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BRANDOS E PACÍFICOS

“Os brandos e pacíficos herdarão a Terra, e serão


chamados filhos de Deus.”

Essa frase monumental – reuni dois textos em apenas um – encontra se no


Sermão da Montanha, enunciado por Jesus, conforme o Evangelho de São
Mateus, 5: 5 e 9. Nunca foi tão necessária de ser repetida como na atualidade,
em que a prepotência e a crueldade constituem fatores de primazia na cultura
sociológica da humanidade.

O ser humano, que alcançou as estrelas que reluzem ao longe e as estuda


com afinco e determinação, assim como as micropartículas, em busca da
energia no seu estado mais primitivo, que investe fortunas incalculáveis
para a solução de pandemias e moléstias dilaceradoras, que se comove
ante um gesto de ternura infantil, genericamente ainda não conseguiu

disciplinar os instintos e as paixões asselvajadas que lhe


permanecem no imo, devorando-lhe as sublimes aspirações ao
bom, ao belo e ao nobre.

Com facilidade, entrega-se à alucinação do poder terreno, olvidado da sua


fragilidade assim como da fugacidade com que transita no mundo.

O sentido ético do viver, as abençoadas escolas de pensamento filosófico

edificante, as conquistas da Ciência, apresentando as glórias da


vida, flutuam com rapidez nas suas reflexões, e deixa-se deslumbrar infeliz e
ambicioso pela crueldade e a beligerância.

Os séculos e milênios, que varreram as civilizações, desde as mais recuadas

até este momento grandioso, não conseguiram depositar nos


sentimentos humanos a brandura e a pacificação. Como
consequência, vivemos numa sociedade caracterizada por distúrbios de muitos

gêneros, apresentando-nos inconstantes, ciumentos,


invejosos, derrapando sempre na animosidade e na
malquerença.

A antipatia e a amizade protocolar, própria para redes sociais em que as

fantasias se apresentam como realidade, sob o estímulo de


outros indivíduos atormentados que se lhes tornam modelos a
serem seguidos, substituem a brandura e a paz que fazem falta em
demasia.

As terríveis buscas do sentido da vida no prazer sensorial atiram as criaturas


na viagem ao mundo exterior, olvidando-se da sua realidade de seres
espirituais.

Por mais, no entanto, que o ser humano fuja da investigação e vivência dos
seus valores morais, do retorno à reflexão íntima em torno da sua origem, de

quem é e como liberar-se dos males íntimos que o afligem, mais


cedo ou tarde será conduzido pelas circunstâncias a enfrentar-se.

As modernas doutrinas psicológicas têm procurado despertar as mentes


e os corações para a conquista do sentido brando e pacífico da existência,
mas há relutância forte entre o ego e o Self, mantendo-se os velhos hábitos
que geram desequilíbrio.

Por essa razão, Jesus afirmou que os brandos e pacíficos


herdarão a Terra.

Na vida encontramos muitas pessoas no nosso caminho. A jornada terrena


sempre nos guarda diversos desafios para crescermos espiritualmente. Desta
forma, é possível que você encontre algumas das quais não identifica muitas
afinidades com você.

Seja sua sogra ou um de seus colegas, você provavelmente encontrará alguém


com quem não é muito semelhante. De acordo com O Evangelho Segundo o
Espiritismo, nestas situações, devemos ter benevolência para com o próximo,
pois estamos todos a caminho da evolução. 

Se encontrardes pessoas que não correspondem suas


expectativas, ao invés de julgar suas atitudes, tente praticar as dicas do
Evangelho, resumidas a seguir:

Benevolência para com os semelhantes

A benevolência – a bondade para algo ou alguém – é fruto do amor para com o


próximo. Em síntese, não devemos sê-lo apenas com quem nos é semelhante,
mas sim com todas as pessoas.

Falemos palavras de doçura e afabilidade e todos os ambientes, seja em casa


ou no trabalho. De que adianta ser bondoso na aparência com os “estranhos”,
mas com a família ser um verdadeiro tirano?

Podemos enganar as pessoas, mas nunca a Deus. Ter caridade moral é ter
benevolência com aqueles que Deus colocou em nosso caminho. Eles são
instrumentos para colocar a nossa paciência e amor à prova.

As bênçãos são mais numerosas que as dores

Cristo é o nosso modelo de vida.

Lembremos sempre que ele sofreu muito mais do que nós. Ele que não tinha
nada a ser acusado. Já nós, que devemos expiar nosso passado, devemos ser

pacientes para nos fortalecer para o futuro.

Sejamos mansos e pacíficos

“A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o


consentimento do coração”, diz o Evangelho no capítulo 9.

Quando temos obediência aos ensinamentos de Jesus, usemos a razão para

entendê-la. Mas é somente o coração que aplica as virtudes.


Se nos levarmos pelo egoísmo, ele irá ceder, cedo ou tarde com as duras
provas da existência.
Aprendemos então o quanto pudermos. Não fechemos nossos ouvidos a

aqueles que nos querem bem. Em síntese, Jesus, nosso modelo e


mestre, nos dá seu exemplo de força e resignação. Portanto,
que tenhamos paciência, complacência e bondade conosco e para com os
nossos semelhantes.

Alguns compreendem erroneamente que tais virtudes são passivas e sofrem


com as ações de terceiros sem reação. Porém, digo que Bem-aventurados os
Brandos e Pacíficos é uma ação importantíssima. A mansuetude não é uma
inação, pelo contrário é um exemplo de caridade com você e com o irmão que
possa ter te agredido.

Quando Jesus nos disse para darmos o outro lado da face, é porque podemos
ter uma segunda opção que não seja revidar a violência com violência.
Devemos aplicar a resignação e a resiliência, atributos racionais aos quais
devem ser o impulso ao perdão.

Devemos perdoar e nos mostrarmos caridosos com a agressão e a violência.

O silêncio é uma prece, uma eficaz resposta


na qual você se mostra pacífico e não se
rebaixar moralmente aquele que fere com
atos e palavras.
“Bem-aventurados os Brandos e os Pacíficos, porque possuirão a Terra”, nos
mostra que em breve novos tempos prevalecerão em nosso planeta. Aqui
permanecerão os espíritos que estiverem de acordo com as Leis do Amor.

E lembre-se dessa frase de Chico, talvez ela resume o que é ser brando e
pacífico:
“Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza,
eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor… Magoar
alguém é terrível!”

Muitos acreditam que ser manso e pacífico é estar predisposto a aceitações


permanentes das intempéries naturais que a existência possa oferecer ao
indivíduo. Acreditam ainda que ser manso e pacífico é ser subserviente a
qualquer proposta, sem relutar, reclamar, propor, modificar.

Vejamos o exemplo de Jesus: Ele andou como um homem simples em meio a


um povo cheio de lágrimas, opulências e maldades. Em momento algum
deixou de ser o espírito altaneiro e virtuoso que é. Sua mansuetude encanta a
todos que estuda Suas lições, comportamentos e propostas. A paz que Ele
transmitiu referenda toda a Sua mensagem e ações. Assim sendo, ser manso e
pacífico tem outros atributos que precisam ser pesquisados.

A mansidão, segundo os dicionários, é a brandura de índole, mas


também é atributo do gênio. Um espírito genial não necessita
sobrepor-se a nada ou a ninguém para mostrar suas qualidades.
Elas são suas marcas, seus aparatos, seu espelho . A serenidade lhes
é peculiar, pois sabem dar o passo certo para o local exato. Sabem esperar,
sabem propor, sabem praticar seus misteres com tranquilidade porque
conscientes de si mesmos. Os gênios são aqueles que já romperam as
barreiras do ego inferior e buscam com permanência os status superiores do
existir, permitindo igualmente que o irmão ou irmã ao lado faça o mesmo. Neles
busca seus pares, semelhantes que lhe possa enriquecer numa espetacular
projeção de crescimentos do self. Olha o mundo não como uma gaiola de
loucos ou uma jaula para humanos e sim como uma feliz oportunidade de
manipular todas as informações contidas na natureza e suas leis. O manso

olha para a tempestade em fúria e vê nela a ação do puro se


fazendo. Olha para o fogo abrasador de um incêndio e vê nele a restauração
de um ouro perdido, presto a modificações salutares e revitalizadoras.
O manso não é aquele que deita numa rede de balanço e olha para o céu
como um ser estático perante a grandiosidade cósmica. Se deita numa rede o
faz para meditar enquanto se enriquece das presenças dos raios que emanam
de Deus através da Sua Augusta e perene criação. O manso não é aquele

que aceita propostas indecorosas para manter-se vivo perante


as modalidades fétidas e passageiras de ações infelizes
impetradas por espíritos belicosos que nada produzem de útil
para a sociedade. Antes, sugam dela seus legítimos direitos, envolvendo-
se em deveres atrozes que lhes cobrarão ações hercúleas num futuro.
Muitas vezes em dores lancinantes da culpa, do arrependimento, através
torturas físicas e morais difíceis de serem descritas.

O manso entende que o dinamismo próprio para as solturas espirituais


demanda tolerância, indulgência e bondade. Assim ele se estabelece como um

ser em busca da sua própria plenitude. Somente o ser pleno consegue


atingir os atributos da reta consciência. Pela questão 615 de “O Livro dos
Espíritos” somos informados de que a Lei de Deus é eterna e imutável.
Enquanto não a praticamos sofremos as injunções das nossas rebeldias.
Sabemos hoje que somente a prática do bem e a consciência reta podem nos
garantir os avanços à plenitude espiritual. Sem mansuetude isto é impossível.
Sem mansuetude nossos olhares continuarão travessos; nossas mãos, garras
perigosas, nossos pés buscarão trilhas e escarpas ao invés de caminhos. A
mansuetude é luz que guia que promove o indivíduo a patamares onde as
observações podem ser feitas com maiores profundidades. Na mansuetude
respiramos ares benfazejos porque nos é possível seleciona-los sem atropelos.
Na mansuetude os esgares cedem espaços a tudo que é convicto porque
pensado com parcimônia. Somente na mansuetude é possível buscar nos
seres e propostas seus reais valores e credibilidades. Por isto o gênio é manso.

Na cadência mansa do cordeiro Jesus estabeleceu Seu aprisco. Na


cadência mansa dos astros a rolarem peremptórios pelos espaços
cósmicos, Deus estabeleceu a Casa para morada dos Seus filhos.
Na cadência feliz dos espíritos que se auto descobrem a centelha
divina vai se expandido, enriquecendo o indivíduo, tornando-o livre .
O espírito livre vê mais distante, vê as entrelinhas, vê as essências –
fundamentos primeiros das coisas e causas, tornando-se diferenciado,
respeitado, um dínamo propulsor do progresso, genial! Sabe de antemão que o
orgulho e o egoísmo representam o maior obstáculo ao progresso. E reunidos
criam no ser um estado de inconstância e apreensões, medos e inseguranças
que o fazem retrógrado, muitas vezes avançado intelectualmente e estirado
num lamaçal no campo da moralidade. Isto não é plenitude que promove a
mansuetude. São desvarios que promovem guerras internas e externas.

O manso sabe que o entrelaçamento dos valores intelectuais e morais


promovem a corrente do bem e avança por ele e, através dele, atinge os
cumes dos seus ideais para entendê-los além numa feliz sucessão de
probidades espirituais. Sabe que os bens terrenos são apenas passageiros e
não conduzem os seres aos próprios “vir-a-ser” de excelências. Ele estudou a
questão 785 de “O Livro dos Espíritos” e aprendeu que a humanidade
ainda não atingiu o apogeu da perfeição, mas que ela é perfectível,
portanto, ele próprio é um ser perfectível por pertencer à raça humana.

E o ser pacífico, quem seria ele? Um pregador ermitão morando nas alturas do
mundo, confortando almas em desalinho que de quando em vez o procura? Ou
um intérmino dialogador silencioso conversando infinitamente com os vegetais
numa atitude quase ante social? Seria um andarilho de cajado liso a andar
pelas estradas à procura do seu “eu” superior? Seria ainda o mediador das
contendas a promover as bondades em meias partes iguais? Afirmamos que o
ser pacífico é maior e mais aparelhado dinamizador do progresso real da
humanidade. Passividade não representa compassividade para com o erro
ou o atraso moral e intelectual de quem quer que seja e em qual

civilização for. Há um provérbio chinês que diz: “Em plena paz deves

agir com intensa atividade e, em intensa atividade, deves agir com


intensa paz”. Um é perfeito corolário do outro. Um complementa o outro. O
pacífico é, pois aquele que vislumbra o belo e a perfeição, a face do bem em
todas as moedas que encontra pelo caminho. Sabe das temporalidades dos
eventos. Sabe das distorções promovidas pelos incautos, sabe das propostas
promissoras ao surgimento de novas alianças com a luz. Somente o pacífico
pode ver a luz. Somente o pacífico pode agir com justiça, solidariedade e amor
pelas pessoas e circunstâncias. Porque somente naquele estado as intuições
saudáveis podem penetrar-lhe o ser buscando suas profundidades de filho de
Deus.

Por isso que Jesus disse: “Felizes são os mansos e os pacíficos porque eles
herdarão a Terra”. E que Terra eles herdarão? Juntemos aqui outra palavra do
Mestre Jesus: “Meu Reino ainda não é deste mundo”. Ver João Cap. 18 Vv. 33
a 37. Ora, Ele estava defronte Pilatos ali representando o poder temporal. O
mesmo poder que todas as nações do mundo estabelecem ainda hoje como
critérios de representatividades. Roma era o máximo. Isto, na pura

concepção da transitoriedade. Jesus O representante do Poder Divino


que rege toda a Criação através das suas leis imutáveis porque absolutamente

justas. Roma e Jesus o mesmo que os reinos atuais e o Reino Futuro. No


Reino de Jesus os brandos e os pacíficos aprendem
com Ele, convivem com Ele, trabalham para Ele.
Gradativamente a Terra vem sendo saneada pelas
propostas da mansuetude e da paz. Cada gênio que aqui
nasce ou renasce estabelece novas diretrizes, novos
caminhos, criando pilares para que o projeto do Senhor
desta humanidade possa, enfim, estabelecer-se nos sítios
inferiores do planeta Seu reinado é de eficácia e luz,
liberdade para todos e responsabilidade aliada. Assim, os
murros, socos, pontapés, lixos orais ou grafados, atividades
bélicas, corrupções, negociatas, infidelidades, drogas lícitas
ou não, mentiras e um sem conta de propostas e
comportamentos, filhos eficientes do orgulho e do egoísmo, estão
com seus dias contados neste mundo. Como no futuro não haverá cidades
fantasmas, esses agêneres infelizes terão que ser remanejados. Para onde?
Para onde suas consciências indicarem, suportar e aninhar dentro dos seus
propósitos de egos inflados ou subservientes.

Não se trata de amedrontamentos. De temores a Deus, de falácias próprias


das religiões. Trata-se de buscas aparelhadas com a lógica Divina.
Entendamos que tudo que pensamos já foi antes pensado. Tudo que não

podemos por hora aprofundar, já foi antes estabelecido. É assim o universo.


Ele não cresce ou se expande através das nossas descobertas. É uma
casa repleta de aprendizados e apropriações que nos compete realizar. Não
é a ciência que cria as coisas, ela apenas dá-lhe os sentidos e as formas,
as possibilidades ou não. A filosofia não pode ser impregnada de “achismos”.
Necessita estar isenta para melhor analisar e concluir. As religiões devem aliar-
se à ciência e à filosofia para melhor encaminhar a Deus os Seus filhos em
trânsito pelas vias da evolução. Não podem estar impregnadas de doutos,
supostos condutores de almas, necessitando antes melhor conduzir-se. Os
céus não são conquistados por gritos e tampouco são comprados por dinheiro
terreno. A moeda que circula aqui, somente a este mundo pertence. A moeda
dos céus é o amor a Deus e ao próximo como a si mesmo. Não se compra
pedacinhos de felicidades. Felicidades são conquistadas com trabalho e
orientação eficaz. Com persistência e avanços. Não há atropelos nas
conquistas espirituais. Vejamos os exemplos dos embriões. Desenvolvem-se
no tempo certo e nas condições adequadas.

Os mansos e pacíficos serão os governadores do mundo do futuro.


Serão os leais e dignos representantes de Jesus entre as
humanidades futuras. Por isso eles se preparam nos planos espirituais.
Tornarão vivaz a árvore da família. E serão inúmeras aquelas árvores a acolher
em seus galhos as folhas, vivificando-as para que cresçam, tornando-se
sementes para novas árvores. No futuro as famílias estarão alinhadas entre si
e com suas frondes direcionadas para Deus. As famílias abraçarão a proposta
de criar e educar com realeza os seus membros. E pai não matará o filho e
filho não matará a mãe e irmãos estarão de braços dados rumando para o
justo. Naqueles tempos as infidelidades conjugais ou não, estarão banidas
para sempre do mundo e marido e mulher entenderão seus reais valores
no cômputo das sociedades. E juntos erguerão diariamente um brinde à vida
por tê-los unidos. E será um brinde nas taças das virtudes, recheadas de luzes
e cores provindas dos seios cósmicos que a tudo provê.

Os mansos e os pacíficos caminharão sobre a Terra em construção social


maviosa. A cidadania avançará para as sociedades espirituais e a sabedoria
será buscada avidamente por todos. Os salões de festas estarão repletos de
convivas cônscios dos seus deveres uns para com os outros e saberão que os
corpos físicos contêm em sua essência um espírito e que na essência de cada
espírito pulsa a centelha de Deus. Assim se respeitarão e serão respeitados. E

não se jogarão como dados num tabuleiro de aventuras. O sorriso sincero


e leal será a marca da beleza pessoal. Também eles estarão nas
grandes mesas dos negócios, não para enriquecerem-se de uma moeda de
valor apenas nominal. E sim de valores reais que adquirirão pelo trabalho
perfeito e em constante busca da perfeição. As escolas serão transformadas
em templos e os templos em escolas. Os hospitais em laboratórios de
pesquisas aprofundadas e os leitos cederão lugar aos equipamentos de alta
precisão onde será possível estabelecer cada vez mais e maiores as metas da
saúde física e espiritual.

A engenharia e a arquitetura desenharão e construirão no mundo as visões


alcandoradas das mentes em plena liberdade para ver e sentir os planos
sublimados do além. Os tribunais cederão lugar a refúgios onde a consciência
possa buscar os parâmetros legítimos da justiça e aplica-la em suas lidas
diárias. Por não haver violência, não haverá processos criminais. Por não haver
culpabilidades individuais e coletivas, as varas judiciais encerrarão suas
atividades no mundo, aliando-se ao contingente dos construtores eficazes das
sociedades futuras, estabelecendo-lhes as regras a partir da Lei Maior em seus
dez artigos.

Podemos concluir dizendo que ser manso e pacífico é ser inteligente, culto,
perspicaz, futurista, empreendedor e representante em si do bem e do belo.
Sem esses requisitos não se poderá habitar na Terra em pleno
Reino de Jesus. E dizem que este futuro já bate às nossas portas.
Que os encaminhamentos legais a ele devem ser protocolados desde já, que
embainhemos nossas espadas, que sepultemos nossos vícios, que
modifiquemos nossa maneira de ver e agir sexualmente, que... Enfim, que nos
tornemos ovelhas mansas e pacíficas em pleno exercício da genialidade e do
dinamismo que proporcione o progresso espiritual, individual e coletivo. É a
proposta real porque vinda Daquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida.
Deixemos de lado as ideias de fim do mundo. Energia criada, energia
perpetuada em contínuas transformações. Isto é o que somos. Isto é o que é.
Entender assim a vida é ser de fato manso e pacífico, atuante eficaz a favor da
vida em suas múltiplas dimensões e devidamente aparelhado para herdar o
mundo em seu futuro glorioso.

Conforme sabemos, o orgulho é uma das mais poderosas armas utilizadas por
nossos irmãos que ainda se encontram nas trevas para nos derrubar. Quando
com raiva, nosso padrão vibratório cai atraindo para junto de nós espíritos na
mesma faixa vibratória.

Devemos orar e vigiar, como nos ensinou Jesus. Vigiar muito. Precisamos
estar atentos a estas manobras de nossos “inimigos desencarnados”. Todos
nós trazemos dívidas de outras encarnações e nossos credores costumam nos
vigiar muito mais do que nós vigiamos nossos pensamentos e sentimentos.
Eles miram nossas fraquezas, nossas más tendências, por isso se fala tanto
em Reforma Íntima dentro da Doutrina Espírita.

Os acessos de raiva não resolvem nossos problemas. Acabamos por


magoar entes queridos e podemos adquirir novos débitos, alguns muito
pesados por sinal, já que a raiva “cega” nossos sentidos e até crimes são
cometidos sob sua influência.

No seu frenesi, o homem colérico se volta contra tudo, à própria natureza bruta,
aos objetos inanimados, que espedaça, por não o obedecerem. Ah!, se

nesses momentos ele pudesse ver-se a sangue frio, teria


horror de si mesmo ou se reconheceria ridículo! Que julgue por
isso a impressão que deve causar aos outros. Ao menos pelo respeito a si
mesmo, deveria esforçar-se, pois, para vencer essa tendência que o torna
digno de piedade. 

Quem de nós já não se arrependeu de atos e palavras ditas em momentos de


fúria? Lembremos que nem sempre um pedido de desculpas conseguirá
apagar de outro coração a dor e mágoa causadas por nossa insensatez.

Quando a cólera te atingir, experimente olhar para o motivo que te deixou


assim. Como nos advertiu nosso irmão Espírito Protetor, a raiz provavelmente

estará no orgulho. Sejamos mais humildes e evitemos dar


abertura aos que não desejam nossa vitória na presente encarnação.

Vivemos em um mundo onde o arquétipo do “forte e poderoso” predomina; mas


forte mesmo é aquele que sabe se controlar, que não fica subjulgando seus
irmãos, que tem segurança de suas capacidades, que não reage
agressivamente a possíveis ofensas. Ou seja, forte é aquele que consegue ser
humilde.

Sejamos, pois, mais humildes e certamente teremos mais paz no coração,


menos débitos para resgatar, mais amigos para nos amparar e, especialmente,
teremos mais sintonia com os Espíritos Superiores.

Em suma: a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede que
se faça muito bem, e pode levar a fazer-se muito mal. Isso deve ser suficiente
para incitar os esforços por dominá-la. O espírita, aliás, é incitado por outro
motivo: o de que ela é contrária à caridade e à humildade cristãs. ( E.S.E, IV,

9 – Um Espírito Protetor)

 Sigamos as palavras de nosso Mestre Jesus em Seu Sermão das Montanhas: 

 Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra. (Mateus, V: 4).


 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
(Mateus, V: 9)
‘’Os cristãos em geral, assim como os mestres, professores e líderes devem
servir e ensinar com paciência e brandura. A Bíblia diz em 2 Timóteo 2:24: “E
ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com
todos, apto para ensinar, paciente.”

Os líderes Cristãos devem possuir brandura. A Bíblia diz em 1 Tessalonicenses


2:6-7: “Nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora
pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados; antes nos
apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos.”

Os cristãos em geral, assim como os mestres, professores e líderes devem


servir e ensinar com paciência e brandura. A Bíblia diz em 2 Timóteo 2:24: “E
ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com
todos, apto para ensinar, paciente.”

A brandura é uma marca da sabedoria. A Bíblia diz em Tiago 3:17: “Mas a


sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada,
tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem
hipocrisia.”

O que pode ajudar você a mostrar brandura?

Se alguém for grosseiro ou injusto com você, o que pode ajudá-lo a não perder
a cabeça e a reagir de uma forma que alegre a Jeová? Pensar nos princípios
bíblicos a seguir pode ser de ajuda.

1 FUJA DO “ESPÍRITO DO MUNDO”. — 1 Cor. 2:12. Muitas pessoas acham


que mostrar brandura é sinal de fraqueza. Elas pensam que, para ser forte, a
pessoa tem que ser durona e agressiva. Esse pensamento faz parte do espírito
deste mundo e não está de acordo com a sabedoria de Jeová. Na verdade, a
Bíblia diz que a pessoa que mostra brandura é forte. “Com paciência e calma
de espírito . . . um governante pode ser convencido, e a conversa suave quebra
algo tão resistente como um osso.” — Pro. 25:15,  Perguntas para refletir:

Como eu encaro a brandura — como sinal de fraqueza ou


de força?
Estou me esforçando para evitar “as obras da carne”, como brigas e
acessos de ira? — Gál. 5:19, 20.

2 PENSE DUAS VEZES ANTES DE FALAR.  “O coração do


justo medita antes de responder, mas a boca dos maus jorra coisas más.” (Pro.
15:28) Se respondemos alguém quando estamos de cabeça quente, podemos
acabar dizendo coisas que depois vamos nos arrepender. Mas, se pensarmos
bem antes de falar, vamos conseguir organizar nossos pensamentos,
responder com brandura e quem sabe ajudar a outra pessoa a mudar de
atitude.

Perguntas para refletir:

Por que ter o pavio curto pode me prejudicar?

Será que eu posso deixar a ofensa para lá a fim de manter a paz?


— Pro. 19:11.

3 FAÇA MUITA ORAÇÃO. Ore pedindo espírito santo, que é a força mais


poderosa do Universo. (Luc. 11:13) Lembre-se que o fruto do espírito santo de
Deus inclui a brandura e o autodomínio. Adolfo diz: “Fazer muitas orações a
Jeová tem sido fundamental pra mim, principalmente em situações
estressantes.” Jeová também vai nos ajudar se não desistirmos de orar
pedindo espírito santo. — Rom. 12:12.

Perguntas para refletir:

Eu sempre oro a Jeová pedindo para ele examinar meu coração


e meus pensamentos?

Eu oro pedindo espírito santo e sabedoria para agir de uma


maneira que agrade a Jeová? — Sal. 139:23, 24; Tia. 1:5.

“Revesti-vos . . . de . . . brandura.” — COLOSSENSES 3:12.

1. O que torna a brandura uma qualidade notável?


QUANDO alguém é brando, dá prazer estar com ele. No entanto, o sábio Rei
Salomão observou que “a própria língua suave [ou, branda] pode quebrar um
osso”. (Provérbios 25:15) A brandura é uma qualidade notável, que conjuga
força e agradabilidade.

Que relação há entre a brandura e o espírito santo?

 O apóstolo Paulo incluiu a brandura na sua lista de “frutos do espírito”,


encontrada em Gálatas 5:22, 23. A palavra grega traduzida “brandura” no Gál 5
versículo 23 na Tradução do Novo Mundo muitas vezes é vertida “mansidão”
ou “humildade” em outras versões da Bíblia. Na realidade, é difícil encontrar um
equivalente exato dessa palavra grega na maioria das línguas, porque o termo
original não descreve a delicadeza ou mansidão que a pessoa aparenta ter,
mas a brandura e bondade interior; não a maneira de se comportar, mas a
condição da mente e do coração da pessoa.

Para nos ajudar a avaliar mais plenamente o sentido e o valor da brandura,


consideremos quatro exemplos bíblicos. (Romanos 15:4) Ao fazermos isso,
aprenderemos não só o sentido dessa qualidade, mas também como pode ser
cultivada e manifestada em todos os nossos tratos.

“De grande valor aos olhos de Deus”

Como sabemos que Jeová valoriza a brandura?

 Visto que a brandura faz parte dos frutos do espírito de Deus, é evidente que
deve estar intimamente associada com a maravilhosa personalidade Dele. O
apóstolo Pedro escreveu que um “espírito quieto e brando” é “de grande valor
aos olhos de Deus”. (1 Pedro 3:4) De fato, a brandura é uma característica
divina, de muito valor para Jeová. Isso certamente, por si só, já é motivo
suficiente para todos os servos de Deus cultivarem a brandura. No entanto,
como é que o Deus todo-poderoso, a maior Autoridade no universo, demonstra
brandura?

Que perspectiva temos em resultado da brandura de


Jeová?
 Quando o primeiro casal humano, Adão e Eva, desobedeceu à ordem clara de
Deus, de não comer da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau,
eles fizeram isso deliberadamente. (Gênesis 2:16, 17) Esse ato intencional de
desobediência resultou em pecado, morte e afastamento de Deus, para eles e
para a sua descendência futura. (Romanos 5:12) Embora Jeová tivesse todo o
direito de aplicar esse julgamento, não descartou a família humana como
totalmente incorrigível e irredimível. (Salmo 130:3) Em vez disso,
demonstrando sua bondade e disposição de não ser exigente ou severo
— manifestações de brandura —, Jeová proveu os meios pelos quais a
humanidade pecadora podia recorrer a ele e obter o seu favor. De fato, por
meio da dádiva do sacrifício resgatador do seu Filho, Jesus Cristo, Jeová
tornou possível que nos aproximássemos do seu trono elevado sem medo nem
pavor. — Romanos 6:23; Hebreus 4:14-16; 1 João 4:9, 10, 18.

Como se evidenciou a brandura nos tratos de Deus com Caim?

Muito antes de Jesus vir à Terra, a brandura de Jeová se manifestou quando


Caim e Abel, filhos de Adão, ofereceram sacrifícios a Deus. Percebendo a
condição do coração deles, Jeová rejeitou a oferta de Caim, mas ‘olhou com
favor’ para Abel e a oferta dele. A benevolência que Deus mostrou para com
Abel e seu sacrifício provocou em Caim uma reação hostil. “Acendeu-se muito
a ira de Caim, e seu semblante começou a descair”, diz o relato bíblico. Como
Jeová reagiu? Ofendeu-se com a atitude má de Caim? Não. Com brandura
perguntou a Caim por que estava tão irado. Jeová até mesmo explicou o que
Caim podia fazer para obter “enaltecimento”. (Gênesis 4:3-7) Realmente, Jeová
é a personificação da brandura. — Êxodo 34:6.

A brandura atrai e revigora

Como podemos avaliar a brandura de Jeová? O que as palavras


de Mateus 11:27-29 revelam a respeito de Jeová e de Jesus?

Um dos melhores modos de se avaliar as qualidades inigualáveis de Jeová é


por estudar a vida e o ministério de Jesus Cristo. (João 1:18; 14:6-9) Enquanto
estava na Galiléia, no segundo ano da sua campanha de pregação, Jesus
realizou muitas obras poderosas em Corazim, Betsaida, Cafarnaum e na região
vizinha. No entanto, a maioria das pessoas era orgulhosa e indiferente, e se
negava a crer. Como Jesus reagiu? Embora lhes lembrasse firmemente as
consequências da sua falta de fé, ele teve dó da condição espiritual lastimável
dos ʽam ha·ʼárets, as pessoas humildes e comuns entre eles. — Mateus 9:35,
36; 11:20-24.

 As ações subsequentes de Jesus mostram que ele ‘conhecia plenamente o


Pai’ e o imitava. Ele fez o seguinte convite cordial às pessoas comuns: “Vinde a
mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos
reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, pois sou de
temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as
vossas almas.” Que consolo e revigoramento essas palavras deram aos
tiranizados e oprimidos! As palavras de Jesus têm esse mesmo efeito sobre
nós hoje. Se nos revestirmos sinceramente da brandura, então estaremos entre
aqueles ‘a quem o Filho está disposto a revelar’ seu Pai. — Mateus 11:27-29.

Que qualidade está relacionada com a brandura, e como Jesus é um


excelente exemplo disso?

 Intimamente relacionada com a brandura está a humildade, a qualidade de


ser “humilde de coração”. O orgulho, por outro lado, leva a pessoa a exaltar a si
mesma e muitas vezes a tratar outros de modo duro e insensível. (Provérbios
16:18, 19) Jesus demonstrou ser humilde em todo o seu ministério terrestre.
Mesmo quando entrou em Jerusalém, seis dias antes da sua morte, e foi
aclamado como Rei dos judeus, ele agiu de maneira bem diferente dos
governantes do mundo. Cumpriu a profecia messiânica de Zacarias: “Eis que o
teu Rei está vindo a ti, de temperamento brando e montado num jumento, sim,
num jumentinho, descendência dum animal de carga.” (Mateus 21:5; Zacarias
9:9) O fiel profeta Daniel teve uma visão em que Jeová concedeu autoridade
governante ao seu Filho. No entanto, numa profecia anterior, descreve Jesus
como “o mais humilde da humanidade”. A brandura e a humildade sem dúvida
andam de mãos dadas. — Daniel 4:17; 7:13, 14.

Por que a brandura cristã não é indício de fraqueza?


 A agradável brandura demonstrada por Jeová e por Jesus ajuda a nos
achegarmos a eles. (Tiago 4:8) Naturalmente, a brandura não é indício de
fraqueza. Longe disso! Jeová, o Deus todo-poderoso, demonstra uma
abundância de energia dinâmica e de poder. Sua ira arde contra a injustiça.
(Isaías 30:27; 40:26) Jesus também demonstrou ter a firme determinação de
não transigir, nem mesmo quando atacado por Satanás, o Diabo. Negou-se a
tolerar as práticas comerciais ilícitas dos líderes religiosos dos seus dias.
(Mateus 4:1-11; 21:12, 13; João 2:13-17) No entanto, ele manteve o
temperamento brando ao lidar com as falhas dos seus discípulos e suportou
pacientemente as fraquezas deles. (Mateus 20:20-28) Certo erudito bíblico
descreveu apropriadamente a brandura do seguinte modo: “Por trás da

suavidade está a força do aço.” Que demonstremos então esta


qualidade cristã, a brandura!

O homem de temperamento mais brando de sua


época
Levando-se em conta a criação que Moisés teve, o que torna sua
brandura notável?

 O terceiro exemplo que consideraremos é o de Moisés. A Bíblia o descreve


como “o de temperamento mais brando de todos os homens na superfície do
solo”. Números 12:3; Essas palavras foram escritas sob inspiração divina. A
notável brandura de Moisés o fez receptivo à orientação de Jeová.

 Moisés teve uma criação incomum. Jeová garantiu que esse filho de pais
hebreus fiéis fosse preservado durante uma época de traição e de assassinato.
Moisés passou os seus primeiros anos sob os cuidados da sua mãe, que se
preocupou em ensiná-lo sobre o verdadeiro Deus, Jeová. Mais tarde, Moisés
foi tirado do seu lar para viver num ambiente bem diferente do que conhecia.
“Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios”, relatou o primeiro
mártir cristão, Estêvão. “De fato, [Moisés] era poderoso nas suas palavras e
ações.” (Atos 7:22) A sua fé ficou evidente quando testemunhou as injustiças
que os feitores de Faraó cometiam contra seus irmãos. Por matar um egípcio,
que ele havia visto golpeando um hebreu, Moisés teve de fugir do Egito para a
terra de Midiã. — Êxodo 1:15, 16; 2:1-15; Hebreus 11:24, 25.

Que efeito tiveram sobre Moisés os 40 anos que passou em Midiã?

 À idade de 40 anos, Moisés teve de enfrentar os desafios da vida no ermo. Em


Midiã, ele conheceu as sete filhas de Reuel e as ajudou a tirar água para o
grande rebanho de seu pai. Ao voltarem para casa, as jovens contaram
alegremente a Reuel que “certo egípcio” as havia livrado dos pastores que lhes
causavam dificuldades. A convite de Reuel, Moisés passou a morar com essa
família. As adversidades que havia sofrido não o amarguraram; nem impediram
que aprendesse a ajustar seu estilo de vida ao novo ambiente. Seu desejo de
fazer a vontade de Jeová nunca enfraqueceu. Durante os longos 40 anos em
que cuidou das ovelhas de Reuel, casou-se com Zípora e criou seus filhos,
Moisés desenvolveu e refinou a qualidade que passou a caracterizá-lo. De

fato, Moisés aprendeu a brandura ao sofrer adversidade. — Êxodo


2:16-22; Atos 7:29, 30.

Descreva um incidente que revelou a brandura de Moisés no tempo que


era líder de Israel.

 Mesmo depois de Jeová o ter designado como líder da nação de Israel,


Moisés continuou a demonstrar brandura. Um jovem relatou a Moisés que
Eldade e Medade agiam como profetas no acampamento — embora não
tivessem estado presentes quando Jeová derramou seu espírito sobre os
70 anciãos que haviam de servir como ajudantes de Moisés. Josué declarou:
“Meu senhor Moisés, reprime-os!” Moisés respondeu brandamente: “Tens
ciúmes em meu lugar? Não; quisera eu que todo o povo de Jeová fosse
profeta, porque Jeová poria seu espírito sobre eles!” (Números 11:26-29) A
brandura ajudou a amainar a situação tensa.

Embora fosse imperfeito, por que Moisés é um exemplo a ser seguido?

 Numa ocasião, Moisés deixou de demonstrar brandura. Em Meribá, perto de


Cades, ele não deu glória a Jeová, o Fazedor de Milagres. (Números 20:1, 9-
13) Embora Moisés fosse imperfeito, sua inabalável fé o sustentou durante toda
a vida, e até mesmo hoje achamos atraente sua notável brandura. — Hebreus
11:23-28.

A dureza em contraste com a brandura

Que advertência nos fornece o relato sobre Nabal e Abigail?

Encontramos um exemplo de aviso nos dias de Davi, pouco depois da morte de


Samuel, profeta de Deus. Envolveu um casal, Nabal e sua esposa, Abigail. Que
contraste havia entre os dois! Ao passo que Abigail tinha “boa discrição”, seu
marido era “duro e mau nas suas práticas”. Nabal recusou rudemente dar
alimento aos homens de Davi que haviam ajudado a proteger os grandes
rebanhos de Nabal contra ladrões. Justificadamente indignados, Davi e um
grupo de seus homens armaram-se de espadas e foram se confrontar com
Nabal. — 1 Samuel 25:2-13.

 Quando Abigail soube o que tinha acontecido, ela preparou rapidamente pão,
vinho, carne, bem como tortas de passas e de figos, e foi ao encontro de Davi.
“Recaia sobre mim mesma o erro, ó meu senhor”, rogou ela. “Por favor, deixa a
tua escrava falar aos teus ouvidos e escuta as palavras da tua escrava.” O
coração de Davi se sensibilizou com o apelo brando de Abigail. Depois de ouvir
a explicação de Abigail, Davi declarou: “Bendito seja Jeová, o Deus de Israel,
que te enviou neste dia ao meu encontro! E bendita seja a tua sensatez, e
bendita sejas tu que neste dia me contiveste de entrar em culpa de sangue.”
(1 Samuel 25:18, 24, 32, 33) A dureza de Nabal, por fim, causou a sua morte.
As qualidades excelentes de Abigail resultaram na alegria de ela se tornar
esposa de Davi. Sua brandura estabelece um modelo para todos os que hoje
servem a Jeová. — 1 Samuel 25:36-42.

Empenhe-se pela brandura

Que mudanças se tornam evidentes quando nos revestimos de brandura?


O que pode nos ajudar a fazer um auto-exame eficaz?

 Portanto, a brandura é indispensável. Ela é mais do que apenas tratar

outros com delicadeza; é uma qualidade atraente de temperamento


que anima outros. No passado, talvez estivéssemos acostumados a falar de
maneira ríspida e a tratar as pessoas com dureza. No entanto, quando
aprendemos a verdade bíblica, mudamos e nos tornamos mais agradáveis.
Paulo falou desta mudança ao exortar concristãos: “Revesti-vos das ternas
afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e
longanimidade.” (Colossenses 3:12) A Bíblia compara essa mudança à

transformação de animais ferozes como lobo, leopardo, leão,


urso e cobra, em animais domésticos e pacíficos como
cordeiro, cabritinho, bezerro e vaca. (Isaías 11:6-9; 65:25) Essas
mudanças de personalidade são tão notáveis, que deixam maravilhados os que
nos observam. Nós, porém, atribuímos essa transformação à atuação do
espírito de Deus, pois a brandura está incluída entre os notáveis frutos do
espírito.

 Será que isso significa que, depois de termos feito as mudanças necessárias e
de termos nos dedicado a Jeová, não precisamos mais nos esforçar para ter
um temperamento brando? Com certeza que não. Ora, roupas novas precisam
de constantes cuidados para continuarem sempre limpas e apresentáveis.
Examinarmos a Palavra de Deus e meditarmos nos exemplos que ela contém
ajuda-nos a fazer um auto-exame de forma objetiva. O que o espelho da
Palavra inspirada de Deus diz sobre você? — Tiago 1:23-25.

Como podemos ser bem-sucedidos em demonstrar brandura?

Por natureza, as pessoas têm temperamentos diferentes. Alguns dos servos de


Deus acham mais fácil demonstrar brandura do que outros. Não obstante,
todos os cristãos precisam cultivar os frutos do espírito de Deus,
inclusive a brandura. Paulo admoestou Timóteo amorosamente: “Empenha-te
pela justiça, pela devoção piedosa, pela fé, pelo amor, pela perseverança, pela
brandura de temperamento.” (1 Timóteo 6:11) A expressão ‘empenhar-se’ dá a
entender que é preciso fazer esforço. Certa tradução da Bíblia verte essa
exortação como “procura com todo empenho”. (Bíblia Sagrada, Edição
Claretiana) Se fizer esforço para meditar nos bons exemplos da Palavra de
Deus, estes poderão tornar-se parte da sua pessoa, como um implante. Eles
serão seu guia e servirão para amoldá-lo. — Tiago 1:21.
Por que devemos nos empenhar pela brandura

 A maneira de tratarmos outros demonstra quão bem nos saímos nesse


respeito. “Quem é sábio e entendido entre vós?”, pergunta o discípulo Tiago.
“Mostre ele as suas obras pela sua conduta excelente com a brandura que
pertence à sabedoria.” (Tiago 3:13) Como podemos demonstrar essa qualidade
cristã em casa, no ministério cristão e na congregação?

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