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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - PPGMUS

Disciplina Educação Musical, Cultura e Sociedade - Professor Agostinho J. de Lima


Fichamento
Yanaêh Vasconcelos Mota

ABREU, Martha. Cultura popular, um conceito e várias histórias. In: ABREU, Martha;
SOIHET, Rachel. Ensino de História, conceitos, temáticas e metodologias. Rio de
Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

“Podemos tocar funk na festa junina?”


Uma oportunidade para se discutir identidade, tradição e cultura popular na
escola (p. 14-19)

● Funk como um gênero que tem suas características musicais desprezadas,


além de socialmente sofrer preconceitos;
● Contraditoriamente, as “marcas registradas” do brasileiro (carnaval, samba e
alegria), atribuições festivas, não é estendida aos bailes funks (p.14);
● As festas podem ser locais de conflito, conforme indicam historiadores que
investigam a festa no período colonial, porém se transformaram. Portanto,
são entendidas como fenômenos polissêmicos;
● Nas escolas, as festas “ocupam lugar de destaque”. Esta festividade escolar
foi estimulada na década de 1950 pelos folcloristas (p. 15):
○ “[...] como estratégia de valorização do que os folcloristas
consideravam como ‘nossas tradições nacionais’, uma espécie de
‘ensino cívico’, mas vinculado ao estímulo de um ‘sentimento comum’
de pertencimento.”
● Especificamente a respeito das festas juninas, Abreu afirma que estas festas
“não possuem uma origem nacional” e apresenta a descrição de uma festa
junina do século XIX por Melo Moraes Filho (p. 15-16);
● Tais festas foram oprimidas pelo Estado em alguns de seus aspectos (por
exemplo, o uso de fogos, balões e fogueiras);
● Ao mesmo tempo que perderam-se aspectos presentes na descrição de Melo
Moraes Filho, adicionaram-se outros aspectos tais quais os trajes, as
músicas caipiras, o casamento na roça e as barraquinhas (a autora apresenta
como hipóteses serem elementos adicionados por causa da modernidade e
industrialização);
○ A adição destes aspectos causou incômodo aos folcloristas tais como
Mariza Lira (1956) e Edison Carneiro (1970);
○ A este incômodo Abreu infere uma resposta: “Tradições são assim
mesmo, freqüentemente inventadas e reinventadas” (p. 19);
● Abreu propõe então uma discussão sobre os variados sentidos das festas no
presente e no passado, procurando identificar os sujeitos sociais;
● Abreu conclui seu ensaio com uma sugestão à pergunta inicial deste excerto:
“Talvez seja mais importante nos perguntamos sobre os significados das
transformações que eles querem levar às ditas tradicionais populares festas
juninas.”

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