Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
114 115
Pensar y sentir para actuar y decir, hacia la descolonización docente
U6
il?
Pensar y sentir para actuar y decir: hoc/a la descolonización docente
118 119
Pensar y sentir para actuar y decir: hocía la descolonización docente
120 121
Pensar y sentir para actuar y decir: hac/o ia descoionización docente
Pero antes, y quizó m u c h o más otros d e esto, tenía q u e Esto cosmogonía, q u e r e s p o n d e o unos principios a b s o -
c o m p r e n d e r q u e lo occidentolizoción d e mi p e n s a m i e n t o l u t a m e n t e masculinos - c o m o lo dijera Sóboto (1973)-, e n
hacía p o r t e d e un p r o c e s o histórico d e colonización, p o r lo t o n t o t o d o s ellos f u e r o n c r e a d o s e impuestos p o r un p e n s a -
c u a l , tendría q u e r e c o n o c e r m e c o m o p r o d u c t o histórico m i e n t o ondrógeno, e s t a b a e n a b i e r t a contradicción c o n
c o l o n i z a d o . Esto último es d e vital análisis, puesto q u e lo la cosmogonía indígena, c u y o s principios esenciales están
m a n e r a c o m o y o percibía y o r g a n i z a b a el m u n d o , y p o r a s e n t a d o s sobre lo b a s e d e l equilibrio e n t r e t o d a s los fuer-
e n d e mis prácticos d o c e n t e s , e r a n p r o d u c t o d e un p e n - zas d e lo tierra. Es así q u e , frente ol c a p i t a l i s m o r a p a z q u e
s a m i e n t o c o l o n i z a d o p o r el p a r a d i g m a o c c i d e n t a l ; c o l o n i - traían los e u r o p e o s , los indígenas n o tenían ansio d e p o s e -
zación q u e ol estar i n c o r p o r a d a d e m a n e r a i n c o n s c i e n t e sión ni creían e n lo p r o p i e d a d p r i v a d o , c o m o lo d e c l a r o el
e n m i ser, n a t u r a l i z a b a ciertas prácticos y discursos q u e es- hijo d e Colón e n u n o d e sus diorios:
t a b a n e n a b i e r t o contradicción c o n lo c o h e r e n c i a q u e y o
b u s c a b a e n m i ser-vitol, y p o r e n d e e n m i s e r - d o c e n t e . Por Tan p r o n t o c o m o e n t r a b a n e n aquellos cosos [ q u e per-
lo q u e , e r o n e c e s a r i o e n t o n c e s , buscar el o r i g e n d e d i c h o tenecían a los naturales d e l lugar] algunos indios q u e el
colonización p o r o c o m p r e n d e r lo q u e ello ocultó o través A l m i r a n t e l l e v a b a c o n s i g o d e lo Isobello, cogían lo q u e
d e lo imposición d e l p a r a d i g m a o c c i d e n t a l . más les g u s t a b a , sin q u e los dueños d i e r a n muestras d e
d e s a g r a d o , c o m o si t o d o fuese común. De igual m o d o , los
Lo búsqueda d e este o r i g e n n o podía h a c e r i o a lo luz d e la d e a q u e l l o tierra, c u a n d o se a c e r c a b a n o algún cristiano,
historia q u e c o n t a r o n mis molos profesores d e sociales, m u - le t o m a b a n lo q u e mejor les parecía, c r e y e n d o q u e e n -
c h o m e n o s lo historia q u e a p a r e c e e n los libros d e t e x t o o tre nosotros también había a q u e l l o c o s t u m b r e . Pero n o les
los m e d i o s d e comunicación; r e c o n o c e r m e e n la historia, duró m u c h o t a l engaño. (Todorov, 1987).
i m p l i c a b a j u s t a m e n t e deconstruir los relatos q u e o c c i d e n -
t e había l e g i t i m a d o d e s d e su racionalismo c o m o " l o his- Frente ol m o c h i s m o y el sexismo propios d e lo religión c a -
toria único", p o r o c o m p r e n d e r los relatos d e los v e n c i d o s , tólica y lo c u l t u r a o c c i d e n t a l , p o r o los indígenas lo mujer,
y d e s d e allí reconstruir los claves d e lo colonización d e m i al ser sinónimo d e m a d r e y c r e a d o r a , t a l c o m o el a g u o y
p e n s a m i e n t o . Esto e r a n e c e s a r i o , p o r u n principio e s e n c i a l : la tierra, e r o d i g n o d e veneración. Por ello, los indígenas
r e c o n o c e r q u e mis raíces n o e r a n s o l a m e n t e e u r o p e a s , Mv^iskos, e n porticulor el A b u e l o S u o g o Ingotivo Neusa,
sino q u e también fluía e n mis venas s a n g r e indígena a m e - p l a n t e a n q u e el f a l o está c o n d e n a d o o lo g r a v e d a d y solo
ricano; o r i g e n a n c e s t r a l q u e el discurso o c c i d e n t a l , p o r se e r e c t a p o r o rendirie tributo y a d o r a r o lo v a g i n a ; frente
m e d i o d e lo "educación", m e enseñó o negar, y q u e , e n o u n o religión c u y o dios único e s t a b a e n c a r g a d o d e c o n -
el e j e r c i c i o d e la búsqueda d e m i o r i g e n , n e c e s i t a b a d e - d e n o r y c a s t i g a r o t o d o s aquellos q u e n o o b e d e c i e r a n su
velar. ley, p a r a los indígenas había m u l t i p l i c i d a d d e dioses q u e
e n lugar d e vigilar y c a s t i g a r sus a c t o s , e s t a b a n allí p o r a
¿Pero cuáles e r a n aquellos e l e m e n t o s q u e la c u l t u r a o c - e x p l i c a r los diferentes fuerzas y espíritus d e l universo q u e
c i d e n t a l negó, p o r o i m p o n e r los supuestos d e l p a r a d i g m a a f e c t a n la v i d a h u m a n a ; frente o l a n t r o p o c e n t r i s m o d e los
122 123
Pensar y sentir para actuar y decir: liada la descolonización docente
124
Pensor y sentir paro actuar y decir: hoc/a ta descoton/zoción docente
126
Pensar y sentir para actuar y decir: hacia la descolonización docente
128 129
Pensor y sentir para actuar y decir: hoc/o ta descoton/zoción docente
La verdad esfá adentro, no nace de algo externo, d e s m o n t a r lo lógica d e s d e lo c u a l y o había realizado mis
h a y e n todos nosotros un recóndito centro prócticos.
donde íntima y plena la verdad nos h a b / t a .
Saber, consiste más en abrirse un camino Hoy, o lo luz d e lo q u e h e v e n i d o d i c i e n d o , m e d o y c u e n t a
q u e había g e n e r a d o el p r o c e s o d e descolonización pri-
por dónde pueda hu/r nuesfra luz prisionera, m e r o e n mis prácticos, q u e e n mi p e n s a m i e n t o , p e r o el
que en abrir una puerta para los resplandores p r o b l e m a d e ello, e r o q u e n o lo había h e c h o d e m a n e r a
que imaginamos fuera. c o n s c i e n t e , p o r lo c u a l , n o e r o u n o descolonización real ni
c o h e r e n t e , c o m o más a d e l a n t e lo explicaré.
(Paracelso. Browning, Robert. C i t a d o p o r Ospina, W.)
C o m o y o lo había d i c h o , había e m p e z a d o c o n u n p r o c e s o
A lo luz d e este principio, n a d i e nos p u e d e revelar los ver- d e des-locolizoción sobre la m a n e r a c o m o se g e n e r a b a n
d a d e s q u e requerimos p o r o nuestra v i d a ; ningún profesor, los p r e g u n t a s y las e x p l i c a c i o n e s e n el a u l a . Este p r o c e s o
ningún s a c e r d o t e , n i n g u n a teoría d e l c o n o c i m i e n t o , nin- iniciol, consistió e n a n u l a r m i voz e n el a u l a o lo hora d e
gún sistema político, ningún psicoanalista p u e d e o f r e c e r - p r e g u n t a r y explicar o i g o , e n t o n t o , si d e a l g u n o m a n e r a
nos eso luz, q u e s o l a m e n t e d e nuestro interior surge c o m o y o e s t a b a e n el c e n t r o d e l o u l o , quería, c o m o lo expresa el
p r o d u c t o d e lo c o n s c i e n c i a . Es p o r ello q u e lo pedagogía, personaje d e Rayuelo, " e x c e n t r a r m e d e l c e n t r o " , solirme
c o m o c i e n c i a q u e p r e t e n d e enseñor-o-ser-a-otro p o r o d e m i casillo d e profesor-explicodor.
c u m p l i r c o n los exigencias d e l sistema, n o es más q u e u n
m e c a n i s m o d e a d o c t r i n a m i e n t o . Rozón demás p o r o q u e Pero, c o m o e r a d e esperarse, t o d o c a m b i o mortifica, e n
y o , e n mi ejercicio d e descolonización d o c e n t e , prescin- nuestro ser t e n e m o s e n q u i s t o d o u n m i e d o o los c a m b i o s
d i e r a d e t o d o s sus postulados. p r o f u n d o s , nos a t o r m e n t o lo i d e o d e c a m b i a r , y c u a n d o
lo h a c e m o s , los c a m b i o s son superficiales o m o l recibidos.
Este sentido, ol q u e p o c o s v e c e s se le presta atención, lo Esto situoción hizo surgir e n mí ideas sobre lo q u e tenía q u e
había desarrollado d e s d e m u y t e m p r a n a e d a d , p e r o casi h a c e r ol r e s p e c t o . Fue e n t o n c e s q u e les propuse o los es-
n u n c a m e había d e j a d o a f e c t a r d e su influjo d e m a n e r a tudiantes q u e , c o m o y o y o n o i b a o explicar ni o p r e g u n t a r
c o n s c i e n t e . Lo dejé a c t u a r , y c u a n d o esto ocurrió, c o m e n - m u c h o , q u e eligiéramos a unos personas d e n t r o d e l mismo
cé o e n t e n d e r q u e lo primero q u e tenía q u e hacer, e r o g r u p o d e estudiantes q u e tuvieran más c l a r i d a d e s frente ol
tío 131
Pensar y sentir para actuar y decir: hoc/a la descoionización docente
D u r a n t e m u c h o t i e m p o estuve dándole vueltas ol asunto Por razones d e este t i p o , es decir, p o r trotar d e mostrories o
p o r o c o m p r e n d e r lo rozón p r o f u n d a q u e movía o los es- mis profesores q u e y o e r o c a p a z d e pensar p o r mí mismo
t u d i a n t e s o t e n e r esto a c t i t u d . Al principio lancé varios hi- y q u e podía t o m a r mis propias decisiones, m e expulsaron
pótesis sobre el asunto, pensé q u e esto tenía q u e ver c o n d e ese c o l e g i o y l u e g o d e otros dos, según ellos, p o r q u e y o
u n a a u s e n c i a t o t a l d e h u m i l d a d p o r a a c e r c a r s e ol c o n o c i - ero u n sujeto " o s o c i o l " q u e tenía p r o b l e m a s c o n lo autori-
m i e n t o , a u s e n c i a q u e se n o t a b a e n lo negación d e l saber d a d . D e a l g u n o m a n e r a , t a l c o m o lo d i c e Biófilo Ponclosto
d e otro compañero. L u e g o pensé q u e las estudiantes, ol "Ser p e r s e g u i d o es ser t e m i d o . Ser maestro es ser t i r a n o " .
ser p r o d u c t o d e u n a educación y u n o cultura c o l o n i z a -
d a -cultura y educación q u e nos h o enseñado o n e g a r lo En fin, el h e c h o es q u e después d e algunos años -lejos
p r o p i o p a r o a d o p t a r lo a j e n o - d e s c o n f i a b a n d e l c o n o c i - d e l c o l e g i o , g r a c i a s o m i " p r o b l e m a " - , comprendí q u e e n
m i e n t o d e sus compañeras p o r considerarlo m u y c e r c a n o e f e c t o sí se p u e d e a p r e n d e r o realizar e c u o c i o n e s p o r m e -
al suyo, y e n c a m b i o , c o n f i a b a n c i e g a m e n t e e n el c o n o c i - d i o d e lo literatura. El p r o b l e m a e r o q u e m i profesor d e m a -
m i e n t o d e l d o c e n t e , p o r considerarlo a j e n o o l suyo. temáticos n u n c a había leído o Edgar Alian Poe, q u i e n p o r
m e d i o d e l c u e n t o El Escarabajo de oro. muestra lo m a n e r a
Sin e m b a r g o , después d e m u c h a s c a v i l a c i o n e s o p a r - c o m o o p e r o u n o ecuación e n lo v i d a práctica.
tir d e chorlos q u e sostenía e n clase c o n los estudiantes,
comprendí q u e estos a p e n a s e r a n síntomas d e u n o c a u s o Esto historia, p o r o mostrar cómo el sistema e d u c a t i v o
m u c h o más p r o f u n d a q u e se e n c o n t r a b a a r r a i g a d o e n lo destruye lo a u t o e s t i m a , le enseña ol individuo q u e p o r o
educación y lo cultura nuestra: a u s e n c i a d e a u t o e s t i m a . a p r e n d e r , t i e n e q u e c o m e n z a r p o r negor-se, puesto q u e
132
Pensar y senfir para actuar y decir: tiacia ia descolonización docente
134 135
Pensar y senfir para actuar y decir: hac/o la descolonización docente
Tras esto, y sin pérdida d e tiempo, luego d e derribar p o r o d o m i n o r i o , sino mós b i e n , el uso d e l p o d e r sobre e l
al debilitado sexagenario d e un puntapié en la espalda, otro p o r o e m o n c i p o r i o .
lo bastante enérgico c o m o poro romperle los omoplatos,
me hice de una buena rama de árbol que había en el sue- Pero, p o n e r e n crisis este p o d e r , i m p l i c a b a p o n e r e n crisis
lo, y lo golpeé c o n la obstinada violencia d e los cocineros otros a s p e c t o s q u e se m u e v e n o partir d e él: los relaciones
cuando quieren ablandar un bistec. estudiante-docente, estudiante-estudiante, d o c e n t e - c o -
n o c i m i e n t o , e s t u d i a n t e s - c o n o c i m i e n t o . Hasta este p u n t o
De repente -¡Oh milagro!, ¡oh, g o c e del filósofo q u e
verifica la excelencia d e su teoría!- vi a esta vieja c h a t a - tenía q u e e x t e n d e r m i crisis, y e n t o n c e s , e n c o n t r a inclu-
rra volverse, enderezarse c o n un vigor que nunca habría so d e los mismas estudiantes, profundicé m i estrategia d e
sospechado en una máquina tan singularmente estropea- des-locolizoción, hasta q u e m i voz e n el a u l a solo aparecía
d a y, c o n una mirada d e odio q u e me pareció un buen p o r o sugerir o reflexionar.
augurio, el malandrín decrépito se abalanzó sobre mí,
me hinchó los dos ojos, me partió cuatro dientes y, con la Basado e n la i d e o q u e y o expuse sobre esto último, i n v e n -
misma rama, me propinó una buena tunda. -Con mi té d o s figuras q u e m e servirían p o r o ello: las lectoras y las
enérgica medicación le había, pues, devuelto el orgullo y consultoras. Los primeras e r a n aquellos q u e , c o m o y o lo
la vida. expliqué, tenían a l g u n a s c o m p e t e n c i a s desarrollados e n
el t e m o ; los s e g u n d a s , p o r su p o r t e , e r a n aquellos o q u i e -
Entonces, le hice ver claramente, por señas, que con-
nes se les d i f i c u l t a b a c o m p r e n d e r los temáticos.
sideraba por mi parte zanjada la discusión, y levantándo-
me, c o n la satisfacción d e un sofista del Pórtico, le dije:
"Caballero, ¡es usted mi igual\, dígnese hacerme el honor El t r a b a j o d e las lectoras consistía e n revisar los trabajos d e
de compartir mi bolsa; y recuerde, si es usted realmente las consultoras, c o n el fin d e q u e éstas c o m p r e n d i e r a n e n
un filántropo, que hay que aplicar a todos sus cofrades, qué a s p e c t o s e s t a b a n f o l l a n d o a lo h o r a d e realizar sus
cuando le pidan una limosna, la teoría q u e he tenido el trabajos. Sin e m b a r g o , el c o m p r o m i s o d e a m b o s lodos n o
dolor de probar en sus espaldas. se d i o c o m o e s p e r a b a ; las consultoras a f i r m a b a n q u e los
revisiones realizados p o r p o r t e d e las lectoras n o e r a n per-
Me juró encarecidamente que había comprendido tinentes; p o r otro l a d o , las lectoras justificaban esto, a r g u -
mi teoría y que seguiría mis consejos.
m e n t a n d o q u e las consultoras n o hacían los c o r r e c c i o n e s
q u e se les sugerían.
(¡Mo/frafemos a los pobres!. Charles Boudelaire)
Í36 137
Pensar y sentir para actuar y decir: tiacia la descolonización docente
138 139
Pensar y sentir para actuar y decir: tiacia la descolonización docente
14» 141