Está en la página 1de 9

ANALISISDE LA OBRA:

LA ETICAPROTESTANTE Y EL ESPIRITU
DEL
CAPITALISMO DE MAX WEBER
OscarSaavedraDahm

1. rNTRoDUcctoN
El presentetrabajo tiene por finalidad analizarla obra de Max Weber La Etica
protestantey el espíritudel capitalismotratandode relacionarlacon la metodología
d e l a s c i e n c i a ss o c i a l e sd e s a r r o l l a d p
ao r e l m i s m o a u t o r .
Se pretende abordar la lecturade esta obra en forma tal de ir fundandosus
principalesplanteamientosen los conceptosque el propio Weber expuso en su
trabajo La objetividad cognoscitiva de la cienciasocialy de la política social(1904).
Es decir,se trataráde efectuarel análisisdesdeel interiorde lasconcepciones
epistemológicas de Weber,con la finalidadde ser lo más fiel posiblea sus puntos
de vista.
Existeuna actitudmanifestadaen muchostrabajossociológicosa polemizar
con Webery a desmenuzaren forma críticasus planteamientos sobrela sociología
comprensiva.Nosotrospretendemoslo contrario.
Weber-a nuestroentender- presenta,como nadie,las limitacionesconcep-
tualesy metodológicasde las corrientespositivistasy marxistas-tan difundidas
en los ámbitosacadémicos- e intentalegitimarun enfoqueepistemológico válido
para las cienciassociales,congruentecon su objeto de estudio,en el cual la
subjetividady el talentocreativodel investigadorconstituyanlosfactoresdetermi-
nantesde su trabajo.Enforma vehemente,Max Weberbuscainvalidartressupues-
tos básicosdesarrolladospor el pensamientopositivista,a saber:

a) Relación entre el desarrollo científico


y el progreso social
En estesentidoel autores claroen circunscribir a su realdimensiónel rol socialdel
conocimientocientífico,en el sentidoque "la cienciaempíricano puedeenseñarle
a nadiequé debe hacer,sino únicamentequé puedehacery, en ciertascircunstan-
c i a s ,q u é q u i e r e " .( 1 )
"El sentidodel acaecerdel mundo" no estarádeterminadopor los resultados
de fa investigación. Señalaque "las cosmovisionesjamás puedenser productode
un avancedel saber empíricoy que, por lo tanto, los idealessupremosque nos
mueven con la máxima fuerzase abren camino,en todas las épocas,sólo en la

87
luchacon otros ideales,los cualesson tan sagradosparaotraspersonascomo para
nosotroslos nuestros".(2)
El fin de la ciencia es la búsquedade la verdad y es un esfuerzode real
relevanciasocial. Pero reconocereste hecho, no significasobredimensionarsu
efectop, o r q u ee s i l u s o r i op e n s a r q u el o s p r o g r e s o sd e l a c i e n c i ap u e d a np o n e r e n
duda o afectar los idealespersonales,aquel conjunto de valoresque le otorga
sentido a nuestrasvidas, que nosotroslos percibimoscomo "objetivos" y que
constituyennuestras"cosmovisiones".

b) La pretendida objetividad de las ciencias sociales


A n t e l a t e n d e n c i am u y d i f u n d i d ae n e l s e n t i d od e a d a p t a rp o r a n a l o g í am o d e l o sy
métodos naturalistasal estudio de los problemassociales,Weber enfatizaque
" m i e n t r a sq u e e n l a a s t r o n o m í al o s c u e r p o sc e l e s t e sn o s i n t e r e s a ns ó l o e n s u s
relacionescuantitativas, susceptibles de mediciónexacta,en las cienciassociales
nos conciernela total¡dadcualitatiyade los procesos".(3)
La pretendidaobjetividadde que nos hablael positivismoes bastantediscuti-
b l e s i s e e n t i e n d eq u e e l i n v e s t i g a d oers t ái n m e r s oe n e l m u n d od o n d es e e x p r e s a n
l o s p r o b l e m a ss o c i a l e ys e n l a t a r e ad e a l c a n z aur n ac o m p r e n s i ó cna b a ld e e l l o s ,d e
conocerla realidaden su significaciónculturaly su conexióncausal,estápresente
su punto de vista personal.
L a r e a l i d a de s t a n c o m p l e j ay r e ú n ea u n a c a n t i d a dt a l d e f a c t o r e sq, u e s o m o s
nosotros,en nuestrorol de investigadores, los que les damos sentidoa esa reali-
d a d , d e s d ee l m o m e n t o m i s m o q u e s e p a r a m o sl o s p r o b l e m a sy l o s a g r u p a m o s
como fenómenoshistóricamentesignificativos.
E l p r o p i oW e b e rs e ñ a l at e x t u a l m e n t e":E l c o n o c i m i e n t do e l a s c i e n c i a sd e l a
cultura,en el sentidoque lo entendemosaquí,estávinculadoa premisassubjetivas
e n c u a n t os e o c u p as ó l od e a q u e l l o se l e m e n t o sd e l a r e a l i d a dq u e m u e s t r a na l g u n a
relación,por indirectaque sea, con procesosa los que atribuimossignificación
c u l t u r a l " .( ¿ )

c) La supuesta existencia de una legalidad de lo social


P a r aW e b e r ,l a i n v e s t i g a c i ósno c i a n d e l c o n o c i m i e n tdoe g e n e r a l i -
l o e sl a b ú s q u e d a
dades o, de otro modo, de relacionescausalesque tengan una extensavalidez
empírica.Por el contrario,"procuramosconocerun fenómenohistórico,esto es,
plenode significaciónen su especificidad". (s)La realidad,hastaen sus segmentos
más estrechosestá constituidade múltiplesrelacionesde causalidady -por lo
tanto- en cada caso específico,nos interesan"sólo aquellascausasa las cuales
son imputables,en el caso individual,los componentesesencialesdel aconteci-
miento en cuanto se trata la individualidadde un fenómeno.La preguntapor la
causano inquierepor leyes,sino por conexionescausalesconcretas".(o)

88
Los problemassocialesse expresanen situacionesparticulares: son específi-
cos, y lo que interesa es poder conocerlos en su real significación.
No existen leyes de lo particular.Los criteriosson opuestos:mientrasmás
g e n e r a l e s o n l a s l e y e se n l a sc i e n c i a sn a t u r a l e sm, á sv a l i o s a s e l a sc o n s i d e r ae; n
c a m b i o ,p a r al a sc i e n c i a s o c i a l e ss, o n m e n o sú t i l e s E . n o t r o st é r m i n o s e, l c o n o c i -
miento de leyeses un medio para la investigaciónsocial,pero no su fin.
También Max Weber discute los supuestosbásicosde la teoría marxistay
s e ñ a n at e r m i n a n t e m e n tqeu e " l a d e n o m i n a d a ' c o n c e p c i m ó na t e r i a l i s tdae l a h i s t o -
r i a ' c o m o c o s m o v i s i ó no c o m o d e n o m i n a d ocr o m ú np a r al a e x p l i c a c i ócna u s a d l e
la realidad histórica,ha de rechazarsede la manera más decidida". (tl
Esterechazono es de tipo emocional,sino que obedecea causasmuy funda-
das.En efecto,Weberconsideraque los factoreseconómicosson muy importantes
en el desenvolvimientode la vida socialy -en muchos casos- determinantes,
pero intentarrealizarinterpretaciones históricasdesdeun punto de vista específi-
co, donde, invariablemente, la significaciónúltima de los fenómenosdebe encon-
trarseen la lucha por la existenciamaterial,es reducirarbitrariamente el conoci-
miento de la realidad.
'concepción
T e x t u a l m e n t se e ñ a l aq u e " l a l l a m a d a m a t e r i a l i s tdae l a h i s t o r i a '
e n e l s e n t i d op r i m i t i v od e l M a n i f i e s t oC o m u n i s t ap, o r e j e m p l o s, ó l os i g u ep r e v a l e -
ciendo hoy en las cabezasde legos y diletantes.Entre estos aún se encuentra
difundido por cierto el curioso fenómeno de que no quedan satisfechosen su
necesidadde hallaruna explicacióncausaldeciertohechohistóricohastaque, de
algún modo o de algunaparte,no se muestrancausaseconómicasco-actuantes (o
que parezcanserlo).Perocuandoestees el caso,en cambio,se conformancon las
hipótesismás socorridasy los lugarescomunesmás generales,ya que entonces
han satisfechosu necesidaddogmáticade creer que las "fuerzasimpulsoras"
económicamenteson las "auténticas",las únicas"verdades",las "decisivas"en
ú l t i m a i n s t a n c i a "(.8 )
Como consecuencia de estaposturafrentea la investigación científica, Weber
razonaque, lógicamente,por esta vía viaja "la inevitabletendenciamonista de
c u a l q u i e tr i p o d e p e n s a m i e n t oc a r e n t ed e c o n c i e n c i a c r í t i c a " (. 9 )
El autor recuerdaque, en muchos casos,frente a situacioneseconómicas
similares o iguales las respuestassocialeshan sido diferentespor causasde
determinantespolíticos,ecoclimáticos,religiososo de cualquierotra naturaleza.

2. CAPITALISMOY RACIONALIDAD

lntentemosaproximarnosen forma someraal problemaque trata en la investiga-


ción que nos preocupa.
En primer lugar, presentaremos
algunossupuestosepistemológicos expues-
tos por el autor:

89
2.1. Objetivo de las ciencias sociales
" E l i n t e r é sd e l a sc i e n c i a s o c i a l e sp a r t e s, i n d u d aa l g u n ad, e l a c o n f i g u r a c i órne a ly ,
p o r t a n t o ,i n d i v i d u adl e l a v i d as o c i a q
l u e n o sc i r c u n d ac o n s i d e r a dean s u sc o n e x i o -
n e s u n i v e r s a l e sm , á s n o p o r e l l o ,n a t u r a l m e n t e d e í n d o l em e n o s i n d i v i d u a la, s í
como en su ser-devenidasa partir de otras condicionessocialesque a su vez,
evidentemente,se presentancomo individuales".{lo)
En otrostérminos,la finalidaddel conocimientocientífico-social es el "conoci-
m i e n t o d e l a r e a l i d a de n s u s i g n i f i c a c i ó cnu l t u r a l s u c o n e x i ó nc a u s a l " .( l l ) Y
y
cuando se habla de realidad,es precisotener presenteque la referenciaestá
dirigida a un aspectosocio-culturalhistóricamentesignificativoy no a generali-
dades.

2.2. Causalidad
Saltaa la vistael problemade la causalidad, veíamoscómoWeberrechazaenfática-
m e n t el a se x p l i c a c i o n ems o n o c a u s a l edse l m a r x i s m oy p o n í ae n d u d al a u t i l i d a dd e
las leyesque nos proporcionanexplicaciones causalesgenerales.
Sin embargo,exponecomo objetivoinexcusable deltrabajodel investigadorla
explicaciónde los fenómenosque revistenpara nosotrosinterésy significación.
Pero este ejerciciodebe hacerseteniendopresentelo siguiente:
a) No es posibleel regresocausal"exhaustivode cualquierfenómenoconcreto
en su realidadplena,no sólo es imposibleen la práctica,sino sencillamente
disparatado".l'tzl
b ) S ó l os e d e t e r m i n a r á a n q u e l l a s" c a u s a sa l a sc u a l e ss o n i m p u t a b l e se,n e l c a s o
individual,los componentesesenciales del acontecimiento" (lg),sin pretender
p
l l e g a ra f ó r m u l a sl e g a l i f o r m e sP.o rl o t a n t o , u e d ei n f e r i r s q
e u ee l c o n o c i m i e n -
to de la historiao de losfenómenossocio-culturales siemprequedaráabiertoa
nuevas interpretaciones significativas, a establecerdiferentesrelacionesde
causalidad,de acuerdoa las circunstancias, épocao constelación valóricadel
investigador,
Un ejemplo claro de esta postura lo constituyesu obra La Eticaprotestante y el
espíritudel capitalismo,en la cual Max Weber demuestracómo en la generacióny
consolidaciónde un fenómenotan trascendental como es el capitalismo-neta-
menteeconómico- la causafundamentalno se encuentraen la raízde las relacio-
nes de producciónde una sociedaddeterminadasino en un fenómenode carácter
político-teológicocomo es la Reformainiciadapor Luteroen el seno de la lglesia
Católicadel Siglo xvt.
Contoda razón,Weberdiceque Iuchasde clasesentredeudoresy acreedores o
entre latifundistasy desposeidosse han verificadoen todaslas épocashistóricas;

90
s i e m p r eh a h a b i d oc o m e r c i oe i n d i v i d u o sq u e g a n a nm á s q u e o t r o s ; s i e m p r ee l
hombre ha tenido ambicionesy aspiraciones de riquezas;pero "hay en Occidente
una forma de capitalismo que no se conoce en ningunaotra partede la tierra: la
organizaciónracional-capitalista del trabajo formalmente libre". (l¿)
Estaforma de capitalismo surge, se desarrolla y se irá plasmando en determi-
nadasformas de intercambio y de producción, generará la revolución industrialy
llegaráa alcanzar los más sofisticados sistemas económicos y de gobierno'
ya a principiosde siglo,Max Weberdescribegenialmentelos aspectosdistinti-
vos del proyectocapitalista-industrial de nuestrosiglo, del cual -hoy- no son
ajenosni occidente,ni las democraciaspopularesdel Esteeuropeo:
a) La matematización progresivade toda experiencia y conocimiento, extendién-
dosedesdesus éxitosespectaculares en lascienciassociales y luego al mismo
modo de vida.
b) Existenciade la necesidaddel experimentoracionaly la comprobaciónracio-
n a l e n l a o r g a n i z a c i ó dn e l a c i e n c i ay l a v i d a .
c ) C o n s t i t u c i ó yn c o n s o l i d a c i ó dn e u n a o r g a n i z a c i óunn i v e r s adl e f u n c i o n a r i o s ,
e s p e c i a l m e n taed i e s t r a d o sq,u et i e n d eh a c i au n c o n t r o a l b s o l u t oe i n e s c a p a b l e
de toda nuestraexistencia.

2.3. El tipo ideal


El conceptode tipo idealaparececomo un aportemetodológicoimportanteen la
elaboraciónweberiana,aun cuando es objeto de críticasdebido a su aparente
ambigüedad.
C-onla finalidadde dilucidarel concepto,se presentana continuaciónalgunas
citastextualespertinentes:
,"..qué se entiendeo se puedeentenderpor tal conceptoteóricoes algo que
sólo puedevolverseclaro,de manerarelativamente unívoca,a travésde una
formaciónconceptual precisa, esto es, tipo ideal"' (ts)
"Aqueflas ideasmismas que gobiernana los hombresde una época,esto es,
que operanen ellos de maneradifusa,sólo puedenser aprehendidas a su vez
con precisión conceptual -en cuanto se trate de formaciones conceptuales
afgo complicadas- bajo la forma de un tipo ideal, porqueellas alientanen las
cabezasde una multitud indeterminaday cambiantede individuosy experi-
mentanen elloslas más variadasgradaciones de forma y contenido,claridady
sentido". ( l o )
Se obtiene un tipo ideal al acentuarurrilateralmente uno o varios puntos de
y
vista encadenar una multitudde fenómenos aislados, difusosy discretos,que
se encuentran en gran o pequeño número, y que se ordenan según los prece-

91
d e n t e sp u n t o s d e v i s t a e l e g i d o su n i l a t e r a l m e n tpea r a f o r m a r u n c u a d r od e
p e n s a m i e n t oh o m o g é n e o." ( t t l

E l t i p o i d e a le s u n r e c u r s om e t o d o l ó g i c e o s t a b l e c i dpoo r W e b e rc o n l a f i n a l i d a dd e
l a sc i e n c i a s o c i a l e sP. a r an a d i ee s u n m i s t e r i o
e n f r e n t a lra d e b i l i d a dc o n c e p t u a l d e
q u e u n o d e l o sf a c t o r e sq u e l a sd i s t a n c i a en n d e s a r r o l l d o e l a sc i e n c i a n
s a t u r a l e es s
la carenciade biunivocidadentre sus términosy conceptos.
Esto es -en gran medida- lo que les otorga un statusdiferente.
M a x W e b e r c o n s i d e r aq u e l o s t é r m i n o sd e l l e n g u a j ec o m ú n- n o f o r m a l i z a -
d o - v a n a d q u i r i e n d od i s t i n t o ss i g n i f i c a d oas l o l a r g od e l a h i s t o r i aE. s p r o p i oq u e
l a s c u l t u r a sc a m b i e n ,y c o n e l l a s ,s u l e n g u a j e .
C o m o d i c e F r e u n d" e l t i p o i d e a l d e s i g n au n c o n j u n t od e c o n c e p t o sq u e e l
e s p e c i a l i s tdae l a sc i e n c i a sh u m a n a sf o r m ac o ne l ú n i c of i n d e l a i n v e s t i g a c i ó n("t.a )
Es decir, constituyenlos conceptosdefinidosen su significaciónconnotativay
denotativa,con los cualesva a enfrentarel estudiosignificativode la realidad.
E n e s t es e n t i d o M , a x W e b e r ,c o m o n i n g ú no t r os o c i ó l o g oh, a s i d og e n e r o s oe n
aportartipos ideales.Su obra "Economíay Sociedad"constituyeun tratado de
s á s d i v e r s o sy d i s í m i l e se, n u n g r a d od e
t i p o si d e a l e ss o b r el o s o b j e t o sc u l t u r a l e m
ampfitud y variedadque -pienso- nadie ha sido capazde igualar.
En la obra que nos preocupa La Etica protestante y el espíritu del capitalismo
v e r e m o sq u e a p a r e c e nm u c h o st i p o s i d e a l e sc, o m o p o r e j e m p l o :" u t i l i z a r e m o s
provisionalmentela expresión'espíritudel capitalismomoderno' para designar
a q u e l l am e n t a l i d a dq u e a s p i r aa o b t e n e ru n l u c r oe j e r c i e n dsoi s t e m á t i c a m e nut en a
'tipoideal'de
p r o f e s i ó nu, n a g a n a n c i ar a c i o n a l e g í t i m a "( l g ) ,m á s a d e l a n t e ": e l
empresariocapitalistaencarnadoen algunosnoblesejemplares,nada tiene que
ver con estetipo vulgaro afinadode ricachón.Aquélaborrecela ostentación, el lujo
inútil y el goce conscientede su poder; le repugnaaceptarlos signosexternosdel
respeto social de que disfruta porque le son incómodos.Su comportamiento
presentamás bien rasgosascéticos...". (zo)
Podríamosinferirque la formaciónde tipos idealesclaramentedescritoscons-
tituyenel pasoprevioy esencialparacualquierinvestigación. No hacerlorepresen-
ta el riesgode dejar zonasambiguas,que puedenser objeto de interpretaciones
diversas.
La investigación,entonces,consistiríaen contrastarlos tipos idealescon el
objeto de estudio,probarsu consistencia y precisión,y enriquecerlos a la luz de la
interpretaciónde la realidad.

EL ESPIRITU
D E LC A P I T A L I S M O

E n s u i n v e s t i g a c i ó nW, e b e r s e p l a n t e ae l s i g u i e n t ep r o b l e m a :" d e t e r m i n a lra i n -


'mentalidae dconómi-
s n l a f o r m a c i ó nd e u n a
f l u e n c i ad e c i e r t o si d e a l e sr e l i g i o s o e

92
ca'de un ethoseconómico,fijándonosen el casoconcretode las conexionesde la
ética económicamoderna con la ética racionaldel protestantismoascético".(zt)
Lasreligionesconstituyenun tema recurrenteen los escritosde Weber.En nuestro
caso, él investigala influenciadeterminanteque representópara un sector de
Europay para los EstadosUnidosla difusiónde las ideasdel protestantismo, en la
v i d a e c o n ó m i c ad e e s o s P u e b l o s .
El protestantismono sólo constituyóuna nuevaforma de vida religiosa,sino
q u e u n a m o r a lq u e d e t e r m i n ól a c o n d u c t ap e r s o n a lc, o m o t o d o t i p o d e r e l a c i o n e s
h u m a n a s :" L a R e f o r m an o s i g n i f i c a b a ú n i c a m e n t el a e l i m i n a c i ó nd e l p o d e re c l e -
n e l a f o r m ae n t o n c e sa c t u a d
s i á s t i c os, o b r el a v i d a ,s i n o m á s b i e n l a s u s t i t u c i ó d l el
m i s m o p o r u n a f o r m a d i f e r e n t eM . ásaún: la sustitución d e u n p o d e re x t r e m a d a -
mente suave (el católico),en la prácticaapenasperceptible,de hecho casi pura-
m e n t ef o r m a l ,p o r o t r o q u e h a b í ad e i n t e r v e n i dr e m o d o i n f i n i t a m e n t m e a y o re n
todas las esferasde la vida públicay privada,somet¡endoa regulaciónonerosay
m i n u c i o s al a c o n d u c t ai n d i v i d u a l " (. z z )
Para el protestantismoluterano,valores católicoscomo la vida monástica
carecende sentido a los ojos de Dios,y, al contrario,constituyenuna forma de
e v a s i ó nd e l o s d e b e r e sq u e t o d o h o m b r ed e b e c u m p l i re n s u v i d a : s u a c t i v i d a d
profesional.
Estepreceptode la valoracióndel trabajoy de la profesióncomo normade vida
constituyeuno de los pilaressobrelos cualesse edificael capitalismo:la laboriosi-
d a d d e l i n d i v i d u o s, u a b n e g a c i ó np o r e l t r a b a j o .
pero quienesdiseminaronla nuevaéticacapitalistacon mayor énfasisserían
los representantes de lassectascalvinistas, pietistas,metodistasy del movimiento
bautista.
Estosgrupos plantearoncomo basefundamentalde su doctrinala idea de la
p r e d e s t i n a l i ó nl:o s h o m b r e sf u e r o ns e p a r a d o sp o r D i o s :1 ) u n p e q u e ñ og r u p o a l
c u a l s e l e h a c o n c e d i d ol a v i d a e t e r n a ,D i o s l o s f o r m a b u e n o s ;V 2 l a l o s q u e
condenará,los precipitaa la corrupción,les retirarásus donesy los pondrábajo el
poder de Satanás.
T o d os e rh u m a n od e b e r áp a s a rs u v i d ab u s c a n d od e s c u b r ier l d e s i g n i od e D i o s ,
s i n u e n a d i ep u e d aa y u d a r l o e, n l a m á s a b s o l u t as o l e d a d '
q
A q u í a p a r e c eo t r o r a s g od e l h o m b r ed e l c a p i t a l i s m oe: l i n d i v i d u a l i s mdoe s i l u -
s i o n a d oy d e s h u m a n i z a d o '
El hombre debe actuaren la vida profesionalpara obtenerla seguridadde su
estadode graciay, en segundolugar,manifestaráuna conductaascética.Son los
c a m i n o sq u e l e p e r m i t i r á nd e s c u b r i sr i s e e n c u e n t r ae n e s t a d od e g r a c i a ,p o r q u e
D i o s a y u d aa l q u e s e a y u d aa s í m i s m o .D i o s n o l e p i d e a l h o m b r eb u e n a so b r a s
" s i n o u n a s a n t i d a de n e l o b r a r e l e v a d oa s i s t e m a " .( 2 3 )
El protestantismotransformó a cada hombre en un monje que cambia el
por la vida profesional,la oraciónpor el trabajo.De estaforma, la única
"onuenio
93
vía de contactocon Dios,paraconocerel estadode gracia,lo constituíanlos dones
q u e e l S e r S u p r e m ol e e n t r e g a b aa l o s e l e g i d o s .
Asíse forma un hombreausteroy ascético,que hacedel trabajola razónde su
vida. El fin de su existenciaes generar riqueza,no para su beneficiosino para
asegurarsela vida eterna. Según este criterio, "la riquezaes reprobablesólo
cuando incita a la perezacorrompiday al goce sensualde la vida; el deseo de
enriquecerse sólo es malo cuandotieneporfin asegurarse unavida despreocupada
y cómoday el goce de todos los placeres;pero,como ejerciciodel deberprofesio-
nal, no sólo es éticamentelícito,sino constituyeun preceptoobligatorio".(z+)

4. CONCLUSIONES

La lectura meditada de la obra La Etica protestante y el espíritu del capitalismo de


Max Weber nos muestrauna directacongruenciaentre los planteamientos meto-
dológicosexpuestospor el autor y el tratamientode un tema como objeto de
investigación.
Resultanotables la erudicióndel autor y su profundo conocimientode las
doctrinasreligiosassurgidascomo interpretación del cristianismoen los últimos
c i n c os i g l o s .
Sin pretenderestablecerleyes ni generalidades, Weber se da a la tarea de
buscaruna relaciónde causalidadde un sistemaeconómico,único en la historia,
caracterizado por la valoracióndel trabajohumanocomo mercancíaque se transa
libremente,sujetaa las leyesde mercado.En otras palabras,detectarla significa-
c i ó n c u l t u r a ld e l c a p i t a l i s m oy s u r e l a c i ó nd e c a u s a l i d a d .
¿Lacausa?El la encuentraen el sisma de la lglesiaCatólica,por la reformas
protestantes,iniciadaspor Luteroy luego por Calvino.
Los reformadoresno pretendierongenerarun nuevoordeneconómico.Esono
estabaen su proyectoy, seguramente,nunca lo consideraron.Peroestateología
determinauna moral renovadora.
El hombreque nacepredestinado debebuscarlos signosde su salvación:es la
m i s i ó np r i m o r d i aql u e t i e n ee n l a v i d at e r r e n a l¿. C ó m oD i o sl e i n f o r m a r ás i i n t e g r a
el reducidogrupo de los elegidos?A travésde signosde caráctermaterial,que irá
obteniendoa lo largo de su vida laboral.
Asísurge un nuevo t¡po humano cuyo prototiposeráel "self made man": un
individuoque vive paratrabajar,que debeaprovecharal máximoel escasotiempo
disponibleen la tierra,que ahorray se enriquece,que forma grandescapitales,
pero que a su vez ha renunciadoa los placeresmundanos.En suma,un empresario
ascético,y un trabajadoreficientey esforzadoque pretendellegara serempresario.
"El poder ejercidopor la concepciónpuritanade la vida no sólo favorecióla
formaciónde capitales,sino, lo que es más importante,fue favorablesobretodo
para la formación de la conductaburguesay racional(desdeel punto de vista

94
económ¡co),de la que el puritanofue el representante
típicoy más consecuente;
dichaconcepción,pues,asistióal nacirnientodel moderno'hombreeconómico"'.
(zs)
Estetrabajo,además,tienela importanciade invertirla lógicadel racionamien-
to marxista:Weber demuestracómo un fenómenocoyunturalde carácterreligio-
so-teológicogeneró un proceso de profundasraíceseconómicas.Es un claro
ejemplode su planteamientoepistemológicobásicoen el sentidode que la reali-
dad es infinitay frente a ella no existenexplicaciones
únicas;que las pretendidas
relacionesmonocausales constituyenuna simplificación
extremadade situaciones
que, por su naturaleza,presentanuna complejidadmuchísimomayor.

R E F E R E N C IB
AIB
SL I O G
RAFICAS

'1.MAx wEBER; La 'Objetividad' cognoscitiva 14.MAXWEBER;La Etica protestante y el espíritu


de la ciencia social, en: M. Weber, del capitalismo, Ediciones Penín-
Ensayos sobre metodología so- sula, Barcelona1969,pá9.12.
ciológica. Editorial Amorrortu,
Buenos Aires, 1973,pá9.44. 15.MAXwEBER;La obietividad..., pá9. 85.

; p. Cit. pá9. 46.


2 .M A Xw E B E R O r6. MAX WEBER;La objetividad..., pá9. 85.

; p. Cit. pá9. 63.


3 .M A Xw E B E R O 17.JULIENFREUND;Sociología de Max Weber,
; p. Cit. págs.71-72,
4 .M A x w E B E RO Ediciones Península, Barcelona
1967, pá9. 56.
; p. Cit. pá9.67.
5 .M A Xw E B E RO
1 8 .J U L T EF
NR E U N DO; p . C i t . p á g s . 5 6 - 5 7 .
; p. Cit. pá9. 68.
6 .M A Xw E B E R O
1 9 .M A Xw E B E RL; a E t i c a . . . , p á 9 . 6 4 .
; p. Cit. pá9. 58.
7 .M A Xw E B E RO
2 0 . M A xw E B E RL; a E t i c a . . . ,p á 9 . 7 1 .
; p. Cit. pá9. 58.
8 . M A Xw E B E R O
2 r . M A XW E B E RL; a E t i c a . . . , p á 9 . 1 8 .
; p. Cit. pá9. 58.
s . M A Xw E B E RO
2 2 .M A Xw E B E RL; a E t i c a . . . , p á 9 . 2 9 .
; p. Cit. pá9. 63.
r o .M A Xw E B E RO
2 3 .M A Xw E B E RL; a E t i c a . . . , p á 9 . 1 4 9 .
; p. Cit. pá9.64.
r ' r .M A Xw E B E RO
2 4 .M A Xw E B E RL; a E t i c a . . . , p á 9 . 2 2 5 .
; p. Cit. pá9. 68.
r 2 .M A Xw E B E RO
2 s .M A Xw E B E RL; a E t i c a . . . , p á 9 . 2 4 8 .
; p. Cit. pá9. 68.
1 3 .M A Xw E B E RO

95

También podría gustarte