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O Juan diz que era impossível que a mãe dele tivesse avisado
qualquer coisa, porque ela tava morta, e mais uma vez a
Eduviges dá uma resposta estranha, de que isso explicava
porque a Doloritas tava com uma voz fraca, e com isso a gente
deduz que a mãe do Juan visitou a Eduviges mesmo morta.
E essa conversa estranha da Eduviges, faz o Juan desconfiar
que ela era louca, e deixa ele com um sentimento
desconfortável.
Então mais uma vez aqui a gente vai ter uma situação de
contraste, que é entre os habitantes de Comala e o Juan, que
vai diversas vezes se espantar com os acontecimentos mais
sobrenaturais que os habitantes do povoado lidam com a mais
absoluta normalidade.
E a medida que o livro avança, o Juan vai descobrindo um
pouquinho mais sobre Comala, sobre os habitantes do lugar e
principalmente sobre o pai, o Pedro Páramo, que é motivo da
viagem dele.
Pedro Páramo a gente logo percebe que não era flor que se
cheire. Ele era o rancor em pessoa, como o tropeiro filho dele
definiu no início do livro.
E nesse sentido, acho que a capa dessa edição aqui foi uma
escolha muito boa, porque a gente vê aqui um lugar pouco
habitado, meio desértico, e cheio de portas que se conectam
com as memórias do passado, como se esse lugar vivesse de
memórias, e é exatamente isso que vai se desenvolver aqui
nesse livro.