Está en la página 1de 15

Estrategias para comprensión lectora

3. E L R E S U M E N

8.1. Fundamento conceptual

Hemos presentado dos recursos con los que podemos


dar cuenta del grado de apropiación y, por consiguiente, de
comprensión de u n texto: la macroestructura referencial y
•1 mapa conceptual. Estos recursos corresponden a formas
de representación esquemática, cada u n a de ellas con sus
respectivas características. E n este apartado analizaremos
Otro recurso, ya no de tipo esquemático sino escrito, con el
que también podemos dar cuenta del contenido de u n escri-
to: el resumen.
Resumir es u n a actividad que realizamos con mucha
frecuencia en nuestra vida cotidiana, puesto que constan-
temente nos vemos en la necesidad de utilizar la informa-
ción que hemos ido recolectando en nuestro proceso de for-
j a c i ó n para adelantar tareas de diversa índole y con los
¡jnás diversos fines. Así, hablamos -o debemos dar cuenta-
Be una novela que hemos leído, de una clase o una exposi-
ción a la que hemos asistido, de u n programa de televisión
o de u n a película que hemos visto; actividades éstas que
luponen -a veces sin darnos cuenta de ello- la elaboración
Be resúmenes, entre otro tipo de discursos. De otro lado,
Muestra memoria no puede retener absolutamente todos
los datos que de manera permanente estamos recibiendo
Bel medio en el que nos encontramos, de t a l forma que nos
« n o s en la necesidad de seleccionarlos y clasificarlos, esto

-115-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN
Estrategias para comprensión lectora

es, desarrollar habilidades cognitivas que nos permitan com- Una buena comprensión del texto que es objeto del ejercicio
prender, almacenar, representar y recuperar la información de lectura; en otras palabras, a través de u n resumen pode-
que consideramos esencial y pertinente; una de estas habi- mos dar cuenta de, o evaluar, el grado de apropiación y com-
lidades l a constituye precisamente el resumen. prensión textuales.
Dado el gran flujo de información, en especial escrita, Desde el enfoque cognitivo de la lectura, en el que ésta
que caracteriza la llamada sociedad de la información, se Se entiende como el conjunto de operaciones mentales que
hace necesario que los individuos posean una sólida forma- tienen como fin último la comprensión del texto, el resu-
ción en e l manejo del discurso escrito (Castañeda y Henao, men se asume como una de las variables que tiene inciden-
1999), lo cual supone que tengan u n a excelente formación cia en l a reducción de la carga cognitiva que se hace necesa-
en lectura y escritura para que estén en condiciones de pro- ria para procesar y comprender u n texto; en este sentido,
cesar grandes cantidades de información -leer- y, a la vez, i|e plantea como hipótesis de trabajo que la presencia del
p r o d u c i r t e x t o s que f o r m a l i c e n adecuadamente sus ¡resumen al comienzo de u n texto incrementa la velocidad
constructos mentales -escribir-. Lo anterior equivale a de- lectora sin que ello afecte el nivel de comprensión y de re-
cir que estén plenamente alfabetizados, de acuerdo con la ¡Cuerdo (cfr. De Vega et al, 1990).
noción de alfabetización que expusimos en el primer capi- Ahora, desde u n punto de vista didáctico, y en lo que se
tulo. E n este orden de ideas, el resumen se torna -como ¡refiere al ámbito escolar, el resumen se puede concebir como
veremos a lo largo de esta sección- en u n ejercicio básico lUn instrumento de aprendizaje para: a) los profesores, por-
para el uso y la manipulación de la información escrita. bue a éstos les permite identificar los problemas de lectura y
E l resumen se erige, desde u n punto de vista funcional de producción escrita de sus estudiantes y, en consecuencia,
y práctico, en una herramienta útil para orientar a los posi- «plicar las estrategias y correctivos necesarios para superar-
bles lectores sobre el contenido fundamental de los diver- os; b) los estudiantes, dado que les posibilita mejorar sus
sos textos que a diario se publican en todas las áreas del rocesos de lectura y escritura, por lo tanto, optimizar sus
conocimiento, y así tomar la decisión de leer o no determi- procesos de aprendizaje, dadas las implicaciones que tiene el
nado texto (aspecto éste que, como veremos en l a siguiente [tnanejo del código escrito en la formación escolar y general
sección, también comparte con otros tipos de textos como • e l individuo (cfr. Ramspott, 1996).
la reseña); ello debido a que el resumen es uno de los proce- Según lo planteado, reconocemos el resumen como u n
dimientos con los que contamos para ofrecer u n a imagen •jercicio que implica la lectura así como la escritura; esto
de los "contenidos más importante de u n texto, su ordena- fcniendo en cuenta que la actividad de elaborar resúmenes
ción y las principales relaciones entre ellos", e n este senti- be puede entender como una tarca de Lectura o como una
do, "los resúmenes se u t i l i z a n con l a finalidad d e resaltar y turca de escritura (cfr. Haré, 1992:125-129). E n el primer
organizar los contenidos más relevantes del t e x t o " (De Vega caso, la elaboración del resumen se da de forma simultánea
et al, 1990:125). on el proceso de comprensión: a medida que se lee se va
instruyendo el resumen; ésta la concepción de Van Dijk y
Asimismo, se presenta como i n s t r u m e n t o para dar
Kinsteh. E n el segundo caso, el resumen se produce des-
cuenta de la comprensión textual, esto es, p a r a la lectura,
pués de que se ha dado la comprensión, es decir, se elabora
puesto que, como argumenta Álvarez (2000), e l punto do
gnu vez se ha llevado a cabo el proceso de lectura; éste es el
partida para la elaboración de u n buen r e s u m e n esta en

-116- -117-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

p l a n t e a m i e n t o de B r o w n y Day, q u i e n e s c o n s i d e r a n q u e la que e s t a selección i n f o r m a t i v a l a p o d e m o s p l a s m a r física-


r e c u p e r a c i ó n de l a información t e x t u a l c o n l l e v a dos a c t i v i - m e n t e p o r m e d i o de r e c u r s o s c o m o e l s u b r a y a d o o l a t o m a
dades p r i m a r i a s de l a t a r e a de r e s u m i r u n t e x t o : l a selec- de n o t a s .
ción de ideas básicas y l a c o n d e n s a c i ó n de éstas. S e g ú n es- A d e m á s de ejercicio de l e c t u r a , el r e s u m e n t a m b i é n es
t a s a u t o r a s , dichas a c t i v i d a d e s se d a n d e s p u é s de l a l e c t u r a !Un ejercicio de e s c r i t u r a p o r q u e i m p l i c a l a c r e a c i ó n de u n
y l l e v a n a l a elaboración d e l r e s u m e n , u t i l i z a n d o p a r a ello Huevo t e x t o q u e dé c u e n t a d e l proceso de selección i n f o r -
e l c ó d i g o e s c r i t o , p o r lo t a n t o , se p u e d e n c o n s i d e r a r como j m a t i v a d e l t e x t o base, a r r i b a d e s c r i t o . E n o t r a s p a l a b r a s , el
a c t i v i d a d e s de e s c r i t u r a . D e a c u e r d o c o n estas c o n s i d e r a - lector, ahora e s c r i t o r ( l e c t o r / e s c r i t o r ) , r e p r o d u c e e l t e x t o
c i o n e s , e l r e s u m e n se p u e d e a s u m i r c o m o e s t r a t e g i a base de f o r m a concisa y c o h e r e n t e , esto es, p r o d u c e u n n u e -
m e t a c o g n i t i v a d u r a n t e el proceso de l e c t u r a o c o m o e s t r a - Kro t e x t o - q u e l l a m a r e m o s texto resumen ( T r ) - e n el q u e p l a s -
t e g i a m e t a c o g n i t i v a p a r a después d e l proceso lector. m a , de f o r m a condensada, l a selección de las ideas esencia-
A q u í a s u m i r e m o s , t a l y como h e m o s v e n i d o p l a n t e a n - les d e l t e x t o base.
do, e l r e s u m e n como t a r e a de l e c t o e s c r i t u r a , pues supone Desde luego, este proceso de selección i n f o r m a t i v a se
l a interacción de las dos a c t i v i d a d e s lingüísticas básicas del r e a l i z a a p a r t i r d e l c o n t e n i d o y de l a e s t r u c t u r a m i s m a d e l
ser h u m a n o : l a c o m p r e n s i ó n y l a p r o d u c c i ó n . E n este últi- texto base, así c o m o de los c o n o c i m i e n t o s d e l lector. E s t o
m o s e n t i d o es q u e n o s i n t e r e s a e l r e s u m e n e n e l ámbito ftos l l e v a a d e t e r m i n a r , de acuerdo c o n Haré (1992:130-140),
escolar: c o m o i n s t r u m e n t o q u e p o s i b i l i t a o b s e r v a r y ejer- (que e n l a o b t e n c i ó n de u n r e s u m e n i n t e r v i e n e u n a serie de
c i t a r los procesos de c o m p r e n s i ó n así c o m o de p r o d u c c i ó n v a r i a b l e s r e l a c i o n a d a s c o n l a p e r s o n a q u e lo e l a b o r a ( p u n t o
t e x t u a l . D a d a esta d o b l e c o n d i c i ó n , A l v a r e z l o c a r a c t e r i z a Be v i s t a sobre l a t a r e a de r e s u m i r , n i v e l de h a b i l i d a d p a r a
c o m o u n a e s t r a t e g i a de c o m p o s i c i ó n t e x t u a l c o m p l e j a que •bordar l a t a r e a y g r a d o de c o n o c i m i e n t o d e l c o n t e n i d o del
c o n s i s t e e n o f r e c e r u n a "paráfrasis s e l e c t i v a t e x t u a l , ge- texto q u e se h a leído y q u e se va a r e s u m i r ) , e l t i p o de t e x t o
n e r a l m e n t e m á s c o r t a , q u e se establece s o b r e e l m a n t e n i - faue se r e s u m e ( l o n g i t u d , g é n e r o y c o m p l e j i d a d ) , l a f o r m a
m i e n t o de u n a e q u i v a l e n c i a i n f o r m a t i v a , e c o n o m í a di» h o m o se a s u m e l a t a r e a de r e s u m i r (acceso a l t e x t o base,
m e d i o s e n el s i g n i f i c a n t e y adaptación a u n a situación n u e - propósito del r e s u m e n y restricciones en l a l o n g i t u d del re-
v a de c o m u n i c a c i ó n " ( Á l v a r e z , 2 0 0 0 : 3 4 ) . • u m e n ) y las opciones q u e se le b r i n d a n a l l e c t o r / e s c r i t o r
E l r e s u m e n es u n ejercicio de l e c t u r a e n l a m e d i d a en kara asumir la tarea (resumir durante la lectura o resumir
q u e a p u n t a a d a r c u e n t a de l a c o m p r e n s i ó n de u n texto, Después de l a l e c t u r a ) . E n e l c u a d r o de l a página s i g u i e n t e
q u e l l a m a r e m o s texto base ( T b ) , dado q u e b u s c a d e s c u b r i r y Ofrecemos u n a síntesis de los aspectos y consideraciones
d e t e r m i n a r e l g r a d o de i m p o r t a n c i a de l a s i n f o r m a c i o n e s asociados a cada u n a de d i c h a s v a r i a b l e s , c o n base e n lo
q u e lo c o n f o r m a n ; esto s u p o n e u n proceso de jerarquización •xpuesto p o r H a r é .
de aquéllas g r a c i a s a l c u a l e l l e c t o r d e t e r m i n a q u é i n f o r m a -
ciones son l a s q u e él c o n s i d e r a c o m o las m á s i m p o r t a n t e s 1 D e o t r o lado, s i g u i e n d o a C e r r o (1999:80-82), r e s u m i r
r e l e v a n t e s p a r a a l m a c e n a r l a s e n su m e m o r i a a l a r g o plazo. u u n a t a r e a q u e consiste e n t o m a r u n t e x t o base ( T b ) -que
E s t o c o r r e s p o n d e a lo q u e B r o w n y D a y l l a m a n l a a c t i v i d a d buede ser de d i v e r s a n a t u r a l e z a , y a q u e podemos r e s u m i r
de selección d e ideas básicas; a c t i v i d a d q u e se da e n e l desa- u n a película, u n a c o n f e r e n c i a , u n p r o g r a m a de televisión o
r r o l l o de u n a l e c t u r a j u i c i o s a d e l t e x t o base. E s de a n o t a r Un texto e s c r i t o - y, m e d i a n t e u n proceso de análisis y sínte-

-118- -119-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

VARIABLE ASPECTOS CONSIDERACIONES *s, r e d u c i r las d i m e n s i o n e s de aquél, de t a l f o r m a q u e se


o b t e n g a u n n u e v o t e x t o ( T r ) q u e condense los c o m p o n e n -
Reducir la longitud del material ori-
tes s i g n i f i c a t i v o s f u n d a m e n t a l e s d e l t e x t o base, es decir, q u e
ginal
Punto de vista sobre la respete e l c o n t e n i d o de éste.
Una estrategia de copia-supresión
tarea: resumir es Una estrategia de comprensión y pro- D e a c u e r d o c o n lo a n t e r i o r , r e s u m i r se c o n s t i t u y e e n
ducción textual u n a a c t i v i d a d de l e c t o - e s c r i t u r a c o m p l e j a e n l a q u e i n t e r -
Seleccionar ideas importantes vienen -en términos enunciativos-: u n enunciador (autor)
PERSONA
Nivel de habilidad: im- Condensar, que supone aptitud escri- q u e p r o d u c e u n e n u n c i a d o ( t e x t o base, T b ) , u n e n u n c i a t a r i o
plica capacidad para tora: a mayor nivel de condensación, { l e c t o r ) , q u i e n interactúa c o n este t e x t o c o n e l fin de c o m -
mayor nivel de trabajo escrito
p r e n d e r l o e i n t e r p r e t a r l o ; c o m o p r o d u c t o de esta
El conocimiento previo altera la acti- interacción, e l l e c t o r ( e n u n c i a t a r i o ) se c o n s t i t u y e , a l a vez,
Nivel de conocimiento
vidad de comprender y, por ende, la
del contenido en enunciador (lector/escritor) que produce u n nuevo e n u n -
elaboración del resumen
ciado ( t e x t o r e s u m e n , T r ) , basado e n e l p r i m e r e n u n c i a d o .
A mayor longitud del texto base, ma-
Longitud yor dificultad para resumirlo >Esto nos l l e v a a establecer q u e e l proceso de r e s u m i r supo-
La estructura del tipo textual tiene ne u n m o m e n t o de c o m p r e n s i ó n t e x t u a l : interacción e n t r e
incidencia en la actividad de resumir; .enunciado ( T b ) y e n u n c i a t a r i o ( l e c t o r ) , y o t r o de p r o d u c -
Género así, se hace más fácil resumir textos
ción t e x t u a l : elaboración d e l r e s u m e n ( T r ) a p a r t i r de d i -
narrativos que argumentativos
TEXTO cha interacción. E s t o lo p o d e m o s r e p r e s e n t a r así:
Aspectos como vocabulario, estructu-
ra de los enunciados, niveles de abs-
Complejidad tracción, organización inadecuada del
texto base, inciden en la tarea de re- RESUMR
sumir
Presencia o no del texto base mien- COMPRENSIÓN
Acceso al texto base PRODUCCIÓN
tras se elabora el resumen TEXTUAL TEXTUAL
Un posible lector: esto exige mayor
procesamiento y elaboración textua-
Propósito del resumen: les Enunciador Enunciado Enunciatario Enunciador
TAREA Enunciado
éste es para Autor 1 Texto 1 Lector Lector/escritor Texto 2
Uso personal: menos elaboración tex- (Tb)
(Yo) (Tú) (Tú) (Ti)
tual
Restricciones en la lon- Se determina o no la extensión de
Figura 16. Fases del proceso de resumir
gitud del resumen resumen
Se hace con textos breves y familiii
Resumir durante la C o m o v e m o s , e n t r e e l t e x t o base ( T b ) y s u r e s u m e n
res; no hay restricciones en cuanto .
lectura
longitud fTr) se i n s t a u r a u n a e s t r e c h a relación q u e se p u e d e carac-
OPCIONES Tarea de escritura, se hace cuando loi lirizar e n dos s e n t i d o s : c o m o relación de equivalencia y de
Resumir después de la textos son largos, hay restricciones rit
lectura miferencia. L a relación de e q u i v a l e n c i a se establece e n l a
longitud
l l n i e n s i ó n semántica, esto d e b i d o a q u e e l r e s u m e n conser-
VM y p r e s e n t a e l c o n t e n i d o e s e n c i a l d e l t e x t o base. F r e n t e a

-120- -121-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

esto, l a relación de d i f e r e n c i a l a p o d e m o s u b i c a r e n l a d i - q u e e l r e s u m e n se t o r n a e n l a textualización -como


m e n s i ó n f o r m a l , e n l o q u e t i e n e que v e r c o n l a e x t e n s i ó n de e x p u s i m o s líneas atrás- de l a m a c r o e s t r u c t u r a
los dos t e x t o s , dado q u e e l r e s u m e n ofrece u n a visión más r e f e r e n c i a l , es d e c i r q u e ofrece u n a visión de ésta a t r a -
r e d u c i d a d e l t e x t o base, a d e m á s de las o t r a s características vés d e l código e s c r i t o . E n este o r d e n de ideas, l a r e a l i -
q u e lo d e f i n e n como t i p o p a r t i c u l a r de t e x t o e s c r i t o . zación de u n r e s u m e n p r e s u p o n e l a elaboración de l a
D e acuerdo con l o expuesto, r e s u m i r es u n a actividad m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l d e l t e x t o base, c o m o v e -
c o g n i t i v a que consiste e n crear u n n u e v o t e x t o a p a r t i r de u n remos más adelante.
t e x t o base que e m p l e a de éste sólo las i n f o r m a c i o n e s rele-
De o t r o lado, como y a hemos señalado, t a n t o la
v a n t e s . Así pues, el r e s u m e n lo podemos d e f i n i r como " u n
m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l como e l r e s u m e n g u a r d a n
t e x t o q u e reelabora e l t e x t o de o r i g e n r e d u c i e n d o s u longi-
c o n e l t e x t o base u n a relación de n a t u r a l e z a semánti-
t u d , e n e l que el a u t o r se m a n t i e n e e n u n segundo p l a n o y so
ca, p u e s t o q u e los dos p r e s e r v a n e l c o n t e n i d o esencial
esfuerza e n ser o b j e t i v o , e n u n i n t e n t o de c r e a r u n a síntesis
de aquél (cfr. R i n c ó n , 1997). A h o r a b i e n , desde n u e s t r o
c o h e r e n t e y c o m p r e n s i b l e d e l t e x t o o r i g e n " ( S e r a f i n i , 1997:
e n f o q u e y c o m o se h a e x p u e s t o e n e s t e t e x t o , l a
222). C o n base e n esta definición, a s u m i m o s el r e s u m e n como
m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l ofrece u n a visión esque-
u n t i p o p a r t i c u l a r de t e x t o e s c r i t o q u e :
m á t i c a de l a e s t r u c t u r a c o n c e p t u a l d e l t e x t o , m i e n t r a s
17

1) C l a s i f i c a m o s c o m o i n f o r m a t i v o - r e f e r e n c i a l , e n l a mo- que e l r e s u m e n b r i n d a u n a presentación e s c r i t a de ésta.


d i d a e n que t i e n e c o m o finalidad p r e s e n t a r , de forma A l i g u a l q u e l a m a c r o e s t r u c t u r a , y s i g u i e n d o l a óptica
o b j e t i v a , n e u t r a l y v e r d a d e r a las ideas m á s relevantes t e x t u a l , e l r e s u m e n es p r o d u c t o de l a aplicación de las
q u e ofrece e l t e x t o base; p o r e l l o p r i m a l a función m a c r o r r e g l a s de supresión, generalización y c o n s t r u c -
r e f e r e n c i a l p u e s t o q u e está o r i e n t a d o h a c i a e l c o n t e n i - c i ó n , esto t e n d i e n d o e n c u e n t a q u e éstas p e r m i t e n sus-
do d e l t e x t o base. D e ahí q u e e n l a definición ante* t r a e r y condensar l a información esencial del t e x t o base.
c i t a d a , se a f i r m e q u e el a u t o r d e l r e s u m e n (lector/on*
c r i t o r ) se m a n t i e n e e n u n segundo p l a n o y b u s c a , a n t d Se c o n s t i t u y e e n u n ejercicio de selección i n f o r m a t i v a ,
t o d o , l a o b j e t i v i d a d pues sólo le i n t e r e s a d a r c u e n t a <lo l e c t u r a , y e n u n ejercicio de redacción: p l a s m a r d i c h a
las ideas claves q u e h a d e s a r r o l l a d o e l a u t o r d e l texto selección de ideas c o m o u n n u e v o t e x t o .
base, esto es, i n f o r m a r . Se d i s t i n g u e , desde u n a c o n c e p c i ó n t r a d i c i o n a l , p o r ser:
a) fiel o v e r a z , es decir, recoge y p r e s e n t a sólo las ideas
2) Ofrece una representación e s c r i t a de li
básicas q u e h a expuesto e l a u t o r d e l t e x t o base, s i n
m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l d e l t e x t o base. Desde uní
interpretarlas, tergiversarlas o comentarlas; b) breve,
perspectiva t e x t u a l , l a macroestructura y el resumo»
e n l a m e d i d a q u e sólo se p r e s e n t a n las ideas q u e se
g u a r d a n u n a e s t r e c h a relación, p u e s t o q u e e l segundo
h a n d e f i n i d o como las f u n d a m e n t a l e s d e l t e x t o base; c)
i n c l u y e l a m a c r o e s t r u c t u r a d e l t e x t o base, de t a l fonni
o r i g i n a l , p u e s t o q u e es p r o d u c t o de l a elaboración i n d i -
vidual.
17 Si bien aquí hacemos énfasis en la naturaleza escrita del resumen, debniiHi
recordar que éste también se puede producir utilizando el código vcrhll
pero manteniendo y respetando las características que aquí se exponen \mm Posee las p r o p i e d a d e s q u e d e f i n e n y c a r a c t e r i z a n c u a l -
este tipo de texto. q u i e r t i p o de e s c r i t o , s e g ú n los p l a n t e a m i e n t o s de

-122- -123-
LECTURA, METACOGNICIÓN YEVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

Cassany: adecuación, c o h e r e n c i a , c o h e s i ó n y corrección d i c i o n a l de l a c o m p o s i c i ó n e s c r i t a : l a o r t o g r a f í a , l a


g r a m a t i c a l . L a adecuación es l a p r o p i e d a d d e l t e x t o que m o r f o s i n t a x i s y e l léxico.
" d e t e r m i n a l a v a r i e d a d ( d i a l e c t a l / estándar) y e l r e g i s -
t r o ( g e n e r a l / específico, o r a l / e s c r i t o , o b j e t i v o / subje- T e n i e n d o e n c u e n t a lo q u e h a s t a aquí h e m o s expuesto,
t i v o y f o r m a l / i n f o r m a l ) q u e h a y q u e u s a r " (Cassany, en especial lo r e l a c i o n a d o c o n e l h e c h o de q u e e l r e s u m e n
1989, 2 8 ) . es u n a e s t r a t e g i a de c o m p o s i c i ó n t e x t u a l c o m p l e j a q u e i m -
L a c o h e r e n c i a se c o n s t i t u y e e n l a p r o p i e d a d d e l t e x t o plica t a n t o l a l e c t u r a como l a e s c r i t u r a ; a s u m i r e m o s l a e l a -
q u e p o s i b i l i t a l a selección de l a i n f o r m a c i ó n ( r e l e v a n - boración de u n r e s u m e n c o m o u n proceso e n e l que i n t e r -
te-irrelevante) y organiza l a estructura comunicativa v i e n e n e interactúan dos subprocesos: l a c o m p r e n s i ó n y l a
d e l t e x t o ; esta p r o p i e d a d es de n a t u r a l e z a semántica, producción t e x t u a l e s .
pues se r e f i e r e a l s i g n i f i c a d o d e l t e x t o e n s u t o t a l i d a d ,
I. C o m p r e n s i ó n t e x t u a l : corresponde a la lectura aten-
y es l a característica q u e p e r m i t e establecer s i u n tex-
t a d e l t e x t o base. E s t a l e c t u r a i m p l i c a i d e n t i f i c a r , des-
t o se p u e d e c o n s i d e r a r c o m o t a l .
de n u e s t r a p e r s p e c t i v a , l a m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l
L a cohesión es u n a p r o p i e d a d de carácter sintáctico y d e l t e x t o base, con lo c u a l d e t e r m i n a m o s los aspectos
t i e n e que v e r con e l hecho de que e l t e x t o se entiendo básicos de éste. E n este p u n t o p r i m a l a r e g l a de s u p r e -
como u n c o n j u n t o de e n u n c i a d o s relacionados e n t r e sí, sión dado q u e v a m o s d e j a n d o de l a d o , o a b a n d o n a n d o ,
c o n f o r m a n d o u n t o d o e s t r u c t u r a d o . L a relación entro t o d a a q u e l l a información q u e n o es r e l e v a n t e p a r a l a
dichos enunciados está d e t e r m i n a d a p o r los llamados p r o d u c c i ó n d e l r e s u m e n : r e p e t i c i o n e s , paráfrasis, ex-
1 8

m e c a n i s m o s de cohesión, los cuales se p u e d e n clasificar plicaciones, ejemplos, detalles, e n t r e o t r o s aspectos. E n


e n : a) m a n t e n i m i e n t o d e l r e f e r e n t e (repeticiones tota- t é r m i n o s t r a d i c i o n a l e s , esto c o r r e s p o n d e a e l i m i n a r las
les o parciales; sustitución p o r s i n ó n i m o s , hipónimos, l l a m a d a s ideas s e c u n d a r i a s q u e t i e n e n como fin a m -
hiperónimos, metáfora, m e t o n i m i a , calificaciones p l i a r , d e s a r r o l l a r o p r e c i s a r l a i n f o r m a c i ó n que p o r t a n
v a l o r a t i v a s , p r o f o r m a s léxicas; relaciones semánticas - las ideas p r i n c i p a l e s o t e m á t i c a s ; esto s u p o n e , a l a vez,
campos semánticos e n t r e lexemas- y referencias léxicas, el proceso de selección: d e t e r m i n a r lo r e l e v a n t e de lo
deícticas y anafóricas); b) progresión temática (progre- n o r e l e v a n t e . A q u í se hace necesario r e c u r r i r a e s t r a -
19

sión l i n e a l , t e m a c o n s t a n t e , t e m a s d e r i v a d o s y t e m a o tegias como e l s u b r a y a d o , l a t o m a de n o t a s , l a e l a b o r a -


r e m a e x t e n d i d o o r a m i f i c a d o ) ; c) m a r c a d o r e s w c i ó n de glosas e n el t e x t o , p a r a d e t e r m i n a r el listado de
conectores (léxicos y fonéticos). Así, l a cohesión "es l.i
p r o p i e d a d que conecta las d i s t i n t a s frases e n t r e sí rom
|M Aunque planteemos que esta información no es relevante para la elabora-
d i a n t e las f o r m a s de c o h e s i ó n " (Cassany, 1989:31) y tie« ción del resumen, ello no quiere significar que no sea importante para la
n e como objetivo f u n d a m e n t a l a s e g u r a r l a comprensión comprensión general del texto.
g l o b a l d e l significado d e l t e x t o ; de esta f o r m a , l a coho- P Debemos recordar el papel central del párrafo en el código escrito y en el
sión es u n a manifestación de l a c o h e r e n c i a . análisis textual de éste. En este orden de ideas, el párrafo se constituye en
unidad básica con una estructura conformada por: la afirmación, en la que
se expone la idea principal o temática, la información, en la que se presentan
L a c o r r e c c i ó n g r a m a t i c a l es l a p r o p i e d a d q u e incluyo los datos que sustentan la afirmación y la garantía que posibilita el vínculo
t o d o s los aspectos c o n t e m p l a d o s p o r l a c o n c e p c i ó n t r l entre las dos primeras (Serafín, 1997).

-124- -125-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

ideas básicas c o n l a s cuales se construirá e l r e s u m e n t a r e a de r e s u m i r , e n u n o s casos, o d e t e n e r l a , e n o t r o s ,


en el m o m e n t o de l a producción t e x t u a l . antes de que se h a g a c u l p a b l e d e l a t r o p e l l o " (Salinas,
2002:168). E s t e a t r o p e l l o hace r e f e r e n c i a a l a m u t i l a -
D e esta f o r m a , e l m o m e n t o de comprensión s u p o n e rea-
ción de q u e son objeto las obras l i t e r a r i a s cuando se les
l i z a r u n a l e c t u r a a t e n t a (analítica) d e l t e x t o base con
somete a l a operación de reducción con e l fin de hacer-
el f i n de: e l a b o r a r l a m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l del
las accesibles a l público e n g e n e r a l .
t e x t o base, i d e n t i f i c a r las ideas p r i n c i p a l e s o a f i r m a -
ciones d e l t e x t o y c o n f i g u r a r e l l i s t a d o de éstas. P r o d u c c i ó n t e x t u a l : aquí se a d e l a n t a e l proceso de
e s c r i t u r a de u n t e x t o s i m i l a r a l de base -en lo q u e res-
Si b i e n , h e m o s p l a n t e a d o q u e r e s u m i r s u p o n e l a su-
pecta a l contenido pero diferente en cuanto a l a exten-
presión de i n f o r m a c i ó n , cabe señalar q u e n o t o d o s los
sión, c o m o p l a n t e a m o s - , u t i l i z a n d o p a r a ello l a i n f o r -
t e x t o s son s u s c e p t i b l e s de ser r e s u m i d o s , esto es, a no
m a c i ó n r e l e v a n t e q u e se h a i d e n t i f i c a d o e n el proceso
t o d o s los t e x t o s se les puede a p l i c a r l a m a c r o r r e g l a do
de c o m p r e n s i ó n . E n este p u n t o p r i m a n las r e g l a s de
supresión; t a l es e l caso c o n c r e t o de t e x t o s i n s t r u c t i -
generalización - i n c l u i r p a l a b r a s o e n u n c i a d o s e n u n a s
v o s - p r e c e p t i v o s c o m o l a s recetas de cocina, los m a n u a -
o u n o s m á s u n i v e r s a l e s que los e n g l o b e n , s u s t i t u i r p r o -
les de i n s t r u c c i o n e s , las reglas de u n j u e g o , e n t r e otros,
posiciones p o r o t r a s - y de construcción -reemplazar u n a
a los q u e s i se les e l i m i n a información se p u e d e i n c u -
secuencia de p r o p o s i c i o n e s p o r o t r a , e l a b o r a r u n n u e -
r r i r e n p r o b l e m a s de comprensión del t e x t o así como
v o t e x t o o c o n s t r u i r u n a n u e v a proposición a p a r t i r de
a l t e r a r l a f u n c i o n a l i d a d d e l m i s m o , dado que e n estos
las ideas q u e se e n c u e n t r a n d i s e m i n a d a s e n d i s t i n t o s
t i p o s de t e x t o s , c o m o p l a n t e a A l v a r e z (2000:44), toda la
párrafos o secuencias de enunciados. E l t e x t o final debe
información que c o n t i e n e n es r e l e v a n t e , p o r lo tanto,
ser, c o m o a n o t a m o s líneas atrás, b r e v e , c o h e r e n t e , co-
n o se puede d e j a r de l a d o . A l respecto, cabe r e c o r d a r Infl
hesivo, adecuado y c o r r e c t o g r a m a t i c a l m e n t e , y n o u n
p a l a b r a s de S a l i n a s e n relación c o n el r e s u m e n y su apli-
l i s t a d o d e ideas s u e l t a s , p o r ello se debe r e c u r r i r a los
cación a l t e x t o l i t e r a r i o . D e acuerdo con este autor, roJ
recursos lingüísticos q u e se u t i l i z a n p a r a p r o d u c i r c u a l -
s u m i r es útil e n m u c h a s f o r m a s de l i t e r a t u r a de divuN
q u i e r t i p o de e s c r i t o : relación lógica e n t r e los e n u n c i a -
gación y e n u n g r a n n ú m e r o de l i b r o s científicos, porque
dos q u e l o i n t e g r a n , u s o de c o n e c t o r e s , e l e m e n t o s
p e r m i t e p r e s e n t a r los r e s u l t a d o s y conclusiones de 6m
a n a f ó r i c o s , s i n ó n i m o s , m a n e j o de p á r r a f o s ,
t o s p a r a el público e n g e n e r a l , a l a vez q u e s i r v e comd
nominalizaciones, entre otros.
" m e d i o de desbroce y orientación e n l a selva libresca d i
nuestros días"; s i n embargo, en lo que a la literatura m E n lo q u e t i e n e q u e v e r c o n l a redacción c o m o t a l , se
r e f i e r e , p u n t u a l i z a q u e : " N o todos los l i b r o s son suscopJ r e c o m i e n d a " e s c r i b i r el t e x t o e n t e r c e r a p e r s o n a , e v i -
t i b i e s de r e s u m e n p o r l a simplicísima r a z ó n de que tan t a r las c i t a s t e x t u a l e s y las r e f e r e n c i a s p a r t i c u l a r e s ,
sólo p a r a el a n a l f a b e t o , q u e los m i r a s e n los a n a q u o l o i p r o c u r a r q u e sea lo m á s c o r t o posible y que el t e x t o
por e l l o m o , c o m o masas de p a p e l f o r r a d a s de cuero, tm r e s u l t a n t e sea c o h e r e n t e y n o dé l a impresión de ser
todos los l i b r o s idénticos p o r d e n t r o . U n a delicada sotu u n a e n u m e r a c i ó n de e p í g r a f e s " ( C e r r o , 1999:82).
s i b i l i d a d , u n a t i n a d o concepto d e l v a l o r y l a índole ( l i
cada o b r a , son los q u e d e b e n m o v e r l a m a n o , hacia lu

-126- -127-
LECTURA, METACOGNICIÓN YEVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

Así, e l subproceso de producción e s c r i t a conlleva l a rea-20 8*2. I l u s t r a c i ó n


lización de las t a r e a s de: ordenación y estructuración
d e l l i s t a d o d e a f i r m a c i o n e s , l o c u a l e q u i v a l e a la Ejemplo 1: T o m e m o s n u e v a m e n t e e l t e x t o Estructura
r e e s c r i t u r a d e l t e x t o base gracias a los m e c a n i s m o s l i n - tic la lengua, p a r a i l u s t r a r lo p l a n t e a d o e n relación c o n l a
güístico-textuales (supresión, sustitución, conjunción, •laboración d e l r e s u m e n :
subordinación, n o m i n a l i z a c i o n e s , adjetivaciones), elabo-
ración del b o r r a d o r , revisión y corrección de éste, y re- LA ESTRUCTURADE LA LENGUA
dacción de l a versión d e f i n i t i v a d e l T r .
De manera m u y amplia podemos decir que una lengua es
S i r e t o m a m o s l o e x p u e s t o e n c a d a u n o d e los u n instrumento de comunicación. Cuando una persona A tie-
subprocesos, podemos p l a n t e a r u n a posible estrategia ne alguna idea y desea comunicarla a u n a persona B, ejecuta
m e t o d o l ó g i c a p a r a e l a b o r a r u n r e s u m e n ( v e r figura 17), u n conjunto de movimientos con sus órganos articulatorios
i n t e g r a d a p o r las s i g u i e n t e s acciones p a r a e l m o m e n t o do (labios, lengua, bandas vocales). Estos movimientos produ-
l a c o m p r e n s i ó n : 1) l e c t u r a d e l t e x t o base, 2) elaboración do cen ondas sonoras que, viajando a través del aire, llegan has-
ta B. B oye los sonidos y, si no hay interferencias, recibe el
l a m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l , 3) determinación de las afir-
mensaje. Esta caracterización es parcialmente válida, por
m a c i o n e s , 4) c o n f e c c i ó n d e l l i s t a d o de a f i r m a c i o n e s . P a r a oí
cuanto algunas veces la lengua puede ser usada sin propósi-
m o m e n t o de l a p r o d u c c i ó n : 5) o r d e n a c i ó n y estructuración tos de comunicación. T a l es el caso de u n a exclamación de
d e l l i s t a d o de a f i r m a c i o n e s ( t r a n s f o r m a c i ó n de T b ) , 6) re- alegría o de dolor, en la que la verbalización está desprovista
dacción d e l b o r r a d o r , 7) revisión y c o r r e c c i ó n d e l b o r r a d o r , de cualquier deseo de comunicación.
8) redacción de l a v e r s i ó n d e f i n i t i v a . E n otras palabras, podemos decir que una lengua es u n
mecanismo que permite establecer u n a correlación entre
1. Lectura del texto base sonido y sentido, es decir, que para cada mensaje existe una
2. Elaboración de la macroestructura
COMPRENSIÓN correspondiente señal, que permite a los individuos i n t e r -
referencial del texto base
TEXTUAL cambiar ideas mediante secuencias observables de sonidos.
3. Determinación de afirmaciones
4. Confección del listado de afirmaciones Sin embargo, es u n principio válido que la relación entre la
5. Ordenación y estructuración de listado palabra y su sentido es arbitraria. U n a palabra designa u n
de afirmaciones (transformación del Tb) concepto, pero no existe una relación inherente entre los
PRODUCCIÓN 6. Redacción del borrador
TEXTUAL 7. Revisión y corrección del borrador
dos. No obstante, es preciso a d m i t i r que existen excepcio-
8. Redacción de la versión definitiva nes, v.gr., palabras imitativas de la realidad que describen
el tic tac del reloj, el tintineo de la campana, el piar de las
Figura 17. Subprocesos para l a elaboración de u n resumen aves, etc.
Como hablantes de u n a lengua, somos capaces de ligar
palabras para formar oraciones nuevas que expresan nues-
20 Recordemos que la escritura también es un proceso que supone, grosso modtu tros pensamientos. Por lo tanto, a l aprender u n a lengua lo
los momentos interactivos de la conceptualización (definición de objetivo»,
la generación y organización de ideas, así como la estructuración de un plan primero que debemos dominar es u n conjunto de palabras,
de trabajo que oriente el desarrollo del futuro escrito) y la f o r m a l i z a d o ! o cada una de las cuales relaciona u n sentido y una p r o n u n -
textualización (elaboración de borradores, evaluación, revisión y correceirtft ciación. Además, es necesario que aprendamos una serie de
de éstos, hasta llegar a la redacción de la versión definitiva).

-128- -129-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

principios que nos enseñan cómo combinar palabras para oraciones que resulten comprensibles a los hablantes de esa
formar oraciones. Por razones de estudio, debemos aislar lengua. L a sintaxis o sistema sintáctico de cada lengua está
tres aspectos fundamentales de la estructura de u n a len- formada por esos principios.
gua: el sentido de las palabras, las cadenas de sonidos refe- E n resumen, el hablante nativo de u n a lengua controla
ridos a dicho sentido y l a manera como las palabras se com- u n conjunto infinito de principios que especifican cómo de-
binan unas con otras para formar oraciones. Acorde con esto, ben combinarse las palabras para formar oraciones, gracias
es posible plantear que u n a lengua es u n sistema que inclu- a los cuales pueden proyectar u n conjunto infinito de ora-
ye tres subsistemas: u n subsistema semántico, u n ciones gramaticales posibles en su lengua, no i m p o r t a que
subsistema fonológico y u n subsistema sintáctico. muchas de ellas no se hayan presentado antes en su expe-
A l hablar del sistema semántico de u n a lengua, nos refe- riencia lingüística. E l conocimiento de l a estructura de la
rimos no sólo al hecho de que las palabras tienen sentido, lengua permitirá a cualquier individuo utilizar este medio
sino a la manera como ellas categorizan nuestra experiencia de comunicación con una mayor eficiencia.
conceptual. Así, por ejemplo, en español empleamos diferen-
tes palabras para expresar la gama de u n color (verde esme-
E n p r i m e r l u g a r , e n l o q u e atañe a l a fase de c o m p r e n -
ralda, verde oliva, verde pasto, etc.), mientras que en otras
I BÍón, r e c u r r i r e m o s a l a m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l q u e y a
lenguas una sola palabra basta. Aunque la escogencia de una
• l e m o s elaborado. E s t a m a c r o e s t r u c t u r a nos p e r m i t e d e t e r -
secuencia de sonidos para designar u n concepto dado es esen-
cialmente arbitraria, la secuencia escogida debe estar dentro fciinar que el texto presenta tres partes: u n a p r i m e r a que
de ciertos límites impuestos por la estructura de la lengua. fcfrece l a definición y caracterización de l a n o c i ó n de l e n -
U n a lengua se caracteriza por u n sistema fonológico y • g u a , u n a s e g u n d a q u e e x p l i c a cada u n o de los subsistemas
cada palabra de esta lengua está representada por una ca- • q u e l a c o n f o r m a n y u n a t e r c e r a en l a que se hace énfasis en
dena de sonidos que atiende a las restricciones del sistema. H a e f i c i e n c i a c o m u n i c a t i v a q u e se a d q u i e r e a l conocer l a es-
Por ejemplo, cuando escuchamos a alguien hablar español y I t r u c t u r a d e l código v e r b a l .
lo comparamos con o t r a persona que habla francés, el efec- U n a vez o b t e n i d a l a m a c r o e s t r u c t u r a r e f e r e n c i a l , pa-
to acústico es muy diferente porque las dos lenguas tienen
Hamos a d e t e r m i n a r las a f i r m a c i o n e s p a r a cada aspecto del
u n sistema fonológico distinto, es decir, u n conjunto de prin-
• r e f e r e n t e , esto lo hacemos párrafo por párrafo y así elabo-
cipios que regula la pronunciación de las oraciones. Dentro
I rar el l i s t a d o de ideas básicas o a f i r m a c i o n e s con las cua-
del sistema fonológico de u n a lengua es posible discernir
21

tres aspectos de su estructura: el inventario de sonidos, la • e s podemos c o n s t r u i r n u e s t r o r e s u m e n . E n este p u n t o r e -


influencia recíproca entre unos sonidos y otros y las secuen- c u r r i m o s a l a selección de las a f i r m a c i o n e s y a l a supresión
cias de sonidos que son permisibles. B l e las i n f o r m a c i o n e s -o ideas s e c u n d a r i a s - e n cada u n o de
Así como hay limitaciones en l a manera de combinar • o s párrafos. C o n el fin de a c l a r a r lo a n t e r i o r , t o m e m o s los
sonidos para f o r m a r palabras, existen restricciones en la H ) é r r a f o s 1 y 2, p a r a v e r c ó m o sería este proceso de selección
combinación de palabras para formar oraciones. No es posi mié a f i r m a c i o n e s y supresión de i n f o r m a c i o n e s :
ble decir cualquier cadena de palabras para formar oracio-
nes. No es posible decir que cualquier cadena de palabra*
estructura una oración del español. Por esta razón cualqu ier
• No sobra aquí señalar que esta determinación de afirmaciones es producto
persona que aprenda u n a lengua tiene que adquirir una mu de una lectura previa, en la que hemos señalado, a través de recursos como
rie de principios que le p e r m i t e n ligar palabras para formar el resaltado, el subrayado, el glosado o la toma de notas, las ideas básicas que
se desarrollan en los distintos párrafos a lo largo de todo el texto.

-130- -131-
LECTURA, METACOGNICIÓN YEVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

De manera muy amplia podemos decir que una lengua es lengua como instrumento de comunicación pero se i n t r o -
un instrumento de comunicación. Cuando una persona A tie- duce la caracterización de ésta como mecanismo que rela-
ne alguna idea y desea comunicarla a una persona B, ejecuta
ciona sonido y sentido, así como el hecho de que esta rela-
un conjunto de movimientos con sus órganos articulatorios
ción es arbitraria; por lo tanto, tenemos dos afirmaciones:
(labios, lengua, bandas vocales). Estos movimientos produ-
cen ondas sonoras que, viajando a través del aire, llegan has- Una lengua es un mecanismo que permite establecer una
ta B. B oye los sonidos y, si no hay interferencias, recibe el Correlación entre sonido y sentido, y la relación entre la pa-
mensaje. Esta caracterización es parcialmente válida, por labra y su sentido es arbitraria; los demás enunciados son
cuanto algunas veces la lengua puede ser usada sin propósi- explicaciones de éstas, por lo tanto, podemos suprimirlos:
tos de comunicación. Tal es el caso de una exclamación do
alegría o de dolor, en la que la verbalización está desprovista En otras palabras, podemos decir que una lengua es un
de cualquier deseo de comunicación. mecanismo que permite establecer una correlación entre so-
nido y sentido, es decir, que para cada mensaje existe una
Teniendo en cuenta lo que hemos planteado en rela- correspondiente señal, que permite a los individuos i n l e i -
ción con la estructura del párrafo, en P l podemos señalar cambiar ideas mediante secuencias observables de sonidos.
Sin embargo, es un principio válido que la relación entre la
que la afirmación o idea temática corresponde al aserto
palabra y su sentido es arbitraria. Una palabra designa uu
que define la lengua como instrumento de comunicación; concepto, pero no existe una relación inherente entre loa
los enunciados restantes corresponden a la explicación du dos. No obstante, es preciso admitir que existen excepcio-
esta afirmación, en consecuencia, las asumimos como in- nes, v.gr., palabras imitativas de la realidad describen que
formaciones, por ello las podemos suprimir para efectos dti describen el tic tac del reloj, el tintineo de la campana, el
elaborar el resumen del texto: piar de las aves, etc.

De manera muy amplia podemos decir que una lengua CN


Ahora bien, siguiendo este proceso de selección y su-
un instrumento de comunicación. Cuando una persona A ti»
nc alguna idea y desea comunicarla a una persona D, ejecuta presión en los demás párrafos, podemos establecer el si-
ttn conjunto de movimientos con 3us órganos articulatorios guiente listado de ideas básicas o afirmaciones del texto:
(labios, lengua, bandas vocales). Estos movimientos prodti»
cen ondas sonoras que, viajando a través del aire, llegan hnm Pl: 1. Una lengua es un instrumento de comunicación.
ta D. D oye lúa sonidos y, si no hay interferencias, recibe *A P2: 2. Una lengua es un mecanismo que permite establecer una
mensaje. Esta caracterización es parcialmente válida, por correlación entre sonido y sentido.
cuanto algunas veces la lengua puede ser usada sin propone 3. La relación entre la palabra y su sentido es arbitraria.
toa de cuinuniiación. Tal es el caso de una exclamación Ht
alegría o de dolor, en la que la verbalización está desproviwtt PS: 4. Al aprender una lengua lo primero que debemos dominar
de cualquíei deaco de comunicación. ¥ es un conjunto de palabras, cada una de las cuales relacio-
na un sentido y una pronunciación.
5. Es necesario que aprendamos una serie de principios que nos
Tenemos ya la primera afirmación para nuestro lisia
enseñan cómo combinar palabras para formar oraciones.
do de ideas básicas del texto. E n P2 se sigue con la iriofl
6. Por razones de estudio debemos aislar tres aspectos funda-
expuesta en P l : aquí se mantiene el planteamiento de U mentales de la estructura de una lengua.
• • — .—

-132- -133-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

Así, por ejemplo, en P l hemos omitido toda la información


7. Es posible plantear que una lengua es un sistema que in-
cluye tres subsistemas: un subsistema semántico, un que el autor nos ofrece para caracterizar y explicar el proce-
subsistema fonológico y un subsistema sintáctico. so de la comunicación lingüística; de igual forma, no hemos
P4: 8. Al hablar del sistema semántico de una lengua, nos referi- tenido en cuenta los ejemplos que se ofrecen en P4 y P5,
mos no sólo al hecho de que las palabras tienen sentido, puesto que éstos buscan ilustrar de forma concreta las afir-
sino a la manera como ellas categorizan nuestra experien- maciones que se proponen en dichos párrafos.
cia conceptual.
Hasta aquí hemos estado en la fase de comprensión y
P5: 9. Una lengua se caracteriza por un sistema fonológico y cada como producto de ésta hemos elaborado el listado de las ideas
palabra de esta lengua está representada por una cadena
temáticas del texto base; sin embargo, éstas no dejan de ser
de sonidos que atiende a las restricciones del sistema.
más que u n listado sin coherencia n i cohesión: son el mate-
10. Dentro del sistema fonológico de una lengua es posible dis-
rial básico para la elaboración del resumen pero no son el
cernir tres aspectos de su estructura: el inventario de soni-
dos, la influencia recíproca entre unos sonidos y otros y las resumen como tal. No olvidemos que el resumen es u n tipo
secuencias de sonidos que son permisibles. ¡particular de escrito, por ello debe cumplir con las condicio-
P6: 11. Así como hay limitaciones en la manera de combinar soni- nes arriba señaladas en relación con cualquier texto escrito.
dos para formar palabras, existen restricciones en la com- Para obtener el resumen de nuestro texto debemos
binación de palabras para formar oraciones. No es posible pasar ahora a la fase de producción textual y con base en el
decir cualquier cadena de palabras para formar oraciones.
listado de ideas producir el resumen. Si analizamos este
12. Cualquier persona que aprenda una lengua tiene que ad- listado de ideas, podemos establecer que las afirmaciones
quirir una serie de principios que le permiten ligar pala-
bras para formar oraciones que resulten comprensibles a
que se presentan en P l y P2, esto es, las que van del núme-
los hablantes de esa lengua. La sintaxis o sistema sintáctico ro 1 hasta el 3, tienen que ver con la definición del concepto
de cada lengua está formada por esos principios. de lengua, razón por la cual las podemos replantear de esta
P7: 13. El conocimiento de la estructura de la lengua permitirá a forma:
cualquier individuo utilizar este medio de comunicación con
una mayor eficiencia. Una lengua se define como un instrumento de comuni-
cación y un mecanismo que permite establecer una correla-
ción arbitraria entre palabra y significado.
Como vimos, para obtener este listado de ideas hemo
aplicado la macrorregla de supresión, pues dejamos de lad
Para obtener este enunciado compuesto hemos recu-
todas aquellas informaciones que se encuentran presente
rrido al procedimiento sintáctico de coordinación, gracias
en los respectivos párrafos y que se constituyen en explicíi ul cual hemos unido 1 y 2, mediante la conjunción aditivay,
ciones, ampliaciones o ejemplificaciones de estas ideas bási tdemás, hemos utilizado la elipsis de los elementos se defi-
cas, por lo tanto, se pueden omitir para efectos de adelanta ne como en 2; igualmente, hemos recurrido a la subordina-
el resumen del texto. No olvidemos que hemos caracterizad ción de relativo para integrar a 3 en 2, por medio del pro-
el resumen como una actividad de reducción de información 2
medida, influyen en el proceso las variables que citamos: los conocimientos del
lector sobre el tema, la complejidad del mismo, así como la extensión del texto
22 Cabe aquí resaltar el hecho de que esta reducción es, a la vez, un proceso (
base. De esta forma, la reducción es una actividad subjetiva, razón por la cual
selección de información, por medio del cual el individuo establece lo que oq
sidera relevante del texto frente a aquello que considera que no lo es; en m podremos encontrar dos resúmenes similares mas nunca iguales.

-134- -135-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

nombre relativo que. E n este caso hemos utilizado tanto la arbitraria entre palabra y significado. Para efectos de estu-
macrorregla de generalización como la de construcción diarla, se descompone en tres aspectos fundamentales, por lo
A h o r a bien, las afirmaciones de P3 también tienen que tanto, una lengua se puede entender como un sistema que
incluye tres subsistemas: semántico, fonológico y sintáctico.
ver con l a caracterización de la lengua, desde la perspecti-
El sistema semántico tiene que ver con el significado de
va estructural, por ello podemos aún suprimir algunas do
las palabras y la forma como éstas categorizan la existencia
éstas y dejar sólo aquellas que tienen que ver con la confi- conceptual del individuo. Por su parte, el sistema fonológico
guración estructural del código verbal; de esta forma, po- está relacionado con los sonidos de la lengua: su inventario,
demos integrar las afirmaciones 6 y 7 así: la influencia recíproca entre éstos y las secuencias permiti-
das. Entre tanto, el sistema sintáctico hace referencia a las
Una lengua se define como un instrumento de comunica- restricciones que se presentan en la combinación de las pa-
ción y un mecanismo que permite establecer una correlación labras para formar oraciones. Finalmente, el conocimiento
arbitraria entre palabra y significado. Para efectos de estu- de la estructura de la lengua permite utilizarla como un
diarla, se descompone en tres aspectos fundamentales, por lo medio de comunicación eficaz.
tanto, una lengua se puede entender como un sistema quo
incluye tres subsistemas: semántico, fonológico y sintáctico, P a r a o b t e n e r este t e x t o hemos a p l i c a d o las
fcacrorreglas de generalización, dado que hemos integrado
Las afirmaciones que conforman P4, P5 y P6, que van
Upor ejemplo- en u n a sola expresión compleja, tres propo-
de la 8 a l a 12, tienen que ver con explicación de cada uno
siciones: 1, 2 y 3; así como la macrorregla de construcción,
de los componentes de una lengua; en consecuencia, laa
bues hemos creado texto nuevo a partir del texto base, que
podemos reformular como sigue:
•uarda identidad semántica con éste pero que se diferen-
El sistema semántico tiene que ver con el significado m cian en cuanto a la extensión, pues el resumen tiene una
las palabras y la forma como éstas categorizan la existencia Extensión aproximada de la quinta parte del texto base,
conceptual del individuo. Por su parte, el sistema fonológica además, como texto escrito, nuestro nuevo texto cumple
está relacionado con los sonidos de la lengua: su inventario, Bon las condiciones generales que definen u n escrito: cohe-
la influencia recíproca entre éstos y las secuencias permiti- rencia pues es la textualización de una macroestructura
das. Entre tanto, el sistema sintáctico hace referencia alan breviamente definida, presenta los mecanismos de cohesión
restricciones que se presentan en la combinación de las pa- Iconectores, anáforas, signos de puntuación, entre otros)
labras para formar oraciones. k a r a garantizar la unión entre los enunciados que lo con-
ferirían; adecuación dado que utiliza u n registro estándar y
E n P7 se presenta la conclusión del texto, afirmación fcrmal, y corrección gramatical porque respeta los aspeó-
13, que tiene que ver con el conocimiento de la estructura los morfosintácticos y ortográficos de la escritura en espa-
de l a lengua y la eficiencia comunicativa; si integramos eslt ñol. De igual forma, nuestro nuevo texto es objetivo en la
afirmación al texto anterior, tenemos la siguiente propues- medida en que no presenta ninguna interpretación n i co-
t a de resumen para el texto La estructura de la lengua: laentario en relación con lo expuesto por el autor, es decir
que el autor del resumen se ha mantenido en u n segundo
Una lengua se define como un instrumento de comunica-
Mano, respetando las ideas del autor del texto base; asimis-
ción y un mecanismo que permite establecer una correlació

-136- -137-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

mo, es u n texto breve, dado que posee una extensión que sido reemplazada por juicios que aspiran a la máxima certe-
corresponde a la quinta parte del texto base; y, finalmente, za y a la universalidad.
es u n texto original pues ha sido el producto de u n proceso Para el conocimiento vulgar, lo real es lo que percibi-
de escritura individual, por lo tanto, particular y personal. mos. El mundo de los colores, de las formas, de los sonidos,
nos rodea totalmente. El hombre precientífico se ve como
sumergido en él, y lo acepta tal como se le aparece: el cielo
es azul, el Sol es un disco que gira alrededor de la Tierra,
Ejemplo 2: Resumamos, ahora, el texto:
etc. Pero cuando el hombre nota que algunos fenómenos,
aun aquellos de la vida ordinaria, son apariencias, que no
CONOCIMIENTO VULGAR Y
corresponden a la realidad, como acontece con las ilusiones,
C O N O C I M I E N T O CIENTÍFICO
surge la duda sobre la naturaleza de lo percibido. Lo que al
Antes de determinar los caracteres del conocimiento principio era una duda parcial se transforma en duda metó-
vulgar y los del conocimiento científico, respectivamente, dica. Comienza entonces el examen crítico y sistemático del
debemos hacer notar que la ciencia es conocimiento, pero mundo circundante y nace el saber científico. Las opiniones
que no todo conocimiento es ciencia. Hay, en efecto, un sa- más arraigadas sufren entonces una revisión, para dar lu-
ber que no es ciencia: es el conocimiento vulgar. Se trata de gar a una visión "unitaria" de lo que nos rodea, eliminándo-
un conocimiento práctico que precede históricamente al sa- se las contradicciones que ofrece el mundo de la percepción.
ber científico, y que ha servido de base para el desarrollo Se ve así que los hechos que parecen tan diferentes a los
paulatino de este último. sentidos obedecen a la misma causa. Los colores y los soni-
dos no son más que apariencias: en realidad se trata de
Si analizamos el conocimiento vulgar y el conocimiento
movimientos vibratorios. Un ejemplo aclarará mejor lo que
científico vemos que tanto el uno como el otro están consti-
estamos diciendo. Si observamos un trozo de carbón que
tuidos, esencialmente, de juicios y razonamientos que se
arde en nuestra chimenea, vemos la llama, sentimos el ca-
refieren a determinados objetos. Sin embargo, hay entre
lor que se desprende y notamos que va quedando ceniza.
ambos conocimientos muy hondas diferencias, derivadas de
Tenemos, así, un conocimiento de hechos que ocurren ante
la finalidad que persiguen y de los métodos que emplean.
nosotros. Es un conocimiento vulgar, un conocimiento sen-
En primer lugar, el conocimiento vulgar persigue fines prác-
sorial adquirido mediante los sentidos que no tiene nada de
ticos, mientras que el saber científico tiene una finalidad
científico. Se compone de un conjunto de sensaciones y de
teórica, es decir, que aspira a comprender y explicar los fe-
imágenes referidas al exterior y tomadas como una reali-
nómenos. El conocimiento vulgar es individual, subjetivo,
dad. Si merced a la repetición de los fenómenos y experien-
en tanto que el conocimiento científico es objetivo, univer-
cias esperamos que un hecho se produzca, porque estamos
sal, vale decir, que trata de descubrir las leyes a que obede-
habituados a ver cierta sucesión constante de hechos, liga-
cen los fenómenos.
dos los unos a los otros, esta espera, esta anticipación, es
Por lo que respecta a los medios, se ve fácilmente que el
meramente mecánica: la observamos en el salvaje, en el niño,
conocimiento vulgar no es metódico, ni crítico. Se atiene a
y hasta en el animal. Sabemos que un fenómeno sucede al
la superficie, es decir, a la sugestión de ios sentidos, toman-
otro, pero podría muy bien ocurrir de un modo diferente. Lo
do los datos suministrados por la percepción como si fueran
que ignoramos es la causa de esta sucesión. El conocimiento
la realidad misma. Los juicios que formula el conocimiento
vulgar no es más que la comprobación simple de los datos
vulgar expresan meras opiniones. El conocimiento científi-
sensibles, accidentales, particulares y contingentes.
co, en cambio, es una reflexión crítica en que la opinión ha

-138- -139-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN
Estrategias para comprensión lectora

El conocimiento científico tiene otros caracteres. Como E n segundo lugar, establezcamos el listado de afirma-
ya lo dijimos, los datos suministrados por los sentidos no
ciones por párrafos. Aquí debemos recalcar que en este pro-
son más que signos que carecen de valor propio. El carbón
ceso de selección c o n c e p t u a l nos a y u d a b a s t a n t e l a
que se quema en la chimenea, y el hombre que vive y respi-
ra, sufren el mismo proceso químico de la combustión. A un macroestructura referencial, puesto que ésta nos ofrece u n a
hombre que carece de la menor noción científica decidle que esquema de los elementos conceptuales más relevantes del
se está quemando, como el carbón de la chimenea, y veréis texto:
su expresión de incredulidad. Es que el saber científico trata
de reducir la variedad cambiante de los fenómenos a algo
permanente, a algo simple, que escapa a nuestra observa- Pl: 1. La ciencia es conocimiento, pero no todo conocimiento es
ciencia.
ción directa: átomos, moléculas, movimiento, etc. La piedra
que cae, el aeroplano que remonta, el corcho que flota sobre 2. Hay un saber que no es ciencia: es el conocimiento vulgar.
el agua, son hechos aparentemente heterogéneos, y sin em- 3. Se trata de un conocimiento práctico que precede histórica-
bargo todos ellos obedecen a la misma ley de gravedad. mente al saber científico, y que ha servido de base para el
Además, la ciencia trata de explicar los fenómenos. Cuan- desarrollo paulatino de este último.
do un cambio se produce tenemos de él cierto conocimiento. P2: 4. Si analizamos el conocimiento vulgar y el conocimiento cien-
Pero si no sabemos cuál es la condición necesaria que lo tífico vemos que tanto el uno como el otro están constitui-
produce, no tenemos conocimiento científico. Sólo cuando dos, esencialmente, de juicios y razonamientos que se refie-
se ha descubierto la condición que lo determina, es decir, su ren a determinados objetos.
causa, el hecho queda explicado. 5. Sin embargo, hay entre ambos conocimientos muy hondas
diferencias, derivadas de la finalidad que persiguen y de los
E n la fase de comprensión, de acuerdo con lo que hemos métodos que emplean.
e x p u e s t o , debemos, e n p r i m e r l u g a r , e l a b o r a r la P3: 6. Por lo que respecta a los medios, se ve fácilmente que el
macroestructura referencial del texto dado que ésta nos orien- conocimiento vulgar no es metódico, n i crítico.
tará en la elaboración de nuestro resumen, teniendo en cuen- 7. Los juicios que formula el conocimiento vulgar expresan
ta la estrecha relación que existe entre éste y aquélla: meras opiniones.
8. El conocimiento científico, en cambio, es una reflexión crí-
TÍTULO: Conocimiento vulgar y conocimiento científico tica en que la opinión ha sido reemplazada por juicios que
aspiran a la máxima certeza y a la universalidad.
' REFERENTE: contrastaron y caracterización de! conocimiento vulgar y el conocimiento

i científico.
P4: 9. Para el conocimiento vulgar, lo real es lo que percibimos.

I ASPECTOS DEL REFERENTE 10. Cuando el hombre nota que algunos fenómenos, aun aque-
llos de la vida ordinaria, son apariencias, que no correspon-
Conocimiento, ciencia y conocimiento vulgar (P1)
Contraste entre conocimiento científico y conocimiento vulgar (P2-4)
den a la realidad, como acontece con las ilusiones, surge la
Elementos constitutivos (P2) duda sobre la naturaleza de lo percibido. Lo que al princi-
Medios y juicios (P3)
pio era una duda parcial se transforma en duda metódica.
Percepción de los fenómenos (P4)
' Caracteres adicionales de la ciencia (P5-6) 11. El conocimiento vulgar no es más que la comprobación sim-
Generalización (P5) ple de los datos sensibles, accidentales, particulares y con-
' Explicación (P6)
tingentes.
L
-140- -141-
LECTURA, METACOGNICIÓN Y EVALUACIÓN Estrategias para comprensión lectora

P5: 12. El conocimiento científico tiene otros caracteres. Hasta aquí, hemos resumido la que podríamos conside-
13. El saber científico trata de reducir la variedad cambiante rar la primera parte del texto, párrafos 1 al 3; en los siguien-
de los fenómenos a algo permanente. tes (párrafos 4 al 6) se precisan las diferencias entre el cono-
P6: 14. La ciencia trata de explicar los fenómenos. cimiento vulgar y el científico y se ofrece una caracterización
15. Sólo cuando se ha descubierto la condición que lo determi- adicional para el conocimiento científico, esto lo podemos
na, es decir, su causa, el hecho queda explicado. reformular integrando las afirmaciones 9, 10, 11, 12, 13, 14
y 15, como sigue:

A l igual que en el ejemplo anterior, este listado lo he- El conocimiento vulgar se basa en la percepción directa
mos obtenido gracias a los procedimientos de selección de de la realidad y sólo busca la comprobación de datos sensi-
afirmaciones y de supresión de informaciones. Así, hemos bles, particulares y contingentes, mientras que la ciencia se
omitido en P2 la explicación que el autor ofrece en relación fundamenta en la duda metódica, intenta reducir la varie-
con las diferencias entre el conocimiento vulgar y el conoci- dad de los fenómenos a algo permanente y pretende expli-
carlos a partir del principio de causalidad.
miento científico; de igual forma, en P4 y P5 omitimos la
ejemplificación y las explicaciones que el autor presenta para De t a l suerte que podemos plantear como resumen del
precisar aún más la diferencia entre estos tipos de conoci- texto en cuestión el siguiente:
miento.
Ahora bien, para elaborar nuestro resumen, fase de La ciencia es conocimiento pero no todo conocimiento
producción o escritura, con base en el listado elaborado, es científico, puesto que existe el conocimiento vulgar, de
recurrimos a las macrorreglas de generalización y construc- carácter práctico, que ha precedido al científico y que ha
ción; de t a l forma que podemos reformular 1, 2 y 3 de la servido de base para el desarrollo de éste. Si bien el conoci-
miento vulgar y el científico están constituidos por juicios y
siguiente forma:
razonamientos referidos a los objetos, difieren en cuanto a
La ciencia es conocimiento pero no todo conocimiento la finalidad que buscan, los métodos que utilizan y los j u i -
es científico, puesto que existe el conocimiento vulgar, de cios que formulan.
carácter práctico, que ha precedido al científico y que ha El conocimiento vulgar se basa en la percepción directa
servido de base para el desarrollo de éste. de la realidad y sólo busca la comprobación de datos sensi-
bles, particulares y contingentes, mientras que la ciencia se
Integremos, ahora, las afirmaciones 4, 5, 6, 7 y 8: fundamenta en la duda metódica, intenta reducir la varie-
dad de los fenómenos a algo permanente y pretende expli-
La ciencia es conocimiento pero no todo conocimiento carlos a partir del principio de causalidad.
es científico, puesto que existe el conocimiento vulgar, do
carácter práctico, que ha precedido al científico y que ha Tenemos, entonces, u n nuevo texto que semántica-
servido de base para el desarrollo de éste. Si bien el conoci- mente se corresponde con el texto de base pero que se ca-
miento vulgar y el científico están constituidos por juicios y racteriza por ser breve, objetivo y original. Además, como
razonamientos referidos a los objetos, difieren en cuanto a texto escrito, cumple con las condiciones de coherencia, co-
la finalidad que buscan, los métodos que utilizan y los jui-
hesión, adecuación y corrección gramatical.
cios que formulan.

-142- -143-

También podría gustarte