Está en la página 1de 114

Diarios de Avivamientos

Diarios de Avivamientos

TABLA DE CONTENIDOS

LIBRO PRIMERO: .............................................................................................................................


5
CAP ÍTULO P RIMERO: DE LA IMITACION DE CRIS TO Y DES P RECIO .........................................
5
CAP ÍTULO 2 : DEL BAJ O AP RECIO DE S Í MIS MO.......................................................................... 5
CAP ÍTULO 3: DE LA DOCTRINA DE LA VERDAD.......................................................................... 6
C AP ÍTULO 4: DE LA P RUDENCIA EN LAS ACCIONES ................................................................... 7
C AP ÍTULO 5: DE LA LECCION DE LAS S ANTAS ES CRITURAS . ...................................................
7
C AP ÍTULO 6: DE LOS DES EOS DES ORDENADOS ..........................................................................
8
C AP ÍTULO 7: QUE S E HA DE HUIR LA VANA ES P ERANZA Y LA S OBERBIA ............................
8
C AP ÍTULO 8 : QUE S E HA DE EVITAR LA MUCHA FAMILIARIDAD........................................... 9
CAP ÍTULO 9: DE LA OBEDIENCIA Y S UJ ECIÓN............................................................................. 9
CAP ÍTULO 10: QUE S E HA DECERCENAR LA DEMAS ÍA EN LAS P ALABRAS........................... 9
CAP ÍTULO 11 : CÓMO S E DEBE ADQUIRIR LA P AZ Y DEL CELO DE AP ROVECHAR .............1 0
C AP ÍTULO 12 : DEL P ROVECHO DE LAS ADVERS IDADES ................................ .........................
11
C AP ÍTULO 13 : CÓMO S E HA DE RES IS TIR A LAS TENTACIONES ............................................
11
C AP ÍTULO 14 : QIUE S E DEBEN EVITAR LOS J UICIOS TEMERARIOS ......................................
13
C AP ÍTULO 15: DE LAS OBRAS HECHAS P OR CARIDAD . ............................................................
13
C AP ÍTULO 16: DE S OBRELLEVAR LOS DEFECTOS AJ ENOS ................................
......................14
CAP ÍTULO 17: DE LA VIDA MONÁS TICA .....................................................................................15
CAP ÍTULO 18: DE LOS EJ EMP LOS DE LOS S ANTOS P ADRES ....................................................
15
CAP ÍTULO 19 : DE LOS EJ ERCICIOS DEL BUEN RELIGIOS................................
O ......................16
C AP ÍTULO 20: DEL AMOR A LA S OLEDAD Y AL S ILENCIO................................ ......................18
C AP ÍTULO 21 : DE LA COMP UNCIÓN DEL CORAZÓN............................................................................
. 19
C AP ÍTULO 22 : C AP ÍTULO XXII : C ONS IDERACIÓN DE LA MIS ERIA HUMANA. ...................................... 20
C AP ÍTULO 23 : DE LA MEDITACIÓN DE LA MUERTE . ............................................................................
22
C AP ÍTULO 24 : DEL J UICIO Y P ENAS DE LOS P ECADORES......................................................................
23
CAP ÍTULO 25 : DE LA FERVOROS A ENMIENDA DE TODA NUES TRA VIDA. .............................................. 25
LIBRO S EGUNDO ............................................................................................................................
28
CAP ÍTULO P RIMERO : DE LA CONVERS IÓN INTERIOR. ................................................................ ..........28
C AP ÍTULO II : DE LA HUMILDE S UMIS IÓN. ..........................................................................................
29
C AP ÍTULO III : DEL HOMBRE BUENO Y P ACÍFICO.................................................................
................3 0
C AP ÍTULO IV: DEL CORAZÓN P URO Y S ENCILLA INTENCIÓN. .............................................................. 30
C AP ÍTULO V: DE LA CONS IDERACIÓN DE S Í MIS MO . ...........................................................................
31
C AP ÍTULO VI: LA ALEGRÍA DE LA BUENA CONCIENCIA. ...................................................................... 31
CAP ÍTULO VII: D EL AMOR DE JES ÚS S OBRE TODAS LAS COS AS ............................................................
32
CAP ÍTULO VIII: D E LA FAMILIAR AMIS TAD CON JES ÚS........................................................................ 33
CAP ÍTULO IX: D EL CARECIMIENTO DE TODA CONS OLACIÓN................................................................ 33
C AP ÍTULO X: DEL AGRADECIMIENTO P OR LA GRACIA DE DIOS...........................................................
. 36
C AP ÍTULO XI: C UÁN P OCOS S ON LOS QUE AMAN LA CRUZ DE C RIS TO. ................................ ................3 7
C AP ÍTULO XII: DEL CAMINO REAL DE LA SANTA CRUZ....................................................................... 39
LIBRO TERCERO ............................................................................................................................
43
C AP ÍTULO I: DEL HABLA INTERIOR DE C RIS TO AL ALMA FIEL.............................................................. 43
CAP ÍTULO II: C ÓMO LA VERDAD HABLA DENTRO DEL ALMA S IN S ONIDO DE P ALABRAS. .......................43
CAP ÍTULO III: Q UE LAS P ALABRAS DE DIOS S E DEBEN OÍR CONHUMILDAD , Y CÓMO MUCHOS NO LAS
CONS IDERAN COMO DEBEN . ...............................................................................................................
44
C AP ÍTULO IV: DEBEMOS CONVERS AR DELANTE DE DIOS CON VERDAD Y HUMILDAD. ......................... 46
C AP ÍTULO V: DEL MARAVILLOS O AFECTO DEL DIVINO AMOR .............................................................. 48
C AP ÍTULO VI: DE LA P RUEBA DEL VERDADERO AMOR . ...................................................................... 50
C AP ÍTULO VII: C ÓMO S E HA DE ENCUBRIR LA GRACIA BAJ O EL VELO DE LA HUMILDAD. ......................51
C AP ÍTULO VIII: DE LA BAJ A ES TIMACIÓN DE S Í MIS MO ANTE LOS OJ OS DE DIOS..................................
. 53
CAP ÍTULO IX: T ODAS LAS COS AS S E DEBEN REFERIR D A IOS COMO A ÚLTIMO FIN. ............................... 54
CAP ÍTULO X: EN DES P RECIANDO EL MUNDO, ES DULCE COS A S ERVIR ADIOS....................................... 55
CAP ÍTULO XI: L OS DES EOS DEL CORAZÓN S E DEBEN EXAMINAR Y MODERAR .......................................
56
C AP ÍTULO XII: DECLÁRAS E QUÉ COS A S EA P ACIENCIA Y LA LUCHA CONTRA EL AP ETITO. ....................56
C AP ÍTULO XIII: DE LA OBEDIENCIA DEL S ÚBDITO HUMILDE A EJ EMP LO DEJ ES UCRIS TO. ......................57

1
Diarios de Avivamientos

CAP ÍTULO XIV: C ÓMO S E HAN DECONS IDERAR LOS S ECRETOS J UICIOS DE DIOS, P ARA QUE NO NOS
ENVANEZCAMOS. .............................................................................................................................. 58
C AP ÍTULO XV: C ÓMO S E DEBE UNO HABER Y DECIR EN TODAS AS L COS AS QUE DES EARE....................
. 59
C AP ÍTULO XVI: E N S ÓLO DIOS S E DEBE BUS CAR EL VERDADERO CONS UE LO . ...................................... 59
C AP ÍTULO XVII: TODA NUES TRA ATENCIÓN S E HA DE P ONER EN S ÓLO ID OS........................................ 60
C AP ÍTULO XVIII: Q UE S UFRAN CON S ERENIDAD DE ÁNIMO LAS MIS ERIAS TEMP ORALESA, EJ EMP LO DE
C RIS TO .............................................................................................................................................
60
CAP ÍTULO XIX: D E LA TOLERANCIA DE LAS INJ URIAS, Y CÓMO S E P RUEBA EL VERDADERO P ACIENTE . . 61
CAP ÍTULO XX: D E LA CONFES IÓN DE LA P ROP IA FLAQUEZA Y DE LAS MIS ERIAS DE ES TA VIDA . ............6 2
C AP ÍTULO XXI: S ÓLO S E HA DE DES CANS AR ENDIOS S OBRE TODAS LAS COS AS ................................... 63
C AP ÍTULO XXII: DE LA MEMORIA DE LOS INNUMERABLES BENEFICIOS DE DIOS . ................................ 64
C AP ÍTULO XXIII: C UATRO COS AS QUE CAUS AN P AZ................................................................
. ..........65
C AP ÍTULO XXIV: C ÓMO S E HA DE EVITAR LA CURIOS IDAD DE S ABER LAS VIDAS AJ ENAS.................... . 66
C AP ÍTULO XXV: E N QUÉ CONS IS TE LA P AZ FIRME DEL CORAZÓN, Y EL VERDADERO AP ROV E CHAMIENTO .
........................................................................................................................................................
67
CAP ÍTULO XXVI: D E LA ELEVACIÓN DEL ES P ÍRITU LIBRE, LA CUAL S E ALCANZA MEJ OR CON LA ORACIÓN
HUMILDE QUE CON LA LECTURA. ........................................................................................................ 67
CAP ÍTULO XXVII: E L AMOR P ROP IO NOS DES VÍA MUCHO DEL BIEN ETERNO . .......................................68
C AP ÍTULO XXVIII: C ONTRA LAS LENGUAS MALDICIENTES ................................................................. 69
C AP ÍTULO XXIX: C ÓMO DEBEMOS LLAMAR A DIOS Y BENDECIRLE EN EL TIEMP O DE LA TRIBULACIÓN6. 9
C AP ÍTULO XXX: C ÓMO S E HA DE P EDIR EL FAVOR DIVINO ,Y DE LA CONFIANZA DE RECOBRAR LA
GRACIA.............................................................................................................................................
70
CAP ÍTULO XXXI: D EL DES P RECIO DE TODAS LAS CRIATURAS P ARA HALLAR ALCRIADOR. ..................7 1
CAP ÍTULO XXXII: D E LA ABNEGACIÓN DE S Í MIS MO, Y ABDICACIÓN DE TODO AP ETITO. ......................72
CAP ÍTULO XXXIII: D E LA INCONS TANCIA DEL CORAZÓN, Y QUE LA INTENCIÓN FINAL S E HA DE DIRIGIR
A DIOS .................................................................................................................................
.............7 2
C AP ÍTULO XXXIV: Q UE DIOS ES P ARA QUIEN LO AMA, MÁS DELICIOS O QUE TODOY, EN TODO. ..........73
C AP ÍTULO XXXV: E N ES TA VIDA NO HAY S EGURIDAD DE CARECER DE TENTACIONES........................ . 74
C AP ÍTULO XXXVI: C ONTRA LOS VANOS J UICIOS DE LOS HOMBRES....................................................
. 74
C AP ÍTULO XXXVII: DE LA P URA Y ENTERA RENUNCIA DE S Í MIS MO P ARA ALCANZAR LA LIBERTAD DEL
CORAZÓN..........................................................................................................................................
75
CAP ÍTULO XXXVIII: D EL BUEN RÉGIMEN EN LAS COS AS EXTERIORESY DEL RECURS O ADIOS EN LOS
P ELIGROS. .........................................................................................................................................
75
C AP ÍTULO XXXIX: Q UE EL HOMBRE NO S EA IMP ORTUNO EN LOS NEGOCIOS...................................... . 76
C AP ÍTULO XL: Q UE NINGÚN BIEN TIENE EL HOMBRE S UYO NI COS A ALGUNA DE QUÉ ALABARS E. ........77
C AP ÍTULO XLI: DEL DES P RECIO DE TODA HONRA TEMP ORAL.............................................................. 77
C AP ÍTULO XLII: Q UE NUES TRA P AZ NO DEBE DEP ENDER DE LOS HOMBRES .........................................
. 78
C AP ÍTULO XLIII: C ONTRA LA CIENCIA VAN A DEL MUNDO . ................................................................. 78
C AP ÍTULO XLIV: NO S E DEBEN BUS CAR LAS COS AS EXTERIORES.......................................................
. 79
CAP ÍTULO XLV: Q UE NO S E DEBE CREER A TODOS ; Y CÓMO FÁCILMENTE S ERES BALA EN LAS P ALABRAS.
........................................................................................................................................................
79
CAP ÍTULO XLVI: D E LA CONFIANZA QUE DEBEMOS TENER ENDIOS CUANDO NOS DICEN INJ URIAS. ......81
C AP ÍTULO XLVII: TODAS LAS COS AS P AS ADAS S E DEBEN P ADECER P OR LA VIDA ETERNA.................... 82
C AP ÍTULO XLVIII: DEL DÍA DE LA ETERNIDAD Y DE LAS ANGUS TIAS DE ES TA VIDA............................. 82
C AP ÍTULO XLIX: DEL DES EO DE LA VIDA ETERNA, Y CUÁNTOS BIENES ES TÁN P ROMETIDOS A LOS QUE
P ELEAN.............................................................................................................................................
84
CAP ÍTULO L: CÓMO S E DEBE OFRECEREN LAS MANOS DE DIOS EL HOMBRE DES CONS OLADO . ..............8 5
CAP ÍTULO LI: Q UE DEBEMOS EMP LEARNOS EN EJ ERCICIOS HUMILDES CUANDO NO P ODEMOS EN LOS
S UBLIMES. ........................................................................................................................................
86
C AP ÍTULO LII: Q UE EL HOMBRE NO S E REP UTE P OR DIGNO DE CONS UELO , S INO DE CAS TIGO ...............
. 87
C AP ÍTULO LIII: LA GRACIA DE DIOS NO S E MEZCLA CON EL GUS TO DE LAS COS AS TERRENAS ..............
. 88
C AP ÍTULO LIV: DE LOS DIVERS OSMOVIMIENTOS DE LA NATURALEZA Y DE LA GRACIA. ......................88
CAP ÍTULO LV: DE LA CORRUP CIÓN DE LA NATURALEZA, DE LA EFICACIA DE LA GRACIA DIVINA....... 90
C AP ÍTULO LVI: QUE DEBEMOS NEGARNOS A NOS OTROS MIS MOS , Y AS EMEJ ARNOS A
CRIS TO P OR LA CRUZ.................................................................................................................. 91
CAP ÍTULO LVII: N O DEBE ACOBARDARS E DEMAS IADO EL QUE CAE EN ALGUNAS FALTAS. ...................9 2
CAP ÍTULO LVIII: NO S E DEBEN ES CUDRIÑAR LAS COS AS ALTAS Y LOS J UICIOS OCULTOS
DE DIOS ................................................................................................................................
..........93
C AP ÍTULO LIX: TODA LA ES P ERANZA Y CONFIANZA S E DEBE P ONER EN S ÓLO D IOS. ............................ 95
LIBRO CUARTO ...............................................................................................................................
96

2
Diarios de Avivamientos

CAP ÍTULO P RIMERO: CON CUÁNTA REVERENCIA S E HA DE RECIBIR AJES UCRIS TO. ............................... 96
C AP ÍTULO II: DE LA BONDAD Y CARIDAD DE DIOS , QUE S E MANIFIES TA EN ES TE S ACRAMENTO P ARA CON
LOS HOMBRES ...................................................................................................................................
98
C AP ÍTULO III: Q UE ES P ROVECHOS O COMULGAR CON FRECUENCIA. .................................................... 99
C AP ÍTULO IV: DE LOS MUCHOS BIENES QUE S E CONCEDEN A LO S QUE DEVOTAMENTE COMULGAN. ....100
C AP ÍTULO V: DE LA DIGNIDAD DEL S ACRAMENTO Y DEL ES TADO DEL S ACERDOCIO. ......................... 101
C AP ÍTULO VI: E J ERCICIOS P ARA ANTESDE LA C OMUNIÓN. ............................................................... 102
CAP ÍTULO VII: DEL EXAMEN DE LA P ROPIA CONCIENCIA Y DEL P ROP ÓS ITO DE LA ENMIENDA. ............103
CAP ÍTULO VIII: D EL OFRECIMIENTO DECRIS TO EN LA CRUZ, Y DE LA P ROP IA RES IGNACIÓN. .............1 03
C AP ÍTULO IX: Q UE DEBEMOS OFRECERNOS A DIOS CON TODAS NUES TRAS COS AS Y ROGARLE P OR
TODOS .................................................................................................................................
...........104
C AP ÍTULO X: NO S E DEBE DEJ AR FÁCILMENTE LA S AGRADA C OMUNIÓN. .......................................... 105
C AP ÍTULO XI: E L CUERP O DECRIS TO Y LA S AGRADA ES CRITURA S ON MUY NECES ARIOS AL ALMA FIEL.
......................................................................................................................................................
106
C AP ÍTULO XII: DEBE DIS P ONERS E CON GRAN DILIGENCIA EL QU E HA DE RECIBIR A C RIS TO................1 08
CAP ÍTULO XIII: C ÓMO EL ALMA DEVOTA DEBE DES EAR CON TODO S U CORAZÓN UNIRS E C ARIS TO EN EL
SACRAMENTO. ................................................................................................................................
109
CAP ÍTULO XIV: D EL ANS IA CON QUE ALGUNOS DEVOTOS DES EAN EL CUERP O DE CRIS TO. .................1 10
C AP ÍTULO XV : Q UE LA DEVOCIÓN S E ALCANZA CON LA HUMILDAD Y ABNEGACIÓN DE S Í MIS MO . ....110
C AP ÍTULO XVI: Q UE DEBEMOS MANIFES TAR A CRIS TO NUES TRAS NECES IDADES Y P EDIRLE S U GRACIA.
......................................................................................................................................................
111
C AP ÍTULO XVII: DEL AMOR FERVOROS O Y VEHEMENTE DES EO DERECIBIR A C RIS TO........................112
CAP ÍTULO XVIII: Q UE EL HOMBRE NO DEBE S ER CURIOS O EN EXAMINAR ES TE SACRAMENTO, S INO
HUMILDE IMITADOR DE C RIS TO, S OMETIENDO S U P ARECE R A LA S AGRADA FE.................................... 113

3
Diarios de Avivamientos

IMITACIÓN

DE

CRIS TO
TOMÁS DE KEMPIS

4
Diarios de Avivamientos

LIB R O P R IME R O :
Avis os prove chos os pa ra la vida e s piritua l

Capítulo PR IMER O: DE LA IMITACION DE CR IS TO Y DES PR ECIO

Quie n me s igue no a nda e n tinie bla s (J n., 8, 12), dice e l S e ñor.


Es ta s pa la bra s s on de Cris to, con la s cua le s nos a mone s ta que imite mos s u vida y
cos tumbre s , s i que re mos ve rda de ra me nte s e r a lumbra dos y libre s de toda la ce gue da d
de l cora zón. S e a , pue s , nue s tro e s tudio pe ns a r e n la vida de J e s ucris to. La doctrina de
Cris to e xce de a la de todos los S a ntos , y e l que tuvie s e e s píritu ha lla rá e n e lla ma ná
e s condido.

1. Ma s a ca e ce que muchos ,
a unque a me nudo oiga n e l Eva nge lio,
gus ta n poco de é l,
porque no tie ne n e l e s píritu de Cris to. El que quie ra e nte nde r ple na me nte y s a bore a r la s
pa la bra s de Cris to, convie ne que procure conforma r con Él toda s u vida .
2. ¿ Qué te a prove cha dis puta r a lta s cos a s de la Trinida d, s i ca re ce s de humilda d, por
donde de s a gra da s a la Trinida d? P or cie rto, la s pa la bra s s ubida s no ha ce n s a nto ni jus to;
ma s la virtuos a vida ha ce a l hombre a ma ble a Dios . Má s de s e o s e ntir la contrición que
s a be r de finirla . S i s upie s e s toda
1a Biblia a la le tra y los dichos de todos los filós ofos ,
¿ qué te a prove cha ría todo sca in rida d y gra cia de Dios Va nida d de va nida de s y
todo va nida d (Eccl., l, 2), s ino a ma r y s e rvir s ola me nte a Dios . S uma s a biduría e s ,
por e l de s pre cio de l mundo, ir a los re inos ce le s tia le s .
3. Va nida d e s , pue s , bus ca r rique za s pe re ce de ra s y e s pe ra r e n e lla s . Ta mbié n e s
va nida d de s e a r honra s y e ns a lza rs e va na me nte . Va nida d e s s e guir e l a pe tito de la ca rne
y de s e a r a que llo por donde de s pué s te s e a ne ce s a rio s e r ca s tiga do gra ve me nte . Va nida d
e s de s e a r la rga vida y no cuida que s e a bue na . Va nida d e s mira r s ola me nte a e s ta
pre s e nte vida y no pre ve r lo ve nide ro. Va nida d e s a ma r lo que ta n pre s to s e pa s y no
bus ca r con s olicitud e l gozo pe rdura ble
4. Acué rda te fre cue nte me nte de a que l dicho de la Es critura : No s e ha rta la vis ta de
ve r ni e l oído de oír (Eccl., 1, 8). P rocura , pue s , de s via r tu cora zón de lo vis ible y
tra s pa s a rlo a lo invis ible , porque los que s igue n s u s e ns ua lida d ma ncha n s u concie ncia ,
y pie rde n la gra cia de Dios .

Capítulo 2 : DEL BAJO APR ECIO DE S Í MIS MO

1.Todos los hombre s na , tura lme ntede, s e a n s a be r; ma s ¿ qué a prove cha la cie ncia , s in
e l te mor de Dios ? P or cie rto, me jor e s e l rús tico humilde que a Dios s irve , que e l
s obe rbio filós ofo que , de ja ndo de conoce rs e , cons ide ra e l curs o de l cie lo. El que bie n s e
conoce , tie ne s e poril,vy no s e de le ita e n a la ba nza s huma na s . S i yo s upie ra cua nto ha y
e n e l mundo y no e s tu ie ra e n ca rida d, ¿ Que me a prove cha ria de la nte de queDios
me,
juzga rá s e gún mis obra s ?
2. No te nga s de s e o de ma s ia do sdea be r, porque e n e llo s e ha lla gra nde
e s torbo y
e nga ño. Los le tra dos gus ta n de s e r vis tos y te nidos por ta le s . Mucha s cos a s ha y que , e l

5
Diarios de Avivamientos

s a be rla s , poco o na da a prove cha a l a lma ; y muyelocos e l que e n otra s cos a s e ntie nde ,
s ino e n la s que toca n a la s a lva ción. La s mucha s pa la bra s no ha rta n e l a lma ; ma s la
bue na vida le da re frige rio, y la pura , concie ncia ca us a gra n confia nza e n Dios .
3. Cua nto má s yme jor e ntie nde s , ta nto má s gra ve me nte s e rá s juzga
o s i no
d vivie re s
s a nta me nte . P or e s o no te e ns a lce s por a lguna de la s a rte s o cie ncia s ; ma s te me de l
conocimie nto que de e lla s e te ha da do. S i te pa re ce que s a be s mucho y e ntie nde s muy
bie n, te n por cie rto que e s mucho má s lo que ignora s . No quie ra s s a be r cos a s a lta s
(Ron., 11, 21); ma s confie s a tu ignora ncia . ¿ P or qué te quie re s te ne r e n má s que otro,
ha llá ndos e muchos má s doctos y s a bios e n la Le y que tú? S i quie re s s a be r y a pre nde r
a lgo prove chos a me nte , de s e a que no te conozca n niime te n.
est
4. EI ve rda de ro conocimie nto y de s pre cio de s í mis mo e s a ltís ima y doctís ima
le cción. Gra n s a biduría y pe rfe cción e s s e ntir s ie mpre bie n y gra nde s cos a s de otros , y
te ne rs e y re puta rs e e n na da . S i vie re s a a lguno pe ca r pública me nte o come pa ste r cul
gra ve s , no te de be s juzga r por me jor, porque no s a be s cuá nto podrá s pe rs e ve ra r e n e l
bie n. Todos s omos fla cos ; ma s tú a na die te nga s por má s fla co que a ti.

Capítulo 3: DE LA DOCTR INA DE LA VER DAD

1. Bie na ve ntura do a que l a quie n la Ve rda d por s í mis e ns


mae ña , on por figura s y
voce s que s e pa s a n, s ino a s í como e s . Nue s tra e s tima ción y nue s tro s e ntimie nto a
me nudo nos e nga ña n y conoce n poco. ¿ Qué a prove cha la gra n curios ida d de s a be r cos a s
os cura s y oculta s , pue s que de l no s a be rla s no s e re mos e n e l día de l juicio re pre ndidos ?
Gra n locura e s que , de ja da s la s cos a s útile s y ne ce s a ria s , e nte nde mos con gus to e n la s
curios a s y da ños a s . Ve rda de ra me nte , te nie ndo ojos , no ve mos . ¿ Qué s e nos da de los
gé ne ros y e s pe cie s de los lógicos Aque l a quie n ha bla e l Ve rbo Ete rno, de
mucha s opinione s s e de s e mba ra za . De e s te Ve rbo s a le n toda s la s cos a s , y toda s
pre dica n e s teUno, y é s te e s e l P rincipio que nos ha bla ( J e ., 8, 25). Ninguno e ntie nde
o juzga s in é lre cta me nte Aque
. l a quie n toda s la s cos a s le fue re n uno, y la s tra je re a
uno, y la s vie ree n uno, podrá s e r e s ta ble y firme de cora zón y pe rma ne ce r pa cífico e n
Dios . ¡Oh Dios ,que e re s la Ve rda d! Ha zme pe rma ne ce r uno contigo e n ca rida d
pe rpe tua . Enója memucha s ve ce s le e r oír y mucha s cos a s ; e n Ti e s tá todo lo que
quie ro y de s e o. Ca lletodos
n los doctore sca; lle n la s cria tura s e n tu pre s e ncia : há bla me
Tú s olo.
2. Cua nto a lgunofue re má s unido con igo, y má s s e ncilloseuncora zón, ta nto má s y
ma yore s cos a s e ntie nde s in tra ba jo, porque de a rriba re cibe la luz de la inte lige ncia . El
e s píritu puro, s e ncillo y cons ta nte no s e dis tra e , a unque e ntie nda e n mucha s cos a s ,
porque todo lo ha ce a honra de Dios ; y e s fué rza s e e n e s ta r de s ocupa do e n s í de toda
curios ida d. ¿ Quié n má s impide
te y mole s ta que la a fición de tu cora zón no mortifica da ?
El hombre bue no y de voto, prime ro orde na de ntro de s í la s obra s que de be ha ce r de
fue ra . Y e lla s no le lle va n a de s e os de inclina ción vicios a ; ma s é l la s atralbee drío
a l de
la re cta ra zón. ¿ Quiétie n ne ma yor comba te que e l que s e e s fue rza a ve nce rs e a s í
mis mo Y e s to de be ría s e r nue s tro ne gocio: que re r ve nce rs e a s í mis mo, y ca da
día ha ce rs e má s fue rte y a prove cha r e n me jora rs e .

3. Toda la pe rfe cción de e s ta vida tie ne cons igo cie rta impe rfe cción;
y toda nue s tra
e s pe culaicón no ca re ce de a lguna os curida d El humilde conocimie nto de ti mis mo e s
má s cie rto ca mino pa ra Dios que e s cudriña r la profundida d de la cie ncia . No e s de

6
Diarios de Avivamientos

culpa r la cie ncia , ni cua lquie r otro conocimie nto de lo que , e n s í cons ide ra do, e s
bue no y orde na do por Dios ; ma s s ie mpre s e ha de a nte pone r la bue na concie ncia y
la vida virtuos a . P e ro porque muchos e s tudia n má s pa ra s a be r que pa ra bie n vivir,
por e s o ye rra n mucha s ve ce s , y poco
ningún
o fruto ha ce n.

4. S i ta nta dilige ncia pus ie s e n e n de s a rralos


iga rvicios y s e mbra r la s virtude s como
e n move r cue s tione s , no s e ha ría n ta ntos ma le s y e s cá nda los e n e l pue blo, ni ha bría
ta nta dis olución e n los mona s te rios ; Cie rta me nte , e n e l día de l J uicio no nos
pre gunta rá n qué le ímos , s ino qué hicimos ; ni cuá n bie n ha bla mos , s ino cuá n
vivimos . Dime : ¿ dónde e s tá n a hora todos a que llos s e ñore s y ma e s tros
que tú conocis te cua ndo vivía n y flore cía n e n los e s tudios ? sYa e e po
n otros s us re nta s , y
por ve ntura no ha y quie n de e llos s e a cue rde . En s u vida pa re cía n a lgo; ya no ha y de
e llos me moria .

5. ¡Oh, cuá n pre s to s e pa s a la gloria de l mund o! P luguie ra a Dios que s u vid a


concorda ra con s u cie ncia , y e ntonce s hubie ra n e s tudia do y le ído bie n. ¡Cuá ntos pe re ce n
e n e s te s iglo por s u va na cie ncia , que cuida
pocon de l s e rviciode Dios ! Y porque e lige n
s e r má s gra nde s que humilde s , por e s o s e ha ce n va nos e n s us pe ns a mie ntos .
Ve rda de ra me nte e s gra nde e l que tie ne gra n ca rida d. Ve rda de ra me nte e s gra nde e l que
s e tie ne por pe que ño y tie ne e n na da la má s e ncumbra da honra . Ve rda de ra me nte e s
prude nte e l que todo lo te rre no tie ne por e s tié rcol ( 3, 8) pa ra ga na r a
Cris to. Y ve rda de ra me nte e s s a bio e l que ha ce la volunta d de Dios y deyaja. la s u

Capítulo 4: DE LA PR UDENCIA EN LAS ACCIONES


1. No s e de be dacré r dito a cua lquie r pa la bra ni a cua lquie r eíritu;
s p ma s con
prude ncia y e s pa cio s e de be n, s e gún Dios , e xa mina r la s cos a s . ¡Oh dolor! Mucha s ve ce s
s e cre e y s e dice má s fá cilme nte de l prójimo e l ma l que e l bie n ¡Ta n fla cos s omos ! Ma s
los va rone s pe rfe ctos no cre e n de lige ro cua lquie r cos a que le s cue nta n, porque s a be n
s e r la fla que za huma na pre s ta a l ma l y muy de le zna ble e n la s pa la bra s .
2. Gra n s a biduría e s no s e r e l hombre incons ide ra do e n lo que ha de ha ni ce r,
porfia do e n s u propio s e ntir. A e ssta
a biduría ta mbié n pe rte ne ce no cre e r a cua le s quie ra
pa la bra s de hombre s , ni de cir lue go a los otros lo que oye o cre e . Toma cons e jo de l
hombre s a bio y de bue na concie ncia ; y a pe te ce má s s e r e ns e ña do de otro me jor, que
s e guir tu pa re ce r. La bue na vida haa cel hombre s a bio, s e gún Dios , y e xpe rime nta do e n
mucha s cos a s . Cua nto a lguno fue re má s humilde e n s í y má s s uje to a Dios , ta nto s e rá
má s s a bio y s os e ga do e n todo.

Capítulo 5: DE LA LECCION DE LAS S ANTAS ES CR ITUR AS

1. En la s S a nta s Es critura s s e de be bus ca r la ve rda d, no la e locue ncia . Toda la


Es critura . s a nta s e de be le e r con e l e s píritu que s e hizo. Má s de be mos bus ca r e l
prove cho e n la Es critura que no la s utile za de pa la bra s . De ta n bue na ga na de be mos le e r
los libros s e ncillos y de votos como los s ublime s y profundos . No te mue va la a utorida d
de l que e s cribe s i e s de pe que ña o gra nde cie ncia ; ma s convíde te a le e r e l a mor de la
pura ve rda d. No mire s quié n lo ha dicho, ma s a tie nde qué ta l e s lo que s e dijo. Los
hombre s pa s a n; ma s la ve rda d de l S e ñor pe rma ne ce pa ra s ie mpre (S a lmo ll6, 2).

7
Diarios de Avivamientos

2. De dive rs a s ma ne ra s nos ha bla Dios s in a ce pción de pe rs ona s . Nue s tra curios ida d
nos impide mucha s ve ce s e l prove cho que s e s a ca e n le e r la s e s critura s , cua ndo
que re mos e nte nde r y e s cudriña r lo que lla na meentede bía
s pa s a r. S i quie re s a prove cha r,
le e con humilda d fie l y s e ncilla me nte , y nunca de s e e s nombre de le tra do. P re gunta de
bue na volunta d y oye ca lla do la s pa la bra s de alos ntos ; y no te de s a gra de n la s
s e nte ncia s de los vie jos , porque no la s dice
s in ca us a .

Capítulo 6: DE LOS DES EOS DES OR DENADOS

1. Cua nta s ve ce s de s e a e l hombre de s orde na da me nte a lguna cos a , lue go pie rde e l
s os ie go.
El s obe rbio y e l a va rie nto nunca e s tá n quie tos ; e l pobre y e l humilde
de e s píritu vive n
e n mucha pa z.
El hombre que no e s pe rfe cta me nte mortifica do e n s í, pre s to e s te nta do y ve ncido de
cos a s pe que ña s y vile s .
El fla co de e s píritu y que a ún e s tá inclina do a lo a nima l y s e ns ible , con dificulta d s e
pue de a bs tra e r tota lme nte de los de s e os te rre nos .
Y cua ndo s e a bs tie ne re cibe mucha s ve ce s tris te za , y s e e noja pre s to s i a lguno le
contra dice .
P e ro s i a lca nza loque de s e a , s ie nte lue go pe s a dumbre por e l re mordimie nto de la
concie ncia ; porqu e s iguió a s u a pe tito, e l cua l na da a prove cha , pa ra a lca nza r la pa z que
bus ca .
En re s is tir, pue s , a la s pa s ione s s e ha lla la ve rda de ra pa z de l cora zón, y no e n s e guirla s .
No ha y, pue s , pa z e n e l cora zón de l hombre ca rna l, ni de l que s e e ntre ga a lo e xte rior,
s ino e n e l que e s fe rvoros o y e s piritua l.

Capítulo 7: QUE S E HA DE HUIR LA VANA ES PER ANZA Y LA S OBER BIA

.....1.Va no e s e l que pone s u e s pe ra nza e n los hombre s o e n la s cria tura s . No te


a ve rgüe nce s de s e rvir a otros por a mor a J e s ucris to y pa re ce r pobre e n e s te s iglo.
No confíe s de ti mis mo, s ino pon tu e s pe ra nza e n Dios . Ha z lo pue queda s , y Dios
fa vore ce rá tu bue na volunta d. No confíe s e n tu cie ncia ni e n la a s tucia d
ningún vivie nte , s ino e n la gra cia de Dios que a yuda a los humilde s y a ba te a los
pre s umidos .
.....2. S i tie ne s rique za s , no te gloríe s e n e lla s ni e n los a migos , a unque s e a n pode ros os ,
s íno e n Dios , que todo lo da , y, s obre todo, de s e a da rs e a S í mis mo. No te e ns a lce s por
la ga lla rdía y he rmos ura de l cue rpo, que con pe que ña e nfe rme da d de s truye y a fe a . No te
e ngría s de tu ha bilida d o inge nio, no s e a que de s a gra de s a Dios , de quie n e s todo bie n
na tura l que tuvie re s .

.....3. No te e s time s por me jor que otros , porque no s e a s quizá te nido por pe or de la nte de
Díos , que s a be lo que ha y e n e l hombre . No te e ns obe rbe zca s de tus bue na s obra s ,
porque de otra ma ne ra s on los juicios de Dios que los de los hombre s , y a El mucha s
ve ce s de s a gra da lo que a e llos conte nta . S i tuvie re s a lgo bue no, pie ns a que s on me jore s
los otros , porque a s í cons e rva s la humilda d. No te da ña s i te pus ie re s de ba jo de todos ;

8
Diarios de Avivamientos

ma s e s muy da ños o s i te a nte pone s a s ólo uno. Continua pa z tie ne e l humilde ; ma s e n e l


cora zón de l s obe rbio ha y e mula ción y s a ña fre cue nte .

Capítulo 8 : QUE S E HA DE EVITAR LA MUCHA FAMILIAR IDAD

1. No de s cubra s tu cora zón a cua lquie ra (Eccl., 8, 22), ma s comunica tus cosla s con e
s a bio y te me ros o de Dios .
Con los jóve ne s y e xtra ños conve rs a poco. Con los ricos no s e a s lis onje ro, ni e s té s de
hue na ga na de la nte de los gra nde s . Acompá ña te con los humilde s y s e ncillos y con los
de votos y bie n a cos tumbra dos , y tra ta con e llos cos a s de e difica ción:
To te nga s fa milia rida d con ninguna muje r ma s e n ge ne ra l e nco ie nda a Dios toda s la s
bue na s . De s e a s e r fa milia r a s ólo Dios y a s us á nge le s , y huye de s e r conocido de los
hombre s .

2. J us to e s te ne r ca rida d con todos ; pe ro no convie ne la fa milia rida d. Alguna s ve ce s


s uce de que la pe rs ona no conocida re s pla nde ce por la bue na fa ma ; pe ro s u pre s e ncia
s ue le pa re ce r mucho me nos . P e ns a mos a lguna s ve ce s a gra da r a los otros con nue s tra
conve rs a ción; y má s los ofe nde mos porque ve n e n nos otros

Capítulo 9: DE LA OBEDIENCIA Y S UJECIÓN

1. Gra n cos a e s e s ta r e n obe die ncia , vivir de ba jo de un s upe rior y no te ne r volunta d


propia . Mucho má s s e guro e s e s ta r e n s uje ción que e n ma ndo.
Muchos e s tá n e n obe die ncia má s por ne ce s ida d que por ca rida d; los cua le s tie ne n
tra ba jo y lige ra me nte murmura n, y nunca te ndrá n Libe rta d de á nimo s i no s e s uje ta n por
Dios de todo cora zón.
Anda de una pa rte a otrao; nha lla rá s de s ca ns o s ino e n la humilde s uje ción a l s upe rior.
La ima gina ción y muda de luga r a muchos ha e nga ña do.

2. Ve rda d e s que ca da uno s e rige de bue na garna s u po


propio pa re ce r, y s e inclina má s
a los que s igue n s sue ntir. Ma s s i Dios e s tá e ntre nos otros , ne ce s a rio e s que de je mos
a lguna sve ce s nue s tro pa re ce r por e l bie n de la pa z. ¿ Quié n e s ta n s a bio que lo s e pa todo
e nte ra me tne

Capítulo 10: QUE S E HA DE CER CENAR LA DEMAS ÍA EN LAS PALABR AS


1. Excus a cua nto pudie re s e l ruido de los hombre s ; pue s mucho e s torba e l tra ta r de la s
cos a s de l s iglo, a unque s e digaconn bue na inte nción.
P orque pre s to s omos a ma ncilla dos y ca utivos de la va nida d.
Mucha s ve ce s uisq ie ra ha be r ca lla do yonha be r e s ta do e ntre los hombre s .

9
Diarios de Avivamientos

P e ro, cuá l e s la ca us a que ta n de ga na ha bla mospla tica


y mos unos con otros ,
vie ndo cuá n poca s ve ce s volve mos a l s ile ncio s in da ño de la concie ncia ?
La ra zón e s ue
q por e l ha bla r bus ca mos s e r cons ola dos unos de otros y de s e a mos a livia r
e l cora zón fa tiga do de pe ns a mie ntos dive rs os .
Y de muy bue na ga na nos de te ne mos e n ha bla r y pe ns a r de la s cos a s que a ma mos o
s e ntimos a dve rs a s .
Ma s , ¡a y dolor!, que mucha s ve ce s s uce de va na me nte s in yfruto; porque e s ta e xte rior
cons ola ción e s de gra n de trime nto a la inte rior y divina .

2. P or e s o, ve le mos y ore mos , no s e nos pa s e e l tie mpo e n ba lde .


S i pue de s y convie ne ha bla r, s e a n cos a s que e difique n.
La ma la cos tumbre y la ne glige ncia a prove cha r a yuda n mucho a la poca gua rda
de nue s tra le ngua .
P e ro no po c o s e rvirá pa ra nu e s tro e s piritua l a prove cha mie nto la de vota plá tica de cos a s
e s piritua le s ,e s pe cia lme nte cua ndo muchos de un mis mo e s píritu y cora zón juntasne e n
Dios .

Capítulo 11 : CÓMO S E DEBE ADQUIR IR LA PAZ Y DEL CELO DE APR OVECHAR

1. Mucha pa z te ndría mos s i e n la s dichos y he chos a je nos que no nos pe rte ne ce n no


quis ié s e mos me te rnos . ¿ Cómo pue de e s ta r e n pa z mucho tie mpo e l que s e e ntre me te e n
cuida dos a je nos , y bus ca oca s ione s e xte riore s , y de ntro de s í poco o ta rde s e re coge ?
bie na ve ntura dos los s e ncillos , porque te ndrá n mucha pa z.

2. ¿ Cuá l fue la ca us a por que muchos de los a ntos fue ron ta n pe rfe ctos y
conte mpla tivos ? P orque e s tudia ron e n mortifica rs e tota lme nte a todo de s e o te rre no; y
por e s o pudie ron con lo íntimo de l cora zón a lle ga rs e a Dios y ocupa rs e libre me nte e n
s í mis mos Nos otros nos ocupa mos mucho con nue s tra s pa s ione s ; y te ne mos de ma s ia do
cuida do de lo tra ns itorio. Y ta mbiépoca
n s ve ce s ve nce mos un vicio pe rfe cta me nte , ni
nos a le nta mos pa ra a prove cha r ca da día , y por e s to nos que da mos tibios y a un fríos .

3.S i e s tuvié s e mos pe rfe cta me nte mue rtos a nos otros mis mos , y e n lo inte rior
de s ocupa dos , e ntonce s podría mos gus ta r laass cos divina s y e xpe rime nta r a lgo de la
conte mpla ción ce le s tia l. El impe dime nto ma yor y tota l e s qué no s omos libre s de
nue s tra s inclina cione s y de s e os , ni tra ba ja mos por e ntra r e n e l ca mino pe rfe cto de los
a ntos .

4.Y ta mbié n cua ndo a lguna a dve rs ida d s e nos ofre ce , muy pre s to nos de s a le nta mos y
nos volve mos a la s cons ola cione s huma na s . S i nos e s forzá s e mos má s a pe le a r como
fue rte s va rone s , ve ría mos s in duda la a yuda de l S e ñor que vie ne de s de e l Cie lo s obre
nos otros . P orque dis pue s to e s tá a s ocorre r a los que pe le a n y e s pe ra n e n s u gra cia , y nos
procura oca s ione s de pe le a r pa ra que a lca nce mos victoria . S i s ola me nte e n la s
obs e rva ncia s de fue ra pone mos e l a prove cha mie nto de la vida re ligios a , pre s to s e nos
a ca ba ra la de voción. Ma s ponga mos la ra íz, porque , libre s de la s
pa s ione s , pos e a mos pa cífica s nue s tra s a lma s .

10
Diarios de Avivamientos

5. S i ca da a ño de s a rra igá s e mos un vicio pre s to s e ría mos pe rfe ctos . Ma s a hora , a l
contra rio, mucha s ve ce s e xpe rime nta mos que fuimos me jore s y má s puros e n e l
principio de nue s tra conve rs ión que de s pué s de muchos a ños de profe s os . Nue s tro
fe rvor y a prove cha mie nto ca da día de be cre ce r; ma s a hora ya nos pa re ce mucho
cons e rva r a lguna pa rte de l prime r fe rvor. S i rincipio
al p hicié s e mos a lgún e s fue rzo,
podría mos de s pué sa ce h rlo todo con fa cilida d y gozo.
6. cos a e s de ja r la
cos tumbre ; pe ro, má s e s ir contra propia volunta d.
Ma s s i no ve nce s la s cos ape s que ña s y lige ra s , ¿ cómo ve nce rá s la s dificultos a s ?
Re s is tee n los principios a tu inclina ción, y de ja la ma la cos tumbre , porque no te lle ve
poco a poco a ma yor dificulta d. ¡Oh, s i mira s e s cuá nta pa z a ti mis mo, y cuá nta a le gría
da ría s a los otros rigié ndote bie n, yo cre o que s e ría s má s s olícito e n e l a prove cha mie nto
e s piritua l!

Capítulo 12 : DEL PR OVECHO DE LAS ADVER S IDADES

Bue no e s que a lguna s ve ce s nos s uce da n cos ae srs aasdvy ve nga n contra rie da de s ,
porque s ue le n a tra e r a l hombre a l cora zón, pa ra que s e conozca de s te rra do y no ponga
s u e s pe ra nza e n cos a ana lgu de l mundo. Bue no e s que pa de zca mos a ve ce s
contra diccione s y que s ie nta n de nos otros ma l e impe rfe cta me nte , a unque ha ga mos bie n
y te nga mos bue na inte nción. Es ta s cos a s de ordina rio a yuda n a la humilda d y nos
de fie nde n de la va na gloria . P orque e ntonce s me jor bus ca mos a Dios por te s tigo inte rior,
cua ndo por de fue ra s omos de s pre cia dos de los hombre s , y no nos da n cré dito.

2. P or e s o de bía uno a firma rs e de ta l ma ne ra e n Dios , que no le fue s e ne ces ca


s a rrio bu
mucha s cons ola cione s huma na s . Cua ndo e l hombre de bue na volunta d e s a tribula do, o
te nta do, o a fligido con ma los pe ns a mie ntos ; e ntonce s conoce te ne r de Dios ma yor
ne ce s ida d, e xpe rime nta ndo que s in E no pue de na da bue no. Entonce s ta mbié n s e
e ntris te ce , gime y ora a Dios por la s mis e ria s que pa de ce . Entonce s le e s mole s ta la vida
la rga , y de s e a ha lla r la mue rte pa ra s e r de s ade
ta do
e s te cue rpo y e s ta r con Cris to
( Filip l; 3) .
Entonce s ta mbié n conoce que no pue de ha be r e n e l mundo pe rfe cta s e gurida d ni
cumplida pa z.

Capítulo 13 : CÓMO S E HA DE R ES IS TIR A LAS TENTACIONES

1. Mie ntra s e n e l mundo vivimo s no pode mos e s ta r s in tribula cione s y te nta cione s :
P or lo cua l e s tá e s crito e n J ob: . P or
e s o ca da uno de be ría te ne r mucho cuida do a ce rca de s us te nta cione s y ve la r e n
ora ción, porque no ha lle e l de monio luga r de e nga ña rle , que nunca due rme , s ino bus ca
todos lados a quié n tragars (1 e . P e dro 5, 8).
Ninguno ha y ta n pe rfe cto ni ta n s a nto que no te nga a lguna s ve ce s te nta cione no s , y
pode mos vivir s in e lla s .

11
Diarios de Avivamientos

2. Ma s la s te nta cione s s on mucha s ve ce s util s ima s a l hombre , a unque s e a n gra ve s y


pe s a da s ; porque e n e lla s e s uno humilla do, purga do y e ns e ña do.
Todos los a ntos por mucha s tribula cione s y te nta cione s pa s a ron; y a prove cha ron. Y
los que no la s quis ie ron re s is tir fue ron te nidos por ré probos y s ucumbie ron.
No ha y re ligión ta n s a nta , ni luga r ta n s e cre to, que no ha ya te nta cione s y a dve rs ida de s .

3. No ha y hombre s e guro de l todo de te nta cione s mie ntra s vive ; porque e n nos otros
mis mos e s tá la ca us a de donde vie nepuen,s que na cimos con la inclina ción a l pe ca do.
P a s a da una te nta ción o tribula ción, s obre vie ne otra ; y s ie mpre te ndre mos que s ufrir,
porque s e pe rdió e l bie n de nue s tra fe licida d.
Muchos quie re n huir la s te nta cione s y ca e n e n e lla s má s gra ve me nte .
No s e pue de ve nce r con s ólo huirla s ; ma s con pa cie ncia y ve rda de ra humilda d nos
ha ce mos má s fue rte s que todos los e ne migos

4. El que s ola me nte quita e l ma l que s e ve y no a rra nca la ra íz, poco a prove cha rá ; a nte s
torna rá n a é l má s pre s to la s te nta cione s , y s e ha lla rá pe or.
P oco a poco, con pa cie ncia y la rga e s pe ra nza , ve nce rá s (con e l fa vor divino) me jor, que
no con viole ncia y propia fa tiga .
Toma mucha s ve ce s cons e jo e n la te nta ción, y no s e a s de s a brido con e l que e s tá te nta do;
a nte s procura cons ola rle , como tú lo quis ie ra s pa ra ti.

5. El principio de toda ma la te nta ción e s la incons ta ncia de l á nimo y la poca confia nza
en Dios .
P orque como la na ve s in timón la lle va n a una otray pa rte la s ola s , a s í e l hombre
de s cuida do y que de s is te de s u propós ito e s te nta do de dive rs a s ma ne ra s .
El fue go prue ba e l hie rro, y la te nta ción a l hombre jus to.
Mucha s ve ce s no s a be mos lo que pode rnos ; ma s la te nta ción de s cubre lo que s omos
De be mos , pue s , ve la r principa lme nte a l ve nir la te nta ción; porque e ntonce s ma s
fá cilme nte e s ve ncido e l e ne migo cua ndo no le de ja mos pa s a r de la pue rta de l a lma y s e
le re s is te a l umbra l lue go que toca .
P or lo cua l dijo uno: Atajar al principio e l m al procura;
(1): P orque
prime ra me nte s e ofre ce a l a lma pe e lns a mie nto s e ncillo; de s pué s ,la importuna
ima gina ción; lue go, la de le cta ción y torpe el movimie nto y e l cons e ntimie nto,
Y a s í s e e ntra poco a poco e l ma ligno e ne migo, y s e a pode ra de todo, por no re s is tirle a l
principio.
Y cua nto má s tie mpo fue re ounpe re zos o e n re s is tir, ta nto ha
s ece ca da día má s fla co; y
e l e ne migo contra é l má s fue rte .

6: Algunos pa de ce n gra ve s te nta cione s a l principio de s u conve rs ión, y otros a l fin.


P e ro otros s on mole s ta dos ca s i por toda s u vida .
Algunos s on te nta dos bla nda me nte , s e gún la s a biduría y e l juicio de la divina
P rovide ncia ,que mide e l e s ta do y los mé ritos de los hombre s , y todo lo tie ne orde na do
pa ra la s a lva ción de s us e s cogido
s.

7. P or e s o no de be mos de s confia r cua ndo s omos te nta dos , s ino a nte s roga r a Dios con
ma yor fe rvor que s e a s e rvid
o de a yuda rnos e n toda tribula ción; e l cua l, s in duda ,
s e gún e l dicho de S a n P a blo,nos dará, junto con te ntación, tal auxilio, quea
podam os re s is tir

12
Diarios de Avivamientos

(1 Cor., 10, 13).


Humille mos , pue s , nue s tra s a lma s de ba jo de la ma no de Dios e n toda tribula ción y
tenta ción, porque Él s a lva rá y e ngra nde ce rá a los humilde s de e s píritu.

8. En la s te nta cione s y a dve rs ida de s s e ve cuá nto uno ha a prove cha do, y e n e lla s
cons is te e l ma yor me re cimie nto y s e conoce me jor la virtud.
No e s mucho s e r un hombre e voto
d y fe rvoros o cua ndo no s ie nte pe s a dumbre ; ma s s i e n
e l tie mpo de la a dve rs ida d s e s ufre con pa cie ncia , e s pe ra nza e s de gra n prove cho.
Algunos no s e rinde n a gra nde s te nta cione s ,ony ve ncidos a me nudo e n la s me nore s y
comune s , pa ra que , humilla dos , nunca confíe de ns í e n gra nde s cos a s , s ie ndo fla cos e n
la s pe que ña s .

Capítulo 14 : QUE S E DEBEN EVITAR LOS JUICIOS TEMER AR IOS

1. P on los ojos e n ti mis mo y guá rda te de juzga r la s obra s a je na s . En juzga r a otros


s e ocupa uno e n va no, ye rra mucha s ve ce s y pe ca fá cilme nte ; ma s juzga ndo y
e xa miná ndos e a s í mis mo s e e mple a s ie mpre con fruto
Mucha s ve ce s juzga mos s e gún nue s tro gus t de la s cos a s , pue s fá cilme nte pe rde mos
e l ve rda de ro juicio de e lla s por e l a mor propio.S i fue s e Dios s ie mpre e l fin
pura me nte denue s rto de s e o, no nos turba ría ta nre spto la contra dicción de nue s tra
s e ns ua lida d. P e romucha s ve ce s te ne mos a lgo a de ntro e s condido, o de fue ra s e
ofre ce ; cuya a fición nos lle va tra s s í.

2. Muchos bus ca n s e cre ta me nte s u propia comodida d e n la s obra s que ha ce n y no


s e da n cue nta . Ta mbié n le s pa re ce e s ta r e n bue na pa z cua ndoa ce ns ela sh cos a s a s u
volunta d y gus to; ma s s i de otra ma ne ra s uce de n, pre s to s e a lte ra n y e ntris te ce n.
P or la dive rs ida d de los pa re ce re s y opinione s , mucha s ve ce s s e le va nta n dis cordia s
e ntre los a migos y ve cinos , e ntre los re ligios os y de votos .
La cos tumbre a ntigua con dificulta d s e quita , y ninguno de ja de bue na ga na s u propio
pa re ce r. S i e n tu ra zón e indus tria e s triba s ma s que e n la virtud de la s uje ción
J e s ucris to, poca s ve cey sta rde s e rá s ilu , porque quie re Dios que nos s uje te mos
a Él pe rfe cta me nte , y que nos le va nte mos s obre toda ra zón, infla ma dos de s u a mor.

Capítulo 15: DE LAS OBR AS HECHAS POR CAR IDAD

I. P or ninguna cos a de l mundo ni por a mor de a lguno s e de be ha ce r lo que e s ma lo; ma s


por e l prove cho de quie n lo hubie re me ne s te r, a lguna ve z s e pue de de ja r la bue na obra ,
o troca rs e por otra me jor. De e s ta s ue rte no s e de ja la bue na obra , s ino que s e muda e n
me jor.
La obra e xte rior s in ca rida d no a prove cha ; pe ro lo que s e ha ce con ca rida d, por poco y
de s pre cia ble que s e a , s e ha ce todo fructuos o. P ue s , cie rta me nte , má s mira Dios a l
cora zón que a la obra que s e ha ce .
2. Mucho ha ce e l que mucho a ma . Mucho ha ce e l que todo lo ha ce bie n. Bie n ha ce e l
que s irve má s a l bie n comúnueq a s u volunta d

13
Diarios de Avivamientos

Mucha s ve ce s pa re ce ca rida d lo que e s a mor propio; porque la inclina ción de la


na tura le za , la propia volunta d, la e s pe ra nza de la re compe ns a , e l gus to de la comodida d,
ra ra ve z nos a ba ndona n.
3. El que tie ne ve rda de ra y pe rfe cta ca rida d, e n ninguna cos a s e bus ca a s i mis mo, s ino
s ola me nte de s e a que Dios s e a glorifica do e na s tod . De na die tie ne e nvidia ,
porque noa ma gus to a lguno pa rticula r, ni s e quie re goza r e n s í; ma s de s e a s obre toda s
la s cos a s goza
, r de Dios . A na die a tribuye ningún bie n; ma s re fié re lo todo a Dios de l
cua l, como de fue nte , ma na n toda s la s cos a s , e n e l que fina lme nte todos los S a ntos
de s ca ns a n con pe rfe cto gozo .
¡Oh, quié n tuvie s e una ce nte lla de ve rda de ra ca rida d! P or cie rto que s e ntiría e s ta r toda s
la s cos a s lle na s de va nida d.

Capítulo 16: DE S OBR ELLEVAR LOS DEFECTOS AJENOS

1. Lo que no pue de un hombre e nme nda r e n s í ni e n los otros , dé be lo s ufrir con


pa cie ncia , ha s ta que Dios lo orde ne de otro modo. P ie ns a que por ve ntura te
así me jor pa ra tu proba ción y apcie ncia , s in la cua l no s on de
mucha e s tima ción nue s tros me re cimie ntos .
Ma s de be s roga r a Dios por e s tos e s torbos , porque te nga por bie n de s ocorre rte pa ra que
bue na me nte los tole re s .

2. S i a lguno, a mone s ta do una ve z o dos , no s e e nme nda re , no porfíe s con é l, s ino


re comié nda lo todo a Dios , pa ra que s e ha ga s u volunta d y Él s e a honra do e n todos s us
s ie rvos , que s a be s a ca r de los ma le s bie ne s .
Es tudia y a pre nde a s ufrir con pa cie ncia cua le s quie ra de fe ctos y fla que za s a je nos , pue s
tú ta mbié n tie ne s mucho e n que te s ufra n los otros .
S i no pue de s ha ce rte a ti cua l de s e a s , ¿ cómo quie re s te ne r a otro a la me dida de tu
de s e o? De bue na ga na que re mos a los otros pe rfe ctos , y no e nme nda mos los propios
de fe ctos .

3. Que re mos que los otros s e a n ca s tiga dos con rigor, y nos otros no que re mos s e r
corre gidos .
pa r ce ma l s i a 1os otros s e le s da la rga lice ncia , y nos otros no que re mos que
cos a que pe dimos s e nos nieegu .
Que re mos que los de má s e s té n s uje tos a la s orde na nza s , pe ro nos otros no s ufrimos que
nos s e a prohibida cos a a lguna . As í pa re ce cla ro cuá n poca s ve ce s a ma mos a l prójimo
como a nos otros mis mos .
S i todos fue s e n pe rfe ctos , ¿ qué teíanmos que s ufrir por Dios de nue s tros he rma nos ?

4. P e ro a s í lo orde nó Dios pa ra que a pre nda mos a le va r re cíproca me e snte


tra snu
ca rga s
(G l 6, 2 ; porque ninguno ha y s in e lla s , ninguno s in de fe cto, ninguno e s
s uficie nte ni cumplida me nte s a bio pa ra s í nte s importa lle va rnos , cons ola rnos
y junta me ntea yuda rnos unos a otros , ins truirnos y a mone s ta rnos .
De cuá ntavirtud s e a ca dano,u me jor s e de s cubre e n la oca s ión de lae rs
a dv
ida d. P orque
1a s oca s ione s no ha ce n a l hombre , pe ro de cla ra n lo que s .

14
Diarios de Avivamientos

Capítulo 17: DE LA VIDA MONÁS TICA

1. Convie ne que a pre nda s , a que bra nta rte e n mucha s cos a s , s i quie re s te ne r pa z y
concordia con otros .
No e s poco mora r e n los mon a s te rios y congre ga cione s , y a llí conve rs a r s in que ja s , y
pe rs e ve ra r fie lme nte ha s ta la mue rte .
Bie na ve ntura do e s e l que vive a llí bie n y a ca ba dichos a me nte . S i quie re s e s ta r bie n y
a prove cha r, míra tecomo de s te rra do y pe re grino s obre la tie rra . Convie ne ha ce rte s imple
por Cris to, s i quie re s s e guir la vida re ligios a .

2. El há bito y la corona poco ha ce n; ma s la muda nza de la s cos tumbre s y la e nte ra


mortifica ción de la s pa s ione s ha ce n a l hombre ve rda de ro re ligios o.
El que bus ca a lgo fue ra de Dios y la s a lva ción de s u a lma , no ha lla rá s ino tribula ción y
dolor. No pue de e s ta r mucho tie mpo e n pa z e l que no procura s e r e l me nor y e l má s
s uje to de todos .

3. Vinis te a s e rvir, no a ma nda r; pe rs uá de te que fuis te lla ma do pa ra tra ba ja r y pa de ce r,


no pa ra holga r y pa rla r. P ue s a quí s e prue ba n los hombre s , como e l oro e n e l cris ol
(S a 3, 6).
Aquí no pue de e s ta r a lguno, s i no quie re de todo cora zón humilla rs e por Dios .

Capítulo 18: DE LOS EJEMPLOS DE LOS S ANTOS PADR ES

1. Cons ide ra bie n los he roicos e je mplos de los S a ntos P a dre s , e n los cua le s re s pla nde ció
la ve rda de ra pe rfe cción y re ligión, y ve rá s cuá n poco o ca s i na da e s lo que ha ce mos .
¡Ay de nos otros ¿ Qué e s nue s tra vida compa ra da con la s uya ?
Los a ntos y a migos de Cris to s irvie ron a l S e ñor e n ha mbre y e n s e d, e n frío y
de s nude z, e n tra ba jos y fa tiga s , e n vigilia s y a yunos , e n ora cione s y s a nta s
me dita cione s , e n pe rs e cucione s y muchos oprobios .

2. ¡Oh, cuá n gra ve s y cuá nta s tribula cione s pa de cie ron los a pós tole s , má rtire s ,
confe s ore s , vírge ne s y todos los de má s que quis ie ron s e guir la s pis a da s de Cris to P ue s
e n e s te mundo a borre cie ron s us vida s pa ra pos e e r s us a lma s e n la vida e te rna
¡Oh, cuá n e s tre cha y re tira da vida hicie ron los S a ntos P a dre s e n e l ye rmo! ¡Cuá n la rga s
y gra ve s te nta cione s pa de cie ron! ¡Cuá n de ordina rio fue ron a torme nta dos de l e ne migo!
¡Cuá n continua s y fe rvie nte s ora cione s ofre cie ron a Dios ! ¡Cuá n riguros a s a bs tine ncia s
cumplie ron! ¡Cuá n gra n ce lo y fe rvo r tuvie ron e n s u a prove cha mie nto e s piritua l! ¡Cuá n
fue rte s pe le a s pa s a ron pa ra ve nce r los vicios ! ¡Cuá n pura y re cta inte nción tuvie ron con
Dios !

3. De día tra ba ja ba n, y por la noche s e ocupa ba n e n la rga ora ción; a unque tra ba ja ndo,
no ce s a ba n de la ora ción me nta l.
Todo e l tie mpo ga s ta ba n bie n; la s hora s le s pa re cía n corta s pa ra da rs e a Dios , y por la
gra n dulzura de la conte mpla ción, s e olvida ba n de la ne ce s ida d de l ma nte nimie nto
corpora l.

15
Diarios de Avivamientos

Re nuncia ba n toda s la s rique za s , honra s , dignida de s , pa rie nte s y a migos


una
; ning
cos a
que ría n de l mundo; a pe na s toma ba n lo ne ce s a rio pa ra la vida , y le s e ra pe s a do s e rvir a
s u cue rpo a un e n la s cos a s má s ne ce s a ria s . De modo que e ra n pobre s de lo te mpora l,
pe ro riquís imos e n gra cia y virtude s .
En lo de fue ra e ra n ne ce s ita dose;rop e n lo inte rior etas ba n con la gra cia y divina s
cons ola cione s re cre a dos .
Aje nos e ra n a l mundo, ma s muy a lle ga dos a Dios , de l cua l e ra n fa milia re s a migos .
Te nía ns e por na da e n cua nto a s í mis mos y pa ra con e l mundo e ra n de s pre cia dos ; ma s
e n los ojos de Dios e ra n muy pre cios os y a ma dos .
Es ta ba n e n ve rda de raumilda
h d; vivía n e n s e ncilla obe die ncia ; a nda ba n e n ca rida d y
pa cie ncia , y por e s ca da día cre cía n e n e s píritu y a lca nza ba n mucha gra cia de la nte de
Dios .
Fue ron pue s tos por todos los re ligios os , y má s nos de be n move r
pa ra a prove cha r e n e l bie n, que no la muche dumbre de los tibios pa ra a floja r y de c e r.

4. ¡Oh, cuá n gra nde fue e l fe rvor de todos los re ligios os a l principio de s us s a gra dos
ins titutos ! ¡Cuá nta la de voción de la ora ción! ¡Cua nto e l ce lo de la virtud! ¡Cuá nta
dis ciplina flore ció! ¡Cuá nta re ve re ncia y obe die ncia a l s upe rior hubo e n toda s la s cos a s !
Aun ha s ta a hora da n te s timonio de e llo la s s e ña le s que que da ron, de que fue ron
ve rda de ra me nte va rone s s a ntos y pe rfe ctos los que , pe le a ndo ta rza
n da
e sme
fo nte ,
ve ncie ron a l mundo.
Ahora ya s e e s tima e n mucho a que l que no que bra nta la Re gla , y con pa cie ncia pue de
s ufrir lo que a ce ptó por s u volunta d.

5. ¡Oh tibie za y ne glige ncia de nue s tro e s ta do, que ta n pre s to de clina mos de l fe rvor
prime ro, y nos e smole s to e l vivir por nue s tra floje da d y tibie za !
¡P luguie s e a Dios que no durmie s e e n ti e l a prove cha mie nto de la s virtude s , pue s vis te
mucha s ve ce s ta ntos e je mplos de de votos !

Capítulo 19 : DE LOS EJER CICIOS DEL BUEN R ELIGIOS O

1. La vida de l bue n re ligios o de be re s pla nde ce r e n toda virtud; que s e a ta l e n lo inte rior
cua l pa re ce de fue ra .
Y con ra zón de be s e r mucho má s lo inte rior que lo que s e mira e xte riorme nte , porque
nos mira nue s tro Dios , a quie n de be mos s uma re ve re ncia donde quie ra que
e s tuviés e mos , y de be mos a nda r e n s u pre s e ncia ta n puros comoelos
le s .á ng
Ca da día de be mos re nova r nue s tro propós ito y e xcita rnos a ma yor fe rvor, como s i hoy
fue s e e l prime r día de nue s tra veconrs ión, y de cir: S e ñor, Dios mío, a yúda me e n mi
bue n inte nto y e n tu s a nto s e rvicio, y da me gra cia pa ra que comie nce hoy
pe rfe cta me nte , porque no e s na da cua nto hice ha s ta a quí.

2. S e gún e s nue s tro propós ito, a s í e s nue s tro a prove cha mie nto; y quie n quie re
a prove cha rs e bie n, ha me ne s te r s e r muy dilige nte .
S i e l que propone firme me nte fa lta mucha s ve¿ce qué
s s e rá e l que ta rde o nunca
propone ?
Aca e ce de dive rs os mod os e l de ja r nue s tro propós ito; y fa lta r de lige ro e n los
e je rcicios a cos tumbra dos no pa s a s in a lgún da ño.ropósEl pito de los jus tos má s pe nde

16
Diarios de Avivamientos

de la gra cia de Dios que de l s a be r propio; le nconfía n s ie mpre y e n cua lquie r cos a
que comie nza n. P orque e l hombre propone , pe ro Dios dis pone ; y no e s tá e n
ma no de l hombre s u ca mino
(P rov 6, 9; J e r 10, 23).

3. S i por ca rida d y por prove cho de l prójimo s e de ja a lguna ve z e l e je rcicio


a cos tumbra do, de s pué s s e pue de re pa ra r fá cilme nte .
Ma s , s i por fa s tidio de l cora zón o por ne glige ncia lige ra me nte s e de ja ; muy culpa ble e s
y re s ulta rá muy da ños o.
Es forcé monos cua nto pudié re mos , que a un a s í, e n mucha s fa lta e mos
s ca fá
e rcilme nte .
P e ro a lguna cos a de te rmina da de be mos s ie mpre propone rnos , y principa lme nte contra
la s fa lta s que ma s nos e s torba n.
De be mos e xa mina r y orde na r toda s nue s tra s cos a s e xte riore s e inte riore s , porque todo
convie ne pa ra e l a prove cha mie nto ritua
e s pi l.

4. S i no pue de s re coge rte de continuo, ha zlo de cua ndo e n cua ndo y, por lo me nos , una
ve z a l día , por la ma ña na o por la noche .
P or la ma ña na propón;a la noche e xa mina tus obra s ; cuá l ha s s ido e s te día e n
pa la bra s obra
, s y pe ns a mie ntosorque
;p pue de s e r que ha ya s ofe ndido e n e s to a Dios y
a l prójimo mucha s ve ce s .
Árma te como va rón contra la s ma licia s de l de monio; re fre na la gula y fá cilme nte
re fre na rá s toda inclina ción de la ca rne .
Nunca e s té s de l todocios o o, s ino le e , oe s cribe , o re za , o me dita , o ha z a lgo de
prove cho pa ra la comunida d.
P e ro lose je rcicios corpora le s s e de be n torna r dis
concre ción, po rque no s on igua lme nte
conve nie nte s pa ra todos .

5. Los e je rcicios pa rticula re s no s e de be n ha ce r pública me nte , porque con má s


s e gurida d s e e je rcita n e n s e cre to.
Guá rda te , e mpe ro, no s e a s pe re zos o pa ra lo común, y pronto pa ra lo pa rticula r, s ino
cumplido muybie n lo que de be s y te e s tá e ncome nda do; s i tie ne s luga r, é ntra te de ntro
de ti como de s e a tu deción.vo
No todos pode mos e je rcita r una mis ma cos a ; una s convie ne n má s a unos y otra s a otros .
Ta mbié n, s e gún e l tie mpo, te s e rá n má s a propó
s ito dive rs os e je rcicios ; porque unos s on
me ore s pa ra la s fie s ta s , otros pa ra los día s de tra ba jo.
Ne ce s ita mos de unos pa ra e l tie mpo de la te nta ción, y de otros pa ra e l de la pa z y
s os ie go. En una s cos a s e s bie n pe ns a r cua ndo e s ta mos tris te s , y e n otra s , cua ndo a le gre s
e n e l S e ñor.

6. En la s fie s ta s principa le s de be mos re nova r nue s tros bue nos e je rcicios , e invoca r con
ma yor fe rvor la inte rce s ión de losa ntos .
De una fie s ta pa ra otra de be mos propone r a lgo, como s i e ntonce s hubié s e mos de s a lir de
e s te mundo y lle ga r a la e te rna fe s tivida d.
P or e s o de be mos pre ve nirnos con cuida do e n los tie mpos de votos y conve rs a r con
ma yor de voción y gua rda r toda obs e rva ncia má s e s tre cha me nte , como quie n ha de
re cibir e n bre ve de Dios e l pre mio de s us tra ba jos .

7. Y s i s e dila ta re , cre a mos que no e s ta mos pre pa ra dos , y que a ún s omos indignos de
ta nta gloria co o s e de cla ra r e n nos otros (Rom, 8, 18) a ca ba do e l tie mpo de la vida , y
e s tudie mos e n pre pa ra rnos me jor a rap morir: Bie na ve ntura do e l s ie rvo (dice e l

17
Diarios de Avivamientos

e va nge lis ta S a n Luca s ) a quie n, cua ndo vinie re e l S e ñor, le ha lla re ve la ndo; e n ve rda d
os digo que e cons tituirá s obre todos s us bie ne s (L 12, 43).

Capítulo 20: DEL AMOR A LA S OLEDAD Y AL S ILENCIO

1. Bus ca tie mpo a propós ito pa ra e s ta r contigo y pie ns a a me nudo e n la s be ne ficios de


Dios .
De ja la s cos a s curios a s le e ta le s ma te ria s que te de n má s compunción que ocupa
. ción
S i te a pa rta re s de conve rs a cione s s upe rfluade s ya nda r ocios o y de oír noticia s y
murmura cione s , ha lla rá s tie mpo s uficie nte y a propós ito pa ra e ntre ga rte a s a nta s
me dita cione s .
Los ma yore s a ntos e vita ba n cua nto podía n la compa ñía de los hombre s , y e le gía n e l
vivir pa ra Dios e n s u re tiro.

2. Dijo uno: (1). Lo cua l


e xpe rime nta mos ca da día cua ndo ha bla mos mucho.
Má s fá cil cos a e s ca lla r s ie mpre que ha bla r s in e rra r.
Má s fá cil e s e nce rra rs e e n s u ca s a que gua rda rs e de l todo
a defuee lla
r .
P or e s to, a l que quie re lle ga r a la s cos a s inte riore s y e s piritua le s le convie ne a pa rta rs e
con J e s ús de la ge nte .
Ninguno s e mue s tra s e guro e n público, s ino e l que s e e s conde volunta ria me nte .
Ninguno ha bla con a cie rto, s ino e l que ca lla de bue na ga na .
Ninguno pre s ide digna me nte , s ino e l que s e s uje ta con gus to.
Ninguno ma nda con ra zón, s ino e l que a pre ndió a obe de ce r s in re plica r.

3. Na die s e a le gra s e gura me nte , s ino quie n tie ne e l te s timonio de la bue na concie ncia .
P ue s la s e gurida d de los a ntos s ie mpre e s tuvo lle na de te mor divino.
Ni por e s o fue ron me nos s olícitos y humilde s e n s í, a unque re s pla nde cía n e n gra nde s
virtude s y gra cia s .
P e ro la s e gurida d de los ma los na ce de la s obe rbia y pre s unción, y a l fin s e convie rte e n
s u mis mo e nga ño. Nunca te te nga s por s e guro e n e s ta vida , a unque pa re zca s bue n
re ligios o o de voto e rmita ño

4. Los muy e s tima dos por bue nos , mucha s ve ce s ha n ca ído e n gra ve s pe ligros por s u
mucha confia nza .
P or lo cua l e s utilís imo a muchosueq no le s fa lte n de l todo te nta cione s y que s e a n
mucha s ve ce s comba tidos , porque no , porque
no s e le va nte n con s obe rbia , ni ta mpoco s e e ntre gue n de ma s ia da me nte a los cons ue los
e xte riore s .
¡Oh, quié n nunca bus ca s e a le gría tra ns itoria ! quié
¡Oh,n nunca s e ocupa s e e n e l mundo,
y cuá n bue na concie ncia gua rda ría !
¡Oh, quié n quita ra de s í todo va no cuida do, y pe ns a s e s ola me nte la s cos a s s a luda ble s y
divina s , y pus ie s e toda s u e s pe ra nza e n Dios , cuá nta pa z y s os ie go pos e e ría !

5. Ninguno e s digno de la cons ola ción ce le s tia l s i no s e e je rcita re con dilige ncia e n la
s a nta contrición.

18
Diarios de Avivamientos

S i quie re s a rre pe ntirte de cora zón, e ntra e n tu re tiro, y de s tie rra de ti todo bullicio de l
undo, s e gún e s tá e s crito: Contris ta os e n vue s tros a pos e ntos (S a lmo 4, 5). En la ce lda
ha lla rá s lo que pe rde rá s mucha s ve ce s por de fue ra .
El r us a do s e ha ce dulce , y e l poco us a do ca us a ha s tío. S i a l principio de
tu conve rs ión le fre cue nta re s y gua rda re s bie n, te s e rá de s pué s dulce a migo y
a gra da blecons ue lo.

6. En e l s ile ncio y s os ie go a prove cha e l a lma de vota y a pre nde los s e cre tos de la s
Es critura s .
Allí ha lla a rroyos de lá grima s con que la va rs e y purifica rs e toda s la s noche s , pa ra
ha ce rs e ta nto má s fa milia r a s u Ha ce dor
cua nto má s s e de s via re de l tumulto de l s iglo.
Y a s í e l que s e a pa rta de s us a migos y conocidos , e s ta rá má s ce rca de Dios y de s us
s a ntos á nge le s .
Me jor e s e s conde rs e y cuida r de s í, que con de s cuido propio ha ce r mila gros .
Muy loa ble e s a l hombre re ligios o s a lir fue racapo s ve ce s , huir de que le aven y no
que re r ve r a los hombre s .

7. ¿ P a ra qué quie re s ve r lo que no te convie ne te ne r?


E mundo pa s a y s us de le ite s (1 J 2, 17). Los de s e os s e ns ua le s nos lle va n a
pa s a tie mpos ; ma s , pa s a da a que lla hora qué nos que da s ino pe s a dumbre de concie ncia y
de rra ma mie nto de cora zón?
La s a lida a le gre ca us a mucha s ve ce s tris te vue lta , y la a le gre tra s nocha da ha ce tris te
ma ña na . As í, todo gozo ca rna l e ntra bla nda me nte ; ma s a l ca bo, mue rde y ma ta .
¿ Qué pue de s ve r e n otro luga r, que a quí no lo ve a s ? Aquí cie ve lo
s eyl la tie rra y todos
los e le me ntos , y de é s tos fue ron he cha s toda s la s cos a s .

8. ¿ Qué pue de s ve r e n a lgún luga r, que pe rma ne zca mucho tie mpo de ba jo de l s ol?
¿ P ie ns a s , a ca s o, s a tis fa ce r tu a pe tito? P ue s no lo a lca nza rá s . S i vie s e s toda s la s cos a s
de la nte de ti, ¿ qué s e ría s ino una vis ta va na ?
Alza tus ojos a Dios e n e l cie lo, y rue ga por tus e capdos y ne glige ncia s .
De ja lo va no a los va nos , y tú te n cuida do de lo que te ma nda Dios . Cie rra tu pue rta
s obre ti, y lla ma a tu a ma do J e s ús ; pe rma ne ce con l e n tu a pos e nto, que no ha lla rá s e n
otro luga r ta nta pa z.
S i no s a lie ra s ni oye ra s noticia s , me jor pe rs e ve ra ría s e n s a nta pa z. P ue s te hue lga s de oír
a lguna s ve ce s nove da de s , s ufr inquie tude s de cora zón.

Capítulo 21 : De la com punción de l coraz ón.

1. S i quie re s a prove cha r a lgo, cons é rva te e n e l te mor de Dios , y no quie ra s s e r


de ma s ia do libre ; ma s con s e ve rida d re fre na todos tus s e ntidos y no te e ntre gue s a va nos
conte ntos .
Da te a la compunciónedl cora zón, yte ha lla rá s de vo o.
La compunción ca us a muchos bie ne s , que la dis olución s ue le pe rde r e n bre ve .
Ma ra villa e s que e l hombre pue da a le gra rs e a lguna ve z pe rfe cta me nte e n e s ta vida
cons ide ra ndo s u de s tie rro, y pe ns a ndo los muchos pe ligros de s u a lma .

19
Diarios de Avivamientos

2. P or la livia nda d de l cora zón y por e l de s cuido de nue s tros de fe ctos no s e ntimos los
ma le s de une s tra a lma , pe ro mucha s ve ce s re ímos s in ra zón, cua ndo con ra zón
de be ría mos llora r.
No ha y ve rda de ralibe rta d ni plá cida a le gría , s ino e l te mor de Dios con bue na
concie ncia .
Bie na ventura do a que l que pue de de s via rs e de todo e s torbo de dis tra cción, y re coge rs e a
lo inte rior de la s a nta compunción.
Bie na ve ntura do e l que re nuncia re toda s la s cos a s que pue de n ma ncilla r o a gra va r s u
concie ncia .
P e le a como va rón: una cos tumbre e nce
v a otra cos tumbre .
S i tú s a be s de ja r los hombre s , e llos bie n te de ja rá n ha ce r tus bue na s obra s .
3. No te ocupe s e n cos a s a je na s ni te e ntre me ta s e n la s ca us a s de los ma yore s .
Mira s ie mpre prime ro por ti, y a moné s ta te a ti mis mo má s e s pe cia lme nte que a todos
cua ntos quie re s bie n.
S i no e re s fa vore cido de los hombre s , no te e ntris te zca s por e s o, s ino a flíge te de que no
te porta s con e l cuida do y circuns pe cción que convie ne n a un s ie rvo de Dios y a un
de voto re ligios o.
Muy útil y s e guro e s que e l hombre no te nga e n e s ta vida mucha s cons ola cione s ,
ma yorme nte s e gún la ca rne . P e ro de no te ne r o gus ta r ra ra ve z la s cos a s divina s ,
nos otros te ne mos la culpa ; porque no bus ca mos la compunción, ni de s e cha mos de l todo
lo va no y e xte rior.

4. Re conóce te por indigno de la divina cons ola ción; a nte s bie n cré e te digno de s e r
a tribula do. Cua ndo e l hombre tie ne pe rfe cta contrición, e ntonce s le e s gra ve y a ma rgo
todo e l mundo. El que e s bue no ha lla ba s ta nte ma te ria pa ra dole rs e y llora r; porque
s e mire a s í mis mo, pie ns e e n s u prójimo, s a be que ninguno
vive a quí s in tribula cione s . Y cua n o con má s re ctitud s e mire , ta nto má s ha lla
por qué dole rs eMa . te ria de jus to dolor y e ntra ña ble contrición s on nue s tros pe ca dos
y vicios , e n que e s ta mos ta n ca ídos , que poca s ve ce s pode mos conte mpla r la s cos a s
ce le s tia le s .
5. S i continua me nte pe ns a s e s má s e n tu mue rte que e n vivir la rgo tie mpo, no ha y duda
que te e nme nda ría s con ma yor fe rvor. S i pe ns a s e s ta mbié n de todo cora zón e n la s pe na s
futura s de l infie rno, o de l purga torio, cre o que de bue na ga na s ufriría s cua lquie r tra ba jo
y dolor, y no te me ría s ninguna a us te rida d; pe ro como e s ta s coso paa ss a n a l cora zón
y a ma mos s ie mpre e l re ga lo, pe rma ne ce mos de ma s ia da me nte fríos y pe re zos os .
Mucha s ve ce s por fa lta de e s píritu s e que ja e l re cue rdo mis e ra ble . Rue ga , pue s , con
humilda d a lS e ñorque te dé e s píritu de contrición, y di con e l profe ta :

Capítulo 22 : Capítulo XXII :Cons ide ración de la m is e ria hum ana.

1. Mis e ra ble s e rá s donde quie ra que fue re s y donde quie ra que te volvie re s , s i no te
convie rte s a Dios . ¿ P or qué te a flige s dee qu no te s uce da lo que quie re s y de s e a s ?
¿ Quié n e s que tie ne toda s la s cos a s a me dida delunta s u vo
d? Ni yo, ni tú, ni hombre
a lguno s obre la tie rra . Ninguno ha y e n e l mun
do s in tribula cióno a ngus tia , a unque s e a
e y o P a pa . ¿ P ue s , quié n e s e l que e s tá me jor? Cie rta me nte e l que pue de pa de ce r
a lgo por Dios .

20
Diarios de Avivamientos

2. Dice n muchos fla cos y e nfe rmos : ¡Mira d cuá n bue na vida tie ne a que l hombre ! ¡Cuá n
rico! ¡Cuá n gra nde ! ¡Cuá n pode ros o y e ns a lza do! P e ro a tie nde a los bie ne s de l cie lo, y
ve rá s que toda s e s ta s cos a s te mpora le s na da s on s ino muy incie rta s y gra vos a s ; porque
nunca s e pos e e n s in cuida do y te mor. No e s tá la fe licida d de l hombre e n te ne r la
a bunda nciade lo te mpora l; bá s ta le una . P or cie rto que mis e ria e s vivir
e n la tie rra . Cua ndo e l hombre quis ie re s e r má s e s piritua l, ta nto má s a ma rga s e le
ha rá lavida ; porque conoce me jor y ve má s cla ro los de fe ctos de la corrupción huma na .
P orque come r, be be r, ve la r, dormir, re po s a r, tra ba ja r y e s ta r s uje to a la s de má s
ne ce s ida de sna tura le s ,e n ve rda d e s gra nde mis e ria y pe s a dumbre a l hombre de voto, e l
cua l de s e a s e r de s a ta do de e s te cue rpo y libre
e todad culpa .
3. P ue s e l hombre inte rior e s tá muy gra va do con toda s la s ne ce s ida de s corpora le s e n
e s te mundo. P or e s o, e l profe ta rue ga de vota me nte que le libre de e lla s dicie ndo:
Líbra me , S e ñor, de mis ne ce s ida de s . Ma s , ¡a y de los que a ma n e s ta mis e ra ble y
corruptible vida ! P orque ha y a lgunos ta n a bra za dos con e lla , que a unque con mucha
dificulta d, tra ba ja ndo o me ndiga ndo te nga n lo ne ce s a rio, s i pudie s e n vivir a quí s ie mpre ,
no cuida ría n de l Re ino de Dios .

4. ¡Oh, locos y duros de cora zón, los que ta n profunda me nte s e e nvue lve n e n la tie rra ,
que na da gus ta n s ino de la s cos a s ca rna le s ! Ma s e n e l fin s e ntirá n gra ve me nte cuá n vil y
na da lo que a ma ron. Los s a ntos de Dios y todos los de votos a migos de Cris to no
te nía n e n cue nta de lo que a gra da ba a la ca rne , ni de lo que flore cía e n la vida
te mpora l s inoque , toda s u e s pe ra nza e inte nción s us pira ba por los bie ne s e te rnos .
Todo s u de s e o s ele va nta ba a lo dura de ro e invis ible ; porque no fue s e n a ba tidos a la s
cos a s ba ja s con ealmor de lo vis ible . No pie rda s he rma no, la confia nza de
a prove cha r e n la s cos a s e s piritua le s : a ún tie ne s tie mpo y oca s ión.

5. ¿ P or qué quie re s dila ta r tu propós ito? Le vá nta te , y comie nza e n e s te mome nto, y di:
Ahora e s tie mpo de obra r, a hora e s tie mpo de pe le a r, a hora e s tie mpo conve nie nte pa ra
e nme nda rme . Cua ndo no e s táue s no
b y tie ne s a lguna tribula ción, e ntonce s e s tie mpo de
me re ce r. Convie ne que pa s e s por fue go y por a gua a nte s que lle gue s a l de s ca ns o. S i no
te hicie re s fue rza , no ve nce rá s e l vicio. Mie ntra s e s ta mos e n e s te frá gil cue rpo, no
pode mos e s ta r s in pe ca do, vivir
ni s in fa tiga y dolor. De bue na ga na te ndría mos
de s ca ns o de toda mis e ria ; pe ro como por e l pe ca do pe rdimos la inoce ncia he mos
pe rdido ta mbié n la ve rda de ra fe licida d. P or e s o nos importa te ne r pa cie ncia y e s pe ra r la
mis e ricordia de Dios ha s ta que s e aecalabma licia , y la mue rte de s truya e s ta vida .

6. ¡Oh, cuá nta e s la fla que za huma na , que s ie mpre e s tá inclina da a los vicios ! Hoy
confie s a s tus pe ca dos , y ma ña na vue lve s a come te r lo confe s a do. Ahora propone s de
gua rda rte , y de a quí a una hora obra s como s i na da hubie ra s propue s to. Con mucha
ra zón, pue s , pode mos humilla rnos , y no s e ntir de nos otros cos a gra nde , pue s s omos ta n
fla cos y ta n muda ble s . P re s to s e pie rde por de s cuido lo que con mucho tra ba jo
dificultos a me nte s e ga nó por gra cia .

7. ¿ Qué s e rá denos otros a l fin, pue s ya ta n te mpra no e s ta mos tibios ?


¡Ay de nos otros s i a s í que re mos ir a l de s ca ns o, como s i ya tuvié s e mos pa z y s e gurida d,
cua ndo a ún no pa re ce s e ña l de ve rda de ra s a ntida d e n nue s tra conve rs ión!
Bie n s e ría ne ce s a rio que a ún fué s e mos ins truidos otra ve z como dócile s novicios e n la s
bue na s cos tumbre s , s i por ve ntura hubie s e e s pe ra nza de a lguna futura e nmie nda , y de
ma yor a prove cha mie nto e s piritua l.

21
Diarios de Avivamientos

Capítulo 23 : De la m e ditación de la m ue rte .

1. Muy pre s to s e rá contigo e s te ne gocio; mira cómo te ha s de compone r. Hoy e s e l


hombre y ma ña na no pa re ce .
En quitá ndolo de la vis ta , s e va pre s to ta mbié n de la me moria .
¡Oh torpe za y dure za de l cora zón huma no, que s ola me nte pie ns a e n lo pre s e nte , s in
cuida do de lo por ve nir!
As í ha bía s de conducirte e n toda obra y pe ns a mie nto, como s i hoy hubie s e s de morir.
S i tuvie s e s bue na concie ncia , no te me ría s mucho la mue rte .
Me jor fue ra e vita r los pe ca dos que huir de la mue rte .
S i no e s tá s dis pue s to hoy, ¿ cómo lo e s ta rá s ma ña na ?
Ma ña na e s día incie rto; y ¿ qué s a be s s i a ma ne ce rá s ma ña na ?

2. ¿ Qué a prove cha vivir mucho, cua ndo ta n poco nos e nme nda mos ? ¡Ah! La la rga vida
no s ie mpre nos e nmie nda , a nte s mucha s ve ce s a ña de pe ca dos .
¡Oja lá hubié ra mos vivido un día bie n e n e s te mundo!
Muchos cue nta n los a ños de s u conve rs ión, pe ro mucha s ve ce s e s poco e l fruto de la
e nmie nda .
S i e s te me ros o e l morir, pue de s e r que s e a má s pe ligros o e l vivir mucho.
Bie na ve ntura do e l que tie ne s ie mpre la hora de la mue rte de la nte de s us ojos y s e
dis pone ca da día a morir.
S i ha s vis to a lguna ve z morir un hombre , pie ns a que por a que lla ca rre ra ha s de pa s a r.

3. Cua ndo fue re de ma ña na , pie ns a que no lle ga rá s a la noche ,


ve r la ma ña na .
P or e s o e s tá s ie mpre pre ve nido, y vive de ta l ma ne ra , que nunca te ha lle la mue rte
de s a pe rcibido.
Muchos mue re n de re pe nte : porque e n la hora e no
qu s e pie ns a ve ndrá e l Hijo de l
hombre .
Cua ndo vinie re a que lla hora pos tre ra , de otra s ue rte come nza rá s a s e ntir de toda tu vida
pa s a da , y te dole rá s mucho de ha be r s ido ta n ne glige
y pente
re zos o.

4. ¡Qué bie na ve ntura do y prude nte e s e l que vive de ta l modo, cua l de s e a le ha lle Dios
e n la hora de la mue rte !
El pe rfe cto de s pre cio de l mundo, e l a rdie nte de s e o de a prove cha r e n la s virtude s , e l
a mor de la a us te rida d, e l tra ba jo de la pe nite ncia , la prontitud de la obe die ncia , e l
re nuncia rs e a s í mis mo, la pa cie ncia e n toda a dve rs ida d por a mor de nue s tro S e ñor
J e s ucris to, gra n confia nza
e da rá n de morir fe lizme nte .
Mucha s cos a s bue na s podría s ha ce r mie ntra s e s tá s s a no; pe ro cua ndo e nfe rmo no s é qué
podrá s .

5. No confíe s e n a migos , ni e n ve cinos , ni dila te s pa ra de s pué s tu s a lva ción; porque má s


pre s to de lo que pie ns a s e s ta rá s olvida do de los hombre s .
Me jor e s a hora con tie mpo pre ve nir a lguna s bue na s obra s que e nvíe s a de la nte , que
e s pe rar e n e l s ocorro de otros .
S i tú no e re s s olícito pa ra ti a hora , ¿ quié n te ndrá cuida do de ti de s pué s ?

22
Diarios de Avivamientos

Ahora e s e l tie mpo muy pre cios o; a hora s on los día s de s a lud; a hora e s e l tie mpo
a ce pta ble .
P e ro ¡a y dolor! que lo ga s ta s s in a prove cha rte , pudie ndo e n é l ga na r pa ra vivir
e te rna me nte .
Ve ndrá cua ndo de s e a rá s un día o una hora pa ra e nme nda rte , y no s é s i te s e rá conce dida .

6. ¡Oh he rma no! ¡De cuá nto pe ligro te podría s libra r, y de cuá n gra ve e s pa nto s a lir, s i
e s tuvie s e s s ie mpre te me ros o de la mue rte y pre pa ra do pa ra e lla !
Tra ta a hora de vivir de modo que e n la hora de la mue rte pue da s má s bie n a le gra rte que
te me r.
Apre nde a hora a morir a l mundo, pa ra que e ntonce s comie nce s a vivir con Cris to.
Apre nde a hora a de s pre cia rlo todo, pa ra que e ntonce s pue da s libre me nte ir a Cris to.
Ca s tiga a hora tu cue rpo con pe nite ncia , porque e ntonce s pue da s te ne r confia nza cie rta .

7. ¡Oh ne cio! ¿ P or qué pie ns a s vivir mucho, no te nie ndo un día s e guro?
Cuá ntos que pe ns a ba n vivir mucho, s e ha n e nga ña do, y ha n s ido s e pa ra dos de l cue rpo
cua ndo no lo e s pe ra ba n!
¿ Cuá nta s ve ce s oís te conta r que uno murió a cuchillo, otro s e a hogó, otro ca yó de a lto y
s e que bró la ca be za , otro comie ndo s e que do pa s ma do, a otro juga ndo le vino s u fin?
Uno murió con fue go, otro con hie rro, otro de pe s te , otro pe re ció a ma nos de la drone s ; y
a s í la mue rte e s fe ne cimie nto de todos , y la vida de los hombre s s e pa s a como s ombra
rá pida me nte .

8. ¿ Quié n s e a corda rá de ti, y quié n roga rá por ti de s pué s de mue rto?


Ha z a hora , ehrma no, lo que pudie re s ue ; q no s a be s cuá ndo morirá s , ni lo que a ca e ce rá
de s pué s de la mue rte .
Ahora que tie ne s tie mpo, a te s ora rique za s inmorta le s .
Na da pie ns e s fue ra de tu s a lva ción, y cuida s ola me nte de la s cos a s de Dios .
Gra njé a te a hora a migos ve ne ra ndo a los a ntos de Dios , e imita ndo s us obra s , pa ra que
cua ndo s a lie re s de e s ta vida te re ciba n e n la s mora da s e te rna s .

9. Trá ta te como hué s pe d y pe re grino s obre la tie rra , a quie n no le va na da e n los


ne gocios de l mundo.
Gua rda tu cora zón libre y le va nta do a Dios , porque a quí no tie ne s domicilio
pe rma ne nte .
A El dirige tus ora cione s y ge midos ca da día con lá grima s , porque me re zca tu e s píritu,
de s pué s de la mue rte , pa s a r dichos a me nte a l de s ca ns o de l S e ñor.
Amé n.

Capítulo 24 : De l juicio y pe nas de los pe cadore s .

1. Mira e l fin e n toda s la s cos a s , y de qué s ue rte e s ta rá s de la nte de a que l jue z jus tís imo,
a l cua l no ha y cos a e ncubie rta , ni s e a ma ns a con dá diva s , ni a dmite e xcus a s , s ino que
juzga rá jus tís ima me nte .
¡Oh ignora nte , y mis e ra ble pe ca dor! ¿ Qué re s ponde rá s a Dios , que s a be toda s tus
ma lda de s , tú que te me s a ve ce s e l ros tro de un hombre a ira do?

23
Diarios de Avivamientos

¿ P or qué no te pre vie ne s pa ra e l día de l juicio cua ndo no ha brá quie n de fie nda ni rue gue
por otro, s ino que ca da uno te ndrá ba s ta nte que ha ce r por s í?
Ahora tu tra ba jo e s fructuos o, tu lla nto a ce pta ble , tus ge midos s e oye n, tu dolor e s
s a tis fa ctorio y jus tifica tivo.

2. Aquí tie ne gra nde y s a luda ble purga torio e l hombre s ufrido, que re cibie ndo injuria s ,
s e due le má s de la ma licia de l injuria dor que de s u propia ofe ns a ; que rue ga a Dios
volunta ria me nte por s us contra rios , y de cora zón pe rdona los a gra vios , y no s e de tie ne
e n pe dir pe rdón a cua lquie ra ; que má s fá cilme nte tie ne mis e ricordia que s e indigna ; que
s e ha ce fue rza mucha s ve ce s y procura s uje ta r de l todo s u ca rne a l e s píritu.
Me jor e s purga r a hora los pe ca dos y corta r los vicios que de ja r e l purga rlos pa ra lo
ve nide ro.
P or cie rto nos e nga ña mos a nos otros mis mos por e l a mor de s orde na do que te ne mos a la
ca rne .

3. ¿ En qué otra cos a s e ce ba rá a que l fue go s ino e n tus pe ca dos ?


Cua ndo má s te pe rdona s a hora a ti mis mo, y s igue s a la ca rne , ta nto má s gra ve me nte
s e rá s de s pué s a torme nta do, pue s gua rda rá s ma yor ma te ria pa ra que ma rte .
En lo mis mo que má s pe ca e l hombre s e rá má s gra ve me nte ca s tiga do.
Allí los pe re zos os s e rá n punza dos con los a guijone s a rdie nte s , y los golos os s e rá n
a torme nta dos con gra vís ima ha mbre y s e d.
Allí los lujurios os y a ma dore s de de le ite s , s e rá n rocia dos con a rdie nte pe z y he diondo
a zufre ; y los e nvidios os a ulla rá n de dolor como ra bios os pe rros .

4. No ha y vicio que no te nga s u propio torme nto.


Allí los s obe rbios e s ta rá n lle nos de confus ión, y los a va rie ntos s e rá n oprimidos con
mis e ra ble ne ce s ida d.
Allí s e rá má s gra ve pa s a r una hora de pe na , que a quí cie n a ños de pe nite ncia a ma rga .
Allí no ha y s os ieg o ni cons ola ción pa ra los conde na dos ; ma s a quí ce s a n a lguna s ve ce s
los tra ba jos , y s e goza de l cons ue lo de los a migos .
Te n a hora cuida do y dolor de tus pe ca dos , pa ra que e n e l día de l juicio e s té s s e guro con
los bie na ve ntura dos .
5. P ue s e ntonce s e s ta rá
losn jus tos con gra n cons ta ncia contra los que le s a ngus tia ron y
pe rs iguie ron.
Entonce s e s ta rá pa ra juzga r e l que a quí s e s uje tó humilde me nte a l juicio de los hombre s .
Entonce s te ndrá mucha confia nza e l pobre y humilde ; ma s e l s obe rbio por todos la dos
s e e s tre me ce rá .
Entonce s s e ve rá que e l ve rda de ro s a bio e n e s te mundo, fue a que l que a pre ndió a s e r
ne cio y me nos pre cia do por Cris to.
Entonce s a gra da rá toda tribula ción s ufrida con pa cie ncia , y toda ma lda d no de s pe ga rá
los la bios .
Entonce s s e a le gra rá n todos los de votos , y s e e ntris te ce rá n todos los dis olutos .
Entonce s s e a le gra rá má s la ca rne a fligida , que la que s ie mpre vivió e n de le ite s .
Entonce s re s pla nde ce rá e l ve s tido de s pre cia do, y pa re ce rá vil e l pre cios o.
Entonce s s e rá má s a la ba da la pobre ca s illa , que e l os te ntos o pa la cio.
Entonce s a yuda rá má s la cons ta nte pa cie ncia , que todo e l pode r de l mundo.
Entonce s s e rá má s e ns a lza da la s imple obe die ncia , que toda la s a ga cida d de l s iglo.
Entonce s a le gra rá má s la pura y bue na concie ncia , que toda la docta filos ofía .
Entonce s s e e s tima rá má s e l de s pre cio de la s rique za s , que todo e l te s oro de los ricos de
la tie rra .

24
Diarios de Avivamientos

Entonce s te cons ola rá s má s de ha be r ora do con de voción, que ha be r comido


de lica da me nte .
Entonce s te a le gra rá s má s de ha be r gua rda do e encio,
l s il que de ha be r conve rs a do
mucho.
Entonce s te a prove cha rá n má s la s obra s s a nta s , que la s pa la bra s florida s .
Entonce s a gra da rá má s la vida e s tre cha y la riguros a pe nite ncia , que todos los de le ite s
te rre nos .

6. Apre nde a hora a pa de ce r e n lo poco, pa ra que e ntonce s s e a s libre de lo muy gra ve .


P rue ba a quí prime ro lo que podrá s de s pué s .
S i a hora no pue de s pa de ce r le ve me nte , ¿ cómo podrá s de s pué s s ufrir los torme ntos
e te rnos ? S i a hora una pe que ña pe na lida d te ha ce ta n impa cie nte , ¿ qué ha rá e ntonce s e l
infie rno?
De ve rda d no pue de s te ne r dos gozos , de le ita rte e n e s te mundo, y de s pué s re ina r e n e l
cie lo con Cris to.
S i ha s ta a hora hubie s e s vivido e n honore s y de le ite s , y te lle ga s e la mue rte , ¿ qué te
a prove cha ría todo lo pa s a do?
Todo, pue s , e s va nida d, s ino a ma r a Dios , y s e rvirle a El s olo.
P orque los que a ma n a Dios de todo cora zón, no te me n la mue rte , ni e l torme nto, ni e l
juicio, ni e l infie rno; pue s e l a mor pe rfe cto tie ne s e gura e ntra da pa ra Dios .
Ma s quie n s e de le ita e n pe ca r, no e s ma ra villa que te ma la mue rte y e l juicio.
Bue no e s no obs ta nte que s i e l a mor no nos de s vía de lo ma lo, por lo me nos e l te mor de l
infie rno nos re fre ne .
P e ro e l que pos pone e l te mor de Dios , no pue de dura r mucho tie mpo e n e l bie n; s ino
que ca e rá muy pre s to e n los la zos de l de monio.

Capítulo 25 : De la fe rvoros a e nm ie nda de toda nue s tra vida.

1. Ve la con mucha dilige ncia e n e l s e rvicio de Dios , y pie ns a de ordina rio a que vinis te ,
y por qué de ja s te e l mundo.
¿ No e s por ve ntura con e l fin de vivir pa ra Dios , y s e r hombre e s piritua l?
Corre , pue s , con fe rvor a la pe rfe cción, que pre s to re cibirá s e l ga la rdón de tu tra ba jo, y
no ha brá de a hí a de la nte te mor ni dolor e n tu fin.
Ahora tra ba ja rá s un poco, y ha lla rá s de s pué s gra n de s ca ns o, y a un pe rpe tua a le gría .
S i pe rma ne ce s fie l y fe rvoros o e n obra r, s in duda s e rá Dios fie l y rico e n pa ga r.
Te n firme e s pe ra nza que a lca nza rá s victoria , ma s no convie ne te ne r s e gurida d, porque
no a floje s ni te e ns obe rbe zca s .

2. S e ha lla ba uno lle no de congoja lucha ndo e ntre e l te mor y la e s pe ra nza ; y un día
ca rga do de tris te za e ntró e n la igle s ia y s e pos tró de la nte de l a lta r e n ora ción, y
me dita ndo e n s u cora zón va ria s cos a s , dijo: ¡Oh! ¡S i s upie s e que ha bía de pe rs e ve ra r! Y
lue go oyó e n lo inte rior la divina re s pue s ta : ¿ Qué ha ría s s i e s o s upie s e s ? Ha z a hora lo
que e ntonce s quis ie ra s ha ce r, y e s ta rá s s e guro.
Y e n a que l punto, cons ola do y conforta do, s e ofre ció a la divina volunta d, y ce s ó s u
congojos a turba ción.

25
Diarios de Avivamientos

Y no quis o e s cudriña r curios a me nte pa ra s a be r lo que le ha bía de s uce de r, s ino que


a nduvo con mucho cuida do de s a be r lo que fue s e la volunta d de Dios , y a s us divinos
ojos má s a gra da ble y pe rfe cto, pa ra come nza r y pe rfe cciona r toda bue na obra .

3. El P rofe ta dice : Es pe ra e n e l S e ñor, y ha s bonda d, y ha bita e n la tie rra , y s e rá s


a pa ce nta do e n s us rique za s .
De tie ne a muchos e l fe rvor de s u a prove cha mie nto, e l e s pa nto de la dificulta d, o e l
tra ba jo de la pe le a .
Cie rta me nte a prove cha n má s e n la s virtude s , a que llos que má s va ronilme nte pone n
toda s s us fue rza s pa ra ve nce r la s que le s s on ramá
vess gy contra ria s .
P orque a llí a prove cha e l hombre má s y a lca nza ma yor gra cia , a donde má s s e ve nce a s í
mis mo y s e mortifica e l e s píritu.
4. P e ro no todos tie ne n igua l á nimo pa ra ve nce r y mortifica rs e .
No obs ta nte , e l dilige nte y ce los o de s u a prove cha mie nto má s fue rte s e rá pa ra la
pe rfe cción, a unque te nga mucha s pa s ione s , que e el de n nabutura l s i pone poco cuida do
e n la s virtude s .
Dos cos a s e s pe cia lme nte a yuda n mucho a e nme nda rs e , e s a s a be r: de s via rs e con
e s fue rzo de a que llo a que leclina
in la na tura le za vicios a me nte y tra ba ja r con fe rvor
por e l bie n que má s le fa lta .
Tra ba ja ta mbié n e n ve nce r y e vita r lo que de ordina rio te de s a gra da e n tus prójimos .

5. Mira que te a prove che s donde quie ra ; y s i vie re s y oye re s bue nos e je mplos , a níma te a
imita rlos .
Ma s s i vie re s a lguna cos a digna de re pre ns ión, guá rda te de ha ce rla ; y s i a lguna ve z la
hicis te , procura e nme nda rte lue go.
As í como tú mira s a los otros , a s í los otros te mira n a ti.
¡Oh! ¡Cuá n a le gre y dulce cos a e s ve r los de votos y fe rvoros os he rma nos , con s a nta s
cos tumbre s y obs e rva nte dis ciplina !
¡Cuá n tris te y pe nos o e s ve rlos a nda r de s orde na dos , y qué no ha ce n a que llo a que s on
lla ma dos por s u voca ción!
¡Oh! ¡Cuá n da ños o e s s e r ne glige nte s e n e l propós ito de s u lla ma mie nto, y ocupa rs e e n
lo que no le s ma nda n!

6. Acué rda te de la profe s ión que toma s te , y propónte por mode lo a l Crucifica do.
Bie n pue de s a ve rgonza rte mira ndo la vida de J e s ucris orque
to; p a ún no e s tudia s te a
conforma rte má s con El, a unque ha muchos a ños que e s tá s e n e l ca mino de Dios .
El re ligios o que s e e je rcita inte ns a y de vota me nte e n la s a ntís ima vida y pa s ión de l
S e ñor, ha lla a llí todo lo útil y en ce s a rio cumplida me nte pa ra s í; y no ha y ne ce s ida d que
bus que cos a me jor fue ra de J e s ús .
¡Oh! ¡S i vinie s e a nue s tro ra cozón J e s ús crucifica do, cuá n pre s to y cumplida me nte
s e ría mos e ns e ña dos .

7. El fe rvoros o re ligios o a ce pta todo lo que le ma nda n, y lo lle va muy bie n.


El ne glige nte y tibio tie ne tribula ción s obre tribula ción, y de toda s pa rte s pa de ce
a ngus tia , porque care ce de cons ola ción inte rior, y no le de ja n bus ca r la e xte rior.
El re ligios o que vive fue ra de la obs e rva ncia , ce rca e s tá de ca e r gra ve me nte .
El que bus ca vivir má s a ncho y de s cuida do, s ie mpre e s ta rá e n a ngus tia s , porque lo uno
y lo otro le de s conte nta rá .

26
Diarios de Avivamientos

8. ¿ Cómo lo ha ce n ta ntos re ligios os que e s tá n e nce rra dos e n la obs e rva ncia de l
mona s te rio?
S a le n poca s ve ce s , vive n a bs tra ídos , come n pobre me nte , vis te n ropa , tra ba ja n
mucho, ha bla n poco, ve la n la rgo tie mpo, ma druga n muy te mpra no, tie ne n continua s
hora s de ora ción, le e n a me nud
o, y gua rda n e n tod
o e xa cta dis ciplina .
Mira cómo los ca rtujos , los cis te rcie ns e s , y los monje s y monja s de dive rs a s órde ne s s e
le va nta n ca da noche a a la ba r a l S e ñor.
Y por e s o s e ría torpe que tú e mpe re za s e s e n obra ta n s a nta , donde ta nta multitud de
re ligios os comie nza a a la ba r a Dios .

9. ¡Oh! ¡S i nunca hubié s e mos de ha ce r otra cos a s ino a la ba r a l S e ñor nue s tro Dios con
todo e l cora zón y con la boca !
¡Oh! ¡S i nunca tuvie s e s ne ce s ida d de come r, be be r y dormir, s inos ieque
mpre pudie s e s
a la ba r a Dios , y s ola me nte ocupa rte e n cos a s e s piritua le s !
Entonce s s e ría s mucho má s dichos o que a hora cua ndo s irve s a la ne ce s ida d de la ca rne .
¡P luguie s e a Dios que no tuvié s e mos e s ta s ne ce s ida de s , s ino s ola me nte la s re fe ccione s
e s piritua le s , la s cua le s gus ta mos bie n ra ra s ve ce s !

10. Cua ndo e l hombre lle ga a l punto de no bus ca r s u cons ue lo e n ninguna cria tura ,
e ntonce s comie nza a gus ta r de Dios pe rfe cta me nte y e s tá conte nto con todo lo que le
s uce de .
Entonce s ni s e a le gra mucho, ni s e e ntris te ce por lo poco; ma s póne s e e nte ra y
fie lme nte e n Dios , e l cua l le e s todo e n toda s la s cos a s , pa ra quie n ninguna pe re ce ni
mue re , s ino uqe toda s vive n y le s irve n s in ta rda nza .

11. Acué rda te s ie mpre de l fin, y que e l tie mpo pe rdido ja má s vue . Nunca
lve a lca nza rá s
la s virtude s s in cuida do yilige
d ncia .
S i comie nza s a s e r tibio, come nza rá a irte ma l.
Ma s s i te e xcita re s a l fe rvor, ha lla rá s gra n pa z, y s e ntirá s e l tra ba jo muy lige ro por la
gra cia de Dios y por e l a mor de la virtud.
El hombre fe rvoros o yilige d nte , a todo e s tá dis pue s to.
Ma yor tra ba jo e s re s is tir a los vicios y pa s ione s , quea rseud
n los tra ba jos corpora le s .
El que no e vita los de fe ctos pe que ños , pococo a po
ca e e n los gra nde s .
Te a le gra rá s s ie mpre a la noche , s i ga s ta re s ,e bie
l dían .
Ve la s obre ti; de s pié rta te a ti; y s e a de los otros lo que fue re , no te de s cuide s de ti.
Ta nto a prove cha rá s , cua nto má s . Amé n.

27
Diarios de Avivamientos

LIB R O S E G U N D O

Capítulo prim e ro : De la conve rs ión inte rior.

1. Dice e l S e ñor: El re ino de Dios de ntro de vos otros e s tá . Convié rte te a Dios de todo
cora zón, y de ja e s e mis e ra ble mundo, y ha lla rá tu a lma re pos o.
Apre nde a me nos pre cia r la s cos a s e xte riore s y da rte a la s inte riore s , y ve rá s que s e
vie ne n a ti e l re ino de Dios .
P ue s e l re ino de Dioss epa z y gozo e n e l Es píritu S a nto, que no s e da a los ma los .
S i pre pa ra s digna mora da inte riorme nte a J e s ucris to, ve ndrá a ti, y te mos tra rá s u
cons ola ción.
Toda s u gloria y he rmos ura e s tá e n lo inte rior, y a llí s e e s tá compla cie ndo.
S u continua vis itaión c e s con e l hombre inte rior; con é l ha bla dulce me nte , tie ne
a gra da ble cons ola ción, mucha pa z y a dmira ble fa milia rida d.

2. Ea , pue s , a lma fie l, pre pa ra tu cora zón a e s te Es pos o pa ra que quie ra ve nirs e a ti, y
ha bla r contigo.
P orque é l dice a s í: S i a lgu
no me a ma , gua rda rá mi pa la bra , y ve ndre mos a é l y ha re mos
e n é l nue s tra mora da .
Da , pue s , luga r a Cris to, y a todo lo de má s cie rra la pue rta .
S i a Cris to tuvie re s , e s ta rá s rico, y te ba s ta rá . El s e rá tu fie l procura dor, y te prove e rá de
todo, de ma ne ra que no te ndrá s ne ce s ida d de e s pe ra r e n los hombre s .
P orque los hombre s s e muda n fá cilme nte , y de s fa lle ce n e n bre ve ; pe ro J e s ucris to
pe rma ne ce pa ra s ie mpre , y e s tá firme ha s ta e l fin.

3. No ha y que pone r mucha confia nza e n e l hombre frá gil y morta l, a unque s e a útil y
bie n que rido, ni ha s de toma r mucha e nap s i a lguna ve z fue re contra rio o no te a tie nde .
Los que hoy s on contigo, ma ña na te pue de n contra de cir, y a l contra rio; porque mucha s
ve ce s s e vue lve n como vie nto.
P on e n Dios toda tu e s pe ra nza , y s e a l tu te mor y tu a mor. l re s ponde rá por ti, y lo
ha rá bie n, como me jor conve nga .
No tie ne s a quí domicilio pe rma ne nte : donde quie ra que e s tuvie re s , s e rá s e xtra ño y
pe re grino, y no te ndrá sunca
n re pos o, s i no e s tuvie re s íntima me nte unido con Cris to.

4. ¿ Qué mira s a quí no s ie ndo e s te luga r de tu de s ca ns o?


En los cie los de be s e r tu mora da , y como de pa s o ha s de mira r todo lo te rre s tre .
Toda s la s cos a s pa s a n, y tú ta mbié n con e lla s .
Guá rda te de pe ga rte a e lla s , porque no s e a s pre s o y pe re zca s .
En e l Altís imo pon tu pe ns a mie nto, y tu ora ción s in ce s a r s e a dirigida a Cris to.
S i no s a be s conte mpla r la s cos a s a lta s y ce le s tia le s , de s ca ns a e n la pa s ión de Cris to y
ha bita gus tos a me nte e n s us gra nde s lla ga s .
P orque s i te a coge s de vota me nte a la s lla ga s y pre cios a s he rida s de J e s ús , gra n cons ue lo
s e ntirá s e n la tribula ción, y no ha rá s mucho ca s o de los de s pre cios de los hombre s , y
fá cilme nte s ufrirá s la s pa la bra s ma ldicie nte s .

5. Cris to fue ta mbié n e n e l mundo de s pre cia do de los hombre s , y e ntre gra nde s a fre nta s ,
de s a mpa ra do de a migos y conocidos , y e n s uma ne ce s ida d.
Cris to quis o pa de ce r y s e r de s pre cia do, y tú ¿ te a tre ve s a que ja rte de a lguna cos a ?

28
Diarios de Avivamientos

Cris to tuvo a dve rs a rios y murmura dore s , y tú ¿ quie re s te ne r a todos por a migos y
bie nhe chore s ?
¿ Con qué s e cor ona rá tu pa cie ncia , s i ninguna a dve rs ida d s e te ofre ce ?
S i no quie re s s ufrir ninguna a dve rs ida d, ¿ cómo s e rá s a migo de Cris to?
S ufre con Cris to y por Cris to, s i quie re s re ina r con Cris to.

6. S i una ve z e ntra s e s pe rfe cta me nte e n lo s e cre to de J e s ús , y gus ta s e s un poco de s u


e nce ndido a mor, e ntonce s no te ndría s cuida do de tu propio prove cho o da ño; a nte s te
holga ría s má s de la s injuria s que te hicie s e n; porque e l a mor de J e s ús ha ce a l hombre
de s pre cia rs e a s í mis mo.
El a ma nte de J e s ús y de la ve rda d, y e l hombre ve rda de ra me nte inte rior y libre de la s
a fliccione s de s orde na da s , s e pue de volve r fá cilme nte a Dios , y le va nta rs e s obre s í
mis mo e n e l e s píritu, y de s ca ns a r gozos a me nte .

7. Aque l a quie n gus ta n toda s la s cos a s como s on, no como s e dice n o e s tima n, e s
ve rda de ra me nte s a bio y e ns e ña do má s de Dios que de los hombre s .
El que s a be a nda r de ntro de s í, y te ne r e n poco la s cos a s e xte riore s , no bus ca luga re s , ni
e s pe ra tie mpos pa ra da rs e a e je rcicios de votos .
El hombre inte rior pre s to s e re coge ; porquenca nus e e ntre ga todo a la s cos a s e xte riore s .
No le e s torba e l tra ba jo e xte rior, ni la ocupa ción ne ce s a ria a tie mpos ; s ino que a s í como
s uce de n la s cos a s , s e a comoda a e lla s .
El que e s tá inte riorme nte bie n dis pue s to y orde na do, no cuida de los he chos fa mos os y
pe rve rs os de los hombre s .
Ta nto s e e s torba e l hombre y s e dis tra e , cua ndo a tra e a s í la s cos a s de fue ra .
8. S i fue s e s re cto y puro, todo te s uce de ría bie n y con prove cho.
P or e s o te de s conte nta n y conturba n mucha s cos a s fre cue nte me nte , porque a ún no ha s
mue rto a ti, de l todo, ni a pa rta do de toda s la s cos a s te rre na s .
Na da ma ncilla ni e mba ra za ta nto e l cora zón de l hombre cua nto e l a mor de s orde na do de
la s cria tura s .
S i de s pre cia s la s cons ola cione s de fue ra , podrá s conte mpla r la s cos a s ce le s tia le s , y
goza rte mucha s ve ce s de ntro de ti.

Capítulo II : De la hum ilde s um is ión.

1. No te importe mucho quié n e s por ti o contra ti; s ino bus ca y procura que s e a Dios
contigo e n todo lo que ha ce s .
Te n bue na concie ncia , y Dios te de fe nde rá .
Al que Dios quie re a yuda r, no le podrá da ña r la ma licia de a lguno.
S i s a be s ca lla r y s ufrir, s in duda ve rá s e l fa vor de Dios .
El s a be e l tie mpo y e l modo de libra rte ; y por e s o te de be s ofre ce r a El.
A Dios pe rte ne ce a yuda r y libra r de toda confus ión.
Alguna s ve ce s convie ne mucho, pa ra gua rda r ma yor humilda d, que otros s e pa n nue s tros
de fe ctos y los re pre nda n.

2. Cua ndo un hombre s e humilla por s us de fe ctos , e ntonce s fá cilme nte a pla ca a los
otros , y s in dificulta d s a tis fa ce a los que le odia n.

29
Diarios de Avivamientos

Dios de fie nde y libra a l humilde ; a l humilde a ma y cons ue la ; a l hombre humilde s e


inclina ; a l humilde conce de gra cia , y de s pué s de s u a ba timie nto le le va nta a gra n honra .
Al humilde de s cubre s us s e cre tos , y le tra e dulce me nte a S í y le convida .
El humilde , re cibida la a fre nta
, e s tá e n pa z; porqu
e e s tá con Dios y no n e l mundo.
No pie ns e s ha be r a prove cha do a lgo, s i no te e s tima s por e l má s infe rior de todos .

Capítulo III : De l hom bre bue no y pacífico.

1. P onte prime ro a ti e n pa z, y de s pué s podrá s a pa cigua r a los otros .


El hombre pa cífico a prove cha má s que e l muy le tra do.
El hombre a pa s iona do, a un e l bie n conviee nrtema l, y de lige ro cre e lo ma lo.
El hombre bue no y pa cífico toda s la s cos a s e cha a la bue na pa rte .
El que e s tá e n bue na pa z, de ninguno s os pe cha .
El de s conte nto y a lte ra do, con dive rs a s s os pe cha s s e a torme nta
l ; nis os ie ga , ni
de ja de s ca ns a r a los otros .
Dice mucha s ve ce s lo que no de bie ra , y de ja de ha ce r lo que má s le conve ndría .
P ie ns a lo que otros de be n ha ce r, y de ja é l s us obliga cione s .
Te n, pue s , prime ro ce lo contigo, y de s pué s podrá s te ne r bue n ce lo con e l prójimo.

2. Tú s a be s e xcus a r y dis imula r muy bie n tus fa lta s , y no quie re s oír la s dis culpa s
a je na s .
Má s jus to s e ría que te a cus a s e s a ti, y e xcus a s e s a tu he rma no.
S ufre a los otros s i quie re s que te s ufra n.
Mira cuá n le jos e s tá s a ún de la ve rda de ra ca rida d y humilda d, la cua l no s a be de s de ña r y
a ira rs e s ino contra s í.
No e s mucho conve rs a r con los bu e nos y ma ns os , pue s e s to a todos da
gus to na tura lme nte ; y ca da uno de bue na ga na tie ne pa z y a ma a los que concue rda n
con é l. P e ro pode r vivir e n pa z con los duros , pe rve rs os y ma l a condiciona
s , ydo
con
quie n nos contra dice , gra nde gra cia e s , y a cción va ronil y loa ble .

3. Ha y a lgunos que tie ne pa z cons igo, y ta mbié n con los otros .


Otros ha y que ni la tie ne n cons igo, ni la de ja n te ne r a los de má s : mole s tos pa ra los
otros , lo s on má s pa ra s í mis mos .
Y ha y otros que tie ne n pa z cons igo, y tra ba ja n e n re ducir a pa z a los otros .
P ue s toda nue s tra pa z e n e s ta mis e ra ble vida , e s tá pue s ta má
l s ufrimie
s e n e nto humilde ,
que e n de ja r de s e ntir contra rie da de s .
El que s a be me jor pa de ce r, te ndrá ma yor pa z. Es te e s e l ve nce dor de s í mis mo y s e ñor
de l mundo, a migo de Cris to y he re de ro de l cie lo.

Capítulo IV: De l coraz ón puro y s e ncilla inte nción.


1. Con dos a la s s e le va nta e l hombre de la s cos a s te rre na s , que s on s e ncille z y pure za .
La s e ncille z ha de e s ta r e n la inte nción y la pure za e n la a fición. La s e ncille z pone la
inte nción e n Dios ; la pure za le re conoce y gus ta . Ninguna bue na obra te impe dirá , s i
inte riorme nte e s tuvie re s libre de todo de s orde na do de s e o.S i no pie ns a s ni bus ca s s ino e l
be ne plá cito divino y e l prove cho de l prójimo, goza rá s de inte rior libe rta d. S i fue s e tu
cora zón re cto, e ntonce s te s e ría toda cria tura e s pe jo de vida , y libro de doctrina
s a nta .
No ha y cria tura ta n ba ja ni pe que ña , que no re pre s e nte la bonda d de Dios .

30
Diarios de Avivamientos

2. S i tú fue s e s bue no y puro e n lo inte rior, lue go ve ría s y e nte nde ría s bie n toda s la s
cos a s s in impe dime nto. El cora zón puro pe ne tra a l cie lo y a l infie rno. Cua laeuno
s ca d
e n lo inte rior, ta l juzga lo de fue ra . S i ha y gozo e n e l mundo, e l hombre de puro cora zón
le pos e e . Y s i e n a lgún luga r ha y tribula ción y congoja s , e s donde ha bita la ma la
concie ncia . As í como e l hie rro, me tido e n e l fue go, pie rde e l orín y s e odo pone t
re s pla nde cie nte ; a s í e l hombre que e nte ra me nte s e convie rte a Dios , s e de s e ntorpe ce y
muda e n nue vo hombre .

3. Cua ndo e l hombre comie nza a e ntibia rs e , e ntonce s te me e l tra ba jo, a unque pe que ño,
y toma con gus to la cons ola ción e xte rior. Ma s cua ndo s e comie nza pe rfe cta me nte a
ve nce r y a nda r a le nta da me nte e n la ca rre ra de Dios , tie ne por lige ra s la s cos a s que
prime ro te nía por pe s a da s .

Capítulo V: De la cons ide ración de s í m is m o.


1. No de be mos confia r de nos otros gra nde s cos a s , porque mucha s ve ce s nos fa lta la
gra cia y la dis cre ción. P oca luz ha y e n nos otros , y pre s to la pe rde mos por nue s tra
ne glige ncia . Y mucha s ve ce s no s e ntimos cuá n cie gos e s ta mos e n e l a lma . Mucha s
ve ce s ta mbié n obra mos ma l, y lo e xcus a mos pe or. A ve ce s nos mue ve la pa s ión, y
pe ns a mosque e s ce lo.

2. El hombre re cogido a nte pone e l cuida do de s í mis mo a todos los cuida dos ; y e l que
tie ne ve rda de ro cuida do de s í, poco ha bla de otros . Nunca e s ta rá s re cogido y de voto, s i
no ca lla re s la s cos a s a je na s , y e s pe cia lme nte mira re s a ti mis mo. S i de l todo te ocupa re s
e n Dios y e n ti, poco te move rá lo que s ie nte s de fue ra . ¿ Dónde e s tá s cua ndo no e s tá s
contigo? Y de s pué s de ha be r dis currido por toda s la s cos a s ¿ qué ha s ga na do s i de ti te
olvida s te ? S i ha s de te ne r pa z y unión ve rda de ra , convie ne que todo lo pos ponga s , y
te nga s a ti s olo de la nte de tus ojos .

3. Mucho a prove cha rá s , s i te gua rda s libre de todo cuida do te mpora l. Muy me ngua do
s e rá s , s i a lguna cos a te mpora l e s tima re s . No te pa re zca cos a a lguna a lta , ni gra nde , ni
a ce pta , ni a gra da bles ino
, Dios pura me nte , olo que s e a de Dios . Te n por va na cua lquie r
cons ola ción que te vinie re de a lguna cria tura . El a lma que a ma a Dios , de s pre cia toda s
la s cos a s s in l. S olo Dios e te rnoe inme ns o que todo lo lle na , gozo de l a lma y
a le gría ve rda de ra de l cora zón.

Capítulo VI: La ale gría de la bue na concie ncia.

1. La gloria de l hombre bue no, e s e l te s timonio de la bue na concie ncia . Te n bue na


concie ncia , y s ie mpre te ndrá s a le gría . Lae na
bu concie ncia mucha s cos a s pue de s ufrir, y
muy a le gre e s tá e n la s a dve rs ida de s . La ma la concie ncia s ie mpre e s tá con inquie tud y
te mor.S ua ve me nte de s ca ns a rá s , s i tu cora zón no te re pre nde . No te a le gre s s ino cua ndo
obra re s bie n. Los ma los nunca tie ne n a le gría ve rda de ra ni s ie nte n pa z inte rior; porque
dice e l S e ñor: Y s i dije re n:
No los cre a s , porque de re pe nte
s e le va nta rá la ira de Dios , y pa ra rá n e n na da s us obra s , y pe re ce rá n s us pe ns a mie ntos .

2. No e s dificultos o l que a ma gloria rs e e n la tribula ción; porque gloria rs e de e s ta


s ue rte , e s gloria rs e e n la cruz de l S e ñor. Bre ve e s la gloria que s e da y re cibe de los

31
Diarios de Avivamientos

hombre s . La gloria de l mundo s ie mpre va a compa ña da de tris te za . La gloria de los


bue nos e s tá e n s us concie ncia s , y no e n la boca de los hombre s . La a le gría de los jus tos
e s de Dios , y e n Dios , y s u gozo e s la ve rda d. El que de s e a la ve rda de ra y e te rna gloria ,
no ha ce ca s o de la te mpora l. Y e l que bus ca la gloria te mpora l, o no la de s pre cia de
cora zón, s e ña l e s que a ma me nos la ce le s tia l. Gra n quie tud de cora zón tie ne e l que no s e
le da na da de la s a la ba nza s ni de la s a fre nta s .

3. Fá cilme nte e s ta rá conte nto y s os e ga do e l que tie ne la concie ncia limpia . No e re s má s


s a nto porque te a la be n, ni má s vil porque te de s pre cie n. Lo que e re s , e s o e re s ; y por má s
que te e s time n los hombre s , no pue de s s e r, a nte Dios , má s gra nde de lo que e re s . S i
mira s lo que e re s de ntro de ti, no te ndrá s cuida do de lo que de ti ha ble n los hombre s . El
hombre ve lo de fue ra , ma s Dios e l cora zón. El hombre cons ide ra la s obra s , y Dios pe s a
la s inte ncione s . Ha ce r s ie mpre bie n, y te ne rs e e n poco, s e ña l e s de un a lma humilde . No
que re r cons ola ción de cria tura a lguna , s e ña l de gra n pure za y de cordia l confia nza .

4. El que no bus ca la a proba ción de los hombre s , cla ra me nte mue s tra que s e e ntre gó de l
todo a Dios . P orque dice S a n P a blo: No e l que s e a la ba a s í mis mo e s a proba do, s ino e l
que Dios a la ba . Anda r e n lo inte rior con Dios , y no e mba ra za rs e de fue ra con a lguna
a flicción, e s ta do e s de va rón e s piritua l.

Capítulo VII: De l am or de Je s ús s obre todas las cos as .

1. Bie na ve ntura do e l que conoce lo que e s a ma r a J e s ús , y de s pre cia rs e a s í mis mo por


J e s ús . Convie needja r un a ma do por otro a ma do, porque J e s ús quie re s e r as ma obredo
toda s la s cos a s . El a mor de la cria tura e s e nga ños
muda
o yble , e l a mor de J e s ús e s fie l y
dura ble . El que s e lle ga a la cria tura , ca e rá con lo ca e dizo; e l que a bra za a J e s ús ,
a firma rá e n l pa ra s ie mpre . Ama a J e s ús y te nle por a migo, que a unque todos
te de s a mpa re n, l no te de s a mpa ra rá ni te de ja rá pe re ce r e n e l fin. De todos ha s de
s e r de s a mpa ra do a lguna ve z, quie ra s o no.

2. Te n fue rte me nte con J e s ús vivie ndo y murie ndo, y e ncomié nda te a s u fide lida d, que
El s olo te pue de a yuda r, cua ndo todos te fa lta re n. Tu a ma do e s de ta l condición, que no
quie re cons igo a dmitir a otro, ma sl s olo quie re te ne r tu cora zón y como re y s e nta rs e
e n s u propia s illa . S i tú s upie s e s bie n de s ocupa rte de toda cria tura , J e s ús mora rá de
bue na ga na contigo. Ha lla rá s ca s i todo pe rdido
cua nto pusie re s e n los hombre s , fue ra de
J e s ús .No confíe s ni e s tribe s s obre la ca ña va cía ; porque toda ca rne e s he no, y toda s u
gloria ca e rá como flor de he no.

3. S i mira s e s s ola me nte la a pa rie ncia de fue ra de los hombre s , pre s to s e rá s e nga ña do.
P orque s i bus ca s tu de s ca ns o y ga na ncia s e n otros , mucha s ve ce s s e ntirá s da ño s i e n
todo bus ca s a J e s ús , ha lla rá s de ve rda d a J e s ús ma s s i te bus ca s a ti mis mo, ta mbié n te
ha lla rá s , pe ro pa ra tu da ño. P ue s má s s e da ña e l hombre a s í mis mo, s i no bus ca a J e s ús ,
que todo e l mundo y todo s s us e ne migos le p n da ña r.

32
Diarios de Avivamientos

Capítulo VIII: De la fam iliar am is tad con Je s ús .


1. Cua ndo J e s ús e s tá pre s e nte , todo e s bue no, y no pa re ce cos a difícil: ma s cua ndo e s tá
a us e nte , todo e s duro. Cua ndo J e s ús no ha bla de ntro, vil e s la cons ola ción ma s s i J e s ús
ha bla una s ola pa la bra , gra n cons ola ción s e s ie nte . ¿ No s e le va ntó Ma ría Ma gda le na
lue go de l luga r donde lloró, cua ndo le dijo Ma rta : El Ma e s tro e s tá a quí y te lla ma ? ¡Oh
bie na ve ntura da hora , cua ndo e l S e ñor J e s ús lla ma de la s lá
s grima
a l gozo de l e s píritu!
¡Cuá n s e co y duro e re s s in J e s ús ! ¡Cuá n ne cio y va no s i codicia s a lgo fue ra de J e s ús !
Dime , ¿ no e s e s te pe or da ño que s i todo e l mundo pe rdie s e s ?

2. ¿ Qué pue de da r e l mundo s in J e s ús ? Es ta r s in J e s ús e s gra ve infie rno: e s ta r con J e s ús


e s dulce pa ra ís o. S i J e s ús e s tuvie re contigo, ningún e ne migo podrá da ña rte . El que ha lla
a J e s ús , ha lla un bue n te s oro, y de ve rda d bue no s obre todo bie n. Y e l que pie rde a J e s ús
pie rde muy mucho, y má s que todo e l mundo. P obrís imo e s e l que vive J e s súsin, y
riquís imo e s e l que e s tá bie n con J e s ús .

3. Muy gra nde a rte e s s a be r con r con J e s ús , y gra n prude ncia s a be r te ne r a J e s ús .


S é humilde y pa cífico, y s e rá contigo J e s ús ; s é de voto y s os e ga do, y pe rma ne ce rá
contigo J e s ús . P re s touepde s e cha rde ti a J e s ús , y pe rde r s ura ciag , s i te pe ga s a
la s cos a s e xte riore s . S i de s tie rra s de ti a J e s ús y le pie rde s , ¿ a dónde irá s ? ¿ A quié n
bus ca rá spor a migo? S in a migo no pue de s vivir conte nto, y s i no fue re J e s ús tu
e s pe cia lís imoa migo, e s ta rá s muy tris te y de s cons ola do. P ue s loca me nte lo ha ce s , s i
e n otro a lguno confía s y te a le gra s . Má s s e de be e s coge r te ne r todo e l mundo
contra rio, que e s ta rofe ndido con J e s ús . P ue s s obre todo tus a migos s e a J e s ús a ma do
s ingula rís ima me nte .
4. Ama a todos por a mor de J e s ús , y a J e s ús por s í mis mo s ólo a J e s ucris to s e de be
a ma r s ingula rís ima me nte porque l s olo s e ha lla bue no y fide lís imo, má s que todos los
a migos .P or l y e n l de be s a ma r a los a migos ylos e ne migos , roga rle por todos ,
pa ra que le conozca n y le a me n. Nunca codicie s s e r loa do ni a ma do s ingula rme nte ,
porque e s o a s ólo Dios pe rte ne ce , que no tie ne igua l; ni quie ra s que a lguno s e ocupe
contigo e n s u cora zón, ni tú te ocupe s e n a mor de a lguno; ma s s e a J e s ús e n ti, y e n
todo hombrebue no.

5. S é puro y pobre inte riorme nte s in ocupa ción de cria tura a lguna . Es me ne s te r lle va r a
Dios un cora zón de s nudo y puro, s i quie re s de s ca ns a r y ve r cuá n s ua ve e s e l S e ñor. Y
ve rda de ra me nte no lle ga rá s a e s to, s i no fue re s pre ve nido y tra ído de s u gra cia , pa ra que ,
de ja da s y e cha dafue
s ra toda s la s cos a s , s e a s unido con l s olo. P ue s cua ndo vie ne la
gra cia de Dios a l hombre , e nton ce s s e ha ce pode ros o pa ra toda cos a y cua ndo s e va ,
s e rá pobre y e nfe rmo, y como a ba ndona do a la s pe na s y ca s tigos . En e s ta s cos a s no
de be s de s ma ya r ni de s e s pe ra r, m s e s ta r cons ta nte a la volunta d de Dios , y s ufrir con
igua l á nimo todo lo que vinie re a la gloria de J e s ucris to. P orque de s pué s de l invie rno
vie ne e l ve ra no, y de s pué s de la noche vue lve e l día , y pa s a da la te mpe s ta d vie ne gra n
s e re nida d.

Capítulo IX: De l care cim ie nto de toda cons olación.

1. No e s gra ve cos a de s pre cia r la huma na cons ola ción, cua ndo te ne mos la divina .

33
Diarios de Avivamientos

Gra n cos a e s y muy gra nde s e r priva do, y ca re ce r de cons ue lo divino y huma no, y
que re r s ufrir de ga na de s tie rro de cora zón por la honr de Dios , y e n ninguna cos a
bus ca rs e a s í mis mo, ni mira r a s u propio me re cimie nto.

¿ Qué gra n cos a e s , s i e s tá s a le gre y de voto, cua ndo vie ne la gra cia de Dios ? Es ta hora
todos la de s e a n.

Muy s ua ve me nte ca mina a que l a quie n lla ma la gra cia de Dios .

Y ¿ qué ma ra villa , s i no s ie nte ca rga e l que e s lle va do de l Omnipote nte , y guia do por e l
s obe ra no guia dor?

2. Muy de ga na toma mos a lgún pa s a tie mpo, y con dificulta d s e de s nuda e l hombre de s í
mis mo.

El má rtir S a n Lore nzo ve nció a l mundoalya fe cto que te nía por s u s a ce rdote , porque
de s pre ció todo lo que e n e l mundo pa re cía de le ita ble ; y s ufrió con pa cie ncia , por a mor
de Cris to, que le fue s e quita do
S ixto, e l umo a ce rdote de Dios , a quie n é l a ma ba
mucho.

P ue s a s í con e l a mor de Dios ve nció a l a mor de l hombre , y trocó e l a conte cimie nto
huma no por e l bue n pla ce r divino.

As í tú a pre nde a de ja r a lgún pa rie nte o a migo por a mor de Dios ; y no te pa re zca gra ve
cua ndo te de ja re tu a migo, s a bie ndo que e s ne ce s a rio que nos a pa rte mos a l fin unos de
otros .

3. Mucho y de continuo convie ne que pe le e e l hombre cons igo mis mo, a nte s que
a pre nda a ve nce rs e de l todo, y tra e r a Dios cumplida me nte todo s u de s e o.

Cua ndo e l hombre s e e s tá e n s í mis mo, de lige ro s e de s liza e n la s cons ola cione s
huma na s .

Ma s e l ve rda de ro a ma dor de Cris to, y e s tudios o imita dor de la s virtude s , no s e a rroja a


la s cons ola cione s , ni bus ca ta le s dulzura s s e ns ible s ; ma s a nte s procura fue rte s e je rcicios ,
y s ufrir por Cris to duros tra ba jos .

4. As í, cua ndo Dios te die re la cons ola ción e s piritua l, re cíbe la con ha cimie nto de
gra cia s , ma s e ntie nde que e s don de Dios , y no me re cimie nto tuyo.

No quie ra s e ns a lza rte ni a le gra rte de ma s ia do, ni pre s umir va na me nte , ma s humílla te por
e l don re cibido, y s é ma s a vis a do y te me ros o e n toda s tus obra orque
s : ps e pa s a rá
a que lla hora y ve ndrá la te nta ción.

Cua ndo te fue re quita da la cons ola ción,de nos e s pe re s lue go, ma s e s pe ra con humilda d
y pa cie ncia la vis ita ción ce le s tia l porque pode ros o e s Dios pa ra torna rte mucha ma yor
cons ola ción.

34
Diarios de Avivamientos

Es to noe s cos a nue va ni a je na de los que ha n e xpe rime nta do e l ca mino de Dios ; porque
e n los gra nde s a ntos y a ntiguos P rofe ta s , a ca e ció mucha s ve ce s e s ta ma ne ra de
muda nza .

5. P or e s to de cía uno cua ndo te nía pre s e nte la gra cia :


. Y a us e nte la gra cia , a ña de lo que e xpe rime ntó e n s i
dicie ndo:

Ma s por cie rto, e ntre e s ta s cos a s no de s e s pe ra s ino con ma yor ins ta ncia rue ga a Dios , y
dice : Y a l fin a lca nza e l fruto de s u ora ción,
y confirma s e r oído, dicie ndo

¿ Ma s e n qué ? Volvis te , dice , mi lla nto e n gozo, y ce rcá s te me de a le gría .

Y s i a s í s e hizo con los gra nde s a ntos , no de be mos nos otros , e nfe rmos y pobre s ,
de s confia r s i a lguna s ve ce s e s ta mos e n fe rvor de de voción, y a ve ce s tibios y fríos .

P orque e l e s píritu s e vie ne y s e va , s e gún la divina volunta d.

P or e s o dice e l bie na ve ntura do J ob:

6. P ue s ¿ s obre qué pue do e s pe ra r, o e n quie n de bo confia r, s ino s ola me nte e n la gra n


mis e ricordia de Dios , y e n la e s pe ra nza de la gra cia ce le s tia l?

P ue s a unque e s té ce rca do de hombre s bue nos , o de he rma nos de votos , o de a migos


fie le s , o de libros s a ntos o tra ta dos lindos , o de ca ntos s ua ve s e himnos , todo a prove cha
poco y tie ne poco s a bor, cua ndo s oy de s a mpa ra do de la gra cia , y de ja do e n mi propia
pobre za .

Entonce s no ha y me jor re me dio que la pa cie ncia , y ne gá ndome a mí mis mo, pone rme e n
la volunta d de Dios .

7. Nunca ha llé hombre ta n re ligios o y de vo o que a lguna ve z no tuvie s e a pa rta mie nto de
la cons ola ción divina o s intie s e dis minución de l fe rvor.

Ningún S a nto fue ta n a lta me nte a rre ba ta do y a lumbra do que a nte s o de s pué s no haya
s ido te nta do.

P ue s no e s digno de la a lta conte mpla ción de Dios , e l que no e s e je rcita do e n a lguna


tribula ción.

P orque s ue le s e r la te nta ción pre ce de nte , s e ña l que ve ndrá la cons ola ción.

Que a los proba dos e n te nta ción, e s prome tida la cons ola ción ce le s tia l.

Al que ve ncie re , dice , da rá a come r de l á rbol de la vida .

8. Da s e ta mbié n la divina cons ola ción, pa ra que e l hombre s e a má s fue rte pa ra s ufrir la s
a dve rs ida de s .

35
Diarios de Avivamientos

Y ta mbié n s e s igue la te nta ción, porque no s e e ns obe rbe zca de l bie n.

El de monio no due rme , ni la ca rne no e s tá a ún mue rta : por e s to no ce s e s de pre pa ra rte a


la ba ta lla .

A la die s tra y a la s inie s tra e s tá n los e ne migos , que nunca de s ca ns a n.

Capítulo X: De l agrade cim ie nto por la gracia de Dios .

1. ¿ P a ra qué bus ca s de s ca ns o, pue s na cis te pa ra e l tra ba jo?

P onte a pa cie ncia , má s que a cons ola ción y a lle va r cruz, má s que a te ne r a le gría .

¿ Qué hombre de l mundo no toma ría de muy bue na ga na la cons ola ción y a le gría
e s piritua l, s i s ie mpre la pudie s e te ne r?

P orque la s cons ola cione s e s piritua le s e xce de n a todos los pla ce re s de l mundo, y a los
de le ite s de la ca rne .

P orque todos los de le ite s de l mundo, o s on torpe s o va nos ; ma s los de le ite s e s piritua le s
s ólo s on a le gre s y hone s tos ; e nge ndra dos de la s virtude s , e infundidos de Dios e n los
cora zone s limpios .

Ma s no pue de ninguno us a r de continuo de e s ta s cons ola cione s divina s como quie re ;


porque e l tie mpo de la te nta ción poca s ve ce s ce s a .

2. Muy contra ria e s a la s obe ra na vis ita ción la fa ls a libe rta d de l a lma , y la gra n
confia nza de s í.

Bie n ha ce Dios da ndo la gra cia de la cons ola ción, pe ro e l hombre ha ce ma l no


a tribuyé ndolo todo a Dios , gra cia s .

Y por e s to no a bunda n e n nos otros los done s de la gra cia , porque s omos ingra tos a l
Ha ce dor, y no lo a tribuimos todo a la fue nte origina
. l

P orque s ie mpre s e de be gra cia a l que digna me nte e s a gra de cido; y e s quita do a l
s obe rbio lo que s e s ue le da r a l humilde .

3. No quie ro cons ola ción que me quite la compunción; ni de s e o conte mpla ción que me
lle ve e n s obe rbia .

P ue s no e s s a nto todo lo a; lto


ni todo lo dulce bue no; ni todo de s e o puro; ni todo lo que
a ma mos a gra da ble a Dios .

De gra do a ce pto yo la gra cia que me ha ga má s humilde y te me ros o, y me dis ponga má s


a re nuncia rme a mí.

36
Diarios de Avivamientos

El e ns e ña do con e l don de la gra cia y a vis a do con e l e s ca rmie nto de ha be rla pe rdido, no
os a rá a tribuirs e a s í bie n a lguno; ma s a nte s confe s a rá s e r pobre y de s nudo.

Da a Dios lo que e s de Dios , y a tribuye a ti lo que e s tuyo: e s to e s , da gra cia s a Dios por
la gra cia y s ólo a ti a tribuye la culpa , y conoce s e rte de bida por la culpa digna me nte
la pe na .

4. P onte s ie mpre e n lo má s ba jo, y da rá lo a lto porque no e s tá lo muy a lto s in lo


má s ba jo. Los gra nde s a ntos ce rca de Dios , s on pe que ños ce rca de s í; y cua nto má s
glorios os , ta nto e n s í má s humilde s .

Los lle nos de ve rda d y de gloria ce le s tia l, no s on codicios os de gloria va na .

Los que e s tá n funda dos y confirma dos e n Dios , e n ninguna ma ne ra pue de n s e r


s obe rbios .

Y los que a tribuye n a Dios todo cua ndo bie n re cibe n, no bus ca n s e r loa dos unos de
otros ma s quie re n la gloria que de s ólo Dios vie ne , y codicia n que s e a Dios glorifica do
s obre todos e n S í mis mo, y e n todos los a ntos , y s ie mpre tie ne n e s to por fin.

5. P ue s s é a gra de cido e n lo poco, y s e rá s digno de re cibir cos a s ma yore s .

Te n e n muy mucho lo poco, y lo má


s de s pre cia do por s ingula r don.

S i mira s a la dignida d de l da dor, ningún don te pa re ce rá pe que ño o vil.

P or cie rto no e s poco lo que e l s obe ra no Dios da .

Y a unque da pe na s y ca s tigos , s e lo de be mos a gra de ce r, que s ie mpre e s pa ra nue s tra


s a lud todo lo qu
e pe rmite que nos ve nga .

El que de s e a gua rda r la gra cia de Dios , a gra dé zca le la gra cia que le ha da do, y s ufra con
pa cie ncia cua ndo le fue re quita da .

Ha ga ora ción continua , pa ra que le s e a torna da , y s e a ca uto y humilde , porque no la


pie rda .

Capítulo XI: Cuán pocos s on los que am an la Cruz de Cris to.

1. J e s ucris to tie ne a hora muchos a ma dore s de s u re ino ce le s tia l, ma s muy pocos que
lle ve n s u cruz.

Tie ne muchos que de s e a n la cons ola ción, y muy pocos que quie ra n la tribula ción.

Muchos compa ñe ros ha lla pa ra la me s a , y pocos pa ra la a bs tine ncia .

Todos quie re n goza r con El, ma s pocos quie re n s ufrir a lgo por El.

37
Diarios de Avivamientos

Muchos s igue n a J e s ús ha s ta e l pa rtir de l pa n, ma s pocos ha s ta be be r e l cá liz de la


pa s ión.

Muchos honra n s us mila gros , ma s pocos s igue ntupe


e l virio de la cruz.

Muchos a ma n a J e s ús , cua ndo no ha y a dve rs ida de s .

Muchos le a la ba n y be ndice n e n e l tie mpo que re cibe nl ade lguna s cons ola cionema s s
s i J e s ús s e e s condie s e y los
e ja ds e un poco, lue go e que ja ría n o de s e s pe ra ría n mucho.

2. Ma s los que a ma n a J e s ús , por e l mis mo J e s ús , y no por a lguna propia cons ola ción
s uya , be ndíce nle e n toda tribula ción y a ngus tia de l cora zón, ta n bie n como e n
cons ola ción.

Y a unque nunca má s le s quis ie s e da r cons ola ción, s ie mpre le a la ba ría n, y le que rría n da r
gra cia s .

3. ¡Oh! ¡Cuá nto pue de e l a mor puro


e Jde s ús s in me zcla de l propio prove cho o a mor!

¿ No s e pue de n lla ma r propia me nte me rce na rios los que s ie mpre bus ca n cons ola cione s ?

¿ No s e a ma n a s í mis mos má s que a Cris to, los que de continuo pie ns a n e n s us


prove chos y ga na ncia s ?

¿ Dónde s e ha lla rá a lguno ta l, que quie ra s e rvir a Dios de ba lde ?

4. P oca s ve ce s s e ha lla ninguno ta n e s piritua l, que e s té de s nudo de toda s la s cos a s .

P ue s ¿ quié n ha lla rá e l ve rda de ro pobre de e s píritu y de s nudo de toda cria tura ?

Es te s oro ine s tima ble y de le ja na s tie rra s .

S i e l hombre die re s u ha cie nda toda , a ún no e s na da .

S i hicie re gra n pe nite ncia , a ún e s poco.

Aunque te nga toda la cie ncia , a ún e s tá le jos : y s i tuvie re gra n virtud y muy fe rvie nte
de voción, a ún le fa lta mucho
; le fa lta cos a que le e s má s ne ce s a ria .

Y e s ta ¿ cuá l e s ? Que de ja da s toda s la s cos a s , d je a s í mis mo y s a lga de s í de l


todo, y que no le que de na da de a mor propio.

Y cua ndo ha he cho todo lo que conocie re que de be ha ce r, a ún pie ns e no ha be r he cho


na da .

5. No te nga e n mucho que le pue da n e s tima r por gra nde , ma s llá me s e e n la ve rda d
s ie rvo s in prove cho, como dice J e s ucris to.

38
Diarios de Avivamientos

Cua ndo hubie re is he cho todo lo que os e s tá ma nda do, a ún de cid: S ie rvos s omos s in
prove cho.

Y a s í podrá s s e r pobre y de s nudo deíritu,


e s p y de cir con e l profe ta : P orque uno s olo y
pobre s oy.

Ninguno toda vía ha y má s rico, ninguno má s pode ros o, ninguno má s libre , que a que l que
s a be de ja rs e a s í y a toda cos a , y pone rs e e n e l má s ba jo luga r.

Capítulo XII: De l cam ino re al de la S anta Cruz .

1. Es ta pa la bra pa re ce dura a muchos :


P e ro mucho má s duro s e rá oír a que lla pos tre ra pa la bra :
. P ue s los que a ho
ra oye n y s igue n de bue na volunta d la pa la bra de la
cruz, no te me rá n e ntonce s oír la pa la bra de la e te rna conde na ción.

Es ta s e ña l de la cruz e s ta rá e n e l cie lo, cua ndo e l S e ñor ve ndrá a juzga r.

Entonce s todos los s ie rvos de la cruz, que s e conforma ron e n la vida con e l crucifica do,
se a Cris to jue z con gra n confia nza .

2. P ue s que a s í e s por qué te é is toma r la cruz, por la cua l s e va a l re ino?

En la cruz e s tá la s a lud, e n la cruz la vida , e n la cruz e s tá la de fe ns a de los


e ne migos , e nla cruz e s tá la infus ión de la s ua vida d s obe ra na la, ecruz
n e s tá la
forta le za de l cora zón,
e n la cruz e s tá e l gozo de l e s píritu, e n la cruz e s tá la s uma
virtud, e n la cruz e s tá la pe rfe cción de la s a ntida d.

No e s tá la s a lud de l a lma , ni la e s pe ra nza de la vida e te rna , s ino e n la cruz.

Toma , pue s , tu cruz, y s igue a J e s ús , e irá s a la vida e te rna .

El vino prime ro, y lle vó s u cruz y murió e n la cruz por ti; porque tú ta mbié n la lle ve s , y
de s e e s morir e n e lla .

P orque s i murie re s junta me nte con l, vivirá s con l.

Y s i fue re s compa ñe ro de la pe na , lo s etarámbié


s n de la gloria .

3. Mira que todo cons is te e n la cruz, y todo e s tá e n morir e n e lla .

Y no ha y otra vía pa ra la vida , y pa ra la ve rda de ra e ntra ña ble pa z, s ino la vía de la s a nta


cruz y continua mortifica ción.

Ve donde quis ie re s , bus ca lo que quis e sie, ry no ha lla rá s má s a lto ca mino e n lo a lto, ni
má s s e guro e n lo ba jo, s ino la vía de la s a nta cruz.

39
Diarios de Avivamientos

Dis pón y orde na toda s la s cos a s s e gún tu que re


a re
r ycepr, y noha lla rá s s ino que ha s de
pa de ce r a lgo
, o de gra doo por fue rza y a s í s ie mpre ha lla rá s la cruz.
P ue s , o s e ntirá s dolor e n e l cue rpo, o pa de ce rá s tribula ción e n e l e s píritu.

4. A ve ce s te de ja rá Dios , a ve ce s te pe rs e guirá l prójimo lo que pe or e s , mucha s ve ce s


te de s conte nta rá s de ti mis mo, y no s e rá s a livia do, ni re frige ra do con ningún re me dio ni
cons ue lo; ma s convie ne que s ufra s ha s ta cua ndo Dios quis ie re .

P orque quie re Dios que a pre nda s a s ufrir la tribula ción s in cons ue lo, y que te s uje te s de l
todo a El, y te ha ga s má s humilde con la tribula ción.

Ninguno s ie nte a s í de cora zón la pa s ión de Cris to, como a que l a quie n a ca e ce s ufrir
cos a s s e me ja nte s .

As í que la cruz s ie mpre e s tá pre pa ra da , y te e s pe ra e n cua lquie r luga r; no pue de s huir


donde quie ra que e s tuvie re s , porque donde quie ra que huya s , lle va s a ti contigo, y
s ie mpre ha lla rá s a ti mi
s mo.

Vué lve te a rriba , vué lve te a ba jo, vué lve te fue ra , vué lve te de ntro, y e n todo e s to ha lla rá s
cruz. Y e s ne ce s a rio que e n todo luga r te nga s pa cie ncia , s i quie re s te ne r pa z inte rior, y
me re ce r pe rpe tua corona .

5. S i de bue na volunta d lle va s la cruz, e lla te lle va rá , y guia rá a l fin de s e a do, a donde
s e rá e l fin de l pa de ce r, a unque a quí no lo s e a .
S i contra tu volunta d la lle va s , , y h ce s má s pe s a da y s in
e mba rgoconvie ne que s ufra s .
S i de s e cha s una cruz, s in duda ha lla rá s otra , y pue de s e r que má s gra ve .

6. ¿ P ie ns a s tu e s ca pa r de lo que ninguno de los morta le s pudo?

¿ Quié n de los a ntos fue e n e l mundo s in cruz y tribula ción?

Nue s tro S e ñor J e s ucris to por cie rto, e n cua nto vivió e n e s te mundo, no e s tuvo una hora
s in dolor de pa s ión.

P orque conve nía , dice , que Cris to pa de cie s e , y re s ucita s e de los mue rtos , y a s í e ntra s e
e n s u gloria .

P ue s ¿ cómo bus ca s tú otro ca mino s ino e s te ca mino re a l, que e s la vida de la s a nta cruz?

7. Toda la vida de Cris to fue cruz y ma rtirio y tú bus ca s pa ra ti holga nza y gozo?

Ye rra s , te e nga ña s s i bus ca s otra cos a s ino s ufrir tribula cione


orque
s ; ptoda e s ta vida
morta l e s tá lle na de mis e ria s , y de toda pa rte s e ña la da de cruce s . Y cua nto má s
a lta me nte a lguno a prove cha r e n e s píritu, ta nto má s gra ve s cruce s ha lla rá mucha s
ve ce s , porque la pe na de seus tie
d rro cre ce má s por e l a mor.

40
Diarios de Avivamientos

8. Ma s e s te ta l a s í a fligido de ta nta s ma ne ra s , no e s tá s in e l a livio de la cons ola ción;


porque s ie nte e l gra n fruto que le cre ce con lle va r s u cruz.

P orque cua ndo s e s uje ta a e lla de s u volunta d, toda la ca rga de la tribula ción s e
convie rte e n confia nza de la divina cons ola ción.

Y cua nto má s s e que bra nta la ca rne por la a flicción, ta nto má s s e e s fue rza e l e s píritu por
la gra cia inte rior.

Y a lguna s ve ce s ta nto e s conforta do de l a fe cto de la tribula ción y a dve rs ida d, por e l


a mor y conformida d de la cruz de Cris to, que no quie re e s ta r s in dolor y tribula ción
porque s e tie ne por má s a ce pto a Dios , cua nto ma yore s y má s gra ve s cos a s pudie re
s ufrir por El.

Es to no e s virtud huma na , s inogra cia de Cris to, que ta nto pue de y ha ce e n la ca rne
fla ca , que lo que na tura lme nte s ie mpre a borre ce y huye , lo a come ta y a ca be con fe rvor
de e s píritu.

9. No e s s e gún la condición huma na lle va r la cruz, a ma r la cruz, ca s tiga r e l cue rpo,


pone rle e n s e rvidumbre ; huir la s honra s , s ufrir de gra do la s injuria s , de s pre cia rs e a s í
mis mo, y de s e a r s e r de s pre cia do; s ufrir toda cos a a dve rs a y da ños a , y no de s e a r cos a de
pros pe rida d e n e s te mundo.

S i mira s a ti, nopodrá s por ti cos a a lguna de é s ta s ma s s i confía s e n Dios , l te e nvia rá


forta le za de l cie lo, y ha rá que te e s té n s uje tos e l mundo y la ca rne .

Y no te me rá s a l dia blo tu e ne migo, s i e s tuvie s e s a rma do de fe , y s e ña la do con la cruz de


Cris to.

10. Dis pónte , pue s , como bue n y fie l s ie rvo de Cris to, pa ra lle va r va ronilme nte la cruz
de tu S e ñor crucifica do por tu a mor.

P re pá ra te a s ufrir mucha s a dve rs ida de s y dive rs a s incomodida de s e n e s ta mis e ra ble


vida ; porque a s í e s ta rá contigo J e s ús a donde quie ra que fue re s ; y de ve rda d que le
ha lla rá s e n cua lquie r pa rte equte e s conda s .

As í convie ne que s e a , y no ha y otro re me dio pa ra e va dirs e de l dolor y de la tribula ción


de los ma le s , s ino s ufrir.

Be be a fe ctuos a me nte e l cá liz de l S e ñor,uie


s ireq s s e r s u a migo, y te ne r pa rte con l.

Re mite a Dios la s cons ola cione s , pa ra que ha ga con e lla s lo que má s le a gra da r .

P e ro tú dis pónte a s ufrir la s tribula cione s , y e s tíma la s por gra nde s cons ue los ; porque no
s on condigna s la s pa s ione s de e s te tie mpo pa ra me re ce r la gloria ve nide ra , a unque tú
s olo pudie s e s s ufrirla s toda s .

11. Cua ndo lle ga re s a ta nto, que la a flicción te s e a dulce y gus tos a por a mor de Cris to,
pie ns a e ntonce s que te va bie n; porque ha lla s te e l pa ra ís o e n la tie rra .

41
Diarios de Avivamientos

Cua ndo te pa re ce gra ve e l pa de ce r, y procura s huirlo, cre e que te va ma l, y donde quie ra


que fue re s , te s e guirá la tribula ción.

12. S i te dis pone s pa ra ha ce r lo que de be s , e s a s a be r, s ufrir y morir, lue go te irá me jor,


y ha lla rá s pa z.

Y a unque fue re s a rre ba ta do ha s ta e l te rce r cie lo con S a n P a blo, no e s ta rá s por e s o


s e guro de no s ufrir a lguna contra rie da d. Yo (dice J e s ús ) le mos tra ré cuá nta s cos a s le
conve ndrá n pa de ce r por mi nombre .

De be s , pue s , pa de ce r, s i quie re s a ma r a J e s ús , y s e rvirle s ie mpre .

13. ¡Oja lá que fue s e s digno de pa de ce r a lgo por e l nombre de J e s ús ! ¡Cuá n gra nde
gloria te re s ulta ría ! ¡Cuá nta a le gría a todos alos
ntos de Dios ! ¡Cuá nta e difica ción s e ría
pa ra e l prójimo!

Todos a la ba n la pa cie ncia , pe ro pocos quie re n pa de ce r.

Con ra zón de bie ra s s ufrir a lgo de bue na ga na por Cris to; pue s ha y muchos que s ufre n
gra ve s cos a s por e l mund
o.

14. Te n por cie rto que te convie ne morir vivie ndo; y cua nto má s mue re ca da uno a s í
mis mo, ta nto má s comie nzavivir pa ra Dios .

Ninguno e s s uficie nte pa ra compre nde r cos a s ce le s tia le s , s i no s e humilla a s ufrir


a dve rs ida de s por Cris to.

No ha y cos a a Dios má s a ce pta , ni pa ra ti e n e s te mundo má s s a luda ble , que pa de ce r de


bue na volunta d por Cris to.

Y s i te die s e n a e s coge r, má s de bie ra s de s e a r pa de ce r cos a s a dve rs a s por Cris to, que s e r


re cre a do con mucha s cons ola cione s ; porque a s í le s e ría s má s s e me ja nte , y má s
conforme a todos los a ntos .

No e s tá , pue s , nue s tro me re cimie nto ni la pe rfe cción de nue s tro e s ta do e n la s mucha s
s ua vida de s y cons ue los , s ino má s bie n e n s ufrir gra nde s pe na lida de s y tribula cione s .

15. P orque s i a lguna cos a fue ra me jor y máil spaútra la s a lva ción de los hombre s que e l
pa de ce r, Cris to lo hubie ra de cla ra do con s u doctrina y con s u e je mplo.

P ue s ma nifie s ta me nte e xhorta a s us dis cípulos , y a todos los que de s e a n s e guirle , a que
lle ve n la cruz, y dice :

As í que le ída s y bie n cons ide ra da s toda s la s cos a s , s e a e s ta la pos tre ra conclus ión: Que
por mucha s tribula cione s nos convie ne e ntra r e n e l re ino de Dios .

42
Diarios de Avivamientos

LIB R O T E R C E R O

Capítulo I: De l habla inte rior de Cris to al alm a fie l.

El a lma :
1. Oiré lo que ha bla e l S e ñor Dios e n mí.

Bie na ve ntura da e l a lma que oye a l S e ñor que le ha bla , y de s u boca re cibe pa la bra s de
cons ola ción.

Bie na ve ntura dos los oídos que pe rcibe n los ra uda le s de la s ins pira cione s divina s , y no
cuida n de la s murmura cione s munda na s .

Bie na ve ntura dos los oídos que no e s cucha n la voz que oye n de fue ra , s ino la ve rda d que
e ns e ña de de ntro.

Bie na ve ntura dos los ojos que e s tá n ce rra dos a la s cos a s e xte riore s , y muy a te ntos a la s
inte riore s .

Bie na ve ntura dos los que pe ne tra n la s cos a s inte riore s , y e s tudia n con e je rcicios
continuos e n pre pa ra rs e ca da día má s y má s a re cibir los s e cre tos ce le s tia le s .

Bie na ve ntura dos los que s e a le gra n de e ntre ga rs e a Dios , y s e de s e mba ra za n de todo
impe dime nto de l mundo.

¡Oh a lma mía ! Cons ide ra bie n e s to, y cie rra la s pue rta s de tu s e ns ua lida d, pa ra que
pue da s oír lo que te ha bla e l S e ñor tu Dios .

2. Es to dice tu a ma do:

J e s ucris to: Yo s oy tu s a lud, tu pa z y tu vida .

Cons é rva te ce rca de mí, y ha lla rá s pa z.

De ja toda s la s cos a s tra ns itoria s , y bus ca la s e te rna s .

¿ Qué e s todo lo te mpora l s ino e nga s o?


ño Y qué te va ldrá n toda s la s cr a tura s , s i
fue re s de s a mpa ra do de l Cr a dor?

P or e s to, de ja da s toda s la s cos a s , ha zte fie l y gra t a tu Cr a dor, pa ra que


pue da s a lca nza r la ve rda de ra bie na ve ntura nza .

Capítulo II: Cóm o la ve rdad habla de ntro de l alm a s in s onido de palabras .

El Alma :
1. Ha bla , S e ñor, porque tu s ie rvo e s cucha . Yo s oy tu s ie rvo, da me e nte ndimie nto, pa ra
que s e pa tus ve rda de s .

43
Diarios de Avivamientos

Inclina mi cora zón a la s pa la bra s de tu boca : de s cie nda tu ha bla a s í como rocío.

De cía n e n otro tie mpo los hijos de Is ra e l a Mois é s : Há bla nos tú y oire mos : no nos ha ble
e l S e ñor, porque quizá morire mos .

No a s í, S e ñor, no a s í te rue go: s ino má s bie n como e l P rofe ta S a mue l, con humilda d y
de s e o te s uplico: Ha bla , S e ñor, pue s tu s ie rvo oye .

No me ha ble Mois é s , ni a lguno de los P rofe ta s ; s ino bie n há bla me Tú, S e ñor Dios ,
ins pira dor y a lumbra dor de tod os los P rofe ta s pue s Tú s olo s in e llos me pue de s e ns e ña r
pe rfe cta me nte ; pe ro e llos s in Ti ninguna cos a a prove cha rá n.

2. Es ve rda d que pue de n pronuncia r pa la bra s ; ma s no da n e s píritu.

Ele ga nte me nte ha bla n; ma s ca lla ndo Tú no e ncie nde n e l cora zón.

Dice n la le tra ; ma s Tú a bre s e l s e ntido.

P re dica n mis te rios ; ma s Tú a yuda s a cumplirlos .

Mue s tra n e l ca mino; pe ro Tú da s e s fue rzo pa ra a nda rlo.

Ellos obra n por de fue ra s ola me nte ; pe ro Tú ins truye s y a lumbra s los cora zone s .

Ellos rie ga n la s upe rficie ; ma s Tú da s la fe rtilida d.

Ellos da n voce s ; pe ro Tú ha ce s que e l oído la s pe rciba .

3. No me ha ble , pue s , Mois é s , s ino Tú, S e ñor Dios mío, e te rna ve rda d, pa ra que por
de s gra cia no mue ra y que de s in fruto, s i s ola me nte fue re e ns e ña do de fue ra y no
e nce ndido por de ntro.

No me s e a pa ra conde na ción la pa la bra oída y no obra da , conocida y no a ma da , cre ída y


no gua rda da .

Ha bla , pue s , Tú, S e ñor; pue s tu s ie rvo oye , ya que tie ne s pa la bra s de vida e te rna .

Há bla me pa ra da r a lgún cons ue lo a mi a lma , pa ra la e nmie nda de toda mi vida , y pa ra


e te rna a la ba nza , honra y gloria tuya .

Capítulo III: Que las palabras de Dios s e de be n oír con hum ildad, y cóm o m uchos no
las cons ide ran com o de be n.

J e s ucris to:
1. Oye , hijo, mis pa la bra s , pa la bra s s ua vís ima s que e xce de n toda la cie ncia de los
filós ofos y s a bios de e s te mundo.

44
Diarios de Avivamientos

Mis pa la bra s s on e s píritu yida


v , y no s e pue de n ponde ra r por la ra zón huma na . No s e
de be n tra e r pa ra va na compla ce ncia , s ino oírs e e n s ile ncio, y re cibirs e con toda
humilda d y gra nde a fe cto.

El Alma : 2. Dijo Da vid: Bie na ve ntura do a que l a quie n Tú, S e ñor, ins truye re s , y a quie n
mos tra re s tu le y; porque le gua rde s de los día s ma los , y no s e a de s a mpa ra do e n la tie rra .

J e s ucris to: 3. Yo, dice Dios , e ns e ñ a los P rofe ta s de s de e l principio, y no ce s o de


ha bla r a todos ha s ta a hora , pe ro muchos s on duros y s ordos a mi voz.

Oye n con má s gus to a l mundo que a Dios ; y má s fá cilme nte s igue n e l a pe tito de s u
ca rne , que e l be ne plá cito divino.

El mundo prome te cos a s te mpora le s y pe que ña s , y con todo e s o le s irve n con gra nde
a ns ia Yo prome to cos a s gra nde s y e te rna s , y e ntorpé ce ns e los cora zone s de los
morta le s .

¿ Quié n e s irve a Mí, ybe


o de ce e n todo con ta nto cuida do, como a l mundo y a s us
s e ñore s s e s irve ?

Ave rgüé nza te , S idón, dice e l ma r. Y s i pre gunta s la ca us a , oye e l por qué .

P or un pe que ño be ne ficio va n los hombre s la rgo ca mino, y por la vida e te rna con
dificulta d muchos le va nta n una ve z e l pie de l s ue lo.

Bus ca n los hombre s vile s ga na ncia s ; por una mone da ple ite a n a la s ve ce s torpe me nte ;
por cos a s va na s , y por una corta prome s a no te me n fa tiga rs e de noche y de día .

4. Ma s ¡a y dolor! que e mpe re za n de fa tiga rs e un poco por e l bie n que no s e muda , por e l
ga la rdón que ine s tima ble , y por la s uma gloria s in fin.

Ave rgüé nza te , pue s , s ie rvo pe re zos o y de s conte nta dizo, de que a que llos s e ha lle n má s
dis pue s tos pa ra la pe rdición que tú pa ra la vida .

lé gra n e llos má s por la va nida d que tú por la ve rda d.

P orque a lguna s ve ce s le s mie nte s u e s pe ra nza ; pe ro mi prome s a a na die e nga ña , ni de ja


frus tra do a l que confía e n Mí.

Da ré lo que he prome tido; cumpliré lo que he dicho, s i a lguno pe rs e ve ra re fie l e n mi


a mor ha s ta e l fin.

Yo s oy re mune ra dor de todos los bue nos , y fue rte e xa mina dor de todos los de votos .

5. Es cribe tú mis pa la bra s e n tu cora zón, y cons idé ra la s con mucha dilige ncia , pue s e n e l
tie mpo de la te nta ción te s e rá n muy ne ce s a ria s .

Lo que no e ntie nde s a hora , cua ndo lo le e conoce


s, rá s e n e l día de mi

vis ita ción.

45
Diarios de Avivamientos

De dos ma ne ra s a cos tumbro vis ita r a mis e s cogidos , e s to e s , con te nta ción y con a livio.

Y dos le ccione s le s doy ca da día : una re pre ndie ndo s us vicios ; otra a mone s tá ndolos a l
a de la nta mie nto de la s virtude s .

El que e ntie nde mis pa la bra s y la s de s pre cia , tie ne quie n le juzgue e n e l pos tre ro día .

Ora ción pa ra pe dir la gra cia de la de voción

6. S e ñor Dios mío, Tú e re s todos mis bie ne s . ¿ Quié n s oy yo pa ra que me a tre va a


ha bla rte ?

Yo s oy un pobrís imo s ie rve cillo tuyo, y gus a nillo de s e cha do, mucho má s pobre y
de s pre cia ble de lo que yo s é y pue do de cir.

P e ro a cué rda te , S e ñor, que s oy na da , na da te ngo y na da va lgo.

Tú s olo e re s bue no, jus to y s a nto; Tú lo pue de s todo, lo da s todo, de ja ndo va cío
s ola me nte a l pe ca dor.

Acué rda te de tus mis e ricordia s , y lle na mi cora zón de gra cia ; pue s no quie re s que s e a n
va cía s tus obra s .

7. ¿ Cómo podré s ufrirme e n e s ta mis e ra ble vida , s i no me conforta re tu gra cia y


mis e ricordia ?

No me vue lva s e los


r tro; no dila te s tu vis ita ción; no de s víe s tu cons ue lo, porque no s e a
mi a lma pa ra Ti como la tie rra s in a gua .

S e ñor, e ns é ña me a ha ce r tu volunta d; e ns é ña me a conve rs a r de la nte de Ti digna y


humilde me nte , pue s Tú e re s mi s a biduría , que e n ve rda d mee sconoc
, y conocis te a nte s
que e l mundo s e hicie s e , y yo na cie s e e n e l mundo.

Capítulo IV: De be m os conve rs ar de lante de Dios con ve rdad y hum ildad.

J e s ucris to:
1. Hijo, a nda de la nte de Mí e n ve rda d, y bús ca me s ie mpre con s e ncille z de cora zón.

El que a nda e n mi pre s e ncia e n ve rda d s e rá de fe ndido de los ma los e ncue ntros , y la
ve rda d le libra rá de los e nga ña dore s , y de la s murmura cione s de los ma lva dos .

S i la ve rda d te libra re , s e rá es rda


v de ra me nte libre , y no cuida rá s d la s pa la bra s va na s
de los hombre s .

El Alma : 2. Ve rda d e s , S e ñor; y a s í te s uplico que lo ha ga s conmigo. Ens é ñe me tu


ve rda d, y e lla me gua rde y me cons e rve ha s ta a lca nza r mi s a lva ción.

46
Diarios de Avivamientos

Ella me libre de toda ma la a fición y a mor de s orde na do, y a nda ré contigo e n gra n
libe rta d de cora zón.

J e s ucris to: 3. Yo te e ns e ña ré , dice la ve rda d, lo que e s re cto y a gra da ble de la nte de Mí.

P ie ns a e n tus pe ca dos con gra n de s conte nto y tris te za , y nunca te juzgue s s e r a lgo por
tus bue na s obra s .

En ve rda d e re s pe ca dor, s uje to y e nre da do e n mucha s pa s ione s .

P or ti s ie mpre va s a la na da ; pronto ca e s , pronto e re s ve ncido, pre s to te turba s , y pre s to


de s fa lle ce s .

Na da tie ne s de que pue da s a la ba rte ; pe ro mucho de que humilla rte ; porque e re s má s


fla co de lo que pue de s pe ns a r.

4. P or e s o, no te pa re zca gra n cos a , a lguna de cua nta s ha ce s .

Na da te nga s por gra nde , na da por pre cios o y a dmira ble ; na da e s time s por digno de
re puta ción, na da por a lto, na da por ve rda de ra me nte de a la ba r y codicia r s ino lo que e s
e te rno.

Agrá de te s obre toda s la s cos a s la ve rda d e te rnas, aygrá


dede te s ie mpre s obre todo tu
gra ndís ima vile za .

Na da te ma s , ni de s pre cie s , ni huya s cos a a lguna ta nto como tus vicios y pe ca dos , los
cua le s te de be n de s a gra da r má s que los da ños de la s cos a s .

Algunos no a nda n s e ncilla me nte e n mi pre s e ncia ; s ino que , guia dos de cie rta curios ida d
y a rroga ncia , quie re n s a be r mis s e cre tos , y e nte nde r la s cos a s a lta s de Dios , no cuida ndo
de s í mis mos , ni de s u s a lva ción.

Es tos mucha s ve ce s ca e n e n gra nde s te nta cione s y pe ca dos por s u s obe rbia y curios ida d,
porque Yo le s syo contra rio.

5. Te me los juicios de Dios ; a te moríza te de la ira de l Omnipote nte ; no quie ra s


e s cudriña r la s obra s de l Altís imo; s ino e xa mina tus ma lda de s , e n cuá nta s cos a s pe ca s te ,
y cuá nta s bue na s obra s de ja s te de ha ce r por ne glige ncia .

Algunos tie ne n s u de voción s ola me nte e n los libros , otros e n la s imá ge ne s ; y otros e n
s e ña le s y figura s e xte riore s .

Algunos me tra e n e n la boca ; pe ro pocos e n e l cora zón.

Ha y otros , que a lumbra dos e n e l e nte ndimie nto y purga dos e n e l a fe cto, s us pira n
s ie mpre por la s cos a s e te rna s , oye n con pe na la s te rre na s , y con dolor s irve n a la s
ne ce s ida de s de la na tura le za ; y é s tos s ie nte n lo que ha bla e n e llos e l e s píritu de ve rda d.

P orque le s e ns e ña a de s pre cia r lo te rre s tre y a ma r lo ce le s tia l, a borre ce r e l mundo y


de s e a r e l cieol de día y de noche .

47
Diarios de Avivamientos

Capítulo V: De l m aravillos o afe cto de l divino am or.

El Alma :
1. Be ndígote , P a dre ce le s tia l, P a dre de mi S e ñor J e s ucris to, que tuvis te por bie n
a corda rte de e s te pobre .

¡Oh P a dre de la s mis e ricordia s , y Dios de toda cons ola ción! Gra cia s te doy porque a mí,
indigno de todo cons ue lo, a lguna s ve ce s re cre a s con tu cons ola ción.

Be ndígote y te glorifico s ie mpre con tu Unigé nito Hijo, con e l Es píritu S a nto
cons ola dor por los s iglos de los s iglos .

¡Oh S e ñor Dios , a ma dor s a nto mío! Cua ndo Tú vinie re s a mi cora zón, s e a le gra rá n
toda s mis e ntra ña s .

Tú e re s mi gloria y la a le gría de mi cora zón.

Tú e re s mi e s pe ra nza y re fugio e n e l día de mi tribula ción.

2. Ma s porque s oy a ún fla co e n e l a mor e impe rfe cto e n la virtud, por e s o te ngo


ne ce s ida d de s e r forta le cido y cons ola do por Ti.

P or e s o vis íta me , S e ñor, má s ve ce s , e ins trúye me con s a nta s doctrina s .

Líbra me de mis ma la s pa s ione s , y s a na mi cora zón de toda s mis a ficione s de s orde na da s ;


porque s a no y bue n purga do e n lo inte rior, s e a a pto pa ra a ma rte , fue rte pa ra s ufrir, y
firme pa ra pe rs e ve ra r.

3. Gra n cos a e s e l a mor, y bie n s obre ma ne ra gra nde ; é l s olo ha ce lige ro todo lo pe s a do,
y lle va con igua lda d todo lo de s igua l.

P ue s lle va la ca rga s in ca rga , y ha ce dulce y s a bros o todo lo a ma rgo.

El a mor noble de J e s ús nos a nima a ha ce r gra nde s cos a s , y mue ve a de s e a r s ie mpre lo


má s pe rfe cto.

El a mor quie re e s ta r e n lo má s a lto, y no s e r de te nido de ninguna cos a ba ja .

El a mor quie re s e r libre , y a je no de toda a fición munda na ; porque no s e impida


u vis ta ,s
ni s e e mba ra ce e n ocupa cione s de prove cho te mpora l, o ca iga por a lgún da ño.

No ha y cos a má s dulce que e l a mor; na da má s fue rte , na da má s a lto, na da má s a ncho,


na da má s a le gre , na da má s lle no, ni me jor e n e l cie lo ni e n la tie rra ; porque e l a mor
na ció de Dios , y no pue de a quie ta rs e con todo lo cr a do, s ino con e l mis mo Dios .

4. El que a ma , vue la , corre y s e a le gra , e s libre y no e mba ra za do.

48
Diarios de Avivamientos

Todo lo da por todo; y todo lo tie ne e n todo; porque de s ca ns a e n un S umo bie n s obre
toda s la s cos a s , de lacu
l ma na y proce de todo bie n.

No mira a los done s , s ino que s e vue lve a l da dor s obre todos los bie ne s .

El a mor mucha s ve ce s no gua rda modo, ma s s e e na rde ce s obre todo modo.

El a mor no s ie nte la ca rga , ni ha ce ca s o de los tra ba jos ; de s e a má s de lo que pue de no


s e que ja que le ma nd
e n lo impos ible porque cre e que todo lo pue de y le convie ne .

P ue s pa ra todos e s bue no, y mucha s cos a s e je cuta y pone por obra , e n la s cua le s e l que
no a ma , de s fa lle ce y ca e .

5. El a mor s ie mpre ve la , y durmie ndo no due rme .

Fa tiga do no s e ca ns a ; a ngus tia do no s e a ngus tia ; e s pa nta do no s e e s pa nta : s ino, como


viva lla ma y a rdie nte luz, s ube a lo a lto y s e re monta con s e gurida d.

S i a lguno a ma , conoce lo que dice e s ta voz:

Gra nde cla mor e s e n los oídos de Dios e l a bra s a do a fe cto de l a lma que dice : Dios mío,
a mor mío, Tú todo mío, y yo todo tuyo.

6. Dilá ta me e n e l a mor, pa ra que a pre nda a gus ta r con la boca inte rior de l cora zón cuá n
s ua ve e s a ma r y de rre tirs e y na da r e n e l a mor.

S e a yo ca utivo de l a mor, s a lie ndo de mí por é l gra


e fend
rvor y a dmira ción.

Ca nte yo cá nticos de a mor: s íga te , a ma do mío, a lo a lto, y de s fa lle zca mi a lma e n tu


a la ba nza , a le grá ndome por e l a mor.

Ame te yo má s que a mí, y no me a me a mí s ino por Ti, y e n Ti a todos los que de


ve rda d te a ma n como ma nda lay de
le l a mor, que e ma na de Ti como un re s pla ndor de tu
divinida d.

7. El a mor e s dilige nte , s ince ro, pia dos o, a le gre y de le ita ble , fue rte , s ufrido, fie l,
prude nte , ma gná nimo, va ronil y nunca s e bus ca a s í mis mo; porque cua ndo a lguno s e
bus ca a s í mis mo, lue go ca e de l a mor.

El a mor e s muy mira do, humilde y re cto; no e s re ga lón, livia no, ni e ntie nde e n cos a s
va na s ; e s s ombrío, ca s to, firme , quie to y re ca ta do contra todos los s e ntidos .

El a mor e s s umis o y obe die nte a los s upe riore s , vil y de s pre cia do pa ra s í; pa ra Dios
de voto y a gra de cido, confia ndo y e s pe ra ndo s ie mpre e n l, a un cua ndo no le re ga la ,
porque no vive ningu no e n a mor s in dolor.

8. El que no e s tá dis pue s to a s ufrirlo todo, y a ha ce r la volunta d de l a ma do, no e s digno


de lla ma rs e a ma nte .

49
Diarios de Avivamientos

Convie ne a l que a ma a bra zaer bue


d na volunta d por e l a ma do todo lo duro y a ma rgo, y
no a pa rta rs e de l por cos a contra ria que a ca e zca .

Capítulo VI: De la prue ba de l ve rdade ro am or.

J e s ucris to:
1. Hijo, no e re s a un fue rte y prude nte a ma dor.

El Alma : 2. ¿ P or uqé , S e ñor?

J e s ucris to: 3. P orque por una contra dicción pe que ña , fa lta s e n lo come nza do, y bus ca s la
cons ola ción a ns ios a me nte .

El cons ta nte a ma dor e s tá fue rte e n la s te nta cione s , y no cre e a la s pe rs ua s ione s


e nga ños a s de l e ne migo.

Como Yo le a gra do e n la s pros pe rida de s , a s í no le de s conte nto e n la s a dve rs ida de s .

4. El dis cre to a ma dor no cons ide ra ta nto e l don de l a ma nte , cua n o e l a mor de l que da .

Ante s mira a la volunta d que a la me rce d; y toda s la s dá diva s e s tima me nos que e l
a ma do.

El a ma dor noble no de s ca ns a e n e l don, s ino e n Mí s obre todo don.

P or e s o, s i a lguna s ve ce s no gus ta s de Mí o de mis a ntos ta n bie n como de s e a s : no e s tá


todo pe rdido.

Aque l tie rno y dulce a fe cto que s ie nte s a lguna s ve ce s , obra e s de la pre s e ncia de la
gra cia , y gus to a nticipa do de la pa tria ce le s tia l, s obre lo cua l no s e de be e s triba r mucho,
porque va y vie ne .

P e ro pe le a r contra la s pe rturba cione s incide nte s de l á nimo, u me nos pre cia r la s uge s tión
de l dia blo, s e ña l e s de virtud y de gra n me re cimie nto.

5. No te turbe n, pue s , la s ima gina cione s e xtra ña s de dive rs a s ma te ria s que te ocurrie re n.

Gua rda tu firme propós ito y la inte nción re cta pa ra con Dios .

Ni te nga s a e nga ño que de re pe nte te a rre ba te n a lguna ve z a lo a lto, y lue go te torne a


la s pe que ñe ce s a cos tumbra da s de l cora zón.

P orque má s la s s ufre s contra tu volunta d que la s ca us a s ; y mie ntra s te da n pe na y la s


contra dice s , mé rito e s y no pé rdida .

6. P e rs uá de te que e l e ne migo a ntiguo de todos modos s e e s fue rza pa ra impe dir tu de s e o


e n e l bie n, y a pa rta rte de todo e je rcicio de voto, como e s honra r a los a ntos , la pia dos a

50
Diarios de Avivamientos

me moria de mi pa s ión, la útil contrición de los pe ca dos , la gua rda de l propio cora zón, e l
firme propós ito de a prove cha r e n la virtud.

Te tra e muchos pe ns a mie ntos ma los pa ra dis gus ta rte y a te moriza rte , pa ra de s via rte de la
ora ción y de la le cción s a gra da .

De s a grá da le mucho la humilde confe s ión; y s i pudie s e , ha ría que de ja s e s de comulga r.

No le cre a s , ni ha ga s ca s o de é l; a unque mucha s ve ce s te a rme la zos pa ra s e ducirte .

Cua ndo te tra je re pe ns a mie ntos ma los y torpe s , a tribúye los a é l, y dile :

Ve te de a quí, e s píritu inmundo; a ve rgüé nza te , de s ve ntura do; muy s ucio e re s , pue s me
tra e s ta le s cos a s a la ima gina ción.

Apá rta te de mí, ma lva do e nga ña dor; no te ndrá s pa rte ninguna e n mí; ma s J e s ús e s ta rá
conmigo como inve ncible ca pitá n, y tú e s ta rá s confundido.

Má s morir y s ufrir cua lquie r pe na que conde s ce nde r contigo.

Ca lla y e nmude ce , no te oiré ya a unque má s me importune s . El S e ñor e s mi luz y mi


s a lud. ¿ A quié n te me ré ?

Aunque s e ponga contra mi un e je rcito, no te me rá mi cora zón. El S e ñor e s mi a yuda y


mi Re de ntor.

7. P e le a como bue n s olda do; y s i a lguna ve z ca ye re s por fla que za de cora zón, procura
cobra r ma yore s fue rza s que la s prime ra s , confia ndo de ma yor fa vor mío, y guá rda te
mucho de l va no conte nta mie nto y de la s obe rbia .

P or e s o muchos e s tá n e nga ña dos , y ca e n a lguna s ve ce s e n ce gue da d ca s i incura ble .

S írva te de a vis o y de pe rpe tua humilda d la ca ída de los s obe rbios , que loca me nte
pre s ume n de s í.

Capítulo VII: Cóm o s e ha de e ncubrir la gracia bajo e l ve lo de la hum ildad.

J e s ucris to:
1. Hijo, te e s má s útil y má s s e guro e ncubrir la gra cia de la de voción, y no e ns a lza rte ni
ha bla r mucho de e lla , ni e s tima rla mucho; s ino de s pre cia rte a ti mis mo, y te me r, porque
s e te ha da do s in me re ce rla .

No e s bie n e s ta r muy pe ga do a e s ta a fe cción; porque s e pue de muda r pre s to e n otra


contra ria .

P ie ns a cua ndo e s tá s e n gra cia , cuá n mis e ra ble y pobre s ue le s s e r s in e lla .

51
Diarios de Avivamientos

Y no e s tá s ólo e l a prove cha mie nto de la vida e s piritua l e n te ne r gra cia de cons ola ción,
s ino e n que con humilda d, a bne ga ción y pa cie ncia lle ve s a bie n que s e te quite , de s ue rte
que e ntonce s , no a floje s e n e l cuida do de la ora ción, ni de je s de l todo la s de má s bue na s
obra s que s ue le s ha ce r ordina ria me nte .

Ma s como me jor pudie re s y e nte ndie re s , ha z de bue na ga na cua nto e s tá e n ti, s in que
por la s e que da d o a ngus tia de l e s píritu que s ie nte s , te de s cuide s de l todo.

2. P orque ha y muchos que cua ndo la s cos a s no le s s uce de n a s u pla ce r, s e ha ce n


impa cie nte s o de s idios os .

P orque no e s tá s ie mpre e n la ma no de l hombre s u ca mino, s ino que a Dios pe rte ne ce e l


da r y cons ola r cua ndo quie re y cua nto quie re , y a quie n quie re , s e gún le a gra da re , y no
má s .

Algunos indis cre tos e de s truye rona s i mis mos por la gra cia de la de voción
; porque
quis ie ron ha ce r má s de lo que pudie ron, no mira ndo la me dida de s u pe que ñe z, y
s iguie ndo má s e l de s e o de s u cora zón que e l juicio de la ra zón.

Y porque s e a tre vie ron a ma yore s cos a s que Dios que ría , por e s to pe rdie ron
pronto la gra cia .

S e ha lla ron pobre s , y que da ron vile s los que pus ie ron e n e l cie lo s u nido, pa ra que
humilla dos y e mpobre cidos a pre nda n a no vola r con s us a la s , s ino a e s pe ra r de ba jo de
la s mía s .

Los que a ún s on nue vos e ine xpe rtos e n e l ca mino de l S e ñor, s i no s e gobie rna n por e l
cons e jo de dis cre tos , fá cilme nte pue de n s e r e nga ña dos y pe rde rs e .

3. S i quie re n má s s e guir s u pa re ce r que cre e r a los e je rcita dos , le s s e rá pe ligros o e l fin, y


s i s e nie ga n a ce de r de s u propio juicio.

Los que s e tie ne n por s a bios , ra ra ve z s ufre n con humilda d que otro los dirija .

Me jor e s s a be r poco con humilda d, y poco e nte nde r, que gra nde s te s oros de cie ncia con
va no conte nto.

Má s te va le te ne r poco, que mucho con que te pue de s e ns obe rbe ce r.

No obra dis cre ta me nte eue l q s e e ntre ga todo a la a le gría , olvida ndo s u primitiva mis e ria
y e l ca s to te mor de l S e ñor que re ce la pe rde r la gra cia conce dida .

N ta mpoco s a be mucho de virtud e l que e n tie mpo de a dve rs ida d y de cua lquie ra
mole s tia e de s a nima de ma s ia do, y no pie ns a ni s ie nte de Mí con la de bida confia nza .

4. El que quis ie re e s ta r muy s e guro e n tie mpo de pa z, s e e ncontra rá a ba tido y te me ros o


e n tie mpo de gue rra .

S i s upie s e s pe rma ne ce r s ie mpre humilde y pe que ño pa ra contigo, y mode ra r y re gir bie n


tu e s píritu, no ca e ría s ta n pre s to e n pe ligro ni pe ca do.

52
Diarios de Avivamientos

Bue n cons e jo e s que pie ns e s cua ndo e s tá s con fe rvor de e s píritu, lo que pue de ocurrir
con la a us e ncia de la luz.

Cua ndo e s to a ca e cie re , pie ns a que otra ve z pue de volve r la luz, que pa ra tu s e gurida d y
gloria mía te quité por a lgún tie mpo.

5. Má s a prove cha mucha s ve ce s e s ta prue ba , que s i tuvie s e s de continuo a tu volunta d


la s cos a s que de s e a s .

P orque los me re cimie ntos no s e ha n de ca lifica por te ne r mucha s vis ione s o


cons ola cione s , o porque s eno
a ue nte ndido e n la Es critura , o por e s ta r le va nta do e n
dignida d má s a lta .

S ino que cons is te e n e s ta r funda do e n ve rda de ra humilda d y lle no de ca rida d divina , e n


bus ca r s ie mpre pura y e nte ra me nte la honra de Dios , e n re puta rs e a s í mis mo por na da , y
ve rda de ra me nte de s pre cia rs e , y e n de s e a r má s s e r a ba tido y de s pre cia do, que honra do
de otros .

Capítulo VIII: De la baja e s tim ación de s í m is m o ante los ojos de Dios .

El Alma :
1. ¿ Ha bla ré a mi S e ñor, s ie ndo yo polvo y ce niza ? S i por má s me re puta re , Tú e s tá s
contra mí, y mis ma lda de s da n ve rda de ro te s timonio que no pue do contra de cir.

Ma s s i me humilla re y a nona da re , y de ja re toda propia e s tima ción, y me volvie re polvo


como lo s oy, s e rá fa vora ble pa ra mí tu gra cia , y tu luz s e a ce rca rá a mi cora zón, y toda
e s tima ción, por poca que s e a , s e hundirá e n e l va lle de mi mis e ria , y pe re ce rá pa ra
s ie mpre .

Allí me ha conoce r a mí mis mo lo que s oy, lo que fui y e n lo que he pa ra do; porque
s oy na da y no lo conocí.

Aba ndona do a mis fue rza s , s oy na da y todo fla que za ; pe ro a l punto que Tú me mira s ,
lue go me ha go fue rte , y me lle no de gozo nue
o. v

Y e s cos a ma ra villos a por cie rto cómo ta n de re pe nte s oy le va nta do s obre mí, y
a bra za do de Ti con ta nta be nignida d; s ie ndo a s í que yo, s e gún mi propio pe s o, s ie mpre
voy a lo ba jo.

2. Es to ha ce tu a mor gra tuita me nte , a nticipá ndos e y s ocorrié ndome e n ta nta multitud de
ne ce s ida de s , gua rdá ndome ta mbié n de gra ve s pe ligros , y librá ndome de ma le s
ve rda de ra me nte innume ra ble s .

P orque yo me pe dí a máome nd de s orde na da me nte ; pe ro bus cá ndote a Ti s olo,


y a má ndote pu
ra me nte me ha llé a mí no me nos que a Ti; y por
a mor
e l me a nona dé
má s profunda me nte .

53
Diarios de Avivamientos

P orque Tú, oh dulcís imo S e ñor, ha ce s conmigo mucho má s de lo que me re zco y má s de


lo que me a tre vo a e s pe ra r y pe dir.

3. Be ndito s e a s , Dios mío, que a unque s oy indigno de todo bie n, toda vía tu libe ra lida d e
infinita bonda d nunca ce s a de ha ce r bie n a un a los de s a gra de cidos y a pa rta dos le jos de
Ti.

Vué lve nos a Ti pa ra que s e a mos a gra de cidos , humilde s y de votos ; pue s Tú e re s nue s tra
s a lud, virtud y forta le za .

Capítulo IX: Todas las cos as s e de be n re fe rir a Dios com o a últim o fin.

J e s ucris to:
1. Hijo, yo de bo s e r tu s upre mo y último fin, s e de s e a s de ve rda d s e r bie na ve ntura do.

Con e s te propós ito s e purifica rá tu de s e o, que vilme nte s e a ba te mucha s ve ce s a s í


mis mo, y a la s cria tura s .

P orque s i e n a lgo te bus ca s a ti mis mo, lue go de s fa lle ce s , y te que da s á rido.

Atribúye lo, pue s , todo principa lme nte a Mí, que s oy e l que todo lo he da do.

As í, cons ide ra ca da cos a como ve nida de l S obe ra no Bie n, y por e s to toda s la s cos a s s e
de be n re ducir a Mí como a s u orige n.

2. De Mí s a ca n a gua como de fue nte viva e l pe que ño y e l rico; y los que me s irve n de
bue na volunta d y libre me nte , re cibirá n gra cia por gra cia .

P e ro e l que s e quie re e ns a lza r fue ra de Mí o de le ita rs e e n a lgún bie n pa rticula r, no s e rá


confirma do e n e l ve rda de ro gozo, ni dila ta do e n s u cora zón, s ino que e s ta rá impe dido y
a ngus tia do de mucha s ma ne ra s .

P or e s o no te a propie s a ti a lguna cos a bue na , ni a tribuya s a a lgún hombre la virtud, s ino


re fié re lo todo a Dios , s in e l cua l na da tie ne e l hombre .

Yo lo di todo, Yo quie ro que s e me vue l a todo; y con todo rigor e xijo que s e me
de n gra cia s por e llo.

3. Es ta e s la ve rda d con que s e de s truye la va na gloria .

Y s i la gra cia ce le s tia l y la ca rida d ve rda de ra e ntra re n e n e l a lma , no ha brá e nvidia


a lguna ni que bra nto de coran,zóni te ocupa rá e l a mor propio.

La ca rida d divina lo ve nce todo, y dila ta toda s la s fue rza s de l a lma .

54
Diarios de Avivamientos

S i bie n lo e ntie nde s , e n Mí s olo te ha s de a le gra r, y e n Mí s olo ha s de e s pe ra r; porque


ninguno e s bue no s ino s ólo Dios , e l cua l e s de a la ba r s obre toda s la s cos a s , y de be s e r
be ndito e n toda s e lla s .

Capítulo X: En de s pre ciando e l m undo, e s dulce cos a s e rvir a Dios .

El Alma :
1. Otra ve z ha bla ré , S e ñor, a hora , y no ca lla ré . Diré e n los oídos de mi Dios , mi S e ñor y
mi Re y que e s tá e n e l cie lo: ¡Oh S e ñor, cuá n gra nde e la a bunda ncia de tu dulzura ,
que e s condis tepa ra los qu e te te me n! P e ro ¿ qué e re s pa ra los que te a ma n? y ¿ qué
pa ra los que te s irve n de todo cora zón? Ve rda de ra me nte e s ine fa ble la
dulzura de tuconte mpla ción, la cua l da s a los que te a ma n. En e s to me ha s mos tra do
s ingula rme ntetu dulce ca rida d, e n qu e cua ndo yo no e xis tía , me cria s te , y cua ndo
e rra ba le jos de Ti, meconve rtis te pa ra ue
q te s irvie s e , y me ma nda s te que te a ma s e .

2. ¡Oh fue nte de a mor pe re nne ! ¿ Qué diré de Ti? ¿ Cómo podré olvida rme de Ti, que te
digna s te de a corda rte de mí, a un de s pué s que yo me pe rdí y pe re cí? Us a s te de
mis e ricordia con tu s ie rvos obre toda e s pe ra nza , y s obre todo me re cimie nto me dis te tu
gra cia y a mis ta d. ¿ Qué te volve ré yo por e s ta gra cia ? P orque no s e conce de a todos que ,
de ja da s toda s la s cos a s , re nuncie n a l mundo y e s coja n vida re tira da . ¿ P or ve ntura e s
gra n cos a que yo te s irva , cua ndo toda cria tura e s tá obliga da a s e rvirte ? No me de be
pa re ce r mucho s e rvirte , s ino má s bie n me pa re ce gra nde y ma ra villos o que Tú te
digna s te de re cibir por s ie rvo a un taobre
n p e indigno y unirle con tus a ma dos s iesrvo .

3. Tuya s s on, pue s , toda s la s cos a s que te ngo y con que te s irvo. P e ro por e l contra rio,
Tú me s irve s má s a mí que yo a Ti. El cie lo y la tie rra que Tú cria s te pa ra e l s e rvicio de l
hombre , e s tá n prontos , y ha ce n ca da día todo lo que le s ha s ma nda do; y e s to e s poco,
pue s a ún ha s de s tina do a los á nge le s pa ra s e rvicio de l hombre . Ma s a toda s e s ta s cos a s
e xce de e l que Tú mis mo te digna s te de s e rvir a l hombre , y le prome tis te que te da ría s a
Ti mis mo.

4. ¿ Qué te da ré yo por ta ntos milla re s de be ne ficios ? ¡Oh! ¡S i pudie s e yo s e rvirte todos


los día s de mi vida ! ¡Oh! ¡S i pudie s e s ola me nte , s iquie ra un s olo día , ha ce rte a lgún
digno s e rvicio! Ve rda de ra me nte Tú s olo e re s digno de todo s e rvicio, de toda honr y de
a la ba nza e te rna . Ve rda de ra me nte Tú s olo e re s mi S e ñor, y yo sobreoy uns iep rvo tuyo,
que e s toy obliga do a s e rvirte con toda s mis fue rza s , y nunca de bo ca ns a rme de a la ba rte .
As í lo quie ro, a s í lo de s e o; oy que
l me fa lta , rué gote equTú lo s upla s .

5. Gra nde honra y gra n gloria e s s e rvirte , y de s pre cia r toda s la s cos a s por Ti. P or cie rto
gra nde gra cia te ndrá n los que de toda volunta d s e s uje ta re n a tu s a ntís imo s e rvicio.
Ha lla rá n la s ua vís ima cons ola ción de l Es píritu S a nto los que por a mor tuyo
de s pre cia re n todo de le ite ca rna l. Alca nza rá n gra n libe rta d de cora zón los que e ntra n por
s e nda e s tre cha por a mor tuyo, y por é l de s e cha n todo cuida do de l mundo.

6. ¡Oh a gra da ble y a le gre s e rvidumbre de Dios , con la cua l s e ha ce e l hombre


ve rda de ra me nte libre y s a nto! ¡Oh s a gra do e s ta do de la profe s ión re ligios a , que ha ce a l
hombre igua l a los á nge le s , a pa cible a Dios , te rrible a los de monios , y re come nda ble a

55
Diarios de Avivamientos

todos los fie le s ! ¡Oh e s cla vitud digna de s e r a bra za da y s ie mpre de s e a da , por la cua l s e
me re ce e l S umo Bie n, y s e a dquie re e l gozo que dura rá s in fin!

Capítulo XI: Los de s e os de l coraz ón s e de be n e xam inar y m ode rar.

J e s ucris to:
1. Hijo, a ún te convie ne a pre nde r mucha s cos a s que no ha s a pre ndido bie n. El Alma :
2. ¿ Qué cos a s s on e s ta s , S e ñor? J e s ucris to:

3. Que ponga s tu de s e o tota lme nte e n s ola mi volunta d, y no s e a s a ma dor de ti mis mo,
s ino a fe ctuos o ce la dor de lo que a Mí me a gra da . Los de s e os te e ncie nde n mucha s
ve ce s , y te impe le n con ve he me ncia ; pe cons
ro ide ra s i te mue ve s por mi honra o por tu
prove cho. S i Yo s oy la ca us a , bie n te conte nta rá s de cua lquie r modo que Yo lo
orde na re ; pe ro s i a lgo tie ne s e s condido de a mor propio, con que s ie mpre te bus ca s , mira
que e s o e s lo que mucho te impide y a gra va .

4. Guá rda te , pue s , no confíe s de ma s ia do e n e l de s e o que tuvis te s in cons ulta rlo


conmigo; porque pue de s e r que e s pué
d s te a rre pie nta s , y te de s conte nte lo que prime ro
te a gra da ba , y ue
q por pa re ce rte me jor lo de s e a s te . P orque no s e pue de s e guir lue go
cua lquie r de s e o que a pa re ce bue no,
i ta mpoco
n huir a la prime ra vis ta toda a fición
que pa re ce contra ria . Convie ne a lguna s ve ce s re primir e l ímpe tu, a un e n los
bue nose je rcicios y de s e os , porque no ca iga s por importunida d e n dis tra cción de l
a lma , y porque no ca us e s e s cá nda lo a otros con tu indis cre ción, o por la contra dicción
de otros te turbe s lue go yde s lice s .

5. Ta mbié n a lguna s ve ce s convie ne us a r de fue rza , y contra de cir va ronilme nte a l a pe tito
s e ns itivo, y no cuida r de lo que la ca rne quie re o no quie re , s ino a nda r má s s olícito, pa ra
que e s té s uje ta a l e s píritu, a unque le pe s e . Y de be s e r ca s tiga da y obliga da a s ufrir la
s e rvidumbre ha s ta que e s té pronta pa ra todo, a pre nda a conte nta rs e con lo poco y
holga rs e con lo s e ncillo, y no murmura r contra lo que a ma
e s rgo.

Capítulo XII: De cláras e qué cos a s e a pacie ncia y la lucha contra e l ape tito.

El Alma :
1. S e ñor Dios , a lo que yo e cho de ve r, la pa cie ncia me e s muy ne ce s a ria ; porque e n e s ta
vida a ca e ce n mucha s a dve rs ida de s . P ue s de cua lquie ra s ue rte que orde na re mi pa z, no
pue de e s ta r mi vida s in ba ta lla y s in dolor. J e s ucris to:

2. As í e s , hijo; pe ro no quie ro que bus que s ta l pa z, que ca re zca de te nta cione s , y no


s ie nta contra rie da de s . Ante s cua ndo fue re s e je rcita do e n dive rs a s tribula cione s , y
proba do e n mucha s contra rie da de s , e ntonce s pie ns a que ha s ha lla do la pa z. S i dije re s
que no pue de s pa de ce r mucho ¿ cómo s ufrirá s e l fue go ? De dos ma le s
s ie mpre s e ha de e s coge r e l me nor. P or e s o, pa ra que pue da s e s ca pa r de los torme ntos
e te rnos , e s tudias ufrir con pa cie ncia or
p Dios los ma le s pre s e nte s . ¿ P ie ns a s tú que

56
Diarios de Avivamientos

s ufre n poco o na da los hombre s de l mundo? No lo cre a s , a unque s e a n los má s


re ga la dos .

3. P e ro dirá s que tie ne n muchos de le ite s y s igue n s us a pe titos , y por e s to s e le s da poco


de a lguna stribula cione s .

4. Ma s a unque fue s e a s í, que te nga n cua nto quis ie re n, dime , ¿ cuá nto le s dura rá ? Mira
que los muy s obra dos y ricos e n e l s iglo de s fa lle ce rá n como humo; y no ha brá me moria
de los gozos pa s a dos . P ue s a un mie ntra s vive n no s e hue lga n e nin eallos ma rgura
s ,
congoja y mie do. P orque de la mis ma cos a que s e re cibe e l de le ite , de a llí
fre cue nte me nte re cibe n la pe na de l dolor. J us ta me nte s e proce de con e llos ; porque a s í
como de s orde na da me nte bus ca n y s igue n los de le ite s , a s í los dis fruta n con a ma rgura y
confus ión. ¡Oh! ¡Cuá n bre ve s , cuá n fa ls os , cuá n de s orde na dos y torpe s s on todos ! Ma s
por e s ta r e mbria ga dos y cie gos no dis curre n: s ino a la ma ne ra de e s túpidos a nima le s ,
por un poco de de le ite de la vida corruptible , ca e n e n la mue rte de l a lma . P or e s o tú,
hijo, no s iga s tus a pe titos y que bra nta tu volunta d. De lé ita te e n e l S e ñor, y te da rá lo que
le pidie re tu cora zón.

5. P orque s i quie re s te ne r ve rda de ro gozo, y s e r cons ola do por Mí a bunda ntís ima me nte ,
tu s ue rte y be ndición e s ta rá e n e l de s pre ciooda dest la s cos a s de l mundo, y e n corta r de
ti todo de le ite te rre no, y a s í s e te da rá copios a cons ola ción. Y cua nto má s te de s via re s de
todo cons ue lo de la s cria tura s , ta nto ha lla rá s e n Mí má s s ua ve s y pode ros a s
cons ola cione s . Ma s no la s a lca nza rá s s in a lguna pe na , ni s in e l tra ba jo de la pe le a . La
cos tumbre te s e rá contra ria ; pe ro la ve nce rá s con otra cos tumbre me jor. La ca rne
re s is tirá ; pe ro la re fre na rá s con e l fe rvor de l e s píritu. La s e rpie nte a ntigua te ins tiga rá y
e xa s pe ra rá : pe ro s e a huye nta rá con la ora ción, y con e l tra ba jo prove chos o le ce rra rá s
de l todo la pue rta .

Capítulo XIII: De la obe die ncia de l s úbdito hum ilde a e je m plo de Je s ucris to.

J e s ucris to:
1. Hijo, e l que procura s us tra e rs e de la obe die ncia , é l mis mo s e a pa rta de la gra cia ; y e l
que quie re te ne r cos a s propia s , pie rde la s comune s . El que no s e s uje ta de bue na ga na a
s u s upe rior, s e ña l e s que s u ca rne a ún no le obe de ce pe rfe cta me nte , s ino que mucha s
ve ce s s e re s is te y murmura . Apre nde , pue s , a s uje ta rte pronta me nte a tu s upe rior, s i
de s e a s te ne r tu ca rne s uje ta . P orque ta nto má s pre s to s e ve nce e l e ne migo e xte rior,
cua nto no e s tuvie re de bilita do e l hombre inte rior. No ha y e ne migo pe or ni má s da ños o
pa ra e l a lma que tú mis mo, s i no e s tá s bie n a ve nido con e l e s píritu. Ne ce s a rio e s que
te nga s ve rda de ro de s pre cio de ti mis mo, s i quie re s ve nce r la ca rne y la s a ngre . P orque
a ún te a ma s muy de s orde na da me nte , por e s o te me s s uje ta rte de l todo a la volunta d de
otros .

2. P e ro ¿ qué mucho e s que tú, polvo y na da , te s uje te s a l hombre por Dios , cua ndo Yo,
Omnipote nte y Altís imo, que crié toda s la s cos a s de la na da , me s uje té a l hombre
humilde me nte por ti? Me hice e l má s humilde y a ba tido de todos , pa ra que ve ncie s e s tu
s obe rbia con mi humilda d. Apre nde , polvo, a obe de ce r; a pre nde , tie rra y lodo, a

57
Diarios de Avivamientos

humilla rte y pos tra rte a los pie s de todos . Apre nde a que bra nta r tus inclina cione s , y
re ndirte a toda s uje ción.

3. Enója te contra ti; y no s ufra s que viva e n ti e l orgullo; s ino ha zte ta n s umis o y
pe que ño, que pue da n todos pon e rs e s obre ti, y pis a rte como e l lodo de la s ca lle s . ¿ Qué
tie ne s , hombre de s pre cia ble , de qué que ja rte ? ¿ Qué pue de s contra de cir, s órdido
pe ca dor, a los que te ma ltra ta n, pue s ta nta s ve ce s ofe ndis te a tu r,Cry a do
mucha s me re cis te e l infie rno? P e ro te pe rdona ron mis ojos , porque tu a lma fue
pre cios a de la ntede Mí, pa ra que conocie s e s mi a mor, y fue s e s s ie mpre a gra da ble a
mis be ne ficios . Y pa ra que te die s e s continua me nte a la ve rda de ra humilda d y
s uje ción, y s ufrie s e s con pa cie ncia tu propio me nos pre cio.

Capítulo XIV: Cóm o s e han de


cons ide rar los s e cre tos juicios de Dios , para que no nos
e nvane z cam os .

El Alma :
1. Tus juicios , S e ñor, me a te rra n como un e s pa ntos o true no, e s tre me cié ndos e todos mis
hue s os pe ne tra dos de te mor y te mblor, y mi a lma que da de s pa vorida . Es toy a tónito,
cons ide ro que los cie los no s on limpios e n tu pre s e ncia . S i e n los á nge le s ha lla s te
ma lda d y no los pe rdona s te , ¿ qué s e rá de mí? Ca ye ron la s e s tre lla s de l cie lo; y yo, que
s oy polvo, ¿ qué pre s umo? Aque llos cuya s obra s pa re cía n muy digna s de a la ba nza ,
ca ye ron a lprofundo; y los que comía n pa n de á nge le s , vi de le ita rs e con e l ma nja r de
a nima le s inmundos .

2. No ha y, pue s , s a ntida d, s i Tú, S e ñor, a pa rta s tu ma no. No a prove cha rá dis cre ción, s i
de ja s de gobe rna r. No ha y forta le za que a yude , s i de ja s de cons e rvaha
rlay. ca
Nos tida d
s e gura , s i no la de fie nde s . Ninguna propia gua rda a prove cha , s i nos fa lta tu s a nta
vigila ncia . P orque e n de já ndonos Tú, lue go no va mos a fondo y pe re ce mos ; pe ro
vis ita dos de Ti, nos le va nta mos y vivimos . Muda ble s s omos ; pe ro por Ti, e s ta mos
firme s ; nos e ntibia mos , ma s Tú nos e ncie nde s .

3. ¡Oh! ¡Cuá n vil y ba ja me nte de bo s e ntir de mí! ¡Cuá nto de bo re puta r por na da lo poco
que a ca s o pa re zca te ne r de bue no! ¡Oh S e ñor! ¡Cuá n profunda me nte me de bo a ne ga r e n
e l a bis mo de tus juicios , donde no me ha llo s e r otra cos a que na da y má s que na da ! ¡Oh
pe s o inme ns o! ¡Oh pié la go ins onda ble , donde na da ha llo de mí, s ino s e r na da e n todo!
¿ P ue s dónde s e e s conde e l funda me nto de la va nida d? ¿ Dónde la confia nza de mi propia
virtud? Ane ga s e toda va na gloria e n la profundida d de tus juicios s obre mí.

4. ¿ Qué e s toda ca rne e n tu pre s e ncia ? P or ve ntura , ¿ podrá gloria rs e e l lodo contra e l
que lo tra ba ja ? ¿ Cómo s e pue de e ngre ír con va na s a la ba nza s e l cora zón que e s tá
ve rda de ra me nte s uje to a Dios ? Todo e l mundo no e ns obe rbe ce rá a a que l a quie n s uje ta
la ve rda d, ni s e move rá por mucho que le a la be n e l que tie ne firme toda s u e s pe ra nza e n
Dios . P orque todos los que ha bla n s on na da , y con e l s onido de la s pa la bra s fa lle ce rá n;
pe ro la ve rda d de l S e ñor pe rma ne ce pa ra s ie. mpre

58
Diarios de Avivamientos

Capítulo XV: Cóm o s e de be uno habe r y de cir e n todas las cos as que de s e are .

J e s ucris to:
1. Hijo, e n cua lquie r cos a di a s í: S e ñor, s i te a gra da re , há ga s e e s to a s í. S e ñor, s i e s honra
tuya , há ga s e e s to e n tu nombre . S e ñor, s i vie re s que me convie ne , y ha lla re s s e rme
prove chos o, concé de me lo pa ra que us e de e llo a honra tuya . Ma s s i conocie re s que me
s e ría da ños o, y na da prove chos o a la s a lva ción de mi a lma , de s vía de mí ta l de s e o.
P orque no todo de s e o proce de de l Es píritu S a nto, a unque pa re zca bue jus to
noya l
hombre . Dificultos o e s juzga r s i te incita bue n e s píritu o ma lo a de s e a r e s to o a que llo, o
s i te mue ve tu propio e s píritu. Muchos s e ha lla n e nga ña dos a l fin, que a l principio
pa re cía n ins pira dos por bue n e s píritu.

2. P or e s o s ie mpre s e de be de s e a r y pe dir con te mor de Dios y humilda d de cora zón


cua lquie r cos a a pe te cible que ocurrie re a l pe ns a mie nto, y s obre todo con propia
re s igna ción e ncome nda rlo todo a Mí dicie ndo: S e ñor, Tú s a be s lo que e s me jor: ha z e s to
o a que llo, s e gún te a gra da re . Da lo que quis ie re s , y cua nto quis ie re s , y cua ndo quis ie re s .
Ha z conmigo como s a be s , y como má s te a gra da re , y fue re ma yor honra tuya . P onme
donde quis ie re s , dis pón de mi libre me nte e n todo. En tu ma no e s toy, vué lve me y
re vué lve me a la re donda . Ve a quí tu s ie rvo dis pue s to a todo; porque no de s e o, S e ñor,
vivir pa ra mí s ino pa ra Ti. ¡Oja lá que viva digna me nte y pe rfe cta me nte ! Ora ción pa ra
cons e guir la volunta d de Dios .

3. Concé de me , be nignís imo J e s ús , tu gra cia pa ra que e s té conmigo, y obre conmigo, y


pe rs e ve re co
nmigo ha s ta e l fin. Da me equde s e e y quie ra s ie mpre lo que te e s má s
a ce pto y a gra da ble a Ti. Tu volunta d s e a la mía , y mi volunta d s iga s ie mpre la tuya , y s e
conforme e n todo con e lla . Te nga yo un que re r y no que re r contigo; y no pue da que re r
ni no que re r lo que Tú quie re s y no quie re s .

4. Da me , S e ñor, que mue ra a todo lo que ha y e n e l mundo; y da me que de s e e por Ti s e r


de s pre cia do y olvida do e n e s te s iglo. Da me , s obre todo lo que s e pue de de s e a r,
de s ca ns a r e n Ti y a quie ta r mi cora zón e n Ti. Tú e reesrda
la de
v ra pa z de l cora zón; Tú e l
único de s ca ns o: fue ra de Ti toda s la s cos a s s on mole s ta s e inquie ta s . En e s ta pa z
pe rma ne nte , e s to e s , e n Ti, S umo y e te rno Bie n. Dormiré y de s ca ns a ré . Amé n.

Capítulo XVI: En s ólo Dios s e de be bus car e l ve rdade ro cons ue lo.

El Alma :
1.
Cua lquie ra cos a que pue do de s e a r o pe ns a r pa ra smi uecon
lo, no la e s pe ro a quí, s ino e n
la otra vida . P ue s a unque yo s olo tuvie s e todos los gus tos de l mundo, y pudie s e us a r
de todos s us de le ite s , cie rto e s que no podría n dura r mucho. As í que no podrá s , a lma
mía , e s ta r cumplida me nte cons ola da , ni pe rfe cta me nte re cre a da s inos ,e nque Dioe s
cons ola dor de los pobre s , y re cibe a los humilde s . Es pe ra un poco, a lma mía , e s pe ra la
prome s a divina , y te ndrá s a bunda ncia de todos los bie ne s e n e le lo. ci S i de s e a s
de s orde na da me nte e s ta s cos a s pre s e nte s , pe rde rá s la s e te rna s y ce le s tia le s . S e a n la s
te mpora le spa ra e l us o la s e te rna s pa ra e l de s e o. No pue de s s a cia rte de ningún bie n
te mpora l, porque no e re s cr a da pa ra goza r de lo ca duco.

59
Diarios de Avivamientos

2. Aunque te nga s todos los bie ne s cr a dos o pue


, n de s s e r dichos a y bie na ve ntura da : ma s
e n Dios , que cr toda s la s cos a s , cons is te toda tu bie na ve ntura nza y tu fe licida d.
No como la que a dmira n y a la ba n los ne cios a ma dore s de l mundo, s ino como la
que e s pe ra n los bue nos y fie le s dis cípulos de Cris to, y a lguna ve ce s gus ta n los
e s piritua le s ylimpios de cora zón, cuya conve rs a ción e s tá e n los cie los . Va no e s y bre ve
todo cons ue lohuma no. El dichos o y ve rda de ro cons ue lo e s a que l que la Ve rda d
ha ce pe rcibir inte riorme nte . El hombre de voto e n todo luga r lle va cons igo a s u
cons ola dor J e s ús , y dice
le : Ayúda me , S e ñor, e n todo luga r y tie mpo. S e a , pue s , mi
cons ola ción ca re ce r de bue na ga na de todo huma no cons ue lo. Y s i tu cons ola ción
me fa lta re , s e a mi ma yor cons ue lo tu volunta dy jus ta proba ción. P orque no e s ta rá s
a ira do pe rpe tua me nte , ni e noja do pa ra s ie mpre .

Capítulo XVII: Toda nue s tra ate nción s e ha de pone r e n s ólo Dios .
J e s ucris to:
1. Hijo, dé ja me ha ce r contigo lo que quie ro; pue s yo s é lo que te convie ne . Tú pie ns a s
como hombre , y s ie nte s e n mucha s cos a s como te s ugie re e l a fe cto huma no.

El Alma :
2. S e ñor, ve rda d e s lo que dice s : ma yor e s e l cuida do que Tú tie ne s de mí, que todo e l
cuida do que yo pue do pone r e n mira r por mí. Muy a pe ligro de ca e r e s tá e l que no pone
toda s u a te nción e n Ti. S e ñor, e s té mi volunta d firme y re cta contigo, y ha z de mi lo que
te a gra da re . Que no pue de s e r s ino bue no todo lo que Tú hicie re s de mí. S i quie re s que
e s té e n tinie bla s , be ndito s e a s ; y s i quie re s que e s té e n luz, s e a s ta mbié
to.n Sbe
i te
ndi
digna re s de cons ola rme , be ndito s e a s ; y s i me quie re s a tribula r, ta mbié n s e a s be ndito
pa ra s ie mpre .
J e s ucris to:
3. Hijo, a s í de be s ha ce r s i de s e a s a nda r conmigo. Ta n pronto de be s e s ta r pa ra pa de ce r
como pa ra ogza r. Ta n de gra do de be s s e r pobre y me ne s te ros o, como a bunda nte y rico.
El Alma :
4. S e ñor, de bue na ga na pa de ce ré r Tipotodo lo que quis ie re s que ve nga s obre mí.
Indife re nte me nte quie ro re cibir de tu ma no lo bue no y lo ma lo, lo dulce y lo
a ma rgo,lo a le gre y lo tris te ; y te da ré gra cia sr po todo lo que me s uce die re . Guá rda me
de todo pe ca do, y no te me ré la mue rte ni e l infie rno. Con ta l que no me a pa rte s de Ti
pa ra s ie mpre ni me borre s de l libro de la vida , no me da ña rá cua lquie r tribula queción
ve nga s obre mí.

Capítulo XVIII: Que s ufr


an con s e re nidad de ánim o las m is e rias te m porale s , a e je m plo
de Cris to.

J e s ucris to:
1. Hijo, yo ba jé de l Cie lo por tu s a lva ción; a bra cé tus mis e ria s , no por ne ce s ida d, s ino
por la ca rida d que me movía , pa ra que a pre ndie s e s pa cie ncia , y s ufrie s e s s in e nojo la s
mis e ria s te mpora le s . P orque de s de la hora e n que na cí, ha s ta la mue rte e n la cruz, no me
fa lta ron dolore s que s ufrir. Tuve mucha fa lta de la s cos a s te mpora le s ; oí mucha s ve ce s

60
Diarios de Avivamientos

gra nde s que ja s de Mí, s ufrí be nigna me nte s inra zone s y a fre nta s . P or be ne ficios re cibí
ingra titude s , por mila gros y por la doctrina re pre ns ione s .

El Alma :
2. S e ñor, s i Tú fuis te pa cie nte e n tu vida , principa lme nte cumplie ndo e n e s to e l ma nda to
de tu pa dre , jus to e s que yo, mis e ra ble pe ca dor, s ufra pacon
cie ncia s e gún tu volunta d, y
mie ntra s Tú quis ie re s , lle ve por mi s a lva ción la ca rga de una vida corruptible . P ue s
a unque la vida pre s e nte s e s ie nte s e r pe s a da , ya é s ta s e ha he cho por tu gra cia muy
me ritoria , y má s tole ra ble y e s cla re cida pa ra los fla cos por tu e je mplo y e l de a ntos
tus .
Y a un de mucho má s cons ue lo de lo que fue e n tie mpo pa s a do, ba jo la le y a ntigua ,
cua ndo e s ta ba ce rra da la pue rta de l cie lo, y e l ca mino pa re cía ta n obs ecuro, e ra nqu
ra ros los que te nía n cuida do de bus ca r e l reeino losd cie los . P e ro a un los que e ntonce s
e ra n jus tos y s e ha bía n de s a lva r, no podía n e ntra r e n e l re ino ce le s tia l ha s ta que lle ga s e
tu pa s ión, y la s a tis fa cción
de tu s a gra da mue rte .

3. ¡Oh! ¡Cuá nta s gra cia s de bo da rte , porque te digna s te de mos tra rme a mí y a todos los
fie le s , e l ca mino de re cho y bue no de tu e te rno re ino! P orque tu vida e s nue s tro ca mino,
y por la s a nta pa cie ncia va mos a Ti, que e re s nue s tra corona . S i Tú no nos hubie ra s
pre ce dido y e ns e ña do, ¿ quié n cuida ría de s e guirte ? ¡Ay! ¡Cuá ntos que da ría n le jos y
muy a trá s , s i nomira s e n tus he roicos e je mplos ! S i con todo e s o a ún e s ta mos tibios ,
de s pué s de ha be r oído ta nta s ma ra villa s y le ccione s tuya s , ¿ qué ha ría mos s i no
tuvié s e mos ta nta luz pa ra s e guirte ?

Capítulo XIX: De la tole rancia de las injurias , y cóm o s e prue ba rdade


e l ve ro pacie nte .

J e s ucris to:
1. Hijo, ¿ qué e s lo qu e dice s ? Ce s a de que ja rte
cons ide ra ndo mi pa s ión y la de los
a ntos . Aún no ha s re s is tido ha s ta de rra ma r s a ngre . P oco e s lo que pa de ce s , e n
compa ra ción de lo que pa de cie ron ta ntos , ta n fue rte me nte te nta dos , ta n gra ve me nte
a tribula dos , proba dos y e je rcita dos de ta n dive rs os modos . Convié ne te , pue s , tra e r a la
me moria la s cos a s muy gra ve s de otros , pa ra que fá cilme nte s ufra s tus pe que ños
tra ba jos . Y s i no te pa re ce n pe que ños , mira no lo ca us e tu impaa .ciePnci
e ro s e a n
gra nde s o pe que ños , procura lle va rlos todos con pa cie ncia .

2. Cuá nto má s te dis pone s pa ra pa de ce r, ta nto má s cue rda me nte obra s , y má s me re ce s , y


lo lle va rá s ta mbié n má s lige ra me nte s i pre pa ra s con dilige ncia tu á nimo, y lo
a cos tumbra s a e s to. No diga s : No pue do s ufrir e s to de a que l hombre , ni de bo a gua nta r
s e me ja nte s cos a s ; porque me injurió gra ve me nte , y me le va nta cos a s que nunca pe ns é ;
ma s de otro s ufriré de gra do, y s e gún me pa re cie re s e de be s ufrir. Indis cre to e s ta l
pe ns a mie nto, que no cons ide ra la virtud de la pa cie ncia , ni mira quié n la ha de
ga la rdona r; a nte s s e ocupa e n ha ce r ca s o de la s pe rs ona s , y de la s injuria s que le ha ce n.

3. No e s ve rda de ro pa cie nte e l que no quie re pa de ce r s ino lo que le a comoda , y de quie n


le pa re ce . El ve
rda de ro pa cie nte no mira quié n le ofe nde , s i e s s upe rior, igua l o infe rior;
s i e s hombre bue no y s a nto, o pe rve rs o e indigno. S ino que cua lquie r a dve rs ida d que le
ve nga de cua lquie ra cria tura indife re nte me nte , y e n cua lquie r tie mpo, la re cibe de bue na
ga na, como de la ma no de Dios , y la e s tima por mucha ga na ncia . P orque na da de cua nto

61
Diarios de Avivamientos

s e pa de ce por Dios , por poco que s e a , pue de pa s a r s in mé rito a nte s u divino


a ca ta mie nto.

4. Es tá , pue s , pre pa ra do pa ra la ba ta lla , s i quie re s cons e guir la victoria . S in pe le a r no


pue de s a lca nza r la corona de la pa cie ncia . S ino quie re s pa de ce r, re hús a s e r corona do;
pe ro s i de s e a s s e r corona do, pe le a va ronilme nte , s ufre con pa cie ncia . S in tra ba jo no s e
lle ga a l de s ca ns o, ni s in pe le a r s e cons igue la victoria .

El Alma :
5. Ha zme , S e ñor, pos ible por la gra cia , lo que me pa re ce impos ible por mi na tura le za .
Tú s a be s cuá n poco pue do yo pa de ce r, y que pre s to de s fa lle zco a la má s le ve
a dve rs ida d. S é a me por tu nombre a ma ble y de s e a ble cua lquie r e je rcicio de pa cie ncia ;
porque e l pa de ceyr s e r a torme nta do por Ti, e s de gra n s a lud pa ra mi a lma .

Capítulo XX: De la confe s ión de la propia flaque z a y de las m is e rias de e s ta vida.

El Alma :
1. Confe s a ré , S e ñor, contra mí mis mo mi iniquida d; te confe s a ré mi fla que za . Mucha s
ve ce s e s una cos a bie n pe que ña la que me a ba te y e ntris te ce . P ropongo pe le a r
va ronilme nte ; ma s e n vinie ndo una pe que ña te nta ción me lle no de a ngus tia . Alguna s
ve ce s de la cos a má s de s pre cia ble me vie ne una gra ve te nta ción. Y cua ndo me cre o
a lgún ta nto s e guro, cua ndo no lo a dvie rto, me ha llo a ve ce s ca s i ve ncido y de rriba do de
un lige ro s oplo.

2. Mira , pue s , S e ñor, mi ba je za y fra gilida d, que te e s bie n conocida . Compa dé ce te , y


s á ca me de l lodo,orque
p no s e a a tolla do,que
y de de s a mpa ra do de l todo. Es to e s lo que
continua men te me a coba rda y confunde de la nte de Ti; ve r que ta n de le zna ble y fla co
s oy pa ra re s is tir a la s pa s ione s . Y a unque no me induzca n e nte ra me nte a l
cons e ntimie nto, s in e mba rgo me e s mole s to y pe s a do e l doma rla s , y muy te dios o e l
vivir a s í s ie mpre e n comba te . En e s to conozco yo mi fla que za , e n que la s
a bomina cione s ima gina cione s má s fá cilme nte vie ne n s obre mí que s e va n.

3. ¡Oja lá , fortís imo Dios de Is ra e l, ce la dor de la s a lma s fie le s , mire s e l tra ba jo y dolor
de tu s ie rvo, y le a s is ta s e n todo lo que e mpre ndie re ! Fortifíca me con forta le za e s pe cia l,
de modo que ni e l hombre vie jo, ni la ca rne mis e ra ble , a ún no bie n s uje ta a l e s píritu,
pue da s e ñore a rme : contra la cua l convie ne pe le a r e n ta nto que vivimos e n e s te
mis e ra bilís imo mundo. ¡Ay! ¡Cuá l e s e s ta vida onde
, d no fa lta n tribula cione s y mis e ria s ,
donde toda s la s cos a s e s tá n lle na s de la zos y e ne migos ! P orque e n fa lta ndo una
tribula ción o te nta ción vie ne otra ; y a un a nte s que s e a ca be e l comba te de la prime ra ,
s obre vie ne n otra s mucha s no e s pe ra da s .

4. Y ¿ cómo s e pue de a ma r una vida lle na de ta nta s a ma rgura s , s uje ta a ta nta s


ca la mida de s y mis e ria s ? Y ¿ cómo s e pue de lla ma r vida la que e nge ndra ta nta s mue rte s y
pe s te s ? Con todo e s to s e a ma , y muchos la quie re n pa ra de le ita rs e e n e lla . Mucha s ve ce s
nos que ja mos de que e l mundo e s e nga ños o y va no; ma s no por e s o le de ja mos
fá cilme nte ; porque los a pe titos s e ns ua le s nos s e ñore a n de ma s ia do. Una s cos a s nos
incita n a a ma r a l mundo, y otra s a de s pre cia rlo. Nos incita n a a ma rlo la s e ns ua lida d, la

62
Diarios de Avivamientos

codicia y la s obe rbia de la vida ; pe ro la s pe na s y mis e ria s que le s s igue n, ca us a n te dio y


a ve rs ión a l mundo.

5. P e ro ¡oh dolor! que ve nce e l de le ite a l a lma que e s tá e ntre ga da a l mundo, y tie ne por
gus to e s ta r e nvue lta e n e s pina s ; porque ni vio ni gus tó la s ua vida d de Dios , ni e l inte rior
gozo de la virtud. Ma s los que pe rfe cta me nte de s pre cia n a l mundo y tra ba ja n e n vivir
pa ra Dios e n s a nta vigila ncia , s a be n que e s tá prome tida la divina dulzura a quie n de
ve ra s s e re nuncia re a s í mis mo, y ve n má s cla ro cuá n gra ve me nte ye rra e l mundo, y de
mucha s ma ne ra s s e e nga ña .

Capítulo XXI: S ólo s e ha de de s cans ar e n Dios s obre todas las cos as .

El Alma :
1. Alma mía , de s ca ns a s obre toda s y e n toda s la s cos a s s ie mpre e n Dios , que e s e l e te rno
de s ca ns o de los S a ntos . Concé de me Tú, dulcís imo y a ma ntís imo J e s ús , que de s ca ns e e n
Ti s obre toda s la s cos a s cria da s ; s obre toda s a lud y he rmos ura ; s obre toda gloria y
honra ; s obre todo pode r y dignida d; s obre toda la cie ncia y s utile za ; s obre toda s la s
rique za s y a rte s ; s obre toda a le gría y gozo; s obre toda la fa ma y a la ba nza ; s obre toda
s ua vida d y cons ola ción; s obre toda e s pe ra nza y prome s a ; s obre todo me re cimie nto y
de s e o; s obre todos los done s y re ga los que pue de s da r y e nvia r; s obre todo gozo y
dulzura que e l a lma pue de re cibir y s e ntir; y e n, sfin
obre todos los á nge le s y a rcá nge le s ,
s obre todo e je rcito ce le s tia l; s obre todo lo vis ible e invis ible ; y s obre todo lo que no e s
lo que e re s Tú, Dios mío.

2. P orque Tú, S e ñor, Dios mío, e re s bue no s obre todo; Tú s olo pote ntís imo; Tú s olo
s uficie ntís imo y lle nís imo; Tú s olo s ua vís imo y a gra da bilís imo. Tú s olo he rmos ís imo y
a ma ntís imo; Tú s olo nobilís imo y glorios ís imo s obre toda s la s cos a s , e n quie n e s tá n,
e s tuvie ron y e s ta rá n todos los bie ne s junta y pe rfe cta me nte . P or e s o e s poco e
ins uficie nte cua lquie r cos a que me da s o prome te s , o me de s cubre s de Ti mis mo, no
vié ndote ni pos e yé ndote cumplida me nte . P orque no pue de mi cora zón de s ca ns a r de l
todo y conte nta rs e ve rda de ra me nte , s i no de s ca ns a e n Ti tra s ce ndie ndo todos los done s
y todo lo cria do.

3. ¡Oh e s pos o mío a ma ntís imo J e s ucris to, a ma dor purís imo, S e ñor de toda s la s
cria tura s ! ¿ Quié n me da rá a la s de ve rda de ra libe rta d pa ra vola r y de s ca ns a r e n Ti? ¡Oh!
¿ Cua ndo me s e rá conce dido ocupa rme e n Ti cumplida me nte , y ve r cuá n s ua ve e re s ,
S e ñor Dios mío? ¿ Cuá don me re coge ré de l todo e n Ti, que ni me s ie nta a mí por tu
a mor, s ino a Ti s olo s obre todo s e ntido y modo, y de un modo ma nifie s to a todos ? P e ro
a hora mucha s ve ce s gimo y lle vo mi infe licida d con dolor. P orque e n e s te va lle de
mis e ria s a ca e ce n muchos ma le s que me turba n a me nudo, me e ntris te ce n y a nubla n;
mucha s ve ce s me impide n y dis tra e n, ha la ga n y e mba ra za n pa ra que no te nga libre
e ntra da a Ti y no goce de tus s ua ve s a bra zos , los cua le s s in impe dime nto goza n los
e s píritus bie na ve ntura dos . Mué va te mis s us piros , y la gra nde de s ola ción que ha y e n la
tie rra .

4. ¡Oh J e s ús , re s pla ndor de la e te rna gloria , cons ola ción de l a lma que a nda
pe re grina ndo! De la nte de Ti e s tá mi boca muda , y mi s ile ncio te ha bla . ¿ Ha s ta cuá ndo
ta rda e n ve nir mi S e ñor? Ve nga a mí, pobr
e cito tuyo, llé ne me de a le gría . Extie nda s u

63
Diarios de Avivamientos

ma no, y libre a e s te mis e ra ble de toda a ngus tia . Ve n, ve n; pue s s in Ti ningún día ni hora
s e rá a le gre ; porque Tú e re s mi gozo, y s in Ti e s tá va cía mi me s a . Mis e ra ble s oy, y como
e nca rce la do y pre s o con grillosa, shta que Tú me re cre e s con la luz de tu pre s e ncia , y
me ponga s e n libe rta d, y mue s tre s tu a miga ble ros tro.

5. Bus que n otros lo que quis ie re n e n luga r de Ti, que a mí ninguna otra cos a me a gra da ,
ni a gra da rá , s ino Tú, Dios mío, e s pe ra nza mía , s a lud e te
Nornaca. lla ré , ni ce s a ré de
cla ma r ha s ta que tu gra cia vue lva y me ha ble s inte riorme nte .

J e s ucris to:
6. Aquí e s toy, a ti he ve nido, pue s me lla ma s te . Tus lá grima s , y e l de s e o de tu a lma , y tu
humilda d, y la contrición de tu cora zón me ha n inclina do y tra ído a ti.

El Alma :
7. Y dije : S e ñor, yo te lla mé , y de s e é goza r de Ti, dis pue s to a me nos pre cia rlo todo por
Ti. P e ro Tú prime ro me de s pe rta s te pa ra que te bus ca s e . S e a s , pue s , be ndito, S e ñor, que
hicis te con tu s ie rvo e s te be ne ficio, s e gún la muche dumbre de tu mis e ricordia . ¿ Qué
tie ne má s que de cir tu s ie rvo de la nte de Ti, s ino humilla rs e mucho e n tu a ca ta mie nto,
a cordá ndos e s ie mpre de s u propia ma lda d y vile za ? P orque no ha y s e me ja nte a Ti e n
toda s la s ma ra villa s de l cie lo y de la tie rra . Tus obra s s on pe rfe ctís ima s , tus juicios
ve rda de ros , y por tu provide ncia s e rige e l unive rs o. P or e s o a la ba nza y gloria a Ti, ¡oh
s a biduría de l P a dre ! Alá be te y be ndíga te mi boca , mi a lma , y junta me nte todo lo cre a do.

Capítulo XXII: De la m e m oria de los innum e rable s be ne ficios de Dios .

El Alma :
1. Abre , S e ñor, mi cora zón a tu le y, y e ns é ña me a a nda r e n tus ma nda mie ntos .
Concé de me que conozca tu volunta d, y con gra n re ve re ncia y dilige nte cons ide ra ción
te nga e n la me moria tus be ne ficios , a s í ge ne ra le s como e s pe cia le s , pa ra que pue da de
a quí a de la nte da rte digna me nte la s gra cia s . Ma s yo s é y confie s o que no pue do da rte la s
de bida s a la ba nza s y gra cia s por e l má s pe que ño de tus be ne ficios . Yo s oy me nor que
todos los bie ne s que me ha s he cho; y cua ndo miro tu ge ne ros ida d, de s fa lle ce mi e s píritu
a vis ta de tu gra nde za .

2. Todo lo que te ne mos e n e l a lma y e n e l cue rpo, y cua nta s cos a s pos e e mos e n lo
inte rior o e n e l e xte rior, na tura l o s obre na tura lme nte , s on be ne ficios tuyos , y te
e ngra nde ce n, como bie nhe chor, pia dos o y bue no, de quie n re cibimos todos los bie ne s .
Y a unque uno re ciba má s y otro mes ,no todo e s tuyo, y s in Ti no s e epu
de a lca nza r la
me nor cos a . El que má s re cibió, no pue de gloria rs e de s u me re cimie nto, ni e s tima rs e
s obre los de má s , ni de s de ña r a l me nor; porqu
e e s ma yor y me jor que me nos s e
a tribuye a s í, y e s má s humilde , de voto y a gra de cido. Y e l que s e tie ne por má s vil que
todos ,y s e juzga por má s indigno, e s tá má s dis pue s to pa ra re cibir ma yore s done s .

3. Ma s e l que re cibió me nos , no s e de be e ntris te ce r, indigna rs e , ni e nvidia r a l que tie ne


má s ; a nte s de be re ve re ncia rte , y e ngra nde ce r s obre ma ne ra tu bonda d, que ta n copios a ,
gra tuita y libe ra lme nte re pa rte tus be ne ficios , s in a ce pción de pe rs ona s . Todo proce de
de Ti, y por lo mis mo e n todo de be s s e r a la baTú do.s a be s lo que convie ne da rs e a ca da

64
Diarios de Avivamientos

uno. Y por que tie ne uno me nos y otro má s , no nos toca a nos otros dis ce rnirlo, s ino a
Ti, que s a be s de te rmina da me nte los me re cimie ntos de ca da uno.

4. P or e s o, S e ñor Dios , te ngo ta mbié n por gra nde be ne ficio no te ne r mucha s cos a s de
la s cua le s me a la be n y honre n los hombre s ; de modo que cua lquie ra que cons ide re la
pobre za y vile za de s u pe rs ona , no s ólo no re cibirá pe s a dumbre , ni tris te za , ni
a ba timie nto, s ino má s bie n cons ue lo y gra nde a le gría . P orque Tú, Dios , e s cogis te pa ra
fa milia re s domé s ticos tuyos a los pobre s , ba jos y de s pre cia dos de e s te mundo. Te s tigos
s on tus mis mos a pós tole s , a quie ne s cons tituis te príncipe s s obre toda la tie rra . Ma s
conve rs a ron e n e l mundo s in que ja y fue ron ta n humilde s y s e ncillos ; vivie ndo s in
ma licia ni fra ude , que s e a le gra ba n de pa de ce r injuria s por tu nombre , y a bra za ba n con
gra nde a fe cto lo que e l mundo a borre ce .

5. P or e s o ninguna cos a de be a le gra r ta nto a l que te a ma y re conoce tus be ne ficios ,


como tu volunta d pa ra con é l, y e l be ne plá cito de tu e te rna dis pos ición. Lo cua l le ha de
cons ola r de ma ne ra que quie ra ta n volunta ria me nte s e r e l me nor de todos como de s e a ría
otro e l s e r ma yor. Y a s í ta n pa cífico y conte nto de be e s ta r e n e l último luga r como e n e l
prime ro; y ta n de bue na na ga s ufrir ve rs e de s pre cia do y de s e cha do, y no te ne r nombre y
fa ma , como s i fue s e e l má s honra do y ma yor de l mundo. P orque tu volunta d y e l a mor
de tu honra ha de s e r s obre toda s la s cos a s ; y má s s e de be cons ola r y conte nta r una
pe rs ona con e s to, que condos to los be ne ficios re cibidos , o que pue de re cibir.

Capítulo XXIII: Cuatro cos as que caus an paz .

J e s ucris to:
1. Hijo, a hora te e ns e ña ré e l ca mino de la pa z y de la ve rda de ra libe rta d.

El Alma :
2. Ha z, S e ñor, lo que dice s , que me a le gra mucho de oírlo.

J e s ucris to:
3. P rocura , hijo, ha ce r a nte s la volunta d de otro que la tuya . Es coge s ie mpre te ne r
me nos que má s . Bus ca s ie mpre e l luga r má s ba jo, y e s tá s uje to a todos . De s e a s ie mpre ,
y rue ga que s e cumpla e n ti e nte ra me nte la divina volunta d. As íáesntra
e n rlos té rminos
de la pa z y de s ca ns o.

El Alma :
4. S e ñor, e s te tu bre ve s e rmón mucha pe rfe cción contie ne e n s í. Corto e s e n pa la bra s ,
pe ro lle no de s e ntido y de copios o fruto. Que s i lo pudie s e yo fie lme nte gua rda r, no
ha bía e ntra r e n mí la turba ciónn ta
fá cilme nte . P orque cua nta s ve ce s me s ie nto inquie to
y a gra va do, ha llo ha be rme a pa rta do de e s ta doctrina . Ma s Tú que todo lo pue de s , y
bus ca s s ie mpre e l prove cho de l a lma , da me gra cia má s a bunda nte pa ra que pue da
cumplir tu doctrina , y ha ce r lo que importa pa ra mi s a lva ción.
Ora ción contra los ma los pe ns a mie ntos

5. S e ñor, Dios mío, no te a le je s de mí: Dios mío, cuida de a yuda rme , pue s s e ha n
le va nta do contra mí va rios pe ns a mie ntos y gra nde s te more s que a flige n mi a lma .
¿ Cómo s a ldré s in da ño? ¿ Cómo los de s e cha ré ?

65
Diarios de Avivamientos

6. Yo, dice s , iré de la nte de ti, y humilla ré los s obe rbios de la tie rra . Abriré la s pue rta s de
la cá rce l, y te re ve la ré los s e cre tos de la s cos a s e s condida s .

7. Ha z, S e ñor, como lo dice s , y huya n de tu pre s e ncia todos los ma los pe ns a mie ntos .
Es ta e s mi e s pe ra nza y única cons ola ción, a cudir a Ti e n toda tribula ción, confia r e n Ti,
invoca rte de ve ra s , y e s pe ra r cons ta nte me nte que me cons ue
Orale ción
s . pidie ndo la
luz de l e nte ndimie nto

8. Alúmbra me , bue n J e s ús , con la cla rida d de tu lumbre inte rior, y quita de la mora da de
mi cora zón toda tinie bla . Re fre na mis mucha s dis tra ccione s , y que bra nta la s te nta cione s
que me ha ce n viole ncia . P e le a fue rte me nte por mí, y a huye nta la s ma la s be s tia s que s on
los a pe titos ha la güe ños , pa ra que ve nga la pa z con tu virtud, y re s ue ne la a bunda ncia de
tu a la ba nza e n e l s a nto pa la cio; e s to e s , e n la concie ncia limpia . Ma nda a los vie ntos y
te mpe s ta de s . Di a l ma r: s os ié ga te ; y a l cie rzo: No s ople s ; y ha brá gra n bona nza .

9. Envía tu luz y tu ve rda d pa ra que re s pla nde zca n s obre la tie rra , porque s oy tie rra va na
y va cía ha s ta que Tú me a lumbre s . De rra ma de lo a lto tu gra cia ; rie ga mi cora zón con e l
rocío ce le s tia l; concé de me la s a gua s de la de voción pa ra s a zona r la s upe rficie de la
tie rra ; porque produzca fruto bue ynope rfe cto. Le va nta e l á nimo oprimidoorpe l pe s o
de los pe ca dos , y e mple a todo mi de s e o e n la s cos a s de l cie lo: porque de s pué s de
gus ta da s ua vida d de la fe licida d ce le s tia l, me s e a e nfa dos o pe ns a r e n lo te rre s tre .

10. Apá rta me y líbra me de la tra ns itoria cons ola ción de la s cria tura s ; porque ninguna
cos a cria da ba s ta pa ra a quie ta r y cons ola r cumplida me nte mi a pe tito. Une me a Ti con e l
vínculo ins e pa ra ble de l a mor; porque Tú s olo ba s ta s a l que te a ma , y s in Ti toda s la s
cos a s s on de s pre cia ble s .

Capítulo XXIV: Cóm o s e ha de e vitar la curios idad de s abe r las vidas aje nas .

J e s ucris to:
1. Hijo, no quie ra s s e r curios o, ni te ne r cuida dos impe rtine nte s . ¿ Qué te va a ti de e s to o
de lo otro? S ígue me tú. ¿ Qué te importa que a que l s e a ta l o cua l; o que e s te viva o ha ble
de e s te o de l otro modo? No ne ce s ita s tú re s ponde r por otros , s ino da r ra zón de ti
mis mo. ¿ P ue s por qué te ocupa s e n e s o? Mira que yo conozco a todos ; ve o cua nto pa s a
de ba jo de l s ol, y s é de que ma ne ra e s tá ca da uno, qué pie ns a , que quie re , y a qué fin
dirige s u inte nción. P or e s o s e de be n e ncome nda r a Mí toda s la s cos a s ; pe ro tú
cons é rva te e n s a nta pa z, y de ja a l bullicios o ha ce r cua nto quis ie re . S obre é l ve ndrá lo
que hicie re , porque no pue de e nga ña rme .

2. No te nga s cuida do de la a utorida d y gra n nombre , ni de la fa milia rida d de muchos , ni


de l a mor pa rticula r de los hombre s . P orque e s to ca us a dis tra ccione s y gra nde s tinie bla s
e n e l cora zón. De bue na ga na te ha bla ría mi pa la bra , y te re ve la ría mis s e cre tos , s i tú
e s pe ra s e s con dilige ncia mi ve nida , y me a brie s e s la pue rta de l cora zón. Es tá a pe rcibido,
y ve la e n ora ción, y humílla te e n todo.

66
Diarios de Avivamientos

Capítulo XXV: En qué cons is te la paz firm e de l coraz ón, y e l ve rdade ro


aprove cham ie nto.

J e s ucris to:
1. Hijo, yo dije : La pa z os de jo, mi pa z os doy; y no la doy como la de l mundo. Todos
de s e a n la pa z; ma s no tie ne n todos cuida do de la s cos a s que pe rte ne ce n a la ve rda de ra
pa z. Mi pa z e s tá con los humilde s y ma ns os de cora. Tu
zónpa z la ha lla rá s e n la mucha
pa cie ncia . S i me oye re s y s iguie re s mi voz, podrá s goza r de mucha El paAlma
z. :
2. ¿ P ue s qué ha ré ?

J e s ucris to:
3. Mira e n toda s la s cos a s lo que ha ce s y lo que dice s , y dirige toda tu inte nción a l fin de
a gra da rme a Mí s olo, y on de s e a r ni bus ca r na da fue ra de Mí. Ni juzgue s
te me ra ria me nte de los he chos o dichos a je nos , ni te e ntre me ta s e n lo que no te ha n
e ncome nda do:con e s to podrá s e r poco o ta rde te turbe s . P orque e l no s e ntir
a lguna tribula ción, ni s ufrir a lguna fa tiga e n e l cora zón o e n e l cue rpo, no e s de e s te
s iglo, s ino propio de l e te rno de s ca ns o. No juzgue s , pue s , ha be r ha lla do la ve rda de ra
pa z, porque nos ie nta s a lguna pe s a dumbre ; ni que ya e s todo bue no, porque no
te nga s ningún a dve rs a rio; ni que e s tá la pe rfe cción e n que todo te s uce da s e gún tú
quie re s . Ni e ntonce te
s re pute s por gra nde o digno e s pe cia lme nte de a mor, porque
te nga s gra n de vocióny dulzura ; porque e n e s ta s cos a s no s e conoce e l ve rda de ro
a ma dor de la virtud, ni cons is te e n e lla s e l eprov
cho y pe rfe cción de l hombre .

El Alma :
4. ¿ P ue s e n qué cons is te , S e ñor?

J e s ucris to:
5. En ofre ce rtede todo tu cora zón a la divina volunta d, no bus ca ndo tu inte ré s e n lo
poco, ni e n lo mucho, ni e n lo te mpora l, ni e n lo e te rno. De ma ne ra que con ros tro igua l,
de s gra cia s a Dios e n la s cos a s prós pe ra s y a dve rs a s , pe s á ndolo todo con un mis mo
pe s o. S i fue re s ta n fue rte y firme e n la e s pe ra nza que , quitá ndote la cons ola ción inte rior,
a ún e s té dis pue s to tu cora zón pa ra pa de ce r ma yore s pe na s , y no te jus tifica re s , dicie ndo
que no de bie ra s pa de ce r ta le s ni ta nta s cos a s , s ino que me tuvie re s por jus to y a la ba re s
por s a nto e n todo lo que Yo orde na re , cre e e ntonce ue sa nda
q s e n e l re cto ca mino de la
pa z, y podrá s te ne r e s pe ra nza cie rta de ve r nue va me nte mi ros tro con júbilo. Y s i
lle ga re s a l pe rfe cto me nos pre cio de ti mis mo, s á be te que e ntonce s goza ra s de
a bunda ncia de pa z, cua nto ca be e n e s te de s tie rro.

Capítulo XXVI: De la e le vación de l e s píritu libre , la cual s e alcanz a m e jor con la


oración hum ilde que con la le ctura.

El Alma :
1. S e ñor, obra e s de va rón pe rfe cto no e ntibia r nunca e l á nimo e n la cons ide ra ción de la s
cos a s ce le s tia le s , y e ntre muchos cuida dos pa s a r ca s i s in cuida do, no a la ma ne ra de un
e s túpido, s ino con la pre rroga tiva de un a lma libre , que no pone de s orde na do a fe cto e n
cria tura a lguna .

67
Diarios de Avivamientos

2. Rué gote pia dos ís imo Dios mío, que me a pa rte s de los cuida dos de e s ta vida , pa ra que
no me e mba ra ce de ma s ia do e n e llos ; pa ra que no me de je lle va r de l de le ite ni de la s
mucha s ne ce s ida de s de l cue rpo; pa ra que no pie rda e l fruto con los muchos obs tá culos y
mole s tia s de l a lma . No ha blo de la s cos a s que nida
la va
d munda na de s e a con ta nto
a fe cto; s ino de a que lla s mis e ria s que pe nos a me nte a gra va n y de tie ne n e l a lma de tu
s ie rvo, con la común ma ldición de los morta le s ; pa ra que no pue da a lca nza r la libe rta d
de l e s píritu cua nta s ve ce s quis ie re .

3. ¡Oh, Dios mío, dulzura ine fa ble ! Convié rte me e n a ma rgura todo cons ue lo ca rna l, que
me a pa rta de l a mor de los e te rnos lis onje á ndome torpe me nte con la vis ta
de bie ne ste mpora le s que de le ita n. No me ve nza , Dios mío, no me ve nza la ca rne y la
s a ngre ;no me e nga ñe e l mundo y s u bre ve gloria ; nome de rribe e l de monio y s u
a s tucia . Da meforta le za pa ra re s is tir, pa cie ncia pa ra s ufrir, cons ta ncia pa ra pe rs e ve ra r.
Da me e n luga r de toda s la s cons ola cione s de l mundo la s ua vís ima unción de tu
s píritu; y e n luga r de al mor ca rna l infúnde me e l a mor de tu nombre .

4. P orque muy e mba ra zos a s s on pa ra e l e s píritu fe rvoros o la comida , la be bida , e l


ve s tido, y toda s la s de má s cos a s ne ce s a ria s pa ra s us te nta r e l cue rpo. Concé de me us a r de
todo lo ne ce s a rio te mpla da me nte , y que no me ocupe lloecon
n e s obra do a fe cto. No e s
lícito de ja rlo todo, porque s e ha de s us te nta r la na tura le za ; pe ro la le y s a nta prohíbe
bus ca r lo s upe rfluo y lo que má s de le ita ; porque de otro modo la ca rne s e re be la rá
contra e l e s píritu. Rué gote , S e ñor, que me rija y eenstue ma ñ no e n e s ta s cos a s pa ra que
e n na da me e xce da .

Capítulo XXVII: El am or propio nos de s vía m ucho de l bie n e te rno.

J e s ucris to:
1. Hijo, convie ne que lo de s todo por e l todo; y no s e r na da de ti mis mo. S a be que a mor
propio te da ña má s que ningunas acode l mundo. S e gún fue re e l a mor y a fición que
tie ne s a la s cos a s , e s ta rá s má s o me nos liga do a e lla s . S i tu a mor fue re puro, s e ncillo y
bie n orde na do, no s e rá s e s cla vo de ninguna . No codicie s lo que no te convie ne te ne r. No
quie ra s te ne r cos a que te pue a impe
d dir y quita r la libe rta d inte rior. Es de a dmira r que
no te e ntre gue s a Mí de lo íntimo de l cora zón, con todo lo que pue de s te ne r o de s e a r.

2. ¿ P or qué te cons ume s con va na tris te za ? ¿ P or qué te fa tiga s con s upe rfluos cuida dos ?
Es tá a mi volunta d, noy s e ntirá s da ño a lguno. S i bus ca s e s to o a que llo, y quis ie re s e s ta r
a quí o a llí por tu prove cho, y propia volunta d, nunca te ndrá s quie tud, ni e s ta rá s libre de
cuida dos ; porque e n toda s ha y a lguna fa lta , y e n ca da luga r ha brá quie n te ofe nda .

3. Y a s í, no cua lquie r cos a a lca nza da o multiplica da e xte riorme nte a prove cha ; s ino má s
bie n la de s pre cia da y de s a rra iga da de l cora zón. No e ntie nda s e s o s ola me nte de la s
pos e s ione s y de la s rique za s ; s ino ta mbié n de la a mbición de la honra , y de s e o de va na s
a la ba nza stodo
, lo cua l pa s a con e l mundo. Importa poco e l luga r, s i fa lta e l fe rvor de l
e s píritu; ni dura rá mucho la pa z bus ca da por de fue ra , s i fa lta e l ve rda de ro funda me nto
de la dis pos ición de l cora zón; quie ro de cir, s i no e s tuvie s e s e n Mí, pue de s muda rte , pe ro
no me jora rte . P orque e n lle ga ndo y a gra da ndo la oca s ión, ha lla rá s lo mis mo que huía s , y
má s . Ora ción pa ra pe dir la limpie za de cora zón, y la S a biduría ce le s tia l.

68
Diarios de Avivamientos

El Alma :
4. Confírma me , S e ñor, e n la gra cia de l Es píritu S a nto. Da me e s fue rzo pa ra fortarme le ce
e n mi inte rior, y de s ocupa r mi cora zón de toda inútil s olicitud y congoja , y pa ra que no
me lle ve n tra s s í, ta n va rios de s e os por cua lquie r cos a vil o pre cios a ; s ino que la s mire
toda s como pa s a je ra s , y a mí mis mo como que he de pa s a r con e lla s .na P da
orque
ha y
pe rma ne nte de ba jo de l s ol, a donde todo e s va nida d y a flicción de e s píritu. ¡Oh! ¡Cuá n
s a bio e s e l que a s í pie ns a !

5. Da me , S e ñor, s a biduría ce le s tia l, pa ra que a pre nda a bus ca rte y ha lla rte s obre toda s
la s cos a s , gus ta rte y a ma rte s obre todae nte
s ynde r lo de má s como e s , s e gún e l orde n de
tu s a biduría . Da me prude ncia pa ra de s via rme de l lis onje ro, y s ufrir con pa cie ncia l
a dve rs a rio.P orque e s ta e s muy gra n s a biduría , no move rs e a todo vie nto de pa la bra s , ni
ta mpoco da r ídoso a la e nga ños a s ire na , pue s a s í s e a nda con s e gurida d e l ca mino de l
cie lo.

Capítulo XXVIII: Contra las le nguas m aldicie nte s .

J e s ucris to:
1. Hijo, no te e noje s s i a lgunos tuvie re n ma la opinión de ti, y dije re n lo que no quis ie ra s
oír. Tú de be s s e ntir de ti pe ore s cos a s , y te ne rte por e l má s fla co de todos . S i a nda s
de ntro de ti, no a pre cia rá s mucho la s pa la bra s que vue la n. No e s poca prude ncia ca lla r
e n e l tie mpo a dve rs o, y volve rs e a mi cora zón, s in turba rs e por los juicios huma nos .

2. No e s té tu pa z e n la boca de los hombre s ; pue s s i pe ns a re n de ti bie n o ma l, no s e rá s


por e s o hombre dife re nte . ¿ Dónde e s tá la ve rda de ra pa z y la ve rda de ra gloria s ino e n
Mí? Y e l que no de s e a conte nta r a los hombre s , ni te me de s a gra da rlos , goza rá de mucha
pa z. De l de s orde na do a mor y va nomor,te na ce todo de s a s os ie go de l cora zón, y la
dis tra cción de los s e ntidos

Capítulo XXIX: Cóm o de be m os llam ar a Dios y be nde cirle e n e l tie m po de la


tribulación.

El Alma :
1. S e a tu nombre , S e ñor, pa ra s ie mpre be ndito, que quis is te que vinie s e seobres ta mí
te nta ción y tribula ción. Yo no pue do huirla ; s ino que ne ce s ito a cudir a Ti, pa ra que me
a yude s , y me la convie rta s e n prove cho. S e ñor; a hora e s toy a tribula do, y no le va bie n a
mi cora zón; s ino que me a torme nta mucho e s ta pa s ión. Y ¿ qué diré a hora , P a dre
a ma do? Rode a do e s toy de a ngus tia s . S á lva me e n e s ta hora . Ma s he lle ga do a e s te
tra nce , pa ra que s e a s Tú glorifica do cua ndo yo e s tuvie re muy humilla do y fue re libra do
por Ti. Dígna te , S e ñor, libra rme ; porque yo, pobre , ¿ qué pue do ha ce r, y a dónde iré s in
Ti? Da me pa cie ncia , S e ñor, ta mbié n e n e s te tra nce . Ayúda me , Dios mío, y no te me ré
por má s a tribula do que me ha lle .

2. Y e ntre e s ta s congoja s , ¿ qué diré a hora ? Há ga s e , S e ñor, tu volunta d. Bie n he


me re cido yo s e r a tribula do y a ngus tia do. Aún me convie ne s ufrir; y ¡oja lá s e a con
pa cie ncia , ha s ta que pa s e la te mpe s ta d y ha ya bona nza ! P ue s pode ros a e s tu ma no

69
Diarios de Avivamientos

omnipote nte pa ra quita r de mí e s ta te nta ción, y a ma ns a r s u furor, porque de l todo no


ca iga ; a s í como a nte s lo ha s he cho mucha s ve ce s , Dios mío, mis diae ricor
mía . Y cua nto
pa ra mí e s má s difícil, ta nto e s pa ra Ti fá cil e s ta muda nza de la die s tra de l Altís imo.

Capítulo XXX: Cóm o s e ha de pe dir e l favor divino, y de la confianz a de re cobrar la


gracia.

J e s ucris to:
1. Hijo, yo s oy e l S e ñor, que conforta eelndía de la tribula ción. Ve n a Mí, cua ndo no te
ha lla re s bie n. Lo que má s impide la cons ola ción ce le s tia l, e s que muy ta rde vue lve s a la
ora ción. P orque a nte s de ora r con a te nción, bus ca s mucha s cons ola cione s , y te re cre a s
e n lo e xte rior. De a quí vie ne que todo te a prove cha poco, ha s ta que conozca s que yo s oy
e l que libro a los que e s pe ra n e n Mí; y fue ra de Mí no ha y a uxilio e fica z, cons e jo
prove chos o, ni re me dio dura ble . Ma s re cobra do e l a lie nto de s pué s de la te mpe s ta d,
e s fué rza te a la luz de mis mis e ricordia s ; porque ce rca e s toy (dice e l S e ñor) pa ra re pa ra r
todo lo pe rdido, no s ólo cumplida , s ino a bunda nte y colma da me nte .

2. ¿ P or ve ntura ha y cos a difícil pa ra Mí? ¿ O s e ré yo como e l que dice y no ha ce ?


¿ Dónde e s tá tu fe ? Te n firme za y pe rs e ve ra ncia . S é va rón fue rte y ma gná nimo, y a s u
tie mpo te lle ga rá e l cons ue lo. Es pé ra me , e s pe ra ; Yo ve ndré y te cura ré . Te nta ción e s la
que te a torme nta , y va no te mor e l que te e s pa nta . ¿ Qué a prove cha e l cuida do de lo que
e s tá por ve nir, s ino pa ra te ne r tris te za s obre tris te za ? Bá s ta le a ca da día s u mole s tia .
Va na cos a e s y s in prove cho e ntris te ce rs e o a le gra rs e de lo ve nide ro, que quizá s nunca
a ca e ce rá .

3. P e ro e s propio de la huma na fla que za e nga ña rs e con ta le s ima gina cione s ; y ta mbié n
e s s e ña l de poco á nimo de ja rs e burla r ta n lige ra me nte de l e ne migo. P ue s e l que no cuida
que s e a ve rda de ro o fa ls o a que llo con que nos burla o e nga ña ; o s i de rriba rá con e l a mor
de lo pre s e nte , o con e l te mor de lo futuro. No s e turbe , pue s , ni te ma tu cora zón. Cre e
e n Mí, y te n confia nza e n mi mis e ricordia . Cua ndo pie ns a s que e s tá s le jos de Mí, e s toy
má s ce rca de ti re gula rme nte . Cua ndo pie ns a s que e s tá todo ca s i pe rdido, e ntonce s
mucha s ve ce s e s tá ce rca la ga na ncia de l me re ce r. No e s tá todo pe rdido cua ndo a lguna
cos a te s uce de contra riaNo . de be s juzga r como s ie nte s a hora , ni e mba ra za rte ni
a congoja rte con cua lquie r contra rie da d que te ve nga , como s i no hubie s e e s pe ra nza de
re me dio.

4. No te te nga s por de s a mpa ra do de l todo, a unque te e nvíe a tie mpos a lguna tribula ción,
o te prive de l cons ue lo de s e a do; porque de e s te modo s e lle ga a l re ino de los cie los . Y
s in duda te convie ne má s a ti, y a los de má s s ie rvos míos , s e r e je rcita dos e n
a dve rs ida de s , que s i todo os s uce die s e a vue s tro gus to. Yo pe ne tro los s e cre tos ; y s é que
te convie ne muchopa ra tu bie n, que a lguna s ve ce s te de je de s cons ola do; pa ra que no te
e ns obe rbe zca s e n los s uce s os prós pe ros , ni quie ra s compla ce rte e n ti mis mo por lo que
no e re s . Lo que yo te di, te lo pue do quita r, y volvé rte lo cua ndo me a gra da re .

5. Cua ndo te lo die re , mío e s : cua ndo te lo quita re , no tomo cos a tuya , pue s mía e s
cua lquie r dá diva bue na y todo don pe rfe cto. S i te e nvia re pe s a dumbre , o a lguna
contra rie da d, no te indigne s , ni de s fa lle zca tu cora zón. P re s to pue do le va nta rte , y muda r
toda pe na e n gozo. J us to s oy, y digno de s e r a la ba do, cua ndo a s í me porto contigo.

70
Diarios de Avivamientos

6. S i bie n lo e ntie nde s y lo mira s a la luz de la ve rda d, nunca te de be s e ntris te ce r, ni


de s ca e ce r ta nto por la s a dve rs ida de s ; s ino a nte s holga rte má s y da rme gra cia s . Y te ne r
por único gozo e l ve r que a fligié ndote con doloreos ,te conte mplo. As í como me a mó
e l P a dre , Yo os a mo, dije a mis a ma dos dis cípulos , los cua le s no e nvié a gozos
te mpora le s , s inoa gra nde s pe le a s ; no a honra s , s ino a de s pre cios ; no a ocio, s ino a
tra ba jos ; no a l de s ca ns so,ino a re coge r gra nde s frutos de pa cie ncia . Acué rda te , hijo
mío, de e s ta s pa la bra s .

Capítulo XXXI: De l de s pre cio de todas las criaturas para hallar al Criador.

El Alma :
1. S e ñor, ne ce s a ria me e s a ún ma yor gra cia , s i te ngo de lle ga r a donde na die ni cria tura
a lguna me pue da n e mba ra za r. P orque mie ntra s que a lguna cos a me de tie ne , no pue do
vola r a Ti libre me nte . De s e a ba vola r libre me nte e l que de cía : ¿ Quié n me da rá a la s como
de pa loma , y vola ré y de s ca ns a ré ? ¿ Qué cos a ha y má s quie ta que la pura inte nción? Y
¿ quié n má s libre que e l que na da de s e a e n la tie rra ? P or e s o convie ne le va nta rs e s obre
todo lo cria do, y olvida rs e tota lme nte de s í mis mo, e le vá ndos e , y que da ndo s us pe ns o
pa ra ve r que Tú, Cria dor de todo, no tie ne s s e me ja nza con la s cria tura s . Ynoe lsque
e
de s ocupa re de lo cria do, no podrá libre me nte e nte nde r e n lo divino. P or e s to, pue s , s e
ha lla n pocos conte mpla tivos , porque s on ra ros los que s a be n de s a s irs e de l todo de la s
cria tura s y de lo pe re ce de ro.

2. P a ra e s o e s me ne s te r gra n gra cia , que le


e va
e l nt
a lma y la s uba s obre s í mis ma . P e o
s i no e le va a l hombre le va nta do e n e s píritu y libre de todo lo cria do, y todo unido a
Dios , de poca e s tima e s cua nto s a be y cua nto tie ne . Mucho tie mpo s e rá niño y munda no
e l que e s tima a lguna cos a por gra nde , s ino s olo e l único, inme ns o y e te rno bie n. Y lo
que Dios no e s , na da e s , y por na da s e de be conta r. Ha y gra n dife re ncia e ntre la
s a biduría de l va rón ilumina do y de voto, y la cie ncia de l le tra do y de l e s tudios o clé rigo.
Mucho má s noble e s la doctrina que e maenala dinflue ncia divina , que la que s e a lca nza
con e l tra ba jo por e l inge nio huma no.

3. S e ha lla n muchos que de s e a n la conte mpla ción: pe ro no procura n e je rcita r la s cos a s


que pa ra e lla s e re quie re n. Es gra nde impe dime nto fija rs e e n la s cos a s e xte riore s y
s e ns ible s , y de s cuida r la ve rda de ra mortifica ción. No s é que e s , ni qué e s píritu nos lle va ,
ni qué e s pe ra mos los que pa re ce s omos lla ma dos e s piritua le s , cua ndo ta nto tra ba jo y
s olicitud pone mos e n la s cos a s tra ns itoria s y vile s , y con dificulta d y muy nos ta rde
re coge mos de l todo a cons ide ra r nue s tro inte rior.

4. ¡Oh dolor! Que a l mome nto que nos he mos re cogido un poco, nos dis tra e mos y no
e s cudriña mos nue s tra s obra s con riguros o e xa me n. No mira mos dónde te ne mos
nue s tra s a fliccione s , ni llora mos cuá n ma ncha da s e s tá n toda s nue s tra s cos a s . Toda ca rne
ha bía corrompido s u ca mino, y por e s o s e s iguió e l gra n diluvio. P orque nue s tro a fe cto
inte rior e s ta ndo corrompido, e s ne ce s a rio que la obra que de é l dima na (s e ña l de la
priva ción de la virtud inte rior) ta mbié n s e corrompa . De l cora zón puro proce de e l fruto
de la bue na ida v .

71
Diarios de Avivamientos

5. S e e xa mina cua nto ha ce a lguno; pe ro no inda ga mos de cuá nta virtud proce de n s us
a ccione s . S e a ve rigua s i a lguno e s va lie nte , rico, he rmos o, há bil o bue n e s critor, bue n
ca ntor, bue n a rtis ta ; pe ro poco s e ha bla de cuá n pobre s e a de e s píritu, cuá n pa cie nte y
ma ns o, cuá n de voto y re cogido. La na tura le za mira la s cos a s e xte riore s de l hombre ; ma s
la gra cia s e ocupa e n la s inte riore s . Aque lla mucha s ve ce s s e e nga ña , y é s ta e s pe ra e n
Dios pa ra no e nga ña rs e .

Capítulo XXXII: De la abne gación de s í m is m o, y abdicación de todo ape tito.

J e s ucris to:
1. Hijo, no pue de s pos e e r libe rta d pe rfe cta , s i no te nie ga s de l todo a ti mis mo. En
pris ione s e s tá n todos los ricos y a ma dore s de s í mis mos , los codicios os , ocios os y
va ga bundos , y los que bus ca n s ie mpre la s cos a s de gus to, y no la s de J e s ucris to: s ino
que a nte s compone n e inve nta n mucha s ve ce s lo que no ha de dura r. P orque todo lo que
no proce de de Dios pe re ce rá . Imprime e n tu a lma e s ta bre ve y pe rfe ctís ima má xima :
Dé ja lo todo, y lo ha lla rá s todo; de ja tu a pe tito, y ha lla rá s s os ie go. Re fle xion bie n e s to;
y cua ndo cumplie re s , lo e nte nde rá s todo.

El Alma :
2. S e ñor, no e s e s ta obra de un día , ni jue go de niños ; a nte s e n ta n bre ve s e nte ncia s e
e ncie rratoda la pe rfe cción re ligios a .

J e s ucris to:
3. Hijo, no de be s volve r a trá s , ni de ca e r pre s to e n oye ndo e l ca mino de los pe rfe ctos ;
a nte s de be s e s forza rte pa ra cos a s má s a lta s , o a lo me nos a s pira r a e lla s con de s e o.
¡Oja lá hubie s e s lle ga do a ta nto que no fue s e s a ma dor de ti mis mo, y e s tuvie s e s
dis pue s to pura me nte a mi volunta d y a la de l s upe rior que te he da do! Entonce s me
a gra da ría s s obre ma ne ra , y toda tu vida corre ría gozos a y pa cífica . Aún tie ne s mucho
que de ja r, que s i no lo re nuncia s e nte ra me ntea,lca
nonza rá s lo qu
e pide s . P a ra que s e a s
rico, te a cons e jo que compre s de Mí oro a ce ndra do, e s to e s , la s a biduría ce le s tia l que
de s pre cia compla ce ncia .

4. Yo te dije que la s cos a s má s vile s a l pa re ce r huma no, s e de be n compra r con la s


pre cios a s y a lta s . P orque muy vil y pe que ña pa re ce la ve rda de ra s a biduría ce le s tia l,
pue s ta ca s i e n olvido e ntre los hombre s . Ella no s a be gra nde za s de s í, ni quie re s e r
e ngra nde cida e n la tie rra . Es tá e n la boca de muchos , pe ro muy le jos de s us obra s ,
s ie ndo e lla una pe rla preos
ciís ima , e s condida pa ra los má s .

Capítulo XXXIII: De la incons tancia de l coraz ón, y que la inte nción final s e ha de
dirigir a Dios .

J e s ucris to:
1. Hijo, no cre a s a tu de s e o; pue s e l que a hora e s , pre s to s e te muda rá e n otro. Mie ntra s
vivie re s , e s tá s s uje to a muda nza s , a unque no quie ra s , porque ya te ha lla rá a le gre , ya
tris te , ya s os e ga do, ya turba do, ya de voto, ya inde voto, ya dilige nte , ya pe re zos o; a hora
pe s a do, a hora livia no. Ma s e l s a bio bie n ins truido e n e l e s píritu, e s s upe rior a e s ta s

72
Diarios de Avivamientos

muda nza s : no mira ndo lo que e xpe rime nta de ntro de s í, ni de que pa rte s opla e l vie nto
de la ins ta bilida d; s ino a dirigir toda la inte nción de s u e s píritu a l de bido y de s e a do fin.
P orque a s í podrá pe rma ne ce r s ie mpre e l mis mo e ile s o e n ta n va rios ca s os , dirigie ndo a
Mí s in ce s a r la mira de s u s e ncilla inte nción.

2. Y cua nto má s pura fue re , ta nto e s ta rá má s cons ta nte e ntre la s dive rs a s te mpe s ta de s .
P e ro e n mucha s cos a s s e obs cure ce n los ojos de la pura inte nción, porque s e mira
fá cilme nte a lo que s e pre s e nta como de le ita ble . As í e s , que ra ra ve z s e ha lla quie n e s té
e nte ra me ntelibre de s u propio inte ré s . De e s te modo, los judíos e n otro tie mpo
vinie ron a ca s a de Ma rta y Ma ría Ma gda leena n Be ta nia , no s ólo por J e s ús , s i ta mbié n
pa ra ve r a Lá za ro. Dé be ns e , pue
, limpia
s r los ojos de la inte nción, pa ra que s e a s e ncilla
y re cta , y s e e nde re ce a Mí s in de te ne rs e e n los me dios .

Capítulo XXXIV: Que Dios e s para quie n lo am a, m ás de licios o que todo, y e n todo.

El Alma :
1. ¡Oh mi Dios y mi todo! ¿ Qué má s quie ro yo y qué ma yor dicha pue do a pe te ce r? ¡Oh
s a bros a y dulce pa la bra ! P e ro pa ra quie n a ma a Dios , y no a l mundo ni a lo que e n é l
e s tá . Mi Dios y mi todo. Al que e ntie nde , ba s ta lo dicho: y re pe tirlo mucha s ve ce s , e s
de le ita ble a l que a ma . P orque e s ta ndo Tú epre nte s, todo e s a gra da ble ; ma s e s ta ndo
a us e nte , todo fa s tidios o. Tú ha ce s e l cora zón tra nquilo y da s gra n pa z y a le gría fe s tiva .
Tú ha ce s s e ntir bie n de todo y que te a la be n toda s la s cos a s . No pue de cos a a lguna
de le ita r mucho tie mpo s in Ti; pe ro s i ha deraadag r y gus ta rs e de ve ra s , convie ne que tu
gra cia la pre s e ncie y tu s a biduría la s a zone .

2. A quie n Tú e re s s a bros o ¿ qué no le s a brá bie n? Y a quie n de Ti no gus ta , ¿ qué le


podrá a gra da r? Ma s los s a bios de l mundo, y los que lo s on s e gún la ca rne , no tie ne n
ide a de tu s a biduría ; e n a qué llos s e e ncue ntra mucha va nida d, y e n é s tos la mue rte . P e ro
los que te s igue n, de s pre cia ndo a l mundo y mortifica ndo s u ca rne , e s tos s on ve rda de ros
s a bios , porque pa s a n de la va nida d a la ve rda d, y de la ca rne a l e s píritu.
e s tos A
e s Dios
s a bros o, y cua nto bie n ha lla n e n la s cria tura s , todo lo re fie re n a gloria de s u Cria dor.
P e ro dife re nte y muy dife re nte e s e l s a bor de l Cria dor y de la cria tura , de la e te rnida d y
de l tie mpo, de la luz incre a da y de la luz cre a da .

3. ¡Oh luz pe rpe tua , que e s tá s s obre toda luz cre a da ! Envía de s de lo a lto ta l re s pla ndor,
que pe ne tre todo lo s e cre to de mi cora zón. P urifica , a le gra , cla rifica y vivifica mi
e s píritu y s us pote ncia s , pa ra que s e una contigo con e xce s o de júbilo. ¡Oh, cuá ndo
ve ndrá e s ta dichos a y de s e a da hora , pa ra que Tú me ha rte s con tu pre s e ncia y me s e a s
todo e n toda s la s cos a s ! Entre ta nto que e s to no s e me conce die re no te ndré gozo
cumplido. Ma s ¡a y dolor! que vive a ún e l hombre vie jo e n mí; no e s tá de l todo
crucifica do, ni pefe r cta me nte mue rto. Aún codicia viva me nte contra e l e s píritu; mue ve
gue rra s inte riore s y no cons ie nte que e s té quie to e l dominio de l a lma .

4. Ma s Tú, que s e ñore a s e l pode río de l ma r y a ma ns a s e l movimie nto de s us onda s ,


le vá nta te y a yúda me . De s truye laes nte
g s que bus ca n gue rra s ; que brá nta la s con tu
virtud. Rué gote que mue s tre s tus ma ra villa s , y que s e a glorifica da tu die s tra , porque no
te ngo otra e s pe ra nza ni otro re fugio s ino a Ti, S e ñor Dios mío.

73
Diarios de Avivamientos

Capítulo XXXV: En e s ta vida no hay s e guridad de care ce r de te ntacione s .

J e s ucris to:
1. Hijo, nunca e s tá s s e guro e n e s ta vida ; porque mie ntra s vivie re s , tie ne s ne ce s ida d de
a rma s e s piritua le s . Entre e ne migos a nda s ; a die s tra y a s inie s tra te comba te n. S i pue s no
te va le s de l e s cudo de la pa cie ncia a ca da ins ta nte , no e s ta rá s mucho tie mpo s in he rida .
De má s de e s to, s i no pone s tu cora zón fijo e n Mí, con pura volunta d de s ufrir por Mí
todo cua nto vinie re , no podrá s pa s a r e s ta re cia ba ta lla , ni a lca nza r la pa lma de los
bie na ve ntura dos . Convié ne te , pue s , rompe r va ronilme nte con todo, y pe le a r con mucho
e s fue rzo contra lo que vinie re . P orque a l ve nce dor s e da e l ma ná , y a l pe re zos o le
a gua rda mucha mis e ria .

2. S i bus ca s de s ca ns o e n e s ta vida , ¿ cómo ha lla rá s e ntonce s la e te rna bie na ve ntura nza ?


No procure s mucho de s ca ns o, s ino mucha pa cie ncia . Bus ca la ve rda de ra pa z, no e n la
tie rra , s ino e n e l cie lo: no e n los hombre s ni e n la s de má s cria tura s , s ino e n Dios s olo.
P or a mor de Dios de be s pa de ce r de bue na ga na toda s la s cos a s a dve rs a s ; como s on
tra ba jos , dolore s , teantcione s , ve ja cione s , congoja s , ne ce s ida de s , dole ncia s , injuria s ,
murmura cione s , re pre ns ione s , humilla cione s , confus ione s , corre ccione s y
me nos pre cios . Es ta s cos a s a prove cha n pa ra la virtud; e s ta s prue ba n a l nue vo s olda do de
Cris to; e s ta s fa brica n la corona ce le s tia l. Yo da ré e te rno ga la rdón por bre ve tra ba jo, y
gloria infinita por la confus ión pa s a je ra .

3. ¿ P ie ns a s te ne r s ie mpre cons ola cione s e s piritua le s a l s a bor de tu pa la da r? Mis a ntos


no s ie mpre la s tuvie ron, s ino mucha s pe s a dumbre s , dive rs a s te nta cione s y gra nde s
de s cons ola cione s . P e ro la s s ufrie ron toda s con pa cie ncia y confia ron má s e n Dios que
e n s í; porque s a bía n que no s on e quiva le nte s toda s la s pe na s de e s ta vida , pa ra me re ce r
la gloria ve nide ra . ¿ Quie re s ha lla r de pronto lo que muchos , de de s puécopios
s as
lá grima s y tra ba jos , con dificulta d a lca nza ron? Es pe ra e n e l S e ñor, tra ba ja y e s fué rza te
va ronilme nte ; no de s confíe s , no huya s ; ma s ofre ce e l cue rpo y e l a lma por la gloria de
Dios con gra n cons ta ncia .

Capítulo XXXVI: Contra los vanos juicios de los hom bre s .

J e s ucris to:
1. Hijo, pon tu cora zón fija me nte e n Dios , y no te ma s los juicios huma nos cua ndo la
concie ncia no te a cus a . Bue no e s , y dichos o ta mbié n pa de ce r de e s ta s ue rte ; y e s to no e s
duro a l cora zón humilde que confía má s e n Dios que e n s í mis mo. Los má s ha bla n
de ma s ia da me nte , y por e s o s e le s de be poco cré dito. Y ta mbié n s a tis fa ce r a todos no e s
pos ible . Aunque S a n P a blo tra ba jó e n conte nta r a todos e n e l S e ñor, y fue pa ra todos ;
s in e mba rgo, e n na da tuvo e l s e r juzga do de l mundo.

2. Mucho hizo por la s a lud y e difica ción de los otros tra ba ja ndo cua nto pudo y e s ta ba de
s u pa rte ; pe ro no s e pudo libra r de que le juzga s e n y de s pre cia s e n a lguna ve ce s . P or
e s o lo e ncome ndó todo a Dios , que le conoce todo, y con pa cie ncia y humilda d s e
de fe ndíade la s ma la s le ngua s y de los que pie ns a n va nida de s y me ntira s , y la s dice n
como s e le s

74
Diarios de Avivamientos

a ntoja . Y ta mbié n re s pondió a lguna s ve ce s , porque no s e e s ca nda liza s e n a lguna s a lma s


dé bile s e n ve rle ca lla r.

3. ¿ Quié n e re s tú pa ra que te ma s a l hombre morta l? Hoy e s , y ma ña na no pa re ce . Te me


a Dios , y no te e s pa nte s de los hombre s . ¿ Qué te pue de ha ce r e l hombre con pa la bra s o
injuria s ? Má s bie n s e da ña a s í mis mo que a ti; y cua lquie ra que s e a , no podrá huir e l
juicio de Dios . Te n pre s e nte a Dios , y no contie nda s con pa la bra s de que ja . Y s i a hora
que da s de ba jo, a l pa re ce r, y s ufre s la humilla ción que no me re cis te , no te indigne s por
e s o, ni por la impa cie ncia dis minuya s tu victoria . S ino míra me a Mí e n e l cie lo, que
pue do libra r de toda confus ión e injuria , y da r a ca da uno s e gún s us obra s .

Capítulo XXXVII: De la pura y e nte ra re nuncia de s í m is m o para alcanz ar la libe rtad


de l coraz ón.

J e s ucris to:
1. Hijo, dé ja te a ti y me ha lla rá s a Mí. Vive s in volunta d ni a mor propio, y ga na rá s
s ie mpre . P orque a l punto que te re nuncia re s s in re s e rva , s e te da rá ma yor gra cia .

El Alma :
2. S e ñor, ¿ cuá nta s ve ce s me re nuncia ré , y e n qué cos a s me de ja ré ?

J e s ucris to:
3. S ie mpre , y a ca da hora , a s í e n lo poco como e n lo mucho. Na da e xce ptúo, s ino que e n
todo te quie ro ha lla r de s nudo. De otro modo, ¿ cómo podrá s s e r mío y yo tuyo, s i no te
de s poja s de toda volunta d inte rior y e xte riorme nte ? Cua ndo má s pre s to hicie re s e s to,
ta nto me jor te irá ; y cua nto má s pura y cumplida me nte , ta nto má s me a gra da rá s y
mucho má s ga na rá s .

4. Algunos s e re nuncia n, pe ro con a lguna e xce pción no confía n e n Dios de l todo, y por
e s o tra ba ja n e n mira r por s í. Ta mbié n a lgunos a l principio lo ofre ce n todo; pe ro
de s pué s , comba tidos de a lguna te nta ción, s e vue lve n a s us comodida de s , y por e s o no
a prove cha n e nla virtud. Es tos nunca lle ga rá n a la ve rda de ra libe rta d de l cora zón puro ni
a la gra cia de mi s ua ve fa milia rida d, s i no s e re nuncia n a nte s ha cie ndo de l todo ca da día
s a crificios de s í mis mos , s in lo cua l no e s tá n ni e s ta rá n e n la unión con que s e goza de
mí.

5. Mucha s ve ce s te dije , y a hora te lo vue lvo a de cir: Dé ja te a ti, re núncia te y goza rá s de


gra nde pa z inte rior. Da lo todo por e l todo: na da bus que s , na da e xija s ; e s tá pura me nte y
s in duda r e n Mí, y me pos e e rá s . S e rá s libre de cora zón y no te áofus n laca
s tinie
r bla s .
Enca mina todos tus e s fue rzos , de s e os y ora cione s a l fin de de s poja rte de todo a pe go,
pa ra s e guir a s í de s nudo a J e s ús de s nudo, morir pa ra ti, y vivir pa ra Mí e te rna me nte .
Entonce s s e de s va ne ce rá n toda s la s va na s ima gina cione s , la s pe rturba cione s ma la s , y los
cuida dos s upe rfluos . Entonce s ta mbié n de s a pa re ce rá e l te mor e xce s ivo y morirá e l a mor
de s orde na do.

Capítulo XXXVIII: De l bue n ré gim e n e n las cos as e xte riore s y de l re curs o a Dios e n los

75
Diarios de Avivamientos

pe ligros .

J e s ucris to:
1. Hijo, con dilige ncia de be s mira r que e n cua lquie r luga r y e n toda ocupa ción e xte rior,
e s té s muy de ntro de ti, libre y s er ño de ti mis mo; y que toda s la s cos a s e s té n de ba jo de
ti; y no tú de ba jo de e lla s . P a ra que s e a s s e ñor y dire ctor de tus obra s , no s ie rvo ni
e s cla vo ; s ino má s bie n libre y ve rda de ro is ra e lita , que pa s a a la s ue rte y
libe rta d de los hijos de Dios . Los cua le s de s pre cia n la s cos a s pre s e nte s y a tie nde n a la s
e te rna s .Mira n lo tra ns itorio con e l ojo izquie rdo, y con e l de re cho lo ce le s tia l. Y no
los a tra e nla s cos a s te mpora le s pa ra e s ta r a s idos a e lla s ; a nte s e llos los a tra e n má s
pa ra s e rvirs e bie n de e lla s s e gún
e s tá n orde na da s por Dios , e ins tituida s por e l s upre mo
Artífice , que no hizo cos a e n lo cria do s in orde n.

2. S i e n cua lquie r a conte cimie nto e s tá s firme , y no juzga s de é l s e gún la a pa rie ncia
e xte rior, ni mira s con la vis ta de l s e ntido lo que oye s y ve ; a nte s lue go por
cua lquie rca us a e ntra s a lo inte rior, como Mois é s e n e l ta be rná culo a pe dir cons e jo a l
S e ñor, oirá sa lguna s ve ce s la re s pue s ta divina y volve rá s ins truido de mucha s cos a s
pre s e nte s yve nide ra s . P ue s s ie mpre re currió Mois é s a l ta be rná culo, pa ra de te rmina r
la s duda s ydificulta de s , y tomó e l a uxilio de la ora ción pa ra libra r de los pe ligros y
ma lda de s a loshombre s . A e s te modo de be s tú e ntra r e n e l s e cre to de tu cora zón,
pidie ndo cone fica cia e l s ocorro divino. P or e s o s e le e , que J os ué y los hijos de Is ra e l
fue ron e nga ña dos porlos Ga ba onita s , porque nocons ulta ron prime ro con e l
S e ñor, s ino que cre ye ndo fá cilme nte e n la s bla nda s pa la bra s , fue ron con fa ls a pie da d
e nga ña dos .

Capítulo XXXIX: Que e l hom bre no s e a im portuno e n los ne gocios .

J e s ucris to:
1. Hijo, e ncomié nda me s ie mpre tus ne gocios , y yo los dis pondré bie n y oportuna me nte .
Es pe ra mi volunta d, y s e ntirá s prove cho.

El Alma :
2. S e ñor, de muy bue na ga na te e ncomie ndo toda s la s cos a s , porque poco pue de
a prove cha r mi cuida do. ¡Oja lá que no me ocupa s e n mucho los a conte cimie ntos que me
pue de n ve nir, s ino que me ofre cie s e s in ta rda nza a tu volunta d!

J e s ucris to:
3. Hijo, mucha s ve c e s e l hombre ne gocia con a hínco lo que de s e a ; ma s cua ndo ya lo
a lca nza , comie nza a pe ns a r de otro modo, porque la s a fliccione s no dura n mucho ce rca
de una mis ma cos a ; s ino que nos lle va n de una cos a a otra . P or lo cua l no e s poco
de ja rs e a s í mis mo, a un e n la s cos a s pe que ña s .

4. El ve rda de ro a prove cha r e s ne ga rs e a s í mis mo; y e l hombre ne ga do a s í e s muy libre


y e s tá s e guro. Ma s e l e ne migo a ntiguo y a dve rs a rio de todos los bue nos , no ce s a de
te nta r; s ino que de día y de noche pone gra ve s a s e cha nzapre s pa
cipita
ra r, s i pudie re , a l
inca uto e n e l la zo de l e nga ño. Ve la d y ora d, dice e l S e ñor, pa ra que no e ntré is e n
te nta ción.

76
Diarios de Avivamientos

Capítulo XL: Que ningún bie n tie ne e l hom bre s uyo ni cos a alguna de qué alabars e .

El Alma :
1. S e ñor, ¿ qué e s e l hombre pa ra que te a cue rde s de é l, o e l hijo de l hombre pa ra que le
vis ite s ? ¿ Qué ha me re cido e l hombre pa ra que le die s e s tu gra cia ? S e ñor, ¿ de qué me
pue do que ja r s i me de s a mpa ra s ? ¿ cómo jus ta me nte podré conte nde r contigo, s i no
hicie re s lo que pido? P or cie rto, una cos a pue do yo pe ns a r y de cir con ve rda d: Na da s oy,
S e ñor, na da pue do, na da bue no te ngo de mí; ma s e n todo me ha llo va cío, y ca mino
s ie mpre a la na da . Y s i n s oy a yuda do e ins truido inte riorme nte por Ti, me
vue lvo e nte ra me nte tibio y dis ipa do.

2. Ma s Tú, S e ñor, e re s s ie mpre e l mis mo, y pe rma ne ce s e te rna me nte , s ie mpre bue no,
jus to y s a nto, ha cie ndo toda s la s cos a s bie n, jus ta y s a nta me nte , y orde ná ndola s con
s a biduría . P e ro yo, que s oy má s inclina do a ca e r que a prove cha r, no pe rs e ve ro s ie mpre
e n un e s ta do, mey mudo s ie te ve ce s a l día . Ma s lue go me va me jor cua ndo te digna s
a la rga rme tu ma no a uxilia dora ; porque Tú s olo, s in huma no fa vor, me pue de s s ocorre r y
forta le ce r, de ma ne ra que a Ti s olo s e convie rta y e n Ti de s ca ns e mi cora zón.

3. P or lo cua l, s i yo upie
s s e bie n de s e cha r toda cons ola ción huma na , ya s e a por a lca nza r
de voción o por la ne ce s ida d que te ngo de bus ca rte , porque no ha y hombre que me
cons ue le , e ntonce s con ra zón podría yo e s pe ra r e n tu gra cia , y a le gra rme con e l don de
la nue va cons ola ción.

4. Gra cia s s e a n da da s a Ti, de quie n vie ne todo s ie mpre que me s uce de a lgún bie n.
P orque de la nte de Ti yo s oy va nida d y na da , hombre muda ble y fla co. ¿ De dónde , pue s ,
me pue do gloria r, o por qué de s e o s e r e s tima do? ¿ P or ve ntura de la na da ? Es to e s
va nís imo. Ve rda de ra me nte la gloria frívola e s una ve rda de ra pe s te y gra ndís ima
va nida d; porque nos a pa rta de la ve rda de ra gloria , y nos de s poja de la gra cia ce le s tia l.
P orque conte ntá ndos e un hombre a s í mis mo, te de s conte nta a Ti: cua ndo de s e a la s
a la ba nza s humaans , e s priva do de la s virtude s ve rda de ra s .

5. La ve rda de ra gloria y a le gría s a nta cons is te e n gloria rs e e n Ti y no e n s í; goza rs e e n


tu nombre , y no e n s u propia virtud, ni de le ita rs e e n cria tura a lguna s ino por Ti. S e a
a la ba do tu nombre , y no e l mío: e ngra nde cida s s e a n tus obra s , y no la s mía s : be ndito s e a
tu s a nto nombre , y no me s e a a mí a tribuida pa rte a lguna de la s a la ba nza s de los
hombre s . Tú e re s mi gloria ; Tú la a le gría de mi cora zón. En Ti me gloria ré y e ns a lza ré
todos los día s : ma s de mi pa rteo ha
n y qué , s ino de mis fla que za s .

6. Bus que n los hombre s la gloria que s e da n re cíproca me nte : yo bus ca ré la gloria que
vie ne s ola me nte de Dios . P orque toda la gloria huma na , toda honra te mpora l, toda la
a lte za de l mundo, compa ra da con tu e te rna gloria e s va nida d y ne ce da d. ¡Oh ve rda d mía
y mis e ricordia mía , Dios mío, Trinida d bie na ve ntura da : a Ti s ola s e a a la ba nza , honra ,
virtud y gloria pa ra s ie mpre ja má s !

Capítulo XLI: De l de s pre cio de toda honra te m poral.

J e s ucris to:

77
Diarios de Avivamientos

1. Hijo, no te pe s e s i vie rehonra


s r y e ns a lza r a otros , y tú s e r de s pre cia do y a ba tido.
Le va nta tu cora zón a Mí e n e l cie lo, y no te e ntris te ce rá e l de s pre cio huma no e n la
tie rra .

El Alma :
2. S e ñor, e n gra n ce gue da d e s ta mos , y la va nida d pre s to nos e nga ña . S i bie n me miro,
nunca s e me ha he cho injuria por cria tura a lguna ; por lo cua l no te ngo de qué que ja rme
jus ta me nte de Ti. Ma s porque yo mucha s ve ce s pe qué gra ve me nte contra Ti, con ra zón
s e a rma n contra mí toda s la s cria tura s . J us ta me nte , pue s , s e me de be confus ión y
de s pre cio; y a Ti a la ba nza , honor y gloria . Y s i no me dis pus ie re de modo que hue lgue
mucho s e r de cua lquie ra cria tura de s pre cia do y a ba ndona do, y s e r te nido por na da , no
podré e s ta r inte riorme nte pa cifica do y a s e gura do, ni re cibir la luz e s piritua l, ni unirme a
Ti pe rfe cta me nte .

Capítulo XLII: Que nue s tra paz no de be de pe nde r de los hom bre s .

J e s ucris to:
1. Hijo, s i bus ca s la pa z e n e l tra to con a lguno pa ra tu e ntre te nimie nto y compa ñía ,
s ie mpre te ha lla rá s incons ta nte y e mba ra za do. P e ro s i va s a bus ca r la ve rda d que
s ie mpre vive y pe rma ne ce , no te e ntris te ce rá s por e l a migo que s e fue re o s e murie re . En
Mí ha de e s ta r e l a mor de l a migo, y por Mí s e de be a ma r cua lquie ra que e n e s ta vida te
pa re ce bue no y muy a ma ble . S in Mí no va le ni dura rá la a mis ta d, ni e s ve rda de ro ni
limpio e l a mor e n que yo no inte rve ngo. Ta n mue rto de be s e s ta r a la s a ficione s de los
a migos , que ha bía s de de s e a r (por lo que a ti te toca ) vivir le jos de todo tra to huma no.
Ta nto má s s e a ce rca e l hombre a Dios , cua nto s e de s vía de todo gus to . Yteta
rrento
no
má s a lto s ube a Dios , cuá nto má s ba jo de s cie nde e n s í, y s e tie ne por má s vil.

2. El que s e a tribuye a s í mis mo a lgo bue no, impide que la gra cia de Dios ve nga s obre
é l; porque la gra cia de l Es píritu S a nto s ie mpre bus ca e l cora zón humildes .upie
S i te
ses
pe rfe cta me nte a nona da r y de s via r de todo a mor cria do, yo e ntonce s te lle na ría de
a bunda nte s gra cia s . Cua ndo tú mira s a la s cria tura s , a pa rta s la vis ta de l Cria dor.
Apre nde a ve nce rte e n todo por e l Cria dor, y e ntonce s podrá s lle ga r a l conocimie o nt
divino. Cua lquie r cos a , por pe que ña que s e a , s i s e a ma o mira de s orde na da me nte , nos
e s torba goza r de l s umo bie n, y nos da ña .

Capítulo XLIII: Contra la cie ncia vana de l m undo.

J e s ucris to:
1. Hijo, no te mue va n los dichos a gudos y lima dos de los hombre s ; porque no cons is te
e l re ino de Dios e n pa la bra s , s ino e n virtud. Mira mis pa la bra s , que e ncie nde n los
cora zone s , y a lumbra n los e nte ndimie ntos , provoca n a compunción y tra e n mucha s
cons ola cione s . Nunca le a s cos a s pa ra mos tra rte má s le tra do o s audiabio. Es
e nt
mortifica r los vicios ; porque má s te a prove cha rá e s to que s a be r mucha s cue s tione s
dificultos a s .

78
Diarios de Avivamientos

2. Cua ndo hubie re s a ca ba do de le e r y s a be r mucha s cos a s , te convie ne ve nir a un s olo


principio. Yo s oy e l que e ns e ño a l hombre la cie ncia , y doy má s cla ro e nte ndimie nto a
los pe que ños que ningún hombre pue de e ns e ña r. Aque l a quie n yo ha blo, lue go s e rá
s a bio y a prove cha rá mucho e n e l e s píritu. ¡Ay de a que llos que quie re n a pre nde r de los
hombre s curios ida de s , y cuida n muy poco de l ca mino de s e rvirme a Mí! Tie mpo ve ndrá
cua ndo a pa re ce rá e l Ma e s tro de los ma e s tros , Cris to, S e ñor de los á nge le s , a oír la s
le ccione s de todos , e s to e s , a e xa mina r la cie ncia de ca da uno. Y e ntonce s e s cudriña rá a
J e rus a lé n con ca nde la s , y s e rá n de s cubie rtos los s e cre tos de
ie bla
la ss ,tiny ca lla rá n los
a rgume ntos de la s le ngua s .

3. Yo s oy e l que le va nto e n un ins ta nte a l humilde e nte ndimie nto, pa ra que e ntie nda má s
ra zone s de la ve rda d e te rna , que s i hubie s e e s tudia do die z a ños e n la s Es cue la s . Yo
e ns e ño s in ruido de pa la bra s , s in confus ión de pa re ce re s , s in fa us to de honra , s in
a lte ra ción de a rgume ntos . Yo s oy e l que e ns e ño a de s pre cia r lo te rre no y a a borre ce r lo
pre s e nte , bus ca r lo e te rno; huir de la s honra s , s ufrir los e s torbos , pone r toda la e s pe ra nza
e n Mí, y fue ra de Mí no de s e a r na da , y a ma rme a rdie nte me nte s obre toda s la s cos a s .

4. Y a s í uno, a má ndome e ntra ña ble me nte a pre ndió cos a s divina s , y ha bla ba ma ra villa s .
Má s a prove chó con de ja r toda s la s cos a s que con e s tudia r s utile za s . P e ro a unos ha blo
cos a s comune s , a otros e cias p le s . A unos me mue s tro dulce me nte con s e ña le s y
figura s , y a otros re ve lo mis te rios con mucha luz. Una cos a dice n los libros ; ma s no
e ns e ña n igua lme nte a todos : porque Yo s oy doctor inte rior de la ve rda d, e s cudriña dor
de l cora zón, conoce dor de los pe ns a mie ntos , promove dor de la s a ccione s , re pa rtie ndo a
ca da uno s e gún juzgo s e r digno.

Capítulo XLIV: No s e de be n bus car las cos as e xte riore s .

J e s ucris to:
1. Hijo, e n mucha s cos a s te convie ne s e r ignora nte , y e s tima rte como mue rto s obre la
tie rra , y a quie n todo e l mundo e s te crucifica do. A mucha s cos a s te convie ne ta mbié n
ha ce rte s ordo, y pe ns a r má s lo que convie ne pa ra tu pa z. Má s útil e s a pa rta r los ojos de
lo que no te a gra da , y de ja r a ca da uno e n s u pa re ce r, que ocupa rte e n porfía s . S i e s tá s
bie n con Dios y mira s s u juicio, fá cilme nte te da rá s por ve ncido.

El Alma :
2. ¡Oh S e ñor, a qué he mos lle ga do! Llora mos los da ños te mporaor euna s p pe que ña
ga na ncia tra ba ja mos y corre mos ; y e l da ño e s piritua l s e pa s a e n olvido, y a pe na s ta rde
vue lve a la me mo ria . P or lo que poco o na da va le , s e mira mucho; y por lo que e s muy
ne ce s a rio, s e pa s a con de s cuido, porque todo hombre s e va a lo e xte rior, y s e pre s to no
vue lve e n s í, con gus to s e e s tá e nvue lto e n e llo.

Capítulo XLV: Que no s e de be cre e r a todoscóm


; y o fácilm e nte s e re s bala e n las
palabras .

El Alma :

79
Diarios de Avivamientos

1. S e ñor, a yúda me e n la tribula ción, porque e s va na la s e gurida d de l hombre . ¿ Cuá nta s


ve ce s no ha llé fide lida d donde pe ns é que la ha bía ? ¿ Cuá nta s ve ce s ta mbié n la ha llé
donde me nos lo e s pe ra ba ? P or e s o e s va na la e s pe ra nza e n los hombre s ; ma s la s a lud de
los jus tos e s tá e n Ti, mi Dios . Be ndito s e a s , S e ñor, Dios mío, e n toda s la s cos a s que nos
s uce da n. Fla cos s omos y muda ble s : pre s to s omos e nga ña dos , y nos muda mos .

2. ¿ Qué hombre ha y que s e pue da gua rda r con ta nta ca ute la y dis cre ción e n todo, que
a lguna ve z no ca iga e l a lgún e nga ño o pe rple jida d? Ma s e l que te bus ca a Ti, S e ñor, y te
bus ca con s e ncillo cora zón, no re s ba la ta n fá cilme nte . Y s i ca ye re e n a lguna tribula ción,
de cua lquie r ma ne ra que e s tuvie re e n e lla e nla za do, pre s to s e rá libra do por Ti, o
cons ola do; porque no de s a mpa ra s pa ra s ie mpre a l que e n Ti e s pe ra . Ra ro e s e l fie l
a migo que pe rs e ve ra e n todos los tra ba jos de s u a migo. Tú, S e ñor, Tú s olo e re s
fide lís imo e n todo, y fue ra de Ti no ha yootr
s e me ja nte .

3. ¡Oh, cuá n bie n lo e nte ndía a que lla a lma s a nta que dijo: ¡Mi a lma e s tá a s e gura da y
funda da e n J e s ucris to! S i yo e s tuvie s e a s í, no me a congoja ría ta n pre s to e l te mor
huma no, ni me move ría n la s pa la bra s injurios a s . ¿ Quié n pue de pre ve rlo todo? ¿ Quié n e s
ca pa z de pre ca ve r los ma le s ve nide ros ? S i lo que he mos pre vis to con tie mpo nos da ña
mucha s ve ce s , ¿ qué ha rá lo no pre ve nido s ino pe rjudica rnos gra ve me nte ? P ue s ¿ por
qué , mis e ra ble de mí, no me pre vine me jor? ¿ P or qué cre í de lige ro a otros ? P e ro s omos
hombre s , y hombre s fla cos y frá gile s , a unque por muchos s e a mos e s tima dos y lla ma dos
á nge le s . S e ñor, ¿ a quié n cre e ré , a quié n s ino a Ti? Ere s la ve rda d, que no pue de e nga ña r
ni s e r e nga ña da . El hombre , a l contra rio, e s fa la z, fla co y re s ba la dizo, e s pe cia lme nte e n
pa la bra s ; de modo que con muy gra n dificulta d s e de be cre e r lo que pa re ce re cto a la
prime ra vis ta .

4. Cuá n prude nte me nte nos a vis a s te que nos gua rdá s e mos de los hombre s : que los
migos de l hombre s on los de s u ca s a , y que no dié s e mos cré dito a l que nos dije s e :
A Cris to míra lo a quí o míra lo a llí. He e s ca rme nta do e n mí mis mo: ¡oja lá s e a pa ra
mi ma yor ca ute la , y no pa ra continua r con mi imprude ncia ! Cuida do, me dice uno,
cuida do, re s e rva lo que te digo. Y mie ntra s yo lo ca llo, y cre o que e s tá oculto, é l no
pudo ca lla r e sl e cre to que me confió, s ino que me de s cubrió a mí y a s í mis mo,
y s e ma rchó.De fié nde me , S e ñor, de a que s ta s ficcione s , y de hombre s ta n indis cre tos ,
pa ra que nuncaca iga e n s us ma nos ni yo incurra e n s e me ja nte s cos a s . P on e n mi
boca la s pa la bra ve s rda de ra s y fie le s , y de s vía le jos de mí la s le ngua s a s tuta s . De lo
que no pue do s ufrir, me de bo gua rda r mucho.

5. ¡Oh, cuá n bue no y de cuá nta pa z e s ca lla r de otros , y no cre e rlo todo fá cilme nte , ni
ha bla rlo de s pué s con lige re za : debrirs
s cu e a pocos , bus ca rte s ie mpre a Ti, que mira s a l
cora zón,y no move rs e por cua lquie r vie nto de pa la bra s , s ino de s e a r que toda s la s cos a s
inte riore s y e xte riore s s e a ca be n y pe rfe ccione s e gún e l be ne plá cito de tu
volunta d! ¡Cuá n s e guro e s pa ra cons e rva r la gra cia ce le s tia l lahuir
va na a pa rie ncia , y
no codicia rla s cos a s vis ible s que ca us e n a dmira ción, s ino s e guir con toda dilige ncia
la s cos a s queda n fe rvor y e nmie nda de vida ! ¡A cuá ntos ha da ña do la virtud
de s cubie rta y a la ba daa nte s de tie mpo! ¡Cuá n prove chos a fue s ie mpre la gra cia
gua rda da e n s ile ncio e n e s ta vida frá gil, que toda e s ma licia y te nta ción!

80
Diarios de Avivamientos

Capítulo XLVI: De la confianz a que de be m os te ne r e n Dios cuando nos dice n injurias .

J e s ucris to:
1. Hijo, e s tá firme y e s pe ra e n Mí. ¿ Qué s on la s pa la bra s s ino pa la bra s ? Vue la n por e l
a ire , ma s no me lla n una pie dra . S i e s tá s culpa do, de te rmina e nme nda rte . S i no ha lla s e n
ti culpa , llé va lo con gus to por Dios . Muy poco e s e l que s ufra s a lguna ve z s iquie ra
ma la s pa la bra s , ya que a ún no pue de s tole grarande
r s golpe s . Y ¿ por qué ta n pe que ña s
cos a s te lle ga n a l cora zón, s ino porque a ún e re s ca rna l, y mira s mucho má s a los
hombre s de lo que convie ne ? P orque te me s s e r de s pre cia do, por e s to no quie re s s e r
re pre ndido de tus fa lta s , y bus ca s la s ombra de la s e xcus a s .

2. Cons idé ra te me jor, y conoce rá s que a ún vive e n ti, e l a mor de l mundo, y e l de s e o


va no de a gra da r a los hombre s . P orque e n huir de s e r a ba tido y confundido por tus
de fe ctos , s e mue s tra hoy cla ro que no e re s humilde ve rda de ro, ni e s tá s de l todo mue rto
a l mundo, ni e l mundo e s tá a ti crucifica do. Ma s oye mis pa la bra s y no cuida rá s de
cua nta ste dije re n los hombre s . Dime : s i s e die re contra ti todo cua nto ma licios a me nte
s e pudie ra fingir, ¿ qué te da ña ría , s i lo de ja s e s pa s a r y lo de s pre cia s e s e nte ra me nte ? P or
ve ntura , ¿ te podría a rra nca r un ca be llo?

3. Ma s e l que no e s tá de ntro de s u cora zón, ni me tie ne a Mí de la nte de s us ojos , pre s to


s e mue ve por una pa la bra de me nos pre cio; pe ro e l que confía e n Mí, y no de s e a s u
propio pa re ce r, vivirá s in te me
r a los hombre s . P orque Yo s oy e l J ue z y conozco todos
los s e cre tos ; Yo s é cómo pa s a n la s cos a s ; Yo conozco muy bie n a l que ha ce la injuria , y
ta mbié n a l que la s ufre . De Mí s a le e s ta pa la bra ; pe rmitié ndolo Yo a ca e ce e s to, pa ra que
s e de s cubra n los pe ns a mie ntos de muchos cora zone s . Yo juzgo a l culpa ble y a l
inoce nte ; pe ro quis e proba r prime ro a l uno y a l otro con juicio s e cre to.

4. El te s timonio de los hombre s mucha s ve ce s e nga ña : mi juicio e s ve rda de ro, firme , y


no s e re voca . Mucha s ve ce s e s tá e s condido, y pocos lo pe ne tra n e n todo: pe ro nunca
ye rra , ni pue de e rra r, a unque a los ojos de los ne cios no pa re zca re cto. A Mí, pue s ,
ha bé is de re currir e n cua lquie r juicio y no confia r e n e l propio s a be r. P orque e l jus to no
s e turba rá por cos a s que Dios e nvíe es obr é l; y s i a lgún juicio fue re dicho contra é l
injus ta me nte , no s e inquie ta rá por e llo. Ni s e e ns a lza rá va na me nte , s i otros le
de fe ndie re n s in ra zón. P orque s a be que Yo s oy quie n e s cudriño los cora zone s y los
pe ns a mie ntos , y que no juzgo s e gún e l e xte rior a payrie ncia huma na . Ante s mucha s
ve ce s s e ha lla a mis ojos culpa ble e l que a l juicio huma no pa re ce digno de a la ba nza .

El Alma :
5. S e ñor Dios , jus to jue z, fue rte y pa cie nte , que conoce s la fla que za y ma lda d de los
hombre s , s é Tú mi forta le za y toda mi fia con nza , pue s no me ba s ta mi concie ncia . Tú
s a be s lo que yo no s é : por e s o me de bo humilla r e n cua lquie r re pre ns ión y lle va rla con
ma ns e dumbre . P e rdóna me ta mbié n, S e ñor pia dos o, toda s la s ve ce s que no lo hice a s í, y
da me gra cia de ma yor s ufrimie nto pa raa otr ve z. P orque me jor me e s tá tu mis e ricordia
copios a pa ra a lca nza r pe rdón, que mi pre s umida jus tifica ción pa ra de fe nde r lo oculto de
mi concie ncia . Y a unque e lla na da me a cus e , no por e s to me pue do te ne r por jus to;
porque quita da tu mis e ricordia , no s e rá
s tifica
ju do e n tu a ca ta mie nto ningún vivie nte .

81
Diarios de Avivamientos

Capítulo XLVII: Todas las cos as pas adas s e de be n pade ce r por la vida e te rna.

J e s ucris to:
1. Hijo, no te que bra nte n los tra ba jos que ha s toma do por Mí, ni te a ba ta n de l todo la s
tribula cione s ; ma s mi prome stea e s fue rce y cons ue le e n todo lo que vinie re . Yo ba s to
pa ra ga la rdona rte s obre toda ma ne ra y me dida . No tra ba ja rá s a quí mucho tie mpo, ni
s e rá s a gra va do s ie mpre de dolore s . Es pe ra un poquito y ve rá s cuá n pre s to s e pa s a n los
ma le s . Ve ndrá una hora cua ndo e s acrá todo tra ba jo e inquie tud. P oco y bre ve e s todo lo
que pa s a con e l tie mpo.

2. Atie nde a tu ne gocio, tra ba ja fie lme nte e n mi viña , que yo s e ré tu ga la rdón. Es cribe ,
le e , ca nta , s us pira , ca lla , ora , s ufre va ronilme nte lo a dve rs o; la vida e te rna digna e s de
e s ta y de otra s ma yore s pe le a s . Ve ndrá la pa z un día que e l S e ñor s a be , e l cua l no s e
compondrá de día y noche como e n e s ta vida te mpora l, s ino de luz pe rpe tua , cla rida d
infinita , pa z firme y de s ca ns o s e guro. No dirá s e ntonce s : ¿ Quié n me libra rá de e s te
cue rpo morta l? Ni cla ma rá s : ¡Ay de mí que s e ha dila ta do mi de s tie rro! P orque la
mue rte e s ta rá de s truida , y la s a lud ve ndrá s in de fe cto; ninguna congoja ha brá ya , s ino
bie na ve ntura da a le gría , compa ñía dulce y he rmos a .

3. ¡Oh! ¡S i vie s e s la s corona s e te rna s de los a ntos e n e l cie lo, y de cuá nta gloria goza n
a hora los que e ra n e n e s te mundo de s pre cia dos , y te nidos por indignos de vivir! P or
cie rto lue go te humilla ría s ha s ta la tie rra , y de s e a ría s má s e s ta r s uje to a todos , que
ma nda r a uno s olo. Y no cod icia ría s los día s pla ce nte ros de e s ta vida : s ino a nte s te
a le gra ría s de s e r a tribula do por Dios , y te ndría s por gra ndís ima ga na ncia s e r te nido por
na da e ntre los hombre s .

4. ¡Oh! S i gus ta s e s a que s ta s cos a s , y la s rumia s e s profunda me nte e n tu cora zón, ¿ cómo
te a tre ve ría s a que ja rte ni una s ola ve z? ¿ No te pa re ce que s on de s ufrir toda s la s cos a s
tra ba jos a s por la vida e te rna ? No e s cos a de poco mome nto ga na r o pe rde r e l re ino de
Dios . Le va nta , pue s , tu ros tro a l cie lo: míra me a Mí, y conmigo a todosa ntos los , los
cua le s tuvie ron gra ve s comba te s e n e s te s iglo; ra asho
e re gocija n, y e s tá n cons ola dos y
s e guros ; a hora de s ca ns a n e n pa z, y pe rma ne ce rá n conmigo s in fin e n e l re ino de mi
P a dre .

Capítulo XLVIII: De l día de la e te rnidad y de las angus tias de e s ta vida.

El Alma :
1. ¡Oh bie na ve ntura da ma ns ión de la ciuda d s obe ra na ! ¡Oh día cla rís imo de la e te rnida d,
que no obs cure ce la noche , s ino que s ie mpre le a lumbra la pura ve rda d, día s ie mpre
a le gre , s ie mpre s e guro, y s ie mpre s in muda nza ! ¡Oh, s i ya a ma ne cie s e e s te día , y
de s a pa re cie s e n toda s e s ta s cos a s te mpora le s ! Alumbra por cie rtoa ntos
a los con una
pe rpe tua cla rida d, ma s no a s í a los que e s tá n e n e s ta pe re grina ción s ino de le jos , y como
e n figura .

2. Los ciuda da nos de l cie lo s a be n cuá n a le gre s e a a que l día ; los de s te rra dos hijos de Eva
gime n de ve r que é s te s e a ta n a ma rgo y lle no de te dio. Los día s de e s te mundo s on
pocos y ma los , lle nos de dolore s y a ngus tia s , donde e l hombre s e ve ma ncha do con
muchos pe ca dos ; e nre da do e n mucha s pa s ione s , a ngusetia do muchos
d te more s ,

82
Diarios de Avivamientos

ocupa do con muchos cuida dos , dis tra ído con mucha s curios ida de s , complica do e n
mucha s va nida de s , e nvue lto e n muchos e rrore s , que bra nta do con muchos tra ba jos ; la s
te nta cione s lo a cos a n, los pla ce re s lo a fe mina n, la pobre za le a torme nta .

3. ¡Oh, cuá ndo s e a ca ba rá n todos e s tos ma le s ! ¡Cuá ndo me ve ré libre de la s e rvidumbre


de los vicios ! ¡Cuá ndo me a corda ré , S e ñor, de Ti s olo! ¡Cuá ndo me a le gra ré
cumplida me nte e n Ti! ¡Cuá ndo e s ta ré s in ningún impe dime nto e n ve rda de ra libe rta d, y
s in ninguna m ole s tia de a lma y cue rpo! ¡Cuá ndo te ndré firme pa z, pa z impe rturba ble y
s e gura ; pa z por de ntro y por fue ra ; pa z de l todo pe rma ne nte ! ¡Oh bue n J e s ús ! ¡Cuá ndo
e s ta ré pa ra ve rte ! ¡Cuá ndo conte mpla ré la gloria de tu re ino! ¡Cuá ndo me s e rá s todo e n
toda s la s cos a s ! ¡Cuá ndo e s ta ré contigo e n tu re ino, e l cua l pre pa ra s te de s de la e te rnida d
pa ra tus e s cogidos ! Me ha n de ja do a cá , pobre y de s te rra do e n tie rra de e ne migos , donde
ha y continua s pe le a s y gra nde s ca la mida de s .

4. Cons ue la mi de s tie rro, mitiga mi dolor,rquepo a Ti s us pira todo mi de s e o. Todo e l


pla ce r de l mundo e s pa ra mí pe s a da ca rga . De s e o goza rte íntima me nte ; ma s no pue do
cons e guirlo. De s e o e s ta r unido con la s cos a s ce le s tia le s ; pe ro me a ba te n la s te mpora le s
y la s pa s ione s no mortifica da s . Con e l e s píritu quie ro e le va rme s obre toda s la s cos a s ;
pe ro la ca rne me viole nta a e s ta r de ba jo de e lla s . As í yo, hombre infe liz, pe le o conmigo,
y me s oy e nfa dos o a mí mis mo, vie ndo que e l e s píritu bus ca lo de a rriba , y la ca rne lo
de a ba jo.

5. ¡Oh S e ñor, cua nto pa de coz cua ndo re vue lvo e n mi pe ns a mie nto la s cos a s ce le s tia le s ,
y lue go s e me ofre ce un trope l de cos a s de l mundo! Dios mío, no te a le je s de mí, ni te
de s víe s con ira de tu s ie rvo. Re s pla nde zca un ra yo de tu cla rida d, y de s truya e s ta s
tinie bla s ; e nvía tus s aaest, y contúrbe ns e toda s la s a s e cha nza s de l e ne migo. Re coge
todos mis s e ntidos e n Ti; ha zme olvida r toda s la s cos a s munda na s , otórga me de s e cha r y
a pa rta r de mí a un la s s ombra s de los vicios . S ocórre me , Ve rda d e te rna , pa ra que no me
mue va va nida d a lguna . Ve , snua vida d ce le s tia l, y huya de tu pre s e ncia toda torpe za .

6. P e rdóna me ta mbié n y míra me con mis e ricordia toda s cua nta s ve ce s pie ns o e n la
ora ción a lguna cos a fue ra de Ti. P ue s confie s o inge nua me nte que a cos tumbro a e s ta r
muy dis tra ído. De modo que mucha vesce s no e s toy a llí donde s e ha lla mi cue rpo e n pie
o s e nta do, s ino má s bie n a llá donde me lle va mi pe ns a mie nto. Allí e s toy donde e s tá mi
pe ns a mie nto; a llí e s tá mi pe ns a mie nto a me nudo donde e s tá lo que a mo. Al punto me
ocurre lo que na tura lme nte de le ita o a gra da por la cos tumbre .

7. P or lo cua l, Tú, Ve rda d e te rna , dijis te : Donde e s tá tu te s oro, a llí e s tá tu cora zón. S i
a mo a l cie lo, con gus to pie ns o e n la s cos a s ce le s tia le s . S i a mo e l mundo, a lé grome con
s us pros pe rida de sy, me e ntris te zco con s us a dve rs ida de s . S i a mo la ca rne , mucha s
ve ce s pie ns o e n la s cos a s ca rna le s . S i a mo e l e s píritu, re cré ome e n pe ns a r cos a s
e s piritua le s . P orque de toda s la s cos a s que a mo, ha blo y oigo con gus to, lle o
conmigo a mi ca s a la s ide a s de e lla s . P e ro bie na ve ntura do a que porl tu a mor da
re pudio a todo lo cria do; que ha ce fue rza a s u na tura l, y crucifica los a pe titos
ca rna le s con e lfe rvor de l e s píritu, pa ra que , s e re na s u concie ncia , te ofre zca ora ción
pura , y s e a dignode e s ta r e ntre los coros a ngé licos , de s e cha da s de ntro y fue ra de
s í toda s la s cos ates rre na s .

83
Diarios de Avivamientos

Capítulo XLIX: De l de s e o de la vida e te rna, y cuántos bie ne s e s tán prom e tidos a los
que pe le an.

J e s ucris to:
1. Hijo, cua ndo s ie nte s e n ti a lgún de s e o de la e te rna bie na ve ntura nza , y de s e a s s a lir de
la cá rce l de l cue rpo, pa ra pode r conte mpla r mi cla rida d s in s ombra de muda nza s , dila ta
tu cora zón y re cibe con todo a mor e s ta s a nta ins pira ción. Da mucha s gra cia s a la
s obe ra na bonda d que a s í s e digna fa vore ce rte , vis ita rte con cle me ncia , move rte con
e fica cia , s os te ne rte con vigor, pa ra que no te de s lice s por tu propio pe s o a la s cos a s
te rre na s . P orque e s to no lo re cibe s por tu dilige ncia o fue rza s , s ino por s ólo e l que re r de
la gra cia s obe ra na y de l a gra do divino, pa ra que a prove che s e n virtude s y e n ma yor
humilda d, y te pre pa re s pa ra los comba te s que te ha n de ve nir, y tra ba je s por lle ga rte a
Mí de todo cora zón, y s e rvirme con a rdie nte volunta d.

2. Hijo, mucha s ve ce s a rde e l fue go, pe ro no s ube la lla ma s in humo. As í los de s e os de


a lgunos s e e ncie nde n a la s coseales sctia le s ; ma s a ún no e s tá n libre s de l a mor ca rna l. Y
por e s o no obra n s ólo por la honra de Dios pura me nte , a un e n lo que con ta n gra n de s e o
me pide n. Ta l s ue le s e r a lguna s ve ce s tu de s e o, e l cua l mos tra s te con ta nta
importunida d. P ue s no e s puro ni pecto rfe lo que va inficiona do de propio inte ré s .

3. P ide , no lo que e s pa ra ti de le ita ble y prove chos o, s ino lo que e s pa ra Mí a ce pta ble y
honros o; por que , s i re cta me nte juzga s , de be s s e guir y a nte pone r mi ta dvolun
a tu de s e o
y a cua lquie ra cos a de s e a da . ozco Con tu de s e o, y he oído tus continuos ge mido .
Ya quis ie ra s e s ta r e n la libe rta d de la gloria de los hijos de Dios ; ya te de le ita la ca s a
e te rna ,y la pa tria ce le s tia l te lle na de gozo; pe ro a ún no e s ve nida e s a hora , a ún
re s ta otrotie mpo, tie mpo de gu e rra , tie mpo de tra ba jo y de prue ba . De s e a s goza r de l
s umo bie n; ma s no lo pue de s a lca nza r a hora . Yo: seoy s pé ra me , dice e l S e ñor, ha s ta
que ve nga ere l ino de Dios .

4. Ha s de s e r proba do a ún e n la tie rra , y e je rcita do e n mucha s cos a s . Alguna s ve ce s


s e rá s cons ola do, pe ro no te s e rá da da s a tis fa cción cumplida . Es fué rza te , pue s , y a lié nta te
a s í a ha ce r como a pa de ce r cos a s re pugna nte s a la na tura le za . Convie ne que te vis ta s de
un hombre nue vo, y te vue lva s un va rón cons ta nte . Es pre cis o ha ce r mucha s ve ce s lo
que no quie re s , y de ja r lo que quie re s . Lo que a gra da a otros , progre s a rá ; lo que a ti te
conte nta , no s e ha rá . Lo que dice n otros , s e rá oído; lo que dice s tú, s e rá re puta do por
na da . P e dirá n otros , y re cibirá n; tú pe dirá s , y no a lca nza rá s .

5. Otros s e rá n gra nde s e n boca d los hombre s ; de ti no s e ha rá cue nta . A otros s e


e nca rga rá e s te o a que l ne gocio; tú s e rá s te nido por inútil. P or e s to s e contris ta rá a lguna
ve z la na tura le za ; y no ha rá s poco s i lo s ufrie re s ca lla ndo. En e s ta s y otra s cos a s
s e me ja nte s e s proba do e l s ie rvo fie l de l S e ñor, pa ra ve r cómo s a be ne ga rs e y
mortifica rs e e n todo. Ape na s s e ha lla rá cos a e n que má s ne ce s ite s morir a ti mis mo, que
e n ve r y s ufrir cos a s re pugna nte s a tu volunta d, principa lme nte cua ndo pa re ce conforme
y me nos útil lo que te ma nda n ha ce r. Y porque tú, s ie ndo infe rior, no os a s re s is tir a la
volunta d de tu s upe rior, por e s o te pa re ce cos a dura a nda r pe ndie nte de la volunta d de
otro y de ja r tu propio pa re ce r.

6. Ma s cons ide ra , hijo, e l fin ce rca no de e s tos tra ba jos , e l fruto de e llos y s u gra ndís imo
pre mio; y no te s e rá n pe s a dos , s ino un gra n cons ue lo de tu pa cie ncia . P ue s por e s ta poca
volunta d que a hora de ja s de gra do, pos e e rá s pa ra s ie mpre tu volunta d e n e l cie lo. Allí,

84
Diarios de Avivamientos

pue s , ha lla rá s todo lo que quis ie re s , y cua nto pudie re s de s e a r. Allí te ndrá s e n tu pode r
todo e l bie n, s in mie do de pe rde rlo. Allí, tu volunta d, unida con la mía pa ra s ie mpre , no
a pe te ce rá cos a a lguna contra ria o propicia . Allí ninguno te re s is tirá , ninguno s e que ja rá
de ti, na die te e mba ra za rá , na da s e te opondrá ; s ino que toda s la s cos a s que de s e a re s la s
dis fruta rá s junta s , y lle na rá n y colma rá n tus de s e os . Allí te da ré honor por la a fre nta
pa de cida , ve s tidura de gloria por la a flicción, y por e l ínfimo luga r la s illa de l re ino
e te rno. Allí s e ve rá e l fruto de la obe die ncia , a pa re ce rá muy a le gre e l tra ba jo de la
pe nite ncia , y la humilde s umis ión s e rá glorios a me nte corona da .

7. Inclína te , pue s , humilde me nte ba jo la ma no de todos , y no cuide s de mira r quié n lo


dijo, o quié n lo ma ndó. S ino procura con gra n cuida do que , ya s e a s upe rior, infe rior, o
igua l, e l que a lgo te e xigie re o ins inua re , todo lo te nga s por bue no, y cuide s de
cumplirlo con s ince ra volunta d. Bus que ca da uno lo que quis ie re ; gloríe s e e s te e n e s to,
y a que l e n lo otro, y s e a a la bamil
do milla re s de ve ce s ; ma s tú no te a le gre ni e n e s to
ni e n a que llo, s ino e n e l de s pre cio de ti mis mo, y e n s ol mí volunta d y honra . Una
cos a de be s de s e a r, y e s que , e n vida o e n mue rte , s e a Dios s ie mpre glorifica do e n ti.

Capítulo L: Cóm o s e de be ofre ce r e n las m anos de Dios e l hom bre de s cons olado.

El Alma :
1. S e ñor, Dios , P a dre s a nto: a hora y pa ra s ie mpre s e a s be ndito, que como Tú quie re s a s í
s e ha he cho, y lo quea ce h s e s bue no. Alé gre s e tu s ie rvo e n Ti, no e n s í, ni e n otro
a lguno: porque Tú s ólo e re s aría le g ve rda de ra : Tú e s pe ra nza mía y corona mía : Tú,
S e ñor,e re s mi gozo y mi pre mio. ¿ Qué tie ne tu s ie rvo s ino lo que re cibió de Ti, a un s in
me re ce rlo?Tuyo e s todo lo qu e me ha s da do y ha s he cho conmigo. P obre s oy y lle no
de tra ba jos , de s de mi juve ntud; y mi a lma s e e ntris te ce a lguna s ve ce s ha s ta llora r; y
otra s ve ce s s e turba contigo or pla s pa s ione s que la a cos a .

2. De s e o e l gozo de la pa z; la pa z de tus hijos pido, que s on re cre a dos por Ti e n la luz de


la cons ola ción. S i me da s pa z, s i de rra ma s e n mí un s a nto gozo, e s ta rá e l a lma de tu
s ie rvo lle na de a le gría , y de vota pa ra a la ba rte . P e ro s i te a pa rta re s , como mucha s ve ce s
lo ha ce s , no podrá corre r por e l ca mino de tus ma nda mie ntos , s ino que hinca rá la s
rodilla s pa ra he rir s u pe cho; porque no le va como los día s a nte riore s cua ndo
re s pla nde cía tu luz s obre s u ca be za , y e ra de fe ndida de la s te nta cione s impe tuos a s
de ba jo de la s ombra de tus a la s .

3. P a dre jus to y s ie mpre la uda ble , lle gó la hora e n que tu s ie rvo de be s e r proba do. P a dre
a ma ble , jus to e s que tu s ie rvo pa de zca a lgo por Ti e n e s ta hora . P a dre pa ra s ie mpre
a dora ble , ya ha lle ga do la hora que ha bía s pre vis to de s de la e te rnida d, e n la cua l tu
s ie rvo e s te a ba tido e n lo e xte rior un corto tie mpo, ma s pa ra que viva s ie mpre
inte riorme nte contigo. De s pre cia do s e a y humilla do un poco, y de ca iga de la nte de los
hombre s ; s e a cons umido de pa s ione s y e nfe rme da de s , pa ra que vue lva nue va me nte a
ve rs e contigo e n la a urora de una nue va luz, y s e a ilus tra do e n la s cos a s ce le s tia le s .
¡P a dre s a nto! As í lo orde na s te , Tú
a s í lo quis is te ; y lo que ma nda s te s e ha he cho.

4. Es ta e s , pue s , la gra cia que ha ce s a tu a migo, que pa de zca , y s e a a tribula do por tu


a mor e n e s te mundo por cua lquie ra , y cua nta s ve ce s lo pe rmitie re s . S in tu cons e jo y
provide ncia y s in ca us a , na da ha
s ece e n la tie rra . Bue no e s pa ra mí, S e ñor, que me

85
Diarios de Avivamientos

ha ya s humilla do, pa ra que a pre nda tus jus tifica cione s , y de s tie rre de mi cora zón toda
s obe rbia y pre s unción. P rove chos o e s pa ra mí que la confus ión ha ya cubie rto mi ros tro,
pa ra que a s í te bus que a Ti pacons ra ola rme , y no a los hombre s . Ta mbié n a pre ndí e n
e s to a te mbla r de tu ine s cruta ble juicio, que a flige s a s í a l jus to como a l impío, a unque
no s in e quida d y jus ticia .

5. Gra cia s te doy porque no me e s ca s e a s te los ma le s ; s ino que me a fligis te con a ma rgos
a zote s , e nviá ndome dolore s y a ngus tia s inte riore s y e xte riore s . No ha y quie n me
cons ue le de ba jo de l cie lo s ino Tú, S e ñor Dios mío, mé dico ce le s tia l de la s a lma s , que
hie re s y s a na s , pone s e n gra nde s torme ntos y libra s de e llos . S e a tu corre cción s obre mí,
y tu mis mo ca s tigo me e ns e ña rá .

6. P a dre a ma do, ve s me a quí e n tus ma nos ; yo me inclino ba jo la va ra de tu corre cción.


Hie re mis e s pa lda s y mi ce rviz pa ra que e nde re ce mis torcida s inclina cione s a tu
volunta d. Ha zme pia dos o y humilde dis cípulo como ssueha lece rlo, pa ra que a nde
s ie mpre pe ndie nte de tu volunta d. Me e ntre go e nte ra me nte a Ti con toda s mis cos a s
pa ra que la s corrija s . Má s va le s e r corre gido a quí que e n la otra vida . Tú s a be s toda s y
ca da una de la s cos a s , y no s e te e s conde na da ema n lanahuconcie ncia . Ante s que
s uce da ,s a be s lo ve nide r , y no ha y ne ce s ida d que a lguno te e ns e ñe o a vis e de la s
cos a s que s e ha ce n e n la tie rra . Tú s a be s lo que convie ne pa ra mi a de la nta mie nto, y
cuá ntome a prove cha la tribula ción pa ra limpia r e l orín de los vicios . Ha z conmigo tu
volunta d y gus to, y no de s e che s mi vida pe ca minos a , a ninguno me jor ni má s
cla ra me nte conocida que a Ti s olo.

7. Concé de me , S e ñor, s a be r lo que s e de be s a be r; a ma r lo que s e de be a ma r; a la ba r lo


que a Ti e s a gra da ble ; e s tima r lo quepatere ce pre cios o; a borre ce r lo que a tus ojos e s
fe o. No pe rmita s que juzgue s e gún la vis ta de los ojos e xte riore s , ni que s e nte ncie s e gún
e l oído de los hombre s ignora nte s ; s ino da me gra cia pa ra que pue da dis ce rnir con
ve rda de ro juicio e ntre lo vis ible yo le s piritua l, y s obre todo, bus ca r s ie mpre la volunta d
de tu divino be ne plá cito.

8. Mucha s ve ce s s e e nga ña n los hombre s e n s us opinione s y juicios , y los munda nos s e


e nga ña n ta mbié n e n a ma r s ola me nte lo vis ible . ¿ Qué tie ne de me jor e l hombre porque
otro le a la be ? El fa la z e nga ña a l fa la z, e l va no a l va no, e l cie go a l cie go, e l e nfe rmo a l
e nfe rmo, cua ndo lo e ns a lza ; y ve rda de ra me nte má s le confunde cua ndo va na me nte le
a la ba . P orque cua nto e s ca da uno e n tus ojos , ta nto e s y no má s , dice e l humilde S a n
Fra ncis co.

Capítulo LI: Que de be m os e m ple arnos e n e je rcicios hum ilde s cuando no pode m os e n
los s ublim e s .

J e s ucris to:
1. Hijo, no pue de s pe rma ne ce r s ie mpre e n e l de s e o fe rvoros o de la s virtude s , ni
pe rs e ve ra r e n e l má s a lto gra do de la conte mpla ción; s ino que e s ne ce s a rio por e l vicio
origina l, que de s cie nda s a lguna ve z a cos a s ba ja s , y ta mbié n a lle va r la ca rga de e s ta
vida corruptible , a unque te pe s e y fa s tidie . Mie ntra s lle ve s e l cue rpo morta l, s e ntirá s
te dio e inquie tud de cora zón. Es pre cis o, pue s , mie ntra s vive s e n ca rne , ge mir mucha s

86
Diarios de Avivamientos

ve ce s por e l pe s o de la ca rne , porque no pue de s ocupa rte pe rfe cta me nte e n los e je rcicios
e s piritua le s e n la divina conte mpla ción.

2. Entonce s convie ne que te e mple e s e n e je rcicios humilde s y e xte riore s , cons olá ndote
con ha ce r bue na s obra s ; y e s pe ra mi ve nida y la vis ita de l cie lo con firme confia nza ;
s ufre con pa cie ncia tu de s tie rro, y la s e que da d de l e s píritu, ha s ta que otra ve z yo te
vis ite , y s e a s libre de toda congoja . P orque te ha ré olvida r la s pe na s , y que goce s de gra n
s e re nida d inte rior. Yo e xte nde ré de la nte de ti los pra dos de la s Es critura s , pa ra que ,
dila ta do tu cora zón, corra s la ca rre ra de mis ma nda mie ntos . Entonce s dirá s : No s on
compa ra ble s la s pe na s de e s te tie mpo con la gloria que s e nos de s cubrirá .

Capítulo LII: Que e l hom bre no s e re pute por digno de cons ue lo, s ino de cas tigo.

El Alma :
1. S e ñor, no s oy digno de tu cons ola ción ni de ninguna vis ita e s piritua l; y por e s o
jus ta me nte lo ha ce s conmigo cua ndo me de ja s pobre y de s cons ola do. P orque a unque yo
pudie s e de rra ma r un ma r de lá grima s , a ún no me re ce ría tu cons ue lo. P or e s o yo s oy
digno de s e r a fligido y ca s tiga do; porque te ofe ndí gra ve me nte y mucha s ve ce s , y pe qué
mucho, y de mucha s ma ne ra s . As í que , bie n mira do, no s oy digno de la me nor
cons ola ción.Ma s Tú, Dios cle me nte y mis e ricordios o, que no quie re s que tus obra s
pe re zca n, pa ra ma nife s ta r la s rique za s de tu bonda d e n los va s os de tu mis e ricordia a un
s obre todo me re cimie nto, tie ne s por bie n de cons ola r a tu s ie rvo de un modo
s obre na tura l. P orqueust cons ola cione s no s on ilus oria s como la s huma na s .

2. ¿ Qué he he cho, S e ñor, pa ra que Tú me die s e s ninguna cons ola ción ce le s tia l? Yo no
me a cue rdo ha be r he cho ningún bie n; s ino que he s ido s ie mpre inclina do a vicios , y
muy pe re zos o pa ra e nme nda rme . Es e stove rda d, y no pue do ne ga rlo. S i dije s e otra
cos a , Tú e s ta ría s contra mí, y no ha bría quie n me de fe ndie s e . ¿ Qué he me re cido por mis
pe ca dos , s ino e l infie rno y e l fue go e te rno? Conozco e n ve rda d que s oy digno de todo
e s ca rnio y me nos pre cio; ni me re zco s e r conta do e ntre tus de votos . Y a unque me
incomode e s te le ngua je , no de ja ré de a cus a r mis pe ca dos contra mí, y e n fa vor de la
ve rda d, pa ra que má s fá cilme nte me re zca a lca nza r tu mis e ricordia .

3. ¿ Qué diré yo pe ca dor, y lle no de toda confus ión? No te boca


ngo pa ra ha bla r s ino s ol
e s ta pa la bra : P e qué , S e ñor, pe qué ; te n mis e ricordia de mí; pe rdóna me . Dé ja me un poco
pa ra que llore mi dolor, a nte sueq va ya a la tie rra te ne bros a y cubie rta de obs curida d de
mue rte . ¿ Qué e s lo que principa lme nte e xige s de l culpa ble y mis e ra ble pe ca dor, s ino
que s e convie rta y s e humille por s us pe ca dos ? De la ve rda de ra contrición y humilda d
de cora zón na ce la e s pe ra nza de s e r pe rdona do, s e re concilia la concie ncia turba da ,
re pa ra s ela gra cia pe rdida , s e de fie nde e l hombre de laveira
nide ra ,y s e junta n e n s a nta
pa z Dios y e l a lma contrita .

4. S e ñor, e l humilde a rre pe ntimie nto de los pe ca dos e s pa ra Ti s a crificio muy a ce pto,
que hue le má s s ua ve me nte e n tu pre s e ncia , que e l incie ns o. Es te e s ta mbié n e l ungüe nto
a gra da ble que Tú qui s is te que s e de rra ma s e s obre tus s a gra dos pie s ; porque nunca
de s e cha s te e l cora zón contrito y humilla do. Allí e s tá e l luga r de l re fugio pa ra e l que
huye de l e ne migo; a llí s e e nmie nda y limpia lo que e n otro luga r s e e rró y s e ma nchó.

87
Diarios de Avivamientos

Capítulo LIII: La gracia de Dios no s e m e z cla con e l gus to de las cos as te rre nas .

J e s ucris to:
1. Hijo, mi gra cia e s pre cios a , no a dmite me zcla de cos a s e xtra ña s , ni de cons ola cione s
te rre na s . Convie ne de s via r todos los impe dime ntos de la gra cia , s i de s e a s que s e te
infunda. Bus ca luga r s e cre to pa ra ti; de s e a e s ta r a s ola s contigo; de ja la s conve rs a cione s ,
y ora de vota me nte a Dios , pa ra que te dé compunción de cora zón y pure za de
concie ncia . Re puta por na da todo e l mundo, y pre fie re a toda s la s cos a s e xte riore s e l
ocupa rte e n Dios . P orque no podrá s ocupa rte e n Mí, y junta me nte de le ita rte e n lo
tra ns itorio. Convie ne de s via rs e de conocidos y de a migos , y te ne r e l e s píritu re tira do de
todo pla ce r te mpora l. As í de s e a que s e a bs te nga n todos los fie le s cris tia nos e l a pós tol
S a n P e rdo, portá ndos e como e xtra nje ros y pe re grinos e n e s te mundo.

2. ¡Oh, cuá nta confia nza te ndrá e n la mue rte a que l que no tie ne a fición a cos a a lguna de
e s te mundo! P e ro te ne r a s í e l cora zón de s pre ndido de toda s la s cos a s , no lo a lca nza e l
a lma toda vía e nfe rma ; ni e l hombre ca rna l conoce la libe rta d de l hombre e s piritua l. Ma s
s i quie re s e r ve rda de ra me nte e s piritua l, e s pre cis o que re nuncie a los e xtra ños y a los
a lle ga dos , y que de na die s e gua rde má s que de s í mis mo. S i a ti te ve nce s
pe rfe cta me nte , todo lo de má s lo s uje ta rá s con má s fa cilida d. La pe rfe cta victoria e s
ve nce rs e a s í mis mo. P orque e l que s e tie ne s uje to a s í mis mo, de modo que la
s e ns ua lida d obe de zca la ra zón, y la ra zón me obe de zca a Mí e n todo, e s te e s
ve rda de ra me nte ve nce dor de s í y s e ñormundo.
de l

3. S i de s e a s s ubir a e s ta cumbre , convie ne come nza r va ronilme nte , y pone rla s e gura a la
ra íz, pa ra que a rra nque s y de s truya s la oculta de s orde na da inclina ción que tie ne s a ti
mis mo, y a todo bie n propio y corpora l. De e s te a mor de s orde na do que s e tie ne e l
hombre a s í mis mo, de pe nde ca s i todo lo que s ee ha ve nce
d r ra dica lme nte : ve ncido y
s e ñore a doe s te ma l, lue go ha y gra n pa z y s os ie go. Ma s porque pocos tra ba ja n e n morir
pe rfe cta me nte a s í mis mo , y no s a le n e nte ra me nte de s u propio a mor, por e s o s e
que da n e nvue ltos e n s us a fe ctos , y no s e pue de n le va nta r s obre s í e n e s píritu. P e ro e l
que de s e aa nda r libre conmigo, e s ne ce s a rio que mortifique toda s s us ma la s y
de s orde na da s a ficione s , y que no s e pe gue a cria tura a lguna con a mor a pa s iona do.

Capítulo LIV: De los dive rs os m ovim ie ntos de la naturale z a y de la gracia.

J e s ucris to:
1. Hijo, mira con vigila ncia los movimie ntos de la na tura le za y de la gra cia , porque s on
muy contra rios y s utile s , de modo que con dificulta d s on conocidos s ino por va rone s
e s piritua le s e inte riorme nte a lumbra dos . Todos de s e a n e l bie n, y e n s us dichos y he chos
bus ca n a lguna bonda d; por e s o muchos s e e nga ña n con color de l bie n.

2. La na tura le za e s a s tuta , a tra e a s í a muchos , los e nre da y e nga ña , y s ie mpre s e pone a


s í mis mapor fin. Ma s la gra cia a nda s in doble z, s e de s vía de toda a pa rie ncia de ma l, no
pre te nde e nga ña r, s ino que ha ce toda s la s cos a s pura me nte por Dios , e n quie n de s ca ns a
como e n s u fin.

88
Diarios de Avivamientos

3. La na tura le za no quie re s e r mortifica da de bue na ga na , ni e s tre cha da , ni ve ncida , ni


s ome tida de gra do. Ma s la gra cia e s tudia e n la propia mortifica ción, re s is te a la
s e ns ua lida d, quie re e s ta r s uje ta , de s e a s e r ve ncida , no quie re us a r de s u propia libe rta d,
a pe te ce vivir ba jo una e s tre cha obs e rva ncia , no codicia s e ñore na adie
r a, s ino vivir y
s e rvir, y e s ta r de ba jo de la ma no de Dios ; por Dios e s tá pronta a obe de ce r con toda
humilda d a cua lquie ra cria tura huma na .

4. La na tura le za tra ba ja por s u conve nie ncia , y tie ne la mira a la utilida d que le pue de
ve nir. P e ro la gra cia no cons ide ra lo que le e s útil y conve nie nte , s ino lo que a prove cha
a muchos .

5. La na tura le za re cibe con gus to la honra y la re ve re ncia . Ma s la gra cia a tribuye


fie lme nte a s ólo Dios toda honra y gloria .

6. La na tura le za te me la confus ión y e l de s pre


o. Pcie ro la gra cia s e a le gra e n pa de ce r
injuria s por e l nombre de J e s ús .

7. La na tura le za a ma e l ocio y la quie tud corpora l. Má s la gra cia no pue de e s ta r ocios a ;


a nte s a bra za de bue na volunta d e l tra ba jo.

8. La na tura le za bus ca te ne r cos a s curios a s y he rmos a s , y a borre ce la s vile s y gros e ra s .


Ma s la gra cia s e de le ita con cos a s lla na s y ba ja s , no de s e cha la s á s pe ra s , ni re hús a e l
ve s tir ropa s vie ja s .

9. La na tura le za mira lo te mpora l, y s e a le gra de la s ga na ncia s te rre na s , s e e ntris te ce de l


da ño, y e n ja s e con cua lquie r pa la bra o injuria . P e ro la gra cia mira lo e te rno, no e s tá
pe ga da a lo te mpora l, ni s e turba cua ndo la pie rde , ni s e e xa s pe ra con la s pa la bra s
ofe ns iva s ; porque pus o s u te s oro y gozo e n e l cie lo, donde ninguna cos a pe re ce .

10. La na tura le za e s codicios a , y de me jor ga na toma que da ; a ma s us cos a s propia s y


pa rticula re s . Ma s la gra cia e s pia dos a y común pa ra todos , huye la s ingula rida d,
conte nta s e con poco, tie ne por ma yor fe licida d e l da r que e l re cibir.

11. La na tura le za nos inclina laas cria tura s , a la propia ca rne , a la va nida d y a la s
dis tra ccione s . P e ro la gra cia nos lle va a Dio y a la s virtude s , re nuncia
la s cria tura s ,
huye e l mundo, a borre ce los de s e os de la ca rne , re fre na los pa s os va nos ,
a ve rgüé nza s e de pa re ce r e n público.

12. La na tura le za toma de bue na ga na cua lquie r pla ce r e xte rior e n que de le ite s us
s e ntidos . P e ro la gra cia e n s olo Dios s e quie re cons ola r, y de le ita rs e e n e l s umo bie n
s obre todo lo vis ible .

13. La na tura le za , cua nto ha ce , e s por s u propia utilida d y conve nie ncia ; no pue de ha ce r
cos a de ba lde , s ino que e s pe ra a lca nza r otro ta nto o má s , o s i no, a la ba nza o fa vor por e l
bie n que ha he cho; y de s e a que s e a n s us obra s y s us dá diva s muy ponde ra da s . Ma s la
gra cia ninguna cos a te mpora l bus ca , ni quie re otro pre mio, s ino a s olo Dios ; y de lo
te mpora l no quie re má s que cua nto ba s ta pa ra cons e guir lo e te rno.

14. La na tura le za s e compla ce e n s us muchos a migos y pa rie nte s , s e glor a de s u noble


na cimie nto y dis tinguido lina je , ha la ga a los pode ros os , lis onje a acos
los, aripla ude a

89
Diarios de Avivamientos

los igua le s . P e ro la gra cia a ma a un a los e ne migos y no s e e ngríe por los muchos
a migos , ni ha ce ca s o de propio na cimie nto y lina je , s i e n l no ha y ma yor virtud.
Fa vore ce má s a l pobre que a l rico; s e a comoda ma s bie n a l inoce nte que a l pode ros o; s e
a le gra con e l ve ra z, no con e l ea ngños o. Exhorta s ie mpre a los bue nos a que a s pire n a
gra cia s me jore s , y s e a s e me je n a l Hijo de Dios
or s us
p virtude s .

15. La na tura le za lue go s e que ja de la ne ce s ida d y de l tra ba jo. P e ro la gra cia lle va con
bue n ros tro la pobre za .

16. La na tura le za todo lo dirige a s í mis ma , y por s í pe le a y porfía . Ma s la gra cia todo lo
re fie re a Dios , de donde origina lme nte ma na , ningún bie n s e a rroga ni s e a tribuye a s í
mis ma . No porfía , ni pre fie re s u modo de pe ns a r a l de los otros ; s ino que e n todo
dicta me n y opinión s e s uje ta a la s a biduría e te rna y a l divino e xa me n.

17. La na tura le za a pe te ce s a be r s e cre to y oír nove da de s ; quie re a pa re ce r e n público, y


obs e rva r mucho por los s e ntidos ; de s e a s e r conocida , y ha ce r cos a s de donde le proce da
a la ba nza y fa ma . P e ro la gra cia no cuida de oír cos a s nue va s ni curios a s ; porque todo
e s to na ce de la corrupción a ntigua , y no ha y cos a nue va ni dura ble s obre la tie rra .
Ens e ña a re coge r los s e ntidos , a huir la va na compla ce ncia y os ión,
te nta
e scconde r
humilde me nte lo que te nga digno de a dmira ción o a la ba nza , y bus ca r e n toda s la s cos a s
y e n toda cie ncia fruto de utilida d, y a la ba nza y honra de Dios . No quie re que e lla ni s us
cos a s s e a n pre gona da s ; s ino que Dios s e a glorifica do e n s us done s , que los da todos con
purís imo a mor.

18. Es ta gra cia e s una luz s obre na tura l, y un don e s pe cia l de Dios ; y propia me nte la
ma rca de los e s cogidos , y la pre nda de la s a lva ción e te rna , la cua l le va nta a l hombre de
lo te rre no a a ma r lo ce le s tia l, y de cal rna
lo ha ce e s piritua l. As í que , cua nto má s
a pre mia da s e a la na tura le za , ta nto ma yor gra cia s e infunde , y ca da día e s re forma do e l
hombre inte rior s e gún la ima ge n de Dios con nue va s vis ita cione s .

CAPíTULO LV: De la corrupción de la naturale z a, de la acia


e fic de la gracia divina.

EL ALMA:
1. S e ñor, Dios mío, que me cr a s te a tu ima ge n y s e me ja nza , concé de me a que s ta gra cia ,
que de cla ra s te s e r ta n gra nde y ne ce s a ria pa ra la s a lva ción; a fin de que yo pue da ve nce r
mi pe rve rs a na tura le za , que me a rra s tra a los pe caados la pe
y rdición. P ue s yo s ie nto e n
mi ca rne la le y de l pe ca ,doque contra dice a la le y de mi a lma , y me lle va ca utivo a
obe de ce r e n mucha s cos a s a la s e ns ua lida d y no pu do re s is tir a s us e s ,pas is ion
no
me a s is te tu s a ntís ima gra cia , e fica zme nte infundida e n mi cora zón.

2. Ne ce s a ria tu gra cia , y gra nde gra cia , pa ra ve nce r la na tura le za inclina da s ie mpre a lo
ma lo de s de s u juve ntud. P orque a ba tida e n e l prime r hombre Adá n, y vicia da por e l
pe ca do, pa s a a todos los hombre s la pe na de e s ta madencha s ue; rte que la mis ma
na tura le za , que fue cria da por Ti bue na y de re cha , ya s e toma por e l vicio y e nfe rme da d
de la na tura le za corrompida ; por que e l mis mo movimie nto s uyo que le que dó, la induce
a l ma l y a lo te rre no. P ue s la poca fue rza que le ha que da do, e s como una ce nte llita
e s condida e n la ce niza . Es ta e s la ra zón na tura l, ce rca da de gra nde s tinie bla s ; pe ro ca pa z
toda vía de juzga r de l bie n y de l ma l, y de dis ce rnir lo ve rda de ro de lo fa ls o; a unque no

90
Diarios de Avivamientos

tie ne fue rza pa ra cumplir todo lo que le pa re ce bue no, ni us a de la pe rfe cta luz de la
ve rda d ni tie ne s a na s s us a ficione s .

3. De a quí vie ne , Dios mío, que yo, s e gún e l hombre inte rior, me de le ito e n tu le y,
s a bie ndo que tus ma nda mie ntos s on bue nos , jus tos y s a ntos , juzga ndo ta mbié n que
todo ma l y pe ca do s e de be huir. P e ro con la ca rne s irvo a la s e ns ua lida d má s que a la
ra zón. As í e s ta mbié n ue q propongo fre cue nte me nte ha ce r mucha s bue na s obra s ;
pe ro comofa lta la gra cia pa ra a yuda r a mi fla que za , con poca re s is te ncia vue lvo a trá s y
de s fa lle zco.P or la mis ma ca us a s uce de que conozco e l ca mino de la pe rfe cción, y ve o
con ba s ta nte cla rida d como de bo obra r. Ma s a gra da do de l pe s o de mi propia
corrupción no me le va nto a cos a s má s pe rfe cta s .

4. ¡Oh, cuá n ne ce s a ria me e s , S e ñor, tu gra cia , pa ra come nza ie n,


r econtinua
lb rlo y
pe rfe cciona rlo! P orque s in e lla ninguna cos a pue do ha ce r; pe ro e n Ti todo lo pue do,
conforta do con la gra cia . ¡Oh gra cia ve rda de ra me nte ce le s tia l, s in la cua l na da s on los
me re cimie ntos propios , ni s e ha n de e s tima r e n a lgo los done s na tura le s ! Ni la s a rte s , ni
la s rique za s , ni la he rmos ura , ni e l inge nio o la e locue ncia va le n de la nte de Ti, S e ñor,
s in tu gra cia . P orque los done s na tura le s s on comune s a bue nos , y a ma los ; má s la
gra cia y la ca rida d e s don propio de los e s cogidos , y con la s ee lha ce n dignos de la vida
e te rna . Ta n e ncumbra da e s e s ta gra cia , que ni e l don de la profe cía , ni e l ha ce r mila gro,
o a lgún otro s a be r, por s util que s e a , e s e s tima do e n a lgo s in e lla . Ni a un la fe ni la
e s pe ra nza , ni la s otra s virtude s s on a ce pta s a Ti, s in ca rida d ni gra cia .

5. ¡Oh be a tís ima gra cia , que a l pobre de e s píritu lo ha ce s rico e n virtude s , y a l rico e n
muchos bie ne s vue lve s humilde de cora zón! Ve n, de secie a nd
mi, llé na me lue go de tu
cons ola ción, pa ra que noe sdma ye mi a lma de ca ns a ncio y s e que da d de cora zón.
S uplícote , S e ñor, que ha lle gra cia e n tus ojos , pue s me ba s ta , a unque me fa lte todo lo
que la na tura le za de s e a . S i fue re te ntay do
a torme nta do de mucha s tribula cione s , no
te me ré los ma le s , e s ta ndo tu gra cia conmigo. Ella e s forta le za , e lla me da cons e jo y
fa vor. Much má s pode ros a e s equtodos los e ne migos , y mucho má s s a bia que todos
los s a bios .

6. Ella e ns e ña la ve rda d, la cie ncia , a lumbra e l cora zón, cons ue la e n la s a fliccione s ,


de s tie rra la tris te za , quita e l te mor, a lime nta la de voción produce lá grima s
a fe ctuos a s¿. Qué s oy yo s in la gra cia , s ino un ma de ro s e co, y un tronco inútil y
de s e cha do?As ís te me , pue s , S e ñor, tu gra cia pa ra e s ta r s ie mpre a te nto a e mpre nde r,
continua r ype rfe cciona r bue na s obra s , por tu Hijo J e s ucris to. Amé n.

Capítulo LVI: QUE DEBEMOS NEGAR NOS A NOS OTR OS MIS MOS , Y
AS EMEJAR NOS A CR IS TO POR LA CR UZ.

J ES UCRIS TO:
1. Hijo, cua nto pue de s s a lir de ti, ta nto pue de s pa s a rte a Mí. As í como no de s e a r na da
e xte riorme nte , produce la pa z inte rior; a s í e l ne ga rs riorme
e inte nte , ca us a la unión con
Dios . Quie ro que a pre nda s la pe rfe cta re nuncia de ti mis mo e n mi volunta d, s in re plica
ni que ja . S ígue me : YO S OY CAMINO, VERDAD Y VIDA. S in ca mino no ha y por
donde a nda r; s in ve rda d no pode mos conoce r;s in vida no ha y quie n pue da vivir. Yo s oy
e l ca mino que de be s s e guir, la ve rda d que de be s cre e r, la vida que de be s e s pe ra r. Yo s oy

91
Diarios de Avivamientos

ca mino inviola ble , ve rda d infa lible , vida inte rmina ble . Yo s oy ca mino muy de re cho,
ve rda d s uma , vida ve rda de ra , vida bie na ve ntura da , vida incre ape
darma
. S ine cie re s e n
mi ca mino, conoce rá s la ve rda d, y la ve rda d te libra rá y a lca nza rá s la vida e te rna .

2. S i quie re s e ntra r e n la vida , gua rda mis ma nda mie ntos . S i quie re s conoce r la ve rda d,
cré e me a Mí. S i quie re s s e r mi dis cípulo, nié ga te a ti mis mo. quieSre
i s pos e e r la vida
bie na ve ntura da , de s pre cia la pre s e nte . S i quie re s s e r e ns a lza do e n e l cie lo, humílla te e n
e l mundo. S i quie re s re ina r conmigo, lle va la cruz conmigo. P orque s ólo los s ie rvos de
la cruz ha lla n e l ca mino de la bie na ve ntura nza y de uzlavel rda de ra .

EL ALMA:
3. S e ñor, pue s tu ca mino e s e s tre cho y de s pre cia do e n e l mundo, concé de me que te
imite e n de s pre cia r e l mundo. P ue s no e s me jor e l s ie rvo que s u s e ñor, ni e l dis cípulo e s
s upe rior a l ma e s tro. Eje rc ta s e tu s ie rvo e n tu
idav, pue s e n e lla e s ta mi s a lud, y la
s a ntida d ve rda de ra . Cua lquie r cos a que fue ra de e lla oigo no me re cre a ni s a tis fa ce
cumplida me nte .

J ES UCRIS TO:
4. Hijo, pue s s a be s e s to y lo ha s le ído todo, s i lo hicie re s , s e rá s bie na ve ntura do. El que
a bra za mis ma nda mie ntos los y gua rda ,e s e e s e l ue
q me a ma , y Yo le a ma ré , y
e ma nife s ta ré a éyl, le ha ré s e nta r conmigo e n e l re ino de mi P a dre .

EL ALMA:
5. S e ñor, J e s ús , como lo dijis te y prome tis te , a s í s e ha ga , y pue da yo me re ce rlo. Re cibí
de tu ma no la cruz; yo la lle va ré ha s ta la mue rte , a s í como Tú me la pus is te .
Ve rda de ra me nte la vida de l bue n re ligios o e s cruz, pe ro guía a l pa ra ís o. Ya he mos
come nza do; no s e de be volve r a trá s , ni convieene ja rlad .

6. Ea , he rma nos , va mos juntos , J e s ús s e rá con nos otros . P or J e s ús toma mos e s ta cruz,
por J e s ús pe rs e ve re mos e n e lla . S e rá nue s tro a uxilia dor e l que e s nue s tro ca pitá n, y fue
nue s tro e je mplo Mira d a nue s tro Re y que va de la nte de nos otros y pe le a rá por
nos otros .S igá mos leva ronilme nte , na die te ma los te rrore s e s te mos pre pa ra dos a morir
con a nimo e n la ba ta lla , y no de mos ta l a fre nta a nue s tra gloria , que huya mos de la cruz.

Capítulo LVII: No de be acobardars e de m as iado e l que cae e n algunas faltas .

J e s ucris to:
1. Hijo, má s me a gra da n la humilda d y la pa cie ncia e n la a dve rs ida d que e l mucho
cons ue lo y de voción e n la pros pe rida d. ¿ P or qué te e ntris te ce una pe que ña cos a dicha
contra ti? Aunque má s fue ra , no de bie ra s inquie ta rte . Ma s a hora dé ja la pa s a r, porque
e s la prime ra , ni nue va , ni s e rá la última s i mucho vivie re s . Ha rto e s forza do e re s
cua ndo ninguna cos a contra ria te vie ne . Acons e ja s bie n, y s a be s a le nta r a otros con
pa la bra s ;pe ro cua ndo vie ne a tu pue rta ana lgure pe ntina tribula ción, lue go te fa lta
cons e jo y e s fue rzo. Mira tu gra n fra gilida d que e xpe rime nta s a ca da pa s o e n pe que ña s
oca s ione s ; ma s todo e s te ma el qu
te s uce de , re dunda e n tu s a lud.

2. Apá rta lo como me jor s upie re s de tu cora zón, y s i lle gó a toca rte , no pe rmita s que te
a ba ta , ni te lle ve e mba ra za do mucho tie mpo. S ufre a lo me nos con pa cie ncia , s i no

92
Diarios de Avivamientos

pue de s con a le gría . Y s i oye s a lgo contra tu gus to y te s ie nte s irrita do, re fré na te , y no
de je s s a lir de tu boca a lguna pa la bra de s orde na da que pue da e s ca nda liza r a los
inoce nte s . P re s to s e a quie ta rá e l ímpe tu e xcita do de tu cora zón: y e l dolor inte rior s e
dulcifica con la vue lta de la gra cia . Aún vivo Yo (dice e l S e ñor) dis pue s to pa ra a yuda rte
y pa ra cons ola rte má s de lo a cos tumbra do, s i confía s e n Mí y me lla ma desvoción.

3. Te n bue n á nimo, y a pe rcíbe te pa ra tra nce s ma yore s . Aunque te ve a s mucha s ve ce s


a tribula do, o gra ve me nte te nta do, no por e s o e s tá ya todo pe rdido. ¿ Cómo podrá s tú
e s ta r s ie mpre e n un
mis mo e s ta do de virtud, cua ndo le fa ltó a l á nge l e n e l cie lo, y a l
prime r hombre e n e l pa ra ís o? Yo s oy e l que le va nta con e nte ra s a lud a los que llora n y
y tra igo a mi divinida d los que conoce n s u fla que za .

EL ALMA:
4. S e ñor, be ndita e a tu pa la bra , dulce pa ra mi boca má s que la mie l y e l pa na l. ¿ Qué
ha ría yo e n ta nta s tribula cione s y a ngus tia s , s i Tú no me a nima s e s conntatus
s sa
pa la bra s ? Con ta l que a l fin lle gue yo a l pue rto de s a lva ción ¿ qué s e me da de cua nto
hubie re pa de cido? Da me bue n fin; da me una dulce pa rtida de e s te mundo. Acué rda te de
mí, Dios mío, y guía me por ca mino de re cho a tu re ino. Amé n.

Capítulo LVIII: NO S E DEBEN ES CUDR IÑAR LAS COS AS ALTAS Y LOS JUICIOS
OCULTOS DE DIOS

J ES UCRIS TO:
1. Hijo, guá rda te de dis puta r de ma te ria s a lta s , y de los s e cre tos juicios de Dios ; por qué
uno e s de s a mpa ra do y otro tie ne ta nta s gra cia s ; por qué e s tá uno muy a fligido y otro ta n
a lta me nte e ns a lza do. Es ta s cos a s e xce de n a toda huma na ca pa cida d; y no ba s ta ra zón ni
dis puta a lguna pa ra inve s tiga r e l juicio divino. P or e s o, cua ndo e l e ne migo te tra je re
e s to a l pe ns a mie nto, o a lgunos hombre s curios os lo pre gunta re n, re s ponde e llo de
a qu
l
profe ta : JUS TO ER ES , S EÑOR , Y JUS TO TU JUICIO. Y ta mbié n: LOS JUICIOS DEL
S EÑOR S ON VER DADER OS Y JUS TIFICADOS EN S í MIS MOS . Mis juicios ha n de s e r
te midos , no e xa mina dos ; por que no s e compre nde con e nte ndimie nto huma no.

2. Ta mpoco te ponga s a inquirir ois putad r de los me re cimie nto de los a ntos , cuá l s e a
má s a nto o ma yor e n e l re ino de los cie los . Es ta s cos a s mucha s ve ce s ca us a n
contie nda s y dis e ns ione s s in prove cho; a ume nta n ta mbié n la s obe rbia y la va na gloria , de
donde na ce n e nvidia s y dis cordia s , cua ndo uno quie re pre fe rir imprude nte me nte un
a nto, y otro quie re a otro. Que re r s a be r e inquirir ta le s cos a s , ningún fruto tra e , a nte s
de s a gra da mucho a losa ntos ; por que Yo no s oy DIOS de dis cordia , s ino de pa z; la
cua l cons is te má s e n la ve rda de ra humilda d, que e n la propia e s tima ción.

3. Algunos con ce lo de a mor s e a ficiona n a unos a ntos má s que a otros ; pe ro má s por


a fe cto huma no que divino. Yo s oy e l que hice a todosa los ntos ; Yo le s di la gra cia ; Yo
le s he da do la gloria . Yo s é los mé ritos de ca da uno; Yo le s pre vine be ndicione
con s de
mi dulzura . Yo conocí mis a ma dos a nte s de los s iglos ; Yo los e s cogí de l mundo, y no
e llos a Mí. Yo los lla mé por gra cia y a tra je por mis e ricordia ; Yo le s lle vé por dive rs a s
te nta cione s .Yo le s e nvié gra nde s cons ola cione s , le s di la pe rs e ve ra ncia y coroné s u
pa cie ncia . 4. Yo conozco a l prime ro y a l último.

93
Diarios de Avivamientos

Yo los a bra zo a todos con a mor ine s tima ble . Yo s oy digno de s e r a la ba do e n todos mis
a ntos , y e ns a lza do s obre toda s la s cos a s ; Yo de bo s e r honra do por ca da uno de cua ntos
he e ngra nde cido ypre de s tina do, s in pre ce de r a lgún me re cimie nto s uyo. P or e s o quie n
de s pre cia re a uno de mis pe que ñue los ,onrano ha l gra nde , porque yoice h a l gra nde y a l
pe que ño. Y e l que quis ie re de primir a lguno de los a ntos , a Mí me de prime y a todos
los de má s de l re ino de los cie los . Todos s on una mis ma cos a por vínculo de la ca rida d;
todos tie ne n un mis mo pa re ce r y un mis mo e requ
r; y todos s e a ma n re cíproca me nte .

5. Y s obre todo, má s me a ma n a Mí que a s í mis mos y a todos s us me re cimie ntos .


P orque e le va dos s obre s í libre s de s u propio a mor, s e pa s a n de l todo a l mío; y e n é l
de s ca ns a n y s e re gocija n con gozo ine xplica ble . No ha y cos a que los pue da a pa rta r ni
de clina r; porque lle nos de la ve rda d e te rna , a rde n e n e l fue go ine xtinguible de la
ca rida d.Ca lle n, pue s , los hombre s ca rna le s y a nima le s , y no dis pute n de l e s ta do de los
a ntos , pue s no s a be n a ma r s ino los gozos pa rticula re s . Quita n y pone n s e gún s u
inclina ción, no como a gra da a la e te rna ve rda d.

6. Muchos por e fe cto de ignora ncia , e s pe cia lme nte los que s e ha lla n con poca luz
inte rior, con dificulta d s a be n a ma r a a lguno con pe rfe cto a mor e s piritua l. Y a un los lle va
mucho e l a fe cto na tura l, y la a mis ta d huma na , con la cua l s e inclina n má s a unos que a
otros ; y a s í como s ie nte n de la s cos a s te rre na s , a s í ima gina n de la s ce le s tia le s . Ma s ha y
gra ndís ima dife re ncia e ntre lo que pie ns a n los hombre s impe rfe ctos y lo que s a be n los
va rone s e s piritua le s por la re ve la ción divina .

7. Guá rda te , pue s , hijo, de tra ta r curios a me nte de la s cos a s que e xce de n a tu a lca nce : de
lo que de be s tra ta r e s de que pue da s s e r s iquie ra e l me nor e n e l re ino de Dios . Y a unque
uno s upie s e quié n e s máasnto que otro, o e l ma yor e n e l re ino de l cie lo, ¿ de qué le
s e rviría e l s a be rlo, s i no s e humilla s e de la nteMídepor e s te conocimie nto, y no s e
le va nta s e a a la ba r má s pura me nte mi nombre ? Mucho má s a gra da ble e s a Dios e l que
pie ns a e n la gra ve da d de s us propios pe ca dos , y la poque da d de s us virtude s , y cuá n
le jos e s tá de la pe rfe cción de losa ntos , que e l que porfía cuá l s e rá ma yor o me nor
a nto. Me jor e s roga r a losa ntos con de vota s ora cione s y lá grima s , y con humilde
cora zón invoca r s u fa vor,ueq e s cudriña r s us s e cre tos con inútil inve s tiga ción.

8. Ellos e s tá n cumplida me nte conte ntos , s i los hombre s s a be n conte nta rs e y re fre na r la
va nida d de s us le ngua s . No s e gloría n de s usiosprop
me re cimie ntos , pue s que ningu
na
cos a bue na s e a tribuye n a s í mis mos ; s ino todo a Mí; porque yo le s di todo cua nto tie ne n
con mi infinita ca rida d. Lle nos e s tá n de ta nto a mor dedivinida
la d, y de ta l a bunda ncia
de gozos , que ninguna pa rte de gloria le s fa lta , ni le s pue de fa lta r cos a a lguna de
bie na ve ntura nza . Todos losa ntos , cua nto má s a ltos e s tá n e n la gloria ta nto má s
humilde s s one n s í mis mos , y e s tá n má s ce rca nos a Mí, y s on má s a ma dos de Mí. P or lo
cua l e s tá e s crito que a ba tie ron s us corona s de la nte de Dios , y s e pos tra ron s obre s us
ros tros de la nte de l Corde ro, y a dora ron a l que vive por los s iglos de los s iglos .

9. Muchos pre gunta n quié n e s e l ma yor e n e l re ino de Dios , que no s a be n s i s e rá n


dignos de s e r conta dos con los ínfimos . Gra n cos a e s s e r e n e l cie lo s iquie ra e l me nor,
donde todos s on gra nde s , porque todos s e lla ma rá n y s e rá n hijos de Dios . El me nor s e rá
gra nde e ntre mil, y e l pe ca dor de cie n a ños morirá . P ue s cua ndo pre gunta ba n los
dis cípulos quié n fue s e ma yor e n e l re ino de los cie los , tuvie ron e s ta re s pue s ta : S i no os
hicie re is como niños , no e ntra ré is e n e l re ino de los cie los . P or e s o, cua lquie ra que s e
humilla re como niño, a que l s e rá e l ma yor e n e l re inocie
delo.
l

94
Diarios de Avivamientos

10. ¡Ay de a que llos que s e de s de ña n de humilla rs e de volunta d con los pe que ñitos ;
porque la pue rta humilde y a ngos ta de l re ino ce le s tia l no le s pe rmitirá e ntra r! ¡Ay
ta mbié n de los ricos , que tie ne n a quí s us de le ite s ; porque cua ndo e ntra rebre
n los
s e npo
e l re ino de Dios , que da rá n e llos fue ra a ulla ndo y llora ndo a lá grima viva ! Ale gra os los
humilde s , y re gocija os los pobre s , que vue s tro e s e l re ino de Dios , s i a ndá is e n e l
ca mino de la ve rda d.

Capítulo LIX: Toda la e s pe ranz a y confianz a s e de be pone r e n s ólo Dios .

El Alma :
1. S e ñor, ¿ cuá l e s mi confia nza e n e s ta vida ? o ¿ cuá l mi ma yor conte nto de cua ntos ha y
de ba jo de l cie lo? P or ve ntura ¿ no e re s Tú mi Dios y S e ñor, cuya s mis e ricordia s no
tie ne n núme ro? ¿ Dónde me fue bie n s in Ti? o ¿ cuá ndo pudo
me ir ma l e s ta ndo Tú
pre s e nte ? Má s quie ro s e r pobre por Ti, que rico s in Ti. P or me jor te ngo pe re grina r
contigo e n la tie rra , que pos e e r s in Ti e l cie lo. Donde Tú e s tá s , a llí e s tá e l cie lo, y donde
no, e l infie rno y la mue rte . A Ti s e dirige todo mi de o,s ye por e s o no ce s a ré de ora r,
ge mir y cla ma r e n pos de Ti. En fin; yo no pue do confia r cumplida me nte e n a lguno que
me a yude oportuna me nte e n mis ne ce s ida de s , s ino e n Ti s olo, Dios mío. Tú e re s mi
e s pe ra nza y mi confia nza ; Tú mi cons ola dor y e l a migo má s fie l e n todo.

2. Todos bus ca n s u inte ré s , Tú bus ca s s ola me nte mi s a lud y mi a prove cha mie nto, y todo
m lo convie rte s e n bie n. Aunque a lguna s ve ce s me de ja s e n dive rs a s te nta cione s
y a dve rs ida de s , todo lo orde na s pa ra mi prove cho; que s ue le s de milos proba
mod r a
tus e s cogidos . En e s ta prue ba de be s s e r ta n a ma do y a la ba do, como s i me
colma s e s decons ola cione s e s piritua le s .

3. En Ti, pue s , S e ñor Dios , pongo toda mi e s pe ra nza y re fugio; e n tus ma nos de jo toda s
mis tribula cione s y a ngus tia s ; porque fue raTidetodo e s dé bil e incons ta nte . P orque no
me a prove cha rá n muchos a migos , ni podrá n a yuda rme los de fe ns ore s pode ros os , ni los
cons e je ros dis cre tos da rme re s pue s ta conve nie nte , ni los libros doctos cons ola rme , ni
cos a a lguna pre cios a libra rme , ni a lgún rluga s e cre to y de licios o de fe nde rme , s i Tú
mis mo no me a uxilia s , a yuda s , e s fue rza s , cons ue la s y gua rda s .

4. P orque todo lo que pa re ce conduce nte pa ra te ne r pa z y fe licida d, e s na da s i Tú e s tá s


a us e nte ; ni da s ino una s ombra de fe licida d. Tú e re s , pue s , fin de todos los bie ne s ,
ce ntro de la vida , y a bis mo de s a biduría ; y e s pe ra r e n Ti s obre todo, e s gra ndís ima
cons ola ción pa ra tus s ie rvos . A Ti, S e ñor, le va nto mis ojos ; e n Ti confió, Dios mío,
pa dre de mis e ricordia s . Be ndice y s a ntifica mi a lma con be ndición ce le s tia l, pa ra que
s e a mora da s a nta tuya , y s illa de tu gloria e te rna ; y no ha ya e n e s te te mplo tuyo cos a que
ofe nda los ojos de tu ma je s ta d s obe ra na . Míra me s e gún la gra nde za de tu bonda d, y
s e gún la multitud de tus mis e ricordia s , y oye la ora ción de e pobre
e s t s ie rvo tuyo,
de s te rra do le jos e n la re gión de la s ombra de la mue rte . De fie nde y cons e rva e l a lma de
e s te tu s ie rve cillo e ntre ta ntos pe ligros de la vida corruptible ; y a compa ñá ndola tu
gra cia , guía la por e l ca mino de la pa z a la pa tria de la tuape rpe
cla rida d. Amé n.

95
Diarios de Avivamientos

LIB R O C U A R T O
S antís imo S acrame nto de l Altar

EXHORTACIÓN DEVOTA P ARA LA S AGRADA COMUNIÓN.

J e s ucris to:
Ve nid a Mí todos los que te né is , tra ba jos y e s tá is ca rga dos , y yo os a livia ré , dice e l
S e ñor. El pa n que yo os da ré , e s mi ca rne , por la vida de l mundo. Toma d y come d: e s te
e s mi cue rpo; que s e rá e ntre ga do por vos otros . Ha ce d e s to e n me moria de Mí. El que
come mi ca rne y be be mi s a ngre , e s tá e n Mí, y yo e n é l. La s pa la bra s que os he dicho,
e s píritu y vida s on.

Capítulo prim e ro: Con cuánta re ve re ncia s e ha de re cibir a Je s ucris to.

El Alma :
1. Es ta s s on tus pa la bra s , ¡oh bue n J e s ús , Ve rda d e te rna ! Aunque no fue ron dicha s e n un
tie mpo, ni e s crita s e n un mis mo luga r. Y pue s s on tuya s , y ve rda de ra s , de bo yo
re cibirla s toda s con gra titud y con fe . Tuya s s on, pue s , Tú la s dijis te ; y ta mbié n s on
mía s , pue s la s dijis te por mi bie n. Muy de gra do la s re cibo de tu boca , pa ra que s e a n
má s profunda me nte gra ba da s e n mi cora zón. De s pié rta nme pa la bra s de ta nta pie da d,
lle na s de dulzura y de a mo r; ma s por otra pa rte mis propios pe ca dos me e s pa nta n, y mi
ma la concie ncia me re tra e de re cibir ta n a ltos mis te rios . La dulzura de tus pa la bra s me
convida ; ma s la multitud de mis vicios me oprime .

2. Me ma nda s que me lle gue a Ti con gra n confia nza , s i quie ro te ne r pa rte contigo, y
que re ciba e l ma nja r de la inmorta lida d, s i de s e o a lca nza r vida y gloria pa ra s ie mpre .
Dice s : Ve nid a Mí todos los que te né is tra ba jos y e s tá is ca rga dos , que yo os re cre a ré .
¡Cuá n dulce s y a ma ble s s on a los oídos de l pe ca dor e s ta s pa la bra s , por la s cua le s Tú,
S e ñor Dios mío, convida s a l pobre y a l me ndigo a la comunión de tu S a ntís imo Cue rpo!
Ma s ¿ quié n s oy yo, S e ñor, pa ra que pre s uma lle ga rme a Ti? Ve o que no ca be s e n los
cie los de los cie los ; y Tú dice s : ¡Ve nid a Mí todos !

3. ¿ Qué quie re de cir e s ta ta n pia dos a digna ción, y e s te ta n a mis tos o convite ? ¿ Cómo
os a ré lle ga rme yo que no re conozco e n mí cos a bue na e n que pue da confia r? ¿ Cómo te
hos pe da ré e n mi ha bita ción yo que ta nta s ve ce s ofe ndí tu be nignís ima pre s e ncia ? Los
á nge les y a rcá nge le s tie mbla n: los S a ntos y jus tos te me n. Y Tú dice s : !Ve nid a Mí
todos ! S i Tú, S e ñor, no dije s e s e s to, ¿ quié n lo cre e ría ? Y s i Tú no lo ma nda s e s , ¿ quié n
os a ría lle ga rs e a Ti?

4. Noé , va rón jus to, tra ba jó cie n a ños e n fa brica r una a rca pare racegua
rs e e n e lla con
poca s pe rs ona s : ¿ pue s cómo podré yo e n una hora pre pa ra rme pa ra re cibir con
re ve re ncia a l que fa bricó e l mundo? Mois é s , tu gra n s ie rvo y tu a migo e s pe cia l, hizo una
a rca de ma de ra incorruptible , y la gua rne ció de oro purís imo pa ra pone r e n e lla la s
ta bla s de la Le y; ¿ y yo, cria tura podrida , os a ré re cibirte ta n fá cilme nte a Ti, ha ce dor de
la le y y da dor de la vida ? S a lomón, e l má s s a bio de los re ye s de Is ra e l, e dificó e n s ie te
a ños , e n honor de tu nombre , un ma gnífico te mplo. Ce le bró ocho día s la fie s ta de s u
de dica ción, ofre ció mil hos tia s pa cífica s , y colocó s ole mne me nte e l Arca de l

96
Diarios de Avivamientos

Te s ta me nto, con mús ica s y re gocijos , e n e l luga r que le e s ta ba pre pa ra do. Y yo,
mis e ra ble y má s pobre de los hombre s , ¿ cómo te introduciré e n mi ca s a , que
difícilme nte e s toy con de voción me dia hora ? Y ¡oja lá que a lguna ve z ga s ta s e bie n
me dia hora !

5. ¡Oh Dios mío! ¿ Qué no hicie ron a que llos por a gra da rte ? Ma s ¡a y de mí! ¡Cuá n poco
e s lo que yo ha go! ¡Qué corto tie mpo ga s to e n pre pa ra rme pa ra la Comunión! Ra ra ve z
e s toy de l todo re cogido, y ra rís ima me ve o libre de toda dis tra cción. Y e n ve rda d, que
e n tu s a luda ble y divina pre s e ncia no de bie ra ocurrirme pe ns a mie nto a lguno poco
de ce nte , ni ocupa rme cria tura a lguna ; porque no voy a hos pe da r a a lgún á ngel l, s ino a
S e ñor de los á nge le s .

6. Ade má s , ha y gra ndís ima dife re ncia e ntre e l Arca de l Te s ta me nto con cua nto
conte nía , y tu purís imo Cue rpo con s us ine fa ble s virtude s ; e ntre a que llos s a crificios de
la le y a ntigua que figura ba n los ve nide ros , y e l s a crificio de tu cue rpo, que e s e l
cumplimie nto de todos los s a crificios a ntiguos .

7. ¿ P or qué , pue s , no me infla mo má s e n tu ve ne ra ble pre s e ncia ? ¿ P or qué no me


dis pongo con ma yor cuida do pa ra re cibirte e n e l S a cra me nto, a l ve r que a que llos
a ntiguos s a ntos pa tria rca sprofe
y ta s , re ye s y príncipe s , con todo s u pue blo, mos tra ron
ta nta de voción a l culto divino?

8. El de votís imo re y Da vid ba iló con toda s u fue rza de la nte de l a rca de Dios ,
a cordá ndos e de los be ne ficios he chos e n otro tie mpo a los pa dre s . Hizo dive rs os
ins trume ntos mús icos ; compus o s a lmos , y orde nó que s e ca nta s e n con a le gría ; y a un é l
mis mo los ca ntó fre cue nte me ntel a rpa , ins pira do de la gra cia de l Es píritu S a nto;
e ns e ñó a l pue blo de Is ra e l a a la ba r a Dios de todo cora zón, y be ndece cirle
le bra
y rle
ca da día convoce s a corde s . P ue s s i ta nta e ra e ntonce s la de voción, y ta nto s e pe ns ó e n
a la ba ra Dios de la nte de l Arca de l Te s ta me nto, ¿ cuá nta re ve re ncia y de voción de bo yo
te ne r, y todo e l pue blo cris tia no, pre s e ncia de l S a cra me nto y a l re cibir e l
S a ntís imocue rpo de Cris to?

9. Muchos corre n a dive rs os luga re s pa ra vis ita r la s re liquia s de los S a ntos , y s e


ma ra villa n de oír s us he chos , mira n los gra nde s e dificios de los te mplos , y be s a n los
s a gra dos hue s os gua rda dos e n oro y s e da . Y Tú e s tá s a quí pre s e te ntededemí
la ne n e l
a lta r, Dios mío, S a nto de los S a ntos , Cria dor de los hombre s y S e ñor de los á nge le s .
Mucha s ve ce s los hombre s ha ce n a que lla s vis ita s por la nove da d y por la curios ida d de
ve r cos a s que no ha n vis to; y a s í e s que s a ca n muy poco fruto denda e nmie
, ma yorme nte
cua ndo a nda n con livia nda d, de una pa rte a otra , s in contrición ve rda de ra . Má s a quí, e n
e l S a cra me nto de l Alta r, e s tá s todo pre s e nte , J e s ús mío, Dios y hombre ; e n é l s e coge
copios ofruto de e te rna s a lud toda s la s ve ce s que te re cibie re n digna y de vota me nte . Y a
e s to no nos tra e ninguna livia nda d ni curios ida d o s e ns ua lida d; s ino la fe firme ,
la e s pe ra nza de vo a , y la pura ca rida d.

10. ¡Oh Dios invis ible , Cria dor de l mundo, cuá n ma ra villos a me nte lo ha ce s con
nos otros ! ¡Cuá n s ua ve y gra cios a me nte te porta s con tus e s cogidos , a quie ne s te ofre ce s
a Ti mis mo e n e s te S a cra me nto pa ra que te re ciba n! Es to, e n ve rda d, e xce de s obre todo
e nte ndimie nto; e s to e s pe cia lme nte ca utiva los cora zone s de los de votos y e ncie nde s u
a fe cto. P orque los ve rda de ros
fie le s tuyos , que s e dis pone n pa ra e nme nda r toda s u vida ,

97
Diarios de Avivamientos

de e s te S a cra me nto dignís imo re cibe n continua me nte gra ndís ima gra cia de de voción y
a mor de la virtud.

11. ¡Oh a dmira ble y e s condida gra cia de e s e S a cra me nto, la cua l conoce n s ola me nte los
fie le s de Cris to! P e ro los infie le s y los que s irve n a l pe ca do, no la pue de n gus ta r. En e s te
S a cra me nto s e da gra cia e s piritua l, s e re pa ra e n e l a lma la virtud pe rdida , y re flore ce la
he rmos ura a fe a da por e l pe ca do. Ta nta e s a lguna s ve ce s e s ta gra cia , que de la a bunda nte
de voción que ca us a , no s ólo e l a lma , s ino a un e l cue rpo fla co s ie nte ha be r re cibido
fue rza s ma yore s .

12. P e ro e s muy mucho de s e ntir y de llora r nue s tra tibie za y ne glige ncia , porque no nos
move mos con ma yor a fe cto a re cibir a Cris to, e n quie onsn iscte toda la e s pe ra nza y e l
mé rito de los que s e ha n de s a lva r. P orque El e s nue s tra s a ntifica ción y re de nción, El
nue s tro cons ue lo e n e s ta pe re grina ción y e l gozo e te rno de los S a ntos . Y a s í e s muy
digno de llora rs e e l poco ca s o que muchos ha ce n de e s te s a luda ble S a cra me nto, e l cua l
a le gra a l cie lo, y cons e rva a l unive rs o mundo. ¡Oh ce gue da d y dure za de l cora zón
huma no, que ta n poco a tie nde a ta n ine fa ble don, y por la mucha fre cue ncia ha ve nido a
re pa ra r me nos e n é l!

13. P orque s i e s te s a cra tís imo S a cra me nto s e ce le bra s e e n un s olo luga r y s e cons a gra s e
por un s olo s a ce rdote e n todo e l mundo, ¿ con cuá nto de s e o y a fe cto a cudiría n los
hombre s a a que l s a ce rdote de Dios pa ra ve rle ce le bra r los divinos mis te rios ? Ma s a hora
ha y muchos s a ce rdote s , y s e ofre ce Cris to e n muchos luga re s , pa ra que s e mue s tre ta nto
ma yor la gra cia y a mor de Dios a l hombre , cua nto la s a gra da Comunión e s má s
libe ra lme nte difundida por e l mundo. Gra cia s a Ti, bue n J e s ús , pa s tor e te rno que te
digna s te re cre a rnos a nos otros pobre s y de s te rra dos , con tu pre cios o cue rpo y s a ngre ; y
ta mbié n convida rnos con pa la bra s de tu propia boca a re cibir e s tos mis te rios , dicie ndo:
Ve nid a Mí todos los que te né is tra ba jos y e s tá is ca rga dos , que yo os a livia ré .

Capítulo II: De la bondad y caridad de Dios , que s e m anifie s ta e n e s te S acram e nto


para con los hom bre s .

El Alma :
1. S e ñor, confia ndo e n tu bonda d y gra n mis e ricordia , ve ngo yo e nfe rmo a l mé dico;
ha mbrie nto y s e die nto, a la fue nte de la vida ; pobre , a l re y de l cie lo; s ie rvo, a l S e ñor;
cria tura , a l Cria dor; de s cons ola do, a mi pia dos o cons ola dor. Ma s ¿ e dónde a mí
ta nto bie n, que Tú ve nga s a mí? ¿ Quié n s oy yo pa ra que te me de s a Ti mis mo?
¿ Cómo s e a tre ve e l pe ca dor a compa re ce r de la nte de Ti? Y Tú ¿ cómo te digna s
de ve nir a lpe ca dor? Tú conoce s a tu s ie rvo, y s a be s que nningú bie n tie ne por
donde pue da me re ce r que Tú le ha ga s e s te be ne ficio. Yo te confie s o, pue s , mi vile za ,
re conozco tu ve rda d, a la bo tu pie da d, tey doy gra cia s por tu e xtre ma da ca rida d.
P ue s a s í lo ha ceconmigo,
s no por mis me re cimie ntos , s ino por Ti mis mo, pa ra da rme
a conoce r me jor tubonda d; pa ra que s e me infunda ma yor ca rida d, y s e re comie nde
má s la humilda d. P ue as s í te a gra da a Ti, y a s í ma nda s te que s e hicie s e ; ta mbié n me
a gra da a mí que Tú lo ha ya s te nido por bie n. ¡Oja lá que no lo impida mi ma lda d!

2. ¡Oh dulcís imo y be nignís imo J e s ús ! ¡Cuá nta re ve re ncia y gra cia s a compa ña da s de
pe rpe tua a la ba nza te s on de bida s por ha be rnos da do tu s a cra tís imo cue rpo, cuya

98
Diarios de Avivamientos

dignida d ningún hombre e s ca pa z de e xplica r! Ma s ¿ qué pe ns a ré e n e s ta comunión,


cua ndo quie ro lle ga rme a mi S e ñor, a quie n no pue do ve ne ra r de bida me nte , y s in
e mba rgo de s e o re cibir con de voción? ¿ Qué cos a me jor y má s s a luda ble pe ns a ré , s ino
humilla rme profunda me nte de la nte de Ti, y e ns a lza r tu infinita bonda d s obre Yo mí?
te
a la bo, Dios mío, y de s e o que s e a s e ns a lza do pa ra s ie mpre . De s pré ciome y me rindo a tu
ma je s ta d e n e l a bis mo de mi ba je za .

3. Tú e re s e l S a nto de los S a ntos , y yo la ba s ura de los pe ca dore s . Tú te ba ja s a mí, que


no s oy digno de a lza r los ojos pa ra mira rte . Tú vie ne s a mí, Tú quie re s e s ta r conmigo,
Tú me convida s a tu me s a . Tú me quie re s da r a come r e l ma nja r ce le s tia l, y e l pa n de los
á nge le s ; que no e s otra cos a por cie rto s ino Tú mis mo, pa n vivo que de s ce ndis te de l
cie lo, y da s vida a l mundo.

4. ¡Cuá nto e s , pue s , tu a mor, cuá l tu digna ción! y ¡cuá nta s gra cia s y a la ba nza s te s on
de bida s por e s to! ¡Oh cuá n s a luda ble y prove chos o de s ignio tuvis te e n la ins titución de
e s te S a cra me nto! ¡Cuá n ine fa ble tu ve rda d! P ue s Tú ha bla s te , y fue he cho e l unive rs o; y
s e hizo lo que Tú ma nda s te .

5. Admira ble cos a e s , digno obje to de la fe , y s upe rior a l e nte ndimie nto huma no, que
Tú, S e ñor Dios mío, ve rda de ro Dios y hombre , e re s conte nido e nte ro de ba jo de la s
e s pe cie s de pa n y vino, y s in de trimeento
re s comido pore l que te re cibe . Tú, S e ñor de
todo, que de na da ne ce s ita s , quis is te ha bita r e ntre nos otros por me dio de e s te
S a cra me nto. Cons e rva mi cora zón y mi cue rpo s in ma ncha , pa ra que con a le gre y limpia
concie nciapue da ce le bra r fre cue nte me nte , y re cibir pa rae temi
rnas a lva ción e s te digno
mis te rio, que orde na s te y e s ta ble cis te principa lme nte pa ra ra hon
tuya me moria
continua .
6. Alé gra te , a lma mía , y da gra cia s a Dios por don ta n e xce le nte y cons ue lo ta n s ingula r
que te fue de ja do e n e s te va lle de lá grima s . P orque la ca rida d de Cris to nunca s e
dis minuye , y la gra nde za de s u mis e ricordia nunca me ngua .

7. P or e s o te de be s pre pa ra r s ie mpre con nue va de voción de l a lma , y pe ns a r con a te nta


cons ide ra ción e s ta gra n mis te rio de s a lud. As í te de be pa re ce r ta n gra nde , ta n nue vo y
a gra da ble cua ndo ce le bra s u oye s , como s i fue s e e l mis mo día e n que Cris to,
de s ce ndie ndo e n e l vie ntre de la Virge n s e hizo hombre ; o a que l e n que pue s to e n la
Cruz pa de ció y murió por la s a lude dlos hombre s .

Capítulo III: Que e s prove chos o com ulgar con fre cue ncia.

El Alma :
1. A Ti ve ngo, S e ñor, pa ra dis fruta r de tu don s a gra do, y re gocija rme e n tu s a nto
convite , que e n tu dulzura pre pa ra s te , Dios mío, pa ra e l pobre . En Ti e s tá cua nto pue do
y de bo de s e a r; Tú e re s mi s a lud y re de nción, mi e s pe ra nza y forta le za , mi honor y mi
gloria . Ale gra , pue s , hoy e l a lma de tu s ie rvo, porque a Ti, J e s ús mío, he le va nta do mi
e s píritu. De s e o yo re cibirte a hora con de voción y re ve re ncia , de s e o hos pe da rte e n mi
ca s a de ma ne ra que me re zca como Za que ondición, tu be y s e r conta do e ntre los hijos de
Abra há n. Mi a lma a nhe la tu s a gra do cue rpo; mi cora zón de s e a s e r unido contigo.

99
Diarios de Avivamientos

2. Da te , S e ñor, a mí, y me ba s ta ; porque s in Ti ninguna cons ola ción s a tis fa ce . S in Ti no


pue do e xis tir; y s in tu vis ita ción no pue do vivir. P or e s o me convie ne lle ga rme mucha s
ve ce s a Ti, y re cibirte pa ra re me dio de mi s a lud, porque no me de s ma ye e n e l ca mino, s i
fue re priva do de e s te ma nja r ce le s tia l. P ue s Tú, be nignís imo J e s ús , pre dica ndo a los
pue blos y cura ndo dive rs a s e nfe rme da de dijis
s ,te : No quie ro cons e ntir que s e va ya n
a yunos a s u ca s a , porque no de s ma ye n e n e l ca mino. Ha z, pue s , a hora conmigo de e s ta
s ue rte ; pue s te que da s te e n e l S a cra me nto pa ra cons ola ción de los fie le s . Tú e re s s ua ve
a lime nto de l a lma , y quie n te comie re digna me nte s e rá pa rticipa nte y he re de ro de la
gloria e te rna . Yo que ta nta s ve ce s ca igo y pe co, ta n pre s to me e ntibio y de s ma yo,
ne ce s ito ve rda de ra me nte re nova rme , purifica rme y a le nta rme por la fre cue ncia de
ora cione s y confe s ione s , y de la s a gra da pa rticipa ción de tu cue rpo; no s e a que
a bs te nié ndome de comulga r por mucho tie mpo, de ca iga de mi s a nto propós ito.

3. P orque la s inclina cione s de l hombre s on ha cia lo ma lo de s de s u juve ntud; y s i no le


s ocorre la me dicina ce le s tia l, a l punto va de l ma l e n p e. sAs que
í la s a nta Comunión
re tra e de lo ma lo, y conforta e n lo bue no. Y s i a hora que comulgo o ce le bro s oy ta n
ne glige nte y tibio, ¿ qué s uce de ría s i no toma s e ta l me dicina y s i no bus ca s e a uxilio ta n
gra nde ? Y a unque no e s té pre pa ra do ca da día , niisbie pue
n ds to pa ra ce le bra r, procura ré ,
s in e mba rgo, re cibir los divinos mis te rios e n los tie mpos conve nie nte s , apa cera
rme
h
pa rticipa nte de ta nta gra cia . P orque erincipa
l p l cons ue lo de l a lma fie l, mie ntra s
pe re grina unida a e s te cue rpo morta l, e s a corda rs e nte
fre cue
me nte de s u Dios , y re cibir a
s u a ma do con de voto cora zón .

4. ¡Oh a dmira ble digna ción de tu cle me ncia pa ra con nos otros , que Tú, S e ñor Dios ,
Cria dor y vivifica dor de todos los e s píritus , te digna s de ve nir a una pobre cilla a lma y
s a tis fa ce r s u ha mbre con toda tu divinida d y huma nida d! ¡Oh fe liz e s píritu y dichos a
a lma la que me re ce re cibir con de voción a s u Dios y S e ñor, y re bos a r a s í de gozo
e s piritua l! ¡Oh, qué S e ñor ta n gra nde re cibe , qué hué s pe d ta n a ma ble a pos e nta , qué
compa ñe ro ta n a gra da ble a dmi
te , qué a migo ta n fie l e lige , qué e s pos o a bra za ta n noble y
ta n he rmos o, y má s a ma ble que todo cua nto s e pue de a ma r ni de s e a r! Ca lle n e n tu
pre s e ncia , mi dulcís imo a ma do, e l cie lo y la tie rra con todo s u orna to, porque todo
cua nto tie ne n de e s ple ndor y hedermos ura lo ha n re cibido de tu be ne fice ncia ; y nunca
pue de n a proxima rs e a la gloria de tu nombre , cuya s a biduría e s infinita .

Capítulo IV: De los m uchos bie ne s que s e conce de n a los que de votam e nte com ulgan.

El Alma :
1. S e ñor Dios mío, pre ve n a tue rvo s i con la s be ndicione s de tu dulzura , pa ra que
me re zca lle ga r digna y de vota me nte a tu s ublime S a cra me nto. Mue ve mi cora zón ha cia
Ti, y s á ca me de e s te gra ve e ntorpe cimie nto; vis íta me con tu gra cia s a luda ble pa ra que
pue da gus ta r e n e s píritu de s ua vida d, cuya a bunda ncia s e ha lla e n e s te S a cra me nto como
e n s u fue nte . Alumbra ta mbié n mis ojos pa ra que pue da mira r ta n a lto mis te rio; y
e s fué rza me pa ra cre e rlo con firmís ima fe . P orque obra tuya e s , y no pode r huma no;
s a gra da ins titución tuya , y no inve nción de hombre s . Ninguno cie rta me nte e s ca pa z por
s í mis mo de e nte nde r cos a s ta n a lta s , que a un a la s utile za a ngé lica e xce de n. P ue s yo,
pe ca dor indigno, tie rra y ce niza , ¿ qué podré e s cudriña r y e nte nde r de ta n a lto s e cre to?

100
Diarios de Avivamientos

2. S e ñor, con s e ncille z de cora zón, con fe firme y s ince ra , y por ma nda to tuyo, me
a ce rco a Ti con re ve re ncia y confia nza ; y cre o ve rda de ra me nte que e s tá s a quí pre s e nte
e n e l S a cra me nto como Dios y como hombre . P ue s quie re s , S e ñor, que yo te re ciba , y
que me una contigo e n ca rida d. P or e splico o s u a tu cle me ncia , y pido la gra cia e s pe cia l
de que todo me de s ha ga e n Ti, y re bos e de a mor, y que no cuide ya de ninguna otra
cons ola ción. P orque e s te a ltís imo y dignís imo S a cra me nto e s la s a lud de l a lma y de l
cue rpo, me dicina de toda e nfe rme da d e s piritua l, con la cua l s e cura n mis vicios ,
re fré na ns e mis pa s ione s , la s te nta cione s s e ve nce n o dis minuye n, da s e ma yor gra cia , la
virtud come nza da cre ce , confirma s e la fe , e s fué rza s e la e s pe ra nza , y s e e ncie nde y dila ta
la ca rida d.

3. P orque muchos bie ne s ha s da do y da s s ie mpre e n e s te S a cra me nto a tus a ma dos , que


de vota me nte comulga n, Dios mío, hué s pe d de mi a lma , re pa ra dor de la e nfe rme da d
huma na , y da dor de toda cons ola ción inte rior. Tú le s infunde s mucho cons ue lo contra
dive rs a s tribula cione s , y de lo profundo de s u propio de s pre cio los le va nta s a e s pe ra r tu
prote cción, y con una nue va gra cia los re cre a s y a lumbra s inte riorme nte , y a s í los que
a nte s de la Comunión e s ta ba n inquie tos y s in de voción, de s pué s , re cre a dos con e s te
s us te nto ce le s tia l, s e ha lla nuymme jora dos . Y e s to lo ha ce s de gra cia con tus e s cogidos ,
pa ra que conozca n ve rda de ra me nte , y e xpe rime nte n a la s cla ra s cuá nta fla que za tie ne n
e n s í mis mos , y cuá n gra nde bonda d y gra cia a lca nza n de tu cle me ncia . P orque s ie ndo
por s í mis mos fríos , duros e inde votos , de Ti re cibe n e l e s ta r fe rvoros os , de votos y
a le gre s . P ue s ¿ quié n lle ga ndo humilde me nte a la fue nte de la s ua vida d, no vue lve con
a lgo de dulzura ? O ¿ quié n e s tá ce rca de a lgún gra n fue go, que no re ciba a lgún ca lor? Tú
e re s fue nte lle na , que s ie mpre ma na y re bos a ; fue go que de continuo a rde y nunca s e
a pa ga .

4. P or e s to, s i no me e s da do s a ca r a gua de la a bunda ncia de la fue nte , be be r ha s ta


ha rta rme , pondré s iquie ra mis la bios a la boca de l ca ño ce le s tia l pa ra que a lo me nos
re ciba de a llí a lguna gotilla , pa ra te mpla r mi s e d, y no s e ca rme e nte ra me nte . Y s i no
pue do s e r todo ce le s tia l, y ta n a bra s a do como los que rubine s y s e ra fine s , tra ba ja ré a lo
me nos por ha ce rme de voto, y dis pone r mi cora zón pa ra a dquirir s iquie ra una pe que ña
lla ma de l divino ince ndio, me dia nte la humilde comunión de e s te vivifico S a cra me nto.
P e ro todo lo que me fa lta , bue n J e s ús , S a lva dor s a ntís imo, s úple lo Tú be nigna y
gra cios a me nte por mí; pue s tuvis te por bie n de lla ma r a todos , dicie ndo: Ve nid a Mí
todos los que te né is tra ba jos y e s tá is ca rga dos , que yo os re cre a ré .

5. Yo, pue s , tra ba jo con s udor de mi ros tro, s oy a torme nta do con dolor de mi cora zón,
e s toy ca rga do de pe ca dos , comba tido de te nta cione s , e nvue lto y oprimido de mucha s
pa s ione s , y no ha y quie n me va lga , no quie
ha y n me libre y s a lve , s ino Tú, S e ñor Dios ,
S a lva dor mío, a quie n me e ncomie ndo y toda s mis cos a s , pa ra que me gua rde s y lle ve s a
la vida e te rna . Re cíbe me pa ra honra y gloria de tu nombre ; pue s me dis pus is te tu cue rpo
y s a ngre e n ma nja r y be bida . Concé de me , S e ñor Dios , S a lva dor mío, que cre zca e l
a fe cto de mi de voción con la fre cue ncia de e s te s obe ra no mis te rio.

Capítulo V: De la dignidad de l S acram e nto y de l e s tado de l s ace rdocio.

J e s ucris to:

101
Diarios de Avivamientos

1. Aunque tuvie s e s la pure za de los á nge le s , y la s a ntida d de S a n J ua n Ba utis ta , no


s e ría s digno de re cibir ni ma ne ja r e s te S a cra me nto. P orque no ca be e n me re cimie nto
huma no que e l hombre cons a gre y te nga e n s us ma nos e l S a cra me nto de Cris to y coma
e l pa n de los á nge le s . Gra nde e s e s te mis te rio, y gra nde e s la dignida d de los s a ce rdote s ,
a los cua le s e s da do lo que no e s conce dido a los á nge le s . P ue s s ólo los s a ce rdote s
orde na dos e n lagle s ia tie ne n pode r de ce le bra r y scon
a gra r e l cue rpo de J e s ucris to. El
s a ce rdote e s minis tro de Dios , cuya s pa la bra s us a por s u ma nda mie nto y orde na ción;
ma s Dios e s a llíe l principa l a utor y obra dor invis ible , a cuya volunta d todo e s tá s uje to,
y a cuyo ma nda mie nto todo obe de ce .

2. As í, pue s , de be s cre e r a Dios todopode ros o e n e s te s ublime S a cra me nto má s que a tus
propios s e ntido s y a la s s e ña le s vis ible s . Y por e s o de be e l hombre lle ga r a e s te mis te rio
con te mor y re ve re ncia . Re fle xiona s obre ti mis mo, y mira qué ta l e s e l minis te rio que te
ha s ido e ncome nda do por la impos ición de la s ma nos de l obis po. Ha s s ido he cho
s a ce rdote yorde na do pa ra ce le bra r; cuida , pue s , de ofre ce r a Dios e s te s a crificio con fe
y de voción e n e l tie mpo conve nie nte , y de mos tra rte irre pre ns ible . No ha s a livia do tu
ca rga ; a nte s bie n e s tá s a ta do con má s e s tre cho vínculo, y obliga do a ma yor pe rfe cción
de s a ntida d. El s a ce rdote de be e s ta r a dorna do de toda s la s virtude s , y ha de da r a los
otros e je mplo de bue na vida . S u porte no ha de s e r como e l de los hombre s comune s ;
s ino como e l de los á nge le s e n e l cie lo, o e l de los va rone s pe rfe ctos e n la tie rra .

3. El s a ce rdote ve s tido de la s ve s tidura s s a gra da s , tie ne e l luga r de Cris to pa ra roga r


de vota y humilde me nte a Dios por s í y por todo e l pue blo. El tie ne la s e ña l de la cruz de
Cris to de la nte de s í, y e n la s e s pa lda s , pa ra que continua me nte te nga me moria de s u
s a cra tís ima pa s ión. De la nte de s í e n la ca s ulla , tra e la cruz, pa ra que mire con dilige ncia
la s pis a da s de Cris to, y e s tudie e n s e guirle con fe rvor. En la s e s pa lda s e s tá ta mbié n
s e ña la do de la cruz, pa ra que s ufra con pa cie ncia por Dios cua lquie ra injuria que otro le
hicie re . La cruz lle va de la nte , pa ra que llore s us pe ca dos , y de trá s la lle va pa ra llora r por
compa s ión los a je nos , y pa ra que s e pa que e s me dia ne ro e ntre Dios y e l pe ca dor, y no
ce s e de ora r ni ofre ce r e l s a nto s a crificio ha s ta que me re zca a lca nza r la gra cia y
mis e ricordia divina . Cua ndo e l s a ce rdote ce le bra , honra a Dios , a le gra a los á nge le s , y
e difica a la Igle s ia , a yuda los vivos , da de s ca ns o a los difuntos , y há ce s e pa rticipa nte de
todos los bie ne s .

Capítulo VI: Eje rcicios para ante se dla Com unión.

El Alma :
1. S e ñor, cua ndo pie ns o e n tu dignida d y mi vile za , te ngo gra n te mblor y me ha llo
confus o. P orque s i no me lle go a Ti, huyo de la vida ; y s i indigna me nte me a tre vo,
incurro e n tu ofe ns a . ¿ P ue s qué ha ré , Dios mío, a yuda dor mío, cons e je ro mío, e n la s
ne ce s ida de s ?

2. Ens é ña me Tú e l ca mino de re cho; propónme a lgún e je rcicio conve nie nte pa ra la


s a gra da Comunión. P orque e s útil s a be r de qué modo de ba yo pre pa ra r mi cora zón
de vota me nte y con re ve re ncia pa ra re cibir s a luda ble me nte tu S a cra me nto, o pa ra
ce le bra r ta n gra nde y divino s a crificio.

102
Diarios de Avivamientos

Capítulo VII: De l e xam e n de la propia concie ncia y de l propós ito de la e nm ie nda.

J e s ucris to:
1. S obre toda s la s cos a s e s ne ce s a rio que e l s a ce rdote de Dios lle gue a ce le bra r, ma ne ja r
y re cibir e s te S a cra me nto con gra ndís ima humilda d de cora zón y con de vota re ve re ncia ,
con e nte ra fe y con pia dos a inte nción de la honra de Dios . Exa mina dilige nte me nte tu
concie ncia , y s e gún tus fue rza s límpia la a dórna la con ve rda de ro dolor y humilde
confe s ión, de ma ne ra que no te nga s o s e pa s cos a gra ve que te re mue rda y te impida
lle ga r libre me nte a l S a cra me nto. Te n a borre cimie nto de todos tus pe ca dos e n ge ne ra l, y
por la s fa lta s dia ria s dué le te y gime má s pa rticula rme nte . Y s i e l tie mpo lo pe rmite ,
confie s a a Dios to da s la s mis e ria s de tus pa s ione s e n lo s e cre to de tu cora zón.

2. Llora y dué le te de que a ún e re s ta n ca rna l y munda no, ta n poco mortifica do e n la s


pa s ione s , ta n lle no de movimie ntos de concupis ce ncia a n ;poco dilige nte e n la gua rda
de los s e ntidos e xte riore s , ta n e nvue lto mucha s ve ce s e n va na s ima gina cione s ; a n
inclina do a la s cos a s e xte riore s , ta n ne glige nte e n la s inte riore s ; Ta n fá cil a la ris a y a la
dis ipa ción, ta n duro pa ra la s lá grima s y la compunción ; Ta n dis pue s to a la re la ja ción y
re ga los de laca rne , ta n pe re zos o a l rigor y a l fe rvor; Ta n curios o pa ra oír nove da de s y
ve r cos a s he rmos a s ; ta n re mis o e n a bra za r la s humilde s y de s pre cia da s ; Ta n codicios o
de ne r mucho; ta n e ncogido e n da r; ta n a va rie nto e n re te ne r; Ta n incons ide ra do e n
ha bla r, ta npoco de te nido e n ca lla r; ta n de s compue s to e n la s cos tumbre s , ta n indis cre to
e n la s obra s ; Ta n de s orde na do e n e l come r, ta n s ordo a la s pa la bra s de Dios . Ta n pre s to
pa ra holga rte , ta n ta rdío pa ra tra ba ja r; Ta n de s pie rto pa ra oír ha blilla s y cue ntos , y ta n
s oñolie nto pa ra ve la r e n ora ción; Ta n impa cie nte por lle ga r a l fin, y ta n va go e n la
a te nción;Ta n ne glige nte e n e l re zo, ta n tibio e n lais a , ta n inde voto e n la Comunión;
Ta n a me nudo dis tra ído, ta n ra ra s ve ce s e nte ra me nte re cogido; Ta n pronta me nte
conmovido a la ira , ta n fá cil pa ra dis gus ta r a los de má s ; Ta n prope ns o a juzga r, ta n
riguros o e n re pre nde r; Ta n a le gre e n la pros pe rida d, ta n a ba tido e n la a dve rs ida d; Ta n
fe cundo e n los ue b nos propós itos , y ta n e s té ril e n pone rlos por obra .

3. De s pué s de ha rbeconfe s a do y llora do e s tos y otros de fe ctos con dolor y gra n


dis gus to de tu propia fra gilida d, propón firme me nte de e nme nda r s ie mpre tu vida , y
me jora rla de a llí a de la nte . En s e guida , a ba ndoná ndote a Mí con a bs oluta y e nte ra
volunta d, ofré ce te a ti mis mo pa ra gloria de mi nombre e n e l a lta r de tu cora zón, como
s a crificio pe rpe tuo, e ncome ndá ndome a Mí con e nte ra fe e l cuida do de tu cue rpo y de tu
a lma . P a ra que de e s ta ma ne ra me re zca s lle ga r digna me nte a ofre ce r e l s a nto s a crificio,
y re cibir s a luda ble me nte
e l S a cra me nto de mi cue rpo.

4. P ue s no ha y ofre nda má s digna , ni ma yor s a tis fa cción pa ra borra r los pe ca dos , que
ofre ce rs e a s í mis mo pura y e nte ra me nte a Dios , con e l s a crificio de l cue rpo de Cris to e n
la is a y Comunión. S i e l hombre hicie re lo que e s tá de s u pa rte , y s e a rre pintie re
ve rda de ra me nte , cua nta s ve ce s a cudie re a Mí por pe rdón y gra cia : Vivo yo, dice e l
S e ñor, que no quie ro la mue rte de l pe ca dor, sue inosqe convie rta y viva ; porque no me
a corda ré má s de s us pe ca dos , s ino que todos le spes erdona
rá n dos .

Capítulo VIII: De l ofre cim ie nto de Cris to e n la cruz , y de la propia re s ignación.

J e s ucris to:

103
Diarios de Avivamientos

1. As í como yo me ofre cí volunta ria me nte por tus pe ca dos a Dios P a dre con la s ma nos
e xte ndida s e n la cruz, y todo e l cue rpo de s nudo, de modo que na da me que dó que no
pa s a s e e n s a crificio pa ra re concilia rte con Dios : As í de be s tú ta mbié n ofre cé rte me ca da
día e n la is a e n ofre nda pura y s a nta , cua nto má s e ntra ña ble me nte pue da s , con toda la
volunta d, y con toda s tus fue rza s y de s e os . ¿ Qué otra cos a quie e ti má
ro ds que e l que te
e ntre gue s a Mí s in re s e rva ? Cua lquie r cos a que me de s s in ti, no gus to de e lla ; porque
no quie ro tu don, s ino a ti mis mo.

2. As í como no te ba s ta ría n toda s la s cos a s s in Mí, a s í no pue de a gra da rme a Mí cua nto
me ofre cie re s s in ti. Ofré ce te a Mí y da te todo por Dios , y s e rá muy a ce pto tu s a crificio.
Mira cómo Yo me ofre cí todo a l P a dre por ti; y ta mbié n te di todo mi cue rpo y s a ngre
e n ma nja r, pa ra s e r todo tuyo, y que tú que da s e s todo mío. Ma s s i tú e s tá s pe ga do a ti
mis mo, y no te ofre ce s de bue na ga na a mi volunta d, no e s cumplida ofre nda la que
ha ce s , ni s e rá e ntre nos otros e nte ra la unión. P or e s o a toda s tus obra s de be pre ce de r e l
ofre cimie nto volunta rio de ti mis mo e n la s ma nos de Dios , s i quie re s a lca nza r libe rta d y
gra cia . P orque por e s o ta mpoco s e ha ce n va rone s ilus tra dos y libre s e n lo inte rior,
porque no s a be n de l todo ne ga rs e a s í mis mos . Es ta e s mi firme s e nte ncia : Que no pue de
s e r mi dis cípulo e l que no re nuncia re toda s la s cos a s . P or lo cua l, s i tú de s e a s s e rlo,
ofré ce te me con todos tus de s e os .

Capítulo IX: Que de be m os ofre ce rnos a Dios con todas nue s tras cos as y rogarle por
todos .

EL ALMA:
1. S e ñor, tuyo e s todo lo que e s tá e n e l cie lo y e n la tie rra . Yo de s e o ofre cé rte me de mi
volunta d y que da r tuyo pa ra s ie mpre . S e ñor, con s e ncille z de cora zón me ofre zco hoy a
Ti por s ie rvo pe rpe tuo, e n obs e quio y s a crificio de e te rna a la ba nza . Re cíbe me con e s te
s a nto s a crificio de tu pre cios o Cue rpo que te ofre zco hoy e n pre s e ncia de los á nge le s
que e s tá n a s is tie ndo invis ible me nte , pa ra que los re ciba s por mi s a lud y la de todo e l
pue blo.

2. S e ñor, yo te pre s e nto e n e l a lta r de tu mis e ricordia todos mis pe ca dos y de litos ,
cua ntos he come tidos e n tu pre s e ncia y de tus S a ntos á nge le s de s de e l día que come ncé
a pe ca r ha s ta hoy, pa ra que tu los a bra s e s todos juntos y los que me s con e l fue go de tu
ca rida d, quite s toda s la s ma ncha s de e llos , limpie s mi concie ncia de todo de lito, y me
vue lva s a tu gra cia que pe rdí por e l pe ca do, pe rdoná ndome los todos e nte ra me nte , y
a dmitié ndome mis e ricordios a me nte a l ós culo de tu pa z y a mis ta d.

3. ¿ Que pue do yo ha ce r por mis pe ca dos , s ino confe s a rlos humilde me nte , llora ndo e
implora ndo tu mis e ricordia s in ce s a r? Yo imploro, pue s , e n tu divino a ca ta mie nto;
óye me propicio, Dios mío. Aborre zco mucho todos mis pe ca dos , y no quie ro yo
come te rlos ja má s ; a nte s , a rre pe ntido y pe s a ros o de e llos mie ntra s viviré , e s toy dis pue s to
pa ra ha ce r pe nite ncia , y s a tis fa ce r s e gún mis fue rza s . ¡P e rdona , oh Dios , pe rdona mis
pe ca dos por tu s a nto nombre ! S a lva mi a lma re que
dimis te con tu pre cios a s a ngre .
Ve s me a quí que me e ncomie ndo a tu mis e ricordia , me e ntre go e n tus ma nos . Ha z
conmigo s e gún tu bonda d, y no s e gún mi ma licia e iniquida d.

104
Diarios de Avivamientos

4. Ta mbié n te ofre zco, S e ñor todos mis bie ne s , a unque muy pocos e impe rfe ctos , pa ra
que tú los e nmie nde s y s a ntifique s , pa ra que los ha ga s a gra da ble s y a ce ptos a Ti, y
s ie mpre los me jore s ; y a mí, hombre zue lo inútil y pe re zos o, me lle ve s a un s a nto y
bie na ve ntura do fin.

5. Ta mbié n te ofre zco todos los s a ntos de s e os de los de votos , y la s ne ce s ida de s de mis
pa rie nte s , a migos , he rma nos y de todos los conocidos , y de cua ntos me ha n he cho bie n
a mí y a otros por tu a mor; Y de todos los que de s e a ron y pidie ron que yo ora s e , o dije s e
Mis a por e llos , y por todos los s uyos vivos y difuntos ; P a ra que todos s ie nta n e l fe rvor
de tu gra cia , e l a uxilio de tu cons ola ción, la prote cción e n los pe ligros y e n e l a livio e n
los tra ba jos ; pa ra que , libre s de todos los ma le s , te de n muy a le gre s y cordia lís ima s
gra cia s .

6. Ta mbié n te ofre zco mis ora cione s y e l s a crificio de propicia ción, e s pe cia lme nte por
los que e n a lgo me ha n e noja do o vitupe ra do, o me ha n he cho a lgún da ño o a gra vio; Y
por todos los que yo e nojé , turbé , a gra vié y e s ca nda licé , por pa la bra , por obra , por
ignora ncia o a dve rtida me nte ; pa ra que Tú nos pe rdone s a todos nue s tros pe ca dos y
ofe ns a s re cíproca s . Apa rta , S e ñor, de nue s tros cora zone s toda ma la s os pe cha , toda ira ,
indigna ción y contie nda , y cua nto pue da e s torba r la ca rida d, y dis minuir e l a mor de l
prójimo. Mis e ricordia , S e ñor, da tu mis e ricordia a los que la pide n, tu gra cia a los que la
ne ce s ita n, y ha z que viva mos de ta l modo, que s e a mos dignos de goza r de tu gra cia , y
que a prove che mos pa ra la vida e te rna . Amé n.

Capítulo X: No s e de be de jar fácilm e nte la s agrada Com unión.

J ES UCRIS TO:
1. Muy a me nudo de be s a cudir a la fue nte de la gra cia y de la mis e ricordia divina ; a la
fue nte de la bonda d y de toda pure za , pa ra que pue da s s a na r de tus pa s ione s y vicios , y
me re zca s ha ce rte má s fue rte y má s de s pie rto contra toda s la s te nta cione s y e nga ños de l
de monio. El e ne migo, s a bie ndo e l gra ndís imo fruto y re me dio que ha y e n la s a gra da
Comunión, tra ba ja cua nto pue de s in pe rde r me dio y oca s ión por re tra e r y e s torba r a los
fie le s y de votos .

2. As í s uce de con a lgunos que , cua ndo pie ns a n e n pre pa ra rs e pa ra la s a gra da Comunión,
e ntonce s pa de ce n pe ore s te nta cione s de S a ta ná s que a nte s . Es te e s píritu ma ligno s e me te
e ntre los hijos de Dios , como s e dice e n e l libro de J ob, pa ra turba rlos con s u
a cos tumbra da ma licia , pa o ra ha ce rlos e xce s iva me nte tímidos y pe rple jos ; y de e s te
modo e ntibia r s u de voción , o quita rle s la fe con la s impugna cione s que le s s ugie re , por
s i a ca s o cons igue a s í que de je n de l todo la comunión, o s e lle gue n a e lla con tibie za .
Ma s no de be mos cuida r de s us a s tucia s y te nta cione s por torpe
máss y e s pa ntos a s que
s e a n, s ino re cha za r contra e l mis mo los fa nta s mamina s a bo
ble s que nos re pre s e nta .
De s pre cia rs ede be e s te de s dicha do y burla rs e de é l; y no de ja r la s a gra da Comunión por
todos s us a come timie ntos , y por la s turba cione s que le va . nta r

3. Mucha s ve ce s e s torba ta mbié n la de ma s ia da a ns ia de te ne r de voción, y cie rta


inquie tud por confe s a rs e bie n. Ha z e n e s to lo que te a cons e je n los s a bios , y de ja e l a ns ia
y e l e s crúpulo, porque impide la gra cia de Dios y de s truye la de voción de l a lma . No
de je s la s a gra da Comunión por a lguna pe que ña tribula ción o pe s a dumbre ; s ino ve te

105
Diarios de Avivamientos

lue go a confe s a r, y pe rdona de bue na ga na toda s la s ofe ns a s que te ha n he cho. Y s i tú


ha s ofe ndido a a lguno, pide pe rdón con humilda d, y Dios te pe rdona rá ta mbié n de
bue na volunta d.

4. ¿ De que s irve re ta rda r mucho la confe s ión, o dife rir la s a gra da Comunión? Límpia te
cua nto a nte s , vomita lue go e l ve ne no, como pre s to e l re me dio, y te ha lla rá s me jor que s i
lo dila ta re s mucho tie mpo. S i hoy la de ja s por a lguna ca us a , ma ña na te pue de a ca e ce r
otra ma yor; y a s í te a pa rta rá s mucho tie mpo de la Comunión, y de s pué s e s ta rá s me nos
dis pue s to. Lo má s pre s to que pudie re s , s a cude tu pe re za e ina cción; porque na da s e ga na
con a ngus tia rs e e inquie ta rs e la rgo tie mpo y a pa rta rs e de l divino s a cra me nto por
obs tá culos dia rios . Al contra rio, da ña mucho e l dila ta r de ma s ia do la Comunión; porque
e s to s ue le ca us a r un gra ve e ntorpe cimie nto. P e ro ¡Oh dolor! Algunos tibios y dis ipa dos
dila ta n con gus to la confe s ión, y de s e a n re ta rda r la s a gra da Comunión no veporrs e
obliga dos a gua rda r s u a lma con ma yor cuida do.

5. ¡Oh, cuá n poca ca rida d y fla ca de voción tie ne n los que ta n fá cilme nte de ja n la
s a gra da Comunión! ¡Cuá n bie na ve ntura do e s , y cuá n a gra da ble a Dios e l que vive ta n
bie n y gua rda s u concie ncia con ta nta pure za , que e s te dis pue s to a comulga r ca da día , y
muy de s e os o de ha ce rlo a s í, s i le convie ne y no fue s e nota do! El que s e a bs tie ne a lguna s
ve ce s por humilda d o por a lguna le gítima ,e s de a la ba r por s u re s pe to. Má s s i poco a
poco le e ntra ré la tibie za , de be de s pe rta rs e a s í mis mo, y ha ce r lo que e s te de s u pa rte , y
e l S e ñor a yuda ra s u de s e o, por la bue na volunta d, que e s a la que e s pe cia lme nte a tie nde .

6. Má s cua ndo e s tuvie re le gítima me nte impe dido, te nga s ie mpre bue na volunta d y
de vota inte nción de comulga r, y a s í no ca re ce rá de l fruto de l S a cra me nto. P orque
cua lquie r de voto pue de ca da día y ca da hora comulga r e s piritua lme nte con fruto. Má s
e n cie rtos día s y e n e l tie mpo ma nda do, de be re cibir s a cra me nta lme nte e l cue rpo de s u
Re de ntor con a fe ctuos a rerevencia , y bus ca r má s bie n la gloria y honra de Dios , que s u
propia cons ola ción. P orque ta nta s ve ce s comulga mís tica me nte y s e a lime nta
invis ible me nte s u e s píritu, cua nta s s e a cue rda con de voción e l mis te rio de la
Enca rna ción y P a s ión de Cris to, y s e e ncie
de enn s u a mor.

7. El que no s e pre pa ra s ino a l a ce rca rs e la fie s ta , o cua ndo le fue rza la cos tumbre ,
mucha s ve ce s s e ha lla ra ma l pre pa.raBie do na ve ntura do e l que s e ofre ce a Dios e n
e nte ro s a crificio cua nta s ve ce s ce le bra o comulga . No s e is muy prolijo ni a ce le ra do
e n ce le bra r;s ino gua rda e l me dio jus to y ordina rio de los de má s con quie ne s vive s .
No de be s ca us a r a los otros mole s tia ni e nfa do, s ino ir por e l caordina
mino rio de
los ma yore s , y mira r má s a l a prove cha mie nto de los otros , que a tu propia
de voción ya fe cto.

Capítulo XI: El cue rpo de Cris to y la agrada s critura s on m uy ne ce s arios al alm a fie l.

EL ALMA:
1. ¡Oh dulcís imo S e ñor J e s ús ! ¡Cua nta e s la dulzura de l a lma de vota , que s e re ga la
contigo e n e l ba nque te , donde s e le pre s e nta otroja rmaque n a s u único a ma do,
a pe te cible s obre todos de s e os de s u cora zón! S e ria cie rta me nte muy dulce pa ra mí
de rra ma r e n tu pre s e ncia copia de lá grima s a fe ctuos a s , y re ga r con e lla s tus pie s como la
pia dos a Ma gda le na . Ma s ¿ dónde e s tá a hora e s ta de voción? ¿ dónde e l copios o

106
Diarios de Avivamientos

de rra ma mie nto de lá grima s de vota s ? P or cie rto e n tu pre s e ncia , y e n la de tus s a ntos
á nge le s , todo mi cora zón de bie ra e nce nde rs e y llora r de gozo. P orque e n e l S a cra me nto
te te ngo ve rda de ra me nte pre s e nte , a unque e ncubie rto ba jo otra e s pe cie .

2. P orqué e l mira rte e n tu propia y divina cla rida d no podría n mis ojos re s is tirlo, ni e l
mundo e nte ro s ubs is tiría a nte e l re s pla ndor de la gloria de tu ma je s ta d. Tie ne s , pue s ,
cons ide ra ción a mi imbe cilida d cua ndo te oculta s ba jo de e s te S a cra me nto. Yo te ngo
ve rda de ra me nte y a doro a l mis mo a quie n a dora n los á nge le s e n e l cie lo: má s yo s olo
con la fe por a hora , e llos cla ra me nte y s in ve lo. De bo yo conte nta rme con la luz de una
fe ve rda de ra , y a nda r con e lla ha s ta que a ma ne zca e l día de la cla rida na,d ye te r
de s a pa re zca n la s s ombra s de la s figura s . Ma s cua ndo lle gue e s te pe rfe cto e s ta do, ce s a rá
e l us o de los S a cra me ntos ; porque los bie na ve ntura dos e n la gloria no ne ce s ita n de
me dicina s a cra me nta l. S ino que e s tá n s ie mpre a bs ortos de gozo e n pre s e ncia de Dios ,
conte mpla ndo ca ra a ca ra s u gloria ; y tra s la da dos de e s ta cla rida d a l a bis mo de la
cla rida d de Dios , gus ta n e l Ve rbo e nca rna do, como fue e n e l principio, y pe rma ne ce rá
e te rna me nte .

3. Acordá ndome de e s ta s ma ra villa s , cua lquie r conte nto, a unque s e a e s piritua l, s e me


convie rte e n gra ve te dio,orque
p mie ntra s no ve o cla ra me nte a mi S e ñor e n s u gloria , e n
na da e s timo cua nto e n e l mundo ve o y oigo. Tú, Dios mío, me e re s te s tigo de que
ninguna cos a me pu e de cons ola r, ni cria tura a lguna da r de s ca ns o s ino Tú, Dios mío, a
quie n de s e o conte mpla r e te rna me nte . Ma s eos toe sn pos ible mie ntra s vivo e n ca rne
morta l. P or e s o de bo te ne r mucha pa cie ncia , y s uje ta rme a Ti e n todos mis de s e os .
P orque ta mbié n, S e ñor, tusa ntos , que a hora s e re gocija n contigo e n e l redeinolos
cie los , cua ndo vivía n e n e s te mundo e s pe ra ba n con gra n fe y pa cie ncia la ve nida de tu
gloria . Lo que e llos cre ye ron, cre o yo; lo que e s pe ra ron, e s pe ro; a donde lle ga ron e llos
fina lme nte por tu gra cia , te ngo yo confia nza de lle ga r. Entre ta nto ca mina ré con la fe ,
conforta do con los e je mplos de losa ntos . Ta mbié n te ndré los libros s a ntos , pa ra
cons ola ción y e s pe jo de la vida ; y s obre todo e s to, e l Cue rpo s a ntís imo tuyo por s ingula r
re me dioy re fugio.

4. P ue s conozco que te ngo gra ndís ima ne ce s ida d de dos cos a s , s in la s cua le s no podría
s oporta r e s ta vida mis e ra ble . De te nido e n la cá rce l de e s te cue rpo, confie s o s e rme
ne ce s a ria s dos cos a s que s on, ma nte nimie nto y luz. Dís te me , pue s , como a e nfe rmo tu
s a gra do Cue rpo pa ra a lime nto de l cue rpo, y a de má s me comunica s teivina tu
a la bra pa ra que s irvie s e de luz a mis pa s os . S in e s ta s dos cos a s yo no podría vivir
bie n; porquela a la bra de Dios e s la luz de mi a lma , y tu S a cra me nto e l pa n que le da
la vida . Es ta ss e pue de n lla ma r dos me s a s coloca da s a uno y a otro la do e n e l
te s oro de la S a ntaIgle s ia . Una e s la me s a de l s a gra do a lta r, donde e s tá e l pa n
s a ntifica do, e s to e s , epre
l cios o cue rpo de Cris to. Otra e s la de la le y divina , que
contie ne la doctrina s a gra da e ns
, e ña la ve rda de ra fe , y nos conduce con ida s e gur
d
ha s ta lo ma s inte rior de l ve donde
lo e s ta e l S a nto de los S a ntos . Gra cia s te doy, J e s ús
mío, e s ple ndor de la luz e te rna por
, la me s a de la s a nta doctrina que nos dis te por tus
s ie rvos los profe ta s , los a pós tole
y los
s otros doctore s .

5. Gra cia s te doy, Cr a dor y Re de ntor de los hombre s , de que , pa ra ma nife s ta r a todo e l
mundo tu ca rida d, dis pus is te una gra n ce na , e n la cua l dis te a come r, no e l corde ro
figura tivo, s ino tu s a ntís imo Cue rpo y S a ngre , a le gra ndo a todos los fie le s , y
e mbria gá ndolos con e l cá liz s a luda ble e n e s ta s a gra do ba nque te , donde e s tá n toda s la s

107
Diarios de Avivamientos

de licia s de l pa ra ís o, y donde los s a ntos á nge le s come n con nos otros , a unque gus ta n una
s ua vida d má s fe liz.

6. ¡Oh, cuá n gra nde y honorífico e s e l oficio de los s a ce rdote s , a los cua le s e s conce dido
cons a gra r a l S e ñor de la ma je s ta d con la s pa la bra s s a gra da s , be nde cirlo con s us la bios ,
te ne rlo e n s us ma nos , re cibirlo e n s u propia boca , y dis tribuirle a los de má s ! ¡Oh, cuá n
limpia s de be n e s ta r a que lla s ma nos , cuá n pura la boca , cuá n s a nto e l cue rpo, cuá n
inma cula do e l cora zón de l s a ce rdote , donde ta nta s ve ce s e ntra e l Autor de la pure za ! De
la boca de l s a ce rdote no de be s a lir pa la bra que no s e a s a nta , que no s e a hone s ta y útil,
pue s ta n continua me nte re cibe e l s a ntís imo S a cra me nto.

7. De be n s e r s imple s y ca s tos los ojos a cos tumbra dos a mira r e l cue rpo de Cris to, pura s
y le va nta da s a l cie lo la s ma nos que toca n a l Cria dor de l cie lo y de la tie rra . A los
s a ce rdote s e s pe cia lme nte s e dice e n la le y: S ED S ANTOS , P ORQUE YO, VUES TRO
DIOS Y S EÑOR, S OY S ANTO.

8. ¡Oh Dios todopode ros o! Ayúde nos tu gra cia a los que he mos re cibido e l oficio
s a ce rdota l, pa ra que poda mos s e rvirte digna y de vota me nte con toda pure za y bue na
concie ncia . Y s i no pode mos proce de r con ta nta inoce ncia de vida como de be mos ,
otórga nos llora r digna me nte los pe ca dos que he mos come tido, y de a quí a de la nte
s e rvirte con ma yor fe rvor, con e s píritu de humilda d; y con bue na y cons ta nte volunta d.

Capítulo XII: De be dis pone rs e con gran dilige ncia e l que ha de re cibir a Cris to.

J ES UCRIS TO:
1 Yo s oy a ma nte de la pure za , y da dor de toda s a ntida d. Yo bus co un cora zón puro, y
a llí e s e l luga r, de mi de s ca ns o. P re pá ra me una s a la gra nde y a dorna da , y ce le bra ré
contigo la pa s cua con mis dis cípulos . S i quie re s que ve nga a ti y me que de contigo,
a rroja de ti la le va dura vie ja , y limpia la mora da de tu cora zón. De s e cha de ti todo e l
mundo, y todo e l ruido de los vicios ; s ié nta te como pá ja ro s olita rio e n e l te ja do, y pie ns a
e n tus e xce s os con a ma rgura de tu a lma . P ue s cua lquie r pe rs ona que a ma , dis pone a s u
a ma do e l me jor y má s a liña do luga r: porque e n e s to s e conoce e l a mor de l que hos pe da
a l a ma do.

2. P e ro s á be te que no pue de s a lca nza r e s ta pre pa ra ción con e l mé rito de tus obra s ,
a unque te pre pa ra s e s un a ño e nte ro y no pe ns a s e s e n otra cos a . Ma s por s ola mi pie da d y
gra cia s e te pe rmite lle ga r a mi me s a ; como s i un rico convida s e e hicie s e come l ar con
un pobre me ndigo que no tuvie s e otra cos a pa ra pa ga r e s te be ne ficio s ino humilda d y
a gra de cimie nto. Ha z lo qu e e s te de tu pa rte , y ha zlo con mucha dilige ncia , no por
cos tumbre , ni por ne ce s ida d; s inocon te mor, re ve re ncia y a mor re cibe e l cue rpo de
J e s ucris to, tu a ma do Dios y S e ñor que
s e digna ve nir a ti. Yo s oy e l que te lla m y
ma nd que vinie s e s , yo s upliré lo que te fa lta ; ve n y re cíbe me .

3. Cua ndo yo te conce do a fe ctos de de voción, da gra cia s a tu Dios , no porque e re s


digno, s ino porque tuve mis e ricordia de ti. S i no s ie nte s de voción,
te hayya s muy s e co,
pe rs e ve ra e n la ora ción,gime , lla ma y no ce s e s ha s ta que me re zca s re cibir una miga ja , o
una gota de gra cia s a luda ble ; Tú me ne ce s ita s a Mí; yo no ne ce s ito de ti. Ni tú vie ne s a

108
Diarios de Avivamientos

s a ntifica rme a Mí; s ino que yo ve ngo a s a ntifica rte y me jora rte . Tú vie ne s pa ra que s e a s
por Mí s a ntifica do y unido conmigo, pa ra que re ciba s nue va gra cia , y te e nfe rvorice s de
nue vo pa ra la e nmie nda . No de s pre cie s e s ta gra cia , ma s bie n pre pa ra con toda dilige ncia
tu cora zón, y re cibe de ntro de ti a tu a ma do.

4. P e ro convie ne que no s olo procure s la de voción a nte s de comulga r, s ino que ta mbié n
la cons e rve s con cuida do de s pué s de re cibido e l S a cra me nto. Ni e s me nos ne ce s a rio
de s pué s e l re cogimie nto y vigila ncia , que lo e s a nte s la de vota pre pa ra ción; porque e l
cuida do que de s pué s s e tie ne , e s la me jor dis pos ición pa ra re cibir nue va me nte ma yor
gra cia . Y a l contra rio, s e indis pone pa ra e lla e l que lue go s e e ntre ga con e xce s o a la s
compla ce ncia s e xte riore s . Guá rda te de ha bla r mucho, re cóge te a a lgún luga r s e cre to, y
goza de tu Dios ; pue s tie ne s a l que no te pue de quita r todo e l mundo. Yo s oy a quie n te
de be s e ntre ga r s in re s e rva , de ma ne ra que ya no viva s e n ti, s ino e n Mí s in cuida do
a lguno.

Capítulo XIII: Cóm o e l alm a de vota de be de s e ar con todo s u coraz ón unirs e a Cris to e n
e l S acram e nto.

EL ALMA:
1. ¿ Quie n me da rá , S e ñor, que te ha lle s olo pa ra a brirte todo mi cora zón, y goza rte como
mi a lma de s e a , y que ya ninguno me de s pre cie , ni cria tura a lguna me mue va u ocupe mi
a te nción; s ino que Tú s olo me ha ble s , y yo a Ti, como s e ha bla n dos que mutua me nte s e
a ma n,o como s e re gocija n dos a migos e ntre s í? Lo que pido, lo que de s e o, e s unirme a
Ti e nte ra me nte , de s via r mi cora zón de toda s la s cos a s cr a da s , y a pre nde r a gus ta r
la s ce le s tia le s y e te rna s por me dio de la s a gra da Comunión y fre cue nte ce le bra ción.
¡Ay Dios mío,! ¿ Cua ndo e s ta ré a bs orto y e nte ra me nte unido a Ti, odeolvida
l tod do de
mí? ¿ Cuá ndo me conce de rá s e s ta r Tú e n mí, y yo e n Ti; y pe rma ne ce r a s í
unidos e te rna me nte ?

2. En ve rda d Tú e re s mi a ma do e s cogido e ntre milla re s , con quie n mi a lma de s e a e s ta r


todos los día s de s u vida . Tú e re s ve rda de ra me nte e l a utor de mi pa z; e n Ti e s ta la s uma
tra nquilida d y e l ve rda de ro de s ca ns o; fue ra de Ti todo e s tra ba jo, dolor y mis e ria
infinita . Ve rda de ra me nte e re s Tú e l Dios e s condido que no comunica s a los ma los , s ino
que tu conve rs a ción e s con los humilde s y s e ncillos . ¡Oh S e ñor, cuá n s ua ve e s tu
e s píritu, pue s pa ra ma nife s ta r tu dulzura pa ra con tus hijos , te digna s te ma nte ne rlos con
e l pa n s ua vís imo ba ja ndo de l cie lo! Ve rda de ra me nte no ha y otra na ción ta n gra nde , que
te nga dios e s que ta nto s e le a ce rque n, como Tú, Dios nue s tro, te a ce rca s a todos tus
fie le s , a quie ne s te da s pa ra que te coma n y dis frute n, y a s í pe rciba n un continuo
cons ue lo, y le va nte n s u cora zón a los cie los .

3. P orque ¿ dónde ha y ge nte a lguna ta n ilus tre como e l pue blo cris tia no? O ¿ que cria tura
ha y de ba jo de l cie lo ta n a ma da , como e l a lma de vota , a quie n s e comunica Dios pa ra
a pa ce nta rla con s u glorios a ca rne ? ¡Oh ine fa ble gra cia ! ¡Oh ma ra villos a digna ción !
¡Oh a mor s in me dida , s ing ula rme nte re s e rva dopa ra e l hombre ! P ue s ¿ qué da ré yo a l
S e ñor por e s ta gra cia , por e s ta ca rida d ra
ta nnde
g ? No ha y cos a má s a gra da ble que yo
le pue da da r, ueq mi cora zón todo e nte ro, pa ra que e s te unido con e l íntima me nte .
Entonce s s e a le gra rá n toda s mis e ntra ña s , cua ndo mi a lma e s tuvie re pe rfe cta me nte
unida a Dios . Entonce s me dirá ú quie re s e s ta r conmigo, yo quie ro e s ta r contigo. Y

109
Diarios de Avivamientos

yo le re s ponde ré : Dígna te , S e ñor, que da rte conmigo, pue s yo quie ro de bue na ga na e s ta r


contigo. Es te e s todo mi de s e o: que mi cora zóncontigo
e s te unido.

Capítulo XIV: De l ans ia con que algunos de votos de s e an e l cue rpo de Cris to.

EL ALMA:
1. Oh S e ñor, ¡cuá n gra nde e s la a bunda ncia de tu dulzura , que re s e rva s te pa ra los que te
te me n! Cua ndo me a cue rdo, S e ñor, de a lgunos de votos que s e lle ga n a tu S a cra me nto
con dignís ima de voción y a fe cto, me confundo mucha s ve ce s , y me a ve rgüe nzo de mí
mis mo a l ve r que lle go ta n tibio y ta n frío a tu a lta r, y a la me s a de la s a gra da comunión.
Que me que do ta n s e co, y s in dulzura de cora zón; que no e s toy todo e nce ndido de la nte
de Ti, Dios mío, ni ta n ve he me nte me nte a tra ído y pos e ído de a mor, como otros muchos
de votos , que por e l gra n de s e o de comulga r, y por e l a mor s e ns ible de s u cora zón, no
pudie ron de te ne r la s lá grima s . S ino que con la boca de l cora y dezón
l cue rpo a nhe la ba n
a fe ctuos a me nte a Ti, Dios mío, fue nte viva , no pudie ndo te mpla r ni ha rta r s u ha mbre de
otro modo, s ino re cibie ndo tu cue rpo con inde cible re gocijo y a ns ia e s piritua l.

2. ¡Oh ve rda de ra y a rdie nte fe la s uya , prue ba ma nifie s ta de tu s a gra da pre s e ncia e n e s te
S a cra me nto! Es tos s on ve rda de ra me nte los que conoce n a s u S e ñor e n e l pa rtir de l pa n;
pue s s u cora zón a rde e n e llos ta n viva me nte , porque J e s ús a nda e n s u compa ñía . Le jos
e s tá de mi mucha s ve ce s s e me ja nte a fe cto y de voción,ata nde
n gr
a mor y fe rvor. Bue n
J e s ús , s é me propicio, dulce y be nigno, y conce de a e s te tu pobre me ndigo s iquie ra
a lguna ve z s e ntir e n la s a nta Comunión un poco de a fe cto e ntra ña ble de tu a mor, pa ra
que mi fe s e forta le zca , cre zca la e s pe ra nza e n tu bonda d, y la ca rida d una ve z
pe rfe cta me nte e nce ndida y e xpe rime nta da de l ma ná ce le s tia l, nunca de s fa lle zca .
P ode ros a e s , pue s , tu mis e ricordia pa ra conce de rme gra cia ta n de s e a da , y vis ita rme
cle me ntís ima me nte con e s te e s píritu de fe rvor e l día que tuvie re s por bie
a unque
n. Y no
me ha llo infla ma do de l gra n de s e o de tus e s pe cia le s de votos , quie ro a lo me nos con tu
gra cia te ne r ta n fe rvoros o de s e o; y pido y de s e o s e r pa rticipa nte de los que ta n
fe rvoros a me nte te a ma n, y s e r conta do e n s u núme ro.

Capítulo XV : Que la de voción s e alcanz a con la hum ildad y abne gación de s í m is m o.

J ES UCRIS TO:
1. De be s bus ca r con dilige ncia la gra cia de la de voción, pe dirla con ins ta ncia , e s pe ra rla
con pa cie ncia y confia nza , re cibirla con gra titud, gua rda rla con humilda d, obra r
s olícita me nte con e lla , y de ja r a Dios e l tie mpo y e l modo e n que s e digne vis ita rte . Te
de be s humilla r e n e s pe cia l cua ndo s ie nte s inte riorme nte poca o ninguna de voción; ma s
no te a ba ta s de ma s ia do, ni te e ntris te zca s de s orde na da me nte . Dios da mucha s ve ce s e n
un ins tante lo que ne gó la rgo tie mpo. Ta mbié n da a lguna s ve ce s a l fin de la ora ción lo
que dila tó de s de e l principio.

2. S i s ie mpre s e nos die s e la gra cia s in dila ción y a me dida de nue s trono de podría
seo
a bra za rla bie n e l hombre fla co. P or e s o la de be s e s pe ra r con s e gura confia nza y humilde
pa cie ncia ; y cua ndo no te e s conce dida , o te fue re quita da s e cre ta me nte , e cha la culpa a
ti mis mo y a tus pe ca dos . Alguna s ve ce s e s bie n pe que ña cos a la que impide y e s conde

110
Diarios de Avivamientos

la gra cia , s i e s que de be lla ma r poco y no mucho lo que ta nto bie n e s torba . Ma s s i
a que llo poco o mucho a pa rta re s , y pe rfe cta me nte ve ncie re s , te ndrá s lo que s uplica s te .

3. P orque lue go que te e ntre ga re s a Dios de todo tu cora zón, y no bus ca re s cos a a lguna
por tu propio gus to, s ino que de l todo te pus ie re s e n s us ma nos , te ha lla rá s re cogido y
s os e ga do;porque na da te a gra da . Cua lquie ra , pue s , que le va nta re s u inte nción a Dios
con s e ncillo cora zón, y s e de s poja re de todo a mor u odio de s orde na do de cua lquie r cos a
cria da , e s ta rá muy bie n dis pue s toa rap re cibir la divina gra cia , y s e ha rá digno de l don
de la de voción. P orque e l S e ñor e cha s u be ndición, donde ha lla los va s os va cíos . Y
cua nto má s eprfe cta me nte re nuncia re a lguno la s cos a s ba ja s , y e s tuvie re mue rto a s í
mis mo por s u propio de s pre cio, ta nto máres s pto vie ne la gra cia , má s copios a me nte
e ntra , y má s a lto le va nta e l cora zón ya libre .

4. Entonce s ve rá y a bunda rá , y s e ma ra villa rá , y s e dila ta rá s u cora zón; por que la ma no


de l S e ñor e s tá con é l, y é l s e pus o e nte ra me nte e n s us ma nos pa ra s ie mpree s ta . De
ma ne ra s e rá be ndito e l hombre que bus ca a Dios con todo s u cora zón, y no ha re cibido
s u a lma e n va no. Es te , cua ndo re cibe la s a nta Comunión, me re ce la s ingula r gra cia de la
unión divina ; porque no mira a s u propia de voción y cons ue lo, s ino s obrea todo la
gloria y honra de Dios .

Capítulo XVI: Que de be m os m anife s tar a Cris to nue s tras ne ce s idade s y pe dirle s u
gracia.

EL ALMA:
1. ¡Oh dulcís imo y a ma ntís imo S e ñor, a quie n de s e o re cibir a hora de vota me nte ! Tú
conoce s mi fla que za y la ne ce s ida d que pa de zco, e n cua ntos ma le s y vicios e s toy
a bis ma do, cuá nta s ve ce s me ve o a gobia do, te nta do, turba do y a ma ncilla do. A Ti ve ngo
por re me dio, a Ti a cudo po r cons ue lo y a livio. Ha blo a quie n todo lo s a be , a quie n s on
ma nifie s tos todos los s e cre tos de mi cora zón, a quie
y n s lo me pue de cons ola r y a yuda r
pe rfe cta me nte . Tú s a be s los bie ne s que má s fa lta me ha ce n, y cuá n pobre s oy e n
virtude s .

2. Ve s me a quí de la nte de Ti, pobre y de s nudo, pidie ndo gra cia e implora ndo
mis e ricordia . Da de come r a e s te tu ha mbrie nto me ndigo, e ncie nde mi fria lda d con e l
fue go de tu a mor, a lumbra mi ce gue da d con la cla rida d de tu pre s e ncia . Convié rte me
todo lo te rre no e n a ma rgura , todo lo pe s a do y contra rio e n pa cie ncia , todo lo ínfimo y
cria do e n me nos pre cio y olvido. Le va nta mi cora zón Ti ae n e l cie lo, y no me de je s
a nda r va ga ndo por la tie rra . Tú s olo me s e a s dulce de s de a hora pa ra s ie mpre ; pue s Tú
s olo e re s mi ma nja r y be bida , mi a mor, mi gozo, mi dulzura y todo mi bie n.

3. ¡Oh, s i me e nce ndie s e s todo con tu pre s e ncia , y me a bra s a s e s y tra ns forma s e s e n Ti
pa ra s e r un e s píritu contigo por la gra cia de la unión inte rior y por la e fus ión de un a mor
a bra s a do! No cons ie nta s que me s e pa re de Ti a yuno y s e co; s ino pórta te conmigo
pia dos a me nte , como lo ha s e chomucha s ve ce s con tusa ntos de un modo a dmira ble .
¡Que e xtra ño s e ría que yo me a bra s a s eo tod
e n tu a mor, s in a corda rme de mí, s ie ndo
Tú fue go que s ie mpre a rde y nunca ce s a , a mor e limpia
qu los cora zone s y
a lumbra e le nte ndimie nto!

111
Diarios de Avivamientos

Capítulo XVII: De l am or fe rvoros o y ve he m e nte de s e o de re cibir a Cris to

EL ALMA:
1. Con s uma de voción y a bra s a do a mor, con todo e l a fe cto y fe rvor de l cora zón, de s e o,
S e ñor, re cibirte e n la comunión, como lo de s e a ron muchos S a ntos y pe rs ona s de vota s
que te a gra da ron mucho con la s a ntida d de s u vida , y tuvie ron de voción a rde ntís ima .
¡Oh Dios mío, a mor e te rno, todo mi bie n, fe licida d inte rmina ble ! De s e o re cibirte con e l
de s e omá s ve he me nte y con la re ve re ncia má s digna , cua l ja má s tuvo ni pudo s e ntir
ninguno de los a ntos .

2. Y a unque yo s e a indigno de te ne r a que llos s e ntimie ntos de votos , te ofre zco todo e l
a fe cto de mi cora zón, como s i yo s olo tuvie s e todos a que llos infla ma dos de s e os . Y
cua nto pue da e l a lma pia dos a conce bir y de s e a r. Todo te lo pre s e nto y te lo ofre zco con
humildís ima re ve re ncia , y con e ntra ña ble fe rvor. Na da de s e o re s e rva r pa ra mí, s ino
ofre ce rme e n s a crificio con toda s mis cos a s volunta ria me nte , y con e l ma yor a fe cto.
S e ñor, Dios mío, Cr a dor y Re de ntor mío, con ta l a fe cto, re ve re ncia , honor y
a la ba nza ,con ta l a gra de cimie nto, dignida d y a mor, con ta l fe , e s pe ra nza y pure za ,
de s e o re cibirtehoy, como te re cibió y de s e tua ntís ima a dre la glorios a irge n
Ma ría , cua ndoa l á nge l que le a nunció e l mis te rio de la Enca rna ción re s pondió humilde
y de vota me nte :He a quí la e s cla va de lor;
S ehá
ñ ga s e e n mi s e gún tu pa la bra .

3. Y como e l bie na ve ntura do S a n J ua n Ba utis ta , tu pre curs or, y e l ma yor adentos los,
cua ndo a ún e s ta ba e nce rra do e n e l vie ntre de s u ma dre , dio s a ltos de a le gría e n tu
pre s e ncia con gozo de l Es píritu S a nto; y de s pué s , vié ndote J e s ús mío, conve rs a r e ntre
los hombre s , con de voto y humildís imo a fe cto de cía : El a migo de l e s pos o, que e s ta e n
s u pre s e ncia y le oye , s e re gocija mucho a l oír la voz de l e s pos o: a s í de s e o yo e s ta r
infla ma do de gra nde s y s a ntos de s e os y pre s e nta rme a Ti con todo e l a fe cto de mi
cora zón. P or e s o te ofre zco y de dico los júbilos de todos los cora zone s de votos , los
vivís imos a fe ctos , los e mbe le s os e s piritua le s , la s s obe ra na s ilumina cione s , la s vis ione s
ce le s tia le s , y toda s la s virtude s y a la ba nza s con que te ha n ce le bra do y pue de n ce le bra r
toda s la s cria tura s e n e l cie lo y e n la tie rra : re cíbe lo todo por mí y por todos los
e ncome nda dos a mis ora cione s , pa ra que s e a s por todos digna me nte a la ba do y
glorifica do pa ra s ie mpre .

4. Re cibe , S e ñor, Dios mío, mis de s e os y a ns ia s de da rte infinita a la ba nza y be ndición


inme ns a , los cua le s te s on jus tís ima me nte de bidos , s e gún la multitud de tu ine fa ble
gra nde za . Es to te ofre zco a hora , y de s e o ofre ce rte ca da día y ca da mome nto; y convido
y rue go con ins ta ncia y a fe cto; a todos los e s píritus ce le s tia le s , y a todos tus fie le s , que
te a la be n y te de n gra cia s junta me nte conmigo.

5. Alá be nte todos los pue blos , toda s la s tribus y le ngua s , y e ngra nde zca n tu s a nto y
dulcís imo nombre cons umo re gocijo e infla ma da de voción. Me re zca n ha lla r tu gra cia y
mis e ricordia todos los que con re ve re ncia y de voción ce le bra n tu a ltís imo S a cra me nto, y
con e nte ra fe lo re cibe n; y rue ga n a Dios humilde me nte por, mi, pe ca dor. Y cua ndo
hubie re n goza do de la de voción y unión de s e a da , y s e pa rtie re n dea la
ceme
le s tia
s l muy
cons ola dos y ma ra villos a me nte re cre a dos , te nga n por bie n a corda rs e de e s te pobre .

112
Diarios de Avivamientos

Capítulo XVIII: Que e l hom bre no de be s e r curios o e n e xam inar e s te S acram e nto, s ino
hum ilde im itador de Cris to, s om e tie ndo s u pare ce r a la s agrada fe .

J ES UCRIS TO:
1. Guá rda te de e s cudriña r inútil y curios a me nte e s te profundís imo S a cra me nto, s ino te
quie re s ve r a ne ga do e n un a bis mo de duda s . El que e s e s crudriña dor de la ma je s ta d, s e rá
a bruma do de s u gloria . Má s pue de obra r Dios , que lo que e l hombre pue de e nte nde r.
P e ro no s e prohíbe e l de voto y humilde de see oa lca d nza r la ve rda d a a que llos que
s ie mpre e s tá n prontos a s e r e ns e ña dos , y ca mina r s e gún la s s a nta s doctrina s de los
a ntos P a dre s .

2. Bie na ve ntura da la s e ncille z que de ja ndo los á s pe ros ca minos


e la s cue
d s tione s , va por
la s e nda lla na y s e gura de los ma nda mie ntos de Dios . Muchos pe rdie ron la de voción,
que rie ndo e s cudriña r la s cos a s s ublime s . Fe s e te pide y vida s e ncilla , no e le va ción de
e nte ndimie nto ni profundida d de los mis te rios de Dios . S i no e ntie nde s y compre nde s
la s cos a s má s trivia le s , ¿ cómo e nte nde rá s la s que e s tá n s obre la e s fe ra de tu a lca nce ?
S ujé ta te a Dios , y humilla tu juicio a la fe , y s e te da rá la luz de la cie ncia , s e gún t
fue re útil y ne ce s a ria .

3. Algunos s on gra ve me nte te nta dos contra la fe e n e s te S a cra me nto; má s e s to no de


imputa r a e llos , s ino a l e ne migo. No te nga s cuida do, no dis pute s con tus pe ns a mie ntos ,
e mbria gá ndolos ni re s ponda s a la s duda s que e l dia blo te s ugie re ; s ino cre e e n la s
pa la bra s de Dios , cre e a s us a ntos y a s us P rofe ta s , y huirá de ti e l ma lva do e ne migo.
Mucha s ve ce s e s muy conve nie nte a l s ie rvo de Dios e l pa de ce r e s ta s te nta cione s . P ue s
no tie nta e l de monio a los infie le s y pe ca dore s a quie ne s ya tie ne s e guros ; s ino que
tie nta y a torme nta de dive rs a s ma ne ra s a los fie le s y de votos .

4. Acé rca te , pue s , con una fe firme y s e ncilla , y llé ga te a l S a cra me nto con s uma
re ve re ncia ; y todo lo que no pue de s e nte nde r, e ncomié nda lo con s e gurida d a l Dios
todopode ros o. Dios no te e nga ña ; e l que e nga ña e s e l eque cre es a s í mis mo
de ma s ia da me nte . Dios a nda con los s e ncillos , s e de s cubre a los humilde s , y da
e nte ndimie nto a los pe que ños , a lumbra a la s a lma s pura s , y e s conde s u gra cia a los
curios os y s obe rbios . La ra zón huma na e s fla ca , y pue de e nga ña rs e ; ma
ve srda
la de
fe ra
no pue de s e r e nga ña da .

5. Toda ra zón y dis curs o na tura l de be s e guir a la fe , y no ir de la nte de e lla ni


que bra nta rla . P orque la fe y e l a mor mue s tra n a quí mucho s u e xce le ncia , y obra n
s e cre ta me nte e n e s te s a ntís imo y s obre e xce le ntís imo S ato.
cra me
El nDios e te rno,
inme ns o y de pode r infinito, ha ce cos a s gra nde s e ine s cruta ble s e n e l cie lo y e n la tie rra ;
y s us obra s a dmira ble s s e oculta n a toda inve s tiga ción. S i ta le s fue s e n la s obra s de Dios ,
que fá cilme nte s e pudie s e n compre nde r por la ra zón ma na
hu, no s e diría n ine fa ble s ni
ma ra villos a s .

F IN

Gloria a Cris to J e s us ...........a hora y s ie mpre . Ame n

113

También podría gustarte