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TRIUNVIRATOS, GUERRAS CIVIS E

JÚLIO CÉSAR

Docente: Professor Doutor André Carneiro


Curso: História e Arqueologia
Discentes: Mariana Oliveira [nº 55487], Tiago Pina [nº 54959] e Vítor Pinto [nº 55584]
Unidade Curricular: Sociedades e Culturas Clássicas
Ano letivo: 2022/2023
Índice

Estratégias de Aprendizagem ........................................................................................... 3

Recursos ........................................................................................................................... 3

Introdução ......................................................................................................................... 4

1. Primeiro Triunvirato ..................................................................................................... 5

1.1.Contextualização ............................................................................................. 5

1.2 As Campanhas de Pompeu .............................................................................. 7

Últimos anos da aliança e morte de Crasso ....................................................... 7

Contextualização da Guerra ............................................................................... 7

Gália em 58 a.C. ................................................................................................ 9

Júlio César, o Militar ....................................................................................... 10

1.3 Início do conflito ........................................................................................... 11

1.4 Insurreições e a conquista definitiva (54-51) ................................................ 12

2. Guerra Civil entre César e Pompeu (49-46 a.C.)........................................................ 14

2.1 Breve introdução à Guerra ............................................................................ 14

2.2 Os Antecedentes ........................................................................................... 14

2.3 Origem da Guerra ......................................................................................... 16

2.4 O surto do conflito de César com Pompeu ................................................... 17

2.5 Uma guerra dividida: o fim de uma era ........................................................ 18

3. Caio Júlio César: O seu triunfo enquanto ditador....................................................... 22

Considerações Finais ...................................................................................................... 26

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 27

1|Página
Resumo
Mariana Oliveira, nº55487

Triunviratos, Guerras Civis e Júlio César compartilham um ponto em comum:


todos foram eventos liderados por Júlio César que culminaram no declínio da República
Romana.

Júlio César, um proeminente general romano, conduziu diversas campanhas


militares, incluindo as Guerras Civis e a Campanha da Gália. Além disso, ele
desempenhou um papel crucial na formação e liderança de um Triunvirato, juntamente
com Crasso e Pompeu, que desempenhou um papel fundamental na queda da República.
Assim, com a realização deste trabalho iremos abordar, principalmente, os três temas
essenciais para compreender o fim da República.

Palavras-chave: Triunvirato, Júlio César, Guerra Civil, Disputas de poder.

Asbtract
Tiago Pina, nº54959

The First Triumvirate and the subsequent civil war had one thing in common:
these events were led by Julius Caesar. The two happy events for the decline of the
Roman Republic.

Julius Caesar, a prominent Roman general, led several military campaigns,


including the Gaul campaign, and participated in the Civil War. Furthermore, he played
a crucial role in forming and leading a Triumvirate, along with Crassus and Pompey,
which played a key role in the eventual downfall of the Republic. Thus, with the
accomplishment of this work, we will approach, mainly, the three essential themes in
order to understand the end of the Roman Republic.

Key Words: Triumvirate, Julius Caesar, Civil War, Power Struggles

2|Página
Estratégias de Aprendizagem

A fim de enriquecer a compreensão do tema, o uso do suporte Power Point foi


uma estratégia de extrema relevância durante a aula der apresentação do trabalho. Os
variados mapas apresentados, assim como as fotografias das diferentes figuras históricas
e as linhas do tempo, desempenharam um papel fundamental na interpretação dos
assuntos abordados. Esses recursos permitiram uma explicação mais coesa e dinâmica
dos diversos acontecimentos, especialmente no caso das Guerras, uma vez que
envolvem territórios e localidades distintas, bem como os mapas das Batalhas inseridas
nesse contexto. A Guerra Civil, por exemplo, revelou-se particularmente ilustrativa
nesse aspeto. Além disso, as fotografias das diversas personalidades foram essenciais
para aproximar os alunos dessas figuras importantes, como Júlio César e outros
membros do Triunvirato.

Recursos

Para a realização deste trabalho e de forma a explicarmos os conteúdos


lecionados de uma forma simples, utilizámos alguns recursos. Principalmente fizemos o
uso de várias obras essencialmente bibliografia. Para nos ajudar a lecionar estes
conteúdos criámos uma apresentação através do Powerpoint.

Para abordarmos o Triunvirato, utilizámos essencialmente a obra: “Síntese de


História Romana” da autoria de Marcel Bordet. Esta obra faz um resumo geral daquilo
que foi a grandiosa história de Roma. Faz também o uso de anexos, que nos ajudou a
compreender melhor algumas das situações retratadas.

Sobre a Gália e o papel que Júlio César, teve nesta conquista, utilizámos o livro
“A Guerra das Gálias”, escrito pelo próprio Júlio César. Utilizámos a versão traduzida
em português, por Franco de Sousa. Baseámo-nos, muito neste livro, pois é um relato
bastante sucinto sobre este conflito. Como é óbvio, é necessária alguma precaução ao
lermos, esta obra vista que foi escrita por Júlio César, general romano. Portanto, esta é
uma obra que vangloria a figura de Júlio César e a própria Roma.

Para a guerra civil entre César e Pompeu, utilizámos a obra “Historia Antigua II.
El mundo clásico. Historia de Roma” de Javier Piquero e Pilar Uriel. Este livro fala

3|Página
sobre os acontecimentos principais de Roma, desde a sua origem até à queda do Império
Romano. Dá-nos também alguns detalhes sobre a sociedade romana, a religião, a
economia e outros aspetos. Detalha, os motivos que levaram à guerra civil entre
Pompeu e César e as campanhas militares deste conflito.

Sobre a vida política de César e particularmente durante o seu período como


ditador, utilizámos vários livros, alguns destes já mencionados e também um artigo, que
está presente na bibliografia.

Introdução
Mariana Oliveira, nº55487

O Primeiro Triunvirato, as Guerras Civis e Júlio César são aspetos cruciais da


história da República Romana durante o século I a.C. Esses eventos estão intimamente
relacionados e tiveram um impacto profundo na política e no destino de Roma.

O Primeiro Triunvirato foi uma aliança política formada por três líderes romanos
que buscavam consolidar o seu poder e a sua influência. Essa coalizão informal entre
Júlio César, Pompeu e Crasso desempenhou um papel significativo na política romana
da época. No entanto, o colapso do Triunvirato levou ao surgimento das Guerras Civis.
Esses conflitos internos foram travados entre diferentes fações dentro da República
Romana, lutando pelo controle do governo e dos territórios romanos. As Guerras Civis
foram marcadas por batalhas sangrentas e rivalidades políticas intensas.

Por fim, destacamos, Júlio César, um dos protagonistas dessa história, que
emergiu como uma figura central nos eventos do Primeiro Triunvirato e das Guerras
Civis. A sua liderança carismática, habilidades militares e ambição política o levaram a
desempenhar um papel determinante nessas lutas pelo poder. O legado de Júlio César é
duradouro e o seu impacto na história romana e no desenvolvimento do império é
inegável. A sua morte trágica e a subsequente ascensão de seus herdeiros políticos
tiveram repercussões significativas para o futuro de Roma e para a transição da
República Romana para o Império Romano.

4|Página
1. Primeiro Triunvirato
Tiago Pina, nº54959

A Guerra da Gália foi um conflito que coincidiu cronologicamente com um período


onde tivemos em Roma, uma aliança entre três homens: Júlio César, Pompeu Magno e
Marco Crasso. Esta aliança é conhecida como o Primeiro Triunvirato. Começou em 60
a.C. e acabou em 53 a.C.

1.1.Contextualização

A República Romana na década de 70, encontrava-se mergulhada numa crise


política. Os principais motivos desta crise surgiram devido às disputas de poder que
existiam nas altas patentes romanas. Esta disputa tinha resultado do vácuo de poder
após a morte do ditador Sula.

Entre 73 a 71, ocorreu em Roma, um episódio que ficou conhecido como a


Revolta dos Escravos, ou também como a Terceira Guerra Servil, que foi liderado por
um gladiador, Spartacus. Esta foi a única situação de “revolta” de escravos que
realmente representou uma ameaça para Roma.1 Para lidar com este conflito, foram
nomeados vários generais romanos incluindo Crasso, que eventualmente foi capaz de
conter esta revolta.

A derrota de Spartacus e dos seus aliados fez com que Crasso ganhasse bastante
reconhecimento. Porém, Pompeu foi quem derrotou os últimos bandos ao regressar da
Hispânia. Tentou aproveitar-se desta situação para ficar com a glória de ter acabado
com a revolta. Foi este acontecimento que levou à animosidade entre ambos. Ainda
assim, este feito, levou ambos a serem nomeados para o consulado - «Obtiveram-no,
ainda que nenhum deles tivesse direito, uma vez que Crasso tinha sido pretor em 72 (e

1
Como esta revolta, acabou por fracassar (e toda a documentação disponível foi
redigida pelos vitoriosos), não sabemos quais foram os motivos reais, que levaram aos
escravos a ter esta “revolta”.
5|Página
deveriam decorrer dois anos de intervalo) e Pompeio porque era um simples
cavaleiro!»2 e Pompeu fossem nomeados como cônsules.

Cada um dos membros desta aliança, tinha os seus próprios motivos individuais
que os levaram a unir-se. Entendiam que sozinhos não seriam capazes de realizar esses
objetivos. Crasso, apesar de ser o homem mais rico em Roma, desejava comandar um
exército próprio e ter glória militar. Júlio César queria ser nomeado cônsul e ganhar
controlo militar na Gália, para ter glória e conseguir enriquecer. Pompeu, que tinha tido
sucesso nas campanhas do Oriente queria que os seus soldados fossem recompensados
pelo seu esforço.

Assim, em 60 a.C, estes homens colocaram de lado as suas diferenças e


utilizaram os seus recursos e as suas influências de modo a tomarem controlo do estado.

Júlio César começa por reconciliar as diferenças entre Crasso e Pompeu. Para
oficializar esta aliança, Júlio César casa a sua filha Júlia com Pompeu. César vai tentar
promover a agenda de Pompeu, no entanto acaba por enfrentar uma grande resistência
por parte de alguns elementos do Senado. Júlio César, percebendo que não conseguiria
convencer o Senado, levou esta proposta à assembleia popular, onde consegue com que
esta lei fosse aprovada. Esta lei permitiu que os veteranos da Campanha do Oriente
tivessem terras.

Após o final do seu período como Cônsul, Júlio César vai dedicar vários anos da
sua vida a liderar as suas legiões, na Gália.

Em 56, os aliados reúnem-se para renovarem a sua aliança. Reforçam os seus


laços de aliados e tomam algumas decisões- «(..) concordavam em reservar um segundo
consulado a Crasso e Pompeio em 55, depois do que o primeiro receberia a província da
Síria (a partir de onde pretendia conduzir uma campanha contra os Partos) e o segundo
as Hispânias».3 Prolongam o domínio de César na Gália.

Crasso tornou-se assim governador da Síria. Foca-se a Oriente do Império


Romano e passa a comandar um exército.

2
BORDET, M., França, Z., & Guerra, A. (1995). Síntese de história romana, p.145
3
BORDET, M., França, Z., & Guerra, A. (1995). Síntese de história romana, p.155
6|Página
1.2 As Campanhas de Pompeu

Últimos anos da aliança e morte de Crasso

Após o final do seu cargo como cônsul, Júlio César parte para a Gália. Volta a
Roma, em 50, após o êxito militar na Gália. Durante o tempo que Júlio César tinha
estado fora de Roma, Pompeu havia-se aproximado bastante do Senado, sendo
inclusive, quem comandava a rede de distribuição de cereais de Roma. Crasso por outro
lado, vai começar as suas ações militares contra o Império Parto, com o objetivo de
conseguir glória militar. Infelizmente para Crasso, esse objetivo nunca vai ser
concluído. Vai ser prontamente derrotado, na Batalha de Carras em 53 a.C.

Nestes últimos anos do Triunvirato, a inveja que Pompeu tinha do sucesso de


César crescia cada vez mais e o elemento que funcionava como a cola desta união, era
Crasso. A sua morte, marcou o fim da aliança.

Contextualização da Guerra

O ano de 58 a.C foi um ano bastante importante para a República Romana.


Começou uma grande operação militar. Esta consistiu essencialmente na anexação do
território da Gália. Este território englobava, os atuais territórios da França, Suíça e da
Bélgica. Este conflito ficou conhecido como a Guerra da Gália. Teve como principais
participantes: a República Romana e os Gauleses. Do lado individual, tivemos como
principais protagonistas: Vercingétorix do lado Gaulês e Júlio César comandante das
forças romanas.

Roma em 67

Roma encontrava-se numa atmosfera problemática. Tínhamos dois principais


motivos para esta situação. De um lado, tínhamos uma grande atividade por parte dos
piratas da Cilícia. «(..) não só os piratas criavam insegurança nas costas e bloqueavam o

7|Página
tráfego marítimo, como provocavam uma terrível crise financeira,»4. A situação do lado
mais a Oriente do Império também não era melhor, existindo problemas com a presença
de Mitrídates VI, rei do Ponto. Para se livrarem desta situação, a população e os
soldados vão procurar apoio na figura de Pompeu Magno.

Pompeu tinha ganho notoriedade, após ter auxiliado Sula durante a guerra civil
romana. Após a morte de Sula, fez várias campanhas ao serviço do senado, onde se
destacou devido às suas capacidades militares. Consegue assim o apoio dos militares e
do povo. Em 67 a.C, é passada no senado, a Lex Gabinia5- esta lei vai oferecer a
Pompeu poderes consulares em todas as províncias romanas. É uma lei que gerou algum
debate no Senado, pois algumas fações dentro do Senado tinham receio de colocar tanto
poder num só homem.

Apesar da apreensão por parte do Senado, a lei é aprovada. Pompeu faz bom uso
desta lei, conseguindo derrotar com facilidade e relativa rapidez os piratas.

Para lidar com a ameaça de Mitrídates, Pompeu vai levar ao Senado uma nova
proposta de lei. A Lex Manilia6 é aprovada no Senado em 66. Esta lei concede a
Pompeu total autoridade nas províncias da Ásia, incluindo a Cilícia e a Bitânia. Após
tomar o controlo dos exércitos a Oriente, conseguiu afastar Mitrídates do seu reino.
Mitrídates foge para a Arménia, mas é seguido por Pompeu. Ainda, em 66, é travada a
batalha de Lycus, na qual os romanos têm uma vitória dominante. Mitrídates foge mais
uma vez, agora para a Península da Crimeia, onde vai acabar por cometer suicídio. No
final do ano 65, Pompeu começa a organizar a nova província do Ponto-Bitínia. Roma
encontrava-se agora, cada vez mais perto da fronteira do Império Parto.

Em 64 a.C, ocupa a região da Síria, sem recurso às armas, uma vez que o Estado
Selêucida se encontrava num período de decadência. Cria-se então, mais uma província.
Assim Pompeu, havia conseguido dar a Roma, duas grandes províncias, a do Ponto-
Bitínia e a Síria. Roma tinha também na sua “posse”, uma série de estados-vassalos,
como a Arménia por exemplo, que formavam um escudo protetor contra o grande

4
BORDET, M., França, Z., & Guerra, A. (1995). Síntese de história romana, p.136
5
Lei que concede a Pompeu, poderes consulares em qualquer província que se encontre
entre 50 milhas no Mar Mediterrâneo
6
Esta lei garante a Pompeu total liberdade nas ações diplomáticas e militares no
Oriente.
8|Página
Império Parto. Por volta de 62 a.C, vai voltar a Roma, com grande glória e com grandes
riquezas. É aclamado pelo povo romano como um herói.

Primeiras campanhas de César

A conquista da Gália, não foi um conflito que surgiu ao acaso. Surgiu em função
dos objetivos romanos. Tinha também a função de tentar balançar o protagonismo que
Pompeu havia conseguido em Roma, devido ao seu sucesso com as Campanhas do
Oriente.

Um ponto importante, que convém sublinhar é a ideia errada que muitas vezes
temos sobre o Império Romano. A ideia de que este era simplesmente um estado militar
que conquistava tudo e todos. Porém, apesar de não estar totalmente errado (como é
óbvio as conquistas militares eram importantes, devido ao prestígio que simbolizavam),
na grande maioria das ocasiões, não era bem assim. Os Romanos necessitavam de um
motivo para atacar um determinado território. Tinham a lógica de atacar apenas em
autodefesa. Ou seja, a forma como os Romanos começavam os seus conflitos, era só se,
se sentissem ameaçados por outro povo, ou se um dos seus aliados tivesse a ser atacado.
Deste modo, tinham uma justificativa para poderem atacar. Vai ser exatamente, num
destes contextos que Júlio César vai iniciar o seu avanço pela Gália.

Gália em 58 a.C.

Esta guerra é descrita em detalhe, pelo próprio Júlio César que se intitula: «De
Bello Gallico», ou em português, “Comentário sobre a Guerra Gálica”. Este livro, é das
únicas fontes que temos sobre a guerra da Gália, que é narrada pelo próprio Júlio César.
Porém, é importante, ter em consideração quando se ler esta obra, que a mesma é escrita
segundo o ponto de vista de Júlio César. Ou seja, apesar da maior parte dos eventos ter
acontecido, alguns historiadores, põem em causa, alguns comentários escritos por Júlio
César. Nomeadamente, o número de soldados que combateram neste conflito e as
perdas dos Romanos que foi um número pouco significante. Foi uma obra que foi
escrita, essencialmente, com o objetivo de fazer propaganda da figura de Júlio César e
do próprio Império Romano.

9|Página
O livro começa com uma descrição geográfica da Gália. Segundo Júlio César:
«A Gália, no seu conjunto, está dividida em três partes, de que uma é habitada pelos
Belgas, a outra pelos Aquitanos, a terceira por aqueles que na sua própria língua se
chamam Celtas e, na nossa, Gauleses.»7

Quanto ao próprio território, não formava um único estado, estando dividido em


múltiplas ciutates, ou seja, estava fragmentado em múltiplos povos e tribos
independentes uns dos outros. Segundo, o ponto de vista romano, estes povos
apresentavam estruturas internas bastante frágeis, que era uma das principais razões que
levava a constantes guerras entre os próprios povos. Eram também “fracos” do ponto de
vista militar, não por lhes faltar bravura, ou força, mas porque eram incapazes de terem
ações coletivas organizadas.

Júlio César, o Militar

Mais à frente, no nosso trabalho, vamos abordar a vida pessoal e política de Júlio
César. Para já vamos dar destaque, à sua carreira militar. Conseguiu ganhar destaque
pela primeira vez no Oriente, no Cerco à cidade de Mitilene. Volta em Roma, após a
morte de Sula, em 78 a.C, a mando do pro-cônsul Servilius Isauricus. Em 69 a.C, é
colocado como pretor da Hispânia. É aqui na Hispânia que ocorre, um episódio bastante
significativo que mostra quem era Júlio César. Aparentemente, enquanto estava em
Cádiz, ao contemplar a estátua de Alexandre, o Grande, entristece-se de forma súbita.
Júlio César tinha 33 anos, os mesmos com os quais Alexandre tinha quando já tinha
dominado quase todo o mundo. Fica angustiado, pelo facto de relativamente a
Alexandre, não ter feito nada de notável.

Em 68 a.C, casa-se com Pompeia, descendente de uma família aristocrática que


passa a apoiar Júlio César. Era também a neta de Sula, alguém que pode ser considerado
como o primeiro grande rival de César.

Em 61 a.C, passa a governar a província da Hispânia. Vai ser durante este


período que vai intensificar as suas ações militares e consegue vários êxitos. A maioria
do território da Península Ibérica, encontrava-se sobre domínio romano. Havia algumas

7
CÉSAR, J. (1989). A Guerra das Gálias, E. Estampa, Ed.; F. de Sousa, Trans, p.21
10 | P á g i n a
instabilidades em certas zonas, na qual povos já estabelecidos na Península Ibérica,
provavelmente fariam expedições armadas que tinham como objetivo atacar e pilhar
territórios ricos. Este é pretexto suficiente para Júlio César, lançar operações militares
contra as populações que se encontravam entre o Tejo e o Douro. Estas ações tinham
dois principais objetivos. Estabelecer um domínio permanente sobre uma região que
não era administrada por Roma. Em segundo lugar, pretendiam conquistar estas terras
que eram ricas em minérios e desta forma conseguirem controlar a exploração e o
comércio destes minérios. Foram, estas séries de êxitos militares que «(..) lhe valeu a
primeira aclamação como imperator pelo exército entusiasmado.»8 Volta a Roma e é
eleito como cônsul. Após algumas complicações legais, visto que Júlio César já não
tinha idade para exercer o cargo de cônsul, consegue o apoio de Crasso e de Pompeu.
César fica então com os proconsulados das regiões da Cisalpina, Ilírico e na Gália
Transalpina.

1.3 Início do conflito

A situação externa de Roma, em 58 a.C, era atribulada. Existiam problemas


fronteiriços a norte com os povos da Gália e a Oriente com o Império Parto.

O início do conflito iniciou-se com as migrações dos Helvécios. Estas migrações


ocorrem em grande parte, devido às influências de uma figura bastante importante na
sociedade dos Helvécios, Orgétorix. «levado pelo desejo de ser rei, formou uma conjura
de a nobreza e persuadiu os seus concidadãos a sair do país com todas as suas forças
(…)»9 Os Romanos, eram aliados dos Éduos, que se sentem ameaçados pelas migrações
dos Helvécios. Os Éduos pedem auxílio aos Romanos. Mais uma vez, o pretexto que os
Romanos precisavam para avançar para um novo território, surge. Júlio César entra pela
Gália Colmata e derrota os Helvécios.

Após o término desta guerra, entram em território gaulês os Suevos, um povo


vindo da Germânia. Eram comandados pelo rei Ariovisto que “(…) conquistara um

8
BORDET, M., França, Z., & Guerra, A. (1995). Síntese de história romana, p.139
9
CÉSAR, J. (1989). A Guerra das Gálias, E. Estampa, Ed.; F. de Sousa, Trans, p.22
11 | P á g i n a
terço do território séquano (…)»10. Pretendiam passar o Reno, devido à qualidade deste
solo. Os povos da Gália, assustados com a força deste homem pedem mais uma vez
auxílio a Júlio César. Júlio César, numa primeira tentativa, tenta recorrer a meios
diplomáticos, no entanto, Ariovisto parece pouco recetivo a encontrar-se com César.
Assim, César dá-lhe a saber: «proibição de travessia do Reno a novas hordas para as
estabelecer na Gália;»11 Ariovisto avança e acaba por ser derrotado por Júlio César.
Fogem de volta para a Germânia.

Passa o inverno na Gália. Em 57, Júlio César reforça ainda mais os seus efetivos,
passa a comandar nove legiões. Vai avançar pela Bélgica, onde derrota os Nervos.
Chegam ao delta do Reno-Mossa-Escalda.

Entre 56 e 54 as legiões de Júlio, dirigem-se para o território da Mancha, perto


do Oceano Atlântico. Nesta região habitavam os Vénetos. Estes eram um dos povos
mais fortes da costa da Gália. Enfrenta-os e apesar da forte resistência destes povos
consegue submetê-los. Públio Crasso (filho de Marco Crasso) ocupa a região da
Aquitânia, o que permite estabelecer uma conexão com as regiões ocidentais da
Transalpina. Assim, no final de 56, aparentemente quase toda a Gália encontrava-se
submetida. Júlio César vai cometer um erro grave, no inverno de 54-53, ao deixar as
suas legiões no noroeste da Gália.

1.4 Insurreições e a conquista definitiva (54-51)

Este inverno, é bastante crítico para Júlio César que não consegue regressar a
Roma. As suas tropas são atacadas por todas as frentes pelos Belgas. Consegue, reforçar
as suas legiões e liberta alguns dos seus legados. Castiga estes povos com a destruição
geral do seu território.

Em 52, temos a entrada em cena de alguns dos povos da Gália Central. Os


Carnutes que «(…) massacram os cidadãos romanos que ali se tinham estabelecido para
fazer negócios (…)»12 Entram também em cena os Arvenes sobre a liderança de

10
CÉSAR, J. (1989). A Guerra das Gálias, E. Estampa, Ed.; F. de Sousa, Trans, p.39
11
CÉSAR, J. (1989). A Guerra das Gálias, E. Estampa, Ed.; F. de Sousa, Trans, p.41
12
CÉSAR, J. (1989). A Guerra das Gálias, E. Estampa, Ed.; F. de Sousa, Trans, p.154
12 | P á g i n a
Vercingétorix. Indivíduo diferenciado em relação aos restantes gauleses. Tem uma
grande capacidade de liderança militar e de unir diferentes povos «(…) une a si os
Sénones, os Parísios, os Pictos, os Cadurcos, os Túrones, os Aulercos, os Lemovices, os
Andes (…)»13 A ele, «É-lhe confiado o comando supremo.»14 Com a liderança e a
organização de Vercingétorix, temos pela primeira vez uma resistência gaulesa
eficiente. Esta resistência consegue inclusive ter uma série de vitórias contra os
Romanos.

Eventualmente, após uma série de más decisões por culpa dos chefes tribais
gauleses, estes começam a ter uma sucessão de derrotas (na conquista de Avárico e na
batalha de Gergóvia). Os Romanos cercam a capital de Alésia, onde derrotam a
resistência gaulesa. Dá-se aqui, a rendição dos Arvenes, tal como a capitulação do seu
líder Vercingétorix.

Esta derrota, acaba essencialmente com a resistência gaulesa. Nos próximos anos, os
Romanos continuam a guerrear com alguns dos povos que ainda tentam resistir, mas foi
basicamente em Alésia que chegou ao fim a Guerra da Gália.

Com a conquista da Gália, César havia conseguido, alcançar os seus objetivos


individuais. Vai voltar para Roma, com uma glória gigantesca, devido a ter conseguido
conquistar um povo que muitos diziam que era impossível de o fazer. Durante esta
conquista arrecadou várias riquezas. Após o término do conflito é seguido por onze
legiões que eram fanáticos pelo seu líder.

Após esta guerra, tem a intenção de voltar a Roma, para voltar a exercer o cargo
de Cônsul. Durante este tempo em que Júlio César esteve na Gália, Pompeu tinha-se
aproximado bastante do Senado. As relações entre ambos, durante estes anos
deterioraram-se cada vez mais. No próximo capítulo do nosso trabalho, vamos mostrar
o que levou à guerra que opôs Pompeu e Júlio César e como esta se desenrolou.

13
CÉSAR, J. (1989). A Guerra das Gálias, E. Estampa, Ed.; F. de Sousa, Trans, p.154
14
CÉSAR, J. (1989). A Guerra das Gálias, E. Estampa, Ed.; F. de Sousa, Trans, p.154
13 | P á g i n a
2. Guerra Civil entre César e Pompeu (49-46 a.C.)

2.1 Breve introdução à Guerra


Mariana Oliveira, nº55487

A Segunda Guerra Civil Romana (49-46 a.C.) foi um conflito de grande


magnitude que surgiu da rivalidade entre dois proeminentes líderes da Roma Antiga:
Júlio César e Pompeu Magno. Esta guerra épica envolveu uma luta intensa entre os
apoiantes de César, conhecidos como Cesários, e os apoiantes de Pompeu, chamados de
Pompeianos. Embora ambos os lados compartilhassem o objetivo final de alcançar a
supremacia política no sistema institucional romano, o que se seguiu foi um conflito
devastador que acabaria por desencadear a queda da República Romana, mudando
assim, o curso da história.

A guerra teve uma duração significativa de quatro, longos, anos, onde todo o
Mediterrâneo se tornou num palco sangrento de batalhas e confrontos. As terras e as
águas que circundavam essa região, testemunharam uma série de batalhas de grandes
proporções, cada uma delas marcando uma etapa crucial neste conflito histórico.

Entre as batalhas mais notáveis e decisivas destacam-se Farsalos, Zela e Munda.


A Batalha de Farsalos é, particularmente, lembrada pelos acontecimentos memoráveis,
nomeadamente, quando as forças de César enfrentaram e derrotaram as tropas de
Pompeu em uma batalha que determinou o destino da guerra. Zela e Munda foram
outros campos de batalha que se tornaram sinônimos de coragem, estratégia militar e
derramamento de sangue, onde os exércitos de ambos os lados lutaram, ferozmente pela
supremacia e pela concretização dos seus objetivos políticos.

2.2 Os Antecedentes

Os antecedentes da Guerra Civil Romana remontam a um período de profunda


corrupção política que assolou Roma na segunda metade do século 50 a.C., resultando
em um impacto significativo no funcionamento das instituições. No início de 52 a.C., a
cidade estava mergulhada em um estado de constante instabilidade devido à falta de

14 | P á g i n a
magistrados comuns para o ano em questão. A situação agravou-se, ainda mais, quando
os apoiantes do candidato consular, Titus Annius Milon15, assassinaram o candidato à
pretoria. Publius Clodius Pulchus16, político que havia sido central no escândalo Bona
Dea17, com a segunda esposa de Júlio César em 62 a.C. A exposição do corpo de
Clodius, no Fórum Romano, desencadeou uma onda de violência entre a multidão, cuja
consequência mais notável foi o incêndio e a destruição da Cúria, o edifício onde o
Senado Romano se reunia.

Diante deste contexto de emergência, o Senado Romano18 declarou o ultimum


senatus consultum19 a Pompeu Magno, com a missão de recrutar tropas para restaurar a
ordem na cidade. A solução encontrada foi nomeá-lo, de forma ilegal e flagrantemente
contrária, ao princípio da colegialidade das magistraturas, como cônsul sine collega20.
Além disso, não havia sequer transcorrido uma década desde o seu último consulado,
em 55 a.C. Curiosamente, os senadores, que se consideravam defensores do sistema
republicano, estavam a romper todas as regras do Estado, ao concentrar o poder em uma
única pessoa, em um suposto salvador. Assim, eles evidenciavam a sua própria
incapacidade e impotência para resolver a crise.

Ao suprimir os elementos potencialmente perigosos que instigavam a


instabilidade nas ruas, Pompeu, intencionalmente ou não, colocou-se à frente dos
Optimates. Agora, o Senado não conseguia governar sem Pompeu ou governar contra
ele, e, simultaneamente, Pompeu não podia manter a sua reputação sem ou contra os
senadores, criando assim, uma dependência mútua. Por sua vez, os membros da elite,
que foram punidos pela repressão e pelas novas leis, viram em Júlio César, como o
único apoio possível, assim, uniram-se a ele, na Gália.

As ações de Júlio César, como a defesa da redistribuição de terras para os


plebeus, desagradaram tanto o Senado quanto os Optimates. Apesar, da formação de

15
Político romano envolvido em eventos turbulentos no final da República Romana,
16
Político romano, nascido em 93 a.C., conhecido pelo seu populismo e por se envolver em confrontos
violentos na política romana.
17
O escândalo de Bona Dea foi um evento infame que ocorreu em 62 a.C. durante uma festividade
religiosa em honra à deusa Bona Dea, no qual, Clodius, disfarçado de mulher, teria entrado na residência
de Júlio César, causando uma grande controvérsia e levando ao divórcio de César e da sua segunda
esposa, Pompeia.
18
O Senado Romano encontrava-se divido em duas fações: Populares (a favor dos plebeus) e Optimates
(os mais conservadores).
19
É um decreto do Senado Romano que concedia poderes extraordinários ao cônsul ou ao ditador,
permitindo medidas extremas.
20
Cônsul único.

15 | P á g i n a
fações políticas, a grande maioria dos envolvidos, incluindo César e Pompeu, não
desejavam entrar em guerra civil. No entanto, uma série de circunstâncias acabou
polarizando as fações, levando a um ponto incerto em que a conclusão de que a guerra
era inevitável se tornou evidente

2.3 Origem da Guerra

A origem da Guerra Civil Romana encontra-se entre as leis promulgadas por


Pompeu Magno em 52 a.C., a Lex Pompeia de Provinciis, dando destaque para duas
delas. A primeira focava-se para aqueles que aclamassem a algum cargo, em que
deveriam de se apresentar pessoalmente diante da assembleia. Assim, quem estivesse
fora da cidade não poderia ser eleito. Depois, a segunda consistia na confirmação do
decreto do ano anterior, estabelecendo cinco anos entre o fim de um cargo em Roma e o
início desse cargo em alguma província. Embora estas regras não tivessem como alvo
direto a Júlio César, elas abriram um caminho para aqueles que desejavam danificar a
sua posição.

O conflito entre Júlio César e Pompeu não foi apenas um embate entre visões
políticas ou sociais antagônicas, mas, também, uma disputa sobre posição pessoal e de
reputação. César não buscava exercer um poder supremo como rei, mas almejava
retornar a Roma, ocupar uma posição proeminente no Estado sem enfrentar obstáculos e
ser aceito e reconhecido por todos os senadores.

Então, de forma mais específica, o plano de Júlio César era deixar o seu cargo de
procônsul apenas para ser eleito, imediatamente, como cônsul até 48 a.C. Porém, para
concretizar essa ambição, ele precisava de alcançar um objetivo, no qual os seus rivais
não estavam dispostos a facilitar. Posto isto, o seu intuito era prolongar o seu mandato
na Gália e ser eleito cônsul, sem estar fisicamente presente em Roma, “César intentó
presentarse, estando ausente de Roma y sin haberse cumplido los diez años establecía la
ley, a las elecciones consulares antes de que acabara su mandato en la Galia en el 50

16 | P á g i n a
a.C.”21. Pompeu, em resposta negou, completamente, este pedido de César, apoiando-se
nas leis estabelecidas, mencionadas anteriormente.

A medida que César buscava estender o seu comando na Gália, os seus


oponentes viam essa ação como uma forma de acumulação extrema de poder e uma
ameaça ao equilíbrio político existente. Além disso, a possibilidade de ser eleito cônsul
sem estar presente em Roma causava preocupação entre os senadores mais
conservadores, que temiam uma concentração excessiva de poder nas mãos de César.

Conforme a situação se intensificava, os interesses pessoais e a reputação de


ambos os líderes começaram a chocar-se. O desejo de Pompeu de manter o seu próprio
prestígio e poder, combinado com a pressão exercida pelos oponentes de César, levou a
uma rutura, cada vez maior, entre os dois. Depois, o desejo de César de estender o seu
período de governo e de alcançar a posição de cônsul, mostrou a resistência e as
objeções que ele possuía, o que agravou, ainda mais. as tensões entre os velhos aliados.
Consequentemente, acabou por se desencadear a inevitável guerra civil.

2.4 O surto do conflito de César com Pompeu

O caminho em direção a uma iminente Guerra Civil Romana começou a


desenhar- se no cenário político, no ano 51 a.C., quando o cônsul Marcus Claudius
Marcellus22 apresentou uma proposta ao Senado para destituir Júlio César o mais
rapidamente possível e dissolver o exército que ele havia estabelecido na Gália após a
sua vitória sobre Vercingetorix23. Embora a proposta não tenha sido aprovada, marcou o
início de uma incessante investida por parte dos senadores mais radicais contra César.

Pompeu Magno, por sua vez, encontrava-se em uma posição delicada, preso
entre a espada e a parede. De forma paradoxal, ele tinha argumentos, tanto a favor como
contra a concentração de poder nas mãos de Júlio César. Por um lado, Pompeu desejava

21
QUERO C., Javier, URIEL F., Pilar, “Historia Antigua II. El mundo clásico. História de Roma”,
Universidad Nacional de Educación a Distancia, Madrid 2015, p362
22
Nascido em uma data desconhecida, Marcus, foi um político romano que serviu como cônsul em 51
a.C. Ele desempenhou um papel proeminente na política romana, opondo-se a Júlio César e defendendo a
tradição e a autoridade do Senado Romano.
23
Foi um líder gaulês que, nasceu por volta de 82 a.C., e desempenhou um papel central na resistência
contra a conquista romana durante as Guerras da Gália.

17 | P á g i n a
juntar-se à elite aristocrática, conhecida pela sua inclinação optimate. Afinal, os
senadores optimates precisavam, apenas, de um soldado que lutasse por eles, contra o
grande rival popular.

A escalada em direção à guerra civil intensificou-se quando Pompeu declarou,


no inicio do ano 49 a.C., que César deveria “abrir a mão” do seu poder como procônsul
e desmobilizar o seu exército, “…el Senado comunicó a César que debía licenciar a su
ejército, y abandonar las provincias que ya no estaban bajo su autoridad pues su
mandato había expirado.”24 Em resposta, César, proclamava a sua célebre frase “Alea
jacta est”, enquanto atravessava o Rubicão, onde lançava as suas cartas,
estrategicamente. Esta atitude ousada fez com que o início da Guerra Civil entre César e
Pompeu fosse inevitável.

2.5 Uma guerra dividida: o fim de uma era

A Guerra Civil travada entre Pompeu e César desenrolou-se em duas fases


distintas, cada uma marcada por acontecimentos cruciais. A primeira fase abrangeu o
período que se estendeu até a morte de Pompeu, ocorrida em 48 a.C. Durante esse
tempo, foram realizadas campanhas importantes, tais como a incursão na Itália, a
conquista da Hispânia, nos Balcãs e a campanha no Oriente. A segunda fase perdurou
até a queda da resistência dos Senadores, em 45 a.C., incluindo a campanha na África e
a segunda campanha na Hispânia.

1ª Fase

Campanhas de Itália e a Primeira Campanha de Hispânia (49)

No início da primeira fase, destacaram-se as Campanhas pela Itália e Hispânia.


Estas campanhas itálicas e hispânicas representaram a subjugação do Ocidente por
César, que alcançou triunfos notáveis, ao longo do ano 49 a.C. Em contrapartida,
Pompeu estava em desvantagem militar, pois as únicas legiões disponíveis tinham

QUERO C., Javier, URIEL F., Pilar, “Historia Antigua II. El mundo clásico. História de Roma”,
24

Universidad Nacional de Educación a Distancia, Madrid 2015, p362

18 | P á g i n a
estado, previamente, sob a égide do seu rival, levantando, dessa maneira, suspeitas
acerca da lealdade que tais tropas possuíam para com ele.

Após isso, em 49 a.C., a derrota subsequente de Lucius Domitius Ahenobarbus25,


um fervoroso seguidor pompeiano, levou Pompeu, juntamente, com os seus cônsules e a
maior parte do Senado, a abandonar Roma e buscar refúgio em Brundisium26. Enquanto
isso, César, determinado a enfrentar o exército de Pompeu pela primeira vez, dirigiu-se
à Hispânia, onde os apoiantes de Pompeu, Lúcio Afrânio e Marco Petreio, falharam ao
tentar alcançar a vitória nos Pirenéus. Este confronto ficou conhecido como a Batalha de
Ilerda.

Quando César recebeu o título de Ditador por meio de um decreto ou votação


popular, conhecido como Plebiscito27, expressado pelos seus partidários em Roma, a
sua vitória na Hispânia fortaleceu a sua posição. Após o triunfo, ele regressou à capital e
conquistou Marselha, uma cidade de grande importância estratégica.

Assim, as primeiras campanhas da Guerra Civil entre Pompeu e César foram


marcadas por batalhas cruciais e uma rivalidade intensa. A primeira fase viu César obter
conquistas significativas, na Itália e na Hispânia, enquanto Pompeu enfrentava
dificuldades.

Campanha dos Balcãs (48) e a Campanha do Oriente (48-47)

Após as campanhas na Itália e na Hispânia, uma nova fase desenrolou-se na


disputa entre Pompeu e César, nomeadamente, a Campanha dos Balcãs. Nesta etapa,
testemunhamos uma mudança de posições entre os dois líderes. Pompeu ganhou
destaque, com o apoio do Rei Juba, que defendia fervorosamente a sua causa. Juba
triunfou em várias regiões do Ocidente Romano, com exceção da África e,
indiretamente, como seguidor de Pompeu, fez com que, este passa-se a dominar as
costas do Epiro e da Ilíria, reforçando assim a sua influência. Por outro lado, César,
embora eleito cônsul, enfrentava um desafio considerável. O seu exército encontrava-se
enfraquecido devido às desistências de algumas tropas, revelando a desvantagem entre

25
Cônsul e inimigo de César, onde o substitui, no comando da Gália Narbonense,
26
Brundisium foi uma antiga cidade portuária, localizada no sul da Itália, conhecida por ser um
importante ponto de partida e chegada para as viagens marítimas durante o período romano, sendo
frequentemente utilizado como ponto de encontro e base logística para militares e líderes políticos.
27
Lei decretada pelo povo romano (reunido) em comícios.

19 | P á g i n a
as forças militares de ambos os lados. No entanto, César recebeu o apoio das tropas de
Marco António28 e, assim, para reafirmar o seu exército e, principalmente, a sua
reputação, cercou Dirraquium29. Esta escolha não foi a mais acertada, pois, os
Pompeianos acabaram por arrasar com os Cesarianos, chegando ao ponto, em que César
e as suas tropas tiveram de abandonar o cerco e fugir para a Tessália, onde,
posteriormente, aconteceria um confronto entre os antigos aliados.

Já na Tessália, mais concretamente na Farsália, Pompeu e César encontraram- se


frente a frente, pela primeira vez. Este encontro ficou conhecido como a Batalha de
Farsalos (48 a.C.), em que, apesar, da desigualdade numérica do seu exército, a vitória
recaiu sobre César e, consequentemente, esse triunfo levou a que, Pompeu busca-se
refúgio na Ásia. Porém, numa mudança de planos, acaba por fugir para o Egito. Esta
decisão de última hora atraiçoou-o, pois acabou por se envolver no meio de um conflito
entre Ptolomeu XIII e Cleópatra VII30, resultando, assim, em seu assassinato, em 48
a.C.

Além disso, a primeira fase da Guerra Civil entre Pompeu e César foi marcada
pela Campanha do Oriente, ocorrida entre 48 e 47 a.C. Nesta campanha, dois eventos
destacaram-se. Primeiramente, César, na sua chegada a Alexandria, optou por intervir
na luta dinástica entre Cleópatra e Ptolomeu XIII, o que culminou na sua vitória sobre
Ptolomeu e, subsequente, na sua morte. Em seguida, César dirigiu-se para a Ásia
Menor, onde nomeou Domitius Calvinus31 como o responsável por esta Campanha.
Domício enfrentou Fárnaces, rei do Bósforo e apoiante de Pompeu, no entanto, sofreu
uma derrota em Zela, no ano de 47 a.C. Este fracasso, fez com que César volta-se ao seu
posto principal, fazendo com que a vitória caísse nele, mais uma vez.

Foi, precisamente, na Batalha de Zela (47 a.C.)32, que César proferiu uma das
frases mais conhecidas e emblemáticas de sua trajetória: "veni, vidi, vici", que em
tradução significa "vim, vi e venci". Esta vitória destacada, não apenas ilustrou a
habilidade militar de César, mas também reforçou a sua reputação como um líder
ousado e eficiente.

28
QUERO C., Javier, URIEL F., Pilar, “Historia Antigua II. El mundo clásico. História de Roma”,
Universidad Nacional de Educación a Distancia, Madrid 2015, p364.
29
Foi uma base pompeiana de operações.
30
Este confronto é conhecido pela Batalha do Nilo (47 a.C.)
31
Foi um político do povo Domícia (família plebeia da Roma Antiga) da República Romana, eleito
cônsul duas vezes, em 53 e 40 a.C.

20 | P á g i n a
Dessa forma, a Campanha dos Balcãs e a Campanha do Oriente desempenharam
papéis cruciais na Guerra Civil entre Pompeu e César, fornecendo-nos reviravoltas e
demonstrações da determinação e da capacidade estratégica de ambos os líderes.

2ªFase

As Campanhas de África (47-48) e a Segunda Campanha de Hispânia (47-46)

A segunda fase da guerra civil entre Pompeu e César, deparamo-nos com as


Campanhas de África e a segunda Campanha da Hispânia, conhecidas como a
Reconquista do Ocidente (47-45 a.C.). Após a emblemática batalha de Farsalos, onde
César emergiu vitorioso, a província da África tornou-se um dos últimos redutos dos
pompeianos.

Determinado a pôr fim à resistência e consolidar o seu domínio sobre Roma,


César desembarcou em Hadrumetum33, no final de 47 a.C. No entanto, as suas forças
ainda não eram suficientes para cercar e conquistar Tapso, o principal centro de
abastecimento dos pompeianos. Foi somente com o auxílio de reforços adequados que
César conseguiu subjugar a cidade e frustrar as tentativas de resistência, onde enfrentou
e derrotou importantes seguidores de Pompeu, como o general Scipio34 e o rei Juba I da
Numídia35. Estas vitórias destruíram, consideravelmente, o poder pompeiano na região e
enfraqueceram a sua resistência. Além disso, a presença de César em África teve um
impacto dramático sobre Cato, um dos líderes proeminentes dos pompeianos. Cato,
após a invasão da sua cidade natal, Útica, por César, sentindo-se incapaz de defender
adequadamente a sua “casa”, tomou a triste decisão de pôr fim à própria vida 36,
buscando escapar à captura e o controle do seu rival.

Já, na última campanha da Guerra Civil, Labieno e Pompeu Sexto, filho de


Pompeu, fugiram para a Hispânia, região na qual César se dirigiu, rapidamente, para

33
Antiga cidade fenícia e romana, localizada na atual Tunísia. É conhecida pela sua importância
estratégica e como um importante centro comercial e cultural ao longo dos séculos.
34
Um proeminente general e político romano do século II a.C. É famoso pelas suas vitórias militares
contra Cartago, durante a Segunda Guerra Púnica, e pela sua influência na expansão romana no
Mediterrâneo.
35
Um monarca do século I a.C., conhecido pelo seu papel como patrono das artes e das letras,
promovendo a cultura helenística na sua corte.
36
QUERO C., Javier, URIEL F., Pilar, “Historia Antigua II. El mundo clásico. História de Roma”,
Universidad Nacional de Educación a Distancia, Madrid 2015, p366.

21 | P á g i n a
travar, de uma vez por todas, o exército Pompeiano. Foi na Hispânia, mais
concretamente, em Munda37, que se deu a batalha decisiva que marcou o desfecho da
guerra civil, em 45 a.C. Neste conflito crucial, César enfrentou as forças pompeianas
lideradas por Gnaeus Pompeius38 e pelos generais Titus Labienus39 e Lucius Afranius40
Embora tenha sido uma batalha, intensamente feroz, César, com a sua habilidade tática
e liderança inspiradora, saiu vitorioso.

A vitória em Munda foi um ponto de inflexão significativo na guerra,


solidificando ainda mais o domínio de César sobre Roma e pavimentando o caminho
para a sua ascensão ao poder supremo. Com esta vitória, César estabeleceu a sua
autoridade sobre as forças pompeianas remanescentes, consolidando o seu papel como o
único líder incontestável. Assim, a Guerra Civil entre Júlio César e Pompeu Magno,
acaba com César como o único dono do poder.

3. Caio Júlio César: O seu triunfo enquanto ditador


Vítor Pinto, nº 55584

Não se sabe ao certo o dia e o ano em que César nasceu, existem várias teorias.
Há quem diga que medrou no dia 12 de julho, e há quem diga que foi dia 13 do mesmo
mês, no ano 100 a.C., 102 a.C. ou até mesmo a 654, ano da fundação da cidade de
Roma41.

Os seus progenitores eram Caio Júlio César (o filho e o pai partilhavam o


mesmo nome) e Aurélia, filha de Cota, que descendia de Eneias, um dos mais famosos
chefes troianos. O seu pai faleceu quando César tinha apenas 15 anos, tornando-o, de
certa forma, adulto e chefe de família42. Com 16 anos, foi nomeado sacerdote de Júpiter

37
Uma cidade situada entre Sevilha e Málaga, Hispânia.
38
Filho de Pompeu.
39
General e político romano do século I a.C. É conhecido pela sua lealdade inicial a Júlio César, mas
posteriormente tornou-se um dos principais comandantes de Pompeu durante a guerra civil romana.
40
Um proeminente general romano do século I a.C., conhecido pela sua participação na guerra civil
romana, onde apoiou Pompeu.
41
FIRMINO, N. (1946), Comentários de César sobre a Guerra Gaulesa. Porto: Floresta Latina, p. 7.
42
YURUL, M. (2019), Juluis Caesar (Kocaeli, Ed.) Academia.edu; KOCAELI UNIVERSITESI FEN
EDEBIYAT FAKULTESI, pp. 8, tradução livre.

22 | P á g i n a
(flamen Dialis)43, que na Roma Antiga era um importante cargo religioso, tendo feito
com que ele e a sua família ascendessem socialmente. A sua bondade e o seu dom do
bem falar garantiram-lhe a facilidade em fazer bastantes amigos, conseguindo obter,
rapidamente, a dignidade de grande sacerdote. No entanto, “When the Roman ruler
Sulla declared himself dictadoe, he began a systematic pergue of this enemies and
particular of those who held to the Populare Ideology”44, tendo sido César afastado do
seu cargo como grande sacerdote, fazendo com que entrasse na pobreza, vendo-se
obrigado a juntar-se ao exército.

Após ter passado por todos os empregos inferiores da república, foi nomeado
governador de Hispânia, onde se destacou pela sua bravura. Quando regressou a Roma
foi eleito cônsul45, um dos primeiros magistrados da Roma Antiga, conseguindo
reconciliar Pompeu e Crasso. César deu a sua filha em casamento a Pompeu, ao qual
aceita e lhe oferece o governo das Gálias, atual França, tendo sido membro do Primeiro
Triunvirato, juntamente com Pompeu e Crasso. Durante a sua chefia conseguiu chegar
até à Grã-Bretanha, que até à data era uma incógnita para os romanos. Coagiu os
germanos a voltarem para o seu território46, construindo uma ponte sobre o Rio Reno
desfazendo-a após alcançar esse objetivo, por volta de 58 a.C. Esses êxitos garantiram-
lhe mais cinco anos no poder. Entretanto, Júlia e Crasso acabam por falecer, fazendo
com que César e Pompeu entrassem numa disputa pelo poder, originando uma guerra
civil quando o senado nomeou Pompeu cônsul único de Roma, a 52 a.C. Seguido do seu
exército consegue derrotar Petreu, Afrânio e Varrão, em Espanha, e segue em busca de
Pompeu, que foge para o Egito, onde é assassinado pelo faraó Ptolomeu XIII, irmão de
Cleópatra. O faraó é morto por César, sendo Cleópatra a substituí-lo, os dois acabam
por se relacionar gerando um rebento47.

Roma necessitava do homem apto para decretar o poder uno48, ao qual César
vem a revelar-se o candidato perfeito. Triunfou cinco povos diferentes: Gália,
Alexandria, Ponto, África e Espanha. Sendo assim, de regresso a Roma, foi eleito

43
FIRMINO, N. (1946), Comentários de César sobre a Guerra Gaulesa. Porto: Floresta Latina, p. 7.
44
https://www.worldhistory.org/Julius_Caesar/ (Consultado a 02 de maio), tradução livre: Quando o
governante romano Sula declarou-se ditador, iniciou um expurgo sistemático de seus inimigos e
particularmente daqueles que defendiam a ideologia Popular.
45
FIRMINO, N. (1946), Comentários de César sobre a Guerra Gaulesa. Porto: Floresta Latina, p. 7.
46
FIRMINO, N. (1946), Comentários de César sobre a Guerra Gaulesa. Porto: Floresta Latina, p. 7.
47
AMEAL, J. (1982), História da Europa [Das origens a 1085] Volume I: Das primeiras civilizações do
mediterrâneo à formação da europa, Lisboa, Editorial Verbo, p. 113.
48
AMEAL, J. (1982), História da Europa [Das origens a 1085] Volume I: Das primeiras civilizações do
mediterrâneo à formação da europa, Lisboa, Editorial Verbo, p. 113.

23 | P á g i n a
ditador perpétuo pelo plebiscito, e cônsul, o que fez com que ganhasse contra ele muitos
inimigos. O seu nome foi adotado como título de imperador – Kaiser, Czar, entre
outros. Diz-se que, depois de todo o sucedido, o povo esperava que Júlio César, com o
poder todo nas suas mãos: “os financeiros, como imperador; os religiosos, como
pontífice; os legislativos, como cônsul; a influência sobre o Senado, como censor; a
inviolabilidade pessoal, como tribuno.”49, se vingaria, ao que estariam errados, pois,
pelo contrário, buscou a reconciliação, perdoando todos aqueles que tinha derrotado e
sobrevivido à guerra, concedendo-lhes cargos políticos.

Enquanto ditador, Júlio César começou um trabalho expansionista: uma reforma


constitucional. O próprio percorreu praticamente todas as províncias, o que lhe permitiu
criar um programa político e governamental50 que foi colocado em prática aos poucos,
como por exemplo, a ampliação do Senado de 600 para 900 membros, com o intuito de
incluir pessoas das diversas regiões italianas; a reformulação do calendário, alterando a
duração dos meses e introduzindo o ano bissexto – calendário juliano – que se mantém
até aos nossos dias; o aumento do número de províncias para 18, entre outros.
Romanizou o Ocidente bárbaro: «Se a Europa ocidental é romana, se a Europa
germânica é clássica… tudo isso constitui obra de César.»51. Compôs obras de
gramática como o “Tratado de Analogia” e foi autor da história da “Guerra das Gálias”.
Ao invés de nomear o seu próprio filho, Ptolomeu César, como herdeiro, optou por
escolher o seu sobrinho Otaviano. Construiu templos, palácios, pórticos e fundou
bibliotecas, embelezando a cidade de Roma.

A relação do ditador com as magistraturas era irregular, devido ao estado em que


Roma se encontrava após a eclosão da guerra civil e a acumulação de poderes
extraordinários, o que caso não tivesse acontecido faria com que talvez a sua relação
fosse mais consistente. Com o Senado, a sua situação não muda muito, Júlio César
cortou muitos dos seus poderes, por exemplo, privou-os das suas atribuições

49
AMEAL, J. (1982), História da Europa [Das origens a 1085] Volume I: Das primeiras civilizações do
mediterrâneo à formação da europa, Lisboa, Editorial Verbo, p. 114.
50
PIQUERO, J.; URIEL, P. (2015), Historia Antigua II. El mundo clásico. Historia de Roma, Madrid,
Universidad Nacional de Educación a Distancia, p. 368.
51
AMEAL, J. (1982), História da Europa [Das origens a 1085] Volume I: Das primeiras civilizações do
mediterrâneo à formação da europa, Lisboa, Editorial Verbo, p. 115.

24 | P á g i n a
financeiras, com o objetivo de tornar o Senado uma assembleia proveniente da decisão
do Chefe de Estado.52

Acaba por ser vítima de uma conspiração, de membros do Senado, ao qual


estava inserido o seu filho adotivo, Brutus. O próprio disse «Os nossos antepassados
achavam que não devemos deixar vivo um tirano, ainda que seja nosso pai»53. Foi
assassinado, publicamente, a 15 de março de 44 a.C. Ainda se tentou defender dos
golpes, mas quando avistou Brutus, diz: «Tu quoque, fili mi, Brute?»54, que se traduz
por «Até tu Brutus, meu filho?», sendo essas as suas últimas palavras, passando essa
frase para a história como “sinal de decepção”.

52
PIQUERO, J.; URIEL, P. (2015), Historia Antigua II. El mundo clásico. Historia de Roma, Madrid,
Universidad Nacional de Educación a Distancia, p. 370.
53
AMEAL, J. (1982), História da Europa [Das origens a 1085] Volume I: Das primeiras civilizações do
mediterrâneo à formação da europa, Lisboa, Editorial Verbo, p. 115.
54
AMEAL, J. (1982), História da Europa [Das origens a 1085] Volume I: Das primeiras civilizações do
mediterrâneo à formação da europa, Lisboa, Editorial Verbo, p. 115.

25 | P á g i n a
Considerações Finais

Após a realização deste trabalho podemos verificar, que a importância desta


apreciação mais aprofundada desta fase crucial da República Romana, na qual os temas
abordados se encaixam, foram de facto relevantes para a nossa aprendizagem para este
tema. Dessa forma, por meio da análise de recursos, conseguimos obter uma visão mais
detalhada em relação a este período.

Visto que, este projeto é desenvolvido em termos de uma sala de aula, a nossa
expectativa é que os conteúdos abordados, tanto em sala de aula como no decorrer da
realização deste trabalho, sejam compreensíveis.

Dado como concluído o nosso trabalho, esperámos que as nossas expectativas


sejam alcançadas, como o interiorizar o conhecimento e transparecer o mesmo, isto é, os
acontecimentos que levaram à decadência da República. A ideia que têm de Caio Júlio
César enquanto ditador, e a perceção que temos da Guerra da Gália e dos Triunviratos e
da Guerra Civil entre Júlio César e Pompeu, podemos afirmar que tudo o que se
desenvolveu ao longo desta época foi apenas e somente pela conquista do poder.

26 | P á g i n a
Referências Bibliográficas

FONTE PRIMÁRIA

CÉSAR, C. J., (1989), A Guerra das Gálias, Lisboa, Editorial Estampa, pp. 21-154,
traduzido por Franco de Sousa.

BIBLIOGRAFIA

AMEAL, J. (1982), Historia da Europa [Das origens a 1085] Volume I: Das primeiras
civilizações do mediterrâneo à formação da europa, Lisboa, Editorial Verbo, pp. 113-
115.

BORDET, M., FRANÇA, Z., GUERRA, A. (1995). Síntese de história romana, pp.
136-155.

FIRMINO, N. (1946), Comentários de César sobre a Guerra Gaulesa, Porto: Floresta


Latina, p. 7.

PIQUERO, J., URIEL, P. (2015), Historia Antigua II. El mundo clásico. Historia de
Roma, Madrid, Universidad Nacional de Educación a Distancia, p. 362-370.

YURUL, M. (2019), Julius Caesar (Kocaeli, Ed.), Academia.edu; KOCAELI


UNIVERSITESI FEN EDEBIYAT FAKULTESI, pp. 8, tradução livre.

WEBGRAFIA

Disponível em: https://www.worldhistory.org/Julius_Caesar/ (Consultado a 02 de maio)

27 | P á g i n a

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