Está en la página 1de 7

ANOREXIA NERVOSA

Richardus Morton, em 1691, foi o primeiro médico a descrever quadros que


se assemelham à anorexia nervosa contemporânea, caracterizados pela perda do
apetite, amenorréia e emagrecimento importante, com perda de tecidos corporais.
Com William Gull (1816–1890), a recusa em alimentar-se passou a ser vista
como uma patologia, inicialmente chamada por ele de apepsia histérica e
posteriormente anorexia nervosa, quando se convenceu de que a “anorexia” (falta
de apetite), era um termo melhor do que “apepsia” (indigestão).

CURIOSIDADE:

No fim do século XIX praticantes da psiquiatria dinâmica, como Sigmund


Freud e Pierre Janet, começaram a fazer uso da história de vida do paciente e focar
a atenção nas causas emocionais das doenças dos nervos.
Embora Freud tenha classificado a doença como uma neurose e Janet a
tenha associado a um quadro obsessivo-compulsivo, ambos, cada um à sua

1
maneira, estabeleceram a importante questão conceitual que não havia sido
formulada antes: o que a falta de apetite significa?

Apesar da apresentação do jejum auto-imposto ter mudado ao longo dos


séculos, a síndrome parece florescer em sociedades nas quais indivíduos (em geral
mulheres) têm falta de atenção adequada, controle e respeito, encontrando na
recusa em alimentar-se uma via de expressão. As santas que jejuavam eram
capazes de sobrepor-se à autoridade religiosa masculina por meio das suas práticas
austeras; na atualidade, as pressões culturais e o apelo à magreza estendeu-se a
vários aspectos da vida diária, levando à crença de que ser magra é ter poder.

DEFINIÇÃO:

Os transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa e suas


variantes) são quadros psiquiátricos que afetam principalmente adolescentes e
adultos do sexo feminino, levando a grandes prejuízos biopsicossociais com elevada
morbidade e mortalidade (Doyle e Bryant-Waugh, 2000).

É caracterizada por perda de peso intensa à custa de dietas rígidas auto-


impostas em busca desenfreada da magreza, distorção da imagem corporal e
amenorréia (ausência de menstruação).

2
3
SINTOMAS COGNITIVOS:

Os sintomas de anorexia nervosa podem variar de uma pessoa para outra,


mas os mais comuns e característicos são:

 Sentir muito medo de engordar ou de ficar acima do peso ideal,


mesmo quando a pessoa está abaixo do peso normal - "medo mórbido de
engordar".
 Recusar-se a manter o peso que é considerado normal ou
aceitável para sua idade e altura.
 Geralmente, pessoas com anorexia estão no mínimo 15%
abaixo do peso normal
 Ter uma imagem corporal muito distorcida, ser muito focada no
peso ou na forma corporal e se recusar a admitir a gravidade da perda de
peso
 Não menstruar por três ou mais ciclos
 Cortar a comida em pequenos pedaços ou movê-los no prato em
vez de comê-los
 Exercitar-se o tempo todo
 Ir ao banheiro imediatamente após as refeições
 Recusar-se a comer perto de outras pessoas
 Usar comprimidos para urinar (diuréticos), evacuar (enemas e
laxantes) ou reduzir o apetite (comprimidos para perda de peso)

SINTOMAS FÍSICOS:

 Pele manchada ou amarelada, seca e coberta por pelos finos


 Pensamento confuso ou lento, junto com memória ou julgamento
deficientes
 Depressão
 Boca seca
 Extrema sensibilidade ao frio
 Perda de resistência óssea
4
 Desgaste dos músculos e perda de gordura corporal.

ABORDAGEM: COGNITIVO-CONSTRUTIVISTA

O modelo cognitivo entende que há, entre o mundo e o indivíduo, uma


intermediação da atividade do pensamento, ou seja, o modo como as pessoas se
sentem e conseqüentemente se comportam é fruto de uma atividade cognitiva
contínua, atribuidora de significados aos eventos do mundo externo.
Assim, o modelo cognitivo-construtivista questiona a superioridade do pensar
sobre o sentir e agir e propõe um sentido inverso, segundo o qual nossas
construções cognitivas são fruto de uma organização emocional, desenvolvida de
uma forma tácita sobre a realidade (Abreu e Shinohara, 1998).

Para o construtivismo, o desenvolvimento humano é contínuo. Este


desenvolvimento, por sua vez, dá-se a partir da contínua reorganização do sistema.
Os transtornos são episódios agudos ou crônicos de desorganização, mas
sem serem os inimigos da saúde mental e do bem-estar geral (Mahoney, 1998).

Desta maneira, podemos compreender que os transtornos alimentares são


decorrentes de uma desorganização na maneira como as pacientes constroem a
realidade.

TRATAMENTO:

Os objetivos da terapia cognitivo-construtivista junto aos transtornos


alimentares são o desenvolvimento gradual, pelo cliente, da habilidade de responder
às pressões ambientais desafiadoras e a modificação dos padrões emocionais (e
não somente o pensamento negativo) quanto ao comer e à forma e peso do corpo.
As disfunções e os distúrbios emocionais surgem quando as pessoas não
estão autorizadas a reconhecer, sentir ou até mesmo validar determinadas emoções
contribuindo para o aparecimento dos transtornos alimentares.

5
A anorexia é caracterizada pela perda, diminuição ou ausência de apetite;
podendo se desenvolver por infecção, transtornos psicológicos ou até
medicamentos.
Já a anorexia nervosa consiste em um distúrbio alimentar em que a pessoa
se recusa a comer, mesmo sentindo fome.

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico de anorexia é feito, primeiramente, a partir de um exame físico,


avaliando a altura e o peso, checando os sinais vitais e procurando por sinais de
desnutrição na pele e nas unhas.
Em seguida, o profissional poderá pedir alguns exames laboratoriais para
verificar o funcionamento do fígado, rins e tireóide, além de exames para
acompanhamento psicológico do paciente.

REFERENCIAS:

ABREU, C.N. E SHINOHARA, H.- Cognitivismo e Construtivismo: Uma fértil


interface ArtMed, Porto Alegre, 1998.

ABREU, C.N.- Psicoterapia Construtivista: O Novo Paradigma dos Modelos


Cognitivistas. In: B. Rangé (Org.), Atualizações em Terapia Cognitivo-
Comportamental Artes Médicas, Porto Alegre, 2001.

ABREU, C.N.- Aspectos Psicoterápicos da Anorexia e Bulimia Nervosa.


Conferência apresentada no VII Congresso Brasileiro de Psiquiatria Clínica, I
Congresso Sul-Sudeste de Psiquiatria Clínica e II Congresso Paulista de Psiquiatria
Clínica, organizado pela Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica Campinas, junho
de 2002.

6
Livro - Do altar às passarelas: da anorexia santa à anorexia nervosa, de
autoria de Cybelle Weinberg e Táki A. Cordás. Editora Annablume, São Paulo, 2006

Vídeo da Cantora do RBD – Anahí

https://www.instagram.com/reel/CwlGzgjPLLS/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==

También podría gustarte