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Felizardo Bartolomeu Jamal Ali

Instrumentos da Óptica Geométrica


(Curso de Licenciatura em Ensino de Física)

Universidade Rovuma

Nampula

2023
1i

Felizardo Bartolomeu Jamal Ali

Instrumentos da Óptica Geométrica


(Curso de Licenciatura em Ensino de Física)

Trabalho de campo de Carácter


Avaliativo referente a Cadeira de Laboratório
de Oscilações, Ondas e Óptica, a ser
Apresentado na Faculdade de Ciências
Naturais, Matemática e Estatística, Orientado
pelos
Docente: MA. Jorge Caroa José

Universidade Rovuma

Nampula

2023
ii 2

Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos ............................................................................................................................. 3

1.1.1. Objectivo geral ................................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivo específicos ......................................................................................................... 3

1.2. Metodologia de pesquisa ...................................................................................................... 3

2. Instrumentos da Óptica Geométrica ............................................................................................ 4

2.1. Tipos de instrumentos ópticos seu funcionamento e descrição sobre seu manuseamento ... 5

2.1.1. Instrumentos de projecção ................................................................................................. 5

2.1.2. Instrumentos de observação ............................................................................................... 7

2.2. Leis da Óptica geométrica e sua aplicação ......................................................................... 10

2.3. Importância dos instrumentos ópticos .................................................................................... 14

3. Conclusão .................................................................................................................................. 16

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 17


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1. Introdução
O presente trabalho versa sobre instrumentos da óptica geométrica que compreende ao conjunto
de equipamentos construídos para auxiliar a visualização do que seria muito difícil ou impossível
de enxergar sem eles. O trabalho apresentara como destaque os seguintes tópicos: Tipos de
instrumentos ópticos seu funcionamento e descrição sobre seu manuseamento, Leis da Óptica
geométrica e sua aplicação e a respectiva importância.
A invenção do telescópio permitiu uma grande evolução do conhecimento científico. Dotados de
lentes e espelhos (esféricos ou parabólicos), os telescópios são instrumentos de aproximação: as
imagens de objectos distantes, como planetas ou galáxias, são vistas segundo um ângulo visual
maior.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Conhecer os Instrumentos da Óptica Geométrica e a sua importância na vida do homem.

1.1.2. Objectivo específicos


 Classificar os instrumentos de observação em instrumentos de aumento ou de
aproximação;
 Compreender como se dá a formação das imagens nos instrumentos de observação;
 Identificar as características das imagens formadas nos instrumentos de observação.
 Entender os princípios de funcionamento de instrumentos de óptica geométrica e a sua
importância no dia-a-dia.

1.2. Metodologia de pesquisa


Quanto a metodologia de pesquisa, este trabalho obedece a seguinte sequência: quanto a
finalidade é uma pesquisa básica, quanto ao objectivo é uma pesquisa descritiva, em termos de
abordagem dialéctico-hipotético e quanto ao procedimento é bibliográfico, ou seja,
resumidamente pode – se afirmar que é uma pesquisa básica, descritiva, dialéctico-hipotético e
bibliográfico.
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2. Instrumentos da Óptica Geométrica


Hoje vivemos uma era em que a captação de imagens se transformou em algo corriqueiro, quase
trivial. Utilizando câmaras digitais, muitas vezes embutidas em telefones celulares e outros
dispositivos electrónicos, podemos obter fotografias em grande número, passíveis de visualização
imediata e publicação instantânea em médias como a internet. Na fabricação de câmaras de todo
tipo são utilizadas, além de outros saberes, noções de Óptica.
Em 1667, o cientista inglês Robert Hooke publicou um livro intitulado Micrografia, em
que apresentou os resultados de suas observações utilizando um incipiente microscópio capaz de
ampliar apenas algumas dezenas de vezes as dimensões de certos objectos. Nessa obra, Hooke
descreve a similaridade entre as minúsculas partículas de um pedaço de cortiça e as celas ocupadas
por monges nos claustros de mosteiros. E para denominar essas estruturas do tecido vegetal ele
lançou mão do termo célula, derivado da expressão latina cella (espaço vazio). Essa denominação
foi utilizada mais tarde para designar a unidade construtiva da matéria viva. Em 1838, os cientistas
alemães Schleiden e Schwann formularam uma teoria celular propondo que os seres vivos em geral
— animais e vegetais — são constituídos de células (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 444).

A Citologia, importante ramo da Biologia, teve, a partir do século XIX, um rápido


desenvolvimento. Esse avanço foi capitaneado pelo microscópio, um dos mais importantes
instrumentos ópticos, que também passou por significativa evolução. Além de se prestar ao
estudo da célula e de microrganismos, o microscópio é uma ferramenta essencial para o
desenvolvimento de vacinas e medicamentos que permitem erradicar doenças, laborando, assim,
em prol da saúde dos seres humanos. Assim foi a descoberta de instrumentos ópticos.

Figura 1: precário microscópio utilizado por Hooke em suas pesquisas. Fonte: Newton, Helou, & Gualter, 2012, p.
444.

Em 1600, Galileu construiu versões mais sofisticadas da luneta original, que lhe permitiram
observar detalhadamente as manchas solares, as crateras lunares, os anéis de Saturno e os
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satélites de Júpiter. Os telescópios actuam são uma evolução das primeiras lunetas, e esses
dispositivos constituem janelas reveladoras (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 445).
Os instrumentos ópticos são formados por associações de lentes, que, ao serem justapostas,
corrigem defeitos, como as aberrações cromáticas, que podem aparecer quando se utiliza uma
única lente para obtenção da imagem dos objectos (Toscano & Aurelio, 2016, p. 120).

2.1. Tipos de instrumentos ópticos seu funcionamento e descrição sobre seu manuseamento
Os instrumentos ópticos costumam ser classificados em dois grupos: instrumentos de projecção e
instrumentos de observação.

2.1.1. Instrumentos de projecção


Instrumentos de projecção são aqueles que fornecem uma imagem real que pode, portanto, ser
projectada sobre um anteparo, uma tela ou um filme. Pertencem a esse grupo as câmaras
fotográficas, as filmadoras e os projectores em geral.
Principais instrumentos de projecção são:
a) Cameira fotográfica
A câmara fotográfica é constituída essencialmente por uma câmara escura provida de uma lente
(a objectiva) e pelo filme, posicionado na parede oposta à da objectiva, perpendicular ao eixo
óptico dessa lente (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 350).

Figura 2: Representação esquemática do funcionamento de uma câmara fotográfica. Fonte: (Guimarães, Piqueira, &
Carron, 2016, p. 239).
Com base na figura, percebe-se que a relação entre os tamanhos da imagem e do objecto é igual à
relação entre as distâncias da imagem à lente e do objecto à lente, ou seja:
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O mecanismo de focalização, ao variar a distância do objecto à lente, é basicamente o seguinte:


quando o objecto se aproxima, a imagem se afasta da lente e deixa de se formar sobre o filme.
Para que novamente a imagem se projecte sobre o filme, a lente deve ser afastada dele (Ramalho,
Nicolau, & Toledo, 2009, p. 350).

b) Projector de slides e projector de cinematografia


Os instrumentos ópticos de projecção, como Projector de slides e de cinema, são montados para
conjugar sobre uma tela ou um anteparo a imagem real do objecto.
O esquema de funcionamento do projector de slides é inverso ao da câmara fotográfica. A lente
convergente conjuga para um pequeno slide, bem iluminado, uma imagem real e projectada sobre
um anteparo (Guimarães, Piqueira, & Carron, 2016, p. 239).

Figura 3: Representação esquemática da projecção de um slide. Fonte: (Guimarães, Piqueira, & Carron, 2016, p.
239).
Trata-se de um dispositivo que fornece, de um objecto real (arquivo Eletrônico, diapositivo ou
filme), uma imagem real projectada em uma tela. A imagem final é invertida (na vertical e na
horizontal) e ampliada e pode comportar-se como objecto real para vários espectadores ao mesmo
tempo. É importante salientar que, para uma melhor visualização da imagem projectada, o
equipamento deve operar no interior de um ambiente escurecido (Newton, Helou, & Gualter,
2012, p. 446).

Figura 4: O esquema representativo, em corte, um projector


simplificado. Fonte: (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 446).
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Observe que a ―objectiva‖ do projector é um sistema convergente de lentes. O espelho côncavo


E, em cujo centro de curvatura se posiciona a fonte de luz F, tem por função minimizar as perdas
de energia luminosa.

2.1.2. Instrumentos de observação


Distinguem-se por formar imagem final virtual, que serve de objecto real para um observador,
cujo bulbo do olho se associa ao instrumento. Fazem parte desse grupo a lupa, o microscópio
composto, as lunetas e os telescópios.
Entre eles, chamamos de instrumentos de aumento os que fornecem imagem virtual maior que o
objecto e de instrumentos de aproximação àqueles em que a imagem formada não é maior que o
objecto, mas sim vista segundo um ângulo visual maior. No primeiro grupo enquadram-se a lupa
e o microscópio; do segundo grupo fazem parte as lunetas (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p.
354).
Principais instrumentos de observação são:
a. Lupa ou lente de aumento
Chama-se de lupa ou lente de aumento a uma simples lente convergente que fornece de um
objecto real uma imagem virtual, direita e maior. Esse dispositivo nada mais é do que um sistema
convergente, de distância focal da ordem de centímetros.
Precursora dos instrumentos ópticos de grande ampliação, a lupa é utilizada como lente de
aumento em diversas actividades, como a confecção de jóias, o conserto de relógios, a filatelia, o
estudo de insectos, a criminalística, entre outras.
A lupa também pode ser a lente ocular de equipamentos mais sofisticados.
De um objecto real situado entre o foco principal objecto e o centro óptico, a lupa fornece uma
imagem virtual, direita e ampliada. Convém destacar que, para o olho do observador, a imagem
fornecida pela lupa comporta-se como objecto real (Barreto & Xavier, 2016, p. 446).
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Figura 5: Representação de um objecto na lupa. Os aumentos fornecidos pelas lupas raramente excedem 10 vezes.
Fonte: (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 445).

b. Microscópio composto
O microscópio composto é um instrumento óptico normalmente utilizado na observação de
objectos de pequenas dimensões. Discutiremos aqui apenas sua parte óptica.
O microscópio composto consta de duas lentes convergentes, geralmente compostas, associadas
coaxialmente, isto é, com eixos coincidentes.
O esquema da figura 6 representa o trajecto de raios luminosos que determinam a formação das
imagens no microscópio. Nota-se que o objecto a ser observado está situado um pouco além do
foco-objecto F1 da objectiva, que é uma lente de pequena distância focal, da ordem de alguns
milímetros. A imagem formada pela objectiva (i1) é real, invertida e maior que o objecto. Essa
imagem é objecto para a ocular, que fornece a imagem final do sistema (i2) virtual, invertida e
maior que o objecto. A distância focal da ocular é da ordem de alguns centímetros.

Figura 6: Formação da imagem no microscópio composto. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 355).

A ampliação total fornecida por um microscópio composto é dada pelo produto dos aumentos da
objectiva e da ocular.
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É importante notar que nos microscópios compostos o aumento linear transversal nunca excede a
algumas centenas de vezes, ficando em média na faixa de 300 vezes. Em condições excepcionais,
conseguem-se ampliações até pouco acima de mil vezes. Nesses casos, porém, intervém de forma
decisiva a difracção da luz dentro do instrumento, o que inibe qualquer tentativa de obtenção de
ampliações ainda maiores.
Os microscópios ópticos ou compostos são largamente utilizados em laboratórios de biologia e de
análises clínicas. Essa grande aceitação deve-se ao fato de esses instrumentos serem compatíveis
com pequenos objectos, células, tecidos e microrganismos normalmente examinados (Barreto &
Xavier, 2016, p. 211).

c. Lunetas
São instrumentos formados basicamente por dois sistemas convergentes de lentes, associados
coaxialmente: o primeiro é a objectiva (distância focal da ordem de decímetros ou metros), que
capta a primeira imagem do objecto; o segundo é a ocular, que, operando como lupa, conjuga a
imagem final, a qual se comporta como objecto para o olho do observador.
Há duas categorias de lunetas: as astronómicas, utilizadas na observação de objectos longínquos,
como os corpos celestes, e as terrestres, empregadas para visar objectos não muito afastados. As
lunetas terrestres são muito úteis, por exemplo, na navegação.
No caso da luneta astronómica, a luz emanada de um corpo muito afastado (teoricamente, no
―infinito‖) incide na objectiva, que forma uma imagem real e invertida. Em razão da grande
distância entre o objecto e a objectiva, a imagem conjugada por essa lente forma-se em seu plano
focal imagem. Tal imagem, posicionada entre o foco objecto e o centro óptico da ocular,
comporta-se como objecto para a ocular, que faz corresponder a ele uma imagem final virtual,
direita e aumentada. Essa imagem final, porém, é invertida em relação ao objecto inicial.

Figura 7: Representação de um objecto na luneta. Fonte: (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 448).
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As lunetas não fornecem aumentos lineares dos corpos observados; apenas possibilitam a
visualização desses corpos sob ângulos visuais ampliados, o que dá aos usuários melhores
condições de observação. Por isso elas são denominadas instrumentos de aproximação.
Teoricamente, as lunetas astronómicas podem ser utilizadas como lunetas terrestres, mas,
na prática, há alguns inconvenientes. Elas geralmente possuem dimensões avantajadas e, por causa
da alta qualidade de seus componentes, têm custo elevado. Além disso, conforme vimos aqui, as
imagens finais são invertidas em relação aos objectos iniciais, o que, tratando-se de seu emprego
como luneta terrestre, seria um transtorno (Newton, Helou, & Gualter, 2012, p. 449).

2.2. Leis da Óptica geométrica e sua aplicação


A Óptica geométrica se alicerça em três princípios básicos: a propagação rectilínea da luz, a
independência dos raios luminosos e a reversibilidade dos raios luminosos.

i. Princípio da Propagação Rectilínea da Luz


O princípio da propagação rectilínea da luz estabelece que, nos meios homogéneos e
transparentes, a luz se propaga em linha recta.
Uma fonte luminosa pontual produz sombra sobre um anteparo sempre que houver um corpo
opaco entre eles. Considerando que a luz percorre uma trajectória em linha recta, no anteparo ira
se formar região sem iluminação, em virtude da obstrução do corpo opaco, que se chama Sombra
(Barreto & Xavier, 2016, p. 136).
Se a fonte luminosa for extensa, teremos, além da sobre, uma outra região com menor
iluminação, que recebe o nome de penumbra. Nessa região, chega somente parte dos raios de luz
emitidos pelo corpo extenso.

Figura 8: 1-Fonte de luz punctiforme iluminando um corpo opaco, formação de sombra. 2- Fonte de luz extensa
iluminando um corpo opaco, formação da sombra e da penumbra. Fonte (Barreto & Xavier, 2016, p. 136).

 Aplicação do princípio de propagação rectilínea da luz


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Alguns factos que comprovam a aplicação de propagação rectilínea da luz são a ocorrência de
eclipses, a formação de imagens em câmaras escuras de orifício e o conceito de ângulo visual.

Eclipses
Eclipses são fenómenos astronómicos regulares e previsíveis, mas que aterrorizaram
sobremaneira nossos ancestrais em eras não muito distantes. Acreditava-se que essas ocorrências
eram manifestações da ira dos deuses e serviam de alerta quanto à chegada de pestes, pragas e
catástrofes naturais.
A explicação dos eclipses está relacionada ao facto de a luz propagar-se em linha reta. É com
base nesse princípio que se justifica o desaparecimento temporário da Lua em certas ocasiões de
lua cheia ou mesmo do Sol em algumas situações de lua nova (Newton, Helou, & Gualter, 2012,
p. 170).
Dois casos merecem destaque:

Eclipse do sol
Quando a sombra e a penumbra da Lua, determinadas pela luz do Sol, interceptam a superfície da
Terra, ocorrem os eclipses solares, que podem ser totais ou parciais Fig. 9.
A na fig. 9. Estando nessa região, ele não recebe luz do Sol, mas enxerga um halo oriundo da
atmosfera externa desse astro (coroa solar).
O eclipse solar parcial ocorre para um observador situado na região de penumbra, assina lada
por B na fig. 9, o qual recebe luz de uma parte do Sol, ficando a outra parte encoberta pela Lua.

Figura 9: Os eclipses solares (total em A e parcial em B) ocorrem quando a sombra e a penumbra da Lua (L)
interceptam a Terra. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 227).

Eclipse da lua
Neste caso, a Lua situa-se no cone de sombra da Terra. O eclipse da Lua ocorre na fase de lua
cheia.
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Figura 10: O eclipse anular do Sol ocorre quando o prolongamento do cone de sombra da Lua intercepta a superfície
terrestre e o observador se encontra nessa região. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 228).

Câmara escura de orifício


A câmara escura de orifício é uma caixa de paredes opacas, existindo em uma delas um pequeno
orifício.
Um objecto luminoso ou iluminado AB é colocado na frente da câmara. Os raios de luz que
partem de AB e atravessam o orifício O determinam na parede oposta ao orifício uma figura
A’B’ semelhante ao objecto e invertida fig. 11. Essa figura é usualmente chamada ―imagem‖ de
AB.

Figura 11: Câmara escura de orifício. Fonte: (Ramalho, Nicolau, & Toledo, 2009, p. 229)

A relação entre m (altura do objecto), n (altura da ―imagem‖), a (distância do objecto à câmara) e


b (comprimento da câmara) é obtida pela semelhança entre os triângulos OAB e AO’B’.

Ângulo visual
Uma pessoa observa um objecto AB. De todos os raios de luz que partem de AB e chegam aos
seus olhos, vamos considerar apenas os raios de luz que partem dos extremos A e B.

Figura 12: Ângulo visual (a) é o ângulo segundo o qual o observador vê o objecto. Fonte: (Ramalho, Nicolau, &
Toledo, 2009, p. 230).
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Esses raios definem um ângulo a, através do qual o observador vê o objecto AB. Esse ângulo é
denominado ângulo visual.
O ângulo visual depende da extensão do objecto e de sua posição em relação ao observador.
Quanto maior a distância do objecto ao olho do observador, menor o ângulo visual fig. 13. e
menor parece ser o objecto AB.

Figura 13: Quanto maior a distância do observador ao objecto, menor o ângulo visual.

O menor ângulo visual sob o qual o observador vê os pontos A e B, separadamente, chama-se


limite de acuidade visual. Para o olho humano esse ângulo é da ordem de um minuto. Um
observador na Terra vê o Sol e a Lua sob ângulo visual da ordem de meio grau.

ii. Princípio da independência dos raios luminosos


O princípio da independência dos raios luminosos estabelece que as trajectórias dos raios de luz
são independentes. Isso significa que, quando vários feixes luminosos são emitidos
simultaneamente por fontes diferentes, cada um deles se comporta como se os outros não
existissem; eles podem se cruzar sem que um altere a propagação do outro.

Figura 14: Os raios a e b se cruzam e continuam a se propagar como se nada tivesse ocorrido. Fonte: (Newton,
Helou, & Gualter, 2012, p. 139).

 Aplicação do princípio de independência dos raios luminosos


A importância prática do Princípio da Independência dos Raios de Luz é que, nos problemas de
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Óptica, podemos concentrar nossa atenção em de terminado raio de luz sem nos preocuparmos
com a presença de outros, que certamente não perturbam o raio em estudo.

iii. Princípio da reversibilidade dos raios luminosos


O princípio da reversibilidade dos raios luminosos estabelece que a trajectória de um raio de luz
não se modifica quando se inverte o sentido de sua propagação. As trajectórias dos raios de luz
que vão de um ponto A até um ponto B são as mesmas dos raios que vão de B para A.

Figura 15: a trajectória da luz é a mesma, seja pelo o caminho AB, seja pelo BA. Fonte: (Barreto & Xavier, 2016, p.
138)

 Aplicação do Princípio da reversibilidade dos raios luminosos


É comum um motorista de táxi, ao olhar pelo retrovisor interno do veículo, ver a imagem dos
olhos do passageiro, que está sentado no banco de trás, fornecida pelo espelho plano retrovisor
interno. Graças à reversibilidade da luz, se o motorista consegue ver no espelho a imagem dos
olhos do passageiro, este também consegue ver, no mesmo espelho, a imagem dos olhos do
motorista (Toscano & Aurelio, 2016, p. 315).

2.3. Importância dos instrumentos ópticos


Os instrumentos ópticos baseiam-se em princípios da óptica e têm a finalidade de facilitar a
visualização de determinados objectos.
Os instrumentos ópticos são utilizados no nosso quotidiano e baseiam-se nos princípios da óptica
para permitir, facilitar ou aperfeiçoar a visualização de determinados objectos, que vão desde
seres minúsculos, como alguns tipos de bactérias, até enormes planetas e estrelas.
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É importante lembrar que a relação de instrumentos ópticos apresentada abaixo não é exaustiva.
Existe uma gama muito grande de instrumentos ópticos voltados para a análise de propriedades
da luz (como polarímetros, fotómetros) e de propriedades ópticas de materiais (como
refratômetros e refletometros) (Toscano & Aurelio, 2016, p. 316).
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3. Conclusão
Após o estudo do tema instrumentos ópticos, de acordo com os objectivos formulados no
presente trabalho, conclui-se que, os conceitos, as leis e os sistemas ópticos estudados no presente
trabalho constituem a base teórica para a implementação de instrumentos ópticos, que sempre
desempenharam ao longo da história, desde suas primeiras concepções, papel preponderante na
saga do conhecimento humano. Isso pode ser notado em diversos sectores, como em Fotografia,
em Biologia e em Astronomia.
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Referências bibliográficas
Barreto, B., & Xavier, C. (2016). Fisica Aula por Aula 2: Termologia, Optica e Ondulatoria. Sao
Paulo: FTD.

Guimarães, O., Piqueira, J. R., & Carron, W. (2016). Fisica 2: Física térmica, Ondas e Óptica
(2a ed.). São Paulo: Editora atica.

Newton, V. B., Helou, R. D., & Gualter, B. J. (2012). Topicos de Fisica 2: Termologia,
Ondulatória e Óptica. São Paulo: Saraiva.

Ramalho, F. J., Nicolau, G. F., & Toledo, P. S. (2009). FÍSICA 2: oS Fundamentos da Física (10a
ed., Vol. V.2). (A. D’Avila, E. Nomura, & T. Hirayama, Edits.) São Paulo: Moderna.

Toscano, C., & Aurelio, F. G. (2016). Fisica 2: Interacao e Tecnologia (2a ed., Vol. II). São
Paulo - Brasil: Pedreira.

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