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São Carlos
2010
Trabalho de Conclusão de Curso 2010 Carolina Alvares Camillo
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AGRADECIMENTOS
Ao meu pai Luiz Carlos, o meu maior exemplo, orgulho e fonte de inspiração.
Obrigada por todos os conselhos, pela dedicação e por ser o melhor pai do mundo. Espero
um dia poder retribuir de alguma maneira tudo que fez por mim e ainda faz, sendo pelo
menos uma engenheira igual a você.
A minha mãe, Ana Maria, por todas as orações e por toda força, por acreditar em
mim quando nem eu mesma acreditei que fosse capaz de chegar onde cheguei. Por ser
exemplo, de mãe e mulher. Qualquer agradecimento aqui seria pouco a você.
Ao meu namorado Henrique pela paciência, pelas ótimas idéias neste trabalho, pela
ajuda e pelo exemplo de profissional. Enfim, por ter sido tão compreensivo nestes últimos
meses e por existir na minha vida. Obrigada do fundo do meu coração.
Aos meus amigos de turma da Civil 06, pela oportunidade da convivência com cada
um, pelos momentos de descontração e por terem me acompanhado nesta caminhada. Com
certeza, levarei cada um de vocês em meu coração aonde quer que eu esteja. Em especial
aos meus “amigos irmãos”, aqueles com quem eu contei os cinco anos que estive aqui e
com quem eu sei que poderei contar sempre, enfim ao meu apoio necessário: Luiz Eduardo,
Luís Augusto, Matheus, Fernando e Tiago.
Aos meus amigos de Atibaia que tornavam meus finais de semana muito mais
divertidos e que me ajudaram em todos os momentos em que mais precisei. Agradeço a
vocês: Érica, Elise, Hugo, Rafinha, Shiroto, Daniel e Lucas.
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Ao Professor Marcelo de Araújo Ferreira pela oportunidade de conhecer o pré-
moldado e pelos trabalhos realizados no NETPre. E, por ter aceitado participar da banca
deste trabalho.
Ao Professor Roberto Chust Carvalho, por ter aceitado me orientar. Agradeço por ser
um exemplo de professor, por todas as nossas conversas onde aprendi muito mais sobre
cálculo e projeto e por todo o seu conhecimento que me fez querer ir além. Obrigada pela
atenção e pela paciência demonstradas ao longo desse ano em que me orientou.
Ao Eng°. M.Sc. Andreilton Santos pela ótima dissert ação concluída sobre galpões
atirantados, que serviu em grande parte de inspiração e exemplo para este trabalho.
Agradeço ainda por ter aceitado participar da banca de defesa e pela ajuda.
A todos aqueles não mencionados aqui, mas que de algum modo contribuíram para
a conclusão deste trabalho, o meu eterno agradecimento.
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RESUMO
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ABSTRACT
Nowadays, there are many precast concrete factories in Brazil that works with
construction and erection of structures called sheds. There are many structural systems that
exist in Brazil, which differ among themselves on issues of calculation, manufacture and
assembly of parts at the worksite. Although it is an increasingly type used by factories, it is
noticed that there is still a lack of literature that deals with this issue in terms of structural
analysis and calculation. For this reason, this work aims to study the various types of precast
concrete sheds in Brazil and also search for the one which is mostly used nowadays.
Besides, seek for design guidelines to help engineers and designers to have a better
understanding of their operation. The work also pursuit to meet the considerations regarding
the structural analysis and design of this building, considering the structural typology defined
from the previous analysis. Firstly, the work presents a survey performed in some precast
companies and in specific books about the main elements of this type of building. Afterwards,
considerations are made from structural analysis and dimensioning as well as the types of
connections between the considered elements. At last, an example is performed where it is
explained step by step the structural analysis for this particular type of building, considering
the type chosen (cantilever columns in the foundation and roof trusses hinged on the support
columns) and analysis of the frame that represents the structural scheme of the chosen type.
Besides the analysis in terms of Ultimate Limit State and Serviceability Limit State, it is
conducted a design of some specific elements that are present in the sway frame or in any
way influencing the same. These elements are composed of passive and active
reinforcement (prestress) that is the case of roof I-beams and concrete ribs, or only by
passive reinforcement, which is the case of the columns.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 3: Sistema estrutural com parede portante (EL DEBS, 2000). .................................. 14
Figura 14: Corte longitudinal da pista (situação após a utilização do macaco hidráulico)..... 22
Figura 22: Exemplo de pórtico com trave inclinada e tirante (RODRIGUES, 2009) .............. 31
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Figura 23: Detalhe da ligação pilar x trave de galpões pré-moldados de concreto armado
(RODRIGUES et al., 2009) .......................................................................................... 31
Figura 24: Diferença nos diagramas de momento fletor do pórtico com ligação rígida e semi-
rígida (RODRIGUES et al., 2009)................................................................................. 32
Figura 25: Conceito de deformabilidade de uma Ligação (EL DEBS, 2000) ........................ 33
Figura 26: Curvas Representativas de rigidez de uma ligação (MIOTTO, 2002) .................. 34
Figura 28: Princípio de transferência de força cortante por ação de pino (QUEIROS, 2007).
..................................................................................................................................... 36
Figura 29: Ligação viga-pilar através de consolo misulado e reto (QUEIROS, 2007). .......... 37
Figura 34: Momento fletor que atua na seção localizada no meio do elemento estrutural
(Fonte: MELGES, 2009) ............................................................................................... 54
Figura 39: Ranhuras da base do pilar e saída do tubo de água pluvial ................................ 60
Figura 40: Inserção dos dados geométricos no programa Visual Ventos ............................. 61
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Figura 47: Coeficientes de pressão interna .......................................................................... 68
Figura 49: Ação devida ao vento nas paredes e no telhado do galpão ................................ 70
Figura 62: Sobrecarga acidental na cumeeira e no meio da viga (carga em tf) .................. 104
Figura 64: Vento com coeficiente de pressão interna de 0,00 ............................................ 105
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Figura 74: Verificação das tensões em serviço .................................................................. 116
Figura 80: Cálculo da armadura necessária para o pilar 30cmX50cm ............................... 129
Figura 83: Verificação da armadura longitudinal quando o momento é positivo ................. 132
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LISTA DE TABELAS
Tabela 8: Coeficientes de pressão e forma para edifícios de planta retangular (Fonte: NBR
6123: 1988) .................................................................................................................. 45
Tabela 9: Coeficientes de pressão e forma para edifícios em telhado duas águas (Fonte:
NBR 6123: 1988) ......................................................................................................... 46
Tabela 10: Seqüência de intervalos entre as etapas, ações atuantes, seções e perdas
consideradas................................................................................................................ 74
Tabela 17: Resumo de Flechas Finais após atuação das ações .......................................... 95
Tabela 18: Seqüência de intervalos entre as etapas, ações atuantes, seções e perdas
consideradas.............................................................................................................. 106
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Tabela 22: Planilha para cálculo da fluência e retração do concreto .................................. 112
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1
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3.1.1.1 Ligações viga-pilar com transferência de esforços horizontais ....... 36
6. EXEMPLO NUMÉRICO.................................................................................... 57
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6.2.2.5 Carga acidental na terça................................................................. 73
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6.2.5.5 Estimativa do número de cabos no tempo infinito considerando a
fissuração 107
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1. INTRODUÇÃO
Quando o assunto é pré-moldados de concreto pode-se dizer que as edificações
térreas com grandes dimensões em planta e destinadas a usos múltiplos, comumente
conhecidas como galpões, representam uma grande parcela desta categoria no Brasil.
Porém, ao contrário do que as estatísticas mostram, apesar de ser uma edificação muito
utilizada, a bibliografia referente ao assunto é extremamente escassa. Sente-se falta,
portanto, de uma bibliografia específica que demonstre exatamente as diretrizes necessárias
para uma correta análise e posterior dimensionamento de um galpão pré-moldado.
Inicialmente, é preciso dizer que tais edificações, apesar de parecerem mais simples
e possuírem um número de elementos inferior a um edifício de múltiplos pavimentos,
existem considerações de cálculo específicas para elas. O cálculo das forças devidas ao
vento, por exemplo, demanda uma atenção e considerações muito mais específicas para
galpões. Desta forma, fica claro que tal ação nos galpões não deve ser desprezada e muito
menos ser colocada em segundo plano em uma análise estrutural.
Uma vez que a ação do vento está calculada, e corretamente aplicada em tal
estrutura, é necessário verificar quais os esforços internos gerados nos elementos
considerando as diversas combinações de ações. Além disso, por se tratar de uma estrutura
de concreto, deve ser considerado o efeito da fissuração dos elementos estruturais da
mesma, bem como os resultados de tal efeito nos esforços e no comportamento das
ligações. Ainda com respeito a efeitos de 2ª ordem, é necessário avaliar o efeito da não-
linearidade geométrica na estrutura, bem como os métodos ou parâmetros mais apropriados
para serem aplicados.
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1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
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1.3 MÉTODO
desenvolvidas em Excel que possuem como base recomendações dadas pelas normas
brasileiras NBR 6118:2004 e NBR 9062:2006. Na resolução do galpão são apresentados
além de planilhas, diagramas e figuras para melhor entendimento dos leitores. As peças,
então, são devidamente detalhadas de acordo com o que as normas recomendam.
Após a finalização do estudo é realizada uma análise crítica do que é adotado hoje e
do que pode ser melhorado futuramente para que projetistas e calculistas tenham seus
trabalhos facilitados, visando não só facilidade de detalhamento e montagem, como também
a correta contemplação de todas as normas referentes ao assunto.
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2. TIPOLOGOGIAS DE GALPÕES
PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO
Neste capítulo é feita uma revisão bibliográfica a respeito das tipologias de galpões
pré-moldados de concreto para que se verifique aqueles que são apresentados na
bibliografia existente e aqueles que realmente são mais empregados no Brasil para as
diversas finalidades. Os parâmetros utilizados serão o vão, o porte da edificação, o tipo dos
elementos (protendidos ou não) e, finalmente, o sistema estrutural utilizado.
2.1 DEFINIÇÕES
Elliott (2005) define concreto pré-moldado como sendo aquele preparado, moldado e
curado em um local que não seja seu destino final. A distância entre o elemento pré-
moldado e o canteiro pode ser de apenas alguns metros, quando se quer evitar custos altos
devido ao transporte ou tal distância pode superar muitos quilômetros, quando há um
elevado valor acrescentado aos materiais, porém o custo do transporte é baixo.
No Brasil, porém, a NBR 9062:2006 distingue as duas definições feitas acima como
sendo elementos pré-moldados e elementos pré-fabricados. A diferença entre tais
elementos é que os primeiros são executados em condições menos rigorosas de controle de
qualidade, e por isso, necessitam que sua peças sejam inspecionadas individualmente ou
por lotes. Já os elementos pré-fabricados são aqueles produzidos em usina ou instalações
analogamente adequadas aos recursos para produção e que disponham de pessoal,
organização de laboratório e demais instalações permanentes para o controle de qualidade,
devidamente inspecionadas.
Ainda segundo Elliott (2005), o que difere realmente o concreto pré-moldado daquele
moldado in-loco é o comportamento em relação aos efeitos internos (variação volumétrica) e
externos (carregamento existente) do mesmo quando está submetido a esforços de tração e
compressão. Isso porque, na realidade o concreto pré-moldado é, por definição, apenas
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uma peça que deverá ser ligada a outros elementos de modo a formar uma estrutura
completa.
De acordo com Moreno Júnior (1992), galpões são edificações térreas com grandes
dimensões em planta e destinadas a usos múltiplos: industrial, comercial ou agrícola. O fato
de ser uma edificação térrea, com uma função bem específica, permite a padronização de
alguns elementos e facilita, desta forma, a modulação dos mesmos. Isso justifica a grande
utilização de tais edificações em grande escala na indústria de pré-moldados do Brasil.
Pode-se dizer que para que haja um bom entendimento das construções lineares em
esqueleto, as tipologias dos pórticos, assim como o estudo de suas diferentes soluções
tornam-se imprescindíveis.
De acordo com Moreno Júnior (1992), tal sistema predomina sobre os demais e é
basicamente constituído por um esqueleto resistente no qual são fixados elementos de
cobertura e de fechamento lateral.
contribuem para o travamento nesta direção além de serem responsáveis pelo escoamento
das águas pluviais. Tais elementos por possuírem rigidez superior a das terças podem
fornecer contraventamento dos pilares nesta direção.
Segundo El Debs (2000) o sistema constituído por elementos de eixos retos são
vantajosos no sentido de facilitar as etapas de produção das peças e também por permitir a
aplicação natural de protensão com aderência inicial, o que na verdade caracteriza seu
emprego para pré-moldados de fábrica. Os sistemas estruturais mais comuns estão
representados na Tabela 1, onde são explicadas suas principais características e a
classificação dos mesmos segundo El Debs (2000).
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São empregados em
construções pré-moldadas
c) Pilares
leve, onde a cobertura é
articulados na
inclinada e há presença de
fundação e dois
tirante no topo dos pilares.
elementos de
Para garantir a estabilidade
cobertura
global adota-se, normalmente,
articulados
contraventamento na direção
perpendicular aos pórticos.
Verificou-se por pesquisa feita em sites de empresas aquelas de menor porte dão
preferência a galpões atirantados, por serem contituidos por peças em concreto armado
tonando assim, sua produção mais viável economicamente. Já as empresas de maior porte
caracterizam-se por produzir galpões maiores cujos vãos e altura superam, por muitas
vezes os 20 metros, sendo assim as mesmas optam pelo sistema estrutural composto por
pilares armados e vigas e terças protendidas.
Isaia (2002) apresenta ainda três tipologias mais simples de galpões mostradas na
Figura 1.
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Pé-Direito
Pé-Direito
Tirante
Pilar Pilar
Pé-Direito
Pilar
Engaste Engaste
Vão
Viga Única - Inércia Variável
Observando a Figura 1, pode-se classificar os galpões como: pórtico com uma rótula,
pórtico com dois pilares e uma viga inclinada com inércia constante e ligação rígida e,
finalmente, o pórtico com dois pilares e uma viga inclinada com inércia variável e ligação
rotulada.
Segundo El Debs (2000), tais sistemas são apropriados para produção das peças no
canteiro, o emprego da pré-tração nos elementos que compõem tais sistemas é
praticamente inviável, porém a distribuição dos esforços solicitantes é melhor quando
comparados ao sistema anterior. O emprego de elementos com eixo curvo, formando arcos,
refere-se apenas à cobertura. Tal sistema possibilita redução da flexão, ocasionando uma
significativa redução do consumo de materiais e, assim, do peso dos elementos. A forma
básica dos elementos estruturais com elementos de eixo reto ou curvo são detalhados na
Tabela 2.
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As articulações deste
sistema são dispostas
a) Elementos próximas a região de
engastados momento fletor nulo, é
na fundação e conhecido como
duas sistema lambda. O
articulações tirante é usado para
na trave que a estrutura
empregada seja mais
leve.
A moldagem dos
elementos é feita no
local e na posição
b) Elementos
horizontal. Além da
em forma de
forma U, os elementos
U
podem ser na forma
de TT quando se
quiser balanços.
O emprego de
d) Com um elementos curvos na
elemento cobertura pode
articulado resultar na diminuição
nos pilares de até 50% no peso
da estrutura.
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Soares (1998) cita ainda um sistema estrutural composto por elementos com
aberturas entre os banzos. São vistos sob a forma de treliça, vigas Vierendel ou vigas
armadas. A característica principal destas formas de seção transversal é a redução do
consumo de materiais, e conseqüentemente, do peso dos elementos.
A Figura 2, mostra um exemplo de treliça triangular que pode vencer vão de até 30
metros quando executadas em uma única peça, para o caso de maiores vãos a mesma
pode ser subdividida em peças menores.
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Tal sistema estrutural não é muito encontrado no Brasil pela dificuldade em executar
tais peças, além disso, não é recomendado para concreto pré-fabricado uma vez que as
peças nem sempre são iguais e as fôrmas não podem ser reaproveitadas.
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2.3.1.1 Telhas W:
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pode ser visto na Tabela 3, na Figura 4 pode-se observar as seções transversais das telhas
mencionadas na Tabela 3.
A cobertura feita com telhas metálicas de aço galvalume é uma das mais utilizadas,
atualmente. Isso porque é leve e, portanto, não causa ações de elevada intensidade nos
pilares, caso das telhas W. Galvalume é o nome dado para a chapa de aço revestida com
uma camada de liga Al-Zn. Este produto mantém a resistência estrutural do aço-base e
confere alta resistência à corrosão atmosférica, elevada refletividade ao calor, o que gera
maior conforto térmico e resistência à oxidação em temperaturas elevadas.
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A telha termo-acústica pode ser fabricada ainda com poliuretano, tais telhas
possuem chapas de aço galvanizadas na parte externa e miolo em espuma de poliuretano,
rígida ou semi-rígida. Pelo seu baixo peso e à auto-aderência durante a espumação, o
poliuretano proporciona grande resistência estrutural por um peso baixo por metro quadrado
de telhado. A Figura 7 mostra o esquema de uma telha termo-acustica feita com espuma de
poliuretano da Eternit.
2.3.2 TERÇAS
As terças são elementos que podem ser fabricados em concreto armado, protendido
ou em perfis de chapas metálicas. Apóiam-se em vigas de cobertura através de calços em
locais específicos para formar a cobertura de edificações industriais. A Figura 8 mostra o
calço no qual a terça se apóia.
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Segundo Rodrigues & Carvalho (2009) as terças são posicionadas na direção vertical
para evitar a flexão obliqua (situação a direita da Figura 9) ao invés da situação mais
adequada para o posicionamento da telha (situação a esquerda da Figura 9).
Telha
Telha _
y
Terça
Direção horizontal
Terça
s
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2.3.3 VIGAS
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As vigas podem ser classificadas ainda de acordo com a sua utilização em galpões,
onde poderão ser de ponte rolante, vigas calha, vigas de cobertura, vigas de transição, vigas
de apoios de laje e vigas de travamento. As mais comuns são melhor definidas a seguir.
Vigas retangulares: podem ser utilizadas para apoio de lajes alveolares e alvenaria,
sendo fabricadas em concreto armado ou protendido dependendo do vão e carregamentos
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que as mesmas devem suportar. O catálogo da empresa Lax Sistemas Construtivos mostra
algumas seções de vigas retangulares que podem ser verificados na Figura 15.
Vigas de ponte rolante: servem para fixação do rolamento da mesma e podem ser
feitas em concreto armado (seções T, I ou retangular) ou protendido (seções retangulares
ou I). A Figura 16 mostra o detalhe de fixação do trilho da ponte rolante na viga protendida
de seção I.
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Vigas calha: servem para escoamento da água pluvial, como travamento na direção
perpendicular aos pórticos de um galpão e ainda como apoio de telha W (usadas em
coberturas) ou outros tipos de cobertura. Podem ser armadas (seção transversal U ou J) ou
protendidas (seção U). A Figura 17 mostra uma viga calha seção U, a mesma pode
apresentar altura variável de acordo com o fabricante, porém as mais comuns são as de 40,
50 e 60 centímetros de altura. As vigas calha seção J podem apresentar alturas de 125 e
150 centímetros de altura, porém isso pode variar de acordo com cada fabricante. A Figura
18 mostra o catalogo da empresa Matra com as seções variáveis de vigas calha que a
mesma fabrica.
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A empresa Lax sistemas construtivos possui ainda uma tipologia de vigas calha cuja
seção transversal é do tipo “I”, as características de tais vigas podem ser vistas na Figura 19
que detalha as informações das seções das vigas de tal empresa.
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Vigas de pórtico: servem de apoio para terças e estão localizadas nos pórticos de
fachada, por possuírem vãos menores e carregamentos também tais vigas são armadas e a
seção das mesmas é do tipo T.
2.3.4 PILARES
O item 14.4.1.2 da NBR 6118 define o pilar como sendo um elemento, geralmente
vertical que recebe ações predominantemente de compressão. O pilar pode estar submetido
compressão normal composta ou oblíqua. São elementos de grande importância uma vez
que recebem as cargas provenientes das vigas e lajes e as conduzem para a fundação.
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Pilares de pórtico: São os pilares principais dos galpões, aqueles que sustentam as
vigas de cobertura responsáveis por transmitir aos mesmos as cargas provenientes da
cobertura (telhas e terças). Por serem pilares mais travados, devido às vigas de cobertura,
tais pilares podem apresentar esforços menores do que aqueles de fechamento e por isso
podem apresentar seções mais esbeltas.
Pilares de ponte rolante: São pilares pré-dimensionados para receber vigas que
sustentam as pontes rolantes, os pilares deste tipo podem receber tanto vigas de ponte
rolante como vigas de cobertura.
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Ferreira (1999) revela que o termo “ligações semi-rígidas” foi utilizado inicialmente no
estudo de estruturas metálicas, na década de 30, sendo incorporado posteriormente ao
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estudo das estruturas pré-moldadas. Esta notação, a princípio, está relacionada com a
rigidez à flexão da ligação, ou a sua relação inversa, a deformabilidade à flexão, também
denominada flexibilidade. Este conceito já vem sendo utilizado na análise estrutural de
pórticos com nós semi-rígidos, aplicada ao caso de estruturas metálicas.
Ferreira (1999) conta ainda que, no caso das ligações em estruturas de concreto pré-
moldado, o conceito da rigidez, ou da deformabilidade da ligação está relacionado também
com outros esforços que não a flexão, como é o caso da deformabilidade ao cisalhamento,
que é um importante parâmetro no estudo das ligações com almofadas de elastômero e
chumbador, e da deformabilidade à compressão em almofadas de elastômero.
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e Figura 23 mostram um pórtico com trave inclinada e tirante e a ligação típica entre pilar e
trave, respectivamente.
Figura 22: Exemplo de pórtico com trave inclinada e tirante (RODRIGUES, 2009)
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ligação semi-rígida
pórtico com ligação rígida pórtico com ligação semi-rígida
1
Ma 2
Ma
Figura 24: Diferença nos diagramas de momento fletor do pórtico com ligação rígida e
semi-rígida (RODRIGUES et al., 2009).
como uma mola a ligação entre os dois elementos com rigidez (ou deformabilidade)
equivalente a da ligação.
Ainda segundo o mesmo autor, foram realizados dois ensaios de flexão alternada em
um protótipo com ligações soldadas e um protótipo monolítico, o qual serviu de referência
para avaliar a rigidez da ligação. A partir dos resultados experimentais, demonstrou-se que,
através da utilização de procedimentos analíticos para a determinação das
deformabilidades, pode-se obter uma boa estimativa para os valores experimentais,
constituindo-se assim em uma alternativa viável e em uma ferramenta de grande potencial a
ser explorado para o projeto das ligações de concreto pré-moldado.
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K= Equação 2
Onde:
λϴ é a deformabilidade à flexão
ϕ é a rotação relativa na ligação
M é o momento atuante na ligação
K é a rigidez da ligação à flexão
Para que seja possível desenvolver uma correta consideração a respeito das
ligações em projetos estruturais, faz-se necessário o conhecimento do fluxo de tensões ao
longo da estrutura quando a mesma está submetida a ações, além disso, deve-se
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Pode-se dizer que para galpões pré-moldados de concreto a transferência das ações
horizontais entre os elementos é, normalmente, feita por ligações que utilizam chumbadores
nos quais se tem uma ação de pino, tal ação pode ser vista no esquema da Figura 28.
Figura 28: Princípio de transferência de força cortante por ação de pino (QUEIROS,
2007).
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Figura 29: Ligação viga-pilar através de consolo misulado e reto (QUEIROS, 2007).
Santos (2010) cita que a ligação viga-viga pode ser realizada com chapa metálica e
parafusos. Normalmente, a fixação das chapas é feita nas faces laterais das vigas. Como
tal ligação é muito flexível ela, geralmente, é considerada como sendo uma ligação
articulada. A região da ligação entre vigas possui intensa concentração de compressão e,
portanto, deve ser devidamente verificada e armada, de modo a resistir aos esforços
internos. A Figura 30 mostra exemplos de ligações entre vigas pré-fabricadas de concreto.
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4. AÇÕES NA ESTRUTURA
Segundo a NBR 8681:2003, ações são causas que provocam esforços ou
deformações nas estruturas. Na prática, as forças e as deformações impostas pelas ações
são consideradas como se fossem as próprias ações. As deformações impostas são por
vezes designadas por ações indiretas e as forças, por ações diretas.
O capítulo a seguir trata das ações que atuam nos galpões e estas podem ser
classificadas em: permanente e variáveis.
De acordo com a NBR 8681:2003 as ações permanentes podem ser definidas como:
A NBR 8681:2003 define ação variável como sendo: as cargas acidentais das
construções, bem como efeitos, tais como forças de frenação, de impacto e centrífugas, os
efeitos do vento, das variações de temperatura, do atrito nos aparelhos de apoio e, em
geral, as pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas.
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b) Ações variáveis especiais: nas estruturas em que devam ser consideradas certas
ações especiais, como ações sísmicas ou cargas acidentais de natureza ou de intensidade
especiais, elas também devem ser admitidas como ações variáveis. As combinações de
ações em que comparecem ações especiais devem ser especificamente definidas para as
situações especiais consideradas.
Dentre as ações variáveis aquela que é a mais significante nos galpões é a ação do
vento e, portanto, o cálculo e considerações da mesma são detalhados no item 4.2.1.
Segundo Carvalho & Pinheiro (2009) vento pode ser considerado como o
deslocamento de ar decorrente das diferenças de temperatura e pressões atmosféricas. A
massa de ar quando atinge certa velocidade e encontra uma superfície de uma estrutura
inerte, produz sobre a mesma uma pressão, como pode ser demonstrado pelo Teorema de
Bernoulli.
A NBR 6118:2004 cita que os esforços devidos à ação de vento devem sempre ser
levados em consideração, devendo estes serem determinados pelas recomendações da
NBR 6123:1988 (Forças devidas ao vento em edificações).
Ainda segundo Carvalho & Pinheiro antes de determinar a força aplicada pelo vento
nas edificações é preciso definir algumas nomenclaturas utilizadas pela NBR 6123:1988, na
Figura 31 tais nomenclaturas são demonstradas.
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V = V
xS
xS xS Equação 3
Em que:
S3 = fator estatístico.
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O valor do fator topográfico, S1, depende das características do terreno e com isso,
têm-se:
a) Terreno plano ou quase plano adota-se o valor de S1 = 1,0;
b) Taludes e morros: dimensiona-se de acordo com o item 5.2 da NBR 6123:1988;
c) Vales protegidos adota-se o valor de S1 = 0,9.
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O cálculo de S2 usado para o cálculo da velocidade do vento pode ser efetuado pela
Equação 5:
= . .
Equação 5
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Pode-se dizer que a força do vento depende da diferença de pressão nas faces
opostas da parte da edificação em estudo, os coeficientes de pressão são dados para
superfícies externas e superfícies internas. A pressão efetiva atuante em uma edificação
pode ser entendida como a diferença entre os coeficientes de pressão externa e interna
multiplicados pela pressão dinâmica como mostra a Equação 6.
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Onde:
O cálculo da força global do vento em uma edificação é feito a partir da soma vetorial
das forças que nela atuam. A componente da força global na direção do vento é chamada
de força de arrasto e pode ser obtida pela Equação 7.
Onde:
Ca = coeficiente de arrasto
Ae = área frontal efetiva
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Tabela 8:: Coeficientes de pressão e forma para edifícios de planta retangular (Fonte:
NBR 6123: 1988)
____________________________________________________________________
Tabela 9:: Coeficientes de pressão e forma para edifícios em telhado duas águas
(Fonte: NBR 6123: 1988)
____________________________________________________________________
Para edificações cujas paredes internas são permeáveis, a pressão interna pode ser
considerada uniforme. Neste caso, devem ser adotados os seguintes valores, segundo a
NBR 6123:1988, para o coeficiente de pressão interna.
Nenhuma das faces poderá ter índice de permeabilidade maior que 30%, para poder
usar as considerações acima expostas.
____________________________________________________________________
5. MODELO DE CÁLCULO
ESTRUTURAL
É necessário, portanto, que a análise realizada seja feita com um modelo estrutural o
mais realista possível, para que permita, desta maneira representar corretamente o
comportamento da estrutura e o caminho que as ações percorreram até chegar as
fundações.
Os galpões podem ser modelados com elementos lineares que, de acordo com
Santos (2010), também são conhecidos como barras, ou seja, possuem uma de suas
dimensões bem maior que as demais. Tais elemento podem ser analisados conforme as
seguintes hipóteses:
• Manutenção da seção plana após deformação;
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Foram estudados pelos autores dois modelos. O primeiro modelo, que havia sido
projetado para receber fechamento lateral e permaneceu aberto, foi dimensionado para
momento fletor positivo e negativo em todos os pontos. Na realidade, porém, só apresentou
momento fletor positivo na base do pilar e no meio da viga, e momento negativo na ligação
viga-pilar. De acordo com os resultados encontrados, o momento na base do pilar aumentou
por volta de 35 %; na ligação viga-pilar, 46 %; e no meio da viga, 111 %. A tração no tirante
aumentou cerca de 30 %.
Analisando o segundo modelo, que foi projetado para ser aberto nas laterais, mas foi
fechado durante sua construção, as mudanças são bem mais significativas. Na base do pilar
o momento positivo diminuiu, entretanto surgiu um momento fletor negativo não previsto de -
96,2 kN.m. Na ligação viga-pilar o momento negativo diminuiu, mas surgiu um momento
positivo não previsto de 54,4 kN.m. Da mesma forma, no meio da viga, o momento positivo
diminuiu, mas surgiu um momento negativo de -16,5 kN.m. (SANTOS et. al., 2009)
____________________________________________________________________
Os resultados obtidos, segundo Santos et al. (2009), mostraram que quanto maior o
vão mais estável se torna a estrutura, além disso, as estruturas de vigas com seção T de
altura constante mostraram-se menos susceptíveis aos esforços de segunda ordem, quando
comparadas às de vigas com seção I, mesmo as seções dos pilares mantendo-se iguais.
Com relação às combinações, é interessante registrar que aquelas sem vento apresentaram
resultados mais adversos quanto aos efeitos de segunda ordem, o que permitiu deduzir que
a ação variável de ponte rolante é a mais desfavorável quanto à estabilidade global. O
procedimento utilizado apresentou resultados coerentes e indicou que, para os casos
analisados, a instabilidade global deve ser considerada no projeto estrutural de galpões.
Para situação de projeto existem alguns tipos principais de análise estrutural que se
diferem pelo comportamento admitido para os materiais constituintes da estrutura. Em todos
os modelos de análise estrutural explicados a seguir, admite‐se que os deslocamentos são
pequenos.
____________________________________________________________________
elasticidade, em principio, deve ser o secante (Ecs) que deve ser calculado segundo a
Equação 8:
-./ = 0,852560023456 Equação 8
Onde:
De acordo com a NBR 6118:2004, os efeitos das ações, em tal análise, são
redistribuídos na estrutura, para as combinações de carregamento do ELU. Nesse caso as
condições de equilíbrio e de ductilidade devem ser obrigatoriamente satisfeitas. Todos os
esforços internos são recalculados para garantir o equilíbrio de cada elemento e da estrutura
como um todo. As verificações de combinações de carregamentos de ELS ou de fadiga
podem ser baseadas na análise linear sem redistribuição. De uma maneira geral é desejável
que não haja redistribuição de esforços em serviço.
A NBR 6118 cita ainda que quando as não linearidades puderem ser consideradas a
análise estrutural é considerada plástica, admitindo-se materiais de comportamento rígido-
plástico perfeito ou elasto-plástico perfeito.
____________________________________________________________________
Em tal análise é considerado o comportamento não-linear dos materiais. Para que tal
análise seja feita de maneira correta toda a geometria da estrutura e também a armadura
precisam ser conhecidas, justamente pelo fato de que o comportamento depende de como
tal estrutura foi armada.
Santos (2010) revela que dependendo das alterações ocorridas na geometria pode
ocorrer acréscimo significativo dos esforços, levando até mesmo à instabilidade da
estrutura. Quando o comportamento não‐linear ocasionar a perda da estabilidade, o uso de
uma análise linear (análise de 1ª ordem) gera resultados contra a segurança.
____________________________________________________________________
Figura 34: Momento fletor que atua na seção localizada no meio do elemento
estrutural (Fonte: MELGES, 2009)
• Parâmetro α
De acordo com Carvalho & Pinheiro (2009), uma estrutura poderá ser considerada
como sendo de nós fixos se seu parâmetro de instabilidade α, dado pela Equação 9, for
menos que α1, definido a seguir:
<
α = H9:9 . ;(> Equação 9
? @? )
α1 = 0,2 + 0,1. n se n ≤ 3
α1 = 0,6 se n ≥ 4
Onde:
• Processo P-∆
A segunda análise pode produzir diferentes forças axiais nos elementos se a rigidez
modificada causar uma redistribuição de força. Iterações adicionais, reformulando e
resolvendo as equações de equilíbrio podem ser necessárias, até que as forças axiais e a
deflexão estrutural convirjam, ou seja, até que eles não mudem significativamente de uma
iteração para outra.
De acordo com Santos (2010) a NLF pode ser feita de maneira rigorosa sob a forma
de análise matricial. Este processo demanda grande tempo de processamento e geralmente
é utilizado em situações mais complexas. Uma maneira menos precisa, entretanto mais
simples, é introduzir na análise linear um coeficiente redutor da inércia bruta da seção
transversal dos elementos estruturais. Em seus estudos o autor chegou em um coeficiente
redutor de 0,5, tanto para vigas como para pilares dos pórticos que compõem o galpão.
____________________________________________________________________
6. EXEMPLO NUMÉRICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
A Figura 37 mostra o detalhe da ligação Viga I-pilar feita com chumbadores não
paralelos.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Para o cálculo do vento foi utilizado um programa livre desenvolvido pela Universidade
de Passo Fundo pelo Professor Zacarias M. Chamberlain Pravia. O objetivo principal do
programa Visual Ventos é determinar as Forças Devidas ao Vento em edifícios de planta
retangular e cobertura duas águas de acordo com as prescrições da NBR 6123:1988. Os
dados de entrada do programa são as características geométricas da edificação e as
características do terreno, além disso, deve-se fornecer o tamanho das aberturas para o
cálculo da velocidade e coeficientes de pressão externa e interna, tal como é descrito na
NBR 6123:1988 e detalhado anteriormente no Capitulo 4.
Na primeira tela do programa, mostrada na Figura 40, são fornecidas as
características geométricas. A altura (h) considerada começa no meio do bloco de fundação
até o eixo da viga de cobertura, uma vez que como visto no item 5.1 do Capítulo 5 a
modelagem deve ser feita de acordo com os eixos longitudinais dos elementos.
A segunda tela mostrada na Figura 41 fornece o mapa das isopletas do Brasil onde
pode-se escolher a velocidade básica da região onde a edificação está localizada. Definiu-
____________________________________________________________________
se que a edificação localiza-se na cidade de Atibaia no estado de São Paulo onde pelo
mapa das isopletas pôde-se analisar a velocidade básica do vento.
____________________________________________________________________
Em seguida, é feito o cálculo do fator de rugosidade como pode ser visto na Figura
43. A categoria do terreno e a classe que representam o galpão estudado estão destacados.
____________________________________________________________________
O fator estatístico escolhido foi para uma edificação industrial com baixo fator de
ocupação e o valor do mesmo pode ser verificado na Figura 44.
____________________________________________________________________
O cálculo dos coeficientes de pressão externa nas paredes do galpão para vento
incidindo a 0° e a 90° são calculados de acordo com o que foi exposto no Capítulo 4 e pode
ser visto na Figura 45.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Considerou-se como análise para este trabalho somente as terças com maior área
de influência. As ações atuantes nas mesmas foram igualadas para todas as outras de
forma a facilitar o dimensionamento do elemento. As ações atuantes consideradas nas
terças foram: peso próprio, peso próprio da cobertura metálica, sobrecarga permanente,
carga acidental do vento atuante e de um homem com equipamentos.
____________________________________________________________________
A área da terça vale 262,00 cm² sendo a mesma constituída por concreto cujo peso
especifico γc é igual a 25 kN/m³. O peso próprio da terça pode ser calculado multiplicando a
área da mesma pelo peso especifico do concreto onde se obtém pela Equação 10 o
seguinte resultado:
K
,L
BBC+çE = ÁGHI 2 J5 =
M
2 25 = 0,65 OP/R Equação 10
dividiu-se a ação do vento pelo vão entre os pórticos para descobrir a ação distribuída pela
área, de acordo com a Equação 11:
L,V
)S+TCU =
A largura de influência das terças vale 2,90 m que é o espaçamento entre as terças
intermediárias, portanto a ação do vento atuante na terça é obtida pelo produto da largura
de influência e a ação do vento por área, de acordo com a Equação 12. A Figura 52 mostra
a distribuição da ação do vento na terça.
____________________________________________________________________
Segundo Bellei (2000), pode-se dizer que em coberturas metálicas deve ser
consideradas uma carga acidental de um homem com equipamentos para montagem e
manutenção, portanto considera-se uma carga concentrada de 100 kg. A localização de tal
carga para efeito de momento fletor é com o homem localizado no meio do vão e para efeito
de cisalhamento escolhe-se colocar a carga diretamente sobre o apoio, tal como mostrado
nas Figura 55 e Figura 56.
____________________________________________________________________
6.2.3.1 Fases
Para o cálculo da terça devem ser consideradas as seqüências dos intervalos entre
as fases de carregamentos descritas na Tabela 10.
Tabela 10: Seqüência de intervalos entre as etapas, ações atuantes, seções e perdas
consideradas.
____________________________________________________________________
A Tabela 11 mostra os valores das cargas e ações atuantes nas terças de acordo
com o calculado anteriormente no Item 6.2.2.
____________________________________________________________________
Área 0,0262 m²
ycg 0,1881 m
Inércia 2x10-4 m4
yi 0,1881 m
ys 0,1119 m
Wi 1,06x10-3 m³
Ws 1,79x10-3 m³
_ ≥ 0,7 4.[ObTc ≥ 0,7 2 0,3 2 34.O ≥ 0,7 2 0,3 2 √40 = −2,46 fBI
d d
Equação 15
____________________________________________________________________
_ ≥0 Equação 16
Desta forma, a máxima tensão a ser aplicada é de 1453 MPa, ou 145,3 kN/cm2.
Nesta etapa é feita uma estimativa do número de cabos pelo estado limite de
fissuração adotando-se uma perda de 20% no tempo infinito. Portanto, o valor da tensão no
tempo infinito pode ser calculado de acordo com a Equação 18. É feito uma verificação para
os dois ELS onde se obtêm um número de área de cabos estimado para cada um.
____________________________________________________________________
∴ * ≥ 0,61 .R²
∴ * ≥ 0,71 .R²
_,Ch
= _b 20,975 = 145,3 2 0,975 = 141, 67 OP/.R² Equação 21
____________________________________________________________________
V
,Ku
,
V
,Ku
,
u
,
L
V
,Ku lk
V
,Ku lk u
,
,
L
_{| = +
+ + + ≥ − 3078
,
K
,u
,
K
,u
,u
De acordo com Inforsato (2009), as perdas iniciais podem ser divididas como se
indica a seguir.
Deformação por ancoragem: tal perda foi calculada considerando uma pista de 150
m de comprimento e uma acomodação da cunha do macaco de 0,6 cm. O cálculo da
mesma pode ser visto na Equação 23;
∆ u k
,
K u u
∆_ET5U = = = 0,80 OP/.R² Equação 23
L
____________________________________________________________________
Assim:
CxC
,
L
([, [
) =
144,5
= = 0,76
190
Para cordoalha de baixa relaxação e com 76% da resistência a tração, obtém-se por
interpolação da tabela 8.3 da NBR 6118:2004 o valor de
x0
,
L
(1,0) = 3,6. V
,K = 1,772 Equação 26
____________________________________________________________________
Com:
P f − f
_5,Us,bTc = + . H
*
-
=
-5b
Considerando-se:
V,K
,Lx,
L
_5,Us,bTc = + . 0,1531 = 16054,80 OP/.R²
,
K u
2210L
= = 7,14
28000
____________________________________________________________________
A temperatura média foi tomada como 30ºC, umidade relativa do ar de 80% e slump
do concreto de 9 cm. O tempo infinito foi tomado com 10000 dias.
____________________________________________________________________
Sendo:
- 200000
= = = 5,65
-5b 56002√40
No caso da perda por fluência são calculados dois valores uma vez que existem dois
carregamentos acidentais (o do homem e o vento) e como cada um possui um coeficiente
Ψ2, será escolhido o valor de perda que for maior entre os dois.
Substituindo os valores na Equação 28, temos:
∆_,5,bTc =
,
,
x ,
L
,Lu
,
L
L,VVu
,
L
5,652
,
K + u
20,1531 23,288 − u
. 1,918 − u
. 1,571 −
0,3.2,520,15312
0,3.2,5 0,15312210− .1,38=20,77 OP/.R²
10−4.1,38=20,77
____________________________________________________________________
∆_,{ = ¢([, [
)2- = −2,21210xV 2 2210V = −4,42 OP/.R² Equação 29
∆σ¤ = σ
. χ(t, t
) Equação 30
Com:
§([, [
) = −ln [1 − ([i , [
)]
Com:
([i , [
) = 2,50.
____________________________________________________________________
}k
,V
=
=
= 0,69
([i , [
) = 2,50.2,38 = 5,95
5,95
§([, [
) = − ln 1 − = 6,13 2 10x
100
Com:
§,bTc = 1 + §([i , [
)bTc = 1 + 6,13210x = 1,06
§5 = 1 + 0,5. ([, [
) = 1 + 0,5 2 3,288 = 2,644
*5
´bTc = 1 + H . = 4,07
5
*
µ = = 3,85210x
*5
Seguindo a seqüência descrita por Inforsato (2009), após os cálculos das perdas de
protensão no tempo infinito, é possível fazer as verificações das tensões, lembrando que o
tipo de protensão aplicada neste exemplo é a protensão limitada.
Deve-se lembrar que devido ao tipo de protensão, as seguintes condições devem ser
analisadas:
• Estado limite de formação de fissuras (Ψ1 = 0,4 (Homem) e 0,3 (Vento));
• Estado limite de descompressão (Ψ2 = 0,3 (Homem) e 0,0 (Vento)).
As verificações agora devem ser feitas admitindo as perdas reais calculadas no Item
6.2.3.8. São avaliadas as tensões nas bordas superior e inferior da terça, considerando
momento máximo e mínimo, onde um ocorre com o vento atuando e outro com a carga
acidental do homem.
Sendo:
____________________________________________________________________
Borda Inferior
Borda Superior
Sendo:
Borda Inferior
____________________________________________________________________
Borda Superior
f¶ = 24,27 OP. R
____________________________________________________________________
n¹ KV,KL
·f¸ = = = 0,0576
,
.
,KLM .V
¼
,V
Equação 32
º» .¶ M .c¹
.kx = 0,0878
Kz = 0,9649
εs = 10,0 ‰
Sendo a tensão final no cabo de 104,51 kN/cm2 (1045,10 MPa), pode-se utilizar a
publicação de Vasconcelos apud Inforsato (2009) na determinação da parcela de ε do aço
de protensão. A tabela publicada por Vasconcelos (Tabela 15) indica o pré-alongamento na
armadura ativa de acordo com a tensão atuante no cabo.
εp = 5,36‰
____________________________________________________________________
εp,final = εp + εs
εp,final = 15,36‰
f¾ 24,27
* = = = 0,72 .R2
(·Ã). ¾. _/ 0,9649.0,265. 150,84¼1,15
____________________________________________________________________
Utilizando uma planilha (Tabela 16) desenvolvida com base na teoria de Carvalho e
Figueiredo (2007), temos a armadura negativa necessária para combater o momento
solicitante.
De acordo com Inforsato (2009), para a estimativa das flechas deve-se determinar o
momento de fissuração da peça para duas situações: a primeira é com a ação do peso
próprio e a protensão, após ocorrida as perdas imediatas; a segunda é no tempo infinito,
onde já decorreram todas as perdas devido a protensão. Primeiramente calcula-se o
momento de fissuração (Mr) logo após as perdas imediatas, através da Equação 34:
jk
f = . 45C + l
. Äb + f Equação 34
Onde:
d 6j
45C = 45C,z = 0,3. ;456,Å = 0,3. √25 = 2565 zM
d
Equação 35
Assim:
131,78
f = 1,2.2565 + . 1,06. 10x + 20,18 = 28,77 OP. R
0,0262
Como se tem Mg1 = 8,125 kN.m, menor que o momento de fissuração, a peça não
fissura.
jk
f = . 45C . Äb,5Uz + . Äb + f Equação 38
l
Sendo:
d
45C = 45C,z = 0,3. ;456 = 0,3. 340 = 3509 OP/R
d
____________________________________________________________________
105,56
f = 1,5.3509.1,06. 10x + . 1,06. 10x + 16,16 = 24,92 OP. R
0,0262
L..
I
= = 1,7,78 RR Equação 40
V. .
5. . Æ V
I = = 3,37 RR
384. -5 .
Entretanto, com t=15 dias, o concreto tem a seguinte resistência β1.fck, dada pela
Equação 41:
____________________________________________________________________
¼
É
= H2 / 1 − 28¼[%
¡ = 0,929
L..
I = V. = 9,41 RR Equação 42
.
). Æ
I = = 3,46 RR
48. -5 .
Tal valor é determinado a partir das relações indicadas por Inforsato (2009).
Primeiramente, calcula o valor da tensão considerando as perdas iniciais:
_b = 130,47OP/.R²
Np = 131,78 kN
____________________________________________________________________
nk . M
,
.
M
I = . = .,
.
Ë ..
= −43,45 RR Equação 43
.
De acordo com Inforsato (2009), pode-se considerar que as perdas diferidas também
promovem uma flecha na peça (ou uma perda da contra-flecha). Esta é dada pela Equação
44:
∆nk .M
∆I = Equação 44
. .
∆f = f,Ch
− f,Chi
Com:
,L.∅.}kp
ƺC = Equação 45
K.cÍk¹
Sendo
____________________________________________________________________
d
,
. √LM
45C¶ =
,V
= 0,12825 OP/.R (momento logo após a protensão, com fcj)
Assim:
Vsd = 8,36 kN
____________________________________________________________________
Na verificação da biela, a força cortante de cálculo deve ser comparada com o valor
de VRd,2, que representa a força resistente das diagonais comprimidas, de acordo com
Carvalho e Figueiredo (2007) e indicada na Equação 46.
456 40
Ñ = 1 − =1− = 0,84
250 250
A parcela de força cortante absorvida pela armadura (Vsw) pode ser considerada
juntamente com a atuação da força de protensão (promove um alívio na força). A força de
protensão pode ser considerada no auxílio, com o desconto a partir do valor de Vc, dado
pela Equação 47.
n
Y5 = Y5
. 1 + Equação 47
n¹,ÓÔÕ
Com:
Y5
= 0,6. 45C¶ . Ò . ¾ = 0,6.1754.0,065.0,265 = 18,13 OP
¼
0,7.0,3. 456
45C¶ = = 1754 OP/R
1,4
____________________________________________________________________
O valor de M0 é dado a partir da tensão dos cabos a 13,25 cm do apoio (no tempo
infinito), dado pela relação linear indicada na Figura 57.
Òp
f
= J . P,i + Jc . Ps %. + J . f Equação 48
l
1,06. 10x
f
= (0,9.16,50 + 0). + 0,9.2,53 = 2,90 OP. R
0,0262
____________________________________________________________________
Msd,Max = 1,22 kN.m (os coeficientes das ações permanentes já foram considerados
na análise)
2,90
Y5 = 18,13. 1 + = 61,22 OP < 2. Y5
1,22
*{Ò
Y{Ò = . 0,9. ¾. 4gÒ¶
/
Sendo
Para garantir ductilidade à ruína por cisalhamento a armadura transversal deve ser
suficiente para suportar o esforço de tração resistido pelo concreto na alma, antes da
formação de fissuras de cisalhamento.
____________________________________________________________________
d
0,2 .0,3. ;456 0,2 .3,509
*{Ò ≥ . Ò . /. /HZ = . 6,5.100. /HZ90 = 0,91 .R²/R
4gÒ6 500
O pórtico intermediário é composto por três pilares sendo eles com dimensão 30X50
cm e duas vigas I com seção 30X40 cm. A Figura 58 mostra o pórtico intermediário
modelado no programa STRAP®, sendo que a modelagem foi feita considerando o eixo dos
elementos que compõem o pórtico. Para consideração do consolo são modelados
elementos com rigidez grande chamados de offset que são responsáveis por definir o
momento causado devido à excentricidade do carregamento da viga em relação ao pilar. A
ligação viga-pilar será considerada como sendo articulada conforme já discutido
anteriormente.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
6.2.5.1 Fases
Para o cálculo da viga devem ser consideradas as seqüências dos intervalos entre
as fases de carregamentos descritas na Tabela 18.
Tabela 18: Seqüência de intervalos entre as etapas, ações atuantes, seções e perdas
consideradas.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Pela planilha a armadura necessária é menor que zero, portanto não é necessário o
uso de armadura ativa na parte superior da viga.
De acordo com Inforsato (2009), as perdas iniciais podem ser divididas como se
indica a seguir. As mesmas foram calculadas com auxílio da planilha desenvolvida.
Deformação por ancoragem: tal perda foi calculada considerando uma pista de 150
m de comprimento e uma acomodação da cunha do macaco de 0,6 cm. O cálculo da
mesma pode ser visto na Figura 67;
Pista 150,0 m
∆l 0,60 cm
Ecord 2,00E+04 kN/cm2
2
∆σanco 0,80 kN/cm
Figura 67: Perda por deformação por ancoragem
Relaxação da armadura:
Pela Figura 68, pode-se observar o valor da perda por relaxação da armadura.
σp 144,50 kN/cm2
R 0,76
ψ1000 3,1 %
ψ(t,t0) 1,772 %
Pela Figura 69, pode-se observar o valor da perda por relaxação da armadura.
____________________________________________________________________
Portanto, no tempo zero a perda resultou em uma tensão de 128,06 kN/cm² na borda
inferior, o que equivale a uma perda de 11,86%.
A temperatura média foi tomada como 30ºC, umidade relativa do ar de 80% e slump
do concreto de 9 cm. O tempo infinito foi tomado com 10000 dias.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
A variação na tensão do cabo representante devido a esta perda é dada pela Figura
72:
____________________________________________________________________
3) Relaxação da armadura
σp,r)
(∆σ
Rinf 0,68
Rsup ***
Cordoalhas inferiores
ψ1000 2,26 %
ψ(∞,1) 5,65 %
Cordoalhas inferiores
χ(∞,1) 5,82E-02
Cordoalhas inferiores
∆σp,r 7,45 kN/cm2
A simultaneidade das perdas também foi calculada pela planilha de acordo com o
que foi feito no cálculo da terça e pode ser vista na Figura 73.
____________________________________________________________________
A verificação das tensões nos estados limite de serviço, também foram planilhadas e
podem ser vistas na Figura 74.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Portanto, como pode ser visto as tensões nas fibras, superior e inferior, nos casos
dos estados limite de serviço estão dentro dos limites estabelecidos.
____________________________________________________________________
f¶ = 249,00 OP. R
n¹ V
·f¸ = = = 0,2371
,
.
,LM .V
¼
,V
º» .¶ M .c¹
Equação 49
.kx = 0,4189
Kz = 0,8324
εs = 4,73 ‰
Sendo a tensão final no cabo de 106,64 kN/cm2 (1066,40 MPa), pode-se calcular,
segundo Carvalho (2009), o pré-alongamento εp pela Lei de Hooke. Portanto:
_,i 1066,40
¢ = = = 5,33 ‰
- 2210L
εp,final = εp + εs
____________________________________________________________________
f¾ 249
* = = = 6,61 .R2
(·Ã). ¾. _/ 0,8324.0,35. 148,62¼1,15
Como não há momento negativo sendo aplicado na viga quando tais ações atuam,
opta-se por utilizar 4 porta-estribos de 8mm.
A estimativa de flechas também foi feita de acordo com a planilha Excel e os cálculos
da mesma podem ser vistos na Figura 75.
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Como o limite para a flecha em vigas estabelecido pela NBR 6118:2004 é L/250, a
flecha final da mesma está dentro do limite, pois a viga possui 15 metros e, portanto, a
flecha limite é de 6 cm.
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Como a armadura calculada para o ELS-F é menor que aquela calculada para o ELU
pode-se substituir essa diferença de armadura equivalente por armadura frouxa, finalizando
assim o dimensionamento da armadura longitudinal, ou seja, isolando-se os cabos. A
planilha desenvolvida verifica se a tensão no tempo zero supera ou não os limites
estabelecidos e a mesma pode ser visualizada na Figura 76.
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Vc1 = 22,23 kN
Vc2 = 31,3 kN
Vc3 = 18,76 kN
Assim:
Vsd = 73,14 kN
456 40
Ñ = 1 − =1− = 0,84
250 250
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Y5
= 0,6. 45C¶ . Ò . ¾ = 0,6.1754.0,17.0,35 = 62,62 OP
¼
0,7.0,3. 456
45C¶ = = 1754 OP/R
1,4
O valor de M0 é dado a partir da tensão dos cabos a 17,5 cm do apoio (no tempo
infinito) e vale 18,17 kN/cm².
0,0074
f
= (0,9.128,50 + 0). + 0,9.19,78 = 26,70 OP. R
0,0964
Msd,Max = 12,75 kN.m (os coeficientes das ações permanentes já foram considerados
na análise)
26,70
Y5 = 62,62. 1 + = 193,75 OP < 2. Y5
12,75
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Sendo:
d
0,2 .0,3. ;456 0,2 .3,509
*{Ò ≥ . Ò . /. /HZ = . 17.100. /HZ90 = 2 .R²/R
4gÒ6 500
Para o cálculo da armadura no ELU foi feita uma análise não-linear onde foi
considerada a fissuração da peça com o coeficiente redutor de inércia e os efeitos da não
linearidade geométrica, onde se utilizou o método iterativo P-∆, já explicado no Capítulo 5.
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¶ = J 26 + J 2
6 Equação 51
Onde:
A Tabela 23 mostra os coeficientes γ utilizados para multiplicar cada uma das ações.
Ação γ
Permanente 1,4
Variável 1,4
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De acordo com Carvalho & Pinheiro (2009) o ábaco para tal relação é o A-4,
considerando a armadura simétrica e pode ser visto na Figura 82.
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Û=
j¹
0,03 Equação 53
º.Ù.c¹
,.
,L.V
¼ ,V
n¹
Ü 0,11 Equação 54
l .Ù.c¹
,.
,L.V
¼ ,V
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Ý.l .c¹
,L.
,.
,L.V
¼
,V
*{ cÞ¹
= L
¼ = 24,64 .R² Equação 55
,
L
Como a armadura é simétrica são necessários 12,32 cm² de cada lado, ou seja, o
arranjo também será de 4 barras de 20 mm, porém a seção analisada pelo ábaco é a do tipo
cheia o que não mostra a realidade uma vez que o pilar aqui calculado possui um furo para
a passagem de um tubo de água pluvial, por tal motivo utilizou-se o programa Obliqua,
desenvolvido pelo Centro de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná. A seção
de concreto não é simétrica, razão pela qual deve ser verificado o momento a esquerda e a
direita.
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A armadura está dentro dos limites estabelecidos pela NBR 6118:2004, pois a
armadura é superior a 4% da área da seção do pilar e inferior a 8% da mesma.
Por não ser economicamente viável levar todas as barras até o topo, verifica-se o
valor de momento onde apenas duas barras resistam ao momento fletor atuante na face do
pilar, escolhe-se manter duas barras da face por 6 metros para aproveitar uma barra de 12m
e cortá-la ao meio, porém deve-se verificar o comprimento de ancoragem necessário e
também o momento fletor em tal ponto. Considerando que no STRAP o pilar foi modelado
desde a metade do bloco até a metade da viga I, deve-se considerar ainda uma soma de 40
cm, no comprimento do pilar, onde se localiza realmente o final dele. O cálculo da
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∅ cÞ¹
ƺ V
2 c͹
Equação 56
dM
,
;cß
4º¶ = ´
. ´ . ´ .
,V
Equação 57
Onde:
fck = 40 MPa
Portanto, lb vale:
20 500
ƺ = 2 = 110 RR = 11 .R
4 1,1523,95
ƺ,zbT ≥ 0,3 ƺ
ƺ,zbT ≥ 10∅
ƺ,zbT ≥ 100 RR
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ѹ,ÓÔ
I ¾. . 2 (1 + .\[ ∝) − .\[ ∝ ≥ 0,5¾ Equação 58
ѹ,ÓÔÕ x Ñ %
Porém, como Vsd,Max é menor que Vc o cálculo não se aplica, razão pela qual decidiu-
se fazer o cálculo do máximo al a partir da treliça de Mörsch, considerando que o menor
ângulo que a biela pode ter é o de 30°. A Figura 85 mostra a treliça de Mörsch considerada
para o cálculo de al.
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A armadura de cisalhamento foi calculada como sendo para uma viga e verificada
para as recomendações da norma quando se trata de um pilar.
Vsd = 58 kN
456 40
Ñ 1 − =1− = 0,84
250 250
Y5
= 0,6. 45C¶ . Ò . ¾ = 0,6.1754.0,3.0,458 = 144,60 OP
¼
0,7.0,3. 456
45C¶ = = 1754 OP/R
1,4
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d
0,2 .0,3. ;456 0,2 .3,509
*{Ò ≥ . Ò . /. /HZ = . 30.100. /HZ90 = 4,2 .R²/R
4gÒ6 500
Bitola
∅C ≥ 5RR \^ ∅ /4
Espaçamento
O recomendado pela NBR está inferior ao calculado para uma viga, portanto
mantém-se ϕ 6,30 mm a cada 15 cm.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste trabalho percebeu-se que a análise estrutural de galpões compostos
por elementos pré-fabricados apresenta muitas especificidades, uma vez que podem ser
feitos muitos arranjos estruturais onde se variam a altura, a distância entre pórticos, as
peças pré-fabricadas e as ligações entre as mesmas. Portanto, percebeu-se que apesar de
parecer simples, o cálculo de galpões pré-moldados é trabalhoso, pois exige muita atenção
aos detalhes de peças.
Em relação a viga I protendida acredita-se que a mesma esteja com muita armadura
ativa inferior e que o fato de ter sido necessário isolar 5 cabos fez com que a seção não
fosse aproveitada na sua melhor maneira. Além disso, isolar cabos é muito trabalhoso para
fábricas e perde-se um tempo grande para fazê-lo na pista de protensão. Por isso, julga-se
que o ideal para o exemplo resolvido seria aumentar a seção da viga I para que se pudesse
aproveitar melhor o elemento (otimizar a relação seção de concreto / quantidade de
amadura ativa).
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Apesar de tratar de assuntos conhecidos pela aluna, sentiu-se uma dificuldade muito
grande para organização das tipologias e considerações de cálculo para galpões, uma vez
que a literatura no assunto é muito escassa.
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8. REFERÊNCIAS
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MARTHA, L. F.; Ftool – Two-Dimensional Frame Analysis Tool – Versão 2.12. 2008.
Programa livre educacional (TECGRAF/PUC-Rio – Grupo de Tecnologia em Computação
Gráfica) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC RJ, Rio de Janeiro – RJ,
2008.
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PRAVIA, Z. M. C. Visual Ventos Versão 2.0.2. 2008. Programa livre educacional (FEAR –
Faculdade de Engenharia e Arquitetura) – Universidade Passo Fundo – UPF MG, Minas
Gerais – MG, 2008.
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SCHEER, S. et al. Obliqua Versão 1.0. 2005. Programa livre educacional (PET – Programa
Especial de Treinamento da UFPR) – Universidade Federal do Paraná – UFPR PR, Curitiba
– PR, 2008.
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9. APÊNDICE A
O Apêndice A mostra as plantas de locação de pilares e cobertura do galpão
estudado no exemplo numérico, bem como seus cortes e elevações. O apêndice mostra
ainda os detalhamentos das peças calculadas no Capítulo 6.
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