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NOTA DA EDITORA SOBRE O LIVRO E O AUTOR


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Com a 8° edição do livro Do Estado Liberal ao Estado* Social a


Malheiros Editores se associa às comemorações que'*em“.20'0'8 vão as-
sinalarze solenizar o cinqüentenário da publicação .desta 'ob-ra, sem
dúvida a.-primeira no Brasil e talvez 'no ocidente ¬.não'conhecemoš
outra igual- a traçar e definir com autonomia .o novo-modelo. de.°Es-
tado inculcado pela Lei Fundamental de.Bonn na Alemanhalpoucos
anos depois da catástrofe do Nacional Socialismo e do fim da Segun-
da Guerra' Mundial.
Tal ocorreu - a aparição do sobredito modelo -.durante .8 fase
mais agitada, mais aguda, mais turbulenta da controvérsia ideológi-
ca Êdo sécuzlo XX. ' _
Naquela ocasião não havia, com força, na doutrinafuma forma
de Estado¿qu_e pudesse vir em substituição da modalidade marxista,
de feição. autoritária. Havia tã`o-somente o Estado liberal do seculo
XIX, em sua decrepitude' eterna, proposto, mas repulsa'do,"p'or alter-
nativa aos s`istemas'estatais do autoritarismo totalitáiio. i " '
` ¿De;se`speravam`-'se`os inconformadós coin a falta de outro oaini-
n`ho“q`uè só 'sealcançou com aquela versão do uma c`atego_1'_iad_`e_ Esta-
db"que`rsúi*g`i'u do fato 'con'stitucional, sobr'etudÓ da nova de
idéias e inst.i“tuiçõë`s que a Ale'm'anha`de*B.onn própuxrilra rešumir e
consubstancia-r na'di'vifsa *do Estado Social. ` Í ` Í- `
' 'Em W'-e'ima`r-"se“procllamara e abrira com os 'di'reitoš'"`soäá*is o 'ci-
clo das futuras gerações de direitos fundamentais. Em“Bi‹5ni1f¿še'eš-
tampara si forma democratizadora de Estado que protegia, na liber-
dade, esses direitos, fazendo assim de todo ininterrupta _a caminha-
da `teói*i¿:at_'_p`arä`-`sefálcançar um grau 'superior de 'l.eigitifr'nida`¿ie dos
regimes que organizam o poder na época contemporânea. ' ..
Do Estado Liberal ao Estado Social

© PAULO BoN.‹wn:Es

` 6" edição, 05.1996; 7“ edição, 1“ tiragem, 07.2001;


2“ tiragem, 03.2004.

ISBN 978-85-7420-826-8

os c1NQüEN'1¬A ANo_s DESTA OBRA


mv Direitos rçseraados desta. edigão_por
'MALHEIROSEDITORES LTDA.
R_ua Paes de Araújo, 29 conjunto 171
CEP 045.31-940?-“T S__â'qf_ Paulo -- SP,
Tel.: (11) 3078-7205
Fax: (11) 3168-5495
URL: www. malheirosedítores.com.br
c-mail: malheiroseditores@terra.com.br

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_ Composição e editoração eletrônica
irt-ual Laser Editoração Eletrôrúca Ltda.

Capa _
- Criação: Vânia Lúcia Amato: '
Arte: PC Editorial Ltda. É

' Impressono §r}._1_sil .


Printed in_ B_r_1azil~ -
' 09Í2007
PA LILO BONA VIDES
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DO ESTADO LIBERAL
AO ESTADO SOCIAL
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8¡ edição

§'_._5É MALI"IiE'l~ROS
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OS CINQÚENTA ANOS DESTA OBRA Xl
x ' i Do Esii¬›ADozi.-i'~BERAL AoEs'i¬A°Do sociAL
segundo; eza que já.porz.v.ezes tem sucumbi-do, de cair no totaiitarismo, “A sua obra vàstíssima e sempre atualizada, a profundidade das
reflexões que nela se encontram, o sentido de justo que nela perpas-
no governo das massasäou na corrupção dá plutocracia. Trata-se de
um livro atualíssimo -e de maior interesse” (CABRAL ns ¿MoNcAnA). sa fazem do Professor Paulo Bonavides' um mestre conhecido, res-
peitado e admirado tanto no Brasil quanto em Portugal.
“Sólida e brilhante monografia, que é, sem favor, uma forte afir-
“Por isso, a Universidade de Lisboa concedeu-lhe, em-cerimônia
mação de culturà'~j'urí'dica`§' (OsvAi.Do Tiuousino).
solene realizada em_22 de janeiro de 1998, o grau de doutor honoris
“O título 'é' de um livro 'de~Peulo Bónavides, culto e brilhante causaem Direitof(di"stin¿;ão -raríssima que o pôs a par' de sábios como
professor da Faculdade de Direito da Universidade do Ceará, escrito Dugiiit- e Miguel Reál'e)'(...). Acresce que a palavra e a escrita de
com primor de linguagem,-profundidade de doutrina e apurado sen- Paulo Bonavidés --=q`u°e-›_ta.mbém foi jornalista - são de elevadíssima
so crítico (...): Para terminar, 'trata-se de *um livro dé renome para o qualidade literária. Ê'üm'°eméritö cültór da lingua” (Jones MIRANDA,
autor, de relevo para a cultura universitária do“Ceará, de' preciosa Catedrático da Universidade de Lisboa).
contribuição. para as letras jurídicas do país” (JoAQUiizi PIMENTA).
“Dr. Paulo Bon"avi'd'es'é o'jurist`a e cientista político brasileiro
“Es'i:e_liv`ro,,.qú'e e umä_jóia'da'literatura brasileira, dispensa co- contemporâneo mais conhecido na Alemanha (...). Tive há alguns
mentáriós. 'Já o :tiinhalido 'e iinuito aprendi nele._ Agora, que o Sa- anos o prazer de traduzir um' de seus ma'-i~s importantes trabalhos
raiva lhe assegura divulgação nacional, será 'obra de cabeceira dos teóricos _e-publicá'=lo' ali em nossa mais conceituada, mais rigorosa e
es1zú‹ii~0sišs‹zié-airé'iiô1rsú~b-licor(Amava Buzina). mais exigente publicação jurídica, a revista'Der Staat [“O Estado'],
""Coiiti°itÍiiii'çãó`di`g`nà *dei 's`iíiã"bela erudição e das tradições invejá- ,_que =norm'almente'znão publica .trabalhos de .cientistas estrangeiros
veis da;`oultur'a=c`eai¿'ense" (Vicfoa NUNES LEAL). ` | _ vivos. Seu.-trabalh'o..fA¡='Des.politização da=Legfitimid-ãde” causou na
Passamos, em seguida,_'§ figura do Autor. Dentre as ali:i§õ'es e de- Alemanha grande' sensação .-(hat-:in Deutsc`FiTand .zurecht grosses
poimentos relativos ao valor, ao papel e ao signifioado daquilo que o Aufsehen erregt) e também grande admiração (auch grosse Wuerdi-
Professor Paulo.'Bonavides, por sua produção jurídica e por sua ativi- 811118 gefflnden). (...) Dr. Paulo .é,.ao meu ver, dos mais importantes
dade no magistério tem representado,par¿a.§o Direito no Brasil, _e tam- cientistas de toda a- América. Latina (Jetztmeine ich Dr. Paulo min-
bém para a educação das novas gerações que freqüentam as Universi- destens der bedeu-tendsten Wissenschaft-lers der ganzen Lateiname-
dades do país, as menções subseqüentes resumem tudo, dando o perfil rikas) (FRIEDRICH Mi-JELLER, antigo Catedrático da Universidade de
do publicista' da obracinqüentenária cuja reedição comemorativa ora Heidelberg).
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lançamos. -' _ i. ' Bonaãããieeânešgienignzns Octleduma década conheci o Professor Paulo


“Ontem, o doutor Clóvis Beviláqua, hoje aifigura oracular de _ , e, a nosso convite, proferiu magnificas
Lições na .F-a-culdade-de Direito de Coimbra, as nossas rotas acadê-
Paulo Bonavides, um dos ma_io_r_es_ con__stitücionalistas brasileiros de
micasncívicas e pessoais têm-se cruzado freqüentemente. Seja em
todos os tempos que se sing_ju'la_i:iz'‹iu 'pior colocar o seu imenso saber
colóquios, seja na apresentação de¡lívros, seja em reuniões de conví-
teórico no compromisso com tempo; e com a luta do seu povo vio, a impressão que se colhe deste homem é sempre a de um jurista
contra todas as iniqüidades.”,(S_si?oiJvsoA,PEirrsNcE, ex-Presidente do
Supremo Tribunal Federal)._ ' _ J _, _ emlflefite, -Um homem integre. e um cidadão apaixonadamente dedi-
cado à=defesa das virtudes cívicas. ' ,
_ _“O- autor›_é .um dos mais notáveis publicistas do Brasil contem-
_“Na° _f°1 36350 `Cl;11'e a *carta a um cidadão participativo”, por nós
porâneo,._com.ui_na,série de obras que o destacam entre os seus con- escrita, foi parar ao posto de*co'_r're`io`fd‹=:'-Fortaleza. Aqui mora o prín-
temporâneos `pela; cultura e significaçãozde s.uas,teses. É, por exce- cipe dos constituèionalistas de' língfia `p~ortuguesa” (J. J. Gomes CA-
lência, .um doutrinador político, traçando rumos para a sociedad-e de No'riLHo, Catedrático da Unive'rsida*de"de Coimbra).
seu-tempo (-..-.). Professor visitante de universidades estrangeiras,
americanas ou alemãs, há um sentido de apostolado na pregação li- t daA:t ' Í . acomuni a juridico-publica y cientifico-politica de
beral de Paulo:Bonavides” (BARBOSA LIMA SOBRINHO). oi mer ,ca Latina,_como he podido sobradamente constatar en los
Professo`r_ffPaul_o'Bonavides é çon,siderado em Portugal como mas deoincuenta viajes académicos que llevofrealizados a la prácti-
um príncipe_,entiÊe os constitucionalistas de língua portuguesa. . ca totalidad de 'esa área geográfica a la que tan próximo me siento,
VIII DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
Os CINQÚENTA ANOS DESTA OBRA ix
, rc . _ _ _
. rèstrilxlas o alcance do respeitozquer gra-n_]'eou, sem forcejar, não se
Foi com reflexões pertinentes ao contraste entre o universo so-
cialista de Marx em expansão e o mundo morto do liberalismo que ge 3° que m€I'@C€I'1a por sizso o pensador encastelado. na refle-
xão acadêmica e na
livros z esmerada
. ~ -, . do seu saber, na cat-edra
d-i_fu_sao . e nos
não se deixava sepultar que o Professor Bonavides escreveu sua mo-
nografia jurídica inaugurando uma nova artéria da democracia nas `
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esferas do pensamento constitucional. 5


Isso ele o fez mediante a construção teórica, em tese de cátedra,
zemuniziefzfäiiiídíÍibÃÍiÊ;ÍÊ“Êg`“ʧ,i,°
conhéceri
3° fa.”-*Q fB°“sYidé-S* - *es-
-il-àadei~›_`-tafnøài oui".¿'ita:°.:P9d=ez';d-Pix?? de_.re'I
na longinqua década de 1950, do modelo que a restauração democrá-
frente se Perfilei um dosh Si um gâ' 9"§9'§'§9,â$êbgr'qqa`QdQ'E'Ê1°I$a

..em.Satia. pai- išZ“%s~=“9*~á~Y°1S~°.tt-i i ?-lili: ~IiSios1i°1Si1¢a


tica de pós-guerra, concretizada na Alemanha, lhe inspirara.
As constituições da democracia por toda a segunda metade do
século passado, até aos nossos dias, consagram e, de último, se em- '-z '
. . z. ' . . ~
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. 1. z ; oiii* ' 1*t”$f~“ib“.itt-.i.iiiofes-das
-Jaiãenteiêlif-nz'ln§“iilÊÊ1`¡la*Yei 1._111P@1`.al$1.V..9. oat_egÕric_o e
uma‹r§}§1U.<=1b.I?antavel__imPl§!}_l7oçâo_.ci§§dâÉ.___..., ' _ ' __ _ `
penham em consolidar princípios de constitucionalismo social que,
pelo menos, atenuam a luta de classes e os antagonismos da desi-
gualdade. » mem mtze-1‹1'is~°~.z.
‹. -ê , ~ - 'l.§?'%§z*??1-i*==Y1z°Í<?§?Êi*1`.~a šnsindlbllldade .do ho-
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Da importância dessa via aberta entre nós, com a aparição da ri ' . ' . 'o q VI: . -;.,.]'_: 2 'li' " .~ ,'

obra cinqüentenária, bem como da poderosa influência que ela exer- .*« com Ê_ÍS*s“a1Ífid°~ ° Sion-ifissd°..§1o.~..e§enesiile zi.u.r.i. ‹;1-ir.‹,a,_' Qzzz.,.faf,i¢jaâa,
ceu sobre as novas gerações formadas nas academias-de Direito do
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o_ _. ran . tz. . '~=;°teYeis<.›§.i1eSSa se<1ueiis1e.øoii11‹i.es ¢.ap;_e¢,aç<›ez
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relativas ao livro e sua ressonância beiiicoiiió ao autor e sua' repu
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Brasil, oferece sólido testemunho o eminentee culto Ministro SE- _' . ' ., ;"". _ , _ ` 'ul ' . I H __

PÚLVEDA PERTENCE, ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal, :no l meioejuridicq nacional e internacioiial. ' ' '
Prefácio à obra Direito Constitucional Contemporâneo - Estudos em M . Da °°fW¿Ísêhcia 0 ¢°I1J'usa'Çã0 dëšsësfiiííäos de vaIt'›`f"I`iä*¿1}§infe
Homenagem ao Professor Paulo Bonavides. , _ :- lflwr P diril-Êns-Ê° d° h°“Í°P*'ÊE.°_a€19 ,G ,a Pstattlra da dontribuição
Escreve o Ministro PEn'i'ENcE:_* ' QL_1___e_ e_ e. deu ao Direito,_Constituci'onal e' à' Ciência Poli^ti'c'a'd'e nosso
äeušpo como pensador da lrberdade, teói'i°c`ci demooracia, guardião
“Vem de longe - dos meus longínquos tempos do___ estudante - a
_ o stado de Direito. - ' '
descoberta da dimensão de Paulo Bonavides, que fiquei a dever, se
não falha a memória, à advertência do querido Prof. Orlando de Car- :`Ê{8?Pfl›“\I°lám0S 3 H1âI1ifeStação'do_s jui'i`stas.sobre a obra cin-
valho sobre a excelência da tese submetida ao concurso, obra semi- qüentenária: ' ~ `
(C '
nal da juventude - Do Estado Liberal ao Estado Social - aindahoje, _ O_ livro Do E*stado Liberal ' - ao Estado Social, ~ de Paulo Bonavides;- . '
signo da definição' dos rumos de sua obra multifária. (...) e um dos mais sugestivos trabalhos, publicados em língua portu`:
“A leitura inesquecível de uma das primeiras edições da štese ,¡ _8_U_@Sã. S0bré a grande 'luta do nosso tempo entre o velho liberalismo do'
constituiu, para mim e os de minha geração, o encontro alvissareiro ii ; s'éculoXIXeas ` ' " ~ . 'A - . .`
de sólido embasamento teórico para a nossa crença - quiçá ingênua -L E cofpitalismo e a Ieo:i¡eslilsci:.laS§'0clailsÊas' Entre a-Ideologia bui..g-iflesa d°
nos dias que correm - na viabilidade da superação do individualis- A 'riadó A'Paz entre as d Coen-.L:1n-1S,ta quarto estado °u.pI`°l9l5a"
mo desenfreado. do Estado li¿ber_al burguês, sem perda da.__reafirmação mediante
__ __ _ __ o com
_ P roiiusslasiicorllientes S0 po'de'-fgzerfse'
0 Ot amado Estado Social, como Segufidö um°.Estado
aut°r=
das liberdades fundamentais de primeira geração conquistadas para ir~2'
-;_¿_";,_$ nao de- uma-classe só da sociedade mas 'de todas as classes O t ` `
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' . au or-
a humanidade nas duas graiidesrevoluções que o eri'gira.m. ~ ___
i: _*focas
_ hnes e I.ivro,i brilhantemente,-os
' ` . " 'z'principais
" '° aspectos
' que.
. tem acom- I
_ pan ado esta lenta mas segura *substi~tuiçã'o°do Estacld Liberal Pelo '
“(...) O intelectual Paulo .Bonavides se imporia, assim, à--.admi-
¬ 5 i-
Ocwzi ana11Sand°› 3° m€S1ã10 "-tempo. com . acertado '_ critério_ fi-
ração dos juristas de seu tempo, só pelo peso de uma obra -de rara'
3 .losófi'c,o, as respectivas ideologias emostra 'd '
e__nvergadui:a. _ " .J
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_;é1 i _.-J. .,.« _ __ . í ' 1.1 0 05' P-61'-1808 que.corre o
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`1._J. P. $_epúlveda Perteno_e,_ Prefácio ao Direito Coristi_ti_4ciom_zl Contemporâneo É'
W". Direito šfoiisfihioional ou' Constituciona-
- Estudos em Homenagem ao Professor Paulo Bonavides, Belo Horizonte, _Del Rey_,_2QQ5, __› ,_¡_m.¡__ Es_uäöS}em___Í_r¿ _ e_š;lillisiCuena_:Filho (Orgs.). Direito-*Coristit|.icio-
pp. IX e XII. ' ' ' = ' *' ' ' _ _ .. , -3 OWÍÚ 65,1 cd..-"lS/Ia'lheirosEditores,-'2U03;'p§t103,
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XII DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL _ OS CINQÚE-NTAIANOS DESTA OBRA xm

sino que es, de -igual forma, objeto del mismo rec`oriocímiento,intelec- espelhará nos rostos de um Duguit, de um Josserand, deum Lam-
tual y académico en buen número de países europeos (Portugal, -Ale- bert, de um Politis, de um Sanchez-Albornoz. 'Quem melhor do que
mania, Iftalia y España son unëbuen. ejemplo de ello,-por sólo citarle o -Senhor Professor Doutor Paulo 'Bonavidés para exprimir a «rique-
algunos). - -- . za criativa e af pujança da eterna juventude do Brasil, ele que foi,
“La- obra científica del Profesor Bonavides no sólo es d_e una ex- é e será, na sua salutar-insat-isfação e irrequietude de pensamento,
traordinaiiia, y poco común ampl-itud, sino que, _-aÍ.lazpar,;esz de, un exemplo de criatividade e de incansável juventude eterna ao servi-
reconocido. rigor.científico. Su transitar por los-distintos campos del ço do Espírito?? (MARCELO Rassnoos Sousa, Catedrático de Direito
saber, siempre con ponderación y equilibrio, al margen ya _de rigor Constitucional da -Universidade de Lisboa).
ind-ig¢utib_le¿ justifica, a -mizjuicio-, que pueda considerarse a-l Profesor “Paulo Bonavides' é' um'dos' mais iiotáveis constitucionalistas,
Paulo B_onavides como-un humanista de. nuestro tiempo, cal-ificativo. historiadores constituciona'is'e cientištas políticos do Brasil e' de toda
al que pbcas personas podrían acceçler-.r . -. ,. .~ . a América .Latina'..Ganhou-'alta' reputação nãozsomente. na América
“EnÍ.~Es.pa;-ña,.la-ob_ra del Br.o¿f..Bonaviçl'es es recensionada, co- do Sul e na América. do~Nor-te; mas -também-na Alemanha, Itália,
mentada,,- leídag y seguida- ,con interés por a¡:mplios sectores de la co- Espanha'-e:Portugal, mercê-de seus trabalhos jurídicos. (...) sua obra
munidad científica,a=la quapertenezco.. . ` -- fundamental H_i.s¿ór,i,a Gonstitucional do Brasil ti-anspôs o Brasil e se
“Peroresulrta-ria.inc.ompleta=la vis-i-ón que.del=maestro Paulo 'Bo- fez mundialmente célebre (...). Com freqüência tem sido considerado
navides' `-tengo; .se 'noi subraya-ra ~su .extraordináriaicongruen-oia .per.- o fundador da Çiencia. Politica no. Brasil” (Ki..AUs STERN, Catedrático
sonal'sentref.'-fsus. escritos -y- su =a*ètuación. Pa.ulo°Bonavi'de's -no. sólo ha da Universidade de Colônia).
defendido y defi'en`cle' un 'marcofconstitucionial-z-ásentado en los valo-: i. , ‹:Paul° _B°1'13.\€id.€.S É-UIZfiid.0S ma.i,S=eIX}iI1Bnt€$ mestres da ci.ê;r-icia
res y en los derechos.d'e la persona en sus muchoslibros y artículos. *Juridica nacional, s_a1i_entan_do.-,s_e.,, alem disso, como ,-uma personalida-
Su trayectoria'¬h~umana, profesional, académica y cient-ífica es enor- de d@.I'›eIn0me no estrangeiro pelo seu saber es.pe.cializado no campo
memente coherente con sus escnitos. En- Paulo Bonavides siempre da ciência política e do direito,constituc-ional~. Pertence à linhagem
he visto un luchador en defensa dela democracia, de los derechos dos gran-des jurisconsultos bra_s_iIeir,qs,. que têm glorificado o pensa-
humanos y de aquellos valores constitucionales ídigfnidad, libertad', mento. j_ur-idico _do. paí$.;E de;;¡rel5;mbra~r que o Brasil tem tido juris-
igualdad, solid-aridad...).que fundamentan la coiivivencia civilizada Ç_0;1_S.11lt.0S de. eminência, entreoeles se destacando Clóvis Beviláquaí,
en una sociedad democrática. Siempre me ha impresionado (y lo co- Djacir Menezes, Teixeira.de_Freitas,.Tobias Barreto, Rui Barbosa,
nozco desde hac'e ya muchos años) su eittraordinaria coherencia y J_9Ê'!° MêH8êÊ>€_í§ê,__PBdr9 Lessa, que se apresentam como pensadores
enorme honestidad intelectual” (Fnmvcisco FEaNÁNm-:z Sscàno, Cate- que honram e glorificam a ciência política nacional.
drático de Direito Constitucional da.U.niversidade Complutense de . “Paulo Bonavides continua essa linhagem dignificando a ciên-
Madrid e Diretor do Anizario Iberoamericano de Justicia Constitu- cia _jurídioa_._do.~.país, que concretiza. através de livros, conferências,
cional). ' fi.1{1a$.§_fl.rtigos -de, jornal, todos representativos de uma inteligência
“E que honra é para a Universei-rdade de Lisboa e sua Faculdade P1`ÍVÍ_1'¿SÍfl.dš1_ (1119 Sloflflllislia áadmiração geral” (Piivro Fizansiiui, Ca-
de Direito o poderem receber como seu Doutor honoris causa esse tedrático 'da Faculdade de Direito do Recife). _° '
Homem do seu Tempo, esse Homem do seu Universo, esse Homem . “A..1QÍ-Élfilja de qualquer trabalho .do professor .Paulo Bonavides é
da mesma Famí.l_ia cultural¿.gue..é_ o Senhor Professor-Doutor Paulo Se*-IEP” }:1__m_ 1-`ÊSa1° Para 0 f%SI>.1Í1fiÊ0_.1.D.0};¡;11.},as i:_2:_1§õ_es: a primeira porque
Bonavides. (...) Hoje, chegou.¡a_g_ratidáo da Faculdade de Direito e da ° $Êl.1,°f_>f1l?$Ê_§;'1_.<1_° É °9=¡`1`°g_ad0 Si:-“-.E?_,<°,-'_.:€_1;_š?.'I`i_'‹'=1, tr'àÍz.'1;3u.itó.S etišinamentos,
Universid-_ade de Lisboa ao S_en_l_1_or' Doutor Paul_o.B__o_naviçles,. Agra- S°f`Y° °I.Ê'_,3I?_,Í`.¿¡_T1.<.§1.Í_.ʧ1.§1Ç1;:.,<*5_.__a 'Segunda' por ser .escrito em toifneado ver-
decemos-lhe o ter sido e continuar a ser. um _home_i_n de seu século, nacl1.19¿__§_20I_1r1_ 1¿}I_]{1,°§§ÍtJi,_l9__"§._Çg I1§e§,mé_.§eiripo simples, terso e c_'aSl;i`Ç9›
int_erv._i_ndo nele, decifrando antecipadamente _o,seu_çurso. - os`tenta¢áo'vÍi`l'garidadze l..`Ç). _ .
u -' '- ' ' ' .Ú if 6 ' ' ' ' . . ' -.
“E porque lhe .agradecemos tudo isto, quere_mos¿=que se junte_aos FQ1 9°?? 1T}u}t§~_,h9_m'ê__.e ençontamento que redigi es_te_prefac1o.
z : - _.. _.. ...I . _ ul. l. . .._ _ 6..
doutores lgonoris causa .que, ao longo dos anos, nos .fol'am.enobrecen§:lo. 3? UV?? _C,1.@_ É-1I1_'1 I}€,>§$9§ _ma_1_ores_. c_onstitucionalistas conteinpor_a-
Temos a. certeza de q.ue,..lá no.alto, nesse colégio eterno de-doutores neqs, da_ l1nha_deë Joao Barbalho, Pontes de Miranda e A_lcín`o_P'ini;'o
- longe das vicissitudes do imediato -, uma satisfação incontida se Falcao, para so' falar de alguns mortos. Como o notável advogado,
- I
:

xiv DO ESTADO LiBERAL AO ESTADO sOciAL os CINQUENTA ANOS- DESTA OBRA ×v


jurista- e político francês Henri Torrés, Paulo Bonavides mostra que pendido, lhe trouxesse alguma vantagem pecuniária ou resultasse
se conserva grande professor e_cidadão_, que guarda intactas sua for- em ônus para os cofres públicos.
ça de trabalho, sua resistência à fadiga, suas indignações e cóleras _ “E, por fim, na Assembléia Nacional Constituinte - da qual fui
cívicas: 'cumpriu a cada dia uma proeza muita rara neste inundo: seu Relator Geral - o Professor Paulo Bonavides era o Mestre in-
continua fiel a. 'si mesmo'” (E.VANDRO LINS E SILVA, ex-Ministro do Su- cansável, sempre atento no apontar caminhos e indicar soluções” (J
premo Tribunal Federal). BERNARDO CABRAL, Relator da Constituinte).
“Juristá '-'e'mé`i=ito, conštitucionalista-'de larga contribuição ao es- Finalizando a série de referências ao homenageaflo, trasladamos
tado de direito democrático; um brasileiro oue já lecionou, por perío- os textos subseqüentes da oração com'que O Dr. REGINALDO Oscan DA
dos letivos; em Universidades da Alema-nha e dos Estados Unidos; CASTRO, .ex-Presidente do Conselho Federal da -Ordem dos Advogados
fértil estilista do idioma pátrio.e n-ão. só..iiOzcamp.O das letras jurídi- do Brasil, recepcionou O Dr. PAULO BONA.-vi_DEs, por ocasião da entre-
cas; histoiziador, jornalis.ta›e orador. queprende o leitor e faz atento ga da Medalha Rui Barbosa,- em nome da entidade, durante a ceri-
o auditório àporz°sér_ fori'-azdoíido sab.er associádo ao.desassombro do di- mônia de encerramento, em Fortaleza,°da XVI Conferência Nacional
zer., .Paulo Bonavides é-,isem dúvida, hoje, 'um nome internacional” dos Advogados: '
(J. M. O'iiiÂioN-Si1UOU,*Funda-'ëloir'e›.'Presidente da Academia Brasileira “Na constelação de nomes augustos que formam e honram O fir-
defL'e'tr'as Ji-irzí'dicas)." wii- .ii " H._ mamento jurídico do Brasil,'temos hoje a associação de dois astros
“Páulo'°Bói'iiãiviÍiës:~é`iEiin.~dó§”'fj'i.iristas*iiiais notáveis do Brasil, não de primeira grandeza.
apenas da atu`alid-áde, mas de todos Os tempos. Sua produção densa, de “___ “Um é Rui Barbosa. O Outro, Paulo Bbnavidešf
g-rán'de~ rigor-1fc'i*en`tífi€o e -oi"igi'n-alidade,"fOi_-ffator decisivo para a forma- “O primeiro, filho dileto da Bahia, gigante da cultura do Direito
ção de uma ='gérä'ç`ão"dë-estudiosos 'e pensadores brasileiros, na área do_'-.' em .nossa pátria, inspirador de_gerações"e orgulho do Brasil em t_er-
direito cons'tit'uoi'o'n'al;---da filobofia e da ciência política.'~Seu pioneirismo,' ras da Europa. ' _ ° .
liderança e›re'spë`ita'bilidade sãO›incontestáv'eis. Paulo Bonavides jamais d «Q outro, nosso homenageado,-n.eSte;,'ç_1ia _d'¢ 'glória para a 0,-dem
foi um repetidoi*-'ac'-ifítico de di`scur'sos-convencionais. Justamente ao re- os* Advogados do Brasil, e discípulo e herdeiizo das melhores tm-
vés, em *lugar'fde'-'p'er'coi'rer'os cafiiiiilios qüe'já existiam, crio'u"n'Ovos ru- diçoes de Rui; modelo de professor e de educador, de advogado e de
mos 'ei levouisua visão brasileira e pr'og`res`sista do direito e da vida a cidadão.
3
`
todos os domínios sobre os quais -projetou seu talento invulgar. _ _ ä.. . . , vivemos,
I.

; Ei mlomento de rara felicidade este que .hoje , quando o


“Mais do que um jurista, O Professor Paulo Bonavides é um 111011? Be u_i.Barbosa, que_ ajudou a formar a consciencia juridica de
° M 0 ¿ o z ,. .

humanista devotado ao Brasil, iíom uma perspectiva crítica e cons- au O onavides, como a de todos nos, brasileiros, vem pousar sobre
trutiva' dos problemas nacionais. Não"Éã“`possível refletir acerca de seu peito, em forma de medalha de honra, que leva O nome do gran-
fenômenos importantes 'na-s ciências sociais, da interpretação cons- de tribuno da Bahia. 9
° .
0 a
titucional à globalização, sem percorrer' seus textos insuperáveis. “Se Rui Barbosa e.Paulo Bonavides sempre estiveram juntos
Um homein sintonizado com O seu tempo, na 'substância e não nos em suas obras de paladinos do DireitO,.d,ag,u_i por¡.çlian_te ,essa união
modismos” (Luis ROBERTO BÃRROSO, Jiii°`iscon'sulto)l` ` se torna auida. mais firme e permanente,_a partir d_a feliz combina-
“Nas minhas lides do'cêii_t;é'š"ër parlaineiitar'es`§- ao longo .de qua- eee entre 0zJ111'1S.ta de ontem, que empresta, .seu .glorioso nome a uma
renta anos devida públita recbrfi'§aos ensinamentos do Pro- homenagem, .e O jurista de hoje, que a -re;cql1e_¢Qn¿¡_ ;0_d_9§..0S,mérit'q¿
fessorfiatediiátiëço Pa'iilöÍ' na sua exuberante obra os quais sobram no cultor da teoria e da prática do Direito, autor
no' campo¿iiO'”il_iJr*eito” *Nã'o'_§ó pela densidade, como pelo do imortal volume Ciência Política -- publicado em 1967 e já na sua
fio dieIá_;ç'oiistáiido_ainda' os monu- décima edição -, que a Universidade Federal do Ceará homenageou
mentais Textos P__OZíticos da: Histórial do Bifdsil, aiii 9 volumes. com O Premio Clóvis Bevíláqua.
‹‹ -› _ , , _
u '¡Qua`iidb de Estado da Justiça j a- Nao é este um galardao que se distribua a mancheias.
CC 0 . . . . .

Hiälí$Í`šef.íIi¿¿šÍ1sÍ5iiÊÍi3ifÉš.i5är.*”¿f$§ii;`ël5Í6iiáÇâ¢ave lhe eis S°1.i_¢itada. sem _ nossa- entidade tem sido parcimoniosa e criteriosa na sua
atnbuiçao, nao por falta de merecedores, que felizmente os temos
qiie eiaiitsacrifiçio pessoal pelo tempo des-
XVI 5 DO ESTA'DO.LIBERAL AO EST-A'-DO SOCIAL

emf,~abundã.ii.cia.zem.¿Iicssa_~Qátriei mea-Pe,1°. Tiger <_=°m que e Olífllem


dos Advogados do Brasil .se comporta, tanto em reverência ao patro-
no: qgabatiza ,a_ç_omend,a¿_quanto_.ao -agraciado que a recebe.
. - .,'¿,Bas_ta. lembranque, antes doprofessor Paulo Bonavides, O prê-
mio' 'Meda-l1aa_.~,Rui-_Barbosa'fz-z.ci§i_ado.-e,m,;1957, extinto em 1961, e
restaurado dez anos depois -z,,foiz.c_onferido-, nesses quarenta anos,
a.oi=fi1ia§ A‹›Y<z=zz.si11ifis«fl°'=eS- ;bF«es.i.1.¢itssi.9PJRS. flflmefê z<1ë¢.1ifl°~ <=°m fes-
peito e, do_alg}ms,__Í:orii¿sai¿dade:sljleijáclito de Sobi_'al,Pinto, em 19.71; _
D_a_i:_io d_e._Almeida,MagalhãesÍ,¿ei¬a 1975;_.Nehemias_Giieiros_, em 1916; 5
Migu_el,Se__abra Fag,und_es,__,e'i;ii _1__9¿77; José Cavalcanti-Neves, em 1980;
Ribei_rO__de_;.Castro',,ojii}1g8`§§;,Ap,giisto,Sussekind de Mor-aes_¿R_ego, em
1.9.84: Evandro.eor.ël<R.nte.!êis§. e.Si.lvs› em 1.991› .e .Berlina Lima
Sobrinho, em 1995. | I Í ¡

.z .“Há~-iiii‹iQzAa9.§..<Rsita.otaii.a9..9ssirssYa A 1.1i>.ëia em=i1<1áfis.° seu


maiS..°1sxa<19«zsilaisászzrsflgstsi.~°i áz.sfl.R'ss~i?~›-s°ii .*z9*i°S‹z<?S *=f'=141°S‹ as
eminente professor e jurista Paulo Bonavides,¡iio_i_-ne exponenoial de
nossas letras jurídicase paçsooalidade`dé¡.des_taq.ue iia cultura brasi-
leira.(...)i" " ° |' " 0
-' '. z ..‹='i:':¬ =i"”¬-*.'i¬*. .-.=.i¬..l..i-_ iai' -._-'i¬I.= . . * ; '
Feito essle "baláiiço da atiiaçao `é_ d_o"p_ap_e_l do Professor PAULO BO-
mivioss no"ce'nárrio juiiidicb do'¬País," s'ë'g1iiid'o="testemunho__das gran-
des vozes do Direito que a, respeito dele se manifestaram no Brasil e
no Exterior; restäíiibs' 'aif`i1iÊl'_a*'i`réi`,é`i'i'ij“*qi_1f¿=:* sendo programado para
28 a' 'i)Í'de a'gósftO 'd`é_`i'2°(ÍQB, *à_Í'i°'é*Êi°l'iia'ç`Íão*, éifi' Nata-1, do' I`Con§resso
Brasiãeiroi dia IÍ)'iréiftii'“'É-ii 'Piiotiiêlssor`:CäiištituiÊ:'iioh'bl, por iniciativa da “AO redor de dois pontos candentes. gira toda a vida
FARN (Faculdade Nataleiise para O Desenvolvimento do Rio Gran- , , .do genero humano: O indivíduo e a coletividade. Com-
de do 'N'orte),""e`i'¬i"i`hoii"i'e"ii'¬`agem àquel`o-_`°Miesti='êl_e, especialmente, à sua ° preender a relação entre ambos, unir harmoniosamente
obra Do EstadOÊ`Lib`ër'¿il ao Estado*Sõcial,"à*?qual,°seg'undo consta-da essas duas grandes potências que determinam O'cursO da
convocação, “O inic-iou na f'c`átedra dei-Direito 'Constitucional da Uni-
,. , 0...? .-¢
historia, pertence aos maiores e mais árduos problemas
versidade Federal-do 'Cêaráff I
Í
com que a ciência e a vida se defrontam. Na ação, como
A Malheiros Editores, há quase 20 anos dívuilgadora da maior no pensamento, prepondera Ora um, Ora Outro dentre es-
parte das obras do Profe'ssor*PAU'í.O'BONAvi`bE§s lança`,` com júbilo, essa ses fa tores.”
edição comemorativa dos 50-'anoš do`livro DO Estado Liberal ao Es-
”Zwei Breniipunkte sind es, um die sich das ganze
tado Social, uademecum de'geifá`Ções 'que O' c'ómpul'saram~ nas esco-
Leben der Menschlieit bewegt: lndividuum und
“lãs jurídicas -do P.aís'e quéjffmêid-iantë"a leitura' dele; fortaleceram a Cesamtheit. Das richtige Veifhaeltnis beider zu erfassen,
crença- nos princípios da democr-acia e alentaram*a fé'-nos valores da die beiden grossen Maechtei, welche den Gariigi der
justiça-`“sO'rcial. ' i, ..'*¡ z. _ -
Geschichte - bestimmen, harmonisch zu vereinigen'
.›
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¬ J ¡'..':f_\ gel-i'Oert zu den groessten sohyvjerigsien P;-oblemen


der Wissenschaft und des Leben. Bald ueberwuchert der
eine, bald der andere Faktor in Gedanke und Tai.”
'I -iii* -_ :¡.¿'.- q- . ..-_'.~, H

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GEORO Jsi.LiNEi<. Ausšewazehlte Schrifteii und Reden
erster Band, Berlin, 1911, pp. 53-54. I

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P1;EFÁc1o DA 71 EDIÇ/to ...................................................................
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1=1zE1=Ácio" zi.1.°5;`:!Í:'.-.”.L›.i=:.faia......:............ .........................
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1. O problema da liberdadë'ë“do' Estado como?problema de resistência


ao absolutismo .........................'.-............... ............................................ .. 39
2. O direito natural 'da'burg'ú'ési'a" revolucionária investe no poder o _ ':
terceiro estado .............~. ...........-.~. ..................................................................... .. 4-1
3. Da consolidação do Estado liberal ao começo de sua transformação ..... .. '42
4. A separação de poderes, dogma do constitucionalismo da primeira
fase (Locke e I»/lo1_1,tesqirie___i:)
5. O Estado `libera`ilÍ-dê-i1i‹5cr`áiticó,"fruto de uma 'contradição doutrinária ......
6. Vierkandt eo pensamento político alemão ............................................. ..
7. Crítica ao liberalismo e advento do Estado. social, ................................... .. $_3`¬\"ê_5IÊ

CAPÍTULO II - O ESTADO LIBERAL E A SEPARAÇÃO DE PODERES '

1. A queda de um dogma ............... .............................................................. .. 63


2. Importância e justificaçâoshistórica do princípio da separação de
poderes .... ..................._......................................
3. A burguësia e o; ,triunfo do liberalismo na Revolução Francesa .............
4. A separação,de_ poderes como técnica delimitação do poder .............. ..
5. Os percalços .da separação.;....-.... .............................................................. ..
6. Corretivos à técnica š,epara_tis_ta, .z ............. ............... ..,,.......................
7. Jellinek e a preservação, da .unidade do poder .................
8. Sšeparação relativa, com s.L;1pI;€mfi.¢.i¿a,.do L,egis_lat_i`vo,-_(Bluntsçlnlrià.... -.×1¡×1o׬1›:×=1o.×›-:|\o1×o~
4 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
SUMÁRIO 5
9. O organicismo como doutrina de reação e combata ao Liberalismo 81
CAPÍTULO V - A LIBERDADE ANTIGA E A LIBERDADE MODERNA
10. Crítica às teorias orga nicistas .................................................................... .. 85
11. Tendência do constitucionalismo contemporâneo para estreitar a
colaboração e vinculação dos poderes ...................................................... 86 1. A crise da liberdade modema ....... ......... ............. .................... 139
2. Germanismo, helenismo e reaçionarismo ..... .......,..... ........ .. 142
3. Benjamin Constante o cultoçda,-_li_bçr_da_cle naç~,Í_§p~olis_'f grega .¿............... 144
|
4. O antiindividualismo do ES.fad0'Çidade ou a índ_o_l_e_ coletjyista das
=- cxprwwrrl-OPENSAMENTQ POLITICO DEKANT , _ _ comunidades gregas ............ ......... ............ ..... ..... ................. 1_46
5. Conheceu a antigüidade direitos fundamentais do Homem? ............ .. 153
6. O pensamento de Miguel Reale ........ ..¿................................................... .. 160
1. A filosofia do Estado de Kant e o debate em tomo de sua importância 89
2. :=Pr'incíp'ais fases da filosofia kantiana'............................................. ..'.......... .. 92 7. A liberdade em Roma, segundo Jehring .................................................. 161
3. O maior filósofo da Idade Moderna e talvez de todos os tempos .......... 94 8. Uma reínterpretação 'dó Estado gregö:f`Nietszch'e e _
4. F__i_losofia e `mét_odo, segundo I§ant ....................................................... .....›96 O Começo da Tragédia .................................................................................... 162
5. Ética, face idealista e renovadora do' sistema .... .......I.......... ........... 99 9. O antiliberalismo nas doutrinas aulforitáltías ‹_:la,liberdade ............. 1,63
6. Dualismo na filosofia de Kant, com a superação'da metafísica e do -' ' I : .-o '..` u 'I

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empirismo ....z€.............................................................. ................... . ¿_.;_. . .......,_‹100 _‹


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7. O problema da liberdade ................................................................. . ...... .. 104 os 2, , Q. ¡ \ I.. z

8. Direito e Estado ........................................................................................... 109 _ como vt. as Bases roEo`LÓ<_;`1cAs ssmoosocio.


9. O pacto social............-..,z¬..-..z...z,.....-...‹._..._¿t......-........... ................ 110
10. A passagem do "status naturalis” ao‹'stat_us civilis”, mofnento decisivo l. De Rousseau a Marx ....................................... .Íf.'Í.'......... ................. ...... .. 165
para o aparecimento do Estado e a garantia do Direito .................... .. 111 2. A originalidade de Rousseau ................................... ..¿............................... '166
11. A doutrina da separação de poderes e o silogismo da ordem estatal 113
3_. A limitação do poder, tese máxima do liberalismo, e a réplica '
12. Kant, filósofo do liberalismo ................................................. ......... 114
democrática de Rousseau ......... .`.............. ...................................... 167
13. Estado jurídico “versus' Estado eud.emor__1ístico_., ......... .......... 115
14. O panegírico da liberdade ...................................................................... .. 117 4. O pessimismo de Rousseau e Marx .......... ................................... 169
I
|
. . 2 1 . I 0
5.' A`s posições fundamentais de interpretação da obra
_ _, _ l ¡ .
rousséauniana ........................ ......................................... .... 170
6. A “volonté générale“ e a recuperação dootimismo ............................ .. 171
como Iv - o PENsA1vrENfro rotígnco os 1-:scr-:L 7. Do político, em Rousseau, ao econômico, em Marx e sua teoria do
Estado .............................................................. ........................................... 171
1. Panteísmo e dialética hege'liana ..................... .f.......... ., ........................... ..'. 119 8. Exclui o Contrato Social necessariamente O Capital? .... ........... ........... .. 173
2. A monarquia prussia na como realização do absoluto: 9. Da contribuição doutrinária de Rousseau e Marx ao moderno
uma contradição de Hegel ....................................................................... .. 121 Estado social ................................................................................................. 175
3. f-i'l'óso'~fo e a Revolução Francesa ............................................................ 12_2 10. Rousseau e a evolução democrática para o socialismo ....................... .. 178
4..-Influência de Platão e Rousseau, e originalidade na concepção do
Estado ............................................ ..-.................................... ...... .......... .. 124
5. Doutrinfa política extraída do caos em que a Europa mergulhava .... .. 126 I' '

6: Hegel, filósofo do totalitarismo? .- ................................................. ......... .. 128 Càríruio VII- O ESTADO SOCLAI.. E A DEMOCRACIA
7. Superação do jusnatural_ismo_e' da velh`ã-tëoriã abso'lu`I:i'sta ¿.:..;....... .-131
8. Postulados hegelianos -no*mo'dërno 'pensamentppolítico e retorno ~“ ` 1.1 O moderno Estado social . .......................................................................... 182
' ao-direito natural como saída para a crise da'lib:èrdäd'e'h'1odemaf........ 133 2. Distinção entre Estado social e Estado socialista ..................................... 183
9°. Í Hegel- e a separação de-poderes .z..........;.If?.'.“ê.5:..t....:-.°..á..›i.»2L'.f.'.*...-..-1.:..:.;....:.. 134 3. O Estado social como fruto da superação ideológica do antigo _
IÚ.-íOrganic-i_sr¿no esta-tal-..... .;::.'.~.~..-'2,â.£:i;.‹..'.*........ ........ .....:.;;1:.--.-.': .....................135 liberalismo .................. ......................................................................... 187
1~'1Í.-- A- -tese llä'e'g'eiia“na¡ da s'èpa=rãçã"o'd-exfpodëres como tese verdadeira 1137 4. As massas no Estado social: otimismo e pessimismo dos sociólogos .. 191
I

6 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


I

5. Massifióação -e nivelamento (Solms) ....................................................... ._ 195


6. A massa como pressuposto das ditaduras (Grabowsky) ............ ........ 197
7. A importância da massa nas democracias ....................................... .. 199
8-.='A politização da função social' pelo Estado ícomo meio de agravar a
i :dependênciádo indivíduo,-sdesvirtuar a democracia ou consolidar o
poder totailitário .......... ......... ............................ .. 200
91 'Consagraçãodo Estado social no constitucionalismo democrático .... .. 202
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CAPITULO VIII - A RETAÇAO


DA-S REYOLUÇOES L l.l¬

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to ÍjI›¡R_E1=Á'c_I°o._¿_o¿I_ 73 EDIÇÃO
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1. I\l'ã`o'bas'ta'faze'r a'sI3Êiól5gia das Rev'oluçó_es: urge também


interpreta-lasl.......................................!............ ...................................... .. 205
2. Tese sobre o deflagrar e o destino das Revoliições .............................. .. 207 ' . -" " l ' .B " '.Í

3. Revolução__e :golpe de ;Es,ta_do,: as çonse'qi'I‹§n_ci_a.s_›irreversíveis de uma Do Estado _Zi,lg_eÍrqZ do E.što_do _soc_ial:;,estaII1p_ado em fins da d_é-
Revolução......................................... ..-............'....................................... .. 208 cada de 50 fo_i..o primeiro, livro que se. escreveu no_Brasil sobre' o
4. O Estado social foi, no Ocidente, a grande conseqüência da
Revolução Russa .......................... ................ .._.......... .¡ ............................. .. 209
5. Nem a Revolução 1'-`rancesa'se legimitou pelo terror, nem a
|
só '
Estado social. . '
Quando veio à luz, o universo jurídico da época o_u ignorava em
¡

grande parte, ou não percebia, ou até reIutava,._e_m admitir, o sentido


Revolução Russa pela ditadura do 'proletariado e sua burocracia ...... .. 210 e o alcance, teórico da expressão, por não dizer que não comungava
com a fórmula de compromisso cunhada pelos humildes e deslem-
I<BI‹'ERENcIAs BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................._ 213 brados e descon.hec_idos_
1 - -
autores da ._Lei_F\1ndamentaI
¬1.'›› - ...-_z.. ~
de Bonn.
~
Spuberzarn eles, porém, .c_om"`uma. locuçao breve e substantiva
INDICE ANAI;í'IIco .........................................,............................................_ 217 e de rara eoncisão, formular em 1949 a. cláusulaçprincipial dos di-
reitos da segunda geração, Í
Herdaram-na» do influxo weimazziano, controverso e .casuís-
l --1 li'.-unú-nq:l-àniuAnl -'-1

tico, que, partin_dq_ da Alemanha, se ui,I_'r§diar_a .pelos países consti-


tucionais, emper,_111__a¿d_os¿,ç_I1_1 Iƒenqyar, regormar ou reconstruir seus
modelos .de O_onst_it_uição.. . _
Mas _ma-_Iog=I;ara1_1i__por, obrados abalos_ideológicos dos anos 20.
D,esgraçada;rient,e,-_-.as,Çartas Magnas desse tipo ,
pos-
IO ‹111s.as_i<téia.S.z.1âaiam r_iesa_<_1°‹ __ .
. -é `.-.O -mundo-mecollieu. por=-esse, modo-, z;.~da; .fonte - .gerñ1ãnica, a pof
derosa. s_I.=1_gestão.Idea;-umicorgstitucion~alis.mo_t-de nova dimensão, que
interIt_aya-,‹_.;po_1:..via z.da___s~ -cazrtas sociais de.di.rei;tos,..apazig1_.1ar. rela-
efasêz irrí_a‹isa§.,..az.s°Q.aêe›is.eS PsrP.aSSa.4a§ z_.‹_1.°_S ---litígios de capital
›<=.Qra-~e~..trabalh.Q.`?«._z-.~ 3z_1
iii a J. qa- Ii.-1 .~_ .-u..- -.Í' .II ; . I-'. ' '.'| '.-t'. - ' .

Jlisso, ..a1iása,zhaviamI;sido pree.urs_o,r-tes .zosz:›constituin_t_eszz mexi.-


canosz de«-191-7;- rn-as a 'fama--e o.:p_res.tíg'_io .da novidade «introdutória
8 no Bsrano LIBERAL Ao Bsfraoo socIAL PRBFÁCIO DA 71 EDIÇÃO 9
ficara com os republicanos de Weimar e sua efêmera Carta de bre a segurança; esta em sedezde razão de Estado, que.-té ainstân-
1919, tão efêmera e instável quanto a nossa de 1934. cia de abuso onde se absolvem e se canonizam os atos 'de- força
Toda vez que versamos o tema pertinente ao Estado social, dos governantes desviados do bem comum.
ocorrem-nos reflexões sobre a natureza dos entes ao redor dos O Estado Social, pondo-se nessa linha, motivou' e"inspirou
quais' gravitam os fins sociais da pessoa humana: o Estado e a So- indubitavelmente a criação contemporânea de um novo 'direito
ciedade. na região tedrica, com fundamentos principiais, bem afim às su-
De ambos, a lição da práxis, da história, da experiência, do gestões hermenêuticas de natureza concretista, escoradas no
conhecimento, da ciência e da observação, nos consente inferir o princípio da constitucionalidade, que é, em sua essência mesma,
contraste das duas organizações. o .princípio da legitimidade. _
A Sociedade é muito mais; nomeadamente em peso e dimen- -‹ “Daqui o' denso teor'le'gi'timai1te, qualitativo e 'hierárquico
são. Porque`é o valor,_ a legitimidade, a Constituição, a vontade desse §novo Direito que, atrelado ao campo constitucional eiiàf No-
popular, a cidadania, a justiça dos princípios, a soberania do povo, va Hermenêutica, põe abaixo, em certa maneira, a" Dog-'Ifiática
pk' os__diš°g¡i_tos, a igualdade e a liberdade, enfim, a clássica, bem como algumas categorias conceituais -da velha' :es-
razaoilnioxipor 'da' n¬as'verd`àdes do pluralismo, ou seja, um gêne- cola positivista, ultrapassada- nos rigores- de seu tradicional rfifor-
ro de direito natural que, ao baixar da esfera abstrata e meta- malismo. . z ' _
fisica aos conceitos de valor e princípio; 'busca positividade, afir- Do Estado liberal`*ao Estado social, sobre ser, portanto, a pre-
zfiâçaõ and-es*é*n¢ä*1Bó<fé:Bo"aI-árdua*=§àafâ¡i'ë~=aI~õ tsrfieö. 1-* ' 1' 9 leção- política e' ~ñlosófica de'=üm direito positivo instaurado nou-
~`* *Ã's`r›¿iëa-àdé'féfiâ ' ëösafafo ==“óiitrâf'*ràzíz3~=~õ“€ítftà`* érfëia, õú'tz=z'Tú*a- tras `~bases, que não' s`ão 'as' 'do'~~iri`div-idualismo mingu'ante;‹ mas as
dida: a injustiça das desigualdad'es,°a batalha dos egoí'smos; otitëa-° da socialização ascendente e que trouxe à altura constitucional,
tro 'Has'-ambições, o espaço'-"fëchado *dos prijvilégios, acompetição durante a segunda metade do século XX, os direitos fundamen-
die*-*cla"sses§' ~d'i-`jö'goi'de interesšës; i'as«=c'onti°adi‹';õ`es,'-os agravos, as tais da segunda dimensão, é,.do. mesmo passo, uma espécie -de
hÍó'š'tilidaId'ès *iíondúzidasilàs*Íësfér'às= i':`l'a"'-*`¡;=`:c"ÓI1°oI'rii:a<, 'isto ég" do -traba- iniciação, introdução ou propedêutica teórica à democracia parti-
1I‹Ió'~=é°fuo.°c_apIti11â° ¡ ~' I. :ff ¬~ ~- .-. .I - cipativa, qual'-a esboçamos- em .nosso Curso de Direito Constitu-
" O “ E°"s't?a'do"'não "i`°`áro*"'ç':oIzi"ciíl'‹ia°' ii Sb'ci'e;dadëi¡'c'om' o' poder qiie' a cional, na coletânea Do P_o,_ís constitucional ao País neocolonial e
s_ubju*gã_,' com 'oi' arbítfio"_'que°" sã' - desfáilepe, `.c'oin' a onipotência que em .livro mais recente, por -nome Teoria Constitucional da -Demo-
lhe c'iueb`r`anta a'resistência`; fcoiii Ó d'espoti`šín`õ que a-idissolve." ` cracia Participativa. -
O liberticida, o tirano, o ditador, o"°*Ê'ëiiöc'ida têm por domicí- Conjugados numa clara e manifesta unidade axiológica for-
lio o Estado, não a Sociedade. -Sujeitarrfiësta fàifiruína e à servidão. mam, consoante já assinalamos em distinta ocasião, uma espécie
' O` descompasso entre govemo 'e cidbfdãif assinala o declínio de trilogia da liberdade., dazjustiça -e da igualdade.
da aut'óri'dade'e do consenso, a'*Í3'aÍ`r**d'a. úYiiãõ"1iíbi'ida*ƒ'dó poder com Com efeito, todo projeto- de sociedade aberta e constitucional,
a lei, que é, assim, regra e não princípiofnorriria 'e não `ir'alör. ' consagra-dora .da democraciazparticipativa,.fica inexeqiiivelze fada-
Teve o Estado social sè`IÍr"'a*§ö`geu"'iioš`*_pdís'ès do' cfiãrnadb Pri- do ao malogro, se desfalcado desses valores e princípios superio-
'mëiro'°"'Mundo, logo após a `Seg1.índa'*Grãn*de1 Guei*ra", -še1`=vi'Ilõ'de rs.S_fl1i-._zeê‹IwS_.1=°s~ _ ' . ç, _ _
uma doutrina constitucional cuja iñ`s'i5i`I°àçãö-*`in'aior se” cifravä' na Tem, de' último; -o.Estadó;,so.cial_.i`ne;go ,direto ~‹§,o1m_-:as°crises
justi'ça,f-1'-na igualdade, no' estabelecírnentot da- 'plaza social; - naícessa- que' ao começo..doÍ=sé'culoaXX1I='ilagelam: o Brasil. B'asta=;a- .esse'=res;-
'ção dos con-flitos de classe;?iía1'tnIi'dançe2-zhegeinbnièa~Íque-zse tras- peito ligeira reflexão acerca;-das -eomoçõ.es do presidenci'a‹lis'mo,
lada do=princ'ípio da legalidade'-para 1-'o'== principiío da' legitimidade. aFl11«@19-É que -'9-¢_0II1PëU~1hfl1I1 . de; perto,-a_..,$.0I'iãe . desse. gêne:ä0-zde."Esta-
` '- '-01 o'daso"-das regras 'e döšfliódigösi'*ttivë"Íioi*'”šegi1ii*iiëii'tÚ ti auro- d°~ D-959.*-99» 9135 Ififetflvzfiflƒz governos: .e.; iân.c-ubavzam ditaduras; ›agora
ra dos princípios e das Constituições. Em termoš~-iiiigerõšarnente lafetaim “instituições =e-` °d3$Í'?1Í9G3‹‹;U3f°Í Iše8'iI..1't1..í'3S..‹›.: _-=-=."f--1
' 0 :°f-'.:z. =zzz_›:'nI::::-z
doutrinários,-1 ocorre--o 'prim=ado='Ifdoí=5.principio'.=='šobrfeíf'a =reg1"a, da ` 011,5 f01“m111ád0`-noütros'1=te'nm'os: :-fafzemt --impossível-1*iestíãbéleçer
.Costituição .sobre a lei, doffdireito sobrešia .-nom'-m;”› da juš.tiça› so- a sociedade participativa daquele' Est'ad'oHsocši'a=l*.¿' 'À verda'd'ë}iIa.Him>
PRBFÁCIO DA 7» EDIÇÃO ,il
io DO ESTADO LIBERAL* Ao ESTÁDO socizii. O

O .

plantação entre nós de um-Estadoi. social é muito mais dificultosa energzf â:§Ã:秧SeffiLfi:Ér::Êä1:.¿ Jci;íâ§c.¶r1ii_¢o,éespínt0 de análise,
que na Europa, onde desde muito. floresce ele em várias repúbli-
cas constitucionais do continente. g i
tentar 9 P1'0Pa82-11' e, defender si uele iaenclñ 'mêla com que sus-
da democracia e da justiça ue él a fil refinano e mandamentos
No Velho Mundo o retrocesso neoliberal fere tão somente a cial em seu consórcio com aqsobera ma ' 030 I inesina do
do povo.
Estado S0.
participativa
epiderme da sobredita forma de organização do poder, ao passo Com ' ' ' ~ z - . . no
.
que nos «pa-íses da periferias lesão ,do tecido social é bem mais _ ° se mfere Ê-¡_a1› 3 11011111021 passa pela etica. Sem etica
grave-e profunda. _ 'z .- __ . eXe1`°Í°1° d° P0d@I', 1180 há obediência nascida ou derivada do
Compromete,.por conseqüência, o advento de quadros insti- peit° à lei: Há 993950 G medo. Não há tampouco direito na solciâ-
dade mas arbítrio ‹ Não há justi
' ' za, ma f -
tucionais propiciadores de um sistema que incorpore em suas mas › opressão. . 9 l S Orça _ Nao~ ha» autoridade,
-
bases‹ .os _pri_ncípios_ de._justiça ingênitos _àquela modalidade de
' - De3S.a'dí1'99ãÕ 01i~.€t`ii'i'lli"a - tornamos a assinalar 0 legítim
E5t8.dO. =-;_‹;-_';- .¿ _ ‹ ' - __ '
Estado
, , _ Soc',la I _59
apafta, P0rque é vazado numa Constituição " . . de°
São princípios objetivamente vol-vidos para concretizar o dis- principios e nao em decretos-leis; -porque tem por si a le 'timid d
curso «declaratória de direitos fundamentais. de quatro dimensões,
já teorizado pelo constitucionalismo contemporâneo. ¿
da'-letra °°flStÍt11¢i0naL.-ea-não unicamente a legalidade diis odia e
°;u dás' fešffls. --alteráveis 'ad nutum dos- legisladores -de o(::as%oS
A dificuldade mais espinhosa à concretização desses -direitos semmandtfl '_
Senhoíeg 1310911121”.-â€11_1 ..legitimidade, sem respeito
. .a....sobez-ama_
1_°'
procede, como se sabe, da conjuração.neoliberal do eapitalismo , e um ecisiomsmo refratário à ordem'ju1-ídiza e
globalizador e sua máquina de poder, que, domina mercados e ° ,_ -'sao re
, 81'me-› SãO
.. 0168, no -c_aso do Brasil,..os
-__ autores de mais _ de qua-
anula,-compactos de vassalagem e recolonização, a soberania dos got-mil;medÊdas provisórias,-“que desarticularam 0 «-Estado de .D¡_
países em . desenvolvimento. Ioaroearamas- ;*~ ° -.
Capitalismo de -agressão, é ele o inimigo mais feroz do Esta- de das cašas con' ess folimas depreseniailvas, fenram a dlgmda-
do social .porquanto percebe que este o ataca e organiza a resis- invadida' e'-usurpagda -u‹£ie:a-iiaresaposêëdlaisf.Íiia..fuiição legiferanuä
tência .dos povos` oprimidos. . f0HÍPei*a1m'o°el1uilíbrio a fi" -sam a ni. eP*Í”?d°n°1a d°S tflbflnflis.
. . _-|.f'I‹¢¢¡ .I . .

O'Est~a'do social, nó's=o' vislumbr-amos 'há cinco décadas, e o te- tucionalidos Poderes 'enfinimsiioi a haliii-1.b-n~m e a P-andade °°nSt1'
can.a _ e1 Í,e d..erativa
_ _do_ ' sistema.
_ _g_§_ fêflifêlfâril contra 'a essencia republi-
mos ainda por -chave da-'crise iiis'tituci'oi'i`al deste País. _
fz! _ ¡',...:_. . 5;' . 1.' ¡ H I
,___ Mas ele só ~'fimcionará"se o perfilharmos nasinstituiçõesi- polí- t 1 _ . . q al o entendemos, é democracia, nao e decre-
ticas ao lado da democracia participativza, da qual é, dei -necessida- 0- Gšnempiedida de exceçao. _
_ ao Esúsàó de DIreii'ó° *ñâó é vâ1'h"' 1',.,}_l_,.9._de
“ ~ " prostitui-
de, na teoria, o preâmbulo, e. .na práxis, o órgão de execução.
das continüísmo dbš ,e.0aê.r_ _,a_‹:o,_t_ ambiçoes --
Comi o' Estado social -se positivaifi os direitos fundamentais É .. .,.- _ P.. . ›e§=€ ,QQ mandatos.
das Constituições progre's'sivás"- e- liberltárias. - ' _
. go-'ve-m°*f~`na° =9..i¡1'›ëfi9Q de ÍflflL1ë1'1Cia.Í q-ueavilta valores sociais
As considerações aciiiia-Pexpendidasêcertificam pois .a' relevân- .zE.poder i=espo'nsá,vel_.'e_.não entidadeêpúblisca violadora dos in
cia atua-lifizadora desfrutada'--'pela tem-á-tica deste livro,-ragoita. em teresses._-doztzpaíse alienadoraida soberania-' -
Sétima 8`dÍ'Çã*0. "- ' ' ;:'.¬";-=.:-'¡'= . '. 3 _ '
__ f¿,§šf§§1gfÍsgoi¶1'§_f;59r1¡.ç1erradeiI;ó;1'§ê'~nffid¢ziti›daàe da nação mes-
Vincula-se ele, por inteiro, a um pensamento *~tioii`stitu:cionál mas' ' €xprpssa= j poi?-'uiii -' “coiistí`tü`cioiialisiñoi “dexilibertação por um
de justiça,:. liberdade, ig'íialdade,:-= pl-i7:`Iéi~:á'l-išiiio e¬"cleiiiocifàcia*.=partici- 1'g1}a_”l1tafisino "de çleiiio'ci*âtiãiIçãö*`-fë iporf-"iifii='jiiiliëiialisiIio ,de salva
pativa, cufl-t-i=vad'o e~ 'des'ènvo1vid'o. “desdëtfosf ' saudošos' dias de sua guarda'“'dos'*'direitos'”fiind'äiñfeYitäiš_Í°*`f ” 3- - -'›' -
elaboração como tese 'deizaict-isso à' šcátedrat.-. ' if i- . Em outras alavra ` ° - ..° ‹. . .
- Ao conteúdo' de seti'íte¬xto, =às=='1inl:'ias1=rr`íe¬s"tras de seus funda-É ¢í-'a'-¢¡¿'› 'päfiíêífiatšpäf.¡íú¿sÍšã:)%ÊÊf19§ St-gâiêzé-.¬.I.1.-a' Ê'-Êiiftëllcla 3 d.ém°'
mentosatàzféssência ~'de"šeius` postulados; que'ftáii'-to nos inspiraram, ziiâraêtštzsii ~'r~1tt'ra=
,_?,;,,__,,_._S_ ta segUrançz_
ahšehe . z?i..i°.SPi
- ?F'_ um Pf°gffl-
ficamos sempre fiéis, jainäis_="1ãbj'ura‹iíd'o;›i›jamais '~ oliliteifandoi*--ou ' ' ' -".' ' '_'-' . ' ---- -.'i_ ..z : "~-'.:'i:- 2.- .`.`.l.4i‹_,ii§ ¡,:*_\.,_`>_¡'-5 _,-_ ,.~-, . I .= _. -
.'.'.`¡':`f..'.': "".¡'iz"i";i: :_ 5-.'›'='r_,_ f-.-¡ E,,..`?},.'_,_¡ z- ¿ I'--i . - -
ap.oštätandotiiç1éia.s, z-v.>a1o_r-es-z ze .princípios axarados numa linha de
oonexidadei--espiiitiial ina;bd._icáv'e1.=.- - z..,zz._ .- ‹- :__z- › ' z
“ PAULO BOi~iJi"vII_5`Bs 'l' Í'

Í
P-RE1=Ác1o DA- ói EDIÇÃO 13
As correntes dèsiiacionalizadoras navegam-todas n'o`1barco do
neoliberalismo: seu's-'¬a"×iomas iiñpu-gnarn-«'ö Eš`tád'o,-a sol:f›ei€a'íí-iai, a
nacionalidade, e' os ê`$Í(ércitos, ç`uja'e×i'st'ênc-ia p'ro_'claiÍr_iam i`nútil'.¡ E o
fazem como se tudo isso fora- anzfcroiiisfrto. `Nãó.**obsta.nte}Í>sefzifeve-
lam elas impot_entes,~pa_ra arrebatar o futum-às'nacionalidades .cons-
tituídas e calar- o_› ânimo das--aspiraçõesznaeionais, que._conti¿-iuarn,O O
Õ
5

sendo o sangue da* unidade de cada organismo nacional. ; _ -


Demais, oinëbliberalisfiio que*`a regionälidade d`ö`s'¡éon-'
flitos militai*ëš“n°ó's*_ e rfiont'anl'iz-.is_'__l`›_š_-_il'câv'n_iÊ:Ías "da'ie'›<~“_Iug"osl'á~
via, a par dos sobressaltos étnicos na Eurbi›`a"cl'äs "R'e"'giõës=,"lIi:es t'ria'2
o desmentido 'd`as"šua"s' e'×p`ecta'tiv-'as e='p-rog'nôsti'cos;' 'bemgassim -a_
PREFÁCIO DA õf EDIÇÃO advertência de q'ue 'a' *nação',='e'›Z-priniindofumaiãconsciênciã- de i'de`nti-"
dfade, é a suprema vocação d`fe'*podè`r legítüno-que ëondufvo -destino'
dos povos? Sobre ê`s'ses valores-¿tr'opeça o' neoliberálismo'.faté*ëcair
_ . . «D _- ' ' fo de °usti ie ald'a-
1¡s.~Eâ*â.°*°f°°:::l::;;;í:;%:..*"“a....*:::r:.:ç:....à
a ezzi z-.zaeaz _ - _ .
ošñncípio gošzemativo mais “co enzygestaçao no universo politico
exânime-no vazio e inconsistênc'iä=d'e5suas'fórmulase-idéias-šÚ:
' “' _'à*šs`iiialãr,'por'
ig'i.'Íal¡_ique' 'of' n`èöç"li-beralismÓ,` invéšqtiga-
do' _c'1'e§"`dëlaês suas' ráíz`és-*e'àfèi§ido` 'em^s-uà~n`a`türe;a,_ não ré, enquanto
' .-

do Ocidente. . . ~ ' _ tabelecer o e ui-¡›__ 1 formëf*pblíficàíiregr'a Ele p`öde'r"bí1^*sis-tema jdoutrinário, 1`nas~"t_ão=š`o-


Ao empregar meios mterver1_e1_<>!11_5l15*`f-PÊ"a es q n'íe'11Ífe'aspectp"šëãi1i'idá'i°io*e"tributário da própria-categoriãëhištõñië'
. ~ - uistituiu ele ao mesmo paSS0
brio na repartiçao dos bens sociais, _ _ a __azef cá *de 'organizãfção 'dp *Estad'o',-' 'quëichegou _ai degrau ‹má_is,. eleväí-'
mn ° tias concretas_ e_ objetivas, que. tendem do de suas traiisf‹›*rm'á¡ções`nai*'še"g'i:irída metade-do século XX pas-
_ regime
_ de garan
_ - . de er vincu ¡ ada p mma..
vitoriosa
_ uma concepçao
- democrah¢a_
° - r _ stP°dfumdamentfifiz . ¢°fl°°' sando adenóminarz-se Estado social. . 0
.
cialmente com a funçao . e fruiçao dos- direi
'_ os _ ecuiar__ _ -`
-0 _ :_ '_ _ 6 |› .- -. _., .

_ - 'i;'ta_da uea O corfi_'§rdmisso_desse Estado com a liberdade se fez irrètratá-


b 1 dos doravante
. . . em- dimensao por lflf°.H'Q
- dls- “Í
liberais e subietivistas_ -_-9 P
do P aSSfi' vel;_ a_,¡l_il_:iei_'_çl‹jzide'érÊ_t`ei1_`‹Ê1i'‹:lêi_ aqui Íeflm* seu si'gni"fi'cado positivo, este
ao feroz individualismo deã W555 - ' ' d lores ue o Estado gque os liberais nunca compreenderam e nunca haverão de compre-j
do. Teses sem laços com a ordeI_11 <_>b]°fW§ °S Va qd . gti ___ na Êender por lhes ferir interesses econômicos imediatos e inarredáveis..
concretiza sob a eãide de um obl°tW0 me-1°"= 0 da Paz ° a lu 9 Ora o significado positivo da liberdade, distinto do de ]ellinel<,` que
era o de um status negativas, não pode deixar de ser o de- sua con-
sodêdadelf Om e el'to .iv essa espécie de Estado _ , , social,
. l'IUmfinÍZad°'_(l°
d at-IcoP°' na cepção como direito' fundamental provido de dupla dimensão teó-
. . . ais da liberdade em0¢f
der,, juridico
. nos fundamentos - soci _ _ _ f
timo amea a letal ã conser- rica: a' da subjetividade e a da obje`tiv'idade. Desta última se achava
essencia de seus valores, . padece.
' -de ' ul f 9 d . deS__ desfalcado o conceito do sábio alemão. `
. Va ça ;"@ das respectivas bases . , . e conquistas. z Esmaecê-lo_ e e_ P018 das
truí-lo é parte programatica das Fora desse ângulo da bidimensionalidade e da associação com o
' ._ . f.0r_'m_\1la5
a economia
flwllbefals Pf°Pa5a 'da
de mercado, bem como _
.
E_s'tado_s_ócial,5 tenazmente recusada pelas posições neoliberais con-›
°m'“°me da glolfmhzaçao e-dtal mi~ ratorio,cu]a.e×pansa ' ' ' "'o _e circula-
_ _ tëiiipÔ“rãi`ieäš,' a' -reflexäo' dÓ"ne`óliberalismo," sobre ser retrocesso,
ra

€1z11ʧla~›d-eE'fr9'nteul`a$¿ê$;_§lÍ›Éidade igmprevisível, contribui irremissi- a'ti§ñ`tá i':'or'iti*'a"o'desenvolvimento da liberdade mesma, c_uja-¡i-nstitu‹-


§š19›
' ' 'r°l9'-'Wm -*~ `- tuar ` ` a depen J 'd"e1'1¢15 ` dos- sistemas.
- na- cionalização material na sociedade ele tolhe ou inibe. 'J '
velmentç
-_ . para- Ç1e¢r.¢.*_fif
.. - _ e P°'ÍPe° . -- ue demoram nase sfe-
_cionais,°indefeso__Ê ecípsprotegidosz 5l5Í¢ma5 (1 . ff "Ço'n1__ë_f*ëit_Ê_›`,“ `ta'_l_instí`tucionaliiaçäo não é outra Coisa .senãföã con_-
ras do Terceiro 111) 0» .. _ '_ - _cIo`.<_L direitos fiindamentais em sua 'concepç'ão`l11üriaiiíš{
* - ~ ' " redatoria sobreabaS5.'Ê°°' tica, L'u1i\'¡ersàl`i2a¿li'5`ra'} _Ç31_‹fg`_§_:eór`_ç'oristitucional mais lar'go,Í'ä:Íäda"-'aii
. . Tem-9359 .~-'- çaplli'-gl desenvolvimento, ação Pporquanto ' '
gira d em áfieira
. _,
nomica dos-paises em _ ¿.,_~__zz_ za fazenda Públ¡ca_ desorgamza estabelecimento e_proñ`1`o'ção da_Ijustiça. Ci`fr'a'da,`pör consëgiiintej
especulativa, provoea ¢l'l5°5z 5 5 5 _ . a na--*correção das'-dešig-ual'dades sociais, compa-gina, aoimesmofiápas-
- . s in-- emas derruba bolsas z dissolve economias, €5ma8 so;` os -direitos`*furi'damentais-'d'a terceira» e da -quarta gerações, šaz.-sa-›
mercados. . - l
1
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qn--ø

14 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL PREI=Ác1o.DA ófi EDIÇÃO 15


.
.. .tg_ _.e.a.democraci&.z.f°5P°° - ' tivamente. Dir€Í`f05
be fz ,0_.d_esgnv0lV.Un_€,I1
... - ‹ . .._ › . .. . mem e de uma nova socieda- tudo isso com o objetivo de fazer ambas concretas, tanto a liberda-
I
‹zolvzid<›.s.para.fl ¢.1°1fi›€a° °i°~`“'*+.*'“°Y°* h° * ' de como Ía igualdade. Tais acréscimos, conjugädämente, preen-
d P 'cons€€lüência›-encam¡n.had0.S.a um,bem mais alto: a caução chem as lacunas dos dois conceitos e colocam a liberdade e aigual-
dâugdiãšidadawdalzemategial dQ.$e;.tzhs1I11.a13°.z .. _ dade no patamar da concretude constitucional propriamentedita,
I'
Í
. - .Í i- 'Â 31'*a.--
.._.,.‹En_'l"V°Í ¡-¿j~é›_›`öz.âv¢ll1o Estado liberal daseépocasfclássicasz
zf¡-¡-¡¡§5ãof"fevoluciönária- dÉP°f5
-exaurir sua 'esSefl¢1a que é a concretude normativa a caminho da aplicabilidade imedia-
de'=¢Í¡fiÍl5flfü'53m ta, acima portanto da retórica programática dos textos constitucio-
1'
. - * -.=~. ' --. " ' .z- '°um
 .- -¬ seStflfa1S~
racionalizadõifaf `¡Ê¢Ê'Pãðs:ij_Êí:ç1ã° cglçãâderes, talvez no terreno
~ " - ° nelas ci-
que corresäiondem ao período de um Estado social até há pou-
_[1'_L_eÇ1t9L§|..""' _.â. :~z°...'__ f.:-na i às '.._a.adënšua 'he¡-lança mais fellZ,
co merarnente outrinário, impalpável e abstrato.
dasšs.se1ss§âf9a§$9§§%?Ps!§¿¶És!.1l?.¢.f _. . Dantes vinculada ao liberalismo, ao _qual se-acha associado seu
. -. _. ,.-.,-.»._._.ãsi›sf~'_zë.i¡¿._._ez.~.1f›.*~f i.i.:==.¬. ..,¿¿¿_¿._¿¿¡¿a_men__ O P____________ da advento na idade modema, a noção"de democracia, por sua vez, se-
cularizou o 'ensamento político derrogando a filosofia de poder
H 'ãoâneâmušnálwqlPênâsããjãšlgâlfilleiidosnlIfiatleriais
liber a ê. É
"
. 1 _
.=..--
o 0
Étodavia só preencheu
seu Estado- darmex "^¡_ _ . _____
cultivada pelas monarquias de direito divino.
em fas/0I'=_C1°_?› ¢°~P*`tÊLj§m°'b“Ê.%“e§fí¡aáÊÊ¡tšwii não dizer o.calcanhar Em seguida, afeiçoada ainda ao liberalismo clássico e jungida às
š
Nisso. residiugobviamefltfëz15-113 - ai _ __ __- _-' P - _ excessivas limitações do sistema representativo, a democracia se ir-
i
d°Aq“'1e5'.d°anng°:mQde`° ll. 'l Í. lontextura meramente radiou, enquanto princípio constitucional programático, pelos po-
i vos ocidentais; alimentou o pensamento racional de reconstituição
fsfmsl HQ °~mI?P~*E-1-@*~* '*~1.11'*f§'~7'*'l~@~"' ~~`i$*¬" ' ' .li-ó išizzôizzio iâieáazaé e das bases do Estado soberano; guiou as: nacionalidades com a bús-
zegzzrfmsafsls-sidaéêruê-gspãašífiääáššjfâfsoçä ¡_z_z_~__~_¡_~_¿¡¿¿_-_-_ se ~¿_¿s_a¡¡_ «IP
sola dos govemos livres e, ao final, para surpresa de todos, apertou
igualdade "-'~* ¿".¡°?t-a`“i-mçgq' r: gs Ú Í ll incólnvenientè e sobre- e debilitou seu espaço legítimo, em conseqüência das contradições
zm
tudo fatalaos mtelneslsesl
› - sgslglêiífiâan
~ '
°*f°°”*â“°*i*f=sPââ*f.í*;:.........i.-.
l t _ com empenho
- sistemáti-
mortaisoriimdas' da impossibilidade de manter a antinomia Esta-
do-sociedade e salvaguardar neste século sua aliançacom as for-
mas representativas. Destas, desde o advento do quarto estado (os
Faz essa miragem a ilusao e quan OS, .
fr
° ' r desman telar._ - as estruturas
. do__ Estad0 50¢1al ef trabalhadores e seu novo status político e social), as contradições
co' °forcgJa1ãl<Êaai'F:1zdilli!cÍ`ll1iaÇäd' contemporâneas derivadas da idade tecnológica buscam separá-la
_ ._ . - z. .- ... - - irreYersível`da
so p __
zm tsociedade
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ualitativo
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' ¢\,._,. ' u.'¡_ Í' `|:__- J., u , ¢ 0 ä

superiores, de ¢.0nvivenc_i& 9 Êl?°-ff-'?l9° _. ein ° q de maneira irremediável.


tu.-ÍÇÕGS. __
' l . 8
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_
ÇE1. .
0 0
l , , . f A antinomja Estado-sociedade, proveniente da falsidade da
O Estado social,›¢I11- -5-eu mms subido grau de leglt l dagfile iun ideologia burguesa, já não pode, assim, em suas vestes formais, -dis-
` Yef, aqäâe ' cgeqläe
. ‹ e“geor-consa rarna
os sua
va ore _
Ê sempre, a nosso P-rendegm expressao sirnular o holocausto social da liberdade. Um holocausto que teve
por vítima maior a classe obreira, o chamado uarto estado ou pro-
sistema democratico. - .- or._ à' - ; - ~ _.'mma
_. _ tiva
,. - o. ple.b.ISÇI._0.. O __e_
â ° .° . . a= mecanismos.tais.c.0.m°~fi
participativa _ _ _ ' letariado, segundo a linguagem da revolução de massas, linguagem
ferendo e o veto popular. › . › - hoje um tanto arcaizada, de inspiração no marxismo-leninismo.
.__-3 I__¡$;. a . -' , _ _-_-_ 'fl . .'. '_ I Desde o aparecimento do Estado social partiram-se também os
- "'A'%Ê¡.n°cãac1§£ qqjçí.:3‹;É'§%1‹ã'§l%)e'$9lÊ‹LIl).(v£llécÊiIiÍill'lÍada¡abstratahiente qual laços de -submissão que na doutrina solddvam a democracia ao libe-
qui .|¬"..i-:J iv'-1i'\'~§'~f‹ ' ' *' "`:"" _ó os al.-la.. ralismo. A democracia conheceu, a seguir, teorização diferente,
pçmggfiio aa _çida§.1a41iê, rsB.rsSs11tsSiYsz ._€1°zq“¢~~-sa “5 ~ P respieitante aos-seus vínculos com a liberdade,‹.os qu_ai_s deixaram
.M-. ._-¿.,:_.:,._-. ,.¬_. _-__l:': - ' F.:=.-9:' 2 ' ¢'~~.fl.¡:. " 0 de ser-fabstratos, vagos, subjetivos, genéricos, programáticos-e -uto-
. ° ' - desme .brada'C1‹'=l fi*-T°“a picos, 'para-se tomarem objetivos, concretos, positivos, pragmáticos
.. . .1'lQ]§z,› .,-§l.9¿ Y?;l.9zr.~.'5.Ê.¡âa'l‹5lëa.çlçf-'le
* i H' " *gn éc los alçada
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-1
,ig `ɧ`¡a'¿[Q 1-'¿.l,_ë, depois. das vipisrsig-ldâs Gif? il??? S .u. ' -' Iztànté e reais. ' -
fua1mšèis.À§sa.fss9.=:1s.ës.§ii§?hi€%\B9s*%° a-= P°
'1 11.2 i- ›.;} 2 'L 3 ~"" 'ZÍÍ--5'š°"~°`:›¢-¡"l 'S -'33 ug ..-'zu la l I . “"' um un .
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- Contemplemos,' 'or conseguinte, o"Éfstado' social em' *sua fase
1

¿iësšëͧ,¿1¿5§,f§z¿"9__go;¿ema
-.-.'i.:.i-›..;.: .I 5 i as ""'¿'
¬- - 1'-" - ' """ ses;;s¢§fl<.i
_ .sS._l%Y,£?z%z~-z-z
,t z . ". ° _ « d s h_ . _ contemporânea de afirmação. Para tanto fa-z-se mister iconsidera-r e
f _C)iitem;z.a.lib.§-Êmlade injpetr'-aV-Ê1: Êgšägfâã 5::jšgâ-1:12 ¿_:_:at2_Ê;_L ana°li'sar*lHeio-conce"itó$c`have- - a democracia - -sem o'fqua"l= eleise
...ni.,_, ._. ‹
I
ú
‹ _ - . _ o_- acnescirn
¡gua1dad¢.zunpetra - . o_.~. r z ~ * . t esv-azia. Que é, na moldura desse Estado, a.democracia=?-51 ~1== -1--1'11=*›-' f
lr :

l
1>RE1=Ác1o DA ófl EDIÇÃO 17
0

16 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


variação de técnicas, substituição-de valores, alargamento de fun-
Ai . .
ra-se.-1195.5-el' . e la ai, menos uma forma de "governo do CLUB ções, e criação doutros direitoszem; gerações sucessivas ou variadas
't 5' conforme tenho com frequência a$5°Ye"" dimensões.. - _ ' _ , _
um .d1~f¢it9zz~I?._1rzsi.e;zz W-f bre O tem _. _,
do.¢¿1_Í .;'¢fl.§'ëÍ×9°5 Êççefntçssq " _ » , -- ,¢1¢5envolvünento'u1n . Com efeito, ,os Estado social' Éonlemporâxieo compreende' direi-
:,:.D-às :¡',¡:¡.ç5-,_¡;_¡*-ia'-¿¡fI'1'à"1}'t2'lt'a '§¿¡_-a¢iÍ¿.¡
POI' Stlã VBZ, há tos' da primei`r'a,~ da segunda, daterceira e'-da 'quarta gerações muna
df* 'ei-t'ö«*da' tér°cel1ra*'geraÇ‹'=1°‹ um m _ «. -. . ra* “o e linha ascendente de desdobramento conjugado e contínuo, que prin-
lr fr 'l 'a'“cate"ória de di¡~eito~novo›=maS Gífifiluafia 5° ça ' cipiaʬ-com os 'direitos individuais, chega' aos direitos sociais, pros-
d-çs1sYa':§¢,z....,._ fd,
- ^='°'"
, , ,1,-. ,1,.~<,×.zzmza1z,. r
i. . - ..
a ¡Po _
_ .z,.,,,;. ._ _t.,a_-,z.¿, ao -Estadg social, por conse-
I_ __ ._ _' .' .. , . segue com os direitos da fraternidade e alcanoas finalmente, o ú'l-timo
direito da condição política do homem: o direito à democracia.
N condiçao e a democracl, .- _» z f fi a.
'essa ° -hugdagiennôremdé.dobinômiohiguaIdade_übé.rda.¿e,¡
' " tal dosfdireitos da`*nova`fordem norma V . Um: çlirei°to 'á*liá's"'em formação, mas cuja adnússibiilidade deve
guinte,
_
o mais
. -.,- zco ' ' . ' I' F» c '.- sër, 'dë"iiiiedial:õ", 'de"d1;ãi'"aHã'¡j5orquanto já se vislumbra 'com a mes-
que se ass. _.-,`_ ..momo_š se. de.finem,]á com desejada mhdezeobjšh ma iriij:›r`essão`de cerlfeša 'objelivãque os 'direitos da terceira gera-
“dem Cups co je-ta-fvamente um passo avante na' §°fl-filgura' ção, aqueles' referentes ao'-desenvolvimento, à pa'z, à fraternidade e
vidade, marcando qua 1 1 . ao meio ambiente.
.çâ‹›zz4‹›.â.d1feif.°Sh“m~¬°S~-
' `
¬›. ea
, .
-'
' o e a democracia POI' *Sua
z 1 _ * ' ° l
Afesta altura não'po'sso deixar de volver às palavras por mim
'1'z.mto~ Cluanto-o
_ _ _ , desenvolviment z ' 't `a‹vontade;e/'mais proferidas, 'em Foz do Iguaçu, ao ensejo do discurso de despedida e
reito
-'*. 1 do"P°V°5f<ílf-¢1t°
1 ' ' dg -F°5°r"5e*
- ' pela suê'PmPrl ' da
verte SdbFBWd°i°mÍP.§°tÊn5a°'.. encerramento da XV Conferência Nacional da Ordem dos Advoga-
ü<*“3“° 'f~°“f““í` di 5Ê1"~Ê"iðíÍÍaÍÊ'izzzeaíza-dba»eae-fzsubi-hr-d°~lu'
¢l`CSl:'âGlêlFí1-a â lãll-'1-Ilan a '_
c.à_`so.çià1 .ei efefiyadgiflewâfaflnãg €.0I1CI'Bta
dos do Brasil, em 1994, quando ousei enunciar e teorizar aquele
direito .rE'o. fiz, entrebutras considerações, com os seguintes comen-
iicllfalmints 'I-la' :G-Olelgeexe-em"`Pwveito.-dà~;$Õ¢i¢d~ad'e;..e=flã°'
Pelojcidadaof-em.¡c~i't'o 4° Esta'
_ . úer'°FEStad°,1¡b_e¡al.que separa.-poderes, tários:,r.1 - 1'
“Tenho por conteúdo afliberdade e a igualdade, segundo uma
d° P"°Pflanàente '11 elmonopolilza competências. fi'*'1'1b-“lÇ°°5*e concepção integral de justiça polítióa, o direito à democracia, apa-
0› '
Esta o socia , qu -__. ‹ , f'
1 j ." G '
.-
feff° ahvas. ' I . ' T . ' - ›‹':š'›-.' , ..: f z, ti- ' nágio de toda a Humanidade, é, portanto, direito da quarta gera-

PÓ hlifz lá fl§°f t2_mt° acläelâ- Oagli-zstaä senãb um novó “direito ¡_:o_ñS'


diäiäf'efä:a*::,“§zâ*âz2ã%°Ãâ“¿§âSâ- ção, do mesmomodo-'que o desenvolvimento, por sua remissão
colnc-reta e-e-material» aos=povos do Terceiro Mundo, é direito” da ter-.-
eeira geração-...Gom›efe~ito, tomando por base a sua titularidade, os `
Çã° e feslstenclfa do cl a ao] d' enãão de übjet›Évi.dQ§ie-fl. $.1!,bÍei¡U1d“' direitos..-hu-rnanos da pfrime-ira geração pertencem ao indivíduo, os
titucioxãal que f?z:Iãfil¿gë-Ssa Im . ` Í if _. _ da segur;1da`_,ao grupo, os da terceira à comunidade e os da quarta -ao I
de'dos ire1tos.11.n.3-“1T1°“ ~' ` ' i' ' ., . . :E t¿_ gênero. humano. .
_ ,. ." ' ' Sociedade com0 5
A d1m°n5a°'°l7¡e.m.ia' Sfózbre rÊc9l?'cei"lâ'í›:esc-imento _ü'e'1.iIn`1'a libëli' *' ' '“'E'1*r'-`ífri*`gor, na era da tecnologia e da globalização da ordem eco-
dO/*Prop iciao uad`l§0`U?d¡5Pen'sa`feaÍ ° . ,..,...:= . ¬ -- - *' 3515
` _z,_z..-- - z- zz l¡--'manivela-do
_ _. . ... z. ~:sistema-]l.1F
- ¡d¡¢Q
__ .tas galíarltlaâ
_ ...t _. . I. nô1ni_'êãf*e`dd_'cónvjvëncia Humana, não há direito de natureza pol iti-
dade__§_1}l¢ Êšffl P_°___ _j¿¬ _ t.¿ä.,..ö.-_,e.S¿¡-¡¡ent¢~5e pode desenvo ver ca i1iÍa'is'impörta`n`te do que'a* democracia, que deve ser considerada
° P'°°°SsÊa`Í1deÉ`Êʧ§`lÊz"iÂ1»1ʛ͛«És-.aaa«Irib-f-1~bfefeH‹-P@f*“**°'
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um direito fúridãrnental däiquartã geração ou dimensãb, conforme
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.aqu¢lfi1'i`lP1°a
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" " "d tos».›F›'osjtivos
~ ' Em nosso entendinieiito, ai geràç-ã'o"oÍ1 dimensão dos direitosiiumanos logra
caracterização classificatói-ia mai's'i-pferfeita se nos afastarmos da clássica dualidade
dezalguns_1pa1ses,,o‹:_1denta1 _-, 1fl..j. e¡°1to«s¡¿ç ¿Q}mativi¢lzfiš1§-zlkíšlçiíçëf ,dmeitosj-.de .defesa~‹(Al:›wehr=rechte)- e direitos de ›particip_a‹;ão (Teühaberèch-te), e nos
§a,ti_,i_r,enngs,- de preferência, _a outro '‹:rj§§;fi_o, a ƒsalçzer, o dafextensão referencial de sua
da'hëmrêençqhcãfdluëjnegšzøäelgselhaxite
aptosa azer ma1SB - . rngocli-elo do Estado. social-
. ' zâ-;-1
- ES- passando_p;'imeiro
_ p_el_o_ _ indl_'vídu
_ o, 'a_se_~guir pelo grupo, depois pela so-
_ z
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-lmut.es»,d0 .-_ -a \..-.. . ,\ -...J ci,'e`d'ad'e`oiic`omu11idade`Íproptiãri1e_nfe ¿li'ta"'até chegar, de lílltimo, ao gênero humano.
-- 'J'
" Esêfiëílãsiälfyä-eat?-ê
"_ . z- ‹ __ _ _. ~"s '-5' ,.‹.:Aqu1_.a,-,f€§RQã,.
~ ‹ ' ta.fêz03.,:H ¡'0bl.Ql'‹I`l$‹5
-z.-› ~' Faz-se mister, todavia-,','ašs"inalar quef`ós¡,direitos fun'damen'tais'-da-primeira geração
tado..“ Ê .aeszdirai-tm
`“' 'i ' . ]^ncia da, ais recente teoriafconsh-'
. .. .1 1_ ._ consérvarri seu caráter de direitfosde defesa, ao passo que os=da segunda, terceira fe
ç|.'uartá`, por sua vez,-não?--perdem a índole de direitos de participação. .
fffiZ=9lfÊ~q9“heÊm1°nt°'iàa'P{ç'v'a -Ç' ' ` onceitos e acomP.3-U1'-lada dg
tucionalz C1¢`EliVš.1d'.a'§l~e?1':ma"rÊfQFma"'delÇ" ' " ' J'
ls Do esraoo LIBER/tL_Ao Esraoo soc1AL* _ _ _ _ PREFÁCIO DA ófl EDIÇÃO 19
"E justamente por ser entmciada como direito fundamental, is- sobre todos os institutos de Direito Privado, os quais acabam redu-
tosignifica que ela principia a ter ingresso na ordem jurídica positi- zidos a mera província do direito público de primeiro.. grau que é o
va, a concretizar-se em âmbito intemacional, a possuir um subs- Direito C.`onstitucional;.enfim, todas essa$'Vari_ações geradorasde
trato de_eficá_cia e concretude derivado de sua penetração na cons- um novo direito constitucional se apresentariam desgarradas de ór-
ciência dos povos .e dos cidadãos, donde há de_passar ao texto das bita se lhes _fal.ta_s_se .apoio _direto ou indireto num eixo. de referência
°"'constitui_çõe_s e à letra dos tratados. - _ ._ -. conceitual quenão pode deixar de_ ser o Estado social e suas estru-
' "Em suma, a norma democracia, tendo por titular o-gênero hu- turas de normatividade vinculadas à Nqva Hermenêutica.
mano, é, por conseguinte, .direito internacional positivo em nossos Acerca desse Estado .cabem aindaalgumas refi`ê'xões doutriná-
dias. E o é porque se transforma a cada passo numa' conduta obriga- rias com que acentuar o contraste entre ele e o Estado liberal, pelo
tória imposta -aos Estados pelas Nações para varrer do po- ângulo de análise que seus hermeneutas fazem aos substratos mate-
der, de forma legitima, os sistemas auftojsfáticosfe absolutistas que, riaisde.constitucionalid,ade. ' š -, . _, _
perpetrando genocídios. e provocandoiameaçías letais à paz univer-
Com Iefeito, os juristas do Estado 'soc-iai; quando interpretam a
sal, se fazem incompatíveis comfl-a dignidade do ser humano." * Constituição, são passionais fervorososda justiça; trazem o princí-
pio da pmpoiroionalidade na consciência, o~principio-'igualitário no
2._Sendo, além disso, o Estado .social.irmão..gême0 da democra- coraçäoze ö princípio-libertário-na_ alma; -querem a.-Constituição
cia ou em certo .sentido a democracia mesma,.st_1a legitimidade pro- viva=,'za Constituição aberta, "a -Constituição real. As-avessas, pois,
cede da :natureza do gênerohtunano, como de -ser-,. de todo em dos-=juristas'°do~Estado‹liberal, "euja¬ preocupação suprema é a nor-
todo, equivalente a,um, pensamento de-justiça. z :_ .' ma;-á=juridicidadé,1a'¬forma; a-purezafdo manda`men_to 1-legal com in-
diferença faos° valores e =po'r'tanto zâ* 'legitimidade -.-do rordenamento,

Foi esse Estado o degrau decisivo que fez da democracia direito HU'

positivo do povo e do cidadão. Concretizou ele uma doutrina cons- do 'qu=a'l,~não'obs'ta'nt`e, são ta:r'nbém~órgãos'-intelrpretativos. ' -~ -'-'ff
titucional onde a democracia é colocada primeiro na dimensão de ` Distinçõesbásiicas prisma É višão's*èpara°m,'pior conseguinte;
jus naturalis e, em seguida, legitimada na esfera da positividade por os que professaJn,*`e'l?ágëm“e tèorizam o Esta3Ê':lö"sö'ciail :¿lãiq'üe'lés que,
imperativo da justiça e da razão humana. _ , ç insulados, se abraçam ao normativismofpuro do Estado liberal. A
Em verdade,“princí-pios' como o da proporcionalidade- e o da hefimenêutica›`de-tim--po'tíco':büfnada se`rve2ã*do ou'tro}1p'ois›ö-'direito
aplicação direta ._oú--imediata de normas que definem di-reitos e ga- -no-“Estado *liberal 'dõs~noi1'mãtiiristas,'vzi'af'äéÉregráüfsé lê eíinterpreta
rantias fundamentais nas Constitiuições; técnicas, como a do contro- seg'tu1do'~os'cânon'es de' Sa`vi`gi'i§/`;fijá=ö--dfi;re'ito!no'Estado söczialfzrequƒer
le de fiscalização abstrata de-cónstituciõnalidade; métodos de inter- o' alargamento e=-a renovação de' todo q'instrum'ental'-*interpret-ativo,
pretação _co_mo os da Nova Hermenêutica; relações de poderes, fazendo nessa* esfera -“aifre-vo“lução dos -métodos para af »boa'~com'›p re-
como as que se estabelecem num gr_au_de mútua limitação entre o I-bI\- ›J.-lu-.u-nz-non.
.›L4. -14-bz
_-nu-ø_A'Ai¡H;.=-¬AL-m._A-1nL-rl~.:q,-an..
ensão da ordem-not=m.a~tiva.= ' -' ' - - 1 › `
Executivo e o Legislativo reformando jcompetências clássicas ou Enfizfi,*'‹f›à'¡íàr'ifs'fzzé 1'¡b*éfêfâé'§âô~ ¢õúàé=a¿àa°re~é; ãëjjgfâàfàsçàöêâaàs,
instituindo formas de controle da ação lëgiferante, _qual, por exem- Oiitl

ao revés, cr_iatiy'os_e renovadores; os prixiieirôš fii`¿Êa:Í_i"'1“i`cor1¬Í"a meto-


plo, 'o Uebermassverbot do direito cons_tituc_ional alemão; iniciativas, 'i'a«v..-..-A-. ¡. “ dölogia'clá;s'siÊa§*3s šëgiifídos 'ci-iáinia°l§läfw'fá'¿I-lërrfiéñêu`tica; 'aqueles
‹l
como a criação dos tribunais constituc-i_onais;' conceitos emergentes, s*e~{ê`E`›1'i1plöi*tãfii"-'íitoiši'ëoñgéitosicörnö'jui'ištášÊ{:l6*Esttad6fe' só secundaí
como o da eficácia dos direitos funda'mentais em re_laçã_o,a, tercei- ri`a'.rr¶éi`i'fe tia*Sö§i*eöÍa'ä_ef*éšt`ëšf'aó-'¿:oi*iti°á*ri`ö;* tër"t'd'efñ la b`ú šcarro di-rei-
ros, ou seja, com' seu império dilatado controversamente ao campo tol "i1aš¡ sua-šfiräiäešz"šõciáils*'É'5desëi]:%*}'i1*olffcíi~ni'ã_“liširio'° i'i"göi'oso dóš
da_s,relaç_ões inter privatos - a célebre Drittgççirlgzg-ng dos .constitucio- "_4:1aa..eLi-.'z.J-r' _
..;‹;-:.':::.z*' -. zs°cJ..u.J3`n'.... " . * . ›.‹ 't.
nalistas al§!I!.ã9ê2_.pQflêmicas,. _como,al q1¡íe.se feriu na Alemanha du- -t Hr'
.£_..~'¬»"*. f Í' «..- ...
_.1-¡:.›I-".=°.,=L_'-_-`-_' an:JT' .M
-à 1: _.ê ‹i;;_{`
~` .nz ¡ _¡~."¿-.›.\'
_ ': 1 §.l..=.§›' ¡ ' . É 1 .Q-_..
. -¿ -.: ,L .~ I :.
rante a década--.de 6Q.z(fFo'rst-l¡1off versus juristas tia Tópica) acerca da ázz.~iàe§Ísa$s=“âzâjs.Eäss-âàlagalzr§a.§1.49¿.ass!tm¬¡=,›‹,ê.srsâ.11es;fs fl.f.fl.°fir
juridicidadeidols- direitos da'-fšocíied;äde'-industrifál; transformações 'e
J'

. ., ,_
criações ocɧ1ífiem_ xiafera da tec- flãllbx.-.. .Q
ši:..zz›Rarzt¢.m.fs$1éazpara uma'âsnps.sta¬ar¿;eLn1.etida.Ehaalê.-katentándorâ
fl°1ë2sía;.mi1daê1ÇÍá.§'fii11¢iQnäis äs.,<1;i.r.éitš=ãs, .¢°.n.1°'-«as quefazem os di- meiroacabar com a história, a ideologia, os síinboloszzéaz-àiatimasmáz
reitos fundamentais assumi-rem.o.‹cará-ter-pri-ncipial e--nessa qualida- féiesai§¿~se;.a9..§ssi§.ti9‹!etê¿Be§âíà›:zel.zs..a.âssaia.ês9âg1gztstzaš-.stêsiez a
de fruirem uma hegemonia vinculante; de- ord'e°m constitucional, zfaesaleferradeêzifls es§¿ss$.S.›.êfêb?~ss1aa5s
20 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL PRE1=Ác1o DA ófl EDIÇÃO 21
valorativas que 'só redundam em proveiito de novas supremacias. literatura política dos países ocidentais; expressão, porém, que na
Não. podem estas deixar de ser, como sempre, as do grande capital, realidade cotidiana- ministra o substrato de uma ideologia do
que"'circula agora nas artérias do sistema financeiro internacional, pragmatismo, triunfante sobre as ruínas do Estado social,d~a versão
dotado da pretensão de globalidade e perpetuação.
-marxista-leninista. Trata-se-portantozde um pragmatismo inaceitá-
Fing`e`m, porém, ignorar que o capitalismo espoliativo atravessa vel, das minorias liberais, oneroso àfsociedade e ã nação. De sorte
sua pior crise. Aguarda-se a esse respeito um funesto desfecho que que a bandeira da liberdade, 'emp.unl-'tada por ele, traz na cor e nas
as caudais publicitárias do próprio sistema batalham por encobrir. dobras de seu tecido a velha_.e,abstrataliberdade do liberalismo de-
A versão neoliberal do Direito e do Poder é, portanto, da mes- cadente que se busca restabelecer em prolçdos privilégios e das de-
ma índole reacionária e dissolvente dos absolutismos de direita e sigualdades. Estado s0'ci'al,°_es;te sim,'_t_em compromisso com a li-
esquerda nascidos ao transcurso deste século. ' 1 berdade -- a liberdade concreta. _ -‹ «sendo hoje a bandeira, da civili-
Seus postulados de reengenharia politica e social, formulados zação que não,_recua. . . " ' ._ _
como tun traslado de seu protótipo empresarial, colocam em perigo Não .chegaassim-ao Estado. so,c-ial o fogo-fátuo desse neolibera-
o Estado social, ao mesmo passo que assinalam o triunfo da injusti- lismo, acadêmico nas reg¡iõe_'s ‹_:la,doutri11a,z glacial no domínio',da so-
ça. Aí os fortes -esmagam os fraicos, os grandes anulam os pequenos ciedade, insensível no campo da-.proteção-ao trabalho .e_,a__os_ traba-
e as minoria's,.senhor.eando os privilé ios e concentrando o capital, lhadores e cruel na esfera das relações econômicas; neoliberalismo
perpetuam a ditadura social dos pošerosos. De tal modo que ao que desnacionalizou a economia brasileira, que debilitou .o _Estado,
povo - desmaiado o Estado» social - restar-lhe-á unicamente o que revogou asleis' previdenciárias, que pôs em risco a soberania e
partido da resignação ou dozdesespero. E nessa altemativa, o deses- trucidou a base social da Constituição. e abriu caminho à "mexica-
pero é, como sabemos, o conselheiro do crime .e-da revolução. No nização” da Amazônia; enfim, neoliberalismo de traição nacional.
cri me o País já vive-com'-as guerrilhas urbanas dos delinqüentes que Escorado na globalidade, ele é tambémlo-h.'iesmo liberalismo de
traficam .com drogas. _Na revolução, quem dirá, já não é este mo- outrora, em cujo ventre o gênero humano viu gerar-se o desempre-
mentora antevéspera defum terremoto político e social? _ go, a fome, a penúria, a miséria, a enfermidade, o analfabetismo;
flagelos de aguda intensidade neste fim de século, fazendo o mun-
3.. Vai, todavia, deveras largo este Prefácio à sexta edição do li- do contemporâneo mais injusto e violento que o universo social da
vro. Do -Estado liberal ao Estado-social. Faz-se mister porém que assim Revolução Industrial dos séculos XVIII e XD(.
seja, -.affim de que ;poss_amos, mais espaçadamente, arguunentaacon- Visto pelo prisma desse retrocesso, o Estado liberal é uma lição
tra-.os°_q;u;efc».ui`dam haver rzevog-ado ou Estado, social, supostarnente da História, uma úlcera da sociedade, uma página de escuridão que
submerso pela gigantescafonda de um maremoto:§o neoliberalismo cobre as ruínas do passado» Sua substituição pelo Estado social se
das direitas obscurantes, retaliadoras e retrfógradaš, cujo erro histó- tomou peremptória, defirútiva. Por conseguinte, o neoliberalismo
rico residelem presumir estarem na crista dos eventos de que emer- não escreverá o futuro, que pertence à democracia, à liberdade, ao
girá a sociedadado porvir. r' _ _ Estado social. Os sacerdotes do neoliberalismo hão de ficar, assim,
.Isto é absolutamente falso, Basta ver que a adoção do neolibera- genuflexos diante do altar onde jaz o corpo embalsamado de Luna
lismo.¡na sociedade 'brasileira pe_lo.Co_ver_n_ó, em benefício. unica.- ideologia de privilégios.
meafs ds Pef¢elaS~PfiVri1¢síada§..s1<>z.msie~€iflasÇ.si.fQ ¢.smPts$firislz Ntmca, pois, a tese do Autor, em concurso de cátedra, escrita há
'U' tee serasa na ordem. êssial ~s.f‹:=i.teâ¿safêStrÇ>fi¢9$= .duma.ze_êfts‹.¢m- cerca de quarenta anos se lhe afigurou tão válida quanto neste per-
pobrece o povo, sobretudo as classes assalariadas, cond_uzjndg ao curso da História que ora nos faz atravessar o túnel do neoliberalis-
mesmo passo a_ juventude para a senzala do crime e da pros_tih.iição. mo. Travessia em que temos a visão toldada pelo último espasmo
E por essa' estrada vai igu`a'lim*ente“inaug1;ira`ndo novos”cativëiros, na agonia dos sistemas espoliativos do capitalismo de opressão. Ia-
desagregando valores, 'cávandro abisrrfosfi ` sépul tando aspirações, mais houve, de último, tanto desrespeito social à dignidade e aos
estiolartdo 'esperanças',- idesf-ig'urandogf enfim, o' semblante -' nacional direitos ftmdamentais do homem como na aplicação da doutrina
däS=l11SÍi-išU~ÍÇÕès;'L ' É-z"'.Í . f* z'.'5..~i~¬ 1í':' fã r ". .-r. ..-z' . neoliberal.
1\*iëoliber'álisÍ1io`igúal 'a nóvas liberdadesiförá sem dúvidao Urge, pois, abrir mn espaço'de resistência contra a invasão des-
co sentido legftin`ió"ê admissivel'para éssa ëxpressão tão em' voga' na
nacionalizadora do capital estrangeiro, urge salvar a honra das' ins-
22 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SQCIAL

fituições m~¿¢u1a-¿:_lra-3-'pel-áfiiiiconfidêncialdo neoliberalismo; urg,e..__<_2_I'1°


fim, acordar -o povo, congregar a juventude, mobilizar os tra a a-
dores em-'defesa da-('Eo'ns`titui°ção. Se caireste 'derradeiro baluarte da
in¿ie'p'endên'cia_'nacional; -que é a?.I'..'ei1Maior. aS_lU_2€S da libffdade se
apa.gar'ã'o.eiriinosso-País-e 'uma noite de servidao-descera suas es-
pessas trev'as.sobreios destinos desta Naçao.. =f
'En.fim,_Ó hãöfëiartigo ideológico uem postulado
metafísico nem1'dö'g`rna' `i*e'liigioIso, verdade da Ciencia Politica e
axioma da' `democr`aciaL 'Foi az tés`é`que principiamos a_ sustentar
numa lição de“cátedra 'desde' 1958 e que temo's desenvolvido e arua-
. fr, , I
. _
lizado nas sucessivas edições d_esta_obra¿ Nela o leitor ha tirar
inspiração*pará*amparai1.*ö'Brasil-e'a‹sua Constituiçao, e Brasrl e as PREFÁcio
su-as liberdades, o Brasil?-§e.a*"fé*tlos' seus homens; qué; POI' 255€ A118*
lo' político,='h'oj`e'são`il`ivres'e_ querem ser- escravos! '
‹,.. ‹' :__. _._i. -1-_, _ _ .if.:1t-..-2'.'- -'.›"i."_i.t.. `.'.- -'~ i.- Í " f
_Dentre
_ todas as idades de crise or' ue J'á assou
_ o P ensamento
_
'-':-.°-' `.'›°-` =°.=..=-*.-. i:*.-z :H .J ."2-l.':--::'¡!““ i i *ii H. i I ii B i olitico, nenhuma talvez se com are em extensao e
.Ê-. €.:'1.'iI ¡ti.=;* =-.-'.'f‹,- ..`-.._--.i ii.: ..r1'.-.›.=..`-**-_"" 'TI 'PAULO ONAVIQES DzJa-
.-\...---›-..- _.- . ‹-
P P.
com a ue ora atravessamos debaixo de visivel sentimento de an-
. , P rofimdidade
_ _-.. , 1. ,
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gjustia e incerteza.
' - . ' . 1. ¡ 1
' . o . 1_",, u' í¢..¡I` :c Q' |.}š.›¡ 1-' :min-i'i-'Yuji saca: 'Ê' 1- t1.

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Os que viveram a epoca do li eralismo os nossos ditosos an-
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Í""_¢ . Estado com a presunção otimistade haver criado um mimdo me-
'G-l."t :J Q- .-. ..'. .|"ø .. ' ia 1,:-i . :I'¡I:' li '.#{."i-iv:
lhor e mais sólido, banhado na utopia- revolucionária dos direitos
. ..~. ' , _ .'I __;_:.:_:_.
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. .› 'v .f do homem;
' :' li.'~'.›".. ;~. =z'---fz ' 1- . u Q O_ Estado liberal humanizo'u a idéia estatal, democratizando-a
~ . : . teoricameiite; pela primeira vez, na Idade Moderna. Estado de uma
classe - a burguesia - , viu-se ele, porém, condenado à morte, des-
I Ê ¡'\ f Q _ .ti 0 ..| \ 5 . ih; fzli ' '11. ¿J',:› `. nf ' , ' 'I I

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de que começou o declínio docapitalismo. _ _
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= . Ao redor do mesmo, acendeu-se a luta histórica a que assistimos.
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Aqui, o advento da quarta classe, a ofensiva do Estado socialista
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contra o Estado burguês, feita com~as armas da dialética marxista.
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.- .'§5'r:›" . `.' "-'11\"':“ Ali, a diligência da teoria democráticäfpór evitar que a transição
.~ I ---É '- conduza'necessariamenteiàqiiele _'r'esul_ta_do, ou seja, ao Estado da
última classe - o proletariado - coniójá acontece em vasta área
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_ -. . _ _ _ __ ._ ._ " . .i ' 5. - de países socialistas do Oriente;-eisi-m ao Estado-'de-todas as classes,


-i.ÍÊ_ii'.'~'.i'*'i'- .' . ~. ' :fit . .Í-'Í›'“.'_'i'Ê'f$ ii» 2.121 ‹Í'5ÔI'l 3\1. .- '- -'IJ f- 1*-3-"'Í*~ * ~" **
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4 Social; que .abri-gafao zabaiiidono. 'd-así antigas posições .doutrinárias
do, liberalis_m_o=.._®-coriflito essencial- se ttfaäš-1.? ƒpois,_:.a esta altura, en-_.
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i tre o Estado socialista e o Estado social d'a_s_.democraciasocidentais.
O que. temos .em vista, aliás-,-.~est1.ida'r;,=:nãozézesse.-.embate ideoló-
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|:“i'*-*__-.`-';' ' n
-' 1 i*".':`I"`- '1`if`- tz. .U z gico., de sumaêimportãncia paraos destinos politicos do giêneifo-hw
I
I
mano, mas .o_s aspectos fundamentais e não menos relevantes que
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'P-Ri=.i=Ácio 25
24 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL

acompanharam a ruptura definitiva do Estado liberal e sua substi- Mas Planifi°aÇä° IÍVFG. planificação na liberdade? Não haverá aí
alguma contradição? * '
tuição pelo Estado social.
Quando responde precisamente a essa inda ação é que Q libe.
Com este, deu-se o esgalhamento de rimios. Uns quiseram fazê- ralismd- se enrijece na sua fúria anti-social nas ošjeçõés às medidas
lo totalitário: os da direita, em harmonia com o capitalismo, malsu- híbrida
cedidos; os da esquerda, mediante abolição do sistema capitalista, l_$zi q_
`u 8 1m¡?eriri.eab.ili§ain.alg1unas
' ' ' . . ` '
zonas -
da sociedade a.. ple-
na rea izaçao da livre iniciativa.- _
ainda em franco combate. Outros, os do lado de cá, desejosos de
conservá-lo democrático, amparado na idéia de conciliação da per- K l lVëa.i'i.riheim
ínodear ' gebateu esse
" .problema
~~ - para a democracia
vital . .
sonalidade com a justiça social. ma' 955€ PTO lema, a nosso ver, se resolve no Estado social.
De o 0 . . . .
E`×aminaremos, assim, nas páginas que se seguem, o que ficou istinguimos em nosso estudo duas modalidades pruicipais de
do antigo Estado liberal, tão incornpreegidido por quantos, afoita- EÊÉÊCL 5;>¢jfil= Q Eâifidp S0_¢1al do marxismo, onde o dirigismo é im-
mente-e desprovidos de serenidade, se Êcingem a uma rejeição su- P tu e _°fff1fi __°'¢1IT1â__parÍ1bai?to,'com.a supressão da infra-es-
peiificial e liminar de todos os seus principios. _ tm :'1aã¢âP1fä1Sfãz G a_¢0.nSequ_e!ntef;aprop riação social dos meios de
O capítulo acerca de Kant se justifica pela imensa repercussao ãemdssa forma a0ê'âI:£ri11;Ê1e_ pertencenttaeâ à coletividade, eliminando-se,
de seu' pensamento social '-e político, nomeadamente na esfera do , 1 ao a '_ -
entre a produção meia] 2 a ápgíâúa ÉoP°r¡š5-íldgjelslno Aáztz Duehririg
d.ll"e.lt.Ô-. 'Ii . .J -" ¡= _
lucrativa do capitalismo
a _- ,_ --l _ e_ o_ Esta?0 Sociao
P ' l Ê'as lpma a ecpnolma
democracias, que
A filbsofiaikantiisfàf 'em matéria piolitica, é o éoroa1nento'doi1tri-
nário do liberalismo e se enquadra, indiscutivelmente, na'fase já _ , _1f°,a {TlQ$IT_1‹'=\ ideia de,dirigismo, com a diferença apenas de que
aqui se .trata de um dirigismo consentido, -de baixo para cima que
adiantada desse movimento,;E-;<p,rime a maturidade por ele alcan- conserva intactas as bases do capitalismo. '
çada em fins do século XVIII, quando, impetuoso e triunfante, .gra-
ças à ação' revolucionária - seguro ,já pelas» energias arregimen'- mranfšâíâšgsjfâillaçfões na relação trabalho-capital são superestru-`
tadas pa-ra conter a reação medieval da nobifezadecadente, e não te _ _ _i1 . - a orma, pois nao alteram substancialmente o sis-
menos seguro em arrostar a reação absolutista das realezas ociden- ma capitalista.
tais. -z .P°dís.-.a€19.rme¢s.r.fffi1'i.¶üi1_.° siiiêfltq #9. ›°›9Ç¡=!l¿“m9‹...$1_i1s sifldfi inspirados na filosofia de Kant, ser-nos-ia lícito, ademais, for-
lhe nãobatífä ãs ¡`:_›_o`rt`_as,_I_,e'c,ujos vagidos remotos vinham de longe, gfršoñiâgzšãlíäfiílg Íešfiâasocifall coqterpporâneo. Cabenia, nes-
quase impe"fcep`__t'ív`eis, fq'ue'b`rar-se' por muitos 'anos em' 'protestos
inocentes nos esquemas da iiitopja. _ __ ¢z.<€m'l1a.rmoi1iaEstàdo
uma_.Bèã-1-flido com allpinhald
soda 0 EI:näimentø
1.059 la ormahst-a de Stanunjšr
nieokantiaiio, construir
Sob a mesma inspiração, estudamos aspectos dainfluência de hístóéicaš_culm _ lv. z q e a rangesse \¿ariaçoes.empiricas,
Rousseau, Hegel 'e Marx, que formam os ëlos da grande cadeia so- -. , z I'â1S e po iticas dos,mais distintos matizes. ' - ¡
cial, responsável pelas mais célebrešprecipitações doutr-inárias, o O do 0 0 . .

irigismo, conceitoApo_.litico formal, nao .comporia acaso, sob


' I' . É i . .

que conduziram, na Idade'(-Êontemporânea, à superação~‹final"da- fi,$$ç ppntq,-de vista, a essencia do Estado' social? Por esse caminho
quilo que, correspon<1.eI1do¿aoscomeços da revolução industrial, acabaríamãz , . mesma conclusao - que" ãtmiunler ' com o direito
. -. na-'
rural.
foi a estrutura primárja da oi_'ç_le_m jsapiitalista, no seio da qual s_e ge- . $ a osocial de conteudo variavel.
rou o antigo liberalismo dá l§>,.1:.1_t"g°l_j|.'1‹.?ši.'i'-¬i| 3 _ __ .'.I A; _ o ` o .ø _.. . ' . ^ .

Quando se chega ao Est_ado__social,zjá ficou para trás to_da uma ml ¡,n_a..{l5fÊ°


¢°flC1llâ., pois, a discrepancia estrutu-
concepção de vida, com a,s,;t-radições de um passado morto e~ ' ` cóm ó_Éš_tà¡d¡_| n _uliC\1re o stadosocial das democrac'ia§ peidemais
_ o s_ocia os paises populares de inspiração ou'organi-
irrecuperável. zf _ .z_ ° 'zaçãobolchèvista ' ' . ~. _ _ _
' O Estado social é, sob certo aspectojƒgdecorifênciia do dirigismo ' -"-"'."Ii'.` rzzi' é.-a 0 ' z - 1 il
-. .“ . _! . if:
z._.A__. .. I ` .

que a tecnologia e o' adiantamento das idzéias de' colaboração huma- que ao inscreve interpretaçao. formalista o que buscamos. :Dai por
naie social impuseram a'o século. ` ' _ 111105. no portico deste trabalho, uma das máximas
:Die um"lado, os povos=~“que'vê.emê nele o instrumento de sua
maiioiiidadçe politica,. social ef- econômica. Deroiitro, a escolha hamle-
Êišiflšfláfëfr dÊ`T°°FÊ?`.°ffëli'
cefi 933' ë?1EšFã¿e
e que ela °×'PflII1ë=e - Gsefs Je1~1inek -~‹z› fize-
consagra-substa:1clà“ltn`ente*'ia
Ve rdade mais simples e elementar da ciencia politica: oiidšissid-io
. . . '^ ' 1 0 °¡ ¡ z .,

tiana entre a.planizficação`livr'e ea a plani`fica'ção-completa.


` i
É
26 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
PREFÁc1o ' 27
milenar entre o individual e o social, que chega aos nossos dias com
toda a intensidade trágica de uma luta indecisa. No estudo oP° rtuníssimo de lenta evoluçao - como a ue vai do
bs
E ta do.t1id
l'be ra l ao Estado social,
' se desenha, ademais,
' , com
Cl assom-
Pouco importa que sociólogos da esti¿rpe de um Alfred Weber, rosa ru ez - urge repeti-lo -- 0 e
que conta, aliás, com muitos adeptos, queiram dissimular .a agude- _ , mbate da democr '
pela superaçao da antxtese clássica indivíduo-sociedadaecla moderna
za desse choque ou encobrir a face dessa realidade brutal, mediante
a escusa de que o centro de gravidade se deslocou irremissivel- Todas _essas razões nos convencem ' de havermos versado,
neste ensaio Político' um tema de nossozsflääífš
mente do indivíduo para os .grupos sociais intermediários - desde
o sindicato à escola, cada _vez,_mais influentes - ou então pa_ra__o Es-
tado, com_ o qual referidos' grupos se defrontam numa pugna
desesperadora de afirm'a¢ão e controle. ' ` __ PAuLo BoNzwu:›Es
Não negamos a importância dessas formações socia_is_interpo_sÍ~ ' |3&
›.
l=á:¡nfi'Ir.4¡fl|ú:n'-u.\¡pn-|.'r1un¢¬I.=\flun.z\; ¡.- _-

tas. Negamo-lhes, porém, autonomia,_no sentido de havleremelas I

removido o duelo essencial qiie o binômio indivíduo-coletividade


representa.. _ _ :_ ‹_-__._,_.__ _
“São apenas- peçafs' dentro desse antagonismo,-e 'tanto o são que o
Estado sociä'lfi¿*-Í'-'~o =ma-i1s='fam'i'li=ari'zado comfa~;p'r'esença de tais nú-
cleos - ora1zos=Ív'ëf=a 'serviço do Estado;'qu`e é 'o' caso freqüente na
amarga realidade co'nteirrfpo:râ»nea, ora inc'l-inados- para a idéia šindi-
vidual da personalidade. '
Essa idéia é aquela *quefo-Estado fsooial-ef democrático do Oci-
dente for'c`eja por salvar. para-fsalv`á-f`l_äz'incompatiibilizou-se neces`-
sária e definitivamente com o-antigo individualismo do laissezƒaire,
ffllssâaraêâzêrz. . -1 . z - ,_
'O Estado söäiíal do mcí`›'d'e'rno.const'it1.1cibnali›smo europeu e ame-r
rfièano emp're'g`af :assi-m`, nos paísies de suaiiorbita, como último recur_-

Ê
so',*técn-ica de compromisso, que embora 'c`onsagrë‹modificações se-
ctmdárias e progressistas, deixa, contudo, con-forme vimos, intacta,
em grande parte, a infra-estrutura' ëconôi'n.i'ca, isto é`, o sistema ca-
pitalista. - _ __
I

Instrumento, por conseguinte, da '¿Óbi"evivência burgúesa, pos- I

tulando justiça para todäsas classes, cöm cujos interesses iñtenta


1
conciliar-se, o Estado social, a despeito da impiedosa críticamarxis-
ta e do colapso_do Estado liberal, con_¡';.;§~Í'l'.“!1'Í.` il palavra de: esperança J

com que. ac_e_nà.m estadistas e tec_'›ri'c-;c¡›s¡,..‹;_lfQ_Q)cide1¡;,te,~¡na.ooasj§o. em I

que os elementos da tempestade s;gcia_l,,de h_á§;nu;i_|;o acumulados no


horizonte político das massas proletarizadas, ame.aç_am.Çle`saba1f- S0- ' ¡-
r

bre a ordem social vigente impondoflhe oudilema de_ renqvarfse ou


l
4

Í
Í.-7-.›Jf.'‹I¡ u' ' ' i'r.' .' ..,..Í'Í.› . ¿_-\.]_gf¡ `_¡`
destruir-se_., 'I
‹,:-¿, _ _
_ a. a _; -"_.â._
- _“¿.___z ,._^.:-," __ f.¿.¡,_
5J›~¬
5-.-‹---H
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Nele \ÃemQ.S¿a__íu1ica sa_í§çlaê11onrosa=¿e_.11ui;1a1ía.queaincla resta


para azcrzise poli-tica e social -_doszzp.®v0.Sz:‹1zLi@ habitam azgI§a1.1dezba..‹:ia
1941
I›._-__'

aflâmšisaf : ' .-‹ .. --.z:. -


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INTRonuçao Ç

0 1 -. *
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1. Do século XVIII ao 'séfäulo' 'XX, _o m'i1í¬ldo atravesfiu' duas'


grandes t:ev0__luçÕ..es -'v fa da liberdade e a da.-iÍgu_a1dade. _-z=°segu*idas
de-.mais __dua$}, .quite $e_.dešen-rolam debaixo de possas v`is»tas-erqÇ'ue°es-.‹
fë_ilgra¡¿g;,ç1u_,;§,an_te,__as -filfiinas',débad-ás. Umaié a¬'re_v`olzu~ção da frafer-.
flidadëzftsndo-P012 .Objeto 0jHón`1em=z¢on‹zfi@f0, a._a.mbiência‹.planetá'-
ria, o sistema e‹«:o'l_õgi,eo, a p,1,átriz_i`â-_\n1_iverso.›A outra é'a revolução-'do
Estado social» em suazfase mais recer-ite deiconoretização constitucio-¬
nal, tanto da liberdade como da igualdade. '
Se as duas primeiras tiveram como palco Ó chamado Primeiro
Mundo, a terceira e ~a quartatêm por'cenário mais v-as.t_o para defi-
nir ailnportância e a proftmšlidade deseus efeitos libertários aque-
las faixas continentais onde demoram os povos subdesenvolvidos.
' Aí, o atr'as_o,' äifóine, a Êlóëiíiça, ädésemprego, a indig'êrt¿ia, o
analfabetismöƒo medo, a mseg1íraní§a'e o sofrimento acometem mi-
lhões de pesšóás,”**i?rftimas da-víolêniciarsocial e' das opressões do
neocolohialismo c_apitalista;,`b`er*r'1'cor:n'o'í:la _c'o1-rupção dos poderes
públicos-. Impçeti*aiñ;'e'sšas x'rí~àšs§s"ë'ess'§s povos Luna' solução diri-
gida tanto à sóbrëvivêiícia como-ã”qúaliä`ád`e~da vida digna.
Cada' revolução da_q"ixel`ás intentou ou intenta tom_ar"'efetiva
uma fôrma de Estado.,P-Funëi-rdf; `Ê›fEstado liberal; a seguir,'o'Est'ado1
socialistäw depois o Estado sociälidâs-Constituições prograffná_ticâ"s,
assim -batizados* ou carafëteriâädás pelo' teor abstrato ë °be;_"i`i§'i'r";`ten'-
cionado de stias declarações de direitos; e, de último, o -Estädõ' so-
cial cios çlir,eliÇosflfq;-)da;nentais,.este, sim,zpor.inteiro,oap'aaitado da
juridisidfiásis das Gfilaslfasão d0S.pne¢eitos~ezregras quefgastiianteigzt es-
ÍÇS d.iI'€ÍtOS. _n .^_r'; 3:'-'° .-*ra "'.;.¡*{~~z ' , '- O Í *:\`! ' " l .És "`* ` ' "
z Tiveram- ¡gfTra_n‹`:1_efl p'¡§r'tëÍëm*`ta'fis mud-'àr_tça§ .as_ ideöioãäsäwliás,
enquanto -não"p`osi`t1`£?a`i11f‹seusƒv¡afç*qres, áš fia ës-
sência uma sd*i1`ne_nsäo'ëncoBërt'a' dé'jusnat€iFàllis-*1`i1of~*Efñ`r-'<?ê'Fët'ä`tIë,'°o.'
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INTRODUÇÃO 31
L.
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30 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
vo'napro
de ressãodaál:;:de1rV:Í›iU;SââL›daâi:em
toda a Éleologia l d' ° f. H ocLlPar o centro
direito natural atuou sempre como poderosa energia revolucioná-
ria e máquina d_e transformações sociais. Graças à orça messiânica
-. _-.;_.1 ¡,._= ._: .¡'A4
de seus princípios, tem ele invariavelmente ocupado a consciencia últíâl/£›¢sf:AÊèc§LÍt¢í!°ls&1:rja1fl1a'arnplimde hermenêutica da visão dos três
do Homem em todas as épocas de crise, para condenar ou sancio- À _ _ _. z ja nos e possivel discernmcom clareza, pelo aspec-
to de _tustorici`dad'e e concreção, e não 'apenasirle sua inex-¢edíve1
.:_:-_.._-_-._.:,
nar a queda dos valores e a substituição dos próprios fundamentos
1nfini't.ude^teórica, que a Revolução Francesa fora um espécimen do
..-¿_+:¬
da Sociedade.
próprio genero de Revolução em que ela se conteve? a Grande Re-
As grandes mutações operadas na segunda metade deste século volfuçao espiritual e racionalista do século XVIII.
têm ainda muito que ver com as idéias e crenças sopradas durante
da f50Ci¢ba1×o desse aspecto de limitação 'l'ti~:›tórica e determinação
o século XVIII por uma filosofia cujo momento culminante, em ter- ro_n eira espacial que a circunscreve se faz possivel aceita-la,
mos de efetividade, foi a Revolução Francesa. De natureza univer- 5

sal eiindestrutível nos seus efeitos, porquanto entendem estes com: 1'Êsff1l`“/3; 9 l'USf01'1¢amente, enquanto categoria da Grande Revolu-
a natureza mesma do ser hiunano, aquela comoção revolucionária' Ça° d° SÊCI-'110 XVIII, _ou seja, reduzida tão-somente a Revolução 'da
produz até hoje correntes de pensamento que transformam ou ten- äfifãuesm 'Í um 'hm'1Z_°¡?t°' m'-Ê1f\°I` ."_z'ãl1âS...f1e'acordo .com o enten-
Imento mais vulgar e mesqumho e, de ordinario, mais propagado
dem s.trêaSf°fmfif e $°f.is€1s€1s,if19.<1.°it=i-z. z ~- - a seu respeito. ¡
. .-Houve, assim; pel-a.».vez -.pr-iimêiraéna--históriafdosfpovos, _'ã uni-
dimišlseãlälâcfíügreabfu äpânas assim, não lhe coiiferiiidosentido ou
v.ersalização"do principio políiticóâ Não>for:a'm -unicamente quebran-
[_ _ O z O , p uziu unicamente uma ambiguidade. As
tad=a's as.inst=itu=i'ções feudais e*as hiefraiiqúiãs qiie šacra'li~_2a`\iain a=trá`:- _içoes interpretativas extraidas do próprio marxismo enveredaram
déição é o passado; senão-*q.u'e`1se* construiu ou' iñtentouiêbnstmir,
sobre esferas ideais, para um aporfiarlcle fl-ib"e`t!t_ê'íção, mënos a polis 'E“a11Tl¢flfe.por esse mesmo. caminho. Tal aconteceu- com a escola
lenimsta de revolucionarios que, conforme se supõe, vieram trans-
deste ou daquele povo, mas a de todo b' -g'êí1e'rb*l-nímano; polis cujos formar o mundo. :
alicerces, posto que ainda abstra-tos, não foram' outros senão a liber-
dade, a igualdade e a fraternidade., .,._,_:. .,,._.._ ._ , rei Ivias Lenin sle equivocou redondamente por I-Bayer Perdido, em
açao ao secu o ã(VIII, alguns horizontes filosoficos da máxima
Escreveram os ingleses a- Magna -'(â`.fê'i`i'-°ta`~,'-'Cz5`*Bi'I1 of Rights, o Instru- amplitude e va'stidao politica.
ment of Govern-rirentfios ameri'canos,fas'- Cšartas- 'coloniais e o Pacto fe-
derativo da Filadélfia, mas só os franceses, ao lavrarem 'a Declarâção os Ficou; em lface dessa distorçao visual, impotente para descerrar
É n concei os-c aves postos pela reflexao dos teoristas do povo-na-
Universal dos Direitos do I-Ioriieiii, p_roc_edei;ani como havia procedido
o apóstolo Paulo com o_C_ri_stianismo. Dilataram as fronteiras da
çao, do povo soberano e do povo-cidadania. -Q
nova fé política. De tal sorte-que o go_verno livre deixava de ser a O povo assim qualificado, titular da nova legitimidade, não
Pferfszsafivfl de uma faça. °u_.‹t-sais Para ser .° apaiiásis de seda este
humano; em Roma, miiversalizou-ee. ,u.ii;ia_,rel_ig.ião;_em .Paris,. uma
'«iln.:~|.t u.¡-`lz..:nzrú,¡“_
.u¢¡__"
n,l.
.,.iu_,`^.-"¿. ,_,.¡-_;. ,.
mente eáiâarna a vontade dos govemados, senão que a transmuta
em von e governante. Sujeito da nova titularidade do poder, en-
ideologia.O homem-cidadãozsucedia ao.l';i_,_<_›me_i1_1‹:-súdito. _ _ trava ele a operar a grande estratégia libertadorà 'do ente humano ao
l<_J1[1'g0 dos :tempos vindouros mediante processo centralizador ainda
Dsssszmedez f<2.fffl°u.-z-f›.s ê.B.svs!ssãs-zésisšcslo ×VI11.së1~ie.r‹› de agora em curso e com o qual se familiariza cada geração política.
imp.ortantís_s_imas renoyaçõ__es¿,insti_gçi9nai¬§, Il? medida. em”. ?Ue.
içeuz a ffl_v.<›.1;_f1° Homem» .a 'f =.zís¢1è.z~.Ç1s lihe.-idade,.i-gi1êlda5ie.e....ra-
terriidade,'¡ decretando, com_-jseus ruin_os,i9,‹.p.resente__é,o f-uturo da .ii.z§°..SÍ~.°.“š§.×ÊÍ.'Í.Ii§§'ã§~°“'zP °°“*f°8~`~*¿'¬*f*f md” se Prism i
c'üIi'lP'rir-¿`sè teciiei *ue cursa? I;i-Io que a Idéia revoluqonñria' .PÍIÊ
civilizaçãp.. . _ . _-. f ,
do chamãdb Estãäfi de Direit metro' Pmmtllgpu aê Colisntuiçíes
-Daquele flema deriv-ar._ai¬'n,' ao mesinc›'-›p_{a"siso*§. as di_fí*é'tíva*š revplu- da
foi burguesia decretoudos clâdeii:gos
portanto .o.`Estado ao I2esSnóo'PassO'
. a ciedade cqnicivil.a,Rç‹v.°19930
Outro nao
cion'ár.ias'1fada'das «a se ›conc`reti'zarern`› if-io* fdecüäsšó da ação -politica f'

subseqüente. Dos três dogmas, já referidos, partiram os espéc'iinens


.r -z _ .-_ . zz a separaçao. de poderes e das Declaraçoes
de- Direltoëz 'que entrou para-a-história sob a denominação de Esta-
‹:_l,e fçeda Revolução com <1\.1% $¢=Psti!isuls.ri§sm.asifiaâssäímssiiafas de ¡1-
‹i.
:
. - |... _ _ , I _ _ _ _ .
›d.Q›l1~b.¢.iz'al.~_As suas nascentes:fiiosoficaszsao, por inteironfsondadas
¢Lz.fi,r1f1.i 11¬a<._1_á_fssiiêliçinadorsi eu Si==-.~<z1.e.fins.zsêdaz.mamento.sins=-ils;fe ›:1 ¡_'
aqui na extensa inquirição das páginas desta monografias '
t,i_zai1_sfori_1¬i,adçi_r.jd_,-ii _.I_-¶istói;i__a,_ o_u_,_ aii,jida›,¡s,,e'.a-lca¿r1ça;1z1in -giãau _q.ua_l;i¿tati_‹.-
"'-“.=\'r=_v;r`.'
:"'.-'H
L.
4
'32 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL ' INTRODUÇÃO 33

-:A seguir;fcomo.se=à'_ídeia enárquicez P9fɧ}_Ê1a_lim°f"t*`í_Ê°i1t;Ê1f_'_`:Í - “Tem ~padecido=esse'‹Eštado, porém, certa mudança adaptativa
aos respectivos fins. Antes do esfacélamento do social'ism'o›=aut'o-
rebeldia histórica cle5.re'aça'O~'‹ÊlS PÊÊTVÊBÊÍIYÊS Ciezuânâ So Iiistii crático na União Sov¡iética,e na Europa Oriental, haviaele por. tare-
qq? _P¡-Qq1ê_¡z¡_¡¿.j-§izi_ gquipolência do pi-u1cip_e adäfin a,_ e____q_L1__Í______ç____o
fa _imediata_no Ocidente _r¡ealizar.,.. .em primeiro lugar, a igualdade,
iiiiçã<i._c1e§Ss.maiê i+m.i=zs$s°›d° IWP,-°'fi~â am” ° *;?“f“'-l“~-~*_.¿¡'¡S,¿S°e com o mínimo possível de sacrifício. das franquias liberais; .em ou-
eoti'e$t.etêlid=i .‹=1ivi§ã°.s1.e,P°<.1zsf°$› SHYSIWE1 as “›i9?«1ê$:*°R°~*~ ._ é üiz tras palavras, buscava lograr esse resultado por via do emprego de
C.1,ÇP,0.l$›,9fjIn?;!'>$ͧm9I,0S,soçialistas, sen.tenciand_q_a gitrc|_.nse_ca i ;_1__i_q__ó__ meios inte`rvencíonista__s_eregulativos da Economia e da Sociedade,
dade d9__]§,5't§do, ezos marxistasfijem nome _-da ciencia, ças. eis___i de
mantendo, contudo, ii1t'ai_ig'iifieli 'a' essência dos estatutos da liberda-
ricasjfida dialética e__ciq determinismo social, .Q .fun dozêpêfê. 9
de humana. '
¢s°f§ã'9.'.€fa 5P*=í<”4daF1*?~,, .- .~. z ~ z ~ ' 0 ø ,1

. ' . iíziz
nâo paz-.o.z.va.;io¢1àõzia. de wmzs0flSfwsë° flPs.f¢fl*¢“}°_1¬' _. Um-,Estado,-pois; para--debelarfias crises e recessões da ordem
capitaliste, sem‹..fecban.;|,ento, por.ém, do sistema político, que per-
_te3.§i_entífi_ca-ads* um fêl$£?.=.m9SSÍa~m_5m°› °“ P¡`°»f°°¡a ,qfile
_ç_i.i_e¡¡pi=iu -e jà'i1;iais_se .há de-.-c.u`fl.11i?I'1r; -em suma» `P"°YÊÊ° del Ê* n__ ma_necia‹plui_'al.i_s,taze__aberto. Um Estado, -certamente, da economia
ra._i__2`: ria.-ciência; na razão 9 110 b°m 591-15°/ e"°l'ue 3 cerfl, aq' oífšã _a de _i;nei_;c_ado, embora debaixo de alguma tutela ou dirigismo, que
pouco ounarda lhe afetava as esti_'utu_ras, posto _que interditasse de-
tos-..lš*-ifitšãjrigofi.trzfiiiê<;o1frisl@S__¢Q!ífl@ ma¡.°81'flda °×-P¢“Ê“°'_a 5° 1 5 terminados espêÇ9$ da ordem econômica, subü-aídos ao livre jogo
parecehaver invalidado por completo. _ --
J 0 I
das forças produtivas. _ ___; `
Ds-,5emoll1¿i.itš=is.e_scol'as do pensamento politi<_:_o_brotÊL1z Pe<_?;_'ÍÊ1_`_:
to, aquela organização de poder e de Estado-lev-a_ a a. ‹_Í_a_ dP c______ Era, assim, o. Estado s_oçia_l,.do Estado, e não o Estado social da
Sociedade, aquele' que se Há. teorizado de último, de maneira tão cor-
volução Soviética- Ída'PIiim'ei rza metade deste secu 0~ °_d§ a Ê; 32° . _
lfsta., da versão- de Marx ie Lênin. Gerando -a ditadura o pro e a_I'1fi reta, embora passional. Era...taml:›,ém o Estado social das Constitui-
do, esse modelo, na prática se.-.na realidade, configurou hicetoriea- ções programáticas, de que_já fizemos- menção.
mente uma paradoxal forma política, f.flf>.fl°_8?äVafá@°,É“ Ê; É ]á'o Estado social da Socz'edqde,' queé, sobretudo, o Estadoasocial
oPf¢5§_i_i¿e,}p}ara a_ liberdade hlunanãi BI'I1,1'àZê°. °5 °5V`¡°5__e ___EO_ dos direitos fundamentais,›uma-'categoria por nós igualmente refe-
déi,..¢¡ii_az;gto haviain sido aquelas s que S°.RF°F?%S°5.a.9P“5“¬“d b ___ rida, mostra-se p.ermeadoƒdetliberal-ismo, ou de vastas esperanças
liri a do absolutismo das velhas autoçracias¡_UT!l_i>€f1ê15 9 3 3 ou liberais, renovando, de certo -modo, a imagem do primeiro' E-st-ado
guesia, que trazia no ventre a ditadura do cep1tal1Sm0- de Direitofldo século XIX. Em =rigor,~pi¬omete e intenta ele estabele-
-' “ ' .- . - ` ° '- _ movimentos cer os pressupostos indis ensáveisao advento dos direitos da ter-
.Q-‹E$tfid0--'lilE?§sFê.l'9.9 Estado soclšlllêtaf ffutqs f,d¡endame'ntos`da ceira geração, a saber, os daa fraternidade.
que revolveram e abalaram com¡_ar.mfl§ 2 53118119 °5 ___Oc_a_ __ _~_o______S
Sociec_l_ade_, buscevain, sem duvida, ajus_t__aë'_ o corpoo _____. .¿s____0 de E Estado social onde o Estado avulta menos e a Sociedade mais;
C-¿¡teS°~¡Íi@5 de e-xçfçizgp Qder
Ê-Cinçig I assqm' P dpi ll or onde a_ liberdade e a igualdade já` não se contradizem com a vee-
siištentãr, desde a_s"baseS, um fl0V° Slêiema e¢9n°m1¢° 3-- °i? ° P. mênciãi do passado; onde as diligências do poder e do cidadão con-
miêi¡__:›s 'revoluçi'Íc›iiãi'ios.' _ __ 3 ' - . ___ vergenii, por inteiro, para'tras-ladar ao -'campo da concretização di-
_ _ ]á.¡.>_l_f_.-_]5|:aç1ç› social p.ropriamente dito .:- iIIâ.Q 0 d°_f18_L1:I"LF!9- ÍQÊÊ 1-' rei,tos,_prinoíp.iQS _e va_lo.r§$ que fazem o,I-Iomem se acercar da possi-
biliclatle,-de-ser efetivamente livre, igualitário e fraterno. A esse Es-
tãrio;¿ qiier
_ ¡ de extrema
. esqlilërdaffluef
- . I-....' d°*°*t"ema d"e¡'t'a
. 7°, 'Clem-Ya
-
" - '' . tucional da tado' pertenseiflmbém a ;revol.uÇã° constitucional do segundo Esta-
-zdo_.-.z~.‹-z»
_‹:on,s..eflS0.
:. iii › das
‹- H °'mUffiÇ°e$.l?.-§$!Í1§a,5,$i°
"`l 'd 'l *"-'ils'-5l1.I,?.“t°
r`fl ×"o criativa ccffisfl e en-fim,
-- . do,-_de Djreito,zonde os‹d_i_i;e_itos_ fundamentais c,onservan_1 sempre o
Vl. a :Pe a Išetišie' as d -*Ê 1"'~co'mo_
$.=ê ..._'-'1i, z. ' ' z
P9{'9I'I1_
" " -' " a
:gi-1.grf¡1___u-z‹~ saäoišéu
_ s;euz_.primÍado...‹Sua observânciil faz .a legitimidade de fodo o orde-
deçjão c,los~ in.f.e._r,e_.SseS. 1=>.-5>l1f}<.=-£=>._._§'ç,‹== .§9Çis_1$z Y<_>lY=.€1_.<?§i ...P U .- -. _ na1_`nento..jurídis:o. z = . .i.› . ‹ .i z z -- ._ .z
_ .I_____, j J' { _ _ _ _ _ _; r' Í. _. ¡_i_ ___ __¡iÍ.:¢ \,_.' » . _-.,. g'_`f'¢ :nz "-Estado lil5*e_;ràÇl,"`EstêÍ¿iÕ°“sócidlistã,"Estado 'slo'cial com priinazia
"*___ ' ° ¿ __ , .. _. _ _ .‹ ._\_ : _ i _. -
dos meios i11ti=:"i°\Fë-i'iií_'‹`:'_i*¿›'i*i`i*stÍa's` Ê{_õ"_E's*ta'do 'e;' 'füiã=lmênte,"'*'E'štzi°do_¿soèiãl
,Afigura-se-;nos,z:assi_-rx_i, 0 - Est_ad_o e s_o_c›i_al consnshšâiã ugdo ___
c_om*hegemonia=s*da`?Sociedãde*.e¿mãxima abst°en*'ção possível dõ Es-
Il olmall i, ii' ':' -_.. ›
tâsdo ͬ-:---ëissófzlargofzpainelbiliitri-ijetöria~ dehistitucioiializaçãozišloipd-
coiicretiza-r.›aiuniiversal~idade=d'o's°Ya¶Ê?teS'ábS`f1'äÍ0S dãS'U€¢l"aT`꧰°5
díer em rSucèssi'vos~-iquadros se modelos de iv-i-vência-.:-histó.ri`ca*:conši-
déD.ireitos:-fiin-L'
".Ci?1.!11entaÍ.s=.f:›-» -*-="'f1=1fi~'1"-"=*=*"¿". '"' 'Í' '. H °' I' i'
.-i¡¡.

f J;
fi aí

ll. 34 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


ii\rri3oDUÇÃo. 35
provada ou em curso, segundo escalaflindubitavelmente qualitativa: '. 0

no q.ue.toca ao exercícioreal da liberdade; ° - l


“°'.e×¢FÇ_í_¢`io dos meóanismosfconsagradosàz efetivação-idas
'I ii' r :E es essenciais.-.Sem falar,_'na_tu.ralfiiéi1te;;da-äuëlag goziedades
i A Revolução do século XVIII, 'comras divisas da liberdade,
¡
ri
i igiialdsade e fraternidade, foi desencadeada para implantar um afafff ç .aÊf *P°¡` Ê°°mP1¢f°z'. d&ffl0rmalidfad'e 'do' regirríedeimocrático e
I

constitucionalismo conêretizädor de direitos fu'nÊ'1ameiitais. Crise fi:l°i-i¢°1fl1ë$em senãoregimes*da›niais¿psiristiva:auroci-acsia, cul-


l
soä seâfllfãätglhmados por fiuna‹'obscui=aiite-ft'rircl=ifiç`ãofde poder pes-
I'
Não só abrangeu distintas fases, senãoique perfilhou, na sua lon-
1
ga jornada histórica, Qutras Revoluçõ§_s_`que lhe foram, â, primeira- ii-ãnz-.f‹›i-záz{`
- a› a fl‹'ei~1°.$¢f.
e gsmCemcontraêgs' P Wëêëãlâsfs @v.0.1.vs . .Ou
_ Se
1

I vista, antagônicas. Antagonismo, hojefcomprovadamente de apa- s›<.tr.-sina-dif;¢u1ç1aae..;,1e~nz¡ç1ã°_


ii rência, porquanto nunca bastantemente forte para destruir o fio se-
creto e invisivel de continuidaišie -e *congruência com as metas -¬I¡n.-íi_pA-¡_:.!
. i~. .'.?.*«”*í*'.`fä“*°~”~°íäfi ?ií,fi¢ «i‹›'~›=fif.‹i‹=1‹.âif 2 da
das id; P? _5T-lã z- -- im a econoigia- dirigida, a3‹_;¡¡=n'.¢Q-m°~O ter-mo
t eo ogias qu; lhes serviam e sustentação. Nmicazge- low-,ou
dzzfe-
emancipadoras de teor fundamental, conforme a Revolução Socia-
ii il? i lista -de'1917 já demonstrara, por seus efeitos bem visíveis e notórios.
"¬"¬;.Í tand o a eÇC,m°n.“a= e¡š1Ê¡`¢a.d?
. - d°¿ÇÊP--¡tël15.fl.19
~ _- quanto, agora, . aprego-
'I
Outras comoções, cuja violência e sangue o mundo vira espar- a an qàse lVir›t“d°5~-Cl'“° u3¢.5°¡'1ãII1. 1flS.ltaS. O.s.-restauradoi'-es assumem
ares . .°
H,beral€_i§›râm_otores ° °
vitoriosos "
de i¿¡¡¡¿._.acel_e_r_a_ç10. ' ¡_-9:9;-1-¿0,¿0
E " ' Estado
gir em duas conflagfraçõës universais, assinalaram o_século XX, con-
,` \`
\_. ii fluindo, pelos resultados alcançados, para estabelecer aquela com- -. . °. ,ii «S-Ê‹i'l?.°"Êmf à..$,Q1Í1}b¡'& de I}ç0l_1Ê>_gralismo,que, até certo
š 'lj
-.
ii i
ponto, desfalca e contradiz a essência do Estado social. .
. “1 ni
°
i,
v.
patibilização básica a que nos repor-tamos. `
~ HW*
_ il ¬¡.
." I¡
.ll Nãofpadece dúvida _de q§_iê""`tó'dos* estes .abaloš profundos osten- ma Varig; Í'-11fC>_, 8 solidez, a estabilidade e a prossecuçao dessa ulti-
Co ' f . . . . "" ¡' ' .o
l
}.
zq

'E
i
taram a orça ien{pulsoráidas~trai1šfÕi'mäçõe's de consciência que, afi- ëiöpcís .=›,=<zâiz.z-*:i_-1.5:-li-1-5-ztfälilci-_§”.f.,'__ai °hÊ8afa~fl},__€}_Sergontestadas mediante o
(90. 0. .Sia , O e de seus__instrui._nenftos de ação.`
. - .- _.¬ -

nal de contas, tórnaram possível 6 'advento daquele derradeiro mo-


»_›

. ij
- i i i
_? i
delo de Estado e Sociedade. Um modelo que faz transparecer quan- R l
tàdo ãeešeardoêeqtes a um..desp.rezo.-teórico, " - .
nem por isso . o Es-
deixa
i.. Í-'|

to o novo Estado estampa uma identidade essencial com legítimos p n amenteuivocado e utili-zado toda vez que uminte-
interesses do gênero humano. Já não é tão-somente uma filosofia de resse- -empresarial mais influente, nascido das situaçoe"'s de emer
.ii
(

1 ›
T

direitos, mas a própria norma-tividade;desses direitos qbue abre ca- gencia, dele se pode valer para embargar crises -ou remover emba..
.i

u “A':,-..
_,,.I
_;
nais de comunicação --e perpassa as fronteiras da so erania até ¡`aÇ°5fl1flc1_<›nais da propria economia capitalista. 1
Í.

institucionalizar, num .pacto transnacional, o respeito da Hwnani- ' a


u

dade aos direitos fundamentais, ponto de partida para a futura mi1alÊ::Í:ÊÊë°Pc;`3â°gÊiUnÍI1;§›nÊsgise desmente? ailinguagemâdos
¬_.- ¬_-vz¬¡_. , .:J,¡_ ,_ '-ze.__*
.z¢._r.|_.¬-z= .-=H-¡:'-I
\
I
Constituição de todos os povos. ' QQ5 g 1-nazelas Políticas esocíais tag ÊaÍnrÊF3IIl0£': 1Sh1FbíOS ECOHOFIU-
Nesse sentido caminha o Estado social, e aí se deve discernir a lismo. Estamos
dade-:näo assim em do
Pode» Presciíidir faceEstaäiân
de lafteslê
capi evoiuçao
a ismo donecessi-
que, de capitai-
direção vocacional de seu espírito civilizador e progressista, rumo ñomeadámente trátandase de E ç ,_ cup conpeito nao envelhece,
a Luna Sociedade onde,_-em substituição do_ciç_ladão das pátrias, se z › , $fâCl0'dQ Terceiro Mundo. .
ergue o cidadão do universo, o homemda polis global.
I
_.
;1

Afluíf sem a P¡`_e5°flÇa`dë fã0 poderosa alavanca, inevitável seria


'.
!!'

N
.f- Mas, enquanto esse' horizonte ainda se desenha em linhas _cur-_
là'
J

111 vas, tímidas; esfumaçadỚ,Í‹'ii‹1decisas e fugazes, 'cabe adv`êrti-i"qu'e- á Q reÊa'd._a..-'Í° °°_*i°{“Ê_lÍ31__11Q<¡1_a,p_rimeira época industrial - de todos
1_
_,c¡9l,Onfal_1¿5¡nQ5;_ O ¡I'_èf à €.I'I'l&.flClPí':lÇãO PQVQ3_
Histói'“i'ã1viva não vacila nêm recua. Dotada de uma dinâmica 'pró-
pria, peculiar a cada povo, vê ela» representar em seu 'palco a~`luta Ni-mÊfi"~° E5ffiC_ÍQ-š¢>¢íêl.t._e,\¿e tamanha _d.uctilidadeie.atualização
pelja conqiiis'ta=e sobrevivência daq-`ue'l°es1'mö'delos, salvo, obviamen- Pam.subiugar-as:crises.fA conji-ii¬.~t:|;1íiz'a_-¬p_‹:›,líi~i¿z'a-. dg B,-a$¿1_,_¢oinS¡¿ ¡._u,._.¡o_
te, `por obsoleto, oz primeiro - o do Estado liberal clássico -=¬-, que äpeaáfgvädvento desse Estado sózigdecliiiável, _5enâ0Ídeve¡-as
-.z -.H ,-_i.z -._ .__. _,
_.¬› _. - . _¬. _ .
f;-rJ_.._'.¬-'.=r:-"'*ri\r.v1i¢€_*-'
'teve .tanta_atu,alsida_de e,-importãndia oasêculo XD(.i_i}a`s, de
G.1_-|--_.,l'l__\f__,_;-
O
1ÍiI`1'i1@é9f. %f =z;s_sÉís›~i=sfzSs1ii.dfii'ids¿i:ê1s tssísziiítrênsêsfldsz- - ‹z. äÊ?Í¡i_ A`“fê__`f¬¢_ffi~¡de filforria :da Sociedade;-sobre penosa' e árdua, assume
0' .N » c _ os I _^ _ . ,` , . i ' .
_zi:`.i efei~tó,-‹seriaí.deièstranhar quezias"si'm=.não. fosse, 'poräuantoias
`
dis_tin't-asf'soci.ëdad`es ñaciónai's exibemidistintos..graus.Ide" esenvlol- ‹z°iz`s01iaàizÍÉ{ÍÊe°Í'c9í_¡¬P,3 s"*.“*1ii°“.°“ ~°×*›5.°*í'°*a de z““f°d“2m~°
ç __~__ _ ç - À š ei 0S‹-- .amentais-insculzpidos em sucessivas ge-
-3 vimentoí politico; iu'i`1=a's¿m`afis°atràsadas,=~outrasíma'is a_dian'tada's, *no ¡'aÇ°-¢Sz 011 dÍI`I1¢HS0€S;' -6 cuiaconcretizaçãošse. espera da fórmula cu-
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nhad‹azpela_ Ci=ande=Revoluçao do seculo -Xl/Ill. .-i.
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36 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL INTRODUÇÃO 3,7


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.--l\.l.Ó,&.viY.em0se viveremos sempre da -Revolução Francesa, do PW juristas do porte-çle Gerber;:~Jš.aband e Iellinel<,.até 'cl'.rega'=r; -a~1no'r-
ve?r.bó‹~i:lezseus=trib.unos, doipensamento de seus filósofos, cujas te- mfitlvlsffis P1-1I'0Sz C10 quílate .de:I.(elsen, chefe `da.Escóla*de Viena; . '
. ses,- pirincípios, idéias e valores jamais-pereceram e constantemente O legalism_o_pos_itiviš`ta dêsfiölifizara, decerto mbdo1,"'o` EštÍa¡do,:
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siè. i=e_nIo.vam.f -porqtiai-1to~_`c_cznjiigam..z inafredávsis.. duas legitimida- ao rebaixar ou” *`ii`g'.i*1'di"°ar "o"*`có'ñééi`t`õ*`d`è le'gítíii`iida'de*, 'dislsölv'i'dó' iiö
Ii -vune.-Un¡.1_=.:- n4
d`es,¿ d-_u_`as vontädessoberánas-;--a do»:Povo_ ea da Nação. _
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COHCGÍÍO de 5..l@.ga-iid`áde.- Mai1if.Jes;ta1va€f_ess.'=i:-"posição estranh'e'za e
.z-í ._- .-_.-
'°*Aq`ü'êla R_'ë`v_'ölfíçãó proš'šëgue, assim, até chegar aos nossos dfãs; a1l'1¢aÇã0 alãsoluiaaaâzizgalorešzeäfinsššD.e.':talisoiite que, ex-ace`rban'do..o
com o Estadó*social-cri*stalizadö~*noš'princípios da liberdade, igual- nel!lf!';š=\.lí§f.I10 5 ׿12$i$11il_ô.'g'i.¿20z ~e.-iteleoläšicoi. -fazia. prevalecer, E .acii-nafz ide
dadeze f-ratemidade..‹Um1az vez imiversalizados e concretiz-ados, hão fUd°z~Q RF.Ífl¢ÍPíQ›šÍê -l¢gíâllid.adez.z E. e.tivza-mente banidoficašva; -por-in .
eles de compoi;'za_` S1¿ma¡:_polítiica de todos os procesS.C>$_.ÇÍe libertação :sí{0_z-d_sâ¢ântro..-das- refle-xões sobre .o Direito q preíblemaiefueial da
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-z.v4-
u. .-H.
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d0~Homem-. - _ - _ - ' - z ' ¢¡5_}.“'.`*.'.:l. I .Pi .*?9.“z%*iRfië:%° ~%$.§L.m fls f°¢.1<=-> falsa sz ~sz<›l.=§f‹?-met-l:<>. já
U. tfasisssëâ-. Išsi‹iss1i£s~.sswâis1s~ds nesses si-as fssi‹iisissfss-
Ari--1-_..--
4 . -444.

,I “-'-"O§~es?Éri`f`o'réš' p'o'líticos'dó`~äê'¢ú'lo XVIII, quando tiverám`a intui-


-.¡-.g-i|.,_'-,i. _` _ ._ _.-“ `__ *- çâ;ó'aõ¿Essasšséiàrifisi-Qtiamàfm z legitimidade-ao põàer demo- “W H?*P°f*afl91s-Q-Urzswds~šs91í¡>11ís1s ãfiilislsziirziflsfris-....~« ‹~
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Efático,.'ešftá“v*äi"Êlf-já,'sei&i*f'šãbèr,*formulando e decretañ`dö,_*ç_om` dõis
šêëiilosädêiätêëédêiiíciãf'às-Êliiašës da futíira Söcied`ade`¡'abertã'dö
5eb¡§¿t§§ii..=i§s.isfliis‹.~sgi-.1.âisi.~v.ii§-z
..,
équàia.fagesfz~fiç1¢i¿:i‹zzi1.iç...em-
ƒil_,5L}ç.iji;a¡.`fizi`a e`da. tmmençia do holocausto
-fp-p.

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Terceiro M`ilêni'óÊ°°É "* ~` ' _ ` ` i' _ ` _`«_ , . nu‹=_ . Ú
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i 2i'lDbi-`Êstci2íq_:I.1Lb__er‹1¡1 QO Esiqdo¬§oÇia`j, tese de concurso defçzfátedra VWÍLÍ .59›'i`*-.§i?=.âÊ?z§~?Êi3iʧ“°*T,%?z$=z$..Sidi?-S *°°9lT_a zš%iS¡.f?Çf?l5Íf'&1ds_zd° uma
à Faculdade de “Direifo'Êlã" Úiúversidadëi Fêderál' do' Ceáfáfápare- Êlspfzicmlçide- *C-a~Pflüê.i.*§'3i5i ÇHJQÊLIÊFFRP õ.IaY¢§ ie-@,°“m“1aVa“} a°- fe49f
i z §°rfliê,f1.sz.i-šãtsdfâisisifsss Psffizzpsc-i .cris de ao .iêsaê
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ce1Íi~d1¬_1-ifan-te_¬a_ dêc'ada~“deL50,= e ruuica foifr tão atual nos seus fimda-


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-__-. P"°P°¡'Ç°°5 C1Ua.1;f.!<l}1°la Qʧtê._dQ,libgral, condenado, já, a transfor-
mentósi'filos6ficos}›ju'rídlcos e sociais quanto nesta época em- que a
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mar-se ou desaparecer. ' ` ' " " '
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d°é`ç'öfiipös'i't§ã`ofklö ipodeifsoviético, já ocorrida, parèce haver mu_d_a- E lê/lIasí_debai×o_das pressões sociais e ideológicas do marxismo, o
dö-<à.'fàse'do"riíündo. - ' ' ... ___ - ''
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sta o iberal nao sucumbiu nem desapareceu: transformou-se.
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l Sem haver logràdóiêxtinguir o socialismo - o que, aliás, se nos Deu lugar ao Estado social.
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afiggra-›:i'mpossivel - , o' capitalismo, conservando insolúveis os t E Com efeito, a sobrevivência da. democracia limitada e represen-
*H siáüšifg-ravês=*e cr-u`ciais. problemas, continuaniuitocontrovertido-e a iva reagia a proclamada lei da infalibilidade do advento do so-
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súj'e`ito a~no`va`s-ë`f-u`turas contes tações sociais. cialismo, que seria acelerado pela queda iminente e inexorável do
`if:Z_äÍfçšátédra_dis`putáida naquela dcasiãpièirã a de Teoria, do Estado, sistema capitalista, conforme o presságio dominante nos círculos
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__"E'1_ inšfitüídaf poíif ei_1sej`o_da"'ditadura civil do Estado Novo`de Getúlio mais influentes do pensamento da época. Como se fora Luna senten-
Vargas' e,' “iiiãis tàÍi¡de,°tránsfö`rrnadã em Direito Constitucional I, por ça de morte lavrada por compulsão ideológica. -
obraf da =r`efonma introduzida nó currículo universitário. . bblao podia, pois, a Sociedade liberal achar outra fórmula de
dê:'_I`epria Gèwraludo Estado, da época, não se cir- so revivencia senao a,que apontava para os termos participati-
cuii;sc_reii/ia a'pen'as"à "p'a*rte" teórica 'db direi-to c`l:instit1iciÓnálf`šenão äoâ, consensuais e pacificos-da democratização progressiva da ci-
a ama.
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qú;ê`-*së_i_iz-irfa`io'deíabrahgência fazia .-afsingular disciplina coincidir, em


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gra1}idëEpai:téi=zcoi:ii-za - ciêiiciai ,poli-tica.§ . A -fundamen-tação: teórica' do Em sumâ, tratava-se da mesma fórmula gravada em nossa pre-
Estadia?-ef*porFcónseg1iiiiiEe;sd~à'=ordemijurídicapositiva compunlia a âocee recua a analise sobre o Estado social, tao distanciado, então,
espinha dorsal de toda a sua temática. a sistematizaçao doutrinaria e dos publicistas que ainda não ha-
-:'i:ih=lfão.podi'a- ser¡:=portantó;¬-rnais-átiíal ai matéria*-`tjue elegemos. por viam percebido o alcance da clausula constitucional introduzida na
É-Q-rALH-J-É-'I-`. ‹l`

objeto de'=inquirição iriaqueleztei-ñipofrfira =a`* década de retorno=ao jus- Lei Fundamental de Bonn. .› '
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n_a'tu~rali_smo'-.e= defzpro'lftfii;¿_*iil*o=díésál'ênstoid"óuti=i1na"rio› com âasifórfmulas _ Ã) texto da Lei li/I_aior alemã--positivara, juridicamente, o princí-
clá'ssica`s'dã_ ciênciafdoid»iiiè_ito'šposi-tiv.o;.nomeadamente- do direito pio e uin novo regime repassado da união conciliatória da liberda-z
p'úblico, assentadas sóbife-°a~'tita'd*içãoid'é.1.ui'r=forÍi'íiêil-ismo professado de com a isonomia democratica, debaixo de uma idéia nova que vj..
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38 DO ESTADO LÍBERAL AO. ESTADO SOCIAL


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nha restaurar ~a.noção de Estado, tã*o lacerada pelos excessos autori-


táriosâdas décadas..de.2O e.30. Tais.ex¿essos,;pe'rpetrado's por'~idéo'-
lggjgsè _Ç[t¿1_ç ._a_s
lil:›e_\rda_d'e§_ do ç-ida ão, convu_lsionaIT.ãm o
i?asi9z§9s.islz.s;e9!i!i§9ês-~ei9Pi¢iê.rs.a1~ö fid.Y°flf° <1sS_§lifszd“f@$.~..=-If ~z
S- ..-Posififaldo-como.=p`rincípio'.e regra dé mn1E*stà“do-*cle==Direito- re-
construídozsobne-os valores "cl'aíIäignidade'daf:p'esso*a hum'an_a,'>o°-Es-
t-a'do.zso`c-ial;desponito.u para conciliar de :fcírma-.dfii-fadouralêfëštävel
a«'Sociedade':com'.o:Ešta¿'1o;..'coí1Zf¿ät*fiie=ii1tent2z\.1jrioš-ëiemonstra11¿'O?És-
ta'~dbzso.cia-l.xie -1'-\`o“je':é¿ po'r.tÍanl:'_c›Ê, -a-chave cl'a"s*'el]ë'moc»raoiasfd'ó
3; ,' ¿_\ -'."\ 0' ,'I¿'.'°_% _ :'J"oi Í'-r "!.;¡"Ê¡' O" 'Q' _ N". .Í A0 "_'._. o"f.' 'f'.'Ê.I\£ Õ'Êi:"-›"5‹'|

"“= ~ -Fora-do-'Prlmei-ro, Mundo, p'oss'ú_1' 'ël-l=É`¿f*`a*i'11Íàí11'ia irnportaiicfxaoque


mzzio se em-äifiêâsâ=fâr¿'ê.zff\ä'fifi2àz_-fiàtsfdgs 'é3¢1iâl;`õ.ü~ ai«rà*aú-ea Capítulo l
Q rs ea a u .

do social não`há déñ1o'¿:!rà"èià`; e ' Í 'w deiriociiäcila iiiäo há lëgitüiiitia*de*;


'* ` `*-Á"š* lͧèÍÊaš"`zi§flë׋':'ies¡¡äi'i:Íi.ii 'ëixpéhäfääisãi-jiÍfs'ÊificaÍn DAS ORIGENSDO LIBERALISMO
z~¡§êa'iã¿âõF*äèétEf ¿5~}š'f`á*?%i1'"jö,,g”z%à;íi aê 'aiüä~1iää_áë~j¿a1ãã1-;à*iê*fó,¡ _;°`ç"â'_àó.Íê1,=;<zàz“jçi;¿¿›' . AO ADVEN'I_`O DO ESTADO SOCIAL
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no_.-_-_z...--¡._cz_“41_:. 1,|-_:.4¬^,;-.¿ _.-, zx1é”z_ú'~ä¿-ilà'* ¡5~f~*é';~.éi~ifëf'gfiz-¬=fz-‹›¿1af;=,¡;ä¿_‹'*'É *é*1'ü'aaà=fii¿aaz;'ça;¿:¢f z_1,é;ín‹_›a¿é;ú;â'-
<1âaë'aä~=*az8ää`5fúàf¡~à*ê*ä*â*üi%¡š8;*fs3zí¢¡à qiâÊ‹Íz,=§,ê-i;_°ç~çfz{zaz,¡ _àééà§ia_aó'f°¢ólâ-
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vro;'"povr*"eÊfsëjo' ë`_d1§ad,_ 'ride Ó_ _c`{'i_iji=:_f__`sé Í _1|s'se i *"'~i¡ l 'Í 19 3 `Íló 1 He “' d' 1 1. O problema da liberdade e do Estado' como problema de resistência
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ao absolutismo. 2. O direito natura! da burgfuesia revoluciomfria inves-
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sCuÍiäria1neñfe"säB”reÊ“ReÓoliiÇäd"Fifãnçes¡§i se c_1_iz'coi:fn ri}`yi_t0`ma_is te no poder o “terceiro estado”. 3. Da consolidação do Estado liberal ao
_\_-; .- z¬|. -

ri"gor"ie' prb¡§rièdädë'Í: Se'não, É'c'›=ñÍii'°ãf-se com a' a11ál_isi_=¿'_feita à lier- C0mc(¡'0_ de sua transformação. 4. A separação de poderes, dogma do
menêutica das Revoluções. ` constitucionalismo da primeira fase (Locke e Montesquieu), 5, 0 Em.
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do liberal-democrático, fruto de uma contradição doutrinária. 6


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Vierkandt e~o pensamento politico alemão. 7.'Crltica ao liberalismo e
advento do__Estado social.
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â 1. O problema. da liberdade e do Estado como problema de
resistência ao absolutismo
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O P¡'.°bÍ¢mfi dâ.l_Íb€1°dfld€, pâra.ps}_1a exata compreensão, deve
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-uc.-m.|-r,_›.¡,..-
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gn_o:.,-2qr1_;u'.¬:',›;¡_,':',. _,

:I-í_.a-_.fv.-1:n1m.....z-,--.._:-¬..i;e_1:"-r.1_~'-.1_,-'1}-_.¿.v¿Í. .l-
-¿=fl-w--=.a SÊÊ P°$tQI°zm‹°°flÍI°0nt0 dialético com g ,realidade estatal, an fim de
¶u.e RpSSa,rnq_s conhecer-lhe o conteiído histórico e os diferentes ma-
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Êlëeâ 1deq;l9g1cgs___d,ç_ que se há revestíd_o,,até alcançarmos, no mo-
de_i_;nc_›_ .l§sta¿do;._sç¿c__1a,l,,_as linhas _,mest1-as de sua caracterização na
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40 oo Esrâoo LIBERAL Ao Esiiioo soiziai. Das oRicENs~ oo i;isERAusMÓ ao ESTADO social. 41
~ «O Estado *mai1ifesta:gs'e,:.~pQis, como. criação deliberada e cons-
Carl Schmitt) ou os conceitos histórico e racional-normativista da
Constituição, segundo o esquema ibérico de García Pelayo. . ciente :da .vontade zdosfindivíduos que o compõem, consoante as
doutrinas do contratualismo sociali‹ ~› _ - - zz ‹
Na doutrina do liberalismo, o Estado foi sempre o fantasma que
Sua .existência-~serla, ‹p9É~,çp,n§eqüência,, teoricamenI;_e.revogável,
atemorizouo indivíduo. O poder,,de que não pode prescindir o
se,dei×-asse de¿s_e§_ 9 _apareU51eAde que sez§¡¢1_;y.e o Homem para alcan-
ordenamento estatal, aparece, de-início, na modema teoria consti-
tucional como o maior inimigo da liberdade. ' '- Çafz na 5°¢i°da§1sz a~r,e.a~li1-fäeãeislis êsuslfifls. ~ .
Mas, zcomozó; -Estáfd0fÉ.0...IIl¢n9polizador do, poder, o detentor da
Foi assim que o trataram os primeiros doutrinários do liberalis- soberania, o depiosi-tário da cojaçãoíii-icondicioiiada, torna-_se;_,e_m de-;
mo, ao acentuarem, deliberadamente, essa antinomia. . terminados momentos, algo semelhante à criatura que, na imagem
A Sociedade representava historicamente, e depois racio-
nalrnente, com Kant, a ambiência onde o homem fruía de plena bfblisaz se iielfs .¢°iil.f=.= ‹.>. <l.r.ia.<.1°f.› .f _. _. _. _ . _. .
. _. Daí ofizelo ;doiJi1;'rinái='iç'¿da filosofi;ài,.jus_ifi_¿iituralista em ,cri‹'=1r_L_una
liberdade. ~
O Estado e a soberania implicavam antítese, restringiam a liber-
fszeizfiss Çlaz~lib@ii=las1.¢.~.¢rs¿.!Íiz,sLí.<€azeiazliíiiiiasãe °<.1'š›_.izo¿1.e_f. s?f¿›r1i. f,u1l'=z=-
dade primitiva. see de meias ave P.<i›'›.S.il=zfli"eei.states;°z.s¡ss1.ë*frsveSfifli¢%¬*°'-.sia if¬-×f‹-'=S-'-
'- `á~ Eštado jurídico, cuidavam os pensadores
P<>.I;1Ssl>.11.1.<.la‹i¢ de ssasäe sleiiefasierzze ímP1fi‹=ávslzI-eviatãz . -. .
| !- .
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do di'Ei=$itdêna5ti1`i?à~l,Íf-jãfÍii*i¿`;ip_%=i*l`iiíëñte os'+*de sua variante racionalista, 2. O direito natural da burguesia- revolucionária investe ao poder
haver encontrado formulação teórica capaz desalvar, em parte,,a li- o "terceiro estado”
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{ } 1. gli.. '11 .;\ D z:.-_.

berdade ilimitada de .que o homem desfrutava na sociedade pre-es- |

¡aza1,_Q_u da; Q _¿¡-,,$5a,1_ib¢¡¡;,ç_l_.i,içl‹=z_,fiii_i__ção preponderante, fazendo do Es- Foi assim - da oposição histórica e secular, na Idade Moderna,
tadoi-o.acanhado-seiiyo. do indivíduo. ' entre a liberdade do indivíduo e_ .q absolutismo do mo_narca_ -, que
Com o advento do Estado, que não é de modo algiuri um príufiz nasceu a primeira noção do_ Eštddo'd¿.Direito, mediante 'ciclo de
mas, necessariamente, Luna posteriori da convivência humana, se- evolução teórica e decantação con_ceítual, que se completa com a fi-
gundo as teorias contidas na doutrina do direito natural, importa- losofia políticade '- " " _' _' '
va, primeiro que tudo, organizar a liberdade no campo social. - _O ESÍMÍQ .ë,_ë}§fI}1“a_d_i1ra..Çle e prqteção da liberdad_e._Cuida-
O indivíduo, titular de direitos inatos, exercê-los-ia na Socieda- se, com esse'or.depainent9 al2sti',a,tg,e.m§,tafísico,, neutro e abstencio-
de, que aparece co_mo ordem positiva frente ao Estado, ou seja, nista de Kant, de chegar a uma regra defiriitivaque consagre, na de-
frente ao riegativum dessa liberdade, que, por isso meS'm_0_z Sflfde Fla fesa da liberdade e cio'direi_to',.'p¿'p'apel fundamental do Estado.
teoria jusnatur'á-lista rodeados de limitações, indis`pensaveis'a'garan- "Sua essência 'há de _es_`g`otar-se niiihã missão de inteiro alhea-
tia do círculo em que se projeta, soberana e inviolável, a ma]estade mento e ausência de*iniciativa social.
do individuo. _ '_ _ ' Esse primeiro -Estado-de 'D`irei't'o', comseu fornialismo supremo,
'Decorrente dessa-'posição filosófica, temoso Estado geridarme de que-dãespira o Es'ta`dd-*"cie ši1l9'§tai*iti'vidadlé' ou conteúdo, sem' força
Kant, *o Estado-'guarda-noturno, que Lasalle tanto ridicu_liz:av_az criadora, 'rèfletéf 'a*pugna dafliberdade contra o despotismo na área
missionário' de qualquer respon$ab'ilidad`e na- promoçaofiq' bem continental eui°`0Pêia"z ¡ ' " “1 ' .
niiun.'Este só se alcançä'qiiarido os indivíduos se entregam a e '_ pugria niióifiiiiento de 178`9,_`.quando o direito
P-lena .¢×pansão de suas"energias'criadoras, fora: ~de¡qual:que£;estor- natural da burguesia r'e'völücioi"ia'i"ia investe no' poder o' terceiro
vo de natureza estatal. ° i " ` ` ' ' ` estado. ff " ' , `
A Sociedade, por..›sua›vez-, na teoriaido.~liberalismb,›-:se reduz a Desde que o evolíver' polítiicofida Idade Moderna tomou, segun.
cha-m*ad“`a'*.poeira.atômica deindivíduos. - _ *- do Jellinek, o caráter irremediavelmente antinômico já referido, o
~Í.'=-í¡Aë'‹:lái1'süla -kantistà,~'diã›'-fi-espeito~i`iiútuo"“dà lil›'e`rda'd`e 'de cada CÍÍFBÍÊO flêflçral foi'-ea fortaleza-de _idéias,Qn.de procuraram a_s__il_o_ tanto
um, converte-se em domínio onde as aptidões individuais' *secon- os dou tiiinários 'da libendadeicomo osldo ab_s_o1_uti5m0_ - `.
cizei-;'za13i..àf-maiâseai de tede‹s$l>0.<i9zÇ.1.e.c.efl.<Ão eêra!=al~ › - Seria, -p'ois;,.errôneo' reconhecer na teoria jusnaturalistagrgda Ida-
I. .__ ~
. 0 . z-1* zzii -.
. -'vi'--¡~*¡':«~'›
.. s 'l'‹ if. -2 ¡ " .
de Media a =Re-volução'Fra-ncesa;- ordem de idéias ivotadaexclusiva-
r ':`¡ ,d ¡- _ . fi-ftp 0.24 hšffl '.' Í fi il mente à- postulação dos direitos do Homem. ' - -
ú ø--._._

H- _- z-._- .

42 DO ESTADO- LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


Das oRioENs oo i.isERAi.isMo Ao Esmoo sociAi_ 43
-4
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A burguesia revolucionária utilizou-a para estreitar os poderes quisesse, mais uma vez zombar i ' ° _ -i
`§ Ui
| . i ticismo de Pascal ao p ralntear 'asi ver dacclnnca subjacente no ama¡'8° Ce'
ades falazes.
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da Coroa e destruir o mundo de privilégios da feudalidade deca-
Í.,
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- -. ._- -.6_._._ ._ _¿._ ¬_
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dente. E desse prélio saiu vitoriosa. A escola do direito natural da b ' ' - -' '
1 M:
, Dai por-`qí.`fe"ä` perspectiva histórica daqueles tempos nos mostra
delicadíssimo do poder si1nP¡ificalI111¿lg;I)1easisaoiâç‹iLi'‹iia‹lizc:zi 0 Problema
' z omo se ora
P-°55íV°l=iÍ8¡191'fi1' as- f.0I'Ç¢S z-elementares e obscuras que atuam 'na
i
1 >_IN

com mais evidência _o 'prestígio da ideologia que amparou Ós direi-


tos naturais do Homem perante o 'E~sta8o"*do que aquela outra,. que, mfra-estrutura do grupalismo.hiunanQ,¿' _. . _
i

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oriim'cl*a' de um''te6l'ogo-c'oii`io'Bossue't ou um-' filósofo=como Hobbes, 'b Íf¢2z"PI'ëf@Í1SÍQ5a111lëHf€, da döútrinaiféie* uma classë a doutrina de
- nr-.

apre'goava=o di'reitö'-í'1i'ati'-iral'do Estado; encarnado na opressão da todas árš~i:lassëšs.~*- Í' _ i


.' . -. . A z ~i _n. :_¡~ _ _ .._,. . _.. _ ' '
realeza absoluta.-° ° ' - = ~. i' - a violencia das objeçoes que mais tarde siísci- p
tøuz ngtadamente no seculo
f -.._
XIX, quando -' ç os
f- seus_ . esquemas
. _'¿1è..ESta
.. -_
Esta veio a_ ser, por conseguinte, a cambiante vencida. Enquan-
z:¬v~¡-‹`i'- "zë›;._-v¬. ¬. to_I,_póis,-o -_EÉsftad'ö'e,o'a_l5_šëlutismo se estearäin' na doutrina da mo- ão Jurídicokpuro se évidenciaram inócuos, e de logicismo exagera
iiatÊ:Ííi.'tia` diíi/ii`iÊi'zi,"föi'_'Õ`diiiei'töli*iátiL{ralia máiÍs'ne"cessária e conservado- fifl1°!1Íë'&
_ Stràtoz em face~.~-. de realidades
~ . z,sociais
- - imprevistas
. . e'
ra'd`as dou`tri'riaš, conforme "a'ssinalo'u, com_rigorosa exaçäo critica, o ama,¡`8fiS, que rompíam os contornosde seu- l-ineamento tradicional
jurista I<else_i_i,' ein ` análise pertinente ã evolução conceitual» 'do sões` Era a' vida
._,a.r.a¿ .z. r dema' ' ' _1?l1_l_¿¡t¡taçi-a¿)_e__ rica
._fl.¿§, ,§{1pÇi¢l:ip§._'§i,¿ . de e×p¡-es-
jusnaturalismo.
' ° 1.»-'i. "' -. . cú-
D N. Iv '
QE
§9sz»e3ä'Êʧ9ÊílmdQ$ dêÍ.ÊÍ.üël,§¿léito de Procusto
es'-v I . '\ - ¢À'¿\ . ._ › __ ¬'”f.,¬' '
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f - - q H. . . 91? ea outrina da razao cuidava poder
eflsflrcerá-la.-. ' " ' ' Y-
".".1"..'x:-.Ir -\.,‹:n,¬f›'_.-› . . .'.`I Í. ' 5' Il- 0 ' O . " ' .' u‹

3. Da consolidação do Estado liberal ao começo de sua uu-._ 1 aa", ,'. Lga


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transformação, _ ' Ê
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mu . 1. A e m*”mfaÇfi9-.C¿l§-zjzrimçâira fase do .cons-
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_ Ciona ismoburgues. O curso das idéia d °
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Em sunÊi`a,_, o primeiro Estado juridico, guardião das liberdades libéliidádéldo I-ÍÊ'›lr'i`ibé¡=¡°¡¡"* '- -'-1""=.-*:'.°.. bz:-' -zsfi-PÉ-zé-ez-u-m:¡7.9'*Í° l°1t°- Da
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' ' .sa
-Perante ° E3..tad°» ä Saber, da ida'de`do libera-
7-, 3. - ' ., _ - . I' .¿_.=JI_“ . ‹ 43! _.__“ U . _ '
f.

individuaiš,. álçançou sua eáperirnentação histórica na Revolução


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£âm<_>z âY&fl_Çã-Se äarâ a ideia mais deinócrátiëa da parficipaçãö fo.


°"Francesa. E tanto ele como ãsociedade, qual a idearam os- teoricos e in iscrunina a esse mes -*'--'1¬'*i -' i - - «..- . .¬ ,~, .
desse mesmo embate, entendendo-a co__ino uma soma de átomos, estatais.-.;~,..
' . I. .c . ¬ii~z,i.» .. % S. ..,$fi,H°m°mm §°fmfiÇfl° da vontade
. ._ . _ _¡,_ø.,, _|_, ._¿_~`. lu., , ' 1-.z,.'r..". __._£J,I..,`,LI 4..-

correspc§nde'm;;_se.gLíndo pensadores, e'n_t_r_e os quais Schmitt, .if= ~=›'.f ~.z--


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tão-so'me'nte` à concepção bíi'i"gue°šà` da ordem política' É . _ ' 'Ja' '*1HÊ,<'›b-çllÊ5'?7Íd'à°-P“IÍÊÍP-'°'d°m9¢ffifi¢0.
89-\¿e¡-node uma giasissè àä~ iôffv-«iii ea m'.:z..='i'1i:'i. :.-
A bu_rgu_es_i_a,z classe dominada, a principio e, em seguida, classe ' _, H: 3,1 »_ ,_-r ¢l355é5_
i

la 5° agita, S0 retudo cominvelz i 1 '


D' 1

dominante, formulou os princípios filosóficos de sua revolta social.


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P.I_-HM;
--nz.I9*-“u_-p.zH_u-.-; _z., ao sufrágio unjversal z _ . !1¢1Y9liimpeto,. riuno
f¬._._._.-,¬.,-u_ ni. z-. -¬._,4._
'_"'1.-~*¬'"~.,
lflI"-q- "-.-1_.=-=-',_r.°1-IM
.. TL--1'-¬.
f".:1',¬=-,_¬¢_¬__,- 1.- _.-2 E, tanto antes como depois, nada mais fez do que generalizá-los " * “H ›H=-'f"l°'If"‹'--‹=".» Íi- .>..›.;
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1 . JJo›$- ':,£'~'-‹'.-i.l..a-ola-ø
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doutrinariamente como ideais comuns a todos os componentes do
.1-z`.Í-' ='.- Mas reprešlelnšäçäo meio:
cleuftelê-Q-a %%¡ÍllÍL1ÊiRã9 -.c.lÊ.~¡7.eP¡Íe$entação.
I
V- l corpo social; Mas, no momento em que se apodera do controle polí- _ _z..zi.. .i 9, 9;;L,\,_,a_ra a a ,or estorvos '-
ll 1 :J.:.;J:Hf'. ' À tb J çi \ . ‹. ä¡.=.:.¡' - I
-'i tico da sociedade, a burguesia já se não interessa em manter na prá-
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II l
tica a universalidade daqueles principios, como apanágio de todos Ê...i;iA". Fran a.¬..tä0-,.¡.¿d_¡ga ¿ - " '.',1'“i É I. ',f '
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os homens .- Só de maneira formal os.su_stenta, .uma vez que no plano can
_ Çou'
i .¡ tocl:a-vzia,
.' - .i -i=e'ali-zraifidex.mQd03¢¿¡¡np1et@)¿_¿mbbm,efêmmo
- ._ lgin suafmf¡`..h;¡ra$*'a°¡l¢°n5hÚ4¢10flãl, al-
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I'fi ` de ,aplicação política eles se conservam, de fato, princípios cons- ãí”›*›`§?F!9~ÉfI~@' !°§f.+í**i'z'~*-=5š;‹dQ›?iii§€ási9zH,ii1§v¢rsäl -em 1-ais, com a víiiói-izz
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titutivos de _iu'na ideologia de classe. ê$zë,É131fi5F§Volucionaria$.- . . ` ' im *-'f»=› f-.. .. z Jif.. "_.-..›';'.::`-'~'.'.›:_íÃ..¡Í.\l.f Ê.'”,(_:""1'fi:.'l.l_Í.' :°.Ú,l..: -1:-{_-_;~..;z_ia'-M. Í.. .
, . _Eoi ,essa a .C.Qn.t'radi~çãÇ¡>..zmaisúprofunçla na dialética do., Estado ,..4.!4§.. . ¿.irza.n9.§;s,,a›.i1fi,e_r-âe.uz.¢arza,teiê. i i",e.¢i-°_».‹â›.-.C;1.e. r=ë.voluçâi›_ gia
moderno.- .› ° -- «I . ' - mgllçëlat- °~"@'f@-¬%~@°f1fi*!l11a§sQ«si¢.w:aa~ardeia--søzial- onde
. Pam-if'
i ,! _
lšl |
ill = burguesia acordavia o ~povo',- que então despertou- para a cons- saazáanøzs-itsxtçzâ,-cn-' »' Ç'Í.'¡' **-¬- “ Í'
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ciência _de suasfiiberdadés politicas. Ali estava-um Direito=novo, na b.s;tsl.i-šm.e,¬il:fl9ällli*@'*il*5m°='D°›l1'
teoria poli-tiica, jque .mantiznhafprincípios cuja validez indiscutível I
' 'I' -.t!'.›...›i..=
' ' i : Í i3 .'i'¬ii'i.*-4:-fi °' "
f =~ i-' Í. I no ¶"!'n} . O 'll'F' .' ~ -› ~4a~f11?1:!i~$@..fliH.¢naa.-democracia
" '. ' .-1 - .
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Í::;£.}.t{:I›ÍJ‹..¡fo‹; --
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t-rar-ispunhafqualqueiäidade-histórica e se- situavai fora de qu'ai-squer ia"¬'rEista-2 alcançou-a"cÍle ' ' l 1* ~' ' - ` ` ' *
' ~ ° - - 1 = P°1Sz-'¢0m~znovos
ÓCOn5t1tuClOnallSfl10d0 ,
SÊCUIO `
der'ra¬inmnentosde~saii
- .i i . _ ›_ . 8:-u e I
:¡_“,-¿^l_f;-.J fg.:-);¿
limitações de pólo, meridiano ou latitude, como se a razão humana
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4u.__
-...¿°.' . ' .- "'.-_- i.
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DAS ORIGENS DO LIBERALISMO AO ESTADO SOCIAL 45
44 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL

' ' Com a divisão de poderes vi"slu.mbraram os teóricos'da'1` fifrínei-


Mas;«.de 'qualquer modo, a representaçao e a_S0lff€fÊ?*a P°P ular
.. ra idade do constitucionalismo a solução finalrdo pmblemaífâeâlimi-
deram. passos .agigantados .para
-
a'ep0¢a.
~
OS quais 515m 1¢aVfi§2z Elf
ri a e tação da soberania. ' °
rompimento`visçe_raI¿:om a ideologia do passado, ¢0m a fl11f°
A filosofia política do, liberalismo, preconizada. .por .zIzz`ocl<e,
s1s¢fii§1a.<1sa.'1€=.‹ân.i.esif_ii@- . . .z .. ' Montesquieu -e Kant, cuidavaique, decompondo .a sobçijania na
='O«hom'er'r_r ,p_is'a-v¬á`<-firme"na estrada da democracia, 6 05_5°“5 pluralidade c_les..p_o'_de'i;es,` sal,varia'a lilaerdade. . . _ _ _
combateslhaviam de pi¬osseg11'i'r,- ¿:omo'efetivamente p-rossegu~1r&m.‹ Fazia-se mister contrapor à onipotência'.do rei um sistema infa-
' L
¿.1ç¢g_;¿11¿¡}§;}dp¿,a.¡muda11ça ' i
qi,_i_e.l1q\1\_i5<-21,.-!39l:f1 ntido
Q temão, noêeúdo das
destifl lível de garanti_a_s._,_ I -' 'I . _ __ 4 '_ ç
Cartas Constitucionais, cada vez maisexigentes e COR d_ __ Essa doutrina é, como se vê,..o` termóinetifio das tendências an-
nado a -fazer valer
z~.-.'-':.='~£ .. 5. '.= ` :!.-;‹':". 2.* objetivamente
. ~ - ~ " ° ' as_ liberdades concretas
= e igni 'tiabsolutistas.f ._Segur1d_o.Gierl<e, o_ coiistitiicignalismo ti¬ou×eiinic_i_aI.-
ficaáeiêê Í«lsírlsiSefis.l'.ds<ir hmm'
I.. ' \0`¡\__
.I sv, ; -za _ rw f 0 '
“ ~ '
mente consigo, durante os combaÊes a°favo`rzdos_ direitos dofipgvg, o
.
“_ n _;
"..~i.. :Í ° 1' 'Hi' ›°'l¿=i_'- '- -'
.
" ,
. _,
.
Í
. enfraquecimento e a desmtegi;ação(§)ía§loutrhia__da sob_er_ariia.3r ,I
4_ ¿,;.s_¿pa,-ašgo de poderes, .dogma do constztuçizonalismo da
=-'pf-i'mei'ra ƒasefliockel e Montes-q.u-zeu)° ' A *Mia fäiiíaniídfl s<'1‹.>==›Ç"zi2.°€.Í.‹âi_,ç_óntifi:
ção do Estado consfimcionalÍ',_§
'.s.=“›.z~,.í*¿š>ai °¿r.iiašírfi9'zds.øisslfisa-
_`i1¿çãg,de~ LQçke,e,.IV_lon-
~ar¿iàâiâ~~ii ifgii*êíê'?áê*iõiâêfiáfiä ¢Sf‹ws‹z.P"sif°.“S@' tesquieuƒ Este se apóia naquele e, equivoçadainente, no que supõe
ser a reali'dad`e'.c'on'stituciõnlalfiiiglësáí' 'Estado onde os'trëšš›l5de-
.E`.*2â*if=*“ífi1!£s¢ë2§:=fi~d.s seu fsrasliiiiy
dë Êëü ë>¿itó`sL'e"'tr'êlíÊl`iÍi:¿ei`íi nüñia técnica fundamental, Clufi fz§f§.]-fêf. a
res (E›¿ecutiv'c'i`,'l'I.ÍèÊg`lšlált7ív°i§'ÊÍIliÊlii5iá?io)iëšIfal*i:ain `inóÊlel*aliiÊlf'ë°
parados e mutuamente contidos, de acordo com a idéia"dlé*'¿1'i.Íile*'o
os direitos da liberdade, compreendida effez ¢.01_15?fifit° If C}¡lfÊÊÍn°Sf
goi: -..1.. _ ir.-., › .. .zz ;I;.:..)._: . poder detém=.'ç›'›pod'erfi°("~le pouvoir-arrête lé=pouvoirí'f)il ' ii- <f=› *fi
A divisão de poderes, por ser, n'áÍie'š§ê`nciêi;` téciíiEÊá`¿a“cëiü*té`lâtlora
° `Eššä~.1i§É?¿1Í=i¡¿1¢.fliš.š.fä"ífiÊlí5É?*?i=ÊY°l P.'fl4.z"-a.›*5*.*°-.*"§*.°f ° *šl°.f?E““f° d° dos direi-tosido -indivíduo perante.o.zorgani`srn'o.' estatal-,‹ não- implica-
.‹=;zf.§.‹1›s1i.‹=,1.;‹*äf=.›í›"e' aê i>s,›'1°..ssi'i;e. f;§.1iaez<.> flefliisslz ~€*?'if°f'i*° lt "““°S' ` 'I l' ' \ ;"\ "›;"\|"\\I 0-!! "\'§° I' ' ' '\ 'n '-|l¿' |'. " 'I '.(\^"

z-izt$§§°.í§íi
lišg. í_l?_Í,š§;_;*¿l,°.§?ifiiã °l-ëssãsêâ. - ~ z _ _
' ° 'n .›' _-'..'. . ' nt ,Q .‹'.\' ' 0: ¡'z'.'£ I

ro.-_f-
- ~ 2i 'Todo o überalismosüidividualífitaiiiispira-se~ii-i'ÓÍ.pi'iricípiofcardeal'¬'d'ei'‹_ei~i¶r
Disso nãoadvinha para a burguesia dano algum, secnaozmuiša obstáculos à tendência m¿›nopoli.z_adora dó. poder, tendência que,;_‹,'.';zi_ra.c_f;tei1'.z;-.iiziaia
vzzifiizzz-nz.‹ii=.›.=iiêa'›.õiiâ@~..i;ié.¢iê.â.<=Psa'saaH›Sssflia §§ã§¿°§*?*fi1- E4 ifa'+fl4.° .1-ä1¿§°â?.zafí- , aasrfgêâaã d.ê_§.fi-são 51- u,=n-..=:›ë›,f1~= de-_
ei' j ies_tína" osa'g'ara`ntir_-'a' ""'r a_' e'eà*prÊ:ipn'. 'a e'i'ii ,'vid,uáis 'cô`nt:ráÍ`iíi_ erên-
fefiaisaasfiseršflsëfëšes -f '%.*z?'. =“-`:%% z.*"'.-?%?f*E?*T.."“'z-*Í' FS
e, assiiri','f:,&oi=í'Çorrer ostenšiifaineilitè, por via democi-ea
-¡,,,iÉ ,§,`,.. cias injiistificáveisí' (Gerliaí-d'fL`eibholzí ~"›I.f.ä1n'ati'-ii-'e ët`›les‹ f`9rmes`Ydé-l,ä1Élé'úi`oé§ati`e"",
Archives de Philosophie du Droit et de Sociologia lurídique n. 3-4/ 137). iii-, ie*-v,
<êã'ó=a›az.vóz‹ia~aéfese=a1'z"~“' “ " z l ' ° Í `f...~°.i..-. 3. Ioliannçsfiltliusíus der,riat{ai_-rgçlitljiçjieri ,S_taa_tptheo_fiep, 3.186.
Pzfzzúfia ademais. à bufaissãa .falar i.1H=f›<.ifiafl¬~°“*° fim;'?f°-f1“° de wi. ci›.;_iàvs'çazi1‹zf. cz.›z¿¿;aëz›z°¿¿éiizsaÍÇg꧿z¿z2za;¿ saqjgffçàízsz ¡à:f_i_ä';.‹;_. '_ '.
sëffiifêëfëiisifsfiflaf;s1ë..Ef?<*më.fa1›ã:f“:f1Pf"í'*0- fã”9
5¡zí,`¡“.,_c`ʧi'ijÉt‹5'1 "éciin'ö*jä*'as'súma'la1no'sÍ se°apres‹ä1ta§_f&If}z
5. Môfitëšqlúeu, De l"I-Íšprlit dá em Õedãlëâ Ílloliifilèltelf
à' d.ivis`ãèi`äe"p6d'e'i`*ès e'ao'ÍVeIho~lÊbë?afiÊmo,Í 7áš,{lüÍ*"l:i:Íaiš¡-Luiišllãlë-:É Ê_
¢°mpfzzzzz_›;¡va-znâiise-faizzpmzwsfióizzffio e.-.p,iai¢~iiõ:;'i§'i'éiifàraàí'z:1i=¡5àrãçä‹õfab'-pa
vista teórico; válidos para toda a comuiudacle hwaríh, em ra,_ní1 dsfss °°.HSi§-ts em šJi5i9i1“§i1=z;simf=ë1'rêis°ii\iifi‹zad.=.izdsšsanesaésáê‹r¿1¢"sâiriises,i“¢iiib
realidaël.eir«fi1¿.esse;b9izx}uíi_@ero¡deles mgencia taoesomente. äšasfgggffgia.aiii§¿fl*“4,%s°‹§§H°¿aa.§R=rd1ës#à¶óšiflsd~!§'.ã=':°ii;‹¿êiz°;i§siasi~ë;êr
e cmi-proíveito dfái,c.lasseíqqeefehilflflnƒëflfe
== =etisassaiuéáfiëäãóisâaiaeisõaêrésféómg §¿éi¿š'nfq~§:¿°iëçpiçà_:t§g¬:s1af fiapaišeifi.mëdiâzziêi›-ii§ú'rüii.~êôši£'iiol'é;°nâšf<›zi'iz'iáç*á'z‹z›°`däã§b'i`íi'à&ie.-fei-.iaiàl‹ê%iäfi¿âá2fiä$i-à`=

‹mental
'«i1*-f1z›‹=de1‹I=iPfsi-ea
=~'=š›-*:i›i<ff=s1~f>f~›"<fif
=fifi1=*'°i*°==zi.ä%flef
da !*ë°i<¶.sd¢z _ff'.:<2..8°“fl i i?-*ÍÊÊÊI Ú.¢€='~`i Í8¿1.'a1`lfi3‹'€fi.¢aÍZ' :.¢Õ.1.1h'Íä::'ingl€!'ë'ñ¢ífl$-ifivfiifrávías n¡øi:cÍaÍmf›e da :liberdade z.-in°diaii*-'-
iziäiaaas ê›'‹-piêêfiiarsfafjev d.auras
ífl*ãef1f :~*i1a'ef°'*f“ °***f`*.‹=°i
i `*`=¬“*;**Êziíizziié dual” ("IJ'esprit du_ système de la šéparation des. pouvqirs,consis_t}¿: _à_ ¡i,¡lgça"cI,uir_.e¢,i.¿i;_i_e

ÊâfflãišišišliiiäâãrišfiÊfiliâiâl-Êfz*iiÊ°éi'Ê°É'»Ê=ÊÊj,ͧ`5 'fi ÊÊ`f›'-fi de -šÍlÊiilié~P*i~l ““


aàizâasziâaiêõi=-='âuefiõâs.›siiae› _ _ _ _!¿`='_- i I-'_' = ui-_ce-er_aisonq |;_____r_ai_sme
sísëtíavéršfsuãêiaafihí-da}1s›le C¿d1e:äie~Ia.monari':hie ‹::iiis.titiitit›iinelle: I:.e>.=fäi.`=t..'qtiii:n'‹é-
se'searasaraias'
pela
*Wt@=W*ë=ä*?rf°ie“1s1=i°**¢f°*?1°“F° <?;;;,,f¿
e avançada teoria politica .do consti tupiona ¿ el
*flasa' -i5ë›á'fi.iSëP+i*isni feraéâsaaäiegiszsssvêiisifisiiiwrflsmsiii-P-iflárãëaiëhfzëziâ
fgrtnátiqn. de Ia velontlã étarique, ‹:ré_ài_t clfans la pratique une- garantielefficacelcdntre
les ingérences arbitraires` dans le dornaine d_e Ia_I.iberté individuelle” - ob. cit.,
¿isai°ef¿fi¢eê*assfl=1«'*@'~íaY-*asmt'*“??<f°°“5a1*“f““'P?='Í'*a*`°'a i°f;?íaP _ p;i37). _ --. z -= _
hísió-ri.co°1uede5¢mP°“.h°“' `f= "`:- - - '- 'fu'-*“-~'-='1›`= " I
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45 DO ESTADO l.:IBERAL PtO ESTADO SOCIAL _
DAS ORIGENS DO LIBERALISMO AO ESTADO SOCIAL 47
. ' 'i 5 ' _ o. E tanto .èdia
v'a 'ne'ce$'Samamente'det§rmmada
¢0¡¡;¡p;›;l:1ecer-ise form:tico
com o Estado democr 'de goveón
com .‹ também f cãim a mente, tanto de fato como na doutrina, o poder absoluto dos reis
perdeu sua razão histórica.
monarquia constitucional.
. Era .em suma, técnica do liberalismo. Novo momento dialético adveio, por conseqüência, com a con-
'
L-‹›‹-I M--1-.ef.<aff=a'q*ã~MPâ*fSqâàrfâ2%1:¿::....
_
divisão apenas como” “princ:ipic›"cie
- . - -- d essa
Çao P0 E
tradição estabelecida entre o poder desnecessariamente absoluto
do monarca e 'os encargos pesadíssimos do povo oprimido.
Em nome deste, e apenas nominalmente, reagiu a nobreza da
I'lflf¢a'ë`a "°P¡`°'5°“taç°°-Popular' " i l . ~ t tra adas' Inglaterra nas revoluções *doséculo XVII. E sua revolta gerou um fi-
, . . e
A despeito das raias que lhe foram doutrinariamen . Í; da lósofo. E esse filósofo é aquele de "que ora nos ocupamos.
Por ¡_D¢1¿¡.,¡..Ó .poder dog ¡'-_éiš'n'ã*o sai, em si_i_a.fi_losof1,-,¡~ Politica, tao i
Mas John Loc-ke, como dissemos, não emerge inteiramente
minuído comosèria de5šUP°"F:ä'uprlmèiravlsta' .tmmndoise do PW
` .H ú' . "._ , .¡ _¡:f, H.,-. ¢- z . -,' :_ __-› :_1i__'|_ -~ 1. ' D tri_un.fante em sua obra de cerceamento do poder estatal.
z.-meu-o teórico~*dol~iberal1šmo. ,_ . . ._ . _ . .
~- -.~. ›. .. ~. ._ . ;.›:-I.. - f..*›'=f -' ' ' va mo- ~ `_*Onde ele mais convence, onde fseus argumeñ-tos ostentam mais
Com efeito, alem do e×eci:1_t_i§š>_z ¢âlêe{f?l%:;'ä)3 Ííúfšxar ow fórça de persuasão] rarainenteig-u'á'Iada por ouítro pensador, é tão-
narquia afitiabsolqhstaf' .na Êälfa - . . ' . söiifente na teoria dos direitó's'fé"-liberdades individuais como direi-
. P-t'0--d * .'=~¡f¡"m~ r anciasoc .
‹. - ërei; =:?-giig-g"i'i°" " 'wfiëhamadó oder federativo, tö`_s oponíveis à špciedade política.
.‹=zz«*z=:. s.« e1a§..afl°fs»,e9êz.msas=am¿e ue nãg seja lá dàs mais i:é'l`ebre'Íi'v*ro de' Locke, Tratado sobre 0' Governo C'ívíÍ, ficou lon-
¢'i .¡az.z@‹l_~f-=.1.‹1<›aie-1.<-1° .~e>z.i>.faP‹e°-s"*°“ sz
aí” :.:_, V::. ,-› 1..,. ~ -_;‹;ilt.»..‹
“I . - t
ge defalcançar os efeitos do' Espíñto das Leis em matéria de conten-
çao do poder. ' ~
_ No entaiitojâeomozele mesmo confessa, pouco impor a or , Ein Locke, o poder se limita pelo consentimento, pelo direito
sea idéia for bem €0_IT1R¡Í@“-'~*Ên€1lCl-í=\: _: _. 7 In esñom n;ätii_ral:,' p.fe'la"*;fir`tiÍide*'‹:los govemantés, de maneira mais ou menos
. _ , poder
. .. federaffl/0
- f _ Giu t °
_,,E que cor-nzpr.eendezLoelçe..por

d.e-suëms×Pzaz›'Pfs*fid°S °=ah““¢?''q'.“*°t
peer Pew- â- <1~r°':,“:. “=Í f'.1.›-. : :;f.1'*â.::.:;r; i.itó`pica'.' Em Montesquieu, sobretudo pela técnica de sua organiza-
Çã'o, de forma i_¬ñe_nos*e`il5strata. .
_ 5 Q_pub1_i__çisí,:ä.Íii_1_gle`s ainda não se capacitara daquele princípio sá-
` ° . .. › 'Zz-Ç .:' .* _ «_ ...› . °..››.'›..§z!..;'.-›~= *_ ..- ~
bio' éxperiênciä uijiiversal, referido por Montesquieu, segimdo o
lífisloi."
em ê..fzirisiiiâas-É-i.f›* “ m`
;'°:i¡".¡-¡""a°:¡1:':te¡'11e.I.`¿L-itiš UG fiqlilè Çm qual, .todo téiideúiacorromper-se e todos os que o possuem
.~.E5.5.°- li-‹9$k°s5%99533z§ç`l*d'?¡telljó'c ntrário oóisrreria desor- tendeiría ser' le`v'ádos,' mais cedo ou maiš` tarde, a abusar de seu em-
n1¿z;5,d@~,;ntulan~do.poderexecutivo. ,o ,_ . H M
demedano. "--ix* .--›.= J Ã __ .k_ im. prego. _ - « °
. ', ' , .:',_ _.., . a&`. zi ...i¡››l\' › > ° C e _ .efifa '“' ' Dä ”"d'e'_'Locl<e emerge _um otimismo que ele não dissi-
A racionalizaçap ‹§1Ç>¡,_19\€!Ç_l.f'§F§¿,,e¶}lPf*Ê°_nd¡C.ia P°r ~ . E te;
.
a ul. ¢01'II_£)I.1fIlâ$
- '*" -vi 8
oroso emp_en._h0.
, -- - .
F.-.a a m'u_la', fciespréociipação que quase 'i'g'ii'ôi*ä'_a natureza profundamente
*.1ssaf1ÍVsdQPz<><1sf~ _.
a
“gh i ' l bšoliuiifsëiióilÉlííei-it&I3Í¡1~s¢.ÍQ1ff‹1l€Q€ffi-€°m--9°-inwmenf
suläed -Moldegrrna\,1ic»u-'aí-*deu=tÍièii1ä fi1lfi1¢a`S°P??à*' `$Ê*._“
Montesquieu o pessimismo dá o.¿acento_à doutrina contra o
Estado, na consideração do próprio ordenamento estatal. Em Lo-.
d~af~-~
grave' E ~-~ ‹ * a¿._5." ifâwfëii- V äà'-z'=¢ipu-f¬
'¡__=w-ln. _š\',¿.,.E aJ*'‹'¿*zi¿__.,¡$›,.
*à'-' uê1é.=lí›ë*ú“6àí~sš~›i;1i¢"estores
,gr-;;~,. -fm'-1--›.:> \.›:. . . -› cl<e,_ era como se bastasse afirmaruque ofiomem tinha direitos para
` fiiëñtäl' *¿íufé"ê'
_.: l¿si'“`fflfl3z§`áÍö`fiö
- Ê"1°v.°«P°<l°f~¢Si°›fifi1~Çflsfeli-zaeêzssiis..rss:
»- .if z: õ- " fi.ã'z'J_t:f.- -=-H 3* Ç*"š“ "`-"' “"“z í*.`:"É='-"""L.. '. . ' - ¡;°
que"a'Í-Iurfianidade de imediato os consagrasse, persuadida da su-
~.›-a"s¿1šéi¬a1u~iiäifaímaquiavetzala-1¢.12fisa°'-¢°flf"fi.-as 'Í-ÊÉ' 1 erioridädefdo 'sistéma' dèidéias e 'dê governo comó' o mais con-
' . _ ii.-"__*':'_ Ê' '...:š`- ` 'i"`7' z :`v'_l-.¡if" -11 'ø l "¡":.-:'l"- ' ' l .L .ll ' :. H! hi.-i

rêneias päpálärfl =Í'^1°bb95'z@=.*1mf*°a'$a°;'Pezl° 'abwlu.t1Sm9..{i° -zh iiirme oorñfä>Nämreza e a razão dos homens. - .

z.z.z.‹ i.,täáz.â.¿,_ .;_¿fi¿¿mê.,¡g¿ção.§o_r.çiei1ada«ze.ealculadazzconzhtaios .i ,I ._ . õ - - »~ -'rá' °'S'ãöfèsšäs`~*coti§iderä`¶Êõë`s f5rè`l`iIi'üriä'rë'š`*indispensáveis para assi-


nalar lucidamente a largueza e a ingenuidade com que Locke, libe-
~› -M ml-‹ --9*--'f -- ' P - - -~ - - -' °- ncorren- “tão c'cii1victo,"se"concilia ainda ` com' esse tipo de -realeza, já
sz_aeaaiaaateš›m°fiii°Ha~iS' s'$9la'*?l“”.”l'.ÊiÍë*Êr§là'eÍWiiiqsífši2 eu -seja, dotada de poderes
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suamissão
6. Gustav Seidlerz Ob- Gt-5 12'- 139- '
' r -u,-_._-,_.-._.

»¬_«.

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DAS ORIGENS DO LIBERALISMO AO ESTADO SOCIAL 49
43 oo Esiaoo LIBERAL ao Esiaoo social. .E
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pouco importa que sejam elesgrandes ou pequenos, na dependên-


'_ Esse poder estatal, assim amesquinhadoe invalidad0z'¶U}S 0 ll'
cia, naturalmente, de lacunas vinculadas ao volume da legislação
beralismo mais tarde perfilhá-lo, ao completar-se o' ciclo logico de existente, maior ou menor conforme a complexidade do grupo so-
su;-uprinlâiša evolução, da qual foram ultimos exppenteâ Mpflles' cial - , desde que os empregt1`e"ëiíiconsonância com o interesse pú-
qfliéu-Q' :tr-z-:é «-~.:z.-~ -~ z.. ~- =›:-- ° é=z'-.sfêrês-'z 1-'.:.:~~=. .- és.” =-==~, '› blico. -Poifš a' prerrogativa, _para Locke, ›”'nadfá mais é que o poder de
Além<1";l`c`›* ”exeÇuti`vof;e"d`o'"federativo;* ja fë'i'f'tíl5r`iöif¬iáí*iâ'. e -algö'il:te'si- fazero' bem público, -'au-s`êric'~ia da lei?-(.'f'för«p-rërogátive is nothing
tante SeParação.dé poderes. pQ$.i14lfiÇlaê_-pQr>flpE>¢l<§.¢0flf¢f1@ffi9 I11°{1a"" but; the power of'doing'pu'bli‹'Sgood withoüta* rule").
cíà uma teneei-ra' esfera~deI_:'p.ö'dèr ~1i.a'›prerz1_'.-Qgat-iva; a.¢1'~1e O 'Pen-5ad°¡`
A prerrogátiva lo`Ê_:_l<iÉu1a seria, la nosso ver, em suas conseqüên-
dedica o Cáp¬íl'u_l0-__>.<IV dorseu Treaitíse QÍGÍÊJÍ-I Go_v61'_1-1m€flf‹ . '+ -à --
cias r_n_ai_s' favoráveis à'¡;-ponarqúia, quando muito, o absplutismb do
° Locke 'leg'itima"a prerrogativa etn~nome'do',.be'm DIZ Jiãflíuagntâziø-naàzbl-":'4a‹hni ›.¬L'-3fllIh1*\n'blF7I'.*"iN7-»'fl-W'I1

bom rei; o'_q-ue é Lit*na___coi_i‹:_e§são,cl_as mais lergas e vantajosas ao_e×er-


que "muitast coisas .há para as quais.a lei.nã`o~prove-meios.e='que.ne- cicio _do__p'od__er real, degrau inteizmed_íái'jio_na evolução para ó li-
cessariamente devem ficar areargo daqušle-.z§1U€ defeíil-_-¢l.11",$\_1fiS beralismo antes que este chegúe a" Montesquieu, a legitimação, em
mãos o poder executivo, pa-ra -serem por ele .ordenadas,¿n'ez1f}¢d1ÇÍa nome' d`c_`›'b§em _públicio,_de ampla e ihdetermiijggla esfera de compe-
el-n que _a O
tência ao príncipe recém-saído do absolutismo.
thin s there are w 'c t e aw can_ y _no._.means.-pf9V_1z_. 21,; 0.l'_¿-,
ti-¿0sš_ 1:1-iiist_neçe§_sa__rily b¡e._l_e_ft to_,the dišçretion 0.f lili?-_Ê._.l}3§..tl'fe Já, a doutrina _de Montesquieu, inspirada por um sentimento ra-
executive _power_in_ his hands! t_o__be .ordered b.y,l'g1,m as _thB,j>.}1.b1}¢ dical de reação ao absolutismo, não podia condescender com as for-
good and advantage shall require")." i_ ' mas mitigadas deliinitaçãozdig poder, como, por exemplo, a monar-
quia constitucional dos 'Estados 'europeus no período imediatamen-
- Qtl1ltÊl?'?5§z°_- =P*ibll°° 1'-¢Pl'e5°.ntaf› a55¡‹m_~a ffiefilda d¿°EzÉ°'§_l_'°5at¡' te posterior às guerras napoleônicas,- os quais adotaram urn consti-
va, $,¡z,_g¡¡/;¿§j_Q_!I,,0<;1<_¡=¿_ Numa 50_¢_iedade.mais, simples, _as leis eao me.-.
tucionalismo bastante tímido emocílerado, em que prevaleciam ain-
nos nunienosas e a ação dos príncipes, ou go\_{¶:¬t:n2flÊ€S. P‹'=\I'í_1. PFÊÊP' da princípios' de'autorid¿i'de,-tfi'-adição e passado. ' `
cher os espaços omissos nas prescriçc`_Êe_s-_l_§g2§,lSz l1€¢$§§fi¡'1a1T_\°“t°
rn-1S_-×f-ar* ° *<_*.89i°êa_z Mas.ess asã° i=fâsfi1¢s_*1f¬“*¬d-°_e“%1Fa.°Pm Cartas réacionárias, confãiora 'da Resteuração francesa de,1814,
‹›" ê›.1zf*21í*.'r.i».<:z._i=‹=-<<=~1_1_1ëf._a°.___abS°!u*1Sm<2fQflës a_Y<>aE,ads da1=¡fi-¬°.*Pe HP' mal podiam encobrir o constrangimento com que o absolutisrrio ce-

e'_ seus àtoš já não se enquanram nessa es__er


denomina a prerrogatival _
â: dia lugar às-novas idéias e a' avarezafcom que o' Estado contra-i'evo-
lucionário acatava os`direitos da' liberdade conquistados pela bur-
guesia ascendente. `
São atos de absolutismo._ Eiogpovo, que conferira*ao_seu rei Montesquieu foi, incontestavelmente, um clássico do liberalis-
aquela faculdade de atuar dêëšqtbgraçadmnente na ausençia da lei mo burguês. O que há de mais alto na sua doutrina da separação
_.. e até mesmo contra a leila '_ , tendo em vista medidas pertinentes' HIfli.-cnaã'|.l:fleudmni¡;.:Hu=n-zfiúwóaø~-i4sún:Hm.i»nluz-anl.b«
dos poderes, segundo o consenso dos. melhores tratadistas, é que
ao bem público, retoma ocpoder, de que nunca se desfez em=c”a_rater nele a divisão não tem. apenas caráter teórico, como em Locke, mas
definitivo, e passa a liinita"r_fa prerrogativa real, u'ma vez que o'¡prm. i
corresponde a uma distribuição efetiva-e prática do poder entre ti-
cipe, por seus atos, se apat?tou`_dq;interesse geral. H ` o _ cj.. _ l tulares que se não confundem? .
Essa saraciidáde "ds`Í1í_?1fi§atã°i da =fRtsrf9sflf«iYa éz_ds¢íSi*¿.a`»›fla vezes contra a disposição literal de lei” (",prerog_ati-ve can be notiiing..Íb_ut' __the
comp reensãq. šis_tema`_l'QczlÇiano_ §,l_a;Ç_l_Í$fl_'}li?11}Ç‹?1Q_Çlf2! PQd€I`€5- _
pe0ple's pemitting thçi_r,rule1's to doz several things `of own free choice where
A prerrogativa compõe-se; poi: conseguinte, .de to'dos=os pode- the law was silent, eomefimes, too, against, the direct letter of .the laW..› f_or.the-
res remanescentes 0.11 €W2¿1,l*!-1fiiS- .q11¢z0 .P,U_1š}Ç1.R@›'PQ55a -§?1£f¢<:ãf.." 6 public good” - ob.c¬it-.,.p.111). , _ _ _ -
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¡ . 9. É o. qu_¢-assinalam, _pqr, exemplo, Bluntsçhli e Karl Larenz (este, em'
"S_taatsphilosophie", obrazem colaboração com Guntherl-lols_tein,_ -no Handhlmh der
_ -7. Teaiez 0ƒc¿vf1_cúvaz.zir›=ent-and fi.Lè:fl¢r~C‹›t=¢m1.ir=g-T0lêrflf,ieflz=P-=198-z . -' = Hhilosophie, Munique e Berlim, s/d, p. 79), Escreve Bluntschli, a este respeito:- "Mais
8. Até mesma -¢‹›i\z,,, _a lei, ¢'›i1=1›.-°z<i».1sz- na êPafê_r.sisz .š ê.¢a1_9=i¢flf°.s§tfsnh9z‹Ss importante ainda foi o princípio da desejável separação-desses três poderes nas pfiã-'
=bwf‹4°..fli'â«~.= que L‹×=.tâ= -×i›.=:i_==.fs _='›-==a ieimãst as .d°i_-.ltgafzr
mais claros, `o`s_èu"co›nceito_`de p`r`e`iƒ`rcigati_'va. Loeke: ' 'Aüprerrog_a_h_vp_nad:a mfiie
soas ou órgãos a que :haviam sido cometidos, e que foi _ele o primeiro em proclamar
com enei-g'a e defendê-lo.-em nome da liberdade.políti_‹:'a'.Í ("Wiçhtiger noch war das
é' 'que a permissão do povo aos seus governantes, no silêncio da lei? para estes, em Prinzip der wuenschbaren Trennung dieser drei Gewalten in den Personen oder
nome do bem público, fazerem várias coisas de sua livre alçada e' também algumas
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Das oR1c;ENs Do I.-ieERAi.isivio ao ssraoo sociai. 51


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50 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL

5.0 Estado liberal-democrático, fruto de uma contradição d Rosseau não o teme, .e¿ na,Í_-ilousofia política que precede,0_,mQ.
doutrimiria - ' . emo constitucionalismo, e dos p_¡j,img¡.¡;9s_.que ¡¬e501'u.tamen-te-f_Q¡.ce_
w
-«Ann
lam P°¡° a°°m°t°¡` de f-fem? 0 P0-Ó-BI' Cla. soberania sem o preconceito
A circunstância de a_lgumas_monarquias se compadecerem com de ver_no poder a arititese.necessár-ia.ç1_°- d_¡.W¡-eita
determinadas formas de cerceamento do poder e tomarem a desig- R vElo faz com“pleno ê-xi1to.e l›_rillib.‹l\/lasfa=-'teoria 'constitucional da
nação histórica de_.monarquias constitucionais - que corresponde
à abdicação de seu caráter. absolutista e a uma ponderável conces- e'_ °_ “Çao reco -e tanto as ideias de=Roussè'au§c_o'mo as ds' Mónges-
são do despotismo ao poder emergente da burguesia, como classe qfmfu- Ez _Pf>¡' 1550- m¢Sm0, o -que recolhe é 'urna -`eo'i"itradição. Com
É elf0z 'cgíilosofo do-›;contrato_ social réveäâ-pfeocupação de com
1.T'7f;.!3-_fl"I‹v_7-\."¶,ä-'1=.l¬f,T-'_nzo.=-I_*.|'›~¡1-‹|›vw1~:'ø-_v| ".
^"~_''"_----;'.1~,-.':._¬m._-~,-€_7:.'_"-;.í'_- .'_.-_¡.-:_-._,._-._ ›-.»u_sP-r›¬m2-+'_-=¬s;fe
f"';4- 4- (_-.;i * í;1T-f
social, variguardeira da soberania, que, segundo Schmitt, apenas er a so .rania mediante a dissociaçao do poder decompondo-o em
4¶-J:1:H_g»1¬._v1w:'-_;r.»^-._ ._- . ._. noininalrnenterecai sobre o povo -- traz ampla evidência daquilo esferas distintas-e independentes. z '
que já ãcéhtuãmos, ou seja, de que aidéia essencial do liberalismo
não é a presença do elemento popular na formação da vontade es- T1`af\$fëI'°'0, WÍfi`ffi¢`fC>iz` d° *lei a° Povol Essa transferência não foi
tat`al,_nem tampouco a teoria igualitária de que todos têm direito percebida por todos os`in'térpret'es da' döiutrina politica, algums dos
'7‹¬í=-'2:-'›.-4:
¬:-.f- ' Ã'f':z.4-'\._ '_¬J.tr..'-1._'_"-¬''.-_'_'-.~

l
l
iguala essa pa`rticip`aç_ão ou que a liberdade é formalmente esse âUfi`lS, com demasiada superficialidade, viram nesse deslocamento
J ri.
direito. úbafivn.i‹&¢u'4|-¿AJ.ir»4a-¡&.'nrø.2¡b'-n›iwh.ul_k a .autoridâde mera translaçao do absolu`tis`mo do rei para o povo,
É;`í~.' i
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°°n§e1'Yafl <_>-*Sei â~SSl~mz'âb`erta a porta-que *conduzia aos regimes
Hu*
*ÀÍJ1
.::' Fl
ri
1
i ' ` _ _ que promana da teoria de Montesquieu é uma ne- despóticosfi' --: * ' .. _. ;.
iii il i gl¿ção"dã'sç§;líêfaruafestatal, por mais disfarçada que seja sua indu-
ëfiii 1 m`e`n'_t'ã'r_ia nó_fpê'i:ifša'inento dos filósofos liberais. _ _. l_\l° 5'ÔÍ°ffÍf§ëf2_¿'f¿_2le do filósofo românticö e' moralista,
,_,Piá ~
51..... `

:*!-JR 1 l 5°5,und°_, 3, PQÊ1_Ê.ͧ¡'a_'d_ã _C}'}fl`¢fl“de Del'Ve'óc'lüö, encerrajörecisainente


Â~¡"i

¡F
l

i A _ procede das vertentes do- contratualismo _de a singutlíaridadeále tevestir o"podei" déj"`‹¿'ar`áter'jurídiÉo;°.ftiñdädo no I

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-_.
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i
. Roussea-_u,_.,de.seu afamado pacto social, em que o atormentado filó- °°_nSen m€fl_f0z ando-se gi_'a~ças-ao contrato. a' ti-fansmu'ta'ção dos di-
sofo de Genebra, vendo o Homem de sua época°acorrentado à torpe
i l

.°`r
__»-. _-¬ . _..- .- z¬. - .›~
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IZ.-"'fi.zwr\'
reitos naturais em direitós civ'is;"
› '-nf'¬«..--vaí1»-_:~
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l
_
5 servidão do absolutismo, rodeado de ferros por toda a parte, sonha . 1 . ' ¿._._¡,_¡ H.. I ç
.fin
.:I'
l
i l
Izla sociedade estatal, oa liberdadeiprinutiva, para ser~*p__az-¢ia1..
iii q "
ii
i
É com a i___c_lade"de duro que antecedeu a coação estatal.”
ill; ,- A ig1ialdad€i°z<¡l_ÉIal ele a conceituou,_ não contradiz o princípio da
men erecuperada, fez-se liberdade iuridica. A organização política
restitui aos indivíduos,^atr'avés~d'a lei e da-participação na elabora-
*là soberania, comozafiontece na fórmula de Montesquieu. ,_ ao contra-'› Ç_ê0_dâ V0nfaCle estatal, 05 direitos qufe;es.tes lhe haviam cometido,
' lis rio, uma doutrina apologética do poder. llmffãlido a. própria liberdade, ao estatuíitêm as bases do contrato
s°c1al° se n°^°f Ve-1311105 O que a este-respeito .nos diz Del Vecchio in-
Koerperschaften, -denen sie anvertraut werden, das er zuerst. Energie terpretando, com exemplar correção,zƒa çonn-Qve¡-tida dom,-¡n¡; de
verkuendete und dessen Erf1.iel_lung er im.Namen der politischen Freilieit forderte , , 1/ _ __ ` _ _

Geschichte der rieueren Staatsibisšërischafl, Algemeines Staatsrecht und Poliiik, p. 307).


ãzäâífâtuo' S°_8líU;:d° R°US_S<:ãUz urge coiàcebâr da seguinte maneira
10. Cöm efeito, o Capítulo Primeiro do Contrato Social começa com a célebre in-
' r
. 50°-la i fi.2"$€ IRIS et. ue os in iví uos c ° -
taneainente
, _ .- ;. os. séušidiiieifósiao
-. zz _, -_ Sft,ili do.,_.o¿‹1ua
"'i:'°`i l, em seguida,
onfir'am momeq
_os resti-
dagação: "O Homem nasceu li-vre e por toda parte se acha aguilhoado. ]ulga_-se o se-
nhor dos demais e não é menos escravo que os demais. Como se deu essa mudança? tttlii ao todos, oäidaiido-llies os nomes; já não se chamam direitos na-
Eu o ignoro. Que é que pode torná-la legítima? Creio poder resolver essa questao : O raâs e sim civis.: Deçtaçl que o ato, cumprindo-se
(”L'l-lomme est né libre, et partout il est dans les fers. Tel se croit le maitre des *Sua mëfif¢fi_`_f<_2dPSz ninguem sai privilegiado, e a¬igualda`äe fi¢a
L
5 1
.› autres, que ne=laissè päs d'êt:í'e plus esclave qú'eu×. Comment ce changement s est-il desse modo preservada. Ad_er`fi'_ãis,_ cada “qual conserva su'a'lil:ierda-
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fait? Ie l'ign`oreE'Qu'estce q'u.l peut le rendre légitime? Ie crois pouvoir résoudre cette
I
I
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question"). E, mais adianf`è`:*."Enconti'ar uina 'forma de:assoc1_açao que proteia com


de”, porquanto' 6*ii'i'di\'ii"‹:_l`t`íõ`sie“foi-iiã¡'š'iidito unicamente em: relação ao
toda a força comum a pessoa e os bens de cada membro, e pela qual cada um, uiun. Estado, que é 'a síntese"Êíiz'š.= lib`erdades' i'i'1`clít}i¿lz¿ais Por essa espécie de
do-se a todos, não obedeça senão' az si mesmo 'e -permaneça tão livre quanto antes. Tal novaçao, oçuode transformaçao dos direitos naturais em direitos ci-
"" ' 4- H:-_'-`i!"'o¬f o«';¡I_ Á. _ , ¿`.: . .

-1--_\-*^z_-.:r._':L'-_-..}`'"i_- Í1'.-7_úÊ7¡:-)`§"Í. :`Í2'-"f


o problema fundamental. irfque o contrato =dásolução” ("Ti-ouver une forme vis, temzoscidadaos;asseguradosspfeloEstado, os direitosique pos-
d'association qui défende etíâprotège de toute.l'a.'force'commune la personne et les -`n P ' '.'
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biens de chaque associé,=e[' -par..-laquelle cha,cun›sfunissant à tous n'obéisse pourtant . I

quÉ'_àr›lui' même et reste aussi libre- qu'aupai'-avant. Tel est ie probléme fondam_en.ta1 11- MWCBÍ Dl'-Wíraz "La pensée de Giorgio Del Vec'chio", Archives de Philosophie
_ ¿°nt._1è-.=¢¢n¡~¡-at59¢¡á,1.¢[0n11e.la-soution" -*- Iean Jacques Rousseau, Du Coritrat Social, diz cmi: ze dz sozfoio ¿›z izzzizii z, i937,.'. zió - - - .. . .
TI-r._-.,›_).n-_.
;J¬ë-__}í_1¡~T¢ :r¶_ø:z?w¿=1__L§f:J;mJaøJH~wfl»1:-um
em -Oeuvres liiimorfelles, pp. -173 e'191,respectivamente). _ (Síntese das _i>riiici'i›iiis'gD‹›_iiti-'iri.iÉr:JTeleológiäis), pp?4l;Í4uIi›? Bonavides' Das Fms do EmÍ'd°
1“-'".a:u=,'-_.zz-¬ø'*ú-H¢,=":FirzI.¡T^-"¬,=ma¬..'nz*-5-_',." *\.."1^.--rc_=.__4:c-,§'-“;.,'4...*.¬4'i",_¬-_.¡.-_4._..__. __-4._-4:. _-. _4~í._-. _. - --A-I4-nA4. :c-_.__-:im _._. ____A_Á A- ÁU

Ã'r`À‹fi".. I.¡;_L=:I.-' z-._.- Q


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1» 52 Do Esrâoo LIBERAL ao Esraoo social. DAS ORIGENS DO LIBERALISMO AO ESTADO SOCIAL 53


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dem ter significação e conteúdo opostos e que a síntese 'tradicional


' tu " d'z~Rousseau: “il faut concevoir le contrai deve acolher-se com rara reserva,.por traduzir apenas. comunhão
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su°1%*zili*i1ae§›lc;.€iir:iúêÍ'éasu(ivai1'te: il est nécessaire que les individus histórica de interesses nos combates travados contra o i`rii`migo... co-
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à ez zh-zz-eu-fme fr r°.flf.f:;.::r:.S;;::.i
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pour un instant '
leurs droits. à l'État,
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lequel les redonne

naturels, mais d.es,droi.ts.ciy-ils. De Corte ¡fã_Ç<f{:š_ ff If Ê* l'_ t'é ist dom


mam, a saber, o Estado monárquico'autor~itário. _ --
Dai o caráter liberal dádemocracia moderna como decorrência
da tenãz oposição que boa~pjái'fte_ da filosofia política dos séculos
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414

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s?°°mP11Parf9uSz~PsrSems“fl¢ S°~"i*.P***'Í 81°' e5Í.il'izz¿iivâàuze
assuré. En outre, Chã¢:11H¢0fl5€l'V° 5%-lllišfief Pafce fëula S thèse das XVII e XVIII moveu contra 'o absolutismo. `
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“md .stilet Wi“l“e'"mt=f7a¡~ mppori a I mt qu? es dzntransfor- Isso não exclui, todavia, segundo o professor de Goettingen, a
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libertés indiqiduelles. Par cette.€SP€C.<:2- de nqvaãion, qu ns sont verdade de que "no curso. da história a democracia não se_ tenha
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mation des droits naturels en droits-çivi S, "GS ¢1°Y° H 12 aliadoía elementos antiliberais, do mesmo passo que o próprio libe-
assurés par l'État les droits qu'ils possedaint deia par nature )~ ralismo aparece consorciado com amonarquia, sob a forma de. mo-
`__.,.--2-_- -1-:"

A contradição. entre.,._Ro_uss,eau e Montesquieu - ¢0_fifl'fidÍÇâ° narquia constitucional ”."'


A-r. _. _. _i;*."__- -_44_ '-"_. _ _ _. _. . 0

em, ue se esteia -a doutiziiia liberal-democratica primeiroâsta 0 Afirma, ainda, o.íncl-i to publicista:


juridico -- assentê 1.10 .fã`Í<`=?z Cle .ROLISSBMI haver e“81d° °°nÍ° _ °gma "A possibilidade de dissociár ademocracia do liberalismo se
1.
a dolãifiina êlêãolutaëla âolâerania populâglcpimdÊSeCã;'â<i2ä;;ÊÊl1l?âÊâÊ'
-:_ -. _. _-.
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ii*
cinge, em última análise, à distinção dos valores fu'ndament'a`i's-`so-
senciais de inaliena ii a e, imprescri ii a _ z
. ._:,-_.__¬-

bre os quais se baseiam. O valor es'sei'1cial que inspira o=liber'alis-


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que ° P°“*”f*'*°“°“*`°~ “`°“Ê” °iZ..PfÍÊ"


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que çgfide vglgrñlisrzgçfde Montesquieu e donsäd q _mo.não› se volta para a comunidade, mas para a liberdade criado-
ra do individuo dotadoš-deiiƒazão. Par-tindo desse ponto-zç;lg~,\¿ista,
abraçavaiifi¿ei'}l.te§¿e¡de.que os poderes deveriam ser. ivi i . havia o liberalismo desenvolvido um sistema metafísico completo,
'€1'1"§.:J¡.'z-Í !Ê'¬:
A ideologia revolucionária da burguesia §0\1b°‹ P°e2Êm't°“°:; fundado na fé de que .uma solução racional total podia resultar -do
brir o aspecto contraditório dos dois principios ez 31 rlgfl eli* livre, concurso das opiniões individuais em todos os domínios da
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vinculação, construiu a engenhosa teoria O Esta o it era -v;¡zia§(...)_ _ 3 _ _
moc-tático. . _ “"' -
imp.o_r.tancia que tem o individuo para o conteúdo do. li`be»ra-
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. Esse seria acometido, depoiƒiz Íá'Pf_la ¡'ea9a°_°Ê"_5erâ'af1}$'ÍocâÍ lismo clássico manifesta-se, com particular relevo, no fatozde que,
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monarquia, através de impziedosa= critica doutrinária obàscom originariamente, o valor da _p_ersonalidade_era concebido como ili-`
cismø, jázpela insatisfaçãoisocial do quarto es-tado., que perce i vol- mitado e anterior ao Estado. É esse aspecto que se introduz a
nitidez o rumo divergente, contraditório e espoliativo emdquâ e .E _ doutrina liberal nas primeiras Constituições escritas, as _Car'tas
` ë''_H\_._'_
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¶. §K.1¡ ' viam os dois princípios, o deri'iocra.ti;co e o liberal; quan o e sua americanas e francesas, cujas teses adquiriam, para a democracia li-
aplicação concreta àsrealidades sociais e politicas. beral, o valor de mna profissão de fé rè__ligi_osa e mística. Nošçfista-
o 0 _ I " .. H | .
Liberalismo e democracia .nem sempre coincidiram e se_ c' . dos Unidos, essa mentalidade fundada na crença da personal-i`da`d°e
liaram em sua verdade con'cei`t'ual, como nos demonstram as Sablãã soberana e ilimitada do indivíduo, precedendo o Estado, sezrnaiite-
re'fl`é5<ões de Leibholz.” _ i W ve até o fim do século XIX, graças à ,atitude conservadora da Supre-
_ esse tratadista,.do|dir.eito público¡ alemao; o enrcâiglli ma Coi_°te"' (”La p`ošsibili'té~d'iine'dissociation de _la démo`c'ijati_'ë`5`et du_
libéralisme se ramè`ii_e, .*ei`1-`derni*ëre analyse à la differèízicé* fdes
1*.fiii¢~ši<i<iz¢°1*bsfe!*%P*i° °°mzfi' is”-?°'a°'“', °°“`° aÍ°“ãÊi`Êi0 za-
~b"<>i s.¢s° des Pffl1s1P*<?ê da R.°*'°l**94°~ F'a“fšFS“'.f`°r ea" *ip grazi.
vaieufz fonaaméúiai-és sw-1 iezquçiiée ifisf S-ef'f‹›zzaéi¬i;”fif*§'I:fâ* =‹›aiéúi~
ll
sárijiento de Rousseau, Yoltaipete Mpritesquieu, tem cara_.er co ,. essentielle que inspire le libéralisrne n'est pas orientë'é**v`ër's°fla
commimauté mais vers la liberté créat-riceide l'ind~ividu...d‹z›,ué de
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geziiseziião necessário ou ins 11 sz/2 - ‹ .-
raison. De ce point de vue,~ le libéralisme- avait dévelopspié un
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' I .. ~ » . " " ssociada ao


. ,Ciiiticando os autores que admitem a dem0¢I'a¢1& 21 système métaphysique complet, fondé sur la foi qu'une solution
i liberalismo, defende Leibholz a tese de que esses dois termos ç _ rationnelle totale pouvait résulter de la libre concurreëlqfi-deê OPÍ'
o
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i . .Iif -..
_.¡. .

i1zz~Piziiúâap›ziz au Dfõfi, pp.-ios-1°‹_i7. ' 14. Gerhard Lëibiwiz, db. ai., pfisó. '
ia. ob. ai., p. isó. ~ '
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oo Esmoo LIBERAL Ao ESTADO social.


É
l DAS ORIGENS DO LIBERALISMO A TADO SOCIAL 55

° _ .~.dividuelles
-. . dans' tous les ,domames
' .deI la . vie (...) L'im-
_ lução, advém outro binômio, com a se ' e versão doutrinár'ia:`
ldpgiftfnlde de l'individu pour le contenu du liberalisrqe cla§S1Cl'~;°
z A . A . . . ot fã me' a "\`Iã.-'ifo democracia-burguesia ou democracia-lisbe mo.
apparmt avec un rellçfigaähculler .dmms mleefiallinãilée et Pfšcédant . Antes, o político (o poder do rei) tinha ascendência sobre o eco-
valeur de la sous
Persomuhte getalt colnçde nômico (o feudo). Depois, dá-se o inverso] é o econômico (a burgue-
lfÉtat. C'est cet aspgç_t que a' ulte libérale
Chartëšs'est introduite
américaines et sia, õ industrialismo) que inicialmente co'ntrola e dirige o politico (a
dans les prenueres CQÉÉÊ-l1t“.t'°n.s e.cÊ¡ttes'. Í; la democšätie líbërarei dèniocracia), gerando uma das mais furiosas contradições do sécu-
françaises, dont les theses_acq11é_.Ffi1?_fl _» P0 et m .sti úe Aux États_ lo XIX:'a liberal-democracita. _ , g '
la valem' dƒme Pr°.fÊs.sKin de fm re e.use y lilzlé souveraine et Lli hfiâfl-HH'
Dissemos inicialmente porque, depois, o equilibrio se rompe
U-n*is, cet espi-it-*fonde surla croyancea la PÉFSQHM , . .~ . ‹

'"np ossible-'ä liiiüter de`l'i'ndiv'idu precedant l État, s est _mamtenu, com a_'pugr_ia _ideológ'ica,¡ qge reprimiu e desacreditou o antigo prin-
. ..,. . ' › - ^ i' V' rvatrice dela cípio liberal, fazendo idéia democrática (igualdade) viesse a
jusqu'-ãjla findu XIX* slècle, grace à l attitude conse l

CÓur'Süprême ').*5 b _ sm prepondei'a`r,`dé 'n'1ödÓ_`jã ifiëqiiívoco, como acontece em nossos


. -~ - seu e - dias, com a chamada democracia de massas, democracia igualitá-
Professa a mesma cpu-nao' Lulfb libL:r?a¿l1i:mrcÍ'eec1lremocracia ria, ou, para empr"eg'ää-moš a juistafexpressão de Burdeau, democracia
C10 Derecho? Libertad' quando lam raique d l ' t s e a areÇam govermnte, que se distin`g"ue`.`da democrficia govemada, do liberalismo.
são .zidéiaszad-i'stintas,, '-ie!-11b0¡'a tenham-Ififida ° lunbat
- -"~ "' '*" ' "" 'H
, gs com a
1° Gl I `

zamb.as.e9xzne;zp:edzuteS;§âls.s§P1fIf<> m@›Í1°*Í“§;.ÊÍ°“s“ 1

reafidedefidefl5§§êÇí9.9r11tn€l€>..da Rçvp uça i G i¢ . - eiro a 6. Vierkamit e o pensamento polít1_°co.çIemã'cT


° `A'mÍëS°el1ta'ess? ›m.ttad'l's.ta:`que foi @rt?¡š›a. yueaãrífrolvlija aqueles ""' Quando a Alemanlíaflaindaljazia em ruínas, esmagada militar-
enxergäriélãhfo nbuiilibelolidolderío 'iíoçluque o liberalismo era 'mente após'do'2e anos dë nacional-socialismo, de privação da liber-
d°¡5 P"í"°íP¡°s` Pcfllncos' quam 9 a' 1 mo q omademocracia. dade, vár-ioš professores e filósofos se_›re-uniram em Berlim, no ano
uma idéia -aristocratica que nada hnhaque ver c 1 H d de 1947,"-para festejar o octogésimo aniversário da existência .de
. _ -› u "" ' ' ' --› - S _' e
Alfred Vierkandt, dos mais conspícuosfsociólogos que o gênio ale-
E'mms adiante: Afelaçao dlalemfa :tt¡ei$saä¿'1cbÍai1‹l}r?‹i1osa\c;alorés mão deu ao mundo. Não apenas insigne' na› Sociologia, senão tam-
liberam-m° e democracia' qu' se-se°Pre erfncia do drama P°llfi°° de
defzliberdade-e igualdade; ¢0fl5Íll`m 3 esfe I . bém na Etnografia, onde suas obras abriram, aos estudos e à pes-
nossos*dias"~.” H' i i d T» , -1] o quisa científica, rumosinteiramente novos.
.. - " cueviez
Filósofo- da .-cultura, -um livro__o imortalizou: Die Stetigkeit im
Ê;-ro de Ê? ag?oCp:'lÍš§l'l.xl1Íi(lt âcëçlebire teórico KruIturwandel.(§l.908), ou seja, A.sCQn~¢zÍnu¿íãade na Mudança da Cultura.
añstocmta über-W' ane ÊlÊ'?qI?P£'u.a a “a onvencido 'consiste em su- Sua visão inte::p.retati_v.a,_segund‹:}_ Eiserrnann, pretendeu corrigir a
d° fia°i°ml"šÉ°°lalls¡P9"f?içnc1dÓ mass pão C o rincí ,io idemocrático.
por que na R-v‹›1ue°Ffss°°Ss *fm °,“ P . . ,
'Eríi teoria
S Gabriel Tarde, quando este ensinava que o novo só se introduz na
História e_m_ f_1u1içã_o dg, gênio,_ isto_,é,..de_s§es raríssimos e privilegia-
_ _. -f.' *é“P0ssível i. `Na'›i°ea'li<1aC1¢.-
- °- P°r°m' a' vitoria
" oäage-1.1.3»
o`utr1naPC-1 e-
¢ial, ficando no meio do cammho a concretizaçaø 6 . dos focos de. inteligênçiaflimnana que ilurriinam, às vezes, de súbi-
mocrática.. . to, com o. .clarão de suas idéias. originais, ,a pobre Humanidade, de
entendimento raso. e.curto=. . ~ z - "
E×F;t'íme a Revolução. * Francesa " " o triunfo
` _. .de ëlfflfi-¢la$5°.°
t . iada llele -de “Ãna
em-
.. › ø . .....
,-
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119.5'3 QF.d9..¡Ífl:-Ê-°¢!‹al' A-'=°r_CJi°m P°h'h-çãl' nã enâaruãifâs ueqderruba- Não se faz a civilização com,..jos;=gênios, como queria o psico-
bats.sfl.×.f91f;sfse¿¢s°S.-.¢ est °°flFf-ad*<^°'*° ~ -“S -° q ' _ logismo social de Tarde, -mas;-'sèg1.u1do Vierkandt, com a. tradição
que se tranâmite, com algtunal .coisasque supõe já esfo_r'ço, trabalho,
1'.a1.n9fl"-§.1¢flz¬T.@&€m€:
_ . U g I . - . g ~ - ' b
. ú A ,. a b IMS
So x -

'A¿fÍte5` d'a"R°V°luçe° °hI¡d° se Êxfliva Pelod lrgemmis da Revo-


fisãe mess. ente.. a que sszxal .lgarz - °
~ ' . 0 .

mo-.zf'eudÊalid_ade.= fruto' de ‹contr&dlÇa°*la_ Supenf a' Po - ' u -. ‹ '

\›
4 -.I_-18..Uri1 dos mellfiores e mais recentes;est_'udos acerca desse fascinante tema so-
cioló'gi.c_p_ é_o_d_e'a;.1to}'ia do Qlfieber, notadamente gua¿1do_-zse,-ocupa de
tséfaàrd'-rieiõhsiz,bb:-éâ'i.¿'l¡5pz136-isa
-' - ' ' anonimatofgeniahdade e coletiiridadéf Faz curiosa indagação referente as grandes
16. Ob. dt.. Pp. 87-83. criações do gênio anônimo, percebidas no coletivo, desde as epopéias gregas às mo-
17. Ob. Cita, PP: 87'w|› \.
nulmentais pirâmideseg-ípcias (Einfiéehrung in die Soziologie, pp. 78-79).
Í l' ti'

É
56 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL E Das o'R1cENs Do LisERAi.isMo Ao Esiâoo sociâi. 57
Influências várias atuaram decisivamente na formação cultural revol " dsianèocëlahco-burguesa,
sões äçaci c '- ' .
para acastelar-se contra as inva-
de Vierkandtj quais sejam as do antropólogo Friedrich Ratzel, do _ so u s s os reis na sagrada esfera de seus direitos e liber-
psicólogo Wilhelm Wundt, dos sociólogos Ferdinand Toennies e dades.
Georg Sirnmel, do filósofo Felix Krueger e-_ do. economista Karl
Apega-se Vierkandt à 'constituição em seu sentido genérico,
Me-rx. '"
como a arte por que se distribui o poder no seio da ordem estatal.
Rejeita Vierkandt o conservadorismo, o liberalismo e a social-
democracia. Como Sombart, gravitam suas idéias políticas na órbi- g No Estado démocratico e uniforme essa divisao e da margem
àquela técnicasábia da diirisão tripartida 'dós poderes, à cuja base se
ta do, nacionalismoestatal. Debaixo desse aspecto, fqi ele uni dos
teóricos clássicos da' Reação alemá,_só comparável, no campo da fi-
losofia política, a`Qrtega Gasset, Pareto, Gentile e Sorel, -pensado-
res latinos cujas obras se popularizaram coii_sideraveli`nente nos cír-
bm ° da am
i_ so ia.politi.ca›.dos ›d9utrinadores=mdividual-istas da
- _g\-12518 0¢1d.ental,_.quai-sisejam. Locke, .Inglaterra¡.,_MonteS..
culos direiftis'tas da Alemanl-ia. qmfuz Êm_F¡'anÇ1a'F'° *Kãflfí 1121 A'lGm&nl1&.í'-N.Ó`"Est*ado autoritário de
entao ja nao ocorre a, d_ist_ribuiçãQ dq pQde;__§g81¡¡-¿d9 aquelfi ¡-eg-ra
Não oimolestou o nacional-socialis_,mo, embora se diga que o mas conforme g¿r_í-f,f,Í'}=io l¿1,Ifg§ÂInçn_§e_desigua'l,_ árauto-Í
emiiietlte 's9çiólo.go, ao tomar Hitler ¿9,poder, a primeira coisa que ridade nasiínaos do principe absoluto ou`da E:'lassepre¡`50fi¿fi`ë'¡á:¡3t¢,
fez f¿oi afastar-se da Universidade de Berlim, cuja cátedra horuava I f 1 ' ' .I _* \.f 'Q

como psicólogo social, etnógrafo e sociólogo.


7._ Çrítica ao liberalismo è advento do Estado social "
Deu, assim, o insigne 'reiiovado`i"*de'§ vários ramos daciência so- ' í ' 'iÍ.-'

cial, por finda sua nobre missão no; magistério universitário, depois _ _Ch¢_8â'I1'10Sz P012 fim, ao problema da liberdade, que é o que mais
de prestar relevante contributo intelectual à cultura de sua pátria. nos unpende ex-anunai-`*na"do`i';íti"in'a'= sdciológica de Vierkandt:¬"~ - '
Algumas idéias fundamentais de sua teoria de Estado são de _ Édesfãz Se? diivida, a parte sumamente importante 'refle-
cunlio inteiramente marxista. E sempre em Marx que ele vai buscar, xoes e sua o ra Estado erãoczedade na Época Atual. Importante por-
por exemplo, a doutrina. estatal da luta de classes, com que ilustra âuenos da, a nosso Ver, â ¢0flSIC1eraçäo 'precisa do tema 'da ~l‹ibe`rda-
toda sua Sociologia Política. ,,, ___ e segundo a media de opiniao das modernas correntes 'sociológi-
Explica-nos Vierkandt que a sociedade de classes provém da cas alefrnas. - ~ . .› - _
diversidade existente quanto à distribuição do poder e dos bens. rd lãlo âapítulo consagrado .à crítica dosgpartidos políticos dazatua-
Em sua afamada monografia-Staat und Gesellschaƒt in der Gegen- 1 a _e ( le itzschen.Partaen der Gegenwart); faz Vierkand-t aólara .e
wart (Estado e Sociedade na Épocaöfiltual), aclarando o teor dos antago- °°“°15fi ana lfe d0¿.¢0I.1.¢ei_,t_o de liberdade, segundo o entendem mn..
nismos de classe, que compõem tanto a dinâmica do Estado como servadores, liberais e sociais-democratas.” ` "
da Sociedade, escreve o sociólogo treého que se nos afigura da lavra No conceito formulado por Locke, .com a adesão de Herbert
de Marx e Engels, tal a consemelhança de pensamento. Ei-lo, qual ãP¢fl¢ef'.- 301 séšlulo XD(, a liberdade é alguma coisa estranha à_m0-
se segue: "As necessidades e interesses de uma classe, nomeada- erna adaüravqkñeáte.
kandt ui oe emã autoritária_ P° r excelência,
_ e isto ' 'V'ier..
1 risa
mente da classe privilegiada, determinam em larga escala as con- z

cepções de toda a sociedade acerca dos direitos e deveres, a moral e A lilâerdade que Vierkandt acomete noliberalismo é a que rei-
a baixeza, e até mesmo, a contragosto das demais classes, o predo- nou na outrina anglo-francesa de cunho individualista. Nota-se,
mínio de umas sobre as outras, através de meios espirituais e in- ` ' chá .
fluências psiquicas".*° {/Je. 20. BZÍÍIÇ
que a 50.6581'-dem~o_c_ra_çia alemã,_ anterior à Cons_t_i__-_tuição de
Quanto à constituição do Estado, despreza Vierkandt o usual ¿-gm.
a¡¿¿_z. .
_ E t
za-z P°“'?¢a.<!°-B-fz91s*sfl=da
2 á ema completamente ao pensamento de arx, até qiié a"i.iÊfluë¡'¡-
°fsêifi=a'<1aê=fi mel-
conceito liberal do século XIX, da constituição criada, reduzida aum Claad 8, am a no periodo que antecedeu a I Grande Guerra Mundial, fõisendo,
cor-po de'-'leis escritas, como garantia, como pacto político entre
governantes e governados, qu'al'exigiam, na Europa, os povos da 9-Í '.'“-'-“'?'-“gs *F19£'.-“Ê¡$°S.¡° 9!* zšãëliêãëdê .<?9fl\ ° desafio. -refonriista:-de Lasaíié
.§€§'f!S,ɧ=_11\z; Qebel Ç. reformismo começa a exis`t:ir,¡iëÊ, 1'-f¡"=_;f¿¡-i..
Íiámèhfëidéãde "'18 fi r """-* H '~ ¿¡' '¿~-'=.\..1-." JL. " ›. '.= 't...‹_i°:_z¬;'.t

19. ob. ai., P. ss. . . .


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'ozziociie Para?'as dímçloP*?1*?°ü.<? h'.=*°'°14$m<? ° ° f-sz °°fl-*fem °.fz ° qiís
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Para o-cisma ideológico do reformismoeia-sfibsequente


__.._‹¡ . ¡.-¡. - ` _. ..,`..`_4.`,.|¡_",.:__

d°5mt°g¡`aÇfi0 da doutrina .marxista nosociahsmo alemao. zi . z -


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58 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL DAS ORIGENS DO LIBERALISMO AO ESTADO SOCIAL 59

porém, na uelas páginas, que buscam instantemente a demolição querd-a cuidam de todo inadequadaƒse não 'responsável pela tragé-
crítica do lioeralismo; certa ausência de investigaçao ret.roâpqeÊ1;Aa ia_ social da época contemporânea. '
- por não dizermos histórica? - das formas conceituais. 3 1 In-4-
‹-'fu'
' 'Aquela liberdade conduzia, com efeito:-segraves e irreprimíveis
‹êlacts..fi19.%°fis.«s1saiã- _
7
I

situações de arbítrio. _ `
-.íRgP_re5gntaz.z\!ierkandt a projeção _atual.do hegelianismo aplica-
Expunha, no domínio econômico, os fracos à sanha dos podero-
ao._à.sQ,¢i°i°giz,i>.q1íti‹=a.. Oaçegea-_<;1.as
exame. da eventuais
f1l°S9f1s fllsfzflë fl°~S °°.“d“zf Pf*
alfilnidãidces do pensa. Lgqfã..-‹snäl-só .'- .-
sos. O triste capítulo_da primeira fasg da Revoluçãerlndustrial, de
que, foi palco o Ocidente, e_vic_le_n_cia, com ea liberdade do contrato, a
m.°¡Í.\t.° a-l.e5Êi.ãz9:Ç9m9-°9D_$§lto. individualista de i er a e. . desiimanaespoliação dö trabalho, o doloroso emprego de métodos
.‹Essas.afinidadeszsó*se.-nos.oferecem, P01'é1Tflz numa d°uf1`1fi1m que brutais de exploração eçonôniíça, a que nem a servidão medieval se
efetivãinente' te-xíprime .parentesco -muito próximo com ã Ve 3 11°' poderia, comjustiça, eqtiip(`a§j_ár`; " ' ' ' _ _
ção-°¢¡¿-ental-_¿¿_1¡be¡-dade _- a saber, a dputrina de Kant.
Em face das do_utrir_ias,_q_ue na prática levavam, como levaram,
" Mais 'Karin " =`t,"iiiáté'ria 'dá organização p0lífi¢â E S0CÍalz 9 um em nosso século, ao -inte_iro~e.§magamento da liberdade formal, com
filó'sbfó*Iãleniãbl1-Ãleiiiães são, a 'esse respeito, Wolff e Hegel. ' a atroz supressão da personalidade,-,virain-se a Sociologia e a Filo-
5. _i.‹i.^ié:.=.f.- 1.' '___ fz-
° ° . . - z - - -
Wolff, eqm a teoria do Estado policial, foi o iciiiiião juneconsulltp sofia doliberalismo burguês _com_.peliçla_s_.a uma correção conceitual
do di,-eifg' nam._zja_lfque situou o problema da liber ai eoem ermo imediata da liberdade, 'um compromisso ideológico, um meio-ter-
gorosamente acessíveis 'ã índole germanica dos ultimos tempole. mo doutrinário, que é,_este_.qiie vaijsendo paulatinamente enxertado
Rgpque ele e›gpi;imi_'a;a;,oi1ipotência .eâfëfal ¢°m° Êammh° Par? a e "' ,, no corpo das Constituiçõ_es de_mo_Çrâlicás.
o - É '‹ ' , '. ' _ ' D

Citaçãg .1~.mmaná,,-sob a égide do Estado paternalistaz 3° Qual IHCI-\§1`}'.' Nestas, ao cabo. de cada zi-un'áÊ;‹:las:¢ãtástrofes que zensangüenta-
bia efefiv_ag_aquela célebre máxima de “tudo para o povo, nada, P_°" ram o mundo no presente século, testemunhamos o esforço de fazer
surdir a liberdade humana resguardadaem direitos e garantias.
_, ..`:fE55¿-gudemoiúsmo wolffiano. é:a nota segura de antecipaçaq, Direitos que se-dírigíem parâ°o”teor'rria-teria! da mesma liberda-
e¡¡_¡.¬moldes--rahidaindividualistas, da transiçao para 0 SOClâ z de, enriqueciçla, aí, com"°~_as cÓ“nquis'tas-operadas na esfera' social e
alcançada inteiramente na filosofia politica de Hegel. econômica, e garantias quese' orientam `no'sen,tido de preservar o
Entre ‹.W'olff'.e<zHeg`el, surpreende-nos a doutrina germânica da . velho conceito formalfde liberdade. -
liberdadeícomessa vigorosa exceçãoque foi Kant. ' ' ` Como 'se distribuem, porém, as posições doutrinárias entre os
Nenhum 'filósófõhiénos original na Alemanha, menos alemão modemos sociólogos e jurisconsultos da liberdade? Qual a técnica
na essência de suas idéias, que o imortal Aristóteles de Koenigs- do liberalismo? Como foi possível passar do Estado liberal ao Esta-
ber'g, `a'o versaro tema -'da liberdade. ' * . I
do social? É o Estado social um processo de decadência ou de reno-
vação? - '
'.i°Mas não lhe faríamos inteira justiça se omitíssemos que foi ele, ‹

tocante ä liberdade, em tomo da qual gira essencialmente sua teorlâ No desenvolvimento ulte_ri'or deste"e dos demais capítulos for-
do Direito, o mais ocidental, o mais francês, o mais_indivi_duallSlâ cejaremos por dar resposta satisfatórias esses quesitos fimdamen-
de *todos os teóricos ilustres do liberalismo burguês, irmao, portan- l
tais. Voltemos, por enquanto; a Vierlcàndt.
to, de Locke, Montesquieu e' Rousseau, na medida em que conver- Pertence ele, embora não olconfesse declaradamente, ao campo:
giram as idéias destes, após o milagre da Revoluçao Francesa, para hegeliano. É o que se deduz de suas idéias. Mas ao campo da direi-'
firma-raquele conceito de liberdadehiunana, que a celebre Dec ara ta,..como um estranl_io_nacionalista, muito lido em Marx, e que não
çãÓ~=§¡§_¡;¡§¡;Ê5¿ ;ç1Q5_Dire'i_t9s do fiomem herdou as Constituiçoes mo- desdenha desse mestre -da economia política algumas idéias básicas
f '- ' - ' de organização da sociedade. -
-;.,_.1-já a.f¡1¿,§§_f¡¿-hÊgéíli`a_.i}a_ encerra' as nascentes de todo -le'pensa- O único.merecimento que vislumbra ‹\¿jerl<andt-no l-iberalismo .é
'ãiue formas politicas do tota itarismo I
o incontrastável fato-de-haver reconhecido na:-liberdade o problema
asnzelhas conclusoes do.libe_i;al-isrrio, as quais se voltavam para urna essencial da ordem política,- tomando posição ao redor do valor da-
que .tanto o's.teóricos extremistas da direita como da es- l
personalidade. Í
60 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL DAS ORIGENS DO LIBERALISMO AO ESTADO SOCIAL 61

: Publicistas b_rasileiros,.-,como o Sr. J. P, ,Galvão de Souza, cuja N50 ez POÍS, a liberdade do arbítrio. É antes l`b d d 'ti
orientação doutrinária coincide em paste com a de Vierkandt, não de que tanto falam, desde Hegel, os publ-icistas aleâiãeír a ei e_ ca'
-pensam' de outra maneira ao proclamarem a ujriportaiicia suprema Leva ____;‹:___
________ma__ V' kzn ~ › -
_ dt sei: pensamento as_ultimas ..... . _ ao
consequenqas
do tema vertente na consideração dos problemas politicos que afli- os __ q ___ ria corre o o conceito de liberdade do liberalismo se
gem a atualidade social do__mundo.2' _
Apareëe, wentão, a liberdade _ em primeiro,_ plano.` Discuti-la,
_ '
í omens ssem dotados de igual capacidade.
_c_________eS;»_¢0ii1o___a
M igualdade
. a que se arrima
' o liberalismo
' ' e1 apenas
conceituá-la, defini-la, aplieá-la' -“eis o desespero dos constitucio- mundc; d 926€: I'e,_f'l& realidade, S0b Seu__manto de abstração, iun
nalistas, dos filósofos políticos, dos s_o"eió_logos,'de todos os. teóricos _ e esig_'u:a dades de fato - econoimcas, sociais, políticas e
do direito público. ' ' _ 5 " P°:S°f=\15 -z termina a apregoada liberdade, como Bisma-rcl<"já o
Pinto Ferreira, noimagistral ensaio__sobr_e_ Laekifiz é ó anseio da: 5. nof_ arliiá
` ffmmfi feel liberdade
' ~ - os fracos, restando-a'-estes,
de _opríi'rur -
esquerda, tanto quanto Galvão o e da idiireita, em nosso país, force-* 5 a ina e contas, tao-somente a liberdade de morrer de foiríe"-":3'¡
jáiido por dete`rminaí'« otitöntëfido da-liberdãde,'estii_dando-a ora à o___oz*;.Ã__Grai_i_cle Guerra Mundial, no juízo de Vierkandt, abriu os
l`i'iz_' do*princípio da '-au`torid~a'de e _d`a_ representação, ora em' face dos mui os pensadores da escola liberal para essa tristefedolo-
seriti_mento`1sfe"as`pira'çõ'es que as grandes massas a uma luta rosa verdade. _ - - _ ,, _.
con§¢i_en“'te,fsiird'afe`pö'derosa-Êçontzra"as iñj'us'ti_ç'_as sociais e econômi- ir-Cn|¡nfi4'.n`I-Mn¡‹.\n-E â~;._.¡n,,
¿.4_5.‹. . .¿.,.

¢àâ=do'rfi'ufiêló ¢a*¡š›'i-fà‹l°is'iâ. »ff~--f*'=f~. ' f' ' f' ~' ' _: ~ ‹* ' ,
Se”iÕg`rãsseii'1'o's, ' sem cai' dia generalizãeã_o,'__fazer ___sécu]l)oeS`lãa:i'.bd:›di'›r'estava?
Mar; Jres mas sociaFcliiém' 9 íól°5.°i
istas utopica di? fiue'de"Sant
e cientifica, há qúÊS° um
Siiinon
ai¿i_plo e categórico assertoifiditíaiñös' que ia 'ci"i'se 'do Ocidente é, z pec v_am_ente, assmalaram na fase primaria do cãpitãlis-
princi`palmente,- a- cri'se 'da*liberdade‹na' sua :conceituação clássica, 7
m° (° fnfehe K“P¡m¡l5m11$z de $0mbart) a visível e nua contradição
_e_i1at_i'_e___a____liberdade do liberalismo e a escravidão social dosi nf-aba.
oriimda do liberalismo, e caduca, perante* ios'-novos rumos que to-
mou a evolução social. ' ' ' ' "
Noliberalismo, o valor da libe,rda.de,›seg1mdo Vierkandt, cinge- Estes
_ _ mo _ I'_r1'am de fome e de opressao,
" ao passo que os mms .
respeitaveis tribunais' do Ocidente assentavam as bases de' toda sua
se ã exaltação do indivíduo, e_ de ESHa personalidade, com a preconi-
zada .ausência e desprezo da coação estatal. jurisprudência constitucionalzna inocência e no lirismo daqueles
f .
__f_>_rn}_0sos postulados de que ~ todos os homens
. .. iguais
sao . . perante a
Quantoimenos palpável a presença =do Estado nos atos da vida
hiunana, __rr_iai_is__la¿'gçii_ e geneizosa .a esferahde liberdade outorgada ao
individuo: - Çaberia a este 'fazer ou deixar de fazer o que lhe dadšläšâšfägšlgñsde 2-1__Câ<_>_ a reaâão que partiu da.-mentalí-
aprouvesse. __ __¿ _ no h___8________o_à A________8____š;d___ _____š___c_;icos _ete__i_'minou,_ desde o retor..
I

Mas o que importa na _libe_rdadçe o niioclo como utilizá-la, o que de ___od_______a_ a__ossa_d_a_o__a o_____°m:__a__cë'_ise__ _ outrinaria dëiliberda..
se lííá de fazer com ela, conforme nos diz Vierkandt. E
Q¡-3 Por homens da esquerdpà como LaSk.a1 11181-ta COIIIO Vlefkãfldtz
É
"Só tem valor a liberdade como condição p_rev_.i.a, como base de i

fem,
- dna identidade de, seu ob"‹-:tivo l Seja,
1,' comungando todos' Po-
I

um procedimento ativo eiçi_¿ia_'dor., mei:l_i__ai_'_i_t_i;z_.o;¿'ci1_i._ial'_c›-`H‹_>`_i_11eni_,sem o Í Çao o conceito . clássico J _ _ f qfla


transmitido a evoluçao _<_> da completa
social supera-
dos dois últi-
estorvo de qualquer pressÍã,‹_`›._e_s_t_i;an]f_ia,_}.e _s_‹j-:_i__¬;ji. ,Ç2 encâdeçilliente de
uma baixa paixão, siga as suaspreprias a_ptidões”.23 ` ` _ __
\`
l ä1°5 5e¢Ul_0S pela Revolução Francesa, e que, no caminho do ocaso e
___:_e_1(<;2_<_2::_l:_i;:ci_a_;ov_;a_i___q_e_i'_i_c__i__q_;'oei_i_e_\_r_a__elcc_›, graças à paciente síntese que se
21. J. P. caivâo de souza, ezfz seu opçzâeulo ¿izi Ez›_;¿zi'i`i¿_`¿z i _¡z¡z_›_z¡ész›izi'z_¢¡-z›_ no D'fè2zfi_z›f I
A
_
' o a _, . . _.
presente-e o passado,. . _
Moderno; ã p. 14, escreve: "Mais eimais se ten'í›rÊ‹ii:i.ic`ad'§>`eri'i*11i1ii:i'i*üiti`rii_ai:i"iiente, sobre-' 'z
___, _ 5?°¡al¡ZaÇa° bffifldflz Cujo sopro vitaliza e regenera as Consti-
tudofatravés de observações que me'-t‹'f`:m'proporcionadot-víageris pelo=\/elho Mundo 1Ç°°5 m°d°l'I1fiSz Sem, contudo, calcar aos pes a personalidade hu-
e pela América do Sul, que o grande problema de-i]9ie§e_g_g1a_liberdade,__É preciso de-
fender a dignidade humana conpza as violências do Estado totalitário, que não existe mana' é a máfima Pf°Vã de que caminhamos aceleradarnente para
aqueäe ideal, onde aos pequenos e desprotegidos não se lhes dê ape-
só frias -eizamaiiàwdemoeraciââ fiópmiài-és;-=a'faâ' é' gerzaõ iizsidemaez-aciâs' oaideniais nas, e coraçao vazio e alma endurecida, a soturna liberdade que
herdeiraszdo liberalisino;~eiiiii‹irti:de'dos5pi=ineípiositieste=.iiiesiiio l.ibera'1-ismo".
. “-Elaaslçi e-ó.Estado~modei-no"¢ Íí1!.7.1.fll.'d.Q .C'Â3Q`4'fl.¿t'C1Í!.'}':Rç‹:_i.f.e,=de 2.454.
23. viafizzzzai, ab. ai., p..99. ' 24. Vierkandt, ob. cit., P. 101.
5
5 _
, 0

óz Do Esmoo LIBERAL ao zesraoošsocim.


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O

e
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a
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Goethe-e Humboldt, duas penas do bomliberalismo _- o liberalismo


humano e cristão -, tantas veaes escalpelarainna innuçao šdefiua
genialidade, ao prantearem a triste condiçao social do Homem mo- . 1
derno, economicainenlíe °PF¡mÍd0,~espirin1alm2fl.f¢ ¢S¢1`fiV°- O

Não padece dúvida, pois, deique a' revolution- by consent e a revo-


lution by violence - respeçtivalnfiflfez fi.1`¢V0l\1ǧ9f‹P°l° °°fÉ5°n“f,n°nÍ'
to e a revolução pela v_iQê_ncia,_ a que alude Harold Laski -.- sao âs
duas a¡-m_a5.da P;-0g¡_~essão`socialista no mundo- m0dBl'I10z 'W113 _._$
cunho democrático, outra de feição totalitaria, ambas, porem, 9l_T_f' ' 0

penhadasem ir_iclinar o.rn_und0 Para. .â Bâquerda, sobretudâä d°P?15 I


I

das derrotas.-impostas à Reação nas g11¢l'I'fiS d° fa5°15m° ° ° “a°¡°'


nal-so__¢_ialisino.; :J ' _ . , _
capfazzo 11
Í 1

Izlnšç. a iil.Õ$›9fiia golítica da esquerda .<:0mf> â da direita Chega' .


z fo
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›. D . |
4.

ram azesse resultado comum: a superaçaoda liberdâdefqitial a cqg: o esmno H.-nÍssR}‹iL s.Á se-PaRAçÃo De PODERES
ce-¡f..Ê“-ÊÍ'§:Ê= het-gfti-life?-n*1Q-"°s'eIn*¡'ê
"Ç?nsldeÉaçêo` os' têcgrâš Í/er-' -- i' - . i:.;r= . -- z' _ ' i
flôitflziseféz zfssealissiëeëz 1¬°isf~¢affi°.fl.1¿1§P@“$aV°'S a P” ' = _ .. ; _ `
u

da¢iévã,
=ira1iBo¡,_¢9_n_$£gu¡n;e,
b.e«:lêë1,¢,»!ii =flafls-a ¢5_¡?erança. de› reprunir a rotaçao idâalista
,
 ' °¡" 1' n I 0 '- o .

,_ 1. Éfqueiia'äe` u`m" üog'ir'ià:?Ê.*"Ir'Êi;`io'r¡firi%'e jizsttƒicaçdo histórica do


"' prindpio..da-separação de p§zderçs~..`~3,§1,¶zburgi¿e$i'a e o triunfo do ¡ibera-
dg progresso, a busca necessaria_de tuna-liberdade. eàde. uma emo-H .Iis_mo_{i¿§.Rei¿o{ugío Fnašriceša, 4._.(-1_ _s,e;za{a‹,r!o ae poderes como técnica
de Iini`itaçízo"d§i f›`Ç1defƒf._5.fOs‹p'cr‹:`zfIf{:›s da scparação._ 6. Corretivos ã téc-
cracia esteada em postulados de Justiça social e e¢0n0ml¢fl- nica separatista. 7. °`[e`IIínék-'è ~a'prêseri›aç°ão 'da unidade do poder. 8. Se-
O liberalismo. .de nossos dias,_-enquanto liberalismo refllrnelízfe paração relativa, com*-°supremIzcia'.'do ~Leg.i`šlati'voâ(B1untschli). 9. O
democrático, jãznão poderá. ser, .como=vimos,.:o tradicional libera is- organicismo comq.;iqut_riria de rea;-ao e combate ao Iiberalikmq. 10. Crí-
tica às teor;:'as.organi‹ši'st_as._ 1.1. .'_I¡`erifiênci'a do const_i'tuci'onaIt'smo con-
mo da Revolução Francesa,unas este acrescido de todos os elemen- * tempararieojpaia estreitara 'colaboração e vi'n‹:'ulaçao`dos poderes. '_
tos de reforma _e fla-umanismo com que' se-enriquecem as conquistas
doutrinárias da liberdade.
Recompô-lo zemnossos dias, tempierá-lo. com os=1i_1gredl`¢I¬-tes da 1. A- queda de rum dogma
socializaçãmmoderada, é fazê-=lo não"apenas- ]ur1d1¢0z Ha' f°1'f_na› oQ . _ 4 ¡ _

` -. .. . - . ' -' ' 'i ~ ' l`smo Esteio sagrado do liberalismo-zfoi,=por sem dúvida, o dogma da
mas economico-e social, para que .seja efehvamrente um libera i
que contenha a identid-ade.do Dil'.€lf0 COIII 6' l'~'15t1Ça‹ separação de poderes. -.. -
O célebreart. 16 cla'De¿:-Iaração dos lD`i"reitos 'doHomem, contida na
e z
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| ' 'U |
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Constituição 'francesa dë"°3 fdë' `šeteÍnbr6“"dë 1791, assim rezavai
| \ I ir "Toda sociedade que nãoiässešiura afgãräñtiá dos-direitos nema se-1
paração..de .p‹f›.deres«n§ozpo.Ss.uiz ‹=‹.›.'i1s.tinii°ção`3. . -
* 'Ãt`é_ on“èie"`ësše p?i1*rcTj':›;iif5"Ê:oÍri'šëi'va-Íno moderno Estado social sua
'valôra`ção”ë'5quãi'§“'äs*=vic`išlsitiíitlëšfilüstöridas fe doutrinárias- or que
'passou/ei'n `ordéiira-'afiiaãnçai*êlh'e¡aiš{äläi*evívëne'ia= na esfera db cons-
fifm¢ióaalismo=_'õõfitemporâi1eo;f'ë1s‹ààvrqúeipàšsamós a.-mdagàr, com
àf reëã5pi`tj1l'äçãö'ifcla*~ inflí1'êñëlà~p__õlítië`à”-fqíieifalèiänçou rläs- diversas fa-
_ šes da'"`evo'lu'çãõ -*cohsfi'tüêiölnãl,a%loÍ*›«'sê‹}u*lÍ› »a'os_-:nossos dias.
Teve- o princípio, incontestavelmente, na infância do~co'ns-tituc-io-
_nal~=i-smomodemvâseú-*momeato.de~.a-pogeu,â.‹:omo artigo de doutri-
našem que se;esteou'.a-organização.ip.olít,ica-do novo Estado liberal-
O ESTADO LIBERAL E A SEP-'ARÍAÇÃO DE PODERES 65
64 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
dualismo jurídico, mas conc_oi:da,.também, em que, urna:-iiez pre-
democrático, amparado no triunfo doutrinário .que ooroouda rebàe- servados esses valores bási_ç,os;,.é_fneqe_ssá_-rio 'que o Dir,eitofse_es'force
lião das treze co ônias americanas e a msurreiç'aollibXe\1}ÊI 0_l'a a ,por colocar agora, nas suas_cogitações,. ,o.social -antesido;hi¿u=;.iaiio.
burguesia-revolucionária de França, em fms do secu o . _-.Esta colocação corresponde, _afii_ial, a mais uma defesa dos¿d¿ig_1e_ito§
Esse princípio - que nas origens de sua formulaçao foi, tâl-. iridi-Vzicluais.e,-.portar_it,o, da- própria _téç.nica democrática",z'.›-_ _- -,- 2 ._
vez, o mais sedutor, magnetizando os construtores da liberda e A separação de p¡oderês'é,~ ëomo vimos, técnica em' dë¿'iliñiõ,fsu-
contem rânea e servindo de inspiraçãoe paradigma a todos _os jeitá a grazdual -su'peração,¬.impósta por requisitos novosdeieèjuilí-
textos ti: Lei Fimdaméntal, como garantia suprema contra as ln- brio `po'lít'ico"e*acomzodação_-'a' esquemas constitucionais cujo pensa-
vasões do arbítrio nas esferas da liberdade politica - ja nao ofere- ment'oi`-j'á'i1'ão 'asseritaiem razões preponderantes de for~malí'st-n'o na
ce, em nossos dias, o fascínio 'cl-as primeiras idades do constitu- proteçãofdef 'cl'i'reitos'- indfividua‹i's,'-conforme o teor clássico 'dê sua
cionalismo ocidental. - elaboração irúciäl=ë=fin`a'lidade precífpuafdo velho liberalismo? z
0 , , , . . -
_ Representou seu papel historico. O constituçionalismo deäo- I. 1-›',~,a..' 0 Iv .-. .._ l',,:' ¿

Desde que 'o cöi"is'titucion`a'lismo entrou a evolver no; do


.L Q nu) O, O\ E Os cw .

crático tem por ele a mais justa e irresgatavel divida de grati ao. enriquecimento deseu conteúdo, para deixar de ser foriiiä"ë`še"con-
Merece, com efeito, a homenagem e o reconhecimento dos que. Ha verter* êm si'iÉstãI1cÍã'=,* al'zrangerid_õ "p'aulatiriaiii`eifte` nov`aš“á'r`ëa's da
doiitriira política, consagrarfn' sua luta 'aos'-iczleais. de‹liblerdadç.e de- realidade social, no`tà*dam__eiit"e'-as -'de teor' econômico, passoíi* äqiiféle
mocracia. Ajudou a implantar na consciencia ocidenta o sen unem princípio a Êéif'ii1te`i'e'šÍšè~ secüríd~áriõ;_ por'ha`ver deixado 'd'e7*E`:o`r"res-
to valorativo dos direitos e garantias individuais, da que f°'f “° pondeí' `a6`šèi1tid¿f›' a~'tíf'ia'lf'cij'e Élëiiiocrãtica, n`a'Ê1'uâ`l *fa
combate aos déspotas- doiabsolutismo, a arma mais eficaz. vês eàirziâHó°é¡~aêàiš0fii¬ë¢iaôê1iäjférií-iaipoiifizza do sé¢u1o'><viiI; eó-
Quando_cuidamos dëver"aba'_ndoná-lo no museu lda Toorla dO meçarafrr de'-`-'i'nt'e"i*'ferí`i' ‹na¡'eš't'-i"u`t1'irà° da' sociedade, mod'iÍfišÉãä`a* por
Estado queremos, com isso, ovitar apenas que__seja e e, em nossos relações imprevistas de caráter social e econômico. ~ *'' " ` '
dias, a contradição dos direitos sociais, a cuja concretizaçao ss
opõe, de certo modo, 'como técnica dificultosa e obstrucionista, au- A_ recupei;aç_ão_de tais relações havia, pois, de esten_de1r-se_,Ine-
zênzigø ffppeggf dg 'qoe inteligentemerite se poderiam socorrer los cessái°iã*`e' grãidativamente, ao 'Ói°'denam°ènt°o político e
conservadores mais perspicazes e remtentes da burguesiaá aqua És rumo`s de estruturação que a ideologia das prhneiras'C'á'rÉás”iäão
que ainda supõem possivel tolher e_retardar o progresso as ms 1 descortinava_- nem__ fazia efetivas, por in_ing\_.iai:~;lhe,~~ justamente o
ca_rnp0_Social - vistonão haver-se aii1da.constit1;iíçlo - a`qu"e."o
tuições no rumo da social-democracia.
tigo princípio teria que aderir, num processo adaptativo, o.q`ual, é
Pretender conservá-lo, porém, 'como dog111a.ÍB_I}1_ÍU§U,f1¢aÇ°°5 óbvio, importa possíveis alteraçõesde natureza essencial. " ”
descabidas para a atualidade, é o que nos parece inaceitável. Ao
lado de tantas outras razões que m_il_i_tam em prol desse nosso ponto . Toda análise que se fizer das Constituições que tiveram seu ber-
de vista, afiguram-se-nos não menos judiciosas aquelas que o. sablo ço e sua gênese na profimda transformação política azique assisti-
Jurisconsulto patrício Afonso Arinos de lvlelo Franco aduziuiein mos, após o último conflito mundial, há de.evi_dencia_r, à saciedade,
tomo da questão, que, bem meditada.. esta 1.10 fufld° <1° Pf"¬¢1P1° .que o ormgípio implicitamente acolhido na Constituição. Federal
vertente, a saber, o da separação de podofss- . ainericana,._(_e com muito, menos rigor no ,parlamentarismo euro-
peu), e dali trasladado aos países ibero-americanos, preconizanglo a
Se não, vejamos: "Não há nenhuma vantagem para nos, juristas histórica divisão .de poderes, é, em nossos dias, princípio atenuado,
democráticos, em dedicar o mesmo esforço .que os nossos aiiteces- em franca decadência doutrinária. , _ `,J. _
sores despenderam para construir ejustificar a teoria dos direitos e
garantias individuais. Eles -.constituem iuri pressuposto. no fimclo- . Daí.o colocarmos .semi-.tela .de .debate a .certeza de versármos te-
naÊmento da democracia. e, se dirmmuu a_ snfass C0fl} que a Sua Ê..a°" -ma queidènota, com-:clareza;›o¿£sentidozpeculiar érri:que_~.ei5z_olveu o
ria é exposta pelos autor.a.5z al-UT\a¡lt°u_‹'~Sf°-ças a° 3-Prm-1°'3°-me-nt°' da ¢°flsfi111¢í0fl-alísmo m0demo..z~qzueinãQ segue. as rota do.-indli.v1iduaI.is.z~
técnica, principalmente judiciária, ašsegurança da sua defesa Ha 111P:*i'aais.i9aa.lz fo/<.>.ri'-ê‹=i<1<2.~.‹=zfaaiearsiia salassnarasão slássisazzmas
viç_l_apráttica". .~ z _ -s×1Yeteda=i2z°!os=¢afr~1ii11os <1s.>.~.sss1alé-visa-iáeiiiaeisrsaas' szêfisesar
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i E depois: "Se a nossainterpretação está certa; a ciência jurídica
1. Afonso Arinos de Melo Franco, Estudos de Dire_iio_Çons`titucioria_l,;pp.~_.1~5§§15'Z.
democrática considera adquiridos os preceitos essenciais do mdivi-
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31: 66 Do ESTADO LIBERAL Ao. Es'rADo social. o Esmbo i.iBEiàAL E A sEPARAfçÃo DE Poosaas óv
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ao Homem os seus direitos fundamentais per-*1n_fe'0 E§ffiâ1° (P*`lL:g As idéias da Reforma e da Renascença, reinterpretando a Antí-
piformação
°11ib“-fá1>‹*m?«S°.bfs*“<%°›fl feãgiiefsfifa Pa'“í'Paç“°.i aÍ'§§.i°~ i.
-da='= `vo`i-'ít"a'de' deste (princi-pio democrah¢<Ê)z_ B d Os
güidade clássica em desacordo com Aristóteles e Plát-ão, para 'fun-
dar, no direito natural laicizado, as bases políticas do Estado libe-
z_-.ist-_;:
.- 41;..-._-:
cond`uzir'öfa`p'áñelho estatal para Luna democracia e etivez âfƒ ,âuo ral-democrático, alcançavam agora sua projeção indisputável sobre
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poderes pú_bliéo's- estejam capacitados a piop0r¢10fl-1!' 210 '11 W* a consciência política de todo século.
l | _y¢_zz¡z¿:¿i_,i_s:ai_npla.de,favores concretos. . _ = _ _ Lançadas estavam, pois, no terreno econômiço, político, social e
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' --Seráiemzvão todo esforço que bl_1$¢fi1'_°-“tra dlfemz Para °_l“°1' filosófico, as bases da grande renovação. Esta se produziria com o
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Çlm-.O5 z-¡__¡mo:›,.presentes‹_clo constitucionalismo_modem0, respeitem. trauma revolucionário de 1789, quando ascende ao poder o terceiro
:ft
1.

.te-&0 SíSf§.H1%.¢m€$1He-se apóia_.a_ técnica de distribuiçao de poderes. estado, a burguesia, constituída-depois que o comércio e a indús-
Eai tria, no século das conquistas e nave ações, entraram a romper o
No zentanto, essa oscilação. poli-tica' para a igualdade, qpe_etI_1.
nosso Ségujo ¿, s0_b¡-emdQ¡_.0_5¢_.i.1ação_de,cimho social e economicpz acanhado espaço da corporação medgieval, de estreitíssimas rela-
revela-se como antjnomia perante a liberdade classica, que o secu o ções de produção, para ganhar ds mares, assinalando, por esse
_ _._., _, -, ,m_¬,z .. P ` .= '-›; -~.- `
-F . 'z . ‹
modo, a passagem da economia urbana para a economia nacional,
com _todos os efeitos de universalização de mercados e dilatação
se essa B."s°'P'° “'°°'a""Í-ÍÊ'ÊLÍÍ crescente dos interesses econômicos.
¬Í*Ê'
es.asâza%.ssa%safiE1€9°.s~4e.qs‹=.1ni.¢ifi1m¢*1*°ãe zfefäo lgoi isso
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sia1ä.zsa§ss.~is“fêas.srissifiezzara§sss%%›FP%51°m°.“*Í;**““° a r' as ,efl¿_ A burguesia triunfante, ao soar esse' ensejo histórico, enfeixava
todos os poderes e se justificava socialmente oomo se fora o deno-
¶¡Êiil°=”-95599' 15 zç"-ipõuigsfghÇls¿tê$tdusl'bÊe airäa gocrático
×õssa¢.‹=í~¢aâ!.a‹,sL.s§tr\1i.¢as‹'~°-i°91ó&*F4~4Q`ESF@~°›*» 'Ê ' ~~"f-mz z -O *minador comum de todas as classes, por 'cuja liberdade - uma li-
'-er;:.*a?:.f-Ifl_'"“‹-›a2'-_"?'¬
e fwiésia .nsPsfsflSsão..¶“§ esse *fem “fla almça ° “° °m”“ berdade que, de modo concreto, só a ela' aproveitava em grande
1
daliberdade _' ._ . -` parte - havia terçado armas como despotismo vencido. z
T

Como se vê, o titulo de representação da liberdade fora usurpa-


2 "f'-'-
.Ír`zip,ort:i`ê.rioia
. '!~.," ii
e.justi:fiÉaç'ão;histázic_a
_ 'Í"?.*!J`-.'12 Ê*-` ' ' "
.do princípio
'
da separação do pela burguesia.
_-'_:“- f'?_?4_:‹a
Em verdade, o que ela representava era uma liberdade de cu-
Cabëfp`i"élumna'"
lí "*rmë'ri'te, Õ exame da 'doutrina' da divisão de po- nho político, que se compadecia harmoniosamente com os seus in-
ij teresses de classe social preponderante e com a ordem de relações
deres,s§ia_origëiife_j:iíi§*›tificação. *_ .F _I em
economicas que sustentava, como força vanguardeira da Revolu-
li Quanto, ao derradeiro aspecto -› o de sua JUSU 1°aÇa° › s_ ção Industrial incipiente.
- liil damos imprescindíveis algumas reflexões, visto que n0SSfi ÍGSG M0
despreza-.- nem
- Ã . menoscaba o' principle
' ' ' em aPf`°Ç°f - fÊf°Ú_hecendo-lhe
I'I
_ I,
'I
re_ Não havia de custar muito à crítica pós-revolucionária das pri-
toda 'a irhportãñcia histórica- que teve e a conveniencia que ap: meiras décadas do século passado resumir todos os erros, lacunas e
aí ›f
sent_ou_em~ rdetermina
" ¿1'¢,'-Í*r§L_àménto 1 dos
_ __. embates
À . _ . travados pela filo-
rófunämnente c¡_¡_ irnperfeições daquele conceito de liberdade, seu normativismo va-
sofia' pblítica do si-;f':__i`il‹_9')f._\.7Tl_ÍÍz`<_3__€_?¡1`} 39? l'°_°_.aça° pda t ,aade e da zio “e os inumeráveis claros que apresentava, declarando-o, por con-
z-z.¬¿'-"`:?.z\'›.i-z?.' tida-`ë raçšionali_za'do!'e¡;<ÊÍ‹Ê_"ei't@-tgomsmo aos laços a eu 01'1 seguinte, inoperante para prover as necessidades e reivindicações
. .¡ .
fm
`-.u :. J: 8 I. Ill*-._ . ' . I. _ Q Q
sociais das c_as_ses desfavorecidas, maiormente aquelas que com-
* `f'Cöiri*ê'f*êií'to,"viv?ia'-fse°úinä'êpoca _de, revolta. em que e 1612010813* pimham os escuros quadros da miséria urbana e proletária nas mi-
ama'diirecera para fo"`rmas de concretização S0¢lfil lflledla-ta~ nas e fábricas da chamada Revolução Industrial. _
i.
ni -1. . -- . . _.
,_¡ __p¡-e¢¡-5a.v,¿..5ez3¢p;,iitar.nosz_espimtos'a _ Idade
-. Media,
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«›zszz1‹›;iaf.‹=›zi.~zizz1idz‹zi-_i-~me-aar1*s8'°Sf ° abS°'““S'“°4° _ .
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3. A burguesia e o triunfo do liberalismo na Revolução Francesa


gem-¡,¿-¿1_¡§¿°«¢Qm.a .ljberdade inodema.
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ff1Di1aráiäë¿6<'ôfgâíiiëis‹fita§áeiâ1›aë*‹ãufi'‹›§ f°fHP°S MF? Va?? äm' Quem participava esse_ncia_lm_ente na formação da vontade es-
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-.-_.-... ,.z'.'. ,-...,.-!í`,,._. 'v."".z -ur.
téges*:=q~ue~havenain de emjarèstar feiçao mecanicistaâ socie a
-¿! . ‹ .›.'-Í' .' '-1:-='_' "'.f.- :.~z ' - "'- "" °' .›" e e tatal em_ face dçiznovo Estado libëralfdemocrático? A burguesia,
sem dúvida, a cuja sombra, em nome. 'do povo, se ocultavam inte-
redíi£ir`o corpo social a uma poeira de atomos, refleti a nos exage-
*_I-uí¶-. liIíÉ_
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I! resses parcelados da classe dominante.
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ro*sfÊÍããteoriãf=il¡iÊliš}*'idiÍalista. " ' '
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'É-'.°_'-.' _.- ~
5-3 oo ESTADO L1s,ERÊA1. A0.zE§T^D0 SOCIAL 0 ESTADO. LIBERAL E A sEPARAçÃo DE PoDEREs és

IEI I I¿$II¡¡_ç§mçõe5 aq Ig-,¿¡_f¡-áI5.i9¿¿ I.z-i_nt_gsäâii_e..a democracia alararigesüé Mas essa divisão não se prende apenas a tuna racionalização
doutrinária, I.à maneira do que-.fez Montesquieu para a_ França)
fl1.sam.9..sl°.-Pesto' de ~Y›i.=:›*a P«°l*“99*`i “~'"aS*as disses' láa en çiaiiis qioš
-zE-.‹z.‹›1êê1<.-.='‹.‹› Presse.ssfsõsfs-ez*°*a"dade °Súf§*ÃL fas quando elaborou as bases teóricas do princípio, a saber, em obser-
vações Çolhidas vida constitucional inglesa, sem embargo de a
<is.s-_,<>h§.tw.íe.“: ipêrsššlããrst oitfésâ-¢° ==¡*~?“*»"~«1°*~*='~1i~”*' i'~$Ç9" '¿.,'¿;;.¿,¿¿;¿,;s
governantes e que as' 1Id¢.1@ãz1In°§ilêI¡;a1¡l.€!âÊ%'M!'Êâí¡ÊB5:Í_ãaHè ~e-O critica dos tratadjstasháver subseq_ü_e_nternente comprovado o en-
ganb do IlI`ib'er`al, en`g`a_ho 'que`, segimdo certo autor, foi
I_1_ë<_1}z1,IÊl_Ê rehfií.-~:?f :si '-1 ä li..
as de' d'e_ifr_iIoêracia', a menos que se entende _II¢§§ê I}l1_I}1I,$¢_1'1__.... Q. _., ¿..~. P- .--, "o mais fèIcu_ndo"_dÍé q`ue_há' notícia na história das idéias politicas
1 nl-',_\ \ I-I. '_ . ,I.., "' . -' ' I Ir* I, II . .II .
da Humanidade, por haver permitido o advento do constituciona-
caçasfsašfltfl- : . .~ .-. z z - lismo democrático? °
-.A;l9urgi._ie$l.ã.-‹preC.|.53\š§- €lfi.--l_1l2~§f-d~ãdI¢fiÊ- 9*-Est-ad_° llb-era! *- lim I. `-`.'°-. 1 É.. °
0

crático- assentado naquele.;fQIIma1l.$mQ‹'lQ:f1Fi'1¢Q'flu?-'em _e5a'¬ Diiemosa crítico dos tratadistas, mas .houve exceções.. Ejalgurnas
ra à ;¿,,;a..f_¡¡'¡-¡ilÊ¡iilação -mais-acabada,--erazum LE§fadQz.d§5l~`ÚÍi1°19xd° abalizadíssimas, como aIdIo,ins'igIne consti`Ituc_iIonalista alemfão .Carl
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conteudo. . J
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nsutralizado .para ..todo eis- dãz. “1F°_1'-Y°“*?i°'
..Ê. i-Í
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' " "' 1 â v I _ H. Í. .' \
Schmitt. Acha este que Montesquieu não se iludira no exame da
realidade inglesa. Torcera-a deliberadamente. Mas não dá as razões
embaraçar-
' -- como fawgenmgj
.liv-re
'° '° iniciativa
. '. amaterial
E e I-espiri:h1al'..d_9;*111d1V1 .“°áes
°
qual, Içmglfa Çm-pa__.de ,t_oc_la.s as_ response
- ' bi'_ili'da
I que c_› convenceml' No e'nta'nto,' supomos encoIntrá-las no fato de que
Montesquieu sabia'perfeitamente' qifej 'a'li, 'outro era o sentido' das
sociais. 1* ' W . -d
instituições, outro o seu organismo jurídico, oI_utra a mentalidade
. fe*-°1“°*fi° '¢°?'°$*@r“i°fSé*=*t1°im.'f§7›“iiçiÍ"Í;Íe.iÍÍiÊézÍz.
:roma-r.. amena»-.em .I Simth o-.¿ms9_1$iRêPfi“°l*fi"ii?fiçQ" il "0l}rieho'¿'f.¿nÍ,
que se criara. Tratava-se' de sistema esteàdoem-'tradições' qué evol'-É
viam com' lentidão, mas segurançare sempre siignificavam o'-fortale-`
cimento'progressivo d'a~liberda'de-.‹ 1 - .
d¿u_f11eI'tlíâl '^"' O€COI'l0'fl1.1CI,0. 'Zi 5' z*_." -_-:.-"-2” 1-'f.='.r:: f.-¿z'-'IIJY' ri' '. . _ -
I ' ' ,_ __,,:_I' .IM ..¡¡».., II I. .._-.:.¡,-5 Io,I'\*:'. ..| 't O a l Á Inglaterra, com os seus barões e sua nobreza nunca ofuscada,
A burguesia, com o longo tuocinio de sua pugna con ra d não abolira de súbito a Idade Média e o feudalismo, que desapare-
solutismo passara a desconfiar. .dopoderz E no. Estado liberal' 9'
_ p . -. -- ~ 1 . o a O
ceram mediante transição vagarosa e retardada.
.' .. . ' ' ' - l conario. 0
m°°rah°°' erguldq pelo cqnsilmü-onahlfismi) lâgâƒlšebo li'irliciPio de- ‹. . .
P,-_m%¡IP_¡? I]¡b_:çIral ri-:iunfara en e ... P I . I O rei jamais pudera abater a aristocracia e sujeitá-la ao seu intei-
ro domínio, como no Continente, onde o monarca, depois de des-
truir a supremacia feudal `dos fidalgos, se colocará ostensivamente
_
.Rou-šu aS.Siflfizla1nos,'
q,ue"¿_'¿e recolhe-se.z‹nelè
Mqntesquieu. *menosunaI-aifiitepõe-Sea
z.$,uma soberania a .do.u.trina_ de em contraposição às classes não privilegiädaisí
Em verdade, os barões feudais, como assinala proficientemente
soberania parcelada ou pluralizada dos poderes que-se dividem. Laboulayef se aliaram, nas ilhas britânicas, Iao povo, para combater
aforma-de.garantir o indiYidu_o.d.e rIodIeá-lo de p_roteçI1:> Ciiãfl' as pretensões do absolutismo real, precisamente ao contrário do
t¡.¿I,¡,_jl;l',5¡,‹¡¢10,..i¿z1¡;z.li¢itamente seu maior. inurugo fl.21..te<.>.ria' li Iradz; l

nega¿¿.¿,_um de que _em¿nam..as.piot:e_s ameaIç.as ao¡Iäasto. .ogzou oa d.e.


3. A mesma tese sobre o equívoco de Montesquieu é professada por Mirkine
direitos individuais, que a.-Revoluçao havia erigi o em ogm Guetzévitch, conforme lembra o Prof. Orlando Bitar. Nas conferências do bicente-
vitorioso evangelhošpolitico. ' 'I I __ I _ nário do- Espirito das Leis '(1948), diz Cuetzêvitch que a Inglaterra é para
Montesquieu umautopfa semelhante às de Platão, Morus e Campanella.
Agâim se explica 'a c›`r_'i_geiri_Ido célebre ~PrmIci_pi.o da divieao de _ .L,e:n_bra-Izainda Bjtar, arizimado em Bagehot, que de 1729 a 1731, época da visita
Poderes? l l _ 1* , `.`,iii. ~ . d ' Qp,_Mont:esqtüeu àI Inglaterra, o país já se inclinava para o regime de gabinete, com
fa ascensão parlamentar' do' “grão-vizir“ Sir Robert Walpole. O mesmo Montesquieu
Cabe aqui, sem dúvida, _meInçao,_dos filosofosdque I e. eram é'he'šitante e sua 'dúvida transparece nos últimos trech°os_. do célebre Capitulo 6 do
amd-m-mão 0. ,
lucionaria-.» -
f-eficaz
J_
i- -
-me<1“z¢?Y.i%$s?“?f..f'1?'*°a
i _ - .- _ ¡" 1.-, .§',-: ' ' 1' " .bi
lzivro Xl, sobre a Constituição da. inglaterra, quando-escreve: “Não memompete
examinar se os inglesesuagora desfrutam ou não desta liberdade. Basta-=me dizer
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é n'est point à moi ã examiner si les Anglois jouissent actuellement de"cÉtte¡lib`erté
_' .I. . ._ .,_ -_., --_-.if .iv -:_ "= .'T_." '-'-"I'¬..." 'Zi "'-fi 'ä-,l|z`¡if¡'šširffó-*jeriš`äib` ou non. ll me. sufzfit de díre'qu'elle est établi par leurs lois, et je n'èn'=che¡1che pas
ogiëtô-i¿'¢ Í'j'ü&¢iosa's'reflÊ×õÉšl'pOi" partšfle Il<ël§€II1 Êm Iseu _ -I .¡z.-«.--.
. davantage“") 9 ' ° ° '‹'_`! °¡',' j"n
-so'b're'-'o v`aloi'~"`è`¡a"essência'-'äií.-¡¢ieñ`1iàcí'a'ci¡íÍ*(V0li¡3w¿9ël¡“md wéff da I;).e¡ñwkmt-w_'! Ppí
sisz) . ..z;=.z-.-..- zm.-:
.-.z....z.-zz.-:.=‹--f;..--=›¬~~f=‹ 4.L'EfatetaesLími¢eS.P.22- . . -
W
li
l

. ¬_.- .z-"rw_. - . ,- z. 70 DO ESTADOLIBERAL AO ESTADO SOCIAL o Es'i'ADo LIBERAL E A sEi=ARAçÃo DE i=oDERE.s _ 71


-'Í--r_--.- .:- ^_'_5i:.iI ';¿T_.__'“!"“:'?ä';: .

que se deu na Europa, onde o rei^tei-ira pactuado âom as ÇlÊse_io.p0-da


0 .~. `0u ". ' S
A reformação consciente, cujoszmotivos-Schmitt não explica,
pulares para °evertér a independencia, a'liberda e e o po el' deve ter decorrido das razões a que anteriormente aludimos, res-
nobi-e'za,`liquidando-ia pölitisçamenteç ' _ _ _ peitantes ã posição ideológica .de'Mon1tesquieu, colocado entre o ab-
A-.-'"§-£i."*.' "-Z' f!$`!.
solutismo monãrquico e a democracia -pura e simples, e que o con-
'tf5,.
šiäsašöztf
f`iân'iz*f`*é°'¿â 'z=é`i faiz p5‹f`ófí¡ä'úäó° mêàiéàva, pais, ,àquela afls"r°¢fs'‹=1fi
-.z z. 1:' 1" ‹'Íi"' ._ . .' . f`..°.».l'Ó"_ " 1 .'‹ “' if 3-- * I' '- verteu no m`aior teórico do liberalismo. '= ..
.ali feudal Lde -qabëša ‹=-frgi-udaz,.SëÍ1ä<z> fiÇ1fll$0S'Pe“$1°f7“5t“__$ -fia mui uf'-.
" ^"¬ Wi"`""
Cençlflr OI-gs' ` "`os-"tie consèrvavams'uà_I;!'_et.enSa'
_' çl-t.:'al_,: tao-somenteal_o O princípio não se prende a racionãlizàçiäo doutrinária, -re-
" ° " ' oseque im _ . petimos, porquanto a Inglaterra, com a sua sábia organização polí-
tivez
. O.. eose`:1§|."-J»
tradição'já dóposta das antigas- glórias feud_ais_.= dp ._.h ' d
. *i .-33:' ' ' ' '. ' ' ' . .I . .\ãZ'.7ú"'n1'‹i“.ãr
tica, de 'cunho organicista e tradicional, 'jã fiäerà medrar o embrião
. ' ` - ' s e daquela'fi'déia,' do mesmo'~*pas's'o"que filósofos sociais, como Locke,
.`=?.'2-Í'i~"›=\' O hiato profundo que se fqr11}f>\11¢f1ffÊ Êdffäãg cÍV°áe§ãf:_l›evo_ dela se _fizeram pa'la'‹':linos"e`pi*'é_'c-'iii'-'sdi'ès.' °=
‹lação'
z›i=›=i i.i‹1.libw¿ra1zdçmóçranca"ç¶wpš1ë
"'-i f*<:fr;=*f¢i‹*.'s'ifif%sP.°f§°%ff!z?:fl Psllfitêf. 9 ."°ÍÊ'dizia.
f°19fiQ,“}ÉÊ1fê%?1°“ ~ _. ,
dz. Tratiava-se, üidubitavêlinëiite, da"i`diéia` que se afirmaria mais
. ...`,,_.,_ ..., : í Hr.. 'Q ._ ¡¡_._, ,._ú z . mf.
I
|
:š1`-'= - '_zf~:-.*=?fé`*¿1 quela
-- =. que
.-za Q¢‹›.§f°sm lëlëfëigšfisr , _.. . "'
... . ~ tan. . z.: uanoo
- t . vixía e palpitante no normativismo constitucional subseqüente à Re-
v ‹ vo ução'Ffancesa. ' '°"' " Í ' "' '
. - Qã P9ëfi9%?9.É°PÊ~Ei$.-H. ..z `l*l-bgrdëdeƒii' JÊqƒçl u são
âzàgiêas úo. eizmpiazqas _ .m-sucësiãaê .r°1ufldisas9°§~.%s8.§~§§efi 1
I '.':`.-.‹|-'.?¡f.2 '-_ L-1-¬ '¡'."'! 'Wiz' M-"°" ' " 33 0 ° I .
í .,', '›"| il __

-.siiiszz d-fgsmfgamsflfe z_° .zm.. _ _ '


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i

4. A separação de ppderfes como técnica de i_£mitação_do poder


|

buâ¢avamza.bàs¢ tgéricaz., §i§P!së.êãH1!'-ê$9.°Sz ~ -- : z~ f -


= É ' “ “sr” . ` . xt . . 0.. .› .
z.Eorain‹enconti¬a:_la ao. ,engendrarem a.tecnica.da dixcfli
. - I I . I a. .
omopø-na I
I
.__ _De outro lado, a vitória da ciencia, _que descerrava horizontes
' . ' .- o'.".\¡'0'L .:o`.`-'u :ft ' 0

ate' então 'encobertos na fëi_fomên*ologiä7*dà'Nahire2a, “àcendia as es-


`\'›"»'!.-"›IÍ-É`"¬'~`=-2Í'.§"-:'¬Ê"= deres, pois a unidade do poder, 5¢*êi=t¢£fêf;ne11¿t°~°5PÊ5Êzt`Í'* C- ste sua
,_., ._._ ._-. _-¬ i.i [n8|¿te;¡_:a_,Rqi;¿te __d¿a_ _an§¿tocracia¿ imp_li_ca_ria, no on nen z peränças e o otimismo-döš"fi-lósofos"racibn`áli'§tas. Cuidavam eles
* i ‹
'aver transposto assim o pórticoide-ü`-inã¿ërã'=qmíê prometia ao Ho-
1`°m°Çã..Q C-.ÍQ.¡.1.1°9?§$:`Ê-EQ.” .° P°V°' . - be_ mem a solução do caso social. ' 'f '
, _

Queriam, assim, çyi-tai que 0 P9.d_°¡` fÊ9Êä`!5° mà Pcëyâ ššta a


vr---i- fl_¬.-v.i
A n-.. .r
. .:'_': .__.,I-1 lecida a antinomia soberano-p0V0z CÍ0 5610 °.5f° es 3 _ um A implacável invesfí.,da_que se fez contra asantigas instituições,
Í ':"':. "..¬` -ÊÍ.-3' ‹o"z^
classei_.a burguesia. Esta pfsfefldš S§Ç§1âY_°-P°d°rf ampamndo' f
i~ ld . . `_ ir- . '33-'¡ I 'i ". H' se
I destruídas 'nos alicerces, pedia que ao`des,niÍo,ronamento das velhas
;r..:;._

zonsizsçzaalaérr-aêf-sfl=as°Piftfl*““~
¢'_,\.o'.if"' :._ fz. i ',.""1§ . -`-3-'-`-.›-.'
. d idéias sucedesse a reconstrução da rea`li,d'a'dé so'c'ial,'nomeadainente
em seu aspecto político. '
._
Q
n Sem a separação de podíereslter-se-ia a vitoäa dp präëüâälvâ
.4..L.¿z-.
?* *'-
._-rw:‹.
..-._-._. _ ía mocrritico, como o expos mais tarde Rousseau: on Êâfl, _a relati- E o pensamento daquela idade conflagrada cuidou desse modo
if:
-- :Ê-Ê' ! '¢¡¡
:.._
-
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gaya Q '¡`›rin'cípio_ liberal, abraçava a¿ soluçao interm iari , _ |
levar a cabo, com pleno_ êxito, a reconstituição da autoridade, em
. E.:
f_,;..
E vista
Ç iv queI de um lado, afàstava
. . - o›-despotismo do
z rei
- ez de 0Ul›'I'0z M0
4' bases completamente novas, que dessem ao indivíduo, com a Carta
° \ ' ' '
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. - . . .az dg Orvlâ
'_ i':i.- '
*Col
entregava o poder ao povo. Esse principioâeria alätnlçiiaberdfâde _m_ de seus direitos ftlgfclainentais, ideologia, fundada em valores rígi-
.¡f_|
-rf | do gâquema gxpgszg, que_trai1sp_laiitqria a ecah a { dos e absolutos.
=~¬i =~ i z
a

_“_ *af-°="' .-Q.


-¬Wu-
slssa Para as`P;sfa8°1?S,¢°13ÉP¬¢°*a*§° . O direito natural, no que tange à ordem política, chegara.ao seu
" Não' :discutimos ponto culminante de florescimento, exerqando sobre. a consciência
' ' se
- Montesquieu
i ‹- z- -, queria ° P°d°¡` Para veramos
°5 f'dal8°Se
;\ '-L:
zz 1
|'\'-
' dos reformadores europeus do século X3/IH prestígio raramente al-
d°°ad°“teS`*°“ 'Pam Ê' iatingueila. asçgndenteí Otqueadimass?ravelmente !

z¬ã°"radë‹=°"<1uY1daz~_í° ;f1s@..=Sss'f.*f°“fi 5°.?Ç” °`f~ z Em-Ó. |


cançado por outras doutrinas.
b°.m.ä-.ö '*n2`9
80%* 'tr poliiüíäiiiüãâ Êrance- : Supunha-se estar de posse dajchave dodestino -scicial, encami-
pà no.zs.e.‹.:.uzIo.-Xzlš-<, ez-q_usfana,. 90111 ffiflf° °×1 °f “_ ° - Ç 1. __ nhado à felicitação do gênero humano.
sa~ consorciando aos seus ideais- os da 'd°m0GI*&¢1fiz numa A lança _ J

a"l'ibe'ral-demoëraciá' ` -'-` que muitos teóricos hão considerado híbri- _ Antes-,'porém, -'que a.=-real-idade'pontradissesse aquele majestoso
da Q çaiäiraaiiória. . ' " sistema de -idéias ou pusesse abaixo' 'aq_u“eleze'sboço otimista de orga-
~= Montesquieu-rinterpretou' preconcebidarnente a Go1c1lsflÊ}1lÇÊ\e<;:â: nização soo`ia'l,.em que.-airazão anunciava; no.p-lano teórico,
a ,-obra de perfectibilidadeidas ii1stitui_çõgs; tudo le_v§a_-,va az <:r'erfÍno.
”¿¿;z.' -.z.__.-¿. _ glesa, para servir aos fins da revoluçao mcipleflfez A0 95430.11 _ _ triunfo dos esquemas de .técnica constitucional do li-beraliismo-. .. :1-
Ê-1-'.-' “".-''-mi
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:fr.:
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-.'I-.?-.F_-=¡':¡.*"“ '=' ' i › ' ' `'
mento que lavrara contra as monarquias opressoras de dU'€1Í0 41711
no.

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1.¡. .
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I Í ' 1'
o Esmoo LIBERAL E A sEi=ARAçÃo DE i=oDEREs 73
72 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
do iqundo moderno impj.1seram ao poder estatal a ampliação de
Um desses esquemas foi o da divisão de poderes, que tinha seus ms,e_¿_o aumento continuo da .esfera de suas responsabilidades.
como objeto precípuo servir de escudo aos direitos da liberdade,
sem embargo de sua compreensão rigoiíosarneiite doutrinária con-
duzir ao enfraquecimento do Estado, à dissolução de- seu conceito, ou
5. Os perciifços da separação _ _
dada a evidente mutilação a que se expimha o princípio básico da .V _ É possível ir niaislonge e, em-abono da teoria de Montesquieu,
soberania, uma de cujas características, segundo Rousseau, era a a,firma.r--que o pruiici-pio evolveu, no -campo do constitucionalismo,
indivisibilidade. z IL1Ã'.".HSG-:-.1F5-'."F-2C¬i'1. .§.`. de aplicaçao empirica- e de mterpretação assinaladamente restrita,
No entanto., o anseio de protpger eficazmente a liberdade leva- 1
ú
paratzconceituaçao.aprimoradaz em que os poderes, como aspectos
va ao esquecimento dessa contradição, sem que se suspeiitasse se- Ê diversos da soberania, se .manifestam 'em-ângulos distintos, aban-
quer da necessidade de retificar o princípio, com as correções que. É
d°flê-1'1d°'S¢z daí, expressões imprópriasz e antiquadasz quais sejam
lhe foram feitas, posteriormente, em ordem a atenuar o rigor de $¢{Pfi_?'flÇ.¿Í0 9 dívi$ã0,.,$ytbstituídas por outras mais corretas, a saber,
i
suas conclusões. disfmcãôz ¢00f_dg:fl¿;çj‹f1'ç¿Íéco_la¿›;5raçã0. _..
` ' " 1 -‹ 0
A lição dos povos que padecerain os abusos do absolutismo ex- - -Há-Itraziêdjstaã ¢'¢><_E?¬É.1$i~t0re_s que preferem, ao termo poderio ter-
plica, por conseguinte, a elaboração daquela técnica sedutora que m°'°f“".€ÊPi:Il~'5$a.5~'-fililëfldãâfà doutrina são fundamentais e, esclare-
imperou, por mais de século, no ‹_:_onstitucfion_a_lismo clássico.
*`¬'°m‹FlU.¢ .ospoderflã ,}2a;'ë_1, .integr-aç,ão, compatível
Devemos-entendê-la, cöifio`aFfña'dë"qiÍe se valeii a'doutri- coma lar.gu1sslmfl'¢Sf¢..fê=d&z.꧋EÍ9.estatal, a-:qual ¡pro'gressivaineiite
na_para _cpmba_ter sistemas itradjjcjonais dpüciprešsão polít_ica._ . se eêfellfísv ¢Q11}'0-f=l¢f.éã¢ífI10*›Ç¡,1.<=zf.z;1ov,as responsab_il__idades sociais e
- Vis¢s=a.l.1:›1.°flf°-snziasõnicozèzÇ9n¢siitrasâs›.dQ P°.d°fz.‹fsif Pflflefl- I
°°°n°n“-°ê5z ¢l}1° Pfëfdem 5116 ¢_Q§1fí,gjuração jurídica meramente tu-
to, .prinçi.p_iq fecundo. _‹:,l‹-2.q11.<?. $›.¿.S9¡?zY=_Í.lz1. ¬Pa.r.a__. a _ proteção da. liberdade telar 9, f°¡'fi}.a,l_i5ffi Rara Se. `¢_oñ5{ë'_i'te`i*em em elementos m'ateriais e
o. constitucionalismo rnoçler-n,o,.,ao. fur\d_ar,_ com o, Estado jurídico,-o consubs_t¡¡_I,\ciais do conçeito d'ë'E§tado.
governo da lei, e não o governo dos homens, ou seja, a government of d A tendência para a vinculação, a sínteseie-a colaboraçãq dos po-
lawançí ii_ot_t q government of men, çoiziforrne asseyerou judjçiosamen- ffes êtestfib (1116,. no moderno Estado-juridico e democrático, ja se
te; histórica, Idissertfando nao teme o poder. - _.
aasdâ _: - =~ =
lvlas nunca seadelve perder de vista' que o afamado princípio se
df-Iouve. época, porém, na filosofia política, em que havia da par-
te os teóricos a preocupaçao doimnante de refreá-lo. e reprimi-lo.
gerou também na idéia peculiar ao liberalismo de limitação máxi-
ma dos fins do Estado. - *i " Via-se nele, com indissimulável suspeita, elementoexclusiva-
O absoliitismo iluminist'àl dilatara a teleologia estatal, e o libera-
Êeptâ negativo; olinimigo mortal da liberdade humana, o princípio
. e o I os os maleficios e danos a ordem social e à existência livre do'
lismo da primeira fase, que2s'e'lh'e šeg71.ie,_ii1troçluzira na teoria polí-
I individuo na sociedade. -_
tica idéias que são p'recisaiii'entê o' reverso 'do qiie pedia o Estado po-
licial, de cunho mercantilista. _ _ _ _ _ _ 1
Compreende-se essa tendência como reação extrema aos exces-
Kant sucede a Wolff, na Alemanha, assim como Montesquieu,

sos do absolutismo.
pai do liberalismo continental, s'uce'd'era, em França, aos teóricos E f°l 1550 Ífilv-eZ'fl€¢€SSfiI'i0 21. que se fundasse o respeito à perso-
do a'bšolutismo`, que encãrnávam a `sÍ5Berañia no monarca de direi- nalidade;-ÊWH§11fi. tomando-a juridicamente intangível. Sob esse
to divino. _ ° ' `\
li a5P_€¢ff>z _I1fl0 lia' por que repliovar os resultados positivos da- doutri-
` Com o' moderno Estado social- cresceram, porém, os* fins .do Es-
I
na individualista. _
'i
tâd.O. 1 .° _' 'ui' ` :' -h:“¡ ii ._' I Mas ela foi indiscutiv.elmen_te,perig05a,p¿¡-_a.¿.,dçfesa dê mesma
Ora, Q princípio de ~MontesquiB1I', Ézomo, vimos, compadecia-se ›
à P°f5°“4lÍ€1_a§1° d°l`h°ffl°II.lf›Cl¡z1.ê!°\SÍ;0§ÇêÍH .l1fliÇ.0fl.ü*.açli5;ão e na.-antítese
com ,a diiiiinuição, e não -comip alargamento, daqueles de determinar, de um lad_o,_,ç_›.?¡¡f¡¿¢1u_e§¡¿¡¡`,¿¿¡t¡¿,:d9¿,E$.¡¿dO, no Vento
.zDaí outro motivo para' determinar .o'‹fr.ecuo necessário;-se não o ¡ I âsquema da liberal-democracia, e, de outro, a hipertrofia do Esta..
abandono a que se acha exposto, na doutrina política de n_ossos'dias, Í
Oz no moderno esquema totalitario, ou_seja,_ na ideologia dos que
I
o mencionado princípio, notadamente depois que as -necessidades 1 I
l
I

l
l
=:J I

É
\l ih DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOÇIAL fc:~¡_
O ESTADO Lmsnai. E A SEPARAÇÃO DE Poosizss 75
buscavam. resposta para=o~desnível e`~o 'desencontro entre a realida- h,briE5:”à fäÍ°5d" _qU€;f¢I_I'l` alguns casos, assinalam formas de equi-
. de"so‹':`ial, mais poderosa _e` dorfiinadora, e a realidade jurídica, mais .À z P S, i einte erencia _- sao, por exemplo, o veto e a men-
gi fraca e sem conteúdo, de feição normativista, logicista e_ abstrata, ll
[1
sagem, caracteristicos das relaçoes entre Executivo e Legislativo.
l
que rodeava e ocultava, na sociedade burguesa, um mundo interno __ lP<_2Í'I_'111:Çem ao Executivo participar na elaboração da vontade le-
Qi ' de contradições, em plena fermentaçãol' ' gis ativa, suprimindo-a pelo veto, quando se lhe afigura nociva esta
i E ' reação a favor do poder, com o°se'u. cunho `antider_iiocrático e V°_flffid0z 011 iniciando-a pela mensagem, quando lhe cabe a este res-
totalitário, só poderia* ser vitoriosamenté acometida caso se evacu- pešito, em certos sistemas constitucionais, a exclusividade da inicia-
_' asse, para avigorar a estrutura do novo Estado democrático, de teor iva para determinados assuntos, como, por exemplo, os de ordem
'`T--'1".-.-:. '--`'GN
Ê, ¡
vP¡f.lI¬_.v\.n\;'_

socia tão vas`to,.1aq'u'è`la' posição anterior, de manifesto antagonismo financeira.


ii ao princípio`‹da sobe'ra'nia', -isto é,-dos que dividem intransigente- Éf l-“°c.l~“'lÊ9‹!Í?f.nédi0 idêntico de que se socorre o Executivo para
Í, 5 mente o po_de'r'em esferas quase incomunicáveis. ' modificar os efeitos de ato oriundo de outro poder no zzagb O Poder
' Não foi's'éifí' ra`Êzão*qÍie"Miguel Reale, escrevendo a respeito de Iudicial. , ' '
`_l¡ I-lauriou e sua doutrina do1Direito, afirmou, com inteira procedên- mag/ÍBS que por essezmodo intervém na esfera dos de-
Ti' cia; que “I-isaurioii perteiict-`:_fãquela.;faiiii'li'a de juristas que sabe que o r.:-›.=z-mfz.a-¬o._,-¬sv:,=_,`f ¬.
Ó __. P°dt__šlffiãzvfs esses 'poderes atuarem no círculo -'de sua
pior inimigo 'do Di-rèitofë aqueleique fecha- os olhos para o problema c mpe encia para dar=valid-a'de a atos 'quê emanam da vontade*e×e-
*=""' do poderjré a 'uélefqiie jíi-lgã ter salvo ãigualdade e'a liberdade co- cutiva. M ,
locaiido o~ ¡š§óäier_em¡iÍü1i`*pl'aiio`-'secundário de' su'bserv'iência às re-
. graš espontaneainent‹'=šb`ñö`tadfa:-*L'doš*ä¬tiii¿t'os. das relações humanas” .5 Wu, oc'or're respeitante ãqtfelas nomeações para car-
gos publicos âem' que se requer aprovação do órgão legislativo, ou o
_-Ora, outra coisa não'fiäe`raiii`os teóificos' do' liberalismo, do aelte que se da com a ratificaçao de tratados, quando, para certos ›¢z_¿-,O5
. Iibéralismus, de que nos fala Nawiasky, na primeira idade do Estado se faz rfuster aqüiescência legislativa. '
q jurídico da burguesia, senão'“fechar os olhos” àquele problema e
j deixar~`q`ue a' sociedade; nacomposição de su-as-z orças dinâmicas, L Ôl efifefffi '1_>0r sua vez, fica também sujeita à ação do
` contradi'ssesse};~d'e iifodocada vézfmais veemente e ameaçador, o °š}5_fÊ1\_{_3¿› §s_t§ (no caso de julgamento político, feito, de
* constitucionalismo racional-normativista, instrumento capital dos gr .ularloe camara alta) subs'titui aos tribunais para
-i direitos ,do indivíduo. _ ¢S§t11}?_e ar _ çoes de natureza judicíaria.
Crescia, por conseguinte, a oposição entreesses direitos e os fa- ., .QW-'ndQ.9.=L°.8ͧ.lëÍÍ.V0 Ofgâllízã, por outra parte, o Poder Judi-
-_ _. _ ,. _¬,
tores novos da poderosa realidade social, à cuja margem se fossi- ÊÊTIO Clã3¢0ff}13O _f:0_in o que a esta !1¢.speito p,_receitua a Constituição,
lizava o velho Estado jurídico criado pelo devaneio revolucionário , e ÉFÊÉ1.,-~}1l.Ç99S que deveriam competir ao respectivo poder,
r de 1789. - âiâ:âz:°i"“â:f**i°!as
, . ‹=‹›z›¬
_Ê,¬I.¿.9n. °5§1“1f11z_S‹_2I_n sujeitado as modificações técnicas
1{nP<?Sta5 R3 &S C0nhngencias de equilíbrio político do sistema cons-
O
6. .Corretivos à técnica separatista 1
titucional. . - -
' l

Se examinarmos atentamente o mecanismo constitucional de Por últun'jo, exercem os tribunais


ou executi ° ° funçoes
- de carater
z . .
legislativo
nossos dias, veri-ficaremos, sem difi'cu'ld'a'de,:que muitas técnicas V° a°.°mP1'€_g§âre_m a faculdade de estabelecer regras de
ex-istem que representam insofismá'vel~d'esmen-tido. ã teoria da sepa-
J
funçionamento ou ao organizarem o quadro de seus servidores.
tl:Í.Í.Í-`-t-Í
.l4'!.%1í7
ração de poderes no seu 'rigordoutiiii'-iáiiiorde-outrora. - '= de _ OH; eâses institutos oriundos precisamente da impossibilidade
. . . . ' , 0 o .-
J
O sistema de freios e contrapesos cornstitui a prim'eii°â`° correção d tri.m,ef °5 » eres distanciados.eicons-ti=uir entre :eles 'paredes
essencial que~°së fão~1r¢f§ñdojp”rin'eíp`io§.fcomo'decorrência-, até i ou . inarias que os conservassem rigorosamente ins"ü'lados, como
certo^`p“onto* étiij5ír;iéa,1~da.fp1rãti§aíÊ_§nš{tit1¡i§iofialLf =be”m' que *não :esti- cluefla 3. êflfšãfi.'.€l91=}Ê1.`lJ1,fizJ!.fi palavra _de,s.eu_s;_i_nais- acata_dos;cor.i'feus,
ves`s§ ã?'ii`sei'ite`o.ãs'rëflexñës*de'1'$'?lont`ë§qtuieii§* '* -_ ¿=¡ =_°- ;- - ° 91'zfi_z$,¢.;1:¿1ÇZ§
§lÂëpara.perante _a_i§eal~ida_de consfiru¢i0mL.¿0ntem,
..-'J*'=:-.P d~'i' f _* -11-2.
"L ._ _ fz z:i1.i!'~' ~3i.~.ê›-.1it.'..à'ê'ã.1::'=.i§et~::
¿ é _ - "- _ '- _ _ r _eaê a` verdade
`- de que muitas ° ` 3
portas se abriram \~.` "
a intercomu-
5. --Fundamentos
~ ~ - ¬=--..~›- 231.
da Dt_'rert0_,~p; z. › . .z nicaçaodos poderes.
a
76 - DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL o Es'rADo LIBERAL E A si5PARAçÃo DE Pooisass 77
7:. ]e›lIinek'e ci preservação da unidade do poder ' poder âäitatal em sua.‹unidade, forceja- por elucidar, fora das catego-
ria tr " ' ' - - -. . z - - ,
A vida,_c_om.o seu dinamismo e.suas contradições, impôs diale- S a ;¡cl°m¡5' essa "Ow Cnaííflo POÍIÍICH, que e o'Estado federal.
fie-.issflfii s sflflissssin iS$ss°*i1 425 294251*-H» afssfssssrf,-P.°'*'~
do antigo esquema ineçaiúcista ou estratificador da ordem
M N° llšstadö l'~"`ídi°°ÍCl“e se ¢0mpÔs das idéias de 'Rousseau e
°“t°9_C1!›1.Í€11,
Vaçãoiaà temos,
dade do. de er.
acordo com lel I'mek, a engenhosa preser-
f
Evolveu, com clareza, para acentuar _a solidariedadgíntigna da_;s
instituições politicas e _demonstrar.qu.e o Esiado jurídico modeiznq, Essa -unidade reagia,
' simultaneamente
' contra a lu l'd d
revitalizado por princípio democrático. mais extenso e prof_undo, zi zi - - ' . . P fa 1 a °
que reconcilia a personalidade humana com o poder, não é_ o velho ngiíilás
ção Êldbrrfleliileliítleorporêlhvlstas
des!-›óti‹c:Clou d-a Idade
sei: âlàlââe iiestiialviaräi Mladm e P°lítica
na unidade c°ntm as deami'
fei-
Estado liberal-democrático em que o indivíduo ficava quase intei- mito Harum! divina.
4' : S0 U. SITIO o rei, justificado por um di-
° ' ° ' _ °
raniente à margem do Estado, por temê-lo como apa"re'1ho compres- n ø

sor e c"ond"ená-lo como "mal necessário", mas aquele Estado no qual _' `A unidade era salva teoricamente, em termos democráticos, e
se sente já seguro, para colocar-se dentro em seu âmbito, e sem re- em o si ão _aod despotism'0,'¢f>m
" ' ~ . . de
Roussfgúça a doutrina da soberania
ceio do desempenho de responsabilidades mais amplas, fora do pe-
V Í.-hpoia anavolontegenerale.
sadelo delidar comfum Levíatã, pronto a devoigá-lo ao menor des-
cuido. ou azoferecer-llie a desagradável surpresaide destruição .súbi- .fiürgfählçtaglgêg Íg;¡>r;Í;liëI1:än<i_iâ_e pl flilohsptäi gpnebrãs. se apresenta
ta da liberdade. ' .-
lismo, que'c0n¿entrava O' 9 taataizi IÇÂQ P9l1tica do_jus_natui-a..
Segiuidojel-linek, a tçpriaz da- divisão dos poderes, que contra-
diz de~mo_dd_.f-r,ontal a uiii'dai,de e' indiv-isibilidade do poder estatal, Çlíñavä
" " - ol absolutismo.
_ ea emluma
4 -<1°.mÇ> sucede só vontadebe
.com a zdoutrimse .çie
ln.
tem cunho.-notoriamente politico. ~ z, f'.
Serviu, de um lado, para fundar o Estado constitucional; de ou- O` senhor absoluto mudou apenas de nome e não de ¿55¿,¡c¡°¿¡
forme se lê nas água'a z , con-
tro, para amparar e explicar a organização do Estado federal. * O ` S l . .

E acrescenta: "A,p_rirneira teoria, de cunho racional, é destina- se chamava. rei , leem Hoblbfs,aagora
este resP°¡t°
se chama°$¢f°V°U-lell1fl¢l<.7
povo, com Rousseau.Antes
da, por sua origem, a criar um tipo ideal de Estado. A segunda re-
presenta a primeira tentativa-_ de- explicar Luna nova criação politica, vertš lglllhaeâstsira dessiè cionšfi tucí°nahsmÕ quèf. C0"-f°1`m€ I'í0S"fid-
dos D¿m.t0s.d¿ HÊÍÍÍÊÊISÍLWUÍÍÊ fI'§\f1<ä2s, ao.p:roz_clamar,_na Declaração
que se não compadecia com as categorias tradicionais” ("Die erste
Theorie' ist eine rational, ihrem Ursprunge nach bestimmt, einen V ~ ~-jd, _ ,' P"n°.1P1° âdlvlãão de poderes, se abste-
Ff CQHÍU 0, 6 despeito de todo doutrinarismo 'de levá lo às suas
Idealtypus des Staates zu schaffen. Die zwei te bezeichnet den útimas conse '“` ' - ‹-.- . ..' . " _ _ c

tim órgão capggeãâlififšiísolvendi mas mshm" “° L°5'sl““"'°


0

ersten Versuch, ein neues politisches Gebilde zu begreifen, das mit . Í '
0

den ueberkommenen Kategorien nicht zu erfassen war") .° atendera conside


. i ~ praticas
raçoes ,al 'emdasl-que5¢¿¡Q_
t°d.°f'- os: P°deres as ISt° Para
Comenta o célebre publicista de Heidelberg a confusão que se
fez entre soberania e poder estatal, confusão responsável por todas
*J19l_l11=1¢l<=qU¢m-nô-lo- afirmar..-: ãndou_bem avisado uando fe -~d
as discrepâncias e combates de interpretação acerca do princípio de PQÊC-:pio daNnspberania popular amedula de suas conelepções din;
'M'o'ntesquieu. _ , _
A Iellinek, a soberania afigura-se-lhe qualidade, adjetivação do
°1“:' .S=sS~° se
xãäofisomentç ,eviu-aoá-giga
.zine °
reilâlãviñ. dƒY1$a0
- ~ de“ Poderes
i . . .
importancia
poder. ' '
_ A primeira daquelas teorias, a que identifica soberania com ór- " .lêllinek-'interpreta'
, ., _ __ a Constitui çao
" ' americana
' ~ d ' ' ' '
âm Clolä? pese_€às*o_bjeçoes 'dos piiopugnadoresda teogienclíleeciaíi-fêlãcg
gão de Estado,i.edi icou, nesse pressuposto doutrinário, a primi~tiv¡a .B p eres,- “que a apresentavam como su rem od l - z-
ordem constiztíucional. . - z' tizaçao absoluta daquele princípio. P O m e O de concre-
A segunda, não-obstante 'colocar-se na perspectiva nova*-e'mo-
dei-na de não conferir a soberania a determinado órgão, senão. ao
Í I ú .
7. Ob. ¢i_t., p. 498.
l _ '

O
8. Ob. cit., p. 499.
ó.A11gzmzfmz sizzzziâizizrz, p. 497. ` ` 9. Ob. cit., p. 499.
31
li


78 Do Esraoo LIBERAL Ao Esmoo soclai. o ESTADOUBERAL E A sE1=ARAçÃo DE PODERES 79
- - - ' a tamente interpretadaz 8. Separação relativa, corn suprerpacia do LegisIa'tz'v`o`~(BI:_mtschli)
-Essa Cons-t1tu1ça0, Í0<1fiV1fiz qua-fl<_l° °°"-° -_
Sa›»~‹1°1i"'-e*<«Pfem<*° amMraz:Pfââafzfz
O "I ` ¡ '

Bluntschli, outro clássico da Teoria Geral do Estado, 'depois de


Gu-D
glad? politica dopoder, encarna a numa 0 P f . admitir a separação subjetiva de órgãos, para levar a efeito as distin-
t tes. o tas funções estatais, adota o. principio de Montesquieu com as_res_-
Montesqu1eu_ter1a sido desvirh.lBš§1°tP°l°5 ââlfâga Ê/Êšâfsonl no salvas do pensamento órganicista, de que foi, indubitavelmente,
que nos diz Ieumek' um dos expoentes. _
P¡zdëraIz's›t, quando este mvocando oclfâ
alude ao ver a e P enfiamento do autor Sw!í&
f'2.'‹fl!L".'lJ7nfl-G'EE:!.â"z.?¿'!.;
.v¡" '

do Espírz'to das Leis. -' . . No pensamento do filósofo francês, a divisão de poderes se fa-
. ° . ^ ._ d ublicista, zia "em nome da liberdade dos cidadãos e no interesse de sua segu-
' ' V°1a"s° °°m.° Suas Pãilawias V.e1.n .abon:iIt:ci"tâÃ:lisÍnga1nerica- rança”. Essa consideração política de,ordem ftmdamental é, .porém,
respeitante às l:d‹'flÊs'que msPlmra;g`›1epc?ns'ficado como-suas ró- removida por Bluntschli, que não vê ali senão de modo secundário
no' quanto à dlvlzšao cdçfzléícllafiâfradotdélširoldo ainda mais conclusi-
. Ç .ar 1 ¡ ,_.,__. . I; ;' ` . , o
a garantia_ da liberdade civil. _ ' '
Prlaiãzaâšgšäqãe
V°P . » - , =-›, . se' lhe' oferecia aos
' ' olhos,
" ` ' não
' pode ir alem disto,
t 'o.subvertidos, E faz compreender a doutrina pela natureza orgânica do Esta-
ou sela: 95 Pr_1nc1Pl0s díluma ãoníqmggèvšããšèfiëâ P-è-las -mesmas -í øfllík do, que re`quer qu'e cada função, para-'ser bem desempenhada, te-
onde quer que._o p0_d,4=;r_` Êum °P .
Ê' H ___.'.¡|_..€._'- 1'
-
_~.~›. f..,_\;
.,
n._
...t',›'. "H-S mew
.. Í 1. d O. 1
nha seu órgão adequado, o que não oco'i*r'e'quahdo a -um mesmo ór-
maos que detenhamo P0 91' . ._P ,.z.,‹ .,. 1 S gão se cometem distintas ftmções..O estadista nada mais fez que
aaa ~aa~ mas âzapørf. andfsfzll more ‹=°a¢1§¿S§v°,{h§ imitar a Natureza quando se abraçou a esse princípio.
fr
. J.: ,`,.,'›,.i- _ . I !.:' o .°a 'ar t.h'_I|....rÍl.dr t an sl

ri' São p_alavi;as,. textuais de-Bluntsclü,i:.,'_'ÊA arte organizadora dos'


that wh'ére¬fhè \.Nhole-Poweä-`o h 1 Pwer of another departmentl estadxstas..seg¿1_1__e_ag_ora ._o-¿e×emploz.da N_atzu¡=_eza, promovendo a se-
P
'U

az
same hands which possess ew oeP° , , b t dzz)1o

Pmva de que 9 cønêitlimçlomllsmoii râii‹:Êi"ar'a.doutri1\a vertente


a I
paração dos órgãos. Os olhos se fizeram p,ara›ver, o ouvido para ou-
vir, a boca. para falar, .a mão para agarrar 9 atuar. Assim também há
de suceder com o organismo estatal, ondë cada õrgão foi do mesmo
l ¢×P1s“fi@ã° de ¡°“1“°k' lam?? °;“s°“*°°~n a I iaaaa da aaa criado para I' específicas” '("Die organisatorische
Ê$::sl'5§'s 'derrade'ras conseguenciaâzz
.za-› Ã?az-“'31
a¡`.'t¡d`¿ ëfa solene adesãoa.- ` teoria
P? de Kúnst des 'Staatsmanns folgt nun dem der Natur, ifídem siè
j estata-_lcom.êcelebr€ :AP p ;i._'~_o--dá
›F-šançaz dê 3 de se diese Sonderurig der Organe vomahm. Das auge ist zumlšehen, das
Rou-5-$e‹a"l Por Partetidâgílmelrlí icms 'de çaman'ezira PereI;;1PÍó1'ia, em Ohr zum Hoeren, der Mund zum Sprechen und die- Hand zum
iaazbfa da 1791, a_o_ dsfi1_¬~.1f. ,a~ sfsmëftas, gr za- me imigm P,¿,f¿s_ i

Greífen und Wirken gebaut. Ebenso soll es im Staatskoerper sein


palavras que vao l1teraln1entç_fr§11Sff1 Pmdiilisível inauenável e und a'-uchfda jedes Organs eigens fuer die Funktionen geschaffen
sor de Heidelbefãi %°Il3I°ÍÍ¡äÊñÊn11mumm"aÊar*m' dc; 'fsqvopnem ne. sein, die von ihm verlangt werden").“
imprescritivel. Pertence aê _ açav-_ , - - .., . ,, (,=,La Souve
Ê;¬-_'
|. . ¡f4;fl*-IÍA
' d' 'duo ode atribuir-se-lhe
nhum1n1V1‹P .., o exercicio _ 1-311 _ Quanto ãaceitação do princípio, segundo a maneira rigorosa
¡`. rame
' t'e es t une, indivisiblef mal1enable~ . et›--xmprescñiptxble. com que ele -se nos depara na filosofia do liberalismo, insurge-se
. . .. . ~ .a . , :gd ~›*Peu le; m~ &U¢U-`fl
= - ._ ' e'
também o não menos -ilustre professor âde. Heidelberg, ao criticar,
appartient -a la l:Iatiotr;.;.Ê1uc1.1l1!1ee×eÊ‹‹z:ç(t:aqr; il u H .ij ._ .
individu ne peut.s en›a= »1_uer . = -‹ _ Í. ,_ _- . acerbamente, a expressão divisão de poderes, que, segtmdo o mesmo,
Ch Ie ll-ihëk' P or conseglw.-11rft‹?r'ã*z¢0I1¢l"~l5¡f!°
› . `-_.: ¿ . 1 de- "fd°
'~*'“'~" Çlúe ¡Í*a°
d delfef "conduziu um principio certo a aplicações falsas".*5
mos falar em divisão de poderes, P°¡š"`°g Pbdef na° še dm, e b. lt
. ' _ , zfX¢§ë,nh19`}1; ¡“1_iš=li¢i°Sf=11nenre,'qu.e a "¢bmp_léra separação de poda-
0-vwnsfltsz riem me*-"m° . ~°“-*IF-°*-fi. ' “.`”@*'
' '
.~f-1-*`*'* `9' *'*1`*l. ?az “aaaâ.ee O 0'ai lehaO ' ._res_¡lev`a_ria à_`d1ssol_u`ção da`u`i1'idãde estatal e ao dilaceramento do
aa.paaa, aa qaa1aaaa1z1geza.~aiti ›<ta¢!s f=§¿§'*-%-1=.=;@¬-~¿¿Ê o¿¿2§§%â**
d¡¿,¿5ã_o*d_e ¡¿QmPeze¡1¢1a5;__nunea, porem›1-_\,1-$aQ.. p.. f .
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corpo d_o.Estadoff.-,.-razão .por que,zã~luz"c1ateoriazorganicista, se de-
..›|_ , -¡u‹`= 'n 1,.: ` ' '.'ø \
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-veria aceitar *`separação'«rel*ativa;_e-‹ñuhea'sèparação absoluta de po-
ël'ëi*es`l' ` "' f-'
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11.ob. ai., pp. 500-501. ' ' ,¡ I . ‹ 14. Allgemeing $taa_t-sIeàre,- p,_591: _
12. ob. ai., P. 503. 15. idem, ibidem. _ ._,z ~ z‹¿1.'.|.'.¡
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13.0b.cit.,p.501. " `
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80. _ DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL O ESTADO LIBERAL E A SEPARAÇÃO DE PODERES 81

Mas, ao acolher essa separação reiativa, declara Bluntschli, pe- A idéia .jurídica coroa, pois,.a idéia organicista em Bluntschli.
r'emptoriamente, a supremacia do Poder Legislativo sobre os de- Ele é um clássico do libera i`smo em .sua melhor acepção. Sempre
mais poderes. admitiu o consórcio entre a liberdade e -a autoridade, que outros
Os mecanicistas do liberalismo clássico estranhariam, decerto, pensadores, inadvertidamente, puseram 'em funesta e sangrenta
esta posição de um tratadista que tanto prezou a liberdade, a de- antinomia. O Estado, para ele, deve ser o Estado da lei, o Estado or-
mocracia e a dignidade da pessoa hiunana, por não cuidarem que ganismo jurídico.
idéias tão nobres quanto aquelas que pnofessava o insigne publi-
o
ÉI
P\vI:u¬-?\.'$h.|ul'.‹\-ialÉ.-|VU1. _-
'Q .

cista viessem a compadecer-se com a filosofia política do organi- 9. O orgeriioismo como doutrina de reação e combate ao
cismo estatal e social. ' liberalismo -
.

Sabe-se que as teorias ofganicistas do Estado quase sempre aca- h1¡=-|fl: I1l\.-ø:n.¬¡n'.:l n:l-o . \
. ._ _
'°-.
. É |
I
A 8I_1Ul&Ç_eQ dg I§Iomem,.n'a_s$_doutrin_as orga.nicistas, quando le-
baram nuina justificação ostensiva 'ou dissimulada da tirania e do vadas estas ao _sei_j maximo rigor, mostra com que reservas deve-
absolutismo, por identificarem o Estado ou a Sociedade com um or- mos versar o eielipado tema do organicismo estatal, tão sujeito a for-
ganismo e, _na base dessa identificação, defenderem a tese de que, à mula'çqes unp_rec1sas' e detu;:;pações°fác`eis¿ ~'
maneira do que ocorre no reino animal, na sociedade humana deve-
riam também as partes submeter-se ao todo. _ 5_o_n§egui;1te,,a¡¿longa
digressão que vamos fazer acer-
Ca d° °l`;5a11i¢,1.___$;__I}1_<,>,§-T2 §11_‹'=\ l1f1fi,¿\'}$`-2.§,'}Çl§;\ na teoria do Direitoe do Estado,
As partes são os indivíduos, o todo é o Estado, _"portador da
vontade comum", "realiz"ador°do bem coletivo". ' .Q <?.rs,-aesffeifë ss*-tfl1.š.rirmêbnên.r¢
ao llberaiísmo..
uma d°uffi‹¬- de embar-
=›_¿~ .-ff' -. . 31 - ~. ' ' `_, '
_ ”.- .1='-›if?.'-'j-.- .._ .. .~ _ _ ~
Os fins da personalidade humana se destroem porque ela serve
tão-somente de instruinënto à concretização dos objetivos pertinen- -° 3-Q-*f°1'$e¡lTl.
mz?-Qz:zP91§z TÇ1-.1.1¢›_Ç1z.ll꧀ |;§>ÇlQ$ eeâjuristas e sociólogos
alemaes do século XIX esposa:=a'm.~teses'o_rganicistas. __ .
tes à essência do Estado, à' coletividade.
^ ›P~U11°Íi?-1° -d§'Ç11_.1e af--Sociedade' se rege por leis or-
Podernofis, porém, asseverar que Bluntschli foi dos raros precur- 8*Í=\m°.fi$¢.§?›9b!'€:>1-1 110 Jãilielto. sua- p11me_1_ra.j_u$Çificação depois do, céle-
sores í ue salvararn a idéia do Estado jurídico, dando-lhe substan- bfe 1_11an._.1f-9.5-.f0.›dê .5âY.}8flY' fi.›fšl'~í9t;:ç_l_a _e,scola_l1_istórica.
tividade, commxiçendo-lhe o`sopro vital da id'éia"organicista, fora, A›pr:.Hm'-=1_I;fl 9C11ÇãQ=d¢-VQm Beruf_unsrgr«Zeitfuer Gesetzgebung und
naturalmente, das éàtegbrias do pensamento totalitário.
Refihfswíssfiflfifihflff êPãI'£¢¢l1~er;n_1814,.a11o em.que começa o colapso
A supremacia do Poder Legislativo, reconhecida e proclamada da ãveflhlra napoleônica. _.
por Bluntschli, deita urna réstia~de luz sobre ias confusões e o des- O imperador -corso abdicara em Fontainebleau. Os Cem Dias
crédito em que caíra o liberalismo trádicioríal do Estado jurídico f ppsteriores da ressurr'eição-efêmera acabariarn na irremed-iável ca-
kantista.l° .. = tastrofe' e' no desterro definitivo do General Bonaparte em Santa
Profetizou o novo Estado jurídico 'que o constitucionalismo Helena. -
contemporâneo forceja por realizar, frente a realidades tão difíceis I Contudo, o ce_sarismo_napoleônico continuava - em pa-rte, e
e amargas, e após a lição...colhida nos combates que travou, ainda ta vez sem o saben- ~aobra -da Revoluçao Francesa, bem que a His..
este -século, contra a onda do despotismo totalitário. _ toma, maiormente -a-versao -anglo-saxônia de Wells e outros' histo-
¿›riadores;:di'ga'o contrário. › _ ,
16. Com efeito, faz Blmitschli. admiráveis reflexões acerca da hegemonia do _Nos países talados pela invasão, odiava-se o invasor, mas sim.
Legislativo, revelando-se mais uma vez o genial intérprete da teoria democrática do
poder. A clareza de idéias 'e eiiposição coloca-o entre os melhores clássicos do P-ifi*2_iaV4f$°›¢{>_111 .a Ídëífi flvva que.~ele'\¿ei.o.á.-encarnar, a idéia- do pa-
coitstitucionálismo,-' pois, se considerarmos no mundozde nossos dias a preponderân- tno_t1smo=nac1o'na«l-..Nos-zfranczeses. ardia a‹.ch_ama da liberdade racio-
cia dos sistemas .pariamentaristasfconcluicemos qu_=e;sua lição de há cem anos ainda fiallflada Pi-2195. princípios da Revolução. ,ú _.f . ._ _ _
é a que conta com maior número de prosélitos, por nada haver perdido do seu vigor
e atualidade. '
I'
_ Em.”-°5 §_l¢fTlã,¢_S, O patriotisrí-1"c›'*ãeord;áva `Õ=povo p'ara'a;=*iu'1ifica`-
Veja-se, principalmente, o que escreve ele, de maneira lapidar, às pp. 594 e 595' Ça°~'A GeflTlƒ'11¶_¿ã¡-Cílspjersa de--mil anos passava aantever.--o dia em-¡
do Alígemeine Stnatslehre (ob. cit.), no capítulo intitulado "O-princípio modemo da ser
que osiszeue fllhos-z selnéconcil-iari-a`rn_ politicamente sob a_ bandeira. de'
paração de poderes". - 1
ulna SO .-`°- "ii 'z ' 'ê'-' sf; ¡;j .-g. l vv- .~ .. .

n-›¢¬"

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82 oo EsTAoo.i.isi-:RAL Ao'EsTAi:›o socizu. o ESTADO LIBERAL EA sEPAR~AÇÃo DE Pooi.-:Rss ea
A ideologia reacionária da nobreza decadente fundava, por sua
Esse pensam'ento.de aglutinação política do povo alemaqvdoinë: vez,_o organicismo, como. réplica que se propunha a inva idar as
na quase todo o século XI-X,.ate o seu coroainento efetivo so a iri
desmedidas pretensões do liberalismo democrático e sua idade de
piração do ui-'iificador prussiano. ' ~ O ouro.” .
Mas ante'sique'Bismarck concretizalšse esse velho sonho de mul- Combatia-se, portanto, a fórmula mágica e abusiva com que os
tas lustros, nascido entre os destroços do militarismo napoleonico e regicidas da filosofiazpolítica, a role espiritual da Enciclopédia, ace-,
no 'seio das hiunilhações impostas pela heãefmfma estmngâlra' na-vam para. a palavra liberdadié, fomentarido .o revolucionairismo
muitas correntes de idéias circularainna Germamaz P1'¢Pa¡'an °d° no seio dosãbvos e despertando as massas adormecidas para a par-
acervo de teorias filosóficas que.,o Ocidente IIBCOUWGU M5 Pbfasiq ° ticipação. p ítica mediante oexercício do direito de voto.
Hegel, SCI-¡e11'm8, Marx, Schleiermacher, Schopenhauer e N ietszc e.
Apelava Savigny para as tradições alemãs. Em seu livro de 1814
Friedrich Carl von Savigny foraflo iiitérprsfe fiel d°5l5°fPat“fm5" depjaram-se-nos, já, os germes de uma teoria organicista da Socie-
'mo alemão que só exteriormente se inspirava no e_×emp o rances. dade. . .
com efeito, O nacionalismo de F1*-ança era profundamente mes-
Sua visão genial do Direito nos familiaríñva com idéias que va-
siânico Tinha caráter imiversal. Cont€.mPlêVa ê Humamdadef ° mos ver mais tarde amplamente expo_s;tas e debatidas por filósofos
fiã° -renas W“*<fd“°‹ *ima 85% Pf?"~°' Ç9*É*Í`i`°ÍiÍf.Ê¿Íͬ§Í¿
'municara outros povos a liberdade,_§§§T}___Ç“l°5 °°,m ,a es,
e tratadistas, cujas raízes mergulhainna mesma inspiração de pos-
tulados que a escola histórica.
a'FÊà`i'i`ç'a , gefiëlfõsamèhtè, o sangue `her6lö0
. de 59115 M1105- O movimento de codificação foi o pretexto para a grande- arre-
I, ú' °Íz r_ ó . o Í 0 'J' 'Í' '"11£'~'fi"'fi';. I 'gi I 'gl' p ' Í I . O
Nisso consistia, pois, a missaondo frances, cplmo ÉWmetida ideõlógica. Rompem-se as hostilidades, e na lógica e com-
da alforria política de 'todas as O Çljgfífl ¢¢11?°:,° __ . sa 'pacta argbumeintação do sábio há passagens que pateriteiam o apre-
ça cresciana medida em que crescëââê ã fid°§ê° d-P5 P° °5 a Cau ço`e'm"q'ue èlefti.fnha o priiicípio'orgáiiicišta'L
de seu combate nas barricadas de 1789¿ 5 Se não/~vejamos, compulsando-lhe o' 'livro'*afamadfo. Depois de
Daquelas °idéias~recebeu_ Savigriy apenas o e a Sgšiâsafâfš- referir-se a uma "conexão orgânica do Direito com a essência e o ca-
O nacionalismo»-germaiu'co nao simpatizava com--..al _ ume z ráter do. povo”, diz Savi-gny, mais adiante, em.uma de suas compa-
como o francêsi -Elfese fizera para asíglórias do P0Vf>'Ia °fl.1a°° rações para"atestar'=o caráter funcional do Direito, o princípio de
Ap'ren'dé'r a'liçãÓ estrangeira- ~da`1liberda'de' seria ferir o orgulho -que"ele impflicazuma relação dinâmica: "Em todo ser orgânico, eas-
°'~:' -:- `~.>:-- i.....'-.'°
do povo, de modo que, na graride idade da c0<_l1fl'Ê‹'f\Ça°z_ Êfif fi” sim também.-no Estado, repousa a saúde no equilíbrio das partes
França intentava alcançar com o racionalismo °a= perfectibilidaâe com o todo, que, a cada um.concede-do direito que lhe cabe” (f'l_n
das. 'instituições humanas,. desvendando entre os povosio segre_ 0 jedem organischen Wesen, also auch im Staate, beruht. die
da felicitação social e polítiqa, a de Savcilgny efe conltä: Gesundheit darauf, dass beides, das Ganze und jeder Theil, in
partida do pessirmsmo na cienciajuridica, apoian o o es orçce Gleichgewícht stehe, dass jedem sein Recht widerfahre").'°
cionário de restauração do prestigio da autoridadee do passa o. . ._ _É sobretudo naconclusão de sua obra, depois de percuciente
análise da sofreguidão'codificadora de sua época, que Savigny
Não pode ser outra a essência politica e juridica do historiãis- deelaradâ_I¶;ler_ite_ se -ç_on_fessa o organicista do Direito.
mo, de- Burke a Savigny; senãoo eienpefl-110; Offi ¢°É\f°55ad°f °fa_ 'S'
simulado 'de acometeros excessos de..um`racionalismo¿>retenS10S0z
, . I I. l ii " o 0 o -
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que se apodera de quase todos os juristas e-.publicistas ormadosna _¡_ E_ÍSS_á-,='Ili$‹','gI,.I1_i!..i§i_l‹==<?_l,‹;_›gi_§=\,`em aliaiiçä com o reidaretendia restaurar ao tempo
das iiiónarquias'de:Çe;is,tiy._i¡ção¡eutorgada, no -fastigiptda Santa Aliança, um poder
esgota-ziiiwn£aiiie.d° d1rsiiie.iia@iii.=ali-.- z zfi- - _: que _1embrasse-a_ idadefšaiidosa ë iiiecupeiiável 'do`äl5st-ilutisino pré-ievoliicionário..
i .**1*.F**°Í; *ÊÊÍÊ
mgiszçl-_ev¿)f¢gi¡1e°¡-h adeptos nTaisiardo“rof›osi.çlaiteopia- res ura .d
-'z'"1~£Qn\iën11igi.iálmente.zassina.lár..que a¿,bi'irgiies_ia,:d'e' início quase toda' mecani-
°i$.ffiz .›êPzz F52ê.Ysfi.=Qflib.äts.«*=°m-°êabS°lufiár;i1<»‹de‹`que.aliás. saiu triuiifanie,› acabou.
d_o que aqueles filósofos _e jur_i$¢0f}š$ilÇ<f>fif€4_flÍ¢li*¢fUalm°nt° “um °s .-flz°z%%°%z›°'Ír§‹ Ref z "I=.*f'“' -Miva» <1.s.z seus -fs¢.fí¬i=9ä` -Pais ° °ë.1-M9-. da =°a¢ã°
ö,t_3';_ú`íi1<fištã_.__l5' iss_oI sucedeu ao ver-se, a _libe_r_al-dem.qcracia_sit'iada p`elas.forças_n_i_aci;
11§'¿1.iÍÍÊaoÍQ¡3aEl§m0.-df1‹Sêfl§â A.h-ança-'¿›¿i'.Z?~"-.~' .' I ›z=~ *- ` ' ‹';iiši`éÍ"oläs'è`iI|.raš`da ascensão prolëtái-ia,*quiš'ábril-äíiiicómo 'queria estiidii "riov`a' lcfontra-
* =~r- ~5I'Íiriha'=a burguesiavitoifiosa, icömo:«â-rmaf¬ideológica~de-combfliez diçãoísocial, tipicamente f11e'geli`eiia*;' pai~a¬.não -dizermos marxista, ou ísè-ja;=á'qüela 'ami-
pla frente de oposição socialista à burguesia como classe dominante.
em que assentava o seu -prèdomírüo“soêi"a*l'de.classe;--a~..iiiterp1tetaÇfi0
18. Vom Beruƒiinsrer Zeitƒuer Gesetzgebuiig :md Reditswisserischaƒi, p. 25..
mecanicista da Sociedade, esteada nos postulados da -razao; ›-
1
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o ESTADO LIBERAL E A SEPARAÇÃO DE i=oDEREs ss
54 Do ESTADO i.'iBi-EIRAI. Ao Esi'Á-Do'sÓc1A.I; _
restauradores empenhados em sufocar com sangue e terror os
Merece lembrada essa expressão de seu pensan_ier1Í0z Pitfa fl: ideais da Revolução Francesa.
xarmos o ponto de vista de um jurisconsulto que ve-i ter condinua`
dores 'na teoria organicista aplicada ao Direito e dai ao Ejsta o le e 10. Crítica às teorias organicistas
Sociedade, e que se acha vazada nos seguintes termos: No a VO
estarnos' de acordo:*q'i`.i"ei'-emos um_D_i_reito' de bases firmes: irmeí Um dos melhores reparos que conhecemos aos excessos da teo-
contra ingerências arbitrárias e opuuoes injuslafi q11ef°m°5 *BBB ria organicista fê-lo, sem dúvida, Kelsen: .
mente u-ma com_unidade nacional e a' concentraçao de seu_s2.eSf0l'¢°5 Herdeiro das idéias kantistas e sustentáculo de uma Filosofia
científicos com vistas ao mesmomister. Eara' esse proP05¡t° Fed-em mmønos'¬-~u.¬a-
do Direito que continua a tradição formalista do eminente filósofo
eles um código; o que acarretariaa desejada un1d‹'=\_d¢ aPÊm5tPa"Í 1
i
de Koenigsberg, não podia Io"'M'estre de›'Vi'ena, transpondo o logi-
_J.ià¬iia_ parte da Alemanha, ao. passo. que a outra ficarifa mais os ensi cismo de Stainrhler e ing"ressando°d'e cheio. no mais puro forma-
vmnemè insujada d0,¿jua.antes. O verdadeiro remedio, vejo-Jiem lismo jurídico, deixar de zser .o_ inimigo i_noi;tal da doutrina organi-
uma ciência jurídica, progressiva eprganica, pertencente a t _a a cista, o maisíteiriíirél e imj>_ie,‹:lc¿›so,çle_seus' adversários. _
.'NaÇã0" (”ln
.fiiçhçren dem Zweck
Recht* Sjçhersind wir einig:
gegen wir wollen
Emgriff der f 'Gi-_u.ndlalgIe
Willlloíiefi eineã
und _Nas notas que escreveiLi','çomo apêndi_c_e_.à sua 'Teoria Geral do Es-
tado, forceja .___Ke_ ,pordesacreditar inte_ii;ai_nente aquela 'interpre-
ung¢¡-_e'¢¡-ge;-_ Gggiimmig; desgleichen Gemeinscha t der Êidon ulnbe __taçà_'o_ da “So'cied~ade, do Estãdo ee do Direito, criticando a ascensão
Concentration ihrer wissenschaftlichen-Bestrebungen ajli assebe I
da teoria organicista, desde Bluntsclili e Gierke, até sua formulação
Qbjecfš _EueÊ d¡_e5e¡¡_ zwe¢_l< vei-langen sie ein Gesetzbuc , waeúa à mais na obra capital do publicista sueco Kjellen, Der Staat
dia gevvujenschte Einheitinur.-fuer-idie Haelfte von Deilitsc alí! l als Lebensƒorm.
h_ervorbririgen,, _die andere Haelfte .dflge-8¢_fl 5¢l_1a°¡'_f°l' 3 5 V°¡_' eli i
Se os argumentos de _iun jurista da estatura de Gierke não resis-
absondern wuerde. Ich sehe das_-rechte Mittel in einer organise tem, em parte, à análise que lhès faz Kelsen, mais abertas e expostas
fortschreitenden Rechtswissenschaft, die der ganzen Nal`l°fl ficam as contradições e fraturas que ele descobre no livro do teórico
gemeiii sein kaiin")--1° _ _ , e iniciador da geopolítica.” z ' `
.De _gQ._-105,93 .oi-ganicistas alemães do Direito e do' Estado, foi ' Não menos`c'éleb're a respéitõ desseitema foi, decerto, a polêmi-
Otto von Gierke, -porém, o..que. mais estreitamente abraçloupessa ca que. Otto von`Giei`°l<e` riiaäiteife com Vãii'i~*Krieken, outro fervoroso'
fase, acompanhado de perto por Bl‹lLl'1Í5Chllz Ah1'e1¬-5 9 leume °~ adepto da teoria mecarúcista~e.precursor¡de Kelsen nessas idéias.
Per-tehce*Gierl¿e ¬à estir-pe dos grandes lurninares do Direitolqjie - Krieken incifimin'ara .os organicistas de enfraquecerem adrede a
o século*X*D("`deu'à' Aleii'i'a`hha-. Nasua teoria clio..direito pqblicor Ê; base' em que' se apoiava o mo'de`rno..con'sti.tucionalismo lib_eral-de-
esforço -`cEie`ntí_fi'co' mais meti.culoso.qu'e .se co ece pâra ancça seus mocifágico dos.se'culos XVIII e XI~Xí,_.ao..se ièvantarem, em coerência
definitivo as baeeadp orgaiucismo juridico. A leitura de eestm com§a›§teseorganicis_ta, contra-a origemcontratual do Estado.
livros capitais, *Die`“Grundbeg_rzj5*'e des ftaatsrechtsf ea e ig des” Cãonsiderarido oorganioisino.-e×pl'i`cáção_i_nútil para o' Direito,
Staatsrechtstlieorieri; da-nos bem a medida do que oi o tra _a .o por acha'r-se eivado de cor'itra'd_iÇÕeS e~f_oi'nen`tar a confusão em to-
se incomparável Mestre. dos os domínios da douti°ii1a-vèliz ~'o'-anteèëš'sor de _Kelsen que a teo-
Os alemães cultivavain efetivamente com zeloe dešpçlao fisšeâé ria- organicista, 'quando muito,- tem algwna importância para a
rias organicistas. Mas, por estranho que pãfeçaz 9 na 8 a en' _ I apreciação política do Estado.;., . .. _; . .. i
Locke que se nos depara, encarriadajein Sir Edmundl Burke. 8 gema 1 Aqui;›pQrém,- essa. irnportância-é toda 'ne ativa. Sem embargo
antecipação inglesa do organicismo juridico e estata . . -de muitos-. pensadores, ama15ites.isinÇei¬os-_da.li%›erdade, se haverem
Burke escreveu antes.de‹SaVigI1yz.¢ É-'fl1H1ÍS¢l11ÍlÊ°F\f°l`°fuf“: l ebreçëdo 'a semell'ian_t_e:_teoi_ria, .diz Kíiieken .que a.doutrina orga-
razão, otítulo de pai e prec-ur-80,1* de' °§¢° Ê__9"_§faâ“çl$.a° .S mcista “limita a liberdade ‹-in_d_ivid.1.1'al.'e. favorece o arbítrio abso-
fiz. por cao-ahi-z m›»se.'.-i Qieâe°..d¢ se 4-°S Bessa
óz-ig.-mais ¿1"à'izig1'àiie'z-r`a.'ö.äúiöi.dasIsélebrsS Rf»fl¢¢f1°fl-9:0" fhe.zIi'.f‹m..‹=¡i
me lutista”.2'

Rleooliiztion, -obra' .de reação; que Í3I=1Í°* 5°' P°P“la"z°“ A' ms ' °"°ul°s 20. Haze Kziz-Q,rzófiz oe
" 'z›â'i*àëi Éšiãáäl 'pp. 477-isó.
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O; ._ú ..
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|-° . `I ' Q. '. . _ 21-, *Otto v_on _Gierl<e, Die Cmndbegrflƒe des Staatsrechts und die neuesteri
O

É Staatsrechtstheori'en,p.85. = ' ' __»


i9.o1›.¢-ii., p.9s. -
I
É
36 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL

11. Tendência do constitucionalismo contemporâneo para estreitar


l ç o ESTADO LIBERAL E A sE1=ARÁçÃo De Po|:›EREs
ração de poderes, -'significa cerrar-- os .olhos às novas perspectivas
sv

a colaboração e vmculaçao dos poderes . quão constitucionaflisrno deste século; .com a'propagação do siste-
ma parlamentarista (no aspecto .vertente 'igual a vinculação de po-
Chegamos, de nossa parte, a essa conclusao:'a .t_e‹âriail.d;;:-3;/àsâq deres e hegemonia do Legislativo), oferece aos povos.empenhados
de poderes foi, em outros temp0Sz ãfmê He¢°55a“a šëpê) Em n°s_ em transpor democraticamente a crise do Estado moderno, a tran-
afirmação da personalidade humana (séculos XVII] e_ 0 . rdsmzo sição doèindividualismo ao socialismo. .
sos dias é um princípio decadente natécnica do ¢0n§hf§1§1lC}Ê`1\êci_
Aliás, o gi-ande publicista francês que foi..Dugu-it, ao combater
Decadente em virtude das contradiçoes e da =m¢0fl.1p&fl'_ 1 1Efit *ââ e
ue se' acha perante a dilatação dos'fi_ns reconhecidos taoerse2f1icaš_ l com severidade a doutrina da separação de poderes, apontou o
lado contraditório da teoria,.q1[1e,¿_l_evada aos seus últimos termos,
ga Posição em que se deve colocar o Estado .parâpro eg '
torna também inexplicável o principio da soberania, princípio que
mente a liberdade do indivíduo esuapersonalida e. M ›'
ele, não obstante, repudia.”
A liberdade cont'ra o.Est'a_'dÓ_é_uma ideia mm§a¿ Cll{§ã1'@SÊa_1_E'I§:: Ensinao .provecto constitucionalista: "A soberania é, com efei-
como se vê, no' seguinte dilema: ou alcaiiçamqs ai 1. @1'_ 3 cional , to,-indivisivel, e se as pizerrogativas que compreende-são personifi-
,-10 _-. eiaara. auto se ~m05|;¡-arq obsoleto o princicpio con. S es1.na_ çadas, catda uma das pessoas aque correspondem deve, necessaria-
c!¿sš¡-¿O=z _.'~zou, com ¿=hipertrofiadosƒ1ns do Esta '_o,;eremponfi._ñüà menteí ser No entanto, não há senão um único Estado so-
gädö`s"'pela ascensão dd totalitarismo estatal, que 1:11 pu, freávël dê-. berano' e uma única soberania. I-lá três 'pessoas soberanas, mas não
dando”, šöin'b'ria's mostras da maneira impetuosa e_ 8 lffe __ _ä..de_ há mais que EstadoI'Tal a doutrina da 'separação de poderes em
senvóltura com que é capaz de suprimir' 3 5ÊlPe5 de °P"°5Ê_a°' É
t`0_<*1asua rigidë.z"'.2* " .
mocracia e a liberdade. OQ*

_"_ _ ,E`i_ifi`šiia jiidiêioša crítica ,à aspereza dessa técnica combalida, as-


. nv ' . 7

Mas como alcançaremos, entao, a liberdade no Estado. sévéra ainda o Mestre de Bordeaux que, em França, a adoção cons-
Que via de superação constitucional do anacromco pr1n;l£;9ââ titucional da divisão de poderes pelos autores da carta de 1791 "re-
separação de poderes' (a liberdade perante o Esëa 0); 0_l1cí io de- tardou em cinqüenta anos a implantação do regime parlame`ntar".25
em voga, e sustentado sempre que prevaleceii sovre o prin p 0. . As palavras de Duguit ajustam-se admiravelmente à tragédia
mocrático o velho principio liberal, se nos oferece. ._ ~. politica do presidencialismo sul-americano, quando o eminente
publicista vê naquele' princípio “uma fonte de distú'rbios, revolu-
Em nossa humilde opinião, olsistema parlqnâeiàtaiästa ccqgäië- ções e golpes de Estado”. Se ele, em- Fi_°ança,°dei-rubou a Realeza no
porâneo, que remove apretensa moommucabi_ tia ed lc: puamati: ano de 1792, e esmagou Ó Parlamento em 1851, conforme nos afir-
que impõe a~ supremacia do _Legi_slativo e consti ioá' e , qsistema ma o publicista, por quantas crises não éjaliás, responsável, no sis-
vamente superiorde organização política do Esta o,fiÍu9._ ml dá tema presidencialista das repúblicas latino-americanas, onde nunca
que mais se compadece com a moderna pr0f€Çf1° °°¡?.5 t°f_° rídica "n-um
Âíh§tl-bflifluiflä
se observou sua prática rigorosa, nem tampouco serviu ele para tu-
liberdade, _proteçãÇ.› =qU£. ,C.1¢.l×â -de'_›5°¡` l3_f~eP9“der'Ê¡Íte¡.nef` e ' do telar a liberdade política, funcionando,' bem pelo contrário, como
(democracia P¡.eS¡¿gnç¡a1.i5'_¢a). pa¿ra:_$_eztomar-politica, disso ven z ›

mecanismo que faz das crises de govemo crises de Estado, e quase


contudo, a antinomia Estad0¬H1dlYÍ¢.hi9* - . _ d invariavelmente conduz Ó regime à perdição e ao naufrágio nas
O presidencialismo, mais a"fe£çoa€lQ 210 l1b€Fal1§`›1T_\_° e amP*“`â\â aventuras da espada e do caudilhismo sem entranhas!
em sua técnica rígida de separaçaof derpoderesá af;Igiira1se;ici›oÊ0ciaI São razões, estas, muito poderosas, a nosso ver, para reduzir
todo que retarda «e dififrulêfâ'-išfflilela'-iFêêêêãem 9 ","?a,Íi°_ eà né o princípio clássico de Montesquieu às suas devidas e modestas
quezjá' se opera~irre.vei=s-ix-z‹a'l;niei_¬ite no'=E°stado contemporaäneq- _ _ <1_a. proporções na mais recente moldura constitucional' do Estado
se _¡_.e.¡e¡.e¿ .C-G,-m. me¡.¡¿¡ana.~G1ä¡‹eza, um con's-tiztšueionalisvta a enverg' modemo.
dura-do Sr; Afonso Ai*in'os'de Melo Franco. ' _
- Desconhecer essa realidade e ater-se a formas obsoletas e inep- . 23. Essa atitude de antagonismo é renovada por um publicista católico como Lat:
Bigne de Villeneuve, em L'Actrvr'té Éstatique, acompanhado por Burdea u, que repro-:
tas f. POI'
- . amor
. da traClÍÇã0z
‹ , . COITIO 11°
- ' ¢a5° df* clássica t°°“a da
, Sepa' duz o mesmo pensamento em seu monumental Tratado de Ciência Política. -Í
'
I I
o'.
Q ' '
I'

1 ' ' ‹ I 24. Leçons de Droit Public General, p. 199.


l
22. Estudos de Direitfi_Conštitucional, pp. 15_6-157. 25. Léon Duguit, ob. cit., p. 201.
I

sa ' oo Esrlàoo LIBERAL Aoiasraoo sociâi.


'‹ |n.¿h¢!'.fl$.€-z"'u-Iií

Não-deve ser ele, por..-conseguint.e, invocado na sua rigidezpri-


mitiva- pelos :inimigos da- idéia parlamentaris.ta em nossa Patria
como óbice àconçretizaçãoêpolítica do novo sistema, sob o pretexto
de deixar ao' desabrigo asliberdades individua_is. ‹' - '
' "Sua 'siiiiples'-'presença no corpo das Constituições presidencia-
listas não fez nosso'-homem mais livre. Como nunca se p_rat_icou a v

contÊa`i'ito"e 'os"maiš ide *cem anos da existência _republicana"estão,


l'i_o"je;'a' repudia-lo, ö que dele recebemos não foi jamais a lição da li- funil?-lã

bë`i'°da'de', qÍüè _ele"n'uñ¢ä nos pôde ministrar, senão a prep0tenci'a di-


i L

. E
`ta*toriäl_i*döšfgoveri1os-que tiverarn sempre-a', assiduidade de contra-
ditá-lo, l'iuri;iill'ia.nd_o e enfraquecendo o Poder Legislativo, afÓ_ga'n- ç:zzp,a1zto m
ëi-*nf-'
crises=-pe`í'iód›i'cas; 'de que os últimos acontecimentos de
nössa'~"vi¢ia.=eonsiiiuçtqiia1-dão, aliás, triste cópia, ' ' '
.'i<.>'~===“:Pf **° d° sua ae!:lf=âs'='›1<>' e°1°_.~1*~ \
'
-o Piswsfiivflsfwro Poi.i'"i=1co DE KANT
9
\
...._o`.,
.
`..-1' ¡_
'

.
.c_1______._q..____I__.__.__R__¿__ todas_a_s Constituiçoes
1-_¿_-e¿-P______“¶_¡_,-_1__}_,š9'____¢_, ¢9n§gg_rar_ai_n ¬_nas bases de do Pais,
tuna des-
colabo- | \‹~, ir. I‹ ¡ ¡
\ .‹; 'u ' ,| '‹'ø':_.'E ` | .ú Ê.
0..
o

raÇão,`<'1'u‹-ii `fô'i à`p`‹-iiiàs"`dë t雿to, meramente nominal, e sempre ITA fllošofia `do(l5st}iÊio"de 'Ident e lilftieliaite em tomo de sua 'importd`ri-
d<¡z5¡;1e¡;t'içla_, já _pç_l_a__i_~r_ionarquia (o intervencionismo do Poder Mo- cia. 2. Principais fases do filosofia karitiarui. 3. O maíorfilóšoƒo dd Ilda-
. _ de Modema~e=taloez_de,todos.os tçrçipos.; Filosofia e método. segundo
dë`ra'dl'<'›`rÔ`,"_já] p_elã'R_¡_è'p.übl_i__ca.' Urge) pois, repudia-lo como dogma, Í<flflÍ.- Éfêw.
[qÇç.,i‹_1ea_l¿sta_.e re¡¡o';›ac_l_ora,_do sistema. 6. Qualismo ria
quando'o`_p'resi_dencíal_išino, acobertado pela Constituição, dele se filosofin de Karit, com a superação 'da rri‹;:_t_aƒlsica e do empirismo. O
serve para 'ci'iltiva_r, de fato, a hipertrofia do E×ecutivo._ - problema da liberdade. 8. Direito *e Estado. 9. O pacto "s0`cii=il. 1-0. A
passagem -do""status"riaturalis" ao "'s`t'a'tus oi'vz'lis", momerita-decisivo
GUIIII
'||
Í
para 0 aparecimento do Estado e a garantia do Direito. 11./1 doiitriria
'-“ dv»
da separação de poderes e o silogismo da ordem estatal. 12. Kant, filó-
I
I. x 1 sofo do liberalismo. 13. Es__tado jurídico "versus" Estado __eudemo-
i
nístico. 14. O paneglrico da liberdade.” ' " " "'
|
¡ I

il

1. A filosofia do Estado de Karit e o debate em torno de sua


Í
importância '_ _ _ -

Ç
__ te0I_'_'l__¡a__ I§_a1_i_t,__$omó"toda _a_sua' filosofia, representa-um mar-
co no estudodas ideias. S'urg'ejpassagert_i de'um séculó_ racio-
I
Ilalistai-.1.um-.$êculo,l);_s;;oricista. _ . __ _ _ _ "

` 'reformou o' pensam-e'i'_ttó fi..
2

l,QšÓfiçç`>,_._é'z_`_1.i|.l:_›ifiLji‹._=.__teii§f_1¡<>`-.ii “Críticas a 'minudenge revisão, a


-I'L1a.lS=pI'_<Jf1.1.fl<1l..ãÍ.z Çê.lV.€..Zz_ que s_,ç;ç9n1;i_eÇe. `,l`odav_ia, foi ele i_nj'_ust_amei_i-
_te.dep.reei-ado no campo.dazdo.utt.¡4J»fi -P°1'ítí¢Jai.. ._, ., , °
. ~S°h9P°ffiíiäi 'sififflëi>;i=§a .ë1*§iá“12_tçéífà'dë
i<“äs:f“ê.i›.e;i.`fè,fea1-
mente dfP1°f4fl¢l.¿s Sus. está.s¿,. s.f,if »%:f*»ffi‹.i1t9'~.1°¡Í.*?-f'i111s=ê.r1t‹â.r. qui-§.¿ ao `é1.al5‹›-
i _ _ _ _- _ .

1.' i_v_loses Mendelssohn, no z"1-Pi'=èfãdp'* das'-fHoms=¬Mstutim-s' (Morgenstunden),


Y
'cdgn'omii*i'ou Kant dèfo 'flDést:ruidordie›T1utlo" (alles Zermalmende). °- ‹--z- -z .
z
1

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I)

°---Lfm.
-nú. ._
90 oo Esmoo LIBERAL Ao Esmoo soci.-ii. o PENSAMENTO i?oLIi'ico DE mm 91
rá-la, na idade da senectude, não deve o verdadeiro filósofo ser tido _O_cupa Kant, na história do pensamento, posição exce cional.
como responsável pelo que enfäó Ê5°1_'°V_°“~ d _d de tofe__e_ Í °Comojá dissemos, de início, é .iun marco. 'Sua obra genial lãxa niti-
Sabe-se, com efeito, qu_e os ultupos anos âš; dia emKfi1bo_lamen_ó damente a fronteira que separa a Filosofia moderna dos velhos sis-
ceram aos seus contemporâneos do or0SQ qua ,_ . d. lu ão temas que ele superou. . ,
de um grande espírito, ou seja, a tragédia do genio na isso Ç r Falckenberg, em sua afamada História da Filosofia Moderna
pela senilidade. _ . . (Cwchichte der rieueren Philosophie), assinala t-rê_s pares de idéias que
O5 inimigos de sua filosofia naturalmente festejaramcp pr_:¢lP1" colocaram o nome de Kant no céu da filosofia comof-ièstrela de pri-
_ . . ~ ~ ' ° ' aver
tado veredicturä do di5¢1P“l° Pessëflilää Ê_'_1êls\;5¿Êf_Íl_:íÍ1ä¿_;?ata¡ de ipeira grandeza: a postula_ç_ão da crítica do conhecimento ao lado da
assim2 fulmina o numa
_ prenussa a demonstração das formas apriorísticas do conhecimento; a autono-
Kant. mia moral e o imperativo categórico; o valor regulativo das idéias
_ . _ . . ' formosas cons-
Ev f“°*°f*fl
truções que o gênio po itico o secu o
dade.
- i
. z'
darazão e o conhecimento prático do transcendente.
:Ortega y Gasset, nas 'R`¿ƒlexô'e§ do Ceritemí-rio, após, confessar ha-
ver vivido durante dez anos dentro do pensainento kantiano e assie-
.. ..- . ,.. . - " ' t ue teria sido verár-que_.quei_n não “fizesse coisa parecida ‹_:lificili:nenste~c'ompreeii-
_ .A-odiosai inerepaçao que se lhe fez,.¢0m° ff}1 °z Cl . .z deria-o significado de nbšso tem*pö,Í ä'c`:é_'ntüa que "na obra 'de Kant
zi uma inieii êneie jâ em aeeiúúe, deve Ser» i>°1Sz f°P“¡”da' ^.°°' est1ãö'coiit`i'dos os 'segredos decisivos d'aÍ época moderna, suas virtu-
^e ' 1af. .antešI'como resultado da reflexão amadurecida pela
tamo' fl ida-.
fa
de,;ou, na palayra de B.1!4flt5¢b;l1z' CQÚÊÇÍW. to sazonado
- ~ de sua i oso i des-"e`_ suas'-'-liiinita'¢õe`s" .S _
.¡._ _,¡_`. ¡;,l',3__::‹-_=_._ '1e|___\z;. . _ ›:› _ / .
..._ O mesmo Ortega acrescenta que os livros de mais profunda in-
Pfiáhcf-'~r" f"'*- '“` ~'“'* -' ~ ' ' " . ' - °~ entes do ue fluência nos últimos cento e cinqüenta anos, onde se plasmou o
-As'eoiitràdi"ç'ões
_z_.è___¡s em <1\1°'S°
e em-.-sã-.lzéd-e Pa~__t.¿_ ¿-e.-gem°“f°da.5a°'mÊ“'s ÊP“› .. de
gua origem a interpretaçoes - -q_cu'_
mundo contemporâneo e "onde nós mesmos. fomos e'spirit_u'almen-
nho p._recon_
I ` ¢"bid¿›
e ,_Êrláitiiário'
,' , . e` superficial, deeque foi vítima
rd o filó-
sua te edificados, se chamam a Crítica da Razão Pura, a Cri'tz'ca da Razão
dores apressados pouco i os em
sofo -.por parte de comenta _ _ Prática e a Cri'ti'ca do ]uz'zo"'.°
o'bra:“" ` ` "' ` ° Rickert escreveu um livro para justificá-'lo como "filósofo da
cultura moderria". Windelband, nas celebrações comemorativas do
. -= - ' °:"'latam-
1., 111-. À ultima fase da filosofia kantista reve Cen`ter'iário', consagrou ao Mestre algumas das páginas mais belas
bém zuma.
Esñídlâênnociféoiíucdiagos :iäieiros neokantianosz “We V°tal"am °°fi° despre' que a filosofia neo antiaria produziu a respeito dos rumos que ele

z zz. O as ezzz›mz›«~»‹eemtis* ez:q°;si'°:::i:.::::.....


zo à çozistzmção ética do_ filósofo de.K0¢flí8$be¡'8-

eae ae Peri-'›fl=\~=flf° de Km* s <i9° V-¢*° 9- 5°' P P°“*° ° P


P "
. mei, traçou ã especulação filosófica.
Paulsen estabeleceu honroso paralelo entre Sócrates e Kant;.
respeitante ao conhecimento e à verdade.
'

' 1°
ao .P1-eàfigio das teorias_i:iiat‹:___ãialisti-¿'›__‹::_fÍ_<_I_>__'fi'-_;l___\ ägââàmeka ho______ em sua ofènsiva de
Daí o fat_o de discíp n ente O temno da nova o__ien_a__ä°_ buscandq Jodl pôde afirmar, na monumental História da Filosofia, que
Kant "é uma espécie de microcosmos de toda a Filosofia moderna,
mama R m_1p_1'I.mlI"
ademais, 'Kuna' niedlllietélaríiftêlríizscatâizliipronússolcom
6 . __ os. rumos do nat-iu-aiismo
` cientí-
ti -av, aciên. dos mais importantes pontos de intersecção espiritual na história
fico, ou até mesmo dar adesão a m°V111\°“t° que Pr? .gl . - z
cia e eišaltava a inveshgacão_e×penn_i_enetdr__c__ ___:___ber_ Lmge_ ___1_adÓ._m __¿éleb__.e¿$colá do novo pensamento”.
MFoLnessa org: diiäqwea pm obra mqdamenm .intitidada Gpscliiclite des E Jean Paul, sem esconder aquele estonteante deslumbramento
de wav-i's°z es P9 . - ' " É íe{»`‹5`u Wiiiíeiízi wzmai. que lhe causava a leitura da obra 'filosófica de Kant, escrevia que
iviei.en'a.Iisrfw§ wild Í<"'“{< WW* B€¿.°"'“i'3 *fi 'iii çʧ°"m.'. -¿_¡z¿¿i ¡,,s¿=¡-,¿;.,. _ .._ i z

com"'á`ss'az
_. __ de
_ , razão, aafiàríçfll'
_ . <Í_U.ë
.- 5 ° m°“m°“Ê9.nÊ°_, 5° _que
an. fez
- -da-Crfltffl
PL ‹-- dG _R¿¡z¡o
_ )

CH' êf°“Ç°° °°“5a3"`°“ à .éhéa de .K›a'it' do mw-no Pira di-.~Di'e Nationen .undlihre sofo. Que leiam' primeiro os seus livros? Assim se poria termo a um espetáculo que,'
Pura a obra fundamental_dos ›'iiovos estudos ››--un f- P ___ ¡____________£¡ segundo Cr_oce, oscila entre o cômico e o odioso, "e que consiste em acusar um filó-'
Phílflêfifliliêz P-‹~33): Ysf f°FPl?-émf--°-'Que É 'eitçzfiçflieiflig Fifrevãu' 5- gil' fi 0)_ soufq.-qu§;_sq_não-.‹;op.hece, em batalhar loucamente contra umfantoche ri_dí‹:u.lo, criado
isa ~ ~'a~rêiêâ~iâã ~iꛋf'z,
p'.*s1'õ“. e A. B_=~›ms«f‹=fi› se R€:=tf%P*.“°€°P “ff P - . . Apëla' p'Éóp'ria imaginação, sob o império, por certo nada nobre do preconceito tradi-
~ ~^ "z›Í5~eitehiirêê assai.-ii'saiiszies;ezizfl.'*iiifsif»==f›wt Seflffffdff W P°'***'°» c'iöita`.P"ê_'da"pregui¢a espiiittial” (Lo Vivo y lo Muerto de Za Filosofld de -Hegel, traduzido
da”-3".ed1italiaiia' para o~Espanhol pelo Prof. Francisco González Ríos, p. 193).
P' 373' l ' ' ' ` d tt Ctocè a ro ósito'de Hegel» i¡5«›”I€ant,* !_-Iegel, Di.l.they", Revista de Occi'dente,'1958, p.. 3.
4.A es_tes-«'c'abem .de todo osireparos =_1.ue.._Bene E .0¿ _ z -P_ ._-_ eum 61ó_
fez aos que pretendem, com entono de meaftefiz dat›fl.!-!1f11l\ê‹P- *Í"'-““'4f5° 'Í - ó. idem, p'. ii. -
Ii¿| O _... .H

92 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL ' - o PENSAMENTO i=oLI'rico DE mm 93

”I<ant~n,ão era a lâmpada .do mundo, mas todo um sistema solar, ___ A Lzógica' Tfaflfcfillfíental 9U¡'.8e¡›".P0Í~Sz.znaz filosofia de.Ka.nt, para
que subiítárnente re`spla.ndecera". z _
Não foi de menos ardör'e=a`rrebatamento a pa-lavra de*Dèússén,
.ezfâieâââde
d _ _ d_ l Ó - lia _çaoedeteifr_nii=iar os conceitos e;os atos
o en en imento qi-ie.se° relacionam a priori com o objeto.7
a
o grande discípulo de Schopenhauer, ao ponderarque só'h*ávia dois
fatos profundos na história do pensamento _humanq:*'o advento de , A. Analítica _ Transcendëntäl
__ versa as noçoes
"'¿ puras do entendi- -
Cristo`“'e o apareciinento'-¡da'Critica da Razão Pura, em 1781. iii: liÊ; aãríC_'_1cf_:<_š0_"1ä5-
' U É, seg_ündo`Pa1ilsen,
. - ' ›. a parte mais ‹ dificil
. a . e. obs-
: Nãb fica_va" '_ati¡á_s, a_f_'v_eneraçäo` 'de '(_Í'›oethe_, ao confessai' que, " F. _, i 1 _ .
quando lia urna pägina deKant, tinha la' iinp're"sšäo de entrar em re- As categorias sao quatro: quantidade (unidade, totalidade, plu-
°‹'.` ¢'~ ¢'f"' "
cinto'ilum1nado. ' i- '
I' ~'>"f`.
.
-
.'
" "
_
. '--. ralidade); qualidade (rêalidade, n'egação,' limitação); relação (subs,
f 1.11:-¡f;,,¢i

ceis da Çzrítica
,',,¡_}"]' 0. ' ' .

Razão Pura, admitia, humildemente,_não compre-


'_ .
Kant, porem, para _c_onsolo _çlo_s_.‹;1I._1‹=: Çornpulsam a§_pa_g_ina_s_ _difi-
, _.. '.7,

.*:iâ*:. â:â:*%“*i' far; â.°f‹.zâi‹zz.‹ ›az.z1fi.‹1.z~‹1‹z‹›‹z


_ __ _ i i a ei _;-_ impossibilidade, existência - não
existencia, necessidade - contingência)
z
ender o que _elê'pró_p_i_"i'o líiävia escrito! _
. AAna" '-"'zf›-~'7-1- l ' . .
Trata.-¿s_e,..¿ademais, ; dghzrifiçsiiíio, filósofo que, reagindo ,contra o ta N?h°a_°_ š_D1_€§l°¢}$§§_.§Ê¿â{1§Ç¢nCl_entais destinam-se a funda-
wolffianismo pretensioso,_ob,teinperava,_.com a ironia' de Sócrates,
que não se _z¡_ipr_ei3,‹;le_~_fiz1cg_sQfia:¿»aprendeyse az-filgisofar, pois filosofia
ÊÍÍÊ DizÊêúÍziiiisi$“*~Çf¢“*1fisfi«.s>ai° Ciência Para da Nam-‹=ea. Ca-
Pošsibiüaade -cê;a‹¡ílS9?_¡_ÍdÊf1i¿l‹-,S951U1d0 Pã.,Ul,.Se_n, demonstrar `a.im-
aprendida deixa de ser filošofia para se converter apenas em conhe- aquela Metafšsic mociencia, da Metafisica .t_ra.di_cional e esc_o_la__-stica,
. Í ° ' o\d ' Íód' ¢ë:'¡

cimento histçzrico anão filosófico! ' De d a que se ocupa de especulaçoes dogmáfizms áobre
\ ' D us,o mun _o__e__a pura espiritualidade. _ _ .
'. _ 'W ' ' a ,ol _
I 'i .
Com
. a. '.
contribuição
, -= -' de Kantl
_ z cónfbri'nea]uizaPaul
l' ' , ° '
2. Principaisiƒases da filosofia kanfiana - da philosophia aricilla theologiae, temos a philosophia ancillsaeghiísliçlzilzlƒes
Distinguia Kant apenas dois períodos em sua for_rna,ção filosófi-
ca: o p_er_íodo pré-crítico e; operíodo crítico. ' -
Kuno Fischer, .célebre-historiador da Filosofia e precursor do
"£;n:f::.%::;:âPi.:
reinen Vernun£t") 5 a razaø um
« zzzzz
fuer Begnff? der gaenzliche
~zz›
damn, «Dem . '° __K“_ 'Ê fisslšfl defmm o .‹=onhe_cunenio iranscen-
moviinento n_çQl1;a_ntia_r}_o do _séçu_lo )ÇI2_(,,apóia. a tese da continuida- ' d Ibn”, '°' a“3°°nde1.1fël~f0<l0 o conhecimento que se ocu-
de .do pensainenfto l‹.antia,no,_,,d__o desdobramento das idéias 'do filó- Pafm°"°5 °='° l°f°z C10 que do nosso mo_ç1,o_ d__e conhecê-lo na medi-
sofo', em harmonia com a ordem cronológicade seus escritos. dê em que ef5$° °°“h°°Ínl°m9 $€Íã âgrioristicamente possível".
já Paul-sen assinala na filosofia de Kant três fases distintas: a Toda a ,dialética é a discussão de Kant com a velha Metafísiça
fase dogmático-racionalista, a crítico-empírica e a crítico-racio- C . t' , . '
C on Ênä °°,"Íf°fm° lembra P31115911, O ponto de partida para a con-
nalista. - - - .âl;°_Çâo ââtica, E110 111251110 P‹'=l55° que estabelece a distinção entre as
1.....¢!ãSz p. uto. a razão Vernun t ,_ HH '
Os escritos da primeira-fase abrangem principalmente as Ciên- ten<2lÍ1I;1entO (versiëlndl. ( ' l e as caitegonas' P roduto do en-
cias Naturais, a Cosmologia, azGeografia e Matemática, figurando
A' dÍ$Sé¡'faÇãO'. ara 3 gáted - - ‹ D
como obras principais a Estimação das Forças Vitais (Schaetzung d_er mem são duas ëeclfuenas obrasfë. Cie-Mundi. Qensibzlzs e os Prplego-
lebendígen Kraeƒte) e a História Natural do. Firmamento (Naturgesehichte
,_d_e_s Himmels), Em mat_éria.'de MetafísiçÊ;a_e Teoria do Conhecimento, cfzi
- _. zzzzz zizz Rzzzâo P.u fa.- A pI'11n€!t=ã'›Sfilívëprincipahnente
~ - m 'SP°“"`Ta*"?'S a' °°mPfeeflSa° da
de introdu-
aqui não se arreda Kant da filosofia dci Wolff e Leibnitz. 'Êa°' e a segunda de f°`5Um0 €.la._I.¬Ô. az-mui tos conceitos ali vertidos em
linguagem que não é das mais ainenas. '
' Do segundo período-. constam A --Única Prova Possível para uma
Demonstração da'Existên'‹:`ia.'de Deus°_(*Der eifrizig moeglich Beweisgrund Da última e terceira f " F ° ' '
sizzel e Inteligível (De Muricâgââfsâisilisoeinlziitílligilicilildolílšolifrlnlli/Iililiiulgo Íserli
zu einer Dèm_ör_,is`tratio.'ri des fDa§'eii1SÍ `C2oÍ(e§),,,Sonhos de 'l'_/_{Íši¿›2i_1§f`!'0 EI-
plicados pelos 'Sonhos Mètafifsica. (Traeum-e eines .Geister`:selzers,;ferlaeu- pus), a Critica da Razao Pura, cuja 2° edição, afamadíssima açezirilzñla

tert durch Traeume .der Metaphysi-k),..Obsen-:ações acerca do -Sentimento 4 . O . . `


.
Ú
J,-._¡.

do Belo e do Sublime (Beobaehtungen-'.ueber-das Geƒuehl des Schoeneri and -- 7. Karl v‹›ziâ‹zzi‹ii=zz,~ céahiâniz âzfr Pàzisáópàfz, P. 3611,
Efiaami . _ 8. Karl Vorlaender, ob. cit., p. 351.
o PENSAMENTO PoLí'r1co DE 1<AN'1' os
94 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAI-
I

.›z‹fi,¿,u1a;,fl««flf; <;P3::se:.a.°: f;:“.ã:1:2§::áaí§“fí12;zízz-zzzz.zzz


quer eta rszca u_ur
. ._ ~.

_k d_ als Wissmscmƒt wird auftreteh


^ d Qual- O platonismo, o aristotelismo,e o estoi 1o haviam dominado
o pensamento romano, e daí,_se'g1mdo aq e autor, seestendido
subseqüentemente à Idade Média, onde, p muitas vias, se comu-
einer jeden Kuenƒttgen Metaphysz , _1e Id cunho universal (Mem nicou aos' povos germânicos, cuja índole aquelas escolas, sempre
koennenx as_=IdéiaS.pa.¶_'a_uffl€ HISÍÇOÍÍQ Gera É . b . F nda- .
renovadas e modificadas, 'haviam forcéjaäo por dominar.
¬-3._.~.;1-L. ':.n~¿'.:_|z¬._ ._

L
i
e
mentos.
. _e_uma.=,
e s' " " - _. . - ' ' -
der Praktzschen '
Vernunƒflz
def Slffefllz a Crítica da Rfww Pnlma (Krmk R I' " dentro dos Limifeã
íi°›»)êz@zí'›a›‹ Todo o-._Ocidente -raciocinava §:om.,as__.noç§es e categorias trans-
mitidas pela Antigüidade grega. Arabes e'judeus, .em.e_ontato com a
civilização -cristã, apresentavam contribuiçóes renovadoras, mas
a.<:z»fri ‹=.efëe.I1+.1Í=°<f<fff.f!§**'
da.. Simpgesg ” 'fff£ff??$?““f*)'
(gre Rel§,‹_' *?^ der
_,_f:,o_n._Iz_1nerhalb. 6 'gm
Grenzen âer õzoszzzz .suas raízes filosóficas- mergulhavam ainda nos sistemas da inquiri-
ção helênica. -1' - , _
:tx_n- -'1n4-.Ir1u49-_~

. Só mn elemento se d_es_taç__ou da o1;ig'inalida_de.¿grega e com ela


_\

Õcorre, ainda; fe-.3°.Í.z PÔ$',°nncÊ' 1,:,a¿:lu::°aier:›eF‹:1I°i:to|l¡‹1.:1n‹)arÊ~”r;1i;Êiros


l
i
F
.i
Í sustentou combate de _d_ois .mil anos: -a idéia religiosa, de cunho
1 guintes trabalhos: Pera a.iaPaz* EtgÇãa"(' F 't9 (.to:MF;tZfis¿c¿s
ta h 'sišähié Anfanâs-
'i
I
Fundamentos Metafi51C°.5 T6077.” ~.,;£$Í da Tema oriental. _ _
-.= .<. ~'~'=p¿-fmeiroš' men _ ,_ ,__
8f"i*'lf*-l'iÊ-.f-if?-'Ê fe* ' md -“tier Tu en'dslehre).'A reumao Jáae elvereeeê:.de 1dasiezMe.<len1a eles-Penta..e.etre elemento que,
i
1~2.1.zâr‹zi1~*‹a1.aê;¡zfa;fê1e%1eânfflegëfim. ...ff . 8 ~ ~d cm- na opinião de Windelband, apenas havia_,si_d_o ¿embrionariar_nente
õtêeësi
›àíêâ1.*‹1‹rfeeëi:ë1â1›hy.
s ê‹1‹'‹ef.Seeínlee
¢ffe1>~ f11.<>e°.f'
, °. f?*'fff”'~*'“*f ° .Me*“fis'“z~ °s~
1 Í
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,c_ultivado_pelos,sêibios_da-«Grécia ,-__,os d_añe_§`col_a,platônicq-pitagórica
;.,_: _ _, .'¿¿_.¡.¬_¿!¡“¡. . 9,» . .o . ¡ .
-,-mas que, de,modo,gera_l,,permane,cera` ausente da reflexão helê-
1
1
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_._, .-__. - -_ .
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, ,' ' -Â. ` t : Teoria Ele- emica: o elemento referente às ciênciasnaturaisle matem:-í,ticas.° ' :`
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«11.
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..
A Cr1t1ca__da Ratao Pura coizãprpgngleeätinaârpeahrrâseaa Tèoria do Ora, ,diz o filósofo neokantianp da escola de Baden, não foi sem
l: mm,a,z.Tr'anscer1aental (transcendeerrttâe Methodmlehrey bastante curta
z É Il razão. que o pensador germânico investigou tanto aquela ordem de
Método Transcendental (ffafl-553" _ conhecimentos, a primeira que se alongava especificamente da tra-
--Hz__ e czbncãéf ° ~'-gzigfnizntar TranscendentaI~cÍ1iv›ide-se em Estética Transcen- dição helêmca e com a qual ele.muito se familziarizara.
. _ . _ -.
--_ _.
den'tAr£il*eãr)1r-1°lIii1'e`se5formula uma -teoria das Percfpções e debate O Pro- A certa altura, assevera Windelbarid-: “Com ele (Kant) se abre
.
1
ii _'_ z z. ^'-›.'°.›'.. _ d tl, ;
novo reino de idéias. Se outros anteriormente se levantaram contra;
blemaude e e§p..a.ç°' e a¡LogmäT~?I.É-igrsffíxnteeólriza do conhecimento o sistema das noções tradicionais, isso aconteceu apenas de maneira.
1
Nalfismlca ,T.'.¿i"Íçend.-mm ' :ig çgfitém elementos que permitem esporádica. Criou um mundo completamente novo; em sua filosofiaf
sensor1al,“na medida em que e tudo aparece sob nova luz; foi, como disse Jean Paul, um sistema so-
oconhüirnenäo anfšgâüèntal na crftica da Razão Pura, se desdobra
1
lar que resplandeceu de súbito.,Com razão pode-se afirmar: se se
1 \ A 'gzca ra _, _ _ ..¡ , nd tal.
prescindir de tudo quanto _há de secundário, só houve até agora
em Analítica Transcendental e Dialetica 'l:ra1}S¢° 9”. , . d dois sistemas filosóficos: o grego e_o alemão - Sócrates e Kant!"*°
l Ka' rl Vorl aender'z' um 'dos~ melhores mterpretes
' ~ da da obrae-
filosofia
tadas
Kant e autor de uma das mais Íógurâscšeëlgpësâcpnnšäla Pura se refe- Como 'šef.vê, -a História da Filosofia, nos tempos modemos, as-
desse pensador, adverteque 6 5* emo sim se escreve: antes e depois de Kant.
ii..f...;¿:.¿
félfi tãÕ"SOH1ente à e , ` h, le contín ente no objgtg, ` H l\¿I__ão exfigdrgirfi, portarito, aqueles que dizem que Kant foi maior
A primeira-faz abstraâatšgtg fcëndições
emglèíricas do pen. ,do que Aristóteles, maior db que todos os pensadores que o antece-
e a segunda renuncia ao- e ~ '- 'Ê:1`erÍ'am.
_ Q _ Q ._._
` '
1_. '
'
, ¡

samento. ` " ~ zlíëel Vecchio o considera quase da mesma maneira, ao escrever:


“É certamente o maior filósofo de nossa época e talvez de todos os
tempos”.
3 *O rnaiorf"ílósof0'da“I¿'ía¿Íe Moderna B Éálíffiz de t°d°5 05 f¢.mP°$
. .'l. "_ JCL Q WPreludios,
famados ' ' que toda filosofiaan-
__ _
“Hz¬1-"=”'s-“4¬=_--§¬-
-:'.1¬_4;"s.zA
1
1
I 9.wi11zz1m pvinàzlbznà, Pz›zzz1zzâz:‹.~zz,pp. 115-120.
terióflš wKanmf1:ébr€:aIduzIiêiÍt.E:und@fl°1?3jnad9-Í"°°mum: sua frhaçao na 1o.wmze1m wizzazlbzzzà, ‹›1›.¢i:., p. 117.
ciência grega. ' -
..-.É
.._1
__:?_.É
: ¬_. _¿=_ -z_gf-ë:,_. =f.*-_¬7¿E-š'¡.: ._ -._. _Á. : .¿g- _: . :_` ;__
4:

EFE;-' 5-.Jan

í
O PENSÁMENTO.POLÍTICO DE KANT 97
96 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
- Daí passa a essa interro.gação,.-fu~_',_lin1i.1ante e severa: - z .
_ Pouco antes, conferira-lhe o título de renovador dal Filosofia
moderna, de que Descartes e Bacon foram os fundadores. "Mas, falando energicaiiiéfite:`*pöde d'i`2er-se`que e›`<'i`sÍt*e`im:iaIo=
Io
1
sofla de Kant? Os neol<antiáÍi1<'›'š`fëónfribifíram, sobremaneira, para
obscurecer o fato indiscutível de que os livros de Kant, suas geniais
.§egun_do__Kan_t ' Críticas, não contêm a 'fi-losofia'd*e Kant-.-'Jamais este' ás.-coiisiiderou
como .expressão de seu sistema.Í'São apenas preparação- eâ-pr.ö.pedêu-
~* - --“Em trecho'-de' artigo estampado -num mensário de Berl'Lmz_ 1_1Q tica, são praeambula-fidei...Cqmo aos neokantia1='i`os-f-interessava' apenas
'mês dë5ci`ez`eifibro;`dêi`1796, ii'iter'rogava Kant: "Que É 3 Filowflaf
.. .. '. I 0- -. ' ' ^ . ` sl'
o criticismo,:obstina'ram'-se na cegueiraa .tão evidente -fato. A verda-
-¢0mQ dou-mma; que,-entre todas as ciencias, atende a maio; É-iecesl _ de é que nas Críticas não-reside a autêntica filosofia de Kant, pela
_ .;_ ._ ._ _-' ;_ ._ - 1- - '
dade do'Homem?f . Internogaçao a que deu l°8° fäififâta' aqu' ° simples razão de que Kantmão chegpuaipossuir umafilosoƒia .é=.-. -.
que O nome já está sugerindo: a pesquisa da Verde e -
"É curiosa a coincidência seguinte. ®'š*doi*š` filóso-fo'š*n'i*à'is origi-
Na-h1esma"publiicação"escreve o filósofo de Koenigsberg: "A -Fi-'
,'_,-,_.`¡., . ¡z¡.›.›`:-‹_:" ..- ‹ _. ' . _ .
nais da Humanidade e do? mesmo pass.o;ƒo_s-;q‹ue exeirceiiainmais ra-
'l°osofia,-Critica,--que-nao faz tentativas para construir ou derrupâr dical influência- - l?Jatão-.e~fK'an.tz1- não chegarain a possu'-irzzuina fi-
sistemas, começa com a pesquisa dos poderes da razao huinaria . losofia. Não é este o menor motivo que explica tenham sido ambos
I `f~iE§sÉÊ`Eoñfiš`š`ãö"d*ö-pensador talvez seja o ponto de partida para os pensadores tema inesgotável de disp,u.tas_ interpnetativas. Tal
'aiqüêleš iqvüëiiöbštüiäiáfainentie' reduzem* a *importancia da filosofia coincidência se complica ,‹§om¿_es;ta outra; ,_nJem¡P_latãó.nem che-
garam a ter uma filosofia, _po__if_q,ue 1_I}e`nte_s die lento de-
ií1a*ëal:3_ãd*a,*_¡;]_ue'Kant›desenvo'lve1f1}F1°P°l,5 df °5S°taÉ< f}° m°““m senvolvimento, e .alc.ança_,_rÍa'm a maj¿Íiiri,dade__de _sua|`inspiração
tal esfor"ç`o'c`ríticö,'-a's mais prodigiosas- energias do geruo. quando havia passado já a maturidade de suas vidasffls t `
Í Foi O'r't`e'gã' Gasset o -pensador que expruniu de forma mais la- Na Introdução _à Crítica do juízo detéiiiz-§e,_Kaiit no.e×ame_.da divi-
:pidai='essa'red'ução'da filosofia l<antista a uma profunda investiga- são da Filosófia. e justifica sua repartição em Filosofia Teóríp_a.e Filó-`
çšão 'gi"iös`ioló'gica, sem'-se dar ao.-trabalho de examinar o que de rele- sofia Prática, _"na medida ein que contenha princípios dehçonheci-
vante e dura douro- ' ' *Í-i"" ” con ceitos ex'P endidos
a nos _ M __1pord Kant
D acerca do
, fiador mento racional das coisas, mediante cpneeitos (e não apenas, como
Es_tado,ád_o -Direito, da liberdade,-da alma imorta e e eus, ic . faz a Lógica, princípio_s,S,obre a forma db pensamento, sem distin-
_dQ`U[1ÍVëfSQ;r '-'°.-Í .- " '
ção do objeto)”.l° ' _ ' "
Com mais precisão ainda, na-«mesma obra: "A Filosofia, _e, com
' °:'*i”'G".*"t"i'e"‹°*:'l'í'‹`›"".¿'›*‹"=;`g'*iiíii"i`te ë"altamente elucidativo da opinião do orgu-
esta, o emprego de nossas faculdades .-cognoscitivas, mediante prin-
5ê¬sóriÊóP'ibó'riÉ:`ói::"Kant não pergunta que é ou qual é a realida-
`ë1°¢,**quÊ ¬'*ši"-'i_ö fas_fc`o_isàs, que é o mundo.. Pergunta, pelo contrario, cípios, vai até onde têm aplicação os conceitos a prz`ori”." I
g_ó*co_i-'ilieciniento da realidade, das eoisas, do mzun- "Nossa capacidade cogrioscitiva - prossegue Kant - abrange
*cl'óÍ;"5É "ü`i*1fia,_!“iiie[i1te*_'que da as costas ao real e se preocupa consigo duas regiões: a do conceito de Natureza e a do conceito de Liberda-
mesma;“Es`tã* tendê'i'i'cia do espirito a'°dobrar-se sobre. si mesmo nao de; em ambas legisla aprioristicamente. _A Filosofia se divide, pois,
era nova; antes caracíteriza o estilo geral de Filosofia que _¢0m°Ça em teórica e prática”.'° _ _
com o Renascimento. A peculiaridade de Kant consiste em haver le- - Nos Fupdamentos da.Metafisica dos Costumes, o pensamento kan-
vado ã .sua forma ez‹_trem_a _eS_§a !{1e_SB.,fe›P§';*RaÇã°, -PÊl° U“ä'°r5°' liano acerca da Filosofia' esua _clasSifi.cação-.se- acha exposto nos se-
radicalismo clesalp]_a_da P5/letaffsica tod_qs_.ç›s pro bemas guintes termos: ._ . . «_ _
da realidade ou ontolôgicos e conserva exclusivamente o pro ema
"Abrange a velha Filosofia grega trêsiciêricias: a Física; à Ética e
do conhecimento. Não lhe importa saber, senão saberuse se sabe.
a Lógica. Esta divisão se'fa'z de inteiro acordo com a riatureza das
Dito _d'e'outra rfíanei~ra: mais 'do que saber, importa-lhe nao errar .
is.ob. ai., pp. 47-48. “
11. Philosophie du Droit, p. 111. ° 16. Kritik der Urteílskrafl, p. 7.
12. Ausgewaehlte kleimi Schriƒien, p. 95. 17. os. ai., p. 9.
13. Idem, lbidem. 1s.oi›.‹zii.. p.s.
14. Ortega y Gasset, ob. cit., p. 7. '
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98 Do`EsTADo LIBERAL Ao ESTADO social. o Psnszuasmos i>oi.Ii'.ico DE KANT 99
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'.-:,'\_'°j*-:Li_-'1;_- 1,1
~:`?-z Qrvu-‹› T.-
coisas e cabe tão-somente _ap`er~feiçoã_-la,.acrescentando-lhe, talvez, dar uma nova ciência do conhecimento, de princípios extraídos da
o. princípioda mesma, p_ara_de$te_ modoáafiançar, por um lado, seu ra-*zão pura. O que se situa além da experiência está vedado ao nos-
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_-¬._¬c._-. _. ""-''.-aff'“;" 5-

n'^ . r'¡ -Yf7'¡
Ill 1' -g-
rigor, __e, .por outro, poder determinar com exação as subdivisões ne- so conhecimento; o que fica do lado de *cá da mesma não foi ainda
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cess_ari_a_s. __ _ ,_ .
` _ 1 _
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investigado, mas pode ser objeto de investigação e o é de maneira
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urgente, digna e necessária.
a'" D *O
11"

'fÍiodo' conhecimento racional é, ou material, concernente a al-


I'
É pi ..
'Ii

5:.
gum objetci; ou-formal, quando versa apenas formas do entendimen- - “A Crítica proíbe o uso transcendente da Razão (aquele que
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Iii il
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i r. to ou «dagprópria -razão, bem -como regras gerais do perisamento, transpõe a experiência), mas permite, exige e exerce o uso trans-
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sem que se faça' diferença do objeto. A Filosofia formal se chama cendental da Razão, que explica o coriheciinento pelas condições
|.
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. _ "1 1
ii
i_.

Lógica; a materia-l,. porém, que lida com determinados objetos e leis, não empíricas em que ele ocorre."21_
Il aos quais se submete, se bifurca outrãv-vez. Estas leis são as leis da O método crítico tem carãterzconciliatório, e busca, assim, ultra-
¿.
i ..,.
Natureza, ,ou_ da Liberdade; _ _ passar os dois .rmƒnos metodológicos tradicionais - a dedução e a
.vs:..-__-_n.i- _ -,
"A ciência das primeiras'-.se chama Física, -a das outras, Ética; indução -, indicando a parte que cabe,-ã experiência e o papel que
fi
.I Í
.f _
'T ._
aquela se denomina” jdoutrinaf da Natureza, esta, doutrina dos Cos- toca ã Raza'_'_o,_ como ordenadora da matéria do conhecimento, pelos
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:lí 1: li ¡
tumes.” « princípios inatos que nela residem, anteriores a qualquer elabora-
ií1
;4
¬"
a. A`in_tfer`vençao da filosofia kantiana na tormentosa controvérsia çao empírica. I
il

__
- .:. Esses princípios existem na forma de dados puros do espírito,
.,i

'i ¬.._¿_..-n_.__
kl metodológiéÍi'cbnsist_e, 'segundo Windelband, em pesquisar a racio-
H l.
' 1
nalidade do "U'iiivêrso e dá Vida°'riös.i'riiais profundos recessbs da invariáveis, absolutos, como categoria-s do entendimento. O méto-
'I
.JI._
l i
cc'-S¿nsÊ:iên'cia e daí determinar, emk todas as direções, o conteúdo irra-

«If
do ,transcendental reforma a Filosofia, iuiindo, como disse Falcken-
E3
.'I
I'-^""`i¡.'¡?1'L4"

u
cional da realidade. ' berg,” o_ ideal baconiano- de -ampliaçãozdo conhecimento à certeza
.1
-.-.. ._-
fl a-1;!
-'i
1
1.
O método que ele pröpõe ã realizaçao desse fim se chama crítico cartesiana. -
J
lil
_.
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I.
ni]

ou ti'anscendental.'° É o mesmo Kant que-o defende: "chamo traiis-


“J
E '_
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f.
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4
5' _'
¡.
.‹¡f cendental todo o conhécimentofque não se ocupa tanto de objetos, 5. Ética, face idealista e renovadora do sistema
¬'-1

como dó"nosso modo de'_coi-iliiecer os objetos, na medida em que isto


.A Crítica da Razão Pura forma, indiscutivelmente, a espinha dor-
seja possível 'a' 'p1':'ori"Ã *Daí extrai Vorlaender três condições: o méto-
m¬,. ,¬- , . _
i'
sal do sistema crítico da filosofia de Kant. Ali se põe abaixo toda a
-I
do transcendental se ocupa de objetos; o método transcendental não
.-.|- -

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se ocuzpafdi-retfamente de objetos,zm-as do "modo de conhecê-los"; o antiga Metafísica, e, depois de golpes devastadores, cuida o filósofo
de recompor, em novas bases, com genial substitutivo, a teoria do
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mn--" 1.1 ._.¬,.

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méitodoitranscendental visa a determinar a possibilidade apriorís-
hlfil.i.'h§"*¡-Lfi"'“*'_ Ã
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tica das leis que governam o conhecimento do objeto.” conhecimento.


No campo gnosiológico, a força das idéias de Kant e de sua crí-
4¬.^-i._u-z\¿ø-

É o' método que Falckeberg coñdensou de maneira não menos
ticã'aiid'à"z aparece com nitidez ímpar,_,a_brindo para a ciência os ca-
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clara, ao escrever: É
minhos de uma renovação .de métod_ofš. a filosofia crítica e no-
u¬-3- vw.
' "A Crítica, quando esquisa as condições da experiência, proce- meadamente sem a sugestão -da gnosiologia kantista - cabe-nos
de segwido um métodb, que se chama a si mesmo de transcen- perguntar -, acaso teria sido possível a nova classificação das ciên-
ú
n
1 dental. Onde se seguira até então método metafísico, lá seu objeto ci'ãs'de Dilthey? _
era o supra-sensível; onde, até `entã`o} o conhecimento fora objeto de
_ -.F.oi, porém, no=domínio ético' que zo-filósofo ostentou a face mais
investigação, se procedera pelo método empírico, psicológico. Kañt
idealista e renovadorade sua doutrina, sustentandofcorajosamente
deve ser çonsideradocomo criador da teoria do_conhecimento, pois
ñ
o "priinado da razão prática”. °
J_
lhe indicou Q ponto de vista transcendental. O _c_onheciinento é obje-
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to da experiência, mas não as suas condições. Urge explicar o co- Com as três Críticas, concluiu Kant a primeira parte, não menos
l nhecimento e não apenas descrevê-lo psicologicamente; urge fun- séria, de seu ingen-te esforço de' superação dos sistemas filosóficos
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19. Lehrbuch der Gcschichte der Philosophie, p. 447. 21 ¡_Geschi'chte_der neueren Philosophie, 3Í9.
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' 20. Geschichte der Philosophúe, p. 353. 22.ob. ai., p. 314. . _

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ioo oo Esrâoo LIBERAL Ao Esrâoo social. ‹

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o PENsAMEN'ro Poi.íi'ico DE 1<_›iNT ioi
que o antecederam,-,.a -saber, de 'um-lado, o empirismo, de outro, a '<
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metafísica tradicional, .em grande_«parte de sabor escolástico..ÍMas \ Estado, do Direito e da Liberdade, .a qual se nos depara precisa-
essa superação só se completa .com a Metafísica dos Costumes, onde mente-numa das 'faceisran-titéticas-?de seu* sistema, ou seja, na razão
vamos encontrar a sua teoria do Estado e do Direito.
rw.z-fv-.

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prática, no campo.`da"éti'ca,¬nö;âreino dos- valores, do outro.:-lädo, por-
1'
\ tanto, da razão te‹_írica,_ da Namreza,_,da_exp,oriência, dos fenômenos.
6. Dualismo na _fi`_l1osoƒia de Kuyt, com a superação da metafísica e K Teve razão Wilhelm Wundtfquando-a°ssmalou que unidos resul-
do empirfismo z ;;,_- _-1- -, . 3 tados da filosofia lçántista fora'-o;~corte dicotômico com que sua críti-
caseparava of campo do conhecirnento do_camp.o da fé ou :dos valo-
O' sistema kantiano caráeteriza-se essencialmente pelo dualis- E
L
res, dist-inguindo no ser humano a-cápacidiade cognoscitiva da capa-
H

mo que instaura entre a Natureza e o espírito, entre o mundo da B. cidade-volitiva, como duas linhas}; que, todavia, correm paralelas. °
realidade e o mundo das idéia-sfentre indivíduo e sociedade, entre O Kant pessimilstaé' aquelefiqúe šeretrata em grande parte na
matéria e forma, entre'-ser'e"d`ev`e`r-ser, entre conhe'cimen'to'e vonta- Crítica da Razão __P1¿1?1.!,:,q¡¿_a¡¡_<;1q,-.,i_i,u_m_a concesgsão ao empirismo de
de, natureza e m`o'ral;'caúsalidade'e'liberdade.” ' §,Hume - que ele, co_m_o_¬f‹ilósofo,-idea-l.i.sta, naturalmente visa a ultra-
Ao ressalta-r o' fato- de q”*iie'ês'se dualismo se evidencia 'tanto na passar -, admite que .todo .nosso gonhecimento. começa com a ex-
teoria* do conhecimento' ëömo '"ética,' 'o' filósofo dinamarquês periência; embora--não .tenha.- nela,oi3igem;e,x;clusi\¿a. __
Hoeffding acentua que "toda "a filosofia de Kant se caracteriza por
dis.tino'õ'es~2 rigofirosasšf-.›i(:'š'seitíe~i zganze -Rhilosophie ist durch die É, do mesmo passo, o`1I<.ant=if=ispira*¢l'or*d.'a`icorrente positivista e
naturalista, que se acercou do materialismo, e a.que°a-l-ude Windel-
scliairfen Distinktiofnen'characltter§is_iei=t€$)ii? ' ' f '
band como sendo aqu_ela¿que .ac¿eit_aàa,s.vei;da,_des da.filoso_fia ç_,1;iítica,
-Essas di'stii=içõ'esi e:fcoi=itr'ast_es='teriãin“ sido, aliás, indispensáveis, na medida em.._que esta,pos§i1lgr.a_,limitaç§o,_essencial do, conheci-
conforme expressa' -Hoeffdirig;._.pá-'ra' que pudesse-Kant 'testabelecer mento._científi_co à _experi_ên_çi_a ,e demonstrate impo§sib.ilidade de
a validade do conhecimento e a incondicionalidade do ideal-ético”. toda rnetafísica. A esse grupozdecientistas neokantianos pe_r_t`ence,i_i,
Sublinhar, pois, o caráter antinômico do pensamento kantista entre outros, Helmholtz.”_ ¿.. _ ,
constitui pressuposto essencial ã compreensão de sua doutrina do
Tal direção do pensamentonpós-kantiano :aprecia na obra de
231 Ernš_t v'oí1 Ast`er,'filósöfo posifivista alemão, advers-á`rid.'irreconci1iãvol da
Kant; fsobretudp, aquela conclusão a que. ele cl'iega,‹_~.q-uando -afirma.
fenomenologiaüe Husserl eirenovadbr br_iihante -de znoininalismo na moderna teoria que "a facu-ldadecogifioscitiva do Homem..é.im='poten~te para ›expli-
do con_.hecimento,- .res.ume, em sua_¡ii¿i}portaxití§si¿ina, obra História .da Filosofia car, mediante idéías puras, a essência da -a_lma,.o:'Universo,.o princí-
<.fëe=f=.¡.!§'~f-:fif‹:.‹iez_ P¡tz_i__1,z›§,ç¡¿l5p),_«z_›4i_._zzz¿z_z fzz_zzzizzz_z,,z,z,zi.zi as fiis$çfiz_;‹snúsizz _. _ _ _ . - pio da causalidade na Natureza o.u_.__a existência de Deus".2°
"Per`cebe'-se,"pois', ein `fá]`escríto, quéduas questões' incessantemente o preocu-
pam, e. conduzem a um sistema metafísico: em primeiro lugar, como provar os fun- Desfere,assim, golpe mortal na-Psicologia, na Cosmologia e
damentos de uma: ciência da .Natureza (d_e.m_a_n_eira rigorosamente certa e _inelutã- na Teologiazdo veltío racionalismodogmático. _
vel),_o,_de quo-o lado, ayerigoar:a__possibflid,ade de vinçulação dessa ciê_nci_a_z_da Natu..
re`za'¿"`¿[i1e, sšegiiiído Né`i¿~`*ton,"é estritamente causal ematematicainente c`o'nsh'uída,
Transfere Kant toda essa o_rdem,çl_e-_indagações para ou_tr__o.terre-
coiñi-unfa concepção dó*'protetora-'da'liberdade?-hiiinana e de sua' dignidade no, libertando-a, pois,-. de uma.~justific-ação,científica, re_tirando__¬a da
moral; capaz de permitir que nos numa ordem' ética universal. ~_ ' gnosiologia para a ética, da razão .pura .para a_-«razão prática..
§'São a_demai,s,'os dois p_ontos'fu'ndamentais dç_.¡sua f¿_iJ_or_,of¬i_a" ("So spuert man
doch` auch gerade in einer .solchen Schriƒt, dass' zwei Fragen ihn. iuiabláèssig Importa isso, fundamentalmente, uma retomada de posição no
Y

beschaeftigen,_di`e zu einem System der "Metaphysik" draengen: Wie lassen' sich âmbito metodológico. Kant não ainesquinha aquelas considera-
einmal -idie`:(šr.iuidla-gen_'~eí1ier Wissenschaft-' von der Natur in unbezwei-felbarer ções. Torn`ou-as, porém, descaíbidas-na esfera em'que o racionalis-
1
C_ewissheit_.-und,-Endgueltiglçeit dartwgiz ,wie laest sich andererseits, mit dieser. mo antecedente as colocara. ' . '
Wissenschaff von der Natur, die nach Newtons ,Voji-gang .sti-eng. _ À l

matematísch aufgebaut sein wird, eine Auffassung deif Welt verbinden, die dem -Se sua crítica aquiêterminasse;-como efetivamente terminazpara
Menschen Freiheit-" mid- sittliche= Wuerde wahrt an eine`i- °sittlichen fl
os materi`alista's*_"d'e_`:filiação negadas ef- destro-
Weltordnung festzuhalten-.erlaubti “sind auch weiterhiii die beidenzGn.indfr_agen Y çadas aquelas,`idéias.' _ '_ " _ * _
seiner Ph.i.Iosophie" (ob. cit., p_. 275)'. ` .r-É ~ T--iii .-.H '
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24. Lehrbuch der Geschichte der neuerçfi Ph üosophie, p. 140. _ 25. Wilhelm Windelband, Die Philosophãe im deutscheri Geistesleben des 19.
Com respeito às antinotnias no-ëritícismo kantiano, ir. também, o que escreve [ahrhunderts,p.80, _ ._ _ - _ _, , _ _
Karl Jaspers, em Díe`Grossen Philosophen, pp. 453-458. `
26. Wilhem Wundt, Eirileítung in die Philosophiie, p. 237. -

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o PENsA1viEN'ro. i=oLi-rico Dis mm 103
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io: Do Esraoo LIBERAL Ao ESTADOÊSOCIAL Ç

ij Mas Kant quandoias pôs na órbita da vontade, remefefld0-85


timativa de Kant, em face do seu próprio is ema. Decidiu-se, evi-
dentemente, pelo primado da razão prática. A sombra de Htune e
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para a segunda.parte. de seu sistema, demonstrou, ¢0m ISSO, que


H dos materialistas ingleses, em cujo trato ele era tão versado e cuja
não era~tão-somente o temível e implacaveld€1'I10l1d°1'-
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influência padecera, se alonga cada vez mais de sua obra 3°
Nao as abandonou entre_as ruinas de ed1.f1¢1ë mettafisicggäilicer O momento rousseauniano na vida de Kant assinala, pois, o en-
r
sabara sob a intensidade critica de suas ideias. avou nov _ O contro do filósofo com o homem. Até então, o subjetivismo kantia-
ces e na região da vontade, se reconciliou de todo com 0 idealismo,
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no era todp Razão, Razão pura, I.ntelecto`absoluto, abrindo sobre o
;“_:~:f'-. -f':1. -.;:_~.- - levantando uma construçao - espiritualmente
~ - - mais nobre, qu e Psw er- J'

515.?
›-.="'_- :~f _.=“}:¬-.-'.Êr-':z.\}-'H:2É-_Í'¬!.=»":. mundo o poderoso feixe de suas faculdades cognoscitivas, que
mitiaà Ciência coexistir com a Filqsofia, de modo a operaiíiägäâ e a Kant, com admiração inicial e pessimismosubseqiiente, investiga,
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peração,¡ isto é, remover o deploravel conflito entre a rea n

para responder no ca_mpo gnosiológico às interrogaçães que a dúvi-


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idéia, .o ser e o dever-ser, o fato e a sua valoração. _ ' da filosófica de muitos séculos não chegara. sequer a formular.
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Kant estabeleceu, por conseguinte, dois vastos pólos para evictlar 1
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,Depois do Íencontro com Rousseau, Kant, o racionalista puro,
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o dissídio e a confusão que a'ntes imperavam, quando Preta" 'Í contempla o Homem como individualidade ética, dá-lhe mn sopro
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1, afirmar ou negar, por meios empíricos, as verdades contidas no rei de vida e sentimento, ocupando-se já do Di~réito,`do Estado e da Re-
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no da ética. É, nesse domínio, o grande racionaliaadør, que °×P1â¡'8a ligião, na parte menos compreendida e.por isso mesmo mais injus-
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do Direito e_ do Estado todos os elementos contingentes de or em tamente combatida de todo seu pensamento filosófico. Lendo o
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¢ histiórica 'e empírica. O O Emílio, o filósofo se deixa .de tal maneira.-arrebatar daquelas páginas
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“Quando 'chega à razãoprática e fšunda, entao, 8 PÊÚÍ7 fais comovedoi-'a`s que até esquece pela primeira°vez as longas caminha-

~i.- .¬.' - ‹.'Zlš.Í.': pö'rt`an`t'e` de seu idealismø, 0_91×0 d€._if>.C_la 3 sua f1l°5°f¡a' °_'§Ê¡aâ1° das do passeio a que se habituara todos os dias.”
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do por e`×p'l'icar no plano racional as açoes do homenäque É , a- Das paredes modestas-*e desataviadas de seii quarto de traba-
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homem que atua frente aos seus semelhantes, dele se. .espe em 11 l
lho, um só retrato pende-: o de Rousseau, imagem da mais' proftmda
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turalmente os cientistas e pensadores de indole positivista, qup Se


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influencia que lhe chega do lado francês, só comparável àquela dos
ingleses Newton e I-lume.” -
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situam à margem dos valores. E, fi0~`°.9flÍêflt°f P°d°“_a1Í1' °°¡Ê1°, an
tos outros, ter acompanhado, fora.de toda contradiçao, o insigne _O otimismo burguês criara também a figura de um homem, ge-
¡pauz;raum-
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I Mestre, na esteira de* seu idealismo, sem quebra-de avanço ou pro- nialmente esboçado nas reflexões de Ortega.y.Gasset.
gresso para as ciências experimentais! _ E este é, em grandeparte, o homenildãffilosofia kantiana.
Confessa Kant ue aprendeu na obra de Rousseau a amar a li- Mas onde Ortega vê a ação dos pensaídores ingleses, queremos
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Í'-:nr ''_':-"_' -3._'-z7_ `.-ͬ"5«a-+*‹\7-'I°~3¡-
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berdade e a moralidade acima da inteligência, ‹'=; qllalí en; detemu' ver, antes de mais nada, a presença de Rousseau, animando a
nada idade de sua vida, se lhe afigurara o mais a to va Or. reconciliação humilde de Kant com o homem burguês, o homem-
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povo, de quem ele, na mocidade, já dissera, niun assomo de arro-
› Nessa época, o conhecimento era, para ele, 0 fíífl Sêlšfâlíšg (Í: gância intelectual: "desprezo o pop ulaci-io, que tudo ignora”.32
existência. Rousseau, porem, o dissuadira desse eqiíivq aéitude es-
1-¬=Í=¬‹1*-' No mais, Ortega y Gasset é rigorosamente verídico na interpre-
nhecemos passagem mais clara que esta para assina a tação que faz a esse respeito, escrevendo:
- ~ ' ' da ' ”Quarído vejo, na ainplalp'erspecti§'¿f_a°__¿=ia História, alçar-se, fren-
27.0 neokantiano Bruno Baueh, ao contrario, ã_f>'l'~°=-Senta “Wa mf°fP1'°têÇa<;L-m. te a frente, com seus perfis contraditórios, a filosofia antigo-medie-_
- -. -.--___-
ob,-a ¢_1._-.¿ 1(¿¡}i, rzanpfefindo para a Crítica do juízo (Kritik der Urteilskraƒt) o centro

zaafizda W‹‹zzzz e Ps°“°“i:.fâ.?.:“::.“,:f.:f.25:;


damãlgäadêãär Édâisgfllgnto final do racionalismo 6, dO H'-°5m° Pa5$°f °°m° inicia'

i›¢if°.2›¬S‹=s\1i1<!°-fsšsfs Ssssfz °°°"¬° °=°- °°““*-“fa *`~'*f“,,P" " a fas 'àz._...iz..z,s


' 29."Com`os empiristas i,i1'glèsÂe§":'ésteve`__l(aliit de 'ã'É;°ordo .em reéorihecer, como
pressuposto da ciência' da essência e_ das limites do
conhe55iinento*l'iur`na`no. É b que nos `ensii`i`a` Jodl"ë`m seu estudo aéèrca da filosofia de
Urteilskrafi. E o jovem Fichte, conforme o mesirip histpna 0f,_flU-F_“ ° . I ,S abschf Karit 'iiö excelëiitë 'tratado' Ge§ch'iciffa'¿i};F ÊH£lüÓpiiíe,`p-. 557.
-.-a.p__--

que
ra" (“Dz?5 aflerbedãšiâendste und das dunke te ) 1 z
. _ 3¿j]¿._,I-Iern}¿_'_;_i_in Gloclcnér, Dié'_¿2ii_r_'opiíé;Iš1çÍi_l\š"`ÊfiiÍošoph'íe. lfori den Anjberigen bis zur
Gegfnivitrt, p.'612. - ' ' ` ` _ '
Rechtäählfiãsdsenophwkfssmaia a aversão de Kant idéia de geníã-lídadë (Ímmanuel Kant'
ai. i‹i¢m,iiz¡‹iem. z ~ " ' '
32. Hermann Glockner, ob. cit., p. 607.
‹-__-_*-" ›'-
sein Lebèn und iseírie Lehre, p. 72). '~ . "
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o PENSAMENTO Potírico DE i<AN'r ios
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. 104 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


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val e a filosofia modema, afiguram-se-me elas duas magníficas toda indagação ética e 'tormento das escolasiilosóficas que dele,
antecedentemente, se ocuparam.
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emanações defdois tipos de homem exemplarmente opostos. A filo-


Ia sofia 'ant-iga, frutificação da- confiança e da segurança, nasce do O provecto juristae filósofo espanhol Felipe González-V-icén, re-
novador do movimento neokantista na península ibérica-,-assinala,
:ii guerreiro. Na Grécia, como em Rom-a e na Europa nascente, o cen-
tro da sociedade-éo homem de guerra. Seu temperamento, seu ges- em páginas de admirável vivacidade críticia, a irnportãncia capital
li. to ante a vida satui'-am, caracte'rizam:a convivência humana. A filo-
sofia moderna,.produto .da'suspicácia e da cautela, nasce do bur-
do conceito de liberdade na ética de Kant,-i bem como a manei›_ra ori-
ginal por que o filósofo ultrapassouo dilema da Metafísica ociden-
!.
u1'. guês. É este o novo tipo de homem que vai desalojar o temperamen- tal, contido na milenar contradição: determinismo ou_liberdade.
to bélico e converter-se em protótipo social. Precisamente. porque_o 0 O .problema deixa de ser para Kant, segundo Vicén,- o de saber
burguês é¡aquela espécie de hom'e`m que não confia em si, que nao se a liberdade existe , para se converter noutro, mais profundo, ou
se sente:se.gui¬o por si mesmo, 'que necéssita preocupar-se antes de Seja, ' como e possivel _a.liberdade".”
tudo Ide 'conquistar a segurança. Antes de tudo, evitar os perigos,
Kant, ao explicar a liberdade, não nega a causalidade. Nisso vai
defender-se, precaver-se. O' burguês é industrial e advogado. A
uma distinção fundamental entre o seu pensamento e o da Meta-
Ecónonziiafe o Direito são duas disciplinas de cautela. .
fisica clássica. . ,
- -"'No.-criticismo =kantiano contemplamos a gigantesca projeção
2'E;-_.z':*__"-=z,_f=z.':-;'_Jz""«':.-=_ec-2*
fm¬¡I=-Í.¬°-_;-5T.-,'ig.,-=F!'~_z,;¿'ú.=¿rz|¡.5-;z.¶1&'~¬"
da-.aflma burguesa:queiregeuos-destinos da Europa, com exclusivis- no Diz p proficiente intérprete neokantiano Fel_ipe.Gonzále_z ¡\/icén:
.É .
l1.:¡
mozirrescente- de'sde o-.Renascimento..As etapas do capitalismo fo- _ Cal:¡U1'lh_
'__.0_ queeegue aa Filosofia critica 'é exatamente o contrário:
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1!
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rain~=-íc_or.responde.ntemente-zestádiosg da evolução cri ticista .i Não é nao nega o caraterfenomemco do Homem, senão que,_ partü'id`o*-dele,
I
acaso que Kant receb.era'-_dos.--pensadores ingleses os impulsos deci- m0_stra_a possibilidade de sua livre determinação. Não se' tifata de
ii sivos .pa-ra_›_s_ua d_efiniti_,va criação. «A Ingjlaferra hfiV¡fl.<'=`h€8ãd° flflfefi
que o Continente às formas superiores do capitalismo."3Ê
achar tunazlacupa, um espaço vaziona necessidade universal=de"*cau-
sa e efeito, senao ascender daí o conceito 'de-liberdade, provfando,
1E .¡i»°' -."_-› P310 mfmš, que a Natureza e-a_=I=.',ib_erdade' não se contradizeiri";Á°‹'i‹ ` ~ -
7. O problema da liberdade la Achamo-nos, aquifi' ein presença de um dos mais ~célëtireÍš'”dua-
.i
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Erigê arliberdiade' como pogtuladp daiaëão prática, "deri- fSf“°S“1“° 3 f'.'°S°f¬fl 4° 1€‹1~*1f.¢fzs!*.s'¢ss @.*<.>mfl .<=<›'‹«›‹› i›<rfzf‹'›~.i=1:í:‹=f. r›'á›*->
tida para resolver o problernê-:_ em quese' debatiarn, sem chegafr afne-
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vada da e×is_tênci`a lei.j-fipral do Ho'iiie_m".°" nhum acordo possivel, empiristas e"ra'cioi°ialistas. "" '

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E recoiiihéct-Ê' á d`ifi`cú_ldade em resolver ,esse problema, "o mais
1
difícil 'qtie a' razão prát“iÉa°'pIr`3põe ã razão especulativa", riúcleo de ”3. Que posso eu esperar? .("AJles Interesse' rnéiner Vemunft (das spekulative
S0_W0l11, als das pralttische) vereinigt sich in folgenden dreí Fragen: 1) Was kann ich
wissen? 2. Was soll ich tun? 3. Was darf ich hbffen?").- °
33. Ob. cit., PP . 12-13 ° '. ' .'
I'
_ _ E acrescenta: "E`:ssas.t:-ês perguntas sãq; aliás, aquelas a que se submetem as trêsi
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34. Kant não devaneava, senão que atingia um dps pontos mais altos de sua re-¡ '
flexão ética, a'‹:›"a't"i'r-inar: ”D_u`as coisas me enchem sempre de renovado assombro e d15C1Pl1“35 da-'P1_`_Ópna Metafisica, como Metaphysica speci'alís_. O conhecimento huma-'
np entende com a Nattireza na concepção mais largaido que existe (Cosmologia),~os
admiração: o céu 'estrelado em cima .de e a lei moral dentro em mim". Ai, resuš
me ele, de modo quase genial, o sent_idç,_de›sua_ filosofia, depois da org1.i.l.hosa__re-v9lu- a °§ 5a° a ahvldade d° H°m°m, ffifipettante à sua personalidade e liberdade (Psico-
lo§'1_f-\), e a esp_eranÇfl referi:-se imortalidade como bem-aventurança, ou seja, à
ção çoperpieanal que pie m_esmo_‹.jonfes§a !h'av_e_r opera_d_o no cosmos filpsófiço.. Kant
faz 'i:l't›` Homem ö ei×o_dÉ toda stia.'i"n"clag'¡¡;‹_;'ão çi'ítica'. Esta __a razão por`cj_ue` Heidegger, ga? Cu*-*nm DÊ!-15 e°Í'_Dg_l8)( Dlüoç Fragen sind-.aläfir diejenigen, denen.die dreí
em 'obräi clássica, reçiiltãlitèriia-*és'seiiëi“ál'¡dái-filosofia kantista a rêconstr'ução" dal D' smp en . ff e\:,§Ênfl1d"MÊtaP¡ÍY$1k~›al§;' If/Íetaphfysijc .specialis zugeordnet sind.
Metafísica, como "Metafísica dos fins últimos", Metaphysíca specíalrs, que abrangeria as meflãfihl.
_ ¢ G-z .ISSBR ..d1e:.Nat›ur im...-v›feitesten=:Sin.ne .des Vorhandenen
flwfimologie), das Tun ist dasi -Handeln .zdes . M-emçhen und getfifft “ines
três “disciplinas principais: a Çosmologia, a_,Psic_9_l_og_ia.e a Teologia. Visava Kant, em
änãífrgäleäágsjéšqoägâeãígas-I-Hoffen zielt auf die U.'n5_i<zz.b]_í¢11}<¢¡¢
análise, segiipdo H_eidegger, a .fi.i,ridai,'nerit_ar_ti Mefafíãka fi.1°5°fia NF'
- eo :: zzsn i' _- _.-
=f°rs1ósisa'- Ílffli =i›°i° d¢===a.1.°u=*ada, flfissflvëz *=f=fl=<=f°v° ° faslfis-zMsslIs <1°
existencialismo alemão piassggem de pmaglas pfçloçães de 1<fl11lf,.~,¢1!_1€@§*¡2.«l1,\,<'=.¡=\f!g¬~.1fa.
405 Pfvblflmde-f Metaphysi'k,pp, .13z,,¡_93)` oãlel. ' Heideããff, Kant imd
' 35. tabfãosafla del--Estado-em Ka'n1f°'pp.14-15, . . z- _- .ç .
fundamental., por i111niíIi=irf9:<l.'¿1'€> .='›¢flfid° da fi.1°$<.>fi=`1<flflfi5*°= ._ . =. .
" "Todo oiriteresse de mi'riha'i'azão (tanto a 'especulativa com a pr_á_ti_¿ca)`cinge-se 36~ 0 2í<=¡*-,- P'-'16-'veia-ëeifüõ mesma Pam. z e× oz.-.' -0 zi i< i
problenia ético na filosofia kantista, onde o autor de âsêädrndeã Fâãsdjšãgcítclä to:
-- ~ E
às três questões fundamentais que se seguem: ä _ *_
: "1. Que posso eu saber? ggäêlsggçiãggitüä-uši)ã;memional da liberdade no pensamento'-de Kantj(l??e grossen
; "2._ Que devo eu_fazer?,

1,
H
106 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIA-L o PENSAMENTO POLÍTICO DE KANT 107

' =Esse dualismo -é o que Kant anuncia' existir entre o mundus _ A doutrina kantiana da liberdade repousa, por conseguinte,
intelligibilis e o mundo sensibilis, entre “o noumeiion .e o phaenomenpn, nessa consideração essencial do Homem -sob dois aspectos: o Ho-
entre a Natureza e a Liberdade, entre a experiencia e o imper&t1V0 mem-fenômeno, como ente empírico, e o Homem como noumenon,
categórico. . í . ' _ como ser inteligível, ou, conforme Jodl, "como cidadão de dois
mundos, aišjpš ser racional, que tem, todavia, uma besta atrelada às
O -noumerian é a coisa em sí (ñas Diflg flfl SÍCÍÚ- O Ph”e"°me"°"' a suas costas- . , _
coisa como ela'se apresenta' ou ~manifesita`.°7
' 'Na Críticti 'afã' Rázão Pura ficou evidenciado por l<fiI:1_fC1U° Ê°"-h9' Iodl, o ínclito professor de Viena, reswne mui-to"bem esta idéia
cemos os fenômenos, a exterioridade das coisas, mas nao a coisa. em de Kant ao esclarecer, de modo magistral, que' "o Homem, como
si, a sua --in'teriorida'dez- A noção 'do noumenori ' e aquela ultima phaenomenon, recebe, como noumenon, dá a lei"."
m

condicionalidàde de nosso conheci`mäenf0z em Vlffudf da Élual tfm' O ¢0I'!fI'0flf0 dialético do Homem-ser empírico, com o Homem-
camente uma zona do ser lhe é acessível. Trata-se de um, COHCBIÍO' âeiàracional é, por conseguinte, fundamental para explicar a liber-
limite, desti'nadÓ=a refrear a arrogância da sensibilidade z daquele a e. '
ni-hi! ulterjus que toma segura "a viagem de nossa raZ‹'=l0--- 3° la¡`8° Como ser empírico, o Homem se submete às leis. psicológicas.
da costa da e_×periência". Os conceitos de phaenomenon e noumenân Como ser racional, inteligente, isto e, como coisa em si , ele se er-
. 0 0 0 I Q '¿ H. , Ç . ¡¡

nã? a‹1u<1¢¿;_¡¡_¡},z.¡,..y¿_;z;}a_<:1__i¡s1fii;iç_ãç;Jentrepbietos, senao a duas formas d¡-


gue acima de toda condicionalidade empirica, movido por força
vsršeszss- aPrs§ss.*ss.ã.ez<1,<>.,<~=.11*.°f~,<i.e.z'›°›. quais
§Ê5£ê§¿!g;¢5i¿¿¿¶19¿B9¡'5_ua_ a Pflmelfa
e a.-segunda, seu°lf'°f'P“at
orizon e e° que lhe confere a consciência do dever, que existe na intimidade
dele mesmo e que sempre intervém _no domínio das suas ações,
sua ftênsss=.1šëssšê.'2zi?.,;z~.», ~z . . .- qual supremo agente da razão, elevando-o a uma ordem moral su-
z Aarésaenta- o insi,gme~-fi~lÓsofo neokaniiano: "Esta ¢0flffaP°§*Ça° perior. Essa força se chama o itnperaztivo-categóricofii
entre fenômenos coisa em si.é a idéia decisiva para a compiáe.enSaIÊa1.1<;
princípio da 'lib.er.d_ade na ética kantiana. Ate tâl ãoíitcše- Êífeito _ Qistingue Kant o imperativo categônico do imperativo hipotéti-
_ qiugggsiši-:ela ',_'r}ao é_.possivel.§âlv_ar a liber .a e_ .d z :erñva dá co. Este .reprlesenta a necessidade pratica de uma ação eventual,
comp meio para alcançar algo que se pretenda”.
prescjiidirn¿iqs_,da^noçao de riounigzion, se parnrinos sã coisas e .- -
2~
0
'
que "n9§_§â.¿§¿¿¡3_e¿~iencia elo uniçoãconhecnnento possive as_ z
portanto, nossa intuição espacio-temporal a unica intuiÇa° Pfâsfi _40. Ceskhíchle der neueren Philosophíe, p. 547, :IQ

vel ", a condição do Homem como fenomeno se converte numa 1” gia 41. idem, ibiaezzz. ' _
42'. Wundt, ao elucidar o que seja o z'mperali'vo.categórico na filosofia de Kant,
absoluta, e sua determinação causal num postulado IHCIISCUÍIVGÍ ~ pontoychave para a compreensao de todo o sisteniafético, assinala o esforço do filó-
sofo, que ele reputa fundamental, como este, aliás, o confessara, em separar a Moral
37.0 rioumeriori não é, como seria de supor, ponto pacífico entre os iuiigerplsè 1; de toda sorte de eudemonismo. Assim escreve o-professor de Leipzig acerca desse
térpretes da filosofia kantistaz-Suyeito a tempestades menosraivosafi Cl seíln em. f°§1'\‹'=\ ffilflfflë Vezes deturpado no pensamento de Kant: _
desencadearam ao redor de outros conceitos do filósofo, &'°Ç0_l-W €'g_8°¡`°aL;i›a em top pç .Em verdade, a sigiuficação da ética l<antiana_nã`o reside nesta formulação, mas
bai:go,.copiosos ensaios e estudos, que ennquecem a vasštisâlmã 1 °8T Mql-1110 ql'1¢,'parã'l<;ai1t,'segLmdo' ele -mesmo confessa, corístitui o fim de toda a sua
nodeišant. - "- ' ' 1 _ _ . filosofia: em separar a Moral da reflexão sobreo útíl*e o nocivo, e,' com isso, em liber-
w¡1he¡m Saue-¡. alude' 30€ faw-de que Fich't_e§e o neokantismo, nomeadamente Câr *Moral deitoda sorte¿d¢'.eudem9iiismo. O impera tivo moral manifesta-se em nós
filósofos-da escola de-Marburgo .(-@0h_¢I\-6 Nä¿f°fl?)›_f°Pl1tajV"*m 5“Pé"fl“° ãa°°2:ê: §|1rstanig:.rife..991ig,‹?,\¿q; d‹=,,C‹=r;s¢fê.nç{‹1‹=~,i1_a-qual se e;‹p__r¿i_m_e um dever 'm¢<›zz‹i¡¢i<›nad<›,
de coisa em si' e,o rejeitavam, 'propondo sua subst1hn?ã0_PÊ1? de “"'ef“_d;)_o ;ím_ por tias do qual-_ se calam todos os impulsos sensiti§;o_s”._ `
centa que outros; como -Scho'penhau'er, dele--nao =d'esfaziam, consi i _ ¿ P°ƒ'f§flf<?¿,_flã_9 ffm-fffff _qfie_pei"ti'ia_ne`ce4seínpre um 'bem exterior, senão o
z›f‹›=s=~‹11v‹lzi>'°f i‹==mf‹a'~f-*=1f›°==*s==1s1s~m***t*s¢°š“*›°“¿ ~ . -. .;..... 1.-zz.
Enxei-'gavam~na'co:sa em sea 'sonmdâcomo- essencia V as coisalääuz té lâe al.
cli_ainamento=ao dever;-*o que-constinu-o' mais -'altozbei`:`n"' ("-Doch die"Bedeutung der
l-.<§I!fl&¢h¢n=Ethi1€;'h§ghmshtim dieser Formulienirig, ésondem mdem, was fuer Kant
Kuno.-p¡5¢he¡---e g¡‹¿1¡¡¡¡¿¡n_m..a`dh1itiam' a-“existencia de um conceito- fez 3 °fi 33°? semen °15°1`[°.fl Bel<enn|:ni_s das Ziel seiner ganzen Phílosophie war: in der
cançasse nosso.lconhecimento,
' e no " - 'da n razão seria
SÓ E Pflffë _ _ determinável:
_ , d. S °s~°'““8 d°'.^!£§":=.1 iei¬s°iRs.fls‹×=se- “°!?*%f..ssss!i‹h me sâizedfizi and dzizzúz
Afinal, acentua Sauer, há aqueles; como.-Ri¢l\1. qflfffêem que Kaflt P¡"~Êt°“. ia von jeder von _Eudáemoiuši:nl.is. Der htoraliscfie' lrnpératiii "gibt sich' unmittelbar
elimina' ¢°:1l\s.¢iin°fl*°.;im°51ístÇ› .dee z¢°iSaS °- flëmmf “.P¢“°*" -° =°°“h°°*°`°“t° in uns als eine Stzmme des Gewisseris Kund, in der -einiiiinbedingtes Pfljclitgebot sich
mediato,nos-linziites da razão--r'“.= ,-2 _ :z. ~' ,:= - =- ausspricht, lunter den alle sirmlichen Neigungen verstummeri. Dan-im' ist' nicht die
38. Eelipeflönzãlez .Vifiëflz 0.5- ¢1¬'-“~'P-19-z== - - __ ' WUÍTÍJWIYT, die stets -nu.r ein aeusseres Cut bleibt, sondern der Wille zur Pflicht das
i 'hoechste Gut") (Die Nationen und ihre Philosophie, pp. 85-86).
39. ob. ai., pp.19-zoz '
ú

LQ8 ,DO ESTADO LIBERAL AO_ESTADO SOCIAL o PENsÀiviENTo Poi.tTico DE i<A.NT 109
Já o imperativo cateãórico é aquele ante-o qual uma ação em si tem tão poiiqa importância sobre as*leis do conceito da Liberdade,
mesma se apresenta 'io jetivamente necessária, sem relação com como este ultimo sobre as leis da Natureza'' .*°
qualquer outro fim".“' ' ' E, comisso, diz c`›';profimdo_intérprete“'da filosofia "A
- Ex lica Ó filósofo ue o im erativo hipotético constitui um ¡nt°"¬°8aÇ5° dê Cluë Ka-“Í hàvƒaf'pai§ti°<_1l.0, a pbssibiilidade dáÍl*iberÍc1__'à'-
princíprio prático problegiâtico-assgrtivo. Problemático,_-quandocon- de mundo determina‹Ê_lo pela causalidade natural,- encontra
'ra - . -'°- f.“" ' - 'if .*"- ¡ ' ' .----1' ›

sidera bom o ato para o qual se tenha uma possível--inter-i'çtão. aqui sua respostai. defii1'i`tiv'a"Í*°' """* i- 1 - ' - * __
` . . ¡ , _, _' “_
Asseçtivo, quando essa intenção. real., _, __ .. : _
O imperativo categórico, em que a.ação._s_e acha desvincula__da COMO Se Vê; a liberdade para ,Kanté apenas uma idéia, ápaná-
gio de todos os seres racionais, autonomia da vontade. . ' ' ' .,` _
de qualquer fim, ou intencionalidade, vale como princípio prático
apodítico.“ _ ç . _ _ N°5_FU"dflm€Y1f0$ da Metaƒísiça -dos Costu,mes,. expõe .Q-filósofo,
' ,Depois de afirmar que no imperativo hipotético n'ã'jo"s'e sã_be_de ¢<_>m mui? Clereza. esse wnceitoz insuscegvel de demonsp-açã_o por
anteriião o que ele encerra, até'q'ue nos seja dada determ'ina`da_co'n- via experimental, de rnodo que p'ara_e_le_`se. faz impossível pefigcebgr
dição, diz Kant que no imperativo categórico se sabe imediatafiién- a liberdade, visto que sua real1.dd§í€z0`bje,t¿z_'Qa escâga às leisÊda;N@.1;u¡-e..
teo*q-ue..ele contém.” . ›. '- =r-'° za. O que, na verdade, podemos 'é c0m19J'.¢¢ndê-la, ¡-e¢0nh?ecêgia _nas
'®"i`rnperativo' categórico, princípio 'cardeal da liberdade; :eixo ações dO HOITIGITI ¢0m0 deternúnação da vontade. racional~.ÊÊ‹ if
de todo o mimdo ético na' filo`sofiä-de~'Kant, resume'-se=no célebre i o Em suma: foda ação que-t'em.cöin'o pressuposto o Homérfn em-
aforismo: "Atua apenas seg1indo*`aquelas -máximas; mediante as pirico, ƒpnpmenico, é, não obstante, ação* livre, no momento-em que
quais possas ao mesmoftempo 'qu'e'r'er- que elas se convertam numa 5° f¡l°t°fÍ¡1"1m.pf'>r uma vontadé;~'um"querer- heterônomo, pujramente
lei geral"“'° ("'handle nur nach' derjenigen. Maxime, =durch=d-ie du ã=\¢1°flãl, que não pertence ao Homem fisico, o Homem individuali-
zugleich wollen kannst, dasszsie ein allgemeines Gesetz wei-de'~'). ãde, ser biologico, o Hamem coisa entre coisas. mas a oiitizo Homem,
A liberdade em Kant aparece, pois,_ como problema puramente a saber, o Homem moral e inteligivel, o Homem noumênico, o Hb-
ético, que se resolve na esfera dos valores. Suá racionalização com- mem pessoa, o Homem como "coisa em si” (Ding an si`ch),`ou.seja,
pleta surde como dos maiores trii.u1fo_á_da filosofia critica, _a maior enfim, o homem=na liberdade!
conquista do engenho humano, como dizia Schopenhauer, que ain- Q ' I
Q ' , ' 1

da se não decepc-ionara com a primeiralparte da ética de Kant. 8. Direito e Estàdo ' _ - --' -‹
Deixa essa liberdade de ser fato para constituir "a referência do i ú ú 1 , _._i.¿
eu empírico à sua condição transcendental'_',_-Ou, como assevera H E×PlÍCadfiz POI'faI'ltp, a noção- de liberdade na filosofia..d¢‹1(am,
González Vicén: "Do mesmo mpdo que a-teoria critica do conheci- Ja se apresenta menos aspero o .ca~`minho para a consideraçãorde «sua
mento repousa no primado absoluto do Eu -como principio confor- doutrina político-social. . - 5 _; _,
mador do material empírico, assim-tambémça teoria da liberdade O longo 'exórdio-que fizemös acerca daquela moção funfdamen-
significa a. ordenação da vontade pela do Eu inte'li"gi'vel1 tal que-_A.l'_|.rens_diz, Som assaz de razao, ser o "ponto de pair;-ia-aff e .O
isto é, a supremacia da determinação racional sobre todos os afe_t_os
ponto de chegada- 'de-toda 'a reflexão ética/. na' filosofia de Kant,
e impulsos que atuam naturalmente sobreo querer humano. As
duas ordenações, a da razão teórica, que -tem"›por objeto o mundo Pcfdeläfi' levâr-nos _-muito .longe no 'subseqüente e×ame= critico e
ente a teor_iardo°Direito ef do -'Estado cnadapelo genialfiló-
do-' ser, ea da razão prática, que 'é uma prdenação de sentido.,_não sofo de Koenigsberg~.i_.~ z‹.- - .. . -- _ - - . ,_ .d
podem, por isso, encontraj'-se nunca"".*7 ', Ç. " '_¡ _ ._ _ i
Na Krjtik der Urteilsltrqft, a última.de.àSuas.críticas, Kant susten- A¡8uffl"f=\S 'essenciais não"po_derão, 'contudo/'siér postas à
ta, conforme lembra González. Vicénpque.-'='oi'conc.eitoda -Natureza Êfifgfmz V1SfQ°_que2 ¢oñti'arip, seria deixar inintéligiívelô sentido
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¡ . .I II U'
_a moqLu1iental~-contribuição qiie;.*em~¿_1et¢mm=¡¿da é " - .äz~a.z1.¶¡5¡ó_
n 43. Imman_ue_l, Kant, Griinrjlegyrig zuír Êítgçp, p.34. “az ° Sfib1°'flflsfliäö*dëÍ1.~a°s-lësiiiäóàffdó Direito éüz olíiié.-«ieeiija
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|_. ›: .1."¡11 J,I.. ,__.. . :J ',¡. .za { , \ _¡. '.

44. izzzmzmzzi Kani, ‹›i›.”‹.-ii., pl as. ' - _


-45... Ob. Çit_.,,p. 42. . 2 › 48. Felipe González Vicén, ob. cit., p. 32. .' '
46» Idem; ibidem. D 49. Idem, ibidem. '_ ' .
47. Ob. cit., p. 32. . * . 50. Gmridlegiing zur Metaphysik der Sittfen, p. 86,
n ' n
0 o › 0 '
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110 oo Esiaoo LIBERAL Ao Esraoo sociai. o i>ENsAiviE1\rro Poiírico DE i<AN'r iii


¡ I

. .. 'd d , fazendo de Kant pm pensador cujo Adere ao princípio de Rousseau acerca..das origens do poder
político, que é a teoria do pacto social. Mas em Kant o pacto deixa

em roses as ‹i_;¢iiâ~׿›
~a‹›.ds.=e›;°s<.>.,i
- 'f~“““°*íf: ;f;_¿¿;:*°.z:;*â:.*:.z:.:ä2Lz é
§sTdâ%a§e:ficêiFeç:eur:ãâ?a
P lcoêinâtualidade
- ›~ - e proveiw
f 0 ° t'fica
de ser Faktum, realidade histórica, como na antiga doutrina contra-

°.5Í¢t°f l°5°r.“a¡S' ~e Su .sequçti es ig- . ' .


f ' I Antes
tual do jusnaturalismo,_que vem desde Althusius e a Idade Média,
até sua formulação revolucionária doutrina de Rousseau, para
' Uma daquelas idéias a que nos refei_:m10S 9 ° P“°_t° 5°_Cm,' , d ' se converter, por último, nmna idéia de todo racional. Kant procede
porém, de aludirmos à sua significação na doutriptavjzänflëiläâ dg com o pacto da mesma maneira comó_proc_edera cem o Direito e
Kant, ¢um'pre rieäer as defimçoes que ele deu, respe z procederia 'depois com o Estado: racionaliza-o. Transfere-o da esfe-
Direitoedo Esta o. ' _ _ . ra sociológica para a"esf_era normativa. ÍÕ pacto é uma idéia regula-
. .- _ _ . _ u 1 ° d an'
*O Direito; ensina-nos Kant. Êoconjunto Êggdâçfiãâäâe 2105 tivae não constitutiva, um sollen e não um`sez°n.5°
'tê as qufüs äivqntaçie defada :i:"l("Das Recht ist also _Faz dele, pois, prmciípip r'e'gi_.ilativ_ó,"aëÊÊrnbai:'açando-o de to-
d°i*flei$»*š°8'P"*d° ““_“.a 1°' geral a 1 ar an die wâiiiazezaes einen das as considerações ènipí'i_'ic_a`s_,_Ern si¿a___clöi.itrii'1a, serve o contrato
de” hlbegnff der Bedmgimgen' unha:-° em all emeinen Gesetz der social para dar a medida de' välitlez e lfegitiijnjdade do Estado, 'mas
mit der W'-ill-kuer~des.an_deren nac einem” 515 não do Estado de conteúdo concreto, individualizado, ou seja, o Es-
Freil1eit'zusaimfnenvereuugtwerd¢11kann )- lt_d__ O d 8 ho_ tado como fenômeno histórico, social e contingente, de que se man-
. . . u °"
O 'E3t4-dq'-'elÊ~`° defmiu qoriio' fia ââdte
Limíiäfizsl -a ist die tém Kant à margem, senão do Estado-idéia, do Estado na sua abs-
l'ne.n-3 :-$Ôb.°f.2a-$$Cl.e.ls ndo Dlreltfc.) (Hu ' a - ql) 52 traçãío genérica, como conceito meramente formal, como princípio
vé¡,e¡n¡8u{¡g.'e¡ne¡- Manga von Menschen Rechtsgesetzen .. anormativo.
”T›udo isso - assinala Del Veechio Í- Kant explica claramente,
9. O pacto social ' dissipando' qualquer equívoco, quando afirma que o Estado deve ser
_ ,_ . ° - - 'gl uele con- e não há sido constituído conforme a idéia de um contrato social”.5'*
A 'della capital (luisa acha eYlciend.en3leibeÍ'dÉdel" aOnÊ)cireito ma- Tem o contrato social, portanto, inegável importância para a in-
ceito de Direito e a ideia de restriçaof a de lümtaçáo da vontade. teligência da noção' de Direito'e Estado na filosofia de Kant, sobre-
nif¢SÍê"$° 5°mP¡`° °°m° regra negadva' l coexistência de von- tudo tocante à distinção dos dois conceitos - o jurídico e o político.
Essa limitaçãp devedser tal qiite enseje a amp a
tades particu _ ares
_ e iscrepan __ es. _. .. _vendi_ seacha
O~:e'lemei_1to'essencia-l que ssibilita tal modus vi d 10. A passagezn do "status naturalis” ao “status civiIis",
in-sefionaisegunda parte .dade inição, na lei geral dailibaída et; ao momento decisiva para o aparecimento do Estado e a
¢ 1 0
O Direito refere-se sempre laostatäsaesttâgqpñidãde interna da
I
I
garantia do Direito
= . . MQ;-al
Pa350_ £l_ue..&‹ _ _. se situa nos um.eS
__ . ~ l 0


' passagem do status naturaiis ao stetus civilis é o momento ra-
À
cionalmente decisivo para a implantação da liberdade na ordem de
a.em *Karl
__ " . . . ~ s° ›
trangimento. a . ¬.¬,. _.-._
coexistência dos i_nd_iv_í_d'iios. O Estado natural não é um estado fora
°aS- A '-°°a9"*°' °°m° Wislbllldâdeuimaiáâeae c::‹:i:Iisanha° semPf° ° J
do Direito, concepçãõcontranialista de' Kant.
uma €°nd-mà`l~i`"°' n° `ac.°I:`d°¡ asiyon" naƒordem tutelar' fqueé o
i

Direito e. encontra sua maxiraã €×'Pf°f'5a° - . .. da So¿¡a¡ A re, Ao contrário _do›qu`e'_p'9s_t1ilava la antiga doutrina jpsnaturalista,
_ssia_‹i9._.ve.tfl4e .sfP'£§Ê¢§9~§-É°9§z;ͧfna ' desde Hobbes, esse E_stac_l_o,,que _aiit'eced_e_.__a organização pol-ítica, já
gm mor;a1âz_é...›as.seeffamsé i=1_.s.§i1.*Ht ~-'ff' ~ ' ° f 1 '-0 conhecia e.-praticava o Dii:_e_i_toj.55_ _ _ _ _ _. _ -
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r\\ ' aça”":' ' ' " .
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Faltava, porém, um princípio.deÍ segurança .para a liberdade,
de sau._s.‹.>iiss1.fe._.s1e.Qissifez d‹àszh°.1.iis.=if‹z-~'z#“Í*Í-*?“*“ - ~ 5» - para as relações entre os in'c_liví¿:l1'ios,t todos mutuamente dotados da
mo de sua liberdade",šou-da.-"associal sociabilidade do homem . o ' -J... : vê '. 1|':'.:1-'Í' " "

53. Wilhelm Sauer, Systègri der Refchts-and Sozialphílosopñ ie, p.¡33?.' '
51. Metapliysik
52 ob ea P 135_der Sitteri,
_ pp. 34-35._ z." 54. Przfiz›s¿›;›fzziz-_âzz orar, p. izo. '
s5.immâmze1iemi,Ázizzzzpizygfizizrsfuzzz,9.123.¡_ " ~
o “PsNsAivisi×rro Pounco DE KANT na
112 Do* Esmoo LIBERAL Ao Esmoo sociâi.
11. A doutrina da separação de poderes e o silogismo da ordem
mesma igualdade e que representavam iun vasto' conglomerado Ílee
vontades particulares sobre as quais nenhuma vontade superior Se
estatal
vantava. " Reconhece Kant em todo,Estado a existência de três poderes
Í. 9.: ..'. H.: ._. _. _ ._. P: ¡' . 0 ff' . - , 'o' «f_._ , oi

Ora, constituir u_ma_ vontade çeiztêz estêvel 9 hlefafclmcamenfe *(trias politica), em que se decompõe a vontade geral una: 'io Poder'So-
ualificada, que pude`sse', em proveitq comiun, cercear a a_utonl‹›ic1ii:: berano (soberania), que é o do legislador, o Poder Executivo, o do
ilimitada' 'das vonta_`_des indiviClU_âl$ ÊÊSÊ t°mÊf.P.Êl_n,Êz_¡P.¡? governante (de acordo com a lei), e o Poder Judiciário (como «reco-
ae.suas rewgõës mútúasj, era, evidentemente, o pas{___so%a freglãa.
ien É Cjäe nhecimento, segundo a lei, do que pertencea crada um), que gi o po-
sejfãziã mi'Ístiê`í*,` 'ein ordema ultrapassatrraquela idade de con ra i der do juiz (potestas Iegisldt`o'ria`,' rettoria et ,iti4:di;i;ia`ria)".57 _
ção e incerteza, que caracteriza o estacio - Constrói Kant, com os três poderes, autêntico silogismg¿da,Qr-
Qua.__rid_o_ ocorre ra,_pa$sageiii_ši!o sta ti11_a9_5t“t“5ocg'šf_§i'tg dem estatal, em q_u_e,o= Legislativo é a premissa maior, o._l_§z.¿:,š=;,c,i'1tivo a
'Eštado então`se constitui, aparece? 1f€1Ê9.P.9 1.°° °°m ,- menor, e oIud`iciãri'o a,_cç›nclusão,5° ` O __), ' _,
°- '; °° . .-irz' 'Di-1. ' -,_=.a_' .' ' =--
esgêtuido, plrovidoüde_apprell'iageiri"tecniÇa,__Ç1<f='Írišaots que Permi Deve caber sempre o Poder Legislativo,à vontade unida-døfpovo,
temao p___i;incipio da autoridade _posihvar-fe §$?¿<§_1ƒ=I Êfl 9- visto que daí emana tocioi,_盡.Di_i1eito. A lei, segundo I<_a_ii_l:,,,-°;3ii1ica
0 sfaizag èzzzzilzjs não éz-um <=S.tado,-just0» Senãe }1m _<f‹'Sf@d° J'~f1f_1d"ä'f pode fazer mal,a_riin_g-§u_eÍm,_g. ,quenão acontece - .diz ele - quando
em-q-.ue o-fj~iz1rí;dico “temz.fiq.\1}!z--P.â1'êzKã11Êz 3-'51tS¡`“.f1¢a_Ça°-°5PbÊ'Í`_¡c£°â e fi1sPšm,.~š?.fs.°,zP9dsI~ z§.1ezS1;i¢f›i:>°f~ sobre Ssiiê s°rfls11¬sfl'=°S~ Nhisilëm
sistema j=u__n¿1adq em P;-ii-¡i¢í¿piQ_de, certeza, garantia, esta i i 3 B. e flle sotseiez se Hiei-siiseL<ií‹i¿iéi1¢1<z~Ç1,šii1>sr,f›isS<›lä>r.°.si.ms==fli°~- Iël-e.?°4*“
permanencia.
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de iflizšëëfiiiil €1.i<f#. <`=í§1.šá<§>-Í>`1:‹=Izz.f<.Í5s=1'êi=".›z. ls«.f9‹é°f› ,§ebrsie.z¢sdfl um.z,.=<_.1° -m°§1°
O Direito aparece, -então, .como princípio raclãnãlz g¢fl¢:¢<;ét\â'
<ifl<¬=_S<'> essawotedereds §sff1°8if‹1zfifiVe~5?.z, ,. . - .~ -
_ Kant nomeia _os_,tizê§_..p_QÇle_res de ,digri,idç_1des; pessoas morais, que se
lido para- todos, desde o momento .emque deixa e setr iitiíiàajíuralis achani numa relação,-,oie,Çoordenaçãç (potestas coardina tao), ‹a seieom-.
são, nas relações entre individuos, como acontece no s a . . . z p.let_a_i:em_ m_utuarnentez§*°_Paralela11r_iente, con;coi;re.tambémzi¿ima. _1:e-
para
' se converter
-- 1 em possibilidade,
' . como ocorre no status° civilis, aki;
."."›.-'~ 1e;<;ãQ r¢¢í.pr.°¢.e_ .¢1.e=S1il?0.reiflação,.n0 Sentido šdezque um .pç›*cierlnã0'
" "` "
Harada ›szzP°f.“mze<>f=1°f rf" terno
-. .. f .inviolavel, ». _. tutelar,
ne_fic_ip 'de todos, a saber, 9 EÍS§.‹ë<,Í,f>.-lI15_lš;1_t\11<§ê°;
-~ _. criado em 'devef usurp_a_r_ a_-f_u_nção dooutiro, ainda qüançlo lhe esteja ao -alcance
essa °fi,i_1_'ição_.9}.-~ - f-.zj .f_. . ._ - .-z -~ . _
"O Homem - assevera Kant - não sacrificou parte de sua li- Corisiderados em- sua "majestade", os-«três poderes .-são «por
berdade externa e inata a um fim deterrngšiíaldgé ..€c1lUâ11Cë° :;t;`_°“ Kant assim caracterizados-: o-'Poder Legislativo, como irrepreensivel;
comunidade estatal, senao que abandonou a idàr a à elrz _ oufiflfise_a o Executivo, como irresistível;2e o Judiciário, como inapelávelzfii-._
quica, para reave-la depois, intacta, na depen Iencia. Q del. l__ z Na :união dos três poderes tem a civitas ,'su'a autonoiiüafl isto é, se
niun estado jurídico, visto que esta'dependencia d‹ä^ivad e SAL/Ile pl'0}; organiia segundo as 'leis dá -'liber"c_lade. Produz essa união o*l5em` do
° vontade legis
pria ° lativa" O("man
o kann nicht sagen: er, . 01' 995€, , Estado? Kant ehfañcáinenteäëenfiia que põr 'tal °"não se deve' enten-
im Staat habe ein_e_n_, _Teil seiner angeborenen aeusseren Freiiieit der o bem do cidadão' e sua felicidäde, visto que talvez* âfcomo
ein__çm Zwecke aufgeopfert, sondeijn _er l'iat¿_die wilde, gesetz.ose Roussea-iiftarnbém, afirma) no estado dei Natureza ou mesmo sob
Freiheit gaenzlich verla§s_e}_1,_ }UT_},_§Ê.11}Ê,1Í{`°ll}°_1t “?l?°¡`h'?“Pt âiner , 0., 1 ,__ _. _ . ,_ ni
gesetzlichen Zustande, mivermuidertifvieder Zi; fädenwviípin èfte
Ãbfiaengigkëit _~a'us ' seinen- eigenen gešefšge Êlf _ _ 1 9
s7.ob.<ii.,p.1aó. ' f
Sprmzgfzz)-.só:O,E¿t¿¿¢ é; portanto, const_ruca9 a pos-teriërz, que serve a 58. Idem, ibidem. , ' -
. 59.'Içlen{,'ibidei:n.-. ¬ .f - . z' ›'.
tuna necessidade racionalcida.âqnviiqenciãiihiunaiia.E tdâig ie -. D.iziP-au1.<HoiiígSh,eifi\- que,-;em-matéria =;de d-izvisão-do poder, "a.-cm-igLna1içlad`e
não...empírico. Como Este 0-1 'elãé B .G fsf Pêfa °5 5 a i- álsfsã. dez -'=“°.4ifis.=Çã.‹i iiiëisfiífisflits. desistema -de
cos, revestidos de conteúdo mpteriàl, assim- compi oáioumqnâgd; 3:1 Montesquieu por Kant: ao invés de falar de três poderes, fala de três personalidades
seja, a coisa em si - para oƒenomeno, Para 0 mm ° 5 rea 1 _ morais do Estado” (”La doctrine allemande du droit nature] aux XVII e et XVIII
siècles”, Archives de Philosopliie du Droit .et de Sociologia ƒuridique, ii. 1-2/-22'4):`{ '
tema e da experiência. .
=6'i. Immanuel I<z¿n:,'-iüfëiaphysfk dëfzsfiien; pu 1895* ¬- '- . =- '
. 62._ld_em, ibidem.
56. Metaphysik der Sitten, p. 139.

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il:

114 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


nc»\.*.,:;- '*~-^.z_¢ó.-
O PENSAMENTO -POL-trico DE i<*AN'r 115

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1.
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um gove,rno;.,des_pó_tico -isso venha aê acontecer de.modo_mais,cômo- X
to, em 1911, do estudo- fundamental de -Karl Vorlaender, intitulado
do e desejável; o que se deve, sim, ë compreende-lo como o estado Kant und Marx, em que o célebre filósofo da escola neokantiana de-
da maior harmonia da Constituição com os princípios do Direito, -f.z-zw. fende' ponto de- «vista contrário, demonstrando, de maneira insofis-
Qui seja,_ com. aqueles -a ifavor dos quais-a -razão, mediante um impe- máirel, a inanidade'-dessa tese. ' '
rativoicategórico, nos obriga. a cor-nbater".°3 ; - "
-.› 1
¡.. ., .. _ ..._ .o . _, , ¡
ic v . Í Í . - -gn .I ¡ . É

= _. " ,vn Í .. r¡¿i ., ,-°".§_,f°,. ¬, _-; \


E 1-3.‹ Estadariürídicó '~Í't›eisus" -Estado' eiçdemom'-stico
1.2-.Ka.nt,.ƒilosoƒo dohberialismo - .Êz - - -. \
i
`¡ _ Kánt, como político, apafêc_e iii__ai_s moço do _qu_e nunca
' É preëisãiiiërfté sua__doutrina da separaçãçi 'dê -i
precisain°fÍÊ¢..'I}ê idade `ei_1i_fäu‹-;`os hgiñens"déÍndole radical' come-
pouciêres qufà vimos, juízo valorativo dp orde- r-4.

<iäfl'1`d.° °fiY¢.lhÍ€¢°š.fÍP'fifä _ëÍë$.".@S¿¿§fä`ÍS -<í='¢. Íë. Sš`ë1.¬§11`ër¢fi1 dê 1*-*"SP°¡'


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n' ntoiés " .› ' 1' . - - ‹


4
1 to para comia autoridad_è¿`ifo§dém'vig§riƒé"e'o minid:o,_ofic_i'al, a`_brin-
Slià°*ÊÊóiicep¢ã*ó 'do*Es;tát1`ô,'-a'tfiibuif\do-llid como único encargo a w«\zw-_.-. ,
“dö-se, não`ra_fifo', em"coii`ce_sLs¿_'§`es que"ll"Íè's!desmenteÍ1'i”Ó p'ássadb'e a
proteção jurídica, há 'sido Q alvo mais expostb à critica de quaptos 'tradição cdmtiativa; o`ii`qi'i'áÍi'do, *ein di-iteitiriiiiaüos casos; se fecham
sé ‹›¢úpàiú*ziêà'érpârfé'¢iazfiiõàisfià~i<zizfiz-.iz. ' = -_ l
\ num mutismo herméti'co;`qiLí'e'é;"tàlvÉzÍ."ëñi certos ésfäiritos, outrora
- *Nerr"`r 6s”ifc5'iirá&1o`s - -aitlvlerte' Bl'u'n"tscl'i1i"_-# tiveram noção tão es- avançados; 'a rot'z¡i'°sekgtí4i¡Íai'¿1i:'›'* cónfornúsmo ou o protesto silencioso
treitafê`iíje'cli.i'Éidä~1íos fins"qu'ê dèvem¬öabei`“ä`o'EstaäoÍ“" '_ ' H
do des“en*è*êínto.' É ' ` 7° '
* fós'sei`r`iólš*ji'llg”a'r'äj fili?s'‹›fofpÍélas"'idëiãš*dë"'riõ'sšo teni`po, teria- Evidentemente, a pösiçfãdqüe naqueles dias Kant assuin'e, tras-
mos, irréhiéüiãvelñiêiitêfidüë*Fêjéitaizfilliëiqiiašè toda `a cc`›n°strii'ç'ãf'ó“ I
laídada a 'nossa' épócaƒseria uma posição já lacunosa e superada, de
.ií_-. ,_.¿__-. ._-z eštatäl.*°ll?la*sfi*sé*j5ii"se°l¡"rr`iô`s °em_s'úa época, no meio"d_'a ii:'icontrtíštäve"l*~a`_t`‹i'a`so' pölífico`na`interpretação da idéia 'estatal refe-
ideologi_a_ política do ""X'VI[¶,"eii'che-no`sde assbmbro a visão rida aos`pi¬obl'ëinaš-_i'l-a:ati1'àl`idade; carregados todos eles de enig-
'genial do*`circ`unšpecto'~pñöfessor'de»zKöeriigsbe'rg, querido, na p"aca- rfiäsedesafios. " ~ 1 ' ' - ' ` , ,
tez' prov~iii¿'§i'a¿l'de' ›sua*cáte*dra,Í° gasto1p'e'losj'-años, -magoado por-'desfi : 'Pode`ria, aliás, *servir a 'tudohmenos ã' compreensão do Estado
gostos=que'°"a'1p'ersegi1i¢ãõ-iT~el'igiö'sã llie-iëa_iisarâÉ trecolhido,-ein rriáfë- moderno na sua feição* `contemjo'oi"ã.h“ezi. ' .
riäfdefrésfa -trúifàiiêfiëioffií "siõ:~‹révë;›vfõ¿i¿iviä¿'=-âiitmo~e -aigiúdâde ' Coilnõ' se trata' deiüoufrina retaräafda' para o ncfsso tempo, isso
para'êsóréaeâ1êomià.réie'iâdši›éà aos-c'ós*f-'úiirésg â=sua›reoria ao Diréiiè não invalidd, 'tödavi'a,.ó mefecimentö' que ela 'teve, a par de seu
e do Estado, em que manifesta, em face dá hostilidade prüssiána de* amplo significado na instauração da primeira fase do liberalismo
Fnedeiiicoéfiuiiliiei-me;;sua.niinca.rlesmentida vocação.libeifal. burguês. _ _
.‹E.o`."liberálismo; noriilonriínio politièo, era ainda-,. em sua. pátria, a Dialeticamente, o _lib‹gralismo, orvamem declínio, encontra sua
idéia piicii-biiilaofliri-unzfara zeim Erança .das perseguições absolu-ti_s_tas- valoração histórica iiiestiinável no. mp_mento,,e1}1 que, do pbnto de
com a,_l;;,aiide,í,r¡à_-iziogcpijgstituçionalisiiio _e com a Carta dos.direitos do W
vista político, constitui umaidéia em`._ascen'são e por isso mesjmo
H°hz¬sa1-.Q§»zYes\teê.aš1s.w=:eY.e1Is1~-Bela ._ffli×a_conth1e.ntal.do .0¢i<1.s.fl- combatida.-~.‹Era, -então, a icléia_.que_p_ugnava contra as instituições
ts <=€›r.1<1_i1z..i.a-f=ê1..‹‹>..~aiãl‹=-f.'1:z.1.-;.daz.§}iháiisrêã°.zz.e1qaêâ1toàaS coroäš êuf°s.rá.`t`-ia sociais decrépitás e anacrônicas. ` _
ea-?›.s,êfrs1.i1esi.s111... *is saver.aištš.ê.s.oeva$~idéiês;.¿. _ -«z -. _ Quando_.,Kant__s'e _revol_ta.conti_°a`o sistema da autoridade pater-
-- _ Só _-meio século mais. ta`¿i%dezi.epó§za.consolidação do;Estado .burn I.
nal e diz-, na Met_aflsica.dos. Costumes;.qu'e..tal modelo .é o pior tipo de
guês, ia `a ordem' co_nstituÍda°_`,e×perimentar, no plano ideológico, a'utocra¿:ia~”e` o"pre_ssão~'~que se -cor'ihece;'_e.ra como se quisesse lavrar
abalo sêmelliante, como sucedeu durante as Revol_uçõ_e}_z 'de_1.-_848_, aÉli*unia'sen_t_ent;a_ü1aj5elável contrà°*a feilidalidflade carunchosa, que
com a disfusão do pensa1nentó'fsÃocial_ista. -._.; 2. ,,._,z ,_. .-tz tanto aviltava Íajpefirsqnalidade ii`ã's§§rvidão da _gleba.°5
¡ Kant,,_ao contráriokde, Hegel, não foi um clássico.-daHRea'ção: Se- I

A alta estima' que Kant votou ã Revolução Fran,cesa,°° como


i_:ir_a~¡-,`*.¡l:'›1qii íestúlti¡cer_tomá¬loo°porl›preèiirsoiffdõ
so- â€uuh_

servidora' da' idéia racional do Estado- =- excluídos, naturalmente,


-="~.=.~' z- ‹..ii*.z'Íi. Í... _..-.«-›.- Ê,-ii-.=' Í Í
ir.°f;%rëif‹ere=. -bz-n \‹..,,~
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'Í ` ss. i<zzi'iÍ};›i§i¿¿é_r.}i‹z1%, i<zziÍi_i¿zzj‹i,i »iLázÊ›z,*p. is. ' '


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. . ., ›.3_ i. . ú .~ .ú . .
53-Ôbáfc-ÊÊ-ëzg-ilfil-'-=ni='i'..~i=..- i'..-°.-- -- Ê - =' . ` ‹~:i:':'-;.-.-. 'â_- . -- ai:-ø_. . ._._.- . z,., 66. Aos' acontecimentos do, mundo político não era Kant de mod_o_a1gum estra-
38464. Geschichle der ruiueren Staat,swj'.ç_serischafl,, Aflgemeiries 5taatsreçhts,g;id Pqlitik, nho, posto que__as_quas re_fle×_õ_e_s éticas o conduziram sempre para o_ Estado-idéia, em
P' ' _ f¬.Í' 'iz ' Í." contraposição ao Estado empírico.
li
nó Do Esraoo LIBERAL Ao Esraoo social. _
É o 1°-ENsAMsN'ro. PoLi'r1co DE mm 117
Esse _ax¿g¬_.|.rnen_to permitia -ao, Estado legitimar sua onipotência
os. episódios de sangue e terror da última fase, que nada. têm que sobre os in _ ivíduosz Qnipotência exercida em nome'da razão=e sob ~a
ver com seu°aspecto ideal, não constituindo, portanto, a. contradi- escusa ou pretexto de conduzir-os súditos à liberdade, para a qual
ção que se quis apontar no pensamento do filósofo.: demonstra, não estavam- _ainda'capaci,tados.°'
de maneira cabal, que ele estava em dissidência com odracionalismo _ Assim se,ãa_utenticava.p,erante'o tribunal da razão o 'Estado da co-
iluminista de sua pátria, da mesma rha`neira`que era mn revoltado ação, ,em contrastefcomz ozzlšstado da liberdade, da filosofia kañtiana,
silencioso contra o retrocesso absolutista de Frederico -Guilherme [I ambos frutos da-zmesmá reação; amadurecida na consciência social,
e o arrocho policial de seu famigerado Ministro Cristoph Woellner. contra os sistemas autocráticos de direito divino. ; *.. -. ~: '
Frederico, o Grande, rodeado' de sábios' e _filósofes'," foi dè_s_s__es A oposição diarnetral de Kant _à técnica do Estado¿poli_ci.al ou
monarcas raros na I-listórie, com m_n instinto de conservação pólíti- _eudemonístià¡co, apregoada por Frederico IL e abandoneda¡_,d,gpoils
ca fora dó comum, que `a_Ídi_vi`nl-lava o refórmismo iminente e pres- por Frederico, Guilherme, em seu recuo ao poder pessoal;,¿¿@ode-
sentia, cpm assombrosa intuição, os primeiros sinais da c`r_jise zen-ge- gado, se trac__iu_z_,_çom admirável lucidez, nesta passagem Cšlëlzre do
çadora, que¡ havia de levar a uma ,catástrofe irrepa`.rável'a_.g`aleri`a Lílfilllo capitulo'-de seu livro À Religiãp dentro dos Limit,es`di1 išazãçi:
Í
dos reis absolutistas, como _efétiva1_nén_te levou. "Ê ,. _ . "Confesso que não me' sinto bem numa expressão de quezse ,valem
Que fez,9, monarca_ pruss_iar_io':Í- Patrocinou o patemalisino estatal l1_0I'I1€,l1F›. íI1,teligenl£_QSe bem-intencionados: o povo não estájárepara-
da teoria de Wolff, o mais inteligente recurso de que,se.serviu a sa- do paira a'libérdadè;'oš§.s,‹äTi*vos de uma pro riedade áir1dá__Í'nãfö.§estão
gadidade de um rei para afiançar a sobrevivência do po__der_pessoal. aptos para a Hberdade;_Íe;_ do mesmo móêibz os homens,"i=;Íñf`gêif_a:l,
_ __Fundado no.. princípio eudemonistico de "tudo _para,o, povo, não se acham airiadurfeciäos para a liberdade' de crença“I`¡fS_e*`“ "`_i do
nada, porém, pelo povo", contém esfsa idéia o_ par§_do;<o de um tal concepção, á_lcança°ráa 'liber'dade; pois
refgacipndrisma progressista, que a ordem; capitalista, ixgztšnessada fun- s'e capacitará para essafiliberdade sem antes haver sido
díamentalmente em sobreviver, utilizaria muitos anos depois, sob berdade (*deve'-se ser livre, a fim de que se' possa conver1`iei"Íf`eirien'te
i

novas _-ro_upa_gens, pa_ra'deter a precipitação no avanço das doutri- Í


utilizar na liberdade as próprias forças)".“ 1
nas radicais, _que conduzem à mudança social. _ '
,, ,Frederico se___c_onf'essava o primeiro servidq_r de seu Estado, mn 14. O panegírico da liberdade
§-'sitag_lo*bur‹›._crá,tico epaternalista, cujo fim era p`i`-'omover a "felici- A indiferença de Kant ao Estado empírico e seu asilo na idea-
dade.dos sjíditos”. - lidade estatal, em construção puramente teórico-racional, esvazia-
U"Q-Ú¬.f I.F‹fíIRIfi da de todo conteúdo, jungida a um formalismo dogmático, como a
O célebre elogio da Revolução Francesa dá irrefragável testemunho das predi- \
ciência política ainda não vira, e sem nenhum vinculo aparente com
leções políticas de Kant. O filósofo acompanhava atentamente o 5:-urso daqueles su- l a realidade, não deve de modo algum ser reprovada, se atentarmos,
cessos e pretendia ver neles a própria realização do princípio racional em que se
deve estear a' organização da sociedade. A simpatia* pelos horriens que imolavam co- i como já o fizemos, no plano histórico em que se situa a obra do pen-
rajosamente suas vidas 'na causa. revolucionária, oferecendo ao gênero humano sador. ' -
incontáveis exemplos de heroísmo e bravura, mostra que Kant foi .dos maiores -ami- Com efeito, se houvéssemos de aferir, conforme patenteamos, a
gos que teve o homem em todos os tempos. Ê
)
doutrina de Kant pelos cânones de nosso século, seria ela, em gran-
Diz Bluntschli que a filosofia política de Kanté, em grande parte, uma v`ersão r

mitigada do racionalismoifi-ancês, e refere textualmente estas palavras do tradutor


F

Q de parte, uma idéia morta, precisamente pelo que omite com refe-
alemão da obra de Sièyes: "Com prazer hão de notar- osfamigos da liberdade como rênciša à substância social do Estado,
as duas escolas filosóficas se estendem as mãos. O cidadão de Frejus e 9 professor de Mas há um capítulo onde permanecerá sempre vivo o pensa-
Koenigsberg formam uma imensa cadeia de idéias, das costas do,Mediterrãneo às Jp.-'›-;n,l¢._¡›
-¬.|?\'-_-*
mento do filósofo, possivelmente mais vivo-do que no século em
praias do Mar Báltico. Calvino e Lutero, Sièyes e Kant; um francês e um alemão, re- que ele o escreveu: é aquele que contém a apologia da liberdade.
fomsfzzrs-muz1d°"i(ob. ¢¡z;,'¡°›. avó). z1-'- . .z 1 ~ - - .~ - z ~ 2
Quando, Kant leu nos jornais da _Prússia a notíqiázda f_u,ndaçãQ;.da República li
Francesa, por obra da Revolução, lágrimas de contentamento umedeceram-lhe 'as fa- l
67. Essa liberdade, admitia-se até que a houvessem fruído um dia, perdendo-a
ces e o filósofo, já encanecido, voltando-se para os amigos, assim fa1o_u:_”Agora pos- depois, em idades recuadas e irnemoriais. A missão do poder político consistir-ia,
so dizer como Simão: Senhor, permiti'iá a"este*vos`so`{`servo viajar"'em'páz`,' depois de portanto, em restaurá-la, mas isto, naturalmente - e aqui vai a parte de leão dos teó-
haver visto este' 'Dia de' milage”. É o qiíefnáiira 'em-suasíflldemönhs e re- 1' ncos iliamüústas a serviço das realezas astutas -, a prazo incerto...
produz Iodl ëm sua História da Filosofia Moderna "(`G‹ífš§*:h'iclite der iie`:Iei"eii"Philosophie, 68. pie Religion inrierhalb der Grenzen der blossen Vemunfl. p. 212.
P. 1- ›,'.'_; 1

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118 DO ESTADO LIBER-AL AO ESTADO SOCIAL

fz.. . Oâargdente patrocínio dessa -'causa fez de Kant um filósofo imor-


tal;zA›crise:.do::.=liberalismo parece incriminá-lo menos naquilo que
ele¿_diss.e=do -qeuenaq-ui=lo quedeixou de dizer. Pois o que afirmou J.

perdura- comoaspiração Lmiversal de =todos os homens e de todos


os_povos:--É41un=artigo'*dè lu-ta na face conturbada' do Planeta. Por_ele
-aàliberdadel-.zz-?`os.%homens morreram no passado, estão a' morrer
noi.pr.esént_ëieêhão de morrer no futuro. É um ideal inabdicável na
consciência humana; . . ' n = .: c

`~-*_='- 'iPi.§"1f1f‹`.*`cS`ii "1*t`-¡`_›*ö°í-.*t`a “q'iie_;oilibèralismo' depois “descubra” a doutrina


d'e*'*I<=ãht{*i5ü**qü'é"¡'ši5§ja`èlë, j'un't'ö" com Nlontesquieu, alçado ab trono I

idêö=ló'g'iê*ö'-*Efã*`burgüëisiäZ O 'doutrinarismo inconsciente do fercëiro {

èslado, afl quefirêéoñhècidänërfie se liga sua obra, em nada dirninui,


|

l H Capitulo IV
š.
pórémfio 1ii`èi*êçünëhtö`-dÊ›*filóso'fó ë 6 éaráteridealista de sua cons- ,_
l
';_..';.Fã$-T¡_›-Êp: . .uu - ›.'.':__ ._ . . II
Í. i-qi' 1'

~'- ~.-:Q-iq o"\"¡{.J.;¿ F'-.1_.."

'-"if *"Quando_`a 'es't_ivër emjgerigoz e .o Direito abalado om


."- '-1' 'Fi {\ .-f .'. ¿ ¡¡'¿:-ff --2. __-J . I . š1 .,.ozPEzvsA1\×risz\¡ro .P.QLI;r1c_o. os. asGEL
°z_~-r;." "E 'H :ä..iÂ=Í`.f.1"'_. i-_.-Í.: -- ' v'."' .õ 'z. .- L»--' -'- f .- '. - . . ,. « r- ' j n' l

se‹Êä^¿_t'il_lj`Çr;r1c_››s,¶eljçƒi;-.a‹¡;c_:`ee,haverá
.¿..› ...: int. ,z..›.. ¡‹ '....fz 1.-. .-, fl..-; .
sempre,
E:
na~_._h1sfór1a
_ ._,.--
das ideias,
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pe›§¿osa¡necess}dade=de um};e_to};no a..I(ant, Nao para extrair de suas


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JJ . _,.J 3 . .

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- I. 'Pant'eísrr1o'e dialátioai 'lieg`e`I1'a'fla.`. -Zf A mo'na'rquia prassiana -como
E:%ëe.i%s?1.?êsâ~ sssVz,1§z.e.,ese.esêfáv=1.§z
p,lo_raçao¿_burg-ugsa,l ¿p_ar¡a
-<.>.z~w.iâ=f,i.1,f1.:êê‹:.°-â=-resmas
nutrir; o espirito ,na nquissima e fe- f
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realização do absolufaƒ urzia- doyçtradiçao .de.-Hegel_.:3. Ofllósojfo e_ a,.-Res
À
votação Francesa. 4. lnjl_uên_cia de=PI_atdq e Rqusseaa, e_ ori inalidade
ci,irid`a_ _Íçl_é_z;seu
_ pensa_m_en_tq_ profundamente humano. Outra, ` 1- ' na €oirèepçdo'dö° Estado. DÊfit_irü'ÊdHtiä1E£t'fàläa`§io 'em que a
por consèg'i.iin`te,` não poderá ser .a glória e-a imortalidade desse S Europa mer.galhava.f.'6: Hegel,~.¿_filöšoƒb"do_ito1alítariš:i:o.2â Z.: Superação
grande' filósofo. _ _ _ _ . , . . do jusr_:at_uraIi_sm.o e da veI¡1_a_§¿ç`0ria,z_-¿ç1_l_›s‹_›lut:,'.staz. 8.- ‹PostuIados hege-
lianos no moderno pensammta. poIlt_i‹.jo..e,retorna_ao-direito natural
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como saida para a_crise da 9.I-l_e'3`ël e aislrparação de


- 'pjääe'rês.-10.~0rgaiiiçi1smo eštãtal. illz'-`-"A“t‹'z~šë liegëliaira da' separação de
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1. Panteísmo e dialética hegeliana


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compadece, do 'ponto Ídë' _vi's_ta,`doutri_n:ário, com o pe`i{ša:nen'to

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:Í Ê'I..'l.o' i . :I i\:\'f`.":".' .' ` i. Í Longe de nós, contudo, a orgulhosa pretensão' deí__ê›tpor ‹'o.-lpênfí
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$aeten...f°sds¿Hs5el~aesrsazdátliberdadëzâez.da»seaaraçäezdéipe.d'ereS
sem- ênte$.=-ísQnfessar.m.°§ laê.uf11i.l.demen~tesaidifieuldade:-Íêaizzque nas
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120 Do`Es'r/ioo Lissiíai Ao Bsraoo social. o PENSAMENTO-PoLtTico DE Hscsi. 121
coloca o panteísmo de seu sistema, que toma quase ininteligível reproduzindoobjeções de Krause, vê no "desdobramento_.dia-lético
qualquer ensaio de desmembramento. do espirito universa-l”. o grave. peri'go'de_ tudo considerar em perpé-
i Não apenas tropeça o critico com esse caráter panteísta da dou- .l
I
tua mobilidade, segundo povos, épocas e graus de cultura, deixan-
trina, senão também com a feição movediça e dialética de todo o do, em última análise, o Direito _e_o_ §,`s,tado destih1idos_._d,obl%a§,os es-
sistema, tomando, por' conseguinte, inseguiiöiqualquer esforço de táveis, sem um eixo ao redor do 'qual' se possam dar a gravi 'ação e a
fixação ué não leve previamente em conta a consideraçao. global transmutação das. idéias. - -- ._ - ' , . 2.
do grando vôo hegeliano no domínio da filosofia especulativa e as 1
' Os di's_cipülos` j›érsp'icazes- da 'esquerda hegeliana, -nomeada-
conseqüências finais de seu sistema. _ .-
'mefite Mario'-èdnd`uzira'in”-Ó prhiëipio-*dialético às-suas"'úl-tiñ'f`afs'côñ`¿
De Hegel já se disse que a sua filosofia “é idealista, porque faz seqüênciasfi E o resultado foi, do ponto de vista politicofiöfdesem-
da Idéia o (princípio do mundo; dinâmica, porqúe define o Lliuverso .-A-um boca; das idéias hegelianas no .estuário,.;soicialista, comof Ahrens,
pelô irioviriiento dialético; antinômica, porque faz da oposiçao dos aliás, -previra.2 - _ › ‹_--_‹_'-- '_ ' '- -=
contrários°'o princípio mesmo da vida; humanista, porque nao ad- 'o
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mite outro-*sujeitopensante senão-o Homem". i 2. A niortarquia pr-ussiaiia-corizo rea-liza`g'iãö-'do absolu'to:- -= '*i


'S ÊÍÍÕl¶'b`e:i'ilš'a§'lêi1-tdi Ídê"ÍHêš'_el :éÍ;*"'a -¡Ê¿iÉlÊš“'iii=istante, uma variação. -de -:.~un'i'a contradição de Hegel ' .' - - 2
compromisso' entre a Idéia e a Natureza. Mas um compromisso ms- . ". .Í '~: ›' .z .'_. ,_" .
tável. -Repete Kant, com'a diferença de*'q`ue em seu-compromisso
I
.- fi'lósofo_.Ç9_Ç1§Ç!}Ys3.§19f._que.foi Hegel, o "catedrático'f_çla.mo;-
a;parec`em'o'mov.imento;- azdiriâriiica;z1qiüe.'I<anhignorava,_°com os da- nafqliiã P¡`“$5¡a41.ë‹›9F9 P*-Xl? -°1l'5159 <LuÍ$=V°-Fi ?f~1.1 'ffi¢°› flêiilfêlffleflt
dos dézfsu"as-`antinomias=imobilizaelos. f"*'*›= -“_`¿'~éj-¡~=í1\;‹=*‹'f'-- te, de suacondição çle_}per__isa_çlojr_ofi_çial, o curso que toma;¡iam.,_ de-
‹.'i_|ii'ii`~.i--i';ig'i'›i. - _.:=.i1~:-*."-!~'€'~"'t-*. izir.-i'i =zi›_ i=i;ii`.ii**._‹-i. ., .-','.~'-.v~..==a~'i -. ~- d
-. ,‹_~,Ê.m'¢°1iS<iri.o.1.i.<.z1z'z=i..¢..‹ia1..s>- metade diêlstlâfišf,-. ,lili ...ese *° ° ° Sisle' P°íf›z Suas i¢*éieeê~.1;>I§>zeafai1f¢>z.-iiiisla ¢iiizYí<.ia-z-obras-ira:-Ss~9.»1>fls.Stre-a
ma-d-a'-filosofia -l¡àegeli.ai1'a,.seg'uncloISauetfiufim Érêsipartes que repre- uma sonffaçliçãeêdseflfi. deuteíëi-e._.s<>..¢9n.§si1iP1af~flfl f°fme»§19.E5ta.~
do.p.russiai_'_io.o modelo. acabado de organização política, a re'a_l-iza-
senta_in do"”'inesi'i'to' in'odo` fasešido- bem C0m° m0' ção do.absolu_to._ _ . .. ._
meiiowäfuišçõiia*wweisál-=. 1 .~
'it-'¿;i1i.u:‹;-,.» 1.; _-_¡,-.-_1 , im- ,t_~r~"1\ .if '.›1¿›‹- li 1.» -.: ia ~‹
_, m,¿.¿P;m¡e¡¡a¿,_._p¿¡gezg ¿_¡_I,¿;›_g_1ca,.qug,'. zpara.z-Hegel, se dfvide em
'-:_ \›--‹---. , _
- Déter-sdaii, por_em;~seria` passar da.-'dinamica a estahca, da rota-
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Ciência da Idéia, em si e parai=si-i(an*~und=ƒuei'- =sich);, a Teoria do Ser °tividad`e"à` im'*obi'l'idadeÊ ' ' i
(Die Lehre vom Seiri), a Teoria da Essência (Die Lehreovom Wesen) e, _ _ Á 'ti"`evol_i1`.‹*`;ão`l-iegfeliaria ficaria interrompida, e o que diz Hegel
por último, a Teoria do Conceito (Die Lehre vom Begrijff), que volta a 'da missão do Estado prussiano que teria alcançado com'd` ordem I'

idéÍ9"em si”. ..~.z“.*z*zi"i - fi-=-°-' "* 5°* ' .política sua mais nobre encarnação,'cabe dizer tainbemdo espírito ' ii' wi , 'jifpfl `i'

_co,nceit_o ou noção, que tornou a_ si mesmo, tlranisfosrmou-se universal”, que'_ele viuconcretizardo, por último, e em 'defini'tivo,
nos povos germânicos. _
ëlifšëfi °¢fl"*fãi'i°í› .QÊIÍ Seia? 'e Newfšfãi-Íl°Ê9L¿.Éf??'šF;'é'1*ãE?‹',SSl.*P9 EF'
e‹ifi%1ä*i:afi.e;¢iõ -âisfoezfz Pfiõeofiêf'fëëiëáeëiaëeš
zfif,-›_\;i;~‹z‹.fif.z°'‹1:êr-.le
šiiiäšiifëe' .fàëgës °~1.f'f1'<í1>`e1”e`1¬.i.‹=Í=i*
.ézfiiaieetsešsãs'
fiâuir iâi‹›'zi›i›eis
zzz›, Qui-s Hegel fficar- onde- decerto- lhe era» mais apra.zível,_onde as
conveniências, rnundanase políticas de seu tempo ,lhe imipunhain a
'“-'-Ê.Í15É°?f°*"='S-'iö ÉÍ*j5âÊE}`Í**i?§iÍ- _. _
.Í`.- .~ 1
nota .do_.fi_lóso_fo. Lpeestig-ioso,,_e reacionário, em dissidência oo_i_n. o ra-
dicalismo-da Revolução Françe§a¿_mas ,tan_:ib.ém de arm_as_.eÍrguid'as
` "i¡"Qiiai'"i'clo a Idéia sai-' de sua alienação na Natureza açlíiin .‹,*l.€:.,s¢
' , ' . . ú ri» i O sødf-'-_ \ °

transformar em _espirito,_“ern si" e "parasi" (an undjfuer sich), surge c_o_ntr_a os saudosistas retrógrados da ordem feudal. _
a *t`_è`r¿:Íèir`a~`j:›ãi`r"te' do ši_sEèi”nà,:"`c›`i'i-` s'ëjã§'a FiIii`šöƒz°ii`fdo 'Espir-itöi(PhilõsopIhiç Colhido. nessa contradição, .ai .parou .o filósofo ,- zo., que não
dg§";,Gèístes¶;'*qué passa 'dafésféilâ dos-úöjçéfioófpàra 1â°'_t1öiobj-ativo-.'~äiê aconteceu, decerto, com as. suasiçléias. . _, , _
ehégaiiâäàusólú-iõ.i=Nõ‹ a*ç›»si¿b¡êirzz›_õ;iHégelizõióefâ›'â<fuâ_zijfó'¡>õ‹ L
' o 1

-Dai-'po'r diante, o que.se.tem é um hegelianismo sem=I-z-Iegel; pois


I . . ,

ló" Rsiéõlogià-â--aê1‹zi¿nf1¬úiâõ=õb¡eiiooÍ-`ërféiiêê-fiz-fõ§-§õi=ióéiiôé›j-ú;- I

*olpensador não qui-s-sacríficarfa 'doce comodidade e os"gordos pri-


ríãicos e éticos. E, por último, na esfera o absoluto cälšèinfätäitej lá . .'...l, › 'P'
f§(}¡.._:¡.¡.}._.I__¡
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¡ - . 'Í .u.!_ràI.›ä.

Religi_ão.,_e a»Eilosofia.~.{É› . , z. _.' . ,‹.>i.zâ.s§ri‹.-.i:= zu- r eia o'§;§i›i..›..


'*` -"--°-'-"-1IíA'‹:`erca dessas conseqüênci'as,=v~.- o qué* escreve Wundt, em*-Einlãitu'ng- iii die
=‹f›'==:-‹EriifiHègél“;¿;ià _ia'éi‹_sdó- d»iaiêiiiz‹z› -‹°zi:›hrê'mf›'à¬eh-à\ie¬;dëiiôè1ó§~ö'='s.rsiê== iflliilosoiihiiei-pi.~í244. -' -~~ iu 'r -_.=.:* 1 - › ' -_; --,z ,-
êxiponaowufzilõsôféi-a›«zz=írieasiá¢erbasi eóiiiõ›a==ae=-aiwiênsif que; i ' '° Í '2.-H. Ahrens;-Naturreçht odei:`~PhiÍI_osophiedes Reçlits und des Staatçs,-..pp_...189¬190.

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5

122 DO ESTADO LIBERAL AO EÊTADO SOCIAL o PENSAMEN'-ro PoLíT1co DE Hacer. 123

vilégios-de' siíä- cãted-ra, nem a's _h"çí`m'a'r5ias que o cerca- glfiflbf; `mifl demfâieg. der Restauration wird er.ul,trakonServal'iv, ein
vam-; à inexorável coerência-dialética 'c1'e~suas idéias- -' P¡7?PhÊt des Ab_5°lUiUff¿f11iU5-' Abe.1_"¬b.l5 $e.in~Lebensende feiert er
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al_-lJaerl1¢h‹den_Jal¬|1~.est.3g~des Bastillestxzrgms -mit einer Elasche Wein.
35°. ¢§.1íÍli1.`?;ëf`¿..*="Íl':i¢z'z-z,';1=f‹§f,ai%,'I‹;¡='. S.='= . . E}“«'-Q~PP°,“`*š41.4$f« deràslch den jéw.ei_ligç.nzZe-i~l=‹uns_taenden anpasste?
Efll' Wahl'-heífäflêhfir; _-der-,jew,ei_l$.Í£lzi€-' prafktischen Erfahrungen
A doutrina de Hegel, tanto quanto a de Fi¿:h'te,-' pode 'šër-e×ami- verarbeitet L1_fl<í:-'d.<.2.5`›.l?1.&ll9-'~=Í'il5í\JI1<-312» hílitelã dšl.51fÂtsaecl§dichen Entyvick-
nedazsênrizfêli.-â›.fz¡êz.1t;=.ê»1ë.¡›".‹›~^êe.šids,euê~vidflz.Q£erssend° flfiPz¢¢-.f9â..Sia;s11le- lungzherllef?--._En_1 .=Wirrko1'p£2‹wie. Rousseau¿?z›WQhl~z-elhéas von allem,
r.es-qus~.nã°..‹ieaâezQrx1ifirs1us:11.êfântmnsn¢e lhe afiompênlfleø defgen- I'ed.e Anschauung, wie fauch .deren_-Gegenteil, ve;-__t¡-at _e¡g nmiz dem
valy-íme.m_o.da§~ís-zléiaâz.. ...az -1. . =-Ê~z 1.2. . . z . " J .'-z=.
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11 av.- Y '~›-ø slsêsbse ‹.°zu_f.*.~:a.f1<.1 .§_zz,._g.¬,_¿;,iêze=:›=r›‹=h.a.s.r.f‹z.z _au,s,am¢ks1azaz~.;.. sem
- ='=01-ëü11iclõ=deeëfitef*de2Iéú:aâ›-wzompanheiëofde Schëllüig›.no'¡óri1a*l
4.

¡I¡É%;”tPÉfhf1}1£ê..-ll* -.Í,°h.1.l§.1f,S`:$>.z1_>,l11:-?.z; PH4,-, ,;§vza*i;,çn,..çlie`


."{Widers-
de Crítica da Filosbfifi (Krfitischè journal der Phillosophiê);~dificilm'ente massas dass1sse%a..e§ásâs§.x9§“.sB¢i%.Lã'..... . ' I . ,
antecipa o professorde Heidelberg-, aquele que, de certa feita, se en- ;T°Yâ'H°l5¢1‹:§°z'f111e!§1Lé.e.fà#}1s>ÇL°z»iasleêfisvelaçãozQ.~axeâniš;i-znw-
zwsiaâmarasemíaäevelssëefineassáesdsmissem -Nenø1@ã°› ._~. 5-¡â§in9 ' °§'*f9‹.“.lÊ-Í}zÊ1,§°§í'ëll?.¡$\š}.§,§- Ê*dê'l9Ye!I1.zl;}\telec.t1¿ali$§1a,d;e,euro-
Aliás, a vida 1de'He'gel teria sido todaf‹.çl”a"=.um rosário. de'~contradi- P..-elaf (Ide L'_§l?¿;_€_llš_lÍC> oadvento de uma idade
ções. Tal o`° retrato pe_ssimista¶que,_ com inédito rigor, nos faz 'de sua de_ly;_=,e_1_u§§iça_.. _ _. _ .L ,.., .
aõazfíàa 'Wä1i'ëfa1¶eaúeëe5âéé ¡1‹°aefizçs<=e»âfâfaaa0›¢fí¢âêõía_ó mf- se °h°r-dra d*f`dl¢SfÍš'~&Q‹neceber:a' ¿no.tí_Cia .da proclamação
×1¡ân'iõ*“assüfi~âqaí1â~'fâ àà›rê<°›1;e_v›;›;1fzâf<§¢smâ1éô¿à1¢asf< de Hzgé1zf,;<He‹ da R°P'~1bl1¢fi f¡`fifl,C€S&z Hegelƒ P011 sua Vez, iplahtara, em solenidade
¿___pública, a árvore da liberdade.
gel é*`tí}`›iEE›"`2šl`èlcö'fíi`oÍbí*ill“1a, e'fri'div'e"r,šã'š "t':'õi'ê's?c›' espirito pzolítico' 'ain-
da' fquiañdof-'est`ë sëaiiãhifestafñà 1`rie'si_íi¡a<~7'e“='1_Ír'iica 'pesšga_.' Começa He- de suas
N”esperanças
°~b~§*~°*`=*~ °§=¬°f-ÉÊë_*%“l
g"èl~ _co'n'1*o 'd'e`rno'crata' ilíír`ni*n'ista',f ä 'Revolüção *Franc_ësa quase quandoHae~°' fšl<¶Sf%§°à.8?§~P§i
Revo uçaoentrou s1éS§¢
nas d?1?°.i?~e
agonias §1f
do=.f'I`er=-
f=>fã
tanto o1í~ma'is'que'š'e\;i1¡šÓlega Fich'tef;`¡ém~~seg`ui'da, desl£imbra*s`e;i*já ror. Estavam ideologicamente rompidas, pois, em que piëse à versão
em desacordo com Fichte, diante de Napoleão, herdeiro*ii"iip'erial-da de Thelmer, as suas. su_npat:aS.C0_fl1 'aíquslezmovimento de raízes libe-
Revoluçãazãe;dei›;'a-zse.~estipend-ianzgoiagiegâfedator de umfjornal napo- rais edemocrat1cas,,e,¡¿¿. z;a0.pQd¡a Hseg¿1~Pmfes$¿, a mesma eoetêw
leônico, na Alemanha; condena as guerras dešlibertaçãø; contra Na- cm de Ka-"tl flde›1=em'PleI_1o crepúsculo z§1'ê.e>.<~iS|;ënciÍa, quando mais
1=‹‹.>.1_+f'@ã..‹>.z . s.fl1e.1Ja.f!erxs5a.-aeee-sê›..:=e'I›.e.§êi@§f.iasie Rssfssfaçëe fem- conservadora se mostra ' a índole dos .._h9_m_¢_¡_.¡$,l, eo-5-,tumava emjfir
juizos favoráveis â l Revolução e dizer, segundo 9 testemunhø de
%e;s.1f5fises§feêaá.<.>ê:zmista és,abfielaäsmb-' Mes sfš.s'fi‹1fl as S-Em
v_ida.._fe§tej_pu,todos_ os,,anos com umagarrafa de vinho o aniversário Nlcolovius, reproduzndo por Iodl, que' `at_roc'idades cometidas emf
da ,tomada B'astill1a.,C).port1ͧ.,n.ista,._ que se adapta as variaçâies de mma da llbefdfldƒfiz ¢0Ê€Jfi.dã5 COH1 OS dfi.J1`0_$ que o despotismo causa-{
cada ë`poca'?'Pesquisador,`qu`ë'_se valedas experiências práticas e, ra ã França, eram mcomparavelmente ficantes.
por conseqüência, corre sempre na retaguarda dos fatos? Um louco, Na lume l'l°.Íld°"?°F_'8z›C,9_I¡1fFã 85 ɧrpq_rações e a favor do Es-
como 'Rousse'a¬-u? 'Um *pouco talvëz de" tudo' isso. Toda concepção, tad° 1'GP?e§€flffifl\_f0z como advogado do Governo, lança Hegel, com
bem como-_o š_e',ü"revërso,'*ële'a abraçou com o emprego da mesma o beneplãcito oficial, as sementes .de sua teoria politica. A
acuidade de espíritö'e*'pödeP de e×préssão.'Seu principal tem*a`Fi- Jiustificando fa posição; absolufifëzafpizízicipe, escudado nas
losofia 'foram as contradiçfies; 'das poröprias, todavia, não curou". * Emmessas. de *fe-P“*:'$*“2¿¡_1t-a§5ë,Qz_Ç1l_1¢“-1,,_Qê¡l?§U$§1a,, em vida do filósofo,
- .=-í. ='f~›' '~-.`-=-:F-_ :'.ÍI.`^ .¬. *~= 'fia '."...~ . . -' “ . . '.'..f.›:
_ Reza' o original; _f'H,eg'el ist ein Êéispiel dafuer wie gem der 39596' de ÊEQI--_-SÉ. F,Ê='4??¬P¡_.'1,_{;fÇ={_!I'1¿_¿,_,Íjͧ=1__g_gl,_¡§_o.,i¡;.1\¿festi,r panfletariamente
p'oliti'si:'hê:Geis"t' in* v`e':*sël1iedënenÊFa`rbeH*s?:."l1i*llet, -auch ifverln er sich ¢<34}$£? sã =1,€.l%!eS.§1fi§.=°rR¢raÇQss; .$,e..ar1:fm,;«a.ã enoz-me .e›¿*pei-iêi-mas
in ein und derselben Person*mänü”fëšti'ër't.*'*PIegel `beginnt"als atiff- .df-l-a
'Ê9f-Eliza-°§ ,.1.Ê$§=.Í.§Ê¿)¿_
que, erznpedemidos
-klaeretischer Demolkraftí, ;l_:;ewxmdertzâçlie:.¬frapzoesische Revolution
«fast 'ndch'°;_nel'u' als Köllege Fichte: âdà1=u_übew11nder.t=:er, -nicht mehr
B z
O B9%'z?*.>z%Sfz“ad%.@afsfês1sâaâr.›. e.P°flSadefzz.dflqu.e-
Ê¡,,_.§§.9_¡ta9_.'_t1ca_Çle_.ens1I}ê;n§nÊos¿e _a1¿1ç{a tao viva na`,lë'rÍñbrm1ça
im' Einklang mit Fichte, den kaiserlichén Erben der Revolution, dos povos. ` " ' J' ' `
Napqleoliú laesst -.sich _. fuer die z.«l1Íš<:2.dzi~3'lf-°z.I3r.u11g .einer nappleo-
nischen- Zeitung in Deutschland" bezahlen; er .f-venwir tz- 'die 'H \ÂÍalter"l'h¡eimer. Óescliícihlfèides
Brëfeiüngskri_'ege` gt-:gen Napoleon, -à'z1"n“'‹:l'essen Niederlagíe er-'nicht 4. Friedrich Jodl, Ceschichte der neueren Philosoplzie. p..608.
o i=.ENs.‹uviEN'ro_ i:›oLIi'ico DE 1-isciai. izs
124 Do ESTADO LIBERAL Ao Esraoo social.
te), e compre`ende¡a=-vjontade geral, não como o elemento racional em
Deveria esta valer assim como -advertência à teimosia dcps si' e'para si, constjitúti'voÍ'da_ vontade, senão ifapenas *como o~gzèral,Ç qiie,
sefacolhem a situações que a razão já desainpef¶ffi‹ A Pena ° l . consciente, provéin .dessas vontades isoladas. Desse modoi 'a união
sofo verte conceitos lisonjeiros sobre a Revoluçao Frãflfiesfi 9 mms dos indivíduosf no*'E_stadotz¢qndüz a uin Pacto. Segue-se daí; af par
umavez censura os seus compatriotas, OS quais elecãinpara ppgiáprf; Ê .
das conseqüências .destriàiidoras de sua majestade e autoridadeiab-
emigrantes franceses que' "riáda~='_fiPf€fldÊfdm ° da . afesfluhi tóráa soluta, o divino, em si e para si, e a custo .compreensível";Ê'~= E-zz-3 _:. :
nestes últimos vinte e' 'cinco anos - os mais fecundos que a S ~ A vontade,-icqmo-,priiicípio d_o}IEstado,_ ressurge, ass'un=._em1 He-
do Mundo 'á conheceu, eo `ara=nóss`Í‹Í›s-mais '_i'ñStI'l1fiV°3 P°¡' Pertence' . .
' J P -' , Q 0-. .ff_-.S gel, não como. a nolasntégšnêfale, de Rousseau, vontade' que~tei:n.‹~suas
rem eles à nossa fgeraçao e às npssas idéias _ __ l .origens-na vontade' individual, senão como vontade que existe»-.raë
Mas muito anterior a êšsafs con'§iidera_çõe§_¿. €XP°nd¡d§f_..Íl9,§âf.Ítf'_ cionalrnente, em sí e para si, Icom rigçirosa autonomia, orã' çlašiesfe-
l
O 'u'zo de He èl'a'c'erca'*d'a R'BV°'[UÇa° l.:.¡'a~“°¢$a.'.q}.1.Ê-. af-9
I g"'.¡..'-' I ,›J".››~¢! `*.'. ' "" vi.) .dd ras de Petfisillatz flzquls eãezpesle.-ser 1;‹-.êf‹'=fi‹ê1s~°~ z.z.‹. _» i. .
dos tempos d e sua estada"êin
” __ Franllfurt,
, , ,_ , no_.modesto exercicig p°_
inda cigêémfq-¿¡e O-‹.filó_.âefeeuíeeàasquemfiâihuteu Hegelzaqiiela,.~hom.eii¡â1`ge.ei,¢e
magi~àié'fi¢¿pafi1¢úiar:‹ come-eae *=?_$'_Ê?ã?ë.?z1¶P°f 8 .á s¿,n¿¿f¿¿¿¡¡,.¿,
...ipi-.¡-._.z¡-fo :ui ríf' O-›iV'U "Ú-.Í ° " __
¢~u.jesz.id.eÍias aeeiteazdakfiiélàatéâgénérøle -servzirarnz de-.iii1p,ulsse.‹à seus:-.
dim'-S"b5'S“"mstiimç°ef~' ç~3iisiiu“i<i9Íis° ~~-'eliáqizÍúió-àiõàffiõâúeúéfe . fl¬1Çãío..he3el.ia1.ia .de.¡Es.tade;~háâ~rae.tiveZi°,ëaliás, cem .suas i:eEl'e:<õ,e.s
dècem com os costumegt- as -necessi a fes e a pem neñm_1ñf¿.fi%ëiëš_ a respeito do 'Contrato Social, debate inesgotável, a que se‹t-1ãq,.f@,rzi:'a~
dos quais desertou o espirit<_>,~coino se orii{;ias,__ t mente èa ázes de de, §11t_e,_Wii',_os¿.ma-is eiriiigentes ,çuiltores ,da _ ci_ên_cia .pol-_í no
Segipam a-zpazãofeio sentimento,-' fossem sšu- -plfllefi 9
-1 . . _. _ , .. . .He-_ .. ,_ -- ¡ _ _ __`.'.~fÊ . . '. r l 'À' , Q¢.i.dÊni.e..~. _.-:~ê 1"; ii .'°- :› ' .A ." ` il . .=:.Í'. .- . ' . _- ~
O po °. fv:'¡'
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l' . ¬Ma$.a§9é*lebte~.1zerl0ntégénëfalezzcohi que-Hegel abre pvafisamente
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0 seu Cepí11110 Sobre a .e.bjs_§iva.doz_E.S.tad9.
.dspglsiçlš§ls.tini.r›
. ' o'\"0 “_
4;`['zifluêñc§*¿i_delPlatao e _Rp_i_issea'itz e.9f1g!"fl_¡_§ffad€ 'W ¢Q"C¢P'?“°
- ' - ." Í) ' V- "" . ' -
sais- tselideës-4a ~i.<.1. éisíz'»1*Í<irê.1. i'i =f.<1.<fz9 Fera.-€1.s".íi'sn;s¢.iSã° 2
nebulos_i_çl'a'de ç_le,q__iie Roussëau_a revëstira-, para se convertërno ra-
ido Estdfló ` "
ciQt1fil,_:iia vgritadë serve de realidade o Estado, ._
-Da filosofiaque preparou a Revolução de_17£ä9 nun¢â'P0d_F He' Coube a Hegel assinal_aruina,das transições ,mais importantes_.e`_
. . . » ° .z - um- ora' 'uenreeve'
8°l°l°ma“°'Pa""s° mte"'amente'..Hquvl-1 "Pexdsâ'c'i'i"a ollara recolheu já, h,§Yi€la_§_ história
das doutrinas políticas. Até en-.
nerou, na mocidade, como~aute_nl`I§á> Ê¡¬<_>ëe¿ Seul _ tã_o,._es'_tudávaÂ-se criação filosófica, abstrata, arbitrá-'
considerável influen_cia:liIsse pensa or oi ou _ - . _, ria,_hipot§tica;_noi'm_aÍtiva.' ' ..
As nascentes
___
H _ políticasde
. . -~ sua fi_losofiê__S¢.
_.-¡~‹- ,i z|._
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šltdämf P°l5f nelede em
_;._'_,., ., .._. . ._ .z . .
. _ _:Qs .pensadores ex_a_uriam-se.em desvendar a natureza do,`çr,_içHior
Plata°f "° C.°-litmip .S-05”-ql e na Q l)or de cu'as` Estadq, mediante construções otimistas, apartadas§muitas vrezes da
da imortalidade ggéga, nos seus stafideã ¢le”S§“?,<.?S‹ a° °a lão ¡¬_ealjd3de,
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idéias,~ conviveu
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profunda, que deixou traços marcaiites.e_m P , 5 ~;_-, 7:'G. W¿I§_. Hegel, ,šaemtliche Werke¬Grim_dli'rii'en der=zP}i_ilçi_sophii: das zRecliǧ, 33,0;
no oi'iginal:."1n aiisehung ,des Aufsiichens dieses Begriffes.,__ha_t Rousseau das
5°" Sistema' z _ -.- . .- . . _. Vsi<1isflSt.sfâhebt¡~¢íflÍÍ?!¡.fl%í2›. dufliëlit dia Sshier"Ferfi1 Hash `(v¿'is;i*5fi:iä.Íi1ëi
Da familiaridade' com a o'bra|_ ͧQ_l1§§$?_f'!H_ da_i°5t°"..“"__` llfllf), Êssf Soziäfitalétšüigglfi, die goëttliche Aútoritaet) šondern di=:i1§'[iihalle' nach Gediãñkë išt,
Faia.~‹é1éb‹ê. sainzàfz. êiaió *.°.f<sfif*z‹i=*`*..z.- . z=z.. f~. .›
aeêêifairêz”ëíeeSe..ë°a°.<9ifsf¢f
und zwari das-De'n.kèn`?'sëlbst“ist,i~iíaen'ili¿:`h den W'illèn°"als Prinzip`de`s°"Stäatš
aufgestellt zu haben. Allein' indem er den Willen nur in bestimrntei' Form des
eiiizehien (_w_ie_ nachher auch Fichte) und den gllgemeinen WiHen_niclzt,al.'5¿
çfg-hävër prop°o's¡to_ tun príincipig; »¢¡Fue,&`!1_Êf_1;>K_§<'_Í>f.:?'}e_, ._¿p °l¬,._,_,¡._ , _.` ;B. à_éâs'~`~.iä`›°úñ*¿i* fuer' siéizf vzmueúffigê “dee -wiiienézf sóz-z¿i'êz¬'1 àúz- zicazëi Gêfúéizz-
‹z‹›a‹› ‹=› esteio s‹›¢1z›1..z-zu›‹›f»‹1f=›s1`°
› -‹"E"u|r"'.o": i " ."f. a su s . 'Í ' '
¢.1*fa.¬*.P. .iz. .. ~ _
s'c§íafdi~che, _d_as aiis djeseizn einzelnen Wi1len.al§ bewussten hervorgehe, fasste: so
fafsiaz 2 <.> P..f°.Pf:9'9-ii'§Í§äÊ9”°ê,P.e~fizâÊiz
A' \.›': v. 2' --\#9_-!ø"¿ °.--'.

dö'Esiàdó*;;Ci›nmdõ,iussqççinpreea e_e_.e.g,Y fl... . .._P.-,_ . . _ .


' f - '-'nr' ' Í' ` ' "
Wii*d1fdiéz*Vëfe_iriigiii{' '¡.Í`d_er -*Eii'i2élnen- iiii-'Staat zü'ieinÍe_i`i Verti-agfund-feè;'ftil`gen die
ufiieitérêiisblosswüëšágefidigeripdaš u_iid=-Ífi.ier.' sich- 'sêi'end¿e'Gc›:ettliche'*ifind5itle5sen
-- . -- .".*i 'E f ' .' i¬›"' .z - -- ' --" """'~" "` il -:
d'e"te'rn'-iina'dã' forma, insuldda (com`Ó tambem, F1¢l1f<-'=z izzi-'i'9lf*%¶.=£H¿.t°ijiIeet:l.íñÇl ¡b*Íëí_š§._l'äet.2ëfSf0¢renden K0r\='›equenzefi'F-_ ;" - ›-z
8. V., acerca da ii'àtureza'da vontzide,_emi Hegel,¡a;j_udiçic_›sa ç-ríti§_a,dg_Ju1iiis
-- . ' ~ ' ha , Binder, no monumental ensaio “Die Freiheit als Recht”, estampado no primeiro
5. G. W. F. Hegel-, apud J. K. Bluiitschli, :chip neuereii Stafitsufissensc fi tomo de §Verharidlimgen^ des Ersternf-Içgelkongress vom 22.`~bis 25. April 1-930 im Hang,
Allgeineiries Staatsreáht-iiridiPolítifilfpiúüãf '` _ .__ . $p,]_64..1:ú5_ . , . . - = i .
6. Recht. Staat, Geschichte,-p¡°:›'.'330-33'l*. - '
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DO. ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL '
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. Ó PENsAi‹¿iE1\iTo Politico DE Hsci-:L 127


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Rousseau; çle__s‹;ç_`›ro,çoado do_s,h'omens e .das-coisas-.de seu tempo,
. :':»â:.f“â'ir f*v°1'f°*=a~aea*mim

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refi.ig_ifa,v_a-;s.e_ .na_¡.fanta_sia,,-p;a_ra dar asas ä imaginação, numa .crítica


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qzuef, pa.rti1idQ.~ii9..q1é¢:é,êsmfinaria no que dcfaeriflset. ' ' 1 r a e ° P°V°f1`ä-fl`¢eS' SE'-Ppropagara ea outros
,L-.L.
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z. Havianos-,ânimosa obsessão.das_.grandes utopias. Os socialis- P°}V°9z fiC0mpanhando.Ia irresistível vocação do homem moderno
tas. franceses. seguiam-essa mesma linha, que seria, afinal, rompída para 'a democracia. . . 5 ~.- _
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-v.N-n-.r-_~'-.
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1.'
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com a intei-vènçãozideológica'do:mar×ismo._ ' f Vl" tambem_, no ¡11ÍPÊ¡'fi'dÕÍ'z por momento uma ce tÉ lh3 d G
1 ,_
'.'¿1_:__'
A teoriaëpolítjcaficorúieëiêí-afaenas of Estado potético, -o Estado uz, a encamaçao da Ideia, num juízo que faria f decertofl ¢o¡-az» 0
normativo; o~Es'tad'o saliente não o' 'Estado sein, existencial, históricoí, sehiblante austero*e re'aëioiíärió de Sz"r"`Edñ{und Burlfe I ~ .¡
conci-eto'.› Eiste;.=-cahregadofi de idealidade, só passou a conhecê-lo Assistiu entre as da Êu " W °": ` 'l I
_..-.._.--_._¬. - -37.1.1.3.-T1'___

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com Hegel: ' -'i .â .. .. _ zâ - - - mente e___¡____;dO Pelas. _.____._ ___. _.
' ~ ' À ' " o '- ____1âq__f;_1_§li!t__ae§1._‹a_x{a_s_tç¡da, i_;ioConti
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I' `I.
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O jusnaturalismogdöiímjnava a`téf"eÍitão~ o pensamento estatal.
Hegel, t`ƒü`e`fseíapitafiãndãr,a' leitura *1:l;ë§s*fijl‹_5sofos gregos, no estu-
èroziâõóiàà
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wdaá ,ms pai___. rm' êi§»“~*~o if" “Ípäeffi *‹'°`='›$i`*"'=~à~ °-W* deãaflre-@11a¬
.R»eei=. =a¢ã°z
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¡ÍI¡s'tó__¡§` "§euÊ9" fãs se °e."`ʧ3<Ê_J:š!_'z1?êfã¡fiã.-etâfliidade, quis ain-


_ _-1

"Vh-"=“"1'ä"-fl-\¡Hí-`v'W**3¡- 7'- '‹.Ir;.›1'r:. l"',¢.3¬r',¡n.\r¡nz;g


|_~ do'da Añfigüidadë élãsšicaj* cüjäs' i_i1'st'i_t-íifições*ll1e foram familiares,
i.

tem atrás de-si a*RevölüçãoÊFi"a`neesa1e*o'samargos reveses da inva- _ fine ° 11° 1 Ósofo germanico visse tri.u.n.far-.em Fran a
a revolnçao liberal da burguesia orleariista M " Ç
¬_«.-:¡ _-. z..;- zu'--. 91;z-`_`_¬
25 J). säoznapoleôi-üoaii ia .1s_=.›_£..i‹'›¿¿~› :.š 1.. .fíêz : . -_
‹_~Há_ quem .diga que nos acontecimentos;-desenrolados -na uele
* Em' lena,-*=p"ara¡ onde-"có'n'v'ei"g'ii"a' a plëiade dos maiores filósofos pg: vizinl_io,dnas sucessivas-.mutações .lá.¿0ç@¡~,¡¡¿a_5¡._pQd_e¬5ècler -O
-:_^-._~-._ L*
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_ .._.
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de seu tempo, como Schiller, Fichte, Schlegel, Fries, Krause' e p samen o e Hegel,-a trajetoriazde-'suas idéias,_ que .-mzabam deli..
S_eh_ellin"g') viu eleiintérr¿§lfipé`r¿së'subitámente sua atividade filosófi-
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:fu 1 '?-`§¡"=`fÍ"=`.'_ä›C'l=T"-‹íE'.>"¡',
___ beradamentenamonarquía constitu'cional.~ - z.;- _,__
` \
F 1: da*.c_'om a "el'i'egát_šl'ã dös'*_êä°‹ércitös"dëNapoleão.
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'Daqueles d'i'a§"l"iá iÍmFrë`Íi_¡'¿afÔ'iÍic_omÍäatá'vel da visão que lhe dei- d. 1. .' _ X mma 9×PlI¢1taineritea Ifrança-.comozpalco-'da trage-
'..'. ll U 1.' ii, "_' \'~§l~ 9 1-' -.:.;›,;à ¿

Z H--' xou o im`p`_eifa'dor corso. Ei*s'q'ue I-leg`el',"na passagem de Napoleão b_1a pq iticana Idade Moderna e afirma que' °ös”s'u'eèssos 'da' vida pü-
M??A

por uma*das 'ruas da cidade; escreveuique fora aquele, na vida, um icacorancesa


_____m "
6 e ___ ¢_>_<___poe___m °
fielmente - . das ideologias-.que
_a história . _ .. de-
dos*espetáculos'rai*o'sƒque-iitaiso'çoiiiovera. '°P ã 1 a e ao mundo em que vivemos.
'l
como ^ z - .-°r. ic,-_ 2-Í-,f_~_-°.-,_ z _ _._ _. _ _ _ _
|

i
'idréi:a",§ universal, encarnava-se na Ver O S 3; V_€z aq_1_e_la serie quase ininflerruptdde' fatos qu-'e revol-
_ _
\

pes*šöã"“d8`ë‹`5iiÉÍüistãâÊi?;*i*É' a”f'*lei'iibi~ê`z\"i'i*'çÍ`_a"' `do*°quadro,_ gravou-a com o po itico europeu e, t.âJ'epei;,cussão.alcaiiçada,


a
\1- - .-. _,_ _ -. -_ T3-' -" `.›- "-'._*¬:~'›:'.»_"-f.'-_I.'-._. H.-:1^. .-.ag
estas pa_lavras inesque_c_íveis _na missgiva que' endereçou a Nie- s ria nao pod.ia passar in i`fei-ente à visão H " ' " ' '
fliainmërš “U i1'iipei"ad'o'r Í"¿*""'e`š`ta 'álífrià"`.i.íñiv`ersal-` - `,_ vi-0,' 'identifica- SOÍO alemaof nv '
8 I do mo' ' "' - * .

'1 z I

vel, 'a cavalgar -pela cidà`de`.~ É d_evera`s aäñúrãvel a sensação de con- Affiàíšã Ê€fmam^'ca diante urna l " f" l Ç _
:Ã-_-.';_¬-i.|'§"É.L¡-.;1__,:.-|11,
templartal indivíduo, que aqui, de um lugar, montado a cavalo, se
sobrepõe ao miuido e o domina" ("lÍ)en Kaiser - diese Weltseele -
prada do em lado do Rena, z .ieazn¢ÃÊÍÊziÍʧb͚ͧ°l.Í"ÁÍ,Í“;ÊÍ.`
todas as características de violenta l '
procela, se traduz na os' ."
sáh ich durch die Stadfízúin Rekognoszieren hinausreiten. - Es ist que assume Hegel. .___ __ P lçao
in der "vvunderb`are"Empfi1idung, einjsolches Individuum Está o filó -
.ll
â l

zu se_l;i_ei`},`ÇdasÍl'i_i`er,¿_a-uf_ P_`1.iril¿t"l<§_n'zentniert, auf einem Pferd bon e tod _ 5âf° ¢_š1`1§fid0 f?1¿_\_S ti_'_ansformaçoes testemui-*¡hadas.
É
__- š ,_ _avia, e cai-rna posiçao comoda e nega-tiva do ¢et¡¢i5m°
0

ay: sitzend,.ue_ber _die|`W,el_t_-_ uebergreift und _sie beherrscht").° ' az aintei


cam S _ ______gên"cia a agulha .magnetica
_- que . atrai
- z..ofpensamento para'
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po in eiramente imprevistos, no domínio das idéias.
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5. Dorutfzizia p91_iticq.,egtgaidÊ do caos. €_._mz_que, a Europa mergulham
voeiro __ a_filo_sofia_ politica, 'onçle"i'i'i_ip`¡'â_z~,zi 0 _¢aQ5_
1`« .-fr.-››.f'f_.=›::
.:__-_...=;:;'.!_r_' -¿.+_ »':-._ .
Ylyêufsltlegqlçflunê' F,l.ë.$a1£Í,1_ë1<i.e§ m.fi1.$_.<2Q11.h.1rl=>.fidfi$ Iwhlstoria do
- -› ._›:*i .. _ _ _ _ .›
_ -._ ..› J-...ni _ J'¡~:¡_:z~ _ _ .___ _

mundo:-Foif c_ont__e`mporâiief_'oI -dazRevoluç'ão -que acabou com a .Idade


Média e proclaiiiíoütosídireitbstãv -Homem, antes de descer às agruras da Revolušão Êranfélsg ë"lEumPaè1c.-hifas poslçøesi '° afã" m.¢'°m'hSta
rêàê-iónàfriàiizoseiif -'¿Ia-«Í*Í~g~9.Ê5- ›9§Í“.“” 'F"`“¿?;1d;f'*`*`t PaPÊ°.1¢Ô*?í°“S› '° °
-. . ,- da-'desördëin, tla'vio°l_ê"i¬i_cia'ê't1'o' ter"roi'-'._
-z-vs. -'¬:"' -:›s_êa=z_z°i°..!'z'-=-
~ 1°”-:.i `::^~.'-'ils .-¬~. :‹`:' f'
`$':'..=-aii :..äf. '.'
. = ›. "wi ~
:-'
i -
- «d...‹P*:“í fa f;f§.f:'=:“. fëf1°!f>ê:‹=ê_S_zaf9fçufz~aõâ1fêffiffꢰbar
‹-~~-«=Pz?5*9§.'?§zé~›P¢f 1_<.1fl..Sz 9°. Passado e em aésmzir ¡n<iié"¢'zim"'*"f.°z¬".-mà;
.men e`aszi ' íasnovas, coníose udesseii¡i'ol5'fl' " ""
1
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9. J. i<. Biumàzizn, ob. ai., pp. aos-óozi.


pmêdoszzzuoâ. .z P .. _ 5 v “**`*i*?F?“›'**»"`°'

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o~PENsAMENTo Pouiico DE HEGEL 129


125 Do-«ESTADO LIBERAL ao esta-Do socmi.
cejado por» retificar a- inter retação mais usual, que simbolizara no
_ A__i_r¡te_i;w_¿ençã_o.çl_e Hegel; se 'dá nesse momento, volt_a_ndo-separa ilustre ilósofo o..HQ_bbes daos novos tempos, o codificador do des-
as nas¢¢nt§‹ä=§.s;1a.¢i-Yi._1iZflÇã° helêrüsfiq * . ~ _- ~ __ potismo, o panegirista da Reação.
- Vaiâa polisgiiega- irá-«lona formulaçäo'd_e um conceito orga-_
._.«Disse H,_egel:z ff_._Q;¡Estado é a_ realidaç_le.da idéia m0tz¡=1_l" ("Der
nico de liberdade. Sua filosofia se faz a réplica mais poderosazque \

.Staat ist di_e.Wirklicl;|_l<eit¡der;sittlichen.Idee"). ¡Acima do Estado só o


pensado;-_ ,p}_:de_i;i_a,aiitepor_ao bregiãrio político da doutrina de
absoluto."z..Ou, noutro passo,-não menos afamado: o Estado. corres-
ts -: '. -:.._ ,~_' __,. _._-__;____ í, - ,- ' _.. ' .- .z f
.pgnde à rey,elaçã_o.div¡i_i1a, a.._um' Deus vjsível.,E te×tualn_;ie_nte_:_ ,"to-
° ' A* °fisfi5fi!.ies.e¢ Ésss1isaa1*=ssêi§&i»ra@`zPeiSz ni=¬zzf<z=-em hevsf~r~§.° _çl_os_ os valores huma_nos,.t9da a r.e_alid_ade. espiritual do,I-Iomem re-
fi_fe§*“Fi° id¢z.1Ê9.?!Í5š_é?E!' e.l*.4°““*§“íH*ÊP:- 495 .Êll9.s°f.?S '“°°a“Í' side no Estado, que ele deve adorar como divindade terrena".__
ëfëeâz.siis*_zifiüfidaä›fi*áiEüft>,g'ê.,ê‹›s~.';§?_”tSsf§.neve °a*°f1S§§;<? 51° li? ' A mcrepação_.mais en1__¡_.v.çzga__.con.tra o.hegeliariisii-io__.‹_§,,,por .con-
bëfeãäë 'i-*'*`_<.1.i fíi*‹1¬~í'¡â1`l'1S¡'fi'-=`, I!istsr;;ë?4Íefif1.° ` z..-$'F?
pfiiiicipid. ã_`uto_:::i"ãtico d`a`s coröàs abšglutistaâ' e em haveralšršëíëëñãz seguinte, _a._¡çle___ha_ve,i= conduzido o pensamento politico. a tuna
%tat0IfltÍ'ia¿ _ _ _U¡ ___ ' ›_ " _ `_ __ __
no ter-renoi' " ` itico os'-rumos' "úe'* viam” e_ re ar.ãl"' ` ' ~ "
ções ao ~ <.- * › P PU. 1 Í. ' ,_ Num dos célebresaditamentosfde'Gans, Hegel ›teria'dito: "Na
Quanto ao rompimento de Hëgel"oöi'ri'õ racionalisirío do' século idéia do Estado, não se deve ter em vista Estados particulares, nem
)<V111,:.com= as teses dazliberdade'findiv.idual..z¬ uma :liberdade es- üistituiçiões_'especiaisz-deve-se antes .ter:emz conta a ldéia,.esse ver-
senÓialmente,zegoistioca;=*que atÓmi'zai'i'aiafsocie_dad_e,› Consoante aeio- <í.==\d.°íf°¡?-°“-S"‹-'-2=- z~ ~ , _
gica'= de <suas»'.-1id_éias* -=; já 'demosf:c`laras¬i mdicaçoesz no: z°c_onf_ronto '_ ~. E.c`lepois, no acréscimo ao §.‹27z2, sobreia essência .da-=Constitui-
doutrinário com Ro'usse'au;z*sob.retu'd'oi respeitante a‹^.fiu1ça'c›_:e_s.tatal l
ção: '*,_Cumpre,~ p.oi`s;~adorar o'E'sta*c1o~como um Deus tenrenqre reco-
cl_,a,,\for›ta<t‹==., _.iz‹,›a_t<›.~sm›siu° Os <1,°íS.«R¢_flSsd9.1fsSz iëqfllzeiãfêflšlse de nhecer' ue,‹se.é°di'fícil conheceriaiblatureza, infinitamente mais difi-
um deles_,__‹se.despedem para sempre, f0mfl11d0 F\Im9$-F1WT1*`“{fFalf. cil.é eoríiecer o'Estadof".*3 _ ' ' '` f . _
1esÍ11t¢PPe§t°s›“° - ~ - - ~ -- _ * _ _Mas foi no* § 258 da Fílosofia Ho Direito. onde Hegel, seiiífsomlsra
_ _ _.' r .° . ' de dúvida, após'sua célebiie definição do Estadö; a'_firiri`o°.u{t:Íue'_éfs~te,
fi:é_â1:f,sssi.z›;-[_‹!`£.é.$.s›f‹2.fia.¢Q£afi,fi¢.i*êm°? _ _ _- . ›- como' '_'fim ú 'ti'ri'_lo`“, tem sobreo 'seiihiiÍ'ii1a'no"'6`iíiáis a'ltõ-*d-ireito; do
mesir_iç°_›_`passo que o inãis ältô 'dever do indivíduo é pertencer a'o`*'E*s-
i fëríiëfffid-'H§sè1.
cósls' <fñi.Í1.=Íëíz*>IÍi.1*_1Sff'° F°f?.f.šfi*.-`*_í<f<%.Íê**°
sÔl'fIlítilsi1iÊf;“a'*figur:ši¿'se-:iosque* a* rà*z`ãö“ es`tá'°'c"om os _q`ue_'cQ{m_l`2'ãÍBm
tado' . - ' . . . ~ . _
U ¡ A0

essa assertiva, oriunda de um equívoco na análise do; sistemê _ seL_i,afamado' Räpport sur l'Ét'at'des_ Éti_id'es H'égel7ie1,¬ine's en
l'i"e8ëliano':" " ` 1-* ` ` "' 'I . 'Fr`an'ce5';-o neo-hegeliano ÃÇ Koyré de'f'ei'_ide 'o'j`filósofo*de`ssá's*"i`nc'rë-
'_ pações; 'que se* lhe ~a.fig`urar'n de todo' inji'.i`sta`s e agressivàs];~'dec'orren-
Ê" Q'u`ando o pensadorse confessa adepto da monarquiaiconstitu- tes sobretudo do sentimento antigermânico que alastrou -a França
ei"oñä1;"-já;'remove ai, embora supérficialmente, as dú\__ridas_que o fi- àfpósà=i~Çfznae'Gueira-›iv1ƒúnai'al_ ' ` °' _ ' 'I f -
zeram, para muitos tratadistas latinos, o papa do absolutismo nos *H 11' .L.›. _ "* _ 'z' ` l 1, '-' -- .¬_ ›' .f‹'=:*'
teI"fip°'~3š.1'l'l.Ôld-.efin-OS."..°. ° I :I-` " _. {.'_. . *.'l' °¡ 1' › `.lÍ '_ Høuvez s,<..>1.11_..§f¢.1f°, ne pais 4° Montesquieu. ao cabe de Çenflito
z nl 1 .| ' '.`.° -16 . . .Í. .Í___ ' 2 _ , '-_; `I'5_:_'1 _, , .

Vários oorifeus;da corrente.neo.-;hegelia11¡1¡ffl1~11€? PIOIROVÕÚ1; 1195-'


I
v
mun_c_1i_al_de* 1'914_z-1918, iriovunento geral de suspeiçao e antipatia
te século, a ressurreição. dos e.s.mdoa'-dazfilbserfiã defH!?S€'-1; l'~\ã°`f°-1'' eöñtfäsišsidéias-pblítiëas*a'pregbät:fäs erñ' s`C'il'o'gerrñ'ã1'üÔÓ.-"?- ' '
' '- ' â. ‹- -. .- 7É.~':.›'«.*Í'>f*..*¡" *J-z '==f.í' *."55`=:' '-2 - it ¡-'Í z=:':~?:i.' - ez: '-- .' ` É '›:`~
z ;\`}' 1 i _ \. lv): 'rbä' 61" ".- "" . ø to ll ' l _ _I_a .entao um p.i__iblic_ista da.»est1i1pe de Duguit côndenava a barba-
10..-Cuiuou _-I-_lege1, com aisuedielšfige. ssguade.š5ëL}#18e'*Í¢“›i1“¿V$f'$šP°'@il° ° a teutonita
':-Í .AÉ'¡`i¡.'°¿°?.- e
Ííilulü expressava
f¬'." --_ r ' li esse
'Í°:"¡' estado
. ° de espirito
' -..1" !Í_='z` «_ no prologo
.li "'7.¡':`›Íø'" ':..`.'Í-'l".° de
..*'|seu
=. .

fzazmzusmo âiumizúâiz. iê-,i<;¿¡izz¡ ¿¢;_i_° n_9,gi_;›m¢pi9 eg; ¿==i~1_s,.¢‹'z>ls>.°.<>\z1 ea P§fsfe›§PJ=*f°' monumental tratado de Direito Constitucional, no qual antep`u`nl"ia
izz‹ii_¬¿â‹izzzzi__ «_ zçaiiiiaàz ao i_>âi-ais, às ssa ‹› ç_‹1_é_..§*l:_Sf<?_g1==_{5f›¿f‹f__*__;›__._~äf3__§1__9._‹=§i=í1¬*° -._ _.-¬. ._-« _.- _ .
ao Estado-poder dos alemães o Estado-colaboração dos _frai_1ce_ses.
z.. __...¿,._ :z ,,_ __._. ._ _3‹_ _. _ t _...{.., ___ _ _
ôläjeiiwo; iñipondo-sefãs ¡›rég;:íjsõe,s," efeftáfits-ტe§ü}'. ~¿11¬_lf=Sz' 011* _ ' _}\°' 1*°P1*_°$¢*._" . n 1 . . . Q .n 1 ,

ta; 9 guez hã._"~;i_‹_:"‹m_ai_:‹-1vivQim.í_eoneäda=__häI_qi__al¡§;d0z;I)Q1;_!_m3e' ' .` 11 ."' l ` - " -' ._'> .' ' 'JIÍJ-.'z1`_-':.,':h ' t `Ê\"1i.-Í
ii. sazmzmzizz were;-çnzfzâgççiieâizdêr Phfloêçizfgiz-_azszR_Êzaz_Ês, P. 323, .___..* .
zaf‹_~‹.=1z.â=iuâ,. 'ia

v'6iit'adè' q`uè'°é' *_"iima das ma^i_ö'i-es i_ii_in1¿g°aš_do'i›_en_i indivi_d_ __


. ›G.s‹ .› .

l1=_Y;°§§_.5§1ë}l°§fi“ff}§
* ¡"l ' -'W """ P

, .is;ob.‹zii.,p.37o. * _-, _ _ _ ._ _ _ ,
t*e¡:íi*i'a'étiéa*pfara"`assentar= nö'ti-ono' o"ë`spíi"ito objetivo '-. E -foi nesse' espirito; Çomo ia 14. ob. ai., p. 329.
vimos, que Hegel colocou-o Estado (Arthur Ba_uinga`rte|'i. Rechtsphilosaphlfi. -P'~`3)› *›

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E ° ""-W' '*-*'l=°'='W'%f'

'^li.5›Õ DO ESTADO LI-BERAL AO- ESTADO SOCIAL o PENsAMEN=ro rrorítrtco DE 1-tsc-EL 131
z i›'Bt‹is'‹.¬:ava., assim,-n'ov-íssirnfa e originar! fundamentação do poder Consoante a. interpretação de Friedrich, o pensa-mento .de.I=Iegel
- n . - _ .- _ . - ._
polífi'‹-:"o, reoonceitumfildos o Estado como "prod-uito de diferenciação é no sentido de identificar o Estado com a moralidade, e nãozznode
'';`
"¬.›'
*'1. -_..\\,-"
_-. '_.Y:'_-flv--.--_..'_ .,- .-"“._ . -HL.
entre homens de um mesmo grupo sÓcial”.l5 fazê-lo instrumento dessa mo¿raliç1;¿dç,, Só. _o _fato.z de semelhante
-' * Orai,fõ§|E§`ta'do-poder* ëlosiàlemãeš, 'ã que;f~sëg1mdo=Duguit, ade- identificação, que é c_omp_leta _e substançial,.basmya_1za;e×clui:r_a cori-
rem~qu`as`eitodÓs os publicistas-gerríiiãniëos, é, sem dúvida',`o Estado cepção do Estado comofaparelho totalmente -coatiyo,.ã maneilrajlpoir
dã`_ifi'los'c›_fi.ã'|hegelianaflƒe iíuiíca o Estado da especulação subjetívista exemplo, do que teria sido o Estado n_ac_i_ona_l_-socialis'ta_ de Hitler. '
'e “rac1önafl¿§ta=¿de5Kai1t.~Päsš`á Hegel, em*-geral; por ser no direito pú- Açentua.. Friedrich que, para I-Iegel, ._a divimzação do poder,
'b'lico~à_leñ1`aó`*o fi'lósofo**-`q1f1èÍ'leg`itima o culto da força, encarnada no simplesmente como poder, significa verdadeira blasfêmia a Deus. E
Leviatã estatal. ~' - -" cita uma :das célebres notas de Hegel em sua l§`t'losoƒ'ia_çío Direito, em
* "I(ö"y'ré.'- `“`ue`, ~`¬`em 'vei'dade, os *reacionários alemães que cqndenava ele certo contemp_o1;ãn_eo que veio a esposar tal dou-
”apresen'tä.ii1' ä¿fili5'šofi'ä€l*í'é`g`‹èliaI1a~Í-*sobretudo à sua filosofia social trinafi
.i-« .tz 1'
- como 'a divinização do Estado-Molšoch ao qual são impiedosa- u ¡, _¡ ` ., l.

mente.sacrificados os di-reitosx1o.indivífduo”.1° . uz'

7. Superação do jusriatfuralismo e daâvel-hn zte_oriaÍabsolut*i~s.tó_z


far" ' ` 3.1 ¡ " ' 1..-1. 1.

i 'E'
_fMas=c'ita -‹¡:9f|i1ies1ri'¿¡""âL'utor; em abonó"d'è' sua tese, um dos melho-
rës-'pasišosfda*obrâ'ldí=3*Biišch°sobre oš*'fi'lóš5fos"clássicos da Alema- Como se vê, a posição de 'Hegel é rigorosamente intermediária
nha, refutando a interpretação dos que tomam Hegel como supre- entre o antigo absolutismo de Hobbes q'Ív._ië"tr'äduz uma g-i`po'logia
mdšteór-ië`ofi':êlo'àbsíslutismoíno sécu~lo":-XIX, aassàber: "É o conjunto o do' pbderpelo poder e *que év'o"l'vé pá`r`à'ía§ fo'i'_i*n"ãs'¡rütigádas do ab-
q.ue'~irn-porta°.=.0ra,f"ao':conjunto .do pÉnsam'ento hegeliano repugna solutismo wolffiano, de feição'eud'èmöfiíš`ti'cá“e:iluminista - e a
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~1'-.:°"‹“›¬.\cI-:'*1`|v~.^¬:£-r‹w'..3a\f:=-'wv¬1~›f|-=»‹.¬-srz*-¬¢._
1"; tudo quanto.~é'imperia'lismozou nacionalismo ultrapassado. Uma fi- reação individualista da filosofia anglo-francesa, que teve na Ale-
losofia que faz do Estado a realização da idéia moral, o Espírito mo- manha, corn Kant, o seu mais prestigioso cultor.
.!?filIIF1fi11l¬f9ãF9ê~zê.z9Q¢§;fl.!êÇã9 Cla líbeëdêfile. é. Sejam quais forem as De u.m lado, a exacerbação absolutista do poder,_desprovido de
ressalvas que, p_ossam._le_va_ntar à concepção hegeliana qualquer conteúdo ético, e em antagonismo, por isso mesmo, com o
da lil;_›e__rdgz\_fci_e'fe_ `ç§a_¿mo_ra_l_id_a_de', absolutamente, incompatível com as espírito objetivo, com a forma mais elevada da Sittlichkeit, ou seja,
L
ieiêiaê- cessa-âzq~.flaiâzês~há.P-tstsfl<1ids‹.êearsnfá¬Ia"‹"
1. » . z do Estado, na concepção hegeliana, e, de outro, a.teoria_zjusnatura-
lista _de Montesquieu, Kant .e Rousseau, que então festejava por
ilz4 lÍ-AEÃfmé

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;~.‹'›_\uC-T'\h`.u-,:¿¢?_.Q-¡f`¢_'-¡.¬:'-.z
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E acrescenta: "Não .é verdade que, para Hegel, a vontade do in-
C_1_l\_?í§1}1Q_,ggggyai¿acrif¿igat._ §¡§{Q_ntade.,c_l__o Estado: ela tem, ao contrá- toda a Europa o seu triunfo ideológico, depois de emançipar, no
1?Í.°z_ Vfl_l0_!§ _fll?`$Q,l.l¿£9,_ ta1't_fc>1ç1t__1;a11t_o_a d_o~Est`ado, com a condição, toda- novo mundo, as colônias in_gles_as e de suprimir, no Continente,
lii
ff.
Via. de qL1e._fl_‹'Êí9 -Seja impulso.‹çaprich_oso, mas vontade verdadeira, com a Revolução Francesa, a velha ordem feudal consçúrciada ao
_I
I
.`-zj ÍSÍO ëz ra.cionaj;ã›_orque,__em_ assim, sendo, é, n_o_ fundo, idêntica à von- absolutismo monárquico. ' _. " '
tade estatal. P e-se contestar essa identidade (...). Mas o que se tor- A teoria hegeliana, com o seu p.ê¿_z1_çl.ulo oscilando .para o auto-
inadinissível é fazer _de Hegel ë,tatz'ste intransigente. Admiti-lo ritarismo e a Reação, ao revés das doutrinas revolucionárias e indi-
T. vidualistas do .direito natural, expruneperante o problema do Esta-
ëqP1Í.Y¶.l,° á 01VíClÍiÍ;'Ê_1_`á'=_J}ílš`e_i=Ít'r_f'l_.¡il§¡üra metafísica 'de todo o edifício".*°
Comunga com¿»ai§_.¡~I!1`<?.$.!11ê°$'lšlšia-§.,de __I§Qyré o insigne publicista do posição de nítido e flagrante otimisn_}o.
al,emãç›__ Carl I. _Friedrich, gu$¿pç›_ntifi_ca_na'ldniversidade de Harvard O século XVIII fora pessimista e subversivo. Se exaltava o indi-
ema. _
maisabalizãšiofsfçonštitjãciorialistas da democracia mo-
I .. . . _ . . víduo, tinha em mira abater, para sempre, com as Declarações de Dí-
.
..:
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1.
,l. «I I I J ' \ _
r:e'it_ós db `H_om`e`ni, o monstruoso'l,.evia.tfã, inimigo mo_i;tal_,e Írnediato
¡-
\ da_liber'cla_de hlunana. . j ,Íj _' _ , . ,l _- '
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'Fisl' =i:Ã`+z-zi `É¿Í;z.Lmzzfzz}§äz, p`.'í><. ' ` z . -'O _Est_a_do era para ele o malnecesšário, que ,se devia .tolerar ape-
`1.6Ã s_ur lifldefsi É_t\¡1des_l-Iegelieniies en Fi-ance”, V_e_rh_andlungen des nas nafmedida em,que.-sua-existênçiãgfosse ,est-ritament_e spensá-
ersten Hegelkongfe§ÉesiÍ`vo'ni'22'.*lí¿`s`2Ã5¿i¡i*p'r¡'l'I93`0iirFl'3*fie3, p. 971 ` " "":“` "_ `
17. M.,Basch', Les Doctríríes Pol:'tiques_des Phílosophes Classíqlgés ãe'l*;'×l”l{è'r'nagne, Pa-
velãconvivênci~a-sociztl.,.--'--= za' ._ --,_ › ' _ : ,
-FÍS.. 1927; P,_323..__fl_¡_1l§_d Koyré, ob. cit., p. 97. M
'| .
l

1s.1a‹zm,iz~. 615. ¢¡'z.,'¡`›_p.`_97-ss. _ 19. Carl J. Friedrich, D-ie Pl: ílosoph ie des Rech ts; iri liístqríseher Rerspeglggivegpp, -2'_8-80.

Q 1
l i .
132 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
O PENSAMENTO POLÍTICO DE HEGEL 133
O âritério de valoração ética residia no indivíduo e não na cole-
tivida e. › Mas os restauradores da grei de_-Mettemich, os que viviam ce-
gamente as paixões e o fanatismo de uma época conturbada”, que-
A suprema inovação de Hegel se dá, pois, quando ele busca re- riam recompor o mundo, mediante retrocesso histórico a idades
conciliar as duas posições alüdidas, ficando, porém, suas simpatias que já se haviam- apagado definitivamente da memória dos povos,
__ _. ,-_.-'.-b- ..~.._ lar... , ` I,.`._ if” _, __ _ . . o. \, ri; ,

com o Estado forte, e nao com o Estado abstencionista e neutro. a saber, as eras do abs_olutismo.real. '
. ,ç ¿ .
Inspirand_b-šeicoíicepção platôiiica 'deiEstado, recõnciáitiián-' Pouco importa que os românticos. alemães sonhassem em re-
doa liberdade"éom'fclésprezo do liberalismo, chega Hegel dqüela re- constituir o passado perdido, fazendo a apologia da autoridade.e
conciliação ao 'inverter referida' tese' individualistä sobre o"v"aloi'5 éti- da tradição. _» -
co máximo, que, ao invés de radicar-se no indivíduo, passa a"se alo- A gríande verdade é"que Hegel, colocado nessa mesma corrente,
jar no Estado:Í ` ` _ _' ` ` aparece :como inovador genial e prepara, com o calor dialético de
Com efeito, Família é Sociedade Civil, como degraus ou cama- suas idéias, a serviço-'da`firest"auração, nova teoria filosófica, a qual
das do espírito objetivo, são, na dialética hegeliana, meios de que se não pôde nunca prever que acaba-ria por se voltar um dia contra os
vale o Estado'-para a'rea`li-*z'ação'de seus fins. O Estado, como a mais estadistas da Santa Aliança, seus fiéis amigos.
alta concretização d_oFespfí(rito objeti\'¿o,_se põe acima de E isso quis a História, ironicamente, que acontecesse. Foi na
.Dessa _superio,r_idade_ dec_o_rre;'.seg1,indo Wundt, a adesão de dialética do insigne pensador que as ovelhas pretas da 'ešquerda
Hegel-;à..idéia_¿platÔ_ni_ca _do,.E_stado_,._me,d,iante.a qual e×iste.o «indiví- hegeliana se depararam com o método que conduziu ao soëiališmo
científico, na mais- -violenta retaliação ideológica que o século X-IX já
due Parse. mãe ° fs¢1‹>»i>.ê.1:fä ø.ii14i.sfdfiq~*° Í. z ` . . fez à doutrina dos resta~uradores.- ` . -5
'Esse princípio, que .ele }:›atrocin"o.u, quando conduzido às últi- _ ,,. __ _
mas conseqüências, acaba e etivamente no totalitarismo.
8. Postulados hegelianos ri`o'modemo pensamento político e
A lembrança de sua aplicação indiscriminada e sem escrúpulos
retoma ao direito natural como saída para a crise da liberdade
na teoria política de certos pensadores do século XX constitui som-
bria advertência acerca dos perniciosos efeitos que poderá. ter para _modema
o gênero humano, importando, pois, uma doutrina~de-negação. Oconstitucionalismo democrático, que nasceu nas--entranhas
- De certo, não'tiv_era Hegel em vista esse resultado. Para comba- da filosofia política do direito natural racionalista, combatido por
ter o século XVU1, fazia-se mister uma arma que ferisse fundo. En- Hegel, parece haver reconhecido, em parte, a justeza daquela tese,
controu-al no social, fixou-a tedria do es íri to objetivo, limitou-a ao caminhar pre'cisa;m'ente no rumo de concessões que se fazem
no absoluto, 'colocando neste a""A`i-té, 'a Refigião e a Filosofia como cada vez mais munificentes ao .princípio social, em detrimento do
domínios axiologicamente superiores ao___Estado. 'princípio individual. Este há sido sempre o sacrificado. ‹.
Desfrutou Hegel a simpatia ;e'o' favorda ordem política restau- Sua posição é' de notórioirecuo. Seu prestígio entrou em declínio
rada. *Sua filosofia caiu rias 'graças da Rëdção e se fez a filosofia ofi- acentuado e sua crisehá' sido a crise mesma do velho liberalismo
cial do Estadoprussiano. A iijidnarquia de Frederico Guilherme se burguês. _ - "` _
comprazia com suas idéias ei elè'se cbnvei-Ateu, por isso m'e'sii`{o,¿ iio Na ešfera jurídica, percebe-seicorin limpidez essa tendência", «que
teorista diletoe de maior evidência da ordemdomínante. -. há impoigtado na chamada .socialização progressiva do Direito, a
¡..-

home"`_s' ue' antes haviaiii ' rse 'ido é hurrui' L °lha'do a ' t ponto detum jurisconsulto da :envergadura de Rijäqert haver:o"usa-
proibido'suas'p'rel'eções*filosoficaš sobre matéria religi_jc›`s`êi'_ç¿_l_ogi-:ado do afirmar] sem hesitação, que; hoje; quase todoo ireito é' p.úb°li_eo.
do velho sábio de Koenigsberg o compromisso 'de um šilêncio_`avi'l- Se se 'reconhece ao social indisputável preponderãnciafiobiié Ó
tan'te,=¿`:'uja->a'1úëbra sigiificariafprática -'de ato subversivo,'eram ideo- individual, se o indivíduo já deixou de ser o rei coroado pelos teóri-
logiëa`ífiën`te'o`s ines1nos*-que;`1t'iaš- primeiras ~décadas dbséculo pas- cos do racionalismo, houve, nas raí-zes filosóficas dessa transfforina-
sado, Se desmanchavam em aplausos à filoso'fiai'hegeliana.`-' «- ção, a presençajn`egessá_ria de pensador. 5. ë '
Esse pensador foi Hegel, o.aÇi_¡do_roso Copérnioo da ciência,p`qli¬
-'---'-20. iƒviiiieizzi wúz-.‹ii,- eimzfzgngffn de Pàiioâápàiz, p-.243. . tica, quando conclui que, ao-in-vés de ra sociedade girar em.tqm0.zd0
indivíduo, é o indivíduo que gira em tomo da sociedade. ' "
134 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
o PENs,‹-uviENTo PoLti'ico DE Hi-:GEL iss
Mas tal interpretação não é pacífi:ca.§Acha-se plantada na gêne- São esses' os pensadores da razão abstrata, os corifeus do libera-
se dfa mutação a semente do totalitarismo do século XX, ¡deS 8I'efl" lismo. Te'ri'am~asse'ntado a falsa “independência absoluta dos pode-
desfreações antidelnocráticas, que, rompendo o equilibrio entre o resl' entre si (”die' falsche Bestimmung der absoluten Selbstaen-
indivíduo e a sociedade, provocaram a crise do Estado modemo. digkeit der Gewalten gegeneinander") e, o que é mais grave, =esta-
Essa crise há sido assinalada com a zpostergação dos direitos do belecido, segimdo Hegel; as suas relações m.út-ruas em termos osten-
Homem, a invasão das esferas sagradas de natureza subyetiva, .a sivamente negativos, ou seja, mediante técnica d_e limitação recí-
ameaçaquase permanente, que paira, ;de eliminação da -personali- proca.” _ -
dade humana. . z Diz Hegelque isso .determinouum estado de hostilidade e te-
.E como a maré .social que vem,-de Hegel-seria, nagigantesca mor entre o_s_. poderes, que passaram a tratar-se comqj,i1imigos.M_[;Jm
onda do totalitarismo, a~ rebarbariza‹';ã`o-.do-‹m'undo.que dois milê- procura precatar-se contra o outro, de modo que o re,rnédio;_nessa
nios de civilização mediterränea nosz'herdaram_, há no .Coração de atmosfera de_.,reci'p.roça aiiimadversãonreside unicamente .num sis-
Ç-quase; todos os povos um mon!-ime.rz1t'o. reflel-.ido de eulodefesäéflqfle ë tema¿de equilfbrio,__i_1iediante contrapesos.
a retomada da consciência jusnaturalista,Í '-.no campo fpolitieo, ou Ora, a essze respeito falta o sopro de unidade tal. _
seja, wnz›r.eto1:no.sSpiritual,..b.ein que moderado, .fl° Sëwle ×_VUl› íEí acrescenta Hegel: "f'Toma`r›~o negativo como ponto de partida
paz-z;__te¡1_¬iperarz_a_ o_r.dein,.políticae sol_grestar.os excessos que o_p_rima-
-e .-pôr-, ademais, z a, desconfiança. ez Ó'f':'lado =..em :.prim.eiro.f plano,
do absolj¿¬to.da._c_o_letividade agar_r_eJ:ou._. _ __ - . . bem como sutilizar, de modo solerte, impedimentos que',i.para sé
-A maisrecenterzliteratiirai pol-íticasdos paísesÍoci*dentais_ exprime torn_a_r_em .realidad_e,,precisam__ apenas d_e impedimentos contrários,
essa linguagem, traduz essa tendênciapaponta esse anseio, denota, -=~eis.ó.que__Íçaract_ei§iza aquel_a.s_egu.`ndo a compreensão .negati-
em suma, na reconsideração crítica do passado, 6 °f°fiVa 1'°¢°“¢llla' va, e; oaquez ta__nji__b_em,lhe distingue o çaratee consoante __a opinião
ção do binômio clássico: indivíduo-sociedade.” ' do vu_l,gof':;“. ,._,¿_ , ..
A independência dos poderes redu_n_daria, pois, numa desinte-
9. Hegel e a separação de poderes gração imediata dó Estado. Cometeria enorme erro quem cuidasse
queflcada poder temem si exisrtência abstrata.
O sumário que fizemos, tanto das principais idéias .que servem
de esteio à filosofia hegeliana como, do meio ideológico -onde veio h_A_ e_×istên__cia_ de'_poder.es independentes não_pode'ria .gerar ne-
atuar essa filosofia, já nos permite passar ao estudo da posiçao que nhi'_i_ma unidade.. E a conseqüência, para Hegel, seriazou' a destrui-.
tomou Hegel com referência ao pro lema da separaçao de poderes. ção do todo, ou o.restabeleci.i`nento da unidade, pela vfiolência. ' 1° ._
Na opinião do insigne filósofo, é jusle e leoflfi- Näf>‹ P°l'ém‹ da Alude Hegel ao que aconteceu na' Revolução Francesa, quando
ora o Poder Legislativo era devorado pelo Executivo, ora este por
maneira como a formularam os publicistas do liberalismo, Hegel, aquele, tomando-se, por conseguinte, absurdo, nessa eventualida-
preservando a idéia da unidade 'do poder, Se eehfi, 3 este 1'e5P°1l°f
de, a:pregoar`a moral da lñarmonia de poderes. `
mais próxirno de Rousseau do que de Montesquieu,
Com efeito, aceita o princípio, que, “tomado em seu verdadeiro
IQ. Organi‹:¿is`__ñib_Íestatal ' i ' .
sentido”‹, seria, "com razão”, a "garantia da liberdade publica . No
entanto, fcompraz-se em increpáções contra os¿que com maisfardor Hegel é orgaínicista. Ele o confessa em vários trechos de sua Fi-
ozsufragam, os quais, segundo Hegel,'a respeito do mesmo nada losofia do Direi'to_.. : _ ,_ . . -. .
sabem e.,. nada querem saber" (-f'~'nichts. fwissen und mchts wissen No § 2,69,f por ekemplo; refere-se'especi‹ficamente ao Estado
wollen")ÂÊ? 1 ` - , _. _- -como organismo. Esseaorganismo é a -constituição po-1-ítica., ._,. .-. .
u- I
. ._ _. - __ _ ", _. .' .lu
8 9° F ' I
. Foraida' ëonëépçãoofgârúcía -de Estado, não' teria' sentido'fa'la'r
21. Basta- que;s_e_zatente¿efiti1e‹efuh-a§,.para .a grzodemae copiosa bibliografia ale- i -'em sepai'ação=1de=+poderes para 'I-legel. »A" independência -absoluta
.-zzâ ace,-a às àifziio n,,i_.¬_g,z;1,.-que nele.-¶bfs§z.9s.ss*?fs= 4° =.1°siee§lsz~_€°.Pi<>.-,»H3aS desses poderes afigura-se-lhe, como vimos, absurda.
meme, Adolf Ai-pdç Felix Elúeclcgerj, Éfiie;-,rvqii_t1igpçl, `l\'l§_f§f=1§,,__l?_l€=1E11'1¢_l1
Rornmen, LéÕ¡Êu*a'ÍisÍsi¿Há1`iš.`W':elzeI*-ë':E1ik WoIff_¬`töElöš eles 'versando uma nova di-
i-eçãó no pénsäírieiitójuñdico e político da Alei_ñ`ár1hã. Í _ '› z- . . ' 23. Idem, ibidem. ‹ =
22. G. W. F2.I:'{eg"el-,' Saetntlíche Wcrke.=Gruñd!i`§i:'ën*ãer.zPhflosophre.des =Rechts,'p. 368. - 24. ob. ai., P. sós.

J 'S
O PENSAMENTO POLÍTICO DE -HEGEL 137
136 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOClAL

Os poderes se di-stinguem, sim. Mas não .de maneira a constituí- Estado abstrato do individualismo, mas o Estado como organismo
vivo, articulado" .Zi ' `
rem unidades autônomas, com vida própria. A idéia de coordenár
los .de forma orgânica se acha, pois, de todo coerente com o princi- Em Hegel, a divisão quantitativa dos poderes não diverge da
paid do,rac-ional, em Hegel. de Montesquieu; A p`alavra'-"divisão_"', no' entanto, não é da estima
Racionalidade equivale a realidade. Daí.o célebre aforisrno he- do filósofo, que quasefsempre-faísubstitui por expressões-cujo em-
geliano: "Was ist wirklich, das ist vemunfhg- W515 Vefmlflflflg lsti prego não "che`ga à idéia inevitável è`ri`gö'ro'šä de repartição. `
das ist wirklich".7-5 Na disti'nçâ'o` substancial do' Eštizdo político temos, -po'is,'segu'ndo
Hegel, segundo Emst von Hippel, preza a realidade, .Longe Hegel: ` - ' `
dele, pois, a idéia de quebraros vínculos com o mundo:_ filósofo a)`o poder de determinar e .fi'xai;:ç_›_` geral, isto' é, o Pode; l¬,eg_,i;S'
procura trazer`à_ luz a razão ou a idéia, que se acham ã"baSe'de fode lativo; '_ _ - . _, `
realidade-`,` a fim de que a vida venha a'ser compreendida por ,pensa- b) o podeír que submeteÃa_s_esfé'ras'particulares e os casos' indivi-
mentos. Tanto assim que ele escreveu, no "Prefácio" da -Frlosoƒza do duaís ao geral _- o Poder E×ecÍutiyo},e _ ` '
Direito, assevera o mesmo autor, "que a missão da Filosofiaé; com- c) o poder subjetivo, como poder da vontade, em última
preender o queexiste, pois o que existe é a razão" ("Das, vvas jsl, 2_U cia, a saber,.o poder do príncipe, o. Poder Real. Nesse pod_er,.Ç_onfor-
begreifen, ist die 'Aufgabe der 'Philosophie,'denn das, was ist, ist 'die me Hegel, fundem-se os.,demais,po¡clere§.nmna unidade, que.-alái_;ai}r
Vemunft"). - ' '-" - ge,o'p_ifiricifpioeaextréniidade do todo. - ` . °
A sepiaração de poderes, como quer a filosofia kantišta, ouua
teoria de Montesqiiieu, significa, para Hegel, šquebra, queele nao
Emzaegiiida; faz-,o filósofo -_entusi.ástica..-e ardonosa apologia-.da
mo_'n__a,rquia~constitucionaljquando, com.entono,dogi_náfico,;dlZ‹que
admite, do princípio da identidade e do monismo, pruicipio que e "a missão.do mundo moderno é .reparar os Estados-para az-i_nonar-_
das notas mais enérgicas e originais de seu pensamento filosofico. quia constitucional, na qual a idiãia, como substância, há logr_a_cl,o
Portanto, impossível compreender no hegelianísrno a separa- sua forma infinita".2° Q

ção de poderes sem remissão ã tese organicista do Estado. Alias, “ø


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lembra__l-legel, nosaditamentos de Gans, a célebre fábula do esto- umon-.u -ou

11. A .tese hegelianada separaeão de poderes como tese verdadeira


fi1ss° ¡'=*'*~fi°”-'="› .fft=fPbã°â, ‹=.= i>°S1111¿‹'-'j¢°f11<¡>¶íi')11.ê.i>.f°Sfdi11'=1í'~'<'~%l âdRflSSfl8§.'“ ' . ' . L -i"-iÍ" I
das 'artes ài enti ás _e,'visto e, na ' _' tese e um p er sea' ir- Quando mais alto se afirmava o prestígio da teoria da ,separa-
marliiidezpendente perante os demais, todos se arruinariarn conjiui-; çao de poderes, na idade aurea do liberalismo burgues, teve Hegel
ou Í -_.. .v 0°. ¡ I Q .' É _ . ,..- . _'1_I,..l.i .

tamente. ' . I ~ '-`


a_.¢9¡'E5931 de P"°P°¡' °°".¡`?Ç9.e5 °§5¢.n¢.1ê1.5.Pa.!'§.°l“.° ° PÉIQÇEPIÔ Pu'
'nv O 10'; '.^:Í , Y-' '.'.Í3'|.l'in 6* -

Cada poder contém em si, segundo Hegel, "os demais momen- de“sse=“'sfe_r, como já vimos, a "g'ara'ntia da liberdade públi¿:a"," ë,'n_ão o
tos, e, por isso, aparece sempre como totalidade, e nao como frag- fermenfto"de destruição da "unidade estata_l,'_'_. _ _ ,
-'~=. "f-.I.-- ' ~- '~.~ ;=,..:_i.z,. .- ='- ' z
mento de uma unidade". . Em meio aos preconceitos do lliberalisinö, a emenda _f_uiid.a.rnen-
Só assim encerra o princípio da separaçãoçle poderes _'Ío.rn_o,j.- tal de Hegel fez estremecer notadamente os que haviam sido
mento essencial da diferenciação, da racionalidade real" ("das we- lidos'pëla_'têse aos mais dèl"ir%`tés”éi<'ág"ê'iióš,"a ponto de desvirtua-
Sen.tliche_-Moment des -Unterschiezdes, der. Eealen Ver11UILfligl.<eiÊ")~" re`r`i'i',¬~á'1~d`‹`í›t'i`ti'ii'i'z.i"°d.e Mo`ntesq'ui'e`ü,`ëom`a *afirmação absuiida' 'da inde-
Esse pensamento de interdependência orgânica do_s`_'poderes`-"se penaiêrjic-íä"db$iôliç§a'dos` '13 ” :Í ` ' ` ¬ 'i
- '.“=-:.,':':..~‹'°=' fz: .- ~ - .-:*:z,=f à'-.-,-‹..",*'f..:,r'z _ . , .~ .
acha expresso. de maneira «tão clara e categórica por Hegel, que um «_ lTe~te lisgelrque pagar _go_Êlitz;¿r,aIi$mciÍe..hibuto da _.hnp_p,pu1ari-
de seus melhores críticos, no campo: da Filosofia Política, oansigne dade ve dó _d_oS.crédito'de si"ia`š`idë'i'às'eín 'vastas camadas da opinião
jurista-e-publicista alemão da escola neo-hegel-iam Julius. Bifider, 'fio _filóšofoi'ó` idéiiiómifoidá' "de”*së“iis"dis-
pôde afirmar,.com inteira procedência, que, aí, "o resultado -nao ez.o f_a_`rÍ‹=eS,
-z
i}_ia~í_S`, ifiteljgei1¡téš,.çoiñp
.es '"z::" ft-:z,â'
fóeefjëssšizpóëdébflíuf
". .cz-:-:'-.
äiidéfaue'
' . ›. .:= ..ê::'.:z:-.¬;;'
.‹..I 5 ii z P. .l zrnrn-';;.". . ` - _ ste' A:._I _¡'.$ . .u Z; I ..'..Ls ::è:'¡í Í. ?¢,¿:..:!, l “.._ :` _' it .Í . ~

25. ob. az., P. sóz. * _ =28. "Dié -F'reihf`eiit'als Recht”, 'VerhandIiIn3en des. ersien I-le`geIkoiig'i'essè's..., ob. citi,
'-"20Í*`-U ê::.i .r.f, .z'.'> -+'-“I L ~ _t:,.ifife.a5›.: z, . .:: :ze s›:z..'.=.à .=-'. ¬ -.~‹.: ' Jirriiziâ.
26. Ob. cit., p. 347.
27. ob. az., p. sós. , 29. Ob. Citar Pv . 8 l" E' Í' ii i ` 'z ' iai'-ll:-' ' Í '
138 oo Esraoo LIBERAL Ao BSTAD-.O SOCIAL
D'
l¿berd\ade_Po1¡¿.¡¢¿¿.¢_1Q3 povos, bem como o sentimento da indepen.
dência burguesa perante o Estado. _
Mas.a boa" tradiça'
"o.dodm'onarq!1Í$1.1.\°=Ç°!1$“Ê'~*9¡9¡1-al*
ri ce-dando ao
"'o` arecia cori;9bQraI».=¢fidfi
1mP°f“*-“”° d@‹›*”s°°“*Ê` 'i*'“°~`*"*2.,. -f'“““'° 'ii
vez m1a_ÍS, e e_!_'ê~¿.0 d.9‹$:l¡.1.3Ê`lÊ`l-1! "í.;.:.z.cíadeira. as..
h¢s°1iaflfidfl~$°Pflffi€fi° §1°P°fi°r°sYuú1aa's“'eÍia”1' n rx; emdinâfiz
› ~ '° - ' » nsu ,
Na"`:hg`l"ê`tFr`rê' a Pçansa' Pãlmçaƒ “de "12 iabsíalíilale se inclinoii um
S¢mI›`-'fe despremu ° Prmap1° a sfparaça fl 'vel e relativa
deCÍd.ÍdamenÍe
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Rafa ufilê.
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sçparaçêo
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maiormente no que tange as relaçoes entre xecu f Sal r
afigura-se-n°z¡~›¿._p°=s¿=1u° °
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¢ ° ' . 0

que Paswu' a 'té c egar sua concep


z - ~ ` *' _."' "" z, _. ..de
se 6, he
-.-. el¡a~
. Capítulo V
para com Hegel pesada divida âle grahtêwz 1íf°Ía¿f1° V 3
fl'Í5m° “1“° °s'3°`“§ "WQS Pz°sm!ë os C-ml ln- .E ~ ~~ 1"ë'rri críti- A LIBERDADE ANTIGA E A"LIBERDA.DE MODERNA
szm
_ aàêpäëâçaö
. z,z~fi_ -‹‹,. z1é**fzõ‹›‹1éi -_e;.›,,‹_:om‹›
v..l_zo,t¡¿fiva dóê,¡›¡‹lë*¡-ícionado
.V.1S.Hê1}š.°“.. Í`.1°§9 '; teria
principio, -.
ca p.¡-Oflífldãfne f.e juš ae ãbo _. _ V. 3 o›iÊšTt›a';d°mo_
0 0 .
O

decerto preval_ecId0, na el? ¡`aÇÊ° _ ,_ _ . .b .. 'de


demo ' _ I. A crise da liberdade modernaÍ 2. Cermanismo, helenismo e
r f'aquela
-. , ”outra*di-netriz
, . .. ideologica
. ._ »`qü¢z' flfldlsffl u1Ça°
' 11'-iea dos P°'
=sistem'a`s `“"' reacionarzsmo. 3. Benjamin Coristdnt e o culto da liberdade na "po¡is"
1 zf ~. ~ elhor fruto-a tecmea POI I , z _ .grega. 4_._ O antiindividúalismo do Estado-Cidade ou a índole coleti
dere.s' dei.: _°.(›m°;.seu ' 'ro×ima'da-'oñt'b'‹zlo>'¿ia`-do velho li-
pr-es1denc1al1s'tas¿a que mais se ap _. _ _. vista das comunidades gaegas. 5.=Conlzeceu a antigüidade direitos fizn
ber-alismo.' ' ' ' 9 .. . _ _ _ danzentais do Homem? 6. O pensamento de Miguel Reale 7 A liber
' - °
No entanto, n1fesmoàessact:iczfi1ca,__¶L;&ê1lÊi¿>cbae;11Pela entendida
evolução e bem
da dade em Roma, segundo lehring. 8. Uma reínterpretaçãa db Estado
0 _' oe grego: Nietszche e “O Começo da Tragédia". 9. O antiliberalismo nas
aplicada, nao se orra s m 1 1C8Ç . , ,.d,. t_¡__ doutrinas autorítdrias da liberdade.
. -. - - ° ' - samente entre-ai em an
d°uh'ma¡ modlflcaçoefque oscilam mprecaslexata de colaboração.
5z›‹1‹==s‹z=z›z~_z~a‹z.‹=~‹›‹-=a›d@›«a°demfl° ..¬ ~» =.. . ...
.A.1.ééâ=1› Hê“'ë°1ab°=fisã9z`@ëefm%S»'*Q°“a~“'1i2i”š'ÊÂ*'§š¢.é-.1 1. A crise da liberdade moderna
fidez hairslflsiõsš de Hazel» r»:‹':"°°°› d?..B°“fiÊzÍé`='~'ó1fâa se áus-
seflfafn awe d~'==S.°*°.'“'*`=' `“ͧ° qi* azflíššfzéàzàPaó vréäiélàevó-
se todas as democracias acagrreh _ . ,- .‹,=,‹.= . - .=-. ' ~
A ideologia dos sistemas totalitários desacredi tara por comple-
. . ' z eo A o to o liberalismo depois da I Grande Guerra Mundial, emprestando-
com o Executlvø, aflmicarido aexistencia de P0 _ _ ' lhe acepção pejorativa, de que ainda nâ'o pôde de todo desemba-
~-.__.. ôni:cdš'o_"' 'hu' L" . .--fofi. I ‹-- 1' ` ,'o
em? '. *""-" ""'ll'i mhlfii 'zamalessa cons€<,1üÊ1§1°ia? _raçar,-:s.e. . _ .
Onde-,_po1s.
_ _ _ _ .. a.fë¢m¢a.§L&1s1I!%
.. ..9'Í _Q_m.a.¡S_f1e¿;§x¿el,.,e¿-demo-
.›l,._,, héátàrísmo . -z _ - z .- . __ Mas essI¡í1`t_endência antiliberal investia, na verdade, contra um
iiztpfmlwío de v`ento,`pois o liberalismo, como "doutrina contra o Esta-
' EV*d°"¡'°m9m°"
craticp
' sistema
' de 50nqligay ._ “E-QS__M¡&'
VQITIO_ ci ueO ":`z'=!›;‹z-.líü::a..do
zI.ãÍ.i='1'§.'.._r..`.
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¿>'.‹ééifizeceu. 3..seus
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d_o"', morrera com a primeira fase do capitalismo.
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_`J"¿`.f ;!_E;_.._;`“Í
__ _ Qque o século XX'conhece, na -pu__re;za_c_los postulados em que se
sua superqçaqefetiYä_§,uQ._ ,,.¡,_._,.¡.¡ ,,.z.. ¡.aj,_,-.¡s,.,.¡z:.«.›~i...., ....¬ ~..=... _ a_r.rima o legítimo pensamento democrático, é um esforço ideológi-
'. .=' usa' z e eLr¬ee.l?91?0U ils b-Ê'
chesaas§z.sm
' " '
aara 9,. __e..
PQ-‹~d°;.Êi“5f¿naziÍzaz' za,ââéâà
-'- ›-:-=
¡ .

.co de preservação da liberdade humana.


5"” @$J~°P¿'*âçš'ãíi2%ÊÍ'1'íÊl°äêfi§ià'lé as'*°aa1s..“21z â*ese dosdeu
orgamcis f poderes¡. _ .z A' sobrevivência da democracia liga-se ao êxito que eventual-
z-m'e1=_1'te alcançar uma teoria política :que afirme e reconcilie a
f-vii
do
se pdder
último,
do p,ao lo a base e ca necessaria, q
׬,m1heã0laPa¡.a__. ° '; -.zz
”'**ó`*ê;.zêá.Í'zÍ-
- -
* 'iidëiadosfdireitos sociais, que faz licita uma maior intervenção 'do
.justa-do:individualismo,.que pede -a segurança eo reconheciiíne'ntö_`-
J;

poder estatal=na.esfera economica' e'cultura'l, coma idéia não 'menos


N ,1 I

140 Do Esiaoo LIBERAL Ao Esmoo socuu. A LIBERDADE ANTIGA E A LIBERDADE MODERNA 141
. _ . -dade sem 05 uals
de certos direitos fundamentais da personali z d ve sem re sempre" ("We do not therefore come to the study of the philosophy
esta se deformaria e definharia, como fonte que Se B P of the City-State as to a subject of historical interest: we come to 'the
conservar de iniciativas úteis, livres e fecund&S- study of something in which we still move and live. The City-State
A literatura' was different from the Nation-State of today; but it was only
. política subseqüente
- à ,última
5' ° Guerra lvliuidial
' pro-
ecisa- differentthe sense that it was a more vital and intense form of the
move um fecundo renascimento douh'?r¿_1rlO, q_l1€ atua *Za Pr
mente os mais ilustres representantes do liberalismo. O ,same thing. In it the_individual might realise himself more easily
. ° leologia estatal, a ressur- and clearly as part of the State, because its size permitted, and. its
O interesse pelos temas vinculados à te f_lóso_ system' o primary government encouraged, such realisation. In
reição do jusnaturalismo na doutrina lpgllàtzca dos inoderägãsêant e 'studying it we are studying a thing which' is as much of today as of
fos alemães, oretorno a Kant e Hum ~ _ . Ê B@fl_Jamil' S da im e_ yesterday, because it is, in its essentiais, for e.ver").'
Tocqueville, a Stuart Mill e Spencer, sao indicios segul'0 P
riosa necessidade de resistência, que Ora Se ¢$b°Çaf a “Vga °°"5an%Ta' Ademais, a reflexão autoritária, que conceituou a liberdade na
, . ' ' ' , or- Revolução Francesa, tinha suas raízes na Antigüidade e colidia com
ção irrefletida do social, com o esmagamento do indivl 110 C0
me acontece na teoria totalitária. o pensamento moderno da liberdade perante o Estado, a liberdade
vo`l-tal assim. a dem°¢fla¢.i.a.=a.0$ *Seus mestres ° 1”-$P"Êd(:1resid°c:° de tomo individualista, que nasceu para a constituição política dos
ramo liberal, menos para retomá.-los em toda a sua extensao ou 8:- povos europeus com os antecedentes históricos das revoluções in-
glesas do século XVII, com o exemplo da independência americana
nária - o que seria não tanto lirico, como funesto e perig0ã0 gw-
e com o fragor dos embates da insurreição. francesa.
nãó ara manter sempre à vista aquelas ideias essenciais a pe
nalidbde que o totalitarismo de continuo ameaça. I _ Montesquieu e o velho Mirabeau, filósofos que prepararam o
A liberdade aparece, pois, nos redemoinhos da çonti'o\fer§1fi P°' drama de idéias de 1789, traduzem a influência moderadora do li-
litica. Não há que tergiversar, por conseguinte, nã Í-mP°¡'taf'°¡a que beralismo contraposta ao radiçalismo democrático de Rousseau e
assume esse tema para os destinos da sociedade contemporanea. lh Mably.
E mais uma vez, como nos séculos XVIII e XIX» Pefdura ° Ve ° Rousseau pensava em nome de todas a§_çlasses, ou seja, do
conflito entre a liberdade antiga e a liberdade modema- povo. Montesquieu, inconscientemente, e a despeito de sua filiação
° ' um conce ão de aristocrática, em nome da classe em ascensão - a burguesia -,
Nesse embate' ° que se Claude e Ê sortegiíão dis rezapãontu- que, no entanto, se identificava com as demais classes populares no
vida, ligada a um sistema social em crlffi, flu d P f es e_ princípio comum de antagonismo aos privilégios sociais e a ilimita-
do frente aos padecimentos da enferimdade que o evora. as P
I
da soberania real, esteada em instituições de natureza feudal.
ranças de cura radical.
Sonhava Rousseau com a democracia direta. Montesquieu, com
Daí não podermos menoscabar a .importancia que fel? fara 05 a democracia representativa, cujas bases erigiu.
nossos dias o estudo e a compreensão das antigas 11'1Sl1fU1Ç°°5 Sfe'
gas e romanas. . _ t B rker Em suas conseqüências doutrinárias, Montesquieu está mais-
próximo de Kant. Rousseau, ao contrário, surge como o pensador
ao Dal 'mbém s“°"-`.ÍÍi°Ê° “S“`ÊzÊizisÊ'i31Íi`š°d§.Í.“lÊÊ..z.Í...-.S
ndèrar a necessi a e essa p 2 , - '
que antecipa Hegel, de quem foi, aliás, com a teoria da volonté
générale, ilustre preceptor em filosofia politica.
porlttiito, do estudo da Cidade-E§ÊãC_̓? ¢QmP di? um Êsãlgläggâggjí
resse histórico, senão 'que estudamos alg0_¢I_T1 “Inf amE tàd c¡o_ Se aclaso outras antiteses não separassem as duas correntes que
camos e vivemos. A Cidade-Estado era diferente do tâân Ê 2: ser fizeram a Revolução e comunicaram à idéia de emancipação políti-
nalrontgmporâiieo; mas diferente apenas' pela çircilins _ ci O indi- ca do Homem o seu maior impulso no-constitucionalismo moder-
uma forma mais vital e intensa da mesma coisa. Ne a, podia rante no; bastaria rápida alusão ao conceito de liberdade que ambas pa-
vfíçlgg, cginmais clareza fã d€$€.f_Tli?afa<Ê°f 5uP°r"~'-§e_- Par e mseugsisté para medir-se o grau de alongamento em que dou`trina-
do,.Es_tado., visto que as dunensoes d¢St€ O dâgdo 0 Est'a_ riamente se situavam, embora, por força de conveniência superior
consecução de um comum' - a destruição do despotismo - ,
flífilf-Pfimáfi°l de 5°V°m°`1ammaVa tal 5.!-'lposlçaolifi S' d odemos
¿¿,..'§;¡¿1ade, egrgçlzmos, na verdade, o ideal dos. sta os nün te dê
¿1g9_que_-__é tanto de ontem como de hoje, por .ser essencia en 1..Greek Political Theory, p. 15.
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142 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL 1 w_.,.sizis-ER'DAoE ANTIGA E A LIBERDADE MoDERNA 143
combatessem juntas a. favor do mesmo resultado, que as contradi- BÍIQU tantas ffiÍë€$.¿gerando .a_ idéia moderna e fecimda
ções. intestinas do grupo revolucionáriofnão permitiram, todavia, se 1i_rdade'Z'- ' _.
alcançasse-iriteiraríiente. : 5 ' Ha-viaflëntre -os alem'ã'e"s<'dafgeffação-`idea'l'ista um ressentimeníto
; Cómo. é sabido, fidou a lição, mas 'o 'desfecho imediato foi o ter- contra afRev'oluçãoffiaiidesa*e"fsua-*ideologiaz Esse ressentimento se
ror,'o consulado, a* ditadura; um prolongamento desnecessário do e×p¡rime` 'tanto na “escola§`hifštó'fiea`›~`do'--Dlfëito de Hu`go`, 'Puclita e
martírio que envolveu, no Continente, a consolidação constitu- ¢°fl1° flfi'fÍ10S0fía plølí-t-i¿Ia.do=hegel-ianismo,-'onde aumenta
ciofi'a'l do princípio democrático. ' de intensidade.. . ,“ " _. ¿_, _ _ _ _, __
Essa alusão a que nos referimos importa considerar a essência ._ Busca Hegel, pois, desesperadamente, um conceito positivo de
da liberdade, como a queria o liberalismo, e, do mesmo passo, co- libei-dade com que refutar 0 pensamento .d_e:,.I<-_ani e da Revolução,
mo a pretendia o populismo democrático do século XVIII. aqui-lo que se lhe.afigura -decerto o'negat_z"0-um da liberdade,'i_sto. é,
um conceito deplorável, abstencíonista, errôneo, vazio, omisso..
2. Gerrƒzanismo, helenismo e reaciona';°1'smo _ Insurgü-ido-se contra a doutrina kfantistta, em que "cada um li-
I1;.lt&.& l1beI'd.âde'dO ]5I'ÕX'li¡I10','dB _que_a
línútaçãg çgmum, dis..
Rousseau; Mably e_ Hege'_l voltavam-se para a'An`tigüidade clás-
sica, sobretudo para' a`"_,vëllia' Grécia, no afã de criar conceito de fl-1,Fl91° de. t?d.°.$ 11f}}1,f§l&!}_1$§.1__ƒ¢., perriiitq a cada qual -um pequeno lu-
liberdade que si:g_`rii'f'i“cassë essencialmente, como nos tempos clássi- BPF. °fld€._S° ¢_0I1Sei'\_fa'i"f:,: _vê Hegel na liberdade aquele estado
cos, a presença ativa e' mi'li't_an:te do Homem na formação da vonta- CH!-Qflëlf _°Ê`{P1_1'1i1-lsâl, e social, _infi_mamente vinculado ao desenvolvi-
“'Ip¿çi}_fg da çomunidade, fora da qual não. chegarájainais o Homem à
de política, com°a correlata sujeição do mesmo a essa vontade oni- sua condição .de ser livre. ' .
potente. - ' '
Com efeito, Hegel, 'ilustre filósofo -germânico da Restauração, É ' 'Onde Vai ele. POI'ëm, inspirar-se em seu intento de reconceiniar
a liberdade? . _
foi dos mais apaixonados cultores dos ideais helênicos, onde se nu-
tre boafparte do historicismo que constitui a pedra angular de sua A _Nf. ífimtigüidade clássica, .conforme dissemos, em Platão. e
filosofia? ~ - 1'ISÉOÍG GS; nas instituiçoes helenicas, na formosura da democracia
atemense. -, _
A sugestão política que recebe da Grécia concorre para fazer
desse filósofo a mais veraz' e poderosa afirmação de germanismo. .Afirma Hegel. 'bla Grecia, vemos a democracia em seu aspecto
' . I I e .

mais encantador. A liberdade, como la existiu, foi a mais formosa


Germanismo, porém. no sentido moderno, com os seus laivos
autoritários, tão distinto daquele das origens e das tradições mais
G t3- <;-`ân'[__¢feit‹?›, não são poucos' os "ti'atadistas . que vislumbram n'a 'obra de
antigas. _ - , . -
É-*S aV° 11180 6 ais rafzesjdo histoncismo jurídico, antes de o movi-'
A Germânia de Tácito, como se sabe, conhecera _e c_ultivar_a a _li- §\§flf° f°1Mf¢°rP0z7d¢ -lárinsofismavel, na doutrina de Savigny...Del .Vecc-liio
berdade nos campos e nasflorestas. ' : ` .u .ãS.§BIlf§¡€?$Pl-É¢l.ÍQ a'..¢§9_¢. lI¢€pi,B¿l'0¡ q.uai.ido_escrçyg;¿ .'{.Mas- se Bl-1-l'l<e_¢ _qua_sg.'=._, um-,.pre-

Os arrogantes invasores,-com a altívez_de__s_e_ii individiialisigiio, ii'i““'¿'*P**~*f*.°'~dPzt%iP21s


Jiiitóflss ds Qirsítsi *sis v°fd=<-1l°f~=°=. ~=.f-âf‹=.õ-êz‹=.fu. f~.‹1fl-
Ore.-S Gram três grandes jui-ist_as da Alemanha, _ond_e a escola floresce priii`c_ip'aJ.i-nen-
haviam ensinado ao roma_i:¿io' vencido e decadente a lição da liberda- ter!-Iugo, Savigny e Puchta” (Phílosaphie Ju Draft, 1953). - ` * ` Í- * -
de, a qual, no q_ue tange ã consciência religiosa, eles assimilaram
com' os ensinamentos recebidösido píilpitofcristão. ' - _ _
.safada is.-ia do ‹1f . =zii‹› *n.=.‹.==~›a1ifi>iz.z
l "¡,I¡-*'€¡""- '75' 'Il ' 'blá ' -¡- `-.&-É elT¡J . 4... . ›.!.¿'- __ . -§'|n¿a_.d°' a _dO

Na Alemanha do sëcuzloi quase nada*prevalec_e}a . Päusv Q?68e1f84_4›:›'


P°r , . -lšflëš. ?*1¢9Í, ;›'t›iéúà,=z=sàfioiyió iziféiiiõ de haver,-.aíêpsiéé iiëêiz-
é'=ibefiHõ.~' ,_ efiáaçârè,w!;“§.âs1›'eefõ¡izzpiizfziisiâ,-fúizaziiz
desse antigo sentimento de mdépendência, que, _toda`\{ia;'i`io's po-
vos anglb-saxônios, ramo não menos ilustre da jlinhagem gar; *'° "~i`z- **.=!1.1=z,'=i. .sms -sas' ' .i. ' J 1 rt. .ffiiioe iii _ zi
'
› e
.
“f*il*“*°P-i*@?¬§¿Ê4¢!=iilsé
Hiiëóf (_17ãs-s=_â , o if oybiauf -swf a'¿i.¿~vë~iaifênš'€~isàiií§.y'-Êisíâziiz ~iz§§°i:éiiä`ÊriáÉ¢§
¡à `('i77`š›-i's`ói›", áiš-à2i¡zê=‹ii`z
_. .í- _.- _.-=à_
2. O historicismo foi, segundo .l›_*Vindelband, a nota essencia_l_ i¡_l_a__¬`fiI,osof;ia de Pfiflfipieli dieser'Schú1e mehr systematišch entwickelt zu haben").
Hegel. O grande idealista, o ”últ:¡.mo construtor de sistemas filosóficos”, consagrou à Ê: uaambmf *Õ '“°fi1f*5f“HU50'z'Savigiiy..'é. Ruchta cabeças visíveis da
compreensão da História as maiores e melhores energias de seu pensamento . SCO R-_ ist rica, asseverava que eles ' representam, do ponto dëii/ista filosófico,s-a
(Wilhelm Windelband, Lelirbuch der Ceschfchte der Phílosophie, pp. 515-516). 5 urupçao do historicismo no pensamento jurídico” (Filosofia del Derecho;p. 85),;
A LIBERDADE ANTIGA E A LIBERDADE MODERNA 145
144 Do Esrâoo LIBERAL Ao Esriioo sociâi. â
tese entre a liberdade antiga e a liberdade inoderna, projetando so-
que já houve sobre a face da Torra. Assim como o despotismo rto: bre as contradições inexplicáveis da Revolução Francesa um jato de
presentou a peculiaridade da vida politica oriental - a sua consf . luz; que nos permite dissipar o Velho equívoco sobre a suposta con-
1.1-1içã0zãe é queddi$&Ç se possa falar -ç, assànàcooägvzsoë sistência da aliança estabelecida entre o pensamento liberal e_o pen-
. ota o mun o i'omano_,e'a-m0I1fi1'f-1013 . - , . , samento democrático, a qual ocultava, todavia, como-fórmula de
:i-Jiqstãos, a democracia, por sua vez-,_foi acaracterística da Gre€ia '.' compromisso; dissidência mais profunda, cujas razões só ulterior-
' No ideal grego, quis Hegel descobrir a liberdade ética de que fe mente se desenharam com nitidez.
serviu para negar o século XVIII e a filosofia politica de inspiraçao Ora, o célebre discurso que proferiu Benjamin Constant no
liberal.-democrática. -~ , I _ H _ “Athénée Royal” de' Paris, em 1819, intitulado 'De la Liberté des
' É» Quando flse cogita de lançar as bases de novaioomproensao da li- Ariciens Comparée à celle des Modernas, é dessas obras-primas da teo-
berdade' humana, o' retorno a Atenas e Esparta e imperioso na dou- ria do Estado, que pertence as maiores e mais bem-elaboradas' “sín-
trina histó'rica'hegeliana. ' - ' . teses que o pensamento político da.Human.idade já 'produziu;`...-"`
à -Em outro passo de suas célebres preleções acerca da~_F1l°5°fia.da Peças como a Ordção Púriebre, de Péricles; a Oração da Cforoá, de
depafal-gë'-nd5‹e55a,a-P.o.lo.giá ` Demóstenes; o Pdrewell saddiess, de _Washington; a Declaração idos Di-
i fifiiazzr-iéiõ‹iô .zíe~=ffi.°'fõfeiz.êr§fi‹›fiiâ»iiêrei;er<iSi§fi‹?ê fi'*°'«“`?'?'
šëf*ifíãëÊ5°é¿1ëÍflÍÊiãi'ä¿í ¡“d¡*fíÉ1íi°.`aÊÕÉi?P=áÊ'i!aI°l?¡ $1?.z°'i*-íç3çÊ°' VÍV' "
reitos do Homeim, da Revoliição *Fräiicesa; o Manifesto Coriiiinišfa; -de
Karl Marx; o discurso fde Lincoln, no cemitério de Gettysburgfaos
ëafzla' pelo.ešpírito"ëstético. Houve; ¿U-má l1b°}ICi?_í¿.Ê Viva e mortos da Abolição americana, assirialam, a despeito de sua conci-
umaiigiialdadêä-la*iiióral é'da`*educaçãCi`ës'pii'itua.l, e, embora nao sle são, verdadeiras revoluções no c'a`mpo das idéias e atuam podero-
houvesse podido eliminar a desigualdade patrimonial, 'nunca a - sainente na alma das gerações, gravadas que ficam para sempre na
çan-çoii esta pontos extremos. “-= ` lembrança dos hómens a que se dirigiram, de cuja imaginação já
não podem impunemente desprender-se.
"Ao lado dessa desigiialdacle e dentro dessa liberdade, Pude'
rainfiässentar-seilivremente'toda'sfas assimetrias do carater e do ta- ° Se algum documento há de reivindicar na História o título de
lento;>toda`s as distiriçõeside' individua*lidadez'_ 9 eסT'aff;°'5° d° mem manifesto político do liberalismo, será este, incontestavelmente, o
circunjacente o mais rico estímulo e desenvolvimento. discurso de' Constant sobre a liberdade dos antigos comparada com
-3-'.'.¿'4: .;;.'; '.~'. _ ' i`i:'i1': ;`- *~':"i'-' ` l ' '
a dos modernos.
' 1 __ À . ¢ I!
3.~'Ben¿ia`miniêoristantie--ofcultofda liberdade na "polls grega ç Ali, a teoria política do liberalismo retoma, em poucas páginas,
a certeza de suas energias ideológicas e se afirma na precisão in-
, »Ç».<>.11ie se vê. Platão 2 ‹4iiêi.e.i¢§e1‹f=ê_!>s1i1 °°fl_fl° a f°a'1d@d*?.h*.S*°“§“
da-polis grega, com as suas instituiçoes dominadas pelo sentimer: O
comparável de iuna fórmula que a identifica doutrinariamente,
sem qualquer eiva de equívoco.
igualitário e-çoletivis-ta, inspiraram decis§VâI_I1<fflf° Q ¢°_“°°1t°_a*f O merecimento de Constant é o de haver, pois, reconhecido e
ritário da liberdade, enquanto acesso do indñividuo ausoberaniaíƒa e classificado duas tendências opostas .que a reflexão não lograra ain-
se Ççèoërfar ¡-1? ¡',›'e¡-5.59 é×|;¡-ema e coritemporanea da 'liberdade to-
da ordenar com lucidez no caos onde se achavam imersas.
talitári'a. ' ' '
Antes de passarmos à criticada exposição de Constant, a que
-iE-sta sigrú-fica-¬para=:o indivíduo submissão ao tiitorile calorosamente adere também Laboulaye, outro insigne corifeu do
s;i¡._'¡;¿_j§‹'Én¿¿¿111e-¢9¿¡‹¢.g¿:_çlg
‹.e*¢;íëeh“¢ffifia.;'~õf:sãe~Pe*eü>«i
tofçlora
'!:Seiflvs°.smile df*§“eš1°¿9S "If5;
e ilimitada in. _?PçI.1 _ enci . liberalismo francês, num trabalho =idênt-icÓ', masi. posterior, intitula-
do La Liberté Antique et la Liberté Moderne, convém repróduzir aque-
riiöiwiimsfltos qusicaractsvizavq ê»11h@f<ia<1.<=61<>z--11befal*5m~°' ' - las passagens capitais em que o pensamento do célebre constitucio-
iii;1°.Ê;-ffiei;f°..§,ed¿§;;“bi§:`
‹_j;¿¶;i __ç,i¿_›ç,‹_.-_1a a ä;çi,iidade_de,
pub). icisie PFQÊ'-91. 9» ê .Yef ...az _- .
nalista fixa .o contraste das duas concepções:
“É para cada um o direito de não sujeitar-se senão às leis, de
i l:-.=i':f'i..- :Í1›.:r.t.r£ im- - '°-'M - -
não poder ser preso, detido, .condenado à morte, maltratado, sob
iii. iiiiiworleswigen 'uebefl die Phflasöphie'déf*=H[eItgeschirhi¢»_ -=-me griedlfäçliflflflä 41€ qualquer pretexto, como decorrência- do arbítrio de- um ou vá-rios
mmiâêizz-weii,p=.-óoz. i- --~~'_.=f‹=-¿›_=f':'f‹i_=~ ' ff-='-= = _ _ _ ' - -' -_ _ ' __ indivíduos. O direito de'manife_star opinião, escolher a profissão e
5¿Idëfi¡'=~¡b¶-äe~¡n_i i _. * ':;.'i.i': izi' . '=.‹':-f . -

. d.
14.6 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL A LIBERDADE ANTIGA E A LIBERDADE MODERNA 147

exercê-la! Dispor _d_a propriedade e até abusar da mesma; de ir e Viš, Os que se entristecem com o cisma entre o individual e o social
sem obter permissão e prestar.contas de .seus_atos ou inte_nçoeS. z íim
_na Idade Moderna encontram motivos de encantamento ao con-
para todos, o direito de reunião, seja para deliberar acerca de inte- templarem enternecidamente aqueles tempos remotos, em que a
resseszpessoais, seja para professar oiculto que lhe aprouvor, 8 Sl _€ sofciedade política teria realizado, de forma concreta, o ideal da li-
aos seus associados,¿zseja, simplesmente, para preencher, da_man€l~ berdade hiunana, produzindo o milagre da vinculação orgânica en-
ra mais conforme-aos respectivos sonhos e âperidores, os dlaâ E aS tre o indivíduo e a comunidade. '
horas. É, em suma, o direito que a cada um assiste de influir no go- . O Prof. Alfred Verdross-Drossberg, da Universidade de Viena,
verno, já pela nomeação de todos .ou de alguns funcionarioS, J? POI' em' uma de s`uas melhores obras, escreve: "A polís abrange toda a
representações, petições, exigências, 'que a autoridade e mais ou vida de seus cidadãos. Não é apenas uma coletividade de homens,
menos compelida a tomar em consideraçao. Comparai entao a GSM senão também de deuses, pois o Estado, em suas raízes, constitui
liberdade a dos antigos. comunidade sagrada. A polis é também algo mais que organização
"Consistia essa em exercer coletiva porém diretamenteg/árias externa. Sob sua guarda se acham, ainda indiferenciados, todos os
partes de toda a soberania, em deliberar, na praça p_*ubll¢fi, ê ä¢$Pâ1“ interesses que, no Estado moderno, são cometidos, em parte, a ele
to- da guerra e da paz, em selar com os ,estrangeiros trata os e mesmo, e em parte à Igreja e à Sociedade".°
aliança, em votar leis, proferir julgamentos, examinar as contas, os ~ ' Na consolidação de Atenas e Esparta como "idéias políticas”,
atos, a administração dos magi_sti-tados, fazê-los comparecer peran- afirma o abalizado publicista: "Deita o Estado ätico suas raízes não
te o povo inteiro, acusá;-los, condená-105 OU ab5°lV°"1°5¡ mas' a° no individualismo e na idéia que daí decorre, de associação de ho-
mesmo tempo ,que havia isso, qu'e os antigos chamavam°de liberda- ..zz- mens unidos por um pacto politico, mas naquela forma que é a
de admitiam eles, por compatível com essa liberdade coletiva, a
Í " ° ó 0 I \ ° _,
"idéia da comunidade”, como Solon, pela primeira vez, desenvol-
submissão completa do individuo a autoridade do tcl›)do. Não veu. Segundo este, a' polis constituía o eixo seguro e certo
encontrareis entre eles quase nenhum dos direitos que aca amos e ao redor do qual girava toda a vida 'de seus cidadãos" .°
0 '[6

_ve'r .como parte da liberdade entre os modernos. _ Comparte Verdross a mesma opinião de Condorcet, Constant e
O muiidoclássico, na magistral .expo.SÍÇâ° de B°"la¡Ê1in_»`C°_mS" Laboulaye, dfe que a Antigüidade -não conheceu direitos fundamen-
tant, praticou uma liberdade. que Idade. Moderna sena equiva- tais do indivíduo.
lente ao cativeiro da personalidade humana. ~ . -- - Assim ele manifesta esse ponto de vista: "Nem em Atenas nem
Invoca Constant o testemunho dq Condoroot 6 aC€I_1fflfi qfie 05 nas demais, Cidades-Estados houve direitos essenciais do indiví-
antigos não possuíram nenhuma noçao de 'direitos individuais, .se duo perante a c°oletivida'de, pois não era como indivíduo, senão
bem que abra tím-ida exceção para Aƒtfiãnasz d°;S ESfad°,5 a_n"S°5f ° como membro da comunidade, que ele tinha direitos políticos. Nes-
que mais se assemelha aos modernos--. i I sa última condição, constituía a vontade coletiva; como indivíduo,
porém, estava sujeito à mesma. Demonstra-nos esse fato que o
substrato espiritual da democracia grega não era o individualismo,
4. O antiindirzidualismio do Estado-Cidade ou .a índolé ç0l`ei*ivi°Sffi mas a idéia de comunidade".1°
das comunidades gregas _ -A índole coletivista do Estado-Cidade, com sua ascendência
completa sobreo' indivíduo, é, nessa mesma ordem de idéias, assi-
. Emjnentes pesquisadores que se.o¢tLpfirfi1'fl-dê Antigüidade nalada por um dosfrfmais insígnes filósofos- da cultura moderna e
grega, na época do liberalismo. e nos; tempos .presentosa ¢011¢°I`dë§m-Í hélenísta-de nomeada, que' foi Jacob Burokhard t, quando, a esse res-
em apontar a polis grega como Q maior Símbolo de 1flf¢8_I`aÇa° 5°°'al
à
I

\
peito; escreveu: ”Contudo, de maneira negativa e positiva, foi a cul-
do iiidivíduo. _ É
t tur.a'determinada“.e dominada em alto grau pelo Estado, que fazia
Ali, a tradição se depara com formas adiantadas de absorçao do com que cada indivíduo tivesse osentimento de que a polis nele vi-
homem pelaooletividade-. . - '
u
0 ¡*, 0 J
- 8. Gmndlinien der Antiken Rechts - und Staatsphilosophie, p. 1.
ô. Bznizzzúziicaiiszàizi, cam az Poififqzzz cúâzzfizzzzfzmzzzzzz, i. ii/-541-542. 9. ob. ai., P. io.
7z0b. .cít.=, t.. II/542-543, ' ' fa-za--4-`
›J..¬_.~/.__.'".4"
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1o.ob.¢ii.,pp.ii-12.
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148 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL A LIBERDADE ANTIGA E A LIBERDADE MODERNA
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via. Esta onipotência da polis é, todavia, distinta da onipotência do Bevorzugunš des ‹Allgemeinen vor dem Einzelnen, sondern auch
Estado modemo. -._Q_uer este apenas que ninguém materialmente lhe des Dauei-'_n_ en' vom dem Augenblicklichen und Voruebergehen-
escape,'a`o passo que aquele pretendia que todos lhe servissem efe- den".12 ' .
tivamente e'por isso se ingeria em grande parte daquilo _hoje_ Mais-adiante, comenta o 'filósofo que, na polis, todas a'š`aptidões
compete ao indivíduo" (”Allein vom Staate wurde die Kultur doch e virtudes do cidadão Tloreacem ou se realizam no Estado e para o
in hohen Grade, positiv und negativ, bestimmt mid beherrscht, Estado, e qu'e°“tiido quanto a Arte 'produziu durante a idade aurea
indem er von jedem einzelnem hatte das Gefuehl, dass die Polis in da civilizaçãohelêrúca traz impresso o cu'nho`de obra coletiva.
ihrn lebe. Díese Allmacht dei' Polis aber ist Wesentlich verschieden Assevera'_Burckhardt, aesse respeito: “No entanto, o cidadão
von der modernen Staatsallmacht. Diese will nua, dass ihr niemand realiza todas 'as suas aptidões e virtudes no Estado e para o Estado,
materiell entvyische, jene wollte, dass jeder ihr positiv diene, und_ todo o espírito grego e sua cultura se acham na mais estreita' relação
mischte sich deshalb _in vieles, .was jetzt dem Individuum ueber-E com a polis, bem como as mais elevadas produções da Poesia*-e da
lassen bleibt.”)." - - Arte, nas idades áureas, -não pertencem ao indivíduo, mas à coleti-
Na obra consagrada à história da cultura grega, em que Biirck- vidade” ("Allein der. Buerger verwirklicht ueberhaupt all. -sein
hardt está para a Grécia assim como Mommsen para Roma, faz o Koennen und jede 'Ilugend im mid am Staat, der.ganze grieschi-sehe
ilustre filósofo 'e historiador Suíço extenso paralelo en_tre.a posição
J

Geist und seine Kultur steht instaerkster Beziehung zur Polis, und
do indivíduo no Estado moderno (como Estado do liberalismo) e weit die hoeclisten Hgwçrbrmgimgen der Poesia und der Kunst
no Estado antigo. .- des Bluetezeitalters géhoeren,nicht.dem Privatgenuss, sondern der
São palavras' de Burckhardt: “Nos tempos modernos, exceto Oefentlifihkeit an").1 ' .,
nos programas filosóficos fé' idealistas, é essencialmente o indivíduo A liberdade ine×_i_s,te na polis grega, segundo Burckhardt. Arpro-
que* postula o Estado, da maneira como o necessita. Exige dele, na PQJ
I-umrmlmI-¶4+;7 priedade e a vida não osten_tam .em face do Estado nenhuma garan-3
verdade, apenas segurança, a fim de então poder desembaraçada- tia. Diz o eminente' filósofo: "Com a onipotência estatal corre pare-
mente desenvolver as suas forças; para tanto, oferece-lhe com pra- lha a ausência da libérdade individual. Cultos, festas cívicas, mitos
zer um sacrifício bem medido, conservandc¿se,,porém, tanto. mais - tudo isto 'é nacional; por conseguinte, constitui o Estado uma
grato ao Estado, quanto menor for a sua ação ülterior. A Cidade Igreja, que busca munir-se ao mesmo tempo do direito de punir a
grega, todavia, parte, de antemão, do todo, que existe antes da par- irreligiosidade, e com este poder sufocar completamente o indiví-
te, a saber, antes do lar, do homem individual. Devemos, por deter- duo. Pelo serviço militar, pertence ele fisicamente ã cidade, até aos
minismo lógico, acrescentar: o todo sobreviverá à parte; não se tra- 46 anos de idiade, em Roma; em Atenas e Esparta, por toda a vida;
ta apenas de uma preferência do geral ao particular, mas do perma- pela propriedade, se acha de todo sujeito à polís, que pode fixar
nente ao momentâneo e transitório”. também o valor de muitos bens. Em suma, frente à cidade e 'seus in-
Nooriginal: "In neuem Zeiten ist os, abgesehen von philoso- teresses, hã ausência de qualquer garantia de vida e patrimônio. Na
phischen und sonstingen idealistischen Programmen, wesentlich verdade, ocorre essa dependência do indivíduo em todas as consti-
der einzelne, das Individ'uu.m, welches den Staat postuliert, ifvie es tuiçõefs, apenas na democracia... é que ela se toma mais opressiva.
ihn braucht. Esverlangt von ihm .eigentlich nur die Sicherheit, um §CobraÍ portanto, a Cidade altíssimo preço pelo pouco de segurança
dann seine Kraefte frei entwickeln zu koennen; hierfuer bringt es *que oferece” ("Mit der Staatsallmacht aber geht der Mangel an
geme wohlabgemessene Opfer, haelt sich aber um so viel mehr individueller Freiheit in jeder Beziehung Hand. Kultus, Fest alen
dem Staat zu Danke verpflichtet, je weniger derselbe sich um sein der, Mythen - alles dies ist heimisch; so ist der Staat zugleich eine
sonstigen Tum kuemmert. Die griechische Polis dagegen geht von mit dem Rechte Asebieklagen anzustrengen ausgestattete Kirche,
vornherein vom Ganzen aus, welches frueher vorhanden sei als der í31f4n-*Q'n.fli-íin4-u;1RlLoim! a.
und dieser vereinigten Macht erliegt der einzelne vollstaending.
Teil, naemlich als das einzelne Haus, der einzelne Mensch. I/:Vir r
Mit Kriegsdienst gehoert-er der Polis leiblich in Rom bis ziun
duerfen aus einer innem Logik hinzufuegen: und dies Ganze wird l
l sechsundvierzigsten Iahre, in'Athen und Sparta lebenslang; mit
den Teil auch ueberleben; es handelt sich nicht bloss um eine
12. Gríechtsche Kultur Geschíchte-Staat und Religion, pp. 77-78.
11. Weltgeschíchtidie Betraphtungen, p. 88. 13. Ob. ult. cit., p. 78. '


n›\:l'I!'9

iso Do Esraoo LIBERAL ao Esraoo sociai A LIBERDADE ANTIGA E A LIBERDADE MODERNA 151
seiner Habe hat sie ihn voellig in der-Cewalt und kann aucla) solàofl
fuer mancherlei Cueter die Werte bçstunmen. K_urZz gegefläe Êf fã' .Mais severa ainda é a crítica -de Fustel de Coulanges-a respeito
das condições em que se move o homem_na polis grega, inteiramen-
Polis und ihi-en Interessçn fehlt jede Garantie von Le .Â1 Un te à mercê da onipotência estatal.
Besitz. Und zwar besteht di_es|e St_aatskneCl1fSl1fiff des l-fldl'-“_ “ums
unter allen Verfassungen, nu'rz.\a_¿ir_d. 5-..ie.untor der Demovlí/rati,e.... am Assevera o provect_o historiador da Antigüidade clássica:
drueckendsten gewesen sein. [__).i_e_Polzs hat sich also das enifigeízzfofl "A Cidade foi fundada por uma religião e constituída tal como
Sicherheít, was sie .gewaeljrte, mooglÍ¢l'1Sfl'10¢l'\ Z‹'=l111_.efl l.a.$$en : I- uma Igreja. Daí a sua força, daí também a sua onipotência e o impé-
A integração do indiviíduo 'na coletividade er_a, -pois, completa, rio absoluto que a religião exerce sobre os seus membros. Numa sol
` 2 ' . ' .' `*`_' ' ' a€_-'.' ciedade organizada. sobre tais princí ios, 'a liberdade individual
o sY.1dencia,_ Por F°¡}5°.81&1flÊ-ef que ° l'Í°tal¡ta“$m? m°'Êleln° t. -
pelhos,'m,ile_nares onde, mirar-se, editando, porem, _copia ruim, C_1§l'¢ não podiaií existir. O cidadão estava sulrlímetido em todas as coisas, e
näoçsçría mmqa a do Estado grego, masa das autocracias orientais. sem 'reserva alguma, à C,-idade; pertencia-lhe inteiramente. A reli-
gião que 'críara o Estado*e o Esta*do'qu'e*‹:ui'da`v'a da religião apoia-
- Nestas,.o indi-víduof, :como expressão da col.etiv.ic.lad¢, Rafa Úfllfla
vam-se mutuamente e aparentavam Lunisó corpo; estes dois pode-
sequer um á'rrem'edo de:ilibe`r'dade, a. ponto de justificar aqui o que
res associados e confundidos formavam um-poder quase sobre-hu-
Hegel, de certa fe,ita,.-d-is'sera*do antigo 'Estado oriental, ao -asseverar
mano, ao qual a alma e o corpo estavam igualmente subjugados.
que'ali`so`m`ente-um`era'-livre: ff .o›tirano`.‹' 1 _' j _ , . -
.Referem muitos histoÍriadoréš,~e'entre'eles_Fustel de Coulaëilgfs,
"Nada havia, no homem, que fosse independente. O seu corpo
. ¬ ... . ‹ - ' os pertencia ao Estado e estava votado à sua defesa! Em Roma o servi-
que as maes espartanas festejavam com flores alirflortedde Êfiälpa 1
ço militar era obrigatório até aos 46 anos, e em Atenas e Esparta por
nos campos de batalha quando tombavam em e esa a po . . ¬~'»""
toda a vida. Os seus haveres estavam sempre à disposição do Esta-
'E as 'ique não podiaifi bèxjilah- afihonrá 'flégae aacrificio _recebiam do; se a Cidade carecia de dinheiro, podia ordenar às mulheres que
com lágrimas a volta de seus' filhos sobreviventes. lhe entregassem as suas jóias, aos credores o abandono dos seus
A pqlislgrega, como o moderno Estado totalitário, apagava tam. créditos, aos possuidores de oliveiras que lhe cedessem gratuita-
bém no 'coração de.seus filh‹_›.s._oš mais-¢fif°5 ‹'=\fef°S dC? $'e1"lt1m°nt° mente o azeite que haviam fabricado.
cristão. _ . ' _ "A vida privada não escapava a esta onipotência do Estado,
Rela_ta-nos Burclchardt que os grandes feitos de helaoisriptcggaao Muitas Cidades gregas proibiam ao homem o celibato. Esparta pu-'
pertencem ao individuo, mas a patria. Quem vence. em a nia não somente aquele que não casava, mas mesmo aquele que só
Salamina não é Temístocles e Milcíades, mas o patriotismo da cole-
tividade. E acrescenta que Demóstenes, na agonia do Estado gliego, significa para a coletividade. Em difíceis combates internos e externos, foram tam-
. - - ~ ' ' ' t e
via como sinal de decadencia o fato de atribuirea; a Timo 00 bém muitos outros postos em situações nas quais nenhum ditame, senão a própria
Chabrias as vitórias alcançadas em Kerkira e Naxos. personalidade, lhes permitiu trilhar o caminho certo. Com isso cresceu também na
multidão a consciência do valor individual. Todavia; subsiste por algo grandioso
que um estadista como Péricles tenha tirado daí ilações para a vida política -e procu-_
14. Idem, p. 81. rado deliberadamente afiançar à personalidade o lzugar que lhe cabe no seio da for--
15. Idem, p. 79. _ _ , m'a tradicionalmente coletiva” ("Mit einer Einmuetiglteit, die in der Ceschichte der:
Pohlenz todavia discorda desse ponto de vista de que, na Grecia.. 60 l'¡°f°15m° Nation einzig dasteht, wu.rde Themistokles von allen Criechen als der Mann_
se impunhalriecessariamente oanonimato, com a transferência para a p0lí$ de l0dfi5 anerkannt , der. durch seine persoenlichen Faehigkeiten die Nation vor der Fremd-
herrschaft gerettet habe; und _fa§t noch schwerer als das Ui-,teil der Meiige wiegt das
35 8ló'fías¿ndlvidL;.aís' d 1* 'ropalada supi-essão da personalidade Os gran- des Thukydides, _der als Ceschichteschreiber zum ersten Male an ihm gezeigt hat,
Não ouveai,segunoee.ap_ ._ - _
was das Cenie eines einzelneri Mannes fuer die Cesamtheit bedeutet. In den
des feitos se encarnam por vezes nos grandes heróis. De modo que a.Cre`ci:lpiocâa as
sim render também aos seus filhos.exç'epcionais o culto mereçido da imort i a .do
š‹áh'were`n aeusseren und inneren Kaempfenwurde dann auch so mancher andre vor
Sítuationeií gestellt, in denen ihn kein I-Ierkormnen, sondern nur das eigene Ich den
Em dis.crepâ.ncia, pois, .com que há pouco poderiamos Ier daúivtasaäaa dg iyiçligigen Weg' finden liess. Damit wuchs auch in dei-Menge das Bewusstsein fuer
Burclchai-dt, ¢$G;'9.Ve _o insigne helemsta: "Coin uma unaruimdade que. na ss como O die °Bedeutung des auf sich gestellten Einzelnen. 'lfrotzdem bleibt .es .etwas _Grosses,
nação, reponta excepcional, foi Teimstocles aclamado por todos os grupã eixo e dass ein Stãatsmann wie Perikles daraus die Folgeruhgén fuer das politische Leben
homem que,'graças às suas aptidões pessoais, salv_ou o pais ddoljãigo es 'anlgcomo zog und dieser Persoenlichkeit bewusst innerhalb der ueberkoinmenen Gemein-
com muito mais peso que o julgarnento da multidao, o de Tuci idos. o em scha.ft_s form den gebuehrender Platz zu sichern suchte" (Max Pohlenz, Gn'echi'sche
historiador, nele assinalou, pela primeira vez, aqiulo que 0 88"-1° ° um 5 m Freiheit, W.-:sen und Werder: eines Lzbensídeals, p. 31).
isz oo ssraoo LIBERAL Ao Esraoo social. A L_IBERDADE ANTIGA E A LIBERDADE MODERNA 153

tarde se casava. O Estado odia-prescrever, em Atenas, 0 f1'fibfllh0, gibt viel, sie kann aber auch das I-loechste fordern. Mitgewaltigen
e em Esparta a ociosidad-,e'. A tirania do Estado exercitava-se até Ruecksichtslosigkeit setzt sie sich gegenueber den Individueri
nas mais pequeninas coisas, como Lócris, onde.a lei proibli/É a0s¿llii`C;- durch und praegt il1nen ihren Stempel--auf. Sie wird jetzt die'Quelle
mens beber vinho genumo,-pu e_m Roma, em Mileto e em_ ârsfoszsé aller geltenden Lebensnormen fuer die Buerger. Der Wert des
onde o proibia às mulheres. Era vulgar que a rn0d§, 11° Vl”-ÉS ff Menschen und seines Tuns wird ausschliesslich an -ihrem Wohl und
determinada pelas leis de cada Cidadeë; a legislaçao ie Eñparlíâší; Wehe gemessen").*° .
gulava 'o penteado das mulheres e anfle Atenas proi ia- eS
em viagem mais do que tres vestidos. 5. Conheceu a antigüidade direitos fundamentais do Homem?
O Leviatã da Antigüidade, se'gundo Fustel de Coulanges,-qëlffífi Qs proficientes intérpretes da cultura helênica arrolados nas
a alma e o corpo do indivíduo, _e_ por isso descia, como virnü, a G OS considerações que acabamos de expender são unânimes, portanto,
mínimos pormenores na regulamentaçao de sua vida priva a.
em reconhecer que'o individuo_ desaparece na comunidade grega,
: No'Capit.ulo XVIII de A Cidade Antiga, concluiu o afamado lus- para que, em seu lugar, realce o sentimento coletivista.
toiriador as. suas reflexões p.essimistas acerca da liberdade anhšê, Este nega implicitainente ao indivíduo toda idéia de autonomia
esposaiido a mesma°_tese:¡.de -'Benjamin Constant e Laboulave: , subjetiva, de' 'dir'eitös fundamentais peraiite a co'munidade'._
ppz:tan_to, erto grosseiro, entre todos os err0S l1UmfiIf0Sz. .⢧ãCl_1ä“i;5°
em que, nas Cidades antigas, o_ homem gofava de liber a e. _; É 18. Paideia, Die Por-mung das griechzscheri Merisçljèzi, p. 152,
mem não, tinha sequer a_ rn__ais_ligeirn ideia do-.que esta fosâeb Max Pohlenz, em primoroso ensaio, faz, do`‹f›õi'ito de' vista da liberdade, síntese
homem não julgava que pudesse existir co_m direitos em face a I' mais segura e profunda dos ideais da ci'vil'¬izaçäó gre`g`a 'do queaquela que contém a
dade e dos seus deuses. Veremos, dentro em pouco, que 0 g0V§!'fl0, obra quase enciclopédica de Werner Jaeger, cuja Paidea Trecebeu a consagração de
muitas vezes, mudou de forma mas que a do Estado ficoãl, monumento moderno levantado à cultura helênica.
pouco mais ou menos, a mesma, a sua omP€>f§H¢la quase emdnada O sábio helenista de Gqettingen, em seu úl_tiino_ estudo sobre a Grécia,, corrobo-
ra a interpretação dos que vêem na polis um meio é_ti_co onde floresceu a verdadeira
diminuída. O sistema de governo tomou varios riomeâ, Send 0 E Liberdade. Seu pensamento não coincide, pois, coir`i'o de, Burckhardt, Coulanges e
uma _vez monarquia, de outra vez aristocracia, oii ainda uma 91110' Constant, porquanto, ao reconhecer a prevalência da comunidade sobre o indivíduo,
crac'i`a, mas com nenhuma dessas revoluçoes ganhou o-homem a não divisa nesse entrelaçamento a extinção da personalidade, que os helehistás da
sua verdadeira liberdade; a liberdade individual. Ter direitos poli- escola liberal, com notória superficialidade, tanto apregoavam, a benefício de suas
ousadas generalizações, a fim de que ressaltasse, com mais brilho, a liberdade mo-
ticos, póder-.votar e nomear magistrados, ser_arcon_t¢, § lSf° 5° C a' derna, como nota original das novas idéias. -'
mou liberdade, mas o homem, no fundo, nunca foi m°ai$ d° que es' Distingue Pohlenz, tocante à liberdade, Atenas de Esparta, Péricles l 'de
cravo-do Estado. Os antigos, sobretudo os gregos, exagerarain sein- Aristóteles, a Grécia antes das invasões persas da` Grécia depois do triunfo' sobre a
pre a importância e os direitos da sociedade, e isto, Seflfldulflda a " barbaria asiática.
gurna, devido ao caráter sagrado e religioso-de que, Oflgfllfifla-men' A integração do individuo na comunidade grega se exterioriza em sua obra
te, asociedade -'se revestiu”. 7 com o sabor de uma justificação axiológica. Vejamos, asslrn, como ele ,descreve a
polis grega: "Com efeito, significa a polis, para os gregos, algo inteiramen_'te¿_d,istinto
O valo_r`.d_Ç> homem nO .Estado grego, seg-imdo Werner Iaeger, se l daquilo que para os modernos representa o Estado Raecker, que osgoverna--da mesa
aferia pelo bem-estar da polis, que modelava de modo 1I1}Plfi<'ffV¢l _° verde. A polis ea comunidade crescida natura1mente,que propicia ao indi-v.¬íd_uo não
indivíduo. E-is o que a este respeito escreve o sabio helemstai A C1' somente o espaço vital, senão a substância de “sua -vida. Não era a. Cidade política,
mas um lar cultural e espiritual, que abrangia todos os cidadãos" ("Tatsa;eçl_il.ioh
dade, como 'expressão total da coi'ii`nnidade nn/ll, da _im111f0, mas bedeutet eben diese Polis fuer den Criechen etwas ganz anderes -als fuer den
pode exigir o máximo. Com violenta implacabilidade, impoe-se ao Modei-nen der ”Raecl<er" Staat, der vom gruenen Tisch aus regiert._= Die,PoIis ist
'i
indivíduo .e 'imprime-lhe,_ê_gi sua nota. Converte-se, entao, para os. C1- die -náturgewaclisene Gemeinschaft,,_die dem Einzelnen nicht nur I.-eb'e"nsraum,
dadãos, em manancial de todas as..formas válidas de e×istencia..O i
sondern auch 'Lebensinhalt bietet. .Die _POIis war nicht n_ur _ eine "politische”
Cemeinschaft, sondern auch die- kulturelle, geist:ige_ Heimat, die -alle- B.uerger
valor do homem e suajob_r`a -mede-se exclusivamente pelo bem que umschloss”_ (Max Pohlenz, Griecliische Fr_ei'_heit, Weseri and Werder: çines Lebensideals,
lhe fi`2;er"' (¿'Die Polis 'als Ç3ai12e_der§buergerlichen G__em¢!_1'1$¢_haft
. t' pp.122-123). - _ -_ .
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5 O contraste entre Esparta e Atenas é dos mais nítidos, na obra de Pohlenz.. "A
' ió. A cfâzzâé Azzfgzz, V. 1/asó-357. descrição' da democracia ateniense, por' Péricles, lembra, a cada passo, a,f9ontra-ima-
i1.ob.ai.,v.i/sóz. _
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gem do kosmos.espa.rtano. l..á, domina a coação, que reivindica.o indivíduo inteira-

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154 Do Es'rADo_ LIBERAL Ao Esrâoo socizii. __ _


A Lissiioatãs A_N'r¡ca -iz.. i._is_ERoaDE iviooiaiiwâ .iss
.A tese.dáqueles.autores`compõe naturalmente a essência dou?- practical conception of free citzsenslup of a self governing comm u-
¡-¡z¡n¿¡-ia dgí pensamento liberal quando exprime, no Estàaqlâemãdâr-
ruty -- a conception which forms the essence of the Greek City
no, a idéia da liberdade-au_t_onomi'a, em contraposiçao i I' ã 0' State Whatever may be said of the sacrifice of the individual to
participação, consoante af feliz -e adequada expressao de George? the State in Greek politics or in Greek theory the fact remains that
Burdeau, em seu Tratado de Ciência Política. _ ` in Greece; as contrasted with the rest of the ancient world, was
Nem todos, porém; que estudaram as instituições politicas da elsewhere The Greeks were never tired of telling themselves that
Antigüidade acatam a generalizaçao ousada dos teoricos liberais. while in their communities each_man counted fqr- what he was
Publicistas há, da estirpe de Ernest Barker, Georges lellineek e worth and exercised his share of mfluence in the common life, in the
Hasbach, que entram nesse debate com mais cautela e suas conclu- despotism of the East nothing counted but the despot, nor was
sões não correšpondem inteiralménte àszq-ue se- propâgêfãm 11° 5°' there any.common interest at all.") .19.
culo XIX. ' _ ç _ . _ Começa ~Bar.ker. porzdistinguir, e .com razão, o cosmos grego da
.-.-i.-_.¬,

Em sua obra clássica Greek Political Thç_0fy.eSeI'eVez 6 6-St? '¡;e5P°" esfera asiática, onde imperava o despotismo em sua forma mais
to, Ernest Barker: “A¿ percepção do valor do individuo era. ff>I'ff=\fl" crua, e por decla'rar~a liberdade individual como pressuposto do
to, condição prirnária :para a evolução do pensamanto politi¢0~I1e florescimento que teve, na Grécia, a doutrinapolítica. Tocante à._l'i-
Grécia. Essa' percepção se manifestava tanto najporatica como na teo- berdade,.escre.ve:."Reivindicava-se ta liberdade como um direito
'-A" .. ria, e atuava sob a forma de uma concepção pratica de livre cidada- inato; e p'or.liberdade compreendia-se o direito de alguém viver
"-uz-ifie-'V'
É

nia numa c_omiu'i_i_dac`_le independente - _pon_cepçã0 que ¢°mP°e a como -lhe apnouvesse em assuntos sociais, bem como a soberania ma-
essência da Cidade.-Estado na`_Grécia. Por.§mais_que Se fel? ê_¢°1'¢a d° joritária em assuntos politicos. A igualdade era.um lema. E signifi-
“sacrifício” do individuo ao Estado na política ou na teoria grega, cava: Isonomia,-zou igualdade da lei para todos; Isotimia, ou idêntica
ressalta sempre o fato de que na Grécia, ao contrário do que se pas- consideração (idêntico respeito) tributada a todos; e lsagoria, ou
sava njo resto do mundo antigo, havia algo diferente. Os gregos igual liberdade de palavra".2° -
nunca se cansa_vam` de reiterar que, enquãlife. nas Suês °°m“mda' Mais adiante, não trepida o insigne helenista de Oxford em as'-
'¬:.'\¬.2- '-:.i':¬¡ “\- \'¿¬A"..
=¬:H-h“5E\ des,.tcÍ›d_o hómé_iiÍii$_.r_;a=_lia; pelo que realmenlfe era, e exerelã Pffla Parfe' severar: “A separação entre oindivíduo e o Estado, que teorica-
la da' influênciazna ..viC_1.a.coletiva, já, no.t-de5.Pqt_ismo oriental, run.. mente écondição necessária para a ciência política, já havia sido
guém se sobi-essaia,' senãq' ol déspota, lI1e×l5flfld° aÊ5°_l“ãÊ~“_¡âmÍ praticamente alcançada na vida- da polis e o cidadão grego, sem em-
qualquer interesse comum (' A sense of the value of t e in ivliq .ual bargo de achar-se de todo identificado com a Cidade, era bastante
was thus the primary condition of .the development of po ilt:c_a independente, e a tal ponto vivia um momento distinto na ação da
H“1'".'_*¿ thought in Greece. That sense had its 'manifestation as muc fin comimidade, que lícito lhe fora ultrapassá-la e assim criar uma filo-
practice as in theory; and it issued' into action in the shape o a sofia de sua valoração" ("The detachment of the individual from
the State, which is theoretically a necessary condition of political
mente para o Estado; aqui, a liberdade, que dele exige o mirumo. O cpntrasâe dasflip; science, had already been attained in practice in the life of the polis,
mas de Estado _é fruto de uma -vontade politica consciente, mas se ongi_na_ adpredds and the Greek citizen, thoroughly as he was identified with his City,
da diversidade de concepções da vida, que se acham fuadadas na essefiicçial osdwlii wasyet sufficiently independent, and so far a separate moment in
troncos. Decisiva é, por conseguinte, a d.isti.nta valonzaçao da persona a e in kir thešactíon' of the community, that he could think himself over
dual” (”Puenkt fuer Punkt ériruiert-'Perikles Schilderung der athenischen Daimod a-
tie an das Gegenbild des spartaniscl1'en.'Kosi:_a'os. Dort'her_rscl1t.dei~ Zwaalg er against it, and'so come by a philosophy of its value").2l
Einzelnën ganz fuer den Staat-in=Pmspi-ue-ii'nir_nn1t, hier die Freihait, die i n moeg _ ` . Barker, contudo, é vacilante e contraditório. A leitura do longo
chat wemg beengg ge, Qeg-`e¡§3aj;?:z¿1è¡:.$taatsformeú= is't Ergebms.bewucr;steiÍ:e¡l:qj.i1:
tisch-en wouensj rabez-.ér eiitâpringt einer .tiefgehenden \./erschiaderëhneit hard d ist
trecho que .se segue, no mesmo capítulo, mostra como a idéia do in-
dividuo,--que se sentia suficientemente independente para alçar-se con-
seinstellung, die' in dem Wesen der beiden 'Staenimabegruandet ist.= 1611
dabei die verschiedene Wertungzder Einzelpersoenlichlceif )(°b-C1*-›‹ P_Pr3 _ )' _ tra a'acomiu_;idade, aparece já amortecida~.e quase vai colidir com a
--›-"í"_'í-_"rwrvn-i

Sobre as condições da liberdade-dos`cidadãos na democracia áteniaasejfazem, do individuo que nao forceja por fixar direitos contra o todo”.
por ú1sm0,_ fé_¢izzzçifi¢z os a-.iiitia-. de Pziúizzamz ç Bizâ‹›1i._‹_i‹›i›_~› iâisiãèfi mstffeêj
Anäg-fidage c¡¿ss¡¢a__(Rö5,¿,f,p°eh1manh,zGmndfiss der griechisc en esç i _
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B' " eG'eör'
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_ :-z.--20.-ob-. ‹.z¡i.., p. 13.
ti`¿emer,pp'.Í-124'e189).""*` - 2 -- --°' _
. i. '21. CÍl.'£,.P. 3.

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` A LIBERDADE Aivrioa E A Lisaiioaoe Moon-°.RNA 157
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the application of a stimulus) to the moral life. We start from .the in-
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' Diz Barker: _"Apesar de o_ grego,^coi.1formetj;ç1_c`iu asajsarjaltšäáälâlë divi ual: we regard him as ossessed of rights (only too *often-of ria-
.
gar o seu próprio valor pela importancia que _ _dãá1as nada disso tural rights independent of)social recognition) and we -expect 'the
e reputar-se influente na fixaçao de 'suas ativiia e ¿O e “de- State to guarantee those rights and, b)¿,_so doing, to (secure the con-
el-ide o fato de que no pensainento politico da Grecia fladlif P° au a ditions of a spontaneous- growth of 'character....The Greeks had
@;l ra a noção do individual e tudo induz a oretoque nao se nl efgqu de O little of this anxiety, They. had .little if anyconception for the sanctity
uma concepção de direitos. Foi, talvez, precisamente(pe o a .ql p da of; rights... Accordingly_.thg.'¿marl< of Greek-political .thought is rather
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indivíduo ter convicção da influência por ele exerci ana gsm a desire for the action of the State, andçan atternpt to sketch, the lines
comunidade que nãollprocurou a_firmar_-di_reitoa oponivãës -reocul of its action than any definition or limitation of the. scope of its
1
Seguro de sua importancia na sociedade,_ 11:30 P"°°§ÍVâ^ el?encon_ interfarence”).” . l l Q U
par-se com a sua pessoa individual... Indiv_idu_o e S fil 0 5 O Esta_ É, todavia, no Allgemeíne Staatslehre ç_l¿e___.C_;ç0i-g jellinek que se nos
travam de tal modo entrelaçados em sua piiasao mora .iqlle ê Os afi- _ depara. -iundos melhores-ensaios de in_te_rp.r,e.tação acerca da antíte-
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._| do competia o exercicio de uma tahnfluenciaz Clufâ “°5 5° Tnissão ' se do' Estado' antigo perante o Estado modemo.
3
gura estranha. Tanto Platao como Aristoteles consi ãravarrtvvidade As reflexões do renovador da Teoria zdo Estado conduzem,
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do Estado a promoção do bem-estar geral. Partiam adfie 0 ld m como veremos, a urna compreensão ma'i`s__-pçrofunda do que foi azli-
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e buscavam os meios pelos quais sua vida e finali_da_e lâu Eestsão berdade na Grécia e.do papel que ali coube 'ao.indivíduo, que já se
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marcar o indivíduo. Para o pensador'rnodem0z_ 51 f§U'\âa° f °eã;es_ não acha- tao amesquinhado e mutiladolzem sua esfera de direitos
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r é negativa: consiste em reinover'obstaculos (ao inveaá e o er lo tštu- subjetivos, . z _. ' ~
Ur-.¬.'I'i tímulos) à vida moral. Partimos do mdivaduo: consi eramo-d - H
Exprime Iellinek, .notadamente debaixo do'-ângulo jurídico; a
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lar de direitos .(e mui freqüentemente de' direitos natii_razs,Eu} Êãfge impiedosa crítica da cultura alemã 'ao conceito' individualista delli-
1. 'i fi
-.;- dentemente de reconheciinerito .S0¢1fi'l)z C1\1¢¡'°m°5 flu? °_ ai: äs.c.on_
¡':
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#1
berdade pura e formal, erigido como dogma pelo liberalismo políti-


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assegure tais direitos e, em a¿ssim faZenC10z bl1§¢3m85 °5" os nase
co do século XVTII. H
_-'-1 ll:
.._.
`:~..¬i-J.f L.

dições de mn crescimento espontaneo do carater. s greg quíam


__' '¬'.

LL .
não .essa preocupa_ção..=Pouca ou nenhuma n0Çe° tP°35 le A teoria usual, segundo o' professor de Heidelberg,.referindo-se
i
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eles da santidade desses di-reitos... Co_nseq.uenternenfez Od I'fiÇCf_ fed naturalmente aos publicistas daliberalismo; nos «dá o Estado helê-
vëmte-do'pensariiento gregoé -antes °5Êl° a favm 3° .alšâo d O nico como a mais cabal negação 'de liberdade.: _
:¬v:¡';:.-¡H
¬-.1.',_:`?,.: -
Estado, e uma tentafiyade .esquematizar- as linhas decana ativitarfãi Nas idéias de Platão e`Aristótele°s não' pertence o indivíduo a si
` l fil
411*:A“LÊ

do que qualquer definiçao ou limitaçao do escopo . e If as mesmo, senão_ao Estado. Mas Platão e Áristóteles - lembra Ielli-
| F
i~~ rência”("Although as has been said, the Greek thought 0 _¢ nek - construíram, na verdade, uma doutrina pol ítica, que se alon-
tj!
one who counted for what he was worth in his coirunumly - gava da realidade empírica, a qual de modo algum correspondia.”
iii| .ll
ui, .i. although he regarded .himself as a moment in determiníng i_tS a¢fl011_ . _ A antítese entre a liberdade modema e a liberdade antiga dos
-:la 1'
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_ 1-. z ' th t' the litical thought of _Greef=e tl1efl<_>fi<5fl gregos, qualfizeram Priestley e Benjamin Constant, é objetoainda
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of ihã iaiidiífeirdliaiãlãis iioinpronIi)i'.i1ent, and the qoneepllofl °f ¡'1_8htS de maduras reflexões por-parte de"]ellinek.
seems hardly to have been attained. lt was,' perhaps, _Pfe¢1$°1_Y " Assim enunciava Priestley, se"gundö`¡Íelliriek, o contraste dessa
because the individual felt himself an influence in the life Of the liberdade: "Para o antigo grego ou romano,-'o indivíduo nada era; o
whole, that he did not endeavour to assert any rights against the Estado era tudo. Para o hoinem';n`ode'i*iio, em muitas nações da Eu-
whole. Secure in his social value, he need 'not trouble about his indi- ropa, Ó individuo é tudo e d'*Estädo,'nai:la'*.'“ .
...M _¡_
-«I-«.z-_. f`=-' "-'ëz"'_?
äi'-'-3. vidual peršon... The individual .the State weâe S0dmv:l;2:;;É fg ° 'A-liberdade antiga, pela tese de Iellinek, se resuinitia em parti-
their moral purpose, that Ílfle _5W¡°_,W?5 °*ÊP.°°tÊ .an ç `. “Both b_ cipar o indivíduo na elaboração e direção do' poder estatãl,*¡à“o“j5'asso
._:. '_:; . J' ;___'
exercise an amount of influence which seems t0_ 115 5-W195* ' . _ _ . . 1.

Plato and by Aristotle =“-z_the- positive furtheraace oáigpvoholãsânld 22. ob. ai., p. 7. .'¡:
regarded as the nussion of tha State. They start rom be im réssed 23.]ellinek,Allgemei'ne Staatslelirc,Pp.293-294. '
look for the means by wl-uch its life purpose fl_1fi)_' - ffllze State 24. Ari Essai on the Firs Principles of Government and of the Natureoƒ Political, Cioil
-
upon the individual. To the modern thinker thiâmissioqtoather than and Religious Liberty, apud Georg Jeilinek, ob. cit., p. 295. _ - "
is negative: its function is the removal of hm rances

"'-¡¿:u-"'
¡¡.¡¡í._¿__í¡.-|_'- :;-_.':-.\:iIí-gzf lx-1.t:I=?'

'-5--*:."-' ."Í`_ø'.l¬L=-'›“:`_."-:¿._z-"il-'¢`_‹-_. -_flT‹.-¡"§-'if T'¬f.-:›z'*=-¬'_1=.1'"z.-Í._"_'_.--1.


¬..T.;-=__Í".,_.-^' -*-_'-._' -¡%-_
153 Do EsTADo LIBERAL Ao Esmoo sociai.
A LIBERDADE ANTIGA E AIIEERDADE MooERN.‹=i isa
ueza liberdade 'moderna seria, sobretudo, a liberdade qüâ N'-ÍÊ5uar"
do examinou as distinções essenciais entre a democracia modema -e
da ol indivíduo do. poder estatal, ligada ao direito, nããilfdufiâlifsmüuf °
Estado, mas de nele intervir a favor dos interesses in i - a democracia antiga. _}
Almejaria o Estado moderno, teoria do liberalismo, âorãlfi A ausência de uma esfera de direitos individuais na Antigíiida-
sua finalidade precípua, qual preconizav: KB-nt, 3 5°$"~"`¿“çab ° a_ de helênica figura entre as teses consagradas que o esforço de mo-
divíduo, a`o revés do Estado grego, que: 5¢8Ufl_d? Tlttmâmc u5cfi_ demos intérpretes procura invalidar. O pensamento de Hasbach a
este respeito, se não coincide, em grande parte, com o de Jellinek,
ria tão-somente assegurar os interesses¬d«a_ coletividade, a 0115 dele se aproxima consideravelmente. `
tuição e dá- ig'ualdade".2° .
O autor do célebre livro sobre a 'democracia modema, que tanta
Depois de aludir aos escolhos a que podia arrastar '¡LI_Iâa Be'
celeuma provocou no começo deste século, pouco antes da I Gran-z
neralizaçäo precipitada acerca desse conptšraste -T por ter haši êge
de Guerra Mundial, atribui aos sábios franceses' a- rígida generaliza-'
história grega momentos em que o individuo pairou e<'-'äflaf ° ais
ção que se fez sobre a inexistência de direitos do cidadão grego em'
do, do mesmo modo que toda analise circunstanciadã ü. fi§°df_T1ta_
suas relações com o Estado.
floresceríte e triunfal do liberalismo, como foi a epoca imã. ia S
mente ul-terior à-Revolução Francesa, flflflbafla P°"_ã155uat 'šâgs Diz Hasbach: “A alguns sábios, notadamente franceses, as de-
quanto à prop'alada='oniIpptência do mdividuo, exerci a em e fim- mocracias gregas eram como fortalezas ao redor de um templo,
de fidelidadefà ideologia liberal -, jelluiek adrrufe, em 5_`›.\1a }Ê¡`° _ cujas guarnições se achavam sein_pre__apa`i;elhadas para guerras de
da crítica, alpresença daquela antítese, mediantefa_seg¬:äite oränä- conquista; šegundoeles, as relações do cidadão_ com esses Estados
lação; "No stado antigo, tanto quanto no .Estado md emfiä te. se esclareciam da rn`a`néira'r_n'ã"is nítida se as comparássemos com as
buiu-se ao;indiv'íduo uma esfera de livre atividade innepeliii en a ,que existem nas ¿j:_olméias e' forrnigueirzos. O Hömem moderno, que
mente -da ação estatal, mas com a diferença.-d_e que M0 C eãiãu wobteve, toda'_v_ia', :boat partfë _c_l¿_›s direitos da liberdade em porfia com
A.ntigüidad*e~a.possuir a consciência do carater ¡urzdzco dessa es era, o Estado e"`a Igreja; sua a'lià'da, estendeu `âö fnêsmo tempo, em tomo
subtraída à coação estatal” Ê” de sšua personalidade, Luna muralha, que o moderno Estado não
. Existe; contudo,-.essa' consciência na amíilidadâ, e foiésaâgfât devë transpor, e se tornou, por conseqüência, indivíduo, ao passo
que o homem antigo permaneceu meiiibrozfsubmisso da comunida-
ver, o indisputav.el merecimento do libera ismo urglâura ão do
de estatal" ("Einigen Gelehrten, vorzu'g'si'«)ei'še Franzosen, sind die
cultivado no mundo moderno, embora custasse _a in É I
griechischen Demokra tien wie iun Tempël gélagefie Festungen ers-
dualismo -que os teóricos da Reação e do Totalitarismo tanto. ep o- chienen, deren Eesatzungen immer zu 'Beutezuegen geruestet
ram e isiipõem fi.m_es.to, entre o poder e a Constituição, entretptgig- gewesen sei an; nach ihnen wird das Verhaeltnis des Buergers zu
do e o indivíduo, entre a autoridade ema reá>I'e§eflffi^Ça_<;;';tatal dê
diesen Staaten am' sinfaelligsten durch Bienenstock und Amei-
por consegumte, ao monismo da Antig1.iickl›a.ll:, a orgqigalidade ela
Pl_¿t§o.__e Aristoteles, renovada com tanto ri o e ver i P_ senhaufen verdeutlicht. Der modeme Mensch aber habe sich im
Kampfe gegen den Staat und die mit dem Staate verbuendete Kir-
°'fi`losofia hegeliana do seculo passado. É . d d Sd bra
che eine grosse Zahl von Freiheitsrechten errungen, er habe gleich-
Foi o liberalismo, portanto.:consequêncianatural. e eã Ifláade sam einen Wall um seine Persoenlichkeit gezogen, die der modeme
mento daquela mesma__ideia que, nos seculos anteriores [be Staat nicht ueberschreiten duerfe, er sei.ein Individuum geworden,
Moderna colocou conforme o emínellte PF`9f.955°" de Helde rg' waehi-end der' antike Mensch nur ein unselbstaendiges Organ der
"a
i .Igrela contra
: __ ollfšstado'In o .monarca
_ . Cöflffa
- . Õ P°V°f
1. até acabar'
. .t nos
d
staatlichen-Gemeinschafrgeblieben -sei ”).2° -
ultunos tempos, por contrapor aos direi.tq_s_.do Estado 05 dire! 05 ã Não obstanteréconhecer que no Direi`tó'i1`ioderno se hiunan-iza-
liberdade índiYíd11fi1"- rain as relações internacionais é'que`a"Ig'reja já se separa do Es'tá'do,
Z estii'do.crítico que reputamos dos mais seguëjoslàe. bem: lembra, contudo, Hasbach que os' países, em nossos dias, criaírii bar-
feitos acerca da natureza da democracia grega fe-lo Has ac z qua-11 reiras e' discriminações de caráter migratório, domesmo passo que
o
o mundo' moderno se levantou emimeio a' sangrentas perseguições
25. ob._¢ii., p. 295. religiosas, q'u'e'contrastarn com a tolerância do antigo Estado'-Igreja,
2õ.ob.-ai.,.p.29ó.- 1
27. ob. aii.. p. 307. 28. Die Modern: Demokratie, pp. 402-406. `
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9
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A LIBERDADE ANTIGA E.A LIBERDADE MODERNA 161
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160 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
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` I va, identificada com a liberdade ético-reli iosa da polis, semelhante


.
'
I
Il nomeadamente aquele que corresponde à tercejira fase da democra- até certo ponto, guardadas as diferenças še civilização, à trágica li-
¬-z vi-¬«.-u_r-w1'- P
- z
i cia ateniense. ` ' _ _ _ _ berdade do homem-massa, do homem-raça, do homem-nação, ou do ho-
i

i
.Em seguida menciona o desabrochar da consciênciaimdividua- mem-classe de nossos dias, ditada pelos imperativos de uma "ideo-
lista nã sociedade grega, desde os sofistas pioneiros do seculo Y, ate logia" qualquer, que, como um sistema cerrado e intolerante de
.-'›.¢‹. - › lir '-i lflful-A' as escolas estóica e epicurista do século III, fiCl1TlÍt`lfld0 ã €×1St€fl¢Ifi, idéias, acaba dominando os corações e as inteligências, com o sacri-
IQ
.›¡
entre 09 antigos, de uma independência de fato, que nattiralmente. se fício dos valores supremos da pessoa humana" .°°
.
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ngnfgs-s
distingue daquela do homem moderno, a qual tomou feiçao cons-
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ia. . nu-.
Y.
titucional de liberdade reconhecida e protegida".2° 7. A liberdade em Roma, segundo [ehring
- :
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Vejamos, por último, o contributo que nos trouxe von Iehring


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6. O pensamento de Miguel Reale ao debate doutrinário que ora se renova acerca da natureza da li-
Íj 1¿:

Ficariam, contudo, demasiado incompletas essas considerações berdade na Antigüidade clássica.


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.--- sobre a modema reação levada a cabo contra o liberalismo e sua O autor da maior obra jurídica do século XIX, na opinião de
‹."
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iâ__.
I.
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maneira de explicar o ¡5°apel_resérvado aoindivíduo polls grega Max Ernst Mayer - que louva sua coinp réensão profundam_ente fi-
se omitíss'emo`s_a lição Éontitla no_pro_f_undo e ÍHSÍFUÍWO °fl5a1° de losófica e sociológica do Direito, a . ponto de situá-lo ácima de
Migiiel Reale acerca da matériaver ente. _ Savigny e Hegel - , parte, ao conceituar a liberdade, do prisma neo-
com `ég¿'i`w_, z'fLii›éz-<ia<i‹=z
à_nfi_gà_ e iibezâaófz _m‹›<iemz\", es- .l_<antiano, que permitiu a Dilthey e Rickert distinguirem, com as-
._-.i- .¢J›. ¢.¡--z--,-.a_z.-_-_
-¬.'.
sombrosa clareza, o reino da Natureza, como reino da necessidade,
tampado'em`sua'ol;ií°¿zi'Horizontes do Direito' è da Historia, versa o cate-
¡imi- do reino dos valores, como reino da liberdade. Mas é em Iehring
. -
drático d_a Universidade de São Paulc__zzç_›___s_' pontos cardeais que Cfifafí' uma distinção circunstancial no seu radicalismo, pois o jurista logo
te;-izam tanto na pólis como na urbe' röniäna a distinção dos dois
acrescenta que o Estado, onde a liberdade se realiza, não pode dis-
-. ¡.-¡_'.‹_.-u\v. .i"-"
""""-_:--Iw
.i ¬vÇ¡. *c?f". '
conceitos. '
.|.' `-L-n
e..¬ pensar o momento da necessidade.
~|-,
Da crítica do professor paulista e dos autores em que se estriba,_
-..-ag _'.'=J'-.
.R Aí quebra lehring a concepção clássica da filosofia kantista para
-.-
.‹ conclui-seque Atenas possuiu um conceito democrático de liberda- envere ar pelos caminhos do organicismo ético:
``` ',_
*'.-_.I''._.-.-_.*"' de, ou seja, uma isonomia, e não a noção que floresceu doismil anos
'¬''¿--.":*'-:Í:`:'
ii."
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"`-='.*f'-*u"¬y`-._3"-'›:;í 'ÍJ.T"l'3°r|'-\¬=-"15“""#75”
-I"'fÊ'!:Í" "?"Z" `4" '~w§L."'-

depois com o direito natural do século XVIII, a saber, 6 llbefdfide '. “Em primeiro lugar, *devemos decididamente rejeitar a compa-
¢Q'm:o valoração consciente e deliberada do indivíduo perante a so- ração acima, do mimdo moral com o mundo físico, como um rebai-
xamento daquele. Pois a essência do primeiro é a liberdade, a do se-
ciedade estatal. ` -
gundo, a necessidade, e não pode ser função do pri'meii'o' anular
Assinalando essa antinomia entre o pensamento da Antigiiida- esse traço que lhe é específico, para daí lograr a regiilaridade, a pre-
de e a doutrina do liberalismo- cl_á_ssico', escreve o Prof. Miguel cisão e outras características deste último. _ __ _
Reale: ' . - '. . ç - "O Estado, como organismo da liberdade, para assirnse conser-
'. .‹-‹.-__,-__, ‹_.' ;._..-¬,
,:.',"-.'^¬.:'-,›._:-'21.-un,
"Quem quer-que se empenhe na: solução dessa anti-tese. podero- var, não pode, todavia, dispensar o momento da necessidade, pois
.- t¬.-1_ ~.-t ¬.-ca4.wtf-ni.vr1 ¬‹.,-pqA-¬. »¡-
li
'i sa não. poderá contestanza- premente necessidade de zvolver OS 011105 l tem um lado pelo qual efetivamente se aparenta com a Natureza e
g. -.‹_.-.
para as raízes do problema, analisando zna‹polzs e na ufbe um Vfil01' seu determinismo, ou seja, tem que buscar refúgio nas leis e numa
z _

. J,
Ide liberdade Clue ainda `não:se2 -l-i 5ara, definitiva
_ e irrefragavelmente,
_ - coação extema e mecânica. Contudo, quanto mais ele alarga esse
\:
l

i
= íã idéia_d_e igualdade; liberdade que .muitas vezes nao era senao a lado, sem razões fundadas, e, portanto, limita ou encurta__a. .liberda-
igualdade mesma no exercício da vida política, Sei? 1'¢fl°2<°5 d"'°t°$_' de, tanto mais desce' do alto de seu arbítrio, que o elevara acima da
e in_=,_edia-tos no plano das garantias da vida privada... _- ‹' Natureza, para a'inferior posição desta última. Na me_sma_relaç_ão
.ã "Havia, pois, um tipo especial de.Í-liberdade, que só brilhava em i que o corpo para o homem, assim 'seacha para o Estado a igualdade
.I l

! sua p.lenitude quando o cidadão afirmava à sua _vontad_e dentro dos W


i

e a firmeza _da ordem exterior, procurada por via da coação. Em


limites ,da polis, decidindo no ti.u,n-ultoidas assembléiaszgera a liber- ambos, não tem o corpo finalidade própria senão que é meio desti-
dade incipiente do homefm como momento de uma.v1.v_enc;1fi Coletl* °'-.111
*'f§r.¬--z:
1 i'

in'

30. Horizontes do Direito e da Hi'stóri`a, pp. 43-44. "


z9.wiii¬eim Hai-.i›z¢i\,.<›b.¢¡z.,p.4oó. ` '° ' ' ' “"¬'.És-'

'.-^. ":.¬..'-›..-. z.-_._.__.- . _. _.-. -*gn-o_ -¬-


""._'_. _ __.,›_.:_----. - -v:.~;-ir.› -. '_.; -'.
_. ...__:_. _.4.'_.-_¡_.,_..':-_1''-.._'¶_..¬-".'..-t"-¶:“'.í*Ê-".Á':-."\'.T_-'.*--.;.-
_ .__. -.__... __¶r_“:'--". --_'u'-:=-._f§+---. ‹--'
T-›.._‹-z.¬e='-."--¬"-D1?"
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-^*"'.-:.-"-=1_'t_.._--_''_.:_-.í_-'-_* ‹-_,;"?“-'..__.|.ni..z¡:u.-'_*5.i_ _-
162 .- oo Esraoo LIBERAL ao Esraoo sociai. A LIBERDADE ANTICA E A LIBERDADE MODERNA 163

nado a um fim - a base e o instrumento ara o livre domínio do es- A crítica do filósofo,.embora tivesse de comum com a orienta-
pírito” ("Zunaechst muessen wir denogigen Vergleich der mora- ção de Rousseau, Mably e Hegel o apreço ao Estado grego, diverge
lisclien und phj/sischen. Weltordniuig als eme Entwuerdigung der essencialmente da análise hegeliana pelo pessimismo de que se
ersteren entschieden zuru°ecl<weise'n.‹`Denn das .l/Vesen der ersllf<eren acha embebjda, pela profundidade com que interpreta a decadên-
ist die Freiheit; das der letzteren die Notvfendigkelfz Ufld Êfê inn cia do mundo grego e, sobretudo, pela incomparável e suprema ori-
nicht Aufgabe der' ersteren sein,. gerade diesen ihren spe¢;11SCb en ginalidade com Que caracteriza o momento dionisíaco, no qual resi-
Vorzug aufzugeben, um damit die Regelmaessigkeit, Berec en ar- dem, aliás, todo`o'_v`igor e a penetração de sua análise.
keit u. s. w. der letzteren zu erkaufen. Der Staat als der Orgamstràus Ajuda-'nos Nietszche, 'com aquela ob'ra_ deffilösofó rebelde e de-
der Freiheit kann allerdings, um dies zu sein, dfiS M°m°“f° _ if lirante, a compreender melhor o evolver da liberdade em mais de
Notwendigkeit nicht entbehren, er hat eine Seite, nach der er wir - dois mil anos de civilização atlântica.
lich der Natur mit ihrer Notwendigkeit verwandt 15€, _C1flS helãsf -151"
Graças às objeções 'críticas erguidas por distintos filósofos e teó-
Gesetzen und aeusserem mechanischen Zvvang seine Zu ucdt
ricos de tendência antiliberal, é possível, por conseguinte, perceber,
nehmen muss. Aber je mehr er ohne die dringendsten Gruelnkp
conforme dissemos,- os èqfuivocos em .queincorreu Benjamin Cons-
diese Seite entwieckelt, also das'Element der Freiheit beschrae O.
tante com ele todo o liberalismo, ao verem, simploriamente, na An-
verkuerzt, mn dèsto mehr steig_t_.e_i;_¿\;¿__c›rfi *der I-Ioehe seiner.Bâ5t.1"
tig1';iida_de¿ clássica, uma idade _c_le__:eliminaçã,o sumária do indivíd uo.
mmung, die ihn ueber die natuerliichwëlt erhebt, zu derränieL e._i;1
Standpunkt der l_etzt_erenç_hinunter_. Was dem Menschen er. lei Esse'o__engan_o da doutrina liberal, quando, ao valer-se do mun-
das ist dem Staa't 'die durch 'den Zwang erstrebte Gleichmaessig el do .clássico p_ara_as suas conçlusões-ideológiëas, interpreta o -Estado
grego e o Estado romano _como_'se estes seguissem linha de coerente
°-:ipa Feésgkeii aér zeu¿à¢f¢a1oranmig.fBei Bëiden ist der Leib nicht ~‹'-'=' uni ornudade.e'ri1'sua históifia política, capaz de permitir a generali-
Selbstzweck, sondern nur Mittel_'zum - die Unterlage und
dade exp`re`ssi_1 em que sè"ap`óia 'or liberalisnio para`definir o que foi a
das Instrument fuer das freie Walten des Geistes").3'
liberdade antigal'
Faz Iehring o elogio da liberdade no direito romano, ao assâve-
rar: "Jamais houve, porventura, um Direito que concebesse É 1 ela Ora, o binômio indivíduo-sociedade ostenta tanta variedade e
de liberdade de um modo 'mais digno e certo qpe o Direito ma- riqueza de matizes que viola a rigidez de todo esquema que preten-
no” ("Es hat wohl noch nie ein Recht~ge_ge_be_flz gdês den G°d_ den da contê-lo numa formulação acabada edefinitiva.
der Freiheit in so wuerdiger und richtigeiz; Wëise erffissf hêfz Wle as
roemische").” j _ 9. O antiliberalismo nas doutrinas autoritárias da liberdade
Reconhece, todavia, que, em' Roma, ao contrario dos tempos F l

modernos, a liberdade não era' "algo sub_j6f_1V0z *fm bem Ê"


.|
O
3.
un
Nada, porém, do que se disse vem apoucar a importância do es-
qualidade da pessoa”, senão "iiín bem' objetivo e indestrutivâ , S12-
^\
›}
o
tudo de Benjamin Constant, que -será sempre uma orientação útil,
dependente da vontade pe'ssoal ,i com o que ainterapretaçao o
ou
....
fadada a permitir, com a força sugestiva ue oferece, indagações fe-
biojurisconsulto' toma sabor 'iiitidamente hegeliano. ,É-za* cundas e valiosas no campo da liberdaddliiunana.
ø 0 1 A reação ao liberalismo, e_m suas manifestações do mais var,ia--
do sabor ideológico, apresenta esse traço comum: a vinculação da
8. Uma reinterpretação do Estado grego: Nietszche e "O C0m8Ç0 "-.¬-
liberdade ao poder..Ao invés de antagonismo e dualismo, o pendor
da Tragédia” _ _ - :Ê‹\ÉA'¡à¬¬_.x\L¡`|›¬. ¡‹\4¡r

fmonista de reconciliação.
`f.!

Quando Nietszche, com sua genialidade. €S¢fifldalÍZ°“ adêle' rz-'.-‹'


E isto ocorre tanto no a1itiliberalismo'das doutrinas totalitárias
c.-A_
man]-¡a e 'a Europa escrevendo o~*`¿*Êélel5re'Dze Geburt def' T"“8°'? “if a * como na modema democracia do Estado social, onde ainda se mani-
Grécia' aparecia sob nova luz. ' festaide maneira timida,_como se fora apenas inclinação hesitante,
__,..z.}_
joriunda das incertezas e da violência com que se trava o embate ideo-
31. Geist des roennischen Rechts auf den versehiederien Stuƒen seiner Entwicklung. ,,_l__ógico deque dependeráasobrevivênciadaordem democrática.
p.127. ` '
i
l
HA tendência antiliberal do totalitarismo da direita se esteou
32. Ob. cit., p. 219. |.¬¡'
Qgàuna compreensão autoritária da liberdade, que na prática dos re-
33. Ob. cit., p. 220. '\ Ç
.-ággnes nazi-fascistas conduziu à sua extinção de fato.
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ic ,¬‹
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154 'oo Esraoo LIBERAL Ao ESTADO social.
Doutrinariamente, sirnpatizava essa tendência com o organi-
cismo da Antigüidade, numa possivel síntese de elementos colhi-
dos na filosofia politica de Nietszche e Hegel.
Outra ideologia de negação mais áspera da liberdade, como a
praticou o liberalismo, surde na doutrina de Marx, Engels E LENH-
,__ Doƒront socialista acgmete-se o Estado liberal cqm f“f°f` Íêíaudl'
to, como Estado da burguesia, ou seja, da terceira classe, vanguar-
deira e detentora do sistema capitalista.
Profetizando a agonia do capitalismo e sua exti1.1<_;ä0z <_> m&I'>.<lS-
mo não viu, até os nossos dias, ciunprir-se a celebre profecia do Ma- Capítulo Vl
mƒesto Comunista.
No entanto, a morte do Estado liberal é fato que já teve reper- ' . \ _ 5

cussões profundas na estrutura politicai dos povos ocidentais. As BASES IDEOLÓGICAS Do EsTÀ12”d"sÍǧ'É;iAL Il 1-0 .._.

Sua substituição pelo Estado social da Idade Contemporânea


indica uma crise de proporções agudas e gigantescas no embate de _ .__ _. l, . . _,I¿,____¡
sobrevivência que os ideais da civilização deiñocrátiqa ora travam. 1.. De Rousseaua Mdr.;,_¡2. A..çzz;igiaalidçde de-Ro:issaa,it.__,§?.;¿¡t'\l§'ri*ii_taç2!o
do poder, tese 'máxima' do lilieralismo, e af_i;épl_íça_'_depioi;_rdt£oa de
Desde o século XIX esta se defronta com o_ dilema de sua re: Rousseau. 4. O pessimismo de Rousseau e Mm-x."`5`.' A`s't'rês posições
novação ou esmagamento. Sein alusão, perfunctória que Sflêz ê fi4n,damcntçis,de z'rit_e;pretgzç¿I_o.da.obra r‹_mss‹~!flu_r.1idn;!_.,,§. ,ffpqlonté
ideologia marxista, não podemos chegar nunca à compreensao d_0 générale” ea reci4;zçrit`çl¡o' do otimismo. 7. Do "polit`ico”,.'¢r_r1Kousseau,
Estado social, que se explica por iunimperatiV0 de I`@515Í€fl¢1a 9 ao "econômíco",'éñi 'Marx e sua teoria do Estado. 8. Erclitío'*Í1`§›i›itrà-
to Social” necessariamente, "_O CdpitaI"? '9. Da *¡:oht"ri1niíçdb‹doiltrind-›
autodèfésa. _ . _,_H. _,.- .-_-_- . _- . _.
ria de Rousseau e Marx ao moderno Estado social. 10. Rousseau e o
Essa alusão é o que intentaremos fazer no ;.apit_ulo.seguinl€z evolução democrática para o socialismo. l '
apreciando notadamente o efeito que teve aquela ideologia na evo-
lução do constitucionalismo ocidental, cotejando-a com a teoria de-
mocrática da Revolução Franc'esa. O capítulo seguinte pertencem. | 1. De Rousseau a Marx _ _ _ _
pois, a Marx e Rousseau. el

Quem poderá desvincular o século XVIII dessepensador políti-


co genial que foi Iean Iacques Rousseau? . '
av no

A sua considerável ação no- plano das idéias só .se há.-'d.e'compa-


rar àquela que veio a ter Karl Marx em nossos dias.
. Concorreram ambos para a implantação de urna ,ordgmzpolitica
e socialrq¬ue fanatizou milhões de__ade .tQSz;Arnbos, p;ar~a;e`mpregar-
mos co ecido conceito da filosofia hegeliana da Histór~_i'a_.,, encar-
narašizn, mun determinado momento dialético, o giro da,idéi'§g§_-_, _ .
" 'Será sempre tema' sugestivo* ,e a_`b`eiiÉo"-a jtoda 'sorte defdebates
l I p_n¿L\?è_itósos o_ `co'rifr'oiito¡"'döš° ic1bis'"~iiit:o*ir'ip'ai*ávéiš“ 'filó'š”ófÔ"s:*`Rous-
l.
seaue Marx. ~ '-
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'=-~"Rous'seau' deu- à dem'öc_racia mod`ërna_Í*Í š'izi`a'*t_eori_ã ~p”u"i'1`á.=*Marx
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em-jfíffestou' a"_õ socialisniofí äifèição cienitífica-'del quê'
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l 0. do-o das velhas utopias, comuns a todos os-<p'i'edecessoreš-ii*-' `~="= *-1 'íz `
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'"'^itÂ;n.~fir.
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166 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL As Bases ioEoi_Ócic.‹i's Do Esraoo sociai. 167
A revolução capitalista tivera em Smith o teórico que a legiti-
3. A limitação do poder, tese máxima do liberalismo, e a réplica
mara no campo econômico. Mas em Marx, e somente em Marx, en-
controu o seu primeiro e autêntico refutador. democrática de Rousseau
í

O marxismo começa com a crítica. A democracia de Rousseau Que todas as diligências do liberalismo convergiam para esse
teve também, como ponto de partida, uma análise, ria qual decom- fim - a lirnitação do poder - afigura-se-nos dos traços mais pecu-
pôs o filósofo a sociedade de seu tempo, sociedade sabidamente liares à doutrina liberal.
°"""' medieval, com a herança sobrevivente de feudos e corporações, ja Com efeito, permite o reconhecimento desse traço estudo bem
incompatível com as bases autoritárias e nacionais do Estado mo- metodizado e compreensivo do papel que Locke e Montesquieu de-
derno; já em manifesta contradição com o sistema capitalista. sempenharam no campo das idéias politicas, a par dos camirihos
que ambos perlustraram como expoentes da teoria liberal, para
chegarem, afinal, a esse resultado comum e coincidente: a redução
2. A originalidade de Rousseau do poder.
Qual e verdadeira significação da filosofia de Rousseau? Onde Os modemos intérpretes' do pensamento liberal já tomam tal
representa elà mudança substancial? Onde se deu a fratufaz 2 0 ponto - o poder confinado, reiteramos - por baliza para a delinii-
rompimento desse romântico subvertedor com as mstituiçoes so- tação das áreas do liberalismo.
ciais de seu tempo? Onde a incofrigivel fantasia do sonhador toca Não é outra coisa o que' faz Wilhelm Roepke, um dos padroei-
os corações e qonduz o elemento popular revolto aos espasmos da “_ ros da reação anti-socialista de nosso século, em obra de Sociologia,
ação rev0luc_ion_á_ria? "'” Política e Economia, das mais conhecidas que estampou, e com que
Essas perguntas, bem respondidas, poderão dar-nos um retrato cuida promovera renovação contemporânea do liberalismo.
completo do autor do Contrato Social nos vastos dominios de sua ex- °Ancorado numa posição de manifesto anacronismo, aflige-se
cepcional influência política. Roepke com o drama social do século, busca saída no passado e se
Antes e depois de Rousseau, a reação ao poder estabelecido foi atemoriza ante o espectro coletivista de nossa era.
sempre a reação de urna classe. :Figurando Roepke, conforme já assinalainos, entre as eminên-
No liberalismo, a reação da burguesia capitalista. cias do liberalismo deste século e professando filosofia que o fez,
poiiventura, o primeiro teórico ocidental da burguesia em nossos
No marxismo, a reação da classe operária. dias, vale a pena reproduzir o que ele escreve acerca da limitação
Em qualquer das hipóteses, a favor do capitalismo ou contra o do poder: "Dai poder-se sustentar, sem erro, que o Estado coleti-
capitalismo, sempre uma classe na vanguarda da revoluçao. vista é aquela forma de domínio que exprime a "rebelião das mas-
sas" (Ortega y Gassett) contra a elite social e cultural. Não é a de-
O liberalismo, tanto quanto o socialismo científico, é uma ideo- mocracia, que tão-somente responde à questão atinente ao titular
logia onde a ação politica se move com vínculos de classe. do poder público, o que se lhe opõe, senão o principio liberal, ao le-
- A originalidade de Rousseau, sua contribuição peculiar, con- vantar perante o poder do Estado, sempre e necessariamente incli-
siste, de maneira precisa, em.situar-se historica e doutrinariamen- 'nado ao absolutismo, as esferas ultra;-estatais da tolerância e dos di-
te no meio desses dois pólos - o liberalismo e o marxismo - so-- reitos da personalidade, compatíveis com formas de Estado tanto
braçando a velha tese-dos-gregos,-bastante remoçada, quäl -Seja, f-1 democráticas como não democráticas” (”Daher hat man denn auch
nicht zu Um-echt behaupten koennen, dass der kollektivistische
demesresia somo. .ação zrelílisez ass. iá as fl.ä°. erfesefliâ fffiãmefl' Staat gerade diejenige I-lerrschaftsform ist, die dem "Aufstande der
tária, mas pertence a_to'dos,_._i__ião,z.disting1.ie classes e se mtegra na
volonté générale. ' _ _ ' ' ' - ' ` Massen” (Ortega y Cassett) gegen' die Kulturelle soziale Elite
Ausdruck verleiht. Nicht die_ Demokratie, die lediglich 'die _Frage
,. foi isto _o que,¡1__ev_ou I;I_ege_l_,a.-saudar em Rousseau o genial ante- nach dem Traeger der oeff_en°tlichen Gewalt beaiitvvortét, ist ihr
cip.ado.r de_ suas -_idé,i_as,,-;a.superioridade respeitavel-~a que ele,__mais Gegenpol, sondem das liberale Prinzip, das der wie immer gebil-
dejiuna ve.z,..rei_ide_u_ -tributo... › _ = deten imd von sich_aus notwendigerweise stets zur -S'ch'raril<en-
As Bases IDEoLÓc1cAs Do Esraoo soclai. 169
168 DO ESTADO LIBERAL ESTADO
SOCIAL
Os dois termos, para salvarmos a liberdade, não devem ser pos-
losigkeit neigenden Staatsgewalt die Schranke der Staatsfreien tos em antagonismo. O esforço da doutrina rousseauniana vai con-
Sphaeren, der Toleranz und der Persoenlichkeitsreçhte.entgegen- sistir precisamente nisto: na integração da liberdade com o poder.
setzt und d_aher mit demokratischen wie nichtdemokratischen
Esta, a essência do seu contratualismo. A conseqüência de tal
Staatsformen vereinbar‹istf'?). ' ' -
esforço red_unda, por sua vez, na democracia.
Nunca houve, talvez, pensadores mais extremosos no seu afã I

de domesticar ou conter a autoridade - cuja exorbitância tanto re-


ceavam, e׿teriorizando,- aliás, pendor da época - do que o aristo- 4. O pessimismo de Rousseau e Marx
crata gaulêse o Secretá_ri_o_.de Lord Schaftesbury. '
Montesquieu zpunha limites ao exercício da autoridade com a A volonté générale de Rousseau_não se compadece, por conse-
separação de poderes. Locke, com a conservação de direitos natu- guirjite, com a índole e a estrutura do capitalismo, quando a com-
rais, frente_ à organização- estatal. r 0
preéndemos em toda a inteireza.
Desses direitos, o mais típico era o direito de propriedade, que O poder político para todos, e não apenas para uma classe, sub-
se apresenta no contratualismo loçkiano por direito anterior e supe- verte já os rumos da revolução capitalista contra o mwmdo medieval
rior a toda criação jurídica do Homem, depois da passagem do Es- e antecipa as novas transformações políticas que os socialistas utó-
tado de Natureza ao Estado de Sociedade. - picos e marxistas hão de procurar desesperadamente em tempos
No Treat-ise of Civil Govem-me`1`1-tj em capítulo consagrado à exten- subseqüentes. m

são do Poder Legislativo, o insigne pensador do liberalismo mani- Rousseau, tomado por esse prisma, é mais um passo que a teo-
festa, com rara lucidez, essa constante doutrinária de ~-sua filosofia ria política dá para chegar a Marx.
“do Estado, a saber, o básico e relevante papel conferido à* proprie-
dade, como fundamento do govemo e da sociedade, ou como direi- O autor do Contrato Social já se acha de costas voltadas para a
to que não tolera a mínima lesão, e cuja defesa ele coloca no consen- futura liberal-democracia capitalista.
timento de seus titulares, compondo,`assim, a medula de_uma con- Mas o interessante, no confronto Rousseau-Marx, é observar
cepção, que decisivamente influi no ãnimo dos constituintes france- como são ambos pessimistas e como o pessimismo traduz a nota co-
ses de 1791 e, por conseguinte, no célebre texto que declarou a pro- mum a esses dois pensadores, que partem de exame profundamen-
priedade. "direi to inviolável e sagrado” (art. I_7 da Declaração dos D1- te crítico e negativo da sociedade, para refazê-la ou reformá-la, em
reitos do Homem e .do Cidadão, contida -Conistituição francesa de 3 ordem a obter um novo Homem, reconceituando, de maneira sin-
de setembro de 1791). * gular, a liberdade.
Em ambos os casos, com' Loclge_ou Montesquieu, a idéia que Há um pranto na oração de Rousseau, uma indagação aflita na-
persiste no fundo do debate é esse princípio invariável do liberalis- quelas primeiras palavras com' 'que ele abre o Contrato Social: "O
mo - a proteção e tutela do indivíduo, pre:_n_i_ssa essencial do siste- Homem nasceu livre e por toda parte se acha escravizado"
ma capitalista. _ ! _` ` ("L'Homme est né libre, et partout il est dans les fers").
Ora, Rousseau não se preocupa com o preceito de repressão ao Quem não percebe, ali, o manifesto de urna revolta, o programa
poder, de defesa do Homem contra o Estado. ' de Luna subversão, o grito de uma dor?
Condena-o ou o abandona de todo.
O Contrato Social sacode o homem do século XV_T[I,com a mesma
De modo que o genebrês, sob esse aspecto, está mais próximo intensidade com que o Manifesto Comunista abala o século XX.
de Hobbes. _
_ Ele é, na vida pública da segunda metade do século XVIII, a au-
O poder, para .elefnão é desprezível._.1_.Jrge, S'1_I_¶1z°<'?‹fl!'1'¢§á:'l<¶ fi° tópsia de um regime social e político, a superação irrevogável do
seu titular legítimp (o que nãofez oautor do. _L.evüIt.5)-›Ê§§€ 960 ha ÇÍÇ medievalismo, moribundo-já, nos seus derradeiros efeitos. Como
ser nunca o' mdividuo, nem uma parte da soçiedade, senao_o povo a_i'ma de combate, constitui' o primeiro"incentivo' à grande' rebelião
.- _ 'Í ... l I' _'
anticapitalista do século XX. ° -
A antítese liberdade.-autor-idade não se-lhe afigura irremediável;

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170 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


AS BASES IDEOLÓGICAS ESTADO SOCIAL 171
5. As três posições fimdainentais de interpretação da obra
rousseauniana de unidade a que se prestam, pára.-uma construção doutrinária
mais firme, os princípios políticos versados -nas obras capitais do
No pórtico do Contrato, as suas primeiras palavras são a síntese pensador. São estas-obras,=mui ao contrá'-rio do que supõe Juvenel, o
indispensável com que o"autor recorda a tese abraçada e desenvol- Discurso sobre a Desigualdade e o Contrato Social.
vida no célebre Discouršsur Flnégaiité parmi les Hommes. Grava e re- Das posições descritas e'enumerada“s,'a.mais..fraca e insustentá-
toma irnplicitamente a triste conclusão do segimdo Discurso, antes Vel É fl S¢811fld&z`Pf€€iSamente aquela' -qiiefitieve-.mais v.o'ga nos países
de passar àcparte construtiva do seu sistema político, ao monumen-
°°n5iit“°¡9¡3.a.¡5 d? QÇÃSÍGHÊG .d11fãI'_1f..¢,o .Ségilo passad9_.,É também a
tal esforço e reencontrar o Homem e a sua natureza alienada, ou menos crítica e a que, híštoricamentê, ríiáis pressá É siupei-°f¡¢¡a..
seja, antes de promover socialmente a recuperação da liberdade. lidade, adota algumas conclusões do Contrato Social, desprezando
O prêmio disputadoa Academia de Dijon foi o caminho aberto em boa part`ef_`a'fsernente subversiva-dq Discurso sobre a `Desi`g1ialdade.
às sábias reflexões políticas do desditoso cidadão de Genebra, foi o Entre éla e c`¿›"_l~ibe_í-ãlis`m'o, os't_`eo'ristas da «burguesia *estenderam-a sua
poderoso estímulo que fez estalar-lhe a cabeça nas duas memorá- ponte dout1ii`r"lãi-'ia e'coiistriíírám,`aš'sirn, á tritu`ifante"ideblo `°a 'lí-
veis dissertações, o iscurso sobre as artes e as ciências e o discurso tica da pr_'ime_i_r_a_ idade docapitalismo. _ 81 _ Po
sobre a desigualdade. `. ' C°m 1'°$zP¢Íf9z .@.Í.¡1Ciflz_ 6-@SSas posições,_-'há' que assinalar o erro
capitaj dos intransigentes e _o_r_todoxos, que,_afe,r:.rados ao seu modo
A dialética rousseauniana é, aí, totalmente corrosiva. A Reação
de Í1'.1fëfPfei‹'=lÇãQz ¢11Íd&I11f.I10._.de~t0d9 ir1ai'¿alái,\-re_l,, definitivo, em or-
se deleita com o primeiro Discurso, e críticos como Bertrand de dem ,a excluir qualquer pretensão de legit¡irnidade ou autenticidade
juvenel partem dali para estudos que nos revelam, com intenso bri- à posição que_ lhes seja levemente adverÊsa.,.I5ecado que cometem
lho, o Rousseau da direita, esse mesmo Rousseau que teve na cáte- t_g_nt_o os rousseaunianos da extrema direitawcoino os da extrema es-
dra universitária da Alemanha sua obra 'aprofundada r um intér- quârdaz na v'ã`pretenšão*'d¿=i,'afirmar a eixištêfiëiá doutrinária de um
prete e publicista da_ elevada estatura do Prof. 'Forsthofffo qual pro- so ousseau. ' '
fessou, naturalmente, idéias bastante afins às de Juvenel.
O dualismo `rou`ss,eaun~iano, de há muito assinalado, existe real- 6. A 'fvolont'ég__é_néraIe" e _a¡_i'e‹.§i¢p_e1z`ziçá_'<›__ii0
mente na doutrina. â _ .
Q i A leitura do Contrato *Social é uma*pei'é'griña'ção qué nos leva do
As contra'd'i'ç"õésÍ¡ do texto político de Rousseau são, de fato, pessimismo ao' otimismo. volontégénéralë redime o Homem. E, se
exasperadoras. ' ' * ` ' este e escravo, se há em sua dor as lamentações da liberdade perdi-
A imensa bibliografia dos intérpretes, que daria para compor da, do estado natural de bondade e ventura, _a_ Sociedade, ao recom-
toda uma biblioteca, pode, contudo, reduzir-se, do ponto de vista por-se,_na.s bases rdeadas por Rousseau, devolve ao Homem a liber-
ideológico, a três posições fimdamentaiš: a' posição direitista, que dade que ele ja nao possui, a liberdade pela qual se batera angus-
vê na 'volontégénérale a idéia -de integração política, de onde se parte tiosamente e que lhe pertence como um direito.
para o Estado tptalitário.dás.moderi1as` variantes conservadoras e A conclusãofide Rousseau, Ó seu delírio da vontade -popular,'
reacionárias; a posição céntrista, dos autores que exprimem seiiçde- como voloritegerierale, é, evidentemente, otimista.
sen' ano com o filósofo que se- lhes afigura, em grande.pa~rt_e, .desti- Re<f_°fldl_12 0 H0t11¢m a -si mesmo, à sua veracidade. Esse Ho-
tuícão de coerência, nexo e iuiidade lógica e estar, aqui e ali, assina- fnetn _r1a0 ¢>.<1St_e_, porém, no,particular, senão no geral; é social, e. não
lado por contradições inevitáveis, ou que aceitam, sem mais deba- individual. Foi issog .que Hegel viu de assombroso em Rouëãšãu, 0
te, a teoria democrática como produto acabado, que resta apenas unico que teria enxergado claro, já no século XVIII, a essência da
vincular ao libêralismo, à maneira do que fizeram donios `.š'e'us arte- liberdade. ' ' '
'. u u 1

fatos constitucionais .os publicistas-do século XVIII eparticularmen-


te os da_prim_eira metaderdo século XIX; e, por último, a-posição. es- 2
l
Do ":pol_i:tic_Q'¡'.- elf! Rous_sea_ii, ao 'fe'ëoi_i_á`niico",' em Mam: e sua
querdista doÍs,;».que, associam dialeticamente a-doutrina de.-R_ousfs.ea-u _ teoria do Estado - . ' ._. _ _
à evolução do moderno pensamento político e, tanto quanto 'os_.pri-
meiros, mas de 'modo distinto destes, percebem a admirá_v.el_-l.inha~ l , O Manifesto de Marx reproduz posição- tlefaparente analogia
com a de Rousseau. O.. século XIX o desgosta..-A Revolução ]_nd_-us-
172 oo Esraoo LIBERAL ao Esraoo social. as Bases roEoLÓc1cAs'Do Esraoo social. 173

trial do ca italismo o acabrunha. Todas as teorias politi¢&S dO 5611 Na verdade, o que levou Marx àquela profunda e sombria refle-
tempo -sa-lliie-afiguram imprestáveis-se malogradas. o socialis- xão crítica foi a perplexidade da mesma dor: oespanto de ver o Ho-
mo utópico o Satisfaz, se bem que as premissas criticas deste, de mem escravizado.
dissidência com as estruturas sociais vigentes, coincidam em gran- Rousseau vislurnbrava a raiz daquele estado de coisas na -orga-
de parte com as do marxismo, ,unindo-os numa frente comum: o nização política. Esta seria a base de negação do Homem. livre, a-
empenho sempre tenaz de abater a ordem capitalista. causa condicionante que se impunha-remover. `-
Mas a utopia critica sëiitimentalmente, sem amplas bases cien- Reorganizar o poder nas suas- fontes, extraí-lo do po.vo,=de-.suas
tíficas. - " . nascentes puras, eis o caminho que se fazia mister seguir na filoso-
fia rousseauniana para se acercar do conhecimento e da consagra-
Talvez a generalização seja avanÇ&_d&.~-Engels. 1_1<i_/'Wit' ção verdadeira da liberdade. › _ _ u 1
Daehring, rende homenagem aos ultimos utopistas d.0 S0¢1a 151110. A enfermidade com Marx deixara de ser política, tomadooad-
entre os quais elenomeia Saint-.Simon, Fourier e Robert Owen. jetivo na sua acepção -mais estreita e particular. ' ¿_
Segundo o inseparável companheiro de Marx. Q$;Ui°P'5ta5 hlfe' Os males sociais são, primeiro que tudo, oriundos ~de'-*fatores
rain rasgos dêgeniálidade ea crítica unpiedosa que fiz_eram à socie- econôrnicos. O mistério da liberdade, o seu enigma desa`fiäidor,
dade burguesa de is`eu‹te`inpo, nosalbores da Revoluçao industrial, não se achava na velha e tradicional ciência política, senão fnoffseio
era p'rovavel'i'ne`nte_'o_ _-i_1_i-'ax-`irr`i`o¡ que'1hes¡p_crfmiu'a, em materia-de ho- de uma ciência toda jovem, cujo prestígio crescia de maneira
rizonte pólítico`,"_o' cóif__idicioii_¿airièi1to_°das'forças produtoras, estuda- irresistível. ' _ ._
dos aqueles `ãutór“ês"ã'luz;`;da'concepção nigaterialist-a da historia.. Essa ciência fascinante_era a Economia Política. E o autor de O
Capital podiaientão escrever a frase célebre que resiuniu de maneira
Semell'iante_ ariálise __perinitiu`,.a.._Ei;igel_s. ajuizar_,.¡_eni abono dos
prodigiosamente clara oconteúdo ideológico do marxismo, ai nova
utopistas, quase sempre incompreendidos, que eles foram,_de qual-
direção que tomou a doutrina social no século XIX, a saber: “Minha
quer maneira, antecipadores profundos e uteis do socialismo, ex-
pesquisa chega à conclusão de que as relações jurídicas bem como
cepcionalmente robustos na crítica, onde muitas de suas observa- as formas de Estado não podem ser explicadas por si mesmas nem
ções ficaram de pé, mas deploravelmente inepto__s Iza' parte COIISÍFU' através da chamada evolução geral do espírito humano, senão que
tiva da doutrina socialista. Apontaram erros,~mas nao puderam al- deitam suas raízes nas relações materiais da vida, cuja totalidade
cançar toda af tragédia do capitalismo, nem -tampouco revelar os li-
Hegel, à maneira dos ingleses e franceses do século XVIII, compen-
neamentos capitais de evolução futura da sociedade. diou sob a denominação de sociedade burguesa, devendo-se, porém,
Marx também ironiza os socialistas utópicos. Suas teses afigu- buscar na Economia Política a anatomia dess_¿a_sociedade" ("Meine
ram-se-lhe lamentáveis e de todo inexequiveis como soluçao para o Untersuchung muendete in dem Ergebnis,dass Rechtsverhaeltnisse
caso social. - - wie Staatsformen weder aus sich selbst zu begreifen sind noch aus
der sogenannten allgemeinen Entwicklung des menschlichen Geis-
A utopia atua mais com o coração do que com a razão. É mais
tes, sondem vielmehr in den materiellen Í.-ebensverhaeltnissen wur-
religião do que ciência. Daí o seu abandono, por Marx.
GUI- ' zeln, deren Gesaintheit Hegel, nach dem Vorgang der Englaender
O pensador afasta-se da Política para a Economia, do mesmo und Franzosen des 18. Iahrhunderts, unter dem Namen buergerlicli
modo com_o Locke, Montesquieu e Rousseau deixaram de lado 21 Gesellscliaƒt zusammenfasst, dass aber die Anatomie der buerger-
Teologia pela Filosofia, o direito sobrenatural pelo dirsi to natural. lichen Gesellschaft in der politischen Oekonomíe zu suchen seil") .l
À idade dos teólogos sucede na especulação política a idade
dos metafísicos. Com o marxismo, chega-se, por ul_t1m0. a Idade 8. Exclui o “Contrato Social" necessariamente o "Capital”?
dos sociólogos, dos positivistas do direito público, idade que ora Rousseau queria a libertação política do Homem; Marx, a liber-
atravessamos, em meio, fodavia,'a muitas reações espiritualistas de tação econômica. Será a tese de Rousseau incompatível com a de
cunho tempestuoso e intermitente. Marx, a saber: exclui o Contrato Social necessariamente O Capital?
O Manifesto Comunista, ponto de partida da ideologia de Marx,
poderia ter começado com as mesmas palavras do Contrato Social. 1. Karl Marx, Zur Kritik der Politischen Oekonomie, p. 12.
›'.

170 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


As Bases iDEoi.ÓcicAs Do Esraoo social. iri
5. As três posições fundamentais de interpretação da obra
H

rousseauniana - de unidade a que se prestam, para..uma construção doutrinária


mais firme, os princípios políticos versados -nas obras capitais do
i
No pórtico do Contrato, as suas primeiras palavras são a síntese pensador.-São estas obras; mui ao contráriodo que supõe Iuvenel, o
indi`s'pé`nsã\'feI com que o' autor recorda a tese abraçada e desenvol- Disijzurso-sobre~a Desigualdade e o Contrato :Social-.
vida no célebre Discourssur Flnégalité parmz' les Hommes. Grava e re- Das posições descritas e enum'erad_as, a.1mais fraca e insustentá-
.
\.-t.›;:z¬.a2- 'c¬*:fl-1.r.'°.:"n¡›ts.i':!rI-.:h'fi|.¡z.'
toma implicitamente a triste conclusão do segundo Discurso, antes vel é a segunda,zprecisamente aquela q§ue_”-t'e§<e-.mais voga nos países
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de passar à parte construtiva do seu sistema político, ao monumen- constitucionais do Ocidente durante ofséçulq passado. É também a
tal esforço de reencontrar o Homem e a sua natureza alienada, ou
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menos crítica e a que, historicamente, com mais prešsfa e superficia-
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seja, antes de promover socialmente a recuperação da liberdade. lidade, adota algumas conclusões do Contrato Social, desprezando
em boa parte=_a 'semente subversiva c_lo lâiscu-'rso sobre a Desigualdade.
O prêmio disputado â. Academia de Dijon foi o caminho aberto
En'tre,ela'-e o'-_liberalis"mo, os teoristas da-burguesiiaestenderam a 'sua
= às sábias reflexões políticas do desditoso cidadão de Genebra, ~f0I P
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ponte"doutrirlãria e construíram, assim, -á triuñf-ante ideologia polí-


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i poderoso estímulo ue fez estalar-lhe a cabeça nas duas memora-


I. veis dissertações; 'o discurso sôbre as'ártes e as ciências e o' discurso tica da primeira idade do capitalismo; _ _
I_ sobre'a desigualdade. . " Com respeito,-ainda,_a essas posições, há 'que assinalar o erro
capital dos _i_n_ti;ansigentes g ortodoxos,_.que,_aferrados ao seu modo
* na
Aldialética rouss`eauniana.é, aí, totalmente .corrosiva. A Reação de ii_it__ei:p_i:eta_ção, cuidam-no¿.de todo ina_b¿a_láy.el,, definitivo, em or-
L
1.›
se deleita com-' o primeiro Discurso, e críticos como Iiertrand de dem ~a.e×cIuir qliâalquer pretensão de legitiirufldade ou autenticidade
Juvenel partem dali para estudos que nos revelam, com nitenso brir 'à posição que __es seja levemente adversa., .Recado que cometem
l
lho, Ó Rousseau da'direita, esse mesmo Rousseau' que tevê nacate- ,_tai_ito.os rousseaunianos da extrema direita como os da extrema es-
dra universitária da Alemanha sua' obra aprofundada por inter- querda, na v'ã_~-'pretensão de-afirmar 'a'e'xištêi"lc`ia doutrinária de um
prete e publicista da elevada estatura do Prof. Forsthoff, o qual pro- só Rousseau. .
fessou 1 naturalmenteI idéias bastante afins às de uvenel ' =
:

1 6. A "volante générale” e a recuperação do otizziismo


°.
O dualismo rousseauniano, de há muito assinalado, existe real-
mente na doutrina. . -
A-leitura do Contrato Social é uma peregrinação que nos leva do
As contradições do texto político de Rouslseau são, de fato, pessimismo ao otimismo. A volorité génêrale redime o Homem. E, se
exasperadoras. _ = este é escravo, se há em sua dor as lamentações da liberdade perdi-
A imensa bibliografia dos intérpretes, que daria para compor' da, do estado natural de bondade"e ventura, a Sociedade, ao recom-
toda Luna biblioteca, pode, contudo, reduzir-se, do ponto de vista por-se nas bases ideadas por Rousseau, devolve ao Homem a liber-
\

ideológico, astrês.¡posi'ções'fimdamentais:- a posição direitista, que,-I dade que ele já não possui, a liberdade pela_ qual se batera angus-
vê na volontë génêrale a idéia de integração política, de onde -se parte iai! tiosamente e que lhe pertence comQ`.,i.`iig~ direito. " arma,
para o Estado totalitá-rio das modernas variantes conservadoras e ” A conclusão de Rousseau, o' seu delírio da vontade popular,
reacionárias; a posição centrista, dos autores que exprimem seu de- como volontégénérale, é,`evidentemente, otimista.
sengano com o filósofo que se lhes afigura, em grande parte. CÍÊSU' Reconduz'o Homem a si mesmo, à sua veracidade. Esse Ho-
tuído de coerência, nexo e unidade lógica e estar, aqui e ali, assina-' mem não existe, porém, no particular, senão no geral; é social, e não
*-zC-.¬T':-.=I-¬Í'-"*fl' lado por contradições inevitáveis, ou que aceitam, sem mais deba- individual. Foi isso o que Hegel viu de assombroso em Rousseau, o
te, a teoria democrática como produto acabado, que resta apenas único que teria enxergado-claro, já no século XVIII, a,essência da
`>_`:
vincular ao liberalismo, à maneira do que fizeram comosseus arte- liberdade.

l fatos constitucionais os publicistas do século XVIII e particularmen-


te os da ,primeira metade do século XIX; e, por últim0z 3 POSIÇAQ 95"
querdista dos.que associam dialeticamente -a doutrina de Rousseau
7.,Do "po.líti'co", em Rousseau, ao "ecoi._iÓÍmi°co", em Marx e sua
teoria do Estado
à evolução do moderno pensamento político e, tanto quanto os pri-
meiros, mas de modo distinto destes, percebem a admirável linha . - O Manifesto de Marx reproduz posição de aparenteanalog-ia
com a de Rousseau. O século XIX o desgosta. A Revolução lndus- -
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174 oo Bsraoo LIBERAL ao Bsraoo sociab- As Bases iDBoi.Ócicas Do ESTADO social. 175

Temos¡:ai, indagação difícil, que' já se repefii-l Çleiwgf'


12:: a ser filósofo, com a sua Metafisica Socialista, assumindo paradoxal-
quando fa ‹_teoria -politica daqueles pensadores se.m_Li .ou pâl' lã mente., por ironia de idéias, a posição que acerbamente combatera
reno institucional, em_busca de verificaçao na prât!¢fi 1 39 8 .como pensador materialista, dos mais consuniados que foi. -
deste eéselez- . .â . . :~~i-°°='-=-"'%=' '~'_= - ' Ora, não vamos tão longe, e adrriitimos, mesmo, que a fecunda
" Visto' o"m'arxis'mo em toda sua eixtensão no seu pãograma de experiência socialista oferece manancial riquíssimo de sugestões
aos que abraçam a doutrina do Estado social, como guardião ,da li-
combate pela transformação social, nao ha lugar: pare 3” emfffficla
berdade humana, na moldura clássica do tradicionalismo ociden-
de *Rousseau';* como instrumento de açëè;-p0lil'l¢az"' "' 1 '
tal, de dimeiisão lockiana.
A classe no marxismo é a medula'da|*revól'Éçao. _ _ . Dizer até'onde poderíamos aceitar o socialismo, numa explana-
Dela parte o impulso para a desti'i1!i.çã_.<>_.Q¿fi_;_°!'dâ¶'_1Í!iSaP1tah3ta° ção dialética do ponto de vista que susteritamos, alargaria por de-
Rousseau, tanto quanto Marx, detesta os pr1j¿{l<š¡f5}§_!§- Ê,-C ÊÊÊÊ- mais o acanhado espaço dessas reflexões e fugiria, em parte, aos
l Mas não faz dessa parcialidade.$i¡×;:Íal:.-.0 i¢_Í.Zê0 df? -Sua-.d9!~ÚÊ'ma° fins que o tema comporta. ' _
Ap cqntr_ári0,‹ une as classes para,.destru1r `a"“¢-121552. 6 Saber; 35313559 Contudo, não é difícil compendiar essa posição se dissermos
como. conceito de desigualdade. . _ , _ ‹ que o socialismo se toma admissível até ondè sua prática não colide
'Buscamambos a sociedade.iguálitá'riã,`mas por viasdistmtas. com a liberdade, isto é, com a manutenção de certos valores que or-
nam a personalidade humana. Onde a contradição em apreço se
' 'A~aõusinz ao Esiaàó z~;ózz¡a1,-por =éà¿émplo. mito p°ds__Y3l°f~Ss evidenciar explosiva,-aí, então, a experiência socialista deverá de-
de -_
iun como
. de outro. . . z-.-¬z ;~¬- .- .
-.=':'.-z 4,-E ter-se, para não banir do Homem o que nele há de mais caro, que é a
para f-eu-C-.tz-.i,ië.iêe Hs;b°szPsf*s-derrete?'its' a
condenação' implacável dos vícios do capi.tal1Sl'§_19, 6 PQI' e5.5a Via Ca'
sua condição de pessoa.

pacitar-seda imperiosa necessidade dešsua reforma. 9. Da contribuição doutrinária de Rousseau e Marx ao modema
.' O merecimento indiscutível da teofia mãl'×Í5ta éf P°fV°nm"af a Estado social
densidade de sua análise das deformações do sistema capitaliSta.
O. socialismo científico, aí, se agiganta na tarefa demolidoraz M De Rousseau, prosseguimos, deve a doutrina do Estado social,
muna de suas variantes mais lícitas - a de cunho ocidental -, va-
santa evidência com que despe os males da ordem burguesa, 05
ler-se de toda a instrumentação política, de bases populares, fmida-
seus aléijões, a sua injustiça, os seus horrores. ' '
da essencialmente no consentimento.
Os corifeus dessa escola rejeitam abertamente o capàtaä1Srãl0 Í10 Em suma, há de ser a democracia o caminho indispensável para
condenam de maneira inapelavel, dando-lhe a paterni a _; e a consecução dos fins sociais. Democracia é conciliação de classes,
das as injustiças sociais que mais clamor erguem da parte as ui 1 acordo de energias humanas, quando a sua colaboração mútua se
mas. faz livre, e por isso mesmo entretecida de entusiasmo e boa vontade.
já houve quem apontasse a grandeza do márxismo e sua veraci- _A democracia rousseauniana implica a universalização do su-
dade relativa na parte em que ele se consagra .à everãzw -Ç1'1i`!°fit 4° frágio, o que basta para distingui-la radicalmente da versão do libe-
capitalismo, _para ve-lo, em seguida, tombar nas $e$€$. 9 |'¢S°n5 fu' ralismo.
ç_ão__soçial. ._ - ` " ` - * ` `
" f , ._\ '_ i, 1 0- Propunha- este, -ainda no século XIX, democracia tolhida por
Terapêutica errônea, após diagnose certa, eis como alguns criti restrições, privilégios e embargos, que, segwido Carl Schmitt e
cos resiunem a doutrina marxista. Segundo esses criticos, seria o Georgjes Burdeau, serviariraos interesses vitais da buprguesia oci-
socialismo científico apenas urna versão melhorada, mais c0`rI'eta 8 dental, ã conservação do capitalismo como força dominante de
perfeita dautopia socialistq. _ 1 _ ¬ _ _ 6 _ ' _w_.q_._,.¡_. uma classe. - __,
`*=Nsišã`z¿iYš-lide ea Paes sssefivaf mas fz*-ã° M2905 fl£êzB.1sa. Psz"' Onde Rousseau atende com mais proveito do que Marx ã cria-
t€e›l&b.0.Í'.3f.¡Y3..
. ¿ .. . J
. .:'«.=:-.T..-C* -`_ '.".›Í _ ção de Estado social é_ exatamente na fôr:-mula que a sua' teoria
O calcanhar-de-aquiles, a fraqueza de Marx. 3 sua nudez, &Pfi' política estabelece de permitir acesso a um .socialismo moderado,
receria no momento em_ que ele deixava de ser _$0Cl0l0gQ.Pfil'.fi -.V°1ffi'_` por via democrática.
176 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
I
As BAsEs1oEoLÓo¡cAs Do ssTADo social. 177
A revolução socialista pelo consentimento, antes de' ser laskia- -
na, já se achava implícita na direção política traçada pelo autor do brança de todas as zrevoluções antecedentes, os .reveses ..da demo-
Contrato Social. cracia rousseauniana em'-França, o insucessoda utopia socialista,
constituíram elementos bastantenegativos, capazes de restringir os
_ O pensador abrira, corn' a tese democrática, o caminho para horizontes que o sábio estava em condições de descortinar, com re-
transformaçoes pacíficas e vantajosas, de imenso alcance social.
ferênciaac desfecho íncrncntozda qucstãcscciêl.
`Marx, pelo contrário, se. desinteressou precocemente de uma 'A i'mpaciência.âde.zMarx, suaâicritação š:o.mz'a..burguesia, ante a
solução rousseawúaria. Em parte, talvez, porque a experiência his- maneira atrabiliária:-pela.qual .o cap.italsisn:io.espoliava.e`ntão o traba-
tórica assirn o desaconselhava. Seria de fato temerário pôr esperan- lhador, eram de molde adesencorajarzárescolha -de outnocaminho.
çasinaquilo que a Revolução Francesa mostrará haver'sido,um lo- IGÍf6V'I'\.l-Z.
Naquele tra`vejament`o hi_stó'r`ico,~riá'qü*élà quadra de turbulência
gro, com o seu desfecho inesperado: a ideologia híbrida consagrada e desencontros ideo'lóg'icÓs4çif12re¬a'ss'ir1§z\lavam o' século; á-tomada de
pela parte mais extensa e irifluente do constitucionalismo' revolu- qualquer direção conciliatória se sujeitava ao descarnamentocríti-
cionárioequese chamaliberal-democracia. ' , ' " co dos marxistas ifnpiedosos. História ainda não fprjava .argu-
Os socialistas .do século XD(, nomeadamenfe Marx e Engels, vi- I
mentos nem fpossula fatos para=rcontrabalançar as.ob¡eçoes decisivas
ram nos fatos da Revolução a impossibilidade de esmagar a onip'o- da crítica socialista.
tência burguesa e capitalistacom as armas do sufrágio. _ . . á -.= .. 5~ ~. '_-.~ ei =-:-L-' si» r .-z'z=:¡*z:.-~. ~z:;=.‹ ; -
A am'arga"-lição extraída dos episódios revolucionários indigi- flwfê..a‹ - l ‹ = 1<«. 1 .< › . § 1. <: .= . -s.\¿1f.<2ê,css°S.âf$.5;›,p,,,echêfâ§- f-2%-' fe
.Ç..§ss,.gRâ;g¢,a11,¢nr :E

tava o reves-_da democracia rousseauniana, a imperiosa necessida- to subseqüente não se deve, `áÊ_s,`.' de' gënêiosjdade
.. *U . ;.~.," ' ;*'. \.- pr, _"_~ \~.- r 3.;-°'z. f"‹*z.‹¬_? _¿ ".¬'_|`-1 ¬-g: 'f -: ' _-'EN-:-:_ *fz z'-f'." 2
de de desprezá-la. - - ' _ ~. ' '. ' ' -_ ' dos coraçoes
JI'
burgueses, ã'áub1t_a_än%vé1;fsa:o'¡noral_j‹_f9§¡~§¡1Ê¡59§_-ëlgo-
zes da classe operana, iím .'ë_1`-dädieii 'aos irnpérahvos so-
E ninguém mais do que Marx, no Manifesto Comunista, escame- brevivência _bu_rg*Li:ë'ša}'-précis'aJneñ¡tê ¿pêi_õ`ífãtë~de-à -te`ör'i'a márxista
ceu da presunção de, pelo consentimento, despojar a burguesia de
seus privilégios. haver d'ado"aó ti~a*bà'l'hÍa'i:li:f›"r*`as_,`-a`í't'i_1'às-dê'*que'ele necessitava e das
quais šoube' fazer cópioso e imediátó usó`:_¿i-'
O marxismo se constrói em meio 'à aguda crise que separa otra- 0

É forçoso reconhecer que essas armas lhe foram mais de uma


balho do capital, quando o capitalismo acreditava cegamente no li-
beralismo, que o avorecia, legitimava-lhe as pretensões iníquas e
acalmava a consciência de seus agentes, do mesmo passo que a clas-
se operária dispunha da violência como sua única arma de defesa.
Marx conclarna, pois, os trabalhadores a uma solução de força.
ls vez úteis efiimprescindíve'is'."Haja` vistaquê'-as`emprègou com êxito
na 'Revolução Russa' é em outràs Ócasiõešísanguhiolentas da rebe-
lião socialista do século XX. Pôde, com*'e'las,-- impor reivindicações,
amedrontar a burguesia, obrigá-la a recuošinopinados. -
A adesão de Marx à violência acha'-šê,=pois, h`is'torica_mente legi-
O Manifesto faz a apologia da tomada violenta do poder. É, na con- timada, e é porventura duvidoso afir1nar*q'ue'sern o apelo à crise so-
vicção plena de seu autor, libelo à hipocrisia burguesa, espada que cial houvéssemos jamais chegado às concessões feitas, a esse fecun-
o general entrega aos seus soldados parza a resistência armada. do -amadurecimento deâconsciênciazqucl leva o mundo contempo-
,Com a burguesia - mesma tese posterior de Sorel e Lênin -, râneo a tutelar, como .verdade indestr-utív_el, alguns -postulados de
nada de conversações, negociações, apaziguamento, diplomacia. juStiç.a.$c.c.íal. . -. = .› . - =-. .- ~ _'
Ela tinha que ser destruíçla-a fcr!,'Q.c. fogo. Não havia outro remédio. Teve .oufnão teve razão -Marx em descobrir cíentzficamente aque-
Eis aquilo que Marx, exprimindo.a -desilusão de todos os métodos -le -processo de desintegração _-.da -:ordem 'burguesa estabelecida?
anterionnente-adotados, preconizava. *A;s conseqüências do confli- Teve, sim, consoante jáasseveramos. _ -- z z-
ÍO S0<=íal mais trágico que.-a Humanidade já conheceu não .podiam ' Mas .essa-resposta-,afir1nàtiva.q.uanto à.'Tjustiça'e à oportunidade
ser removidas por outro- caminho, segumdo a conclusão ad.m.itida de semelhante posição assur"nida_ 'pêlo zrirárxismo' de imodoanlgum
pelo profundoteórico naque_le pa;§f_le|;o__r¿gvplu¢ionári0. zrepele a .fórmula rousseáurúana; :que sé _a››r¿nelhor;=com seu .rotesiro de'
. A conciliação dialética--que f-jo'-Estado=socia;l representa, como -acomõ*dação'.para-asfèlàsses-'eñ1'desacordo.ff rg? .¬ »'- -'r›zfi»f'* *
síntese' democrática, não'I'foi='nem`talvëzÍ poderiálter sido entrevista A tese democrática -dê'Roussëä`£i`é`iiriq`üecé pá'rädoxa1rne'nt`e
por Marx, con._finado a um espaço histórico reduzidó,'onde a lem- ¬corh'1oš.='ëfeitos121a subversão .soci'a'l1' ileva_cla'~1~a* cabo pelaz ídedlogia
imärxistafzf.. .:›.‹:,¬: :› . í:.:zÍ..-:,z' ..='.›¬.',z;..::r_›=.:1".= = H .f
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178 ° DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL "¢\(J-\}'\-sd'


AS BASES IDEOLÓGICAS DO -ESTADO SOCIAL 1579
nu-¬.«_\

«Não se invalidou, por exemplo, como a fórmula do liberalismo; mais penetrante, que'colhe o liberalismo no meio do caminho, a fa-
3 zer o panegírico da .liber_dade,_com.o propósitor, ora oculto;-ora' evi-
esta, .sim, desatualizada e, conseqüentemente, incapacitada para
qualquer préstimo, por contradições insolúveis, oriundas de sua in- dente, de desprestigjar Q poder .e, com issp, talvez, impedi_1f.0.triun-
dole mesma, pertence já ao_passado. ‹ .f9 df? .¡dš¡aS'1}§ñ§¿§ÁÍ ds..fllvišf-*zf“"›?§§-*`Í:<.1<=.'¿«>,f <==m OS Pf°ë-élšifiâí-Çizs 91%,'
' - 'A 'democracia de Rousseau", ao revés, longe de ficafdesfigurada rn_ocrac1a para a"'¿_s9_lu_çã'1¡_o .do .problema ,çla_ li¿l_§e_rj_ç_1_ac'i_,e
ou obsoleta,'.¡ganha cadavéz :mais presença' doutrinária..Com os e do Estado, que o libÍerä'l'ism'o senjpreçontraditara, e esse
eventos 'politicos deste século, operou-se sua recondução-'ao_debate Í nho poder estender a todas as classes ajustiça socialf 'Ç A ' '‹ `_ _
contemporâneo. Os rumos da velha concepção democrática se com- '_ Na rigorosa diiz'l_iber'a_li_smó,`na sua construção eistatâel, o
.-.›= -_ - -- '-- '--« v-'-JI,-~l=. ,--cf .'.:'." '-' . sz ....'.1-‹ 'IJ 24. *
padecem admiravelmente bem com a doutrina do Estado social. Pra?-:lema ë‹..€l<= ,faš<zz..v1sQlsvs1z uma vez que ° l1b‹-=ral1==›f.1z1.9«z‹1s.."'f-‹2.s¢ls<=
Têmo-_-la, na verdade, como o mais eficaz instrumento à sua plena e Mónmz-.qú1éú“é'¢õa°"ê1é, 'ëzíi'ú1ê1fúà'à1zâ1¡se, ia pfozlàizâaäçâgààäogséé
realização. _ . . tado como inimigo mortal da liberdade humana e conseqüêñté' ëlié-`
no
n ' z* Q
3 ° vação do' indivíduo aos altares dodireito natural, apoiasdolnaäázão
10. Rousseau e a evolução democrática para o socialismo z humana e iegitimã'dóIpelo'_cÓntra'to social da-filosofia
. ç. Q 1 ø . '- . -0. u HI
fl . .\ r*- ' ›ã, `f5*"¡l\

A_ ,superioridade _' p_g_litiça Í Rousseau sobre _o__ liberalismo Com efeito, o contratualismo de “Locke investirá certos direitos'
loclçiano _é o socialismo ma_`r›_<istá`_é'pat'_ènte quando 'seéfçbzgitá de lan- na °coiidição's`a'cmssanta'. de; direito natural. Entre eles,~¬a âprdprie-
çar ás_base`š a um Estado ;§õ¡Éial_ democrático, ã maneira oëideiitál. -' dade; que, ao tempo da .revolução burguesa, se ac-hava'âÍemf.dia_-
metra'l° oposiçãotziaõnconceitdfnfedievo da .propriedade -›dua-listaüf.
...O P.f<>.bl.sma mais %°¡fš1í°r1*<.iš<› da-dszmocfacia ==<«<.>f.=iè1.síre Pšešise-
mènte emgrejdor do principio dga liberdade. ' _; _ __
Com iissofa 'filosofia'.inglesãëde:.LÂocké dera a caracterização-1éeon“õ-I
mica -mairsrnua,'fsin'eerá e1~v'er-ídica- do caráter. do liberalisrnoíiaúaí-1
Os teóricos reacionários da burguesia, há mais de, um século, e guês, que se completava, no plano político, com a teoria*d"a"_í~"sèpaí-_
ainda emnossos dias, se empenham, com inquebrantável teinlosia, ração de poderes, reconizada por_ Montesquieu .e interp_retada
em evidenciar-lhe a impossibilidade, fora dos quadros do libe- 3
como meio de _divicli_r e debilitar o Estado. Separação .de puderes
ralisn_;1¡o.' _ ___ ___ ' ' qlíëf flëlfufâl.-lT\¢flÍ€z'_SÕ' ena posta em prática na medida em .gzx_1Íe;os
. Os fatos não os convencem do contrário, 'isto é, de que Q libera- in_teres.ses dareyolução burguesa sólicitassem o concurso_.d_e,¡um
lismo se acha definitivamente incompatibilizado com uma liberda- Estado anêm_içó.¡' ,Í
.._ ,
H ' ' .. -...í
de auferida por todas as classes e que ostente não apenas teor políti- _ u
¡
I.I
o
nf

co, senão econôrnico e social. . ' 2. Com efeito, essa idéia de ausência do Estado vingou normalmente na primei-
Desde o século XVIII, assumem eles posição de manifesta hosti- ra” ffasê' da Revolução ~lndušl:`ñãl, porquanto; arnadurecido o capitalisÊ'1*Êif *fatos
lidade às doutrinas inspiradas na democracia pura de Rousseau., inexdráveis: ida -.vida e'oon'ôrnica,' 'como az .concentração gigantesca de fiz'a¡ãitaÍ*is,' a
flo__r_zeção de trustes. e monopólios, o abuso da liberdade e_conõ_mica,_paruc|¿_la1-mente
z E por que esse combate?
da iiberdadc de.._c0ntrato, p_rovoca_ndo,,d_e um lado, grandes crises cíclicas ee, d{9uuq_
De outra maneira não se justifica senão pela ci'r¬cLu1stância, lad_r:›,"d`è`ièrmir1`a`ndo,__ como mecanisirió' dè defëšá, aš exigências agressiva_s_`¿l5' qpéíaç
nem sempre confessada, de a filosofia rousseauniana haver colo- riãdõ ° politizado, que' ostentãxfa* 'siiidicatos sólida ‹'›r"ganização"'¿Íè *ãläšseffr
cado o binômio liberdade-Estado erri novos termos, que' fogem à rec`[i.iesfararn,- de"-maneira já -inapèlável, -á_ presença' do Estado; seu indišfiënšável
irredutibilidade clássica, com que o liberalismo o apresentara e ísšsrvefldefliëelsz P-sf mas =,m!S.i_aêd‹>.z_ gar. .c.u.c.câ.,lcuvad°- Maifiinfldc-.aguas sempre
l1`ip,oc`r`isia, por partê,`d'o's_ cia"pitálisfas` ida`ldi:šc`áÉiê'ncià, que'neles se fartani, sobre-_
continua a -apresentá-lo, no interesse,da burguesia e de seus privi- ti1dc?"n'a'›ec<inoniia`dos paises sul5dés'êfí\¡oli?idos'Ê = -' '¡ f*'*' 3 "`-5"" 55 9
légios de classe. 1: ._ - Í: H_á .iurriíbifrontisnxoinconcusso nazmoderna' política do interven¿:iõnisn'1o',êsta1.
tal, que reúne duas forças distintas e antagôrúcas,¿.eç_›_r_n_. p_refe_n§_§e§ d_e__¡
-: -.iMar¡ter .a contradição à maneira do antigo dualismo *-estatuído poder no plano Ambas tirando proveito da ação estatal e seu protecipnis`mo.`
porâlééocke e Kant, sem consentir nasintese dialética hegeliana, que Aqüit,-o'¶›roleta1'-iado que-‹sëbenefi‹`:ia-das' leis fsociáis;:'a'li;foš =g1-'üpoš idë='-pressão, os I
-já 'se' achava inaugurada. no. pensamento de Rousseau, mediante.-'a <1s§§e~<.=.e!11s11*QS.i=zsvlt0f= Çlfl§:i19d¢rs›sêS,crgaei2êsõ§ econôaúcas ¢.financcimsf¡iiesta=g
instituição do princípio -novo_..da-ivolontë générale, reprë.$ei\ta,u_ma a,¿,i5~_§1ú,11'c_g1_s;;m¡>rs,.já__ difiãigzuladaz iã¿<›âf¢f1sjv§p1cetc..nê_-asëc lcgiS1ati§õa_-d.cs.par.la-zf
É 5, J -\¡ pq . ‹. ..'o..-P\.l c .~'. ~ '._-. ølg JJ; .-..' n. - .' 3 z .|¢.'¬ - ---

das posições mais caras ao libe_r§.l_.i,§_mo. burguês.~ - _ rnen os ou nas__r_1uc1at1\_rns__1|:-._1_LeçI1a§:as,e_oo_nc;¬r-:_tas dos gc_›_ver_-n_o_s,_rnL_utas vegese
1.|"T--.'§z.-.1.¬z.. :HU . :`E..' '- '_ .-:=z- :Í :"-._ ._1S..~.'i$!...àl- .'í1¿..'
;, z_-A sua tenacidade em enaltecera liberdade, a tantos ›titulos-lo_u- -rnçzââzez:e°â§a;-'¡*_›äiâ',=aà1ƒzêê'雧:éâp°rsáaêâsà_¡aâa¢'zä›àn¢à§aà›ë‹›f&f`¿¡5õâanBfpôúnéael
vável e honrosa, se enfraquece, todavia, em face de Luna crítica 5Q.¢l.ã1z<.il9'QêPlÍê\l!ã!I19-Êf!$0fl1¢l1fš:rLlínas.,_-.,. _;_;_ Ç; '‹':*¬.›rf'=.r“ .*
1
1
I
1.
180 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
¡ |
As BASES ii:_›Eoi.ÓcicAs Do EsTADo sociai. isi
l
1

Em Rousseau já nãoexistem direitos anteriores e superiores -ao


a
0

grupo, posição quase sempre obstinada e intolerante, cujos danos à


ESfflCl0;'C1I!'elf0S que não foram abrangidos pelo contrato social. i
ordem social se acham sobejamente caracterizados.
'A Óolontë gënérale é'a última palavra na organização polít¬ica';.'e
. Rousseau, com a volonté générale, espinha dorsal da sua teoria
fläö SÕ..1f*8í'f¡`1.“f-5' °°'1ÃflÍ<.> Íliífišàffäiiñëísfüróifs.libëfäfide
va poder šilvai
que Í-°‹=1<° ¢".í..<1aí
aquela estreita concepção
democrática, que elepostulou com tanta vivacidade, foi, na doutri-
na, ofponto de partida para uma compreensão- social da liberdade,
coritratualista do seu`jiisnat1.iralismo.=` "' ' - '
revigorada com a sugestão clássica do modelo ateniense. Estreme
Em .Rousseau há p_ósiti\_{açã§;q.social
da liberdade. Ele assi- de deformações totalitárias, serve essa compreensão de conteúdo e
flfllã ¡.>.l'ff-f¢ui":so_i',:arnei_1_!I.<=2"”Ç__>'__fiii_i da in'eLf_t__afis'ic'a individualista da burgue- base ao novo Estado social por que há de reger-se a evolução dou-
sia e çriaí §'_aóes¬so ãzdeifiçcracia social, com 'a_ p're'§ei'-_ trinária das democracias ocidentais.
. 'iii'-. . .- Ir. i . , . ' 'I . .. lv I ' v' ' ri,
0
Ó

l\lão é menor a- .supe,riQi:i.dade. de~Rousseáu sobre o socialismo . Í

marxista no -queiãange-ao,¬aspaoto político da organização de mn Esta-


d° S°°'ê.l-de
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11í=!fiér.cëí=!.<1,e,ri1<9Çrã.ti.¢a-
" ' Â-'~'| .. "z.f'.,;" '.
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1
~ .O inarxisirio cont.ém'um'apelo.à -força", e a. revolução socialista é, _. . .;_-4 ;&` \š_:°.`-'_
ro
'-1-n .ff |,_
- 'td I-wv \ .P
,_ .MI .M-
9559113lalffleflfew-ã *1`¢\¿01ução. de -uma classe. PA :ditadura do .proleta-
- I *Ç I

riado conduz-ã um_so_çi_alismo violentoyautoritário, policial, â ven-


sãooriental do marxisfino-léninismbeštaliiiismo, -com que a Huma-
nidade Pê-83, a .€ClifiC&Ça.0.dO Estadosoçialista, pesadíssimo tributo --
vu-
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fz 5.1-..fz-.:zif~=-..':.zrzzz- z
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de sangueesacrifício. ~ "- ' - -.›~ ` "`..:;r.=
.' _ _ _ i \

ú .--gi -
' Ez Cçrílc se não bastasse o trauniá ocasionado pelo deslocamen-
1
f0_ da ¡.?`l'QPF`íèdädë;dos iíieiós 'de produção, acarretarido*'o colapso
de toda Ido capitalisrnof de bases reconheci-
daflleflfe 'Í->'FÍV`&'fi$|IÃs, tiiisóciêâãde que daí se levanta abraça uma
concepção de liberdade que o sentimento anticoletivišta do Ocidén-
te frontalmente repele. _
' \

_E5'5e~ §-fšflfiímento se arraigou de .tal modo que, tendo sido por


mU1t°5 $é¢Ul°S uma POS$ível manifestação meramente superestru-
Íllffllz Pfl$§`Ê9_1i»fi_&tuar, eontudo, de maneira tão flagrante e viva, que
acabou por penetrar de miíneira íntima 'os tecidos da sociedade bur-
8'-leâjiz êlë $e.."'ê.!1§Ê_f0rmar c_laçlo'.
irifra-estrutural, nainais séria ¡-
6

_~,4 - ... ¬

COMP341950 COM que o soqialisino já sedeparou peranteo Ocidente. 1- - 0 I s

0 i›é`iJ×<›'r"=~›,us‹;i"tffi`_d_‹› 'pf'e1¿ä ‹i.=.f;¿âiéz~.i_z-z_z_¡ç¬â'_f‹› da i¡s_b-éz-<1z.._<i<z, em


. . .. JfÍ'- _ _,._. _^._..'›..-' I¡`;;_. - .. _,_._¡_. . . '. . `¡ ,_ ' _ _
. I 1 F

seu conceito liberal-burgues, fç¿›_i_¡,por.sem duvida, a arma poderosa ¡


4 nllúflf
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de que a:filosofia politica- reacionária .se serviu para embargar o ' '31 Y.f'l`i'z." 1-rj* -:.."T‹¿-* ‹. o -
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o Esrâoo socia-1.. E A DEMOCRACIA 1 isa
variações de-sentidopao 'sabor até mesmocde .determinados “precon-
ceitos ideológicos.* ¿-:›-- ' : z.. _ .:, - _, `
Feita essa advertência preliminar, que é muito justa,-quando se
nos depara a expressão 'Estado =soi:iaI, passamos a enveredar por'~um
caminho-cujas dificuldades não-desconheçemos. ›
Uma constante, anosso-yer, explica o'~Íapa'recimento do Estado
social: a intervenção ideológicado socialismo. " - .-
" J -Em`pre`gamos'a palavra'-socialismo no-seu sentido mais genérico
e histórico, desde as utopias de fin“'s*dö==šé`éülô ä consolidação
das teses marxistas, .em nossos. dias:-Desde-;o socialismoutópico,
chamado socialismo .científi¢ö.'-Qesãlea lcon__spira`.ção de Baboefuf aos
'czzpazzzõ 'vu assaltos da 'Corhu'ná.de I?.aris.vDèsde.iaê›fçmdaçãö.;dã'Priiriei1=a'rInter¬¡
nacional à tomada do poder pelos bolchevistas russos, há quase oi-'
tfifltë WQS' I 1.=°:°~ _.. . -= ~f-.- _. 'z.-'=.t. -1 -' . .
O ESTADO SOCIAL E A DEMOCRACIA -- 'f-1 Esse fator de Isøiitínuidãale .f.e12n1a.Tp0rtm1te.z-.r_.\.9 .Q9i.<.1.¢fltsz-linha.
Pz¢1ffl1a11Í°fl!° de °°m¡.2@.f¢z mm'ífl'¢¶1.1êl~fs;e sl.s£s9s1tê;.<.1e§slez a lševelusãp.
o 0 › '
Eransésa até nossoszdias, 0.ê;1tige,E§tad9zda.bur»g'1issia Osidsfltsi- -â -~
1. O rrioderno Estado social. 2. Distinção entre Estado social.ç. Estado Antes e depoisídë al\¿Iärxšse.»tra\tã`es$š'»aI'£'lI\l'íÍd0 zpréli<;>§-C10u_h1-1n__aÍ-~
¡ socialista. 3. .O Estado social corrgoƒruto da superação ideológica do an- =sis2.~zE¿l12sfs.«SQbf°*.4i5×srz °~15..=~›.Is¢vz°bz1z1.f~s\;1.§='~ essas?fa. ‹'= . Çeltssssodi-
tigo liberalismo. 4. As massas no Estado social: otimismo e pessimismo
dos sociólogos. 5. Massificaçao e nivelamento (Solms). 6. A massa ~ '$f<'›fi¢sS›°*fs !fa11§ís¢zQrare.si1â.'~ "` ' ` “Í - ' '
como pressuposto das ditaduras (Grabowslvy). 7. A importanci4_z da
Afigura-se'-t1_Q§,_ass_¡11_f, e›_‹,isti¡:;_¡n_a ¡1;1_‹¿›d__ema realidade, p_9l.itiça do
massa nas democracias. 8. A politização da ƒunçäo social pelo Estado C2;si4sflfsz"+fl1_sse!ziSms se9F¡ë1éfi9,_sSSsr1sis1.íf1s,~!1fsleis; P981-
como meio de agravar a dependência do iriävfduo, desvirtuara demo~
cracia ou consolidar o poder totalitário. 9. Consagração do Estado so~ SP“S°Wfid9rfi$z:-ass-ësê5e°21§1¢111afsfl1~.1:19..ei111s° «Huse lihsfali
de, c___z.ul_'1'0..,la_glo;..-,as tendén_ciÍa,s.Íq}1§ se ii1clin¿â_i`fz'§;¬_'para o radicalismo,
cial no constitucionalismo democrático. com a abolição do Estado da burguesia e suaíögzdéfm ecoflÔ.ÍI1Ílca.
« .Neste fi1.fi.ma.ssf_°r.fl. selgêáfrioà O èns%qfl`iš`ní‹'>. hsié _iã"inrëira-
1. O modema Estado social
zzzç}n;ê°sâiperêdó._'ç;_‹z¿nâfrf‹§1i1€›.; mfësedêfiëfäs no
P,Í9ë°;S§¢ÍS°°ífll<1a1f€Y?lí!§e°`ië¢9*?ífi`¿5fi `
0 ' -'
'I ` f ° - -.
... _! ,. , o . _. _ . "
--' -- - .- .\.... i_..- .. _. .. .. ._
Em primoroso ensaio, hxtimladoiíaracterização da Teoria Geral do
Estado, fez o Prof. Orlando M. Carvalho, da'Universidade de Minas 2- Dwfwcfw entre ESf«4a‹;âas=al.v. §s.fø.4Q~sQs1¢.1=êta~ ~. . . . - . . ..
Gerais, justas considerações iniciais acerca da questão terminoló- Ú'-`*`-`*"Esse oontrastë.q'üe¡ assim §;štäÍ:§'éléëet`í_i'¿§'sÍ~ni,5É;`¡šlei*iiíi`te éš'‹¬Êa'plar ao
gica na ciência política. 'usua-1 de_'r'n'iíitosque eb`rifiiiidèhi*ií'EstízäÓ`s'Õcii1`l'c`ó'iñ` 'ö"Esfado 'so-
z!i_'1=.-t¡`§ .. .f'.'.`-33',
L. zf;'°'› C: ;=.z,›ÊÍf .-.‹¡__‹: '_ ¡:. -; ,
Com efeito, a imprecisão de ordem semântica é responsável "ga h .H ':- .' 8"- ' ' lí'-""` ` if? 1.' ¡fT,'Z ›.; 1 '-° - ~' :!'1zi›"I`Í
nessa matéria por urna série inumerãvel de equívocos, que compro- _=¡ - IzQ\1_Er}t‹:__› necessidade e di`fi‹:ulda'des.de fixäi. noçao clara _e exata do soc:al,I
Qué çbloãíiiéiešsë tëúno f`or'ii_ d`‹§'ne'\?Ei_eii'i§'tÊ:rH1i1'iô1i$gici`af¿fiié -'E-5?é*:i<iöl\?e“,`é deverasàI'd`iiii`5-i
mete de algum modo a doutrina exposta pelos tratadistas e diminui rãvel o ensaio do Prof. Friedrich A. Hayek, da llniversidade deGhicago, que se;it1t:itul%:
o cunho científico de algumas obras, dadas as incomp reensões que,
nelas, o uso de certos vocábulos pode suscitar. = _ gps“ses"=r*ei ~f*!"?.'.f«.efwpêss'1esPe.4s.ês1=‹.g>;âeqtftea.=‹ =‹=f.@a‹.=›f›.f‹f‹z. f.zf‹ ê› 1957.
_ _ ado pela 'Eugen -Rentsch Verlag,-` Erleñbacili-Zuënéh¿Suti,g`a15t`Í"ppT 71' e"3f1z. ` "
3¡§íÊ¡f'‹*Í€Iöüiôš š'‹á»i\?'êE-iñlõsófiis. 'päI5li‹šistaz'§" '¿*iiëct›fú11ec`ënii_ tó`¿Í`ó"š,1%`_
Como o problema já se acha versado com mão de mestre por M Çíënãi' Ê
}1›a1-tín%lo.sIzet'¡1p'1¬i: fde-:p'reÍi}i_ssaš .*9'tin'|'ištas, fc¡rc'‹-i'j;t_I:1“=por=
aquele conhecido publicista, deixamos de entrar em maiores refle- P1 - °-s-seu ¬°-f~í\i‹>«.si=\ssssásts ‹=°in = linha 1ese«¢i\ià>4e“=1-
xões sobre o assunto e noscontentamos com assinalar apenas que a
palavra social se inscreve entre as muitas do vocábulo político passí- ia' âbf£‹azã*fl,=é;Jrz1vez;â1~ëpu'¢àÍúzà¡s.pé¬ssià1'ú'aà q'°“°rã; .D=i'éoúizéézfiàóefifásàuiqs
tize*sê «;1n›¿=¿›,*ê§ffi=fi1‹f§ê.da
de Wmdelband e Heidegger. P Í.” ::›‹'z;z
veis d-aquela critica e sujeitas, por isso §m_esmo, às mais caprichosas
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184 DO E$TADO LIBERAL AO ESTADO. SOCIAL
ln\rtfl1-¡iu .°J^r›\.~«1-4;
-..__-., . _ ¡_ -.
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. 0 ESTADo soc1AL E A fiDEMocRAoIA- 185
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l\ c-iaiista, pu com uma socialização neeessariamente esquerdista, da À medida, porém, que o Estado' =ten'de*a.='despren"cler-se do con-
qual venha a ser o prenúncio, o momento preparatório; á__tt'ansiçâo trole burguês de classe, e este se e¡üraqu'e'ëe;‹passa~ele'aser,
1
É


imin'en.te. Nada disto... - . - _ ante-as .aspirações de -Lorenz,von-Stein, 'Q .Estado de todas-ae.ç_le;sses,
I --HO Estado so'cial representa. zefetivam'ente'.=.uma transformação o Estado -fator de conciliação, 0.Estado”.=IÍni|.*¡gador de conflitos so-
supetzestrutural por quepassour-o>á'n'tigo Estado:liberal. Seus' mati- ciais e pacificador necessário entre o trabalho eocapital. › =_;.~;¿ ,zz
l
zeszsãö riquíssimos-~e.\diversos.' Mas algo,=-no .Ocidente-, o distingue, Nesse momento; -em que se'busca'zsu'perar. a contradiçãofentre a
5:
desde as bases, do Estado aproletário, .qiie o-socialismo -marxista in- igualdade política eI'a'desigua`ldade sociêilfiócorre, sob distintos re-
¡¡
r
tenta im_plantar:éque,elezconserva suaiadesão à .ordem ,c-apitalista, gimes polític"os¡ importante tifansformação, bem que..ainda.de'carã-
5* priiisípiozeardeal .a qaeeãe rensesiaz. . - .-' . ter superestrutural.- - .- .-:<,_ Q.. - . - . = .-.z-.' z~
it.
š'.
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' 5D_àí'.¢ompa'clecer-se;ô'~Estado'socialtnofcapitalismo. com os mais ~ N;-rse'e;laí. afnoção contempórâznëáadoftistado sociais I . -- *r. .
-lí
\"I. :tir
variados sisteinas dešoyganizadão Íiolíti_ea,=~cujo programanão. irri- - Ufnëf indagaäõ längä-e possivèüñêñiéieëtéril po'élei%ia"lë'v`är`=i1os
_... porteimodificáÇões'fu.p.\da1nentais=dé`fcèiitoš postulados econômicos a compridos debates polêniicos-com ajtešëttíarxistãí para-*ssabêiísè
E
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.F esocialsgfi * " ' = ' -. " " _ 1-tz", '. em nossos diàs temos o Eštàdo' de tóäâšiä`s`cla`sses, ‹`:Ó`r`no"15rèt`eñ'd'e
ii\
v
A Alemanha nazista, a Itália fascista, a Espanha franquista, o ser, no re'g“i1me'd'emocrãticö, -o' modern"ö"Esta`do social, oii seftemoš
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PÓi¡'*tugal's§ã1á'f¿'a'i'is_ta- för`á`n'i"f'-Es'tãdó`s s`éé`ià¬is'5é-ÊDa*me*sma* fôrma, Es- ä'p"ëna'š*ö-Est_âdo”dë ,uí*na-'cláššë-ía burg'i;;i°esiaZ~.`-' - , ¬' "' Í
täi-'lo socEia'l¿ foi*â“'lrf`glà}férra* de Churchi-Ile" Attlèë; os Estados Unidos,
. I

T . Oš*inz-irxistas viram na rëaeião totaliitãiiàldas dir'ei'tas`tão-“söinen-1


3
em p'a'r`tëÍdesdë*'R6¡öšeíielítf; "aiFrança,icÓm a Quarta República, prin- te' o' exftraväsaxnénto desvairado ida burguesia ~cäp'italista,fl-.qiie ali
ci`palmente';›ë'fo:Brasilfidesdeia Revolu'çãof_de'1930. ~¬' * ' .z.~teria'rrêéõrvtäõ'-às piõ'res=à'nfi-as eómprressivasfda l.ibe_rdade.para' de
' i " "EstadÊÍ'išõÉiiãli“fói;` por fiffiíno, ñai'iSi¿bitä öôidentafl; a'*`Rèpública ter.`ä-revolução sóöiai, süfócando as lutãsYde:c'-lass'e, efimëpedir-a'fvo~
'I
Federal Alemã, que asš'iii1"se';cónféšsáÍva e pi-oclämava fe×tualmen"te cação imanente da sociedade, sua “prèd'esti;na'ç`ão dialética'-' para o
É
em sua Constituição, adótãda em Bon`n,`an*tes-da-unificação. socialismofz 2,. - _- . . - . . `_.
1
. ÍÍt;E?Éë1$.YÍšefišiñ.*.11<.1§ šwesí ES*ad¿>_š<i$is1*š.ë ¿°1;.flI2s<3éss sem Em nada .alteraraln o's mar~xis_tas o seu ponto. deãvista
peranteo. Estado democrático. Este. Segundo.-e belchevismo.ertodof
fiçojsf _e:c›'mo'sejá1n_ã¿_Ítlé¿motSrac1a, o fascis-
mol e i_§_°t:1_à_§:;i_¿yh`aÍl:5¿-j¿_:¿¡alisizt_1'c§."_Efaté 1ii'e_š_nf1o,"so;b Berto aepiecito, fora da xo, fé, com todo.o teor social de que se reveste, apenas .outro esforço
ë'o'ii'i"ó' bólehëv'isniöÍ' _" _ " ` i dissimulado da burguesia capitaiistazquenobrigada a concessóes de
1 \
em sua essencia e suzlzštàhtividede, é pqdeig, como sobrevivência, a recuos ideológicos cadais assinalado._s,_.pro-
diz `ö"pLibliéišta`”älemão Foi'štho_ff, Não se pode encobrir _éšse fato, curfa, com os direitos outorgadoânas Qg¡.-mg, _Çgr;stit11çiona§is,,+evitar
1
i
nem se deve ignorá-lo. As formas como esse poder se manifesta ou odesfecho fatal contido -na previsão do Ma_rzzfes'to'Comunista.
i 1 a maneira como~ele se distribui, estas, sim, diferem, conforme se O equívoco pertinente à distinção entre 'Estado social e Estado
trate do poder de*um;`de vários ou de todos. §gc_ia_1ista,se deve ainda ao _|fato__.de hever ne _seio da burgue_s_ia e do
_ -l_\lo,¿Qc¿ide_nt«e,,esse_ ppder. politico repousa,z__r_u_.u_n_a -estrutura eco- pirdletariadoz ¡ql_'i,enf_agã'o`
poli chegar 'ãfó šocia-
nônliçaeçapitaldista. No 'Oriente soçialiâia., _a.,ba__§¿fe, ee;-,modificou e e lismo por via de'm'o`ci'á'tic'a,_t:riañçlo`pi'è\íiarnente as condições pro-
essa modificação que justifica o corte dicotõmico entre o sistema picias a essa t'ra"nsição política. ` ' ' ` -'_' -O P - - - `
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i"":'¡`* "fÕ"Êš"tàÍló"¿šõ¿-ia'l šeiriíaifipotr con'seg'ü'ifit'e,'iii'1eio caminho andado,
Pelíssg mensais 2 Q Sia*ssfla,PsJiti¢e-e§i.s.1saEa!z.sss. A 8°- importando, pelo menos da parte da burguesia, o reconhecimento
-b.reifiY.efleia~.daí¿i›ureue:ƒ›iä..,_çö1ii `s.›.s..a.Ss4.¿1'«~i4t~.l1LtenÇia de de-*d'it'é'ito's““äÕ'fprQletai'iãdõ.~ '°" W-'E " ~ ‹' " = , '
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LL ' . 0fáz.13s.,aEe.e,U,ê;sã'.<,›.Í.f1s§`ëza,lntlseasíäeu de ¢!°f111.f.@!S>..<1§s sl Puf- ¡serânâféftâõ'°zpôa':ömnzistàaêmóêeâfieoçàsfdtféiwà pàlífizbérvisto
i
s1êesi.a.e-utreta eeset<i,ësziaeeêit.1í'a§!.avel!i.\enfe ë que sedish.as¬1<-"= *am- que'-permitiriam alcançano podere utilizar o Estado em"šeii`~Í5'fõ\?êi-
bém~.oiEstãdo:liberaldo;Estadt›~so5:ial. .. . . f.. ›z‹~'›'~. -
-teseperattdez-ttanqüi}amente;a almejada-ttansforrr__;açãozsecialí que
1.. *Qi-íanel.e Q deinirue
14-; t.r-*EC-. d“a¿:{iíeÍë.°etfa.*‹=en1¡2lete.
ae; _ ;;!"w'_¡,-1 ._-;_¡ 5 .=¿- =_- _; ~_~ ea.:-.‹_1uaride.eleÍÍ11'lhs
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-›Eƒ›'f~:L'j_~7\.*š'.." 5 :: "-1',:.' .: “ii 0."-,.' 'f' . 'IQ-,l |',."'. -› . 'u .x .._'U-:"',¡".-' °Í- .
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si.âut114almeate.inta¢te. 9. zeesãsr Pellftss-zzaavetl a idade aau....eea..d° ¿eÉ1=¶Éšr›eesa;iaii~áš¿,,a*›FúaIaa queenverêrta'ra^nä-ioš*rêv.istê›':üs¬tasfàëlêa
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liberalismo.” . . ' z‹‹=' ‹ ~ --." ¬


fñãesaet-e1in1àAmi'sn1ô'tacrëzfin-rdarem .-aesoéjaledemõc-raeia:‹¡.=›âztidár=iài,
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O ESTADO SOCIAL E A DEMOCRACIA 187


:~`›I'r:-
136 oo ssraoo UBERAL Ao ssrâoo social.
1.'.|-. ¡`_-.fim
cial da burgu.esia,_o qual, segundo a feroz crítica do marxismo, con»
. _ . _. - 'Ê
'64
que ainda hoje sobrevive numa! das mais ativas e importantes fac.. figuraria apenas uma situação de desespero ideológico, ohúltimo
r
ø
.1-'›~¿'-
ções políticas da Alemanha. ._ apelo a uma solução procrastinadora de Sobrevivência. _
U¡|.¡.| 'J
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1°.
l - do *`o" Estado, cbagidoëpela -pressão das massas, Pelas ffff'
vindiöaçõês que a>ii'r`1'Í:'1!a*ci'‹`ân“‹"-*.i:z1"~‹Í1¡§.q?i-.lar-'t'o :estado faz ao poder :politi-
Contudo, essa passagem do Estadosocial ao Estado socialista,
que estaria no cem_e da crise atual, com que se defrontam alguns
Hflufll
I'-:- JLIÊD .u- co, confere,«nö"Estado'cönštitucional ou Eforardestez 05 d›1I'Ê_1t°5 d° países do campo ocidental, foge, em suas minudências e_na;_aprjecia-
trabalho, da..-previdência-,›.da-educação,-:intervém na eoonorma como ção particular de seus rumos, aos limites em que enquadra-mos.-o
distr-ibuidör,~'5dita.o'sa-lár5io,=‹mani¡;iu1a.‹aëmoeda, regula 03 --'P1`eÇ°5f nosso presente estudo. _ - _
combate osdesemprego, .pr¬otege-os?-enfélYm0S'z dá a0 f1'abau1ad°¡' °_a° O Estado social que temos em vista é o que se acha=contido.-juri-
burocrata a casa própria, controla as profissões, compra §.Pl'0<,ÍUÇa°f dicamente no constitucionalismo democrático. -f-.z:.:- .
zê financia as exportações...c'I'ocÇ.ede créd.ito,zinstitur;Ç°'111S“-ÍÊSdeabaf' Alcançá-lo; já foi difícil; conservá-lo; parece quase"in"1p`oššível.
tecimento, provê necessidades;.jnçliylfiigêifig-zëlflffeffitê .<E.".1'=`z°.-§ :°°°“°'
E, no entanto, é o Estado'a que damos, do ponto de vistá»'dout'riná--
E
flüsasz sclesa na t°das~êâ‹ÇlaãS¢§~flfl-!“@'S -€S"°4“=' 4°-P°“-' rio, valoração máxima e essencial, por afigurar-se-nos aquelefque
‹n .dênç_ia.de.-seu, erio econô_mico,f i,í§r,Ç_;o¿Q-S9ÇÍ_&lzem Sfiifftfiz 95ten
fu busca realmente, como Estado de coordenação e colab`o'raçfão,
J
l ds sua .irlflwiënsiaza quase.1t.°d<.>ê.<,2S›<¡1.<.>I-75l.í£}._i.<2.S'.<l&1.¢.'d@..“**?§ P.-°."*°“°'a-mf amor_tecer°a luta de classes e promover, entre os homens, aíjúštiça
em sffiflde Parte, -à.ár‹2êz~.<.i,.‹¢..'›. 1,z.i,‹;iê=.\.1.1›.fa i,;1Çl_i,v~.r<l51êlz nessa mstalrƒs O ES-
_I

' . 13
sociai_,apaz econômica. _. ff' ` - _
râaa asda..-¢°m.iaSfisazzfass1z*a=:a.e1ss9nna<asz¢szE§FëF!9‹§9§'r1: Ai técnica de implantá-lo sem distúrbios mostra-se,f`t'‹›`¿l_avia, ro-
-..'-
.Quando a* .Rcesen§a.z‹Ào..JšS.tad9.*;p@rémz Esc---£a2z_a1.1E1$1í=\.-'-ma'_5 ““"?' deada de problemas e dificuldades: Basta comparar a suafcarãbieri-
n diatai e ele se a§Çoncör»r9r=':z<=0m~ a..r›i.flíQí&11V-*-1'zP“Yad-af 'lêc'-°“-É-'h-' zação constitucional, a palavrados textos, com a pobreza'dos`»resul-
.'

'ir.r
zando e dirigindo .indústri.as.;hesse-momento; .fillfllz Ifl8T€5S‹'=U'fi°$ na tados obtidos na realidade. ` ' ' = "'` "

senda da.socializaç_ão parcial. _ z.›f.-.-.-:.°;.--:-;: . ' - .


›.
..

- Como ele oscila, frágil, no meio do drama do poder, em face da


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1
' É'
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É, à medida que o Estado produtor puder remover o Estado ca- tempestade de interesses hostis e' divergentes, alguns de cunho ma-
-I ' r.
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.' ._ .
_ z
pitalista, dilatando'-'lhe *a esfera :de aç'ão*,@_-alar_g»811d0'0`l“'~Un°F0 ÉÍÊS terial, outros de cunho ideológico, todos a lhe contrariarem de fato
5.1 . 5:
És!-ua
1-o-
_ 9-v'Pfl= ‹-r.¬-
empi'esas°sob seu 'pode'r.Íe. controle; suprrmindo oii estorvando a uu- a aplicação!
, _
Í:|.
\
eiativa p.rivada,-"aí,;_então__;› correrá graveperrgo foda .B €.C0!19f.1}1fi d° É como um rio, cujo leito se trabalha aforçuradamente por
i 'U
Estado burguês,-porqu'a'nto;znaconsecuçãofdesse pro'ceSSO. lã `€Sffi'^ obstruir. -
1.
'

. 1
f remos assistindo a outra transição mais séria,›que serra a passagem
do Estado' social ao Estado sdcia'_li1sta.'-- I ' '' -
..
. _. _. .

~
; I Esse processo ocorre, indeciso, em alguns países, do campo 3. O Estado social como fruto da superação ideológica do antigo
.-of

.i ocidental; - ' _ 1 _. __ _ _ ' ' . liberalismo .


1:
1
" 'Quando Attlee pasšou para “o"Êstado á efploração das minas de Daqui-partimos, pois, para duas ponderações básicas. Uma de
, .
..
.. `
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› |.
'I :_

carvão da_I_ng'late'rra, ele_Çleu passõgpärëto 'S`9;§¡f=¡l_Í5'Ú¿}°- _ i ordem histórica, referindo as-vicissitudes por que passq_u_ _a__q§ormu-
~ ..
1' '
É '.

Í .i
ig* '-Qoáizao choforúll, iàíaoo' o Màëofi11oo,¿oo;¿afa.;¿ _a§gao1a.airo lação doutrinária do Estado 'soéialz (Dutra, explicando êil"§uns dos
çâ‹z...e,re.‹rogor=.z_m,o. ,aferida mêêlidaz f.‹=.lfr-‹>s«1_‹=‹~f==.i.fl1.. ‹==.!.‹==§'». %.erdea1.sa=›= perigos que. envolveram a conservação desse Estado e que, de -certo
Í. 'U

;1 1:
l.: :5- Ízf-%-¡‹.T..;..-_¬.¡¬.,;:¿*.; E.

modo, comprometeram as_ esperanças de _sua preservação por lon-


-› = ‹~ ‹ z ~ 2 go_çspaço,_de tempo. _ _. _ -z._-
...ii
1
I
Q' F* ral Qoaúao“o'Bràoi1 ofioú o monopólio osroralao 'pot-_ról.es.eêfw.1do.u 'lo

Nos capítulos anteriores expusemoseidebatemosçprqlongadafi


ii'
a.P.‹âtr‹.›b.fás. não tomou. .sfiâê iciçiatiéra.dss.triräflriarnenfs smr“¿°š“° mente os princípios cardeais em .que sc apoiou a técnica dozrlibgra-
_“'~¡
‹[

ii
.- da ami-E$tad° Sosialz mêS.›ide.-ran-zššâ-ta<.1§>z.› iS°¢ifi1i$*fl«wf¿fi!b9Së~ “ã°z; 9 |
|Q I o o lismo: liberdade ea separação de poderes. .
. . . _.¡o_.p-\.»-zonuw-¬vz- w .|- ¢¬- I o¢
1.- "°“ ›;,' ' ir.,-r'; ..~ ra-.`›*Ê`.'{'>"§ =", `!'- `= i - ' = `_~°i \
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;,.z._.' `_. *'. Vimos como, em nossos dias,` a uelas noçoes .aparecemêmodifizr
L
.~ ;.-Feita,‹assim¡-'e'ssa di'stinção~;=qúe seir-äö's'afig'iira'clara'e findispen* 4

cadas, e comp essa modificação -acacizrouzpor completo com-'a S'.6'li'cla


sável, fácil é percebermos o' que se passa no mundo ;capit_alista', ideologia degnossos-antepassados, .que agna.varn'o liberalismo__,e1t1è-le_z
ondsoa Ido-Ooidentslipare¢ez'de§Ç?r›‹§'@ÇâI1šfi§1Íí'Êfi¢Í?SëW!15'iPf°' .._..._

H
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colocavam suas melhores esperfafnças. ` 1 ;z;..':;-r.. .¡ f ."-us.


Ééttdasz ezondezenma já:.ern.‹j.ogo:a <=.0fl§š1Wzfi`Çã9-d°-PFÕPFIQ'-E5tfid°§"°' e
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,qaa-.¡unfia4.p¢¡1v\:.¡¬-'QvafíøuÍ:|~rm¡›1-n'.T°¬›-lfi'*" ñ
u
ll

iss Do EsTADo'uBERaL ao EsTÀD`o social.


o Esraoo socriu. E A DEMOCRACIA 189
~f=*-1Histo`ríi'ar' essa decadência -é espargir' -luz--sobre -a moderna corn-
ow.-4-

p°r`ëe"n“são do' Estado social. -Isto, po'is'Ç`oÍ-qiíè nós' anima a_ mais breve Ao arrebatar o sufrágio universal, o uarto estado ingréssava,
revisão politicó-econôrrúca daquela'-idade praticamente extinta *na de fato, na democracia política e o liberálismo, por sua vez, 'dava
modema-ideolo'gia'festatal'¿.= ‹;;J‹1 ~.=f. ff. .âzz 2.2.- =° . › 1 mais '-passo-"p'a'ra_'o' desaparecimento, numa decadênciaque dei-
xou defser'--apèifiQ*sTdoutririária para se'c'c'›ñve"rte'r, zentão, em de-
~‹›.›.='Expli“car=ll1'è;-'porém;-za extinção iío's_1I`é_variaƒde -volta ao conceito
cadência '-e'fetiva;~~córh -a“Í"plen_'a- ingerência do Estado na ordem
da* 1ib'e¬r'da'de,-=comoelíbërdadê'-wéi'al;äi5ü ~liHé'rdade ira coletividade, economrcaz « - _.: _ .- - 1.. V
c~'uja"`ef1t'r`*ê'bš já êm capítu ante- Il
cedente. -' v ' “ '
'V
l
i
l
-r Mas, -aqui; o.-~momento..decisi:vo, em quê, abrindo mão
. ='Essa"š'liberdade,=" ue' o mundo clássico conheceu e '-praticou, in- compíulsoriamente 'daquela zfranquia'fi1ndamental*- da liberdade
teressa em nossos diasgrfundanientahnentep aos n'e"cessitados_ do política como liberdade de.-classe .z-;..que .antes lhe -afiançava ozcon-
quarto ¬es._t_ado, .c:omj:›_or[1entesj~da--¬gra`.nde ímaioríã/5 ã 'aflômmê iT9le. 119 fl, l_jberal_ reparte esse .controle com
dos. quešnão possuem;---dos 'que-ese.-vo_ltam .ímesšiamcamente para ees1em%i§z9Ía§Seêz.se*‹e<1eméfife«-ez<=!eà§.e,e<ém.e-quel
vorvâaa atira âzzfagooâàââo ao vida é mgoaé. . . .ee'_' eeheva
' , ee-
um milagre de melhor=ia_¿social°e êsentem que.liberdade.',se rdentr-fr-_
ca 5-'tgunhérn-z»_com - .emandipação -:.econômi¿`-fa,¬:ou,- se -não. for -esta -de j Qual a-frepercussão social mais désse fato no domínio
img-d¡a;|¡Q Pgssfi-¿¿|, mmzwn idea'lzao.,¿menos-saproxintado de certa-= .<1e;`1i§ae`.'efi:re"§"§'ê!›šíÍ:;e°ë.ä°sanelri, Ç. ” f" 1.
za, paz e igualdade relativa no nível geral dascondrções rr1af¢rI&IS z*.Í.PÍ<.5.f §.1íaí$ÍP§f`e¿5׿1`¿1Í\i.ëÍP7ä=eÇaz šëfã -`ë<zk1`¿ëššã°`šàlveu š¬Piš=`š.ef-
dfi .‹'r_- *Í_,z'7Ê-'-I'Ê',. "ürllër fI=i¬~?.z.Ê¡ zf- ' › ' - « vou ideologicamente`o'qu_e havia`de"ñiell'Íor`na antiga' tradição libe-
:s§3.Y9zli19ziib¢têlÍSmoz-na .es.tre,LtéZ.áf:zde.›šú'ê '.f0.l'mU|a'Çã°-z habitual' ral: a idéiada liberdade modema, liberdade como valoração da
não pôde_~r_esolv',er; o 'p._r_oblema.ze$S.€.n¢ial_ ,d,e_,-ordem econômica .das ‹-L' personalidãdèfiišfgöra'já'i1ÔÊãr1¬ib`i'to daideffiociraëia plebiscitiáriafvin-
vastas camadas proletárias da sociedade,-áporj isso entrou irreme- culada ao'§Esta_d_o so'c_-ial.. -'. -. -. - .
diavelmenteem crise. ». _ ._ .¡,,: . ,' _ - . - Naturalnientê}>r1ão`fse¿con'tento'u'afmassa proletária apenas-com
.A lil2érdade__po_l›itiça_oon1,q liberdade,.,j:gs.trita° era iri_o.per-ante. o direito formal do voto, senão que fez dele o uso que seria' lícito es-
, Não dava nenhmna 'solu'ção.às c§2I1É.radiçõ.es sociais, mormente. p.e.r'.ar e que.m.ais -lhe..convifll1Ia: -emprggouzo,-,sem hesitação, em be-
°""daqueles que se achavam à margem dašvida, desapossados de .qua- nefí<¿!íQ dela. H~LéSmflz.Qu.S'eja, 'd.0.$ irabal1_1¿¡¢_[Q¡¬_es,‹ mediante legislação
se todos _ . _ . de.somp.rom.1s§e que. vei.o..arnoriee.e.r Qímpeto da questão social.
Comunica-la, pois, a todos, conforme veio a suceder, significa- Com a reconciliação entre 'o Êéapital-'zé o trabalho, por via démo-
va já um passo em falso na firmeza da teoria liberal! <=r.átieezffee1ee..1u¢fe.mz « .- . . . zz - . . -
E. isto foi urna das primeiras. transformações pQr._qH¢, P1-'ISS-0.l_1 Q .â Lzne.-re trahafliaderz :‹1uez~v.êisue.e ~reívi.a.di¢ê.ções«mais.iine.‹:1ieteS
liberalismo. Mostrava-se, ai, com raro poder de evidência, a facè e. prementes -atendidas S'a.tisfatorie1.nente.znuma fórmula de .Conten-
dialética em que se movia historicamente a sociedade humana. j ção de egoísmo e de avanço para ..-formas moderadas-d_o.zSOÇialismo
O reconhecimento 'geralfda liberdade política, com um minimo .fH£l<íe<iQS.<1bte°eeneentí411ente,- .
de restrição, .isto é,=m'edi'ante=d-sufrágio universal, não ~foi o fruto
i
d E lucra1räta1nb_gi§1m.o_s _ca,pitaljš`taš, sobrevivência fica afian-
a'ltruísti'co`e amistošozda rn'i1rti'f'icên'c¬i'a--li'bêral. ` ' 1
ça_ ano ato e sua_ "o, embo_¿_a_des `ados da ueles ri-
"'*'i“f'Foi=ã:1as- maisí-pên'osas¬'¿joñ" úís'ta`šf revolu'cionárias,'“ procesisada:

'ífilëgiëside e›Íp,`lçr_açã_o' a indoiê somlšria
ao -oâpirâli-zâiii-'ô;'úô-â prúaërrrišitêäipäéiëtit ioipla-atoa.
i
1

ndãi'n`a'g'o'do c'on'flito entre o'¬trá:i.›all1'ö"èb' capital.” ` "" _- *__*


°'¿`°1?j`š'4áši-o iíäëããjíšíiiã**‹iâ“f"'*zÍi`1ii{o1i-*aifašä ' dá' boz-“` oàia. liio--_
-.-1

É
i

Mas conquista que, do ponto de vista do _libèr'à*_l'i'šm'o Íclášsicöfi à,rr:.:1B;r›1;c;-*-'.‹=rc .=fr¿:.ânz'.=zl ~ç° '
implicou firreparfávêl.'dei>rota,1queflliqüfidoirpara 's‹›,'rnp'i-'_e"íj‹ãs ariseios \ Êta-z. ›o..z.‹.› z.z...z:-
›zz:?-. Êârë- 4?-”šÊF..5Ê-.É Êâriëa °?'zsz..-'3.Ê"¬'E.'-35" É
burgueses- de".est`r'atifi'ca°ção da ordeiñ{o`ü-“ido 'statiz1rjíiQ'l`F§<¡_5"lÍf1_¢<?;° -._-_nQua»
-. ›n_- Êlos decorrentes da fráhsmutação por cfue paspãra, e por 1§so__s_e con-'
que sonhavam os teoristas libërais"~n._'aš"déàádàs'1i*ornântrêa`s da-pri-“
Y
lr siderou frustrado e derrotado na uele friofiiriiéiitó em 'que' jieírdeuƒo
meii1airnetade~rdorséculo9(D.(~:.àizz .-.¡~:š-š“.- -. .._-{=.?f. E “f . I 1=`1'T -' ' 'É -' _ dê'-§i'1frágió,*'“istõ*¬`é, "Ê›'j:`ic›ãëi'*íʶéi fãzërio govemó`ia_ ”š_¡`*-léi, de
z- oi-Ã:Ii,.no campo-de:.batalha -social,-fossüidifv-idualisrasfferrenlips*ef_ í;,io'ti*í:“ãLš'*r`frÉiôi*iê`išfi'i:§"5“'*i?ijéi“éÍš'š”é3e"›t`ël'jÍr'š'lvb -de` mãírter-*ä"ordem
p'r1i.v.ilegiado's*~ dai Zvelhäi bt”-1 t-"g`i.re`sia baiaita=lištä3-ti-ijfèrafri'-=`qüê ='dêj'›`ór'3*a*: . ií'_ c`ÉidištänÉi`a'd*ã*dâ è'šfèÍ`r“'à*.'e`cd'i¡i"ô°r*ñ1`6J*z`tÍ“f"' ' -* ` "~'°"` É'-"` "`f “--'
-'Iii
t..ç-
Aquela vitória do quarto estado não era o que figurava no es-
'
1. ú-oi

É-.
armapoderosa de sua conservação' política'==~=o" s'üfrãg'1o*cêñsi`tárió.- ' . .. flw*
-_ 'í'v:~!
Ç. .p 1.
._..-'.'.j'
.i-:__-
querha ideológico do mar×iši*ñ'oT'rèvoluci*önário.' - -"*'** '-
._,.____ .
wii*
ia-vau
z-rw - 0 ESTADO socuu. E A DEM"`ó°cRAc1A 191
190 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL '
.za-¬

macio publicista, que via na realização do Estado social bo gonfisco


»....
Napcasião em que _ela ocorre, a doutrina de Marx amadurece das riquezas pertencentes àsclasses opulentas por-parte. de outras
1-.iv-|1p.|n-ula-'\¿¡.‹ø-1

ݢ.- -_
fif-¡-“mn

para o advento de Bernstein. , classes, inep__ta_s.e invejosas, a saber, as massas proletárias,,}cuja as-
Aintervenção revisionista do soci_al_ismo alemãp._e.a progressão cendência .aspiraria a uma pretensa legitimação no ci¿itéfiç`›fe`§<c_lusi-
de Luna idéia semelhante _na Inglaterra, Sem embargo de sua origem vo da superioridade numérica! __ _, _ _ Q __ _, H ,f` _
autônoma, pre_param,o caminho para outra via de acesso a chama- Esse autor nos levou muito longe, ou seja, à ,clássi
da ordem melhor da Humamdade socialista. - * ca,cpara demonstççagâueo Estado. social não .é absolufÃg}§Q$$,_p9vi-
Essa via se contém doutrinariamerite no socialismo.demo_¢ral'i'- da e dos tempos m emos ou da teoria política de nos_so_Íseçujq. _., _
co, ocidental; -fundado 'no' consentunento, em contraposlçao ao Ele teria tido trágicosantecedentes históricos. Sua presença, se-
Bõichevismo, versão ortodoxa da doutrina marxista. - ° ‹ ›
' . ' H . . O .J
gundo Hasbach, imporj:a__s.e¿npre,urr_1 sintoma alarmante ç__l,eÊ¿,esgota-
"Oi"a, `para o liberalismofquë @_ediato"1Í1ials mento e decadência. A Grécia ó_c.o_nheceu na fase de .prost_-r_aç_ãko_¿çla
ções db _proletariado, esšagpférspeetivaé riquíssima`de possibilida- cultura helênica, quando o espír_i_to cíviçojá se arminara, de..modo
dese tem uma cabeça de]an"o°._ Ê' __ * 'v i ` que, junto dos tropeços morais da polis ateniense, se preparava o
¬..'.¡lú

advento da hegemonia macgdõn`ia'.° _ J__


Remove para idade maisitèmota Ó: p1e;ijigo=¿dahque.da e desinte-
graçãodo sistema capitalista, sua exáti11çãfç°› o1_Í1;$_u.p§l'§Çaf>z €l0 1'fie5m° Seria sempre o Estado precursor das imensas tragé_dias-,políti-

ci`onáí'i`a`.
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da' ms.<1~¬e.
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cas, o último ato de corrupção na vida dos grandes po_vos__. ¿ _ _
-Hasbach, cuja critica ,configurouo estertor .doutrinário do
='-- . ...-» ~ =.›;; --_;"-§z':â'\' -=-.. . .
' ` ' ._P§_ífra os ortodoxos é,,por,ém,-'o socialismo dois tímiç_l0$~ ' ralismo, não dissimula, pois, sewódio ideológico ao Estado sociall ~
Conduz a revolução a prazo incerto ou -a .faz de .todo impossí- - No entanto, sobesse-f.asp'e`cto]; sua obra se .acha recolhida §a`o es-
vel, prolongando desnecessariamente, segundo dizem, a agonia do quecimento e é uma página fechada na.hi'stória do pensamento poz
capitalismo. '- ' lítico, que serve tão-somente para assinalar curioso marco das últi=-
mas lutas que o Estado liberal travou em vãofcontra o Estado social.
' Tornou-'se, por 'isso =inesmo','falvo dos mais e__n‹__;__amiçados comba-
t \` l " -'. . 0
tes p`o'r- parte dos'-'teoristas*eslávo's, particularmente Lênín, `0s`qua1S
se pro‹':`lamam herdeiros incorruptíveis de Marx e guard1o'es'desa's- 4. As massas no Estado social: otimismo e pessimismo dos -f
sombrados da pureza ideológica do marxismo. sociólogos - '-
Mas, do mesmo passo, o liberaljsmo dã vistasãptišlrtas da burgue- §\/ejamos, agora, que ininiigos ameaçam, no Ocidente, o Estado
sia combate erroneamente o sociá ismo ' emocr co, porque es e sociial da democracia, a.sua contextura jurídica, que abriga os direi-
também lhe toma os privilégios, deslocando a idéia política da po- tos da personalidade, como direitos criados pela liberdade moder-
laridade individual para' a polaridade social. ' _ na, alguns deles, aliás, já bastante modificados. ,-
De combate semelhante na regiãgideológica nos dá clara amos- _Dizem determinados pensadores que a_¿força que acabará com o
trazo célebre liv_r`o'dé -Hasbach sobre a_de*in_ó‹':ráfcia_.2' _ |__' Estado social é a mesma que o criou: a força das massas. _
=úâ£é§¡â<ze1, çaggêiisšäs. Crffisäêz.-. Pvlališšes -F§*%!§>f,.,fš1.*z*if:= " l 5 Elas são explosivas e, urna vez inclinadas para o sociali-smo re-
bfofèssäva deves,à°s,iëssisss'e<â1es1se«s9ssH*É%sssë!z.se volucionário, constituirão sempre um dado de incerteza na existên-
!1i§'›fš>zf.ie.§l.2sS.i<1°Í`iflSRelí§see>Íf=s%f=!.<?,1~*.k%lF&9?<:.§ °§f9?'šS%É-il?-?9§i°f?a° cia ,do compromisso que caracteriza o. Estado social, .ou seja, o seu
<§9_z!i.1,;›~ér'-*.1.íl.i§í~*i_>'*€>'› . awmsãisäsz_B€“-3.?-*.E.eE¶i¢s$s‹ zšseàššz 33
enquadramento numa esfera democrático-constituci'ona1'â 1"- ~ ` '
9~i¡:fx›'dei;dë
*J?~' S9.Perí<.>' £}€1êdgz
convicção pessoal' 1' a , . _,
lêlegag..
t.
91%. 9°“ÍÊ?if“~§.fÊ ~ - -- F9
_, i _ _- _
nf

`À `i¿°i>15ÍÉ'Í¿- 465 ses'-ePf¢s°'==\`m s Êíeázidêafsie <.1°`


_» :...1.~ . '*' . I ' . 1-__? pre. lziostili-z,ou _as massas, sempre menoscabou sua `ç_ap,af;idaj_dp.,de
=._. _ Não deinogracggz.p9l1t1_sê,ga51es¢H.z9m. 5.95%: Qzzñ às.>*1¬`
ifa
autodetemunação; sempre. as viu zemfestado de :mmor1d¡á'deâ'fido
-Cfízfise ~¢!s«Ps¬Qfesss<!Lo- sse<âi<.>flê.r=s-
cracia social não pode forrargfie-'.ä$ :Q-l?l£z°<i9›*-iã §l~§%§z§z.!§$$l91%f9;$;?§Í§§
í.lÍ$fsb°!1}-z.e <1.sw~9: ?se›fl?° P-a'sesP,°°"¢flf°P@“
'
' ~° PaP¢1.e.Seea1
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Q P
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3.Ob.c1t., pp. 398 e 408- ' ' >-7
2.w¡u\zuz»Hzsbz¢1i,ozè,M¿zâmzzpzm<›m:e_..-" ._ - -,-¬›-..›z
1-92 Do EST-Aoo i.rBERAi. Ao ssraoo socuii. o Esrâoo social. E A DEMocRAci_A iss

As-éiiú'-õ,fizéràz*ú sai-êi*=nó-sóàiaiisnzo; Paz-.ei‹› e Musscliniz 9° A Psicologia da§,Massas é obra de ci,entista__.,*e a Rebelião, o ljvizo de
fã-šãfišniöi Gobinêäu, Ró`s'é'ribe`rg`ê Hitler, nó' racismo: ' O uni pensador polític_o,_- que não oculta, sua .idéia-,den proselitismo, e
- os gfaiâésêiâ-âsiâõâ-fas-izéàšâóuaaqziiz as z1ii_as_sa1<¿~êiuaS°.1#m_'e~ qijie brada_1._im_gríl;9 d,ç.a{Í_lyertênçi_a, o¿r_r'i1êiif_='¿_-âl_l:_o¿,_.talv,ez,¶t§ç':, sje le-
afâvéifiiéiâié*aim-'azzzúêêúfâa°==¿ês§fé;o.~ indissmwlavel <1sSs°fl~ \
vantou das- __terras il:§éri_<:_as'¿ cont_ra"_,aqu,ilo,,_._que ele..|zs_u}1z‹É"3.e,¬¡¿§,er .a
rebarbarização do Ocidente e que nós cuidamos ve_n_ha,_a ser apenas
fiançae amargo pessimismo. I ' " E ` '` _
"- öbíeífië'š¡fifíPäfi¿Í¿5fi**í*_11e Pããím. S19? lim? Í°s*"° ° imP.v1S°z P-01: vszs§,XÍ°ls!1I°¿ ele Hiiiíiäfüääds.iifl"$uä`iiÍfèfáiS¢`ív°1
arrancada para os ideais de`mocr`áiiÊóš'Í u ` l _ i H 3 ' .,
ae-é';,<ài'i'â"¢âõf~'êiëúi¿=*góg_¡ëaí*de iâo apúdénavsfs <.1,“,*,?“t°
as ziiâifiszà"àiâis"=z-ézéiõziâziâà. " ` " "" _ Boa parte da Teoria cio Estado abriu às niassas, no ex_aiiie__ do fa-
tor humano de _q_u__e se o Es'tado,`:çáj5i¿tiilö seniprêiiizegativo,
1=àa;f=põzêifi,<-e×çé-ça^õ*ia='é_êië fézpeiijs õfiiàiaaq de gm <_=1.<>'S,_m.e1_§ nutrido, coi_i1`.ojá_dissemo§, iios pressupostos dos moi'iiÍu*'ii`en'f§is es-
ii'à:'i-â=~.fi'à~¬ziô='é‹.~eôieiiiiiaíoiiàiiëfâéi âiêfifaês'e~aiiiór~iúie~ie‹zaza1-da cansa? tudos de _C_§u_stavo Le é Ortega y Ga'ssef._5` Í J " ` :_ ir '
_i1š_ii¿à*ó=¿i_ëiBõz1zi;*ë›,iâ§igi3ç.i=i=õf;.'i=iâ¡i§*Nà»ë›ixási¿y. ~ ' ' ' f' "
Diante da obra desses pensadores ,se detii{e;rar-ri,_poréiri,,iiÊi'u;itos
-¬ .:¬'.: __ :."_* 'z-'* ".'; “F 'f'
tridiinensional dó' Estado - o Estãiio' 9
-'.
]_1}1Íi{_í.l_f5PlÊ.°
;'-. õ'.'°-«'r-z! -= '- .- °'°=' ' - ~:. dos que, depois, se ocuparam do mesmo assunto, _caindç¿_in¿varia-
tadoç_so¢¡ê1'.-_, estuçla em _um_de seus' livroso fenomeno socia e po i- velmente na monotonia das redundâncias. Mas assim não aconte-
f,í¬'¿c'¢ör'«.I. J' F..
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va-a-õf¡s»isiêâiõ'1és*â.;:i1m'**~êiäâiiié-.iàf~êéziià¬é¡°iié›àâz-é se mais ii- As massas haviam sidosentenciadaslconi iexitijema sevšjjdade.
A_ crítica 'a1itiëlei_iiQcrát:iica:_Jexc`e'clera-se`ëiii'descobi'ir-`ll'ieš'i§j5olo ne-
novóffiaflcifenaia d'est_eSé¢.l1l0f ¢.¡fl8_}?°$?a,“Ê*ma Sfagaod' Í'
¢ cil l::lep'ois'=das_obI:a_s'oa§sicas¬de'©i=tega y Gasset Gustavo e. j n._ HIP
É
gativo, em descrever 'i'nÍp`iëdosaJnente,1êöiii"lãrga
nores, a perversão política onde elas seiriprê aca'bã`vaiii`:' r " ' `
u
1

-. .-D¡f{¿¡1,?precisainenzgi--p,§la'zquaseÊirnpossibilidade, que se supcp-


Acelntuow-se al periculosidade' äos:_”ir_;i'oviÂriiei_i'tós' dènmiäsša, mos-
:;4í.r

de-descobizir-iiovos :ãi'iguloštzde.iiíiterpretaÇã0z U1 3 laflfude °


H.
trabalho daqueles-:pesquisadores que-»_o.-ant.ecederar_n.. . j trou-se como a História se piinha `ctiiiti"a'fja .ii¿ii`”p'‹ÊSi{d¿*§_rada”d_ies-
f 'UM-a's;Ioof_in`o`d P'rõf~1°NáWiäš'l<y'é l'-io`ir`i'ei'n'de'in'uita ciencia 6, ffllV<§Zz jl ses "grupos injustos", responsáveis ÍántÕši*a'foš' dê 'iniqüidãde e
.J
tantas toi'-pezas contra afliberdade humana. ' _ .z
em nossos dias, o mais brilhante teórico europeu da dem0¢I'â¢lâz
ú
não [[1¿ _ç¿¡_5¡9__¡¿ ,lá muigq ç.¿~,§¢_¡-QQ emjçontribuir z¢.0m nova. misrprap: .
_
...,..
i . 1 .
-_.-u¬4-ú.-n-..--_-.
~ 5. Leopold 'von 'Wi'ese,'b pontífice da modema Sociologia alemã, iriólilia-se tam-
ção das massas, que nem sempre coincide com as teorias an l
bém por uma compreensão pessimista das massas em valioso ensaio a_cei'ca_ ,dp social.
cedentemente e×posta's,"'ldas quais, mais de uma vez, diverge» R0 Escreve ele; "A massa, quer se viiicule a ações nobres e altiëiiístas, como, sej_am uma
¡›¡=_¡¡_¡¡-¡<f-¿'¡¡¡-|;.-¿z-<.z5fç;,"¡-¿;¡¡-,' ¿[¿,-.¿1¿jr¡‹.zf¢¡,¡fzr¿zteriz_a'ç'ão defirutiva do fenome_no.d _ cruzada, a libertação de prisioneiros (a Tomada da°B`astilha), quer procëdafpor sede
f`Qi;i'a`se*tódös'ióš
Á- fëpefifi-è ._ 6faf=ä'›P§?êãlô§ü
da"Iq_ieoria-do
Estado se hao linuta o
Massas, de Gustavoz. Le,›_ Bon.'
“ de destruição, dá a impressão"äe`algo diabólíco, impessoal, em que os participantes
atingem um grau de excitação, que ordinariamente não ostentam, nem' antes, nem
._ = ,_;':›'=.__,,- .,-1--._ -.› -`- -~ Atuam como ppssessos" (”Die lj/lasse,_¡iiag sie sich nun zu _ei,i_ien edlen,
ora a Rebeliao das Massas`?de‹(_9'rtega;y»Gasset.* _ ll uEie:go_isii§c_hèn Haiideln wie eiyva einen `Krei'izzug, der Befreiung von _Cief:z__i_ii_genen
b

5°* ' *`@s='“döis=filó”Söfó`š~*'lä`tüióš*§šãö`- iíiäisputavelrnente autores de pie_r~ a'iif die Bastillé) verbinden; mag sie aus_Gier zur Zerstóeriuig Êóífgehen,
cuciente aiiálišefifcjüëllies.-Ië'óififerë;5söb'i'e"e$S¢ tema, e\1f0fl_dadÊ Sem" gewaehrt den Eindruck von etwaš' Daemonisçhén, insofem Urip'ei°s`oeijiich'em,- -als
__-__ .,_ ._._. .- _-.

die¿ ,l._,e¡ideiisg.;l_iaf§en b.c_i .aJ¿‹t:iv,_. _Be_teiligten einen Hitzegrad errcichen, _;_deri diese
P_11e-."a~‹;{a1Ea.Clai':.*"z1z ,ig-¿i;q‹.=:i' Í-'.`›¿'.r .=;'=z-,._;¬â- ' ‹ ~ ' ' '" ` 1 _ Niënšêheií Alltage vorh`er und nachher diii-cliaus nicht`aufwéiše_i{_.'Si_è ivir-`l<en wie
.`.

-rs -.â.fz.~°:-:'â =..;: .=..::.;:ri:‹st>ri°r ab =" o.;.i'; .;=°:*'-'§.-r;.›e .°.:`i:iz-L: = ' .›› ~' Besessene") (Das Soziale im Leben und im Denkeri, p.32). 'ii fi- ° 3
;.»z.-é. 4: Aêigäiêi-a1i¿â‹§;=ióiaia“fêítii.z¬jz›‹z'êie°iFárpiiieeerfzdçmasizdó:atrevida-' Nó '-Ê“Ê“““?_f .‹_z.‹i.£>!sê.si.=s1‹=='›ma Qbfaixss Wiss..ab=zm4i>M «asas ifi~.SE.ifl<;ã.°.zsr*.fs.iiims We
-nz-4.-:A; i_m4 faça-se
çã9."aXi°l essa rèssêLiiastsii1s.<i1pririsii=ë.alm.¢otsisni'i.fi§.tê-os
_ .cáJ¿<:_¿-,ante.a§¿_ auteies_.âj.ussfi.1mêi°ani_-rsss
Q 951;,-n‹a¡_cpmFprr$§,_{\§É§Q_4É5Êes, Qénaçqäeigí f.rqf;=¬f,i1*=§,§s ‹s°ê*¢zsfs..‹š ¬P*iw§i.f.az.sá,.s}¢. ê.,‹!si=1eififsê‹‹fi°
aheéeadp â¿¿iipii›j›ñé_d,afle'âià", é‹.='i';¡'¡izi'çz.=z"i‹›'¿iâë'
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g¡›}¿¡,[¿¡šf§i°¡,¡í.¿l¡_`¡&,i';¿i,*ëga'ñdês fiöflfiÊdä, da"`q1ielá re`gi'a,*Pela on.enfãÇã.Q 4;
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~›iz~ .¿saq_massa"Izitentezâ'Sé'gÊiindofa' presente' coiicépçäolzde . vöa~wiesé;'›à3'iiias“sa êiüsie


ms_i°aóiógióàrai¡ä.eia:.‹;.ãiaoi›šaréiiflfi¢ø:P°sifiifi=*=› <1°f*1“*“-' Ê* “§“`mQ '§: '=<;1;_=,I. 4. <í.s1.9S!5.\§=E°¢°‹ P..f. `a_r.¢mQ=.-E-flslh°=.a sëfsflfiãs dessa-.muç!_.
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verdadeira sociologia das massas, sob o aspecto' p0llf1C0z ¢fl1°Í°“ f fe qüe-fše :orgulha a' ciência' social no' sécu.lo':=>O( ~..(Syst¿m'der 2'Al1g§¡vieiiièntfSi3ziologíe
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O ESTADO SOCIAL E A DEMOCRACIA 195


1`9'4 Do És-'râoo LIBERAL Ao Es-riâoo socuu.
ca para elevar-se acima de suas energias, do nível comum e ordiná-
'Invocava-se e se 'continua a invocar afcrônica das re\f0ll1ÇÕe5 rio de sua existência medíocre, e ser, certo ou errado, a coraíosa for-
para'm`elhbr atestar, nos últimos séculos, o papiel 0d1°9g que ça que rompe com a crosta de seus interesses pessoais .mais caros,
elas -teriamzdeseínpenhãdo c-'õm sua inteírvençao desastrada, o acu- para dar exemplos de edificante generosidade, sacrifício e.despren-
ra, elementar e inconsciente no dès`t_in_o d'a`s`_c'olet_i_v1dades dimento. -
“Eta ¿==š`í=Íë 0 i:“ei~‹arÊ› a èuje.f,1öfl1é..ÍÔs°'.§š;'l_i8äVs`ë¿*11? *'53-éÊ$ÊÊ'.P$!° Ademais, as massas querem inconscientemente a democracia.
rativa para* caracterizar, Idãde _& ldelas Mas são ignorantes, e a democracia é o regime das luzes É da
políticas. _ '_ __ _ __ __ publicidade. Todavia, os seus movimentos, a sua ansiedade, os
° Emb‹`>fá°fe‹=°ffl¬¢¢,i‹!a§ ísze 4ssif1§s5fs4°Y§f..°°.m? m4~.'1ztj seus ímpetos mais agressivos denotam a inclinação pendular que
ceâsário. queira; flz.‹1fisá§.s;h_§s;5 '5F'“%F**.*š¡‹?9»f*?° elas possuem para afirmarem direitos politicose sociais.
suposto de' 'fato sobre o qual_c_lever__1a_‹_2¡ƒ_1g__I{ƒ$_€§ Í.°d_¿_1 ahqf. ,SÉ zÍ.__- -,J 'Se a ditadura parece ser o caminho maiseurto que -se lhes ofêre-
as caluniadas massas pass_aram,_ ¢9.fll'Ud_°¿_§_ Ê°ft°.l,ad3=._f ce nas-promessas falazes. da ambição. totalitária, se, por outro lado,
improvisações da'demag‹`o'g`iã,' 1_IÍ¢=-'›fëI'{I_ll_¡_1f_lda9f V°¢fi`Ç°e§ _' ll
l

são elas a presa fácil da demagogia plutocrát-ica, é a democracia,


rança totalitária, tanto da direitã como €__:S‹I_1_L_1§I_'<_1fl- _ ` contudo, em sua verdade conceitual, a grande .meta a qt_;_e_-_,e_l¿_a,_s de
Éú
söbfë*esz.~z* ¡nä\šiha'‹ià~5àâe que ;=.‹,~z_Íl;.__vanftoü a._eס_›çg¢flfê1_§l. fato devem aspirar e a que_ poderão um .dia chegar, se cogçftäzidas
do faâsismo M Itália ° de flasieflslíftfiãl¡%?*°z2ë,%l?'“%'?ÊF%âz ._ por líderes capazes e esclarecidos, animados do autênticozarçlprade-
.A§'P;ééâíê,dsILêazz_ié_.`a§šitšà';ãi2`ëIêiá._P:fls.sfsasssãzatfrsfliies- mocrático, possível unicamente onde há escrúpulo, idealis_moÍ,_e.ab-
tdaflifadura
.ê. f”.‹.¢_l`‹Í›.:.êié<.> rsss?s1á.§s*f‹.>.l s§ãsz12°.~@!sts§f1Sz€e° fmPfetEs13ës.s.°1*afl*a=
proletariaç_lo,.f_.. _ _ _.__..____ _ _,__'. _ _ -z¬. - _
negaçao. _ _ _ _ __

A ascensão delas, durante o sec_u_lo .ge VÍ11'f`_5!z1,l,z_a,Cl-° -az. t°du(_:S 5.. Massíƒicáção e nivelamento (Soims) A
Qímovimenfqs 50¢iais.qu_e fí_z_‹=;r_ar1__¬5_e_stre¡1_1_ecer.nos al1c_e_r_ces a ve _ a
O capítulo das massas na teoria política é, portanto, dos mais
ordem política _‹:_1.ali_b_eral_¬den1ocracfi:.--~ ___ ___ -z ._. : =.;
novos e fascinantes. Muitos não reconhecem, todavia, haja sido ele
A democratização progressiva do*.Est”_ado constimcional dO 'Se- inteiramente dominado -por publicistas e psicólogos.
culo XVIII, imposta pelas grandes mutações o_corr1das na esfera M. Graf Solms, por exemplo, é dos que ãcham que o assunto con~
econômica, como decorrência imediatazdn ¢,01'\f_l1Ê° efitfe fffifabalhfi tinua na pauta de debate, rodeado de obscuridade econtradições.
e o' capital, foi a resposta que 'deu '0 df¡_fl_<_>°f.auf¡°f em
penhado em re'í'iovã°r-_-sè"p`a`í'a` š‹`_)brev1v_e_r'. '_Sf3.l9l_'_çVlVÊ{\ƒÊla‹ Pas-I Não podemos conšiderã-lo, segurído ele, exclusivamentecomo
matéria de Psicologia, nem tampouco de Sociologia.
sando nas décadas mais próximas po_r_.S.l§;Ã$ .P19¡`-es Pmvasf “nda ímbçrif

não se acha de_to_‹_:_lQ_consolida,da. -- -~ . -_ . . . _ IA


A l_iteratura das massas estaria, portanto, longe de chegar à ida-
de adulta, à saturação doutrinária.
“A crítica de Nawiasky, feita''às mas§_a_§¿` ,ÉÊPÊ°cl“_Z_ÊP°F1a§.°
seu lado negativo. Volta-se pá_°}.Í¡¡,l. -'¡_.'°aÇ°-es P-°5l.t~Wa5 ezöe' Solrns, nó*que tange à Psicologia, faz remissão aos estudos mais
ne;-o'sa,s, que 'quase sempre haviam fi¢a¿i9_.~C1¢Sl€ml2I`fida5- ' recentes -de Philip Lersch e à sua°nova teoria das camadas psíqui-
cas, dispostas em degraus.
`É, debaixo desse aspecto, crítica ~or_ij§i f7_‹_¿¿_\_l_'tj_‹f:__1_={‹;Íš5aCl‹*f1Â ',d?,Í5}fl?Pat'Ê
. A_; Psicologia dëllersch, quando reconhece no com_porta.mento;_
ecomPreensão. -~..',.‹-z 'fil
d'of homem' 'o_'d_ómí1ii'o das camadas inferiores, da Endot ymen Gm iii-=
Reconhece '°NaWiasl<'y' que as' __p_odë1ñ_'_p'erfe1Ça__1__11ÊnÍ°
l

." : _ - 0 . U. . o o7Ê'IÍ,l.'-.'. '_-Í Í; 'flffi f. - Í'-1' P = - -' "* ' V ' ` ` " ' lp dès, `seiiideiit'i:fiÊ:'a"Eiörti Freud e' Rothaclëer. "
*-Ftsf sr11.€!.=fssa°.P°fâ1-*1Yêff1$.ë€9°€1€§:.4É%Bz?t*a%T°¿9f›-
néã.ils .. Lšs.f-às bons. sentuzientsêz a Pa! 4?‹9§"›*.4.›SsHs§1-
É aquela teoria, segtmdo Solm's:,"a que abre, na Psicolögliafös
Cl 1
z O i c
z U' . 'I' ` . .¡¡ 1 ' ..= l mais largos horizontes para a caracterização e conhecimento das
dade de sacrificioezdedicaçao, que chega ‹fiS W135 119 he"°-l»_$m°f - ~_ l
l

._, _.,.,... .. ¿_____ __ __ _ ______- _ :_,_-_._.¡.__- _.: _ ,_ ,__ .,-__._ ,g ›‹ _ _.,'=¿z..-_.,-zíf.. _ ,- -.; 1.' .'\,'- «_ massãs,_vindo_, portanto, completarz, conífoš nov_os est`ufdö"š 'per-
9
ca. âQh_.9âdom.1tuszâ.d.s anelssta -setsesaeê Pê!-Fl“*Fëf «- v‹=~B‹i›‹›- fr ri:
tz:-êzfilsutgszsezâelms-venúa á;clèsi.g1íaçã9 de que 0 sécul.o_.-z.èí.X -é..0-
o.i_15responsá.vel-,_deli=rante;fÇtaxnbém-D bravo.que se supelfêfisl “século das massas”, e julga que só com reservas e em termosimuito:
mo, que descobre, num determinado momento, a motivaçao h'ero¡-=- l
F
l

19,5 oo ESTAQÓ LIBERAL Ao ESTADO social.


-o Esmoo sociâi. E A DEMOCRACIA -197
mv . .I 0 ø _

¡¡;_[_z¿;¡vos¿pgde_mos ac_e}tar_ e§§a¿express_ao ,ia suijrada, esse lugar .co-


6. A massa como pressuposto das ditaduras (Grabowsky)
niiiin..ds. êHP°rfi.¢is1¡<1flds defistsflfe- z . › .
... '=1Afirma iSolms:que o:fenômeno.massa.é'históriç0¡ Peffeme 3 _t°" A vinculação política, que _c__›mitiu_,
é feita, entre outros,
das as .idades-da"civilização, e haatravessado. os secul_os,_com maior por Crabowskjí/, qiše, a'o'c`oii'ti-ário de se fixa na linha dos
ou menor intensidade. O mais imune de todos eles teria sido, em seu que repu't__aÍm o elemento;i_nÊi,ss¿a*oomo'Íí§i*es`ši§iposto_ das ditaduras ou
parecer, _'z'o SéÇl_ll0.XÍX"- . ' dãš eras p'ré-revõlucioñãíffãázÃ`P9§}iÊ5§_`¿_1e__feb,_iisfituírem, em nossos
dias, o principal estigmadé 'siitive`rsãö'e 'destruição do princípio de-
. .. Es.clarê‹:e,I _aslemais,«..zo› m_od.emo _so‹:iÇ›l0g0, em fielebfefi “?t_aS mo`crá`tico."`° `* ° ` V *` "- '- '* -"'"
que escreivzeu. parzao Dicionário dc.,S0ci0l0g1f1 (W0€fÍ€fl7W-'if ff*-'Í' 5°-zw if'
gia) que o. fenômeno massa não se-.r'ed.uz"ao terreno .p,olitico_ou reli- ' 'O pessimismo de Gi*ábów`sl<`y peiƒaiiie é"o de Lun' pro-
feta sem ilusões, com a palavra `ca_'rr'égada 'de fÊiio`ghósficös sömbrios
gioso. Pode manifestar.=-s`e'} 'e de ordinário sermanifesta; em t0d0S OS ,i eaterradoras'verdades1ã"- " "¡" ""'__. ~_°“" `-Í* i' ¬ ' ' "
¢êmP°S dê if.ida_~$0siê.Lt. .- ._ _ ‹ zzz- . . . _ i z .- : z. Forceja também Gí*a"boívsl¿y”-por prójë'tã'rÍlLu`n foco de luz na -cer-
' Porfúlti;mo;'@ofs'eu° la*r`g`o' esforço se concentra' fem distinguir' mas- J ração do vocabulário' 1Í›ölíticóÍ~'ondë'šão¬'tãn"ta'š aš'=anibigüiäadès que
sificação'de:nivela.mex_ito.- › .›.z.¡ ~__¿= ___ ,. _ _. _ ` envolvem a idéia de massa.
= ê~filü.i1‹.›.=‹=‹›f1i
'<ifisf>'*.fs=+~=1° E-`xiste-a massa,"sé'g'u1'fido ele, nas --ditaduras mar`_x-i_stã's, 'è'não se
diäs`šëí.ësf1?sÉs‹`fi*m1if°*i1;,fis.852'í<1f¿'.%l'l2.“'.?5ë.5°.??? °.§§§i??'š?.t?“.*°-“T7 confunde com a m4§si'ficaç{ío,.fenómeijio ç_l__o capitališlnó, 'demo-
a'.eêäs'=.fie'efi›.ee'S °ês;',Ysfs1is.fl*°~ ...¢.§!¢zz<?.fi*?°te
iúveldiij *éiqífè a 'tãhto' foi *condu'zido'por 'distintos n_nei0S. fl_§0_ P_¢1_'“
crático ¢Qzfi¢íi°e1iiârâõ.. . 1 ' . . . _ ' - ..
A produção em série no capitalismo, os produtos estandardi-
deu, como o homem-massa, a autonomia do raciocinio. ..-z~ zadçs; cz-iai'-a_m__-'i_i'm padrão de'-vida ig_íúà'I, i'inif_o'rme,='~geraram,
Continua individualmente a pe_ns_a_r e - o que_ e -mais t_rag1¢0 :_-
aceitar de modo consciente e`°delibera'tÍó, as formas ruVelad0I'aS; 2-1
em .iweiëé f1.'‹zis‹f:‹i.i ,f‹›izm'â‹â-i›'‹==‹‹f1i‹zz‹~‹zs
de vida, 'a'qL_ifela_s'que,' na"_ordem_. iriateiiiãlfl ti.n.ham`_os 'sèús traços
f .

=m.¡.fefiN¿1e_._$_eg'u¡¡d0-_Q_m_e5m0
i1i.Za<ã<z?z.-s 1s°4¡°sri2a¢ã°- ~ .- mais autônomos e genuinos. . . `
fiolms, äas mais.al_tas fiu1ç_oes mentais__ . .
3_`
E é °#§ä;í*fiisS§ifi:=a§ã9› '.f~=ë*%s..fifid° Gebswëkíz f1=1s-f.=â'i2 .”“f*?s mr
gra, nas 'se_lv_ás"da de usar v_èsftid¿Ê'.fóra da
não se e1¡¡ni¡1am.;ç_¿_¡¡¡Q¿¡;9¬l1omem-niassa, senao que f.lca_m_p_a_rcia _
mente e¡1_}l_;_›<__›__¡,'.z;_i__c1§zis,_¡:›_¿:~_irali_;_ia_.__c_l_ãs, e¿itor.¡:›_e_cidas. __ __ _ ;â moda, ou que lhe desperta a consciên‹`:ia` de haver-še" tornado nun
número no processo capitalista universal".'
É_.de;' lemb_rar.zque._.ess.e>bi'-rilhanteiestudo de .cunho soci-°.l°5_¡,°° É ainda a mesma massificação, diz"o pensador, que faz com que
nâq izzjz si.ç1Q..irai:isp.lênrsde .:i.›sr5‹>1i1:‹ê~i2s.ia Ç» <1flS.<1°<1“<2°°S . encontremosein Tóquio, Cairo e No'v_a York' os mesmos edifícios de
políiiz.-is, na çompgeçpsão dp. fenômsmdês massas- _ cimento armado com o mesmo adabamento e conforto.”
- ~ À‹›.is<i‹›_ âgssszéxçeieire esmcio-âparsssrain Outras iwf;11<§¢@°°S A massificação é preparação para a massa, que, em consonância
na Aiemazzizz s nos Esiàâoà uzúâos, sompleimdo a yaise bilq1~1<zsffl- com Grabowsky, deixa de ser; como}_oir't_i*_ci_i§a,_ neurose, en_fermida=-
fia dg P_ó_§-5ue_¡-E-a_ _a55_i.mto que _tanto unpressionou politicos, de, para se converter em estado' p.ennañ_ente, 'o i:o`rpo
sociólogos e.p_sicólogos_. . ,_ . ._ _ 1' " - . ,das_di_tadu_i_'as._*° _ __ _ _, -. __ _ _. ` ._ Í _' . _
Ciunpre-nos pelo menos aludir - aos -*trabalhos ._-de lf_\¿ill'ieli'i1 ° Sobre essa .ma-ssa «se -levanta 'a¬elite.zex~ploradora, que se não ~can~
R‹›ep.i.‹.‹z.. .‹M«âê«-wi i_4zii«›, sz.. a.iip.‹›z~i. (Te. (I;?.Pe-°i
Bailey (TheMen m the Strêsfà.
°*°¿*”**°f' “zZ'fÍ›r)é
×4¿'-rw.§~=ê_zi4¿_f_1.f .=e'.f-a' - _.z.
sa de apregoar seu _carãte'r›~__t_iemocráti¿i”o,íe'que,=em¬verdade¿'é=o-tele-
_ -° - '-.*- ¡›. -° . z . -.faz .-

W. Hagemann (Vom Mythos_,Qçƒ-,M4§;Sq)¿. $2.I}.Ê!`e*°§.:1'£.lë!J§z-f|J;1IlP<.!1_If¡f¡-1.". 8. I5zfz=1_i.‹eh3i‹iri.i_:;ziifliiš-Psz¿ifi?c;p.z2a. , z . . . - --.'


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, 10. Já ein 1931, dois anos antes do advento de Hitlefaõ põder, prot`eštává'_t› filó-
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sofo a1emãö_'zlÇarl'Jas¡iei's=eöi§it:'a a""a_bsórçãoÍd<í pela


massa 'g:¡ueÍ-¿›_1_¡*edúzia a
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` 7.`Eš§es“izzbzih°s Sâo ‹;_‹¿;i¿;_¿_;i_ç_i¿¿;i9;~;;;›§a_s‹;~rfzsm¶..si1f9..=ig; ' -_ lósqfó'‹is_tex_¡;çief_ú;ia1isçzi°'mierfireióu,-cofiza.pzóf¢iz;íf=~à'fiii¬s§.züä das hõ;n'ç_ns=qúe-ú1êz-
liosa obra 'Massa und Demqkmtig, .que_ ¢o_ntë_m. exoelenfeã _°_“§i.“°f- Í' av Ê' _* gu1li`ärañi`=d'Q.`eiÉiëi'ítë náíšüeñãfiiiäiseàtastrõfica 1-' 'T `;"f'fi=`_-'T-' ff -
¡sàbi¡‹zizczs'ê siósbfós-‹z‹›mo=Róë'pi‹¡ê:2'=Bái'iIdiit,>fDiàfõâêuë:,=1~iâ§fél<.**Rü`ëf@*fliš* “'ëöd°F?_ 1' ' " Aüdoiàfnii =das*1iriašsàs.=oii1'¡.:`è¡ši2ë6'fcul_t‹:i'1ieë.‹*sa:'ésirãii1ia.forçà'f“¬lÉàs'; *"e'l'e`vàL~
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' ‹.o Esraoo social. -E A ~DEMocRA-em 199


[93 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
ironia de um,p.ensador profundo, que, nos pioresdias dozgacional-
mento superveniente, a força organizadora que mantém .de pé a socialismo, conheceu a hospitalidade democrática do povo suíço,
massa em vibração. { J ` l
curtindo, em Basiléia, um exílio' menos amargo. - .. _. -, =
_ Esta aparece e atua subitamente comoçõès revolúçionáriafz É quando ele di'z que a técnica de-'as'sassínio da personalidade
,imensas conyíulsões Tem aiinstantaneidade de raro nunca é bem-sucedida entre povos cultos. - - - f.
nas ;o'casiões'.de'crise_. Eai da massa adormecida, passi- E cita, em'abono de sua"tÍ-is¡e", q"q__asc_›' dä3Âl‹=:Íma11l'ta, onde o mqvi;
V..a,.q.ue todaa _ ._- mento de resistência foi, seg1._1n_d'o"el`e,_'ii1aior*doÍ_qué antes 'se š_up`ú¿
_ Foi, ao parecer de Grabowsky, a moderna técnica tota1_itária¿çlos nha, e muito maior teria sidofl não *föi-'a'~a def-rota do pais guerra..
isr_no,s, no século XX, que fez da massa esse diabólico estadqperma- . .- 'z , : .-` " |i.`Ê.íJ z . .' - .'... 1... - '~ al-.

nente, nutriz de caudilliose ditadores. É ..- _ . _ , ,__.,._ . .D.a=-.<3,..f§SPs1_*ãYsl~Publie1§tsz,f¢›s!1â§lmefl.feê_.'fOê; ¢°m5afsn§e$..da


resistênc1a.ale_rn,ã of.e_rece,r-a¿i_1.um_sar:ri icio iriauflito de renu,n_`c'1_a"_¡_
No ensaio de Crabowsky há, porém, passagem 9111; ,¢111.f?_.9.*{~€?.lhQ - ' --~ :‹‹‹ ..‹..° '-,-~°\ O J - H.. 'nl' _' 1' 5.? ‹_'\-' Jr

professor de Ciênçias Politicas de Betzlimse aPI'¢S¢11lí& !}1.ÍÊl fdmfnte fz . °.Or_a,,esse__zpubl1c1sta quis ser ma1s,.¡geal1sta _do que _o re1,__Qs_f--ale-
equivocado,.a menos que s`e.que_ira ver ali; em toda S1,1a.§?2<l¢!15aQ_f.-.a. mães não,-negam --.nem vësm.nisso desdoiro -_ a falta de moyirnento
› ',›.'\
de resistência ao nacaional‹-socialismo-. - . .. . - z-‹, -
o_‹¿asiã'o, eSCl2§.\{Ía o fiiosofo,-saída pouco _h_onr9S.ê, l1'ad__.Uë.Í,dê 11°'-.ã$ë_°*"-Ré-.*":“?ê?l«° Íiiga °°" E se escusam.incr1rmnan`` do aff`tfâ'q'u'ina=Çle oprëssão dêha¬l`rer*šidç›f
à ' ¡ . ' . . 1É ... ' ': --Í montada com tal rigor e requinte, apoiada em peças tais como a de-
° A época'Ç-"aliášl ë'1*â'de rë\Íól'ta' e ángúštia. O medo de vz_ve_r :r'tv,adral_os lação e a po`líciazSeÇre¢§1,:que`1comprimiu azliberdade, ãçpagoiizo.senti-'Ê
(como ainda acontece em nossos dias). A incerteza lavrava nos destinos _hu1:ña`n0S
vacilação i'rr'emediável.'- , ' › . .. z .' -.z ' ;:3=° .- ~~ › ..~=.-:‹~. . . _ ment‹.›..¢1e.r¢Si.S1êa¢zia 2 ¢.×tiaguiu.-.toda pQ§.sibilis1á§1e_z<1_¢~r¢beliã9z
_ Mas, no fundo da tragédia,¡ a filgsgfiã _¢I1l1'ãVa COÍÍI 3 5.319 Pala_V!'.a...d° ¿9“5°laÇa° Não sabemos, pois, onde o in`signèzGraboÍwsl_<y foi achar-aqueles
e esperança. Não fora essa reflexão confiante e cQnSh'L1fiV8z de?-01-fr 51% W313 °×_°5*-*Se
amarga, e jamais se explicaria o inigualável prestígio d¢ lfiSP¢1'S lU1}_l° às Camaflafs
l' exemplos edificantes d_e resistência. É de admitir que haja sido, pro-
cultas e universitárias da Alemanha, nos anos imediatamente subsequentes ao traga-
va§velmente, nos generais do 20 de' julho de 1944, que, da em-
co desenlace da experiência nacional-socialista. ° prëitada militaristáfè guerreira de Hitler, píocuraraln, à última ho-
Disso dá testemunho a reedição ininterrupta _das__melh0r¢S 0_b_l'aS de ld§P°f$‹ ra, déscartar-se dofixehrer, na esperança de promoverem Íarmis-
que denotam visão messiânica aprofunda de n0$$=z1 ëP0§dÍÍ\dÊ3ddmÊ0_¡Ê 9 °“5a1° elf” tício menos __ruinoso que o de 1918.0 putsch malogrou efa"i1_ešer'ção
que estuda ã'íi1dóle e ó"compo'rtamento das massas (Çze Gersttge Srtuafíon dar Zfff. tardi'a=dos Iu nkers levou-os quase todos' ‹'à forca, onde fp'a'deceram,
. 30-80). ' ` ' ' ' _
PP Depois de Iaspers, Roeplie. Publicista e economist_a dos mais ilustres do M011- por ordem'do ditador, a morte infamante de traidores da p"á1.=r.ia.
0
|_;›_e¡-alismo ocidental, Wi1he_lm¿.Roepke, professor .do Institut Unroersztarre de Hastes I _ \

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Études inte:-nationalcs, de Genebra, é, ind.iscut_:ivel1neI}f¢. um d°.5 hdmi-*U5 de “Ut-°“da" - ,- . ¿._,,..¡


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de científica mais consagrada que já se ocuparam: da Crise (10 Ofideflfe- 7. A_ importância da massa rias' §_i_çmocra'ci_'as.' '
. Há em sua obra o mesmo sabor pessimista da análise de Iaspers. Sua semelhan-
ça com o filósofo existencialista não termina ai. Como ]:aspers,_ofe'rece ele também. ' Ao trabalho de- Nawiask-y= opusemos, pois, o de Gr-abovšr-sky,
depois da diagnose, a terapêutica. Proletarização e ma§s1f1caçao,'e1s,os fatores que ambos teóricos da democ-raciaà para evidenciarí de um lado,-'a .'c`ríti-'»
baniram o otimismo da idade liberal e detemfiinaram a d¢g¢l\¢l'ãÇ_5° df* $°°°$_ÍÊ.d° ca' otimista e, de outro, o pensamento pessimista.” "
modema. A obra redentora consistirá, pois, emidesprvlefflfäflf 0 d€$fflfl$SffiWY (CIUIÊUS
Humana, Cr-undfiragen der Cesellschaƒls - and Wirtschaƒtsreƒorm, pp. 241-291). ~ ' _ 'O Nayviasky não có__ndena_as massas. Absolve-asz _
Roepke aconselha ao Ocidente rima política desprote¡arízar¡ora;l}Lf1dãdã ef!! me'
todos sábios de descentralização industrial, que5'per1_¬nítam .B0 0PQl'fêll'10 das Cldadêê z~A'~dsm°¢fa¢ia e 0 Estado flä.°. P°dsn_a ir. Segundo eléz;,s0ntra as
elevar existência saudável, isenta da pressão massificadora dos grandes conglomera- massas, senão com as mesmas. Cabe-lhes educá-las,`¿_¡_r5e§:ii_a_,1;_1tg.~¬ja
dos humanos. QJ065?
.s p_9lit_iza_ção de se}1__s_elementos._,Do contráriohseria er_1tr_egá,-las, em
O verbaeuerlidmng e o oerfmndwetkerlidlungf a que`alude Röepke. fflprëäefltamz dreí
,¢',<;2\`fa`_Lr{<l.€Í,‹:_api_.tu.l§§§`giÇ`2. aos' pioreglfli f.ç1,šf2,.z_t9_talitarisšjšiëágästes
na verdade, uma ressurreição romantizada da [dade Média, de sua'a'1ma, e não da 1 _ ú D . °-fz. : 0

substância de seus -in'st'itutos._- ' ' ' ` ' ~ 5L°I› . ›'.~'° F2» ` ' l"* ‹ ' '-°,--'.'z"..-...z z':›2:. :IE . ';í=°.~ zffi.. =}.í.'iI-I°f'-.':--
Nova Idade Média; ânrz, adaptada à civilização industrial. -sem 0 afieaanato e 0. `.‹
s z.. zl.1›. Qãsfleflfs entre. .raëisfiaiies sQfis.\i$e1°z.-rseefizvfsšeasões à.zi1=if.@¡=_v;. m;<;ie1i.§1=='=.'
fe-u¿¿1¡5mQ; ¿_¡\._ _fu1¡ge_¡n.¢a5 ädgqes trocada pelo :oxigênio 'do Cêmp0.=,€9;l1`9!I.““êI!i'P§S' 4
T de se adia Alfred Wsbsrz em seu sštklde ' . 'tais šláš
,tcorrelação massa e“eIitëÍÕ'homem¢ii¡iašs'a"'ä:'Wêbér`Ê ësšieáficiàliiiëntéf *pd-
,a
soa restauradozna pienimis-deI.si.za1esm°za'›HbS!iF11í“dê' ° '“'°"-'*~*i'-if'-¬*.“'7'fm~*-'E' das °-`°“.°' - ¡-
/Ia
poles compactas. Traduz Rqçpke- idéias que comportam apelo. à=mnÍeÇê0.d9 .¢£PÍfl.!f2
zu :I
O r_l›,ític_o, o número e no campo econômico a peça de trabalho, vinculada no-complicado
agrário,--como paliativo para «astendências massificadoras da -Idade Moderna (Dre
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ymecanismo da produção (Eínƒ14ehrt‹riz.i{1_dz'e Soziologíg, p'p.55,-68). - ;`fj- z' ' 'L -`
GesellschaflskrisjsderGegenwart;-p.35.1). - - = - -uu
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200 DO =-ESTÁDO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL
o EsTADo sociai. E A DEMOCRACIA 201
550, em eral, osdemagogos atrevidos, quejá se acham ã Vista, Pam
explorášas. - .- _ _ O Homem, que antes dominava um largo espaço .existencial au-
tônomo, com a sua casa, a sua granja, a sua horta, o seu estábulo, a
O constitucionalismo democrático emancipou politicamente a_s
sua.economia doméstica, organizada e independente, -aquele Ho-
massasoom.-o, s.ufr:ági_o.- Mao I1ã0.¿S9L.lb° em-da °°fl<l“'5*f*' L
mem, com o qual o século XIX ainda amanhecera, é, em'no__sso,s dias,
las. Urge que seu voto, como -s.uc.ede.u._fla Italia 3 na Alemanygf 'n-a°
§eja ¿ç__ Pi=,_¡__z_\__;¿=,__¡:j›_¡_r_j_ç›_,___ç_1__ti_,‹f5 i__i_¿na faculdade democra ca se um resignatário de toda' essa esfera material subjetiva, que o¿eapaci-
tava, na ordem política, _a adotar uma .filosofia in_çiividua_lista e libe-
Conversas-eres ei.os1.ee9sra.e<=az._«. .
_ Azáaaâsâ. i ¬ ‹ézE=âa4ê›..i
_\___zQ¿1_i;¿~¿¿z_j___;=z
i z ff‹.a=.‹›. iá-em‹› pode de mfefvif M f°~"'
g5_t;i_t§_l,__Ç_;j¿ir¿ipre evitar apenas que esse poder se
r_al,¡e, na. ordem econômi‹_:_a, a crer em; _:_ifii_as,,
soais e assumir perante o Estado uma atitudã de firmeza, indepen-
_e_n‹=;_i_-gias-pes-

dêrfcia e altivez. _ _ _ _ _ _
Ê1ëfi1ü.dë'ëfñ”Ê¿2dšÉld¢id¢$.ÊfiÍ«i? 1° Êëiëdšã .S`€>.S=.!a. ¡ Fi? d°.“Í“?z°§Ê"¿'a'~P9" ‹ Esse Homem tranqijilo desapareceu quando o crescimento das
¿" `"""” fora*z_:é'šta`riäi1'¬i atfai__9°"a`das"n'ãö as' mstituiçoes
que,sea_ssu'n_ __ __ _d dem0-
.__
populações, as dificuldades econômicas_.e~soc_ia_is, as guerras,_a;×-
cräiicas, -sên'äo-as mesn_1asz.{1_fna“ssas, que hêveflaffl SÓ_lf¡Pa _° “_*É°“;°' parisão do poder estatal, determinaram a perda efetiva daquele es-
cienterfréñte '6sf*‹še`us“-3 interešse§'z f'e1*_td_o cair-das maos q
poder do voto, ou seja, a maior 'arma de libertaçao p0llfl¢a 6 $°¢1fi paço autônomo. ' ' _ ` " _ " __ __ ` __ ______
q¡`¡_'_e_¿Qfio_jfn_ç¿n _1_r'y¿§ie!3}qLá_çÇI1lJç$gl¿,z _ - ::-; .ft ziz' _ - . .- ~z9ez-modo que . fl9aF.°ff.'‹.*11o.ffz. ‹5.Homsfli..d°.oo›°›Íf›s§.diašaão
-,ij ,-5 z_.~.¿-;~‹¡.,;..¡›:z.zr;:f ar¿is‹.: ms siri. .-. - -,:- _--. - .° . :_ __' , - ' _ tem .fëfzsfifas Para s=.*i:L.f¢f.1ͧ.*f\.=‹~f~°=f-i>'1i'*°ë”z§..11<.>fa <1aS*¢ií=f›'e‹ .é-
ofA›P«iiaz«a‹rrfi‹‹re' ~smfirrf"fi*“f*ä›=,zo;'ff¶,'ff*?f*fiái'f .z . ~ aeafiwêâ de um opala» oãëëaçfrl .eiflšrflf eae. .i.«1<.>.íf:.i;~'==.>_;<.i.'-rs'
mos. já ftsqiieotos em grandes ¢fioffo§._.Ro1zii1a¢ioaã,iis. o fas 9.1.l.i-
agratiar a`dèpërüienp:'a= do -individuo, desvzrtuar a democracia no de 'quarto sublocado, de be_i_1_s'_ qi§ie__o`c‹_á|jÊ¿_›_`jf'to
' ââou consolidafopoderštotalitárío. .' - -
GUI
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tecnológico sedutoramente lhe .ofèi-è_c'_ê, `a'Íit3uiient‹1-1_n_`doÉ-lljie'fÉ›`i'l“àii*2`io
° =""'i E* ' › =!`Íi=I'f.". . z.~' ' 1 , l. '. ' '
'doš`coiii_prbniissosftnateiiiais assurriidtíš e
QUÊ*-`° Pé'.¡É9Ê'-Úã9.-menos:gra§{ç,f,a que fica sujeito o Estadoso-› neurótico do séëiilo XX move-s'e' ëircujlffide
cial dadeinoorâoia-deserve.dazío4o!s.s19S¬89V°F“efl*°S se *°'“' miga' O

' `int_e`i'esses que' e_streitain`e_acentuarn cada vez mais sua dep'è_nd_ê'n'.


=fe!.meíiše.`viosil1lásšI~o ooo1'o‹PfoblémazPo1í¢i¢° das massas' °l“° a°?" cia em face do Estado. ` ` " '_ ,
b=m1oS.<.1..<==zi=>_ii2or›.._z~. = . » -~ _ â Quando esses laços de de'pendência_se tornam, como eiíifnossos
. Q E$tado.¿socia.l.:-por.suamrópria nana-ez_a_, é um Estado inter- dias, verdadeiro nó -górdio da problemática social é política',`ÊÊo'rre o
vencion,is_ta, que requer' sempre a presença Hull??-Êe 4° E°d?f;P°l*' indivíduo sério perigo. _ " ` '
tico nas esferas sociais, onde cresceu a dependencia do indivi_duo_,
pela impossibilidade em que este se__acha, pe_r_ante f_a_t_0__r__§s_a_lheI0S a O Estado, que, em sí, por sua natur.eza.mesma, já é uma organi-
sua vontade; de prover certas necessidades e›_<1Sf.eI1¢l¡=_1_lS flflflflnas- zaçãoçle domínio, pode, sob o leme de governantes a_ii_ibic`_i‹Í'›:§i_›_s'e de
vocação autocrática, destituídoš' de escrúpulos, éonvert§`r}_se;em
sa»‹=iroi4.nStânoia~de.asl1ac-se~o Homem soflfomPz<?É¿!'¢9 °"' ~° h°' aparelho de abusos e atentados à liberdade __o_ ql._L_i§j'ij_._e¿;,¡>,l_0-
:Tr n-“lina de -ln'te_res_S'es,so-
raria, no interesse de sua forçae _de seu_p_i'edo§i']írúo, _aquë;la_¡Çlei5en-
ciais complexos, com 'a' .s1Ílêl.°.a.uton0mia material l>_ãSfaJ1fÊ'd1m1n“1_Éäa›f
dência básica do indivíduo, transformado, 'e'ntão, emimëfo instru-
fe maior Paris sm»-.o.roaf..i;ršafie?iMslef%2't °×"f*ii“-°°ii9°"" ° mento dosestatais. ° _ _ ___ _ _ _ J
Para sine ‹==1‹==I-"m°i<'* á*prorerãodo
aéà';a;§ãë*ro¿“_iz1v1zqüefa' assar .fmbfllasesff i=<f?"3° f'sE*...5“*ã° *ff°
'E-*`z**3_Ê='1°‹'°SR°'Ê'P?.a.{?f*°S'aÉ“°a É o quese äá'co't'n"o Estaído social do tbtâlita"rismo_.`_. _Í___:' °_` ' _ '__ '
Com a democracia, diz Forsthoff, existe a mesma°'fé¡iidëi1cia,
mas ela, aquí, só vinga quando o, regiineípiglitico se tomasit-I_ia¿farsa,
fi" Í. ÉFÊfäÍÉ¿É3'Ê'£iÊi*<5Íff.*'i liëišëd.Êë"ÍäÊ!LÍÍÉ?Êfè.'šÍ.
-tëáë..-ëênd¡d¿_-mb¿f¡.Õ_¿¡ ¿0¡=¡f¡¿, o='feÊ-paço existericialautqnomq o .s°sflcooieofio.-»§=rítise.d° f°fmaÇ° de vedada eešsšfll- _.- .z
aoiifduo.se-coflivfifffifli fá°.".*¢.f=i° ~,.sS.i=ei°.°š's*°fE¢Fa?..t.?*1Y°~°“ ,Nessa _hipó'tese, a democracia de seria apenas
grama, uma palavra vazia. O demagogo ou o plut9cra¿ta;¿É›`oçierá¿ter
ééiëíͧ§;'ÉSÊÃ%Ê`$?iäl'ÍÉÉÍ?BF"f?" '-Ei'z?Í'1?.'*-`*° €li.'_fz?*z.E!*Tf`* É-1.-"Ílfii°i"
e o Estado social sob seu controle, de modo que aquilo que ele faz
Cia
.¿sifo.1ii$s;?~!â°“.°lesi.°a.-.».
.Í'.'.-:il-Ãz'.-'... 1-. ¡ -1.' .".Í.r5I=1-'=-"`"I.t -° .. J==`lÍ.'}-'Í-If É! ':Í.= :. '15 . _* Í. .-1 ' "53 'Í' '1"' 'U'
- z 1:

«Peas-as i1oê.eailz=oieot°ê somo Ssoáo ê; rootêfils se


do-
_. 12. Verƒassupgspitãblëmg des Sozíalstaats, -terfl.aiEiado§:oasos,.apo11a§...a álegislaçäo dos -grandes, cons›õrcio,s..eso.-
nômicos e financeiros, democrati`camente'leg-.itimadoszz -I* .if-
!\'I&'õ"':\f\

¡ J'
il Ili'¬___,.,__,_....-. -.

O ESTADO 'SOCIAL E A DEMOCRACIA 203


202 oo Esmoo LIBERAL Ao Esmoo socim. - 1

- . . - -¬ i v' .', au- ` Vimos seu esqpfma de 'contenção do*Estado, 'que inspirou a
. Essa vontade social, aâsun‹if0U:âae;:geÉšfaafͧs¡sâg¿¡¿a idéia dos direitos damentais e,da divisão de.poderes.
I
I
meme ° dimimu' na est.m ra O m ` ' l ,tantes au- Vimos; do' `ii`1'esirt‹'§ passo; as-'do'i'itrinà's quefreinterpretaram a li-
I
que a participação efetiva do povo. POI: via de represen _ _ berdade, abrindo cantinho para o Estado social. '* *
tênticos, progride ou decai. ' _ _ _ ' '- ge do ele_i_ _ -f . Qhegainös, ein1~s'ii*1n'a, aêonclusão derque este-supera definitiva-
Denuncia também Forsthoff a despolitizaçao cresc n . rfíêateifouüiti'
torno Elstädo social da democ-racia moderhfl. ' *Í ' H . .5o~°1›Esta"do*' liberal e, se - ¬do «ar-tese ue -sustentàmos,
o'-=totalitarismo'coino, tambem, com a de-
.e - . 1 ' samente conser-
' No seculo XlX o Homem se corifessaiffl af<_Í°Êe__ __ Em u_ f`ñöõfàei`a.¡ tz r¬=° .:'-':›e1.o1 ° .'.-,..'-:; .'=r=.-i --= T' ~ ~ -
vador_ liberal ou socialista. - Ia às barricadas
°
_ _,
revolucionariasá _. .
imola oi eaTph IS - i 'iâaàaõ zóaâi' âigaifizzâ ='iêâfa~vén¢i°zús~é.zó,- ¡âz~s°~fzâgêzú;,~i¡aàê=f-
¢ -p -.n -~.-¡.-
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. ~¬avaafms‹=«×P=m1¬afiv=dflffíesfšf 1 ~i“;Íé-=êzaz.é°_ .
Nó sêaiió xx, fofa das pzf_iz¡‹i¿¿s iç1e9lç3s}_<=9Sz_° ° °_'__ _ . _ .-
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defronta o Estado social da atualidade no§_.. Râlses C 14. Ocorre essa perversão do Estado social da democracia de massas quando
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-1._ nele interferem, como forças governantes, as camadas mais odiosas da plutocracia.
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nalizados. . . Historicamente, tudo começa quando o liberalismo do século XD( antevia, apa-
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J .¢ol'l,lig1-lrarnos assim, 85 C0fl1Tfid¡ÇÕeÊ ~e°mP-(mentes ele ameaça
_..`_ _ [ - .. -:_ .¿.. 0 .°~ - vorado, a perspectiva da dilatação do sufrágio, que assinalar-ia o 'império das mas-
f.l ° " que
intestina ` pesa sobre o Estado social da del_I\QC!'ae."=!-
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‹ dlhef fel sas, o advento de uma democracia plebiscitária, com o quarto estado investido de
tam is inimigos Se fôssemos contar os que o assediam `e ora, poderes para elaborar, nas câmaras, a sua "vontade", deinudada em lei.
É'¿
Esse temido governo das maiorias proletár-ias, socialistas, esquerdistas ou;
§! doubgigafimnente diseiplinados, teríamos que nos c`leSlQ¢fi¡' Per? populistas se aninhava no esquema da referida critica, teoricamente certa. Mas a ex-_
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um exaustivo exame das ideologias e das forças politicas vivas, "periência do Ocidente veio demonstrar, em alguns países - e entre estes o Brasil -,
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inadaptáveis à democracia;
--.- fmeelem slstemafieamenle
" 'romissoem P°" ,__.que aquela vontade, convertida realmente em legislação do Estado social, não se fa-
destrui-la, rompendo a situaçao de equilibrio e -comp .__zia por obra de representantes diretamente saídos do quarto estado e com acesso 'ao
“Poder Legislativo. O quarto estado foravapenas íristrumeifitalizada, ao contrario do
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que constitucionalmente ela repousa. '“ que se dava, por exemplo, em democracias como as da inglaterra e França, onde
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fã-§ç_us~,¬'li_dçres._ vinculação. genuína ç_om a ope_i-,ária eg corn ela


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9. Consagração do Estado social no coristituci0flflÍ1$"'°¡. g2ti<›zizzàasisstsr;s.i.<lsetili¢srfifl›z. .z _ -‹ ..-:~.. , _ .- .
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democrático - «sz -,gssaireilsnê assaäzs.-sei qsislšdsde aqi h°mçns..<ius. shsfiêrssi 0-Peslsfsss Per-
â ëégçlrábefliísffl hislêsšš zdsfligefldõs vlsbiae-tárisê ‹!°=-i~P=ffzs="› sukësfissvelvi-
Acercamo-nos do fim do nosso estudo- _ _ _ _ _ "ode-ma da ii.d.9az‹.!s_éfiis§ê.ss.z§si9ffla.¢sss‹iâi1=1f'-fssf-=zasse* Bsëeá ahieeflifeszqvmds
¡¿,=g›=§,1a_üf1‹=.=ê11ss;nli !°¢fá.fi¢a s<s°2silQres§íS*s‹ =s1_i\¿<1.1¢=if!.s.ãIel<:=b‹==z wisiiifiteee
Vimos um Estado liberal que fundouoašípdtrãgššufiín _ em ba- ¢.,§1.<?.;.as»$ses,€§if?!iis§f4:49i?,9 °9r9s¢.L.svszs tree-:›s¢is.i1flz.¢i'àfls si<í=idsL -ã;,<_lsS.i+sisi s ds-
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- is. ams: Fofsúzoff, ob-. ai, P. 13. obâzz-vação. as =×iif°;'-556*-* “d°'“€"? P°P ., °
q . _ vo ._ ' . _ _ _, ' .' d.- _ B ,, __:š%- - _ . tefefiês relíflissi-ess ê ê. inlswslasêe eapssfiflifl dessàfeeee sw-
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208 DO' ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL o _. _ . A INTERPRETAÇÃO DAS REVOLUÇÕES 209
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seus inimigos se 'com `=a esperança de vê-las revogadas As idéias de 1789 seia - _ . , _
pelo tempo mediante' a~ sucessão' precipitada de fatos novo's;"espe= abandonadas nessa yisão dâfsämfntggäfiäâ
1?H IÊZIÊIII
ra_nç_a_ qual aquela qii,ezonte_rn¿aeompa,ri_l'iou¿_a¿Revolução Francesa e z. -- _ ,¿- `_-evo,__
ago.raf-mesmo èstá asomizênhaadoi-soaii-ngzais -f.Ç31'¢ê-ainëlfiz. .a R'%Y°¡“' '~`f“'">°íq“°~*P'°f*'=S=@Vfi ° -Pflfl¢=i>i° wnêewador; uma inufiiióufziš
portanto, de .esforços-e sacrifícios para construir o futuro e estabele:
são ê9.Çiali.âta de 1.9.1Zé...1š!.fla§:;Rsir.‹âilu@§>,sf-š' qflszmsdaiäffl 2 moderni-
mram a_.f.a‹=e d‹>..m1-mdo. ambas 1í1.srsi4l!1êdass.›flPf°fimds4aS MS cer:
ue O Éshtinçmãda '5'@-'isës mais
.fe ff,\1.ÇflQ 99nÊ1_4<_I.ÍQz.¢ra s dsiflsfisa- `
fortezdo.que Bonaparte. Tango
mesmas. raízes. lfistódsàazs nas mesiimszzmeztizvêsöes Ffaflsssfldsfl' _ ez .inconsciente poderowfdez sua conso-
*z
rf1I fl4:4

Ifi;_vl:;fln44.l
tais, porquanto fill1_as._dg ¿_iuna_.orige_rn_;-eo_'mum2 8 l¡.bÇl'dad¢. ãllbla'
¡- 39° SU fefffifleaz ate que a .nova ordem chegasse ao âma 0
cente à própria natureza Sociedade.. W 'A -8_ .-3
l=¬f°='s-se dszis-§<.>f=<iss~.ssis aišsvelssãšiEi:.a1.i°sSa.s°».z1z°ls*fif
mou pelo Teri¬or,° nèina Revolução Russa peläditadura do pro eta'-.'
..A .vontade do. _ ._ -"- I.
riado e sua. buroëraciaz-»Mas.zarnbas. se›=leg'itÍimarain perante .a Histó- axioma
Po' ' ig?autodet m*`¡na' -' , 'd-°'-c'Ód¡S'°Í'CíVÍlz'
H aygl n'°s'amg°s' ~ _ `, ~'
fl05`P1€biscitos1 noi
ria zpelos=fi¬utos§..que 8 -em (10 ESW10 9°' naturais, onde se aliëer ` ção' I?a«ci?niil”fnai"{riçt¡if¡s¡ca 'iiosidlre-'t°5
oial.fE§.om.='ö- tefrceiro .arriaiihece novaídemocracia: a do Como nas Cartas e -,- -n$5¡Í1.-l.1Ç0.9S
çëwi* lim PrmÇ¡P¡°*s"P9¡"°-"deilušfiçazíbem
Höinèm, cidadão.:do'~Unive'r-so,==em -razão'dos.di'reitos que lhe foram .. - ' que 0. terror da Santa -Al' ' ' '
P°dz¢svPr1mir nez.n~siif‹-›'éài., . `« 1 ' ' " " 'Ímça*'f`a°
Q9isrsaë.9§'is rssgaliesides-zzz ~. . z ~f zéz - '~ ' -*¬~ -`- ' ...- 7 s =.. ' =-". '.-;'“:'r'{=iÉ '

-.~zÍ:~;.z -.z ' =.=... '.= .--›:~›¬z;._~z sí, Es-oz. z,.*:~z;`i'«,- .x.-'sí' -.i - _ olhogsiiígsfiiuíírdøs É i ii`1.¡ igóëfié Momëscllfièu ë R°'U55ëä\i, os
~'›Í~~B_¢.f,l..ê‹il.1é‹;4`1'0 .¢~xøJfl¢. de ¡=2ê,t¢§‹.io:~é1S #=e!4§š;H1'¿ë`~iâias.irr¢versíveis.z4¢ ...atendo forteno coâo“Ên:z¢,egÊt?g"Te' e O P'efi$ê.ime.m° rest-¿“md°¡` ba'
i-u_-u=.iqr=_fr-: íuflla 63 . ~.'›.° _`‹{.=.-`,,f'.'›l . ~. '-3 í3".`.§'*°'_.›.. ' '° -» ta d _ . ; *ia -_* _- $~m_P flYam.¢<¿›m‹leviana alegria:a.ssuP¡,_5,
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luçao

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" f como 'viva nos seus efëitosconti "
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Socialista do seculo XX, sem embargo de quantos
°¢!'¢ rain, de ult¬imo,o ti-e5pa55e_ q
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As Revoluçóes enganam os gbseiyadores de vistas curtas, sem iu.

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ó`_dé`scortiho da comp“i"_eensíài^b filo"sófi'c'a*'c*_›'í.i a acuidade científica 4. O Estado sacialƒa-i, no 00,-¿ t _ H . ..,. . _ " '
da análise sociológica. _l\/lledeiri-se o_s_'ao`ontecimentos pelo ângulo tó- Revolução Russa 0" 8, a grande consequencia da
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pioo_e casuistico, fadado a valorizar--tão-so_mente Ó secundário e o
trarisitório, 'em dano dos 'êlëmentoš"dë*perinanência, aptos a sobre-' V''sta em f1Uadf°Sz a Revoluçao
- Francesa foi. o Estado libef 1. A
\?'iš?ërem à' correntekdos sacfifíciös' iiii`¡`5`oë§tös por'cbr'icrètizações pro- R_l"
¡¢V° “Ça° Ruësa":'›'*'‹'-"".- _ unicamente
de 1917 e o Estado social, nao _ 'zz.a.
pelos
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Qisõrias no” Êlaivërdadeira
ásia» 'fl<ifl§!a"¿1°;ãšltiäfišâöifiiësöšš"€Ê*V*ilFí'¢¡°f*á'¡“S~ .
' " Um engano de tal
histórica, ou

iöšš fiiftoë P'§>.<__§ein_ evê`n`-D


ègs. .aiíë
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-'P 5:15. 9 . _ .9.$f€z..d9bai×o da pereshšoíka de Corbachev. que aça-Í'
mas
meinq materia de transformação i_11_5;i11_¡¢-izmal

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tualmente encobrir a mudança do eixo social
_~i-; -.i .ii-~.-¬f. . . z z z-'wii' .f-w '-=:-_›‹.zz.-- -›“›:-!n'-°-;¬f:'*~r"v~-
meno d`a_s Revoluçoes b§:orréu;*por'eXèii_i§1o,'quaÍ)dÕ OS l_I'E1If1g9$
~=i ;;›..'.'z.-"v-. r

Rè'\?blÊ1ção"*Fraiii:'ë':-'ia ' jiírzi'i¡"áiTi'*'Tsi5Ér“é`Ía:' fc'ö`i*cÍ`a7"é*:'‹)_`*tr_öno 'ünpšriál de


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fenô-
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°sam _ _ . . ; ..

°“- t " ¡~ a -_;eÊ$-e-ql»-l10$êS de autodetermiflação; -um desfecho im-`


Ptevis, o que abalou Q-mundo, mas que não: comprometeiem d
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f1i¢v§Q~do sacialism.o.dems›‹_:i-âiiao peffeifaingmefex ¡¿¡Ve¡. na af
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parte~quë`°á`iRe\ió[i1Õâ”ó*ë§taifaÊ%iibrtä "'e 'šéip¡Í!tada' ta' do sçci-alfa P1 J. I : . ._ .:' -eq - . na -
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i'ê`fi1¡“5f¿í.*®“‹zësai~1šiii‹›_, *d'aii*i*ip?ëifä=`d,ó'¿ šëíáiigüwâvafià-ff§_is'”Q¡;§éwâapra¿¿
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- desafetos da idéia Í‹:fc'›”š*po\i”o'§'
contriši aristocráa êf So
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' sem a inoçao
-Â 8 das
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. históricas
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ciafdopifivilég-io- feúdaäáeofäçbšolafitsmo_da's=d.ina^s¡i=ias:-»2unia-siinples .lar
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'i e. subs-tanoial. reštauraiçãoëiías foímäsiabsoluçištasƒšupirirfüdas dom* .
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A 1N1ERPRErAçÃo Das Rzvowçóes zu


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210 Do 'ESTADO LIBERAL ao ESTADO SOCIAL
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Cl' _ . . .. _, ~ ar ue as Re- pos de concentração ou os expurgos da década de 30, senão que ela
ver= enterrada a Revoluçao Francesa _ poderao assevã:r____e‹ã______ no
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granjeou o seu perfil definitivo na medida em que inspirou ao Oci-

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volúções da Rússia e da›Ch|na, este seculo, ]flZfm 9 N _ _________ O dente a síntese dialética do compromisso corporificado pelo Estado
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dãs"'f'idéias r`n"o`rtaS'"z Êclüfiliisiefefldas P°f Alcantara _ social das democracias sem adjetivação.
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1;. saudoso pensador-cearense. _ _ _ __ _, ____
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A França do Estado liberal da segunda metade do século passa-
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t aliás temos vis`tÕ.:Pl'0Clamädo
z ~ ~ - com inocênciaëide Ê1[hm°'
se=à*-Rêàfoluçâo do janiais poderia ser a França dos jacobinos. No entanto, ambas
I
Li
por uma c-r1t1_ca carente de-e×a_m_e e refle_›fa_0z ¢0m°a_ _____________gã____ ä;_ã__ bnotaram das mesmas idéias ou das mesmas nascentes.
~:
. .Tv-Lá
nãöfosse P0? lgúiál -de empfoéâoãtõ a aren'te'=ve`r;da'dés A primeira só foi possível graças à segunda. O mesmo se pode
létic-a' 'de fasèsíque deitam em°sua con ra lç P ______._____¡,¿__,___‹¿
.,. . ‹-‹
dizer com respâaito à União Soviética de Gorbachev, em compara-
profundas. I I - - - ' ~ bono da üela¡s..-Reirolu- ção da União s Repúblicas Soviétiéas Socialistas de Lênin e=Stalin.
Í`N°' Caso' ”ërtë'.1t°'i'd'ÊPa.fa*§eÍii°s emf d 'da‹ilão= ovo-' oad-
çõeg.-a~:y¢¡-dadezsbciial da'l1b,el'-dade, aestrelaz 0 Cl _ _ _ 'F_'_ __:____ ões Não fora a Revolução Socialista do século XX, o mundo estaria
`vei1to*'í°:lo 'I-Iomémi.materialmente¬emanc1pad0 de ¿lua~Ê1taÊ_'lStÍè_ d ainda atado à cruel liberdade individualista do capitalismo selva-
l S...'o.. . -.. '-- ‹' - ."' " ' ' I 'pocual'
'gem do século XIX, da mesma forma que, sem a Revolução Francesa,
°lib'eral.!~NüÍ=icafl1ou«V¢z<PfiTa*ÚÍm*lÍ°V°¡=ma}
“°°°S$'°i%d“$'f9»Éa `Ê"Ê'*"f*'i*Í° 'Í°.'"b°-Mio' ëëräggíaãêfiéiziaó“
_. ;
‹"=1~\1¢'~s
t¡¡'zu¡=‹_ã=¿ continuaria o gênero humano vivendo debaixo do cetro daqueles
enfermidade f a `fo'me, -a miséria, o analfabetismo
, . -e a-'PÊÕÊ
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--. -' ° reis e rainhas, diante de cujo despotismo o povo se prostrava, coi-
Quem-libera;-..«a sociéaada-desses €lagel.Qs*sfs fel*-° '"m“"f@”~°1“°š_f_°°
_ _ _. .._ .. ___-- _-T'- _:_ __ _ __ _____.¿_ '_ _ _ _ _._,_ _is!:°ó .:.__.HÕ s_ificado e genuflexo, sem direitos, sem liberdade, sem participação.
~ - 0-*-=‹=1*=:-**~f*‹'=¢° Psfr*?*Y°'°?i@§t1ÊÊ*.£°'”fi9i.S*ii-°¬fiÊiÍz‹§ÊÍz1zÍ-ÍzÍi+zé'i+iÊÊaz~aó _ Foi, por conseguinte, a Grande Revolução do século XVIII que,
Os *MS °=f*1"¢lma<Ê°š dë"°f°í?¢Ê`.°1i*°.f`aÉ"a.'.`.°Êi' .fínàiiàfiiófâà ai~:àa'ufa~.
ma-r de 5anfgue;;-¿¡_,5zI-iqlocaustoši ao fero pÊss1oa____ O _______šo_dà_____,________s__
no can'1po das idéias políticas e filosóficas, reformou o mundo. E o
reformou com os valores da liberdade, igualdade e fraternidade,
Com as d1tadurasse_mtenta, na0_ rflf0z 13 ¡'°V1__ ,, . . _ .' preparando transformações substanciais tanto relativamente _ à
formações mediante a queima das etapas,
- -_ os saltos qualitativos, o
' ac_Ie ca-
competência dos poderes soberanos, graças às limitações constitu-
enegítmnggtq dog, gëpaços _¡'EQ,_pl¿'9PÓS1lIQ, dê faZe__t'__ a;HL:Ê r_fln a cionais ao seu e×ercício,°oomo no tocante à esfera dos direitos bási-
minharz em~P°u¢_0s.~an°S. SsQLz1lQS=d° Pf°8f°SS° “We - - - cos, doravante centro de gravidade de todo o processo de liberta-
d¡5|:ân_c_ia,social e oatraso. _. - _ _ _ ___ çao civil e social do Homem e razão de ser da nova ordem juridica e
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-nun-._n.ñflaj
lr__¡ul-' . v.H'.ui constitucional da Sociedade.`
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5°°¡°dad° ° '°St.".“'d° ° P°“.i-Ê' .aos sims miioã qgrlërmdo-a~í›.-aaiustiÍ Criou a-Sociedade vocacionadamente universal de nosso tempo
Aí;
P o primado dós direitos humanos fundamentais. Entraram eles, já,
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z-o=|\_`-n-,`-\¡.!,¡:-.;ñ'a ficação e a legitirmdade das Revoluçoes. _ - na consciência de todos os povos, por obra daquelas Revoluções,
_ cujo alcance intentamosmedir e interpretar. _ ' `
.. . . _- _-' | ..z ' .:'~f':-¬'-.:--"'f:= :_-:-'W ` I. l"Íie:“
5. Nemfa R§volu_ção_Frd_ricesa se le_g_i,Ç:rrzou PQI? iÊ""'_0":__, g_f_.¿_,__._¿__ac¿_a › O

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Rèvoluçõô Russa'ƒiëlai'r{z_tpdurà do proietana o e s _ _______ _ _


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Estado'‹dë*D1reitö,-a-legit-umdade repu_ _ , _¡_
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ru"óion*al;,”-o=negime“=zí=epresen=t=arivÓ,- as'›la1ber¢lfl¢ieS I_=;:_*l?l.'°a_:ë_°Zd;fâ'á
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t_osr¡_nd1-v1dua1s;.a mayestaäfe f_da_.pesso_a _ __ _¢I______.á
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.-0;.-¡`› ;I 0- °, .. .-° ; ' 1-,,ebmg,_,,,,H¿ar¡em___193l___
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_ _ . _ _ _ _. _ __ -ç " ' '22I-'bis 25. AprüeT9l;Õ Êrsfef' Hgšdköiišfflss vom
Ç _ i ` " " “` ' `Í"" " I-Ierausgegeben vom B.W' i . ema Õúaléfi'ÍíÍëg_`_É|$1z\mdes,
. .,,_ . ft ~ __ _ _ . _ __b°en¡_ng_ smu __r__v_______ ._ __ te von E_
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1

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ffitldal 70 '“.
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do monarca 41
ARlsrÓ'rELl=.s ss. 61, 144, 153, lsó-s
___ l<ant_und Marx. Zweiteflneubearbeitete Auflage. Tuebiitgeflz l-:C5 (Paul Aristotelismo 95 '
-Siebeck)'.'l927_.,¡:z _¿__¡¿'.. _,, ¡¡.__;_.¿ -,°,- - U. .¿_¢_.. T .... .S ...I . ._ do rei 51, 77
Arte 120 -
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WEBER, Alfred. Eínfizzhâzngwn-Iuiz šúâiólbgíé. =Mue*r¡êh'e'd, R5 Rlpêi sz Ço. veflàg) l95s. W feudališmo 54
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Autocracia 115
WEBER, Mz×-. wz'dzzdzàfi'zind Czséllséhqfi.-`v¡éd¢Í'n¢o lzefzuzg¢g¢b'ézz¬Àuflzge, l›‹zs‹›z-gt Hegel e o 129-131
Autonomia (liberdade) 154
van lolzàzzdeâ wâzréltelzzâafià, Tizeõtzlgzn, J. c.'=o. Mõlzz- (Pzol s¡élz›z¢l<›, 1956. iluminista 72, 77
Autoridade 49, 57, 60, 66, 71, 73, 133
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wll-ESE, Lzop'ól'd ;'v"¿›'li';"Dzzs Sõàzlzlz- izêz' Leben and z'm_ D_er¿lç.-:¡l.` l_<o§eln u. opladen. monãrquico 71, 131 '
liberdade 168
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WestdeutscherVerlag,1956. " " "": " ' H . pré-revolucionário 83 -
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paterna! 115
, teoria do 46
É ___ System '*-def"~`A'llg'eir'x`éir1ën"' Soiiologies' Dritte Auflage¡_ Berlin. Dl'-lnC|<€I' Und
Alisoluto (realização do) 120-1
Autoritarismo 81
Humbl<›f,f.l955~.‹->- - - _ '__
Academia de Dijon 170
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216 _Do Esmoo LIBERAL Ao ESTADO soc1A1. ' íND1cE-ANALíT.1co z-16


BODIN 46 da natureza, ccimprovação das 100 Constitucionàlisflio 44-5,'49=f_50, 65, 73, Dedução 99
Bolchevismo 184 experimentais 102 7:7, 80, 87 . g " - ' '-1' 1* Delação 199
-.--
ortodoxo 185 zzzmzzis 92 =fl9‹=fl¢m\9'78
bu:rguê:s43 " '- - » - Dzmzgogiz 203' 195-
plutoàíifiëia -
BON, Gustavo Le 192-3, 195 ~ '“C'u'culo" social 193 C.1á$$iC044,72 'Ã _' '. *E .;-,¡`;{.¿_,=, __ _De¡n¡¡g°g° 201 ¡ .i,_
Civilização
999"-=mP°fãfl9° 63.80 -- ¬=-«ff -'oemozmaz 39,45-4,52-4, 51,65'-6,66,
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. 4

BONAPARTE 81, 122


1
BONAYIDES, Paulo 51 cristã 95 democrático 44, 69, 1-33, 200, 202 70-1,86, 165-6, 167~9,f114~'5,17s,
grega, liberdade na 152 184,190, 192,199 203 ._ _ -
BOSSUET 42 _
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;:._.|-".“_- n. r..I- -ra5s'_¬-'Q"'nv-*-".‹.'M.,
uÍ.¡-qr3n.-1¡Irv›u;¬.-f1v.»-z¬"-6›

Brasil 184, 186, 202 1 úzduzrrâzl 196 moderno?_65-'6_`; 68, 72,›141 : '- B ateniense143,153 = - - '
BURCKHARDT, Jacob 148-50, 153 “Civitas" 113 ocidental 64 -.-`-' --_, -burguesia, binômio 55'- --
.'¡
_

BURDEAU, C. 55, 87, 154, 175 Classe 56, 174-5, 189 racional-normativista-74 ,. de massas 55, 201-3 =.-: " «'
5
1;
\,f. ,-›.p_¿.-_ -._

Burguesia 41-3, 49-50, 52, 66-70, 74, 82, controle burguês de 185 Constituição 40, 56-7, 114' -= ,;, _ direta, Rousseauea 141 __ :_
~ 1_1§z_1»25°+-19Hz-1199
5
É
I' l dominante 83 ' Estadoâ"sÍ›‹iiä.l.da 191.}‹202-,f' 204'› f.=-Í*
3-me¡'¡€3¡¡3.65f Z2'3"Íi› 11 5:: °.:.›,:_‹
1 capitalista 166, 185, 188 ideologia de 42 conceito histórico de 40 , z ;z _-§¡¿ "gove¡-f¡¿¡aa‹"55;-':203; ¡,,.,-_._-,Z ,¿.
‹.
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°'d`esinteg1-ação da 177 liberdade de 189 conceito racionalfnorlriativoide _4_,0 “g0ve11'¡à¡u'¢':.-55¡ 1031 _ z_.;_«z,.- -~ ..
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direito natural da 41 opera-ia 166, 176-7,165 1 n u


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Estado da 164 " ' preponiderante 57
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Estado social da 186--7 privzfilegiada 56
lflIP'_nQ-vlw-IfiøI 'f¬ da FWRÇ3 de .1¶4.ÕÍ2Ú4‹'-.'- 'ms .°zz‹~_°.:::'- liberal 55, 70, 73, 169, 194 - :" 's
industrial 190 2 .-. pšiw'/'flégiös dé'°174 Ê*
social 50, 67 da lfl5¡=f¢fl'=`69 'I =. ¬ . - '.. -lib-6zz11§ú'zó;'=ib1z`úôzzfi~6 55 = . z
ocidental 57, 175 de Bonn 192, 204 ' ~ 6 modëiiria›1'59,=1'65.. _' :_
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w. frexibltioionáiia 4-1 Classes 141, 175 '-"¡ ° do Estado 56 ' ~' í . __» . _ plebiscitária 189, 203 °
Buroctata 186 luta de 56 1 * *~
«` BUSOLT, Georg 154
sociedade de 56 ~ * °Ut°¡'8?¿a 33 _ » , representatii/a"114=1 = ~' '-
rousseauniana 170-7, 1-80
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trabalhadoras 20.3-=4' '» CORSÚNÍÇÕGS 1 ~ -, , social 56:57, 64,180, 190 '› -
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°Democracias ` _
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' um-Inul¢›9-4*\" V-¢'*;-'lI-ƒ"
Codificação82 ' -_ modernas58 -,_. _' _ .___.š:¡ ` ocidentais 60 -
coerência ¿¡a¡¿f¡¢¡¡¡- 122 .â:› ' Contrapesos (sistema de Ereioge) 45,74 -
Cairo 197 ~ 60 ‹ _-
W CALVÍNO 116 coi-IEN 106 f' _ coz-.saio .. ._ . Desigualdades 61, 170, 174
ii C0¡sa em ¿¡~«106.7¿ 109211»-'=;~. 1 liberdade do 59 -_ .,,_ ,Q h -
if “Câmara alta" 75 ”Desmassificar" 198 '
coleúvâózdzs ¡z›61íi`izz1s*›i9-i social 50-2. 111. 125;` ` 166,-z169,7.1_,
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179-31
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CAMPANELA 69 Despolitização do eleitor 202--. '
- 1 Capacidade cognoscitiva 97, 101 Comuna de Paris 183 W ° “
C0flfr=maliSpu.9¿f›Q_.168~29, z Despotisuio 41', 50, 67, 77, -123,'12-9, 144,
M11 Capital 185, 188-9, 194 Comunidade 46, 53, 146-7, 152~3, 155 154 '
fiãlf-"i 5 -J' ,z‹ 1
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Capitalismo 61, 104, 164, 166,ü69, 171,-2, estatal 159 - ' Con_t§`9le__burgu& de classe 185 destruição do 141 .
11 gnpuunlfƒ
175, 180, 190, 197 - . Conceito "a priori" 97
CONDORCET 146 °
p co1j=£1gN1c'‹f91aa._z ._ do rei 70 1
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Capitalista 116,189 Corporação medieval 6_7 - totalitário 80
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CÊIÍÃS ¿" _, ` __ '.: _ ~ . 'Conforto tecnológico 201 ` ` ”= Corporâções 123,,f16_6 -- ¬ DeSp!'Ole'I.'3.l'1Zar 198 . : .- 1
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| CARVALHO, Orlando M. 182 _ Conhecimento 91, 93, 99, 1001 102' ' Des'íñç› iefoi-m.ista 57 _ -
Categoriaszdq e;_\tei1__1@en_to 99 - "a P¡-im-i" 94 -_ - ._ - ¿° Corporativismo 66 ,_ Desvirtuamentó do poder 203 `
Causalidade 100, 1059-' ¢¡ën¢iz¡ do 99 _ _ _-'1 ` Í 1 Cosmologia 92, 104-5 - _ 1 Determinismo 105 `
P¡`ÍnCíP¡° da 101 ° formas apriorísticas ño' 91 -- ,.' '1 "Cosmos" filosófico 104 - 1- 1~ DEUS 96
c_efi'l Di3$'8_1 _ ' "z _ ° . .i._ ` 1 °¿~z§°';=° 1 1 J FUSÍCI dC ' QEUSSEN 92
Certeza cartesiana 99 °' 1-z<;-igual 97-8, -f - ' Cri* SOCial 177 - 1,1 _É . 3, _' Dever 107 i
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‹ Cesarismo napoléonico 81 - _ racional ..formal 98. , ¿
Criticismo l<antiano1043z° - _
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- Dialética 93, 119-20, 133
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`1. CHURCHÍU-z '134 .. '- _ _ racional».material'›98.1`=f


Senâorial, teoria' do:9.4". _: 5, “: ..
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-1 Cidade-Estado 140, 147, -154 _._, _, , 1» teoria do 9521.59.71*-92100 r:~=' `~.° ` 1 E " ' Í", ;Óí.' f '_-Í i`.z' -2:15') f¡_'T1‹3f_- rousseauniana 170 93 › ' .
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Do ESTADO LIBERAL Ao Esrâoo sociâi. __ _ ÍNDICE ANALmCo_ _ 221


conceito kantista de 110 Eleitor~{despoI.iü2aÇã0 40) 202
divino 70 117 Elite 191. 197-8 concepção orgânica de 135-6 representativo'123 -
divino, monarca de 72 Empirismo 93-9 101 constitucional 45, 76, 186 romano 163
divino, sistema autocrático de 117 Enciclopédia 83 constituição do 56-7 "5eí¡¡" 126 ‹i'-¬a- .=¡ z. _.
natural 41 2, 47, 58, 71 2, 82, 131 3, ENGEL5 56 164 172 contra-revolucionário 49 social 57, 59, 63, 72, 164,' 174¿87, -190-
172 179 Entendimento 93 crise do 87 ` “ ~~ 2, 202-3 :š - f -_-_-_ _
natural, escola do 43 82 ERDMANN 106 da burguesia __164, 183 = social, consagração 20243 =..
natural divino 77 Escola dá bui~§u"eI-siá','ab61i'ção do 1831 social da burguesia 18_6"-7- 'z ‹
natural laicizado 67 do direito natural 43 82 "da coação” 117 I social da democgacia' 19=l',‹-202, 204
publico 60 epicurista 160 da coašão incondicionada 41 social da democijajcia de 204
S0bI'eI\&l›'U1'al 172 - estóica 160 ~›' da lei 81 social democrático 178 - j
Direitos 57 59 _ histórica 81 de ‹1¡z~z¡i639-41,-01°'
_ ' ~y social dos sistemas totali-tárips-2,04
do indivíduo 45 65 68, 74 - histórica do direito 143 “da lilr›.erdad¡=:"f“`117 - ' ='ff'¿J ‹ social e Estado¿_so_cialista_, ,distinção
do homem 41 58 126 134 hbei-al 61 denatui'ezai1:68° ' ' - _ 'Ô'--*-‹=‹ 183.41 -_, .
e garantias individuais 64 neokantiana 115 'de zoaeàzde 166 I . z-.ozíai zz_à"az{ii};{1¡dzae 1§1._Í _
fundameritais 203-4 platônico-pitagórica 95 democrático 46, 57; 74; 185. socialista _1,6_3-.4,¡_ 166,7, 20;Í_={_,,,.,
fundamentais da personalidade 140 Esmagamento do indivíduo 140 esocialização parcial 186 f- .".'› i ”solle5n” 126 ,_ _, '
matos 40 äpaço autônomo 201 *- ¬ empíi-ico115 ‹ lv
.'= '
l J `
iimziz do 152 ' ' ”,
individuais 45 65 68 74 Espaço existencial - essência do 80 `f ' totalitârio 60, 170
eudemonístico 115
individuais, ausência de 159 auto;-.omo 200 - 9956699619130
CIVIS 51
naturais 52 168
efetivo 200
zmmmo 201
federal 76-7
filosofia do 89-90 ' v
1-=z~=.‹z=_â1‹›ê.zi1‹_›.=:‹i.‹›.s.1ifiz 194
Ez-.izi6'iãiz1*zi29 _ _
_
naturais do homem 42 Espaço soqal 200 fins d_o 72-3, 86 EstoicišmoT95 "
SOGIMS 204 ` Espanha franquista 184 -gendarme 40 Em 90,101-2,105 '_ _
grego 162-3
Ditadura do proletariado 194 Esparta 151 2
-guarda notumo 40
Eëieslafia 55
°"' Dlffldllfafi 197 Especulaçao filosófica 91 Euderiioiiismo 58
marxistas 197 E590-1:6 100 '120 helêníco 1`57 Europa 56, 70, 127, 157
massa como pressuposto das 197 ,ix-,0|ugo 126 hipo'tëtico`l26 E×6¢a:iv6 45, 46, 46, 7,5, 113, 137-6
Divinizaçao do poder 131 ag;-mo 198 idéia 111,115, 125-6, 192 h.ipertro_
' fia do 88
“igreja” 159 Existencialismo 104
Dl'/1550 Esquerda 58-62 194
de competencia 78 Essênqa 120 intervendonista-200 ' 1~ Experiência 10_1 '
99 P949* 65-7 73 77-9 36-7 203 Estado 39942 44-7 51 2 53-4 65-6 76 ¡0f1‹i¡66 40, 43, 72-6, 60, 1159192, 200 Exploração burguesa 118
DIUVIRA Marcel 51 79-81 83-7, 101 103 110 111 2 legitimidade do 111 ~ ` `= '-`
Doutrina 114*-7 121 124-6 128 129-32 iibzz-ai 42, 59, 164, 164, 190, 202 * '
individualista 73-4 139-41, 147 148-9, 151 2, 154 iibzzai-aemoaâfiao s0;fs2,›6à-4, F
orgaiucista 83-5 156-9 163 l35'6 1» 66-6, 76 =="= ' 2
Doutrinas socialistas 61 a posterwrl 40 112 ri'Ui modem 42, 136, 146, 157,066 - _ = Faculdade cognosdtiva 97, 101, 103
DROSSBERG-VERDROSS Alfred 147 abstrato 137 "" "
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autoritario 571 'r-'1Í?'.i
i:i_ionopoli2ador'do poder 41 Fascismo 62, 184
burguês 114, 186
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normativ_° ,126 ' -I'-ff» Í' ` Z * ”FeriÇ'z;i__ieiÍjiõ*r"-'l'l2 -
burocratico 116 " ran*
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ÍNDICE ANALÍTICO 223
222 Do ESTADO LIBERAL Ao Esmoo socuu. É
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1 hegelianismo sem Hegel 121-2 ideologias 202
Hegemonia macedõnia 191 "Idolah'ia" das massas 197 _ _.
‹zz-idea 99, 101,103 0 l
HEÍDDECER 104-5, 183 Igreja 158-9 P ...-~
da cultura 102 l
1
Heidelberg 123 Igualdade Sflsl, 55, 61, 74, 112, *155,-160
as história 144 GALVÃO .P.óo ~
I I

GANS 129, 1.36 Helenismo 142-4 ÍOI'lI\â.1 61 _; . Ígiz..


- =.d_e"-Ka1.it9»7\" .' Garantias 59 HELMHOLTZ 101 imperativo çategórico 91, 1,07-_8,-11.14
do direito 85
individuais 64 HIPPEL, E. V. 134, 136 - imperativo hipotético 107-8
(10 ESlia¿l0Í39-90 *- ': GASSET, Ortega y 54, 56, 91, 96, 103, ' História 103, 126-8, 133 imperialismo 130
do.libefàlišti1o'59 167, 192
'*è'fi1óšofa'i*f92 ,
da Filosofia 95 Império 88
Cenialidade 55 universal 120 _ ' lndívidualismo 65, 86, 137, 139, 142, 147
1- especulativa 120 i
CENTILE 56 Historicismo 52, 82, 14.2 Indivíduo 51,_§_3,›óó',*68,l7_1,f=73,-36,_80¬2,
formal 98' " '_ ' " Germanismo 142-3 ,
': " '.' _ H
jurídico143 ' - ` - 100, 111;`117›,.131,"13_3,ÊI40, 146,
GIERKE, Otto v. 45, 84-5 HOBBES 42, 77, 129, 168 . 148, 152-3, 155, 157,, 1.611, 168,
hégelianä' 58%-9, 120 -" GLOCKNER, Hermann 103 HOEFFDÍNG 100 I
200, ° ;:{r\1cz
hegeliana, sistema da 120 Gnosiolpgia 1015 HOLSTEIN, Gunther 49 esmagamento do 140. _. , :_z.f;›.-,zz.zz~
história*95 - -fri- Gnosioliógiqo 9.9.; 103 *T Homem 101-2, 112, 115, 1,18, 120,152 integração na c9lefividade,1,.§Q, z,
irtdividúalistãf e liberal 201 GoB[NEAU;,l92~ 1l Declaração dos Direitos 58, '6__3-4, 77, submissão ao Estado 144 ','¿.f;T _ , _ ,
iLI.I'ÍdÍCO-'¢51l3t£I.1 90 _ . GOETHE 62'°102 «- ~-usa
..
I .
.
_ - - - ..-
.
.:'
-0
valoração d_o¿1_54', 156, `w_5¡¿_ ¿' -
iwmmfflísw 4.1 ` ` . - Golpe.-5 de Estado sv d5_rz¡r‹›s›‹1<›.-41, 58,126 134 1 vontade à¢1so .,‹.-z ›
kanfialw _. J . Ú r _ Governo "f¿=n‹›mê¢ú‹z‹›"' 105, .169 'Í' mm-âzâbmàzàz ._ `
kañtiana, fase_c:r1ftico-empírica 92_ das leis 72 -rlmšãaí 1.94z~.19.6, :199 : da soberania 72 ,-,|¿¿, ¿ _ t
kanfianaf fasepëfificbfêçiep-»ëiiS«të.-|?2 ! de todas as classes 43 =-›ú'úme;r‹› 198 " do poder estatal 76, 78 .._.-; -:- ¬› z,_ ,
kflflfififlaf fa* d°8máfit°" i ' de uma classe 43 -pessoa 198 Í ,r _, ,,_ indução 99 ' ,._-'z`_.,z.-'-".'.'›z'.
1'aC10l1a.llSta 92 ' dos homens 72 ‹-povo 103 .- -' ~ - . 1ndLIl1075 - j.f'.§;_.°
modema 91, 96, 103=4 forma de 46 HONIGSHEIM, Paul 113 ' inglaterra 69, 84, 184, 186, 203
política 45-6, 50, 53, 56-8, 62, 83, 115 sistema de 152 Humanidade 69, 82, 145, 193 lnstituições
prática 97 _ CRABOWSKY, Ad0|.f 197'9 Humanismo 62 democráticas 200
f°\}.=§_'§fl“§üs“ë-173 cféóz 142, 143,-153-4. 1560. 191 Humanista 120 poiíticas 65
sisfënías filósóficçs 95 Grupalismo 43 HUMBOLDT 62, 140 lntercomunicação dos poderes 75 -'
, me'al 130 °` Grupo 46 HUME 101 Interesse público 48 . ..
teórica 97 “de pressão” 202 HUSSERI.. 100 lntervencionismo 179, 20.3 , _..,,
Filósofos mecaniçistas 128 49 |1W°f›fis==\Çã° sfl°Si°l6sí‹=flz?§:.~â '- .
Fins do Estado 7-253, 86 Guerra ,mm¿¡a¡ 61, 129, 139-40 lsagoria155 ;_ õ.;
FISCHER. Kuno 92, 106 Guerras' . ' Í 01511105" 1 -' .
Física 97 de libeglƒação 122 lzonozzúz 155,160 _ 'U
"Flibusteiros” 199 ` ' napoleônicas 49 Idade Média 41, 66, 69, 77, 95, 126, 198 1501111118 pg;
FLU$_<;1,_<1CER.2¿1§‹:,1i×_1;54 cuErz.É_-vlrcfl. Mmúne 69 nova 198 ,_ Itália fascista 184 _..
Fome 61 GUILHERME, Frederic-9 114, 132 Idade M0.`dema 41, 46, 95, 127, 146, 158, "ludiciaria potestas” 113¡ ' ._, H
Forma 65 _ 'l' 1 194
de governo 45-6 - W tendências massificadoras na 198 z - :..›.-.:='. -' j. .›.Í
. ., ..¡.¡¡'_.._ .
Formalismoóã _ H li
. idealismo 102, 119 .». ° J I ;p.f`.|",hiI:`l. ¢.n

jurídico 68,85 -. _ - ,. =' '.¢.


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idealista 12.0 ` . gw. \,_.¡.1|›._I
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224 DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL Í
Norcs ANALITICO
Jusnaturalismo 42, 77, 111, 126, 140, 180 Liberalismo - -
filosofia iusnaturalista 41 burguês 49, 53'9z 115» 1333» 137' 158' Liderança totalitária 194
LINCOLN 145 MAYER, Max Ernst 161
superação do 131 ' 173'9 °
¡,_¡$fiç¿ 52 ' ` clássico 53 LlT1', 1"h. 196 Mecanicistas 82-›3
Livre iniciativa 68 Medievalismo 169
social 62 _ ê.;. constitucional 119 "Medo de viver” 198
Juv¡:~:NI-:I3, Bertrand de 17o›1 confimfltfll 72 L0CI<E;1;1-8‹f',57-8,71,84, 167-8, 172, ' "Meuzez-se:aae"i2s
-. I -- crise do 118 ~ MENDELSSOHN 89
Lógica 97, 120
' cristão 62 ' Metafisica 93, 96, 99-100, 104 ~
1( democrático 62, 83 . tri-msceindenlzal 93 .
,í .í '- _-_-'_ _ _. filosofiado45,59 Luta'de~`classè-s'56 "socialista" 175 -
"Metaphysica specia1i_s" 104-5
4o¬1:,=45,“-43357-s, sB,.72,›s9-z11s, _ idade dd 43 z
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-1. 158, 178 * " individualista 45 .


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1
o M . crítico 98-9 '
elogio da liberdade 117- lockiano 178 O ' 3 crítico/transcendental 98'-9
período critico 92 -- ' manifesto político do 145 MABLY141, 142,163 dialético 120 ` '
péi-ióaó-pré-'emz`¡eee92 * - :reezía de 4o - MACMILLAN 186 empírico 98
57" " ' ' tradicional 80 -1 MADISON 78 metafišico 98 _
¡<E1.sE1×1,-Fr`a¡ze'‹ssä, -7's,ss - Liberdade 39-41, 44-ó, 50-2, 53:55. 57- MANNHEIM, K. 196 METTERNICH 82, 133
KJELLEN 35 " * " 62, 64, 66-70,-'-71-54, 761 79, 3112, Manifesto › MILCIADES 150
MILL, Stuart 140
KOIRÉ Á` 129-ao as.7, 96-3, 100; 1o1=2,-1047110, Comunista 145, 164, 169, 172,~176z
MIRABEAU 141
mari me ~ 117-s, 1ao›2,.aâ9-447145-ó, me 185
MFITEIS, Hans 134
e- KRAUSE 126 2, 173, 175, 179-sl, rss,--187-8 político do liberalismo 145
M 13.9; 1407 152, 157 5-6 l
l
G
~*-"MAQuuwEL 4ó "Modus Vivendi” 110
KRUEGER' Fem 56 . › ' ašntrga e liberdade modema 14 Maratona 150 MOMMSEN 148
""'_ - » * árvore da 123 MARX 56, 59,61, 115, 121,127,145,164- Monarca 47, 69-70, 158 '
6,169, 171-81,183 de direito divino 72
-autonomia 154 . . . _ ' Monarquia 45, 49, 70, 83, 121, 144
L.. _ .autor-idade, antítese 168 MARXISMO 126, 166
- __ civil, garantia da 79 ` . ` ideologia marxista 177 absolutisrno monárquico 131
u\3ouieLA°f=E 69, 145 z ~- ' Clã-*Sífa 66 , , _ (-1 M4 -leninismo 180 antiabsolutista 71 _
LAÇAMBRA, L. L. y 54,143» °°fl°°f*° a“*°“Ê“<š9° _ _ _ revolucionário 189 constitucional 45-6, 49-50, 53, 68,
Lança, n-âeàzâéh mbeff se <=°fl°°'*° f°¿19“° ° c
sistema político 184 ' 137. 190 `
Hegel e'a 127 "
LARENZ, Karl-49 - - - 4° Cla-Í$°_ *_ ' "12
socialismo marxista 114, 184
Monopólios 179
LASALLE 40 ‹ _' ' do arbrtno 61 .¡. Zi”
ez. , Massa 83, 191-200, 203-4'
BI
'LASKL H_ 6l_2 . (10 COII1'|'8líO 59 O "abstrata" 193 MONTESQUIEU 44-5, 47-50, 52, 5,7-8
I'
~ '.
68-9, 72, 74, 77-8, 79, 87, 117,
Legalafive 455 75, so, ss, 113, 135-, 137-s, <1°S f=1<1=<1=°S 7° _ _ "concreta" 193
.'_O'ø-
'fu

operária 196, 203 119, 128, 129, 134-7, 141, 1667,


168' 203do 80 - io sis:f só' 100 - Ã'' ` Í~
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Massas _ 172, 179


hegemonia _ ll
-. Moral (realidade da idéia) 125, '129
aepzemaeia de 79-so, as mdzãfšgual 45,_47.51z 88z 14%-151» ...
9 comportamento das 198
 MORUS 69
Le ' lação social 177 5 . _ _. conhecimento das 198 ' _
Movimento
Leäzaúàade de Eazade 111 Ken* ° ° °l°$'°~°l“ “7 " 'ø
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deiaeezaeâa de ss, 201-2, 204 ' dialético 120
LElB_I-IOLZ 45, 52-3 leisda113 ~'¿.~. .` 5 "idolatria das” 197 ,
'52 ‹._ Ai-
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226 . -DO ESTADO LIBERAL AO ESTADO SOCIAL


$UPI'€'-5550 da 59. 150 separação absoluta de 79
Nacional-socialismo 54»-6, 62, 184, 1-94, social 66 valoração da 139 separação de 44, 49, ós-6,20, va-4,
199 Organismo 80 Pessedista 2.02Í i ` 79-ÊEU, 863-7, 112-'4, 134-8;179,
estatal 79 . Pessoa (homem-) 198 187 - =__f
Nacionalismo 130
estatal 56 _ , _ jurídico, Estado 80 Petrobrás 186 if f .=:'“-* .-z'.~r'I>'.c POEHLMAN, Robert 154- - 2: `
NAPOLEÃO sl, 122, 126 , _ orgão . _ \ Petróleo (monopólio "esfital do) â186 . POI-ILENZ, Max 153-4 `. `¬.- .^. 1 u\ I
um n
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C€5al'ÍSm0 MPOÍGÔIIÍCO 31 de Estado, identificação corn a 1 "Phaenomenon" 106.»-7 ff-5* f- =~f ';1¬ Polícia secreta 199 ' '°
guerras napoleônicas 49 soberania 76 ' ' , '-'Ph_ilosophia-an¿Êilla `pli`y'sicã'e'093'f'*i› 1 Z Política “desproletarizadora" '198
NATÍORP 106 ¡. legislativo 75 - - - ~ , › ` "Phi1osophia ancilla d1eologiäe'1=93 *'12 " Politização 200
Naturalismo c_i_e'ntífico 90_ . __ Órgãos ("separação subjeI:¡va",de) 79 PLATÃO 67, 69; 97-;¬=í2*4;f14s,!1zss.a '. P‹›punz.zzz‹› aemozzâsco 142.
Natureza 79, 97-8, 106, 109, 120 . Oriente socialista 184 escola platônio5¡¡'5fta"`gl5i'itra'e95r. -ê í Populista 202 _ Í.

estado de 168 ,-, OWEN, Robert 172 platonismö*.95 .íiffš Ji ` ›r.7=:z'=z;.--;. ~ .Portugal salazarisfa 184:, 1-:: , .-oii z
NAWlASKYz74¿,_ 19.2¡_5, ,1_.9_7 _ Pluralismo 52 â S .-.zsz:`.:~.. Possibil`id`adé=ap`ri'orística-iiošê-É ~-¬.--z ,
Neokantiano 90, 91, 92, 97., 105 , A Plutocracia 203' *HZ oo- 'zé¿:z «z pensamento 93'-' 1.1.. ›. -;o:`zf .'. 'z ,
P
NTCOLOVIUS 123 Pluto¿ra'tä.Í201-Í..?`-'.ÍÍi "-` . .-;;, zí "Potestas coordinatae" 113
1
NIETHAMMER 126 Poder 40, 43, 45, 47, 51, 56-7; 74-5, 178 "Potestas indiciar¬1a" 113
NIETZSCHE 82, 162:- . Pacto 125 absoluto 47 -2”-'fz f..› "Í .í '-1 "Potestas`lT:'°gislatoria" 113
"Nihi.l ulterius" 106 ' idéia constitutiva 111 f desvirtualinento d0"§Õ'3.-.›-39:. - 1 1 "POteStaS I'eCl0I'Ía" ll3
Nivelamento 195-6 idéia regulativa 111 "detém o poder" 45~ z- , Povo (homem-f) 103
P°lÍl'i¢° 55;* ' ° '-
J lg. 'C Q

Nobreza 70, 83 divini2.ä¢ãoVdd;.131'-f'='.' .'- ':› "Praeambula fidei" 97


Nominalismo 100 social 50, 110-l Eštad`o-3129”. .šÍ> zw. nz- Prerrogativa 43 _ mn-.. -:›.
"Nou.mênon" 106, 112 Panteísmo 1¿19'ê2~_1::›z. . 1 estata-l4ó=8,Í76-7"`-5'Í Í" real48 ` Let.-.l-.-: . -
ø

Nova Idade Média 198 PARETO 56, 192 . ampü¡i'<*fä'o¿d`ë¡z-,é"u§if-Í¡15 73 Presidëncialismo 87 - ' ' ' zalrz'
Nova York 197 Parlamentarismo 138 '' lp estatal,m{ida-'defe-;i1iêiÍi‹'/išiliiliiiäile democracia prësidehciaüsta' 86' 1
europeu 65 76-8 88€ zzf.=;§"¶.' , ‹ Pressão das massas 186 --‹'*z z.!‹›c§-=: ,.
sistema parlamentarista 86 Executivo 45, 46, 48, 75IÍ88',-'-1*13'1'137, PRIESTLEY 157 =;‹.. :ca
_ O sistemas pãrlamentaristas, - 138 . LI' ›.. * . . “Primado darazâo práticašf-99,š103 .- ,zf
É preponderância 80 fedefâfivq 46~= .;. _ ' -=z:-zz- Primeira Guerra Mundial 129; 1139.
"Objetivo" 120 Participação 50 - indicia! 75 ~. z- . z ' Pzzízzcipz 4a›9 .. ‹. -. zzz-,.~zz f
Ob`eto
I 94 \
liberdade 154 Joàiziâz-ao45,-95,413-..,..z--,-,- _ absolutos?
Ocidente 59-61,¡82, 95, 114, 125, 180, Partido trabalhista 203 - Legislativo 45, 75, 80, 86', 88, 113, I Princípio . -. z'
183-4,191,l93,197 Partidosf __ ' . l37~8 , _ .;' da causalidade 101 ~~-- .'
crise do 186 ideológicos 202 Logišläüvo, Suproimoia'-do.80, 86 democrático 43, 66, '68, 7:6;›86:-142,
Ódio ideológico 191 políticos 57, 202 linxitação do 41,'49,~.167-9 - 197 -› _
Oligarquias 204 Paternalismo 203 moderadofi-88 *" ¬-, eudemonístico 116 ` '
Onipotência estatal 58, 149 'estatal 58, 116, 202 1 'ie o
pessoal 116 5": 1-' "`¡.- *_ liberal 43,66,68,86Í z
Operariado 179 ,_ Pátria 150 POÍ-ÍÚC0' 44, 200 =' `- ..Ã ._ organicista 83 .~` -
classe operária 174, 176-7, .185- Patronagem 203 1 s
político, fundamentação-do'130 ' "Prius" (o Estado) 40 '
Opressão 42, 115 PAUL, jean 91-2, 95 Q político, origens do 47 Í-.E f Ç *Í Privi.légio:õ 68 '
1?

Ordem PAU LSEN 90; 92-4 s raci0nalÍ.ZaçãO7tl`0` 46'.-" _' Í " 'Ã de classe 174
Paz 46 . .|

burguesia, desintegração 177 =¡"\'


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Wal 43'9 15: - . Processo 1..
capitalista 174, 186 Pensamento 94 - ›. .zz fl?1
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constitucional 76 democrático 145 7. ' *- 3% t¢Ol'ia democrática ‹`ió;80_-E ~'1'\.'~:¡f-"'¬ ' mecânico 120 ._
estatal 57 liberal 145 * = - p1 L.
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:___ estatal, silpgismo 113 . 1 1 moderno 58 -.-4 âj Poderes 42. 44-6.66. Vñ-7.819 ;=.:.é;«.: -:T‹'í›.¢= Progresso 62
feudal 121,131 tÓt3.ütáI'lO80
PÉRICLES145, 153
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1 "' divisão ‹.1.ë'44é5, 65-6;68~71)=,a2;177»s,r Pzolçrzúzao ms ~ ~'- z . zz ,..~.-zz.-_
social 73 .._.
-Edi ,_§.3fi;_-203`¡.i .'fí'Â.1 ‹"-5.2: ._iÍ{ alemão 57";"' :|'~-ir-'-›"r 5 z °'.\I
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Ordenamento estatal 47 Personalidade 44, 53, 5§;‹'7.3, 76, _8_6, 140, J..
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integração 73 .‹'=.-=.›>í aâfzàw-z z1<›1so,194 .I-Io f `


Organicismo 81, 83, 119 191 , - 1 , '- . -" lr L`.`.:';_zZZz
PfOle{Ãfiz3çã0 198 -Í : .-'Í ' '.›.s'í?-.es-'°¡'z"--.;"=3.*'
estatal 81 direitos fundamentais da .140 _. ,,_ I m públiëõs 66:.-.--.z.==o‹:›-=.:°f›z z:.'âi*šè.íf.-Éh "P¡-opëdêuficafl 97 - _-_¬.--1: 55,; -JE.:-›.=:°.;;; ~ 4- \ :- -ø Q

estatal e social 80 humana 4-4, 61, 73; 76, 86,_.1_3¿4,_146, ii jagf remanescentes 48-9 › . " n¬.:~l;â : Propriedade 168 Í "°›*r~Íz-'z_':›‹;r - "
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'K
zzs Do Esraoo Lrssnaizao Esraoo socxzu. _
ÍNDICE AMM.-i¬r1co" z 229
Protecionismfo 179 . - . Rei 48,51,77, 116 ._ ...
PI'ÚSSÍá: 123 'i- '_ " .' '. zw; _-
despotismo do 70' ,_ ._ ¿z_, filosofia rousseauniana 173 - . fimita
Estàdo'_p_russia_no 121*, .132- Religião 103, 120, 132, 172 ' .- RuEs'row19ó _ .__ _ ção52da 45 1
Popum
Psicologia 104-5, 120, 195 ' Renascença 67 '
Psioologismo social-,56 ' ` ' Prerrogativas 87 ''
Renascimento 96, 104 . -
` _ fu Social 58, 65, 171, 182,'-*193 .'
Reprsfisnfëção 60,123. _ -. 5 ' ' elas-.¢4s,s0 =
”PuIsch" 199 popular 46
O
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Repressão ao poder 168_ -, consagração irrefletida d 140 ›-'‹'


š';_°:"*' T'5";f__<_¡_)N Õlf 172 social-óemóäâziz pzziâdâúàfi-ss= ~- *z
q .

Repúbl-íifiëzfiii _ ; . amma ..z.›¬--- zçz- __


Q 1.
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Federal alemã 184_ . ‹ * saizzzfizcz (vomzgzl) 134 `1Í2' lͧ'_ÍÍ33f*3'ff_5'=i”19°
Qua,-zz Rzpúbu‹.zâ~1's4,= .--z z.,Íâ _,-.z~. . Ffahcefia l'.': F' : '
Restauração 122, 12 , 133,z-..»,,*.. Ê_Í“¿aEÊh,Í,“f¿§3¡ä§7' 13? _ ' oez¢¡fi¢°1sa,174,1fsa-' - f
"Quarto Estado? 83,'-186,.189,=203z=',i-1» '
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Revolução 51, 70, 122-3, 126,14,-fl, -1-74,
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SCHMER 126 '
utópico 172, 183
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Racional 107
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capitalista 169 '_ '. _ '
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"RaCiOl'lal" 125 ' - Js_~.¿-~'¡¬_ Séculodasmassas 1_._9_5 bm_guè$a74_1ãÕ ._ -_ _.: ._
Francesa 41, 43, 52, 54,.58,;61;-_2, 67-
Racionalidade (Hegel) 136 5 É . 71, 85, 115-6,.122fi6,-12-7-¿ 13,5, 5519!-"*-334.511-.4§"< z, . ‹ziv111a2 '" = "- `
Racionalismo 82, 101, 116, 1-28, 133 -_ _ _1_4_1_-3,__145, 158, 164, 176,-1,83 ~«sz¡zz"111,-:12ó~ °- _ - ¿,_, ,_.¡a,._ses 56
iluminista 116, 128 ._ 9°P“=¢ã° - azedo de iós t
l41.<!U.l-*'›!`-fiel-§.9. 6.7» 171-2, 179
Racionalista 89
dogmático- 92
Íacobina 183 ' «bolos de poderes 29 -° ,.,z,z,1 õz
liberal-.127 de Podem 44. 49, 63-80, só-7, 112-3 1' '
Racionalização do 'poder 46 liberal-democrática 70 1s4¬s,179,1s7-s ' ' :°_'“°;g 47 .
Racismo 192. ° zâ ¬
Ratificação de tratados 75 '
marxismo revolucionário 189 "s“bí°*Í”°" de 6fsã°o 79 sosologiz 05 59 167 192 z
RATZEL, Friedrich 56
pela violência 62 5°' 12° E z1en1â'i9Éa i' ' i
pelo consentiizienfo 62 “_ das massas 192
Razão 93, 99, 103, 136
social 185 ' 5”“*° ° ° em °-'->*=.*=1 113 pousa, 91
só -
humana 71 _ socialista 176, 180 snv0vfELsó sÓcRA1'ss
prática 101, 104 violência-zrevolucionáriazl 90, .
prática, primado da 99, 103 Revoloóonzz-ismo ss sistema I ` l¡SouenI¡ 1
pura_ 101, 103
Revoluçãfes inglesas do século XVII 141 autocratioo de direito divino 117 SOLMS, M. G;-af 195.6 _
“teórica” 101-' * - . RJCKERT, H. 91, 161 -. .--
Reação 61-2, 84, 114, 117, 123,~129,¡ 132,
RIEHL 106 `
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°“P¡“;'lÍ$*_= 163» 174 SOMBART só, ó1


137, _15_8, 166 . ›'~'o,~‹- constitucional 75 5ORE¡__ 56_ 192
RlOS,..C0n`zález 90 de filosofia hegeliana 120 3p5N¢ER M0
anti-socialista 167, 176
RIPPERT 133 . _ ão sovomo 152 __ STAMML1-:Ras
organicista 83 '
ROEPKE167, 196, 1.98 befal _ _ ' _ _ ' _ 1- nsütu quon político
totalitária 185 -
Roma ,151 parlamentansta 87____ ___ _ __ - «Status dvw-5,, ¡¡¡_2 1=
Real poder 49
ROMMEN, Heinrich-134
REALE, Miguel 74, 160 . :Ei
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ROOSEYELT184 -. di-2 f.f.- ,_¡


'ii . po1¡noomzzzâz1z~184' ' ' '. s'rE1N,L.v.1ss ›
Realeza absoluta 42 _ 1. 5-' f
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Ro1'HAc¡<ER~'-195 " .zz--1.-. -_ ¡-
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Realidade (Hegel) 136 , ' |

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"Rebelião das massas” 167 ' ,
RoU.$S.Eau-50-2,-»ós,.22,02; .102z3;f111, ,
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m°5ófi°°s 95 < 'Subversãollã 197 “U Ja'
Refoffila 62; J] -,Iv-f ° ‹_. 1 5' _,
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Reformismo.57,116 _ .- _ - , z t _ demográiäa- 1174430
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Regime de gabinete 69; ."; . .\¬-__; ,.
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Soberania 40, 46,50, 68, 73, 75,3' 37_u3 c____n_____â___°____8.§\. . 1. -1


dialética rousseauniafla -170,, ,-., ._ -=_='-\.1:'_‹
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Regimes despóticos 51 e a democracia direta,141. - ' ;


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pI'1.
230 DO ESTADO LIBERALIAO ESTADO SOCIAL

T Universo -96, 101


"Urbe" 160
TARDE,G.-55- ff, Utopia 126,172
TEMísTocLEs 150 _¬= . zaziznzzz 174, 171
Teologia 101, 104, 172 _ -- .Ê Utopis_tas 172 .~
Teoria_.: ._z_5) ¿~ ,_°.- _ ¡ `

d¢ms>.¢fatisê,s.19.;P°d¢rz30
0 ø i
' - .- -
de-¢Qflh¢€¡.fl}§nf°Ê9*z ?.3.'109 V
do conhecimento sensczr-ia1.*?§}z_-_4' _ _
do ES|=fld0,§_.§=_ gq: ; ; ._ _ __ Valor individ|.ta_l,15_0`
do liberalismo 4_0_¿_¡¿- ____'__,'___ Valores 101,10Í3¡' . _ _`_, ,_ _'
zorzurgz _1¿_;Q .__i_._ ¿;'z. vEccH1o,D‹z1s¿-'2,111,I4;3_
zz¡óâni¢zzâ¡0a§1s_a¿;."5$fz;àf¿3'2l*9z" ' vefaz‹1e91 - ' _ ..
Teorias '- ' 'V ' Veto75 J__ i _ " '
materialištas 90' _ VICÉN, Felipe Coni'ãléz:10_E'›,'ll0
organicistas 83-`5' r ' J VIERKANDT 55-61 _ '_" _” _
'fjrefcegfo Eârz‹1‹›" 41,ó7,1_ís ° '" v1LLEr×IEUvl=,,_1;äf*Big`*~e-de'87_
Terror 123 - - vi<›1êz\‹iz176` - “__ -
THELMER, Walter l22_ _ revolušão fí`el_a=lÍ2¡` ' 'R-
THIEME, Hans 134 ` revolucionária l'90"°"*"*` " *J _
Tâmúz ao ~v01<›zúé géztéfzle'-' 51, 7'í;=12s, z1'41, 1óú;:
do Estado 152 _ ' 169, 170,171, 1'78,"I81Í il «-
'rocQuEvu.u5 54, 140' vourâme sz
TOENNÍES, Ferdinand 56 Vontade 43-4 =`
Tomada da Bastilha 122, 193 - aütonotnia da 10.9 - : ' *
Tóquio 197 °' ' como princípio do Estado 124
Totalitarismo 58, 1231 =132', 140, 158,, 199, do E5tadó"l`30" : : ~
201 do indivíduo 130
estatal 86 _ estatal 43-4, 46, 77, 200-1,1203;
Trabalhador 186 z. geral z}13j_, .,z _ _ __ _
Trabalho 185, 188-9, 194 popxilar 171 ~¡_
Tradição 49, 66, 133 "VontadÍes parficu.la.re.s" 112___ _. _'
Tmzzszendência wó voR|_AEr¢DER,Kzz1-`193,9s,115 ,. .
Transcendental 93, 98 _ _ _ , _ _ _ , _ Í
Tratados 46 ' - 3 '-
ratificação de 75 W ,
"Trias politica" 113 . ___ _ ' ,Í
Tribunais 75 _ wAL§POLE, í1í69' , _,
Tfv-*E5179 , wAs~Hn×1cToN 145
TUCÍDlDES150 _ wsBER,A.55,199,,_ _ _ _, _
az r l':iii5.:"" ' à í
. WELZEL; Hzz'i==fi,f1_a_4_`_. ,_
U _ wlEsE,¡..v.193"" “ '__ _
_ ' wu~rDELBAND 91,94-_5, 111_1_,_14_"_2; 133
Udenista 202' _ _ * WOELNER, cmizfópfi-11¿¿z,..'Vaz _
Ulh-aconsewador
Unidade
122
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' wou=F ss, 72, 92, 1 1ó__-1.:._"-'..'¿:_-,r:,I='.,-'.'-.\z'.;..°I..
WOLFFÍ Erik 134
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4° P042* estatal '76£'3, " ' -` WUND1 Y\Li1bç_lm _56.,9_0.ÍTÍJ1;Í'ÍÍÕ7Í 12.1.' GRÁHCA PAYM
estatal, dissoluçãdiia 79`**'* ` ' ' ' 'i ÍÍ5Í"' ¬"-3 “"'“'“"` W- (01 043924344
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