Está en la página 1de 6

LITERATURA

https://www.youtube.com/watch?v=TYbKGxxxZ4c&list=RDCMUCKUL3EyuAEaJUYH_kib15dg&start_radio=1&t=1242s
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/materiais-de-apoio?q=literatura

Apesar de ser de difícil definição (ligado à ciência, definir é explicar com


precisão), mais fácil é a sua conceituação (conceito são impressões pessoais sobre
certo assunto), a literatura é uma modalidade de arte, desenvolvida com base na
palavra. O próprio termo “literatura” entrega essa característica: é originário do latim
littera, que significa letra.
Muitas obras literárias são reflexos de um determinado período, trazendo
características linguísticas desse período e possibilitando ao leitor conhecer
pensamentos e realidades de outros tempos – estilos de época ou movimentos
literários.
A Ilíada é a primeira obra literária do Ocidente, escrita na Grécia, no século
VII a.C.

Conceituação: Para Aristóteles, em A Poética, literatura é a arte de imitar, que


nos traz prazer e conhecimento.
Para Afrânio Coutinho, membro da ABL, “A Literatura é, assim, a vida, parte
da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras
literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os
homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana.”
A verdade é que quaisquer conceitos apenas se complementam.
E mais importante do que conceituá-la, é diferenciá-la de outras manifestações
artísticas.
Na linguagem literária, é incidente o uso de palavras ressignificadas
(conotação). Veja, quando Drummond diz “na curva dos cinquenta, derrapei neste
amor”, na linguagem comum (denotativa) se poderia dizer apaixonou-se de novo aos
50 anos.
Funções: Os gregos acreditavam que a literatura tinha como funções oferecer
PRAZER, e não necessariamente por despertar felicidade, mas sim identificação, e
CATARSE, que é a sensação de alívio, a exemplo de quando o vilão perde.
Outras funções são as de COMUNICAÇÃO, INTERLOCUÇÃO e
RECREAÇÃO.
Também tem como função HUMANIZAR O HOMEM.

Gêneros: Os gêneros literários podem ser visto a partir de duas concepções:

1) Concepção clássica: Arte poética, da época de Aristóteles, para o qual “A


arte imita a vida”. Logo, a arte poética é a imitação da vida por meio de versos e
estrofes (poemas). Nessa época, não existia a prosa.

1.1) Organização:

A) GÊNERO LÍRICO – Os poemas (versos) eram declamados


ao som da lira (instrumento musical), ou seja, cantados. Assim, o enfoque desse
gênero é no poeta-cantor. Predomina a subjetividade (o ser humano, seus
sentimentos, suas emoções). Por isso que surge a figura do eu lírico1, isto é, a voz
que fala no poema, e nem sempre é a voz do autor.

Características:

a) emprego de termos na 1ª pessoa (eu, meu…);

1“Eu lírico: a voz que expressa emoções, sentimentos, pensamentos e/ou opiniões
em uma poesia. Dessa maneira, o eu lírico, presente em todo texto poético, é uma
criação do poeta. Portanto, em uma poesia de Camões, por exemplo, não é o
poeta Camões, um homem de carne e osso, que se expressa, mas o eu lírico
criado por ele. Isso permite que o poeta produza textos com diversas temáticas,
sem, contudo, mostrar a sua própria identidade.”
b) presença de linguagem conotativa (é como se eu…);
c) adjetivações;
d) exteriorização do mundo interior.

Ex.: Poema “Ausência”, de Carlos Drummond de Andrade.

Por muito tempo achei que a ausência é falta.


E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca2, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

São exemplos de subgêneros:

Ode – o eu lírico homenageia algo ou alguém.


Sátira – poema que ridiculariza pessoas ou costumes.

B) GÊNERO ÉPICO – enfoque nos acontecimentos heroicos,


feitos históricos, ações grandiosas, por heróis, valentes ou conquistadores, a exemplo
da Ilíada, obra atribuída a Homero, que conta a história da Guerra de Troia.

Características:

2 Clara, límpida.
a) presença de narrador em 3ª pessoa;
b) alusão à mitologia greco-romana;
c) predomínio da objetividade (ainda que haja impressões pessoais ou certas
adaptações de partes “sujas”);
d) complexidade quanto a tempo, espaço e personagens (pode ser confuso).

São exemplos de subgêneros:

Epopeia – narrativa longa sobre fatos grandiosos de um herói ou de um povo,


como Lusíadas, Eneida, etc. Para ser epopeia, tem de existir a seguinte estrutura:

• Proposição: introdução da obra, onde se apresentam o herói da


trama, bem com o assunto que será abordado.
• Invocação: momento de invocação para que as divindades
auxiliem o herói da epopeia.
• Dedicatória: quando se diz a quem a epopeia é dedicada
(geralmente a quem pagava pelos escritos).
• Narração: parte mais longa da epopeia, na qual estão relatados
todos os feitos do herói.
• Epílogo: encerramento da narrativa.

C) GÊNERO DRAMÁTICO – enfoque na sociedade, isto é, no


dia a dia, nos comportamentos das pessoas (na ética), nas inter-relações. Esse,
diferente dos outros gêneros, manifesta-se pela representação, pelo teatro. A palavra
dramático vem do grego drao (fazer), e quer dizer ação. É em verso.

Características:

a) não há narrador, a ação se desenvolve pelo diálogo entre atores;


b) limitação do espaço da ação (em regra. Pela impossibilidade física mesmo);
c) divisão do tempo em cenas e atos;
d) quantidade limitada de personagens (…);
e) rubricas (indicações cênicas – gestos, movimentos, entonações – que servem
para orientar o ator durante a encenação de um texto. Aparecem destacadas,
geralmente, entre parênteses).

Exemplo de rubrica: Cena de A megera domada, de Shakespeare.

HOSPEDEIRA – Paga ou não paga os copos que quebrou?


SLY – Nem um vintém. Por São Jerônimo, vai! Vai pra tua cama
fria; vai te esquentar.
HOSPEDEIRA - Já sei o teu remédio: vou chamar o sentinela.
SLY - Eu lhe respondo é com a lei. Não cedo um palmo. Que ele
venha devagar. (Deita-se no chão e dorme. soam trompas. entra um lorde, vindo da
caça, acompanhado de caçadores e criados.)

São exemplos de subgêneros:

Tragédia – texto teatral trágico com tensão permanente e final infeliz, como a
brilhante história de Édipo Rei.
Comédia – texto teatral humorado que satiriza diversos aspectos da sociedade.

2) Concepção moderna – A partir do final do século XVIII. “A arte é o meio


mais seguro de se afastar do mundo e, ao mesmo tempo, de se ligar a ele” (Goethe).
Nessa concepção moderna, além da poesia, passa-se a ter a prosa.

2.1) Organização:
A) GÊNERO LÍRICO – o poeta não mais necessariamente é um
cantor. Hoje, é associado ao poema, mas não se restringe a ele.

B) GÊNERO NARRATIVO – enfoque nas histórias comuns


(reais ou imaginárias), em prosa, e não mais no heroísmo, nas conquistas, pois já não
mais existiam. Não há necessidade de que haja heróis, ou são heróis “problemáticos”
(gente como a gente). Apresenta a estrutura básica de introdução, complicação,
clímax e desfecho. Os principais gêneros são o romance, a novela, o conto, a crônica
e a fábula.

Características:

a) presença de narrador em 1ª ou 3ª pessoa;


b) emprego dos discursos direto, indireto ou indireto livre;
c) narrações subjetivas ou objetivas;
d) maior complexidade quanto a tempo, espaço e número de personagens.

C) GÊNERO DRAMÁTICO – Inerente ao teatro.

También podría gustarte