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Agrupamento de Escolas Dr.

Mário Sacramento

AUTO DA BARCA DO INFERNO

O ENFORCADO

Pedro Daniel, 9º E Nº23


Introdução

Esta apresentação tem como objetivo fazer uma síntese


informativa da cena do Enforcado, presente na obra Auto
da Barca do Inferno, de Gil Vicente.

Desta forma, irá apresentar-se o percurso cénico desta


personagem, os argumentos de defesa e acusação do Anjo e
do Diabo, o destino final e a moralidade desta cena.
O percurso cénico do Enforcado

Cais Barca do Inferno Embarque


O símbolo cénico

O Enforcado apresenta-se com “o baraço ao pescoço”

A corda que significa o pecado.


Os argumentos de acusação e de defesa

 Argumento de acusação: o Enforcado é acusado de


ter sido ladrão, daí a sua condenação à morte.

 Argumento de defesa: o enforcado usa como defesa o


facto de ter sido condenado à morte. Aliás, referiu
que lhe tinham dito que teria acesso direto ao
Paraíso.
“Disse-me que com Sam Miguel/ jentaria pão e
mel/tanto que fosse enforcado”.
Qual a caracterização direta e indireta da
personagem

Direta – “Bem-Aventurado”

Indireta- Ingénuo, simples, facilmente influenciável


pois acreditava em tudo o que lhe diziam. E não tem
vontade própria.
Recursos expressivos

 Híperbole - “e com isto mil latins(…)”

 Comparação - ”nem guardião do mosteiro nom tinha


tao santa gente com Afonso Valente,que é agora
carcereiro.”

 Repetição - “Entra, entra no batel(…)”

 Ironia – “Venhais embora, enforcado”; Entra cá,


governarás/ atá as portas do Inferno”.
Conclusão

Com este trabalho, é nítida a intenção de Gil Vicente de


satirizar mais a doutrina de Garcia Moniz do que o próprio ladrão
enforcado. Esta personagem aparece aqui como vítima. Quem é
verdadeiramente criticado é o tesoureiro por ter induzido em erro o
ladrão sabendo, à partida, que não havia salvação possível para ele.

Além disso, considero, ainda, que há uma crítica implícita à


pena de morte, por parte do autor. Este satiriza a tese da salvação
da alma e da purificação dos pecados através da morte na forca.
Garcia Moniz convence o Enforcado de que já se teria libertado dos
pecados no purgatório da prisão e, como tinha sofrido muito na
vida, era um “santo”.

O Enforcado parece ser mais uma vítima da sua ingenuidade


do que propriamente culpado.

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