Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Arif! r c D A i.
942075-5
S e rie Á p e ir o n
« In v it a c ió n a la filo s o fía »
Asesores
Maríona Costa
... Eduard Gadea
Josep María Lozano
Ferran Requejo
John Cottingham
EL RACIONALISMO
Prólogo de
MAMONA COSTA y FERRAN REQUÍJO
EDITORIAL ARIEL, S. A.
BARCELONA
YA NO ES TAN RAZO NABLE SER RACIONAL
M a r i o n a C o s t a i O r f il a
F e r r a n R e q u e jo i Co l l
R a c io n a l is m o y a t e ís m o
R a c io n a l is m o y r a z ó n
E l r a c io n a l is m o e n s e n t id o e s t r ic t o
E l p r e j u ic io a n t i r r a c io n a u s t a
L a f il o s o f ía c o m o d iá l o g o
N otas
C o n o c im ie n t o y c r e e n c ia e n P l a t ó n
P l a t ó n y l a d o c t r in a d e l c o n o c im ie n t o in n a t o
E l c o n o c im ie n t o d e m o s t r a t iv o
según A r is t ó t e l e s
L a s in t e r p r e t a c io n e s r e c ie n t e s
de A r is t ó t e l e s
R a c io n a l is m o y é t ic a e n P l a t ó n y A r is t ó t e l e s
N otas
1. Teeteto 200/1 (ver Comford [10]); Menón 97/8 (ver Sesonske [131]).
2. República 477e (ver Lee [11]). Cf. Teeteto 152c.
3. República 479.
4. ¡bid.
5. Ibid.
6. Ver Annas, An Introduction to Plato's Republic [ 16] Cap. VIII.
7. República 517.
8. Ibid. 473.
9. Ibid. 525.
10. Ibid. 530.
11. Ibid. 485.
12. Ibid. 532.
13. Ibid. 511.
14. Ver más adelante el Cap. III. Con respecto a esta interpretación más
favorable de la opinión de Platón cf. Annas [16] Caps. VIII y IX.
15. Hay que advertir que la formalización euclidiana de la geometría no
tuvo lugar hasta que transcurrieron varías generaciones posteriores a
Platón; la noción según la cual la geometría reposa sobre postulados no
apareció ni en Platón ni en Aristóteles.
16. República 510.
17. Ibid. 533.
18. Ibid. 511.
19. Ibid. 511.
20. Ibid. 518.
21. Menón 18.
22. William Wordsworth, «Ode, Intimations of Immortality from
Recollections of Early Childhood» (1807).
23. Fedón 72/7 (ver Tredennick [ 15]).
24. Menón 82bss.
25. Ver más adelante. Cap. IV, sección A, y Cap. V, sección D.
26. M etafisica Z 13(1036b6)(verSmithy R o s s Í H ] ; Ética a N icó m a co L .
I, Cap. VI (ver Thompson [24]).
27. Ética a N icóm a co L. I, Cap. VII.
28. De Anima III, 8 (ver Hamlyn [23a]).
29. Analíticos Posteriores 1,4 (73a21) (ver Barnes [23b]).
30. Ibid., 6 (74b5).
31. Ibid.. 12 (78a34) y 1,18 (81a40). Cf. Ética a N icó m a co L. VI, 3 (1 139b-
26/8).
32. Si se desean más detalles sobre la noción aristotélica de epagoge ver
Ross [27] 38ss; y Bames, «Aristotle’s Theory of Demonstration», en Articles
on Aristotle [28] Vol. I, pp. 77ss.
33. Analíticos Posteriores II, 19 (ÍOObS); cf. Platón, República 511. Ver
Acluill [25] Cap. VII para más detalles sobre la filosofía aristotélica de la
ciencia.
34. Bames [28] p. 77.
35. M.F. Bumyeat, «Aristotle on Understanding Knowledge», en Aristo
tle on Science: The Posterior Analytics [29].
36. Ver más adelante, Cap. V, sección C.
37. Hume, A Treatise o f Hum an Nature (1739-40), [72] L. II, Parte 3,
sección 3.
38. Ética a N icóm a co, L. VI (1139a36). Ver también Bambrough, M ora l
Scepticism and M oral Knowledge [134] Cap. IX.
39. É tica a N icóm a co, L. VI y L. II, Cap. VI. Ver también Richard
Sorabji, «Aristotle on the role of Intellect in Virtue» en Rorty [30].
40. É tica a N icóm a co, L. I, Cap. U.
I ll
La d e s c r ip c ió n CARTESIANA DE CONOCIMIENTO;
E L RECHAZO DE LOS SENTIDOS
La f u n c ió n d e l a m a t e m á t ic a
E L MÉTODO DEDUCTIVO
La t e o r ía m o n is t a d e l a s u b s t a n c ia
La v e r d a d c o m o c o h e r e n c ia
La t e o r ía h o l is t a d e l a e x p l ic a c ió n
La m e n te y el cuerpo
E l n e c e s it a r ia n is m o d e S p in o z a
Las m ónadas
La in t e r a c c ió n c a u s a l
El PROBLEMA DE LA CONTINGENCIA
Y EL PRINCIPIO DE RAZÓN SUFICIENTE
L ib e r t a d y n e c e s id a d
N otas
1. Meditaciones (1641) [31], VII, 17; [33] I, 144 (vers. cast. Austral,
Madrid. 1968, p. 83).
2. Del Discurso del método (1637) [31] VI, 34; [33] I, 101.
3. Primera Meditación [31] VII, 21 [II] 1 ,147.
4. Segunda Meditación [31] VII, 25; [33] 1 ,150.
5. Discurso [31] VI, 33; [33] I, 102.
6. Ibid.
7. Segunda Meditación [31] VII, 30; [33] l, 154. (ídem, pp. 102-103).
8. Ibid. VII, 34; [33] I, 155.
9. Principios de Filosofía. Prefacio a la primera edición en francés
(1647); [31] IXb, 14; [33] 1,211.
10. Principios de Filosofía (1644), Parte II, Art. 11 [31] VIII, 46; [33] I,
259.
11. Ibid. Parte II, art. 64 [31 ] VIII, 79.
12. Los Principios !Philosophiae Naturalis Principia Mathematica), de
Newton, fueron publicados en 1687.
13. Conversation with Burman (1648) [35] pp. XXIX ss. y p. 6.
14. Discurso [31] VI, 19; [33] I, 15 (vers. cast. Revista de Occidente,
Madrid, 1974, p. 84; Alianza Editorial, Madrid, 19836, p. 83).
15. Ver anteriormente. Cap. I, p. 7.
16. Reglas [31] X, 380; [33] I, 15.
17. Discurso [31] VI, 64/5; [33] 1 ,121 (ídem, p. 129; Idem, p. 119).
18. Principios, Parte III, Art. 46 [31] VIII, 101. Ver en Clarke, Descartes'
Philosophy o f Science [39], más elementos acerca de la concepción cartesiana
de la investigación científica.
19. Conversation with Burman [35] p. 69; [31] V, 152-3.
20. Segundas réplicas (1641) [31] VII, 160 ss; sobre la actitud de Descar
tes ver VII, 159; cf. [33] II, 51 ss.
21. Categorías 2 a 12 [22] [23].
22. Ibid. 1 a 24/5 y 2 a 13.
23. Ética Parte I, Prop. 29; Parte II, Props. 1, 2,7 [43] [44],
24. Ibid. Parte II. Def. IV.
25. Carta 32 en Elwes, The C h ief Works o f Benedict o f Spinoza [44], Vol.
II, p. 291.
26. Cf. República, libro X.
27. Cf. Sexta Meditación.
28. Investigación sobre el entendimiento humano (1748) [73] Sección VII,
Parte I.
29. Cf. Sexta Meditación [31] VII 81; y carta a Elizabeth del 28 de junio
de 1643 [31] III, 690 ss.
30. Recherche de la Vérité (1674), Prefacio.
31. Ética, Parte n, Prop. 7.
32. Ibid.
33. Carta DC (Elwes [44] p. 316).
34. Cf. Nagel, «W hat is it like to be a bat?» en Mortal Questions [51],
35. Ética, Parte I, Axioma III.
36. Ibid. Prop. 29.
37. Ibid.
38. Ibid., Parte III, Prop. 2 (vers. cast. Aguilar, Buenos Aires, 1973,
pp. 167-168).
39. Ibid.
40. Ibid., Prop. 7.
41. Discurso de metafísica (1686) VII [56].
42. Russell, A Critical Exposition o f the Philosophy o f Leibniz [64], Ver
Prefacio a la segunda edición.
43. Monadología (1714) [57] par. 33.
44. Ibid., par. 31.
45. Ibid., pars. 34/5.
46. Hay que efectuar una matización: Leibniz sostenía que la idea de
existencia (a la cual considera como predicado) normalmente no está
contenida en el sujeto. La única excepción corresponde al concepto de Dios,
que para Leibniz (al igual que para Descartes y Spinoza) implica necesaria
mente el concepto de existencia.
47. Carta de julio de 1686 en The Leibniz-Am auld Correspondence [59]
p. 63.
48. Discurso de metafísica, VID [56].
49. Monadología, par. 7.
50. Ibid. par. 56.
51. Teodicea (1710) [58] Parte I, par. 66.
52. Ver más arriba p. 54.
53. Monadología, par. 32.
54. Ibid., 53,4.
55. Ibid., 60.
56. Ibid., 36.
57. Discurso de metafísica, XIII.
58. Ibid.
59. Teodicea, Parte I, par. 59.
60. Ibid.; Disertación preliminar sobre la conformidad entre fe y razón,
par. 69. Sin embargo, en Descartes hay pasajes cuyo enfoque de la libertad
parece más cercano al de Leibniz; cf. Cuarta Meditación [31] VII, 59.
61. Teodicea, Parte I, par. 59.
62. Ibid., 43. Cf. Parkinson, Leibniz on Hum an Freedom [66].
LA CO NTRARREVO LUCIÓ N EM PIRISTA
Y LA SÍN TESIS K AN TIAN A
Con sen so u n iv e r s a l y c o n c ie n c ia
L a r e l a c i ó n e n t r e l a s id e a s y l o s h e c h o s
La c a u s a l id a d
L O S PROBLEM AS DE LA POSTURA DE H U M E
C. La síntesis kantiana
A n á l is is y s ín t e s is :
l o s j u ic io s s in t é t ic o s «a p r io r i»
N otas
L a CARICATURA TRADICIONAL:
H egel com o «soñador perfum ado »
La d ia l é c t ic a h e g e l ia n a
C erteza s e n s ib l e , p e r c e p c ió n y a u t o c o n c ie n c ia
H e g e l y e l r a c io n a l is m o
N o t a s o b r e l a l ó g ic a e n H egel
R ussell y W it t g e n s t e in
E l p o s it iv is m o l ó g ic o y l a s u p r e s ió n
DE LA METAFÍSICA
La d e f u n c ió n d e l p o s it iv is m o
Despu és d e l p o s it iv is m o
E l a t a q u e d e Q u in e al «d o g m a »
DE LA ANALITICIDAD
Experiencia
FlG. 2
K r ip k e y e l r e s u r g im ie n t o d e l e s e n c ia l is m o
La t e o r ía d e la a d q u is ic ió n d e l l e n g u a j e d e C h o m sk y
E l « r a c io n a l is m o » de Chom sky
C h o m sk y y l a l in g ü ís t ic a c a r t e s ia n a
E l t r a s f o n d o d e l s ig l o x v h i
L a c r ít ic a d e H u m e a l r a c io n a l is m o é t ic o
E l « im p e r a t iv o c a t e g ó r ic o » d e K a n t
E n to ta l c o n tr a s te c o n la p o sició n d e H u m e a n tes
e x p u e s ta , K a n t in te n ta d e fe n d e r u n a m o r a lid a d r a c io n a lis ta
y o b je tiv is ta . E n su Fundamento de la Metafísica de las
Costumbres (Grundlegung zur Metaphysik der Sitien, 1785),
K a n t a firm a q u e « tod os d eb en a c e p ta r q u e u n a le y tie n e q u e
im p lic a r u n a n e ce sid a d a b s o lu ta p a ra q u e sea m o ra lm e n te
vá lid a » . U na le y m o ra l h a d e e s ta r v ig e n te « p a ra to d o s los
se res ra cio n a les» ; y h a y q u e b u s c a r el fu n d a m e n to d e la
o b lig a c ió n «no en la n a tu ra le z a d el h o m b re ni en la s c ir c u n s
ta n c ia s d el m u n d o en q u e a q u é l e s tá c o lo c a d o , sin o ú n ic a
m en te a p r i o r i , en los co n ce p to s d e la ra zó n pura».**
L a m o r a lid a d está re la c io n a d a co n los im p e ra tiv o s o
m a n d a to s , y K a n t d efien d e un su p re m o p r in c ip io m o ra l al
c u a l d e n o m in a i m p e r a t i v o c a t e g ó r ic o . L a m a y o ría d e los
m a n d a to s (« a d ela n ta u n a c a s illa este peón d e a je d re z» , o
« llev e a r e v is a r su a u to c a d a se is m eses» ) son h ip o té tic o s -, es
d e c ir, in d ica n lo q u e h a y q u e h a c e r s i se d esea lo g r a r d e te rm i
n a d o o b je tiv o (g a n a r a l a je d re z ; e v it a r u n a a v e r ía d el m otor).
E sto s m a n d a to s h ip o té tic o s se lim ita n a d e c im o s q u é a c c io
nes son n e ce sa ria s p a ra c o n s e g u ir un p ro p ó s ito en p a rtic u la r ,
«y sie m p re p o d e m o s e v a d im o s d el p re ce p to s si d e ja m o s de
b u s c a r el o b je tiv o » .67 En c a m b io , el im p e ra tiv o c a te g ó r ic o es
«una e x ig e n c ia in c o n d ic io n a d a q u e no p e rm ite a la v o lu n ta d
h a c e r lo co n tr a r io segú n su p ro p io a rb itrio » ; n u estro d e b e r es
o b e d e c e rlo en to d o s los ca so s. E l ú n ico im p e ra tiv o c a te g ó r ic o
q u e, se gú n K a n t, o rig in a to d a la m o ra l está fo r m u la d o en
esto s térm in o s: « a ctú a só lo d e a c u e rd o co n a q u e lla m á x im a
q u e p u e d a s d e se a r q u e s ir v a al m ism o tie m p o co m o ley
u n iv e rsa l» , o « actú a co m o si la m á x im a d e tu a cció n fu era a
c o n v e rtirse en ley u n iv e rs a l d e la n a tu ra le za » .6*
K a n t o fre ce v a rio s e je m p lo s a c e r c a d el fu n cio n a m ie n to
del im p e ra tiv o ca te g ó ric o . A un h o m b re en ferm o , d o m in a d o
p o r la d e se sp e ra ció n , q u iz á s se le p la n te e la te n ta ció n de
q u ita r s e la v id a , p o n ien d o en p r á c tic a la m á x im a se g ú n la
c u a l « p o r a m o r a m í m ism o a d o p to el p r in c ip io d e a c o r ta r m i
v id a si su co n tin u a c ió n m e p ro m e te m ás m al q u e p la cer» . De
a c u e rd o con K a n t, sin e m b a rg o , u n o no p u ed e d e se a r r a c io
n a lm e n te q u e el p r in c ip io d el a m o r p ro p io se c o n v ie rta en ley
u n iv e rs a l d e la n a tu ra le z a , p o rq u e «un sis te m a de la n a tu ra
le za de a c u e rd o co n c u y a ley el se n tim ie n to m ism o c u y a
fu n ció n co n s iste en e s tim u la r la p e rd u ra c ió n d e la v id a ten g a
q u e d e s tr u ir e sta v id a , se ría u n a c o n tr a d ic c ió n en sí m ism o» .
A sim ism o , q u e b r a n ta r v o lu n ta r ia m e n te u n a p ro m e sa (p. ej. a
u n a p erso n a le h a ce fa lta d in ero , s o lic ita un p ré sta m o , y
p ro m e te d e v o lv e r lo a sa b ie n d a s d e q u e le se rá im p o s ib le
h a cerlo ) no p u ed e co n v e r tir se en ley u n iv e rs a l. S i q u ie n está
n e ce sita d o cre e q u e p u ed e fo r m u la r c u a lq u ie r p ro m e sa sin la
m en o r in ten ció n d e p o n e rla en p r á c tic a , «se c o n v e r tir ía en
im p o sib le la p ro m esa y el p ro p ó s ito m ism o d e p ro m e te r» .M
S in e m b a rg o , esto s e je m p lo s n o p oseen u n a c a p a c id a d de
c o n v ic c ió n e q u iv a le n te . Es c ie r to q u e no se p u ed e u n lv e r s a li
z a r la m á x im a « ro m p eré las p ro m e sa s sie m p re q u e m e
co n v en g a » , p o rq u e si tod o e l m u n d o a c tu a s e d e a c u e rd o con
d ic h a m á x im a la in s titu ció n d e la p ro m e s a se d e sm o ro n a ría .
P or lo ta n to , el su je to « lib era d o » q u e d e c id e a p ro v e c h a r s e d e
la in stitu ció n d e la p ro m e sa sie m p re q u e le c o n v e n g a , no
p u ed e d e se a r ra c io n a lm e n te q u e su m á x im a se c o n v ie rta en
ley u n iv e rsa l. S in e m b a rg o , n o es tan fá cil a d m itir q u e la
d ecisió n d e c o m e te r s u ic id io , en el ca so d e sc rito p o r K a n t,
im p lic a u n a « co n tra d icció n » . A u n q u e la d e cisió n se to m e por
m o tiv o s p u ra m e n te e g o ís ta s, no se a p re c ia d e fo rm a in m e
d ia ta q u e u n a é tic a b a sa d a en el e g o ís m o se a a lg o in tr ín se c a
m en te irr a c io n a l, o q u e se a in co h eren te el u n lv e r s a liz a r la
m á x im a «qu e c a d a h o m b re v e le p o r sí m ism o » .70
U no d e los filó so fo s m o ra le s m ás in flu y e n te s en ép o ca
recie n te , R .M . H are, ha a firm a d o q u e los ju ic io s m o ra le s
resu lta n u n iv e r s a liz a b le s en un se n tid o p a re c id o a l q u e
e s ta b le c e K a n t. H are se ñ a la q u e la fu e rza d el r e q u isito d e la
u n iv e rs a liz a c ió n p u ed e a p re c ia r s e — c u a n d o v e m o s q u e a
a lg u ie n se le tra ta d e una m a n e ra e g o ís ta o b a sa d a en el a m o r
p ro p io — si n os p re g u n ta m o s a n o so tro s m ism o s: « ¿esta ría y o
p re p a ra d o p a ra s e r tra ta d o d e este m od o , en c ir c u n s ta n c ia s
sim ila res? » E s ev id e n te q u e la a c titu d d e « ponerse en la p iel
de los d em ás» (o a d o p ta r la « regla d e oro»: « m id e a los d e m á s
con la m ism a v a r a co n q u e d esees se r m ed id o » ) s im b o liz a
g ra n p a rte d e lo q u e la m a y o ría d e la g e n te e n tie n d e co m o
p o stu ra m o ra l. S in e m b a rg o , sig u e e x istie n d o el p ro b le m a de
q u e un e g o ís ta lo su fic ie n te m e n te d e c id id o e stá lo b a sta n te
b ien p re p a ra d o co m o p a ra u n lv e r s a liz a r su s p r in c ip io s sin
se n tirse c u lp a b le d e la m ás m ín im a irr a c io n a lid a d o in co h e
ren cia . E n r e a lid a d , e sto es c ie r to n o só lo en el ca so d el
e g o ísm o sin o ta m b ié n d e m u ch o s sis te m a s d e co n d u c ta q u e la
m a y o ría d e n o so tro s co n s id e r a ría rep e le n te s. Un r a c is ta
fa n á tic o q u e d e fie n d a q u e a lg u ie n tien e q u e s e r e s c la v iz a d o
d e b id o al c o lo r d e su p iel p o d r ía m u y b ien u n iv e r s a liz a r esta
m á x im a y p ro p o n e r co m o « ley u n iv e rs a l d e la n a tu ra le za »
q u e tod o s lo s n e gro s d e b e ría n s e r e s c la v iz a d o s . Y si se le
p re g u n ta : « ¿qu é o c u r r ir ía si u ste d fu ese n egro?» , q u iz á s
p o d r ía co n te s ta r: «en tal ca so , ta m b ié n y o te n d ría q u e e s ta r
su je to a la e s c la v itu d » .71 E l c a r á c te r d e la u n iv e rs a liz a c ió n
c o n s titu y e un a rm a v a lio s a d el ju ic io m o ra l, en la m e d id a en
q u e o b lig a a la s p erso n a s a se r co n s c ie n te s d e q u é es lo qu e
im p lic a r ía la c o h e re n te p u e s ta en p r á c tic a de su s p rin cip io s.
S in e m b a rg o , p o r sí m ism o re su lta in su ficie n te p a ra e s ta b le
c e r q u e la s m á x im a s « in m o ra les» (p o r e je m p lo , la s del
e g o ís ta o el r a c is ta ) son a q u e lla s q u e no p u ed e a c e p ta r un
su je to ra c io n a l.
C o n s id e ra r la u n iv e rs a liz a c ió n co m o fu en te d e m o r a lid a d
p la n te a u n a d ific u lta d fu n d a m e n ta l: es un r e q u isito p u r a
m en te f o r m a l. P uede p o n e r d e m a n ifie sto la s im p lic a c io n e s de
u n a m á x im a , o la s co n s e c u e n c ia s d e a p lic a r la d e m od o
co h eren te, p ero no p u ed e d e m o s tr a r q u e u n a m á x im a c u a l
q u ie r a re su lte v á lid a «en sí m ism a» d e m od o ese n cia l. El
r a c io c in io tien e q u e a r r a n c a r d e a lg ú n sitio ; d eb e tr a b a ja r a
p a r t i r d e c ie rto s su p u esto s o p re m isa s; y a p e s a r d e los
esfu erzo s d e K a n t n o p a re c e h a b e r fo rm a a lg u n a de m o s tra r
q u e p o d e m o s e x tr a e r le y e s m o ra le s e se n cia le s a p a r tir de
p r in c ip io s o b je tiv a m e n te v á lid o s q u e e x ija n s e r a c a ta d o s p o r
un se r ra c io n a l. E n p a la b r a s de J.L . M a ck ie , re c ie n te d efen so r
de u n a p o stu ra é tic a s u b je tiv is ta , c o n tr a r ia a l p la n te a m ie n to
k a n tia n o :
E l n a t u r a l is m o é t ic o
A u n q u e los p r in c ip io s m o ra le s no p u e d a n se r d e sc u b ie rto s
p o r la « pu ra ra zó n » , es p o sib le e m p e ro q u e p ro c e d a n
a p r io r i,
de u n a in v e s tig a c ió n a c e r c a d e d e te rm in a d o s.h e ch o s re fe re n
tes a la n a t u r a le z a h u m a n a o la s itu a c ió n h u m a n a . E ste
en fo q u e , q u e p u ed e se r c a lific a d o en se n tid o a m p lio c o m o un
« n a tu ra lis m o ético » , es el q u e A ristó te le s a d o p ta en su Ética a
Nicóm aco, d o n d e se nos o fre ce u n a e x p lic a c ió n so b re lo q u e es
b u en o p a ra el h o m b re , b a sa d a en u n a n á lis is d e la n a tu ra le z a
e s e n cia l d e éste y d e su fu n ció n o « ergon» c a r a c te r ís tic o .”
D u ran te la m a y o r p a rte d e n u estro sig lo , sin e m b a rg o , las
p e r sp e c tiv a s d el n a tu ra lis m o é tic o no h a n sid o d e m a s ia d o
b rilla n te s. E l d efen so r d e e s ta d o c tr in a h a te n id o q u e e n fre n
ta rse co n d os d esa fío s p rin c ip a le s:
2. E l d e s a f í o d e l e x i s t e n c i a l i s m o . V e a m o s a h o ra el s u r g i
m ie n to d e l se g u n d o g ra n d e sa fío a l n a tu ra lis m o . P a ra q u e un
s is te m a é tic o p u e d a b a sa rse en un a n á lis is d e la n a tu r a le z a
h u m a n a , tien e q u e e x is tir u n a n a tu ra le z a o e se n cia h u m a n a
id e n tific a b le . T ien e q u e e x is tir un c o n ju n to c a r a c te r ís tic o d e
p ro p ie d a d e s q u e d efin a n u e stra n a tu ra le z a ese n cia l co m o
seres h u m a n o s. A sí, se g ú n A ristó te le s, el ra sg o típ ic o del
h o m b re es su r a c io n a lid a d , y en co n s e c u e n c ia la re a liz a c ió n
d el h o m b re d eb e im p lic a r el e je r c ic io d e este a tr ib u to y su
d e sa rro llo . U n a « n eo -n a tu ra lista » re c ie n te , M a ry M id g le y ,
a d o p ta u n a e s tr a te g ia se m e ja n te , y a firm a q u e e x iste n d e te r
m in a d a s c a r a c te r ís tic a s fu n d a m e n ta le s q u e se nos a p lic a n a
n o so tro s q u a seres h u m a n o s. S e tra ta d e c ie rto s « elem en tos
e s tr u c tu r a le s p ro fu n d o s, q u e c o n s titu y e n n u estro s p ro p io s
ca ra cte re s» : « n u estro re p e rto rio b á sic o d e d eseo s es a lg o
d ad o. N o so m o s lib re s d e c r e a r o d e a n iq u ila r deseos...
N in g ú n se r h u m a n o p u ed e s a lir en p rim e ra in s ta n c ia a la
b ú sq u e d a d e v a lo re s» ."
E s ta n o ció n d e u n a e se n cia h u m a n a fu n d a m e n ta l qu e
co n d icio n a n u e stra e le c c ió n é tic a es ju s ta m e n te lo q u e h a
sid o p u esto en te la d e ju ic io p o r la filo so fía e x is te n c ia lis ta ,
q u e h a lo g ra d o u n a a m p lia d ifu sió n en la s ú ltim a s d é ca d a s,
g ra c ia s so b re tod o a los tra b a jo s d e Jean -P au l S a r tr e . El
p r in c ip io s a r tr ia n o «la e x is te n c ia p re ce d e a la esen cia » s ig n i
fica q u e en los se res h u m a n o s no h a y u n a « esencia» o u n a
« n a tu ra leza » fija y d e te rm in a d a q u e lim ite n u e stra lib e rta d .
U na m era co sa , o é tre e n s o i , só lo p u ed e h a c e r lo q u e e s tá en su
n a tu ra le z a h a cer; u n a m á q u in a , o in c lu so un a n im a l, e s tá en
p o sició n d e e x is tir d e n tro d el m a r c o d e un c o n ju n to p re d e te r
m in a d o d e d isp o sicio n e s y re sp u e sta s e s e n cia le s. P or el c o n
tra rio , en un se r h u m a n o , un é tre p o u r s o i , la e x is te n c ia vien e
p rim ero ; en o tra s p a la b r a s , a q u í en el m u n d o d eb em o s e le g ir
có m o v iv ir : no e x iste n fa c to re s «dados». L a c re e n c ia en la
« n a tu ra le z a h u m a n a» co m o e le m e n to lim ita d o r q u e e x iste
con a n te r io r id a d a n u e stra e le c c ió n es un ca so d e « m a la fe».
N u e s tra o p ció n es a b so lu ta m e n te lib re y no se h a lla re s tr in
g id a p o r n in g ú n c o n d ic io n a n te p r e v io .'2
S i se p la n te a d e un m o d o tan ta ja n te el c o n tr a s te e n tre
é tic a n a tu r a lis ta y é tic a e x is te n c ia lis ta , a p r im e r a v is ta p u ed e
p a re c e r q u e la p o stu ra n a tu r a lis ta se m u e stra p ro fu n d a
m en te r e a lis ta y e stá re s p a ld a d a p o r el se n tid o co m ú n ,
m ie n tra s q u e la p re te n sió n e x is te n c ia lis ta p e rte n e c e al
m u n d o d e la fa n ta sía . E l e x is te n c ia lis ta p a re c e c o n s id e ra r
q u e el s e r h u m a n o es u n a m e n te p u ra q u e c re a su fu tu ro e x
rtih ilo . N o o b sta n te , es in n e g a b le q u e — a n tes q u e n a d a — el
h o m b re es un se r físic o , trid im e n sio n a l, so m e tid o a l ig u a l q u e
c u a lq u ie r o tro s e r a in n u m e ra b le s co n d ic io n a m ie n to s físic o s,
co m o p o r e je m p lo la ley d e la g ra v e d a d . E n se g u n d o lu g a r, y
aú n m ás im p o r ta n te , es u n a n i m a l , un a n im a l d e sa n g re
c a lie n te co n u n a h e re n c ia g e n é tic a e sp e c ífic a . T o d o e sto
re su lta tan m a n ifie sto y ta n o b v io q u e el r e c h a z o s a r tr ia n o a
r e co n o ce r n in g u n a lim ita c ió n a n u e stra lib e r ta d p a re c e u n a
fa la c ia o u n a fa tu id a d .
S in e m b a rg o , d e ja r la s c o sa s a sí e q u iv a ld r ía a n o c a p t a r el
s ig n ific a d o re a l d el re c h a z o e x is te n c ia lis ta a n te la n o ció n d e
n a tu ra le z a o e se n cia h u m a n a . L a s p ro p o s ic io n e s a c e r c a d e la s
ese n cia s su p o n e n v e rd a d e s n e c e sa ria s y u n iv e r s a le s .'3E l a g u a
tien e q u e e v a p o ra rse cu a n d o se la c a lie n ta a m ás d e 100
g ra d o s c e n tíg r a d o s a u n a p resió n d e te rm in a d a : e sto es lo q u e
co rre sp o n d e a la n a tu ra le z a o e se n cia d el a g u a . De ig u a l
m od o , to d a s las v a c a s — c o lo c a d a s en un c a m p o d e n tro d e la s
co n d ic io n e s a p ro p ia d a s— c o m e rá n h ie rb a , p o rq u e tal es su
n a tu ra le z a . S in e m b a rg o — y e s to es lo q u e a firm a n los
e x is te n c ia lis ta s — co n r e sp e c to a los se res h u m a n o s n o p u e
d en e fe c tu a rse p re d ic c io n e s u n iv e rs a le s d e este tip o , d o ta d a s
d e v a lid e z . P or su p u e sto , si se e m p u ja a u n a p erso n a a l b o rd e
d e un a c a n tila d o , d ic h a p erso n a ca e rá ; p ero e sto o c u r r ir á co n
e lla q u a o b je to fís ic o , no q u a p erso n a . P o r su p u e sto , si se le
p r iv a de c o m id a o d e a ir e , ese su je to m o rirá , p e ro tal co sa
o c u rr irá co n él q u a a n im a l. En la m e d id a en q u e es u n ser
h u m a n o , e m p e ro , n o c a b e p r e d e c ir n a d a c o n se g u rid a d . E n el
c a so d e los se res h u m a n o s n o se p u ed en fo r m u la r p r o p o s ic io
nes u n iv e rs a le s q u e sean c o m p a r a b le s a a firm a c io n e s d el tip o
« to d as la s v a c a s co m e n h ierb a» . A n te c u a lq u ie r ra s g o q u e
su p u e s ta m e n te s ir v a p a ra d e fin ir la e s e n cia d el h o m b re
p u ed en a d u c ir s e e je m p lo s en c o n tra rio . « E l h o m b re e s un
a n im a l so cia l» : p ero h a y e r m ita ñ o s q u e v iv e n en to ta l a is la
m ien to . «El h o m b re d esea p e r p e tu a r la esp ecie» : p e ro h a y
m u ch o s in d iv id u o s q u e d e cid e n no te n e r h ijo s. « E l h o m b re es
r a c io n a l» : p ero D .H . L a w re n c e n os d ic e q u e la v id a d e la
ra zó n está « m u erta» , c a r e c e d e v ig o r o d e sig n ific a d o . E n
resu m en , to d o ra sg o o a c tiv id a d q u e se p ro p o n g a co m o
e le m e n to d e fin id o r d e la n a tu r a le z a o e s e n c ia d el h o m b re
p u e d e se r n e g a d o p o r un a g e n te h u m a n o , en e l se n tid o d e q u e
tie n e la p o sib ilid a d d e o rie n ta r su v id a sin a p e la r a ese ra s g o o
a c tiv id a d . E sto c o n s titu y e el n ú cle o d e v e rd a d q u e fo rm a
p a rte d el p r in c ip io e x is te n c ia lis ta se g ú n el c u a l «la e x iste n c ia
p re ced e a la esen cia » , y la v e rd a d q u e h a y d e trá s d e la
(eq u ív o ca ) in s iste n c ia en la « lib e rta d total» .
S i e sto es a sí, se tra ta d e a lg o q u e p o see im p o rta n te s
im p lic a c io n e s co n r e sp e cto al p r o g r a m a n a tu ra lis ta . C o m e n
za n d o p o r un a n á lis is d e la n a tu r a le z a e s e n cia l d e la s v a c a s,
p o d e m o s e x tra e r c o n c lu sio n e s a c e r c a d e lo q u e es b u en o p a ra
e lla s . T o d a s las v a c a s co m e n h ie rb a ; y p erten e c e a la n a tu ra
le za v a c u n a el flo re c e r y p r o s p e r a r c u a n d o esto s a n im a le s
d isp o n en d e p ra d o s lo z a n o s, co n a b u n d a n c ia d e e s p a c io , so l,
a ir e fresco , etc. S in e m b a rg o , no e x iste u n a a rg u m e n ta c ió n
p a r a le la q u e n o s p e r m ita lle g a r a co n clu sio n e s v á lid a s a c e r c a
de la e u d a i m o n i a o r e a liz a c ió n d el s e r h u m a n o . E n o tra s
p a la b r a s , no e x is te un co n ju n to d e h ech o s físic o s, p s ic o ló g i
co s o so c io ló g ic o s q u e lle v e n a q u e u n a p erso n a r a c io n a l q u e
los a d m ita esté o b lig a d a d esd e el p u n to d e v is ta ló g ic o a
lle g a r a d e te rm in a d a s v a lo r a c io n e s a c e r c a d e c u á l es el m e jo r
m o d o d e v iv ir . E llo se d eb e en p a rte a q u e el flo re c im ie n to o
«lo bu en o» p a ra la s p la n ta s o los a n im a le s se d efin e de
m a n era d ir e c ta en té rm in o s d e s u p e rv iv e n c ia fís ic a , c r e c i
m ien to , s a lu d y p ro c re a c ió n . E n c o n s e cu e n cia , es o b v io qu e la
v id a en c a u tiv id a d no es b u e n a p a ra un o so p a n d a : los
d e sd ich a d o s a n im a le s se n ie g a n a co m e r, p a d e ce n d e sa r re
g lo s fis io ló g ic o s o p ierd e n e l d eseo se x u a l. E n c a m b io , un
h o m b re en c a u tiv e r io p u ed e c o n tin u a r p r a c tic a n d o la m ás
e le v a d a d e la s v irtu d e s a ris to té lic a s : la th e o r ia . S e g ú n los
b u d is ta s , un h o m b re en el lím ite d e la in a n ic ió n p u ed e lo g r a r
el n i r v a n a . Y co m o en señ a Jesú s, s e r « h u m illa d o y p erse
g u id o» p u ed e se r c a u sa d e « b ie n a v e n tu ra n z a » . R e fe rirse a
e sta s e x tra ñ a s p ero a p e s a r d e to d o m u y re sp e ta d a s c o n c e p
cio n e s a c e r c a d e la e u d a i m o n i a h u m a n a n o tie n e el p ro p ó s ito
d e ro m p e r u n a la n z a en su fa v o r, sin o sim p le m e n te ilu s t r a r la
v a r ie d a d en o rm e q u e e x is te e n tre la s p o sib le s c o n ce p cio n e s
refe re n te s a lo q u e es b u en o p a ra el h o m b re , co n c e p c io n e s to
d a s e lla s m u y re sp e ta b le s. L a e u d a i m o n i a h u m a n a , a d ife
re n c ia de lo q u e o c u rre en la s d e m á s e sp e cie s a n im a le s , es un
co n c e p to in d e te rm in a d o q u e p u ed e p la s m a rse m e d ia n te un
n ú m e ro in d e fin id o d e p o s ib ilid a d e s d is tin ta s y q u e d iv e rg e n
a m p lia m e n te e n tre sí.84 Y si e s to es a sí, e s tá co n d e n a d o al
fra c a s o c u a lq u ie r in te n to d e e x tr a e r un sis te m a é tic o d o ta d o
d e v a lid e z o b je tiv a a p a r t ir d e un a n á lis is d e la « n a tu ra le z a
h u m a n a» .
L a r a z ó n e n l a é t ic a
K a r l P o p p e r y l a f a l s a b il id a d
E n c a p ítu lo s a n te rio re s h em o s v is to q u e e l p e n sa m ie n to
d e m u ch o s r a c io n a lis ta s (S p in o z a c o n s titu y e un e je m p lo
c lá sic o ) h a e s ta d o in flu id o p o r un m o d e lo d e d u c t i v o d el
c o n o cim ie n to . L a s p ro p o sic io n e s se d e d u ce n p a so a p a so y
co n p re cisió n a p a r tir d e u n o s p r im e r o s p r in c ip io s, y su
v e rd a d q u e d a g a r a n tiz a d a p o r el h ech o d e q u e se an u n a
co n s e c u e n c ia n e ce sa ria d e ta les p rin c ip io s. L a h a b itu a l c r í
tic a e m p iris ta a este m o d e lo a fir m a q u e la d e d u cc ió n ló g ic a
só lo nos in d ic a q u é es lo q u e su rg e d e q u é. S i q u e re m o s
a v e r ig u a r en q u é co n s iste la r e a lid a d , n e c e sita m o s e m p le a r la
o b se r v a c ió n y n o la d e d u cc ió n . E l e m p iris ta , p o r lo tan to ,
su e le a r g ü ir q u e la s leye s c ie n tífic a s n o d eb en e s ta b le c e r s e d e
m o d o d e d u c tiv o sin o i n d u c t i v o : el c ie n tífic o in fie re v e rd a d e s
g e n e ra le s a p a r tir d e o b se r v a c io n e s y e x p e rim e n to s p a r tic u
la re s. S in e m b a rg o , co m o se p u so d e m a n ifie sto en n u estra
e x p o sició n a c e r c a d el p o sitivism o ,*6e x is te un se rio p ro b le m a
co n re sp e cto a la e x p lic a c ió n in d u c tiv is ta d e las c ie n c ia s : las
o b se rv a c io n e s y los e x p e rim e n to s c ie n tífic o s d e b e n lim ita r s e
n e ce sa ria m e n te a un n ú m e ro fin ito d e ca so s. N o o b sta n te ,
¿ c ó m o es p o sib le q u e un n ú m e ro fin ito d e o b se r v a c io n e s
lle g u e a e s ta b le c e r la v e rd a d d e u n a le y g e n e ra l q u e se a de
a p lic a c ió n u n iv e rs a l, a tod o s los c a so s p a sa d o s , p rese n te s y
fu tu ro s? J u sta m e n te e s ta d ific u lta d es la q u e se p ro p u so
s o lu c io n a r la teo ría d e la ló g ic a d e la c ie n c ia p ro p u e sta p o r
K a rl P opp er.
A u n q u e en los a ñ o s 20 K a r l P o p p e r (n a cid o en 1902)
e s tu v o v in c u la d o a los m ie m b ro s d el C ír c u lo de V ie n a , a d o p tó
m ás a d e la n te un p o stu ra m u y c r ític a a c e rc a d e b u e n a p a rte
d e su s d o c trin a s, y su Lógica de la investigación científica
(Logik der Forschung, 1934) se ñ a la u n a r u p tu r a d e c is iv a con
re sp e cto al v e rific a c io n is m o de lo s p o sitiv ista s. P o p p er
a firm ó en u n a e ta p a in ic ia l d e su p e n sa m ie n to q u e el p ro
b le m a d e la in d u cció n era in so lu b le; la v e rd a d d e las le y e s
c ie n tífic a s ja m á s p o d ría d e te rm in a rse m e d ia n te un n ú m ero
fin ito d e o b se rv a cio n e s . S in e m b a rg o , la re v o lu c io n a r ia p ro
p u e sta d e P o p p e r c o n s istió en co n s id e r a r q u e el irre su e lto
« p ro b le m a de la in d u cció n » re su lta b a irre le v a n te en lo c o n
c e rn ie n te al c o n o c im ie n to c ie n tífic o . P o p p e r d u d a b a d e q u e
lo s cie n tífic o s h u b iese n lle g a d o ja m á s d e h e ch o a u n a teo ría
m e d ia n te la « in d u cción » d e le y e s g e n e ra le s a p a r tir d e
o b se rv a c io n e s p a rtic u la r e s. S in e m b a rg o , a d u jo q u e — en
c u a lq u ie r c a so — el tem a referen te a có m o lo s cie n tífic o s
fo rm u la b a n su s teo ría s e ra un a su n to p e rte n e c ie n te a la
p s ic o lo g ía , y n o a la ló g ica . N o e x iste un c a m in o ló g ico qu e
lle v e d esd e la o b se r v a c ió n h a sta la s le y e s c ie n tífic a s . L os
c ie n tífic o s p u ed en lle g a r a su s teo ría s p o r d iv e rso s ca m in o s , y
co m o se ñ a ló E in ste in , m e d ia n te un s a lto d e in tu ic ió n c r e a
tiv a q u e no p u ed e se r p la s m a d o d e fo rm a ló g ic a .87 L o im p o r
ta n te , e m p e ro , no es có m o lle g a r a las teo ría s, sin o el p ro
b le m a d e có m o se c o m p ru e b a n las teo ría s, u n a v e z p ro p u e s
tas. A este re sp e cto P o p p er a firm a q u e c a b e a p lic a r un
ra z o n a m ie n to d e d u c tiv o y e s tr ic ta m e n te ló g ico . N o se p u ed e
g a r a n tiz a r ló g ic a m e n te q u e la s teo ría s c ie n tífic a s se a n v e rd a
d e ra s , p ero su fa lse d a d sí se p u ed e p r o b a r d e sd e e l p u n to de
v is ta lóg ico . A tra v é s d el p r in c ip io ló g ico d e n o m in a d o modus
tollens, si la te o ría T im p lic a — en ta n to q u e c o n s e cu e n cia
d e d u c tiv a — la p ro p o sic ió n o b s e r v a b le O , si O es fa lsa , e n to n
ce s T tien e q u e ser fa lsa . E n p a la b r a s d e P opp er: « La fa lsa ció n
o r e fu ta ció n d e teo ría s, a tra v é s d e la fa lsa c ió n o r e fu ta ció n de
su s co n s e c u e n c ia s d e d u c tiv a s , es sin d u d a u n a in fe re n cia
d e d u c tiv a (modus tollens).»M S e g ú n P o p p e r el p r in c ip io de
fa ls a b ilid a d c o n s titu y e la e s e n c ia d e la ló g ic a de la cie n c ia . L a
c ie n c ia a v a n z a (en p a la b r a s u tiliz a d a s p o r el títu lo d e una
o b ra p o ste rio r d e P op p er) m e d ia n te « co n jetu ra s y r e fu ta c io
nes». S e fo rm u la u n a te o ría en c a lid a d d e h ip ó te sis p o sib le;
la s co n s e cu e n cia s q u e se d e d u ce n d e e lla se c o m p ru e b a n en
r e la c ió n co n la e x p e rie n c ia ; si las o b se rv a c io n e s e fe c tiv a
m en te r e a liz a d a s n o son c o h e re n te s co n la s p ro n o s tic a d a s p o r
la teo ría , é s ta q u e d a r e fu ta d a y se a b r e la p o s ib ilid a d a u n a
n u ev a co n je tu ra .
De este m o d o P o p p er re c h a z ó el p re d o m in a n te d o g m a
e m p iris ta d e l v e rific a c io n ism o , y en su lu g a r p ro p u so el
p r in c ip io d e la fa ls a b ilid a d , si b ien n o lo co n sid e ró co m o
c r ite r io d e s ig n ific a c ió n sin o c o m o p r in c ip io d e d e m a rc a c ió n
q u e se p a ra las teo ría s a u té n tic a m e n te c ie n tífic a s d e la s q u e
só lo son p se u d o cie n c ia . L a ló g ic a d e la fa lsa c ió n fu e d e sc rita
a p e la n d o a un ra z o n a m ie n to e s tr ic ta m e n te d e d u ctiv o .
S i este « d e d u ctivism o » (c a lific a tiv o e le g id o p o r el p ro p io
Popper*9) se c o m p a r a co n el e n fo q u e in d u c tiv is ta d e un
F ra n cis B a co n o un J .S . M ili, p a re c e r ía a p ro p ia d o c o lo c a r a
P o p p er en el c a m p o ra c io n a lis ta y n o e n tre lo s e m p iris ta s . S in
e m b a rg o , ta l c la s ific a c ió n r e s u lta r ía e q u ív o c a en un a sp e c to
d e im p o rta n c ia . C o m o y a h em o s v is to , u n o de los ele m e n to s
d el r a c io n a lis m o es la cre e n c ia en la p o s ib ilid a d d e un
c o n o c im ie n to a p r i o r i ; no o b sta n te , P o p p er in siste en o to r g a r
u n a d e sta c a d a fu n ció n a la o b se rv a c ió n e m p íric a a p o s t e r i o r i
en la c o m p ro b a c ió n d e las te o ría s cie n tífic a s . S e g ú n P o p p er,
p a ra q u e u n a te o ría sea u n a g e n u in a c o n tr ib u c ió n a l c o n o c i
m ien to c ie n tífic o , tien e q u e « a so m a r la c a b e z a » y e x p o n e rse
a l rie sg o d e la fa lsa c ió n e m p íric a . N u e stra s o b se r v a c io n e s no
p u ed en g a r a n tiz a r la v e rd a d d e las teo ría s c ie n tífic a s , p ero
sí p u ed en r e fu ta rla s , y c u a lq u ie r te o ría q u e n o se e x p o n g a a
sí m ism a al rie sg o d e la r e fu ta c ió n e m p ír ic a no m e rece se r
c a lific a d a d e a p o r ta c ió n a la c ie n cia .
E sto nos in d ic a q u e P o p p e r n o p u ed e s e r s itu a d o d e
m an era ta ja n te en n in g u n o d e los d os b a n d o s d e n tro d e la
d ic o to m ía r a c io n a lista / e m p iris ta . E n r e a lid a d , a e sta a ltu ra
y a te n d ría q u e h a b e rse p u esto en c la r o q u e ta l d ic o to m ía
ja m á s se d eb e a p lic a r co n u n a r ig id e z e x c e s iv a . D iv id ir a los
filó so fo s en d os m o n to n es d e este tip o , se p a ra d o s y m u tu a
m en te e x c lu y e n te s, im p lic a r ía un ex ce so d e c e lo d isto rsio n a -
d o r d e la v e rd a d en fa v o r d e la n itid e z c la s ific a to r ia . E n la
e x p o sició n y a r e a liz a d a a c e r c a d e A r istó te le s, D e sca rte s y
K a n t y a se h a n h e ch o c o n s ta r e je m p lo s d e p en sa d o re s c u y a s
id e a s no p o d ría n c o lo c a r se — sin se r d is to rsio n a d a s— b a jo la
e tiq u e ta d e « em p irism o » o la d e « ra cio n a lism o » .90 E n p a rte ,
la ra zó n de e llo es q u e n o e x iste u n a d o c tr in a s e n c illa y o fic ia l
q u e d efin a el « ra cio n a lism o » ; p o r el c o n tr a r io , h a y n u m e ro
sa s te n d e n cia s q u e se su p e rp o n e n y se r e fu e rza n m u tu a
m en te, q u e c o n s titu y e n lo q u e su e le d e n o m in a rs e la tra d ic ió n
ra c io n a lista . P o p p er p erten ec e a d ic h a tra d ic ió n en la m e d id a
en q u e c re e q u e el p o d e r c r e a tiv o d e la m en te en c ie r to se n tid o
« a v a n za m ás a llá » de la o b se rv a c ió n d ir e c ta , en su s in te n to s
p o r a lc a n z a r la v e rd a d . N o o b sta n te , es un e m p iris ta en la
m e d id a en q u e cre e q u e los s a lto s d e « in tu ició n c re a tiv a » só lo
p u ed en c a lific a r s e d e a p o r ta c io n e s g e n u in a s a la c ie n c ia en el
ca so d e q u e su s co n s e c u e n c ia s p u ed a n so m e te rse a o b s e r v a
ció n e m p íric a y c o m p ro b a rse d e m a n era e x p e rim e n ta l.
L a r e c ie n t e r e v o l u c ió n e n l a f il o s o f ía d e l a c ie n c ia
P o p p er co n s id e ra q u e la s e s tr u c tu r a s d e d u c tiv a s d e la
ló g ic a son las q u e o to rg a n su r a c io n a lid a d a la c ie n c ia , y q u e
la c a p a c id a d d e d a r o rig en a co n s e cu e n cia s q u e e n tre n en
c o n flic to con la e x p e r ie n c ia rea l es lo q u e co n ce d e a la c ie n c ia
su e s ta tu to o b je tiv o . A lo la r g o d e los dos ú ltim o s d e cen io s, sin
e m b a rg o , se h a p ro d u c id o en la filo so fía d e la c ie n c ia u n a
r e v o lu c ió n q u e h a p u esto se ria m e n te en d u d a la r a c io n a lid a d
d e la c ie n c ia y su s p reten sio n es d e o b je tiv id a d . L os p e n sa d o
res q u e h a sta a h o ra se h an e x p u e s to en este lib ro no sie m p re
se p u ed en c la s ific a r d e m o d o ta ja n te en lo q u e r e sp e c ta a la
d is tin c ió n e n tre r a c io n a lis m o y e m p iris m o , p ero a l m en os
c a b e p e n sa r q u e h a n c o n tr ib u id o a un d iá lo g o co n tin u a d o
cu y o s d os e x tre m o s p o d ría n s e r p o r e je m p lo la e x p lic a c ió n
d e d u c tiv a y a p r i o r i q u e d a S p in o z a a c e r c a d e la s u b s ta n c ia , y
la re d u cc ió n d e la c a u s a lid a d a m era s r e g u la r id a d e s o b s e r v a
b le s, p ro p u e s ta p o r H um e. S in e m b a rg o , la re c ie n te r e v o lu
ció n en el á m b ito d e la filo so fía d e la c ie n c ia n o es un u lte r io r
a v a n c e d e d ic h o d iá lo g o sin o u n a ru p tu ra a b r u p ta : en su
fo rm a e x tre m a , r e c h a z a al m ism o tie m p o el m o d e lo r a c io n a
lis ta d el co n o c im ie n to y el m o d e lo e m p iris ta , co m o b á s ic a
m en te erró n eos.
L a s d os fig u ra s c e n tra le s d e este n u ev o en fo q u e son
T h o m a s K u h n y P au l F e y e ra b e n d , c u y a s o b ra s m ás d e s ta c a
d as a l r e sp e c to (el lib ro de K u h n T h e S t r u c t u r e o f S c i e n t i f i c
R e v o l u t i o n s y el a r tíc u lo « E x p la n a tio n , R e d u c tio n an d E m p i
ricism » d e F ey era b e n d ) a p a re c ie ro n en 1962. A m b o s a u to re s
sig u ie ro n a P o p p er en su r e c h a zo d el m o d e lo e m p ir is ta del
c ie n tífic o co m o a lg u ie n q u e se d e d ic a a « co le c c io n a r h echos»
o a a c u m u la r g ra d u a lm e n te c o n o c im ie n to s a tra v é s d e la
o b se rv a c ió n y la e x p e rim e n ta c ió n . S in e m b a rg o , r e ch a za ro n
la n o ció n p o p p e ria n a se g ú n la c u a l las te o ría s p u ed en fa lsa rs e
c o m p ro b a n d o su s c o n s e c u e n c ia s a n te la e x p e rie n c ia . K u h n
s o s tu v o q u e, u n a v e z q u e u n a te o ría o un m o d e lo e x p lic a tiv o
d e te rm in a d o ha c o n q u is ta d o la h eg e m o n ía d e n tro d e una
c o m u n id a d c ie n tífic a , los cie n tífic o s n o p e r m itir á n q u e sea
fa lsa d o p o r u n o s re su lta d o s a n ó m a lo s . L os m o d e lo s h egem ó-
n ico s o « p a ra d ig m a s» q u e d o m in a n el p e n sa m ie n to d e u n a
c o m u n id a d c ie n tífic a d is fr u ta n d e u n a p ro te cc ió n e s p e c ia l:
«una v e z q u e h a lo g ra d o el e s ta tu to d e p a ra d ig m a , u n a te o ría
c ie n tífic a só lo se d e c la r a rá no v á lid a si se d isp o n e d e u n a
a lte r n a tiv a q u e la s u b s titu y a » .91 L a c ie n c ia n o rm a l es u n a ru
tin a ria so lu ció n d e ro m p e c a b e z a s, q u e h a y q u e e fe c tu a r
d e n tro de lo s lím ite s d el p a ra d ig m a p r e d o m in a n te . S ó lo en
p e río d o s d e c r is is c ie n tífic a , c u a n d o los r e su lta d o s a n ó m a lo s
se v u e lv e n im p o s ib le s d e m a n e ja r y se p re se n ta p o r sí m ism o
un p a r a d ig m a a lte r n a tiv o , se rá c u a n d o se m o d ifiq u e u n
p a ra d ig m a fu n d a m e n ta l o c u a n d o se p r o d u z c a u n a r e v o lu
ció n en el p e n sa m ie n to cie n tífic o .
Un p o p p e ria n o p o d r ía r e p lic a r a e sto q u e e l p r in c ip io de
fa lsa c ió n a s p ir a a se r u n a n o rm a o c r ite r io ló g ic o co n e l c u a l
d e b e co n tr a s ta r se u n a te o ría c ie n tífic a ; la te o ría d e P o p p e r no
p reten d e a fir m a r — y ta m p o c o n e c e sita h a c e rlo — q u e los
c ie n tífic o s sie m p re a c tú e n d e un m o d o q u e se a ju s te d e h e ch o
a ese c rite rio . S in e m b a rg o , lo s a rg u m e n to s d e K u h n y
F e y e ra b e n d n o se lim ita n a e x a m in a r có m o tra b a ja n d e h ech o
los cie n tífic o s. En p r im e r lu g a r, p o n en en d u d a la n o ció n
se g ú n la c u a l u n a te o ría p u ed e c o m p ro b a r se e n r e la c ió n con
d e te rm in a d o s h ech o s. S e g ú n d ic h o s a u to re s, n o e x iste u n a
d is tin c ió n ta ja n te e n tre la s p ro p o sic io n e s te ó ric a s y lo s d a to s
p ro c e d e n te s d e la o b se rv a ció n . Un « in fo rm e d e o b se rv a ció n »
p u e d e e s ta r re p le to d e te o ría (co m o o c u rre c u a n d o la in te r
p r e ta c ió n d e u n a le c tu r a d e te rm in a d a im p lic a la re a liz a c ió n
d e c o m p lic a d o s c á lc u lo s y/o la fo rm u la c ió n d e h ip ó te sis
teó rica s). P o r c o n s ig u ie n te , h a y q u e s o s p e c h a r d e la id e a d e
q u e u n a te o ría sie m p r e p u ed e p ro b a rse c o m p a r á n d o la co n un
c o n ju n to n e u tra lm e n te d e sc rito d e « hechos e m p íric o s » , y
d e se c h a rse cu a n d o no se a ju s ta a ésto s. E n se g u n d o lu g a r,
c u a n d o la s te o ría s c a e n , p a ra K u h n e sto no s ig n ific a q u e la
n u ev a te o ría sea m e jo r q u e la a n te r io r p o rq u e e x p liq u e m e jo r
d a to s e m p íric o s q u e h a sta a h o ra n o p o d ía n in te rp re ta rse . L o
q u e o c u rre es un « ca m b io d e G e s t a l t »: d e fo rm a sú b ita , el
m u n d o se c o n te m p la a tra v é s d e u n a n u ev a p e r s p e c tiv a
co n c e p tu a l. El n u e v o p a ra d ig m a y la te o ría a s o c ia d a a él g e
n e ra n n u ev o s « datos» : nos p ro p o rcio n a n un m o d o r a d ic a l
m en te d is tin to d e v e r la s co sa s. P o r e je m p lo , d esp u és d e la
r e v o lu c ió n c o p e rn ic a n a lo s a stró n o m o s « v iv ie ro n en un
m u n d o d iferen te» .92E n te rc e r lu g a r, y lo m ás d e c is iv o de tod o,
ta n to K u h n co m o F e y e ra b e n d lle g a ro n d e fo rm a in d e p e n
d ie n te a la co n c lu sió n d e q u e la s d ife re n te s te o ría s c ie n tífic a s
son « in co n m en su rab les» . S i las o b se r v a c io n e s d ep e n d e n de
la te o ría , y en c ie r to se n tid o la teo ría d e te rm in a có m o
in te rp re ta m o s «el m u n d o» , no h a y u n a fo rm a ra c io n a l y
o b je tiv a d e d e c id ir e n tre d os te o ría s c ie n tífic a s d is tin ta s . N o
e x iste u n a b a se co m ú n q u e n os p e r m ita e fe c tu a r u n a e v a lu a
ció n n e u tra l y o b je tiv a a c e r c a d e c u á l es la te o ría p re fe rib le . A
e sto se le h a c a lific a d o d e « tesis d e la in c o m e n s u ra b ilid a d » .
E n p a la b r a s de K u h n , « la c o m p e te n c ia e n tre p a ra d ig m a s no
es un tip o d e b a ta lla qu e p u e d a so lu c io n a rse m e d ia n te
c o m p ro b a c io n e s ».9J
L os tres e le m e n to s p r in c ip a le s d e la p e r s p e c tiv a d e
la c ie n c ia q u e a c a b a m o s d e b o s q u e ja r — (1) la d e p e n d e n cia
d e la o b se rv a ció n co n re sp e cto a la te o ría , (2) la n o ció n d e
c a m b io c ie n tífic o c o m o « m o d ifica ció n d e p a ra d ig m a » q u e
im p lic a u n a n u e v a G e s t a l t , y (3) la tesis de la in c o n m e n su r a b i
lid a d e n tre d ife re n te s teo ría s— to m a d o s en co n ju n to nos
p re se n ta n un p o d e ro so d e sa fío a la s p reten sio n es d e o b je tiv i
d a d d e c u a lq u ie r co sm o v isió n c ie n tífic a o filo s ó fica . Y su rg e
un in te rro g a n te : ¿ c a b e a fir m a r d e m a n e ra fia b le q u e n u e stra
p ro p ia c u ltu r a c ie n tífic a co n te m p o rá n e a re p re se n ta un
a v a n c e co n re sp e c to a los e sfu e rzo s r e a liz a d o s p o r los a n te r io
res sis te m a s de p e n sa m ie n to ? E l c u rso d e la c ie n c ia p u ed e
re p re se n ta rse y d e sc rib irse d esd e un p u n to d e v is ta h istó ric o
o so c io ló g ic o , p ero no p a re ce e x is tir n in g u n a ra z ó n o b je tiv a
p a ra d e c ir q u e — en d e te rm in a d a e ta p a d e la h isto ria — la
c ie n c ia e s tá m á s c e r c a d e «la ve rd a d » en c o m p a r a c ió n con
o tra fa se c u a lq u ie r a . E n F e y e ra b e n d este p e n sa m ie n to lle g a
h a sta su s ú ltim a s co n s e cu e n cia s : la m o d e rn a c ie n c ia o c c id e n
tal no es m á s q u e u n a « id e o lo g ía d o m in a n te» ; es u n a tr a d i
ció n e n tre m u c h a s o tra s, q u e c a r e c e d e u n a e sp e cia l ju s t if i
ca c ió n p a ra o b lig a rn o s a c o m p a r t ir la .« L a s id e o lo g ía s h a y qu e
in te r p r e ta r la s co m o si fu esen cu e n to s d e h a d a s q u e ... tie n en
co sa s in te re sa n te s q u e d e c ir p ero q u e ta m b ié n tra n sm ite n
e n g a ñ o sa s m e n tira s... L os "h e ch o s" c ie n tífic o s se e n señ an a
m u y te m p ra n a e d a d , a l ig u a l q u e, h a ce a p e n a s c ie n a ñ o s, se
en señ aro n los "h e ch o s" relig io so s.» L a co n s e c u e n c ia d e tod o
e llo (si b ien m u ch o s filó so fo s, in c lu y e n d o a l p r o p io K u h n en
su s e s c rito s p o ste rio re s, se h a n m a n ife s ta d o re a c io s a a c e p ta r
tod o lo a firm a d o p o r F e y e ra b e n d ) es u n a fo rm a e x tre m a de
r e la tiv is m o (a lg u n o s h a b la r ía n d e « an a rq u ism o » ) e p is te m o
ló g ic o en la q u e ta n to la s te o ría s en sí m ism a s co m o los
c r ite rio s m e to d o ló g ic o s q u e se e m p le a n p a ra e v a lu a r la s p ie r
d en tod a a s p ir a c ió n p la u s ib le a la c o rr e c c ió n o b je tiv a .94
R a c io n a l is m o y r e l a t iv is m o
L a s p e r s p e c t iv a s d e l r a c io n a l is m o
N otas
Capítulo I
[4] Kaufm ann, W., N ietzsch e, P h ilo so p h er, P sy ch o logist, A n tich rist
(Princeton: Princeton University Press, 1950), Cap. IV.
C a p itu lo II
Pla tón
Ver también:
Aristóteles
[22] Sm ith, J.A. & Ross, W.D. (eds.), T h e W ork s o f A ristotle (Oxford:
OUP, 1910, rev. 1952).
[24] Thompson, J.A.K., The E th ic s o f Aristotle, ed. rev. por Bam es,
J. (Harmondsworth: Penguin, 1976).
Ver también:
C a p ítu lo III
D escartes
[41] Butler, R.J. (ed.), Cartesian S tu d ies (Oxford: Blackw ell, 1972) y
[42] Hooker, M. (ed.), D escartes, C ritic a l a n d Interpretative E ssa y s
(Baltimore: Johns Hopkins, 1978).
S p in o za
Ver también:
[47] Hampshire, S., S p in o za (Harmondsworth: Penguin, 1951).
L e ib n iz
Ver también:
Ver también:
Capitulo IV
Lock e
Hum e
C a p it u l o V
H egel
Ver también:
R u sse ll y W ittgenstein
Ver también:
[105] Copi, F.M. & Beard, R.N., E s s a y s o n W ittg e n ste in 's Tractatus.
P o s itiv is m o ló g ico
Q u in e y Kripke
Ver también:
C h o m sk y
Ver también:
R a c io n a lis m o y ética
[148] Kuhn, T., The E sse n tia l T e n s io n : Selected Stu dies in S c ie n tific
T rad ition a n d C h a n g e (Chicago: Chicago UP, 1977).
Ver también:
[156] Hollis, M. & Lukes, S., R a tio n a lity a n d R e la tiv ism (Oxford:
Blackw ell, 1982) y
I. T é rm in o s y m é to d o s ................................................... 17
N o ta s .............................................................................. 28
II. L os fu n d a m e n to s c lá s ic o s ......................................... 29
N o tas .............................................................................. 51
III. La e d a d d e o ro d el ra c io n a lis m o ............................. 53
N o ta s .............................................................................. 87
IV. L a c o n t r a r r e v o lu c ió n e m p ir is ta y la s ín te s is
k a n tia n a .............................................................................. 90
N o tas .............................................................................. 110
V . El ra c io n a lis m o en el s ig lo x x ................................. 112
N o ta s .............................................................................. 177