Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Curso de roteiro
Autor: Emilio Carlos
[Ver curso online]
¡Tu opinión cuenta! Lee todas las opiniones de este curso y déjanos la tuya:
[http://www.mailxmail.com/curso-roteiro/opiniones]
Cursos similares
Cursos Valoración Alumnos Vídeo
Curso de composição
Curso de composición en portugués. Aprende a componer de forma
correcta con una lengua estranjera como es el portugués. Una lengua 14.995
vecina que es muy útil aprender para ut...
[28/09/06]
Portugués
El Portugués es la sexta lengua más hablada en el mundo. Una lengua que
se extiende desde Portugal a Santo Tomé y Principe, Ángola, Mozambique 186.471
o Brasil, en América del Su...
[10/09/03]
Redação em português
Aprende a redactar en lengua portuguesa. Desde los inicios, todo lo que
es la presentación de las ieas, cómo se transforman para convertiras en 7.640
texto y como se acaban exp...
[23/06/06]
Conditional clauses
El inglés es un idioma imprescindible para desenvolverse con éxito en el
mundo actual. Aunque la gramática del inglés no es difícil, algunas 18.188
estructuras revisten una mayo...
[23/02/05]
1. Introdução
[ http://www.mailxmail.com/curso-roteiro/introducao]
Muita gente sonha em escreve um roteiro para Cinema e/ou TV.
As dificuldades começam ao se buscar informação a respeito. Poucos são os livros
disponíveis. Cursos geralmente só acontecem em grandes cidades e normalmente
são pagos. Mesmo na internet não se encontra muito.
Foi por isso que eu resolvi escrever esse Curso de Roteiro e disponibiliza-lo
gratuitamente no site Banco de Roteiros. É uma forma de democratizar mais a
informação, de dividir a experiência que eu tenho com você. É também uma forma
de agradecer a todos aqueles que colocam informação na internet em várias áreas,
da música à informática, e que já me ajudaram tanto em minhas pesquisas.
Objetivo - durante as aulas você vai acompanhar como eu escrevo um roteiro passo
a passo, etapa por etapa. No final, seguindo essas mesmas etapas, espero que você
possa também escrever o seu roteiro.
Faremos o roteiro de um Curta metragem. Os elementos da trama estão todos aí
como num longa, mas numa escala menor. Aconselho a escrever alguns curtas antes
de tentar escrever um longa-metragem.
3. Formatando o roteiro
[ http://www.mailxmail.com/curso-roteiro/formatando-roteiro]
Mal o sujeito decide escrever um roteiro e lá vem a dúvida cruel: em que formato se
deve escrever um roteiro?
Existe uma tentativa de estabelecer normas para o formato de um roteiro. Livros,
manuais e alguns sites abordam isso.
Existem até alguns programas que prometem facilitar essa formatação.
Há um tempo atrás eu também fiquei na dúvida. Queria formatar corretamente meus
roteiros conforme mandavam os manuais. Daí comecei a ler roteiros de descobri que
a grande verdade é uma só: cada roteirista acaba escrevendo da maneira como
achar mais cômodo. É isso que pouca gente diz pra você.
Pessoalmente achei mais fácil desenvolver uma forma do que aprender a operar
esses programas. E depois que eu li o roteiro do longa Cidade de Deus fiquei mais
tranqüilo em relação a formato.
Então o meu conselho é o seguinte: na dúvida escreva do seu jeito, do jeito que você
achar melhor. Se você ficar se preocupando com isso agora sua idéia de roteiro vai
por água abaixo e você ficará preso nas teias das teorias e normas.
Depois que você acabar de escrever e revisar seu roteiro aí se preocupe com a
formatação. Baixe alguns roteiros na internet, dê uma boa lida e analise que tipo de
estilo combina mais com você.
No meu ofício de roteirista tenho desenvolvido não uma mas várias formas de
escrever um roteiro, desde o tipo mais próximo do tradicional até os mais ousados.
Pra você ter uma idéia: o roteiro do Curta O MEDO mais parece um Plano de Câmera
do que vai ser filmado. O roteiro do Curta O TELEFONEMA parece um Plano de
Edição. NAMORO NA INTERNET já tem um formato mais tradicional.
Tudo depende muito do que eu estou querendo/precisando escrever. No caso do
MEDO e do TELEFONEMA eu (roteirista) quis fazer um roteiro detalhado do que tinha
imaginado para que eu (diretor) pudesse filmar depois com mais facilidade. É a
vantagem de você filmar seus próprios roteiros.
Via de regra, porém, você não precisa se dar a esse trabalho. Pode apenas indicar o
lugar onde se passa a cena, o momento, se é interna ou externa. São informações
que ajudam o diretor a compreender melhor o roteiro.
Outra coisa que você vai observar nos meus roteiros: dificilmente uso palavras em
inglês. Procuro sempre o equivalente em português. Isso faz parte da busca de uma
identidade tupiniquim para o cinema nacional. Sei que o assunto é polêmico mas é
assim que eu trabalho. Busco criar uma nova linguagem dentro de uma nova estética
até mesmo na formatação do roteiro. Mentes novas, idéias novas.
4. A idéia
[ http://www.mailxmail.com/curso-roteiro/ideia]
O fantasma da folha em branco vem assolar todos nós, escritores e roteiristas. A
abertura do filme JOGUE A MAMÃE DO TREM tem uma seqüência primorosa de um
escritor com a síndrome da folha em branco. Sentado à frente de sua máquina de
escrever o pobre homem sofre um bocado sem conseguir uma frase que preste para
começar seu novo romance. Folhas e mais folhas são tiradas da maquina,
violentamente amassadas e jogadas ao lixo.
Como o filme é um pouco antigo hoje em dia o escritor estaria na frente da tela em
branco do Word...
De onde vem a idéia? Como e quando um roteiro realmente começa?
Eu tenho 2 processos de criação. Estando sempre atento a observar o mundo e
tentar entende-lo nesse processo aparecem boas idéias. Uma notícia num jornal,
uma observação feita acerca de determinada situação, um tema que me pareceu
pouco (ou erroneamente) explorado pela mídia, tudo isso me fornecem idéias.
Esse primeiro processo é muito mais cerebral, fruto de usar a observação aliada ao
talento. Depende de você estar conscientemente atento e fazer um trabalho que
parte muitas vezes do racional para o emocional.
Mas existe um segundo processo que é mais, digamos assim, mágico, um tanto
quanto incontrolável e imprevisível: a inspiração. Você não pode prever quando ela
vem nem força-la a vir. Mas quando ela vem ela vem com tudo.
De estalo, aparentemente do nada, tenho uma idéia. Ao invés de deixa-la passar, de
espanta-la como se espanta uma mariposa que voa em volta da nossa cabeça eu a
deixo voar. Deixo a idéia evoluir na frente dos meus olhos pra ver até onde vai dar.
Daí o roteiro me aparece quase pronto. Seqüências inteiras estão ali, diante dos
meus olhos, numa velocidade vertiginosa. E é preciso anotar tudo nessa hora -
porque depois vai ser tarde demais. Porque isso é um processo emocional e a parte
racional agora estragaria tudo.
Nessas horas o negócio é anotar com o máximo de detalhes possíveis a idéia e se
lançar ao roteiro o quanto antes. Porque depois o tempo vai passando, as cores da
idéia vão se desbotando, e o que poderia ser o roteiro do ano pode acabar com mais
um pedaço de papel amassado no fundo da gaveta.
Para esses momentos mágicos recomendo estar sempre com caneta e um bloco de
anotações à mão. Afinal você nunca sabe onde vai ter uma idéia: pode ser no
serviço, no ônibus, no carro enquanto você dirige (esse é o pior dos momentos),
enfim em qualquer lugar.
Muitas vezes um pensamento se encadeia com outro, que não tinha nada a ver com
o primeiro nem com onde eu estava, e de repente se abre a janela da mente e voa a
idéia fazendo suas evoluções magníficas. Outras vezes um fato acontecido ali na
minha frente liberta a idéia - que no fim não vai ter nada ou pouco a ver com o fato
que a originou.
Muita gente fica esperando a vida toda por esses momentos mágicos que ou não
7. Começando a escrever
[ http://www.mailxmail.com/curso-roteiro/comecando-escrever]
Como eu já disse às vezes você tem aquela inspiração e o filme parece rodar na
frente dos seus olhos, na tela interna da imaginação. Outras vezes você tem que
trabalhar duro pra chegar lá.
Começar do nada é sempre mais difícil. Há mais perguntas a responder do que
quando você tem a bendita inspiração.
Mas às vezes podemos dar uma ajudinha ao processo criativo se estivermos atentos.
Resolvi dar um exemplo desses primeiro. Porque do seu lado todo dia acontecem
milhares de coisas. Com você, com as pessoas que o cercam. Tudo é material para
um bom roteiro.
Você é um bom material para um roteiro. As coisas que você vê, vivencia, pensa.
Desde os tempos de cronista que eu me uso como material de trabalho.
Tem muitos escritores e roteiristas que fazem isso: vão escrevendo a suas biografias
aos pedaços. Mas esse não é o meu caso.
Muitas vezes eu parto de algo que aconteceu comigo, ou de um pensamento, de
uma emoção, e extrapolo. Às vezes crio toda uma situação em cima de um
fragmento, de um detalhe, de uma sensação. Outras vezes escracho o que está
acontecendo comigo mesmo, crio personagens, dou-lhes vida - e no final o que é
escrito nem tem mais a ver com a situação que originou todo o processo.
Quis dar esse exemplo primeiro porque você passa por situações assim no cotidiano
e nem presta a atenção. Coisas interessantes estão acontecendo agora e poderiam
ser seu próximo roteiro, se você estivesse ligado, pronto para ver a oportunidade.
Então vou contar primeiro o que aconteceu comigo no começo do ano.
Era uma noite dessas mornas. Tudo parecia calmo e eu me sentia bem comigo
mesmo. Nada tinha acontecido de especial, nada de anormal. Eu só estava me
sentido bem.
Daí jantei e fui escovar os dentes. Abri o armário com espelho do banheiro, peguei a
escova e já ia pegar a pasta dental quando a porta do armário resolveu fechar na
minha mão. Calmamente abri novamente a porta só pra ela se fechar de novo
inexplicavelmente.
A porta do armário nunca tinha feito isso, e eu tentei abrir de novo. Mas ela insistia
em fechar. Aquilo se repetiu por mais algumas vezes.
Eu confesso que isso estragou o meu humor. Você pode pensar que é pouco pra se
perder o humor - mas tente ficar abrindo uma porta de armário com ela insistindo
em fechar umas 20 vezes no seu dedo.
Eu percebi que tinha me irritado. E aquela prometia ser uma noite perfeita. Então,
agora com a boca cheia de espuma de pasta de dente, e escovando os dentes com
meu dedo doendo, pensei nas variações de humor que assolam o ser humano. Em
como a sensação de felicidade pode ser fugaz, pode se evaporar de um momento
12. Recapitulando
[ http://www.mailxmail.com/curso-roteiro/recapitulando ]
Até aqui vimos o seguinte:
- seja roteirista 24 horas por dia e esteja sempre atento. Tudo que você ver e
observar da vida, das pessoas, do cotidiano poderá ser material para o seu próximo
roteiro
- veja todos os filmes que puder ver e analise um por um, cena por cena.
Defina seus gêneros preferidos e invista neles
- existem programas que formatam roteiros e existem roteiros a disposição
para que você veja mais sobre a formatação. Mas no momento da criação não vamos
nos preocupar com isso - apenas com a criação
- se você teve uma idéia sente e escreva. Ou grave. Ande com uma caneta e
um bloco de notas - ou um mini-gravador - no bolso e registre suas idéias
- se, por outro lado, você não teve ainda a idéia defina: sobre o que gostaria de
escrever? Que gênero? Sobre o que é sua história? E parta disso para criar seu roteiro
- quando você começa a criar personagens e histórias podem ser tudo que
você quiser. Mas quanto mais você escrever menos opções vai tendo. Pode ser que
termine um roteiro de um jeito totalmente diferente do que imaginou quando
começou. Pode ser que aquela seqüência que lhe pareceu brilhante no início seja
agora dispensável. O importante é: não force! Crie bem as personagens e depois as
deixe seguir o seu caminho
- defina o gênero do seu roteiro, o tema (sobre o que é) e o personagem
principal. Defina também o núcleo que circula em volta desse personagem - mas só
o que for realmente essencial ao roteiro e levar o filme pra frente. Porque há varias
formas de você dizer as mesmas coisas - e se você ficar parando toda hora para
explicar tudo pode estar perdendo o ritmo do filme
- não fique se importando com o sucesso. Simplesmente escreva o que está a
fim de escrever. Você ficaria surpreso em saber quantos filmes já foram feitos que
nem desconfiavam se seriam ou não sucesso e foram. AMADEUS, de 1984, é um
desses exemplos que só se teve idéia real do sucesso do filme depois das primeiras
exibições. (Uma grande dica pra você ver. Na Versão do Diretor tem um making off
primoroso).
- Você pode ser seu próprio personagem. O ator e dramaturgo Juca de Oliveira
disse certa vez que os personagens que ele escreve na verdade estão dentro dele,
fazem parte dele. Tem gente que trabalha assim mesmo. Afinal quantas facetas
temos dentro de cada um de nós, e deixamos transparecer somente as que
queremos?
- Outra técnica é colocar parentes e amigos no seu filme. Ou ainda partir de
pessoas que você conhece para formar personagens totalmente diferentes. A uma
certa altura você vai estar criando personagens sem usar esses artifícios. Sua técnica
terá evoluído para você montar personagens que são sínteses, súmulas do que você
já observou e pensou ao longo da vida. Serão personagens Franksteins, que terão
A idéia é simples: o leitor tem uma visão geral do roteiro antes de entrar nele. Fica
sabendo sobre a história, sobre os personagens e cenários antes de ler o roteiro. E
quando entrar no roteiro está livre para se concentrar no que interessa: a história.
Você não pode esquecer que: você sabe sobre o que o roteiro trata, conhece os
personagens e tem a idéia dos cenários. Mas o leitor não.
É muito importante ser resumido nas informações. E escrever com linguagem clara.
Isso não é um tratado ou uma tese de doutorado. É o seu roteiro.
Não cometa o erro de a introdução ser mais longa que o roteiro: 30 páginas de
introdução e 15 páginas de roteiro. Informação demais acaba confundindo o leitor e
isso cansa.
Então escreva como se você estivesse conversando com o leitor. Como aliás eu
tenho feito durante todo esse curso.
Não se esqueça de numerar as páginas do roteiro. Normalmente se usa a letra
Times New Roman tamanho 12.
Não abuse dos negritos - só use quando realmente for necessário.
Por último vamos falar sobre o título do roteiro.
O título é a primeira coisa que o leitor do seu roteiro - e depois o público - vai ver.
O papel do título é altamente importante. Ele pode ser chamativo e atrair o público -
ou ser inexpressivo e não despertar a atenção.
Não de vê ser muito longo nem muito curto. O tamanho deve ser o suficiente para
chamar a atenção. De preferência se destacar no meio de um monte de outros
roteiros e filmes.
O título precisa dar uma idéia do seu roteiro, dizer alguma coisa sobre ele. Sugiro
que você vá até uma locadora e faça uma análise apurada dos títulos. Tanto dos
filmes que você gosta como daqueles que você nunca viu. Você vai ver que alguns
títulos são muito felizes e outros totalmente infelizes.
Ao escrever a continuação do NAMORO NA INTERNET eu pensei em dar um outro
título. É a história de Cacilda, uma jovem solteira que procura um namorado na
internet. Ela, que é desleixada com sua aparência, coloca uma foto de uma modelo
lindíssima no seu perfil. E acaba atraindo um homem lindo também.
Quando ele quer se encontrar com ela, depois de semanas de namoro virtual, ela
está numa grande encrenca. Afinal ela não é a moça da foto - como vai se encontrar
com aquele homem maravilhoso?
Pensei no título O PAR IDEAL. Até podia ser. Mas não tinha totalmente a ver com a
história. E pra piorar não gostei do título. Não achei chamativo.
Acabei colocando NAMORO NA INTERNET 2 - que tem muito mais a ver com o filme,
já que eles namoram boa parte do tempo pela internet, e esse inclusive é o tema dos
2 filmes.
Pensando assim mudei o nome desse curta também. HOJE VAI SER UM DIA PERFEITO
é bem interessante. Mas achei longo demais e resolvi mudar para UM DIA PERFEITO.
C
CÂMARA OBJETIVA - Posicionamento da câmara quando ela permite a filmagem de
uma cena do ponto de vista de um público imaginário.
CÂMARA SUBJETIVA - Câmara que funciona como se fosse o olhar do ator. A câmara
é tratada como "participante da ação", ou seja, a pessoa que está sendo filmada olha
diretamente para a lente e a câmara representa o ponto de vista de uma outra
personagem participando dessa mesma cena.
CAPA - Folha do roteiro que contém o título, nome do autor, etc.
CENA - Unidade dramática do roteiro, seção contínua de ação, dentro de uma
mesma localização. Seqüência dramática com unidade de lugar e tempo, que pode
ser "coberta" de vários ângulos no momento da filmagem. Cada um desses ângulos
pode ser chamado de plano ou tomada.
CENA MASTER - É a filmagem em um único plano de toda a ação contínua dentro do
cenário. A cena master dá ao Diretor a garantia dele ter "coberto" toda a ação numa
só tomada.
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO - Pistas, indícios do que está para acontecer,
pequenas revelações do encaminhamento da ação. Essas pequenas insinuações
constituem verdadeiro trunfo das emissoras de TV, pois servem para prender o
telespectador à narrativa. O recurso foi ignorado na década de 60: o seu
D
DECUPAGEM - Planificação do filme definida pelo diretor, incluindo todas as cenas,
posições de câmara, lentes a serem usadas, movimentação de atores, diálogos e
duração de cada cena.
DESFOCAR - Câmara muda o foco de um objeto para outro.
DIÁLOGO - Corpo de comunicação do roteiro. Discurso entre personagens.
DISSOLVE - Imagem se dissolve até o branco ou se funde com a outra.
DIVISÃO DO QUADRO - Registro fotográfico de duas ou mais imagens distintas em
E
EIXO DE AÇÃO - Linha imaginária traçada exatamente no mesmo itinerário de um
ator, de um veículo ou de um animal em movimento. É também a linha imaginária
que interliga os olhares de duas ou mais pessoas paradas em cena.
ELENCO - Conjunto de pessoas (atores, atrizes, figurantes) selecionados para uma
produção, que representam as personagens e fazem a figuração de um filme.
ELIPSE - Passagem muito rápida de tempo.
EMISSOR - Quem transmite a mensagem no processo de comunicação.
EMPATIA - Identificação do público com o personagem.
ENCADEADO - Fusão de duas imagens, uma sobrepondo-se à outra.
ENQUADRAMENTO - Limites laterais, superior e inferior da cena filmada. É a imagem
que aparece no visor da câmara.
ENTRECORTES - Tomadas da ação principal ou de uma ação secundária (ligada
direta ou indiretamente à ação principal), que permitem uma montagem mais
flexível em termos de continuidade.
EPÍLOGO - Cenas de resolução.
EPÍSTOLA - Técnica narrativa (narrativa epistolar), que consiste em abrir uma obra
com uma carta em que o autor se dirige a um amigo seu, a fim de relatar uma
história pretensamente verídica. Este recurso foi largamente utilizado pelos autores
românticos (José de Alencar, por exemplo, entre nós) e, por sua vez, foi inspirado
em narradores do século XVIII (Richardson, Goethe, Rousseau), que abusavam do
estratagema, fazendo com que seus romances se constituíssem inteiramente em
troca de cartas entre as diversas personagens.
ESFUMAR - A imagem dissolve-se na cor branca ou funde-se com outra.
ESPELHO - Página de roteiro, geralmente de abertura, contendo informações como
personagens, cenários, locações, etc.
ESTRUTURA - Fragmentação do argumento em cenas, arcabouço da seqüência de
cenas.
"ETHOS" - Ética, moral da história.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS - Cenas de informações, explicativas.
EXTERNAS - Cenas filmadas nas praças, ruas, parques, campos, estádios, rodovias,
enfim, ao ar livre.
EXTRAS - São os figurantes de um filme: pessoas contratadas para desempenhar
papéis secundários, como os componentes de uma multidão.
F
"FADE IN" - O surgir da imagem a partir de uma tela escura ou clara, que
gradualmente atinge a sua intensidade normal de luz..
"FADE OUT" - Escurecimento ou clareamento gradual da imagem partindo da sua
intensidade normal de luz.
FICÇÃO - Inventar, compor e imaginar. Recriação do real.
"FLASH-BACK" - Cena que revela algo do passado, para lembrá-lo, situar ou revelar
G
GANCHO - Momento de grande interesse que precede a um comercial. Pequenos ou
grandes clímax, arranjados de modo tal que não permitam que o telespectador
abandone a história. Na exibição diária de telenovelas, há três ganchos de menor
grau - pausas para comerciais -, e um de maior grau, para o dia seguinte. Aos
sábados, ocorre o "gancho do diálogo" ou "grande break", pois haverá a pausa de
domingo, quando não se exibe as histórias. O "grande break" sempre será um
momento de alto suspense e pensado calculadamente para o retorno da
segunda-feira.
"GIMMICK" - Recurso usado para resolver uma situação problemática. Reversão de
expectativa.
GUERRA DO PAPEL - Momento de discussão e análise, depois da escrita do primeiro
roteiro.
H
HALO DESFOCADO - Câmara desfoca as coisas em torno do objeto, mantendo-o em
foco.
I
IDÉIA - Semente da história, idéia primeira.
L
LOCALIZAÇÃO - Localização de uma história no espaço.
LOCUÇÃO EM OFF - Texto que acompanha a ação do filme, pronunciado por um
locutor ou locutora que não aparecem em cena. O mesmo que off.
"LOGOS" - Palavra, discurso, estrutura verbal de um roteiro.
"LONG SHOT" - "Full shot", plano geral; plano que inclui todo o cenário. É usado
para mostrar um grande ambiente.
"LOOP" - Segmento de filme, cortado e separado para montagem. Fita ou aro de
película
M
MACROESTRUTURA - Estrutura geral do roteiro.
MANIQUEÍSMO - Princípio filosófico segundo o qual o universo foi criado e é
dominado por dois princípios antagônicos: Deus ou o Bem absoluto, e o Mal
absoluto, ou o Diabo. A partir desse princípio, aplica-se o termo à cosmovisão que
enxerga o mundo à luz dessa dualidade.
MEIO - Instrumento de transmissão da mensagem.
MENSAGEM - Sentido político, social, filosófico ou qualquer outro que uma história
pode conter. Quase a moral da história, das fábulas.
MICROESTRUTURA - Estrutura de cada cena.
MINISSÉRIE - Obra fechada, com vários plots que se desenrola durante um número
de episódios, geralmente não superior a dez.
MOVIOLA - Máquina usada para a edição e montagem de filmes ou vídeo.
MUDANÇAS DE EXPECTATIVAS - Quando o curso da história muda de repente.
"MULTIPLOT" - Várias linhas de ação, igualmente importantes, dentro de uma
mesma história.
N
NOITE AMERICANA - Técnica de iluminação e filtragem utilizada utilizada para
simular um efeito noturno numa imagem filmada durante o dia.
NOVELA - Obra aberta, com multiplot.
NOVELA DENTRO DA NOVELA - Simultaneidade narrativa superpondo tempos. O
exemplo mais bem-acabado desta técnica foi a telenovela O casarão, de Lauro César
Muniz, enfocando cinco gerações de uma família estabelecida ao norte de São Paulo,
na fase áurea do café. Um casarão de fazenda colonial foi o centro gerador da
história, desde que foi construído, em 1900, até a modernidade, em 1976. Outro
exemplo é Espelho mágico, do mesmo autor, onde, além da história propriamente
dita (a vida dos astros e estrelas no cotidiano), há ainda a gravação de uma novela,
Coquetel de amor, encenada pelos astros da primeira história, e a montagem da
peça teatral Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand.
NOVELÃO - Nome pejorativo, análogo a dramalhão, que conota a telenovela repleta
de conflitos sentimentais, com muita recorrência à emoção fácil. O mesmo que
telelágrima.
NÚCLEO DRAMÁTICO - Reunião de personagens ligados entre si pela mesma ação
dramática, organizados num "plot".
P
PANORÂMICA - (pan) Câmara que se move de um lado para outro, dando uma visão
geral do ambiente, mostrando-o ou sondando-o.
PASSAGEM DE TEMPO - Artifício usado para mostrar que o tempo passou.
"PATHOS" - Drama, conflito.
PERCURSO DA AÇÃO - Conjunto de acontecimentos ligados entre si por conflitos
que vão sendo solucionados através de uma história.
PERIPÉCIA - O mesmo que incidente, aventura. Excesso de ação, recurso
marcadamente usado em telenovelas, em folhetins, no melodrama, na radionovela.
O romance romântico abusou da peripécia: aí alguns críticos apontam a causa maior
de seu sucesso junto ao público feminino, no século XIX.
PERSONAGEM - Quem vive a ação dramática.
PING-PONG - Tipo específico de montagem onde duas imagens semelhantes, em
termos de ângulo, tamanho e posicionamento dentro do quadro, se alternam
regularmente; mantendo a unidade da cena.
PLANO AMERICANO - Plano que enquadra a figura humana da altura dos joelhos
para cima.
PLANO DE CONJUNTO - Plano um pouco mais fechado do que o plano geral.
PLANO DE DETALHE - Mostra apenas um detalhe, como, por exemplo, os olhos do
ator, dominando praticamente todo o quadro.
PLANO GERAL - Plano que mostra uma área de ação relativamente ampla.
PLANO MÉDIO - Plano que mostra uma pessoa enquadrada da cintura para cima.
PLANO PRÓXIMO - Enquadramento da figura humana da metade do tórax para cima.
"PLOT" - Dorso dramático do roteiro, núcleo central da ação dramática e seu
gerador. Segundo os teóricos literários, uma narrativa de acontecimentos, com a
ênfase incidindo sobre a causalidade. Em linguagem televisual, todavia, o termo é
usado como sinônimo do enredo, trama ou fábula: uma cadeia de acontecimentos,
organizada segundo um modo dramático escolhido pelo autor. Em uma história
multiplot, o plot principal será aquele que, num dado momento, se mostrar
preferido pelo público telespectador.
PONTES - Tomadas escolhidas para interligar duas cenas que não poderiam ser
montadas seguidamente. As pontes ajudam a resolver problemas de continuidade
do filme.
PONTO DE IDENTIFICAÇÃO - Relação convergente entre platéia e ação dramática.
PONTO DE PARTIDA - Conjunto de cenas iniciais que abre um espetáculo.
PONTO DE VISTA - Câmara situada na mesma altura do olho do ator, vendo o
ambiente como este. No geral, intensifica a dramaticidade do roteiro. Durante o
ataque de uma assassino o ponto de vista da vítima pode ver mãos enluvadas
avançando em sua direção. Isso é mostrado com as mãos avançando em direção à
lente da câmara.
PREPARAÇÃO - Cenas que antecipam uma complicação (e/ou clímax).
Q
"QUICK MOTION" - Câmara rápida. Movimento acelerado.
R
RECEPTOR - Quem recebe uma mensagem no processo de comunicação.
REPETIÇÃO - (usada em comédia) O roteiro repete situações dramáticas conhecidas
da platéia.
RESOLUÇÃO - Final da ação dramática.
RETROPROJEÇÃO - Técnica de filmagem onde se projeta uma determinada imagem
em uma tela colocada à frente do projetor, para que essa imagem possa servir de
fundo para a cena que está desenvolvendo-se do outro lado da tela.
REVERSÃO DE EXPECTATIVAS - Quando se transforma, com surpresa, o curso da
história.
RITMO - Cadência de um roteiro. Harmonia.
ROTEIRO - Forma escrita de qualquer espetáculo audiovisual. Descrição objetiva das
cenas, seqüências, diálogos e indicações técnicas do filme.
ROTEIRO FINAL - Roteiro aprovado para o início da filmagem ou gravação.
ROTEIRO LITERÁRIO - Roteiro que não contém indicações técnicas.
ROTEIRO TÉCNICO - Roteiro contendo indicações referentes a câmara, iluminação,
som, etc.
RUBRICA - Indicação de cena, informações de estado de ânimo, gestos, etc.
Observação entre parênteses nos diálogos, indicando a reação dos personagens,
bem como mudanças de tom e pausas.
S
"SCREENPLAY" - Roteiro para cinema.
"SCRIPT" - Roteiro quando entregue à equipe de filmagem. Plano completo de um
programa, tanto em cinema quanto em televisão. É o instrumento básico de apoio
para a direção e produção, pois contém as falas, indicações, marcas,
posicionamentos e movimentação cênica, de forma genérica e detalhada. Expressa
as idéias principais do autor, do produtor e do diretor a serem desenvolvidas pela
equipe que o realiza.
SEQÜÊNCIA - (1) Uma série de tomadas (cenas) ligadas por continuidade. (2) A
denominação para cena em cinema.
SÉRIE - Obra fechada, com personagens fixas, que vivem uma história completa em
cada capítulo.
"SET" - Local de filmagem.
"SHOOTING SCRIPT" - Roteiro feito pelo diretor, a partir do roteiro final. É usado
pela produção.
"SHOT" - Plano. Imagem gravada ou filmada.
SIMPATIA - Solidariedade do público para com a personagem.
SINOPSE - Vista de conjunto. Narração breve que resume uma história. No cinema, é
chamada de argumento.
SITCOM - (Comédia de situação) - Série fechada de humor, normalmente de um só
plot.
SOM DIRETO - Som correspondente à ação que está sendo filmada. Em geral, é
gravado em aparelho de precisão, sincronizado com a câmara.
SOM GUIA (OU PLAYBACK) - É a reprodução do som já gravado anteriormente,
T
"TAKE" - Tomada; começa no momento em que se liga a câmara até que é
desligada. É o parágrafo de uma cena.
TELEGRAFAR - Breve informação que se dá sobre alguma coisa que vai acontecer.
"TELEVISIONPLAY" - Roteiro para televisão.
TEMPO DRAMÁTICO - Tempo estético, cadência.
TEMPORALIDADE - Localização de uma história no tempo.
TILT - Movimentação da câmara no sentido vertical, sobre o seu eixo horizontal.
TOMADA - Filmagem contínua de cada segmento específico da ação do filme.
TOTALIDADE - Princípio básico da unidade.
"TRAVELLING" - Câmara em movimento na dolly acompanhando, por exemplo, o
andar dos atores, na mesma velocidade. Também, qualquer deslocamento
horizontal da câmara.
V
VALORES DRAMÁTICOS - Pontos-chave de um roteiro.
VARRIDO - A câmara corre, mudando a imagem de lugar rapidamente. O mesmo
que chicote.
Z
"ZOOM" - Efeito óptico de aproximação ou distanciamento repentino de
personagens e detalhes. Serve para dramatizar ou esclarecer lances do roteiro.
ZOOM-IN - Aumento na distância focal da lente da câmara durante uma tomada, o
que dá ao espectador a impressão de aproximação do elemento que está sendo
filmado.
ZOOM-OUT - Diminuição da distância focal da lente durante uma tomada, o que dá
ao espectador a impressão de que está se afastando do elemento que está sendo
filmado
¡Tu opinión cuenta! Lee todas las opiniones de este curso y déjanos la tuya:
[http://www.mailxmail.com/curso-roteiro/opiniones]
Cursos similares
Cursos Valoración Alumnos Vídeo
Cuaderno ortográfico
A la disciplina de escribir correctamente las palabras se le conoce como
ortografía, si, efectivamente es aquella ciencia que nos da dolor de cabeza al 69.358
momento de estar r...
[13/02/06]
Curso de composição
Curso de composición en portugués. Aprende a componer de forma
correcta con una lengua estranjera como es el portugués. Una lengua vecina 14.995
que es muy útil aprender para ut...
[28/09/06]
Conditional clauses
El inglés es un idioma imprescindible para desenvolverse con éxito en el
mundo actual. Aunque la gramática del inglés no es difícil, algunas 18.188
estructuras revisten una mayo...
[23/02/05]