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TRATADO DE HISTÓRIA
DAS RELIGIÕES
TRATAD
ATADO
ODDE
E HISTO
HISTORIA
RIA
DAS RELIGIÕES
Mircea Eliade

Tradução

FERNANDO
NATÁLIA
NATÁ TOMAZ
TOMAZ
LIA NUNES
Martins
Paulo Fontes
S&o Paulo 20 08

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Sumário

Pref ácio d e Georges D u m é z i t .............................................


Prefácio IX
Prefá
Pr efácio
cio do a u t o r .................................................................. I

I. Aproximações:
Aproximações: estru
est rutur
turaa c morfologia do sagrado 7
II. O Céu: deuses uranianos, ritos c símboloscelestes
símbolos celestes 39
III. O Sol c os cultos solares ........................................... 103
IV. A Lua e a místi
mística ca lu n a r ............................................ 127
V. As águas c o simbolismoaquático
simbolismo aquático ........................... 153
VI. As pedras
pedras sagradas: epifanias
epifa nias,, sina sinais is e lo rm a s ...... 175
VII.
VI I. A Terra, a mulher c a fec fecunun did ade ad e ...................... 193
VIII..
VIII A vcgct
vcgctaçào
açào:: símbolos e titos de re n ov a çá o ....... 213
213
IX..
IX A agricultura
agricultu ra c os cultos
cult os defertilidade..................
defertilidade.................. 267
X. O espaço sagrado: templo, palácio, "centto do
mundo” ........................................................................ 295
295
XI. O tempo sagrado
sagrado e o mito do eterno recome recomeço ço ...... 313
XII. Morfologia
Morfolog ia e função dos
do s m i t o s ............................... 333
XIII.. A estrutura
XIII estrutura dos sím bo los
lo s ....................................... 355
355

Conclusões ..............................................................................
Conclusões.............................................................................. 373
Ihblio
Ihb liogr
gra/
a/ia
ia ............................................................................
.................................................... ........................ 381
Not
N otas
as .......................................................................................
.................................................... ................................... 441

/
A me m ór ia d e Ki
Kina
na
Prefácio de Georges Dumézil

Hã o se po
Hão p o d e di
dizer
zer que
qu e as ciências
ci ências enve
e nvelhec
lhecem
em depressa
depre ssa no
nosso sécu
século,
lo, pois têm o privilégio de não corrercorrerem
em para a pró
pr ó
pn
p n u morte.
mo rte. S o enta en tant
nto,
o, com
co m o m u d a m rapida
rap idamenmentete d e aspecto
as pecto!!
A ciência das da s religiões é c o m o a dos do s núme
nú meroross o u a dos
do s astros.
Há uns
u ns cin
c inququen
enta
ta anos,
ano s, talvez
talve z meno
me nos,
s, julgá
jul gáva
vamm o-no
o- noss m
muiuito
to
pró
p róxi
ximm o s de
d e explicar toda to dass as coisas ao red reduz
uzirm
irmos
os os fe n ó m e 
nos religiosos a um elemento comum, dissolvendo-os numa no-
(yJo também comum à qual s e dav dava a um nome "pes "pesca
cadodo " n o s ma
ress do Sul: desde
re d esde as maismais se i vagens às maismai s racionais, as religiões
religiões
ulo a/tena
a/tenass concreti
concretizaçõ zaçõeses variadas do fa m oso os o mana, ess essa
a força
for ça
mística espars
esparsa, a, sem cont
c ontorn
ornosos próp
p róprios
rios mas
m as pron
pr ontata a enc
encer
erra
rar-
r-
se em todo
to doss os contorno
contornos',s', ind
in d ef
efin
inív
ível
el m as caracterizada p o r essa
impotência em qu e dei deixa
xa av nossas palavras:
palavras: essaessa forç
fo rçaa presente
presen te
em todos
todo s os lugare
lugaress dos quais
q uais se podepo de falar d e reli
religi
gião
ão;; e pala
vras
vras preciosas com o sacer e tnimen, hagnos e thambos, tao e até
a "G raça
ra ça"" do cristianis
cristianismo,
mo, são variantes
variantes suas ou seus derivaderivadosdos..
Uma geração
geração de pesquisado
pesqu isadores res dedicou --sse a estabelec
estabelecer er essa uni
u ni
form
fo rmididad
ade.
e. /: talve
talvezz tivessem
tivess em razão.
razão. Porém, mais m ais tarde
tarde,, veio a
pen
p en e b er-s
er -see qu
quee nãon ão alcançar
alca nçaramam grand
gra ndes
es resultado
resul tados:s: haviam
ha viam dada 
do um nome nom e bárba
bárbaro ro a alg
alg o qque
ue sempre fe z com que vi viaj
ajan
ante
tess
<• exploradores reconhecessem,
reconh ecessem, sem errar errar,, sob
so b o seu caráter espeespe
cífico.
cíf ico. os atos reli religios
giosos
os q u e encontravam. E o que nos apare aparece ce
hoje como surpreende
surpreendente, nte, o que reclama
reclama estudo,
estudo, já não é ess essaa

fo
forç
o rça
tudao,d ifusa
tudo, ifu
masa
mas s qu e conf
co nfus
e só éusa
aamesm
mda
desma
a q uaapela
l xc encontr
enco
razãontra
a um
de u meaacer
que
qu noção
noç
ac erccão p oar nada
a dela
del todo
to doa
nad
se p o d e dii
d iiêê t, mas
ma s as estruturas, o s mecanismos, a s equilíbrios
constitutivos de toda relig religião
ião e definidos, disc
discursi
ursivovo ou simbo
sim bolili
camente. em e m toda
tod a teologia,
teologia, roda mitologia, toda
tod a lit
liturg
urgia.
ia. Chegou-
X TRATADO Df. HISTÓR
HISTÓRIA
IA DAS MtU OIÔ ES

xe — ou voltou-se — á idéia de que uma religião é um sislema,


diferenciado de toda a poeira poeira dos
do s seus elemento
elementos, s, um pensamen
pensam en
to articulado,
signo
sig no d o logos euma nãoexplicação
sob o do mana do mundo. Lm resumo,
que se situa é sob
hoje a pesquisa.
pesqu isa.o
Háá uns
H un s cinq
ci nquen
uenta ta anos, tal
talvez
vez menos
me nos,, qualqu
qua lquer er anl
a nlro
ropo
pololo--
gista inglês ou soció so cióloglogoo fra
fr a ncês
nc ês levan
levantava
tava,, solida
sol idaria
riame
mente
nte,, dois
do is
ambiciosos problemas: o da origem dos fatos religiosos c o da
genealo
gen ealogia gia da
d a s form
fo rm a s religiosas.
religiosas. Me Memo moráv
ráveis
eis batalhas
bata lhas se s e trava-
trava-
ram ü volta volta do DeusDeus Santo e do doss totens. A Alglgum
umas as escolas a t a m
os australianos como com o os últiúltimos
mos testemunhos das form for m as elemen
tares
tar es da vidavida rel
religigio
iosa
sa,, outras opõem
opõem-lhes-lhes os pigmeus: se os pri pr i
meiross são,
meiro são, cm parte, pov p ovos
os paleolít
paleolíticos,
icos, ooss segundos não se serã
rãoo
aindaa mais arc
aind arcaiaico
cos,
s, pois mal se afastam
afastam de uma condição c ondição em em
brionária? Discutiu-se sobre sobr e a gênese da idéia idéia de deus: serd inde ind e
pe
p e n d e n te da idéia de d e alm
almaa oouu teria saído dela?
del a? 0 cultcu ltoo d o s m or
or 
tos precederia
precederia o das forç forçasas da natureza? Perguntas
Perguntas grav graves es e...
e. .. vãs.
lais
la is polêmicas, frequente
frequ enteme mentente caloro
calorosas
sas,, inspirar
inspiraram am livros ad 
miráveis e, e, o que
qu e ainda
ainda é melhor,
melhor, provocaram obser observaçõe
vaçõess e comc om
pilaçõe
pila ções. s. Mas
Ma s não
nã o for
fo r a m exau
ex austi
stiva
vass nem
ne m de plep lenono êxito.
êxito . Hoje,
Hoj e,
a pesquisa afasta-se delas. A ciência das religiões deixa para os
fill ó s o f o s a questã
fi que stãoo da dass origens, tal co comm o f e z . um p o u c o antes,
ant es,
a ciência
ciência da linguag
linguagem, em, como fizer fiz eraa m todas as outras ciênc ciência ias.
s.
Ren
R enununci ciaa tam
ta m bém
bé m a prescrever
presc rever a posteriori, se assim ass im se
s e po
p o d e di
di 
zer, /saro
march
marcha asfo
forr m. aQuer
a forçosa.
forçosa s relig
Quereligiosa
iosas
r nas s do passa
pas sado
coloquemos
coloquem dono
os uma
u ma evoluçã
e volução
sécul
século o ,Y,Voou tip
t ipoous
, urna
seus
se urmil
nal
mi
anos antes, nunca chegamos muito mu ito longe na vida
vida de qu qualqu
alquer er p o r
ção dad a humanidade: apenas apenas conseguimos encontrar
encontrar nos diantedia nte dos
resultados de uma matura maturaçãoção e de acide
acidentes
ntes que ocuparam deze
nas d e séculos
séculos;; *•dizem
dizemos os então
então que o polinesi
polinesioo e o indo euro/wu,euro/wu,
o senn
s enniaia c o chinês
chinês chegaram
chegaram às suassuas noções religiosas, às confi
gura
gu raçõções
es do
doss se
seusus deuses
deuses,, p o r vias
vias m u d o diversas, aindaaind a q u e se
notem semelhanças nos pontos de chegada.
L m suma
su ma.. a tendênci
tend ênciaa atual
atu al é a de
d e "vol
"v olta
tarr a sen
se n tir"
ti r",, com
co m o
dizia Henri
He nri Hub
Hubert,
ert, de reg
registra
istrarr na sua originali
originalidadedade c com a sua
complexid
com plexidade
ade os sistem
sistemasas reli
religio
giosos
sos que fora
fo ramm ou sã sãoo praticadas
praticad as
cm tod
to d o o mundo.
mu ndo. Mas como se exprime eess ssaa tend
tendênci
ência?a? Q ue gê gê
nero de estudos a alimenta?
I. A n tes
te s de
d e mais. descrições
descriçõ es cada vez
v ez mais exaustivas
exausti vas.. E tnó-
tn ó-
gra
g rafa
fass e historiador
histori adores,
es, co
confnfoo rm
rmee as casas, vâo acumulando obob 
serv
se rvaç
açõe
õess e docu
do cumm ento
en toss de tod
to d a espécie
espéc ie t* tentam compreender
aquil
aq uiloo que estabelece
estabelece uma
um a unidade
unid ade e o caráter orgânico desse
de sse in-

1‘H t'l AC IO P t' aeO RC.E S DU


DUME
MET/
T/JL
JL XI

ventár
ventário.
io. relativament
relativamentee a cada domínio
dom ínio e a ca
cada
da período. Na ve
ver
r

dade,
dad
das e,vezes,
e n e esforço
bastante tem se realiz
bem, realizado,
ado, melhor
em todas ou pior, mas. n
as épocas. noo mai
maiss
II. Um segusegund ndo
o lugar, s e as que
questõe
stõess d
dee origem e d dee genea
logi
logia
a for am completame
completamente nte abandonadas,
abandonadas, volt voltaram
aram no entanto
a surg
surgir ir,, de mo
modo do mais momode
desto
sto e ssão.
ão. a pro
propós
pósito
ito d
dee cada uma
das descriçõ
descrições, es, geográfica e his
histor
torica
icame
mente
nte circu
circunscrit
nscritas,
as, que aca
bam de ser mencionadas. Fm matéria de religião, como em ma
téria
téria de linguagem, tod todoo estado só se explica, ou nã não
o se explica,
porr um
po uma a evolução, a /sartir de um estado anterior, com ou sem
nção de influências ex teriores. Da
intervenção
interve Dai,
i, vários do
domín
mínios
ios de pe
pess
quisa e vários tipos de métodos igualmente necessários:
I y Para a ass sociedades qu
que.
e. há mais ou h haa menos
men os te
temp
mpo,o, p
poo s
su em um
suem uma a literatura, OUp e lo m en enos
os do
docu
cumm en
ento
toss escritos,
escritos, o est
estu
u
do da história relreligio
igiosa
sa não é mais do q que
ue um caso particular da
história
histór ia da civi
civilizaçã
lização,o, ou d a história em sentid
sentido o estrit
estrito,
o, e, tanto
na critica como na construção, não emprega outros processos.
Ass " gran
A grandes
des rreli
eligiõ
giões”,
es”, ccor
orno
no o bu
budis
dismo
mo,, o cristia
cristianism
nismo,o, o ma-
niqueismo, o islanmtno. representam este caso ao máximo, pois
a sua lite
literat
ratura
ura remonta po pou u co mais ou m menos
enos aos princípios da
evolução. Alias, todas as religiões um pouco antigas dependem
doss mesmos métwios em me
do menor
nor gr
grau
au.. a partir
partir de ccert
ertoo po nt
ntoo do
seu de
desen
senvo
volv
lvim
imenento
to,, e c o m a cond
condiçã
içãoo d e que
qu e ssee le
lenh
nhaa obtid
ob tidoo
êxito na interpretação das primeiras formas verificadas.

mesma2'.' dificuldade
Mas
dif esta condição
iculdade éd
em relação difícil
ifícil de cumprir,
às religiões e enconíra-se
só muito tardia e rca
centemente consideradas: por razões diversas, tanto o leitor de
Sirehlow com o o leitor d o s Ve Veda
dass sofr
sofree de igual deficiê
deficiênciu
nciu de
visão
visão retr
retrospectiva
ospectiva,, /ro
/rois
is am bo s se enco
encontram
ntram p perante
erante ururnana estru
tura relig
religiosa
iosa complet
completa,a, e at
atéé dia
diante
nte ddee uma liter
literatur
aturaa reli
religio
giosa,
sa,
mas desprovida de qualque
qu alquerr me
meio io de expli
explicação
cação his
histór
tórica,
ica, isto éé..
de explicação /relo anterior. Ora Ora,, trata-se d o caso mai maiss gera
geral,
l, q
que
ue
é o de lo
lodus
dus as rereligiõ
ligiões
es exóticas desc
descrita
ritass pelos exploradores desde
o século
século X VI até o séculséculo o X X ; e de todas a ass rel
religi
igiõe
õess pagãs da
l.uropa, incluindo a d dee R om a c a da Gré Grécicia;
a; o caso dadass reli
religi
giõe
õess
dos antigos
antigos po povo
voss sem
semíticos
íticos e da ChiChina.
na. Neste dom ínio e sobre
este ponto, a tarefa da ciência das religiões c múltipla:
a) Fm
F m primeiro lug
lugar
ar,, é nece
necess
ssár
ária
ia uma limpeza, pois as es
trebaria
trebariass de Au
Au?ias
?ias estão atulhadas. A s gêroçóés anteranteriore
ioress nos
deixaram explicações que que,, de mane
maneiraira ger
geral,
al, d
deve
evem
m ser rejeita
das, quer sej
sejam
am absurdas, que querr razoáveis. A tendên
tendência
cia geral de

XII TRATADO DE HISTÓRIA DAS RELIGIÕES

lod o histor
historiado
iadorr es
espe
peci
cial
aliz
izad
ado,o, no mom ento em que. rem remonontan
tan
do o curso dos sé séculos,
culos, cheg
chegaa até a penupenumbra,
mbra, depois a té as tre
vas,
va s, é a de imaginar urn urnaa curta pré-história, que pro prolon
longaga,, com
0 m enenoror esforço pos
possív
sível,
el, os primeir
primeiros os documentas até un unii hipo
hipo
tético começo absoluto, cx nihilo. Os latims latimstastas expli
explicam
cam a f o r 
mação
ma ção da relrelig
igiã
iãoo romana a partir de va vago
goss numir.a fc fcen
entro
tross de
mana.'/, do doss quais som
somente
ente algu
alguns,ns, que se benef
beneficiam
iciam de circuns
tâncias
tânc ias hist
históri
óricas,
cas, se teriam concretiz
concretizado ado em deuse
deusess pessoais. Mu Mui
i
tos indianistas
ind ianistas ai ainda
nda têm dificuldade em se afast afastarar das mirag
miragens
ens
de M ax MullMullerer e julgam ouvir os cha chantr
ntreses w’dicas exprimir
exprim ir as rea
çõess nat
çõe natur
urai
aiss do homem pprimiti rimitivo vo perante o gra grande
nde fen
fenóm
óm en o
da natureza; »• os outros não estão estão mu muitoito longe de ve vere
remm nnos
os hhi
i
nos puras fantasias
fantasias da imagin
imaginaçãaçãoo e de est estil
iloo — outra fo r m a de
criação cx nihilo. Tudo isso é artificial; temos de reconhecer e
revelar esse artificio.
b) A seguir, uma tarefa positiva. que equivale a prolongar
objetivamente a história, (*or processos comparativos, a ganhar
alguns séculos sobre a pré-hi pré-histó
stória
ria.. Compara
Comparando ndo o lotemisrtio dos
urunta com co m fo
form
rm as an
análálog
ogas
as,, e nnoo entanto dif diferent
erentes,
es, praticada
praticadass
ppee los
lo s ooutr
utros
os indíg
indígenas
enas da AusAustrál
trália,
ia, f o i po
poss
ssívível
el ddef
efin
inir
ir u m sen
sen
tido prováv
pro vável el de evolução a jui juirti
rtirr de um estad
estadoo antigo (não pri
mitivo.. cer
mitivo certa
tamen
mentete),
), ddee um estad
estadoo comum
comum:: quer po porr comu
comunidanida
de
mam d e dcJ
de orig
origem,
dcJato em,um
ato quer
“cipor
circ
rcul int
intera
ulo erações
ções ",se
o cultural
cultural", secul
cular
ares
eeépo es,
, os australi
épossível.
ssível. australianos
mutatix anos fo r 
niiitan-
ilis, aplicar às à s ssuas
uas re
relig
ligiõ
iões
es,, às suas civi
civiliza
lizaçõe
ções,
s, a s pro
proce
cesso
ssoss co
com-
m-
para
pa rari
rivo
voss ququee pper
ermm ite
itemm ao lingu
linguista,
ista, ququan
ando
do este disdispõ
põee d e um
ggrr u p o ddee líng
línguas
uas gene
genetica
ticame
mentente aparenta
aparentadas das ou
o u aapr
prox
oxim
imad
adas
as po
porr
uni intenso jo jogg o de contributos, induzir dados certo certoss e preci
precisos
sos
acerca do seu pas passado.
sado. A Po PoUnUnésésia
ia.. divers
diversas
as zonas da Á Áfric
fricaa NNe
e
gra e d a Amé América
rica peperm
rmite
item
m amp
amplalame
mente
nte o empre
emprego go desse mé
métotodo
do..
Daa me
D mesm
smaa maneira
maneira,, ao co comf
mfnir
nirarm
armosos as fo r m a s de religião
mais remotom
remo tomente
ente ver
verifific
icada
adass entre didive
verso
rsoss pov
povos
os qque
ue nnão
ão se sa
biam nem sc conhec
conheciam iam com
comoo apar
aparent
entados
ados,, desd
desdee o com
começo
eço da
suaa hhistó
su istória,
ria, ma
mass da
dass qua
quaisis sa
sabem
bemosos ho
hoje,
je, pprec
recisa
isame
mente
nte pe
pela
la ccoo n
sideração
sideraç ão da su
suaa língua, qu quee dderi
eriva
vamm ppoo r disp
dispersã
ersãoo de u m mes
mes
m o po v o pré hi hist
stór
óric
ico,
o, pod
podemo
emoss faze
fazerr indu
induçõe
çõess prováveis acacerer
ca da rel
religi
igião
ão desse p o vo pré-histórico c. p o r consequência, acer
ca d a i evolu
evoluções
ções vavari
riad
adas
as que, a partir desdessese po
ponto
nto fixo . recons
tituídoo mas não arbi
tituíd arbitrtrári
ário,
o, conduziram os po povos
vos dele deri
derivados
vados
até seus respectivos limiares históricos, até os primeiros equilí
brios conhecidos das suas re reli
ligiõ
giões.
es. É assim que. para os p o vo s

PR
P R E F Á C IO D E G E O R C V S D L M E / I L XIII

i emíticos. e hoje para os povos indo-europeus. se reconquista


ram um ou dois milênios sobre os tempere incógnita. Pr Prove
oveito
ito
escass
esca sso,
o, se o confro
confrontarntarmo moss às
às ambições
ambições de um Taylor ou até de
um Durkheim. mas pro proveit
veitoo mai
maiss seguro
seguro e o qual.
qual. ssee en
entre
trevê,
vê, se
rá significativo para construir, en f im, uma um a históri
históriaa natural do es es
piri
pi rito
to hum
humanoano..
3° Um terceiro
terceiro ecncr
ecncruu de pesquisas interfere com as prece
dentes.
den tes. AAssi
ssim
m com o ao lado de uma lin linguíst
guística
ica desc
descrit
ritiva
iva,, de um
umaa
linguísticaa histórica /c
linguístic /com
om a sua varied
variedade,
ade, a linguística ccompara-
ompara-
tn a de cada fam íliajíliaj,, ha lugar para um umaa lingu
linguístic
ísticaa ge
gera
ral,l, ass
assim
im
também é ne nece
cessá
ssáririoo comparar, sem se voltar aos err erros
os de outto
ou tto
ra — ja j a não genealo
gen ealogic gicam
ament
entee m as tipolog
tipo logica
icame
mente
nte —. nas es
truturas e nas es oluçoluções
ões mamais
is diver
diversas
sas,, aquilo que
qu e se afigura com com
parável. as fu funn ç õ e s rituais ou conce
conceituais
ituais qu
quee se en
enco
contr
ntram am (*>r
todo o lado; as representações que se impõem ao homem, seja
ele qual fo r; aqu
aquelaelass que. ququanando
do coexist
coexistem,
em, agem e reagereagem m ggee
ralmente uma sobre a outra.
£ neces
necessár
sárioio estudar, pa parara se determinar constantes e va variá
riá
veis, o mecanismo do jieiisamento mítico, as relações de mito e
das outras partes da re religi
ligião;
ão; as comuni
comunicações
cações do mito. do co conn
to, da histó
história
ria,, da filo
filoso
sofia
fia,, da art
arte,
e, do sonh
sonhoo £ nec necessessár
ário
io
colocar
col ocarmo-no
mo-noss em todos o s "obse "observat
rvatório
órioss de síntes
síntese"e" que se
apresentam — e são cm número infinito — e, do alto de cada
um deles, constituir um re/tertório que. muitas vezes, não irá in
cidir
cid ir num problema
problem a preciso e ainda menos num n umaa soluç
solução,
ão, em ge ge
ral prov
ral provisóri
isória,
a, es
esera
era incom
in completo
pleto com
comoo todos os dicion
dicionários
ários,, mas
que facilitar
facilitará,á, escla
esclarec
recerá
erá,, inspirará as jsesqu
jsesquisadore
isadoress com
compr prom
omee
tidos nos estudos históricas, analíticos ou comparativos já defi
nidos
nid os lais eempreendimen
mpreendimentos tos propo
proporcio
rcionaram
naram ju o conteúdo de
uma importante
impo rtante litlitera
eratutura,
ra, pois se continuam de há muito mu ito cm se
gl/n
gl /ndo
do plano,
plan o, en
enqu
quan
antoto teo
teoria
riass mais ruidosas oc oc up
upam
am suces
sucessiva-
siva-
mente as at atenç
enções
ões.. Assim, tem os as ccole oleçõe
çõess d e dados "agrários"
de W. Manhardl e de J. (i. trazer, as monografias — cito ao
acaso — sobre o santuári
santuárioo, o altar, o sacrifício, a soleira
soleira da p o r
la,
la, a dan
dança,
ça, sobre o papactocto ddee san
sangu
gue,
e, o culto da arvore,
arvore, ddos
os altos
cumes ou das águas,
águas, sobre
s obre o mau-olhado, as co cosmo
smogoni
gonias,
as, os mais
variad
var iados
os anim
animais,
ais, na medi
mediria
ria em qqueue con
constituem
stituem elementos de re
prcs
pr csen
enlü
lüçó
çófs
fs m
mítica
íticas.
s. so
sobr
bree a mística
mí stica ddos
os numeros
num eros,, sobre
sob re as prá
pr á
ticas
tic as sexua
sexuaisis e centenas de outras, redi redigida
gidass po r auror
aurores
es que não
se pren
pr endia
diamm a nenh
ne nhum
umaa esco
escola.
la. £ certo resultar d a í uum m enor
en orm
me
amontoado
amontoa do de esescór
cória
ias,s, talvez mais constd
constdcras
crase!e! do qque
ue o ftin-

XIV TRA TA DO DE HISTÓRIA


HISTÓRIA D AS RELIGIÕES
RELIGIÕES
do . realm
do. realmente ente val
valios
ioso:
o: eess
ssas
as inve
investigaç
stigaçõesões ttenta
entam m consiantcnicn
consiantcnicn--
te un tortores
es ma! pr preparad
eparados, os, ou demasiad
demasiadoo apre apressassadas
das,, ou ppou ouco
co
conscienciosos, e é ai que o charlatanismo, qualquer que seja o
seuu ró
se rótutulo
lo,, "s
"soo c io
ioló
lógg ic
icoo ” ou ououtrotro,, se instala, do dogg m a tiza
ti za e ppoo r
veze
ve zess pon
pontifica
tifica co
cornrn a maior facili
facilidade.
dade. N ão imp importorta:
a: cabe aaoo pproro
fess s o r de "h
fe "histó
istória
ria ddaa s religi
religiõeões”s”,, cor
corno
no s e di dizz pr
proo pr
pria
iam
m en
entete,, se
se
para
pa rarr o frigfrigoo d o jjoo i o e p réréve
veni
nirr os estud
estudanteantes. s.
Tais são os 1res domínios, ou os très pontos de vista, que
divi
di videdem m a história das re relig
ligiõe
iões.
s. Parlemos conservar a esper esperança
ança
de q u e formando
qu
niosa. se unam um dia. ainda
o quadro cômododistante,
distante,
de um ccm
msaber
uma síntese harmo
incontestado.
Nee m sequ
N sequer er o s nonossssos
os bis
bisnenetos
tos virão a ver esses tem te m p o s feliz
fe lizes
es..
Porr m u ito
Po it o ttee m p o aind
aindaa cad
cadaa u m trabalha
trabalhará rá n um
umaa da dass três seçõ
seções,es,
isolado, tanto os hist historiador
oriadores es eesp
speci
eciali
alista
stass com o os comparons-
tas dos dois gêneros (genealogistas, apologistas), ignorando-se
muHtame
muH tamentc ntc mu
muitas
itas vez
vezes
es,, guerreando
guerreando-se -se p o r veze
vezess e ultr
ultrapassan
apassan
do o s dir direit
eitos
os uns do doss ooutr
utros.
os. Mas
Mas,, nã nãoo é aass ssim
im qu e se dese
desenvo nvoll
ve qualquer cciê iênc
nciaia e não se conforman
conformando do a um "plano '’preten '’preten
sam
sa m e n te secular?
Afa
A fais
is um
umaa rarazáo
záo,, ppoo rta
rt a nt
ntoo , pa
parara f a z e r ddee ttem
empoposs em temte m po
poss
um balanço ddaa situa situação.
ção. Ê para is isso
so que. em prim primeiro
eiro lugar, ser
virá n tratado publicado por Mircea E/iade. O autor, professor
de histó
h istória
ria das re
religiõ
ligiões
es na Univers
Universidade
idade de Buca
Bucareste
reste.. ce
cedo
do sen
sen
tiu a necessidade ddee um
u m ' 'curso de inic
iniciação
iação ' ’ nessa
nessass maté
matérr ias eerrn
quee cada um se julga mes
qu mestre
tre,, e que são dif
difíc
ícei
eis.
s. A o cabo d e sete
anos.
ano s. a duração do cur
curso,
so, nasceu este livr
livro.
o. Entusiast
Entusiasta, a, em
empreen
preen
dedor. mun
munido
ido de imens
imensaa leleit
itura
ura e de uma form
formaçã açãoo preciso de
india ni
nist
sto,
o, Mi
Mirc
rcea
ea Eliade f e z já mumuito
ito pelo nosso est estudo:
udo: penso
no seu Yoga. nonoss tr
três
ês belos volumes da revi revista
sta romena de histó
ria das religiões. Zálmoxis, e. mais re recent
centern
ernent
entee ai
ainda,
nda, n a mma a
gistra
gis trall revisão
Revue do
doss pro
de l'histoire proble
blema
des mass d o xam
xamanis
religions. anismo,
mo, qu quee entregou à nossa
A o ver os tít títuu lo
loss do
doss capít
capítulo
ulos,s, ao ver co coloc
locad
adosos em ppri
rim
m e i
ro pla no as áágu guasas,, o cécéu.
u. o sol
sol,, talve
talvezz haj
hajaa os ququee se lembrem
de M a x Millier
Millier;; e est estaa reco
recordaç
rdação
ão ser
ser-lh
-lhes-
es-áá proveitosa: a o des
cerem dos tít títulos
ulos parparaa o texto, hão de ve verr como
como,, depois d e uma
reação excessiva contra ooss exces excessos
sos d e nnaturali
aturalismo,
smo, a ciência das
religiões
relig iões reconhece ho hojeje a importâ
importância
ncia dessa
dessass repres
representações,
entações, qque
ue
são a ma matér
téria
ia ppri
rimm a mais ggeral
eral ddoo ppen
ensa
sam m en
ento
to m ític
ítico:
o: m a s ve
ver-
r-
se-á tam
ta m b é m qu
quee a inteinterpr
rpretaç
etação
ão é m u itoit o difere
dif erente
nte:: eslas biero-
fann ias
fa ia s cósm
cósmicas
icas,, cocom m o d iz Mircea Eliade. nã nãoo ssãã o ma
maisis d o qu
quee

1'Kt.rACtO
'Kt.rACtO M : GEO
GEORGE
RGESS DUMÉZIL XV

o aparência exterior de um discurso profundo; esta morfologia


do sagrado traduz sim simbolic
bolicam amenteente umumaa dialéti
dialética
ca do sagrado,
sagrado, de
quee a nature
qu naturezaza não é mai maiss d o que o suporte. suporte. É afina! umaum a “fi lo 
sofia.
sofi a. ante
antess ddee to
toda
dass aass f i lo s o f i a s ” a qu
q u e nas surge assim que
qu e ob
servam
ser vamosos as mais hhum umild ildes es religiões, resulta
res ultante
nte de um
u m esfo
es forç
rçoo de
explicação
explicaç ão e de un unificação,
ificação, de um esforç esforçoo para a teoria
teoria em todo
o sentido da palavr
palavra:a: o presente livro far-nos-á far-n os-á sentir ioda a suo
coerência e toda a sua nobreza, e também a sua uniformidade
(que devemos
não abrange exaga Europa)
ex ager
erarar,, m asum
— uma a unifo
qque
ue uniformid
re duzrmidade
reduz felizmadeente
fel izm enque,
que
te a, certan
cer
vertanien
vertig ientc
tigem
em tc,
de,
que sofrem po p o r vezes os principiantes
principia ntes perdidos
perdidos no labirinto dos
fatos
fa tos..
Hem enenten
tendidido
do.. MiMircrcea
ea Eliad
El iadee sabe memelhlhor
or do
d o qu
q u e ning
ninguém
uém
que toda a síntese desse desse gênero comporta
com porta e reque
requerr uum m a tomada
de atitude, vávári rios
os pos
postulado
tulado** que a sua eficá
eficácia
ciajustifi
jus tifica
ca,, mas que
são /re
/resso
ssoais
ais,, jwrt
jw rtaa n to prov
provisór
isórios
ios,, pe
pelo
lo me
menosnos perfectív
perfe ctívels.
els. A Hás,
esse as
esse as/re
/recto
cto não é o m en
enos
os atra
atrativo
tivo ddoo livro:
livro: acerca
acerca da estrutura
e fun
funcio
ciona
namm ent
entoo do pensam
pensa m en
ento
to mítico, acerca
acerca das noçõ
noções,
es, tão
gratas ao autor, de arquétipo e de repetição, encontrar se ão idéias
datas
(o quee não
esclarecedoras,
importa), mas ás uma
quaisrápida
desejamos
e ricanão uma longo vida
fecundidade.
Finalm
Fin almente
ente,, este livr
livroo prest
pr esta-n
a-nos
os hhoje
oje,, em Paris, na França,
França,
um serviço es espec
pecial
ial,, po
pois
is te
temm os de confessar que. se os historia
historia
dores do cristianismo, do budismo e. de uma maneira geral, das
diversa
diversass re
relig
ligiõe
iõess siio
siio entre nós numenumerosos,
rosos, pouquíssimos
pouquíssim os distin
distin 
tos pesquisa
pesquisadores
dores (r(refiro-m
efiro-mee aos autênticos)
autênticos) se dedicam aos tstu-
dos comparativos e ger gerais
ais,, quer porq
porqueue exigem uma prepar
preparaçã
açãoo
mais difícil
difícil,, quer por
porqueque o s amadores, alguns muito oficiais, os
desacreditaram. Sem por isso esses estudos são menos necessá
rios e promissores. A Sorborm
Sorb ormee todo
todoss os anos atribui urn
urn “certi
fipo
fica
porcad
r ddive
dio verti
dertido
história
do papara das
rado rel
religiõ
doxo
xo,,igiões”,
n ã oes”,
po ccom
poss om
ssu várias
ino especializaç
u i ensino
ens espec
des taializações,
desta ões, mas,
matéria. Fsse
certifi
cer tificado
cado redu
reduz-se
z-se prattcamenie
prattcam enie a provas de f ilolog ilologia,
ia, que
qu e de
seja
se ja e tor
torna
na bebemm restr
restritas;
itas; qua
qu a n to ao mais
mais,, em relação à " ciência
das religiões ” pr prop
opririam
amenente
te dita.
dit a. ta
tall certif
cer tifica
icado
do é m uiuito
to pohr
po hree
c não tenho a cert certeza
eza de qu e JJ.. G. Frazer
Frazer.. que. atém do seu in
glès. do fra fr a n cê
cêss e do
d o al
alem
emãoão,, apen
apenasas didisp
spun
unhaha d o grego
greg o e do
d o la
tim, tivesse sido apr aprova
ovado
do na sua espe especiali
cialidade
dade d e "religiã
"religiãoo dos
po
p o vo
voss nãnãoo cicivil
viliz
izad
ados
os”.
”. O ququee lelenn a sido
sid o lamentáv
lame ntável.
el.

Georges
Georges Dumé
Du mézil
zil
I
Prefácio do autor

A ciência moderna reabilitou um princípio que certas con


fusões do século
século XIX com
comprom
prometeram
eteram gravem
gravemente
ente:: é a esca
escala
la que
cria o fenôm eno . Henri Poincaré perguntava a si próprio, com
ironia: “ Um natura
naturalista
lista qu e só tive
tivess
ssee estudado
estuda do um elefante ao
microscópio acreditaria conhecer cornpletamer.te este animal?”
O microscóp
microscópio
tintura io reve
revela
e mecanismo la idênticos
a estru
es trutu
tura
ra
cme todos
o mecan
mecanismo
os ismo das célul
células,
organismos as, es
es-
plurice
lulares. L nâo Itá dúvid
dúvidaa dc que o elefante é um animal pluric
pluricelu
elu
lar. Mas não será mais do que isso? Â escala microscópica pode
mos conceber uma resposta hesitante. Â escala visual humana,
que tem pelo menos o mérito de nos apresentar o elefante como
fenómeno zoológico, não há hesitação possível. Da mesma ma
neira, um fenômeno religioso somente se revelará como tal com
u condição de sei
sei apreend
apreendidoido dentro da sua própria modali
modalidade,
dade,
isto é, dc ser estudado à escala religiosa. Querer delimitar este
fenómeno pela fisiologia, pela psicologia, pela sociologia c pela
ciênciaescapar
deixar económica, pela linguística
precisamente c pela
aquilo que nelearte, de éúnico
etc...
existe traí-lo,
e deé
irredutível, ou seja, o seu caráter sagrado. É verdade não existi
rem fenômenos religi
religiosos
osos ••puro
••p uros",
s", assim
assim como não há fenóme
no única c exclusivamemc religioso. Sendo a religião uma coisa
humana, c também, de fato, uma coisa social, linguística c eco
nómica — pois não podemos conceber o homem para além da
linguagem e da vida coletiva. Mas setia vão querer explicar a re
ligião por uma dessas funções fundamentais que definem o ho
mem, cm última análise. Seria vâo pretender explicar Sladame
fíova
fío ry por uma serie dc tatos sociais, económicos, po
vary político
líticoss —
que seriam
seriam indubitavelmente reais,
reais, mas se
semm consequências
consequências para
a obra literária em si.

2 TRATADO
TRATA DO Di
Di.. HIS
HISTÓRI
TÓRIA
A D AS R fl.lG IÕ iS

Para não sair


sairmos
mos do nos
nosso
so âmbito: não pensa
pensamos
mos contestai
que d fenôm
fenômeno
eno rel
religio
igioso
so possa ser cm últi
últimu
mu instância enca
encarad
rado
o
de ângulos diferentes: mas importa antes considerá-lo em si mes

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