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Texto de apoio n.

º 6

Vicissitudes Contratuais

SECÇÃO I – Transmissão de empresa ou estabelecimento (artigos 285.º a 287.º)


Artigo 285.º
Efeitos de transmissão de empresa ou estabelecimento
1 - Em caso de transmissão, por qualquer título, da titularidade de empresa, ou estabelecimento ou ainda
de parte de empresa ou estabelecimento que constitua uma unidade económica, transmitem-se para o
adquirente a posição do empregador nos contratos de trabalho dos respetivos trabalhadores, bem como a
responsabilidade pelo pagamento de coima aplicada pela prática de contraordenação laboral.
2 - O transmitente responde solidariamente pelas obrigações vencidas até à data da transmissão, durante
o ano subsequente a esta.
3 - O disposto nos números anteriores é igualmente aplicável à transmissão, cessão ou reversão da
exploração de empresa, estabelecimento ou unidade económica, sendo solidariamente responsável, em
caso de cessão ou reversão, quem imediatamente antes tenha exercido a exploração.
4 - O disposto nos números anteriores não é aplicável em caso de trabalhador que o transmitente, antes da
transmissão, transfira para outro estabelecimento ou unidade económica, nos termos do disposto no
artigo 194.º, mantendo-o ao seu serviço, exceto no que respeita à responsabilidade do adquirente pelo
pagamento de coima aplicada pela prática de contraordenação laboral.
5 - Considera-se unidade económica o conjunto de meios organizados com o objetivo de exercer uma
atividade económica, principal ou acessória.
6 - Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto no n.º 1 e na primeira parte do n.º 3.
Artigo 286.º
Informação e consulta de representantes dos trabalhadores
1 - O transmitente e o adquirente devem informar os representantes dos respetivos trabalhadores ou, caso
não existam, os próprios trabalhadores, sobre data e motivos da transmissão, suas consequências jurídicas,
económicas e sociais para os trabalhadores e medidas projetadas em relação a estes.
2 - A informação referida no número anterior deve ser prestada por escrito, antes da transmissão, em
tempo útil, pelo menos 10 dias antes da consulta referida no número seguinte.
3 - O transmitente e o adquirente devem consultar os representantes dos respetivos trabalhadores, antes
da transmissão, com vista à obtenção de um acordo sobre as medidas que pretendam aplicar aos
trabalhadores na sequência da transmissão, sem prejuízo das disposições legais e convencionais aplicáveis
a tais medidas.
4 - Para efeitos dos números anteriores, consideram-se representantes dos trabalhadores as comissões de
trabalhadores, bem como as comissões intersindicais, as comissões sindicais ou os delegados sindicais das
respetivas empresas.
5 - Constitui contraordenação leve a violação do disposto nos n.os 1, 2 ou 3.
Artigo 287.º
Representação dos trabalhadores após a transmissão
1 - Caso a empresa ou estabelecimento mantenha a autonomia após a transmissão, o estatuto e a função
dos representantes dos trabalhadores afetados por esta não se alteram, desde que se mantenham os
requisitos necessários para a instituição da estrutura de representação coletiva em causa.
2 - Caso a empresa, estabelecimento ou unidade económica transmitida seja incorporada na empresa do
adquirente e nesta não exista a correspondente estrutura de representação coletiva dos trabalhadores
prevista na lei, a existente na entidade incorporada continua em funções por um período de dois meses a
contar da transmissão ou até que nova estrutura entretanto eleita inicie as respetivas funções ou, ainda,
por mais dois meses, se a eleição for anulada.
3 - No caso de incorporação de estabelecimento ou parte de empresa ou estabelecimento prevista no
número anterior:
a) A subcomissão exerce os direitos próprios de comissão de trabalhadores durante o período em que
continuar em funções, em representação dos trabalhadores do estabelecimento transmitido;
b) Os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho afetos à entidade
incorporada exercem os direitos próprios desta estrutura, nos termos da alínea anterior.
4 - Os membros de estrutura de representação coletiva dos trabalhadores cujo mandato cesse, nos termos
do n.º 2, continuam a beneficiar da proteção estabelecida nos n.os 3 a 6 do artigo 410.º ou em
instrumento de regulamentação coletiva de trabalho, até à data em que o respetivo mandato terminaria.

SECÇÃO II – Cedência ocasional de trabalhador (artigos 288.º a 293.º)


Artigo 288.º
Noção de cedência ocasional de trabalhador
A cedência ocasional consiste na disponibilização temporária de trabalhador, pelo empregador, para
prestar trabalho a outra entidade, a cujo poder de direção aquele fica sujeito, mantendo-se o vínculo
contratual inicial.
Artigo 289.º
Admissibilidade de cedência ocasional
1 - A cedência ocasional de trabalhador é lícita quando se verifiquem cumulativamente as seguintes
condições:
a) O trabalhador esteja vinculado ao empregador cedente por contrato de trabalho sem termo;
b) A cedência ocorra entre sociedades coligadas, em relação societária de participações recíprocas, de
domínio ou de grupo, ou entre empregadores que tenham estruturas organizativas comuns;
c) O trabalhador concorde com a cedência;
d) A duração da cedência não exceda um ano, renovável por iguais períodos até ao máximo de cinco anos.
2 - As condições da cedência ocasional de trabalhador podem ser reguladas por instrumento de
regulamentação coletiva de trabalho, com exceção da referida na alínea c) do número anterior.
3 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 1.
Artigo 290.º
Acordo de cedência ocasional de trabalhador
1 - A cedência ocasional de trabalhador depende de acordo entre cedente e cessionário, sujeito a forma
escrita, que deve conter:
a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das partes;
b) Identificação do trabalhador cedido;
c) Indicação da atividade a prestar pelo trabalhador;
d) Indicação da data de início e da duração da cedência;
e) Declaração de concordância do trabalhador.
2 - Em caso de cessação do acordo de cedência ocasional, de extinção da entidade cessionária ou de
cessação da atividade para que foi cedido, o trabalhador regressa ao serviço do cedente, mantendo os
direitos que tinha antes da cedência, cuja duração conta para efeitos de antiguidade.
3 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto na alínea e) do n.º 1 ou no n.º 2 e constitui
contraordenação leve a violação de qualquer dos demais preceitos do n.º 1.
Artigo 291.º
Regime de prestação de trabalho de trabalhador cedido
1 - Durante a cedência ocasional, o trabalhador está sujeito ao regime de trabalho aplicável ao cessionário
no que respeita ao modo, local, duração de trabalho, suspensão do contrato de trabalho, segurança e
saúde no trabalho e acesso a equipamentos sociais.
2 - O cessionário deve informar o cedente e o trabalhador cedido sobre os riscos para a segurança e saúde
inerentes ao posto de trabalho a que este é afeto.
3 - Não é permitida a afetação de trabalhador cedido a posto de trabalho particularmente perigoso para a
sua segurança ou saúde, salvo quando corresponda à sua qualificação profissional específica.
4 - O cessionário deve elaborar o horário de trabalho de trabalhador cedido e marcar o período das férias
que sejam gozadas ao seu serviço.
5 - O trabalhador cedido tem direito:
a) À retribuição mínima que, em instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável ao cedente
ou ao cessionário, corresponda às suas funções, ou à praticada por este para as mesmas funções, ou à
retribuição auferida no momento da cedência, consoante a que for mais elevada;
b) A férias, subsídios de férias e de Natal e outras prestações regulares e periódicas a que os trabalhadores
do cessionário tenham direito por idêntica prestação de trabalho, em proporção da duração da cedência.
6 - A cedência de trabalhador a uma ou mais entidades deve observar as condições constantes do contrato
de trabalho.
7 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nos n.os 2, 3, 4 ou 5.
Artigo 292.º
Consequência de recurso ilícito a cedência ou de irregularidade do acordo
1 - A cedência ocasional de trabalhador fora das condições em que é admissível, ou a falta do acordo nos
termos do n.º 1 do artigo 290.º confere ao trabalhador cedido o direito de optar pela permanência ao
serviço do cessionário em regime de contrato de trabalho sem termo.
2 - O direito previsto no número anterior pode ser exercido até ao termo da cedência, mediante
comunicação ao cedente e ao cessionário por carta registada com aviso de receção.
Artigo 293.º
Enquadramento de trabalhador cedido
1 - O trabalhador cedido não é considerado para efeito da determinação das obrigações do cessionário que
tenham em conta o número de trabalhadores empregados, exceto no que respeita à organização dos
serviços de segurança e saúde no trabalho.
2 - O cessionário deve comunicar à comissão de trabalhadores o início da utilização de trabalhador em
regime de cedência ocasional, no prazo de cinco dias úteis.
3 - Constitui contraordenação leve a violação do disposto no número anterior.

SECÇÃO III – Redução da atividade e suspensão de contrato de trabalho

SUBSECÇÃO I – Disposições gerais sobre a redução e suspensão (artigos_294.º e 295.º)


SUBSECÇÃO II – Suspensão de contrato de trabalho por facto respeitante a trabalhador (artigos 296.º e
297.º)
SUBSECÇÃO III – Redução temporária do período normal de trabalho ou suspensão do contrato de
trabalho por facto respeitante ao empregador
DIVISÃO I – Situação de crise empresarial (artigos 298.º a 308.º)
DIVISÃO II – Encerramento e diminuição temporários de atividade (artigos 309.º a
316.º)
SUBSECÇÃO IV – Licença sem retribuição (artigo 317.º)
SUBSECÇÃO V – Pré-reforma (artigos 318.º a 322.º)

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