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Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3
2.1. Tipos de instrumentos ópticos seu funcionamento e descrição sobre seu manuseamento ... 5
3. Conclusão .................................................................................................................................. 16
1. Introdução
O presente trabalho versa sobre instrumentos da óptica geométrica que compreende ao conjunto
de equipamentos construídos para auxiliar a visualização do que seria muito difícil ou impossível
de enxergar sem eles. O trabalho apresentara como destaque os seguintes tópicos: Tipos de
instrumentos ópticos seu funcionamento e descrição sobre seu manuseamento, Leis da Óptica
geométrica e sua aplicação e a respectiva importância.
A invenção do telescópio permitiu uma grande evolução do conhecimento científico. Dotados de
lentes e espelhos (esféricos ou parabólicos), os telescópios são instrumentos de aproximação: as
imagens de objectos distantes, como planetas ou galáxias, são vistas segundo um ângulo visual
maior.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Conhecer os Instrumentos da Óptica Geométrica e a sua importância na vida do homem.
Figura 1: precário microscópio utilizado por Hooke em suas pesquisas. Fonte: Newton, Helou, & Gualter, 2012, p.
444.
Em 1600, Galileu construiu versões mais sofisticadas da luneta original, que lhe permitiram
observar detalhadamente as manchas solares, as crateras lunares, os anéis de Saturno e os
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satélites de Júpiter. Os telescópios actuam são uma evolução das primeiras lunetas, e esses
dispositivos constituem janelas reveladoras (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 445).
Os instrumentos ópticos são formados por associações de lentes, que, ao serem justapostas,
corrigem defeitos, como as aberrações cromáticas, que podem aparecer quando se utiliza uma
única lente para obtenção da imagem dos objectos (Toscano & Aurelio, 2016, p. 120).
2.1. Tipos de instrumentos ópticos seu funcionamento e descrição sobre seu manuseamento
Os instrumentos ópticos costumam ser classificados em dois grupos: instrumentos de projecção e
instrumentos de observação.
Figura 2: Representação esquemática do funcionamento de uma câmara fotográfica. Fonte: (Guimarães, Piqueira, &
Carron, 2016, p. 239).
Com base na figura, percebe-se que a relação entre os tamanhos da imagem e do objecto é igual à
relação entre as distâncias da imagem à lente e do objecto à lente, ou seja:
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Figura 3: Representação esquemática da projecção de um slide. Fonte: (Guimarães, Piqueira, & Carron, 2016, p.
239).
Trata-se de um dispositivo que fornece, de um objecto real (arquivo Eletrônico, diapositivo ou
filme), uma imagem real projectada em uma tela. A imagem final é invertida (na vertical e na
horizontal) e ampliada e pode comportar-se como objecto real para vários espectadores ao mesmo
tempo. É importante salientar que, para uma melhor visualização da imagem projectada, o
equipamento deve operar no interior de um ambiente escurecido (Newton, Helou, & Gualter,
2012, p. 446).
Figura 5: Representação de um objecto na lupa. Os aumentos fornecidos pelas lupas raramente excedem 10 vezes.
Fonte: (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 445).
b. Microscópio composto
O microscópio composto é um instrumento óptico normalmente utilizado na observação de
objectos de pequenas dimensões. Discutiremos aqui apenas sua parte óptica.
O microscópio composto consta de duas lentes convergentes, geralmente compostas, associadas
coaxialmente, isto é, com eixos coincidentes.
O esquema da figura 6 representa o trajecto de raios luminosos que determinam a formação das
imagens no microscópio. Nota-se que o objecto a ser observado está situado um pouco além do
foco-objecto F1 da objectiva, que é uma lente de pequena distância focal, da ordem de alguns
milímetros. A imagem formada pela objectiva (i1) é real, invertida e maior que o objecto. Essa
imagem é objecto para a ocular, que fornece a imagem final do sistema (i2) virtual, invertida e
maior que o objecto. A distância focal da ocular é da ordem de alguns centímetros.
Figura 6: Formação da imagem no microscópio composto. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 355).
A ampliação total fornecida por um microscópio composto é dada pelo produto dos aumentos da
objectiva e da ocular.
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É importante notar que nos microscópios compostos o aumento linear transversal nunca excede a
algumas centenas de vezes, ficando em média na faixa de 300 vezes. Em condições excepcionais,
conseguem-se ampliações até pouco acima de mil vezes. Nesses casos, porém, intervém de forma
decisiva a difracção da luz dentro do instrumento, o que inibe qualquer tentativa de obtenção de
ampliações ainda maiores.
Os microscópios ópticos ou compostos são largamente utilizados em laboratórios de biologia e de
análises clínicas. Essa grande aceitação deve-se ao fato de esses instrumentos serem compatíveis
com pequenos objectos, células, tecidos e microrganismos normalmente examinados (Barreto &
Xavier, 2016, p. 211).
c. Lunetas
São instrumentos formados basicamente por dois sistemas convergentes de lentes, associados
coaxialmente: o primeiro é a objectiva (distância focal da ordem de decímetros ou metros), que
capta a primeira imagem do objecto; o segundo é a ocular, que, operando como lupa, conjuga a
imagem final, a qual se comporta como objecto para o olho do observador.
Há duas categorias de lunetas: as astronómicas, utilizadas na observação de objectos longínquos,
como os corpos celestes, e as terrestres, empregadas para visar objectos não muito afastados. As
lunetas terrestres são muito úteis, por exemplo, na navegação.
No caso da luneta astronómica, a luz emanada de um corpo muito afastado (teoricamente, no
―infinito‖) incide na objectiva, que forma uma imagem real e invertida. Em razão da grande
distância entre o objecto e a objectiva, a imagem conjugada por essa lente forma-se em seu plano
focal imagem. Tal imagem, posicionada entre o foco objecto e o centro óptico da ocular,
comporta-se como objecto para a ocular, que faz corresponder a ele uma imagem final virtual,
direita e aumentada. Essa imagem final, porém, é invertida em relação ao objecto inicial.
Figura 7: Representação de um objecto na luneta. Fonte: (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 448).
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As lunetas não fornecem aumentos lineares dos corpos observados; apenas possibilitam a
visualização desses corpos sob ângulos visuais ampliados, o que dá aos usuários melhores
condições de observação. Por isso elas são denominadas instrumentos de aproximação.
Teoricamente, as lunetas astronómicas podem ser utilizadas como lunetas terrestres, mas,
na prática, há alguns inconvenientes. Elas geralmente possuem dimensões avantajadas e, por causa
da alta qualidade de seus componentes, têm custo elevado. Além disso, conforme vimos aqui, as
imagens finais são invertidas em relação aos objectos iniciais, o que, tratando-se de seu emprego
como luneta terrestre, seria um transtorno (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 449).
Figura 8: 1-Fonte de luz punctiforme iluminando um corpo opaco, formação de sombra. 2- Fonte de luz extensa
iluminando um corpo opaco, formação da sombra e da penumbra. Fonte (Barreto & Xavier, 2016, p. 136).
Alguns factos que comprovam a aplicação de propagação rectilínea da luz são a ocorrência de
eclipses, a formação de imagens em câmaras escuras de orifício e o conceito de ângulo visual.
Eclipses
Eclipses são fenómenos astronómicos regulares e previsíveis, mas que aterrorizaram
sobremaneira nossos ancestrais em eras não muito distantes. Acreditava-se que essas ocorrências
eram manifestações da ira dos deuses e serviam de alerta quanto à chegada de pestes, pragas e
catástrofes naturais.
A explicação dos eclipses está relacionada ao facto de a luz propagar-se em linha reta. É com
base nesse princípio que se justifica o desaparecimento temporário da Lua em certas ocasiões de
lua cheia ou mesmo do Sol em algumas situações de lua nova (Newton, Helou, & Gualter, 2012,
p. 170).
Dois casos merecem destaque:
Eclipse do sol
Quando a sombra e a penumbra da Lua, determinadas pela luz do Sol, interceptam a superfície da
Terra, ocorrem os eclipses solares, que podem ser totais ou parciais Fig. 9.
A na fig. 9. Estando nessa região, ele não recebe luz do Sol, mas enxerga um halo oriundo da
atmosfera externa desse astro (coroa solar).
O eclipse solar parcial ocorre para um observador situado na região de penumbra, assina lada
por B na fig. 9, o qual recebe luz de uma parte do Sol, ficando a outra parte encoberta pela Lua.
Figura 9: Os eclipses solares (total em A e parcial em B) ocorrem quando a sombra e a penumbra da Lua (L)
interceptam a Terra. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 227).
Eclipse da lua
Neste caso, a Lua situa-se no cone de sombra da Terra. O eclipse da Lua ocorre na fase de lua
cheia.
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Figura 10: O eclipse anular do Sol ocorre quando o prolongamento do cone de sombra da Lua intercepta a superfície
terrestre e o observador se encontra nessa região. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 228).
Figura 11: Câmara escura de orifício. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 229)
Ângulo visual
Uma pessoa observa um objecto AB. De todos os raios de luz que partem de AB e chegam aos
seus olhos, vamos considerar apenas os raios de luz que partem dos extremos A e B.
Figura 12: Ângulo visual (a) é o ângulo segundo o qual o observador vê o objecto. Fonte: (Ramalho, Nicolau, &
Toledo, 2009, p. 230).
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Esses raios definem um ângulo a, através do qual o observador vê o objecto AB. Esse ângulo é
denominado ângulo visual.
O ângulo visual depende da extensão do objecto e de sua posição em relação ao observador.
Quanto maior a distância do objecto ao olho do observador, menor o ângulo visual fig. 13. e
menor parece ser o objecto AB.
Figura 13: Quanto maior a distância do observador ao objecto, menor o ângulo visual.
Figura 14: Os raios a e b se cruzam e continuam a se propagar como se nada tivesse ocorrido. Fonte: (Newton,
Helou, & Gualter, 2012, p. 139).
Óptica, podemos concentrar nossa atenção em de terminado raio de luz sem nos preocuparmos
com a presença de outros, que certamente não perturbam o raio em estudo.
Figura 15: a trajectória da luz é a mesma, seja pelo o caminho AB, seja pelo BA. Fonte: (Barreto & Xavier, 2016, p.
138)
É importante lembrar que a relação de instrumentos ópticos apresentada abaixo não é exaustiva.
Existe uma gama muito grande de instrumentos ópticos voltados para a análise de propriedades
da luz (como polarímetros, fotómetros) e de propriedades ópticas de materiais (como
refratômetros e refletometros) (Toscano & Aurelio, 2016, p. 316).
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3. Conclusão
Após o estudo do tema instrumentos ópticos, de acordo com os objectivos formulados no
presente trabalho, conclui-se que, os conceitos, as leis e os sistemas ópticos estudados no presente
trabalho constituem a base teórica para a implementação de instrumentos ópticos, que sempre
desempenharam ao longo da história, desde suas primeiras concepções, papel preponderante na
saga do conhecimento humano. Isso pode ser notado em diversos sectores, como em Fotografia,
em Biologia e em Astronomia.
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Referências bibliográficas
Barreto, B., & Xavier, C. (2016). Fisica Aula por Aula 2: Termologia, Optica e Ondulatoria. Sao
Paulo: FTD.
Guimarães, O., Piqueira, J. R., & Carron, W. (2016). Fisica 2: Física térmica, Ondas e Óptica
(2a ed.). São Paulo: Editora atica.
Newton, V. B., Helou, R. D., & Gualter, B. J. (2012). Topicos de Fisica 2: Termologia,
Ondulatória e Óptica. São Paulo: Saraiva.
Ramalho, F. J., Nicolau, G. F., & Toledo, P. S. (2009). FÍSICA 2: oS Fundamentos da Física (10a
ed., Vol. V.2). (A. D’Avila, E. Nomura, & T. Hirayama, Edits.) São Paulo: Moderna.
Toscano, C., & Aurelio, F. G. (2016). Fisica 2: Interacao e Tecnologia (2a ed., Vol. II). São
Paulo - Brasil: Pedreira.