p le jid a d de la rea lid ad , la raz ó n , la so c ied a d y el
h o m b re actu ales. E n esta ta re a nos a c o m p a ñ a n , co m o verem os, los
p e n sa d o re s de visión m á s p e n e tra n te de n u e stra cu ltu ra.
Q u e d a in sin u a d o asi el in te rés y h o n d u ra del te m a p o r en c im a
o m ás allá de la m oda. La p o s tm o d e m id a d n os su m e rg e en los p ro
b le m as c u ltu ra le s y sociales de los h o m b re s de hoy. H u s m e a r en
ellos eq u iv ale a r o n d a r p o r el criticism o y c o n tra -c ritic ism o d e n u e s
tro m o m en to . P re sen c iam o s el e sp ec tác u lo d e có m o n o so tro s, los
c o n te m p o rá n e o s d e n u estro m u n d o , e jercitam o s la ra z ó n y la vida,
n os e n te n d e m o s y d u d a m o s de n o so tro s m ism os. N o es e x tra ñ o q u e
la cu estió n de la ra z ó n y n u e stro h o riz o n te de c o m p re n sió n estén en
el c e n tro de este d e b a te so b re la so c ied a d o cc id e n tal q u e h em o s
h ec h o y la q u e q u e re m o s o d e se a ría m o s hacer.
10 P o s tm o d c m id a d y C ristia n ism o
2
U n a vez e n m a rc a d a la p ro b le m á tic a g en e ral, n ecesitam o s
h a c e r u n a serie de p recisiones. N o b a sta d ec ir q u e la p o stm o d e rn i
d a d es un ta la n te o se n sib ilid a d q u e se c a ra c te riz a p o r la crítica e
in c lu so el rec h azo de las creen cias, e sp e ra n z a s, raz o n es y gustos
q u e a n im a n a la m o d e rn id a d . E n su e n to rn o se sitú a u n a serie de
a u to re s que. si se v in c u la n a los resu ltad o s de la reflexión d e N ietz-
sch e y H eidegger. no todos p a rtic ip a n de ellos p o r igual. L as to n a li
d a d e s de trad ició n , p aís e h isto ria p erso n a l, d istin g u e n a los p o st
m o d e rn o s fran ceses (L yotard. D e rrid a . D eleu ze. B a u d rilla rd . L ipo-
vetsky). del p e n s a m ie n to d éb il ita lia n o (V attim o. C íargani. Vitiello).
o del a le m á n (S loterdijk. B óhm e) y del n o rte a m e ric a n o (R orty). U n
a ire de fam ilia atrav iesa su d e c o n stru c c io n ism o , su v o lu n ta d de
fragm ento, su én fa sis en la su b je tiv id ad y en la ex p e rien c ia estética.
Pero, si se a te n d ie ra a las p e c u lia rid a d e s d e c a d a autor, h a b ría
g ra n d e s diferen cias. P or esta raz ó n se req u iere e x p lic a r co n q u ié n es
d ialo g am o s.
A quí n os m a n te n e m o s m ás en la s e n sib ilid a d p o stm o d e rn a
q u e les u n ific a q u e en los p la n te a m ie n to s pro p io s. Y ta m p o c o te n e
m os la p rete n sió n de ten erlo s a to d o s p resen tes. H em o s h e c h o la
selección q u e im p o n e n las lim ita cio n e s del c o n o c im ie n to y la lectu
ra de los au to res, fre cu e n tem en te so m e tid a a las reglas d e la b io g ra
fía in telectu al p erso n a l. D e hech o , co m o verá el le cto r p o r las refe
rencias. n u estro s ap o y o s e sta rá n p re d o m in a n te m e n te en J. F. Lyo
ta rd y G . V attim o y. en m e n o r m e d id a, en R. R orty y P. S loterdijk.
N o p re te n d e m o s siq u iera q u e se an los m ejores en tre los p en sad o res
p o stm o d ern o s. P ara n u estro in te n to b a s ta q u e se an sig n ificativ o s y
reco jan co n c la rid a d las cu e stio n es q u e les c a ra c te riz a n . E ste re q u i
sito cre em o s q u e lo c u m p le n co n suficien cia. A d em ás, p u ed e n te n er
la v en taja de se r los au to re s q u e m ás h a n c o la b o ra d o a la d ifu sió n
d e la p ro b le m á tic a p o stm o d e rn a en E sp a ñ a , u n p aís d o n d e , a d ecir
d e J. A. V alente. la p o s tm o d e m id a d ha irru m p id o rá p id a m e n te , sin
te o rizac io n e s ni críticas.
plÍ j
L a no stm o d e rn id ad . m ás q u e u n tie m p o, es un ta lan te. S u p o n e
la p é rd id a de c o n fia n z a en la razó n coiÍTa q u e a m iá b a la m o Jén fi*
d ad . La c o n sc ie n c ia a b re los ojos, d e s ilu sio n a d a resp ecto d e los
g ran d e s proyectos de re a liz a c ió n h u m a n a . L as raíces, en rizo m a, d e
la m o d e rn id a d son p u estas al aire y d e ja n ver el d e s e n c a ja m ie n to de
los elem en to s. P o r eso las visiones in te g ra d a s o p ro g resistas d e la
h isto ria h u m a n a , de la re a lid a d toda, a p a re c e n co m o u n a fo rzad a
m a n ip u la c ió n de p ie za s q u e d ista n m u c h o de fo rm a r un "m ecan o ".
La p o stm o d e rn id a d es la m o d e rn id a d , que, al d e s a rro lla r su s p ro
In tro d u c c ió n II
4
El c ristia n ism o es fu n d a m e n ta lm e n te la o ferta y ta re a del R ei
n o de D ios. Es, p o r tan to , u n m o v im ien to de tra n sfo rm a c ió n rad ical
("m e tan o ia") de la rea lid ad social e in d iv id u al: exige la lib e ració n
in te rio r y la exterior. P o r esta raz ó n , el c ristia n ism o se resiste a los
c o n tin u o s in te n to s de red u c irlo a u n o de esos polos, e s p ec ialm en te
a la d im e n sió n esp iritu al. Y p o stu la la ate n c ió n a la re a lid a d y sus
d esp la z a m ie n to s. A hi p u g n a el E sp íritu , y “ la h u m a n id a d o te a co n
im p a c ie n c ia a g u a rd a n d o q u e se revele lo q u e es ser h ijo s de D io s"
(R m 8. 19).
P erten ece a la se n sib ilid a d c ristia n a q u e q u ie re ser fiel a esta
e s p e ra n z a e sc o n d id a en el c o ra z ó n de la rea lid ad , la ate n c ió n c o n ti
n u a a esa rev elació n p e rm a n e n te de D io s en la h u m a n id a d . E n los
m o v im ien to s so c io -c u ltu rales el crey en te d eb e a tis b a r la p rese n cia
del E sp íritu . Se n o s insta, p o r co n sig u ie n te, a m ira r p o sitiv am en te
las se m illas del "L ogos" d ise m in a d a s p o r d o q u ie r y p resen tes allí
d o n d e el p e n sa m ie n to , la v o lu n ta d y la c re a tiv id a d h u m a n a s in te n
tan d esp leg arse positiv am en te.
L a p o stm o d e rn id a d , en c u a n to e x p re sió n de u n a b ú sq u e d a
s u p e ra d o ra de las in h u m a n id a d e s p ro d u c id a s p o r el p royecto
m o d e rn o , es d ig n a de esa ate n c ió n a los “sig n o s d e los tie m p o s" q u e
rec o m ien d a el V aticano II. S ólo tras u n a a te n ta c o n sid e ra c ió n de
12 P o s tm o d e m id a d y C ris tia n is m o
5
E ste tra b a jo tien e un c a rá c te r ten tativ o , en say ístico . P reten d e
su g e rir a lg u n a s vías p o r d o n d e tra n sita r: a ire a r cu e stio n es d ig n a s de
reflexión; d e s p e rta r in te rro g a n te s q u e hoy ya están p rese n tes en
a lg u n o s esp íritu s; co la b o ra r, en su m a , al d ia g n ó stic o d e n u estro
tie m p o y al a d e c u a d o p o sic io n a m ie n to de los c ristia n o s en esta
situ ac ió n . E n este se n tid o p a rtic ip a del c a rá c te r co n te x tu a l (y, p o r
ta n to , p ro v isio n a l) de to d a reflexión q u e q u ie ra d a r cu e n ta , en
m e d io del ru id o de la ép o ca, de la m ú sica de la rea lid ad . T ie n e q u e
re n u n c ia r a se r un d isc u rso del b ú h o de M in erv a, q u e ve la to ta li
d a d c o n sus ojos n ic tá lo p e s y se su m e rg e en las h o n d u ra s del E sp íri
tu. P a rtic ip a rá m ás de “la filosofía de los g o rrio n e s" qu e. seg ú n P.
S loterdijk, es el p e n s a m ie n to p o stm o d e m o . U n d isc u rso q u e d a u n a
p erspectiva ac tu a l d esd e el tejado. Es situ ac io n ista . d e h o riz o n te
m óvil y perfiles c a m b ia n te s, o, si se prefiere, a m e n u d o su co n c ie rto
es m o n ó to n o , o tra s veces estrid en te , d e m a s ia d o alto, d e m a sia d o
p rec ip ita d o . El p e n s a m ie n to p o stm o d e rn o p a rtic ip a d e estas c a ra c
terísticas del p e n s a m ie n to situ a c io n ista y p ersp ectiv ista. Y to d o
en say o ta m b ié n . L yotard d irá q u e “el en say o es p o stm o d ern o ".
E sta ta re a de a te n c ió n a la re a lid a d so c io -cu ltu ral, co n el fin de
e s c u c h a r a h í los d esafío s y lla m a d a s al c ristia n ism o , p ro sig u e un
e m p e ñ o in ic ia d o h ace a ñ o s y cu ltiv a d o a través d e a rtíc u lo s y alg ú n
libro. El a u to r q u isiera p ro seg u irla co n m a y o r d e d ic a c ió n y rigor.
La situ a c ió n en el In stitu to de F ilo so fía del C. S. I. C., c o n c re ta m e n -
Ie en el proyecto d e investig ació n de F ilo so fía d e la R eligión so b re
C risis de la M o d e rn id a d . R a zó n y C ristia n ism o ", está sie n d o un
a c ic ate p a ra esta labor. Los s e m in a rio s y el co n ta c to co n los colegas
so n u n se m illero de id eas y u n a o c a sió n p a ra el m u tu o e n riq u e c i
m iento. E sp ec ia lm e n te v alioso p a ra este tra b a jo h a sid o el se m in a
In tro d u c c ió n 13
6
La e stru c tu ra del texto c o n sta de d o s partes. La p rim era.
Modernidad y Postmodernidad", tra ta de o frecer u n a ap ro x im a c ió n
al fe n ó m e n o de la p o stm o d e rn id a d . P ara ello rastre a su p rese n cia
en la m ism a m o d e rn id a d (cap. 1), p a ra d esp u és a n a liz a r lo q u e c o n
L yotard lla m a ría m o s el "e sta d o de ra z ó n " de la p o stm o d e rn id a d ,
q u e versa p rin c ip a lm e n te so b re el pro ceso d e d e c o n stru c c ió n a c o n
tecido en la filosofía m o d e rn a y su ra d ic a liz a c ió n en el p e n s a m ie n
to p o stm o d e m o (cap. 2). El ca p . 3 está d e d ic a d o a a tis b a r el "e sta d o
de h e c h o " o so c ied ad q u e q u isie ra el p e n s a m ie n to p o stm o d e rn o y
q u e se in sin ú a en sus fragm entos.
T enem os así p re p a ra d o el te rre n o p a ra a b o r d a r en la se g u n d a
p arte, "Postmodernidad y cristianismo", u n a c o n fro n ta c ió n co n el
cristian ism o . H e e n te n d id o este diálo g o , co m o ya he se ñ a la d o ,
co m o u n ejercicio de escu c h a, p o r p arte del creyente, d e los d esafio s
y lla m a d a s de la p o s tm o d e m id a d y co m o u n ac ic ate p a ra p e n s a r a
p a rtir de ellos. Es u n in te n to q u e p refiere la a sim ila c ió n d e lo p o siti
vo a la apolo g ética defensiva, p ero q u e n o re n u n c ia a la rép lica ni al
rec h azo de lo in a ce p tab le. C o n s ta de cin co c a p ítu lo s: el d e d ic a d o a
la p o stm o d e rn id a d c o m o critica c o n te m p o rá n e a d e la religión (cap.
4); la a p o rta c ió n del p e n s a m ie n to p o stm o d e m o p a ra u n h a b la r no
id o lá trico so b re D io s hoy (cap. 5): la c o n fro n ta c ió n co n la religiosi
d a d c ristia n a q u e surge in flu id a p o r las actitu d es " p o s tm o d e rn a s”
de rec h azo del p royecto de la m o d e rn id a d (cap. 6): y las a fin id a d e s
en tre el p e n s a m ie n to p o stm o d e rn o y los in te n to s d e a v a n z a r h a c ia
u n n u evo p a ra d ig m a e n tre los teólogos c ristia n o s (cap. 7): y c o n c lu
ye co n u n epílogo, o cap. 8, d e d ic a d o a la n ec esid ad q u e tien e el cris
tia n ism o de p ro se g u ir este d iá lo g o con u n tip o n u ev o d e in te rlo c u
tor. q u e es al q u e a p u n ta el p e n s a m ie n to p o s tm o d e m o y al q u e la
Iglesia está po co h a b itu a d a . Sin e m b arg o , este “d iá lo g o co n el frag
m e n to ” va a ser c a d a vez m ás n ecesario, d a d o el e stad o de la cu ltu ra
o cc id e n tal y de la Iglesia m ism a. Pero hay q u e rec o n o cer q u e la se n
sib ilid a d eclesial a c tu a l es p o co p ro p ic ia a este g én e ro d e diálogos.
.
1.a Parte
Modernidad y Postmodernidad
—"El término 'postmodernidad'_ es.un ‘talso-nombre’, un pseudónimo, que
tomé inicialmente de los arquitectos italianos y de una determinada corriente de la
crítica literaria norteamericana: esto me divirtió, porque se trataba de un nombre
que estaba siendo utilizado por algunos, por ejemplo por A. Bonino Oliva en Italia,
para introducir una especie de 'laisser-aller' y de eruditismo de citas. Entonces me
dije: 'voy a dar la vuelta a esa palabra estratégicamente’. Todo esto introdujo
mucho desorden y desconcierto en las buenas conciencias autosatisfechas. Que
el nombre ‘postmodemidad' es un falso nombre, resulta evidente en cuanto se tie
ne en cuenta que no puede significar justamente 'ahora y después de ahora',
pues la palabra 'moderno' significa 'aflora', y 'después de ahora' será 'ahora'. Ni
es el final de una cosa y el principio de otra. Eso sería absurdo. Ytrdtrfa que se tra
ta de algTTque ha estado slémprelnscrito én ia Modernidad, cómo su melancolía y
hasta su alegría, aunque no existiera con demasiada fuerza en la Edad clásica.
Melancolía por la legitimidad perdida (verdadera o no). Se trata de una melancolía
que encontramos ya en Platón, pero que no hay en Aristóteles".
(J. F. LYOTARD, Entrevista de Teresa Oñate: Meta. vol. 1, 2 (1987), 119).
2. Descentramiento y relativización
Cf. F N IETZSCFIE. M is allá del bien y del mal. A lianza. M adrid 1972: J.
D E R R ID A . Espérons. Les styles de Nietzsche. Paris 1978: G. D E L E U Z E . Nie
tzsche y la Filosofia, A nagram a. B arcelona 1986: ; G . VA IT I MO. El fin de la
modernidad. G edisa. Barcelona 1986. 154s.: ID.. Introducción a Nietzsche. P enin
sula. Barcelona 1987.
I I u m b ra l d e la p o s tm o d e rn id a d 23
61s ). fue rccscrito tres veces p o r Weber. la últim a poco antes de su m uerte. J.
HA BERM AS, en su m onum ental obra Theorie des kommunikativen Handelns.
Suhrkam p, F rankfurt a. M 1981. vol. 1. 225-365. se confronta m asivam ente con
W eber y ve en este articulo un extrao rd in ario análisis de la racionalidad m oder
na con el que —lastim osam ente, a su ju ic io — n o es coherente la obra w eberiana.
Cf. tam bién el tratam iento de este ensayo w eberiano d esde el ám b ito francés: Ar
chives de Sciences Sociales des Religions 61.1 (1986). núm ero m onográfico dedi
cado al citado texto de Weber.
I I u m b ra l de la p o s lm o d e m id a d 25
17 Ibid.. 19-20.
'* Nos apoyam os, sobro todo, en los estudios de J. HA BERM AS. Theorie des
Kommnunikativen Handelns: P. L. B ER G ER . Un mundo sin hogar. Sal Terrae.
S a n tan d e r 1979: ID.. The Capitalist Revolution. Basic Books. New York 1986: D.
BELL, l a s contradicciones culturales del capitalismo tardío. A lianza. M adrid
1977; J BA11DRILLARD. l a s estrategias fatales. A nagram a, Barcelona 1984.
I I u m b ra l d e la p o stm o d e rn id a d 27
(D u rk h e im ). Posee u n a d u re z a q u e se n o s im p o n e a 'o s in d iv id u o s.
E stá d irig id a , in d e p e n d ie n te m e n te de n u estro s deseos, p o r un p rin
cip io ax ial o lógica in te rn a, d o n d e la ley del ren d im ie n to y la efic a
cia es ce n tral. E stá fla n q u e a d a p o r u n sistem a de v alo res en el q u e el
ren d im ien to , la u tilid ad , la d isc ip lin a , la je ra rq u ía y la m a x im a ció n
son virtu d es in c u estio n ab les. H ay co m o u n a atm ó sfera q u e en v u e l
ve el fu n c io n a m ie n to de este sistem a de la p ro d u c c ió n tecn o -cien ti-
lica y q u e tie n d e a e x p a n d irse m ás allá de los estricto s lím ites del
sistem a tecn o -eco n ó m ico : es la funcionalidad T odo h a d e servir
p ara algo. Q u iz á p a ra u n p ro p ó sito q u e sólo es u n m ed io p ara o tro
m edio, el cu al, a su vez. está e n c a d e n a d o a o tro e n u n a ru ed a sin fin.
N os h a lla m o s a n te el sistem a y su fu n c io n a m ie n to c irc u la r co m o
objetivo. La p a rá b o la del a p re n d iz de bru jo , d e G o eth e , tiene su
c u m p lim ie n to en n u e stra so ciedad. H em o s p u esto en m a rc h a un
m e ca n ism o q u e a h o ra n o sa b em o s p arar. C o n tin ú a fu n c io n a n d o y
a m e n a z a co n a h o g a rn o s en la lógica fu n c io n a lista q u e to d o lo q u ie
re a b ra zar. H ay u n a ra c io n a lid a d , h ija del desplieg u e tecn o -cien tífi-
co in stitu c io n a liz a d o , que, co m o vio W eber, se eleva so c ialm en te
co m o la razó n . R ecibe diversas d en o m in a c io n e s, co n ac e n to s q u e
e x tra p o la n u n a u o tra arista, pero su p re d o m in io es in d u d a b le:
raz ó n in stru m e n ta l (H o rk h eim er. A d o rn o ), u n id im e n sio n a l (M ar-
cuse). fu n c io n a l (H a b erm a s), sistèm ica (L u h m a n n . H ab e rm as). La
ra c io n a lid a d fu n c io n a l a v a n z a im p a ra b le a través d e la es tru c tu ra
q u e le sirve de so p o rte y lo c o m o ció n , a la vez q u e de estim u lo .
Este sistem a te cn o -eco n ó m ico . en su e n o rm e d in a m ism o y ac e
leración. tie n d e a sa te liz a r o c o lo n iz a r (H a b e rm a s) to d o s los e s p a
cios sociales. N o sólo se h a in stitu c io n a liz a d o la p ro d u c c ió n del
c o n o c im ie n to en in stitu to s de investigación, g ra n d e s em p re sas, u n i
v ersid ad es y m in isterio s, sin o q u e la lógica del D + I p erv ad e to d a la
so ciedad. P ara D. Bell, vivim os ya en u n a "society o f k now ledge" l9.
Los “ m e d ia" c a m in a n o v u elan so b re la revolució n m ic ro ele ctró n i
ca. a m e n a z a n d o co n p ro d u c ir fe n ó m e n o s p ro p io s q u e h a n a tra íd o
la a te n c ió n de los sociólogos p o stm o d e rn o s p a ra ju stific a r el p aso a
o tra era. Pero, m ás allá de la p rese n cia de la lógica fu n cio n a l en la
cre cie n te “c ie n tiliz a c ió n de la vida c o tid ia n a ” (P. Berger). d esd e los
c a c h iv a c h e s q u e nos ro d ean h a sta la dieta en c a lo ría s q u e n o s a y u
d a rá a c o n tro la r “el peso id e a l” o el colesterol. el sistem a p en e tra en
la ed u c a c ió n , la p o lítica y la ética civica y p e rso n a l. Este es el te m i
ble a lc a n c e de la co lo n iz a c ió n del sistem a, q u e p a ra H ab e rm as,
m u c h o m ás q u e p a ra W eber. n o sólo les q u ita la lib e rtad a los in d i
Para una visión de esta evolución, cf. J HA BERM AS. l a historia critica de
la opinión pública. G ustavo G ili Ed., B arcelona 1981. 248s.
El u m b ra l d e la p o s tm o d e rn id a d 29
5. El hombre de la modernidad
6. Resumen y conclusiones
H em o s d escrito los rasgos m ás so b re sa lie n te s de la m o d e rn i
d ad . D e la m a n o de W eber y de alg u n o s de sus se g u id o res y criticos.
h em o s p e rc ib id o có m o la p ro b le m á tic a p o stm o d e rn a está ya p re
sente en la m o d e rn id a d . La m o d e rn id a d está g ráv id a d e p o stm o d e r
nid ad . Al d e sa rro lla rse los rasgos fu n d a m e n ta le s de la m o d e rn id a d
ap a rece n las c u e stio n es p o stm o d e rn a s. Q u izá este d e sc u b rim ie n to
nos h ag a ser ca u to s a la h o ra de s e ñ a la r ru p tu ra s de época. Pero nos
in d ic a ta m b ié n d ó n d e está lo m ás valioso de la c o n fro n ta c ió n en tre
m o d e rn o s y p o stm o d ern o s: en las cu estio n es q u e a b o rd a n . Es un
m odo de p la n te a rs e los p ro b le m a s q u e in q u ie ta n al h o m b re y a la
so c ied a d o ccid en tales. U n a vez m ás nos e n fre n ta m o s, en el d e s a rro
llo h istó rico o cc id e n tal, a los efectos h istó rico s frecu e n tem en te no
q u erid o s ni d eseados, a los proyectos po lítico -so ciales y las u to p ias
de la h isto ria , la h u m a n id a d y el h o m b re del futuro.
E n esta in tro d u c c ió n a la p ro b le m á tic a de la p o stm o d e rn id a d
h em os in te n ta d o d e ja r claro q u e la m o d e rn id a d se c a ra c te riz a p o r
los siguientes rasgos:
1. U n pro ceso de ra c io n a liz a c ió n en el q u e se va c o n fig u ra n d o un
tipo de h o m b re o rie n ta d o al d o m in io del m u n d o , co n u n estilo
de p e n s a m ie n to form al, u n a m e n ta lid a d fu n cio n a l, u n c o m p o r
ta m ie n to a u ste ro y d isc ip lin a d o y u n a s m o tiv ac io n es m o rales
a u tó n o m a s, ju n to con u n m o d o de o rg a n iz a r la so c ied a d a lre d e
d o r de la in stitu c ió n e c o n ó m ic a y la b u ro c ra c ia estatal.
2. U n ce n tro p ro d u c to r de relacio n es sociales: la e c o n o m ía . La reli
gión. q u e tra d ic io n a lm e n te h ab ía o c u p a d o este lugar, es d e s p la
za d a h a c ia la p eriferia y se recluye, c a d a vez m ás. en la esfera p ri
vada.
3. U n a visión del m u n d o (cosm ovisión) d e sc e n tra d a , d e s a c ra liz a d a
y p lu ralista . Ya n o hay un centro, u n a ideología ú n ic a. A p arece el
relativism o y se c o m ie n z a a c u e stio n a r la p o sib ilid a d de un fun-
hiper-individualism o”. cf. B. B E R G E R - P. L. BERG ER. The War over the Fam
ily, G arden City. New York 19X3, 118s.
32 M o d e rn id a d y P o s tm o d e rn id a d
La crítica m oderna
a la razón ilustrada
b) La crítica psicoanalítica
y ta n to m ás c u a n to m ás se e m p e ñ e en m a n te n e r el m o d elo del
e sp e c ta d o r q u e rep rese n ta “o b je tiv a m e n te " la re a lid a d y la ex p resa
m e d ian te co n c e p to s "c la ro s y d istin to s".
A ntes y d esp u és de F reud. la in tro sp e cc ió n p sico ló g ica d e la
lite ra tu ra m o d e rn a h iz o cre cer la so sp e ch a a c erca d e la ex isten cia
d e un sujeto au tó n o m o , y la irra c io n a lid a d c o m e n z ó a ro d e a r a la
razó n .
P ero si F reud. co n su critica, y la novela m o d e rn a , co n su
in tro sp e cc ió n , so c av a n la c o n fia n z a en la ra c io n a lid a d del su jeto y
en la fuerza de la raz ó n , sin em b arg o , su o b jetiv o se in sc rib e en la
d efe n sa de la raz ó n y la a u to n o m ía del sujeto. T rata d e lib e ra r al
h o m b re m o d e rn o de e n g a ñ o s p a ra q u e sea m ás él m ism o. El h o m
bre. la h u m a n id a d d e s e n g a ñ a d a y lib e ra d a de ilu sio n es q u e p e rsi
gue F reud. es u n h o m b re e n tra d o en raz ó n , c a p a z d e ser él m ism o.
D esd e este p u n to de vista, la critic a p s ic o a n a litic a está en el h o ri
zo n te de la Ilu stració n .
A p a rtir de este m o m e n to será im p o sib le p re se n ta r los c o n c e p
tos id e alistas o ra c io n a lista s de sujeto, v erd ad y razó n . Se h a d escu
b ierto q u e lo n o ra c io n a l (el deseo, la v o lu n ta d d e p o d er) está sie m
pre p rese n te en el fu n c io n a m ie n to d e la ra z ó n (teó rica y p ráctica).
Pero n o se d u d a q u e hay q u e aten e rse a d ic h o s co n c ep to s. S erá un
p ro b le m a , q u e tod av ía nos in q u ie ta , d a r u n a so lu c ió n a esta rac io
n a lid a d a m e n a z a d a p o r lo O tro.
21 Ibid.. 241-242.
K. O. APEL. I)ic Transform ation der Philosophic. Suhrkam p. F rankfurt a.
M. 1974. I (trad. cast, en Taurus. M adrid 1985).
L.a m u erte de D ios, o la ra z ó n m o d e rn a y la p o stm o d e rn id a d 43
« Ibid.. 140
” Ibid.. 240.
La m u erte de D io s, o la r a z ó n m o d e rn a y la p o s tm o d e rn id a d 47
14 Ibid.. 89.
’5 J. HA BERM AS. "N coconservative C ulture C riticism in the USA an West
G erm any: an Intellectual M ovem ent in two Political C ultures": Telos 56 (1983).
7S-X9. 79
48 M o d e rn id a d y P o stm o d e rn ¡dad
41 lbid.. 118.
42 Ibidcm.
41 lbid.. 109.
50 M o d e rn id a d y P o s tm o d e m id a d
4* Ibidem.
47 Ibidem.
4* R. RORTY. "H ab e rm a s a n d Lyotard on Post-m odernity" (art. cit.). 39s.: S.
BENHAB1B. "E pistem ologies o f Postm odernism : a R ejoinder to J. F. Lyotard":
New German Critique 2 (1984-85). 103-126. 118.
4,1 R RORTY. art. cit.. 38.
w Ibid.. 42.
51 Ibidem.
La m u erto de D io s, o la ra z ó n m o d e rn a y la p o s tm o d e rn id a d 51
<g J. HA BERM AS. “Q uestions...”. 230; ID.. Theorie des Kommunikativen H an
delns l. Suhrkam p. F rankfurt a.M.. 102.
J HA BERM AS. "Q uestions...". 233.
M Esta pretcnsión, a u n q u e m anifestada m ás explicitam ente p o r los H orkhei-
mer. A dorno, etc., está m uy presente en H aberm as; cf. Theorie des Kommunikati
ven Handelns I. 518s.
M Ibidem.: Id.. "Q uestions...”. 242.
54 M o d e rn id a d y P o s tm o d e rn id a d
p a ra le lo co n los d e re c h o s n a tu ra le s de c a rá c te r p ro c e d im e n ta l d e
q u e h a b la b a la Ilu strac ió n , y trata de c o la b o ra r a la re a liza ció n
a u tó n o m a del h om bre.
La p o lé m ic a se p u e d e proseguir, y p u ed e c u e stio n a rse el so m e
tim ien to de las d im e n sio n e s ético -m o rales y estéticas a la au to rrefle-
xión cognitiva. El m o d elo de u n ific ació n de la raz ó n c o m u n ic a tiv a
h a b e rm a s ia n a p arece c o n c e d e r este pu esto p riv ile g iad o a la d im e n
sión cognitiva. Pero ¿no se p o d ría u n ific a r ta m b ié n b ajo la ég id a de
la d im e n sió n estético -sen su al, co m o sug ieren la s te n d e n c ia s neo-
n ie tz s c h e a n a s p o stm o d e rn a s. p o r ejem p lo L yotard? ¿N o será, co m o
le ac u sa L yotard. q u e H a b e rm a s, en su s p o sic io n e s estéticas, es un
co n serv ad o r? 6A.
H a b e rm a s ha te n id o q u e rec o n o cer q u e su reflex ió n so b re el
statu s de lo estético era in c o m p le to . A ctu a lm e n te se rem ite a la so lu
ció n a p u n ta d a p o r A. W ellm er: "la verdad, la v e ra cid a d e in c lu so la
c o rrec ció n n o rm ativ a e stá n m e ta fó ric a m e n te e n tre la z a d a s en la
o b ra de arte, q u e p o d em o s a c la ra r ú n ic a m e n te a p e la n d o al h e c h o
de q u e la o b ra de arte, en c u a n to u n a fo rm a ció n sim b ó lic a co n u n a
exig en cia estética de validez, es al m ism o tie m p o un o b je to d e ex p e
rien cia del m u n d o de la v ida en el q u e los tres d o m in io s d e v alid ez
e stá n e n tre c ru z a d o s de fo rm a n o m etafó rica " 67. Y m ás allá d e esta
c o rrec ció n no p arece a v a n z a r H a b e rm a s. co m o ta m p o c o p are ce
e sta r d isp u e sto a sustituir, co m o ya h iciera M a rcu se. u n d isc u rso
p rác tico b a s a d o en la ra z ó n p o r o tro b a s a d o en los in stin to s 68. E n
este p u n to , H a b e rm a s prosig u e la o p c ió n h eg e lia n a, q u e se d e s e n
c a n tó de la p o sib ilid a d de u n a u to p ía estética p ara volverse h a c ia la
re c o n stru cció n de u n co n c e p to de ra z ó n d o n d e c u p ie ra la critica y
la div isió n de la m o d e rn id a d 69.
3. Resumen y conclusiones
La p o stm o d e rn id a d — a h o ra lo vam os v ie n d o m ás c la ro — es
u n ajuste de c u e n ta s co n la m o d e rn id a d . N o sólo se re c h a z a u n esti
lo de p e n sa m ie n to , sin o u n estilo de vida. Se qu iere, p o r tan to , co n
la su p e ra c ió n de u n a co n c e p c ió n de la raz ó n , u n a so c ied a d y un
h o m b re diferentes, p o rq u e no se p u ed e n s e p a ra r “los estad o s de
razón d e los estad o s d e h e c h o " (Lyotard).
A u n q u e los au to re s p o stm o d e m o s reh u y e n o fre ce r p ro g ra m a s
ilc c a m b io social o de vida p erso n a l, p a ra no re c a e r en el p e n s a
m iento to ta liz a n te y to ta litario , sin em b arg o , en sus critica s a "la
actitu d m o d e rn a " y en sus deseos se p u e d e n ra stre a r asp ecto s q ue
a p u n ta n a la u to p ía p o stm o d e rn a .
El co n o c im ie n to de estas p ro p u e sta s nos p ro p o rc io n a u n a c o n
ciencia m ás c la ra de la ru p tu ra p o stm o d e rn a y n o s m u estra h asta
qué p u n to hay u n a su p e ra c ió n o u n a repetició n de la m o d e rn id a d .
D esde el p u n to d e vista de la c o n fro n ta c ió n co n la religión c ristia
na. nos in d ic a h ac ia d ó n d e a p u n ta la p rax is p o stm o d e rn a , asp ecto
d e p a rtic u la r relev an cia p a ra u n a fe q u e q u ie re te n e r co n sec u en cias
en la re a lid a d social y p erso n a l.
'* Ibid.. 42. Vatiimo llam a la atención frente al peligro de efectuar interpreta
ciones religiosas de Heidegger en este punto. Pero esta "critica del sujeto" y
superación de su afán posesivo tiene m uchas connotaciones con el m u n d o reli
gioso de la m istica. Para una interpretación heideggeriana siguiendo esta via de
la “G elassenheit" (M. H E ID E G G E R . Gelassenheit. Neske. Pfullingen 1985*). cf.
J. RO F CA RBA LLO - J. D EL AMO. Terapéutica del hombre. Dcsclée. Bilbao
1986: C. C O R D U A , 'Heidegger, o em pezar a p en sar”: Diálogos (Univ. Puerto
Rico) XIII/31 (1978): Tao C H A N G -C H U N G -Y U A N . A New Way of Thinking.
H aper and Row. New York 1975: J. HA BERM A S (D er philosophische Diskurs der
M oderne. Suhrkam p. F rankfurt a.M. 1985. 121. 124s„ 192s.) explica el giro de
H eidegger hacia N ietzsche y la filosofia m istica. M ás positivam ente. A. G A R
C IA D U TM A N N . Distracción de la voluntad: Kant y Heidegger (m anuscrito.
1958).
" G . VATTIMO. op. cit.. 44
12 J. F. LYOTARD. La postm odernidad.... 99.
,J Ibid.. 97.
14 Ibid.. 99-100.
15 Ibid.. 111-112.
I ;i u to p ía p o stm o d e rn a 63
"■ Me lo sugiere G. VATTIMO (El fin de la modernidad. 52, 53). pero aún más.
com o trataré de m ostrar, la convergencia general de criticas y propuestas.
17 J F. LYOTARD. 1.a postm odem idad.... 91, 97, 11(1.
Ihid. 110. 30. Cf. La postura m ás cau ta de VATTIMO ante esta pretendida
deslegitimación y refutación del proyecto m oderno por los acontecim ientos histó
ricos traum áticos: "El fin del sentido e m a n cip a d o r de la historia": El l’ais 6-XII-
N6, 12-13.
"* Ihid.. 111.
311 ibidem.
1 (i VATTIMO. El fin de la modernidad. 52.
64 M o d e rn id a d y p o s tm o d e rn id a d
2. Sociedad de la simulación
y fin de la historia
Ibid.. 53
Cf. J BA U D R ILLA R D . I j s estrategias fatales. A nagram a. Barcelona 19S4:
ID.. "E l arto 2000 no tendrá lusar": El País. I3-X-85.
l a u to p ia p o stm o d e rn a 65
27 Ibidem.
2* Cf. R. W OLIN . M odernism o Vs. Postmodernismo. 185.. donde trata de justi
ficar la “afin id ad electiva" entre postcstructuralism o. postm odernism o y teoria
de sistem as.
J. BA U D R ILLA R D . Las estrategias fatales: ID.. "El arto 2000..."
La u to p ía p o stm o d e rn a 67
a d e m á s el fin de la ética, al m en o s en la fo rm a q u e p re v a le n te m e n te
ha asu m id o en el p e n s a m ie n to m o d e rn o ” 3i.
Pero sin m e ta-h isto ria s u n ita ria s, sin filosofías o teo lo g ías del
progreso, de la e m a n c ip a c ió n , o de la salv ació n , ¿p o d rem o s to m a r
siq u iera d ecisio n es p a ra g o z a r de la p lu ra lid a d in so n d a b le d e la
vida?; ¿n o se rem o s m ás bien e n tre g a d o s al vértigo circu lar, ta u to ló
gico. del sistem a? 31. V attim o ab o g a sie m p re p o r o p c io n e s débiles:
seguir el c a m in o n ie tz s c h e a n o de b u s c a r e i se n tid o d e la h isto ria en
la p é rd id a del sen tid o ; c o n c re ta m e n te , a g a rra rse "al d e sc u b rim ie n to
de la m u ltip lic ac ió n de los h o riz o n te s de se n tid o " w. Pero este relati
vism o c u ltu ra l ¿es u n a v e rd a d e ra salida?
12 G . VA1T1MO, “El fin del sentido..." (art. cit en nota 18). 13.
” Ibidem. Vattimo afirm a que “hem os descubierto que no podem os, por a h o
ra. p rescindir de una concepción u n itaria de la historia, de un hito rojo sobre el
que proyectar el futuro, darle un sentido, tom ar decisiones (...) Y asi las grandes
narraciones legitim antes, la filosofía de la historia, no han pasad o y d esapareci
do del lodo, com o quería Lyotard; se han vuelto problem áticas, pero, asi y todo,
constituyen todavía el único c ontenido d e nuestro pen sam ien to y de nuestra cul
tura". E ntretanto, tam bién Lyotard parece h ab er debilitado sus posiciones; cf.
“R eescribir la m odernidad": Revista de Occidente 66 (1986). 32.
u G . VATTIMO. art. cit.. 13; J F. LYOTARD. 1.a postm odernidad.... 42.
,s Cf. J. HA BERM AS. "Q uestions a n d C ounterquestions". a hora en R. Bern-
stein (ed.) Haberm as and Postmodernitv. Politv Press. C am bridce 1985.
La u to p ia p o stm o d e rn a 69
Jam eson d ijo que era ético y político al m ism o tiem po: me parejeen tan
im plicados los otros m om entos cognitivos y estéticos que habría que verlos
m utuam ente ligados. Cf. F. JA M ESO N . “T he Politics o f Theory: Ideological
Positions in the Postm odernism ": Debats 14 (1985). Un ejem plo de esta vincula
r o n total, en J. F. LYOTARD. 1.a postm odem idad.... 58-60; J. HA BFRM A S. "La
m odernidad, un proyecto incom pleto", en (H. Foster - J. H aberm as - J. Baudri-
Ilartl,..) U postmodemidad. Kairós. Barcelona 19X5.
' Esta am bigüedad de la situación actual se percibe a m enudo en J. F. LYO-
I \R D La condición postm odern a. 118: 1.a postm odernidad.... 121.
J J F. LYOTARD. La postm odem idad.... 47, 86.
" Ibid.. 30.
'* Ibid.. 69.
Ibid.. 77. 86: ID.. Dispositivos pulsionales. F undam entos. M adrid 1981. 300-
74 M o d e rn id a d y p o stm o d e rn id a d
Bajo la te n d e n c ia eu ro p e a al u so de las fo rm u la c io n e s g e n e ra
les — te n d e n c ia e n d u re c id a en el proyecto m o d e rn o — . los p o stm o -
ilernos h a n visto u n p eligro p a ra la p erso n a. D etrá s del c o n c ep to
g en eral de h o m b re se v io len ta lo p articu la r, im p re v isib le y ú n ic o de
ca d a ind iv id u o . E sta h a sido u n a de las estra te g ias d e d isc ip lin a -
m ien to social y de la ten te u tiliza ció n p a ra fines to ta lita rio s 65. C o n
el rec h azo del cu lto a la Id ea de H o m b re, L ib ertad . C o m u n id a d
libre. P ueblo. Ser S u p rem o , liq u id a m o s las in sta n c ia s n o rm ativ as
un iv ersales p a ra q u e d a rn o s c o n lo sin g u la r y concreto .
Se sie n ta n así las c o n d ic io n e s p a ra vivir lo s in g u la r e in fin ito
de ca d a in d iv id u o . La no su p e d ita c ió n a u n id eal n o rm a tiv o d e ja rá
ab ierto el h o riz o n te p a ra q u e c a d a cu a l sea. en la m u ltip lic id a d de
los co n tex to s y en las v icisitudes de su existen cia, el v erd a d ero deci-
d id o r de su destino.
Ya vim os q u e esta u to p ia de fo n d o n ie tz sc h e a n o — lib e ració n
del in d iv id u o p o r la d iso lu c ió n de to d a s las a ta d u ra s, in c lu id a la del
se n tid o — iba lig ad a a u n " a d e lg a z a m ie n to " del m o d e rn o c o n c e p to
ile su je to P arece q u e esta u to p ia sólo se h a rá efectiva si el sujeto
burg u és a p re n d e a p erd e rse en la v ivencia p re se n tista de lo q u e le
rodea.
El ideal de in d iv id u o s a u tó n o m o s, creativos y su m e rg id o s en la
' ¡ven da del ah o ra encu en tra su correlato sociológico en el narcisism o
d e la c u ltu ra ac tu a l. La ex p e rien c ia del deleite d istra íd o y d e la cul-
lura m a g n ific a d a q u e p ro p o n e co m o a c titu d estética V a ttim o 67 dice
relación c o n “la se g u n d a rev o lu ció n in d iv id u a lista " d e G . L ipo-
v e ts k y 68. U n a vida en tre g a d a a la se d u cció n de lo m ú ltip le y d iv e r
décor“: Les Temps M odernes 41. n." 476 (1986). 183-206: G . V1GARELLO. “ Le
deuxièm e âge de l'individualism e": Esprit (1987). 63-79; R. N. BELLAH. Habits
of (he Heart. H arper a n d Row. New York 1985.
M R W OLIN . M odernism o Vs. Postmodernismo. 180.
711 Ibidem. Cf. la c o n tra p o sitio n con Ci. LIPOVETSKY. l a era del vario.... 170s.
71 Cf. O. de LEO N A R D IS. "R iletturc e a ppunti su attore sociale e sistem a", en
(VV. AA ) Sulla modernità. 271-287. 280.
La u to p ia p o stm o d e rn a 77
6. Resumen y conclusiones
F. SAVATER. "La dem ocracia pen d ien te“: F.l l’ais. IX-1-87. 11-12.
I SAVATER. "U na piadosa calculatriz": El l’ais. 4-111-87.
‘ O VATT IMO. "L a izquierda y la n a d a “: El l’ais, 30-111-87. II.
M. H O R K H E IM E R . "L as últim as huellas de la teologia. El legado de Paul
I illieh". en (VV AA.) Paul Tillieh: su obra y su influencia. S tudium . M adrid 1971.
n i.
C f. A. C O R T IN A , “lin a ética de la responsabilidad solid aria“: F.l l’ais. 26-
II !<7: ID.. “ Etica dem ocrática": F.l Pais. 3-IV-87.
Cf. I KOLAKOVSKY. Si Dios no existe.... Tecnos. M adrid 1985
78 M o d e rn id a d y p o s lm o d e rn id a d
Postmodernidad
y Cristianismo
—“ ¿Cómo hacer ver que hay algo que no puede ser visto? El propio
Kant nos dicta la dirección que se ha de seguir, llamándolo lo informe, la
ausencia de forma, un índice posible de lo impresentable. Dice también
de la abstracción vacía que experimenta la imaginación en busca de
una presentación del infinito (otro impresentable) que esa abstracción es
ella misma como una presentación del infinito, su presentación negati
va. Cita el ‘No esculpirás imagen...’ (Ex 2,4) como el pasaje más sublime
de la Biblia, en el sentido de que prohíbe cualquier presentación de lo
absoluto. No hay mucho más que agregar a estas observaciones para
esbozar una estética de la pintura (religión) sublime”
(J. F. LYOTARD, La postmodernidad..., 21).
—“ No se trata, en efecto, de desenmascarar ni disolver errores, sino
que se trata de verlos como el manantial mismo de la riqueza que nos
constituye y que da interés, color, ser, al mundo"
(G. VATTIMO, El fin de la modernidad, 150).
—"Hay que acompañar a la metafísica en su caída, como decía
Adorno, pero sin caer en el pragmatismo positivista ambiental que, bajo
su apariencia liberal, no es menos hegemónico que el dogmatismo. Tra
zar una línea de resistencia contra ambos. Contraatacar las confusiones
sin rehacer un ‘frente’. Por el momento, la defensa de las razones proce
de efectuando 'micrologías”
(J. F. LYOTARD, La postmodernidad..., 77).
—“ La Iglesia, desde el comienzo de su historia, aprendió a expresar
el mensaje cristiano con los conceptos y en la lengua de cada pueblo, y
Procuró ilustrarlo, además, con el saber filosófico. Procedió así para
adaptar el Evangelio al nivel del saber popular y a las exigencias de los
sabios en cuanto era posible. Esta adaptación de la predicación de la
Palabra revelada debe mantenerse como ley de toda la evangelización”
(G audium e t S p e s , 44).
4
La crítica postm oderna
de la religión
El p e n s a m ie n to p o stm o d e rn o , en c u a n to q u e d e c la ra el fin de
todo p ro y ecto y n o rm a tiv a h istó ric a to ta liz an te, no sólo es u n e n e
m igo fro n tal del p royecto de la m o d e rn id a d , sin o ta m b ié n d e c u a l
q u ie r o tro d o n d e a p a re z c a la p re te n sió n de se n tid o glo b al y de
o rie n ta c ió n g en e ral de la vida. ¿N o es. d esd e este p u n to de vista, el
polo o p u e sto del c ristian ism o ? ¿C abe e s p e ra r algo m ás q u e u n a
c o n fro n ta c ió n d u ra y de re c h a z o violen to p o r a m b a s partes?
La p o stm o d e rn id a d , co n su lla m a d a a la d e sp e d id a de todo
fu n d a m e n to y la d e sm itific a c ió n radical de to d a re a lid a d g lo b al, es
u n a fo rm a d e ateísm o n ih ilista q u e n o p rete n d e re a p ro p ia rse n ad a ,
y p o r eso m ism o rep rese n ta el re c h a z o m á x im o de D ios y la reli
gión. N os h a lla m o s —p arece se r— an te la liq u id a c ió n m ás ex h a u s-
liva de las raíces de lo sa g ra d o y de la a p ro x im a c ió n a D ios.
C o n esta ta rjeta de p re se n ta c ió n , ¿cab e e s p e ra r algo del d iálo g o
c ristian o c o n la p o stm o d e m id a d ? O acaso, co m o a m e n u d o h a o c u
rrido. d etrá s de la critica rad ical, n ih ilista , a la religión ¿p u ed e a p a
recer u n a vivencia religiosa m ás d e p u ra d a y a u tén tica ? Q u isié ra
mos, al m en os, e x p lo ra r esta ú ltim a hipótesis.
1 Cf. W KA SPER. Der G ott Jesu Christi. G rüncw ald. M ainz 1982. 44s. (trad.
fa st Kl Dios de Jesucristo. Sigucme. S alam anca 1985).
La c ritic a p o stm o d e rn a d e la religión 83
' Véase la critica que. desde esta consideración de ateísm o sustitutorio, hace
11 VATTIMO ( Ibid.. 28) a G . D eleuze y su "glorificación" d e los sim ulacros y los
'■ iV |os. Cf. J F . LYOTARD. Le Différend. M inuit. Paris 1983: cf. tam bién F.
I A RU ELLE. Les philosophies de la différence. P. U. F.. Paris 1986. 169s.
“ G VATTIMO. El fin de la modernidad. 31.
Ibid.. 31. 147
" Ibid.. 150.
Ibidem.
11 Ibid.. 23
86 P o s tm o d e m id a d y C risiia n ism o
u Ibid.. 52.
'' Ibid.. 52-53.
9() P o s im o d e rn id a d y C ristia n ism o
“ Ibid.. 66.
37 Este problem a, que puede p lantearse desde la "sensibilidad postm odem a".
ya está recogido hoy en la teología eclesial actual. Cf. K. R A H N E R . Cambio
estructural de la Iglesia. C ristiandad. M adrid 1974.
211 J. F. LYOTARD. La postm odem idad.... 31.
!u J. F. LYOTARD. "R eescribir la m odernidad": Revista de Occidente 66
(1986). 32.
Cf. P BÜ RG ER. Theorie der Avantgarde. Frankfurt a.M. 1974; ID.. "D as
A ltem des M oderne", en I Frieden bürg - H aberm as, eds.) Adorno-Konferenz 1983.
l a c rític a p o s tm o d e rn a d e la religión 91
í rankfurt a.M 1983. Criticam ente contra Bilrger. C. SCH ERR M A N N . Dio akade-
m ische Z uriehtung der Kunst": M erkur 462 (1987). 707-713.
" t. F. LYOTARD. 1.a pu'.(modernidad.... 20.
12 Ihid.. 20-21
11 Sim plificam os lo que en P. Bilrger y otros m uchos autores es después a n a li
zado m ás p o rm enorizada m ente. C'f. G. VATTIMO. El fin de la modernidad. II
Parte: "La verdad del arte". 47-99: ID., “ La nueva experiencia estética": El País.
I-VIII-87. 10-11: R W OLIN. M odernismo Vs. Postmodernismo.
'4 R. W OLIN . op. cit.. 171. corrigiendo a P. Bilrger.
92 P o stm o d e rn id a d y C ristia n ism o
J" G. VATTIMO. "L a nueva experiencia estética“. II; ID.. El fin de la m oderni
dad. 56s.
41 J. F. LYOTARD. La postmodernidad.... 26
4 P. SLO TERD IJK . Kopcrnikanisehc Mobilmachung und ptolemäische Abrüs
tung. S uhrkam p. F rankfurt a.M 1987, 63s.
41 J F. LYOTARD. La postm odem idad.... 21
94 P o s tm o d e rn id a d y C ristia n ism o
■
“ Ibidem.
G. VATTIMO. El fin de la modernidad. 56.
M H E ID E G G E R . Nietzsche I. Neske. Pfullingen 1961. 366: ID.. Holzwege.
150. 239-240.
La c ritica p o s tm o d e rn a de la religión 95
4. Resum en y conclusiones
m iento del fundam ento. Esta actitud, que trata de co n tin u ar el perspec-
tivism o y n ih ilism o n ie tz sc h e a n o s y el d ec o n stru ctiv ism o m etafisico
d e H eidegger. o el a n á lis is lin g ü ístic o w itte g en stein ian o . c o n d u c e a
u n in n e g a b le escepticism o ante la razón. El p e n s a m ie n to d eco n s-
tru ctiv ista p o stm o d e m o . si algo p ro p o rc io n a y e x p a n d e , es la in c re
d u lid a d a n te las p re te n d id a s “'te o ría s ob jetiv as", v erd a d eras y fu n
d a d a s. so b re el m u n d o y la rea lid ad ". N o hay m ás q u e in te n to s p o r
a tra p a r algo de la re a lid a d q u e se n o s escu rre p e rm a n e n te m e n te ,
so b re to d o en su fo n d o o m isterio últim o. La p o s tm o d e m id a d su p o
ne un d e s e n c a n ta m ie n to de la razó n . Si la fe en la raz ó n m u rió co n
las filosofías de la so sp e ch a en el siglo XIX. su a u ra n o ha d e s a p a re
cido. Los filósofos de la d e c o n stru c c ió n h a n efe c tu a d o el w e b e ria n o
d e s e n c a n ta m ie n to q u e la cu ltu ra m o d e rn a e m p u ja d esd e sus e n tra
ñ as seculares, a las q u e n o es a je n a la fe c ristian a .
Pero, si m ira m o s bien, d e s e n c a n ta m ie n to d e la raz ó n , esce p ti
cism o. p o stra c io n a lism o . no es eq u iv ale n te a esce p ticism o a n te la
vida, la re a lid a d o el m isterio. La a c titu d p o s tm o d e rn a p o stu la u n a
y o tra vez u n a a p e rtu ra a la rea lid ad , al m a n a n tia l d e la vida y del
ser. q u e ju z g a c e rra d o p o r el c o n c e p tu a lis m o y la log ificació n
m o d e rn a o cc id e n tal. Su reb elió n es c o n tra un exceso q u e c la u su ra
a lg u n a s p u erta s de la vida y su riq u eza. H ay u n a d efe n sa de las
p o sib ilid a d e s de la vida, de su in a g o ta b ilid a d e in e fa b ilid a d , c o n s
treñ id a. a ta d a , p o r los la zo s del d o m in io estre ch o d e lo racio n al.
C o n tra este e n c a d e n a m ie n to d e se c a d o r se a lz a la c ru z a d a p o stm o -
d e m a an tim e ta fisic a y a n ti-fu n d a m e n ta d o ra . Pero, co m o h em o s
te n id o o c a sió n de ver en e x p re sio n es de sus au to res, la ten u n a s
ex p ectativ as c u a si-m istic a s a n te la re a lid a d vivida d esd e u n a a p e r
tu ra m en tal y vital n o e n c a jo n a d a p o r los m o ld es m e n tales d e la
ra c io n a lid a d fu n cio n a l m o d e rn a .
El p e n s a m ie n to p o stm o d e m o es u n esce p ticism o ra c io n a l q u e
tiene u n a g ra n c o n fia n z a en las raíces de la vida y d e la rea lid ad . La
c o n fia n z a fu n d a m e n ta l en la re a lid a d (H . K ü n g ) 1 es p re se n ta d a ta n
e n p rim e r p la n o q u e surge la p re g u n ta d e si n o se su stitu y e la falta
de c o n fia n z a en la raz ó n c o n u n em o tiv ism o o "v ita lism o ”. La a te n
ción a la riq u e z a de “ju e g o s d e len g u aje", q u e se alarg a h a s ta la
varied ad , en a p a rie n c ia in a g o tab le, de c irc u n s ta n c ia s v itales y p ro
yectos h u m a n o s de vida, de s u b c u ltu ra s y trad icio n e s, les lleva a
p e n s a r en la p o b re z a e tn o c é n tric a de m e d irlas to d a s co n el rasero
m o d e rn o o cc id e n tal. Y, m ás al fondo, se p ie n sa to d a v ía si los in te n
tos de sa lv ar el a b ism o e n tre las d iferen tes d im e n sio n e s de la razó n
7 Cf. J. L. M A RIO N . Dieu sans l’ctrc. C om m unío-F ayard. París 1982. 56: "El
ídolo conceptual tiene un lugar, la m etafísica: una función, la tco-logia en la on-
to-logia. y una definición 'causa su¡\ La idolatría conceptual no es una sospecha
um versalm ente vaga, sino que se suscribe en la estrategia de c o n ju n to del pen sa
m iento trocado en su figura m etafísica. N ad a m enos que el destino del Ser —o.
mejor, el Ser com o deslin o — m oviliza la idolatría conceptual y le asegura una
función precisa".
* M. H E ID E G G E R . Introducción a la metafísica. Nova. B uenos Aires 1980.
La p o s tm o d e m ¡d a d y el D ios c ris tia n o 103
Jl* Ibidem.
A qui radica, sin duda, la con tin u a resistencia do Lyotard frente a la inten
ción unificadora de las diversas dim ensiones de la razó n que cree advertir en
H aberm as: cl. V F. LYOTARD. 1.a postmodernidad.... 13: con m ayores m atices.
ID.. El entusiasmo. G edisa. Barcelona 1987. I28s.
" Cf. R. PANIKKAR. The Trinity and the Religious Experience of Man. O rbis
Books. New York 1975: ID.. "E ntrevista: La dialéctica de la razón arm ada": Con
cordia 9 (1986). 68-90. 73: ID.. Myth, Faith and Hermeneutics. ATC. Bangalore
l,a p o s tm o d e rn id a d y el D ios c ris tia n o 109
1983. 359s.: ID.. Il silenzio di Dio. La risposta di Buddha. Borla. Rom a 1985'*. que
considera una reescritura de El silencio de Dios. G u a d arra m a. M adrid 1970.
Cf.. para una discusión de esta problem ática, A BOUTOT. Heidegger et
l'laton. P. U. F.. París 1987. 252s.
1 G . VATTIMO. El fin de la modernidad. 46.
,J Recuérdese que. según D ionisio (Los nombres divinos 1.6: PG 3.596). Dios
puede ser d e n o m in a d o con todos los nom bres o con ninguno, puede ser dicho
a n ónim am ente o con pseudónim os. Se expresa asi la infinita inadecuación entre
Dios y cada uno de sus posibles nom bres, y tam bién su interpelación desde toda
la realidad.
' CT. M. H E ID E G G E R . (Gelassenheit. Neske. Pfullingen 1959. 24. d onde el
Illusolo alem án repite que "el desasim iento respecto de las cosas y la apertura al
m isterio se pertenecen conjuntam ente". Vattimo no quiere ver n inguna tenden
z a m ística en Heidegger Cf. G. VATTIMO. Introducción a Heidegger. 123: ID..
El fin de la modernidad. 156. De m odo parecido. J. F. LYOTARD c u an d o se le
han ind icad o sus tendencias m ísticas (cf. “E ntrevista de Teresa Ortate". 113).
HO La p o s tm o d c m id a d y el D ios c ris tia n o 111
P o s tm o d e rn id a d y C ris tia n is m o !|
“ Ibid.. 302s.
w Cf. J. F. LYOTARD. l a postm odem idad.... 25; ID.: El entusiasmo. 68.
La p o s tm o d e rn íd a d y el D ios c ris tia n o 113
« Ibid.. 98.
<0 Cf. M. NOVAK. Visión renovada de la sociedad democrática. C entro de Estu
dios de E conom ía y Educación. M éxico 1984; ID.. El espíritu del capitalismo
democrático. Tres T iem pos. B uenos Aires 1984. 255s. De form a m ás sutil. D,
BELL. Las contradicciones culturales del capitalismo tardío. A lianza. M adrid
1977: P. L. BERG ER. The t apitalist Revolution. Basic Books. New York 1986.
Para una p an o rám ica general. J M. M A R D O N ES. “ La filosofía política del neo-
conservadurism o am ericano": Art>or 50. 3/4 (1987). 163-184.
51 L as o b ras citadas de M. NOVAK son el ejem plo m ás claro de esta utiliza
ción ideológica: ef. El espíritu del capitalismo democrático, cap. 20 (357s.).
IIS P o s tm o d e rn id a d y C ristia n ism o
,2 Cf. J. -B. M ETZ. "W ohin ist G ott, w ohin denn der M ensch?", cn F. X.
K A U FM A N N - i -B. M ETZ. Zukunftsfähigkeit. H erder. Freiburg-Basel-W ien
1987. 140.
La p o stm o d e rn id a d y el D io s c ris tia n o 119
5. Resumen y conclusiones
1 Veáse el n um ero 181 de Concilium (enero 1983). ded icad o a los "N uevos
m ovim ientos religiosos". Cf. Tam bién L). HF.RV IEIJ-LÉGER. "S écularisation et
M odernité Religieu.se": Esprit 106 (1985). 50-62: J. A. B E C K FO R D (ed.). New Re
ligious Movements and Rapid Social Change. Sagc-UNESCO . P aris-L ondon 1986.
XIIIs.
1 D H E R V IE U -L É G E R . art. d t „ 58: J. M. M A R D O N ES. Sociedad moderna
y cristianismo, Desclée, Bilbao 1985. 83s.
L.;i re lig io sid ad p o slm o d e rn a 123
* Cf. E ncuesta del C. I. S.. "Iglesia. Religión y Política": REIS 27 (19X4). 295-
328: i . M. D O N E G A N I - G. L ESC A N N E. C'atholicismes de France. Desclée-
Bayurd Press. París 1986. 41 s.: J. ELZO y otros. Juventud vasca 1986. Vitoria 1986.
cap. IV.
J A B E C K FO R D (ed ). op. cit.. XV
11 Cf. J. H A BERM AS. Der philosophische Diskurs der M oderne. Suhrkam p.
Frankfurt a.M. 1985. 10: C. O F F E . "T he utopia o f the zero-option m odernity and
m odernization as norm ative political criteria": Praxis-International 7.1 (1987). Is.
126 P o s tm o d e rn id a d y C ristia n ism o
S. Resumen y conclusión
' Sin iluda, serian m uchos los pensadores occidentales que p odrían decir,
com o R. G A RA U D Y : "M e di cuenta, desgraciadam ente m uy tarde (tenía ya
veinticinco artos) de que. después de su p e rar todos los exám enes posibles en filo
sofía. ignoraba todo acerca de la filosofía china, islám ica, india, de la espirituali
dad africana o amerindia...": 'Marxismo, foi et polítique": ( oncordia 9 (1986). 43-57.
Para un análisis sociológico de este fenóm eno, ef. P. L. BE R G E R - B. BER-
G E R - H. K ELLN ER. Un mundo sin hogar. Sal Terrae. S a n tan d e r 1979. 3.* parte.
1 J -B. METX. "!m A ulbruch zu ein e r kulturell polyzentrischen W eltkirche".
en (F. X- K aufm ann - J. -B. M etz) Zukunftsfthigkeit. H erder. Freiburg-Basel-
W icn 1987. 93-124. 118.
L a teología e n hi p o stm o d e rn id a d 135
2. Teología ecuménica
12 Ibid.. 247.
'* R. PANIKKAR. ''E ntrevista: la dialéctica de la razó n arm ada": Concordia 9
(1986). 68-90. 69.
IJ R. PANIKKAR. Myth. Faith and Hermeneutics. ATC. B angalore 1984. 330.
■' A dem ás de la obra a n te rio r de R. P anikkar. cf. H. K Ü N G . Theologie im
Aufbruch: ID.. El cristianism o y las grandes religiones. C ristia n d a d . M adrid
1987: J. -B. M E T Z. "Im A ufbruch..."
R PANIKKAR. Myth. Faith and Hermeneutics. 331: H K Ü NG. Theologie
im Aufhruch, 243.
r R PANIKKAR. Myth. Faith and Herm eneutics. 322 . 330.
'* H K Ü NG. El cristianismo v las grandes religiones. 13s.
La teología en la p o s tm o d e m id a d 139
!1 Ibid., 2XX. d onde discutc i|uc es hoy "Io hum ano": cf. J -B M ETZ. "W ohin
isi G ott, w ohin denn der M ensch?“, cn (F. X. K aufm ann - J. -B. M etz) Zukunfts
fähigkeit. 139s.
•’* H. K Ü N G . Theologie im Aufbruch. 274: ID.. El cristianism o y las grandes
religiones. 10. 13.
:g Cf. H. K Ü N G . Theologie im Aufbruch. 215.
J. -B. M ETZ. "Im A ufbruch...". 119.
" Ibid.. 102.
La teología en la p o stm o d e rn id a d 141
14 J. M O LTM ANN. Dcr (•ekreuzigte Gott, Kaiser. M ünchcn 1972. 31-32 (trad.
cast.: El Dios crucificado Sígueme. S alam anca 1975).
15 F, H E G E L . .(ensenar Realphilosophie II. 201 (en la edición Lasson). Tam
bién. J. HA BERM AS. Ciencia y Técnica como Ideologia. Tecnos. M adrid 1984. 19:
Reyes MATE. "Pretensiones de verdad frente a teorías de verdad" (M anuscrito). 19s.
La teología en la p o s tm o d e rn id a d 143
4. Teología m ística
42 Sirva com o recuerdo, anle la dificultad de los cam bios de paradigm as, la
frase d e Max P lank sobre la aceptación de la "nueva física": requerirá la d e sa p a
rición de la generación anterior.
*’ H. K Ü NG. Theologie im Aufbruch. 211.
44 D efinición de paradigm a de T. S. K IJH N . 1.a estructura de las revoluciones
científicas. F. C. E.. M éxico 1975.
4' J -B M ETZ. "W ohin ist G ott. w ohin d e n n d e r M ensch?". 145.
La teología en la p o sim o d c rn id a d 147
6. Resum en y conclusiones