Está en la página 1de 484

Pablo A . Pozzi y Claudio Pérez (eds.

Por el camino del Che


Las guerrillas latinoamericanas 1959-1990

J
La Red Latinoamericana de Historia Oral (RELAHO) es
un espacio académico de articulación, intercambio y
difusión de la investigación que se realiza en diversos
países de América latina sobre la historia del presente,
basada tanto en las fuentes tradicionales de la historia,
como en la memoria oral de nuestros pueblos, propug­
nando el uso de las fuentes orales de la misma manera
que otros recursos recientes. En 1992, historiadores
orales de México, Argentina y Brasil se reunieron en la
ciudad de San Pablo, Brasil, para debatir acerca de la
necesidad y la posibilidad de organizar reuniones periódi­
cas. En 1995, un más diverso y nutrido grupo de latinoa­
mericanos asistieron a un congreso en la ciudad de Nueva
York, organizado por la Oficina de Historia Oral de la
Biblioteca de la Universidad de Columbia, en donde se
discutieron posibles temas de historia comparativa y
estrategias para crear vínculos, entre ellos la creación de
una red de historia oral en la región. Pero fue hasta el
2005, en el marco del congreso de historia oral en
Colombia, que la idea de una organización y de reuniones
periódicas adquirió cuerpo y figura. Posteriormente hubo
un segundo y un tercer encuentro latinoamericano de
historia oral: Panamá en 2007 y Nicaragua en 2009. En
este último no solo se votó hacer un siguiente encuentro
en Venezuela para el 2011, sino que se propusieron
algunos pasos concretos para consolidar la actual organi­
zación
Por el camino del Che
Las guerrillas latinoamericanas
1959-1990
Pablo A. Pozzi - Claudio Pérez
(editores)

Por el camino del Che


Las guerrillas latinoamericanas
1959-1990

Instituto Inlerdiscipfinarío ^
de Estudios e Investigaciones & D C ¡ I F L J ■ " '. • 'l
de América Latina w> ( ^ - ‘ÍTÍ /W V l \ C l a > I I , ..
Facultad de Filosofía y Letras A C A P tjw ? Reo u tin o .m .fic a K . d . m .io ri. o.m j^ Y IT N 1 > 1
COLECCIÓN EN DEFENSA DE LA HISTORIA
D irigida p o r Pablo Pozzi

Pablo A. Pozzi y C laudio P érez (ed ito re s)


Por el cam in o d el Che. Las g u errillas la tin o a m e ric a n a s 1 9 5 9 -1 9 9 0 .
l a ed . B uenos A ires: Im ag o M undi, 2 0 1 1 .
4 8 0 p. 2 2 x 1 5 cm
ISBN 9 7 8 -9 5 0 -7 9 3 -1 3 4 -5
1. H isto ria P olítica L a tin o a m e ric a n a . I. Pozzi, P ablo, e d . lit. II. P érez,
C laudio, ed. lit.
CDD 3 2 0 .9 8 0
Fecha d e cata lo g ació n : 0 2 /0 6 /2 0 1 1

© 2 0 1 2 , Pablo A. Pozzi y C laudio Pérez


© 2 0 1 2 , E diciones Im ag o M u ndi
D istribución: Av. E n tre Ríos 1055, local 36, CABA
e m a il: info@ im agom undi.coni.ar
w e b s it e :www.imagomundi.com. a r
D iseño y a rm a d o de in terio r: A lberto M oyano, h ech o con il£
D iseño de tap a: A lejan d ra Spinelli
F o to g rafía d e ta p a y c o n tra ta p a : págs. 1 9 8 -1 9 9 d el lib ro Che desde la
m em o ria , O cean S ur
H echo el d ep ó sito que m arca la ley 1 1 .723
Im p reso e n A rg en tin a. T ira d a de esta edició n : 1 .0 0 0 e je m p la res

Este libro se term in ó de im p rim ir en el m es de o ctu b re de 2 0 1 2 en G ráfica


S an M artín , P u e y rre d ó n 2 1 3 0 , S an M artín , p ro v in cia d e B u en o s A ires,
R epública A rg e n tin a . N in g u n a p a rte d e e sta p u b lic a c ió n , in c lu id o el
diseño de cu b ierta, p u e d e se r rep ro d u c id a , a lm a c e n a d a o tra n sm itid a de
m an era alg u n a ni p o r n in g ú n m edio, ya sea eléctrico, quím ico, m ecánico,
ó p tico , d e g ra b a c ió n o d e fo to co p ia , sin p e rm iso p rev io p o r esc rito d e l
editor.
índice general

Pablo A. Pozzi y Claudio Pérez


I n tr o d u c c ió n : e s t u d ia r la g u e r r illa la tin o a m e r ic a . . . . IX
1 Félix Ojeda Reyes
Los q u e tu m b a r o n a T ru jillo . P u e r to R ico e n la s
e x p e d ic io n e s d e 1 9 5 9 ............................................................................. 1
2 Ernesto José Salas
« U tu ru n c o s » . Los o r íg e n e s d e la g u e r r illa p e r o n i s ta
( 1 9 5 9 - 1 9 6 0 ) ............................................................................................. 23
3 José Luis M oreno Borbolla
U n a v is ió n re tr o s p e c tiv a d e lo s m o v im ie n to s a r m a d o s e n
M éx ico . M o v im ie n to A rm a d o S o c ia lis ta (1 9 6 5 - 1 9 8 0 ) . . . 53
4 Denise Rolletnberg
C a rlo s M a r ig h e lla y C a rlo s L a m a rc a : m e m o r ia s d e d o s
r e v o l u c i o n a r i o s ........................................................................................9 7
5 José Luis Rénique
D el APRA R e b e ld e a la lu c h a a r m a d a . P e rú (1 9 6 5 ) . . . . 115
6 M arcelo R aim undo
I z q u ie rd a p e r o n is ta , v io le n c ia a r m a d a y c la s e o b r e r a : u n a
e x p e r ie n c ia a l t e r n a t i v a ....................................................................... 155
7 G ustavo R odríguez O stria
B o liv ia e n el ciclo g u e r r ille r o , 1 9 6 3 -1 9 7 0 c o n tin u id a d e s y
d i f e r e n c i a s .................................................................................................. 1 8 9
8 Igor Goicovic Donoso
P u e b lo , c o n c ie n c ia y f u s il.’EI M o v im ie n to d e Iz q u ie rd a
R e v o lu c io n a ria (M IR ) y la ir r u p c ió n d e la lu c h a a r m a d a e n
C h ile ( 1 9 6 5 - 1 9 9 0 ) .................................................................................. 203
9 Clara A ldrighi
El M o v im ie n to d e L ib e ra c ió n N a c io n a l T u p a m a ro s
( 1 9 6 5 - 1 9 7 5 ). E s tr u c tu r a in te r n a , fa s e s d e d e s a r r o llo y
p o lític a d e a l i a n z a s .................................................................................. 2 4 3
10 M ario A guilera Peña
E jé rc ito d e L ib e ra c ió n N a c io n a l: e n tr e la s a r m a s y la p o lític a 283
11 Claudio Pérez Silva
E xilio e in t e r n a c io n a lis m o e n la in ilita n c ia c o m u n is ta d e lo s
s e t e n ta . Su a p o r t e a la c o n s tru c c ió n d e la p o lític a m ilita r
d e l P a r tid o C o m u n is ta d e C h i l e ....................................................... 3 3 5
12 Ivette Lozoya López
V io le n c ia p o lític a y tr a n s ic ió n a la d e m o c r a c ia e n el C h ile
d e lo s n o v e n ta . El M A P U -L au taro y la d e r r o ta d e la v ía
r e v o l u c i o n a r i a ........................................................................................3 7 3
13 José Pan toja Reyes
El C o m a n d a n te C é s a r M o n te s: s o b r e v iv ie n te d e m á s d e c ie n
b a t a l l a s ........................................................................................................ 3 9 9
A u t o r e s ........................................................................................................ 4 2 1
B i b l i o g r a f í a ............................................................................................. 4 2 5
ín d ic e d e a u t o r e s .................................................................................. 4 5 2

VIII
Introducción: estudiar la guerrilla
latinoamerica

P a b lo A. P o z z i I C la u d io P é re z

¿P or q u é e s tu d ia r las g u e rrilla s la tin o a m e ric a n a s? Las ra z o n e s son


m últiples, y si bien no excluyen opciones y p o sicio n am ien to s políticos, la
m ay oría tien en que ver con la construcción del conocim ien to y con aproxi­
m arn o s a la com prensió n de la realid ad h istórica y social latin o am erican a.
Así, la h e te ro g e n e id a d d e e x p e rie n c ia s g u e rrille ra s , la p e rm a n e n c ia del
fen ó m en o a trav és del tiem p o , y su existencia en geo g rafías y socied ad es
re la tiv a m e n te d is tin ta s su g ie re no so lo su c o m p le jid a d , si n o ta m b ié n
c u e stio n e s c o m u n e s y c o m p a rtid a s p o r la re a lid a d la tin o a m e ric a n a . De
h e c h o , si b ien el fe n ó m e n o d e las g u e rrillas re v o lu c io n a ria s es am p lio
y m u n d ia l, a b a rc a n d o d e sd e G recia y M alasia h acia 1 9 4 7 , a F ilip in as
d u ra n te g ran p a rte del siglo xx, al F ren te P olisario, a las B rigadas Rojas
ita lia n a s, nos p a re c e q u e la e x p erie n c ia g u e rrille ra la tin o a m e ric a n a ha
te n id o esp ecificid ad es p ro p ias. Este es u n o d e los asp ecto s q u e su g ieren
los e stu d io s d e caso aq u í reu n id o s.
Pero, a d e m á s, h a y u n a serie de o tro s e le m e n to s q u e d e te rm in a n la
im p o rtan cia d e e stu d ia r y conocer estos m o v im ien to s arm a d o s revolucio­
n ario s. El p rim e ro es q u e es im p o sib le c o m p re n d e r el h o y sin e n te n d e r
el ayer. En e ste se n tid o las g u errillas la tin o a m e ric a n a s p e rm ite n id e n ­
tificar u n a serie d e p ro b le m a s y ta m b ié n d e re iv in d ic a c io n e s e n tre los
sec to re s p o p u la re s de A m érica Latina. A sim ism o, la re c u rre n c ia de los
fe n ó m e n o s g u e rrille ro s, su p e rm a n e n c ia en el tie m p o , y su s n ex o s con
los m o v im ie n to s so ciales p o n e n en c u e stió n u n a visió n c a ra a la h is to ­
rio g rafía d el c o n tin e n te : la d e la p asiv id ad y d o c ilid a d d e los se c to res
p o p u la re s, cuya p rese n c ia en los procesos h istó rico s solo es co n sid e ra d a
com o «explosiones de irracionalidad». De hecho, el fen ó m en o g u errillero
su g iere c u e stio n am ien to s (o p o r lo m enos m atices) a aq u e lla s in te rp re ta ­
ciones de las sociedad es latinoam ericanas que en fatizan en la hegem o n ía
Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

y el c o n se n so , o en los p ro ce so s m o d e rn iz a d o re s q u e g e s ta n « d e m o c ra ­
cias» e in c o rp o ra c ió n « ciu d ad a n a » . En re a lid a d , lo q u e se e v id e n c ia es
u n a se rie d e d e b a te s y c u e stio n a m ie n to s so b re el cu rso d e l d e sa rro llo
socioeconóm ico latin o am erican o que co n v ierten a las g u errillas no en un
p ro d u cto irracio n al y utópico, sino en el em erg en te de u n a realid ad social
d e te r m in a d a y e x c lu y e n te de las g ra n d e s m ay o ría s de la p o b la c ió n . Así
ev id en cian u n a serie de posibles a lte rn a tiv a s a los p royectos de co n stru c ­
ción n a c io n a l d e las b u rg u e s ía s d el c o n tin e n te . N o e sta m o s p la n te a n d o
q ue estas a ltern a tiv as sean «correctas», sino sim p lem en te c o n statam o s su
ex istencia.
Es m ás, n o es n u e stra ta re a ni n u e stra in te n c ió n d isc u tir la ética o la
m o ral d e la violencia re v o lu cio n aria; so b re to d o en el co n te x to histó rico
de un co n tin e n te do n d e la violencia ha sido siem p re la política de E stado
de los d istin to s sectores d o m in an tes. Sí es n u e stra in ten ció n a v a n z a r en el
co n o cim ien to de las d istin ta s ex periencias g u errillas en función de p o d e r
c o m p a ra rla s y c o m p re n d e rla s com o fen ó m e n o h istó rico c o n tin e n ta l.
Los tra b a jo s p re s e n ta d o s en e ste lib ro p re te n d e n a p o r ta r al c o n o c i­
m ien to y co m pren sió n de la historia recien te de A m érica L atina a p a rtir de
uno de sus aspecto s m ás conflictivos, la violencia política. Las expresiones
y ciclos d e v io le n c ia p o lítica so n un e le m e n to c e n tra l p a ra a n a liz a r las
d in ám icas sociales y políticas que ten sio n an y c aracterizan a u n a sociedad
en p leno pro ceso de cam bio. S ituación q u e afectó n o ta b le m e n te al co n ti­
n e n te a m e ric a n o a p a rtir de la d é c a d a d el c in c u e n ta co n el in c re m e n to
de la in d u s tria liz a c ió n p o r su s titu c ió n d e im p o rta c io n e s, el p ro c e so d e
m igración cam p o -ciu d ad , com o tam b ién el ace le ra d o a u m e n to y peso de
la clase tra b a ja d o ra , los conflictos p o r d e m a n d a s de tierra s, m asificación
de los m e d io s d e c o m u n ic a c ió n , in c re m e n to de la e d u c a c ió n p rim a ria ,
secu n d a ria y u n iv ersitaria, aspectos todos que fav o reciero n el ráp id o p ro ­
ceso de p o litizació n de m iles de jó v en es (e s tu d ia n te s y tra b a ja d o re s) que
v eían com o n ecesaria, u rg en te y posible las refo rm as y la p ro fu n d izació n
de las co n q u ista s sociales o b te n id a s h a sta ese m o m e n to . E ste m u n d o d e
cam b io y tran sic ió n g en e ró reaccio n es y resisten cias, e n tre las cu ales las
g u errillas fu ero n u n a d e las m ás n o tab les.
N o o b s ta n te , d ich o p ro ce so ta m b ié n significó u n a fu e rte o p o sició n
y rec o n fig u ra c ió n p o r p a rte d e las b u rg u e sía s la tin o a m e ric a n a s q u e , d e
la m a n o d e E stad o s U n id o s, lo g ra ro n e n fr e n ta r co n n u e v a s lóg icas y
a rm a s la a rr e m e tid a d e los d istin to s p ro y e c to s p o lítico s q u e e m e rg ía n
en dich o p ro ceso d e tra n sfo rm a c ió n . R esu ltad o de ello, so n las e n o rm es
d ificu ltad es p a ra q u e el b lo q u e en el p o d e r m a te ria liz a ra su d o m in a c ió n
con am plios consensos, te n ie n d o que a p e la r en m u ch o s casos y de form a
siste m á tic a a la re p re sió n a b ie rta y m asiv a en tie m p o s d e « n o rm a lid a d

X
Introducción: e stu d ia r la g u e r r illa latinoam erica

d e m o c rá tic a » o p o r m ed io d e c ru e n ta s d ic ta d u ra s o d e m o c ra c ia s d e
fach ad as con fu e rte s tin tes a u to rita rio s, a n tip o p u la re s y ex clu y e n tes.
T an to las d is tin ta s re s p u e sta s d e los se c to re s d o m in a n te s fre n te a
la a rre m e tid a d e los tra b a ja d o re s y sus v a ria d o s p ro y e c to s d e tra n s fo r­
m ació n social, co m o las n u e v a s e stra te g ia s p o lític o -m ilita re s su rg id a s
d esd e la izquierda revolu cio n aria la tin o am erican a e n c am in a d a s hacia los
cam b io s e stru c tu ra le s d e la so cied ad y la c o n stru c ció n d el so cialism o , o
tam b ién aquellas ap u esta s políticas que veían en la violencia p olítica y la
lucha a rm a d a u n a de las m a n e ra s p a ra te rm in a r con la p ro b le m á tic a d e
la d e p e n d e n c ia , el su b d e sa rro llo o con las d ic ta d u ra s q u e se in s ta la b a n
en n u e s tro c o n tin e n te a p a rtir de la d é c a d a d el se se n ta , a b rie ro n p aso a
un nuevo y p a rtic u la r ciclo político de la h isto ria latin o am e rica n a . C arac­
te riz a d o en té rm in o s g e n erales p o r el p ro tag o n ism o h istó rico d e la clase
tra b ajad o ra y las organizacio n es de izquierda con sus proyectos societales,
la presencia y d esarro llo de altos niveles de conflictividad lab o ral, social y
violencia política popular, com o ta m b ién la reco n fig u ració n d e las clases
d o m in a n te s , el b lo q u e en el p o d e r y las lógicas d e d o m in a c ió n co n sus
respectivos m ecan ism o s de co n tro l social y re p resió n política.
Según E d u ard o G onzález Calleja, la violencia h a sido y es un elem en to
fu n d a m e n ta l en la h isto ria de la h u m a n id a d y se e n c u e n tra p re s e n te en
to d o s los á m b ito s d e la vida, e n las d iv ersio n es, las relac io n es sociales y
p o líticas y en n u e stra s in stitu cio n e s u o rd e n a m ie n to so c ia l.1 Es u n co m ­
p o n e n te q u e su rg e en diversos g rad o s en la co m u n ica c ió n in te rp e rso n a l,
en las m o d a s e sté tic a s o en la v ida e c o n ó m ica , p o lítica y re lig io sa . Por
tan to , «el fen ó m en o violento no es un h echo p u n tu al, sino un h ech o social
g lobal, v in cu lad o c ie rta m e n te a la política, p e ro ta m b ié n a la eco n o m ía,
a las rep resen tacio n es colectivas y al im aginario social».2 Esto sugiere, en
el caso la tin o a m e ric a n o , q u e la v io len cia d o m in a n te so b re c a m p e sin o s,
obreros, pobres u rb an o s y ru rales, m ujeres y p oblación de color, en g en d ró
a su v ez u n a co n tra v io le n c ia . Al d e c ir d e la m ilita n c ia d e la d é c a d a d el
sesen ta: la violencia d e sd e arrib a e n g e n d ra la v io len cia d e sd e abajo.
Es ju s ta m e n te la univ ersalid ad de la violencia, la m u ltip licid ad de sus
m a n ife sta c io n e s y co n sec u en c ia s y su e n o rm e p o te n c ia l co m o e le m e n to
de tran sfo rm ació n de la realid ad cotid ian a, lo que le da im p o rtan cia com o
h ech o y p ro ceso social de significación. O to rg á n d o n o s la p o sib ilid ad de

1. E duardo G onzález Calleja. La violencia en la política. Perspectivas teóricas


sobre el empleo deliberado de la fuerza en los conflictos de poder. M adrid: Consejo
Superior de Investigaciones Científicas, 2002; véase adem ás Robcrt Litke. «Vio­
lencia y poder». En: Revista Internacional de Ciencias Sociales. Pensar la violencia:
Barcelona (junio de 1992), pág. 161.
2. G onzález Calleja, La violencia en la política. Perspectivas teóricas subt e el
empleo deliberado de la fuerza en los conflictos de poder, pág. 11.

XI
Pablo A. Pozzi | C laudio Pérez

a c e rc a rn o s y c o m p re n d e r lo m ás p ro fu n d o y conflictiv o d e las c a ra c te ­
rísticas d e u n a so c ie d a d e n u n m o m e n to d e te rm in a d o , lle g a n d o a ella,
a tra v é s d e las s itu a c io n e s d e m a y o r aflicción social o d e los fa c to re s y
e le m e n to s q u e la d isto rsio n a n o m o ld e a n .3
Bajo e sta m ira d a , las c o y u n tu ra s p a rtic u la re s d e co n flictiv id ad social
v io le n ta o d e v io len cia p o lítica d e se n c a d e n a d a , com o lo se ñ a la n A roste-
gui y Tilly,4 tie n e n p a ra el h is to ria d o r u n p ro fu n d o sig n ificad o h istó rico ,
ya q u e se p u e d e n id e n tific a r las c a ra c te rístic a s p ro p ia s d el su ceso , las
d in á m ic a s p a rtic u la re s del conflicto social y p olítico q u e se e n c o n tra b a n
p resen tes en las condiciones de an o rm alid ad o n o rm alid ad política, p erm i­
tié n d o n o s a d e m á s, o b serv a r y d e te rm in a r el su rg im ie n to , los ob jetiv o s y
la form a v io len ta en q u e rev ien tan las con trad iccio n es sociales y políticas
de u n a so cied a d en u n m o m e n to histó rico particu lar.
C reem o s q u e la e m e rg e n c ia s d e o rg a n iz a c io n e s q u e c o n te m p la n la
lucha arm a d a com o un e lem en to cen tral de su e strate g ia p a ra la con secu ­
ción de objetiv o s políticos, com o ta m b ié n las m a n ife sta cio n e s p o p u lare s
de p ro te sta social v io len ta, son u n a m u e stra c lara d el c a rá c te r q u e tien e
la violencia colectiva en u n m o m en to d ete rm in a d o , sien d o estas ex p resio ­
n es p o r ta n to , u n a esp ecie d e te rm ó m e tro q u e nos in d ic a los niv eles de
conflictividad q u e e stá n afe cta n d o la vida eco nó m ica, social y p olítica de
un país o u n a región. En función de lo anterior, rescatam o s la concepción
de v io len cia e la b o ra d a p o r el h isto ria d o r e sp a ñ o l Ju lio A ró steg u i, q u ien
identifica v iolencia con la «resolución o in ten to de resolución, p o r m edios
no c o n sen su ad o s, de u n a situ ació n de conflicto e n tre p a rte s e n fre n ta d a s,
lo q u e c o m p o rta e s e n c ia lm e n te u n a acció n d e im p o sic ió n , q u e p u e d e
efe c tu a rse , o no, con p re se n cia m an ifiesta d e fu erz a física».5
A n u e stro ju icio , es posible a d e n tra rse en las tra m as políticas la tin o a ­
m ericanas a p a rtir de las d istin tas expresiones de violencia p olítica, ya que
se p u ed e e stu d ia r h istórica y o p eracio n alm en te las d inám icas p articu lares
que se p re se n ta n en cada país, al ser p ro d u cto de las relaciones sociales y
políticas, al ex p re sa r objetivos e in te rp re ta cio n e s de la so c ied ad , al te n e r

3. E d u ard o G onzález Calleja. «La definición, caracterización y análisis de


la violencia a la luz de las ciencias sociales: u n a reflexión general». En: Revista
Historia Social y de las M entalidades, vol. 2: (2008), págs. 191-240.
4. Julio Aróstegui. «Violencia, sociedad y política: la definición de la violen­
cia». En: Revista Ayer, n.° 13: (1 9 9 4 ); Julio A róstegui. «La especificación de lo
genérico: La violencia política en perspectiva histórica». En: Revista de Ciencias
Sociales SISTEMA, n.° 132-133: (junio de 1996), págs. 9-39; C harles Tilly. «Col-
lective Violence in E uropcan perspectiva». En: Violence and Politics: Theories and
Research. N ueva Jersey: Englcw ood Cliffs, 1972, pág. 342.
5. A róstegui, «Violencia, sociedad y política: la definición de la violencia»,
pág. 30.

XII
Introducción: estu d iar la guerrilla latinoam erica

p o r lo ta n to la v io len cia u n c a rá c te r d e acció n d e lib e ra d a . P o r últim o ,


p or c o n te n e r estas expresio n es una en o rm e p o ten c ia lid a d d e ru p tu ra del
o rd e n so cial.6
Por ta n to , si e n te n d e m o s la violencia com o u n e le m e n to p ro p io de lo
social y d e lo p o lítico, es p o sib le de se r h is to ria d a , fu n d a m e n ta lm e n te
.i tra v é s d e su re la c ió n con las e stru c tu ra s so ciales y e c o n ó m ic a s q u e la
m oldean en d iferen tes inten sid ad es. De esta m an era es esencial identificar
las variables históricas de g ran trascen d en cia que inciden en las d inám icas
políticas, p a rtic u la rm e n te en los procesos de politizació n que ex p licarían
el s u rg im ie n to d e o rg a n iz a c io n e s p o líticas d e iz q u ie rd a q u e c o n tie n e n
estrate g ias políticas m ilitares o que co n tem p lan la lu ch a a rm ad a com o un
co m p o n en te m ás de la política, como tam b ién el d esarro llo de las form as
d e p ro te s ta o ex p re sió n p o lítica v io len ta y la in c o rp o ra c ió n d e m iles de
m ilita n te s a e sta s o rg a n iz a c io n e s, ro m p ie n d o con la tra d ic io n a l lógica
m ilitan te co n stru id a por la izquierda trad icio n al latin o am eric a n a h asta la
d é c a d a del c in c u e n ta .
F ue a p a rtir d e 1 9 5 9 d o n d e e m e rg ió lo q u e se h a d e n o m in a d o «la
n u ev a izq u ierd a» . E sta e n c o n tró sus o ríg e n e s ta n to e n e scisio n es de los
p a rtid o s c o m u n ista s co m o en los g ru p o s tro tsk ista s d el p e río d o anterio r.
E stas e scisio n es se c o m b in a ro n con g ru p o s p ro v e n ie n te s d e los m o v i­
m ien to s p o p u listas y n acio n a lista s del p erío d o p a ra g e sta r un p a n o ra m a
o rg á n ic o difícil d e siste m a tiz a r. Esta n u e v a iz q u ie rd a se vio fu e rte m e n ­
te im p a c ta d a ta n to p o r el eje m p lo d e la R evo lu ció n c u b a n a y la figura
d el C he G u ev ara, com o p o r la g u e rra d e V ietn am . A m bos a sp e c to s g e­
n e ra ro n fu e rte s y ricas d is c u sio n es e n to rn o a tre s ejes: el c a rá c te r d e
la re v o lu c ió n la tin o a m e ric a n a , las vías d e la re v o lu c ió n , y el su je to d e
la re v o lu ció n . M uy sin té tic a m e n te , esto s ejes im p lic a b a n el d e b a te en
to rn o a si la re v o lu c ió n d e b ía se r so cialista y a n tiim p e ria lista o p o p u la r
y a n tiim p e ria lis ta ; si el c a m in o e ra la lu ch a a rm a d a o p o r el c o n tra rio
e ra n fo rm as d e ac u m u la c ió n d e n o m in a d a s «pacíficas»; y si el p rin c ip a l
secto r social revolucion ario era la clase o b rera o si p o r el co n tra rio lo e ra
el c a m p e s in a d o ju n to co n se c to re s de la « b u rg u esía n a cio n a l» y de los
p o b res del cam p o y la c iu d ad .
En los p erío d o s a n te rio re s la iz q u ierd a co n tó con n u trid o s g ru p o s d e
a d h e re n te s en todos los secto res sociales. Sin e m b arg o , fue e n tre 1960 y
1 9 9 0 , q u e to d a u n a g e n e ra c ió n se lan zó p o r el c am in o d e la re v o lu ció n
social, y el p e río d o se d e sta c ó p o r el su rg im ie n to d e n u m e ro so s g ru p o s
g u e rrillero s y o rg an iza c io n e s político- m ilitares.

6. G onzález Calleja, La violencia en la política. Perspectivas teóricas sobre el


empleo deliberado de la fve rza en los conflictos de poder, pág. 42.

XIII
Pablo A. Pozzi | C laudio Pérez

En el e stu d io d e A m érica L atina c o n te m p o rá n e a es n o ta b le có m o las


investigaciones h a n p rescin d id o - o c a s i - de la iz q u ierd a rev o lu cio n aria
co m o p ro ta g o n is ta . S o rp re n d e a ú n m ás d a d o q u e sie m p re ex istió un
in te ré s ta n to p o r los e stu d io s so b re las re v o lu c io n e s la tin o a m e ric a n a s ,
co m o so b re los m o v im ie n to s o b re ro s y c a m p e sin o s d e l sig lo xx. La iz­
q u ierd a rev o lu cio n aria, e n to n ces, p arece d esap arecer, so b re to d o a p a rtir
del s u rg im ie n to d e los m o v im ien to s p o p u lista s, y c u a n d o re c ib e a lg u n a
m e n c ió n es p a ra c a ra c te riz a rla com o v a n g u a rd ista , a le ja d a d e los tr a b a ­
ja d o re s , el p u e b lo y las tra d ic io n e s p o líticas n a c io n a le s, o ú ltim a m e n te ,
co m o v íc tim a s d e los p ro c e so s rep resiv o s a b ie rto s a p a r tir d e la d é c a d a
d el se se n ta , es d ec ir sin p ro tag o n ism o , iniciativa y p ro y ecto político. Así
las d is tin ta s v e rtie n te s d e l so cialism o la tin o a m e ric a n o y el tro stk ism o
d e sa p a re c e n d e la h isto ria d e las luchas o b re ra s y ca m p e sin a s; los p a rti­
d o s c o m u n ista s so n o lv id ad o s en su p ap e l ta n to e n tr e los in te le c tu a le s ,
com o en el m ov im ien to o b rero y cam pesino; y la «nueva izquierda» se ve
re d u c id a a m e m o rias e stu d ia n tile s in d iv id u ales d o n d e a p a re c e co m o un
s u b p ro d u c to d e la ra d ic a liz a c ió n de la d é c a d a d el s e s e n ta in flu e n c ia d a
p o r la R evolución c u b a n a.
Lo q u e sí q u e re m o s d e c ir es q u e el siglo xx la tin o a m e ric a n o se c a ­
ra c te riz ó p o r u n a re lació n d in á m ic a y d ialéctica e n tre la iz q u ie rd a y los
m o v im ie n to s so ciales e in te le c tu a le s. Y asim ism o , q u e u n a c a n tid a d
d e fe n ó m e n o s h istó rico s d e n u e stro c o n tin e n te so n in c o m p re n sib le s sin
p ro fu n d iz a r e n e ste te m a . De ah í q u e n o s in te re se e s tu d ia r la e x p e ­
rien cia d e la iz q u ie rd a rev o lu c io n a ria , sus o rg a n iz a c io n e s y ex p re sio n e s
po lítico -m ilita re s, c o m p re n d e r en p ro fu n d id a d su h isto ria , sig n ificad o y
la so cied ad qu e las gestó.
Los tra b a jo s a g ru p a d o s e n e sta ed ició n a n a liz a n , c o m p a ra n y e x a ­
m in a n los p rin c ip a le s c o n te x to s y d in ám ic a s en las cu a le s se in scrib e el
su rg im ie n to y d e sa rro llo d e u n c o n ju n to d e o rg a n iz a c io n e s p o líticas de
iz q u ie rd a , q u e d e sd e la d é c a d a d el se s e n ta a la d el n o v e n ta , so stu v ie ­
ron q u e el d e sa rro llo d e la v io len cia re v o lu c io n a ria - l u c h a a rm a d a y
e s tra te g ia s p o lítica m i lita r e s - e ra n la ú n ic a fo rm a y c a m in o a tr a n s ita r
p o r la clase tra b a ja d o ra y el p u eb lo p a ra a v a n z a r h a c ia la c o n stru c c ió n
d el p o d e r p o p u la r, d e rr o ta r a las clases d o m in a n te s y el im p e ria lism o ,
c o n q u is ta r el p o d e r e in ic ia r la edificació n d e u n n u ev o o rd e n so cial, el
so cialism o . E n fo cam o s e n a q u e llo s m o v im ie n to s q u e se p la n te a b a n el
cam bio social y que c u e stio n ab an la situ ació n y los m odelos de d esarro llo
im p e ra n te s. C om o tal n o se tr a ta de e s tu d ia r to d o s los m o v im ie n to s
arm ad o s del co n tin en te, sino solo aquellos que se reco n o cían com o p a ite
de u na revolución social. A sim ism o, elegim os co m e n z a r en 1959, a ñ o de
la R evolución c u b a n a , ya q u e e n te n d e m o s q u e ese m o m e n to fu e clave
en el d e sa rro llo d e esta fo rm a social d e luch a. T am bién eleg im o s lim ita r

XIV
Introducción: e studiar la guerrilla latinoam erica

los e stu d io s a p rin cip io s d e la d é c a d a d el n o v e n ta al c o n s id e ra r q u e, si


bien ex isten c o n tin u id a d e s e n esto s m o v im ie n to s (los caso s d e C olom ­
b ia y M éxico so n n o ta b le s en e sto ), el c o n te x to so cio ec o n ó m ic o h ab ía
sid o su s ta n c ia lm e n te m o d ific ad o d e b id o a la situ a c ió n g e n e ra d a p o r la
im posición del n eo lib eralism o y la trasn a cio n a liz ac ió n del cap ita l.
Pensam os que a través de u n a m irad a «nacional» y «latin o am erican a»
a la vez, es posible ap re c ia r los d istin to s y co m u n es escen ario s, ex p e rien ­
cias, d in á m ic a s y tra y e c to ria s vividas p o r e stas o rg an iz ac io n e s políticas.
Tam bién se p u ed en ap reciar las diferen tes form as en q u e estas se vincula­
ro n a p a rtir de las a p u e sta s y c o n c ep c io n e s e s tra té g ic a s e n tre sí, d a n d o
c u e n ta d e u n im p o rta n te y rico p ro ceso de s o lid a rid a d e in te rn a c io n a ­
lism o. E sto se tra d u jo e n a m p lio s d e b a te s y a p u e s ta s c o m u n e s con u n a
significativa circu lació n d e id eas, tra sp a so d e m a te ria l, m o v im ie n to d e
m ilita n te s, ap o y o en re cu rso s e in fra e stru c tu ra , p ro ce so s de fo rm ació n
p o lítica y m ilita r e n c o n ju n to , exilios, re p re sio n e s, y e x p e rie n c ia s in ter-
n a c io n a listas rev o lu cio n a rias triu n fa n te s com o la d e N icarag u a e n 1979.
T odo e sto d io fo rm a y se n tid o a u n a e sp ecie d e e s tra te g ia c o n tin e n ta l
q u e m o ld e ó , a tra jo y p e rm e ó a g ra n p a rte d e los m ilita n te s d e estas
o rg an izacio n es y d e la izq u ierd a la tin o a m e ric a n a e n g en eral.
A p a rtir de u n a preo cu p ació n co n ju n ta sobre la histo ria de las distin tas
o rg a n iz a c io n e s e s tu d ia d a s (so b re to d o a p a rtir d e las m o tiv a cio n e s y
contextos que m arcaro n el su rg im ien to de ellas, com o tam b ién los sujetos
que p a rticip aro n en su fo rm ación y d esarro llo ) es posible sostener, que a
p e sa r de que el surgim ien to de la m ayoría de las o rg an izacio n es políticas
e stu v ie ro n m a rc a d a s p o r el influjo d e la R evolución c u b a n a y la G u erra
Fría, estas em ergieron, se en raiz a ro n , m asificaron y d esarro llaro n a p artir
d e u n fu e rte im p u lso lo cal-n a c io n al, es d e c ir a p a rtir d e las p ro p ias
dinám icas in tern as de cad a país. Pensam os p o r o tra p arte , que es al calor
del propio conflicto local-nacional y de las con trad iccio n es que e m an a b an
de él, d o n d e nació y se d e sa rro lló u n a m irad a , te n d e n c ia y v o lu n ta d de
co n co rd an cia m a rc a d a p o r u n a clara id e n tid a d c o n tin e n ta l.
Com o lo d e m u e s tra n los estu d io s c o n ten id o s en esta ed ició n , a p e sa r
d e las d ife re n te s re a lid a d e s p o líticas de n u e s tro s p aíse s a p a rtir d e la
d écad a del cin c u e n ta en a d e la n te , ex istiero n p a tro n e s, p ro b le m ática s, li­
m itacion es y situaciones c o m p arativ am en te co m u n es en lo social, político
y eco n ó m ico . Esto p erm itió la a p e rtu ra , en la g ra n m ay o ría de los casos,
d e n u ev o s escen ario s de conflictividad social y lab o ral, com o ta m b ié n la
e m e rg e n c ia d e n u ev o s ciclos d e v io len cia p o lític a . La g ra n m a y o ría d e
estos ciclos fueron originados p o r el fracaso e in terru p ció n de los procesos
de in d u s tria liz a c ió n . De ig u al m a n e ra , e n c u e n tra n su s o ríg e n e s en las
reaccio n es b u rg u e s a s fren te al su rg im ie n to y m a te rializa c ió n d e los p ro ­
yectos d c sa n o llista s , los diversos populism os y las iniciativas reform i frir.
Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

y g ra d u a lis ta s d e iz q u ie rd a . Pero fu n d a m e n ta lm e n te , se o rig in a n e n la


u n ifo rm e, fírm e y crecien te re sp u e sta a u to rita ria (p o lítica-m ilitar) a rtic u ­
lad a p o r el co n ju n to de las clases d o m in an tes de n u e stro c o n tin e n te, m ás
el apo y o y re c o n o c im ien to d e E stados U nidos, fre n te a las in n u m e ra b le s
y crecien tes d em a n d a s le v an tad as p o r el co n ju n to de la clase tra b a ja d o ra
la tin o am erican a , las d istin ta s iniciativas políticas del m o v im ien to p o p u la r
y p o r so b re to d o , fre n te a la a rtic u la c ió n política e n to rn o a u n p ro y ecto
societal en d o n d e se p o n ía com o cen tro a la clase tra b a ja d o ra y el p u eb lo
y en cuyo n o rte esta b a el socialism o.
Es en este co n tex to d o n d e se inscriben la g ran m ayoría de los procesos
de politizació n de m iles de trab ajad o res, jó v en es, e stu d ia n te s, in te le c tu a ­
les y p ro fe sio n a le s, su s p rim e ro s a c e rc a m ie n to s a las lu c h a s so ciales y
p o líticas, los p rim e ro s d e b a te s en to rn o a la re fo rm a o la rev o lu ció n , su
vínculo con las d istin tas v ertien tes del cam po p o p u la r y d e la izq u ierd a, la
in corporación a las o rg an izacio n es políticas que veían en la revolución so­
cialista la ún ica alte rn a tiv a p ara su p e rar el d eb ilitam ie n to y a g o ta m ie n to
de los m o d elo s d esa rro llistas, p o p u listas y refo rm ista s. De ig u al m a n e ra ,
las sim p a tía s y a c e rc a m ie n to s a la lu c h a a rm a d a y la c o n stru c c ió n d e
o rg an izacio n es (p artid o s) con e stra te g ia s políticas m ilitares d isp u e sta s a
e n fre n ta r glo b alm en te a las clases d o m in an tes locales, sus a p a ra to s re p re ­
sivos, al c o n ju n to de las fuerzas a rm ad as y al im p erialism o , a n te s d e que
estos n u e v a m e n te fre n a ra n política y m ilitarm e n te a través de reg ím en es
d e m o c rá tic o s d e fach ad as, o a trav és de la re p re sió n a b ie rta y d e s a ta d a ,
p o r in term ed io s de g o b iern o s au to ritario s o d ic tad u ras, los in te n to s o las
e s tra te g ia s d e tra n sfo rm a c ió n política p o r vía leg al o pacífica al in te rio r
de los p ro p io s m á rg e n e s de los reg ím en es políticos.
A p a rtir d e lo a n terio r, es p o sib le id e n tific a r tres p e río d o s c o n c re to s
en la h is to ria d e los g ru p o s g u e rrille ro s y las o rg a n iz a c io n e s político -
m ilita re s d e la iz q u ie rd a la tin o a m e ric a n a . El p rim e ro , q u e p u e d e se r
d e n o m in a d o el p erío d o del foco (a p ro x im a d a m e n te de 195 9 a 1 9 6 9 ), se
c a ra cterizó p o r la influencia g u ev arista tal com o se p lasm ó e n la o b ra de
Regis D ebray ¿Revolución en la revolución? Incluye o rg a n iz a cio n e s com o
la d e C arlos M arig h ella e n B rasil, las FARN d e V en ezu ela, las FARC y el
ELN de C olom bia, el MIR y el APRA R ebelde en Perú, U tu ru n co s y el EGP
en A rg en tin a , las g u errillas d e los m exicanos G en aro V ázq u ez C a sta ñ o y
d e A rtu ro G ám iz, las FAR e n G u a te m a la, y los sa n d in ista s (en su p rim e r
p erío d o ) en N icarag u a. La m ay o ría de esto s g ru p o s fu ero n rá p id a m e n te
rep rim id o s, sin e m b a rg o alg u n o s de ellos, com o las FARC y el ELN, y los
sa n d in ista s e v o lu c io n a ro n p a ra co n stitu irse , lu eg o d e d e rr o ta s in iciales,
en co m p lejas o rg a n iz a c io n e s p o lítico -m ilitares h a c ie n d o la tra n sic ió n al
se g u n d o p erío d o .

XVI
Introducción: estu d ia r la guerrilla latinoam erica

El p e río d o d e las o rg a n iz a c io n e s p o líticas y m ilita re s (1 9 7 0 -1 9 7 9 )


im plicó q u e estos grup o s trasc e n d iero n la existencia com o m ero s grupos
g u errillero s y d esa rro lla ro n u n a com binación d e lucha a rm a d a ju n to con
tra b a jo d e m asas, ta n to legal co m o ilegal. Así fu e ro n o rg a n iz a c io n e s
con p re n s a legal, a g ru p a c io n e s sin d icales, e stu d ia n tile s y c a m p e sin a s, e
inclusive, en algunos casos, lo graron ten e r re p re se n ta n te s p arlam en tarios.
A diferencia de los grupos del prim er período, la m ayoría de esto s d esarro
liaron la lucha u rb an a, ad em á s de la lucha en el cam po. A lgunos ejem plos
fu ero n : el M L N -T upam aros d e U ruguay, el PRT-ERP y los M o n to n e ro s
d e A rg en tin a, las ya m e n c io n a d a s PARC, las FPL F a ra b u n d o M artí d e líl
Salvador, el PRT-ELN d e Bolivia, el MIR ch ile n o y el M -19 c o lo m b ian o .
El éxito d e esto s g ru p o s fue m uy v ariad o . A lgunos fu ero n e x term in ad o s
(la g u errilla a rg e n tin a ), o tro s hicieron la tran sic ió n a la p olítica electoral
d e ja n d o la lu c h a a rm a d a (M -19, FPL F a ra b u n d o M artí, T u p a m a ro s), y
o tro s su b siste n e n tre los g ru p o s g u e rrille ro s m ás p o d e ro so s d el m u n d o
(FARC y ELN en C olom b ia).
El te rc e r período (1 9 8 0 -1 9 9 5 ) ha sido d e n o m in a d o por alg u n o s com o
el d e la « g u e rrilla p o sm o d e rn a » y p o r o tro s c o m o el d e los « an tig u ev a-
ristas». A m bos té rm in o s so n in e x ac to s y o c u lta n m á s de lo q u e rev elan
p uesto que la realid ad es m ás com pleja. Este fue el perío d o d o n d e su rg ie­
ro n o se la n z a ro n a la lu ch a a rm a d a g ru p o s co m o el P artid o C o m u n ista
del Perú Sendero Lum inoso - c l a r a m e n te de te n d e n c ia s a n tig u e v a rista s ,
c a m p e sin ista s y m i le n a r is ta s - y el M o v im ien to R ev o lu c io n ario T upac
A m aru de o rie n ta c ió n g u ev a rista , el EZLN y el EPR de M éxico, el MAPU
L autaro y el F rente Patriótico M anuel R odríguez de Chile, o rg an izad o por
el PC d e Chile.
P ero a d e m á s de las g u e rrillas y las o rg a n iz a c io n e s p o lítico m ilitares,
e n tr e las d é c a d a s d el se s e n ta y 1995 im p lic a ro n u n d e sa rro llo d e u n a
inm ensa c a n tid ad de g ru p o s m uy d istintos, con estrate g ias y ejes tam b ién
m uy v ariad o s. Este fue el p erío d o d o n d e h u b o un d e sarro llo im p o rta n te
de grupos que se reivin d icaro n m aoístas y tro tsk istas, ad em ás de n u m e ro ­
sos g ru p o s d e « izq u ierd a in d e p e n d ie n te » (n o a lin e a d o s con n in g u n o de
los países so cialistas).
En c a d a u n a d e esta s ép o cas su rg ie ro n n u ev as c am a d a s d e activ istas
y m ilita n te s con c a ra c te rístic a s p ro p ia s.7 D u ra n te cad a p erío d o las o rg a ­
n iz a c io n e s y g ru p o s d e iz q u ie rd a e stu v ie ro n in te g ra d o s p o r m iem b ro s
cuyos o ríg e n e s y e x p e rie n c ia s h istó ric a s p o d ía n se r d istin to s p e ro q u e
co m p a rtía n ele m e n to s c u ltu ra le s (u n a e stru c tu ra de se n tim ie n to ) q u e se

7. Por activista se entiende aquel individuo que se desem peña principalm ente
en la organización social, y se diferencia del m ilitante en que este últim o tiene la
política com o eje prim ordial de su actividad.

XVII
Pablo A. Pozzi | C laudio Pérez

tra d u c ía n e n u n le n g u a je , un sim b o lism o y p rá c tic as q u e te n ía n fu e rte s


e le m e n to s e n c o m ú n y de c o n tin u id a d h istó ric a -p o lític a . Las m ism as
fu e ro n m a d u r a n d o d u ra n te c ad a p e río d o y se tra n s m itie ro n o ra lm e n te
d e u n a g e n e ra c ió n d e iz q u ie rd ista s a o tra . Así to d o u n im a g in a rio y
u n a tra d ic ió n fu e ro n tra n sm itié n d o se y m a n te n ié n d o s e vivas a p e sa r d e
la re p re sió n . E sta tra d ic ió n e n tro n c ó con la re a lid a d y las e x p e rie n c ia s
clasistas d e las n u ev as g en eracio n es.
F ue así co m o m iles de tra b a ja d o re s, ca m p e sin o s, c ristia n o s, jó v e n e s,
d e se n c a n ta d o s con el p o p u lism o y el d esarro llism o , y c o m p a rtie n d o u n a
e s tru c tu ra d e s e n tim ie n to , fu e ro n re cep tiv o s a los p la n te o s d e la n u e v a
iz q u ie rd a re v o lu c io n a ria . M uchos se a c e rc a ro n a la p o lítica im p a c ta d o s
por la gesta del Che G uevara, o p o r el ejem plo de la R evolución c u b an a y
la v ietn am ita. O tros lo hicieron im pactados p o r u n a rea lid a d la tin o am e ri­
can a de m iseria, p o b re z a y ex p lo tació n . F in a lm en te, m u ch o s in te n ta ro n
p rim ero las vías in stitu cio n ales de p ro testa p ara en c o n tra rse con la re p re ­
sión d e sp ia d a d a y el re c h a z o a to d a refo rm a. Todos los p ro ta g o n ista s de
la é p o c a , re g istra n su d e se n c a n to y su se n sació n d e p ro fu n d a in justicia,
d o n d e el d iscu rso de ju stic ia , lib ertad y b ie n e sta r d e la b u rg u e sía lib eral
la tin o a m e ric a n a no se c o n d ec ía con sus p rá c tic a s d e d o m in a c ió n . E stos
últim os co n fo rm aro n la m ayoría de la m ilitancia en el p erío d o 1960-1995.
En c u a n to a la p ro ce d e n c ia social o b serv am o s q u e incluía a to d o s los
sectores. C om o es de esperar, d ad a la com posición social latin o am erican a,
en tre estos m ilitan tes existió u n a p rep o n d eran cia de cam p esin o s, obreros,
e m p le a d o s y se c to res m ed io s. Es im p o rta n te d e s ta c a r ta m b ié n la in c o r­
p o ra c ió n d e m iles d e jó v e n e s e stu d ia n te s p ro v e n ie n te s d e los d istin to s
sectores sociales. C om o lo d em u e stra n los estu d io s p re se n tad o s, en el p e ­
ríodo a n a liz a d o h u b o un p o rcen taje significativo de hijos d e cam p e sin o s,
o b re ro s y tra b a ja d o re s n o p ro le ta rio s q u e lo g ra ro n c o n tin u a r e stu d io s
se c u n d a rio s e in g re sa r a la u n iv ersid ad . De to d a s m a n e ra s, q u e d a claro
q u e la v a sta m ay o ría d e los m iem b ro s q u e in g re sa ro n al c o n ju n to de las
org an izacio n es de izq u ierd a fueron activistas jó ven es, de e n tre dieciséis y
tre in ta a ñ o s d e e d a d . Por o tra p a rte, el a fia n z a m ie n to d e las te n d e n c ia s
rad icales ta m b ié n estu v o d a d o p o r las c a ra c te rístic a s q u e p re s e n tó la in ­
d u strializació n de la región d u ra n te las d écad as del sesen ta y se te n ta . En
ella se d esarro lló un m ovim iento ob rero con una serie de p a rtic u la rid a d es
d istin tas a las o rig in ad as en las d écad as del tre in ta y c u a re n ta , e n tre o tras
con u n fu e rte v ín cu lo a las c o m u n id a d e s c a m p e sin a s d e d o n d e h a b ía n
su rg id o s los nuev o s trab aja d o re s. El vínculo e n tre o b re ro s y cam p e sin o s,
que se d e sa rro lló d u ra n te las m igraciones del perío d o , no p u e d e se r su b ­
e stim a d o y a m e rita un e stu d io p articu lar, sin e m b a rg o d a p ista s p a ra la
com prensión de la difusión de ideas izquierdistas y rev o lu cio n arias en las
co m u n id ad es cam p e sin as la tin o a m e ric a n a s d e la d é c a d a d el se te n ta . Por

Y ''M I
Introducción: e stu d ia r la guerrilla latinoam erica

últim o, esta politización abarcó a sectores religiosos p ractican tes. De este


m odo, curas obreros, m iem bros de co m u n id ad es de base tcrcerm u n d istas,
g ru p o s sio n ista s so cialistas y m isio n ero s p ro te s ta n te s se in c o rp o ra ro n a
los g ru p o s de la izq u ierd a rev o lu cio n aria.
E sta o b ra a b a rc a estu d io s so b re u n a serie de g ru p o s g u e rrille ro s e n ­
tre 1 9 5 9 y 1 9 9 5 . Si b ie n e sto s no so n ex h a u stiv o s, sí d a n c u e n ta d e lo
h e te ro g é n e o y am p lio del m o v im ien to . De los e stu d io s a rtic u la d o s en
e sta p u b licació n , m ás los n u ev o s tra b a jo s so b re las o rg a n iz a c io n e s rev o ­
lu c io n a ria s d e n u e stro c o n tin e n te y los testim o n io s d isp o n ib le s e n estas
in v estig acio n es e m erg e n u n a serie de c u estio n es su m a m e n te su g e re n te s
sobre el c o n ju n to de la h isto ria de A m érica Latina.
Lo p rim e ro , la v iolen cia es alg o e n d é m ic o en la so cie d a d la tin o a m e ­
ric a n a ; o sea, la h e g e m o n ía d e la clase d o m in a n te se h a v isto p e rm a ­
n e n te m e n te c u e stio n a d a p o r el p ro ta g o n ism o d e la clase tra b a ja d o ra , el
m o v im ien to p o p u la r y los p ro y ecto s rev o lu c io n ario s e n c a rn a d o s p o r los
d is tin to s p a rtid o s o m o v im ie n to s de la iz q u ie rd a la tin o a m e ric a n a . La
b u rg u esía ha lo g rad o m a n te n e r su do m in ació n a trav és de u n a rep resió n
siste m á tic a y salv aje, c o n te n id a en la D o ctrin a d e S e g u rid a d N acio n al,
en los conflictos de baja in ten sid ad y en la crim in alizació n de la p ro testa
p o p u lar, e s tra te g ia s le v a n ta d a s b ajo la h e g e m o n ía d e E stad o s U n id o s y
las d is tin ta s facciones d e la clase d o m in a n te d e A m érica L atina.
En o tro se n tid o , la e m e rg e n c ia d e la iz q u ie rd a re v o lu c io n a ria y sus
resp ectiv as e stra te g ia s d e lu c h a c o m o tal, n o h a n sid o p ro d u c to d e v a n ­
g u a rd ia s ilu m in a d a s o d e g ru p o s e stu d ia n tile s ro m á n tic o s, o m en o s a u n
de jó v en es d esesp erad o s, sino que e n c u e n tra p ro fu n d as raíces en la situ a ­
ción del c o n tin e n te , e n los co n tex to s de co n ílictiv id ad social y lab o ral, o
sea al alero de la lucha de clases. Por lo que tam p o co no son un fenóm eno
local ni siq uiera cam pesino, sino que se ex ten d ió p o r todo el c o n tin en te y
a b a rc ó a d is tin to s se cto re s sociales. Por o tra p a rte , la p ro p ia d in á m ic a
d el conflicto p o lítico, ta n to local co m o reg io n a l, y la p e rsiste n c ia d e las
co n d ic io n e s so ciales en las c u a le s se in sc rib e n e sto s co n flicto s, im plicó
que el a n iq u ilam ien to y la d e rro ta de u n a g en eració n izq u ierd ista resu ltó
en la sem illa p ara el su rg im ien to de la sig u ien te. Por lo q u e las d istin ta s
expresiones d e la izquierd a que u tilizaron y legitim aron la violencia revo­
lu cio n aria com o p arte de su estra te g ia de lu ch a, se co n stitu y e ro n en una
a m e n a z a re a l a la d o m in a c ió n , m ás allá d e su p o d e r d e fu eg o o a p o y o
p o p u lar. Por ú ltim o , co n v a ria c io n e s de ép o c a y d e g ru p o en g ru p o , y a
p esar de c ru e n ta rep resió n y las re cu rren tes d erro ta s políticas y m ilitares,
la p e rs iste n c ia d e la iz q u ie rd a rev o lu c io n a ria e n su s d is tin ta s fo rm as,
p a re c e in d ic a r q u e c o n tó co n m ás sim p a tía , in se rc ió n y a p o y o p o p u la r
del q u e h e m o s su p u e s to h a sta a h o ra . Esta s im p a tía p o d ría in d ic a r la
existencia d e u n a estru c tu ra de sen tim ien to por la cual la cu ltu ra p o p u lar

XIX
Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

latin o am erican a tiene p u n to s de contacto con lo q u e se p o d ría d e n o m in a r


un «sen tid o co m ú n » d e izq u ierd a.
C onsideram o s que la reconstrucción h istórica y el cruce de testim onios
c o n te n id o s en e sta p u b lic a c ió n , d a n c u e n ta de la e x p e rie n c ia y el p ro ta ­
g o n ism o d e m iles d e m ilita n te s, p e rm itié n d o n o s a c e rc a rn o s a p ro ce so s
históricos (ta n to subjetivo com o objetivo) que p erm itie ro n la em erg en cia
de n u m ero so s g rupos gu errillero s y de org an izacio n es rev o lu cio n arias que
c o n te m p la b a n la u tiliz a c ió n d e la v iolencia re v o lu c io n a ria p a ra la tra n s ­
form ación radical de la sociedad. De igual form a, nos p erm ite ap re c iar la
recepción de estas iniciativas políticas en el m u n d o de los tra b a ja d o re s y
el p u eb lo , c a ra c te riz a n d o e id en tifican d o el g ra d o de in serció n , e n ra iza -
m ien to y articu la c ió n con el m o v im ien to p o p u lar y su in cid en cia política
en el resto d e la so cied ad .
En e ste se n tid o , y en la m e d id a en que cad a in v estig ació n se p la n te ó
u n a h isto ria «desde abajo», y no solo de los d irig en tes o de las in stitu c io ­
nes, la e n tre v ista se h a c o n v e rtid o en fu e n te de in d u d a b le riq u e z a h istó ­
rica al c o n tr a s ta rla con las tra d ic io n a le s fu e n te s e sc rita s d e las p ro p ia s
o rg a n iz a c io n e s (d o c u m e n to s in tern o s, p u b licacio n es in te rn a s y p úblicas,
b o le tin e s , d e c la ra c io n e s , e tc .), y el m a te ria l accesib le d e los m e d io s d e
co m u n ic a c ió n y del E stad o . Lo a n te rio r es d e b id o a q u e e n los p ro ceso s
d e c ru e n ta re p re sió n p o lítica, c o m o los vividos en n u e s tro c o n tin e n te ,
la p ro d u c c ió n d e d o c u m e n to s p a rtid a rio s q u e re g istre n d isc u sio n e s y
d ecisio n es p o líticas re la c io n a d a s con la activ id ad m ilita r o con accio n es
a rm a d a s p o r p a rte d e las o rg a n iz a c io n e s d e iz q u ie rd a , so n e scaso s. De
ig u al fo rm a, la so b re v iv en c ia d e la p ro d u c c ió n d o c u m e n ta l fu e p o c a y
la g ra n m a y o ría d e las v eces d e stru id a . Por ta n to , la ú n ic a fo rm a de
re c o n s tru ir y ex p lica r esto s p ro ceso s h istó rico s d e sd e las su b je tiv id a d e s
p o líticas y d e sd e los p ro ta g o n ista s p a ra re s c a ta r el re c o rrid o m ilita n te
d e u n a g e n e ra c ió n ,8 es a tra v é s d el re la to co m o fu e n te d e e sc p a sa d o
v ivido.9
C om o señ ala m o s a n te rio rm e n te , nos in teresa d a r c u e n ta d e u n p ro ce­
so h istó rico y p o lítico m a rc a d o p o r la v io len cia y en la g ra n m a y o ría de
los casos p o r la c la n d e stin id a d de sus p ro ta g o n ista s, de a h í q u e v e am o s
u n a e n o rm e im p o rta n c ia e n la h isto ria o ral, ya q u e p e rm ite « c o n stru ir
una fu en te que nos ap o rte a lo g rar una form a m ás c o m p leta d e co m p ren ­
sión del proceso so cial» .10 Los testim o n io s so b re la ex p e rie n c ia m ilita n te

8. Pablo Pozzi. «Historia oral: rep en sar la historia». En: Cuéntam e cómo fue.
Introducción íi la historia oral. Comp. por Gerardo Necoechea Gracia y Pozzi Pablo.
Buenos Aires: Ediciones Im ago M undi, 2008, pág. 5.
9. Josefina C uesta Bustillo. «M em oria e historia. Un estado de la cuestión».
En: M emoria e Historia. 32. M adrid: Revista Ayer, 1998.
10. Pozzi, «Historia oral: repensar la historia», pág. 6.

XX
Introducción: e stu d ia r la guerrilla latinoam crica

en la iz q u ie rd a a rm a d a la tin o a m e ric a n a , si b ie n c o n tie n e n im p o rta n te s


lím ites re la c io n a d o s con la ca rg a su b jetiv a, tie n e n p o r o tra p a rte la v en ­
taja p a ra d o ja l de d is fru ta r y c o n c e n tra r p re c isa m e n te ese e le m e n to , que
c o n stitu y e b ajo n u e s tra m ira d a y p a ra n u e stro s o b jetiv o s, al su je to en
u n se r h istó rico . En el m ism o se n tid o , d e b id o a q u e las fu e n te s e scritas
trad icio n ales c o n tien en poca inform ación relativ a a asp ecto s id en titario s
o cualitativos sobre la su bjetividad del m ilitan te y la m ilitancia co tid ian a,
rec u rrim o s a la o ra lid a d . Con la u tilizació n d e los te stim o n io s p o d em o s
in d a g a r en u n m u n d o y en á m b ito s q u e las fu e n te s im p re sa s e n p apel
no h an re g is tr a d o .11 Es u n a fu en te con u n a e n o rm e c a rg a irru p tiv a , q u e
p e rm ite c o n o c e r asp e c to s y la m ira d a del m ilita n te c o m ú n , q u e a su m e
d iferen tes respo n sab ilid ad es en distin to s m o m en to s de su vida m ilitan te y
nos perm ite ob serv ar ju stam en te ese proceso y esa m irad a de largo plazo.
No o b sta n te , la fu en te oral com o ya lo dijim os es de u n a en o rm e riqueza
h istó rica, q u e re q u ie re n e c e sa ria m e n te de u n a c o n fro n ta c ió n n e c e sa ria
c o n la fu e n te e sc rita . En b a se a lo e x p u e sto , q u e re m o s re s a lta r q u e si
b ie n esto s e stu d io s c o n tie n e n y se b a san en u n a c a n tid a d im p o rta n te
d e te stim o n io s, no es u n a h isto ria o ral de la g u e rrilla re v o lu c io n a ria , es
d e to d a s fo rm as una h isto ria social y p o lítica q u e re c u rre a las fu e n te s
d o c u m e n ta le s y o ra le s, cuyo e n tre c ru z a m ie n to n o s p o sib ilita n co n o c e r
y re le v a r p ro ceso s so ciales y político s v ela d o s p o r las h isto ria s e scrita s
d e sd e el p o d e r y d e sd e el co n sen so , las c u a le s o sc u re c e n , d isfra z a n y
esco n d en las relaciones del pasado y los nexos de co n tin u id a d con el p re ­
sen te, fu n d a m e n ta lm e n te resp ecto del papel que ju e g a n los tra b aja d o re s
y el p u e b lo y so b re to d o , el d e la izq u ierd a re v o lu c io n aria en la h isto ria
de A m érica L atina d u ra n te la se g u n d a m itad d el siglo xx.

C lau d io P érez y P ablo Pozzi

11. Pablo Pozzi. Por las sendas argentinas... El PRT-ERP. La guerrilla m arxista.
Buenos Aires: Ediciones Im ayo Mundi, 2004.

XXI
Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

Revolucionarios de distintas nacionalidades en la finca Mil Cum bres, provincia de


Pinar del Río, Cuba. (Colección Instituto de Estudios del Caribe. U niversidad de
Puerto Rico).

XXII
Capítulo 1
Los que tumbaron a Trujillo. Puerto Rico en
las expediciones de 1959

F é lix O je d a R e y e s

E stam os en la llam ad a Isla del E ncanto, en el P u erto Rico d e principios


d e la d é c a d a d e l c in c u e n ta . De a q u ello s a ñ o s q u e c o rre s p o n d e n a los
d e m i n iñ e z , co n se rv o re c u e rd o s m u y a g ra d a b le s y sim p á tic o s. Ja m á s
olvidaré que en el balcón de mi casa había u n a m eced o ra, un m u eb le que
se hallab a p o r to d as partes; p ero el n u estro , de m etal, en b lanco brillante,
te n ía rib e te s re p u ja d o s e n v erd e. Y m ie n tra s nos m ecíam o s, u ste d po d ía
leer el p erió d ico , p la tic a r con los vecinos o ju g a r con o tro s m iem b ro s de
la fam ilia. A quel era, sin lu g a r a d u d as, el d ecen io de la m e c e d o ra ...
La v id a e n to n c e s p a recía len ta. Y p ara d a rle m ás q u ie tu d al e n to rn o ,
en m arzo d e 1954, irru m p e la televisión p o r alg u n o s p a ra je s d e n u e stra
c iu d ad cap ital. El blanco y el n eg ro p re d o m in a n en la fo to g rafía, el cine,
los p e rió d ic o s y en la p a n ta lla chica. Es p o sib le q u e to d o se h a lle p e r­
fec ta m e n te o rd e n a d o . N o se p resen cian m ay o res conflictos sociales. Los
p recios d e los a lim e n to s se m a n tie n e n bajos. Los ín d ices de la inflación
re g istra n e sta b ilid a d . S u p u e sta m e n te la c o n fo rm id a d y el a s e n tim ie n to
figuran com o categ o rías p red o m in an tes. No o b stan te, aq u ella d écad a del
siglo p asad o su rg e m ás co m p leja y conflictiva de lo q u e su ele parecer.
P o d ría m o s d e c ir q u e d o s h o m b re lle n a n b u e n a p a rte d e la h isto ria
de ese m o m e n to histó ric o . U no es b lan co , el o tro es d e l c o lo r d el Dr.
R am ó n E m e te rio B etan ces, el p a d re d e la n ac ió n p u e rto rriq u e ñ a . El
p rim ero , el b lanco, sería el carcelero del seg u n d o ; p ero e ste últim o , Don
Pedro A lbizu C am pos, p ro n to se tran sfo rm aría en un sím bolo co n tin en tal,
Félix Ojeda Reyes

p e rso n ific a c ió n d e l v a lo r y d e l su frim ie n to e n la e sc a b ro sa b a ta lla p o r


n u e stra lib ertad .
El 3 0 d e o c tu b re d e 195 0 m arca la fech a d e la in su rre c c ió n n a c io n a ­
lista a c a u d illa d a p o r D on P ed ro A lbizu C am p o s. D ías m á s ta r d e , e n el
d is trito fe d e ra l d e W a sh in g to n , dos b o ricu a s a te n ta » c o n tra la v id a del
p resid en te T rum an . A hora, las noticias de la lucha an tico lo n ial de P uerto
Rico se cuelan p o r los resquicios de la p ren sa in tern acio n al. A lgunos años
m ás ta rd e, en 1954, luego de ser in d u ltad o , Don Pedro vuelve a la cárcel.
U tiliz a n d o a rm a s d e p e q u e ñ o calib re, tre s h o m b re s y u n a m u je r de su
p a rtid o irru m p e n en la se d e del C o n g reso de E stad o s U n id o s y a ta c a n a
los allí p re s e n te s . De re p e n te , el e n cie rro d e Don P ed ro p re s e n ta u n a s
v a ria n te s in d escrip tib les.
¿S erá c ie rto q u e el M aestro n a c io n a lista es v íctim a d e e x p e rim e n to s
de ra d ia c ió n llev ad o s a cab o p o r ag en cias d el g o b ie rn o e s ta d o u n id e n s e
m ien tras se h allab a en ce rra d o en la Cárcel de la P rincesa lo calizad a en el
Viejo S an J u a n ? De ello se q u e ja b a él, q u e te n ía un g ra d o e n in g e n ie ría
qu ím ica d e la U n iv e rsid a d d e V erm o n t; p e ro su c a rc e le ro - d o n Luis
M uñoz M a r ín - d ecía q u e el p a trio ta de la ciu d a d d e P once e sta b a loco.
En lo to c a n te a e ste a su n to , m e e m p e ñ a ré e n d e c ir q u e la v e rd a d se
c o n o c e rá m á s te m p ra n o q u e ta rd e . Lo in te re s a n te d el a s u n to es q u e el
D e p a rta m e n to d e E n erg ía d e E stad o s U nidos h a a d m itid o q u e d u ra n te
los añ o s c in c u e n ta llevó a cabo e x p erim e n to s de ra d io a c tiv id a d e n seres
h u m a n o s sin el c o n se n tim ie n to d e las v íc tim a s.1 Y yo, q u e h e p a sa d o
b u e n a p a rte d e m is a ñ o s d e a d u lto h u sm e a n d o d o c u m e n to s, lib ro s y
pap eles viejos en los archivos y en las bibliotecas de la p a tria d e Lincoln,
puedo d ecir q u e los estad o u n id en se s lo g u a rd a n todo. D efinitivam ente la
v erd ad se sa b rá m ás te m p ra n o q u e tard e.
A quí y a h o ra d e b o re c o rd a r q u e en 1 9 5 6 m é d ic o s e s ta d o u n id e n s e s
e x p e rim e n ta ro n p o r p rim e ra vez, en u n a b a rria d a p o b re d e P u e rto Rico,
el c o n tracep tiv o oral llam ad o Enovid. Poco d esp u és, los e x p e rim e n to s de
«la p íldora» se e x tie n d e n a la rep ú b lica n eg ra de H aití.
M ie n tra s ta n to , e n G u a te m a la , p ro fe sio n a le s d e la sa lu d d e E stad o s
U nidos inoculan e n ferm ed ad es de tran sm isió n sexual a g e n te p o b re sin su
co n sen tim ien to . En en ero de 2 010 la jefa de la dip lo m acia e sta d o u n id e n ­
se, H illary C linton, ju n to a la secretaria de la S alud, K aihleen S ebelius, le

1. A principios de 1994, el presidente Bill Clinton solicitó se investigaran las


acusaciones relacionadas a los experim entos de radiación sin el consentim iento de
los afectados. El inform e se puede co n su ltar en h ttp ://w w w .e h .d o e .g o v /o h re /
r oadm ap/ochr e /r e p o r t . h tm l.
Los que tum baron a TíujiUo. P uerto Rico en.

p id ie ro n d iscu lp as al p u eb lo de G u a te m a la p o r ta n a b o m in a b le s e x p e ri­
m e n to s.2
Da la c asu alid ad q u e h e fo rm ad o p a rte d e u n a g e n e ra c ió n q u e creció
con el s o n s o n e te q u e d ecía y re ite ra b a q u e D on P e d ro Albi/.u C am p o s
e s ta b a loco. ¿T en d ría ra z ó n a q u e l h o m b re b la n c o q u e p o co a n te s del
d eceso d e D on P ed ro lo in d u lta p a ra q u e no m u rie ra en p risió n ? P ara­
d ó jic a m e n te y c o m o d is ta n c ia m ie n to de lo q u e a d v e rtía el g o b e rn a d o r
co lo n ial, d o n Luis M u ñ o z M arín, n u e stra Isla p re s e n c ia ría u n o d e los
e n tierro s m ás con currid o s de su historia. Miles de p erso n as se m an ten ían
p o r horas y horas, en fila religiosa, tra n sita n d o la av en id a Ponce de León
de n u estra ciu d ad capital p ara ren d irle sus resp eto s al p a triarc a del valor
y del sacrificio p u e rto rriq u e ñ o s.
En lo re fe re n te a los p aíses d el C arib e las d ic ta d u ra s e s ta b a n a la
o rd e n del d ía d u r a n te la d é c a d a d el c in c u e n ta : T rujillo e n la R ep ú b lica
D o m in ic a n a , B atista e n C uba y el d o c to r D u v a lier en H aití. La T ierra
F irm e no se q u ed ab a atrás: Rojas Pinilla en C olom bia y P érez Jim én e z en
V enezuela. A dem ás, se p u ed e m en cio n ar a C astillo A rm as en G uatem ala y
el clan n icarag ü en se de los Som oza, co rtad o s todos p o r las m ism as tijeras.
L a m e n ta b le m e n te , esos reg ím en es represivos y n eo lib e ra les de e n to n ce s
fu ero n b e n d e c id o s p o r los g o b iern o s de tu rn o en E stad o s U nidos, d esd e
T ru m an h asta Kennedy.
Por o tro lado, las p ro testas p o p u lares y las acciones vio len tas en Cuba,
V en ezu ela, R ep ú b lica D o m in ican a y P u e rto Rico d e s m ie n te n la c o n fo r­
m id a d y la a q u ie s c e n c ia co m o a le g a d a s c a te g o ría s de a q u e lla d é c a d a .
Pero creo q u e e n esto s precisos in sta n te s co n v ien e h a c e r un p a ré n te sis y
refle x io n a r so b re los e v id e n te s p arecid o s y d ifere n cia s q u e ex isten e n tre
el filón d e la lite ra tu ra y el d e la h isto ria. N o es difícil e n c o n tr a r una
aclaració n .
En 1605, en la novela de don M iguel de C ervantes S aavedra se desata
el n u d o de form a m ag istral, p o rq u e uno es escrib ir com o p o eta y o tro es
e scrib ir c o m o h isto ria d o r. El p rim e ro , el p o e ta , « p u e d e c o n ta r o c a n ta r
las cosas, no com o fu ero n , sino com o d e b ía n ser; y el h is to ria d o r las ha

2. H illary Clinton y K athleen Sebelius suscribieron la siguiente declaración


c onjunta: «A lthough these events occurred m ore th an 64 ycars ago, w e a re ou-
traged th at such reprehensible research could have occurred u n d e r the guise oí'
public Health. We deeply regret th a t it happened, and w e apologize lo all indivi­
d u áis w ho w ere affectcd by such a b h o rre n t research practice». Hillary Clinton
y Kathleen Sebelius. «US apologizes for 1940s syphilis inoculation experim ent in
G uatem ala». En: The W ashington Pust: (1 de octubre de 2010).

3
Félix Ojcda Reyes

de escribir, no co m o d e b ía n ser, sin o com o fu ero n , sin a ñ a d ir ni q u ita r a


la v e rd a d cosa alg u n a » .3
El fe rv ie n te d e se o d e c o n ta r los h e ch o s tal y c o m o s u c e d e n d e b e ría
se rv ir d e n o rte a to d o a q u e l q u e p ra c tiq u e el oficio d e h is to ria r lo q u e
tien e se n tid o , lo q u e tien e v alo r p ráctico, en co n tra p o sic ió n co n lo irreal
e ilu so rio . E n to n c es, el c o m p ro m iso tie n e q u e se r co n la v e rd a d . Y sin
q u ita rle a la v e rd a d «cosa alg u n a» , c o m o a c o n se ja la in m o rta l n o v e la
d e C e rv a n te s, q u ie ro in v ita r a n u e stro s lecto res, sin p e rd e r el s e n tid o
del m isterio , a e x a m in a r u n a histo ria m aravillosa, al p a re c e r to m a d a del
m u n d o m ágico d e la lite ra tu ra .
En resu m id as cu en ta s, la que voy a n a rra r sucede a fines de la d é cad a
d e las m e c e d o ra s. No sé p o r q u é se m e o c u rre d e c ir q u e p e rsig o el
p ro p ó sito d e h a c e r ju stic ia . T engo la in ten ció n de re n d irle h o m e n a je de
ad m iració n y resp eto a los jó v en es p u erto rriq u eñ o s q u e d u ra n te los m eses
d e ju n io y ju lio d e 1 9 5 9 sacrificaro n sus v id as lu c h a n d o p o r la lib e rta d
del p u e b lo d o m in ic a n o . N ad ie e n P u e rto Rico sab e c ó m o o c u á n d o
ca y e ro n . A p e s a r d e ello , p o d em o s re ite ra r q u e e ra n in te m a c io n a lis ta s
de n u e v a fa c tu ra . Ellos su p ie ro n e n c o n tra r u n trá g ic o final p a ra sus
v id a s b a ta lla n d o c o n tra u n a d e las d ic ta d u ra s m ás o d ia d a s d el e n to rn o
an tilla n o .
R esu lta la stim o so e n te n d e r qu e, a falta d e in fo rm a c ió n , se n o s h a c e
e x tr e m a d a m e n te difícil re d a c ta r los p erfiles b io g ráfic o s d e lo s c o m b a ­
tie n te s p u e rto rriq u e ñ o s. El p ro b lem a se agrava c u a n d o d escu b rim o s q u e
to d o s n u e s tro s e x p e d ic io n a rio s re sid ía n e n E stad o s U n id o s y c o n se g u ir
a fam ilia re s o am ig o s d e los c a íd o s en ta n e x te n so te rrito rio , re s u lta
co m p licad o en ex trem o .
Im aginaba q u e en la ciudad de La H abana se h allarían los d o cu m en to s
q u e c o n te s ta ría n n u e stra s p rim e ra s p re g u n ta s. L a m e n ta b le m e n te no ha
sido así, p e ro C uba siem p re nos tien d e sus m an o s. Y c u a n d o solicitam o s
a los co m p añ ero s del p a rtid o q u e co m p artieran sus fu en tes y re s p ald a ra n
n u e s tro p ro y e c to , d irig id o a re s c a ta r u n a h isto ria d o n d e se h e rm a n a n
in te m a c io n a lista s p u e rto rriq u e ñ o s, c u b an o s, d o m in ic an o s, v en ez o la n o s,
españ oles, e sta d o u n id e n se s y gu atem alteco s, hicieron todo lo posible por
ap o y a rn o s . A ta le s efecto s, d e sd e la m a y o r d e n u e s tra s islas re cib í el
sig u ien te m en saje:

« Q u erid o Félix. A yer m e te le fo n e a ro n d el D e p a rta m e n to


d e A m érica d e l C o m ité C en tral del P artid o y m e e x p licó el
c o m p a ñ e ro ( . . . ) q u e ellos h a b ía n re cib id o u n a so lic itu d de

3. Miguel De Cervantes. Don Quijote de la Mancha. Edición del IV Centenario.


M adrid: A lfaguara, 2004, pág. 569.

4
Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

A larcón en relación con tu investigación acerca de los b oricuas


en el p lan rev o lu cio n ario c o n tra Trujillo.
M e d ijo q u e te c o m u n ic a ra q u e la so licitu d fu e a te n d id a d i­
re c ta m e n te p o r el je fe del D e p a rta m e n to , G u illerm o A rb ezú ,
y q u e ellos c o n firm a ro n q u e no d isp o n e n d e d o c u m e n ta c ió n
a lg u n a al resp ecto , p u es d e esa é p o ca no se g u a rd a n a d a e n
los arch iv o s d e ellos ni en los q u e p e rte n e c ie ro n a M an u el
P iñ e iro ... ».4

Q uiso la c a su a lid a d q u e n u e stro tra b a jo se h a lla ra llen o d e o b stá c u ­


los. N o o b s ta n te , m u y b u e n o s am ig o s e n C u b a lo g ra ro n c o o rd in a r u n a
im p o rta n te re u n ió n con el c o m a n d a n te D elio G ó m ez O ch o a. El e n la c e
se h a ría en la c a p ita l d o m in ic a n a d o n d e p u d e co n o c e r a M ay o b an ex
V argas. L uego, a la lleg ad a d e D elio, a c o rd a m o s tra s la d a rn o s a la resi­
d e n c ia de Poncio Pou S aleta y, sin ta rd a n z a , p u d e c o n v e rsa r con los tres
so b rev iv ien tes de aq u ella h ero ica g esta .5
¡Q ue n a d ie se asuste!, p ero te n em o s el d e rech o de c o m en z a r n u estra
h isto ria p o r el principio. Y creo que el principio a lu d e al d ésp o ta . Rafael
L eó n id as T rujillo h a b ía c o n v e rtid o a la R ep ú b lica D o m in ica n a e n u n a
g ig a n te sc a e m p re s a de su ex clu siv a p ro p ie d a d . E n tre su s n eg o c io s so ­
b re sa lía n « h oteles, p lan ta s de c e m e n to ... fábricas d e tejid o s, de zap ato s,
d e m a te ria le s d e c o n s tru c c ió n ... bancos, lín eas de n av eg ació n m a rítim a
y a é re a , m o n o p o lio d e la sal, d e los fósforos, de la c a rn e , in g e n io s d e
azúcar, fáb rica d e arm as y a d e m á s se h ab ía co n v ertid o en el la tifu n d ista
m á s g ra n d e del país».6 T rujillo h a b ía a m a sa d o u n a in m e n sa fo rtu n a . El
D e p a rta m e n to de E stado de E stados U nidos la e stim a b a en 500 m illones
de d ó la re s, u n a c a n tid a d so rp re n d e n te p a ra aq u ello s días.
M ientras ta n to , el 7 de d iciem bre de 1958 a te rriza b a en el aero p u e rto
re b e ld e de C ien ag u illa, en la S ierra M aestra de C uba, un avió n ca rg a d o
de a rm a s. La n av e, p ro c e d e n te de V en ezu ela, co n m á s de 3 .0 0 0 libras
de p eso so b re el lím ite de la c arg a, tra n s p o rta b a 8 4 caja s d e p e rtre c h o s
m ilitares. E ntre sus pasajero s se h allab a el d o m in ic a n o E n riq u e Jim énez.
M oya, e n v ia d o a C uba a fo rm a rse co m o c u a d ro m ilita r e n la g u e rra
c o n tra la d ic ta d u ra de B atista. A m eritan c itarse u n a s p a la b ra s re cie n te s
d el c o m a n d a n te Fidel C astro. D icen así:

4. Félix O jeda Reyes. Boricuas en Santo Domingo. C orreo electrónico. 11 de


diciem bre de 2009.
5. La conversación se llevó a cabo el 7 de julio de 2005 en la residencia de
Pou Saleta.
6. J u a n Bosch. A ntología personal. Río Piedras: Editorial de la U niversidad
de Puerto Rico, 1998, pág. 390.

5
It IU ( )jcdn IU*yes

« Jim én ez M oya, q u e ju n to a o tro s rev o lu c io n a rio s d o m in ic a ­


nos a te rriz ó en las in m ed iacio n es d e la S ierra M aestra e n un
avión civil v en ezo lan o , co n d u cie n d o 150 fusiles se m ia u to m á -
ticos G a r a n d ... y u n fusil PAL. q u e p e rs o n a lm e n te m e en v ió
el a lm ira n te L a rra z á b a l... se in co rp o ró a n u e stra s fu e r z a s ...
c u an d o lib ráb am o s los últim os com bates en la región o rien tal
d e C uba» .7

B ueno sería a ñ a d ir que Jim én ez Moya so b resale com o c o m b a tie n te en


la b a ta lla del c u artel de Maffo, en la provincia de O rien te, d o n d e se libra
u n a d e las re frie g a s m ás e n c a rn iz a d a s de la g u e rra c o n tra B atista. Las
acciones ad q u irie ro n visos de e n fre n ta m ie n to co n v en cio n al. M ás d e diez
días d u ró la to m a de aq u el c u a rte l.8 Y es c a su a lm e n te en a q u e lla b a talla
d o n d e el d o m in ican o cae g rav em en te h erido. La esq u irla de u n a g ra n a d a
d e m o rte ro le a tra v e só un riñ ó n . P rá c tic a m e n te « to d o s los in te stin o s se
le sa lie ro n » .9 Y allí m ism o , al aire lib re, te n d id o so b re el b a n c o d e un
p arq u e de la localid ad , Jim én ez Moya recibió los p rim ero s auxilios de los
m édicos c u b a n o s .10
A lg u n o s d ía s m ás ta rd e , m ie n tra s c o n v ale cía, los m ed io s n o ticio so s
in fo rm a b a n la h u id a d e l d icta d o r, F u lg en cio B atista h a b ía a b a n d o n a d o
la isla d e C u b a en la m a d ru g a d a d el p rim e ro d e e n e ro d e 1 9 5 9 ju n to a
su fam ilia y los p rin c ip ale s esb irro s de aq u e lla d ic ta d u ra . Im ita n d o a su
h o m ólogo v en ez o lan o , P érez Jim é n e z , B atista se refu g ia en la R epública
D om inicana.
A hora b ien , el 23 de e n e ro d e 1959, c u a n d o el p u e b lo d e V en ezu ela
se d is p o n ía a c o n m e m o ra r el p rim e r a n iv e rsa rio de la c a íd a d e P érez
Jim é n e z , el je fe d e la R evolución c u b a n a llega a la p a tria d el L ib e rtad o r
invitado por las organ izacio n es p o p u lares que pro m o v ían aq u ella c e le b ra ­
ción. F.1 viaje d e Fidel se hacía p a ra a g rad e c erle al p u eb lo v e n e z o la n o la
ay u d a q ue le h a b ía n b rin d a d o a la R evolución.
Los m edios d e inform ación calcularon en m ás de 100 mil las p erso n as
que c o n cu rriero n al recibim iento. B uena p arte d e N u estra A m érica estuvo
allí re p r e s e n ta d a : los in d e p e n d e n tis ta s p u e rto rriq u e ñ o s q u e g rita b a n
c o n tra el co lo n ia je , los re v o lu c io n a rio s h a itia n o s q u e h a c ía n o tro ta n to

7. Fidel Castro. «Mi encuentro con Leonel Fernández, presidente de la Repú­


blica Dom inicana». En: Granma: (7 de m arzo de 2009).
H, Delio Góm ez Ochoa. Constanza, Maimón y Estero Hondo. La victoria de los
caídos. Sonto Dom ingo: Editorial Alfa & Om ega, 1998, pág. 22.
9. P o n d o Pou Saleta. En busca de la libertad. M i lucha contra la tiranía
irujillista. República D om inicana: Editorial Lozano, 1998, pág. 96.
10. G óm ez O choa, Constanza, M aim ón y Estero Hondo. La victoria de los
caídos, pág. 22.

6
Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

c o n tra el d o c to r D uvalier, m ie n tra s u n a p o d e ro sa d e le g a c ió n d el exilio


d o m inicano, p o rta n d o g ran d es cartelo n es, le d ab a la b ien ven id a a F id e l.11
El 25 d e e n e ro el C o m a n d a n te c u b a n o se e n tre v istó co n R ó m u lo
B e ta n c o u rt. C u e n ta F ran cisco Pividal P a d ró n 12 q u e fu e el recién e le c to
p re s id e n te d e V en ezu ela, en la re s id e n c ia p a rtic u la r d e e ste , q u ie n p ro ­
p uso el tem a de Trujillo, co m p ro m e tié n d o se en a p o rra r m ed io m illón de
d ó la re s p ara los g asto s d e u n a e x p ed ic ió n d irig id a a d a r al tra s te con la
d ic ta d u ra d o m in ic a n a . P ividal P a d ró n estu v o p re s e n te e n ese p rim e r y
ú n ico e n c u e n tro e n tre Fidel y B etan co u rt.
In m e d ia ta m e n te d esp u és de re g resar a C uba, el C o m an d an te le solicita
a D elio G óm ez O choa y al d o c to r Pividal q u e viajen a C aracas a rec o g e r
el d in e ro p ro m etid o .
N inguna ocasión m e p arece tan propicia com o esta p ara in fo rm ar que
a m e d iad o s d e o c tu b re de 2 0 0 9 p artic ip é en el xu C ongreso de la A cade­
mia D om inicana de la H istoria, d ed ica d o a co n m e m o rar el 50 aniv ersario
de las ex p e d ic io n e s a rm a d a s d e ju n io d e 1959. En e sa o c asió n c o n o c í
al c o m a n d a n te v e n e z o la n o D ouglas Ig n acio B ravo M ora. El le g e n d a rio
c o m b atien te hab ía in gresad o a te m p ra n a ed ad en el P artido C om unista y
en 1 959 era el jefe del Buró M ilitar del m ism o.
En S a n to D o m in g o , D ouglas B ravo m e a se g u ra b a q u e el PC d e Ve­
n e z u e la le h a b ía d a d o su a p o y o al p ro y ec to e x p e d ic io n a rio c o n tra la
d ic ta d u ra de T rujillo. Y él, q u e p e rte n e c ía al a p a ra to a rm a d o d e la o rg a ­
n izac ió n , fue el e n c a rg a d o de re c lu ta r a la casi to ta lid a d d e los jó v e n e s
q u e c o la b o ra ría n en la g e sta d o m in ic a n a . T odos los v e n e z o la n o s q u e
p a rticip aro n en las exped icio n es fueron asesin ad o s b ru ta lm e n te . He aquí
sus n om bres: J u a n C árden as Soto, Edwin Erminy, A ntonio Luis G onzález,
Jo sé Isaac M olina G o n zález y O scar Luis Vega A costa q u e e stu v ie ro n en
la e x p e d ic ió n a é re a . R afael A rrech ea R o d ríg u ez, G e n e ro so H e rn á n d e z ,
N elson A ndrés H ern án d e z G onzález, Luis Alfonso M edina Rosales y Ju lio
C a m a c h o , ex p e d ic io n a rio s d e M aim ó n . Así co m o Jo sé A ltag racia A rias
Q u in te ro , P ed ro Jo sé L inares B adillo, Jo sé Luis R o d ríg u ez y Je s ú s Ávila,
q u e ta m b ié n lleg aro n en las ex p ed ic io n es m a rítim as.
Fabricio O jed a q u e ría u n irse al p ro y e c to d o m in ic a n o , m e d ecía el
c o m a n d a n te D o u g las B ravo. Sin e m b a rg o , la d ire c ció n d el m o v im ie n to

11. A Coruña. España, 15 de m arzo de 2004.


12. Pividal Padrón vive en Caracas por espacio de 11 años. Además de e jn e e r
la docencia, co o rd in a r el M ovim iento 26 d e Julio y a c tu a r com o em b ajad o r d r
Cuba en V enezuela, es un estudioso de la vida y obra de Bolívar. «Con Francisco
Pividal sostuve en La H abana las lentas conversaciones prelim in ares que me
perm itieron form arm e una idea clara del libro que debía escribir». A;.( lo informa
Gabriel García M árquez cuando iba a escribir su novela ¿7 general cu su laberinto,
en la que narra los últim os días de Bolívar.

7
Félix Ojeda Reyes

v en ezo lan o se opu so , no a u to riz a b a la salid a de Fabricio p o r lo q u e ya se


p ro y ectab a: u n a g u errilla q u e d u ra ría v ein te larg o s añ o s.
Fabricio O je d a co n sig u ió e n o rm e p ro ta g o n ism o e n 1 9 5 8 co m o p re ­
s id e n te d e la J u n ta P a trió tic a q u e p ro m o v ió la c a íd a d e P é re z Jim é n e z .
Iíse m ism o a ñ o fu e e le c to d ip u ta d o al C o n g reso . En 1 9 6 2 se re tiró del
g o b ie rn o y a b ra z ó la lu ch a a rm a d a . El d e s ta c a d o re v o lu c io n a rio fu e
a se sin a d o en los cala b o zo s d e las fu erzas a rm a d a s en ju n io d e 1966.
C o n fo rm e a lo p ro m e tid o , el re c ié n ele c to p re s id e n te d e V en ezu ela
a p o rta ría m e d io m illó n d e d ó la re s. L a m e n ta b le m e n te , el a c u e rd o fue
d e s h o n ra d o . La c a n tid a d d e 150 m il d ó la re s e ra m u c h o m e n o r d e lo
p ro m e tid o . N o o b s ta n te , d in e ro e n m a n o , los c o m p lo ta d o s te n ía n u n a
p rio rid a d : c o m p ra r u n av ió n d e c arg a q u e los lle v a ría a tie rra s d o m in i­
ca n a s. La tra n sa c c ió n se llevó a cab o e n el s u r d e E sta d o s U n id o s. Del
d in e ro v e n e z o la n o , 9 0 mil d ó la re s fu ero n d e s tin a d o s a la c o m p ra d e la
nave.
T ra sla d a d o a C uba el avión su fre d istin ta s a lte ra c io n e s re a liz a d a s en
el a e ro p u e r to m ilita r d e C o lu m b ia. U tilizan d o ta la d ro s e sp e c ia le s se le
h a c e n g ru e so s orificios en los co sta d o s p a ra in tro d u c ir el c a ñ ó n d e los
fusiles FAL en caso d e se r a ta c a d o s d e sd e el a ir e .13 ¡H ay q u e p re p a ra rse
p ara lo peor!, y no le estam o s a ñ a d ie n d o ni le hem os q u ita d o a la v e rd ad
«cosa alg u n a» c u a n d o h ab lam o s d e aqu ello s b o q u e te s q u e d ra m a tiz a n lo
peligroso de la m isión q u e se llev aría a cabo.
S ería p re c is a m e n te a p rin c ip io s d e l m es d e m a rz o d e 1 9 5 9 c u a n d o
re v o lu c io n a rio s d e d is tin ta s n a c io n a lid a d e s c o m ie n z a n a lle g a r a C uba.
E stab an co n v e n c id o s q u e d e rro c a ría n la o d io sa d ic ta d u ra d e T rujillo.
Los c o m b a tie n te s e ra n hijos de P u e rto Rico, E sp a ñ a , C u b a, V en ezu ela,
G u a te m a la , E sta d o s U nidos, N ic a ra g u a y R ep ú b lica D o m in ic a n a . La
im previsible y peligrosa m isión se concebía com o u n a im p o rtan te h a zañ a
d e so lid a rid a d y, C uba, lib e ra d a d e la d ic ta d u ra de F u lg en cio B atista , le
p re s ta ría el m as e x tra o rd in a rio co n cu rso a las g estio n es in iciad as p o r las
o rg a n iz a c io n e s rev o lu c io n a ria s d o m in ican as.
El Listín Diario de S an to D om ingo inform a q u e p a ra d a rle a p o y a tu ra
logística al p ro y e c to se e sta b le c e n dos o ficin as e n La H a b a n a . U na le
serv ía de a sie n to a E n riq u e Jim é n e z M oya, c o m a n d a n te y je fe m ilita r de
la expedición. La o tra la dirigía la cu b an a Acacia S ánchez. En la se g u n d a
oficin a «se d e s p a c h a b a n las c a rta s e n v ia d a s p o r los fu tu ro s e x p e d ic io ­
n ario s a sus fa m ilia re s y se re c ib ía n las q u e e sto s les e n v ia b a n a ellos.

13. José Miguel Abreu Cardet. Cuba y las expediciones de junio de 1959. Santo
l»ominy,o: Editorial M anatí, 2002, pág. 98.
Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

T am b ién se re c ib ía n las a y u d a s re c a u d a d a s a tra v é s d e las a c tiv id a d e s


p ro m o v id as en apoyo a la ex p ed ic ió n » .14
Para so s te n e r a q u ellas g estio n es el g o b ie rn o d e C uba d e p o sitó e n un
b a n c o , a n o m b re d e A cacia S á n c h e z ,15 u n a b u e n a c a n tid a d d e d in e ro .
A dem ás, en aq u el p u n to de operacio n es, rad icad o en el secto r del V edado
d e La H a b a n a , se in s ta la ría u n a p la n ta d e ra d io d e h o n d a c o rta p a ra
c u b rir los a c o n te c im ie n to s d o m in ican o s.
Pero fue en la finca Mil C um bres, localizada en la z o n a m o n tañ o sa de
la p rovincia d e P in a r del Río, d o n d e se estab le c e la fra n ja d e e n se ñ a n z a
m ilita r.16 Los ejercicio s c o m e n z a ro n a fin ales d el m es d e m a rz o . La
in stru c c ió n básica co n sistía d e c a m in a ta s, lecc io n es e n el m a n e jo d e
arm as co rtas y de largo alcance, p rácticas de tiro con fusiles FAL, G arantí
y S pringfield, así corno a d ie stra m ie n to e n el em p leo de a m e tra lla d o ra s y
g ra n a d a s , uso d e explosivos, m inas y sistem as d e co m u n icacio n es.
L arry B evins y C h arles W hite, p o se e d o re s d e am p lio s co n o c im ie n to s
m ilitares, p u es e ra n v e te ra n o s d e la g u e rra d e C orea, e je rc ían co m o in s­
tru c to re s de la tro p a. El p rim ero e n se ñ a b a a m a n e ja r las a m e trallad o ras;
m ie n tra s q u e W hite se e n c a rg a b a d e las d e m o stra c io n e s d e tiro con p ro ­
y ectiles d e m o rte ro y d e b a zu ca s. A h o ra, llen o s d e e n tu s ia sm o , los d o s
e sta d o u n id e n se s e sta b a n d isp u esto s a c o m b a tir p o r u n a ca u sa ju s ta .17
En aq u el in m u eb le d e P in ar del Río se a d ie stra ro n 2 6 4 co m b atien tes:
211 e ra n d o m in ican o s, 21 cub an o s, 13 v en ezo lan o s, 12 p u e rto rriq u e ñ o s,
3 e sta d o u n id e n se s, 3 esp añ o les y 1 g u a te m a lte c o , p ero no to d o s in te g ra ­
ro n la e x p e d ic ió n .18 De los 12 p u e rto rriq u e ñ o s q u e se a d ie s tra ro n en
Mil C u m b res, seis p a rtic ip a ro n e n la g e sta, c u a tro no d ie ro n el g ra d o ,
y dos q u e d a ro n e n C uba p o r m o tiv o s d e e n fe rm e d a d . T am b ién , e n el
c a m p a m e n to se h allab an cu atro m ujeres d o m in ican as, d isp u e sta s a ab rir

14. Emilio H erasm e Peña. «La expedición a rm a d a de ju n io de 1959». En:


Listín Diario: (14 de ju n io de 2004).
15. En julio de 1961, poco después del ajusticiam iento de Trujillo, el com an­
dante Góm ez Ochoa contrae nupcias con Acacia Sánchez Manduley, herm ana de
Celia Sánchez, la noble y distinguida revolucionaria cubana.
16. A lgunos años m ás tard e, por Mil C um bres pasarían los expedicionarios
que aco m p añ a n al co m a n d an te E rnesto G uevara en su gesta boliviana. En
Mil C um bres tam b ién se a d ie stran los hom bres de la guerrilla d om inicana de
Francisco A lberto C aam año Deñó.
17. G óm ez O choa, Constanza, M aim ón y Estero ¡Iondo. I.a victoria de los
caídos, pág. 36; véase adem ás, The New York Times, 10 de ju lio de 1959, pág. H.
18. Góm ez Ochoa habla de unos 300 hom bres en el cam pam ento. Anselmo
Brache dice que eran alred ed o r de 250. A algunos se les da de baja por enferme*
dad o po rq u e físicam ente no a g u an tab a n los rigores del a d ie stram ien to , otros,
porque llegaron m uy tard e y no hubo tiem po para instruirlos.

9
Félix Ojeda Reyes

fuego c o n tra la d ic ta d u ra . Por raz o n es p u ra m e n te sex istas, en c o n tra de


su v o lu n ta d , las m u je re s fu ero n ex clu id as de la e x p e d ic ió n .19
El 5 de ju n io de 1959 se d esm o n tó el cam po de e n tre n a m ie n to . E n to n ­
ces, los exp ed ic io n ario s in iciaron un largo viaje p o r a u to b ú s. R ecorrieron
to d a la isla h a sta llegar a la provincia de O riente, a un nuevo cam p a m e n to
localizado al pie de la S ierra M aestra. El d ía 8 el d irig e n te m áx im o de la
ex p ed ic ió n , E n riq u e Jim é n e z M oya, in fo rm ó q u e p ro n to p a rtiría n hacia
la R ep ú b lica. A lg u n o s v ia ja ría n p o r aire, en a v ió n c a m u fla d o co n las
in sig n ias d e la A viación M ilitar D o m in ican a. Los o tro s d o s g ru p o s irían
p o r barco.
A d em ás d e las a rm a s, a c a d a h o m b re se le re p a r tie ro n 5 0 0 tiros,
g ra n a d a s , u n a h a m a c a y a lim e n to s p a ra cinco d ías. El av ió n , p ilo te a d o
p o r el v e n e z o la n o Ju lio C ésar R o d ríg u ez, d e sp e g ó a las tres d e la ta rd e .
El c u b a n o O re ste s A costa h a c ía d e c o p ilo to y el d o m in ic a n o J u a n d e
Dios V entura S im ó serv ía d e a se so r e n los m o m en to s del a te rriz a je en el
a e ro p u e rto m ilita r de C o n stan za.
Un total de 54 h o m b res b ajaro n de la nave. La fecha no d eb e olvidarse:
d o m in g o 14 de ju n io d e 1 9 5 9 . El reloj m a rc a b a las seis en p u n to d e la
ta rd e.
P ara p ro te g e r el d e sc e n so se tiró a la p ista el g ru p o d e v a n g u a rd ia
c o m p u e s to p o r seis v o lu n ta rio s. El te n ie n te F ra n k E b e rto L ópez fu e el
p rim e ro en s a lir d el av ió n . El c u b a n o iba e n la p u n ta d e la v a n g u a rd ia .
Le seguía el c a p itá n R am ón López, tam b ién cu b an o . Luego iba el c o m a n ­
d a n te Delio G óm ez O choa. D etrás de Delio, los d o m in ican o s M ayobanex
V argas y J u a n A n to n io A lm ánzar. F in a lm e n te el p u e rto rriq u e ñ o G a sp ar
A n to n io R o d ríg u ez Bou.
De p ro n to , se acercaro n tres vehículos con so ld ad o s de la d ic ta d u ra . El
p rim ero en d is p a ra r fue el d o m in ican o Pedro Pablo F ern án d ez q u e llevaba
u n FAL. In m e d ia ta m e n te tiró G óm ez O ch o a. Los e x p e d ic io n a rio s d e la
v an g u ard ia ab riero n fuego n u trid o d estru y en d o u n o d e los vehículos. Los
o tro s dos vehículos de la d ic ta d u ra se vieron o bligados a regresar. En ese
m o m e n to , c o m e n z ó a c a e r u n a llovizna m u y su av e y a b a ja r u n a n ieb la
m uy d e n sa q u e a p e n a s p e rm itía v er a cien m e tro s d e d ista n c ia .
D isp u esto a no p e rd e r tiem p o , el p ilo to v e n e z o la n o , m u y n erv io so ,
a p resu rab a a los g u errero s p ara que b ajaran de la nave. E ntonces, giró el
a v ió n so b re sí m ism o y enfiló p o r d o n d e h a b ía a te rriz a d o . S o ld a d o s d e
la d ic ta d u ra le d is p a ra ro n a la n a v e con a rm a s d e p e q u e ñ o calib re . Le

19. R ecom endam os el reportaje de Ángela Peña: «D om inicana Perozo. Una


de las cuatro guerrilleras que iban a venir el 14 de junio», publicado en la prensa
dom inicana a m ediados de 2001 (envío cortesía de Ángela Peña).

10
Los que tum baron a Trujillo. P uerto Rico en.

h irie ro n u n a s 22 p erfo racio n e s, p a rtic u la rm e n te e n las ala s. Así el C -46


i eg resó a su lu g a r de p a rtid a , a eso de las 8 :4 5 de la n o ch e.
En el te a tro d e la acció n , in m e d ia ta m e n te d e sp u é s d e l tiro te o los
t o rn b a tie n te s se d iv id e n a c c id e n ta lm e n te fo rm á n d o se d o s g ru p o s. U no
lo e n c a b e z a E n riq u e Jim é n e z M oya con 33 h o m b re s. El o tro lo d irig e
D elio G ó m ez O ch o a, q u ie n ib a en la re ta g u a rd ia con 19 h o m b re s. Los
d os g ru p o s ja m á s se e n c o n tra ría n . Esa d iv isió n , d e a c u e rd o co n P oncio
l*ou S aleta, seria u n facto r d e te rm in a n te en la d e rro ta m ilitar.
B ueno sería a c o ta r que el ex pedicionario Jo sé A ntonio Spignolio M ena,
ni d e s c e n d e r a b ru p ta m e n te d e l av ió n , p e rd ió u n a v a lio sa m o c h ila, q u e
sería c a p tu ra d a p o r soldad o s de la d ic ta d u ra , d o n d e v en ían los p lanos de
to d a la o p e ra c ió n m ilitar, in clu y en d o los p u n to s d e los d e se m b a rc o s p o r
M aim ón y E stero H ondo. A p a rtir de en to n ces, la aviación y la m a rin a de
la d ic ta d u ra e sta ría n en c o n sta n te a s e c h o .. .
O rig in a lm e n te los o rg a n iz a d o re s d e l o p e ra tiv o se h a b ía n tra z a d o
un ru m b o e s tra té g ic o : in te rn a rs e e n las m o n ta ñ a s d e C o n sta n z a h a s ta
a lc a n z a r el Pico D u a rte , el p u n to m ás a lto d e la g e o g ra fía d o m in ic a n a .
Allí se e s ta b le c e ría la b a se d e o p e ra c io n e s. M as n o h a b ía n tra n s c u rrid o
dos h o ras del a terrizaje en C o nstanza cu an d o el pro p io Trujillo le inform a
lo a c o n te c id o al e m b a ja d o r d e E stad o s U nidos, Jo s e p h S. F a rla n d .20 El
servilism o se d e c la ra oficial y v o lu n tario :

«O n J u n e 14, 1959, G e n eralissim o T rujillo in fo rm e d A m bas-


s a d o r F arland o f an a tte m p te d inv asió n o f th e D om in ican Re-
p u b lic th a t afte rn o o n . In te le g ra m 4 8 0 from C iu d ad Trujillo,
J u n e 14, F arlan d re p o rte d th e fo llo w in g to th e D e p a rtm e n t:
“Trujillo advised m e a t 8 :15 to n ig h t th a t one tra n sp o rt a ircraft
la n d e d a t C o n sta n z a la te th is a fte rn o o n w ith 18 in s u rg e n ts
a b o a rd . D om inican arm y g arriso n rep o rte d in p u rsu it. O rigin
o r n a tio n a lity g ro u p as y e t u n k n o w n . L an d in g s m o m e n ta -
rily a n d w ill k eep E m b assy fully in f o r m e d ... ” ( 7 3 9 .0 6 /6 -
1 4 5 9 )» .21

20. Farland es egresado de la West Virginia University, hace estudios gradua­


dos en P rinceton y S tanford, practica la abogacía y preside una em p resa de su
propiedad dedicada a la m inería del carbón. D urante la Segunda G uerra Mundial
trabaja como agente del Buró Federal de Investigaciones (FBI). Además de oficial
de la m arina, estuvo activo con las fuerzas de ocupación de la península de Corea.
El 20 de m ayo de 1957 el presid en te E isenhow er le n om bra e m b a jad o r en In
República D om inicana, cargo que ocuparía h asta 1960.
21. FRUS. American Republics. Microfiche Supplem ent. W ashington: D epart­
m ent o f State, 1991. Declassified for publication.
Félix O jeda Reyes

Un d ía m ás ta rd e , el 15 d e ju n io , F arland en v ía el te le g ra m a n ú m e ro
4 8 0 al s e c re ta rio d e E stad o , e n W ash in g to n , y c o p ia d e d ic h o m e n sa je a
las e m b a ja d a s e n La H a b a n a y C aracas:

« M a n u e l d e M oya a d v ise d m e th is m o m in g th a t in s u rg e n t
g ro u p carne from C uba. In su rg en ts p re se n tly su rro u n d e d cióse
C o n sta n z a a n d GODR e x p ects th e ir c a p tu re to d a y ; how ev er,
p la ñ e u se d in inv asió n successfully ev a d e d in te rc e p tio n » .22

Ese m ism o día, a las tres de la tard e, Farland d e sp ach a o tro teleg ram a,
el n ú m e ro 4 8 2 , al se c re ta rio de E stado:

«Plañe y este rd ay escaped d etec tio n by flying in above D e lta ...


De M oya also sta te d th a t GODR h a d n o in te n tio n a t th is
tim e to re q u e s t assistan ce from OAS. In a d d itio n to o b serv ed
D o m in ican Air Forcé activity, Dom A rm y a n d D om N avy also
o n a le rt» .23

La in fo rm a c ió n c o n tin ú a su ca u ce d e fo rm a in in te rru m p id a : d e l g o ­
b ie rn o d o m in ic a n o a la E m b a ja d a d e E stad o s U n id o s y d e la lla m a d a
c iu d a d T ru jillo al D e p a rta m e n to d e E stad o e n W a sh in g to n . V eam o s el
sig u ie n te te le g ra m a (E m btel 4 8 4 ) fech ad o el 16 de ju n io :

« In s u rg e n ts still h o ld in g p o sitio n in m o u n ta in s a n d fig h tin g


c o n tin ú e s. GODR m a in ta in in g situ a tio n u n d e r c o n tro l a n d
ex p e c ts re b el c a p itu la tio n th is a fte rn o o n . Also d e M oya sp e-
cifícally re q u e s te d E m b assy n o t, re p e a t n o t, m a k e c o m m e n t
US p ress. N o p u b lic ity h e re b u t c o u n try alive w ith ru m o rs
a n d s tre e ts w e re e m p ty la s t n ig h t ... SIM m a k in g W h olesale
a r r e s ts .. . ».24

E se m ism o d ía 16, a las d o ce e n p u n to , F a rla n d e n v ía o tro m e n s a je


(E m btel 4 8 6 ) a W ash in g to n :

«De M oya h as advised m e th a t p lañ e involved in invasión char-


te re d in M iam i a n d flow n fro m M iam i to C u b a by A m e rica n

22. NARA. College Park, M aryland. T elegram a confidencial, 15 de ju n io de


1959.
23. NARA. C ollege Park, M aryland. Telegram a confidencial del e m b a jad o r
Farland al secretario de Estado, 15 de junio de 1959. Copia a la em bajada en La
H abana.
24. NARA. College Park, M aryland. T elegram a confidencial del e m b a jad o r
Farland al secretario de Estado, 16 de junio de 1959.

12
Los que tu m b aro n a Trujillo. Puerto Rico en.

pilot. Pilot w as h ired an d a rra n g em en ts m ad e by Federico Al­


b e rto H en riq u ez, nick n am ed “C hico”, a D om in ican trav ellin g
w ith C u b a n p a p e r s ... GODR h as c a p tu re d so m e in s u rg e n ts
w h o h av e con firm e d in fo rm a tio n th a t tw o b o a tlo a d s a d d itio -
n a l m e n h av e d e p a rte d fro m C uba. GODR b e lie v e s al le a s t
o n e US Citizen n a m e d W hite w ith g r o u p .. . ».25

M ie n tra s ta n to , la cap ital d o m in ic a n a se h alla en c alm a. Los v ecin o s


ig n o ran q ue en la co rd illera cen tral rev o lu cio n ario s p ro c ed e n te s de C uba
se esté n tiro te a n d o con los soldados de la d icta d u ra . M uy d istin ta resu lta
ser la in ten sa actividad m ilitar que se atisb a en los alred e d o re s de la base
a é re a d e S an Isidro. Los m en sajes d e la E m b ajad a d e E sta d o s U n id o s al
D e p a rta m e n to d e E stado en W ash in g to n so n c o n sta n te s:

«In te le g ra m s 4 8 2 a n d 4 8 4 fro m C iu d ad T rujillo, J u n e 15,


F arland re p o rted on discussions w ith Foreign M inister M anuel
d e M oya w h o s ta te d th a t m e m b e rs o f th e in s u rg e n t g ro u p
carne from C uba a n d V en ezuela (7 3 9 .0 0 /6 -1 5 5 9 ) A ccording
to te le g ra m 4 8 7 from C iu d ad T rujillo, J u n e 16, D e M oya
in fo rm e d F arlan d th a t d ay th a t o n e o f th e in v a sió n p la n e s
w as c h artered in M iami and flown from M iam i to C uba by an
A m erican pilot. (7 3 2 .0 0 /6 -1 6 5 9 )» .26

En la m a ñ a n a d el lu n e s 15 c o m ie n z a n a lle g a r lo s av io n e s d e la
d ic ta d u ra . Las nav es a m e tra lla n el p e rím e tro d o n d e c re e n q u e e stá n los
co m b atien tes. A los aviones se les ve p a sa r p o r d e b a jo de los g u errillero s
(g ru p o G ó m ez O ch o a) q u e se h a lla n e n u n a m o n ta ñ a b a s ta n te ele v a d a .
A lred ed o r de 20 ó 25 nav es se m a n tie n e n en el a ire to d o el tiem p o .
La c o y u n tu ra es e x tre m a d a m e n te p elig ro sa . Los in c e s a n te s b o m b a r­
d eos d e la aviación y la m e tra lla del en e m ig o h a n fra g m e n ta d o la tro p a
del c o m a n d a n te Jim é n e z M oya. V eam os las sig u ien tes e n tra d a s q u e a p a ­
recen e n el D iario d e Jo s é A n to n io B atista C e rn u d a , al m a n d o d e u n a
n u ev a fracció n en la que se h a b ía d iv id id o aq u e lla re d u c id a tro p a:

« M artes 16. H oy c a m in a m o s m u y poco. N u e stra s tro p a s


e s tá n c a n sa d a s . Al a m a n e c e r fu im o s d e sc u b ie rto s p o r las
tro p a s en e m ig a s. P eleam o s d e sd e el p rin cip io d e la m a ñ a n a

25. NARA. College Park, M aryland. T elegram a confidencial de Parland al


secretario de E stado, 16 de junio de 1959.
26. FRUS. A m erican Republics. M icrofiche S u pplem ent. W ashington: De­
p a rtm e n t of S tate, 1 9 9 ]. Declassified for publication. Véase copia original del
docu m en to (telegram a 4 80) en: NARA. College Park, M aryland, H de ju n io de
1959. (Record G roup 84. Caja 42).

13
Félix O jeda Reyes

h a s ta e n tr a d a la ta rd e . Los a v io n es n o s a m e tra lla ro n y n o s


d is p a ra ro n co h e te s. D u ra n te la b a ta lla p e rd í c o n ta c to co n el
c a p itá n Jim e n e s (sic) y co n m u ch o s c o m p a ñ e ro s. C o n té m ás
de cinco b ajas del enem igo. La lom a ha sido in cen d iad a. Bajo
fuego, salim o s a las 9 de la n o ch e d e ese lugar.
M iérco le s 17. C a m in a m o s h a sta el a m a n e c e r. F u im o s h acia
u n a lo m a . Los av io n es e n e m ig o s e s ta b a n d is p a ra n d o c o n ti­
n u a m e n te p o r e n c im a a la lo m a, ju s to a d e la n te d e n o so tro s.
C uatro d e los co m p añ ero s no quisieron su b ir y se q u e d a ro n al
pie de la lom a. A cordam os re u n im o s al m ed io d ía en u n sitio,
p e ro s o la m e n te yo m e p re s e n té . V ino u n c a m p e sin o d iz q u e
a a y u d a rn o s . ¿ S e rá am ig o ? C a m in a m o s to d a la n o c h e p o r
cam p o a b ie rto d esp ro v isto d e á rb o le s ...
Ju e v e s 18. L e v a n ta d o s m u y te m p ra n o . Ya a lg u n o s av io n e s
e stá n v o la n d o p o r en c im a. R ecogí un fusil FAL q u e u n c o m ­
p a ñ e ro h a b ía a b a n d o n a d o . A sum í el m a n d o de u n a co lu m n a
d e 15 h o m b re s. D o rm im o s to d o el d ía y d e sc a n s a m o s. Se
n o s e s tá a c a b a n d o la c o m id a. C a m in a m o s to d a la n o c h e .
N u e stro c a m p e sin o n o s a b a n d o n ó e n las p rim e ra s h o ra s d e l
v ie r n e s ... ».27

A nselm o B rache es, sin lu g ar a d udas, el h is to ria d o r m ás im p o rta n te de


aq u ello s a c o n te c im ie n to s. E scuchem os sus a u to riz a d a s p a la b ra s c u a n d o
se refiere al g ru p o G óm ez O choa:

«Estos se g u ía n m o v ilizándose sin h a c e r c o n tac to con el ejérci­


to. Su c o m a n d a n te , diestro en la táctica g u errillera, hacía que
c a d a q u ie n u tiliz a ra su p ericia p a ra p ro lo n g a r la re s iste n c ia
a n te el ased io ten az , au n q u e d e so rd e n a d o de las tro p as re g u ­
lares. A v an zab an p o r las p a rte s m ás b ajas d e las lo m as, p a ra
q u e la av iac ió n no p u d ie ra localizarlos. R etro ce d ían , c a m b ia­
b an c o n tin u a m e n te d e d irecció n y b o rra b a n sus h u e lla s p a ra
co n fu n d ir a los p erseg u id o res de la ru ta seg u id a. Pero a m e n a ­
zaba la escasez de com ida, y el frío a g u d iza b a esta necesidad
d e a lim e n ta rs e p a ra re c u p e ra r las e n e rg ía s p e rd id a s p o r las
c am in atas» .28

27. A nselm o Brache. Constanza, M aim ón y Estero Hondo: (testim onios e


investigación sobre los acontecim ientos). Taller: S anto D om ingo, 1994, pág. 93
(el d om ingo 28 de ju n io , a n tes del m ediodía, es asesin ad o el d iarista B atista
C ornuda).
28. Íbíd., págs. 130-131.

14
Los que tu m b aro n a Trujillo. P uerto Rico en.

M ie n tra s , e n P u e rto Rico c ircu lan n o ticia s a d u lte ra d a s . El p e rió d ic o


F.l Im parcial in fo rm a q u e u n o s cien c o m b a tie n te s al m a n d o d e Jim é n e z
M oya le h a b ía n c a u sa d o u n a s 15 b ajas a las fu e rz a s d e la d ic ta d u ra .
La e x a g e ra d a n o ta a ñ a d e q u e lu eg o d e o c u p a r d u r a n te v a ria s h o ra s el
a e ro p u e r to y la lo c a lid a d de C o n sta n z a los e x p e d ic io n a rio s se d irig e n
h a c ia las m o n ta ñ a s.
En C uba el p erió d ico Revolución in fo rm a q u e las n o ticias « p ro v e n ie n ­
tes d e l fre n te in te rn o q u e h a d ifu n d id o la ra d io d e V e n e z u e la .. . so n
a b s o lu ta m e n te v eríd icas. Los rev o lu cio n ario s a ta c a ro n el a e ro p u e rto de
C o n sta n z a , d e s b a n d a ro n la g u a rn ic ió n m ilita r y o c u p a ro n la c iu d a d d u ­
rante pocas horas». La m ism a inform ación a ñ a d e que la lucha c o n tin u a b a
«bajo la d irecció n del c o m a n d a n te E nrique Jim é n e z M oya».29
El m ié rc o le s 17 d e ju n io , c u a n d o a p e n a s tra n s c u rre n tre s d ía s d el
a terrizaje e n C onstanza, el p iloto d o m in ican o Ju a n de Dios V entura Sim ó
es a p re s a d o . El p e rio d ista M iguel G u e rre ro in fo rm a q u e V e n tu ra S im ó
te n ía se ria s lim ita c io n e s físicas. Se h a lla b a in c a p a c ita d o p a ra las d u ra s
h ien as d e p a rtic ip a r en u n a g u e rra de g u errillas. V en tu ra S im ó te n ía los
pies p lanos, no p o d ía h a c e r larg as c am in atas. Los m ilitares d o m in ica n o s
lo h a lla ro n re c o sta d o de u n árb o l, p ro fu n d a m e n te d o rm id o . Sus pies los
te n ía ta n in flam ad o s que « p rác tic a m e n te h a b ía n ro to sus botas».
A quí se ría b u e n o a b rir u n p a ré n te sis e in fo rm a r q u e e n h o ra s d e
la m a ñ a n a d el ju e v e s 3 0 de ab ril d e 1 9 5 9 , to m a n d o p o r so rp re sa al
in trin cad o sistem a de segurid ad m ilitar de E stados U nidos en P u erto Rico,
el piloto d o m in ican o había a te rriz a d o su avión de re tro p ro p u lsió n en un
in có m o d o a e ro p u e r to de la c o sta n o rte d e P u e rto Rico. E n fre n ta d o a la
lim ita d a lo n g itu d d e la p ista , V en tu ra S im ó co n firm a su p e ric ia co m o
a v ia d o r d a n d o v u e lta s p o r el lito ral h a s ta a g o ta r el c o m b u stib le d e la
nave. E ntonces, enfila el ap a ra to p a ra que to q u e tie rra en un e x trem o de
l¡i p ista. T ie n e q u e m a n io b ra r con su m a lig e re z a h a s ta d e te n e r la n av e
e n el o tro e x tre m o . D esp u és de e sta c io n a r el je t c e rc a d e l ed ificio d e la
.id m in istració n , el d o m in ican o le en treg a al e n c arg a d o del a e ro p u e rto su
ein tu ró n c o n dos pistolas calibre 45 y, sin ta rd a n z a , solicita asilo político.
M ilitar d e c a rrera y piloto de profesión, V entura Sim ó se h ab ía fugado
«le la b ase a é re a d e S an Isid ro . H a rto d e ta n ta in d e c e n c ia , se d isp u so
to tn p e r to d o vín cu lo con la d ic ta d u ra . En la R epública n o p o d ía vivir.30
A su lleg ad a a P uerto Rico, los m edios noticiosos cu b ren el suceso con
g ratules caracteres. Bajo estrech a vigilancia policíaca, en lu g a r no rev ela­
d o del á re a m e tro p o lita n a d e S an J u a n , el p ilo to es so m e tid o a in te n so

29. Revolución. La H abana, 19 de ju n io de 1959. C ortesía de M ercedes


Alonso.
30. The New York Times, I o de m ayo de 1959, pág. 6. El Imparcial. San Juan,
' de m ayo de 1959, pág. 4.

15
Félix O jeda Reyes

in te rro g a to rio p o r los fiscales del D e p a rta m e n to de J u s tic ia .31 El v iern es


I o d e M ayo sa le en lib e rta d p ro v isio n al. U n d ía m ás ta rd e , lo e n tre v ista
la p ren sa. V entura Sim ó luce nervioso. Fum a un cigarrillo d e trá s del otro.
Su se m b la n te d e n o ta can san cio extrem o p o r el p ro lo n g a d o in te rro g a to rio
al q u e le h a b ía n so m e tid o . En la in te rp e la c ió n p a rtic ip a n a g e n te s del
B uró F ed eral d e In v estig acio n es (FBI), p e ro V en tu ra Sim ó no se a rre d ra .
A ntes d e a b a n d o n a r n u e stro país, p u e rto rriq u e ñ o s y d o m in ic a n o s se
u n en en acto de am istad p a ra allegarle a lg u n a ayu d a. Es decir, p ag arle el
p asaje, lle n a rle la m ale ta de ro p a «y e n tre g a rle u n a c a rte ra con b a sta n te
d in ero » p a ra q u e p u e d a re m e d ia rse e n C a ra c a s o e n La H a b a n a «en lo
q u e co n sig u e algo q u e h acer» .32
V e n tu ra S im ó te n ía 25 a ñ o s d e e d a d .33 H ab ía lle g a d o a P u e rto Rico
con 4 7 d ó lare s y su u n ifo rm e m ilitar. Sin e sp e ra r re sp u e sta a su p etició n
d e asilo, a b a n d o n ó n u e s tro p aís el 3 d e m a y o .3'’ Luis A lcalá, c ó n su l d e
V en ezu ela e n S an J u a n , le g e stio n a ría re fu g io p o lítico . M u ch o m ás, el
có n su l tu v o la g e n tile z a d e a c o m p a ñ a rlo e n el viaje h a c ia C a ra c a s.35
In m e d ia ta m e n te d e sp u é s de p isar la tie rra del Libertador, V e n tu ra Sim ó
se re ú n e co n los d irig e n te s d el exilio d o m in ic a n o y, d e sd e ese m o m e n to ,
se d esc o n e c ta de to d a activ id ad m ed iática.
D istintas fu en tes c o n su ltad a s in d ican q u e los p eo res su frim ien to s, las
p e o re s to rtu ra s , la m u e r te m ás h o rre n d a se ría la p a d e c id a p o r a q u e l
joven d o m in ican o . A nselm o B rache dice que es el p risio n ero de la ag o n ía
p ro lo n g a d a y, p a ra fra se a n d o a N eru d a, p o d ría m o s a ñ a d ir q u e a V entura
Sim ó lo c o n d e n a ro n a to d a s las p e n a s d el in fierno.
C ie rta m e n te , su m u e rte fu e el p u n to c e n tra l d e to d a u n a c o m p le ja
y a p a ra to s a u rd im b re . Se h a p o d id o e s ta b le c e r q u e tra s s e r so m e tid o a

31. El 16 de agosto de 2005 le escribim os al entonces secretario de Justicia


Roberto Sánchez Ram os, solicitándole co m partiera con nosotros la inform ación
que p u d ie ra te n e r su oficina en lo referente a J u a n d e Dios V entura Sim ó. El
licenciado Sánchez Ramos refirió nuestra petición al Fiscal G eneral Pedro G eró­
nim o Goyco Am ador. El 20 de septiem bre Goyco A m ador m e in fo rm a que los
docum entos de aquellos años, Justicia los había trasladado a un búnker en Isla de
C abras. L am entablem ente, un incendio destruyó todos los archivos. A p e sa r del
frío que m e corrió por la espalda al conocer la noticia, debo ag rad ecer el interés
de Goyco Am ador por com unicarse con los fam iliares del fenecido fiscal asignado
al caso, Jo sé C. A ponte, e in q u irir p or docu m en to s útiles a n u e stro trabajo. Por
otro lado, en el Archivo General de Puerto Rico, bajo los fondos del D epartam ento
de Ju stic ia , d o n d e d e b erían e sta r tales fuentes, no a p are ce d o c u m e n to alg u n o
relacionado con la m ateria que nos preocupa.
32. El Imparcial, San Ju a n , 5 de m ayo de 1959, pág. 3.
33. The New York Times, I o de m ayo de 1959, pág. 6.
34. The New York Times, 4 de m ayo de 1959, pág. 26.
35. El M undo, San Ju a n , 20 de ju n io de 1959, págs. 1-12.

16
Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

b árb aras to rtu ra s, ex tray én d o le to d a la d e n ta d u ra con u n alicate a san g re


fría, se le e n c e rró en u n a so lita ria . H ab ría e s ta d o e n c o n fin a m ie n to
d u ra n te nuev e m eses, p ro b ab lem en te h a sta com ienzos d e m arzo d e 1960.
En to d o ese la p so se le su m in istra b a so la m e n te u n a ja r r a d e a g u a y
u n p e d a z o d e p a n al d ía. A c a u sa d e ello se le c a e ría n los cab e llo s y
e m p e q u e ñ e c e ría . Al sa c á rse le de la so lita ria p a ra e n c e rr a rle e n el saco
d e h e n e q u é n e n q u e fue fin a lm e n te la n z a d o al m ar, te n ía u n a sp e c to
so b reco g ed o r, d e u n c a d á v e r v iv ien te. Su e sp o sa Y olanda G a rrid o d e
V entu ra fue in fo rm a d a de su m u e rte el 9 d e m arzo , el d ía d e sp u é s d e la
fecha d el c u m p le a ñ o s de su m a rid o , e sp e c u lá n d o se q u e en o tro a c to de
c ru eld ad típico de la Era, Trujillo esp eró p acie n te m e n te p o r el aniv ersario
de su n a c im ie n to p a ra h a c e r oficial la m u e rte d el p ilo to .36
A quí y ah o ra deb em o s info rm ar que el d escalab ro m ilitar del p royecto
co n tra la d ic ta d u ra d e Trujillo o cu rre a fines del m es d e ju n io . Así lo ase­
g u ra G óm ez O choa, pues p ara esa fecha, a dos sem an as del a terrizaje por
C o nstanza, todos los com b atien tes bajo el m a n d o del co m a n d a n te E nrique
Jim é n e z M oya y del c a p itá n R am ón López h a b ía n sido e x te rm in a d o s.
L uego de los p rim ero s co m b ates, Jim é n e z M oya se h a lla b a c o m p le ta ­
m e n te aislad o . En sus h o ras p o stre ra s, a c o m p a ñ a d o de o tro e x p ed icio n a­
rio llegó a la casa de unos cam pesinos d o n d e solicita auxilios. La traición
no se h izo esperar.

«Ambos co m b atien tes fu ero n so rp ren d id o s, a p re sa d o s y asesi­


n ad o s p o ste rio rm e n te d u ra n te el tray ecto a C o n stan za. C u an ­
d o el je fe d e n u e s tra ex p ed ic ió n se n e g ó a c a m in a r y fu e
m a ltra ta d o p or sus captores, le p ro p in ó a u n o un p u n ta p ié en
los te stíc u lo s. O tro d e los so ld a d o s d ec id ió e n to n c e s a c rib i­
lla rlo a b a la z o s. Yo lo vi m u c h o s d ía s d e sp u é s e n la m o rg u e
y su c u e rp o te n ía v aria s h e rid a s p u n z a n te s e n e l p e c h o y el
v ie n tre , a d e m á s d e varios d isp aro s» .37

H u b o u n m o m e n to c u a n d o e n el fre n te d e C o n sta n z a , M ay o b an ex
Vargas, Pedro Pablo F ernández, Ju a n A ntonio A lm ánzar y David C hervony
le tie n d e n u n a e m b o s c a d a a so ld a d o s de la d ic ta d u ra . De p ro n to , se
p ro d u jo la b alac era. El d o m in ican o P edro Pablo F ern á n d ez re su ltó g rav e­
m en te h erido. Las balas le atrav esaro n el v ien tre lesio n án d o le la colu m n a
v e rte b ra l. Al c a e r el d o m in ic a n o , él m ism o o los d e m á s, d is p a ra ro n su s
rifles liq u id a n d o a los so ld ad o s de la d ic ta d u ra .

36. M iguel G uerrero. «La m uerte de Ju a n de Dios Ventura Simó». En: Clave
digital: (9 de febrero de 2004).
37. G óm ez O choa, Constanza, M aim ón y Estero Hondo. La victoria de los
caídos, págs. 171-172.

17
Félix Ojeda Reyes

Por su d o n d e g e n te s , a F ern án d ez se le ten ía en alta estim a. Él se h ab ía


g an ad o la am ista d d el c o m b a tie n te p u e rto rriq u e ñ o D avid C hervony. Pero
P ed ro P ab lo e s ta b a er* m a la s c o n d icio n e s. P ara a liv ia rlo , le in y e c ta ro n
m o rfin a. S in e m b a r g o , p o r la g ra v e d a d d e las h e rid a s él sa b ía q u e no
te n ía salv a c ió n . De r e p e n te , e x tra jo su cu ch illo d e m o n te y se lo clavó
en la g a rg a n ta p a ra n o s e r o b stá c u lo a la m o v ilid a d d e la tro p a . D avid
C h erv o n y tr a tó in fru c tu o s a m e n te de so c o rre r al c o m p a ñ e ro g ra v e m e n te
h erid o . En u n s a n tia m é n le a rre b a tó el a rm a, p e ro ya e ra m u y ta rd e .
El c o m a n d a n te G ó m e z O choa m e decía q u e esos cuchillos c o m an d o s
d e la in fa n te ría e s ta d o u n id e n s e tie n e n u n a s e stría s q u e n o p e rm ite n la
sa lid a d e la s a n g re y la h e m o rra g ia se p ro d u c e in te rn a m e n te en el acto .
P ed ro P ablo F e rn á n d e z m u rió el 16 de ju n io d e 1 9 5 9 , te n ía 2 4 a ñ o s d e
e d a d , era la p rim e ra b a ja de la g u e rrilla de G óm ez O choa.
En aq u e llo s p re c iso s m o m e n to s se p ro d u jo un la m e n ta b le in c id e n te .
E nfurecido al v er al d o m in ica n o en su m o m en to p o strero , David Chervony,
con el cu ch illo q u e te n ía e n su s m an o s c o m e n z ó a d a rle tajo s e n la c ara
y en la g a rg a n ta a u n o d e los so ld a d o s d e la d ic ta d u ra q u e e s ta b a e n el
suelo. La ira del b o ricu a resu ltó indescriptible, d esd e q u e se irrita c u an d o
d e sc u b re al d o m in ic a n o h e rid o , h a sta q u e el c o ra z ó n se le a lb o ro ta
p re s e n c ia n d o la m u e rte d el am igo.
G ó m ez O ch o a m e d e c ía e n S a n to D o m in g o q u e to m ó la m e d id a d e
d e s a r m a r a D avid . Lo tu v o q u e re p r e n d e r d e la n te d e la tro p a , p u e s su
a c titu d no h a b ía sid o d ig n a d e un rev o lu cio n ario :
— Tlivim os q u e lla m a rle la ate n c ió n , aco tó el c o m a n d a n te .
Aquel d ía , en la casa de Poncio Pou S aleta le p re g u n té a G óm ez O choa
cu á n d o le devo lv ió las a rm as a David. Y el c o m a n d a n te , con u n a so n risa
en sus labios, m e dijo:
— Félix, al o tro día-
A h o ra b ie n , a m e d id a e n q u e p a sa n las h o ra s , el g ru p o d e G ó m ez
O choa co n tin ú a d iezm án d o se. Jo sé Luis C allejas, v e te rin ario de profesión
y oficial q u e h a b ía c o m b atid o en la S ierra M aestra, se e n c o n tra b a h erid o
e n u n a p ie rn a . P id ió q u e le a y u d a ra n a se n ta rse . Y e n u n m o m e n to
d e d is tra c c ió n se d is p a ró u n tiro e n el p ec h o . N o q u e ría s e r e sto rb o al
d e s p la z a m ie n to d e la tro p a.
Sin ta rd a n z a , n a rre m o s los m in u to s p o stre ro s d e o tro e x p e d ic io n a rio
caído en C o n stan za. Al d o m in ican o Ju a n A ntonio A lm án zar las tro p as de
la d ic ta d u ra le d ie ro n el a lto . En v ez de d is p a ra r el c a rg a d o r c o m p le to
d e su fusil, A lm á n z a r corrió h a c ia el re sto d el g ru p o p a ra a le rta rlo s . El
e n e m ig o ¡ilu ió fu eg o y la g u e rrilla ta m b ié n . A d e m á s d e A lm á n z a r y de
l-'rnnk líber lo López, C hervony se in corporó al trío p a ra re p e le r el a ta q u e ,
(¡ó rn e / <)ehon re la tó lo aco n te cid o :

IM
Los que tum baron a Trujillo. P uerto Rico en.

«Los cu a tro hicim os n u trid o fuego, pero A lm án zar lo h izo d e s­


de u n a posición que n o le b rin d ab a se g u rid ad a lg u n a . E stab a
p a ra d o e n m e d io del cam in o d is p a ra n d o su fusil FAL. V im os
su silu e ta d ib u ja d a e n la o sc u rid a d , c u a n d o cay ó fu lm in a d o
p o r u n a ráfa g a d e a m e tra lla d o ra ...» .

P e rseg u id o s y e n re tira d a los c o m b a tie n te s d el g ru p o G ó m ez O ch o a


c o n tin u a b a n tiro te á n d o se co n el e n em ig o . En ta n a d v e rsa s c o n d ic io n e s
su c ed e el d eceso d e l rev o lu cio n ario p u e rto rriq u e ñ o :

«U na d e las reglas sag ra d a s del g u errillero es no co m b a tir de


fre n te al ejército y m en o s e n u n e sc e n a rio esco g id o p o r este.
Eso fue lo que Chervony, quizá p o r su in m a d u re z no e n ten d ió .
Se in s u b o rd in ó y m e d ijo q u e él no se g u iría h u y e n d o , q u e
ib a a pelear. F ue im p o sib le h a c e rlo c a m b ia r d e p arec e r. M e
im a g in é cu ál se ría su su e rte y e fe c tiv a m e n te , su p e d e sp u é s
que este jo v en p u e rto rriq u eñ o m urió e n aq u el e n fre n ta m ie n to
s u m a m e n te d e sig u a l. A m én d e sus e rro re s, e ste g u e rrille ro
in te m a c io n a lista dio p ru eb as de u n a v alen tía e x trao rd in aria» .

El p u e rto rriq u e ñ o D avid C h erv o n y m u rió h e ro ic a m e n te e l m a rte s 7


de ju lio d e 1 9 5 9 . T enía 17 a ñ o s d e e d a d . El 14 d e ju lio d e 2 0 0 5 h a b lé
co n H e re n ia C hervony. En esa o casió n , la h e rm a n a d e D av id m e d ec ía
ijue sus p a d re s se h a b ía n c asad o en P u erto Rico y tu v ie ro n c u a tro hijos.
« N osotros é ra m o s b ien u n id o s .. . N u e stro p a p á n o s tra jo a N u ev a York.
R esid íam o s en la C alle 105 y A m ste rd a m . D avid e ra fu e rte , sa lu d a b le ,
sin vicios. M edía 5 co n 3 ó 5 co n 4. N o te n g o n a d a de él, n i fo to s ni
d o c u m e n to s ... Yo sufrí m u ch o , e ra m i h e rm a n o m ás c h iq u ito . T ratam o s
d e re c la m a rlo . La E m b a ja d a d e E stad o s U n id o s e n S a n to D o m in g o nos
en v ió u n te le g ra m a d icien d o q u e estab a d esap arecid o » .
Del p u e rto rriq u e ñ o R ubén A gosto es m uy poca la in fo rm ac ió n aco p ia­
da h asta el m o m en to . Sabem os que tenía ex perien cia m ilita r y arrib ó por
M aim ón e n las ex p ed ic io n es m arítim a s. F u ero n esb irro s de la d ic ta d u ra
los q u e le c o n d u je ro n a la m u e rte , fre n te al neg o cio del ta m b ié n p u e rto ­
rriq u eñ o A rsenio G arcía. Allí lo m a ta ro n , a tiro s, d u ra n te la m a ñ a n a del
28 d e ju n io d e 1959. Pero lo cierto y lo in a u d ito es q u e un tru jillista, ya
m u e rto R u b é n , le a s e s ta ría u n a p u ñ a la d a al c a d á v e r d el m ártir. R ubén
A gosto te n ía 23 a ñ o s de e d a d .
H ubo ta m b ié n o tro s b oricu as, to d o s de la d iásp o ra n e o y o rq u in a, que
d e b e m o s re c o rd a r: Luis R am os Reyes, J u a n R eyes Reyes, Luis Á lvarez y
G asp ar A ntonio R odríguez Bou. De los p rim ero s tres, no te n e m o s noticia
alg una, pero a R odríguez Bou lo creem os so brino del q u e fu era recto r del

19
Félix Ojcda Reyes

R ecinto d e Río P ie d ra s d e la U n iv ersid ad d e P u e rto R ico, el Dr. Ism ael


R odríguez Bou.
En lo q u e a m i re s p e c ta , d e b o d e c ir q u e M iguel Á n g el M e n é n d e z
Vallcjo no e ra p u e rto rriq u e ñ o , p ero fue mi am igo, y siem p re m e e m p eñ a ré
en d ecir q u e p o r u n a c c id e n te biológico hab ía n acid o en S a n to D om ingo.
H ijo d e p a d re p u e rto rriq u e ñ o e n m a d re d o m in ic a n a , c u a n d o a p e n a s
cu m p le c u a tro a ñ o s de e d a d su fam ilia se tra sla d a al á re a m e tro p o lita n a
d e S an J u a n .
Sin d u d a a lg u n a , en el b a rrio S an A ntón, d e C aro lin a, M iguel Á ngel
e stre c h a la zo s d e p ro fu n d a a m ista d con un m u c h a c h o lla m a d o R o b erto
C lem en te. E sto su c e d e c u a n d o n a d ie sospecha q u e C lem en te iba a te n e r
c e le b rid a d in te rn a c io n a l al c o n v e rtirse en u n a stro d el b é isb o l d e las
G ran d es Ligas e n E stad o s U nidos.
En 1955 M iguel Ángel em ig ra a N ueva York. Allí, su re s p e ta d a proge-
n ito ra , d o ñ a C o n su elo A n g élica V allejo, le dijo u n d ía c u a lq u ie ra q u e si
q u e ría h a c e r a lg o p ro d u c tiv o co n su v id a te n ía q u e irse a b a tir c o n tra la
d ic ta d u ra de T rujillo.38 Así lo h iz o ... y cayó v a lie n te m e n te en el p o b lad o
de E stero H o n d o . T enía 21 a ñ o s de ed ad .
Pero e sta h isto ria se com plica. Y sin a ñ a d ir ni q u ita r a la v e rd a d cosa
a lg u n a , co m o a c o n seja la in m o rta l n o v ela d e C e rv a n te s, d e b o re fe rirm e
a h o ra a los g ru p o s m arítim o s.
Las la n c h a s z a rp a ro n el 13 de ju n io de 1 959, d e sd e la b a h ía de N ípe,
e n el o rie n te cu b a n o . La Carm en Elsa al fre n te , co n 121 h o m b re s, de los
c u ale s re g re sa ría n a C uba p o r m o tiv o s d e e n fe rm e d a d , 2 5 , p a ra q u e d a r
un to ta l d e 9 6 . La T ín im a le se g u ía la e ste la a la n a v e c a p ita n a co n sus
48 ex p ed ic io n ario s. Lo q u e hace u n to ta l de 144 h o m b res en el p ro y ecto
m arítim o .
El d ía 16 la C arm en Elsa se h a lla b a al g a re te . Los fu e rte s v ie n to s,
las p e lig ro sa s c o n d ic io n e s d e u n m a r c o n v u lso , a sí c o m o la fa lta de
a g u a y d e a lim e n to s, p ro d u je ro n e n m u c h o s h o m b re s m a re o s, v ó m ito s,
d e s h id ra ta c ió n y fieb res sev eras. El d o c to r D anilo E stra d a , u n o d e los
e x p e d ic io n a rio s q u e re g re só a C u b a, in fo rm a q u e la sed e ra tal q u e
algunos h o m b res d ecid iero n to m ar agua de la q u e se u sab a p a ra en fria r el
m otor de la em b arcació n , «la cual p o r e sta r m ezclad a con aceite em p eo ró
n u e stro e stad o » . A lgunos re n g lo n es m ás a d e la n te , E strad a a ñ a d e :

«El ú n ic o in c id e n te q u e o c u rrió , y n o lleg ó a p la s m a rs e fue


c u a n d o n u e s tro c o m p a ñ e ro M oisés A gosto, jo v e n p u e r to r r i­
q u e ñ o , tr a tó d e su ic id a rse h a c ié n d o se u n d is p a ro e n la sie n

38. E ntrevista con M ariluz M enéndez Vallejo. S anturce, Puerto Rico, 14 de


febrero de 2005.
Los que tum baron a Trujillo. P uerto Rico en.

con- el fusil G aran d que p o rta b a, p ero a fo rtu n a d a m e n te p u d e


im p ed irlo a tiem po».

U n to ta l d e 25 h o m b re s tu v o q u e re g re s a r a C u b a, 21 d e ellos p o r
e sta r e x tre m a d a m e n te enferm o s. R establecidos del m alestar, lu eg o de la
re p aració n de la nave cap itan a , el proyecto m arítim o volvió a la c a r g a ...
El sá b a d o 20 d e ju n io , cu a n d o todo e sta b a listo p a ra d e se m b a rc a r en
te rrito rio d o m in ic a n o , los c o m b a tie n te s fu e ro n d e te c ta d o s p o r un navio
d e la d ic ta d u ra . El tiro te o c o m e n z ó e n a lta m ar. Los p a trio ta s tra ta ro n
de a sc e n d e r hacia las colinas. M ientras ta n to , los aviones d e la d ic ta d u ra
c o n tin u a b a n la n z a n d o p o d ero sa s b o m b as in c e n d iaria s.
D iez d ía s d e sp u é s del co m b ate, en la p lay a, se p o d ía n o b se rv a r g ra n ­
d es c a n tid a d e s d e a rm a s, m u n ic io n e s y a lim e n to s. El e s p e c tá c u lo e ra
a terrad o r. Los cu erp o s ten d id o s a orillas de la playa e sta b a n q u em ad o s e
irre co n o cib les. La d ic ta d u ra n o tu v o la d e lic a d e z a d e d a rle s e p u ltu ra a
los m u e rto s.
Los a ta q u e s aéreo s d u ra ro n 12 ho ras. H ab ía e n la z o n a a lre d e d o r de
3 .0 00 so ld ad o s de la d ictad u ra : poco a poco los ex p ed icio n ario s de am bos
yates fu ero n ex te rm in a d o s p o r los in d iscrim in ad o s b o m b a rd e o s, ad em á s
d el a c c io n a r d e los ta n q u e s , la a rtille ría p e sa d a y la in fa n te ría . S ólo
u n o s poco s lo g ra ro n ro m p e r el cerco e n e m ig o , y v a rio s m e se s d e sp u é s,
d u ra n te los p rim ero s días de sep tiem b re, cayeron c o m b a tie n d o los últim os
m ie m b ro s d e e ste g ru p o , el e s ta d o u n id e n s e L arry B evins y el e sp a ñ o l
F ran cisco Á lvarez, q u ie n e s d e c id id o s a v e n d e r c a ra s su s v id a s, h ic ie ro n
v arias bajas a los m ilitares a n te s de caer.
Ya h em o s dich o que de las expediciones m arítim as (1 4 4 c o m b atien tes)
no h u b o sobrevivientes, pero del fren te de C o n stan za, a c tu a lm e n te viven
el c o m a n d a n te cu b an o Delio G óm ez O choa y el c o m b atien te d o m in icano
M ayoban ex V argas.
P u e d e d e c irse , p o r ú ltim o , q u e las e x p e d ic io n e s d e l 14 y d e l 2 0 d e
ju n io fu e ro n d e rr o ta d a s m ilita rm e n te , p e ro ta m b ié n d e b e m o s h a b la r
d e u n a v ic to ria m o ra l, d e b e m o s h a b la r d e «la v ic to ria d e los caídos».
A q uello s jó v e n e s q u e o fre n d a ro n su s v id as e n 1 9 5 9 , re c o n o c id o s to d o s
c o m o H é ro e s N acio n ales d e la R ep ú b lica D o m in ica n a, n u n c a fu e ro n
v en cid o s. Al c a e r a tiz a ro n la ch isp a q u e in c e n d ia ría to d a la p ra d e ra
d o m in ic a n a . El 3 0 d e m ay o d e 1 9 6 1 , el d é sp o ta , tiro te a d o , a p u ró la
p o ció n d e la m u e rte m ie n tra s se dirig ía e n su au to m ó v il h a c ia la c iu d ad
de S an C ristóbal.

21
Félix O jeda Reyes

En fila india: c o m b atien tes de las expediciones m arítim as (1 4 4 ho m b res) no


h ubo sobrevivientes. (Colección Instituto de Estudios del Caribe. Universidad de
Puerto Rico).

¿Será cierto que Don Pedro A lbizu C am pos fue víctim a de ex p erim en to s de
radiación llevados a cabo p o r agencias de E stados U nidos m ien tras se hallaba
encerrado en una cárcel de Puerto Rico? (Cortesía Fundación Luis M uñoz M arín).

22
Capítulo 2
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla
peronista (1959-1960)

E r n e s to J o s é S a la s

En la p rim av era de 1959 un gru p o de h o m b res de los co m an d o s de la


re siste n c ia p e ro n ista d e la z o n a n o ro e s te d el p aís d e c id ie ro n e n c a ra r la
p rim e ra e x p e rie n c ia d e g u e rrilla ru ra l d e la A rg e n tin a c o n te m p o rá n e a .
D u ran te ese añ o y el sigu ien te, varios g ru p o s de m ilitan tes in te n ta ro n ins­
talarse y m an te n e rse en la zona boscosa de Tucum án, en el d e p a rta m e n to
d e C h iclig asta, al s u r d e la p ro v in c ia . El n o m b re q u e e lig ie ro n p a ra la
g u e rrilla fue E jército d e L iberación N a cio n a l-M o v im ie n to P e ro n ista de
L iberación, a u n q u e h an sido conocidos con el q u e p o p u la rm e n te p asaro n
a la h isto ria: U tu ru n c o s .1
S u rg id a e n u n p u n to ale ja d o d e las g ra n d e s c iu d a d e s q u e d irig ían la
v id a p o lítica d e l p aís, la g u e rrilla de los U tu ru n c o s so lo p asó a fo rm a r
p a rte de los a n te c e n te s lejanos de las form aciones a rm a d a s q u e se e x te n ­
d iero n p o r to d o el país a p rincipios d e los se te n ta . Se sab e de ella, com o
d e a lg u n a s o tra s sim ila re s, p o co y n a d a . Los e stu d io so s d el fe n ó m e n o
in s u rg e n te n o re p a ra ro n e n ella ni in te n ta ro n d e te r m in a r si ex istía u n a
relación con la nueva guerrilla, o el g rad o en que esta conocía los in ten to s

1. La leyenda tu cu m a n a del U turungo surgió de las d u ra s condiciones de


explotación en la provincia. C uenta que los d u eñ o s de la tierra oprim ían a los
pobres cam pesinos hasta que uno de ellos decidió enfrentarlos. Robaba a los ricos
para re p artir en tre los pobres y alentaba a los dem ás a seguirlo. Los p atrones lo
p ersiguieron p ara m ata rlo pero, según el m ito popular, las balas no le e n tra b an
porque se ponía varias pieles de tigre. Fue por ello que lo llam aban el uturungo,
que en el idiom a quechua significa «hom bre tigre».
Ernesto José Salas

a n te rio re s. F u e ju s ta m e n te el im p a c to de las n u e v a s g u e rrilla s lo q u e


o p a c ó el c o n o c im ie n to d e l p ro c e so d e fo rm a c ió n d e ella s m ism a s.2 En
efecto, a p a rtir d e 1959, los U tu ru n co s y o tra s p ro to g u e rrilla s ta n to u rb a ­
nas com o ru rale s in iciaron el cam ino y fu ero n co n secu en cia de un in ten so
d e b a te d e la m ilita n c ia p e ro n is ta y m a rx ista a c e rc a d e la c o n v e n ie n c ia
u o p o rtu n id a d d e fo rm a r focos g u e rrille ro s e n el c am p o o la c iu d a d ; las
posiciones éticas acerca de la u tilizació n de la v io len cia co m o cam in o de
lib eració n fu e ro n ta m b ié n u n a p a rte im p o rta n te d e d ich o d e b a te .
A quí lo q u e tr a to d e m a rc a r es q u e m u ch o s a rg e n tin o s se s in tie ro n
lo su fic ie n te m e n te c o n v e n c id o s d e q u e la o p c ió n p o r la v io le n c ia e ra
u n c a m in o q u e les to c a b a d e c erca y q u e se c re ó u n clim a fa v o ra b le a
las g u e rrilla s q u e se in sta ló d u ra n te la d é c a d a d e l se s e n ta , so b re to d o
c u a n d o se e x te n d ie ro n p o r A m érica L atin a co n el ap o y o y el e jem p lo de
la R evolución c u b a n a . A u n q u e c a d a g ru p o in s u rg e n te fu e d e s a rro lla d o
e n u n co n tex to p articu lar, la m ay o r p a rte de ellos atrav e só u n p erío d o de
m ilita n c ia p o lític a q u e les p e rm itió a fu tu ro s e n ta r las b a se s d e l a p o y o
so cial al foco g u e rrille ro . E stos g ru p o s c o m e n z a ro n a se r ac tiv o s d e sd e
fin es d e los c in c u e n ta , sin in flu en c ia d ire c ta d e la R ev o lu ció n c u b a n a ,
y su s d o c u m e n to s reflejan co n c la rid a d el p ro c e so d e d isc u sió n q u e
d esem b o cará n o solo e n la in stalació n , sino en la p erm a n e n c ia d e fu ertes
o rg a n iz a c io n e s p o lítico -m ilitares a co m ien zo s d e los s e te n ta .
Sin e m b a rg o n o siem p re h a sid o reflejad o co n c la rid a d e ste p ro ceso .
T an g ra n d e fu e el im p a c to d e la fo rm a c ió n d e l E jército R e v o lu c io n a rio
d e l P u eb lo y d e los M o n to n e ro s y ta n ta la in s iste n c ia d e las su cesiv as
d ic ta d u ra s en la id e n tid a d fo rá n e a d e las c a u sa s d e l c re c im ie n to d e
la in s u rg e n c ia e n A rg e n tin a , q u e el foco d e a te n c ió n q u e d ó fijad o e n
el su rg im ie n to d e e sto s d o s g ru p o s y n o e n los d ie z a ñ o s d e h is to ria
p rev ia. Por o tro lad o , la n ecesid ad d e ex p licar el p a sa d o re c ie n te , p rev io
al e x te rm in io p ra c tic a d o p o r la ú ltim a d ic ta d u ra m ilitar, h a tra íd o tre s
in te rp re ta c io n e s c e n tra le s y b a s ta n te c o n o cid a s. En p rim e r lu g ar, la d e
los p ro p io s d ic ta d o re s : se g ú n ellos, fu e ro n o b lig a d o s p o r su rol so cial
a c o m b a tir u n a g u e rra q u e e ra p la n e ta ria c o n tra el c o m u n ism o y su s
in ten to s e x p an sio n ista s y q u e e n A rgentina se e x p re sa b a e n las g u errillas
y su s ap o y o s p o lítico s. En se g u n d o lugar, la p o sic ió n h e g e m ó n ic a d e la

2. R ecientem ente, una cam ada de historiadores está reconstruyendo con sus
trab ajo s la secuencia que unifica y da sentido a las p rim e ras guerrillas, véase
G abriel Rot. Los orígenes perdidos de la guerrilla en la Argentina. La historia de
Jorge Ricardo M asettiyel Ejército Guerrillero del Pueblo. Buenos Aires: El Cielo por
Asalto, 2000; Ernesto González, comp. El trotskismo obrero e intemacionalista en
la Argentina III. B uenos Aires: A ntídoto, 1996; y R oberto B ardini. «1963: asalto
;il Policlínico B ancario. El M ovim iento N acionalista R evolucionario T acuara, la
prim era guerrilla urbana». En: Revista Taller, vol. 7, n.° 20: (abril de 2 0 03).

24
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

llam ad a teoría de los dos dem onios, cen tra lm e n te fo rm u lad a p o r el e scrito r
E rnesto S áb ato : g u e rrillero s con id eas fo rán e as y m ilita re s e n p o d e r d el
E stad o se e n fr e n ta ro n fre n te a u n a so cie d a d a b so rta a n te la v io le n cia ,
q u e a ñ o ra b a el re to rn o a la dem o cracia y q u e no h ab ía p artic ip a d o en el
e n fre n ta m ie n to . Por ú ltim o , los q u e in c o rp o ra n to d a s las e x p e rie n c ia s
g u e rrille ra s a las d iv ersas fo rm as d e lu c h a so cial c o m o re s p u e s ta a la
situ ación represiva y excluyen te de los gobiernos, ta n to civiles «tutelados»
p o r las fu erzas arm ad as, com o a las d icta d u ra s m ilitares d esd e 1955. Esto
h a tra íd o co m o c o n se c u e n c ia a lg u n a s d is to rs io n e s e n el c o n o c im ie n to
q u e g e n e ra lm e n te a c e p ta h o y la o p in ió n p ú b lic a so b re la g u e rrilla en
A rg entina.
D ejo d e lad o la p rim e ra in te rp re ta c ió n , q u e tie n e o rig e n e n el e n ­
fre n ta m ie n to d e la G u erra Fría y el d ecid id o a lin e a m ie n to d e las fu erzas
a rm a d a s a rg e n tin a s con el o bjetivo rep resiv o e sta d o u n id e n se de co n tro l
in te rio r m e d ia n te la D o ctrin a d e S e g u rid a d N acio n al. D e c id id a m e n te ,
la so c ie d a d a rg e n tin a n o ex iste e n este p la n te o o a p o y a u n ifo rm e m e n te
a q u ello q u e los m ilitares e je c u ta n sin co n su ltarla .
La d e S á b a to h a sido p ro b a b le m e n te la v e rsió n c o n m a y o r éx ito y
d ifu sió n d e las tres, p u e s fue fu n cio n a l al p ro ce so d e re c o n s tru c c ió n
d e m o crática d esp u és d e 19 8 3 .3 El p restigio d el p ro p io e sc rito r se reforzó
c u a n d o d irig ió el e q u ip o de in v estig a ció n d e la C o m isió n N acio n a l p o r
la D esap arició n de P ersonas (CONADEP), c re a d a p o r el p re s id e n te R aúl
A lfonsín y cuya investigación sirvió p ara la co n d e n a de las ju n ta s m ilitares
e n el lla m a d o Ju ic io a las J u n ta s . Sin e m b a rg o , c o n tie n e u n p ro fu n d o
v a c ia m ie n to d e la v e rd a d h istó rica . El p u n to c e n tra l se e n c u e n tra en
el o rig e n d e la v io len cia y la c o n tra v io le n c ia en A rg e n tin a . La im a g e n
d e S á b a to d e u n a so c ie d a d civil q u e a siste im p á v id a al d e sa rro llo de la
violencia es ta n ajen a a la realid ad a rg en tin a de las d écad as del cin cu en ta
al se te n ta q ue no req u iere co m probación; la crecien te activ id ad represiva
y el d e te r io r o p ro fu n d o d e los d e re c h o s h u m a n o s d u ra n te las m ism as,
ta m p o co . La resisten cia p e ro n ista , d esd e 1955 a 1960, la lla m a d a época
d e los «caños» y las lu c h a s sin d icales, el in g re so m asiv o d e la ju v e n tu d
a las lu c h a s p o líticas y so ciales d e la e ta p a , las d e c e n a s d e m u e rto s en
las m o v iliz a c io n e s calle je ra s o p o r to r tu ra e n las p risio n e s, los m iles
d e d e te n id o s p o r c u e stio n e s p olíticas e n to d o el p aís, las p u e b la d a s
in su rreccio n ales de fines de los se se n ta y las m ovilizaciones de principios
de los se te n ta p o r el reto rn o de Perón, no ab o n a n la idea de u n a sociedad

3. En el se n tid o de co n stitu ir un sujeto social «dem ocrático» q u e no había


p a rticip a d o del conflicto civil del pasado, aislando el e n fre n ta m ie n to a una
guerra en tre dos «demonios» sim ilares en la práctica de la violencia e igualm ente
antidem ocráticos.

25
Ernesto Jo sé Salas

ajena a los a c o n te c im ie n to s y a b so rta fre n te al e n fre n ta m ie n to . En o tras


partes d e su re lato , S áb ato explícita a ú n m ás los sujetos que fu ero n o bjeto
del terror d e la d ic ta d u ra : « . . . jó v e n e s q ue a y u d a b a n e n las villas, cu ras
c o m p ro m e tid o s c o n la c u e stió n social, etc.», p e ro ellos so n sa c a d o s p o r
<•1 autor d e to d o c o n te x to p o lítico al c o n v e rtirlo s e n p o co m e n o s q u e
v o lu n ta rio s d e s in te re s a d o s y sin filiación p o lític a ni o b je tiv o m á s v a sto
que la c a rid a d y u n b ásico h u m a n is m o .4 E sto ta m p o c o es c ie rto , nos
p a re z c a b ie n o m a l su ac c ió n . La m ilita n cia so cial y p o lític a lo h izo
e n c u a d ra d a c o n c ie rn e y c re c ie n te m e n te e n o rg a n iz a c io n e s p o lítica s y
p o lítico -m ilitares. Su tra b a jo fo rm ab a p a rte de u n a lu ch a m ás v a sta y en
ella se e n c o n tra ro n en la situ ació n m ás difícil cu a n d o la re p resió n decidió
e lim in a r las a g ru p a c io n e s d e a p o y o a la g u e rrilla o c u a n d o los g ru p o s
p arap o liciale s sa lie ro n a asesin arlo s. En un se n tid o g e n e ra l, e sta p o stu ra
elim ina la n ece sid a d de p ro fu n d iz ar el co no cim ien to del conflicto social y
p o lítico e n el q u e e stu v o e n v u e lto el c o n ju n to d e la so c ie d a d a rg e n tin a
p o r acció n o p o r o m isió n y, e n p artic u la r, a n u la las ca u sa s v e rn á c u la s
d e l d e sa rro llo d e la v io len cia al c o in c id ir co n los m ilita re s e n el o rig e n
fo rán eo de la m ism a.
En las a n típ o d a s de la teoría de los dos dem onios se u bica la h ip ó tesis
de q ue las g u errillas fo rm ab an u n todo con las m ú ltip les, y p o r m o m en to s
d isp ersas, accio n es d efen siv as de los se cto res p o p u la re s fre n te a u n ré g i­
m en to ta lita rio y violento, cuya exclusión política y accio n a r rep resiv o fue
en a u m e n to en to d o el perío d o . La violencia política, cuyo o rig en se sitúa
en el b o m b a rd e o a la Plaza de M ayo p o r pilotos de la m arin a en 1955 y los
fusilam ien to s de ju n io de 1956, provocó en los q uince años p o ste rio re s el
d e s e n c a d e n a m ie n to de u n a cuasi g u e rra civil e n la q u e la g u e rrilla cobró
cre c ie n te le g itim id a d v in c u la d a a las lu ch a s so cia les. E sto, q u e p a re c ió
re a lm e n te así p o r lo m en o s h a sta los ú ltim o s a ñ o s d e la d ic ta d u ra de la
lla m a d a R e v o lu ció n A rg e n tin a , sin e m b a rg o , c o n tie n e el d e fe c to d e no
a n a liz a r p a ra to d o el p e río d o la re la c ió n e n tre g u e rrilla y m o v im ie n to
p o p u la r y d e co lo car en to d o m o m en to el accio n ar g u errillero en un to d o
d e a c u e rd o c o n el c re c im ie n to d el e n fre n ta m ie n to so cial y p o lítico , q u e
n o fue u n ív o co sin o co n fu so y p o r m o m e n to s c o n tra d ic to rio . E sto n o
q u ie re sig n ific ar q u e los g u e rrille ro s n o tu v ie ra n so b ra d o s m o tiv o s p a ra
c o n v ertirse en tales en las c irc u n sta n cias p o ste rio res a 1 9 5 5 , ni tam p o co
que m uchos d e ellos no su rg ieran del d esarro llo del e n fre n ta m ien to . Solo

4. El prólogo de Sábato dice así: «Durante la década del setenta la Argentina


fue convulsionada por un terror que provenía tanto desde la extrem a derecha
como de la extrema izquierda, fenómeno que ha ocurrido en muchos otros países».
Ernesto Sábato. «Prólogo al informe de la CONADEP». En: WAA. Nunca más.
Informe de la Comisión Nacional sobre Desaparición de Personas. Ed. por CONADEP.
Buenos Aires: EUDEBA, 1984.

26
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

q u e a tr ib u ir u n a excesiva u n id a d d e o bjetivos y p ro c e d im ie n to s e n to d o
m o m e n to a sin d ic a to s, v ecin o s y g u e rrille ro s ta m b ié n h a lle v a d o a la
co n fu sió n e n el análisis.
Por o tro la d o , el in te n to de v e r a las g u e rrilla s m e ra m e n te c o m o
a g e n te s in te rn a c io n a le s d e g o b ie rn o s e x tra n je ro s q u e las a p o y a n y las
d ig ita n y sin raíces en el co nflicto n a c io n a l, c o n d u c e a la te o ría del
te rro ris m o irra c io n a l e in te rn a c io n a l, p re s e n ta d a e n c o n g re so s so b re el
te rro rism o o rg a n iz a d o s p o r E stad o s U n idos e n la d é c a d a d el s e te n ta
y cuyo ú n ic o o b jetiv o no es c o m p re n d e r las c au sa s d e su d e sa rro llo
en d e te rm in a d o s m o m e n to s h istó rico s e n situ a c io n e s n a c io n a le s d a d a s,
sino ju s tific a r la in te rv e n c ió n in te rn a c io n a l p a ra m e jo ra r los re g ím e n e s
rep resiv o s.5 El p o rq u é m uchos h o m b res y m u jeres d ec id ie ro n in c o rp o ra r
sus vidas a la lucha a rm ad a en la A rgentina es m u ch o m ás com plejo. Este
c a p ítu lo in te n ta p ro fu n d iz a r el c o n o c im ie n to so b re el p rim e r g ru p o d e
g u e rrilla c o n te m p o rá n e a , c o n o c e r su s v in cu lac io n es co n el m o v im ie n to
p o p u la r d e la z o n a d e o rig e n , ta n to c om o su re la ció n con el p e ro n ism o
surg id o d esp u és del golpe m ilitar de 1955, sus concepciones ideológicas y
las cau sas d e su ráp id o fracaso en lo g ra r u n le v a n ta m ie n to g en e ra liz ad o
d el n o ro e s te a rg e n tin o . Tal vez, ello d e v u elv a u n p o c o d e c la rid a d al
d e sa rro llo d e las d is tin ta s ex p erien cias sim ilares p o sterio res.

Tucumán y la resistencia peronista

La vida por Perón6

C om ando 17 de Octubre

E n 1 9 5 6 la situ a c ió n del p e ro n ism o en la p ro v in c ia d e T u cu m án era


sim ilar a la del m ovim ien to en todo el país. El g o b iern o d e la Revolución
L ib e rta d o ra , d e c id id o a b o rra r h a s ta el re c u e rd o d e l p e ro n ism o en su
p aso p o r la p o lític a n a c io n a l, o rd e n ó q u e to d o s los sin d ic a to s fu e ra n
in te rv e n id o s y el p a rtid o p ro sc rip to . La F e d eració n O b re ra T u cu m an a
d e la In d u s tria d e l A zú c ar (FOTIA), el sin d ic a to m á s im p o rta n te de la
provincia, fue d e sc a b e z a d a .7 El interventor, coronel A ntonio S p ag en b erg ,

5. Son expresivos los análisis de grupos com o el IRA, la ETA, la OLP y las
g u errillas latin o am eric an a s. Para una visión m ás com prensiva, v éase Richard
R ubenstein. A lquim istas de la revolución. El terrorismo en el m undo moderno.
Buenos Aires: G ranica, 1988.
6. P intada en las paredes de San Miguel de Tucum án, 1956.
7. La FOTIA fue c rea d a en 1944, con apoyo de la S ecretaría d e T rabajo y
Previsión que dirigía Perón. Su experiencia previa le perm itió co m p letar rá p id a ­
m ente la afiliación; en 1946 ya contaba con 100.000 obreros afiliados. En 1949

27
E rnesto José Salas

p ro c e d ió a n o m b r a r e n c a d a u n o d e los in g e n io s a d e le g a d o s q u e n o
h u b ie ra n a d h e rid o al p ero n ism o .
En abril d e 1956, el in te rv e n to r de Tucum án d e n u n ció la ex isten cia de
u n p lan insu rrecio n al p ero n ista en la provincia. El ejército fue m ovilizado
y se in s ta la ro n p u e sto s de co n tro l e n S an M iguel d e T u cu m án , m ie n tra s
se re a liz a b a n a lla n a m ie n to s y se d e te n ía a d e c e n a s d e p e rs o n a s e n la
ciu d ad capital, en M onteros, Tafí Viejo y C oncepción. El g o b iern o im plicó
e n el le v a n ta m ie n to a m ilitares re tira d o s e n c o m b in ac ió n con d irig e n te s
sindicales: «R espondía a d em ás a las o rien tacio n es q u e en fo rm a re ite ra d a
h izo a sus p a rtid a rio s el p re s id e n te d e p u e sto e n el s e n tid o d e q u e e n u n
m o m e n to o p o rtu n o y cu an d o las circu n sta n cias así lo ex ig ieran to d a s las
fu e rz a s d el P a rtid o P e ro n ista d e b ía n p a s a r de la acció n p o lític a p acífica
a la acció n s u b v e r s iv a ... ».8 El n ú m e ro oficial d e d e te n id o s fu e d e 140.
El edificio d e la FOTIA fue a lla n a d o y m u ch o s d irig e n te s fu e ro n p reso s.
El 4 d e m ay o , los o b re ro s d e los in g en io s A g u ilares y S a n ta L ucía, e n
so lid arid ad con los c o m p añ ero s d ete n id o s (en p articu lar, el ex se c re tario
g en eral del sin d ica to d el ingenio, Rodolfo Z e laray an ), fu e ro n al p aro . La
in terv en ció n p rovincial o rd e n ó el envió de la G u ard ia de In fa n te ría a a m ­
bos e sta b lecim ie n to s. La C ám ara A zú carera so stu v o q ue: « . . . co n sid era
o p o rtu n o re c o r d a r a los tra b a ja d o re s d e la p ro v in c ia lo q u e o p o r tu n a ­
m e n te e x p re s a ra el M in isterio d e T rab ajo y P rev isió n d e q u e to d o p a ro
o a c to d e c u a lq u ie r ín d o le q u e in te rru m p a o a lte re el ritm o n o rm a l d e
p ro ducción será ju z g a d o y rep rim id o com o g rave sa b o taje a la R evolución
L ib e rta d o ra » .9 Los o b re ro s d e los in g en io s v o lv ie ro n al tr a b a jo c u a n d o
fu e ro n lib e ra d o s sus c o m p a ñ e ro s. El 8 d e m ay o c o m e n z ó u n p a ro d e
« b razo s caídos» en el in g e n io C o n cep ció n : 9 0 0 o b re ro s a b a n d o n a ro n el
tra b a jo en p ro te sta p o r la d ete n c ió n de B ern ard o V illalba y o tro s d irig e n ­
tes g rem iales. V illalba h a b ía sid o d ele g a d o d el in g e n io y d irig e n te d e la
F ed eració n . A u n q u e el p a ro fu e d e c la ra d o ileg al, al d ía sig u ie n te sólo
in g re s a ro n 1 8 0 tra b a ja d o re s q u e e n el tra n sc u rs o d e l d ía a b a n d o n a ro n
las ta reas.

se e n fre n tó al g obierno de Perón m ed ia n te u n a huelga en la que reclam ab an


a u m e n to de salarios. Perón intervino el sindicato, d enunció a los d irigentes y al
m ism o tiem po, o rd e n ó un au m en to de salarios del 6 0 % . La FOTIA p erm aneció
intervenida h asta la caída del régim en. Véase: Louise Doyon. «Conflictos obreros
d u ra n te el régim en pero n ista (1946-1955)». En: La form ación del sindicalism o
peronista. Ed. p o r J u a n Carlos Torre. Buenos Aires: Legasa, 1988; y H ugo Del
Campo. Sindicalismo y peronismo. Buenos Aires: CLACSO, 1984.
8. La Gaceta de Tucumán, 2 de m ayo de 1956. C itado p o r G raciela del Valle
Rom ano. FOTIA y la huelga azucarera de 1959. B uenos Aires, 1994. E dición de
m im eógrafo.
9. La Gaceta de Tucumán, 4 de m ayo de 1956, citado en ibíd., págs. 20-21.

28
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

La situ a c ió n d e los d e te n id o s e m p e o ró en el m es d e ju n io co n la
in ten to n a del gen eral J. J. Valle. B enito R om ano, ex d ele g a d o del ingenio
E sp eran za, a q u ié n el ejército su p o n ía lig ad o al g o lp e, se fu g ó a Bolivia.
Su h e rm a n o A n to n io fue d e te n id o y lle v a d o al su b s u e lo d e la casa d e
g o b iern o . Allí se e n c o n tró con o tro s d irig en tes p e ro n ista s. Lo g o lp e a ro n
d u ra m e n te y lo lib e ra ro n lu eg o d e d o s d ías y d o s n o c h e s. M ie n tras
le p e g a b a n le p re g u n ta b a n p o r B enito y su v in c u la c ió n co n el g e n e ra l
V alle.10

El Comando «17 de Octubre»

A p a rtir de 1 9 5 6 los lla m a d o s c o m a n d o s p e ro n ista s d e la resisten cia


se o rg a n izaro n esp o n tá n e a m e n te en todo el país. El co n o cim ien to que de
ellos ten em o s, a u n q u e im p o rtan te, es a ú n escaso y frag m en tario . Todavía
falta in v e stig a c ió n so b re m u c h o s c o m a n d o s p ro v in ciales, d a d o q u e h an
sid o a n a liz a d o s alg u n o s g ru p o s co n a c tu a c ió n e n las g ra n d e s c iu d a d e s,
p a rtic u la rm e n te B uenos A ires, p e ro se d e sc o n o c e n su s p a re s d e o tra s
p a rte s d e l p aís. El c o m a n d o m ás im p o rta n te , g e sta d o p o r J o h n W illiam
C ooke e n 1 9 5 5 d e sd e su rol de in te rv e n to r del p e ro n ism o e n la C ap ital,
fue el C o m a n d o N a cio n al P ero n ista . E ste ejerció su in flu e n c ia so b re
m uchos m ilita n te s, e n tre ellos los q u e se o rg a n iz a b a n e n la p rovincia de
T licum án.
A ñ n e s d e 1 9 5 5 , Félix S errav alle, v ecin o de La B a n d a y m ilita n te
p e ro n is ta se re u n ía c o n o tro s c o m p a ñ e ro s d e S a n tia g o d el E stero , a n ­
g u stia d o s p o r el re c ie n te golpe m ilitar. C o n m o v id o s, se ju n ta b a n con la
v ag a se n sa c ió n d e q u e d e b ía n h a c e r algo. S e rra v a lle p ro v e n ía d e u n a
fam ilia p e ro n ista . Su p a d re h a b ía sid o a n a rq u is ta y m ilita n te g re m ia l
ferro v iario ; co m o m u ch o s o tro s, e n 194 3 se h izo p e ro n ista . Félix, q u ien
había sido d o cen te en el Chaco y luego d ib u jan te de la D irección N acional
de V ialidad, ten ía 31 años. En 1956, de paso p o r San M iguel de T ucum án
se en te ró de la existencia de una ag ru p ació n o rg an izad a bajo el m an d o de
M anuel E n riq u e M ena, el «G allego», con el n o m b re d e C o m an d o «17 de
O ctubre» y decidió c o n ectarse con ella. Por in te rm e d io d e Florio B ulduri-
ni, ex d ip u ta d o p ro v in cial, q u ien lo so n d e ó e n u n a co n fite ría d e l c en tro ,
conoció a la conducción del com ando fo rm ad a p o r M anuel E nrique M ena,
«Toscanito» P ena (d irig en te de m ercan tiles), el se ñ o r V ázq u ez G uzm án y
el p ro p io B uldurini.
M a n u e l M en a e ra u n d irig e n te p o lítico b a rria l activ o , c o n ta b a con
m últiples casas seg u ras d o n d e se h acían reu n io n es p o líticas en las que él
m ism o les explicaba a los m uchachos jó v en es la necesidad de la lucha por

10. Ibíd.

29
E rnesto Jasó Salas

«•1 re to rn o di: Perón. En su ju v e n tu d h ab ía sido m ilita n te co m u n ista, h asta


q u e las lu ch as o b re ra s d e la d é c a d a d el c u a re n ta d e c id ie ro n su a p o y o al
p e ro n is m o . M an u e l M en a y su g ru p o n o s o la m e n te d e s a r ro lla ro n u n a
a c tiv a m ilita n c ia b a rria l, sin o q u e e sta b le c ie ro n rá p id a m e n te u n n ex o
c o n el C o m a n d o N acio n al P e ro n ista d e la C ap ita l. D esd e B u en o s A ires,
el c o m a n d o fo rm a d o p o r C ooke, C ésar M arco s y R aúl L a g o m a rsin o , les
e n v ia b a in fo rm a c ió n q u e re c ib ía n p o r m e d io d e im p re so s q u e lle g a b a n
a ’lX tcum án tr a s la d a d o s p o r c o m p a ñ e ro s fe rro v ia rio s q u e tr a b a ja b a n en
el sa ló n c o m e d o r d el tren ex p reso q u e u nía a m b as c a p ita le s .11 El «17 de
O c tu b re » fu n c io n a b a d e la m ism a m a n e ra q u e sus p a re s d e to d o el país:
e r a n m ilita n te s p e ro n ista s q u e resistían e s c u c h a n d o la p a la b ra d e P erón
e n v iejo s disco s d e p a sta , p in ta b a n los m u ro s co n c o n sig n a s a fa v o r del
re to rn o de Perón y e n c o n tra de la d ic tad u ra de la R evolución L ib ertad o ra
o h a c ía n e sta lla r alg u n o s «caños» de fabricació n casera.
P ero su p rin c ip a l tra b a jo e ra p o lítico . M en a h a b ía e sta b le c id o u n a
s ó lid a red d e c o n ta c to s y tra b a jo p o lítico e n los b a rrio s c irc u n d a n te s a
la c iu d a d d e T u c u m á n y a h o ra , a p a rtir d el a c e rc a m ie n to d e S e rra v a lle
e x te n d ía su ac c ió n a la v e cin a p ro v in cia d e S a n tia g o d e l E stero , p a rti­
c u la r m e n te la c iu d a d d e La B an d a. T am b ién e s ta b a n c o n e c ta d o s co n
c o m p a ñ e ro s p e ro n ista s d e S alta, Ju ju y y C a ta m a rc a . U n p a r d e a ñ o s
d e s p u é s la d ire c ció n d el g ru p o h a b ía c a m b ia d o y e sta b a c o n s titu id a p o r
el p ro p io M ena y p o r G en aro C arab ajal, cu ñ ad o de a q u el y e m p le a d o de
la U n iv ersid a d d e T u cu m án (M en a e sta b a c asad o co n su h e rm a n a , O lga
C a ra b a ja l) y m á s ta rd e , d e sd e 1 9 5 8 , p o r A b ra h a m G u illén , re p u b lic a n o
e s p a ñ o l q u e h a b ía p a rtic ip a d o e n la G u erra Civil e s p a ñ o la y a p o rtó sus
co n o c im ie n to s m ilita res p a ra la e m p re sa g u e rrille ra .12
En el p la n o d e los c o n ta c to s, fo rm a b a n p a rte d e l c o m a n d o a lg u n o s
políticos p e ro n ista s de la zo n a, ex d ip u ta d o s pro v in ciales y d irig e n te s de
s e g u n d a lín e a q u e h a b ía n sid o in h a b ilita d o s p o r el g o lp e m ilitar. P ero
fue su a c c io n a r p o lític o e n los b a rrio s lo q u e le p e rm itió e s ta b le c e r u n a
red d e casas « seg u ras» p a ra d e s a rro lla r la re siste n c ia . Los m ilita n te s
las lla m a b a n las casa s d e las «tías» p o rq u e e ra n v iv ie n d a s d e viejas

11. El m éto d o era el siguiente: a veces un m iem bro del c o m a n d o se vestía


d e m ozo y a te n d ía en el salón c om edor de ida y vuelta a B uenos A ires p a ra no
d e sp e rta r sospechas, o tras veces los volantes e ran trasla d ad o s p or los propios
m ozos del tren. E ntrevista con Félix Serravalle, abril de 1999.
12. Richard Gillespie en su libro sitúa el vínculo de Guillén con la guerrilla ar­
gentina a principios de los sesenta cuando participó del M ovim iento N acionalista
Hcvoltieionnrio Tacuara. En realidad, Abraham Guillén participó con anterioridad
n i la organ izació n d e los U turuncos. En 1965 p u blicaría en form a d e libro sus
experiencias con el título de Teoría de la violencia. Richard Gillespie. Soldados de
IS-n'm. /.on Montoneros. Buenos Aires: Grijalbo, 1988.

:i n
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

m ilitan tes p e ro n is ta s q u e se ju g a ro n en m o m e n to s difíciles. J u a n Carlos


D íaz r e c u e r d a e n p a rtic u la r a M ary A g ü ero , q u ie n « te n ía m á s de 5 0
añ o s y s ie m p re se ju g ó m u ch o . Salía a p in ta r p a re d e s a ú n e n los peores
m o m e n to s. Xjna v ez en q u e n o s h a b ía n fa lla d o los c o n ta c to s viajó ella
m ism a a B olivia p a ra re sta b le c e r el tráfico d e ex p lo siv o s» .13 M ary h ab ía
sido ig n o r a d a p o r to d o s, su ú n ico p rem io h a b ía sid o u n a p en sió n d e l
g o b ie rn o p e ro n is ta . S ie m p re re p e tía : «Si P eró n m e d io to d o lo q u e
te n g o , yo v o y a d a r la v ida p o r Perón». El tráfic o d e ex p lo siv o s d esd e
B olivia h a b íg sid o o rg a n iz a d o p o r M en a d e a c u e rd o co n J o h n W illiam
C ooke, q u ie n tr a ta b a d e e sta b le c e r u n a red e n tre los c o m a n d o s d e n tro
d el país y lo s c o m a n d o s d e ex iliad o s en los p aíses v e c in o s .14 La gelinita
e ra c o n s e g u id a e n las m in as b o liv ian as y lle g a b a h a s ta la fro n te ra . En
J u ju y la p o n ía n d e b a jo de los v a g o n es y e n T u c u m án e ra re tira d a p a ra
se r d is trib u id a p o r el país. En la c o rre sp o n d e n c ia q u e P eró n y Cooke
in te rc a m b ia ro n en esos años, el «gallego» M ena figura com o el nexo e n tre
los c o m a n d o s de Bolivia y los co m an d o s d el n o ro e ste a rg e n tin o .15
E n tre los a ñ o s 1 955 y 1958 el C o m a n d o 17 d e O c tu b re sig u ió d e s a ­
rro lla n d o a p o y o s e n tre em p le a d o s d e se c to re s m e d io s y e n los b arrio s
h u m ild e s d e S an M iguel de T u cu m án : « ... c a d a b a rrio te n ía su célula:
e n V illa 9 de Ju lio , en la calle Blas P a re ra 174, la “tía S e g u n d a ” y el “tío
F e d e ric o ... ” en la B and a del Río Salí, en to d o s lu g ares te n ía m o s refugio,
e n la calle L as P ie d ra s e sta b a la “tía Y arará”, u n a v ieja v iu d a y su h ija
q u e nos dab?* refu g io a n o so tro s, g e n te a d e jarse m a ta r p o r Perón; e n la
M artín B erro , allá al lad o de los m ata d e ro s ( . . . ) vale decir, el peronism o
e s ta b a en to d o s los niveles, la re siste n c ia e sta b a e n to d o s los n iveles;
la g e n te d e la CGT d e T u cu m án , c o n B en ito R o m a n o q u e e sta b a e n la
F O T IA .. . » .1G En eso s b a rrio s h u m ild e s fue re c lu ta d o J u a n C arlos D íaz,
el c o m a n d a n te U turunco. D íaz te n ía 18 a ñ o s e n 1 9 5 6 y u n p a sa d o d e
p e n u ria s. S u p a d re h a b ía sid o fo g u ista d el F e rro c a rril M itre y él y sus
h e rm a n o s tr a b a ja b a n d u ra m e n te la tie rra . De ch ico co n o ció el m o n te ,
re co rrién d o lo p a ra v en d e r los exced en tes de su m ag ra cosecha. En la casa
de los D íaz, e n la c iu d a d d e L am ad rid , fu n c io n a b a u n a U n id ad B ásica
p e ro n ista q u e a te n d ía su m a d re , D o m in g a H e re d ia , e n el tie m p o q u e le
d e jab a n las la b o re s d o m ésticas. A los dieciséis añ o s, J u a n C arlos m ig ró a
la c iu d a d d e T u cu m án , in g resó co m o a sp ira n te e n el fe rro c a rril y lu e g o

13. O telo B orroni. «E ntrevista a J u a n Carlos Díaz». En: Siete Días: (24 de
ju n io d e 1973).
14. Hubo com andos de exiliados en Chile, Uruguay, Bolivia, Paraguay y Brasil.
E ditorial P arlam ento, ed. Correspondencia. Perón-Cooke. B uenos Aires: E ditorial
Parlam ento, 1984.
15. Ibíd.
16. E ntrevista con Félix Serravalle, abril de 1999.

31
E rnesto José Salas

o b tu v o e m p le o c o m o o b re ro m e ta lú rg ic o . F u e e n las fá b rica s, e n ese


p e río d o de fu e rte s lu ch as g rem iales, q u e cono ció las p rim e ra s a rm a s del
sind icalism o, h a sta q u e q u ed ó d e so cu p ad o y se in teg ró con ah ín co en los
c o m an d o s de la resistencia. Su relación con M ena lo im p actó ; el «gallego»
le explicaba q u e «el sistem a de re p resió n y ex p lo tació n se h acía c ad a vez
m ás d u ro . Q u e ría n [el C o m an d o 17 d e O c tu b re ] in s ta u r a r u n g o b ie rn o
q u e r e p r e s e n ta r a a la clase tra b a ja d o ra , a los in te re s e s p o p u la re s. Yo
h a sta ese m o m e n to n o e n te n d ía n a d a p o rq u e n o te n ía n in g ú n tip o de
form ació n . P ero vi b ien claro q u e el p ero n ism o e ra el m o to r d e l p ro ceso
rev o lu cio n ario e n el p aís» .17
Fue en esos d ía s q u e la p rá ctica d el s a b o ta je se e x te n d ió p o r to d o
el país. Se re a liz a ro n m iles d e p e q u e ñ a s accio n es, e n a lg u n o s casos
a te n ta d o s co n ex p lo siv o s, p e ro en g e n e ra l acc io n e s in o fe n siv a s d e a l­
to c o n te n id o e m o c io n a l. C u a n d o los m ilita re s d e c id ie ro n la e x h ib ic ió n
c o m p u lsiv a d e la ú n ic a p e líc u la q u e h a b ía film ad o Eva P eró n , La cabal­
g a ta del circo, q u e in te n ta b a d e sp o ja rla d e l a u ra m ític a q u e el p u e b lo
le d e p o s ita b a p a ra m o s tra rla en su p a p e l d e a c triz d e s e g u n d a e n u n
m e lo d ra m a m e d io c re , los c o m a n d o s tu c u m a n o s e n tr a ro n e n acció n . En
u n o p e ra tiv o se ro b a ro n la co p ia d e la c in ta q u e se ib a a e m itir e n la
ciu d ad y se la e n v iaro n de regalo a Perón en P anam á. El hech o , inofensivo
p o lític a m e n te , los e stim u ló a co sas m ay o re s. P o rq u e fu e en 1 9 5 8 q u e
su s a c cio n es se to r n a ro n p a rtic u la rm e n te activ as. C o m o la m a y o ría d e
los g ru p o s c la n d e stin o s, el 17 de O ctu b re apoyó el v o to e n b lan c o en las
eleccio n es d e 1 9 5 7 p a ra fo rm a r la A sam blea C o n stitu y e n te y se o p u so a
ap o y ar la c a n d id a tu ra d e A rturo Frondizi en las elecciones p resid en ciales
d e 1 9 5 8 , p ese a la o rd e n e n c o n tra rio d e P eró n . E n p o co s m e se s, los
in te g ra n te s d e l c o m a n d o e n T u cu m án y S a n tia g o d e l E ste ro re a liz a ro n
alg u n as acciones locales reso n an tes. Félix S erravalle, su c o m p ad re Carlos
G erez y A g u ilera, d is trib u id o r d e d ia rio s, a s a lta r o n la e sta c ió n d e l A ñ o
Geofísico Internacional y se ro b a ro n el a p a ra to re c e p to r d e cin co b a n d a s;
lo re fo rm a ro n y fa b ric a ro n u n a e m iso ra en o n d a la rg a q u e lla m a ro n
«Patria Libre». Con el a p a ra to in terfe rían las rad io s d e la zo n a p a ra en v iar
p o r sus señ ales los m en sajes de Perón. En o tra ocasió n , m e d ia n te un m e ­
can ism o sim p le d e re ta rd o , in c e n d iaro n u n a a v io n e ta fran c esa e n apoyo
a la R evolució n A rg elin a d e la q u e e ra n a d m ira d o r e s .18 P ero la m a y o r
p a rte d e su s a c c io n es b u sc a b a o b te n e r el a p o y o a ctiv o d e la p o b la c ió n :
e n te ra d o s p o r lo s fe rro v iario s q u e v e n ía a S a n tia g o u n tr e n c a rg a d o de
azúcar, los co m an d o s al m an d o de Serravalle lo d e sc a rrilaro n sa ca n d o los

17. Borroni, «Entrevista a Ju a n Carlos Díaz», pág. 8.


18. Fue incendiado con un paquete de yuyos rociado con aceite quem ado y
alcohol. El m ecanism o de retardo era un espiral con fósforos y estopa m ojada en
kerosén.

.'12
«Uturuncos». Los orígenes de la g u e rrilla ...

tornillos de las vías en la cu esta de C haupipozo. Al p a sa r la m á q u in a, los


rieles se a b rie ro n y la fo rm ac ió n se a m o n to n ó ; el a z ú c a r g rá tis c o rrió a
rau d a le s en la zo n a p o r un tiem po. A quellos fu ero n d ías p a ra los fu tu ro s
uturuncos de vivir a salto de m ata, en la c lan d e stin id ad , con la policía en
los talo n es. Pero la red d ab a resu ltad o . Ante cu alq u ier p ro b lem a a cu d ía n
a las casas d e las tías o rec u rría n a alg u n o s viejos d irig en tes de alg u n a de
las lín eas en q u e se div id ía el p ero n ism o o incluso p o d ía n p e d ir a y u d a a
alg u n o s ex m ilitares p ero n ista s o a los sin d icato s q u e los ap o y a b an .

Frondizi y el desarrollismo

A rtu ro F rondizi llegó a la p resid e n c ia de la n ació n e n m ay o de 1958.


Su in e sp e ra d o triu n fo (h ab ía salido tercero en las elecciones de 1957) lo
o b tu v o g racias al ap o y o q u e recibió d e sd e el exilio d e J u a n P eró n d a d o
qu e, al e sta r el p e ro n ism o p ro scrip to , o rd e n ó a sus p a rtid a rio s v o ta r p o r
F ro n d izi en c o n tra d e la fó rm u la q u e llev ab a al ra d ic a l R icard o B albín,
q u e m u ch o s significab an com o la co n tin u a ció n del g o b ie rn o m ilitar.
F ro n d iz i g a n ó p o r a m p lia m a y o ría p e ro e ra c o n c ie n te d e q u e su e fí­
m ero ca p ita l político se le dilu iría de las m an o s e n p oco tiem p o . Por ello
d esarro lló rá p id a m e n te u n a política du al: dio los pasos p a ra la instalación
d e u n a p o lítica e c o n ó m ic a « d e sa rro llista » y al m ism o tie m p o , re s p e tó
a lg u n a s d e las c lá u s u la s d e l p a c to firm a d o con P eró n , e n p a rtic u la r la
sanción de u n o rd e n a m ie n to legal p ara los sindicatos, fav o rab le a los líde­
res p e ro n ista s. Sin e m b a rg o , la im p la n ta c ió n de u n a p o lítica eco n ó m ica
d esfav o rab le para los tra b a ja d o res y agresiva co n tra el clim a nacio n alista
q u e im p e ra b a e n el p aís, colocó a los p e ro n ista s, p a rtic u la rm e n te a los
g re m io s, e n u n a d isy u n tiv a . Por u n la d o , c o n sid e ra b a n q u e el g o b ie rn o
d esarro llista d e p e n d ía de q u e las fuerzas arm ad as no se v ieran te n ta d a s a
u n a n u ev a in te n to n a m ilitar, con lo que la «legalidad» o b te n id a d e p en d ía
d e l m á x im o so s té n q u e F ro n d izi o b tu v ie ra . P or el o tro , las a g resiv as
p o líticas d e l d e sa rro llism o d e te rio ra ro n v e lo z m e n te los in g re so s d e los
asalariad o s y a v an zaro n sobre los convenios lab o rales im p o n ien d o nuevas
c lá u su la s d e p ro d u c tiv id a d , con lo q u e la re b elió n de las b ases no ta rd ó
e n in s ta la rse y p o n e r en d u d a los lid eraz g o s o b te n id o s e n los a ñ o s d e la
R evolución L ib ertad o ra. Si p o r unos m eses, y pese a las críticas, lograron
c o n te n e r las h u elg as d e sa ta d a s e n tre los petro lero s y los ferroviarios, a fin
d e a ñ o el an u n c io de u n d u ro p lan d e e sta b ilid a d m o n e ta rista a c o rd a d o
con el Fondo M o n etario In te rn ac io n a l colocó a u n a g ra n p a rte d e los sin ­
d icato s a la ofensiva. D u ran te todo el añ o de 1959 se lib raro n las b atallas
g re m ia le s m ás e x te n s a s (en n ú m e ro d e p a rtic ip a n te s y e x te n sió n d e las
m ism as) e in te n sa s d e la ép o ca . Los c o m a n d o s d e la re siste n c ia , q u e se
h a b ía n o p u e s to a c tiv a m e n te al a p o y o a F ro n d izi y q u e se e n c o n tra b a n

33
E rnesto José Salas

d e b ilita d o s p o r la n u e v a c e n tra lid a d q u e h a b ía n o b te n id o los sin d ic ato s


g racias a la p o lític a d e c o o p ta c ió n y la s e m ile g a lid a d o to r g a d a p o r el
n uevo gobiern o , ap o y a ro n con a te n ta d o s y sab o tajes las luchas g rem iales.
La 62 O rg an iz ac io n e s, o rg an ism o q u e c o n c e n tra b a a los sin d ic a to s p e ro ­
n istas fue d e sc a b e z a d a p o r d irig e n te co m b ativ o s d e los g rem io s chicos y
p o r u n o s m ese s, p a re c ió q u e la lla m a d a lín e a « d u ra» to m a b a el c o n tro l
d e la cen tral y de la lucha. En ju n io de 1959, P erón d en u n ció , h acié n d o lo
público, el p a cto firm ad o p o r F rondizi. M etalú rg ico s, b a n c a rio s, o b rero s
d e la c a rn e , tex tile s, e m p le a d o s d e co m ercio , o b re ro s d e Luz y F u e rz a y
m u ch o s o tro s g rem io s so stu viero n largas h u elg as d efen siv as d e l salario y
d e las co n d ic io n e s d e tra b a jo . En el in te rio r d el p a ís so b re sa lió el p a ro
d e la F ed eració n O b re ra T u c u m a n a d e la In d u s tria d e l A z ú c a r (FO TIA),
re a liz a d a en T u cu m á n e n los m eses d e ju lio y a g o sto . La fu tu ra p rim e r
g u errilla p e ro n ista tam b ién se fortaleció g racias a los sucesos aco n tecid o s
d u ra n te la h u e lg a .

La huelga azucarera de 1959: del 23 de julio al 12 de agosto*

El 30 de abril de 1959, lu eg o de un larg o p e río d o de in terv en ció n , se


re a liz a ro n las e le c c io n e s e n la FOTIA, en c u m p lim ie n to d e lo d is p u e sto
p o r la ley d e A so ciacio n es P ro fe sio n ale s s a n c io n a d a el a ñ o a n te rio r. Se
p re s e n ta ro n tre s listas. La lista A zul re p re s e n ta b a a la in te rv e n c ió n s a ­
lie n te y su c a ra v isib le era B albino M a rtín e z , c a n d id a to p o r el in g e n io
S a n ta A na. A p e s a r d e su d e c la ra c ió n d e p re s c in d e n c ia p o lítica , e sta b a
lig ad o al p a rtid o « B an d era Blanca», cuyo p re s id e n te e ra Isaías N o u g u és,
p erte n e c ie n te a la m ás rancia o ligarquía tu cu m an a. La lista V erde llevaba
co m o c a n d id a to a R odolfo P alacios, a n tig u o d irig e n te d e la FOTIA, d e ­
le g a d o p o r el in g e n io Los R alos y se p ro p o n ía c o m o lista in d e p e n d ie n te
(co n a d h e sió n al P a rtid o S o cialista y a los 32 G rem io s D e m o c rá tic o s)
co n p o sicio n e s co n c ilia d o ra s. P or ú ltim o , la lista B lanca lle v a b a co m o
can d id a to a B enito R om ano. R om ano se h ab ía in iciado en el sindicalism o
e n 1 945 a los 17 a ñ o s de e d a d , e ra d e le g a d o p o r el in g e n io E sp e ra n z a
y h a b ía o c u p a d o d iv erso s carg o s en la FOTIA h a s ta lle g a r a p ro te so re ro
e n 1 9 5 5 , c a rg o q u e o c u p ó só lo cinco m eses d e b id o al g o lp e m ilitar. La
lista Blanca era la ún ica que p re se n ta b a can d id a to s e n to d o s los ingenios
y fincas. Ju a n Farías, c a rp in te ro d el ingen io La F lo rid a y S im ón C am pos,
activos m ilitan tes de la huelga de 1949 p o r la q u e fu ero n se p a rad o s de la
F ederación, vo lvieron a g a n a r en sus estab lecim ien to s. R om ano volvía de

*. El relato del conflicto está basado centralm ente en el trabajo de G raciela


del Valle R om ano. FOTIA y la huelga azucarera de 1959. B uenos Aires, 1994.
Edición de m im eógrafo.

34
«Uturuncos». Los orígenes d e la guerrilla.

mi exilio b o liv ian o y B ern a rd o Villalba, q u e h ab ía sido d e te n id o en 1956


<lrbido al golpe d e Valle, reg resó triu n falm en te al grem io. Se im p u siero n
IHii a m p lia m a y o ría : 4 3 .3 0 2 v o to s c o n tra 5 .1 7 2 d e la lista A zul. En el
plenario, 72 deleg ad o s de 55 filiales ad h erid as elig iero n a B enito R om ano
tu m o n u ev o se c re ta rio g e n e ra l. B ern ard o V illalba fue e leg id o T esorero.
1.a n u ev a conducción deb ió ac tu a r con rap id ez d ad o q u e de in m ed iato
<om enzó a reu n irse en B uenos Aires la p aritaria az u ca re ra. Para fo rtalecer
mi posición en la p a rita ria los obreros tu cu m an o s se n u clearo n en el F rente
Unico N acional d e T rab ajad o res A zucareros (FUNTA), que n u clca b a a los
o b re ro s d e T u c u m á n , S a lta , Jujuy, C haco y S a n ta Fe. Los d u e ñ o s de los
ingenios o freciero n un 2 0 % de a u m e n to c o n tra el 9 0 % q u e re c la m a b a n
li»s tra b a ja d o re s. A m e d ia d o s de ju n io co m en z ó la za fra, la o p o rtu n id a d
e sp e ra d a p o r los o b rero s p a ra h a ce r v aler sus d e m a n d a s con la am e n a z a
d e la h u e lg a . S ie m p re h a b ía sido así, las h u e lg a s se p ro d u c ía n e n el
m om en to del co rte de las cañ as. El tiem po que se p ierd e en c o rtar la caña
o la ta rd a n z a , u n a vez c o rta d a s, en m o lerla, hace p e rd e r u n a p a rte d e la
su sta n c ia base del azúcar, la sacaro sa. Para los o b re ro s, e ra el m o m e n to
<•11 q u e los p a tro n e s e sta b a n m ás d isp u esto s a a b la n d a r sus bolsillos.
L uego d e 9 0 d ía s d e p a c ie n te s g e stio n e s a n te las a u to rid a d e s n a c io ­
n ales, los d irig e n te s d e la FOTIA v o lv iero n a T u c u m á n y lla m a ro n a u n
p le n a rio g e n e ra l p a ra d e c id ir las m e d id a s de fu e rz a . El p le n a rio to m ó
la d e cisió n d e o rg a n iz a r y re a liz a r u n p a ro p o r tie m p o in d e te rm in a d o a
re a liz a rse d e sd e la h o ra 0 d el ju e v e s 23 d e ju lio . U n o d e los d e le g a d o s,
del in g en io A m alia, fue d rástico : « ... estam o s d isp u esto s a la lu ch a y no
«lucrem os m o rir d e h a m b re ni d e ro d illas. M ociono p a ra q u e d e in m e ­
d ia to se d is c u ta el p aro a d e c la ra r...» . La m e d id a d e fu e rz a fu e a c a ta d a
m asiv am en te en to d a la pro v in cia.
C uan d o la h u elg a p ro m ed ia b a los in d u striales c o m e n z a ro n a quejarse
p o r los p e rju ic io s o c a sio n a d o s p o r el p a ro . Jo s é M. Paz, p re s id e n te d e
la C á m a ra A z u c a re ra R eg io n al (CAR), d e cla ró : « . . . e s ta h u e lg a a fecta
s e ria m e n te Ja eco n o m ía , e n p a rtic u la r la de T ucum án q u e p ierd e p o r día
70 to n elad as del p ro d u cto , en los cam pos faltan unos 8 0 .0 0 0 trab ajad o res
y e n las fab ricas u n o s 2 5 .0 0 0 . H ay un e n o rm e to n e la je d e c a ñ a en los
c a n c h o n e s, los c a rg a d o re s y los cerco s, ya c o rta d a s, a la q u e no h u b o
tiem p o d e elab o rar. Las p é rd id a s d e ju g o so n co n sid e ra b le s, en esp ecial
en B ella V ista d o n d e el p e rs o n a l a b a n d o n ó las ta re a s d e ja n d o a z ú c a r
d ifícilm en te re c u p e ra b le e n ferm en tació n y en las te m p la s » .19
El p a ro te n ía u n a m p lio apo y o . Pese a ello, al re u n irse n u e v a m e n te
la p a rita r ia , los o b re ro s b a ja ro n su s p re te n sio n e s al 7 0 % de a u m e n to ,
p ero su p ro p u e s ta fue re c h a z a d a p o r los e m p re sa rio s. El 1 d e ag o sto , la

19. La Gaceta de Tucumán, 24 de julio de 1959, citado en pág. 50.

35
lím rito Jo s r Salas

(X íT reg io n al d e cid ió u n p a ro g e n e ra l d e ap o y o al co n flicto d e la FOTIA


p a ra el 6 d e a g o sto . La h u e lg a p ro v in c ia l d isp u e sta p o r la CGT lo cal fue
a c o m p a ñ a d a p o r d iv e rsa s m o v iliz a c io n e s d u ra n te los d ía s p re v io s. Los
o b rero s d el in g e n io C oncepción y lo s d e el in g en io L ibertad (ex E sp e ra n ­
za ) re a liz a ro n c o n c e n tra c io n e s e n s u s e sta b le c im ie n to s; ta m b ié n h u b o
acto s en la zo n a su r de la c iu d ad . «Los o b rero s lleg ab an e n c a rav a n a s de
cam io n es y ca rro s m etálico s, e x h ib ía n b a n d e ra s a rg e n tin a s , c a rte le s con
le y e n d a s a lu siv a s al p a r o . .. ».20 Al m e d io d ía , u n a m a n ife sta c ió n llegó
h a sta la p laza In d e p e n d e n cia , e n el c e n tro de la c iu d a d , v iv an d o a Perón
y a rro ja n d o n a ra n ja s c o n tra el B an co P ro v in cia, el B anco H ip o te c a rio y
la C asa d e G o b ie rn o . El 7 d e a g o s to el g o b ie rn o p ro v in c ia l o rd e n ó la
v ig ila n c ia p o licial en los acceso s d e la c iu d a d , p e ro d e to d a s m a n e ra s
los o b re ro s s o r te a ro n los p iq u e te s c ru z a n d o los río s o p o r c a m in o s se ­
c u n d a rio s. A la ta r d e u n a im p o rta n te c o n c e n tra c ió n m a n ife sta b a fre n te
al local d e la FOTIA, q u e e sta b a ro d e a d a p o r e sc u a d ro n e s d e la p o licía
m o n ta d a , m ie n tra s o tro s efectivos m ilita res c u sto d ia b a n diversos lu g ares
d e la c iu d ad .
A las 17 h o ras, la policía cargó c o n tra los tra b a jad o res. Los o b rero s la
o b lig aro n a re p le g a rse con casco tes y b ald o sas. Las fu e rza s d e re p re sió n
in te n ta ro n u n a n u ev a carga a los sab lazo s m ien tras el lu g a r se llen ab a de
gases lacrim ó g en o s:

«A las 18 h o ras la co nfusión e ra to ta l p o r los gases q u e p e n e ­


tra b a n e n el local o b rero , n u m e ro so s tra b a ja d o re s in s ta b a n a
los re fu g ia d o s a h a c e r fre n te a la p o licía y p r e te n d ía n a v a n ­
z a r so b re e lla p o rta n d o u n a b a n d e ra a rg e n tin a . Los p o licías
re p e lía n el a v a n ce a rro ja n d o g ases. C u a tro d e ellos, d e la
m o n ta d a , a v a n z a ro n d e sd e G e n e ra l Paz y Las H e ra s y u n a
in te n sa p e d re a tra tó de d e te n e rlo s . Pero e sto s u tiliz a ro n su s
arm a s, u n a p isto la y tre s c a ra b in a s, a b rie n d o fu eg o in d isc ri­
m in a d o c o n tra los o b re ro s y el edificio. D esd e el te rc e r p iso
se a n u n c ió q u e u n tr a b a ja d o r h a b ía sid o a lc a n z a d o p o r u n
d is p a ro m u rie n d o in s ta n tá n e a m e n te . O tro s d o s re s u lta ro n
h erid o s, sie n d o tra sla d a d o s a la clínica de la F ed eració n » .21

La confusión re in a b a en todo el lugar. El o b rero asesin ad o era M anuel


d e R eyes O lea, tra c to ris ta d el in g e n io San P ablo. En el in te rio r d e la
provincia se su c e d ía n ta m b ién graves in cid en tes. En el in g en io Leales, el
p ro p ietario de u n a de las fincas decidió a c tu a r p o r m an o p ro p ia re sistie n ­
d o una m an ifestació n . Un o b rero de Finca de P arra re su ltó h erid o . Como

20. Ibíd., pág. 58.


21. Ibíd., pág. 59.

36
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

c o n se c u e n c ia d e la g rav e re p re sió n , la CGT reg io n a l d e cid ió el p a ro p o r


tiem p o in d e te rm in a d o y d e c la ró d ía de d u e lo al sá b a d o 8 d e a g o sto . La
provincia se e n c o n trab a su m id a en el caos y era posible u n a interv en ció n .
El p re s id e n te A rtu ro F ro n d iz i o rd e n ó la m o v ilizació n d e tro p a s y v ario s
jefes m ilita re s v ia ja ro n a T u c u m á n . P ara c u b rirse , el g o b e rn a d o r G elsi
a trib u y ó los h ech o s a u n «vasto p lan subversivo».
En los días siguientes la FOTIA qu ed ó en so led ad al ro m p erse el fren te
único con los grem ios azu c arero s de las d em ás provincias (FUNTA). Estos
a c e p ta ro n la p ro p u e s ta p a tro n a l m ie n tra s q u e la FOTIA la re c h a z ó y los
acu só d e « te s ta fe rro s d e A rrie ta , B laq u ie r y P a tró n C o stas» .22 Las 6 2
O rg a n iz a c io n e s y la CGT d e c la ra ro n e n to n c e s un p a ro n a c io n a l el 11 de
a g o sto e n a p o y o d e las d e m a n d a s d e la FOTIA, el q u e se cu m p lió con
a lto a c a ta m ie n to d e los g re m io s a d h e rid o s a las 6 2 O rg a n iz a c io n e s. El
m in istro A lvaro A lso g a ra y a n u n c ió el cese d e la p e rs o n e ría g re m ia l d el
sin d ic a to , a rg u m e n ta n d o q u e las m e d id a s d e fu e rz a d e la F ed erac ió n
te n ía n u n c a rá c te r « ex tra g rem ial» . P ero la in te rv e n c ió n n o e lim in a b a
el co n flicto y, p ese a la m e d id a m in iste ria l, los e m p re s a rio s sig u ie ro n
n eg o cian d o con las a u to rid a d e s del grem io y o frecieron u n a m ejora en la
o ferta p o r los salario s de los d ías de h u elg a. F in alm en te, el 13 de agosto,
se firm ó el a c u e rd o q u e d a b a p o r le v a n ta d o el p a ro , c o n el triu n fo d e
los h u e lg u ista s. H a b ía n o b te n id o u n 70 % d e a u m e n to , 6 0 0 $ d e p a g o
p o r los d ía s d e h u e lg a , el a b o n o d e los sa la rio s fa m ilia re s y el a p o rte
de fo n d o s p a ra a siste n c ia m e d ic a d e los o b rero s d el su rc o ; los in g en io s
ta m b ié n re c o n o c e ría n el p a g o p o r e n fe rm e d a d in c u lp a b le . La h u e lg a le
h a b ía c o sta d o la v id a a d o s o b re ro s, M an u el d e R eyes O lea y E usebio
Ruiz, q u ié n h a b ía sid o h e rid o e n los in c id e n tes y falleció a p rin cip io s d e
se tie m b re .
A d ife re n c ia de o tro s la rg o s co n flicto s d e sa rro lla d o s e n el a ñ o de
1 9 5 9 y q u e fu e ro n d e rro ta d o s , la FOTIA re su ltó g a n a d o ra d el suyo y se
fo rta le c ió co m o la o rg a n iz a c ió n m a d re d e l n o ro e s te a rg e n tin o . A penas
d o s m e se s d e sp u é s , u n g ru p o d e o ch o p e rs o n a s d e l C o m a n d o 17 d e
O c tu b re su b ió a la selv a p a ra o rg a n iz a r la p rim e ra g u e rrilla ru ra l d e la
A rg en tin a.

La guerrilla de los Uturuncos. Primeros pasos

F u e e n el a ñ o d e 1 9 5 9 c u a n d o el C o m an d o 17 d e O c tu b re e n fre n tó
u n d e b a te d ecisivo. B ajo la in flu e n cia d e A b ra h a m G u illén , a q u ié n
a p o d a b a n «el m a e stro » d is c u tie ro n a c e rc a de la eficacia d e los m é to d o s
llev ad o s a d e la n te p o r la re siste n c ia h a sta el m o m e n to . S eg ú n G e n a ro

22. Ibíd., pág. 61.

37
E rnesto José Salas

C a ra b a ja l el d e b a te g iró a ce rc a d e l fin d e la e s tra te g ia in su rre c c io n a l


q u e h a b ía n lle v ad o h a sta el m o m e n to . O cu rrid o el d e sc a b e z a m ie n to d e
C ooke y h a b ié n d o s e p ro d u c id o la h u elg a g e n e ra l d e e n e ro , la q u e h a b ía
sido te o riz a d a co m o el m o m e n to p a ra el esta llid o in su rre c cio n a l, dichos
m é to d o s h a b ía n d e m o s tra d o su fracaso. M enos co n v en cid o s a ú n de que
la vía d e la se m ile g a lid a d a b ie rta con la elec ció n d e F ro n d iz i o b tu v ie ra
alg ú n re s u lta d o , d a d o q u e h a b ía n s e n tid o e n c a rn e p ro p ia la c re c ie n te
rep resió n que h ab ía costad o la vida de dos o b rero s en ese añ o , d ecid iero n
el cam in o de la lu c h a a rm a d a .
El d e b a te pro v o có la escisión de u n a p a rte d el g ru p o , q u ién es en a d e ­
lan te se id en tificaro n con el n o m b re de C o m an d o In su rre cc io n a l P eró n o
M uerte (CIPO M ), m ien tras el resto o p taría p o r el n o m b re d e M ovim iento
de Liberación N acional (MLN), Ejército de Liberación N acional (ELN). En
o c tu b re el p rim e r g ru p o su b ió al m onte.
Era d e m a d r u g a d a y la llu v ia caía to rre n c ia lm e n te . En P u e sto de
Z a ra te , en la b a se d el c erro C o ch u n a , casi e n el lím ite co n C a ta m a rc a ,
o ch o h o m b re s c a rg a d o s con p e sa d a s m o ch ila s in ic ia ro n el a sc e n so e
in a u g u ra ro n la g u e rrilla e n A rg en tin a. Al m a n d o d e l g ru p o e s ta b a n
J u a n C arlos D íaz, el u tu ru n co , F ran co Lupi, el Taño y A ngel R ein a ld o
C astro , con el g ra d o d e c o m a n d a n tes. Los in te g ra n te s d e la tro p a e ra n :
J u a n Silva, a lia s Polo-, D ió g en es R o m an o , alias Búfalo; M ira n d a , alia s
Rulo; V illafañe, alias A zú ca r y S a n tia g o M olina, a lias el M exicano, to d o s
tu c u m a n o s. U nos d ías d e sp u é s su b ie ro n León Ib a ñ e z y P e d ro A n selm o
Gorrita G onzález. T enían escasa ex p erien cia m ilita r p e ro to d o s, e n a lg ú n
m o m en to , h a b ía n p a rtic ip a d o en sab o ta je s y accio n es m e n o re s. La zo n a
en la q u e se in te rn a b a n no era casu al y h a b ía p o r lo m e n o s d o s m otiv o s
p a ra q u e la g u e rrilla la e lig ie ra, u n o g e o g ráfico y o tro p o lítico : e n el
lugar, la selv a e ra ta n tu p id a q u e a d u ra s p e n a s se p o d ía d is tin g u ir a
u n c o m p a ñ e ro a d o s m e tro s de d is ta n c ia y a d e m á s, d e s d e allí h a s ta el
in g en io C o n cep ció n era to d o te rre n o az u c a re ro . El p ro p ó s ito inicial e ra
m o d esto , a m o ld a rse al te rre n o , a c o stu m b ra rse a d o m in a r la v e g e ta c ió n
y el clim a, c o n o c e r los ca m in o s se c u n d a rio s. Las o p e ra c io n e s, les h a b ía
d ich o G uillén , v e n d ría n d e sp u é s, c u a n d o lo d is p u sie ra el E sta d o M ayor.
El a rm a m e n to e ra ta m b ié n escaso , u n a a m e tra lla d o ra PAM, u n a p isto la
45 y u n rev o lv er 38 p a ra o ch o p erso n as.
Los p rim e ro s tiem p o s los o c u p a ro n e n c o n s tru ir refu g io s y d e p ó sito s
p a ra los vív eres, y a cam inar. Para Díaz: «S ab íam o s q u e si lle g á b a m o s ^
d o m in a r la sie rra , ya no te n d ría m o s q u e te m e r a u n q u e se in te rn a r a un
e jé rc ito a b u sc a rn o s » . 23 A los pocos d ías d e e sta r e n el m o n te , c o n tra d i­
ciendo las ó rd e n e s, d e cid iero n e n c a ra r a lg u n as o p erac io n e s p e q u e ñ a s. A

23. Borroni, «Entrevista a Ju a n Carlos Díaz», pág. 9.

38
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

Im d e m es a s a lta ro n con éxito los d e sta c a m e n to s p o lic ia le s d e Las Ban-


d e rita s y A lto V erde. C on a u d a c ia b a ja ro n h a sta la c iu d a d d e T ú c u m á n
V a s a lta ro n el p u e sto policial d el F erro carril M itre, d e l q u e in te n ta r o n
to b a r a lg u n a s a rm a s y p ro y ectiles. En la m ism a n o c h e e n q u e a sa lta ro n
i*l p u e sto del ferro c a rril, se tra sla d a ro n a la c iu d a d d e C o n ce p ció n p a ra
to m a r el c u a rte l d e b o m b e ro s. El o p e ra tiv o co m e n z ó co n el in c e n d io
d e u n a g o m e ría p a ra a tr a e r la ate n c ió n . P ero p o r in d e c isio n e s en el
d esarro llo del o p erativ o lo a b a n d o n a ro n . Para alg u n o s d e los in te g ran tes
d e la g u e rrilla e sta se rie d e a ta q u e s fu e ro n p re m a tu ro s. Lo c ie rto es
q u e in m e d ia ta m e n te a tra je ro n so b re sí a la p o licía d e la p ro v in c ia q u e
e m p ez ó a te n d e r un cerco en la zo n a. P ro g resiv a m e n te , el g ru p o p e rd ió
el c o n ta c to con el E stad o M ayor, p o r lo q u e se hizo c a d a vez m ás difícil
c o n se g u ir a lim e n to s e in fo rm ac ió n . H a sta el m es de n o v ie m b re e n q u e
fueron d escu b ierto s se alim e n ta ro n de frutos silvestres, a lg ú n p ájaro o ca­
sional o b ajab a n a las fincas linderas a la sierra p ara co n seg u ir legum bres.
He to d as m a n e ra s cu id aro n de no a b a n d o n a r el trab ajo p olítico « tratan d o
de h a c e r e n te n d e r a la g e n te el p o rq u é de n u e stro accio n ar, los id e a les
que ten íam o s. El apoyo q u e c o n seg u ían era d e tipo e sp iritu al, p o rq u e en
esa z o n a so n to d o s m u y p o b res y no tie n e n n a d a q u e d a r » . 24 El cerco se
ce rra b a . Y p o r d iv e rg e n c ia s , 25 Lupi y D íaz c o m e n z a ro n a d e s a u to riz a r a
C astro. M ie n tra s ta n to , J u a n Polo Silva, Lupi y C a stro se s e p a ra ro n del
g ru p o con el objetivo d e b u scar un nu ev o cam p a m e n to , m ás arrib a. Pero
c u a n d o v o lv ían se p e rd ie ro n d e b id o a la n e b lin a y a la c e rra z ó n d e la
selva. En ese m o m e n to u n o d e los p u e sto s de g u a rd ia d ió la a la rm a d e
q ue se a c e rc a b a u n a p a tru lla policial. D íaz c o n sid eró q u e no e ra p osible
hacerles fren te y con los que q u ed a b a n a g a rra ro n las cosas n ecesarias, las
a rm a s y los d o c u m e n to s y tra ta ro n d e e lu d ir el cerco. Al m ism o tiem p o ,
I.upi, Silva y C astro re g re sa ro n al c a m p a m e n to . No so sp e c h a ro n , pese a
q u e n o v ie ro n a sus c o m p a ñ e ro s m o n ta n d o la g u a rd ia , y c a y e ro n en la
tra m p a policial.
El b alan ce distab a de se r bueno, el c am p a m en to h ab ía sido d e scu b ier­
to, tres g u errillero s se e n c o n tra b a n p reso s y los re s ta n te s h a b ía n lo g rad o
b ajar p a ra re sta b le c e r el co n ta c to q u e se h ab ía q u e b ra d o . Pero la policía
ya sabía d e la existencia de u n gru p o g u errillero en la zo n a del C ochuna,
un m es y m edio a n te s de la operación que los llevaría a se r conocidos pol­
la o p in ió n pú b lica n acio n al: el a salto a la co m isaría de Frías.

2 4 . Ibíd.
25. Díaz afirm a que Castro m intió cu an d o afirm ó qu e ten ía ó rd e n es de
e m p e za r a actuar. Para el uturunco, ello había sido p re m a tu ro y fue la causa
principal del cerco policial.

39
lú ni'Sto Jcisó Salas

Un nuevo intento. El asalto a la comisaría de Frías

El E sta d o M ay o r de la g u e rrilla se re u n ió e n n o v ie m b re . Lejos de


c o n s id e ra r q u e la d isp e rsió n d el p rim e r g ru p o c o n stitu ía u n fracaso ,
d e c id ie ro n e n c a r a r u n a o p e ra c ió n m a y o r q u e les d ie ra p re stig io e n tre
los c a m p e sin o s y p a ra «ver si los d irig e n te s p e ro n is ta s q u e v iv ían en
U ru g u ay se d e c id ía n a p re s ta r su a p o y o » . 26 En ap o y o a J u a n C arlo s
D íaz, Á ngel C a stro fu e re le v a d o de to d a re s p o n sa b ilid a d , m ie n tra s el
utu ru n co y F elipe G e n a ro C a ra b a ja l, c o m a n d a n te A lh a ja , Pila o Jo ya ,
m ie m b ro d e l E sta d o M ay o r y c u ñ a d o de M a n u e l M en a , e ra n e n v ia d o s
a S a n tia g o d e l E stero co n u n g ru p o d e m ilita n te s p a ra a c o m p a ñ a r a los
s a n tia g u e ñ o s d e Félix S errav alle. Este e ra un h o m b re a u d a z y d e c id id o ,
a d em ás de se r un ex celen te tirador, su b te n ie n te de reserv a y p a rtic ip a n te
d e v ario s o p e ra tiv o s a n te rio re s . E n tre los d o s c o n sig u ie ro n ju n t a r un
g ru p o d e 2 2 h o m b res, cuyas ed a d es oscilab an e n tre los 15 y los 25 años.
S erravalle te n ía 3 4 y h ab ía elegido com o n o m b re de c la n d e stin id a d el de
c o m a n d a n te P um a.
U n m es a n te s co m en zó el e n tre n a m ie n to e n la finca la d rille ra de M a­
n uel Paz, en C hum illo. P reviam ente, algunos h a b ía n recibido alo jam ien to
e n la ca sa d e Jo s é B en ito Argibay, ex in te n d e n te p e ro n is ta d e la c iu d a d
d e La B and a.
El 2 3 d e d ic ie m b re , el g ru p o , sim u la n d o se r a c a m p a n te s , fu e tr a s la ­
d a d o e n u n co lec tiv o , p re s ta d o p o r g ita n o s am ig o s d e S e rra v a lle , h a s ta
P u esto d el C ielo, a 35 k iló m etro s de S a n tia g o d e l E stero . Allí e s p e ra ro n
h a s ta el d ía s ig u ie n te , c u a n d o fu e ro n re c o g id o s p o r el c a m ió n q u e los
c onduciría a Frías, u n a ciu d ad de 2 5 .0 0 0 h a b ita n te s a 160 km . de S an tia­
go d el E stero . La n o ch e d el 2 4 , Félix S e rra v a lle , C arlos A lb e rto G erez y
P edro A dolfo V elárdez, to m aro n el autom óvil de alquiler, c h ap a 3 .6 3 7 , de
T im oteo Rojo y se h icieron co n d u cir h asta los talleres de O bras S an itarias
d e La B an d a. El c a m ió n Ford m o d e lo 1 9 5 7 , c h a p a 1 .6 3 1 , los e sta b a
e s p e ra n d o co n el ta n q u e lle n o . Los tra b a ja d o re s d e la re p a rtic ió n se lo
h ab ía n d e ja d o p re p a ra d o . Con un a rd id e n g a ñ a ro n al se ren o , ro b a ro n el
cam ión y se d irig iero n a b u scar al resto del g ru p o g u errillero . A las cu atro
de la m a ñ a n a lleg aro n a Frías y con decisión e n ca ra ro n a la g u a rd ia de la
co m isaría:
«¡H a triu n fa d o u n a rev o lu ció n , v en im o s a h a c e m o s carg o !» , d ijo
G e n a ro C a ra b a ja l co n to n o m arc ia l y v e stid o d e te n ie n te c o ro n e l. P or
ese e n to n c e s se c o m e n ta b a q u e los m ilita re s e s ta b a n p re p a r a n d o u n
g o lp e m ilita r c o n tra F ro n d izi. La tro p a fo rm ó fre n te a los su p u e s to s
m ilita re s, sin so sp ech ar. En po co s m in u to s y sin d is p a ra r u n tiro , los

26. Borroni, «Entrevista a Ju a n Carlos Díaz», pág. 9.

<10
«Uturuncos». Los orígenes d e la g u e rrilla ...

U tu ru n co s to m a ro n la co m isa ría. A los p o licías les s a c a ro n las a rm a s 27


v los u n ifo rm e s y los m e tie ro n en el ca la b o zo . A c u la ta z o s ro m p ie ro n
Li n id io p o licial y c o rta ro n los cab le s d el te lé fo n o . U n a g e n te a se g u ró
ilrsp u é s a la p re n s a q u e q u ié n los d irig ía se h a cia lla m a r co m a n d a n te
tin in tn co y el n o m b re llegó a los d iario s. En la h u id a d e ja ro n el cam ió n
a b an d o n ad o en un lu g ar llam ad o El Potrerillo y se in te rn a ro n en el m o n te.
Al d ía sig u ie n te la n o tic ia c o n m o v ió la p aís y fu e ta p a d e to d o s los
d iario s d e la C ap ital: u n g ru p o g u e rrille ro p e ro n is ta al m a n d o d e l «ca­
p itán U tu ru n g o » o p e ra b a e n la p ro v in c ia d e T u c u m á n . El m in is tro d el
Interior, A lfred o V ítolo, e n c o n fe ren c ia d e p re n sa id e n tific ó a v a rio s d e
los a s a lta n te s . El re m ise ro , T im o te o Rojo, los h a b ía d e n u n c ia d o . P or su
te stim o n io , las a u to rid a d e s c o n o cie ro n la id e n tid a d d e F élix S e rra v a lle
V la d e su c o m p a d re C arlo s G erez. La policía c o m e n z ó e n to n c e s u n a

serie d e a lla n a m ie n to s . El g o b ie rn o c o m p ro b ó lo q u e so s p e c h a b a : los


in te g ra n te s d e la g u errilla y sus apoyos e ra n viejos co n o cid o s p e ro n ista s
d e la z o n a . C on la p u n ta d e l ovillo d e sc u b ie rta , el g o b e rn a d o r d e S a n ­
tiago d e l E stero, E d u a rd o M iguel y su p a r d e T u cu m án , C e lestin o G elsi,
c o m e n z a ro n a d e s e n re d a rlo y te n d ie ro n u n a tra m p a a los g u e rrille ro s.
M ediante u n c o m u n ic a d o oficial, los d iario s in fo rm a ro n q u e se lib ra b an
g rav es c o m b a te s con la p o licía en las in m e d ia c io n e s d e la c iu d a d d e
t ¡oncepción de T ucum án. En el com unicado se afirm aba q u e «las acciones
son e n c a rn iz a d a s y h a y m u c h a s b a ja s » . 28 Los p a d re s d e los m e n o re s,
p re o c u p a d o s p o r su s u e rte y te m e ro so s d e q u e les h u b ie ra su c e d id o lo
p eor se p re s e n ta ro n p ara recibir inform ación; así, el g o b iern o conoció las
Id e n tid ad es d e seis d e ellos. E n tre ta n to , la p o licía p ro v in c ial c o m en zó a
te n d e r el cerco a p a rtir del lu g a r d o n d e fue e n c o n tra d o el cam ió n .
En el m o n te, los guerrillero s cam in ab an y esp erab an . El 28 de diciem ­
bre a ta c a ro n a tiros un je e p de la policía e n el kiló m etro 39 de la ru ta 65,
el q u e h u y ó sin in te n ta r re sp u e sta . S eg ú n el re la to de S errav alle:

«Y a g a rra m o s y em p e z am o s a c a m in a r p a ra el n o rte ; c u a n d o
vos su b e s los c e rro s q u e so n de 3 .5 0 0 m e tro s m ás o m e n o s
d e a ltu ra , es la z o n a boscosa q u e es la q u e te o frece c u b ie rta
c o n tra los v u elo s y to d a s esas cosas, n o te n e m o s n in g ú n
p ro b lem a, ag arram o s la espina d o rsal y em p ezam o s a cam inar,
y a cam inar, y a cam inar, y b u e n o .. . p rim ero se b ajó V elardez
q u e e ra el ch o fer d el cam ió n , se e n tre g ó a la p o lic ía » . 29

27. Según los diarios, cinco carabinas autom áticas, 6 revólveres y 5 pistolas
«45». La Nación, 26 de diciem bre de 1959.
28. La Nación, 29 de diciem bre de 1959, pág. 4.
29. E ntrevista con Félix Serravalle, La Banda, abril de 1999.

41
E rnesto José Salas

E fectiv am en te, Pedro V elardez, qu ién h ab ía co n d u cid o el cam ió n , fue


el p rim e ro e n a b a n d o n a r a su s c o m p a ñ e ro s y se e n tre g ó a la p o licía. A
p a rtir d e su d e la c ió n se c o n o c ie ro n m ás d e ta lle s del g ru p o q u e e sta b a
e n los ce rro s y u n d a to ad ic io n a l: e n el c a m p a m e n to g u e rrille ro c u n d ía
el d e s a lie n to a l v erse ro d e a d o s p o r la p olicía. En los d ía s p o ste rio re s al
asalto y h a sta ñn de a ñ o p asaro n por las localid ad es de A rcadia, A lpachiri,
A lto V erde y se d e d ic a ro n al tra b a jo p o lítico , a e x p lic a r las c a u sa s d el
le v a n tam ie n to , su lucha p o r el re to rn o de Perón. Pero el cerco co m en z ab a
a cerrarse. El 31 d e d iciem b re las m ad re s de los m u ch ac h o s m ás jó v en e s
ra d ia ro n p o r la em iso ra LV12 u n m e n sa je p a ra su s hijos e n los q u e les
p e d ía n a n g u stio sa m e n te q u e b a ja ra n del m o n te. Las b ajas te m p e ra tu ra s
n o ctu rn as, la escasez de alim en to s, el cerco policial y las súplicas p a te rn as
m in a ro n la m o ra l d e los m ás d éb ile s. A d em ás, m u c h o s c re ía n q u e e ra n
solo u n a p a rte d e u n o p e ra tiv o m ás v asto en el q u e se le v a n ta ría n varios
fre n te s a d ic io n a le s , p e ro al re tra s a rs e e sto s a c o n te c im ie n to s , la m o ra l
decayó.
F in a lm e n te , el 1 d e e n e ro , los p o licías v ie ro n d e s c e n d e r d e sd e lo
a lto d e la m o n ta ñ a a c u a tro jó v e n e s q u e ib a n e n b u sca d e v ív eres y
a g u a y los d e tu v ie ro n sin o p o n e r re siste n c ia . Un ra to m á s ta r d e se
e n tr e g a ro n o tro s cinco, q u e h a b ía n o b te n id o el p e rm iso d e su s je fe s d e
b a ja r re s p o n d ie n d o al lla m a d o d e su s p a d re s .30 El m ism o d ía , a po co s
kilóm etros de C oncepción, fue d e te n id o Ju a n C arlos Díaz. S eg ú n su relato
h a b ía b a ja d o u n o s d ías a n te s con el c o m a n d a n te A lh a ja , Jo sé G e n a ro
C a ra b a ja l p a ra c o n ta c ta r c o n u n n u e v o g ru p o d e c o m b a tie n te s , p e ro
c u a n d o e s ta b a n c ru z a n d o u n río fue a rr a s tr a d o p o r la c o rrie n te a g u a s
ab ajo p e rd ie n d o el c o n ta c to con su co m p a ñ e ro . M edio a to n ta d o , co n su
ro p a en jiro n e s y las b o tas d e stro z a d a s, fue g u ia d o p o r g e n te d e la zona
p o r d o n d e no h u b ie ra p atru llas. Pero fue d e la ta d o y c a p tu ra d o . Dos días
después, u n a p a tru lla policial e n co n tró d o rm id o s a dos jó v e n e s m ás en el
lím ite con C atam arca. Se tra ta b a de R oberto A naya, de 18 años, alias loco
Perón y R ene F e rn á n d e z , a m b o s tu c u m a n o s. Al se r d e sc u b ie rto s, A naya
se e n tre g ó p e ro F ern án d ez log ró h u ir h asta C oncepción y to m ó u n m icro
h asta la ciu d ad d e T ucum án, p ero al b ajar se le d ip aró un tiro q u e lo hirió
e n el m uslo . F ue d e te n id o en el h o sp ital Padilla al q u e h ab ía co n c u rrid o
p a ra c u ra rse . O tro s do s, A m érico M oya y T om as D avid S o ra id e , q u e

30. Se tratab a de Edgar Edm undo Elias, de 22 años; Roberto G erardo Chaud,
de 24 años; V íctor M anuel C árdenas, de 18 años; Luis E nrique U riondo, de 17
años, todos sa n tia g u eñ o s. T ucum anos: Francisco N icolás M olina, d e 18 años;
D om ingo A ntonio Sandoval, de 18 años; Rafael A lberto Díaz, de 17 años y
R olando E nrique Díaz, d e 15 años, h erm an o del anterior. Todos los tucu m an o s
tenían dom icilio en la calle Colombia en un radio de dos cuadras. La Razón, 1 de
en ero de 1960, E ntrevista con Félix Serravalle, La Banda, abril de 1999.

42
«Uturuncos». Los orígenes d e la guerrilla.

tu rró n en c o n tra d o s p o r su s p a d re s en la selva del A conquija, ta m b ié n se


m i ti g a r o n .
En las c iu d a d e s m u ch o s m ie m b ro s d e la re d fu e ro n d e te n id o s y su s
ilnnticilios allan ad o s. Las d elac io n es no fu ero n la ú n ica c a u sa d el p arcial
ilrs a ib rim ie n to d e los c o n ta c to s, re s u lta obvio q u e el g o b ie rn o co n o cía
p.trtt* d e l h ilo d e l q u e a h o ra tira b a , a c a u sa d e la p re v ia e x is te n c ia d e l
C om ando 17 de O ctubre. Las d eten c io n es d eb ilitaro n m ás la situ ació n de
lir. que a ú n q u ed a b a n arrib a. El P um a Serravalle, d ecid id o a no e n tre g a r-
%«*, in ten tó ro m p er el cerco con los siete h o m b re que aú n le q u e d a b a n . La
policía creía q u e el g ru p o se d irig ía a C a ta m a rc a y e x tre m ó el p a tru lla je
•mi esa z o n a . Pero S e rra v a lle fo rzó la m a rc h a y e n u n d ía, c a m in a n d o
a p aso fo rz a d o c in c u e n ta k iló m e tro s, b a ja ro n e n T u c u m án , e n la z o n a
ilrl ingenio P rovidencia d o n d e fu ero n p ro teg id o s en casas d e o b rero s d el
ingenio q u e a ú n p erm an ecía n seguras. T enían los pies d estro z ad o s y e ra n
fácilm ente recon ocib les. Sin e m b arg o , lo g raro n ro m p e r el cerco y lleg ar
h asta el b a rrio 2 4 d e N oviem bre, en T úcum án. Allí les d ie ro n refu g io en
••1 prostíbulo de la Turca F ern án d ez y en u n a iglesia d o n d e se e n c o n tra ro n
ro n M an u el M ena, q u ién los recibió q u e b ra d o p o r la em o ció n .
En d ic ie m b re d e 1 9 5 9 , m ie n tra s los U turuncos a s a lta b a n F rías, el
gallego M ena y G uillén se en c o n tra b a n en B uenos Aires b u sc a n d o apoyos.
J o h n W illiam C ooke d e le g ó e n su c o m p a ñ e ra A licia E g u re n la a y u d a a
los U tu ru n co s. Por in te rm e d io d e ella, M en a p u d o c o n ta c ta r a u n g ru p o
n u m e ro so d e m ilita n te s d e la J u v e n tu d P e ro n ista d e las z o n a s d e S an
M artín y Pom peya. En B uenos A ires, los d iv erso s g ru p o s d e la Ju v e n tu d
P ero n ista se h a b ía n m o s tra d o ferv o ro so s p a rtid a rio s d e lo s u tu ru n c o s y
st: e n tu s ia s m a ro n con p a rtic ip a r en la g u errilla . O rg a n iz a ro n g ru p o s d e
apoyo, co lectaro n p lata y m uchos de ellos viajaro n a T úcum án p a ra unirse
a e lla . 31 El «gallego» M en a los re u n ió con la id e a d e fo rm a r u n te rc e r
Krupo y su b ir al m o n te luego de las d eten cio n es p ro d u cid as p o r el a salto a
l-’rías. H abían tran scu rrid o dos m eses, Serravalle se e n c o n tra b a pró fu g o y
M ena, siem p re activo, no ab a n d o n a b a la idea de la creació n de u n fren te
g u e rrillero p e rm a n e n te . En T ucum án, sin e m b arg o , se v iv ía u n clim a de
re p re sió n q u e d ific u lta b a a la red p re s ta rle ap o y o s, d o m ic ilio s se g u ro s,
c o m id a y e le m e n to s a las d e c e n a s de m u ch a c h o s q u e q u e ría n p a rtic ip a r
s u b ie n d o al m o n te . F in a lm e n te , el 10 y 11 d e m a rz o la p o licía d io con
uno d e los refugios de los p o rteñ o s, el ya conocido p ro stíb u lo de la Turca
F ern á n d e z y el d o m icilio de M an u el H aro, d e te n ie n d o a v a ria s p erso n a s
q u e se e n c o n tr a b a n re u n id a s, e n tre ellos a Jo sé Luis R ojas, a lias Z u p a y,

31. Reportaje a Envar El Khadre, en: E duardo Anguita y M artín Caparros. La


voluntad. B uenos Aires: N orm a, 1997, pág. 63.

43
Ernesto José Salas

q u e h a b ía p a rtic ip a d o de la to m a de la co m isaría .32 En el p ro c ed im ie n to


se s e c u e s tra r o n a rm a s, m u n ic io n e s, g ra n a d a s , m a n ta s, b o ta s y c am isas
co n las sig las d e l E jército d e L ib eració n N acio n al (ELN). D ías d e sp u é s,
M anuel E n riq u e M ena fue d e te n id o ju n to con el p erio d ista E nrique Oliva
y o tro s c o m p a ñ e ro s cu a n d o in te n ta b a n su b ir a la m o n ta ñ a .
En ese c o m ien zo del añ o 1960, los co m an d o s u rb a n o s d el p e ro n ism o
in te n sific a ro n sus accio n e s d e sa b o ta je : el 15 d e fe b re ro fu e c o lo c a d a
u n a b o m b a e n el d e p ó sito d e Shell-M ex e n C ó rd o b a, in c e n d ia n d o 4
m illones de litros d e co m b u stib le y d e ja n d o 13 víctim as; el 11 d e m arzo
u n a b o m b a d e ex p lo siv o p lástico d e stru y ó la casa d el oficial de la SIDE,
D avid C a b re ra , a ctiv o rep reso r, d a n d o m u e rte a su p e q u e ñ a h ijita de
3 añ o s. El d ía 13 o c u rrió u n a ex p lo sió n e n la p la n ta d e g as d e M ar
d e l P la ta . Ese m ism o d ía, la p o licía in fo rm ó q u e el c a b o d e l ejérc ito ,
M an u el M e d in a , q u e e sta b a d e te n id o , se « h ab ía tira d o » d e u n a v e n ta n a
d e C o o rd in a c ió n F ed eral d a n d o vivas a P erón . El 1 4 d e m a rz o , d e b ía n
re a liz a rse las ele c c io n e s q u e re n o v a ría n la m ita d d e las c á m a ra s. U nos
d ía s a n te s , A rtu ro F ro n d izi o rd e n ó la eje c u c ió n d el p la n C o n m o ció n
In tern a del E stado (CONINTES). El país fue dividido e n zo n as o p era tiv as y
se som etió a trib u n ale s m ilitares a todos aquellos acu sad o s d e terro rism o .
D ías d e sp u é s , los d iario s a n u n c ia ro n q u e se h a b ía n e fe c tu a d o 1 .6 0 0
allan am ien to s y q u e h ab ían sido d eten id o s m iles de m ilitan tes p ero n istas.
Las elecciones se realizaro n en o rd en y volvió a triu n fa r el v o to en blanco
pro p icia d o p o r P erón.
El in c a n s a b le «P um a» S e rra v a lle c o m e n z ó e n to n c e s a p la n ific a r la
fo rm a d e lib e ra r a su s c o m p a ñ e ro s p re so s e n la c árcel d e C o n ce p ció n ,
p e ro el 1 d e a b ril, m ie n tra s v ia ja b a p o r T u c u m á n co n d o c u m e n to falso,
fue d e te n id o y ju z g a d o p o r los trib u n a le s m ilita re s d el C O N IN TES . 33
P arecía el fin. A m e n a z a d a p o r la re p re sió n d el P lan CONINTES y co n
sus prin cip ales líd eres en prisión, la g u errilla q u ed ó al m a n d o de G enaro
C arabajal, el Pila o Alhaja, q uien a ú n no h ab ía sido d e ten id o . Pese a todo,
el Pila reu n ió un n uevo gru p o de m ilitan tes e n tre p o rteñ o s y tu cu m an o s y
logró re in sta la r el m ovim iento en la m o n tañ a p o r varios m eses. En el m es
de ju n io d e 1 9 6 0 la policía, q u ie n p o r la ap licació n d e l P lan CONINTES
h a b ía sid o re fo rz a d a con tro p a s d e in fa n te ría d e l e jé rc ito , d e sc u b rió el

32. S egún los diarios el gru p o se com ponía de doce p erso n as e n tre tu cu ­
m anos y po rteñ o s: E nrique R olando Fernández, Ju a n Jo sé P érez (32, o b re ro ),
José Rodrigo, Mario Rogelio Vara (23, chofer), Ju an José N azar (25, cem entista),
Roque Dom ingo Cerezo (29), Delfino Baldowosh (32, com erciante), José Antonio
M oya (30), A lberto Jo ro m a (27, obrero textil), Carlos A lberto E prem ión (1 9 ),
José M anuel Haro (20) y José Luis Rojas (33). Cuando los llevaban, los m ilitantes
vivaban a Perón y cantaban La Marcha Peronista. La Razón, 11 de m arzo de 1960.
33. Entrevista con Félix Serravalle, La Banda, abril de 1999.

44
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

»a m p a m e n to g uerrillero y d etu v o a varios de los m ilitan tes p resen tes. En


el e n fre n ta m ie n to , u n o d e los po co s e n tre los U tu ru n c o s y la re p re sió n ,
fue herido e n la p iern a S an tiag o M olina, el M exicano, m ie n tra s in te n ta b a
tm .i fugaz re sisten cia.
Los trib u n ales m ilitares fueron d u ro s con los cabecillas d e la rebelión.
M an u el E n riq u e M ena fue c o n d e n a d o a 7 a ñ o s d e p risió n . A ntes d e
i u m p lir los tres, se fugó d e l h o sp ita l c a rc e la rio d e l C h aco y viajó a La
I l.ih an a d o n d e se en tre v istó con el C he. A p rin c ip io s d e 1 9 6 3 c o m e n z ó
a re o rg a n iz a r los c o n ta c to s en T u cu m án . V arios d e los v e te ra n o s d e la
p rim e ra e x p e rie n c ia in s ta la ro n un c a m p a m e n to p e rm a n e n te en la selva
lu c u m a n a en el m es d e m ayo. T iem p o d e sp u é s, se les u n ió M en a con
u n g ru p o d e m ilita n te s q u e h a b ía n re cib id o e n tr e n a m ie n to e n C uba.
Al p arecer, el p la n d e M en a e ra c o m p le m e n ta rio d e l g ru p o g u e rrille ro
c o m a n d a d o p o r Jo rg e R icardo M asetti. Las vacilaciones de M asetti a n te la
elección n acio n al del 7 de ju lio , que dio el triu n fo a A rtu ro Illia , 3'1 parece
•.er la c a u s a del d e s m e m b ra m ie n to d el fre n te tu c u m a n o . A p a rtir de
allí, M ena p erd ió relev an cia; e n 1970 vivía e n S an J u s to e n u n h u m ild e
b a rrio o b re ro . M urió d e c á n c e r el 14 d e ju lio d e 1 9 7 0 . J u a n C arlos
D íaz, el utu ru n co fue c o n d e n a d o a 7 añ o s. En 1 9 6 3 fu e a m n istia d o
p o r el g o b ie rn o d e Illia, e n 1 9 7 0 p a rtic ip ó co n el ERP e n el a sa lto al
Manco C o m ercial del N o rte y un día d e sp u é s fue d e te n id o . En 1 9 7 3 fue
n u e v a m e n te a m n istia d o y recib ió u n su b sid io del g o b ie rn o p e ro n ista de
’llic u m á n . 35 Los m e n o re s d e e d a d fu e ro n d e riv a d o s a los T rib u n a le s d e
M enores, excepción hech a a Luis U riondo, qu ien d a d o su p a re n tesco con
el g en eral U riondo, su p ad re , fue d ev u elto a su fam ilia .36 Félix S erravalle
cum plió la co n d e n a que le ap licaro n los trib u n ale s CONINTES, tres años
y siete m eses en varias prisio n es. Le ro m p iero n los lig a m e n to s d el b razo
e n la to r tu r a . Al sa lir p ro m e tió a su fam ilia, a la q u e casi no h a b ía
visto e n a ñ o s, q u e se ib a a o c u p a r d e ellos. A los 7 4 a ñ o s, vive e n La
B anda, o rg u llo so d e su p a sa d o y ro d e a d o de su s re c u e rd o s. Jo sé Luis
Rojas, el Z u p a y, p a rtic ip ó en la e x p e rie n c ia g u e rrille ra d e las F u e rz as
A rm ad as P ero n istas y fue n u e v a m e n te d e te n id o e n Taco R alo, T ucum án,
en 1 9 6 8 . U na e n fe rm e d a d lo d ejó p o stra d o y falleció h ace alg u n o s añ o s
e n T u c u m á n y e n la p o b re z a . En u n ú ltim o re p o rta je re c o rd ó q u e «los

34. Rot, Los orígenes perdidos de la guerrilla en la A rgentina. La historia de


Jorge Ricardo M asetti y el Ejercito Guerrillero del Pueblo, pág. 95.
35. El subsidio le fue otorgado por el m inistro de G obierno de Tlicumán, el
doctor Prats Ruiz, quién tam bién había participado del Com ando 17 de Octubre.
36. P o sterio rm en te participó del M ovim iento N acionalista R evolucionario
Tacuara. Hasta hace poco se desem peñaba como diputado por Santiago del Estero.
Véase B ardini, «1963: asalto al Policlínico Bancario. El M ovim iento N acionalista
Revolucionario Tacuara, la prim era guerrilla urbana».

45
E rnesto Jo sé Salas

chicos d e H IJO S so n m i ú n ic a esp era n z a » . M u ch o s m ilita n te s d e la red ,


ta n to tu c u m a n a co m o d e B u en o s A ires a ú n v iv en d e s p e rd ig a d o s p o r el
país. De su s re c u e rd o s e sta h e c h a g ra n p a rte de e sta h is to ria . 37

Guerrilla y movimiento popular en la Argentina de los sesenta

P ara D an iel Ja m e s, la p rim e ra g u e rrilla c a u só e scaso im p a c to en los


activ istas. En su in flu y e n te tra b a jo sobre la re siste n c ia p e ro n ista , Ja m e s
fo rm u la la h ip ó te sis de q u e el s u rg im ie n to d e la in s u rg e n c ia a rm a d a
d ebe se r a trib u id o a la so litaria voz de Jo h n W illiam Cooke y a «sectores
ju v en ile s d el p ero n ism o y la izq u ierd a no p e ro n ista , d o n d e se re c lu taro n
sus m ilita n tes» , los q u e «en su m a y o r p a rte p ro v in ie ro n d e la esfera
u n iv e rsita ria d e la C ap ita l F e d e ra l y o tro s g ra n d e s c e n tro s d e estu d io s
terciario s » . 38 A unque alg u n os p árrafo s d esp u és se co n tra d ic e cu a n d o cita
en trev istas a activistas de la ju v e n tu d , 39 que d a n c u e n ta que la m ay o ría de
los p artic ip a n te s en las experien cias g u errilleras de fines de los cin cu en ta
ten ían e n tre 16 y 2 0 años de ed ad y p erten ecían a las b a rria d a s hum ild es
d el C o n u rb a n o b o n a e re n s e , p e ro in siste e n a rg u m e n ta r a fa v o r d e su
p rim e ra a firm a c ió n : el escaso im p a cto q u e o b tu v ie ro n los U tu ru n c o s
fu e d e b id o a su p e rte n e n c ia d e clase, d a d o q u e p o r e lla n o p o n ía n su s
ex p ecta tiv a s en el d e sarro llo de la lu ch a sindical.
Las fu e n te s con las q u e D aniel Ja m e s tra b a jó fu ero n , e n p rim e r lugar,
el in fo rm e d e l p ro p io a p a ra to re p resiv o y, en s e g u n d o lugar, el p e q u e ñ o
lib ro d e E m ilio M o ra le s ,*10 e n el q u e se a firm a q u e los in te g ra n te s d e la
p rim e ra g u e rrilla p ro v e n ía n d e la clase m e d ia u n iv e rsita ria y q u e sólo
tres o b re ro s fu e ro n de la p a rtid a .
C reo h a b e r d e m o s tra d o q u e el inicio d e la g u e rrilla p e ro n is ta n o fue
id e a d o d e sd e las g ra n d e s c iu d a d e s, sin o q u e su o rig e n d e b e m ás b ien
ra stre a rse en la o rg an izació n de los com an d o s de la resisten cia reg io n ales
y en u n a d e sus p o sib les e v o lu cio n es. T am p o co fu e ro n los jó v e n e s d e
clase m e d ia u n iv e rsita ria e m p o b re c id a y q u e p ra c tic a b a n u n a s u e rte de
e le m e n ta l te rro ris m o u rb a n o los q u e fin a lm e n te d ie ro n el p rim e r p aso .

37. Ju lio Robles, uno de los m ilitantes porteñ o s, grabó d u ra n te las dos
ú ltim as d é ca d as a m uchos de los com batientes de U turuncos. G racias a esos
docum entos fue posible la reconstrucción de su historia.
38. Daniel Jam es. Resistencia e integración. El peronismo y la clase trabajadora
argentina 1946-1976. B uenos Aires: S u d am erican a, 2 006, pág. 2 06; el a u to r
tam bién afirm a que provino de esos grupos gran parte del apoyo logístico con el
que con taro n los «focos» de T\icumán y M endoza.
39. Ibíd., nota 38 y entrevista con Daniel H open, nota 37.
40. Emilio Morales. Uturunco y las guerrillas en Argentina. M ontevideo: SEPE,
1964.

46
««Uturuncos». Los orígenes de la g u e rrilla ...

I n u n a se g u n d a e tap a v iajaro n a la zo n a, co n v irtién d o se en co m b atien tes,


pero el d esarro llo de los a c o n te cim ien to s aquí re la ta d o n ieg a su abso lu to
p ro ta g o n ism o . T am p o c o es c ie rto q u e c o n stitu y e ra n el p rin c ip a l a p o y o
logístico d e las a c cio n es q u e se e n c a ra ro n , sino q u e e ste c o rre sp o n d ió a
u n m o d e s to p e ro no d e sp re c ia b le a p a ra to p o lítico m o n ta d o e n los a ñ o s
previos p o r el C om ando 17 de O ctubre d el que su rg iero n los co m b atien tes.
En re a lid a d , la g u e rrilla d e los U tu ru n c o s tu v o b a s ta n te im p a c to e n el
p e ro n ism o . El q u e no se c o n stitu y e ro n e n u n a o p c ió n n a c io n a l d e b e
e x p licarse m e d ia n te o tro s a rg u m e n to s y ellos p u e d e n e n c o n tra rs e e n el
d e sa rro llo d e las d is tin ta s v e rtie n te s q u e se p e rfila ro n e n el p e ro n ism o
luego del d e rro c a m ie n to de Perón.
Ya fu ero n ex p licad o s p o r el propio D aniel Ja m e s los cam b io s h ab id o s
en el p e ro n ism o lu e g o d e 1955. Los n ú c le o s c e n tra le s q u e o rg a n iz a ro n
la re siste n c ia d is ta b a n d e p e rte n e c e r a los viejos a p a ra to s d e g o b iern o y
fueron esen cialm en te dos: los co m an d o s clan d e stin o s y las org an izacio n es
sindicales p aralelas a las interv en cio n es. H asta p o r lo m en o s 1958, am bas
e stru c tu ra s a c tu a ro n c o o rd in a d a m e n te y d e sa rro lla ro n , en p a rtic u la r las
e stru c tu ra s sindicales, u n a in te n sa d e m o cra cia con b ase en la c u ltu ra de
fábrica. E sta a c titu d p leb isc ita ria fue p osible p o r las n u e v a s co n d icio n es
de lucha: el riesgo q u e su p o n ía la c la n d e stin id a d de la acción o b re ra y la
in h ab ilitació n p o r p a rte del golpe m ilita r d e los viejos d irig e n te s ligados
a la e stru c tu ra b u ro crátic a p ero n ista. Ello p erm itió a los líd eres grem iales
e m e rg e n te s la le g itim id a d n e c e sa ria p a ra a lz a rse c o n la d irec c ió n d e la
m ay o ría d e los sin d icato s in d u stria les.
Los c o m a n d o s, q u e e m p e z a ro n c o m o p eq u e ñ o s o rg a n ism o s políticos
d e a g ita c ió n , m ás b a rria le s q u e fa b rile s, p e rfe c c io n a ro n sus a te n ta d o s
y d e p e q u e ñ o s a c to s d e sa b o taje , p a s a ro n a e n c a ra r g ra n d e s acto s d e
te rro rism o u rb a n o . S in e m b a rg o , a m b o s fu ero n a fe c ta d o s p o r el inicio
d e la e ta p a d e s e m ile g a lid a d con la e lec ció n d e A rtu ro F ro n d izi a la
p resid en cia. M uchos sin d icalistas c o m p re n d ie ro n q u e te n ía n m u ch o m ás
p a ra g a n a r si se in te g ra b a n c rític a m e n te al o rd e n p o lític o p o sp e ro n ista
y re n u n c ia b a n a p o n e r su s e s tru c tu ra s g re m ia le s al serv icio d e u n p lan
in su rrecio n al q u e tra je ra n u e v a m e n te a Perón al país.
Los co m a n d o s, q u e sie m p re se re s istie ro n a fo rm a r p a rte d e u n a o r­
g a n iza ció n única y c e n tra liz a d a , d ie ro n fu ertes g o lp es e n los a ñ o s 195 9
y 1 9 6 0 , h a s ta el inicio d el p lan CONINTES, c o m o los q u e h em o s re s e ­
ñ a d o . S ie m p re fu e ro n g ru p o s c e n tra d o s e n la s c iu d a d e s ca p ita le s d e
p ro v in c ia y sus p rin c ip a le s a te n ta d o s fu e ro n c o m e tid o s e n e sta s. Un
te rc e r g ru p o q u e co b ró re le v an c ia a p a rtir d e la e lec cio n es d e 1 9 5 7 fu e­
ro n los viejos d irig e n te s d e l a la p o lítica d el m o v im ie n to . N u n ca fu ero n
ra d ic a lm e n te a m o n e s ta d o s p o r P eró n y p lan ificaro n d is tin ta s estra te g ia s
fre n tis ta s o p u e sta s a las d is e ñ a d a s p o r Jo h n W. C o o k e. Los q u e c o n ta ­

47
Ernesto Jo sé Salas

b a n con u n a b a se e le c to ral p ro p ia , p a rtic u la rm e n te en las pro v in cias, se


in d e p e n d iz a ro n d e la tu te la d e P eró n y c o n stitu y e ro n el lla m a d o neo-
p e ro n ism o , a b a n d o n a n d o te m p ra n a m e n te la e s tra te g ia in su rre c c io n a l.
Los o tro s d is p u ta ro n en to d o m o m e n to el lid e raz g o o to rg a d o p o r P erón
a su d e le g a d o p e rso n a l. La cre a c ió n d el C o n sejo C o o rd in a d o r e n 1 9 5 8
reflejó e ste p ro c e s o .41 H acia fines de 1 9 5 9 , m o m e n to e n el q u e se d e s a ­
rro llab a n las acciones de la g u errilla, las 62 O rg an izacio n es volv ían a ser
c o n d u c id a s p o r los d irig e n te s d e los g ra n d e s sin d ic a to s d e s p la z a d o s a
principios d e añ o . Su estra te g ia se v o lcaría d e sd e este m o m e n to a lo g rar
q u e el g o b ie rn o d e sa rro llista l?s d ev o lv iera la C o n fe d e ra c ió n G e n e ra l
del T rabajo , q u e p e rm a n e c ía in te rv e n id a . En el p a sa d o h a b ía n ap o y ad o ,
a u n q u e co n v acilacio n es, los p lan e s in su rrec c io n ale s, p e ro n o e ra a h o ra
el m o m e n to p a ra a le n ta r el d e sa rro llo d e u n a g u e rrilla e n el n o rte d el
país. Los d irig e n te s políticos co n fiab an e n q u e el p ro g resiv o re to rn o a la
a c tiv id ad p o lític a e le c to ra l les d ev o lv ie ra el ro l p ro ta g ó n ic o q u e h a b ía n
perd id o en los añ o s de c lan d e stin id ad y de n in g u n a m a n e ra p o d ía n verse
e n tu s ia s m a d o s co n u n p ro y e c to su b v ersiv o si n o h a b ía n a p ro b a d o las
accio n es d e los p rim itiv o s c o m a n d o s. Por ú ltim o , si los c o m a n d o s se
e n tu s ia s m a ro n con la id ea d e la a m p liació n de la esfera de la lu c h a con
n u ev o s m é to d o s c o m o los d e la g u e rrilla tu c u m a n a , se g u ía n e sp e ra n d o
el le v a n ta m ie n to d e alg ú n m ilita r p e ro n ista . P ero m ás im p o rta n te a ú n ,
su s accio n es se d e s a rro lla b a n en c iu d a d e s d e p ro v in c ia o e n B u en o s Ai­
res, cuyas g e o g ra fía s n a d a te n ía n q u e v e r con la in s ta la c ió n d e u n foco
d e g u e rrilla ru ra l. P or ú ltim o , la e x te n sió n y d u re z a re p re siv a d e l p la n
CONINTES y el fra ca so d el le v a n ta m ie n to m ilita r d irig id o p o r el g e n e ­
ral Iñ ig u e z e n n o v ie m b re d e 1 9 6 0 los d iezm ó h a c ié n d o lo s v irtu a lm e n te
d esap arecer. D adas e sta s circu n sta n cias, re su lta b a d u d o so q u e el p rim e r
le v a n ta m ie n to g u e rrille ro d e la A rg en tin a c o n te m p o rá n e a re s u lta ra u n a
opción q u e c o se c h a ra fu ertes ap o y o s en el m o v im ien to .
O tro p u n to oscuro en el o rigen de la guerrilla ha sido el de la dirección
o p a rtic ip a c ió n d e J o h n W illiam C ooke en los U tu ru n c o s y e n la U nión
d e G u e rrille ro s A n d in o s .42 P a ra 195 8 la p o sició n d e C ooke, c o m o d ele-

41. Para un análisis d e la etap a, véase Jam es, Resistencia e integración. El


peronismo y la clase trabajadora argentina 1946-1976-, Ernesto Salas. La resistencia
peronista. La lom a del frigorífico Lisandro de la Torre. Buenos Aires: CEAL, 1990.
42. La Unión de G uerrilleros Andinos fue un grupo com ando dirigido por el
capitán Ciro A hum ada y tuvo actuación en la zona de Cuyo, contem poráneam ente
a los U turuncos. Se tra ta b a de uno de los com andos dirigidos p or la C entral de
O peraciones en la Resistencia, creada p or el general (R) M iguel Iñiguez. Sus
principales operaciones consistieron en la voladura de la casa del general Labayru,
co m a n d an te de la región a n d in a , la d estrucción de un p u e n te en la cordillera
d e los A ndes y el robo de gelinita. El plan CONINTES y el fracaso del golpe de

48
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

Kittlo p e rso n a l d e P erón y c o m o d irig e n te d e l C o m an d o T áctico se h a b ía


d eb ilitad o , al p u n to q u e e ste ú ltim o o rg an ism o h a b ía sid o re e m p la z a d o
n i o c tu b re p o r el C onsejo C o o rd in ad o r y S u p erv iso r d el M ovim iento, de
nueve m iem bros. En 1959, luego de la to m a del Frigorífico N acional y la
h uelga g e n e ra l de las 62 O rg an izacio n es en apoyo a la m ism a, el «Bebe»
fue descalificado p o r el C onsejo a raíz de la p u b licid ad d e u n d o cu m en to
.1 favor d e la h u elg a y en c o n tra d e la d irecció n sindical. C on su c a p tu ra
reco m e n d a d a , com en zó u n p erío d o de p e rsecu ció n y c la n d e stin id a d . Sa­
lió del p aís y se re in sta ló e n M o n tev id eo , re a liz a n d o v iajes p e rió d ic o s a
llu en o s A ires. Pese a to d o , sig u ió m a n te n ie n d o la c o rre s p o n d e n c ia co n
«•I g e n e ra l e n el exilio, p e ro no e n los ro les d e d ire c ció n a trib u id o s p o r
IVrón. En el seg u n d o sem estre, im pulsó con in telectu ales de o tras fuerzas
p o líticas el se m a n a rio Sín tesis. En n o v ie m b re , re in g re só c la n d e stin o al
país p a ra d is e rta r e n el C o n g re so p o r la L ib era ció n N acio n al, re a liz a d o
p o r la 6 2 O rg a n iz a c io n e s. F in a lm e n te , e n a b ril de 1 9 6 0 c o m e n z ó su
e sta d ía en C u b a .43 Su fig u ra , h acia fines de 1 9 5 9 , era la d e u n d irig e n ­
te im p o rta n te y e sc u c h a d o e n alg u n o s á m b ito s d el p e ro n ism o p e ro sin
c ap acid ad d e d irig ir los d ife re n te s d ispositivos táctico s co m o los c o m a n ­
dos, el a p a ra to po lítico y los sin d ic a to s y, m á s a ú n , d e s p re c ia d o co m o
tro tsk ista p o r alg u n o s se cto re s del m o v im ien to . Pese a to d o , ¿fue Cooke
el id eó lo g o , la d irecció n d e la g u e rrilla tu c u m a n a o p o r el c o n tra rio , tal
com o o c u rrie ra con la to m a d el frigorífico a p rin c ip io s d e a ñ o , le fue
a trib u id a la d irecció n lu e g o d e p ro d u c id o el e sta llid o ? A ju z g a r p o r la
h is to ria d e la re lació n e x is te n te e n tre el C o m a n d o 17 d e O c tu b re y su
p a r d e B u en o s A ires, el C o m a n d o N acio n al P e ro n ista , C ooke y M en a se
co n o cían de tie m p o a trá s y h a b ía n d e sa rro lla d o p la n e s d e resiste n cia en
c o n ju n to . Q u ed a claro, a p a rtir de la p articip ació n d e Alicia E g u ren , que
Cooke e ra p arte de la p a rtid a guerrillera y que p o r in term e d io de sil m ujer
p restó to d o su ap oy o p a ra o b te n e r recu rso s y m ilitan tes p a ra d e sa rro lla r
la g u e rrilla tu c u m a n a . E n 1 9 6 1 , c u a n d o ya e sta b a in s ta la d o e n C uba
y su v isió n d el c a m in o re v o lu c io n a rio p a sa b a p o r su id e n tific ac ió n con
el p ro c e so seg u id o p o r F id e l C astro , le e n v ió u n a c a rta al « c o m p a ñ e ro
A lhaja», G e n a ro C a ra b a ja l, a q u ie n le h a b ía so lic ita d o q u e v ia ja ra a la
isla. E n ella e x p resa co n c la rid a d su o p in ió n so b re la g u e rrilla d e los
U tu ru n co s:

«Para ella (O lga C arabajal, esposa de M ena) y p a ra el chiquito,


así com o p a ra to d o s los heroicos co m p a ñ e ro s q u e h o y su fren

Iñiguez en noviem bre de 1 960, los disolvió. En 1973, el capitán Ciro A hum ada
participó en el bando de la d erecha peronista en la m asacre de Ezeiza.
43. N orberto Galasso. Cooke: de Perón al Che. Una biografía política. Buenos
Aires: H om o Sapiens, 1997.

49
E rnesto José Salas

cárcel y p erse c u c ió n p o r p la n te a r p o r p rim e ra vez u n a fo rm a


d e fin itiv a m e n te re v o lu c io n a ria d e lu ch a e n el p aís, n u e s tro
m a s e n tr a ñ a b le afe c to y n u e s tro c o n s ta n te re c u e rd o ( . . . ) .
M uch o s los lla m a ro n , sin d u d a a lg u n a “a v e n tu r e ro s ”. Yo
q u isiera sa b e r q u é h icieron e n co n creto los q u e eso dicen. En
la lucha re v o lu cio n aria siem p re es igual. El que triu n fa es un
h é ro e n a c io n a l; el d e rro ta d o es u n p ro v o c a d o r » . 44

La p e rte n e n c ia social d e los U tu ru n co s tam p o c o d eja lu g a r a d u d a s y


es sim ila r a m u ch o s c o m a n d o s d e o tra s z o n as d e l país. En p rim e r lu g a r
resalta la e d ad de los co m b atien tes. La m ayoría del g ru p o m ás n u m ero so ,
el q u e p articip ó en el a salto de la co m isaría de Frías, te n ía e n tre 15 y 20
a ñ o s al m o m e n to d el a ta q u e ; los líd e re s b a s ta n te m ás - e n t r e 3 0 y 3 5 -
a u n q u e J u a n C arlos Díaz tenía solo 19. La m ay o ría h a b ía n sido reclu tad o s
e n los b a rrio s c irc u n d a n te s d e la c iu d a d d e S an M ig u el d e T u cu m á n y
p e rte n e c ía n a fam ilias h u m ild e s d e la zo n a. En la red d e a p o y o p o lítico
el e sp e c tro o b re ro se a m p lia b a a la clase m e d ia y e ra c o n fo rm a d a p o r
p e q u e ñ o s c o m e rc ia n te s, e m p le a d o s e sta ta le s, o b re ro s d e los in g en io s,
d irig en tes grem iales, m ilitares re tira d o s y algunos p ro fesio n ales com o m é­
dicos y ab o g ad o s. Ello p u e d e explicarse d esd e el c o n ju n to social q u e dio
su apoyo al pero n ism o , m ay o rita ria m e n te o b rero s o trab a ja d o re s d e esca­
sos recu rso s, a u n q u e ta m b ié n secto res d e clase m ed ia o d e la b u ro cracia
e statal. Es co m p ren sib le que en una zo n a con fu erte trab ajo o rg an izativ o
g rem ial e n m a n o s de u n p o d e ro so y co m b ativ o sin d ic a to re g io n a l co m o
la FOTIA, los m ás a fec ta d o s p o r el d e rro c a m ie n to d el p e ro n ism o fu e ra n
los que, m ovidos p o r u n fu e rte im p acto em o cio n al, d e c id ie ra n p a sa r a la
resisten cia y al ejercicio de la violencia q u e c o n sid e ra b a n leg ítim a, ta n to
com o ilegítim a c o n sid e ra b a n q u e era la violencia d el ré g im e n m ilitar.
La relació n e n tre el C o m an d o 17 de O ctu b re y el sin d ic a to a z u c a re ro
d e T u cu m án p re s e n ta m ás d ific u lta d es. S e g ú n el te s tim o n io d e Félix
S e rra v a lle , B en ito R o m an o , q u ié n lu eg o se ría se c re ta rio g e n e ra l d e la
FOTIA, y su h e rm a n o A ntonio, d e le g a d o d e in g en io , fo rm a b a n p a rte del
co m a n d o in te g ra n d o la red de a p o y o .45 A lgunos o b re ro s d e los ing en io s
b rin d a ro n su c o la b o ra c ió n y p u sie ro n en riesgo su s casas y la in te g rid a d
d e sus fam ilias p a ra p ro te g e r a los c o m b a tie n te s. D e to d a s m a n e ra s , es
p o sib le a p lic a r p a ra el c o m a n d o tu c u m a n o los a rg u m e n to s q u e D aniel
J a m e s esb o z ó p a ra el fe n ó m e n o e n g e n e ra l. Los o b jetiv o s c o m u n e s d e
los c o m a n d o s y los sin d ic a to s se fu e ro n e sc in d ie n d o d e b id o a la ló g ica
d isp ar de am b o s g ru p o s o rganizativos. A unque la FOTIA fuera u n o de los

44. C arta de Jo h n W. Cooke a G enaro C arabajal, 18 de agosto de 1961,


archivo de Fermín Chávez.
45. Ibíd.

50
«Uturuncos». Los orígenes de la guerrilla.

sin d icato s m ás com bativo s del país, la leg alid ad q u e le fue o fre c id a a su
acc io n a r d e n tro d e p a rá m e tro s leg ales la ale ja b a de su s c o m p a ñ e ro s d e
lu ch a, los q u e no solo e n m a rc a b a n su c o m b a te en el p la n m á s v a sto d e
in su rreccio n ar la zona, sino que e ran - y no p o d ía n d eja r d e s e r - ilegales
y c la n d e stin o s. La o rg a n iz a c ió n d e los o b re ro s a z u c a re ro s fue re a liz a d a
en la tra d ic io n a l e s tru c tu ra sin d ical p o rq u e fo rm a b a p a rte d e su c u ltu ra ,
d e su s id e a s y v alo res. D u ra n te el a ñ o 1 9 5 9 , la lu c h a d e los o b re ro s
d el a z ú c a r re s u ltó triu n fa d o ra e n u n a é p o ca e n q u e la m a y o ría d e los
co n flicto s fu e ro n d e rro ta d o s . De to d a s m a n e ra s, si el re s u lta d o fue u n
triu n fo g re m ia l, ta m b ié n fue la ch isp a q u e e n c e n d ió la in d ig n a c ió n de
a q u ello s cu y o o b jetiv o era el re g re so in m e d ia to d e P eró n al p oder. El
día e n q u e la re p re sió n m a tó a a m b o s o b re ro s, m u c h o s in te g ra n te s d e
los U tu ru n c o s se c o n ta b a n e n tre los m a n ife sta n te s, p e ro su s c a m in o s se
b ifu rcaro n c u a n d o la g u e rrilla se in staló e n el m o n te. De to d as m an e ra s,
los d irig e n te s de la FOTIA n o se d e s e n te n d ie ro n d e su s c o m p a ñ e ro s
y les b rin d a ro n ap o y o m ie n tra s d u ró su d e te n c ió n . La línea d u ra de
las o rg a n iz a c io n e s sin d icales p e ro n ista s les p re s tó c o la b o ra c ió n e n to d o
m o m e n to .46
V arios m ilita n te s de los U tu ru n co s sig u iero n c o m b a tie n d o en las g u e ­
rrilla s d e los a ñ o s s e s e n ta . En 1 9 6 2 , las e x p e rie n c ia s d e la iz q u ie rd a
y d e l p e ro n ism o c o m e n z a ro n a c ru z a rse c u a n d o los U tu ru n c o s y o tro s
m ilita n te s p e ro n is ta s v ia ja ro n a C u b a . 47 P ero el o rig e n d e la g u e rrilla
a rg e n tin a o b e d e c ió m e n o s a la in flu e n cia c u b a n a , q u e al d e b a te q u e se
in s ta ló e n los g ru p o s c la n d e stin o s d e l p e ro n ism o a n te el frac a so d e la
e stra te g ia in su rreccio n al.

46. Ju a n José Jonch y Ricardo De Luca visitaron a los presos y se interesaron


por su destino.
47. M anuel G aggero. «El en cu en tro con el Che: aquellos años». En: Che, el
argentino. Buenos Aires: De M ano en Mano, 1997.

51
Capítulo 3
Una visión retrospectiva de los movimientos
armados en México. Movimiento Armado
Socialista (1965-1980)

J o s é L u is M o re n o B o rb o lla

La necesidad de su conocimiento

La h isto ria oficial h a d a d o un tra to d ife re n c ial a los d ife re n te s m o v i­


m ien to s a rm a d o s e n M éxico; p o r u n la d o a a q u e llo s q u e c o n so lid a ro n
el o rd e n so cial c o n te m p o rá n e o : la g u e rra d e re fo rm a , la re v o lu c ió n d e
p rin cip io s del siglo p a sa d o , h a n sid o e n salz a d o s, co m o los ca m b io s q u e
fo rjaro n la p a tria y le d ie ro n s e n tid o a la n a c ió n . M ie n tra s aq u ello s
q u e fu e ro n d e rr o ta d o s co m o la g u e rra d e los c riste ro s y el M o v im ie n to
A rm ad o S o cialista (M AS), re cib en la c o n d e n a d e se r re tró g ra d o s y re ­
ta r d a ta r io s al a v a n c e d e país. C aso e sp e cia l h a sid o el se g u n d o , q u e ni
s iq u ie ra a p a re c e e n las h o ja s d e la h isto ria a c tu a l, el ú n ic o lu g a r q u e
o c u p ó d u ra n te añ o s fu ero n las p á g in a s d e la n o ta ro ja d e los p e rió d ico s
n acio n a les y locales.
La h is to ria del MAS, co m o u n fe n ó m e n o so cial c o n te m p o rá n e o está
p o r re a liz a rse . En los ú ltim o s añ o s h a n a p a re c id o te stim o n io s d e los
a c to re s d ire c to s, a lg u n a s b io g ra fía s d e los p rin c ip a le s d irig e n te s: Lucio
C ab añ as B a rrien to s, G en aro V ázq u ez Rojas y D avid Jim é n e z S a rm ie n to ,
así ta m b ié n la lite ra tu ra h a d a d o c u e n ta d e los h e c h o s v in c u la d o s con
el te m a ; el te r re n o d e la in v estig a c ió n y d el en say o , p rá c tic a m e n te h a n
testado in to cad o s o los trabajo s de alg u n o s estu d io s se e n c u e n tra n sujetos
a la crítica d e los ro ed o res, en e sp era de se r a m p lia m e n te d ifu n d id o s. El
José Luis M oreno Borbolla

ú ltim o esfu erz o , p o r p a rte de u n g ru p o de in v e stig a d o res, d e d ife re n te s


áre a s d e las cien cias sociales, q u e tra b a ja b a n e n la Fiscalía Especial p ara
los M o v im ien to s S o ciales d e l P asad o , se e n c u e n tra s e c u e s tra d o p o r las
a u to rid a d e s fe d e ra le s; de a h í la n ece sid a d , e n p rim e r lugar, d e d ifu n d ir
lo que h a sta h o y se h a re a liz a d o ; lo se g u n d o es fa cilitar el libre acceso a
los a rch iv o s q u e e stá n d e p o sita d o s en el A rchivo G e n e ra l d e la N ación
p o r p a rte de los in te re sa d o s en el co n o cim ie n to e in v estig ació n de estos
te m a s y p o r ú ltim o , d e s p e rta r el in te ré s en los e x p e rto s p a ra re c o n s tru ir
la h isto ria c o n te m p o rá n e a .
El p re se n te trab ajo se circunscribe al lapso de tiem p o que va de finales
d e los a ñ o s c in c u e n ta a p rin c ip io s d e los a ñ o s o c h e n ta , q u e p o d e m o s
c a ra c te riz a r co m o el p rim e r in te n to d el m o v im ie n to so cialista p o r la vía
a rm a d a de in s ta u ra r el socialism o en el país.

Los factores que le dieron origen al MAS mexicano

El MAS e n M éxico su rg e d e n tro de u n co m p le jo c o n te x to in te rn a ­


cio n al. El m u n d o se e n c o n tra b a d iv id id o e n d o s g ra n d e s b lo q u e s: el
c a p italista, re p re se n ta d o p o r E stados U nidos de N o rtea m é ric a y el so c ia ­
lista p o r la U nión de R epúblicas S ocialistas Soviéticas, am b o s b lo q u es se
e n c o n tra b a n e n fre n ta d o s no sólo en el te rre n o m ilitar, c o n fo rm á n d o se el
Pacto d el A tlá n tico (OTAN) e n ab ril d e 1 9 4 9 p o r el « m u n d o o ccid e n tal»
y el P acto d e V arsovia en 1 9 5 5 p o r la URSS. La OTAN so s te n ía q u e e ra
n e c e sa rio « sa lv a g u a rd a r la lib e rta d p a trim o n io c o m ú n y la civ ilizació n
d e los p u e b lo s, fu n d a d o s e n los p rin cip io s d e la d e m o c ra c ia , la lib e rta d
in d iv id u a l y el im p erio d el d e re c h o » , m ie n tra s el P acto d e V arsovia sig­
n a b a en su a c ta c o n stitu tiv a « co n v en cid o s q u e los E stad o s p ac ifista s d e
E u ro p a d e b e n a d o p ta r las m e d id a s n e c e sa ria s p a ra g a ra n tiz a r su s e g u ­
rid ad » . El su rg im ie n to d e e sto s b lo q u es p o lític o -m ilita re s d a inicio a la
c a rr e ra a rm a m e n tis ta . El e n fre n ta m ie n to se d a ta m b ié n e n el te rre n o
ideológico-político, a esta p u g n a se le llam ó la G uerra Fría, q u e dividió al
m u n d o . Sí E u ro p a es el p rin cip a l e sc e n a rio d e la c o n fro n ta c ió n , e sta se
e x tie n d e a A sia, África, O rie n te M edio y A m érica L atina.
M éxico en el co n tex to de la G uerra Fría, com binó la trad icio n al política
ex terio r, lla m a d a D octrina E strada, de n o in te rv e n c ió n y re s p e to a la
so b eran ía de las naciones, con las necesid ad es de d esarro llo q u e req u ería,
e x p a n d ie n d o la e x p o rta c ió n d e m a te ria s p rim a s, p e tró le o y m a n o d e
obra. «A provechando su im p o rta n c ia táctica y estraté g ica, c o m p a rtie n d o
la la rg a fro n te ra d e l s u r d e N o rte a m é ric a . Era p rio rita rio g a ra n tiz a r su
lealtad y colab o ració n , evitar la desestab ilizació n y erra d ic a r la infiltración

54
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

c o m u n ista , e sta s fu e ro n las p rio rid a d e s d e s d e la visió n e sta d o u n id e n s e ,


»n l.i re lació n b ila te ra l » . 1
En M éxico a p rin cip io s d e los a ñ o s se s e n ta , se c o n sid e ra b a u n éx ito
ni m o d e lo e c o n ó m ic o m ex ic a n o , lla m a d o « d e sa rro llo e sta b iliz a d o r» , se
h ablaba de crecim ien to económ ico y p ro sp e rid ad p o r u n a p a rte y la injus-
I* d is trib u c ió n d e la riq u e z a y la m iseria d e g ra n p a rte d e la p o b la c ió n ,
poi o tra . El c o n tr a s te se h a c e m ás e v id e n te si se to m a e n c u e n ta q u e el
j'stad o surgió d el m ovim iento rev o lu cio n ario de 1910 y se co n sid erab a el
d e p o sita rio d e la rev o lu ció n . « F in cad o e n u n p re sid e n c ia lism o p a rtic u ­
la rm e n te fu e rte , y en u n p a rtid o q u e n o h a d e ja d o d e re c la m a rse d e La
Hrvnlución».2 La crisis del m odelo de d esarro llo económ ico se com ienza a
m a n ife sta r ya p a ra p rin cip io s d e los s e te n ta : «en 1971 la ta s a d e cre c i­
m iento d ecreció a 3 ,1 % , d ism in u y en d o de la tasa h istó rica de 6 ,5 % » . 3 A
rikta recesió n el g obierno del p re sid e n te Luis E cheverría A lvarez, le llam ó
In a to n ía económ ica. E sta crisis trajo m a y o r co n c e n tra c ió n d e la riq u eza
tMi u n a s c u a n ta s fam ilias, « p ara 1 9 7 7 , m ie n tra s el 1 0 % d e las fam ilias
m ás p o b re s p e rc ib ía el 1 % d el in g reso n a c io n a l, el 5 % d e las fam ilias
m ás ricas se a p ro p ia b a del 25 %. El 3 2 % d e las fam ilia s a lc a n z a b a el
salario m ín im o p a ra satisfacer las n ecesid a d e s m ás e le m e n ta le s o m enos.
El 1 4 ,5 % recib ía m en o s d el salario m ín im o » .4 En ese sex e n io se d a n las
luchas sin d icales m ás im p o rtan te s d e sp u é s de la h u e lg a fe rro c arrile ra de
1958, q u e p o ste rio rm e n te se c o n o c e rá n co m o la m surgencia sindical y el
c recim ien to d e las o rg an iza c io n e s u rb a n a s a rm ad as.
M ien tras ta n to , el sistem a político era d o m in a d o p o r el P artid o Revo­
lu cio n ario In stitu cio n al, el cu al se co n v irtió casi en p a rtid o ú nico, d e sd e
su fu n d ació n en 1928. De hecho el p a rtid o trató de c o n tro la r la to talid a d
de la v id a p o lítica m ex ica n a, p o r m e d io d e los se c to re s q u e se fu e ro n
c o rp o ra tiv iz a n d o a lo larg o del tiem p o , com o son: C o n fed eració n de T ra­
b a ja d o re s d e M éxico (CTM ), C o n fed eració n N acional C a m p e sin a (CNC)
y la C o n fed eració n N acional de O rg an izacio n es P o p u lares (CNOP), estos
fu e ro n los « in s tru m e n to s d e in c o rp o ra c ió n y d e e n c u a d ra m ie n to d e las
m asas p o p u la re s al E stad o , dio la p o sib ilid a d d e a m p lia r n o ta b le m e n te
su b a se social. C om o a p a ra to ideológico, en fin, co n trib u y ó a lo larg o de

1. E nrique C ondes Lara. Represión y rebelión en México. Vol. 1. México, DF,


2006. Edición de m im eógrafo, pág. 72.
2. Luis Ja v ier G arrido. El partido de la revolución institucionalizada: la fo r ­
m ación del nuevo estado en M éxico(1928-1945). México, DF: Siglo XXI, 1995,
pág. 13.
3. Ism ael C olm enares, com p. Cien años de lucha de clases en México (1876-
1976). México, DF: Ediciones Q uinto Sol, 1977, pág. 315.
4. Pablo G onzáles C asanova. El Estado y los partidos políticos en México.
M éxico, DF: Ediciones Era, 1993, pág. 88.

55
José Luis M oreno Borbolla

los sexenios a h a c e r a c e p ta r la línea política g u b e rn a m e n ta l » .5 El p artid o


e ra el in s tru m e n to id eo ló g ico -p o lític o , q u e p e rm itía n o so lo el c o n tro l,
sino la h e g e m o n ía de la clase d o m in an te; el co n tro l e ra p o r m ed io de la
afiliació n fo rz o sa al p a rtid o vía la p e rte n e n c ia a a lg u n o d e los se c to re s
y la h e g e m o n ía d e la lla m a d a ideología de la revolución o n acionalism o
revolucionario.
En la se g u n d a m itad del siglo pasado se inician los g ran d es m ovim ien­
to s sociales con las h u e lg a s d e los e stu d ia n te s d e las esc u e la s n o rm a le s
a g ru p a d o s en la F ed eració n d e E stu d ia n tes y C a m p esin o s S o cialistas de
M éxico (FEC SU M ), q u e re a liz a n u n a h u e lg a el 2 2 d e m a rz o d e 1950,
exigiendo al E stado aten ció n a sus exiguas condiciones de vida. La hu elg a,
q u e d u ró 3 4 d ías, es le v a n ta d a c u a n d o la SEP se c o m p ro m e te a in c lu ir
e s ta d e m a n d a e s tu d ia n til e n el n u ev o p re s u p u e s to y al In s titu to Poli­
técn ico N acio n al (IPN ). La su ced e la C a ra v a n a d el H a m b re , e n 1 9 5 1 ,
r e a liz a d a p o r los m in e ro s d e N ueva R osita, C o a h u ila , q u ie n e s h a b ía n
e sta lla d o en h u e lg a el 16 d e o ctu b re de 1 9 5 0 , p a ra d e fe n d e r su d e re ch o
a elegir d e m o crá tic am en te a sus d irig en tes y p o r la revisión c o n tra c tu a l .6
Para 1 954 se d a la ag resió n al «Frente de P artidos del P ueblo d e sp u és de
u n m itin el 5 d e fe b re ro y la p o ste rio r ca n c e la c ió n d e l re g istro d e l FPP,
a n te c e d id a de la d e m a n d a p o r p arte de las o rg an iz a c io n e s afiliadas a los
sectores o b rero , cam p esin o y p o p u la r del PRI, p o r m ed io de desp leg ad o s,
c o m u n ic a d o s, te le g ra m a s, d e n u n c ia n d o el c a rá c te r subversivo d e l FPP y
p e d ía n todo el peso de la ley sobre los agitadores».7
En 1956 las Escuelas Prácticas de A gricultura estalla la h u elg a el 6 de
abril y seis días d e sp u és, el 11 de ab ril, el In s titu to P olitécnico N acio n al.
Al m ovim iento se a d h ie re n los e stu d ia n te s de to d a s las escuelas norm ales
rurales del país, m ás ta rd e el m ovim iento se g en eraliza a to d as las escuelas
su p e rio re s g u b e rn a m e n ta le s. El n ú m e ro de e s tu d ia n te s e n h u e lg a es d e
m ás d e cien m il, el seis de ju n io las a u to rid a d e s e d u c a tiv a s lle g an a
u n a c u e rd o co n las d ire cc io n es e stu d ia n tile s d e las e sc u e la s n o rm a le s
ru ra le s y p rá c tic a s d e a g ric u ltu ra . Casi to d a s las d e m a n d a s p la n te a d a s
so n c o n c e d id a s y la h u e lg a es le v a n ta d a . A m e d ia d o s d e l m ism o m es
d e ju n io d e 1 9 5 6 la SEP c o n c e d e la m a y o r p a rte d e las p e tic io n e s d e
la E scuela N acio n al d e M aestro s, lo g ra n d o q u e d ic h a e sc u e la su s p e n d a
ta m b ié n el m o v im ie n to h u e lg u ístic o . Q u e d a n d o so lo d o s in stitu c io n e s

5. Garrido, El partido de la revolución institucionalizada: la form ación del


nuevo estado en M éxico(1928-1945), pág. 357.
6 . Tomado de A. Daniel Molina. La caravana del hambre. México, DF: Edicio­
nes El Caballito, 1982, pág. 36 y pág. 87.
7. Tomado de Olga Pellicer de Brody. La oposición en México; el caso del
H enriquism o. Las crisis del sistem a político mexicano. (1 9 2 8 -1 9 7 7 ). México, DF:
Colegio de México, 1977, págs. 33-34.

56
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

e n p a ro , el IPN y la N o rm al S uperior. El m o v im ie n to p ie rd e fu e rz a . En
la m a d r u g a d a d el 23 d e se p tie m b re « 1 .8 0 0 so ld a d o s d e los b a ta llo n e s
2, 8 y 2 4, del e jército , al m a n d o d e tre s g e n e ra le s de d iv isió n y b ajo la
su pervisión del p ro p io secre ta rio de la D efensa, o c u p an las in stalacio n es
del In stitu to Politécnico N acional». De esta m a n e ra se cierran las p u e rta s
de la ed u cació n su p erio r a m iles y m iles de jó v en es de ex tracció n popular.
«Los p rin c ip a le s d irig e n te s son d e te n id o s y p ro c e sa d o s p o r el d e lito d e
d iso lu ció n social».**
En 1 9 5 8 los fe rro c a rrile ro s e m p re n d e n su m o v im ie n to p o r a u m e n to
g e n e ra l d e salario s, p a ra m ay o se «elige la G ran C om isión p o r A u m en to
G en eral d e S a lario s q u e n o e sta c o n tro la d a p o r la b u ro c ra c ia sin d ical
(la d ire c c ió n charra'). La d e m a n d a e ra u n a u m e n to d e $ 3 5 0 al m es p o r
tra b a ja d o r » .9 La dirección del sindicato acep ta la p ro p u e sta de la gerencia
d e c o n c e d e r d o s m eses p a ra reso lv er la p e tic ió n , e ste es el co m ien zo de
u n a se rie d e m o v ilizacio n e s q u e lleg an a e sta lla r e n p a ro s los d ía s 25 y
2 6 d e m a rz o , d e in m e d ia to las h u e lg a s so n d e c la ra d a s in e x iste n te s y el
2 8 el ejército ocu pa las instalacio n es y m iles de rieleros son en carcelad o s,
in c lu y e n d o a D em etrio V allejo y los p rin c ip a le s d irig e n te s. «En los d ías
sig u ien tes los tra b a ja d o re s re g re san d e so rg a n iz a d a m e n te al tra b a jo y las
p ro m e sa s n u n c a se c u m p le n p o r el c o n tra rio , n u e v e m il fe rro c a rrile ro s
q u e d a n d e sp e d id o s » 10 y sus d irig en tes son acu sad o s d el d elito d e d iso lu ­
ción social e n tre otros. Así culm inó el m ovim iento m ás im p o rta n te de los
tra b a ja d o re s, d e los añ o s cin c u e n ta.
En el E stado de G uerrero, el 20 de o ctu b re de 1960 se inicia la huelga
d e la u n iv e rsid a d a la q u e se u n ió la N o rm a l d e A y o tzin ap a . Lucio
C a b a ñ a s B arrie n to s fue e n to n c e s n o m b ra d o p re s id e n te d e h u e lg a e n la
N orm al. C uan d o el g o b ern a d o r rep rim e con el ejército a la u n iv ersid ad , ya
existía o tro m ovim iento qu e pedía su ren u n cia, el de la A sociación Cívica
G u e rre re n se (ACG), en la que p artic ip a b a G en aro V ázquez. E sta política
re p resiv a del g o b e rn a d o r C ab allero A b urto u nió los dos m o v im ien to s, el
d e los cívicos q ue d e n u n c ia b a n las tro p elías del g o b ie rn o y el e stu d ia n til
p o r la a u to n o m ía u n iv ersitaria .
E n los a ñ o s s ig u ie n te s se fu e ro n a c u m u la n d o los co n flicto s so ciales
com o:
■ La d e s titu c ió n d el rector, d o c to r Eli d e G o rta ri, d e la U n iv e rsid a d
d e S an N icolás de H id a lg o en M o relia, la N ico laíta en 19 61 , q u e

8. Raúl Álvarez Garín. La estela de Tlatelolco. México, DF: Itaca, 1998, pág. 31.
9. A rm ando Bartra. Movimientos obreros y populares de los cincuenta. México,
DF, 1977. Edición de m im eógrafo, pág. 8.
10. Ibíd.

57
Jo sé Luis M oreno Borbolla

provocó re sp u e sta s v io len tas de los e stu d ia n te s, la re p resió n g u b er­


n a m e n ta l y la en c a rc e la c ió n d e m ae stro s y líd e re s u n iv e rsita rio s.
■ El 2 d e d iciem b re de 1962 se re a liz aro n eleccio n es e n el E stado de
G u e rre ro p a ra re n o v a r los p o d e re s e sta ta le s, la A so ciació n C ívica
G u erreren se p articip a con Jo sé M aría S u árez T éllez com o c a n d id a to
a g o b ern a d o r, d e sp u é s de la jo rn a d a e le c to ral la ACG d e n u n c ia un
frau d e p o r p a rte del PRI. El día 31 el ejército y la policía a g re d en a
los m a n ife sta n te s , e n la c iu d a d de Ig u ala, q u e ex ig ían la p re s e n ta ­
c ió n oficial d e los re s u lta d o s e le c to ra le s: 6 m u e rto s, 2 3 h e rid o s y
196 d e ten id o s. C ulpan a G enaro V ázquez Rojas de la m u e rte de un
p o lic ía . 11
■ En o c tu b re d e 196 3 m ilitan tes del P artido P o p u lar (p o ste rio rm e n te
P artid o P o p u la r S o cialista, PPS) e n su s d is tin ta s e x p re s io n e s d e
m asas, re a liz a n el p rim e r e n c u e n tro , d e n o m in a d o H eraclio B ernal,
e n D olores d e C e b ad illa, m u n ic ip io d e M a d e ra , C h ih u a h u a . En
e ste e n c u e n tro a n a liz a ro n y d isc u tie ro n acerca d e la p ro b le m á tic a
nacional; un p a rtic ip a n te se refiere al en cu en tro : «en estas activ id a­
d es, b a jo la d ire c c ió n d el p ro fe so r A rtu ro G ám iz, p a rtic ip a ro n en
fo rm a m asiva ta n to m aestro s, e stu d ia n te s y ca m p e sin o s. Al ce n tro
del in te rc a m b io de o p in io n es e sta b a la v ía p a ra la to m a d el poder,
q u e e n eso s a ñ o s la R ev o lu ció n c u b a n a h a b ía a b ie rto al se n o d el
m o v im ien to re v o lu c io n ario » . 12
■ En C h ih u a h u a a n te las c o n sta n te s a g re s io n e s d e c a c iq u e s y sus
p isto le ro s, el g ru p o d e A rtu ro G ám iz y S a lv a d o r G a y ta n p a sa d e
la a u to d e fe n sa a la in iciativa: el 29 d e fe b re ro d e 1 9 6 4 , d e stru y e n
u n p u e n te , d e n tro d e las p ro p ie d a d e s d e la fam ilia Ib a rra y el 5 de
m arz o a ju s tic ia n a F lo re n tin o Ib a rra e n re s p u e sta p o r el a se s in a to
del cam p e sin o C arlos R íos . 13
■ El 26 d e nov iem b re de 196 4 m édicos d el h o sp ital 20 de N oviem bre
del ISSSTE, fu e ro n d esp e d id o s p o r d e m a n d a r el p a g o d e la p rim a
v acacio n al a la q u e te n ía n leg ítim o d e re c h o . Esto fue el d e to n a n te
p a ra iniciar el m ovim iento m édico, llam ad o la revolución de las batas
blancas, el c u al d u ro 10 m e s e s . 14 Al final q u e d a ro n 5 0 0 m éd ico s

11. Equipo d e redacción. «Cronología m ínim a d e la Asociación Cívica N a­


cional R evolucionaria». En: Revista Expediente Abierto, n.° 2: (feb re ro -m arz o de
1992), pág. 9.
12. Equipo de redacción. «Un 23 de septiem bre en C hihuahua». En: Revista
Expediente Abierto, n.° 1: (febrero de 1991), pág. 5.
13. Equipo d e redacción, «Un 23 de septiem bre en C hihuahua», pág. 6; y
Jaim e López. Diez años de guerrilla en México. México; DF: n /d , 1970, pág. 21.
14. A lfredo R ustián A zam ar. M ovim iento médico 1964-1965. M éxico, DF:
n /d , 2004, pág. 123.

58
U na visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

d e s p e d id o s q u e fu e ro n p u e sto s e n la lista negra, sin p o sib ilid a d e s


d e tr a b a ja r e n el se c to r salu d d u ra n te años.
■ A p rincipios de m arzo del año de 1966, un g ru p o de m u jeres, e n c a ­
b e z a d a s p o r Lucio C ab añ as B arrien to s y el p ro fe so r S erafín N ú ñ ez
fu ero n a v er al g o b e rn ad o r del E stado, E nrique D u p ré C eniceros, p a ­
ra p e d irle servicio m édico, ay u d a p a ra reso lv er en p a rte la m iseria
que aco n g o ja b a a m ás de 150 fam ilias, y fuentes de tra b a jo p a ra los
c a m p e s in o s de T u itán . «El g o b e rn a d o r se d is g u stó b a s ta n te ( . . . ) .
Por p a rte , g o b e rn a c ió n , a tra v é s d e seis d e su s a g e n te s , se c u e s tró
a L ucio. N o se sa b e cóm o lo c o n sig u ió p ero L ucio lo g ró escapar,
re g re só a A toyac y siguió a g ita n d o » .1S
■ Abril de 1966, en G uerrero, se constituye el C onsejo de A utodefensa
d el P u e b lo (CA P), b ajo la in flu en cia d e la ACG, la cu al a su m e
u n p ro g ra m a d e siete p u n to s, d e los c u ale s se d e s ta c a n : p o r u n
ré g im e n p o p u la r d e o b re ro s, ca m p e sin o s, in te le c tu a le s p a trio ta s y
e s tu d ia n te s . 16
■ «En La U niversidad de la “A m istad d e los P u eb lo s P atricio L um um -
b a ”, in stitu c ió n e d u c a tiv a e n la c iu d a d d e M oscú, se e s tru c tu ra el
M o v im ien to d e A cción R ev o lu cio n aria (M AR). C u a tro m ex ic an o s
(F abricio G óm ez S o uza, L eo n a rd o M e n d o za S osa, C am ilo E stra d a
L uviano y A lejandro López M urillo), d ecid e n d iscu tir en to rn o a las
p ersp ectiv as rev o lu cio n arias d e A m érica L atin a, y p a rtic u la rm e n te
d e México. Al círculo p ro n to se ag reg a ro n o tro s p aisan o s: C an d ela­
rio Pacheco G óm ez, O ctavio M árq u e z V ázq u ez, M a rta M a ld o n a d o
Z ep ed a, José Luis G u errero M o ren o y S alv ad o r C a sta ñ e d a A lvarez.
E ra el año d e 1 9 6 6 , to d o s jó v e n e s c o n u n fu tu ro p ro m iso rio . De
estas pláticas surgió un ideal y un p ro g ram a de 14 p u n to s, p ro d u cto
a la vez de la in te rp re ta c ió n a n a lític a d e un c o n ju n to d e a c o n te c i­
m ie n to s del d e c e n io recién fin iq u ita d o y la p o sib ilid a d d e a rrib a r
en m ejores co n d icio n es en la lo co m o to ra de la h isto ria » . 17
■ En la ciudad de México es d eten id o , sin o rd en de ap ren sió n , G enaro
V ázquez Rojas el 9 de n o v iem b re de 1 9 6 6 y tra sla d a d o al p e n a l de
Ig u ala, d o n d e se le d icta o rd e n d e fo rm a l p risió n h a s ta el 16 d e
n oviem bre . 10

15. Ibíd.
16. Equipo de redacción, «Cronología m ínim a de la Asociación Cívica Nacio­
nal Revolucionaria», pág. 9.
17. Fernando P ineda O choa. En las Profundidades del MAR. M éxico, DF:
E ditorial Plaza y Valdés, 2003, pág. 25.
18. Equipo de redacción, «Cronología m ínim a de la Asociación Cívica Nacio­
nal Revolucionaria», pág. 10.

59
.lusr Luis M oreno Borbolla

■ E studiantes y c iu d ad a n o s de M orelia, M ichoacán, el 1 de noviem bre


d e 1966, co in cid ie ro n e n u n m o v im ien to e n c o n tra d el a lz a e n las
ta rifa s d el tra n s p o rte p ú b lico . En u n a p rim e ra m a n ife sta c ió n de
p ro te s ta re s u ltó m u e rto a tiro s el e s tu d ia n te E v e ra rd o R o d ríg u ez
O rbe. Los e stu d ia n te s e n to n ce s estallan la h u elg a. El 8 d e o ctu b re,
a petición del C ongreso local, la tropa, m a n d a d a p o r el g en eral José
H e rn án d ez Toledo, tom ó la u n iversidad y d etu v o a d ecen as d e e stu ­
d ia n te s , h a b ie n d o re a liz a d o p re v ia m e n te u n d esfile in tim id a to rio
p o r las calles de M orelia, a le g a n d o u n a ag itació n c o m u n ista d e trá s
d e los h e c h o s. D u ra n te tre s a ñ o s a p ro x im a d a m e n te e stu v ie ro n
presos el líd e r de la C entral N acional d e E stu d ia n tes D em ocráticos
(C N ED ), R afael A g u ilar T a la m a n te s, y el d irig e n te p o p u la r E frén
Capiz.
■ D u ra n te u n m itin c e le b ra d o e n A toyac de Á lvarez, G u e rrero , el 18
de m ayo de 1967, cu an d o iba a in terv en ir el p ro feso r Lucio C abañas,
el go b iern o esta ta l p o r m edio de la policía inicia la re p resió n co n tra
los asisten tes a la co n cen tració n , resu ltan d o 7 m u erto s y 20 heridos.
«Lucio C ab añ a s se ve o b lig ad o a p a sa r a la c la n d e stin id a d » . 19
■ En S o n o ra , d u ra n te 1 9 6 7 , los e stu d ia n te s p ro te s ta r o n p o r la im ­
p o sició n d e l g o b e rn a d o r .20 El d ía 16 d e m ay o e n tr a el e jército ,
c o m a n d a d o p o r el g e n e ra l H e rn á n d e z T oledo c o n b a z u c a s y d e s ­
aloja a los e s tu d ia n te s .21 Días d esp u és será o c u p a d a p o r el ejército
la p re p a r a to ria de N a v o jo a , 22 e ste afirm a q u e a c tu ó sin tié n d o se
o rg u llo so de su a c ció n . 23

19. A ndrés Rubio Saldivar. ACNR, PLDPy GPG. 1998. O bra inédita, pág. 62.
20. Dirección Federal de Seguridad (DFS) Expediente (Exp.) 100-24-18-67.
Legajo (L) 3. Hoja (H) 251, Archivo G eneral de la N ación (AGN).
21. «Una com pañía del 16 Batallón de Infantería. Con base en H erm osillo,
se instaló frente al m useo y biblioteca de la U niversidad, p ara p ro teg e r el m ovi­
m iento d e un a g rú a m unicipal que levantó las dos cam ionetas in cen d iad as que
se e n c o n tra b a n o b stru y en d o el trán sito de vehículos. Los soldados d isp e rsa ro n
a un gru p o de 2 0 0 p erso n as, que e n form a d ispersa e stab a n en el ja rd ín de
la U niversidad y en las calles adyacentes, p idiéndoles que circu laran y no se
q u e d ara n estacionados. A las 19.05 u n a com pañía del 16 batalló n de infantería
lom ó posesión de esta U niversidad desalojando en su interior a 250 estudiantes,
que salieron sin oponer resistencia y sólo algunos cantaron e Him no de la Univer­
sidad de inm ediato los soldados registraron las diversas aulas y oficinas de esta
Institución». DFS Exp. 100-24-18-67, L. 6, F. 104.
22. «En N avojoa, a p a rtir de las 15.00 hs, el ejército tom ó posesión d e la
pre p ara to ria del lugar, habiendo desalojado a los estudiantes que en nú m ero de
150 estaban acantonados ahí, los que abandonaron el local e ntonando los him nos
nacional y el Universitario». DFS Exp. 100-24-18-67, L. 6, F. 192.
23. DFS Exp. 100-24-18-67, L. 6, F. 324.

(»()
Una visió n retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

■ Un g ru p o d e m ilitantes del M ovim iento de Izquierda R evolucionario


E studiantil - ó r g a n o e stu d ian til de la Liga C om unista E s p a rta c o - se
se p a ra p a ra c o n fo rm a r «La O rg an izació n R ev o lu cio n aria, conocida
com o L acan d o n es, tu v o su o rig en e n el a ñ o de 1 96 7 , y d e sa p a re c e
com o tal, a l fu sio n arse con o tra s o rg a n iz ac io n es e n 1 9 7 3 y c o n fo r­
m a r lo que se conoció com o Liga C o m u n ista 23 d e S e p tie m b re » . 24
■ El 2 2 d e a b ril de 1968 en la ciu d a d d e Ig u ala, G u erre ro , el p rim e r
c o m a n d o a rm a d o d e la ACG, e n c a b e z a d o p o r R o q u e S a lg a d o y
Filiberto Solís M orales liberan al profesor G enaro V ázquez Rojas de
la cárcel. M u e re n en la acción S alg ad o y Solís M orales.
■ El m o v im ie n to e stu d ia n til de 1968, si b ien se inició, el 22 d e ju lio ,
p o r u n a riñ a e n tre d o s escu elas, su frió la in te rv e n c ió n salv aje y
ab su rd a d e l cuerp o de g ran ad ero s. Lo que indignó a los estu d ia n te s
d e las e sc u e la s v o c ac io n a le s y d e m a n d a ro n la d e stitu c ió n d e los
je fe s policíacos. Las m ovilizaciones c o m en zaro n a c re ce r conform e
la re p re sió n se ac e n tu ó , «m ien tras la a u to rid a d e s d a b a n la versió n
d e los h e c h o s, el d ía 3 0 d e ju lio , q u e se d e b ía a a g ita d o re s d e
id e o lo g ía c o m u n ista , e x tra ñ o s a los e stu d ia n te s, q u e b u sc a b a n
d e s p re s tig ia r a M éxico » .25 H a sta lleg ar al m itin d el 2 d e o c tu b re y
la m a s a c re p e rp e tra d a p o r el g o b ie rn o . El m o v im ie n to si b ie n fue
a m e d re n ta d o y fren ad o m ed ian te el uso de la violencia, este ab rió la
crisis d el sistem a p olítico de co n tro l y dejó in v alu ab les e n se ñ a n z a s
a m iles de activistas que b u scaro n de d iferen tes m a n e ra s in te rv en ir
e n la v id a p o lítica d e l país. U na d e ellas, la a rm a d a , la sin te tiz a
R aúl Á lvarez d e la sig u ie n te m a n e ra «D espués d e T la te lo lc o , en
té rm in o s políticos e ideológicos no h ab ía n in g u n a restricció n en la
p o sib ilid a d d e a v a n z a r a u n a c o n fro n ta c ió n m ás a g u d a y rad ica l
co n el ré g im e n , la g e n te e sta b a d is p u e sta a e so y m u c h o m ás. El
E stad o m ism o h a b ía c e rra d o to d a p u e rta pacífica de reso lu c ió n de
conflictos sociales » . 26
■ D esp u és del 2 d e o c tu b re , la m a n ife sta c ió n d e 10 d e ju n io es la
p rim era que reú n e a las principales escuelas ta n to de la UNAM com o
del IPN, convocada p o r el C om ité C o o rd in ad o r de C om ités de Lucha
d e a m b a s in stitu cio n es, e ra la in sta n cia q u e fo rm a ro n los activ ista
d esp u és de la disolución del CNH. La m arch a era en so lid arid ad con
los universitarios de N uevo León, que h ab ían lo grado se p ro m u lg ara
u n a nueva ley o rg án ica. Para so rp re sa e in d ig n a c ió n de la o p in ió n

24. Carlos Salcedo García. La Luz que no se acaba, Grupo Guerrillero Lacando­
nes. México, DF: Símbolo Digital diseño e im presión, 2006, pág. 10.
25. Álvarez Garín, La estela de Tlatelolco, pág. 34.
26. Ibíd., pág. 198.
José I.uis M o re n o Borbolla

p ú b lic a n a c io n a l e in te rn a c io n a l, de n u e v o m o rían e stu d ia n te s la


ta rd e d e l Ju e v e s d e C o rp u s en las calles d e la ciu d ad de M éxico . 27
E sta v e £ n o se e m p le ó a los c u e rp o s policíaco s, sino a u n « g ru p o
p a ra m ilita 1*, e n tre n a d o y dirig id o p o r oficiales del ejército m exicano
y fin a n c ia d o con recu rso s del D e p artam en to del Distrito F ederal » . 28
Si la m a g a n z a d e l 2 d e o c tu b re h izo q u e u n co n ju n to d e activ istas
se in c o r p o ra ra n a las o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s , el 1 0 d e ju n io fue
la c o n firm a c ió n d e fin itiv a d e q u e la vía p a ra la tra n sfo rm a c ió n
se ría la a rm a d a . « E m p ero , la m ás d ra m á tic a c o n secu en cia d e la
re p re sió n del 1 0 de ju n io fue la proliferación de grupos guerrillero s,
in te g ra d o s b á sic a m e n te p o r e s tu d ia n te s .. .L a lucha a rm a d a es el
único ca m in o , p o s tu la b a n » . 29

La crisis de Jos partidos de izquierda

La re d u c id a in flu en cia p o lític a y e scasa m e m b re sía d e la iz q u ie rd a


e ra n c a ra c te rís tic a s e n las d é c a d a s d e l c in c u e n ta y sesen ta, a p e s a r del
p a p e l e n la c o n stru c c ió n d el sin d ica lism o y su p re se n c ia el m o v im ie n to
cam pesino en d é cad as pasad as. Para 1947, la m em bresía del PCM era de
5.559, siendo 1.642 o b rero s y 2 .7 1 5 cam pesinos; se p u ed e ex plicar q u e la
relación e n tre ob rero s y cam pesinos, sea desfav o rab le a los p rim eros, p o r
la p o lítica d e l p a rtid o , la re p re sió n su frid a y las lu ch as in te rn a s .30 P ara
1957, «La Corrosión Política in fo rm ab a en m ayo que las o rg anizaciones de
base se h a b ía n red u cid o a un tercio d esd e 1952».31 F uentes de inteligencia
d e E stad o s U n id o s e stim a b a n q u e la cifra real e ra m ás b ien d e 1 .6 0 0 .32
P ara fines d e los a ñ o s c in c u e n ta el PCM casi h a b ía d e ja d o d e e x istir
en c ie rta s re g io n e s y los c á lc u lo s so b re el to ta l d e m iem b ro s a nivel
n acio n a l v an d e d el 1 .0 0 0 a los 1 .9 0 0 .33 Los sig u ien te s añ o s la situ ac ió n
no m ejoró, la d eserció n de m ilitan tes fue u n a co n stan te , la re p resió n y las
discrep an cias m e rm a ro n la m em b resía del p artid o , com o fue la co rrie n te
q u e e n c a b e z a b a R aúl R am os Z avala en 1 970, co n fo rm a n d o el g ru p o Los

27. Enrique Condés Lara. 10 de junio, ¡No se olvida! México, DF: Benem érita
Universidad A utónom a de Puebla, 2001, pág. 9.
28. Ibíd., p:'g- 4.
29. Ibíd., pág- 83.
30. Datos tom ados de Barry Carr. La izquierda mexicana a través del siglo XX.
México, DF: Ediciones ERA, 1996, pág. 188.
31. Resolución del C om ité del DF del Partido C om unista M exicano acerca
del congreso extraordinario del partido, febrero de 1958, pág. 6, CEMOS, 40:015
(caja 17,2).
32. Cita toiHfdn de Carr, La izquierda mexicana a través del siglo XX pág. 197
3 3 . Ibíd.

62
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ad o s en México.

rm cesos, q u e serían u n a de las organizaciones que sen tó las b ases teóricas


ilrl MAS.
Hl P a rtid o P o p u la r S o cialista - a n t e s P artid o P o p u la r - fu n d a d o en
l'J-18 p o r V icente L om bardo Toledano, su ste n ta b a que «la línea estraté g ica
( , . ) c o n siste e n c o n trib u ir a la fo rm a c ió n d e u n fre n te n a c io n a l d e las
f u m a s d em o cráticas y patrió ticas, p ara lib erar a M éxico del im perialism o
rM a d o u n id e n s e » . 34 P a rtid o q u e n ació b ajo el au sp ic io d e l g o b ie rn o d e
Miguel A lem án, se ha d istin g u id o por ser firme aliad o de los gobiernos en
tu rn o . El c o n sid e ra r que el im perialism o e sta d o u n id e n se e ra el p rincipal
rn e m ig o d e la n ació n , llam a b a a a su m ir com o la ta re a in m e d ia ta d e los
socialistas la organ izació n y fortalecim iento del fren te n acio n al, b a sad o en
u na firm e a lian za con los g o b iern o s em a n a d o s de la rev o lu ció n . El verlo
ro m o u n o b s tá c u lo so la m e n te e x te rn o , no se e n te n d ía cu á le s e ra n las
lu erzas c o m p o n e n te s d el fre n te d e u n id a d n acio n a l. «Las d e c la ra c io n e s
.m tiim p erialistas q u e d a n vacías d e c o n te n id o re a l » .35
Los so c ia lista s y c o m u n ista s m e x ican o s a n te s d e 1 9 6 8 se re d u c ía n
.1 un p u ñ a d o d e h o m b re s y m u jeres, m u ch o m ás h o m b re s q u e m u jeres,
Inscritos e n el P artid o C o m u n ista M exicano (PCM , fu n d a d o e n 1 9 1 9 ),
<•1 P a rtid o O b rero C a m p e sin o M ex ican o (POCM , fu n d a d o e n tre 1 9 4 9
y 1 9 5 0 co n e x p u ls a d o s d e l PCM ), el P a rtid o P o p u la r S o cialista (PPS,
fu n d a d o e n 1 9 4 9 co m o P a rtid o P o p u la r y tra n s fo rm a d o a so cia lista en
1960), L ucha O b rera (o rg an izació n tro tsk ista fu n d a d a en los c in c u e n ta),
P artido O b rero R evolucionario (a g ru p ació n tro tsk ista fu n d a d a e n 1 9 5 9 ),
Liga O b re ra M arx ista (tro tsk ista , fu n d a d a e n 1 9 6 0 ), P a rtid o C o m u n ista
B olchevique (PCB, escisió n d e l PCM e n 1 9 6 0 ), Liga L en in ista E sp artaco
(LLE, escisió n d e l PCM e n c a b e z a d a p o r Jo s é R e v u eltas e n 1 9 6 2 ), Liga
C o m u n ista E sp artaco (d e s p re n d im ie n to d e la LLE e n 1 9 6 6 ), y u n a feria
de siglas d e o rg an izacio n e s to d av ía m ás p e q u e ñ a s .36
La R evolución c u b a n a y so b re to d o la S e g u n d a D e c la ra c ió n de La
I Iabana, v inieron a tra sto c a r el escen ario de la izquierda n o solo m exicana,
sino d e la m a y o ría d e L a tin o am é ric a, p la n te á n d o s e la e n c ru c ija d a con
re lació n al c a rá c te r d e la p ró x im a re v o lu ció n y la vía p a ra la to m a d el
poder. El m o m e n to d e q u ie b re fue la irru p c ió n d el m o v im ie n to del
6 8 , p a ra la iz q u ie rd a y en p a rtic u la r p a ra el PCM, c u a n d o m ilita n te s
de la JC M q u e m a ro n su s c a rn e t e n señ a l d e p ro te s ta p o r la a c titu d
m o s tra d a p o r su p a rtid o . «En se n tid o estric to , y d e sd e el p u n to de vista

34. Lom bardo Toledano, Vicente. Qué es el PPS (fragm ento).


35. Carlos Pereyra. El Partido Popular: 30 anos de edad y declinación. México.
DF: Proceso, 1978.
36. A rturo S antam aría Gómez. El Viaje de la Izquierda Mexicana en cuarenta
años. n /d . URL: h t tp : M w .m a z .u a sn e t .m x /m a ry a re n a /d ic ie m b re /e lv ia je .h tm ,
pág. 1.

63
José L u is M oreno Borbolla

del m o v im ie n to del 6 8 la calificación de traición estuvo justificad a porque


el PCM m o s tró u n a in se n sib ilid a d y falta de respeto m uy g ra n d e h acia
l.’i g e n te , d e s e c h a n d o y a tro p e lla n d o los plan team ien to s y p rincipios que
h ab ía n re g id o y leg itim ab an a la dirección del CNH; esto es especialm ente
v á lid o p a r a a lg u n o s d e los m ie m b ro s d el PCM que p a rtic ip a ro n en las
n e g o c ia c io n e s d e sp u é s del 2 de o c tu b re » . 37
Los p a r tid o s d e iz q u ie rd a d u ra n te la s d é c a d a s del s e s e n ta y s e te n ta
a tr a v ie s a n p o r u n a se rie d e crisis p ro d u c to d e la irru p ción d e n u ev o s
a c to re s so c ia le s c o m o so n los tra b a ja d o re s agrícolas, los so lic ita n te s d e
tie rra , e l su rg im ie n to d e m ilita n te s e stu d ian tile s, trabajadores d el secto r
esta ta l (m éd ic o s) e n tre otros q u e no se inscribían dentro de las filas de la
iz q u ie rd a tra d ic io n a l (PCM, PPS, LCE, etc.).
C o m o lo s e ñ a la m o s con a n te rio rid a d (en el m arco g e n e ra l), en esto s
años se fue co n fo rm a n d o u n a g eneració n que no solo buscaba lu ch ar p o r
sus d e m a n d a s p ro p ias, ad em á s, p o r tierra p ara los cam pesinos, p o r m o d i­
ficar el sis te m a e d u c a tiv o y o tro s, sin o ta m b ié n por la d e m o c ra tiz a c ió n
d e la s o c ie d a d y n o sólo e n el p la n o p o lítico , sino d e sd e las rela c io n e s
fa m iliares, p a sa n d o p o r la c u ltu ra, la m o d a, etcétera. Una g e n eració n de
ru p tu ra , c a n sa d a de u n a so cied ad c o n se rv a d o ra y au to rita ria a to d o s los
niveles.

Las premisas teóricas de las organizaciones armadas

Las o rg a n iz a c io n e s del MAS en su m ayoría se distinguen p o r el h a b e r


d e s a rro lla d o u n c o n ju n to d e p rem isas teó ricas q u e d ie ra n fu n d a m e n to a
su a c tu a r:
■ El o p ta r p o r la v ía a rm a d a p a ra la to m a del p o d e r e in s ta u ra r el
siste m a so cialista.
■ La d e c la ra c ió n d e q u e la teo ría m arx ista-len in ista era la b ase cien tí­
fica q u e p e rm itía n o rm a r el a n álisis y la g u ía p a ra tr a n s fo r m a r la
so c ie d a d e stu v o p re se n te en sus d o cu m en to s. T om arem os a lg u n o s
ejem p lo s.
|<;i g ru p o g u e rrille ro Laccindones so ste n ía : « C o n scien tes d e q u e la
U topía e s u n s u e ñ o p o r el b ie n c o m ú n , y c o n v en cid o s e n e se m o m e n to
«pie el m a rx ism o le h a b ía d a d o su b a se científica y e x p e rim e n ta l, se
rtlunzó lo im p o sib le co n b ra z o s fu e rte s y d e cid id o s, el id e a l ú ltim o , el
h o m b re n u e v o , el c a m b io to ta l, el s e r tra n sfo rm a d o , h e re d e ro d e la
sa b id u ría c o le c tiv a, p o s e e d o r de la c o n cie n cia h istó ric a, h e re d e ro d e la
liillm n iin m em o ria q u e lo p o see com o la lu z q u e no se ap ag a , el e sp íritu

17 Alviirez Garín, La estela de Tlatelolco, pág. 2 0 2 .

». I
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

ilc c o n v e rtirse sie m p re en algo m ejo r p a ra to d o s y p a ra sí m ism o , el


h o m b re q u e n a v e g a e n la lib e rta d , la ju s tic ia y la v e rd a d y es c a p a z d e
le v an tar su voz a n te la in ju sticia y la d e sig u a ld a d » . 38
O tro im p o rtan te grupo, Los Procesos, p o r m edio de R aúl R am os Zavala
to ütenía «A n u estro juicio, la o rg an izació n p a rtid a ria , si q u ie re se r eficaz,
d eb e c o rre s p o n d e r e s c ru p u lo sa m e n te a la re a lid a d en q u e se lu ch a y
nctúa. En ese te rre n o no hay v erd ad es ab so lu tas, Lenin co m p re n d ió m uy
bien q ue el p artid o revolucionario d ebía se r uno en la Rusia zarista y otro
r n la so cied ad diversificada y com pleja d e A lem an ia » .39
De los d o c u m e n to s q u e fu e ro n la b a se p a ra la fu n d a c ió n d e la Liga
C o m u n ista 23 d e S e p tie m b re (LC23S) se p la n te a b a : «M arx ya decía
q u e “el p a rtid o se d e sa rro lla d e p u rá n d o s e ” de a h í p u e s la n ec e sid a d
Im p o sterg ab le d e d a r la b a ta lla m ás rig u ro sa e in e x o ra b le c o n tra e stas
posiciones com o condición p ara la afirm ación de los in terese s de clase » .'10
■ La in existencia del p artid o de la clase o b rera, e ra u n a de las p re m i­
sas d e la q u e p a rtía n p o r a lg u n a s o rg a n iz a c io n e s, m ie n tra s o tra s,
a tra v é s d e la crítica a la iz q u ie rd a « trad ic io n a l» s u s te n ta b a n la
n e c e s id a d d e c o n s tru ir la v a n g u a rd ia re v o lu c io n a ria d e la clase
o b re ra o dicho e n o tra s p alab ras, el p a rtid o del p ro le ta ria d o .
En el II E n cu en tro e n la S ierra H eraclio B ernal, re a liz a d o en T orreón
d e C añ as, m u n icip io d e Las N ieves, al n o rte d e D u ra n g o , el a ñ o d e
1 965, e n su q u in ta reso lu c ió n a p u n ta con re sp e c to a los p a rtid o s de
iz q u ie rd a « . . . q u ie n te n g a p u e sta s sus e s p e ra n z a s e n a lg u n o s d e los
p a rtid o s e x iste n te s, q u e q u ie n esp e re d e ellos u n a o rie n ta c ió n o b jetiv a
y c e rte ra , u n a c o n sig n a re v o lu c io n a ria q u e re s p o n d a al m o m e n to re a l
q ue vivim os, u n a o rd e n d e c o n te s ta r la v io len cia c o n la v io len c ia , se ha
e n c o m e n d a d o al m en o s m ilag ro so de los sa n to s » .41
P ara el g ru p o Los Lacandones, d e o rig e n e s p a rta q u is ta , con fu e rte
in flu en cia teó rica p o r p a rte d e Jo sé R ev u eltas, c o n sid e ra b a n : «Se creía
q u e e n M éxico la lu c h a p o r lo g ra r e sta s tra n sfo rm a c io n e s se d a ría p o r
la co n stru c c ió n d el v e rd a d e ro p a rtid o d el p ro le ta ria d o , u n p a rtid o c o n s­
titu id o p o r m ilita n te s u n id o s p o r la co n c ie n cia d e la rev o lu c ió n y q u e

38. S alcedo G arcía, La Luz que no se acaba, Grupo Guerrillero Lacandones,


pág. 12.
39. Raúl Ram os Z avala. El m undo que nos tocó vivir. México, DF: E ditorial
H uasipungo, 2003, pág. 33; elaborado aproxim adam ente en 1970.
40. Ignacio Salas O bregón. Madera. 1. México, DF, 1972, pág. 1; conocido
com o M aderas viejos, la serie consta de 4 docum entos.
41. A rturo Gámiz García. «V Resolución. El único camino». En: Encuentro en
la Sierra Heraclio Bernal. México, DF: Ediciones Línea Revolucionaria, 1965. URL:
www.madera1965.com, pág. 6.

65
Jos¿ l.uis M oreno Borbolla

d e s a rro lla ría n u n a in te n sa la b o r en los o b re ro s y d e m á s c a p a s sociales.


Q ue la to m a d el p o d e r no sería pacífica d ad o s los in terese s d e la clase en
el poder, la b u rg u esía, p o r lo q u e se afirm ab a q u e h a b ría q u e p re p a ra r la
revolución con u n a organ izació n político m ilita r e x p e rim e n ta d a , ta n to en
la lu ch a a b ie rta co m o en el a rte de la cla n d e stin id a d y la su b v e rsió n » . 42
Para 1972, el d eslin d e de los g rupos a rm ad o s con re sp ecto a la izq u ier­
d a tra d ic io n a l, se h a c ía c ritica n d o los p rin c ip a les p la n te a m ie n to s d e los
segundos, com o fue el caso de la O rganización P artid aria, a n te c e d e n te de
la LC23S. «El p re se n te p eríodo se caracteriza p or el rech azo m ás o m enos
g e n e ra liz a d o a la p o lítica d e “a lia n z a ” con los se c to re s “p ro g re sis ta s” de
la b u rg u e s ía . La m a n ife sta c ió n m ás p a lp a b le d e ello es la q u ie b ra e n el
p re s e n te p e río d o d e la d ire c ció n b u rg u e s a e n el s e n o d e l m o v im ie n to
y la q u ie b ra ta m b ié n d e los m o d o s d e o rg a n iz a c ió n q u e fa c ilita ro n esa
p o lítica. La in c a p a c id a d re c ie n te d e los c a m p e o n e s d e la “d e m o c ra c ia ”
(a p e rtu ra s , p ersp ectiv as, PCM) p a ra e jercer d irecció n y co n tro l so b re las
m o v ilizacio n es » . 43
Las condicio n es objetivas estab a n d ad as, es decir, q u e el d esarro llo del
c a p ita lism o h a b ía a lc a n z a d o la m a d u re s n e c e sa ria , p a ra p o d e r tra n s fo r­
m a r el siste m a c a p ita lista p o r el socialism o. El d e sa rro llo d e la s fu e rz as
p ro d u c tiv a s se e n c o n tra b a n al nivel de q u e el c a p ita lism o re p re s e n ta b a
un o b stácu lo p a ra su av ance.
La re u n ió n e n T o rreó n d e C añ as, d a b a c u e n ta d e l rá p id o ritm o d e
c re c im ie n to in d u s tria l, p e ro n o así de la d istrib u c ió n d e la riq u e z a g e ­
n e ra d a . « S eg ú n el B anco d e C o m ercio d e 1 9 3 0 a 1 9 6 0 el n ú m e ro de
e sta b le c im ie n to s in d u stria le s se d u p licó , el p e rs o n a l o c u p a d o d e m ed io
m illón d e o b re ro s a u m e n tó a m illón y m ed io , es decir, se trip licó p ero el
v alo r de la p ro d u c c ió n in d u stria l a u m e n tó 69 veces y e n té rm in o s reales
1 0 v eces » . 44
P ara el g ru p o g u e rrille ro Los Lacandoncs el d e sa rro llo c a p ita lista h a ­
bía lle g a d o a ta l p u n to q u e d io o rig e n a u n a b u rg u e s ía fin a n c ie ra q u e
c o n c e n tra b a las d ecisio n es de la eco n o m ía n a c io n a l, y e sta e ra la ú ltim a
e ta p a d el cap ita lism o : «En 1 9 6 0 y 1970 se p ro d u c e u n a g ra n c o n c e n tra ­
ción d el c a p ita l e n n u e stro p aís, su rg ie n d o p o r n e c esid a d d e l d e sa rro llo
u n a b u rg u esía fin an ciera q u e c o n c e n trará y m a n ip u la rá m ejo r la p olítica
e c o n ó m ica » . 45

•\'¿. Salcedo G arcía, La Luz que no se acaba, Grupo Guerrillero Lacandones,


prig. 1 1 .
*13. Ignacio Salas Obregón. Madera. 2. México, DF, 1972, pág. 3.
•M. (¡riiuir. García, «V Resolución. El único cam ino», pág. 8.
•1!i. N ítlm lu G arcía, La Luz que no se acaba, Grupo Guerrillero Lacandones,
pág. Ifi.

()f)
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ad o s en México.

Kn el d o c u m e n to Cuestiones F undam entales del M ovim iento Revolucio­


nario de la LC 23S se afirm a:

«3.- En sum a, com o resu lta d o del d esarro llo de las relacio n es
d e p ro d u c c ió n c a p ita lista s e n el país, d e sus d o s a sp e cto s
fu n d a m e n ta le s: p o r u n lad o , la socialización crec ie n te de las
fu e rz a s p ro d u c tiv a s, y p o r o tro , la p ro d u c c ió n y re p ro d u c ­
ció n d e la a p ro p ia c ió n p riv a d a, a lc a n z a n d o e sta u n g ra d o
m a y o r d e c o n c e n tra c ió n , etc.; se d e sa rro lla c re c ie n te m e n te
el an ta g o n ism o e n tre las fu erzas p ro d u ctiv as y las relacio n es
d e p ro d u c c ió n . E stas ú ltim a s se re v e la n c o m o u n a b a rre ra
q u e n e c e sa ria m e n te tien e q u e v o lar en añicos, p a ra d a r paso
al d e sa rro llo de las fu erz as p ro d u c tiv a s. El d e sa rro llo d e la
so cied ad b u rg u esa crea las condiciones m ateriales q u e hacen
posible el paso a nuevas y m ás elevadas form as de p roducción.
El m ism o d esarro llo d el cap italism o crea las co n d ic io n e s que
h a c e n p o sib le y n e c e sa ria la rev o lu ció n . E sta se e sc o n d e ya
e n las relacio n es b u rg u esas de p ro d u cció n com o alg o q u e les
es in h e re n te » .46

La v ía p a ra tra n s fo rm a r la re a lid a d m e x ic a n a e ra la a rm a d a . D esde


1965 e n el E n c u en tro en la S ierra se d e c la ra b a q u e

«T odas las o p in io n e s p u e d e n sin e m b a rg o , re d u c irs e a d o s


co rrien tes: las q u e co n sid eran que PACIFICAMENTE p o d rá el
p u e b lo m ex ican o ro m p e r las c a d e n a s q u e la a ta n , d e rro c a r
el ré g im e n c a p ita lista e in s ta u ra r o tra fo rm a d e g o b ie rn o
e n m a n o s d e los ca m p e sin o s y d e los o b re ro s. Y las q u e
co n sid e ra n q u e ÚNICAMENTE MEDIANTE LA REVOLUCIÓN,
ARMADA, p o d rá el p u eb lo m exicano lib e ra rse » .47

Para 1 967 el g ru p o g uerrillero Los Lacandones so ste n ía la m ism a tesis


ile q u e la ú n ic a vía p a ra la to m a d el p o d e r p o r el p ro le ta ria d o era la a r­
m ada. «Se creía que en M éxico la lucha p o r lo g rar estas tran sfo rm acio n es
se d a ría p o r la c o n stru c c ió n d el v e rd a d e ro p a rtid o d e l p ro le ta ria d o , un
p artid o co n stitu id o p o r m ilita n te s u n id o s p o r la co n cie n cia de la rev o lu ­
ción y q u e d esa rro lla ría n u n a in ten sa lab o r en los o b rero s y d em ás capas
sociales. Q ue la to m a d el p o d e r no se ría pacífica d a d o s los in te re se s d e
la clase en el poder, la b u rg u esía , p o r lo q u e se afirm a b a q u e h ab ría q u e
4 6 . Ignacio Salas O bregón. Cuestiones Fundamentales del M ovim iento Revo­
lucionario (M anifiesto al Proletariado). México, DF: Editorial H uasipungo, 2003,
pág. 27.
47. G ám iz G arcía, «V Resolución. El único cam ino», pág. 9.

67
José Luis M oreno Borbolla

p re p a r a r la rev o lu c ió n co n u n a o rg a n iz a ció n político m ilita r ex p erim en ­


ta d a , ta n to e n la lu c h a a b ie rta co m o en el a rte d e la c la n d e s tin id a d y la
su b v e rsió n » . 48
La Liga C om u n ista 23 de sep tiem b re so sten ía q u e « . . . la ta re a central
del p ro le ta ria d o n o p u e d e se r o tra q u e la d estru cció n d e l E stado burgués
y la consolidació n de la d ic ta d u ra del p ro letariad o . Esta ta re a adquiere el
cará c te r de u n a ta re a estratég ica, sobre to d o p o r que las m ism as condicio­
nes de lu ch a h acen que cad a vez m ás el objetivo in m e d ia to sea realizable
solo co m o re s u lta d o d e u n a g u e rra d e c a rá c te r p ro lo n g a d o . Lenin había
c o m e n ta d o al re sp e c to : “Es c o m p le ta m e n te n a tu r a l e in e v ita b le que la
in su rre c c ió n re v ista las fo rm a s m ás a lta s y c o m p lic a d a s d e u n a larga
g u erra civil, ex ten siv a a to d o el país, es decir, de u n a lu ch a a rm a d a entre
d o s p a rte s del p u e b lo .. . ” » .49

Las diferentes etapas

C uan d o se m en cio n an los o rígenes del M ovim iento A rm ad o Socialista


(MAS) en M éxico, alg u n o s in v estig ad o res los re lac io n an con la represión
al m o v im ie n to e s tu d ia n til d e l 6 8 o a la m a ta n z a d el 1 0 d e ju n io del 71,
en el m ejo r d e los casos, lo s itú a n el 23 de se p tie m b re d e 1 9 6 5 , cu an d o
el G rupo P o p u la r G u errille ro (GPG) in te n tó a s a lta r el c u a rte l d e ciudad
M a d era, C h ih u a h u a . Pero, e x iste en casi la to ta lid a d d e los se c to res de
la so cied ad el d e sc o n o c im ie n to d e las c au sas y d e los o ríg e n e s d e l MAS.
M éxico h a a c u m u la d o u n a larg a ex p erien cia h istó rica de g ru p o s que han
recu rrid o a la violencia cu an d o las condiciones políticas, económ icas o so­
ciales lo h an req u e rid o , las g ra n d e s tran sfo rm acio n es o lu ch as libertarias
del p u eb lo h a n e sta d o ligadas a lu ch a a rm a d a .
A n tes d e o p ta r p o r la vía a rm a d a , los fu n d a d o re s y la m a y o ría d e
los in te g ra n te s d e las o rg a n iz a c io n e s p o lític o -m ilita re s p a rtic ip a ro n d i­
re c ta m e n te e n las o rg a n iz a c io n e s a g ra ria s, m a g iste ria le s, p o p u la re s o
e s tu d ia n tile s q u e d u ra n te a ñ o s lu c h a ro n en el te r re n o leg al y pacífico
p o r los d e rec h o s de sus a g re m ia d o s; com o re sp u e sta o b tu v ie ro n no solo
la in d o len cia d e las a u to rid a d e s locales y fe d e ra le s, sin o ta m b ié n la vio­
len cia d e los c a c iq u e s re g io n a les, a so c ia d a a la c o m p lic id a d d el E stado
o c u a n d o fu e e ste el e je c u to r d ire cto de la re p re sió n . B asta re c o rre r los
m ov im ien to s sociales d e sd e p rincipios de los c in c u e n ta h a sta la m asacre
d e e s tu d ia n te s el 10 de ju n io de 1 9 7 1 , e n d o n d e la re s p u e sta fue la

48. Salcedo García, La Luz que no se acaba, Grupo Guerrillero Lacandones,


pág. 1 1 .
49. Lenin, Guerra de Guerrillas, en Salas Obregón, Cuestiones Fundamentales
del M ovim iento Revolucionario (Manifiesto al Proletariado), pág. 41.

68
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados e n México.

i r p resió n p o r p a rte del E stad o , el e n c a rc e la m ie n to y el a s e s in a to d e los


p artic ip a n te s d e las lu ch as sociales.
I.as co n d ic io n e s p o líticas g e n e ra d a s p o r los d ife re n te s g o b ie rn o s h a ­
bían llevado a los lu ch a d o res a la necesid ad de c o n stru ir o rg a n iz a c io n e s
«Ir a u to d e fe n s a , p a ra p a s a r a las o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s q u e se p la n ­
e a b a n la lu c h a p o r el so cialism o . «El im p e d im e n to al c u a l se e n fre n ta
el m o v im ien to de m asas e n M éxico es la fu erza rep resiv a q u e p ra c tic a a
todos los niv eles el E stad o m ex ica n o , ya q u e d e u n a m a n e ra in stin tiv a
- de c o n s e r v a c ió n - se h a n v e n id o d e sa rro lla n d o fo rm as d e a u to d e fe n sa
a rm a d a » . 50
Y a n te e sta re a lid a d , ¿cu ál e ra la a lte rn a tiv a ? , si la v ía leg a l y p a c í­
fica e s ta b a c e rra d a . En los añ o s se s e n ta , s e te n ta y o c h e n ta la p a la b ra
i ev o lu ció n re p re s e n ta b a la e s p e ra n z a d e tra n s fo rm a r ra d ic a lm e n te las
condiciones de vida de los desposeídos, ideal ju stificad o teó rica y p rác tic a ­
m ente p o r los m ilitantes del MAS, era vigente y ten ía valid ez, fren te a los
infructuosos esfuerzos d em o cra tiz a d o re s; d esd e m ed ia d o s d e los sesen ta
se d is c u tía en las d is tin ta s o rg a n iz a c io n e s la vía a rm a d a . Los jó v e n e s
ac tiv istas ro m p ie ro n co n los p a rtid o s y o rg a n iz a c io n e s tra d ic io n a le s d e
iz q u ie rd a , los cu a le s no fu e ro n cap aces d e o fre c er u n a a lte rn a tiv a a la
in q u ie tu d p o r ca m b ia r al país.
A los p re c u rso re s del GPG, m ilita n te s d e l P a rtid o P o p u la r S ocialista,
desp u és de añ ó s d e lucha p o r la tie rra y de co n fo rm ar la U nión G eneral de
O breros y C am pesinos de M éxico (UGOCM) de los e sta d o s de D urango y
C h ihuahua, Pablo G óm ez R am írez y A rturo G ám iz G arcía, les p reo cu p ab a
la situ a c ió n d e los cam p e sin o s de la región. El 23 de fe b re ro escrib ía en
un artícu lo , el d o c to r G óm ez:

«No es el c a m p e sin o q u ie n in v a d e la tie rra q u e le d io la Re­


v o lu ció n , sino el la tifu n d ista que o tra vez se a p o d e ró de ella,
fru stran d o así la aplicación de la Reform a A graria. . . . el g ran
aca p a ra m ie n to qu e de la tierra h an venido h acien d o los u su re­
ros e n to d o s los sistem as de riego del E stado, en co n tu b e rn io
con las a u to r id a d e s a g ra ria s y d e co lo n iz a c ió n ; d á n d o s e el
caso , p a ra c ita r u n eje m p lo , q u e en el siste m a d e rieg o n ú ­
m e ro 5 d e ciu d ad D elicias, u n a sola p e rso n a se h a a d u e ñ a d o
de cerca d e 4 0 lo te s, d e sp la z a n d o con ello ig u al n ú m e ro de
fam ilias q u e c o n stitu ía n u n a fu erza p ro d u c tiv a m e n te activa;
a g ré g u e s e a lo a n te rio r el a u m e n to d e m o g rá fic o d el p u eb lo
en los ú ltim o s 25 a ñ o s » . 51

50. Ram os Zavala, El m undo que nos tocó vivir, pág. 55.
51. Pablo G óm ez Ram írez. «No es el cam pesino quien invade la tierra». En:
La Voz de Chihuahua: (23 de febrero de 1963).

69
José Luis Moreno Borbolla

• Ej Pro ^e s° r ^ fturo Gámiz co n la m ism a o rie n ta c ió n , escribió denun-


d a n d o a lo s latifundistas d e la sie rra d e C h ih u a h u a :

« D u ran te veinte años la sie rra h a sid o tie rra s in ley. Los Iba-
ra y os ega, pandilla d e sin v e rg ü e n z a s, h a n se m b ra d o el
e rr o r y a desolación, h an llevado el lu to a m u c h a s fam ilias,
u n íen 0 en la m iseria a o tra s, h u m illa n d o e in tra n q u ili­
zan o a todos. Em pezaron a a p o d e ra rse d e la s tie rra s d e sd e
. onofa Temosáchic, p o r to d o s los m e d io fra u d u le n to s
g in a es. Cuando q u ie re n u n te rre n o sim p le m e n te lo to ­
m a n y si el poseedor p ro te sta y n o d e sa lo ja el ra n c h o , se lo
bras0 1 0 )11 C°n t0C*aS SUS Pc rte n e n c ia s » d e s tr u y e n sus siem -
«■s y e matan o ro b a n su s a n im a le s y si el o fe n d id o sigue
pro testan d o lo hacen o b jeto d e to d o tip o d e p erse c u c io n e s y
vio encías. 10 matan o m andan m atar. Por m e d io s sem ejantes,
h an adquirido g a n a d a sa

La UGOCM aglutinó a 5 .0 0 0 solicitantes d e tierra e n 35 grupos, d e sd e


am argo a sta Cárdenas, im pulsando d iferen tes fo rm a s de lu ch a p a r a la
consecución e sus dem andas: «m archas, inv asio n es sim bólicas d e tie rra ,
m ítines, estacando A rturo G ám iz y Pablo G óm ez e n el a ñ o 1 9 63».53

«Para 1963 y 1 9 5 ^ g proceso d e lu c h a se va rad icalizan d o ,


p1 ro d u c to
f hde U C
„ r ia z ó. n y re p re sió
• - n q u e •in s_tru m e n ta el, ^G o-
d^e r n ° ? ec^e ra l y en esp ecial e l G o b ie rn o d e l E sta d o a c a rg o
u n general d e escasa p re p a ra c ió n e sc o la r y a m p lia v o c a ­
ción rep reso ra, el se ñ o r P ráx ed es G in e r D u ra n . De u n la rg o
proceso e peticiones, gestiones y d e n u ev o p e d ir y g estio n ar,
en iaSt la mCntan 0 tra s ^orm as ju s ta ^ v álid a s: los p la n to n e s
oficinas Za ^ ‘dalgo, las p arad as p e rm a n e n te s en las d istin ta s
1 ., ’ a l0 rna d el DAAC y la m ás im p o rta n te p o r su c o n -
nsim
o tabólica
c io n sori^i , p o lítica:
,, . . in. v asio n es d. e tie rra , la to
_ ma
las
ir el re " ^ ^ m ‘sm o ^u 8 ar de *a t 'e rra Pa ra e v id e n c iar y exi-
^ o r^ o c k f31"1? ^a t ifu n d i° s> Estas in v a sio n e s se g e n e ra liz a n
p o r o o el E sta d o y o tra s regiones co m o S o n o ra y D u ra n g o .
on tom a 0s la tifu n d io s o grandes p ro p ie d a d e s, com o so n las
ie rra s e la V da. d e M uñiz, d e A n to n io A ún, la fa m ilia C h á -
c n ^ T n 6 *C*aS’ ^°S ^a t 'f un<^‘os *os Shneider, los P in o n c e lly
11 e n o ro e s te y ta m b ié n tierra s d e la e m p re s a B o sq u e s d e

T o ~ « ÍL u ^ tUrr . P a r t ía . «Reportaje sobre la vida ru ral e n la r e g i ó n


53. Equipó d e reda* dc C hihuahua-
'Kuaceion, «Un 23 de(12 de m^ ° dene r1.
septiembre 9^ 3 ) -
Chihuahua», pag. 5.

70
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

C h ih u ah u a de los Vallina, e n tre otras. La rep resió n no se h ace


e s p e ra r: El p ro fe so r R aúl G óm ez es c e sa d o y lo re tira n d e
la re g ió n d e D elicias h a sta la e n to n c e s a isla d a re g ió n d e Cd.
O jin a g a ( . . . ) . P ablo G óm ez es c a m b ia d o p a ra el E sta d o d e
V eracruz sobre el trab a jo q u e d ese m p e ñ a b a en la p re stig ia d a
N o rm al R ural R icard o F lores M agón (n o a c e p ta su c a m b io y
p ie rd e su p la z a ) » . 54

El g ru p o realizó dos re u n io n e s q u e llev arían p o r n o m b re E n cu en tro s


de la S ierra H eraclio B ernal. El p rim ero e n o c tu b re de 1 9 6 3 , el seg u n d o
«•ti febrero de 1965, en T orreón de C añas, Las Nieves, D u rango, d o n d e se
p resen tan los cinco docu m en to s, que p o ste rio rm en te se co n o cerían com o
Las Resoluciones del Segundo Encuentro:
1. El im p erialism o , el capitalism o.
2. El m u n d o colonial y sem icolonial.
3. B reve resu m en . M edio siglo de d ic ta d u ra b u rg u e sa .
4. La b u rg u e sía in cap a z de reso lv er los p ro b le m as n acio n a les.
5. El único cam in o a seguir.
Al tie m p o d e las p rim e ra s accio n es a rm a d a s, en 1 9 6 4 , P ablo G óm ez
p articip ó com o c a n d id a to a d ip u ta d o su p le n te p o r el P artid o Popular, en
el d is trito d e D elicias; m u e s tra q u e e sta g u e rrilla n o d e s c a rta b a o tra s
fo rm as d e lu ch a, tr a ta n d o d e m a n te n e r a lg ú n v ín c u lo c o n a c tiv id a d es
a b ie rta s . A rtu ro G ám iz, ya en la sie rra llam ó a v o ta r p o r el PP e n el
d is trito d e G u e rre ro , C h ih u a h u a , d o n d e e ra c a n d id a to a d ip u ta d o R aúl
G óm ez R am írez. «E nfatizam os la p reo cu p a ció n del co lectiv o g u errillero ,
d e n o e x c lu ir n in g u n a ac tiv id a d p o lítica, ra sg o q u e lo h a c e d ife re n te al
resto d el m o v im ien to a rm a d o so cialista q u e su rg iría a ñ o s d e sp u é s e n el
p aís » . 55
Los p rim ero s días de se p tiem b re de 1965 el n ú cleo d irig e n te resolvió
el a sa lto al c u a rte l m ilita r de Cd. M ad era, C h ih u a h u a ; la p rim e ra fecha
c o n sid erad a fue el 15 de sep tiem b re, p ero p o r com plicaciones del traslad o
ile los efectiv o s, e n tr e 3 0 y 4 0 q u e e s ta ría n d iv id id o s e n tre s g ru p o s, se
p o spuso la acción. El g ru p o d e a ta q u e q u ed ó red u c id o a 13 e lem en to s.

«La v ísp e ra d e l asa lto , d a d a s las co n d ic io n e s n u m é ric a s y la


c a p a c id a d d e fu eg o se d isc u tió c a m b ia r la fec h a c o n v e n id a ,
en ese m o m e n to se co n ta b a con u n a esco p eta de taco (n o de

54. Francisco O rnelas Gómez. Cronología del Grupo Popular Guerrillero. Obra
Inédita, pág. 4.
55. Equipo de redacción, «Un 23 de septiem bre en C hihuahua», pág. 6.

71
José Luis M oreno Borbolla

re c arg a ), dos rifles calibre 2 2 , granadas de m an o , bo m b as mo-


lotov, a d em á s de arm as cortas. Salta a la vista la deb ilid ad del
g ru p o g u errille ro ; la duración del com bate, e n tre u n a h o ra y
h o ra y m ed ia, indica que no fue una acción de h o stig am ien to ,
m ás bien se tra tó de tom ar el cuartel » .56

Años a n te s, el 22 de octubre 1959 en el Estado d e G u errero se co n sti­


tu yó la A sociación Cívica Guerrerensc (ACG) p o r las u n io n e s p o p u la re s
d e a rro c e ro s, c o p re ro s, ajonjolineros y d e la p a lm a , la c u al d e sa rro lla
la lu c h a p o r las lib e rta d e s democráticas, el re p a rto d e la tifu n d io s y la
o rg a n iz a c ió n in d e p e n d ie n te de los cam pesinos.

«D iciem bre de 1960, masacre en C hilpancingo, G u errero : 13


m u e ito s y 37 h e rid o s; dispararon el 6 y el 2 4 b a ta llo n e s d e l
ejército. D espués de la masacre perpetrada p o r el g o b e rn ad o r
C ab allero A burto, el Congreso de la Unión d e c re ta la d e sa p a ­
rición d e p o d e re s, participaron en esa m ovilización: ACG, el
P artid o O b re ro C am pesino M exicano y el F re n te Z a p a tista
d e la R ep ú b lica, d el q u e era d irig en te el lic e n c ia d o S u á re z
T éllez » . 57

El 9 d e n o v ie m b re de 1966 fue secu e strad o e n el D istrito F ed eral el


p rin c ip a l d irig e n te d e la Asociación, el p ro fe so r G e n a ro V ázq u e z Rojas
y el 16 d el m ism o m es fue declarado fo rm a lm en te p re so en el p e n a l de
Iguala, G u errero .
El prim er co m an d o arm ad o de la Asociación Cívica G u erreren se (ACG)
lib era a G e n a ro V ázq u ez, el 22 de abril d e 1 9 68 . V ázq u ez R ojas se
re m o n ta a las m o n ta ñ a s del Estado de G uerrero, fu n d a n d o la A sociación
C ívica N acio n a l R ev o lu cio n aria ya com o o rg a n iz a c ió n a rm a d a q u e se
p ro p o n e : «En las a ctu a les circunstancias históricas, si se q u iere co n d u c ir
por el cam ino de la v erd ad era realización, la lucha de L iberación N acional,
e m p ren d id a p o r los pueblos de los países d ep en d ie n tes y coloniales (en tre
los q u e se e n c u e n tra el país nu estro) d eb e d efin irse co m o u n a vía h acia
el objeto ñnal de Revolución Socialista » .58 Para llevar a d e la n te el proceso
re v o lu c io n a rio « p o r lo m ism o y en esa c o n d ició n d e lu c h a a rm a d a q u e
in iciam o s e n el c a m p o , no com o u n a sim p le g u e rra c a m p e sin a , re ite ra
p .ira sí, co m o o b jetiv o estra té g ic o g e n eral, la b a n d e ra d e la R evolución
S o t¡a lis ta ». La lu c h a de la a n tig u a ACG p o r d e m a n d a s e c o n ó m ic a s y
M>. Equipo de redacción, «Un 23 de septiem bre en C hihuahua», pág. 7.
.)/. Equipo de redacción, «Cronología m ínim a de la Asociación Cívica Nacio-
n,il Revolucionaria», pág. 9.
.>8. V ázquez Rojas, G enaro. Comunicado, I o de sep tiem b re de 1968, a
nom bre de la ACNR.
59. Ibíd.
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en M éxico..

las lib e rta d e s d em o cráticas pasó a la a u to d e fe n sa, p o r la re p re sió n a que


lu e ro n s u je to s y d e a h í d io el sa lto a la lu c h a a rm a d a p o r el so cialism o .
Sus c o m u n ic a d o s e x p re s a n la p re o c u p a c ió n d e h a c e r c o m p re n d e r al
c a m p e sin a d o , e s tu d ia n te s , la in te le c tu a lid a d p ro g re sis ta y a los g ru p o s
o rg a n iz a d o s q u e el E stad o n o les d ejó o tro re c u rso q u e la to m a d e las
arm as.
En el m ism o E stado, el p ro feso r Lucio C ab añ as fue c o n v irtié n d o se en
un d irig e n te im p o rtan te en la zo n a de A toyac d e A lvarez y el 18 d e m ayo
1967 se o rq u e s tó p o r p a rte d el g o b ie rn o e s ta ta l la m a sa c re e n A toyac
d o n d e m u rie ro n siete c iu d a d a n o s y re s u lta ro n v e in te h e rid o s; Lucio fue
obligado a refu g iarse en la sierra, p ara d a r origen al P artido d e los Pobres.
En el E stad o d e C h ih u ah u a el re su rg im ie n to d el m o v im ien to a rm a d o
se c o n c re ta co n el G ru p o P o p u la r G u e rrille ro «A rturo G am iz», al fre n te
de e ste se e n c u e n tra O scar G o n zález E g u iarte, p a ra 1 96 7 c o m ie n z a n su
actividad con «El ajusticiam ien to rev olucionario del 7 de a g o sto ab rió las
p o sib ilid a d e s del re s u rg im ie n to d el g ru p o p o p u la r g u e rrille ro q u e a ñ o s
a n te s h a b ía a ta c a d o al c u a rte l m ilita r de M a d e ra , C h ih u a h u a » , 60 g ru p o
de c o rta v id a. A finales d e l v e ra n o de 1968:

«D esp u és de 53 d ías d e in te n sa p erse c u c ió n p o r p a rte del


ejército , ya sin p a rq u e , sin alim en to y m ed icin as, O scar Gon-
z á le s d e c id e q u e h ay q u e b a ja r a T ezo p aco , S o n o ra . A hí
se e n c o n tr a b a el ejército . Los g u e rrille ro s e sta b le c ie ro n u n
c a m p a m e n to e n las orillas d el p u e b lo y a h í p e rm a n e c ie ro n
G u a d a lu p e S cobell G ay tán y Jo s é A n to n io G ay tá n A g u irre,
m ie n tra s que A rturo B orboa E strada y O scar G onzález fueron
e n b u sc a d e a lim e n to s, m ed ic in a y p a rq u e . El lu n e s 9 d e
se p tie m b re so n d e te n id o s p o r so ld ad o s d el x v in R eg im ien to
d e C ab a lle ría , a las o rd e n e s d el c o ro n e l B e lm o n te , b ajo re s­
p o n sab ilid ad del g en eral Luis Alamillo Flores. Los c a p tu ra d o s
so n to r tu ra d o s , se les a m a rra ra a ca b a llo s y so n a rra s tra d o s
p o r to d o el pueb lo , sin que m ed ie n in g ú n juicio , al filo d e las
cin co d e la ta rd e , O scar G o n záles E g u ia rte y A rtu ro B o rbo a
E stra d a D escalzos, se m id e sn u d o s y fam élico s so n fu sila d o s
p o r o rd e n e s de la S ecre ta ría de la D efensa N acio n al » . 61

E sta es la p rim e ra e ta p a del MAS en M éxico. Se inició e n el c am p o


d o n d e la rep resió n era co tid ian a y los abusos de las au to rid a d e s y caciques
no te n ía n lím ites. Los cam p e sin o s ju n to con e stu d ia n te s de las n o rm ales

60. O scar G onzález E guiarte, cd. Diario de cam paña. Versión electrónica,
pág. 1.
61. Ibíd., pág. 16.

73
.losó Luis M oreno Borbolla

y los p ro fe so re s ru ra le s, se o rg a n iz a ro n , p a ra lu c h a r p o r su s leg ítim o s


d erech o s d e tie rra y c o n tra las arb itra rie d a d es, com o re p u e sta o b tu v iero n
la v io len cia p o r p a rte de los g ru p o s o ligarcas.
En e sta e sc a la d a d e im p u n id a d e s e in ju stic ia s los c a m p e sin o s y sus
a lia d o s d e los E sta d o s d e C h ih u a h u a y G u e rre ro d e c id ie ro n c o n fo rm a r
g ru p o s d e a u to d e fe n s a y la m ism a d in á m ic a d e la lu c h a los llev ó a
tra n s fo rm a rs e e n o rg a n iz a c io n e s g u e rrille ra s. E stas fu e ro n el G ru p o
P o p u lar G u errille ro (GPG), la A sociación Cívica N acional R evolucionaria
(ACNR), el G ru p o P o p u lar G uerrillero «A rturo G ám iz» y el P artid o de los
P obres (PDLP).
La se g u n d a e ta p a d e la c o n fo rm ació n d el MAS lo in te g ra ro n los acti­
v istas e s tu d ia n tile s d e las u n iv e rsid a d e s d e M ich o acán , S o n o ra , Jalisco ,
D istrito F ed e ra l, N u ev o León, S in alo a, e n tre o tra s. El m o v im ie n to e s tu ­
d ia n til d e 1 9 6 8 c o n trib u y e con am p lio s d e sta c a m e n to s d e b rig a d ista s a
la g u e rrilla u rb a n a , así c o m o la m a sa c re d el 10 d e ju n io d e l 7 1 . Si p a ra
los m o v im ien to s a g rario s los cam in o s de la lu ch a legal e sta b a n cerrad o s,
la re p re sió n d e l E stad o a los m o v im ien to s e s tu d ia n tile s n o les d e ja b a
o tra vía p a ra la tra n sfo rm ac ió n rad ical q u e no fu e ra la a rm a d a : ya no se
lu ch ab a p o r las re fo rm a s y la d em o cracia, e ra el tiem p o d e la revo lu ció n
so cialista.
Los añ o s q u e v an de 1969 a 1971 se p u e d e n c a ra c te riz a r p o r el su rg i­
m ie n to de d ife re n te s o rg an iz a cio n e s p o lítico -m ilitares, to d a v ía d isp ersas
y con m uy poca coo rd in ació n . D estacan: el M ovim iento d e A cción Revolu­
c io n aria (MAR), Guajiros, Lacandones, el F ren te U rb an o Z a p a tista (FUZ),
U n ió n d el P u e b lo (U P), F re n te E stu d ia n til R ev o lu cio n a rio (FER ), g ru p o
Los Procesos-M EP, así com o la F ed eració n d e E stu d ia n te s d e la U niversi­
d a d d e S inalo a (FEU S-Enferm os) y el C om ité E stu d ia n til R evo lu cion ario
d e M onterrey.
Los cristian o s p artid a rio s de la teología de la liberación in te g ra n te s del
M o v im ien to E stu d ia n til P ro fe sio n al (M EP), u n a d e las ra m a s de A cción
C atólica M exicana, v enía tra b a ja n d o d esd e m ed iad o s de la d é c a d a de los
sesen ta en diversas facu ltad es y escuelas del país, inclu y end o la UNAM ; 62
sus reu n io n es fu ero n m o n ito re a d a s p o r ag en tes de la DFS 63 q u e re p o rta n
el análisis que h acen de las perspectivas del m o v im ien to e stu d ia n til en la
situ a c ió n n a c io n a l p re v a le c ie n te 64 y la influ en cia q u e d e b e n e x te n d e r al
se c to r s in d ic a l . 65 In iciaro n sus a c tiv id ad es en N uevo León, d irig id o s p o r
s a c e rd o te s je s u íta s , en 1968 con e stu d ia n te s jó v e n e s y con tra b a ja d o re s

62. DFS Exp.63-1-66, L. 38, H. 137. AGN.


63. DFS Exp.15-3-69, L. 9, H. 171 y m uchos otros m ás. AGN.
64. DFS Exp.15-3-69, L. 9, H. 176. AGN.
65. DFS Exp.15-3-69, L. 14, H. 167. AGN.

74
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ad o s en M éxico...

di* diversas fá b ricas . 66 En 1970 sus in te g ra n te s p a rtic ip a ro n ac tiv a m en te


r n el m o v im ie n to e stu d ia n til d e riv a d o d e la ley O rg á n ic a d e la U n iv er­
sidad A u tó n o m a d e N uevo León, ju n to co n O bra C u ltu ra l U n iv e rsita ria ,
t ir a d a en 1962 p ara d e fe n d e r los v alores trad icio n ales d e la u n iv ersid ad .
I ,.i p o licía m o n ito re a b a , inclu so , sus « retiro s e sp iritu a le s» , c u a n d o en
r ll O S p a rtic ip a ro n Jo sé Luis T orres O n tiv ero s, d e m e d ic in a y M aría d e la
Paz Q u in ta n illa , d e e c o n o m ía , y solicitó in fo rm a c ió n a las a u to rid a d e s
eclesiales p o r la «infiltración com u n ista» a su s filas . 67
El G ru p o E stu d ia n til S ocialista, o rg a n iz a d o e n to d a s las fa c u lta d e s
y e scu elas d e la U n iv ersid ad d e N uevo L eón q u e e ra d irig id o p o r R aúl
H am os Z av ala, e sta b le c ió re la c io n e s fra te rn a s y so lid a ria s co n el g ru p o
O bra C u ltu ral U n iv ersitaria 68 a p a rtir de 1969. Ju n to s se fu e ro n rad ica li­
zan d o. P articip aro n activ am e n te en la h u e lg a e stu d ia n til d el 6 9 69 y e n el
m o v im ien to c o n tra el a n te pro y ecto de la ley O rg án ica e n el 7 0 .70
A lg u n o s in te g ra n te s d el MEP, co m o Ig n acio A rtu ro S alas O b reg ó n ,
p o s te rio rm e n te d irig e n te m á x im o d e la LC23S, y los h e rm a n o s D aniel
y P edro A g u irre q u e p a sa ro n d e l M o v im ien to E stu d ia n til C ristia n o a las
g u e rrilla s u rb a n a s e n 7 3 , lle g a ro n a se r d irig e n te s im p o rta n te s d e los
m o v im ien to s arm ad o s.
El FF.R se c o n stitu y ó el 2 8 d e se p tie m b re d e 1 9 7 0 c o n el p ro p ó sito
de e n f r e n ta r la p o lítica d e la F e d eració n de E s tu d ia n te s d e G u a d a la ja ra
(FEG) y d e m o c ra tiz a r la universid ad . La m ay o ría de sus m iem b ro s p ro ce­
d ie ro n d e b a rrio s y co lo n ias p o p u la re s, c o m o S an A n d rés, T la q u e p a q u e
y su s a lre d e d o re s , A nalco. N ació d e la fu sió n d e «Los V ikingos» q u e se
v in c u la ro n con las J u v e n tu d e s Ju a ris ta s , la JCM , los b o lc h e v iq u e s, los
tro tsk ista s, los g u e v a rista s, los m ao ísta s y la Liga C o m u n ista E sp artaco .
Al poco tiem p o se les sum ó la A sociación d e la Ju v e n tu d E sp eran za de la
F ra te rn id a d , q u e te n ía n ex o s co n A n d rés Z u ñ o , hijo d el ex g o b e rn a d o r
Jo sé G u a d a lu p e Z uño.

«El FER p ro n to lo g ró u n im p o rta n te ap o y o en la c o m u n id a d


e stu d ian til d e la U niversidad de G u ad alajara (U deG ), u tiliz a n ­
d o m éto d o s d e m o crátic o s y asam b leístas. Su p rim e ra acció n
p u b lic a la re alizó e n la m a d ru g a d a d e l 2 4 d e se p tie m b re ,
c u a n d o el C om ité C o o rd in a d o r o cu p ó la C asa d el E stu d ia n te

66. DFS Exp. 15-3-73, L. 14, H. 167. AGN.


67. DFS Exp. 100-17-1-70, L. 21, H. 2 71. AGN. B orrador del Inform e a
la sociedad e n tre g a d o a la FEMSPP, Que no vuelva a suceder, cap ítu lo grupos
arm ados M éxico, 2005, sin publicar, pág. 5.
68. DFS Exp. 100-17-1-69, H. 111, L. 18. AGN.
69. DFS Exp. 100-17-1-969, H. 204, L. 8. AGN.
70. DFS Exp. 100-17-1-70, H. 271, L. 21. AGN.

75
José Luis M oreno Borbolla

d e s a lo ja n d o a los m alv iv ie n tes q u e se h a b ía n a p o d e ra d o d e


e lla » . 71

«La re sp u e sta del g o b iern o e statal y de la FEG fue v io len ta. El


d ía 2 9 , al d ía sig u ie n te d e su fu n d a c ió n , el FER o rg a n iz ó u n
m itin e n la Escuela Vocacional de la U niversidad de G u ad alaja-
ra c u a n d o , pisto lero s del FEG, en cab ezad o s p o r su p re sid e n te
F e rn a n d o M ed in a Lúa, lle g a ro n a b rie n d o fu eg o c o n tra los
re u n id o s . C a y e ro n m u e rto s d o s in te g ra n te s d e l FER, tre c e
p e rso n a s resu ltaro n h erid as, un g ran n ú m e ro de los a g red id o s
fu e ro n g o lp e a d o s y to rtu ra d o s , 4 6 e n c a rc e la d o s y 9 0 0 e s tu ­
d ia n te s d e d iv e rsas fa c u lta d e s y e sc u e la s fu e ro n e x p u ls a d o s
de la u n iv ersid ad ; días m ás ta rd e m u rió ta m b ié n M edina Lúa.
Los g o b ie rn o s e s ta ta l, fe d e ra l y m u n ic ip a l v o lc a ro n to d o el
a p a ra to policial y m ilitar c o n tra el FER. Sus m ilita n te s se v ie­
ro n o b lig a d o s a esc o n d e rse y d ifu n d ir c la n d e s tin a m e n te su s
o b jetiv o s. El 2 3 d e n o v ie m b re es e m b o sc a d o y a s e s in a d o el
m áx im o d irig e n te del FER, A rnulfo P rad o Rosas, en el c e n tro
d e G u a d a la ja ra p o r m ie m b ro s d e la FEG. Al m o rir tie n e 18
a ñ o s d e e d a d . Los c rim in a le s n u n c a fu e ro n d e te n id o s . Su
asesin ato radicalizó m ás al FER, q u e e n aquellos tiem p o s ten ía
a lr e d e d o r d e 1 2 0 b rig a d a s o rg a n iz a d a s y n u m e ro sa s s im p a ­
tías. A lgunos de sus núcleos d eciden a rm a rse p a ra d e fe n d erse
d e la re p re s ió n » . 72 '

A fines d e 1 9 7 0 , u n g ru p o in te g ra d o p o r m ilita n te s d e la J u v e n tu d
C o m u n ista (JC M ), d e d ife re n te s e sta d o s d e la R ep ú b lica, se e sc in d e d el
P a rtid o C o m u n ista M ex ican o (PC M ), su d irig e n te , R aúl R am o s Z av ala,
elab o ró el d o c u m e n to «El p roceso revolucionario», el cual fue fu n d a m e n ­
tal p ara el m o v im ien to a rm ad o ; en dicho d o c u m e n to se critica la p olítica
d el PCM, se c a ra c te riz a a la p ró x im a re v o lu c ió n c o m o so c ia lista y se
fu n d a m e n ta la vía a rm a d a co m o el cam in o p a ra la to m a d el p o d e r; este
g ru p o se le co n o ció con el n o m b re de «Los Procesos».
D espués de la m a ta n z a d el 10 de ju n io d e 1971, el E stado se em p e ñ o
e n « am p liar» su s re la c io n e s c o n los jó v e n e s : v isita v a rio s c e n tro s d e
e d u c a c ió n s u p e r io r y el 11 d e se p tie m b re se o rg a n iz a el Festival d e
R ock en A v a n d a ro . «Al o tro d ía la te lev isió n p re s e n ta la im a g e n d e

71. M ario Rivera Ortiz y Mario Rivera Guzm án. El secuestro de José Guadalupe
Zimo Hernández (un capitulo de la lucha guerrillera en el México de 1974). México,
DF: Iídiciones M edicina y Sociedad, 1992, pág. 19.
72. Borrador del Inform e a la sociedad entregado a la FEMSPP, Que no vuelva
ii Mit rdrr, capítulo G rupos arm ados México, 2005, sin publicar, pág. 4.

/(•
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ad o s en México.

u n a ju v e n tu d desenfrenada y desorientada. El p e rió d ic o Piedra R o d a n te


fue s a c a d o d e circu lació n d e sp u é s de h a b e r p u b lic a d o u n a rtíc u lo y
fotografías sobre los hechos del 10 de ju n io » . 73 A p a rtir d e e sta c a m p a ñ a
de c o n d en a, el rock a n d roll m exicano, se su m erg iría en los hoyos fu n k y
com o e x p resió n d e re b e ld ía será o rillad o a la m a rg in a lid a d .
U na p a rte d e la iz q u ie rd a , co m o ta m b ié n in te le c tu a le s d e la ta lla
de C arlo s F u e n te s y F e rn a n d o B enítez, a p o y ó la a p ertu ra d em ocrática y
com ienzan a co n stru ir o rg an izacio n es com o el CENAO, q ue dio vida a los
p a rtid o s S o cialista de los T ra b a ja d o re s y M exican o d e los T ra b a ja d o re s.
«En m ay o d e 1 9 7 2 se re a liz a en la UNAM el P rim e r Foro N ac io n al d e
E stu d ia n te s ; a h í se critica el re fo rm ism o d e los q u e p la n te a n d em o cra­
tización u niversitaria y cogobierno, p o r u n a p a rte d e los a siste n te s q u e
afirm a n : no querem os apertura, querem os revolución». 74 Esa p a rte d e los
activistas estu d ia n tile s co n fo rm an el ala rad ical q u e se g u irá n u trie n d o al
m o v im ien to a rm a d o d u ra n te los próxim os años.
La U niversidad A utón o m a de Sinaloa (UAS) se fue lig an d o a los secto ­
res p o p u la re s a través de la F ederación de E stu d ian tes d e la U n iversidad
de S in a lo a (FEU S). En 1 9 6 7 ay u d ó a cie n to s d e so lic ita n te s a fu n d a r
colonias p o p u lares. En 1969 fu n d ó el F ren te de D efensa Popular. La U ni­
v ersid ad A utónom a de Sinaloa (UAS) tuvo su h u elg a en 1970, de febrero
a n o v iem b re, en c o n tra de la im posición d el re c to r A rm ie n ta C ald eró n y
en d e m a n d a d e m a y o r p re s u p u e sto ; la re c to ría a cu só a la d isid e n c ia d e
e s ta r d irig id a p o r « ag ita d o re s p ro fesio n ales» y p o r c o m u n ista s d el PCM.
Los e stu d ia n te s resisten h a sta a d u e ñ a rse de los edificios de la UAS.
Los «enferm o s» n a c ie ro n en la C asa d e l E stu d ia n te « R afael B uelna»,
co n o cid a p o r los e stu d ia n te s com o Casa del E stu d ia n te C he G uev ara, en
C u liacán . T enía u n a la rg a tra y e c to ria de m o v iliz ac ió n p o p u la r. D esde
d ic ie m b re d e 1 9 6 9 sus 190 h a b ita n te s 75 re a liz a ro n h u e lg a s d e h a m b re
y d is trib u y e ro n p ro p a g a n d a p o r la lib e ra c ió n d e p re so s p o lítico s d e la
cárcel p rev en tiv a de la ciudad de M éxico , 76 ad em ás de re c a b a r 77 y lu char
p o r o b te n e r m ay o res sub sid io s p a ra a lim e n ta c ió n y e d u c a c ió n .78

73. Equipo de redacción. «Un largo cam ino para el Asalto al Cielo: Acerca del
M ovim iento Revolucionario en Sinaloa». En: Revista Expediente Abierto: México,
DF (noviem bre de 1 9 9 4 -e n ero de 1995), pág. 9.
74. Ibíd.
75. DFS Exp. 100-23-1-70, L. 11, H. 311. AGN.
76. DFS Exp. 100-23-1-69, L. 11, F. 194; DFS Exp. 100-23-1-70, L. 11, F.
259; DFS Exp. 100-23-1-70, L. 11, F. 266. AGN.
77. DFS Exp. 100-23-1-70, L. 12, F. 184. AGN.
78. DFS Exp. 100-23-1-70, L. 12, F. 49; Exp. 100-23-1-70, L. 12, H. 11; Exp.
100-23-1-70, L. 12, H. 49. AGN.

77
José Luis M oreno Borbolla

El m ovim ien to es rep rim id o el 11 de febrero de 1972, cu a n d o ag en tes


d e la Policía J u d ic ia l d el E sta d o in te rv ie n e n y to m a n las in sta la c io n e s
d e la u n iv e rsid a d p o r o rd e n e s d el g o b e rn a d o r. C om o re s u lta d o d el e n ­
fre n ta m ie n to so n d e te n id o s 115 p e rs o n a s .79 En lo s s ig u ie n te s d ías, se
p ro d u c e n a c to s d e p ro te s ta y m a n ife sta c io n e s ex ig ie n d o la lib e rta d de
los d e te n id o s . 80 La lu ch a ra d ic a liz a a las b ases, c o m ie n z a n a d e sa rro lla r
tra b a jo s p o p u la re s y d e a siste n c ia so cial q u e los a c e rc a a c a m p e sin o s y
jo rn a le ro s ag ríco las.
En 1 9 7 2 la FEUS re a liz ó su c o n g re so p a ra a p o y a r el n o m b ra m ie n to
d e n u e v a s a u to r id a d e s u n iv e rsita ria s. Su c o rrie n te p re d o m in a n te es la
iz q u ie rd a ra d ic a l, q u e se p la n te ó el « p o d e r e s tu d ia n til» y la p o sib ilid a d
del m ovim ien to com o un bastión de la lucha popular. Esta form a de lucha,
com o la to m a y q u e m a de edificios d e la C o n fed eració n d e A g ricu ltu ra y
del edificio d el PRI en ju n io d e 1972, la c o n fro n tó c o n la policía, lo q u e
rad icalizó a ú n m ás a la base e stu d ia n til.
P ara ju s tific a r el s e n tid o ra d ic a l d e sus acc io n e s la d irig e n c ia d e la
FEUS p re se n tó p ara su ap ro b ació n , a fines de ju lio de 1 972, el d o c u m e n to
q u e c o n te n ía las tesis d e la « U n iv e rsid a d -fáb ric a » , 81 q u e c o n fe ría a los
e s tu d ia n te s u n c a rá c te r p ro le ta rio y les a sig n a b a la ta re a d e p o n e r la
in f ra e s tru c tu ra d e la u n iv e rsid a d al servicio d e la re v o lu c ió n . C on e sta
concepción sa q u e a ro n la u n iv ersid ad (m im eógrafos, m á q u in as d e escribir,
la b o ra to rio s , e tc .); d e sca lifica ro n las o tra s o p cio n e s de iz q u ie rd a , se
p ro p u siero n c e rra r la univ ersid ad a los «burgueses» y se a u to p ro cla m a ro n
el « d e s ta c a m e n to d e v a n g u a rd ia d e l p ro le ta ria d o » . E sta c o rrie n te se
d en o m in ó «enferm a», d eb id o a q u e su co n sig n a fue: «E stam os e n ferm o s
d e l v iru s rojo d e la re v o lu ció n » . F re n te a e ste p la n te a m ie n to , e n ju lio
d e 1 972 la re c to ría a p o y a d a p o r el PCM, e x p u lsa m a s iv a m e n te a los
m a e s tro s « en ferm o s» d e la p re p a ra to ria , lo q u e e x a c e rb a el clim a de
e n fre n ta m ie n to .
D ada la d isp ersió n del m ovim iento arm ad o , varios d irig en tes se d ieron
a la ta re a d e e sta b le c e r co n ta c to con las o rg a n iz a c io n e s rev o lu cio n arias.

«La p rin c ip a l p re o c u p a c ió n d e R aúl R am o s Z av ala y d e los


in te g ra n te s d e l g ru p o fue la u n id a d d e los re v o lu c io n a rio s,
a ella le d e d ic ó los ú ltim o s a ñ o s d e su v id a, re c o rrie n d o fre ­
n é tic a m e n te to d o el te rrito rio d el p aís, d is c u tie n d o c o n los

79. D irección d e Investigaciones Políticas y Sociales (IPS) Caja (C) 2.494,


I Im (10 7 2 /0 2 /1 1 . AGN.
MU II',S/ C 2.496, F. 7 2 /0 2 /1 8 . AGN.
’i! I *•*• iiiiiiMito resu ltad o de discusiones colectivas e n tre varios grupos
m u ..I " i >i i* <l.i« i lún liniil l'uc encom endada a Ignacio Olivares Torres (grupo
• ............. l't «Im ( >iu/«n (¡uxmrin (FF.R).

n\
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

d ife re n te s g ru p o s a rm a d o s. En a g o sto d e 1971 se c re ó la


co o rd in ació n de diversos g rupos rev o lu cio n ario s; lla m a d a O r­
g a n iz a c ió n P a rtid a ria (O P); d e sta c a n d o e n e sta e ta p a D iego
L ucero d e los C o m a n d o s A rm ad o s d e C h ih u a h u a (CA CH ),
L eo p o ld o A ngulo Luke d el g ru p o G u ajiro s y R aú l R am o s Za-
v a la , q u ie n e s s e n ta ro n las b a ses te ó ric a s y p rá c tic a s p a ra la
n u e v a o rg a n iz a c ió n » . 82

La te rc e ra e ta p a fue la c o n stru c c ió n d e u n a o rg a n iz a c ió n n a c io n a l,
con u n a d ire c c ió n c e n tra liz a d a , u n a p o lítica ú n ic a y co n u n ó rg a n o d e
d ifusión o p erió d ico n acio n al.
Los esfuerzos p o r co n stru ir la org an izació n su p e rio r se m ateria liz a ro n
«mi a b ril d e 1 9 7 3 , en la c iu d a d d e G u a d a la ja ra , c o n la fu n d a c ió n d e la
I iga C om unista 23 de S eptiem bre. Diego y R aúl no viero n la culm inación
de su o b ra, el prim ero fue asesinado el 15 de e n ero de 1972 y R aúl m urió
.i la e d a d d e v e in tic u a tro a ñ o s e n un e n fre n ta m ie n to el 6 d e feb re ro de
1972, en la ciu d ad de M éxico. C uatro días a n te s el ejército a sesin ab a en la
c a rretera M éxico-M ichoacán, el 2 de febrero, al pro feso r G en aro V ázquez
Hojas d irig e n te d e la ACNR. En el tra n sc u rs o d e 13 d ía s el m o v im ie n to
arm ad o p e rd ió a tres de sus d irig en tes, vacíos que n o fu ero n lle n a d o s en
su to ta lid a d . «Este p erío d o es conocido co m o el in v ie rn o g ris » .83
C om o su ceso r de R am os Zavala, a Ignacio Salas O bregón, le tocó co n ­
cluir su obra: la unificación de los grupos revolu cio n ario s; p ero a p esar de
los esfu erzo s realizad o s no e stu v iero n re p re se n ta d o s to d o s los grupos. El
15 de m arzo d e 1973, en la casa alq u ilad a por F ernando S alinas M ora (a)
«El R ichard», m iem bro del F ren te E stu d ian til R evolucionario, u b icad a en
calle F ra te rn id a d No. 246, colonia B elisario D om ínguez, G u a d a laja ra , J a ­

f lisco, se realiza la p rim era reu n ió n de los g ru p o s que se fu sio n an p a ra d ar


o rigen a la Liga C om unista 23 de S ep tiem b re. La a sam b lea es co nvocada
por los eq u ip o s p articip an te s en el F ren te E stu d ian til R evolucionario, M o­
v im ien to d e A cción R ev olu cio n aria, M ovim iento E stu d ia n til P ro fesio n al,
G rupo 23 de S ep tiem b re y Lacandones. Se en c u e n tra n p resen te s F ernando
S alinas M ora (a) «R ichard» (FER), Ignacio A rturo S alas O b reg ó n (M EP),
G ustavo A dolfo H irales M orán (M EP), José Á ngel G arcía M artín ez (MEP),
M anuel G ám ez G arcía (M o v im ien to 23 d e S e p tie m b re ), E le a z a r G ám ez
G arcía (M o v im ien to 23 d e S e p tie m b re ), W en ceslao Jo s é G arcía (M AR),
Rodolfo G óm ez G arcía (M ovim iento 23 d e S ep tiem b re), Jo sé Ignacio Oli­

82. Equipo de redacción. «Los orígenes del M ovim iento A rm ado Socialista
en México». En: Revista Filo y Causas, n .°3 : México, DF (3 d e o ctubre de 2004),
pág. 41.
83. Salas O bregón, Cuestiones Fundamentales del M ovim iento Revolucionario
(M anifiesto al Proletariado), pág. 53.

79
José Luis M oreno Borbolla

vares Torres (M EP), Emilio Rubio, Leopoldo A ngulo Luken, H éctor Torres
G onzález (MEP) y Francisco R ivera C arvajal . 84 Como único re p re se n tan te
d e los L a c a n d o n e s se e n c u e n tra p re s e n te D avid Jim é n e z S a rm ie n to . 85
Esta p rim e ra re u n ió n nacio n al p erm itió la u n id ad de u n a p a rte im p o r­
ta n te d e l MAS. Dio p o r re s u lta d o u n a o rg a n iz a c ió n a nivel n a c io n a l. Se
c u e stio n ó el fo q u ism o , el m ilitarism o y la d isp ersió n ideológica y se e m ­
p ezó a d iscu tir el proyecto n acional. A dem ás se a p ro b ó el d o cu m en to que
c o n te n d ría las tesis fu n d a m e n ta le s de la nueva o rganización, que llevaría
p o r n o m b re Las c u e stio n e s fu n d a m e n ta le s del M o v im ie n to R e v o lu c io n a rio
en M ¿xico, cuya a u to ría e stu v o a carg o de Ignacio S alas O b reg ó n . Fue el
d o c u m en to síntesis de sus p lan team ien to s políticos e ideológicos; adem ás
se im p u lsó la e d ic ió n d e u n p e rió d ic o n a c io n a l. T am b ién se c o n fo rm ó
u n a e stru c tu ra o rg án ica ún ica y u n a dirección n acio n a l; la C o o rd in ad o ra
N acio n al, co n u n B uró Político y B uró M ilitar. El B uró P olítico q u e d ó
in te g ra d o p o r Ig n acio A rtu ro S alas O b reg ó n (a ) «Vicente» o «José Luis»,
Jo sé Á ngel G arcía M artín ez (a) «Gabriel» o «El G ordo», L eopoldo A ngulo
L uken (a) «M atus», Jo sé Ignacio O livares T orres (a) «El S ebas», R odolfo
G óm ez G arcía (a) «Nacho» y M anuel G ám ez R ascón (a) «Julio» o «Remo»
y el C o m ité M ilita r b ajo la re s p o n sa b ilid a d d e L eo p o ld o A n g u lo L uken,
D avid Jim é n e z S a rm ie n to (a ) « D am ián » 86 y F ran cisco A lfonso P é rez R a­
y ó n . 87 Se co n c lu y ó el p e río d o d e d isp e rsió n , n o e n su to ta lid a d , p e ro
re p re se n tó u n a v a n c e im p o rta n te e n este sen tid o .
En esa e ta p a se vio la n e c e sid a d d e tra s c e n d e r e l á m b ito u rb a n o ,
p a ra lo cu a l se e sta b le c ió re la c ió n c o n el g ru p o ru ra l m ás im p o rta n te
e n ese m o m e n to : el P a rtid o d e los P obres. « In te n to q u e fra c asó p o r el
v a n g u a rd ism o im p e ra n te e n la o rg a n iz a c ió n p a rtid a ria . O tro fa c to r q u e
influyó, so te rra d a m e n te , fue la d isp u ta p o r el lid e ra z g o del m o v im ien to
arm ad o , así se sep u ltó la u n id ad m ás am plia de los rev o lu cio n ario s » .86 Los
sig u ien tes m eses d esp u és de la p rim era reu n ió n de la liga se d e sarro llaro n
e sp e c ta c u la re s accio n es m ilitares.

«El 12 d e ab ril de 1973, u n c o m an d o de la B rigada Roja ex p ro ­


p ia la e m p re sa In d u s tria E léctrica d e M éxico, S. A., u b ic ad a
84. O rganigram a de la Liga C om unista 23 de Septiem bre, Dirección Federal
de S eguridad
85. T estim onio de Arturo Rivas Jim énez, 0 5 /0 8 /0 8 , México. A lberto Guiller­
m o López Limón. David Jim énez Sanniento, por la senda de la revolución. México,
DF: E ditorial 22 de m ayo, 2006, pág. 17.
86. T estim onio de A rturo Rivas Jim énez, 0 5 /0 8 /0 8 , México.
87. O rganigram a de la Liga C om unista 23 de Septiem bre, Dirección Federal
de Seguridad.
88. E quipo d e redacción, «Los orígenes del M ovim iento A rm ado Socialista
i!ii México», pág. 43.

80
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos a rm a d o s e n M éxico..

e n la c a rre te ra T la ln e p an tla -C u a u titlá n . Es la p rim e ra a cció n


p ú b lica de la Liga C om unista 23 de S ep tie m b re. F u e e je c u ta ­
da p o r un equipo de ocho in teg ran tes: José Bonfilio C e rv an te s
T avera, D avid Jim é n e z S a rm ie n to , A lfonso R ojas D íaz, M art-
h a M a ld o n a d o Sosa y Silva, A rtu ro A lejan d ro Rivas J im é n e z ,
E leazar G ám ez G arcía, Francisco A lfonso P é rez R ay ó n y Jo sé
Luis P ach eco A rag ó n . El B uró d e D irección c o m isio n a c o m o
c o o rd in a d o r d e la acción a M ax im ian o M a d rig a l Q u in ta n illa
(a) “El G o rd o ”, de la ex tin ta Liga L eninista E sp a rta c o » . 89

La s e g u n d a re u n ió n d e la d ire c ció n n a c io n a l d e la Liga se re a liz a


r n ju lio d e 1 973 a in sta n c ia s del B uró Político, e n la c a sa a lq u ila d a p o r
IVdro O rozco G u zm án , e n G u a d a la jara, Ja lisc o .90 La re u n ió n d u ra doce
días. En las sesiones de trab ajo se hace u n a ev alu ació n de las activ id ad es
d e sa rro lla d a s a p a rtir d e la c rea c ió n d e la LC23S y d e la s lu c h a s efec-
Iliadas p o r m ed io d e los d ife re n te s g ru p o s, d e sd e q u e e sto s in ic ia ro n su
•ictividad. S u rg en o p in io n e s c o n tra d ic to ria s so b re su q u e h a c e r. U nos le
d a n m a y o r im p o rta n c ia al tra b a jo c o n el s e c to r e s tu d ia n til, o tro s a la
ac tiv id ad co n o b re ro s y ca m p e sin o s. U nos le d a n m ás im p o rta n c ia al
irab ajo m ilitar; o tro s al trab a jo político y d e a g ita c ió n e n tr e los diversos
sectores, in clu y en d o la p ro p a g a n d a o ral y escrita. U nos le d a n m ás peso
al re c lu ta m ie n to y p o litiz a c ió n d e n u ev o s m ie m b ro s d e la o rg a n iz a c ió n
y a la la b o r d e ed u c a c ió n , o tro s al tra b a jo d e a g ita c ió n p o lític a . 91 O tro s
con ced en p rim o rd ial im p o rtan cia al trab ajo con los ca m p e sin o s y con los
o b rero s ag ríco las, com o Ign acio A. S alas O b reg ó n .
T am bién se d elib era sobre la n ecesidad de q u e la c o o rd in a d o ra realice
un tr a b a jo m á s u n ificad o , p la n te a n d o d e sd e e n to n c e s la p o sib ilid a d d e
una c e n tralizació n del m an d o a efecto de c o n stru ir un ó rg a n o m ás ejecu­
tivo. Los p u n to s m ilitares q u e b ásicam en te d eb en reg ir el fu n cio n am ien to
de la o rg a n iz a c ió n son:
1. d e s a rro lla r las activ id a d e s m ilitares p a ra a p o y a r el m o v im ien to de
m asas;
2 . d e s a r ro lla r a c tiv id a d e s p a ra a ju stic ia r m ie m b ro s p ro m in e n te s d el
ejé rc ito , d e la p o licía, líd e re s c h a rro s y p e q u e ñ a s u n id a d e s d e los
cu e rp o s de re p re sió n e n em ig o s;

89. L ópez Limón, David Jim énez Sarm iento, p o r la senda de la revolución,
pág. 21.
90. O rganigram a de la Liga C om unista 23 de Septiem bre, DFS Exp. 11-235-
74, H. 303, L. 11.
91. DFS Exp. 11-235-74, H. 303, L. 11.
José Luis M oreno Borbolla

3. d e s a r ro lla r a c tiv id a d e s p ara re c u p e ra r c. e x p ro p ia r a r m a s y m uni­


c io n e s .92

«De esta re u n ió n se derivarían acciones esp ec ta cu la res, c o m o


los se cu e stro s d e E ugenio G arza S ad a y F ern an d o A ra n g u re n
C astillo , q u e te rm in a n con la m u e rte d e a m b o s; a d e m á s , la
in s u rre c c ió n e n el m u n icip io de C u lia c án , S in a lo a el 1 6 de
en ero de 1 974 q u e se d enom inó Operación: A salto al CíeZc».9J

El in te n to d e s e c u e s tro d el d irig e n te p rin c ip a l d e la b u r g u e s ía de


M onterrey, E u g e n io G arza S ada, el 17 d e s e p tie m b re d e 1 9 7 3 , con el
objetivo d e e x ig ir la lib e ra c ió n de p reso s p o líticos, re c u rso s m o n e ta rio s
y la d ifu sió n de u n m an ifiesto en los p rin c ip a les m ed io s de in fo rm ac ió n ,
m a rcaría la a p a ric ió n p ú b lica de la rec ié n fu n d a d a o rg a n iz a c ió n en el
escenario n acio n a l. El se cu estro term in ó co n la m u e rte del in d u s tria l, su
chofer, su g u a rd a e sp a ld as y dos guerrilleros del com an d o . Se d a n adem ás,
por p a rte d e la Liga, los se cu e stro s d e l 8 d e o c tu b re e n la c iu d a d de
G uadalajara, Jalisco, del cónsul b ritánico A nthony D uncan W illiam s y del
em p re sa rio F e rn a n d o A ra n g u re n C astillo p id ie n d o v e in tic in c o m illones
de p eso s y la lib e ra c ió n d e c u a re n ta p re so s p o lítico s. La r e s p u e s ta del
E stado es c o n tu n d e n te : «El g o b ie rn o no p a c ta c o n c rim in a le s » , 94 an te
ello la d ire c c ió n d e la Liga o rd e n a lib e ra r a D u n can W illiam s, p e ro no a
A ranguren C astillo q u e es ejec u tad o p o r disposición de la d ire c ció n de la
o rg an izació n .
El 18 d e no v iem b re de 1973, en un co m u n icad o de la B rig ad a C am pe­
sina d e A ju stic ia m ie n to d el P artid o d e los P obres, firm a d o , e n tr e o tro s,
por Lucio C ab añ as, se aseg u ra que ese g ru p o em boscó a 3 0 0 so ld a d o s del
ejército m ex ican o . El d o c u m en to , es p u b lica d o en la rev ista ¿Por q u é ?

«S ierra d e G u e rre ro , a 25 de n o v iem b re de 1 9 7 3 .


Al p u e b lo de M éxico:
D am o s p a rte al p u e b lo d e d o s e m b o sc a d a s m ás q u e h e m o s
re aliza d o co n tra las tro p as crim inales de Luis E cheverría Á lva­
rez y d el g en eral g orila H erm enegildo C uenca Díaz. N u estro s
g o lp e s al m al g o b ie rn o so n d e sg a s te s q u e h a c e m o s a la c la ­
se rica q u e a p la s ta las lib e rta d e s d e M éxico, y so n n u e s tra s
a c c io n e s u n m o d o d e se ñ a la r el c a m in o h a c ia la g u e rra d e

92. DFS Exp. 11-235-74, H. 303, L. 11.


93. M auricio Laguna Berber, ed. Liga Comunista 2 3 de Septiem bre (LC23S).
Versión electrónica, pág. 2 .
94. Declaración del procurador general de la república, Pedro Ojeda Paullada,
octubre de 1973.

82
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

to d o s los p o b re s c o n tra los m illo n ario s q u e n o s o p rim e n . Es­


ta s d o s e m b o s c a d a s, al igu al q u e las q u e e fe c tu a m o s el a ñ o
p a sa d o , so n el e n sa y o q u e el p u e b lo re a liz a p a ra la g u e rra
de la R evolución P o b rista q u e se v ie n e e n to d o el país, com o
u n m edio de h a c e r real la v e rd a d e ra ig u ald ad e n tre to d o s los
m e x ican o s » .95

M ie n tra s e n S in a lo a , se p re p a ra b a u n a jo r n a d a re v o lu c io n a ria p a ra
a d ie s tra r a las m asas en el arte de la in su rrecció n , ya q u e la Liga co n sid era
q u e e x istía u n clim a d e p re in su rre c c ió n p o r la m o v iliz a c ió n p o p u la r e n
ese e sta d o y que se d en o m in ó , «asalto al cielo».
La jo rn a d a revolucio n aria se realiza el 16 de en e ro de 1974 con in te n ­
sas m ovilizaciones. En los cam pos p a ra ro n 50 mil trab a ja d o re s agrícolas y
en las ciu d ad es m iles de obreros, com o los de la c o n stru cció n de las colo­
nias Infonavit, p o r d e m a n d a s salariales; se d a n ta m b ié n e n fre n ta m ie n to s
con la policía ju d ic ia l, secu estro s d e ca m io n es y d e sa rm e d e a g e n te s p o r
las b rig ad as e stu d ia n tile s y o b reras, así com o el a salto al b an co d e arm as
d e la S e c re ta ría d e A g ric u ltu ra y R ecursos H id rá u lic o s d o n d e se re c u p e ­
ra n d ieciséis m o sq u e to n e s y p arq u e . O tras accio n es fu e ro n las to m a s de
e m p ac ad o ras, fábricas y cam pos en el valle de C u liacán, e n fre n tam ie n to s
con c a p a ta c e s, g u a rd ia s b lan ca s, ju d ic ia le s y el ejército .
E stas acciones d e m asas fu ero n seg u id as p o r u n a o fensiva del E stado,
casi la m ita d d e l e jé rc ito fue e n v ia d o a S in alo a (4 0 .0 0 0 efe c tiv o s); el
m o v im ie n to «en ferm o » fu e g o lp e a d o s e v e ra m e n te co n c e rc a d e cien
bajas, e n tre m u erto s, d esap arecid o s y p reso s a d e m á s d e u n a p ersecu ció n
g e n e ra liz a d a , la c iu d a d d e C u liacán fu e p rá c tic a m e n te to m a d a p o r las
fu e rz a s a rm a d a s. M ie n tra s el B uró Político d e la Liga h ac e u n b a lan c e
positivo del p erío d o o fensivo del m o v im ien to re v o lu c io n ario e n S in alo a.

«La conciencia socialista se va afirm a n d o en el p ro le taria d o en


e sta s m o v ilizacio n es, al a rrib o a n u ev a s y su p e rio re s fo rm as
de lucha, la o rg an izació n p a ra la lu ch a que el p ro le ta ria d o se
h a d a d o al c a lo r d e los c o m b a te s c o n tra la b u rg u e s ía y sus
cu erp o s policíaco-m ilitares, la asim ilación de las ex p erien cias
y la g e n e ra liz a c ió n d e estas, la b a sta a g ita c ió n p o lítica g e n e ­
ra d a p o r el m o v im ien to rev o lu cio n ario , to d o esto m u e s tra la
fu erza del p o d e r p ro le ta rio en esa zo n a, y coloca sin d u d a al

95. Equipo de redacción. «El Partido de los Pobres em bosca a 300 soldados».
En: Revista ¿Por Qué?: (25 de noviem bre de 1973).

83
José Luis M oreno Borbolla

m o v im ie n to re v o lu c io n a rio e n S in a lo a c o m o la v a n g u a rd ia
d el m o v im ie n to rev o lu c io n a rio a nivel n a c io n a l » .96

C om o re s u lta d o d e l b a la n c e se d e te rm in ó re a liz a r u n a s e g u n d a jo r ­
n a d a in s u rre c c io n a l p a ra el I o d e M ayo, la cu al no se llevó a c a b o p o r
la d e s a rtic u la c ió n q u e su frió la o rg a n iz a c ió n en el E sta d o p ro d u c to d e
la o fen siv a re p re siv a y las c o n tra d ic c io n e s q u e se v e n ía n g e s ta n d o al
se n o d e la Liga, p re á m b u lo d e la rectificación d e u n a b u e n a p a rte de sus
m ilita n te s, a b a n d o n a n d o la vía a rm a d a m eses d e sp u és.
A c o n se c u e n c ia d e los g o lp es recib id o s, el B uró P olítico d e la LC23S
se c o n c e n tra e n el c iu d a d d e M éxico e n n o v ie m b re d e 1 9 7 3 c o n la id e a
d e fo rta le c e r a la B rig a d a R oja y, a tra v és d e e sta , a la C o o rd in a d o ra
N acio n al. En la e v a lu a c ió n d e los tra b a jo s, Ig n acio A. S alas O b re g ó n
«O seas», p re s e n ta u n an á lisis c rítico d e l m o v im ie n to y d e la lu c h a en
g e n e ra l. En lu g a r d e av an za r, e n a lg u n o s lu g a re s se re tro c e d ía . La
o rg an izació n h ab ía a b a n d o n a d o casi p o r com pleto el trab ajo de agitación
e n alg u n o s lu g a re s com o Jalisco y el D istrito F ederal, en o tro s lu g a re s se
h a b ía a b a n d o n a d o el trab ajo político y en o tro s no se h a b ía d esa rro lla d o
d e b id a m e n te el tra b a jo m ilitar. «Esta situ a c ió n se la a trib u y e a M an u el
G ám ez R ascón (a) ‘Ju lio ”, a q u ien co n sid era resp o n sab le de esto s fracasos.
A p a rtir d e e n to n c e s , en to d a s las re u n io n e s q u e c e le b ra n lo s C o m ités
C o o rd in a d o re s Z o n a le s e s ta rá sie m p re p re s e n te u n m ie m b ro d e l B uró
P olítico q u e re p r e s e n te fiel y d o c trin a ria m e n te las p o sic io n e s d e S alas
O b reg ó n . 97 Se d e sa ta así la lu ch a p o r el co ntrol to ta l de la o rg an iza c ió n » .98
«La T ercera R e u n ió n N acio n al d e la Liga se re alizó el 2 d e a b ril de
1 9 7 4 e n el d o m ic ilio d e E d m u n d o M e d in a F lo res, u b ic a d o e n c iu d a d
N etzah u alcó y o tl, E stado de M éxico » . 99 Se p ro d u cen n u e v a m e n te g ran d es
diferen cias políticas y posiciones c o n trad icto rias. Se a c u e rd a , a iniciativa
d e Ign acio S alas O b reg ó n , la d iso lu ció n te m p o ra l (q u e se tra n sfo rm a en
p e rm a n e n te ) d e la C o o rd in a d o ra N acio n al y d el B uró P olítico ele c to s
c u a n d o se fu n d ó la Liga y la c o n fo rm a c ió n d e u n a n u e v a C o o rd in a c ió n
N a cio n al, q u e c e n tra lic e las fu n c io n e s d e a m b o s o rg a n ism o s y q u e sea
la ú n ic a en d e te r m in a r el tra b a jo q u e d e sa rro lle la o rg a n iz a c ió n . E sta
q u e d ó in te g ra d a p o r Ig n acio A rtu ro S alas O b re g ó n , Luis M ig u el C orral

96. Com isión Nacional de la Liga C om unista 23 de Septiem bre, ed. Sinaloa:
a la cabeza del m ovim iento revolucionario en México. M ayo de 1974. Versión
electrónica, pág. 2.
97. DFS Exp. 11-235-74, H. 303, L. 11.
98. B orrador del Inform e a la sociedad entregado a la FEMSPP, Que no vuelva
a suceder, capítulo Grupos arm ados México, 2005, sin publicar, pág. 44.
99. Datos tom ados del Organigram a de la Liga Com unista 23 de Septiem bre.
DFS.

84
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

<Jarcia y Jo sé Luis M artínez Pérez. Se a c u e rd a ta m b ié n la reo rg a n iz ac ió n


lutal de la O rg an izació n y su p ro g ra m a con a ctiv id ad es políticas y m ilita­
res . 100 La re u n ió n se cen tra en co m b atir al o p o rtu n ism o p eq u eñ o -b u rg u és
a lo jad o e n se n o d e su o rg a n iz a c ió n ; el e n e m ig o y a n o so n los p a rtid o s
v o rg a n iz a c io n e s d e la iz q u ie rd a tra d ic io n a l n i las o tra s o rg a n iz a c io n e s
p o lítico -m ilitares, sino q u e se e n c u e n tra e n tre ellos, p ro d u c to d e sus
d iferentes orígenes, en los h etero g én eo s m éto d o s de tra b a jo y las d iversas
visiones d e la re a lid a d . Se d e ja ro n d e la d o c u e stio n e s fu n d a m e n ta le s
como el se c ta rism o , la so b re id e o lo g iz a c ió n q u e los s e p a ra b a d e l re sto
d el m o v im ie n to a rm a d o y d el m o v im ie n to so cial, y el m ilita rism o q u e
h a b ía p e n e tr a d o p ro fu n d a m e n te a la o rg a n iz a c ió n , q u e e ra v íc tim a d e
las d e sv ia c io n e s q u e criticó en su fu n d a c ió n . A lg u n o s c o m p a ñ e ro s se
a v e n tu ra n tím id a m e n te a c u e s tio n a r el ru m b o q u e h a to m a d o la Liga,
o tro s lo d e fie n d e n a ra ja ta b la , p e ro n o es la ú n ic a o rg a n iz a c ió n co n
p ro b le m a s. Sin e m b a rg o se c o n tin u a c o n las accio n e s m ilita re s: la e m ­
b o scad a a la esco lta m ilita r de resg u ard o del tre n q u e h a c ía su re co rrid o
Puebla-M éxico el 14 de febrero de 1974, así com o la recu p e ra c ió n de dos
fusiles FAL en G u a d a la ja ra , son m u e stra s d e ello.
La ag u d izació n de la rep resió n p o r p arte del E stado no se hace esperar,
toca a to d as las o rganizacio n es arm ad as; la m a d ru g a d a d e l 15 de febrero
de 19 74 , el ejército m asacra a m ilitan tes d el F ren te de L iberación N acio­
nal (FLN) e n N e p a n tla , E stad o de M éxico, se g u id a d e e n fre n ta m ie n to s
en los E stad o s d e C hiapas y V eracruz; e n ab ril d el 74 d e tie n e n a Ignacio
S alas O b re g ó n , a s e n ta n d o u n d u ro g o lp e a la Liga, q u ie n es e n c u e n tra
d esap arecid o d esd e en tonces; el Partido de los Pobres secu e stra , el tre in ta
d e m ay o d e 1 9 7 4 , al c a n d id a to a g o b e rn a d o r d e l E sta d o d e G u e rre ro ,
R ubén F ig u e ro a , m ie m b ro p ro m in e n te d e l PRI, acció n q u e no fue su fi­
c ie n te m e n te v a lo ra d a p o r el PDLP, q u e d a lu g a r a la m a y o r o p e ra c ió n
m ilita r p o r p a rte d e l e jérc ito e n el E stad o , d e ja n d o u n a a m p lia sec u ela
d e d e s a p a re c id o s, c u lm in a n d o con la m u e rte d e Lucio C a b a ñ a s el 2 de
d iciem b re de 1 9 74; d e tie n e n a u n a p a rte d e la d irec c ió n d e las F u erzas
R e v o lu cio n arias A rm ad as d e l P u eb lo (FRAP) d e sp u é s d e l se c u e s tro , a
finales de agosto del 74, y p o sterio r liberación del su eg ro , Jo sé G uad alu p e
Z uño, del p re s id e n te Luis E cheverría. Estos c ru e n to s h e ch o s cla m a n que
las cosas no v an b ien p a ra el MAS.
D u ra n te el p e río d o d e 1 9 7 4 -1 9 7 5 se d a n m ás d e 2 5 0 caso s e n tre
a sesin ad o s, presos, d esa p a re c id o s y ex ilad o s ; 101 e n tre los c u a d ro s caídos
d u r a n te e ste p e río d o c ab e re s a lta r a Jo sé Ig n acio O liv ares T orres d e la

100. Ibíd.
101. M auricio Laguna Derber. «La Prensa C landestina en M éxico. Caso del
periódico Madera 1973-1981». Tesis de lie. UNAM, 1997, pág. 38.
José Luis M oreno Borbolla

d ire c c ió n n a c io n a l, d e te n id o , to r tu ra d o y e je c u ta d o e x tra ju d ic ia lm e n te
en feb rero d e 1 9 7 4 , q u e d a n d o a b a n d o n a d o s su s re sto s a las p u e rta s del
dom icilio d el e m p re sa rio A ra n g u re n , 102 Ig n acio S alas O b reg ó n , m áx im o
d irig e n te d e la Liga d e te n id o , h e rid o d u ra n te u n e n fr e n ta m ie n to en
T la n e p a n tla , E stad o de M éxico y d e sa p a re c id o , 103 M an u el G ám iz G arcía
«Julio» a q u ie n se le p ie rd e el ra s tro h a c ia m ay o d e 1 9 7 4 ,104 F ran cisco
R ivera C arb aja l «C hicano» d e te n id o y m u e rto , 105 P ed ro O ro zco G u zm án
«C am ilo» d e la d ire c c ió n d el F re n te E stu d ian til R e v o lu c io n a rio «FER»,
y m ie m b ro d e l C o m ité M ilitar de la Liga, m u e rto el 2 4 d e d ic ie m b re
d e 1 9 7 3 , e n G u a d a la ja ra 106 F e rn a n d o S a lin a s M o ra «R ich ard » , m u e rto
en u n e n fr e n ta m ie n to co n la p olicía al c a e r u n a c asa d e se g u rid a d , el
2 4 d e a g o sto d e 1 9 7 3 ju n to c o n E fraín «B orrego», d e Los V ik in g o s , 107
C arlos R e n te ría R o d ríg u ez, m u e rto en u n e n fre n ta m ie n to e n M onterrey,
de la d irig en cia del C om ité E studiantil R evolucionario , 108 S alv ad o r C orral
G arcía, c o o rd in a d o r g e n e ra l d e la Liga e n S in a lo a y re s p o n s a b le d el
c o m ité local d e C u liacán , re sp o n sa b le d e la in su rre c c ió n e n S in a lo a del
16 de e n ero de 197 4 y d irig en te del CER, m u erto y su c u e rp o e n c o n trad o
e n u n b ald ío e n M onterrey, N uevo L eó n , 109 c e rca d e la re s id e n c ia d e los
G arza L agü era. S ergio M o n jarrez Z epeda, B enjam ín P alacios H e rn á n d e z
y Pedro A guirre López, son d e ten id o s y m iem bros im p o rta n te s d el CER , 110
M iguel Á ngel T orres E nríquez «El D octor», d el CER d e te n id o e in cu lp ad o
d e se r el a u to r d e la m u e rte d e G arza S a d a, el 6 d e d ic ie m b re d e 1 9 7 4 ,
F ernando M iguel Ruiz Díaz d eten id o y p re se n ta d o el 20 de m ayo de 1974.
C on la d e te n c ió n -d e sa p a rició n de Ignacio S alas O b reg ó n , la dirección
p o lítica q u e d a a c a rp o d e l C on sejo d e R ed acció n y su s p rin c ip a le s d iri­
g e n te s son: M ig u el A ngel G arcía C orral, «Piojo B lanco»; D avid Jim é n e z
S a rm ie n to «C hano», M iguel Á ngel B a rra z a G arc ía y e n tr e o tro s A dolfo
L ozano P érez «M ariano», M ario Avilés D om ínguez, Isabel M orales, Ángel
S a rm ie n to , O livia F lo res L ed esm a , S a lv a d o r C o rral, C arlo s G o ro ztio la,
M an u el A m arillas Palafox, e n tre otros.

102. Periódico Ovaciones, 7 de febrero de 1974.


103. L aguna Berber, «La Prensa C landestina en M éxico. Caso del periódico
Madera 1973-1981», pág. 37.
104. Gustavo H irales M orán. «La G uerra secreta 1970-1978». En: Nexos, n.°
54: (junio de 1982), pág. 42.
105. L aguna Berber, «La Prensa C landestina en México. Caso del periódico
Madera 1973-1981», pág. 40.
106. Periódico Ovaciones, 7 de febrero de 1974.
107. Periódico Madera n.° 52, de la LC23S, agosto de 1980, pág. 27.
108. Periódico Universal, 8 de m ayo de 1974.
109. Periódico Heraldo de Mécico, 7 de febrero de 1974.
110. Periódico Ovaciones, 27 de m ayo de 1974.

86
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos a rm a d o s en M éxico.

La d ire c c ió n p o lítica q u e d ó a c arg o d e M iguel Á ngel G arc ía C o rral,


pero en la práctica la m ay o r influencia en la Liga la po see David Jim én e z
S a rm ie n to , q u e p e rte n e c e al C o m ité M ilitar N acio n al, ju n to co n A dolfo
L ozano Pérez.

«Pero esta influencia no es de n in g u n a m a n e ra g ra tu ita sien d o


q u e el “C hano” fue, ju n to a la B rigada Roja, qu ien m a y o rm e n ­
te sostuvo a la Liga en el p eríodo gris y consolidó al periódico
M adera y en m ay o r p ro p o rc ió n lo logró con un acc io n a r m ili­
ta rista , h erencia de los diversos grupos fu n d a d o re s de la Liga,
el cu al p e rm e ó d e n tr o d el p e río d o gris, se c o n so lid a h a cia
1 9 7 5 y c o n tin ú a h a sta finales de 1 9 7 7 » .111

D esp u és la d e te n c ió n -d e s a p a ric ió n d e Ig n acio S alas O b re g ó n , m á ­


xim o d irig e n te d e la o rg a n iz a c ió n , se p ro d u jo el e s ta n c a m ie n to e n la
ela b o ra c ió n teórica.
El 2 5 d e a b ril d e 1 9 7 5 es d e te n id o , d e sp u é s d e l a sa lto al b a n c o de
C o m ercio , su c u rsa l Villa C oap a, en la c iu d a d d e M éxico, u n m ilita n te
d e la B rig ad a Roja q u e h a b ía p a rtic ip a d o e n el a sa lto , el cu al es to m a d o
p reso d e sp u é s de ser g ra v e m e n te h e rid o , in ic ia n d o u n a la rg a c a d e n a de
d e te n c io n e s d e a c tiv ista s d u ra n te to d o ese a ñ o . D e los 2 7 re g istra d o s
- d e t e n id o s o m u e rto s e n tre m ay o y a g o sto d e 1 9 7 5 - 14 fu e ro n c o n sig ­
n a d o s a la p e n ite n c ia ría de L ecu m b erri: C arlo s C o n d e L ópez o C arlos
G óm ez (José Luis o El C ompadre); Ignacio Abel C hávez V elázquez (Jo rg e
o P a b lo ); V ícto r M an u e l M e n d o z a S á n c h e z (El Pelé); A n to n io L icenco
Licea V erdugo (M ario ); J u a n E scam illa E scobedo (Ju lio o E m ilio); Jo rg e
M an u el T o rres C edillo (O sc a r); A lfredo Tecla P a rra (R afae l); Jo s é Luis
M o ren o B orbolla (A dolfo o R am ó n ); N o rm a M artín ez W a ta n a b e (N o ra);
T rin id a d León Z e m p o a lté c a tl (S a n d ra ); M an u e l A n zald o M en eses y D a­
vid Z a ra g o z a Jim é n e z (Jo sé ). Los d e te n id o s-d e sp a re c id o s fu e ro n D avid
Jim é n e z F ragoso, A dolfo Tecla P arra, M ario D o m ín g u ez Ávila, L eo n ard o
J im é n e z A lv arad o , C a rm e n V argas P ére z , F ran cisco A velino G allan g o s,
A raceli R am os W atanab e, Delia M orales López, Jo a q u ín Porras Baños. Los
caídos en co m b ate son Adolfo Lozano P érez (M arian o ), T eresa H ern á n d e z
A n to n io , (A lejan d ra) y J a c in to d e q u ie n se d e sc o n o c e su n o m b re leg al.
A p a r tir d e ese m o m e n to , só lo 11 m ilita n te s m ás d e esa o rg a n iz a c ió n
fu e ro n p ro c e s a d o s y ju z g a d o s c o n fo rm e a d e re c h o ; el re sto m u rie ro n o
fu ero n d e sa p a re c id o s e n tre 1975 y 1 9 8 0 .112

111. Mauricio Laguna Berber. Cronología de la Liga Comunista 23 de Septiem ­


bre. O bra inédita, pág. 18.
112. Jesús Ramírez Cuevas. «Partes policíacos prueban la participación oficial
en la desaparición de guerrilleros». En: La Jom ada: (30 de ju n io de 2005).

87
José Luis M oreno Borbolla

D estaca el h e ch o q u e e n tre los d ete n id o s se e n c o n tra b a n resp o n sab les


d e los C o m ité s d e Im p re sió n , d el Z onal O rie n te , m ie m b ro s d e l C o m ité
M ilitar d e la B rig a d a R oja; d e los m u e rto s e n c o m b a te A dolfo L ozan o
P érez e ra m ie m b ro d el C o m ité M ilitar N acio nal d e la Liga y T eresa H e r­
n á n d e z A nton io e ra m iem bro del C om ité de D irección de la B rigada Roja,
así c o m o M ario D o m ín g u e z Ávila, d e te n id o -d e s a p a re c id o . Las p é rd id a s
d e e le m e n to s d e d ire c c ió n fu e c o sto sa p a ra el m o v im ie n to a rm a d o en
g e n e ra l y p a ra la Liga e n particu lar.
Si las d ete n c io n e s, m u e rte s e n co m b ate y las d e te n c io n e s-d e sa p a ric io ­
n es h a b ía n m e rm a d o a la p rin c ip a l o rg a n iz a c ió n a rm a d a , la LC23S, el
c o m ie n z o d e l p ro c e so d e rectific ac ió n p o r p a rte d e a lg u n o s g ru p o s d e
m ilita n te s, a sí c o m o la escisió n d e o tro s c o n v isio n e s d ife re n te s a la
posición oficial d e n tro de la o rg an izació n , colocó la Liga e n u n a p ro fu n d a
crisis.
A c o m ie n z o s d e 1 9 7 5 la LC23S se fra c tu ra in te rn a m e n te e n m e d io
d e fu e rte d e b a te in te rn o q u e c ritic a b a el m ilita rism o c re c ie n te d e la
O rg an izació n y el divorcio de esta con los secto res sociales q u e p re te n d ía
o rg a n iz a r:
■ Por u n la d o q u e d a n los q u e se a d h ie re n al p ro y e cto o rig in al, e n tre
los q u e fig u rab an David Jim én ez S arm ien to , A dolfo Lozano P érez y
M iguel Á ngel B a rra z a . 113
■ Un g ru p o q u e se sep ara de la Liga lo fo rm an la Fracción B olchevique
e n c a b e z a d a p o r E stela R am os Z avala - h e r m a n a d e R aú l R am o s
Z a v ala, f u n d a d o r d e Los P r o c e s o s - . O tro se a g ru p a e n to rn o
al d o c u m e n to c o n o cid o c o m o Vinculación P artidaria y la B rig ad a
R e v o lu c io n aria «E m iliano Z apata».
■ La B rig ad a «Carlos R entería» de Jo sé D om ínguez fu n d a d a en 1974,
e s ta b le c e re la c io n e s con la BREZ y c o n el C o m ité M a rx ista d el
P ro le ta ria d o «A rturo G ám iz». D ecid en re tira rs e d e la sie rra de
O ax aca y d e l « C u ad rilátero de Oro». Los tres g ru p o s se in te g ra n al
C o m ité M arx ista-L en in ista.
■ T a m b ié n a b a n d o n a la sie rra el g ru p o d e L eo p o ld o A n g u lo L uken,
se se p a ra de la LC23S y fu n da su p ro p ia o rg an izació n p o r u n breve
tie m p o .
■ El g ru p o d e E d m u n d o M ed in a, e x p u lsa d o d el g ru p o «Los M acías»,
fo rm a la Liga de los C o m u n istas, al fre n te d e la c u a l q u e d a H écto r
G o n zále z .

113. Je sú s R am írez Cuevas. «D etenciones de la DFS en los 70 y 80, porque


a rran cab an d a to s bajo tortura?. En: La Jornada: (2 de julio de 2 0 0 5 ), pág. 16.

88
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en M éxico...

■ En S in alo a se fo rm a el g ru p o d e «Los A u tén tico s» , q u e fo rm a n al


s a lir d e la cárcel a lg u n o s ex d irig e n te s d e los « en ferm o s» , c o m o
C am ilo V alen zu ela, Je s ú s Z a m b ra n o G rijalv a y A n d ré s A yala, q u e
d e sd e la cárcel h ab ía n e n tra d o en co n ta c to con el C om ité M arxista-
L e n in ista . 114
El pro y ecto u n itario , p lasm ad o en u n p rim er m o m e n to com o e stru c tu ­
ra fren tista, llega a su fin. Es el p rincipio de u n a le n ta a g o n ía q u e lleva a
Iíi d iso lu c ió n de la o rg a n iz a c ió n p o lític o -m ilita r u rb a n a , c o n m o d e ra d a
p resen cia g u e rrille ra ru ra l, m ás im p o rta n te d el país.
Los ele m e n to s a n te rio re s nos p e rm ite afirm a r q u e e n esos m o m e n to s
d m ov im iento arm ad o atrav esab a p o r su c u a rta e ta p a : la d e rro ta político-
m ilitar.
La d e rro ta no significó la desap arició n del MAS, la solución m ilitar p o r
parte d el E stado no fue la resp u esta ad e cu a d a p a ra llev ar la lu ch a a otro s
te rre n o s, ni el re c o n o c im ie n to d e los p ro p io s e rro re s d e l m o v im ie n to
arm ad o h icieron que este rectificara en su co n ju n to , al c o n tra rio la lu ch a
se h iz o m ás v iru le n ta p o r las d o s p a rte s. A hí q u e d a n lo s c ie n to s d e
presos, exiliados, m u erto s y desp arecid o s de una p a rte de esa gen eració n ,
d eseo sa p o r e rra d ic a r la injusticia en n u e stro p aís e n fo rm a rad ical.
En m ay o d e 1 9 7 6 , la LC23S e d ita su «Plan N a c io n a l d e T rabajo».
D efiniendo q u e los niveles d e lu ch a rev o lu cio n aria no so n los m ism os en
to d o el país, al que div id e en siete zo n as de trab ajo :
■ La N o ro este con S in alo a, S o n o ra, C h ih u a h u a , D u ran g o , P en ín su la
la B aja C alifornia y N ayarit.
■ La M etro p o litan a con el D istrito fed eral, E stad o d e M éxico, P uebla,
M orelos. H idalg o y T laxcala.
■ La N o reste con N uevo León, C o ah u ila y T am au lip as.
■ La S u reste con V eracruz, Tabasco, C hiapas y la re g ió n del Istm o en
O axaca.
■ La S u r con G u errero , O axaca y M ichoacán.
■ La C en tro con Jalisco , G u a n aju a to , Z acatecas, A g u ascalien tes, S an
Luis Potosí, Q u e ré ta ro y C olim a.
■ La p en ín su la de Y ucatán con Yucatán, C am peche y Q u in tan a R oo . 115
Insiste en q ue es la v e rd a d e ra o rg an izació n del p ro le ta ria d o m exicano
y el a u té n tic o em brión del Partido, fren te a los p a rtid o s d e izq u ierd a y los
g ru p o s q u e se h a b ía n a p a rta d o de la vía a rm a d a p a ra la to m a del poder.

114. Laguna Berber, «La Prensa C landestina en México. Caso del periódico
Madera 1973-1981», pág. 49.
115. Borrador del Inform e a la so cied ad ... Capítulo Grupos arm ados México,
pág. 52.

89
Jo sé Luis M oreno Borbolla

El 11 d e a g o sto d e 1 9 7 6 , D avid J im é n e z S a rm ie n to , el p rin c ip a l


d irig e n te nacio n a l de la LC23S, p ierd e la vida cu a n d o in te n ta b a secu e strar
a M a rg a rita L ópez P o rtillo , h e rm a n a d e Jo s é L ópez P o rtillo P acheco,
p re s id e n te e le c to d e la R ep ú b lica. En su lu g a r to m a la d ire c c ió n Luis
M iguel C o rral G arcía q u e e m p ie z a a re p la n te a r la e s tra te g ia m ilita rista
d e la LC23S. Se d e c id e la d e sc e n tra liz a c ió n d e l p e rió d ic o c la n d e stin o
M adera, p a ra s e r p u b lic ad o e n M onterrey, G u a d a la ja ra y C h ih u a h u a con
e d ic io n e s lo c ale s. A p rin cip io s d e 1 9 7 7 se in te n ta in c o rp o ra r la lín e a
co n se jista , q u e p riv ileg ia el tra b a jo en sin d ic a to s y la p o sib ilid a d de
tr a b a ja r p o lític a m e n te en ellos, p ro ceso q u e n o rin d e fru to s al m o rir en
co m b a te Luis M iguel C orral G arcía, ju n to con M an u el A m arillas Palafox,
el 2 4 de ju n io de 1977. Tras su m u e rte , M iguel Á ngel B arraza G arcía se
c o n v ierte en el c o o rd in a d o r de la D irección N acional de la O rg an izació n .
B ajo su d ire c c ió n se in te n sific a n n u e v a m e n te las d e te n c io n e s en las
repartizas y las ca íd a s d e m ilita n te s. El p ro p io B a rra z a es d e te c ta d o
el 22 de e n e ro de 1981 en u n a repartiza en ciu d ad U n iversitaria, seguido,
cercad o , y elim in a d o p o r d e c e n a s d e a g e n te s d e la B rig ad a B lanca.
E n tre n o v ie m b re d e 1981 y e n e ro d e 1 9 8 2 la B rig a d a E sp ecia l le
asesta un nuev o golpe cu a n d o elim ina a otros tres m iem b ro s im p o rta n te s
d e la D irecció n N acio n al d e la LC23S, d e tie n e a los c o o rd in a d o re s de
los se c to re s d e m a sa s, d e sa rtic u la el C o m ité d e l N o ro e ste y d e tie n e a
d e c e n a s d e b rig a d ista s. Ello se p ro d u jo d e b id o a la in filtra c ió n p o licial
q u e te n ía n e n la Liga, a c o n se c u e n c ia d e u n siste m a d e re c lu ta m ie n to
d é b il y un re la ja d o siste m a d e se g u rid a d . Los n u e v o s re c lu ta s te n ía n
u n a p rep aració n m uy escasa, fren te a u n a policía q u e ten ía d e sa rro lla d o s
sus m ecanism os de luch a c o n tra in su rg e n te a p le n itu d . E stos d esc ala b ro s
o rig in aro n , a su vez, u n a co n fu sió n en las d iscu sio n es in te rn a s e n tre los
co m ités locales, b rig a d a s y m iem b ro s de d irecció n , q u e no e ra n cap aces
d e e stru c tu ra r u n p ro g ra m a p olítico n acio n a l.
C on la m u e r te d e M iguel A ngel B arraza G arcía se c ie rra el ciclo d e
d irig e n te s h istó ric o s d e n tro d e la Liga, es c o n B a rra z a q u e se h a c e el
últim o esfuerzo p a ra d o ta r a la o rg an iz a c ió n d e u n p ro g ra m a .

«De tie m p o a tr á s h a b ía su rg id o la n e c e sid a d d e q u e la o rg a ­


nización d ie ra a c o n o c e r al m o v im ien to un n u ev o p ro g ra m a ,
y su rigor, su p ro g ra m a ya e sta b le c id o c o m o u n d o c u m e n to
único. A hí en la in tro d u c c ió n se c o m en tó q u e esto es n e c e sa ­
rio no solo p o rq u e h ay u n c o n ju n to de p ro b lem as p la n te a d o s,
de p rob lem as que se h an v enido an alizan d o , d iscu tien d o , que
no están c on tem p lad o s-en d o cu m en to s ya en fo rm a de lo q u e
la o rg a n iz a c ió n h a d e sa rro lla d o ; no só lo p o r eso , sin o q u e

•JO
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ad o s en México.

h a sta esto s m o m e n to s no te n e m o s u n d o c u m e n to ú n ic o q u e
d ig am o s: Este es n u e stro P ro g ra m a » . 1,6

Algunas de las características del Movimiento Socialista


Armado en México
1. «El E stado rehusó la vía del diálogo q u e se n tara las bases de un p ro ­
yecto d e n ació n q u e fu e ra in c lu y e n te. El a u to rita ris m o del E stad o
q u e, e n lu g a r de re so lv e r las d e m a n d a s p o p u la re s, p riv ile g ia b a el
co n tro l p o lítíco p o r m e d io s p o licíaco s y re p re siv o s p a ra a c a lla r la
p ro testa de quien es u tilizaban recu rso s legales y pacíficos con el fin
de lo g rar sus d em a n d a s, fue el cata liza d o r del d esc o n te n to q u e hizo
e ru p c ió n p o r to d o el p aís. D esp u és d e q u e la re s iste n c ia p acífica
tuvo p o r resp u esta del E stado la rep resió n , su rg ió la g u errilla com o
la re sp u e sta radical p a ra av iv ar la resisten cia p o p u la r » . 117
2. D esde el p u n to d e v ista d e e sta s o rg a n iz a c io n e s p o lítico -m ilitare s,
d e c id ie ro n e n fr e n ta r con la v io le n c ia re v o lu c io n a ria , la v io len cia
e stru c tu ra l.
3. Los m ilita n te s d e l MAS s u rg e n d e l m o v im ie n to so cial y se ra d i­
ca liz a n , c o n fo rm a n d o la ex p re sió n m ás ra d ic a l d e l m o v im ie n to
social.
4. Se p la te a ro n la tom a del p o d e r p ara in sta u ra r un sistem a socialista.
5. Su orig en está fu e rte m e n te influ en ciad o p o r la R evolución cu b an a.
6 . Las o rg a n iz a c io n e s p o lític o -m ilita re s se rig e n b a jo u n a visió n d el
m u n d o co lectiv a, co n n o rm a s d e v id a, e stu d io , p ro p u e s ta político-
id eo ló g ica, h á b ito s, m o ra l y étic a, lazos fam ilia re s y c u ltu ra c la ra ­
m e n te d efin id o s co m o g ru p o social, los c u ale s son c o m b a tid o s con
fu erza d e sp ro p o rc io n a d a .
7. Si b ien a lc a n z a n u n d e sa rro llo te ó rico q u e los d is tin g u e del re sto
d e L atinoam érica, e ste es do g m ático , tra ta de en c asilla r la realid ad
a p rincipios y v erd a d e s g en erales, q u e nos les p e rm ite c o m p re n d e r
el co m p lejo e n tra m a d o que es la so cied ad m ex ican a.
8 . El h a b e r cara c te riz a d o al E stado solo com o un a p a ra to de coerción
hacia la sociedad y no e n su p ap el de re p ro d u c to r de la h eg em o n ía
político-ideológica, no perm itió ver el consenso q ue h ab ía ad q u irid o
con el m an ejo de se r el h e red ero de la R evolución m exicana. H asta
el d ía d e h o y se d a tal a p re c iac ió n « . . . el E stad o ja m á s h a d e ja d o

116. Miguel Angel Barraza García. Conferencia del program a. Editorial LC23S.
México, DF, 1983. Versión electrónica, pág. 3.
117. B orrador del Inform e a la sociedad e n tre g ad o a la FEMSPP, Que. ..
C apítulo G rupos arm ados, pág. 1.

91
José Luis M oreno Borbolla

d e a p lic a r su fu e rz a . P or o tra p a rte , el o rd e n d e la so c ie d a d - c o n


to d o y su p e s o - d e sc a n sa sobre sí m ism o p o r m edio d e la violencia
o rg an izad a. El co m p o rta m ie n to social, la relació n del E stad o con la
so c ie d a d se c o n d ic io n a p o r ese m e d io » . 118
9. E n el d e s a rro llo d e su lu c h a se fu e ro n se c ta riz a n d o c o n fo rm e se
a g u d iz ó la re p re s ió n , lle g a n d o a fra c tu ra rse b u sc a n d o las c a u sa s
d e su d e rro ta e n su p u e s to s o p o rtu n ism o s q u e d ie ro n p o r re su lta d o
d e slin d e s in te rn o s, d e b ilita n d o a las o rg an iza c io n e s.
10. La desviació n m ilita rista estuvo p resen te d e sd e el o rigen del pro p io
M AS, la Liga C o m u n ista 2 3 d e S e p tie m b re es el e je m p lo d e ello,
n a c e c ritic a n d o el m ilita rism o y p e c ó d e tal d e sv iac ió n , p o r m ás
esfu erzo s q u e h ic iero n p o r m edio del periódico M ad era de llevar su
p o lítica a los se c to re s y m o v im ien to s sociales.
11. El re su lta d o final fu e q u e co n trib u y ó al av an ce de la so cied ad . «En
su to m a d e p o se s ió n el p re s id e n te Jo s é L ópez P ortillo m a n ife stó
s u in te n c ió n d e e x p e d ir d o s leyes, la p rim e ra fu e u n a re fo rm a
p o lítica, q u e b rin d a ra los espacios n ecesario s p a ra la p a rtic ip a c ió n
p o lítica d e n tro d e la ley, “a aq u ello s jó v en es q u e h a b ía n d e lin q u id o
p o r m otivos p o lítico s” y u n a ley de am n istía p a ra in te g ra r a la v ida
política del país a los presos, perseg u id o s y exiliados del m o v im ien to
a rm a d o » . 119 En el co n sid e ra n d o de la ley de A m nistía N° 1 re fren d ó
su in ten ció n de a b rir los espacios: «El G o b ierno de la R epública ha
e m p re n d id o d iv ersas acciones ten d ie n te s a a m p lia r las posib ilid ad es
d e u n a m a y o r p a rtic ip a c ió n in stitu cio n a l d e las d iv ersas c o rrien tes
ideológicas en las d ecisiones nacionales». Y e n el N° 2 m an ifiesta el
co m p lem en to a esa in ten c io n a lid a d , «Para c o ad y u v ar a dich o fin es
c o n v en ie n te in c o rp o ra r a la actividad c iu d a d a n a , p a ra c o m p a rtir la
resp o n sab ilid a d es del q u e h a c e r nacio n al, a q u ien es fo rm an d o p arte
d e g ru p o s d e d isid e n c ia ra d ic al, y con e v id e n te s m óviles p o lítico s,
h a n in c u rrid o e n c o n d u c ta s sa n c io n a d a s p o r la ley p e n a l » . 120

118. S alvador C a stañ e d a Álvarez. La negación del número, (La guerrilla en


México, 1995-1996: una aproximación crítica). México, DF: Ediciones Sin Nombre,
2006, pág. 61.
119. B orrador del Inform e a la Sociedad e n tre g ad o a la FEMSPP, Q u e ...
C apítulo G rupos arm ados, pág. 66.
120. Iniciativa de ley de am nistía del presidente José López Portilla, México,
Ií» de septiem bre de 1978.
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm a d o s en México.

El Estado y la guerra sucia

El p e río d o q u e en M éxico es co n o c id o co m o d e g u erra sucia y q u e


ab arca d é c a d a y m e d ia - d e s d e fines d e los se s e n ta a p rin c ip io s d e los
o c h e n ta - es llam ado así en referencia d irecta a la form a e n q u e el E stado
m ex ican o c o n d u jo las acc io n e s d e c o n tra in su rg e n c ia p a ra c o n te n e r la
in su rre c c ió n p o p u lar. Las a u to rid a d e s re s p o n sa b le s d e la s e g u rid a d d el
país se a p o y a ro n en los a p a ra to s d e se g u rid a d y en el e jé rc ito m ex ican o
en a cto s c o n tra rio s al h o n o r, a la é tic a y al d e re c h o . A ctos d e ta l s u e rte
inicuos q u e lo sucio d e la g u e rra im plica crím enes de lesa h u m a n id a d . La
d e te n c ió n d e los m ilita n te s sin o rd e n ju d ic ia l, la to r tu ra , la d e te n c ió n
ilegal en cárceles clandestin as, com o el C am po M ilitar No. 1, las ejecucio­
nes ex traju d iciales y la d eten ció n -d esap a ric ió n , no solo d e los m ilitan tes,
sino d e su e n to rn o , fa m ilia re s, am ig o s, c o n o c id o s, etc. La se rie de g ra ­
ves v io la c io n e s a la p o b la c ió n en el E sta d o d e G u e rre ro , d o c u m e n ta d a
feh a c ie n te m e n te en el b o rra d o s del Inform e a la so cied ad e n tre g a d o a la
FEMSPP . 121
Las institu cio n es m ilitares, las de pro cu ració n y ad m in istrac ió n de ju s ­
ticia y las d e re p re se n ta c ió n pop u lar, fu ero n u tiliz a d a s c o m o e stru c tu ra s
c rim in a le s con cuyos re c u rso s y a cuyo co b ijo se re a liz a ro n y se p ro te ­
g ieron tra n sg re s io n e s qu e, d e m a n e ra sistem á tic a, a g ra v ia ro n a am p lio s
secto res d e la p o b la c ió n y a c o m b a tie n te s p risio n e ro s. Al e jé rc ito se le
p e rm itió re a liz a r o p e ra c io n e s de c o n tra in su rg e n c ia e n u n c o n te x to q u e
el d e re c h o in te rn a c io n a l h u m a n ita rio re c o n o c e c o m o conflicto interno,
p roteg ido p o r los C onvenios de G inebra y q u e M éxico h a su scrito , d o n d e
se c o m e tie ro n te rrib le s c rím e n e s d e g u e rra q u e tr a n s g re d e n el o rd e n
co n stitu c io n a l, q u e no se p u e d e n a m p a ra r en el fu ero m ilitar, y q u e son
c o n sid e ra d o s p o r el d e re c h o in te rn a c io n a l co m o d e lesa h u m a n id a d e
im p rescrip tib les. Los crím en es que se im p u ta n a las fu erzas a rm a d a s y a
las fu erzas d e seg u rid a d tie n e n que ver: a) co n el d e re c h o d e g u e rra ; b)
con las g a ra n tía s ju d iciales que to d o E stado e stá oblig ad o a sa lv a g u a rd a r
au n en e sta d o de em erg en cia; y c) con los d e rech o s h u m a n o s fu n d a m e n ­
tales e im p re sc rip tib le s e sta b le c id o s en la C o n stitu c ió n , e n el d e re c h o
in te rn a c io n a l y e n la legislación v ig en te d el país.
La o p in ió n p ú b lica se e n te r ó d e la g u e rrilla d e m a n e ra lim ita d a y
d isto rsio n a d a . La c e n su ra d e los m edios o cu ltó la in fo rm ac ió n relev an te,
los h e c h o s q u e se d ie ro n a c o n o c e r fu e ro n p re s e n ta d o s co m o n o ta ro ja
y d e p o licía, aje n o s a los p ro b le m a s so ciales y d e p o lític a n a c io n a l q u e
estos m o v im ie n to s b u sc a b a n resolver, y sin d a r lu g a r al a n á lisis d e los

121. Que no vuelva a suceder, capítulo «G uerra sucia en G uerrero». México,


2005, sin publicar. Es parte de la historia que se trata de ocultar por los diferentes
gobiernos m exicanos.

93
José Luis M oreno Borbolla

fines p o lítico s d e tra n sfo rm a c ió n so cial q u e p re te n d ía n lo g rar. Q u ie n es


b u sc a b a n m o d ific a r las co n d ic io n es sociales e n u n h o riz o n te d e ju sticia ,
e ra n p re s e n ta d o s co m o gavilleros o cuatreros cuyas accio n es n o p a sa b a n
de ser sim ples d e lito s d el fu ero co m ú n o fed eral. El o rd e n p ú b lico d eb ía
preservarse p o r en cim a de los d erech o s fu n d a m e n ta le s, lo q u e justificaba
p le n a m e n te to d o tip o d e re p re sió n . Los g rav es c rím e n e s c o m e tid o s p o r
el E stad o e n c o n tra de los c o m b a tie n te s y d e la p o b la c ió n civil fu e ro n
siste m á tic a m e n te callad o s y o cu ltad o s.
A p a r tir d e 1 9 7 5 las o p e ra c io n e s d e c o n tra g u e rrilla b u sc a n n o solo
d e s a rtic u la r a los g ru p o s a rm a d o s, sin o su e x te rm in io . A p a r tir d e ese
m om ento, la B rigada Especial en p articular, no in te n ta d e sa rtic u larlo s sino
elim in a rlo s; los q u e c a e n en su s m a n o s y so n c o n sid e ra d o s c o m o p a rte
d e la g u e rrilla d e ja n d e s e r p u e sto s a d isp o sició n d e a u to r id a d ju d ic ia l
co m p eten te. Se les d e sap arece o los p re se n ta n com o m u erto s en co m bate,
au n cu an d o h ay an sido ejec u tad o s ex traju d icialm en te. N in g u n a a u to rid ad
ju d ic ia l c u e s tio n a la a c tu a c ió n d e la p o licía y d el e jé rc ito . «El ejec u tiv o
n ie g a c o n o c im ie n to d e los casos, p e ro le o to rg a a la B rig ad a E special
to ta l im p u n id a d , a p o y o eco n ó m ic o y re c o m p e n sa s. La p o licía y ejérc ito
d e s tin a ro n sie te m il efectiv o s p a ra re a liz a r la b o re s d e in v e stig a c ió n y
d ete n c ió n de los m ilita n tes de la LC23S».122
El E stad o ta m b ié n d e sp le g ó u n a in te n sa c a m p a ñ a d e g u e rra p sico ló ­
gica p o r los m e d io s d e c o m u n ic a c ió n d is e ñ a d a c o m o p ro p a g a n d a , p a ra
q u e los c iu d a d a n o s a c e p ta ra n u n p e q u e ñ o sacrificio e n las lib e rta d e s
in d iv id u a le s a c a m b io d e seguridad y tra n q u ilid a d . La B rig a d a E special
lan zó u n a «C am paña de o rien tació n al público en co n tra de la Liga C om u­
n ista 23 d e S ep tiem b re » el 29 d e m ay o d e 1 9 7 7 p o r los m e d io s m asivos
d e c o m u n ic a c ió n , p a ra q u e la p o b la c ió n p a rtic ip a ra e n la b ú s q u e d a d e
16 so b re v iv ie n te s d e la LC23S. «P ublica u n c a rte l c o n las fo to g ra fía s y
n o m b re s d e los a c tiv ista s, y los d ifu n d e en h o jas v o la n te s la n z á n d o lo s
d e h e lic ó p te ro s y a v io n e ta s, p rin c ip a lm e n te e n las c o lo n ia s d o n d e h a
id en tificad o q u e tie n e n a ctiv id a d , a fin de q u e la c iu d a d a n ía los id e n tifi­
q u e» .123 T am b ién se p e g a ro n e n m ercad o s so b re ru e d a s, tian g u is, plazas,
cele b racio n es d iv ersas en p o b lad o s y en to d o lu g a r d o n d e se re g istra ro n
ag lom eraciones en el p a ís.124 «Se g ara n tiza b a , com o reco m p en sa, el pago
d e $ 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 p o r la d e la c ió n d e c a d a g u e rrille ro y el a n o n im a to d el
in fo rm a n te » .125 Lo a n te r io r es re fo rz a d o p o r u n a c a m p a ñ a p o r rad io ,

122. L aguna Berber, «La Prensa C landestina en México. Caso del periódico
Madera 1973-1981», págs. 41-42.
123. DFS Exp. 11-235-76, L. 38, F. 46-57, de fecha 7 6 /0 6 /0 7 .
124. Laguna Berber, «La Prensa C landestina en México. Caso del periódico
Muriera 1973-1981», págs. 41-42.
125. DFS Exp. 11-235-76, L. 38, F. 46-57, de fecha 7 6 /0 6 /0 7 .
Una visión retrospectiva de los m ovim ientos arm ados en México.

televisión, p eriódicos y cine, d ifu n d ien d o e n tre la o p in ió n p ú b lica q u e se


tr a ta d e «un g ru p o d e d elin cu en te s que a sesin an , se c u e stra n y c o m e n te n
o tro s actos d e terro rism o » .120 Para n ad a se m en cio n a el m óvil p olítico de
su a c tiv id a d , ni las p ro p u e s ta s d e cam b io social q u e m a n e ja n y, m u c h o
m enos, la fo rm a crim in al q u e el E stad o u tilizó en su p erse c u c ió n .

Una visión a futuro

A tra v e sa m o s p o r m o m e n to s in c ie rto s en to d o s los ó rd e n e s d e las


relacio n es sociales. H oy se p re te n d e m u tila r el co n o c im ie n to d e n u e stro
p a sa d o e n los p la n e s y p ro g ra m a s d e e stu d io d e la e d u c a c ió n b ásica,
tr a ta n d o d e fo rm a r a las fu tu ra s g e n e ra c io n e s sin las p ro fu n d a s raíces
q ue re p re se n ta el pasad o q u e com o nación c o n ten e m o s. C om o se a p u n ta
en u n inicio, la necesidad de in v estig ar y re c o n stru ir esta seg m e n to de la
h isto ria c o n te m p o rá n e a se h ac e a h o ra m ás n e c e sa rio , d e b e se r p a rte de
la h isto ria n acio n al, com o el reco n o cer el c a rá cte r de lu ch a d o res sociales
a los m ilita n te s de las o rg a n iz ac io n e s p o lítico -m ilitares y las v io lacio n es
a los d e re c h o s h u m a n o s e n q u e in c u rrie ro n las a u to rid a d e s d e aq u e llo s
años. C o n o c e r las cau sa s y m o tiv acio n es q u e e s tu v ie ro n p re s e n te s p a ra
el d e sa rro llo d el MAS y h a c e r las refo rm as n e c e sa ria s p a ra e v ita r q u e se
creen condiciones sim ilares. No es la co n d en a a los m ovim ien to s arm ad o s
lo q u e p e rm itirá su d e sa rtic u la c ió n , es d e s e n s a m b la r las c a u sa s q u e les
d iero n ra z ó n d e ser, lo q u e los inh ib irá.

126. Ibíd.

95
Capítulo 4
Carlos Marighella y Carlos Lamarca:
memorias de dos revolucionarios"

D e n is e R o lle rrib e rg

«No se puede neg ar que hay un estilo propio de


cada época, un habitus que resulta de las
experiencias com unes y reiteradas, así como hay en
todas las épocas un estilo particu lar de un grupo.
Pero para todo individuo hay tam b ién un m argen
considerable de libertad que se deriva precisam ente
de las incoherencias de los lím ites sociales y que
suscita el cam bio social».

G iovanni Levi1

C arlo s M a rig h e lla y C arlos L am arca, los d o s líd e re s re v o lu c io n a rio s


m ás im p o rta n te s de la lucha a rm ad a en el Brasil de finales de los sesen ta
y p rin cip io s d e los s e te n ta , tu v iero n tray e cto ria s m u y d ife re n te s.
M arighella se convirtió en m ilitan te del Partido C om unista a los dieci­
ocho años. Vivió un siglo m arcad o p o r la c o n fro n tació n e n tre socialism o

*. Publicado orig in alm en te en D enise Rollem berg. «Carlos M arighella c


Carlos L am arca: m em orias de dois revolucionarios». En: As esquerdas no Brasil.
Revolufáo e Democracia. Ed. po r Jo rg e Ferreira y Daniel A aráo Reís. Vol. 3. Río
de Ja n e iro : C iv iliz a d o B rasileira, 2007. T raducido del p o rtu g u és p or Santiago
Basso.
1. G iovanni Levi. «Usos da biografía». En: l/sos e abusos da historia oral.
Ed. p o r M arieta M oraes y Ja n a ín a Am ado. Río de Jan eiro : E ditora FGV, 1996,
pág. 182.
Denise Rollcm berg

y c a p italism o , p o r los fascism o s, el n azism o , la d ic ta d u ra d e V argas, el


estalinism o, la S eg u n d a G uerra M undial, la victoria de S talin sobre Hitier,
la re d e m o c ra tiz a c ió n d el p aís pos 1945, los d ile m a s d el PCB, la G u erra
Fría, las lu ch as de liberació n nacional en el m u n do , el g o b iern o de D utra,
la R evolución C hina, el im p erialism o esta d o u n id e n se , la o fen siv a d el Tet
en V ietn am , los a ñ o s de Ju s c e lin o K ubitschek, la R evo lu ció n c u b a n a , la
lucha p o r las re fo rm a s b ásicas e n el g o b ie rn o d e G o u la rt, el g o lp e , el
AI-5, las g u errilla s la tin o a m e ric a n a s, la lucha a rm a d a en el Brasil. H acer
un perfil b io g rá fic o d e M arig h ella es re c o rre r el siglo, a c o m p a ñ a r sus
co n fro n tacio n es, sus logros, a veces g ran d io so s, a veces m iserab les. Una
historia de v id a tra z a d a en el tra z o de la h isto ria d el siglo xx.
La h is to ria d e C arlo s L am arca sig u e o tro cu rso . C u a n d o tra ta m o s
d e re c o n s tru ir su tra y e c to ria , en u n p rim e r m o m e n to n o es la h isto ria
del siglo xx lo q u e se d e sta c a . U na v id a m ás, q u e se c o n fu n d e con la
d e ta n to s o tro s jó v e n e s d e fam ilias h u m ild e s q u e b u sc a n e n las fu e rz a s
a rm ad as u n a fo rm ació n , u n a c a rrera. Con d iecisiete a ñ o s se in c o rp o ró a
la Escuela P re p ara to ria de C adetes y se convirtió en ca p itá n del ejército a
los v e in tin u e v e , sig u ie n d o u n c a m in o p re d e c ib le , p re v ia m e n te tra z a d o .
Pero el siglo d e la co n fro n ta c ió n e n tre socialism o y c a p ita lism o ta m b ié n
llegó a L am arca. La A m érica Latina en busca de liberación. L iberación de
la m iseria, d e la p o b rez a q u e L am arca bien co n o cía. Ya co m o c a p itá n se
volvió re v o lu c io n a rio , co m u n ista , el capitán de la guerrilla.
C ulturas p olíticas y sensibilidades d iferen tes que a finales d e los se se n ­
ta se en c o n tra ro n : en la m ism a lucha co n tra el cap italism o y la d icta d u ra ,
en la opción p o r el e n fre n ta m ie n to arm a d o , en se r reco n o cid o s com o los
dos principales líd eres de la g u errilla en el Brasil. Pero en este e n c u e n tro
tam b ién se d e se n c u e n tra n : las d ife re n c ia s q u e ta n to h a n fra g m e n ta d o a
la izquierda a rm a d a los afectó, a p a rtá n d o lo s, o p o n ié n d o lo s.2 M arighella
y L am arca se c ru z a n e n la d e rr o ta , e n su s m u e rto s, a m b o s ase sin a d o s,
a se sin a d o s p o r la d ic ta d u ra , p e rso n ific ad a e n el d e le g a d o S erg io F leury
y el m a y o r N ilto n C e rq u e ira . Q u e d a ro n en la m e m o ria d e los m ilita re s
-M a rig h e lla , el enem igo público núm ero uno-, L am arca, el d e s e r to r - y en
la m em o ria d e las iz q u ie rd a s - h é r o e s , m i t o s - . P a ra a m b o s b a n d o s son
leyendas.
Sus v id as, a sim ism o , se c ru z a n so b re to d o e n la r u p tu ra , la tra n s ­
fo rm ació n , la m e ta m o rfo sis: M arig h ella, al a s u m ir el e n fre n ta m ie n to
a rm a d o , ro m p ió c o n el p a rtid o y co n las tradiciones - l a s d el p a rtid o y

2. La ru p tu ra e n tre M arighella y Lam arca se dio a p a rtir del episodio de


las a rm as e x p ro p ia d as p or Lam arca en el cu artel d e Ita ú n a , p ara cuya g uarda
recurrió a M arighella. Al reclam arlas, M arighella se rehusó a entregarlas. A partir
de la m ediación de Joaquim C ám ara Ferreira devolvió la m itad.

98
Carlos M arighella y Carlos Lamarca: m em orias de dos revolucionarios

l.is suyas p r o p i a s - de la lu ch a in stitu cio n al, de u n p a rtid o je ra rq u iz a d o ,


d iscip lin ad o , fo rm a d o - y q u e lo form ó a é l - en la ló g ica d e su tie m p o .
I ¿ m a rc a , al asu m ir la lucha a rm a d a, rom pió con el ejército y las tradicio­
nes - d e la in stitu c ió n y de él m is m o - d e je ra rq u ía , d iscip lin a, de visión
d d m u n d o . M arig h ella y L am arca - ta n d is ta n t e s - se e n tre c ru z a n en la
tra n sfo rm a c ió n d e ellos m ism os y en la tra n sfo rm a c ió n q u e in te n ta r o n
realizar e n el país.

El deber de todo revolucionario es hacer la revolución: Carlos


Marighella
El g o lp e d el 1 d e ab ril d e 1 9 6 4 fue la g ra n d iv iso ria d e a g u a s e n la
vida d el m ilita n te , q u e ya h a b ía p a sa d o p o r o tro s m o m e n to s difíciles
com o la re p re sió n a la A lianga N acional L ibertadora (ANL) y al P artid o
C om unista B rasilero (PC13) desp u és de la insurrección co m u n ista d e 1935,
la rep resió n d u ra n te el Estado Novo de G etúlio Vargas y d e nu ev o en 1947
con la p e rsecu ció n al PCB. C u an d o el m o v im ien to cív ico -m ilitar d erro có
a J o á o G o u lart, re in a b a la ilusión de que e ra p o sib le tra n s fo rm a r el país
a tra v é s d e las n o rm a s in stitu c io n a le s. H a sta la ra d ic a liz a c ió n d e los
m o v im ie n to s so ciales - a la iz q u ie rd a y a la d e r e c h a - p a re c ía e n c a ja r
en la d e m o c ra c ia le g itim a d a p o r la C o n stitu ció n . U na C o n stitu c ió n de
cuya re d a c c ió n M a rig h ella h a b ía p a rtic ip a d o co m o d ip u ta d o e le c to en
1946. La c re e n c ia en la p o sib ilid ad de u n a tra n sfo rm a c ió n p acífica, q u e
sa cu d ió al so cialism o e u ro p e o d e fines d e l siglo xix , a n te la revolución
d el su fra g io u n iv e rsa l, p a lp itó e n el N uevo M u n d o , en A m érica L atin a,
h asta el ú ltim o alien to del socialism o chileno en 1973. El golpe c o n tra las
reform as d e base fue decisivo en la vida de M arighella, y d e se n c a d e n ó el
proceso q u e condujo a la ru p tu ra . No llegaba a so ste n er en ese m o m en to
q ue la tra n sfo rm a c ió n hacia el socialism o solo se llevaría a cabo a trav és
d e la c o n fro n ta c ió n v io le n ta . Pero d e ja b a d e c re e r q u e el c a m in o sería
p acífico. El g o lp e. E n tre la d esilu sió n co n u n c a m in o y la ilu sió n con
o tro c a m in o , el in te rv a lo . El v acío lle n a d o p o r lo d e sh e c h o . No te n ía
s e n tid o a d e c u a rs e a las reg las d el ju e g o , q u e c a m b ia b a n e n m e d io de
la p a rtid a c a d a v ez q u e se a m e n a z a b a con g an ar. H a b ía sid o así en
dos m o m e n to s h istó ric o s d ife re n te s: e n 1 9 3 5 , c u a n d o los c o m u n ista s
p articip aro n de un m ov im ien to de m asas; y en 1947, c u a n d o el p restigio
d e los c o m u n is ta s tra s la v icto ria c o n tra los n azis c e d ió el lu g a r a las
p e rse c u c io n e s d e la G u erra F ría, co n v irtien d o al alia d o d e la v ísp e ra en
el e n e m ig o d el d ía. H ab ía sid o así c u a n d o J á n io Q u a d ro s re n u n c ió y
los m ilita re s d ie ro n el g o lp e p a rla m e n ta ris ta . D e rro c a b a n al p re s id e n te
que p re te n d ía re fo rm a s so ciales, te rm in a b a n co n la p o sib ilid a d d e q u e
el m o v im ie n to o b re ro y el co m u n ism o se c o n firm a ra n c o m o g o b ie rn o ,

99
D enise Rollcm berg

d e q u e lle g a rá n al p o d er. La re p re sió n q u e sig uió es c o n o cid a : p a rtid o s,


sin d ic a to s, líd e re s c o m u n ita rio s, m o v im ie n to s so ciales; to d o d e sh e c h o
d e s p u é s d e u n la rg o re c o rrid o . La c a d e n a . U na v ez m ás. N o h a b ía
e s p e ra n z a . P ero e n 1 9 6 4 fue d ife re n te . T am b ién e c h a b a p o r tie rra la
creen cia en el p a rtid o , en los d iscu rso s q u e h a b ían su stitu id o a la acción,
e n u n a b u ro c ra tiz a c ió n q u e h a b ía je r a rq u iz a d o a los re v o lu c io n a rio s
c o n su m ié n d o le s la re v o lu c ió n . La vía pacífica, a d e m á s d e n o c o n d u c ir
al so cialism o , h a b ía p e rm itid o el fin d e la d e m o c ra c ia . S in re siste n c ia .
A h o ra, la lu c h a te n ía u n d o b le o b jetiv o : p o n e r fin al siste m a c a p ita lista
y a l ré g im e n d ic ta to ria l. P ero a h o ra e ra d ife re n te . Los c o m u n ista s ya
n o d e b ía n te n e r u n a p e q u e ñ a v alija lista p a ra c u a n d o lleg a se la policía.
A hora h a b ía q u e resistirse al a rre sto . ¡Ya era su ficiente!
La resisten cia al a rre sto en 1964 e ra u n a p osición a d o p ta d a de form a
individual en c o n tra del g obierno de recien te creación; no era la posición
del PCB. Al h acerlo , asu m ía tam b ién u n a posición c o n tra ria al prop io p a r­
tid o . Es decir, la resistencia ten ía m u ch o p a ra d ecir a los co m u n ista s y no
solo a los m ilitares. Recibiría en co n secu en cia u n a d o b le re sp u e sta: d e la
policía política, un d isp aro en el pecho; del p artid o , d u ra s críticas al libro
q u e p u b licó e n 1 9 6 5 ,3 q u e m ás q u e d e sc rib ir su p o s tu ra , la ju s tific a b a ,
c o n d e n a n d o la p a sivid a d del p a rtid o . Sin d isc u tirlo in te rn a m e n te y a s u ­
m ie n d o p o sic io n e s p ro p ia s, M arig h ella se c o lo ca b a c o m o in d iv id u o p o r
d e la n te d e la o rg a n iz a ció n , algo in ace p tab le de ac u e rd o a su d iscip lin a y
a su je ra rq u ía . M arig h ella resistía al p artid o . En el d o c u m e n to escrito al
C om ité E jecutivo en diciem b re de 1966 reco rd a b a el c o n stre ñ im ie n to del
añ o a n te rio r: «Un m iem b ro de la d irección no p u e d e p u b lic ar u n escrito
en d e sa c u e rd o ( . . . ) . El D irectorio E jecutivo o b sta cu liz a b a o im p ed ía tal
cosa [la p u b lic a c ió n d e libros] p o r m e d io d e s u b te rfu g io s, re te n ie n d o
o rig in a le s o e je rc ie n d o la c e n su ra previa». El centralism o dem ocrático,
q u e h a sta e n to n c e s h a b ía co lo cad o p o r en cim a d e sus d ife re n c ia s, se d e ­
rru m b ab a. T om aba o tro cam ino. R enunciando al Ejecutivo, hacía público
q u e su d isp o sició n e ra « lu c h ar re v o lu c io n a ria m e n te ju n to a las m a sa s y
ja m á s q u e d a r a la e s p e ra d e las reg las d el ju e g o p o lític o b u ro c rá tic o y
c o n v en cio n al q u e im p era en la dirigencia».'’
Ln re s iste n c ia d e m ay o d e 1 9 6 4 se co n v irtió e n a cció n e n los añ o s
sig u ien tes. A u n q u e M arighella siguió h a cie n d o h in cap ié en la resistencia,

¡I. Noca del editor: referencia al libro Por que resistí á prisáo, p ublicado en
l'Jii1», donde reivindica su postura y realiza un llam ado a organizar la resistencia
<l< lus tta b a ja d o res brasileños contra la dictad u ra y p or la liberación n acional y
• I <h M isino. Carlos M arighella. Por que j^sisti á prisáo. San Pablo: Brasiliense,
IVV I
I <!.irlos M arighella. «Carta á Executiva (1 de diciem bre de 1966)». En:
i i r < i!>■ Marighella. San Pablo: Livram ento, 1979, págs. 89-90.

uní
Carlos M arighella y Carlos Lam arca: m em orias de dos revolucionarios

Nomo: C a r l o s M a r i g h e l l a
( e fe tiv o )
Idade: 3 U

q u e ta n to d e sta c ó e n e se m o m e n to , a h o ra el se n tid o e sta b a e n o tra


p a la b ra : a cción. La resiste n c ia h ab ía sido el p u e n te e n tre las trad ic io n es
del PCB y los principios de la o rg a n iz ac ió n q u e c rea b a en 1 9 6 7 -1 9 6 8 : la
A fá o L ib e rta d o ra N a c io n a l (ALN). En n o m b re de la ALN, la n o v e d ad - l a
a c c ió n - y la co n tin u id ad - e l principio de liberación n a c io n a l- . Pero los
tie m p o s e ra n o tro s. N o m ás re v o lu c io n e s b u rg u e sa s. Ilu sio n es p e rd id a s.
P a ra sie m p re . La re siste n c ia ya n o se c o n fu n d ía co n el pacifism o del
p a rtid o , sie m p re tr a ta n d o d e p a rtic ip a r e n el ju e g o , so m e tié n d o se a las
reg las. La re siste n cia se tra n s fo rm a b a e n o fe n siv a . A c c ió n , la p a la b ra -
sín tesis d e la o rg a n iz a c ió n . M ás allá d e la lu c h a c o n tra la d ic ta d u ra ,
fu n d a m e n ta lm e n te d e re siste n c ia , la lu c h a c o n tra el ca p ita lism o : «No
h a y p o r q u é lu c h a r p a ra lu eg o e n tr e g a r el p o d e r a la b u rg u e s ía , p a ra
q u e se a c o n stru id o u n g o b ie rn o b a jo la h e g e m o n ía d e la b u rg u e sía » ,
d ijo al re n u n c ia r al C o m ité E jecutivo, a u n q u e e s ta n d o to d a v ía en el
p artid o . «Tenem os q ue d e p o n e r esta C onstitución, d e rro c a r a la d ictad u ra
y e s ta b le c e r u n g o b ie rn o s u s te n ta d o e n o tra b a se e c o n ó m ic a , e n o tra
e s tru c tu ra » . 5
E n tre ju n io y d ic ie m b re d e 1 9 6 7 C arlo s M arig h ella e stu v o e n C uba.
H a b ía ido p a ra p a rtic ip a r e n la I C o n fe re n c ia d e OLAS (O rg an iz ac ió n

5. Ibíd., pág. 94.

101
Denise R ollem berg

L atin o am erican a de S olidaridad) e n tre ju lio y agosto. R espondía al llam a­


d o d e los re v o lu c io n a rio s cu b an o s con la in te n c ió n d e fo rm a r g u e rrillas
in te rn a c io n a le s en el c o n tin e n te p ara el e n fre n ta m ie n to al im p erialism o
e s ta d o u n id e n s e , p a ra la reacción q u e re b e la ra a A m érica L atin a e n olas
re v o lu c io n a ria s. Al a sistir a la c o n feren cia ro m p ía co n el p a rtid o , q u e
h ab ía re c h a z a d o la invitación, acla rán d o le a C uba q u e el ex m ilitan te no
e ra su re p r e s e n ta n te , h a c ie n d o así ex p lícita la e x p u lsió n d e M arig h ella.
No o b s ta n te , al a sistir a la co n feren cia ya e s ta b a fu e ra d el p a rtid o ; ya
h a b ía d a d o el sa lto a o tro s co n tin en tes.
En C u b a M a rig h ella e n c o n tró algo m ás q u e la re v o lu c ió n , alg o m ás
q u e el ap o y o y el re c o n o c im ien to p a ra lid e ra rla e n el B rasil. E n co n tró
la te o ría d el foco g u e rrille ro . Y a q u í ex iste u n a p o lé m ic a . ¿ A d h ería al
fo q u ism o ? En re a lid a d , co n sid ero q u e M arig h e lla c o n c e b ía la lu ch a de
u n a m a n e ra m á s a m p lia y co m p leja q u e la q u e el fo q u ism o p ro p o n ía ,
s u p u e s ta m e n te le g itim a d o en la R evo lu ció n c u b a n a . De a c u e rd o co n
te s tim o n io s d e m ilita n te s de la ALN q u e p a s a ro n p o r el e n tr e n a m ie n to
g u e rrille ro y q u e tu v ie ro n co n ta c to co n M arig h e lla , h a b ría te n id o u n a
visión de la revolución d iferen te de la de este m odelo. Sería un largo p ro ­
ceso y d e p e n d e ría de u n a com pleja red de co n tacto s y apoyos, q u e ap en as
c o m e n z a b a a te je rse . La o rg an izació n en sí n o p a s a ría d e s e r u n a pieza
in s e rta e n u n g ra n ro m p e ca b e z a s. M uchos d e los c o n ta c to s se h a b ría n
p e rd id o co n su m u e r te .6 En d iciem b re d e 1 9 6 8 M a rig h e lla re c o n o c ía :
«La g u e rra c o n tra ellos es larg a y p ro lo n g a d a y no se b a sa e n b a ta lla s
d ecisiv as, sin o en la p acien cia china, la a stu c ia, la sa g a c id a d , la m alicia,
en el re c o n o c im ie n to d e que som os d éb iles y ellos fu e rte s » . 7 En o c tu b re
de 1 9 6 9 , u n m es d e sp u é s d el se cu e stro d el e m b a ja d o r e s ta d o u n id e n s e
C h arles E lbrick, M arig h ella le concedió u n a e n tre v ista a C o n ra d D etrez.
C u a n d o se p u b licó e n la rev ista fran cesa F ront, en n o v ie m b re , M a rig h e ­
lla ya e s ta b a m u e rto . En d ich a e n tre v ista d e s ta c a b a la in flu e n c ia d e la
R evolución c u b a n a y d e V ietnam . «La e x p e rie n c ia c u b a n a , p a ra m í, fue
d e te rm in a n te , p a rtic u la rm e n te con re sp ec to a u n p e q u e ñ o g ru p o inicial
d e co m b a tie n te s» . Sin e m b a rg o , dijo q u e e s ta b a « ( . . . ) e n d e s a c u e rd o
con las ideas sob re el foco guerrillero de Régis D ebray». «Las d im en sio n es
c o n tin e n ta le s d e B rasil d esfav o recen la a p lic a c ió n d e la te o ría “foquis-
ta ”, p e ro fa v o re c e n n u e stra e stra te g ia d e g u e rra re v o lu c io n a ria » . 8 La

6. Denise Rollemberg. O apoio de Cuba á luta armada no Brasil. O treinamento


guerrilheiro. Río de Janeiro: M auad, 2001.
7. Carlos M arighella. «Quem sam ba fica, quem nao sam ba vai em bora».
En: Escritos de M arighella. San Pablo: Livram ento, 1979. C arta dirig id a a los
revolucionarios de San Pablo, diciem bre de 1968, pág. 547.
8. «Carlos M arighella nos declara: “O Brasil será um novo V ietna”», En­
trevista a Carlos M arighella, en Front. Revista m ensal de informando política

10 2
Carlos M arighella y Carlos Lam arca: m em orias de dos revolucionarios

R evolución cu b an a era la v a n g u a rd ia de la rev o lu ció n la tin o a m e ric a n a y


los rev o lu cio n ario s latin o am erican o s, u n id o s en la C o n feren cia d e OLAS,
li* d e b ía n s o lid a rid a d , tra b a ja n d o p a ra lib e ra rla d e l cerco im p e ria lista ,
v p a ra lib e ra r a to d o u n c o n tin e n te c o n d e n a d o a re p e tir u n p a sa d o d e
m iseria y ex p lo tació n .
El a tra c tiv o d e la te o ría d el foco re sid ía so b re to d o e n la id ea d e
q u e e ra p o sib le h a c e r la rev o lu ció n - o d e s e n c a d e n a r la - sin n e c e sid a d
d e l p a rtid o . Es m ás: sin m o v im ie n to so cial. P a ra Ja c o b G o ren d er, las
fo rm u lac io n es d e M arig h ella, q u e a lte ra ría n el m o d e lo d e l foco, fu ero n
m e n o res: «El fo q u ism o se m a n tie n e , en la m e d id a e n q u e la g u e rrilla
se inicia d e s d e cero , d iso c ia d a d e c u a lq u ie r m o v im ie n to d e m asas, e
in c o rp o ra la fu n ció n de v a n g u a rd ia p o lític a » . 9 C om o d e cía e n ju n io de
1969 el M in i-m a n u a l do guerrilh eiro u rb a n o , el g u errillero «com ienza de la
nada y al com ienzo no tiene ap o y o » . 10 Esta, de hech o , fue la g ra n n o vedad
¡i la q u e se a fe rró M arighella. T odas sus críticas a la b u ro c ra tiz a c ió n y a
la je ra rq u iz a c ió n q u e en y e sa b a n al PCB, e n c o n tra b a n e n e sta te o ría u n a
leg itim ació n , la le g itim ació n d e u n a re v o lu c ió n sin p a rtid o . O d e u n a
o rg an izació n m o ld ead a fu era de los p atro n e s d e los p a rtid o s co m u n istas,
pero que a u n así no dejaba de ser un p artid o , el p a rtid o len in ista tra d u cid o
p a ra la A m érica L atina d e la d é c a d a del s e s e n ta . U n a o rg a n iz a c ió n q u e
«surge s im u ltá n e a m e n te con la acción re v o lu c io n a ria » , « p o r la b a se y
no p o r la cú p u la » . «La acció n q u e g e n e ra la v a n g u a rd ia » . 11 A hí re sid ía
el «foquism o» d e M arig h ella . S u rg ía la ALN a im a g e n y se m e ja n z a de
M arighella, c e n tra d a en la acción, en el coraje de obrar, en la disposición
p a ra a c tu a r, e n la n o -su m isió n a c o m a n d o s, je r a rq u ía s o c e n tra lism o s,
d e sp re c ia n d o la e xp e rien c ia , a p o sta n d o p o r la re n o v a c ió n d e los jó v e n e s
de 1968; n acida de la convicción de que «el d e b e r de to d o rev olucionario
es h a c e r la rev o lu ció n » , frase im p re sa e n el c a rte l d e la OLAS q u e él
e n c a rn ó com o n a d ie. Q u e m sa m b a fic a , q u e m n a o s a m b a v a i e m b o r a .12

internacional, 1969. D isponible en: Fondo DOPS (APERJ), S ector T errorism o,


carpeta 3, pág. 116-125.
9. Ja c o b G orender. Combate ñas trevas. A esquerda brasileira: das ilusócs
perdidas á luta arm ada. 2 .a ed. San Pablo: Ática, 1987.
10. Carlos M arighella. Escritos de Marighella. San Pablo: L ivram ento, 1979.
11. C arlos M arighella, «Sobre a o r g a n iz a d o dos revolucionarios». Texto
d istribuido en form a de panfleto, agosto de 1969. Incluido en C ristiane Nova
y Jo rg e N óvoa, eds. Carlos Marighella. O hom em por trás do m ito. San Pablo:
UNESP, 1999, págs. 551-552.
12. L iteralm ente, enquoteE l que baila sam ba se qu ed a, el q u e no, se va.
M arighella utilizó esta frase para titular su carta dirigida a los revolucionarios
de San Pablo, de diciem bre de 1968. Proviene de los versos iniciales de «Quem
sam ba fica», sam ba com puesto p or José Bispo y T iáo M otorista, y p o pularizado
por el c a n to r Jam eláo (1913-2008). [N. del E.]

103
Denise Rollem berg

La ALN sin e m b a rg o fue c re a d a , a p e sa r d e las p a la b ra s - y d e la


a c c i ó n - d e M arig h e lla , co m o v a n g u a rd ia p o r la c ú p u la , p o r o b ra de
intelectuales, si bien no b u ro cratizad o s en las red es de la III In tern acio n al,
así y to d o intelectuales. U na o rg a n iz a c ió n en la q u e to d o s te n ía n carta
blanca p ara plan ificar acciones y llevarlas a cabo. «No le p ed im o s perm iso
a n ad ie p a ra ejercer actos rev o lu cio n ario s » . 13 No precisab an e sp e ra rlo a él
ni a n in g ú n otro . «U stedes tien en carta blanca en el fren te g u errille ro para
d e s e n c a d e n a r la acció n . S olo c a re c e n de c a rta b la n c a p a ra c u e stio n e s
b u ro c rá tic a s, es decir, p ara e v ita r accio n es p la n ific a d a s p o r los g ru p o s,
cu alesq u iera que esto s sean. T am poco p u ed en h ac e r discu sio n es form ales.
N e c e sita m o s acció n y m ás acció n ( . . . ) . M iren q u ié n q u ie re h a c e rlo y
d e n le c a rta b lan c a . D ebem os p o n e r fin a las o m isio n e s y a la v acilación.
La acció n n o p e rju d ic a» , d ecía en d ic ie m b re d e 1 9 6 8 . La ALN c o m o la
a n títe sis del c e n tralism o d em o crático , al PCB, al leg alism o q u e excluía a
los co m u n istas de la farsa que excluía a la m ayoría de los b rasileñ o s de las
d e c isio n es. El tra b a jo d e b e se r «de a b a jo h a c ia a rrib a y la c o o rd in a c ió n
p o d ría d e sa p a re c e r si p erju d ica a la acción». No se d e b e ría d e ja r de lado
al «frente de m asas», es preciso h acerle « a d o p ta r tácticas g u errilleras» , y
« d isp o n er d e p o d e r d e fu eg o » . 14
E n los a ñ o s sig u ie n te s, el p rin c ip io q u e h a b ía d a d o lu g a r a la ALN
m u tó al m ilita rism o , d el q u e m u c h o s m ilita n te s d e la o rg a n iz a c ió n se
v o lv iero n crític o s, sin p o d e r no o b s ta n te su p e ra rlo . F re n te a la feroz
re p re sió n d e la d ic ta d u ra e n el d e sa rro llo d el se c u e s tro d el e m b a ja d o r
e s ta d o u n id e n s e , a is la d a d e u n a so c ie d a d q u e n u n c a se re c o n o c ió en la
lu ch a a rm a d a - y a fu e ra p o rq u e n o e sta b a d e a c u e rd o co n su s m ed io s,
o p o rq u e n o e s ta b a d e a c u e rd o co n su s fines, fre n te al so c ia lism o e
incluso a n te el final del rég im en m ilita r - n u n c a fue posible ro m p e r con
sus o ríg e n e s. En la se c u en c ia d e c a íd a s, c a ía M a rig h ella, a s e s in a d o a
q u e m a rro p a tra s u n a e m b o s c a d a en u n a calle d e S an P ab lo , el 4 de
n o v ie m b re d e 1 9 6 9 . Él h a b ía e sta d o en c o n tra d el se c u e s tro , p re v ie n d o
una reacción p ara la que no e sta b a n p rep arad o s, au n q u e de to d o s m odos
e ra c o h e re n te co n la o rg a n iz a c ió n , con sus id eas. C om o e n u n p resag io ,
un m es a n te s h a b ía d icho: «Es pelig ro so p e n s a r q u e te n e m o s u n a fuerza
de la q u e a ú n no d isp o n e m o s » . 15 Pero ya esta b a la n z a d o a u n cam in o sin
re to rn o , fo rm u la d o ta m b ié n c o m o u n p re sa g io , e n d ic ie m b re d e 1968:

13. Calos M arighella, «Sobre a organizaqao dos revolucionarios», en Nova


y Nóvoa, Carlos Marighella. 0 hom em por tras do m ito, pág. 553.
14. Carlos M arighella, «Quem sam ba fica, quem nao sam ba vai em bora», en
ibíd., pág. 549.
15. Carlos M arighella, «Sobre a o rg a n iz a d o dos revolucionarios», en ibíd.,
pág. 553.

104
I
Carlos M arighella y Carlos Lam arca: m em orias d e dos revolucionarios

«lis m ejo r equivocarse h acie n d o , incluso cu a n d o esto re su lte en la m u erte .


Los m u e rto s so n los únicos q u e no h acen a u to c rític a » . 16
En M a rig h e lla co ex istía n los o p u e sto s: p o r un la d o la a v e rs ió n a las
fo rm alid ad es y a las reglas, la irreverencia - d e h ech o , e sta es la p a la b ra
q ue m ás a p a re c e en sus b io g rafía s al d e s c r ib ir lo - y p o r o tro el h o m b re
q u e vivió tr e in ta y o cho a ñ o s en u n p a rtid o e n el c u a l la d isc ip lin a e ra
u n a c u e stió n c e n tra l. «Era d iv e rtid o , p e ro ta m b ié n m u y serio . L levaba
u n a g ra n re s p o n sa b ilid a d so b re su e sp ald a» , re su m ió N oé G ertel, su
antiguo c o m p añ e ro en la cárcel de llh a G ra n d e . 17 Pero tra sp a só ese lím ite:
••M arighella de re p e n te se lib eró d e eso. P ara lid e ra r la lu c h a , e n c o n tró
q ue e ra n e c e sa rio lib e ra rse d e esos c o n tro le s. Es e n to n c e s c u a n d o su
p e rs o n a lid a d se rev ela m á s p le n a m e n te . Es, p o r lo ta n to , d e sp u é s d e
la ru p tu ra con el p a rtid o q u e M arig h ella es to ta lm e n te d u e ñ o d e su
p erso n alid a d » , co n sta tó Jo rg e A m ado, am ig o d e los d ías d e la asa m b le a
c o n s titu y e n te . 18 M arig h e lla , el h o m b re d e p a rtid o , e n u n m o m e n to en
q ue el P a rtid o C o m u n ista rim a b a con ríg id a d isc ip lin a y je r a rq u ía , fue
ta m b ién - y e s p e c ia lm e n te - el h o m b re q u e se re b e ló p le n a m e n te en la
ru p tu ra co n la o b e d ie n c ia . 19 D u ra n te la p rim e ra fa s e d e su v id a h a b ía
pasad o d iez a ñ o s en p risió n , en la segunda no p a sa ría ni u n d ía.
M arighella se asu m ió com o terro rista . «Todos n o so tro s so m o s g u e rri­
lleros, te rro rista s y asa lta n te s » ,20 afirm aba en agosto de 1969. La m ayoría
tle las o rg an izacio n es y de los m ilitan tes n e g a b a n esa id e n tid a d en el p a ­
sado y la sig uen n e g an d o en el p resen te: «iT errorista es la d ictadura!». Él,

16. Carlos M arighella, «Quem sam ba fica, quem nao sam ba vai em bora», en
Ibíd., pág. 550.
17. N óe G ertel. «M arighella na llha G rande de E speranzas (entrevistas)».
En: Carlos Marighella. O hom em por trás do m ito. Ed. por C ristiane Nova y Jorge
Nóvoa. San Pablo: UNESP, 1999, pág. 424.
18. Jo rg e A m ado. «O hom em que ria e que chorava». En: Carlos Marighella.
O hom em p o r trás do m ito. Ed. por C ristiane Nova y Jorge N óvoa. San Pablo:
IJNESP, 1999, pág. 390.
19. Si bien es cierto que las organizaciones que surgieron desde 1961 defen­
dían la lucha arm ada oponiéndose a las posiciones y prácticas del PCB, e incluso
algunas, com o la ALN, rom piendo tam bién con la e stru ctu ra del p artido - j e r a r ­
quizado y d isc ip lin ad o - debem os señalar que estas organizaciones desarrollaron
tam bién cierta disciplina, no idéntica a la del antiguo partido, pero sí una que, de
acuerdo con Daniel Reis Filho, dio lugar a una «estrategia de la tensión máxima»:
« ( .. .) lo com plejo de la deu d a, la gam a de virtudes, el fastidio d e las tareas, la
celebración de la a u to rid ad , la am bivalencia de las directrices, y el síndrom e de
la traición». V éase D aniel A aráo Reis Filho. A revolu^áo fa lto u ao encontró. San
Pablo: Brasiliense, 1990, pag. 107 y pág. 118.
20. C arlos M arighella, «Sobre a o rg a n iz a d o dos revolucionários», Nova
y Nóvoa, Carlos Marighella. O homem por trás do m ito, pág. 552.

105
D enise R ollem berg

sin em b arg o , le d io u n a co n n o tació n positiva. «Hoy en día, se r “v io len to ”


o "te rro rista ” es u n a cualidad que en n o b lece a c u alq u ier p erso n a h o n ra d a ,
p o rq u e es un a c to dig n o de un re v o lu cio n ario c o m p ro m e tid o e n la lucha
a rm a d a c o n tr a la v e rg o n z o sa d ic ta d u ra m ilita r y su s a tr o c id a d e s » . 21 En
verd ad , si p e n s a m o s al terrorism o com o la práctica de a te n ta d o s co n tra la
p o b lació n civil, y n o ex clu siv am en te a objetivos específicos id en tificad o s
con las fu erzas d e coerción, las o rg an izacio n es y los líd eres de la izq u ier­
d a a rm a d a , in c lu id a la ALN y M arig h e lla , n o a d h e ría n a la p ro p u e s ta
te rro rista .
En re la c ió n a su s ú ltim a s d e c la ra c io n e s, llam a la a te n c ió n , e n un
m o m e n to d e v ic to ria p o r el p rim e r se c u e s tro d e u n d ip lo m á tic o , p e ro
ta m b ié n d e e n o r m e re p re sió n y a is la m ie n to d e la lu c h a a rm a d a , la v a ­
lo ra c ió n d e q u e « lo s re v o lu c io n ario s c o n sig u ie ro n la c o m p lic id a d d e la
p o b la c ió n . La p r e n s a c la n d e stin a a v a n z a . Las em isio n e s p ir a ta so n re ­
c ib id as fa v o ra b le m e n te . La c iu d a d , p o r lo ta n to , re ú n e las c o n d ic io n es
objetivas y su b je tiv a s necesarias p ara que se p u e d a d esen v o lv er con éxito
la g u e rrilla» . O ta m b ié n , en el M in i-m a n u a l do g u errilheiro urb a n o , de
ju n io de 1969, e s a idea tan p resen te en esa época e n la lu ch a a rm a d a , en
d iv ersas o rg a n iz a c io n e s , en varios m ilita n te s, y q u e s o rp re n d e n te m e n te
to d av ía es m uy fre c u e n te en la m em o ria d e la izq u ierd a: «La g e n te odia»
a la policía y a lo s m ilitares. «El en em ig o es o b se rv a d o p o r la p o b lació n ,
p e ro d e sc o n o c e q u ié n e n tre la g e n te , p asa in fo rm a c ió n a la g u e rrilla
u rb a n a . Los m ilita re s y la p o licía so n o d ia d o s p o r las in ju stic ia s y la
violencia que h a n ejercido co n tra la población, y esto facilita la ob ten ció n
de in fo rm ació n p erju d icial a las activ id ad es d e los ag e n te s d el enem igo».
«En ta n to n u e s tr a lu c h a tie n e lu g a r e n tre las m a sa s y d e p e n d e d e su
sim p a tía - m i e n t r a s q u e el g o b ie rn o tie n e u n a m a la re p u ta c ió n p o r su
b ru ta lid a d , co rru p c ió n e in c o m p e te n c ia - los in fo rm an tes, esp ías, tra id o ­
res, y la p o licía v ie n e n a se r los e n e m ig o s d e la p o b la c ió n y n o p o se e n
sim p atizan tes; so n d en u n ciad o s a la g u errilla u rb a n a , y en m u ch o s casos,
c a stig ad o s ad ec u a d a m e n te » . M ism o e n el golpe d e E stad o de 1964, esta
po sició n es s o rp re n d e n te y c o n s ta n te e n los a n á lisis d e M a rig h ella, y
siguió c o n stan te e n los años sig u ien tes al golpe: este h ab ía sido m ilitar, la
so cied ad h a b ía e sta d o a u se n te del m o v im ien to y así h a b ía p e rm a n e c id o ,
n e g á n d o s e a a p o y a r a la d ic ta d u ra e n los a ñ o s sig u ie n te s. P a ra él, la
so c ie d a d h a b ía e sta d o p re s e n te , sí, p e ro re c h a z a n d o al ré g im e n y a sus
h o m b res.

21. M arighella, Escritos de Marighella, pág. 2.

106
Carlos M arighella y Carlos Lamarca: m em orias de dos revolucionarios

A tr e v e r s e a luchar, atreverse a vencer: Carlos Lamarca

El m ism o día en que Carlos L am arca a b a n d o n a b a el ejército, su esposa


y ñus hijos v iajaban hacia C uba. C uando ab an d o n ó p ara siem p re el cu artel
con a lg u n o s c o m p a ñ e ro s, se lle v a b a a rm a s p a ra la re v o lu c ió n . In clu so
tuvo tie m p o p a ra c o rre r al a e ro p u e rto y d e sp e d irse d e su fam ilia . N o
Im aginaba q u e a q u el d ía los d e ja b a p a ra sie m p re. De la isla p ro v e n ía la
in sp iració n p a ra la g u e rrilla, la c e rte z a d e q u e e ra p o sib le vencer. De la
i« l| ven d rían un día sus hijos y su m ujer p ara c o n stru ir ju n to s el socialism o
«m i el p aís. P ero e ste re e n c u e n tro ja m a s o c u rrió , ni el d e B rasil con el
•o cialism o, ni el d el p a d re con sus hijos. E stos c o n o c e ría n s o la m e n te el
•o cialism o en C uba, d o n d e c reciero n ; el so cialism o q u e L am arca n u n c a
pudo conocer. Del p a d re co n o ce ría n lueg o m u c h as h isto ria s, a u n q u e tal
vez n u n c a las co n fu n d iría n con los rec u e rd o s de su in fan cia.
Lam arca a b an d o n ó el ejército para lid erar la V anguardia P o p u la r Revo-
lu á o n á ria (VPR), fo rm ad a por in telectu ales d isid en tes de la o rganización
l\¡litica O p e rá ria (POLOP) - q u e a b o g ab a p o r la c o n stitu c ió n in m e d ia ta
del foco g u e r r ille r o - p o r sa rg e n to s y m a rin e ro s de las fu e rz a s a rm a d a s
ex p u lsad o s en 1 9 6 4 y p o r o b rero s v in cu lad o s a O sasco. L am arca no era
un te ó ric o ni u n in te le c tu a l, ni e sta b a a g u sto co n los d e b a te s so b re la
revolución que tan to escind iero n a las o rg an izacio n es de la lu ch a arm ad a.
D iscusiones q u e h a b ía n su rg id o e n o p o sició n al PCB, q u e y a se h a b ía
perdido e n discusiones. Se convirtió a la re v o lu ció n n o p o rq u e estu v iera
c o n v en cid o p o r la te o ría , sin o , co m o m u c h o s o tro s, p o r la in d ig n a c ió n
.inte la in ju sticia y la m ise ria en el m u n d o . F ue c o m a n d a n te de la re ­
volución co m o h a b ía sid o c a p itá n d el ejército , p o rq u e e ra u n ex c e le n te
tirador, m ilita r y m ilita rista e n m o m e n to s e n q u e e n la re v o lu c ió n lo
im p o rtan te era actuar. A treverse a luchar.; atreverse a ven cer , la síntesis del
v o lu n tarism o de aq u ello s días.
Ya sin lu g a r e n el e jérc ito d a el salto y e n c u e n tra su lu g a r en la
o rg a n izació n . Pero ta m p o c o se se n tiría c ó m o d o allí. Esa re a lid a d le era
e x trañ a, tal com o se h ab ía v u elto e x tra ñ a la d el ejército. Allí ta m b ién se
itisló. Tal vez n in g ú n otro p erso n aje - s u v ida y su m u e r t e - sin tetice tan
bien el aislam ien to de la lucha arm ad a. Lam arca fue la en carn a c ió n de la
so led ad . La b ú sq u e d a d e o tro ro stro p a ra e sc o n d e rse , p a ra e n c o n tra rse .
La v ida e n tre u n a resid en cia c la n d e stin a y o tra , a c ec h ad o p o r el o dio de
los m ilitares. De la V anguardia P opular R evolucionária (VPR) al M o v im e n to
R ev o lu c io n á rio 8 de O u tu b r o (M R 8 ), de la c iu d a d al cam p o , en b u sca de
X uerrilleros en el se rtó n b a h ia n o , e sc o n d id o , a tra p a d o e n esa situ a ció n ,
i*n ese lu g a r d o n d e to d o c o m e n z a ría , d o n d e to d o te rm in ó . L am arca
en B uriti C ristalin o , la im a g e n d e l a isla m ie n to d e la lu c h a a rm a d a . En
n in g u n a p a rte , e sc rib ie n d o c a rta s p a ra C uba, p a ra Iara , p a ra sí m ism o.
D enise R ollem berg

La so le d a d d e L a m a rc a e n las re s p u e s ta s q u e ja m á s lle g a ría n d e C uba,


d e Ia ra , d e los cam pesinos. El d iá lo g o im p o sib le co n ese p a ís. El a m o r
in te rru m p id o p o r u n a b ala en el p echo de Iara. Lam arca, la h u m an izació n
d e la so le d a d ; L am arca, h u m a n iz a d o en la so led a d .
Llegó allí co n Jo s é «Z eq u in h a» C am p o s B a rre to , el o p e ra r io q u e se
d irig ía de v u e lta a sus p ag o s d e ja n d o O sasco, q u e se había incendiado en
1968. En aq u ella zo n a ag reste, que un día lo h ab ía e x p u lsad o , co m en z aría
un fu tu ro m ejor; y no en S an Pablo, que ex p u lsab a a los n o rd e stin o s hacia
su p e rife ria . La so le d a d d e L a m arca e n la fu g a co n Z e q u in h a , c az ad o s
com o a n im a le s, d e la ta d o s, e x h au sto s, b u sc a n d o el ca m in o e n u n a tierra
árid a y seca. La so le d a d de L am arca, in te rru m p id a p o r la m u e rte ju n to a
Z eq u in h a y p o r el a m o r de Iara.
L a m arca sie m p re h u y e n d o . La fuga d el ce rco re p re siv o e n Vale do
R ib e ira . 22 En a q u e l a is la m ie n to e n tre n a ría a los g u e rrille ro s . Allí, la
e s p e ra n z a d e e n c o n tr a r m e d io s p a ra la g u e rrilla . Allí, a is la d o s d e to d o ,
a p e n a s e n c o n tr a n d o p e rs o n a s a isla d a s d e to d o , d e las v e rd a d e s d e los
g u e rrille ro s a is la d o s de las v e rd a d e s d e a q u e lla g e n te , p a d e c ie n d o en
a q u e lla s selvas.

«E stam os orgullosos de c o n sta ta r la recep tiv id ad d e los tr a b a ­


ja d o r e s ru ra le s y su ca p a c id a d d e c o m p re n d e r los o b je tiv o s
d e n u e s tra lu c h a . Los o rg a n ism o s re s p o n sa b le s d e la r e p r e ­
sió n se h a n e n te r a d o d el a p o y o q u e la g e n te n o s d io y en
c o n se c u e n c ia h a n d e te n id o y a se sin a d o a u n a jo v e n p a re ja
d e c a m p e sin o s, e v a c u a d o a la p o b la c ió n y b o m b a r d e a d o la
región. Estos actos terro ristas se co m p letaro n con d isp a ro s de
a m e tra lla d o ra al az a r en el m o n te, y vuelos ra sa n te s so b re las
ca b a ñ a s a ú n h a b ita d a s » . 23

En el d e ta lla d o Inform e Operación Pajussara [Relatório Operando Pajus-


sara] - a s í se llam ó la o p eració n q u e cazó a L am arca en el se rtó n b a h ia n o -
d o c u m e n to del M in isterio d el E jército de 101 p á g in a s, lla m a la ate n c ió n

22. N ota del e d ito r: Lam arca en 1970 se refugia y o rg a n iz a u n g ru p o de


resistencia del VPR en Vale do Ribeira, al sur de San Pablo. El ejército los cerca y
logra d e sa rtic u la r al grupo, d e te n ien d o a varios in te g ran te s. En abril del 71 se
desliga del VPR e ingresa en el MR8. Logra fugarse de Vale do R ibeira y ju n to a
«Zequinha» Barreto, Iara Iavelberg y otros guerrilleros p arten hacia Bahía, con la
intención de h a ce r la revolución desde el cam po (aunque no perm an ecen juntos:
L am arca y Z eq u in h a se dirigen a Buriti C ristalino y Iara a S a lv ad o r). Allí es
finalm ente e n c o n tra d o y acribillado p or un co m an d o especial d e l ejército, en
Pintada (pueblo ubicado actualm ente en el m unicipio de Ip u p iara ).
23. Lam arca citado en Oldack M iranda, Silva Filho y Em iliano José. Lamarca.
O capitáo da guerrilha. 12.a ed. San Pablo: Global, 1989, págs. 90-91.

108
Carlos M arighella y Carlos Lamarca: m em orias de dos revolucionarios

i*l a p a ra to m o n ta d o p o r los d istintos organism os represivos p a ra e lim in ar


.1 C arlo s L a m arca y su s c o m p a ñ e ro s, o m á s b ien p a ra « d e s tru ir el m ito
r e p re s e n ta d o p o r L am a rc a » . 24 Al igu al q u e e n Vale d o R ib e ira, e x istía
u n a m a rc a d a d e s p ro p o rc ió n e n tre las fu e rz a s e n c o m b a te : p o r u n la d o ,
la c o n ta b ilid a d d e los rec u rso s h u m a n o s y los m a te ria le s u tiliz ad o s; p o r
otro, las im ág en es de los m u erto s, las im ág en es de lo q u e fue c a p tu ra d o :
algunas arm as, m unicio n es, u n a p eq u eñ a tie n d a d e c am p a ñ a, u n as botas
g astad as y un tex to de G iap. Para c a p tu ra r a la « b an d a te rro rista » de m e ­
dia d o cen a de hom bres, allí estab an el C entro de O peracio n es de D efensa
In tern a (CODI), la policía m ilitar de Bahía, el C entro de In fo rm acio n es del
E jército, el C en tro d e In fo rm a c io n e s y S e g u rid a d d e la F u e rz a A érea, el
C entro d e Inform acion es de la M arina, el IV Ejército, el D e sta c am en to de
O peraciones de Inform ación / C entro de O p eracio n es de D efensa In te rn a
(D OI-COD I), el P rim er E sc u ad ró n A e ro te rrestre de R escate (P a ra sa r), la
O p e ra c ió n B a n d e ira n te s, la O ficina d e O rd e n Político y S o cial d e S an
P ablo/S P , la F u erza A érea B rasileñ a, la S e c re ta ría d e S e g u rid a d P ública
d e S an P ablo, u n to ta l d e 2 1 5 a g e n te s d e B ah ía, d e G u a n a b a ra , d e S an
Pablo y d e P ern am b u co , to d o s in v o lu crad o s en las dos fases de la o p e ra ­
ción. L lam an la a te n c ió n los n o m b re s d a d o s a los eq u ip o s: P erro , Lobo,
L eón, T ig re, Ja g u a r, Á guila. L lam an la a te n c ió n las re p e tid a s o c a sio n es
en q u e a p a re c e «el p le n o ap o y o d e la p o b lació n » local a la c a c e ría . 25 Se
rec o n o c e asim ism o q u e el éx ito d e la o p e ra c ió n resid ió e n la «red de
in fo rm a n te s» . «D ifícilm en te se p o d ría te n e r é x ito sin la c o o p e ra c ió n y
la c o n fia n z a d e d ic a d o s a las fu erzas legales p o r a q u e lla g e n te h u m ilde» .
«Se c o n q u is tó el ap o y o p o p u lar» . « Q uedó d e m o s tra d o q u e la g e n te d el
in terio r, a p e s a r d e vivir e n las co n d ic io n es m á s m ise ra b le s, re c h a z a e
in clu so o d ia el uso de la v io len cia q u e los te rro rista s q u ie re n im p o n e r
e n el país». La O p e ra c ió n P a ju ssara «ha d e m o s tra d o a la N ació n , d e

24. M inisterio del Ejército, IV Ejército, 6o Región Militar, C uartel General, 2o


sección, 30 de septiem bre de 1971, firmado por el general de brigada Argus Lima,
c o m a n d a n te de la 6 o región m ilitar, y por el tenien te-co ro n el Adail Coaracy de
Aquino, de la 3o sección del COMCOS; constan, incluso, las referencias al m ayor
N ílton d e A lbuquerque C erqueira, jefe de la 2o sección del E M R /6, en el lugar
destinado a su firma, aunque esta no figure. Véase Operafáo Pajussara (Relatório),
1971: 125 A y siguientes; 37 y siguientes. Las citas co rresp o n d en a las páginas
42, 37, 41, 22, 28, 43, respectivam ente. No fue posible consultar los prontuarios
de C arlos L am arca ni de Carlos M arighella, debido a la no a u to riza c ió n de los
fam iliares.
25. En noviem bre de 1968, la revista Veja publicó un re p o rta je sobre M a­
righella titu lad o «La caza». Véase Equipo de redacción. «A cacada. O general
Franqa com anda m ilhares de policiais em todo o país que estao á procura do líder
com unista Carlos M arighella». En: Veja: San Pablo (20 de noviem bre de 1968).

109
D enise Rollem berg

m a n e r a in d e le b le , el re p u d io a las accio n es te rro rista s p o r p a rte d e la


g e n te h u m ild e d e l in te rio r d e B ahía, y e sto se p u e d e e x te n d e r a to d o el
Brasil». H a sido «excelente el d esem p eñ o de la re d de in fo rm a n te s locales
y la in te n sa e x p lo ra c ió n y e s p o n tá n e a c o o p eració n d e los guías».
Si d e h ec h o su ce d ió la p a rtic ip a c ió n de la p o b lació n local, in d ican d o
los c a m in o s, b u s c a n d o a g e n te s p a ra in fo rm a r so b re a q u e llo s h o m b re s
en fu g a, los a u to re s d el in fo rm e ta m b ié n p o n e n de reliev e la m ise ria de
esas p erso n as qu e h a b ita n el sertó n , u n a zo n a « a b a n d o n a d a y no asistida
p o r las a u to r id a d e s g u b e rn a m e n ta le s, ta n to d e la e sfe ra a d m in is tra tiv a
e s ta ta l co m o m u n icip al» . D esp u és de u n m es d e c o n v iv en c ia c o n «el
h o m b re de la caatinga»,26 « tras h a b e r o b te n id o su lealtad y co n fian za, lo
c u a l [nos] se llevó a la v ic to ria final», la O p e ra c ió n co n o c ió su «m iseria
im p resio n an te» :

«Nos p e rm itió ta m b ié n conocer, m ás y m ejor, el a lm a d e l


h o m b re h u m ild e d el cam p o , fiel espejo d e n u e stra g e n te q u e
o d ia la v io le n c ia , q u e solo d e se a tra n q u ilid a d p a ra v iv ir e n
la paz d e su tra b a jo ( . . . ) . No o b sta n te , q u e d a la d u d a so b re
cu án to tiem p o p ersistirá con esta concepción, ya que no ve ni
sie n te , ni e n la p rá c tic a ni e n el c o rto p la z o , u n a so lu c ió n a
sus p ro b le m a s m ás a p re m ia n te s y co tid ia n o s, p u d ie n d o , p o r
lo ta n to , v o lv erse p re s a fácil de c u a lq u ie r im p re g n a c ió n d e
d o c trin a s espurias».

La d u d a de los cazad o res h ab ía sido la certeza de L am arca y Z equinha.


En el se rtó n , el m ise ra b le c o n tra ste e n tre la m iseria y la c o lab o ració n :

« ( . . . ) El c o m a n d a n te d e l DOI fue a b o rd a d o p o r u n h o m b re
viejo, casi cieg o , de a lre d e d o r d e 70 a ñ o s, d e la c o n d ic ió n
m ás m ise ra b le , d ic ie n d o q u e h a b ía v isto a d o s in d iv id u o s
so sp ech o so s, ( . . . ) y q u e se h a b ía a p re s u ra d o p a ra in fo rm a r
el hecho. Tras trasla d a rse hacia el sitio se efectu ó la b ú sq u ed a
sin resu ltad o s, salvo p o r el g ran estím u lo m o ral q u e significó
la a c titu d d e a q u e l h u m ild e c iu d a d a n o q u e , p o r e n c im a d e
to d o , d e m o s tra b a el apoyo que los m iem b ro s d el DOI te n ía n
e n tre la población».

O tros casos sim ilares se re p o rtan . Si así sucedió, L am arca y Z equinha


en fuga re co rría n un cam in o m in ad o p o r cam p esin o s que iban d e la ta n d o
sus p aso s a los a g e n te s d e la re p re sió n , q u e ib a n c e rra n d o la s salid as,

26. Tipo de vegetación agreste característica del nordeste de Brasil. [N. del
E.]

110
Carlos M arighella y Carlos Lamarca: m em orias de dos revolucionarios

«•rrcando la región en la que L am arca creyó p o d e r im p la n ta r la g u errilla.


¿Qué e sta b a n h aciendo allí estos hom bres? O cultos en la n a d a. Era difícil
di' e n te n d e r. Tal vez e ra m ás fácil d e e n te n d e r a los q u e lle g a ro n m ás
la rd e, p a ra c a z a rlo s co m o a n im a le s. P ero ¿ q u ié n e s e ra n los a n im a le s?
¿Los c a z a d o s o los c a z a d o re s? ¿O los d e la to re s ? El m a l y a n o les e ra
ajen o a a q u e lla s m ise ra b le s p e rso n a s. E ra e x tra ñ o s iq u ie ra p e n s a r q u e
«Igún d ía las cosas p o d ía n se r d iferen tes.
La m em o ria, sin em bargo, com o b ien se sabe, es un te rre n o de d isp u ta,
lín el T ribunal Russell II , 27 en 1974, hay u n a referen cia a u n a declaración
g ra b a d a y tra n s m itid a p o r la telev isió n su e c a, d e u n a p e rs o n a p re s e n te
r n el in te rio r d e B ahía, d o n d e C arlos L am arca, Z e q u in h a y los o tro s
g u e rrillero s fu e ro n a se sin a d o s. Los m ilita re s h a b ía n b o m b a rd e a d o el
p u eb lo y d e s e n c a d e n a d o u n a b ru ta l re p re sió n c o n tra los c a m p e sin o s:
«En el c a m p o d e fú tb o l d e la c iu d a d se m o n tó u n a c ru z y se c o m e n z ó
¡i c ru cificar - a a m a r ra r a la c r u z - a a lg u n o s c a m p e sin o s, a tira rle s sal
e n el c u e rp o p o r u n tie m p o m ie n tra s se los to r tu r a b a » . 28 S e g ú n J o á o
Lopes S alg ad o , m ilitan te del MR 8 , so b rev iv ien te al cerco, efe c tiv a m en te
se pro d u jo u n a m asacre .29 Al no identificar, en u n p rim er m o m e n to , quién
testaba v in c u la d o a L am arca, los m ilitare s to rtu ra b a n y m a ta b a n cru e l e
in d isc rim in a d a m e n te a m u ch o s h a b ita n te s del p u eb lo y su s a lre d e d o re s.
Sin em b arg o , Jo áo S algado no confirm a ni el b o m b a rd e o ni la crucifixión.
Kn el c alo r de los acontecim ien to s, otro sobrev iv ien te de la m ism a región
se refirió a esa fo rm a d e su p licio , p le n a d e sim b o lism o relig io so , p a ra
d escrib ir los h o rro re s q ue h ab ía visto.
A sim ism o, el Inform e sobre la O peració n P ajussara se la m e n ta de que
«el a p ro v e c h a m ie n to d e l éx ito , b ajo el a sp e c to d e la ac ció n p sico ló g ica,
en la lib e ra c ió n d e in fo rm a c ió n h e c h a p o r las a u to rid a d e s c o m p e te n te s,
no p ro d u jo los efecto s d e se a d o s, g e n e ra n d o se n sa c io n a lism o , d is to rs io ­
nes y fa lse d a d e s q u e se d is p e rsa ro n y c o n fu n d ie ro n a la o p in ió n p ú b li­
ca. .. A lgunos periódicos p ro d u jero n efectos negativos al generar, en gran
p arte de la g en te, sen tim ie n to s de com p asió n hacia el te rro rista Lam arca
y su am a n te , desp u és de la publicación de las cartas confiscadas». Las c a r­
ias de am or, de an h elo , d e n o stalg ia, de e sp e ra n z a p o r el n ac im ie n to del
hijo con Iara, p o r el n a c im ien to de la g u errilla , m o s tra b a n la so le d a d de

27. El T ribunal B ertrand Russell II fue in stau rad o en 1973 po r políticos e


intelectuales europeos con el objetivo de denunciar las d ictaduras latinoam erica­
nas. Sobre el tribunal, véase Denise Rollemberg. Exilio. Entre rm'zes e radares. Río
de Janeiro: Record, 1999, cap. 8.
28. T estim onio de F em an d o G abeira en el T ribunal Russel II 1974 (Rom a:
Fundación Lelio Basso) TBR I. T. Cart. III-9, 30 de m arzo a 5 de abril.
29. D eclaración de Jo á o Lopes Salgado concedida in form alm ente (es decir,
sin grabación) a la au to ra, en Río de Janeiro, 14 de enero de 1998.

111
Dcnise Rollcm berg

L am arca, h u m a n iz a n d o al rev o lu cio n ario m u e rto en la d e s h u m a n iz a c ió n


del te rro rism o de E stad o , m u e rto en la m iseria d e la d e la c ió n .

¿Son ilusiones las biografías de mitos?

Las tra y e c to ria s d e M arig h e lla y L am arca, su s r u p tu ra s y co n tim n


d a d e s, m u e s tra n , al m ism o tie m p o , a los h o m b re s d e su t i e m p o y a Im
h o m b res libres d e su tiem p o . En esta d u a lid ad , d e ac u e rd o c o n G iovannl
Levi, se e n c u e n tra u n a b u e n a ra zó n p ara q u e los h isto ria d o re s a b o r d e n H
e stu d io de las biog rafías:

«En re a lid ad n in g ú n sistem a no rm ativ o está lo s u f ic ie n te m e n ­


te e s tru c tu ra d o co m o p a ra e lim in a r c u a lq u ie r p o s ib ilid a d d e
elecció n co n sc ie n te, de m an ip u la c ió n o in te rp re ta c ió n d e la s
n o rm a s, d e n e g o c ia c ió n . C reo q u e la b io g ra fía es p o r e s o
m ism o el ca m p o ideal p a ra c o m p ro b a r el c a rá c te r in te rs tic ia l
- y sin em b arg o im p o rta n te - de la lib ertad de la que d is p o n e n
los a g e n te s, así co m o p a ra o b se rv a r có m o fu n c io n a n c o n c r e ­
ta m e n te los siste m a s n o rm a tiv o s, q u e n u n c a e s tá n lib re s d e
co n tra d ic c io n e s » . 30

Y ag re g a :

«C ualq u iera sea su a p a re n te o rig in alid ad , u n a vid a no p u e d e


e n te n d e rs e ú n ic a m e n te a trav és de sus d esvíos o s in g u la rid a ­
des, sino m ás b ien m o stra n d o que cad a a p a re n te desvío d e las
n o rm as se p ro d u ce en un co ntexto histórico q u e lo ju stific a » .3'

El h echo , sin e m b arg o , de q u e am bos -M a rig h e lla m ás q u e L a m a rc a -


se h a y a n c o n v e rtid o e n le y e n d a s, m ito s, ta n to p a ra la iz q u ie rd a com o
p a ra la d e re c h a , h ace q u e su s perfiles biog ráfico s c o n stitu y a n u n a ta re a
difícil p ara el historiador. Ilusión de vidas perfectas, sin m ácu la, heroicas;
e n c a rn a c io n e s d e la e s p e ra n z a in te rru m p id a , m á rtire s d e la d ic ta d u ra .
Ilu sió n d e v id a s in c o rre g ib le s, b a n d id o s; e n c a rn a c io n e s d e l p e lig ro , del
m al, del enem ig o público n ú m ero uno, de la traición, de la d eserc ió n . En
esta d isp u ta d e la m em o ria resid e o tra ilusión biográfica: la que co n stru y e
m em o rias e n c u b rie n d o la h isto ria.
A ntonio C an d id o fue a b u scar en T irad e n tes y en los líderes d e P alm a­
res la im a g e n d e M arig h e lla . «Un h é ro e d el p u e b lo b ra s ile ñ o ( . . . ) q u e

30. G iovanni Levi. «Usos d a biografía». En: Usos e abusos da historia oral.
Ed. por M arieta M oraes y J a n a ín a A m ado. Río de Ja n e iro : E ditora FGV, 1996,
pág. 180.
31. Ibíd., pág. 176.

112
Carlos M arighella y Carlos Lamarca: m em orias d e dos revolucionarios

f ic r p tó el sacrificio p o r la lib ertad v e rd a d e ra d e su pueblo». En el « m arti­


rio*» de M arighella observó la «consagración» de u n «proceso histó rico en
rl cual el h é ro e se d e sp re n d e del hom bre».

« C uando u n h o m b re llega a este nivel de tra sc e n d e n c ia , c a m ­


b ia la p ersp e c tiv a y se d e fin e el perfil c o n el c u a l p a s a rá a
la h is to ria . En c o n secu en c ia , c o m ie n za n a s e r m e n o s im p o r­
ta n te s los d etalles de su acción y ciertas p e c u lia rid a d e s d e su
p e n s a m ie n to , p u e s la im a g in a c ió n co lec tiv a se c e n tra e n la
tra y e c to ria co m p leta de esa ex isten cia ejem plar. Yo d iría q u e
a h o ra C arlos M arighella ya no es solo el g ra n re v o lu cio n ario ,
a d m ira d o p o r los q u e sie n te n y p ie n s a n c o m o él p e n s a b a y
se n tía , sino u n h é ro e d el p u e b lo b ra sile ñ o , a d m ira d o p o r to ­
d o s los que asp iran a u n a condición h u m a n a p len a p a ra to d as
las p e rs o n a s en n u e s tro p a ís ( . . . ) . Del h o m b re q u e h izo el
m ay o r sacrificio p ara el p ueblo brasileñ o , es decir, el sacrificio
d e la vida, surgió la figura del h é ro e m o d e lo » . 32

¿A e s t e n iv e l, h a b r á h is to r ia ?

N oé G ertel dice que «M arighella lo sabía todo: e n te n d ía d e fútbol, de


política, te n ía h ab ilid ad m an u al, sabía dibujar, sab ía escribir, sab ía h acer
v e rs o s ... » . 33 S eg ú n J o rg e A m ad o , «él es q u ie n r e p r e s e n ta m á s a u té n ti­
c a m e n te al p u e b lo b ra sile ñ o d e a q u el e n to n c e s [la d ic ta d u r a ] » . 34 P ara
los h is to ria d o re s C ristiane N ova y Jo rg e N óvoa, «la fig u ra de M arig h ella
se u n ió al e jé rc ito de v isio n a rio s e id ealistas» . En el p a n te ó n , ju n to a
7.umbi d o s P a lm ares, el C he G u ev ara, S a n d in o , L u m u m b a. C om o u n
p e rso n a je d e la m ito lo g ía g rieg a, Glauco, in m o rta liz a d o , m ita d h o m b re ,
m itad d io s .3S En el in te n to p o r c o m p re n d e r al ho m b re detrás del m ito
se cre a u n m ito d e trá s d e l m ito q u e d e s h u m a n iz a a lo s h o m b re s; u n a
h isto ria d e sh u m a n iz a d a , la a n tig u a h isto ria d e los g ra n d e s h o m b res.
¿N o e s ta ría e n este nivel el tra b a jo d e l h is to ria d o r? ¿En c o m p re n d e r
cóm o y p o r q u é la m em o ria de esto s h o m b re s fue c o n stru id a así?

32. A ntonio C andido. «Um herói do povo brasileiro». En: Carlos Marighella.
O hom em por trás do m ito. Ed. por C ristiane Nova y Jo rg e N óvoa. San Pablo:
l UNESP, 1999, págs. 377-378.
33. G ertel, «M arighella na llha G rande de E speranzas (entrevistas)»,
pág. 426.

( 34. A m ado, «O hom em que ria e que chorava», pág. 383.

35. C ristiane Nova y Jorge Nóvoa. «Evocaqoes e m etáfo ras d e Carlos M a­


righella: um Glauco brasileiro». En: Carlos Marighella. O homem por trás do mito.
Ed. por C ristiane Nova y Jorge Nóvoa. San Pablo: UNESP, 1999, pág. 324.
Denise Rollemberg

C arlos M arighella, así com o C arlos L am arca, e stá n lejos d e re p re se n ­


ta r « a u té n tic a m e n te al p u e b lo b rasileñ o » en la é p o c a de la d ic ta d u ra .
Sus lu c h a s p o r o tro siste m a , c o n tra el c a p ita lism o , p o r el so c ialism o y
c o n tra la d ic ta d u ra d e e n to n c e s no e n c o n tra ro n a c e p ta c ió n . La im ag en
d e te r ro rista s, su b v e rsiv o s, e n e m ig o s, tra id o re s, m alo s b rasile ñ o s, fue asi­
m ilad a p o r im p o rta n te s se g m e n to s d e la so c ie d a d , n o so lo p o rq u e el
g o b iern o civ il-m ilitar c o n tro la b a los m ed io s de c o m u n ic ac ió n , o p o rq u e
h a b ía ce n su ra , p risió n p o lític a, to rtu ra . Todo e sto ex istía y es re le v a n te .
Pero u n a d ic ta d u ra no se so stien e solo p o r la rep resió n , sino ta m b ién por
la m a n ip u la c ió n . La so cied ad q u e estos h o m b res q u e ría n tra n sfo rm a r no
los co n sid erab a héroes, ju stic ie ro s, liberta d o res de los o p rim id o s. M uchos
de sus héro es e ran un ifo rm ad o s, ap lau d id o s en e stad io s co lm ad o s. D icta­
dores am ado s. M enos p o r tem erles que p o r reco n o cerlo s com o sus líderes.
Y hoy sus no m b res e stá n en las calles, com o en la in terse c c ió n ju n to a la
U niversidad de Río de Ja n e iro (UERJ), en las av en id as Emilio G arrastazu
M édici y C astelo B ran co ; o e n el p u e n te C o sta e Silva, q u e u n e Río de
Ja n e iro con N iterói. Incluso el to rtu ra d o r F leury tie n e su n o m b re en una
p laca d e u n a calle d e S an C arlos, en el in te rio r p a u lista . M u ch a s cosas
h an cam b iad o d e sd e el final de la d écad a del se te n ta . Y p a ra los h isto ria ­
d o re s es im p o rta n te n o ta r c ó m o e sta m e m o ria v ie n e sie n d o c o n stru id a
desde ento n ce s. En este ca m b io p o d em o s e n te n d e r m u ch o d e la sociedad
b ra s ile ñ a , ro m p ie n d o c o n la d ic o to m ía e n tre o p re so res y o p r im id o s que
o c u lta y disu elv e sus v a lo re s y re fe re n c ias. Es p o sib le im a g in a r p o r q u é
las izq u ierd a s q u ie re n h é ro es y ley en d a s; p o r q u é in sisten e n la tesis de
la re siste n cia d e la so c ied a d a la d ic ta d u ra , a su s p rin c ip io s y p rá c tic as;
p o r q u é se h a n n e g a d o a a c e p ta r la realid ad .
C arlos M arighella y Carlos Lam arca p e rm a n e c en a u se n te s de los lu g a ­
res de m e m o ria , p o rq u e sus proyectos, sus vidas y sus m u e rte s p erm an ecen
al m argen. Para reco n stru ir sus historias, h asta p ara h o n ra r sus luchas, se
d eb e tr a ta r de e n te n d e r p o r q u é se q u e d a ro n solos: p o r q u é im a g in a ro n
a d e p to s d o n d e so lo h a b ía e x tra ñ o s, p o r q u é n o c o m p re n d ie ro n e sto en
sus ép o c a s; p o r q u é d e sc o n o c ía n al p u e b lo y a la so c ie d a d q u e q u e ría n
tra n s fo rm a r; p o r q u é sig u e n sie n d o e x tra ñ o s p a ra la m a y o r p a rte d e la
so cied ad -c o n o c id o s , p e ro e x tr a ñ o s - p o r q u é h o y se los h o n ra p a ra no
h a c e r fre n te a e sta s cu estio n es.
N o so n ni fu e ro n h é ro e s p a ra el p u e b lo b ra s ile ñ o . N o so n ni fu e ro n
e n c a rn a c io n e s d e l m al. Las m e m o ria s c o n stru id a s - a la iz q u ie rd a y a
la d e r e c h a - n o le sirv en a la h isto ria . Y, p ro b a b le m e n te , u n a y o tra
d e sc o n o c e n al p u e b lo b ra sile ñ o . H o m b re s so lo s, e n su s v id a s, e n sus
m u e rte s, y solos p e rm a n e c e n en la m em o ria q u e los aísla de la h isto ria.

114
Capítulo 5
Del APRA Rebelde a la lucha armada. Perú
(1965)*

J o s é L u is R é n iq u e

A fines de octubre de 1965 las fuerzas a rm a d a s del Perú d a b a n cu en ta


del an iq u ilam ien to - e n la zona de M esa P elada, p a rte o rie n ta l d el d e p a r­
ta m en to del C u z c o - de la llam ad a g uerrilla P achacútec. Luis de la P uente
U ceda e s ta b a e n tre las b ajas. C aía co n él la d ire c c ió n d e l m o v im ie n to .
M enos de seis m eses h ab ía to m ad o su p rim irlo s . 1 U na m e ra n o ta a pie de
p ágina d e la G uerra Fría latin o am erican a. En la lite ra tu ra de la «era de la
R evolución cub an a» el caso del M ovim iento de Izq u ierd a R ev olucionaria
(M IR) p e ru a n o o c u p a u n lu g a r m a rg in a l. Ni siq u ie ra R egis D eb ra y e n
su ¿R evolución en la R evolución? s u p u e s ta sín te sis te ó ric a d e l c a strism o
- p u b lic a d o e n e n e ro d e 1 9 6 7 - le d e d ic a ría poco m ás q u e u n a m en ció n
al p a so . 2 D iversos trab ajo s h a n d e lin e a d o el co n te x to político -id eo ló g ico
e n q u e s u rg ie ro n p ro y e c to s co m o el m iris ta . 3 Q u e d a a ú n p o r e x p lo ra r

*. Este texto es una versión actualizada de José Luis Rénique. «De la “traición
ap rista ” al “g esto h eroico”. Luis d e la P uente U ceda y la g uerrilla del MIR». En:
Estudios Internacionales de América Latina, vol. 15, n.° 1: (2004-2005). URL: h t tp :
//www. a n d e s .m is s o u r i. e d u /a n d es/E sp e c ia le s/JL R L a P u e n te /JL R \_ L a P u e n te 1 .
htm l.
1. M inisterio de G uerra, ed. Las guerrillas y su represión. Lima: M inisterio de
G uerra, 1966, pág. 76 y ss.
2. Regis D ebray. ¿Revolución en la Revolución? La H ab an a: Casa de las
Am éricas, 1967.
3. Jo sé R odríguez Elizondo. La crisis de las izquierdas en Am érica Latina.
C aracas: In stitu to d e C ooperación Iberoam ericana y E ditorial N ueva Sociedad,
1990; T im othy W ickham -C row ley. Guerrillas and R evolution in Latin America:
José Luis Rénique

la d im e n sió n n a c io n a l. En el caso del Perú, esa h isto ria desde dentro del
fe n ó m e n o g u e rrille ro de los se s e n ta , co n d u c e , re tro s p e c tiv a m e n te , a la
e x p e rie n c ia in s u rre c c io n a l a p rista . Es e n re fe re n c ia a e s ta q u e el MIR
d efin e su ethos rev o lu cio n ario .
E xplora e ste tra b a jo la co n stru c c ió n de u n a n u e v a id e n tid a d política
- m il it a n te , g u e rrille ra , s u b v e r s iv a - e n un c o n te x to p a rtic u la r d e la his­
to ria p e ru a n a : de e m erg e n c ia d el P erú ru ra l, d e u n la d o , y de revisión y
d e se c h o p o r p a rte d el P artid o A p rista P e ru a n o (PAP) d e a sp e c to s fu n d a ­
m en tales d e su p ro p ia trad ició n de lucha. El an álisis, p a ra ello, incide en
tres d in á m ic a s b ásicas:
1. La d e los in d iv id u o s y su s p a sio n es, la n a tu r a le z a d e la opción
p o lítica d e los fu tu ro s in su rrecto s.
2. Las re d e s y esp a c io s p ú b lico s e n q u e se e s tru c tu r a lo in d iv id u al
com o acció n c o n c erta d a.
3. Los c o n te x to s del e n c u e n tro de p ro y ecto s político s y so cied ad .
En to rn o a esto s tres aspectos se e n tre te je u n a h isto ria cuyo objetivo
es c o m p re n d e r la co n stitu ció n de id e n tid a d e s leg itim a d o ra s d el ejercicio
de la violen cia en el Perú. Cómo, en o tras p a lab ra s, la ex p erie n cia d el 65
afe c tó la c u ltu ra p o lítica del iz q u ie rd ism o local, p re p a r a n d o el te rre n o
p a ra la g ra n te m p e stad de los och en ta. En e sta h isto ria, Luis de la P uente
U ceda e m e rg e co m o eslabón e n tre las tra d ic io n es in su rre c c io n a le s nove-
c e n tista s - r e a r ti c u la d a s en el a p rism o p r im ig e n io - y el g u e rrille rism o
c o n tem p o rá n e o . Las huellas escritas y o rales de su a p a sio n a d a tray ectoria
a p a re c e n p o r ello c o m o eje de u n re la to q u e p re te n d e c o n s tru irs e d e lo
p e rso n a l a lo social.

1948: una rebelión frustrada

El 3 d e o c tu b re d e 1948 Lim a a m a n e c ió co n la n o tic ia d e u n a su b le ­


vación: un m o tín e n el p u erto del C allao p ro ta g o n iz a d o p o r p e rso n a l de
la a rm a d a y « b rig ad istas» ap rista s. El m o v im ie n to se ría c ru e n ta m e n te
d eb ela d o . ¿Q ué h ab ía fallado? C u atro d é cad as d e sp u é s se se g u iría n d eb a­
tie n d o re sp o n sa b ilid ad es. Los d irig e n te s del p a rtid o , se g ú n u n o s, h ab ían
tra ic io n a d o a las b a s e s .4 A u n oficial m ilita r d e filiació n a p ris ta - q u e
h a b ría a c tu a d o «con la p re sc in d en c ia to ta l d e l C o m ité d e l E jec u tiv o » -

a com parative stu d y ofinsurgents and regimes since 1956. P rin ceto n : Princeton
U niversity Press, 1992; Richard Gott. Guerrilla M ovem ents in Latin America.
N ueva York: A nchor Books, 1972; y Luis M ercier Vega, ed. Guerrillas in Latin
America. N ueva York: Praeger, 1969.
4. Víctor Villanueva. La sublevación aprista del 48. Tragedia de un pueblo y un
partido. Lima: Editorial Milla Batres, 1973.

116
Del AFRA Rebelde a la lucha arm ad a. Perú, 1965

I in h a la ría n o tro s co m o re s p o n sa b le . 5 Q u e e sta b a « d is p u e sto a j u r a r q u e


f ni yo ni p e rs o n a a lg u n a d e m i p a rtid o h a b ía te n id o n a d a q u e v e r con la
■ rebelión», p u n tu a liz a ría e n 1 954 el p ro p io líd er d e l ap rism o , V íctor R aúl
Haya d e la T o rre . 6
Tres a ñ o s a n te s el PAP h a b ía a p o y a d o la elec ció n d el m a n d a ta rio
I que a q u e lla m a d ru g a d a se b u sc a b a d e rro c ar. H acia m e d ia d o s d e 1 9 4 7 ,
i no o b s ta n te , los a p rista s h a b ía n c o m e n z a d o a co n sp irar, re a c tiv a n d o
I r n ese a fá n a su s « eq u ip o s d e c o m b a te » . 7 Su p e rc e p c ió n e ra q u e , tra s
b a stid o res, la o lig a rq u ía a c tu a b a p a ra fru s tra r la o p c ió n d e m o c rá tic a ,
I p re te n d ía n a d e la n tá rs e le s con u n m o v im ie n to cívico-m ilitar. En ese
i ro n te x to , m ie n tra s los líd eres b u sc a b a n un g e n e ra l «am igo», la s «bases»
I o p ta b a n p o r a g ita r a la tro p a . F u ese c u a l fu ese su tra sfo n d o , a q u e l
in c id e n te a c e le ra ría el g o lp e c o n se rv a d o r b ajo el m a n d o d el g e n e ra l
I M anuel O dría, o cu rrid o v ein ticu atro días d esp u és. De tal su e rte , el 27 de
I o ctu b re d e 19 4 8 , m ie n tra s el d e p u e sto p re sid e n te m a rc h a b a al exilio, el
in iciab a un nuev o ciclo en la c la n d e stin id a d .
a c u s é i s a ñ o s a n te s - b a j o el ré g im e n d e l c o ro n e l Luis M. S án c h e z
(I e r r o - h a b ía co m en z ad o la p rim e ra p ersecu ció n . E n to n ces, el fu n d a d o r
del a p rism o h a b ía d e lin e a d o d e la sig u ie n te m a n e ra el se n tid o d e la
lucha p o r v en ir: si a Palacio lleg ab a c u a lq u ie ra p o r la v ía d e l o ro o los
fusiles, la «m isión d el ap rism o » e ra « lle g a r a la c o n c ie n c ia d e l pueb lo » .
Y a e lla , so lo se lle g a b a , «con la lu z d e u n a d o c trin a , c o n el p ro fu n d o
am or de u n a causa de justicia, con el ejem plo glorioso d el sacrificio » .8 De
la re p re sió n , el p ro p io H ay a se ría u n a d e las p rim e ra s v íc tim as. E stab a
d e te n id o c u a n d o , e n ju lio d e 1 9 3 2 , se p ro d u jo la re v o lu c ió n d e T rujillo
d irig id a p o r d irig e n te s a p rista s locales im b u id o s a ú n d el e sp íritu a n a r ­
quista y m o n to n ero del siglo an terio r .9 La m em o ria de d ich o m o v im ien to
se co n v ertiría en el m ito fu n d a d o r de un com bativo ap rism o popular. Seis
m il m u e rto s y u n o s ocho mil p risio n ero s re c la m a ría el a p rism o de aq u el

5. D om ingo Tam ariz Lúcar. La ronda del general. Lima: Jaim e Cam podónico
Editor, 1998, págs. 116-125.
6. Víctor Raúl Haya de la Torre. «Cinco años de exilio en mi patria». En: Life:
(24 de m ayo de 1954), págs. 242-258.
7. A rm ando Villanueva del Campo. «La otra revolución». En: Domingo Tama­
riz Lúcar. La ronda d d general. Lima: Jaim e Cam podónico Editor, 1998, pág. 117.
8. V íctor Raúl Haya de la Torre. «Discurso del 8 de diciem bre de 1931». En:
Obras Completas. Vol. 5: Obras Completas. Lima: Editorial Ju a n Mejía.Baca, 1984,
págs. 87-90.
9. Luis A lfredo Tejada Ripalda. «La influencia a n arq u ista en el APRA». En:
Socialismo y Participación: (29 de m arzo de 1985), págs. 9 7-109; y M argarita
(íiesecke. La insurrección de Trujillo del 7 de julio de 1932. Lima: Fondo Editorial
del Congreso del Perú, 2009.

117
José Luis Rénique

ciclo de «dolor y m u erte» que, a la larga, los c o n v ertiría en u n a su e rte de


fra te rn id a d de d istin tiv a co h esió n m o ra l . 10
¿ P ro p o n ía H ay a d e la T orre u n a re v o lu ció n ? A p e la n d o a T olstoi, a
G h a n d i, a E ngels y a M arx, so ste n ía q u e lo p e c u lia r d el a p rism o e ra el
p la n te m ie n to de « lleg a r a l p o d e r p a ra o p e ra r d e sd e él la re v o lu c ió n , en
u n se n tid o d e tra n sfo rm a c ió n , d e ev o lu ció n , d e re n o v a c ió n , p e ro su jeta
sie m p re a los im p e ra tiv o s y lim ita cio n e s d e la re a lid a d » . 11 Q u e - « s in
elu d ir la posibilidad de que to d a revolución p u e d a im p licar o n o violencia
e n u n se n tid o físico o m o r a l» - e ra factib le u n a rev o lu c ió n sin v iolencia.
Y, sin em b a rg o , d e su te m ib le im a g e n in su rre c c io n a l d e l 3 2 , el APRA
no p o d ría prescindir. D ep en d ía , m ás a ú n p a ra so b rev iv ir: n o só lo com o
d e fe n s a d e la re p re sió n , sin o p a ra s o s te n e r el m ito d e u n « g ran e jército
civil» su b te rrá n e o , g a ra n tía de la fu tu ra « revolución aprista».
U na larga lista de m ovim ientos, aso n ad as, in su rreccio n es en co lab o ra­
ció n con oficiales m ilitares d eriv a ro n d e a q u ella e stra te g ia cara c teriz a d a ,
e n tre otros elem entos, p o r un uso lim itado, p ro p ag an d ístico , de la violen­
c ia . 12 C on sus d irig e n te s h istó ric o s re c lu id o s o d e p o rta d o s , la ju v e n tu d
e m e rg e ría com o p ro ta g o n ista . D iversas o rg a n iz a c io n e s co n c ib ió H aya
p a ra c a n a liz a r h a c ia los o b jetiv o s p a rtid a rio s su e sp íritu d e c o m b a te .
La V an g u ard ia A p rista d e la J u v e n tu d P e ru a n a e ra u n a d e ellas. C om o
«escuela del sacrificio, la disciplina y el en tu siasm o de la ju v e n tu d ap rista
o rg a n iz a d a m ilitarm en te » la d efin ían sus n o rm a s . 13 H ero ísm o y e n tre g a
e ra n sus valores fu n d a m e n ta le s y co b a rd ía y traic ió n la n e g a c ió n m ism a
d e l se r a p rista . 14 E ran claves m e d u la re s de lo q u e h a sid o d e sc rito com o
u n a «com unidad em o cio n al » , 15 un «sim ulacro d e n ació n » 16 o, sim p lem en ­

10. Véase a respecto, Im elda Vega-Centeno. Aprismo popular: cultura, religión


y política. Lima: CISEPA-PUC y TAREA, 1991.
11. Victor Raúl Haya de la Torre. «M aniñesto de Febrero de 1932». En: Obras
Completas. Vol. 5. Lima: Editorial Ju a n Mejía Baca, 1984, págs. 94-124.
12. T hom as M. Davies Jr. y Victor V illanueva. Secretos electorales del APRA.
Correspondencia y documentos de 1939. Lima: E ditorial H orizonte, 1982; y Luis
C handuví Torres. El APRA por dentro: lo que vi, y lo que sé. Lima: Talleres Gráficos,
1988.
13. «Reglam ento interno de la V anguardia A prista de la Ju v e n tu d Peruana»
en Colección de Volantes de la Biblioteca Nacional del Perú. Según un testim onio,
esta entidad era «una fuerza juvenil revolucionaria y p or tan to m ilitarizada que
perfeccionó a la VACH», en Luis Felipe de las Casas. El Sectario. Lima: C entro de
Investigación y Capacitación, 1981, pág. 78.
14. Haya de la Torre, «Discurso del 8 de diciem bre de 1931», págs. 87-90.
15. Hugo Neira. Hacia la tercera m itad. Perú XVI-XX. Ensayos de lectura
herética. 2.a ed. Lima: SIDEA, 1997.
16. Karen Sanders. Nación y Tradición. Cinco discursos en torno a la nación
peruana 1885-1930. Lima: Pontificia Universidad Católica y FCE, 1997.

118
Del APRA Rebelde a la lucha arm ad a. Perú, 1965

te, - e n p a lab ras de su propio je fe a p r i s ta - com o u n a «locura co lectiv a » . 17


«SEASAP» («Sólo el APRA salv ará al Perú») era el salu d o co tid ian o . M ísti­
ca y e n tre g a , m ás q ue te o ría, c ara c te riz a b a n a la m ilitan cia a p rista . Más
q ue le ctu ras, re c o rd a ría u n m ilita n te d e aq u ello s añ o s, «sólo re p e tía m o s
lo q u e el je fe y las d ire c tiv as decían», en ta n to q u e , la v isió n e stra té g ic a
de la resisten cia q u e d a b a lib ra d a a su «genial in tu ic ió n » . 18
E v e n tu alm en te, tras v ario s a ñ o s de luch a, a p o sta ría H aya d e la Torre
n dos im p o rta n te s accio n es tá c tic a s con el fin d e a c e le ra r el re to rn o d el
ap rism o a la le g alid ad : (a) ace rc arse a W ash in g to n a p ro v e c h a n d o d e la
política de «buena vecindad» de F. D. R oosevelt con el fin de co n v en cer a
losyan/cees d e la filiación d e m o c rá tic a d el a p rism o ; su s c ita n d o , p o r esa
vía, su « in te rv e n c ió n m o ral» c o n tra «los tira n o s d e n u e stro s p a ís e s » 19 y
(b) el re c u rso a la re v o lu c ió n in c ru e n ta a p o y a d a e n las « b ases ap ristas»
en a lia n z a con m ilita re s n a c io n a lista s c o m o m é to d o d e la lu c h a a n tio li­
g árq u ica, e ra la se g u n d a d e sus p ro p u e sta s. El in m e n so p re stig io m o ral
d e q u e g o zab a e n tre sus p a rtid a rio s, el d e sg a ste n a tu ra l d e la e ra d e las
catacu m b as, la p ro m esa de q u e el re to rn o a la leg alid ad se ría la a n tesa la
d e la « rev o lu ció n ap rista » , co a d y u v a ro n a la a c e p ta c ió n d e l v iraje q u e
deriv ó en su e n tu sia sta p a rticip ació n e n la « p rim av era d e m o crática» q u e
se a b ría e n 1945. C on su inicio, « v an g u a rd ista s» y « d efen sistas» q u e d a ­
ro n en c o m p á s de e sp e ra . La m a d ru g a d a d el 3 d e o c tu b re d e 1 9 4 8 , no
o b s ta n te , las c o n tra d ic c io n e s e n g e n d ra d a s p o r el a m b iv a le n te d isc u rso
d el «Jefe m áxim o», sa ld ría n a la superficie e n las calles d el C allao.

APRA: crisis y exilio


El 3 d e e n e ro d e 1 9 4 9 V ícto r R aú l H ay a d e la T orre in g re sa b a , en
b u sca d e asilo , a la e m b a ja d a d e C o lo m b ia e n Lim a. Lo q u e e n c irc u n s­
ta n c ia s n o rm a le s d e b ió se r u n trá m ite h a c ia el exilio, se c o n v irtió en
u n s o n a d o in c id e n te d ip lo m ático : cin co a ñ o s p a s a ría n a n te s d e q u e el
g o b ie rn o p e ru a n o a c c e d ie ra a o to rg a rle u n sa lv o c o n d u c to . Ese a c o n te ­
c im ie n to m a rc ó la d ife re n c ia fu n d a m e n ta l e n tre los d o s g ra n d e s ciclos
d e la c la n d e s tin id a d a p rista . Por p rim e ra v ez d e sd e 1 9 3 1 , el Je fe n o
e s ta b a al fre n te d e la o rg a n iz a c ió n . En su a u se n c ia el d e b a te in te rn o
se d e sp le g a ría in c o n te n ib le , h a s ta lle v a r al PAP al b o rd e d e la ru p tu ra .
D e a h í q u e , los a ñ o s d e O d ría, fu ese n «los m ás a d v e rso s y difíciles» en

17. Victor Raúl Haya de la Torre. «Discurso del 12 de noviem bre de 1933». En:
Obras Completas. Vol. 5. Lima: E ditorial Ju a n Mejía Baca, 1984, págs. 153-160.
18. J u a n C ristóbal. ¡Disciplina Compañeros! Lima: D ebate Socialista, 1985,
pág. 32.
19. V ictor Raúl H aya de la Torre. «La D efensa C ontinental». En: Obras
Completas. Vol. 4. Lima: E ditorial Ju a n Mejía Baca, 1984, págs. 230-268.

119
José Luis Rénique

«to d a la h isto ria de la cla n d e stin id a d a p rista » .20 De las re sp o n sab ilid ad es
p o r el 3 de o c tu b re , p asó el d e b a te a la crítica d e la a c tu a c ió n p a rtid a ria
e n la a p e rtu ra d e m o c rá tic a y, p o r e x ten sió n , a in n o v ac io n e s d o c trin a ria s
h a y is ta s q u e te n ía n u n in d u d a b le sa b o r a d e re c h iz a c ió n . ¿ H ab ía el PAP
tra ic io n a d o su s id e a le s p rim ig en io s? D ecep cio n ad o s, m u c h o s m ilitan tes
de larg a tra y e c to ria se m a rc h a ría n del p a rtid o , en fo c a n d o su s d e n u n c ia s
en la p ropia la figura del llam ad o «Jefe m áxim o» del a p rism o . 21 ¿A donde
ir d e s p u é s d el APRA? H acia la iz q u ie rd a , los « v a n g u a rd ista s» a p rista s
e n c o n tr a b a n al P a rtid o C o m u n ista y a u n p e q u e ñ o , p e ro m u y activ o ,
g ru p o tro ts k is ta . 22 Los a p rista s m ás d isp u esto s a « in c o rp o ra rse a u n a o r­
g a n iz a c ió n rev o lu c io n a ria » - s e g ú n A rq u ím ed es T o r r e s - e n fre n ta b a n el
p ro b lem a de que, del ap rism o «salíam os v acu n ad o s c o n tra el com unism o»
a p a rte d e q u e les re p e lía su z ig za g u ean te línea seg u id a, so b re to d o , e n tre
1 9 3 9 y 1 9 4 5 c u a n d o - s ig u ie n d o la lín e a fre n tis ta s o v ié tic a - h a b ía n
c o la b o ra d o co n el p re s id e n te o lig árq u ico M an u el P ra d o . En el fo n d o , la
tra g e d ia del «ala izquierda» del ap rism o -c o n c lu iría T o rre s - e ra qu e, los
q u e se ib an del p a rtid o , «no d e ja b a n de se r a p rista s » . 23
E v en tu alm en te, el d e b a te in tern o se desp lazó a los círculos de exilados.
D esde B ueno s A ires, M an u el S eo a n e lan zó la id ea de re a liz a r co n g re so s
po stales con p articip ació n de los diversos com ités de d e ste rra d o s ap ristas.
En el p rim e ro d e e sto s e v en to s p rev aleció el criterio d e a c a ta r a u to rid a d
d e l C o m a n d o N a c io n a l d e A cción - q u e d irig ía el p a rtid o e n a u se n c ia
d e H a y a - d e m a n d á n d o s e , al m ism o tie m p o , (a) d e m o c ra c ia in te rn a y
(b) d a r p o r te rm in a d o el e x p e rim e n to de «co o p eracio n ism o con E stad o s
U n id o s » . 24 En el S e g u n d o C o n g reso P ostal, asim ism o , M a n u e l S e o a n e
-re c o n o c id o en la p ráctica com o el n ú m ero dos del a p r is m o - se en carg ó
d e s in te tiz a r c ritic a s y d e lin e a r p e rsp e c tiv a s q u e re u b ic a b a n al APRA
e n la se n d a n a c io n a l-re v o lu c io n a ria . El APRA seg u ía r e p r e s e n ta n d o la

20. A ndrés T ow nsend E scurra. 5 0 A ños de aprismo. M emorias, ensayos y


discursos de un m ilitante. Lima: Editorial e Im prenta Desa, 1989.
21. Ciro A legría. Mucha suerte cah harto palo. Memorias. B uenos Aires:
E ditorial L osada, 1976, pág. 255; Luis E duardo Enríquez. La estafa política más
grande de Am érica. Lima: Ediciones del Pacífico, 1951; M agda Porral. ¿Quiénes
traicionaron al pueblo? Lima: n /d , 1950; y A lberto Hidalgo. Por qué renuncié al
APRA. Lima: n /d , 1954.
22. H ern an d o A guirre Gamio. «Presentación». En: Carlos H ow es Beas. Fun­
dam entos ideológicos de la Revolución Peruana. Lima: Ediciones D ebate, 1973.
23. Cristóbal, ¡Disciplina Compañeros!, pág. 11.
24. «Proposiciones p ara el 2do C ongreso Postal de D esterrados A pristas y
.ilumina conclusiones del 1er Congreso Postal».
Del APRA R ebelde a la lucha a rm a d a. Perú, 1965

ún ica fu e rz a « capaz de ejecutar la a u té n tic a ren o v a c ió n so cial d el Perú»


- d e c í a - d e stru y e n d o el feudalism o y a firm a n d o el in d u s tria lism o . 25
A sim ilan d o críticas, reco b ran d o el m e n s a je p ro g re sis ta d e l a p rism o ,
figuras d e la g e n e ra c ió n fu n d a d o ra d e l PAP (S á n ch e z, S e o a n e ) irían lle ­
n ando el vacío dejad o por el Jefe; c o n ta n d o co n el resp a ld o de e lem en to s
d e la g e n e ra c ió n sig u ie n te (A ndrés T o w n se n d , A rm a n d o V illan u ev a del
C am po, N icanor M ujica, Ramiro Prialé, R icard o Tem oche y o tro s). U nidas
am bas en la lucha contra el «revisionism o rad icalizan te» y los «quistes filo-
soviéticos» que b ro ta b a n en la org an izació n . De ah í que, a esa «tendencia
e stu d ian til ap rista a culpar a los líderes», a « resp o n sab ilizarlo s de to d o lo
o cu rrid o » e in clu so «a reem p lazarlo s» h a b ía q u e re s p o n d e r su b ra y a n d o
que, «la fu e rz a del partid o e stá e n su c o n tin u id a d , en su d e c u rso d el 19
a hoy»; s ie n d o im p erativ o « d e m o s tra r q u e n in g ú n m o v im ie n to fue en
A m érica ta n c o n tin u o , tan co o rd in ad o , ta n c o n c e rta d o » . 26
Ese discurso, sin em bargo, ch ocaba co n las e x p erien cias del exilio. Al
co n tac to con las experiencias arg en tin a, g u a te m a lte c a , m ex ican a, chilena,
los d e p o rta d o s re flex io n a ría n so b re to d o a q u e llo q u e el APRA h u b ie se
po d id o co n seg u ir de no h ab er enfocado - c o m o d iría H é c to r C ordero G ue­
v a r a - co n u n «m iope reiv id in cacio n ism o » la a p e rtu ra 4 5 -4 8 q u e d e b ió
h a b e r sid o , p o r el c o n tra rio , «la e ta p a d e p re p a ra c ió n d e la rev o lu ció n »
e n el P erú . El p ro b le m a , se g ú n él, e s ta b a e n la v isió n e stra té g ic a , e n el
a b a n d o n o d e los prin cip io s, e n la m e zc la d e e cle c ticism o y cau d illism o
q ue la conducción m esocrática del ap rism o p ro p iciab a. Sus p la n te a m ie n ­
tos al S e g u n d o C ongreso Postal iban, n o to ria m e n te , m ás allá d e l m o d elo
d e re v o lu c ió n b u rg u e s a ra d ic a l p ro p u e s ta p o r S e o a n e . P ro p o n ía «un
re p la n te a m ie n to revolu cio n ario » d el p a rtid o : re to m a r el m arx ism o y los
id eales p rim ig e n io s, in c o rp o ra r a la clase o b re ra y al c a m p e sin a d o , fu n ­
d a m e n ta lm e n te in d íg en a, com o fa cto res activos y c o n sc ie n te s .27 Exilado
e n B u en o s A ires, C o rd e ro G u e v ara se h a b ía v in c u la d o a los círcu lo s d e
e stu d io d el m arx ism o e n c a b e z a d o s p o r Silvio F ro n d izi e n los cu ale s, u n
p e ru a n o d e sim p a tía s a p rista s - R ic a r d o N a p u r í- te n ía u n p a p e l m u y
activo. Tom ó d e a h í id eas c e n trale s p a ra la co n stitu ció n de la «izq u ierd a

25. M anuel Seoane, «Carta de 1952» en Proposiciones para el 2do Congreso


Postal de Desterrados Apristas y algunas conclusiones del le r Congreso Postal.
26. De Victor Raúl H aya de la Torre a Luis A. Sánchez, 25 de noviem bre de
1 952 e n V ictor Raúl H aya d e la Torre y Luis A lberto S ánchez. Correspondencia.
Vol. 2. Lima: Mosca Azul Editores, 1982, pág. 32.
27. H éctor C ordero G uevara. «El A pra y la Revolución (Tesis p ara un re-
p la n ta m ie n to revolucionario) [1952]». En: Del Apra al A pra Rebelde. El Apra y
la revolución (1 9 5 2 ). La re alid a d nacional y la linea política de la convivencia
(1958). Acuerdos de la prim era asam blea nacional del Apra rebelde (1960). Lima:
P erugraph Editores, 1980, págs. 1-35.
121
José Luis Rénique

aprista» y, e v e n tu a lm e n te , de la «nueva izquierda» d e los sese n ta . Dos en


p a rtic u la r:
1. La c a d u cid ad d e la b u rg u e sía co m o fu erza p ro g re sista d e vocación
d e m o c rá tic a e in d u s tria lista q u e, ap o y a d a p o r los se c to re s p ro g re ­
sistas del ejército y p o r la clase o b rera, sería p o rta d o ra d e u n nuevo
tip o de so cied ad .
2. La crítica b a la n c e a d a d el p e ro n ism o - a s e r a p lic a d a al ca so del
a p r i s m o - ni c o m o « d esviación» ni c o m o « ep id em ia» , sin o com o
u n a m ac iz a re a lid a d h istó ric a d e efe cto s irre v e rsib le s, c o m o «un
in te n to fallid o de rev o lu ció n n a c io n a l-b u rg u e sa» a se r re s c a ta d o y
re o rie n ta d o d e sd e la iz q u ie rd a .28
De lo que se infería, la in u tilid ad de ro m p er con el APRA, d eb ié n d o se
a g o ta r a su in terio r, m ás b ie n , to d a s las p o sib ilid a d e s d e lu c h a . Id e n ti­
ficado co m o m a rx ista C o rd e ro G u ev ara se ría m a rg in a d o d e l C o m ité de
D esterrad o s de B uenos Aires. En 1 957 re to rn ó al Perú d isp u e sto a d a r la
lu ch a p o r co n so lid a r a la iz q u ierd a a p ris ta .29
D esde T rujillo, s im u ltá n e a m e n te , Luis d e la P u e n te U ced a h a b ía e n ­
c o n tra d o su p ro p io cam in o h acia el exilio. Era u n h o m b re de acción. Un
p ro d u c to típico de la trad ició n «defensista» del p a rtid o .30 P a rien te lejano
d e l «Jefe m áxim o», m ilita n te d e sd e la e d a d escolar, h a b ía su frid o a los
16 añ o s - e n 1 9 4 4 - su p rim e ra carcelería. Preso n u e v a m e n te en 1948 a
raíz de la to m a d e la U niversidad de Trujillo, sería fin alm e n te d e p o rta d o
e n 1 9 5 3 tra s o rg a n iz a r u n a h u e lg a en el valle a z u c a re ro d e C hicam a.
E n c o n tra ría e n M éxico u n a p rism o d iv id id o . G u illerm o C a rn e ro H oke,
M an u el S co rza, E d u a rd o Jib a ja , J u a n P ablo C h a n g y G u sta v o V alcárcel
c o n fo rm a b a n el a la ra d ic a l. En d ic iem b re d e 1 9 5 2 h a b ía re n u n c ia d o
e ste ú ltim o a la se c re ta ria g en eral d el C om ité d e D ep o rtad o s. H ab íam o s
p en sad o -e x p lic ó V a lc á rc e l- que «ante el sism o de la realidad» q u e el 48
había significado «los líderes ab rirían los ojos y cam b iarían el ru m b o de la
nave a p rista » .31 N in g u n a e sp eran za q u e d a b a ya para él a fines del 52. En
1953, estan d o ya en G u atem ala, Valcárcel fundó el F ren te R evolucionario
P eru an o , u n p a so e n el p ro ceso q u e lo llev aría al PCP. El p ro p io Luis de

28. H oracio Tarcus. El m arxism o olvidado en ¡a Argentina: Silvio F ro n d iziy


Milcíades Peña. Buenos Aires: Ediciones El Cielo por Asalto, 1996, pág. 26 y 141.
29. Ju a n C ristóbal. ¡Disciplina Compañeros! Lima: D ebate Socialista, 1985,
pág. 120.
30. Cfr. Nelson M anrique. ¡Usted fu e aprista! Bases para una historia crítica
del APRA. CLACSO ans Fondo Editorial de la Universidad Católica del Perú: Lima,
2009, pág. 317.
31. G ustavo Valcárcel. El APRA y la claudicación de sus líderes. G uatem ala:
Publicaciones del Frente Revolucionario Peruano, 1953, pág. 11.

12 2
Del APRA Rebelde a la lucha arm ad a. Perú, 1965

la P u e n te se ría s e p a ra d o d e l C o m ité d e M éxico p o co d e sp u é s . A hí lo


en co n tró H ilda G adea hacia sep tiem b re u o ctu b re del 54 p re o c u p a d o p o r
«la e x p lo ta c ió n y la m ise ria q u e re in a b a e n n u e stro país». H ay a h a b ía
p asad o p o r M éxico tra s fin a lm e n te a b a n d o n a r la e m b a ja d a c o lo m b ia n a
en Lim a a co m ie n z o s d e ju n io de a q u e l añ o . A H ild a, Luis le c o n tó q u e,
«•n aq u ella o p o rtu n id a d , el Jefe «había h ech o llam ar» a los se p a ra d o s del
C om ité d e E xilados y q u e , « d esp u és de u n se rm ó n d iscip lin ario » , h a b ía
c o n se g u id o c o n v e n c e rlo d e q u e se re in c o rp o ra ra , a u n q u e sin d e te n ta r
carg o a lg u n o . Le c o m e n tó , asim ism o q u e, co n m iras a las e lec cio n es
p resid en ciales d el 56, «se fra g u a b a u n a conciliación e n tre el APRA y las
fu erzas re a c c io n a ria s re p re s e n ta d a s p o r la fam ilia P rad o , g ra n b a lu a rte
fin an ciero e n el país». C on la c u al, p o r c ie rto , él no e s ta b a d e a c u e rd o
sien d o p o r el c o n tra rio d e la o p in ió n de q u e «era n e c e sa rio re c h a z a r las
co n sig n as del p a rtid o » p ro c e d ie n d o m ás b ie n a « h a c er la rev o lu ció n » .
P lan eab a con ese fin su reg reso al Perú « d o n d e se re u n iría co n u n g ru p o
de c o m p a ñ e ro s q u e lo e sta b a n e sp e ran d o » . D ías d e sp u é s, e n c asa d e la
p e ru a n a L aura d e Albizú C am pos - e s p o s a del lu c h a d o r in d e p e n d e n tista
p u e rto rriq u e ñ o Pedro A lbizú C a m p o s - u n g ru p o d e ex ilad o s d esp id ió al
joven a p rista q u ien p a rtía de re to rn o al sur. En a q u ella ocasió n el propio
Luis h a b ía e n to n a d o « a lg u n as c a n cio n e s en q u e c h u a » . «Tuve e n m e n ­
te - r e c o r d a r í a H ilda a ñ o s d e s p u é s - p re s e n ta rlo con E rn e sto G u ev ara
- c o n q u ie n se h a b ía casa d o en G u a te m a la r e c ie n te m e n te - p e ro n o fue
po sib le » . 32
De la P u en te re to rn a b a al Perú co m p ro m etid o con un p royecto su b v er­
sivo que, d esd e A rgentina, c o o rd in ab a M anuel S eo an e y q u e co n tab a con
el re s p a ld o d e l g e n e ra l P eró n y d el MNR b o liv ia n o .33 D esd e el E c u a d o r
- c o n el apoyo de un g en eral p e ru an o resid en te en ese p a í s - e n tra ría n al
Perú m ie n tra s o tro g ru p o e n tra b a p o r B olivia. La lib e ra c ió n de H aya se
in te rp u so en sus p lan es. No b ien libre, el líd e r a p rista se h a b ía ab o c a d o
a c o n so lid a r su c o n tro l d el p a rtid o a p a rtir d e lo ya h e c h o p o r su s m ás
fieles a lle g a d o s. Se h a b ía d irig id o a M o n tev id eo p rim e ro p a ra p o n e r en
lín ea al p ro p io M an u el S eo a n e . P ara d e sa le n ta r, s o b re to d o , la c e rc a n ía
q u e a lg u n o s d e los d e s te rra d o s h a b ía n g a n a d o con el p e ro n ism o . Visitó
lu eg o G u a te m a la y M éxico d o n d e , tra s se rm o n e a r a D e la P u e n te , se
d irig ió a E u ro p a a d o n d e p e rm a n e c e ría h a s ta 1 9 5 7 . En e sa s c irc u n sta n ­
cias, el p la n in s u rre c c io n a l p e rd ía v ia b ilid a d . De la P u e n te , C a rn e ro
H oke, F e rn á n d e z G aseo y o tro s c o m p a ñ e ro s q u e d a ro n a tr a p a d o s e n el

32. H ilda G adea. Che Guevara, años decisivos. M éxico, DF: A guilar Editor,
1972, pág. 103.
33. Cristóbal, ¡Disciplina Compañeros!, pág. 135; y M anuel Jesús O rbegoso.
Luis de la Puente Uceda: un rebelde con causa. Lima: MJO y E ntrevistas, 1989,
págs. 46-53.

123
Jo sé I.uis R énique

m edio. E n tra ro n al Perú sólo p ara en c o n tra r q u e sus pro p io s co m p añ ero s


fa c ilita ro n su d e te n c ió n . La tra ic ió n y las to rtu ra s m a rc a ría n el esp íritu
del jo v e n d irig e n te .
H ilda G a d e a re p re s e n ta b a o tra de las h e b ra s del e n tr a m a d o su rg id o
d e l fiasco d el 4 8 : el celo, la d isc ip lin a, la fo rm a c ió n in te le c tu a l d e la
m u je r a p ris ta . Su m e m o ria e sc rita p erfila, a sim ism o , lo s d ile m a s que
a c e c h a b a n a los m ilita n te s d e esa o rg a n iz a c ió n . P oseía u n a a p re c ia b le
form ación m arx ista. De c u ltu ra rusa, a d em á s d e Lenin, conocía la clásicos
literario s de las d é ca d as previas a la revolución. La R evolución ch in a era
su nuev a pasió n . A dm iraba la larg a lu ch a del p u eb lo ch in o cuya realid ad
e q u ip a ra b a ella a la d e « n u estra s m asas c a m p e sin as in d íg e n a s » . 34 Tenía,
p o r so b re to d o , a lm a d e m ilita n te . La c e rte z a d e q u e «no p o d ía m o s ser
felices v ie n d o e x p lo ta c ió n y m iseria» p o r lo q u e « h acía m o s el p ro p ó sito
d e d e d ic a rn o s a re m e d ia r e n lo posible esto s m ales, in v irtien d o n u e stras
v id as y n u e s tro esfu e rz o en ello, no im p o rta los riesg o s q u e significara».
En su s p ro p ia s p a la b ra s, u n « se n tid o ag ó n ico » d e la v id a e n la lín e a de
U n a m u n o . S in te m o r a la m u e rte , d is p u e sta a a fro n ta rla e n b en eficio
d e la s o c ie d a d . «C om o m ilita n te p o lítica - a s e v e r ó H i l d a - d e jé atrás
los p ro b le m a s a b s o lu ta m e n te in d iv id u ales, a d o p ta n d o u n a c o n d u c ta de
lu ch a» . « ¿C ó m o vo s, q u e p ie n sa s co m o c o m u n ista , e re s a p rista ? » le
in te rp e la b a E rn e sto G u e v ara en 1 9 5 4 q u ie n tr a ta b a , p o r e se e n to n c e s
- p o r p ro p ia confesión - de p e rsu ad irla «de que se larg u e de ese p a rtid o de
m ie rd a » . 35 G adea resp o n d ía que el PAP e ra un m edio p a ra lleg ar al po d er
e in iciar el p ro ceso de «hacer u n a so cied ad nueva». Q ue, «com o m uchos
d irig en tes ju v e n ile s del APRA así lo creíam os, todo ese a p a re n te a b an d o n o
d e las b a n d e ra s p rin cip a le s d e lu ch a e ra n tá ctica s te m p o ra le s, p ero que,
u n a vez en el g o b ie rn o , el APRA h a ría u n a v e rd a d e ra tra n sfo rm a c ió n » .36
En los d ía s fin ales d e A rb en z, H ild a e ra la ú n ic a re p r e s e n ta n te en
G u a te m a la d e la « te n d e n c ia iz q u ie rd ista d e n tro d e l APRA». A su paso
p o r ese p aís q u iso p la n te a rle al Je fe q u e n o v ia ja se a E sta d o s U nidos,
q u e ello te n d r ía « c o n se c u e n c ia s d e n tr o d e l APRA, q u e e sa a c titu d p ara
el p u e b lo se ría m u y co n fu sa» . N o p u d ie n d o h a c e rlo p e rs o n a lm e n te le
e n tre g ó u n a c a rta co n su s p la n te a m ie n to s . N o re c ib iría r e s p u e s ta .37
T iem po d e sp u és, ya d e sd e M éxico, tras v er p a rtir a su esp o so E rn esto en

34. O rbegoso, Luis de la Puente Uceda: un rebelde con causa, pág. 37.
35. Luis H e rn án d e z S errano. «Ernesto no m e gustó. (T estim onio de Myrna
Torres Rivas sobre la form ación revolucionaria del )joven E rnesto G uevara en
G uatem ala y su am istad en México)»». En: Juventud Rebelde Digital: (14 de junio de
2 0 0 3 ). URL: h t t p : / /www . j r e b e ld e . cu / 2003 / a b r i l - j u n i o / ju n - 1 4 / p r i n t /
c r n e s to .h tm l.
36. Hilda G adea. Che Guevara: años decisivos, n /d : A guilar, 1973, pág. 34.
37. Ibíd., pág. 39.
Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

l.i leg en d aria expedición del Granma H ilda re g resaría a o c u p a r su puesto ,


com o d irig e n te a p rista , e n su país n a ta l. T ras la to r tu ra y el e n c ie rro
«ufrido a ra íz d e su c a p tu ra , C arn ero H oke o p tó p o r u n p ro y e c to a p a rte ,
el Partido N acio n alista R evolucionario P e ru an o de b rev e e in sig n ifican te
rx iste n c ia . De la P u e n te U ced a, p o r su p a rte , e lig ió re in c o rp o ra rs e al
l’AP id e n tific a d o ya co m o líd e r d e la iz q u ie rd a a p rista . A m e d ia d o s de
1‘>57, se e n c o n tró con H é c to r C o rd e ro G u ev a ra p o r p rim e ra vez. «Me
dejó - r e c o r d a r í a e ste añ o s d e s p u é s - u n a e x tra o rd in a ria im p re sió n , un
hom b re co n id e a s d e fin id a s; co n la fu e rz a e s p iritu a l y la v o lu n ta d q u e
p resag iab an a un v e rd a d e ro d irig e n te » .38 Ju n to s h a ría n la e ta p a final de
m in fru c tu o so e sfu erzo p o r re o rie n ta r al APRA, q u e h a b ría de c u lm in a r
en su ex p u lsió n .
Con la salid a d e H aya d e la e m b a ja d a c o lo m b ia n a , tra s su crisis m ás
p ro fu n d a, el PAP, de a lg u n a m a n e ra , re to rn a b a a la n o rm a lid a d . Las
prim eras d eclaracio n es del líder ap rista no p e rm itía n a b rig a r d em asiad as
rs p e ra n z a s e n u n cam b io e n la lín e a d e l p a rtid o . S u s c o m p a ñ e ro s m ás
radicales esp e ra b a n una d e n u n cia e n cen d id a de la d ic ta d u ra . S o rp ren d ió
rn p rim er lu g ar que escogiera una re v ista y a n kee -L ife en e s p a ñ o l- p ara
• ••en co n trarse co n el m u n d o . 39 N ad a c o n tra el im p e ria lism o , a v a n z a b a
»us re flex io n es, m ás b ie n , so b re el p ap e l d e las « n ac io n e s a m e rica n a s»
en el m a rc o d e la « p u g n a m u n d ial» . A los 55 a ñ o s, el c o m b a tie n te de
«uros tiem p o s a p a re c ía p a u sa d o y c au te lo so . Su objetiv o - c o m o su g iere
Frederick B. P i k e - era c o n s tru ir u n n u e v o p a rtid o b ajo el m a n to d e la
co n tin u id ad d e la trad ició n a p ris ta .'10 P ro p o n e r al PAP, en tal sen tid o , co­
mo m odelo de p artid o dem o crático a ltern ativ o tan to a los PC, com o a los
populism os au to ritario s tipo pero n ista. A ndrés T ow nsend sin tetizó el obje­
tivo de la re o rien tació n aprista: en L atinoam érica, los p artid o s socialistas
te rm in a b a n sie n d o trib u ta rio s d el co m u n ism o ; la m o d e rn a d e m o c ra c ia
locial, e n c am b io , te n ía co m o « in stru m en to p ro p io d e re alizació n » a los
► p a rtid o s d el p u eb lo » cu y o « arq u e tip o » e ra el PAP, h e rm a n o m a y o r de
l.t e m e rg e n te « izq u ierd a d e m o c rá tic a la tin o a m e ric a n a » .'’ 1 D u ra n te los
cin cu en ta, H aya p o n d ría p a rtic u la r énfasis e n d ifu n d ir e sta visión en los
m edios acad ém ico s e sta d o u n id e n se s d o n d e , en efecto , e n c o n tra ría p arti-

38. Cristóbal, ¡Disciplina Compañeros!, pág. 153.


39. Haya de la Torre, «Cinco años de exilio en mi patria».
40. Frederick Pike. «The Oíd and the New APRA in Perú: Myth and Reality».
I n: ¡nter-American Economic Affairs, vol. 18, n.° 2: (1964), págs. 3-45.
41. A ndrés Townsend Escurra. «El Partido Aprista y las elecciones generales
de 1962». En: Cuadernos (Congress for C ultural Freedom ), vol. 57: París (1962),
piigs. 27-46.

125
José Luis R énique

ciliar s im p a tía . 42 A pristas d e iz q u ie rd a co m o A lfredo H e rn á n d e z U rbina,


p e n sa b a n , p o r aq u el e n to n ce s, q u e la posibilidad de q u e el APRA devinie­
se P a rtid o D e m o c rá tic o R ev o lu cio n a rio p a sa b a p o r « b a ja r al llan o » a la
v ieja g u a rd ia , p ro m o v ie n d o s im u ltá n e a m e n te u n a d e m o c ra tiz a c ió n del
p a rtid o a tra v é s de p e rm itir «la existencia de c o rrien tes y c o n traco rrien tes
in te rn a s c o m o leg ítim a ex p resió n d e d e m o cracia política», la realizació n
d e c o n g re s o s a n u a le s q u e « n o rm e n la v id a p a rtid a ria » , im p id ie n d o la
re e le c c ió n d e q u ie n e s h a b ía n sid o p a rla m e n ta rio s d e l 31 al 4 5 y, por
ú ltim o , c a n c e la n d o «la J e f a tu ra d e l P artid o » , lo q u e c o n lle v a b a «abolir
la o rg a n iz a c ió n v e rtic a l » . 43 N a d a p o d ía im p e d ir p a ra ese e n to n c e s la
n eg o c ia c ió n en cu rso co n M an u el P ra d o , q u e p e rm itiría al PAP rec o b rar
e s ta tu s leg al.
En m a rz o d e 1 9 5 6 , u n a C o nvención N acional d el p a rtid o dio fac u lta ­
des a R am iro Prialé p a ra « co n certar alian zas o pactos con cu a lq u ie r fuerza
p o lític a c o n el fin d e c o n se g u ir la le g a lid a d d e l p a rtid o » m a n te n ie n d o ,
p o r c ie rto - en p a la b ra s d e u n h isto ria d o r a p r i s t a - «el d e c o ro y la digni­
d a d d e las b a n d e ra s p ro g ra m á tic a s e id eo ló g icas d e l a p rism o red en to r» .
A c a m b io d e su a p o y o e le c to ra l, los a p rista s ex ig ían , «el re to rn o a la
le g a lid a d , la lib e rta d d e su s d e te n id o s, el re g re so d e los d e p o rta d o s , la
d evolució n d e los bienes in ca u ta d o s y el resp eto a los acto s c iu d a d a n o s » .44
M anuel P ard o sería el elegido. E staba en curso la fo rm ació n de lo q u e los
p ro p io s a p ris ta s d e n o m in a ría n co m o el «rég im en d e la convivencia». De
u n a d isc ip lin a d a acep ta c ió n d e dich o rég im en d e p e n d ía , su p u e sta m e n te ,
q u e e n 1 9 6 2 las fu erzas a rm a d a s y la o lig a rq u ía - l o s g ra n d e s enem igos
del a p r i s m o - p erm itiese n su lleg ad a al poder. D espués de u n a d ic ta d u ra
- d i r í a H aya d e la T o r r e - «los p u eb lo s com o los in d iv id u o s n e c e sita n un
p e río d o d e c o n v a le c e n c ia » . 45 C on el p o d e r u n a v e z m ás al a lc a n c e d e
la m a n o , e n to d o caso , la p o sib ilid a d d e u n APRA ra d ic a l - q u e h a b ía
p a re c id o re la tiv a m e n te c e rc a n a e n tre fines d e los c u a re n ta e inicios d e
los c i n c u e n t a - se a le ja b a a c a so d e fin itiv a m e n te . D e a c o n te c im ie n to s

42. R obert A lexander. «The Latín A m erican A prista Parties». En: Political
Quarterly, vol. 20, n.° 3: (ju lio -se p tie m b re de 1949), págs. 2 36-247; y H arry
K antor. The ideology and program o f the Peruvian A prista m ovem cnt. California:
U niversity o f C alifornia Press, 1953; en noviem bre 25 d e 1952, H aya escribió a
Luis A lberto S ánchez que a académ icos com o Kanror h a b ía que «com o fichas»,
había que «jugar con ellos y coincidir en lo que ellos nos favorecen» en Haya de
la Torre y S ánchez, Correspondencia, pág. 36.
43. Alfredo H ernández Urbina. Los partidos y la crisis delApra.JLima: Editorial
Raíz, 1956, pág. 19.
44. V ictor García Toma. Las alianzas del APRA. Lima: Prom ociones Gráficas
Im agen, 1982, pág. 110.
45. C itado en ibíd., pág. 122.

126
Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

q u e o c u r r ía n lejos d el P erú su rg iría u n n u ev o in te n to p o r re c o n c ilia r al


a n tig u o p a r tid o con sus su p u esto s «ideales prim igenios» rev o lu cio n ario s.
En d ic ie m b re de 1956, cuan d o P rado llevaba cinco m eses en el poder, los
e x p e d ic io n a rio s del G ranm a a rrib a b a n a las co stas c u b a n a s.

El embrujo cubano
V einte a ñ o s ten ía R icardo G adea cu an d o arribó a C uba, p ro c e d e n te de
A rg e n tin a , e n e n e ro d e 1960. Del Colegio M ilitar Leoncio P rad o de Lima
a la U n iv ersid ad de La P lata, hab ía ido d escu b rien d o su id en tid a d ap rista.
Le v e n ía p o r tra d ic ió n fam iliar: de su p a d re , u n m o d e s to tr a b a ja d o r
a p ris ta c o m o d e su h e rm a n a m a y o r H ilda, e x ilad a e n G u a te m a la d e sd e
el 4 9 .46 E n A rg en tin a hab ía conocido y hech o am ista d con o tro jo v en p e­
ru an o , e l ja u jin o M áxim o V elando, hijo de cam pesinos, q u ec h u a -h ab lan te ,
q u ie n h a b ía sa lid o de su tie rra - a los 20 a ñ o s - e n 1 9 5 2 . En A rg en tin a,
V elan d o sig u ió e stu d io s d e E co n o m ía y se v in c u ló a la J u v e n tu d C o m u ­
n ista m ie n tr a s tra b a ja b a com o ob rero . En 1961 volvió al Perú, d e d o n d e
p a rtiría h a c ia C uba p o r su p ropia c u e n ta . 47 Ahí se re e n c o n tró con R icardo
e n ro la d o y a com o e stu d ia n te de co m unicaciones en la U n iversidad de La
H a b a n a . J u n to s se o fre c ie ro n a c o la b o ra r en la d e fe n s a d e C u b a en los
a z a ro s o s d ía s d e la crisis de los m isiles. A trav és d e R icardo co n o cería al
C he. E ste , le h a b ría p la n te a d o q u e « debía re g re sa r a su p a tria y m ilitar,
p o rq u e e ra a tra v é s d e la m ilita n c ia p o lític o -p a rtid a ria q u e p o d ía te n e r
acceso a cu a lq u ie r p erm an e n c ia en Cuba» p u esto que, en esos m o m en to s,
d a d o q u e « e ra u n a p e rs o n a q u e v ia ja b a e s p o n tá n e a m e n te » , su e sta d ía
te n ía lim ita c io n e s p re c isa s .48 C uba era com o un m a g n e to ; u n a fu e n te d e
c u rio sid a d e ilusión fren te a los añ o s grises del o ch en io de O dría: tiem p o s
d e a m a r g u ra , fru stració n y escep tic ism o .49
A C u b a , R icard o h a b ía lle g a d o in v ita d o p o r su h e rm a n a H ilda. En
Lim a, e s ta h a b ía im p u ls a d o a c tiv id a d e s d e so lid a rid a d c o n C u b a co n
a p o y o d e la ju v e n tu d d e su p a rtid o . U n a vez e n la isla, a p e s a r d e la
r u p tu r a m a rita l con el C he, se g u iría sien d o c o n d u c to p riv ileg iad o d e los
re v o lu c io n a rio s p e ru a n o s c o n su c é le b re ex esp o so . Así lo c o m p ro b ó
R icardo N apurí, u n o de los prim eros izqu ierd istas p e ru a n o s en co n o cer al
Che tr a s la v icto ria rev o lu cio n aria. T am bién a él, O d ría le h a b ía la n z a d o

46. E ntrevista con el autor, Lima, 14-15 de agosto de 2003.


4 7 . «T estim onio d e C arm en G astan Olivera» (viuda de M áxim o Velando)
en J u a n C ristóbal. M áxim o Velando: el optim ism o frente a la vida (El vencedor de
Yahuarina). Lima: Ediciones D ebate Socialista, 1984, págs. 21-29.
4 8 . «Testim onio de R icardo Gadea» en ibíd., págs. 17-20.
49. Miguel G utiérrez. La generación del 50: un m undo dividido. Lima: Editorial
Labrusa, 1988, pág. 23.

127
José Luis R énique

al exilio. U n a v ia d o r m ilita r d e p o rta d o p o r h a b e rs e n e g a d o - s e g ú n


testim o n io p r o p io - «a b o m b a rd e ar a m arinos y m ilitan tes de la izquierda
ap rista en la in su rrecció n de octu b re de 1948».5Ü En A rg en tin a, el ab o g ad o
Silvio Frondizi lo ay u d ó a salir de la cárcel n acie n d o e n tre ellos u n intenso
vín cu lo in te le c tu a l y p o lítíc o . 51 El 8 d e e n e ro d e 1 959 - e n el a v ió n qu e
tr a s la d a b a a e x ila d o s c u b a n o s y a los p ro p io s fa m ilia re s d e G u e v a ra -
a rrib ó N a p u rí al « p rim e r te rrito rio lib erad o » d e A m érica, c o n o c ie n d o al
c o m a n d a n te a rg e n tin o cu a n d o «vestía a ú n ro p a de c am p a ñ a, con algo de
b a rro en sus p a n ta lo n e s y z a p a to s » .52
C o n o c e r al C he y c o n v e rtirse en m ilita n te d e la R ev o lu ció n c u b a n a
fu e ro n , p a ra N ap u rí, p rá c tic a m e n te , u n a m ism a cosa. A su o fre c im ie n to
d e c o la b o ra c ió n , el c o m a n d a n te resp o n d ió in d ic á n d o le q u e la m a n e ra
m á s efectiv a d e h a c e rlo se ría re to rn a n d o al P erú « con la ta r e a d e v er
q u é o rg a n iz a c io n e s y h o m b re s a p o y a b a n a C u b a, p e ro q u e a la v ez e s­
tu v ie ra n d isp u e sto s a a su m ir u n co m p ro m iso re v o lu c io n ario » . «A ceptas
o n o ace p ta s» le dijo. F ue así - r e m e m o r ó el p e r u a n o - q u e «decid í
a b a n d o n a r to d o , m i fam ilia, mi tra b a jo , to d o » . De ta l s u e r te , tra s u n a
d é c a d a d e a u se n c ia , volvió el ex av ia d o r al P erú c o n v e rtid o e n e m isa rio
n a d a m en o s q u e d el líd er de la «revolución c o n tin e n ta l» q u e se in iciaba.
N o le e ra a je n a a G u e v a ra la situ a c ió n p e ru a n a , las te n s io n e s d e l APRA
en p a rtic u la r, q u e le h a c ía n re c o rd a r al p e ro n ism o d e su tie rra n a ta l.
Q ue n o c o m p re n d ía - h a b r í a c o m e n ta d o a R icard o N a p u r í- p o r q u é los
tra b a ja d o re s a rg e n tin o s d e m o ra b a n en lib e ra rse d e las a ta d u r a s d e un
m o v im ie n to «p ro cliv e a p a c ta r y c a p itu la r al im p e ria lism o » . De se g u ro
vio e n el n ú c le o d e los « ap ristas reb eld es» u n a a lte rn a tiv a re a lis ta p a ra
d e riv a r h a c ia la iz q u ie rd a los c o n tin g e n te s p o p u la re s e n ro la d o s e n sus
filas. De a h í q u e o rie n ta ra a N a p u rí h ac ia e se e m e rg e n te m o v im ie n to .
«E stan d o a ú n e n C u b a, y p o r consejo del C he - r e c o r d a r í a e s t e - a d h e rí
al A pra R eb eld e» . Al lle g a r a T rujillo, sin e m b a rg o , n o tu v o u n rec ib i­
m ien to e n tu sia sta . R econociéndolo com o « com unista» - r e c o r d a r í a añ o s
d e s p u é s - « u n o d e los lu g a rte n ie n te s de Luis d e la P u e n te » m e dijo: «te
re tira s de acá, hijo d e p u ta ; v ien es a q u ita rn o s lo q u e ten em o s» . «No les
a g ra d a b a v e rm e lle g a r -c o n c lu y ó N a p u r í- co m o u n h o m b re p ro te g id o
de C uba». T a rd a ría n en d ilu irse las su sp icacias. U n te m a e ra d e c la ra rse
en «rebeldía» d e n tro del APRA y otro, m uy distin to , o p ta r p o r u n a opción

50. Jo sé B erm údez y Luis Castelli. «A trein ta años del Che (en tre v ista a
R icardo N apurí)». En: Revista H erram ienta, n.° 4: Buenos Aires (julio de 1997).
U R l.: h t t p : / / v A v w . i n i s o c . o r g / c h e . h t m . /
51. Tarcus, El m arxism o olvidado en la Argentina: Silvio Frondizi y Milcíades
/VIlo, pdg. 143.
52. B erm údez y C astelli, «A trein ta años del Che (e n tre v ista a Ricardo
N.ipm l)», las citas siguientes corresponden a este im portante texto.
Del APRA Rebelde a la lucha a rm a d a. Perú, 1965

« com unista» p a ra q u ie n e s v e n ía n d e u n p a rtid o d e p o sic ió n c la ra m e n te


n n tic o m u n ista . A fines d el 59, los a p rista s re b e ld e s n o rte ñ o s e ra n u n
núcleo su m id o en la in certid u m b re .

Del APRA Rebelde al MIR

En o c tu b re d e 1 9 5 8 , e n la IV C o n v en ció n d e l PAP - y a re s ta b le c id a
su l e g a l id a d - h a b ría d e p ro d u c irse el d e b a te p o s te rg a d o d e s d e 1 9 4 8 .
C ontra el llam ad o pacto de «convivencia» con M anuel P rad o enfilaron los
se c to res crítico s d e la d irig en cia. A d u cían q u e te rm in a ría c a m b ia n d o la
n a tu ra le z a m ism a del p artid o ; que no o b edecía a u n a leg ítim a tran sició n ,
sino a u n so m e tim ie n to a los in te re se s d e la o lig a rq u ía . Y ac a so n o les
faltab a razó n . El régim en p rad ista 1 9 5 6 -1 9 6 2 - s e g ú n F red erick B. P ik e -
significaría el m ás d esp erd iciad o sexenio de la h isto ria p e ru a n a del x x .53
No se ría p o r ello e x tra ñ o q u e, com o re s u lta d o d el a p o rte a p ris ta a su
e x iste n c ia - c o m o d e n u n c ia b a el ala iz q u ie rd a a p r i s t a - « u n a a u n a las
b a n d e ra s h istó ricas del APRA» le fu esen a rre b a ta d a s p o r fu erz as n u ev as
com o A cción Popular, el M ovim iento Social D em ocrático y la D em ocracia
C ristiana. Incluso, de g a n a r - « p o r los cam inos de la tran sacció n y el co n ­
v e n io » - en el 62, «¿no significará eso la m u e rte de n u e stro m ovim ien to ?
¿No te n ía n acaso, m o vim ien to s históricos co m o el APRA, un d e stin o que
c u m p lir ? » . 54 De a h í que, su «norm alización», su m eta m o rfo sis a la «con­
dición de cu a lq u ie r p a rtid o tradicional» fuese, sim p le m e n te , in acep ta b le .
No b a stó q u e esg im ieran a la p ro p ia o bra de H aya de la T orre com o guía
d el reciclaje p a rtid a rio , sus p ro p u e s ta s d e rectificació n , d e d e m o c ra c ia
in te rn a , de «ren u n cia in m e d ia ta de to d o s los a p ristas q u e o c u p a n cargos
d ip lo m ático s, m u n icip ales y políticos» e n el ré g im en p ra d ista , no te n ía n
lu g a r e n la tra d ic ió n a p rista de d iscip lin a v ertical. Su p ro p u e s ta m ism a,
en re a lid a d , los h ab ía p u esto fu era d el p a rtid o . S a n c io n a d o con la m áx i­
m a p e n a p a rtid a ria , el p e q u e ñ o n ú cleo n o rte ñ o se co n stitu y ó en C om ité
d e D efen sa d e los P rincipios y, p o ste rio rm e n te , e n APRA R ebelde, com o
« o rg a n iz a c ió n a u tó n o m a p a ra la rea liz a c ió n d el id e a rio a p rista » a b a n ­
d o n a d o p o r «los a c tu a le s d irig e n te s co n v iv ien tes» , e sta b le c ie n d o c o m o
objetivo fu n d am en tal, la creación de u n a «conciencia rev o lu cio n aria para
o rg a n iz a r y a c e le ra r el p ro c e so de la re v o lu ció n n acio n a l» . «M iserables,

53. Pike, «The Oíd and the New APRA in Perú: Myth and Reality», pág. 37.
54. «La R ealidad N acional y la línea política de la Convivencia». M oción
p resen tad a en la IV C onvención del Partido Aprista el 10 de octubre de 1958 en
Héctor Cordero Guevara. Del Apra al Apra Rebelde. El Apra y la revolución (1952).
La realid ad nacional y la linea política de la convivencia (1958). A cuerdos de In
p rim era asam b lea nacional del Apra rebelde (1960). Lima: Perugrapli Editores,
1980, págs. 56-108.

129
José Luis R énique

n o sa b e n q u e a h o ra so m o s m ás a p rista s q u e n u n c a » h a b ría c o m e n ta d o
Luis d e la P u e n te ased iad o p o r el asm a y la a n sie d a d al p erio d ista M anuel
Je s ú s O rb eg o so p o r ese e n to n c e s . 55
A m e d ia d o s d e 1 9 5 9 , De la P u e n te se m a n te n ía a ú n d e n tr o d e los
m arcos de u n a persp ectiv a nacio n alista rad ical. Tras su carcelería de 1955
se h a b ía a b o c a d o al te m a a g ra rio . En 1 9 5 7 h a b ía p re s e n ta d o u n a tesis
d o c to ra l titu la d a «La R eform a d e l A gro P e ru an o » e n d o n d e se in c lin a b a
p o r u n a fó rm u la de «antifeu d alism o realista» e q u id ista n te de los p la n te a ­
m ie n to s im p e ria lista s, co m o d e los aq u e llo s « in to x icad o s d e m arxism o».
R eform a A g raria sí, p e ro no p o r el « cam in o re v o lu cio n ario » - escab ro so ,
c ru e n to y d e co n se c u e n c ia s m u y d u d o s a s - sin o c o m o «acto le g ítim o de
p ro m o c ió n d e l d e sarro llo » , e je c u ta d o e n « e stric to c u m p lim ie n to d e la
C onstitución y las leyes » .56 Un cam ino ev olutivo p e rfe c ta m en te e n c u a d ra ­
do d e n tro del «ideal in d o -am erican ista» e x p re sa d o p o r el ap rism o y qu e,
e n la re v o lu c ió n b o liv ia n a , p o r e je m p lo , h a b ía e n c o n tra d o c o n c re c ió n .
T en ía ese p u n to d e v ista al m o m e n to d e su p rim e r v iaje a C u b a e n ju lio
d e 1 9 5 9 , ta l co m o lo ex p re só en u n fo ru m so b re la R efo rm a A g ra ria
c u b a n a d ó n d e se p ro n u n c ió e n fav o r d e l re s p e to a la p ro p ie d a d p riv a ­
d a , d el « d e re c h o a u n a p a rc e la» d e l c a m p e sin o c u b a n o e n a ra s d e u n a
tra n sfo rm a c ió n c o n ju s tic ia y lib e rta d . A p a sio n a d o c o m o era , d e m a n d ó
con in s iste n c ia - s e g ú n M arco A n to n io M a lp ic a - u n a d e fin ic ió n d e los
cub an o s, q u ien es, prefirieron no resp o n d er . 57 Estas posiciones - c o m o las
ex p u estas en el pro y ecto de ley p re se n ta d o p o r los « ap ristas reb eld es» en
o c tu b re de 1961 - no se d istin g u ía n d em a siad o de las d e fe n d id a s p o r los
nuevos g ru p o s refo rm ista s q u e su rg ie ro n de la lu ch a c o n tra la d ic ta d u ra
d e O d ría : AP, DC, MSP. D e n tro d e l p ro p io e jé rc ito e Ig lesia c a tó lic a se
re g istra b a n fu e rte s indicios de p re o cu p a c ió n re fo rm ista . Así, a m e d ia d o s
d e los a ñ o s s e s e n ta el P re la d o d e u n a d e las z o n a s m á s p o b re s d e l s u r
an d in o p e ru a n o , solicitó q u e la A sam blea Episcopal P eru an a d isc u tie se el
p ro b le m a d e las p ro p ie d a d e s d e la Ig lesia te m e ro so d e q u e d ic h o te m a
fuese lev a n ta d o p o r los a g ita d o re s co m u n istas, c re c ie n te m e n te ag resiv o s
d e sp u é s del «éxito» c a stris ta . 58
En n o v ie m b re d e 1 9 6 0 , co n la tra n sfo rm a c ió n d e l APRA R e b eld e e n
MIR el proceso h acia la co nstrucción de u n a id e n tid a d p ro p ia, a u tó n o m a ,
e n tra b a e n u n a nu ev a fase. Es el inicio d el curso que lleva a M esa P elad a

55. C ordero G uevara, Del Apra al Apra Rebelde, págs. 123-124.


56. O rbegoso, Luís de la Puente Uceda: un rebelde con causa, pág. 46.
57. M arco A ntonio M alpica. Biografía de la Revolución. Historia y antología
del pensamiento socialista. Lima: Ediciones Ensayos Sociales, 1967, págs. 503-504.
58. De Nevis Mayes, Prelado N ulius de Sicuani [Cuzco] a M onseñor J u a n
L in d ázu ri RiekrU s, p resid en te de la A sam blea Episcopal, 26 de se p tie m b re de
I**n Archiva tic la Prelatura de Sicuani.

I Id
Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

1965 . En ello los pupilo s de Silvio Frondizi - N a p u r í y C o r d e r o - te n d ría


d istin tiv a in flu en cia. A m e d ia d o s d e los c in c u e n ta , e ste h a b ía fu n d a d o
l.t p rim e ra d e v a ria s o rg a n iz a c io n es con este n o m b re e n L a tin o a m é rica :
r l M IR -Praxis.5y S iete m eses a n te s de la d ecisió n d e los p e ru a n o s , u n
lla m a n te M1R v e n e z o la n o se h a b ía p ro n u n c ia d o p o r el c a m in o a rm a ­
do. E n tre el ím p etu g u e v a rista y la crítica filo -tro tsk ista d el c o m u n ism o
p ro -so v iético se d e lin e a b a u n a n u ev a fo rm a de se r iz q u ie rd ista . A p u n ­
ta n d o e n esa d irecció n , los p e ru a n o s a sp ira b a n a s u p e r a r el « cam in o
evolucionista» del «com p ro m iso y la co m p o n e n d a » p a ra v in cu larse a los
m ovim ientos sociales -p a r tic u la rm e n te r u r a le s - que c o n m o v ían el país.
La defección del PAP, m ás aú n , co ad y u v ab a a c o n fig u rar un escen ario cíe
p o la riz a c ió n e n d o n d e , «la so lu ció n o lig a rc o -im p e ria lista » c o n te n d e ría
con la « so lu ció n p o p u lar, rev o lu cio n a ria» p o r d e fin ir el ya in so ste n ib le
Im passe q u e e n tr a m p a b a el d e sa rro llo n a c io n a l. U na R efo rm a A graria
«radical y p ro fu n d a » era , en e ste se n tid o , la m e d id a p rio rita ria . De a h í
que, la o rg a n iz a c ió n del ca m p e sin a d o e n el p lan o n a c io n a l e ra «la ta re a
im p erativ a del m o m e n to a c tu a l » . 60
Ese p aso d efinitivo h ac ia la izq u ierd a d e ja b a en el c am in o a m u ch o s
«apristas rebeldes». Ja v ie r Valle R iestra, p o r ejem p lo , se h a b ía su m ad o al
APRA R ebelde, seg ú n dijo, p o r «un exceso de o rtodoxia», p o rq u e «quería
re a lizar los id eales c u b an o s d e ese in sta n te , d e Pan co n L ibertad». A p ar­
tándose luego, al ver que lo q u e iba configurándose era u n a organ izació n
«stalinista». En 1962, finalm ente, a raíz de un artícu lo en el diario ap rista
La T ribuna titu la d o «El 10 de ju n io v o ta ré p o r H aya d e la T orre» este
lo llam ó y le dijo: «ven al p a rtid o , el m u n d o es a m p lio , el p a rtid o es
e n o rm e , las p u e rta s e stá n ab iertas, estás a m n istiad o » . A p e sa r d e h a b e r­
se m a rc h a d o d e l PAP - d i r í a Valle R ie s tr a - n u n c a h a b ía d e ja d o d e se r
« id eo ló g icam en te a p ris ta » . 61 Luis d e la P u e n te , p o r el c o n tra rio , asu m ió
el re to de a d o p ta r u n a visión nueva, de ro m p er con el v ínculo em ocional
q u e la id e n tid a d a p ris ta - y la id en tificació n p e rs o n a l c o n H ay a d e la
T o rre - conllevaba. Y si unos se m arch ab an del «APRA Rebelde» d ebido a
su d efin ició n iz q u ie rd ista o tro s se su m a b a n , p re c isa m e n te , a tra íd o s p o r
esa n u ev a p o stu ra. M áxim o V elando, p o r ejem plo, q u ien a su reto rn o de
C uba se h a b ía tra s la d a d o a su te rru ñ o , e n la sie rra c e n tra l, d o n d e h ab ía
in te n so tra b a jo p o lítico c a m p e sin o . En 1 9 6 2 , R icard o G a d ea te n d ría la

59. Tarcus, El m arxism o olvidado en la Argentina: Silvio Frondizi y Milcíades


Peña, pág. 149.
60. Movimiento de Izquierda Revolucionaria. M anifiesto de Chiclayo. Lima:
Ediciones Voz Rebelde, 1963, pág. 13.
61. Valle Riestra. Lo que no había dicho Javicho. 13 de agosto de 1998. url:
h t t p : //www.caretas.com.pe/1998/1529/Javier/javier.htm.

131
Jo sé Luis Rénique

«gratísim a so rp resa» d e e n c o n trarse con M áxim o al recib ir e n La H ab an a


a u n a « deleg ació n d e m ilitan tes» d el M IR .62
El cam bio de persp ectiv a reflejaba, sin d u d a , u n a cad a vez m ás intensa
re la c ió n co n C u b a . En ju lio d e 1 9 6 0 u n a d e le g a c ió n d e l APRA R eb eld e
h ab ía viajad o a la isla. El propio De la P u en te p e rm an eció a h í p o r algunos
m eses. EraTi m o m e n to s d ecisivos p a ra el ré g im e n c a stris ta . En la p laz a
d e la re v o lu c ió n h a b a n e ra los p e ru a n o s e sc u c h a ro n a F id el v a tic in a r la
tra n sfo rm a c ió n d e la co rd illera de los A ndes en u n a « S ierra M ae stra h e ­
m isférica». Por ese e n to n ces com enzó a con ceb irse el p lan in su rreccio n al
d el MIR. Al p la n te a m ie n to del C he - s e g ú n N a p u r í- «del foco guerrillero
c o m o la h e rr a m ie n ta p rim e ra y fu n d a m e n ta l d e la rev o lu c ió n » , De la
P u e n te h a b ría c o n te s ta d o con su visión de q u e «la a lia n z a d el a p rip sm o
re b e ld e co n C u b a se c o n v e rtiría e n u n fo rm id a b le c a ta liz a d o r» p a ra la
crisis d el PAP, a b rie n d o las p u e rta s p a ra q u e «m iles d e tra b a ja d o re s y
jó v e n e s» o p ta r a n p o r su m a rse al « p ro y ecto re v o lu c io n a rio » d e l M IR . 63
S ituación tal p erm itiría un e sq u em a o rg an izativ o m ás am plio y com plejo
q u e a q u e l d e lin e a d o p o r las tesis fo q u istas. E ra el c o m ie n z o d e u n a
discusión e n tre De la P u en te y el Che que se p ro lo n g a ría a lo larg o de los
sig u ien tes dos añ o s. En el Perú, m ie n tra s ta n to , el estallid o c a m p e sin o a
trav és de la sie rra a c e le ra b a a ú n m ás el tie m p o p o lítico . 64

La hora de la vanguardia

H u g o B lanco G ald ó s fu e u n o d e los m iles d e p e ru a n o s q u e h a b ría n


s a lid o h a c ia la A rg e n tin a d u ra n te los a ñ o s o d riís ta s .65 A hí, c o m o o tro s
c o m p a trio ta s suyos, p asó p o r los círculos d e Silvio F ro n d izi p a ra recalar,
p o ste rio rm e n te , en el g ru p o tro tsk ista de N ah u el M oreno. Volvió al Perú
c o n el inicio d el ré g im e n d e la «convivencia». P re te n d ía in s e rta rse en el
m o v im ien to o b re ro , te rm in ó com o o rg a n iz a d o r c a m p e sin o . En la cárcel
del C uzco co n o ció a los d irig e n te s d e C h au p im a y o , v alle de La C o n v en ­
ción, q u ien es so ste n ía n u n a á sp era c o n fro n tació n co n los h a c e n d a d o s de

62. Testim onio de Ricardo Gadea en Cristóbal, M áximo Velando: el optimismo


frente a la vida (El vencedor de Yahuarina), pág. 18.
63. Testim onio de Ricardo Gadea en ibíd.
64. Véase H ow ard H andelm an. Struggle in tlie Andes: peasant political mobi-
lization in Peni. Austin: University of Texas Press, 1974; Eric Hobsbaw n. «Peasant
Land O ccupations». En: Past and Present, n.° 62: (febrero de 1974), págs. 120-
152; Hugo Neira. «Sindicalismo cam pesino y complejos regionales agrícolas». En:
Aportes, n." 18: París (octubre de 1970), págs. 27-67; y Hugo Neira. Cuzco: tierra
y muerte, reportaje al sur. Lima: Problem as de Hoy, 1964.
65. A lfredo H e rn án d e z U rbina. N ueva política nacional. Trujillo: Ediciones
Raíz, 1962, pág. 53.

132
Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

mi lo calid ad . En lu ch a c o n tra los a seso res «stalinistas» a h í in v o lu crad o s,


Illanco b u scó ra d ic a liz a r la lu ch a de los sin d ica to s a g ra rio s im p u ls a n d o
accio n es d ire c ta s , la co n q u is ta d e la tie rra y la o rg a n iz a c ió n d el v alle
eon crite rio s n e ta m e n te cam p esin o s. Su o rig e n a n d in o , su c o n d ic ió n d e
q u e c h u a-h ab lan te, le p erm itiría u n a g ran acep tació n en el m ed io conven-
rian o . « N uestra o p resió n no es so la m e n te eco n ó m ica - d i r í a B la n c o - se
nos a p la s ta n u e s tra c u ltu ra , so m o s los e sc u p id o s » .66 El in d ig e n ism o , en
mis escritos, reco b rab a su p re ten d id o fu lg o r rev o lu cio n ario . C arism ático,
d ecid id o , su figura creció a niveles m íticos a inicios d e los a ñ o s se s e n ta ,
in fu n d ie n d o e n los g ru p o s « v an g u ard ista s» u b ic a d o s a la iz q u ie rd a d el
PC un fu e rte s e n tim ie n to d e u rg e n c ia e in e v ita b ilid a d . «Por p rim e ra
vez e n n u e stra h isto ria rep u b lic a n a - e d ito ria liz a b a u n d iario tro ts k is ta -
som os testigos de u n a m ovilización a ex tensión y p ro fu n d id a d que ab arca
:i d e c e n a s d e m iles d e c am p e sin o s» . La p e rsp e ctiv a e ra irre fu ta b le : la
«revolución agraria». Desde este ángulo ¿qué peso p o d ía te n e r un proceso
ele c to ra l q u e d e ja b a al m a rg e n a m ás d e seis m illo n e s d e c am p e sin o s?
Con su g ran m ovilizació n , el c a m p e sin a d o m o stra b a la fu tilid ad del «ca­
m ino pacífico p a ra la revolución». Y si, h a sta a h o ra «nos d e b a tía m o s en
mil p ro b lem as teóricos» la R evolución cu b a n a p ro p o rc io n ab a un «com ún
d e n o m in a d o r» , la b a se p a ra fo rm a r u n « p a rtid o ú n ic o d e la iz q u ie rd a
re v o lu c io n a ria » . 67
Los s in d ic a to s c a m p e sin o s q u e p ro life ra b a n p o r la s ie rra d e l Perú
h a b ría n d e se r las b ase s, se g ú n B lanco, de u n « p a rtid o re v o lu c io n a rio
sui generis d e m asas» al q u e el tra b a jo d e los m ilita n te s u rb a n o s no
ten ía sin o q u e a m o ld a rse . No se ría n e n el P erú los focos g u e rrille ro s a
la c u b a n a los q u e a rr a s tr a ría n a las m a sa s c a m p e sin a s a la rev o lu ció n
sino q u e e sta s m ism as, a p a rtir d e su s p ro p io s sin d ic a to s, lle g a ría n a la
« d efen sa a rm a d a d e las o c u p a c io n e s d e tie rra s a tra v é s d e la fo rm a c ió n
d e m ilic ia s » . 68 P o lític a m e n te , la d u p la R evolución c u b a n a -M o v im ie n to
C am pesino - s e g ú n J u a n Pablo C h a n g - c u e stio n ab a el p ap el del P artido
C o m u n ista c o m o « esta d o m a y o r o b lig a d o d e las m a sa s en la lu c h a p o r

66. H ugo Blanco. Tierra o muerte. México, DF: Siglo XXI, 1974, pág. 148.
67. O rgano del Partido O brero R evolucionario (POR) n.° 9 (1 de julio de
1961) y n.° 10 (20 de julio de 1961).
68. A parte de Tierra o M uerte sus plan team ien to s son expuestos en H ugo
Blanco. El cam ino de nuestra revolución. Lima: Ediciones Revolución Peruana,
1963; sobre sus experiencias en La Convención, véase Tom Brass. «Troskyism,
H ugo Blanco and the Ideology of a Peruvian Peasant M ovem ent». En: Journal o f
Peasant Studies, n.° 162: (en ero de 1989), págs. 173-197; E d u ard o Fioravnnfi.
la tifu n d is m o y sindicalismo agrario en el Perú. Lima: Instituto de Estudios Peruanos,
1974; y Victor V illanueva. Hugo Blanco y la rebelión cam pesina. Lima: Librería
Juan Mejía Baca, 1973.

133
José Luis Rénique

el p o d e r e n la rev o lu c ió n la tin o a m e ric an a » . Su « p érd id a d e l ritm o de la


h istoria» p ro p ic iab a que las m asas c re a ra n «sus p ro p io s in s tru m e n to s de
lucha» p a ra a v a n z a r h acia el so cialism o .69
Varios proyectos co m en zaro n a arm arse en to rn o a los logros de Blanco
e n La C o n v en ció n . El d el S e c re ta ria d o L a tin o a m e ric a n o d el T rotskism o
O rto d o x o (SLATO) fu e u n o d e ellos. D erivó e n u n a se rie d e asalto s
a b a n c o s q u e , s u p u e s ta m e n te , p ro v e e ría n los fo n d o s n e c e sa rio s p ara
m o n ta r el a p a ra to p o lítico d e a p o y o al m o v im ie n to c a m p e sin o . A la
la rg a , la re p re sió n q u e e sto s su sc ita ro n te rm in ó d e s tru y e n d o lo q u e los
tro tsk istas locales h ab ían logrado acu m u lar .70 A esa «desviación putchista»
a trib u iría B lanco la frustració n del m ovim iento convenciano. A vincularse
d ire c ta m e n te co n C u b a a p u n tó o tro g ru p o d e ex m ilita n te s c o m u n ista s
(H é c to r B éjar y G u illerm o L o b ató n ) y a p rista s d is id e n te s (J u a n Pablo
C h a n g ). Lo su y o e ra v a n g u a rd ism o p u ro : b u s c a r e n la isla c a rib e ñ a los
m edios p a ra la n za rse a la acción directa. Investidos del «continentalism o»
g u e v a rista , s a lta ría n las «vallas p a rtid a ria s» - o b s e r v a r ía H é c to r B é ja r-
p a ra co n ectarse con aq u ella «inm ensa p oblación p e ru a n a a cuyas espaldas
o p e ra b a n los partidos». En diciem bre de 1961 a rrib a ro n a cap ital cubana.
En fe b re ro d e 1 9 6 2 , en la S e g u n d a D eclarac ió n d e La H a b a n a , lo
q u e h a s ta e n to n c e s h a b ía sid o u n a e m p re sa s e c re ta , d e v in o a b ie rta y
d esafian te: el apoyo cu b an o a las luchas rev o lu cio n arias latin o am erican as.
P or sus cam p o s y m o n ta ñ a s - d i r í a en esa o p o rtu n id a d el líd e r c u b a n o -
p o r sus lla n u ra s y su s selv as, «los p u ñ o s c a lie n te s d e d e se o s d e m orir
p o r lo su y o , d e c o n q u is ta r d e re c h o s p o r casi q u in ie n to s a ñ o s b u rlad o s»
s e p u lta b a n las ra z o n es, im p o n ie n d o la n u e v a v e rd a d d e su in co n ten ib le
v o lu n ta d d e lu c h a . El e sc a la m ie n to del « c o n tin e n ta lism o » co n llev ab a
d e s p la z a r a los viejos co m u n ista s: im p o n e r la p rim a c ía d e la «sierra»
so b re el «llano», d e la acció n d ire c ta so b re la te o ría . En 1 9 6 3 , en una
n u e v a v e rsió n d e su céle b re m a n u a l g u e rrille ro , G u e v a ra d e jó d e lado
la id e a p re v ia d e q u e , el o rig en d e m o c rá tic o d e u n g o b ie rn o im p o n ía
re stric c io n e s a la p o sib ilid a d d e la n z a r ac cio n e s a rm a d a s . 71 M ás que
n u n c a , el d e s tin o d e los B éjar y los De la P u e n te d e p e n d ía d e l c u rso de
a q u ello s d e b ate s.

69. J u a n Pablo Chang. «Cuba y el papel de la vanguardia». En: Revolución


Peruana, n.° 5: (5 de enero de 1963).
70. Para una historia detallada de este episodio, véase G onzalo Añí Castillo.
/•'/ secreto de las guerrillas. Lima: Ediciones Más Allá, 1967.
7 1. Véase al respecto M att Childs. «An H istorical C ritique o f the E m e rg en a 1
uní I volullon of Ernesto Che G uevara’s Foco Theory». En: Journal o fL a tin Ameri-
• .iii Mui/u*», ti." 27: (1 9 9 5 ), págs. 593-624.

I (I
Del APRA Rebelde a la lucha a rm a d a . Perú, 1965

De la Sierra Maestra a los Andes

En 1 9 6 2 h a b ía e n la isla d o s g ru p o s d e p e ru a n o s q u e h a b ía n p ar-
lido co n el fin d e recib ir e n tr e n a m ie n to g u e rrille ro . U n o v in c u la d o al
A PRA -R ebelde/M IR que h a b ía n eg o ciad o d ire c ta m e n te c o n el Che - c o n
in te rm e d ia c ió n d e N a p u r í - su a rrib o a C uba y o tro , m á s p e q u e ñ o , e n ­
c a b e z a d o p o r Fléctor B éjar al q u e «am igos» del ré g im e n re v o lu c io n a rio
com o el e s c rito r Luis F elipe A n g elí «Sofocleto» y V io leta C a rn e ro H oke,
les h a b ía n se rv id o de p u e n te p a ra lle g a r al « te rrito rio lib e r a d o » . 72 Los
Instructores cu b an o s se a se g u ra ro n de m a n ten e rlo s s e p a ra d o s. E v en tu al­
m en te, h a b ría n d e e n c o n tra rs e . Era la m a n e ra en q u e se m a n e ja b a n las
cosas. B éjar reco rd aría que su su b rep ticia salida de Lima q u e d ó ex p u esta
cu an d o , recién lleg ad o a La H a b a n a , se tro p e z ó con u n d irig e n te del PC
p e ru a n o e n el lobby del H o tel R iviera en d o n d e su g ru p o se e n c o n tra b a
alo jad o . S ig u ie ro n las q u e ja s c o rre sp o n d ie n te s q u e , p o r c ie rto , p oco
rfecto te n d ría n en el án im o c u e stio n a d o r a los PC la tin o a m e ric a n o s p ro ­
m ovido p o r el p ro p io C he. D esd e un inicio, p o r o tro la d o , B éjar h a b ía
«nspechado que algo m ayor se tra m a b a p u esto qu e, c o m o el p ro p io Fidel
le h a b ía d ic h o e n la p rim e ra e n tre v ista q u e s o s tu v ie ro n , «son u ste d e s
d e m a s ia d o pocos, 1 5 0 c o m o m ín im o es lo q u e se n e c esita» . Ellos, no
pasab an d e la m ed ia d o c e n a .73
U n te r c e r c o n tin g e n te d e p e ru a n o s e sta b a in te g ra d o p o r u n o s 8 0
becarios q u e h a b ía n lleg ad o a C uba - s e g ú n le e x p re sa ro n a Fidel C astro
CA su p rim e r e n c u e n t r o - c o n el d eseo de « a p re n d e r de las e x p erien cias
tic la R ev o lu ció n cu b a n a » . «C uba tie n e to d a la v o lu n ta d d e a y u d a rle s
- h a b r ía re s p o n d id o el c o m a n d a n te - se a q u e b u sc a ra n u n a p ro fe sió n o
co n o cer n u e s tra e x p e rie n c ia re v o lu cio n aria» . R icard o G a d e a se in te g ró
a ellos. U n re c o rrid o p o r la S ierra M aestra fue p a rte d e ese a p re n d iz a je .
Era e v id e n te - r e c o r d a r í a G a d e a - q u e « en tre los c u a d ro s a b o c a d o s al
área in te rn a c io n a l hab ía u n a posición clara d e favorecer la e x p an sió n de
la R evolución cu b an a p a ra ro m p er el aislam iento» p ero su pro p io d estino
era to d av ía u n a incógn ita.
U na v ez h ech o el d e slin d e , los «becados» c o m p ro m e tid o s co n el p ro ­
yecto a rm ad o fueron p resen ta d o s a los «aprorebeldes» y al g ru p o de Béjar.
Él en c u e n tro rep ro d u jo los conflictos q u e im posibilitaban la u n id a d de la
izquierda en el Perú. P esaban las tradiciones, p o r m ás críticos q u e fueran
con sus p a rtid o s d e p ro c e d e n c ia , a p rista s y c o m u n ista s no se m ira b a n
bien. E stos ú ltim o s llev ab an h a sta el ex tre m o la lógica a n ti-p a rtid o y de
acción d irecta, no q u erían «un p artid o más» sino construir, m ás bien, «un
e q u ip o m ilita r d iscip lin ad o » q u e fu e ra el n ú c le o d e l «ejército rev o lu c io ­
72. E ntrevista con el autor. Lima, 20 de agosto de 2003.
73. Ibíd.

135
José Luis R énique

nario» d e to d o el p u e b lo , d e la m asa sin p a rtid o . Era la ú n ic a m a n e ra


d e ir al fo n d o d el p ro b le m a , d e s u p e ra r co m p lejo s y a c o rta r d istan cias.
S olo d e sd e «el se n o d e las m asas» p o d ía s u rg ir el p a rtid o . Y solo un
p a rtid o en q u e « rev o lu c io n a rio s y e x p lo ta d o s» se u n ie s e n «en u n solo
haz» p o d ría fu n c io n a r c o m o « a u té n tic a v a n g u a rd ia » p o p u la r .74 Era su
m a n e ra d e s u p e r a r su fru stra c ió n co n el in v e te ra d o fra c c io n a lism o de
la iz q u ie rd a local. Los m iristas, e n cam b io , se v e ía n co m o el m u ñ ó n de
un p a rtid o d e g ra n tra d ic ió n el cu a l, e v e n tu a lm e n te , se c o n v e rtiría en
su n ú c le o re c o n s titu tiv o . Se v e ían , p o r lo ta n to , c o m o m ilita n te s de un
p ro y e c to m a y o r c la ra m e n te id en tific a b le e n la h isto ria d e l rad icalism o
de su país. N o e s ta b a n a h í c o m o m ilita n te s d isp e rso s q u e p o d ía n , por
v o lu n tad p ro p ia, su scrib ir un proyecto d istinto. «Aún sien d o u n a escisión,
el MIR c o n ta b a con líderes pro v in cian o s, con ex p erien cias, bases p o pula­
res, g e n te q u e h a b ía su frid o c a rc e lería , era u n a c o rrie n te , c o n u n a baso
social» re c o rd a ría R icardo G a d e a .75 U na figura im p o rta n te d e l g ru p o de
B éjar co m o e ra G u ille rm o L o b ató n M illa o p tó , e n e sa o p o rtu n id a d , por
in c o rp o ra rse al pro y ecto MIR.
Para a g re g a r sal a las h e rid a s, los c u b a n o s p ro p o n ía n q u e G onzalo
F e rn á n d e z G aseo - e n su c o n d ic ió n d e d e le g a d o d el g ru p o a p rista re­
b e l d e - a s u m ie ra la c o o rd in a c ió n g e n e ra l d e l g ru p o . El g ru p o d e Béjar
- e in clu so a lg u n o s m i r i s ta s - se re h u s ó d e m a n e r a ta ja n te . F ern án d ez
Gaseo, ex p resab a p ara m u ch o s de ellos lo m ás rep ro b ab le de la conducta
a p rista : la lla m a d a « b u falería» ,7ft el a n tic o m u n ism o , la in te m p e ra n c ia
y el c au d illism o . E ra él, sin e m b a rg o , el h o m b re d e c o n fia n z a d e Luis
d e la P u e n te . Se e x tra ñ a b a su a u to rid a d y su s d o te s d ip lo m á tic a s en
aq u e lla s n eg o cia c io n e s. No e sta b a , sin em b arg o , el je fe d el MIR, exento
de ese ra sg o d e la fo rm a c ió n a p rista . A ello se d e b ía , p re c isa m e n te , su
au sen cia en La H ab an a. En un confuso in cid en te o cu rrid o en Trujillo - e n
fe b re ro d e 1 9 6 1 - h a b ía Luis e m p u ñ a d o su a rm a p a ra , su p u e s ta m e n te ,
d e fe n d e rse d e u n a ag re sió n de sus ex co m p a ñ e ro s a p rista s, ocasio n an d o
la m u e rte d e u n o d e ellos. Por ello , p u rg a ría c a rc e le ría h a s ta agosto

74. H éctor Béjar. Las guerrillas de 1965: balance y perspectivas. Lima: PEISA,
1973, págs. 17-18.
75. E ntrevista con el autor.
76. En la m em oria aprista, M anuel «Búfalo» B arreto a p are ce com o el para­
digm a del com batiente popular. Barreto, un trabajador azucarero - a n a rq u is ta y
luego a p r is ta - fue uno de los líderes de la revolución de Trujillo de julio de 1932.
M uerto en el ataque al cuartel O’Donovan, fue uno de los 5.000 m ártires apristas
que la historia del PAP reclam a. Su nom bre sería aplicado a los «defensistas» del
partid o de las subsiguientes generaciones. M ientras que, para los enem igos del
PAP, térm inos com o «búfalo» o «bufalería» denotaban la prepotencia y el agresivo
fanatism o del m ilitante aprista.

136

J
Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

d r 1 9 6 2 . S u a u se n c ia , co ad y u v ó a q u e el g ru p o d e Béjar, a p e s a r d e su
precaried ad , p asara a ser la p rio rid ad de los an fitrio n es. Se aco m o d a b a n
[p e rfectam en te a la im pacien cia c u b a n a de esa h o ra .
C om o p ro y e c to d e p a rtid o q u e el su y o era , los m irista s se v e ía n re ­
to rn a n d o al P erú in d iv id u a lm e n te , p a ra ir filtrá n d o se h a c ia las « zo n as
[guerrilleras» tras h a b e r aseg u rad o vínculos políticos y resp ald o d e m asas.
Sería u n p ro c e so p a u la tin o , a tra v é s d el c u al iría n d e te r m in á n d o s e los
lu g ares m á s p ro p icio s p a ra la acció n m ilitar. Im p o sib le c o n c ilia r visió n
lal con el m o d e lo d e in g re so e inicio d e la ac c ió n a rm a d a q u e el g ru p o
de B éjar re p r e s e n ta b a : u n a c o lu m n a d e g u e rrille ro s d e v e rd e oliva e n ­
tran d o , com o invasores, p o r la fro n tera con Bolivia con u n a o rg an izació n
lecida; con cada u n o de sus m iem bros o cu p a n d o su p u esto , reta-
v a n g u a rd ia , etc. F id ed ig n a re p ro d u c c ió n d el m o d e lo d el C he,
ío m b re - E jé r c ito d e L iberación N a c io n a l- lo h a b ía n ad q u irid o
en ta n to q u e, c a d a u n o d e su s p a so s, h a s ta su d e stin o final,
d e los asesores cu b an o s y sus vínculos bolivianos. Para c u an d o
I Luis d e la P u e n te U ceda re g re sa ra a C uba, el fla m a n te ELN e ra ya u n a
lireb atib le re a lid a d . A crecido con m iem b ro s d el g ru p o d e los «becados»,
■ con 4 0 c o m b a tie n te s, e n el se g u n d o se m e stre d e l 63, a q u e l p ro y ec to de
luco p a rtió h acia S u d am érica.
Su objetivo era alcanzar, d esd e la fro n te ra b o liv ian o -p eru an a, la zona
de La C onvención. T rescientos kilóm etros de ag reste te rrito rio se p a ra b a n
i\ d ich o v a lle d e l b o rd e b o liv ia n o -p e ru a n o . U n o b stá c u lo m e n o r p a ra
la v o lu n ta d d e lu c h a de q u ie n es, de lab io s d e l p ro p io F id el C a stro , ha-
Man recib id o las o rie n ta c io n e s q u e les im p u lsa ría n h a sta la lo calid ad de
■ C h au p im ay o d o n d e , e n a b ril d e 1 9 6 2 , B lanco - e n lo q u e e ra el p u n to
cu lm in an te de su c a rrera com o o rg a n iz a d o r- h ab ía sido eleg id o secreta-
rio g e n e ra l de la F ederación Provincial de C am pesinos d e La C onvención
y Lares. C u a tro d é c a d a s d e sp u é s, R icard o G ad ea re c o rd a ría la sesión
I en qu e, fre n te a u n m a p a d el P erú, el c o m a n d a n te c u b a n o ex p lic a b a la
I
I fórm ula p a ra p ro ced er con éxito de la fro n tera b o liv ian o -p eru an a al área
I co n v e n c ia n a : h a b ía q u e g a n a r la c u m b re d e la c o rd ille ra y p ro c e d e r a

I través d e ella, d e m a n e ra q u e «si el ejérc ito v ie n e p o r el la d o o rie n ta l


ustedes se p asan al o cciden tal y si v ien en p o r el lado o ccid e n tal se pasan
itl o rien tal» . Esa su m em o ria de lo qu e, m ás q u e u n a c o n fe ren c ia g eo p o ­
lítica, e ra u n ritu a l de la v o lu n ta d . In o c u lta b le la se n sa c ió n d e p asm o
‘ ;1 e n tre v ista d o al re tro tr a e r a q u e l ep iso d io : « h ab ía u n g ra n v o lu n taris-
o - c o m e n t a G a d e a - u n a sim p lificació n d e la in fo rm a c ió n , u n g ra n
¡sco n o cim ien to » . 77
77. E ntrevista con el autor.

137
Jo sé Luis R é n iq u e

El p lan era c ru z a r al Perú p o r la provincia p aceñ a de Reyes, en la zona


altiplánica boliv ian a, hacia C arabaya, d e p a rta m e n to d e P u n o , p a ra luego
enfilar hacia el n o rte , al d e p a rta m e n to del Cuzco. Se m o n ta el o p erativ o
con a y u d a d el PC boliviano. U na v ez en el te rre n o , n o o b s ta n te , los co n ­
tactos locales a d u jero n problem as de seg u rid ad en esta ru ta , p ro p u siero n
ir m ás al n o rte , p a ra in te n ta r c ru z a r h ac ia el d e p a rta m e n to p e ru a n o de
M adre d e D ios. De a h í, a tra v és d e la m u ra lla v e rd e a m a z ó n ic a , p ro ce ­
d e ría n h a s ta La C onv en ció n . Las v icisitu d e s de la e m p re s a p re lu d ia b a n
aquellas q u e cinco a ñ o s d esp u és a tra p a ría n en o tra re g ió n d e ese m ism o
país al p ro p io G u ev ara.
T res m e se s to m a ría el m ero tra s la d o d e lo s c o m b a tie n te s h a s ta el
p u n to d e cru c e. C u a re n ta a ñ o s d e sp u é s, H é c to r B éjar se p re g u n ta ría si
los c o m u n ista s b o liv ian o s q u e d e b ía n fac ilitarle s el p a s o h a c ia el Perú
no e s ta b a n , sim p le m e n te , tr a ta n d o d e d e sh a c e rse d e e llo s . 78 Q u e su
p resen cia p o n ía en riesgo a su s c o m p a ñ e ro s p reso s, fu e u n a d e las m ás
c o n siste n te s q u e ja s d e sus c o n ta c to s lo cales. C o rta d a la co m u n ica c ió n
con los a se so re s c u b a n o s d e b id o a la «crisis d e los m isiles» , m ás aún,
los c o m b a tie n te s d e l ELN q u e d a ro n en m a n o s d el PC lo cal. A rrib ad o s
al p u n to d e c ru c e o p ta ro n p o r e n v ia r u n d e s ta c a m e n to d e a v a n z a d a
c o m p u e sto p o r o c h o h o m b res. Su ta re a e ra , n a d a m e n o s , q u e to m a r
contacto con el m ovim iento de Blanco y p re p a ra r las c o n d icio n e s p a ra la
e n tra d a del g ru eso d e la colum na. Tras varios días d e c a m in a ta en tra ro n
a la localidad de P u erto M aldonado, d o n d e fu ero n d e te c ta d o s. H ubo una
breve c o n fro n ta c ió n . La m a y o ría d e l g ru p o lo g ró hu ir. D os q u e d a ro n
rezagados. T ra ta ro n d e rendirse. U no de ellos - e l p o e ta J a v ie r H e r a u d -
cayó a b a tid o . A tra v é s d e la o n d a c o rta , su s c o m p a ñ e ro s c a p ta ro n la
noticia h o ras d esp u és. No q u ed ó sino e m p re n d e r el a lu c in a n te re to rn o .79
Del o tro la d o d e la fro n te ra , la situ a c ió n p o lític a e n q u e el ELN
e sp e ra b a in s e rta rs e iba c a m b ia n d o a c e le ra d a m e n te . En ju lio d e l añ o
anterior, una Ju n ta M ilitar de G obierno h ab ía re e m p la z a d o al m an d a ta rio
co n stitu c io n a l: la «convivencia» te rm in a b a a tro m p ic o n e s. C on una
co m b in ac ió n d e co n cesio n e s y m e d id a s re p re siv a s, el n u e v o rég im en
com enzó a c o n te n e r al m o vim iento cam p esin o . En e n e ro d el 6 3 , cientos
de m ilita n te s y sin d ica lista s c a y e ro n e n lo q u e se ría la m a y o r re d a d a
co n tra la iz q u ie rd a de la q u e te n g a m e m o ria h a s ta e n to n c e s . Y, tras
una e sc a ra m u z a - o c u r r id a a m e d ia d o s d e d ic ie m b re d e 1 9 6 2 - e n que
se p ro d u jo la m u e r te de d o s po licías, B lanco p a sa b a a la d e fe n siv a . En
feb rero , u n d e c re to -le y o rd e n a b a el inicio d e la R e fo rm a A g raria e n los

78. E ntrevista con el autor. Lima, 20 de agosto de 2003.


79. B erm údez y Castelli, «A trein ta años del Che (e n tre v ista a Ricardo
Napurí)».

I Ul
Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

valles d e L ares y La C o n v en ció n . B lanco q u e d ó a isla d o . El 2 9 d e m ay o ,


finalm ente, cayó en m anos de sus perseg u id o res. Q uince días d e sp u és de
l;i m u erte d e H erau d en P u erto M aldonado. D esde prisió n , u n a s sem an as
m ás ta rd e , re a firm a ría su d ista n c ia d e la « e rró n ea» lín e a g u e rrille rista :
•«admiré la v a le n tía d e los m u c h a c h o s d e M ad re d e D ios - d i r í a - p e ro
siento m u ch o que ta n ta en erg ía rev o lu cio n aria se h ay a d e sp e rd ic ia d o » .80
De esto s a c o n te cim ie n to s su p o Luis de la P u e n te d e sd e prisió n . Salió
recién en a g o sto del 6 2 , tras 18 m eses d e c o n fin a m ie n to . Se tra sla d ó ,
a los p o co s d ías, al v alle d e La C o n v en ció n . C uba - s e g ú n re c o rd a ría
R icardo N a p u r í- les h a b ía o rd e n a d o to m a r c o n ta c to c o n H u g o B lanco.
De la P u e n te se hab ría resistid o , su b ra y a n d o su d e sin te ré s p o r unificarse
con e ste o con el p ro p io Béjar. P en sa b a - s e g ú n el m ism o te s tim o n io -
que el lid e ra z g o d e la re v o lu c ió n d e b ía e s ta r e n m a n o s d e l M IR y te n ía
su sp icacia s d e tr a ta r co n u n tro tsk ista c o m o B lanco o, in clu siv e, c o n el
propio N ap u rí. Tras u n a «gran discusión» el viaje, fin a lm e n te , se realizó.
Una vez allí - s e g ú n N a p u r í- De la P u en te quiso ap ro v ech arse del hecho
de «que B lanco a c o stu m b ra b a a h o m e n a je a r a q u ie n lo v isita b a con u n a
g ran c o n m e m o ra c ió n , co n m iles d e c a m p e sin o s» p a ra film a r el e v e n to
con el fin de m o s tra r en C uba q u e to d o ese m o v im ie n to « esta b a b ajo su
disciplina». N ueva discu sió n : «porque e ra u n p ro b le m a ético, ad e m á s de
político», sie m p re se g ú n N a p u rí . 81 Q u e d a ro n las im á g e n e s d e Luis d e la
P u e n te d irig ié n d o se a u n a m u ltitu d c a m p e sin a e n la p la z a d e a rm a s d e
Q uillabam ba. Era el m o m en to de gloria de la lu ch a co nv en cian a. Q ue no
d u ra ría m u ch o , com o vim os an tes: la victoria del m o v im ien to re a lm en te
ex isten te - una ley de R eform a A graria específica p ara su p ro v in c ia - fue
el inicio d e l fin del « p o d e r d u al» de B lanco. Lo c ie rto es q u e n o h u b o
acu erd o e n tre los líderes. No volverían a en c o n trarse. De La C onvención,
vía L im a, el lid e r m irista se d irig ió a C u b a, d o n d e le e s p e r a b a n n u ev o s
p ro b lem as.
La p re fe re n c ia d el C he p o r el ELN re fleja b a n o so lo las p re fe re n c ia s
por un esq u em a foquista típico, sino las d ificultades e n tre aq u el y el MIR.
De la P u e n te se h a b ía re sistid o a la im p ac ie n cia d el a rg e n tin o . A caso
te n ía G u e v a ra u n a visió n ta n p o b re d e l lid e ra z g o a p ris ta q u e p e n sa b a
q u e el m e ro a cto in su rre c c io n a l e je rc e ría u n in flu jo m a g n é tic o so b re
u n a m a s a co m o la a p rista , ta n ta s v eces e n g a ñ a d a . P or ello, h a b ría
q u e rid o p re s io n a r al M IR a a lin e a rs e con su «m odelo». Así, m ie n tra s
De la P u e n te p u rg a b a p risió n , las so lic itu d e s d e sus c o m p a ñ e ro s p a ra

80. Hugo Blanco. «Generalidades sobre el modo de acción del m ilitante de la


ciudad que atiende al cam po y algunas notas (Cuartel Mariscal Gam arra, junio de
1963)». En: Revolución Peruana órgano del FIR: (2 de julio de 1963), págs. 7-11.
81. B erm údez y Castelli, «A trein ta añ o s del Che (en trev ista a R icardo
Napurí)».

139
J o s é L uis R é n iq u e

reg re sa r a c o m b a tir al Perú h a b ía n sido deso íd as, en v ián d o lo s m ás bien a


c a z a r b a n d id o s e n el E scam b ray .82 T erm in a d o el e n tr e n a m ie n to m ilitar
- rec o rd a ría R icardo G ad ea - «nos sen tíam o s d esesp e ra d o s p o r reg resar y
no e n te n d ía m o s p o r q u é no nos lo p erm itía n » . 83 Testigo de esas tratativas,
R icard o N a p u rí n o s a c e rc a al c o n te n id o d e las m ism a s. D e la P u en te
«era un e x p e rto e n el p ro b le m a a g rario y cam pesino» y «lo d e sa rm a b a al
C he c u a n d o le e x p licab a la co m posición o rg án ica d el c a m p o e n el Perú».
Le h a b ía e x p lic a d o la im p o rta n c ia d e la sin d ic a liz a c ió n ru r a l y el peso
d e las «m iles d e c o m u n id a d e s cam p esin as» y «su tra d ic ió n d e disciplina
in te rn a y d e co m b a te » . Lo q u e p o n ía e n d u d a el e sq u e m a d el «foco
p u ro » p u e s D e la P u e n te le d e c ía q u e e n el P erú h a b ía « o rg an iz ac io n es
ca m p e sin a s c o n cretas» , con las cuales h ab ía q u e h a c e r u n tra b a jo previo
p u e s, el c a m p e sin o , n o ib a «a a b a n d o n a r sus o rg a n iz a c io n e s p o rq u e yo
le p o n g a u n a guerrilla» . E ntonces - s e g ú n N a p u r í- «el C he co m p ren d ió
q u e d e b ía “m a tiz a r” su id e a d e l foco p e n s a n d o q u e lo q u e se p ro m etía
e n P erú e ra m u c h o m ás». A tal p u n to q u e , « p o r u n tie m p o co n sid eró
q u e P erú e ra u n a p u n ta d e la n z a e n su s a fa n e s in te m a c io n a lis ta s de
e x p o rta r la revolución». De a h í que, «m uy c o n v in c e n te m en te nos dijo que
si la in s u rre c c ió n “p re n d ía ”, lo te n d ría m o s a n u e s tro la d o e n las sierras
p e ru a n a s » . 84
En esa discu sió n , N ap u rí fo rm u lab a u n a p re g u n ta b a sta n te pertin en te:
si ex istía «un n ú c le o p ro b a d o d e m ilita n te s y a c tiv ista s, si q u e d a b a n
a ú n re la c io n e s c o n el c a m p o , si se h a b ía n m e jo ra d o los v ín c u lo s con
e stu d ia n te s y la clase o b rera» , ta l com o so ste n ía De la P u e n te . E ntonces:
« ¿ p o r q u é n o c o n s tru ir al MIR co m o u n p a rtid o o b re ro y so cialista?» , lo
cual «no n e g a b a los com prom isos con el Che, ni el in tern acio n alism o , sino
que los inscribía sobre u n a nu ev a base». Se d e sa tó en to n ce s - s e g ú n el ex
av iad o r p e r u a n o - «una discusión decisiva». ¿Era el foco «necesariam ente
c o n tra d ic to rio co n la e x iste n c ia d el p a rtid o » ? N a p u rí o p in a b a q u e no,
e n ta n to q u e la g u e rrilla se s u je ta ra al p a rtid o re v o lu c io n a rio . Así lo
d e m o s tra b a n e x p e rie n c ia s co m o la len in ista y la m a o ísta . A n aliza n d o el
caso cu b an o , «De la P u e n te y q u ien es lo se g u ían a firm a b an q u e el factor
d e te rm in a n te d e la victoria era la lucha g uerrillera». N apurí, p o r su parte,
su b ra y a b a el p a p e l ju g a d o p o r el «llano», p o r «el g ra n a p a ra to u rbano»
del M ovim iento 26 de Ju lio que, con la h u elg a g en eral del 1 d e e n e ro del

82. T estim onio de R icardo G adea en Jo n Lee A nderson. Che Guevara. A


HfvulutUmary Life. N ueva York: Grove Press, 1997, pág. 560.
MI, E ntrevista con el autor.
M I Un m úde* y Castelli, «A trein ta años del Che (e n tre v ista a Ricardo
Nrt|»uií)"t

140

I
Del APRA R ebelde a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

SV, «había im p ed id o los in ten to s del general [Eulogio] C antillo de fo rm ar


una ju n ta m ilita r que im pidiera el acceso al p o d e r de Fidel y los su y o s » .85
Es p o sib le im a g in a r la co n fu sió n : el c h o q u e e n tre la so fisticació n
Icórica de R icardo N apurí y el ím p etu de Luis de la P u e n te y de su lugar-
Ir n ie n te F e rn á n d e z G aseo. ¿P o d ía el C he a rb itra r e n tre a m b o s? H ab ía,
p a ra ello, im p o rta n te s « facto res ad v erso s: la d is ta n c ia , los p ro b le m a s
de co m u n icació n » . C om o ta m b ié n «el h ec h o d e q u e el C he c o n c e n tra b a
las d e c isio n e s so b re Perú a p e s a r de e s ta r a b ru m a d o d e ta re a s y d e sus
Irccu en tcs viajes al exterior». De tal su e rte , re c o rd a ría N ap u rí:

« ( . . . ) a veces h ab ía q u e e sp e ra r p o r m u ch o s d ías en el h o te l
a n te s d e v e r al C he. El ú n ico c o n ta c to e ra él, y c u a n d o no
e sta b a , n o h ab ía con q u ién p a c ta r n a d a . No h a b ía u n eq u ip o
q u e se re u n ie ra co n tig o , así q u e la a te n c ió n n o e ra rig u ro sa ,
ta l co m o sí lo e ra c u a n d o se im p a rtía in stru c c ió n m ilita r e n
los c a m p a m e n to s y e n la lo gística d e ap o y o . P e rso n a lm e n te ,
d e p e n d ía de H ild a G a d e a p a ra c o n ta c ta rm e c o n el C he. No
podía decirle “te llam o tal d ía ”, p o r ejem plo. H ab lab a a H ilda
y ella h a c ía el c o n ta c to , y lu eg o m e d ecía : "El C he te e sp e ra ,
a tal d ía, tal hora, conform e su ag en d a , en el Banco d e C uba”.
M ás ta rd e , cu an d o yo e sta b a en Perú, el vínculo oficial q u ed ó
bajo re sp o n sa b ilid a d d e De la P u e n te » . 86

El e le m e n to m ilita n te c a p a z d e o rg a n iz a r ese e n o rm e p o te n c ia l p ro ­
v e n d ría d e la ju v e n tu d a p rista q u e - s e g ú n De la P u e n t e - re s p o n d e ría
al lla m a d o d el MIR a la lu z de la e v id e n te tra ic ió n d e la d ire c c ió n del
PAP. Por eso, G u ev ara se h a b ía a v en id o a esp erar. El tie m p o p a sa b a , sin
e m b a rg o , y lo p ro m e tid o , n o se m a te ria liz a b a . La re a lid a d e ra q u e no
so lam en te el MIR no hab ía lo g rad o c o n stitu irse «en u n p olo de atracció n
p a ra la ju v e n tu d a p rista» sin o q u e , e n el m u n d o c a m p e sin o , so la m e n ­
te te n ía , la « in flu en cia m a rg in a l q u e te n ía De la P u e n te m ism o p o r su
c o n d ició n d e a b o g a d o lab o ralista» . N o te n ía p u es, el tru jilla n o , «lo q u e
h a b ía d ich o al C he q u e te n ía » .87 Sin la ru ta d e u n a p rism o d e iz q u ie rd a
p o sh ay ista d isp o n ib le, co n sus v ín cu lo s d e n tro d e l APRA p rá c tic a m e n te
c o lap sad o s tra s la « d e u d a d e san g re» a d q u irid a a ra íz d e l a s e s in a to del
85. Ibíd., al a b an d o n a r el poder, Batista intentó d ejar el m ando a una ju n ta
liderada po r el general Cantillo, c o m a n d an te d e la provincia de O riente. Esta
designó a C arlos P iedra, el m ás antiguo m iem bro de la C orte S uprem a, com o
presidente provisional d e acuerdo con la C onstitución de 1940. Cantillo quedó
como jefe del E stado m ayor del ejército. Castro se opuso, llam ando asim ism o a
una huelga general contra el régim en de Piedra.
86. Ibíd.
J o s é Luis R é n iq u e

«d efen sista» a p ris ta en T rujillo, D e la P u e n te y el p ro y e c to M IR h a b ía n


lleg ad o a u n p u n to crítico.
M e ro d e a d o p o r e sto s d ile m a s, De la P u e n te o p tó p o r u n a s u e rte de
fuga hacia d e la n te . Con su c a racterística p asió n buscó e n el m u n d o revo­
lu c io n a rio la sín te sis id e o ló g ic a q u e a v a la ra su p ro y e c to . Así, m ie n tra s
el Perú m a rc h a b a h a cia su se g u n d a elecció n p re sid e n c ia l e n d o s añ o s en
p rocesos q u e h a b ía n in clu id o c a m p a ñ a s co n crec ie n te p a rtic ip a ció n y en
los cu a le s la R efo rm a A g raria a p a re c ió co m o te m a p rin c ip a l , 88 m ie n tra s
el estallid o cam p e sin o e n tra b a en rep lieg u e al co m p ás d e u n a m ezcla de
c o n c e sio n e s y re p re sió n , el líd e r d e l MIR re c o rría la g e o g ra fía d e l este
com u n ista, lleg an d o a en trev ista rse con M ao Tse Tung, con H o Chi M ing y
Kim II Sun. De re to rn o a C uba aco rd ó con el C he un d iseñ o táctico basado
- e n descrip ció n de N a p u r í- «en u n su p u esto m od elo único cubano» con­
sisten te en varios focos g u errillero s apoyados p o r «un m ínim o de partido»
q u e e n tra ría n e n acció n «a la b re v e d ad posible». C o n v en cid o d e q u e ese
p ro y ecto no fu n c io n a ría , N a p u rí escrib ió u n a c a rta al C he a n u n c iá n d o le
q u e re n u n c ia b a al MIR. Este, p o r su p a rte , a n u n c ia ría p ú b lic a m e n te que
h a b ía «zanjado» con el tro tstk ism o .

El gesto heroico

N o h a b ía sid o p ro p icio p a ra la iz q u ie rd a lo cal e l la rg o a ñ o e n tre la


en trev ista de Luis de la P u en te con H ugo B lanco y el ú ltim o - y definitivo -
re to rn o d e a q u e l al Perú. El m o v im ie n to c a m p e sin o - s im b o liz a d o p o r
las lu c h a s d e La C o n v e n ció n - h a b ía sid o c o n te n id o , la iz q u ie rd a h ab ía
sido d u ra m e n te g o lp e a d a y, en ju lio d el 63 - c o n ap o y o d e l PC y con un
in é d ito re s p a ld o r e g i o n a l- h a b ía sido eleg id o co m o p rim e r m a n d a ta rio
F ernando B elaú n d e Terry. Un arq u itecto de 51 años, m ezcla de tecn ó crata
y ca u d illo , d e sd e 1 9 5 6 , h a b ía h e c h o c a m p a ñ a a tra v é s d e lo s «pueblos
o lv id ad o s» d e l P erú o fre c ie n d o a R eform a A g raria, d e sc e n tra liz a c ió n ,
cam inos, a y u d a técn ica p ara las co m u n id ad es: u n a v e rd a d e ra «conquista
del Perú p o r los p eruanos» en su m a . 89 ¿R ep resen tab a este u n a altern ativ a
v iab le d e tra n s ic ió n p o so lig á rq u ic a ? El PAP, la iz q u ie rd a , la d erec h a
o d riísta, to d o el e sp ectro político, se e n c a rg a ría , en to d o caso, d e q u e tal
cosa n o su c e d ie ra .

8 8 . En las elecciones presidenciales de 1962, Haya de la Torre había de­


rrotado por escasísimo margen a Fernando Belaúnde Terry. Esos comicios, sin
embargo, fueron declarados nulos por la Junta Militar en el poder. En el nuevo
sufragio de 1963, Belaúnde alcanzó el porcentaje necesario para convertirse en
presidente de la república.
89. Terry Fernando Belaúnde. La conquista del Perú por los peruanos. Lima:
Ediciones Tawantinsuyu, 1959.

142
Del APRA R ebelde a la lu c h a a r m a d a . P erú , 1 9 6 5

Im p o sib le e x a g e ra r el se n tid o d e u rg e n c ia q u e la d e m a n d a p o r re ­
fo rm a s h a b ía c o b ra d o p o r a q u e l e n to n c e s. D esp u é s d e v is ita r el P erú
• n u m e r o s o s o b se rv a d o re s e x tra n je ro s tie n d e n a p e n s a r q u e u n se g u n d o
fre n te rev o lu cio n ario p ro n to ap arecerá en n u e stro país» señ aló a fines de
1V62 S e b a stiá n S alaza r B ondy un in telectu al m o d e ra d o v in cu lad o al MSP.
Pnra e llo - c o n t i n u ó - las co n d ic io n es o b jetiv as e sta b a n , e fe c tiv a m e n te ,
p re s e n te s : el a b is m o so cio eco n ó m ico y la p e n e tra c ió n im p e ria lista se
p ro f u n d iz a b a n , e n ta n to q u e la m iseria se e x te n d ía y la a c u m u la c ió n
d e riq u e z a p o r la c a sta o lig á rq u ica d e v e n ía c a d a v ez m ás ra p a z . En la
h a c ie n d a com o p eó n , en las altu ra s com o c o m u n ero , en el socavón com o
m in e ro , e n el u m b ra l d e su ch o z a d e a d o b e y p a ja e n las « b a rriad as»
q u e ro d e a b a n Lim a, m ace rab a - a ñ a d i ó - el an tig u o o dio in d íg e n a hacia
la u rb e ra c ista y o c c id e n ta liz a d a y to d o lo q u e e lla re p re s e n ta b a . Con
5 6 % de p e ru a n o s viviendo en condiciones su b h u m a n a s, con los grem ios
u rb a n o s bajo co n tro l de los «social-traidores» d el APRA, co n ta n sólo dos
d e once m illones de p eru an o s ejerciendo el d e rech o al v o to , las elecciones
no p o d ía n se r sin o u n escen a rio m ás d e la «farsa o lig á rq u ic a » .90
F re n te al p o d rid o siste m a , el m u n d o a n d in o in d íg e n a - e n p le n o
p ro ceso d e d e sb o rd e so b re la fran ja c o s t e r a - a p a re c ió co m o el su s tra to
lo cial de un p royecto alternativ o , revolucionario. A inicios de los sesen ta,
»in e m b a rg o , esa fu n d a m e n ta l d im e n sió n d e la n a c io n a lid a d p e ru a n a
seguía ta n d esco n o cid a com o en los v einte. En a u sen cia de estu d io s serios
y e n las co n d icio n es represiv as prev alecien tes bajo O d ría, la lite ra tu ra se
convirtió en un refugio intelectu al, en un «recurso p a ra co n o cer m ejo r esta
re alid ad so cial y tam b ién p a ra tr a ta r de influir so b re ella y c a m b ia rla » .91
De las o b ra s d e C iro A legría, Jo sé M aría A rg u e d a s y M a n u e l S co rza, en
re a lid a d , m u c h o s d e los a s p ira n te s a m ilita n te s c a m p e sin ista s h a b ía n
e x traíd o sus im ág en es del cam p o . Su a p reciació n d e esa re a lid a d , de tal
s u e rte , e ra ta n a p a s io n a d a c o m o poco in fo rm a d a d e su s e s tru c tu ra s y
p rocesos in te rn o s.
En ese c o n te x to d e «señ o res feu d ales» y «siervos in d íg e n a s» , De la
P u en te y los su yos se v iero n com o el g ra n cata lizad o r. En v ísp e ra s d e su
últim o re to rn o al Perú, A dolfo Gilly se h a b ía e n c o n tra d o co n el líd e r del
MIR en La H abana. «H ablaba con pasión de la g u errilla q u e su m ovim ien­
to h ab ía co m en z ad o a o rg an iz a r en el Perú» re c o rd a ría el arg en tin o . Con
la p o lém ica chino-soviética a to d o vapor, el p e ru a n o , « ap o y ab a sin d u d a
la lín ea d e Pekín». M ás p re o c u p a d o p o r los asp e c to s p ráctico s de la g u e ­

90. Sebastián Salazar Bondy. «Andes and Sierra Maestra». En: M ontly Review,
vol. 14, n .u 8: (diciem bre de 1962), págs. 414-422.
91. W A A . «E ntrevista a M ario Vargas Llosa». En: Primera Mesa Redonda
sobre Literatura Peruana y Sociología. Ed. p or IEP. Lima, 26 de m ayo de 1965,
págs. 70-87.

143
J o s é Luis R é n iq u e

rrilla, sin e m b a rg o , p re fe ría «no e x p re s a r p ú b lica m e n te sus reserv as para


e v ita r roces». De la P u e n te - r e c o r d ó G illy - h a b ía lleg ad o al socialism o
« p o r el c a m in o e m p íric o d e los c u b a n o s» y, p o r ese c a m in o , ib a «para
a d e la n te d esd e la ru p tu ra con el APRA ( . . . ) h a sta su aplicación co n creta
e n la lu c h a a r m a d a » . 92 C on ese ím p e tu re to rn ó al P erú . E n fe b re ro de
1 9 6 4 en la P la z a S an M a rtín - v i e jo fo ro d e m a sa s d e la p o lítica lo c a l-
d e lin e ó a n te u n a s 3 0 .0 0 0 p erso n as el e sc en a rio q u e ju stific a b a la opción
a rm a d a . La visión d e un país sin salid a . Con p a rtid o s b u rg u e se s q u e sólo
p o d ía n o frecer « traición y escepticism o», con u n a izq u ierd a e rró n e a m e n te
ilu sio n ad a co n «los cam in o s ele c to ra lista s y p o litiq u e ro s en la q u e , h asta
“in m u n d o s tra id o re s ” p ro s titu ía n la p a la b ra “re v o lu c ió n ”. En el m u n d o y
e n A m érica, m ie n tra s ta n to , “la re v o lu c ió n a v a n z a b a in c o n te n ib le ”. Y si
en el Perú, la iz q u ie rd a a ú n no a c tu a b a era p o rq u e p a sab a p o r u n a grave
“crisis d e fe ” » . 93 El e n tr a m p e del b e la u n d is m o , en los p ró x im o s m eses,
a v a la ría ese d ia g n ó s tic o inicial: la p ru e b a d e la n e c e sid a d h istó ric a de
u n a v a n g u a rd ia c a p a z d e ro m p er, c o n las a rm a s e n la m a n o , el im p asse
sem ico lo n ial.
El m ism o d ía d e la in a u g u ra c ió n d e su ré g im e n , e n e fe c to , m iles de
cam p e sin o s c o m e n z a ro n a to m a r h a c ie n d a s a través de v arias p rovincias
d e la sie rra d el país. T ras v a rio s m e se s d e p a siv id a d , a in icio s d el 64,
c o m e n z ó la re p re s ió n . El PAP, m ie n tra s ta n to , su sc rib ía c o n la U nión
N acional O d riísta d el ex d ic ta d o r u n a a lia n z a p a rla m e n ta ria ab o cad a, en
los m eses su b sig u ie n te s, a b lo q u e a r y m e d ia tiz a r la a p ro b a c ió n d e la ley
d e R eform a A g raria. De los se n tim ie n to s p o r e sta m e d id a su sc itad o s, un
te stim o n io p a rtic u la rm e n te sim b ó lico fu e el d e los h ijos d e l g ra n m á rtir
d e la R ev o lu ció n d e 1 9 3 2 , M an u el B a rre to «El B úfalo», q u ié n e s , e n su
c a rta d e re n u n c ia al PAP so stu v iero n :

« ( . . . ) cu an d o el avance rev o lu cio n ario del m u n d o es m ás p o ­


te n te, c u a n d o g o lp ea su in m in e n c ia en las p u e rta s d e n u e stro
C o n tin e n te , c u a n d o la c o n c ie n c ia d e la n e c e sid a d re v o lu c io ­
n a ria es m á s c la ra y p ro fu n d a e n n u e stro p u e b lo , c u a n d o el
tiem p o p a ra la revolución es m ás propicio, su ced e lo increíble:
¡la traició n ! La m ás in fam e y v e rg o n z o s a d e to d a la H isto ria
d e A m érica. T raició n a los m ilita n te s d el P a rtid o y al p u e ­
b lo p e ru a n o ; tra ic ió n a los o b re ro s, a los c a m p e sin o s, a la
ju v e n tu d ; tra ic ió n , e n fin, a lo s q u e sa c rifica ro n e n la lu c h a
a p rista b ien es, porvenir, fam ilia; a los q u e su frie ro n p risio n es

92. Adolfo Gilly. I n senda de la guerrilla. México, DF: Editorial Nueva Imagen,
I 'JH6, pág. 150.
93, Luis de la Puente Uceda. «El cam ino de la revolución». En: Obras de Luis
iIr li i l'iirntc Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 3-19.
Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

y to r tu ra s , y a los q u e o fre n d a ro n su v id a c re y e n d o e n los


id eales rev o lu cio n a rio s del APRA».94

La violencia en ese co ntex to - a j u i c i o de los m iris ta s - era u n e lem en ­


to inevitable. La ex p erien cia de las re cu p eracio n es d e tie rra s - a p u n t a r í a
De la P u e n t e - p ro b a b a q u e «si los cam p esin o s no se o rg a n iz a n , se u n en
y se a rm a n , so n m asa c ra d o s» . Y q u e, e n e sa s c irc u n sta n c ia s, «el ú n ico
p o d e r v a le d e ro y re a l es el q u e se so stie n e e n los fusiles». P or eso, el
c a m p e sin a d o re q u e ría de «su p ro p ia fu e rz a a rm a d a » c u y o e m b rió n no
e ra o tro q u e la g u e rrilla. Era la clave d e su « esq u em a in s u rre c c io n a l » . 95
N egaba el « esq u em a citad in o » de la R evolución de O c tu b re in a d e c u a d o
- s e g ú n el M I R - p a ra la re a lid a d p e ru a n a . D e lin e a b a , m á s b ie n , v ario s
focos g u e rrille ro s p ro te g id o s p o r u n a « zo n a d e se g u rid a d » q u e, p o r su
to p o g ra fía y v e g e ta c ió n , e ra n v irtu a lm e n te in a c c e sib le s .96 D esde ah í, la
g u e rrilla irra d ia ría su m e n saje , e ro s io n a n d o g ra d u a lm e n te al « ejército
m ercenario»; p e rsu a d ie n d o a sus sold ad o s-cam p esin o s de n o a ta c a r a sus
h erm an o s del pueb lo; d esen c a d e n an d o , en fin, «todas las p o ten cias h ero i­
cas de las m asas » .97 Ya in stalad o en su base de M esa P elada, p rovincia de
La C o n v en ció n , De la P u e n te co m p a rtiría c o n A dolfo G illy su v isió n d el
proceso a rm a d o a p u n to d e iniciarse: las accio n es g u e rrille ra s e n «corto
plazo» d a ría n p aso a « u n a re v o lu ció n a g ra ria , s e rra n a , c a m p e sin a » . En
ese m arco, dirigidos p o r el p artid o revolucionario, los g ru p o s cam pesinos
in v ad irían las tie rra s d e los la tifu n d io s «com o ya lo h ic iero n e s p o n tá n e a ­
m en te en 1963 en tod o el territorio». En u n « m om ento po sterio r» saltaría
«la b o m b a d e tiem p o de las b a rria d a s m arg in ales d o n d e vivía el 3 0 % de
la p o b lació n d e Lim a c o n stitu ía u n “c in tu ró n de re s e n tim ie n to y m iseria
q u e e n m o m e n to d a d o va a a p r e ta r ”». A e sa d in á m ic a se s u m a ría n los
e stu d ia n te s d e « las dieciséis u n iv ersid a d e s q u e h a y e n el Perú», d o ce de

94. «Adiós a V íctor Raúl le dicen los hijos de M anuel B arreto “El Búfalo”»,
Lima, 1 d e diciem bre de 1963 en Roger M ercado. La Revolución de Trujillo y la
traición del Apra. Lima: Fondo de Cultura Popular, 1966, págs. 124-126; reflejando
el punto de vista aprista al respecto, según Víctor García Toma, en 1963, la Unión
Nacional O driísta «era una im portante fuerza política de conducción oligárquica,
pero con el apoyo de m edio m illón de peru an o s hum ildes». En G arcía Toma,
Las alianzas del APRA, pág. 139; p ara un testim onio sobre el im pacto negativo
de dicho a c u e rd o en la m ilitancia aprista, véase Felipe de las C asas, El Sectario,
pág. 275.
95. Luis de la Puente Uceda. «Los dos árboles». En: Obras de Luis de la Puente
Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 111-113.
96. Luis de la P u en te U ceda. «Esquem a d e la lucha arm ada». En: Obras de
Luis de la Puente Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 59-65.
97. Luis de la P u en te U ceda. «N uestra posición». En: Obras de Luis tic In
Puente Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 23-27.
J o s é L uis R é n iq u e

las c u a le s e sta b a n « co n tro lad as por la izquierda», ju v e n tu d q u e se e n co n ­


tra b a «m uy rad icalizad a» y cuya «vocación de lu ch a es m u y g ra n d e » . 98 Así
lo h a b ía po d id o a p re c ia r el propio De la P u e n te en m ayo de 1 9 6 4 , cuando
tras la m asacre del E stadio N acional, a raíz de u n in cid en te d ep o rtiv o , es­
tu d ia n te s y p olicías se c o n fro n taro n v io le n tam en te a lo larg o de dos días
en las calles del cen tro de la c ap ita l .99 S in to m ática m en te, a co n tin u ació n
d e lo s e s tu d ia n te s , el flam a n te c o m a n d a n te g u e rrille ro a ñ a d ió : «pienso,
m e o lv id a b a , q u e la clase o b re ra p a rtic ip a rá co n p o s te rio rid a d , p rim e ro
co n su s p ro p ia s fo rm a s d e lu ch a y e n u n m o m e n to d a d o , d ire c ta m e n te
d e n tr o d el p ro c e so in su rreccio n al» . Y e n ese ru m b o , los m in e ro s serían
«los m á s av an z ad o s» , seg u id o s p o r «los b ra c e ro s ag ríc o la s d e la C osta y,
e n ú ltim o lugar, los o b re ro s fabriles » . 100
E ra m á s q u e u n sim p le lapsus. La p ré d ic a d e l M IR d e s d e ñ a b a no
sólo el p a p e l d e los p a rtid o s « trad icio n ales» sin o la p o lític a m ism a. Y
a h í la d ife re n c ia , con m iem b ro s im p o rta n te s d e la iz q u ie rd a local era
m u y cla ra . U n a rd u o tra b a jo d e m asas se re q u e ría p a ra c o n s o lid a r un
lid e ra z g o re v o lu c io n a rio en u n p aís c o m o el P erú e n el c u a l - d i r í a el
se c re ta rio g e n e ra l d el PCP, Jo rg e del P r a d o - los facto res su b jetiv o s m a r­
c h a b a n c la ra m e n te d e sfa sa d o s d el d e sa rro llo d e lo s fa c to re s o b jetivos:
u n a la b o r q u e re q u ería u sa r «todas las form as de lucha», la elec to ral en tre
e lla s . 101 En la creació n de las «condiciones revolucionarias» - e r a la répli­
ca m i r i s ta - nos ab sten em o s no so tro s de e n tra r a ese ju e g o co rro m p id o y
co rru p to r y preferim o s identificarnos con ese p ro fu n d o y a le n ta d o r rech a­
zo q u e e x p re sa el p u e b lo cu a n d o dice: «la p o lítica es u n a c o c h in a d a » . 102
El P a rtid o d e la R ev o lu ció n P e ru a n a , e n to d o caso , s u rg iría d e la lu ch a.
N os lla m a n « co m u n istas» -e s c rib iría De la P u e n te e n su m isiv a a G illy—
p e ro la v e rd a d c ru d a es «que se tr a ta d e u n m o v im ie n to q u e p o r a h o ra
c o rre s p o n d e a b s o lu ta m e n te al MIR». El p ro c e so se h a b ía in ic ia d o «de
fo rm a irrev ersib le» . Si n o q u e ría n « p e rd e r el tre n d e la h is to ria » a los
p a rtid o s de iz q u ie rd a solo les q u e d a b a « asu m ir su p a p e l » . 103

98. De Luis de la P u en te Uceda a Adolfo Gilly, Illarec Ch’aska (E strella del


A m an ecer), 15 d e agosto de 1965 en Gilly, La senda de la guerrilla, págs. 152-
156. C uando Gilly pu d o leer esta m isiva, el gu errillero p e ru an o ya h a b ía sido
victim ado.
99. Luis de la P uente U ceda. «La Revolución Peruana». En: Obras de Luis de
la Puente Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 41-56.
100. Gilly, La senda de la guerrilla, pág. 155.
101. Jo rg e del Prado. «Mass Struggle. The key to Victory. T he Political
M luation in Perú an d th e Tactics o f th e C om m unist Party». En: W orld Marxisl
H> view, n.° 7: (m ayo de 1964), págs. 11-18.
102. De la P uente Uceda, «Nuestra posición», pág. 30.
103. Gilly, La senda de la guerrilla, págs. 155-156.

IWi
Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

Las o b jecio n es, en re a lid a d , n o sólo p ro v e n ía n d e fu e ra d e la o rg a n i­


zación. A p ro b a r el e sq u e m a in su rre c cio n a l significó u n n u e v o d e s g a rra ­
m iento, p u esto q ue no tod o s d e n tro del MIR co m p a rtía n la visión de Luis
de la P u e n te de u n escen a rio con u n a sola sa lid a de c o rte in su rreccio n al.
Así, c u a n d o e n m a rz o d e 1 9 6 4 se d e c id e «ir h a c ia la c a p tu r a d e l p o d e r
por la vía arm a d a » d ich a p ro p u e sta d eb e im p o n e rse a las d e C arlos M al-
pica, q u ie n so stu v o q u e d e b ía e n ru m b a rse a « lu ch ar p o r la co n stru cc ió n
d el p a rtid o » y a la de H éc to r C o rd e ro G u ev a ra , q u ie n a b o g ó p o r u n a
c o m b in ació n de lu ch a a rm a d a y lu ch a e le c to ra l . 104
C o n v e rtid o e n la «sierra» d e la v e rsió n p e ru a n a d e la rev o lu ció n
c a stris ta , ¿ c u á n to p o d ía e s p e ra r el M IR d el «llano» lo cal? D e h e c h o ,
h acia a b ril d el 6 5 , a R icard o G ad e a se le e n c a rg ó e s ta b le c e r c o n ta c to
con la iz q u ie rd a c a p ita lin a . Al re sp e c to , n o fu e m u c h o lo q u e p u d o
lograr. D e los «m oscovitas» d el PCP, re c u e rd a , recib ió « u n a c a u te lo sa
solidaridad». O frecieron «form as m ínim as d e re sp a ld o p ráctico , ab rirn o s
alg u n o s v ín cu lo s con p a rtid o s d el c am p o so cia lista , p o r ejem p lo » . Con
la facción p e k in e s a fue u n a re u n ió n difícil. Los a c u sa ro n d e p re s io n a r a
su g e n te p a ra in c o rp o ra rse a la g u errilla. En g e n e ra l - c o n c lu y e G a d e a -
n u n c a se d ilu y ó el se n tim ie n to d e q u e , e n el fo n d o , s e g u ía m o s sie n d o
ap rista s; q u e ig n o rá b a m o s el p a p e l h istó ric o d e l PCP e ra la a c u sa c ió n
capital. A las fracciones p ek in esas -c o m e n ta r ía De la P u e n te - n o se les
podía p e d ir que se sacu d ieran «de la noche a la m a ñ a n a de to d a s sus taras
revisionistas » . 105 De los tro tsk istas y del F ren te de L iberación N acional, en
cam bio, sí recibim os apoyo, au n q u e la realid ad e ra q u e «ellos carecían de
aparato». En ta n to que, con la recién fu n d a d a V anguardia R evolucionaria
no c o n v e rsa m o s o rg á n ic a m e n te « a u n q u e ellos se a p ro v e c h a ro n d e la
sim p atía p o r la g uerrilla p a ra a tra e r g en te hacia sus filas». En el caso del
MSP, e n el p la n o p e rs o n a l, a lg u n o s co m o S e b a stiá n S a la z a r B o n d y nos
d ie ro n su ap o y o p e rs o n a l. En el fo n d o - c o n c lu ir ía G a d e a - « creíam o s
que n u e s tra s c a p a c id a d e s m ilitares ib an a se r su ficien tes p a ra in iciar un
proceso sim ila r al c u b a n o » . 106 Reflejo d e esa falsa se g u rid a d , n o sólo no
ac tu a ro n p ara prev en ir la infiltración, sino que sus d irig en tes co m en taro n
p ú b lic a m e n te sus p lan es, el e sq u e m a táctico y, a ú n , la p o sib le u bicación
de su s z o n a s g u e rrille ra s . Al re s p e c to - c o m o lo re c o n o c e ría R icard o
G adea a ñ o s d e s p u é s - h a b ía u n grave p ro b le m a d e fo n d o :

«Sobre el diseño de las acciones carecíam os de in fo rm ació n o


reflexión específica. N inguno de n o so tro s e ra u n co m b a tien te

104. Cristóbal, M áximo Velando: el optim ismo frente a la vida (El vencedor de
Yahuarina), pág. 12.
105. Gilly, La senda de la guerrilla, pág. 154.
106. E ntrevista con el autor.

147
J o s é L uis R é n iq u e

ex p erim e n ta d o , no co n táb am o s con n in g ú n m ilitar d e v e rd a d ,


n i e x tra n je ro ni p e ru a n o . S obre las fu e rz a s a rm a d a s n u n c a
se a n a liz ó q u e E stad o s U nidos h ab ían a d o p ta d o u n a lín e a
c o n tra la su b v e rsió n c o n tin e n ta l y q u e e s ta b a e n tr e n a n d o
c u a d ro s d e l e jé rcito p e ru a n o ; no sab íam o s ta m p o c o q u e el
P erú e ra el se g u n d o p aís e n n ú m e ro d e o ficiales e n tr e n a d o s
e n la E scu ela de las A m éricas. Ja m á s se tra b a jó ese a sp e c to
siste m á tic a m e n te . De a h í q u e n a d ie se d e tu v ie ra a c a lc u la r
las e n o rm e s d e b ilid a d e s en ese p lan o . En c o m u n ic a c io n e s,
p o r e je m p lo , e stá b a m o s se p a rad o s p o r in m e n sa s d ista n c ia s.
D e 5 o 6 n ú cleo s q u e se p la n e a ro n o rig in a lm e n te so la m e n te
dos lleg aro n a ten er real conform ación. O tro q u ed ó a m edias.
E stá b a m o s a c ien to s d e k iló m etro s d e d is ta n c ia , y la ú n ic a
c o m u n ic a c ió n e ra u n siste m a de ch asq u is q u e p a s a b a n p o r
Lim a. N o te n íam o s cóm o estab lecer esta rela c ió n d ire c ta , d e
h a b e r c o n ta d o con eq u ip o s de rad io tra n sm iso r h u b ié se m o s
p o d id o e v ita r m uchísim os errores. H ubo u n a so b rev alo ració n
d e n u e stra s cap acid ad es políticas, se dio p o r d e sc o n ta d o que
lo m ilita r e ra u n a ac titu d h e ro ica » . 107

El cu rso m ism o d e los a c o n te c im ie n to s re f re n d a ría la v a lid e z del


te stim o n io d e G ad ea. La re sp u e sta del « co m an d a n te» D e la P u e n te a un
c u e stio n a rio q u e le en v ia ra la rev ista Caretas, p o r o tro la d o , refle ja b a el
estad o d e án im o con que estos hom bres h abían m arch a d o al co m b ate. Las
p re g u n ta s in c id en en los p u n to s críticos del e x p e rim e n to a rm a d o . ¿Q ué
p o sib ilid a d tie n e n d e « a m p lia r su acción» p a rtie n d o d e u n « se c to r tan
rem oto»? ¿C óm o te n er éxito en una zona com o el valle d e La C onvención
co n «los efectiv o s a p re c ia b le s co n q u e c u e n ta el ejército » e n e sa z o n a y
«todos los tra b a jo s q u e v ien e realizan d o allí la fu erza a rm ad a » ? ¿P uesto
que dicho valle se conecta con el resto del país a trav és de un desfiladero,
no p o d ría n las fu erzas a rm a d a s em b o tellarlo s co n facilid ad ?
R esp o n d ió el je fe d el M IR su b ra y a n d o la flex ibilid ad d e la g u e rrilla :
h ay cam inos de h e rra d u ra , cam inam os «por cu alq u ier cam in o , a cu alq u ier
h o ra , con cu a lq u ie r clim a y en cu alq u ier dirección». A caso u n c u artelazo
o un m o tín -c o n tin u ó el líd er tru jilla n o - podía se r «em botellado», pero
no u n a rev o lu ció n . De ah í, en to n c e s, que no les p re o c u p a ra n

«los efectiv o s del E jército, d e R angers, d e la P olicía o d e los


C u erp o s d e Paz si lo q u e e sta b a e n cu rso b ajo la d ire c c ió n
d el MIR e ra un “h e c h o social, un s e n tim ie n to d e re b e ld ía
co lectiv a, u n a b a n d e ra id eo ló g ica”, e v e n to s im p o sib les d e

1 0 7 . Ibíd.

148
Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 19 6 5

em b o tellar, “c u a le sq u ie ra fuese el n ú m e ro de efectivos d e las


fu e rz a s re p re siv a s”. Por alg o - a ñ a d i ó - n u e s tra “z o n a g u e ­
rr ille ra ” se llam a “Ilarec C h ’a sc a ” o “E strella d e l A m a n e c e r”
c e n tro o rie n ta d o r d e co n cien cias, an u n cio d el n u ev o d ía. D a­
d a su p re c a rie d a d m a te ria l y logística, de su “fe e n el p u eb lo
y la rev o lu c ió n ” d e p e n d ía , en ú ltim a in sta n cia , la v ic to ria d e
la re v o lu c ió n » . 108

U na p re g u n ta final in cid iría en el p ro b le m a d e id e n tid a d q u e el m o ­


v im ien to re v e la b a . ¿M ás allá d e la re tó ric a , no es el su y o u n «gesto
d e se s p e ra d o » m ás q u e el inicio d e «un p ro ce so re a l y c o h e re n te h acia
u n P erú m ejo r» ? «No so m o s re v o lu c io n a rio s p o r a c c id e n te » re s p o n d ió
el tru jillan o , h a c ie n d o re c u e rd o - e n esa h o ra c r í tic a - d e su tra y e c to ria
a p rista , re m o n tá n d o s e a 1 9 5 4 , a su e n tr a d a c la n d e s tin a al P erú « d es­
d e n u e s tro d e s tie rro e n M éxico». «Si no h u b ié ra m o s sid o c o n se c u e n te s
con n u e s tro s p rin cip io s - c o n t i n u ó - e sta ría m o s e n el P a rla m e n to o en
c u a lq u ie r p o sició n d e p oder» . Y, sin e m b a rg o , al m ism o tie m p o , el MIR
e ra «algo c o m p le ta m e n te nu ev o d e n tro de la izq u ierd a p e ru a n a» , po rq u e
« n u estra d irecció n es jo v e n , in c o n ta m in a d a , d e c id id a y c o n se c u e n te , co­
m o lo d e m o s tra b a q u e h u b ie s e n a b a n d o n a d o los m é to d o s clásico s q u e
h a b ía n d e s p re s tig ia d o y c o n trib u id o a la d e s in te g ra c ió n d e n u m e ro so s
p a rtid o s d e izq u ierd a» . Viejo y n u e v o , a p rista e iz q u ie rd ista , el p ro p io
e n fo q u e po lítico de la in su rre c ció n vacilab a e n las v ísp eras m ism as de la
e n tre g a final. En m ay o d el 6 4 , D e la P u e n te se h a b ía e n tre v is ta d o con
el m in is tro d e G o b iern o - r e s p o n s a b le d e la re p re sió n d e l m o v im ie n to
cam pesino inflingida a com ienzos de a ñ o - a quien p ro p u so qu e, fren te al
o b struccionism o del bloque ap ro -o d riísta e n el p a rla m e n to , el p re sid e n te
B elaúnde, d e b ía «disolver» a ese o rg an ism o y «convocar un p lebiscito n a ­
cional p a ra ro m p er el círculo vicioso», d en u n cia n d o a los o bstru ccio n istas
« ante el p u e b lo e n u n m itin q u e sería g ig an tesco e h istórico». C o n tin u ar,
co n la p a siv id a d - a d v i r ti ó el re v o lu c io n a r io - h a c ía m a d u r a r «las c o n ­
d icio n es p a ra la lu c h a a rm a d a e n el país». U n a ñ o d e sp u é s , e s ta n d o ya
en el m o n te , las « consignas in m e d ia ta s» del MIR se g u ía n su g irie n d o la
p o sib ilid ad d e u n a salid a política a la in su rrecció n :
1. D isolución in m e d ia ta del P arlam en to .
2. A m nistía g en eral y sanción a todos los resp o n sab les de las m asacres
c o n tra el p u eblo.
3. R eform a A graria a u té n tic a , sin ex cep cio nes d e n in g u n a clase.
4. S alario v ital-fam iliar y m óvil de a c u e rd o al costo d e v id a.

108. Luis de la Puente Uceda, «Respuesta al cuestionario p resen tad o p or la


revista Caretas», págs. 101-107.

149
Jo s é L u is R é n iq u e

5. R e fo rm a U rb an a .
6 . R e c u p e ra c ió n in m e d ia ta d el p e tró le o p e ru a n o y d e n u n c ia d e los
c o n tr a to s co n e m p re sa s im p e rialista s so b re n u e stra s riq u e za s.
7. R e c u p e ra c ió n d e la p le n a so b e ra n ía n a c io n a l . 109
El p a rla m e n to - e l b a stió n de la o lig arq u ía y sus aliad o s a p r is ta s - no
el E je c u tiv o e n c a b e z a d o p o r B e la ú n d e T erry a p a re c ía , e n ese m o m en to ,
c o m o e l b la n c o d e l M IR. El d e stin o d e la g u e rrilla , sin e m b a rg o , e stab a
p a ra e s e e n to n c e s d efin id o . En d ic ie m b re de 1 9 6 4 h a b ía n a c o rd a d o que,
a p a r t ir d e e n to n c e s, d e se r d e te c ta d o s , d e b ía n d e fe n d e rse , im p e d ir su
c a p tu r a . En ab ril sig u ie n te , en u n a re u n ió n c e le b ra d a e n lea, la base del
su r in fo rm ó q u e un d e sta c a m e n to de unos 2 0 0 policías h a b ían e n tra d o al
á re a d e M esa P elad a, « in te rro g a n d o c am p e sin o s m o s tra n d o u n a foto de
Luis d e la P u e n te , p id ie n d o inform ación so b re él». La direcció n local había
a c o rd a d o « m o n ta r u n a e m b o s c a d a e n ta l p u n to e in ic ia r la s acciones».
S o lic ita b a , e n c o n se c u e n c ia , el re sp a ld o d e las o tra s b ases. El d e le g a d o
d el c o m ité re g io n a l d el c e n tro - l a g u e rrilla T ú p a c A m a r u - volvió a su
b a se c o n ese a c u e rd o e n m a n o . «Ya n o v o lv e ría m o s a co m u n ic a rn o s»
re c u e r d a G a d e a . Al r e to r n a r a M esa P ela d a , sin e m b a rg o , c o m p ro b ó
q u e la situ a c ió n d e e m e rg e n c ia a h í se h a b ía a te n u a d o y q u e se h a b ía
re to m a d o el tra b a jo c a m p e sin o . La p o licía se h a b ía re p le g a d o a n te s de
lle g a r a l p u n to d e la e m b o s c a d a . «Un d ía , a la h o ra d e l d e sa y u n o , nos
e n te ra m o s p o r la ra d io q u e en el c en tro h a b ían co m e n z ad o su c a d e n a de
o p e ra c io n e s. F ue u n a situ a ció n terrib le » . 110
E ran los p rim ero s d ías de ju n io de 1965. En el P arlam en to , la coalición
a p ro -o d riísta d e m a n d ó m an o d u ra p ro p o n ie n d o la em isió n de «bonos en
d e fe n s a d e la s o b e ra n ía n acio n a l» p a ra a p o y a r la liq u id a c ió n d e l b ro te
in s u rg e n te . A fines de m es tien e lu g ar la llam a d a « b atalla de Y ahuarina».
N u ev e p o lic ías m u e rto s , e n tr e ellos u n oficial. El g o b ie rn o o rd e n a al
C o m a n d o C o n ju n to de las fu erzas a rm ad as h acerse c a rg o de la situ ació n .
A fines de sep tiem b re, a p resu rad o p o r el sorpresivo inicio de las acciones,
el re c o n s titu id o ELN d e H é c to r B éjar e n tra en acció n a ju s tic ia n d o a dos
la tifu n d is ta s e n la s ie rra d e A yacucho, p o r a lg u n a s se m a n a s a c tu a ría n
e n la z o n a o rie n ta l d e ese d e p a rta m e n to e n el lím ite con C uzco. En
o c tu b r e , co n la m u e r te d e Luis d e la P u e n te , cayó la d ire c c ió n . El 2 de
d ic ie m b re c ae M áxim o V elando. G adea, e n v iad o a Lim a a re c o n s tru ir la
red d e apoyo u rb a n o cae p risionero. En el n o rte , el fren te e n c a b e z a d o por
G onzalo F ern án d ez G aseo se dispersa sin com batir. A inicios d e e n ero del
6 6 , con la caíd a de G u illerm o L obatón, el gesto heroico d e l MIR q u e d a b a
c o m p le ta m e n te d e b e la d o . A lg u n as ex p lo sio n es d in a m ite ra s in te n ta r o n

109. Ibíd., pág. 107.


110. E ntrevista con el autor.

1 SO
Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

h a c e r re s o n a r e n la c a p ita l el inicio d e la lu c h a a rm a d a . « H asta los


m ás e scép tico s en la iz q u ie rd a -e s c r ib ir ía R icard o L e t t s - se a lin e a ro n
m o m e n tá n e a m e n te , co n a d m ira c ió n y resp eto » . N o se p ro d u je ro n , sin
e m b arg o , actos m asivos de resp ald o a los alzad o s: «el p aís p a re c ía com o
a n o n a d ad o » .
A c u e n ta g o ta s se h a id o re v e la n d o la h isto ria d e su trá g ic o final. La
in filtració n d e la CIA h a b ía lleg ad o a la m ism a m é d u la d e l m o v im ie n to .
C om o en o tras ex p eriencias g u errilleras de la época, n o p a re c ía h a b e r un
reg istro eficaz de la efectiva p o ten ciació n de los m é to d o s d e in telig en cia
m ilitar o c u rrid a de la victo ria cu b a n a en ad e la n te . T am p o co d e la cru d a
eficacia d e los m é to d o s c o n tra in su rg e n te s q u e in c lu ía n d e sp lie g u e s d e
violencia poco conocido s e n la h isto ria d el país: d e sd e los « co n q u ista de
la m e n te y el c o razó n d el cam p e sin a d o » -in c lu y e n d o u n a co m b in ac ió n
de « in te rro g a to rio s científicos» y «acción c ív ic a » - al u so d e n a p a lm e n
b o m b a rd e o s o rie n ta d o s a p ro v o c a r d e sv a ta c ió n y te rro r. F re n te a ello,
e n La C o n v en ció n , u n a red c o n fo rm a d a p o r u n p u ñ a d o d e m ilita n te s
- q u e in clu ía al d e la to r A lvino G u zm á n q u ie n in fo rm a ría al e jérc ito «de
n u e s tro s sie te c a m p a m e n to s d e e n tre n a m ie n to , a lm a c e n a m ie n to d e v í­
v eres y m u n ic io n e s » - p re c a ria m e n te in te g ra d a , con su líd e r se ria m e n te
afectad o p o r «su p ro b lem a de las úlceras» ten ía los d ías co n tad o s. N ueve
q u e d a b a n - s e g ú n el te stim o n io d e C arlos M o rrillo C a n a l - el e n la c e
e n Q u illa b a m b a de la g u e rrilla P ach acú tec, c u a n d o se le p id ió v ia ja r al
C uzco p a ra g e stio n a r refu g io p a ra los c o m b a tie n te s a n te el c o n su la d o
b elg a. E ra ta rd e , sin e m b a rg o , p a ra in te n ta r u n tr a s la d o d e sd e M esa
P e la d a al C uzco. De h e c h o , c o n scie n te s d e la e x tre m a g ra v e d a d de su
situación, hab ía aco rd ad o el «consejo guerrillero» n e g o cia r con el ejército
la e v a c u a c ió n d e su a b a tid o c o m a n d a n te . C a p tu ra d o s los m e n sa je ro s,
in terv en id o el últim o b astió n insurrecto, o p ta ría n los m ilitares p o r fusilar
a sus a d v e rs a rio s . 111

Epílogo
La m u e r te d e su s p rin c ip ale s p ro ta g o n ista s, su v e rtig in o sa d e rro ta ,
d ra m a tiz a n la n o ta b le p re c a rie d a d del p ro y e c to del MIR. E n te n d ie ro n
q u e su m isió n e ra p ro v e e r el e le m e n to su b je tiv o e n u n a situ a c ió n , en
térm in o s objetivos, a b ru m a d o ra m e n te rev o lu cio n aria. El cam ino elegido,
sin e m b a rg o , los e m p u jó h a cia el m ás c o m p le to a is la m ie n to . Ni u n a
e v a lu a c ió n c ab al d e las c a u sa s d el triu n fo c u b a n o , ni u n a le c tu ra a d e ­

111. Indym edia, ed. En la tum ba de Luis de la Puente Uceda. 15 de s e p t i e m ­


b r e de 2 0 0 5 . URL: h t tp : / / l i s t s . indymedia .org/pipermail / e m i - b o l I v l . i
editoriales/2005-September/0918 -v u .h tm l.
Jo s é L uis R é n iq u e

c u a d a d e la re a lid a d ru ra l a n d in a e s tu v ie ro n a m a n o e n el 6 5 . Ya en el
m o n te , a s e m a n a s e sca sa s d e su c o m b a te final, De la P u e n te escrib iría
« este p aís es q u iz á el m á s c o n tra d ic to rio d e A m érica L atin a» p a s a n d o a
e x a m in a r e n d e ta lle la e n o rm e c o m p le jid a d d e la s o c ie d a d p e ru a n a . A
m a y o r co m p le jid a d , sin e m b a rg o , m a y o r fe e n q u e la fu e rz a d e l p u eb lo
co n cu rriría al llam ad o in surreccional. Era ese el ethos m ism o d el proyecto
g u e rrille ro : n a d a sin o la in su rrecció n , p o d ía d e s a ta r las fu e rz a s capaces
d e b a rr e r c o n la d o m in a c ió n o lig á rq u ica y el c o n sig u ie n te c o lo n ialism o
in te rn o . C o n o c e d o r d e p rim e ra m a n o d el p ro c e so del M IR, viejo am igo
d el a b o g a d o c o n v e rtid o en c o m a n d a n te , R oger M ercad o c o n v ersó con él
a n te s de verlo p a rtir a en co n trarse con su d estin o final. C oncluyó que este
so b reestim a b a «la cap acid ad del MIR p ara lograr, con su hero ico gesto, la
u n id a d in d isp en sab le p a ra la victoria», su g irien d o que su viejo am igo era
co n cie n te q u e el se n tid o últim o de su grave d ecisió n e ra reiv in d ic a r para
el m o v im ie n to re v o lu c io n ario «la co n secu e n c ia y la d ig n id a d ta n v en id a
a m enos». A quel im p erativ o m o ral era m otivo p o r d e m á s su ficien te para
q u ie n - s e g ú n M e r c a d o - a p a re c ía com o «el vín cu lo , h acia a trá s, con las
tra d ic io n e s in s u rre c c io n a le s d el APRA y, p o r e x te n s ió n , d e los c au d illo s
civiles d el siglo x ix » . 112
En la m e m o ria d e los a p rista s d e la g e n e ra c ió n d e Luis d e la P u e n te
U ceda, la h is to ria d e su p a rtid o p o d ía se r v ista co m o u n a su c e sió n de
g estos a u d a c e s y h ero ico s q u e, a trav és d el tiem p o , h a b ía n se d im e n ta d o
u n a tra d ic ió n d e lu c h a g e n u in a m e n te pop u lar. E ra el c am in o a p rista de
e n c o n tr a rs e c o n el p u e b lo . La fig u ra d el Je fe a n u d a b a el p ro c e so y le
o to rg ab a su sello particular. La confluencia de e stu d ia n te s y o b rero s en las
calles de Lima e n c a b e z a d a p o r H aya con ocasión del p aro g en eral d e 1919
h a b ía sid o el p rim e ro . L uego, e n 1 9 2 3 , en la c é le b re p ro te s ta c o n tra la
cerem o n ia de en tro n iza c ió n d e Lima al C orazón de Jesú s, a p a re ce ría este
com o g ran líd e r de m asas. Su salida al exilio, sem an as d e sp u és, dejó en la
m em o ria de sus seg u id o res u n a im agen im b o rrab le de e n tre g a a su causa:
in tro d u c id o e n b ra z o s -in c a p a c ita d o p a ra c a m in a r c o m o re s u lta d o de
la h u e lg a de h a m b re con q u e h a b ía re sp o n d id o a la r e p r e s ió n - al v ap o r
q u e lo lle v a ría a su p rim e r y p ro lo n g a d o exilio. Y así, su c e siv a m e n te ,
h a s ta la p e rs e c u c ió n d e los tre in ta . En H aya, c o m o in d iv id u o , a n c la b a n
las a m a rra s d e la m ás d istin g u ib le id e n tid a d p o lítica fo rjad a e n el Perú.
En o c tu b re d e 1 9 4 8 , sin e m b a rg o , h a b ía c o m e n z a d o u n a h isto ria
d istin ta. Con la m ística h o ra d a d a , de en to n ces al 59, De la P u e n te viviría
el co m p licad o ale ja m ie n to d e su alm a m a ter po lítica. E n tre el 6 0 y el 62
la ru p tu ra alcan zó niveles m ás p ro fundos en to rn o a la carcelería p o r este

112. Roger M ercado. Las guerrillas del MIR, 1965. Lima: Editorial de Cultura
Popular, 1982, pág. 81.
Del APRA R eb eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

íu frid a a raíz de su confro n tació n a rm a d a con activistas de su ex p artid o .


E n las lu c h a s re v o lu c io n a ria s la tin o a m e ric a n a s y a siá tic a s, d e l 6 3 e n
a d ela n te, buscó el m arco teórico a ltern ativ o p a ra la v e rd a d e ra revolución
p e ru a n a q u e el PAP h a b ía tra ic io n a d o . D erivó d e ese a p re n d iz a je u n a
visión p o la riz a d a q u e a c e n tu ó su se n tid o trág ico y h e ro ic o d e la p o lítica
que d e su fo rm ació n a p rista p ro v en ía. En u n p aís d e «vicios, co rru p c ió n ,
p eculados», - h a b í a so ste n id o H aya e n los a ñ o s t r e i n t a - p a ra se r d ig no
de la victoria, el APRA d eb ía lavarse «con la sa n g re de su sangre», to m a r
conciencia d e que la « m uerte no p u ed e ser o b stác u lo » . 113 De la «traición
a p rista» e ra d e lo q u e h a b ía q u e la v arse e n los s e s e n ta p a ra re s c a ta r
lo a u té n tic o , lo p rim ig e n io d e a q u e lla h is to ria h e ro ic a q u e a m e n a z a b a
p e rd e rse . F ue ese g esto lo q u e, en ú ltim a in sta n c ia , im p u ls a ría a De la
P u e n te U ceda a la lu ch a g u e rrille ra , d e ja n d o d e lad o su p ro p io y ta rd ío
re c o n o c im ie n to d e q u e ex istía to d a v ía un im p o rta n te e sp a c io p a ra la
acción política n o a rm a d a .
Las g u e rrilla s del 65 - c o m o re c o n o c e ría p o s te rio rm e n te el p ro p io
H écto r B é ja r - n o h a b ía n lo g rad o « fu sio n a r su s m é to d o s co n los d el
c a m p e sin a d o » . H ab ían te rm in a d o re p le g á n d o se , m á s a ú n , h a c ia las
« zonas se lv áticas del o rie n te p e ru a n o » , se g u ra s d e sd e el p u n to d e v ista
m ilitar, p e ro a le ja d a s d e q u ie n e s d e b ía n se r su g ra n b a se so cial: los
p o b la d o re s ru ra le s d e las a ltu ra s se rra n a s. P ara v e n c e r - s e n te n c i ó el
líd er g u e r r ill e r o - te n d r á n q u e a p re n d e r los a lz a d o s a « h a c e r la g u e rra
en la sierra» . Esa se ría , p re c isa m e n te , la lecció n q u e e x tr a e ría n d e un
m inucioso análisis de la experiencia del 65, quien es en 198 0 iniciarían su
p ropia « g u erra p o p u lar» q u in ce añ o s d esp u és.

113. Haya de la Torre, «Discurso del 12 de noviem bre de 1933», págs. 153-
160.

153
Capítulo 6
Izquierda peronista, violencia armada y clase
obrera: una experiencia alternativa

M a rc e lo R a im u n d o

El p erío d o histórico que va d esd e m ed iad o s de la d é c a d a del cin cu e n ­


ta a m e d ia d o s d e los s e te n ta , re p re s e n ta u n o d e los m ás im p o rta n te s
m o m e n to s d e la lu ch a d e clases a b ie rta e n A rg e n tin a . En el m a rc o d e
u n re a c o m o d a m ie n to en las a lia n z a s d e los p o d e re s e c o n ó m ic o s y d e
u n p ro c e so d e ra c io n a liz a c ió n c a p ita lista a nivel in te rn a c io n a liz a c ió n ,
se d io u n a d is p u ta p o lítica q u e c o n d u jo a u n ciclo d e d ic ta d u ra s y d e ­
m o cracias a b o rta d a s q u e m a n tu v ie ro n co m o c o n s ta n te la p ro sc rip c ió n
del p e ro n ism o , la p rim e r fu e rz a p o lítica y e x p re sió n d e la m a y o ría d el
sin d icalism o . E sta co n fro n ta c ió n , e stu v o a c o m p a ñ a d a d e la em e rg e n c ia
d e n u m e ro sa s o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n aria s, to d a s co n c a ra c te rístic a s
n o v e d o sa s re s p e c to a los tra d ic io n a le s g ru p o s re p r e s e n ta n te s d e la iz­
q u ie rd a . D en tro del c o n ju n to d e lo q u e se h a d e n o m in a d o la « izq u ierd a
p e ro n ista » , la in d isc u tib le p re se n c ia m a y o rita ria d e los M o n to n e ro s, h a
o p a c a d o la a c tu a c ió n d e o tra s o rg a n iz a c io n e s, e n tre e llas las F u erzas
A rm ad as P ero n istas y el P eronism o de Base.
A p e sa r del tiem po tran scu rrid o , el estu d io d el proceso d e v iolencia re ­
v o lu cio n aria q u e a trav esó la realid ad a rg e n tin a d u ra n te los a ñ o s se se n ta
y s e te n ta d e l p a sa d o siglo, c o n tin ú a sie n d o u n a te m á tic a g e n e ra lm e n ­
te a tr a p a d a p o r u n d o b le m o v im ie n to in te rp re ta tiv o d e p a rc ia liz a c ió n
y a b so lu tiz a c ió n . T a n to e n el an álisis de las v e rtie n te s re v o lu c io n a ria s
p ro v e n ie n te s d e la iz q u ie rd a m a rx ista , co m o d e las p e rte n e c ie n te s a la
iz q u ierd a p e ro n ista , las exp erien cias del E jército R evolucionario del P u e­
blo (ER P) y d e M o n to n e ro s h a n re s u lta d o re s p e c tiv a m e n te los iconos
M arcelo R a im u n d o

m ás re p re se n ta tiv o s d e d ic h o s cam p o s. Sus re s p e c tiv o s p ro ta g o n ism o s


resp ecto d e o tra s o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s de la ép o ca, h a n re s u lta d o en
u n a visión h e g e m ó n ic a q u e su b su m e u n a d iv e rsid ad fá c ilm e n te c o m p ro ­
b ab le d e m a n e ra em p írica . Y no sólo eso, ya q u e al s e r la c a ra c te rístic a
d istin tiv a de d ich as o rg a n iz ac io n es la u tilizació n d e la v io len cia a rm a d a
co m o m é to d o d e lu c h a, las a c u sa c io n e s d e u n p ro g re siv o e irra c io n a l
m ilitarism o q u e caen sobre ellas, se irrad ia hacia el c o n ju n to de la política
re v o lu cio n a ria d e la época.
Sin e m b a rg o , q u ie n e s se p ro p o n e n a b o rd a r h is tó ric a m e n te c u e stio ­
n es re fe re n te s a la c o n flictiv id ad so cial, fo rz o sa m e n te se to p a n - ta rd e
o te m p ra n o y q u ie ra n re c o n o c e rlo o n o - con los lím ite s q u e p o n e el
re d u c c io n ism o . Y el in te n to de su p e ra rlo , q u e n o es m á s q u e u n a ele c ­
ció n , n o só lo c o n tie n e p o sib les c o n se c u e n c ia s a n a lític a s, sin o ta m b ié n
p rá c tic a s. C o m p le jiz a r u n a re a lid a d h istó ric a , in e v ita b le m e n te im p a c ta
en el p re s e n te y e n el fu tu ro d e u n a so c ie d a d . E ste tra b a jo se p ro p o n e
re a liz a r un a p o rte e n ese se n tid o . Por su p u e s to es u n p a so p a rc ia l, q u e
a p u n ta a m o s tra r q u e n o to d a s las p rá c tic a s d e v io le n cia a rm a d a q u e
vivió la A rg en tin a en aq u ella e ta p a tuvieron las m ism as características, ni
sig u iero n el m ism o cam in o .
Se p ro p o n d rá en to n ce s, un análisis de las F uerzas A rm adas P eronistas
y el Peronism o de Base (FAP-PB), org an izacio n es que fo rm a ro n p a rte de la
izq u ierd a p e ro n ista en 1968 (c u a n d o h ace su p rim e ra a p a ric ió n pú b lica)
h a sta el golpe de E stado de 1976 (a u n q u e recién en el a ñ o 1979 term in a n
p o r disolverse a raíz de la caída de su dirección n acio n a l). Este reco rrid o
a b o rd a rá su ev o lu c ió n p o lítico -id eo ló g ica, las fo rm a s o rg a n iz a tiv a s q u e
fu e ro n a d o p ta n d o , y la re la ció n q u e e sta b le c ie ro n e n tr e lu c h a p o lític a ,
lu c h a sin d ic a l y lu c h a a rm a d a . E stas lín e a s g ira rá n e n to rn o a u n eje
q u e a p a re c e co m o clave p ara la co m p ren sió n de su d ev e n ir p a rtic u la r: la
e stra te g ia q u e se d ie ro n hacia la clase o b rera.
D icho an álisis, a d e m á s, se v e rte b ra rá en to rn o a d o s c u e stio n e s. Por
u n la d o , el d e sa rro llo a p u n ta r á a e sta b le c e r c ie rto s o b se rv a b les, q u e in ­
te n ta rá n p o n e r a p ru e b a u n a d e las p rin c ip ale s tesis q u e a p a re c e n en el
trab ajo p io n ero sobre las FAP y el PB, realizad o p o r Cecilia Luvecce. En él,
se cu estio n a la relació n estre c h a e n tre las FAP y el PB, lleg a n d o a su g erir
co m o h ip ó te sis fu tu ra d e tra b a jo la e x iste n c ia d e v a rio s « p e ro n ism o s
a lte rn a tiv o s» . L uvecce e n su in te ré s p o r c o n c e p tu a liz a r el ca so , to m a
u n a c a te g o ría p ro p u e sta p o r M ichel W iew orka - u n a n a lista d e o rg a n iz a ­
cio n es g u e rrille ra s v a n g u a rd ista s, m ás esp e c ífic a m e n te te r r o r i s ta s - «la
“inversión sim p le”, e n te n d id a com o el proceso sociológico de ale jam ie n to
d el a c to r p o lític o d e la e x p e rie n c ia v ivida p o r a q u e llo s e n n o m b re de
Iz q u ie rd a p e ro n ista , v io le n c ia a r m a d a y c la s e o b re ra :

q u ien es a c tú a » . 1 De esto, la a u to ra a firm a rá q u e el proceso de «inversión»


re su lta ser ap ro p ia d o p ara las FAP, p u es se alejan p ro g resiv am en te de los
sectores sociales que d e seab a n re p re se n ta r, e in a d e c u a d a p ara el PB, que
«podría caracterizarse com o un ejem plo d e fusión o de a b so lu ta id en tifica­
ción con los rep resen tad o s» . Por lo ta n to , las FAP no se h a b ría n lib erad o
d e l d e te rm in ism o m ilitarista q u e tiñ o al re s to d e las o rg a n iz a c io n e s q u e
a d o p ta ro n la lu ch a arm a d a .
Por o tro , y lig a d o al a sp e c to m e to d o ló g ic o , las fu e n te s u tiliz a d a s
- d iv e r s o s d o c u m e n to s escrito s, p u b lic a c io n e s y e n tre v ista s p e rs o n a le s -
a d e m á s de se rv ir co m o d a to em p íric o , s e rá n tra ta d a s c o m o m a te ria l
d iscu rsiv o útil p a ra u n a reflex ió n m ás a m p lia a c e rc a d é c ie rta s lógicas
no e x p re sa d a s d e fo rm a d ire cta . A d em ás, d a d a s las p a rtic u la rid a d e s d e
la o rg a n iz a c ió n a n a liz a d a , se in te n ta r á re s a lta r las c o n se c u e n c ia s q u e
tien e re a liz a r un d e te rm in a d o re co rte te m p o ra l y esp acial, en relació n a
p o sterio res g e n e ra liz a c io n e s . 2
A ntes de c o m e n z a r a d e sa rro lla r lo p la n te a d o , cab e a c la ra r co n el fin
de ev itar posibles confusiones, que la sigla FAP no es p a trim o n io exclusivo
d e l g ru p o al q u e h a re m o s re fe re n c ia . Las p rim e ra s FAP s u rg ie ro n e n el
a ñ o 1 9 6 4 , p o r in iciativ a d e a lg u n o s a c tiv is ta s lig ad o s al la n z a m ie n to
d e l M o v im ien to R ev o lu cio n ario P e ro n ista (M R P ), d o n d e a m b a s o rg a n i­
z a cio n es fo rm a b a n el b ra z o p o lítico y m ilita r d e u n p la n d is e ñ a d o p o r
los secto res d el p e ro n ism o c o m b ativ o p a ra el re g re so d e P e ró n . 3 La c o n ­
cep ció n d e la v io le n c ia d e e sta s FAP se a n c la b a e n u n m o d e lo d e lu c h a
a rm a d a u rb an a, pero d e n tro de u n a e stra te g ia in su rreccio n al y no estab a
e n tre sus tácticas la realización de p ro p a g a n d a a rm a d a . La relación en tre

1. Cecilia Luvecce. Las Fuerzas A rm adas Peronistas y el Peronismo de Base.


Buenos Aires: CEAL, 1993, pág. 77.
2. La m ayoría de los docum entos internos y públicos de las FAP y el PB que
se u tilizarán, fu ero n cedidos gentilm ente hace algunos años - p a r a una versión
pre lim in a r de este e s c rito - p o r E duardo P érez, un ex m ilitan te que en esos
m om entos se e n c o n tra b a abocado a u n a tare a de recopilación d e los m ism os.
La m ism a dio com o resultado la publicación de varios de dichos docum entos en
Eduardo Luis D uhalde y E duardo Pérez. De Taco Ralo a la alternativa independiente.
Historia docum ental de las Fuerzas A rm adas Peronistas y del Peronismo de Base.
Vol. 1: Las FAP. Buenos Aires: E ditorial De la cam pana, 2003.
3. El MRP se conform ó por un p u ñ a d o de sindicalistas com bativos, se c to ­
res de la ju v e n tu d p eronista y o tro s pequeños grupos, y fue el p rim er ensayo
organizativo en el que se inten tó d o tar de definiciones ideológicas de izquierda
a un n ucleam iento p len am en te peronista; véase M arcelo R aim undo. «Acerca de
los orígenes del peronism o revolucionario». En: De la revolución libertadora al
menem em ism o. Com p. por Pablo Pozzi, Alejandro Schneider y H ernán Cam arero.
Buenos Aires: Ediciones Im ago M undi, 2000.
M a rce lo R a im u n d o

el MRP y las FAP s ie m p re fu e te n sa , y d e riv ó e n la d iso lu c ió n d e estas


ú ltim a s hacia 1 9 6 6 , lu eg o d e m u y poca activ id ad c o m p ro b a d a . 4

Encendiendo el foco: los comienzos


La e x is te n c ia d e las F u e rz a s A rm ad as P e ro n istas se d io a c o n o c e r en
o ctu b re d e 1 9 6 8 , a u n q u e n o p o r decisión prop ia, sino p o rq u e u n nú m ero
im p o rta n te d e su s in te g ra n te s fu ero n d escu b ierto s p o r u n a p a tru lla de la
g en d a rm e ría e n la lo calid ad de Taco R alo (T ucum án), c u a n d o realizab an
ta r e a s d e re c o n o c im ie n to d e l te rre n o . La fo rm a c ió n d e la s FAP por
s u p u e s to h a b ía c o m e n z a d o u n tiem p o a n te s , h ac ia m e d ia d o s d e 1966
y en su c o n fo rm a c ió n c o n v e rg ie ro n in te g ra n te s d e d istin ta s v e rtie n te s y
experien cias p olíticas p rev ias, au n q u e to d as m uy recien tes. E ntre ellas se
c u e n ta n :
1. El M o v im ien to d e la J u v e n tu d P e ro n ista (M JP ), fu n d a d o e n 1963
en el p ro ceso de la re o rg a n iz a c ió n de la Ju v e n tu d P ero n ista . Tenía
p o stu ra s co m b ativ as, p e ro solió oscilar e n tre las d istin ta s líneas del
p e ro n ism o d e la é p o c a , e stre c h a n d o in clu so lazos co n el v an d o ris-
m o .5
2. La A cción R e v o lu c io n a ria P ero n ista (A RP), o rg a n iz a d a p o r Jo h n
W illiam C o o k e a su re g re s o d e C uba en 1 9 6 3 .6 E ste fu e u n g ru p o
p e q u e ñ o , p o r d o n d e c irc u la ro n u n a se rie d e jó v e n e s q u e lu e g o se
in te g ra ría n a d is tin ta s o rg a n iz a c io n e s de la iz q u ie rd a p e ro n ista de
los a ñ o s s e t e n ta . 7 A R P ta m b ié n fu e u n p u n to d e c o n ta c to e n tre
m ilitan tes p ero n istas y m ilitan tes de orig en tro tsk ista que se acerca­
b a n al p e ro n ism o . Y re p r e s e n tó a d e m á s u n n ex o im p o rta n te con
C uba p o r la s re la c io n e s q u e ten ía C ooke; p o r ejem p lo , p a ra viajes
d e e n tre n a m ie n to .

4. Esto ha sido tra ta d o co n m ayor p ro fu n d id ad en M arcelo R aim undo. «La


política arm ada en el peronism o. 1955-1966». En: Cuadernos del CISH, n.° 4: La
Plata (1998).
5. C orriente sindical (in fo rm al) lid erad a p o r el tra b a ja d o r m etalúrgico
A ugusto Vandor, el icono de la burocracia sindical peronista de los años sesenta.
6. Cooke fue deleg ad o d e Perón (podría decirse «su» h o m b re) e n el país
en la prim era e ta p a de su exilio y es uno de los sím bolos que re p re se n ta n la
«tradición» del peronism o que evoluciona hacia la izquierda, asum iendo posturas
revolucionarias.
7. Al parecer, el objetivo no era c rea r u n a organización política en sí, sino
ser una organización de form ación de cuadros que luego se in se rta ría n en los
diferentes frentes de lucha, y d o tad o s con una preparación teórica suficiente para
dlieccionar la acción de esos ám bitos.
I z q u ie rd a p e ro n ista , vio len cia a r m a d a y c lase o b re ra :

3. El M o v im ien to N acio n alista R ev o lu cio n ario T a cu ara (M NRT), que


su rg ió c o m o u n a escisió n d el M o v im ien to N a c io n a lista T a cu ara
- d e o rie n ta c ió n d e re c h ista e x tr e m a - d e d o n d e so n e x p u lsa d o s
u n g ru p o d e jó v e n e s, a raíz de su in te ré s p o r la s e x p e rie n c ia s de
liberación nacional de los países del Tercer M undo. In co rp o ra ro n en
su ideología política el m arxism o, la id e n tid a d p olítica p e ro n ista y la
lu ch a a rm a d a . Son conocidos p o r el a ta q u e re a liz a d o al Policlínico
B an cario en 1 9 6 4 , q u e se h a c o n sid e ra d o u n a d e las p rim e ra s
a c c io n e s d e g u e rrilla u rb a n a se g ú n la m ística d e esa ép o ca . Si
bien luego algunos de sus in te g ra n te s te rm in a ro n presos, a fines de
1 9 6 5 el re sto tu v o c o n tac to s con el g ru p o T u p a m a ro s e n U ruguay,
d o n d e p a rtic ip a ro n ju n to s en acciones d e stin a d a s a e n tre n a m ie n to
y p e rtre c h a m ie n to .
4. El g ru p o o rg a n iz a d o p o r Á ngel B en g o e c h e a , u n ex m ilita n te d e
la o rg a n iz a c ió n tro tsk ista P alab ra O b rera (P O ), q u e d e sp u é s d e la
R evolución cubana se o rien ta a la lucha a rm a d a .8 Al re g re sar de un
viaje d e e n tre n a m ie n to a C uba en 1963, ro m p e con el líd er N ahuel
M o re n o y e n ta b la u n fu e rte d e b a te con M ario R o b e rto S a n tu c h o
- f u t u r o líd e r del P artid o R ev o lu cio n ario de lo s T ra b a ja d o re s (PRT-
ERP) - p ero aliado por ento n ces de M oreno, en to rn o a la polém ica
foco v e rsu s p a rtid o . D e allí co m ie n z a a o rg a n iz a r u n g ru p o con
el fin d e la n z a r u n a g u e rrilla ru ra l e n T u cu m án ; e ste p ro y e c to se
a b o rta cu an d o en 1964 estallan explosivos en un d e p a rta m e n to del
c e n tro d e B ueno s A ires, m u rie n d o el p ro p io B e n g o e c h e a y v ario s
de sus p a rtid a rio s.
5. A lgunos sa c e rd o te s, se m in a ristas y m ilita n te s c ristia n o s id e n tific a ­
d o s co n el M o v im ien to d e S a c erd o te s p a ra el T ercer M undo.L a e s­
tru c tu ra c ió n del gru p o original estuvo fu erte m e n te im p re g n a d a p o r
u n a n ecesid ad de e n tr a r en acción rá p id a m e n te a la e sc e n a . 9 Unos
a ñ o s m ás ta rd e , sus in te g ra n te s a firm a ría n q u e «en sus co m ien zo s
n u e s tra o rg an izació n se fo rm a en b ase a a c u e rd o s e le m e n ta le s » . 10

8. Lo que distinguió a Palabra O brera dentro del conjunto de las organizacio­


nes de izquierda, es que se propuso hacer un «entrism o» político e ideológico en
el peronism o.
9. C abría a q u í recordar, que el periodo ab ierto luego del golpe de 1966 es
vivido p o r m uchos sectores de la m ilitancia com o un m om ento de quietism o y
estancam iento en la lucha. Son tiem pos donde el m ismo Perón hace un llam ado
a «desensillar h a sta que aclare». Sin em bargo, debe d e stac arse, que el nivel de
conflictividad obrera continuó en un índice im portante d u ra n te fines de 1966 y
gran p a rte de 1967.
10. «Prólogo» al d o cu m en to político n.° 1, FAP, 8 de m arzo d e 1971, en
D uhalde y Pérez, Las FAP, pág. 203.

159
M arcelo R aim undo

C om o e sta c u e stió n tuvo sus im p lican cias en el d e sa rro llo d e la o rg a­


n ización, ¿cu áles fu ero n estos ac u erd o s? P rim ero , el re c o n o c im ie n to del
p e ro n ism o c o m o un m o v im ie n to d e lib erac ió n n a c io n a l, d e fin ic ió n que
p e rm ite u n p u n to p o lítico de u n id a d e n tre d iv e rsa s e x p e rie n c ia s q u e lo
co n stitu y en . S eg u n d o , la elección de la lucha a rm a d a com o m etodología,
ju stificad a p o r el fracaso de los m éto d o s u tilizados con a n te rio rid a d : «No­
s o tro s no d e c id im o s q u e la g u e rrilla se a la ú n ica so lu c ió n , sim p le m e n te
c re e m o s q u e es la ú n ic a p o sib ilid ad , la ú n ica fo rm a de lu c h a , p ro te s ta o
ex presión q u e les q u ed a a los m ilitarm en te débiles».11 Tercero, el objetivo
a cum plir. «N uestros p lan es se red u cen al regreso de Perón y a la vigencia
d e u n a P atria J u s ta , Libre y S o b e ra n a » .12 Los p rim e ro s c o m u n ic a d o s del
g ru p o , q u e e stá n im p re g n ad o s de un fu erte tin te n a c io n a lista - y en m u ­
chas ocasio n es tam b ién c ris tia n o - d en u n cia n com o p rin cip ales enem igos
a la o ligarqu ía, al im perialism o y a las fuerzas arm a d as. En resu m en , para
la e ta p a inicial no se e n c o n tra rían , en a p arien cia, g ra n d e s d iferen cias con
o tra s o rg a n iz a c io n e s p e ro n ista s q u e e sta b a n p re s e n te s en e se m o m en to ,
p o r ejem p lo M o n to n ero s y D e sc am isa d o s.13
E n ta b la r u n a lu c h a a tra v é s d e las a rm a s c o m o e s tra te g ia , p a rte de
la co n cep ció n fo q u ísta q u e h a b ía a d o p ta d o el g ru p o . El foco g u errillero ,
s e g ú n lo d e fin ió E rn e sto G u ev ara e n su p o r e n to n c e s d iv u lg a d a Guerra
de guerrillas, c u m p liría la d o b le fu n c ió n d e s e r el g e rm e n d e u n fu tu ro
«ejército del pueblo» y de d e sp e rta r la conciencia del p u eb lo d em o stran d o
la v u ln e ra b ilid a d d el p o d e r m ilita r d e los d o m in a d o re s , a tra v é s d e lo
q ue se h a d e n o m in a d o « p ro p a g a n d a a rm a d a » .14 La elecció n d e T ucum án
p a ra el inicio d e la lu c h a a rm a d a no im p lica, c o m o p u e d e p a re c e r, u n a

11. «R eportaje de cárcel a cárcel. D ardo Cabo d e sd e la cárcel d e U shuaia,


e n tre v ista p or c arta a los guerrilleros de Taco Ralo alojados e n la cárcel de
La Plata», e n R oberto B aschetti. Documentos de la resistencia peronista, 1955-
1970. B uenos Aires: E ditorial De la C am pana, 1997, pág. 5 54; se consideraba
que un c o n ju n to d e tácticas utilizadas tales com o «golpes, elecciones, huelgas,
terrorism o», ya a esa a ltu ra resultaban insuficientes.
12. Ibíd., pág. 555.
13. Poca inform ación hay sobre este g ru p o juv en il qu e al p a re c e r era de
extracción socialcristiana.
14. Esta rem ite a la p ro p a g an d a que destaca los hechos de violencia como
c read o res de v o lu n ta d y conciencia, frente a la m ás clásica p ro p a g a n d a escrita
y discursiva. Al parecer, la teoría del foco en la concepción política de las FAP
a principios d e 1969, se m anifestaba de m an e ra p a rticu la r com o se p u e d e ver
u n ex tra cto de un d o cu m en to in tern o titu lad o «La g u erra re v o lu c io n a ria del
pueblo: sus tareas fundam entales». «Nuestra línea estratégica se diferencia de las
otras porque: a) P lantea que el foco debe e star cim entado con bases de apoyo y
form ado por gente del lugar, b) Plantea la lucha urbana, c) Plantea un trabajo de
superficie».

160
Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:,

orien tació n hacia el foquism o rural. D u ran te los p re p a rativ o s previos del
y.rupo, ya se había ex p resad o u n a tensión e n tre im p u lsar la g u errilla rural
o la u rb a n a ; e sta ú ltim a p o sició n fue p la n te a d a p o r el g ru p o q u e v en ía
de p a rtic ip a r e n T u p am a ro s y fue re fo rz a d a p o r la c a íd a d e G u e v a ra en
Holivia en 1967. Finalm en te se llegó a u n a síntesis d e n o m in a d a «la teo ría
de las dos p a ta s » ,15 p ero p a ra el la n z a m ie n to in icial p rim ó la d e cisió n
ya to m a d a . S in e m b a rg o , si b ien la c a p tu ra d el d e s ta c a m e n to d e Taco
Ralo fue c o n sid e ra d a u n a « d e rro ta táctica» q u e «no in v alid a el m étodo»,
las FAP no v o lv iero n a in te n ta r o tro en say o de g u e rrilla ru ra l; to d a s sus
fu tu ra s accio n es fueron u rb a n a s.
El d esarro llo de la din ám ica política y social d el país no h izo m ás que
reafirm ar a los m ilitan tes el cam ino elegido. En m ayo de 1969 un estad o
de h u e lg a p ro lo n g ad o en C órdoba - u n a d e las c iu d a d e s in d u stria les del
p a í s - p ro d u jo u n a reb elió n p o p u la r q u e sitió la c iu d a d d u ra n te los días
29 y 30. C o n o cid a com o el «C ordobazo», p la n te ó e n el c a m p o d e las
org an izacio n es revolucion arias la discusión «insurrección» versus «guerra
p o p u la r p ro lo n g a d a » (GPP) com o e stra te g ia s p a ra la to m a d e l poder. Al
resp ecto , la posición de las FAP fue clara:

« N u e stra e s tra te g ia se o p o n e a la te o ría d e la in s u rre c c ió n


p o p u la r co m o vía re v o lu c io n a ria . . . El n iv el e n q u e a c tu a l­
m e n te se d esarro lla la ofensiva co n trarre v o lu c io n a ria im pone
la lucha a rm a d a com o u n a vía co n d u cen te al triu n fo . D u ran te
to d a u n a p rim e ra e ta p a de la lu c h a d e m a sa s se se g u irá n
d a n d o en fo rm a n o c o o rd in a d a con las a ccio n es a rm a d a s de
las org an izacio n es re v o lu c io n a ria s. . . Es u n a ta re a de los rev o ­
lucionarios e n c o n tra r la m an e ra de unificar, e n u n a estra te g ia
d e c o n ju n to , to d a s las fo rm as y niveles d e lu c h a . N u e stra
ta re a p o lítica fu n d a m e n ta l e n e ste m o m e n to es tr a ta r d e in ­
c o rp o ra r a las lu ch as re iv in d icativ as m é to d o s sim ila re s a los
de la g u e rra rev o lu cio n a ria» .16

Es decir, el C o rd o b azo n o h izo m ás q u e c o n firm a r la lín ea ya to m a d a


e h izo v e rse a las FAP (y e n g e n e ra l a v arias o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s)
co m o n e c e sa ria s p a ra d a r u n a p e rsp e c tiv a re v o lu c io n a ria a las lu c h as
p o p u lares. T am bién es posible o b serv ar que p a ra 1 970 el PB de C órdoba
se e n m a rc a b a en un p la n te o sim ilar: «Si L an u sse n o s h a d e c la ra d o la

15. D uhalde y Pérez, Las FAP.


16. E quipo de redacción. «Reportaje a las FAP (12 preguntas)». En: Cristia­
nismo y Revolución, n.° 25: (septiem bre de 1970).

161
M arcelo R aim undo

g u e rra d e los im p e r ia lis ta s y cap italistas, n o so tro s d e c la ra m o s la g uerra


re v o lu c io n a ria » .17
D espués del g o lp e recib id o en Taco Ralo, co m ien za la reo rg an izació n
de las FAP y u n a a c tiv a e ta p a de acciones u rb an as, cuyo pico se d a en 1970
y se m a n tie n e h a s ta m e d ia d o s de 1 9 7 1 . El p e río d o a rr a n c a e n o ctu b re
d e 1 9 6 9 con el a s a l to a dos d e sta c a m e n to s p o liciales e n T o rtu g u itas, al
n o rte d e B u e n o s A ire s . A cciones de d iv erso tip o e ra n lle v a d a s a cabo,
o rie n tá n d o se p rin c ip a lm e n te a la « p ro p a g a n d a d el m é to d o » 18 y tam bién
al p e rtre c h a m ie n to , p a r a c o n stru ir u n a in fra e s tru c tu ra o p e ra tiv a . La
g a m a d e o p e ra c io n e s fu e variad a: « e x p ro p iacio n es» d e a rm a m e n to s
y u n ifo rm e s a tr a v é s d e l a ta q u e a p u e sto s p o liciales, d e l ejérc ito , de
la m a rin a e in c lu so a ag re g ad o s m ilita re s e s ta d o u n id e n s e s ; a sa lto s a
b a n c o s p a ra r e c a u d a r fo n d o s; robos e n d is tin ta s firm as p riv a d a s co n el
fin de d e sa rro lla r lo g ístic a (m áquinas de escribir, fo to co p iad o ras, distinto
tip o d e d o c u m e n ta c ió n , autom óviles, m a te ria le s sa n ita rio s, a rtíc u lo s de
la b o ra to rio ); c a m p a ñ a s de explosivos ta n to a edificios públicos y em presas
ex tran jeras, c o m o a d is tin to s particulares (e n tre ellos m ilita re s); rep arto s
de leche y ju g u e te s e n villas m iseria; tom a de radios; lib eració n de presos
y a cto s d e ju s tic ia p o p u la r (e jecu cio n es). P aralelo a e ste accio n ar, en
1 9 7 0 fu ero n s u r g ie n d o v arias reg io n ales: C ó rd o b a, M e n d o z a , T ucum án
y R osario. E ste d e s a r r o llo llevó a u n a re e s tru c tu ra c ió n , c re á n d o s e una
dirección nacio n a l q u e establecía relaciones con las reg io n ales. E stas a su
vez fu n c io n a b a n p o r d e sta c a m e n to s, d e los cu ale s h a b ía u n re sp o n sab le
q u ie n a la vez fo rm a b a p a rte de la d irecció n re g io n a l.19
Un proceso sim u ltá n e o que se dio en ese p erío d o , fue la c o n stitu ció n
d e las O rg a n iz a c io n e s A rm ad as P e ro n istas (O A P), ju n to a M o n to n e ro s,

17. «Toma de la Fábrica Fiat. Peronismo de Base», m ayo de 1970, en Roberto


Baschetti. Documentos (1970-1973). De la guerrilla peronista al gobierno popular.
B uenos Aires: E ditorial De la C am pana, 1995, pág. 71; se ad v ierte tam bién ver
en e ste v o lan te q u e el PB para estos m om entos ten ía claras p o stu ra s clasistas,
consignas que todavía n o estaban presentes en el repertorio de las FAP.
18. Es in teresan te v e r la constante búsqueda de significación que se trataba
de d a r con los com unicados, pues todos los volantes son em itidos como «parte de
guerra».
19. En general los com unicados posteriores a las op e rac io n e s arm ad as
e ran firm ados p o r d e stac am e n to s (Eva Perón, Felipe Valiese, etc.) y en algunas
ocasiones, por com andos que pertenecían a los m ismos. En el caso de la regional
B uenos Aires, e n tre los destacam en to s y la dirección existieron las colum nas
(con funciones específicas), que nucleaban varios destacam entos. E ntre ellas, la
«colum na de superficie», dedicada al trabajo de m asas, pero p ara esos m om entos
era (le escaso desarro llo y cum plía en realidad una función de reclutam iento.
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

las F u erzas A rm ad as R ev o lu cio n arias (FAR)20 y D escam isad o s. El eje de


la re la c ió n se a rg u m e n tó d e la sig u ie n te m a n e ra : «Lo q u e n o s se p a ra ,
creem os, n o es de fondo, p ro b lem as políticos q u e no son fu n d a m e n ta le s,
y lo q u e n o s u n e sí es fu n d a m e n ta l: 1) la m e to d o lo g ía ; 2 ) el e n e m ig o y
el o b jetiv o final».21 Sin e m b a rg o , to d o q u e d ó e n u n a e x p e rie n c ia de
co lab o ració n y no llegó a m ad u rar.

La alternativa independiente: de las primeras discusiones a la


homogenización

En el añ o 1971 im p o rtan tes cam bios su ced en en las FAP, q u e te rm in a ­


ron p o r p ro v o car u n a refo rm u la ció n en las co n cep cio n es p o lítico -id eo ló ­
gicas, e n las p rá c tic a s y en la p ro p u e s ta o rg a n iz a tiv a . V arios fa c to re s
ju g a ro n en su irru p ció n .
U no d e ellos es la m o d ificació n d e la c o y u n tu ra p o lític a n a c io n a l:
la d ic ta d u ra m ilita r e stá in m e rsa e n la e m e rg e n c ia de u n p ro c e so de
m ovilización social y u n ciclo d e p ro te sta , q u e p ro m u e v e u n a e stra te g ia
a p e rtu rista d e re tira d a p o r p a rte las fu erzas a rm a d a s; te rm in a p o r a n u n ­
ciar un próxim o llam ad o a elecciones. A esto, se su m ó la reco n sid eració n
de lo q u e se ju z g a b a com o «la situ ació n de lu ch a d e m asas» q u e se ab rió
con el C o rd o b a z o . A m bas c u e stio n e s se c o n ju g a ro n p a ra d a r lu g a r a la
a p a ric ió n a u n n u ev o « p ro b lem a político»: se p la n te a co m o n e c e sid a d
u rg e n te « d a r u n a re sp u e sta político - o rg an izativ a - m ilita r q u e su p e ra ra
el a is la m ie n to d e las m a sa s y q u e c o n tu v ie ra el ca m b io d e re la c ió n d e
fu erzas q u e se in sin u a b a en las clases d o m in a n te s e n tr e sí y co n el p u e ­
blo».22 C abe a c la ra r q u e e ste p la n te o n o fu e ex clu siv o d e las FAP, sino
q u e ta m b ié n afectó a las OAP e n g e n e ra l; m ás a d e la n te se tr a ta r á de

20. Las FAR fue una organización guevarista que term in a p or incorporarse
al peronism o p or conisderarlo un m ovim iento de liberación nacional.
21. «Con las arm as en la m ano», abril de 1971, en B aschetti, Documentos
(1970-1973). De la guerrilla peronista al gobierno popular, pág. 230.
22. FAP Regional Buenos Aires, ed. Proceso de la organización. 30 de julio de
1973. D ocum ento inédito, este docu m en to fue p roducido p or el se c to r de las
FAP que se hace con la conducción de la regional, que oficiaba las veces de
dirección nacional a fines de 1972. Unos m eses d espués son desplazados, de
hecho organizándose las FAP Com ando Nacional como dirección a nivel nacional
de la organ izació n hasra su disolución final. Aquel secto r buscó llegar a una
especie de síntesis de las discusiones que a continuación se verán y acercarse asi
n la Tendencia Revolucionaria Peronista, pero antes de llegar a ello se disolvió. En
este d o cu m en to se puede ver una reconstrucción de la historia de las FAP hasta
m arzo de 1973 y tiene un fuerte com ponente crítico de las «desviaciones» que
sufrió la organización d u ra n te los debates internos de los años 1971-1972.

163
M arcelo R aim undo

i n t e r p r e t a r p o r q u é fu e r e s u e lto d e u n a f o r m a p a r ti c u l a r p o r p a r te d e
a q u e lla s .
¿ C ó m o fu e i n t e r p r e t a d a la n u e v a c o y u n tu r a y c u á le s f u e r o n su s im ­
p lic a n c ia s ? : « (E )n e s te m o m e n to se n o s p r e s e n t a la n e c e s id a d d e te n d e r
a la c o n v e r g e n c ia d e n u e s tr o a c c io n a r c o n e l d e s a r r o llo d e la s lu c h a s
p o p u la r e s : e n d e fin itiv a , p a s a r d e la e ta p a d e l fo c o c o m o g e n e r a d o r de
c o n c ie n c ia a la e ta p a d e la g u e r ra p o p u la r p r o lo n g a d a . E sta p ro b le m á tic a
fu e la q u e c o n d u jo al r e p lie g u e d e la s OA P: h o y d e lo q u e se t r a t a e s d e
c o n v e r tirn o s e n u n a a lte rn a tiv a p o lític o o rg a n iz a tiv o , e n u n a o p c ió n re v o ­
lu c io n a ria p a r a el c o n ju n to d e l M o v im ie n to . E sto im p lic a d a r re s p u e s ta
a la c r e c ie n te e x p e c ta tiv a d e l g r u e s o d e lo s a c tiv is ta s d e l m o v im ie n to ,
a la c la s e o b r e r a e n s u c o n ju n to , c o m o ú n i c a fo r m a d e a lc a n z a r u n a
e ta p a c u a lita tiv a m e n te s u p e r io r » .23 S e p u e d e v e r p la s m a d o a q u í e l inicio
d e la c r ític a a l f o q u is m o , « fo rm a o r g a n iz a tiv a q u e s ó lo e n c u a d r a a los
m a y o r e s n iv e le s d e c o n c ie n c ia , in d iv id u a le s , s e p a r á n d o l o s d e la lu ch a
d e m a s a s » ,24 y u n a e ta p a q u e a b r e la b ú s q u e d a d e u n « n u e v o m o d e lo
o r g a n iz a tiv o » , q u e c u lm in a r á r e c ié n h a c ia 1 9 7 3 . S e a n ti c ip a n ta m b ié n
d o s p a la b r a s q u e r e c o r r e r á n y v e r te b r a r á n el d is c u rs o d e la o rg a n iz a c ió n
d e a q u í e n a d e la n te , a lte rn a tiv a y clase obrera, té rm in o s c u y a in c lu s ió n en
la n u e v a p r o p u e s t a n o se p u e d e n e x p lic a r e x c lu s iv a m e n te p o r « la crisis
d e l fo q u is m o » y q u e e n tr e o t r a s c o sa s - a u n q u e d e m e n o r im p o r ta n c ia
q u e s u s c o n s e c u e n c ia s f u n d a m e n t a l e s - lle v ó a l fin d e la « h e rm a n d a d »
c o n la s OAP. El « D o c u m e n to P o lític o » n .° 1 ( D P I ) e n c e n d ió la m e c h a
q u e h iz o e s ta lla r u n o s m e s e s d e s p u é s las c o n tra d ic c io n e s e x is te n te s e n la
o rg a n iz a c ió n , d e ja n d o e x p líc ita la e x is te n c ia d e d o s lín e a s c o n tra p u e s ta s :
los « a lte m a tiv is ta s » y los « m o v im e n tista s» .
V arios a u to r e s , h a n s u s c rip to q u e e n la iz q u ie rd a p e r o n is ta se p u e d e n
re c o n o c e r la s lín e a s a n te r io r m e n te m e n c io n a d a s c o m o d o s c o r rie n te s con
c a r a c te rís tic a s d ife re n c ia d a s y q u e se a so c ia ro n a o rg a n iz a c io n e s d istin ta s:
M o n to n e ro s , FAR y D e sc a m isa d o s fu e ro n los m o v im e n tis ta s , y la s FAP-PB y
el M o v im ie n to R e v o lu c io n a rio 17 d e O c tu b re (M R 1 7 ) lo s a lte m a tiv is ta s .25

23. «Am pliación del D ocum ento Político» n.° 1, de sep tiem b re de 1971,
D uhalde y Pérez, Las FAP, pág. 227; en realidad es la carátula de un im portante
d o c u m e n to que provocó un am plio d e b ate en la o rganización, el «D ocum ento
Político»» n.° 1, de en ero d e 1971. A p a ren te m e n te en su red acció n tuvo parti­
cipación Jo rg e C afatti, un ex MNRT que tuvo m ucho peso en las definiciones
lilrológico-políticas de esta etapa de las FAP.
2*1. FAP Regional Buenos Aires, Proceso de la organización.
2.r>. lint re ellos el clásico de Richard Gillespie. Soldados de Perón. Los M onto­
neros. Buenos Aires: Grijalbo, 1988, en el caso del MR17, que se fundó en 1970 y
e n cu en tra sus raíces en la ju v en tu d del MRP, se planteó m ás com o alternativista
ideológico que político.

164
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:

|V ro a q u í q u e d a claro , q u e en e sta e ta p a la te n s ió n se d a ta m b ié n al
in terio r d e u n a sola o rg a n iz a c ió n . ¿C uál e ra el c o n te n id o específico
«U* e sta « a lte rn a tiv a » , q u e im p licó la crisis in te rn a d e las FAP, crisis no
m a n ife sta d a e n las o tra s o rg a n iz a c io n e s p e ro n ista s q u e ig u a lm e n te p o r
esos m o m e n to s viero n la insuficiencia o rg an iza tiv a d el fo q u ism o ?
Para in te n ta r re s p o n d e r a e sta p re g u n ta , h a b ría q u e in d a g a r lo q u e
■ c e d ió p o s te rio rm e n te a Taco Ralo. L uego de c a e r el g ru p o g u e rrille ro
rural, el s e c to r re s ta n te q u e d a d e b ilita d o y se p o d ría d e c ir casi d e sp e ro -
n izad o , e n el se n tid o q u e el g ru eso de los activ ista s q u e so n d e te n id o s
rrn n los q u e v e n ía n d e «la ex p erien cia del m o v im ien to » . Así, las n u ev as
in co rp o ra c io n e s en e sta e ta p a p ro v ie n e n d e g ru p o s u n iv e rsita rio s y de
izq u ierd a, p e ro a lre d e d o r d e 1 9 7 0 in g re sa n a las FAP u n c o n ju n to d e
m ilitan tes, q u e se g ú n los d o c u m e n to s y te stim o n io s, s e rá n los q u e te n ­
d rá n u n p a p e l fu n d a m e n ta l en la n u e v a o rie n ta c ió n : los lla m a d o s «XX»,
c o m p u e sto p o r a c tiv ista s o b re ro s p e ro n ista s q u e h a b ía n p a rtic ip a d o d e
la CGT d e los A rg en tin o s (CGTA),26 alg u n o s de ellos ta m b ié n c e rcan o s a
la ARP de C ooke, y cuyo re fe re n te e ra el o b re ro m e ta lú rg ic o R ay m u n d o
Villaflor. Este cam bio de com posición te n d rá com o c o rrela to un rep lan teo
sobre la p o lítica d e la o rg a n iz a c ió n y p o r lo ta n to p o n d rá e n te n sió n los
acuerdos que perm itió la form ación del gru p o original. Se p u e d e ob serv ar
cuáles so n los rasg o s q u e se a trib u y e ro n e ste sector, a p a rtir d e u n a cita
extensa d e un d o c u m e n to posterior.

«Visión e stra té g ic a (G ru p o XX):

1. C o n te n d rá c o m o a sp ecto s positivos fu n d a m e n ta le s:
a ) En lo id e o ló g ic o -e stra té g ic o : la v isió n d e la lu c h a
d e clases y n e c e sid a d d e la h e g e m o n ía d e la clase
o b rera en el proceso de Liberación N acional y Social,
c o n s e c u e n te con la n e c e sid a d d e o rg a n iz a c ió n de
la clase o b re ra p e ro n ista e n fá b ric a y e n d is tin to s
niveles d e vio len cia h acia la GPP.
2. C o n te n d rá co m o asp ecto s n eg ativ o s fu n d a m e n ta le s:
a ) En lo político: n in g u n a resp u esta política a la nueva
s itu a c ió n d e las clases d o m in a n te s ; n e g a c ió n d e la
e x iste n c ia d e u n a b u rg u e sía n a c io n a l; n e g a c ió n de
la im p o rtan c ia de las cap as m ed ias e n n u e stro país;

26. Fue la central sindical nacional com bativa, enfrentada a la m ás concilia­


dora CGT. N úcleo e n tre 1968 y principios de los años se te n ta a varios sectores
radicalizados del peronism o y la izquierda.

165
M arcelo R aim u n d o

su b e stim a c ió n de P eró n , n eg an d o su rol co m o líd e r


re v o lu c io n a rio ,
b) E n lo m etodológico: se considera to d a co n trad icció n
c o m o a n ta g ó n ic a y se resu elv e n e g a n d o m e c á n ic a ­
m e n t e u n polo (e s to in iciará lu e g o u n a se rie de
r u p tu r a s m en o res e n la o rg a, q u e e m p e z a rá co n la
s e p a r a c ió n de la v isió n u n iv e rsita ria ); to d a e x p re ­
s ió n p o lítica e x p re s a m e c á n ic a m e n te a u n a clase,
p o r lo ta n to , a a n ta g o n is m o s d e clase (lo s o sc u ro s
s e rá n los pequebu, n o so tro s la clase o b re ra) (sic)».27

E stas fu e rte s d efin ic io n e s, s e r á n la b ase d e l D P I (ro l c e n tra l d e la


clase o b re ra c o m o su je to rev o lu cio n a rio , c o n tra d ic c io n e s al in te rio r del
m o v im ie n to p e ro n is ta , im p o sib ilid ad d e a lian z a co n la b u rg u e s ía n acio ­
n al, c u e s tio n a m ie n to d el rol re v o lu c io n a rio d e P e ró n ) y p ro v o c a rá n el
é x o d o h a c ia m e d ia d o s d e 1971 d e l s e c to r «oscuro», id e n tific a d o co n el
d e s ta c a m e n to u n iv e rsita rio , q u e a d h e ría a la p o s tu ra m o v im e n tis ta (el
p e ro n ism o c o m o m o v im ien to sin c o n tra d ic c io n e s d e clase y la visión de
P eró n co m o líd e r re v o lu c io n a rio ). De e sta m a n e ra la n u e v a p ro p u e s ta ,
la « a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te de la clase o b re ra y el p u e b lo p e ro n ista » ,
significaba la a d o p c ió n d e una d efin id a posición clasista, q u e p ro p o n ía la
o rg an izació n p o lítica au tó n o m a de los obreros p ero n istas p o r fu era de las
e s tru c tu ra s fo rm a le s d el m o v im ien to p e ro n ista . Si b ien la relativ izació n
d el ro l d e P e ró n e n la co n d u cc ió n d e l p ro c e so re v o lu c io n a rio n o fue
e x p re s a d a p ú b lic a m e n te p o r o b v io s m o tiv o s p o lítico s, fue u n a cu e stió n
que provocó te n sio n e s constantes h acia d e n tro y fuera de la organ izació n
d u ra n te to d a su tra y e c to ria , te n s io n e s q u e p u e d e n se r a m p lia m e n te e n ­
c o n tra d a s e n to d a s las fo rm u lac io n e s d iscu rsiv as p ro d u c id a s a p a rtir de
ese m o m e n to . El la n z a m ie n to d e la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te (AI) tuvo
recepción en v ario s sindicalistas de la ex CGTA (O ngaro, Di Pascuale, Gui­
llan), secto res d e la JP de Vicente López y B uenos Aires, el M ovim iento de
Bases P ero n istas d e M ar del P lata y p rin c ip a lm en te d e l PB d e C ó rd o b a,28
a lla n a n d o el c a m in o p a ra la u n id a d d e las d o s o rg a n iz a c io n e s y p a ra la
ex p an sió n d e l PB a nivel n acio n al.
La nu ev a o rie n ta c ió n co n ten ía tam b ién un in g re d ien te de su m a im por­
tan cia: la c rític a a la fo rm a d e o rg a n iz a c ió n le n in ista , a la co n stru cc ió n
«desd e arrib a» , d e s d e u n p a rtid o d e c u a d ro s q u e a rtic u la y d irig e al m o ­
v im ie n to d e m a sa s. Los m ilita n te s de las FAP p e n s a b a n a la a lte rn a tiv a
in d e p e n d ie n te co m o u n a h e rra m ie n ta , un a p o rte a la o rg a n iz a c ió n de la
27. FAP Regional Buenos Aires, Proceso de la organización.
28. Como se dijo, el PB cordobés tenía ya claras concepciones clasistas desde
tiempo atrás.

166
Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:.

d a s e o b re ra p e ro n ista , « (Q )u e es u n a o rg a n iz a c ió n a c o n stru ir, q u e no


rs " tu ” o rg a n iz a c ió n . N o so tro s d e cía m o s q u e n u e s tra o rg a n iz a c ió n e ra
una h e rra m ie n ta estraté g ic a al servicio, tra n sp o rta d a a esa o rg an izació n ,
p ero q u e n o é ra m o s n o so tro s» .29 La fo rm a le n in is ta n o só lo p re s e n ta b a
rl p ro b lem a de la « ex tern alid ad » d e sd e el p u n to d e v ista d e la d irecció n
política, s e g ú n o tro ex m ilita n te : «A n u e stro c riterio e sta e ra u n a fo rm a
de c o n stru c c ió n e rró n e a p o rq u e le q u ita b a p ro ta g o n ism o a la p ro p ia
estru ctu ra de m asa. E ntonces se nos acu sab a de basistas p o rq u e no so tro s
decíam os que la o rg an izació n d ebía re p re se n ta r la form a de construcción
que era accesible al p u eb lo , q u e no e ra p osible p e n sa r e n e stru c tu ra s de
o rg an izació n q u e ten g a n u n a d in á m ic a m u y d is tin ta a la d in á m ic a d e la
m ilitancia p o p u lar ( . . . ) . E ntonces había que acom odar, si q u eríam o s que
la o rg a n iz a c ió n fu e ra de la clase o b re ra , la fo rm a d e v id a in te rn a d e la
org an izació n a la d in ám ic a de la p rá c tic a social de la clase o b rera » .30 Es
in te re sa n te ta m b ié n v er el im p acto q u e tuvo la a d o p c ió n d e u n a co n c e p ­
ción o rg a n iz a tiv a d is tin ta , q u e p o r su p u e s to e s ta b a in d iso c ia b le m e n te
lig ad a a la to m a d e p osició n c lasista. Si el o b je tiv o e ra c o n s tru ir u n a
« h erram ien ta» d e ese tipo,

«Eso te m odificaba to d a la p ráctica, toda tu visión de cóm o te


p a ra b a s fre n te a la re a lid a d . P o rq u e vos sa cas u n v o la n te , o
p a rtic ip a s e n u n co n flicto , o h a c es u n a acció n a rm a d a , y te-
nés q u e e sta r verifican d o p e rm a n e n te m e n te si a c e rta ste o no,
có m o lo to m a ro n , a p o rta m o s, n o a p o rta m o s, u n a d isc u sió n
p e rm a n e n te so b re q u é es lo q u e e sta m o s h a c ie n d o . Q u ié n
tie n e la p o sició n d e l p a rtid o de la clase, ese p ro b le m a y a lo
tie n e re s u e lto . En ú ltim a in sta n c ia , es u n a c o n c e p c ió n casi
religiosa. Es decir, reem p lazan a Dios y p o n en a la h e rra m ie n ­
ta científica, o a la clase o b rera, p o r lo q u e so n co n cep cio n es
q u e se ju s tific a n a sí m ism as. Las accio n es e stá n ju stific a d a s
en sí m ism as».31

Para afin ar y afirm ar el n uevo m odelo de o rg an izació n y las p rácticas


d e s tin a d a s a la clase o b re ra , c o m ien z a e n se p tie m b re d e 1971 el lla m a ­
do «P roceso de H o m o g en e iz a c ió n Política C om pulsiva», c o n o cid o com o
I PHPC, que reo rie n tó la o rg an izació n hacia la actividad in te rn a y provocó
co n secuencias no b uscad as. R especto a este proceso, el an álisis q u e hace

29. E ntrevista a G uillerm o (FAP, Regional Eva Perón, es decir La Plata,


1 Berisso y E nsenada). Los testim onios serán citados con los nom bres de guerra de
I los m ilitantes entrevistados.
30. Entrevista a Raúl (FAP, Regional Eva Perón).
31. E ntrevista a Guillerm o.

167
Marcelo R aim undo

Luvecce32 d e ja la im a g e n de u n a activ id ad con u n fu e rte c a rá c te r d e fo r­


m ación teó rica, d a d a p rin c ip a lm e n te p o r la influencia d e Louis A lthusser
y M arta H arnecker. En los hechos, la im p ro n ta a lth u sse ria n a estu v o dada
p or la o rie n ta c ió n q u e le d io el « g rupo d e e la b o ra ció n » q u e c o m a n d ó el
PHPC, e n el s e n tid o d e la n e c e sid a d a c e n tu a r la « p rác tic a teó rica» . Es
decir, h a b ía q u e c a p a c ita rs e p ro fu n d a m e n te a n te s d e in ic ia r c u a lq u ie r
práctica política, cu estió n que re d u n d ó en la re tira d a de to d o s los frentes
políticos y sindicales m ien tras d u ró el proceso. Pero en re alid a d , si bien a
p artir de d istin to s testim o n io s se ad v ierte q u e la fo rm ació n in tele ctu al se
n utrió de d iversos a u to re s y líneas de p e n sa m ie n to político (M arx, Lenin,
M ao, F an ó n , L u x e m b u rg o , Potere O peraio, R o ssa n d a, H o C hi M inh, Lú-
kacs, Pichón R iviere, H ern á n d e z A rregui y C ooke e n tre o tro s), al p arecer
ta m b ié n «No h a b ía un m a n u a l. De o rie n ta c ió n y d e la b ú sq u e d a seg u ro
( . . . ) p e ro no h a b ía le c tu ra s oficiales d e p la n te o teó ric o » .33 En el PHPC
se leyeron y d isc u tie ro n so b re to d o d o c u m e n to s in te rn o s p ro d u c id o s por
el g ru p o q u e lo c o o rd in ó , m u c h o s d e los c u a le s se re fe ría n a la h isto ria
del p e ro n ism o . E ste d a to re s u lta d e in te ré s a la h o ra d e p e n s a r cuál
era la g u ía o d e sd e q u é c o n c e p c io n e s se e la b o ra b a la p ro p u e s ta p a ra
la n u e v a o rg a n iz a c ió n . Y h e a q u í el e le m e n to n o v e d o so , d e s d e el que
b u sc a ro n d ife re n c ia rse d e l re sto de las p ro p u e s ta s p o líticas: «La fu en te
d e la te o ría e s tá en la e x p e rie n c ia a c u m u la d a d e los tra b a ja d o re s , y no
e n el s a b e r cien tífico . El m arx ism o es u n a h e rr a m ie n ta d e a n á lisis p a ­
ra s a c a r c o n c lu sio n e s y e x p e rie n c ia a c u m u la d a . E n to n c e s, ¿ d ó n d e está
n u e stra v e rd a d ? E stá en las cosas q u e fu e ro n h a c ie n d o los tra b a ja d o re s
y q u e n o so tro s re v isa m o s. Pero a d e m á s, esa v e rd a d q u e sa c a m o s hoy
la v am o s a p o n e r en p rá c tic a a v e r si es c ie rto , a v e r si sa c a m o s bien
la co n clu sió n , p o rq u e ta m b ié n la e x p e rien c ia a c u m u la d a p u e d e se r o tra
vaca s a g ra d a » .34 El eje p a sab a p o r re s c a ta r las ex p e rie n c ia s d e lu c h a de
la clase o b re ra p e ro n ista y d e allí e x tra e r la experiencia a cu m u la d a , p ara
d e lin e a r la p ro p u e s ta d e a u to n o m ía y h e g e m o n ía d e la clase o b re ra en
el pro ceso rev o lu c io n ario , co m o ta m b ié n las fo rm as de lu c h a a d e c u a d a s
p a ra a c tu a r e n él. A p a rtir de la n oción d e ex p e rie n c ia a c u m u la d a - q u e
al re c o rre r la p ro d u c c ió n discursiva de la o rg an izació n d e sd e e sta e ta p a ,
ta n to e n v o la n te s, d e c la ra c io n e s, re p o rta je s, d iscu rso s, d o c u m e n to s , se
p u ed e e n c o n tra r in n u m erab le c an tid ad de v e c e s - se buscab a resignificar
las d istin ta s ex p e rie n c ias y luchas o b re ra s, sien d o el p u n to de referen cia
p a ra e v a lu a r ta n to d e rro ta s co m o victorias.

32. Luvecce, Las Fuerzas Armadas Peronistas y el Peronismo de Base, págs. 97-
99.
33. Entrevista a Lucio (FAP, Regional Buenos Aires).
3*1. liiitiw is ta a G u illerm o .

IfiM
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

El PH PC tu v o d is tin ta in c id e n c ia se g ú n las re g io n a le s. De a c u e rd o
con los te s tim o n io s, d o n d e se llevó a cab o m á s c o n s e c u e n te m e n te fue
en la z o n a d e C ap ital F ed eral y B uenos A ires, p e ro p o r e je m p lo , e n M ar
d el P la ta n o tu v o g ra n p re d ic a m e n to y e n el caso d e C h aco « c u a n d o
lle g a b a n los p a p e le s d el PHPC los tira b a n » .35 En las re g io n a le s d o n d e
se lo im p le m e n to d e c id id a m e n te significó u n c ie rre h a c ia a d e n tr o d e
la o rg a n iz a c ió n y u n a b a n d o n o d e las p rá c tic a s m ilita n te s. E sto fu e la
c au sa d e u n a n u e v a crisis, p u e s la re tira d a d e los fre n te s se e x te n d ió
m u ch o m á s d e lo p e n s a d o in ic ia lm e n te - h a s t a s e p tie m b re d e 1 9 7 2 -
en m o m e n to s q u e u n a c re c ie n te m o v ilizació n d e m a sa s e n to m o a la
a p e rtu ra e le c c io n a ria lle v a d a a d e la n te p o r la d ic ta d u ra m ilita r e s ta b a
sien d o c a p ita liz a d a p o r M o n to n e ro s, a tra v é s d e la J u v e n tu d P ero n ista
d u ra n te la c a m p a ñ a del «Luche y Vuelve». En v ista d e ello , el PHPC fue
d e sg a já n d o se y los m ilita n te s lo a b a n d o n a ro n p ro g re siv a m e n te . E stas
cu e stio n e s p ro v o caro n q u e la direcció n d ie ra p o r te rm in a d o el PHPC, lo
que c o n d u jo a u n a ru p tu ra co n el s e c to r q u e e sta b a m ás in te re s a d o en
p ro fu n d izarlo : los «ilum inados», co n sid erad o s los m ás «ideo lo g istas» .36
Se h a rá aquí un p arén tesis p a ra tra ta r u n te m a ta n g e n c ia lm e n te , a u n ­
que n o p o r ello m en o s im p o rta n te : la a c titu d de la d irecció n . En el caso
d e las FAP se p u e d e o b se rv a r u n a c ie rta ev o lu c ió n , q u e v a d e sd e u n a
p o s tu ra m á s tra d ic io n a l y v ertic al, co m o e n el caso d e la crisis d e los
«oscuros» (c u a n d o d e te rm in a q u e los q u e tie n e n d ife re n c ia s n o o p e re n
h a sta q u e esta s n o se so lu c io n e n ) o d e los « ilu m in ad o s» (q u e p ro v o ca
com o ya dijim os su alejam ien to ), a u n a que e sta rá m ás a c o rd e a la n u ev a
p ro p u e s ta d e d e sa rro llo , d o n d e la d ire cc ió n in te n ta r á te n e r u n lu g a r
m ás d e in te rm e d ia c ió n y c o o rd in a c ió n . En g e n e ra l, los te s tim o n io s de
m ilitantes, salvo alg u n as ex cepciones,37 reco n o cen el alto g rad o de d em o ­
cracia in te rn a d e la o rg an izació n , la am p lia p articip ació n d e los distin to s
niveles e n la e la b o ra c ió n d e po lítica, m ás a ú n e n el fu n c io n a m ie n to d el
PB, q u e fue reco n o cid o ta n to d esd e d e n tro co m o d e sd e fu e ra , co m o una
o rg an izació n «federativa».™ Todas estas fu ero n cu estio n es q u e d eriv aro n

35. Ibíd.
36. El grupo de los «ilum inados» rom pe con la organización, lo que implicó
la separación tam bién de los grupos interm edios y de base ligados a ellos. Luego
e n 1973, algunos de los «ilum inados» se reintegran a la m ism a.
37. Por ejem plo, en un testim onio que aparece en Pablo Pozzi y A lejandro
S chneider. Los setentistas. Izquierda y clase obrera: 1969-1976. B uenos Aires:
EUDEBA, 2 000, d o n d e «El Negro» afirm a la existencia de v erticalidad en el eje
Buenos A ires/Interior.
38. En Luvecce se puede encontrar un testim onio que m uestra la concepción
de trabajo político: «En vez de im poner una línea, se aspiraba a crear una política
propia, específica. No se tra ta b a de la aplicación de d e te rm in a d o s principios o

169
M arcelo R aim undo

en u n a escasa conflictividad e n tre la d in ám ica del fren te de m asas y la lu­


cha a rm a d a , u n a diferen cia im p o rta n te re sp e c to de o tra s o rg an izacio n es
arm a d a s, c o m o p o r ejem plo M o n to n e ro s, d o n d e sus m ilita n te s n u m e ro ­
sas veces h a n reco n o cid o las te n sio n e s q u e p ro v o c a b a n las o p e ra c io n e s
a rm a d a s e n re la c ió n al d e sa rro llo d e la p o lític a a niv el b ase. P e n sa r en
este se n tid o el caso de las FAP-PB, p e rm itiría sa lir u n p o co d el e sq u e m a
q u e ex p lica la fa lta d e d e m o c ra c ia a c a u sa d el d e sa rro llo de u n a p a ra to
m ilitar, es d ecir q u e a p are n te m e n te esta « desviación», no sería resu ltad o
exclusivo de u n a política de lucha arm a d a , sino m ás b ien d e d ete rm in ad a
« e stra te g ia a rm a d a » , que a p a rtir d e e n fa tiz a r a la a rm a d a c o m o fo rm a
su p e rio r d e lu ch a, prio riza la c o n stru cció n d e un ejército rev o lu cio n ario ,
y por lo ta n to lo m ilita r te rm in a p o r su b su m ir a lo político. La evolución
po lítico id e o ló g ic a d e las FAP, d e u n fo q u ism o d o n d e el foco a su m e un
papel cen tral y los frentes son solo «organism os de superficie» o «bases de
apoyo», a p o n e r la lucha a rm a d a «al servicio de la clase obrera», perm itió
e s q u iv a r la te n d e n c ia h acia u n a p re p o n d e ra n c ia m ilita rista , fe n ó m e n o
que ta m b ié n se p o d ría v e r co m o u n triu n fo fre n te a la c o n so lid a c ió n de
un a p a ra to b u ro crático -m ilitar en la o rg an izació n , q u e h u b ie ra te n d id o a
afirm a r su s p ro p io s in te re se s, com o to d a b u ro c ra c ia , so b re los objetivos
p o lítico s.39
El p e río d o de crisis que d e sa tó el PHPC no se so lu cio n ó con el éxodo
d e los « ilu m in ad o s» , sin o q u e d e jó in s ta la d a u n a d isc u sió n m a y o r: la
falta d e u n a lín ea po lítica, so b re to d o e n re la c ió n a la n u e v a c o y u n tu ra .
La c u e stió n d e riv ó e n lo q u e se llam ó - a fin es d e 1 9 7 2 - el « g o lp e de
Estado», q u e se dio en la R egional B uenos Aires y resu ltó en un recam bio
d e la d ire cc ió n y e n u n re to m a r la p o s tu ra m o v im e n tis ta , p e ro n o en el
sen tid o p la n te a d o p o r los «oscuros», sino en p o s d e la artic u la ció n con la
T endencia R evolucionaria P eronista.'10 La e ta p a co n clu irá con u n a nueva
ru p tu ra , c u a n d o se o rg a n iz a n las FAP C o m an d o N acio n al, ya en la etap a
pos ele c c io n a ria de m arz o de 1 9 7 3 , q u e c o n s titu irá n las FAP d efin itiv as
con el c la ro p erfil a lte rn a tiv ista q u e te n d r á n h a s ta su d e sa p a ric ió n ; pa-

polítícas, sino de la creación de política». Luvecce, Las Fuerzas Armadas Peronistas


y el Peronismo de Dase, pág. 108.
39. Sin em b arg o , es necesario e n fatiz a r que e ste cam bio en el estilo de
dirección se consolida lentam ente y com ienza a funcionar m ás claram ente hacia
fines de 1973.
40. Conocida com o «la Tendencia», esta postura política consideraba a modo
de síntesis el potencial revolucionario del p e ronism o con la n e ce sid ad de una
lucha a su interior, ya que consideraba la existencia de proyectos irreconciliables
en su seno. Si bien sus orígenes se rem ontan a 1969 y convocó inicialm ente a un
am plio espectro de m ilitantes, p ara 1972 o rg anizativam ente se e n co n trab a bajo
la hegem onía d e M ontoneros,

170
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

le la m e n te se d a rá u n a rá p id a e x tin c ió n d e las FAP R e g io n al B u en o s


ires, que h ab ían q u ed ad o com o d isid en tes.41 Es d ecir q u e recién a p a rtir
de e ste m o m e n to se p u e d e c o n sid e ra r c o m o c o n so lid a d a la n u e v a lín ea
p o lítica d e la o rg a n iz a c ió n , p la s m a d a en la c re a c ió n d e la « a lte rn a tiv a
in d e p e n d ie n te » , q u e a p u n ta b a a a c tu a r d e fo rm a d ife re n c ia d a : «En lo
ideológico, so s ten ien d o la necesidad de co n stru ir la p a tria socialista. En lo
~olítico d á n d o n o s u n a política q u e no sea c ap italizad a p o r la b u ro cracia y
la b u rg u e sía . En lo organizativo, crea n d o la o rg an iza c ió n p o lítico -m ilitar
de la clase o b re ra y el p u eb lo p e ro n ista . En lo m etodológico, d á n d o n o s
una m eto d o lo g ía que vaya de ab ajo hacia a rrib a, d esd e las b ases h acia la
d irección».42 De a h í en m ás, to d o s los e sfu erzo s se o rie n ta ro n al tra b a jo
p olítico en la clase o b rera.

Algunas cuestiones de concepción


Si bien el tra ta m ie n to h a sta aq u í re aliza d o h a p e rm itid o a c la ra r a lg u ­
n as d e las c o n cep cio n es p o líticas e id eo ló g icas q u e se fu e ro n p e rfila n d o
en las FAP, se ría n e c e sa rio re s a lta r o tra s q u e h ic ie ro n a la p a rtic u la r
id e n tid a d d e la o rg an izació n .
U na, q u e se p u e d e c o n sid e ra r e n tre las m ás c o n tro v e rtid a s al m en o s
re s p e c to d e o tra s o rg a n iz a c io n e s p e ro n ista s , es la c a ra c te riz a c ió n q u e
re a liz a b a n d e P eró n . C om o se h a v isto , u n o d e los c o n te n id o s fu e rte s
d e la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te e ra el c u e s tio n a m ie n to al ro l d e lid e ­
razg o e s tra té g ic o d e P eró n co m o c o n d u c to r d e l p ro c e so re v o lu c io n a rio ,
p o r c o n sid e ra rlo u n líd er b u rg u é s. E ste p o sic io n a m ie n to re s u ltó e n un
d ile m a p a ra la o rg a n iz a c ió n , c o m o b ien lo h a s e ñ a la d o G illespie: «(E )l
a p o y o q u e la clase o b re ra d a b a a a q u e llo s “a lte rn a tiv is ta s ” e ra d e m a ­
sia d o d éb il p a ra q u e re n u n c ia ra n a la p ro te c c ió n d el g e n e ra l. P or se r
ta n g ra n d e la a u to rid a d d e este, p a re cía p ru d e n te n o le v a n ta r a lb o ro to
re sp ecto a sus m a n io b ra s, y usar, en vez d e ello, su re tó ric a y su s gestos

41. T am bién se org an izaro n las FAP 17, por p arte d e los m ilitantes de Taco
Ralo que fueron liberados d e prisión en m ayo de 1973, pero tuvieron u n a corta
duración. Algunos de sus integrantes volvieron a las FAP y otros se incorporaron
a M ontoneros.
42. «Argentina M ontonera. Chaco. Peronismo de Dase», 2 0 /1 2 /7 3 . Docum en­
to inédito. Cabe a clara r que la definición político-ideológica de las FAP term ina
por a lla n a r el proceso de confluencia con el PB. Am bas o rg anizaciones habían
c om enzado u n a e strech a relación desde el año 1971, e inclusive, según las re­
giones, d e sd e el PB se form aban grupos de la FAP y viceversa. Para profundizar
en de ta lle s sobre e stas y o tras cuestiones, se puede acced er al artícu lo «Una
aproxim ación a la h istoria de las Fuerzas A rm adas Peronistas», véase D uhalde
y Pérez, Las FAP, págs. 33-106.

171
M arcelo R aim un d o

c u a si-re v o lu c io n a rio s p a ra ju s tific a r y h a c e r m ás a c e p ta b le s su s propias


id e a s y a c tiv id a d e s » .43 E sta te n s ió n se m a n tu v o p o r larg o tie m p o e n In
o rg a n iz a c ió n y es p o sib le o b serv arlo ta n to en las o scilacio n es y d istin tas
e stra te g ia s d isc u rsiv as e m p le a d a s p a ra a rtic u la r las p o sicio n es d e Perón
con la po lítica de la o rg an izació n , com o en las co n trad iccio n es q u e sufrían
los m ilita n te s.
Un e je m p lo es có m o e ra in te rp re ta d a la re lac ió n e n tr e P eró n y el
sistem a de d o m in a c ió n . M ientras q u e en 1971 se p e n sa b a q u e P erón «no
e ra e n c u a d ra b le » d e n tro d el m ism o , e n 1 9 7 3 se p u e d e e n c o n tr a r a un
P eró n c a p ita liz a b le p o r el en e m ig o : «Pero h o y al im p u ls a r el G e n e ra l la
L iberació n N acio n al sin d efin ir c la ra m e n te la n ec e sid a d d e co n stru cció n
del socialism o lev an ta un p ro g ram a que los m o nopolios y el im perialism o
h acen suyo, p o rq u e ellos sab en m uy b ien q u e m ie n tra s lo lleven ad ela n te
los b u ró c ra ta s , los b u rg u e s e s y las fu e rz a s a rm a d a s , n o p e lig ra rá n sus
in tereses fu n d am en ta le s» .44 Esta afirm ación deja e n tre v e r u n a im ag en de
P erón co m o in s tru m e n to , y p o r lo ta n to ta m b ié n p u e d e s e r d is p u ta d o y
u tiliz a d o p o r las fu e rz as re v o lu c io n a ria s: «C reem o s q u e la s a lid a a esta
situ a c ió n n o p a s a p o r re n e g a r d el lid e ra z g o d e P eró n sin o p o r tr a ta r de
re c u p e ra r su a p o rte , co m o u n a h e rra m ie n ta m ás, a n u e s tra lu c h a p o r la
L iberación N acio n al y Social».4S De lo c itad o , se p u e d e n d e riv a r alg u n as
co n sid erac io n e s:
1. Se e stá fre n te a u n a d e las e s tra te g ia s d iscu rsiv a s e sg rim id a s. En
•g e n e ra l, si b ie n re c o n o c e n a P eró n c o m o líd e r (d el p u e b lo , d e los
tra b a ja d o re s, a n tim p e ria lista ), m u y p o cas veces se h a n e n c o n tra d o
e n la d o c u m e n ta c ió n re fe re n c ia s d el estilo « n u e stro líder», algo
co m ú n en la v erb o rrag ia m o n to n e ra . O tro d a to q u e se su m a a esto,
es q u e Perón a p arece escasa m e n te alu d id o en los v o lan tes, e incluso
en o casio n es brilla p o r su au sen cia. A dem ás, fre c u e n te m e n te no se
lo tra ta b a co m o « general» sin o com o «com pañero».
2. Perón es «una» h e rra m ie n ta m ás, no «la» h e rra m ie n ta .
3. U na de las form as de a se g u ra r la in stru m e n ta lid ad rev o lu cio n aria de
P erón p a sa b a p o r la consigna «Perón al p o d er: con los tra b a jad o re s
y n o c o n los tra id o re s» , c u e stió n q u e refleja u n a s in to n ía co n la
lla m a d a « te o ría d el cerco » .46 E sto re s u lta alg o p a ra d ó jic o , y a que

43. Gillespie, Soldados de Perón. Los M ontoneros, págs. 71-72.


44. «FAP. A la Clase O brera y al Pueblo Peronista», Volante del 17 de octubre
d e 1973, en D uhalde y Pérez, Las FAP, pág. 392.
45. «FAP. Regional La Plata, Berisso, Ensenada. A la Clase O brera y al Pueblo
Peronista», Volante inédito. 5 de enero de 1974.
46. Q ue explicaba el giro a la d erech a de Perón p re sid en te p o r el e n to rn o
personal y de confianza que lo rodeaba

172
Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:

la id e a d el cerco e ra re c h a z a d a p o r las FAP-PB; p e ro q u iz á s la


d isp u ta con M ontoneros llevó a pro v o car este tipo de in co h eren cias
discursivas.
H u b o ta m b ié n u n a c o n s ta n te lu ch a p o r re s ig n iñ c a r las a c titu d e s d e
Perón p ara can alizarlas hacia los objetivos p ropios, «al reclam o d e Perón
q u e el p u e b lo lo d e fie n d a , le re sp o n d e m o s q u e su d e fe n s a e s tá e n la
lu ch a del p u e b lo c o n tra sus en em ig o s inco n ciliab les; el im p eria lism o , la
o lig a rq u ía , la b u ro c ra c ia p o lítica y sin d ical, la b u rg u e s ía m o n o p o lista ,
las fu e rz a s a rm a d a s» ,47 y p o r m a rc a r los lím ites de su g o b ie rn o : «No
d e b e m o s e n g a ñ a rn o s . La lleg ad a del G ral. PERON al g o b ie rn o no c o n ­
c re ta rá to d a v ía n u e s tro s o bjetiv o d e LOS TRABAJADORES AL PODER
CON PERON PRESIDENTE, pu es p a ra a lca n zarlo s d e b em o s h o y m ás que
n u n c a o rg a n iz a m o s d e sd e las b ases, in d e p e n d ie n te d e los b u ró c ra ta s y
traidores».'18 Pero m ás allá de m a n te n e r u n a p o stu ra de crítica «indirecta»,
p a ra no m e rm a r u n a leg itim id a d p ro v ista p o r la m ism a fig u ra de P erón,
en d e te rm in a d a s situaciones - p o r ejem plo fren te al Pacto Social, la ley de
A sociaciones P rofesionales o la reform a del C ódigo Penal - no se escatim ó
la crítica d ire c ta ,4’ te n d en c ia q u e se p ro fu n d izó d esp u é s d e la m u e rte de
Perón: «Los o b rero s p e ro n istas, e in clu so los m ilita n te s, n o c o m p re n d ía ­
mos to d av ía que el proy ecto del Viejo Perón, en el fondo e ra p a tro n a l» .50
U na c u e stió n q u e ta m p o c o h a b ría q u e d e ja r de lad o , es q u e m ás allá de
las d e fin ic io n e s d e la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te , m u c h o s m ilita n te s, al
m e n o s h a s ta la m u e rte d e Perón, n o e ra n a je n o s a c o n tra d ic c io n e s q u e
p ro v o cab an ta n to la ex ito sa y m ay o rita ria c o rrie n te m o v im e n tista, com o
las e s p e ra n z a s p o p u la re s d e p o sita d a s e n el líder. S e g ú n un m ilita n te
o b rero « ten ían m ás expectativas los estu d ia n te s que nosotros»; p en sab an ,
a c o rd e co n u n a co n c e p c ió n m ás tra d ic io n a l d el p e ro n ism o co m b a tiv o ,
«que P eró n v eía la re lació n de fu e r z a s ... si n o s o rg a n iz a m o s , se v ería
re s p a ld a d o y h a ría los cam bios».51

47. Equipo de redacción. «Conferencia de prensa de la regional Buenos Aires


del Peronism o de Base». En: M ilitando Peronista para la Liberación, n.° 34: (2 de
febrero de 1974).
48. «C om unicaciones. Peronism o de Base. R egionales C órdoba, Buenos
Aires, Rosario, Tucum án». Volante inédito. 20 de setiem bre de 1973.
49. Vale a cla ra r que M ontoneros no expresó u n a crítica d irecta al Pacto
Social, sino que b reg aro n «para que los trab a ja d o re s estén re p re se n tad o s en el
Pacto Social», véase Roberto Baschetti. Documentos (1973-1976). De Cámpora a
la ruptura. Vol. 1. Buenos Aires: Editorial De la C am pana, 1996, pág. 389.
50. Suplem ento Evita. Vocero del Peronism o de Base, septiem bre de 1975.
51. E ntrevista a N éstor (FAP, Regional Eva Perón). C abe destacar, que
fue d u ra m e n te criticado p or algunos c uando plan teó , d esp u és del discurso de

173
M arcelo R aim undo

S u e x p re s a y rá p id a to m a d e p a rtid o p o r el so c ia lism o fu e o tr a d e
las c o n ce p c io n e s p o lític a s q u e d efin ió la id e n tid a d de las FAP-PB. L uego
d e u n a p rim e ra e ta p a d o n d e las FAP p o n e su s m ira s só lo e n lo g ra r u n a
«Patria J u s ta , Libre y S o b eran a» , p a ra el añ o 197 0 ya se a d v ie rte u n a p o s­
tu r a m á s ra d ic a l, ju s ta m e n te e n u n d o c u m e n to q u e h a sid o c o n sid e ra d o
in te rn a m e n te c o m o « m o v im en tista» : «(E )s e v id e n te q u e la h u m a n id a d
m arch a h o y e n lo eco n ó m ico hacia form as socialistas d e p ro d u c c ió n . N o­
s o tro s no n o s c o n te n ta ría m o s co n u n a p ersp e c tiv a de m e ra d istrib u c ió n
d e la riq u eza» .52 Con el paso d e los añ o s, es in te re sa n te v e r ta m b ié n que
d e la c o m ú n p ro c la m a d e la é p o c a « lib eració n n a c io n a l y so cial» , en las
FAP-PB se fue d efin ien d o con m ay o r precisión el peso de los facto res: «no
h ay lib e ra c ió n n a c io n a l sin lib e ra c ió n social, y n o h a y lib e ra c ió n social
sin so cialism o » .53 T am b ién el te m a d el so cialism o fo rm ó p a r te d e las
polém icas q u e se d ie ro n con las o rg a n izacio n es de iz q u ie rd a , e n relación
a cuáles e ra n las fu en tes d e sd e d o n d e e m a n a b a la p ro p u e s ta , « p reten d e n
im p o n e rn o s la id e a d e so cialism o c o m o alg o q u e sale d e la c a b e z a de
o tro s, en c a m b io d e s u rg ir n a tu r a lm e n te d e n u e s tra p rá c tic a d e clase,
d e la re c u p e ra c ió n d e n u e s tra e x p e rie n c ia p o lític a c o m o tr a b a ja d o re s
p e ro n ista s» .54
En re la c ió n a las p o lé m ic a s, ta m p o c o h a b ría q u e d e ja r d e la d o u n a
d e las m á s fu e rte s q u e se dio c o n los M o n to n e ro s, q u e p u e d e c o n sid e ­
ra rse d e riv a d a d e la o p o sició n e n tre alte rn a tiv ism o y m o v im e n tism o : el
e s tra te g is m o v e rs u s el tacticism o . Las FAP-PB fu e ro n e n tr e o tra s cosas
p o r lo p rim e ro , u n a «desviación» re c o n o c id a p o r su s p ro p io s m ilita n te s:
« q u ien es o p ta m o s p o r la a ltern a tiva independiente, te n e m o s la te n d e n ­
cia a c a e r e n el e stra te g ism o » .55 E sta c u e stió n fu e ta m b ié n u n fa c to r de
p ro b le m a s in te rn o s, so b re to d o e n d e te rm in a d a s c o y u n tu ra s p o líticas
im p o rta n te s, tales co m o las elec cio n es d e m a rz o d e 1973. P ero m ás allá
d e re c o n o c e r e sta falla, fue p re fe rid a e sta p o sició n fre n te al c ú m u lo de
a sp ecto s n e g a tiv o s q u e p o rta b a su o p u e sto :

«El vicio ex trem o co n trario , el tactitaje, consiste en detenerse de


tal m anera en los medios, que se pierde de vista el fin . . . Q u ie­

Ezeiza, que Perón era un «contrarrevolucionario». Sus críticos term in aro n luego
em ig ran d o a la Ju v en tu d Peronista.
52. Equipo de redacción, «Reportaje a las FAP (12 preguntas)».
53. «A la Clase O brera y el Pueblo Peronista. Peronism o d e Base. Jo h n W.
Cooke», volante inédito, 20 de setiem bre de 1973.
54. Con Todo (el peso de 18 años de lucha de la clase obrera pero n ista), n."
3, pág. 8. Es claro este fragm ento en reflejar en qué consistía para la organización
la polém ica en tre espontaneísm o y vanguardism o.
55. «M aterial d e discusión». Rubén R. Dri, Resistencia, Chaco, en Baschetti,
Documentos (1973-1976). De Cámpora a la ruptura, pág. 384.

174
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:

n e s se d e ja n lle v a r p o r el ta c tita je , en la p rá c tic a re la tiv iz a n


los acu erd o s estratégicos au n q u e se los m an ten g a te ó ric a m e n ­
te . . . sin d u d a s el tac tita je es, sin c o m p a ra c ió n , m u ch o m ás
fu n e s to q u e el e stra te g ism o . En e fecto (el e s tra te g is ta , M R)
. . . tien e la p osibilidad de re c u p e ra rse d e las c o y u n tu ra s q u e
se h a y a c o m id o . . . El tactitaje siem pre bordea la traición, y
m u ch as veces no se sab e a ciencia cierta si ya h a in c u rrid o en
ella. Su o rig e n h ay q u e b u sc a rlo e n el c o lo n ia lism o eje rcid o
p o r las clases d o m in a n te s, q u e h a c e n q u e m u c h o s re v o lu c io ­
n a rio s in tro y e c te n los v alo res, las p a u ta s c u ltu ra le s d e los
d o m in a d o re s» .56

Al «tacticism o» se lo relacio nab a con la ocu p ació n de lu g ares d e poder,


c u e stió n d e p la n o re c h a z a d a p o r los p a rtid a rio s d e la a lte rn a tiv a in d e ­
p e n d ie n te . La crítica a la llam ad a «lucha su p e re stru c tu ra !» fue p ro fu n d a
y e ra to ta lm e n te p o lém ica fre n te a la p o sició n m o n to n e ra : «D esde u n a
p o s tu ra re v o lu c io n a ria , lo único que se pu ed e hered a r del M o v im ie n to en
lo estructural, es una estructura fo r m a l que no responde a los intereses de
la clase obrera, sino a los de la burguesía y la burocracia».57 C o n tra la
o c u p a c ió n d e a lg ú n esp acio d el g o b ie rn o , se o p in a b a q u e «un g o b ie rn o
elegido p o r el pueb lo p u ed e utilizarse y d e fen d erse com o h e rra m ie n ta de
lucha, pero no com o el m edio principal, sino al servicio de la lucha principal,
q u e es el fo rta le c im ie n to d e n u e s tro p ro p io s m e d io s es decir, a q u e llo s
q u e v ay am o s co n stru y e n d o en las fábricas, en los b a rrio s y allí d o n d e se
e n c u e n tre el p u e b lo » .58 E sta p o sició n se a s e n ta b a e n u n a d e te rm in a d a
concepción de la to m a del poder. Como afirm a un ex m ilitan te: «La tom a
del p o d e r era a largo plazo . . . p rim ero íbam os a lleg ar al g o b iern o , pero
el p o d e r iba a ta r d a r en llegar. T en er el p o d e r era algo m u y d is tin to que
llegar al g o b iern o . . . El p o d er no era te n e r el M inisterio d e T rabajo p ara
te n e r el poder, o el M inisterio de D e fe n s a ... ».59
Para finalizar, es p ara ten e r en c u e n ta cóm o se e v alu a b a el crecim iento
d e la o rg a n iz a c ió n p o lítica y su p ro p u e s ta . A quí p o d e m o s v e r u n a g ran
d ife re n c ia c o n los crite rio s q u e e n g e n e ra l se p la n te a n e n las o rg a n iz a ­
c io n es rev o lu cio n arias, y qu e su ele re la c io n a rse con el c re c im ie n to en sí
d e la o rg an izació n , en n ú m e ro de m ilitan tes o incluso con la c a n tid a d de
p eriódicos ven d id o s. En las FAP-PB, en razó n d e sus p artic u la re s objetivos
políticos, la p o n d eració n era realizad a de o tra form a: «¿C óm o m edíam os

56. Ibíd., págs. 385-386.


57. Ibíd., pág. 375.
58. «FAP. A la Clase O brera y al Pueblo Peronista». 22 de agosto de 1973, en
ibíü., págs. 173-174.
59. E ntrevista a Enrique (FAP, Regional M ar del Plata).

175
M arcelo R aim undo

n o so tro s el c re c im ie n to d e u n a fá b rica ? Por el niv el d e o rg an iza c ió n


a u tó n o m a d e los tra b a ja d o re s , al m a rg e n d e n o so tro s m ism o s» .60 En el
m ism o s e n tid o se re a liz a b a la le c tu ra d e los ciclos d e lu c h a : m ie n tra s
q u e p a ra M o n to n e ro s el a u g e d e m o v ilizació n c o rre sp o n d ió a l p erío d o
q u e v a d e sd e los in icio s d e l ciclo d e p ro te s ta p o lític a y so cial e n to rno
a la c o n sig n a «L uche y Vuelve», h a s ta la lla m a d a « m a sa cre d e Ezeiza»
( 1 9 7 1 - 1 9 7 3 ),61 p a ra las FAP-PB el a lz a c o in c id ió con el a u m e n to d e las
lu ch as o b re ra s, sie n d o e n to n ce s e n tre los a ñ o s 1 9 7 4 -1 9 7 5 .

La construcción de «poder obrero»

U n a o b se rv a c ió n so b re d iscu rso s h a c ia la clase tr a b a ja d o r a , p a ra a


tra v é s d e ello lo g ra r un a c e rc a m ie n to a p rác tic a s p o líticas c o n c re ta s sus­
ta n c ia le s - a sa b ie n d a s de q u e existe u n a in ev itab le com o así cam b ian te
d is ta n c ia e n tr e a m b o s p l a n o s - es lo q u e se in te n ta r á h a c e r a c o n tin u a ­
ción. La c u e stió n re s u lta clave p a ra e n te n d e r el d e rro te ro d e las FAP-PB
h a c ia u n a d e sm ilita riz a c ió n d e sus p rá c tic a s, y a q u e ese p ro c e so estuvo
asociado al en say o de u n a form a de vínculo con los obreros. Esta relación
n o e ra c u a lq u ie ra , sin o la q u e d o ta b a d e , p o d ría d ec irse , fu e rz a «moral»
p a ra red u cir el g ra d o de violencia. Por su p u esto , llevarlo a d e la n te estuvo
p la g a d o de te n sio n e s e in co h eren cias.
E m pecem os a v er cóm o se p re se n ta b a n las d iferencias. Al d ía siguien­
te de la m u e rte d e Perón, M ontoneros publicó u n a so licitad a pro clam an d o
la n ecesidad de un « acu erd o form al» e n tre las diversas fuerzas in teresa d as
e n la lib e ra c ió n n a c io n a l, p a ra d a r so s té n el g o b ie rn o d e Isa b el Perón.
E n ella se lla m a b a a « G a ra n tiz a r q u e e n e se A c u e rd o se a re s p e ta d a la
v o lu n ta d d e l G e n e ra l P eró n y los tra b a ja d o re s c o n stitu y a n su co lu m n a
v e rte b ra l, cuyos in te re se s sea n c o n te m p la d o s e n sus a sp ira c io n e s eco n ó ­
m icas y en su a fá n d e p a rtic ip a c ió n e n las decisio n es» .62 ¿Q ué p en sa b a n
las FAP-PB al resp ecto ? Q ue la clase o b re ra m ás q u e « co lu m n a vertebral»
d e b e ría s e r la «cab eza» , es d e c ir q u ie n h e g e m o n ic e el p ro c e so d e libe­
ra c ió n , p u e s n o se tr a ta r ía s im p le m e n te d e u n a c u e stió n d e «liberación
n acional» sin o «social». No era sólo u n a su n to d e c o n te m p la r in te re se s y

60. E ntrevista a Guillerm o.


61. En el m arco del regreso de Perón a Argentina luego de su exilio, alrededor
de un m illón de p erso n as se m ovilizaron al a ero p u e rto in te rn ac io n al d e Ezeiza
para recibirlo. Se transform ó en el escenario de una batalla arm ada e n tre sectore;;
de la derecha y la izquierda peronistas, y tuvo un saldo de m ás de una decena di;
m uertos y casi 300 heridos.
62. «Mi único h e re d e ro es el pueblo. M ontoneros», en R oberto Baschetti.
Documentos (197 3 -1 9 7 6 ). De la ruptura al golpe. Vol. 2. Buenos Aires: Editorial
l>c la C am pana, 1996, pág. 99.

!*/(>

Á
Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:.

de d a r u n a p a rtic ip a c ió n en las d ecisio n es, sin o d e q u e los tra b a ja d o re s


dirijan y co n d u zcan el país. Esta no es u n a d iferen cia m e n o r e n tre las dos
o rg a n iz a c io n e s, y p e rm ite e n te n d e r m e jo r el lu g a r q u e o c u p a el tra b a jo
político e n la clase o b re ra de las FAP-PB a p a rtir d e 1973.
C om o en to d a o rg a n iz a c ió n a la iz q u ie rd a d e l e sp e c tro id eo ló g ico ,
e sta b le c ie ro n u n a p o lítica so b re la re la c ió n e n tre lu c h a sin d ic a l y lu ch a
p o lítica. El s in d ic a to e ra v isto co m o el o rg a n ism o n a tu r a l d e la clase
o b rera, que posibilita su desarro llo y la to m a de conciencia. Pero no sería
el in s tru m e n to a d e c u a d o p a ra la lu ch a rev o lu cio n aria, p u e s «su accio n ar
e stá lim itad o por un c o n ju n to d e leyes c u id a d o sa m e n te e la b o ra d a s p a ra
que la “le g a lid a d sin d ical” se re m ita a p la n te a r la lu ch a s o la m e n te en el
m arco p u ra m e n te económ ico . . . el Sindicato ve tra b a d a su acción política
y e stra te g ia d e clase, lim itan d o su acción a la m era reivindicación».63 Así,
y m ás allá de re c o n o c e r la im p o rta n te fu n ció n d e los sin d ica to s clasistas
e n re la c ió n a la p o litizació n d e los tra b a ja d o re s , «(E )s e rró n e o q u e re r
tra n s fo rm a r la lu c h a sin d ical clasista (o al sin d ic a to c la sista ) e n u n a
o rg an izació n que lu cha p ara to m a r el poder, sin o q u e d e b e tra b a ja r p ara
la d efen sa d e los trab ajad o re s. Un sin d icato o a g ru p a c ió n clasista es u n a
p a rte d e l p ro c e so rev o lu c io n a rio p o rq u e u n e a los o b re ro s, lu c h a p o r
m ejoras sociales e identifica a los enem igos, p ero eso no q u iere d ecir que
sea la o rg a n iz a c ió n p ara d irig ir el p roceso rev o lu c io n ario . P ara dirigirlo,
hace falta la o rg an izació n p o lítico -m ilitar d e los o b rero s y el E jército del
P ueblo».64 P ara se r c o n se c u e n te s con e sta lín e a p o lítica, el in s tru m e n to
im p u lsa d o p o r las FAP-PB fue la agrupación de base. E stas se b u sc a ro n
d e s a rro lla r p rin c ip a lm e n te a nivel fab ril - p r i n c i p a l m e n t e - y a nivel
territo ria l o b a rria l, a u n q u e las ú ltim a s fu e ro n p e rd ie n d o p eso p ro p io y
se m a n tu v ie ro n e n fu n ció n al a p o rte q u e re a liz a b a n a l tra b a jo p o lítico
con la clase o b rera.
La a g ru p a c ió n de b ase se d efin ía c o m o « . . . (L )a fo rm a e n q u e los
co m pañeros com ienzan a o rg an izarse p o líticam en te d e n tro de los lugares
de tra b a jo (y n o sólo sin d ic a lm e n te ), se tra ta e n to n c e s d e u n a fo rm a d e
o rg a n iz a c ió n re v o lu c io n a ria q u e e n su a c c io n a r va a p o rta n d o a la c o n s­
trucción del Ejército del Pueblo. La A grupación d eb e ser a la vez, un lu g ar
d o n d e los activistas d iscutan p o líticam en te, se form en y cap aciten , a p re n ­
d ie n d o la e x p e rie n c ia de o tro s lu g a res y a n a liz a n d o p e rm a n e n te m e n te
los p ro b le m a s g e n e ra le s d e la situ a c ió n p o lítica, p la n ifiq u e n la s ta re a s
a re a liz a r e n su lu g a r d e tra b a jo » .65 S u sta n c ia lm e n te , la id e a e ra q u e a

63. «A grupación de Base “26 de Ju lio ” Evita de M aterfer. A porte p ara el


análisis y la discusión». Diciem bre de 1973, en ibíd., págs. 130-131.
64. M ilitando Peronista para la Liberación n.° 33, 31 de enero de 1974.
65. Ibíd. La Juventud T rabajadora Peronista (JTP) tam bién propuso la form a­
ción de a g rupaciones de base, y m ás allá de plan tearlas com o «perm anentes ya

177
M arcelo R aim un d o

p a rtir d e las a g ru p a c io n e s , d e sd e la b a se o b re ra , se iría c o n stru y e n d o


p a ra le la m e n te la o rg a n iz a c ió n p o lítica re v o lu c io n a ria , es d e c ir el PB, y
ta m b ié n se d e sa rro lla ría la o rg an izació n a rm a d a , las FAP: «El p la n teo de
la o rg a n iz a c ió n e ra c o n s tru ir a g ru p a c io n e s o b re ra s p e ro n is ta s e n cada
secto r d e la b u ro , en ca d a grem io. A p a rtir de lo reivin d icativ o e m p ez a r a
tra n sita r el cam in o h ac ia lo político. Ju s ta m e n te , el fo rm ar ag ru p acio n es
d e base sin d ical re la c io n a d a s fu e rte m e n te al sin d ic a to n o e ra el objetivo,
p o rq u e ib a a c re a r p rá c tic a s m u c h o m ás re la c io n a d a s co n la e stru c tu ra
sindical q u e co n las n ecesid ad es de la e stru c tu ra política, con la visión de
la o rg an iz a ció n p o lítica».66 El PB fu n cio n ab a com o la co o rd in ació n de las
d istin tas ag ru p ac io n e s, y estas ten ían un c a rá c te r fu e rte m e n te autónom o.
E staban o rg a n iza d as en m esas (zonales, reg io n ales y n ac io n a l) y algunos
in te g ra n te s (los m á s id e n tific a d o s con el PB) e ra n los q u e fo rm a b a n los
c o m a n d o s d e la s FAP. R esp ecto a la co m p o sició n so cial d e las a g ru p a ­
c io n es - y a te n ié n d o s e a los te stim o n io s o r a l e s - fu e e v o lu c io n a n d o a
lo la rg o d e la h is to ria d e la o rg a n iz a c ió n . Al p are c er, e n u n principio
se e n c o n tr a b a n c o n fo rm a d a s e n g ra n p ro p o rc ió n p o r « p ro letarizad o s» ;
re c u é rd e s e q u e a p a rtir d el d efin itiv o e sta b le c im ie n to d e la a lte rn a tiv a
in d e p e n d ie n te la o rg a n iz a c ió n re o rie n tó to d a la m ilita n c ia al trab ajo
o b rero , so s te n ie n d o sólo alg u n o s trab ajo s b arriales. Al irse d esarro llan d o
e sta p o lític a , la p ro p o rc ió n p aso a se r m a y o rita ria m e n te o b re ra , ya sea
p o r g a n a r activism o en los lugares de trab ajo o p o r a rtic u la r agrupaciones
a tra v é s d el tra b a jo b a rria l, su m a d o a q u e se h a b ía a b a n d o n a d o to ta l­
m e n te el fre n te u n iv e rsita rio , lu g a r in icial d e re c lu ta m ie n to d e fu tu ro s
p ro le ta riz a d o s . U n d a to q u e se d e riv a d e lo a n te rio r, es q u e h u b o una
e scasísim a c a n tid a d d e m ilita n te s re n ta d o s, a veces só lo p o r u n período

que responden organizativamente al proyecto estratégico», la idea era que debían


ser «las conducciones político-gremiales de cada sindicato», es decir, su función
difería sustancialmente de la propuesta alternativista. La JTP se podría entender
como el «brazo sindical» de Montoneros. Las agrupaciones de base eran para
las FAP-PB los puntos desde donde se articularía la organización revolucionaria.
Las citas son del «Primer encuentro de la JTP. 25 y 26 de agosto de 1973», en
Baschetti, Documentos (1973-1976). De Cámpora a la ruptura, pág. 179.
66. Entrevista a Lucio. Para una clara comprensión de cómo se articularon las
prácticas de las FAP y el PB entre ellas y con la clase obrera, hay que tener présenle
cuál era su horizonte primordial: la construcción de poder obrero. Este se entendía
como poder de los trabajadores dentro de la fábrica, y sus ejes fundam entales
eran: el control obrero de la producción, la democracia obrera y la organización
de comisiones o consejos obreros (que no eran lo mismo que las comisiones
internas o de delegados). A continuación se profundizan estas cuestiones, pero
para una referencia docum ental que sintetiza lo apuntado se puede consultar
«Punteo sobre el reordenam iento de nuestra práctica», en Duhalde y Pérez, Las
FAP, págs. 433-437.

17 »
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:

de tiem p o , pues la política de la o rg an izació n era q u e to d o s los activistas


tra b a je n , in clu so los d e la d irecció n , n o sólo p o r c u e stio n e s eco n ó m icas,
sino fu n d a m e n ta lm e n te p o rq u e «la o rg a n iz a c ió n no p o d ía se r e x te rn a a
la d in ám ica obrera».
El objetivo principal de la ag ru p ació n era o rg a n iz a r a los trab a ja d o re s
p o r secció n y d e a h í la to ta lid a d d e la fáb rica: « N o so tro s el tra b a jo q u e
h acíam o s e n las secciones d o n d e está b a m o s, fu n d a m e n ta lm e n te , e ra lo
que no so tro s llam ábam os la org an izació n de la sección. Es decir, nosotros
ten íam o s u n a id ea de q ue el p o d e r e ra d e los tra b a ja d o re s, q u e lo fu n d a ­
m en tal no e ra c a p tu r a r los cu e rp o s de d ele g a d o s, c o m o e n u n c ia b a n los
tro tsk o s. Y en eso n os d ife re n c iá b a m o s d e ellos. N o so tro s p e n sá b a m o s
q u e lo im p o rta n te era la secció n o rg a n iz a d a . Si la se cc ió n e s ta b a o rg a ­
n izad a, el d e le g a d o te n ía p o d e r co n los tra b a ja d o re s» .67 Se c o n sid e ra b a
e straté g ico el d e sa rro llo de la «dem o cracia o b rera» - re p re s e n ta d a en la
asam b lea p o r sección, tu rn o s y f á b r ic a - p o r d efin irse co m o n e c esa ria la
p a rtic ip a c ió n d e to d o s los tra b a ja d o re s e n las d e c isio n e s. T am b ién e ra
c o n sid e ra d a co m o el re a s e g u ro fre n te a p o sib les d e sv ia c io n e s e n to rn o
a la c o n stru cció n d e « p o d er obrero», q u e d e b ía e s tru c tu ra rs e a p a rtir de
te n e r en claro que el en em ig o e ra la p a tro n a l (n a c io n al o e x tra n je ra ):

«Por eso vem os que re p e tid a m e n te caen e n co n fu n d ir a n u e s ­


tro en em ig o principal cu an d o dicen q u e es la b u ro cracia, q u e
to d o el p eso d e la lu c h a lo d e b e m o s v o lc a r e n a rra n c a rle las
elecciones a la UOM; estos erro res, ju n to al error principal que
es no consultar perm anentem ente al conjunto hace q u e el c u e r­
po d e d eleg a d o s se vaya tra n sfo rm a n d o e n u n a c o o rd in a d o ra
de o rg an izacio n es d o n d e m uy pocos v an con m a n d a to de sec­
ción, d o n d e m uy pocos h an d iscutido re a lm e n te co n n o so tro s
c u á le s so n los p ro b le m a s q u e te n e m o s q u e a fro n ta r, có m o
h a c e m o s p a ra ir c o rrig ie n d o n u e stro s e rro re s d e c o n ju n to ,
cóm o h acem o s p ara a v a n z a r m ás en o rg an iza c ió n » .68

La cita hace ev idente la d iferencia en las concepciones de construcción


política re s p e c to d e o tra s o rg a n iz a cio n es. Por ejem p lo , la JT P a p u n ta b a
p rin cip alm en te a o cu p ar el a p a ra to sindical, p ro p ician d o la form ación de
listas o p o sito ras p a ra g a n a r el sindicato, luego las 62 O rg an izacio n es (de
la cuál fo rm ab a p a rte ) y de ah í la CGT. Las FAP-PB b u sc a ro n fu n d a m e n ­
ta lm e n te la o rg a n iz a c ió n a nivel b a se d e la clase tr a b a ja d o r a y c u a n d o
lograron alg ú n espacio (com isión in tern a, cuerpo de d eleg a d o s, sin d icato )

67. E ntrevista a G uillerm o.


68. «Boletín Obrero» n.° 1. Peronismo de Base de Propulsora, Volante inédito.
Sin fecha (estim ada m arzo de 1975), destacado (bastardillas) en el original.

179
M arcelo R aim undo

fue m ás b ien , seg ú n los testim o n io s, «un pro ceso n a tu ra l» , no el objetivo


básico, que p ara ellos era «(Q )u e la ag ru p ació n ten g a el p o d e r d e n tro del
esp acio . P or ejem p lo , q u e u n a a g ru p a ció n te n g a el p o d e r d e n tio de una
fábrica, qu e te n g a peso m ás allá de la bu ro cracia, p o rq u e allá to d o lo que
e ra sin d ic a to e ra b u ro c rá tic o , n o h a b ía grises. E n to n c e s n o s o cu p am o s
e n la o rg a n iz a c ió n , d e a b a jo p a ra a rrib a » .69 M ás a llá d e c o n sid erarse
c o m o « a n tib u ro c rá tic o s» , e sta d efin ició n p o r m o m e n to s to m a b a un con­
te n id o q u e e x ced ía la lu c h a p o r d e sb u ro c ra tiz a r el sin d ic a to , llegán d o se
a p la n te a r e n a lg u n o s v o la n te s q u e «al g rem io no lo n e c e sita m o s para
n ad a» . Se v o lc a b a n fu e rte s críticas a las listas c o m b a tiv a s p o r d e sv ia r el
eje d e la lu c h a h a c ia o tro s c arrilles, q u e re p r e s e n ta b a n m á s los in te re ­
ses d e d e te r m in a d a s o rg a n iz a c io n e s q u e los in te re se s d e las b ases, por
ejem plo el caso d e M o n to n ero s en su d isp u ta con la b u ro cra cia sindical y
el g o b ie rn o o el c aso de o rg a n iz a c io n e s de iz q u ie rd a q u e p ro p o n ía n la
c re a c ió n d e o rg a n ism o s c o n sid e ra d o s «artificiales» p o r las FAP-PB (por
e je m p lo c o o rd in a d o ra s , co m ités, e tc .), q u e b u sc a n d o « e m b a n d e ra r» las
lu chas, te rm in a b a n p o r aislar los conflictos.
O tro im p o rta n te d e b a te q u e e n ta b ló la o rg a n iz a c ió n e ra so b re las
fo rm as d e lu c h a o b re ra . M ie n tra s q u e la JTP, co m o a sim ism o o tra s or­
g a n iz a c io n e s, a firm a b a n la to m a d e fá b ric a c o m o « u n a d e las form as
m ás eficaces p a ra im p o n e r n u e stro s re c la m o s y d e r r o ta r las a rb itra rie ­
d a d e s p a tro n a le s » , el PB b re g ó in c a n s a b le m e n te p o r el c o n tro l de la
p ro d u c c ió n : «P orque con el p a ro p e rd e m o s n u e s tro su e ld o y c a em o s en
la tra m p a d e las ley es p a tro n a le s a p ro v e c h a n d o la p a tr o n a l p a ra e ch ar
a los c o m p a ñ e ro s m ás co m b ativ o s. Con la b aja de p ro d u c c ió n peleam os
c o n tra la p a tr o n a l co n las a rm a s q u e m á s co n o ce m o s, n u e s tra s p ro p ias
m á q u in a s, g o lp e a n d o a la p a tro n a l e n sus g a n a n c ia s y o b lig á n d o le s a
q u e n o s p a g u e n los su e ld o s» .70 Así, y ex c e d ie n d o el m a rc o efectivista
d e los M o n to n e ro s, el co n tro l o b re ro p la n te a b a a d e m á s u n a c u e stió n de
eficiencia. La id e a e ra m a n te n e rs e e n lu c h a d e n tr o d e la fá b ric a , ta n to
fren te a la p ro p u e s ta d e m ovilizaciones com o a la sim p le o c u p ació n , que
te r m in a b a « re la ja n d o la d iscip lin a» y « m in a n d o la u n id a d » . Al d e c ir de
los te s tim o n io s, la p ro p u e s ta de c o n tro l d e la p ro d u c c ió n n o fu e una
tá c tic a tra íd a d e s d e fu e ra d e l co lectiv o o b re ro , « ... eso e n re a lid a d no
fue u n in v e n to n u e s tro , sin o d e la g e n te , d e los tr a b a ja d o r e s . Lo que
pasa es qu e n o so tro s lo a d o p tam o s ráp id a m en te. Los tro tsk o s se tom aron
m ás tie m p o , y s ig u ie ro n a d e la n te . En re a lid a d , ese te m a fu e u n a cosa

69. E ntrevista a E nrique. Esta es una visión que refleja el desprecio que se
tenía por los ám bitos considerados «superestructurales».
70. «Boletín O brero» n.° 1. Peronism o de Base de Huber. V olante inédito.
M arzo de 1976. Nótese aquí el desplazam iento discursivo: el arm a obrera pasa a
ser el instrum ento de trabajo, la m áquina.

18 0
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

que a p a re c e y te resu e lv e to d o s los p ro b le m as. Vos sa b é s q u e te n e s q u e


p e le a rte o sa b é s q u e si p e le a s te ro m p e n la c a b ez a . E n to n c e s q u e d a s
e m p a n ta n a d o . H a sta q u e e n un m o m e n to d e sc u b ría s q u e p o d e s p e le a r
sin q ue te ro m p an la cabeza».71 El control ob rero se tran sfo rm ó en u n o de
los ejes políticos m ás im p o rta n te s, pues se lo c o n sid e ra b a valioso no sólo
táctica sin o e s tra té g ic a m e n te : « (E )n la m e to d o lo g ía d e lu c h a se h a cía
m uy difícil el p a ro o la h u e lg a g e n e ra l y a d e m á s m u y v u ln e ra b le e n la
re p resió n . Y la e x p e rie n c ia d e d is tin ta s fá b ricas y d e a lg u n a s fáb ricas
de la z o n a e ra q u e si el c u e rp o d e d e le g a d o s o la a g ru p a c ió n p o lítica
m ilita n te d e la o rg a n iz a c ió n o en c o n ju n to co n o tra a g ru p a c ió n p o d ía
llegar a te n e r el contro l, el m anejo técnico de la fábrica, se p o d ía g e n e rar
desde desp erd icio , en el caso de p ro d u ccio n es en serie, h a s ta in crem en to
de p ro d u c c ió n p o r v o lu n ta d d e l c u e rp o d e d e le g a d o s o d el activ ism o , o
baja e n las p ro d u c c io n e s. Y eso h acía m ás d a ñ o q u e el p a ro o la h u elg a
y no e x p o n ía n ta n to a los m ilita n te s. E ra u n sig n o c o n c re to d e e n tr a r
a d is c u tir el ejercicio d e la p ro p ie d a d . En re a lid a d fu e ro n las p rim e ra s
d is cu sio n es q u e h u b o de có m o se h a ría el p ro c eso re v o lu c io n a rio y q u é
significaba el c o n tro l o b re ro de la p ro d u c c ió n , q u é sig n ifica la p ro p ie ­
d ad . En re a lid a d es u n a re la ció n d o n d e h a y u n títu lo d e p ro p ie d a d y
la e sta tiz a c ió n ta m p o c o e r a . . . » . 72 V arias v eces se d isc u tió ta m b ié n la
n e c e sid a d d e u n co n tro l d e la c ircu lació n , d e la c o m e rc ia liz a c ió n , un
facto r q u e si n o se te n ía e n c u e n ta , te rm in a b a p o r d e b ilita r el co n tro l
lo g rad o e n las fáb ricas. La to m a d e p o sició n p o r el c o n tro l o b re ro , al
im p licar la v u e lta a la fáb rica d u ra n te u n c o n flicto , les co stó m u c h as
veces a los m ilita n te s el tild e d e «reform istas». P ero e sta n o fu e la única
razón p a ra esa acusació n , p o rq u e a d em á s, el PB siem p re criticab a lo que
consideraba el «trem endism o» y las co n d u cta s de a lg u n as org an izacio n es
q ue c o n d u c ía n a « rev en ta r» los con flicto s: « N o sotros íb a m o s e n b u sca
d el triu n fo , m ín im o triu n fo , triu n fo s o b re ro s q u e fu e ra n e je m p lo p a ra
las z o n a s. La h is to ria d el re tro c e so d e la clase o b re ra tie n e q u e v e r con
p e rd e r co n flicto s, se tr a ta b a de no lle v a r el co n flicto al e x tre m o . En
unos caso s p a re c ía n refo rm ista s los c o m p a ñ e ro s p o rq u e si v e ía n q u e las
relaciones de fuerzas v en ían jo d id a s no h acía n quilom bos».73 La cuestión
era m a n te n e r a ra ja ta b la la p o sib ilid a d d el tra b a jo legal q u e p e rm itía

71. E ntrevista a Guillerm o.


72. E ntrevista a Raúl. La idea de la a p u esta por el control obrero, llegando
a p lan te arse com o u n a form a de consejism o obrero concreta en varias fábricas,
p erd u ra en las referencias de ex m ilitantes que incluyen Bagley, La H idrófita,
Peugeot, e incluso Petroquím ica Sudam ericana; en Daniel Fernández. «Las luchas
obreras en la A rgentina m oderna». En: Cuadernos Políticos, n.u 31: Buenos Aires
(1982).
7 3 . Ibíd.
M arcelo R aim undo

a rtic u la r y m a n te n e r la o rg an izació n de las bases. U na esca la d a represiva


o d e d esp id o s, e ra v ista co m o un retro ceso fatal, p u es p ro v o cab a la caída
d e u n tra b a jo p o lítico d e in se rc ió n q u e h ab ía llev ad o la rg o tiem p o .

El tribunal obrero

A h o ra b ien , ¿cóm o se co n ju g ó e sta d in ám ica con la id e a d e h a c e r po­


lítica «con las a rm a s en la m ano»? Se ha dich o a q u í q u e la consolidación
d e la « a ltern a tiv a in d e p e n d ie n te » o casionó varios cam bios. En relación a
lo a rm a d o , h a y u n a im p o rta n te tra n sfo rm a c ió n e n la lín ea o p eracio n a l,
q u e tr a ta r á a p a rtir d e allí se r c o n se c u e n te c o n la m e ta e s tra té g ic a do
la o rg a n iz a c ió n , de « c o n stru cc ió n de p o d e r o b rero » . P rim e ro , h a y un
p ro g re siv o a b a n d o n o de las g ra n d e s o p e ra c io n e s, p re d o m in a n d o desde
m e d ia d o s d e 1973 las p e q u e ñ a s acciones. S e g u n d o , se ach ica el abanico
d e o b jetiv o s, q u e c o m p re n d e rá p rin c ip a lm e n te a su je to s lig a d o s al ám ­
b ito la b o ra l: e m p re s a rio s , su p e rv iso re s, los c o n sid e ra d o s b u ró c ra ta s y
«alca h u etes» .74 E x cep cio n alm en te, e n alg u n a s re g io n a le s h a b rá acciones
c o n tra o rg a n iz a c io n e s d e la u ltra d e re c h a y la policía, p e ro se a b a n d o n o
c o m p le ta m e n te el e n fre n ta m ie n to con las fu erz as a rm a d a s.
En cu an to a los á m b ito s d e sd e d ó n d e se realizan las acciones violentas,
solo en alg u n as reg io n ales seg u irán o p e ra n d o los d e sta ca m e n to s. En otras
esto s se d ilu y e n y la fo rm a d e acció n se rá n los c o m a n d o s, fo rm a d o s por
alg u n o s in te g ra n te s d e los fren tes. Esto está en relació n con el lu g a r que
p asa a o c u p a r la lu ch a a rm a d a e n el eje de co n stru c c ió n clasista. Si bien
se m a n tie n e la e s tra te g ia d e g u e rra p o p u la r p ro lo n g a d a , e sta te n d r á un
c o n te n id o d is tin to a la q u e le d a b a n los M o n to n ero s: «(E )llos c o n sid e ra ­
b an q u e e n tra b a n en g u e rra con el ejército, y te n ía n que a rm a r u n ejército
p a ra e n fr e n ta r a o tro e jé rcito . Y ellos se c o n sid e ra b a n c o m o u n ejército,
cosa q u e n o so tro s n u n c a h icim o s. N o so tro s e stá b a m o s c la ra m e n te en la
g u e rr a d e g u e rrilla s. N o p la n te á b a m o s e sc u a d ra s, e sc u a d ro n e s o cosas
p o r el estilo. Lo n u e stro e ra m ás célula, m ás co m an d o » .75 Esta diferencia
se ve p la s m a d a ta m b ié n e n q u e no ex istió d e u n a je r a rq u ía m ilita r de
o ficialid ad .
Es a sí q u e la s a c c io n e s a rm a d a s fu e ro n to m a n d o c a d a v e z m á s las
c a ra c te rístic a s d e « a u to d efen sa» de la clase o b re ra y los acto s d e ju sticia
p o p u la r - m ás clásicos de las organ izacio n es re v o lu c io n a ria s- term in aro n
p o r tra n s fo rm a rs e e n u n a fo rm a m ás esp ecífica y sin g u la r: el tribunal
obrero. E ste c a m b io c o m e n z ó a d e lin e a rs e e n tr e fines d e 1 9 7 3 y 1974,
p a sa n d o d e a te n ta d o s con explosivos, a m e tra lla m ie n to s y eje c u cio n es de
74. Es decir, los tra b a ja d o re s que a ctu ab a n com o d e la to re s o cóm plices, o
que c o n sen su ab an las políticas patronales.
75. E ntrevista a E nrique.

im>
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

em p resario s, d ir ig e n te s g re m ia le s y m ilita re s, al u so d e b o m b a s (c o n tra


em p resas, d o m ic ilio s y v e h íc u lo s), se c u e stro s, « a p re ta d a s» y p a liz a s a
su jeto s v in cu lad o s a conflicto s la b o rale s precisos. Ya h a c ia p rin c ip io s d e
1975 p rá c tic a m e n te to d a s las o p e ra c io n e s p ú b licas d e las FAP sig u e n el
p a tró n que se p u e d e o b se rv a r el sig u ie n te v o lan te:

«OSCAR EDGARDO DAMONTE, p o r se r u n o d e los p a tro n e s


de BAGLEY, fu e e n c o n tra d o c u lp a b le d e VIOLACION DEL
CONVENIO en el salario y co ndiciones de trab ajo , d e PRÁCTI­
CA DESLEAL e n la re la c ió n o b re ro -p a tro n a l, y d e PROVOCA­
CIÓN ORGANIZADA en co m p licid ad co n el m in is tro OTERO
y el b u ró c ra ta DAMIANI -s e c re ta r io g en eral del S in d ic a to de
la A lim e n ta c ió n - al d e sp ed ir a 115 o b rero s q u e lu c h a b a n p o r
sus d erech o s. En no m b re de los OBREROS de BAGLEY y d e la
CLASE OBRERA PERONISTA n u e stra o rg an izació n lo co n d e n ó
a m u erte. Salvó su vida al rein co rp o rar la em p resa a to d o s los
d e sp e d id o s a p a r tir d el inicio d e l co n flicto , re c o n o c ié n d o le s
la a n tig ü e d a d y los sa la rio s caíd o s. R ec u p e ró su lib e rta d al
pagar, a la to ta lid a d del p erso n al, los salario s c a íd o s d u ra n te
todos los d ías del conflicto y la m u lta de $ 5 0 0 .0 0 0 .0 0 0 a n u e s ­
tra o rg a n iz a c ió n . FUE UN TRIUNFO DE LA CLASE OBRERA
PERONISTA (sic)».76

A fines d e m a y o d e ese a ñ o y e n el m a rc o d e u n co n flic to co n las


em presas d e tra n sp o rte público, las FAP secu estra n al g e re n te d e la línea
5 2 0 d e ó m n ib u s d e la c iu d a d d e La P la ta, y d ic ta n la p e n a d e m u e r te a
los g ere n te s de to d a s las líneas:

«ESTA SENTENCIA SERÁ EJECUTADA EL DÍA Y EN EL LUGAR


QUE EL PODER OBRERO QUE LOS PERONISTAS DE ABAJO
ESTAMOS CONSTRUYENDO LO DECIDA (sic)».77

F in a lm e n te , la p e n a fu e c o n m u ta d a al o to rg a se u n a u m e n to d e s a la ­
rios y u n a c o n v o c a to ria a a sa m b le a vía u n a so lic ita d a p u b lic a d a p o r la
to talid ad de las em p resas de colectivos. A principios de ju n io , e n la zo n a,
se a te n ta co n tra un jefe d e tu rn o de la fábrica P etroquím ica S u d a m eric a n a
y se a n u n c ia el ju z g a m ie n to d e to d o su d irec to rio , p e rs o n a l je rá rq u ic o y
los d irig e n te s sin d icales y de la com isión in te rn a c o n sid e ra d o s c o la b o ra ­
cionistas. Al parecer, fin alm en te se hab ía e n c o n tra d o u n a fo rm a ideal de
76. «C onstruyendo el po d er de los obreros», FAP, 26 de febrero de 1975.
Archivo de la DIPBA, m esa DS, carpeta varios, legajo n.° 3.264.
77. «Com unicado» n.° 1, FAP, s / f (a lre d ed o r del 21 d e m ayo d e 1975).
Archivo de la DIPBA, mesa B, carpeta 1, legajo 1, UTA.

183
M arcelo R aim un d o

a rtic u la r o sin te tiza r la lu c h a o b re ra co n la lu c h a a rm a d a , e n el ca m in o


h acia el « p o d e r obrero».
De to d as m a n era s, cabe d e sta c a r q u e al in d a g a r so b re e sta cuestió n se
p re s e n ta n c ie rta s te n sio n e s q u e se h a cen e v id e n te s a la h o ra d e e sc ru ta r
d is tin to s te s tim o n io s. S e g ú n alg u n o s d e ellos, el u so d e la v io le n c ia no
era u n a definición to m a d a m ecá n icam en te y llev ad a a d e la n te per se, sino
q u e e ra c o n s ta n te m e n te d e b a tid a , « . . . se d a n d isc u sio n e s m u y ricas en
ese se n tid o : el ro l de la v io le n c ia e n re la c ió n a e sa s p rá c tic a s , c u á n d o
c o rre s p o n d e y c u á n d o no, es d e c ir c u á n d o c o rre s p o n d e s u p lir la fu erza
p ro p ia d e los la b u ra n te s e n d e te rm in a d a b ú s q u e d a re iv in d ic a tiv a con
el g ru p o e sp e c ia liz a d o e n e je rc e r la v io le n c ia .. . ».78 Se v eía ju stific a d a ,
e n p a la b ra s d e u n m ilita n te , « c u a n d o n o se g a ra n tiz a b a la d e m o c ra c ia
o b re ra » , p a ra « e m p a rd a r» la v io len cia q u e p ro v e n ía d e la p a tro n a l y la
burocracia. Sin em b arg o se p u e d e ob serv ar que en o tro s casos el accio n ar
e sc a la b a s e g ú n la s c irc u n sta n c ia s: « N o sotros é ra m o s m u y e fe c tista s, lo­
g ráb am o s el objetivo. Si n o so tro s q u eríam o s q u e la fáb rica d e ascen so res
a u m e n ta ra d o s p eso s la h o ra , e m p e z a b a la h u e lg a. Si v eía s q u e se ven ía
c a y e n d o la h u e lg a , se m e tía u n c añ o a la p a tro n a l p a ra q u e afloje an tes,
se a p re ta b a de to d o s lados. E m pezaba con un p ed id o no rm al. Los co m p a­
ñ e ro s p ro p o n ía n un p aro . Si no se lo g rab a con el p a ro se a p re ta b a , p ero
fin alm en te se lo g ra b a . Y si co n el a p rie te no p a sa b a n a d a , se lo c h u p a b a
al p a tró n . Se se g u ía , y h a s ta n o lo g ra rlo , n o se p a ra b a » .79 P arecería
e n to n c e s h a b e r u n a co n trad ic c ió n e n tre los rela to s, p ero p a ra e v ita r u n a
le c tu ra lin e al al re s p e c to no se d e b e ría n o b v ia r d o s c u e stio n e s. Por un
la d o las FAP-PB - s e p o d ría d e c i r - so n u n a « o rg a n iz a c ió n e n pro ceso » ,
s u m e rg id a e n u n a in te n s a b ú s q u e d a p o lític a m á s a llá d e te n e r a lg u n a s
d e fin ic io n e s a su m id a s. Por el o tro , no h a b ría q u e p e r d e r d e v ista las
d iv e rsa s re a lid a d e s re g io n a le s. H ubo re g io n a le s d o n d e el p e so d e las
FAP, c o m o a p a ra to a rm a d o , e ra m a y o r q u e el d e l PB, m ás allá d e q u e
a p a re n te m e n te n u n c a se d ie ro n te n s io n e s fu e rte s c o m o las q u e h u b o
e n d e te rm in a d o s m o m e n to s e n tr e M o n to n e ro s y su s fre n te s d e m asas.
Para p o n e r u n caso, la reg io n al M ar del P lata, q u e se g ú n u n ex m ilita n te
e ra la m ás « ferre te ra» ,80 te n ía un a p a ra to m ilita r so b re d im e n s io n a d o en
c o rre sp o n d e n c ia a su d e sa rro llo político. Pero e ste d e sfa sa je re sp ec to de
la p ro p u e s ta g e n e ra l, q u e p la n te a b a d a r m á s p e so a lo p o lític o q u e a lo
a rm a d o , fu e re c o n o c id o y c ritic a d o : «H ubo u n m o m e n to e n el q u e no
m e d im o s r e a l m e n t e ... Yo m e a c u e rd o q u e u n a v ez v in e a La P la ta, y el
g o rd o R am ón m e dice: “Decile a los m uchachos q u e se e stá n equivocando
de m úsica”, y yo le p re g u n to p o r qué. Y m e rep itió lo m ism o: “Se escucha

78. E ntrevista a Lucio.


79. E ntrevista a Enrique.
80. En la jerg a, es un derivado de «fierro» o arm a de fuego.

184

i
Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

m ás ru id o q u e m ú sic a ”. Y d e sp u é s se d isc u tió e s o . .. ».81 A ún así, los


testim onios afirm an que existía un «consenso» o b rero al a ccio n ar arm a d o
y ex iste u n a o p in ió n e x te n d id a d e q u e las o p e ra c io n e s q u e re a liz a b a n
re s u lta b a n «sim páticas»: « (N )o so tro s te n ía m o s u n je fe q u e e ra u n hijo
de p u ta , h a c ía llo ra r a las m u je re s. C reo q u e era e x tra n je ro , a le m á n . El
tipo e ra u n a b a su ra . U n d ía lo a g a rra m o s, yo no fui, fu e ro n o tro s. Lo
ca g a ro n a p alo s y le c o rta ro n el culo con u n a G illette (risa s). Así q u e el
jefe te rm in ó en el h o sp ita l d e E n se n a d a , cu lo p a ra a rrib a c o m o v e in te
días. Y to d o el m u n d o decía q u e le h a b ía n ro to el culo».82
En relació n a la p artic ip a ció n de los o b re ro s en estas accio n es h a b ría
q ue s e ñ a la r d o s a sp ecto s. Al in d a g a r so b re el nivel e n el q u e se to m a b a
la d e c isió n d e re a liz a r u n a acció n v io le n ta , la re s p u e s ta fu e q u e e n
a lg u n o s c aso s e n el c o m a n d o , y e n o tro s, e n las a g ru p a c io n e s d e base;
y en e ste ú ltim o caso se tra ta b a d e h a c e r p a rtic ip a r a in te g ra n te s de
la a g ru p a c ió n . E sta d in á m ic a e stá v in c u la d a al h e c h o d e q u e d e sd e
la d efin itiv a u n id a d de las FAP y el PB, los m ilita n te s te n ía n u n d o b le
e n c u a d ra m ie n to , y e sta ló g ica in te n ta b a e x te n d e rse a las a g ru p a c io n e s
de base en los lu g a re s de tra b a jo , cu y a co m p o sic ió n n o se re d u c ía a los
in teg ran tes de la organizació n . En este sen tido hab ía u n a fu erte diferencia
con la línea de M onton ero s, a la que llam ab an «política a rticu lato ria» , es
decir u n a re sp u e sta e n te n d id a com o «desde fuera» con el a p a ra to m ilitar
an te u n a d e m a n d a o b re ra . Esto re s u lta b a n e g a tiv o e n la c o n ce p c ió n de
las FAP-PB p o r d o s cu e stio n e s: p o r u n la d o , se re e m p la z a b a a la clase
o b rera; p o r o tro , los triu n fo s re s u lta b a n lo g ro s d e u n a o rg a n iz a c ió n , n o
de los o b re ro s, n o a le n ta n d o así a la c o n fia n z a e n las « p ro p ia s fu erzas»
de las b ases. Por ello «se re s ig n a b a a no te n e r p re s e n c ia , q u e a te n e rla
sin h a b e r c o n stru id o p re v ia m e n te algo, sin te n e r u n d e sa rro llo afincad o ,
firm e».83
R esu lta in te re s a n te v e r có m o se fue in te n ta n d o d a r a la v io len cia u n
lu g ar preciso, su b o rd in ad o p ero a la vez d in am iz ad o r de u n a co nstrucción
política. Esto se p u ed e a p re c iar en relación a cóm o e ra n recibidas en oca­
siones las accio n es a rm a d a s p o r p a rte de los tra b a ja d o re s y la re sp u e sta
de la o rg an izació n :

«A v eces g e n e ra b a n p r o b le m a s .. . El p ro b le m a era q u e los


c o m p a ñ e ro s se q u e d a b a n con u n a visión facilista d e la c u e s­

81. Entrevista a Enrique. El «Gordo Ramón» era p arte de la dirección de las


FAP C om ando Nacional.
82. E ntrevista a G uillerm o. Para hacer un c o n tra p u n to , con esta y o tras
cuestiones, se puede c o n su ltar la entrevista a «El Negro», en Pozzi y S chneider,
Los setentistas. Izquierda y clase obrera: 1969-1976.
83. E ntrevista a Lucio.

185
M arcelo R aim undo

ti ó n ... Tenías q u e d iscu tir m ucho con ellos, c o n v e rsa r m u ch o


s o b re ese t e m a . . . El a p a ra to , al h a b e r p u e s to la fu e rz a s u ­
p le to ria q u e ellos n o te n ía n los h a b ía a g ra n d a d o . H ab ía q u e
c o n tr o la r ese tip o d e a sp ira c ió n ta m b ié n , p o rq u e sin o q u e ­
d a b a co m o q u e si te n é s u n a p a ra to m á s g ra n d e te n é s p oder.
N osotros no afin cam o s e n el p o d e r del a p a ra to a rm a d o , p a ra
n a d a . El d e sa rro llo e ra m ás b ien e n el p o d e r p o lítico y en el
p o d e r d e c o n v o c a to ria » .84

Para te rm in a r e ste re c o rrid o , q u e d a ría p e n d ie n te u n a b rev e p u n tu ali-


zación so b re el e n fre n ta m ie n to con la b u ro cracia sindical. C om o se p udo
v er en u n a cita m ás a rrib a , las FAP-PB era n fu e rte m e n te an tib u ro c rá tic a s,
a la b u ro c ra c ia se la c o n sid e ra b a u n e n e m ig o . Pero e ra u n e n e m ig o
se c u n d a rio resp e c to al p rin cip al, la p a tro n a l. A p e s a r d e ello no faltaro n
las « ejecu cio n es» d e b u ró c ra ta s , es el e je m p lo d e D irk K lo o ste rm a n del
SMATA o d e M a rc e lin o M an silla, se c re ta rio d e la CGT d e M ar d e l P lata.
Pero e sta línea d e acción fue a b a n d o n a d a h a c ia fines d e 19 7 3 : «Era m ás
im p o rta n te el triu n fo o b rero de u n a fábrica co m o PASA, P ro p u lso ra, que
la ju s tic ia p o p u la r c o n tra el b u ró c ra ta , e ra m ás im p o rta n te eso. La co n s­
tru c c ió n d e l triu n fo o b re ro , a lc a n z a b a u n a d ifu sió n y u n e je m p lo h acia
la clase o b re ra m u c h o m á s im p o rta n te q u e la e je c u c ió n d e l b u ró c ra ta .
A unque si ese b u ró c ra ta h u b ie ra sido un g ra n tra id o r to d o el m u n d o decía
“q u é b ie n ”, p ero en la co n stru c c ió n c o tid ia n a no a p o rta b a » .85

A modo de conclusión
R eferirse a las «FAP-PB», p u e d e d a r a sim p le v ista u n a im a g e n de
e stre c h a id e n tific a c ió n d el estilo d el PRT-ERP. En re a lid a d , el re c o rrid o
re a liz a d o h a s ta a q u í e s ta ría d e m o s tra n d o q u e d ic h a id e n tid a d es m ás
b ie n u n p u n to d e lle g a d a , q u e re s u lta o b se rv a b le a n iv el d e l d e sa rro llo
o rg a n iz a tiv o n a c io n a l, p e ro q u e no e stá e x e n to d e h e te ro g e n e id a d e s
reg io n ales.
Esta breve h isto ria de las FAP-PB, se ha p ro p u e sto b rin d a r u n a visión y
evaluación d ife re n te s de las p ro p u estas en el tra b a jo de Luvecce. Prim ero,
y m a n te n ié n d o s e e n su ló g ica, si la tesis d e M ichel W ie w o rk a se basa
e n o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s , no se ría a p lic a b le al PB, ya q u e la m ism a
L uvecce la d efin e co m o o rg a n iz a c ió n e x c lu siv a m e n te p o lítica. S eg u n d o ,
la ta ja n te s e p a ra c ió n q u e h a c e e n tre las FAP y el PB, d e riv a d e u n p ro ­
b lem a reco n o c id o p o r la m ism a a u to ra , las d ife re n c ia s re g io n a le s . Pero
luM iim rntr su análisis e n fatiza los casos d o n d e m en o s d e sarro llo tuvo las
Izquierda p eron ista, violen cia arm ada y clase obrera:

FAP o, d o n d e los tuvo, sesga te m p o ra lm e n te el análisis co n stru y e n d o una


g en eralizació n incorrecta. Ju s ta m e n te , la e ta p a ab ierta e n 1973 es la que
p erm ite v e r a las FAP-PB com o u n a u n id a d , a u n q u e com o se h a señ alad o ,
en c o n s ta n te p ro ceso . Un p ro c e s o q u e d io co m o re s u lta d o , m á s q u e un
progresivo ascenso de las p rácticas arm ad as, una e stra te g ia c ad a vez m ás
cercan a a cedant arm a togae, concedat laurea laudiSb y a le ja d a del inicial
foquism o. En este trabajo, se h a in te n ta d o realizar un c o n tra p u n to con la
in te rp re ta c ió n o riginal a p a rtir d e en fo car:
1. La e ta p a d o n d e la « a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te » e n tra en p le n o fu n ­
c io n a m ie n to , q u e co in c id e co n la e stre c h a re la c ió n e n tr e FAP-PB,
c o m p ro b a d a por el g e n e ra liz a d o d o b le e n c u a d ra m ie n to .
2. Los te stim o n io s de 3 reg io n a le s, d o n d e:
a) el PB tuvo escaso d e sa rro llo (M ar del P lata);
b) las FAP d e sa rro lla ro n el PB (B uenos A ires);
c) e x istía n , en u n a e ta p a inicial, las FAP y el PB p o r s e p a ra d o
(La P lata, Berisso y E n se n a d a ). Q uizás este tip o de e stra te g ia
m etodológica, q u e hace pro p io el p ro b lem a del sesgo espacial
y te m p o ra l, p e rm ita p ro fu n d iz a r la co m p re n sió n d e o rg a n iz a ­
c io n es p o líticas n o ta n v e rtic a lista s co m o M o n to n e ro s, sin o
m ás p a recid as a u n a red.
Sin em b arg o , el fenóm en o quizás m ás in te re sa n te es el que ju sta m e n te
re b a te la «inversión» g en e ra liz a d a q u e p ro p o n e W iew orka en su m o d elo
de análisis. La organizació n a rm ad a aquí estu d ia d a ensayó u n a d esm ilita­
rización (com o reducción al m ínim o del a rm a m e n to y acciones arm ad as)
m ie n tra s se especializó e n in te rv e n ir en conflictos lab o rales, y al p a re c e r
el trib u n al o b rero sería la form a ideal e n c o n tra d a p ara articu larse con las
luchas o b reras.
U na de las cuestiones que q u ed a ab ierta p ara in d a g ar con p ro fu n d id ad ,
es b u s c a r con m a y o r p recisió n los d e te rm in a n te s q u e a c tu a ro n p a ra d a r
u n a esp ecífica a rtic u la c ió n e n tre , p o r u n la d o , m a rx ism o y p e ro n ism o ,
y p o r o tro , lu ch a p o lítica y lu ch a a rm a d a , y q u e d ie ro n c o m o re s u lta d o
re la c io n e s d is tin ta s a las q u e ex istie ro n e n o tra s o rg a n iz a c io n e s q u e
fo rm a ro n p a rte d e la iz q u ie rd a . Si b ien a q u í se h a h e c h o h in c a p ié en
la in flu en cia d e la co m p o sic ió n social d e la o rg a n iz a c ió n p o lítica, esto
h a sid o p ro p u e s to m ás a m o d o d e h ip ó te sis q u e de tesis, ya q u e no se
p o d ría a s e g u r a r q u e la so lu ció n sea sim p le m e n te e sta . Tal vez en este
s e n tid o se a re v e la d o r c o m p le m e n ta r lo e s tru c tu ra l con lo h istó ric o , y
q uizás m ás p recisam en te, con el d ev en ir de las luchas e n ta b la d a s no sólo

86. «Que las arm as cedan a la toga y que el laurel se dé a los m éritos», frase
de Cicerón.

187
M arcelo R aim undo

co n los e n e m ig o s e x te rn o s, sin o ta m b ié n c o n los a d v e rs a rio s in te rn o s.


E x p lo rar el sig n ific ad o p ro fu n d o d e lo q u e fu e la lla m a d a « e x p erien cia
a c u m u la d a » , c o n sig n a p u e sta en ju e g o (y de m a n e ra in s is te n te ) p o r los
m ism os p ro ta g o n ista s, p u e d e q u e sea u n p u n to d e e n tr a d a a ello .87

87. Cuando se habla de buscar un .significado «profundo», no se alude a una


cu estió n d e hechos (los que se p u e d en ver en los re cu e n to s m íticos d e h azañas
y errores, que se repiten frecu en tem en te en los testim o n io s ta n to ora le s como
escritos), sino a relaciones concretas en ta b lad a s e n tre los sujetos. M uchas veces,
los hechos que hab itu alm en te se invocan no fueron vividos d irec ta m en te p or los
que testim onian, pero cobran una significación d e n tro de una relación.

188
Capítulo 7
Bolivia en el ciclo guerrillero, 1963-1970
continuidades y diferencias

G u s ta v o R o d ríg u e z O s tr ia

Introducción

La g u errilla conducida p o r E rnesto G uevara en 1967, cob ra u n sentido


d istinto si se la ex am in a d e n tro un arco tem p o ral mayor. E m erge en to n ce s
no co m o u n a in cu rsió n a isla d a , sino com o p a rte d e u n a la rg a e stra te g ia
que involucra a Bolivia de d istin tas m an eras, pero siem p re u n id a s p o r un
lazo d e c o n tin u id a d .
A inicios d e los añ o s se se n ta del siglo xx, la direcció n c u b a n a decidió
p rom over la lucha a rm ad a en A m érica del Sur, com o un m ecan ism o de a u ­
todefensa y con la seg u rid ad de que aislada, sin el co n cu rso de regím enes
sim ilares, te n d ría m e n o s p o sib ilid a d e s d e sobrevivir. En 1 9 6 0 , E rn esto
G uevara p u b licó su fam o so e im p a c ta n te te x to La g u erra de guerrillas
q ue in flu iría e n v a ria s g e n e ra c io n e s. En fe b rero d e 1 9 6 2 , la S egunda
D eclaración de La H abana n o d ejó n in g u n a d u d a d e esa d e te rm in a c ió n .
En C uba, e n co n secu en cia , se e n tre n ó a m iles de c o m b a tie n te s, c u a d ro s
m isio n ero s p a ra « e x p o rta r la rev o lu ció n » . Los p a rtid o s c o m u n ista s, las
e s tru c tu ra s p a rtid a ria s d e iz q u ie rd a m ás im p o rta n te s d e la re g ió n , se
o p u sie ro n a b ie rta y c o n tu n d e n te m e n te al fo q u ism o . Sin e m b a rg o , la
perspectiva cu b an a co n tab a con el apoyo poco d isim u lad o de secto res de
la izquierda radical, cansad o s de la in o p eran cia de los co m u n istas y de su
confianza en el trán sito pacífico al socialism o. C onvencidos com o estab an
de que C uba y su m étodo de lucha arm ad a re p re se n ta b a n u n a altern ativ a
G ustavo R odríguez Ostria

d u ra, p e ro fin alm en te la única e infalible p ara im p la n ta r la r e v o lu c ió n en


la regió n , se su m a ro n p o r d e ce n as a la lu ch a a rm a d a e n z o n a s rurales.
En 1962 el pro y ecto cu b an o , en el m arco de severos a t a q u e s im periales
a su R evolución, co b ró fu erza definitiva, a b rie n d o u n a o la d e incursiones
g u errilleras en varios países del c o n tin e n te que d u ra ría h a s t a la siguiente
d é c a d a . En e ste tra b a jo e x p o n d re m o s los e fec to s d e e s a d e c is ió n en
B olivia y e sta b le c e re m o s a c o n tin u a c ió n c ó m o se e n t r e l a z a n las tres
fases, 1 9 6 3 , 1 9 6 7 y 1 9 7 0 d e la g u e rrilla e n e ste p aís, p r i n c ip a l m e n t e a
nivel de p a rtic ip a n te s, co n c ep c io n e s p o lítico -m ilitares, u s o d e l territo rio
g u errillero y re su lta d o s.

Fases guerrilleras en Bolivia


P r im e r a fa s e , 1 9 6 3 -1 9 6 6

En 1 9 6 3 , la p lan ifica c ió n e stra té g ic a im p u ls a d a p o r el C h e o rg an izó


d o s c o lu m n a s g u e rrille ra s , e n tr e n a d a s en C u b a, q u e se d e s p la z a r ía n
h a c ia P erú y A rg e n tin a . En el p rim e r caso , el E jérc ito d e L ib e ra c ió n
N acio n a l (ELN), e n la lla m a d a O p e ra c ió n M a tra c a , y e n el s e g u n d o , el
Ejército G u errille ro d el P ueblo (EGP), con la O p eració n S o m b r a .1 A m bas
co lu m n a s in te g ra b a n la d e n o m in a d a O p eració n M atraca. S u o b je tiv o no
era to m a r el p o d e r en Bolivia ni u sarlo com o te a tro de o p e ra c io n e s , sino
utilizar su territo rio com o base logística y zo n a de trá n sito h a c ia el Perú y
la A rg en tin a, re sp e c tiv a m e n te .
Los c u b a n o s c o n v in ie ro n co n el P artid o C o m u n ista d e B o liv ia (PCB),
e n to n c e s u n p a rtid o leg al e in flu y e n te en a lg u n o s c írc u lo s s in d ic a le s
p e ro c o n esc aso p eso p o lítico n a c io n a l, q u e c o la b o ra ra e n la m isió n .
Los c o m u n ista s p ro p o rc io n a ro n c u a d ro s p a ra las ta re a s lo g ístic a s; p e ro
lo h ic ie ro n n o sin c ie rta s re tic e n c ia s e in eficien cia. T a n to q u e a lg u n o s
p ie n s a n q u e fu e ro n d e lib e ra d a s p a ra re tra s a r el in icio d e las a c c io n e s y
no p e r tu r b a r su s re la c io n e s co n los p a rtid o s c o m u n ista s - « h e rm a n o s » -
de am b o s países, p a rtic u la rm e n te los p e ru an o s.
Por lo m en o s en el caso del ELN, cuya apro x im ació n a su zona de o p e ­
racio n es su p o n ía un d e s p la z a m ie n to de u n a fu erza n u m e ro sa p o r b u e n a
p a rte d e l te rrito rio b o liv ia n o , e s tá c o m p ro b a d o q u e ta m b ié n c o n ta r o n
con la a q u ie s c e n c ia d e l g o b ie rn o d e e ste país, e n to n c e s en m a n o s d el
po p u lista M ovim iento N a cio n alista B oliviano (M NR). Bolivia, era u n o de
los pocos países la tin o a m eric a n o s q u e no h ab ían ro to relaciones con C uba
y es p ro b ab le q u e el g o b iern o del p re sid e n te V íctor Paz Estenssoro lle g a ra

1. Esta p arte se basa en H um berto V ázquez Viaña. Una guerrilla para el Che.
Santa Cruz: Editorial RB, 2000, Vázquez y su herm ano Jorge, m ás conocido com o
El Loro, fueron im portantes c u ad ro s d u ra n te el período analizado.

190
Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 con tin u id ad es y.

ii Un m o d u s vivendi c o n los c u b an o s. E stos n o p ro m o v e ría n a ccio n es


g u errilleras en B olivia, a cam b io de m a n te n e r rela c io n e s d ip lo m á tic a s, y
tic que C laudio San R om án, el te n eb ro so je fe de la policía po lítica, com o
u d m itie ro n m á s ta r d e los c u b a n o s, se h ic ie ra d e la v ista g o rd a d e sus
nociones a rm a d a s e n los p aíses v ecin o s.2 S itu a c ió n q u e p e rm itió q u e la
em b ajad a d e C uba en La Paz o p e ra ra com o c e n tro de co n ta c to y c o m u m
e n d o n e s. En sus in sta la c io n e s tra b a ja ro n los o p e ra d o re s U lises E stra d a
J u a n C a rretero «Ariel», Jo sé M aría M artín ez «Papi» y O lo P an to ja, m ie m ­
bros de la se g u rid a d c u b a n a y e stre c h a m e n te lig ad o s a E rn esto G u ev ara
l,os dos últim o s m o rirían en 1967 cu an d o in te g ra b a n la c o lu m n a bajo su
d irecció n .3
A p rin cip io s d e 196 3 , al m a n d o d e H é c to r Bejar, a p ro x im a d a m e n te
u n a v e in te n a d e p e ru a n o s , fu n d a m e n ta lm e n te e s tu d ia n te s b e c a d o s en
C uba, in g re só a B olivia. L leg aro n p o r p a re ja s tra s s e n d a s v u e lta s de
e n m a s c a ra m ie n to p o r E u ro p a. Los c o m u n ista s lo cales los c o b ija ro n en
las c iu d a d e s d e O ru ro , C o c h a b a m b a , La Paz y los c e n tro s m in e ro s n a
cio n alizad o s, d o n d e tra d ic io n a lm e n te el g o b ie rn o n a c io n a l te n ía escasc
co n tro l. L uego d e u n a e sp e ra d e u n p a r d e m eses, a inicios d e ab ril, los
a y u d a ro n a m o v e rse h a c ia la fro n te ra e n tre P erú y B olivia (p ro v in cia
de P a n d o ). Del lad o p e ru a n o c o o rd in a b a Ju lio D ag n in o « S ánchez», que
h ab ía recib id o v ario s e n tre n a m ie n to s m ilitares e n C u b a .4 La e x p e d ic ió r
fue u n d e sa s tre . La c o lu m n a d el ELN n o lo g ró ni siq u ie ra in g re s a r a'
territo rio de Perú y fue d esin te g ra d a en la fro n te ra p e ru an o -b o liv ian a. Er
la z o n a d e P u e rto M ald o n ad o , el 15 de m ayo, cayó el jo v e n p o e ta Javiei
H e ra u d m ie n tra s q u e o tro s d e su s c o m p a ñ e ro s e ra n a p re s a d o s p o r k
G uard ia R epublicana del Perú. El resto, g o lp ead o , volvió so b re sus pasoí
y se refugió en Bolivia. Los p ro tag o n istas g u a rd a n h asta hoy la im presiór
de q u e fu e ro n e n g a ñ a d o s p o r el PCB, so lid a rio co n su p a r p e ru a n o que
re p u d ia b a el fo q u ism o .5
Los co m u n ista s c o b ija ro n n u e v a m e n te a los p ró fu g o s p e ru a n o s y le;
a y u d a ro n a e n te r r a r su s a rm a s, e sp e ra n d o u n a n u e v a o p o rtu n id a d . Sir
em bargo, al m enos la m itad cayó presa p o r las fuerzas m ilitares bolivianas
Fiel a su com prom iso el gobierno de Paz E stenssoro liberó a los deten id o ;

2. E ntrevista con Jo rg e Kolle C ueto, ex p rim er se c re tario del PCB, Cocha


bam ba, m arzo de 2006.
3. Ulises Estrada. Tañía la guerrillera y la epopeya sudamericana del Che. n /d
Editorial O cean Sur, 2006.
4. Declaraciones de Julio Dagnino, arrestado el 27 de m arzo de 1968, cuandc
in teg rab a la red u rb a n a que in te n tó ap o y ar al Che, e n Presencia, La Paz, 21 d<
abril de 1968.
5. Equipo de redacción. «Entrevista con H éctor Béjar». En: La Lucha Armadi
en la A rgentina, n.° 9: Buenos Aires (2007), págs. 60-75.

19
Gustavo R odríguez Ostria

y les co n c e d ió a silo p o lític o . Sin e m b a rg o alg u n o s g u e rrille ro s , co m o


N ésto r G u e v a ra «N eg ró n » , se q u e d a ro n e n B olivia. R e a p a re c e ría e n las
dos sig u ie n te s v e rs io n e s d e la g u e rrilla g u e v a rista e n B olivia, ta n to en
1967 y 1970.
C u a n d o los m ilita n te s d el ELN e sta b a n p re m a tu r a m e n te p u e sto s en
d e s b a n d a d a , a rr ib a ro n a B olivia c u a tro a rg e n tin o s in te g ra n te s d e l EGP
y u n c u b a n o , c o b ija d o s con p a sa p o rte s a rg e lin o s y s e c u n d a d o s p o r d i­
p lo m ático s d e ese p a ís q u e los g u e re c ía n .6 Al m a n d o se h a lla b a Jo rg e
M asetti, p e rio d ista , a m ig o y c o m p a trio ta d el C he, d e s d e q u e e n 1958,
e n u n g e sto d e a u d a c ia , lo e n tre v istó e n S ie rra M a e s tra . P a rtic ip a b a
ta m b ién C iro B ustos, o tro a rg e n tin o co n o cid o com o el «P elado».7 Luego,
u n a vez c o n so lid a d a la fase de a p e rtu ra , v e n d ría el C he a c o m a n d a r las
accio n es. D esp u é s d e p e rm a n e c e r c la n d e stin o s u n tie m p o e n La Paz y
O ruro, se estab le c ie ro n en Tarija, en el su r de Bolivia c e rca n a a la fro n tera
A rgentina, a u n q u e esp o rád ic a m e n te Bustos se m ovía a La Paz p a ra recibir
instrucciones en la e m b a ja d a carib eñ a. Su co n ta c to e ra el c u b a n o «Papi».
Los co m u n istas bolivianos p u siero n en m arch a el m ism o e q u ip o q u e cola­
b o ró con los p e ru a n o s . R odolfo S a ld a ñ a y J o s é Luis T ellería e s ta b a n al
frente. O cu p arán roles sim ilares en 1967.® Bajo la p a n ta lla de un in g en ie­
ro a g ró n o m o c o m u n ista , de ap ellid o M urrillo, a d q u irie ro n , co n recu rso s
p ro p o rc io n a d o s p o r ios c u b an o s, u n a p ro p ie d ad en E m b o ro z ú , cerc a del
río B erm ejo qu e m arc a el lím ite con la fro n te ra arg e n tin o -b o liv ia n a . Allí,
e n la C asa d e P ie d ra , c o m p le ta ro n su e n tr e n a m ie n to . Se e n c a rg ó al
c o m u n ista b o liv ian o Jo rg e V ázquez-V iaña d a rle s c o b e rtu ra y p ro tecció n .
Para v a lid a r m ás su p ap el se trasla d ó con su esp o sa e hijos. V iaña, com o
casi to d o s los in v o lu c ra d o s c o n M asetti, se ría u n a p ie z a d e la g u e rrilla
del C he en 1967. C a p tu ra d o p o r los m ilitares, fue e je c u ta d o p o r ellos.
El 21 d e ju n io el re d u c id o g ru p o in g re só d e s d e la C asa d e P ied ra
p o r p rim e ra vez a te rrito rio a rg e n tin o , p ero tuvo q u e re to rn a r e m p u ja d o
p o r u n m e d io a m b ie n te d esco n o c id o y h o stil. V aivén e n tr e a m b o s p aíses
q u e d u ró h a sta inicios de 1964, cu an d o la p e q u e ñ a c o lu m n a se tra sla d ó
sin re to rn o a te rrito rio a rg e n tin o . Sólo p a ra m orir, m a l c o n c e b id a , y sin
c o n ta c to s co n su e n to rn o social e in filtra d a su c u m b ió e n p o co s m eses.
P ara ab ril de 1 9 6 8 , ya no existía.

6. Gabriel Rot. Los orígenes perdidos de la guerrilla en la Argentina. La historia


de Jorge M assetiy el Ejército Guerrillero del Pueblo. Buenos Aires: Ediciones Cielo
por A salto, 2000; tam bién Daniel Ávalos. La Guerrilla del Che y M asetti en Salta
(1 9 6 4 ). Salta y C órdoba: Ediciones Política y C ultura y La Intem perie, 2005.
7. Bustos ha proporcionado su versión en su libro, véase Ciro Bustos. El Che
quiere verte. Buenos Aires: Vergara editor, 2007.
8. El testim onio de Saldaña en: Rodolfo Saldaña, Mary-Alice W aters y Michael
Taber. Terreno fértil: Che Guevara y Bolivia. La H abana: E ditora Política, 2005.

192
Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 co n tin u id ad es y.

En los plan es preco n ceb id o s la g u errilla de M asetti fu n c io n a ría com o


ca ta p u lta de u n le v a n ta m ie n to ru ra l en la reg ió n d e T u cu m án , y d e b e ría
ser a c o m p a ñ a d a p o r o tro g ru p o sim ilar, así co m o d e a cc io n e s u rb a n a s
a c arg o d e los eq u ip o s tro tsk ista s al m a n d o d e l V asco B e n g o ch e a, ex
m ilita n te s d e P alab ra O b re ra (P O ), y o rg a n iz a d o s a h o ra e n las F u erzas
A rm adas de Revolución N acional (FARN).9 Uno de sus d irig en tes, F austino
S tam p o n i C orinaldesi, d e 33 añ o s, o p erab a com o re sp o n sa b le d el tráfico
de a rm a s e n tre Bolivia y A rg en tin a. Fue a p re n d id o e n ab ril d e 1 9 6 4 , en
posesión d e un v e rd a d e ro arsen al. Una p a rte se g u ra m e n te a d q u irid a p o r
los co m u n istas en el m ercad o boliviano y o tra tra íd a p o r los cu b an o s por
«valija d ip lo m ática» d e sd e sus arse n ales en el C aribe.
Por su p arte, el Vasco B engochea y cu atro de sus co m p añ e ro s m u riero n
la ta r d e d el 21 d e ju lio d e 1 9 6 4 en u n a ex p lo sió n e n u n d e p a rta m e n to
alq u ilad o en el aristo crático b arrio b o n a eren se d e P alerino, p o r lo q u e se
d e sin te g ró su g ru p o , q u e d a n d o a d em á s al d e sc u b ie rto sus in te g ra n te s.
Tal fue el caso d e S ta m p o n i, u n im p o rta n te c u a d ro d e PO. H ab ía
fo rm a d o p a rte d e la e x p ed ic ió n a C uba e n 1 9 6 2 , e n c o m p a ñ ía d e Á ngel
- e l « V asco » - B en g o ch e a y o tro s tre s tro tsk ista s. Ya lib re , S ta m p o n i se
tra sla d ó a La H ab an a h a sta e n fria r la p ersecu ció n . Volvió p o r un tiem p o
a la A rg e n tin a y n u e v a m e n te el 19 d e m a rz o d e 1 9 6 7 , a c o m p a ñ a d o de
su e sp o sa A licia B o rg ato y u n p u ñ a d o d e c o m p a trio ta s , e n ru m b ó o tra
vez a C u b a, a d o n d e lle g a ro n a lre d e d o r d el 23 d e m a rz o , ju s to c u a n d o
la c o lu m n a d e l C he in iciab a las accio n es b élicas e n Ñ a n c a h u a z ú . En
el b ello b a rrio h a b a n e ro de M ira m a r c o m p a rtía u n a casa d e se g u rid a d
con varios arg e n tin o s de d istin ta p ro ced en cia política, e n tre ellos y ellas,
M an u el N egrín, E m ilio Já u re g u i y su c o m p a ñ e ra A na M aría N ico m en d i,
M arcelo V erd y su esp o sa S a ra E u g en ia P alacios. El c o n ju n to , a d e m á s
d e v a ria s d e c e n a s de a rg e n tin o s, te n ía n la d e te rm in a c ió n d e in te g ra rse
a las fu e rz a s del C he e n Bolivia. Su m u e rte , el 9 d e o c tu b re de 1 9 6 7 ,
tru n c ó el p ro p ó s ito d e sus c o m p a trio ta s .10 S ta m p o n i n o su p o h a s ta un
a ñ o m á s ta rd e , q u e el C he lo re q u e ría . Se e n te r ó al le e r el d ia rio d e

9. V éase al respecto Sergio Nicanoff y Alex Castillo. «Las prim eras experien­
cias g u errilleras en la A rgentina. La historia del Vasco B engochea y las Fuerzas
A rm adas de la Revolución Nacional». En: Cuaderno de Trabajo. 29. Buenos Aires:
C entro C ultural de Cooperación, 2004.
10. E ntrevista con Alicia Borgato, La H abana, abril de 2004. Borgato fue la
com pañera de Stam poni. Sobre otros grupos argentinos que aguardaban órdenes
p a ra in co rp o rarse con el Che en Bolivia, puede verse la o b ra testim onial de
A lfredo H ellm an. II m ilitanti. M ilano, 2006, tam bién com unicación electrónica
con el autor, 11 y 12 de octubre de 2007. H ellm an está m encionado en el Diario
del Che com o un contacto que debía activar Ciro Bustos. E rró n eam en te se cree
que es el lau read o poeta Ju a n Gelman.

193
G ustavo R od rígu ez Ostria

c a m p a ñ a d e su c o m p a trio ta p u b licad o el 1 d e ju lio d e 1 9 6 8 . Se a seg u ra


q u e d e silu sio n a d o lloró a m a rg a m e n te .
Por su p a rte , O scar P érez B etan cu rt, de 28 añ o s, ta m b ié n se tra sla d ó
a La H abana. M ilitaba en PO desd e su época d e e stu d ia n te de bioquím ica
en La P lata. En 1 9 6 3 fo rm ó p a rte del g ru p o q u e se tr a s la d ó a B olivia
con la m isión, lu eg o fru stra d a , de seg u ir a Perú p a ra a c u d ir en auxilio de
H ugo B lanco, q u e lu c h a b a en el te rrito rio d e n o m in a d o La C o n v en ció n y
Lares. B lanco m ilitó en PO d u ra n te su e sta d ía e n A rg e n tin a e n 1 9 5 7 .11
El ciclo de 1 9 6 3 se ce rró con u n so n a d o fraca so . N in g u n a d e las tres
co lu m n as g u e rrille ra s p u d o su p e ra r la fase d e im p la n ta c ió n ; dos de ellas,
ELN y FARN, ni siq u ie ra lo g ra ro n in iciar acc io n e s. D e silu sio n a d o , com o
es su fic ie n te m e n te co n o c id o , e n 1 9 6 5 , E rn e sto G u e v a ra in ició su fase
a fric a n a .12n Pero no d ejab a de p e n sa r en re p ro d u c ir las acciones de 1963
en A rgentina y Perú, con Bolivia com o paso in term e d io . La p ru e b a es que
envió a la alem an a- a rg e n tin a T am ara Bunke «Tania» a Bolivia en o ctu b re
d e 1964. Con el falso n o m b re d e L aura G u tié rre z B auer, y co n el m a n to
d e e tn ó lo g a , d e b ía in fíltra se en la a lta so c ie d a d b o liv ia n a y a g u a rd a r
in s ta ic c io n e s .13
Los p la n e s c u b a n o s p a ra e s tru c tu r a r n u e v o s focos en P erú n o se
d e tu v ie ro n . A m e d ia d o s de 1965, m ie n tras el C he p e rm a n e c ía e n África,
el M o v im ien to d e Iz q u ie rd a R ev o lu cio n aria (M IR ), q u e n o p a rtic ip ó en
19 6 3 , c o n ju n ta m e n te con el ELN se a lz a ro n e n a rm a s e n la re g ió n de
A yacucho.H Por su p a rte, C uba, luego de su fallid a in cu rsió n en el Congo
q u e c o n clu y ó co n la sa lid a d e G u e v a ra d e e se p aís e n n o v ie m b re de
1 9 6 5 , a c tu a liz ó n u e v a m e n te la la titu d la tin o a m e ric a n a c o m o te a tro d e
o p e ra c io n e s y d e c o n fro n ta c ió n co n el im p e ria lis m o .15 En e se m arco ,
B olivia se c o n v e rtiría n u e v a m e n te en u n e sp a c io d e tr á n s ito y e n un
sa n tu a rio , tal com o h ab ía o cu rrid o en 1963 d u ra n te la O p eració n S om bra.

11. Gustavo Rodríguez Ostria. Sm tiempo para las palabras. Teopontc, la otra
guerrilla guevarista en Bolivia. C ochabam ba: Editorial Kipus, 2006.
12. Véase W illiam Gálvez. El sueño africano del Che ¿Qué sucedió en la
guerrilla congolesa? La H abana: Casa de las A m éricas, 1997; Piero Gleijese.
M isiones en conflicto. La Habana, Washington y África, 1 9 59-1976. La H abana:
Instituto C ubano del Libro, 2004, págs. 126-251.
13. G ustavo R odríguez O stria. «Los enigm as de Tania, de cla n d estin a a
guerrillera». En: Sudestada, n.° 64: Buenos Aires (noviem bre de 2 0 0 7 ), págs. 8-
15; el a u to r prep ara un libro sobre Tania.
14. Véase Peter Vrijer. La lucha guerrillera en el Perú. Los vibrantes años
sesenta. Junio de 2007, m anuscrito. Agradecemos al a u to r el envío de este avance
de investigación sobre la guerrilla en Perú.
15. Gleijese, Misiones en conflicto. La Habana, W ashington y África, 1959-
1976, pág. 339.

194
Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 con tin u id ad es y . .

El g ru p o del ELN n o e ra n u m é ric a m e n te sig n ificativ o p e ro sí d e c i­


d id a m e n te fo q u ista , p o r lo q u e g o z a b a d e la c o m p la c e n c ia d el C he. A
fines d e d iciem b re de 1965 o inicios de 1966, p ro b a b le m e n te d u ra n te la
c o n fe re n c ia d e la T ric o n tin e n ta l, su d irec c ió n a c e p tó in c o rp o ra r al C he
e n sus filas, q u e p o r e n to n c e s se h a lla b a refu g ia d o e n T a n z a n ia. C apac,
im p o rta n te c u a d ro del ELN, nos re v e la ría :16

« Ju a n P ablo C hang N a v a rro L évano, el C hino, q u e e ra je fe


d e la re d u rb a n a , ( . . . ) se h a b ía c o m p ro m e tid o co n F id el a
h a c e rs e ca rg o del in g reso d el C he a la z o n a q u e e stá b a m o s
o p e ra n d o (A yacucho). Al lleg ar a Lima (de C uba) C hang, m e
dijo co m o g ran noticia “El Che viene con n o so tro s” ( . . . ) . Me
dijo q u e to d o e sta b a d e c id id o y h a b ía q u e v e r la m a n e r a d e
g u ia r al C he h a s ta la fro n te ra con B olivia y [d e allí] a u n q u e
fu era a cam p o trav iesa h a sta p o n erlo en A y acucho».17

Perú e sta b a en la m ira y n u e v a m e n te no se h a b la b a d e B olivia com o


e p ic e n tro d e la n u e v a g u e rrilla p a ra el Che. S u rg ió el o b stá c u lo de q u e
el fre n te p e ru a n o te rm in ó p o r d e sm o ro n a rs e . En e n e ro d e 1 9 6 6 m u rió
G u illerm o L o b ató n , u n o d e los c o m a n d a n te s d e l M IR. El p rim e ro de
m a rz o , H é c to r B éjar fue c a p tu ra d o e n Lim a, d o n d e se re fu g ió e n fe rm o .
El 2 6 d e m ay o , R icard o G ad ea , ex c u ñ a d o d el C he, y a lto m ie m b ro d el
M IR, cayó e n las re d e s d e la policía. La g u e rrilla p e ru a n a se h izo triz a s
o tra vez.
Los in te g ra n te s del ELN co m p ren d iero n las consecuencias de la nueva
y d e sv e n ta jo sa co rrelació n de fu erzas. En p a la b ra s d e C apac:

«Las noticias p ro ced en te s de la zona g u errillera no e ran a le n ta ­


d o ras, e n to n ce s C hang en esas circu n sta n cias se vio o b lig ad o
a in fo rm a r a los cu b a n o s d e la difícil situ a c ió n q u e a tr a v e s á ­
b am o s» .18

Las o scu ras circu n sta n cias d el a rre sto de B éjar e n Lim a y las m u erte s
d e o tro s je fe s g u e rrille ro s p a re c ie ro n m u y so s p e c h o sa s p a ra los o p e ra ­

16. C om unicación electrónica con el autor, 16 de ju n io d e 2007. Resalta la


im portancia de Capac, que fue citado en el cifrado núm ero 37 y enviado el 13 de
ju n io d e 1967 p o r «Ariel» (Ju an C arretero) al Che, don d e se le m enciona com o
«responsable ELN trabajo prep arato rio núcleo guerrillero en Puno». Por razones
com prensibles no consignam os su verdadero nom bre. A ctualm ente es ingeniero
a grónom o y vive en Perú.
17. Capac, com unicación electrónica citada.
18. Ibíd.

195

*
G ustavo R odríguez Ostria

d o re s c u b a n o s .19 La e v a lu a c ió n fu e c o n c lu y e n te : «La v e rd a d es q u e a
n u e s tro c rite rio [el C he] n o p u e d e e n tr a r allí. T o d av ía tie n e n q u e a cla­
ra rse m u c h a s co sas ( . . . ) » , escrib iría en esos d ías el fiel «Pom bo», H arry
V illegas, q u ie n se e n c o n tra b a en La Paz, p re p a ra n d o la lo g ística p a ra la
lle g a d a d e l C h e, p o r e n to n c e s en P ra g a p e ro a p u n to d e p a rtir p a ra La
H a b a n a .20 Su ta ja n te co n clu sió n n o e ra p erso n a l, sin o un eco del ánim o
que a d v e rtía n las m ás altas esferas cu b an as. Si Perú ya no e ra posible, lo
ú n ico p e rm itid o y p o sib le e ra c a m b ia r d e e sc e n a rio h ac ia B olivia. A sus
ojos, y en térm in o s o p erativ o s este país ofrecía m u ch as v en tajas: am plias
y d e s g u a rn e c id a s fro n te ra s; su c e rc a n ía co n la A rg e n tin a , y, so b re todo,
un P artido C o m u n ista a p a re n te m e n te m en o s re c a lc itra n te con resp ecto a
la lu ch a a rm a d a .21

S e g u n d a fa se : 1967

En n o v ie m b re d e 1 9 6 6 , G u e v a ra in g re só a te rrito rio b o liv ia n o p ro ­


c e d e n te d e C u b a , d e s c a rta n d o al P erú. Se d isc u te co n v e h e m e n c ia p o r
q u é el C he te rm in ó e n Bolivia y a q u é p lan re sp o n d ía su p re se n c ia . ¿Lu­
c h a b a p o r el p o d e r e n B olivia o su o b jetiv o e ra A rg e n tin a , u tiliz a n d o
n u e v a m e n te la p la ta fo rm a lo g ística b o liv ia n a c o m o e n 1 9 6 3 ? ¿ S e ría la
C asa d e C a la m in a de Ñ a n c a h u a z ú el e q u iv a le n te a la C asa d e P ied ra de
E m b o ro z ú ? ¿C o n d u jo el C he u n a g u e rrilla b o liv ia n a o u n a g u e rrilla en
B olivia?
Lo o c u rrid o , e n té rm in o s m ilitares, e n tre el 6 de n o v ie m b re d e 1967,
c u a n d o el C he lle g a a Ñ a n c a h u a z ú , y el 23 d e fe b re ro d e 1 9 6 8 , cu a n d o
los tres g u errillero s cu b an o s so brevivientes in g re saro n a C hile ev ad ien d o
el cerco m ilitar, es su fic ie n te m e n te co n o cid o . N o es n e c e sa rio ni posible
re p e tir su an á lisis, p o r a h o ra . N os in te re sa m ás b ie n s u b r a y a r las c o n ti­
19. «Pombo» las reflejaría en su Diario de C am paña: «Al parecer ( . . . ) Calixto
se en treg ó a través del m édico, puede h a b er sido con la condición de que se ga­
rantizara la vida», anotación del 6 de agosto de 1966. El Diario ha sido publicado
por Carlos Soria G alvarro en el vol. 2, «Los otros Diarios», Carlos Soria Galvarro.
El Che en Bolivia. D ocumentos y testim onios. 5 vols. La Paz: E ditorial La Razón,
2005.
20. G alvarro, El Che en Bolivia. D ocumentos y testim onios; «Pom bo» dice
«Ramón», que era el prim er nom bre de guerra de E rnesto G uevara en Bolivia. La
vida del Che en Praga en José Góm ez Abad. Como el Che burló a la CIA. Madrid:
RD ed ito res, 20 0 7 ; el arg en tin o Abel Posse ha escrito una o b ra e n te ficción y
realid ad sobre el m ism o período: Abel Posse. Los cuadernos de Praga. Buenos
Aires: E ditorial A tlántida, 1998.
21. Sobre los vínculos entre el Che y el PCB, véase Gustavo Rodríguez Ostria.
«Los com unistas bolivianos y el Che ¿traición o diferencia?» En: La Lucha Armada
en la A rgentina, n.° 9: Buenos Aires (2007), págs. 82-93.
196
Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 co n tin u id a d es y.

n u id a d e s e n tre la nuev a ex p e rie n c ia g u e rrille ra d e 196 7 y la p re c e d e n te


d e 1963, am b a s b ajo su b a tu ta .
En p rim e r lu g a r e stá n los c u a d ro s p a rtic ip a n te s. P rá c tic a m e n te so n
los m ism o s, pese a la au to e x c lu sió n del PCB. Del lad o c u b a n o h a lla m o s
a «Papi», «Ariel» y O lo P an to ja, q u ien es, com o se ñ a la m o s, e stu v ie ro n en
Bolivia en 1963. C onocían p o r ta n to el m edio y la g en te, sus in q u ie tu d e s y
sus posibilidades. Del lado boliviano se en c o n trab a n José Luis Tellería, los
h erm an o s V ázquez V iaña, los tam b ién h erm an o s R oberto «Coco» y Alvaro
«Inti» P ered o ju n to a m u ch o s o tro s y o tra s q u e p a rtic ip a ro n ig u a lm e n te
e n 1963. Inclusive re a p a re c e rá n , tras su n u ev o fracaso d e 196 5 en P erú,
in te g ran tes del ELN, «Sánchez» e n tre ellos, in co rp o rad o e n la Red U rbana
d el C he en La Paz, d o n d e tra b a ja rá ju n to a R odolfo S a ld a ñ a , su a n tig u o
c o n o cid o d e 1 9 6 3 . «N egrón», p o r su p a rte , será clav e e n los c o n ta c to s
c u b an o s con d isid en tes m ao ístas, varios tra b a ja d o re s m in e ro s.
En se g u n d o lugar, la m ism a co n ce p c ió n de im p la n ta r u n a acció n a r­
m ada sin el co n sen tim ien to de las organ izacio n es políticas de la izquierda
local, com o en el caso del ELN y el EGP. Esta vez el PCB, q u e en u n p rim er
m o m e n to p a re c ió e s ta r c o n fo rm e d e ju g a r el m ism o ro l q u e e n 1 963,
viró b ru s c a m e n te al p ercib ir q u e Bolivia ya n o se ría u n a sim p le ru ta d e
trá n s ito o u n re fu g io tra n sito rio , sin o el te a tro d e o p e ra c io n e s . C om o
re s u lta d o se p ro d u jo u n a ru p tu ra e n tre el PCB y las fu e rz a s a lz a d a s del
C he el 31 d e d iciem b re d e 1 9 6 6 en p le n o c a m p a m e n to g u e rrille ro , q u e
d ejó a su g u errilla sin los vasos co m u n ic a n tes u rb a n o s, q u e no p u d iero n
se r re m p la z a d o s a v o lu n tad , y estu v iero n ac o m p a ñ ad o s d e u n a peligrosa
inex p erien cia de los pocos cuadros ju v en iles q u e m ig raro n del PCB hacia
las fu erzas de G uevara.
En te rc e r lugar, la fase de 1966 -1 9 6 7 cerró de id én tic a m a n e ra que la
d e 1 9 6 3 , es decir, con la d e rro ta , d e b id o a q u e lo s e rro re s lo g ístico s no
h a b ía n sido su b san ad o s, ni la concepción foq u ista rev isad a. E n fren taro n
a un e jé rc ito sin tra d ic ió n ni fo rm a c ió n e n la lu c h a a n tig u e rrille ra , m al
a b a ste c id o y a lim e n ta d o , p ero q u e d e to d a s m a n e ra s se d io m o d o s d e
a c o rra la rlo s y v en cerlo s.22

22. C onsultar al respecto el siem pre útil trabajo de Regis Debray. La guerrilla
del Che en Bolivia. México, DF: Siglo XXI, 2004; tam bién las conocidas biografías
del Che publicadas en 1997 por Paco Ignacio Taibo II, Pierre Kalfon, Jon Anderson
y Jorge C astañeda. Igualm ente Reginaldo Ustariz. Vida, m uerte y resurrección del
Che. M adrid: N ow tilus, 2007; una versión cu b an a se halla en la obra de Adys
Cupull y Froilán González. Ña;i/ca/ii(asií a La Higuera. La H abana: Editora Política,
1989; la perspectiva m ilitar en Gary Prado. La guerrilla inm olada. 3 .a ed. La
Paz: Los Amigos del Libro, 2006; Diego M artínez. Ñancahuazú apuntes para una
historia m ilitar. La Paz: SPI, 1989; docum entos estadounidenses desclasificados en
Mario Cereghino y Vincenzo Víisile. Che Guevara. Top Secret. La Guerrilla boliviana

197
G ustavo R od rígu ez Ostria

Tercera fase: 1970*

El ase sin a to del C he en o ctu b re de 1 9 6 7 23 y la d e rro ta de su guerrilla,


p a ra liz a ro n a aq u ello s c u ad ro s de d istin tas p ro ced en cias n acio n a les que se
p re p a ra b a n en C uba p a ra in teg rase a sus fuerzas. Q u ed a ro n co n fu n d id o s
y sin u n lid e ra z g o q u e seguir. M uch o s - s o b r e to d o los a r g e n tin o s -
e m p e z a ro n a re p e n s a r la v alid ez a b so lu ta d e l foco ru ra l. M ien tras tan to ,
la d irecció n c u b a n a se p ro p u so casi d e in m e d ia to re p o n e r la g u e rrilla en
B olivia. En 1 9 6 8 , un g ru p o d e a lre d e d o r d e 80 c o m b atien tes, la m ayoría
b o liv ian o s, p e ro co n im p o rta n te p re se n c ia d e c h ile n o s y a rg e n tin o s , se
e n tre n ó en B aracoa, reg ió n o rien tal de la isla carib eñ a. S im u ltán eam en te,
u n g ru p o m ás re d u c id o , se p re p a ró p a ra ta re a s u rb a n a s.
C o n c lu id a la p re p a ra c ió n , d e sd e a b ril d e 1 9 6 9 e m p e z a ro n a tra s la ­
d a rs e h a c ia B olivia, p o r in te rm e d io d e C hile. C o n ta b a n co n el a p o y o
lo g ístico d e in te g ra n te s d e l P a rtid o S o cialista d e ese p aís, c o m o Elm o
C a ta lá n , B eatriz «Tati» A llen d e y A rn o ld o C am ú , q u e a te n d ía n las casas
o p erativ as. Chile fungió esta vez com o re ta g u a rd ia y sa n tu a rio . El m ism o
p a p e l q u e B olivia h a b ía c u m p lid o e n 1 9 6 3 . D esd e S a n tia g o , C ala in a y
A n to fag asta se tra sla d a b a n h a sta la fro n te ra e in te rn a b a n p o r ru ta s c lan ­
d e s tin a s h a c ia B olivia, co n v itu allas, a rm a s y c o m b a tie n te s p ro c e d e n te s
d e C ub a. Los in te g ra n te s d e la re d u rb a n a d e l E jérc ito d e L ib era ció n
N acio n al (ELN )24 los tra sla d a ro n c la n d estin o s h a sta La Paz p o r se n d a s y
cam in o s de c o n tra b a n d is ta s.
E n tre ju lio y se p tie m b re d e ese m ism o a ñ o d e 1 9 6 9 la g u e rrilla en
ciern es sufrió d u ro s golpes. A llanam ientos, d e te n c io n e s y m u e rte s de sus
m a n d o s la c o lo c a ro n e n vilo. La m ás g rav e c a íd a fue la de «Inti» Peredo
- j e f e del E stado M a y o r - el 9 de sep tiem b re en La Paz. En alg ú n m om ento,
fru to d e la in s e g u rid a d re in a n te en Bolivia y p ro b a b le m e n te p resio n ad o s
p o r los soviéticos, los c u b an o s retira ro n su apoyo. La guerrilla, fu e rte m e n ­
te g o lp ead a , logró reco m p o n e rse in co rp o ra n d o a secto res d e clase m edia

en los docum entos del D epartam ento de Estado y la CIA. B arcelona: Ediciones
RBA, 2008, diarios de guerrilleros, incluyendo el del Che, y otros docum entos se
e n c u e n tra n en: w w w .c h e b o liv ia.o rg .
*. Esta parte se basa ín tegram ente en G ustavo R odríguez Ostria. Sin tiempo
para las palabras. Teoponte, la otra guerrilla guevarista en Bolivia. C ochabam ba:
E ditorial Kipus, 2 006. Para escribirlo se realizaron m ás de 300 en trev istas a
sobrevivientes d e la g u errilla, m ilitares e in te g ran te s del ELN. Ig u alm en te se
dispuso de d o cum entos secretos de las fuerzas a rm a d as y de desclasificados del
D epartam ento de Estado.
23. La versión e stad o u n id en se sobre la m u erte de E rnesto G uevara puede
verse en h t t p :/ / w w w . g w u . e d u /- n s a r c h i V / N S A E B B / N S A E B B 2 3 2 / 1 9 6 7 1 0 1 8 . p d f.
24. El ELN fue fu n d a d o p or el Che el 25 d e m arzo de 1967, d u ra n te su
cam p añ a en Bolivia.

198
Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 con tin u id ad es y.

e stu d ia n til, m u ch o s y m u ch a s de o rig en c ristia n o , p ro c e d e n te s ta n to de


u n a escisió n ju v e n il d el P a rtid o D e m ó crata C ristia n o (PD C ), c o m o d e
o rg an izacio n es d e reflexión carsm ática, com o la C ong reg ació n M arian a y
la Ju v e n tu d E stu d ian til C atólica (JEC ).
Al a m a n e c e r d e l 19 d e ju lio d e 1 9 7 0 in ic ia ro n ac c io n e s e n la z o n a
selvática de T eoponte, zona selvática y a g reste a u nos 150 k iló m etro s de
La Paz, la se d e d el g o b iern o boliviano.
El n ú cleo de 67 c o m b atie n te s e sta b a in te g ra d o en su m ay o ría (80 %)
p o r b o liv ian o s. Al m a n d o se e n c o n tra b a O sv ald o «C hato» P ered o , h e r­
m an o m en o r d e «Coco» e «Inti», co m b atien tes d el Che en Ñ an cah u azú . La
expedición fue un v e rd a d e ro desastre. En m enos de cien días el ejército y
el h a m b re los d e s tro z a ro n . De 6 7 in te g ra n te s d e la c o lu m n a so la m e n te
so b re v iv ie ro n n u e v e , e n tr e ello s «C hato» P ered o . El 5 d e n o v ie m b re de
1 9 7 0 se a sila ro n e n C hile, g o b e rn a d o p o r S a lv a d o r A lle n d e, cuya h ija
«Tati» p e rte n e c ía al ELN.
¿Fue T eoponte, com o se ha dicho fre c u e n te m e n te , u n a acción aislada,
p ro ta g o n iz a d a p o r jó v e n e s e stu d ia n te s v o lu n ta rista s o, p o r el c o n tra rio ,
e x istió u n a co n ex ió n con la g u e rrilla d e G u e v ara d e 1 9 6 7 ? Los v ínculos
con la g u e rrilla del C he son m ú ltip les. M en cio n em o s los p rin c ip a le s.
■ La reo rg an izació n del ELN y la nu ev a g u errilla en Bolivia se a sen tó
fu e r te m e n te e n los g ru p o s, c u a d ro s y c o n ta c to s q u e e s p e ra ro n en
v an o en ro la rse en la colu m n a de G uevara en 1967, o q u e p a rtic ip a ­
ro n d ire c ta m e n te e n ella, co m o el ex c o m u n ista R o d o lfo S a ld a ñ a .
H eren cia q u e se rep ro d u jo ta n to en Bolivia, com o e n C uba, C hile y
A rg e n tin a . El e q u ip o c u b a n o , a la c a b e z a d e « B arb arro ja» P iñ eiro ,
estu v o in te g ra d o p o r o p e ra d o res de la ép o ca d el C he, com o «Ariel»
y «Lino» (G u stav o B u rg u é s), a los q u e se s u m a ro n c o m o c o n d u c ­
to re s del e n tr e n a m ie n to H a rry V illegas «Pom bo» y D ariel A larcón
«Benigno», sobrevivien tes de la co lu m n a g u ev arista d e 1967. Ig u al­
m e n te , los p a rtic ip a n te s a rg e n tin o s, co m o Luis F au stin o S tam p o n i
«M iseria» y Ó scar P érez B eta n cu rt «G ordo C arlos», e sta b a n ya c o n ­
te m p la d o s e n los p la n e s g u e v a rista s d e 1 9 6 7 , e, in clu so , com o
v im o s, p a rtic ip a ro n en la fru stra d a g u e rrilla d e 1 9 6 3 . T am b ién
co n flu y ero n q u ien es en 1963 o p e ra ro n e n e stru c tu ra s o rg án icas di­
feren tes, a u n q u e u n id o s bajo el m a n to del p ro y ecto g u ev arista . En
1970, el ELN boliviano reclutó a otro s co m b atien tes arg e n tin o s que,
c o m o R u b én C e rd a t «O svaldo», te n ía n a m p lia tra y e c to ria . C e rd a t
p e rte n e c ió a la F ed era c ió n Ju v e n il C o m u n ista ; fu e p re so en Icho
C ruz (C ó rd o b a) en 1 963, en el c a m p a m e n to «C am ilo C ienfuegos»,
a p a re n te m e n te c u a n d o se e n tre n a b a p a ra p a rtic ip a r en las filas de
M a se tti. En 1 9 6 6 se a d ie s tró en C uba, p a ra lu e g o , a su re to rn o ,

199
G ustavo Rodríguez Osería

m ilitar en el ELN. En el lado chileno se p ro d u jo u n fe n ó m e n o similüi


Elm o C a ta lá n «R icardo», p erio d ista o riu n d o d e A rica y je f e de l.i
sección ch ilen a del ELN, trab ajab a con los c u b an o s d e sd e principios
d e los a ñ o s se s e n ta . In clu so se c o n te m p ló la p o s ib ilid a d de qm-
integrara la red u rb an a e n Bolivia d u ra n te las o p e ra c io n e s del Clir
El ELN b o liv ia n o a d o p tó sin ninguna crític a el fo q u ism o , o tro lazo
con el pasado in m ed iato . C ontinuó co n cib ién d o se co m o u n a organl
zación v a n g u a rd ista y m ilitar e stru c tu ra d a p a ra lle v a r la g u e rra de
guerrillas al á re a ru ral. Con ello continuó los lin c a m ie n to s establee!
dos por E rn esto G uevara en 1963 y 1967. La d ife re n cia rad icab a en
q u e sin re n u n c ia r a un p ro y ecto c o n tin e n ta l d e lu c h a , nacio n alizó
su proyecto y se concibió com o u n a o rg a n iz a c ió n q u e lu c h a b a poi
o cu p ar el p o d e r en Bolivia. F ueron o riu n d o s de B olivia sus propios
líderes, «Inti» P eredo h asta su m uerte el 9 d e se p tiem b re de 1969, y
luego su h e rm a n o «Chato» que lo sucedió. A la m ism a n acionalidad
p erten ecían la m ay o r p a rte de los in te g ra n te s de la c o lu m n a que se
alzó en ju lio d e 1970.
La zona de o p eracio n es, era la m ism a e x p lo rad a p o r Regis D ebray en
1966, cu an d o b u scab a un territo rio p a ra el acc io n a r d e G uevara. El
francés re co m en d ó la región, y por lo q u e se co n o ce, el C he tam bién
vio su p o ten cialid ad geográfica y política; sin em b a rg o , p o r razones
desconocidas, d ecid ió o p e ra r en el su r b oliviano. La n u ev a guerrilla
co n tó co n la m e m o ria d e aq u ella a c e p ta c ió n y u tiliz ó co m o apoyo
la d o c u m e n ta c ió n e n tre g a d a p o r D eb ray ; su s m ie m b ro s p u d ie ro n
c o n su lta rla d u r a n te su e n tre n a m ie n to e n B a ra c o a , e n el o rien te
d e C uba. A in icio s d e 1 9 6 9 re a liz a ro n un n u e v o le v a n ta m ie n to
geográfico, político y h u m a n o de la reg ió n , que confirm ó la decisión,
y con ello se su b ra y ó la c o n tin u id a d co n 1 967.
Los c u b a n o s p a rtic ip a ro n a c tiv a m e n te e n la p re p a r a c ió n m ilita r y
logística d e la g u errilla , a u n q u e los tres c o m b a tie n te s co m p ro m eti­
dos fu ero n un n ú m e ro m u ch o m e n o r de los d ieciséis q u e o p eraro n
con el C he. En u n p rin cip io se p ro d u jo u n a tá c ita d e p e n d e n c ia de
los b o liv ian o s re sp e c to a los p la n e s c o n tin e n ta le s c u b a n o s. El país
c a rib e ñ o in c lu so re g u ló el flujo d e re c u rso s h u m a n o s y logísticos
hacia Bolivia, d e acu e rd o a la co n v en ien cia de su p ro p ia política. A
fines d e 1 9 6 9 , e n v ista d e l re tiro d el ap o y o c u b a n o a los cu a d ro s
m ilitare s d el ELN, y el fin del ap o y o logístico, el E stad o M ay o r del
ELN d e c id ió re a firm a r su a u to n o m ía y c o n tin u a r a c c io n e s sin el
a p o y o isleñ o . T e n d ie ro n e n c a m b io p u e n te s co n los «T upam aros»
u ru g u a y o s, q u in e s le d ie ro n s o p o rte e co n ó m ico p a ra sus o p e ra c io ­
nes. S u s re la c io n e s co n C uba se « co n g ela ro n » h a s ta 1 9 7 1 , y solo

200
Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 continuidades y.

se re sta b le c ie ro n tras el go lp e m ilita r d e ag o sto d e ese añ o . D esde


ese p u n to d e v ista p u e d e a firm a rse q u e la g u e rrilla de T e o p o n te
fu e g u e v a rista , en el s e n tid o d e su co n c ep c ió n foquista, p e ro ya
n o d ire c ta m e n te e n c u a d ra d a d e n tro los p la n e s cubanos, tal com o
a c o n te ció con los «focos» de 1963 y 1967.

Dos guerrillas: un resultado


Las o p eracio n es guerrilleras en Bolivia bajo el influjo de Cuba tan to de
1967 y 1 97 0 (incluso con la o p eració n de M asetti de 1963) m u e stra n va­
rias sim ilitudes a pesar de las d istin tas co ndiciones políticas y geográficas
en las q u e o p e ra ro n .
La p rim e ra v ic to ria en a m b o s casos fu e g u e rrille ra . El 23 de m a rz o
de 1 9 6 7 las fu e rz a s d el C he a b a tie ro n a u n a c o lu m n a m ilitar. El 30 de
julio de 1970 los h o m b res d e «C hato» P eredo e n fre n ta ro n a los m ilitares
e n la z o n a d e C a ru ra . C ayó a b a tid o u n so ld a d o . El p án ico se p u so del
lado de los m ilitares, com o ocu rrió en 1967. A unque la co n tu n d en c ia no
fue de la m ism a m ag n itu d , c o m p arad a con lo o cu rrid o en Ñ ancahuazú el
23 de m a rz o . T ras la inicial d e rro ta , los m ilita res g a n a ro n la g u e rra . En
1970 c o n ta ro n con la ex p erien cia y las lecciones e x traíd as de e n fre n ta r al
Che, q u e les o torgó una v en taja adicional, fren te a cu ad ro s m ucho m enos
ex p e rim e n ta d o s m ilita rm e n te .
En am b a s g u errillas los equipos de rad io y com u n icació n fallaron. En
T eoponte ni siq u iera lleg aro n a funcionar. P esado y difícil de tran sp o rtar,
a b a n d o n a ro n el e q u ip o a p e n a s in iciad a la g u e rrilla . En N a c a h u a z ú ,
el ra d io -tra n sm iso r, o b so le to y e n m al e sta d o , d e p e n d ie n te d e frágiles
lá m p a ra s y u n m o to r a g a so lin a, q u e d ó sin c a p a c id a d de tra n sm itir
m ensajes, e, incluso, en el curso de los aco n te cim ien to s, luego de algunos
m eses, ta m p o c o se p u d ie ro n c o p iar los e n v iad o s d e sd e C uba.25
Es fre c u e n te q u e se a fírm e q u e la d e rro ta d el C he se d eb ió e n g ra n
p a rte a la d iv isió n d e su s fu e rz a s el 17 d e a b ril d e 1 9 6 7 , c u a n d o , p a ra
p o d e r m o v e rse m á s rá p id o d ejó a trá s a los e n fe rm o s y se se p a ró del
g ru p o d irig id o p o r el c u b a n o « Joaq u ín » , Vilo A cu ñ a. N u n ca vo lv iero n
a e n c o n tra rs e , m e rm a n d o p o te n c ia de fu eg o a a m b o s se g m e n to s. La
c o lu m n a d e « Jo aq u ín » , e n la q u e ib a «Tañía» se ría e m b o sc a d a p o r las
tro p a s m ilita re s el 31 d e a g o sto .26

25. Cfr. Paul Dosal. Comandante Che. Guerrilhciro, lider e estrategista, 1956-
1967. San Pablo: Editora Globo, 2005.
26. José Luis Alcázar. Ñacahuasu. La Guerrilla del Che en Bolivia. México, DF:
Ediciones ERA, 1969, págs. 126-176.

201
G ustavo R odríguez Ostria

D u ra n te las accio n es d e T e o p o n te el p rim e ro de se p tie m b re d e 1970


la c o lu m n a ta m b ié n se d iv id ió e n d o s al re c ib ir u n fu rib u n d o a ta q u e del
e jército b o liv ia n o , q u e in clu y ó fu eg o c o n m o rte ro s y h e lic ó p te ro s. Cada
p a rte , a is la d a y e n fr e n ta n d o d u ra s y a g o b ia n te s d ific u lta d e s lo g ísticas,
pereció p o r in an ició n o a m an o s de sus a d v e rsario s, e inclusive m ed ian te
el fu sila m ie n to d e d o s de ellos lle v ad o a c a b o p o r su s a u to rita rio s «com ­
p añ ero s» , al igual q u e o c u rrió c o n o tro p a r e n la c o lu m n a d e M ase tti en
1 9 6 3 -1 9 6 4 .
Ni e n 1 96 7 ni e n 1 9 7 0 , las fu e rz a s a lz a d a s e n a rm a s lo g ra ro n apoyo
c a m p e sin o , en cam b io , en a m b as o p o rtu n id a d e s , la p o b la c ió n ru ra l, por
convicción y p resió n , colab o ró con el e jé rc ito , a lim e n tá n d o lo y d e latan d o
a la g u errilla.

Palabras finales
La h is to rio g ra fía so b re la g u e rrilla e n B olivia e stá d o m in a d a p o r la
p re s e n c ia ico n o g rá fic a d e las a c c io n e s p ro ta g o n iz a d a s e n 1 9 6 7 p o r Er­
n e sto G u ev ara . Se d e sc o n o c e q u e su c e d ió a n te s y p o s te rio rm e n te . Así
com o su s m ú ltip le s e n c a d e n a m ie n to s . U n rev a lo ra c ió n de los d a to s y do
los hech o s m u e s tra , en el p erío d o e s tu d ia d o , la ex isten cia de tre s fases o
m o m en to s de la lucha a rm a d a en Bolivia: 1 9 6 3 , 196 7 y 1970. E stas están
u n id as p o r la m ism a convicción fo q u ista y p o r la p resen cia de los mismos
e q u ip o s h u m a n o s . La d ife re n c ia e s trib a e n el u so d e l te rrito rio y en el
locus de la acción política. En 1963, B olivia es escen ario de p a so , refugio
y s a n tu a rio . En 1 9 6 7 , es p a rte d e u n a e s tra te g ia c o n tin e n ta l; c en tro
d e sd e d o n d e ir ra d ia r fu e rz a s y c o lu m n a s . En 1 9 7 0 , la n a c io n a liz a c ió n
g u e rrille ra s u p u s o e s tra te g ia s d e p o d e r y c o n q u is ta e n los lím ite s del
p ro p io te rrito rio , a u n q u e no se a g o tó e n e lla. El in te rn a c io n a lis m o se
m a n tu v o com o p rin c ip io rector, a u n q u e y a n o d e sd e la m ira d a guevaris-
ta, p ro c la m a d a c o m o p u n to n e u rá lg ic o d e la acc ió n g u e rrille ra p a ra el
c o n tin e n te la tin o a m e ric a n o .

202
Capítulo 8
Pueblo, conciencia y fusil. El Movimiento de
Izquierda Revolucionaria (MIR) y la irrupción
de la lucha armada en Chile (1965-1990)

Ig o r G o ic o v ic D o n o so *

Presentación

La irru p ció n de la d e n o m in a d a n u e v a iz q u ie rd a o izq u ierd a rev o lu cio ­


naria en A m érica Latina, se relacio n a c o n u n a serie d e p rocesos sociales y
políticos q u e tran sfo rm a ro n de m a n e ra p ro f u n d a el p aisaje reg io n al. Por
una p a rte, los cam bios en el o rd e n m u n d ia l d eriv ad o s del d esen lace de la
S eg u n d a G u erra M undial, su p u siero n u n a im p o rta n te a lte ra c ió n en el o r­
den político a escala hem isférica. E fe c tiv am en te , la posició n h eg em ó n ica
que E stados U nidos h abía v en id o c o n fig u ra n d o d e sd e 1 918 se co n so lid ó
a m p lia m e n te a p a rtir d e 1 9 45 . A su v e z , lo s a c u e rd o s su sc rito s a e sca la
regional en 1947 (T ratado In te ra m e ric a n o d e A sistencia R ecíproca, TLAR,
Río d e J a n e iro ) y 1948 (O rg an izació n d e E stad o s A m erican o s, OEA, Bo­
g o tá), reafirm aro n el control d e E stados U n id o s sobre la p olítica e x terio r

*. Este trab ajo form a p arte de los p ro y e c to s de investigación: España y


Chile: Similitudes y diferencias en la transición a la democracia. Análisis comparado
en las ciudades de Murcia y Concepción, P ro y e c to H U M 2007-63387, M inisterio
de E ducación y Ciencia, Dirección G en eral d e Investigación, Proyectos I+ D ,
Acciones E stratégicas y Errantes, Murcia (2 0 0 7 -2 0 1 0 ) y Representaciones político-
Í
culturales para la recuperación de la dem ocracia y las transiciones: España/Europa
y Argentina/C hile, Program a C onjunto CSIC-USACH, M adrid, Santiago de Chile
(2 0 0 9 -2 0 1 0 ). Agradezco a A ndrea A rm ijo R eyes su apoyo en el trab ajo de
recopilación de fuentes.
Igor G oicovic D o n o so

d e los E stad o s la tin o a m e ric a n o s y s itu a r o n a e sto s e n el c a m p o de los


p aíses c a p ita lista s (o M u ndo Libre) en e l c o n te x to d e la G u erra F ría .1
T am b ién es p o sib le observar, d e s d e m e d ia d o s d e la d é c a d a d e l cin­
c u e n ta , u n e v id e n te a g o ta m ie n to d el p a tr ó n d e a c u m u la c ió n cap italista
b a sa d o e n la su stitu c ió n de im p o rta c io n e s. El m o d elo n o dio resp u e sta a
los p ro b lem as e stru c tu ra le s de la d e p e n d e n c ia eco n ó m ica, ni al lastre del
latifu n d io , y p o rq u e no logró resolver las e x p ectativ as ni las d e m a n d a s del
g ru e s o d e la p o b la c ió n la tin o a m e ric a n a . A su vez, es p o sib le re co n o cer
el a g o ta m ie n to d e l p o p u lism o co m o s is te m a p o lítico . E ste, ta n to e n su
versió n d e m o c rá tic o -b u rg u e sa com o e n la n a c io n a l-c o rp o ra tiv ista, había
c o n v e rtid o la m ovilizació n d e m asas e n u n c o m p o n e n te fu n d a m e n ta l de
la e stra te g ia d e e rrad icació n del sistem a o lig árq u ico y en p rin cip al soporte
d e los p ro y e c to s d e d e sa rro llo .2 N o o b s ta n te , a fin es d e la d é c a d a del
c in c u e n ta , a m b o s m o d e lo s se e n c o n tr a b a n p ro fu n d a m e n te d esg a stad o s
fre n te a los m o v im ie n to s so ciales q u e le s h a b ía n se rv id o d e p la tafo rm a
social.
J u n to a esto s fe n ó m e n o s es p o sib le re c o n o c e r u n m o v im ie n to d em o ­
g ráfico d e e x tra o rd in a ria s im p lic a n c ia s y p ro y e c c io n e s: Los d e sp la z a ­
m ie n to s c a m p o -c iu d a d . E fe c tiv a m e n te , d e sd e la d é c a d a d e l tre in ta en
a d e la n te m illo n es de latin o a m e ric a n o s c o m e n z a ro n a e m ig ra r d e sd e las
á re a s ru ra le s h a c ia los c e n tro s u rb a n o s , a tra íd o s p o r la s e x p ectativ as
lab o rales que o fe rta b a el proceso de in d u stria liz a c ió n y p o r las ap aren tes
co m o d id ad es q u e su g ería el novedoso e q u ip a m ie n to u rb a n o . No obstante,
a su arrib o , los m iles de em ig ra n te s r u r a le s sólo e n c o n tra b a n subem pleo,
a rr a n c h a m ie n to p re c a rio , ex clu sió n y m a r g in a c ió n .3 Es decir, e n el ám-

1. Cfr. H ilio H alperin Donghi. H istoria contem poránea de Am érica Latina.


M adrid: A lianza Editorial, 1981, págs. 3 7 1 -3 7 7 ; y Alan Angelí. «La izquierda en
A m érica L atina d e sd e 1930». En: Historia d e América Latina. Política y sociedad
desde 1930. Ed. p o r Leslie Bethell. Vol. 12. B arcelona: E ditorial C rítica, 1992,
págs. 73-131; u n enfoque cen trad o en la p o lític a e xterior estad o u n id en se sobre
América Latina, desde la perspectiva de la seg u rid ad hem isférica en, H ernán Pozo.
«La seg u rid ad nacional. Raíces in te rn ac io n ale s» . En: Docum ento de trabajo, n."
184: Santiago d e Chile (julio de 1983).
2. Cfr. Jo sé Del Pozo. Historia de A m érica Latina y el Caribe, 1825-2001.
San tiag o de Chile: LOM Ediciones, 2002; T ulio H alperin D onghi. «La CEPAL
en su co n tex to histórico». En: Revista de la CEPAL, n.° 94: (2 0 0 8 ), págs. 7-27;
O ctavio Ianni. La form ación del Estado p o p u lista en América Latina. M éxico, DF:
Editorial ERA, 1975.
3. Al respecto, véase T hom a Merrick. «La población de América Latina, 1930-
1990». En: Historia de América Latina. Política y sociedad desde 1930. Ed. por Leslie
Bethell. Vol. 12. Barcelona: Editorial Crítica, 1992, págs. 165-215; y Ju a n Carlos
Elizaga. Migraciones a las áreas m etro p o lita n a s de Am érica Latina. S an tiag o de
Chile: CELADE, 1970.

204
P ueblo, con cien cia y fusil. El M ovim ien to d e Izquierda R evolucionaria.

hito u rb a n o , el c ircu ito d e la p o b re z a, de la c u a l h u ía n co n a n g u stia ,


te rm in a b a ta m b ié n p o r ab so rb erlo s.
P or o tro lad o , la lle g a d a al p o d e r en C uba (1 9 5 9 ) d e las c o lu m n a s
g u e rrille ra s d e l M o v im ien to 26 d e Ju lio , tra s el d e s a rro llo p o r m ás d e
dos año s de u n a estra te g ia d e e n fre n ta m ie n to a rm a d o con el E stad o b u r­
gués, e n c a b e z a d o p o r F ulgencio B atista, m odificó de m a n e ra im p o rta n te
los lin c a m ie n to s tá c tic o -e stra té g ic o s d e u n se g m e n to im p o rta n te d e la
izquierda la tin o am erican a.4 El principal im pacto de la R evolución cu b an a
se p ro d u jo en el plan o político y, a través de él, e n el p lan o c u ltu ra l.5 E ntre
o tro s a sp e c to s la R evolució n c u b a n a d e fin ió e x a c titu d a los e n e m ig o s
d e los se c to re s p o p u la re s: la o lig arq u ía c rio lla y el im p e ria lism o e s ta ­
d o u n id e n s e ; ta m b ié n e stab le c ió u n a e stra te g ia p o lítica d e c o n q u ista d el
p o d er: La lu ch a a rm a d a g u e rrillera. S ostu v o q u e la v a n g u a rd ia p opular,
el eje c o n d u c to r del m o v im ie n to rev o lu cio n a rio , e ra el E jército R ebelde,
in stancia e n la cual se p ro b a b a n y leg itim ab an los revo lu cio n ario s. Señaló
q u e e n A m érica L atina el c o n d u c to r d e l p ro c e so re v o lu c io n a rio e ra el
p ro le ta ria d o , p ero q u e al c am p e sin a d o le c o rre sp o n d ía u n a im p o rta n c ia
fu n d am en tal en el proceso de co nstitución y d esarro llo del E jército R ebel­
d e. E n fatizó , a p a rtir d e l m o d elo g u e rrillero , u n a n u e v a c a te g o ría ético
social: el h o m b re n u e v o , eje p ro y e ctu al d el g u e v a rism o . Y reiv in d ic ó el
in tern acio n alism o político y social; de esta m a n e ra , ed u c ad o re s, m édicos
y c o m b a tie n te s cu b an o s, p a rtic ip a ro n en c a m p a ñ a s in te m a c io n a lista s en
los m ás a p a rta d o s rin co n es d el p la n eta : E tiopía, A ngola, M arru eco s, M o­
zam b iq u e, las a ltu ra s d e El G olán, V ietnam , Bolivia, A rg en tin a, G ran ad a,
e tc.6
Pero, ad em á s, esto s aspectos de o rd en e stru c tu ra l d iero n o rig en a u n a
serie d e reaccio n es, ta n to e n tre aq u ello s q u e m ira ro n con p reo c u p a c ió n
el F enóm eno re v o lu c io n a rio , c o m o e n tre los q u e se c o n m o v ie ro n co n su

4. E ntre una am plísim a bibliografía vcase, Ernesto G uevara. Obra revolucio­


naria. M éxico, DF: E d itorial Era, 1969; Vania B am birra. La Revolución cubana:
una reinterpretación. n .° 18. S antiago de Chile: C uadernos del CESO, 1973; y
Dick Parker. La Revolución cubana. Caracas: U niversidad C entral de V enezuela,
1995.
5. Sobre e ste p u n to , véase Gabriel G aspar. Guerrillas en Am érica Latina.
Santiago de Chile: FLACSO, 1997, págs. 9-24; el im pacto de la Revolución cubana
en la constru cció n d e u n a «conciencia revolucionaria» en Chile e n los años
1960 y 1970, en C atalin a Olea. «La c u ltu ra rebelde: so p o rtes, construcción y
c o n tin u id ad de la rebeldía». Tesis de lie. Santiago de Chile: D ep arta m e n to de
Ciencias H istóricas, U niversidad de Chile, 2005, págs. 65-68.
6. Para este tem a c o n fro n ta r los textos de Vania B am birra. Diez años de
insurrección en A m érica Latina. 2 vols. S antiago de Chile: E ditorial P rensa Lati­
n o am ericana, 1971; y Jo rg e C astañeda. La utopia desarmada: intrigas, dilemas y
prom esas de la izquierda en América Latina. Buenos Aires: Ariel, 1994.

20 5
Igor G oicovic D o n o so

v ic to ria . R e a c c io n a ro n el im p e ria lism o y las clases d o m in a n te s . S urgió


la A lian za p a ra el P ro g reso , la D o c trin a d e S e g u rid a d N a c io n a l y la
E strateg ia de C o n train su rg en c ia. P o ste rio rm e n te el ascen so d e las luchas
p o p u la re s , e n e l c o n te x to d e la m á x im a in flu e n cia d e la R ev o lu ció n
c u b a n a , d e to n ó los g o lp es m ilitare s. P ero ta m b ié n in c e n tiv ó la creación
d e la N ueva Iz q u ie rd a o Iz q u ie rd a R ev o lu c io n aria , q u e a s u m ió asp ecto s
im p o rta n te s d e l c a stro -g u e v a rism o . P a rtic u la rm e n te la c o n c e p c ió n del
p o d er, el p a rtid o d e c u a d ro s y la lu c h a a rm a d a . E sta n u e v a iz q u ie rd a
tu v o o ríg e n e s p o lític o s disím iles, y a q u e p ro v in o ta n to d e la s filas del
p o p u lism o -A P R A , PS, ju s tic ia lis m o - c o m o d el c o m u n ism o o rto d o x o .
Los nuevos re fe re n te s políticos que su rg ie ro n - M o v im ien to de Libera­
ción N acional T upam aros, Ejército R evolucionario d el P u e b lo , E jército de
L ib eració n N ac io n a l, MIR ch ilen o y p e ru a n o , e t c . - se a p o y a ro n , fu n d a ­
m e n ta lm e n te , e n m o v im ien to s so ciales ra d ic a liz a d o s o tr o ra e x c lu id o s o
e sca sa m e n te priv ileg iad o s p o r la iz q u ierd a trad icio n al: jó v e n e s , cam p esi­
nos, p o b lad o res, m in o rías étnicas. La in flu en cia d e la R ev o lu ció n cubana
no ta rd ó en h ac e rse sen tir en toda A m érica L atina. M iles d e tra b a ja d o re s,
c am p e sin o s y e stu d ia n te s, se d u cid o s p o r la é p ic a g u e rrille ra c a rib e ñ a , y
n u c le a d o s e n e m e rg e n te s o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n a ria s se la n z a ro n al
m o n te p o rta n d o v e tu s to s fu siles, d is p u e sto s a a rr e b a ta rle e l p o d e r a la
o lig arq u ía. En C hile, los efectos del p ro ceso c u b a n o se h ic ie ro n s e n tir en
un a sc e n d e n te rad icalism o político. Este rad icalism o a rra s tró a l v ete ra n o
P artido Socialista a a d o p ta r p la n te a m ien to s c a d a vez m ás re v o lu cio n ario s
y fav o reció la ru p tu ra p o r la iz q u ie rd a d e lo s c u a d ro s ju v e n ile s d e la
D em ocracia C ristian a, que d iero n o rig en al MAPU, p rim ero , y m á s ta rd e a
la Iz q u ierd a C ristia n a .7 No o b sta n te , el fe n ó m e n o p olítico m á s re le v a n ie
d e e ste p e río d o h istó ric o fu e la fu n d a c ió n d e l M o v im ie n to d e Izq u ie rd a
R ev o lu cio n aria, MIR, e n 1965.
En este a rtíc u lo n o s p ro p o n e m o s a n a liz a r la in c id e n c ia d e e s ta o rg a ­
n iz a c ió n p o lític a e n el d e v e n ir h istó ric o d e C h ile e n el ú ltim o te rc io del
siglo x x, c o lo c a n d o el a c e n to e n la e v a lu a c ió n d e su c o n tr ib u c ió n a la
in sta la c ió n y d e sa rro llo de las fo rm as a rm a d a s d e lu c h a. E fe c tiv a m e n te ,

7. El Partido Socialista, du ran te su XXU Congreso G eneral O rdinario, suscribió


la tesis de la inevitabilidad y legitim idad de la violencia política e n la lucha poi
el poder. Véase al respecto, las resoluciones de d ich o congreso p u b lic a d a s poi
Julio Cesar Jobet. El Partido Socialista de Chile. Vol. 2. Santiago de C hile: Editori.il
PLA, 1971, págs. 128-149; la ru p tu ra de 1969, al interior de la DC, q u e dio origen
al MAPU, en C ristina M oyano. MAPU o la seducción del poder y la ju v e n tu d . /.«»>
anos fundacionales del partido m ito de nuestra transición. 1969-1973. S antiago de
Chile: Ediciones Universidad Alberto H urtado, 2009; la trayectoria d e la Izquierd.i
Cristiana aun no cuenta con un trabajo riguroso. Una reseña ilu stra tiv a en, Tadro
Pavisch. Somos Izquierda Cristiana. Concepción: E ditorial INDESCU, 1996.

206
P ueblo, co n cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R ev o lu cio n a ria ...

le c o rre sp o n d e al MIR la re sp o n sa b ilid a d de h a b e r p la n te a d o y lle v ad o


a la p ráctica, d e m a n e ra p io n e ra en C hile, el u so d e la v io le n c ia p o lítica
p o r p a rte de los trab ajad o res y clases p o p u lares, a o b jeto d e co n q u ista r el
poder.

El MIR y el desarrollo de la lucha popular en Chile (1965-1973)


El MIR irrum pió en la escena política n acional en el m es de ag o sto de
1965.a En esa o p o rtu n id a d u n am p lio y h e te ro g é n e o g ru p o d e o rg a n iz a ­
ciones revolucionarias asum ió la ta re a de c o n stru ir un n u ev o in stru m e n to
o rg án ico q u e, d e a c u e rd o con sus p ersp ectiv as y o rie n ta c io n e s, le d isp u ­
ta ra la co n d u c c ió n del m o v im ie n to p o p u la r a la iz q u ie rd a tra d ic io n a l,
en el p ro c e so d e lu ch a p o r la c o n stru c ció n d el so c ia lism o e n C hile. Al
resp ecto , M artín H ernández, so stien e,

«El gran efecto del MIR en la sociedad de su época, a p e sa r de


su p e q u e ñ o ta m a ñ o e in cip ie n te in serció n e n el m o v im ie n to
so cial, e stá d a d o p o r el h e c h o q u e fre n te a tre s p ro y e c to s
po lítico s d e reco m p o sic ió n o m o d e rn iz a c ió n d e l c a p ita lism o
ch ile n o (el p ro y ecto de la d e re c h a , el p ro y e c to d e m ó c ra ta
cristian o y el proyecto allen d ista), el MIR es la ú n ica o rg a n iz a ­
ción que p lan tea en form a co h eren te ap ro v e ch a r la c o y u n tu ra
p a ra te rm in a r con el capitalism o».9

8. Para el h isto ria d o r Luis Vítale, el MIR fue el re su lta d o d e un proceso de


unificación iniciado por varios grupos desde com ienzos de la década del sesenta.
Entre otros, el Partido O brero Revolucionario (trotskista), la V anguardia Revolu­
cionaria M arxista -fo rm a d a por ex m ilitantes del Partido C om unista y del Partido
Socialista, de o rientación c a s tr is ta - el M ovim iento R evolucionario C om unista
(m aoísta) y antiguos m ilitantes anarquistas. Luis Vítale. Interpretación marxista de
la historia de Chile. Vol. 5. Barcelona: Editorial Fontam ara, 1982, págs. 164-165;
Luis Vitale. Contribución a la historia del MIR (1 9 6 5 -1 9 7 0 ). S an tiag o d e Chile:
Ediciones del Instituto de Investigación de M ovim ientos Sociales Pedro Vuskovic,
1999, págs. 8-12; cfr. C arlos Sandoval. MIR (una historia). S an tiag o d e Chile:
S ociedad E ditorial T rabajadores, 1990, págs. 13-25; Francisco G arcía N aranjo.
Historias derrotadas. Opción y obstinación de la guerrilla chilena (1 9 6 5 -1 9 8 8 ).
Morelia: U niversidad M ichoacana de San Nicolás de Hidalgo, 1997, págs. 28-34;
véase un detallad o estudio de las organizaciones y m ovim ientos ideológicos que
confluyeron en el MIR en Pedro Valdés Navarro. «Elementos teóricos en la form a­
ción y desarrollo del MIR d u ra n te el período 1965-1970». Tesis de lie. Instituto
de H istoria y Ciencias Sociales. Universidad de V alparaiso, 2006, págs. 35-67.
9. M artín H ernández Vásquez. El pensamiento revolucionario de Bautista van
Schouwen, 1943-1973. Concepción: Ediciones Escaparate, 2004, pág. 12.

207
Igor G oicovic D on oso

En su «D eclaración de principios», e la b o ra d a e n el m es de septiem bre


de ese m ism o año, el MIR en u n c ia b a los fu n d a m e n to s teóricos y políticos
q u e g u ia b a n su accio n ar. El MIR se v is u a liz a b a c o m o la v a n g u ard ia
m a rx ista -le n in ista d e la clase o b re ra y d e las c a p a s o p rim id a s d e Chile,
a la vez q u e se c o n c e b ía c o m o el h e re d e ro h is tó ric o d e las tradiciones
re v o lu c io n a ria s c h ilen a s. En e sta p ersp e c tiv a la fin a lid a d d el M IR era
d e rro car el sistem a cap italista y reem p lazarlo p o r un gobiern o de obreros
y c a m p e sin o s, d irig id o p o r los ó rg a n o s del p o d e r p ro le ta rio , fijándose
co m o ta r e a la c o n stru c c ió n d e l so cialism o y la e x tin c ió n g ra d u a l del
E stad o , h a sta lle g a r a la so c ied a d sin c la se s.10
El MIR re c o n o c ía la e x iste n c ia h istó ric a d e la lu c h a d e clases y, de
a c u e rd o c o n ello , a su m ía el c o m b a te in tr a n s ig e n te c o n tra los explota­
d o re s, re c h a z a n d o to d o in te n to d e a m o rtig u a r e s a lu c h a. Se planteaba,
ad em ás, q ue el siglo xx era la e ta p a de agonía d e fin itiv a del sistem a capi­
talista. Para el MIR, e n ese siglo, la lu c h a re v o lu c io n a ria h a b ía asum ido
un c a rácter m u n d ial. A gregando que el triu n fo d e la revolución en nume­
rosos países d e c ap ita lism o a tra s a d o d e m o s tra b a q u e to d a s las naciones
te n ía n co n d icio n es su ficien tes p a ra re a liz a r la re v o lu c ió n so cia lista.11
P ara el MIR la b u rg u e s ía c h ile n a h a b ía d e m o s tr a d o su incapacidad
p a ra re so lv e r las ta re a s d e m o c rá tic o -b u rg u e s a s - lib e r a c ió n nacional,
re fo rm a a g ra ria , liq u id a c ió n d e los v estig io s s e m ife u d a le s , e t c . - . Este
h ec h o p o n ía al d e sc u b ie rto la in e x iste n c ia d e u n a ilu so ria burguesía
progresista y, p o r c o n sig u ie n te , re ch a zó la t e o r í a d e la rev o lu ció n por
e ta p a s y la p o lític a d e c o la b o ra c ió n de clases a s u m id a p o r la izquierda
tra d ic io n a l c h ile n a d e s d e fines d e la d é c a d a d e l tre in ta . Este enfoque
e ra c o m p a rtid o p o r a q u e lla s o rg a n iz a c io n e s la tin o a m e r ic a n a s qu e, al
ig u al q u e el MIR c h ile n o , se d is p o n ía n a d is p u ta r l e al re fo rm isn io y al
n acio n a lism o b u rg u é s, la d irecció n del m o v im ie n to p o p u lar.

10. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «D eclaración de principios». En:


El Rebelde: Santiago de Chile (1 de septiem bre de 1 9 6 5 ) ; un análisis interesante
de este proceso se p u ed e v e r en el texto de su ú ltim o secretario general, véase
A ndrés Pascal A llende. El MIR chileno. Una e xp e rien c ia revolucionaria. Buenos
Aires: E ditorial C ucaña, 2003, págs. 14-30; un e n f o q u e crítico que define al
MIR com o organ izació n «subversiva» y « a n tisité m ic a » en, A ndrés Benvanete.
«M ovim iento de Izquierda R evolucionaria: tr a y e c to r ia y presente». En: Revista
Política, n.° 12: S antiago de Chile (1 9 8 7 ), págs. 1 2 1 -1 5 5 .
11. En su caracterización de A m érica Latina y d e Chile com o economías
periféricas y d e p en d ien te s, el MIR a d o p tó la v e r s ió n m ás radical de la teoría
general de la dependencia. Tuvieron especial influ en cia en el pensam iento mirista
teóricos com o T heo to n io Dos S antos, Emir Sader, R u y M auro M arini y Andró
G under Frank. Véase al respecto, Ruy M auro M arini. D ialéctica de la dependencia.
México, DF: Ediciones ERA, 1991.

208
Pueblo, con cien cia y fusil. El M ovim iento de Izq u ierd a R evolu cion aria.

«H oy d ía, d a d a la p a rtic u la r situ a c ió n d el p ro c e s o re v o lu c io ­


n a rio c o n tin e n ta l, d e b e m o s referirn o s e sp e c ífic a m e n te a d o s
c o rrien tes de p e n sam ien to y acción, que c o n s p ira n p o d e ro s a ­
m e n te co n tra los esfuerzos revolucionarios d e los la tin o a m e ri­
can os. Ellos son un en em ig o : el n a c io n a lism o b u rg u é s y u n a
co n cep ció n e rró n e a del cam p o p opular, el re fo rm ism o .
A m bos, a veces estre c h a m e n te unid o s, in te n ta n e n c a ra m a rs e
en el a u g e re v o lu cio n a rio s d e n u e stro s p u e b lo s ; lo g r a r su
dirección e im p o n er sus concepciones e rr ó n e a s e in te re sa d a s,
q u e in d e fe c tib le m e n te te rm in a ra n p o r d e te n e r y c a s tra r el
im p u lso re v o lu cio n a rio . Por ello a d q u ie re u n a d im e n s ió n
e s tra té g ic a la in tra n sig e n te lu c h a id e o ló g ic a y p o lític a q u e
los re v o lu c io n a rio s d e b e m o s lib ra r c o n tr a e s a s c o rrie n te s ,
im p o n ern o s a ellas, g a n a r así la d irección d e las m ás a m p lia s
m a sa s, p a ra d o ta r a n u e stro s p u e b lo s d e u n a c o n s e c u e n te
d ire c c ió n rev o lu c io n a ria q u e n o s c o n d u z c a c o n c o n s ta n c ia ,
in telig en cia y efectiv id ad h acia la v icto ria fin a l» .12

M ás a d e la n te el MIR d e n u n c ia b a las tá c tic a s p o lític a s u tiliz a d a s p o r


la iz q u ie rd a tra d ic io n a l, en p a rtic u la r la lu c h a p o r re f o r m a r el siste m a
cap italista, el electoralism o, el a b a n d o n o de la a c c ió n d ire c ta , la vía pací­
fica y p a rla m e n ta ria al so cialism o , etc. P ara el M IR e s to s lin c a m ie n to s
co n fu n d ían , d efra u d a b a n y d esa rm a b a n al p ro le ta ria d o . El MIR p la n te a b a
com o a ltern ativ a la insurrección p o p u lar a rm a d a com o ú n ico cam in o p ara
d e rro c a r el rég im en capitalista. P recisam e n te, u n o d e las c o n trib u c io n es
teóricas y estratég icas m ás im p o rtan tes del MIR al p e n sa m ie n to rev o lu cio ­
n ario en Chile, fue la intro d u cció n de las fo rm as a rm a d a s d e lu ch a com o
e stra te g ia d e e n fre n ta m ie n to con el E stado y las clases d o m in a n te s .13
En el Tercer C ongreso del MIR, realizad o en la c iu d a d de S an tia g o en
el m es de diciem bre del año 1967, el secto r c a strista , lid e ra d o p o r M iguel
E nríquez, B autista Van Schow en, Luciano Cruz y A n d rés Pascal, co n quistó
la m a y o ría d el C o m ité C e n tra l - 1 0 c a rg o s d e 1 5 - lo s c in c o carg o s
d el se c re ta ria d o n a c io n a l y la se c re ta ría g e n e ra l d e l p a rtid o - M ig u e l

12. Junta de Coordinación Revolucionaria. «A los pueblos de Am érica Latina».


En: Revista Che, n.° 1: (noviem bre de 1974).
13. Luis C erda c Ignacio Torres. «La visión e stra té g ic a del Che sobre la
revolución latinoam ericana». En: Miguel Enríquez. Páginas de historia y lucha. Ed.
por Pedro Naranjo. Estocolmo: Centro de Estudios Miguel E nríquez (CEME), 1999,
pág. 22; u n a visión d u ra m e n te crítica de este e n fo q u e se e n c u e n tra e n H ernán
Vidal. Presencia del MIR. 14 claves existenciales. S a n tia g o d e Chile: M osquito
Editores, 1999.

209
Igor G oicovic D on oso

E n r í q u e z - .14 A p a rtir d e e ste m o m e n to se d is e ñ ó u n n u e v o m od elo


o rg a n iz a c io n a l. Se c o n fo rm a ro n los G ru p o s P o lítico -M ilitares (G PM s),
q u e e r a n e s tru c tu ra s o rg á n ic a s in te rm e d ia s q u e a rtic u la b a n b a s e s de
m asas, o p erativ a s, y de técn icas e in fra e stru c tu ra - r e d e s de a p o y o - . La
p o lítica d e re c lu ta m ie n to se h izo m ás rig u ro sa , a p lic á n d o se c rite rio s de
se le c tiv id a d en la p e rsp e c tiv a d e c o n s tru ir u n p a rtid o d e c u a d ro s ; y se
com enzó a d e sa rro llar u n a política de acciones a rm a d a s -p rin c ip a lm e n te
re c u p e ra c io n e s fin a n c ie r a s - q u e a p u n ta b a n a fo g u e a r a las u n id a d e s
esp eciales y a d e sa rro lla r la e stru c tu ra de a s e g u ra m ie n to s .15
En el p la n o de m asas se a p ro v e c h ó la a g u d iz a c ió n e x p e rim e n ta d a
p o r la lu c h a d e clases e n el p e río d o y la c o y u n tu ra e le c to ra l d e 1970
p a ra p e n e tr a r e n los secto res m ás ra d ic a liz a d o s d el m o v im ie n to popular.
Se a rtic u ló u n a lín e a d e fre n te s in te rm e d io s - F r e n t e d e T ra b a ja d o re s
R ev o lu c io n a rio s (FTR ); M o v im ien to U n iv e rsitario d e Iz q u ie rd a (M UI);
F re n te d e E stu d ia n te s R ev o lu c io n a rio s (FER ); M o v im ie n to C am p esin o
R ev o lu cio n ario (M CR ); y el M o v im ien to d e P o b la d o re s R ev o lu cio n ario s
(M PR) - d e stin a d o s a siste m a tiz a r las d e m a n d a s p o p u la re s y a co n d u cir
su s lu c h a s .lb En e ste p la n o se e x p e rim e n ta ro n c re c im ie n to s c u a lita tiv o s
en los secto res e stu d ia n til, p oblacional y de cam p esin o s, p a rtic u la rm en te
e n tre las co m u n id ad e s m a p u c h e s.17 P a ralelam en te se e stre c h a b a n las rela­
ciones al in te rio r del c o n g lo m erad o U nidad P o p u lar (U P), esp ecialm en te
c o n g ru p o s y d irig e n tes del P artid o S o cialista (PS).
AI fin a liz a r e sta e ta p a el MIR h a b ía lo g ra d o d e c a n ta r su e s tru c tu ­
ra o rg á n ic a ; p o r o tra p a rte co n sig u ió im p le m e n ta r las ta r e a s básicas
c o n te m p la d a s e n su s d e fin ic io n es e s tra té g ic a s - p a r t i d o d e c u a d ro s y

14. S andoval, MIR (una historia), págs. 35-47; y V ítale, C ontribución a la


historia del MIR (1 9 6 5 -1 9 7 0 ), págs. 17-25.
15. MIR, «Algunos an te ce d e n te s del M ovim iento de izquierda R evoluciona­
ria», S antiago d e Chile, M arzo de 1970, en M iriam O rtega y Cecilia R adrigán,
com ps. M iguel Enríquez. Con vista a la esperanza. S antiago de Chile: Ediciones
E scaparate, 1998, págs. 65-67; un enfoque psicológico que ap u n ta a d evelar los
rasgos de la m ilitancia m irista y sus representaciones sim bólico-culturales durante
la UP en, Ju lián Bastías R ebolledo. «A propósito del MIR chileno. Un in te n to de
psicología p artid aria. R epresentaciones sociales y subsistem as ideológicos como
factores de inhibición en la crítica de los m ilitantes». En: Psicología de la acción
política. Comp. por M aritza M ontero, O rlando D’Adam o y Virginia García. Buenos
Aires: Editorial Paidós, 1995, págs. 163-203.
16. Pedro Naranjo. «Sem blanza biográfica y política de Miguel Enríquez». En:
M iguel Enríquez. Páginas de historia y lucha. Ed. por Pedro N aranjo. Estocolm o:
C entro de Estudios Miguel Enríquez (C E M E ),1999, pág. 14.
17. La política del MIR d u ra n te la UP, esp ecialm en te el a lc an c e de sus
de n o m in a d o s «frentes interm edios», se e n cu e n tra a m p liam en te tra ta d a en el
texto de ibíd., págs. 73-101.

210
P ueblo, co n cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

o rgan izació n p o lític o -m ilita r- y, p o r últim o, se consolidó com o o rg a n iz a ­


ción en el plano n acional, con u n a influencia cre c ie n te e n tre los secto res
m ás activos del m o v im ien to de m a sa s.18
La e s tra te g ia del MIR re c o n o c ía la e x iste n cia en A m érica L atin a, y
por e n d e ta m b ié n en C hile, de u n b lo q u e e n el p o d e r c o n stitu id o p o r el
im perialism o e stad o u n id en se y por las clases d o m in a n tes criollas, ligados
e strech am en te por sus interese s económ icos, políticos y m ilitares. Para el
MIR las co ntradicciones que a trav esab an a los dos m iem bros del b loque en
el p o d er no eran antagónicas, estas se v in cu lab an con las form as y m ontos
de las cu o tas q ue les corresp o n d ían en el botín de la explotación. Pero por
sobre esta s c o n trad iccio n es p rev alecía el in te ré s co m ú n p o r m a n te n e r el
sistem a de dom in ació n y explotación sobre el que se su s te n ta b a su p o d er
y su riq u e z a . E ste m arco re fe re n c ia l h a cía q u e el P ro g ra m a d e l MIR se
d efiniera com o an tiim p erialista, a n ticap italista y socialista. Para el MIR la
com posición del bloque d o m in a n te y la m ag n itu d d e sus in terese s hacían
inviable u na e strate g ia de ocupación g rad u al de espacios al in terio r de la
in stitu c io n a lid a d b u rg u e sa , p a ra , a p a rtir d e ello, a v a n z a r al socialism o,
com o lo s o s te n ía el c o n g lo m e ra d o d e p a rtid o s a g lu tin a d o s en la UP.19

18. La política del MIR en los «frentes interm edios», su concepción del
denom inado «poder popular» y el rol de la dirección del Partido en la elaboración
y o rien tac ió n de esta política, e n Sebastián Leiva. «Teoría y práctica d el p o d e r
popular: Los casos del M ovim iento de Izquierda Revolucionaria (MIR, Chile, 1970-
1973) y el Partido R evolucionario de los T rabajadores - Ejército R evolucionario
del P ueblo (PRT-ERP, A rgentina, 1973-1976)». Tesis de lie. S antiago de Chile:
D epartam ento de H istoria, Universidad de Santiago de Chile, 2007, págs. 27-85.
Llama la atención en este texto el apartado 4 (El diseño de la política, págs. 57-79),
en el cual un a serie d e ex m ilitantes del MIR realizan un análisis retrospectivo
de las relaciones políticas de carácter «jerárquico» que existían al interior de
la organ izació n . Estas visiones que tien d en a re in te rp re ta r el p asado, a la luz
de los p osicionam ientos presen tes, e lu d en situ arse en el co n tex to en el cual se
protagonizaron determ inadas actitudes y situaciones. De esta m anera no explican
a d e c u a d a m e n te por qué «acataron» ni cóm o valo raro n en esa coy u n tu ra dicha
disposición al a ca ta m ie n to . Q ueda la im presión que los m ilitantes de la época
o no c onocían o nadie les inform ó que la e stru ctu ra m irista se guiaba en su
accionar partid ario por la teoría leninista del centralism o dem ocrático. No cabe
d u d a q u e la experiencia trau m ática de la d e rro ta se convierte en el principal
soporte de la autocrítica retrospectiva, la cual, si bien legítim a, no perm ite situar
adecuadam ente el rol y conductas de los sujetos en el contexto histórico específico.
Sin d u d a un problem a no m enor en el trabajo con fuentes orales.
19. La sistem atización por la base de la propuesta m irista fue el denom inado
«Pliego del Pueblo», lev an tad o por las organizaciones locales y de trab a ja d o re s
com o re sp u e sta al p aro p a tro n a l de o ctubre de 1972. Al respecto, véase Mo­
vim iento d e Izquierda R evolucionaria. «El Pliego del Pueblo». En: M arxism o y

211
Igor G oicovic D o n o so

E sta p e rc e p c ió n d ife re n te d el c a rá c te r q u e a su m ía la lu c h a d e clases en


C hile c o n d u jo a v io le n to s e n fre n ta m ie n to s e n tre el MIR y la UP d u ra n te
el p e río d o 1 9 7 0 -1 9 7 3 .20
El M IR p ro y e c ta b a la c o n stru c c ió n de u n a F u e rz a S o cial R ev o lu cio ­
n a ria (FSR ), c o n sc ie n te d e la in ev itab ilid ad del e n fre n ta m ie n to arm ad o ,
q u e fu e ra c a p a z de c re a r u n a n u e v a situ ac ió n p o lític a y, a p a rtir d e ello,
la constru cció n de u n a nu ev a legalidad, com o único cam ino p a ra resolver
el p ro b le m a d el p o d e r.21 De e sta m a n e ra , la c o n sig n a d el p o d e r p o p u ­
lar a d q u iría u n a d im e n sió n e stra té g ic a re le v a n te , en c u a n to c ristalizab a
com o u n a m a n ife sta c ió n p a ra le la al E sta d o b u rg u é s, a s e n ta d o e n las o r­
g an izacio n es y fu erzas sociales au tó n o m a s del p ro le ta ria d o y el p u eb lo .22

Revolución. 1. Santiago de Chile, 1973, págs. 229-240; la im portancia del «cambio


revolucionario» d u ra n te este período ha sido an alizad a por Julio Pinto Vallejos.
«H acer la revolución en Chile». En: Cuando hicimos historia. La experiencia de la
Unidad Popular. Ed. p or Julio Pinto Vallejos. Santiago de Chile: LOM Ediciones,
2 005, págs. 9-33.
20. Las diferencias program áticas entre el MIR y la UP se hicieron evidentes
en se p tie m b re de 1970, cu an d o el MIR se abstuvo d e a p o y ar la c an d id atu ra
presidencial de Salvador Allende. Más tarde, en 1972, el MIR caracterizó a la UP
com o un gobierno «dem ocrático antiim perialista», fundado en u n a alianza entre
la pequeña burguesía reform ista y el reform ism o obrero. Véase al respecto, MIR,
«El MIR y las elecciones presidenciales», Santiago de Chile, abril-m ayo de 1970,
en O rtega y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 33-42; y
MIR, «M em orándum . Resumen del Comité Central, 13 y 14 de noviem bre (1971)»,
S an tiag o de Chile, e n ero d e 1972, en O rtega y R adrigán, M iguel Enríquez. Con
vista a la esperanza, págs. 99-107. Uno de los episodios m ás tensos de este período
se pro d u jo el 5 de agosto de 1972, cuando d u ra n te un a lla n am ie n to practicado
p or c ara b in e ro s en la población Lo Hermida de S antiago, un p o b lad o r resultó
asesinado por las fuerzas policiales. La discusión entre el PC y el MIR respecto del
rol d e los organism os de seg u rid ad en el Estado burgués, crispó d u ra n te varias
sem anas el a m b ie n te político, véase A ugusto C arm ona. «El a p ara to policial y Lo
H erm ida». En: Punto Final, n.° 165: S antiago de C hile (29 de ag o sto de 1972),
págs. 28-29. Las diferentes declaraciones que el MIR y las organizaciones sociales
v in cu lad as a e sta o rganización em itiero n en el tran scu rso d e e sta coy u n tu ra
fueron p u b licad as en, M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. Lo Herm ida: la
cara más fea del reformismo. Santiago de Chile: Ediciones El Rebelde, 1972.
21. MIR, «E strategia de enfrentam iento y lucha p rolongada c o n tra intentos
golpistas de las clases dom inantes», Santiago de Chile, febrero de 1972, en Ortega
y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 117-127.
22. La relació n e n tre la noción de fuerza social rev o lu cio n aria y po d er
p opular se puede analizar en, Hugo Cancino Troncoso. Chile. La problemática del
poder popular en el proceso de la vía chilena al Socialismo, 1970-1973. Un estudio
de la emergencia de los Consejos Campesinos, Cordones Industriales y Comandos
Comunales en relación a la problemática del Estado, la democracia y el socialismo

212
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

Sobre este punto Miguel E nríquez so sten ía en ju lio de 1973, «Los pueblos
tie n e n el derech o a h acer su s p ro p ias leyes. La clase o b re ra y el p u e b lo
en Chile están construyendo ace le ra d am e n te sus propias leyes y ec h an d o
las b ases de una nueva C o n stitu ció n , d e u n a n u e v a le g a lid a d , d e u n a
legalidad revolucionaria, de esa legalidad que se co n stru y e en el com bate
y en la lu ch a» .23 En esa m ism a lín e a d e in te rv e n c ió n el d irig e n te de la
C om isión Política del MIR, N elson G u tiérrez, so sten ía en a g o sto de 1973,

«El Poder Popular, los trab ajad o res, los C om andos C om unales,
d e T rabajadores, los C onsejos C o m u n a les C a m p e sin o s, los
C o rd o n e s In d u striales en p ro c eso de tra n sfo rm a c ió n e n C o­
m an d o s, deben d e sa rro lla rse in d e p e n d ie n te m e n te de la CUT,
fu e ra a b so lu ta m e n te d el c am p o d e la d e m o c ra c ia b u rg u e s a ;
sólo así será posible en persp ectiv a e x te n d e r y p ro fu n d iz a r la
o rg an izació n del n u e v o Poder, d el P o d e r P opular, d e l P o d e r
P ro letario , que fo rtale c ié n d o se co m o P o d er in d e p e n d ie n te , y
a u tó n o m o , g en ere la d u alid a d de p o d e r p rim ero , la crisis del
E stado burgués d esp u é s y el triu n fo d e la re v o lu ció n p ro le ta ­
ria. Esto sólo será posible a trav és de crisis y ru p tu ra s» .24

En este plano, las crisis de p o d e r se resolvía, n e c e sa riam e n te, a través


del e n fren tam ien to arm ad o , el cual se concebía, a co m ien zo s de la d é cad a
d el s e te n ta , com o u n a guerra revolucionaria irregular y pro lo n g a d a . En
e sta p e rs p e c tiv a la línea d e c o n stru c ció n de la FSR a p u n ta b a a g a n a r la
en Chile. A arhus: A arhus U niversity Press, 1988, págs. 321 -4 4 0 ; y en M arco
A ntonio G ram egna y G loria Rojas. «La izquierda revo lu cio n aria en la lucha
política e ideológica actual». En: M arxism o y Revolución, n.° 1: S antiago de
Chile (ju lio -se p tie m b re de 1973), págs. 125-149; un e x celen te e stu d io de los
avances q u e este proceso tuvo a escala regional en, J u a n José Salinas Valdés.
«Poder p o p u la r provincial. Los casos de C oncepción-T alcahuano y C onstitución,
1970-1973». C oncepción: D epartam ento de Ciencias H istóricas, U niversidad de
C oncepción, 2008. Tesis p ara o p ta r al título de Profesor, págs. 91-272; para
el an álisis del hito m ás em blem ático del proceso, la A sam blea del Pueblo de
C oncepción (julio de 1972), véase el trabajo de Danny M onsálvez. «La Asam blea
del Pueblo en Concepción. La expresión del poder popular». En: Revista de Historia,
n.° 16: Concepción (20 0 6 ), págs. 37-58; un testim onio com pleto sobre el proceso
político d el período 1 9 67-1973, relacionado d irec ta m en te con este aspecto, en
G uillerm o Rodríguez. De la Brigada Secundaria al Cordón Cerrillos. S an tiag o de
Chile: E ditorial U niversidad Bolivariana, 2007.
23. MIR, «Discurso del secretario g eneral del MIR, M iguel Enríquez», Tea­
tro C au p o licán , S a n tia g o de Chile, 17 de ju lio de 1973; pub licad o en O rtega
y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza, pág. 274.
24. N elson G utiérrez. «El poder popular y la lucha del p ro letariado chileno».
En: Punto Final, n.° 190: Santiago de Chile (14 de agosto de 1973), pág. 12.

213
lgor G oicovic D o n o so

co n d u cció n d e l m o v im ien to d e m asas, para ello re su lta b a im prescindible


in s e rta rs e e n los fre n te s so c ia le s e incen tiv ar las fo rm as ru p tu ris ta s de
lucha; c o n s tru ir u n a in stitu c io n a lid a d p aralela, e n la qu e el g o b iern o de
la UP y sus p olíticas d e b ía n c o n trib u ir a radicalizar el pro ceso ; desarrollar
la fu erza m ilita r p ro p ia , sobre la base de núcleos orgánicos especializados,
m asa a rm a d a y p e n e tra c ió n en el aparato m ilitar del E stado; y radicalizar
las p o sic io n e s re v o lu c io n a ria s a l in terio r d e los p a rtid o s d e la UP.25 La
ra d ic a liz a c ió n e x p e rim e n ta d a p o r la lucha de clases, e v id e n te m e n te ,
a c e n tu ó el e n fr e n ta m ie n to p o lític o ab rien d o ca m in o al d e sp lie g u e de
la v io le n c ia . A e se efe c to , E d g a rd o E nríquez, m ie m b ro d e la C om isión
Política del M IR se ñ a la b a e n 1 972,

« ( . . . ) c u a n d o se a g u d iz a la crisis social, c u a n d o los p a rti­


dos p olítico s de la clase o b re ra d em u estra n in c a p a c id a d p a ra
d irig ir la c o n q u is ta d el p o d er, surge u n s e n tim ie n to d e d e ­
s e s p e ra c ió n en a m p lia s c a p a s del p u e b lo y su rg e u n p a rtid o
b u rg u é s cu y o o b jetiv o d ire c to es c a ld e a r al ro jo vivo a la
b u rg u e s ía y dirig ir su odio y su desesperación co n tra el p ro le ­
ta r ia d o . El fascism o a c u d e a todos los recu rso s: la v io len c ia ,
la g u e rra civil, la co rru p c ió n y la desm oralizació n de la clase
o b re ra . Su p ro p ó sito es g a n a r el lid e ra zg o d el c o n ju n to d e
la b u rg u e s ía , c o n q u is ta r el g o b iern o y a se g u ra r la c o m p le ta
d o m esticació n y su b o rd in ació n de las m asa e x p lo tad as p o r un
la rg o p e río d o de tiem p o , a favor del g ra n cap ital» .26

Las ta r e a s d e los re v o lu c io n a rio s, en c o n se c u e n c ia , se e n c o n tra b a n


re la c io n a d a s con el im p u lso d e la m ovilización d e m asas. Se tr a ta b a de
te n s io n a r al m áx im o la situ a c ió n política d el p aís a o b je to d e a c e le ra r
la d isp o sic ió n co m b a tiv a d el p u e b lo y, d e esa m a n e ra , c o n s tru ir una
v o lu n ta d d e poder. Así lo m a n ife sta b a M iguel E n ríq u ez e n u n a re u n ió n
con cam p e sin o s de T em uco en 1971,

«E sta es la ta re a fu n d a m e n ta l del p erío d o . Es d e b e r d e to d a


la iz q u ie rd a y d e l g o b ie rn o fa v o re c er y e m p u ja r e sta s m o v i­
lizacio n es. E sta es la ún ica fo rm a d e d e rro c a r a las clases
d o m in a n te s , d e re so lv e r los p ro b le m a s d e los tra b a ja d o re s ,
d e h a c e r a v a n z a r a los o b re ro s y c a m p e sin o s, d e re s o lv e r

25. MIR, Resoluciones sobre la situación política nacional, C om ité C entral,


S antiago de Chile, m ayo de 1973, en O rtega y R adrigán, M iguel Enríquez. Con
vista a la esperanza, págs. 253-257.
26. E dgardo Enríquez. «La conciliación: caldo de cultivo del fascismo». En:
Punto Final, n.° 168: Santiago de Chile (10 de octubre de 1972), pág. 6.

‘¿14
P ueblo, co n cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

las c o n tra d ic c io n e s d e l perío d o , d e c o m b a tir las te n d e n c ia s


v a c ila n te s e n el gobierno y d e a firm a r a los se c to re s m á s
rad ic a liz a d o s» .27

Hacia 1973 el MIR, com o producto de su análisis de la situ ació n p olíti­


ca nacional y d e la evaluación de sus ran g o s de inserción y cond u cció n en
y sobre el m o v im ien to de m asas, co ncluía q u e sólo e x istían d o s cam inos
para el d esarro llo de la lucha de clases en Chile: la cap itu lació n refo rm ista
frente a las p resio n es de la burguesía -d e v o lu c ió n de e m p resas to m ad as
y c o n v o cato ria a u n plebiscito p a ra d irim ir el co n flicto p o lí ti c o - o la
c ontrao fensiva revolucionaria. Si esta ú ltim a d e se n c a d e n a b a el golpe d e
listado se creía q u e se contaba con la fu erza n e c e sa ria p a ra a p la s ta rlo .28
Pese a la ap reciación anterio r la resp u esta del m o v im ien to de m asas y
del MIR al go lp e de E stado del 11 de se p tiem b re d e 1 973 no fue la e sp e ­
ra d a .’9 El m o v im ien to d e m asas d esco n c erta d o , g o lp e a d o y fra g m e n ta d o
perm aneció en su m ayor parte pasivo, ate m o riz a d o y no d esa rro lló resis­
tencia; m ien tras que los sectores de v an g u ard ia en los b arrio s ind u striales,
en p o b lacio n es y en a lg u n a s zonas ru ra le s, q u e o c u p a ro n su s fre n te s de
lucha a la esp era de conducción y a rm am en to , fu ero n p o ste rio rm e n te d e s­
alojados y v io len tam en te reprim idos.30 En todo caso el b a lan c e in m ed iato
realizado p o r el MIR diagnosticaba q u e la e stra te g ia q u e h a b ía fracasad o
en Chile e ra la d e l reform ism o , no así la e s tra te g ia re v o lu c io n a ria , la
que si bien q u e d a b a expuesta al reflujo y retro ceso e x p e rim e n ta d o p o r la
lucha p o p u lar, a p a re c ía leg itim ad a p o lítica y m o ra lm e n te p o r c u a n to se

27. M iguel Enríquez. «Así habló el MIR en Temuco». En: Clarín: Santiago de
Chile (5 de noviem bre de 1971), pág. 7; la política agraria del MIR en M ovimiento
de Izquierda Revolucionaria. «La política del MIR en el cam po. Una respuesta a
los ataques del Partido Comunista». En: El Rebelde: Santiago d e Chile (1972).
28. MIR, Resoluciones sobre la situación política nacional, C om ité C entral,
Santiago de Chile, m ayo de 1973, en O rtega y R adrigán, M iguel Enríquez. Con
vista a la esperanza, págs. 256-257.
29. Para C ristián Pérez la causa fu n d am en tal de la d e rro ta político-m ilitar
de la izquierda en septiem bre de 1973 fue «la escasa oposición al golpe entre
los m iem bros de las fuerzas arm adas». Efectivam ente, dicha política descansaba
en el su p u esto d e un quiebre profundo en el a p ara to m ilitar del E stado, el cual,
a su vez, favorecería la conform ación de u n a m asa a rm a d a qu e d e rro ta ra a la
contrarrev o lu ció n , véase Cristian Pérez. «H istoria del MIR. Si qu ieren g u erra,
guerra tendrán». En: Estudios Públicos, n.° 91: Santiago de Chile (2 0 0 3 ), pág. 9.
30. Igor Goicovic Donoso. «De la d u ra infancia, de la a rd ie n te vida, de la
e s p e ra n z a ... Un testim onio po p u lar p ara la reconstrucción de n u e stra historia
reciente». En: Última Década, n.° 6: Viña del Mar (1997), págs. 85-86.

215
Igor G oicovic D on oso

p la n te a b a co m o ú n ica a ltern a tiv a p ara re to m a r la c o n d u cc ió n d el proceso


re v o lu c io n a rio .31

De la lucha contra el aniquilamiento a la Operación Retorno,


1973-1978

E n d ic ie m b re d e 1 9 7 3 el M IR e s ta b le c ía q u e el g o lp e m ilita r h ab ía
c errad o el p e río d o p rere v o lu cio n a rio y a b ie rto p aso a un p e río d o c o n tra ­
revo lu cio n ario . Este se c aracterizab a p o r el in te n to d e la clase d o m in a n te
d e re s ta u r a r el siste m a d e d o m in a c ió n , re s o lv ie n d o su crisis in te rn a y
a p la sta n d o al m ov im ien to de m asas. Para el MIR la c o lu m n a v e rte b ra l del
E stado - l a s fu erzas a r m a d a s - co lo cán d o se p o r en cim a d e las fracciones
d e la clase d o m in a n te , h a b ía n re s u e lto p o r las a rm a s la c risis p o lític a y
se a p re s ta b a n a re so lv e r la crisis d e a rr a s tr e d el s iste m a d e d o m in a c ió n
ca p ita lista en n u e stro p a ís.32 M ás ta rd e el MIR so ste n ía :

«La ú n ic a fu e rz a c a p a z d e la b u rg u e s ía d e lle v a r a c a b o la
im p la n ta c ió n d el re q u e rid o e s ta d o e x c e p c ió n , y re s o lv e r la
crisis de d o m in ació n , fue la de las fu e rza s a rm a d a s. Las fu e r­
zas a rm a d a s, c o n ta b a n con la c o h e sió n in te rn a e n su c u e rp o
d e oficiales, y con los re c u rso s re p re siv o s p a r a e n f r e n ta r el
m o v im ie n to d e m a sa s p o p u lar. P ero ta m b ié n las fu e rz a s a r ­
m a d a s , e ra n la s ú n ic a s q u e p o d ía n , d e s d e u n a p o sic ió n d e
a u to n o m ía re la tiv a , e n c u a d ra r a las d iv e rsa s fra c c io n e s d e
la b u rg u e s ía d e n tr o d e los in te re se s h is tó ric o s d el c o n ju n to ,
es decir, su p e ra r la crisis y fo rta le c e r n u e v a m e n te el siste m a
d e d o m in a c ió n b u rg u é s. Es así q u e el E sta d o d e e x c e p c ió n
e n C hile d e b e to m a r la fo rm a d e u n ré g im e n d ic ta to ria l m i­
litar. U na d ic ta d u ra m ilita r g o rila q u e c a re c e d e to d o a p o y o
so cial p o p u lar, p e ro q u e se s u s te n ta e n su p o d e r re p re siv o
m ilita r y en el a p o y o d el c o n ju n to d e la b u rg u e s ía , p o rq u e

31. MIR, «La táctica del MIR en el actual periodo», Com isión Política, Santia­
go de Chile, diciem bre de 1973; en Ortega y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista
a la esperanza, págs. 293-328.
32. MIR, «A consolidar en la clase o b rera y c rea r po r las bases la u nidad del
pueblo», Santiago de Chile, 1975, en M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. Va­
rios. M adrid: Editorial Zero, 1976, págs. 129-133; un análisis de los lincam ientos
tácticos del MIR en el período 1973-1975 en, José C alderón López. «La política del
M ovim iento de Izquierda Revolucionaria (MIR) d u ra n te los dos prim eros años de
la dictadura m ilitar (1973-1975)». Tesis de lie. S an tiag o d e Chile: D epartam ento
de H istoria, Universidad de Santiago de Chile, 2 0 0 9 , págs. 89-119.

216
Pueblo, con cien cia y fusil. El M ovim iento de Izquierda R evolucionaria.

es u n a n e c e sid a d h istó ric a p a ra el c o n ju n to d e la b u rg u e s ía


chilena».33

En este nuev o p erío d o los aspectos m ás g en erales d el P ro g ra m a o rigi­


nal del MIR no sufrieron g ra n d e s alteracio n es. Se insistía en la n ecesidad
de la rev o lu c ió n p ro le ta ria p a ra C hile, la q u e d e b ía c o m b in a r s im u ltá ­
n e a m e n te las ta re a s d e m o c rá tic a s y so cialistas. El o b je tiv o d e la m ism a
seguía sien d o la d e stru c c ió n del E stado b u rg u é s, d el im p eria lism o y d el
co n ju n to de la g ra n b u rg u e s ía n a c io n a l, a g ra ria , fin a n c ie ra y co m ercial.
A p a rtir de 19 7 3 , la re p re se n ta c ió n del E stad o b u rg u é s la h a b ía su m id o
la « d ic ta d u ra m ilita r gorila» , q u e p a sa b a a c o n v e rtirse e n el e n e m ig o
principal del pueb lo y de las org an izacio n es rev o lu cio n arias.3'’ El d e rro ca ­
m iento del E stado bu rg u és era, en consecuencia, la ta re a m ás im p o rta n te
de la clase o b re ra en alian z a con los p o b res d el c am p o y la c iu d ad y con
las ca p a s bajas de la p e q u e ñ a b u rg u e s ía .3S En re la c ió n c o n e ste p la n te a ­
m iento, y d istin g u ien d o la p ro p u esta del MIR de aq u ella so sten id a p o r los
p artid o s de la izq u ierd a trad icio n al, A ndrés Pascal A llende m an ife sta b a a
com ienzos de 1975,

«Si bien ta n to los se cto res refo rm ista s de la UP c o m o el MIR,


perseguim o s el d erro ca m ie n to de la d ic tad u ra, dichos sectores
a sp ira n sólo a la re s titu c ió n del E stad o b u rg u é s d e m o c rá tic o
y le v a n ta n n u e v a m e n te la d a ñ in a ilu sió n d e q u e d e n tr o d e
los m arcos de este E stado d em o crático b u rg u és a q u e a sp iran
p o d rá n alca n zar, “ta rd e o te m p ra n o ”, la s o c ie d a d so c ialista .
El MIR p e rs ig u e el d e rro c a m ie n to d e la d ic ta d u ra y la re s ­
titu c ió n d e las lib e rta d e s d e m o c rá tic a s, p e ro te n e m o s co m o
o b jetiv o e stra té g ic o el d e sa rro lla r, a tra v és d e la lu c h a d e la
re siste n c ia , la fu e rz a social, p o lítica y m ilita r re v o lu c io n a ria
d e l p ro le ta ria d o y sus aliad o s, q u e p e rm ita so c a v a r el E stado
b u rg u é s, co n stitu ir un sólido p o d e r p o p u la r y llev ar a d e la n te
u n a revolución p ro le ta ria y socialista» .36
33. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Análisis de coyuntura». En: El
Rebelde: Santiago de Chile (febrero de 1977), pág. 24.
34. La sistem atización de las d e m a n d as po p u lares que el MIR concebía
com o factor a g lu tin ad o r de la lucha antidictatorial en: M ovim iento de Izquierda
R evolucionaria. «M anifiesto de la resistencia p o p u lar a los trab a ja d o re s y al
pueblo de Chile». En: El Rebelde: Santiago de Chile (diciem bre de 1977). Núm ero
especial, págs. 1-35.
35. MIR, «¿Qué es el MIR? D ocum ento preparado p or el C om ité Central del
MIR en la clandestinidad», Santiago de Chile, diciem bre de 1974, en MIR, Varios,
págs. 21-30.
36. Andrés Pascal Allende. «El secretario general del MIR habla sobre unidad
y alianzas». En: El Rebelde, n.° 103: Santiago de Chile (m arzo de 1975), pág. 15.

217
Igor G oicovic D o n oso

Por su p a rte la línea estraté g ica, a d e cu á n d o se al nuevo p e río d o , ponía


m á s én fa sis e n el c o m p o n e n te p o lítico -m ilitar, e s p e c ífic a m e n te e n la
g u e rra re v o lu c io n a ria .37 La cual a d q u irió u n c a rá c te r c o n tin e n ta l, al
co n stitu irse la J u n ta C o o rd in a d o ra R ev o lu cio n aria (JC R ), q u e a g ru p a b a
al MIR chileno, al M LN -Tupam aros de U ruguay, al PRT-ERP de A rg en tin a
y al ELN b o liv ia n o .38 P ara p o d e r d e s a rro lla r e sta lín e a d e in te rv e n c ió n
estra té g ic a era im p rescin d ib le a b o rd a r u n a serie de objetivos p relim in ares:
fo rta le c e r y a c e ra r el p a rtid o , re c o n s tru ir la FSR y d a r o rig e n al E jército
R evolucionario del P ueblo para, a p a rtir de ello, d e rro c a r a la d ic ta d u ra y
co n q u ista r el poder. La ex p erien cia m ás visible de esta n u ev a o rien tac ió n
e s tra té g ic a d e l MIR fue el su rg im ie n to y d e sa rro llo d e las m ilic ia s de
la re s iste n c ia p o p u la r, las q u e ju g a r o n u n ro l im p o rta n te d u r a n t e to d o
el p e río d o d e lu c h a c o n tra la d ic ta d u ra .39n El c o m p o n e n te m ilita r e n la
e s tra te g ia d el MIR c o n stitu ía u n so p o rte fu n d a m e n ta l d e l d is e ñ o . Así
q u e d a e n e v id e n c ia e n u n d o c u m e n to d e re s p u e sta q u e el M IR le hace
lle g a r a la D irección N acio n al del PC en 1975.

«El d e sa rro llo d e fo rm as d e lu ch a a rm a d a d e m a sa s y d e u n


p o d e r m ilita r d e la c lase o b re ra y el p u e b lo es u n a n e c e si­
d ad fu n d a m e n ta l en la resisten cia c o n tra la d ic ta d u ra m ilitar.
En p rim e r lugar, en la m e d id a en q u e la b u rg u e s ía re p rim e
m ilita rm e n te to d a a c tiv id ad p o lítica c o n tra la d ic ta d u ra , la
d e fe n s a a rm a d a d e la lu c h a d e re s iste n c ia se le v a n ta c o m o

37. MIR, «El d esem peño táctico y la situación actual del MIR», S a n tia g o de
Chile, m ayo de 1975, en MIR, Varios, págs. 321-341.
38. Véase JCR, «A los pueblos de Am érica Latina»; el tem a tam bién h a sido
tra ta d o po r m ilitan tes d e la izquierda revolucionaria de U ruguay y A rgentina,
véase Graciela Jorge Pancera y Eleuterio Fernández Huidobro. Chile roto. Urugua­
yos el día del golpe en Chile. Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2003, págs. 36-37;
Luis M attini. Hombres y Mujeres del PRT-ERP. Buenos Aires: Ediciones de la Cam ­
p a n a, 2003, págs. 102-103; E nrique G orriarán M erlo. M emorias. De los setenta
a La Tablada. B uenos Aires: E ditorial P laneta, 2 003 , pág. 132, 176 y 2 8 7 ; el
accionar co n train su rg en te destin ad o a liquidar este proyecto regional en, Frank
G audichaud. Operación Cóndor. Notas sobre el terrorismo de Estado en el Cono Sur.
M adrid: Sepha Edición y Diseño, 2005.
39. Sobre este punto, véase Eduardo Arancibia y Miguel Ramos. «Las Milicias
de la resistencia popular. El M ovim iento de izquierda revolucionaria y la lucha
a rm ada en dictadura. Tensiones y m om entos de esta experiencia histórica (1979-
1984)». Tesis d e lie. S antiago de Chile: Escuela d e H istoria y C iencias Sociales,
Universidad ARCIS, 2010, págs. 93-141; un testim onio sobre la form ación y desa­
rrollo de la resistencia en G uillerm o Rodríguez M orales. Destacamento Miliciano
José Bordaz. S antiago d e Chile: C entro de E studios Sociales D agoberto P érez
Vargas, 2008.

218
P ueblo, con cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

u n a in elu d ib le n ecesid ad ya q u e lleg ará un m o m e n to en que


la re s iste n c ia no p o d rá p a sa r a n iv eles s u p e rio re s d e la lu ­
ch a re iv in d icativ a y p o lítica sin te n e r el ap o y o d e las a rm a s.
En se g u n d o lugar, to d o s sab e m o s q u e la d ic ta d u ra b u rg u e sa
b a sa su p o d e r no e n el ap o y o social (el cual es m ín im o y
se re d u c e d ía a d ía ), sin o en el p o d e r m ilita r y la re p re sió n
sa n g rie n ta : a u n q u e la m ás g ra n d e m ayoría p o p u la r se o p o n g a
a la d ic ta d u ra y d e se e su d e rro c a m ie n to , la b u rg u e s ía p u e d e
se g u ir m a n te n ie n d o p o r larg o tie m p o su ré g im e n re p re siv o
sin o se d e b ilita m ilita rm e n te y p o lític a m e n te a la d ic ta d u ra .
Por ú ltim o , a u n q u e fu era p o sib le (y es la a s p ira c ió n de to ­
dos) d e rro c a r a la d ic ta d u ra sin te n e r q u e d e sa rro lla r niveles
s u p e rio re s de e n fre n ta m ie n to m ilitar, sie m p re se rá b ásico la
p resen cia de un E stado que asegure una am plia d em o cracia y
el lib re d e sa rro llo d e las fu e rz a s re v o lu c io n a ria s y p ro g re sis­
tas».'10

La p ro y ecció n d e e sta lín ea e stra té g ic a se vio in te rru m p id a p o r el


v io le n to a c c io n a r re p resiv o d irig id o c o n tra el MIR p o r los a p a ra to s de
s e g u rid a d d el E stad o , e sp e c ia lm e n te el S erv icio d e In te lig e n c ia d e la
F u erza A érea (SIFA) y la D irección d e In te lig e n c ia N acio n al (DINA).
E n tre los a ñ o s 1 9 7 4 y 1975 m iles d e m ilita n te s y a y u d is ta s d e l MIR
fueron d e te n id o s, to rtu ra d o s y m u ch o s d e ellos a se sin a d o s y su s cu erp o s
h e c h o s d e s a p a re c e r.1,1 P rá c tic a m e n te to d a la C o m isió n P olítica y p a rte
im p o rta n te d e l C o m ité C e n tra l d el MIR fu e ro n a n iq u ila d o s , e n tre ellos
el s e c re ta rio g e n e ra l d el p a rtid o , M iguel E n ríq u ez , m u e rto e n c o m b a te
el 5 d e o c tu b re d e 1 9 7 4 .4Z La m u e rte d e M iguel E n ríq u e z c o n stitu y ó un

40. M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. «R esistencia. U nidad para


luchar. C arta de respuesta a la Dirección del Partido C om unista». En: El Rebelde,
n.u 105: S antiago de Chile (abril de 1975), pág. 44.
41. Sobre el papel jug ad o por el terrorism o de Estado en el proceso de refun­
dación de la sociedad chilena, véase Jorge Chateau. «Seguridad nacional y guerra
antisubversiva». En: Docum ento de Trabajo, n.° 185: S antiago d e Chile (julio de
1983). Ed. p or FLACSO, págs. 73-91; los fu n d am en to s teóricos y políticos de la
represión en Igor Goicovic Donoso. «La im placable p ersistencia de la m em oria.
Reflexiones en torno al Inform e de la Comisión de Prisión Política y Tortura». En:
Revista de Historia A ctual, n .u 2: Cádiz (2 0 0 2 ), en una visita realizad a a Chile
en 1977 el d irig e n te socialista español, José Bono, señaló: « ( . . . ) la to rtu ra en
Chile no sólo se practica para a rran car declaraciones, sino, principalm ente, para
m a n te n e r un e stad o de te rro r e n tre la población que im pida lu ch a r co n tra el
régim en», La Verdad, Albacete, 13 de m ayo de 1977.
42. R especto d e la política represiva y sus efectos en la d esarticulación
del MIR véase N aranjo, «Sem blanza biográfica y política d e M iguel Enríquez»,

21 9
Igor G oicovic D o n oso

d u ro g o lp e p a ra la o rg a n iz a c ió n y los e fecto s d e la m ism a n o p asaro n


in ad v ertid o s p a ra los an a listas de la CIA,

«Las fu erzas de seg u rid a d del gobiern o infligieron u n a sev era


d e rr o ta a los e x tre m ista s d el M o v im ien to de Iz q u ie rd a Re­
v o lu c io n a ria la se m a n a p a sa d a . M iguel E n ríq u e z , líd e r del
m o v im ie n to y el n ú m e ro u n o e n la lista d e m á s b u sc a d o s
p o r el g o b ie rn o , fue a se s in a d o en S a n tia g o el 5 d e o c tu b re
d u ra n te u n tiro teo e n tre fuerzas de se g u rid ad y el g ru p o , q u e
al p a re c e r h a b ía sid o re sp o n sa b le d e u n a u d a z ro b o d e un
b an co u n o s d ías an tes.
Los in g e n te s esfu e rz o s d el g o b ie rn o p a ra d e s tr u ir al m o v i­
m ie n to h a n d a ñ a d o g ra v e m e n te a la o rg a n iz a c ió n . El g ru p o
p a re c e te n e r u n a a tra c c ió n m a g n é tic a p a ra los jó v e n e s , p ro ­
clives a la v io len cia d e iz q u ie rd a , lo c u a l es p ro b a b le q u e le
a y u d e a sobrevivir y seg u ir siendo cap az d e p o r lo m en o s u n a
activ id ad lim ita d a co n tra el g o b iern o » .43

No o b sta n te la g rav ed ad de la situ ació n p o r la q u e a tra v e sa b a el MIR,


sus d irig e n te s in te n ta b a n p ro y e c ta r u n a im a g e n d e so lid e z , c o h e sió n y
continuidad/,

«El MIR es ya in d e stru c tib le , se ha fo rtale cid o in te rn a m e n te ,


ha a p re n d id o a tra b a ja r en la c la n d e stin id ad y p o r sobre todo
h a ech ad o p ro fu n d a s raíces en la clase o b re ra y m u ltip lic a d o
sus vínculo s con las m asas.
N u estro p a rtid o e sta b a y e stá p re p a ra d o p a ra s itu a c io n e s co­
m o la m u e rte o caíd a d e n u e stro se c re ta rio g e n e ra l y a u n d e
to d a o d e la m ay o r p a rte de n u e stra D irección. La lu ch a rev o ­
lu c io n a ria c la n d e s tin a ex ig e p re v e r a u n e sa s c irc u n sta n c ia s.
H oy las leyes de p ro tecció n , c o n stru cció n y re e m p la z o de las

págs. 165-202; un informe de la CIA de noviembre de 1974 indicaba que el MIR


se encontraba «tambaleando» (recling) después de la muerte de Miguel Enríquez,
véase Central Inteligence Agency. Sta ff Notes: Latín American Trends. Ed. por
National Security Archives The George Washington University. 6 de noviembre de
1974. URL: h t t p : / / w w w . g w u . e d u .
43. Central Inteligence Agency. Chile: Extremists lose leader. Ed. por National
Security Archives The George W ashington University. 11 de octubre de 1974.
Uri.: h t t p : / / w w w .g w u .e d u .

'.'.no
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

d ire c c io n e s, co b ra n u n a m a y o r rele v an c ia y d e b e n ap lic arse


con m a y o r rigor».44

A c o n tra p e lo d e lo an terio r, a m ed iad o s de 1976, el MIR ya ev alu a b a


c ríticam en te ta m o la situ ació n del p artid o , com o la u n id ad de la izquierda
y la rean im ació n del m ovim iento de m asas. Las ex p ectativ as forjadas dos
níios a n te s, resp ecto d e a v a n z a r h acia la fo rm ació n d e u n fre n te político
de la resisten cia, se h ab ían d e rru m b ad o . La crisis fraccional del PS, un id a
a los fu e rte s g olpes represiv o s de 1975, re s ta b a n a e sta o rg a n iz a c ió n de
una particip ació n activa en la resistencia. El PC, p o r su p a rte , privilegiaba
la b ú s q u e d a (p o r lo d e m á s in fru c tu o sa ) d e un a c e rc a m ie n to p o lítico
co n la DC, fa c to r q u e lo d is ta n c ia b a del MIR. Por o tro la d o , el a scen so
e x p e rim e n ta d o p o r el m o v im ien to sin d ical e n tre 1 9 7 4 -1 9 7 5 te n d ió a
d e b ilita rs e en el m arc o d e la ap lic ac ió n d e las d e n o m in a d a s «p o líticas
económ icas de shock», que m ás tard e d eriv aro n en la im p lem en tació n del
m odelo económ ico n eo lib eral.45 A com ienzos de 1977, y en el co n tex to de
m ay o r e sta b ilid a d política a lc a n z a d o p o r la d ic ta d u ra m ilitar, el b a la n c e
del MIR se hacía a ú n m ás desolador,

«La d ic ta d u ra cen tró sus esfuerzos y lanzó la m ás d e m o le d o ra


y b ru ta l ofensiva rep resiv a c o n tra n u e stro P artid o a p a rtir d e
la h ero ica m u e rte en co m b a te de n u e stro c o m p a ñ e ro M iguel
E n ríq u ez . Por m ás d e seis m eses se g u id o s, los a p a ra to s r e ­
p resiv o s a se s ta ro n , u n o tra s o tro , fu e rte s g o lp es al P artid o .
D ecenas de cuadros del Partido fueron asesinados, resistien d o
la c a p tu r a o lu c h a n d o c o n tra el e n e m ig o en la to r tu ra . D e­
c e n a s d e c u a d ro s d e l P a rtid o fu e ro n to m a d o s p risio n e ro s y
e n c a rc e la d o s. La d irecció n d e l P artid o , to d a s las e s tru c tu ra s
c e n tra liz a d a s , to d o s los re g io n a le s y la casi to ta lid a d d e las
e s tru c tu r a s lo cales recib ie ro n g o lp es re p resiv o s. En m u c h o s
n ú c le o s d el P artid o cu n d ió la d e sm o ra liz a c ió n y el tem o r, y
un n ú m e ro im p o rta n te d e m ie m b ro s d e s e rta ro n d e la lu c h a,
a b a n d o n a n d o el P a rtid o s en sus m o m e n to s m ás d ra m á tic o s
44. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Editorial. A los trabajadores
y a los revolucionarios del m undo». En: El Rebelde, n.° 102: S an tiag o de Chile
(diciem bre de 1974), pág. 2.
45. Este d iagnóstico se com ienza a h a ce r evidente en las ediciones del
p eriódico El Rebelde, de m ed iad o s de 1976, véase M ovim iento d e Izquierda
R evolucionaria. «Discurso de un m iem bro de la C om isión Política del MIR en
la c landestinidad». En: El Rebelde, n.° 120: Santiago de Chile (agosto de 1976),
págs. 9-14; tam b ién en M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. «Chile, I o de
m ayo de 1977: La izquierda aun está desunida». En: El Rebelde, n.° 126: Santiago
de Chile (abril de 1977), págs. 3-11.

221
Igor Goicovic Donoso

( . . . ) . El P a rtid o s e stu v o al b o rd e d e l p re c ip ic io , al b o r d e d e
su d e stru c c ió n o rg á n ic a en el país».46

Los g o lp es rep resiv o s re d u n d a ro n en la d e sa rtic u la c ió n d el p a rtid o , l;i


que obligó a los c u ad ro s so brevivientes a re a d e c u a r la e s tru c tu ra orgánica
y a re d e ñ n ir los lin c a m ie n to s táctico s.'17 Los c u a d ro s s o b re v iv ie n te s que
p e rm a n e c ie ro n e n el in te rio r del p aís se a g lu tin a r o n e n la B a se M adre
M iguel E n ríq u e z , in sta n c ia o rg á n ic a c o m p u e s ta p o r n o m á s d e 5 0 mili
ta n te s q u e se d io a la ta re a d e re c o n s tru ir el in s tr u m e n to p a rtid a r io en
las difíciles co n d icio n es im p u e sta s p o r el cerco re p re siv o .-18 E ste reducido
n ú cleo m irista in ten tó reso lver el p ro b lem a de o rg a n iz a c ió n fo rtalecien d o
u n a p a ra to m ilita r fé rre a m e n te c o m p a rtim e n ta d o . U n d e s ta c a m e n to de
co m b ate q ue cen tró su opción e straté g ica en el im p u lso y d e sa rro llo de la
p o lítica d e resisten cia popular. En ese se n tid o se fo rta le c ie ro n las estru c­
tu ra s m ilitares in te rn a s del p a rtid o -E s tr u c tu r a de F u e rz a C e n t r a l - y.se
im p u lsa ro n las m ilicias d e la resiste n cia p o p u lar, e n to rn o a lo s sectores
m á s ra d ic a liz a d o s y a ctiv o s d el m o v im ie n to d e m a s a s: b o ls a s d e cesan ­
tes, o rg a n iz a c io n e s v in c u la d a s a la d e fe n sa d e los d e re c h o s h u m an o s,
p o b la d o re s, cam p e sin o s m a p u c h e s y e stu d ia n te s.49
La c o n m e m o ra c ió n d el I o d e M ayo del a ñ o 1 9 7 7 s o r p re n d ió al MIR,
p re cisam en te, en su fase de reo rg an izació n y re a g ru p a m ie n to p olítico. El
p ro y ecto , en co n se c u e n c ia , a p u n ta b a a fo rta le c e r la b a s e s o c ia l so b re la
cu al se ed ificaría la v a n g u a rd ia rev o lu cio n aria.
46. MIR, «Análisis de coyuntura», pág. 89.
47. La recopilación histórica realizada por O rtega y R adrigán, e stab lec e que
4 4 8 m ilitan tes del MIR fueron asesinados, hechos d e sp a re c e r o m u rie ro n en
e n fre n ta m ie n to s a rm ad o s, e n tre septiem bre de 1973 y m arzo de 1 9 9 0 . Ortega
y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza.
48. Un docum ento posterior del MIR señala lo siguiente: «En los tre s primeros
años de d ictad u ra, el partido había perdido alrededor de un m illar d e m ilitantes
asesinados, o tro m illar de m ilitantes hab ían sido e n ca rce lad o s y o tr a cantidad
sim ilar había salido al exilio. Varios miles m ás estaban m arginados, desconectados
o sim p le m en te a n te el avance de la contrarrevolución h ab ían a b a n d o n a d o la
m ilitancia revolucionaria. En Chile quedaba un puñado de cuadros clandestinos
o rg a n iz ad o s que no su m ab a m ás de 50 m iem bros», M ovim iento d e Izquierda
R evolucionaria. IV Congreso Nacional del MIR. Balance histórico d e l MIR y su
lucha revolucionaría. S an tiag o de Chile, 1988, pág. 47; las cifras referid as a
victim ización de los c uadros y m ilitantes del Partido nunca han sid o precisadas
d ebidam ente. En ello incide que el registro o evaluación de los casos en algunas
ocasiones considera como m ilitantes y en otras ocasiones los desestim a, a quienes
form aban p a rte de la «periferia» m irista, ya sea en los «frentes in term ed io s» del
período de la UP o en las milicias de la resistencia popular d u ra n te la dictadura.
49. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. Documento Central. Conferencia
Nacional Extraordinaria. S antiago de Chile, noviem bre de 1990.
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

«En e sta la rg a lu ch a p o lític o -m ilita r c o n tra la d ic ta d u ra , se


n e c e sita d e u n a a m p lia b ase p o p u la r de c o m b a tie n te s p a ra
g o lp e a r en m u c h a s p a rte s a la v ez y p a ra ir d e s g a s ta n d o
p o lítica y m ilita rm e n te a las fu erzas de la d ic ta d u ra .
En e ste a sp e c to h a y re tra so en la re siste n c ia p o p u lar. D u ­
ra n te los p ró x im o s m eses, los m ilita n te s d e la iz q u ie rd a y
tra b a ja d o re s m ás co n scie n te s d e b e rá n im p u lsa r y a m p lia r la
org an izació n política de las m asas, d e b e rá n o rg a n iz a r cientos
de C om ités de R esistencia, en to d as p arte s.
J u n to con a m p lia r la o rg a n iz a c ió n p o lítica d e las m a sa s, se
d e b e rá n a m p lia r ta m b ié n las fo rm as de lu c h a a rm a d a d e las
m asas» .50

La c u lm in a c ió n d e e ste p ro c e so d e re o rg a n iz a c ió n o rg á n ic a y d e
re a rtic u la c ió n de vínculos con el m o v im ien to d e m a sa s e stá d a d a p o r el
Plan 78 -O p e ra c ió n R e to rn o - iniciativa táctica que a p u n ta b a a fo rtalecer
la e s tru c tu ra m ilita r del p a rtid o con la rein se rc ió n en el p a ís d e cu a d ro s
p o lítico -m ilitares p ro v e n ie n te s del exilio, fu n d a m e n ta lm e n te d e C u b a .51
A p a rtir d e e ste c o n tin g e n te se p re te n d ía in ic ia r u n a fase o fe n siv a de
accio n ar arm ad o , realizan d o acciones de p ro p ag a n d a a rm a d a y g o lp ean d o
o b jetivos m ilitares estraté g ic o s de la d ic ta d u ra .52
E ste n u e v o d is e ñ o e stra té g ic o co in cid e co n la e ta p a d e in stitu c io n a -
lizació n d e la d ic ta d u ra m ilitar. El MIR e sta b le ció en su an á lisis d e la
situ a c ió n p o lítica q u e el itin e ra rio tra z a d o p o r la d ic ta d u ra , a p a rtir del
d iscurso p ro n u n ciad o p o r P in o ch et en el cerro Chacarillas de S an tiag o (9
50. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «La resistencia grem ial y sindi­
cal no es suficiente para derrocar la dictadura». En: El Rebelde, n.° 126: Santiago
de Chile (abril d e 1977), pág. 10.
51. El Plan 78 ha sido am p liam en te analizad o p or Julio Pinto Vallejos. «¿Y
la historia les dio la razón? El MIR en dictadura, 1973-1981». En: Su revolución
contra nuestra revolución. Izquierdas y derechas en el Chile de Pinochet (1973-1981).
Ed. p or Verónica Valdivia, R olando Álvarez y Julio Pinto Vallejos. S antiago de
Chile: LOM Ediciones, 2006, págs. 179-193; y Rodrigo Barros y H éctor Rodríguez.
Plan 78: El MIR y su caída fin a l. 2004, rep o rtaje en p ro fu n d id ad p a ra o p ta r al
títu lo d e Periodista, Escuela de Periodism o, U niversidad de Santiago de Chile,
S antiago de C hile, 2 004, págs. 108-128; una visión crítica d e este proceso en
Enrique Pérez. La búsqueda interminable. Diario de un exiliado político en Suecia.
S antiago de Chile: M osquito Editores, 1996, págs. 203-219.
52. A ndrés Pascal Allende. «“N eltum e es un paso. El objetivo: la guerrilla
p e rm a n e n te en los cam p u s”, entrevista al secretario general del MIR, A ndrés
Pascal Allende». En: Revista Punto F inal: Santiago de Chile (1 9 8 1 ). (En la clan­
d e stin id a d ); y G arcía N aranjo, Historias derrotadas. Opción y obstinación de la
guerrilla chilena (1 9 6 5-1988), págs. 225-234.

223
Igor Goicovic D onoso

El o b jetiv o fu n d a m e n ta l de este d iseño era d e sa rro lla r el p o d e r político


y m ilita r d e la c la se o b re ra y el p u e b lo p a ra d e r r o ta r a los e n e m ig o s ele
clase y c o n c re ta r su s objetivos históricos. En ese c o n te x to , la p ro p ag an d a
a rm a d a se co n v e rtía en el nexo e n tre la situ ació n de las fu e rz a s populare-,
y la o rie n ta c ió n e stra té g ic a .58 A com ienzos de 1979 las p rim e ra s accione*,
o fen siv as d e p ro p a g a n d a a rm a d a c o m e n z ab a n a se r re iv in d ic a d a s p o r el
MIR,

«La p re s e n c ia d e la re siste n c ia a rm a d a h a s id o u n h e c h o
p o lític o q u e n o ha p o d id o o c u lta r la d ic ta d u ra y su s m e d io s
de co m u n ica c ió n , a p e sar de que h an tra ta d o de te rg iv e rsa rla s.
Las b o m b as al SERVIU, la S ecretaría N acional de la Ju v e n tu d ,
ALMAC, B a n co C hile, EMOS, al M in istro P iñ e ra , C h ile c tra
e n S an B e rn a rd o d u ra n te el m es d e fe b re ro , d e m u e s tr a n
q u e la p r o p a g a n d a a rm a d a es u n a fo rm a e fe c tiv a d e lu c h a
y p ro p a g a n d a . La P ro p a g a n d a A rm a d a d a c o n fia n z a a las
m asas, diversifica la rep resió n de la d ic ta d u ra y p re p a r a a los
p rim e ro s c o n tin g e n te s de la resisten cia p a ra el d e s a r ro llo d e
la g u e rra p o p u la r p ro lo n g ad a c o n tra la d ic ta d u ra » .59

A ese efecto los esfuerzos del MIR se co n c e n tra ro n e n el fo rtalecim ien


to d e la E s tru c tu ra d e F u erza C e n tra l, el p rin c ip a l n ú c le o e sp e cia liz a d o
d e c o m b a tie n te s d e l p a rtid o . Para ello se re c lu tó a lo s m ilita n te s que
se e n c o n tr a b a n e n el ex ilio y q u e m a n ife sta ro n m e jo r d is p o sic ió n para
to de Iz q u ie rd a R evolucionaria. Tesis program áticas y estratégicas. S an tiag o de
Chile, 1982; para el análisis de este diseño estratégico y la influencia del contexto
in te rn ac io n al (V ietnam y N icaragua) sobre el m ism o, véase R obinson Silva Hi­
dalgo. «Aproxim ación histórica sobre el M ovim iento de Izquierda Revolucionaria
(MIR), la violencia política y la movilización social en la refundación capitalista de
Chile (1978-1982)». Tesis de lie. Concepción: D epartam ento d e C iencias Históri­
cas, Universidad de Concepción, 2006, págs. 20-29; y José A ntonio Palm a Ramos.
«Violencia política, e strateg ia político-m ilitar y frag m en tació n p a rtid a ria en el
M ovim iento de Iz quierda Revolucionaria (MIR) en Chile: 198 2 -1 9 8 8 . La guerra
popular de la vanguardia tlel pueblo». Santiago de Chile: D epartam ento de Histo­
ria y G eografía, U niversidad M etropolitana de Ciencias de la E ducación, 2009.
M em oria p ara o p tar al Título de Profesor de Historia, G eografía y Educación Cívi­
ca, págs. 113-129; la preocupación por la experiencia revolucionaria de Vietnam
se en cu en tra con ten id a en el texto del dirigente m irista Pedro N aranjo. Vietnam:
Experiencias y enseñanzas. Santiago de Chile: Ediciones R esistencia, 1990.
58. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «La p ro p a g a n d a a rm a d a: Un
eslabón actual hacia la guerra popular». En: El Rebelde, n.° 146: Santiago de Chile
(1 9 7 9 ), pág. 11.
59. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Editorial». En: El Rebelde, n."
146: Santiago d e Chile (febrero de 1979), pág. 5.

22U
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda R e v o lu c io n a ria .. .

Ifrin te g ra rs e a las ta re a s p o lítico -m ilita res e n el fre n te in te r n o .60 E s to s ,


Iras u n p ro c e s o de fo rm a c ió n m ilita r en C uba, e ra n r e in s ta la d o s c l a n ­
d e stin a m e n te e n el país. A p a rtir d e e ste p ro c e so las « ta re a s e s p e c ia le s »
[d esp leg ad as p o r la E stru c tu ra d e F u erza C en tral c o m e n z a ro n a a d q u i r i r
una cre c ie n te relev an cia.
La p rim e ra acción d e e n v e rg a d u ra fue la c o lo cació n d e u n a r t e f a c t o
explosivo, el 2 3 d e ab ril de 1 9 7 9 , en las in m e d ia c io n e s d e l c u a rte l d e
la C en tral N a c io n a l d e In fo rm a cio n e s (CNI) d e calle S a n ta M a ría e n
S an tiag o . En esa o p e ra c ió n p e rd ió la v id a, al in te n ta r d e s a c tiv a r l a
bom ba, el te n ie n te de ejército , ad scrito a la CNI, Luis C arev ic C u b illo s.61
C onsternados, los m edios de com unicación adscritos a la d ic ta d u ra , d a b a n
cu en ta de esta p rim era acción ofensiva.

«D estrozado p o r u n a b om ba de alto p o d er explosivo q u e in te n ­


tab a d esactiv ar y cu a n d o corría con el artefacto p a ra la n z a rlo
al lecho del río M apocho, m urió ayer a las 9 horas, en acto d e
servicio, el te n ie n te d e l a rm a de in g en iero s del e jé rc ito , Luis
C arevic C ubillos, m iem b ro de la C en tral N acional d e In fo rm a ­
ciones (CNI). El oficial y otro s dos esp ecialistas h a b ía n lleg ad o
h a c ia escaso s m o m e n to s al lugar, u b ica d o e n A v en id a S a n ta
M aría, casi esquin a de la calle López, d o n d e fu n cio n ó u n local
de SNS y a h o ra e stá estab lecid o un c u a rte l p re v e n tiv o d e los
S ervicios d e S e g u rid a d , a le rta d o s p o r lla m a d o s te le fó n ic o s

60. Los m ilita n tes q u e se in corporaban a la O peración R e to rn o s u s c rib ía n


un com prom iso, que en sus aspectos m ás im p o rta n te s e stab lec ía: «1) R e s p e ta r
escrupulosa y co n sc ie n te m en te las norm as de seguridad, c o m p a rtim e n ta c ió n y
disciplina que se expresa en los reglam entos elab o rad o s p o r el Partido, p a ra el
■ funcionam iento d e las escuelas de instrucción Político-M ilitar. 2) T rasla d arm e a
■ Chile o a otro país que se me indique, en el m om ento que el P artido lo d e te rm in e ,
I siguiendo fielm ente las instrucciones y ó rd en es que reciba p a ra llevar a c a b o
I esta o p eració n . 3) L uchar tenaz e in cansablem ente, a costa d e mi vida si fu e se
necesario, p ara cu m p lir la línea política del p artido, las ta re a s que d e ella se
[ d e sp ren d a n , y e n particular, la m isión que en el frente de lu c h a se m e a sig n e» .
MIR, «Com prom iso», D ocum ento tipo form ulario, m im eo g rafiad o , sin m a y o re s
a n te ce d e n te s. La evaluación po r p arte de la m ilitancia d e las « m otivaciones»
y «costos» asociados a este tipo de com prom isos, en M a rlen e M artín ez A ngel.
I «La experiencia política cotidiana de los m ilitantes del M ovim iento de Iz q u ie rd a
I R evolucionaría (MIR) d u ra n te la d icta d u ra en Chile: M otivaciones, p rá c tic a
[ partidaria y quiebre de la m ilitancia (1973-1988)». Tesis de lie. Santiago d e Chile:
I D epartam ento d e Ciencias Históricas, Universidad de Chile, 2 0 0 6 , págs. 22-31 y
I págs. 99-101.
61. Raúl Rettig, ed. Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación
(CNVR). S antiago de Chile: A ndros Im presores, 1996, pág. 1.047.

227
Igor Goicovic D onoso

q u e d iero n c u e n ta d e la p resen cia d e u n p a q u e te so sp ech o so .


En un a c to de v a le n tía y h ero ísm o , p ro p io d e C arevic, se g ú n
sus jefes y c o la b o ra d o re s, y calificado así p o r q u ie n es p re s e n ­
ciaron el hech o pro v o cad o p o r elem en to s terro rista s, el oficial
hizo d e s p e ja r el sec to r e incluso o rd e n ó a su s a c o m p a ñ a n te s
q u e le d e ja ra n m a n ip u la r solo el artefacto . M ientras e stu d ia b a
la fo rm a d e d e sa c tiv a r la b o m b a , so rp re siv a m e n te la to m ó
en sus m a n o s y co rrió con ella in te n ta n d o la n z a rla so b re los
m u ro s d el M ap o ch o , se g ú n los testig o s. En e se m o m e n to se
p ro d u jo la e x p lo sió n . Q u ien e s le a c o m p a ñ a b a n re s u lta ro n
ilesos.
El a te n ta d o terro rista fue p la n e a d o con h o ras de a n ticip ació n
y v ario s m e d io s in fo rm a tiv o s re c ib ie ro n lla m a d a s e n q u e se
alertab a de la próxim a colocación de una b o m b a en un c u a rte l
de la CN1 d e S an ta M aría».62n

Siete m eses d esp u és, el 24 de noviem bre de ese m ism o añ o , se produce


el asalto al cam ió n p a g a d o r del Banco C oncepción que co n cu rría h asta el
su p e rm e rc a d o AGAS en el secto r d e M an q u eh u e, e n S an tiag o . La prensa
describió con m ucho d e ta lle el desp lieg u e o p erativ o de los «extrem istas».
Se tra tó d e u n c o m a n d o fo rm a d o p o r « n u ev e h o m b re s y d o s m u jeres,
fu e rte m e n te a rm a d o s» . La c o b e rtu ra m e d iá tic a d a b a a c o n o c e r q u e las
a rm a s u tiliz a d a s en el a salto e ra n de o rig en soviético.

«Todo em pezó a d esarro llarse cu an d o los e x trem istas lleg aro n


al lu g a r en 3 v eh ícu lo s, u n Fiat 125, u n F ia t 28 y u n a c a m io ­
n e ta de colo r blan co . Los indiv id u o s b aja ro n rá p id a m e n te de
los v eh ícu lo s y se d irig ie ro n , sin d e s p e r ta r m a y o r so sp e c h a ,
h a sta c erca d e u n c a rro h e la d e ro -c o n f e c c io n a d o d e C hol-
g u á n - que e stab a a carg o de otro de los m iem b ro s d el g ru p o
ex trem ista. Este últim o - a n t e u n a o rd e n v e r b a l- ex trajo del
carro varias arm a s larg as de fuego y se las pasó a su s c o m p a ­
ñ ero s d e d elito . De in m e d ia to los a sa lta n te s se d istrib u y e ro n
e straté g ica m en te en d istin to s p u n to s del secto r ( . . . ) M inutos
d e sp u é s a p a re c ió e n el lu g a r la c a m io n e ta re c a u d a d o r a de
valo res del B anco de C oncep ció n . En los in s ta n te s e n q u e la
cam io n eta del Banco de C oncepción d etu v o su m a rc h a fren te

62. Equipo de redacción. «Oficial de la CNI». En: El M ercurio: S an tiag o de


Chile (24 de abril de 1 9 79), pág. A 1 y pág. A 12; una descripción sim ilar de
los hechos en Equipo ele redacción. «Intentaba arrojarla al río M apocho: Bomba
extrem ista provocó m uerte de teniente de CNI». En: La Tercera: Santiago de Chile
(24 d e abril de 1979), pág. 5.

228
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda R evolucionaria.

al su p e rm e rc a d o , los e x tre m ista s e m p e z a ro n a d is p a ra r c o n ­


tra el v eh ícu lo y sus o c u p a n te s. Los fu n c io n a rio s p o liciales
resp o n d iero n al fuego con sus p ro p ias arm as. A p e sa r del fu e­
go g ra n e a d o , los a sa lta n te s no p u d ie ro n lo g ra r su p ro p ó sito
( . . . ) . A n tes de re tira rse del lu g a r d el fru stra d o a sa lto , los
antisociales se desp ren d iero n de una b an d e ra chilena con una
le tra R en el cen tro , q u e al p a re c e r p e n sa b a n c o lo c a r e n la
fach ad a d el su p erm e rc a d o AGAS».M

Iil d e sp lie g u e o p e ra tiv o d e los m irista s so rp re n d ió a los efectiv o s


policiales y a los g u a rd ia s d e se g u rid a d d el B anco d e C o n c e p c ió n , los
cuales no fu e ro n cap aces d e re p e le r el a salto . E ste tip o d e acc io n es se
hicieron h a b itu a le s a p a rtir de e ste m o m en to , d a d o s los in g e n te s g asto s
que rep o rtab a a la organización la m an ten ció n de cu ad ro s p ro fesio n ales y
clandestinos. En esta últim a acción p erd ió la vida el cabo de ca rab in ero s
Hruno B urdiles V argas.w Así d escribió La Tercera el o p e ra tiv o del MIR.

«Todo p a re c ía n o rm a l c u a n d o de p ro n to se a c e rc ó h a s ta el
lu g a r u n h u m ild e v e n d e d o r de h e la d o s Bresler, en su re sp e c­
tivo triciclo. S o rp re siv a m e n te el h o m b re d el triciclo a b rió
la ta p a d e la caja y ex tra jo d e allí u n a m e tra lle ta . En ese
m ism o in s ta n te b ajab a d e la c a m io n e ta , en p rim e r té rm in o ,
el cabo B urdiles, que to m ó la posición co n v en id a , en la p arte
tra s e ra , p a ra la c o rre sp o n d ie n te p ro tec c ió n . E n tre ta n to , los
dos recau d ad o res e n tra b a n al su p erm e rc ad o p a ra rec o g e r los
v alo res, m ie n tra s el cab o O jed a ta m b ié n to m a b a su lu g a r en
la p a rte d e la n te ra . In m e d ia ta m e n te el h o m b re d e l triciclo
c o m e n z ó a d is p a ra r su m e tra lle ta , a p u n ta n d o so b re el c a b o
B urdiles que in ten tó c o n te sta r el fuego. Testigos p resen ciales
s e ñ a la ro n q u e el po licía fu e v irtu a lm e n te a c rib illa d o p o r el
an tiso cial. En ese in s ta n te u n a m ujer, del g ru p o a ta c a n te , se
ap roxim ó con u n a pistola y, a p a re n te m e n te , ta m b ién d isp aró .
O tras balas, de esta pistola, diero n en el cabo O jeda, q u ien , al
recibir los im pactos en los a n teb razo s, q u ed ó co m p le ta m e n te
im p o sib ilitad o de re p e le r el a ta q u e » /’5
63. Equipo d e redacción. «C arabinero m urió acribillado. S an g rien to asalto
extrem ista». En: El Mercurio: Santiago de Chile (25 de noviem bre de 1979),
pág. A 1 y pág. A 12.
64. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR),
pág. 1.048.
65. Equipo de redacción. « Intentaron ro b a r c am io n eta d e un banco: Un
carabinero m uerto y otro gravem ente herido dejó atraco de com ando extremista».
En: La Tercera: Santiago de Chile (25 de noviem bre de 1979), pág. 29.

229
Igor Goicovic D onoso

U n a d e las a cc io n e s m ás e sp e c ta c u la re s d e sp le g a d a s p o r el MIR en
e ste p e río d o fu e el trip le a sa lto b a n c a rio (11 d e a b ril d e 1 9 8 0 ), que
a fe c tó a las s u c u rsa le s d e los b a n co s C o n cep ció n , d e C h ile y d e C rédito
e In v e rsio n e s, e n la in te rse c c ió n d e las c alles S a n ta E le n a y R od rig o de
A raya en la co m u n a d e Ñ u ñ o a en S antiago. En esta o p e ra c ió n p articip aro n
v ario s g ru p o s d e c o m b a te d e l MIR q u e in te rv in ie ro n c o o rd in a d a m e n te ,
re d u je ro n al p e rso n a l ad m in istra tiv o y de se g u rid ad y se d ie ro n a la fuga
con un b o tín d e 28 m illo n es de pesos y 1 5 .0 0 0 d ó la re s.66
A fines del m es d e a b ril de 1 9 8 0 o tro c o m a n d o d e l M IR llevó a cabo
u n a te n ta d o c o n tra la d e n o m in a d a «L lam a d e la L ib e rta d » , in a u g u ra d a
p o r la d ic ta d u ra m ilita r e n 1 979 y e m p la z a d a o rig in a lm e n te e n el cerro
S a n ta L ucía en la c iu d a d d e S an tiag o . El o b jetiv o e ra c o lo c a r u n a carga
ex p lo siv a q u e d e s tru y e ra el m o n o lito e n la q u e e sta se u b ic a b a y de esa
m a n e ra e x tin g u irla . La acció n no fru ctificó; n o o b s ta n te se p ro d u jo un
e n fre n ta m ie n to a rm a d o con su cu sto d io , el c a ra b in e ro H e rib e rto Novoa
E scobar, q u e p e rd ió la v id a en los h e c h o s.67 A nte la m u e r te d el u n ifo r­
m a d o , el d ir e c to r g e n e ra l de C a ra b in e ro s d e la é p o ca , C e sa r M en d o za
D u ran , d ecla ró ,

«Este es un hech o lam e n ta b le y está in d ican d o que el te rro ris­


m o e stá v ig en te en Chile. Esto nos o b lig ará a to m a r d rá stic a s
m ed idas. Hoy fue u n carab in ero , m a ñ a n a p u ed e s e r u n oficial
y lu eg o fam ilias e n te ra s. Esto se acab ó en C hile. S e to m a rá n
to d as las m e d id a s p a ra e v ita r que el te rro rism o se a sie n te en
n u e stra p a tria p a ra que no se rep itan las escen as q u e a d iario
se v en en o tra s p a rte s d e l m u n d o . No p o r los m a l lla m a d o s
D erech o s H u m a n o s se va a p e rm itir q u e v io le n tista s o te r r o ­
ristas v en g an a h a c e r de las suyas en este país: p rim e ro e stá n
los D erechos H u m an o s, p rim ero está n u e stro d e b e r p o r v e la r
p o r la p az y seg u rid a d de todos, d esp u és v ien en los D erechos
H u m an o s» .68
66. Equipo de redacción. «En 15 m inutos, com ando se llevó 30 m illones: A
lo “Misión Im posible” fue asalto a tres bancos». En: La Tercera: Santiago de Chile
(12 de abril de 1980), págs. 44-45; y Equipo de redacción. «Acción sim ultánea en
sucursales bancarias: extrem istas obtienen botín de S28 m illones en tres asaltos».
En: El Mercurio: S an tiag o d e Chile (12 de abril de 1980), pág. A 1 y pág. A 14.
Un seg u n d o a salto afectaría a estas m ism as e n tid a d es fin an cieras en ju lio de
1980. Estas acciones pusieron de m anifiesto la capacidad operativa del MIR, y las
debilidades en el sistem a de seguridad pública de la dictad u ra militar.
67. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVIl),
pág. 1.049.
68. Equipo de redacción. «Enérgicas m edidas para c o m b a tir el terrorism o».
En: La Tercera: Santiago de Chile (12 de abril de 1980), pág. 6.

230
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

A m e d ia d o s d el mes de ju lio d e 1980 se llevó a cabo la ejecu ció n del


d irecto r de la escuela de in teligencia del ejército, coronel de ejército R oger
Vergara. El m ilitar, identificado com o uno de los p rin cip ales resp o n sab les
de la CNI, fu e em boscado p o r u n c o m a n d o d el MIR e n la in te rse c c ió n
de las calles M an u el M ontt co n P u y e h u e , e n la c o m u n a d e P ro v id e n c ia,
S a n tiag o . La relevancia d e l m ilita r p u so en e v id e n c ia la v u ln e ra b ilid a d
de los m a n d o s d e los a p a ra to s de se g u rid a d y co n stitu y ó , n u e v a m e n te ,
un d u ro g o lp e p a ra la d ic ta d u ra .69 La ju stific a c ió n de la acció n q u e d ó
p lasm ad a en el órgano oficial del MIR.
«No es casualidad q u e e ste c o ro n e l fu ese d ire c to r d e in te li­
g en cia del ejército, carg o q u e o c u p a n sólo p e rs o n a s d e g ra n
co n fia n z a d e la d ic ta d u ra . Y V erg ara su p o g a n a rs e la c o n ­
fian za d e Pinochet p u e s d u ra n te el g o b ie rn o d el p re s id e n te
S alv ad o r Allende fue un activo p ro m o to r del golpe en las filas
d e las fu erzas arm ad as. C o n su m a d o el d e rro c a m ie n to del
G o b ie rn o Popular, se d e sta c ó p o r su celo re p re siv o a ra íz d e
lo cu al fue prem iado con la m e d a lla “11 d e S e p tie m b re ”. Su
b u e n a disposición p a ra re p rim ir al p u eb lo y e n s a n g re n ta rs e
las m an o s en defensa de los in terese s del cap ital m o n o p ó lico
y de sus generales aliad o s, llevo a q u e fuera in te g ra d o al g ru ­
po d e oficiales que d e sd e la DINA-CNI, in v e stig a c io n e s y los
a p a ra to s d e inteligencia de las fuerzas arm ad a s y C arab in ero s
d irig e n las o p eracio n es re p re siv a s c o n tra el m o v im ie n to d e
m asas y las fuerzas d e m o crá tic as» .70
El a ñ o 1 9 8 0 concluyo c o n o tro trip le a sa lto b a n c a rio (3 0 de d ic ie m ­
b re ), e sta v ez c o n tra las su c u rsa le s los b an c o s de C o n ce p ció n , d e C hile
y d e T alca en Irarrázav al y Jo sé P ed ro A lessan d ri. En e s ta o p o rtu n id a d
tres c o m a n d o s d el MIR, « B au tista Van S ch o w en » , « D a g o b erto P érez» y
«A ugusto C arm ona», integ rad o s p o r m ás de 30 m ilita n te s, 9 de ellos v es­
tidos con uniform es de c arab in ero s, co p aro n las tres su cu rsales b a n c a d a s
y p ro c e d ie ro n a ex p ro p iar m ás d e 30 m illo n es d e p e so s.71 D u ra n te el es-
69. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR),
pág. 1.049; tam bién Equipo de redacción. «Cobarde acción dejó tam bién herido
a c h ofer-S argento del oficial. E xtrem istas asesinan a C o m an d an te del Ejército».
En: La Tercera: Santiago de Chile (16 de ju n io de 1980), págs. 4-9; y Equipo de
redacción. «Fue am etrallado en su autom óvil Oficial de Inteligencia asesinado
por extrem istas». En: El Mercurio: Santiago de Chile (16 de julio de 1980), pág. A
1 y pág. A 20.
70. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Los crím enes se pagan». En:
El Rebelde, n.° 165: Santiago de Chile (agosto de 1980), pág. 14.
71. E quipo d e redacción. «S angriento a tra co e x trem ista a sucursales de
Irarrázabal y Macul. Asaltados tres bancos: 2 carabineros m uertos». En: La Tercera:

231
Igor Goicovic Donoso

p c c ta c u la r asa lto se p ro d u jo un vio len to e n fre n ta m ie n to con carab in ero s


en el cu al p e rd ie ro n la vida los fu n cio n ario s W ash in g ton G odoy Palm a y
D aniel Leiva G o n z á le z .72
D u ran te el añ o 1981 las acciones m ás esp ectacu lares d e sa rro lla d a s por
el MIR fueron la ejecu ció n a tiros en la co m u n a de S an M iguel, S antiago
(6 d e ju lio ), del a g e n te de la CNI C arlos T apia B a rra z a 73 y la em b o scad a
(18 de noviem bre) en la q u e p e rd iero n la vida tres a g en tes de la Policía de
Investigaciones, q u e cu sto d iab an la casa del g en eral de ejército, Santiago
S inclair, en la c o m u n a d e P ro v id e n cia , ta m b ié n e n la c a p ita l d el p a ís.74
R especto d e la ejec u ció n de C arlos Tapia B arraza el MIR in fo rm ó ,

«La o rd e n e m a n a d a de un T ribunal P o p u lar exigía la e lim in a ­


ción de C arlos Tapia. Este su jeto cum p lía “la b o re s” de je fe de
perso n al de la DINA-CNI, es decir, se e n carg ab a de a d ie s tra r a
su “p e rso n a l” en las técnicas de to rtu ra p a ra lo cual ten ía u n a
ex ten sa ex p erien cia p ráctica. Era un fu n cio n ario d e alto nivel
d e n tro del a p a ra to represor. A dvertido p o r la resisten cia sobre
su s c rím e n e s in te n tó e lu d ir la ju s tic ia p o p u la r o c u ltá n d o s e
tra s la im ag e n d e u n “h o m b re b o n a c h ó n , d e tr a to a m a b le
y d e fe r e n te ” e n tre su s vecin o s. Ni el p o d e r ni (la p ro te c c ió n
a rm a d a qu e tenía pud o im p ed ir que se cu m p liera la sen ten cia
d e m u e rte » .75
S antiago de Chile (31 de diciem bre de 1980), págs. 42-43 y pág. 52; y Equipo
de redacción. «Acción extrem ista en sector Irarrázabal: dos carabineros m uertos
en asalto a tres bancos». En: El Mercurio: Santiago de Chile (31 de diciem bre de
1 980), pág. A 1, A 16 y pág. C 2.
72. Rettig, Informe cte la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR),
pág. 1.050; y Equipo de redacción. «Tres bancos expropiados». En: El Rebelde, n.u
170: S antiago de Chile (enero de 1981), pág. 9.
73. 1.050-1.051 Rettig, Inform e de la Comisión Nacional de Verdad y Recon­
ciliación (CNVR); otros a n te c e d e n te s en Equipo de redacción. «Lo acribillaron
a sa n g re fría en la p u e rta de su casa: E xtrem istas a se sin aro n a un A gente de
la CNI». En: La Tercera: S antiago d e Chile (1 9 8 1 ), págs. 3 6-37; y Equipo de
redacción. «A tentado terro rista: asesinado a tiros m iem bro de la CNI». En: El
Mercurio: Santiago de Chile (7 de julio de 1981), pág. A 1 y pág. A 12.
74. 1.051 Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación
(CNVR); Equipo de redacción. «Tendieron cobarde tram pa frente a casa del Gene­
ral Sinclair: a m e tra lla n y m atan a tres detectives». En: La Tercera: S antiago de
Chile (19 de noviem bre de 1981), pág. 5, 52-53 y pág. 60; Equipo de redacción.
«Frente a dom icilio de jefe del Estado Mayor Presidencial: asesinados tres detecti­
ves». En: El Mercurio: Santiago de Chile (19 de noviem bre de 1981), pág. A 1, A
16, C 1 y pág. C 7.
75. M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. «La ju stic ia p o p u lar actúa.
O rden del tribunal». En: El Rebelde: Santiago de Chile (agosto de 1981), pág. 9.

232
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

E ste im p o rta n te nivel d e d e sa rro llo d e l a c c io n a r o p e ra tiv o d e la Es­


tru c tu ra de Fuerza C entral del MIR e stu v o a c o m p a ñ a d o p o r u n creciente
grad o de in terv en ció n de las m ilicias de la resisten cia po p u lar. Los sa b o ­
tajes al te n d id o d el a lu m b ra d o p ú b lic o , así c o m o los c o rte s de v ías d e
co m unicación a través del le v a n ta m ie n to d e b arricad as, la colocación de
arte facto s explosivos, el ray ad o de co n sig n a s a n tid ic a to ria le s y el uso de
b o m b as m o lo to v en las m a n ife sta c io n e s, se c o m e n z a ro n a to rn ar h a b i­
tu a le s. D e la m ism a m a n e ra , la c a p tu ra d e v eh íc u lo s d e tra n sp o rte de
a lim e n to s y la p o s te rio r d istrib u c ió n d e los m ism o s e n las poblaciones
p o p u la re s d e S a n tia g o , C o n cep ció n , V a lp araíso y V iña d el Mar, g e n e ró
un im p o rta n te g ra d o ad h e sió n d e los p o b la d o re s al a c c io n a r de la re sis­
ten cia. P ero ta m b ié n se in c re m e n tó el a c c io n a r re p re siv o . La d ictad u ra,
cu e stio n ad a en uno de sus soportes fu n d a m e n ta les (la p olítica represiva),
colocó en el MIR su aten c ió n p referen te. M ás de 20 m ilitan tes resultaron
m u ertos en el tran scu rso del bienio 1 9 8 0 -1 9 8 1 , en en fren tam ien to s a rm a ­
dos, reales o sim ulados. La m ay o ría d e ellos p e rte n e c ía n a los com andos
e sp e c ia liz a d o s d e la o rg a n iz a c ió n . O tro s re s u lta ro n d e te n id o s y fu ero n
o bjeto de largas co n d en as a prisión d icta m in a d a s p o r trib u n ales m ilitares.
Uno d e los co m p o n en tes fu n d am e n ta les de la d e n o m in a d a O peración
R e to rn o e ra la in sta la c ió n d e dos fre n te s g u e rrille ro s e n la zona s u r de
C hile; u n o en la C o rd illera d e N a h u lb u ta , en las p ro x im id a d es d el co-
n u rb a n o in d u s tria l C o n cep ció n -T a lca h u a n o y d e la c u e n c a carb o n ífera
d e L ota y C o ro n el y el o tro al in te rio r d e V aldivia, e n las cercan ías d el
C o m plejo M a d e re ro y F o restal d e P an g u ip u lli, u n a d e las áreas e n las
cuales el MCR h ab ía ex p erim en tad o un alto grad o de a sen tam ien to an tes
del g o lp e d e E stad o d e 1973. De h ech o , e n e sta se g u n d a zo n a, se h ab ía
p ro d u c id o , el 11 d e se p tie m b re de 1 9 7 3 , u n a sa lto al re té n de c a ra b i­
n e ro s d e N e ltu m e , e n c a b e z a d o p o r el d irig e n te d el MIR, Jo sé G regorio
L iendo V era, p o ste rio rm e n te fu silad o p o r las a u to rid a d e s m ilitares.76 La
in sta la c ió n d e esto s fre n te s se re la c io n a b a de m a n e r a d ire c ta co n las
d e fin ic io n e s e stra té g ic a s d el p a rtid o , ya q u e se tr a ta b a d e c o n ta r con
fu e rz as m ilita re s p e rm a n e n te s c a p ac e s d e d is p u ta rle al E stad o b u rg u é s
el c o n tro l te rrito ria l d e d e te rm in a d a s z o n a s d el p aís. Ello c o n sid e ra b a ,
a d e m á s, la c o n fo rm a c ió n d e un te rrito rio d e rep lie g u e p a ra los cu a d ro s
u rb a n o s y d e fo rm ació n d e un m o v im ie n to d e m a sa s ru ra l q u e fu era
am p lian d o la fuerza social rev o lu cio n aria.77 La ex p erien cia de la escu ad ra

76. Al resp ecto véase Raúl N úñez. «Sujeto y c o m u n i d a d . R e c onstrucción


histórica de N eltum e y del Com plejo M aderero Panguipulli, a p a rtir de la His­
toria de Vida de Jo sé G regorio Liendo Vera, 1965-1973». Tesis de líe. O sorno:
D epartam ento de Ciencias Sociales, Universidad de Los Lagos, 2003.
77. Sobre este tem a véase Pascal Allende, «“Neltum e es un paso. El objetivo:
la guerrilla p e rm a n en te en los cam pos”, entrevista al secretario general del MIR,

233
Igor Goicovic Donoso

e x p lo ra to ria in s ta la d a en la z o n a d e N eltu m e fue d e sa s tro s a . D enuncia


d os p o r los c a m p e sin o s de la reg ió n (o b jeto d e u n fu e rte a m e d re n to poi
p a rte de los o rg a n ism o s d e s e g u rid a d y de los h a c e n d a d o s d e la zonm
los g u e rrille ro s fu ero n p rim e ro d e te c ta d o s y p o ste rio rm e n te ejecutado»
en u n a m a n io b ra c o m b in a d a d el ejé rc ito y la CNI. En las accio n es di
cerco y a n iq u ila m ie n to p e rd ie ro n la vida, e n tre se p tie m b re y o ctu b re il<
1981, n u ev e c o m b a tie n te s del MIR, e n tre ellos el líd er del g ru p o , Miguel
C ab rera F ern á n d ez (P a in e ).78 Los aco n te c im ien to s de N eltu m e obligaron
a la d irecció n del MIR a re n u n c ia r al objetivo y d e sac tiv a r el proyecto de
in s talació n en N a h u elb u ta .
Las o p e ra c io n e s d e la E stru c tu ra d e F u e rz a C e n tra l d el M IR exper í
m e n ta ro n u n e v id e n te d e c re c im ie n to a p a rtir d e 1 9 8 3 . El fra ca so de l.i
in s ta la c ió n d e l c o n tin g e n te g u e rrille ro e n N e ltu m e y los fu e rte s golpe1,
re p re siv o s so b re la F u e rz a C e n tra l m e rm a ro n c o n s id e ra b le m e n te la c¡i
p a c id a d o p e ra tiv a del g ru p o . De e sta m a n e ra , c u a n d o se in a u g u ra l;i
in su rrecció n g e n e ra l del cam p o popular, a p a rtir d e las p ro te sta s del año
1983, el d e sta ca m e n to m ilitar del MIR y con ello su p rincipal contingenie
o rg á n ic o ya se e n c u e n tra p rá c tic a m e n te d e s m a n te la d o . N o o b stan te,
la e v a lu a c ió n re a liz a d a p o r el MIR re s p e c to d e l P lan 78 y d e su fase
te m p ra n a d e im p le m e n ta c ió n e ra positiva.

« E fectiv a m e n te e n tre 1 9 7 8 y 1 9 8 2 c o m e tim o s e rro re s, y a l­


g u n o s m u y g rav es c o m o lo d e m u e s tra n los re v ese s su frid o s

A ndrés Pascal A llende»; tam b ién MIR, JV Congreso Nacional del MIR. Balana'
histórico del MIR y su lucha revolucionaria, págs. 57-58; y M ovim iento de Izquier
da R evolucionaria. «N eltum e. Una guerra invencible». En: El Rebelde, n.° 183:
S antiago de Chile (febrero de 1982), págs. 15-19.
78. El testim o n io m irista sobre los aco n tecim ien to s d e N eltum e en Comité
M em oria N eltum e, ed. Guerrilla en Neltum e: una historia de lucha y resistencia
en el sur chileno. S antiago de Chile: LOM Ediciones, 2003; la prensa de la época
cubrió a m p liam en te los acontecim ientos d e N eltum e; véase al respecto Equipo
de redacción. «En seis enfrentam ientos: siete guerrilleros a batidos en Neltume».
En: El M ercurio: S antiago de Chile (24 de sep tiem b re de 1 9 8 1 ), pág. A 1 y
A 16; Equipo de redacción. «Al interior del N eltum e: ab atid o a tiros jefe de
grupo guerrillero». En: El Mercurio: Santiago de Chile (17 de octu b re d e 1981),
pág. A 1 y A 20; Equipo de redacción. «En N eltum e: g u errillero s te n ía n arm as
an titan q u e s» . En: El Mercurio: Santiago de Chile (25 de noviem bre de 1981),
D ocum ento Anexo; Equipo de redacción. «Poseían m oderno arm am ento y habían
ingresado c la n d estin a m e n te a Chile: los 7 m u erto s de N eltum e e ra n peligrosos
miristns». En: I.a Tercera: Santiago de Chile (24 de septiem bre de 1981), págs. 4-5;
Equipo de redacción. «Escaparon m édico francés y otros 3 ex trem istas: abatido
el je fe de los guerrilleros de Neltum e». En: La Tercera: S antiago d e Chile (17 de
octubre de 1981), pág. 5.

234
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

a p a rtir d e 1981 e n el te rre n o m ilitar. Pero e sto s e rro re s n o


o p acan un hech o histórico evidente: en 1976 el MIR en Chile
hab ía llegado al b o rd e d e su an iq u ilam ie n to o rg án ico , y en el
e x terio r im p erab a la desm o ralizació n ideológica y política. El
Plan 78 tuvo la v irtu d de p ercibir te m p ra n a m e n te la inversión
d e las te n d e n c ia s e n el m o v im ie n to d e m asas y c o n a u d a ­
cia a p ro v e c h a rla s p a ra re to m a r la in iciativ a re v o lu c io n a ria
( . . . ) • N u e stro p a rtid o ab rió , p o r p rim e ra v ez e n la h is to ria
d el m o v im ien to p o p u la r ch ilen o , el d e sa rro llo d e la lu ch a a r­
m ad a com o u na form a so sten id a de e n fre n ta m ie n to al E stado
b u rg u és» .79

En el ciclo que se in a u g u ra en 1983 y concluye en 1990, las o p erac io ­


nes m ás im p o rta n te s del MIR se inician con la ejecución, el 30 d e a g o sto
ilr 1983, del in te n d e n te d e S an tiag o , m ay o r g e n e ra l C arol U rzu a y d e 2
m iem bros de su escolta. U rzua fue el resp o n sab le político de la rep resió n
ile las p ro te s ta s p o p u la re s q u e se v erific a ro n e n tre m a y o y a g o sto d e
l ‘J83, en su condición de in te n d e n te de la Región M e tro p o lita n a .80 En un
c o m u n icad o público, reco g id o e n la p re n sa de la ép o ca, el MIR señ aló ,

«Está acción de aju sticiam ien to co n tra u n o de los m ás sa n g u i­


n a rio s e x p o n e n te s de la d ic ta d u ra m ilita r d e los m o n o p o lio s
fu e e je c u ta d a p o r el c o m a n d o M iguel E n ríq u ez . N in g ú n c ri­
m e n c o n tra el p u e b lo q u e d a rá sin castig o . El p u e b lo tie n e
le g ítim o d e re c h o a e m p le a r la v io len cia p a ra c o m b a tir el cri­
m en , el robo y la u su rp a ció n d e los d e re c h o s p o p u la re s» .81

C o m o re p re sa lia p o r la m u e rte de C arol U rzu a, los o rg a n ism o s d e


s e g u rid a d d ie ro n m u e rte en S a n tiag o , el 7 de se p tie m b re d e 1 9 8 3 , a
los d irig e n te s del MIR y re sp o n sa b le s d e su C o m isió n M ilitar, A rtu ro
Villabela A raujo y H ugo R atier N oguera. En los e n fre n ta m ie n to s arm ad o s
p e rd ie ro n la v id a, ad e m á s, o tro s tres m ilitan tes de la o rg a n iz a c ió n .82

79. MIR, IV Congreso Nacional del MIR. Balance histórico del MIR y su lucha
revolucionaria, pág. 60.
80. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR),
pág. 1.051.
81. Equipo de redacción. «Resistencia se adjudicó el crim en». En: La Tercera:
S antiago d e Chile (31 de agosto de 1983), pág. 17; una am plia cobertura a esta
ejecución en Equipo de redacción. «Por com ando extrem ista: asesinado general
Carol Urzúa». En: El Mercurio: Santiago de Chile (31 de agosto de 1983), pág. A
1, A 12, C 1, C 4 y C5.
82. Equipo de redacción. «Son integrantes de un C om ando del MIR: Cayeron
asesinos del General Urzúa». En: El Mercurio: (8 de septiem bre de 1983), pág. A 1

235
Igor Goicovic D onoso

M ás a d e la n te el a c c io n a r d el MIR se h izo ep isó d ic o . O tro s g n i|


arm a d o s, com o el F re n te P atriótico M anuel R o dríguez (FPM R) y el Cu
p iejo M A PU -L autaro, re le v a ro n al MIR e n el p ro ta g o n ism o d e la lu ch l
a rm a d a . N o o b s ta n te , el MIR c o n tin u ó re a liz a n d o a lg u n a s acciones <l<
a lta co m p le jid a d o p e ra tiv a . E n tre ellas, la m u e rte en el H o tel A raucaii"
d e C oncepció n , el 25 d e m a rz o de 1985, d e d o s a g e n te s d e la CNI, Rnn’
Lara A rriag ad a y A lejandro A vendaño S ánchez. Estos re su lta ro n muerto*
al e s ta lla r u n a b o m b a tra m p a e n u n a d e las h a b ita c io n e s d el h o te l.83 I i
D irecció n N a cio n a l d e C o m u n ic a ció n S ocial (D IN ACOS), o rg an ism o di
difu sió n del g o b ie rn o m ilitar, in fo rm ó al resp ecto ,

«El d ía d e ayer, 25 d e m a rz o de 1 9 8 5 , e n tr e las 2 1 :4 5 y las


2 2 :0 0 hs, e n la c iu d a d d e C oncep ció n , fu e ro n in te rru m p id a s
las tra n sm isio n e s d e TVN con p ro c la m a s d e c a rá c te r su b v e r­
sivo, e m itid a s p o r la ra d io c la n d e s tin a “L ib e ra c ió n ”, cu y a
c e n tra l p a ra la RM fu e d e s m a n te la d a p o r la C e n tra l N acio ­
nal d e In fo rm ac io n es e n o p e ra tiv o de fe ch a 15 d e d icie m b re
d e 19 8 4 . P erso n a l d e o rd e n y s e g u rid a d c o n s ta tó q u e ta les
em isio n e s se e fe c tu a b a n d e sd e el H o tel A ra u c a n o , d e esa
c iu d a d , y p ro c e d ió a in g re sa r a la h a b ita c ió n n ú m e ro 1 0 1 7 ,
d o n d e fu ero n e n c o n tra d o s los co rre sp o n d ie n te s ele m e n to s de
tran sm isió n radial. M ientras se p ro ced ía a su revisión, d e to n ó
un arte fa c to explosivo d e alto poder, q u e o casio n ó la m u e rte
in s ta n tá n e a d e l su b o ficial d e E jército A le ja n d ro d e l C a rm e n
A v e n d a ñ o S á n c h e z y lesio n ó d e g ra v e d a d al su b o ficial d e la
A rm ad a , R ené O sv ald o L ara A rriag a d a , q u ie n falleció a las
0 4 :3 0 h o ra s de h o y e n el H o sp ital R eg io n al d e C o n cep ció n .
A d em ás re s u lta ro n lesio n a d o s d o s o ficiales y u n su b o ficial
m ay o r d e C a ra b in e ro s de C hile».84

Ese m ism o a ñ o (1 3 de ag o sto ) y en un p ro c e d im ie n to sim ila r perdió


la v id a, en la lo c a lid a d d e P eñ ab lan c a, R egión d e V alparaíso, el ten ien te

y A 12; Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR),


págs. 995 -9 9 6 ; este caso es conocido, a p a rtir de la d en o m in a ció n d e las callos
en que se p ro d u jero n los hechos, com o las ejecuciones de «Fuenteovejuna» y
«Janequeo».
83. Equipo de redacción. «Atentado». En: El M ercurio: S an tiag o de Chile
(27 de m arzo de 1985), pág. A l , C l y C 4 ; y Rettig, Inform e de la Comisión
Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR), págs. 1.057-1.058.
84. Equipo d e redacción. «En céntrico hotel de C oncepción: 2 sargentos
m u ere n al d esa ctiv a r u n a bom ba». En: La Tercera: Santiago de C hile (27 de
m arzo de 1985), pág. 5.

236
Puebla, conciencia y fusil. F.1 M ovim iento de Izquierda R evolucionaria.

jfr la a rm a d a , a d sc rito a la CNI, C esar C h e sta M o u sse t.85 P o r ú ltim o , el


ftfi «le en ero de 1988, fue e je c u ta d o en S an tiag o , con u n a b o m b a tram p a ,
f l m ayor d e c a ra b in e ro s y Je fe d e O p e ra c io n e s E sp ecia les d el GOPE,
Julio B enim elli R uíz.06 Pese al fu e rte d e sg a s te q u e el M IR h a b ía v e n id o
«p rrim en tad o d esd e 1982 en ad ela n te , p artic u la rm e n te p o r efecto de la
política re p re siv a d e la d ic ta d u ra , su d ire c c ió n p o lític a, se d u c id a p o r el
« m i *nso ex p erim en tad o por la lucha de m asas, a p a rtir d e 1983, co n tin u ó
Insistiendo en la necesidad de vincular la lucha social con la construcción
clr un p o d e ro s a fu e rz a m ilitar. En 1 9 8 5 , u n d o c u m e n to d el p a rtid o
M ftalaba al resp ecto ,

«En e sta e ta p a , la c e n tra lid a d d e b e ser la c o n stru c c ió n d e la


fu e rz a re v o lu cio n a ria y p a rtid a ria y el d e sa rro llo d e la lu c h a
a rm a d a p a ra d a r u n salto cu alita tiv o en la g u e rra p o p u lar. Y
e sto d e b e se r a su m id o id eo ló g ica, p o lític a y p rá c tic a m e n te
p o r el co n ju n to d el p a rtid o .
N o d e b e e n te n d e rs e p o r c e n tra lid a d tá c tic a n in g ú n tip o d e
reduccionism o. ( . . . ) no p lan team o s d e sc a rta r la lu c h a ideo ló ­
gica, el trab ajo de alian zas, la co n stru cció n del p a rtid o en los
m o v im ien to s sociales, ni d e ja r de lad o la m o v ilizació n social
ofensiva y la in s u rg e n c ia de m asas. T am poco e n te n d e m o s la
re s iste n c ia a rm a d a ni la lu ch a g u e rrille ra al m a rg e n d e las
m asas, com o el e n fre n ta m ie n to d e d o s a p a ra to s m ilitares.
N u estra p reo cu p ació n p rincipal es c o n stru ir u n p a rtid o e n ra i­
zad o en las o rgan izacio n es y fren tes n a tu ra le s de m asas y u n a

85. Equipo de redacción. «Peñablanca: oficial de M arina m urió al desactivar


un a bom ba». En: El Mercurio: S antiago de Chile (14 de agosto de 1 9 85), A 1
y C 6; E quipo de redacción. «Estalló c u an d o in te n tab a desactiv arla; grave un
sargento: bom ba m ató a teniente naval». En: La Tercera: Santiago de Chile (14 de
agosto de 1 9 85), pág. 23; y Rettig, Inform e de la Comisión Nacional de Verdad y
Reconciliación (CNVR), pág. 1.059.
86. Equipo de redacción. «Víctima era jefe del GOPE: tram pa explosiva m ató
a oficial de C arabineros». En: El Mercurio: a ntiago de Chile (27 de en ero de
1988), pág. A 1 y A 10; Equipo de redacción. «M ayor m urió al e stallar bom ba:
desactiv ab a arte fac to explosivo en casa de seg u rid ad del FMR». En: La Tercera:
Santiago de Chile (27 de enero de 1988), pág. 10; y Rettig, Informe de la Comisión
Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR), págs. 1.067-1.068; la prensa dio a
e n te n d e r que la acción la llevó a cabo el FPMR, no o b sta n te los com unicados
posteriores perm itieron establecer que se trató de una operación m ontada por la
Com isión M ilitar del MIR.

237
Igor Goicovic Donoso

fu e rz a m ilita r firm e m e n te a n c la d a e n b a se s re v o lu c io n a ria s


d e m asas» .87

En este escen ario la p o strer política de lev an tam ien to s p o p u lares, reco­
gida de la ex p erien cia c e n tro am erican a,88n e im p le m e n ta d a en los barrios
p o p u lares d e la p eriferia de la capital, a p a rtir de 1984, se convirtió en el
ú ltim o in te n to m irista p o r revertir, a p a rtir de la in co rp o ració n a la lucha
m ilician a d e c ie n to s d e jó v e n e s p o b la d o re s, el c o la p so d e fin itiv o de la
e s tru c tu ra p a rtid a ria .8y El aco n te cim ie n to m ás im p o rta n te d e e sta etapa
d e a sc e n so d e las lu c h a s p o p u la re s fu e el d e n o m in a d o p a ro co m u n al
d e P u d a h u e l, re a liz a d o el 2 6 d e ju lio d e 1 9 8 4 . En esa o c a sió n m iles de
p o b la d o re s d e esa p o p u lo sa c o m u n a d e la z o n a p o n ie n te d e S an tiag o
d e tu v ie ro n su s a c tiv id a d e s re g u la re s y se m o v iliz aro n a lo la rg o de to ­
d o el d ía e n u n a se rie d e accio n es d e p ro te s ta a n tid ic ta to ria l: m arch as
c a lle je ra s, c o rte d el a lu m b ra d o pú b lico , le v a n ta m ie n to d e b a rric a d a s,
saq u eo d e su p e rm e rc a d o s, h o stig am ien to a los so p lo n es y e n fre n ta m ie n ­
tos co n la p o licía . En e stas accio n es ju g a r o n u n ro l fu n d a m e n ta l las
m ilicias de la resisten cia p o p u lar que aco m p a ñ a ro n la m ovilización social
re s g u a rd a n d o c o n a rm a m e n to c asero y a u to m á tic o el d e sp lie g u e de los
pob lad o res. La evalu ació n realizad a p o r el MIR de esta m ovilización local
fue p a rtic u la rm e n te positiva.

«Este p rim e r p a ro local rea firm a la p o te n c ia d el p u e b lo , su


cap acid ad p a ra c o m b in ar en u n a m ism a acción sus o rg a n iz a ­
ciones y fu erzas p o pulares y m ilicianas, p a ra d esa rro lla r to d as
las fo rm as de lu ch a y d is p u ta r m o m e n tá n e a m e n te el co n tro l
q u e la d ic ta d u ra ejerce so b re el te rrito rio . C on re p re sió n o
sin ella, el eje m p lo de P u d a h u e l s e rá se g u id o e n las fu tu ra s

87. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. Pleno del Comité Central, 1985.
Acuerdos y resoluciones. S antiago de Chile, 1985, pág. 17; los d irig e n tes del
MIR, Andrés Pascal Allende (secretario general) y H ernán Aguiló (subsecretario),
insistieron en esta política en una entrevista pública de 1986, véase Jorge André
Richards. «Andrés Pascal en Chile». En: Revista APSI, n.° 185: Santiago d e Chile
(24 de agosto de 1986), págs. 11-13.
88. Véase M arta Harnecker. Pueblos en armas. Guatemala, El Salvador, Nica­
ragua. México, DF: Ediciones ERA, 1984.
89. Esta experiencia fue am pliam ente estudiada por Oscar Peñafiel Arancibia.
«¡A to m arse las com unas! La táctica del MIR p ara el p eríodo de las Jo rn a d as
de Protesta N acional, m om ento de constitución del m ovim iento p o p u lar (1983-
1984). El caso del paro comunal de Pudahuel (26-27 de julio, 1984)». Tesis de lie.
Santiago de Chile: D epartam ento de Historia, U niversidad de S antiago de Chile,
2010, págs. 143-197.

238
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

jo r n a d a s d e lu ch a c o n n u e v as p ro te s ta s y p a ro s c o m u n a le s,
en el cam in o hacia el p aro N acional, O b rero y P o p u lar» .90

Pero e ste e sfu e rz o ta m b ié n re su ltó in fru c tu o so . In m e d ia ta m e n te


después d el p a ro de P u d a h u e l se d e sa tó so b re la lo c a lid a d u n a b ru ta l
ofensiva re p re siv a q u e d e se m b o c ó e n la p risió n y to r tu r a d e cie n to s
de p o b la d o re s, en el e n c a rc e la m ie n to p ro lo n g a d o d e v a ria s d e c e n a s y
la d e sa rtic u la c ió n p ro fu n d a de la o rg a n iz a c ió n so cial y m ilic ia n a de la
localidad.

«La línea estratég ica de los lev an tam ien to s locales fracasó. El
MIR sufrió un nuevo revés estratég ico -táctico , p ero e sta vez no
se lim itó al secto r m ilitar, sino que afectó g rav em en te to d as las
estru c tu ra s p a rtid a ria s, rev irtien d o el p ro ceso de c recim ien to
o rg á n ic o , q u e b ra n d o su in iciativ a p o lítica, d e b ilita n d o su
vinculación orgánica con el m ovim iento de m asas, d eb ilita n d o
aú n m ás su cap acid ad m ilitar. Fue este revés, el q u e te rm in o
d e p ro d u c ir el p ro ceso d e crisis q u e h a a fe c ta d o al p a rtid o
d e sd e 198 5 en a d e la n te » .91

No o b sta n te , el im p o rta n te nivel de in serció n o rg á n ic a del MIR e n tre


los secto res m ás ra d icalizad o s d el m o v im ien to p o b la c io n a l, no le p e rm i­
tieron re c u p e ra r la base de cu ad ro s d re n a d o s p o r el a c cio n ar represivo de
los o rg a n ism o s de se g u rid a d . La re p re se n ta c ió n social d el MIR se in c re ­
m entó d e m a n e ra im p o rta n te a p a rtir de la a p e rtu ra de esp acio s p a ra la
rep resen tació n pública del p a rtid o -e s p e c ia lm e n te en to rn o a las figuras
de R afael M a ro to y J e c k a r N e g h m e - p e ro d ic h a re p re s e n ta c ió n so cial
no se tra d u jo m e c á n ic a m e n te e n el fo rta le c im ie n to d e la lín e a m ilita r
propia. Por el co n trario , la m ism a, com enzó a ser d u ra m e n te im p u g n a d a
d e sd e la d ire c c ió n d e la C om isión N acio n al de M asas, p u n to de p a rtid a
del quiebre definitivo del p artid o . La crisis in te rn a se m an ifestab a, a fines
de 1 9 8 6 , c o m o u n c u e s tio n a m ie n to exp lícito a los a c u e rd o s a lc a n z a d o s
por el C om ité C en tral. Los llam ad o s al resp eto a la in stitu c io n a lid a d y la
d isciplina p a rtid a ria ya no su rtía n efecto,

«El ce n tra lism o d em o c rá tic o es un rasg o q u e d istin g u e a u n a


org an izació n rev o lu cio n aria de lo q u e es un p a rtid o p e q u e ñ o
b u rg u és: en este p rim a el cau d illism o y el in d iv id u alism o . El
re su lta d o de ello es la dispersión política e in ev itab lem e n te la
90. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Prim er paro com unal». En: El
Rebelde, n.° 212: S antiago de Chile (agosto de 1984), pág. 9.
91. MIR, IV Congreso Nacional del MIR. Balance histórico del MIR y su lucha
revolucionaria, pág. 74.

239
Igor Goicovic Donoso

d esco m p o sició n id eo ló g ica, con sus secu elas d e d e sv ia c io n e s,


re fo rm ism o , d e rro tis m o , etc. U na ép o c a d e d ic ta d u ra , c o n
c o y u n tu ra s d e g ra n c o m p le jid a d co m o la a c tu a l, es c a ld o d e
cu ltiv o p a ra este tip o d e situ acio n es» .92

E fectiv am en te, la crisis in te rn a in iciad a en 1984, co m o co n se c u e n c ia


d e l fracaso d e la O p e ra c ió n R e to m o y d e la m u e rte o e n c a rc e la m ie n to
d e c ie n to s d e m ilita n te s, se c ie rra a c o m ien z o s d e 1 9 8 7 co n la d iv isió n
d el p a rtid o e n d o s g ru p o s, q u e m a n ifie sta n lin c a m ie n to s e stra té g ic o s
d iferen tes.

« ( . . . ) el g ru p o q u e h a te rm in a d o p o r se p a ra rse d e l MIR [e n ­
c a b e z a d o p o r el N elson G u tiérrez] no cree re a lista ni p o sib le
lo g ra r en este p e río d o la salid a p o p u la r in d e p e n d ie n te p o r la
cual lucham os. Por lo ta n to form ula p la n te a m ie n to s e s tra té g i­
cos, táctico s y o rg a n iz a tiv o s a c o rd e s co n su v isió n m a r c a d a
p o r el d e rro tism o .
Los p lan tea m ie n to s de ese grupo h an sido re c h a z ad o s no sólo
p o r la m a y o ría d el C o m ité C en tra l sin o ta m b ié n p o r los m á s
am plios secto res del P artido que se h an p ro n u n c ia d o al re sp e c ­
to es p o r eso q u e a n te s de su frir u n a d efin itiv a d e rr o ta e n e l
IV C ongreso N acio n al q u e el MIR inicia e n la c la n d e s tin id a d ,
el g ru p o fraccio n al d ecid ió se p a ra rse d e l p artid o » .93

La c o n tin u id a d h istó ric a d e la e s tra te g ia d e lu c h a a rm a d a , q u e se


e n c u e n tra en la base del p en sa m ien to m irista, q u e d ó re p re s e n ta d a p o r la
fracción dirig id a p o r A ndrés Pascal A llende, p ero este p ro y ecto - a l igual
que aq u el re p re se n ta d o p o r el MIR P o lític o - c o la p sa ro n d efin itiv a m e n te
a co m ien zo s de la d é c ad a del n o v e n ta, en el m arco d e l a g o ta m ie n to pro
g ram ático de la izq u ierd a chilena, de la co n so lid ació n d e la e s tra te g ia de
tran sició n n eg o c ia d a y de la liqu id ació n d el socialismo real re p re se n ta d o
p o r la URSS y los p a íse s de E u ro p a d e l E ste .9* N o o b s ta n te , tra n s ita d a

92. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Colum na del C om ité Central,


M ayoría y m inoría». En: n.° 233: Santiago de Chile (noviem bre de 1986), pág. .r>.
93. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Colum na del Com ité Central.
En el MIR no cabe el derrotism o». En: El Rebelde, n.° 237: S an tiag o d e Chile
(m arzo de 1987), pág. 4; véase la postura del MIR Político (tam bién denom inado
R enovado) en Nelson G utiérrez. El MIR vive en el corazón del pueblo. S antiago de
Chile: MIR, 1990.
94. Patricio Rivas. «Miguel Enríquez y la crisis de la conciencia efím era». Iín;
Miguel Enríquez. Páginas de historia y lucha. Ed. p or Pedro N aranjo. E stocolm o:
C entro de Estudios M iguel E nríquez (CEME), 1999, pág. 52; y MIR, IV Congreso
Nacional del MIR. Balance histórico del MIR y su lucha revolucionaria, págs. 86-88.

240
Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda R evolucionaria.

Una d é c a d a del seg u n d o m ilenio, varios g ru p o s c o n tin ú a n reiv in d ic an d o


«1 legado político, ideológico y sim bólico que in sta la ra el MIR a p a rtir de
IV 65: el im p u lso d e u n a e stra te g ia a n tic a p ita lista y a n tiim p e ria lis ta ; la
« in s tru c c ió n de u n a am p lia alian za social de base p o p u la r; la fo rm ació n
«lf u n p a rtid o d e cu ad ro s p ro fesio n ales; u n a o rie n ta c ió n e stra té g ic a q u e
frlev a la construcción y defensa del p o d er p o p u lar; y, fu n d a m e n ta lm e n te ,
lina p e rs p e c tiv a d e p o d e r q u e in s ta la la g u e rra p o p u la r re v o lu c io n a ria ,
Como eje v e rte b ra d o r e s tra té g ic o .95 U na n u e v a g e n e ra c ió n d e m irista s,
pnra u n p ro y ecto rev o lu cio n ario inconcluso.

95. M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. Porqué seguim os siendo MIR.


S antiago de Chile, 2008.

241
Capítulo 9
El Movimiento de Liberación Nacional
Tupamaros (1965-1975). Estructura interna,
fases de desarrollo y política de alianzas"

Clara Aldrighi

A fines de ag o sto de 1965, e n el e x trem o n o rte d e U ruguay, personas


I afiliadas al grupo socialista radical de Sendic (así d e fin ie ro n a los recién
nacidos tu p am aro s los asesores esta d o u n id e n se s de la policía) d iero n fu e­
go a las p la n ta c io n e s d e cañ a de a z ú c a r d e Bella U nió n . D e sta ca m en to s
policiales y m ilitares del d e p a rta m e n to de A rtigas c o o rd in a ro n esfuerzos
p ara im p e d ir o tro s sa b o ta je s. Poco a n te s , en M o n te v id e o , los tu p a m a ­
ros se d a b a n a c o n o c e r firm a n d o u n a te n ta d o c o n ex p lo siv o s c o n tra la
c o m p añ ía Bayer. En el v o lan te d ejad o en el lu g ar a c u sa b a n a la e m p resa
¡d em ana d e su m in is tra r los gases tóxicos q u e E sta d o s U n id o s e m p le a b a
en V ie tn a m .1

*. Parte de este trab ajo ha sido e xtraído de C lara A ldrighi. La izquierda


arm ada. Ideología, ética e identidad en el MLN Tupamaros. M ontevideo: Trilce,
2001 .
1. La quem a de las plantaciones de caña era un procedim iento habitual antes
de la cosecha. El MLN la a d elan tó con la in tención de o bligar a las patro n ales
azucareras a co n tratar al personal sindicalizado en la Unión de Trabajadores Azu­
careros de A rtigas (UTAA), excluido del trabajo por m otivos políticos; Eleuterio
Fernández Huidobro. Historia de los tupamaros. Vol. 2: El nacimiento. M ontevideo:
Banda O riental, 2001, págs. 79-80. La visión de los instructores estadounidenses
sobre estos atentados en: USA1D M ontevideo a USAID W ashington, «Monthly Re-
port on the Public Safety Program for M ontevideo, August 1965», 14.9.1965, en
N ational Archives and Records A dm inistration, (NARA), College Park, M aryland,
Clara A ldrighi

D esde ese m o m e n to y h a sta fines de 1972, el g ru p o g u errillero coinlit


cido p o r R aúl S e n d ic co nm ocionó profundam ente la p olítica y la sociedad
uruguayas. En 1 9 8 5 , al té rm in o de la d ictad u ra cívico-m ilitar, un renov*
do M o v im ien to d e L ib eració n N acional T upam aros (M LN) dio co m icn /n
a su p le n a in s e rc ió n en la leg alid ad política. En la a c tu a lid a d , 4 6 a ñ a l
d e sp u é s d e la q u e m a d e las p la n ta c io n e s a z u c arera s, J o s é M ujica, uno
de sus a n tig u o s d irig e n te s, o cu p a la presidencia de la R epública, a la qu<
accedió co n el 5 2 % d e los sufragios.

Los primeros grupos conspirativos


D ecenas d e m ilita n te s p rovenientes de diversos p a rtid o s de la izquiei
da e s ta b le c ie ro n a p a r tir d e m ay o de 196 2 una serie d e coordinaciom w
políticas y o p e ra tiv a s , q u e en los h ech o s diero n v id a a u n a n u e v a oí
g an iza ció n c la n d e s tin a y a rm a d a . Al cab o de un a ñ o la d e n o m in a ro n
C o o rd in a d o r.2 S u p ro p ó s ito e ra co m e n z a r a tra n s ita r el c a m in o de la
lucha a rm a d a c o n o b je tiv o s revolucionarios, sin p ro p o n e rse d e sa ta rla en
lo in m ed ia to . P or el m o m e n to im pulsarían la com batividad d e las luchas
de m asas co n a c c io n e s d e en fre n ta m ie n to radical, o b te n d ría n p ertrechos
y d inero, o p o n d ría n resiste n c ia a las bandas violentas de e x trem a derecha
y a d q u iriría n e x p e rie n c ia p a ra resistir a un eventual g o lp e d e E stado.
El C o o rd in a d o r c a p ita liz ó las red es de m ilita n te s ra d ic a le s d e la iz­
q u ie rd a no c o m u n is ta , ya o rg a n iz a d a s con pro p ó sito s d e «au to d efen sa» ,
poco je r a r q u iz a d a s , flex ib les e n lo o rg an izativ o y e n las fo rm a s d e m o­
vilización . D e sd e tie m p o a trá s a c tu a b a n u n ita ria m e n te e n la s luchas
sin d icales, la s m a n ife s ta c io n e s an tiim p erialistas y d e ap o y o a la R evolu­
ción c u b a n a .
A fluyero n a la n u e v a o rg a n iz a c ió n m ilitan tes so c ia lista s e in d e p e n ­
d ie n te s, d e la F e d e ra c ió n A n a rq u ista U ruguaya (FAU) y o tro s g ru p o s
lib ertario s, ex c o m u n is ta s de o rien tació n m aoísta a g ru p a d o s e n el M ovi­
m ien to d e Iz q u ie rd a R e v o lu c io n aria (MIR) e in te g ra n te s d e l filo cu b an o
M ovim iento R ev o lu c io n ario O rien tal (M RO).3 Se les su m a ro n n um erosos
tra b ajad o re s ru ra le s o rg a n iz a d o s por Raúl Sendic d u ra n te su ex periencia

Record G roup (RG) 2 8 6 , Agency for International D evelopm ent (AID),Office oí


Public S afety (O P S), Box 110. La acción contra la Bayer causó d a ñ o s m enores
destruyendo un p o rtó n de m etal.
2. E leu terio F e rn á n d e z H uidobro. Historia de los tupam aros. Vol. 1: Los
orígenes. M ontevideo: B an d a O riental, 2001, pág. 23 y págs. 90-92.
3. Del MRO se desg ajó en 1962 un núcleo integrado por E leuterio Fernández
H uidobro, E d u a rd o P in e la , G abino Falero, Carlos Flores y O rnar P uim e, que
adoptó el n o m b re d e M o v im ien to de Apoyo Cam pesino (MAC); p articipó en la
fundación del C o o rd in a d o r y posterio rm en te del MLN. Años d e sp u é s el MRO

244
El M ovim iento de Liberación N acional T upam aros.

de? sin d icalizació n d e los arro c ero s, re m o la c h ero s y c a ñ e ro s de T re in ta y


Tres, P ay san d ú y Bella U nión.
i E n tre 1 9 6 3 y 1965 el C o o rd in a d o r e m p re n d ió u n a se rie d e accio n es
ü id a c e s y ejem p larizan te s: robo de a rm a s del T iro S uizo y de la A d u an a
d»? Bella U nión, liberación de presos en u n p u esto policial de U ru g u ay an a,
(tea 1tos d e tra n s p o rte s d e a lim e n to s p a ra su d is trib u c ió n a la p o b la c ió n
m arginal d e M o n tev id eo , a te n ta d o s c o n tra e m p re sa s e s ta d o u n id e n s e s y
v iviendas d e g o b e rn a n te s p o r la ru p tu ra d e rela c io n e s d ip lo m á tic a s con
C uba, ro b o de bancos, de a rm a m e n to y explosivos.4
Los g ru p o s q u e in te g ra b a n el C o o rd in a d o r fu e ro n a d q u irie n d o a u to ­
n om ía re s p e c to d e su s o rg a n iz a c io n e s p o líticas, q u e p ro n to d e ja ro n d e
co n tro lar las acciones q u e realizab an . Los n u m ero so s afiliad o s al P artido
[ S o cialista m a n tu v ie ro n h a sta co m ie n zo s de 1 9 6 7 u n a e sp e c ie d e d o b le
n iilitan cia, q ue g en eró no pocos p ro b le m a s al p a rtid o . R aúl S endic, d iri­
gen te so cialista, a c tu a b a con to tal a u to n o m ía , ta n to e n el p la n o sin d ical
com o e n la realizació n de acciones a rm a d a s.5

creó su propia guerrilla urbana, las Fuerzas A rm adas Revolucionarias O rientales


(FARO).
4. En 1964 algunas de estas acciones com enzaron a ser firm adas «Tupamaros»
en p a nfletos o leyendas pin tad as en m uros de la capital. La p rim e ra m ención
es de o c tu b re d e 1964, cu an d o uno de los grupos del C o o rd in ad o r (según la
Inteligencia policial probablem ente el liderado por Carlos H eber Mejías Collazo)
red actó y distribuyó e n el ám bito universitario un im preso de diez páginas
titu lad o «T upam aros» con el sím bolo de la estrella de cinco p u n tas, u n a flecha
en su in te rio r y las consignas «Árm ate y espera» y «T upam aros No T ransam os,
(TNT)». C onvocaba a fo rm ar grupos p a ra la lucha ilegal, la acción directa, la
insurrección y la tom a del poder. El nom bre volvió a a p a re c e r en los siguientes
atentados del C oordinador: colocación de botellas incendiarias contra la puerta de
la em presa naviera Moore McCormack (8 de diciem bre de 1964) y la residencia de
un contador de la em presa M anzanares (4 de enero de 1965); artefacto explosivo
contra la oficina com ercial de la em bajada de Brasil (11 de en ero de 1965). El
20 de e n ero de 1965 el n om bre y la estrella ap are cie ro n p in ta d o s en m uros
de M ontevideo ju n to a consignas de apoyo a la huelga de los trab a ja d o re s de
M anzanares. Un significativo espaldarazo a estas acciones provino del secretario
del P artido Socialista Vivián Trias, quien publicó el 9 / 1 /1 9 6 5 en el periódico
partidario El Sol un artículo que exaltaba las gestas de los «Tupam aros de Artigas»
y explicaba el significado histórico y político de la denom inación. Archivo de la
Dirección Nacional de Inform ación e Inteligencia, M ontevideo (ADNII), «Estudio
sobre activ id ad es del MLN» (6 d e en ero de 1967); «H istoria d el MLN. 1962 a
setiem bre 1968», (setiem bre 1968).
5. Sam uel Blixen. Senciíc. M ontevideo: Trilce, 2000, págs. 87-88 y págs. 101-
104.

245
Clara Alcirijjhi

En 1 9 6 4 se p ro c e só u n á sp e ro d e b a te político e n tr e los g ru p o s chut


d e s tin o s , d e s lin d a n d o y d ife re n c ia n d o p osiciones. En m a y o d e 196-'»,
e n el P le n a rio d e P a rq u e d e l P la ta , se dio p o r c o n c lu id a la ex p erien cia
d e l C o o rd in a d o r. C on a p ro x im a d a m e n te dos terc io s d e su s in teg ran te*
(los p ro v e n ie n te s d el P a rtid o S ocialista, el MAC y el MIR, ju n t o a varios
c a ñ e ro s de UTAA) se fu n d ó el MLN com o form ación p o lítica a u tó n o m a .1.
La a p ro b a c ió n d e un E sta tu to y la elección d e u n a d ire c c ió n - e l Cu
rnité E jecu tiv o in te g ra d o p o r S en d ic, T abaré R ivero C ed ré s, E leuterio
F e rn á n d e z H u id o b ro y A n to n io S a r a v ia - fu ero n los p rim e ro s acto s for
m ales d e la n u e v a o rg a n iz a c ió n . D esde este m o m e n to n o se a d m itiero n
g ru p o s : los m ilita n te s se re c lu ta ría n a títu lo in d iv id u a l. El m o v im ien to
se e s tru c tu r ó en c é lu la s c o m p a rtim e n ta d a s y d o s d ire c c io n e s colectivas
in te rm e d ia s, u n a p o lítica y o tra m ilitar.
T ie m p o d e sp u é s, e n la p rim e ra conv en ció n re a liz a d a e n el b aln ea rio
El P in ar (31 de e n e ro de 1 9 6 6 ), el MIR se retiró d efin itiv a m e n te d el moví
m ie n to al q u e d a r en m in o ría su línea política, que p o stu la b a tran sfo rm ar
al m o v im ie n to en u n p a rtid o o b rero de ideología m a rx ista le n in is ta (cu
su in te rp re ta c ió n m a o ísta ) y d e sa rro lla r, al ig u a l q u e e n la R evolución
ch in a, la g u errilla ru ra l.7
La so c ie d a d so c ia lista q u e e m e rg e ría de la re v o lu ció n ja m á s fue d e ­
fin id a con p re c isió n p o r el MLN, p e ro es fre c u e n te e n los d o c u m e n to s
la re fe re n c ia a l m o d elo c u b a n o . El p ro b le m a d e l ré g im e n a co n stru ir
lu eg o d el triu n fo re v o lu c io n a rio a p a re c ía - h a s t a ta n to n o se p ro d u je ra
la to m a d e l p o d e r - co m o p u ra m e n te a c a d ém ic o . La in d e te rm in a c ió n
d e e ste fu tu ro n o in q u ie ta b a a los m ilita n te s ni a la d ire c c ió n , p u esto
q u e los co m p ro m iso s d e l p re s e n te p a re c ía n c laro s y u rg e n te s y se creía

6. Los a n arq u istas de la FAU no a dhirieron a la nueva o rg a n iz ac ió n revolu­


cionaria. C onsideraban que ya integraban una, de la que acep tab an program a y
e strateg ia . Años m ás tard e la FAU creó su propia guerrilla u rb a n a, la O rganiza­
ción Popular Revolucionaria 33 O rientales (OPR-33); en julio de 1975 contribuyó
a la fu n d ació n e n B uenos Aires del Partido por la Victoria del P u eb lo (PVP),
Sobre las tesis políticas que m otivaron la disolución del C oordinador, cfr. Fer­
n á n d ez H uidobro, Los orígenes, pág. 130; y Fernández H uidobro, El nacimiento,
págs. 70-73.
7. La opción de la guerrilla ru ral fue sostenida con v ehem encia p o r el MIR,
pese a que los d a to s del censo de 1963 indicaban que el 8 0 % de la población
uruguaya era urbana y la densidad de población en m uchas zonas rurales era do
un h a b ita n te p or Km2, cfr. G erardo C aetano y José Rilla. Historia contemporánea
del Uruguay. De la colonia al siglo XXI. M ontevideo: Fin de Siglo y CLAEH, 2005,
págs. 479-481; varios m ilitantes del MIR perm anecieron en el MLN renunciando
a su organización de origen. El m irista Antonio Saravia, integrante del Ejecutivo,
abandonó el MLN en esta ocasión. Fernández H uidobro, El nacim iento, pág. 76 y
págs. 90-91.

'4 6
El M ovim iento de Liberación N acional T upam aros.

rio rita rio d e fin ir p o líticas efectivas p a ra la ca p ta c ió n d el c o n se n so y el


deb ilitam ien to del sistem a. La influencia a n a rq u ista y del P artido Socialis­
ta u ru g u ay o se ex p resab a e n la visión de un socialism o q u e p la sm a ra las
l* p iracio n es d e los asala ria d o s d el c a m p o y la c iu d ad , d e los a rte sa n o s y
p e q u eñ o s p ro d u c to re s , d el c o n ju n to d e las c a p as m ed ias. En el su c in to
P ro g ra m a d e G o b iern o » d iv u lg a d o en 1971 se p ro y e c ta b a la e x p ro p ia ­
ción d e los la tifu n d io s y g ra n d e s e s ta b le c im ie n to s a g ro p e c u a rio s p o r el
Estado y la parcelació n de la tierra e n tre p e q u eñ o s p ro d u cto res. Tam bién
se m e n c io n a b a la p ro m o ció n de form as d e a u to g e stió n o b re ra .8

«N uestra v aloración positiva del E stado - observa Jo rg e Zabal-


z a - era de origen b atllista y tam b ién soviético. Pero p e n sá b a ­
m os que esas p ro p ied a d e s e statales iban a ser g e stio n ad as p o r
los propios trab ajad o res. Teníam os bien p resen te p o r ejem plo
la ex p erien cia de los kib u tz, no ta n to la c u b a n a ( . . . ) . Esa ex­
p erien cia influyó, ju n to a m ucha lec tu ra que hab ía sobre esos
te m a s y a la visión lib e rta ria d e la a u to g e s tió n , q u e S en d ic
te n ía bien clara, d e sd e sus co in cid en cias con P ro u d h o n » .9

Etapas de crecimiento y formas organizativas

La e stru c tu ra in tern a y el fu n cio n am ien to del MLN co m o org an izació n


política p u e d e n se r re c o n s tru id o s fu n d a m e n ta lm e n te a tra v é s d e los
te stim o n io s. De la p rim e ra c o o rd in a c ió n d e g ru p o s c la n d e stin o s a la
o rg a n iz a c ió n en «colum n as» , co n los d ife re n te s n iv eles d e c o m p ro m iso
a rtic u la d o s e n u n a red e x te rn a d e c o m ités d e apo y o , se lleg ó e n 1 9 7 0 a
la c re a c ió n d e u n a c o lu m n a de m asas y n u e v o s o rg a n ism o s p o lítico s y
m ilitares.
La h is to ria del MLN p u e d e se r d iv id id a p ro v iso ria m e n te e n c u a tro
fases. La p rim e ra , c a ra c te riz a d a p o r u n in te n so e sfu e rz o d e p e rtre c h a ­
m ie n to y fo g u eo d e u n re d u c id o n ú cleo d e m ilita n te s, a d ie s tra d o s e n la
vida co n sp irativ a y la acción m ilitar.
La se g u n d a , iniciada en diciem b re de 1966 con la m u e rte de los tu p a ­
m aros C arlos Flores y M ario R obaina, e n la q u e el m o v im ien to es p u esto

8. MLN, «D ocum ento 1», ju n io de 1967. Leopoldo M adruga [E rnesto


González B erm ejo], «Tupam aros y gobierno, dos poderes en pugna», (entrevista
a M auricio R osencof), M ontevideo, setiem b re de 1970. MLN, «Program a de
Gobierno», m arzo de 1971. (Los docum entos sin referencia de origen pertenecen
al archivo d e la a u to ra ). Julio M arenales, en trev ista (1 9 9 9 ) de C lara Aldrighi,
M ontevideo. (Las entrevistas que se citan a continuación, cuando no se especifica
otra ciudad, fueron todas realizadas en M ontevideo).
9. Jorge Zabalza, entrevista (1998) de Clara Aldrighi.

247
Clara Aldrighi

a p ru e b a y lo g ra s u p e r a r u n fu e rte a ta q u e re p re siv o . En e sta e ta p a se


re a liz a n accio n es d e « p ro p a g a n d a arm ad a» y o p e ra c io n e s d em o strativ as
p a ra d e s p e rta r la sim p a tía o a d h e sió n d e la p o b lac ió n .
La te rc e ra , cuyo p u n to d e p a rtid a es la to m a d e la c iu d a d d e Pando
en o ctu b re de 1969, se caracteriza p o r u n a intensificación de las acciones
g u errilleras y su ex p an sió n al in terio r del país. Se d e sarro lla p ara le lam en ­
te u n in te n so tra b a jo de m asas y se o rg a n iz a e n m o v im ie n to s leg ales la
influencia po lítica.
Si la e s tra te g ia inicial a p u n ta b a a u n e n fr e n ta m ie n to p o lítico con el
E stad o , d e sd e la to m a de P ando, seg u id a a los p o co s m eses p o r el asalto
a u n c u a rte l de la M arin a, el m o v im ie n to c o m e n z ó a d e sliz a rse h acia el
e n fre n ta m ie n to con las fuerzas represivas. N unca a b an d o n ó , con todo, la
tá c tic a de la p ro p a g a n d a a rm a d a .
La c u a rta fase c o m ie n z a e n ab ril d e 1 9 7 2 , co n el a ta q u e fro n ta l al
« escuadrón de la m uerte», la contraofensiva del E stado y la casi com pleia
d e sa rtic u lació n d el MLN. C oncluye en 1975, con el ú ltim o in te n to - f r u s ­
tra d o p o r la rep resió n - de re co n stru ir el m o v im ien to m ed ian te el ingreso
d e g ru p o s o p e ra tiv o s d e sd e el exterior.
D u ran te los prim ero s añ o s la o rganización se m a n tu v o rep le g ad a sobre
sí m ism a, p erfe c cio n a n d o el a p a ra to , ed u c a n d o p o lítica y m ilita rm en te a
un p e q u eñ o n ú cleo de cu ad ro s, o b ten ien d o in fra e stru c tu ra , ad iestrán d o se
en el fu n c io n a m ie n to ilegal. Las o p erac io n e s m ilita re s se re a liz a b a n con
lo q u e ha sid o d efin id o un «seleccionado» de m ilita n te s, q u e se conocían
p o r su p a rtic ip a c ió n en las m ism as a c c io n e s.10
En e sta p rim e ra fase p o d ría d ec irse q u e el MLN e s p e ra b a la llegada
de u n a grave crisis política - y se p re p a ra b a p a ra in cid ir e n e l l a - con la
se g u rid a d de q u e no ta rd a ría e n p re s e n ta rs e . Los sín to m a s d e d eterio ro
d el U ru g u ay lib eral se v o lv ían c ad a vez m ás e v id e n te s. En 1 9 6 5 , a poco
d e c o n s titu id o , el MLN e n sa y ó u n p la n de re s iste n c ia a u n g o lp e de
E stado, q u e llevó a sus d irig en tes a re d o b lar esfu erzo s p a ra co n so lid a r la
org an izació n . R ecuerda F ern án d ez H uidobro: «Los sim u lacro s salían bien.
Pero si se h u b ie ra d a d o e fectiv am en te un golp e d e E stad o p o r e sa época,
n o so tro s, con to d a la fu e rz a d isp o n ib le, h a b ría m o s p o d id o a p o y a r la
h u elg a g en era l c o rta n d o las líneas de alta ten sió n , v o lan d o a lg ú n puente,
h o s tig a n d o le v e m e n te a las fu erz a s g o lp istas; y n o m u c h o m ás. M irada
d e sd e e ste á n g u lo , la d e b ilid a d e ra e sc a lo fria n te y n o e n te n d ía m o s la
liv ia n d a d co n q u e m u c h o s le p ro m e tía n a la o lig a rq u ía la d e rr o ta a la
v u e lta d e la e sq u in a , si se a n im a b a a d a r un p aso c o n tra el p u e b lo » .11

10. E ntrevistas a A rturo D ubra (1 998) y M iguel Ángel O livera (1 9 9 9 ), de


Clara Aldrighi.
11. F ernández H uidobro, El nacim iento, págs. 76-77.

'MH
El M ovim iento de Liberación Nacional Tupam aros.

Las a rm a s y el dinero fu ero n o b te n id o s h a s ta 1971 d e n tr o d e l país,


p ara g a ra n tiz a r la independencia de c u alq u ier c e n tro e x te rn o . M ás tard e
c o m e n z a ro n a adquirirse a rm a s en C hile. El se c to r téc n ico d e sa rro lló
v ario s tip o s de arm am en to : g ra n a d a s a rte sa n a le s, b a z u c a s y u n a su-
b a m e tra lla d o ra d iseñada en P u n ta C a rre ta s, p e rfe c c io n a d a y fa b ric a d a
e n C h ile.12
En 1966 el MLN estaba in teg ra d o p o r ap ro x im a d a m e n te 50 personas.
Los g o lp es rep resiv o s de d ic ie m b re o b lig a ro n a m á s de 25 a re fu g ia rse
en la clan d e stin id ad . La o rg an izació n p erdió casi to d a su in fra e stru ctu ra ,
p re s e rv a n d o la existente en el in te rio r d e l p a ís .13 Al c a b o d e u n a ñ o
logró su p e ra r la crisis e inco rp o rar v arias d ecenas de m ilitan tes, apoyados
p o r un n ú m e ro sim ilar de c o lab o ra d o re s o sim p a tiz a n te s, se g ú n rev elan
su s fu n d a d o re s y los m in u cio sos e stu d io s d e la é p o c a re a liz a d o s p o r
la in te lig e n c ia policial y los in s tru c to re s po liciales e sta d o u n id e n s e s que
a c tu a b a n en M ontevideo.
U na g u e rrilla que en cin co a ñ o s d e so ste n id o tra b a jo c la n d e stin o
c o n ta b a con u n a fuerza ta n ex ig u a (si se to m a c o m o p u n to d e p a rtid a
no la fu n d ació n del MLN en 1965, sin o la p rim e ra co o rd in a c ió n d e 1962
en tre Raúl Sendic, cañeros de UTAA y m ilitan tes o rg an izad o s de La Teja),
d ifícilm en te rep resen tab a u n a a m e n a z a p ara la d e m o cra cia lib eral y sus
in s titu c io n e s. A unque sus p ro p ó sito s h u b ie ra n sid o a ú n m á s rad ica les,
tam p o co e sta b a en condiciones de d e se sta b iliz a rla.
La existencia de este m inúsculo gru p o arm ad o no p u e d e h a b e r incidi­
d o en el giro a u to rita rio in a u g u ra d o p o r Jo rg e P ach eco a p e n a s asu m ió
la p re s id e n c ia , en diciem bre de 1 9 6 7 , c la u s u ra n d o Época y El S o l, ¿lega­
liz a n d o el P a rtid o Socialista, el MRO, la FAU, el M o v im ie n to d e A cción
P o p u la r U ru g u a y o (MAPU) y el MIR. Su p re s e n c ia ta m p o c o in fluyó en
la im p la n ta c ió n del Estado d e excep ció n , ni en las v io le n ta s re p re sio n e s
o rd e n a d a s p o r Pacheco co n tra h u elg a s y m an ifestacio n es, violencias que
se p ro lo n g a ro n h a sta el fin de su m a n d a to .
El esta llid o social de 1968 fue d irecta c o n secu en cia d e la g rave crisis
económ ica q ue sufría el país. Las condiciones de v ida de las clases p o p u la­
res ven ían deterio rán d o se fu e rte m e n te d esd e com ienzos de la décad a. Al
e sta n c a m ie n to productivo de los sectores p rim ario y secu n d ario y la caída
de los p recio s in tern acio n a le s de los p ro d u c to s e x p o rta b le s, se su m a ro n
las a c tiv id a d e s esp ecu lativ a s y la fu g a de c a p ita le s, co n su co ro la rio ele

12. M iguel Á. Olivera, en trev ista citada. Jorge Selves, entrevista (2006) de
G uillerm o W aksm an y Clara Aldrighi.
13. Jo rg e Torres y E. Fernández H uidobro, «Autocrítica», (M anuscrito para
la 3 C onvención del MLN, 1985), pág. 3.

249
Clara Aldrighi

déficit en la b ala n z a de pagos e in crem en to del e n d e u d a m ie n to e x te rn o .H


La inflación e n tre 1962 y 1967 alcanzó un p ro m ed io del 6 0 % a n u a l, llegó
al 1 3 5 % en 1968, se estab ilizó p o r debajo del 2 0 % d u ra n te los siguientes
dos años com o consecu en cia de la congelación d e precios y salarios, para
e le v a rse n u e v a m e n te a casi 1 0 0 % en 1 9 7 1 . La re a c tiv a c ió n eco n ó m ica
q u e se p ro d u jo co n las m e d id as e stab iliz ad o ra s d e l g o b ie rn o de Pacheco
no p u d o se r m a n te n id a . En 1972, en los p rim ero s m eses d el g o b iern o de
J u a n M aría B ordaberry, la ta sa de inflación s u p e ró el 7 0 % .
La re s iste n c ia d el siste m a p o lítico a e m p r e n d e r u n c o n ju n to d e re ­
fo rm as e s tru c tu ra le s , q u e los se cto re s m o d e ra d o s o « d esarro llista s» con
s id e ra b a n v ia b le s y n e c e sa ria s - c o m o las p ro p u e s ta s p o r el C onsejo
In te rm in is te ria l d e D esa rro llo E co n ó m ico (C ID E) e n su P la n d e 1 9 6 5 -
d e jó co m o ú n ic o c a m in o el re a ju s te c o n s e rv a d o r d e la e c o n o m ía y la
so lu ció n a u to rita ria de los conflictos so c ia le s.15
La u tiliz a c ió n de la v io le n c ia p o r p a rte d e l E stad o c o n tra h u e lg a s y
m a n ife sta c io n e s , e n u n a e sp ira l de c re c ie n te b ru ta lid a d , fue g e n e ra n d o
u n a a tm ó s fe ra en q u e las in sta n c ia s d e m e d ia c ió n y d iá lo g o , propias
d e l ré g im e n p a rla m e n ta rio , se v iero n p ro g re s iv a m e n te so fo c a d a s. La
d e sv a lo riz a c ió n d el P a rla m e n to , en ta n to se g o b e rn a b a a fu e rz a de de­
c re to s p re s id e n c ia le s; el d e sc o n o c im ie n to d e la s lib e rta d e s civiles, con
las lim ita c io n e s im p u e sta s a los d e re c h o s d e e x p re s ió n y a so c ia ció n ; el
d e sp re c io p o r la v id a, al re p rim ir m a n ife sta c io n e s co n a rm a s d e fuego
p ro v o c a n d o la m u e rte d e m a n ife sta n te s ; la v io la c ió n d e los d e rec h o s
h u m a n o s , c o n s in tie n d o el uso d e la to r tu ra p o r la p o licía y las fu erzas
a rm a d a s, a lim e n ta ro n la v o lu n ta d de o p o sició n rad ical.
La v io le n c ia e s ta ta l d e 1 9 6 8 -1 9 7 1 p re c ip itó el in g re so a las o rg a n i­
za c io n e s a rm a d a s d e g ru p o s e n te ro s d e m ilita n te s d e los m o v im ie n to s
so ciales. Q u ie n e s se in c o rp o ra ro n al MLN e n e sto s a ñ o s re m e m o ra n su
visión g e n e ra l d e la situ ació n política: la d em o c ra c ia les p a re c ía ilusoria,

14. El estancam iento del sector prim ario fue la causa fundam ental de la crisis.
Su productividad dism inuyó en prim er térm ino por el m antenim iento de estructu­
ras de tenencia de la tierra de tipo tradicional. El em p resariad o ru ral opuso una
fuerte resistencia a todo intento de m odernización de las estructuras agrarias. La
concentración de la propiedad de la tierra seguía siendo el problem a básico que
determ inaba la baja productividad y las crisis cíclicas: 530 propietarios d e más de
5.000 hectáreas ocupaban 4.8 m illones de hectáreas y 670 em presas controlaban
5,8 m illones de hectáreas, que re p re se n tab a n el 3 6 % de la tie rra productiva.
Henry Finch. Historia económica del Uruguay contemporáneo. M ontevideo: Banda
O riental, 1980, pág. 35 y págs. 35-51 y pág. 60.
15. C reada en 1960, la Comisión de Inversiones y Desarrollo Económ ico fue
re e stru c tu ra d a en 1964 y cam bió su denom inación p or Consejo Interm inisterial
de D esarrollo Económ ico.

250
El M ovim iento de Liberación N acional Tupam aros.

v acia d a de c o n te n id o ; el su frag io u n iv ersal co n so lid a b a el sta tu quo; los


partid o s trad icio n ales N acional y C olorado no rep re se n ta b a n los in terese s
d e las m a y o ría s, a n te s b ie n , g a ra n tiz a b a n el p o d e río e c o n ó m ic o d e la
oligarquía. En el co n tex to in tern acio n al el m u n d o no era p ercib id o com o
pacífico, sin o so m e tid o a la v iolencia de d ic ta d u ra s y p o te n c ia s im p e ria ­
listas. La g u e rra d e V ietn am , la in te rv e n c ió n d e E sta d o s U n id o s e n el
d e rro c a m ie n to de g obiern o s pro g resistas, el au g e g u errillero c o n tin e n ta l,
m o s tra b a n un m u n d o cuyo e sta d o p e rm a n e n te era el d e g rav e conflicto
y d o n d e el uso d e la v io len cia p a ra a lc a n z a r la ju s tic ia so cial p a re c ía
le g ítim o .16
A p a rtir de 1971 el MLN in te n tó fo rtale cer su influ en cia en el in te rio r
del país, d o n d e c o n statab a eran «m ucho m ás num ero so s aqu ello s sectores
a los c u a le s el h e c h o tu p a m a ro h a lle g a d o a te m p e ra d o p o r la d is ta n c ia
política», volviendo las ciu d ad e s y p o b lad o s «pacíficos rem an so s en com ­
p a ra c ió n con el v o lcán q u e es M o n tev id eo » . En el m a rc o d el P la n T atú
- q u e b u sc a b a e x te n d e r la g u errilla a los 18 d e p a rta m e n to s d e l in te r io r -
in te n tó se n sib iliz a r a los g ru p o s so ciales «a los q u e n u n c a h a lle g ad o la
iz q u ie rd a , p o r lo q u e la lín ea d e la p ro p a g a n d a a rm a d a p a ra e n tr a r en
ellos d e b e ser m u y p u n tillo sa; no ten e m o s q u e c o n q u ista r la v a n g u a rd ia ,
som os v a n g u a rd ia y trab a ja m o s p a ra los casi tres m illo nes de h a b ita n te s
del p a ís» .17
El m o v im ie n to co n sid e ró u n a im p o rta n te v icto ria p o lític a el re c o n o ­
c im ie n to p o r p a rte d el E stad o de su c a lid ad d e b e lig e ra n te . «H em os
lo g ra d o in s ta la r la lu ch a a rm a d a en U ruguay, h o y ya lo re c o n o c e n las
clases d o m in a n te s . “E stam o s e n g u e rr a ” d ic e n sus m ás c o n sp icu o s re ­
p r e s e n ta n te s e n el g o b ie rn o , en la p re n s a , en el P a rla m e n to . Es u n a
confesión. D u ran te m ucho tiem po no lo q u isieron reconocer». El se n ad o r
W ilson F erreira A ldunate, que en 1970 se o p onía a las m ed id as represivas
im p u estas p o r el go b iern o de Pacheco, hab ía se ñ a lad o q u e p a ra co m b atir
a los tu p a m a ro s b astab a el Código Penal. «Pero ju s ta m e n te la cuestió n es
que no alcan za, porque no som os d elin cu en tes: som os u n p a rtid o político
en arm a s, re a liz a n d o u n a ta re a política a trav és de la g u e rra » .18

16. E ntrevistas a Sonia M osquera (1998), Mario Teti (1999), Ana Casamayou
(1999), Celeste Zerpa (1999), Pedro Z aragüeta (Barcelona, 1998), Julio Sánchez
(Barcelona, 1998), Jorge Blanco (2000), de Clara Aldrighi. Las entrevistas de Teti,
Casamayou y Zerpa fueron publicadas en Clara Aldrighi. Memorias de insurgencia.
Historias de vida y m ilita n d o en el MLN Tupamaros. 1 9 65-1975. M ontevideo:
Banda O riental, 2009.
17. MLN, «Plan Tatú»», 1971.
18. TAE, cd. Actas Tupamaros. M ontevideo, 1987, pág. 45 (prim era edición
en 1971).

251
Clara Aldrighi

D entro d e la d in ám ica de la lu ch a a rm a d a , la su stracció n de p o d e r al


E stado m e d ia n te la creació n de un «doble p o der» q u e d e sa fia ra y c o m p i­
tiera con la a u to rid a d pública, llevó al MLN a d e d ic a r g ra n d es en erg ía s a
la táctica de los secu estro s y a la p erd u ració n de las «cárceles del pueblo»,
a las q u e a trib u ía el c a rá c te r sim bólico de « territo rio lib e ra d o » .19
O tra form a d e violencia c o n tra las p erso n as e ra n las acciones punitivas
co n tra a g e n te s d e las fu e rz a s rep re siv a s y civiles c o m p ro m e tid o s c o n la
rep resió n . El MLN tam b ién co n sid erab a lícitas las que resp o n d ían al c rite­
rio de la legítim a d efen sa, las m u e rte s en co m b ate de policías y m ilitares
e in clu so las in v o lu n ta ria s d e civiles q u e se e n c o n tra b a n e n el lu g a r de
la acción. Se a p e la b a al d e re ch o de g u erra p a ra efe c tu a r re p re salias. Así
lo fu n d a m e n ta b a u n «C orreo T u p am aro » en 1 9 6 9 : « E stam os e n g u e rra ,
p e ro n u e s tra d ife re n c ia co n el e n e m ig o e stá en q u e h e m o s llev a d o u n a
g u e rra lim pia y ellos h an iniciado una g u erra sucia y c o b ard e, ceb án d o se
co n u n a m a y o ría d e 1 .0 0 0 a 2 0 con n u e stro s c o m p a ñ e ro s. E n to n c e s no
ten em o s m ás re m ed io que to m ar rep resalias c o n tra los cu erp o s represivos
cu lp ab les de la m u e rte y los m alos trato s» .20
Al m ism o tie m p o , el MLN c o n sid e ra b a in m o ra l to d a acció n , decisión
o c o m p o rtam ie n to que tuviera en cu en ta so lam en te la co n v en ie n cia de la
org an izació n a rm a d a y no estu v iera so sten id a p o r m otivos m ás generales
y p ú b lico s. Por e sta c a u sa el h o m ic id io del p e ó n P ascasio B áez e n 1971
g e n e ró fu e rte re c h a z o y c o n d e n a e n el MLN. « P ienso q u e e n e sto h u b o

19. E ntre el 7 de agosto de 1968 y el 30 de setiem b re de 1972 el MLN


secuestró a 14 personas: jueces, em presarios, personalidades políticas vinculadas
al gobierno, periodistas, un diplom ático extranjero y un asesor policial e stad o u ­
nidense. Ulysses P ereira Reverbel fue secu estra d o dos veces. Daniel A nthony
M itrione fue eje cu ta d o m ien tras se hallaba e n cautiverio. La OPR-33 realizó
p o r su p a rte 6 secuestros en 1971 y 1972. E m bajada d e E stados U nidos en
M ontevideo a D e p arta m e n to de E stado, W ashington, «The T errorist Toll», 8 de
octubre de 1972, en NARA, General Records of the D epartm ent of State, (GRDS)
RG 59, Subject N um eric Files (SNF) 1970-1973, Political and Defense (PD), Box
2662.
20. Las personas m uertas por el MLN entre el 1 de enero de 1966 y el 30 de
setiem bre de 1972 fueron 45: policías 27, m ilitares 10, civiles 8; («The Terrorist
Toll»). Los tupam aros m uertos en las m ism as fechas fueron 54: en enfrentam ien­
tos con las fuerzas represivas 44; por el «escuadrón de la m uerte», 4 (dos de ellos
d e sa p are cid o s); 6 p or to rtu ra s en establecim ientos de d etención. E m bajada de
Estados Unidos en M ontevideo a D epartam ento de Estado, W ashington, «Terrorisi
Dcath», 8 de octubre de 1972, en NARA, GRDS, RG59, SNF 1970-1973, PD, Box
2662.

252
El M ovim iento de Liberación N acional TUpamaros.

u n a transgresión de los derech o s h u m an o s, un delito», señ ala al resp ecto


Jo rg e Z ab alza.21
H a sta 1972 el MLN p o stu ló el co n c e p to de la « a c u m u la c ió n d e fu e r­
zas»: se veía a sí m ism o c o m o el m o m e n to inicial d e u n a a m p lia lu ch a
política cuyo fin era la c o n q u ista del poder. Con to d o , el m o v im ien to no
a c tu ó en un co n tex to in su rre c c io n a l ni p re in su rre c c io n a l. Q u izás el tu r ­
b u le n to ciclo de p ro testas sociales in iciado en 1968 d isto rsio n ó la visión
d e m u ch o s tu p a m a ro s. A lgunos testim o n io s a d m ite n q u e la rev o lu ció n ,
en efecto, les p arecía cercan a.
Es p o sib le q u e el re c lu ta m ie n to d e c e n te n a re s d e m ilita n te s y la
realización de arriesg ad as operaciones ale n ta ra en el MLN un sen tim ien to
d e in v u ln e ra b ilid a d . A c o m ie n z o s d e 1 9 7 2 u n d irig e n te d e la «joven
g u ard ia» afirm aba:

«En feb rero de 1 9 6 9 p u d im o s d e c la ra rle a u n a re v ista u r u ­


g u ay a, sin ja c tan cia, que éram o s in d estru ctib les. Y lo é ram o s
p o rq u e h ab íam o s co n seg u id o u n a base de ap o y o so cial ( . . . )
y u n g ra d o d e te rm in a d o d e d e sa rro llo o rg a n iz a tiv o y té c n i­
co ( . . . ) . N o so tro s, e n d iez a ñ o s c o n d e n sa d o s a p a r tir d e
1 968 hem o s lib rad o u n a b a ta lla p o r g a n a r se c to res c a d a vez
m ás am plios d e n u e stro p u e b lo y en g ra n m e d id a , lo h em o s
co n seg u id o : im p o rta n te s c o n tin g e n te s h u m a n o s n o s ap o y an .
A hora te n e m o s q u e tra s c e n d e r ese e scaló n p o lítico , s u p e r a r
el o b jetiv o del d o b le p o d e r y d e s a rro lla r en n u e s tro p aís la
existencia in d u d ab le de u n a fuerza rev o lu cio n aria e n g u e rra ;
c u e stio n a r se ria m e n te la d o m in ació n o lig árq u ica» .22

E ste tip o d e an álisis no te n ía en c u e n ta im p o rta n te s a sp e c to s d e la


re a lid a d . Sólo en el p lan o m ilita r su b estim ab a las d ificu ltad es de triu n fo
y p e rd u ra c ió n de u n a rev o lu ció n , q u e n e c e sa ria m e n te d e b ía d e rro ta r,
dividir o n e u tra liz a r u n as fuerzas a rm ad a s q u e se h a lla b a n co h esio n ad as

21. Báez descubrió casualm ente una base subterránea del MLN. Para que no
revelara su ubicación algunos integrantes del grupo que allí residía y m iem bros
de la d irección resolvieron m atarlo inyectándole una dosis d e p e n to ta l. O tro
hecho de la m ism a naturaleza se produjo en 1971 con Roque A rteche, tupam aro
y ex delincuente com ún. Cfr. Clara Aldrighi. La izquierda armada. Ideología, ética
e identidad en el MLN Tupamaros. M ontevideo: Trilce, 2001, págs. 158-163.
22. «Los T upam aros hacia una alte rn a tiv a de poder», en tre v ista de Víctor
M aglione a d irig en tes del MLN, publicada en Punto Final, S antiago de Chile,
S u p lem en to n.° 157, 9 /5 /1 9 7 2 , en Jo sé H arari. Contribución a la historia del
MLN. Vol. 2. M ontevideo: Z anocchi, 1986, págs. 415-426; es p robable que esta
en trev ista haya tenido lugar antes del 14 de abril de 1972 y que uno de los
entrevistados fuera Adolfo Wasem.

253
C lara A ldrighi

y a la o fen siv a . P o d ía n c o n ta r a d e m á s co n el ap o y o d e las d ic ta d u ra s


a rg e n tin a y b ra s ile ñ a y co n la a siste n c ia m ilita r d e E s ta d o s U n id o s. El
ejem plo cu b an o e ra quizás d isto rsio n an te, pu es a le n ta b a e x p e c ta tiv a s que
se rev elarían ilusorias en U ruguay y en to d o s los países d e A m érica Latina
d o n d e se e x p e rim e n tó la lu c h a a rm a d a . Por o tra p a rte , el d e sp re stig io
q ue en la o p in ió n pública cu b an a ten ía la d ic ta d u ra de F u lg e n cio Batista,
no era p a ra n g o n a b le al del sistem a político u ru g u ay o , si se p ien sa en los
re s u lta d o s d e las ele c c io n e s n ac io n a les d e n o v ie m b re d e 1 9 7 1 , cu a n d o
los p a rtid o s C olo rad o y N acional o b tu v ie ro n el 81 % d e lo s su frag io s.
D esde 1965 la policía y las fuerzas a rm a d a s u ru g u a y a s , p o r in te rm e ­
d io d e los p ro g ra m a s d e a siste n c ia policial y m ilita r d e E sta d o s U nidos,
recib ían un flujo d e recu rso s d e stin ad o s a re o rie n ta r su s fu n c io n e s hacia
c o m e tid o s de « se g u rid a d in tern a » y « d e fe n sa n a c io n a l» . Es d ecir, h acia
la re p re sió n d e q u ie n e s p u d ie ra n esta b le c er en el m e d ia n o p lazo un «go­
b ie rn o h o stil a los in te re se s de E stad o s U n ido s» ,23 y a f u e r a d e c a rá c te r
re v o lu cio n ario co m o n acio n a lista y refo rm ista .
El P ro g ra m a d e A sistencia M ilitar (MAP) se v o lv ió d e s d e 1 971 la
p rin c ip a l h e rr a m ie n ta de E stad o s U nidos p a ra in flu ir e n las d e cisio n es
p o líticas y el fu tu ro d e l país. La a y u d a e s ta d o u n id e n s e n o p ro v e y ó a
U ruguay de eq u ip a m ie n to m ilitar av an zad o p a ra u n a g u e rra co nvencional,
sino q u e in v irtió en a rm a s, equipos, asisten cia técn ica, a p o y o lo g ístico y
e n tre n a m ie n to p a ra la rep resió n in te rn a .2/1 En un p rim e r m o m e n to , p ara
so fo c a r los co n flicto s so ciales, m ás ta rd e p a ra a n iq u ila r a las g u e rrilla s.
Con el a d v e n im ie n to d e la d ic ta d u ra la re p re sió n m ilita r se e x te n d ió a
to d a la o p o sició n d em o crática.
Las fuerzas m ilitares y policiales se su b o rd in aro n a la visión e s ta d o u n i­
d en se de q ue to d o aquello que afectara la se g u rid a d n a cio n a l de E stados

23. E m bajada de Estados Unidos en M ontevideo a D epartam ento de Estado,


W ashington, «Country Analysis and Strategy Paper U ruguay 1973-1974», NARA,
GRDS, RG59, SNF 1970-1973, PD, Box 2662.
24. La inversión en contrainsurgencia (equipos, arm as e instrucción) alcanzó
a p ro x im ad a m en te los dos m illones de dólares an u ales, d e n tro del pro g ram a
general de tres m illones de dólares anuales de donaciones MAP y v entas a crédito.
Em bajada de Estados Unidos en Montevideo a D epartam ento de Estado, W ashing­
ton, «Review of U ruguayan Internal Security Situation», 1 de diciem bre de 1972,
pág. 15, en NARA, GRDS, RG59, SNF 1970-1973, PD, Box 2662. Funcionarios
del G rupo M ilitar a gregado a la em bajada en M ontevideo im p a rtie ro n desde
1968 instrucción represiva a cientos de m arinos y soldados y les a d ie straro n en
el uso de equipos y a rm a m e n to s su m inistrados po r el MAP. (Cfr. los inform es
m ensuales PSP M ontevideo a OPS W ashington correspondientes a 1968 en NARA,
RG 286, AID, OPS, Boxes 110 y 111). N um erosos oficiales m ilitares recibieron
a d iestram iento contrainsurgente en la Escuela de las Américas y otros centros de
instrucción estadounidenses, antes de 1973 y d u ra n te la dictadura.

254
El M ovim iento de Liberación Nacional Tilpam aros.

U nidos co n stitu ía u n a grav e am e n a z a p a ra U ru g u ay y el c o n ju n to d e las


n a cio n e s la tin o a m e ric a n a s. Pese a su trad ic io n al a p o liticism o , los m ilita ­
res u ru g u a y o s te rm in a ro n a d o p ta n d o , al igu al q u e sus c a m a ra d a s d e la
región, la co n cep tu alizació n de esta política ex p re sa d a e n la D o ctrin a de
la S eg u rid a d N acional.

La descentralización en columnas

El c re c im ie n to so ste n id o im p u lsó en el MLN u n a re fo rm u la c ió n o r­


g a n iz a tiv a . Las co lu m n a s, c re a d a s e n 1 9 6 8 , fu e ro n p ro y e c ta d a s com o
u n id ad es autosuficientes que g a ran tizarían la su p ervivencia del MLN a n te
la re p re sió n . D eb ían p ro m o v e r la d e sc e n tra liz a c ió n m ilita r y lo g ística,
p e ro m ás allá d e la v o lu n ta d de sus c re a d o re s, g e n e ra ro n fo rm a s d e
d e s c e n tra liz a c ió n política. Las p o sib ilid a d e s d e cre c im ie n to q u e d a ro n
lib ra d a s a la d ecisión de los c o m an d o s, a d q u irie n d o m a y o r p eso las que
re c lu ta b a n en el se c to r e stu d ia n til o el á re a social de las cap as m ed ias.
In te g ra d a s p o r un n ú m e ro d e m ilita n te s q u e o scilab a e n tre 5 0 y 2 5 0
(sin c o n ta r su s « p eriferias» ), las c o lu m n a s se d iv id ía n e n tre s se c to re s,
m ilitar, p o lítico y técnico . Un c o m a n d o d e tres p e rs o n a s y v a rio s sub-
c o m a n d o s e je rc ía n la d irecció n . El n ú cle o m ilita r c o n ta b a con u n o s 25
c o m b atien tes, a u n q u e tam b ién p odían participar, en o p eracio n es esp ecia­
les, los d e m á s in te g ra n te s de la co lu m n a. Las células no se re la c io n a b a n
e n tre sí p o r razo n es de seg urid ad . Sus resp o n sab les se c o n e cta b a n con el
s u b o m a n d o .25
Se g e n e ró u n a esp ecie d e id en tific a c ió n co n la p ro p ia c o lu m n a , fa­
v o recid a p o r el esp íritu de em u la c ió n . Se esta b le c ía n v ín cu lo s afectiv o s
co n los c o m p a ñ e ro s y d irig e n te s con q u ie n e s se c o m p a rtía n m o m e n to s
d e co n v iv e n c ia , d iscu sió n y riesg o , y u n a a d h e sió n al estilo p o lítico y
m ilita r d e c a d a c o lu m n a . En o casio n e s cie rto s g ru p o s se n e g a ro n a se r
tra n sfe rid o s d e u n a a la o tra , d e sa c a ta n d o reso lu cio n e s su p e rio re s .26
En 1 9 6 8 fue c re a d a la 10 com o te rc e ra c o lu m n a d el MLN. In te g ra b a
u n n ú m e ro im p o rta n te d e tra b a ja d o re s b a n c a rio s, co n m ilita n te s de
a g ru p a c io n e s cató licas y d el MAPU.27

25. E ntrevista a M auricio R osencof (1 9 9 8 ), de C lara A ldrighi. P ublicada


en A ldrighi, M em orias de insurgenda. Historias de vida y m ilitando, en el MLN
Tupamaros. 1965-1975.
26. E ntrevistas a Jessie Macchi (1999), Rodolfo Wolf (Barcelona, 1998), de
Clara Aldrighi. Miguel Á. Olivera, Jorge Zabalza, entrevistas citadas. E ntrevista a
Ju a n José D om ínguez (19 9 8 ), de Clara Aldrighi, publicada en ibíd.
27. E ntrevistas a Raúl G allinares (1999) y M aría Elena Curbelo (2 0 0 0 ), de
Clara Aldrighi. Celeste Zerpa, entrevista citada.

255
Clara A ldrighi

A fines de 1 9 7 0 ex istían las co lu m n as 5 (a n te rio rm e n te 1), 10 (ante


n ó rm e n te 3 ), 15, 70 e in te rio r (d ividida en las su b c o lu m n a s N orte y Sur,
a su vez su b d iv id id as al p o n e rse en p rá c tic a el P lan T atú ).
Las c é lu las m ilita re s d e la 15 se o rg a n iz a b a n e n g ru p o s d e acción
en fo rm a c ió n (GAF) y g ru p o s de acció n . En e sta c o lu m n a e ra p re p o n ­
d e ra n te el s e c to r m ilitar. La m ay o ría de su s m ie m b ro s e ra n e stu d ia n te s
u n iv ersitario s y de se c u n d a ria , ju n to a un n ú cleo de o b rero s d e la fábrica
A lp arg atas. A m e d ia d o s d e 1 970 se c reó u n a c o lu m n a o p e ra tiv a , la 40,
d e sg a ja d a d e la 1 5 .28
La c o lu m n a «C ollar», c re a d a en 1 9 7 1 , tu v o u n rá p id o crecim ien to
en m ilita n te s , c a sas d e s e g u rid a d y a rm a m e n to . Su b a se te rrito ria l era
la p e rife ria d e M o n te v id e o . R e cu erd a H e n ry E n g ler: «La id e a e ra crear
u n a co lu m n a ágil q u e p u d ie ra c o n tro la r el “c u e llo ” de M o n tev id eo , para
poder, si fuese n ecesa rio , a isla r a la c a p ital d el re sto del país».29
La co lu m n a S u r del in te rio r se o rganizó en el espacio e n tre el C ollar y
la N orte. A fines de 1971 se form aron los « d estacam en to s especiales» que
d e b ía n o p e ra r e n to d o el p a ís y a los q u e a flu y e ro n los re s p o n sa b le s de
los grupo s de acción. El secto r técnico fue c o n c en tra d o en la co lu m n a 45.
Se creó un c o m a n d o g en e ra l de M ontevideo y o tro del interior. T am bién
u n « E stado M ay o r m ilitar» p a ra la c o o rd in a c ió n d e las c o lu m n a s. Del
E jecutivo d e p e n d ía n o rg an ism o s com o el S ervicio de In fo rm a c ió n sobre
las fu erzas a rm a d a s y la com isión d e a su n to s in te rn a c io n a le s.
C iertas c o lu m n a s se c a ra c te riz a ro n p o r u n a lto nivel d e d iscu sió n
in te rn a y p ro p u e sta s críticas. E ntre ellas la 5, co m p u e sta p o r trab a ja d o re s
y e s tu d ia n te s d e M o n te v id e o e in terio r. En 1 9 6 8 a b so rb ió al M o v im ie n ­
to R e v o lu cio n a rio 8 d e O c tu b re (M R 8), co n e s tu d ia n te s y o b re ro s d e
G h irin g h elli y FUNSA.30 Los re p a ro s q u e los m ie m b ro s d e e sta co lu m n a
m a n ife sta ro n h acia c ie rta s tác tic a s del MLN y al e sp íritu m ilita rista que
se afianzó a p a rtir de 1970, m otivaron su disolución a fines de ese m ism o
añ o . A lguno s d e su s m ilita n te s fu e ro n e n c u a d ra d o s e n n ú c leo s d e b ase,
o tro s d e ja d o s sin c o n ta c to ni fu n c io n a m ie n to h a s ta la fu g a m a siv a d e
P u n ta C a rretas en setie m b re d e 1971, cu a n d o fu e ro n re c u p e ra d o s p o r la
d irecció n h istó rica.
La p re p ara c ió n m ilitar de los cu ad ro s c o m b atien tes era, con to d o , co n ­
sid e ra d a insuficiente. C o m en ta, al respecto, M auricio R osencof: «Influyó

28. Inform aciones p ro p o rcio n a d as por M auricio R osencof y Jo rg e Z abalza.


E ntrevista a S am uel Blixen (1 9 9 8 ), d e Clara A ldrighi, publicada en A ldrighi,
M emorias de insurgencia. Historias de vida y m ilitancia en el M LN Tupamaros.
1965-1975.
29. MLN, «Plan Collar», 1971. E ntrevistas a H enry E ngler (2 0 0 0 ) y H ugo
W ilkins (1998) de Clara Aldrighi, publicadas en ibíd.
30. Jo rg e Z abalza, Jorge Torres y Jorge Blanco, entrevistas citadas.
El M ovim iento de Liberación N acional Tupam aros.

ta m b ié n el h ech o de que en este país no ex istiera servicio m ilita r o b lig a­


to rio . D esde el p u n to d e vista m ilitar, c u a n d o h a b lá b a m o s d e c o lu m n a s
o d e a p a ra to a rm a d o , h a b lá b a m o s d e alg o m u y d é b il, a p a re n te m e n te
m uy p o d ero so pero en la p ráctica m uy d ism in u id o . Por ejem plo, cu a n d o
ex propiam os los 170 fusiles, la m arin a y el ejército se a le rta ro n p e n san d o
q u é íb am o s a h a c e r con ellos. Y n o sa b ía m o s q u é h acer. Es decir, no
te n ía m o s h o m b re s p re p a ra d o s p a ra m a n e ja rlo s. M u ch o s d e esos fusiles
te rm in a ro n en Bolivia, en la g u e rrilla de C h ato P ered o , así co m o los
a p a ra to s de c o m u n icació n . Por o tra p a rte , no h a b ía esp a c io p a ra u n
a d ie s tra m ie n to » .31
En las cárceles el MLN se o rg an izab a según las co lu m n as de origen. El
gran n ú m ero de presos de resp o n sab ilid ad reclu id o e n P u n ta C arretas en
1970 y 1971, estim u ló la creació n de com isiones de e la b o ra c ió n p olítica
y g ru p o s d e estu d io .
A p a rtir d e 1 969 el MLN c o m en z ó a p la n te a rs e la n e c e sid a d d e o r­
g a n iz a r su influencia de m asas en e stru c tu ra s leg ales e ileg ales d e b ase
territo rial o grem ial. El ciclo de luchas y p ro testa s de 1968 y 1969 se fue
a g o ta n d o g ra d u a lm e n te . La o le a d a d e m o v iliz a c io n e s fu e c a p ita liz a d a
p o r la iz q u ie rd a y ta m b ié n p o r el MLN: a flu y ero n al m o v im ie n to n u m e ­
ro so s m ilita n te s y se o rg a n iz ó e n e stru c tu ra s le g a les e sta b le s el á re a de
c o n sen so e s tu d ia n til y sindical.
La c o lu m n a 7 0 fue c re a d a en 1 9 7 0 b ajo la d ire c c ió n d e M au ricio
R o sen co f p a ra c o n d u cir y o rg a n iz a r el «fren te político». A fines de 1971
o rg a n iz a b a u n o s 2 .2 0 0 tu p a m a ro s. Se e stru c tu ró e n cé lu la s y se dividió
e n tre s se c to re s: o b re ro , e stu d ia n til y b a rria l. C ad a s e c to r re s p o n d ía al
c o m a n d o colectivo de la c o lu m n a . In ic ia lm e n te , la 70 a b so rb ió p a rte
d e l se c to r po lítico d e la 10. La d ire c c ió n del MLN o rd e n ó q u e o tra s
c o lu m n a s, c o m o la 15, d e sp la z a ra n a la 70 los m ilita n te s q u e h a b ía n
te n id o re sp o n sa b ilid a d e s e n los m o v im ien to s sin d ical y e stu d ia n til p a ra
q u e re to m a r a n sus ta re a s d e m a sa s. Esta d isp o sic ió n n o sie m p re fue
c u m p lid a .32 Las células de la 70 d isc u tía n m a te ria le s políticos, recib ían
a lg u n a in s tru c c ió n m ilitar, d e c id ía n las lín eas d e a cció n e n su lu g a r d e
m ilita n c ia , a p o rta b a n in fo rm a c ió n e in fra e s tru c tu ra , d is trib u ía n p ro p a ­
g a n d a d e l MLN en e sp e c tá c u lo s p ú b lico s, c e n tro s so ciales o c o m e d o re s
o b re ro s y re a liz a b a n o tra s a c cio n es d e escaso riesg o . A lg u n as c élu las
a te n d ía n C o m a n d o s d e A poyo T u p a m a ro (CAT), n u e v o n o m b re d e los
g ru p o s p e riférico s, cuy as fu n c io n es e ra n o b te n e r in fo rm a c ió n , d ifu n d ir
p ro c la m a s y v o lan tes y re a liz a r o tra s acciones d e p ro p a g a n d a

31. Rosencof, entrevista citada. Los fusiles m encionados eran parte del
armamento obtenido en el copamiento del Centro de Instrucción de la Marina, el
29 de mayo de 1970.
32. Ibíd.

257
Clara Aldrighi

La creació n d e l M ovimiento de In d e p e n d ie n te s 2 6 de M a r z o e n 1971


d io n u e v o im p u ls o al crecim iento d e la 70. Las lín e a s d iv is o r ia s e n tre
la o rg a n iz a c ió n ilegal y la legal n u n c a fu e ro n n ítid a s . El M L N ejerció
u n a d ire c c ió n e stre c h a sobre el m o v im ie n to le g a l, q u e a c t u a l m e n t e es
v a lo ra d a com o e rró n ea . Si bien facilitó la p re p a ra c ió n d e a c c io n e s com o
el «Tejazo» en se tie m b re de 1971, co a d y u v ó al d e s m a n te la m ie n to d e la
c o lu m n a 7 0 y a los golpes re p resiv o s al M o v im ie n to 2 6 d e M a rzo en
1972.

Los dirigentes
La dirección d e l MLN -e n te n d ie n d o p o r ella no sólo al E je cu tiv o , sino
ta m b ién a las direcciones in te rm e d ia s - e stu v o p rim e ra m e n te a carg o de
u n g ru p o d e «profesionales de la política», cuya e x p erie n c ia e n m ú ltip les
p la n o s re s u lta b a in v alo rab le p a ra la c o n so lid a c ió n y c re c im ie n to d e la
o rg a n iz a c ió n . Pocos núcleos d el MLN e s tu v ie ro n ta n c o m p e n e tra d o s
c o m o el q u e c o n stitu y ó la p rim e ra d ire c ció n , c o n ju n to d e h o m b r e s q u e
en u na m ezcla lo g ra d a de afinidad in telectu al, e x p erien cias c o n sp irativ a s
c o m p a rtid a s , ac c io n e s m ilitare s e n las q u e el a p re n d iz a je c o m ú n y el
riesg o e s tre c h a b a n los lazos d e c o m p a ñ e ris m o , c o n d u jo al M LN e n los
a ñ o s d e la co nso lid ació n .
El R eg lam en to ap ro b ad o en 1966 estab lecía co m o m áx im a a u to rid a d
la C o nvención N acional, q u e p u d o re u n irse en d o s m o m e n to s : e n e ro de
1 9 6 6 y m a rz o d e 1 9 6 8 . R eu n io n e s d el C o m ité E jecu tiv o a m p lia d a s con
o tro s m ilita n te s d e resp o n sab ilid a d se e fe c tu a ro n e n se tie m b re d e 1968,
a g o sto d e 1 9 6 9 y m a rz o d e 1 9 7 2 . El p o d e r m á x im o d e d e c is ió n e stu v o
confiado por lo ta n to al Ejecutivo, cuyas facu ltad es, seg ú n el R eg lam en to ,
e ra n m u y a m p lia s . «Los o rg a n ism o s de d ire c c ió n so n co le g ia d o s» - s e
afirm a b a a fines d e 1 9 7 0 - «no h ay “vacas s a g r a d a s ”. Los rie sg o s y
las p e n u ria s so n ig u ales p a ra to d o s. Los d irig e n te s v a n a la a cc ió n , n o
q u e re m o s teó ric o s pu ro s» .33
La ren o v ació n d e los c u a d ro s dirig en tes, e n to d o s los niveles, fu e p ro ­
d u c to fu n d a m e n ta lm e n te d e la acció n re p re siv a . La le n ta o b te n c ió n de
in fra e stru c tu ra y recu rso s c o n tra sta b a con la ra p id e z con que se p e rd ía n
a c a u sa d e los g o lp es re p re siv o s. A u nque el n ú m e r o d e m ilita n te s y la
co n sisten cia d e los m ed io s fin an ciero s, técnicos, d e inform ación, a u m e n ­
ta ro n rá p id a m e n te a p a rtir d e 1 9 6 9 , ta m b ié n se in ten sificó el ritm o d e
las caídas.
El E jecutivo n o m b ra d o p o r la C onvención d e 1 9 6 6 -S e n d ic , F e rn á n ­
d e z H u id o b ro y T abaré R iv e r o - fu e re e m p la z a d o , lu eg o de los g o lp es

33. TAli, Actas Tupamaros, págs. 42-43.


El M ovim iento de Liberación N acional Tupam aros.

rep resiv o s d e d iciem b re d e ese a ñ o , p o r o tro in te g ra d o p o r S en d ic, F er­


n án d ez H uidobro, Jorge M an era y Julio M arenales. En se tie m b re d e 1968
lo form aban Sendic, F ernán d ez H uidobro y H éctor A m odio. Poco d esp u és
se les sum ó Efraín M artín ez P latero. Luego de la o p erac ió n d e P ando, en
octubre de 1969, lo in te g ra b a n Sendic, A m odio, M artín ez P latero y Lucas
M ansilla. A fines de ju n io d e 1 9 7 0 fu e e n c a rc e la d o A m o d io e in g re só
A lberto Jo rg e C andán.
En a g o sto de 1 9 7 0 se p ro d u jo la c a p tu ra d e e ste n ú c le o d irig e n te
(con la ex cep ció n d e M an silla) y d e alg u n o s m ie m b ro s d e la d irec c ió n
de re cam b io , en la o p e ra c ió n p olicial d e la calle A lm ería. F u e ro n d e ­
te n id o s S end ic, C an d á n , E fraín M a rtín ez P la te ro , R aúl B id e g a in , D iego
P icardo, G raciela Jo rg e y A licia Rey. A los pocos d ías c a y ero n p reso s sus
re em p lazo s: M ansilla, M a n u e l M e n é n d e z, S a m u el B lixen y J u a n Jo sé
D o m ín g u ez. El E jecutivo s e re c o n stitu y ó co n los c o m a n d o s d e a lg u n a s
colum nas: M auricio R osencof por la 10, Adolfo W asem p o r la 15 y N elson
B erreta por el interior. M eses m ás ta rd e B erreta fue su stitu id o p o r D onato
M arrero . Poco d e sp u és se in te g ró H en ry Engler. En 197 1 in g re só M ario
Píriz Budes, p a ra re e m p la z a r a R osencof d u ra n te su viaje a C hile y C uba.
La dirección en fu n cio n es d esp u és de ag o sto de 1 970 -R o se n c o f, Wa­
sem y B e rre ta - fue d e sig n a d a a través de u n a co n su lta a los m ilitan tes de
responsabilidad, con el p ro p ó sito de que re p re se n ta ra a las seis colum nas
ex iste n te s, p e ro te rm in ó in c o rp o ra n d o sólo las de m a y o r p eso : la 15, el
in te rio r y la 10.
L uego d e la fuga m a s iv a del Penal d e P u n ta C a rre ta s en se tie m b re
de 1971, W asem reto rn ó al E jecutivo, in te g ra d o p o r R osencof, M arrero y
Engler. Al poco tiem po fue d e sig n a d o un qu in to m iem bro: la c a n d id a tu ra
d e F ern á n d e z H u id o b ro fu e re c h a z a d a p o r M a rrero y c o m o tra n sa c c ió n
ingresó Píriz Budes.
El 16 de m arzo de 197 2 , en u n a reu n ió n del E jecutivo con los co m a n ­
dos de co lu m n a, se decid ió el re to rn o de F e rn án d ez H u id o b ro y C an d á n .
W asem , M arre ro y Píriz B u d es fu ero n d e sp la z a d o s a o tro s p u e sto s de
m en o r responsabilidad. P e rm an eciero n en el Ejecutivo R osencof y Engler.
D esp u és del 14 d e abril d e 1 9 7 2 , al m o rir C a n d á n y se r e n c a rc e la d o
F ernández H uidobro, o c u p a ro n su lu g ar Sendic y M aren ales. E ntre m ayo
y se tie m b re fu ero n d e te n id o s R osencof, M aren ales, E n g ler y S endic. En
e ste p erío d o in g resaro n al E jecutivo Jo sé M ujica, d e te n id o poco d esp u és,
y E fraín M artínez P latero , e x ilia d o en o c tu b re d e 1 9 7 2 .34

34. La inform ación sobre los sucesivos cam bios de dirección fue obtenida en
las entrevistas citadas y en M auricio Rosencof. Valoraciones políticas del período.
M anuscrito elaborado para la 3 ;1 Convención del MLN. 1985.

259
Clara Aldrighi

P u ed e o b serv arse q u e las decisiones acerca de los cam bios de dirección


se to m a b a n e n u n n ú c le o m u y re d u c id o q u e , c o n s id e ra n d o tam bién
a los c o m a n d o s d e c o lu m n a , n o d e b ía s u p e r a r las 50 p e rs o n a s. Est.i
a c e n tu a d a cen tra liz ac ió n en los p ro ced im ien to s de elección de dirigente.,
revela la au sen cia de m ecanism os efectivos d e co n tro l político y la escasa
posibilidad de in cidencia, no so lam en te de la base, sino de las d ireccio n r.
in term ed ias y de los cu ad ro s m ás estim ados, situ ad o s en d ife re n te s nivelt*\
de la e s tru c tu ra .

Liderazgos en conflicto

La m a y o r crisis en la d irec c ió n d e l m o v im ie n to se p ro d u jo en los


m o m e n to s p o ste rio re s a la fu g a d el P enal d e P u n ta C a rre ta s. Desde
las p rim era s re u n io n e s se verificó u n a su e rte d e m a le sta r y desconfianza
recíproca e n tre los an tig u o s d irig en tes y alg u n o s m iem b ro s de la dirección
q u e h a b ía to m a d o su lugar.
U na de las decisiones m ás d e sco n certan tes d e los d irig en tes del prim er
MLN fue la d e a c e p ta r su e n c u a d ra m ie n to e n la b a se , c o m o fru to de
e stas d iferen c ia s. «Es en 1971» - s e ñ a la F e rn á n d e z H u id o b r o - «cuando
n o so tro s c o m e te m o s el v e rd a d e ro error. Al fu g a m o s d e c id im o s irnos
a la b a se : to d o s los d irig e n te s, c o m o M a n e ra , M a re n a le s, F e rn án d ez
H u id o b ro , S en d ic, fuim os, a p a rtir d e e n to n ce s, m ilita n te s raso s» .35
En efecto, re cu e rd a Engler, «Sendic se fue al Río N egro co n u n “grupo
d e b o sq u e”, to ta lm e n te d e te rm in a d o a h a c e r esa ex p erie n cia . M arenales
se v in o c o n m ig o al c o m a n d o d e l C o llar y ta m b ié n F e rn á n d e z H uid o b ro ,
co m o re s p o n sa b le d e u n g ru p o m ilitar. A m o d io y A licia Rey, m ien tra s
ta n to , q u e d a ro n co m o c o m a n d o s d e la c o lu m n a 15. E sta situ a c ió n se
p ro lo n g ó d e m a s ia d o , h u b o in clu so u n m a le s ta r e n los g ru p o s d e base,
p en sab an que el Ñ ato [F ernández H u id o b ro ] no d eb ía e sta r con ellos sino
e n la direcció n . A m í m e p a re c ía e x a c ta m e n te lo m ism o » .36
D u ra n te el p e río d o 1 9 7 0 -1 9 7 2 , sa lie ro n a lu z e le m e n to s la te n te s
d e c o n tra d ic c ió n e n tr e d iv ersa s c o rrie n te s y p e rs o n a lid a d e s in te rn a s,
q u e la leadership h istó ric a h a b ía lo g ra d o c o n c ilia r o n e u tr a liz a r co n su
a sc e n d e n c ia . C o m en z ó e n to n c e s u n a crisis d e p o d e r q u e n o ta rd ó en
m a n ife sta rs e y q u e se rev eló e n to d a su g ra v e d a d e n 1 9 7 2 , b ajo los
e m b a te s d e la re p re sió n . Tres d irig e n te s re c ie n te m e n te d e sp la z a d o s,
H é c to r A m od io , M ario P íriz B udes y A licia Rey, d e sd e m ay o d e 1972
se v o lv iero n c o la b o ra d o re s p ú b lic o s y activ o s d e las fu e rz a s a rm a d a s,
35. F ernández H uidobro, en trev ista (1 9 9 8 ), de C lara A ldrighi, publicada
e n A ldrighi, M emorias de insurgencia. Historias de vida y m ilitancia en el MLN
Tupamaros. 1965-1975.
36. Engler, entrevista citada.

260
El M ovim iento de Liberación Nacional Tupam aros.

p a rtic ip a n d o - e n especial A m odio - en las c a p tu ras e in te rro g a to rio s bajo


to rtu ra d e los m iem bros del MLN. C um plieron u n a la b o r de in fo rm ac ió n
e in te lig e n c ia p a ra los cu erp o s rep resiv o s q u e g u ió su o fe n siv a y volvió
m ás efe c tiv o s los in te rro g a to rio s de p risio n ero s. C on su c o o p e ra c ió n se
o b tu v o el rá p id o d e s m a n te la m ie n to d e u n a o rg a n iz a c ió n q u e c o n o c ía n
casi p o r e n te ro .
¿C uál e ra la real ascen d en cia de A m odio en el MLN? Los testim o n io s
c o in c id e n en q u e su in flu en cia se ejercía fu n d a m e n ta lm e n te e n tr e los
c u a d ro s d e d irecció n (c o m a n d o s y su b c o m a n d o s) d e la c o lu m n a 15,
a lg u n o s d e los cu ales, a fines d e 1970, p a sa ro n a in te g ra r el E jecutivo o
los c o m a n d o s d e o tra s co lu m n as.
Los p ro ta g o n is ta s a trib u y e n los c o n tra ste s e n tre las d is tin ta s d ire c ­
cio n es a la am b ició n del n ú cleo q u e g ra v ita b a e n to rn o a A m o d io y Rey.
C ie rta m e n te la lu ch a p o r el p o d e r e n la o rg a n iz a c ió n se v olvió m u y in ­
te n s a d e s p u é s d e la fuga del Penal. U na lu ch a « tre m e n d a » - o b s e r v a
F e rn á n d e z H u id o b r o - «Y p e rd em o s. P orque no te n e m o s c o rre lac ió n d e
fu e rz a s. H oy A m odio es u n traid o r, p e ro en a q u e lla é p o c a te n ía m ás
p re stig io q u e S endic d e n tro del MLN. Alicia Rey tam b ié n » .37
En o p in ió n d e R osencof, «A co m ien zo s de 1 9 7 2 h a b ía u n a c o rrie n te
d e g e n te q u e se v e n ía tr a b a ja n d o u n p u e sto d e d irec c ió n . M e refie ro a
A m o d io , A licia Rey y M arrero q u e les e ra m u y afín . N o se tr a ta b a d e
d ife re n c ia s políticas sino de p u ra am bició n » .38
No o b sta n te , se m anifestab an en este conflicto im p o rta n te s d iferencias
po líticas. En los m eses que van d esd e setiem bre de 1971 a m arzo de 1972,
la d ire c c ió n se p re s e n ta b a com o un m osaico de lid erazg o s, v o lu n ta d e s y
o rie n ta c io n e s c o n tra s ta n te s . El m ism o R o sen co f se ñ a la b a en 1 9 8 5 : «Se
d is c u tía e l D o c u m e n to 5, los q u e sale n tra e n u n P la n d e O fen siv a, las
c h a c ra s se m u ltip lic a n . A las y a e x iste n te s se su m a n el C o llar co n sus
co n flictos, el T atú es un m u n d o ap a rte q u e ch o ca a d e m á s co n la 15, a la
q u e p id e fierro s larg o s q u e la 15 no e n tre g a . En su m a , la d ire c c ió n d el
p e río d o a q u e hacem os referen cia se caracteriza: a) p o r la falta de visión
g lo b al d e la o rg a n iz a c ió n ; b) p o r la au se n c ia d e u n a lín e a d e c o n ju n to ,
q u e d e g e n e ró en u n a p o lítica d e “b a n d a z o s” ; c) p o r la a u se n c ia d e u n a
lín ea id eo ló g ica com ún».39
Los d irig e n te s de la «vieja guardia» criticaban el m ilitarism o im p u lsad o
p o r sus sucesores, p o r su carácter de im provisación y p o rq u e en m asca ra b a
u n a su s ta n c ia l d e b ilid a d en el e n fre n ta m ie n to co n las fu e rz a s a rm a d a s:
«Nos fuim os a la base con el Bebe [Sendic] y algunos co m p añ e ro s - s e ñ a la
F e rn á n d e z H u id o b r o - p o rq u e no h a b ía n sido a p ro b a d o s los p la n e s q u e

37. F ernández H uidobro, entrevista citada.


38. Rosencof, entrevista citada.
39. Rosencof, Valoraciones políticas del período.

261
C lara Aldrighi

h a b ía m o s m a n d a d o : el Collar, el T atú y o tro s. N os d ijim o s: v am os a


d e m o s tra r e n la p rá c tic a q u e so n v iab le s. T e n em o s q u e g a n a rn o s de
n u ev o los “g a rb a n c ito s ” d e a b ajo p a ra a rrib a . P o rq u e e n la o rgan izació n
no h ab ía d irig en tes “re cib id o s”. Los q u e q u e d a ro n e n la d irecció n e ran los
que ten ían m ás in flu en cia, c o n tab an con m ás prestig io y m ás ap o y o ( . . . ) .
Con el B ebe n o s d á b a m o s c u e n ta de q u e era in ú til e s ta r e n la dirección,
íb am o s a te n e r p ro b le m a s con to d a la o rg a n iz a c ió n : d ire c c ió n , cu ad ro s
in te rm e d io s y b a se ; c o n el in terio r, co n M o n tev id e o y ta m b ié n co n el
a p a ra to de m asas» .40
Los d o c u m e n to s d el p erío d o revelan, en efecto , u n a m e n ta lid ad carga­
d a d e o p tim ism o y co n fian za e n el seg u ro , a u n q u e no in m in e n te , triunfo
de la revolución. P ro p o n ía n acentuar, d iversificar y e x te n d e r las acciones
m ilita re s a to d o el te rrito rio . A u n q u e cierto s d o c u m e n to s, co m o el Plan
72, el P lan H ip o p ó ta m o y el m ism o D o c u m e n to 5, g e n e ra r o n críticas y
d isc re p a n c ia s y no p a sa ro n d e se r m eros p ro y ecto s.
La crisis de p o d e r en el vértice del MLN - q u e tra tó de reso lv erse a co­
m ienzos de 197 2 con cam bios e n la dirección y la ex p u lsió n d e A m o d io -
au n q u e su b estim ad a en las in terp re tacio n es de los p ro ta g o n ista s, fue una
d e las causas decisivas de la d e rro ta de la o rg an izació n . J u n to a la to rtu ra,
la c o la b o ra c ió n d e A m o d io , P íriz B udes y R ey p ro p o rc io n ó u n a a y u d a
in v alo rab le a las fu erz as c o n ju n ta s p a ra el ráp id o d e s m a n te la m ie n to del
a p a ra to y el ap risio n a m ie n to de los cu ad ro s d e m a y o r a sce n d e n c ia y pro­
yección p o lítica. La p re se n c ia d e d irig en tes q u e a b a n d o n a b a n su cam po
p a ra p a sa r al en em ig o , p u ed e h a b e r incentivado casos de desm oralización
fre n te a la to rtu ra e incluso d efecciones.

Organización del consenso y alianzas políticas

A las a c u sa c io n e s d e c o n d u c ir u n a lu c h a e litista , a is la d a d e la p o ­
b lació n , el MLN o p u so e n v ario s d o c u m e n to s su d ec isió n d e re a liz a r un
tra b a jo d e m a sa s so ste n id o . La rev o lu c ió n se ria el fru to d e u n p ro ceso
ja lo n a d o d e v icto rias y d e rro ta s , q u e ex ig iría la p re p a ra c ió n co n sc ien te
y m e tó d ic a , e n lo po lítico y m ilitar, de un g ru p o d e « rev o lu cio n a rio s
profesionales» . Pero la co n q u ista del p o d e r se volv ería p o sib le sólo c u an ­
d o el m o v im ie n to re v o lu cio n ario , es decir, u n a m in o ría , h u b ie ra p o d id o
identificarse con la clara v o lu n tad de la m ayoría de las clases p o p u lares.'11
T am poco sería o b ra exclusiva de la o rg an izació n d e v a n g u a rd ia . Exigiría
la u n id a d d e acció n con o tra s fu e rza s d e la iz q u ie rd a y la c a p ta c ió n del
c o n se n so d e los a sa la ria d o s, las c a p a s m e d ia s y la p o b la c ió n m a rg in a l.

40. Fernández H uidobro, entrevista citada.


•11. MLN, «Docum ento» n.° 4, enero de 1969.
El M ovim iento de Liberación N acional Tupam aros.

A seg u ran d o la n e u tra lid a d o el a p o y o d e los se cto res b u rg u e s e s q u e no


conform aban la o lig arq u ía.42
En 1970 calificaba d e a b su rd a s «Las a c u sa cio n e s d e te rro rism o y
b lan q u ism o q u e nos h a c e n . A cu sarn o s d e q u e n o n o s p re o c u p a n las
m asas es ig n o ra r q u e to d a n u e stra lu ch a lleva co m o o b jetiv o g a n a r a
las m asas, o rg a n iz a ría s p a ra y en la lu ch a a rm a d a ; es ig n o ra r a d e m á s
q u e si el objetivo no se fu era cu m p lie n d o , h a c e tie m p o q u e nos h a b rían
d e stru id o . A no lla m a rse a e n g a ñ o ( . . . ) h a b la r d e g u e rrilla a isla d a d e
las m asas es un c o n tra se n tid o c u a n d o dich a g u errilla h a to m a d o esta d o
público y golpea al enem ig o» .43
Servía de inspiración la ex periencia del F rente de Liberación Nacional
de Argelia: «Eran apen as 3 0 0 hom bres en los m ontes de A znea y 700 cerca
de la frontera con T únez, pero crecieron rá p id a m e n te e in stala ro n grupos
a rm a d o s en la p ro p ia c ap ita l, A rgel. El p a rtid o M essalí sig u ió m u ch o s
años hostilizando al FLN, pero este creció en la lucha arm a d a y consiguió
g a n a rse len ta m e n te a to d o el p u eb lo d e A rgelia. Es u n e jem p lo de cóm o
la organización político-m ilitar, p a rtie n d o de un p e q u e ñ o nú cleo , triu n fa
so b re la o rg a n iz a c ió n p o lítica q u e ya se h a b ía a d e la n ta d o e n a ñ o s d e
trab ajo de m asas. Luego que se fue acen tu an d o la g u errilla en las d istintas
p ro v in cias se fue c re a n d o u n a c o m p lica d a te la ra ñ a d e o rg a n iz a c io n e s
clan d e stin as y de c o n tac to s cla n d e stin o s con o rg a n iz a c io n es legales».44
El trabajo político deb ía d esarro llarse en form as legales, sem ilegales e
ilegales. Toda lucha económ ica deb ía p ro fu n d izar la co n ciencia política y
p re p a ra r g rad u alm en te el en fren ta m ien to decisivo, q u e se resolvería en el
p lan o de la fu erza.45 «Se tra ta de fo rm ar la fuerza social de la revolución
p a ralelam en te al proceso de violencia rev o lu cio n aria - in d ic a b a en 1971
el “P ro y ecto de D o c u m e n to 5 ” - a rm o n iz a n d o a m b a s co sas; ju n to a la
p u re z a y c o m b a tiv id a d d e la lín ea, e sp e c ia lm e n te a tra v é s d e la lu ch a
a rm a d a . A m plitud y flex ib ilid ad p a ra g an ar, n e u tra liz a r, o rg a n iz a r y
m ovilizar a todos cuantos p u e d an se r am igos, sin e n a je n a rn o s to rp em en te
a n a d ie . A ntes era im p o sib le p la n te a rs e esto , no h a b ía co n d ic io n e s y
é ram o s débiles. A hora es posible, hay co n d icio n es y som os fuertes».46
En 1971 el MLN conoció su m ayor au g e y atrajo a sus filas cen ten ares
de reclutas. José M ujica estim a que o rg an izab a en los d istin to s niveles de

42. MLN, «Proyecto de Docum ento» n.° 5, febrero de 1971.


43. TAE, /tetas Tupamaras, pág. 40.
44. MLN, «Foco o partido, falso dilem a», agosto de 1971.
45. (Raúl Sendic) «Treinta preguntas a un tupam aro», ju n io de 1968; MI.N;
«Diez Puntos», agosto de 1969, en H arari, Contribución a la historia del MI.N,
págs. 211-220 y págs. 284-286. MLN, «D ocum ento 4», enero de 1969.
46. MLN, «Proyecto de D ocum ento» n.u 5, febrero de 1971.

263
Clara Aldrighi

com prom iso u n as 5 .0 0 0 p erso n as, y que su á re a de influencia llegaba a las


3 0 .0 0 0 , en u n a p o b lació n de a p ro x im a d a m e n te 2 .8 0 0 .0 0 0 habitantes.'*7
La m ilitan cia e n el MLN se veía fo rta le cid a p o r re d e s d e a p o y o en la
socied ad , cuya d im en sió n a ú n d eb e ser estu d iad a. La base de sustentación
d e la g u errilla no se h allab a s o la m e n te e n tre los a c tiv ista s e stu d ia n tiles,
sin d icales y p o lítico s, sin o e n tr e p e rs o n a s n o o rg a n iz a d a s d e las m ás
d iv e rsa s p ro fesio n e s. En p rim e r té rm in o las re c lu ta d a s e n el ám b ito
fam iliar: h e rm a n o s , p rim o s, p a d re s y o tro s p a rie n te s q u e p re s ta b a n su
co la b o ració n .'18
C u a n d o los tu p a m a ro s a c tu a b a n , p erc ib ía n la a p ro b a c ió n tá c ita de
u n s e c to r d e la p o b la ció n . S a b ía n q u e c o n ta b a n c o n u n s in n ú m e ro de
d e tra c to re s , p e ro ta m b ié n con la sim p a tía d e m u c h o s c iu d a d a n o s. Por
e sta ra z ó n p u d ie ro n o rg a n iz a r ese co n se n so e n el M o v im ien to 2 6 de
M arzo, e n cu y as filas m ilita ro n m iles d e p e rs o n a s y q u e c o n tó co n la
a d h e sió n d e re n o m b ra d o s a rtista s e in telectu ales.
N o o b s ta n te , los tu p a m a ro s y su s sim p a tiz a n te s re p r e s e n ta b a n una
m in o ría en el c o n ju n to d e la iz q u ie rd a , la q u e v e n ía su frie n d o los em ­
b a te s rep resiv o s del g o b ie rn o . C o m u n istas, so c ia lista s y o tro s g ru p o s
c o n s id e ra b a n q u e no to d a s las a lte rn a tiv a s a la v io le n c ia h a b ía n sido
e x p e rim e n ta d a s y a g o ta d a s; c re ía n e n la e x iste n c ia d e ca m in o s d e n e ­
g o ciac ió n po lítica y re s ta b le c im ie n to d e la le g a lid a d ; c o n fia b a n e n las
p o sib ilid a d e s d e a c c e d e r al g o b ie rn o p o r las u rn a s e im p le m e n ta r u n a
a v a n z a d a p o lític a d e re fo rm a s. La p ru e b a m ás c o n tu n d e n te fue la c rea­
ción del F ren te A m plio.

47. Miguel Cam podónico. Mujica. M ontevideo: Fin de Siglo, 1999, pág. 101;
según el censo de 1963 U ruguay tenía 2.648.000 h abitantes. La proyección para
1968 era d e 2 .8 1 7 .0 0 0 h a b ita n te s. Aldo Solari. Uruguay en cifras. M ontevideo:
U niversidad de la República, 1966, pág. 11.
48. Dos inform es de la inteligencia policial e lab o rad o s en 1972 consignan
las profesiones de 1.373 procesados por actividades subversivas, en su m ayoría
pertenecientes al MLN. Ju n to a la consistente presencia estudiantil, se encuentran
re p re se n tan te s de las m ás diversas actividades. La nó m in a incluye 2 1 0 profe­
sionales; los m ás num erosos e ran los m édicos, m aestro s y profesores. Entre
los restan tes arre sta d o s se en cu e n tra n herreros, carp in tero s, locutores de radio,
peones, secretarias, abogados, escribanos, obreros, e n ferm era s, com positores
de m úsica, em presarios, c an tan te s, frailes, m onjas y sacerd o tes católicos, pas­
tures p ro testa n tes, policías, soldados, sastres, actores, a m b u la n te s, escritores,
arquitectos, odontólogos, m arineros, ;imas de casa, feriantes, ediles, parteras, em ­
pleados de com ercio, enólogos, delincuentes com unes, varios hacendados y una
hacendada, m ecánicos, periodistas, docentes universitarios, albañiles,jubilados,
ivt¡cultores y o tras m uchas actividades laborales. ADNII, 1972, «E studiantes,
pinfcsionales, etc. procesados por actividades sediciosas 1963-1972»; «Personas
h í . i s que fueron procesadas».
El M ovimiento de Liberación N acional Tupam aros.

Los proyectos políticos de tu p am aro s y co m u n istas ib an e v id e n te m e n ­


te m ucho m ás allá del sim ple funcionam iento arm o n io so de la d em o cracia
liberal. Se p ro p o n ía n su p e ra rla para in s ta u ra r un so cialism o , d e c o n to r­
n o s in d e fin id o s en el caso d e los tu p a m a ro s, sim ila r al so v ié tic o e n el
d e los c o m u n ista s. U nos p o r la vía a rm a d a , c o n ilu sió n c o rto p la c ista ,
o tro s p o r el cam ino de las reform as sociales pacíficas, q u e no ex clu ían el
recu rso a la insurrección.
El su rg im ien to del F rente Amplio en 1971 p la n te ó a la o rg an izació n un
p ro b le m a : ¿có m o ca p ita liz a r la influencia lo g ra d a e n la n u e v a co alició n
p o lítica? La d iscu sió n in te rn a - e n esp e c ia l e n la d ire c c ió n y e n tr e los
p re s o s d e P u n ta C a r r e t a s - vio e n fre n ta d a s d o s p o sicio n es. La p rim e ra
p ro p o n ía d e c la ra r s o la m e n te un ap o y o e x te rn o y c o n s id e ra r al F re n te
A m plio u n a rn era c a n te ra d e re c lu ta m ie n to ; la se g u n d a c re ía n e c e sa rio
p a rtic ip a r en la coalición cre an d o un nu ev o m o v im ien to p o lítico .49
Esta últim a fue la línea finalm ente a d o p ta d a . R osencof fue u n o de sus
p rin c ip a le s im p u lso re s y re sp a ld ó en la d ire c c ió n (c o n tra la o p in ió n d e
o tro s d irig e n te s) el p lan te o fo rm ulado d e sd e la cárcel. Se le e n c o m e n d ó
e n to n c e s e s ta b le c e r los c o n ta c to s p ara la fo rm a ció n d el M o v im ie n to de
In d e p e n d ie n te s 26 de M arzo .50
T upam aros con d estaca d a actuación com o d irig en tes sindicales fueron
lla m a d o s a c o n fo rm a r su d irecció n (e n tre ellos W a sh in g to n R o d ríg u e z
B elletti y Kimal A m ir). Se convocó a in telectu ales q u e m a n te n ía n vínculos
con el MLN y c o m p a rtía n su lín ea p olítica: M ario B e n e d e tti, D o m in g o
C a rle v a ro , D an iel V idart y G u ten b erg C h a rq u e ra .51 En a b ril d e 1971
se c o n stitu y ó fo rm a lm e n te el m o v im ien to . «Era la e x p re sió n p ú b lic a
d e l MLN - o b s e r v a R o s e n c o f- no p o rq u e n o so tro s lo d irig ié ra m o s co n
u n a p a ra to , sin o p o rq u e d iscu tíam o s y h a b lá b a m o s con ello s, e n u n a
c o n su sta n c ia c ió n form idab le» .52
El 2 6 d e M arzo im p u lsó la c o n so lid ació n d e los n ú c le o s d e b ase
d e l F re n te A m plio, d o n d e e ra posible c a p ta r a d h e s io n e s e in c e n tiv a r
la p a rtic ip a c ió n p o lítica en los p erío d o s no e le c to ra le s. « S erá p u n to
fu n d a m e n ta l d e n u e s tra acció n la fo rm ació n d e n u m e ro so s c o m ité s d e
b ase del F ren te A m plio com o in stru m e n to p e rm a n e n te de lu c h a » .53

49. Miguel Olivera, entrevista citada. Kimal Amir, entrevista (2009) de Clara
Aldrighi, publicada en A ldrighi, Memorias de insurgencia. Historias de vida y
militancia en el MLN Tupamaros. 1965-1975.
50. Rosencof, Valoraciones políticas del período.
51. Rosencof, entrevista citada.
52. Ibíd.
53. VVAA. «D eclaración C onstitutiva del M ovim iento de In d ep en d ien tes 26
de Marzo». En: Cuestión, n.° 2: M ontevideo (14 de abril de 1971), pág. 23.

265
Clara Aldrighi

En u n a s sem an as el 26 de M arzo se o rganizó a nivel b arrial, estu d ian til


y sin d ical. A los po co s m eses c o n ta b a con 1 30 a g ru p a c io n e s d e b a se en
M o n te v id e o y 7 4 en el in te rio r.M T am b ién fo rm ó u n a e s tru c tu r a de
« a u to d e fe n sa » . P ro m o v ió u n a p o lítica de a lia n z a s co n g ru p o s afín es del
F re n te A m plio: los G ru p o s d e A cción U n ificad o ra (GAU), lid e ra d o s p o r
el sin d ic a lista H é c to r R o d ríg u ez , la U nión P o p u la r d e E n riq u e E rro y la
Lista 9 9 d e Z e lm a r M ichelini. V ocero d e la a lia n z a fue el d ia rio La Idea,
en cuyo co n sejo d e d irec c ió n p a rtic ip a ro n H é c to r R o d ríg u ez, B en ed etti,
E rro y M ich elin i. A La Idea se les su m a ro n C uestión, re v ista te ó ric a del
26 de M arzo d irig id a p o r D aniel V idart, y las ed icio n es d e N uestra Tierra.
Por ú ltim o , en 1 9 7 2 , ap arec ió M ate A m a rg o .55
En las elecciones presidenciales de nov iem b re de 1971 el 20 de M arzo
no p re s e n tó c a n d id a to p ro p io , p u es el MLN v a lo ró q u e la n u e v a fo rm a ­
ción d e b ía c o n s titu ir «un fa c to r de u n id a d y co h esió n » . Los testim o n io s
co in c id e n en q u e el v o to d e l m o v im ie n to se vo lcó m a y o rita ria m e n te al
gru p o de E rro y en m en o r m ed id a al de M ichelini. Las listas d e E rro, con
el su b lem a «Patria G rande», o b tu v iero n 7 0 .9 4 4 votos, que re p re se n ta b an
el 2 3 ,3 % d e los o b te n id o s p o r el F re n te A m plio y el 4 ,2 % d e l to ta l de
su frag io s.56
¿C uál e ra la re la ció n del MLN c o n el 2 6 d e M arzo ? «T oda esta
a c tiv id a d se d e s a rro lla b a co m o a tra v é s d e p o le a s d e tra n sm isió n : del
MLN a la 70, d e e sta al 2 6 d e M arzo, d e a q u í al F re n te A m plio», señ ala
Rosencof. Los m ilitan tes del 26 de M arzo p o d ían in g re sar al MLN a través
de la c o lu m n a 70 y d e sd e allí, seg ú n sus a p titu d e s, e ra n e n c u a d ra d o s en
o tra s c o lu m n a s.57

La derrota de 1972, visiones y revisiones

El e n c a rc e la m ie n to d e m iles de tu p a m a ro s e n tre a b ril y d ic iem b re de


1 9 7 2 p ro v o có u n re p lie g u e d el a p a ra to m ilita r y p o lític o n o a lc a n z a d o

54. Cuestión n.° 10, M ontevideo, 12 de agosto de 1971, págs. 3-5.


55. Rosencof, entrevista citada.
56. Las elecciones nacionales del 2 8 /1 1 /1 9 7 1 a rro ja ro n los sig u ien tes re­
sultados: Partido C olorado, 6 81.624 votos (41 % del total de sufragios); fórm u­
la m ay o ritaria co lorada: J u a n M aría B ordaberry-C arlos Sapelli, 3 7 9 .5 1 5 votos
(2 2 ,8 % ). Partido N acional, 66 8 .8 2 2 votos (4 0 ,2 % ); fó rm ula m ayoritaria nacio­
nalista: W ilson Ferreira A ldunate-C arlos Julio Pereyra, 4 3 9 .6 4 9 votos (26,4% ).
Partido D em ócrata C ristiano-Frente Amplio, 304.275 votos (1 8 ,3 % ); sector más
votado: FIDEL (incluye el Partido C om unista), 100.211 votos (6 ,0 % ). Unión
Radical C ristiana, 8 .844 votos (0 ,5 % ). C aetano y Rilla, Historia contemporánea
ileí Uruguay. De la colonia al siglo XXI, pág. 545.
57. Rosencof, entrevista citada.

'«■()
El M ovim iento de Liberación N acional Tupam aros.

por la ofensiva d e las fuerzas con ju n tas, con la v irtu al d esap a ric ió n d e la
activ id ad m ilita r y el exilio de c e n te n a re s de m ilita n te s.
Los p ro ta g o n ista s a trib u y e n la d e rro ta o c u rrid a ese a ñ o a m ú ltip les
factores. Un d o c u m e n to e la b o ra d o en a g o sto d e 1973 p o r los d irig en tes
en carcelado s, co n sid erab a que la o rg an izació n a p a rtir d e 196 9 «se hab ía
q u e d a d o sin e stra te g ia » . De este e rro r inicial se d e riv ó «la im p o rta n c ia
d e s m e s u ra d a [a trib u id a ] al a p a ra to a rm a d o , cu y o c re c im ie n to se tr a n s ­
fo rm ó e n el p rin c ip a l fin d e n u e stro tra b a jo e n to d o s los fren tes» . Al
d e sc u id a rse la in se rc ió n e n la clase o b re ra , el MLN cre c ió m a y o ritaria -
m e n te e n tr e los e stu d ia n te s, q u ie n e s « p ro n to p a s a ro n a o c u p a r p u e sto s
clave».58 E ste fe n ó m e n o fue a trib u id o a la g ra v ita c ió n q u e ad q u irió el
estilo p o lítico d e la c o lu m n a 15, fo rjad o p o r su s d irig e n te s e im p u lsad o
p o r los m ilita n te s q u e o c u p a ro n p u e sto s d e d ire c c ió n d e s d e a g o sto de
1970.
A u n q u e e q u ilib ra d a p o r la p re se n c ia d e los d irig e n te s h istó rico s, la
o rie n ta c ió n de la 15 - q u e a trib u ía g ra n im p o rta n c ia al fa c to r m ilita r­
se h a lla b a s ó lid a m e n te re p re se n ta d a en el E jecutivo d e s d e tie m p o a trás.
R o sen co f s e ñ a la q u e los d irig e n te s E fraín M a rtín e z P la te ro , A m odio,
C a n d a n y M ansilla h a b ía n p ro p u e sto , a n te s de s e r a rre s ta d o s e n a g o sto
de 1970, la disolución del secto r político de la 10 - o r g a n iz a d o en células
sin d ic a le s, e stu d ia n tile s y b a r r ia l e s - p o r c o n sid e ra r q u e los sec to res
p o lítico s « p e sa b a n , m o le sta b a n al c u e rp o activ o d el s e c to r m ilita r ( . . . )
Así, en esa c o lu m n a q u e d e sp e rtó la a d m ira c ió n e n to d a la b a se de la
o rg a n iz a c ió n p o r su in c u e s tio n a b le c a p a c id a d o p e ra tiv a , u n d irig e n te
sin d ical c o n e c ta d o e ra d e stin a d o , co m o ta re a p rim e ra , a re le v a m ie n to s,
e stu d io s d e o b jetiv o s, e tc é te ra , y fin a lm e n te a la ac c ió n . La tá c tic a se
co m ía la e stra te g ia . Se ech ab a a d em ás en saco ro to el o rig en sindical de
la o rg an izació n ( . . . ) la sum a com b in ad a y arm o n io sa d e lu ch a a rm a d a y
p o lítica sindical, d e m asas, activa y a b ie rta » .59
La o rien tació n m ilitarista p rom ovida p o r el Ejecutivo q u e reem p lazó a
los d irig e n te s h istó rico s se tra sla d ó a to d a s las co lu m n as. Se d e sig n aro n
m ilitan tes de la 15 en varios com andos y o tros cargos de resp o n sab ilid ad ,
se disolvió la c o lu m n a 5 p a ra a c allar sus críticas y fin alm en te se expulsó
en 1971 u n g ru p o de d isid e n te s q u e se c o n stitu y e ro n en fracción.
C o m o re s u lta d o d e e ste p ro ce so q u e co n clu y ó e n el p re d o m in io d e
u n a c o rrie n te in te rn a , la d irec c ió n d e jó d e fu n c io n a r c o m o o rg a n ism o
colectivo, resolviendo au tó n o m a m e n te cad a m iem bro la p olítica a cum plir
e n su resp ectiv o sector. O bserva R osencof:

58. MLN, «Carta de los com pañeros presos», agosto 1973.


59. Rosencof, Valoraciones políticas del período.
Clara Aldrighi

«La D irección se h ab ía c o n v ertid o en dos te rrito rio s in d e p e n ­


d ien tes, en el que la 15 n eg ab a la vigencia de la lu ch a p olítica
a d o p ta n d o u n a a c titu d n e g a tiv a y p re s c in d e n te , m ie n tra s L.
[R osencof] d e jab a h a c e r sin in te rv e n ir en to d o lo q u e tu v iera
q u e v e r co n la e s tru c tu ra y lin c a m ien to s q u e se d a b a n d e sd e
el a p a ra to m ilitar» .60

En o p in ió n d e Jo rg e Z ab alza, la d e rr o ta d e l MLN se d e b ió a un.i


p erc e p c ió n e q u iv o c a d a de la c o y u n tu ra p o lítica e x is te n te a p a rtir de ln«
elecciones n acio n a le s d e n o v iem b re de 1971. El g ra n c a u d al elec to ral d«
W ilson F erreira A ld u n ate y la fu erza del F ren te A m plio p o sib ilita b an unu
efectiva oposición al gob iern o de Ju a n M aría B ordaberry. El MLN hubicM
p o d id o a p o y a rla , p e rs e v e ra n d o en su tá c tic a d e p r o p a g a n d a a rm a d a r
in c e n tiv a n d o la p a rticip ac ió n popular.

«No a d v e rtim o s q u e n u e s tra acció n te n ía q u e e s ta r m á s d i­


rig id a a la c o m p re n sió n y al e n te n d im ie n to p o lítico d e las
p erso n as, q u e a h o stig ar los ejes del p o d e r d el E stado q u e son
la p o licía y las fu e rz a s a rm a d a s. Q ue u n a in su rre c c ió n tie n e
que v er con cientos de m iles de insurrecciones q u e o c u rre n en
la c a b e z a d e las p e rso n as Lo que n e ce sitá b a m o s e n las
nuevas condiciones no era n m ás m etralletas ni m ás tiros, sino
q u izás m ás co m ités d e b ase, m ás o rg a n iz a cio n e s sin d icales y
b a rric a d a s en lás calles».61

U na erró n e a visión de la co n q u ista del p o d e r « en te n d id a co m o la toma


d el a p a ra to d el E stado» p o r la o rg a n iz a c ió n g u e rrille ra , a firm a Z abalza,
distorsionó las valo racio n es políticas co y u n tu rales de 1972. «Sosteníam os
la visión d e d o s e jé rc ito s e n fre n ta d o s, c u a n d o e n re a lid a d lo q u e te n ía ­
m o s q u e c o n c e b ir e ra tu a p a ra to - q u e e n ese m o m e n to e ra n e c e sa rio -
a p o y a n d o u n a in su rre c c ió n p o p u lar. Se tr a tó de u n e rr o r n o só lo de
e s tra te g ia sin o d e c o n c e p c ió n p o lítica». E sta v isió n , c o m p a rtid a p o r la
m a y o ría d e lo s c u a d ro s d e l MLN, im p id ió a la o rg a n iz a c ió n re p le g a rse ,
p re se rv a r sus fu erzas e in cid ir en el m o m e n to cru cial de la re s iste n cia al
golpe d e E sta d o d el 2 7 de ju n io de 1 9 7 3 .62

Tiempos de exilio. La refundación marxista leninista

En el tra n sc u rs o de 1972, e n p le n a o fensiva d e las fu erz as co n ju n tas,


se p ro d u jo la g ra n e m ig ra c ió n d e m ilita n te s d el MLN y alg u n o s cu ad ro s
60. Rosencof, Valoraciones políticas def período.
fil. Zabalza, entrevista citada.
f)2. Ibíd.

26H
El M ovim iento de Liberación Nacional Tupam aros.

d r re s p o n s a b ilid a d . Se tra tó de un e x p atrió m asivo p ero p lan ificad o ; en


la m a y o r ía de los casos los tu p a m a ro s salían del p aís co n a u to riz a c ió n y
fin a n c ia c ió n del MLN, do cu m en tació n falsa, o b serv ad o res en el m o m en to
d e l e m b a r q u e y vínculos e n el lu g a r de arrib o . G ran p a rte d e las salid a s
se p r o d u jo p o r las vías o rd in a ria s de M o n tev id eo , C a rra sc o y C o lo n ia,
tttm b ié n se utilizó el cru ce de fro n te ra del río U ruguay.
C h ile se volvió el p u n to d e c o n c e n tra c ió n d e l exilio tu p a m a ro , p ero
p a r a m u c h o s se tra ta b a d e un d e stin o tra n sito rio . D esde allí c ie n to s d e
m ilita n te s se tra s la d a ro n a C uba, d o n d e fu e ro n o rg a n iz a d o s en 1 9 7 2 y
1 9 7 3 e n sie te «colonias» u b ic a d a s e n La H a b a n a e Isla d e P inos. J u n to
a lo s o b re ro s cu b a n o s, los u ru g u a y o s tra b a ja ro n en la c o n stru c c ió n d e
v iv ie n d a s o e n c e n tro s fab rile s, a ex p re so p e d id o d e la d ire c c ió n d el
M LN e n el exterior, que p ro m o v ía u n p ro ceso d e « p ro leta riz ac ió n » d e la
m ilita n c ia . U na m in o ría , d e stin a d a al in m e d ia to re g re so a U ru g u a y o
A rg e n tin a , recibió e n tre n a m ie n to m ilitar o c ap acitació n té c n ic a .63
C u b a h ab ía ap o y ad o al MLN e n tre 1970 y 1972, su m in istra n d o ad ie s­
tr a m i e n to a los tu p a m a ro s q u e, e x p u lsa d o s d el p aís en el m o m e n to d e
s e r e x c a rc e la d o s, d e se a b a n re g re sa r a U ru g u ay c la n d e stin a m e n te . C hile
lo s a c o g ía p o r un corto p erío d o y d e sd e allí v iajab an a C u b a.64
A c o m ie n z o s d e 1 9 7 3 se e n c o n tra b a n e n el e x te rio r m ilita n te s d e
la r g a tra y e c to ria , ju n to a o tro s q u e h a b ía n o c u p a d o carg o s de d irecció n
o p a rtic ip a d o en accio n es m ilitares d e im p o rta n c ia .65 T am b ién h a lla ro n
re f u g io e n C hile tu p a m a ro s d e d e sta c a d a a c tu a c ió n e n la so c ie d a d q u e
n u n c a h a b ía n p e rte n e c id o al s e c to r m ilitar: in te le c tu a le s , p e rio d ista s,
p ro fe sio n a le s liberales (e n tre ellos un n u trid o g ru p o de m édicos), d irig e n ­
te s sin d ic a le s, artista s, técnicos, d o cen te s u n iv ersitario s. A lgunos h ab ían
p e rte n e c id o a la co lu m n a 7 0 ; o tro s m a n te n ía n v ínculos de c o lab o ració n
c o n el MLN, q u e q u e d a ro n al d e sc u b ie rto en 1972.
U n n ú cleo de a p ro x im a d a m e n te 15 tu p a m a ro s - lid e r a d o s p o r Lucas
M a n s illa , Luis A lem añy, W illiam W hitelaw , Jo rg e Selves y A n d rés C ulte-
11i — a fines d e 1 9 7 2 re e x a m in a ro n en C hile los p rin c ip io s y p o líticas d e
la o rg a n iz a c ió n , los so m e tie ro n a u n a crítica se v e ra e im p rim ie ro n un

63. H ugo W ilkins y Ana Casam ayou, entrevistas citadas.


64. Pablo Blanco, entrevista (2005) de Clara Aldrighi.
65 . E ntre ellos Luis Alemañy, Kimal Amir, A ntonio B andera, Félix M aidana
B entín, Raúl Bidegain, Emilia Carlevaro, Atalivas Castillo, Andrés Cultelli, Aníbal
De Lucía, Pedro Dubra, Gabino Falero, Fem ando Garín, W alter González, W alter
M achado, Lucas M ansilla, Efraín M artínez Platero, David Melián y Hugo Wilkins.
D esde o ctubre de 1972 y h asta febrero de 1973, la dirección del ex terio r estuvo
in te g ra d a p o r Lucas M ansilla, Jo rg e Selves, W illiam W hitelaw , Efraín M artínez
P la te ro y Aníbal de Lucía.
Clara A ldrighi

g iro d rá s tic o al m o v im ie n to , re fu n d á n d o lo e n lo id e o ló g ico , p o lítico y


o rg a n iz a tiv o .66
En fe b re ro d e 197 3 co n v o caro n a u n a a sa m b le a e n la ciu d a d chilena
d e Viña del Mar, d o n d e resolvieron a d o p ta r la ideología m arx ista leninista,
tra n sfo rm a r al MLN en u n « p artid o o b rero de co m b ate» y esta b le c e r una
e stre c h a a lian z a con el P artido R evolucionario d e los T rab ajad o res (PRT)
arg e n tin o , al p u n to de im itar fielm ente su ideo lo g ía y e stru c tu ra . Casi de
in m e d ia to esta alian z a se e x ten d ió al M ovim iento de Izq u ierd a Revolucio­
n a ria (MIR) ch ilen o y al Ejército de L iberación N acional (ELN) boliviano,
d a n d o o rig en a la J u n ta d e C o o rd in ació n R ev o lu cio n aria (JC R ).67
H a sta e n to n c e s el MLN h a b ía p re sc in d id o d e l b a g a je id eo ló g ic o del
m arxism o leninism o. Por su ca rá cte r de m ovim iento y el o rig en h etero g é­
n e o d e su s m ilita n te s, no e x istía u n corpus d o c trin a rio p ro p u e s to com o
c re d o oficial, d el q u e d e sc e n d ie ra n rig u ro sa m e n te los p re c e p to s p a ra la
vida in te rn a , las categ o rías in terp re ta tiv a s de la so cied ad y la política, las
estra te g ia s y tácticas a seguir. La relación del MLN con el m arx ism o había
sido u n a relació n crítica, au n q u e ciertos asp ecto s d e esta id eo lo g ía fueron
ac e p ta d o s p o r m u ch o s tu p a m a ro s com o in s tru m e n to d e co m p re n sió n de
la h isto ria y la sociedad. Pero en g en eral no se c o m p a rtía n los d esarrollos
le n in ista s d el p e n sa m ie n to m arx ista.
El MLN re c h a z a b a d e la iz q u ie rd a p ro so v ié tic a o m a o ísta la co n ce p ­
ción d el m arx ism o len in ism o com o v e rd a d re v e la d a , q u e c rista liz a b a los
p rin cip io s e n d o g m as, c a n o n iz a b a ciertas in te rp re ta c io n e s y c o n d e n a b a
o tra s co m o h e re jía s . D esd e su fu n d a c ió n se c a ra c te riz ó p o r el a b o rd a ­
je em p íric o e n los an álisis p o lítico s y el re c h a z o d e to d o d o c trin a rism o
ap rio rístic o . E ra, si se q u ie re, u n a sa lu d a b le re a c c ió n a los ríg id o s teo-
ricism o s q u e a q u e ja b a n a la iz q u ie rd a m a rx ista le n in is ta u ru g u a y a , con

66. Jo rg e Selves, en trev ista citada. E ntrevista a Luis A lem añy (1 9 9 9 ), de


C lara A ldrighi; en trev ista a «Domingo» (2 0 0 4 ), de G uillerm o W aksm an y Clara
Aldrighi, am bas publicadas en Aldrighi, Memorias de insurgencia. Historias de vida
y m ilitancia en el MLN Tupamaros. 1965-1975, (los entrevistados que solicitaron
reserva sobre su identidad son m encionados con seudónim os).
67. Fue en Chile, en los grupos dirigentes de las guerrillas, donde m aduró la
creación de la JCR. En agosto de 1972 diez argentinos del PRT, FAR y M ontoneros
fugaron del Penal de Raw son y se refugiaron en S antiago. Los d irig e n tes tu p a ­
m aros les b rin d aro n asistencia y estrecharon am istad especialm ente con Roberto
S an tu ch o y E nrique G orriarán M erlo. A p a rtir de ento n ces el PRT com enzó a
e jercer una m arcada influencia sobre los dirigentes del MLN, cfr. Clara Aldrighi
y G uillerm o W aksm an. «Chile, la gran ilusión». En: El Uruguay del exilio. Gen­
tes, circunstancias, escenarios. Ed. p o r Silvia D utrénit. M ontevideo: Trilce, 2006,
págs. 33-97.

270
El M o v im ien to de Liberación Nacional Tlipamaros.

sus a d a p ta c io n e s de la re a lid a d al d o g m a , sus m inuciosas previsiones del


curso fu tu ro d e los a c o n te c im ie n to s y su s p re ten sio n e s de cientifícidad.
En o p in ió n d e los tu p a m a ro s , la re a lid a d política y social era m u ch o
m ás co m p leja y viva de lo q u e la s e s tá tic a s p rem isas del c a n o n m arx ista
le n in is ta p re te n d ía n . P or ello , e n el a n á lisis los pasos d e b ía n se r c o rto s
y p o r p rin c ip io to d o d e b ía s e r v e rific a d o e n la práctica. A dem ás, el
m o v im ie n to re c h a z a b a to d a fo rm a d e su je c ió n a E stados, p a rtid o s o
m o d elo s e x te rio re s (incluso g u e rrille ro s ), así com o la exaltación acrítica
y la d e p e n d e n c ia p o lítica d e lo s re g ím e n e s d el «socialism o real», rasgos
q u e a fe c ta b a n al P artid o C o m u n is ta u ru g u a y o , al MIR, al M RO y o tro s
g ru p o s v e rn ácu lo s.
La refu n d ació n de Viña del M a r significó por ello un giro co pernicano,
al s u s c rib ir p rin cip io s y c o n d u c ta s p o lític a s q u e h a sta e n to n c e s h a b ía n
sid o re c h a z a d o s . En lu g a r d e a p o r t a r o x íg e n o al MLN, c o n d u jo a la
a b d ic a c ió n d e su id e n tid a d y c o n tr ib u y ó a su d isg reg ació n , o c u rrid a u n
añ o y m e d io d esp u és.
Fue d e te rm in a n te e n este v ira je la in flu en cia ejercida p o r el MIR ch i­
le n o y el PRT a rg e n tin o so b re L u cas M an silla , W illiam W hitelaw , Luis
A lem añy y otros d irig en tes ex iliad o s. T am bién ejercieron u n a fu erte ascen ­
d en c ia p o lítico s d e o rie n ta c ió n m a o ís ta c o m o el líd e r del MIR b o liv ian o
Ja im e Paz Z am ora, por e n to n ce s re fu g ia d o en Chile.68 Por últim o, influyó
la n ecesid ad de e n c o n tra r u n a re s p u e s ta sim p le, inteligible e im p erso n al
a la d e rr o ta su frid a e n 1 9 7 2 . H a b ía sid o el fru to , se ex p licab a, d e la
a u se n c ia d e u n a te o ría cien tífica q u e g u ia ra a la o rganización.
En V iña d el M ar p a rtic ip a ro n a p ro x im a d a m e n te 30 tu p a m a ro s p ro ­
v e n ie n te s d e los d is tin to s « re g io n a le s» d el MLN (C hile, M o n te v id e o y
C u b a). N o e ra n d e le g a d o s d e su s re sp e ctiv a s o rg an izacio nes, no h a b ía n
sido eleg id o s en in stan cias d e lib e ra tiv a s y dem o cráticas: fu ero n seleccio­
n a d o s p o r el E jecutivo d el MLN e n el exterior. A lgunos ni siq u iera ten ían
re s p o n sa b ilid a d e s d e d irecció n . Al té rm in o de la asam b lea co m u n ic a ro n
al c o n ju n to d e la o rg a n iz a c ió n la s re s o lu c io n e s a d o p ta d a s, d e c a rá c te r
in a p e la b le .69

68. Kimal Amir, «Domingo» y Jorge Selves, entrevistas citadas. De clase alia
y origen cristian o , Paz Z am ora fue u n convencido m aoísta, al pu n to de recibir
e n tre n a m ie n to m ilitar en A lbania. F u n d ó el MIR boliviano en 1970. F.n 1V/4
inició un proceso que lo condujo a adherir ju n to a su partido a la so ciald n u u n arla
Fue p residente de Bolivia en tre 1989 y 1993. Aunque obtuvo ¡iproximmliiiitrnii*
un tercio de los sufragios, llegó a la p resid en cia gracias al apoyo «!«• *n
adversario H ugo Banzer.
69. MLN, «Simposio de Viña» (D ocum ento conclusivo «I»* la asam blea de Vina
del Mar, febrero 1973), pág. 1; Jorge Selves, eiurcvlsin rilada. A com pañaban las
resoluciones observaciones sobre la conducía pública y pilvada de los m ilitantes.

271
Clara Aldrighi

En el re c u e rd o de u n a s is te n te , «N o h u b o o b se rv a d o re s d e otras
org an izacio n es. No h u b o tam p o c o d e le g a d o s d e g ru p o . Tan dem ocrático
no fue. H a b ía n v e n id o c o m p a ñ e ro s d e la isla, e n tre ellos [A n to n io |
B andera. De M o n tev id eo “A q u in o ” - P e d r o R ío s - y Em ilia C arlevaro».70
Al té rm in o del sim posio los p a rtic ip a n te s elig iero n u n a dirección cole­
g ia d a d e 15 m ie m b ro s q u e d e n o m in a ro n C om ité C en tral. En su in terio r
fueron je ra rq u iz a d a s u n a com isión p olítica (in teg ra d a p o r Lucas M ansilla,
E fraín M artín ez P latero , Kimal A m ir y Luis A lem añ y ) y o tra m ilita r (con
Aníbal De Lucía en o p eracio n es, W illiam W hitelaw en logística, Giocondo
R av ag n o lo e n in te lig e n c ia y G ab in o F alero e n fu n c io n e s n o esp ecifica­
d a s ) .7' La co m isió n p o lític a se d is p e rsó e n los d is tin to s fre n te s pero
la m ilita r fu n c io n ó u n id a en B u en o s A ires. E sta d ire c c ió n d el e x terio r
asu m ió al m ism o tie m p o la d e l MLN d e U ruguay. Luis A lem añ y y Jo rg e
Selves fuero n en v iad o s al país p ara d irig ir (su b o rd in a d a m e n te al Comité
C en tral) el lla m a d o «fren te in tern o » o «R egional U ru g u ay » .72
El n o m b ra m ie n to d e e sta s p e rs o n a s n o c o n stitu y ó u n a v e rd a d e ra
elección, ni siq u iera d e sd e el p u n to d e v ista d el c e n tralism o d em o crático
le n in ista . N in g u n o d e los p re s e n te s , e le c to re s o e le g id o s, se p la n te ó el
problem a d e su rep re sen ta tiv id a d . Por o tra p a rte , un C om ité C entral de 15
m iem bros p resu p o n ía la existencia de u n a o rg an izació n e stru c tu ra d a , con
m iles de cu ad ro s activos en el in te rio r d el país. M ientras que en U ruguay
el MLN se h a lla b a casi d e sa rtic u la d o y la m a y o ría d e su s in te g ra n te s en
p risió n .73

Varias páginas del docum ento conclusivo e stá n d edicadas a recom endar norm as
de com portam iento «ideológicam ente correcto»: cultivar las «virtudes» y com batir
«las deform aciones», « term in ar con los chism es y el am iguism o», «adm itir los
errores», «no hacer m isterios», «ser hum ildes». La «falta de m odestia» constituía
un grave « quebrantam iento de un conjunto de norm as ideológicas».
70. «Domingo», entrevista citada. Pedro Ríos (ex estudiante de A rquitectura
de 22 años) y Emilia C arlevaro (ex e stu d ia n te d e M edicina de 26 años) fueron
e n ca rg ad o s de la dirección del MLN en U ruguay luego de la prisión o exilio de
otros dirig en tes (hasta diciem bre de 1972 ju n to a Jo rg e Becca Tessa, arrestad o
en esa fecha).
71. Ju n to a los integrantes de las dos com isiones form aban p arte del Comité
Central, en tre otros, Emilia Carlevaro, los cañeros Félix M aidana Bentín, Antonio
Bandera, Atalivas Castillo y W alter González.
72. «Domingo», entrevista citada.
73. En abril de 1917, por ejem plo, la VII C onferencia P anrusa del Partido
O brero S ocialdem ócrata Ruso (bolchevique), recién salido de la ilegalidad y
con p a rte de sus d irigentes re to rn a n d o del exilio, reu n ió e n P etrogrado a 149
delegados en rep resentación de 7 9.000 bolcheviques afiliados y o rganizados en
toda Rusia. En la C onferencia fue elegido p or los delegados el órgano dirigente

272
El Movimiento de Liberación Nacional Tupam aros.

T ales p ro c e d im ie n to s d e acen tu ad o c e n tra lism o no sig n ific a b a n e n


rigor un a p a rta m ie n to de la tradición del MLN. C om o se dijo a n te rio rm e n ­
te, las decisiones cruciales, las designaciones o rem o cio n es d e d irig en tes
e ra n p re rro g a tiv a d e u n a restrin g id a cú p u la. Pese a d e c la ra r en su s d o ­
c u m e n to s q u e se reg ía p o r los principios d el c e n tra lism o d e m o c rá tic o ,
el MLN fue u n a o rg a n iz a c ió n cen tralizad a q u e ap licó ra ra vez p ro c e d i­
m ien to s d em o crático s. Los testim onios son la fu en te m ás a d e c u a d a p a ra
c o m p ro b a r la p e rm a n e n c ia d el verticalism o y la te n d e n c ia a la c o n c e n ­
tració n del poder. Se tra ta b a obviam ente de p o d eres lim itad o s, in te rn o s,
q u e los m ilita n te s a c e p ta b a n v o lu n ta ria m e n te , ju s tific a n d o la a u se n c ia
d e d e m o c ra c ia p o r las co n d icio n e s de c la n d e stin id a d , las e x ig e n c ias d e
c o m p a rtim e n ta c ió n o la convicción de p e rte n e c e r a u n a e s tru c tu r a d e
tip o m ilitar.
La b a se d el MLN ja m á s elig ió o controló a su s d irig e n te s, ni d efin ió
las p o líticas o tá c ticas a seguir. Tam poco e n el exilio, p ese a q u e e n
C hile, A rg e n tin a y C uba ex istiero n condiciones fav o rab les p a ra e n sa y a r
p ro c e d im ie n to s d em o crático s.
No o b stan te, a n te un viraje tan radical com o el que se im puso en Viña
d el Mar, p odía esp erarse que las bases reclam aran u n a su sp en sió n de las
decisiones a d o p ta d a s p or tan restringido n ú m ero de p erso n as y exigieran
in s ta n c ia s d e p a rtic ip a c ió n d em o crática. N o fue lo q u e o c u rrió : las
resoluciones del sim posio fueron aceptadas sin m ayores cu estio n am ien to s
p o r los tu p a m a ro s o rg an iza d o s en U ruguay y el exilio .74
E n tre o tra s ra z o n e s, p u e d e h a b e r in flu id o el h e c h o d e q u e n u m e ro ­
sos e x iliad o s h a b ía n sid o d esv in cu lad o s d e la o rg a n iz a c ió n e n C hile (o
se h a b ía n a p a rta d o v o lu n ta ria m e n te ) p o r sus p o s tu ra s c ríticas a n te las
p olíticas im p u lsad as p o r la dirección del exterior. O tros e ra n m an ten id o s
e n u n a co n d ició n p eriféric a, con co n tac to s e sp o rá d ic o s, sin e n c u a d re ni
p a rtic ip a c ió n .7^
Esta circu n stan cia im pidió el desarrollo de un real d eb a te político con
el c o n ju n to d e los m ilita n te s exiliados. T am b ién c o n trib u y ó el p ro ceso
d e e stra tific a c ió n q u e se v e n ía p ro c esan d o en el MLN d el exterio r. Al
ig u a lita rism o s u s ta n c ia l d e l p rim e r g ru p o d e ex ilia d o s se h a b ía o p u e s­

del p a rtid o , de sólo cinco personas. LevT rotsky. Storia della rivoluzionc russa.
M ilano: M ondadori, 1978, pág. 355.
74. Jorge Selves, Ana Casam ayou, « D o m i n g o » , entrevistas citadas. Entrevista
a «Francisco» (2006) de Clara Aldrighi.
75. Julio Baraibar, entrevista (2006) de Guillerm o W aksman y Clara Aldrighi.
«Andrea», entrevista de Guillerm o W aksman (2005). «Aldo», entrevista de Clara
Aldrighi (2006). «Francisco», Ana Casamayou, Hugo Wilkins, Jorge Selves, e n tre ­
vistas citadas. Sobre estos procesos, véase A ldrighi y W aksm an, «Chile, la gran
ilusión».

27.1
Clara Aldrighi

to , a p a r tir d e la e m ig ra c ió n m asiv a de 1 9 7 2 , u n a ríg id a je ra rq u iz a c ió n


y d iv isió n d e c o m p e te n c ia s . Se co n so lid ó u n a je r a rq u ía p o lític a in te ­
g ra d a p o r los c u a d ro s d e d ire c c ió n y u n re d u c id o círcu lo d e m ilita n te s
d e c o n fia n z a . S u rg e d e los te s tim o n io s q u e e sta s p e rs o n a s g o z a b a n de
c ie rto s p riv ileg io s: no v iv ían e n g ra n d e s co lectiv o s, n o se s o m e tía n a la
« p ro letarizació n » , d e sa rro lla b a n ta re a s co n sp irativ as, m a n te n ía n asiduos
c o n ta c to s con p e rs o n a lid a d e s y p a rtid o s ch ilen o s o e x tra n je ro s, viajaban
con fre c u e n c ia , p a rtic ip a b a n en la to m a de d e cisio n es, m a n e ja b a n infor­
m ació n calificad a y d isp o n ía n del d in e ro q u e recib ía la o rg a n iz a c ió n por
m últip les ca n a le s.76 A unque su estilo de vida fu era a u ste ro , no su frían las
p riv acio n es a las q u e se v e ía n so m etid o s los m ilita n te s d e b ase, llegados
e n la o le a d a d e 1 9 7 2 . C ierto s p ro ta g o n ista s a firm a n q u e los d irig e n te s
viv ían con fru g a lid a d , o tro s o p in a n lo c o n tra rio . La c o m p a rtim e n ta c ió n ,
de h e c h o , fav o rec ía la o p a c id a d e n la to m a de d ecisio n e s, las fo rm as de
v id a y la d istrib u c ió n d e los recursos.
En o p in ió n d e a lg u n o s p ro ta g o n ista s la tra n s fo rm a c ió n d e l MLN en
p a rtid o m arx ista len in ista e stu v o tam b ién d e te rm in a d a p o r ra z o n e s p rag­
m á tic a s. P or u n la d o , la n e c e sid a d de c o n te m p o riz a r co n lo s n uevos
a lia d o s - e n e sp e c ia l el P R T - y c o n se n tir u n a p le n a in te g ra c ió n a la
JC R ;77 p o r el o tro , la v o lu n ta d d e a lla n a r el c a m in o p a ra u n m ay o r
c o m p ro m iso d e l p a rtid o c u b a n o con la o rg a n iz a c ió n , q u e se co n cretó ,
efe c tiv a m e n te , e n m ay o de 1 9 7 3 .78
E ntre feb rero y ju n io de 1973 la dirección d el MLN en Chile se trasladó
a A rgentina o C uba. Al m ism o tiem po co m en zó a m ig rar hacia A rgentina

76. Por decisión del presidente Salvador Allende el MLN recibía desde 1971
u n a c o n trib u ció n m ensual p a ra la subsistencia de los exiliados. C uba tam bién
sum inistró ayuda m onetaria: en enero de 1973 la asignación m ensual que apor­
tab a al MLN d e C hile era de 20 .0 0 0 dólares (Julio Baraibar, e n tre v ista citada).
Otras donaciones provinieron de personalidades europeas com o el cineasta Costa
Gavras. Régis Debray, que residía en Chile, organizó la prim era cam paña europea
de finanzas en solidaridad con el MLN. Proporcionó los contactos con personali­
dades que fueron visitadas en 1972 por enviados del m ovim iento. Según algunos
testim onios, en Chile el MLN realizó «acciones de finanzas» cuya n atu ra le z a no
hem os podido precisar. M iguel O livera, Pablo Blanco, «Francisco», Jo rg e Sel-
ves, en trev istas citadas. Efraín M artínez Platero, entrevista (2 005) de W aksman
y A ldrighi; R aúl R odríguez, en trev ista (2009) d e Aldrighi, am bas publicadas
e n A ldrighi, M em orias de insurgencia. Historias de vida y m ilitancia en el MLN
Tupamaros. 1965-1975.
77. Como se verá m ás adelante, en ju n io de 1973, cuatro m eses después de
la a dopción de la nueva ideología, en una acción c onjunta con el ERP el MLN
obtuvo u n a sustancial inyección de dinero. El ELN boliviano tam bién viró hacia
el m arxism o leninism o en el m ism o periodo.
78. Efraín M artínez Platero, entrevista citada.
El M ovim iento de Liberación Nacional Tupam aros.

u n co n tin g e n te de ap ro x im a d a m e n te 50 tu p a m a ro s p ro c ed e n te s d e Chile
y C uba. El pro p ó sito era c re a r u n a p a ra to arm ad o y o tro «logístico».79 De
in m e d ia to e ste n ú c le o co m en z ó a o p e ra r con el E jército R ev o lu cio n ario
d el P u eb lo (ERP), b razo a rm a d o d el PRT.80
Los tu p a m a ro s q u e p e rm a n e c ie ro n e n C hile fu e ro n a lc a n z a d o s p o r
el g o lp e d e E stad o d e se tie m b re d e 1 973. A lg u n as fu e n te s e stim a n q u e
su n ú m e r o s u p e ra b a las m il p e rs o n a s .81 E n tre ellos h a b ía u n g ru p o
esp ecialm en te v ulnerable: las m ujeres e m b a raz a d a s o con hijos p eq u eñ o s.
En su m ay o ría b u scaro n refugio e n re p re se n ta c io n e s d ip lo m ática s, d e la
C ruz Roja o las N aciones U nidas. Como re su lta d o de la rep resió n p o sterio r
al golpe, nuev e u ru g u ay o s d e sap a re c ie ro n luego de ser a rre sta d o s (en tre
ellos seis tu p a m a ro s ) , u n o fue e je c u ta d o y o tro s m u c h o s c o n fin a d o s e n
d iferen tes cen tro s de reclu sió n .82 D esde los países q u e p ro p o rc io n a ro n el
p rim er asilo, varios refugiad o s eligieron tra slad a rse a C uba p a ra m a n te n e r
sus vín cu lo s con el MLN y u n a p e rsp ectiv a de re to rn o a U ruguay.
Los te s tim o n io s e stim a n en a p ro x im a d a m e n te 8 0 0 los tu p a m a ro s
o rg an izad o s en el ex terio r a com ienzos d e 1974, p rin cip alm en te en Cuba
(algo m ás d e 5 0 0 ), A rg en tin a y E u ro p a.83

Tres secuestros en Argentina. Crisis y división del MLN

En 1 9 7 3 , pese a los re p e tid o s in te n to s de reo rg a n iz a c ió n , el MLN no


lo g ra re a c tiv a rse en U ru g u a y p o r la siste m á tic a o fen siv a re p re siv a , q u e
m a ta , d e s a p a re c e , e n c a rc e la o e m p u ja al exilio a n u m e ro so s m ilita n te s.

79. H ugo W ilkins, «Domingo», entrevistas citadas.


80. Las acciones se realizaban en el m arco de la JCR. A unque fue oficializada
en febrero de 1974, la Ju n ta existía de hecho en 1973.
81. Ju lio Baraibar, «Francisco», entrev istas citadas. T estim onios y do cu ­
m entos confirm an la salida d e Chile de num erosos uruguayos p o r sus propios
m edios (e n tre v ista de G uillerm o W aksm an a m édicos u ruguayos exiliados en
Chile, 2005 y en trev ista citada del m ism o a u to r a «A ndrea»). El inform e anual
c o rre sp o n d ie n te a 1974 de la Com isión In teram erican a de D erechos H um anos
de la OEA consigna en su capítulo XIII la entrega de 619 salvoconductos a ciuda­
d an o s uru g u ay o s refugiados en centros de ACNUR y em b ajad as e n tre el 11 de
setiem bre de 1973 y el 15 de julio de 1974.
82. Los uruguayos desaparecidos fueron Nelsa Gadea Galán, Julio César Fer­
nández, A lberto Fontela Alonso, Enrique Julio Pagardoy, Juan Antonio Povaschuk,
Ariel Arcos L atorre, Ju a n Á ngel C endán A lm ada, A razatí López López, M ónica
B enarroyo Pencu. W alter Rivera M ateos Álvarez fue ejecu tad o en la vía pública.
A p a ren te m e n te no se e n co n trab a en Chile p or razones políticas. Cfr. Aldrighi
y W aksm an, «Chile, la gran ilusión», págs. 89-90.
83. No se p u d o p recisar el núm ero de exiliados que en 1 974 se hallaban
desvinculados del MLN.

47 *
Clara Aldrighi

Luego del go lp e d e E stado de ju n io de 1973 se v erific aro n c e n te n a re s de


a rre sto s e n la c o lu m n a 70 y el M o v im ien to 26 de M arzo , en el c o n te x to
de la re p re sió n d ic ta to ria l al c o n ju n to de las o p o sicio n es.
En A rg e n tin a , ese m ism o a ñ o , el MLN p a rtic ip ó e n al m e n o s tre s
secu estro s d e e m p resario s, q u e h a sta a h o ra h a b ía n sid o a trib u id o s ú n ic a ­
m e n te al PRT-ERP. Por los re s c a te s se o b tu v ie ro n a p ro x im a d a m e n te 22
m illo n es d e d ó la re s, d istrib u id o s e n tre las c u a tro g u e rrilla s d e la JC R .81
E n tre a b ril y m ay o d e 1 9 7 4 se p ro d u je ro n e n U ru g u a y n u m e ro s a s
c a p tu r a s y m u e rte s de tu p a m a ro s , q u e h ic ie ro n z o z o b ra r la p e q u e ñ a
e s tru c tu r a c la n d e stin a q u e in te n ta b a m a n te n e rs e activ a e n el p aís. A lo
largo de ese añ o 17 tu p am aro s m u rie ro n en U ru g u ay y A rg en tin a, alg u n o s
en e n fre n ta m ie n to s , o tro s e je c u ta d o s con p o ste rio rid a d a su a rr e s to .85
A los p ro b le m a s c a u sa d o s p o r el re c ru d e c im ie n to d e los p ro c e d i­
m ie n to s rep resiv o s, se a ñ a d ie ro n las d ife re n c ia s d e lín e a p o lític a q u e
e m e rg ie ro n en el sen o d el g ru p o d irig en te. A fines d e abril de 1 9 7 4 Luis
A lem añ y - d irig e n te d el «R egional U ruguay» d e sd e 1 9 7 3 ju n to a o tro s
d o s tu p a m a ro s c la n d e s tin o s - se tra s la d ó a A rg e n tin a p a ra in ic ia r un
proceso de revisión política. «En M ontevideo, a p a rtir de m arzo de 1974,
q u e d o en m in o ría. De los tres d irig e n te s, q u e d o e n p o sició n m in o rita ria .
Se e s ta b a n p la n ific a n d o d e te rm in a d a s a ccio n es m ilita re s. Yo e r a el je fe
m ilita r d e esa d irec c ió n . P la n te o q u e e sta b a to ta lm e n te e n d e s a c u e rd o
co n e sa s a c c io n e s. H ab ía p a sa d o casi un a ñ o d e l g o lp e d e E sta d o , la
desm ovilización era g en eral a nivel de o rg an izacio n es sociales, p o p u lares.
D entro de la izq u ierd a el m iedo era m o n ed a co rrie n te ( . . . ) . Se a n te p u so
un p lan de m ovilizaciones p ara el I o de Mayo. Con el cu al ta m b ién estab a
e n c o n tra , p o rq u e v eía q u e p o d ía g e n e ra r e n fre n ta m ie n to s e n u n p la n o
d e d e s ig u a ld a d . En los q u e p o d ía ir a la m u e r te u n m o n tó n d e g e n te
g ra tu ita m e n te . En eso s d ía s m e c o n v en zo d e q u e los c a n a le s v io le n to s
e s ta b a n c e rra d o s ( . . . ) . El 17 d e ab ril se lo p la n te o a W illy [W h itelaw ]
q u e e ra el m á s a m ig o m ío: “L legué al c o n v e n c im ie n to d e q u e la lu c h a

84. E ntre ju n io y diciem bre de 1973 fueron secu estrad o s los em presarios
J o h n R. T hom pson, Kurt Schm idt y Victor Sam uelson. El últim o fue liberado en
abril de 1974, al pagarse el rescate de unos 15 m illones de dólares. El m onto que
recibió el MLN no ha podido ser definido con exactitud. Efraín M artínez Platero
lo estim a en 5 m illones d e dólares. M artínez Platero, «Dom ingo», entrevistas
citadas.
85. A lvaro Rico. Investigación histórica sobre la dictadura y el terrorism o de
Estado en el Uruguay (1 9 7 3 -1 9 8 5 ). Vol. 1. M ontevideo: UDELAR y CEIU, 2008,
págs. 715-717.

276
Ei M ovimiento de Liberación Nacional Tupam aros.

a rm a d a se te rm in ó ( . . . ) p a ra m í no tiene m ás p royección c o n tin u a r en


el MLN. N os ten ern o s que ir del MLN ( . . . ) ”».86
D isien te con e sta in te rp re ta c ió n otro ex tu p a m a ro q u e c o m p a rtió
con A lem añ y la d ire c c ió n d e l «Regional U ruguay» h a sta a b ril d e 1974:
« E n tré a U ru g u a y d e sd e A rg e n tin a en d iciem b re de 1 9 7 3 . La id e a q u e
te n ía m o s to d o s n o era la de co n ectarn o s con el MLN d e U ru g u a y sino
co n el m o v im ie n to de m asas, con la o p osición a la d ic ta d u ra . No se
p e n sa b a la rg a r u na ofensiva c o n tra la d ic tad u ra. Yo no viví eso q u e dice
A lem añy de que hub iera gen te con ideas m ilitaristas. Se q u ería p a rticip ar
con a p o rte s a lo sin d ical, g re m ia l. No h a b ía v o lu n ta rism o . T enías q u e
p r e s e n ta r c re d e n c ia le s. D e m o stra r que lo q u e íb am o s a h a c e r le serv ía
a a lg u ie n . T am poco p o d íam o s q u em ar a la g e n te legal en c o n tac to s con
el a p a ra to . I,o q u e h acía m o s era m odesto, n o fue un “d e se m b a rc o d e la
A g raciad a”. V inim os con cu en ta g o ta s y nos veíam os con m uy poca gen te.
Por ejem plo, no estábam os conectados con las tres m uchachas que m atan
en ab ril. P odían e sta r “silvestres" o con o tro s c o n ta c to s.87 N o h u b o p lan
ofensivo ni “d ese m b a rc o ”. La tendencia era co nectarse con el m ovim iento
d e m a sa s. T en íam o s las e sp a ld a s c u b iertas en B uen o s A ires. T odo el
m u n d o en B uenos A ires e sta b a p resio n ad o p a ra h a c e r a lia n za s. C u an d o
d e c id im o s ev acu ar, se va A lem añy prim ero . íb am o s a sa lir e sc a lo n a d o s,
p ero los o tro s d os no p u d im o s, caím os p reso s e n seg u id a» .88
A m arg as c o n tro v e rsia s a c o m p a ñ a ro n la crisis d e la o rg a n iz a c ió n en
1974, su frag m en tació n en tres corrientes y su p o sterio r d ivisión.89 Luego
d e u n te n s o C o m ité C en tra l re u n id o en B u en o s A ires e n o c tu b re d e

86. Alemañy, en trev ista citada. W hitelaw residía en B uenos Aires. El


e n cu en tro tuvo lu g ar en una playa sobre el Río Uruguay.
87. L aura Raggio, Silvia Reyes y Diana M aidanik fueron ejecu tad as en
M ontevideo p o r un com ando del ejército a cargo del m ayor José G avazzo el 21
de abril de 1974. A los pocos días cayeron m uertos Domingo Irazábal y Bernardo
A lberto Blanco. Todos perten ecían al MLN. Los a rresto s y m u ertes co n tin u aro n
in in te rru m p id am e n te en mayo, golpeando tam bién al Partido C om unista.
88. E ntrevista a M ario (2006) de Clara Aldrighi.
89. Las tres co rrientes se perfilaron d u ra n te el proceso de revisión iniciado
p or Alemañy. La p rim era se d enom inó «T endencia P roletaria», la seg u n d a «Re­
nunciantes», la tercera no tuvo nom bre definido, algunos la llam aron «Ortodoxa».
La T endencia P ro letaria pro p u g n ab a un rígido m arxism o leninism o y una línea
política trib u tario s de las elaboraciones del PRT; los «renunciantes» enfatizaban
la necesidad de prio rizar la construcción del p a rtid o o b re ro m arxista leninista;
los «ortodoxos» se colocaban en una posición interm edia: aunque se decían mar-
xistas leninistas, reivindicaban aspectos de la tradición m ovim ientista del MLN y
reh u sab a n e n fre n ta r a los «renunciantes» con el estilo agresivo de la Tendencia
Proletaria.

277
Clara Aldrighi

1974, se p ro d u jo la escisión de la co rrien te d e n o m in a d a «R enunciante».90


C u atro ex cañ ero s d e UTAA p asaro n a o c u p ar la com isión p o lítica: W altei
G o n zález, A n to n io B a n d e ra , A talivas C astillo y Félix B en tín .
Las tre s fra c c io n e s c o m p e tía n p a ra im p o n e r su ru m b o a l MLN, di*
allí la a sp e re z a d e la c o n fro n ta c ió n . U n a d e e llas - l a « R e n u n c ia n te » -
p ro p u g n a b a , a u n q u e n o d e m a n e ra e x p líc ita, el a b a n d o n o d e la lucha
a rm a d a . M uy p ro n to la crisis se ex te n d ió al resto d el m o v im ie n to , en sus
n ú cleo s d e C uba y E u ro p a. La a m e n a z a d e l u so d e la v io le n c ia e n tr e los
p ro p io s m ie m b ro s d e la d irec c ió n , e n su s fa c cio n es e n fr e n ta d a s , revela
u n p ro ceso de d e te rio ro d e difícil re to rn o .91
Los d o c u m e n to s d e d ifu sió n p ú b lic a o in te rn a e la b o ra d o s e n 1974
y 1 9 7 5 p o r las tre s fraccio n es c o n tie n e n d e sc rip c io n e s im p re c isa s de
la situ a c ió n p o lític a u ru g u a y a ; q u iz á s u n in d icio d e l a is la m ie n to que
su fría el re fu n d a d o MLN en U ruguay. En c o n tra p o sic ió n se e x tie n d e n
e n m in u cio sas in te rp re ta c io n e s d e la v id a in te rn a d e la o rg a n iz a c ió n en
el exilio, co n el o b jetiv o de d e n u n c ia r - d e s d e u n p re te n d id o en fo q u e
m arx ista le n in is ta - las carencias ideológicas y políticas de los m ilitan tes
de las o tra s fracciones.
N o escap ó a e sta te n d e n c ia la o rg a n iz a c ió n «N uevo T iem p o » , cread a
p o r los d irig e n te s e sc in d id o s d e l MLN. D esd e el p rim e r n ú m e r o d e su
p e rió d ic o h o m ó n im o (e n e ro d e 1 9 7 5 ), e d ita d o e n B u e n o s A ires, los
« ren u n cian tes» a ta c a ro n p o r in co h e ren c ia id eo ló g ica y a p a rta m ie n to del
m a rx ism o le n in ism o a to d a la iz q u ie rd a u ru g u a y a , e n e sp e c ia l a sus
fo rm a c io n e s m a y o re s: los p a rtid o s C o m u n ista y S o c ia lista , el F re n te
A m plio y el MLN o rig in a rio . U n o b se rv a d o r p o lític o c e rc a n o a l MLN
d e s d e su fu n d a c ió n , co n sid e ró e ste fe n ó m e n o u n e v id e n te re tro c e s o . A
su ju ic io N uev o T iem p o re e d ita b a las d is p u ta s in te s tin a s q u e h a b ía n
p a ra liz a d o en los p rim e ro s s e s e n ta a la iz q u ie rd a u ru g u a y a . A d v ertía
q u e e n esos m o m e n to s , e n p le n a d ic ta d u ra , e x istía n en U ru g u a y siete
p a rtid o s q u e se d e fin ía n m arx istas len in istas, con su s p ro p ia s y o p u e sta s
in te rp re ta c io n e s «científicas» de la re a lid a d . N uevo T iem p o se p ro p o n ía
com o el octavo.
En un d o c u m e n to d ifu n d id o e n e n ero de 1975, «Las ra z o n e s d e n u e s­
tra ru p tu ra con el MLN (T)», los « re n u n c ian te s» a trib u ía n la d e r r o ta de

90. Liderada por Lucas Mansilla, Kimal Amir, Luis A lem añy y W illiam W hite-
law. A fines de 1974 los cuatro a b a n d o n a ro n el MLN ju n to a un n u trid o grupo
de tu p am a ro s de A rgentina, Uruguay, E uropa y Cuba y c rearo n la o rganización
«Nuevo Tiempo», disuelta por los tres prim eros a m ediados de 1976. Sus escritos
políticos reafirm an hasta esa fecha la adhesión al m arxism o leninism o y se apoyan
en textos teóricos de esa ideología.
91. Hugo Wilkins, Raúl Rodríguez, M artínez Platero, «Domingo», Kimal Amir,
entrevistas citadas. W alter González, entrevista (2009), de Clara A ldrighi.

278
El M ovim iento de Liberación N acional Tupam aros.

1972 a la n eg ativ a influencia ejercida p o r los tu p a m a ro s de o rig en social-


d em ó crata (alu d ien d o a Sendic, M arenales, M anera y o tros ex socialistas)
y su rech azo del m arxism o leninism o. D escalificaban la e n te ra tray ecto ria
del MLN, rad icalizan d o las co n d en as de Viña del Mar, que h a b ía n ubicad o
el co m ienzo de la d eclin ació n en agosto de 1970, con el en ca rce lam ie n to
de los d irig e n te s histó rico s.
Un a ñ o m ás ta rd e los «ren u n cian tes» co n sid e ra b an q u e el fracaso d el
m o v im ie n to v e n ía g e stá n d o se d e sd e su fu n d a c ió n . In flu id o s m a r c a d a ­
m e n te p o r las te o ría s d el PRT, c ritic a b a n el fo q u ism o d e l m o v im ie n to
tu p am aro , su in teg ració n p eq u eñ o bu rg u esa y h a sta el apoyo b rin d a d o al
F ren te A m plio en 1971. De la coalición de izq u ierd as m e n o sp re c ia b an la
política re fo rm ista y la in definición ideológica. El c o m e n ta rista les h acía
n o ta r la in co n g ru en cia de esta últim a crítica. Pues en esos m o m en to s los
« renunciantes», in te g ra b a n y ap o y ab an la U nión A rtig u ista de L iberación
(UAL), in fin ita m e n te m ás déb il q u e el F ren te A m plio.

«Su p ro g ra m a es tam b ién m ucho m enos am bicioso q u e el del


F ren te A m plio. Con el ag reg ad o que en el se g u n d o llam a m ie n ­
to d e la UAL (d e a b ril d e 1 9 7 5 ) re tro c e d ie ro n co n re s p e c to
al p rim e ro (q u e c o n o cí en o c tu b re de 1 9 7 4 ). E n el p rim e ro
se p ro c la m a b a “u n a so lu ció n re v o lu c io n a ria ”, u n “g o b ie rn o
po pular, an tiim p e ria lista y rev o lu cio n ario ”; e n el se g u n d o n o
se m en c io n a ni u n a vez la p alab ra revolución. En el p rim e ro
se p ro p o n ía la “n a cio n a liz ac ió n d e la b a n c a ”; e n el se g u n d o ,
“la n a c io n a liz a c ió n d e la b a n c a m o n o p ó lic a ”. En el p rim e ro
se p ro p o n ía n “m e d id a s ra d ic ale s c o n tra el g ra n la tifu n d io ”;
en el se g u n d o “m e d id a s c o n tra el g ran latifu n d io ” ( . . . )».92

En la o p in ió n actu a l de varios p ro tag o n istas, las crisis y divisiones del


MLN a p a rtir de 1 9 7 4 se d e b iero n a la au sen cia de lid erazg o s u n ificad o -
res, a la im p e ric ia d e los d irig e n te s, a sus d isp u ta s in te rn a s d e c a rá c te r
se c ta rio , al a b a n d o n o p o r p a rte d e a lg u n o s d irig e n te s d e las p o sicio n es
re v o lu c io n a ria s y fin a lm e n te d e la m ism a iz q u ie rd a , p a ra a d h e rir a los

92. Texto sin firma ni fecha [m ediados de 1975] atribuido a Mario Jau n aren a,
en Archivo del MLN (AMLN), C entro de Estudios In terdisciplinarios U ruguayo
(CEIU), Facultad de H u m anidades y Ciencias de la Educación (FHUCE). La UAL
fue fundada en A rgentina por E. Erro, Z. Michelini, los GAU, el Partido Com unista
Revolucionario (PCR) y el 26 de Marzo. En representación de este últim o asistían
alg u n o s de los fu tu ro s «renunciantes». En 1975 N uevo T iem po se incorporó a
la UAL; en 1976 su re p re se n tan te era W. W hitelaw, asesinado en m ayo de 1976
en el m arco del Plan C ó n d o r ju n to a su esposa Rosario B arredo, Z. M ichelini y
H éctor G utiérrez Ruiz.

279
Clara Aldrighi

p a rtid o s N ac io n al y C o lo ra d o .93 Las re s p o n s a b ilid a d e s d e la d e rr o ta en


1972 y d e los golpes sufridos en los in ten to s de reo rg a n iz a ció n d e 1973 y
1 9 7 4 , se v o lv iero n un im p o rta n te tem a d e d iscu sió n y con flicto y d iero n
lu g a r a in te rp re ta c io n e s id eo lo g izan tes.
En fo rm a in in te rru m p id a d e sd e el p e río d o c h ile n o y m ás a c e n tu a d a ­
m e n te a raíz d e l c o la p so d e 1 9 7 4 , n u m e ro so s tu p a m a ro s ra d ic a d o s en
el e x te rio r se fu e ro n d e s v in c u la n d o del MLN. O al m e n o s d e ese MLN
d el ex ilio , e n el q u e ya n o se rec o n o c ía n : ni e n su id e o lo g ía , ni e n sus
p o líticas, ni e n su s d in á m ic a s in te rn a s.
El alu v ió n d e d in e ro q u e recibió la o rg a n iz a c ió n e n tre ju n io d e 1973
y a b ril d e 19 7 4 p o r los secu e stro s d e A rg en tin a, fue p ro b a b le m e n te uno
d e los c a ta liz a d o re s de su d isg reg ació n . Los c rite rio s p a ra su e m p le o g e ­
n e ra ro n á sp e ra s diferen cias y c o n trib u y ero n a e n ra re c e r el clim a in tern o .
Su g e stió n e stu v o a c a rg o d e l re d u c id o a p a ra to c la n d e s tin o o rg a n iz a d o
en B uenos A ires, p u es d e las n ecesid ad es de los tu p a m a ro s re sid e n te s en
C uba se o c u p a b a el g ob iern o cu b an o . P o sib lem en te el d in e ro d e sp e rtó la
codicia d e los rep reso res. Varios d o cu m en to s d el S ervicio d e In telig en cia
d e D efen sa (SID) d e 1 9 7 4 y 1 975 re v e la n q u e los m ilita re s u ru g u a y o s ,
p ro b a b le m e n te p o r in form aciones o b ten id as m e d ia n te to rtu ra s, conocían
los secu estro s de 1973 y la existencia de im p o rta n te s su m a s en p o d e r del
m o v im ien to .
En A rg e n tin a , a fines de 1 9 7 4 , ig u a lm e n te in te n tó re n a c e r u n MLN
d iezm ad o por la escisión de los «renunciantes», g o lp e a d o p o r los arresto s
y a se s in a to s d e tu p a m a ro s y a tra v e sa d o p o r d e sc o n fia n z a s p e rs o n a le s.
A un q u e m a n te n ie n d o la u n id a d , e n su in te rio r c o e x istían d o s c o rrie n te s:
la «T endencia P ro le ta ria » y la «O rtodoxa», m ás a d h e re n te a la tra d ic ió n
o rig in al d e l m o v im ien to .94
La convicción m ilitan te im pulsó a este p e q u e ñ o n ú cleo a c o n tin u a r la
lucha, o rg a n iz a n d o u n a re ta g u a rd ia en B uenos A ires y e n v ia n d o a varios
93. Lucas M ansilla y Luis Alemañy, exiliados en E uropa desde 1974 y 1975,
a fines de los se te n ta se inco rp o raro n al Partido N acional ju n to a un núcleo
de ex m ilitan tes de N uevo T iem po. O tros lo hicieron al P artido C olorado. Luis
Alemañy, en trev ista (1 999) de C lara Aldrighi, publicada en A ldrighi, M emorias
de insurgencia. Historias de vida y m ilitancia en el M LN Tupam aros. 1965-1975,
Kimal Amir, entrevista citada.
94. A la T endencia Proletaria pertenecían, entre otros, A ndrés Cultelli, Raúl
R odríguez, Atalivas Castillo, G abino Falero y Pedro L erena. Los dos prim eros se
distin g u iero n p o r la redacción de los docu m en to s y tex to s políticos d e la agru-.
pación (Raúl R odríguez, entrevista citada). A la seg u n d a co rrien te, «O rtodoxa»,
a dherían e n tre otros W alter González, A ntonio B andera, Emilia C arlevaro, Félix
M .Bentín. Varios docu m en to s c om prueban la p erd u ra c ió n de graves co n tra stes
cutre los dirigentes de las dos corrientes. Por ejem plo los existentes entre B andera
y Cultelli o e n tre Falero y Bentín: AMLN, CE1U, FHUCE, «Carta de Pedro [Bande­

VHO
El M ovim iento de Liberación Nacional Tupam aros.

d irig e n te s c la n d e stin o s a in sta la rse en U ruguay, en el ú ltim o in te n to de


reo rg a n iz a c ió n del MLN en el país d u ra n te la d ic ta d u ra . Su sald o , e n tre
abril y m ayo de 1975, fue el de decenas de presos y to rtu ra d o s en B uenos
A ires y M o n tevideo, varios m u e rto s y un d esa p a re c id o en U ruguay.95
El fraccionam iento de la o rg anización y los golpes represivos pro v o ca­
ron el a b a n d o n o de las p erspectivas de p ro n to re to rn o al C ono S ur e n tre
los re s id e n te s en C uba. A p a rtir de 197 6 el P a rtid o C o m u n ista c u b a n o
p ro p u so ap o y ar la p artid a hacia E uropa de qu ien es no q u isieran p e rm a n e ­
cer en la isla, d o n d e se les ofrecía la p osibilidad de tra b a ja r o estu d iar.96
D esp u és d e la d isp e rsió n d e la m a y o ría de los re s id e n te s en C u b a p o r
E u ro p a y A m érica, n u m e ro so s tu p a m a ro s c o m b a tie ro n e n las g u e rra s
civiles d e N ic a ra g u a y El S alvador, o tro s se in te g ra ro n a o rg a n iz a c io n e s
g u e rrille ra s la tin o a m e ric a n a s 97
U n re d u c id o n ú c le o d e m ilita n te s p e rm a n e c ió en A rg e n tin a (o se
tra s la d ó d e s d e E u ro p a y C u b a) con el p ro p ó sito d e m a n te n e r e n v ida
al MLN en las cerc a n ía s d e U ruguay. En su cesiv o s in te n to s te jie ro n u n a
te n u e re d c la n d e stin a , d e sa rtic u la d a u n a y o tra v ez p o r la O p e ra c ió n
C ó n d o r.98 T odo ello e n el c o n te x to de la tra g e d ia g e n e ra l q u e su frió en
eso s a ñ o s la p o b lació n del C ono Sur, fla g e lad a p o r las d ic ta d u ra s y el
terro rism o d e E stado.

ra] a Pocho [W. González] y E nrique [Atalivas Castillo]», La H abana, febrero de


1975. «Carta de Beto [Falero] a Ju a n [Bentín]», La H abana, noviem bre de 1975.
95. En en ero de 1975 ingresaron al Ejecutivo del MLN Cultelli, Adolfo
C am pbell y Ary Q uiroga. Poco después cayeron presos d irigentes y cuadros
m edios de las dos corrientes del MLN. Entre ellos: Carlevaro, Campbell y Cultelli
en Buenos Aires, Ary Q uiroga al in te n tar ingresar a Uruguay, G onzález, Lerona,
R odríguez en Uruguay.
96. Jo rg e B arreño. «Cuba y el apoyo a los m ovim ientos arm ados. R azones
de Estado». En: Brecha: M ontevideo (28 de agosto de 1998), págs. 17-18. Hugo
W ilkins, Jo rg e Blanco, Celeste Zerpa, entrevistas citadas.
97. A lvear Leal (2 000) y «G erardo» (1 9 9 9 ), entrevistas de C lara Aldrighi.
Hugo W ilkins, Ana C asam ayou, entrevistas citadas.
98. E ntre ellos Carlos H ern án d ez M achado (m u erto en e n fre n tam ien to y
d e sa p are cid o en diciem bre de 1976), Atalivas Castillo, E duardo Gallo, Miguel
Ángel Ríos, Aída Sanz (d esaparecidos en diciem bre de 1977), Félix Mnlcliinii
Bentín, Ignacio A rocena, M aría Rosa Silveira y José U rtazún (desaparecidos en
agosto de 1978).
Capítulo 10
Ejército de Liberación Nacional: entre las
armas y la política!

M a rio A g u ile r a P e ñ a

El E jérc ito d e L iberació n N acio n al (ELN) n o sólo es u n a g u e rrilla


e c lip sa d a p o r el p o d e río m ilita r q u e d e m o s tra ro n las F u e rz a s A rm a d a s
R evolucionarias de C olom bia-E jército del Pueblo(FARC-EP) d e sd e m e d ia ­
d os d e los a ñ o s n o v e n ta , sin o q u e es u n g ru p o in s u rg e n te al q u e d e sd e
h a c e casi u n a d é c a d a se le v ien e p ro n o s tic a n d o su e m in e n te d e s a p a ri­
ción. M u ch as veces se d ijo q u e con la acció n d el p a ra m ilita ris m o y sin
la in te rv e n c ió n del ejército b a sta ría p a ra an iq u ila rlo s, m ie n tra s e n o tra s
o casio n es se h a afirm ado que es un g ru p o p ro fu n d a m e n te d e b ilita d o que
n ecesita con urgencia de un a negociación con el gobiern o n acio n al. Unos
y o tro s p ro n o s tic a ro n , a d e m á s, q u e los fre n te s d e l ELN o su s re d u c to s
p u e d e n se r a b so rb id o s m ás te m p ra n o q u e ta rd e p o r las PARC.
N in g u n o d e e so s p ro n ó stic o s se ha c u m p lid o : el p a ra m ilita ris m o
n e g o c ia co n el g o b ie rn o sin h a b e r d e rro ta d o a e sa g u e rrilla y el ELN,
a u n q u e d e b ilitad o m ilitarm en te , sobrevive re n u n c ia n d o quizás a su regla
ética de n o re c u rrir a los recursos derivados del n arcotráfico. Su p re su n ta
n ecesid ad de nego ciació n no se refleja en térm in o s de av an ces co n creto s
e n los ac e rc a m ie n to s y m ed iacio n es que se h an reg istrad o e n los ú ltim os
m eses, y n in g ú n frac c io n a m ie n to se h a p ro d u c id o q u e h a y a llev a d o q u e
sus fre n te s caig a n bajo la ó rb ita de las FARC.

*. Publicado en Mario Aguilera Peña. Nuestra guerra sin nombre. Transforma­


ciones del conflicto en Colombia. Bogotá: Editorial Norm a y U niversidad Nacional
de Colom bia, 2006, págs. 209-266.
M ario A guilera Peña

El fu tu ro d e e sta o rg a n iz a c ió n p a re c e d e p e n d e r, p o r s u p u e s to , d e la
c o n tin u id ad d e la presió n de los p a ram ilitares y del ejército; p e ro ta m b ién
d e su a c u m u la d o h istó ric o , re p re s e n ta d o e n d o s e le m e n to s d istin tiv o s
d e esa g u e rrilla : su c o h esió n in te rn a , fo rjad a en b u e n a p a rte a p a rtir de
u n a s n o c io n e s m a rx ista s-c ris tia n a s , y el c ap ita l p o lítico q u e p u d o h a b e r
a c u m u la d o lu e g o d e m ás d e u n a d é c a d a d e l ejercicio de la e s tra te g ia
d e n o m in a d a de pocler p o p u la r o poder de doble cara.
Esos d o s rasg o s, d e fin itiv o s p a ra e n te n d e r la p e rs iste n c ia d e l ELN
e n el a c tu a l c o n flic to a rm a d o , lo d ife re n c ia n d el re sto de la in su rg e n c ia
colom biana. En c u a n to al prim ero , es un elem en to de la id en tid a d de esa
o rg a n iz a c ió n su m a rx ism o -c ristia n o , q u e se m a n ifie sta en la in te g rac ió n
de esos discu rso s en función de un «ideal revolucionario», e n la fu erte p re ­
sencia d e los lid erazg o s de ex sacerd o tes, en el so b resalien te verticalism o
d e sus a c titu d e s y de su d iscurso, en su s ex p resio n es m o ralista s (id en tifi­
c a d a s, p o r e je m p lo e n la c o n d e n a al n a rc o trá fic o ) y e n la te n d e n c ia de
sus m ilita n te s a a su m ir la lu ch a g u errille ra con m ay o r s e n tid o sacrificial
q u e los d e m á s c o m b a tie n te s d e la in su rg e n c ia . Los m e c a n ism o s d e esa
o rg a n iz a c ió n p a ra fo rm a r id e n tid a d y se n tid o d e p e rte n e n c ia e n tr e sus
c o m b a tie n te s, h a n c o n trib u id o a e le v a r su m o ral d e c o m b a te y h a c erlo s
m ás re siste n te s al e m b a te de los p a ra m ilita re s y el ejército .
R especto del se g u n d o rasgo, su p re su n to cap ital p olítico, es necesario
re a liz a r un c o n tra ste : m ie n tra s las PARC h a n p riv ile g iad o el c o p a m ie n to
y co n tro l te rrito ria l, sin q u e ex ista e n m u ch as re g io n e s u n a re lac ió n con
los c a m p e sin o s d is tin ta a la fu e rz a o al o fre c im ie n to d e s e g u rid a d , en
el ELN su m e n o r y p a u sa d o c re c im ie n to es a trib u ib le en b u e n a m e d id a
a la p re te n s ió n d e e x p a n d irs e so b re la b a se d e ap o y o s fu n d a d o s en
p ro ceso s d e o rg a n iz a c ió n social. La d ife re n c ia es n o to ria , n o o b s ta n te
q u e las PARC fu e ro n los p rim ero s o p e ra d o re s de la id ea de g a n a r m asas
a trav és d e g e n e ra r fo rm as de o rg a n iz a c ió n c a m p e sin a o d e p e n e tr a r en
las lid e ra d a s o a rtic u la d a s al E stad o , com o las ju n ta s d e acció n c o m u n al.
E sta ta r e a p o lític a fu e d e s a rro lla d a co n m u y p o ca te o riz a c ió n y sin u n
h o riz o n te d istin to al de a m p lia r el p o d e r electo ral del P artid o C o m u n ista
y, p o ste rio rm e n te , el de la U nión P atriótica (U P). La d iferen cia a lu d id a no
im plica que la p rim e ra g u errilla haya desistid o de c o n tin u a r d e sa rro llan d o
m étodos de config u ració n de apoyos sociales com o un p re su p u e sto ta n to
p a ra lo g ra r su e x p a n sió n m ilitar, co m o p a ra c o n ta r a la rg o p la zo c o n la
p o sibilidad d e d e s a rro lla r u n a fase in su rreccio n al.
En co n tra ste con las FARC, el ELN, desd e m ed iad o s de los a ñ o s o c h e n ­
ta y en u n m o m e n to d e c laro asce n so d e los m o v im ie n to s cívicos d e
c o b e rtu ra re g io n a l, fu e p ro p ic ia n d o u n d e b a te in te rn o so b re el se n tid o
que se le d e b ía d a r a la articu lac ió n d e la g u errilla co n los esp acio s y los
m ovim ientos locales y regionales. A p a rtir de la ex p erien cia de la guerrilla

284
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

s a lv a d o re ñ a - b a s a d a en los c o n cep to s d e los fu n d a d o re s d e l m arx ism o


y e n la acció n del clero a d sc rito a la te o lo g ía d e la li b e r a c i ó n - fo rm u ­
la ría n la tesis d e c o n stru ir p o d e re s p o p u la re s p a ra le lo s a los e sta ta le s,
capaces de g a n a r p au la tin a m e n te au to n o m ía y de su stitu ir en un proceso
rev o lu cio n ario , a las form as g u b e rn a m e n ta le s vigentes. La id ea , a g ita d a
al tie m p o q u e los cam b io s g e n e ra d o s p o r la C a rta d e 1991 e stim u la b a n
las form as d e d em o cracia local, se artic u ló ta m b ié n ta n to a la e stra te g ia
d e in te n ta r c o n trib u ir con u n a p e rsp ectiv a p o p u la r a la c o n stru c c ió n de
id e n tid a d e s reg io n ales, com o a la form a «federal», q u e sin p ro p o n é rse lo
h ab ía a d q u irid o esa g u errilla en su e stru c tu ra o rg a n iza tiv a .
El p re s e n te a rtíc u lo se c e n tra e n el e s tu d io d e los d o s ra sg o s q u e
p u e d e n g a ra n tiz a r la su p e rv iv e n cia d e l ELN. P ara ello se p re s e n ta u n a
p e rio d iz a c ió n d el g ru p o q u e tie n e en c u e n ta a sp e c to s d e su p ro y e c to
político -m ilitar, su c o n te x to n ac io n a l c in te rn a c io n a l, la e v o lu c ió n del
a p a ra to m ilitar y algunos de sus arg u m e n to s políticos. A p a rtir de allí, se
an aliza su recien te estrate g ia política-m ilitar, in te n ta n d o m o s tra r que esa
g u errilla, lu eg o de e x p erim e n ta r un proceso d e crecim ien to e n tre 1 986 y
1 9 9 3 , se e sta n c a m ilita rm e n te p o r div erso s facto res in te rn o s y e x tern o s,
p e ro b á s ic a m e n te p o r los ra sg o s d e su e s tru c tu ra o rg a n iz a tiv a y p o r su
in c lin a c ió n a tr a ta r d e e x p a n d irse so b re la b a se d e g a n a r in flu e n c ia s
lo cales o re g io n a le s o d e c o n fig u ra r ap o y o s so c ia les no m u y d e fin id o s,
a p re s a d o s u n a s veces en la in stitu c io n a lid a d o lim ita d o s e n o tra s p o r la
c la n d e stin id a d y p o r la su b o rd in a c ió n a los a p a ra to s m ilitares.
S o ste n e m o s q u e si b ien esa te n d e n c ia e stra té g ic a p u d o c o n trib u ir a
su e s ta n c a m ie n to m ilitar, a la p o stre p u e d e c o n v e rtirse e n u n e v e n tu a l
a c u m u la d o p a ra un p ro ce so de in serció n a la v id a civil. F in a lm e n te ,
a b o rd a re m o s u n o de los c o m p o n e n te s de su id e n tid a d , el m arx ism o -
cristian o , p a ra m o s tra r las e x p re sio n e s de ese influjo en su d iscu rso , sus
m éto d o s y sus p ro p u e sta s d e acción política.

La guerrilla íoquista (1964-1978)

El ELN surge en 1964, en el M agdalena M edio sa n ta n d e re a n o , en una


reg ió n q u e en los a ñ o s c in c u e n ta h a b ía sid o e sc e n a rio d e la ac tiv id a d
d e la g u e rrilla lib eral d irig id a p o r R afael R an g el G ó m ez y e n la q u e en
la p rim e ra p a rte d e los a ñ o s se se n ta , h ab ía te n id o a lg u n a n o to rie d a d el
M o v im ien to R e v o lu cio n a rio L iberal (M RL). En la z o n a ta m b ié n ex istía
u n a im p o rta n te tradición de luchas o breras, d eb id o al cen tro p e tro le ro de
B arran cab erm eja y había irru m p id o rec ie n tem en te un fu erte m ovim iento
e s tu d ia n til lid e ra d o p o r la A sociación d e E s tu d ia n te s U n iv e rsita rio s de
S a n ta n d e r (AUDESA).

285
M ario A guilera Peña

El g ru p o inicial del ELN estu v o c o n stitu id o p o r e stu d ia n te s u n iv e rsita­


rios id e n tific a d o s co n la p o sib ilid ad d e re p e tir el p ro c e so se g u id o p o r la
R ev o lu ció n c u b a n a , alg u n o s c a m p e sin o s p o rta d o re s d e la m e m o ria del
conflicto p a rtid ista de la d écad a a n te rio r y unos pocos o b rero s q u e co n ta­
ban con cierta tray ecto ria en el m ovim iento sindical. En el co n tex to de la
ép o ca, la o p ció n de im itar el m o d elo rev o lu cio n ario cu b an o los convirtió
en pro c a stristra s y de a lg u n a m an e ra en pro soviéticos, y ello significó la
a u to s e p a ra c ió n , la riv alid ad a v eces e n c o n a d a co n o tra s o rg a n iz a c io n e s
a rm a d a s y la e x tre m a d ific u lta d d e to d o s los a lz a d o s e n a rm a s d e esa
ép o ca d e lo g ra r ac u e rd o s p a ra e n fre n ta r las fu e rza s en e m ig a s.
El ELN logra un g ran efecto inicial al h a cer uso de un len g u aje an tio li­
g á rq u ico y d e d e n u n c ia de las d e sig u a ld a d e s so ciales, e n b u e n a m ed id a
in scrito e n el id e a rio lib e ra l ra d ic a l q u e h a b ía a c o m p a ñ a d o a v a rio s de
los m o v im ie n to s sociales c o lo m b ian o s d e sd e m e d ia d o s d el siglo xix. Un
len g u aje que a d e m á s m o strab a visos n acio n a listas y an tiim p e ria listas, un
ta n to le ja n o d el m a rx ism o o rto d o x o q u e m o s tra b a n o tra s o rg a n iz a c io ­
n es d e iz q u ie rd a . El efec to inicial d e l ELN fu e ta m b ié n re s u lta d o d e la
v in c u la c ió n a su s filas d el s a c e rd o te C am ilo T o rres, q u ie n h a b ía a tra íd o
la a te n c ió n n a c io n a l al im p u ls a r el F re n te U n id o , u n m o v im ie n to de
o p o sició n al F re n te N acio n al y q u e p la n te a b a la n e c e sid a d d e d iv ersas
tra n sfo rm a c io n e s rev o lu cio n a rias p a ra el país.
El a p o g e o d el ELN no d u ró m u c h o tie m p o . El h o n d o in flu jo de
la co n c e p c ió n fo q u ista d e la lu ch a a rm a d a , n o le p e rm itió c re c e r y lo
llevó a a isla rse d e l d éb il m o v im ie n to social d e la é p o c a . El fo q u ism o
in su rrecc io n al se b asa b a en la n eg ació n del p a rtid o de v a n g u a rd ia com o
requisito de la lu ch a rev o lu cio n aria y en la su b o rd in a c ió n d e lo político a
lo m ilitar. Se co n sid era tam b ién q u e las con d icio n es o bjetivas p a ra h acer
la re v o lu c ió n ya e s ta b a n d a d a s y q u e se tra ta b a d e a c e le ra r el p ro ceso
m e d ia n te el d e sa rro llo y co n so lid ació n de la ac tiv id a d g u e rrille ra .
El ELN c re ía q u e la v a n g u a rd ia d el p ro ce so re v o lu c io n a rio esta b a
re p re se n ta d a en el m o v im ien to a rm a d o y q u e su eje lo c o n stitu ía el cam ­
p e sin ad o . La o rg an iz ac ió n rev o lu cio n aria se g e n e ra ría e s p o n tá n e a m e n te
del cam p o a la ciu d ad p a ra alc a n za r el p o d er e n u n a « g u erra p rolongada»
y p o r la «vía in su rre c c io n a l » . 1 Ese proceso im plicaba la su b o rd in a c ió n de
la m ilitan cia u rb a n a a los m a n d a to s de la g u errilla ru ra l y su red u cció n a
un a p é n d ic e logístico. En esa división del trab a jo , el p a p e l a sig n a d o a la
red u rb a n a era sim p le m en te el de «form ar cuadros» p a ra a se g u ra r el cre­
c im ien to d e la g u e rrilla ru ra l, el acopio de in fo rm ac ió n y la co n secu ció n
d e recurso s.

1. V ásquez C astaño citado en Cristina De la Torre. Colombia cam ino al


socialismo. Bogotá: n /d , 1976, págs. 322-323.

286
Ejército de Liberación N acional: e n tre las arm as.

Por o tro lad o , el fo q u ism o del ELN re c h a z a b a to d a lu c h a d e carác te i


reiv in d icativ o , p o r c o n sid e ra r q u e esta d is tra ía a las « m asas d e l objetive
estratégico» y las conducía al conform ism o. En este sen tid o , es explicable
q u e e ste g ru p o in s u rg e n te no e x p lo ta ra las re la tiv a s v e n ta ja s h istó ricas
y p o lític a s q u e le o frecía su p rim e r e sc e n a rio d e a c tiv id a d e s y los que
tra ta ro n d e co n fig u ra r a c o n tin u a c ió n en el n o rd e s te a n tio q u e ñ o y en el
s u r d e Bolívar.
En el ELN se co n fig u ró u n a e stru c tu ra p ira m id a l en to rn o a la figura
de su c o m a n d a n te , Fabio V ásquez C astaño, q u ien no sólo se co n sid erab a
el g e sto r d e la o rg a n iz a c ió n , sin o su o rie n ta d o r y c o n d u c to r m ilitar. Tal
co n cen tració n de p o d e r co n d u jo al a u to rita rism o , al tra ta m ie n to discipli­
n a rio d e los conflictos id eo ló g ico s, a los in te n to s d e fra c c io n a m ie n to , a
las d ese rc io n e s y al esta n c a m ie n to de la o rg an izació n .
En su e ta p a o rig in a l, la g u e rrilla n o n e c e sitó a p re c ia b le s re cu rso s
p a ra d e s a r ro lla r sus accio n es p o líticas y m ilita re s. T am p o co re q u irió
g ra n d e s re c u rso s, en c u a n to e n sus inicios fu e ro n g ru p o s re la tiv a m e n te
peq u eñ o s, con u n crecim iento vegetativo que fue c o rtad o o p o r el in ten to
de a b rir fren tes en nuevos territo rio s o p o r sus crisis in te rn a s y la p resión
m ilitar. In d icativ o de ese pro ceso es la ev o lu ció n del ELN, q u e co m en z ó
a o p e ra r e n 1 9 6 4 con 18 h o m b re s; casi u n a d é c a d a d e sp u é s , e n 1 9 7 3
ap e n a s lleg ab a a u n o s 2 7 0 g u errillero s, y, p o ste rio rm e n te , e n 1 9 7 8 sólo
le q u e d a b a n 3 6 .2
Esa g u e rrilla o rig in al d el ELN fue ta m b ié n u n a g u e rrilla m al a rm ad a,
que p a ra tr a ta r de acre c e n ta r su m aterial bélico, tuvo que e stab le c e r com o
p a rá m e tro d e eficacia e n los a salto s o e m b o sc a d a s el n ú m e ro d e a rm a s
« re c u p e ra d a s» al e n e m ig o .3 A d em ás, su u b ic a c ió n e n z o n a s m á s b ien
pobres, m arg in ales y de recien te colonización no le p e rm itía o b te n e r m a ­
yores recursos. En esas zonas recibieron a p o rtes v o lu n tario s e im pusieron
co n tribuciones poco significativas. La falta de recursos llevó a la guerrilla
a q u e b r a n ta r n o rm a s m o ra le s y d e se g u rid a d c o m o las q u e p ro h ib ía n
to m a r sin p a g a r los b ien es d e los cam p esin o s. El ELN, p o r ejem p lo , tu v o
que a p e la r a co m p rar p ro d u cto s con los d e n o m in ad o s bonos de esperanza
revolucionaria , p a ra se r c o b ra d o s c u a n d o triu n fa ra la re v o lu c ió n .4 Pese
a su m o v ilid a d , y al ig u al q u e los d e m á s g ru p o s in s u rg e n te s , el ELN
d eb ió re d o n d e a r su s o s te n im ie n to co n el tra b a jo e n g ra n ja s. S ig u ie n d o

2. E n trevista a N icolás en M aría López Vigil. Camilo cam ina en Colombia.


N avarra: T x alap a rta, 1989, pág. 139; intervención del m in istro de D efensa,
general Luis Carlos Cam acho Leyva ante la Cám ara de R epresentantes, octubre de
1979, citado por José Fajardo y Migue! Ángel Roldán. Soy el com andante. Bogotá:
Oveja N egra, 1980, pág. 190.
3. Entrevista a Nicolás, en López Vigil, Camilo camina en Colombia, pág. 141.
4. E ntrevista a Nicolás, en ibíd., pág. 237.

287
M ario A guilera Peña

El gru p o inicial del ELN estuvo co n stitu id o p o r e stu d ia n te s u n iv ersita­


rios id e n tific a d o s co n la p o sib ilid a d de re p e tir el p ro c eso se g u id o p o r la
R ev o lu ció n c u b a n a , a lg u n o s c a m p e sin o s p o rta d o re s d e la m e m o ria del
conflicto p a rtid ista de la d é c ad a a n te rio r y u n o s pocos o b rero s q u e c o n ta­
b an con cierta tray ecto ria en el m ovim iento sindical. En el co n tex to de la
ép o ca, la opció n d e im itar el m o d elo re v o lu cio n ario cu b a n o los convirtió
en pro castristra s y de alg u n a m an e ra en pro soviéticos, y ello significó la
a u to s e p a ra c ió n , la riv alid a d a veces e n c o n a d a con o tra s o rg a n iz a c io n e s
a rm a d a s y la e x tre m a d ific u lta d d e to d o s los a lz a d o s e n a rm a s d e esa
ép o ca d e lo g ra r a c u e rd o s p a ra e n fre n ta r las fu e rz a s en em ig as.
El ELN logra un g ran efecto inicial al h a c e r uso de un len g u aje antioli­
g á rq u ico y de d e n u n c ia d e las d e sig u a ld a d e s so ciales, e n b u e n a m ed id a
in sc rito e n el id e a rio lib eral ra d ic a l q u e h a b ía a c o m p a ñ a d o a v ario s de
los m o v im ien to s so ciales co lo m b ia n o s d e sd e m e d ia d o s d el siglo xix. Un
len g u aje que ad e m á s m o stra b a visos n a cio n a listas y a n tiim p eria lista s, un
ta n to le ja n o d e l m a rx ism o o rto d o x o q u e m o s tra b a n o tra s o rg a n iz a c io ­
n es d e iz q u ie rd a . El e fe cto inicial d el ELN fu e ta m b ié n re s u lta d o d e la
v in c u la c ió n a sus filas d el sa c e rd o te C am ilo T o rres, q u ien h a b ía atraíd o
la a te n c ió n n a c io n a l al im p u ls a r el F re n te U n id o , u n m o v im ie n to de
o p o sic ió n al F re n te N a c io n a l y q u e p la n te a b a la n e c e sid a d d e d iv ersas
tra n sfo rm a c io n e s rev o lu c io n a ria s p a ra el país.
El a p o g e o d el ELN no d u ró m u ch o tie m p o . El h o n d o in flu jo de
la c o n c e p c ió n fo q u ista d e la lu c h a a rm a d a , n o le p e rm itió c re c e r y lo
llevó a a is la rs e d el d é b il m o v im ie n to social d e la é p o c a . El fo q u ism o
in su rreccio n a l se b a sab a en la n eg ació n del p a rtid o d e v a n g u a rd ia com o
req u isito de la lu ch a revo lu cio n aria y en la su b o rd in a c ió n de lo político a
lo m ilitar. Se co n sid e ra ta m b ié n que las co n d icio n es o bjetivas p a ra h acer
la re v o lu c ió n ya e s ta b a n d a d a s y q u e se tr a ta b a d e a c e le ra r el p ro ceso
m e d ia n te el d e sa rro llo y co n so lid ació n de la activ id a d g u e rrille ra .
El ELN cre ía q u e la v a n g u a rd ia d el p ro ce so re v o lu c io n a rio estab a
re p re se n ta d a e n el m o v im ien to a rm a d o y q u e su eje lo c o n stitu ía el cam ­
p esin ad o . La o rg an iza c ió n rev o lu cio n aria se g e n e ra ría e sp o n tá n e a m e n te
del cam po a la ciu d ad p ara a lc a n za r el p o d e r en u n a «g u erra prolongada»
y p o r la «vía in su rre c cio n a l » . 1 Ese proceso im plicab a la su b o rd in a c ió n de
la m ilitan cia u rb a n a a los m a n d a to s de la g u errilla ru ra l y su red u cció n a
un a p é n d ic e logístico. En esa división del tra b a jo , el p a p e l a sig n a d o a la
red u rb a n a e ra sim p le m en te el de « fo rm ar cu ad ro s» p a ra a s e g u ra r el cre­
cim ien to de la g u errilla ru ral, el aco p io de in fo rm ac ió n y la co n secu ció n
d e recursos.

1. V ásquez C astaño citado en C ristina De la Torre. Colombia cam ino al


socialismo. Bogotá: n /d , 1976, págs. 322-323.

286
Ejército de Liberación N acional: e n tre las arm as.

Por o tro lad o , el foqu ism o del ELN re c h a z a b a to d a lu c h a d e c a rá c te r


reiv in d icativ o , p o r c o n sid e ra r q u e e sta d istra ía a las « m asas d el o bjetivo
estratégico» y las conducía al conform ism o. En este sen tid o , es explicable
q u e e ste g ru p o in s u rg e n te n o e x p lo ta ra las re la tiv a s v e n ta ja s h istó ric a s
y p o lític a s q u e le o frecía su p rim e r e sc e n a rio d e a c tiv id a d e s y los q u e
tr a ta ro n d e co n fig u ra r a c o n tin u a c ió n en el n o rd e s te a n tio q u e ñ o y e n el
su r de Bolívar.
En el ELN se co nfiguró u n a e stru c tu ra p ira m id a l en to rn o a la ñ g u ra
de su c o m a n d a n te , Fabio V ásquez C astañ o , q u ien no sólo se co n sid erab a
el g e sto r d e la o rg a n iz a c ió n , sin o su o rie n ta d o r y c o n d u c to r m ilitar. Tal
co n cen tració n de p o d er co n d u jo al au to rita rism o , al tra ta m ie n to discipli­
n a rio d e los conflictos id eo ló g ico s, a los in te n to s d e fra c c io n a m ie n to , a
las d e se rcio n es y al esta n c a m ie n to d e la o rg an izació n .
En su e ta p a o rig in al, la g u e rrilla n o n e c e sitó a p re c ia b le s re c u rso s
p a ra d e s a r ro lla r sus accio n es p o líticas y m ilita re s. T am p o co re q u irió
g ra n d e s re c u rso s, en c u a n to en sus inicios fu e ro n g ru p o s re la tiv a m e n te
p eq u eñ o s, con u n crecim iento v egetativo que fue co rtad o o p o r el in te n to
de ab rir fren tes en nuevos territo rio s o p o r sus crisis in te rn a s y la p resión
m ilitar. In d icativ o d e ese p ro ceso es la e v o lu ció n d el ELN, q u e c o m en zó
a o p e ra r e n 1 9 6 4 con 18 h o m b re s; casi u n a d é c a d a d e sp u é s , e n 1 9 7 3 ,
a p e n a s lle g a b a a u n o s 2 7 0 g u e rrille ro s, y, p o ste rio rm e n te , en 1 9 7 8 sólo
le q u e d a b a n 3 6 .2
Esa g u e rrilla original del ELN fue ta m b ié n u n a g u e rrilla m al a rm a d a ,
que p a ra tr a ta r de acre c e n ta r su m aterial bélico, tuvo que e stab lecer com o
p a rá m e tro d e eficacia e n los a salto s o e m b o sc a d a s el n ú m e ro d e a rm a s
« re c u p e ra d a s» al e n e m ig o . 3 A d em ás, su u b ic a c ió n e n z o n a s m ás b ie n
pobres, m arg in ales y de recien te colonización no le p e rm itía o b te n e r m a ­
yores recursos. En esas zonas recibieron a p o rtes v o lu n tario s e im pusieron
c o n trib u cio n es poco significativas. La falta de recursos llevó a la g u errilla
a q u e b r a n ta r n o rm a s m o ra le s y de s e g u rid a d c o m o las q u e p ro h ib ía n
to m a r sin p a g a r los bienes de los cam p esin o s. El ELN, p o r ejem p lo , tu v o
q ue a p e la r a c o m p rar p ro d u cto s con los d en o m in ad o s bonos de esperanza
revolucionaria, p a ra se r c o b ra d o s c u a n d o triu n fa ra la re v o lu c ió n .4 Pese
a su m o v ilid a d , y al ig u al q u e los d e m á s g ru p o s in s u rg e n te s , el ELN
d e b ió re d o n d e a r su s o s te n im ie n to co n el tra b a jo e n g ra n ja s. S ig u ie n d o

2. E ntrevista a N icolás en M aría López Vigil. Camilo cam ina en Colombia.


N avarra: T x alap a rta, 1989, pág. 139; intervención del m inistro de D efensa,
general Luis Carlos Camacho Leyva ante la Cám ara de Representantes, octubre de
1979, citado por José Fajardo y Miguel Ángel Roldán. Soy el comandante. Bogotá:
Oveja N egra, 1980, pág. 190.
3. Entrevista a Nicolás, en López Vigil, Camilo camina en Colombia, pág. 141.
4. E ntrevista a Nicolás, en ibíd., pág. 237.

287
M ario A guilera Peña

el e je m p lo d e la g u e rrilla v ie tn a m ita y sa lv a d o re ñ a , d u ra n te d o s m eses


d e l a ñ o tu m b a b a n m o n te y se m b ra b a n , co n lo c u a l c o m p a rtía n c o n los
cam p e sin o s, al tie m p o q u e h ac ía n « trab ajo id eo ló g ico » . 5
En form a m uy sec u n d a ria , los gu errillero s del ELN ap e la ro n al secu es­
tro con fines económ icos y al asalto b ancario. El se g u n d o tipo d e recu rso
no fue m u y re ite ra d o , d e b id o a la d eb ilid a d d e las re d e s g u e rrille ra s
u rb a n a s . Al p rim e ro se a p e ló m u y e sp o rá d ic a m e n te , en ra z ó n a q u e
los g u e rrille ro s d e la é p o c a c o n sid e ra b a n q u e ese e ra u n p ro c e d im ie n to
p ro p io d el lu m p e n o d e la d e lin c u e n c ia c o m ú n . Sin e m b a rg o , el ELN
se ría el p rim e ro e n a b a n d o n a r esa p re v e n c ió n , e sc u d a d o e n q u e d ic h a
p ráctica e sta b a sien d o u sad a p o r o tras o rg an izacio n es rev o lu cio n arias en
V enezuela, G u a te m a la y A rg e n tin a . 6
El ELN no creció corno e sp erab a y bien p ro n to los factores ad v erso s lo
o b lig a ro n a a d o p ta r u n a acLitud m ás de su p e rv iv en c ia q u e a d e sa rro lla r
u n a lu ch a o fen siv a. L uego d e la a b su rd a m u e rte en c o m b a te d e C am ilo
T o rres, el ELN se h u n d e e n u n a crisis in te rn a , q u e se e x p re s a e n los
fu s ila m ie n to s d e V ícto r M ed in a M o ró n , Ju lio C é sa r C o rtés y H e lio d o ro
O ch o a; en la escisión p ro v o cad a p o r J u a n de Dios A g u ilera (1 9 6 8 ), y en
la d eserció n d e Ja im e A renas (1 9 6 9 ). A ello se a g reg a n dos im p o rta n te s
go lp es m ilitares: el p rim ero , un e rro r de Fabio V ásquez C a stañ o p erm ite
la in c a u ta c ió n de d o c u m en to s y la d e te n c ió n de u n g ru p o im p o rta n te de
m ilitan tes (1 9 7 2 ), y, el seg u n d o , la m u e rte de M anuel y A ntonio V ásquez
C a sta ñ o en la o p e ra c ió n A n o rí (1 9 7 3 ), c u a n d o in te n ta b a n e x p a n d ir la
o rg a n iz a c ió n a n u ev o s e scen ario s en A ntioquia y Bolívar.
Al c o n tin u a r la d ecad en cia de la org an izació n , Fabio V ásquez no tiene
o tra sa lid a que a b a n d o n a r el país, en 1974. En c o n tra ste , p o r eso s años
se ap recia el re p u n te reo rg an izativ o de su red u rb a n a que h a sta en to n ce s
h ab ía g irado en to rn o del apoyo logístico a la e stru c tu ra ru ral. La crisis in­
te rn a y el co n tacto de las redes u rb an as con el m o v im ien to d e m asas y con
o tra s o rg a n iz a c io n e s co m o los se c to re s m arx istas le n in ista s e stim u la ro n
la d iscu sió n so b re la re o rg a n iz a c ió n y la o rie n ta c ió n d e su tra b a jo e n la
ciu d ad . A consecuencia de ello se p resen ta, por un lado, la realizació n de
alg u n a s acciones a rm ad a s de retaliación d irigidas p a rtic u la rm e n te co ntra
m ie m b ro s d e los a p a ra to s a rm a d o s d el E stad o . P or el o tro , se p ro d u jo
c ie rto im pulso al trab a jo con o b rero s y sin d icato s, lo cual se refleja en la
co n trib u ció n de alg u n o s m ilitantes a la creación en 1976 del S indicalism o

5. E ntrevista a Rafael en M arta Harnecker. Unidad que multiplica: entrevista


a dirigentes de la Unión Camilista Ejército de Liberación Nacional. Quito: Q uim era
Ediciones, 1988, pág. 128.
6. Entrevista a Nicolás en López Vigil, Camilo camina en Colombia, pág. 137;
y Carlos M edina Gallego. ELN: una historia contada a dos voces. Bogotá: Rodríguez
Q uito Editores, 1976.

288
Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

In d e p e n d ie n te y C lasista (SIC) y e n la p o s te rio r c o n fo rm a c ió n d e los


C olectivos d e T rab ajo S ind ical y los c o m a n d o s o b re ro s d el ELN e n Cali,
B arra n c a b e rm e ja , V alledupar, B ogotá y M ed ellín . 7

La reconstitución federal (1978-1989)


Lo llam ativ o de la se g u n d a fase del ELN es su p ro ceso d e re c o n s titu ­
c ión b ajo p a rá m e tro s b a s ta n te d ife re n te s a los q u e h a b ía n g u ia d o h a sta
e n tonces, su organización in te rn a y su accio n ar político-m ilitar. Sin lu g ar
a d u d a s, es o tro ELN el q ue resu cita e n tre las cenizas.
Para 1 9 7 8 , la o rg a n iz a c ió n ru ra l a p e n a s c o n ta b a con 3 6 h o m b re s
d is trib u id o s en los fre n te s Jo sé A n to n io G alán y C am ilo T o rres. El ELN
no d e sa p areció de la vida p olítica, d eb id o a que g ru p o s de sim p a tiz a n te s
y m ilitan tes, cad a uno de m an era au tó n o m a, c o n tin u a ro n tra b a ja n d o p o r
la o rg a n iz a c ió n . En ello se d e sta c a el g ru p o co n o c id o co m o R e p la n te a ­
m ie n to , 8 co n fo rm a d o p o r a lre d e d o r de v e in te m ilita n te s de p ro c ed e n c ia
u rb a n a q u e h a b ía n c u e stio n a d o la a u se n c ia d e u n « tra b a jo d e m asas»,
la d e m o c ra c ia in te rn a y h a sta el p a p el d e la lu c h a a rm a d a . A p o rta ro n
ta m b ié n al m ilag ro d e re s u c ita r al ELN los sa c e rd o te s y las relig io sa s
q u e se v in c u la ro n a esa o rg a n iz a ció n sig u ie n d o los p a so s d e C am ilo To­
rres, co n v e rtid o en u n a figura e m b lem ática d e la lla m a d a teo lo g ía d e la
liberació n.
Los religiosos in tro d u jero n u n a nu ev a m eto d o lo g ía de acción p olítica
al tra b a ja r d ire c ta m e n te con las c o m u n id ad es, realiz a n d o ta re a s d e evan-
gelización o de educación política y de organ izació n p ara la o b ten ció n de
beneficios colectivos. Al resu rg im ien to tam b ién c o n trib u y ero n an tig u o s y
nuevos g uerrilleros, quienes sin m ucho con tacto e n tre ellos p e n e tra ro n de
n u e v o en sus a n te rio re s escen ario s de lu ch a o ab rie ro n n u e v as z o n as de
acción política, tra ta n d o esta vez, a d iferencia de su a n te rio r exp erien cia,
de b u sc a r a p o y o social o d e in flu ir en las o rg a n iz a c io n e s c a m p e s in a s . 9
Así, a n te s d e te r m in a r la d é c a d a del se te n ta , lo g ra n u n lig ero re p u n te
los dos fre n te s c ita d o s y se re g istra el n a c im ie n to d el F re n te D o m in g o

7. Carlos M edina Gallego. «Violencia y lucha arm ad a: el caso del ELN. Una
historia de vida (1958-1978)». Tesis de lie. Bogotá: U niversidad N acional de
C olom bia, 1997, Simacota. Periódico político interno del ELN, n.° 12, octubre de
1981, pág. 111.
8. R eplanteam iento no fue tam poco un grupo hom ogéneo, pues uno de sus
sectores renunció a la lucha arm ada.
9. Por ejem plo, el surgim iento del Frente D om ingo Laín se apoya en el
m ovim iento cam pesino de A rauca y el surgim iento del Frente C apitán Parm enio
se articula con el m ovim iento cam pesino del M agdalena Medio.

289
M ario A guilera Peña

Laín, el M anuel V ásquez C astaño (en H uila) y el p rim er e m b rió n del Luis
C arlos C á rd e n a s . 10
Este n u ev o co m ien zo del ELN, a tra v e sa d o p o r u n a p ro fu n d a fra g m e n ­
ta c ió n , va a te n e r u n e n o rm e p e so e n la re c o n fig u ra c ió n y e n la vid a
p o s te rio r de ese m o v im ie n to g u e rrille ro , p u e s re n a c e r á c o m o u n a fe d e ­
ra c ió n d e g u e rrilla s, q u e c o m p a rtía , un p a s a d o c o m ú n , u n id e a rio m ás
o m e n o s h o m o g é n e o y la fig u ra c o h e s io n a d o ra d e C am ilo T o rre s. Con
esos p u n to s d e e n c u e n tro , y con el influjo de la R evolución n ic a rag ü e n se
(1 9 7 9 ), las g u e rrilla s q u e c o n fig u ra b a n el ELN in ic ia ro n u n p ro c e so de
d iá lo g o y d e re c o n o c im ie n to q u e a p u n ta b a a c o n fo rm a r n u e v o s o rg a ­
nism o s d e d ire c c ió n y a d e fin ir o rie n ta c io n e s p o lític a s q u e lle v a rá n a la
o rg a n iz a c ió n a s u p e ra r su p ro fu n d a crisis.
L uego d e a fr o n ta r n u e v a s p é rd id a s, e s ta v ez e n las e s tru c tu r a s u r­
b a n a s, y la d is p e rsió n d e los q u e a b o g a b a n p o r la re n u n c ia d e la vía
arm a d a y el d esa rro llo de la lucha política legal, u n o rg an ism o colegiado
y c e n tra liz a d o , in c lu so en el m an e jo d e los re c u rso s fin a n c ie ro s , 11 la
d e n o m in a d a D irecció n N acio n al P ro v isio n al (1 9 7 8 -1 9 8 1 ), c o m ie n z a a
te n e r éxito en el proceso de unificar criterios y re o rie n ta r la lu c h a política
d e e s a o rg a n iz a c ió n . Los p aso s h a c ia la h o m o g e n e iz a c ió n se c o n c re ta n
con la realización en 1983 de la I R eunión N acional del ELN, en la que se
ratifica la necesid ad de c o n tin u a r la experiencia de la direcció n colegiada,
de tra b a ja r p o r la u n id ad del g ru p o g u errillero y de u b icar los e lem en to s
q ue p o d ían identificar el p royecto político del ELN. Esa re u n ió n se e n c a r­
gó ta m b ié n d e p re p a r a r el I C o n g reso o A sa m b le a N a c io n a l, a d o p ta n d o
u n a m e to d o lo g ía p a rtic ip a tiv a q u e se rv irá d e m o d e lo p a ra lo s ev en to s
p o s te rio re s . 12
El I C o n g re so , d e n o m in a d o C o m a n d a n te C am ilo T o rres, ce le b ra d o
e n tr e e n e ro y m a rz o d e 1 986, d e c la ra su p e ra d a la crisis d e la o rg a n iz a ­
ción y se c o n c e n tra en su u n ificación y en clarificar el h o riz o n te político.
En e ste C o n g reso , el ELN d e ja rá d e lad o su id e o lo g ía n a c io n a l p o p u la r
p a ra p le g a rse d e fin itiv a m e n te al d isc u rso m a rx ista -le n in ista . B ajo este
e sq u e m a d e fin irá la « fo rm ació n social» c o lo m b ia n a , u s a n d o el clásico
esq u em a q u e h a sta ento n ces h a b ían em p lead o las o rg an iz a cio n e s marxis-
tas p a ra a rg u m e n ta r y d e s a rro lla r sus a ccio n es. Se p a rtirá d el e x am e n
d e las lla m a d a s condiciones objetivas (e s tru c tu ra e c o n ó m ic a -s o c ia l), y
su c o n tr a p a rte a n a lític a , d e las condiciones subjetivas p a ra a d e la n ta r el
p ro c e so re v o lu c io n a rio c o n te m a s co m o «el c a rá c te r d e la rev o lu ció n » ,

10. M ilto n H e r n á n d e z . Rojo y negro: aproxim ación a la historia del ELN.


B o g o tá: T alle res d e la N ueva C o lo m b ia, 1998.
11. E n tre v is ta a Felipe e n H a rn e c k e r, Unidad que m ultiplica: entrevista a
dirigentes de la Unión Camilista Ejército de Liberación Nacional, p ág . 7 6 .
12. E n tre v is ta a Felipe en ibíd., p ág . 85.

290
Ejército de Liberación N acional: e n tre las arm as.

«la política de alianzas», «problem as tácticos» «form as organ izativ as» , etc.
D entro de las tem áticas se d estacab a la relación e n tre m arx ism o y cristia­
nism o, lo cual m o strab a el im p o rtan te papel del clero en la configuración
id eológica y e n los nuev o s ru m b o s del ELN.
U na decisión significativa del I C ongreso fue el resp ald o a la política de
a cercam ien to s con o tras organizaciones revolucionarias, lo cual m o strab a
q ue el g ru p o co m e n z a b a a a b a n d o n a r el secta rism o d e su é p o c a p a sa d a .
E n efecto , e n feb rero de 1 9 8 5 , el ELN m a n tu v o a c e rc a m ie n to s p o lítico s
con otras p eq u eñ as organizacio n es com o el P artido R evolucionario de los
T rab ajad o res (PRT) y el M IR-Patria Libre, ac u e rd o que to m ó el n o m b re de
la T rilateral; p o sterio rm en te , en m ayo de ese m ism o añ o , el ELN p articip a
en la fu n d a c ió n d e la C o o rd in a d o ra N acio n al G u e rrille ra , in te g ra d a p o r
las FARC y el E jército P opu lar de L iberación (EPL).
En este 1 C o n g reso se a p ru e b a , a d e m á s, u n a n u e v a e stra te g ia m ilita r
con la creación de cinco fren tes de g u e rra 13 y la a d o p ció n del m odelo de la
g u erra p o p u la r p ro lo n g ad a. Esta concepción, q u e se h a m a n te n id o d esd e
e n to n c e s co n lig eras v a ria cio n e s (v éase el listad o d e sc rip tiv o ) , 14 p a rte
d e la id e a d e u n a g u e rra p o p u la r larg a y e sc a lo n a d a , q u e v a g e n e ra n d o
la s co n d ic io n e s p ro p ia s p a ra su d e sa rro llo . A la id e a o rig in a l, el ELN
le in tro d u jo a lg u n o s cam b io s p ara c o n fig u ra r u n a n u e v a v e rsió n de la
g u e rra re v o lu c io n a ria . U no de ellos es la d e c o n s id e ra r q u e el ejé rc ito
rev o lu c io n a rio del cam po no p o d rá provocar, p o r si solo, la in su rrecció n
e n las c iu d a d e s , sin o q u e p a ra ello d e b e d a rse la a rtic u la c ió n d e las
fu erzas m ilita re s d e am bos escen ario s.
1. Fase 1: A cum ulación de fu erza s.
a ) C aracterística: D efensiva estraté g ica O fensiva táctica favorable
al enem igo.
b) M o d alid ad de la g u e rra: G u erra d e g u errillas.
c) O b jetiv o s m ilita re s: A cu m u lar fu e rza s y d is p e rs a r al e n e m i­
go. F o rm ar em b rio n e s d e p o d e r p opular. D isp u ta r te rrito rio s.
C o n so lid ar la G uerrilla.
d ) F orm as o rg an iza tiv a s de m asas: O rg a n iz ac io n e s a m p lias. O r­
g an iza cio n es p o lítico -m ilitares. A u to d efen sas.
2. Fase II: Equilibrio dinám ico de fu erza s.
a ) C aracterística: L ucha estra té g ica . O fensiva táctica. E quilibrio
d in ám ico .

13. ELN. Frente de Guerra Nororiental: una política de poder popular. 1991,
pág. 1 2 .
14. ELN. «La guerra popular prolongada según el ELN». En: Estrategia:
(1986).

291
M ario A g u ile ra P e ñ a

b) M o d a lid a d de la g u e rra : G u e rra d e m o v im ie n to s. G u e rra de


g u errilla s.
c) O bjetivos m ilitares: E n fre n ta r las fu e rz a s a c u m u la d a s co n las
del en em ig o . In teg ra r frentes de g u e rra . A m p liar las zo n as de
re ta g u a rd ia . C rear c u erp o s d e E jército. U sar re cu rso s bélicos
a g ra n escala.
<á) Form as org an izativ as de m asas: C o n stru ir m ilicias. A u to d efen ­
sas. O rg an iz a c io n e s políticas de m asas estab le s. O rg a n iz ac io ­
nes am p lia s d e sa rro lla d a s.
3. Fase III: O fensiva general y tom a del poder.
a ) C aracterística: O fensiva estratég ica. O fensiva táctica favorable
a la rev o lu ció n .
b) M o d a lid a d d e la g u e rra : G u e rra d e p o sic io n es. G u e rra de
m o v im ien to s. G u erra de gu errillas.
c) O bjetiv o s m ilita res: D e sin te g ra r y d e r r o ta r F u e rz as a rm a d a s.
C o m b in a r la in su rre cc ió n con la g u e rra . D e stru ir el e sta d o
b u rg u é s.
d) F o rm as o rg a n iz a tiv a s d e m asas: Ó rg a n o s d e p o d e r po p u lar.
O rgan izacio n es am plias de m asas. O rg an izacio n es p o líticas de
m asas. A u to d efen sas. Milicias.
4. Fase IV: Defensa de la revolución.
a ) C a ra c te rístic a : C o n so lid ació n e stra té g ic a . O fen siv a táctica
fav o ra b le a la revolución.
b) M od alid ad de la g uerra: G uerra regular. G uerra de posiciones.
G u erra d e m o v im ien to s. G u erra de g u e rrilla s. M ilicias.
c) O bjetivos m ilitares: C e n tra liz a r el p o d e r p o p u la r en los á m b i­
tos reg io n al y nacio n al. A niquilar resisten cia co n trarre v o lu c io ­
n a ria . D efen d er la so b era n ía n acio n al.
d) F orm as o rg a n iz a tiv a s de m asas: C o n so lid a r to d a s la s form as
d e p o d e r popular.
T am b ién es p a rtid a rio d e im p u ls a r u n a g u e rra p o p u la r p ro lo n g a d a
q u e no g ire e x c lu siv a m e n te a lre d e d o r d el e n fr e n ta m ie n to m ilitar, sino
que articu le en v arias de sus fases la fo rm a in su rre c c io n a l. Sin e m b arg o ,
lu d ife re n c ia m á s d e s ta c a d a es la de p la n te a r q u e la o fen siv a , m á s que
c e n tra liz a rse e n el p la n o m ilitar, ta m b ié n lo h a c e e n el p o lítico , p e ro
no p ro p ia m e n te en la c o n stru c c ió n d e u n ó rg a n o p a rtid is ta , sin o e n la
««instrucción d e in stitu c io n e s e in s tru m e n to s d e p o d e r p o p u la r . 15 Con

15. F.LN. El M ilitante Opina. Ju n io de 1991, pág. 85.


Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

e se d is e ñ o c o n sid e ró q u e e sta b a n d a d a s las c o n d ic io n e s p a ra c re a r las


p rim e ra s u n id a d e s de ejército.
Al tie m p o q u e el ELN d efin ía su e stra te g ia p a ra la g u e rra , fo rta le c ía
su in flu en cia so b re el m o v im ie n to A Luchar, fu n d a d o e n m ay o d e 1 9 8 4 ,
p a ra o p o n e rs e a los a c u e rd o s de tre g u a y d iálo g o n a c io n a l e n tr e las d e ­
m ás o rg a n iz a c io n e s g u e rrille ra s y el g o b iern o d e B elisario B etan cu r. Se
c o n sid e ra b a que se tra ta b a d e unn e stra te g ia g u b e rn a m e n ta l q u e p re te n ­
d ía d e sm o v iliz a r a la izq u ie rd a y facilitar la a d e c u a c ió n d e la e co n o m ía
c o lo m b ia n a a las re c o m e n d a c io n e s d el F ondo M o n e ta rio In te rn a c io n a l
(FM I), fren te a la cual se p ro p o n ía la b ú sq u ed a de la u n id ad y la apelación
a la lu ch a d ire c ta m e d ia n te la ejec u ció n de un « p aro n a c io n a l, o b re ro y
popular».
El proceso de cohesión in tern a y de definición de un h o rizo n te político-
m ilita r d el ELN q u e d a ría c o m p leto en el II C o n g reso , re a liz a d o e n n o ­
v ie m b re d e 1 9 8 9 , c u a n d o se e n tro n iz ó e n ese g ru p o g u e rrille ro la id e a
d e c o n s tru ir el pod er p o p u la r, u n a n o ció n q u e ya h a b ía te n id o a lg u n o s
d e sa rro llo s p ráctico s p rev io s a raíz de la c o y u n tu ra d e ele c c ió n p o p u la r
d e alcaldes de 1988 y que de aquí en a d ela n te se co n v ierte en el principal
p la n te a m ie n to polÍLico-militar de este gru p o guerrillero . En el II C ongreso
se rep ro d u jo el m enú tem ático del anterior, incluida ta m b ién la discusión
so b re «el c ristia n ism o rev o lu cio n ario » , p e ro se a d v ie rte n las p rim e ra s
in q u ie tu d e s p o r la situ a c ió n de crisis del socialism o e n el m u n d o .
E n tre el I y el II C o n g reso , el ELN d e fin irá u n a e s tra te g ia d e g u e rra
f u n d a m e n ta d a e n el a ta q u e a los p ila re s d e la e c o n o m ía n ac io n a l, to ­
m a n d o co m o o b jetiv o m ilita r la in d u s tria p e tro le ra y la in f ra e s tru c tu ra
e lé c tric a y d e tra n s p o rte . Con esos b lan co s d e lu c h a y a g ita n d o la id ea
d e d e fe n d e r la so b e ra n ía n ac io n a l d e la « ra p a c id a d im p e rialista » , lo gró
c ie rta in flu en cia d e n tr o d e los tra b a ja d o re s del s e c to r e n e rg é tic o y en
a q u e lla s c o m u n id a d e s c e rc a n a s a refin e ría s y o le o d u c to s, al p re s io n a r
a las c o m p a ñ ía s p e tro le ra s p a ra q u e re a liz a ra n o b ra s e n b e n eficio d e
la c o m u n id a d . La a m e n a z a d el sa b o ta je a la c o m p a ñ ía s p e tro le ra s se
convirtió tam b ién en su m ás im p o rta n te fuente de recursos: p a ra 1987 se
c a lc u la b a q u e el ELN h a b ía te n id o in g reso s c e rc a n o s a los m il m illo n es
d e p e s o s . 16 La o tra in flu en cia social ap re c ia b le , p o r lo m e n o s d u ra n te
esto s añ o s, se m u e s tra e n los p a ro s y m a rch a s c a m p e sin a s d e m ay o de
1 9 8 7 y el p a ro del n o ro rie n te d e 1988, q u e in v o lu cró a cerc a d e 2 0 .0 0 0
p e rso n a s, e n m a rc h a s p re p a ra to ria s, e n to m as de c a b eceras m u n icip ales
y en la fru stra d a tom a a Jiu caram an g a.

16. E n tre v is ta a R a fael e n H a rn e c k e r, Unidad que multiplica: entrevista a


dirigentes de la Unión Camilista Ejército de Liberación Nacional, pág. 141.

293
M ario A guilera Peña

Sin d u d a , esta fue una d e las e ta p a s d e m avn


p a re c e s e r u n a exageración q u e su s d irig e n te s caIrn ^ ™ 1011 d d ELN y no
e n un 3 5 0 % p a ra 1986 hasta a lca n z ar un 5 0 0 % en 1Q*o" ^ r e d m ie n t0
el ELN re n u e v a su arm am ento y d eja d e Jado las h esos añ o s>
ra s p a ra u sa r fusiles livianos, esp e c ialm e n te el A R o s 7 ^ T a m e tra Jla d °-
c o m en z a d o a funcionar la nueva e stru c tu ra o rea ' ' ^ u a e n te » había
d e g u e rra (n o ro rie n ta i, n o ro c c id e n tal, n o rte s u r ó ^ v T 3 ^ C Í n C 0 fren tes
de cinco fren tes guerrilleros que o p e ra b a n a f i n n l^ w l y c e n tra ll y
h a b ía n p a sa d o a 2 2 d istrib u id o s e n los citar?™ r d e c a d a anterior,
ra z o n e s estra té g ica s y fin an cieras, J o ^ C e s * 8 U e rra ' ,S
carse en proxim idades de ciu d ad es im p o rta n te s C c o m o ^ ™ ^ 8" u b i‘
B u caram an g a, Cucuta, A rauca, V alled u p a r M edellín r i n c a b e rm eja,
e n tre o tra s), en las que buscaban o b te n e r aismn r o n ^ i ? n ta M arta >
b arrio s periféricos. te rrito ria l en sus
Pese a los avances del ELN e n la c o n so lid a c ió n rí
e stru c tu ra organizativa) y del c re c im ie n to e n el o í a n 6 U n , . l d e a r i o Cuna
u na im portante disparidad de criterios con el F re n t D ° . Itar' Su^ sistia
e n el terren o ideológico, p o r la vigencia d e la r e la c '' ° m ,n 8 ° L ain» ta r>to
cristianism o y por los desarrollos prácticos dn i* J° n e,n tre m a rx ism o y
co m o p o r la centralización d e las fin an zas^ A d e m T d p ° p u ,ar’
realizad o p o r la organización d e so b re p o n e rse a 1 f r 6 3Í e sfu e rz o
so lid an d o una organización n a cio n a l, se le o p o n ? ? g Ir,e n ta c i° n > con-
descentralizadora, producto de la e stra te g ia d e anc *3 Ja te n d e n c i'a
los frentes de guerra articulados a las co y u n tu ra s d eS arro ll° de
El propio 11 Congreso tuvo que re c o n o c e r q Ue n o h J h ' reg io n a]es-
ra centralización y disciplina de la o r g a n i z a r a n ? 13 Una v e rd a d e-
desarrollo de aspectos claves com o el m ilitar, dond* ° ^ d ifíc u lta b a
contundencia y capacidad o p erativ a . 19 ’ e S€ esta b a p e rd ie n d o

Poder popular: el proselitismo armado (1989-2005)


La fase se inicia con una im p o rta n te d ic n .e v u , j
n e ra d a p o r la Corriente de R enovación S o cia lista en™ !™ ^ ELN’ g e ‘
crisis del socialismo entré 1988 y 1 9 8 9 y d e l d e b ? r & Conte* to d e te
n u ev a Constitución de 1991. La c o rrie n te p la n te ó ^ P 3 -S P ° r Ja
u n a «nueva época» en la que el so cialism o r e t r o c e d í a ^ V? n im íe n to d e
pasaba a una etapa de internacionalización reeu h H n r, , caP ltaIlsm o
Estim aba tam bién que en C olom bia se v i ^ ü n p e rio d o
17. Entrevista a Rafael en H arn eck er, Unidad que m ulrini;
dirigentes de la Unión Camilista Ejército de Liberación a w , ICa‘ entrevis^ a
18. Hernández, Rojoy negro: aproximación a la historiad J t f i j 87'
19. ELN. «Por una tact.ca p ara A r a u c a , Abril de l ^ p t ^ y p á g . 2 6

7.94
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las a rm a s ..

m o v im ien to social, d a d o el re p lie g u e d el c a m p e s in a d o y d e l d e sg a s te


d rl m o v im ie n to cívico y sin d ic a l. A la p a r se ñ a la b a , q u e m ie n tra s la
o lig arq u ía h a b ía c o n fig u ra d o u n n u e v o ré g im e n p o lític o q u e g e n e ra b a
rx p c c ta tiv a s y n u ev o s e sp a cio s p o lític o s p a ra la o p o sic ió n , la C o o rd in a ­
d o ra G u e rrille ra S im ón B olívar (CGSB) e s ta b a « h e rid a d e m u e rte » y la
g u errilla p e rd ía te rre n o d eb id o la e stra te g ia c o n tra in su rg e n te e x p resa d a
rn el p a ra m ilita rism o y la m ilita riz ac ió n de la so cied ad .
Para a fro n ta r esta situ ació n , la C orriente p ro p o n ía que se rectificara la
rstra te g ia político-m ilitar, las c a ra cterizacio n es de los procesos n acionales
f in te rn a c io n a le s, el p a p e l d e la lla m a d a v a n g u a rd ia re v o lu c io n a ria e n
ic la c ió n co n las m a sas, así c o m o q u e se c o n s id e ra ra la p o sib ilid a d d e
u n a n eg o cia ció n política al c o n flicto . Las co n tra d ic c io n e s e n tre el ELN y
la C o rrie n te c o n c lu y e ro n con la s e p a ra c ió n d e los se g u n d o s (u n fre n te
g u e rrillero y a lg u n o s p e q u e ñ o s g ru p o s u rb a n o s) y su in c o rp o ra c ió n a la
vida civil en ab ril d e 1994.
En el III C o n g reso , c e le b ra d o e n ju n io d e 1 9 9 6 , se m a d u r a la id e a
de c o n s tru ir p o d e r p o p u lar. E sta e s tra te g ia se d e riv a d ire c ta m e n te d el
co n cep to poder de doble cara, im p le m e n ta d o d u ra n te el p a sa d o conflicto
in te rn o e n El Salvador. Allí el FMLN e stim u ló la o rg a n iz a c ió n d e las
c o m u n id a d e s c a m p e sin a s con el o b je to d e m o s tra r u n p o d e r p a ra le lo e n
zo n as co n a m p lio c o n tro l g u e rrille ro . Sin e m b a rg o , a n te la c ru d e z a d e
la g u e rra y la im posibilid ad de d e fe n d e r a lg u n as de esas zo n as, o p tó p o r
d a rle s le g itim id a d a n te el p o d e r e s ta ta l, p o r lo c u al las o rg a n iz a c io n e s
p u d iero n seg u ir sobreviviendo y el F ren te F arab u n d o M artí p a ra la L ibera­
ción N acional (FMLN) siguió e stim á n d o la s com o u n o d e sus a cu m u lad o s
en la g u e rra . 20
En el ELN, esa noció n fue a d o p ta d a te n ie n d o co m o b ase c u a tro c rite ­
rios: e n p rim e r lugar, se asu m e q u e el p o d e r p o p u la r d e b e d e sa rro lla rse
en las c o n d icio n es d e la g u e rra e in scrib irse d e n tro d e la c o n c e p c ió n d e
g u erra p o p u la r p ro lo n g a d a . El ELN co n sid era que su co n cep ció n de GPP
no es m ilitarista y q u e tien e com o co lu m n a v e rte b ra l la co n stru cc ió n del
p o d e r p o p u lar. S e ñ a la n q u e la G PP d e b e a p o y a rse ta n to en las co n d ic io ­
nes « o b jetiv as d e la lu ch a d e clases» co m o e n la ta r e a de e s tim u la r la
creació n de form as de o rg an izació n p o p u la r aju stad a s a las condiciones y
fases de la g u e rra .
En se g u n d o lugar, se p la n te a q u e la g u e rrilla d e b e se r ta m b ié n c o n s­
tru cto ra y no exclusivam en te d e stru c to ra . Es decir, q u e la actividad m ilitar
se c o n sid e ra el eje d e la d e stru c c ió n ; m ie n tra s la co n stru c ció n d el p o d e r
p o p u la r se e stim a c o m o el eje d e la c re ac ió n . Se c o n sid e ra b a q u e sólo
con la c o m b in a c ió n d e los d o s c rite rio s p o d ía n a se g u ra rse el e q u ilib rio ,

2 0 . ELN, El Militante Opina, pág. 85.

295
M ario A guilera Peña

pues si se im pu lsab an so lam en te las tareas de la d estru cció n se co rrería el


peligro del aislam ien to de la sociedad y el d e sg aste fre n te al en em ig o , y si
d e d ic a b a n to d as las en erg ías a las activ id ad es co n stru ctiv as, se ten d ría el
riesgo d e «recibir g ran d es golpes del en em ig o y [de] su m ir a las m asas en
la d efen siv a y la d e sm o ralizació n » . A plicando el se n tid o co n stru c tiv o se
b u scaría forjar u n a nu ev a sociedad, no com o u n a ta re a p ara iniciar luego
de la e ta p a de la g u e rra , sin o com o un p ro ceso q u e d e b e ría c o m en z a rse
desd e ah o ra con la persp ectiv a de un «norte socialista ren o v ad o , hum ano,
p o p u la r y d e m o c rá tic o » . 21
El te rc e r criterio es el de c o n stru ir form as d e o rg an izació n p o p u la r en
una doble vía: d e n tro de la in stitu cio nalid ad , ap ro v e c h a n d o esos espacios
p a ra c o m b a tir al «E stado d e sd e sus e n trañ a s» y p a ra tra b a ja r e n función
d e los in te re s e p o p u la re s. Y d e sd e lo e x tra in s titu c io n a l o a lte rn a tiv o ,
g e n e ra n d o n u e v a s form as de o rg an izació n y de p artic ip a c ió n q u e fueran
c a m b ia n d o el o rd e n a c tu a l y a n u n c ia n d o la e m e rg e n c ia d e la so cied ad
socialista.
Por últim o, se p re te n d ía q u e los nuevos « em briones de p o d e r popular»
re s c a ta ra n la id e n tid a d re g io n a l y local, se rig ie ra n p o r p rá c tic a s de
d e m o c ra c ia d ire c ta y q u e im p u ls a ra n «el v a lo r d e lo c o m u n ita rio en
c o n tra del in d iv id u a lism o y el h e g e m o n ism o b u rg u é s » . 22 En ú ltim a s, se
asp irab a a q u e estos se co n stitu y e ra n en m o d elo s de u n a n u ev a sociedad
q ue a n te la crisis de valores, la « corrupción g e n e ra liz a d a y la p érd id a del
valo r de la p alab ra» c o n stru y an «los v alores de la h o n ra d e z , p ersistencia,
cooperación, so lid arid ad , u n id ad , hum an ism o , lealtad , p a trio tis m o .. . ».2:*
B asán d o se e n ta les c rite rio s, el ELN p la n te a la p o sib ilid a d d e in te r­
v e n ir e n los ó rd e n e s lo cales a p o y a n d o la e lec c ió n d e a lc a ld e s q u e se
c o m p ro m e tie ra n a c u m p lir co n sus p ro g ra m a s, a m a n e ja r con p u lcritu d
los recursos públicos, etc. El in te n to de p a rtic ip a r de las adm in istracio n es
locales significó el re p la n te a m ie n to de la p o sició n a b ste n c io n ista q u e se
h ab ía c o n v ertid o e n un signo de la id en tid ad d e a q u e l g ru p o g u errillero.
Los cam b io s p o lítico s d el ELN n o fu ero n en m a n e ra a lg u n a a je n o s a los
facto res n a c io n a le s e in te rn a c io n a le s q u e g ra v ita b a n a c o m ie n z o s de la
d écad a p asad a. En efecto, d e n tro del ELN se reco n o cía q u e las refo rm as al
Estado, com o la elección p o p u la r de alcaldes, la rev o cato ria del Congreso,
la A sam blea N acional C o n stitu y en te y la C o nstitución de 1991, si bien no
h a b ía n re s u e lto los p ro b le m a s d el país, h a b ía n g e n e ra d o u n a sen sació n
de cam bio en las am p lias m ayorías de la población. A nte esa re a lid ad , se
p la n te a b a q u e h a b ía q u e re p e n s a r las e s tra te g ia s a ñ n d e re c u p e ra r los

21. ELN, s. f.c: pág. 16.


22. ELN. «Cristianism o revolucionario». En: Borradores de las ponencias pan i
el I Congreso de La UC-ELN: (n /d ), pág. 112.
23. ELN. s. f.c, pág. 18.

296
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

terren o s p erd id o s y reco n q u istar de n uevo la sim p atía p o r las p ro p u e sta s


d e la in su rg e n c ia . U no d e los m iem b ro s d e la d irec c ió n n a c io n a l en ese
e n to n c e s, Pablo T ejada, se ñ a la p o r e jem p lo q u e el re c o n o c im ie n to d e
esas re a lid a d e s no equivalía a n e g ar la lu ch a a rm a d a , sin o a c o m p re n d e r
la n ec e sid a d de «afinar la p ro y ecció n p o lítica d el m o v im ie n to a rm a d o y
( . . . ) la u tilizació n táctica o c o y u n tu ra l» d e los e sp acio s in stitu c io n a le s,
p ero su b o rd in a n d o dicho p ro y ecto a la e stra te g ia de g u e rra p o p u la r .24
La crisis del socialism o no era tam poco u n a realid ad a jen a a las nuevas
p erspectiv as del ELN. Inscribiendo el d esp lo m e del b lo q u e de países que se
o p o n ía al im perialism o d en tro de un n uevo p erío d o de «contrarrev o lu ció n
d e c a rá c te r m u n d ial» , esa o rg a n iz a c ió n c o n tin ú a c re y e n d o en su u to p ía
rev o lu cio n aria a través de los q u e co n sid era sobrev iv ien tes a ese proceso:
C hina, V ietn am , C orea d el N o rte y C uba. Países en los q u e e stim a h u b o
reaju stes im p o rta n te s en sus diseños económ icos y ex p e rim en tac ió n «con
o tros m odelos de socialism o, en los cuales el m ercad o re co b ra in cidencia
e n la re g u la c ió n e c o n ó m ic a, la p ro d u c tiv id a d y la eficien cia sin q u e
d e sa p a re z c a la p lan ificació n eco n ó m ica ni la p ro p ie d a d so c ia lista com o
eje p rin c ip a l » . 25
La crisis del socialism o e n el m u n d o influyó e n la d isc u sió n so b re la
a d o p c ió n d e la p o lítica d e in serció n en los e sp acio s in s titu c io n a le s y d e
c re a r p o d e re s alte rn o s, p u es d e e ste p ro ceso se e x tra jo co m o co n clu sió n
q u e a llí h a b ía n fra c a sa d o «las v a n g u a rd ia s» , p o rq u e e sta s se h a b ía n
co lo cad o p o r en cim a d e las m asas y se h a b ía n c o n v e rtid o e n u n a p a ra to
b u ro c rá tic o . De tal fracaso se d e sp re n d ía la o b lig a to rie d a d d e im p u lsa r
las p rá cticas de p o d e r popular.
En d e sa rro llo d e tales c rite rio s, el ELN p ro y e c tó c o n s tru ir el p o d e r
p o p u la r a tra v é s d e v ario s in s tru m e n to s : p o r u n la d o , co n la in se rc ió n
e n su s z o n a s d e in flu en cia e n la p o lítica lo cal c o n el o b je to d e « a rra n ­
c a r re iv in d ic a c io n e s a la o lig a rq u ía » , 26 e la b o ra r p la n e s d e d e sa rro llo ,
v ig ila r el cu m p lim ie n to d e los p ro g ra m a s locales y re g io n a le s, fiscalizar
el m a n e jo d e los re c u rso s p ú b lico s, e rra d ic a r el c lie n te lism o , id e n tifi­
ca r las « co n trad iccio n es d el o rd e n cap ita lista » y c o n fro n ta r las p o líticas
d e d e sc e n tra liz a c ió n q u e b u sc a n d e sc a rg a r al E sta d o « d e la re s p o n sa ­
b ilid a d d e p re s ta r los servicios so ciales (sa lu d , v iv ie n d a y e d u c a c ió n ),
im p o sib ilita n d o a la a d m in is tra c ió n m u n ic ip a l e n su d e c isió n p o lítica y
m an ejo p re s u p u e sta l, p a ra d a r solución a los c recien tes p ro b le m a s d e la
p o b la c ió n » . 27

24. ELN. «Pablo T ejada: salidas posibles». En: El M ilitante Opina, n.° 5:
(julio de 1991), pág. 95.
25. ELN. s. f.c, pág. 33.
26. ELN, «Por una táctica para Arauca», pág. 80.
27. ELN. Frente de Guerra Nororiental: una política de poder popular, pág. 70.

297
d a rio A guilera Peña

Por o tro lad o , d e sd e lo que se d en o m in ó lo extrainstitucional, se llam ó


i co n fig u ra r v ario s tip o s de o rg an izacio n es:
1. fo rm a s a u to g e s tio n a ria s q u e im p u lse n n u e v o s tip o s d e eco n o m ía
con p a rtic ip a c ió n c o m u n ita ria y q u e in c lu y a n «el d e sa rro llo social
e n la u tiliz ac ió n de su s beneficios»;
2 . fo rm a s p o lític a s d e c o n tro l p o p u lar, p a rtic u la rm e n te e n el ám b ito
de ju s tic ia (trib u n a le s p o p u la re s);
3. fo rm a s e c o n ó m ic a s q u e p u e d a n e stim u la r el m a n e jo so b e ra n o de
rec u rso s n a tu ra le s com o el p etró le o , el ca rb ó n y el o ro ;
4. fo rm a s e c o n ó m ic a s a lte rn a tiv a s q u e p e rm ita n y a s e n ta m ie n to s de
c o m u n id a d e s, e n « d esarro llo del “p ro g ra m a a g ra rio ”»;
5. fo rm as de d efen sa, com o las m ilicias, p ara d e fe n d e r los o rg an ism o
d e p o d e r p o p u la r;
6 . u n m o v im ie n to d e m asas q u e c a n a lic e la s e x p re s io n e s d e p o d e r
p o p u la r .28
En el III C o n g re so se ratifica el e sq u e m a d e la g u e rra p o p u la r p ro ­
lo n g a d a y el id e a l m a rx ista -le n in ista , al d e c la ra r q u e la m e ta final de
su lu c h a es «la c o n q u is ta d e la so cie d a d sin clases». Se a firm a rá que
el o b jetiv o es u n «E stad o social c im e n ta d o e n la p ro p ie d a d co lec tiv a y
social de los m ed io s d e p roducción, en el q u e c ad a cu al a p o rte seg ú n sus
c a p a c id a d e s y re cib a se g ú n su s n e ce sid ad es» . S in e m b a rg o , c o m o p a ra
m a tiz a r el esq u e m atism o de tales form ulaciones acla rab a n q u e se tra ta de
u n socialism o creativ o que p erm ita ex p resio n es de p ro d u cció n cap italista
« sujetas a n u e v a s re la c io n e s d e p ro d u cció n » , u n so c ia lism o e n tro n c a d o
«con la A m érica L atina m u ltiétn ica y p lu ricu ltu ral y la C olom bia d e regio­
n es y c o stu m b re s div ersas» . Un so cialism o , a s e g u ra b a n , q u e sea cap az
d e g a ra n tiz a r m e c a n ism o s reales de p a rtic ip a c ió n , el « a u to g o b ie rn o de
la c o m u n id a d » , q u e p u e d a ab rirse al m u n d o « b u sc a n d o u n in te rc a m b io
m ás e q u ita tiv o » y q u e re su e lv a « p ro b lem a s e se n c ia le s d e la p oblación».
U n ra sg o id eo ló g ic o n o to rio e n el III C o n g reso , o p o r lo m e n o s e n los
d o cu m en to s conocidos de ese evento, es la d esap arició n de las referencias
al m arxism o cristian o , lo cual de alg u n a m an e ra co incide con la d e sa p a ri­
ción de la sig la UC (U n ió n C am ilista), q u e p re c e d ía las siglas d e l g ru p o
g u e rrille ro h a c ia 1 9 8 7 . Tal d e ta lle p u d o h a b e r re fle ja d o c ie rta p é rd id a
d e p o d e r d e l s a c e rd o te M an u el P é rez y d el s e c to r in flu e n c ia d o p o r la
te o lo g ía d e la lib erac ió n , en fav o r de las te n d e n c ia s m á s o rto d o x a s del
m arx ism o d e n tro d e esa o rg an izació n .
El III C o n g re so p a re c e a m p lia r los su je to s d e su e n e m is ta d po lítica,
al s e ñ a la r co m o o b jetiv o s m ilitares a «la o lig a rq u ía ; las m u ltin a c io n a le s

28. ELN. «IX Pleno de la Dirección Nacional». En: Simacota: (n /d ), pág. 57.

298
Ejército de Liberación N acional: e n tre las a rm a s ..

y los fin an ciad o res d e la g u e rra sucia». C o n tra ellas el g ru p o g u e rrille ro


a cu erd a ap licar el secu estro , la extorsión y la trib u ta c ió n forzosa. A sim is­
m o, acordare! c o n tin u a r con el sab o taje a la in fra e stru c tu ra p e tro le ra y a
los b ien es d e las em p re sa s a c u sad as de p a tro c in a r el p a ra m ilita rism o .
D esd e la p e rs p e c tiv a m ilitar, en e sta fase el ELN lleg a al lím ite d e
e x p a n sió n y c re c im ie n to , p re c isa m e n te en los p rim e ro s a ñ o s d e la d é ­
c a d a d el n o v e n ta , p a ra lu eg o in icia r un p ro c eso d e e s ta n c a m ie n to y d e
p a u la tin o re tro ceso h asta el m o m en to actu al. El crecim ien to se ad v ie rte ,
p o r u n lad o , al se g u ir re n o v a n d o su a rm a m e n to in c o rp o ra n d o m o rte ro s
y los fusiles FAL. y AK-47, y, p o r el otro , p o r la a m p lia c ió n d e sus fre n te s
g u errillero s, p u es e n tre 1 989 y 1991 fu n d a cato rce fre n te s g u e rrille ro s y
n u e v e m ás e n tr e 1991 y 1 9 9 7 .29 De m a n e ra q u e sin te n e r e n c u e n ta las
e s tru c tu ra s u rb a n a s , el ELN p a sa ría d e c o n ta r co n 2 2 fre n te s e n 1 9 8 9 a
4 5 e n 1 9 9 7 ,30 la m a y o ría fu n d a d o s a c o m ie n zo s de la d é c a d a , c u a n d o
la o rg a n iz a c ió n to d a v ía n o h a b ía sido a fe c ta d a p o r la acció n d e l p a ra -
m ilitarism o , el d e c a im ie n to d e los recu rso s p ro v e n ie n te s de la e x to rsió n
p e tro le ra y las lim ita n te s in te rn a s, q u e te n d ía n a fav o re c er el d e sa rro llo
de su activ id ad política a n te s q u e la acción m ilitar.
Esta fase d e estan cam ie n to m ilitar y de m ay o r ate n c ió n a la activ id ad
p o lític a d e la o rg a n iz a c ió n co in cid e co n la re ite ra c ió n d e la p ro p u e s ta
d e p a z lig a d a a m ec a n ism o s d e p a rtic ip a c ió n social. El ELN d e jó su
re s iste n c ia h is tó ric a a c u a lq u ie r d iá lo g o d e p a z a fin a le s d e los a ñ o s
o c h e n ta , c u a n d o p a rtic ip a e n las n eg o c ia c io n e s d e C a ra c a s y T lax cala
h a c ie n d o p a rte d e la CGSB, p e ro p e n s a n d o m á s e n la u n id a d d e las
g u e rrilla s q u e e n b u sc a r c a m in o s de paz. En 1 9 9 4 , en u n e v e n to m ás
m ilita r q u e p o lítico , el XIII P len o d e c o m a n d a n te s , se h a ría u n a d e las
p rim era s discusiones de paz en el in terio r del grupo. Ya m a d u ra la idea, en
feb rero de 1996, esa organ izació n p lan tea la p ro p u e sta de la C onvención
N a c io n a l co m o u n a p o sib ilid a d de in te g ra r a d iv erso s se c to re s so ciales
en un diálogo n acional de paz. P o sterio rm en te, las m an ifestacio n es y los
a c to s h acia la p a z se h a ría n m ás re ite ra d o s: P re a c u e rd o d el P alacio d e
V iana, e n tre el g ru p o g u e rrille ro y el g o b ie rn o , y E n c u e n tro d e P u e rta
del Cielo y D iálogos en M angucia (1 9 9 8 ); acu erd o s h u m a n ita rio s (2 000)
y p re a c u e rd o s y a c u e rd o p a ra o b te n e r u n a « zo n a d e e n c u e n tro » ( 2 0 0 0 -
2 0 0 1 ), y lev an tam ien to p o r esa org an izació n de m inas «quieb rap atas» en
alg u n o s e sc e n ario s del conflicto (2 0 0 4 ).

29. Para observar el crecim iento de esta agrupación hem os seguido Ja historia
del ELN escrita por H ernández, Rojo y negro: aproximación a la historia del ELN,
pág. 518 y pág. 629.
30. Las cifras a rrib a citadas de un m ilitante del ELN coinciden las de un
in te g ra n te del E jército N acional. Véase Ja v ier C añón N úñez. Vericuetos de la
guerra política. Bogotá: Im prenta y Publicaciones de las Fuerzas A rm adas, 1998.

299
M ario A guilera Peña

¿ P o r q u é , a d ife re n c ia d e las FARC, el ELN se e s ta n c a m ilita rm e n te


d e sd e com ienzo s de la d écad a del no v en ta? ¿Es acaso u n a razó n suficien­
te p a ra d ich o esta n c a m ie n to la escasa ligazón con el negocio de la droga?
¿ Q u é tie n e q u e v e r el e sq u e m a o rg a n iz a tiv o fe d e ra l e n e sa situ a c ió n ?
¿P or q u é c re e m o s q u e se te n d ió a fav o recer el tra b a jo p o lítico a n te s que
el m ilitar? R esp o n d a m o s a tales in te rro g a n te s:

Frentes de guerra y organización federal

El e s q u e m a d e g u erra p o p u la r p ro lo n g a d a es c o m p le m e n ta rio con


la c re a c ió n d e los fre n te s d e g u e rra y d e las lla m a d a s á re a s e s tra té g i­
c a s , 31 las c u a le s so n un d ise ñ o clav e p a ra e n te n d e r ta n to su e stra te g ia
p o lític a -m ilita r co m o su co nfiguración in te rn a de rasgos fed erales. Estas
e s tru c tu r a s o rg a n iz a tiv a s, q u e co m o se d ijo su rg e e n el I C o n g re so , no
e x p re s a s im p le m e n te u n a v isu aliza c ió n g e o g ráfica o el p re s u n to influjo
te r rito ria l d e l g ru p o , es u n a d efin ició n q u e p a rte d e c o n s id e ra r la di­
v e rs id a d c u ltu ra l d el país e sta b le c ie n d o en p rin c ip io cin co id e n tid a d e s
reg io n ales en las que la o rg anización busca d esa rro lla r p royectos políticos
y m ilita re s. El ELN no só lo rec o n o c ía las id e n tid a d e s y las ex p ec ta tiv a s
re g io n ales (lo cu al p asab a p o r la e lab o ració n de d iag n ó stic o s q u e ten ían
en c u e n ta la g eo g ra fía , la h isto ria , la eco n o m ía, e tc .), sin o q u e tam b ién
la d iv e rsid a d d e e x p erien cias, re la c io n e s y p rá c tic a s d e su s e s tru c tu ra s
p o lític a s y m ilita re s in serta s en c a d a reg ió n . Se tr a ta b a e n to n c e s de
m ejo rar su cap acid ad de p en etració n in te g ran d o lo político y lo m ilita r en
u n a perspectiva regional. Uno de los fren tes m ás d esa rro lla d o s, el Frente
d e G u erra N o ro rie n ta l, p o r ejem plo, p la n te a ría c o m o o b jetiv o s «la reali­
zació n d e g ra n d e s jo rn a d a s de m asas, u n a ofen siv a m ilita r c e n traliza d a,
la c re a c ió n d e u n a id en tid ad reg io n al y la d e m o c ra tiz a c ió n e n el diseñ o
de la po lítica y los planes d e tra b a jo » .32
Los fren tes de gu erra y las áreas estratég icas se co n sid eran los espacios
p a ra d e s a r ro lla r la política, con la co n stru c c ió n d e p o d e re s p o p u la re s
d e n tr o d e la in stitu c io n a lid a d o p o r fu e ra de ella. Ig u a lm e n te , estas
e stru c tu ra s d e b ía n in teg rar el trab ajo político-m ilitar ru ral con el urbano.
P ara ello se d isp o n ía , en p rim e r lugar, q u e los c u a d ro s p o lític o s d eb ían
g a n a r a sc e n d en c ia den tro de los m ovim ientos sociales u rb an o s, m ien tras
q u e a lg u n o s c u a d ro s m ilitares d e b ía n a s e n ta rs e e n b a rrio s p eriférico s

31. El área estratégica es un espacio de disputa y de confrontación que esa


organización consideradas im portantes por sus recursos económ icos, políticos y
sociales. Varios frentes de guerra pueden a ctu ar en un á re a estratégica. Ambas
c u e n ta n con fren te s rurales, frentes urbanos, etc., (véanse figura 10.1 y h ttp :
//www. e ln - v o c e s . com /_todo_eln. htm l9).
32. ELN. 1991, pág. 12.

300
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

p a ra c o n fo rm a r e stru c tu ra s m ilitares. En se g u n d o lugar, q u e los fre n te s


d e g u e rra y las á re a s e stra té g ic a s c o lo c a ra n la fu e rza m ilita r ru ra l e n
p ro x im id a d e s d e las ciu d a d e s. Y, e n te rc e r lugar, q u e e sta s e s tru c tu ra s
p o lítico -m ilitares d e b ía n p ro y e c tarse h ac ia z o n as claves n o só lo p o r sus
re c u rso s - n a t u r a l e s , in d u stria le s, in fra e s tru c tu ra d e v ías, e le c tric id a d
y c o m u n ic a c io n e s, á re a s fro n te riz a s o c o s t e r a s - sin o ta m b ié n p o r su
«explosividad so cial » . 33 De ah í qu e, a co m ien zo s de los a ñ o s n o v e n ta , la
D irección N acional p u d ie ra d ec ir q u e c o n ta b a con u n « a c u m u la d o e n el
á rea industrial d e M edellín, m etro p o litan a de B ucaram anga, p etro le ra de
B a rran cab erm eja y V alledupar, Popayán y C ú c u ta ... » . 3<5
D esd e la p e rsp e c tiv a m ilitar, la id ea d e fre n te s d e g u e rra y d e á re as
e straté g icas involucraba la configuración de zonas de re ta g u a rd ia e n cad a
u n o de los cinco fre n te s, in clu so u n a re ta g u a rd ia n a c io n a l q u e p e rm i­
tie ra la n e u tra liz a c ió n de las o fen siv as d el e n e m ig o , el a d ie s tra m ie n to
y la ac tiv id a d fo rm ativ a d e los m ilita n te s y sim p a tiz a n te s. Las á re a s de
re ta g u a rd ia son c o n sid e ra d a s así p o r se r z o n a s q u e c u e n ta n c o n g ran
influjo político d e la organ izació n g u errillera y con escasa o «esporádica»
p resen cia d el E stado; en ellas la g u errilla ha d e sa rro lla d o su s cu ad rillas,
in fra e s tru c tu ra logística, zo n a s de p ro d u c c ió n a g ríc o la , c o rre d o re s de
re p lie g u e y alg u n o s «órgan o s d e p o d e r po p u lar» . El á re a d e re ta g u a rd ia
es la tercera en cada fren te de g u erra o áreas y es el re sp ald o de las o tras
d o s: el á re a d e c o n fro n ta c ió n y c o n so lid ac ió n , q u e se e n tie n d e co m o
u n a z o n a in te rm e d ia , con influjo in e sta b le d e la g u e rrilla , y el á re a de
re c u p e ra c ió n y a p e rtu ra . 35
A d ic io n a lm e n te , a los fre n te s de g u e rra y a las á re a s e s tra té g ic a s
les c o m p e tía se rv ir de so p o rte p a ra g e n e ra r los e m b rio n e s d e l « ejército
re v o lu cio n ario » . En 1986, d u ra n te el I C o n g reso , e n u n p ro c e so m ás o
m en o s c o n te m p o rá n e o co n las FARC, se d e te rm in ó c re a r las c o m p a ñ ía s
com o a p a ra to s conducidos por la Dirección N acional. Las p rim era s fueron
la C o m p añ ía A norí y lu eg o la C o m p a ñ ía S im ac o ta . En 1 9 8 9 , en el II
C o n g reso , c u a n d o se d ecid ió q u e las co m p a ñ ía s p a s a ra n a d e p e n d e r d e
los fre n te s g u e rrille ro s, se h a b ía n c re a d o c u a tro m á s, p e ro se a sp ira b a
a c o n ta r con o ch o . En ese m o m e n to o p e ra b a n la A norí, q u e c o n tin u ó
d e p e n d ie n d o d e la D irección N acional; la S im acota, del F re n te D om ingo
Laín; la C o m u n e ro s, del F re n te C a p itá n P arm e n io ; la C im a rro n e s, del
F rente Jo sé A ntonio G alán; la Sim ón Bolívar, del F ren te Luis Jo sé S olano
S ep ú lv ed a, y la E lizab eth S erpa, del F ren te A stolfo G o n z á le z .36

33. F.LN, «IX Pleno de la Dirección Nacional», pág. 86.


34. Ibíd., pág. 64.
35. Ibíd., pág. 63.
36. ELN. «1 C onferencia N acional Militar». En: Cuadernos M ilitares, n.° 1:
(1995).

301
M ario A guilera Peña

H acia 1 9 9 7 , e n u n p o co m e n o s d e u n a d é c a d a , la s c o m p a ñ ía s se
h a b ía n d u p lic a d o , p u e s fu n c io n a b a n 17, d e la s c u a le s d o s d e p e n d ía n
d e la D irecció n N a c io n al, y q u in c e, d e fre n te s g u e rr ille ro s . La creació n
d e las c o m p a ñ ía s d e b ía d e c o n d u c ir a la c o n fo r m a c ió n d e b a ta llo n e s
d e l « ejército re v o lu c io n ario » . A m e d ia d o s d e la d é c a d a d e l n o v e n ta , se
e sta b a p la n e a n d o la co n fig u ració n de sus p rim e ro s e m b rio n e s, ten ien d o
co m o so p o rte a v ario s fre n te s de g u e rra y en z o n a s co n a lg u n o s apoyos
sociales. En el su r de Bolívar d ebía o p e ra r el B a ta lló n Jo rg e E liécer G aitán,
c o m p u e s to p o r las c o m p a ñ ía s A n o rí y M a risc a l S u c re , y las c u a d rillas
H é ro e s d e S a n ta Rosa, E d g ar A lm ilkar G r a n a d o s y Luis Jo s é S olano
S e p ú lv e d a . A sim ism o, e n C a ta tu m b o y la r e g ió n d e P erijá d e b ía c e rra r
filas el B atalló n F ro n te ra , a p a rtir d e las c o m p a ñ ía s C a p itá n F ran cisco y
H éroes d el C atatu m b o .
El d is e ñ o d e los fre n te s g u e rra y d e las á r e a s e stra té g ic a s c o n las
perspectivas señ alad as es resu ltad o del au g e e n la d é ca d a del o ch e n ta de
los m o v im ien to s y p aro s cívicos reg io n ales y d e l a p a u la tin a p é rd id a del
in flujo d e la g u errilla d e n tro d e los m o v im ie n to s so c ia le s tra d ic io n a le s.
Es ta m b ié n p ro d u cto del en cu e n tro de estos f a c t o r e s con la org an izació n
fe d e ra l, con que se reconfigura e sta g u errilla t r a s s u p erío d o d e crisis.
El ELN a d q u irió u n a o rg a n iz a ció n in te rn a f e d e r a l lu e g o d e su p e ra r
alg u n o s d e los o b stácu lo s que le im p e d ía n c o n v e r tir s e e n u n a o rg a n iz a ­
ción n a c io n a l y con u n m a n d o c e n tra liz a d o . N o s re fe rim o s a q u e por
a lg ú n tie m p o fue m uy fu erte el s e n tid o d e p e r t e n e n c i a re g io n a l d e sus
c o m a n d a n te s , a la inm o v ilid ad d e las c o m a n d a n c ia s d e los fre n te s de
g u e rra , a q u e los g uerrillero s raso s m o s tra b a n m u c h a le a lta d p e rso n al
fren te a su com andantes inm ediatos an tes que a l a c o m an d a n cia nacional
o a que h u b o episodios de d esconocim iento d e l a D irección N acio n al por
la d ire c c ió n d e los fren tes d e g u e rra o d e la d i r e c c i ó n d e los fre n te s de
g u e rra p o r algún fren te g u errillero .37
En e ste sen tid o , tam b ién es m u y s ig n ific a tiv o q u e e n la d é c a d a del
o c h e n ta tuviera más au to rid ad «G abino» que e l s a c e r d o te M an u el Pérez,
cu an d o este era miem bro de la D irección N a c io n a l o que en las reuniones
de g u e rrille ro s de diversos fren tes só lo a c e p t a r a n ó rd e n e s d e su s jefes
in m ed iato s o que el Frente Domingo Laín, re c ié n h a b ía p asa d o la I A sam ­
b lea d e 1986, se negara a recibir e n sus c a m p a m e n to s a u n c o m a n d a n te
d is tin to a G abino, no o b sta n te q u e e ra la p r i m e r a vez q u e la D irección

37. Por ejemplo, a finales de los años o c h en ta e l F rente D om ingo Laín so


había .'lisiado de la Dirección Nacional y de la D i r e c c ió n del F ren te d e G ucrni
N ororlcntal. Igualmente, el frente José Solano S e p ú l v e d a no reco n o cía a la
« llrrirló n del frente de guerra norte, véase ELN. C a r t a M ilitante n.° 15. 1990,
(tiix'i. :i:i3 (.,
Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

N acio n al p re te n d ía llegar a los cam p a m e n to s a e x a m in a r la situ a c ió n de


c a d a fre n te g u e rrille ro . 38
El peso de esa ten d en cia federal con que resu rg e el ELN se m an ifestará
en la dirección colegiada de la o rganización (e n tre quince y v ein te m iem ­
b ros) y e n la im p o rta n te in c id e n c ia de las d ire c c io n e s d e los fre n te s d e
g u erra en la conducción del gru p o gu errillero (véase la fig u ra 10.1) ¿Por
q ué ese rasgo? P orque en los orígenes del m an d o colegiado del ELN (fase
de reco n stitu ció n ), los responsables de estas e stru c tu ra s h iciero n p arte de
la D irección N acio n al ; 39 p o rq u e no p arece se r ta n fu e rte la c a p a c id a d de
im posición d e la D irección N acional en los fren tes de g u e rra y esto s h a n
g o z a d o d e u n a re la tiv a a u to n o m ía p a ra tr a z a r a lg u n a s d e su s p o lític a s
a c o n d ic io n a d a s a las p a u ta s de esa o rg an iz a ció n ; p o rq u e , a d e m á s, e n la
e s tru c tu ra o rg a n iz a tiv a d e c a d a fre n te d e g u e rra se re p ro d u c e el e sq u e ­
m a d irectiv o q u e p o see la o rg a n iz a c ió n n a c io n a l del ELN (re sp o n sa b le s
p o lítico y m ilitar, co m isio n es, e tc.) y p o r la p e rió d ic a re a liz a c ió n d e
los lla m a d o s p lenos am pliados. En esto s e v e n to s, y a l ig u a l q u e e n los
g ra n d e s co n g reso s y asam b lea s, se a n a liz a la situ ac ió n in te rn a c io n a l, la
situ a c ió n n acio n a l, y se e v a lú a n las a c tiv id a d es y se d is c u te n los p la n e s
del trab ajo p ara cad a área. Por últim o, p o rq u e p a ra to m a r d ecisio n es «de
tra sc e n d e n c ia » , la D irección N acio n al d e b e c o n v o c a r a p le n o a m p lia d o
con la p articipación de los «responsables políticos de los fren tes d e g u erra
y d e las á re a s estra té g ic a s » . 40
La estru c tu ra o rganizativ a federal p arece h a b e r c o n trib u id o a g e n e ra r
u n a fu e rte te n d e n c ia d e lib e ra tiv a e n tre su s filas, lo c u a l p u d o p e rm itir
la c o n fo rm a c ió n d e u n a g u e rrilla con m a y o r d e m o c ra c ia in te rn a y m u y
d ife re n te a su p rim e ra e ta p a d e v id a, b ajo la c o m a n d a n c ia d e Fabio
V ásquez C astañ o , cu an d o fue co rrie n te q u e las d iscrep an cias ideológicas
fu e ra n tr a ta d a s d isc ip lin a ria m e n te y e ra casi im p o sib le q u e u n re tiro de
la g u e rrilla o u n a d e se rc ió n re c ib iera u n c a stig o d is tin to al d e la p e n a
d e m u e rte . La d e lib e ra c ió n in te rn a se refleja e n b u e n a m e d id a e n la
c irc u la c ió n de re v istas d e co n su m o in te rn o , m ás o m e n o s p e rm a n e n te s
c o m o La U nidad y las q u e llev an los sign ificativ o s n o m b re s d e Carta
M ilitante y El M ilitante O pina, esta últim a con el su b títu lo de Órgano para
el D ebate Interno.

38. E dgar Ruiz. «El que m an d a está en el Solano». En: Corporación Ob­
servatorio para La Paz. Las verdaderas intenciones del ELN. B ogotá: Interm edio,
2001 .
39. E ntrevista a Rafael en H arnecker, Unidad que m ultiplica: entrevista a
dirigentes de la Unión Camilista Ejército de Liberación Nacional, pág. 74.
40. ELN, «IX Pleno de la Dirección Nacional», pág. 103; el Frente De G uerra
N ororiental, por ejem plo, hacia 1990, ya había realizado siete plenos, véase ELN,
Frente de Guerra Nororiental: una política de poder popular.

303
Mario A guilera Peña

F igura 10.1 - Organigram a. Ejército de Liberación Nacional. (*) Número de


integrantes. (**) Número de frentes y áreas. Fuente: ELN. Poder Popular y Nuevo
Gobierno; Conclusiones II Congreso (1989). Estatutos (1996).

La v e n tila c ió n a b ie rta d e sus p ro b lem as in te rn o s n o s ó lo es r e s u lta ­


d o d e su p a sa d o tra u m á tic o , sino tam b ién de la f r a g ilid a d co n q u e se
reco n flg u ra esa g u e rrilla y de la in ten ció n de c o n stru irla s ó lid a m e n te de

304
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

abajo hacia arrib a, elim in an d o todos los o bstáculos que p u d ie ra n colocar


e n riesg o la u n id a d d e la o rg a n iz a c ió n g u e rrilla . El te m a d e la u n id a d
no es p a ra n a d a u n p la n te a m ie n to in a d v e rtid o e n el d isc u rso d el ELN,
a p a rte d e q u e se invoca en los m o m e n to s d e crisis in te rn a , ta m b ié n es
u n a o b sesió n d isc u rsiv a q u e refleja en g ra n m e d id a el in te n to de d e ja r
a trá s el p a sa d o se c ta rio q u e d u ra n te u n b u e n tie m p o a isló al ELN y a
las d e m á s o rg a n iz a c io n e s de izq u ie rd a , al co n sid e ra rse c a d a u n a p o r su
la d o com o la « v an g u ard ia » d e la rev o lu ció n c o lo m b ia n a . La in siste n c ia
en la u n id a d ex presa, por o tro lado, el culto al p en sa m ien to del sacerd o te
C am ilo Torres, qu ien fundó un m ovim iento conocido com o el F ren te Uni­
d o y q u ie n p re d ic a b a q u e las o rg a n iz a c io n e s p o líticas p o p u la re s d e b ía n
id en tificar los p u n to s de a c e rc a m ie n to a n te s q u e las d iferen cias.
O tro e fe c to a trib u ib le a la e s tru c tu ra o rg a n iz a tiv a y a la c o n v icc ió n
d e e s ta r c o n stru y e n d o p o d e r p o p u lar, p o r d e n tro o p o r fu e ra d e la insti-
tu c io n a lid a d en c ad a fren te g u e rra o á re a e stra té g ica , es el la n z a m ie n to
e n 1 9 9 8 d e la p ro p u e s ta d e fc d e ra liz a r el p aís e n u n e v e n tu a l p ro c eso
d e p az con ese g ru p o g u errillero . Por aq u ello s añ o s, el ELN p a rec ía m uy
se g u ro d e c o n ta r co n u n a c u m u la d o d e p o d e r y d e c o n tro l te rrito ria l
q u e e v e n tu a lm e n te p u d iera reflejarse a su favor, bajo un siste m a político
fed eral.
El tip o d e o rg a n iz a c ió n in te rn a d el ELN es u n h ilo c o n d u c to r p a ra
e n te n d e r su d ificu ltad p a ra c re c er m ilita rm e n te al p u n to a lc a n z a d o p o r
las FARC. Es po sib le q u e la te n d e n c ia d e lib e ra tiv a y la m e to d o lo g ía de
a lca n zar d ecisiones por consenso se haya con v ertid o en un o b stácu lo m ás
p a ra lo g ra r los d e sa rro llo s m ilita re s o b te n id o s p o r las FARC, d o n d e es
re le v a n te el v e rtic a lism o d el « se c re ta ria d o » y b a s ta n te c la ra la lín e a d e
m a n d o . Ese m ism o tip o d e o rg a n iz a c ió n h a c e p re v e r q u e u n a p o sib le
n e g o c ia c ió n con el ELN sea u n p ro ceso le n to y co m p lejo , p e ro creíb le y
d efin itiv o . Del m ism o m o d o , es p rev isib le q u e d e n o h a b e r u n a salid a
n e g o c ia d a , n o se ría ta n fácil lo g ra r su e x tin c ió n , d e b id o a las in d e p e n ­
d e n c ia s y a u to n o m ía s rela tiv a s d e sus fre n te s d e g u e rra , p u e s e n e sa
c ircu n stan cia los red u cto s que su b sistan p o d rían p ro lo n g ar la vida de este
g ru p o in su rg e n te .

Las razones de la debilidad ofensiva y estancamiento militar

No hay d u d a de que el ELN alcan zó su m ay o r d esarro llo m ilitar e n tre


m ediados de los años och en ta y com ienzos de la d é c ad a del n o v en ta. Sin
e m b arg o , dicho crecim iento no fue tan sólido com o se p ien sa y no signifi­
có u n a im p o rta n te elevación de su s tasas de c o m b ate. El g ru p o te n d ió a
e s ta n c a rse m ilita rm e n te y a m a n te n e r su e sq u e m a g u e rrillero ; m ie n tra s
las FARC tu v iero n u n crec im ie n to m ás d e sta c a d o , ele v a ro n su ofensiva e

305
Mario Aguilera Peña

h iciero n in te n to s m ás serios de co n v ertirse en un ejército . Esa diferencia


e n tre u n a y o tra g u e rrilla no p u e d e explicarse ex clu siv a m e n te p o r el m e­
n o r g rad o de rece p ció n de recu rso s p ro v en ien tes del n arco tráfico ; cuenta
en el e s ta n c a m ie n to d el ELN ta n to su o rg a n iz a c ió n in te rn a co m o el que
no se h allab a p re p a ra d o ni p ara a su m ir el in crem en to de sus filas, ni para
a v a n z a r en los re to s p la n te a d o s p o r su e stra te g ia p o lítico-m ilitar.
En esto fue ta m b ié n definitivo q u e su e stra te g ia te n d ie ra a privilegiar
el tra b a jo p o lítico en las z o n as b ajo su in flu en cia, en d e trim e n to d e una
p ro y e c c ió n m ilita r m u c h o m á s ag re siv a al estilo d e las FARC. A ello se
a g re g a ría n los d e m á s fa c to re s q u e e m p e z a ro n a n e u tr a liz a r el co n ju n to
de la acción g u e rrille ra (in c re m e n to del p aram ilitarism o , crecim ien to del
p re su p u esto de g u e rra y d el pie de fuerza y m o d ern izació n de las fuerzas
a rm a d a ). ¿En q u é m ed id a se cum p liero n las m etas m ilitares fijadas desde
m e d ia d o s d e la d é c a d a d el o c h e n ta ? ¿Q u é ta n só lid o fu e el d e sa rro llo
m ilita r del ELN? ¿P or q u é d ecim o s q u e h u b o un e sta n c a m ie n to m ilitar?
Un im p o rta n te te rm ó m e tro p a ra m e d ir los a lc a n c e s d e lo s cam b io s
o p e ra d o s en el ELN lo c o n stitu y e el lad o m ilita r d e la lla m a d a ca m p a ñ a
V uelo d e Á guila. E sta es sig n ificativ a p o r d o s m o tiv o s: fu e u n a d e las
cam p a ñ as m ás o fensivas del ELN en la d écad a del n o v e n ta y estuvo prece­
d id a de un in te n so d e b a te in tern o , que condujo a la salid a d e la C orriente
d e R en o v ació n S o c ia lista d e a q u e l g ru p o in s u rg e n te . La e s tra te g ia y el
e s ta n c a m ie n to m ilita r d e la g u e rrilla fue p re c is a m e n te u n o d e lo s ejes
d e ta l d e b a te . La C o rrie n te p la n te a b a q u e lu eg o d e 2 6 a ñ o s d e insur-
g e n c ia y te n ie n d o c o n d ic io n e s co m o «el a u g e d e la s lu c h a s ca m p e sin a s
y cívicas h a s ta 1 9 8 8 , y la v io le n c ia d e la g u e rra c o n tra in s u rg e n te » , esa
o rg a n iz a c ió n no h a b ía p o d id o « p a sa r d e la fase d e g u e rra d e g u errillas»
ni de m o d a lid a d e s o p e ra tiv a s com o la em b o sca d a y el g o lp e d e m a n o , a
la « m o d alid ad d e las b a ta lla s » .41
Los m ie m b ro s d e la C o rrie n te c re ía n q u e los sa lto s e n las fases d e la
g u erra sólo p o d ía n lo g rarse si se co n stru ía un am plio m o v im ien to político
en las c iu d a d e s, y eso significaba q u e h a b ía q u e p e le a rle s los esp acio s a
las co rrie n te s « o lig árq u icas y a la social d em o cracia» . C o n sid e ra b a n que
sólo así p o d ría a s p ira rs e a c o m b in a r e n el fu tu ro la a c u m u la c ió n d e la
g u errilla ru ra l c o n e v e n tu a le s le v a n ta m ie n to s o in su rre c c io n e s locales o
regionales. S e ñ ala b a n ad em á s, q u e se caía en e l «van g u ard ism o » cu an d o
se la n z a b a n c a m p a ñ a s m ilita re s a te n ié n d o s e al an á lisis d e los facto res
del o rd e n n a c io n a l y o lv id an d o los c o n tex to s lo cales y re g io n a le s, y que
se p e rju d ic a b a a la p o b la c ió n y se d e sp re stig ia b a la re v o lu c ió n c o n «el

«11. F.I.N, ««Pablo Tejada: salidas posibles», pág. 13.

:«)(>
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

p e ta rd ism o y los sab o tajes in d iscrim in ad o s y d e sc o n te x tu a liz a d o s de las


d in ám icas d e los m o v im ien to s so ciales » .42
La c a m p a ñ a V uelo del Á guila fue la n z a d a a finales de 1 9 9 2 , co n o c a ­
sión de lo que el ELN llam ó los 5 0 0 años de resistencia, indígena, negra y
p opular. Se p ro p u so m o stra r la n u ev a a c titu d de d ich a g u e rrilla , re sp o n ­
d e r al p lan de «gu erra integ ral» del p re s id e n te G aviria y a c tiv a r la lu ch a
p o p u la r c o n tra el E stad o , c o m b in a n d o el p a ro cívico y el p a ro a rm a d o .
Pero, sin d u d a , el principal objetivo q u e se ligaba a las acciones m ilitares,
q u e ta m b ié n d e sa rro lló la CGSB, fu e el d e « m e jo ra r la c o rre la c ió n de
fu erzas» y g e n e ra r «un salto en el d e sarro llo de la g u e rra p o p u la r » .43
P ara el ELN, la c a m p a ñ a n o significó u n sa lto e n el te r re n o m ilitar.
A u n q u e h u b o un alto p o rc e n ta je d e acc io n e s a rm a d a s d e sa b o ta je e c o ­
n ó m ico (o le o d u c to s, buses, to rre s, e m p re sa s m in e ra s d e c a rb ó n y oro,
e tc .), obstru cció n de anillos viales y h o stilid ad es en ce rcan ías de alg u n as
c iu d a d e s, u n n ú m e ro m u y im p o rta n te d e a c cio n es p ro g ra m a d a s n o se
d e sa rro lla ro n p o rq u e las a u to rid a d e s las d e te c ta ro n a tie m p o , p o rq u e la
in fo rm a c ió n d e in te lig en cia g u e rrille ra falló o p o rq u e lo s m ilita n te s d e
e sa o rg a n iz a c ió n a rg u m e n ta ro n q u e no h a b ía «las c o n d ic io n e s in te rn a s
p ara re a liz a rla » .44
En su s e v a lu a c io n e s in te rn a s e sa o rg a n iz a c ió n re c o n o c e ría q u e los
c o m b a te s fu ero n d e escasa e n v e rg a d u ra y q u e el 8 0 % de sus m u e rto s y
c a p tu ra d o s lo h ab ía sido com o co n secu en cia d e d escu id o s d e la g u errilla
(indisciplina, ru tin a , sub estim ació n del en em ig o , etc.) y no a ca u sa d e la
eficacia de las au to rid ad es. S eñalaría tam b ién q u e se h ab ía oscilado en tre
la in tre p id e z , q u e g e n e ra b a fracaso s, y la « in o p e ra n c ia , p a ra e v ita r los
riesgos». Se co n clu ía que, n o o b sta n te q u e la c a m p a ñ a h a b ía significado
u n salto e n la cap acid ad d e lu ch a, al co m e n z a r a u sa r m o rte ro s, ram p a s,
« cañ o n es p o p u lares» y sob re to d o al g e n e ra liz a r el uso de explosivos, se
h a b ía e s ta d o m u y p o r d e b a jo d e los p la n e s in iciales e in clu so se h a b ía
p e rd id o el o rg u llo d e h a c e rse re s p e ta r del e n e m ig o e n lo s te rrito rio s
c o n tro la d o s p o r e lla .45
Los resu ltad o s de esa escalad a m ilitar y de o tras de m e n o r im p o rtan cia
en la d écad a del no v en ta m o straro n las in co n sisten cias d el crecim ien to y
d e la e x p a n sió n del ELN. In te n ta n d o u n a je ra rq u iz a c ió n d e los fa cto re s
q u e d e te r m in a b a n esa situ a c ió n , a p a rtir d e los p ro p io s a n á lisis de la
in su rg en cia , se ñ a le m o s los sig u ien tes:

42. Ibíd., pág. 13 y pág. 18.


43. ELN, Frente de Guerra Nororiental: una política de poder popular, pág. 77;
y ELN. «Valoraciones del ‘'Vuelo de Águila”». En: Carta Militante, n.° 23: (m arzo de
1993), pág. 10.
44. ELN, «1 Conferencia Nacional Militar», pág. 23.
45. Ibíd., pág. 30.

307
M ario A guilera Peña

La poca preparación militar y el escaso liderazgo de los jefes


militares

El c recim ien to del ELN en la p rim era m itad d e la d é c a d a d el n ó v en la


y los cam bio s q u e se in tro d u je ro n d e n tro de la o rg an izació n d esb o rd a ro n
la c a p a c id a d d e e sta g u e rrilla p a ra re s p o n d e r a la s ex ig e n c ia s d e las
m o d alid ad es de lucha. La lim itación m ás n o to ria se ubica en la form ación
m ilita r y en m e n o r g ra d o e n la p o lítica. La d e b ilid a d se d e b ió a la
in e x iste n c ia d e u n a e sc u e la m ilita r q u e m a n e ja ra e le m e n to s te ó rico s
y p rá c tic o s, q u e e n s e ñ a ra «so b re el te rre n o , so b re las a rm a s y so b re
el co m b ate » y q u e a p lic a ra las c a p a c id a d e s e n el « a d ie s tra m ie n to , el
en fre n ta m ie n to y la in stru cció n » .46 A la falta de esa escuela se le su m a que
la n u ev a e stra te g ia p o lítico -m ilitar llevó a q u e m u ch o s cu a d ro s m ilitares
e x p e rim e n ta d o s fu e ra n d e stin a d o s al tra b a jo político ; e n o tra s p a la b ra s,
las actividad es políticas p areciero n co b rar m ás im p o rtan cia q u e las tareas
m ilitares.
D eb id o a ta le s fac to res, a los fre n te s g u e rrille ro s, re g io n a le s y c o m ­
p a ñ ía s , y h a s ta la m ism a c o n d u c c ió n n a cio n a l, a c c e d ie ro n g u e rrille ro s
sin e x p e rie n c ia y a veces sin c a p a c id a d p a ra a s u m ir la lu c h a a rm a d a .
De a h í ta m b ié n las q u e ja s in te rn a s re fe rid a s a la a u se n c ia d e lid e ra z g o
e n los c u a d ro s m ilita re s, lo c u al e ra e x p lic a d o u n a s veces p o r la falta
d e c a p a c id a d d e c o n d u cc ió n y, e n o tra s, p o r el e fecto q u e h a b ía n tra íd o
las críticas a la a n te r io r fase d e l ELN; es decir, p o r la re p ro b a c ió n al
m ilitarism o , al v a n g u a rd ism o y al verticalism o .
La p o ca p re p a ra c ió n n o fue ta n sólo visible e n los c u a d ro s m ilita re s;
ta m b ié n se d e jó sen tir, p o r lo m e n o s h a s ta m e d ia d o s d e la d é c a d a d el
n o v e n ta , en la falta d e e le m e n to s bélicos p a ra a te n d e r to d o s los r e q u e ­
rim ie n to s d e la g u e rra . O tro fa c to r c erca n o a la e scasa fo rm a c ió n , p e ro
q ue ta m b ién tien e que v er con la e stru c tu ra cen tro -fe d e ra l de esa o rg a n i­
zación, es la d e sco o rd in ació n en la línea de m an d o , o b serv ab le en q u e la
d irecció n de las co m p añ ías y la elecció n de los m a n d o s fue a s u m ié n d o la
la d ire c c ió n d e c a d a fre n te d e g u e rra , e n o p o sic ió n al c rite rio in ic ia l d e
co nducción de tales cu erp o s p o r la D irección N acional. Los p ro b le m a s de
d irecció n ta m b ié n se h a n refleja d o e n la d e le g a c ió n de las ó rd e n e s y en
la a u sen cia de los m a n d o s en el e sce n ario de o p e ra c io n e s.
La d e b ilid a d en la fo rm ac ió n d e los c u a d ro s m ilita re s te n d ió a s e r
s u b s a n a d a h a cia m e d ia d o s d e los a ñ o s n o v e n ta con las « e sc u e la s d e
cu ad ro s» , u n p o c o a n te s d el p rim e r a v an ce d e l p a ra m ilita ris m o a su s
zo n as h istó ric a s.

46. ELN, «1 Conferencia Nacional Militar», pág. 23.

308
Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

El aislamiento político y el militarismo de lo urbano


La a u s e n c ia d e u n influjo en los m o v im ie n to s p o lític o s y so ciales
d e las z o n a s u rb a n a s , q u e p e rm itie ra a rtic u la r la c iu d a d y el c a m p o en
la p e rs p e c tiv a in su rre c c io n a l y d e h u e lg a g e n e ra l, llev ó a e ste g ru p o a
i n t e n t a r re s o lv e r esa situ a c ió n con e stra te g ia s m ilita re s. A sim ila n d o lo
u r b a n o a lo r u r a l, el ELN im p la n ta m ilicias e n b a rrio s p o p u la re s con
la a s p ira c ió n d e e je rc e r cierto co n tro l te rrito ria l, ig u a l al q u e ejercía
e n c ie rto s á m b ito s ru ra le s. Las m ilicias no so n e n to n c e s re s u lta d o d el
m o v im ie n to so c ia l o d e la m ovilización p o lítica d e las b a rria d a s , sin o
q u e a p a r tir d e su s p ráctic as se bu sca g a n a r sim p a tía s y e stim u la r la
p ro m o c ió n d e reiv in d ic a c io n e s so ciales y locales. En ese c o n te x to , lo
m ilita r re s u lta so b re m e d id o , así com o ciertas p rácticas d e fu e rz a co n las
q u e se p e rs ig u e la ac e p ta c ió n en las c o m u n id a d e s b a rria le s, es decir, la
e lim in a c ió n d e las llam ad a s «ollas» y las b a n d a s de d e lin c u e n c ia co m ú n .
En v a rio s m o m e n to s el ELN ha re c o n o c id o esas lim ita c io n e s y o tro s
« d e s e n fo q u e s » , c o m o las e x p re sio n es a u to n o m is ta s d e los a p a ra to s u r­
b a n o s , la fa lta d e u n a p resen cia p e rm a n e n te de su s m a n d o s y d e los
« c u a d ro s c o n m a y o r form ación» e n los a s e n ta m ie n to s b a rria le s, la p o ca
c a p a c ita c ió n m ilita r en la técnicas de co m b ate y el su rg im ien to de alg u n as
t e n d e n c ia s d e lin c u e n c ia le s e x p re sa d a s en p re p o te n c ia y « a rb itra rie d a d
f r e n te a la p o b la c ió n » .47

La complejidad del tránsito de la guerra irregular a la regular

El ELN y, e n g e n e ra l las o tra s o rg a n iz a c io n e s g u e rrille ra s , sig u ie ro n


lo s pasos del M ovim iento 19 de Abril (M -19) en el in te n to de d e sa rro lla r
la m o d a lid a d d e ejército reg u lar tra ta n d o de alc a n z a r o tro nivel de lucha
c o n las fu e rz a s d el E stado. De la ex p erien cia del M -19, c ara c te riz a d a por
sus acc io n e s e s p e c ta c u la re s (to m as de F lo ren cia, Y um bo, Siloé y b a ta lla
d e Y a ru m a le s, e tc .), a p re n d ie ro n q u e se d e b ía c o n ta r co n u n á re a d e
r e t a g u a r d i a c o n s o lid a d a ; q u e e ra n v itales las á re a s d e e n fre n ta m ie n to
d o n d e e x is tie ra u n influjo político ac o rd e con las ex ig e n c ia s d e l conflic­
to ; q u e e ra n e c e s a r ia la ca p a c id a d d e a fe c ta r las fu e rz a s d e l e n em ig o ,
p e r o c o n s e r v a n d o las de la in su rg en cia , y q u e era o b lig a to rio b u sc a r las
b a ta lla s , sie m p re y cuan d o se tuviera g aran tía de c o n tin u id a d en la lucha.
El ELN tu v o e n cu en ta la m ayoría de esos e le m e n to s y d e sd e ñ ó otros
d e tra s c e n d e n c ia , com o la necesidad de un p lan sistem ático q u e les colo­
c a r a u n n o rte y un d in am ism o a las c o m p añ ías y a las fu erzas especiales.
A sim ism o , d e b ió e n fr e n ta r situ a c io n e s q u e no h a b ía c o n te m p la d o : p o r
47. ELN. «E valuación de los ejes tácticos». En: Carta M ilitante, n.° 24: (1993),
pág. 50; ELN, «1 C onferencia Nacional Militar», pág. 24.

309
M ario A guilera Peña

un lad o , el d ile m a d e m a n te n e r p e lea n d o a las c o m p añ ías d islo c a d a s de


la g u e rrilla o d e «vivir c o m o g u e rrilla y a g ru p a rs e c o m o fu e rz a re g u la r
p a ra la p e le a » .'*8 Ese d ile m a , u n id o a las d ific u lta d e s d e p ro y e cc ió n di*
las c o m p a ñ ía s, lle v a ría a q u e a lg u n a s se v o lv ie ra n sim p le m e n te fren tes
g u e rrille ro s (p o r ejem p lo , la c o m p a ñ ía El B oche se c o n v irtió e n e l F re n ­
te M a n u e l H e rn á n d e z ) o a q u e las c o m p a ñ ía s e n tr a r a n e n a c ció n sólo
o c a sio n a lm e n te c u a n d o tu v ie ra n c o o rd in ació n co n la acción g u errillera.
P or o tro la d o , el ELN d e b ió a fro n ta r el in m o v ilism o y la m e n ta lid a d
g u e rrille ris ta q u e h a cía q u e los m iem b ro s d e las c o m p a ñ ía s m o s tra ra n
resisten cia a a c tu a r con la lógica de la g u e rra de m o v im ien to s (actividad
o p erativ a regular, cierto g rad o de control territo rial, m ay o r concen tració n
d e fu e rz a s, c o m b a te a b ie rto , e tc .) y q u e a d e m á s ta n to c o m b a tie n te s
co m o m a n d o s tu v ie ra n la te n d e n c ia a so lic ita r tr a s la d o a su s a n tig u a s
e stru c tu ra s g u e rrille ra s .''9
A lo largo de la d é cad a del n o v en ta, el ELN no p arece h a b e r te n id o otro
m o m e n to d e c re c im ie n to d e su s efectivos m ilita re s p a re c id o al p e río d o
1 9 8 9 -1 9 9 3 , e n el q u e se g ú n sus p ro p ias e v a lu a c io n es in te rn a s c reció en
u n 720 %. Su fu erza se p u d o m a n ifestar con a lg u n as escalad as p arecid as
a las d e 1992, y sus co m p añ ías se m o stra ro n e n a lg u n o s co m b ates, com o
en la o p eració n sim u ltán ea en alg u n o s pueblos de N orte de S an tan d er, en
1 9 9 8 (C á c o ta , Silos y C h ita g á ). S in e m b a rg o , co m o p a re c e n re g istra rlo
las cifras o ñ ciales, d e sd e finales d e los a ñ o s n o v e n ta la in te n sid a d d e su
fuego se h a v e n id o d e b ilita n d o con la p e n e tra c ió n del p a ra m ilita rism o a
alg u n o s de sus territo rio s, ubicados en el pro p io co razó n de sus dom inios
h is tó ric o s, co m o el s u r de B olívar, C a ta tu m b o (N o rte d e S a n ta n d e r ) y
B arran cab erm eja, o de zonas de m en o r influencia com o en el su ro ccid en te
(Valle del C au ca y N ariñ o ).
Si b ie n el g ru p o g u e rrille ro se h a lla d e b ilita d o , fu n d a m e n ta lm e n te ,
p o r la a c tiv id a d c o n tra in s u rg e n te e n su s z o n a s d e in flu e n cia y p o r la
acción e s ta ta l en el d e sm a n te la m ie n to d e a lg u n a s d e su s re d e s u rb a n a s,
los g o lp e s n o a lc a n z a n a se r c o n tu n d e n te s ni h a n p ro v o c a d o la d e s a r­
tic u la c ió n d e su s m a n d o s y e s tru c tu ra s p o lític o -m ilita re s, al p u n to q u e
los o b lig u e a n eg o c ia r a c u alq u ier precio. Se d e b ilita ro n te rrito ria lm e n te
(p ie rd e n c o rre d o re s e stra té g ic o s, re d u c c ió n d e los esp a c io s d e re ta g u a r­
d ia , e tc .), p e ro es p o sib le q u e h a y a n g a n a d o c o m b a tie n te s p ro v e n ie n te s
d e la « in te n sid a d » d el co n flicto e n las z o n a s d e su m a y o r in flu jo ; no
d e o tra m a n e r a p o d ría n e x p lic arse las cifras d el M in iste rio d e D e fen sa
q u e re c o n o c e n q u e e n 1 9 9 8 el ELN c o n ta b a c o n 3 .5 0 0 h o m b re s y u n as

48. ELN. «Elem entos sobre construcción de com pañías de ejército». En: Carta
M ilitante, n.° 10: (1998), pág. 42.
49. Ibíd.

310
Ejército de Liberación N acional: en tre las a rm a s ..

3 7 c u a d rilla s, y e n el 2 0 0 0 , c o n 4 .5 0 0 h o m b re s y d is trib u id o s e n 4 2
c u a d rilla s .50
Por lo ta n to , se h a n d e b ilita d o p e ro n o h a n p e rd id o c a p a c id a d d e
resp u esta, com o se d e m u e stra en alg u n as escalad as d efensivas que a p u n ­
ta n a re s g u a rd a r te rrito rio s o a d is p e rsa r y d e sc o n c e n tra r los o p erativ o s
d el e n e m ig o . A d em ás, es im p o rta n te p re c isa r q u e el d e c a im ie n to m ili­
ta r no se p u e d e m o s tra r co m o u n a te n d e n c ia d e to d o s su s m é to d o s d e
g u e rra . P rim e ro , p o rq u e e ste g ru p o in s u rg e n te c o n tin ú a m o s tra n d o u n
so b re sa lie n te a u n q u e irre g u la r activ ism o m ilita r a tra v é s d e l sa b o ta je y
el «contacto a rm a d o » .51 Incluso e n el p rim e r m é to d o las cifras m u e s tra n
u n a agresividad m ay o r a la q u e se re g istra p ara las FARC p a ra el p erío d o
1 9 99-2001, pues m ien tras estas re aliza n 3 3 2 sab o tajes, el ELN las su p era
con 371, a p e sa r de que e sta ú ltim a g u errilla tie n e u n m e n o r n ú m e ro d e
fre n te s y de h o m b res e n a rm a s , 52 así com o lo señ a la la fig u ra 1 0 . 2 .

Figura 10.2 - Actividad arm ad a del ELN. 1990-2002. Fuente: Presidencia de la


República de Colombia, Sala de E strategia N acional.

50. Ibíd.
51. No q u ed a claro en las cifras oficiales algo clave: sab er q u ién busca el
contacto arm ado.
52. Camilo Echandía. El conflicto armado y las manifestaciones de violencia en
las regiones de Colombia. Bogotá: Oficina del Alto Com isionado para la Paz, 1999.

311
M ario A guilera Peña

En s e g u n d o lu g ar, el m a n te n im ie n to del sa b o ta je c o m o principal


m é to d o d e lu c h a es u n e le m e n to im p o rta n te a la h o ra d e v a lo ra r l.i
c ap acid ad m ilitar del ELN. No p e rd am o s de vista q u e h is tó rica m e n te esia
org an izació n ha sido poco co m bativa y no se ha d istin g u id o p o r so sten er y
diversificar sus m é to d o s de g u e rra , sino q u e se ha c o m p o rtad o com o una
esp ecie d e policía ru ra l in su rg e n te , q u e ha h e ch o del sa b o ta je (voladura
d e o le o d u c to s y to rre s e lé c trica s, b lo q u e o d e c a rre te ra s ) su principal
fo rm a d e c o m b a te ; p o r e so la p re n sa te m p ra n a m e n te la calificaría de
te rro rista .
El an álisis d e las accio n es de g u e rra e n tre 1991 y 2 0 0 1 m u e s tra otra
lla m a tiv a c o n tin u id a d : el ELN h a d e m o s tra d o m a y o r p o d e r o fen siv o l>m
sus á reas m atrices d o n d e c u en ta con los fren tes g u errillero s m ás antiguos.
Así, dos fren tes de g u e rra de los cinco - e l N oro rien tal y el N oroccidental
c o n c e n tra ro n m á s d e l 7 0 % d e to d a la a c tiv id a d a rm a d a . C on las PARC
h ay una sim ilitud en c u a n to el Bloque de G u erra O rien tal, que c u e n ta con
an tig u o s fren tes, es el de m ay o r actividad a rm a d a (2 9 ,3 % ); sin em bargo,
los p o rcen taje s de e sta activ id ad se re p a rte n sin m u ch as d ista n c ia s entre’
los o tro s cin co b lo q u es d e g u e r r a .53 Ese ra sg o n o s m u e s tra la te n d e n c ia
del ELN de a fian zarse e n sus á reas o rig in ales, cierto co n se rv a d u rism o en
su crecim ien to y los efectos d e p la n te a r u n a e stra te g ia d e e x p a n sió n con
la id e a d e c o n ta r c o n a p o y o s so ciales y d e re s p o n d e r al m a n d a to de su
e s tra te g ia d e in te n ta r a c e rc a rse a las c iu d a d e s , a rtic u la n d o las m ilicias
u rb a n a s con la g u e rrilla ru ra l. La d ife re n c ia s e ñ a la d a c o n la s FARC
m o s tra ría ta n to u n c o n sid e ra b le p ra g m a tism o a la h o ra de m u ltip lic a r
sus fren tes co m o u n a m ay o r cap a c id a d de d is p ersió n g eo g ráfica, q u e no
sólo tien e en c u e n ta la h isto ria de la o rg a n iz a c ió n , sino q u e d e sa rro lla la
id e a e stra té g ic a d e c o p a r el te rrito rio n a c io n a l e n b u sca de la d ispersión
de las fuerzas m ilitares y de colocarse en las á re a s de m ay o r im p o rtan cia
eco n ó m ica.
El e sta n c a m ie n to m ilita r d el ELN q u e h em o s id e n tifica d o e n tre 1989
y 1993, y que d e te rm in ó g ran p a rte de la evolución p o ste rio r d el a p arato
a rm a d o , n o só lo h a re s p o n d id o a su p o ca c a p a c id a d p a ra a b s o rb e r el
in c re m e n to d e sus c o m b a tie n te s y a la d ificu ltad d e p ro c e s a r su s nuevos
o b jetiv o s m ilita re s c o m o a o tro s fa c to re s in te rn o s o e x te rn o s (n eg a tiv a
a u sa r re c u rso s d e la coca, a v a n c e p a ra m ilita r, e tc .), sin o q u e ta m b ié n
tie n e e stre c h a relació n con la te n d e n c ia de p riv ileg iar el lad o p o lítico de
su e s tra te g ia so b re el m ilitar. Lo p olítico se e n tie n d e co m o el d e sa rro llo
d e la c o n sig n a d e c o n stru c c ió n d e un p o d e r p o p u la r a lte rn a tiv o , cuyas

53. E chandía, El conflicto arm ado y las m anifestaciones de violencia en las


regiones de Colombia.

312
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

expresiones concretas parecen ad v ertirse p a rtic u la rm e n te en las llam ad as


áreas de re ta g u a rd ia .

Por los caminos de la política


El d esp lie g u e de las p rácticas p o líticas del ELN co in cid e con el retiro
d e su a p o y o al m o v im ie n to A L u ch ar (1 9 8 4 -1 9 9 1 ), e n el q u e h a b ía
ten id o alg u n a influencia. En el d e rru m b e de esa relació n c o n taro n , e n tre
o tro s, el d e sa c u e rd o d e esa o rg a n iz a c ió n p o lític a fre n te a los a c to s d e
sa b o ta je y se c u e stro q u e en n a d a c o n trib u ía n al a c c io n a r p o lític o , la
co n c e p c ió n in s u rre c c io n a l con q u e el ELN v eía la o rg a n iz a c ió n so cial y,
so b re to d o , el te m o r a q u e la v a n g u a rd ia (la o rg a n iz a c ió n g u e rrille ra )
n o tu v ie ra el c o n tro l so b re la o rg a n iz a c ió n p o lítica. ¿ C u áles so n las
fo rm as y p rácticas p olíticas del ELN? ¿Q ué c a ra c te rístic a s y e x p resio n es
p rese n ta n ? Las m od alid ad es organ izativ as p arecen co rrelac io n a r ám bitos
regionales y actividades pro d u ctiv as de p eq u eñ o s o m ed ian o s cam pesinos
y de trab ajad o res ru rales o u rb an o s. Podem os h a b la r de tres m o d alid ad es:
las form as organizativ as en las zo n as de enclave, las form as o rganizativas
cam p e sin as y las form as o rg an izativ as u rb a n a s.

L a s fo r m a s o r g a n iz a tiv a s d e la s z o n a s d e e n c la v e

Los in te n to s d e o rg a n iz a c ió n social e stim u la d o s p o r ELN e n z o n a s


d e en clav e (p etró le o , carb ó n y o ro ) se ex p lican o b v ia m e n te ta n to p o r la
historia de esa ag ru p ació n g u errillera com o p o r q u e su prin cip al b a n d e ra
política a p u n ta a d e te n e r el saq u eo d e los recursos n a tu ra le s o a cam b iar
las co n d icio n es e n q u e el E stad o n eg o cia su ex p lo tac ió n . En e sta s zo n as
se p u e d e n a d v e rtir v a ria s m a n ife sta c io n e s d e l lla m a d o « p o d e r p o p u la r
e x tra in stitu c io n a l» (p o r ejem p lo , fo rm a s e c o n ó m ic a s q u e p e rm ita n el
m an ejo so b eran o de recursos n a tu ra les y form as eco n ó m icas altern ativ as
y a s e n ta m ie n to s d e co m u n id a d en d e sa rro llo d e l p ro g ra m a ag ra rio ). En
una de ellas, d o n d e se explota un recurso m ineral y todavía existen tierras
baldías, el ELN le pro p o n ía a la c o m u n id ad la ad o p ció n de u n reg lam en to
con p ro c e d im ie n to s d e m o c rá tic o s y e q u ita tiv o s p a ra e x p lo ta r el rec u rso
n o ren o v ab le, así com o p a ra la d istrib u ció n de tie rra s .54 C on este el ELN
b u sc a b a q u e las c o m u n id a d e s lo d isc u tie ra n y lo e n riq u e c ie ra n , ad e m á s
de que recibiera la opinión de las FARC, con las que c o m p artía n el co ntrol
te rrito ria l en el á re a .
S o b re la e x p lo ta c ió n d el m in e ra l, el fre n te g u e rrille ro d e l ELN c o n ­
sid e ra b a q u e se d e b ía « m o d e ra r su ex p lo tació n » y q u e las c o m u n id a d e s

54. ELN. Políticas y criterios, n /d , pág. 28.

313
M ario A guilera Peña

te n ía n q u e d irig ir e se p ro c e so p a r a h a c e rlo m á s le n to y ra c io n a l; sugc-


ría , e n to n c e s , q u e d e b ía n « a p e rs o n a rs e d el c o b r o d e reg alías» y d e la
eje c u c ió n d e o b ra s d e b e n e fic io g e n e ra l. Por l o ta n to , p ro p o n ía q u e la
c o m u n id a d a u to riz a ra el in g re so d e m a q u in a r ia s com o retro escav ad o ras
y q u e c o n c ed iera e ste p erm iso a « p erso n as c o n o c id a s p o r la com unidad».
El p ro p ie ta rio d e c a d a « retro » s ó lo p o d ía i n g r e s a r co n el p e rso n a l califi­
cad o , y el n o calificad o d e b ía se r c o n tra ta d o e n la región. El p ro p ietario
a u to riz a d o se c o m p ro m e tía a tr a b a ja r c o n la c o m u n id a d v e n d ié n d o le s
h o ras de ex p lo tació n , p e ro si la c o m u n id a d se c o n s e g u ía su pro p ia «retro»,
sería la ú n ica con d e re c h o de e x tra e r el m in e ra l. Se p e rm itiría «en torno
d e c ad a re tro y fre n te d e m in a ( . . . ) un c o m ité » d e jo rn a le ro s o rie n tad o
p o r el c o m ité d e tra b a jo d e la J u n t a d e A cción C o m u n a l, cu y o n ú m e ro
no d eb ería ex c e d e r a los se se n ta socios, p re fe rib le m e n te d e la reg ió n , los
cu ales tra b a ja ría n en dos tu rn o s. Las «retros» d e b e r ía n co m p ro m e te rse a
«replanar» el te rre n o e x p lo tad o y c ad a u n a p a g a r ía a la co m u n id a d como
im p u esto m en su al el valo r de q u in ce h o ras m e n s u a le s y o tras c u a tro horas
m ás de trab ajo e n un «día cívico y c o m u n itario » . N in g u n a «retro» p o dría
a b a n d o n a r la z o n a o p a s a r a o tra sin el p az y s a lv o d e la c o m u n id a d .
En c u a n to a los criterio s p a ra la d istrib u ció n d e tierra s, se d isp o n ía la
co n fo rm a c ió n d e u n co m ité d e tie rra s, c o n s titu id o p o r las p e rs o n a s m ás
« ac a ta d a s de la zon a» , p a ra c o n trib u ir a a p lic a r la s sig u ie n te s d isp o sicio ­
nes:
■ Las tie rra s a p ta s p a ra la a g ric u ltu ra n o se a s ig n a ría n a in d iv id u o s,
sin o a p ro y e c to s c o m u n ita rio s, co n a p ro p ia c ió n co le c tiv a d e lo
p ro d u cid o .
■ Las tie rra s no a p ta s p a ra la a g ric u ltu ra y q u e tu v ie ra n o tro tip o de
riq u eza sólo p o d rían ex p lo tarse p o r la c o m u n id a d , « d e stin a n d o sus
u tilid a d e s a o b ra s y fo ndos colectivos».
■ La c a n tid a d m áx im a d e tie rra a sig n a d a p a r a fines c o m u n ita rio s
sería d e 150 h e c tá re a s.
■ Las tie rra s e n las zo n as m ás lejanas serían c o n sid e ra d a s d e rese rv a.
■ Por e x c e p ció n se a sig n a ría tie rra a títu lo in d iv id u a l, s ie m p re y
c u a n d o se re u n ie ra n los sig u ie n te s re q u isito s: q u e se tr a te d e u n a
fam ilia q u e n o la p o se a, q u e «h ay a su frid o c a la m id a d e s g ra v e s»
o q u e su s v id as c o rra n p elig ro ; q u e la fa m ilia se a c o n o c id a p o r
la c o m u n id a d y sea re s p a ld a d a p o r ella; q u e los b e n e fic ia rio s se
c o m p ro m e ta n «a h a c e r finca, tr a b a ja r la a g ric u ltu ra y p ro d u c ir
alim en to s» , y a no tra sp a sa rla a c u a lq u ie r títu lo a n te s d e c u m p lir
los tres añ o s.
■ P ara la fo rm a liza c ió n d e las asig n acio n es d e b ía c o n su lta rs e la o p i­
nión del b en eficiad o . S urtido e ste p ro ced im ien to , se h a c ia e n tr e g a

11*1
Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

de la parcela y se e lab o raría un d o cu m en to en el q u e se h a ría cons­


ta r los linderos, así com o la firm a del «nuevo colono, los c o lin d an tes
y la g e n te d e la región q u e lo resp ald a» . A esto s ú ltim o s les c o rre s­
p o n d ería ap o y ar y «con tro lar al n uevo colono p a ra q u e cu m p la con
los a c u e rd o s hechos».
■ El c o m ité d e tie rra s te n d ría la p o te s ta d d e re so lv e r co n flicto s de
lin d e ro s, cu y as d e te rm in a c io n e s se c o n sid e ra b a n d e o b lig a to rio
cu m p lim ien to ; adem á s, podría im p o n er sanciones a qu ien es in cu m ­
p lieran los criterio s e stab lecid o s (a m o n e sta c ió n p e rso n a l, a m o n e s­
ta c ió n en a sa m b le a y o tra s « san cio n es m ay o res» a los q u e fu e ra n
re in c id e n te s).

L a s f o r m a s o r g a n iz a tiv a s c a m p e s in a s

Las fo rm a s o rg a n iz a tiv a s c a m p e sin a s in flu e n c ia d a s p o r el ELN (e n


á re a s d e re c ie n te co lo n iza c ió n o en z o n a s co n p e q u e ñ o s y m e d ia n o s
c a m p e sin o s y co n tra b a ja d o re s ru ra le s) p u e d e n p ro y e c ta rse e n u n solo
se n tid o o p u e d e n d e sa rro lla rse en v aria s d irec c io n e s, c o n u n a im p o r­
ta n te c o m p lejid ad o rg an iz a tiv a, co m o es el e jem p lo q u e a c o n tin u a c ió n
p re se n ta m o s.
En u na región m arginal y de reciente colonización existe u n a com pleja
in teg ració n v ered al que in v o lu cra a m ás de v ein te v ere d a s, o rg an izació n
c o m p arab le a la que m ed io siglo a n te s se hab ía c o n sa g ra d o en las lla m a ­
d as Íeye5 de Llano, d ictad a s p o r los c o m an d o s g u errille ro s lib erales e n tre
1952 y 1953. C o n tan d o com o base las Ju n ta s de A cción C o m u n al, y con
deleg ad o s de cada una, se form ó un org an ism o cen tral (la d irectiv a), que
so la m e n te in te rv ie n e p a ra to m a r d e c isio n e s o co m o c u e rp o c o n su ltiv o ,
c u a n d o las ju n ta s lo so liciten . Al lad o d e ellos o p e ra n v ario s co m ités
(e m p re sa ria l, fin an zas, tra b a jo , ju s tic ia , social, m ed io a m b ie n te y c u ltu ­
ral) q u e tra ta n y resu elv en los a su n to s d e in te ré s colectivo y d irim e n los
conflictos o p ro b lem as co m u n itario s.
La directiva y los com ités, que son n o m b rad o s p o r la asam b lea g en eral,
se re ú n e n p e rió d ic a m e n te p a ra e la b o ra r p la n e s o p a ra e v a lu a r los ya
cum p lid o s. La ju n ta co m u n a l d e c ad a v ered a , a la q u e d e b e n p e rte n e c e r
los cam pesinos d esd e ios quince años, se re ú n e en asam b lea cad a m es, con
u n h o ra rio fijo d e iniciación y te rm in a c ió n , p a ra tr a ta r los p ro b le m a s de
la v ered a, inform es de los co m ités y decisiones ju d iciales. La in asisten cia
o la lleg ad a ta rd e g en e ra sa n cio n es p rogresivas.
E sas v e re d a s a p ro b a ro n , a c o m ie n z o s de la d é c a d a d e l n o v e n ta , u n
cu erp o n o rm ativ o com pu esto p o r casi sesen ta artículos q u e se d en o m in a­
ro n la C onstitución cam pesina, y q u e d efin ía la o rg a n iz a c ió n v e re d a l en
diversos aspectos de la vida cotid ian a. En su p arte d ecla rativ a, asegu rab a

315
M ario A g u ilera Peña

que la o rgan izació n no ten ía o tro propósito q u e «fo rtalecer la vida, la con
v iv e n c ia , el conocim iento, el trabajo, la ju sticia, la ig u ald ad , la libertad y
la p a z d e n tr o de un m arco ju ríd ico , d em o crático , p artic ip a tiv o y popular
q u e g a r a n tic e un o rd e n político , eco n ó m ic o y so cial ju sto » . El cuerpo
n o rm a tiv o d e esa C onstitución fue c o m p le m e n ta d o co n 25 resoluciones,
de dos a cu atro artículos cada una, en el q u e ap a re c e n las san cio n es par;i
los in f ra c to re s de la c a rta c a m p e sin a. En el á re a se a p re c ia n d o s de las
seis fo rm a s de o rg an izació n p o p u la r e x tra in stitu c io n a l p la n te a d a s por el
ELN, es decir, «Form as de au to g estió n » y «Form as de co n tro l p o p u la r en
el á m b ito de la justicia»:
Las fo rm a s a u to g e s tio n a ria s , a d m in is tra d a s p o r el lla m a d o com ité
e m p re s a ria l, son las sig u ien tes:
1. p ro d u c c ió n co n b en eficio c o m u n ita rio e n p isc ic u ltu ra , a v icu ltu ra,
p o rc ic u ltu ra y cereales;
2 . tie n d a s com unales, las cuales no tien en á n im o d e lucro y so n adm i­
n is tra d a s p o r un te n d e ro al q u e se le ñ ja u n sa la rio p a g a d o con la
afiliació n o b lig ato ria de los todos u su a rio s d u e ñ o s de tie rra s y con
el p ro d u c to de la g an a n cia p o r co m p ras al p o r m ayor;
3. c a rn ic e ría c o m u n a l, cuyo re n d im ie n to se d iv id e p o r m ita d en tre
q u ie n v e n d e la c a rn e y el fondo e m p re sa rial;
4 . e x p lo ta ció n de fincas a b an d o n a d a s.
A u n q u e n o es p osible re sp a ld a rlo e m p íric a m e n te p a ra el á re a que
e s tu d ia m o s , es factible q u e a e sta s fo rm as aso c ia tiv a s el ELN les haya
o to rg a d o créd ito s, a ju z g a r por lo que co m en ta C arlos C astañ o , al p e n etrar
a te rrito rio s co n tro lad o s p o r esta o rganización al su r de Bolívar. S egún el
je fe p a ra m ilita r, e n esa z o n a fu n c io n a b a un « b an co ag rario » , q u e había
p re s ta d o u n o s 3 .0 0 0 mil m illones de pesos, re p a rtid o s e n cinco m illones
p o r c a d a fam ilia. Los param ilitares, p ara o b te n e r acep tació n , co n d o n aro n
la d e u d a y los cam p esin o s, seg ú n C astaño, h iciero n un jo lg o rio de varios
días y e sp e ra n q u e la g u e rrilla no re g re se . 55
En la m ism a á re a , el p o d er p o p u lar se m an ifiesta con el d e sa rro llo de
fo rm as y p rá c tic a s a lte rn ativ a s d e ju sticia . La m a y o ría de las n o rm a s no
co nstituye una n o v ed ad , p o r cu an to está c o n tem p lad a en las legislaciones
e sta ta le s. Lo re a lm e n te llam ativ o es q u e el p ro c e d im ie n to co lo ca en
m an o s d e u n a in stan c ia co m u n ita ria la so lu ció n de u n a a m p lia g a m a de

55. C astañ o señ ala que los créditos eran p ara se m b ra r cultivos ilícitos lo
cual no parece s e r convincente p or lo que a n o tam o s en o tro lugar. M auricio
A ranguren. Mi confesión: Carlos Castaño revela sus secretos. Bogotá: Oveja Negra.
2001, pág. 255 y pág. 274.

316
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

conflictos, sin que su violación signifique u n a fu erte sa n c ió n o a m e n a z a


p a ra el infractor.
La g u errilla, al parecer, tien e en la z o n a m ás c a p a cid a d d e m an io b ra
y p o r ello se d e s p re n d e d e la «función» ju d ic ia l, lo c u al es d ife re n te al
c o m p o rta m ie n to usual no sólo del ELN, sino ta m b ié n d e las PARC, pues
sus prácticas ju diciales no son m uy v ariad as y re g u la rm e n te son asum idas
com o un m e c a n ism o p a ra lo g ra r la p e n e tra c ió n en los m e d io s m ía le s o
com o u n a o fe rta e v e n tu a l ac o rd e con los v aivenes d el c o n tro l te rrito ria l.
S o rp re n d e ta m b ié n d e n tro d e la re fe rid a n o rm a tiv a c o m u n ita ria q u e
se e x p re s e u n a m o ra lid a d d e d e fen sa de la u n ió n m o n o g á m ic a 50 y u n a
g ra n p re o c u p a c ió n p o r la e d u c a c ió n de los hijos, lo q u e se a d v ie rte en
m a n d a to s m uy c o n c re to s y e n la c e n su ra a c o n d u c ta s q u e a m e n a c e n
dich o s fines.
E n tre los tip o s de a s u n to s y conflictos a su m id o s e n los trib u n a le s
c o m u n ita rio s te n e m o s: u n ió n d e las p a re ja s, in fid e lid a d , s e p a ra c ió n de
cuerpos y de bienes, ab an d o n o de las resp o n sab ilid ad es en el so ste n im ie n ­
to y la e d u c a c ió n d e los hijos, c h ism o g rafía , riñ a s, ra te o , c u a tre rism o ,
v io le n c ia se x u a l, p ro stitu c ió n , co n su m o y p ro d u c c ió n d e n a rc ó tic o s y
alco h o lism o . La in stan cia c o m u n ita ria no tra ta los casos d e hom icid io .
Las no rm as tienen tam b ién un c arácter preventivo, p u es b u scan evitar
co n flicto s c o tid ia n o s e n tre vecinos, al o rd e n a rle s a los d u e ñ o s d e tie rra
que m a n te n g a n a sus anim ales seguros y los lin d ero s con señ ales visibles
o c ercas con tres c u e rd a s y en b u e n e sta d o . A los d u e ñ o s d e casa se
les p ro h íb e d e ja r las p u e rta s a b ie rta s . Se a d v ie rte a d e m á s a los d u e ñ o s
d e tie rra la o b lig ació n d e re s p e ta r la jo r n a d a d e o ch o h o ra s y el p ag o
d e sa la rio m ín im o a los jo rn a le ro s , y a los a d m in is tra d o re s el m ism o
salario m ás u na pro p o rció n de a cu erd o con su trab ajo . Se ha estab lecid o
ta m b ié n q u e q uien dé la finca en a rrie n d o a largo plazo d e b e rá e n tre g a r
a la «directiva» copia del c o n tra to p ara que de esta m a n e ra p u e d a recibir
su resp ald o . Lo m ism o d eb e de h a ce r q u ien reciba g a n a d o al «aum ento».
Las sa n c io n e s n o c o n te m p la n ni e n c ie rro ni c astig o s c o rp o ra le s. La
p rin cip al p a re c e se r la v e n tila c ió n d el caso y la im p o sició n d e u n a a m o ­
n e sta c ió n en asam b lea. A parte d e e sta san ció n se ap lican , se g ú n el caso,
p ro g re s iv a m e n te la m u lta , la im p o sició n d e d ía s d e tra b a jo en o b ra s
c o m u n ita ria s y la ex p u lsió n d e la reg ió n . En los caso s d e in fid elid ad y
p ro stitu ció n , d escrito s en u n a m ism a no rm a, se reco m ie n d a tr a ta r el p ro ­
blem a «según el sen tim ien to de la persona» y en el ev en to de co n d e n a es
b a sta n te llam ativo que la m u lta im p u esta sea la mayor, c o m p a rativ a m e n ­
te con las que se im ponen a o tras con d u ctas. En los casos de alcoholism o,

56. C onstitución cam pesina, 1992. Artículo 54: «P ropender p o r la defensa


de la fam ilia m onugám ica será uno de los propósitos com unitarios».

317
M ario Aguilera Peña

al p ro cesad o p rim e ro se le im p o n e n v e in te d ía s d e tra b a jo c o m u n ita rio


y luego la su sp e n sió n del «trago» d u ra n te seis m eses. A los d ro g a d ic to s
se les da un p lazo d e seis ineses p a ra q u e h ay a un « re g e n e ram ie n to » , so
p e n a de se r e x p u lsa d o d e la reg ió n . Esta m e d id a es e x tre m a y se aplica
luego de en say ar o tras sanciones a aquellas co n d u ctas q u e son ap reciad as
com o grav es: v io len c ia sex u al, p ro d u c c ió n y c o n su m o d e n a rc ó tic o s y
chism ografía.
La altern a tiv id a d ju dicial o p era ig u alm ente en la p ro tecció n del medio
a m b ie n te . En e ste á m b ito las n o rm a s v an m ás allá d e la n o rm a tiv id a d
e sta ta l, al fijar lim ita c io n es a la p ro p ie d a d p riv a d a e n b e n efic io del in­
te ré s co lectivo. A lg u n as de las m e d id a s se ría n im p ra c tic a b le s e n zo n as
d e a n tig u a co lo n iz a c ió n , con m a y o r v a lo r m o n e ta rio y m e jo r u b ica d a s
d e n tro de los circ u ito s eco n ó m ico s. Las n o rm a s d is p o n e n lo sig u ien te:
la o b ligació n p a ra los p ro p ie ta rio s d e d e ja r «al la d o y la d o d e la cim a
de la co rd illera de u n a franja d e m o n ta ñ a d e n o m e n o s d e 5 0 0 m etros»,
u n a fran ja d e c in c u e n ta m etro s d o n d e se u b iq u e n n a c e d e ro s d e agua,
u n a franja de q u in ce m etros a ca d a orilla de los ríos y q u e b ra d a s y cinco
m e tro s en los c a ñ o s y u n a fran ja en c a d a finca «de m o n ta ñ a o ra stro jo
com o reserv a forestal».
Por otro lado, p ro h íb en las n o rm as las cacerías de a n im ales en peligro
d e ex tin ció n (« g u artin a jas» , v en a d o s, aves y o tro s), en p re d io s a je n o s y
la in d iscrim in a d a so b re to d a s las esp ecies. A d em ás, se p ro h íb e la pesca
co n b arb asco , d in a m ita y « a ta rra y a s red u cid as» . P o r la v io la c ió n a las
n o rm as relacio n a d a s con la p ro tecció n del b o sq u e se im p o n e la siem b ra
de árboles (uno p o r cada árbol talad o ) y el trab ajo co m u n ita rio ; y p o r las
in fraccio n es re la c io n a d a s con la c az a y la p esca, la a m o n e s ta c ió n e n la
asam b lea, el tra b a jo co m u n itario y el d eco m iso te m p o ra l o p e rm a n e n te
d e in stru m en to s de caza o pesca.
El tra b a jo c o m u n ita rio no es u n a p rác tic a ex clu siv a d e las fo rm as
económ icas solidarias o un castigo colocado a los in fracto res, es tam b ién
u n a obligación de todos los h ab itan tes del á re a p a ra m a n te n e r la in frae s­
tru c tu ra (arreg lo de cam inos, escuelas, p u e n te s, e tc .). Este d e b e r cobija,
a d e m á s, p o r dos d ías sem e strale s, a los tra b a ja d o re s o riu n d o s d e o tro s
lu g ares que tra b a je n p e rm a n e n te m e n te en el lugar.

L a s fo rm a s o r g a n iz a tiv a s u r b a n a s

Las form as o rganizativas u rb an as son, al parecer, m enos d esarro llad as,


d e b id o ta n to a la p a u la tin a p é rd id a d e in flu en cia d e la g u e rrilla e n los
m o v im ien to s so ciales c o m o a las c re c ie n te s d ific u lta d e s d e los g ru p o s
guerrilleros para tra z a r estrategias exitosas en las z o n as u rb an a s, d istin tas
a la acción m ilita r d e las m ilicias g u e rrille ra s e n las b a rria d a s a z o ta d a s

:u 8
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las a r m a s ..

p o r p ro b le m a s d e in se g u rid a d . A ello se su m a la m a y o r v u ln e ra b ilid a d


d e sus in te g ra n te s , p o r la p ro g resiv a n e u tra liz a c ió n ta n to p o r p a rte d el
p a ra m ilita rism o com o p o r p a rte de las ag en cias d el E stado.
La o rie n ta c ió n p o lític o -m ilitar d el ELN se re p ro d u c e e n el c o n te x to
cita d in o , p u es su e stru c tu ra o rg a n iz ativ a u rb a n a in te n ta lig a r el tra b a jo
po lítico con los h a b ita n te s de z o n as u rb a n a s y s u b u rb a n a s - r e a li z a d o
p o r m e d io d e las B ases R ev o lu cio n arias d e M asas (BRM ) y los F re n te s
O breros (FO ) - con el qu e p ractica con las lla m a d as m ilicias urbanas en
u n a m ism a u n id a d te rrito ria l, e sta s ú ltim as c o n stitu id a s p o r c o m a n d o s
(c a d a u n o fo rm a d a p o r u n m a n d o y tres o c u a tro c o m a n d o s ), q u e a su
vez está n e n carg ad o s de d irig ir u n a célula c o m p u e sta p o r sie te p erso n as.
Las BRM, a p a rte de c o n ta r con u n a base política lig ad a a «un espacio
laboral» o p ro d u ctiv o , im p le m e n ta ro n un p ro g ra m a a lte rn a tiv o d e d e s a ­
rro llo con p ro y e c to s d e fo rta le c im ie n to de la e c o n o m ía p o p u la r (co m o
c o o p e ra tiv a s , c e n tro s d e aco p io o cu ltiv o s h id ro p ó n ic o s), p ro y e c to s d e
su b sisten cia (com o talleres, tien d as, d ro g u erías, e tc .), p ro y ecto s de c a p a ­
citación técn ica y la vincu lació n a la p ro d u cc ió n d e se cto re s c a p ita lista s
p ara p e n e tra r o co nocer dinám icas de im p o rtan cia y cualificación técnica.
Si en las zonas rurales las g uerrillas te n d iero n a e n tre g a r a las com u n i­
d a d e s o rg a n iz a d a s el co n tro l d isciplinario y la a lte rn a tiv id a d ju d ic ial, en
las zo n as u rb a n a s , esas p rá ctica s p arec e n tra n s ita r e n s e n tid o c o n tra rio ,
d ad a la v u ln erab ilid ad de los ju eces co m u nitario s y la n ecesid ad d e estos
de a p e la r a la fuerza de las m ilicias. La ju sticia a lte rn a tiv a u rb a n a parece
esta n c a rse en m an o s de las m ilicias, pues esta se m o stra rá m uy re strin g i­
da y con un sen tid o alta m e n te pen al, al o cu p arse casi e x clu siv am en te de
resolver p ro b lem as de seg u rid ad en los b arrios y de ap licar el d estierro o
la p e n a cap ital; s e c u n d a ria m e n te , la p e n a de m u e rte la h a rá n ex ten siv a
a m iem b ro s d e los a p a ra to s rep resiv o s del E stad o a c u sa d o s d e crím en es
c o n tra el p u eb lo .
La a p e rtu ra política d el ELN tam b ién se hizo m an ifiesta en el espacio
de la in stitu c io n a lid a d , al p artic ip a r de m a n era in d ire cta o d ire c ta en los
g o b ie rn o s m u n icip ales. Ese p ro ceso a rra n c a e n los co m icio s e le c to ra le s
de 1988, c u a n d o el ELN co n trib u y ó a la elección d e c a n d id a to s lib erales
y d e la UP en a lg u n a s p o b la cio n e s d e A rau ca. P o ste rio rm e n te , h acia
1 9 9 1 , el p ro c e so se fo rm a liz a ría con la a p ro b a c ió n d u ra n te la R eu n ió n
N acional de 1991 del Proyecto E x perim ental de A lcaldes, p re se n ta d o p o r
el F rente d e G u erra N ororien tal, que p re te n d ía elegir alcald es y concejales
e n aq u e llo s lu g a re s d o n d e « están d a d a s las c o n d ic io n e s p a ra e je rc e r el
c o n tro l m u n ic ip a l » .57

57. ELN. «Proyecto ex p erim en tal de elección de algunos alcaldes». En: El


M ilitante Opina, n .°4 : (junio de 1991), pág. 43.

319
M ario A guilera Peña

D esde en to n c e s, e n tre las directrices fijadas p o r ese g ru p o guerrillero,


se e sta b le c ió q u e no se « e n ro jec iera n » las p ro p u e s ta s p o lític a s, q u e s»*
e v ita ra la ileg alizació n d e los m o v im ien to s, q u e no se c o m p ro m e tie ra el
n o m b r e d el ELN y q u e no se c re a ra o rg a n iz a c ió n p o lític a p a ra o b te n e r
el fin e le c to ra l. Se b u sca b a q u e el a p o y o a los c a n d id a to s sa lie ra del
m o v im ien to social (ju n tas de acción com u n al, com ités, asociaciones, etc.)
sin q u e la v a n g u a rd ia (los activistas políticos de la g u errilla) intervinieran
d ir e c ta m e n te en el proceso. Para r e a f irm a re n p a rte a q u e lla sep a rac ió n
los e s ta tu to s del ELN, p ro m u lg a d o s en 1996, e sta b le c ie ro n q u e «ningún
m ilita n te del ELN se p u e d e p o s tu la r o p re s ta rs e p a ra c a n d id a to a las
c o rp o ra c io n e s p ú b licas » . 58 Lo q u e sí p a rece m ás c laro es q u e la guerrilla
a su m ía alg u n o s de los costos fin an ciero s d e la activ id ad po lítica.
La p articip ació n en la vida m unicipal llevó a que este g ru p o insurgente
y su s o rg a n iz a c io n e s so ciales p ro fu n d iz a ra n e n el c o n o c im ie n to d e las
r e a lid a d e s lo cales, con el o b jeto d e d is e ñ a r p ro g ra m a s d e g o b ie rn o y
p o líticas púb licas atra c tiv a s p ara los ele c to re s .59 Los p lan es y p ro g ram as
d e d e s a rro llo su rg id o s d e tales in d a g a c io n e s tu v ie ro n la p o sib ilid a d de
e v e n tu a le s aplicaciones, d ebido a los acu erd os y p resio n es de la guerrilla
n o só lo so b re los c a n d id a to s y los alc a ld es electo s, sin o ta m b ié n sobre
p a rla m e n ta rio s o d ip u tad o s con intereses electorales en las zo n as in fluen­
c ia d a s p o r la g u e rrilla . Las p re sio n e s, a p a rte d e q u e se c e n tra ro n en la
e je c u c ió n d e c ierto s p ro g ra m a s, ta m b ié n lo h ic ie ro n e n la d istrib u c ió n
d e l p re s u p u e s to , las p la n ta s d e p e rso n a l, las licitacio n es, los c o n tra to s
d e o b ra s p ú b lic as y d e p e rso n a l, el n o m b ra m ie n to d e fu n c io n a rio s y el
m a n e jo d e las relacio n es la b o ra le s . 60
O tro e le m e n to q u e re sp o n d e a la m ism a lógica g u e rrille ra d e incidir
en el o rd e n m u n icip al es la v eed u ría a rm ad a que im puso sobre los p re su ­
p u e sto s m unicipales. Esta se origina en el in cum plim iento de los alcaldes
d e su s c o m p ro m iso s, en las d e n u n c ia s p o r co rru p c ió n o en la in te n c ió n
d e h a c e r p ro selilisrn o a lre d e d o r d e un p ro b lem a n a c io n a l so b re el que
p a re c e n se r in eficien tes los c o n tro le s p en ale s d e la ju s tic ia e sta ta l. A lo
la rg o d e la d é c a d a del n o v e n ta , el ju z g a m ie n to de a lc a ld e s y m iem b ro s
d e la a d m in is tra c ió n local se c o n v irtió en un fe n ó m e n o d e p ro selitism o
a rm a d o p ra c tic a d o p o r el ELN y ta m b ié n p o r las PARC, sin q u e e stas
ú ltim a s te n g a n inscrito este p ro ced im ien to d en tro de u n a e stra te g ia con
las carac te rístic a s q u e se ad v ie rte n p a ra el prim ero.
El ju z g a m ie n to de los alcaldes procesados por m alversación de fondos
públicos term in a p o r lo g eneral con u n a sentencia c o n d en ato ria, en la que
se colocan p en as principales y accesorias. Entre las p rim era s se establece

58. ELN. Estatutos, deberes y derechos, artículo 15. n /d .


59. ELN, Políticas y criterios.
60. El Tiempo, 1993.

320
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

la obligación de restitu ir sum as de din ero s, a fin de d arles u n a aplicación


en ob ras o u ten silio s de beneficio c o m u n ita rio .61 S obre e ste p a rtic u la r el
C om ando C entral señ alaría, adem ás, que en los casos en q u e se «expropie
d in ero p ro v en ien te de la co rru p ció n a d m in istrativ a» se d eb e re o rie n ta r a
la satisfacción de necesid ad es p ara el que e stab a d e stin a d o o rig in alm en te.
O rd e n a b a ta m b ié n que se « h icieran in fo rm es p ú b lico s so b re las c u en ta s
d e g asto s e inv ersio n es re a liz a d a s » .62

La pastoral armada
¿De d ó n d e provienen y qué revelan las an terio res form as de m oviliza­
ción política del ELN? La elección del ELN de c o n stru ir el p o d e r p o p u la r
d e sd e el m ism o p ro ceso de la g u e rra , si b ien p u e d e te n e r a n te c e d e n te s
lejan o s e n los clásicos del m arx ism o y en las p rim e ra s re v o lu c io n es so ­
cialistas, tie n e co m o fu n d a m e n to p ró x im o el p ro c eso in s u rg e n te de El
Salvador, c u a n d o el FMLN, a n te la a rre m e tid a del E stado y la im posibili­
d a d de d e fe n d e r las o rg a n iz a cio n e s b ajo su influjo, d e c id ió le g itim a rla s
a n te el p o d e r estatal, lo que perm itió que co n tin u a ra n con un acu m u lad o
p a ra la g u e rra . A ese proceso los salv ad o reñ o s lo d e n o m in a ro n poder de
doble c a r a . 63
El o tro influjo p e rc ep tib le en las fo rm as o rg a n iz a tiv a s d e l ELN es el
le g a d o d e los relig io so s y c a te q u ista s cató lic o s q u e se v in c u la ro n a e se
g ru p o a fin ales d e los a ñ o s se s e n ta y e n los s e te n ta , y q u e a d e la n ta ro n
tareas de concientización y o rg anización p o p u la r con los p o stu lad o s de la
teo lo g ía d e la liberación. S obre la m ag n itu d del influjo religioso, u n o de
sus m ás im p o rtan tes jefes históricos, el sacerd o te M anuel Pérez, indicaba
q u e en la p rim e ra e ta p a d el ELN se in te g ra ro n a la o rg a n iz a c ió n e n tre
« 1 0 y 1 2 sacerd o tes y religiosas», que h ab ían p artic ip a d o en la form ación
del g ru p o s a c e rd o ta l con o cid o com o G olco n d a, fu n d a d o en 1 9 6 8 , com o
re s u lta d o d e las discusio n es sobre la m isión lib e ra d o ra d e la Iglesia y las
relaciones e n tre m arxism o y cristianism o. Por lo m en o s h a sta com ienzos
d e la d é c a d a del n o v en ta , v arias d ec e n a s de cu ras, m o n jas y c a te q u ista s

61. M ario A guilera Peña. «G uerra, insurgencia y p rácticas judiciales». En:


Violencia y estrategias colectivas en la región andina. Ed. p or G onzalo Sánchez
y Eric Lair. Bogotá: IFEA, IEPRI y Norm a, 2004.
62. ELN. Carta M ilitante n.° 27. 1996, pág. 47.
63. ELN, El M ilitante Opina, pág. 85.

321
M ario Aguilera Peña

seg u ían co la b o ran d o ex tern a m e n te con esa g u e rrilla .64 U no de los rastros
d e d ich a v in cu lació n p u ed e ad v e rtirse a c o n tin u a c ió n .65
■ N o m b re: C am ilo Torres
• C o m u n id ad : S em in ario D iocesano, B o g o tá.
• In g reso : 1966
• R etiro o m u e rte ( + ): 196 6 ( + )
• C arg o en la o rg a n iz a c ió n : C o m a n d a n te p o r n o m b ra m ie n to
p o stu m o .
■ N o m b re: D om ingo Laín
• C om unidad: S em inario M isionero Los P ad re s B lancos, Bélgica.
• Ing reso : 1969
• R etiro o m u e rte ( + ) : 1 9 7 4 ( + )
• C argo en la o rg an izació n : A sesor de F abio V ásquez.
■ N o m b re: Jo sé A ntonio Jim é n e z
• C o m u n id ad : ¿? (E spañol)
• Ing reso : 1969
■ R etiro o m u erte ( + ): 197 0 ( + )
• C argo en la o rg an izació n : N inguno
■ N o m b re: M anuel Pérez
• C o m u n id ad : S em inario H isp a n o a m e ric a n o d e M ad rid .
• Ing reso : 1969
• R etiro o m u e rte ( + ): 1998 ( + )
• C arg o e n la o rg a n iz a c ió n : C o m a n d a n te d e l F re n te C am ilo
T orres, m iem b ro del COCE y d e la D irecció n N acio n al.
■ N o m b re: C arm elo G racia
• C o m u n id ad : S acerd o te S em in ario de T a ra z o n a , E sp añ a.
• In g reso : 1969
• R etiro o m u e rte ( + ): ¿?
• C argo e n la o rg an izació n : N inguno
■ N o m b re : D iego U ribe E scobar
• C o m u n id ad : S acerd o te fran ciscan o .

64. E ntrevista a M anuel Pérez en López Vigil, C am ilo cam ina en Colombia,
p.1g. 255.
65. A lgunos religiosos m ilitantes del ELN. F uente: ELN. Si Futuro. Revis-
l.i d e C u ltu ra Política del Ejército de Liberación N acional, F re n te de G uerra
N (iioccidental, n.° 1. Julio-agosto de 1999, entrevistas varias.

VX'l
Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

• Ingreso: 1977
• R etiro o m u e rte ( + ) : 1981 ( + )
• C argo en la org an izació n : M iem bro d e la D irección N acional.
■ N om bre: B ern ard o López A rroyave
• C o m u n id a d : S a c e rd o te del S e m in a rio d e V o cacio n es T ardías
La Ceja.
• Ingreso: 1978
• R etiro o m u e rte ( + ) : ¿? ( + )
• C argo en la o rg an izació n : ¿?
■ N om bre: L au ren tin o R ueda
• C o m u n id ad : S a cerd o te franciscano.
• Ingreso: ¿?
• R etiro o m u e rte ( + ) : Activo
• C argo en la org an izació n : ¿?
■ N o m bre: C arlos B uitrago y Alirio B uitrago
• C o m u n id ad : C ateq u istas
• Ingreso: 1978
• R etiro o m u e rte ( + ): 198 2 ( + )
• C argo e n la o rg an izació n : A ctivistas
■ N om bre: V icente M ejía
• C o m u n id ad : S a cerd o te
• Ingreso: ¿?
• R etiro o m u e rte ( + ) : ¿?
• C argo en la o rg an izació n : ¿?
■ N o m bre: G abriel Borja
• C o m u n id ad : S em in arista
• Ingreso: ¿?
• R etiro o m u e rte ( + ): 1991
• C arg o en la o rg a n iz a c ió n : D irig en te d el M IR q u e se fu sio n ó
con el ELN.
El en c u e n tro del ELN con un secto r del clero seg u id o r de las e n se ñ a n ­
zas del sacerd o te C am ilo Torres es un rasgo que lo diferen cia del resto de
la in su rg e n c ia c o lo m b ian a , con la q u e tie n e en co m ú n el h a b e r recib id o

323
Mario Aguilera Peña

las tra d ic io n e s c o n te s ta ta ria s lib e ra le s ra d ic a le s .66 Lo q u e d is tin g u e al


ELN, lo a p ro x im a a las g u e rrilla s c e n tro a m e ric a n a s (El S alv ad o r, N ica­
ra g u a y G u a te m a la ) d e los a ñ o s se te n ta , q u e c o n ta ro n co n la la b o r de
re lig io so s ig u a lm e n te a d sc rito s a la te o lo g ía d e la lib e ra c ió n , q u ien es,
con su s p a rtic u la re s p rá c tic a s relig io sa s fa c ilita ro n la p e n e tra c ió n de la
g u e rrilla m a rx ista y les im p rim ie ro n a los p ro ceso s re v o lu c io n a rio s un
s e n tid o d e lib e ra c ió n social c ristia n o . Pero la p a sto ra l rev o lu cio n a ria
e n C o lo m b ia , a d ife re n c ia d e los p ro ceso s re v o lu c io n a rio s c o m o el que
d e sc rib e Yvon Le Bot67 p ara G u atem a la, no se dirigió a co m u n id a d e s indí­
g e n a s c o n fu e rte s lazos c o m u n ita rio s, sino a c o m u n id a d e s h e te ro g é n ea s
d e c a m p e s in o s , d e co lo n o s o a m iem b ro s d e c o m u n id a d e s b a rria le s de
p u e b lo s y c iu d a d e s in term e d ia s.
La h e re n c ia relig io sa ha d e ja d o p ro fu n d a s m a rc a s en la m em o ria
h is tó ric a d e l ELN: re c o n o c e c o m o a un p a d re r e f u n d a d o r al sac e rd o te
C a m ilo T orres,68 e lev a d o a c o m a n d a n te g u e rrille ro co m o h o m e n a je pos­
tu m o ; a d m ite q u e el trab ajo de los religiosos influidos p o r la teo lo g ía de
la lib e ra c ió n c o n trib u y ó a s u p e r a r la p ro fu n d a crisis p o r la q u e a tra v e ­
só e s t a g u e rrilla a finales d e los a ñ o s s e te n ta ; h a c e q u e d u r a n te algún
tie m p o la a g ru p a c ió n g u e rrillera lleve el n o m b re d e U nión C am ilista del
ELN, a c o g ie n d o la p ro p u e sta d el ex se m in a rista G ab riel B orja; logra que
o tr o s a c e r d o te , M a n u e l P érez, se c o n v ie rta e n u n o d e su s c o n d u c to re s
m á s v is ib le s y q u e e n su ev o cació n p a re z c a n flo ta r con m ay o r fu e rz a las
c u a lid a d e s d e l sa c e rd o te o d e l s a n to cató lico q u e las d e l c o m b a tie n te
g u e rr ille ro .
A sí, a la m u e rte de M anuel Pérez un co m u n icad o señaló: «Q ue la dig­
n id a d , la h o n ra d e z , la p u re za y la convicción p a trió tic a y revolucionaria,
q u e a c o m p a ñ a r o n p o r sie m p re e n v id a a n u e s tro c o m a n d a n te , e stu v ie­
ro n p r e s e n te s en él h a sta el ú ltim o su sp iro » . A d ic io n a lm e n te , en otro
c o m u n ic a d o se invocó la im agen de la o rfan d ad en q u e q u e d ab a el grupo
i n s u r g e n te al s e ñ a la r q u e la «fam ilia elen a » h a b ía p e rd id o al «viejo».w’
C o m o e n o tras ocasiones, no fue ex trañ o que a n te la d esap arició n de una

6 6 . E n u n reciente evento a c a d é m i c o se realzaba al liberalismo radical c o m o


u n a d e las fuentes d e inspiración del E L N y se desconoció q u e tal influjo es igual
m e n t e extensivo a toda la guerrilla c o l ombiana. V é a s e C o rporación Observatorio
p a r a L a Paz, ed. Las verdaderas intenciones del ELN. Bogotá: Intermedio, 2001.
6 7 . Y v o n Lebot. La guerra en tierras mayas: comunidad, violencia y modernidad
en G u a te m a la (1 9 7 0 -1 9 9 2 ). M éxico, DF: F C E , 1995.
6 8 . U n capítulo d e la historia oficial del E L N se titula: «Los hijos d e C a m i l o
s o m o s d e liberación o muerte», véase H e r n á n d e z , Rojo y negro: aproxim ación a l<i
h i s t o r i a del ELN, pág. 582.
6 9 . V é a n s e c o m u n i c a d o s e n ibíd., pág. 659; Francisco G a l á n y Felipe Torres,
Itagüí, 17 d e abril d e 1998.

:i24
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

figura tan p re sta n te , afloraran las in q u ietu d es q u e re sa lta b a n el vacío y la


in c e rtid u m b re p o r el fu tu ro de la «fam ilia elen a» ,70 u n d e ta lle p a ra n a d a
n u e v o en u n a g u e rrilla en la cu al la figura d el p a d re h a b ía o c u p a d o un
p ap el m uy c e n tra l en el ám b ito de su im ag in ario .
El le g a d o del clero rev o lu c io n a rio en el ELN se a d v ie rte d el m ism o
m o d o en alg u n o s e le m e n to s q u e c o n stitu y e n su id e n tid a d , c o m o la fi­
g u ra e m b le m á tic a d e C am ilo o los visos sacrificiales d e su d isc u rso (la
co n sig n a «ni u n p aso a trá s, lib eració n o m u erte» , la m a g n ific a c ió n del
esfuerzo, el rech azo a los privilegios, la o fren d a de la v ida p o r los d em ás,
la h e rm a n d a d rev o lu cio n aria, el ig u alitarism o de la v id a c o tid ia n a , etc.).
A sim ism o, en los rasgos m o ra lista s q u e tie n e n v a ria s d e las n o rm a s de
c o m p o rta m ie n to de las o rg a n iz a c io n e s c o m u n ita ria s b ajo su influjo; en
las p rá c tic a s ju d ic ia le s d e sus g u e rrilla s q u e in te n ta ro n g a n a r a d e p to s
en las zo n a s ru rales, que castig ab a n e n tre o tra s c o n d u c ta s la in fid elid ad
m asculina o fem enina, y en que haya existido el espacio p a ra q u e el sacer­
d o te M an u el P érez h u b ie ra p o d id o p la n te a r en 1 9 8 9 q u e la m o n o g a m ia
d e b ía d e c o n v e rtirse en u n o de los req u isito s p a ra lle g a r a la D irección
N acional de esa o rg a n iz a c ió n .'1
La m oral católica p u ed e que explique ig u alm en te la n eg ativ a sistem á­
tica del ELN a involucrarse en el negocio de la cocaína. El d eslin d e con el
narcotráfico es u n a posición que no sólo se ad vierte en sus tres congresos,
sino en ev en to s in tern o s de m en o r trascen d en cia, com o las re u n io n e s de
la dirección de los frentes de g u erra o en las llam adas escudas de cuadros,
es decir, n o p a re c e se r u n a d e te rm in a c ió n d irig id a al c o n su m o e x te rn o
y p a ra m e jo ra r la im ag en del g ru p o g u e rrille ro fre n te a la so c ied a d . En
una posición ex trem a, d en tro del d eb a te sobre el n arcotráfico, define esta
in d u stria com o un «delito de lesa h u m an id ad » 72 y lo ap ro x im a a aquellos
q u e ha reconocido el d erech o in tern acio n al y p a rtic u la rm e n te el E statu to
d e R om a.73

70. U n c o m e n t a r i o e n este sentido lo h a c e A n t o n i o S anguino. «Utopía marxis­


ta y utopía cristiana». En: Las verdaderas intenciones del ELN. Ed. por Corporación
Observatorio para La Paz. Bogotá: Intermedio, 2 0 0 1 , pág. 158.
71. F e r n a n d o H e r n á n d e z . «La opción d e los cristianos p o r la revolución». En:
Las verdaderas intenciones del ELN. Ed. por Corporación Observatorio para La Paz.
Bogotá: Intermedio, 200 1 .
72. Citado por Carlos M e d i n a Gallego. « A p r o x i m a c i o n e s a las ideas políticas
del E L N». En: Las verdaderas intenciones del ELN. Ed. por C o r p o r a c ión Observatorio
para L a Paz. Bogotá: Intermedio, 200 1 , pág. 156.
73. El Estatuto d e R o m a señala o n c e tipos d e actos c o m e t i d o s e n t i e m p o s
d e p a z o d e guerra: asesinato; exterminio; deportación o traslado forzoso d e la
población; encarcel a m i e n t o ilegal; violación; esclavitud sexual; e m b a r a z o ; esteri­
lización forzosa; persec u c i ó n d e u n g r u p o o colectividad p o r m o t i v o s políticos,
raciales, nacionales, étnicos, culturales, religiosos o d e género, etc.; desapari­

325
M ario Aguilera Peña

C on e sta in te rp re ta c ió n , ELN se p o n e del la d o d e las p o sicio n e s que


re s p a ld a n el tra ta m ie n to ju d ic ia l y punitiv o al p ro b le m a del narcotráfico
y co in c id e co n la p o sició n d e v ario s países a fe c ta d o s p o r e ste flagelo,
d e e le v a r ese d e lito a c rim e n c o n tra la h u m a n id a d . S im u ltá n e a m e n te ,
d ifiere d e o tro s g ru p o s in s u rg e n te s co lo m b ia n o s, c o m o las PARC que
c o n u n s e n tid o p ra g m á tic o y m e n o s p re o c u p a d o s e n c o n ce p tu a c io n e s,
en c u e n tra n e n el narcotráfico un m edio p ara so s te n e r la g u e rra c o n tra el
E stado. En u n a posición co n tra ria, p ero sin re fe rirse a su p lan tea m ie n to ,
el EPL creía que la perspectiva de d e c la ra r el n arco tráfico com o un delito
de lesa h u m a n id a d no perseg u ía o tra cosa que « a ta c a r d e sd e o tro ángulo
a los rev o lu cio n ario s y sus o rg an izacio n es» .74
El le g a d o d e los relig io so s cató lico s se a d v ie rte ta m b ié n ta n to en la
m eto d o lo g ía d e trab ajo político com o en el d ise ñ o o rg a n iz a tiv o d e l ELN.
S o ste n e m o s q u e existen im p o rta n te s c o in c id e n c ia s e n tr e las fo rm a s de
tra b a jo d e las c o m u n id a d e s ecle siales d e b a se (CEB) y d e los relig io ­
sos in flu e n c ia d o s p o r la teo lo g ía d e la lib e ra c ió n co n las u sa d a s e n la
co n stru cció n d e p o d er p o p u la r e x tra in stitu c io n a l d el ELN.
C om o se sa b e , dichas c o m u n id a d e s fu e ro n e x p re s ió n d e la co rrien te
de los cristian o s revolucionarios y de la teo lo g ía d e la lib eració n , te n d e n ­
cias que h ab ían surgido com o resu ltad o de la le c tu ra la tin o a m e ric an a que
se h a b ía h ech o en la C o n feren cia E piscopal d e M ed e llín (1 9 6 8 ) y d e los
p o stu lad o s m o d ern izado res del Concilio V aticano II (1 9 6 2 ). En Colom bia,
e ste m o v im ien to no tuvo la m a g n itu d q u e llegó a te n e r en El S alvador,75
d o n d e c o n tó con sim p atías en a lta s je ra rq u ía s d e la Iglesia e in clu so fue
m uy ab ierto el apoyo del clero y de las c o m u n id ad es c ristian as de base al
m o v im ie n to arm a d o . En n u e stro p aís p a re c ió p re d o m in a r la te n d e n c ia
trad icio n al, no o bstante, el efecto que había te n id o la m u e rte del sacerdo­
te C am ilo T orres. Sin em b arg o , p a ra d ifu n d ir las n u e v a s in terp re tacio n es
d e l ev an g elio b astó la activ id ad de u n p e q u e ñ o se c to r d e l clero lid erad o
p o r el gru p o G olconda. Este cu estion ó la actitu d co n ciliad o ra de la Iglesia
con el o rd e n establecido, to m ó elem en to s de la te o ría d e la d ep en d en cia
p ara p ro p o n e r cam bios estru c tu rale s y revolucionarios, p la n te ó el diálogo
e n tre c ristian o s y m arx istas y u rgió p o r la n e c e sid a d d e c o m p ro m e te rse
con las cau sas y los in tereses de los secto res p o p u la re s.
Los m a rx ista s cristian o s le a trib u y e ro n u n a d im e n s ió n p o lític a a lo
religioso, al p ro p o n er la liberación social com o u n a o b ra ev an g elizad o ra y

ción forzada; c r i m e n d e apartheid, y otros actos i n h u m a n o s d e carácter similar.


Am n i s t í a Internacional, Corte Penal Internacional (s/f.).
74. C o m i t é Ejecutivo Central. Posición ante los cultivos ilícitos y las drogas.
Ed. p o r Ejército Popular d e Liberación. 2001.
75. M a r í a del C a r m e n Legorreta Díaz. Religión, política y guerrilla en las
cañadas de la selva Lacandona. Méx i c o , DF: Cal y A rena, 1998.

326
Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

com o un com prom iso de los cristianos. El m edio e v an g elizad o r fueron las
CEB, q u e se e n tie n d e n com o u n a a p e la ció n al « p u eb lo d e D ios, re u n id o
e n g ru p o s d e q u in c e o v e in te fam ilias q u e b u sc a b a n la tra n sfo rm a c ió n
p e rs o n a l y colectiva». Las claves d e esa fo rm a o rg a n iz a tiv a se a p re c ia n
e n tre s asp ecto s:
En p rim e r lugar, e n la n u e v a m a n e ra d e in te r p r e ta r los p re c e p to s
relig io so s y e n las n u ev as m o d a lid a d e s d e re la c ió n e n tr e los c re y e n te s
y e n tre e sto s y los religio so s. Al la d o d el e n te n d im ie n to lib e ra d o r del
E v angelio, se tra ta b a d e a b rir la Iglesia al p u e b lo , a s u m ie n d o q u e esta
no era ex clu siv am en te la in stitu ció n ni el tem p lo ni los o b jeto s sag rad o s,
sino que la Iglesia se convertía en p arte de la vida c o tid ian a de los pobres
y ex p lo ta d o s a trav és d e d iv ersas p rá ctica s y ex p erien cias. A sim ism o, se
tra ta b a de su stitu ir la relación jerá rq u ic a del sa cerd o te con sus fieles, p o r
u n a re lació n m ás h o riz o n ta l y a b ie rta de las in iciativ as y d e la reflex ió n
religiosa, y se p re te n d ía que la relación e n tre los fíeles de las CEB se rigie­
ra a p a rtir de la h erm an d ad , la fratern id ad y el ejercicio de la dem o cracia
in te rn a e n su o rg an izació n y en la to m a de d ecisio n es.
En s e g u n d o lugar, la e d u c a c ió n p o p u la r o c u p ó u n lu g a r c e n tra l en
las CEB, con la o fe rta de cap ac ita c ió n en te m a s religiosos, p e ro tam b ién
e n p ro b le m a s p o lítico s y so ciales y a su n to s p rác tic o s d e la v id a c o tid ia ­
n a. En esa ac tiv id a d tuvo e sp ecial in c id e n c ia la m e to d o lo g ía d e P aulo
F reire, q u ie n h a b ía in tro d u c id o la id e a d e su s titu ir la e d u c a c ió n p a ra la
« d om esticación» p o r u n a ed u c a c ió n d e m o c rática y lib e ra d o ra .
En te rc e r y últim o lugar, el distintivo de las CEB fue la o rg an izació n y
la m o v ilizació n p a ra so lu c io n a r p ro b le m a s in m e d ia to s d e las c o m u n id a ­
d es; p ero ta m b ié n la p re te n sió n de e sta b le c e r p u e n te s de co m u n ic ac ió n
con o rg an izacio n es p o p u lares de am plia co b ertu ra. La solu ció n de p ro b le­
m as de la c o m u n id a d (sa lu d , recre a ció n , co m u n ic a c ió n , etc .) im p licab a
p ro m o v e r fo rm as de p ro p ie d a d c o m u n ita ria locales, tie rra s, tie n d a s, g a ­
n a d e ría , fo n d o s m u tu a rio s, b ib lio tecas etc., con los o b jetiv o s d e fo rm a r
c o m u n id a d , se g u ir la experien cia de los p rim ero s c ristian o s y se ñ a la r los
d e rro te ro s d e u n a nuev a o rg an iza c ió n so cial.76
No p re te n d e m o s p la n te a r q u e to d as las CEB fu e ro n c o o p ta d a s p o r el
ELN, p e ro e s tá claro q u e a lg u n a s d e ellas o rig in a ro n fre n te s g u e rrille ­
ros co m o se reco n o ce, p o r e je m p lo , e n el caso d el F re n te C arlo s A lirio
B uitrago, q u e su rg e en el M ag d alen a M edio a n tio q u e ñ o tras la actividad
re a liz a d a e n la z o n a p o r el sa c e rd o te B e rn a rd o L ópez A rro y av e, q u ien

76. P a u l o Ereire. Educación com o p rá ctica de lib erta d . B ogotá: Ediciones


d e Co n v e r g e n c i a , 1 9 6 5 , para a m p l i a r el t e m a se p u e d e revisar la publicación
S o lid a rid a d , Bogotá, n ú m e r o s 20, 37, 50, 5 8 y 59; así c o m o n o v i e m b r e d e 1980,
agosto d e 1 9 8 2 , n o v i e m b r e d e 1983, sept i e m b r e d e 1 9 8 4 y octubre d e 1984.

327
M ario Aguilera Peña

h a c ia 1 9 78 c re ó g ru p o s a u to g e s tio n a rio s c o o p e ra tiv o s p a ra soluciona»


p ro b lem as de salu d , ed u cació n , recreació n y v ida fam iliar y co m unitaria
E n tre los q u e se v in c u la n al g ru p o p a sto ra l fo rm a d o p o r el sa c e rd o te sr
h allab an los h e rm an o s Carlos y Alirio B uitrago, c ate q u istas y líderes cam
pesinos, q u ien es m u eren en u n a m asacre ju n to con o tra s tres p ersonas rn
el sitio de S a n ta Rita, en 1982. Esta m asacre d esp ie rta el rep u d io general
del cam p e sin a d o de la región y causa el n acim ien to del fren te guerrillem
q u e a b re fu eg o s el 8 d e m ay o d e 1 9 8 8 con la to m a d e la p o b lació n ilc
A rgelia.
En síntesis, el ELN no so lam en te h e re d a algu n as de las o rg an izacio n r.
c re a d a s p o r los religiosos cató lico s, sino q u e v a ria s d e su s m eto d o lo g ía ’,
s e rá n u sa d a s e n las fo rm as e x tra in stitu c io n a le s d el p o d e r p o p u la r; nos
referim os a la ap elació n al p ueblo (o a la c o m u n id ad ), a la prom oción (Ir
u na d em o cracia particip ativ a d irecta y al d esarro llo de form as económ icas
c o m u n ita ria s q u e p re te n d e n s e r el g e rm e n d e u n a n u e v a so c ie d ad . Sin
e m b a rg o , la in c id e n c ia relig io sa n o p a ra a q u í. E sta m e to d o lo g ía de
tra b a jo se c o rre s p o n d e con el d ise ñ o o rg a n iz a tiv o d e l ELN, p u e s su»
fre n te s d e g u e rra b u scan a rtic u la r tra b a jo s p o lítico s y o rg an iz ac io n es
sociales lig ad as a id e n tid a d e s locales y reg io n ales. P ues b ien , u n o de los
artífices d e l d is e ñ o d e los fre n te s d e g u e rra , co n las c a ra c te rístic a s en
o tro lu g ar a n o ta d a s, fue p recisam en te el sac e rd o te Diego C ristóbal Urilic,
q u ien p a ra c o m p a g in a r la p o lítica y la e stru c tu ra de la o rg a n iz a c ió n con
las re a lid a d e s reg io n a le s h ab ía p ro p u esto , en 1981, u n p oco a n te s de su
m u erte, la creació n de esa form as org an izativ as, id ea que sería retom ad.i
en el con g reso d e 1 9 8 9 .77
A d ic io n a lm e n te , la m e to d o lo g ía d e c o n s tru ir p o d e r p o p u lar, con la»
nociones y carg as h istóricas señ alad as, tiene tam b ién eco en la propuestii
d e e ste g ru p o g u e rrille ro de re a liz a r u n a C o n v e n c ió n N acio n al corno
p o sib ilid ad de n e g o c ia c ió n a m e d ia n o p lazo . La co n v e n c ió n p la n te a un
diálogo con la n ación, al c re a r com o tercer in te rlo c u to r a la sociedad civil
re p re se n ta d a en las «organizaciones sociales, las o rg an izacio n es políticas,
los grem ios, la Iglesia, los in telectu ales, la izq u ierda, los d em ó cra ta s y los
patrio tas» . Se tra ta ría de un diálo g o «sin in te rm ed ia c ió n de n in g ú n tipo-
p ara ex am in a r las salidas y su g erir los in stru m en to s con los cuales superai
la crisis d el p aís. Sin d u d a , lo q u e a p a re c e d e n u e v o es el racio c in io o
el id eal p o lític o se g ú n el c u al la d e m o c ra c ia só lo su rg e allí d o n d e se
in te rp e la d ire c ta m e n te al p u eb lo o a la so cied ad .
El influjo d e los c ristia n o s re v o lu c io n a rio s e n el ELN no h a e stad o
e x e n to d e te n s io n e s y d e conflictos. La p rin c ip a l o p o sic ió n c o n tra las
co n cep cio n e s m a rx ista s-c ristia n as y su in cid en cia d e n tro d e la o rg a n iz a ­

77. F.I.N, Frente de Guerra N ororiental: una política de p o d er popu lar.

H2 H
Ejército de Liberación N acional: e n tre las arm as.

ción provino p arad ó jicam en te del F ren te D om ingo Laín, b au tiz a d o así en
h o m e n a je al sa c e rd o te esp añ o l. El p u n to m ás álg id o d el e n fre n ta m ie n to
se e n c u e n tra a lre d e d o r del II C ongreso, rea liz ad o en 1989.
P revio al e v e n to , e ste fre n te a se sin ó al o b isp o d e A ra u c a , Je s ú s Ar­
m a n d o Ja ra m illo , a rg u m e n ta n d o q u e h a b ía in c u rrid o e n « d elito s c o n tra
la revolución» (relació n p erso n al con el in te n d e n te m ilitar, d efen sa de la
presencia de m u ltinacionales p etro leras en A rauca, m an ifestació n pública
de p esar p o r la m u erte de m ilitares, silencio frente a la m u e rte de c am p e­
sinos y ap ro v e c h a m ie n to en beneficio p erso n al de d in ero s a p o rta d o s p o r
las co m p a ñ ía s p e tro le ra s ).78 O tra v ersión c o m p le m e n ta ria in d ica b a qu e
se tra ta b a p re s io n a r al C o ng reso g u e rrille ro p o r la p re se n c ia d e M an u el
P é re z e n la D irección N acio n al y p o r to d o lo q u e re p r e s e n ta b a co m o
p o rta d o r del cristian ism o rev o lu cio n ario .
El C ongreso respondió con una resolución de cen su ra y u n a a m o n e sta ­
ción al F ren te D om ingo Laín, al c o n sid erar que tal h ech o era un a te n ta d o
co n tra el prestigio de la organ izació n y p o rq u e se h ab ía n violado n o rm as
in te rn a s d el g ru p o , q u e o rd e n a b a n q u e accio n es d e ese tip o d e b ía n se r
c o n su lta d a s al m áx im o o rg a n ism o n a c io n a l. La situ a c ió n n o p a ró allí,
se g u id a m e n te el F ren te h izo un púb licas las ra z o n e s de su m a le sta r con
la D irección N acional, la n z a n d o las sig u ien tes acu sacio n es:
1. la d esv iació n del pro y ecto re v o lu cio n ario m a rx ista p a ra c a e r e n el
«refo rm ism o, el p opu lism o y la sociald em o cracia» ;
2 . u n é n fasis e n el p la n te a m ie n to m a rx ista -c ristia n o , c o n c o rd a n te
con la « concepción d e la P erestroika» y e n «favor d e l pacifism o, el
h u m a n ism o religioso y la convivencia de clases»;
3. u n a fu e rte te n d e n c ia a m o s tra r q u e el c ristia n ism o es « p a rte e s­
tru c tu ra l d e la co n ce p c ió n id eo p o lític a d e la o rg a n iz a c ió n » y q u e
se m a n ifie sta e n la a d o p c ió n d e las p a la b ra s u n ió n camilistci «al
nom b re de la organización», publicaciones so b re el p e n sa m ie n to de
C am ilo, el uso de la consigna «gloria eterna» p ara h o m e n a je a r a los
gu errillero s m u erto s, «el uso del sím bolo religioso com o ju ra m e n to
elen o , etc.»;
4. la e n tro n iz a c ió n d el « h u m a n ism o cristian o » , re p r e s e n ta d o e n la
ad m isió n de la idea d e h u m a n iz a r la g u erra, lo cu al te n ía el efecto
de « d is m in u ir la b e lig e ra n c ia d e la o rg a n iz a c ió n y su p o sició n d e
clase fre n te al enem ig o » .79
Las o tras quejas del F rente D om ingo Laín reg istra b a n los cam bios que
se e s ta b a n o p e ra n d o en el ELN a lre d e d o r d el II C o n g re so - s o b r e ellos

78. EI.N. Insurrección n.° 71. N o v i e m b r e d e 1989, pág. 4.


79. E L N , « P o r u n a láctica para Arauca», pág. 7.

329
M ario A guilera Peña

h e m o s h e c h o re fe re n c ia s e n o tro l u g a r - . El tie m p o le d a ría la razó n


al m e n c io n a d o F ren te, e n c u a n to el g ru p o se e sta b a e s ta n c a n d o m ilita r­
m e n te y se e sta b a c o n v irtie n d o en u n a «esp ecie d e p a rtid o legal». La
c o n tra d ic c ió n te rm in a ría a fin ales de 1 990, con la a c e p ta c ió n p o r dicho
a p a ra to a rm a d o d e las c o n c lu sio n e s d el II C o n g reso y con el re c o n o c i­
m ie n to d e las p a rte s d e la e x iste n c ia d e u n a p lu ra lid a d p o lític a q u e no
ro m p ía con la u n id a d de la o rg a n iz a c ió n .80

¿Contribuyen las armas a la política?

¿Q ué reto s e n fre n ta esa g u errilla en su actividad política? ¿C uáles son


los lím ites d e esto s ejercicios p o líticos ap o y ad o s en la fu erza g u errillera?
El proceso de ad o p ció n de la estrate g ia de p o d er p o p u lar de dob le cara por
el ELN m o straría varios flancos débiles, alg u n o s de ellos p a ra n a d a ajenos
a la d isc u sió n in te rn a de esa o rg a n iz a c ió n . En u n a p re ta d o esq u e m a
p o d em o s se ñ a la r alg u n o s de ellos:
1. Los p ro c e so s d e co n stru c c ió n d e p o d e r p o p u la r q u e d a ro n a p risio ­
n a d o s e n tre d o s v e rtie n te s d el p e n sa m ie n to m arx ista q u e a su m e n
d e m a n e ra d is tin ta la re la c ió n e n tre la g u e rrilla (o v a n g u a rd ia ) y
las b a se s so ciales: la p rim e ra , a u n q u e m in o rita ria , c o n tin ú a en la
lógica d e la su p e rio rid a d d e lo m ilita r y se re siste en la p ráctica
p o lítica a a b a n d o n a r su v e rtic a lism o c o n las o rg a n iz a c io n e s so cia­
les. La se g u n d a , a p o y ad a en las e n se ñ a n z a s h istó ricas d e la m ism a
o rg an iz a ció n y e n el ex a m e n de la crisis d e los m o d e lo s m arx istas,
co n cib e a los m o v im ie n to s so ciales y c o m u n id a d e s c o m o a c to re s
p o lítico s a u tó n o m o s. Por la ex isten c ia d e ta le s te n d e n c ia s, lo m ás
p ro b a b le es q u e se h ay a g e n e ra d o u n a m ix tu ra d e o rg a n iz a c io n e s
a u tó n o m a s e in stru m e n ta liz a d a s, d e o rg a n iz a c io n es e n re d a d a s e n ­
tre el le n g u a je g u e rrille ro y el in s titu c io n a l (el d e la d e m o c ra c ia
local a p a rtir de 1991) y de org an izacio n es p o p u lares con influencia
d e esa g u e rrilla y con in c id e n cia d e n tro d e los p o d e re s lo cales al
c o p a rtic ip a r e n la elecció n de a lc a ld e s y co n ce ja le s, o d e fren te s
g u e rrille ro s sin p o d e r p opular, p e ro co n alc a ld e s y c o n cejales p ara
in s tm m e n ta liz a r p a rtid a s y re d e s c lie n te la re s a p ro v e c h a b le s p ara
co n fig u ra r b ases sociales.
2. La p articip ació n del ELN e n las form as p o líticas in stitu cio n e s c u e n ­
ta n con el riesgo de c a e r en los vicios de los p a rtid o s tra d icio n a le s
(d ie n te lis m o , c o rru p ció n y b u ro c ra c ia ). Esa p o sib ilid a d fu e a d v e r­

80. Confróntese El M ilitante O pina, n ú m e r o s 1, 2 y 1 8 (abril d e 1989, enero


d e 1 9 9 1 y octubre 1990); así c o m o Carta d e El M ilitan te O pina, n.° 15.

330
Ejército de Liberación N acional: e n tre las arm as.

tid a ta n to p o r el F re n te D o m ingo L aín81 c o m o p o r A n d rés P e ñ ate ,


q u ie n a co m ien zo s de los años n o v e n ta se n te n c ia b a q u e, e n A ra u ­
ca, el ELN e sta b a c o n stitu id o p o r ap o y o s v e re d a le s c o n se g u id o s
m e d ia n te u n a com b in ació n de v iolencia y c lie n te lism o .82
3. Los p o d e re s p olítico s (e x tra in stitu c io n a le s e in s titu c io n a le s) del
ELN, al ig u al q u e los c o n stru id o s p o r p a ra m ilita re s, n o significan
n e c e s a ria m e n te q u e en las zo n a s b ajo su in flu jo h a y a u n a c u e rd o
so b re el p ro y ecto p o lítico o la id e a d e so c ie d a d . T ales fo rm as
p u e d e n e s ta r re fleja n d o o tra s a c titu d e s y p e n s a m ie n to s , c o m o el
te m o r a las arm a s, el se n tid o d e su p e rv iv e n c ia , el re c h a z o a la
d e sig u a ld a d social, la p resen c ia lim ita d a d el E stad o , etc. De igual
fo rm a , h ay q u e re c o n o c e r q u e esas c o n stru c c io n e s d e p o d er, así
no n azcan d e las arm a s, son b a s ta n te frág iles y q u e d a n ex p u e sta s
a la acció n d e stru c tiv a de los g ru p o s c o n tra in s u rg e n te s . In clu so ,
in d iv id u o s o c o m u n id a d e s e n m ed io de la g u e rra p o d ría n lle g a r a
in s tru m e n ta liz a r a los p ro p io s a c to re s a rm a d o s y lle g a r a c a m b ia r
las a d h esio n es, seg ú n los b ien es sociales q u e o frezcan .
4. La e stra te g ia y la e stru c tu ra del ELN ha hech o q u e sea u n a m ix tu ra
e n tre guerrilla y m ovim iento político. Como g u errilla es un a p a ra to
poco com bativo y no m uy p rep a ra d o p ara g ran d es o p eracio n es m ili­
tares y com o m ovim iento político no p u ed e ejercer ni el g o b iern o ni
la opo sició n .83 C om o m o v im ien to político d eja e x p u e stas sus bases
so ciales (o rg a n izac io n es ex tra in stitu c io n a le s o sim p a tiz a n te s) a la
acció n de los g ru p o s c o n tra in s u rg e n te s o a la re p re s ió n ju d ic ia l
del E stad o (d e te n c io n e s m asivas, c rim in a liz ac ió n p o r p a rte d e las
o rg a n iz a c io n e s no g u b e rn a m e n ta le s).
Esa situ ació n p u ed e g e n e ra r dos efectos: p o r un lado, el d esen can to
de aq u ello s que e sp e rab a n q u e el a p a ra to arm a d o d el ELN p u d ie ra
d e fe n d e r sus an tig u o s territo rio s, cu estió n m ás b ien ex cepcional en
los ú ltim o s a ñ o s y, p o r el o tro , el cre c im ie n to d e la g u e rrilla p o r
la re p re sió n m ilita r o la v iolación d e los d e re c h o s h u m a n o s , com o
p a re c e n in d icarlo las p ro p ias cifras oficiales, que re v e la n u n ligero
in c re m e n to d e sus c u a d rilla s y c o m b a tie n te s e n la m e d id a en q u e
se intensificó el ased io c o n tra in su rg e n te .

81. E L N , «Por u n a táctica p ara Arauca».


82. A n d r é s Peñate. «El s e n d e r o estratégico del E L N : del idealismo guevarista
al clientelismo a r m a d o » . En: Reconocer la gu erra p a ra con stru ir la p a z. Ed. p o r
M a l c o l m D e a s y M a r í a Victoria Llórente. Bogotá: Uniandes, Ce r e c y N o r m a , 1999.
83. Sa n g u i n o , «Utopía mnrxista y utopía cristiana».

331
Mario A guilera Peña

A manera de conclusión

L uego d e l a n te r io r e x a m e n , q u e ev idenció la re la ció n e n tre el det..i


rro llo d e la e s tra te g ia d e g u e rra p o p u la r p ro lo n g a d a y la construcción
de p o d e r popular, concluim os q u e la ap e rtu ra h acia la política condujo o
q u e el ELN d is p e rsa ra las e n e rg ía s y los re c u rso s de la o rg a n iz a c ió n rn
d e tr im e n to d e lo m ilitar. Si b ie n el ELN reco g e los fru to s d e su nuev<i
acción política e n tre 1986 y 1993, período en el cual se registra el mayoi
crecim iento histórico de la o rganización y que se hace se n tir en el diseílo
p olítico-m ilitar de los frentes de guerra, esa guerrilla su fre a continuación
u n e s ta n c a m ie n to p o r la p e rsisten cia de la riv a lid a d e n tre lo político y
lo m ilitar, p o r sus d ific u lta d es p a ra tra m ita r el c re c im ie n to de la orgnnl
z ació n , p o r el c o n se rv a d u ris m o d e su e x p an sió n (q u e sig u e g rav itan d o
so b re su s zo n a s h istó ric a s), p o r su resisten cia a d e riv a r p ro v ech o de lo:,
cultivos ilícitos, p o r el d e sa rro llo d e con d icio n es a d v e rsa s p a ra am pliiu
su base social (reflujo d e los m ovim ientos sociales, crisis del socialism o,
d eclive d e la iz q u ie rd a e im p a c to de la C o n stitu c ió n d e 1 9 9 1 ) y p o r el
cam b io d e la s c o n d icio n e s de la g u erra (a v a n c e del p a ra m ilita rism o y
a u m e n to d e la c a p a c id a d ofensiva de la fuerza p ú b lica).
Esa faceta política del ELN se ha convertido en un so p o rte im pórtam e
de re c o n o c im ie n to y d e n eg o cia ció n frente al E stad o . B asán d o se en
q u e c o n tro la z o n as d o n d e el E stado no ha h e c h o p re se n c ia o h a sido
d e sa lo ja d o y a q u e h a c o n stru id o un poder de doble cara, h a c ia 1998
había surgido com o p ro p u esta de negociación del ELN el establecim iento
de u n a co n fe d e ra c ió n q u e leg alizara el co n tro l q u e ejerce su s zonas,
« m an ten ien d o la u n id ad nacional y territorial d e n tro de un solo Estado»."'1
Sin d u d a la situ ació n ha v ariad o en los ú ltim os cinco años; el p aram i­
litarism o h a p e n e tra d o en los espacios co n tro lad o s p o r el ELN, co rtan d o
sus c o rre d o re s e stra té g ico s; la fu erza pública h a d e sm a n te la d o alg u n as
de su s red es, y los re cu rso s p ro v en ien tes del se c u e stro y d e la ex torsión
h a n d ism in u id o . A ello se a g re g a que las m e d id a s d e o rd e n público
d ictad as con ocasión d el D ecreto de Conmoción In terio r 1.837 (de agosto
d e 2 0 0 2 ), q u e te n ía n e n tre sus arg u m en to s c o n tra rre s ta r la a m e n a z a «a
los legítim os rep rese n tan tes de la dem ocracia regional», se h an dirigido a
d e sv e rte b ra r los posibles vínculos de la guerrilla con la población civil en
zonas co n tro la d a s p o r las organizaciones arm ad as.
F rente al cerco m ilitar de los param ilitares y la fu erza pública y frente
a la asfixia ju d icial sobre sus zo n as de influencia, el ELN se ha replegado
m ilita rm e n te , ha recib id o el apoyo de las FARC e n a lg u n a s reg io n es y es

84. Entrevista c o n Nicolás R o d r í g u e z en A ctualidad Elena, 1998, y El Nuevo


Siglo, 1998.

332
Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

posible que este ech an d o m an o de recursos p ro v en ien tes del narcotráfico.


Su d e b ilid a d es re la tiv a , p rim e ro p o rq u e su p o d e r in s u rg e n te n o lo ha
co nstruido sobre la base del co ntrol y defensa territo rial, com o p u e d e ser
el caso de las PARC. Su poder, si bien tiene referentes territo riales, parece
rep o sar en influjos políticos locales o reg io n ales p o r «fu era o p o r d e n tro
de la in stitu cio n alid ad » . En se g u n d o lugar, p o rq u e h a sta el m o m e n to no
existen indicios q ue d em u e stre n la descoordinación de su s m an d o s, altas
d esercio n es o u n a división p ro fu n d a sim ilar a la q u e h a b ía m o s tra d o en
años a n terio res el EPL un poco an tes de llegar a acu erd o s con el gobierno.
P o sib le m e n te , lo q ue e stá p o r p o n e rse a p ru e b a es si su p o te n c ia l
p o lítico, re p re s e n ta d o en casi v e in te años d e c o n stru c c ió n d e p o d e r
p o p u la r d e d o b le c a ra , le p u e d e p e rm itir so rte a r la ac tu a l crisis. En caso
d e q u e se a así, te n d rá q u e re p e n s a r si c o n tin ú a a p o s tá n d o le a la visió n
lejan a d e la g u e rra p o p u la r p ro lo n g a d a o si co n ese a c u m u la d o p olítico
se d ecid e p o r la n egociació n y la inserción a la v id a civil.

333
Capítulo 11
Exilio e internacionalism o en la m ilitancia
com unista de los setenta. Su aporte a la
construcción de la política militar del Partido
C om unista de Chile

Claudio Pérez Silva

P a ra e n te n d e r el d e s a r ro llo d e la p o lític a m ilita r d e l P a rtid o C o m u n is ta


d e C h ile (P C C h ), te n e m o s la o b lig a c ió n d e r e m itirn o s a l p r o f u n d o p ro c e s o
d e d is c u s ió n q u e v iv ió d ic h o p a r t id o d e s p u é s d e la d e r r o t a p o lític a y
m i li ta r d e la U n id a d P o p u la r y su e s tr a te g ia d e vía p a c ífic a a l so c ia lism o .
Al r e s p e c to , p o d e m o s s e ñ a l a r q u e el p r o c e s o d e r e v is ió n p o lític a -
te ó r ic o , d e c r ític a y a u to c r ít ic a d e s a r r o ll a d o p o r e l c o n ju n t o d e la m i­
lita n c ia , p r i n c ip a l m e n t e p o r lo s c u a d r o s d ir ig e n t e s d e lo s p a r t id o s d e
iz q u ie r d a p a r a d a r c u e n ta d e las ra z o n e s q u e lle v a ro n al g o lp e d e E sta d o ,
la d e r r o t a d e la U n id a d P o p u la r (U P ) y el c a r á c te r d e la d ic t a d u r a q u e se
i n s ta l a b a , p r o v o c a r o n n u m e r o s o s y p r o f u n d o s d e b a t e s q u e t e r m i n a r o n
te n s io n a n d o y re c o n f ig u r a n d o al c o n ju n to d e la s o r g a n iz a c io n e s p o lític a s
d e la i z q u i e r d a c h i l e n a .1 Lo a n te r io r , se tr a d u jo e n s ig n ific a tiv a s c o n t r o ­
v e rs ia s , in te r p r e ta c io n e s y re v isio n e s p o lític a s o rg á n ic a s y p e rs o n a le s , q u e
1. Cristimi M oyano. El M APU d u ra n te la d ic ta d u ra : sa b e res y p rá c tic a s p o lític a s
p a r a u n a m ic r o liis to r ia d e la renovación socialista en Chile, 1 9 7 3 - 1 9 8 9 . S an tiag o
do C hile; U niversidad A lberto H u rtad o , 2 0 1 0 ; Jo rg e A rroto y E d u a rd o Rojas.
M e m o r ia d e la iz q u ie r d a ch ilen a . Vol. 2. S an tiag o de Chile: Ja v ie r Vcrgnrn Editor,
2 0 0 3 ; Igor G oicovic D onoso. «Teoría de la violencia y e stra te g ia de p o d e r en
el M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria, 1967-1986». En: P a lim p s e s to , n.° 1:
S antiago de Chile (2 0 0 3 ). URL: h ttp ://w w w .p a lin ip 3 o s to .u 5 a c h .c l; Ju lio Pinto
Vallejos. «¿Y la historia les dio la razón? El MIR en dictadura, 1973-1981». En: Su
Claudio Pérez Silva

trajeron como resultado, substanciales transformaciones graficadns poste­


riormente en el repianteainíento de las concepciones política-ideológicas,
los objetivos y estrategias políticas, el rediseño orgánico de estas colec­
tividades y más profundamente en las características y sentido de la
militancia política.2

El golpe militar y la reformulación de la política por otros


medios en el PCCh
En el caso del PCCh, las investigaciones referidas a su historia re­
ciente. sostienen que la intensidad e impacto de la derrota política y
militar sufrida por la Unidad Popular; la crítica externa emanada por
el movimiento comunista internacional; la autocrítica pos golpe militar
levantada por la propia militancia comunista; la experiencia política de
clandestinidad vivida en Chile por la militancia los primeros años de la
dictadura; además del alargue e institucionalízación de la dictadura; la irt
revolución contra nuestra rcvohició/t Izquierdas y derechas en c¡ C/tile de Pinochct
(1973 1981). Ed. por Verónica Valdivia. Rolando Álvarcz y Julio Pinto Vallejos.
Santiago de Chile: LOM Ediciones. 2006, Rolando Álvarcz. Pcsde las sombras.
Una histona de fa clandestinidad comunista (1973-1980). Santiago d« Chile: LOM
Ediciunes, 2003.
2. Para una revisión detallada de estas problemáticas véase: Segovia Alfredo
Riquelme. Un rojo atardecer Et comunismo chileno entre dictadura y democracia.
Santiago de Chile: Centro de Investigaciones Diego Barros Arana, 2009; Augusto
Samaniego. «Lo militar en la política: lecturas sobre el cambio estratégico en el
PC. Chile. 1973-J983 (relato e interpretación del origen de la política de rebelión
popular de masas y la idea de Sublevación Nacional contra la dictadura)». En:
Palimpsesto: (2002). URL: http://«mm. palinpsesto. usach.cl; Pinto Viillcjos,
«¿Y ta historia les dio la razón7 El MlRen dictadura, 1973-1981»; Gokovic Donoso,
«Teoría de la violencia y estrategia de poder en el Movimiento de Izquierda
Revolucionaria, 1967-1986»; Arrate y Rojas, Memoria de la izquierda chilena;
Viviana Bravo Vargas ¡Con la rosón y la fuerza, venceremos! La rebelión popular y
la Subjetividad Comunista en tos ochenta. Santiago de Chile: Aríadna Ediciones,
2010; Cristina Moyano. «Diálogos entre el exilio y el interior. Reflexiones en tomo
a la circulación de ideas en el proceso de renovación socialista, 1973-1990». En:
Revista Izquierda: Santiago de Chile (2011). u»U http://w««»». izquierdas el;
Álvarez. Desde tas sombras. Una historia de la clandestinidad comunista (1973-
1980); Rolando Álvarez. «¿La noche del exilio? Los orígenes de la rebelión
popular en el Partido Comunista de Chile». En: Su revolución contra nuestra
revolución. Izquierdas y derechas en el Chile de Pinochet (1973-1981). Ed. por
Verónica Valdivia, Rolando Álvarez y Julio Pinto Vallejos. Santiago de Chile:
LOM Ediciones, 2006; y Rolando Álvarez. Arriba los pobres el mundo. Cultura
e identidad política del Partido Comunista de Chite entre democracia y dictadura.
1965 1990. Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2011.

336
Exilio e internacionalismo en la militancia comunista de los setenta.

fluencia y significados de los procesos revolucionarios en Centro América,


particularmente la triunfante Revolución ¿andinista; y la imposibilidad
de materializar uti Frente Antifascista con la inclusión de la Democracia
Cristiana, generaron un amplio y áspero debate al interior del partido. En
esc escenario y dinámica partidaria interna, se puso en cuestión la lectura
política que apostaba por el agotamiento y fin de la dictadura a partir de
la presión internacional y det amplio rechazo de alianzas internas.
Los elementos señalados más am ba. son a nuestro parecer, los pun­
tos centrales que explican las principales tensiones o discusiones que se
desarrollaron al interior del PCCh durante la década del setenta y que
pcrmttieron a la postre importantes cambios políticos orientados a posi­
ciones insurrecciona listas. Lo anterior, se vio reflejado posteriormente en
dos grandes iniciativas políticas que trastocaron no solamente la historia
del PCCh, sino también la historia política de nuestro país. Nos referimos
al surgimiento de la política de rebelión popular de masas y la decisión
de crear por primera vez en la historia del Partido Comunista de Chile,
una fuerza militar propia: el Frente Patriótico Manuel Rodríguez.3

3. Para una completa y detallada revisión de estas reflexiones véase los


trabajos citados de Luis Rojas Núftez y Rolando Álvarez. De la rebelión popular a
la suble\xición imaginada Antecedentes de la fusiona política y militar del Partido
Comunista de Chile y del FPMR, J973-1990. Santiago de Chile: LOM Ediciones,
2011; Hernán Vidal FPMH. El tabú del conflicto armado en Chile. Santiago de
ChUc: Mosquito Editores, 1995; Luís Córvala rv «Las tensiones entre la teoría y la
práctica en el Partido Comunista en lo* aftas sesenta y setenta». En: Por un rojo
amanecer; hacia una historia de los comunistas chilenos. Comp por Manuel Layóla
y Jorge Rojas. Santiago de Chile: Valus, 2000; José Rodríguez Elizondo. Crisis
y renovnnó*! de tas izquierdas. Buenos Aires: Planeta, 1995; Francisco Herreros.
Del gobierno del pueblo a la rebelión popular. Historia del Partido Comunista
1970 1990. Santiago de Chile: Siglo XXI, 2003; Samaniego, «Lo militar en la
política: lecturas sobre el cambio estratégico en el P C Chile. 1973-1983 (relato
c interpretación del origen de la política de rebelión popular de masas y la
idea de Sublevación Nacional contra la dictadura)»; Viviana Bravo Vargas. «El
tiempo de los audaces: la política de rebelión popular de masas y el debate
que sacudió al Partido Comunista». En: Fragmentos de una histona. El Partido
Comunista de Chile en el siglo XX. Democratización, clandestinidad, rebelión (1912-
1994). Santiago de Chile: Ediciones 1CAL, 2008; Bravo Vargas, iCon la razón y la
fuerza, venceremos! La rebellón popular y la Subjetividad Comunista en los ochenta;
Patricio García y Hernán Venegas. «Continuidades y rupturas en la estrategia del
Partido Comunista de Chile. 1973-1986». En- Palimpsesto: (2002). URL: http:
. palim psesto usaeh . el; Riquclme, Un rojo atardecer. El comunismo
chileno entre dictadura y democracia; José Rodríguez Elizondo «Trayectoria deJ
Partido Comunista de Chile. De la crisis de la Unidad Popular a la política de

337
Claudio Pérez Silva

La gran mayoría de los estudios relativos al PCCh, si bien logran


describir y caracterizar históricamente el proceso de cambios políticos y
orgánicos suírklos por este durante los primeros años de la dictadura, no
logran identificar, integrar y dar cuenta de un elemento clave dentro de
la nueva configuración política del PCCh. Nos referimos al proceso de
reflexión, diseño, construcción, materialización y desarrollo posterior de
su política militar. Es decir, la línea partidaria que dio sentido político y
reprodujo los objetivos del PCCh en el ámbito de -lo militar» como medio
o herramienta política para enfrentar a la dictadura.
Creemos que la comprensión de este proceso es fundamental para
explicar la evolución, dinámica y los ritmos de la PRPM llevada adelante
por el PCCh durante los años m ás álgidos de la lucha en contra de la
dictadura, como también, el surgimiento y desarrollo de sus principales
líneas de trabajo en relación a la política militar, como lo fueron, la cons­
trucción de su fuerza militar propia, es decir el Frente Patriótico Manuel
Rodríguez; el trabajo militar de masas, por último, el trabajo hacia las
fuerzas armadas chilenas. De igual forma, creemos que el desarrolla de
estos aspectos por parte del PCCh, es de una enorme importancia a la
hora de dar cuenta de los ritmos, características, intensidad y evolución
del conflicto social, político y arm ado desencadenado en contra de la
dictadura.
Respecto de lo anterior, consideramos, existen tres procesos de una
enorme importancia política que permiten dimensionar y comprender
las dinámicas y caminos por los cuales transitó el PCCh para llegar a
las apuestas señaladas antes. Uno de ellos, es el iniciado en tom o a las
discusiones del -Pleno de 1977". En aquel evento político y en relación
a las causas y factores que se conjugaron en la derrota de la Unidad
Popular, Luis Corvalán, secretario general del partido, a través de su
informe al pleno reconoce (no sin importantes discusiones y rechazos),
la carencia histórica dentro del partido de una visión y una política en el
terreno de lo militar. Según Corvalán, a pesar de que existían militantes
que sabían manejar distintos tipos de armas y que tenían conocimientos
referidos a táctica y estrategia militar y de diversas formas de lucha
callejera, esto no fue suficiente para defender las conquistas obtenidas
por el pueblo chileno en los últimos años. Indicaba además en su análisis,
que era «evidente que no nos habíamos preparado adecuadamente para
la defensa del Gobierno Popular en cualquier terreno. No sólo teníamos el
vado histórico de la falta de una política militar, sino que el tratamiento

rebelión popular de masas». En: Revista UNtVERSUM, vol. 2, n.° 24: Talca (2009).
págs. 262-293.

338
Exilio c internacionalismo en la militancia comunista de lo* setenta-.

del problema no lo enfocábamos desde el punto de vista de tarca de todo


el Partido y por canto de dominio de sus organismos y cuadros**.4
Consideramos que este proceso de discusión formal abierto al interior
del PCCh a partir del pleno de 1977, condensa y refleja en relación al tema
militar o al denominado «vacío histórico», las previas y tempranas criticas
desarrolladas por el Movimiento Comunista Internacional a partir del
mismo golpe de Estado. En to fundamental, las planteadas públicamente
por importantes pcrsoncros del Partido Comunista de la Unión Soviética,
en relación a la falta de desarrollo de una política militar que jugara un
papel más decisivo en la dinámica de la lucha de clases y en el desenlace
de la Unidad Popular.5 De igual forma, contiene las tempranas reflexiones
realizadas por militantes comunistas chilenos en distintas partes del
exilio, principalmente un grupo de militantes instalados en la República
Democrática Alemana, quienes junto a miembros del Partido Socialista
Unificado Alemán, fueron parte de los grupos de trabajo creados por
sugerencia del partido alemán con la tarea de indagar académicamente
en los orígenes de la derrota de la Unidad Popular; la temática de las
fuerzas armadas y la cuestión militar.6
A nuestro juicio, el proceso político que se inicia a partir de la tesis del
vacío histórico en 1977, es un proceso bisagra. Da cuenta de un tiempo
y una experiencia histórica marcada por la evaluación política en tomo
a la derrota de la Unidad Popular y los efectos del golpe de Estado. Es
en esc sentido donde se asigna importancia al tema militar dentro de la
política. Por otra parte, la definición del «vacio histórico» da inirio a un
amplio proceso de revisión política y debate que permite reflexionar en
torno a la forma de cómo resolver ese -vacío histórico». Dando paso de

4. Luis Corvalán. informe al Pleno del Comité Central de agosto de 1977. La


revoUraiín chilena, la dictadura fascista y la ludia por derribaría y crear una nueva
democracia. Santiago de Chile: Ediciones Coio-Colo, 1978, pág. 30-
5. Para una profundización de esta temática véase los trabajos citados de
Viviana Bravo.
6. Una completa caracterización y desarrollo de esta temática la podemos
encontrar en: Álvarez. «¿La noche del exilio? Los orígenes de la rebelión popular
en el Partido Comunista de Chile»; Álvarez, Arriba lewpobres el mundo. Cultura
e identidad política d d Partido Comunista de Chile entre democracia y dictadura.
J965-1990; Bravo Vargas, ¡Con la razón y 1a fuerza, venceremos! La rebelión
popular y la Subjetividad Comunista en los ochenta; Viviana Bravo Vargas. «Moscú-
La Habana-Berlin: Los caminos de la Rebelión. El caso del Partido Comunista
de Chile. 1973-1986». En: Et co¡nunismo: otras miradas desde América Latina.
Comp. por Elvira Concheiro, Massimo Modonesí y Horacio Crespo. México, DF:
UNAM, 2007; Rojas Nüñez y Álvarez. De ¡a rebelión popular a la sublevación
imaginada. Antecedentes de la historia política y militar del Partido Comunista de
Chile y del FPMK. 1973■1990.

339
C l a u d i o P iííl v : S ilv a

esta manera, a un denominado «vacío teórico» en torno at tema militar


y su relación con la política a partir de los desafíos urgentes Abiertos
por la instalación de la dictadura y la forma en cómo derribarla- De ahí
que consideremos funda mental, comprender los procesos y las dtaámicas
partidarias que vivió la militancia comunista en Chile y en el exterior para
arribar en 1980 a la política de rebelión popular de masas y ni desarrollo
de una política militar en función de dicha apuesta.
Sin embargo, antes de desarrollarse el pleno de 1977 y de llegar
formalmente a la tesis del «vacío histórico» vinculado al tema militar, un
im ponan te contingente de jóvenes comunistas, desde abril de 1975 se
educaba en las escuelas militares cubanas y pasaban a formar pane de las
Fuerzas Armadas R e v o l u c i o n a r i a s de Cuba. A nuestro juicio, el inicio de
este segundo proceso, sumado a la posterior experiencia ¡nternacionalista
triunfante de la Revolución sandinisia por p a re de estos militantes comu­
nistas. jugó un importante papel en la discusión y elaboración reórica de
la política militar del PCCh. En este sentido, incidieron en el contenido
y las reflexiones sobre el carácter de las fuerzas armadas chilenas, la
construcción y desarrollo de la fuerza militar propia (posteriormente
FPMR), el diseño de las estructuras militares* las características del traba­
jo militar de masas y el trabajo hacia las fuerzas armadas, como también,
en las dinámicas del conflicto político y el enfrentamiento armado a la
dictadura.
El tercer proceso tiene relación con el aprendizaje y la experiencia
de Lucha Llevada adelante por un contingente de militantes comunistas
en Chile desde fines do tos setenta, quienes a pesar de las iniciales
ambivalencias e indefiniciones de La política de rebelión popular respecto
al tema de la violencia y lo militar, ya venían desarrollando pequeñas
acciones que intentaban desafiar a la dictadura. Estas acciones serán
conocidas en términos partidarios como las -acciones audaces-* y dan
cuenta de Las discusiones y transformaciones que vive tanto la política y
la propia militancia comunista respecto de las formas en cómo terminar
con la dictadura, la «articulación del movimiento popular y las primeras
manifestaciones de rechato al régimen a comienzo de los ochenta.7
Será justamente al calor de los procesos señalados más arriba, donde
el PCCh arrimará a precisiones políticas y tácticas más claras respecto
de su nueva apuesta pira echar abajo la dictadura, la cual contemplaba
entre otras cosas, la utiliaación de la violencia y la incorporación del
componente armado como un elemento integrante más de la acción
política.

7. Al respecto los trabajos citados de Viviano Bravo y Luis Rejas.


IMQ
E xilio c ÍT itcnW C jonallam u e n la m ilita itc ia c o m u n is ta d e lo* s e t e n t a , .

Lo anterior, lo podemos identificar a partir de las reflexiones y apues­


tas políticas que, públicamente diera a conocer el PCCh en tomo al tema
militar a través de su principal revista teórica•política, la revista fVirtctpioí
En ella señala, a inicios de ] 962, que el proceso de desarrollo de la fuerza
militar propia obedece a las etapas y dinámicas de la rebelión popular y
la solida insurreccional. Que mientras no se presenten abiertas y claras
manifestaciones de lucha antifascista, esta «fuerza militar existe sólo en
urt estado básico, simplemente operativo, cuyas acciones se inscriben
durante un tiempo largo sólo dentro del sistema específicamente político
de la lucha antifascista. El contenido de sus acciones son por lo mismo,
propagandísticas y de agitación, asi como de autodefensa elemental, etc.
Es decir, no tienen aún ni contenidos ni proyecciones miliLareS".® Esa era
la etapa en la <)tie se encontraba la rebelión popular en 1982, Según
el PCCh, estaba marcada todavía por la rearticulación de los partidos
políticos de izquierda y un twjo nivel de movilización social en contra de
la dictad Lira.
No obstante lo anterior, el PC señalaba que en otro momento político
o en otras condiciones del desarrollo de la rebelión popular, en una
etapa superior de eonfüccividad, -la fuerza militar se transforma: de
simple frente operativo en una estructura militar del partido. Ftorque
las consecuencias de su acción, y por ende sus objetivos centrales, van
más allá de las necesidades específicamente políticas de La agitación, la
propaganda y la elevación del estado de ¿mimo del pueblo; y apuntan
ahora a las necesidades de paralizar, debilitar y aniquilar parcialmente
al enemigo también en el campo de las acciones militares, es decir
armadas-.9
Scní justamente en el contexto de las nacientes, crecientes y masivas
jomadas de movilizaciones y protestas nacionales en contra de la dictadu­
ra militar, donde el PCCh dará paso en diciembre de 1983-, a la formación
del FPMR. Organización política-militar que como futría militar propia
del PCCh, tenia por objetivo el desmoronamiento político y moral de las
fuerzas armadas mediante golpes y acciones militares,
Tanto el nacimiento del F P M R como Las demás estructuras del traba­
jo militar, están intimamente ligadas el desarrollo del proceso político
chileno y a las discusiones y transformaciones poliiicas vividas por el
P C C h durante la década del setenta y que tuvo como resultado el surgi­
miento de 1a denominada política de rebelión popular de masas. Este
partido, ante la imposibilidad de establecer una alianza política central

S. Camilo González. *Lo militar en la política del partido». En: Pevüca


Principien, n.® 22: Santiago de Chile (cuero-febrero de 1932), pág. 37,
9. Ibíd-, págs. 37-38.

341
Claudio Pérez Silva

con la Democracia Cristiana, pero fundamentalmente frente al inminente


proceso de institucionalización y alargue de la dictadura, concluyó que
estaban cenadas todas las salidas consensuadas o pacificas para el fin de
la dictadura, y que era el fascismo quien creaba «una situación frente a
la cual el pueblo no tendrá otro camino que recurrir a todos los medios
a su alcance, a todas las formas de combate que lo ayuden, incluso a
la violencia aguda, para defender su derecho al pan, a la libertad y a la
vida».10
A nuestro juicio, este proceso de «definiciones y apuestas políticas
para terminar con el régimen militar, significó para la militancia comunis­
ta transformar radical y cualitativamente el carácter y los contenidos de
su tradicional lucha política.
En términos concretos, la política de la rebelión popular se transformó
en una estrategia para terminar con la dictadura, lo cual asumía e inter­
pretaba según el PCCh, el amplio malestar popular en contra del régimen,
posibilitando la incorporación de miles de chilenos al enfrentamiento con
la dictadura. Toda la lectura anterior, tomará cuerpo y se profundizará
a partir de dos importantes coyunturas. Por una pane, el impacto de
la crisis económica y los graves efectos que tuvo sobre la mayoría de la
población, y por otra, las variadas, masivas y violentas manifestaciones
de protesta popular que se desarrollaron a partir de 1983 en contra de la
dictadura.
Desde lo planeado hasta ahora, y reiterando la importancia de los
procesos mencionados y que a nuestro juicio ayudan a dar cuenta del
desarrollo de la PRPM y su política militar, nos interesa en esta oportuni­
dad, aportar a la comprensión de esta parte de la historia del PCCh desde
el relevamiento de uno de estos procesos, sin desmerecer o minimizar el
papel de las otras dinámicas partidarias que alimentaron con reflexión y
propuestas al desarrollo de la política militar del PCCh en perspectiva de
la rebelión popular. Temáticas que por cierto, han sido objeto de prolijos
estudios por pane de destacados historiadores."

10. Discurso pronunciado por Luis Corvalán el 3 de septiembre de 1980


con motivo del décimo aniversario de la victoria de la Unidad Popular, en Luis
Corvalán. Tr« períodos de nuestra linea revolucionaria, Berlín: Verlag Zeit In BiM,
n/d; véase además Luis Corvalán. De lo vivido y lo peleado. Memorias. Santiago
de Chile: LOM Ediciones, 1997, pág. 275.
11. Al respecto podemos destacar los trabajos de Viviana Bravo, Augusto
Samanicgo, Luis Rojas y Rolando Álvarez. Este último, además, ha dado cuenta
del apone en los orígenes de la PRPM, en el desarrollo de la política militar del
PCCh y la construcción de la fuerza militar propia, por parte de un contingente
de militantes que desde los primeros artos del golpe se ubtearon en la República
iJenxM'rálica Alemana.

342
Exilio e internacionalismo en la militancia comunista de los setenta..

Para ello, daremos cuenta de las reflexiones y los aportes realizados


por el contingente de militantes comunistas que se formaron en las Fuer­
zas Armadas Revolucionarias de Cuba y que posteriormente vivieron la
experiencia intemacionalista en torno a la triunfante Revolución sandinis-
ta. Creemos que el estudio de la experiencia vivida por este conjunto de
jóvenes militantes, vinculada por cierto, a la dinámica partidaria interna
abierta a partir del pleno de 1977, a las reflexiones propuestas por otros
gTupos de militantes en el exilio y al proceso de transformaciones políticas
vividas por la militancia al interior del país, permite complementar las
lecturas y explicaciones realizadas hasta ahora respecto de la emergencia
de su política militar, el despliegue de la rebelión popular y el desarrollo
de las distintas áreas del trabajo militar del partido, particularmente, en
el trabajo militar de masas y la construcción de la fuerza militar propia,
es decir en el origen y desarrollo del FPMR.

La «torea militar» en Cuba y la experiencia intem acionalista en


la Revolución popular sandinista
Como hemos señalado, en cuanto a las evaluaciones políticas del PCCh
realizadas en el «Pleno del 77», esta agrupación reconocía en su análisis
la carencia histórica dentro del partido de una visión y una política en el
terreno de lo militar. Situación que permitió un amplio debate respecto
de la forma en cómo resolver o llenar ese «-vacío histórico», abriendo
espacios de elaboración que a larga permitieron una fructífera producción
respecto de lo «militar en la política» y de la necesidad de desarrollar una
política militar del partido en función de los requerimientos de la lucha
en Chile, sobre todo a partir de las iniciales apuestas que alimentaron
el surgimiento de la política de rebelión popular de masas en 1980. Sin
embargo, antes de desarrollarse formalmente esta discusión en el seno del
PCCh, desde abril de 1975 un grupo de jóvenes comunistas se educaban
en las escuelas militares cubanas.
Según el historiador Rolando Álvarez, a mediados de 1974, es el
propio Fidel Castro quien le señala «a Manuel Cantero, representante de
la Comisión Política del PCCh, que le parecía pertinente aprovechar la
coyuntura para preparar militarmente a algunos militantes».1* Sostiene
además, en base a los contenidos de un documento interno del PCCh,
que posteriormente, durante los meses de febrero y mareo de 1975 se
12. Álvarez, A m ba tos pobres el mundo. Cirífura e identidad política del Partido
Comunista de Chile entre democracia y dictadura. 1965■ 1990, pág. 174; de igual
forma. Luis Rojas señala que cuando Volodia y Rodrigo Rojas como miembros de
la Comisión Política del PC se entrevistaron con Fidel, fue este quien les propuso
preparar jóvenes comunistas chilenos en Cuba, pero a más largo plazo, formar

343
C la u d io P ír e n S iJv - ü

reunieron en La Habana Rodrigo Rojas y VcJodia Teitclboim por partí


del PCCh y Fidel Castro, Raúl Castro, M in u e l Pifteiro y Carlos Rafael
Rodríguez por el gobierno cubano, en donde se reiteró el ofrecimienm
para la formación profesional de militares comunistas chilenos. La rífenj
de Fidel de formar tina masa ile entre 200, 300, o 400 oficiales, tenia tu
objetivo en función de aprovechar una futura posible solución polftic.i
al conflicto en Chile- Es en ese hipotético momento donde, según Fidel
Castro, se hacia necesaria la existencia de estos oficiales y la importancia
estratégica de esLoa cuati ros. Agregando, «los van a necesitar... (Serán J
la espina dorsal del nuevo Ejército*.11
De esta manera se inicia el 16 de abril de 1975, lo <jue en términos
partidarios se denominó la - tarea militar». Aquel día, veintiocho jóvenes
militantes comunistas chilenos iniciarán su formación como especi.il¡si¡is
en Ari iI leria Terresi re en la-desaparecida Escuela Militar “'Ca ni ilo Cien-
fuegos", al este de La Habana, y veintinueve en la especialidad de Tropas
Generales en la Escuela Interarmas "General Antonio Maceo", ubicada en
las afueras de la capital cubana-.14
Según señala Germán Mora, joven comunista de aquella época, una
centena de chilenos llegó a Cuba antes del golpe de Estado de 1973; ]n
idea inicial era esttidiar medicina y Juego volver a Chile para trabajar
y aportar en Jos hospitales públicos.14 Sin embargo, la derrota de la
Unidad Popular, la muerte de Allende, lo trágico de los acontecimientos,
la cruenta y creciente represión generaron dentro del contingente de
jóvenes una gran inccrtidurtibre y serias contradicciones. Según Germán
Mora, algunos se preguntaban «para qué vamos a estudiar, no hoy que
estudiar... entonces hubo una gran discusión ahí, que mejor no seguir
cuadros con carácter estratégico- Rodrigo Rojas, sería posteriormente el primer
encargado de los militares en Li Habana.
13- "Conversaciones entre delegacnnws los Partidos Comunistas de Chile
y Cubn, mareo de 197S- y -Plan de formación militar para militantes de las JJCC».
Arabos docvmentcn Son parte del Archivo Interno del Panido Comunista y son
citados en Alvarez, /irrtfw fas pobre* el mundo. Cutarra e itferin'dad política do/
ñarrtdo Coraumwtn de Cfttíe entre democracia y dictadura. ¡965-1990, págs. 174-
175.
14. Rojas Núñifz y Álvarest, íJc te JTtbfiwi popuiar a ía subimución inwgiiíada.
Antecedemm de lu histeria política y militar diti Partido Comunista de Chile y dei
FPMP. 1973-1990. pig. 94.
15. Entrevista realizada por el autora Germán Mora, oficial incemacionalisia.
Santiago de Ctiik. noviembre de 200S. Misma relación nos señalan otros oficiales'
Luis Ponce y Bernardo Castro. Entrevistas realizadas por Claudio Pérez Silva, en
.Santiago, marso de 2007. Archivo Oral, Centro dií Documentación e Investigación
tic Historia Reciente. Escuela de Historia. Universidad Academia de Humanismo
Cristiano.
Idilio c iinenw i'inuilism o en la militancia eomunisra de l « tetenia .

estudiando y pedir preparación militar y volver para Chile. Y se impuso


la normalidad de estudiar».1*
A reflexiones similares llegó en aquel momento Luis Ronce. Según
recuerda, «mi sentimiento en aquel momento fue de que, nosotros de­
beríamos empezar en ese mismo momento a prepararnos para volver
o Chile. A pelear en contra de la dictadura. A lo mejor no había un
pensamiento político ideológico muy elevado en mi caso, por ejemplo;
pero yo estuve., absolutamente convencido de que había que empeaar a
prepararse para vaiver».17
Junto a La sensación de incertidumbre se sumaba además la crítica
cotidiana de los comunistas cubanos respecto de la escasa capacidad
de defensa de La Unidad Popular, de lo iluso de su programa y de la
poca voluntad para resistir. Según Ccrmán Mora, los cubanos molestaban
recurrentemente a los chilenos, *te leseaban, te decían, no se defendieron,
no hay resistencia».1*
Para el grueso de los estudiantes comunistas chilenos, la llegada
permaneme de noticias desde Chile respecto de los ejecutados políticos
y los detenidos desaparecidos, aumentaban el nerviosismo y las dudas
respecto de la pertinencia del estudio, sobre todo señala Germán Mora,
cuando los cubanos preguntaban, «¿por qué estás estudiando y no estás
peleando?**,49
E11 ese contexto de presión, de cuesiLonamicntos desde la propia mi­
litancia juvenil comunista chilena, más la falta de definiciones políticas
p artid aria y - según recuerda Germán M o r a - la decisión de los propios
cubanos, «que a nosotros nos sacan de medicina y nos empiezan a pre­
parar como militares. Por eso fue. por decirte que fue casi e! 99^t> que
dijeron que si, que había que liacedo**.10
Según Bernardo Castro,11 la decisión de ingreso de militantes comu­
nistas chilenos o las academias miliiares cubanas fue tomada por el PCCh
en base a un ofrecimiento que el propio Fidel Castro Je reaLLíó a la di­
rigencia comunista chiLena, pues reconocía a esta organización política
«como La fuerza principal válida y de confianza en La determinación de La
configuración del proceso político que se iba a vivir contra la dictadura, y

1 6. E n tre v ijia realiza d a a G erm án M ora.


17. E n trev ista re a liza d a □ Luis Pernee.
1S. E n irew stn re a liz a b a a G erm án Mora.
19. Ibíd.
20. IbW-
2]_ E ntrevista re a liz a d a a B e rn a rd o C astro . O ficial In te m a c io n a lista . Véase
a d e m á s . R o lan d o Á lvare* y V iv ian a B ravo V argas. «La m e m o ria d e la s a rm a s.
Para u n a h isto ria d e los c o m b a tie n te s c h ilen o s en N icaragua». En: fíe iríta LucAa
A rinarfa Hri fa.Argcntinci, n.a 5 : B uenos A ires (2 0 0 ó )r póg. 101.

345
Claudio Pérez Silva

sobre esa base, la Revolución le confiaba toda su voluntad para proyvciai


su solidaridad».71 Señala además, que producto de la visión política qtr
tenia Fidel Castro respecto del proceso vivido por la Unidad Popular y <!■
lo que se debía hacer para salir del fracaso, se puede entender el ofrrr*
miento y voluntad del gobierno cubano para que el PCCh aprovechara el
potencial revolucionario de la juventud comunista que se encontraba en
Cuba, preparándolos y formándolos en las academias militares de Cubil
bajo una perspectiva de estrategia militar.”
En abril de 1975, son convocados los estudiantes comunistas chilena*
a una reunión con dirigentes de su partido. En aquella instancia, «Ir
manera individual se les informó y preguntó respecto de la posibilidad tlr
dejar los estudios universitarios e incorporarse a la carrera militar. Para
Germán Mora, la decisión tomada significó una verdadera ruptura en
sus vidas. Según este, «no era tanto que te dijeran vas a ser militar, sino
primero, vas a dejar de estudiar medicina y eso era la razón de ser de
todos los que iban para allá. O sea, eso es un quiebre. Entonces, es como
decir .. lo más importante es la revolución; lo que sea tuyo... tu futuro,
depende de eso».14 Señala además, que la mayoría de los cstudtantcs
comunistas de medicina estaban esperando con ansiedad dicho procesn

22. Entrevista realizada a Bernardo Castro. Al respecto, Augusto Samaniegu


señala que en ese periodo se produce una aproximación o gestos de reconocimien­
tos a los partidos comunista, en particular al PCCh, por pane de Fidel Castro. Era
el tiempo del acercamiento a la URSS, la incorporación de Cuba al Movimiento
Comunista Internacional y la desilusión de Fidel de los movimientos guerrilleros
centrados en el foquismo. Se impone según Samaniego, «un cambio en la relacxm
del PC y el Estado cubano con los grupos latinoamericanos no comunistas, que
antes habían recibido un trato privilegiado, mochas veces por estimarlos más
revolucionarios. Diría que el PCCh pasa a ser ‘‘regalón’ de Cuba (tanto que
invitan a La Habana a Orlando Millas, miembro de la CP, quien a mediados de
los sesenta había sido mencionado despectiva y odiosamente por Castro y, en la
práctica, catalogado como "non grato... En “Lo militar en la política'*: lecturas
sobre el cambio estratégico en el PC. Chile. 1973 1983-.
23. Ibíd. Para Germán Mora, la autorización para entrar y ser parte de
tas Fuerzas Armadas Revolucionarias de Cuba, es una decisión de la Revolución
cubana, «porque podrían habernos metido a "punto cero” huevón, eh, que era
donde se formaban los parannlitares. la gente de guerrilla más que de oficiales y
yo creo que eso nunca ha vuelto a pasar, me da la impresión».
24. Entrevista realizada a Germán Mora. Una completa revisión de este
proceso incluido registro fotográfico en: Pascale Bonnefoy, Claudio Pérez y Ángel
Spotorro. Inttmaaonaíatas- Unirnos en la Revolución popular sandinuta. Santiago
de Chile: Editorial Latinoamericana, 2009; véase además José Miguel Carrera.
Misión Intemacionalista De una población chilena a la Revolución ¡andinista.
Santiago de Chile: Editorial Latinoamericana, 2010; y Rojas Núñez y Álvarez, üe
346
Exilio c internacionalismo en La militancia comunista de los seten ta..

y se preguntaban para -«qué íbamos a estar estudiando medicina, hue­


vón. . .o pensando en eso cuando estábamos en una Revolución cubana
que te educaban diariamente en el internacionalismo, en lo que hizo el
Cbé; entonces tú querías ser, como joven, protagonista de las cosas».n
La mayor parte de los militantes que se incorporaron a la «tarea
militar», eran jóvenes comunistas que desde mediados de 1972 se encon­
traban cursando carreras universitarias en Cuba. Otra parte, en menor
cantidad, correspondía a jóvenes comunistas que comenzaban su exi­
lio en distintas partes del mundo y, por último, aquellos que provenían
directamente de las cárceles de la dictadura en Chile.3*1
La selección y la distribución inicial de tos estudiantes en las distintas
especialidades m i l i t A r e s s e realizaron sin grandes criterios. Según Luis
Ponce, los reunieron en el Instituto Técnico Militar y se les plantea «que
hay dos especialidades fundamentales; una que es la especialidad de
artillería y otra que es la especialidad de tropas generales o infantería... y
por cuál nos inclinábamos cada uno de nosotros y empezamos a preguntar
ahí nosotros.. .que cuáles eran las materias que se estudiaban en cada
una de las dos especialidades. En mi caso particular yo soy negado
absolutamente para la matemática y para física y para todo ese tipo
de cosas y artillería lleva todo eso, cálculo de probabilidades, etc. etc.,
matemáticas, física. Yo dtje inmediatamente... yo quiero s e r de tropas
generales y no era que tuviera mucha aptitud física para eso, qué sé yo,
muy bueno para caminar y nada de eso».í,
A juicio de algunos oficiales, las características y dinámica propia
del proceso inicial de formación militar y la falta de una política clara

ta rebelión popular a la sublevación imaginada. Antecedentes de la ¿rutona política


y militar del fttrtido Comunista de Chile v del FPMR, 1973-1990.
25. Rojas Núrvcz y Álvarez, Pe la rebelión popular a la sublevación imaginada.
Antecedentes de ta historia política y militar del Partido Comunista de Chile y del
FPMR. 1973 1990.
26. Esta información es extraída a partir de las entrevistas realizadas a
Germán Mora, Luis Punce, Bernardo Castro e Isidro Muñoz. Este último, se
incorpora a l a tarea militar desde la URSS (entrevista realizada en noviembre
de 2CKQ6L Véase además las entrevistas que se encuentran transcritas en el texto
señalado de Hernán Vidal. Véase además, Álvarez y Bravo Vargas, «La memoria de
las armas. Para una historia de k» combatientes chilenos en Nicaragua», pág. 100.
27. Entrevista realizada a Luis Ponce. Recuerdos similares tiene Germán
Mora. "Nos llevaron a un Instituto Militar y ahí empezaron a preguntamos, ya
¿qué van a ser ustedes?, van a haber dos posibilidades: que sean artilleros o
infantes; artilleros son los que manejan un poco las matemáticas y disparan,
entonces los otros decían, son los que están en el borde delantero, los infantes.
Nosotros no teníamos idea que decisión tomar Al final se divide el grupo, como
30 y 30-.
347
Claudio fVrcz Silva

respecto de lo militar en el PCCli produjeron ta deserción tleun númr


ro importarite Je estudiantes y de algunos oficiales graduados. Según
Isidro,2* en un primer momeiuo «todos estábamos entusiasmados pc»r hi
novedoso del entrenamiento militar. Después del primer año comentó la
crisis. Era un compromiso asumido de por vida, con miles de limitaciones
en lo personal y sin rener claridad en dónde desembocaría. En aqtn‘'
líos aflos no se visualizaba en nuestro pais una salida m remotamente
cercana desde el punto de vista de La preparación nuestra. Se produjo
una deserción considerable. Tampoco había respuesta desde el punto
de vista partidario y era natural, porque no existía perspectiva en fu
concerniente a nuestro país*.1* A pesar de Jo anterior, la llamada «tan;.!
militan' paría a sus primeros oficiales. Sin embaído, el PCCb no sahl.T
en ese momento qué hacer con el contingente militar, lo mismo respecto
de qué tipo de organización o estructura militar conformar; tampoco
existían posibilidades reales de un enfrentamiento con las fuenas de
la dictadura chilena, menos aun diseños o estrategias definidas en el
plano militar para llevar adelante dicho proceso,* Según la historiadora
Viviana IJravurJI la inexistencia de una política clara respecto de cómo
insertar el trabajo o la experiencia militar de estos jóvenes comunistas
y el contexto interno qne se presentaba en Chile a partir del «alargue»
o «inStitucionalizdción de la dictadura», provocó que se generaran vina
serie de críticos e inquietudes entre algunos de sus miembros.
Es en este ■contexto donde se presenta una respuesta política temporal
en relación a sus críticas c incertidumbre, sin embargo, esta no proviene
de la mano del PCCh, sino del propio Comandante Fidel Castro. En jumo
de 1970,. sugirió é invitó formalmente a los oficiales chilenos formados
en las escuelas militares cubanas a participar como combatientes intema­
cionalistas en el proceso revolucionario que se vivia en Nicaragua, y que
era conducido por el Frente Sandinista de Uberación Nacional (FSLN).K

29. Oficial intemacionalista. Entrevista transcrita en el tesro señalado de


Vidal, FPMR. £t rainc <M con fliao amtado *jj Chite, pdg. 154.
29- Entrevista a Isidro, trnseífta en el trabajo citado de ibíd,
30. Rojas Núñex y Alvartz., De fa rebellón popular a Ta swWcvoririn mwgrníitfa.
Antecedentes de la historia política y rutNrar d tt Aam'cfo Comunisic de Chite y cW
FPMR. 1973-1990.
31. Bravo V.nr|í:i v, rCgn lo rQzpiry fa fuerza, vtn cm m o sl La rebelión popular y
la Subretivicfad' Cointíntrtci en Toí oc/imh!, pig. 84.
32. Para una caratwrizactón de este proceso, véase Carrera, A-fi.?r<3u JnicJ'-
iianunaJaJa. De una públut'íwr etiitena a Ta BciíwIuchmt snn cOnista;: y Flojas Niiñeí
y Alvares, De la rebelión popttlara la juMcvactáJt uuqgiJtcüa. Antecedentes de iu
Afctorm poJe’tccay mflfrar def Paradu Comuttiíta de C/tiiey M FPMR, 1973-1990.

34 8
Hxilio e (rttcnuicigtialismo en la militancia comunista de los setenta.

Al respecto. EScrnardo recuerda que existía en ese momento entre ellos,


una especie de sentimiento nostálgico por Jas características del proceso
político chileno, una sensación partieulnr de inutilidad en relación a las
experiencias políticas y personales que estaban adquiriendo, lis justamen­
te en esc momento donde, ajuicio de Bernardo. "Surge nuevamente la
audacta de Fidel, de conccncnirnos a todas, nuestra disposición al inter­
nacionalismo como tal, en términos combativos... Y hace la propuesta
al ParLido de que nosotros que ya estibamos formados comí) oficíales,
adquiriéramos una experiencia combativa, y qué mejor que hacerlo en
un proceso revolucionario naciente, como Nicaragua»-/"
Para Gemid 11 Mora, esta propuesta fue excepcional y de un profundo
significado histórico, especialmente por las características de cómo se
desarrolló In situación con la presencia directa del propio Comandante
Fidel Castro.-** Recuerda, que el nerviosismo se apoderó de la mayoría,
sobre rodo cuando Fidel aparece entre la oficialidad chilena señalando,
«•ustedes están aquí... porque hay una situación, el FSLN está en la etapa
de la ofensiva final y lia desplegado los ataques como en cinco o seis di­
recciones y en el Frente Sur se da un caso especial-.. que hay armamento
artillero y están desplegadas de una u otra forma las principales fuerzas
de la Escuela Militar de Infantería Básica que dirigía el hijo de Somoza.
Entonces, necesitan apoyo y nosotros creemos que los más idóneos son
ustedes, porque no pueden ir Cubanos, sería un escándalo político».31
No obstante el entusiasmo inicial, antes de partir a la guerra en
Nicaragua, había que tener una autorización « p re sa de parte de la
dirigencia del PCCh ubicada en Moscú, para cumplir esa nueva tarea
militar. La autorización del secretario general del PCCh no tardó en llegar-
Según Germán Mora, Fidel agregó que existía una situación política
favorable en la región para apoyar a Jos sandinistas y que significaba una
ayuda concreta para la participación de intemacionalistas en la guerra
de Nicaragua, Se contaba con ayuda de los venezolanos, el presidente de
Costa Rica y con Torrijos de Panamá.*1

33. Entrevista realizada a Bernardo.


3.4 Al respecto señala Germán Mora: -para mi fue significativo, tener
a Fidel ahí dándote una misión, eso no se ve todos los días. Además con la
precisión; la misión de uítedes es impedir que se pierda eso que han alcanzado
I d s -nicaragüenses, Tienen que usar l a artillería y avanzar hacia d e l a n i e * .
35. Eli! «vista realizada a Germán Mora.
3*- Para Femando Mires, la situación internacional fue determinante en los
tramo* finales del proceso revolucionario en Nicaragua, debido principalmente
a I* ambigüedad política del presidente estadounidense .1. Cárter respecto a los
dcTecheis humanos, la solidaridad con los antiSOtnocistns de alRunos gobiernos
latinoamericanos y la presencia «ti América Latina de lus socüildemocracias

349
Claudio Pérez Silva

í*>r otra parce, estimamos que el llamado intemacionalista realizado


por los sandimstas y el gobierno cubano para incorporarse a las tarcas de
la lucha revolucionaría en Nicaragua, le otorgó dinámica, continuidad
y un nuevo sentido a la tarea militar emprendida por este grupo de
militantes, alejándola prácticamente de la incertidumbre, de los cuestio­
na miemos internos y de una crisis de existencia.
Una vez que contaron con la autorización de su partido y de un
proceso corto de formación para la lucha irregular, rápidamente los com­
batientes chilenos se dirigieron a Nicaragua, al denominado Frente Sur,
entre el Océano Pacífico y el lago Nicaragua, en la frontera con Costa
Rica.*7 Este espacio fue definido como estratégico por las fuerzas somocis-
tas, sobre todo para frenar el ingreso de fuerzas guerrilleras sandinistas,
que desde Costa Rica luego se infiltraban por toda Nicaragua. Según
Hernán Vidal, allí «el FS1.N concentró la mayor pane del armamento au­
tomático que disponía. El uso adecuado de este armamento demandaba
combatientes especializados y con preparación de Estado Mayor».3*
El 18 de junio llegaron a Nicaragua unos 40 combatientes intemacio­
nalistas al Frente Sur, entre ellos guatemaltecos, salvadoreños, costarri­
queños, uruguayos y catorce oficiales comunistas chilenos. Dias después
se incorporarán el total de los oficiales chilenos que participaron en esta
guerra.”
Los responsables chilenos prontamente se pusieron al servicio del
Estado Mayor, trabajando en la planificación de una ofensiva sobre las
posiciones de la Guardia Nacional. Por su parte, tos jefes chilenos especia­
listas en «tropas de infantería», exploraron junto a los jefes guerrilleros
nicaragüenses las distintas posiciones enemigas para planificar el asalto a
partir del día 19 de junio.
Según recuerda Germán Mora, el primer grupo de chilenos que se
organizó estaba a cargo de Galvarino Apablaza (posteriormente en Chile
encargado del trabajo militar de masas, miembro de la Comisión M i­
litar del PCCh y «Comandante Salvador» en la Dirección Nacional del
FPMR). Recuerda que cuando ingresó a Nicaragua, Apablaza «ya había
llegado.. , y al tiro me dice, iya, te vas a una incursión, huevón! IChu-

europeas. En Femando Mires. La revolución permanente. Las rrvoluáones sociales


en América Latina. México, DF: Siglo XXI, 2001, pág. 426.
37. Para una completa revisión de este proceso ver el trabajo citado de Luis
Rojas.
38. VidaJ, FPMR. El tabú del conflicto armado en Otile, pág. 156.
39. Rojas Núñez y Alvarez, De la rebelión popular a la sublevación imaginada
Antecedentes Je la historia política y militar del ftxrtit/o Comunista de Otile y del
FPMR. 1973 1990

350
Exilio e internacionalismo en la militancia comunista de tos seten ta..

cha, cagué! dije yo; una incursión con unos guerrilleros. A otros los
distribuyeron por baterías».40
Hasta esc momento, los sandinistas del Estado Mayor, !a gran mayoría
de los guerrilleros y los propios militares de la Guardia Nacional, no
dimensionaban las profundas transformaciones que adquiriría el enfren­
tamiento militar y el propio carácter de la guerra en esa zona. Pasando
progresivamente de ia tradicional fuerza guerrillera que se movía para
atacar y huir hacia campamentos seguros, a una guerra de posiciones de
mayor capacidad de fuego, a una «guerra regular», única expresión en
todo el proceso revolucionario nicaragüense.*1
El inmediato y cruento enfrentamiento armado trajo las primeras bajas
para los chilenos. El primero fue Days Huerta Lilio,'" posteriormente
Edgardo Lagos tendrá la misma suene/0 Según Germán Mora, cuando
se encontraba a cargo de la instrucción básica para ordenar y filtrar el
ingreso de nuevos guerrilleros al frente de combate, se produce por parte
de la Guardia Nacional un rompimiento del borde delantero. Recuerda
que inmediatamente le ordenan «... conformar un par de pelotones para
cubrir eso y el resto de la gente sacarla de ahí porque se iba a meter la
Guardia por ahí; y ahí había mucha gente pero sin armas, porque cuando
llegaban al frente se les daba el arma. Y ahí yo parto y selecciono a
Edgardo Fabián Lagos, el "Payo", a! Pope y todos estos parten a cubrir el
hoyo».44
Es en esta misión donde sale herido de gravedad Edgardo Lagos,
situación que obligó a trasladarlo a un hospital de Costa Rica donde
posteriormente muere. Para Germán Mora, el enfrentamiento militar
desarrollado en el «Frente Sur», se transformó rápidamente en una guerra
de posiciones, ya que la presencia de artillería provocó el estancamiento

40. Entrevista realizada a Germán Mora.


41. Ibtd Véase además trabajos citados de Carrera, José Miguel y Rojas,
Luis.
42. Dcys Huerta lilto, especialista en artillería terrestre, al igual que muchos
estudiantes de medicina, fue parte de! primer grupo de oficiales chítenos en Cuba
El 26 de jumo de 1979, mientras dirigía el tiro de una de las baterías al lado norte
del río Ostayo, las esquirlas de un proyectil somocista que explotó muy cerca
de su puesto le provocaron graves heridas que posteriormente le generaron la
muerte. Huerta, es el único de los oñciales chilenos intemacionalistas enterrado
en territorio liberado del Frente Sur durante la ofensiva final sandinista.
43. El 13 de julio de 1979. producto del enfrentamiento entre las tropas
somocistas y guerrillero* sandinistas por el control de carrerera Calera-Sapoa
mueren varios combatientes sandinistas y otra cantidad importante quedan
heridos En este grupo se encontraba el oficial chileno de tropas generales,
Edgardo l.agos (Payo).
44. Entrevista realizada a Germán Mora.

351
Claudio Pcrez Silva

de la Guardia nicaragüense. La importancia de la oficialidad chilm*


en csios enfrentamientos y en este frente de lucha, está dada |*>r (|
papel determinante en la conducción de la guerra y en el propio enfir
«amiento, yo que las fuerzas principales del somocismo, al ser frenad*
derrotadas, no lograron recuperar posiciones y enfrentar a los otros íoiflÉ
de insurrección que se presentaban en el resto de Nicaragua.
1.a participación de estos chilenos en Nicaragua fue importante endl
triunfo, consolidación y defensa del proceso revolucionario. A partir d e §'
ingreso al Frente Sur, -acompañaron al pueblo nicaragüense en la caiit»
de Somoza y luego colaboraron con sus conocimientos en la formación <Ui
Ejército Popular Sandinista. M ás tarde llegarían otros contingentes par •
participar eit los enfrentamientos con la llamada “Contra”, financiad»
por la CIA ~.,S Un número de ellos participaría posteriormente en U
lucha guerrillera junto al FM LN en las distintas etapas de la goeit.i
revolucionaria en l£l Salvador.**

De la guerra contra Somoza a la guerra contra Pinochet


Consideramos que la experiencia histórica (política y militar) ganada
por el colectivo de oficiales chilenos en las Fuerzas Armadas Revoluciona
rias de Cuba y luego en la gucrTa de Nicaragua, fue de vital importancia
para constituir y contribuir al amplio grupo humano y político de mili
tantcs comunistas, que más tarde influyeron de forma significativa en H
rumbo y los ritmos de la lucha en contra de la dictadura de Pinochet.
A partir del triunfo en Nicaragua, la incidencia política y teórica
de estos oficiales en los debates internos del PCCh, particularmente en
cuanto al desarrollo del tema militar en la política de rebelión popular
de masas, es de una enorme trascendencia. Ix> anterior lo podemos
corroborar a partir de los numerosos seminarios desarrollados por los
oficiales chilenos sobre la cuestión militar en Chile, las fuerzas armadas y
la política militar del PCCh. Desde estos eventos se discute y proponen las
principales tareas de los militantes comunistas en cuanto a la construcción
de la fuerza militar propia del partido y la necesidad de materializar una

45. Bravo Viirgas. ICoit la rttsón y ta fuerza, enceremos' La rebelión fwptitar v


la Subjetividad CorttunLtta en las ochenta, pág. 84; véase además Bonnefoy, Pérez
y Sjxxomo, /nrcrnaaonalisra* Chítenos en la Revolución popular ¡.andinista. Roj.m
Núftez y Alvarez, De ta rebelión popular a la subleraciótt imaginada Antecedentes de
ta historia política y militar del Partido Comunista de Chite y del FPMR. 1973' 199t>
46. Luis Uribe. «20 años del FPMR-. En: F.l Rodriga uta. n.° 68: Santiago ele
Chile (n/d), pág. 12; Rojos Núñez y Álvarez, De la rebelión populara ta suMewud«ii
j'iiagmadu. Antecedentes de ta historia política y militar del Partido Comunista «ir
Chite y tiet FPMR, 19731990

352
Exilio c internacionalismo en la militancia comunista de los se te n ta ...

ilítica militar para enfrentar a la dictadura. Aspectos que incluían


iemás el trabajo hacia las fuerzas armadas de la dictadura y ei trabajo
'litar de masas del PCCh bajo las orientaciones de la política de rebelión
popular de masas.
Como señalamos, las discusiones llevadas adelante por el colectivo de
cíales a través de seminarios y concentrados, generaron una significa­
ba y fructífera producción teórica-política en tom o al desarrollo de la
lítica militar del PCCh. En este apartado prestaremos especial atención
it las reflexiones y propuestas sugeridas por este colectivo de militantes
ienes. a partir de la experiencia vivida durante su formación militar
fesional en Cuba y luego como combatientes intemacionalistas en la
‘uníante Revolución sandinista en Nicaragua, aportaron al proceso de
aboración de la política militar del PCCh.
Según Luis Rojas, con la autorización de los cubanos, desde los inicios
de la «tarea militar» se conformaron células del partido y se desarrolló la
vida militante a través de las habituales reuniones, situación que permitió
la conexión permanente sobre los asuntos de Chile y el PC.
No obstante y a solo meses de haber terminado la discusión del
Pleno de agosto de 1977. en donde salió a la luz la tesis del vado
histórico en torno al tema militar, la situación política de los oficiales
adquirió una nueva dimensión. A partir de noviembre de 1977, por
iniciativa «del secretariado de los oficiales y de Jacinto Nazal, en ese
momento "encargado" por la dirección de la "tarea militar", comenzaron
tos seminarios, un método de investigación, búsqueda y creación acerca
del asunto militar en la política del PO-.*7 Lo anterior significó entre
otras cosas, la inserción de los núlitares en la esfera de la reflexión y la
producción política del PC, saliendo del tradicional campo técnico al cual
estaban adscritos como oficiales en sus cuarteles.
Los seminarios permitieron dar continuidad a la discusión política
de las células a través de la exposición de distintos temas de investiga­
ción. De igual forma, permitieron sintetizar gran parte de las reflexiones
desarrolladas desde 1977 en adelante sobre la política militar del PC de
Chile.4*

47. Roja» Núñez y Álvarez. l)e la rebelión popular o la *uNcvncú>»i imaginada


Antecedentes de la historia política y militar rirí ftimdo Cwntiitiifci de Otile y del
FPMK 19731990. pág. 107.
48 Según Patricio Stuardo, Oficial Intemacionalista: «Desde el momentoque
nos incorporamos a la tarea militar y por el carácter del compromiso contraído
en el Partido Comunista, nos mantenía a flor de piel la disciplina en el trabajo
consiente y entrega a las tareas de estudio y elaboración, ya sea en el piano
individual, como en el trabajo colectivo (reuniones de células, ampliados o
seminarios), en el desarrollo técnico, político ideológico. Independientemente de

353
Claudio Pérez Silva

El documento que sintetiza dichos discusiones y años de experiencia


política fue resultado de un seminario realizado en La Habana a media­
dos de 1981/w N o ub-stante, estimamos que dicho documento, contiene
además, la influencia de varios eventos y procesos políticos que cruzaron
todo el periodo de formación y elaboración de los oficiales, alimentan*
do por tanto las iniciales reflexiones de los primeros seminarios. Nos
referimos a los plenos de 1979 y 1981, al surgimiento de la política
de rebelión popular de masas en 1980, donde el papel de la violencia
adquiere una importancia política que obliga a la elaboración y enrique­
cimiento de la política militar del PC, y por último, la propia experiencia
de vida de estos militantes en torno a la participación como combatientes
intemacionalistas en la Revolución popular sandinista.
Respecto a lo anterior, es posible sostener que «la política militar
del PO- propuesta por el contingente de oficiales da cuenta de un largo
proceso de transformaciones en la vida y dinámica partidaria, en la
política del PC y la propia experiencia militante.
Según relata el oficial Andrés (El Hermanito) en el trabajo citado
de Luis Rojas, «desde el 78 se da la especialización por áreas de inte­
rés y se crean equipos de elaboración de la política militar y un equipo
permanente de estudio del teatro de operaciones militares (TO M ). En
ese primer seminario, entre tas ponencias principales destaca una titu­
lada "El pronóstico científico en et Arte Militar" y otra sobre "El teatro
de operaciones militares en Chile”».’0 Según este oficial, los primeros
trabajos sobre la política militar del Partido Comunista se iniciaron en
seminarios realizados a partir de noviembre de 1978, sentando las bases
de la propuesta que salió a luz a fines de 1981 sobre la política militar del
PCCh, ya en tiempos de la rebelión popular. Señala además, que estaban

estar cumpliendo la misión intemacionalista, el trabajo de partido nos llegaba


a todos por igual, en las reuniones de célula, el trabajo del colectivo, en tas
reuniones de los seminarios o ampliados, que por lo general se hacían una vez a!
mes. Unos de los grandes aportes estuv-o en d diseño teórico de la construcción
de la política del trabajo militar de masas y en la política de la fuerza militar
propia, así como el estudio del teatro de operaciones militares, la logística para la
rebelión popular, el estudio de la insurrección en Vtetnam, la insurrección armada
y la sublevación nacional, entre otras. Fueron trabajos serios y profundos que en
d transcurrir del tiempo de nuestra lucha en la clandestinidad en Chile, fueron
nuestras herramientas de trabajo». Testimonio de Patricio Stuardo en: Bonnefoy.
Pérez y Spotorno, /rKemocionaitifas. Chileno* en fa Revolución popular sandinista.
49, «La política militar del PC», La Habana, 1981.
50, Rojas Núñez y Álvarez, De la rebelión popular a la sublevación imaginada.
Antecedentes de la historia política y militar del Partido Comunista de Chile y del
FPMR. 1973 1990. págs. 204-20S.

354
Exilio e internacionalismo en la militancia comunista de tos seten ta...

las condiciones internas y el contexto histórico para que esto se desarro­


llara. Por una parte, «un grupo de cuadros abandonan sus profesiones
para dedicarse íntegramente a la vida y al estudio de los temas militares.
Existe una comunión de pensamientos entre los oficiales y el dirigente
político Jacinto Nazal, que estimulaba y entregaba materiales. En el PC
se vive una intensa polémica teórica y práctica acerca de cómo enfrentar
a la dictadura».*1
Como hemos señalado, a partir del triunfo de la Revolución sandinista
un contingente importante de oficiales se concentró en las tarcas de
defensa de la Revolución y la construcción del Ejército Popular Sandinista.
Por tanto, la vida militante y el proceso de discusión y elaboración política
de los oficiales se desarrollaron al calor mismo de la experiencia de una
revolución triunfante y la importancia de la construcción de una fuerza
militar en la derrota de una dictadura como la de Somoza.
Lo anterior lo podemos graficar a partir de los informes enviados por
el encargado del contingente de oficiales, Jacinto Nazal, a la máxima
autoridad política del PCCh instalada en Moscú, Luis Corvalán. En uno
de esos informes, se señala al secretario general del PCCh, que producto
de las nuevas condiciones de trabajo que comenzaron a desarrollarse
por parte de los oficiales comunistas después del triunfo sandinista, se
necesitó «una rápida reestructuración orgánica de nuestro partido lo cual
en un inicio se dificultó por los momentos iniciales de desorden y de
cambios periódicos de lugar de trabajo»52 a los cuales fueron asignados
los militantes.
A partir del nuevo contexto y de las necesidades de defensa de la
revolución y construcción del nuevo ejército, »sc conformaron 7 células,
2 de artillería, 1 en el Estado Mayor, ) en Blindados, 1 en la Escuela de
Infantería, 1 en Retaguardia y 1 en Servicios Médicos».**
Según Nazal, las orientaciones principales para el trabajo de las
células, fueron determinadas en función de asegurar el cumplimiento de
la misión militar. Estas, mediante el análisis de sus nuevas tareas, además
del estudio de la experiencia intemacionalista vivida y la propia práctica
de lucha del pueblo nicaragüense en su triunfo, debían a su juicio - le
indica a Corvalán - «recoger lo que nos podía servir en el camino hacia
nuestro objetivo principal que está en nuestra patria».*

51. Ibíd., pág. 204.


52. Carta enviada por Jacinto Nazal desde La Habana a Luis Corvalán en
Moscú, el 2 de abril de 1980, pág. 5. En Centro de Documentación c Investigación
de Historia Reciente. Escuela de Historia, Universidad Academia de Humanismo
Cristiano.
53. Ibíd
54. ibíd.

355
Claudio Pérez Silva

Por otra parte, para dar continuidad y proyecciones a las tareas de


las células en función de los requerimientos de la lucha en Chile, »*•
formaron dos comisiones para el trabajo de investigación y elaboración <'ti
los aspectos de fuerzas armadas de Chile y política militar».” Temátic»\
que como señalamos, ya venían siendo objeto de estudio y preocupación
política por pane del contingente de militares en Cuba antes del triunfo
de la Revolución sandinista.
Por último, destacaban en el informe, el papel y el compromiso de
los militantes en el nuevo escenario, particularmente «el trabajo de las
células de los compañeros médicos que dirige la era. Mayra, así como
la célula de la Región n"2 que dirige el ero. Benjamín».16 Este último
como veremos, paso a ser más adelante pane del primer contingente
de oficiales que ingreso clandestinamente a Chile a mediados de 1983,
siendo además la máxima autoridad de la futura fuerza militar propia dd
Partido Comunista de Chile, el FPM R y miembro de la Comisión Militar
de dicho partido hasta 1987.
Según relata Luis Rojas en su texto, el seminario de 1981 tuvo sus
primeros aprestos en Nicaragua, luego distintos grupos de oficiales se
trasladaron a Cuba con el objetivo de discutir las principales reflexiones
en torno a «la política militar del PC».*7 Por su parte, el oficial Andrés,
sostiene que a parte de la presentación del documento ante el plenario
de oficiales en Cuba, también tuvieron acceso a la discusión algunos
integrantes del equipo de dirección interior llegados desde Chile, quienes
se mantuvieron clandestinos en una casa de La Habana, lugar hasta dondr
llegaran algunos oficiales del secretariado con el objetivo de discutir con
ellos los temas expuestos y las propuestas realizadas en e! seminario.'*
La socialización de la discusión y la difusión de la propuesta realizada
por los oficiales en tomo a la política militar del PCCh, es posible identifi­
carla a partir de distintos canales. Como quedó de manifiesto en la idea
anterior, los contactos y el flujo de ideas enire los oficiales y el equipo de
dirección interior no solo permitió a los militantes del -interior» enterarse
de las experiencias y sugerencias de los oficíales, también permitió al
contingente de militares saber de las dinámicas de la lucha en contra
de la dictadura, de los caminos y los ritmos de la rebelión popular, las

55. Ibtd.
56. Ibíd.
57. Para el desarrollo de los seminarios y discusiones en Nicaragua, véase
Bonncfoy, Pérez y Spotomo, Intemacionalistas. Chilenos en la Revolución popular
sandinista.
58. Testimonio del oficial Andrés c« Rojas NúAe* y Álvarcz, De la rcbcU'bi
papular a la sublevación imaginada. Antecedentes de la historia política y militar
tM fttrtiilo Comunista de Chile y del FPMR. 1973-1990. p ág . 20S .

356
Fxilio e internacionalismo en la militancia comunista de los seten ta..

dificultades partidarias para materializarla y lo más importante, de los


requerimientos del interior respecto del desarrollo de la política militar.
Por otra parte, la propuesta de los oficiales se socializa y transversaliza
a distintos segmentos de la estructura partidaria mediante la participación
de los oficiales intemacionalistas en los Plenos de 1979 y 1981. Al
respecto. Luis Rojas señala que Andrés (Hemianito), es el oficial que
representa a los militares profesionales en el Pleno de 1979 informando
sobre el desarrollo de la «tarea militar-.1* En su exposición daba cuenta
del número de oficiales en las diversas especialidades militares con los
que contaba el PC en ese momento y señalaba también la disposición
del contingente de militantes para el cumplimiento de misiones que el
partido planteara.
Según señala el oficial Andrés, Jacinto Nazal, también participó en el
Pleno del 79, ocasión que aprovechó para promover diversas reuniones
con otros cuadros del partido presentes en el evento y que estaban
interesados en los temas planteados por los militares profesionales. Según
recuerda el oficial, en esos encuentros «recibió un verdadero clamor de
los compañeros del interior, que solicitaban el ingreso de los oficiales
al país...». No Obstante, la «Comisión Política rechazó la solicitud,
alegando un difuso carácter estratégico de la “tarea militar"».®0 Todo
este proceso, sin que se desarrollará aún la participación de los oficiales
comunistas en la Revolución sandinista.
De igual forma, las discusiones y los resultados de los seminarios te­
nían directa cobertura por miembros de la Comisión Política del PC como
Rodrigo Rojas o miembros del Comité Central como Jacinto Nazal. Algo
similar sucedía a partir de las distintas visitas realizadas a este segmen­
to de militantes por parte de destacados dirigentes del PCCh desde los
inicios de la «tarea militar» y sobre tedo, a partir del papel desempeñado
por este colectivo de militantes en el triunfo de la Revolución sandinista.
Lo anterior señala Luis Rojas, es una de las razones «por la que a Salvador,
jefe del colectivo de los militares comunistas, lo nombran miembro del
Comité Central en el Pleno de 1981».4,1
Ix» aspectos descritos en los párrafos anteriores, significaron un cam­
bio considerable en la situación política de los oficiales en términos
cualitativos, ya que las reflexiones, opiniones y documentos desarrollados
por los militares alcanzaron una mayor extensión y una distinta valora­
ción en el conjunto del PC, sobre todo al fragor de los nuevos y acelerados
requerimientos de la política de rebelión popular de masas y todas sus
formas de lucha, aportando con experiencia y propuestas a la situación
59. Ibíd . pág. 192i
60. Testimonio de Andrés en: ibíd.
61. Ibíd.. pág 205.

357
Claudio Pérez Silva

provocada por los anuncios generales en torno al uso de la violencia, U


reconstrucción del movimiento popular, al despliegue de la autodefensa,
al trabajo militar de masas del partido y al desarrollo y cualificación dr
las «acciones audaces» parte del PC.
Lo anterior, queda graficado a nuestro juicio en los constantes reque­
rimientos que a partir de esa fecha se realizan por parte del EDI, pata
que se autorice el ingreso de estos militares comunistas a Chile bajo la
necesidad y el objetivo de aportar al desarrollo de la política militar, peto
por sobre todo a la construcción de la fuerza militar propia.62

La política militar del partido


Para el colectivo de militares, tas carencias y errores del partido,
como también del propio movimiento popular respecto del tema militar,
incidieron en el desenlace de la Unidad Popular y su derrota. Por otra
parte, los emergentes requerimientos de la lucha librada por parte del
pueblo chileno durante «más de 7 años para derrocar al fascismo y
construir un nuevo régimen democrático, ponen en primer plano, junto a
importantes asuntos políticos de carácter estratégicos, la necesidad de
resolver conjuntamente y con el mismo rango en su carácter, una serie de
problemas de orden militar».61
Misma importancia adquiere en el análisis de los oficiales, el temn de
la violencia revolucionaria, entendida como violencia de las masas en
función de su liberación, «al margen del marco legal del Estado burgués*,
inserta claramente en la lucha por el poder. Emergiendo esta, como
violencia política o violencia armada, «tanto en los momentos de acumu­
lación de fuerzas como en aquel de su despliegue abierto definitivo».6*
Para los oficiales, este proceso de despliegue de la violencia revoluciona­
ria, se inicia en momentos de una correlación negativa de fuerzas para cJ
mundo popular y las fuerzas revolucionarías. No obstante, señaian, la
dinámica de la lucha de clases, hará inevitable, tanto para las fuerzas de
la dictadura como para los revolucionarios, que el papel de la violencia y
análisis militar de la situación política, sea decisivo. De esta forma, para
los oficiales, de la necesidad de la violencia y «la inevítabilidad de esta en

62. Al respecto véase Rojas Núñcz y Alvarez, De la rebelión popular a la


sublevación imaginada. Antecedentes de ta historia política y militar del Partido
Comunista de Chite y dei FPMR, ¡973-1990.
63. WAA- «La Política Militar del PC». En: Documento: La Habana (1931),
pág. S.
64. Ibíd.

3S8
Exilio e internacionalismo en ]a militancia comunista de los setenta..

la lucha por el poder se desprende claramente la importancia estratégica


del problema militar en la lucha revolucionaria».**
De los aspectos tratados hasta ahora en la propuesta de los oficiales,
se desprende el carácter decisivo del problema militar en el proceso
revolucionario y la lucha por el poder, la perspectiva estratégica de su
contenido, y la urgencia de cualificarlo y ampliarlo como una parte más
de la linea política general del partido.
Para los oficiales, del desarrollo de la línea política del partido se
desprende su linca militar, la que consistiría en «1a construcción de una
correlación militar favorable para la derrota del fascismo, los monopolios
y el imperialismo en nuestra patria y la defensa del avance democrático
hacia el socialismo; como parte de ello dotar a la clase obrera y al
pueblo, en general, del instrumento necesario para el desarrollo de formas
armadas de lucha ya sea en terreno táctico, como en el estratégico».66
En otro sentido, se otorga una importancia política táctica y subjetiva
al desarrollo de la fuerza militar del partido. Según el planteamiento
desarrollado en torno a la política militar del PC, para los oficiales,
las experiencias de las revoluciones triunfantes indican que frente a
momentos en donde están claras y «maduras las condiciones objetivas de
la revolución y algunas condiciones subjetivas están ausentes pero con
claras perspectivas de maduración, el desarrollo de la fuerza militar puede
ser el soporte necesario para la maduración completa de la situación
revolucionaria».*7
Este es un aspecto ampliamente trabajado en las reflexiones del PCCh,
sobre todo respecto a la situación en Chile, marco general en el cual
se moverán las llamadas acciones audaces por parte de la militancia
comunista y que buscaban entre otras cosas, subir los ánimos, cambiar
la disposición de las masas respecto de la posibilidad de enfrenar al
régimen y echar abajo a la dictadura a partir de acciones que desafiaran
abiertamente su dominio, dando confianza a las masas para retomar su
protagonismo.**
Señalan además en la propuesta, partiendo de su propia experiencia
intemacionalista, que en todos los procesos revolucionarios, no solo la
violencia es inevitable en su desarrollo, sino que además, «aun en aquellos

65. Ibíd.
66. Ibíd., p¿g. 10.
67. Ibíd., pág. 16.
68. Ejemplos de estas apuestas políticas se pueden encontrar en Álvarez
y Bravo Vargas, -La memoria de las armas. Para una historia de los combatientes
chilenos en Nicaragua».

359
L";|;iw.1iy Vére-K Sil^n lix llw e h iD c m id o r iln n en ¡ n in ilL ia n c i^ c o m u n is t a d e ta s s e t e n ta .. .

lla m a d o s t ii.i l11'■n■:clT-:;-i h a y llii n U n K n U en q u e [3 p re se neia d e ta s a rrc ju ítin e'Stratú^icn de armar e incOrpOttr a tas masas y por (Jltiitiú, el trabajo
os el efcmento drciíi'uo |h m el triunfo del m o v im íe n t^ ^ por dcstrttír tas ftiei ífls atmadas íasí¡sigs.TJ
LSi^o estas concepciunes pul [ticas referencia les respt-ctu del problema Según el cotectivo de of-eiate?', la^ necesidades ptanccadnis por Jos
militar, se presentan gran pílrtc de I:hs reflexiones respecto de l;i impon^H- objetivos polítLCus rL-quieren la construcción de una fuerza militar alra-
íia de esra temática #n función del p r o e jo chileno y más concret-imenio, ineni# hatiilit.i.tta desde-el ]>-jnto de vista lérnicD-inilitar, c *n capacidad
sobre la im portancia de las iLireae del partido en relación a las Áurz.11; de enfrentar d istin ta tareas y objetivos en el ámbito de lo militar. Agre­
armadas y La COnSlruccíon de la fuerza miliLar ptopiB. gan adcrr.áshque esta íuem a mNlltar debe eonstrtórso en pleno proeeso
Según s tJlíla d Leu oficiaLcs. después de 7 níios dle diCUudiyi cji Chile. de enfrenc.m iento con Is (liltA d u rí, p r i nC^pill rlicrl Lé púr ta dificultad de
Los sucesos políticos comprueban, qnc la dictadura no puede ser derrotada COn£LíUÍí t;n autéritieo ejercito en situación de clandestinidad.
sj]i U n í favorable solución del problema militar. Por tanto, e iia salida En euantu a las Formas que adquiera la luchs armada, estará condicio­
requiera Sflgún los m ilita ru co m u illflH , ta tarea de asestar contúndanles nada .i|jor la necesidad tic un espacio fis-ico pdTa la ftieraa militar propia y,
golpes a las fneizas arm adas, piÜrfuEidam eíitaJde] régimen, fetos -gol- por tunto, será la de un;i ndecttatla combinacLÓn de Lucha guerrillera en et
pes, q llt ícrárt tanto m -Lieíec Il^oS r d 1.;l metlidii <juC el trabajo j^olilico cauipu y la ciudad, combinada con ín^urreetiones locales, forma de lograr
agudice la crisis permanente de] régimen y esta se rcf?cjc cu sus fuerzas i» fuizrca m ilitar necesaria pr.rj el tTiwrtt'o de la EiistLrreceióii general». La
aim adas, gracias a una acción consciente dirigida hacia ella, requieren fuersa militar propta, a^rega^, debe centrarse en unidades terrestres. La
de una org.iiuLi.aeíún militar con cierto grado de dcsarroLLon.1’1 Esta es ta orierttacLón de Su desarrollo debe ser hacia "la de un ejército regular;
importancia de la eonsTruceión de l í fuerza militar propia y Las orien­ pero al inicio debe tener una estrudura le suficientemente flexible como
taciones general** piiifi abordar el t t m i de las Íu e íz a í armadas d ¿ ta para enfrentar diferentes formas de Iteh a arm ada para Lo cual deberá
dictadura. Considerando Id anterior, sostienen que en ■■¡América Latina contar con cuadros especializados correspondientes".,
las. revoluciones triunfantes de Cuba y N ica n:igua.r que pasaron por esta Bajo esta lógica, la fuerza trtiliiar propia se organizará en función de
m isma m ^ íD C ií, ta resolvieron mediante In creación y elesarro"n de SU !cs valores y principio^ de uno f u i r ía revoluciona riaL Su construedón
precia fuerza mil Liar en ta acción misma de la guerra centra lus ejércitos debe dotar a La clase obrera y at pueblo de capacidades combativas que
profesionales de tas respectivas díctacJura3»r71 posibiliten resolver La reas m ilitares que la lucha de clases y la Láctica
Agregan a ü íin ¿ ^ quú- en t:l cas>o de Chilej por e] desarrollo y tas polfdCB requieran, lía otro sentido, la& accionen de ^la ñ u n i m ilitar pro-
caracierisriras de tas f b t i í a j BnBadas del fascismo, puede se r posible pia deben ser potente;, empleando para eüto todo el potencial combativo
que se produzcan desprendim ientos y neutralización de una parte de con que cuenta el partido de tal iitodo de crear serlos conflictos en el
estas. No obsLantc aclaran, esLos «:io se producirán de no :ncdiar fuentes SíllO del ejército enemign y obtener victorias que ayuden al desarrollo
golpea del m ovim iento revolucionario y tas fuerzas que conquistemos del m ovim iento de masas y 1a incorporación de tas m ism as a las tareas
íe rá n so!f> parLí d.-C 3a fuer ¿-¡I m ilitar del pueblo; eJ ¿Jnoiicmci m ilitar di; derivadas de la guerra^.” 1
ía revoítícíój] chilena #íi resolverá a iraues de la constJ’uocicífl de su propí-s De lo anterior, se desprende (¡LIE el partido debe considerar el desa­
fu erza mil-Ntir»/" rrollo de acciones arm adas que permitan i¿1 desenvolvimiento del movi­
Paríi el desarrollo de esta política, es primordial que ta fueraa que miento popular. Contem plando cnire tas acciones arm adas, ta defensa
dirija dicho proceso sean los destacamentos armados del partido y Las armada de actividades, propaganda y manifesiaciones de masas, acciones
grandes masas de obreros y ■campesinos a:mados- De Lo anterior seilalan, de propaganda armada, sabotajes que afectan directamente la economía,
surgen Lres grandes tarcas de la politice militar del partido: Jo m i a r y «sabotajes selectivos realzad os por aparatos de combóte especial ¡lados
desarrollar una fuerza milita 1 propia; resolver adecuadamente el prable- (emergía eléctrica, carne Leras, etc.)r enfrentamiento COfl fu tría s del ejér-
eko., detención de torturadores y sicarios del régimen, protección de
*v. Álvarez y B i ^vú v^r^nj. 4 j memoría d« I, i^- a r i m ruf,i uim Iiíh.luim
liS cO fllb u ilA te id liiH H tfll Nitaríipi:t"hfwips. ](v!7 ; ckstíirííLn (.buitiud ill ns}
■en el arlsJnnil.
70. 3bJd.h|KÜg- 17- 73 . Ebíd., p á g i. i ? iO .
71. Ihid 74. Ebid , páps. 33-34.
71 lb id .F [f« tt a ¿ D (bj-^^rdilius] t i el o?igihAl. 75. Ebid., pág. 3Ú.
.W
36 1
C l a u d i a P v t p í S ilv a

reuniones y demás acciones que ayuden a elevar el espíritu efe eomfaftJ)


de las masas».**
Señalan per último, que el nombre que adopte el partido puní mi
Fuerza militar propia, det>e considerar y expresar el Eiccho de ser -l.i
continuadora directa de Lis tradiciones de ta lucha libertaria del pueblu v
a la vea ser centro de atracción para el conjunto de fuerzas que luchah
contra cJ fascismo. En este sentido “Fuerzas Armadas I.iberia dar Bernardu
O'Higgins” tiene esas características»,1'’
Según la propuesta, la tarea fundamental de la política militar fiel
partido en ese momento, es la de formar y construir la fuerza mi lita i
propia. Sobre todo teniendo en cuenta Su objetivo, el de lograr en 1.■
clase obrera y el pueblo una capacidad de combare en el terreno mi lila i.
Para los oficiales, esta fuerza a construir, es ^la fuerza armada del partid»
y, por ello, tiene las características esenciales de una fucraa armada
revolucionaria». N o debe componerse "únicamente “por cuadros del
ponido. El partido es quien la dirige, en Su estructura existen elementos
que aseguran esa dirección, pero ella está llamada en un determinado
momento, a incorporar y dirigir a grandes masas en la Jucha armad ¡tV ™
En oíro sentido, señalan que entre las tareas de la fuerza militar propia
respecto del desarrollo y las necesidades del proceso político chileno, es
esta quien debe confeccionar sus propósitos estratégicos de tal forma
que sea et partido quien «asegure el éxito de las acciones principales y, a
través de esto, determine la dirección correcia de las acciones de la fuerza
militar del pueblo. Si bien este objetivo se logrará mucho más fácilmente
en caso de ex istir un elevado orden de orgarticidad de la fuerza militar
del pueblo, hay que preverlo independientemente del restOr Nuestra
condición de vanguardia es quien gara ni iza la Consecuencia del conjunto
en función de los objetivos planteados».”
Señalar por último, que La fuerza milita)' propia del partido, debe
trabajar en la conducción política-militar de La lucha en contra de la
dictadura para convertirse en el destacamento central de la fuerza militar
del pueblo. Es al fragor de este proceso, donde junto a la fuerza militar
del PCCh deben reunirse las distintas expresiones militares de los sectores
democráticos y las organizaciones revolucionarias. En este sentido, en la
propuesta de los oficiales respecto de la construcción de la fuerza militar
propia tiene una «gran importancia el nombre que adopte, que tiene que
servir en sí de consigna que aporte fl la lucha política-militar; en este

76- A lvare s y Bravo Vareas, «Lo m emoria de t u armas. Para una h íslo ria d e
los com batientes chilenos en Nicaragua»,
??. Ibld.
79- Ibld., p;íg. 42.
79. lb id .r p:lgs. 4 2 -4 3 .

362
E x illp t; in ic m a c io n a t is m D en la r c i l í t t n c i a C ü r v .U ( iis t ;í d e l o ? s e t e n t a ,

sentido debe señalarse a esta fueraa militar como democrática y recoger lo


progresista del ejército chileno- “Tuerzas Armadas Libertadoras Bernardo
O'Higgins'' coma nombre identifiesdor tiene esas características-.*
Por otra parte, respecto del trabajo hacia las fuerzas armadas de la
dictadura, la potinca militar planteada por los oficiales adquiere distintos
sentidos y propósitos, todos articulados tpn el objetivo centra! de desrruir
las fuerzas que sostenían el poder de la dictadura.
Una de las lineas de trabajo está dirigida hacia el segmento de mili­
tares que sufrió directamente los efectos del golpe de Estado de 1973.
Asignándole un importante papel a los denominados ^militares patriotas*,
sobre todo» dentro tlel proceso de construcción de alianzas políticas y
militares que permitan ena correlación favorable de fuerzas para terminar
con la dictadura. Eis-te contingente de militares estaría conformado por
Jos miembros de las fuerzas armadas profesionales que fueron expulsado?
de las instituciones armadas a partir de] golpe de Estado, principalmente
por sus posiciones políticas de defensa de la Constitución y su actitud
anrigolpista. Señalan además, la posibiStdad que este tipo J e militar eons-
tiiucion3lista se mantenga en esos, momentos al interior de las fuerzas
armadas de la dictadura.*1 Entre las características principales que lo
asignan a este grupo de militares destaca su heterogeneidad política e
ideológica. Encontrándose entre ellos, según los oficiales comunistas,
desde posiciones abiertamente revolucionarias a manifestaciones simple
de antifascismo.
La tarea principal del partido y de La fuerza militar propia («Fuerzas
Armadas Libertadoras Bernardo Q'S-TiggirtS* en la propuesta de los ofi­
ciales) hacia este contingente de oficiales, consiste en presentarles una
clara alternativa militar. Garantizándoles »una determinada seguridad
en sti futuro como profesionales de las armas* buscando que superen
su convicción (le no tener ninguna perspectiva al haber sido pasados a
retiro™.®3
Por otra parte, plantean la necesidad de desarrollar una política hacia
estos sectores con el objetivo de sumarlos a las posiciones revoluciona­
rias., H'iio como aliados tácticos de la clase obrera, sino como aliados
estratégicos de la misma--, T_cs anterior, considerando las experiencias
revolucionarias, desde la rusa a la cubana, "en el sentido de ganar para
¡as posiciones francamente revolucionarias a cuadros del viejo ejército^.
A juicio de tos militares comunistas, tal situación seria posible gracias a

W . ibid., pág. 43.


SI. lbid.r pJg-¿3.
82. Ibid,

3 Í3
Claudio Pérez Silva

las posiciones políticas cercanas que sustentaban esos militares patriotas


en ese momento."
En otro sentido, se señala como un objetivo esencial de la potítint
militar del partido, la destrucción de las fuerzas armadas y de los distintos
destacamentos armados y aparatos policiales del Estado burgués fascistas
existentes en Chile. Según los oficiales, estas fuerzas militares son los
pilares fundamentales del poder de la dictadura, «sostén directo de la
dominación terrorista impuesta por los sectores más reaccionarios del
capital financiero criollo en estrecha alianza con el imperialismo», de
ahí la importancia de su destrucción. Señalan además, que para lograr
dicho objetivo, se requiere de un protagonismo y conducción por parte
del pueblo al alero de un proceso verdaderamente revolucionario. No
obstante, agregan, para que este proceso se desarrolle, «resulta impres­
cindible. la organización popular de una fuerza militar capaz de cumplir
esta tarea».*4 De esta forma, se podrá instaurar un nuevo régimen domo
orático, nacional y popular en miras al socialismo. Por tanto, a juicio de
los militares comunistas, el establecimiento de un Estado popular con las
características señaladas más arriba, requiere el fin del Estado burgués y
la derrota total de las fuerzas políticas y militares que sustentan dicho
régimen.
En la propuesta de los oficiales, se señala que existen elementos y
concepciones que son germen de su destrucción. Situación que se agu­
dizaría en contextos en donde las fuerzas armadas se hacen cargo del
aparato estatal o en casos de crisis políticas y enfrenamientos armados.
No obstante, señalan que estas situaciones o elementos, por si solos no
producen el quiebre o la derrota de las fuerzas armadas, se requiere
que el partido y el conjunto de las organizaciones democráticas y revo­
lucionarias exploten o aprovechen estas condiciones en función de las
tareas democráticas y populares. Dirigiendo para ello, lineas específicas
de trabajo que ayuden al desarrollo de estas problemáticas.
Entre las contradicciones y problemáticas que se desarrollan en las
fuerzas armadas está la separación o subordinación que hacen entre la
política y la guerra. Situación que los llevaría a cometer una serie de
errores políticos en la conducción y control del Estado, agudizando su
aislamiento político y las propias contradicciones en su seno.
Respecto de la situación de conflictos políticas o enfrentamientos
armados internos, la subordinación de la política a la guerra los llevaría
a recrudecer y violar permanentemente «las leyes objetivas de la lucha

83. Alvarez y Bravo Vargas. -La memoria de las armas. Para una historia de
tos combatientes chilenos en Nicaragua».
84. Ibíd.. pág 44.

364
Exilio c internacionalismo en Id militando comunista de los se te n ta..

armada y con ello a ser débiles frente a una fuerza que haga adecuado
uso de ella». Aspecto que debería aprovecharse para agudizar las contra­
dicciones al interior de las fuerzas armadas y señalar caminos daros de
la salida a la crisis.
Otros elementos importantes que señalan los militares comunistas
respecto de las características y debilidades de la fuerzas armadas de la
dictadura, son -producto de su formación política- el desprecio hacia
el mundo popular, la dcspersonalízación de los militares y la arrogancia.
Situaciones que llevarían a los militares a olvidar por qué están peleando
en defensa de la dictadura.
Por último, señalan que tanto el mecanismo de reclutamiento de la
tropa -servicio militar obligatorio- que provocaba que fuera constituida
fundamentalmente por hijos de obreros y campesinos, como la propia
estructura de las fuerzas armadas fascistas, permitían la ocasión para
que una gran cantidad de oficiales pudieran tener control real sobre
importantes unidades militares. Según los oficiales, todos los elementos
y situaciones señalados, posibilitaban y hacían más fácil el desarrollo
de algún grado de contradicciones al interior de las fuerzas armadas y
que provoquen conjuntamente, el quiebre de sus distintas estructuras.
Concluyendo además, que tal situación política «no se producirá por
generación “espontánea’*, sino que debe mediar un sistemático trabajo
político combinado con golpes de cierta envergadura para que se llegue
a la crisis».*4
Entre los factores externos, tanto políticos como militares, que posibi­
litaban el desarrollo de contradicciones en las fuerzas armadas fascistas,
están el trabajo del movimiento revolucionario dirigido hacia ellas, espe­
cíficamente el trabajo ideológico al interior de las instituciones armadas.
Resaltando las denuncias de las contradicciones latentes al interior de
ellas, como la desigualdad social y la corrupción.84 Desde el punto de
vista militar, factores externos que aumentan las contradicciones al inte­
rior de las fuerzas armadas son la participación en guerras caracterizadas
como injustas, ya sea contra otros Estados o contra su propio pueblo,
papel central en la represión a los movimientos de liberación o al campo
popular en general.
No obstante, señalan que la crisis al interior de las fuerzas armadas no
se producirá sin la existencia de un trabajo sistemático del movimiento
revolucionario, orientado y constante en función de lograr en última
instancia su destrucción.

85. Ibíd , pág. 48.


86. Ibíd., pág. 49.

36S
Claudio Silva

Por último, señalan una serie de medidas referidas a la destniccinn 'I*


las fuerzas armadas fascistas, considerando sus características y la pohtu •
militar del partido sugerida en la propuesta. Entre las proposiciones ini»
importantes, en términos políticos, destaca el papel central que a<‘ I*
asigna al conjunto del partido en la conducción y desarrollo de i a politii«
militar. No obstante, se le otorga de todas maneras, una responsabilid.i I
fundamental en el despliegue de dicha patítics a ía fueraa militar pn:|ila
En « t e sentido, se señala, *]a fuersa militar propia debe orientar prtrl#
del trabajo en fundón de obtener información militar útil y de crríi
condiciones para futuras acciones en las mismas'».”''
En la propuesta de los oficiales, en el ira bajo hacia las fuerzas armada.
juegan un papel central los militantes comunistas con formación milit¡n
profesional, sobre rodo en el trabajo de propaganda abierta hacia Icn
militares de la dictadura, entregando -a los compañeros que se dediquen j
este trabajo orientaciones relacionadas, con el lenguaje a utilizar, aspecto*
morales que son importantes para los militares,.. >►, lo mismo respccio
de las tareas de infiltración en donde se deben señalar las «misión?»
concretas en función de la desirucción militar»,*®
Sugieren por último, tomar conocimiento <>de los compañeros qur
tuvieron o tienen relaciones con los elementos de unidades militare-*»
a modo de «estudiar la continuación o reinicio de estos contactos, con
objetivos concretos que deben determinar la fuerza militar propia y l;t
dirección del partido^.*
Tomando en cuenta los numerosos y significativos estudios relntivoa
a la historia del PCCh durante la dictadura, como también sobre rl
proceso político chileno abierto a partir de la década del ochenta, es
posible constatar importantes aspectos de la propuesta de los oficiales
intemacionalistas en las distintas lineas del trabajo militar desarrollad <v
por el PCCh en el marco de la política de rebelión popular de masa y
Por ejemplo, en ta mirada y el trabajo hacía las fuerzas armadas de In
dictadura o en la construcción de la fuerza militar propia.
Algunos aspectos, como el nombre sugerido por los oficiales pa­
ra la fuerza militar propia (“Fuerzas Armadas Libertadoras Bernardo
G'Higgins»*}, tendrán otra nominación. No obstante. Frente Patriótico

$7. Alvares y Bravo Vargas, -La memoria de las armas. Para una hLs:cria de
los combatientes chilenos en Nicaragua*, pág. 76.
$8. ibíd,, véase anexo fotográfico en donde se grafica algunas de las tarca*
desarrolladas por el FPMIl hacía las fuerzas armadas. En ellas se destaca, con
el objetivo de mermar su moral y provocar desazón en sus filas, la deserción
de Jóvenes militares y carabineros de la dictadura y su ingreso a las fuerzas dd
FPMR y su incorporación a la lucha en contra de la dictadura.
89. Ibíd.

366
E x i l i o c s i H e n ü i í i & r t a l i i i i i a e n la m i l i t a n c i a c o m u n i s t a d e lo s s e t e n t a . . .

M anuel Rodríguez, nombre que se le asignará a la ftierza militar propia


del PCCh a partir de diciembre de 1983, contiene gran parte de los ele­
mentos políticos señalados en la propuesta inicial de los oficiales. Misma
situación podríamos señalar en función del trabajo desplegado hacia a las
fuerzas armadas y en relación a los objetivos y carácter que adquirieron
las principales acciones armadas en contra de Jos distintos cuerpos de
seguridad del régimen y que se desarrollaron principalmente- a partir
del ínido del ciclo de movilizaciones populares y del inido del accionar
político-militar por parte del FPMR.
Com o se ha señalado en oirás investigaciones,** el surgimiento de
La política de rebelión popular de masas tiene distintas vertientes que
alimentaron con reflexión y propuesta dicha salida política, no nació de un
solo esfuerzo y se nutrió de distintas experiencias y espacios de reflexión
colectiva, además de desarrollarse por estructuras poco tradicionales en
cuanto a los lugares de creación política como lo eran sus óiganos de
d Erección.
Considerando la historia política del PCCh y el desenlace del proceso
respecto de la implementación y desarrollo de «la política militar del
PC'» y de la política de rebelión popular de masas, es posible sostener
que la iniciativa realizada por los oficiales fue un importante afluente
que alimentó a la política militar del PC, actividad que se incrementó
sobre todo, a partir del proceso de materialización política-concreta de
las apuestas en Chile. Así mismo, las reflexiones centrales sobre el tema
de lo militar en la política emanadas por los oficiales, fueron consideradas
en algunos aspectos y no en su totalidad.
[ j o anterior a nuestro juicio se debe al carácter estratégico que tenía

tanto la formación política de los oficiales, como los contenidos de la


propuesta que contemplaba y vinculaba en todo el desarrollo del proceso
revolucionario el tema de la violencia y lo militar con la centralidad
del poder. Lo que implicaba la incorporación de todo el Partido en el
desarrollo de su política militar y en un período de lucha y construcción
m ás largo que la coyuntura abierta desde 1980 a 19fl6. Corrvo todo el
desarrollo de la política militar y de la rebelión popular, los contenidos
finales de dichas apuestas fueron el resultado de distintos proceso de
reflexión. De ahí que consideremos que las propuestas planteadas por los
oficiales apenaron y se conjugaron con otras respecto de estos temas.
En oíro sentido, es posible sostener que el ingreso de estos oficiales a
Chile a partir de 1983, el destino de algunos de ellos coma responsables y
principales mandos de Ja construcción de la fuerza militar propia -Frente

90. Véase trabajos citados de Rolando Álvarez, Viviana Bravo Vargas y Luis
Rojrvi.

3 6 7
Ctaudío Pírez Silva

Patriótico Manuel Rodríguez- y el trabajo militar de masas del partido,


a cargo de los oficiales intemacionalistas Raúl Pellegrin y Galvarino
Apablaza respectivamente, ambos miembros ademas de la Comisión
Militar del PC, permitieran materializar politicamente algunos do los
aspectos contenidos de la propuesta inicial sobre la política militar del
partido. Por último, la incorporación de varios miembros del colectivo
de militares repartidos en las distintas estructuras regulares del partido
durante el período más álgido de las movilizaciones populares, por tanto
del desarrollo de la rebelión popular, posibilitó, de igual manera, la
implementaeión de dichas concepciones políticas al calor mismo de la
lucha en contra de la dictadura.
Con la reactivación del campo popular y de los partidos de la iiquierda
chilena a inicios de los ochenta, sumado además las nacientes muestras de
descontento, rechazo y protestas en contra de la dictadura, la necesidad
y presencia de estos militares profesionales en Chile comienza a tener
un mayor grado de relevancia en el d i bate y en la conducción de la
lucha militar en Chile por parte de los cuadros dirigentes del interior.
Dicha situación, queda reflejada además, en las reflexiones y sugerencias
levantadas par los propios militares responsables de este conjunto de
oficiales en Cuba, quienes señalaban la necesidad y la importancia de
incorporar a Chile, la mayor cantidad de cuadros militares profesionales
para aportar al proceso de enfrentamiento armado a la dictadura.
Sin duda, es a partir de este escenario de mutuos requerimientos y
de las necesidades y desarrollo de la política de rebelión popular, desde
donde se puede explicar la decisión tomada en 1982 (materializada a
mediados de 19S3J por parte de la dirigencia comunista, de permitir el
ingreso a Chile del primer contingente de oficiales intemacionalistas para
llevar adelante las tareas de la política militar del PCCh, particularmente,
la construcción de su fuerza militar propia: el FPMR.
El periodo abierto por las primeras protestas en contra de la dicta­
dura, el nacimiento y accionar del FPM R generarán, a nuestro juicio, y
esto a modo de hipótesis, un nuevo ciclo de violencia política en Chile.
Caracterizado en esta oportunidad, por el surgimiento y protagonismo
político-militar de nuevos actores, como Los pan ¡dos políticos de izquierda
y la juventud popular [a diferencia del ciclo pasado 1973-1983, rr.arca-
do por la violencia hegemóntca de las fuerzas armadas). Asi el FPMR
logia aprovechar el contexto social y político favorable para el desarrollo,
masificación y legitimación de la resistencia y la lucha armada, para
convertirse en uno de los referentes de izquierda con mayor capacidad
operativa y militar antidictatorial.
Con el surgimiento del FPM R y el desarrollo del trabajo militar de
masas en el PCCh, las acciones armadas en contra de la dictadura como

3 6 8
Exilio c ¡iitcm.3clonjlis.no en les miliiancia comunista de lo ; setenta,,

ataques a cuarteles militares y policiales,, los sabotajes, voladuras de


torres y líneas férreas, ajusticia míenlos a miembros de los cuerpos de
seguridad, secuestros, recuperaciones de dinero, armas y comida; los
copamiemos territoriales, las emboscadas y las propagandas armadas,
asi como las actividades milicianas se incrementaron e intensificaron
notablemente, por lo menos basta fines de la dictadura.
Es justamente en el FPM R donde se concentra la mayor parte de
militantes con formación militar regular y experiencia combativa en
otros procesos revolucionarias (Nicaragua y El Salvador). Lo anterior lo
podemos corroborar a partir de los mismos orígenes del Fíente, en sus
cuadros dirigentes, en la composición de su Dirección Nacional, en el ro!
que jugaron estos combatientes en las principales estructuras y en algunas
de las más destacadas acciones armadas en contra de Ja dictadura.
De igual manera,, creemos que la experiencia de Jos militantes comu­
nistas que se foguearon y formaron política y militarmente en Chile, que
llevaron adelante, desde los inicios de las acciones audaces del PCCh
gran parte de la carga operativa y política del FPMR, sumado además el
proceso ascendente de móvil isación social vivido en torno a las protestas
populares en contra de la dictadura a partir de 19fl3, influyó notablemem
te en esta generación de chilenos intemacionalistas que ya se encontraban
en nuestro pais siendo parte del FPM R y de las distintas estructuras par­
tidarias a las cuales fueron asignados. La masividad y el nivel creciente
del enfrentamiento con los cuerpos de seguridad del régimen, la radicali-
zación de ¡as protestas nacionales, llevaron .1 los principales mandos o
cuadros dirigentes del FPMR a reconfigurar parte de Ja estructura inicial
y de los planteamientos lácticos emanados desde el Partido Comunista
de Chile. Situación que a nuestro juicio, Jes permitió trasladar elementos
y gran parte de la experiencia militar y politica ganada en la guerra de
liberación de Nicaragua a territorio chileno.

A n e x a fotográfico

3 6 9
Claudio Pérez Silva

Deserción de conscriptos c ¡ticorporación a las filas del FPMR, mayo de 1986


Fotografía y noticia publicada la revista El Rodnguista, órgano oficial del Fienu-
Patriótico Manuel Rodríguez. El Rodriguúta n.® 35, pág. 23.

370
Exilio e internacionalismo en la militancia comunista de los setenta..

Deserción de Carabinero e incorporación a las filas del FPMR, Diciembre de 1985.


Fotografía y noticia publicada en la revista £2Rodnguis(a. órgano oficial del Frente
Patriótico Manuel Rodríguez.

371
Capítulo 12
Violencia política y transición a la democracia
en el Chile de los noventa. El MAPU-Lautaro
y la derrota de la vía revolucionaria

Ivette Lozoya López

La d e te n c ió n d e l líd e r d e l M A P U -L autaro G u ille rm o O ssa n d ó n , el 15


d e ju n io d e 1 9 9 4 , m a r c a el o c a so d e l p a rtid o re v o lu c io n a r io q u e h a b ía
d e c id id o , lu e g o d e l té r m in o d e la d ic ta d u ra , c o n ti n u a r c o n la s a c c io n e s
a rm a d a s h a sta la c o n se c u c ió n d e la tra n sfo rm a c ió n ra d ic a l d e la so cied ad ,
e s to es, la in s ta la c ió n d e l so c ia lism o . La d e s a r tic u la c ió n d e l g ru p o - l o
cu al es u n éxito p a ra la re c ie n te m e n te in sta la d a d e m o c ra c ia - se e n m a rc a
en u n a p o lítica d e a n iq u ila m ie n to y d esm o v ilizació n d e las o rg an iza c io n e s
p o lític o m ilita re s d e iz q u ie rd a q u e se o rig in a ro n e n tr e los a ñ o s 1 9 6 5 y
1 9 8 3 ,' d e b id o a la n e g a tiv a d e esta s d e d e ja r las a rm a s u n a vez a rrib a d a
la d e m o c ra c ia .
El p re s e n te c a p ítu lo se p la n te a c o m o o bjetivo, a n a liz a r el a c cio n a r d el
M A P U -L autaro e n lo s a ñ o s d e tra n s ic ió n a la d e m o c ra c ia . A tra v é s d e l
a n á lisis d e d o c u m e n to s in te rn o s e la b o ra d o s p o r e l p a rtid o , d e a rtíc u lo s
de p re n sa , cró n ica s n o ticio sas y e n tre v ista s a alg u n o s m ilita n te s, p re te n d e
d a r c u e n ta d e las im p lic a n c ia s q u e tie n e p a ra el M A P U -L autaro la c o n ti­
n u a c ió n d e la lu c h a a rm a d a e n u n c o n te x to p o lític o ad v e rso . U tiliz a n d o
el e n fo q u e h is tó ric o p a r a a n a liz a r la v io le n c ia p o lític a , in d a g a re m o s e n
las fo rm a s q u e a d q u ie r e el a c c io n a r a rm a d o d e l L a u ta ro , los su je to s q u e

1. E stas o rg a n iz ac io n es a p a rte del L autaro son el M ovim iento de Izquierda


R evolucionaria (M IR) fu n d a d o e n 1965 y el F rente Patriótico M anuel R odríguez
(FPMR). De estas se d e sp ren d e n algunas otras com o por ejem plo el D estacam ento
M irista P u eb lo e n A rm as y el D estacam ento Raúl Pellegrín.
Ivette L ozoya López.

p a rtic ip a n e n e sa s a ccio n es, así c o m o el d e sp lie g u e re p re siv o d e l E stad o


e n re s p u e s ta a la d e te rm in a c ió n d e no a b a n d o n a r la vía re v o lu c io n a ria .
Las a c c io n e s a n te s re fe rid a s se v in c u la n a la p o lític a d e l p a rtid o , q u e
id e n tific a c o m o s u je to re v o lu c io n a rio al jo v e n re b e ld e . Q u ié n e s son
e sto s jó v e n e s re b e ld e s, c ó m o se m a te ria liz a e sta p o lític a y cu á le s so n las
c o n s e c u e n c ia s , s e r á n ta m b ié n in te rro g a n te s q u e g u ia r á n las sig u ie n te s
p á g in a s . F in a lm e n te , p la n te a re m o s a lg u n a s h ip ó te s is e x p lic a tiv a s de
la d e r r o ta p o lític a y m ilita r d e la o rg a n iz a c ió n , sin p r e te n d e r c e r r a r la
d isc u sió n y m ás b ie n , d e ja n d o a b ie rta s n u e v a s lín e a s d e a p ro x im a c ió n al
te m a .

La larga transición

La in s ta la c ió n d e la d e m o c ra c ia a la q u e a s is te el p a ís e n lo s a ñ o s
n o v e n ta , es la co n so lid a ció n d e u n a la rg a tra n sic ió n in ic ia d a d o s d é ca d a s
a n te s y d e la c u a l el M A P U -L autaro es ta m b ié n a c to r p ro ta g o n is ta . E ste
p ro c e s o , a b a rc a v a rio s a sp e c to s, n o re fe rid o s to d o s a la d e n o m in a d a
tr a n s ic ió n p o lític a , y a q u e la tra n s ic ió n d e la q u e h a b la m o s in v o lu c ra
to d o s los a s p e c to s d e la so c ie d a d c h ile n a y c o m ie n z a u n a d é c a d a a n te s
d e l p ro ceso q u e d e se m b o c a rá en el pleb iscito d e 1 9 8 8 . U no d e los acto res
m á s a fe c ta d o p o r e ste trá n s ito , es el sin d ic a lism o . La tra n s fo rm a c ió n de
la s o c ie d a d c h ile n a q u e se c o m ie n z a a d e s a r ro lla r d u r a n te la d ic ta d u ra ,
im p lica la in sta la c ió n d el n e o lib e ra lism o , q u e d e sm a n te la la co n stru c c ió n
p o lític a , so cial y e c o n ó m ic a b a s a d a e n el E stad o d e sa rro llista .
Los a ñ o s d e d ic ta d u ra d e b ilita n el m o v im ie n to sin d ica l y p o r e n d e , la
a cció n p o lítica d e q u ie n h a b ía sido sin d ic a d o p o r los p a rtid o s d e izq u ie rd a
c o m o el s u je to d e la re v o lu c ió n , lo s tr a b a ja d o r e s . E n tre 1 9 7 9 y 1 9 8 1
se d e c r e ta r o n u n a se rie d e ley es d e s tin a d a s a d is m in u ir el p o d e r d e
n e g o c ia c ió n q u e te n ía n las o rg a n iz a c io n e s d e tr a b a ja d o r e s e n p o s d el
m e jo ra m ie n to d e su s c o n d ic io n e s la b o ra le s . H a s ta a h í, los s in d ic a to s
y a so c ia c io n e s g re m ia le s , h a b ía n e s ta d o c o n d u c id a s p o r los p a rtid o s
o b re ro s y h a b ía n a lc a n z a d o u n a lto g ra d o d e p ro te c c ió n g a ra n tiz a d a p o r
el E stad o . S itu ac ió n d is tin ta se d a b a d e sd e los o c h e n ta , d o n d e la re la ció n
e n tr e tr a b a ja d o r e s y e m p re s a rio s se h a b ía p riv a tiz a d o y el E sta d o n o
re c o n o c ía ro l m e d ia d o r e n las d is p u ta s e n tr e lo q u e c o n s id e ra b a a h o ra
c o m o e n te s p riv a d o s. En e ste p ro ceso , las o rg an iz ac io n e s d e tra b a ja d o re s
p e rd ie ro n su rol eco n ó m ico , su posició n in stitu cio n a l y su p o d e r p o lític o . 2
E n e ste c o n te x to d e c a m b io so cial, o tro s so n los q u e a s u m e n la lu c h a
p o lítica, q u e e n la d é c a d a del o c h e n ta te n d rá n c o m o p rin c ip a l o b jetiv o la
2. Paul Drake. «El m ovim iento obrero en Chile: de la U nidad Popular a
la Concertación». En: Revista Ciencias Políticas, vol. 23, n.° 2: Santiago de Chi­
le (2003). ISSN: 0718-090X. DOI: 10 . 4067 / S0718 - 090X2003000200007. URL:

374
V io len cia p olítica y tran sición a la d em ocracia e n el C hile d e lo s n o v en ta .

sa lid a d e la d ic ta d u ra . S o n los p o b la d o re s lo s q u e s a le n e n las d is tin ta s


jo r n a d a s d e m o v ilizació n a ex ig ir la v u e lta d e la d e m o c ra c ia , así su rg e , a
ju ic io del L au taro , «el p u e b lo reb eld e» que se forja e n el ciclo d e p ro te sta s
in ic ia d o e n 1 9 8 3 .3
No o b sta n te , si b ien , la lle g a d a d e la d e m o c ra c ia se h a b ía p re c ip ita d o
p o r a c o n te c im ie n to s d o n d e los se c to re s p o p u la re s y la s o rg a n iz a c io n e s
p o lític a s d e iz q u ie rd a 4 e r a n p ro ta g o n is ta s , el itin e r a rio d e l p ro c e s o se
h a b ía a ju s ta d o y p a c ta d o e n re la c ió n a la p ro g r a m a c ió n d e la p ro p ia
d ic ta d u r a y las e x ig e n c ia s d e los p a rtid o s q u e n o q u e r ía n u n a sa lid a
v io le n ta ni p o p u la r al p e río d o . Ese p a c to im p lic a b a ta m b ié n d e ja r fu e ­
ra d e la s d e c is io n e s y p a rtic ip a c ió n al m o v im ie n to p o p u la r, q u e h a b ía
lo g ra d o r e a r tic u la rs e e n el fu lg o r d e la s p ro te s ta s y b a jo la c o n d u c c ió n
d e las o rg a n iz a c io n e s p o lítica s a n tid ic ta to ria le s d e la iz q u ie rd a ra d ic a l , 5
o rg a n iz a c io n e s q u e e n e s te c o n te x to n u e v o , ta m p o c o te n ía n c a b id a . La
tra n s ic ió n p a c ta d a , c o m o se le c o m e n z ó a lla m a r ya e n ese e n to n c e s, n o
s a tis fa c ía a q u ie n e s se h a b ía n c o n s titu id o p a ra liq u id a r a la d ic ta d u ra y
no p a ra n e g o c ia r con e lla, p a ra e sto s fu e un g o lp e fu e rte , p u e s q u e d a b a n
sin p o lític a , sin c o n s ig n a y sin el a p o y o a m p lio q u e sig n ific a b a la lu c h a
p o r la d e m o c ra c ia .
La d ic ta d u r a n o fu e d e rr o c a d a so lo p o r el m o v im ie n to p o p u la r, ni
p o r las o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n a ria s y su c a íd a se d e b ió a su p ro p io
d e s g a s te fr e n te a la a m e n a z a q u e sig n ific a b a p a ra e lla u n m o v im ie n to
p o p u la r e n a lz a y las c rític a s d e E sta d o s U n id o s, e s to p o sic io n ó a los
p a rtid o s d e c e n tro , u n se c to r d e la d e re c h a y la iz q u ie rd a re n o v a d a s a la
c a b e z a d el p ro c e so tra n sic io n a l.
Los o b je tiv o s d e l m o v im ie n to p o p u la r fu e ro n s e p a r á n d o s e d e los o b ­
je tiv o s d e la c e n tro d e re c h a y la iz q u ie rd a re n o v a d a , la s o rg a n iz a c io n e s
p o p u la re s q u e ría n se r p ro ta g o n is ta s d e l fin d e la d ic ta d u ra , p e ro rá p id a ­
m e n te fu e ro n e x clu id o s y la tra n sic ió n se h izo « e v ita n d o la g u e rra civil»,
lo q u e e n la p rá c tic a sig n ific a b a e v ita r la e s tra te g ia in s u rre c c io n a l q u e
p re v e ía la iz q u ie rd a a rm a d a p a ra p o n e r fin a la d ic ta d u r a e in s ta la r u n
g o b ie rn o p o p u lar.
El é x ito p o lític o d e la n e g o c ia c ió n , la a c o g id a q u e tu v o la a p e r tu r a
d e m o c rá tic a en la c iu d a d a n ía y la a su n c ió n ex ito sa d e l p rim e r p re s id e n te
civil lu e g o d e 17 a ñ o s - e l d e m ó c r a ta c ristia n o P a tric io A y lw in - o b lig ó

http : / / www . scielo . el / scielo . php ? script = sci _arttext &pid = S0718 -
090X2003000200007&lng=es&nrm=iso (visitado 08-11-2010), págs. 148-158.
3. Luchamos por un Chile Popular, nuestro camino es la guerra insurreccional
de masas. Enero de 1985. Documento interno.
4. Nos referim os principalm ente al Partido Comunista y los organism os de
derechos hum anos.
5. El MAPU-Lautaro, FPMR, MIR.

375
Ivette L ozoya L óp ez

al L a u ta ro , c o m o a l r e s to d e la iz q u ie rd a R e v o lu c io n a ria , a c e n tr a r su
d is c u rso e n la d e n u n c ia d e la s c o n tin u id a d e s , re c h a z a n d o el c alificativ o
d e d e m o c ra c ia p a r a e l n u e v o ré g im e n .
A p rin cip io s d e lo s o c h e n ta y lu eg o en los n o v e n ta , el M A PU -Lautaro 6
se re iv in d ic a c o m o e l c o n tin u a d o r d e los p rin c ip io s d e l MAPU y d e su
fu n d a d o r R od rig o A m b ro sio , ra tific a n d o la vía a rm a d a com o e stra te g ia re ­
v o lu c io n a ria y p ro y e c ta n d o la lu ch a m ás allá d e la d e rro ta de la d ic ta d u ra
h a s ta lo g r a r el s o c ia lis m o . 7
E stas ra tific a c io n e s tie n e n m u c h o se n tid o e n los o c h e n ta , en el c o n te x ­
to d e la e x is te n c ia d e u n a d ic ta d u ra q u e d e rro tó la vía in stitu c io n a l hacia
el so cialism o y q u e e je rc e u n a c ru e n ta re p resió n c o n tra el m u n d o p o p u la r
y c o n tra los p a rtid o s p o lítico s d e izq u ierd a. Sin e m b a rg o , es n ec esa rio p re ­
g u n ta rse q u é significa e sta ratificació n en los n o v e n ta , c u a n d o el co n tex to
es d is tin to y e l so c ia lism o es u n o b je tiv o q u e los p a rtid o s d e la iz q u ie rd a
c h ile n a h a n s u b o r d in a d o al d e la re c u p e ra c ió n d e la d e m o c ra c ia .
El tr a s fo n d o de esto s p rin cip io s rev o lu cio n ario s q u e el L au taro m a n tie ­
n e, tie n e q u e v e r con lo s lím ite s q u e la o rg a n iz a c ió n ve e n la d e m o c ra c ia
re c ié n in s ta la d a , y la d e sc o n fia n z a q u e so b re e sta p e sa , d e b id o al «pacto»
so cial, e c o n ó m ic o y p o lític o q u e le d io o rig e n y q u e m a n te n ía in ta c to el
m o d e lo n e o lib e ra l. D e e s ta m a n e r a , el d is c u rso d e l L a u ta ro se in sc rib e
e n las ló g ic a s q u e s e g ú n W a ld m a n n y R e in a re s tie n e n los p ro c e s o s de
v io len cia e n A m érica L atin a d o n d e , a d ife ren c ia d e los e u ro p e o s q u e son
d e c a rá c te r n a cio n a l, esto s se d e sa rro lla n p o r c u e stio n e s so cio eco n ó m icas
p r in c ip a lm e n te . 8 El an á lisis fu n d a m e n ta l d el M A P U -L autaro es q u e , pese
al c a m b io d e a d m in is tra c ió n e s ta ta l, p e rs iste n la s ra z o n e s e s tru c tu r a le s
p a ra el d e s a r ro llo de la rev o lu ció n . La lu ch a p o r lo ta n to , n o e ra ya c o n tra
la d ic ta d u r a , e r a co n tra la d e sig u a ld a d q u e p e rs istía lu e g o d e la salid a de
P in o ch et.

6. El M ovimiento de Acción Popular Unitaria (MAPU), había nacido en 1969


de una escisión de un grupo de jóvenes de la Democracia Cristiana, en diciembre
d e l9 8 2 e sta organización crea el Movimiento Juvenil L autaro com o parte de la
estrategia p a ra enfrentar la dictadura. En el Q uinto P len o de la organización
desarrollado en agosto de 1983, el MJL se separa del MAPU constituyendo lo que
se d enom inaría como MAPU-IAUTARO.
7. G ristina Moyano plantea el surgim iento del M APU-Lautaro com o parte
del proceso d e renovación vivido en los partidos de izq u ierda y particularm ente
por el MAPU. Para la autora el «Lautaro» es una de la s expresiones de dicha
renovación. C ristina Moyano. «La retórica de la renovación hasta su paroxismo:
del MAPU ren o v a d o al Lautaro». En: Revista Historia de las Mentalidades, vol. 2,
n.° 12: S an tiag o de Chile (2008), págs. 123-148.
8. F ern an d o Reinares y Peter W aldmann, comps. Sociedades en Guerra Civil.
Conflictos violentos de Europa y América Latina. Barcelona: Editorial Paidós, 1999.

3 76
V io len cia p olítica y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e lo s n o v en ta .

La in sisten cia d el M A PU-Lautaro en la vía re v o lu c io n a ria , sin e m b a rg o ,


im p lic a b a re iv in d ic a r la v io len cia y e sp e c ífic a m e n te la lu c h a a rm a d a , e n
un c o n te x to a d v e rso , e n el q u e se h a b ía in s ta la d o u n d isc u rso d e re s p o n ­
s a b ilid a d e s c o m p a r tid a s e n el q u ie b re in s titu c io n a l d e 1 9 7 3 , s e ñ a la n d o
q u e fu e u n p ro c e s o d e e sp ira l d e v io le n c ia lo q u e d e riv ó e n el g o lp e ; la
v io len cia - s e g ú n el d iscu rso d o m in a n te - e ra el o rig e n d el p ro b le m a y no
la p o sib le so lu ció n . El d iscu rso in stitu cio n a l d e m o n iz a la v io len c ia social,
e q u ip a r a n d o la v io le n c ia d e la s o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n a r ia s - p l a n ­
te a d a s p o r e sta s co m o leg ítim a en el p ro c e so d e s u p e ra c ió n m a te ria l d el
p u e b l o - c o n la v io le n c ia u tiliz a d a p o r la d ic ta d u ra c o n tr a d ic h a a c c ió n
lib e ra d o ra . La v io len c ia e n to n c e s n o te n d ría c a b id a , d e b ía s e r e lim in a d a
y a q u e , in d e p e n d ie n te d e su a p e llid o - r e v o lu c i o n a r ia o r e s ta u r a d o r a -
h a b ía g e n e ra d o h e rid a s q u e to d o s q u e ría n s a n a r e in c lu so olvidar.
A d em ás d e la d e sle g itim a c ió n d iscu rsiv a, e n té rm in o s d e p a ra d ig m a s
o re fe re n te s e x te rn o , no h ab ía u n a ex p e rie n c ia q u e a le n ta ra la v ía re v o lu ­
c io n a ria . Si b ie n e n los o c h e n ta , la R ev o lu ció n s a n d in is ta e n N ic a ra g u a
p u d o sig n ificar u n a re a ñ rm a c ió n p a ra la lu c h a a rm a d a en p o s d el so cialis­
m o, en los n o v e n ta , d ich a rev o lu ció n ya no ex istía, y la c a íd a d e l m u ro no
sólo g e n e ra b a c u e s tio n a m ie n to s a la e stra te g ia sin o , al o b je tiv o m ism o .
En C hile ta m p o c o la situ a c ió n e r a m u y a le n ta d o r a , a p e s a r d e q u e
la iz q u ie rd a re v o lu c io n a ria c re y e ra q u e P in o c h e t n o ib a a a c e p ta r u n a
d e rr o ta y q u e fre n te a ello, el p u e b lo iba a re a c c io n a r g e n e ra n d o las c o n ­
d ic io n e s p a ra u n a sa lid a re v o lu c io n aria : la d ic ta d u ra a c e p tó el re s u lta d o
d e l p le b isc ito , y la v u e lta a la d e m o c ra c ia fo rm a l p a re c ía s e r m u y b ie n
recib id a p o r este p u e b lo p o b re, o tro ra su ste n to d e la n e c e sa ria re v o lu ció n .

El joven rebelde como sujeto de la revolución

El M A PU -Lautaro co m o o rg a n iz ac ió n a u tó n o m a , lu e g o d e l q u ie b re en
1983 con su o rg a n iz a c ió n m a d re el MAPU, ratifica tre s asp e c to s c e n tra le s
de la p o lítica o rig in al: la o p ció n p o r un p ro y ecto so c ia lista , la c o n secu ció n
d e e ste p ro y e c to p o r vía rev o lu cio n a ria y e n fre n ta r la d é c a d a d e l o c h e n ta
f u n d a m e n ta lm e n te a p o y a d a e n las e x p re s io n e s p o p u la r e s ju v e n ile s d e
e ste p aís. O bjetivos, e stra te g ia y su je to e stá n a q u í s e ñ a la d o s y g u ia rá n la
a c c ió n d e la o rg a n iz a c ió n . E stas d e fin icio n e s n o v a ría n s u s ta n c ia lm e n te
lu e g o q u e e n 1 9 8 9 el p le b isc ito d ie ra el triu n fo al NO.
B ajo el a n á lis is q u e el g o b ie rn o d e A ylw in es só lo u n a n u e v a a d m i­
n is tra c ió n d e l m ism o ré g im e n in a u g u r a d o con el g o lp e m ilita r d e 1 9 7 3 ,
el M A P U -L autaro, d e c id e s e g u ir o p e ra n d o en p o s d e l lo g ro d e l o b je tiv o
final, el so cialism o , sig u ie n d o la e stra te g ia d e la in s u rre c c ió n d e m a s a s y
b u s c a n d o el a p o y o d e l m u n d o p o p u la r ju v e n il. Si b ie n el o b je tiv o e ra la
tra d ic io n a l lu ch a p o r el so cialism o , los Ia u ta rista re c o n o c e n las tr a n s f o r ­

377
Iv ette L ozoya L óp ez

m a cio n es en la so c ie d a d ch ile n a d e inicios d e los n o v e n ta y re fu e rz a n una


d e fin ic ió n q u e se v e n ía c u a ja n d o d e s d e su c o n fo rm a c ió n m ism a : q u ie n
d e b e c o n d u c ir la re v o lu c ió n es el p u e b lo re b e ld e y en e ste ca m p o am plio
y d iv erso , los jó v e n e s p o p u la re s y reb e ld e s tie n e n u n a ta re a fu n d a m e n ta l.
Así, en e n tre v is ta a a lg u n o s d e sus líd e re s e n la re v ista P ágina A bierta en
1 991 J o rg e C astillo y R icard o G ó m ez, e ste ú ltim o se ñ a la :

«N o c re e m o s q u e e n e sto s m o m e n to s e x is ta n e x p re s io n e s d e
c lase sin o m á s b ien h ay e sta m e n to s y c o m p o sic io n e s so ciales,
ta n to g e n e ra c io n a le s com o d e fu n cio n es. Por o tra p a rte este es
u n país q u e en su esen cia e stá c o n stitu id o e n tre un 6 0 % o un
7 0 % d e jó v e n e s . Y eso es h o y d ía m á s v ita l q u e las a n tig u a s
e s tru c tu ra s d e su s te n ta c ió n de u n p ro y e c to re v o lu c io n ario . El
rol d e los tra b a ja d o re s h o y d ía p a sa a s e g u n d o p la n o p o rq u e
e stá e n tra m p a d o y a d e m á s está a b so lu ta m e n te m in a d o p o r la
a n tig u a e x p e rie n c ia , no así la ju v e n tu d .
M ás b ie n d e fin im o s a los se c to re s m á s claro s, q u e d e n o m in a ­
m o s los “m á s a v a n z a d o s ” d e las d is tin ta s in s ta n c ia s so c iale s,
q u e so n los q u e c u m p le n u n rol m o to r. Es d ecir, lo s se c to re s
a v a n z a d o s d e lo s jó v e n e s , d e la in te le c tu a lid a d y d e l p u e b lo .
E llos s o n el o b je to fu n d a m e n ta l d e la re a liz a c ió n d e n u e s tra
p o lític a » . 9

E sta p e c u lia r c a ra c te riz a c ió n d e la s o c ie d a d c h ile n a y el a b a n d o n o


d e l o b re ris m o c lá sic o d e las o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n a ria s d e los a ñ o s
s e s e n ta y s e te n ta , s itú a al M A P U -L autaro e n p le n o p ro c e s o tra n s ic io n a l
c h ile n o , q u e c o m o y a s e ñ a la m o s , a b a rc a m u c h o s m á s a s p e c to s q u e el
p a so d e u n a d ic ta d u ra a u n a d e m o c ra c ia , h a b la ta m b ié n d e los c a m b io s
so c ie ta le s q u e se h a b ía n p ro d u c id o u n a d é c a d a a n te s , c o n s is te n te s e n la
p re c a riz a c ió n d el e m p leo p ro d u c to d e las re fo rm a s n e o lib e ra le s; la re p re ­
sió n a los sin d ic a to s, v in c u la d o s h is tó ric a m e n te a la c u ltu ra d e iz q u ie rd a
q u e la d ic ta d u ra q u e ría h a c e r d e s a p a re c e r; la fa lta d e e x p e c ta tiv a s d e la
ju v e n tu d , y la p ro life ra c ió n d e u n a p o b re z a d u ra . En e sta re a lid a d y con
los a rg u m e n to s a n te s refe rid o s, el L a u taro se v u e lc a h a c ia la c re a c ió n de
u n a p o lítica q u e te rm in a c o n so lid a n d o , en su s co n c ep cio n es, a los jó v e n e s
p o b la d o re s c o m o el su je to d e la re v o lu ció n .
En el 2 0 0 4 , d e s d e la c á rc e l, el líd e r y fu n d a d o r d e la o rg a n iz a c ió n
G u ille rm o O s s a n d ó n , d e n o m b re p o lític o D ieg o C a rv a ja l, s e ñ a la b a q u e
«el e sp íritu L a u ta ro » [e ra ] «G ente jo v e n q u e q u e ría p e rd e rle el m ied o a la
d ic ta d u ra , u n m ie d o e sp e s o , tu p id o , q u e m a rc a b a to d o s los rin c o n e s d e

9. Equipo de redacción. «Entrevista a Jorge Castillo y Ricardo Gómez». En:


Pagina Abierta-, (1991).

378
V io len cia p olítica y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e los n oven ta.

la s o c ie d a d y ju g a r s e p o r la re s is te n c ia » . 10 La ju v e n tu d d e los o c h e n ta y
n o v e n ta , q u e h a b ía h e c h o su b a u tis m o re v o lu c io n a rio e n las p ro te s ta s ,
n o te n ía los v ín c u lo s c o n el m o v im ie n to p o p u la r d e r r o ta d o el 1 1 d e
s e p tie m b re d e 19 7 3 , e ra n los p o b la d o re s q u e n o te n ía n n a d a q u e p erd er,
q u e h a b ía n a c u m u la d o ra b ia y e sto s fa c to re s d e s a ta b a n su a u d a c ia , su
irre v e re n c ia y su v o lu n ta ris m o , c a ra c te rís tic a q u e el M A P U -L au taro se
d is p u so a conducir.
C u an d o el M A PU -Lautaro se refiere a la ju v e n tu d reb e ld e , está h a b la n ­
do d e un se g m e n to de e d a d p ero ta m b ié n se refiere a su o rig en social. Los
jó v e n e s co n v o c a d o s so n los p o b la d o re s, m a rg in a le s en té rm in o s so ciales,
p o lític o s, e c o n ó m ic o s, el se c to r c re a d o al a le ro d e las tra n s fo rm a c io n e s
e s tru c tu r a le s . Ya n o e r a n los jó v e n e s u n iv e rs ita rio s d e lo s s e s e n ta , sin o
jó v e n e s p o b la d o re s y e s tu d ia n te s s e c u n d a rio s d e e x tra c c ió n p o p u la r los
co n v o cad o s y son las m ism as accio n es «m ás c e rc a n a s a los re q u e rim ie n to s
del m u n d o popular, fias q u e ] le p e rm itie ro n al M A PU -Lautaro c re c e r e sp e ­
c ia lm e n te e n tre los jó v e n e s d e se m p le a d o s o s u b o c u p a d o s d e las g ra n d e s
c iu d a d e s d e l p a ís » . 11
La id e n tific a c ió n d e l su je to d e la re v o lu c ió n tie n e d ir e c ta in c id e n c ia
en el tip o de accion es a realizar, la o pción p o r «el m u n d o p o p u la r ju v en il»
y la in s u rre c c ió n d e m a sa s, im plicó q u e la p o lítica d el M A P U -L autaro se
v o lcara h acia la c o tid ia n e id a d , q u e im p licab a, seg ú n ellos, la co n stru c c ió n
d e l s o c ia lism o d e s d e las a c c io n e s c e rc a n a s al s u je to re v o lu c io n a rio . El
q u ié n y có m o , se c o n stitu y ó e n u n a d e las p rin c ip a le s p e c u lia rid a d e s d e
e ste p a rtid o .
La p ro c e d e n c ia d e l M A PU -Lautaro d e sd e u n m o v im ie n to ju v e n il q u e
ro m p e co n el p a rtid o y q u e se c o n s titu y e e n u n o d e s d e a h í, n o s llev a a
p re g u n ta rn o s qué fue p rim ero , la co n cep ció n in su rre c cio n a l q u e d efin e las
accio n es, a rrib a n d o lu eg o a la co n clu sió n de q u e el su je to a d e c u a d o p a ra
el c o n te x to y la e stra te g ia era el jo v e n re b e ld e o, d a d a la c o m p o sició n d el
m o v im ie n to , se a ju s tó la te o ría y se c o n stru y ó la p o lítica .

Violencia y transición a la democracia

Para el L au taro la lu c h a c o n tra la d ic ta d u ra n o e ra un fin e n sí m ism o,


sin o q u e e ra p a r te d e l p ro c e s o p o r el c u al el p u e b lo r e b e ld e d e r r o ta r á
al c a p ita lis m o , e s ta d e r r o ta se re a liz a ría a tra v é s d e la e s tra te g ia in s u ­
rre c c io n a l la q u e h a b ía d e fin id o ya e n los a ñ o s o c h e n ta s e ñ a la n d o q u e
co n sistía e n tre s fases de lu ch a; « p rim ero e n u n a fase d e d e sg a ste político,

10. Guillermo Ossandón. «No estoy atrapado en el resentimiento». En: revista


El Sábado: (24 de agosto de 2004).
11. Igor Goicovic Donoso. «Transición y violencia política en Chile (1988-
1994)». En: Revista Ayer, vol. 3, n.° 79: Madrid (2010), pág. 69.

379
Iv ette L ozoya L ó p ez

id e o ló g ic o y ta m b ié n físico; s e g u n d o , u n a d in á m ic a d e e n fr e n ta m ie n to
q u e es el d e s a r r o llo c re c ie n te d e la a c tiv id a d in s u rre c c io n a l d e m a s a s y
te rc e ro , es la g u e rr a o e n fre n ta m ie n to g lobal d o n d e se tr a ta d e h a ce rle la
g u e rra al e n e m ig o d e m a n e ra ra d ic a l in in te r ru m p id a e n to d o el p a ís » . 12
A ca si u n a d é c a d a d e su c o n fo rm a c ió n , es e n los n o v e n ta c u a n d o el
L a u ta ro a d q u ie r e c o n n o ta c ió n p ú b lic a , el a c c io n a r p o lític o m ilita r d e la
o rg a n iz a c ió n se in c re m e n ta y se h ace m ás v io le n to en esto s añ o s, lo q u e se
c o n tr a p o n e c o n los in te n to s d e l E sta d o d e in s ta la r u n a in s titu c io n a lid a d
d e m o c r á tic a p a r a d a r p o r fin a liz a d o el p e río d o d e e n f r e n ta m ie n to s y
v io len cia p o lític a .
Los ú ltim o s a ñ o s d e la d ic ta d u r a y lo s p rim e ro s d e la tra n sic ió n ,
e n c u e n tr a n al L a u ta ro co n u n a m ilita n c ia c o n s o lid a d a . H a b ía n c re c id o
en n ú m e ro , a d e m á s d e c o n ta r con un n ú cleo co n fo rm ac ió n y ex p e rie n c ia
p o lític o m ilita r d e b id o al a c c io n a r d e s a rro lla d o e n los ú ltim o s a ñ o s. Así
los m a p u c ista -la u ta rin o s, pese a las in te n c io n es d e la C o n c e rta c ió n d e d a r
v u e lta la p á g in a d e la v io le n c ia p o lític a , p la n te a n la p ro lo n g a c ió n d e la
g u e rra q u e s e g ú n e llo s, h a b ía sid o d e c la ra d a p o r la d ic ta d u ra e n 1 9 7 3 y
a su m id a p o r el p u e b lo en las jo r n a d a s d e p ro te s ta d e l 1 9 8 5 y 1 9 8 6 .13
La c o n v o c a to ria , e so sí, n o e ra p a ra el c lásic o m o v im ie n to p o p u la r o
clase tra b a ja d o ra , e ra p a ra el p u e b lo reb e ld e , a q u e l q u e h a b ía su rg id o de
las c e n iz a s d e l m o v im ie n to p o p u la r h is tó ric o e n 1 9 8 3 . P a ra el L a u ta ro ,
h a b ía u n q u ie b r e e n tr e el m o v im ie n to p o p u la r h is tó ric o y e l q u e a h o ra
ello s e s ta b a n c o n v o c a n d o . La d ic ta d u ra y la d e re c h a e n el p o d e r h a b ía n
p ro d u c id o ese q u ie b re , el m o v im ie n to p o p u la r h istó ric o h a b ía sid o d e rro ­
ta d o c o n el g o lp e , re d u c id o , m in im iz a d o , m a rg in a d o y d e s d e a h í, d e sd e
el m a r g e n , el p u e b lo re b e ld e se h a b ía c o n s titu id o e n el c o n te x to d e las
p ro te s ta s d el 8 3. Ese se ría el q u e e n fr e n ta ría a la d ic ta d u ra y q u e a h o ra
el L a u ta ro c o n v o c a b a a s e g u ir c o m b a tie n d o e n las c a lle s . 14
La m ay o ría d e los e stu d io s h ech o s h a sta a h o ra so b re el M A PU -Lautaro
s e ñ a la n q u e u n a d e su s c a ra c te rís tic a s es la im p le m e n ta c ió n d e u n a
« n u ev a fo rm a d e h a c e r p o lític a » , 15 e sto tie n e q u e v e r p rin c ip a lm e n te con

12. Diego Carvajal. «Luchamos por Chile popular». En: Mapa y estrategias
recientes de la izquierda subversiva. Instituto Libertad y Desarrollo: n /d , 1991,
pág. 9.
13. Equipo de redacción. «Una juven tu d sin brújula». En: Revista Análisis,
vol. XII, n.° 350: (2 4 -3 0 de septiem bre de 1990).
14. Carvajal, «Luchamos por Chile popular», pág. 25.
15. Pedro Rosas. Rebeldía, subversión y prisión política. Crimen y castigo en
la transición chilena 1990-2004. Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2004; estas
interpretaciones se encuentra tam bién en las tesis inéditas de Nicolás Acevedo. «El
MAPU-Lautaro en las protestas populares (1978-1985)». Tesis de lie. Universidad
Arcis, 2006; Ayleen Faure Barcur. «Los locos del poder, aproximación histórica n

380
V iolen cia p olítica y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e lo s n oven ta.

las fo rm a s q u e a d q u ie r e n su a c c io n a r ta n to e n su in s e rc ió n , fo rm a s d e
re c lu ta m ie n to d e la m ilita n cia y las accio n es a rm a d a s q u e tie n e n c a ra c te ­
rísticas q u e las d istin g u e n del MIR o del FPMR. Esta n u e v a fo rm a de h a c e r
p o lític a , p r e te n d e re c h a z a r el a p a ra tis m o y v in c u la r d e lle n o al p u e b lo
e n la lu c h a , y a n o p o r la d e m o c ra tiz a c ió n , sin o p o r la tra n s fo r m a c ió n
p ro fu n d a d e la so c ied ad .
S e g ú n M arco s P au lse n , e x m ilita n te d e l M A P U -L autaro, las a c c io n e s
a r m a d a s d e m a y o r e n v e rg a d u r a se d e s a r ro lla rá n e n tr e 1 9 9 0 y 1 9 9 2 16
y s e r á n e je c u ta d a s en u n p rin c ip io p o r las lla m a d a s F u e rz a s R e b e ld e s y
P o p u la re s L a u ta ro . D ich as o p e ra c io n e s so n c o m p le ja s , n o ta n to p o r su
e n v e rg a d u ra com o p o r los o bjetivos q u e p e rsig u e n , ya q u e se co n stitu y e n
e n sí m ism a s c o m o p a r te d el p ro c e so d e p r o p a g a n d a , fin a n c ia m ie n to ,
c u m p lim ie n to d e o b jetiv o s p o lítico s e sp ecífico s y e n s e ñ a n z a d e l p u e b lo .
E stá n v is ta s c o m o u n p ro c e s o a s c e n d e n te e n el d e s a r ro llo d e la o rg a ­
n iz a c ió n , e n las q u e la m ilita n c ia se fo rm a rá y a d q u ir irá c o m p ro m is o
re v o lu c io n a rio .
Su a c c io n a r a d q u ie r e d is tin ta s fo rm a s y e n tr e e lla s las m á s sim p le s
- e n té rm in o s d e c o m p le jid a d d e o b je tiv o s p o lí ti c o s - s o n las « re c u p e r a ­
c io n es» q u e im p lic a b a n so lo o b je tiv o s m a te ria le s . Se tr a ta b a d e a sa lto s
p e rp e tra d o s p o r la o rg an iz a ció n p a ra fin a n c ia r su s a c tiv id a d e s. E stas fu e ­
ro n a d q u irie n d o co m p le jid a d a trav és d el tiem p o ; si b ien en u n p rin cip io
e ra n co n ceb id as sim p lem e n te com o ro b o d e d in e ro , m ás ta rd e esto s ro b o s
in c lu iría n a rtíc u lo s q u e sim b o liz a b a n el giro ju v e n il q u e h a b ía a d q u irid o
c e n tra lid a d en la política del L au taro . Los co n d o n e s, casettes, a p a ra to s de
m ú s ic a , so n id e n tific a d o s p o r los m ilita n te s c o m o a rtíc u lo s d e p rim e ra
n e c e s id a d q u e h a b ía q u e « re c u p e ra r» p a ra el p u e b lo jo v e n y re b e ld e .
O tra d e las a c c io n e s d e s a r ro lla d a s p o r la o rg a n iz a c ió n e ra n los co-
p a m ie n to s te rrito ria le s a rm a d o s (CTA) c o n s is te n te s e n a c c io n e s d e p r o ­
p a g a n d a o re p a r tic ió n d e p ro d u c to s . Se re a liz a b a n e n p o b la c io n e s d e
S a n tia g o d o n d e un c o n tin g e n te a rm a d o m a rc h a b a m o s tra n d o a rm a m e n ­
to d e d is tin to tip o , g rita b a n c o n sig n a s y e n a lg u n o s c a so s se re p a r tía n
p ro d u c to s q u e p re v ia m e n te h a b ía n sid o « re cu p e rad o s» .
Los le v a n ta m ie n to s p o p u la re s, e n ta n to , se re a liz a b a n en p o b lac io n e s
e m b le m á tic a s d o n d e la o rg a n iz a c ió n te n ía u n tr a b a jo d e in s e rc ió n lo
s u fic ie n te m e n te a rra ig a d o co m o p a ra p a rtic ip a r e n ello s. E ran d e fin id o s
p o r la o rg a n iz a c ió n c o m o « c o p a m ie n to s c o n p a rtic ip a c ió n d e l p u e b lo
re b e ld e » - q u e es el s e c to r m ás a v a n z a d o d e los p o b r e s - a su e n te n d e r,

la experiencia del Movimiento Juvenil Lautaro 1982-1997». Tesis de lie. Facultad


de Filosofía y H um anidades, Universidad de Chile, 2006.
16. Entrevista a Marco Paulsen m ilitante del MAPU-Lautaro, septiem bre
2010.

381
Iv e tte Lozoya L óp ez

e s ta s a c c io n e s e ra n un p a so d e p o d e r co n c re to , e ra n c o n s id e ra d a s com o
u n s a lto c u a lita tiv o en la c o n stru c c ió n re al d e poder.
Lo n u ev o en el h a c e r política, em p ie z a a m a te ria liz a rse en los n o v e n ta ,
e n p le n a tr a n s ic ió n , c o n la a d o p c ió n d e u n a p o lític a o r ie n ta d a a ese
« p u e b lo re b e ld e » , h a c ia la ju v e n tu d p o p u la r y v a a sig n ific a r q u e ju n to
co n la in c o rp o ra c ió n de o bjetivos p o líticos y m ilita re s n o v ed o so s, com o el
a s a lto a farm acia s p a ra s u s tra e r c o n d o n e s, ta m b ié n ex ista u n a trasg resió n
d e a lg u n o s p rin cip io s básicos d e la e stru c tu ra o rg á n ica , el m ás im p o rta n te
d e e llo s, la e s p e c ia liz a c ió n . De e s ta m a n e ra , la d iv isió n d e la s fu e rza s
e n tr e a q u e llo s q u e d is e ñ a n la p o lític a , q u ie n e s se in s e rta n e n la s m a sa s
y q u ie n e s o p e ra n m ilita r m e n te , v a a d e ja r d e existir. E sta tra s g re s ió n
a la s ló g icas d e la e s p e c ia liz a c ió n im p lic a q u e e n la s a c c io n e s a rm a d a s
a n te s d e s c rip ta s , to d o s p a rtic ip a n , los je fe s ta m b ié n , lo q u e c o m ie n z a a
lle n a r d e m ística a la m ilitan cia, so b re to d o a los jó v e n e s q u e s ie n te n que
o c u p a n u n lu g a r ig u a lm e n te im p o rta n te q u e los líd e re s d e l m o v im ie n to ,
r o m p ié n d o s e así, la je ra rq u iz a c ió n ta n c ritic a d a d e la s o rg a n iz a c io n e s
re v o lu c io n a ria s.
N o o b s ta n te las v e n ta ja s q u e p o d ía n v e r los jó v e n e s e n e s ta h o riz o n ­
ta lid a d , e n la p rá c tic a r e d u n d a r á e n la c a p tu r a d e u n a g ra n c a n tid a d
d e m ilita n te s , d e b id o p rin c ip a lm e n te , al c a r á c te r rú s tic o y d e p o c a p ro-
fe s io n a liz a c ió n d e las a c c io n e s p o lític o m ilita re s. La in te r r o g a n te q u e
s u rg e e n to n c e s , es si es v e rd a d e r a m e n te u n a p o lític a d e la o rg a n iz a c ió n
p e n s a d a c o m o tra s g re s ió n a las fo rm a s tr a d ic io n a le s v e rtic a lis ta s o, es
la ú n ic a s a lid a p a ra u n a o rg a n iz a c ió n q u e vio m e rm a d a su m ilita n c ia en
su c e siv o s g o lp e s re p re siv o s y q u e c o m o re s p u e s ta e c h ó m a n o d e lo q u e
te n ía , su m ilita n c ia ju v e n il, sin e x p e rie n c ia ni p re p a r a c ió n m ilitar.
E n la o tra v e re d a , m ie n tr a s ta n to , a sí c o m o las o rg a n iz a c io n e s d e
iz q u ie rd a ra d ic a l le n ie g a n el c a rá c te r d e d e m o c rá tic o al n u e v o rég im e n ,
la recién in a u g u ra d a d e m o c rac ia, les n ieg a el c a rá c te r p o lítico o rev o lu cio ­
n a rio a esto s g ru p o s. La m u tu a n eg ac ió n y d e sle g itim a c ió n va a significar
e n la p rá c tic a el e n fr e n ta m ie n to . La c o n tin u a c ió n d e la s a c c io n e s d el
M A P U -L au taro y su c re c im ie n to e n la p o b la c ió n ju v e n il m a r g in a l v a n a
g e n e ra r la ap lica ció n p o r p a rte d el E stad o d e v iejas y n u e v a s fo rm as de re ­
p re s ió n , cuyo o b jetiv o se rá , a rro g a rse p a ra sí y co m o la in s titu c io n a lid a d
lo d e fin e , el m o n o p o lio d e la v io len cia.
La e s tra te g ia a n tis u b v e rs iv a d e l g o b ie rn o d e A y lw in to m a r á c u e rp o
lu e g o d e l a te n t a d o c o n c o n s e c u e n c ia d e m u e r te d e l s e n a d o r d e d e re ­
c h a e id e ó lo g o d e la d ic ta d u ra J a im e G u z m á n p e r p e tr a d a p o r el F re n te
P a trió tic o M a n u e l R o d ríg u e z . El a c to p o n e d e m a n ifie s to d e m a n e r a
b ru ta l, q u e el p a c to al q u e se s u p o n e a d sc rib ía to d a la s o c ie d a d c h ile n a
p a ra la c o n s tru c c ió n d e m o c rá tic a , n o e ra a s u m id o p o r to d o s y lejo s d e
eso h a b ía s e c to re s q u e s e g u ía n v ie n d o e n la lu c h a a rm a d a , la v ía p a ra

382
V io len cia p o l í t i c a y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e los n oven ta.

lo g r a r o b je tiv o s p o lític o s . Si b ie n la leg islació n a n tite r r o r is ta se h a b ía


c re a d o b a jo la d i c t a d u r a m ilitar, e n este nuevo co n tex to se v a n a g e n e ra r
nu ev as in s ta n c ia s le g a le s e in stitu cio n a le s que te n d rá n c o m o o b jetiv o «la
e rra d ic a c ió n d e l a v io le n c ia y el te rro rism o , m e d ia n te la d e sa rtic u la c ió n
del M A P U -L au taro y el F re n te P atriótico M anuel R o d ríg u e z » . 17 Los in s tru ­
m e n to s p r e v is to s p a r a e s te c o m e tid o fu e ro n la ley d e A rre p e n tim ie n to
Eficaz o c o m ú n m e n te lla m a d a d e D elación C o m p en sad a y la c reació n del
C o n sejo d e S e g u r i d a d P ú b lic a , «la oficina». Estos in s tru m e n to s sig n ifi­
c a ro n el d e s a r r o ll o d e u n a g u e rra su cia q u e c o n te m p la b a la d e la c ió n , la
in f iltra c ió n , 18 la s to r tu r a s d e los d e te n id o s y el tr a b a jo p o r p a r te d e la
«oficina» y la p o lic ía d e in v e stig a c io n e s con in fo rm a n te s p a g a d o s . 19
Los in s t r u m e n t o s u tiliz a d o s p o r e l E sta d o c h ile n o p a ra el d e s m a n -
te la m ie n to d e la s o rg a n iz a c io n e s p o lític a s a rm a d a s, n o c o n te m p la n el
c o n tro l ju d ic ia l, lo q u e im p lic a q u e la ley d e D elació n C o m p e n s a d a , la
o ficin a y la p o li c ía d e in v e s tig a c io n e s, a c tú e n b a jo c rite rio s lax o s, sin
restric c io n e s y tr a s g re d ie n d o e n alg u n o s casos, los d e re c h o s h u m a n o s. El
g o b ie rn o se s e n t í a c o n la le g itim id a d q u e le d a b a s e r el p rim e ro e le c to
lu eg o d e u n a c r u e n t a d ic ta d u ra y e n la o b ligación d e n o d a r a rg u m e n to s
d e in g o b e r n a b ilid a d a q u ien e s a u n a ñ o ra b a n la p resen cia d e los m ilitares
a c a rg o d e la a d m in is tra c ió n d el e sta d o .
Las a c c io n e s d e l M A P U -L autaro e n 1 9 9 0 no so lo se in c r e m e n ta ro s
re sp e c to a su r e p e r to r io e n los añ o s a n te rio re s, sino ta m b ié n e n té rm in o s
c o m p a ra tiv o s fu e la o rg a n iz a c ió n p o lítica a rm a d a q u e m ás accio n es re a li­
z ó . 20 P o r o tr o la d o , la s o p e ra c io n e s lle v a d a s a c a b o e n tr e 1 9 8 9 y 1 9 9 4
d e te r m in a n q u e s e a n ca ta lo g a d o s co m o el gru p o m ás p elig ro so , no ta n to
p o r la e n v e r g a d u r a d e su accio n ar, sin o p o r el riesg o y la v io le n c ia c o n
q u e a c tú a n .
Los « a ju stic ia m ie n to s» d e c ara b in e ro s y g e n d a rm e s lleg an a se r id e n ti­
fic a d o s p o r la s fu e r z a s p o lic ia le s c o m o o b jetiv o s d e la o rg a n iz a c ió n , sin
e m b a r g o , n o h a y in d ic io s d o c u m e n ta le s q u e así lo ra tifiq u e n , lo q u e es

17. Hugo Frühling. El estado frente al terrorismo. Santiago de Chile: Editorial


Atena y C entro de estudios del desarrollo CED, n/d .
18. Las leyes no contem plaban estos medios, posteriormente en el ano 2004
las leyes de seguridad serán modificadas para permitir las escuchas telefónicas, la
infiltración y la paga de informantes. De los casos de infiltración el más conocido
y escandaloso fue el realizado al grupo destacamento mirista «Pueblo en Armas».
19. Equipo de redacción. «Controversia Guardia-Mery». En: El Mercurio:
Santiado de Chile (29 de enero de 2001), véase tam bién h ttp : //www . em ol.
com/noticias/todas/2001 /11 / 1 4 / 7 1 223/aylwin-caso-lenin- guardia-no-
empanara-imagen-del-gobierno.html.
20. Frühling, El estado frente al terrorismo, pág. 103; las otras consideradas
son el FPMR y MIR.

383
Ivettc L o zo y a L ópez

e fe c tiv o e s q u e v a rio s d e los a s a lto s p e rp e tra d o s p o r el L a u ta ro , tie n e n


c o m o c o n se c u e n c ia a lg u n o s efectiv o s d e la policía m u e rto s. T ras el a n á li­
sis d e su s a c c io n e s, p o d e m o s d ife re n c ia r tres tip o s d e a c c io n e s e n co n tra
d e l p e rs o n a l d e la p olicía.
El p rim e ro d e ello s so n los a ta q u e s b ajo o b jetiv o s m a te ria le s, es d ecir
la re c u p e r a c ió n d e a rm a m e n to . U n a d e las c a ra c te rís tic a s d e l MAPU-
L au taro fue su p re c a rie d a d e n té rm in o s m a teria les, es p o r eso q u e u n a de
su s a c c io n e s e m b le m á tic a s fu e el a ta q u e a c a ra b in e ro s p a r a a p ro p ia rs e
d e su a rm a d e serv icio .
En s e g u n d o té rm in o , la m u e r te o h e rid a d e g e n d a rm e s y c a ra b in e ­
ro s so n c o s to s e n a lg u n a s d e la s o p e ra c io n e s q u e n o te n ía e se o b jetiv o .
Los ca so s a s c ie n d e n a 4 g e n d a rm e s , 6 c a ra b in e ro s y 4 d e te c tiv e s m u e r­
to s e n e n f r e n ta m ie n to s e n el c o n te x to d e a s a lto s , re s c a te d e p re s o s y
e n fr e n ta m ie n to s d e s a rro lla d o s lu e g o d e c o n tro le s p o lic ia le s u o tr o s .21
F in a lm e n te , a lg u n o s d e los a ta q u e s p e rp e tra d o s a a g e n te s d el E stad o ,
fu e ro n c o n s id e ra d o s o b je tiv o s m ilita re s y c o m o ta l fu e r o n p la n ific a d o s,
e je c u ta d o s y re iv in d ic a d o s p o r el g ru p o re b e ld e . D e e s ta s a c c io n e s h a y
a lg u n a s d e m e n o r im p a c to p o lític o c o m o los a ta q u e s a c o m is a ría s y
e m b o s c a d a s a v e h íc u lo s p o lic ia le s. O tro s, sin e m b a r g o tu v ie ro n m a y o r
im p o rta n c ia , ta n to p o r la re le v a n c ia p ú b lic a q u e e sto s a lc a n z a ro n , c o m o
p o r la e x p e rie n c ia q u e p a ra la m ilita n c ia y la o rg a n iz a c ió n sig n ific a n ;
n o s re fe rim o s a los a s e s in a to s o a ju s tic ia m ie n to s p e r p e tr a d o s p o r la
o rg a n iz a c ió n .
El 15 d e m a r z o d e 199 1 u n c o m a n d o d e la s F u e rz a s R e b e ld e s y
P o p u la re s L a u ta ro d a m u e r te a H é c to r S a rm ie n to , e l je f e d e la Q u in ta
Z o n a C e n tro S u r d e In v e s tig a c io n e s, c o n d ie z im p a c to s d e b a la e n la
e s p a ld a , a las 7 :5 5 h o ra s e n p le n a ca lle . E ste h e c h o r e p r e s e n ta u n
in c re m e n to en la e n v e rg a d u ra d e las accio n es d el M A PU -Lautaro, im plica
id e n tific a r s u je to s e sp e c ífico s c o m o o b je tiv o s m ilita r e s y a sí c o n v e rtir
la a cció n en u n h e c h o p o lític o . O tra d e e sta s a c c io n e s es el a s e s in a to
d e u n in fo rm a n te d e la s fu e rz a s d e s e g u rid a d e n A v e n id a La F eria c o n
D e p a rta m e n ta l y el a te n ta d o al in te n d e n te d e la R eg ió n M e tro p o lita n a ,
Luis P areto , p e r p e t r a d o el 10 d e s e p tie m b re d e 1 9 9 2 , d o n d e m u r ie ro n
3 d e te c tiv e s q u e c u s to d ia b a n la re s id e n c ia d e l fu n c io n a rio . E ste ú ltim o
h e c h o n o s p e rm ite a n a liz a r a lg u n o s a sp e c to s im p o rta n te s e n la p o lític a
d e la o rg an izació n .
Los la u ta rista lle g a n a las c e rc a n ía s d e la c a sa d e l in te n d e n te y a p ro ­
x im á n d o se al v e h íc u lo d e la p o licía d e in v e s tig a c io n e s, d is p a r a n a su s

21. R o s a s , Rebeldía, subversión y prisión política. Crimen y castigo en la


transición chilena 1990-2004, el au to r presenta un cuadro con la inform ación
referida para los años 1990-1993.

384
V io len cia p o lítica y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e lo s n o v en ta .

tre s o c u p a n te s , u n o d e ello s h a c e u so d e su a rm a d e se rv ic io h irie n d o


a u n o d e los a ta c a n te s . El c o m a n d o e s ta b a c o n fo rm a d o p o r u n a p a re ja ,
q u e e fe c tu ó los d is p a ro s y o tro s su je to s q u e c a ra c te riz a d o s c o m o o b re ­
ro s, a g u a r d a b a n en las p ro x im id a d e s, to d o s h u y e ro n y m á s ta r d e e n u n
v e h íc u lo a b a n d o n a d o , se e n c o n tr a ría a u n o d e los la u ta r is ta s m u e rto s ,
e ra A n d rés A n to n io S o to P a n to ja .22
No p a re c e h a b e r p o r p a rte d el L au taro , u n g ra n e sfu e rz o p o r re a liz a r
accio n es «lim pias» y las m u e rte s d e efectiv o s p o liciales so n c o n sid e ra d a s
c o sto s d e las o p e ra c io n e s . En el d is c u rso se ju s tific a n d e s h u m a n iz a n d o
a los s u je to s , c a lific a n d o d e «bichos» a q u ie n e s c o n fo r m a n la s fu e rz a s
d e s e g u r id a d d e l E sta d o . De e s ta m a n e r a se les q u ita la c o n d ic ió n d e
ig u a l y se h a c e in n e c e s a rio p ro f u n d iz a r en e x p lic a c io n e s re s p e c to a su s
m u e rte s , n o o b s ta n te , p a re c e s e r q u e lejo s d e h a b e r u n d e s p re c io p o r la
v id a d e e sto s in d iv id u o s , o e fe c tiv a m e n te id e n tific a rlo s c o m o o b je tiv o s
m ilita re s , las m u e r te s d e e sto s e n a c c io n e s d e d is tin to tip o se d e b e a la
poca p re p a ra c ió n m ilita r d e los jó v e n e s q u e p a rtic ip a n e n ellas.
Por o tro lad o , esta s ú ltim a s a c cio n es d e sc rita s h a b la n d e la in te n c ió n
d e la o rg a n iz a c ió n d e r e a liz a r o p e ra c io n e s d e m a y o r e n v e rg a d u r a , las
q u e ello s m ism o s c a ta lo g a rá n c o m o « c o m b a te s e stra té g ic o s» , c u y o o b je ­
tiv o n o es so lo d e m o s tr a r fu e rz a o c a s tig a r a c ie rto s s u je to s u o b je tiv o s
id e n tific a d o s c o m o e n e m ig o s, sin o q u e e s ta b a n c o n te m p la d o s c o m o u n
s a lto c u a lita tiv o e n el d e s a rro llo d e la g u e rra in s u rre c c io n a l d e m a s a s,
p u e s las acc io n e s e s tim u la ría n la c o m b a tiv id a d d e l p u e b lo . 23
F in a m e n te , el c o m b a tie n te c a íd o , S o to P a n to ja , te n ía 21 a ñ o s y e ra
m ie m b ro d el M A PU -Lautaro d e sd e fines d e los o c h e n ta , é p o c a en q u e h a ­
b ía in g re s a d o a u n a b rig a d a e stu d ia n til d el M o v im ie n to J u v e n il L a u ta ro .
L uego d e u n tie m p o e n p risió n , es d e s tin a d o a la s m ilic ia s te r rito ria le s
d e la z o n a n o r te d o n d e d e s a r ro lla ta re a s d e c a rá c te r m ilita r; e n m a rz o
d e 1 9 9 2 , el «papi» com o e ra ap o d a d o , es n o m b ra d o m ie m b ro d el C om ité
C e n tra l d e l M A P U -L au taro y u n m es a n te s d e su m u e r te es c o n v o c a d o
a fo r m a r p a rte d e C o m isió n P o lítica, c o n v irtié n d o se e n el m ie m b ro m á s
jo v e n d e d ic h a in s ta n c ia . 24 La in c o rp o ra c ió n d e m ie m b ro s ta n jó v e n e s
im plica d e ja r en m an o s in e x p e rta el d iseñ o e stra té g ic o d e la o rg an izació n .
Las ra z o n e s d e e s ta situ a c ió n , p o d e m o s e n c o n tr a rla s e n los su ce siv o s
g o lp e s q u e h a b ía re c ib id o la o rg a n iz a c ió n , lo q u e h a b ía o c a s io n a d o la

22. El Mercurio, septiem bre 10 de 1992, cuerpo C, pág. 4.


23. Rosas, Rebeldía, subversión y prisión política. Crimen y castigo en la
transición chilena 1990-2004, pág. 121.
24. MAPU-Lautaro: «En la tom a de lo cotidiano», anexo n.° 3 Mapucistas y
Lautarinos caídos en combate.

385
Ivette L ozoya L óp ez

d e te n c ió n d e v a rio s d e los m ie m b ro s m ás a n tig u o s y d irig e n te s d e l p a rti­


d o . 25
El a c c io n a r d e l L a u ta ro e n to n c e s , n o so lo a u m e n tó e n c a n tid a d , d u ­
ra n te la tra n s ic ió n a la d e m o c ra c ia , sin o ta m b ié n in c re m e n tó el im p a c to
q u e tu v o e n la s o c ie d a d c h ile n a y los o b je tiv o s p o lític o s q u e los la u ta ro s
p e rs ig u ie ro n .
La p rim e ra g ra n o p e ra c ió n d e a lto im p acto p a ra la m ilitan c ia la u ta rin a ,
es el re sc a te d e u n o d e u n o d e su s p reso s, M arco A riel A n to n io letti. El 14
d e d ic ie m b re d e 1 9 9 0 , u n c o m a n d o d e las F u e rz a s R e b e ld e s P o p u la re s
L a u ta ro lo re s c a ta d e s d e el h o s p ita l S o te ro d e Río, h a s ta d o n d e e ra
lle v a d o u n a v ez p o r s e m a n a p a ra tr a ta r el d e s p r e n d im ie n to d e re tin a
q u e le h a b ía p ro v o c a d o la to r tu r a a la q u e h a b ía s id o s o m e tid o lo s d ías
p o s te rio re s a su d e te n c ió n , e n o c tu b re d e 1 9 8 9 .26 La acc ió n se co n v irtió
e n u n fu e r te e n f r e n ta m ie n to e n el c u a l m u r ie ro n c u a tr o g e n d a rm e s y
u n c a ra b in e ro .U n a in te g ra n te d e l c o m a n d o , M a rc e la R o d ríg u e z q u e d a rá
in v á lid a d e p o r v id a p ro d u c to d e u n a b a la re c ib id a 27
C o m o e n la m a y o ría d e las « g ra n d e s » a c c io n e s d e l L a u ta ro , e s e sta
h u b o v a ria s b a ja s, lo q u e m á s ta r d e se rá e x p lic a d o p o r el g ru p o re b e ld e
se ñ a la n d o que «la in te n c ió n o p e ra tiv a p rim e ra e ra la re d u c c ió n del p e rso ­
n a l d e G e n d a rm e r ía , p e ro al n o a c a ta r la o rd e n d e re n d ic ió n se p ro d u jo
la m u e rte d e 4 g e n d a rm e s y u n c a ra b in e ro “d e sp ista d o " q u e se las dio de
“R a m b ito ” » . 28 P ese a q u e lo g ra n re s c a ta r y o c u lta r al «G uille» - n o m b r e
p o lític o d e M a rc o A riel A n to n io l e tt i- la p o lic ía lle g a a la c a s a d o n d e
e sta b a o c u lto y e n u n a p a ra to s o o p e ra tiv o le d a m u e rte d e un d is p a ro en
la fre n te .
El re s c a te tie n e u n p e so im p o r ta n te e n la s m e m o ria s d e la o r g a n i­
z a c ió n y d e los m ilita n te s , e s p e c ia lm e n te e n a q u e llo s q u e s ie n d o m u y
jó v e n e s , v iv iero n el su c e so d e s d e d e n tro . En té rm in o s p o lítico s, s e g ú n el
h is to ria d o r P edro R osas, e sta es la p rim e ra acción q u e es c a ta lo g a d a com o

25. La prensa de la época hace un detalle de los líderes que han caído en
prisión en los últim os m eses y luego agrega «De las FRPL (Fuerzas Rebeldes
Populares Lautaro) quedan 3 0 4 miembros. En cuanto a la Comisión Política
ha estado históricam ente in teg rad a por no m ás de siete m iem bros. Es gente
novel, sin experiencia, proclive y puesto en ese lugar por Ossandón». El Mercurio,
domingo 30 de agosto de 1992, cuerpo A, pág. 1.
26. Las torturas propinadas por la Central de Inteligencia Nacional (CNI) al
detenido, fue uno de los casos expuestos por el juez español Garzón para pedir la
extradición de Pinochet.
27. Vicky Torres. Marco Ariel Antonioletti: un crimen impune. 21 de noviem­
bre de 2002. URL: h t t p ://v/ww.archivochile.com/Izquierda_chilena/mapus/
mapu_lautaro/ICHmlautaro0003.pdf.
28. MAPU-Lautaro: «En la tom a de lo cotidiano», anexo n.° 2. Operaciones
militares más significativas para el Lautaro.

386
V iolen cia p o lítica y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e los n o v en ta .

c o m b a te e s tra té g ic o , p e se a q u e el c o n c e p to se a c u ñ a e n 1 9 9 1 , lo q u e
ev id en c ia la im p o rta n c ia q u e a d q u ie re p a ra la o rg a n iz ac ió n , in a u g u ra n d o
un p e río d o v isto c o m o d e o fe n siv a p o r los la u ta r in o s . * 9 La m ilita n c ia ,
e n c a m b io , lo re c o r d a rá m á s p o r el im p a c to q u e sig n ific a la p é r d id a
d e A n to n io le tti, la m a n e r a e n q u e es a b a tid o y p o rq u e él es u n o d e los
p rim e ro s d e u n a g e n e ra c ió n a u d a z v o lu n ta ris ta d e l M A P U -L au taro q u e
cae en c o m b a te , c o n v irtié n d o se así en u n sím b o lo p a ra la m ilita n cia . P or
o tr o la d o , c o m o ya se d ijo , o tra p a rtic ip a n te e n la o p e ra c ió n , M a rc e la
R o d ríg u ez, fue h e rid a y q u e d a p a ra p lé jic a, e sto se rá u n g o lp e m e d iá tic o ,
ya q u e la p re n s a d u r a n te los ú ltim o s tre s a ñ o s, h a b ía a d v e rtid o d e u n a
p a r tic u la r id a d en los a s a lto s h e c h o s p o r el L a u ta ro y es q u e e n v a rio s
d e e llo s p a rtic ip a b a y lid e ra b a las a c c io n e s u n a m u je r q u e d e m o s tra b a
u n a p a r tic u la r a rro jo y v io le n c ia. La p re n s a la b a u tiz ó c o m o la « m u je r
m e tra lle ta » , le v a n ta n d o u n a se rie d e e sp e c u la c io n e s re s p e c to a su id e n ­
tid a d y rol d e n tr o d e la o rg a n iz a c ió n , su c a íd a e n to n c e s , fu e s e g u id a y
p u b lic ita d a c o n v irtié n d o se a tra v é s d e la p re n s a ta m b ié n en u n sím b o lo ,
del éx ito d e la ofensiv a d e los o rg an ism o s d e seg u rid a d c o n tra los g ru p o s
a rm a d o s .
M arcela R o d ríg u ez, en retro sp e c tiv a re p re se n ta d o s e le m e n to s c o n s ti­
tu tiv o s d el M A PU -L autaro, p rim e ro la su b v e rsió n d e c ie rto s e ste re o tip o s
e n re la c ió n a la lu c h a a rm a d a y el rol d e las m u je re s e n la s o c ie d a d
y e n los p a rtid o s re v o lu c io n a rio s . 30 En s e g u n d o té r m in o , la m ilita n te
la u ta rin a es u n o d e los p u e n te s e n tre el MAPU o rig in al fu n d a d o e n 1 9 6 9
y el M A PU -L autaro d e los n o v e n ta . S us 3 7 a ñ o s c o n tr a s ta n c o n la jo v e n
m ilita n c ia d e l re sto d el m o v im ie n to y la sitú a n con q u ie n e s sie n d o d e la
g e n e ra c ió n d e los s e te n ta n o a b a n d o n ó la vía re v o lu c io n a ria p ese a q u e
los líd e re s del MAPU h a b ía n a b ra z a d o la re n o v a c ió n . 31
M arcela h a b ía p a rtic ip a d o e n u n a serie d e a sa lto s p e rp e tra d o s p o r el
L a u ta ro , e s ta s « e x p ro p ia c io n e s» e ra el m e d io f u n d a m e n ta l a tra v é s d el
cual la o rg a n iz a c ió n se financiaba. E ntre los años 1990 y 1993 el L au taro
se h a b ía a d ju d ic a d o 8 0 , a u n q u e s e g ú n cifras d el M in iste rio d e l I n te r io r

29. Rosas, Rebeldía, subversión y prisión política. Crimen y castigo en la


transición chilena 1990-2004, pág. 121.
30. Respecto a las tem áticas de género, mujeres y revolución véase: Cherie
Zalaquet. Chilenas en armas testimonios e historia de mujeres militantes y guerrille­
ras subversivas. Santiago de Chile: Catalonia, 2009, véase también el documental
de Francisco López Bailó «La mujer metralleta».
31. Para un acercam iento al proceso de renovación socialista del MAPU
véase: Cristina Moyano B arahona. MAPU o la seducción del poder y la juventud.
Santiago de Chile: Ediciones Alberto Hurtado, 2009; y Cristina Moyano Barahona.
El MAPU en dictadura. Santiago de Chile: Ediciones Alberto H urtado, 2010.

387
Ivette Lozoya L óp ez

h a b ría n c o m e tid o 1 0 0 a sa lto s y p o r lo m e n o s 1 0 d e ello s d o b les, es d e cir


d o s b a n c o s s im u ltá n e a m e n te . 32
De esto s a sa lto s, u n o d e los q u e tie n e m a y o r re p e rc u sió n es el re a liz a ­
d o p o r las F u e rz a s R eb eld es P o p u la re s L a u taro el 21 d e o c tu b re d e 1 9 9 3 .
U n c o m a n d o d e l L a u ta ro , c e rc a d e las d o s d e la ta r d e , e sc a p a d el se c to r
e n u n m ic ro b ú s d e la lo c o m o c ió n c o le c tiv a c o n tre s m illo n e s d e p e so s
c o m o b o tín d e l a s a lto al B an co O ’H ig g in s d e e se s e c to r c o m e rc ia l d e la
z o n a a lta d e S a n tia g o . C a ra b in e ro s a c u d e a n te la a la r m a d e a s a lto y al
n o e n c o n tr a r a los p e rp e tra d o re s , re a liz a u n c o n tro l d el s e c to r p a ra d a r
co n e llo s; co n e se o b je tiv o a b o r d a n la «m icro» e n la q u e e s c a p a b a n los
la u ta ris ta q u ie n e s al v e r al c a ra b in e ro , d is p a ra n c o n tra él. El c a ra b in e ro ,
a p o y a d o p o r su s c o m p a ñ e ro s in ic ia u n a b a la c e ra q u e te r m in a c o n seis
civiles m u e rto s m á s u n c a ra b in e ro y c a to rc e h e rid o s , e n tr e los c u a le s se
e n c o n tr a b a u n a n iñ a d e 1 1 a ñ o s q u e recib ió tre s im p a c to s d e b a la .33
M ás allá del im p acto q u e tie n e el h ech o m ism o de las m u e rte s p ro d u c ­
to d e u n e n fre n ta m ie n to a rm a d o en un se c to r c o m e rcia l m u y c o n c u rrid o
d e S a n tia g o , la a c c ió n n o s p e rm ite u n a vez m ás a n a liz a r v a rio s a sp e c to s
d e la p o lític a m ilita r d e l L a u ta ro y d e las c a ra c te rís tic a s q u e a d q u ie r e la
p o lítica d e s e g u rid a d p ú b lica y la lu c h a c o n tra la in su rg e n c ia a rm a d a del
g o b ie rn o d e P a tric io A ylw in.
En e sta re c u p e ra c ió n d e «p lata reb eld e» co m o la d e n o m in a n los la u ta -
rin o s 3<1 m u e re n tre s m ilita n te s d e 2 3 , 25 y 2 2 a ñ o s, d e u n o d e e llo s Yuri
U ribe, el W illy co m o lo lla m a b a n su s c o m p añ e ro s. El L a u taro e scrib irá q u e
h a b ía in g re sa d o h a c ía p oco a las FRPL, p o r lo q u e «la m u e rte lo e n c u e n tra
e n p le n o p ro c e s o d e c u a lific a c ió n c o m o c u a d ro m a p u c is ta - la u ta r in o » , 35
los o tro s d o s h a b ía n in g re s a d o a las fu e rz a s d e c o m b a te d e l L a u ta ro u n
a ñ o a n te s , p ro v in ie n d o , e n los tre s caso s, d e m ilic ias te r rito ria le s . Los
jó v e n e s , s e g ú n te s tig o s , in te n ta r o n re n d irs e , la n z a r o n las a rm a s p o r la
v e n ta n a y el c h o fe r d e la m icro m o s tró un p a ñ u e lo b la n c o , sin e m b a rg o
fu e ro n a c rib illa d o s p o r la p o licía ju n to a o tro s p a sa je ro s d e l m ic ro b ú s . 36
La a c c ió n d e C a ra b in e ro s , g e n e r a r á u n d e b a te in te n s o re s p e c to a su
p re p a ra c ió n p a ra e n fr e n ta r e sta s situ a c io n e s, y a q u e las p e ric ia s c o n c lu i­

32. Rosas, Rebeldía, subversión y prisión política. Crimen y castigo en la


transición chilena 1990-2004, pág. 124.
33. M arcela Ramos y Ju a n Andrés Guzm an de Luigi. La guerra y la paz
ciudadana. Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2000, págs. 129-130.
34. MAPU-Lautaro. «En La Toma de lo Cotidiano», anexo n.° 3 M apucista y
Lautarinos caídos en combate.
35. Ibíd.
36. Equipo de redacción. «El caso Apoquindo. M atanza en las Condes». En:
Revista Punto Final, vol. XXVIII, n.° 302: (31 de o ctu b re-1 3 de noviem bre de
1993).

388
V io len cia p o lítica y tran sición a la d em ocracia en el Chile d e lo s n o v en ta .

rá n q u e so lo el c a ra b in e ro m u rió p o r fu e g o d e los a s a lta n te s , lo s tre s


la u ta ro s y los tre s p a sa je ro s m u rie ro n p o r b a la s d is p a ra d a s d e s d e las a r­
m as d e los p olicías que e sta b a n al in te rio r y al e x te rio r d e la m ic ro . 37 Los
a rg u m e n to s d e l d e b a te tie n e n q u e v er con q u e «no se tr a ta sim p le m e n te
d e fa lta d e c o m p e te n c ia p ro fe sio n a l d e u n c u e rp o p o lic ial m ilita riz a d o .
H ay a lg o m á s p ro fu n d o q u e tie n e q u e v e r co n el p a p e l d e la p o licía , co n
los lím ite s d e la re p r e s ió n e n d e m o c ra c ia , c o n las re m o ra s d ic ta to r ia le s
e n la tra n sic ió n » .3"
Las fu erzas p o liciales e n los inicios de la d e m o cra cia , sig u en o p e ra n d o
c o n la ló g ica d e l c o m b a te al e n e m ig o in te rn o , lo q u e im p lic a q u e su
a c tu a r se d e s a r ro lla e n lo q u e ello s c o n s id e ra n u n a g u e rr a , d e b id o a
e sto , la in s titu c ió n fe lic ita a los p o licías p o r su a c tu a c ió n y el p ro p io
p r e s id e n te d e c la r a r á q u e , « crco q u e c u e s ta m u y p o c o te o r iz a r e n frío.
Pero lo c ie rto es q u e ¿lo s d e ja b a n irse? ¿ Q u é se a r r a n c a r a n ? ¿O los
p e r s e g u ía n ? .. . c a ra b in e ro s c u m p lió co n el d e b e r q u e te n ía d e a c tu a r
p e rs ig u ie n d o a d e lin c u e n te s q u e h a b ía n c o m e tid o un d e lito fr a g ra n té » . 39
Las d e c la ra c io n e s d e l e n to n c e s p re s id e n te d e la re p ú b lic a e s tá n m u y
e n s in to n ía c o n la g u e rr a su c ia d e c la ra d a h a c ia q u ie n e s n o a c e p ta b a n
el a b a n d o n o d e las a rm a s . P a ra el h is to ria d o r Ig o r G o ico v ic es p o sib le
c o n s ta ta r q u e «la v io le n c ia p o lític a se c o n v irtió e n u n fa c to r q u e , e n su
re c u r re n c ia , c o n c itó el in te ré s p re f e re n te d e la p o lític a p ú b lic a y, e n su
e x te n s ió n , a m e n a z ó el n u e v o o rd e n in s titu c io n a l »."’ 0
Si bien esto s ep iso d io s m u e stra n la cara m ás trág ica d e la decisió n del
L a u ta ro d e re iv in d ic a r e n d e m o c ra c ia los o b je tiv o s q u e h a b ía n d e fin id o
en la d ic ta d u ra , h a y o tra s accio n es q u e d e scrib en d e m a n e ra m u y g ráfica
la p a r tic u la r id a d q u e h a c ía ta n a tr a y e n te a e sta o rg a n iz a c ió n p a r a los
jó v e n e s p o b la d o re s d el C hile d e los n o v e n ta .
C o m o s e ñ a lá ra m o s a n te r io r m e n te , el L a u ta ro e s tr e n a a fin es d e los
a ñ o s o c h e n ta y p rin cip io s de los n o v e n ta , un ac c io n a r q u e ha sid o c a ta lo ­
g a d o p o r a lg u n o s co m o u n a n u ev a fo rm a d e h a c e r po lítica. En re a lid a d lo
n u e v o e s ta b a m ás en el d iscu rso y en a lg u n a s in n o v a cio n e s q u e el g ru p o
re a liz ó , s o b re to d o e n su p o lític a d e « e x p ro p ia cio n e s» . En ese e n to n c e s
se g u ía re iv in d ic á n d o s e c o m o u n p a rtid o , un c o m p le jo p a rtid a r io c o n
e s p e c ia liz a c io n e s , u n n ú c le o p o lítico , u n g ru p o m ilita riz a d o y u n b ra z o
social con in serció n e n la ju v e n tu d popular, sin e m b a rg o su s accio n es e ra n

37. Los policías subieron a la micro y rem ataron a los heridos.


38. Equipo de redacción, «El caso Apoquindo. M atanza en las Condes»,
pág. 1.
39. La Tercera, 26 de octubre de 1993. Citado en Ramos y Guzman de Luigi,
La guerra y la paz ciudadana, pág. 131.
40. Goicovic Donoso, «Transición y violencia política en Chile (1988-1994)»,
pág. 60.
Ivette L ozoya L ópez

d is tin ta s a las re a liz a d a s p o r o tro s a c to re s p o lític o s a u to d e fin id o s com o


re v o lu cio n ario s, su s accio n es e ra n m ás a u d a c e s, v io le n ta s, v o lu n ta rista s.'"
Las e x p ro p ia c io n e s h e c h a s p o r los m ilita n te s c o m e n z a ro n a c o n te m ­
p la r lo q u e ello s d e n o m in a b a n p ro d u c to s re v o lu c io n a rio s p a ra el pu eb lo,
n o e ra e n to n c e s so lo re a liz a r a sa lto s p a ra fin a n c ia r las o p e ra c io n e s p o líti­
cas o r e c u p e r a r a rm a s , sin o p a ra r e p a r tir p ro d u c to s e n las p o b la c io n e s.
F o n d a s , p o llo s, s o s te n e s , c o n d o n e s, fo rm a b a n p a r te d e l « b a z a r d e las
g a n a s » ,42 e ra n « re cu p e rad o s» a tra v é s d e a sa lto s a c a m io n e s re p a rtid o re s
o a fa rm a c ia s , e n el c a so d e los c o n d o n e s q u e se r e p a r tía n lu e g o e n los
co leg io s. T a m b ié n re a liz a b a n s a q u e o s en los q u e p a rtic ip a b a n u n a g ra n
c a n tid a d d e p e rs o n a s, d e ellos los m ás im p o rta n te s fu e ro n el p e rp e tra d o
e n la c a lle S a n D ieg o , q u e p e rm itió el a s a lto a la tie n d a La P o la r y el
a s a lto a la tie n d a M ichaely. A m b as a c c io n e s fu e r o n c a ta lo g a d a s c o m o
c o p a m ie n to s te rrito ria le s .
T odas e stas a ccio n es e ra n p e rp e tra d a s p o r los jó v e n e s d el M ovim iento
Ju v en il L au taro q u e no c o n ta b a n con u n a su fic ie n te p re p a ra c ió n m ilita r y
a veces con m u y pocos re c u rso s .43 Esto g e n e ra b a en e ste s e c to r so cial una
v isió n d is tin ta d e la p o lític a , q u e n o e ra so lo p a r a e x p e rto s : lo s jó v e n e s
m a rg in a le s, d e s e n c a n ta d o s y sin ex p ec tativ a s ta m b ié n p o d ía n p a rtic ip a r.4'’
La a tra c c ió n q u e la o rg a n iz a c ió n sig n ificó p a r a los jó v e n e s d e los n o ­
v e n ta h a sido in te rp re ta d a d e sd e la m ism a lógica q u e h a sid o in te rp re ta d a
la v io le n c ia p o lític a re v o lu c io n a ria e n g e n e ra l, es d e c ir d e s d e la a n o m ia
so cial. En e sa lín e a las a u to r id a d e s d e la é p o c a , re f irié n d o s e a q u ié n e s
in te g ra b a n el L au taro , se ñ a la b a n q u e e ra n jó v e n e s re s e n tid o s , d e se c to re s
p o b re s , p r in c ip a lm e n te d e la z o n a sur, sin m á s p r e p a r a c ió n m ilita r q u e
la re c ib id a e n la p rá c tic a m ism a e n a c c io n e s m e n o r e s . A sí el d is c u rso
psico lo g ista d e la v io len cia se leg itim a n e g a n d o el p ro y e c to q u e e n a rb o la
el p a rtid o y las ra z o n e s políticas q u e llevan a los jó v e n e s a v in c u la rse a él.
Sin e m b a rg o , al a n a liz a r los d is c u rso s d e los a c to re s y la s fo rm a s e n las
q u e c o m e n z a ro n su m ilita n c ia , p o d e m o s e n c o n tr a r las c a ra c te rís tic a s de
C hile y su co m p o sic ió n social.
Las d é c a d a s d e l s e s e n ta y o c h e n ta e n C h ile y c o m o e n ca si to d a
A m érica L atin a , m a rc a n u n p e río d o d o n d e la p o lític a e s d e las m a s a s .4S

41. «Lo que ine atrae del Lautaro es su imagen combativa». Entrevista Marco
Paulsen, julio de 2010.
42. Equipo de redacción, «Una juventud sin brújula».
43. Una de las características de las acciones del Lautaro es que eran perpe­
tradas por grupos numerosos de militantes. Friihling, El estado frente al terrorismo.
44. «A mi prim er asalto me m andaron con un cuchillo». Entrevista LEP,
agosto de 2010.
45. Ponencia de Marco Paulsen, ed. Militancia revolucionaria y lucha armada
en Chile. Universidad Arcis. Santiago de Chile, 2008.

390
V io len cia p o lítica y tran sición a la d em ocracia en el Chile d e lo s n o v en ta .

Si b ie n la d ic ta d u ra re a liz a u n c o rte h is tó ric o , p ro h ib ie n d o la p o lític a


com o p o sib ilid a d d e c o n stru cc ió n d e p ro y e cto s a lte rn a tiv o s, es la p ro p ia
re p re sió n y restricció n , la q u e d ev u elv e la p o lítica a las calles y d e sd e a h í
se s u s te n ta n alg u n o s de los proyectos q u e b u sc an p o n e r fin a la d ic ta d u ra
d e P in o c h e t. El p a c to tra n sic io n a l, sin e m b a rg o , c o n v ie rte la p o lític a e n
un a su n to de p ro fesio n a les, d e los p a rtid o s y no de las m asas e n las calles.
S o n los jó v e n e s p o litiz a d o s, d e s c o n te n to s , y m a rg in a d o s los q u e v a n a
re a c c io n a r en c o n tr a d e e s ta ex c lu s ió n s ie n d o s e d u c id o s p o r la r u p tu r a
q u e les p ro p o n ía el L au taro .

El discurso detrás de la acción

En el te r c e r c o n g re s o d e l M A P U -L autaro '16 d e s a r ro lla d o e n 1 9 8 8 , la


o rg a n iz a c ió n se d e fin e c o m o u n p a rtid o re v o lu c io n a rio , p o lític o m ilitar,
popular, d e c a racterística s n acio n a les p e ro in te m a c io n a lista y la tin o a m e ri­
can o . R eafirm a ta m b ié n los tre s c o m p o n e n te s del co m p le jo p a rtid a rio , el
MAPU, Las F u erzas R ebeldes y P o pu lares y el M ov im ien to Ju v e n il L au taro .
Sin e m b a rg o la ra tific a ció n d e su a d sc rip c ió n a la g u e rr a in s u rre c c io n a l
d e m a s a s (G IM ), te n d r á u n a p re c isió n fu n d a m e n ta l: los s e c to re s q u e
n u tr irá n la in su rre c c ió n se c o m ie n z a n a c o n c e p tu a liz a r co m o «el g ig a n te
p o p u la r» y el c o m p o n e n te p rin c ip a l d e e ste , e ra el p u e b lo re b e ld e y la
ju v e n tu d p o p u lar.
El le n g u a je , se c o n v ie rte en u n a s p e c to p a rtic u la r e n el L a u ta ro , las
are n g a s, las co n sig n as e incluso los d o c u m e n to s in te rn o s no e stá n escrito s
con la co n c e p tu a liz a c ió n clásica de la p olítica. E x p resio n es en d im in u tiv o ,
a lu s io n e s a la felicid ad , el a m o r y el sexo q u e co n v o c a n a los p o b la d o re s,
a los jó v e n e s , al c o m ú n d e la g en te .
A sí u n a d e su s p u b lic a c io n e s , el M a n ifiesto del M o v im ie n to P o p u la r
L a u ta ro , a d ie z a ñ o s d e su c re a c ió n , lejos d e re iv in d ic a r a los ic o n o s
rev o lu cio n ario s, h a c e r alu sio n es a la id eo lo g ía o al c o m p ro m iso m ilita n te ,
u tiliz a la irre v e re n c ia y los có d ig o s ju v e n ile s p a ra d irig irs e al p u e b lo .
El L a u ta ro titu la b a su m a n ifie sto : « A tra c a n d o c o n la v id a y “e n o tr a ” '’ 7
som o s los locos del p o d e r viviendo y h a c ie n d o la v icto ria d e la felicid ad » / 8
d e s c rib ie n d o los d ie z a ñ o s tra n s c u rrid o s d e s d e su fu n d a c ió n c o m o « u n a
o rgía p e rm a n e n te y u n e b u llir » .49 El d o c u m e n to firm ad o p o r la C om isión
P olítica d e l M A PU -Lautaro e sta b a lle n o d e c o n c e p to s co m o « d e m o c ra c ia

46. Aunque en los docum entos el nombre es MAPU simplemente.


47. Las comillas son del original.
48. Movimiento Juvenil Lautaro, ed. Manifiesto del Movimiento Popular Lau­
taro. 13 de diciembre de 1992.
49. Ibíd.

391
lv e ttc L ozoya L óp ez

c a rtu c h a » y « e u n u c o s» p a ra re fe rirs e al g o b ie rn o ; d e e s ta m a n e r a el
L a u ta ro re iv in d ic a b a u n a id e n tid a d ju v e n il, p o p u la r, d e s e n f a d a d a .
Al c o m p a r a r el d is c u rso d el M A P U -L autaro e n 1 9 8 6 50 y el d e 1 9 9 2
v em o s un c a m b io im p o rta n te en el len g u aje, si b ien , en u n inicio, ya h ab ía
a lu sió n a un cam b io en el m o v im ien to p o p u la r en re la c ió n al m o v im ie n to
h istó rico . Las d e c la ra c io n e s d e su líd e r G u illerm o O ssa n d ó n n o d is ta n en
la fo rm a, del le n g u a je p o lítico u tiliz a d o en g e n e ra l p o r las o rg an iz ac io n e s
re v o lu c io n a r ia s , n o o b s ta n te , h a y a lg u n a s in n o v a c io n e s d e n tr o d e la
m a triz . Al re fe rirs e a la e s tra te g ia re v o lu c io n a ria a la q u e a d s c rib e n ,
el L a u ta r o e n 1 9 8 6 p la n te a «con la re b e ld ía p o p u la r, la to m a d e C hile
va». A lu d ie n d o a la re b e ld ía y al p u e b lo , el L a u ta ro v a c o n s tru y e n d o un
d iscu rso y u n a c c io n a r q u e se v u elca h acia la id e n tid a d del q u e id en tifican
c o m o el s u je to re v o lu c io n a rio , los jó v e n e s.
E sta o p c ió n p o r u n su je to d e te r m in a d o tie n e u n a n te c e d e n te e n los
o ríg e n e s m ás p rim ig e n io s d e e ste p a rtid o . S u líd e r f u n d a d o r R o d rig o
A m b ro sio , al h a b la r d e c u á l e ra el s e c to r so c ia l a l q u e r e p r e s e n ta b a ,
s e ñ a la b a q u e e ra n los n u ev o s a sa la ria d o s, a rg u m e n ta n d o q u e los p a rtid o s
p olíticos d e b ía n d a r c u e n ta d e las re a lid a d e s h istó ric a s d e u n p aís; en este
se n tid o , los p a rtid o s S ocialista y C o m u n ista re p re s e n ta ro n al p ro le ta ria d o
m á s tr a d ic io n a l p e ro n o re p r e s e n ta b a ni c u m p lía n las e x p e c ta tiv a s d e l
n u e v o .51 R e c o g ie n d o las re fle x io n e s d e A m b ro sio , el L a u ta ro , h a c e u n a
le c tu ra d e la co m p o sic ió n social y d e te rm in a el su je to a q u ie n re p re s e n ta
y q u e p o r lo ta n to , o rie n ta su política a ese su jeto p o p u la r ju v e n il y es p o r
e so q u e su p ro p a g a n d a va d irig id a a e ste s e g m e n to d e la p o b la c ió n . En
e n tre v ista s y d o c u m e n to s p ro p a g a n d ístic o s el L a u taro h a c e u n lla m a d o a
la ju v e n tu d : «Los in v ita m o s a q u e la felic id ad , el v iv ir feliz a q u í y a h o ra ,
se tr a n s fo r m e e n p o lític a . Los la u ta rin o s n o te n e m o s e s a c o n c e p c ió n
m e d ia g u e r r e r a , m e d ia e s p a r ta n a » . 52 El L a u ta ro se d e s e n tie n d e a sí d el
o tr o r a m e s iá n ic o d is c u rs o re v o lu c io n a rio q u e a p e la b a al sa crific io y lo
re e m p la z a p o r el g o ce.
Las ac c io n e s, fu e ro n ta m b ié n c o n c e p tu a liz a d a s y ju s tific a d a s d e u n a
m a n e ra d is tin ta a la tra d ic io n al, si a n te s las « recu p erac io n es» c u m p lía n el
o b je tiv o d e fin a n c ia r la o rg a n iz a c ió n y sa tisfa c e r n e c e s id a d e s m a te ria le s
d e la p o b la c ió n m á s p o b re , los a s a lto s a c a m io n e s d e b e b id a s o el ro b o
d e c o n d o n e s, fu e ro n c o n v irtié n d o se e n u n a o p c ió n p a ra h a b la r d e o tra s
n e c e s id a d e s m á s a llá d e las b á sic a s. Así el L a u ta ro v a a d e s a r r o lla r la

50. «Luchamos por un Chile popular, nuestro cam ino es la guerra insurrec­
cional de masas». Entrevista.
51. Rodrigo Ambrosio y la construcción del partido, MAPU, Dirección zonal,
Zonal América, mayo 1982.
52. Equipo de redacción. «Movimiento Lautaro una ju v en tu d sin brújula».
En: revista Anáfisis: (2 4-3 0 de septiem bre de 1990).

392
V io len cia p olítica y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e los n o v en ta .

p o lítica de las cosas cotidianas™ d o n d e el p u e b lo se re c o n o c e fo rm a d o


p o r in d iv id u o s con p a rtic u la rid a d e s , con n e c e sid a d e s q u e n o so lo so n las
g ra n d e s n e c e sid a d e s d e la clase, sin o ta m b ié n , las p e q u e ñ a s a sp ira c io n e s
d e los su je to s. R eco n o c ie n d o e sta s p a rtic u la rid a d e s , el L a u ta ro se v u elca
a la rea liz a c ió n d e sa q u e o s y asalto s d o n d e los o b jeto s a re c u p e r a r so n lo
q u e ellos lla m a n «p ro d u cto s revolu cio n ario s» «el b a z a r d e las g anas», q u e
v a n d e s d e los z a p a to s , ju g u e te s , c a rn e , c e rv e z a , ro p a in te rio r, p r e s e rv a ­
tiv o s y a n tic o n c e p tiv o s .54 El lla m a d o es a « to m a rse to d o » y c o n v e rtir la
p o lític a «esa le ja n a y a b u r r id a » 55 e n u n a su b v e rsió n c o tid ia n a . A p a rtir
d e e ste m o d e lo tá c tic o se a v a n z ó en u n a p e c u lia r d e fin ic ió n e s tra té g ic a :
«la to m n d e C h ile » . 56
El d iscu rso a d e m á s a d q u ie re en los n o v e n ta u n fu e rte to n o se x u al que
lla m a a la tra s g re s ió n , se h a b la del sex o n u e s tro , d e a tr a c a r c o n la v id a ,
d e v iv ir la v id a c o m o u n a o rg ía y d e c a le n tu ra p o r la re v o lu c ió n . E sta
fo rm a d e tra n s m itir la p o lítica, de d efin ir las accio n es, d e c o n c e p tu a liz a r,
se c o n v ie rte e n u n sello d e la o rg a n iz a c ió n y h a s ta su s líd e re s y a n o
ta n jó v e n e s , h a b la n c o m o si lo fu e ra n , re iv in d ic a n d o u n a id e n tid a d q u e
n o e ra la clá sic a id e n tid a d d e cla se , sin o la ju v e n il m a rg in a l d e q u ie n e s
n u tr ía n su s filas . 57

El ocaso

El a se s in a to d e A n to n io le tti lu eg o d e su re sc a te , la c a íd a d e u n g ru p o
e n C o n c e p c ió n , la p risió n e in v a lid e z d e M a rc e la R o d ríg u e z e n tr e o tra s
m u ch as bajas q u e ellos m ism os reco n o cían co m o d u ro s y d o lo ro so s golpes,
fu e ro n g e sta n d o la c a íd a d el M A PU -Lautaro. Pese a esto , la o rg a n iz a c ió n
a rm a d a , se ñ a la b a que e sta s p é rd id a s h a n sido a sim ilad as a tra v é s d e n u e ­
vas ca p ta c io n e s d e m ilita n te s y a u m e n to de los d irig e n te s, im p o sib ilita n d o
la d esa p a ric ió n del L au taro . En defin itiv a, pese a los g o lp es a se s ta d o s p o r
los a p a ra to s re p re siv o s d e l E stad o , la e v a lu a c ió n d e l p ro c e s o v iv id o p o r
el p a rtid o e n los ú ltim o s a ñ o s e ra p o sitiv a , fu n d a m e n ta lm e n te , p o rq u e

53. El destacado (bastardillas) es nuestro.


54. H ablan dirigentes del Lautaro: revista Página abierta, quincena del 22
de julio al 4 de agosto.
55. Movimiento Juvenil Lautaro, Manifiesto del Movimiento Popular Lautaro.
56. Goicovic Donoso, «Transición y violencia política en Chile (1988-1994)»,
pág. 69.
57. Respecto a esto las autoridades encargadas de la represión de los grupos
subversivos señalan que son jóvenes resentidos, de sectores pobres, principalmen­
te de la zona sur de donde había nacido el Lautaro, sin m ás preparación militar
que la recibida en la práctica misma en acciones menores.

393
Ivettc Lozoya L óp ez

e s to s g o lp e s los a trib u y e n m ás q u e a lo g ro s d e los c u e rp o s re p re siv o s, a


e rr o re s p ro p io s d e los c u a le s ya se tie n e a p re n d iz a je s .
1.a re p re s ió n e n c o n tr a d e l L a u ta ro se h iz o s e n tir rn u y fu e rte d e sd e
1 9 8 9 , e n tr e e s te a ñ o y ju lio d e 1 9 9 2 , el p e rió d ic o El M ercurio s e ñ a la
q u e e n tr a r o n e n p risió n 9 5 m ilita n te s . El a s a lto al B an co O T Iig g in s,
s u c u r s a l A p o q u in d o , d a rá c o m ie n z o a la d e r r o ta . L u eg o d e l s a n g r ie n to
su c e s o d o n d e m u rie ro n seis p e rs o n a s tre s d e e lla s m ilita n te s , se in icia rá
u n a fé rre a p e rs e c u c ió n q u e d a rá c o m o re s u lta d o , s e g ú n los p e rió d ic o s
d e la é p o c a , la e n c a rc e la c ió n d e u n g ra n c o n tin g e n te d e m ilita n te s y la
c o n fiscació n d e casi to d o el a rm a m e n to d e la o rg a n iz a c ió n .
Pese a ello , el L a u ta ro h a c e u n a v a lo ra c ió n p o sitiv a d e la s fu e rz a s
p ro p ia s , d e c la r a n d o q u e es p o sib le s u s te n ta r u n a p o lític a o fe n s iv a , lo
q u e e n la p rá c tic a , sig n ifica q u e a p e s a r d e los a ta q u e s a s e s ta d o s a la
o rg a n iz a c ió n , e sta n o o p ta p o r el re p lie g u e ni la re c u p e ra c ió n d e fu erzas,
sin o p o r la m a n te n c ió n e n el ritm o d e su a c c io n a r, c o n v e n c id o s d e q u e
e x is te u n e q u ilib rio e n tre las fu e rz a s su b v ersiv a s y a q u e lla s d e s tin a d a s a
c o n te n e rla s y a n iq u ila rla s.
Es así c o m o el L a u ta ro , a tra v é s d e su s c o m p o n e n te s M A P U -L autaro
e n ta r e a s d e c o n d u c c ió n p o lític a , Las F u e rz a s R e b e ld e s y P o p u la re s e n
o p e ra c io n e s m ilita re s d e m a y o r e n v e rg a d u r a y el M o v im ie n to Ju v e n il
L a u ta ro en ta re a s d e a g ita c ió n , o p e ra c io n e s m ilita re s m e n o re s y rela ció n
c o n las m a sa s, sig u e o p e ra n d o y re c ib ie n d o fu e r te s g o lp e s p o r p a r te d e
la re p re sió n . La d iv isió n o rg á n ic a a n te r io r m e n te s e ñ a la d a , e ra m á s b ien
u n a d ife re n c ia c ió n d e fu n c io n e s y n o u n a d iv isió n d e e s tr u c tu r a s , e so
s ig n ific a b a , e n p rin c ip io s, q u e in c lu so los in te g r a n te s d e la d ire c c ió n
n a c io n a l o el C o m ité C e n tra l p u d ie r a n a c tu a r a tra v é s d e las F u e rz a s
R e b e ld e s y P o p u la re s e n a c c io n e s m ilita re s. En el o tr o e x tr e m o , p e s e a
q u e el M o vim ien to Ju v en il L au ta ro e sta b a c o n ceb id o c o m o el m o v im ien to
ju v e n il d e m asas, su s in te g ra n te s e n los n o v e n ta e ra n activ o s p a rtic ip a n te s
e n a lg u n a s a c c io n e s a rm a d a s , p rin c ip a lm e n te e n las p r o p a g a n d a s , los
c o p a m ie n to s te rrito ria le s e incluso los asalto s. La c a p tu ra de v ario s g ru p o s
o p e ra tiv o s, hace q u e la esp ecializació n sea a u n m ás difícil, lo q u e im plica
q u e se a n los jó v e n e s, in e x p erto s, co n poca fo rm ació n , los q u e c o m ie n z a n
a re a liz a r o p e ra c io n e s d e to d o tip o .
La e s to c a d a fin al a la p o lític a , e l a c c io n a r y la m o ra l d e l L a u ta ro , la
d a rá la d e te n c ió n d e su líd e r m á x im o , G u illerm o O ssa n d ó n en 1 9 9 4 , e n
el b a ln e a rio d e C a rta g e n a .

Conclusiones

El a n á lisis d e l d is c u rso , la p o lític a y el a c c io n a r d e l M A P U -L au taro


d u r a n te los p rim e ro s a ñ o s de la d é c a d a del n o v e n ta , n o s p e rm ite a rrib a r
V io len cia p olítica y tran sición a la d em ocracia en el Chile d e lo s n o v en ta .

a a lg u n a s c o n c lu s io n e s, n o so lo re s p e c to a la d e rr o ta m ilita r p ro p in a d a
p o r los o rg a n is m o s d e s e g u rid a d d e l E sta d o e n el p e río d o d e tra n s ic ió n
a la d e m o c r a c ia y q u e sig n ific an su d e s a rtic u la c ió n , s in o ta m b ié n , a la
d e rr o ta p o lític a q u e im p licó la se p a ra c ió n e n tr e los o b je tiv o s p o lític o s y
m ilita re s d el L a u ta ro y los in te re se s d el p u e b lo d e l q u e se s e n tía p a rte .
Si b ie n el d ir e c to r d e la «oficina», M arc elo S h illin g , p la n te a e n 1 9 9 2
q u e el c a m b io d e ré g im e n , la c a íd a d e los so c ia lism o s re a le s y la e fic a ­
cia d e la p o lic ía so n la c a u sa l d e los d u ro s g o lp e s p ro p in a d o s s o b re la
o rg a n iz a c ió n , el p re s e n te tex to p la n te a , q u e las c a u sa s h a y q u e b u sc a rla s
n o so lo e n el c o n te x to y la ac ció n re p re siv a , sin o ta m b ié n e n la p ro p ia
d e b ilid a d del M A PU -Lautaro.
El L a u ta ro , a d ife re n c ia d e las o tra s o rg a n iz a c io n e s d e la iz q u ie rd a
a rm a d a com o el MIR, n o su rg e y se d e sa rro lla e n u n c o n te x to d e ap o g e o
d e l s o c ia lism o , sin o d e la d e rr o ta d e e ste y ta m p o c o e s tu v o c o n c e b id o
c o m o u n b ra z o a rm a d o d el p a rtid o , c o m o si lo fu e el F re n te P a trió tic o
M a n u e l R o d ríg u e z . N o tie n e e n to n c e s , n i la p o te n c ia d e la s a rm a s d e l
FPM R, ni la p o te n c ia d e la h is to ria d e l MIR, no o b s ta n te se c ie rn e so b re
dos m o m e n to s h istó ric o s d e C hile - l a d ic ta d u ra y la tra n sic ió n p o lítica -
y se co n fig u ra y tra n s fo rm a en re lac ió n a e so s m o m e n to s .
La tra n sfo rm a c ió n en la o rg a n iz a c ió n d e la q u e h a b la m o s, no n e c e s a ­
ria m e n te im p lica u n a c o h e re n c ia con las tra n s fo rm a c io n e s e s tru c tu ra le s
y s u b je tiv a s q u e e s ta b a o c u rr ie n d o en el p a ís, p o r el c o n tr a rio , h e m o s
p la n te a d o q u e el M A PU -Lautaro re a liz ó u n a m a la le c tu ra d e la re a lid a d ,
so b re stim ó sus fu erzas y no o cu p ó las p o sib ilid ad es de re p lie g u e ex isten te
e n to d a g u e rr a . La p re g u n ta q u e q u e d a es si el L a u ta ro h u b ie s e d is m i­
n u id o su a c c io n a r m ilita r con m ira s a la re c o m p o sic ió n d e su s fu e rz a s,
¿ b a s ta b a co n m á s fu e rz a o p e ra tiv a p a ra el é x ito ? , c re e m o s q u e n o , q u e
p a ra lle g a r a u n a ex p licació n de las ra z o n e s d e la d e rro ta d e la iz q u ie rd a
a rm a d a en los n o v e n ta y esp ecíficam en te d e la d e sa rtic u la c ió n d el MAPU-
L a u ta ro , m á s q u e in d a g a r en las ra z o n e s m ilita re s, h a y q u e re le v a r las
ra z o n e s d e la d e rr o ta p o lítica.
El trá n sito h istó rico d e sd e la d ic ta d u ra a la d e m o c ra c ia a b a rc a m u ch o s
a s p e c to s y no solo el á m b ito p o lític o . E n lo so cial, el p e río d o im p lica
la e m e r g e n c ia d e n u e v o s a c to re s q u e in s p ira n las d e fin ic io n e s d el L au ­
ta ro . La o rg a n iz a c ió n se n u tr e d e lo s jó v e n e s p o b la d o re s y v u elc a su
p o lític a h a c ia ello s, la e x tr e m a e n a u d a c ia y e n ir re v e re n c ia d isc u rsiv a ,
sin c o n s id e r a r las c o n d ic io n e s d e la lu c h a d e c lases y la a d h e s ió n q u e
g e n e ra b a el p ro c e s o in s titu c io n a l q u e vivía el país. Así, a p e s a r q u e su
m ilita n c ia c re c ía e n tr e los jó v e n e s m a rg in a le s , el p ro y e c to n o lo g ra b a
in s ta la rs e e n la a m p litu d d e l p u e b lo p o r d o s ra z o n e s . P rim e ro , p o rq u e
el « p u e b lo re b e ld e » le g itim a b a el p ro c e so p a c ta d o a u n q u e 110 c u m p lía
c o n las e x p e c ta tiv a s d e c a m b io e s tru c tu r a l q u e d e él se te n ía . S e g u n d o ,

M UI
Ivette L ozoya L ópez

p o rq u e el L a u ta ro se fu e e n c e rr a n d o e n su s u je to d e ta l m a n e r a , q u e
d e jó d e p e n s a rs e co m o u n a a lte rn a tiv a re v o lu c io n a ria p a ra la c lase e n su
c o n ju n to .
La c o m p le jid a d e n to n c e s , e s tá e n q u e el e le m e n to d e o rig in a lid a d ,
d e r u p tu r a y p o te n c ia lid a d p o lític a q u e se re c o n o c e e n el L a u ta ro , es
lo q u e p ro p ic ia e n p a r te su d e r r o ta p o lític a y e x te r m in io m ilita r. E sta
n u e v a fo rm a d e h a c e r po lítica, sig n ificab a o rie n ta r las lógicas d el p a rtid o
al su je to so cial re v o lu c io n a rio , es d e c ir al m u n d o p o p u la r ju v e n il, a sí ni
la d is c ip lin a , la c o m p a r tim e n ta c ió n , la p r e p a r a c ió n m ilita r d e n o s ta d a s
c o m o p a r te d e los a p a ra to s , s o n c e n tra le s e n la p o lític a d e l L a u ta r o en
los n o v e n ta . El d isc u rso ju v e n il no solo fu e c o p a n d o los c o m u n ic a d o s, las
e n tre v ista s, sin o ta m b ié n la p o lític a q u e se v u e lv e d e s e n fa d a d a , a tre v id a
p e ro p o c o e fe c tiv a e n té r m in o s m ilita re s. Es c o m o si el m o v im ie n to
ju v e n il L au taro se h u b ie ra co m id o al p a rtid o , se p e rp e tu ó en sus p rá c tic a s
y p ro v o c ó la d e rro ta .
C abe p re g u n ta rs e e n to n c e s, si la o rg an iza c ió n re a lm e n te p e n só e n q u e
p o d ía a lc a n z a r u n o b jetiv o c lá sic o co m o es la tra n s fo r m a c ió n s o c ia lista ,
c o n u n s u je to n u e v o , q u e n o es la c la se sin o u n g ru p o id e n tita rio . Si
e ste su je to p o p u la r ju v e n il, al q u e e sta b a a b o c a d o el L a u ta ro d o ta b a a la
o rg a n iz a c ió n d e id e n tid a d d e c la se , c a p a c id a d m ilita r y v o lu n ta d p a ra
llev ar a cabo ta m a ñ a ta re a . En d efin itiv a ¿se p u e d e p e le a r u n g u e rra co n
u n a o rg a n iz a c ió n q u e tie n e m á s c a rá c te r d e m o v im ie n to q u e d e p a rtid o ?
El L a u ta ro , e n re tro s p e c tiv a , g e n e ra u n p u e n te e n tr e las o rg a n iz a ­
c io n e s re v o lu c io n a ria s c lá sic a s, m a rx ista s, o b re ris ta s , je r á r q u ic a s y los
n u e v o s m o v im ie n to s s o c ia le s q u e c o n v o c a n a los e x c lu id o s b u s c a n d o
fo rm as d e o rg a n iz a c ió n m ás lax as p o rq u e no a p u n ta n a la tra n sfo rm a c ió n
ra d ic a l. El L a u ta ro c o n v irtió su tr a b a jo d e m a s a en u n fin e n sí m ism o
y re n u n c ió a in s ta la r su p ro y e c to c o m o u n iv e rs a l y to ta liz a n te . Al e n ­
c e rr a rs e e n el q u e id e n tif ic a b a c o m o su je to d e la re v o lu c ió n , p e rd ió la
p o sib ilid ad d e v in c u la rse c o n el m u n d o social e n el s e n tid o am p lio , así el
d is c u rs o y las fo rm a s q u e a d q u ir ía su p o lític a, lo a le ja ro n d e l p u e b lo en
su a m p litu d y lo re le g a ro n a la re la c ió n con el jo v e n m a rg in a l.
La v io le n c ia d e s p le g a d a p o r la o rg a n iz a c ió n a r m a d a , e n el c o n te x to
g e n e ra l d e tr a n s ic ió n a la d e m o c r a c ia p o r v ía p a c ta d a , a d q u ie r e u n a
im p o rta n c ia su p e rla tiv a . La v io le n c ia política h a b ía p e rd id o la leg itim id a d
q u e te n ía e n lo s s e s e n ta c o m o v ía h a c ia la re v o lu c ió n y e n lo s o c h e n ta ,
com o vía a la lib e ra c ió n . Es difícil e n to n c e s, v erla e n los p rim e ro s a ñ o s de
la d é c a d a del n o v e n ta , c o m o un in s tru m e n to s u b o r d in a d o a la p o lític a y
m ás b ien , se p ercib e com o u n fin e n sí m ism o. Por o tro la d o , el d e sp lie g u e
m ilita r d el M A P U -L autaro ta m p o c o e ra m u y e fic ie n te , p o r lo q u e v a ria s
de sus acciones re s a lta b a n m u c h o m ás p o r el d e sp lie g u e d e v io len cia, q u e
p o r los o b je tiv o s lo g ra d o s. A e s to se su m a , q u e p a r a d ó jic a m e n te , e n el

396
V io len cia p olítica y tran sición a la d em ocracia en el C hile d e lo s n o v en ta .

m o m e n to d e m a y o r d e b ilid a d d e la o rg a n iz a c ió n p ro d u c to d e los g o lp es
re c ib id o s, d e c id e d e s a r ro lla r los « c o m b a te s e stra té g ic o s» e in c r e m e n ta r
su s a c c io n e s. Sin e m b a rg o , e sta a c titu d o fe n siv a la d e b ía e n f r e n ta r co n
su jeto s d e b aja p re p a ra c ió n y con u n a direcció n en c o n sta n te m o d ificació n
d e b id o a la c a íd a d e alg u n o s de sus m iem b ro s. Bajo e stas co n d ic io n e s, la
d e rro ta d e la o rg a n iz a c ió n rev o lu cio n aria q u e lid eraría la « to m a d e Chile»
con el p u e b lo re b e ld e a la cab e z a, fue to tal.
En a lg u n o s e s tu d io s q u e in te n ta n e x p lic a r la v io le n c ia e n c o n tr a m o s
a rg u m e n to s q u e s e ñ a la n q u e p ese a los o b je tiv o s, la s o rg a n iz a c io n e s
tie n d e n a a u to p re s e rv a rse , es decir, in d e p e n d ie n te d e q u e los o b je tiv o s
v a y a n p e r d ie n d o c e n tr a lid a d o se v u e lv a n d ifu so s, las o rg a n iz a c io n e s
b u scan se g u ir e x is tie n d o .SB ¿La p ro p ia ex isten cia d el L a u taro se c o n v e rtirá
en u n a o b jetiv o p a ra la o rg an iz a ció n ? ¿P o d em o s a firm a r q u e la fin a lid a d
d e la v io le n c ia e s tá e n sí m ism a c u a n d o el c o m b a te c o n tin ú a a p e s a r
d e q u e los o b je tiv o s in iciale s, d e c a rá c te r p o lític o e id e o ló g ic o , h a y a n
p e rd id o su im p o rta n c ia ? '’9 Tal vez estas, m ás q u e p re g u n ta s se a n h ip ó tesis
fre n te a la d e rr o ta d e l L au taro .

58. Peter Waldmann. «Dinámicas inherentes de la violencia política desatada».


En: Sociedades en guerra civil conflictos violentos de Europa y América Latina. Comp.
por Peter W aldmann y Fernando Reinares. Barcelona: Paidós, 1999, pág. 95.
59. Ibíd., pág. 94.

397
Capítulo 13
El Comandante César Montes: sobreviviente
de más de cien batallas

José Pantoja Reyes

C é s a r M o n te s, a q u ie n la le y e n d a p o p u la r a trib u y e q u e «las b a la s se
d e sv ia b a n al lle g a r cerca d e su cu erp o » , y q u e a ú n h o y « h a b ita el c u e rp o
d e J u lio C é sa r M acías» es u n o d e los p ro ta g o n is ta s m á s d e s ta c a d o s d e
la lu c h a d e lib e ra c ió n lib ra d a p o r el p u e b lo d e C e n tro a m é ric a c o n tr a
los o p re s o re s c rio llo s y el im p e ria lism o e s ta d o u n id e n s e e n lo s ú ltim o s
c in c u e n ta a ñ o s. In te m a c io n a lis ta a to d a p ru e b a n o só lo a c tu ó d e c id id a ­
m e n te e n su p aís, G u a te m a la , c o m o in te g ra n te d e la s F u e rz a s A rm a d a s
R ev o lu cio n arias en 1 9 6 2 y fu n d a d o r d el E jército G u errille ro en 1972, sino
q u e ta m b ié n p a rtic ip ó c o m o c o m a n d a n te d el fre n te g u e rrille ro G u a z a p a
e n El S a lv a d o r y a la d o d e la J u v e n tu d S a n d in is ta e n la d e fe n s a d e la
R ev o lu ció n n ic a ra g ü e n se .
C o n s e c u e n te c o n el c o m p ro m iso d e lu c h a r al la d o d e l p u e b lo , q u e
asu m ió a sus 16 añ o s, h o y sigue p a rtic ip a n d o a c tiv a m e n te , al re in te g ra rse
a la v id a civil, p a r a q u e e n su p a ís se lo g re in s ta u r a r la p a z d u r a d e r a y
« p ara sa c a rlo d el a tr a s o po lítico , e c o n ó m ico y social».
C ésar M ontes fo rm a p a rte d e u n a g e n e ra c ió n e x c e p c io n al d e lu c h a d o ­
res la tin o a m e ric a n o s , q u ie n e s c o lo c a ro n A m éric a L atin a e n la g e o g ra fía
rev o lu c io n a ria d e la p rim e ra ex p e rie n c ia d e re v o lu ció n m u n d ia l d el p la n e ­
ta. C on ellos p a rtic ip ó en d o s c o y u n tu ra s ese n ciales d e la s e g u n d a m ita d
d e l siglo xx: u n a d e a lc a n c e m u n d ia l y o tra d e o rd e n c e n tro a m e ric a n o .
E n tre 1 9 5 8 y 1 9 7 8 , e n m e d io d e l a m b ie n te d e la G u e rra F ría, se
p ro d u jo u n m o v im ie n to am p lio , ta n to g eo g rá fic a c o m o so c ia lm e n te , q u e
sa c u d ió el cap ita lism o a nivel m u n d ia l. C om o re s p u e s ta a la m a d u ra c ió n
J o sé Pantoja R eyes

d e l m e r c a d o m u n d ia l b a jo la h e g e m o n ía e s ta d o u n id e n s e , s u r g ie ro n e n
in fin id a d d e p u n to s m o v im ie n to s p o p u la re s, o b re ro s, c a m p e sin o s, n a c io ­
n a le s , q u e c o m b a tie r o n c o n tr a la s c o n s e c u e n c ia s d e la n u e v a re a lid a d
m u n d ia l c a p ita lis ta .
En A sia, A m é ric a L a tin a , A frica, E u ro p a y E sta d o s U n id o s, e n fin e n
to d o s los c o n tin e n te s , la lu ch a social co n tra la p o b re z a , la m a r g in a d ó n , la
a lie n a c ió n c u ltu ra l, e l d e sp o tism o e sta ta l, a d q u irió u n m a rc a d o c a rá c te r
a n tic a p ita lis ta y m u c h o s d e los m o v im ie n to s d e la é p o c a se tr a n s f o r m a ­
ro n e n p ro c o m u n is ta s , el e s p íritu re v o lu c io n a rio se e x te n d ió e n to d a s
las g e o g ra fía s y to d o s los s e c to re s so c ia le s. A sí y a p e s a r d e q u e a ú n
p r e d o m in a b a la v e rs ió n d o g m á tic a e s ta lin is ta , el d is c u rs o so c ia lista d io
fo rm a a las id e a s a n tic o lo n is ta s , n a c io n a lis ta s y a g ra r ia s d e la p e rife ria ,
s ie n d o re c u p e r a d o p o r u n n u e v o m o v im ie n to o b re ro q u e se e sfo rz ó p o r
re c u p e r a r el sin d ic a lism o re v o lu c io n a rio d e tra d ic ió n clasista o d io s e n ti­
d o a la lu c h a ju v e n il, fe m in ista , eco lo g ista y p acifista, q u e irru m p ió en la
e sc e n a d e la lu c h a d e clases, p rin c ip a lm e n te en los p a íse s c e n tra le s p e ro
q u e d e ig u al m a n e r a e stu v o p re s e n te e n to d o el o rb e .
Si b ie n fu e d ifícil el e n c u e n tro e n tr e el d is c u rso p ro le ta r io d e o rig e n
d e c im o n ó n ic o , c o n las d e m a n d a s so ciales p ro v o c a d a s p o r el c a p ita lism o
g lo b a l d e l sig lo XX o co n las e s tru c tu r a s m e n ta le s d e los m o v im ie n to s
so ciales y p o lítico s d e fa c tu ra tra d ic io n a l, sin d u d a fue d e u n a riq u e z a tal
q u e p e rm itió ro m p e r con las v isio n es e sc le ro tiz a d a s d el m arx ism o y a b rió
el cam in o h a c ia la c re ac ió n d e u n n u ev o d iscu rso p o lítico p ro le ta rio , q u e
d e sd e lu e g o a ú n e s tá e n cu rso d e c o n stru irse .
En to rn o a e se n u e v o d is c u rso su rg ió u n n u e v o in te rn a c io n a lis m o e n
el q u e e ra p o sib le q u e u n re v o lu c io n a rio d e c u a lq u ie r p a rte , d ig a m o s u n
c e n tro a m e ric a n o , p u d ie ra se n tirse id en tificad o con las lu ch as d e c u a lq u ie r
rin c ó n d el m u n d o , q u e c o m o d e c ía E rn e sto C h e G u e v a ra

« . . . la b a n d e r a b ajo la q u e se lu c h e se a la c a u s a s a g r a d a d e
la r e d e n c ió n d e la h u m a n id a d , d e tal m o d o q u e m o r ir b a jo
la e n s e ñ a n z a s d e V ie tn a m , d e V e n e z u e la , d e G u a te m a la , d e
Laos, d e G u in e a , d e C o lo m b ia, de Bolivia, d e B rasil, p a ra c ita r
solo los e sc e n a rio s a c tu a le s d e la lu ch a a rm a d a , se a ig u a lm e n ­
te g lo rio sa y a p e te c ib le p a r a u n a m e ric a n o , u n a s iá tic o , u n
a fric a n o y, a u n u n e u ro p e o » . 1

La m u ltip lic id a d d e ro s tro s c o n los q u e se p r e s e n tó el m o v im ie n to


so c ia l m u n d ia l fu e a c o m p a ñ a d o d e u n a g ra n d iv e rs id a d d e fo rm a s d e
lu c h a , d e s d e lo s m o v im ie n to s c o m u n a lis ta s m o d e rn o s (c rític o s a la v id a

1. Ernesto Guevara. Obras 1957-1967. Vol. 2. La Habana: Casa de las Ameri­


tas, 1970, pág. 590.

^100
El C om an d an te César M on tes: so b re v iv ie n te.

c o tid ia n a d e l c a p ita lis m o ), d e las a c c io n e s d ir e c ta s d e lo s e c o lo g ista s,


d e las lu c h a s m a siv a s d e los p a c ifista s, d el im p e tu o s o m o v im ie n to e s ­
tu d ia n til, d e las m o v iliz a c ió n d e n o -v io le n c ia h a s ta la lu c h a a r m a d a d e
los m o v im ie n to s a n tic o lo n ia lista s y d e lib e ra c ió n n a c io n a l, p a s a n d o p o r
el re s u rg im ie n to d e u n a v a rie d a d ca si in fin ita d e p a rtid o s p o lític o s d e
izq u ierd a y de o rg an iz ac io n e s de g é n ero . Un m o v im ie n to q u e h izo añicos
las e s tru c tu r a s p o lític a s y m e n ta le s im p u e sta s p o r el e sta lin ism o .
En m e d io d e e s ta e fe rv e sc e n c ia , h a b ía q u e a p r e n d e r r á p id o c ó m o
o rg a n iz a rs e , r e to m a r las e x p e rie n c ia s in m e d ia ta s q u e el p ro p io m o v i­
m ie n to iba a rro ja n d o , ya fu e se n d e rr o ta s o triu n fo s (p e n s e m o s a q u í, en
el im p a c to q u e tu v ie ro n la R ev o lu ció n c u b a n a o la g u e rr a d e lib e ra c ió n
e n V ie tn a m , p a ra el c o n ju n to d e las lu c h a s so c ia le s ), h a b ía q u e a c la ra r
las id e a s r á p id a m e n te , fu s io n a r d is c u rso s y tra d ic io n e s , p o rq u e se e s ta ­
b a e n m e d io d e u n a g u e rr a e n d o n d e el e n e m ig o n o d a b a c u a rte l y e n
m u ch o s lu g a re s o frecía u n ro stro sa n g u in a rio , so b re to d o e n el c o n te x to
la tin o a m e ric a n o .
E sta p re m u ra y h e te r o g e n e id a d d e la p rim e ra e x p e rie n c ia e n el m o ­
v im ie n to a n tic a p ita lis ta d e v e rd a d e r o a lc a n c e m u n d ia l, c o m p lic a ro n el
a rrib o hacia u n a c e n tra lid a d en la q u e c o n flu y eran la s m ú ltip le s e x p e rie n ­
cias, la in u s ita d a v a rie d a d d e «tácticas», de e stru c tu ra s o rg a n iz a tiv a s y de
le n g u a je s. La d e rr o ta e n las p o sic io n e s clav e d e l m o v im ie n to m u n d ia l y
la fu e rz a d el e m p u je d e l re n o v a d o c a p ita lism o , e n su v e rs ió n n e o lib e ra l,
a u m e n tó la fr a g m e n ta c ió n d e u n m o v im ie n to ta n h e te r o g é n e o , d is p e r­
s a r o n e h ic ie ro n re tr o c e d e r la re fle x ió n te ó ric a y p o lític a , p o s tra ro n e n
g e n e ra l las a sp ira c io n e s d e u n a so c ie d a d ju s ta y lib re.
S in e m b a rg o , n o e n to d o s los lu g a re s se c e rró el p ro c e s o al m ism o
tiem p o ; C e n tro am érica , a c o n tra p e lo d e la c o y u n tu ra m u n d ia l y la d e rro ta
d e la lu c h a g u e rr ille ra re v o lu c io n a ria la tin o a m e ric a n a , v iv ió u n n u e v o
p e río d o á lg id o e n el m o v im ie n to p o p u la r y e n la c o n fr o n ta c ió n so cia l
a rm a d a . No era p a ra m en o s, en C e n tro a m é ric a se a p lic a ro n las e stra te g ia s
d e co n tro l m ás te rrib les q u e E stados U nidos aplicó e n A m érica L atina, m ás
d e un siglo d e g o b iern o s b ru ta le s h a b ía n lo g rad o la c o m b in a c ió n sin ie stra
e n tre la e x tre m a p o b re z a y el m ás e x te n d id o te rro r in s titu c io n a liz a d o q u e
se v iv iera en n in g ú n o tro p aís d el c o n tin e n te .
D esp u és d e la g u e rra d e V ietn am , E stad o s U n id o s se d is p u so a co n so ­
lid a r el c o n tro l tra d ic io n a l q u e h a b ía n te n id o so b re e l is tm o c e n tr o a m e ­
ric a n o , e n la m ism a m e d id a q u e re q u e r ía e x te n d e r la n u e v a e s tr u c tu r a
in d u s tria l m u n d ia l, h o y e n cu rso d e c o n so lid a ció n , p o r to d o el p la n e ta .
La n u e v a re d p ro d u c tiv a m u n d ia l, c u y o c e n tr o es E s ta d o s U n id o s,
re q u ie re d e la m u ltip lic a c ió n d e l n ú m e r o y la v e lo c id a d d e las v ía s d e
c o m u n ic a c ió n e n to d o el m u n d o , y e n p a rtic u la r las in s ta la d a s e n C e n ­
tr o a m é r ic a . El c o n tro l te rrito ria l, e c o n ó m ic o y p o lític o d e lo s p a ís e s al

401
J o sé P antoja R eyes

s u r d e la fro n te ra e s ta d o u n id e n s e h a sta P an a m á h a sid o y es c ru c ia l p a ra


la h e g e m o n ía e s ta d o u n id e n s e , q u e e n b u e n a m e d ia re s id e e n su p osicio-
n a in ie n to y c o n tro l g e o e stra té g ic o d el p a so e n tr e los o c é a n o s A tlá n tic o y
Pacífico.
La r e d o b la d a p o lític a d e te r r o r d e E sta d o s U n id o s e n la d é c a d a del
s e te n ta , en el m a rc o d e la lu ch a c o n tra el c o m u n ism o , re a firm ó la n e c esi­
d a d , e n tr e las fu e rz a s p o p u la re s y re v o lu c io n a ria s c e n tr o a m e r ic a n a s , en
e m p r e n d e r la lu c h a a rm a d a p a ra a lc a n z a r un p o co d e ju s tic ia y lib e rta d .
La c o y u n tu ra se e n c a m in ó a tra n sfo rm a r la lu ch a so cial h acia u n a g u e rra
civil q u e tu v o te rrib le s c o n se c u e n c ia s p a ra la p o b la c ió n .
Lo d e r r o ta d e la s g u e rrilla s c e n tr o a m e r ic a n a s e n tr e la s d é c a d a s d e
los s e s e n ta y s e te n ta , a la p a r d e las d e l re s to d e l c o n tin e n te , tu v o u n
c o n tr a p u n to d e c isiv o c o n el triu n fo d e la R e v o lu c ió n n ic a r a g ü e n s e en
1 9 7 9 . La c o m b in a c ió n e n tre un m o v im ie n to social en asc e n so a c ic a te a d o
p o r la d e c a d e n c ia d e la d ic ta d u ra so m o cista y el re c a m b io en las é lite s de
p o d e r en E stad o s U nidos, a b rió el p aso p a ra q u e u n m o v im ien to d e o rig en
p o p u la r d e r r ib a r á a u n a d e las d ic ta d u ra s m ás la rg a s y e n tr e g u is ta s d el
c o n tin e n te en el sig lo xx.
El triu n fo s a n d in is ta p ro v o có la re d o b la d a p o lític a g u e rr e ris ta q u e el
g o b ie rn o d e R e a g a n ap lic ó e n C e n tro a m é ric a : la c re a c ió n d e la « co n tra»
e n N ic a ra g u a , el d e sp lie g u e d el te rro r c o n tra in s u rg e n te d e los kciibiles en
G u a te m a la , el re fo rz a m ie n to y re a v iv a m ie n to del e jé rc ito sa lv a d o re ñ o .
F re n te al p o d e r y la fu e rz a d e l im p e rio e s ta d o u n id e n s e , la firm e z a
y e x p e rie n c ia d e las o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n a ria s y d e l m o v im ie n to
p o p u la r p e rm itie ro n s o s te n e r la lu c h a a rm a d a d u r a n te u n a d é c a d a m ás.
D esde lu eg o , no sin c o n tra d ic cio n e s, ex trav ío s y p é rd id a s h u m a n a s , co m o
o c u rre g e n e ra lm e n te e n u n a lu ch a en d o n d e las d e sv e n ta ja s so n e n o rm e s;
p e ro a p e s a r d e e llo , los p u e b lo s c e n tr o a m e r ic a n o s lo g r a ro n im p o n e r
u n e q u ilib rio q u e o b lig ó a E sta d o s U n id o s a n e g o c ia r, e n u n c o n te x to
in te rn a c io n a l c a d a vez m ás d e sfa v o ra b le a la in s u rg e n c ia p o p u la r.
Se a b rió u n c o m p á s, en u n e q u ilib rio b a s ta n te p re c a rio , e n el q u e las
o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s y la p o b la c ió n , e n g e n e ra l, in c u r s io n a r o n p o r
p rim e ra vez en el te rre n o d e la p o lítica « d em o crática» (co n la ex cep cio n a-
lidad c a ra c te rístic a de C osta R ica), q u e les h a p e rm itid o in te n ta r re s ta ñ a r
e n a lg o la s la r g a s d é c a d a s d e m ise ria y c o n tin u o s ciclo s d e r e p r e s ió n y
terro r.
El tra n s ito n o h a sid o fácil, la a p e rtu ra al siste m a e le c to ra l n o n e c e sa ­
ria m e n te h a c re a d o las c o n d ic io n e s p a ra re so lv e r la e x tre m a p o b re z a e n
q u e v iv e la m a y o ría d e la p o b la c ió n y la « g lo b a liz a c ió n e c o n ó m ic a » h a
tra íd o -n u e v o s p ro b le m a s, q u e o b lig a n , p o r eje m p lo , a c ie n to s d e m iles a
m ig ra r h a c ia E sta d o s U n id o s. El p ro p io siste m a e le c to ra l, a d e m á s d e las
lim ita c io n e s q u e im p o n e p a ra la p a rtic ip a c ió n p o p u la r, no se h a tr a n s fo r­

402
E l C om an d an te C ésar M on tes: so b rev iv ien te.

m ad o e n u n a v e rd a d e ra d em o c ra c ia y es su s c ep tib le d e c a e r n u e v a m e n te
en p o d e r d e m ilitares y g ru p o s o lig árq u ico s d e u ltra d e re c h a . A dem ás, n u e ­
vos p e lig ro s a c e c h a n , la c o rru p c ió n d e l siste m a p o lític o a lc a n z a ta m b ié n
a las fu e rz a s p o p u la re s y la p re s e n c ia d e los n a rc o tra fic a n te s m e x ic a n o s
y su d a m e ric a n o s a m e n a z a c o n c o o p ta r la frág il in s titu c io n a lid a d c re a d a
h a s ta la fech a (q u e a ú n co n se rv a u n m a rc a d o perfil e x c lu y e n te ) c o m o lo
ha h e c h o ya en M éxico.
E sp erem o s sirva e ste b revísim o y a p re ta d o esb o zo p a ra c o n te x tu a liz a r
la im p o rta n c ia d e la a c tiv id a d re v o lu c io n a ria d e q u ie n h a sid o y es u n
p ro ta g o n ista fu n d a m e n ta l de la h isto ria c e n tro a m e ric a n a y m u n d ia l d e la
s e g u n d a m ita d d el siglo xx.
El d e r r o te r o d e C é sa r M o n te s, q u e p re s e n ta m o s e n las p á g in a s si­
g u ie n te s , es el te s tim o n io d e u n h o m b r e a c tiv o c u y o c o m p ro m is o co n
las n e c e s id a d e s y la lu c h a d e su p u e b lo se m a n tie n e v ivo y su s id e a le s
v ig e n te s. E ste te s tim o n io es a p e n a s u n a m u e s tra d e la ric a e x p e rie n c ia
d e su v id a p o lítica, su posició n y co m p ro m iso c o n se c u e n te co n las cau sas
p o p u la re s y d e su se n sib ilid a d lite ra ria . E sp ere m o s q u e a tra v é s d e él, el
lecto r se c o n ta g ie del o p tim ism o d e u n lu c h a d o r d e to d a la v id a, o p tim is­
m o ta n n e c e s a rio e n é p o c a s ta n d ifíciles p a ra la v id a h u m a n a , c o m o es
n u e s tra é p o c a .
«El fu tu ro n u n c a lleg a, se c o n stru y e a d ia rio y s ie m p re h a y u n a m e ta
p o r alcanzar, p o r eso cree C ésar M o n tes e n la u to p ía q u e sie m p re nos hace
s e g u ir a d e la n te , p o rq u e c u a n d o a lg u ie n s ie n te q u e e s ta c e rc a , d e sc u b re
q ue el fu tu ro d e b e seg u irse c o n stru y e n d o e n el p re s e n te , p o rq u e las m etas
se ven sie m p re m ás lejos, en la m e d id a q u e la m ira d a tie n e a lc a n c e s m ás
le ja n o s, a lc a n c e s estraté g ic o s» .

Julio César Macías Alfaro más conocido como César Montes

Formación

Su p a d re , M iguel H u m b erto M acías A lfaro, nació e n C o m itán , C hiapas


y a p rin c ip io s d el siglo xx d e sd e m u y jo v e n , e m ig ró c o n tr a c o rrie n te , es
decir, lo o p u e s to a lo q u e h a c ía n to d o s su s p a is a n o s: v ia ja r al D istrito
F ed eral o E sta d o s U nidos.
M ig u e l H u m b e rto y d o s d e su s h e rm a n a s e m ig ra r o n a l s u r h a c ia
G u a te m a la , c o n c re ta m e n te a H u e h u e te n a n g o , p o rq u e e n C o m itán , c o rría n
m u ch as h isto ria s d e in d io s q u e b a ja b a n de las m o n ta ñ a s llen o s d e ex ó ticas
aves, v e n a d o s, coch es d e m o n tes e in m e n sas cu le b ra s d e c a rn e su c u le n ta
y d e lic io sa . Se d e c ía q u e e n a q u ellas m o n ta ñ a s e x istía o ro , p la ta y o tro s
m in e ra le s, los b o sq u e s e ra n m ilen ario s, co n m a d e ra s fin ísim as y a lg u n a s
no c o n o c id a s p o r s e r h u m a n o a lg u n o . Se ru m o re a b a q u e e n las ru in a s

403
J o sé Pantoja R eyes

m a y a s m a je s tu o s a m e n te alta s, h a b ía n e n te rra d o a su s rey es co n g ra n d e s


te so ro s q u e p o d ría n h a c e r riq u ísim o a q u ie n los e n c o n tra ra . V arios d e los
g ra n d e s ríos q u e c ru z a b a n te rrito rio s c h a p a n e c o s n a c ía n e n las m o n ta ñ a s
d e H u e h u e te n a n g o .
Se d e c ía q u e la s m o n ta ñ a s e r a n a z u le s y las la g u n a s c o lo r tu r q u e s a ,
e s m e ra ld a , y d e m ú ltip le s y b e llo s c o lo re s; q u e e n las p a rte s m á s a lta s
d e los C u c h u m a ta n e s , d e b id o al in te n so frío ni el trig o se c o se c h a b a , ni
la m is te rio s a a v e lla m a d a Q u e tz a l p o d ría s o b re v iv ir allí. D e h e c h o , un
d ía le d ije ro n : « H u m b e rto , si q u ie re s v e r c o m o n a c e n la s n u b e s , h a y
q u e s u b ir a la c u m b re d e los C u c h u m a ta n e s p o rq u e to d a s las n u b e s
v iv e n d e b a jo d e e sa c u m b re , allí n a c e n to d a s las n u b e s d e l m u n d o q u e
v ia ja n a o tro s p a íse s» . C u a n d o a d o le s c e n te s u b ió a u n a d e la s p a rte s
m á s a lta s d e las m o n ta ñ a h u e h u e te c a s , vio el cielo e x tr a ñ a m e n te c e le ste
y c u b rie n d o m e d ia y la b a ja m o n ta ñ a , las n u b e s m á s b e lla s y b la n c a s
d e l m u n d o . A lg u n a c a b ra sa lv a je b u sc a b a e x tr a ñ o s y re s is te n te s p a s to s
q u e so b re v iv ía n a e sa s a ltu ra s . Así q u e d e c id ió v o lv e r a C o m itá n p o r
to d a s su s h e rm a n a s. Dos de ellas lo a c o m p a ñ a ro n a G u a te m a la d o n d e se
c a s a ro n , tu v ie ro n h ijo s, e n v iu d a ro n y m u rie ro n ; o tr a e m ig ró a d o n d e la
ñ e b r e d e l o ro n e g ro , el p e tró le o d e l g o lfo d e M éx ico , le o fre c ía n e n su
m e n te , riq u e z a s n u n c a v istas, y p o r ello allí h izo fam ilia h a s ta su m u e rte .
S u h e r m a n a L uz a p re n d ió a to c a r m a n d o lin a y u n e x tr a ñ o in s tru m e n to
lla m a d o s e r ru c h o , q u e fro ta d o p o r un a rc o c o m o si fu e ra v io lín , e m itía
lán g u id o s so n id o s q u e h a c ía n llo ra r al m ás d u ro d e los e scu ch as. Ella fue
la m e jo r m a n d o lin a d e la C o n c ertin a G u a te m a la , y la ú n ic a in te rp re te d e
s e rru c h o e n to d a C e n tro a m é ric a . La o tra h e rm a n a d e M iguel H u m b e rto ,
b la n c a la piel co m o u n c o p o d e niev e, con m ejillas ro s a d a s y ojos cele stes,
se h iz o e s p iritis ta y c o n s ta n te m e n te lla m a b a a su ex e sp o s o , q u e d e s d e
u ltr a tu m b a v e la b a p a ra q u e la tía M aría M acías v iu d a d e A rro y o , n o se
v o lv ie ra a c a s a r a p e s a r d e su b elle z a . P u e d e o n o c re e rlo , p e ro el h ec h o
es q u e m u rió v iu d a y no se le con o ció h o m b re ni p ú b lica ni s e c re ta m e n te
d e s p u é s d e su ú n ic o e sp o so , c o n el c u a l e s ta b a u n id a a p e s a r q u e la
m u e r te in te n tó s e p a r a rlo s in ú tilm e n te . E lla p ro v e y ó a J u lio C é s a r d e l
e s p íritu d e u n á n g e l d e la g u a rd a p a ra q u e lo p r o te g ie r a d e to d o s los
m a le s y h a im p e d id o q u e a lg ú n u n tiro to c a r a su c u e rp o y h a sid o así,
a u n q u e u s te d n o lo c rea.
T odas las ta rd e s en el p a rq u e d e C o m itán se s e n ta b a la g e n te a c o n ta r
h isto rias d e las selv as, d e m u erto s, ap a re c id o s, d e las re c u a s d e m u ía s q u e
v e n ía n c a rg a d a s d e e x ó tic o s p ro d u c to s co m o el c h ic o z a p o te , el jo c o te
m a rtin ico , p ieles d e ja g u a r, d e p u m a o león a m e ric a n o , d e la g a rto , d a n ta
o tapir, d e la q u e se e x tra ía u n a m a n te c a m e d ic in a l m ila g ro sa .
En u n a d e e sa s ta r d e s c o n ta r o n -q u e el a b u e lo d e lo s M a cía s su p o
d e la R ev o lu c ió n m e x ic a n a y q u e d e c id ió fo r m a r la se c c ió n d el e je rc ito

404
El C o m an d an te C ésar M ontes: sobreviviente.

z a p a tista en el s u re ste d e M éxico. C u e n ta n q u e se fu e a las m o n ta ñ a s d e


la s ie rra d e l L a c a n d ó n e n m e d io d e los río s L ac a n ja y u n m is te rio s o río
c o lo r s a n g re , q u e p o r ello lo lla m a b a n «el c o lo rad o » .
El a b u e lo M aclo v io M acías d e sa fió la s fu e rz a s e s ta ta le s y fe d e ra le s ,
e s tu v o v a rio s m e se s sin c o m b a tir p o rq u e n a d ie le h iz o ca so , h a s ta q u e
fin a lm e n te , recib ió u n c o rreo q u e d ecía q u e el g o b e rn ó fe d e ra l ya e sta b a
e n m an o s d e la R evolución cu a n d o el se fue a la m o n ta ñ a . Bajó a C o m itán
a c o m p a ñ a d o d e u n a p a re ja d e in d íg e n a s la c a n d o n e s q u e h a b la b a n u n a
le n g u a in c o m p re n s ib le , v e stía n c o n tra je s s im ila re s , lo s h o m b r e s y su s
b e llís im a s m u je re s , q u e e llo s m ism o s e la b o r a b a n c o n h ilo s rú s tic o s y
te ñ ía n con el ju g o d e g u sa n o s q u e d e s trip a b a n p a ra p ro d u c ir u n in te n so
c o lo r azu l.
L levó c o n sig o a v e s y m o n o s viv o s, h ie rb a s c u ra tiv a s , sa c o s, v asijas
m a y a s, c o lla re s d e ja d e , y p ieles d e m a rta , leo n cillo , c u le b ra y la g a rto .
El a b u e lo re g re s ó v ic to rio so . Se c o n v irtió e n el p e rs o n a je q u e m a s
tie m p o d u ró v iv ie n d o e n la selva sin c o n ta c to a lg u n o co n la civ ilizació n .
V olvió h e c h o el m á s g ra n d e h ie rb e ro d e C o m itá n ; e l m e jo r g u ía p a ra
c o n o c e r ru ta s d e c ace ría, te so ro s arq u e o ló g ic o s, b o sq u e s d e chico z a p o te
y el b eju co «raíz d e la vida», el ú n ico elix ir d e la ju v e n tu d c o n o cido h a sta
ese tie m p o e n C o m itá n .
M ig u el H u m b e rto n a ció e n u n a c a sa d o n d e se c u rtía n c u e ro s c o n
ta n in o s v e g e ta le s. Se c u ra b a n e n fe rm o s c o n ra íc e s y c o rte z a d e á rb o le s
m ile n a rio s.

Doña Chus

M iguel H u m b e rto se casó e n G u a te m a la con M aría d e Je sú s López d e


M acías, c o n q u ie n p ro c re o o c h o h ijo s lu e g o d e n u e v e p a rto s . Al ú ltim o
d e su s h ijo s: J u lio C ésar, le d e c ía n el «seca lec h e » y e l « u ltim o su sp iro »
p o rq u e ta n to H u m b e rto c o m o d o ñ a C h u s, e s ta b a n p a s a d o s d e lo s 50
añ o s c u a n d o n ació . A p a re n te m e n te lo n u m e ro so d e la fam ilia y el h e c h o
q u e c re c ie ra e n u n a p e n sió n , lo c o n d ic io n a ro n a v iv ir r o d e a d o d e g e n te
y q u e la s o le d a d n o se le d a b a ni c o m o o c u rre n c ia d e fin d e s e m a n a .
El m a trim o n io d e su s p a d re s se re a liz ó lu e g o q u e el m e x ic a n ito lle g a ra
a Las D e m o c ra c ia s E sc u in d a , c o n o c ie ra a la b e lla jo v e n q u e ya e s ta b a
c o m p ro m e tid a en m a trim o n io . Ese d ía h a b ía fiesta e n ca sa , b a ila ro n y le
so ltó a b oca d e ja r ro la p re g u n ta in d iscreta: «¿Está u ste d v e rd a d e ra m e n te
e n a m o r a d a d e la p e rs o n a c o n q u ie n se va a c a sa r? ¿O es p o rq u e le
co n v ien e a u sted y a su fam ilia? P o rq u e las m u c h a c h a s bonit as so lo d e b e n
c a sarse si e stá n e n a m o ra d a s p ro fu n d a m en te » . Ella se so n ro jó . No d ejó d e
p e n sa r en él h a sta el d ía q u e volvió de noche, a cab allo , la m o n to en an eas
y se u n ie ro n p a ra sie m p re. Se casa ro n c u a n d o la p rim e ra hija c u m p lió 15

'105
Jo sé Pantoja Reyes

a ñ o s. H a b ía n te n id o 4 h ija s m u je re s y 4 v a ro n e s p o rq u e e ra p ro v e rb ia l
la p u n te r ía q u e « J u a n E sp añ o l» te n ía e n tr e su s v ir tu d e s . C h u sita te n ía
u n h e r m a n o d e n o m b r e H u m b e rto L ópez, q u e s ie n d o tr a b a ja d o r d e los
fe r ro c a rrile s e n u n a c c id e n te le p a s ó u n v a g ó n e n c im a d e la p ie r n a y
p e rd ió p a rte del fém ur. S iem p re c am in ó con d ificu ltad y a p e sa r d e ello se
d e d ic ó a tra n s p o rtis ta con u n a c a rre ta ja la d a p o r u n a m u ía ro m a n a q u e se
lla m a b a R a m o n a . C h u sita y su h e rm a n o e ra n h ijo s fu e ra d e m a trim o n io
d e u n a b o g a d o d e a p e llid o M ay o ra q u e vivió e n P a tu lu l, S u c h ite p e q u e z ,
q u ie n no los reco n o ció , h a sta aq u ello s fam osos 15 a ñ o s d e la h ija m a y o r y
q u e el cu ra ob lig ó a q u e fu e ra re c o n o cid a p o r su p a d re , p o rq u e D oña C hus
vivía «en p e c a d o » s e g ú n la c a p ric h o sa in te rp re ta c ió n d e l c u ra d e p u e b lo .
Su h e rm a n o el tío B eto, se n eg ó a c a m b ia r el a p e llid o y así c o n tin u ó h a sta
su m u e r te . E n c a m b io M a ría d e J e s ú s d e s d e el d ía d e l re c o n o c im ie n to ,
d e b ió lle v a r el a p e llid o M a y o ra , d e m a n e r a q u e los p rim e ro s h ijo s e ra n
M acías L ópez y los ú ltim o s c u a tro M acías M ay o ra.
H u m b e rto c o m o a d m in is tr a d o r d e fin cas d e los a le m a n e s , tu v o q u e
v e r en la in tro d u c c ió n de n u ev o s cultivos en R e talh u leu , d e p a rta m e n to de
la co sta su r o c c id e n ta l c e rcan o d e la fro n te ra co n M éxico. Allí n a c ió Ju lio
C ésar q u e fue tra s la d a d o a los pocos m eses a M a z a te n a n g o , d o n d e creció
y e s tu d io e n e s c u e la s p ú b lic a s d o n d e p re g o n a b a n q u e el c o n o c im ie n to
e n tr a c o n s a n g r e d e los a lu m n o s. Su m a e s tra d e los p rim e ro s 3 a ñ o s
e ra u n a a b n e g a d a y tra n q u ila m u je r q u e tra sm itió a su s a lu m n o s v a lo re s
p ro fu n d o s q u e lo a c o m p a ñ a ro n siem p re. Los ú ltim o s tre s a ñ o s d e p rim a ria
re c ib ió cla se s c o n u n « e m in e n te p e d a g o g o » q u e s ie m p re e n te n d ió q u e
la p e d a g o g ía e r a n los re g la z o s q u e p e g a b a c o n u n m a d e r o ro lliz o d e
g u a y a b o s u m a m e n te d u ro , e n la p a lm a d e las m a n o s e x te n d id a s .
D on B eto n o le p eg ó n u n c a a n in g u n o d e sus 8 hijos. Solo fra ses se v e­
ra s c o n p ro f u n d a s le c c io n e s e ra n los re g a ñ o s q u e a lo su m o e sc u c h a ro n .
N u n c a e n su c a sa se su p o d e v io le n c ia in tra fa m ilia r. A p e s a r q u e to d a la
v id a a n d u v o a rm a d o d e u n rev o lv e r S m ith & W esson, c a lib re 3 8 esp ecial,
se s u p o q u e n o lo u só c o n tr a n a d ie , ni e n d e fe n s a p ro p ia . F u e h o m b re
tra n q u ilo , re m a n so d e paz, q u e fu m a b a c o n s ta n te m e n te h a s ta p ro d u c irse
flem as y tos d el fu m ad o r, co n la q u e m u rió . B ebía c o p io s a m e n te los fines
d e s e m a n a y el re s to d e d ía s to m a b a u n a p eritiv o d ia rio . Eso c o n v irtió al
ú ltim o d e sus h ijo s en alg u ie n q u e ab o rre c ía el lico r y m ás a los b o rra c h o s.
Le d u ra h a s ta el p re s e n te e sa fobia.
En la P e n sió n C e n tra l, a u n a c u a d ra d e l p a r q u e y d e la C a te d ra l d e
la c iu d a d , se h o s p e d a b a n e n o le a d a s: lu e g o d el triu n fo d e la R ev o lu ció n
d e 1 9 4 4 lle g a ro n los re v o lu c io n a rio s, e n tre ellos los c o m u n ista s d e l PGT,
u n o d e ellos e ra el in te m a c io n a lis ta c u b a n o C la u d io M ira n d a , m ie m b ro
d e l P artid o S o c ia lista c u b a n o y e x ila d o p o r sus id ea s. L u eg o lle g a ro n los
in g e n ie ro s civ iles, c a d e n e ro s , a g rim e n s o re s y c o n d u c to r e s d e p e s a d a s

406
El C o m an d an te C ésar M ontes: sobreviviente.

m a q u in a s , las g ig a n te s c a g rú a s L o rain , los C a te rp illa r y d e c a m io n e s


d e v o lte o . L u eg o fu e ro n los m ilita re s re c ié n g ra d u a d o s d e la E sc u ela
P olitécnica. A lgunos de ellos fu ero n p erse g u id o s p o r p a r tic ip a r e n in te n to s
de g o lp es de E stad o d e re c h ista s c o n tra el g o b ie rn o le g a lm e n te elec to . En
el a ñ o 195 4 se alo ja ro n e n la p en sió n los «ag raristas» q u e re p a rtía n tie rra s
a los c a m p e s in o s q u e h a b ía n sid o d e sp o ja d o s d e e lla . C u a n d o in ic ia ro n
el re p a r to d e las tie rra s o c io sa s d e la U n ite d F ru it C o m p an y , se p ro d u jo
la in v a sió n d e l p aís p o r m e rc e n a rio s d e la CLA q u e c u m p lie n d o o rd e n e s
d e la « F ru tera» , fo rm a ro n en H o n d u ra s u n e je rc ito e n tr e n a d o , a rm a d o y
fin a n c ia d o p o r la e m b a ja d a d e E sta d o s U n id o s q u e d io p o r re s u lta d o la
in te rru p c ió n d el p ro c e s o n a c io n a lis ta re v o lu c io n a rio d e J a c o b o A rb e n z ,
un m ilita r p a trio ta a c u sa d o de co m u n ista . Eso im p a c to p a ra to d a su v id a
a Ju lio César.
L leg aro n fin a lm e n te a la P en sió n C e n tra l los m o rm o n e s q u e c o n v e n ­
ciero n a C hita, la te rc e ra h e rm a n a d e la fam ilia p a ra q u e fu e ra a p re d ic a r
el Libro de M orm ón a S a n ta A na, El S alv ad o r y p o ste rio rm e n te Ju lio César,
e d u c a d o m u y re lig io sa m e n te co m o c ató lico y d e c e p c io n a d o d e los c u ra s
p e d e ra s ta s , q u e ta m b ié n e n su p u e b lo h ic ie ro n d e la s s u y a s , c a m b ió d e
relig ió n en b u sca d e m a n te n e r la re la c ió n co n Dios q u e h a b ía a p re n d id o
te m p ra n a m e n te e n su casa.
T ra slad ad o s a la ciu d a d c ap ital, e stu d ió u n a ñ o en u n colegio ev a n g éli­
co y el ú ltim o en el In stitu to M ixto R afael A queche, q u e e n aq u e lla ép o ca
c a ra c te riz a b a a su s e s tu d ia n te s co m o iz q u ie rd ista s y m u y e stu d io so s.
D u ra n te e so s ú ltim o s a ñ o s se v in cu ló al g ru p o d e jó v e n e s q u e p r e ­
m a tu r a m e n te fu n d a r o n el F re n te d e lo s E s tu d ia n te s G u a te m a lte c o s O r­
g a n iz a d o s (FU EG O ) q u e se p u sie ro n a la v a n g u a rd ia d e la lu c h a p o r los
in te re s e s n a c io n a le s y n o so lo d e los e s tu d ia n te s . A llí c o m p re n d ió q u e
la lib e rta d d e m a n ife sta c ió n y p ro te s ta e ra n fra ses y le g isla c io n e s vacía s
p o rq u e los re p rim ie ro n c o n g ases la c rim ó g e n o s, g o lp iz a s, c a b a lle ría q u e
a tr o p e lla b a m a n ife s ta n te s y fin a lm e n te la c á rc e l a lo s 16 a ñ o s d e e d a d .
Se in te g ró p le n a m e n te a las lu ch as p o p u la re s e stu d ia n tile s y al g ra d u a rse
e n 1 9 5 9 d e m a e s tro d e e d u c a c ió n p rim a ría u rb a n a , se in sc rib ió e n la
U n iv e rs id a d e n la F a c u lta d d e Leyes. Su g e n e ra c ió n a p o rtó jó v e n e s q u e
m á s a d e la n te lle g a ro n a s e r d e te r m in a n te s en la v id a p o lític a d e l p a ís.
E ntre ellos dos q u e lleg a ro n a se r p re sid e n te s d e la R epública: R am iro de
L eón C arp ió y V inicio C erezo.
C u a n d o se r e b e la ro n los m ilita re s p a tr io ta s el 13 d e n o v ie m b re d e
1 9 6 0 , n o d u d o q u e co n ellos d e b ía e s ta r p a ra im p u ls a r los c a m b io s re v o ­
lu c io n a rio s p o r m e d io d e u n a a so n a d a cívico m ilitar, co m o re e d ita n d o el
p ro c e s o re v o lu c io n a rio d e 1 9 4 4 . Se p ro d u jo un p ro c e so do a c u m u la c ió n
d e fu e rz a s u n iv e rsita ria s, d e s e c u n d a ria , lig a d a s a a lg u n o s sin d ic a to s re ­
Jo s é Pantoja Reyes

v o lu cio n ario s y ello p ro d u jo g ra n d e s re b elio n es u rb a n a s q u e se o rig in a ro n


e n 196 1 y su a u g e fu e e n m a rz o y a b ril d e 1 9 6 2 .
Allí a p re n d ió q u e no h a b ía c a m in o s pacíficos p o sib les p a ra el p ro ceso
re v o lu c io n a r io . H izo su y a la c o m p re n s ió n d e a lia rs e a los m ilita re s
re b e la d o s e n 1 9 6 0 . C u a n d o el PGT y los e s tu d ia n te s se u n ie r o n p a ra
fo rm a r las F u e rz a s A rm ad as R ebeldes en el final d el a ñ o 1962, Ju lio C ésar
c o n su c a ra d e n iñ o , e sta b a e n tre los p rim e ro s jó v e n e s civiles in te g ra d o s
b ajo el c o m a n d o d e los m ilita re s e n la lu ch a g u e rrille ra q u e d u ró 3 6 añ o s.
V arias v e c e s J u lio C é sa r al s e r p re g u n ta d o ¿ c ó m o se fo rm a u n g u e ­
rrille ro ? , re s p o n d ió : «se n e c e sita u n a re v o lu ció n p a trió tic a co n d ig n id a d
n a c io n a l. U n a e m p r e s a m o n o p ó lic a c o m o la U n ite d F ru it C o m p a ñ y con
e stre c h o s n e x o s co n el g o b ie rn o e s ta d o u n id e n s e y la CIA. U na e m b a ja d a
e s ta d o u n id e n s e q u e o rg a n ic e la inv asió n com o o p e ra c ió n e n c u b ie rta . Esa
es la r e c e ta p a r a h a c e r g u e rrille ro s a m o n to n e s e n u n p aís s u b d e s a rro -
lla d o » . A lg u n o s tie n e n q u e e s ta r e n los p rim e ro s in te g r a n te s d e eso s
e s fu e rz o s re v o lu c io n a rio s y a C é sa r le to c ó e s ta r e n las p rim e ra s lín e a s
d e fu e g o d e s d e el in icio d e l fe ro z e n fr e n ta m ie n to a r m a d o in te rn o . Las
FAR d e G u a te m a la fu e ro n las p rim e ra s g u e rrilla s la tin o a m e r ic a n a s q u e
in a u g u r a r o n la p rim e ra o le a d a g u e rrille ra d e l c o n tin e n te a m e ric a n o e n
la d é c a d a d el s e s e n ta . A lgún m é rito h istó ric o tu v ie ro n los c a m a ra d a s de
a rm a s co n los q u e p a rtic ip ó C ésar M o n tes.

Las primeras experiencias políticas

V ivir en G u a te m a la in v a d id a p o r un g ru p o m e rc e n a rio b ajo las o rd e n e s


d e u n c o ro n e l tr a id o r a su p a tria , es u n a e x p e rie n c ia p o lític a q u e to d o s
los c iu d a d a n o s v iv ie ro n e n 1 9 5 4 . El p a ís se d iv id ió e n tr e «los b u e n o s»
a n tic o m u n ista s y «los m alos» izq u ierd istas, re v o lu c io n a rio s, d em o c rá tic o s,
to d o s in clu id o s e n la calificación d e sp ec tiv a d e c o m u n ista . La im a g e n de
u n co m u n ista e ra a tro z , no la de a lg u ien que tu v ie ra u n a filosofía, sin o se
la h o m o lo g a b a a u n a s e s in o , r e p r e s o r d e la s ig le sia s, v io la d o r, « a g e n te
d el c o m u n ism o in te rn a c io n a l» , c a p a z d e las a tro c id a d e s m á s g ra n d e s del
m undo.
E n M a z a te n a n g o la fa m ilia M acías fu e p e rs e g u id a p o rq u e los d o s
h ijo s v a ro n e s m a y o re s , C arlo s H u m b e rto y J o r g e V íctor, d e b ie r o n exi-
la rse a M éxico j u n t o c o n c ie n to s d e d ir ig e n te s c a m p e s in o s , sin d ic a le s,
in te le c tu a le s d e iz q u ie rd a e in te m a c io n a lista s c o m o el a rg e n tin o E rn esto
G u e v a ra a q u ie n e n G u a te m a la c o n o c ía n s o la m e n te c o m o «el C he». El
g o b ie rn o su rg id o a p a rtir d el d e rro c a m ie n to d e A rbenz, o rg a n iz ó p ira s de
lib ro s e n to d o s los d e p a rta m e n to s , q u e m ó c a n c io n e ro s co n c o rrid o s d e la
R ev o lu ció n m e x ic a n a y d isco s co n m ú sica d e «La A d elita» q u e co n sid e ró
s u m a m e n te su b v e rsiv a . Im p u so la ley d e D efen sa c o n tr a el C o m u n ism o ,

408
El C om an d an te C ésar M ontes: sobreviviente.

que p e rseg u ía a las p e rso n a s p o r su fo rm a d e p e n sa r y no p o r su activ id ad .


En las calles d e la p o b la c ió n a los M acías les g r ita b a n a to d o p u lm ó n :
« ¡c o m u n ista s! ¡a teo s, a se s in o s, sirv ie n te s d e lo s ru s o s, la d r o n e s d e la
tie r r a , in d io s a n a lfa b e to s !» , e n tr e a lg u n o s d e lo s in s u lto s p u b lic a b le s ,
p o rq u e las p ro c a c id a d e s e ra n con m u c h o lo m ás g e n e ra liz a d o .
J u lio C é sa r e s tu d ia b a m e c a n o g ra fía e n u n a in s titu c ió n p riv a d a co n
ce rc a n a relació n a la Iglesia católica. Un día llegó u n c a m p e sin o a so lic ita r
q u e le e s c rib ie ra n u n a so lic itu d d e a g u a p o ta b le . E sta b a e s c rib ie n d o lo
m e jo r q u e p o d ía la p e tic ió n , c u a n d o irru m p ie ro n d o s a n c ia n a s h e r m a ­
n a s c o n o c id a s p o r su m o jig a te ría y fa n a tis m o re lig io so . « ¿ Q u ié n es ese
c a m p e sin o su cio , q u é h a c e aq u í?» p re g u n ta ro n a lte ra d a s . «Se le e stá re ­
d a c ta n d o u n a ca rta solicitud», les re sp o n d ie ro n . «¿Y q u ién es este p a to jito
q u e e sc rib e e sa c a rta p a ra el in d io e ste ? » J u lio M ac ía s fu e la re s p u e s ta .
«!A h h h !, u n o d e la fa m ilia d e c o m u n ista s, c o n ra z ó n e so e x p lic a to d o .
¡F u e ra d e a q u í m u g ro s o y u s te d c o m u n is ta , a te o q u e q u ie re d e s tr u ir la
fa m ilia y h a c e r a las m u je re s c o le c tiv a s, re tíre s e d e in m e d ia to d e aq u í!
¡F uera p ich ó n d e c o m u n ista , fu eraaaa!» . Los grito s re s o n a b a n p o r to d a la
c a lle y lle g a b a n al P a rq u e C e n tra l s itu a d o a u n a c u a d ra d e la A c a d e m ia
d e m e c a n o g ra fía . P or m u c h o s m e se s y a ñ o s a q u e llo s g rito s e s te n tó re o s
re s o n a ro n e n la m e n te d e Ju lio César, sin p o d e rse e x p lic a r p o r q u é ta n ta
ira , ta n to o d io , ta n to e s c á n d a lo p o r u n se rv ic io so c ia l a u n c a m p e s in o
p o b re q u e sin p a rtid o o id e o lo g ía a lg u n a , so lo q u e ría a g u a p o ta b le p a ra
su a ld e a . A p o y a r e sa s so lic itu d e s e ra s e ñ a la d o c o m o c o m u n is m o p u ro
p o r las m e n ta lid a d e s re tro g ra d a s q u e im p e ra b a n e n e so s a ñ o s.
R eco rd ab a g ra ta m e n te los c a n to s d e la R ep ú b lica e sp a ñ o la d e rr o ta d a
q u e se e n to n a b a n en las m a n ife sta cio n e s cam p e sin a s, o b re ra s o e s tu d ia n ­
tile s a n te s d e l a ñ o 5 4 . La p ro fu sa e d ic ió n d e lib ro s, la in s ta n c ia a le e r
c o m o n e c e s id a d h u m a n a in s a tisfe c h a q u e e n d ie z a ñ o s d e re v o lu c ió n
d e m o c r á tic a se p ro c la m o c o m o u n a d e m a n d a so c ial. A sí lle g a ro n lib ro s
de la R evolución m ex ic an a q u e e ra n leídos p o r el a d o le s c e n te con d e le ite
y se d d e a p re n d iz a je s . El lib ro d e p o e m a s d e G a rc ía L o rca e ra fácil d e
o b te n e r lo m ism o q u e el d e D o lo res Ib a rru ri, «La P a sio n a ria » , d irig e n te
re p u b lic a n a e sp a ñ o la q u e lo titu ló El único ca m in o .
C u a n d o alg ú n e s tu d ia n te decía q u e e ra n « co m p añe ro s» d e e stu d io , se
c o n v e rtía en so sp ech o so d e izq u ierd ista, p o rq u e ese tra to e sta b a p ro scrito
e n el le n g u a je c o tid ia n o . M ás g ra v e a ú n e ra tra ta r s e c o m o « cam a ra d as» ,
e so e ra s u fic ie n te p a r a c a ta lo g a r a a lg u ie n d e c o m u n is ta ir r e d e n to y
e n e m ig o d e la fa m ilia , la p ro p ie d a d p riv a d a y el E sta d o . El té r m in o
« c a m a ra d a » e ra d e b o lc h e v iq u e p u ro . C ie n to s d e c a m p e s in o s fu e ro n
a se s in a d o s sin ju ic io a lg u n o , so lo p o r el d e lito d e so lic ita r u n p e d a z o d e
tie rra y el m ay o r n ú m e ro de m u e rto s se d eb ió a q u e recib iero n un p e d a z o
d e tie rra e n u su fru c to v italicio p a ra g e n e ra r su p ro p io a lim e n to .

*1 0 9
Jo sé Pantoja Reyes

C o m o u n a iro n ía a m a rg a p a ra los a n tic o m u n is ta s , to d o s los p a rtid o s


p olíticos fu e ro n p ro sc rito s y d e sa p a re c ie ro n , m en o s el P a rtid o C o m u n ista
(PG T ) q u e se c la n d e s tin iz ó y fu n d ó la J u v e n tu d P a trió tic a d e l T rab a jo .
E n el a ñ o 5 6 su s h e rm a n o s C a rlo s H u m b e rto y J o r g e V ícto r v o lv ie ro n
c la n d e s tin a m e n te p a ra in te g ra rs e a la lu c h a re v o lu c io n a ria . El p rim e ro
e n el PGT y el se g u n d o en la JPT .
Esos d os h e rm a n o s fu ero n con m u ch o un g ra n e jem p lo re v o lu c io n a rio
e in flu e n c ia e n la m ilita n c ia p o s te rio r d e J u lio C ésar, q u ie n c o m p a r tía
to d a la v isió n e c o n ó m ic a d e l m a rx ism o y n o la filo so fía m a te ria lis ta d e
su s h e rm a n o s . S ig u ió s ie n d o m u y re lig io so en su c o n d u c ta , a h o r a b ajo
los p re c e p to s m o rm o n e s, p e ro sin fa n a tism o a lg u n o .
En o c tu b r e d e 1 9 6 2 re g re s a b a e n a v ió n d e s d e C u b a a d o n d e e s tu ­
v o p a ra la crisis d e l C a rib e , 2 c u a n d o e n el a e r o p u e r to lo s e c u e s tra r o n ,
m e tié n d o lo e n el p iso d e u n c a rro a m e ric a n o , d e te n id o e n u n a cá rc e l
c la n d e s tin a u b ic a d a e n la E d ito ria l d e l E je rc ito d e G u a te m a la d u r a n te
u n a s e m a n a . Al p rim e r y s e g u n d o d ía fu e in te r r o g a d o p o r u n c u b a n o
g u sa n o , n ac io n a liz a d o e s ta d o u n id e n se d e ap e llid o P o sad a C arriles, sien d o
to r tu r a d o ju n t o a su c o m p a ñ e ro d e v ia je Jo s é M a ría O rtiz V ides. L u eg o
fu e ro n lib e ra d o s p a ra in te n ta r c a p tu ra rlo s a c u sa d o s d e p o n e r ex p lo siv o s
en el Palacio N acio n al, d icien d o q u e lo h a b ía n h e c h o e n las m ism as fechas
q u e los h a b ía n d e s a p a re c id o d e l a e ro p u e rto .
Al s a lir d e la d e te n c ió n ju r ó n o d e ja rs e c a p tu r a r v ivo , lu c h a r c o n la s
a rm a s e n la m a n o p o r p re s e rv a r su lib e rta d p e rs o n a l y la lib e rta d d e su
p u e b lo y lo h a c u m p lid o h a s ta el d ía d e hoy. N u n ca m á s fu e d e te n id o e n
su v id a. Lo im p id ió a b a la z o s in n u m e ra b le c a n tid a d d e veces.
Su vida se lle n ó d e h e ch o s reales y ley e n d a s q u e ib a n d e sd e la a firm a ­
c ió n q u e las m o rd id a s d e c u le b ra s v e n e n o sa s n o le h a c ía n n a d a , p o r eso
las c a p tu r a b a c o n las m a n o s p e la d a s , h a s ta la in c re íb le c a p a c id a d p a ra
c o n v e rtirs e e n ra c im o d e p lá ta n o s y d o rm ir e n la b o c a d e u n c o c o d rilo .
Q u e las b alas le p a s a ro n cerc a m u c h a s v eces e ra c o m p ro b a b le , lo q u e no
lo e ra es q u e las b a la s d e d e sv ia b a n al lle g a r c e rc a d e su c u e rp o .
F ue d e c la ra d o m u e r to e n 1 9 6 6 p o r el e jé rc ito d e G u a te m a la y p u b li­
c a ro n la n o tic ia e n los p e rió d ic o s d e la é p o c a . L u eg o r e a p a r e c ió e n la
o fen siv a del T et en V ietn am en e n e ro d e 1 968, c u a n d o fu e ro n d e rro ta d a s
las m e jo re s fu e rz a s m ilita re s d e la n a c ió n im p e ria lis ta m á s p o d e ro s a d e
la h isto ria : las e sta d o u n id e n se s a lia d a s a c o re a n o s d e l sur, a u s tra lia n o s y
d e o tro s p aíses.
Viajo al n o rte d e C o rea c u a n d o fue c a p tu ra d o el b a rc o e sta d o u n id e n se
«USS P u eb lo » c o n to d a su trip u la c ió n . V ia ja b a p o r E u ro p a ru m b o a
L a tin o am érica c u a n d o se p ro d u jo el M ayo fran cés c u a n d o los e stu d ia n te s

2. Se refiere a la crisis de los m isiles.

410
El C o m an d an te C ésar M ontes: sobreviviente.

y o b re ro s fra n c e s e s p a ra liz a r o n P arís y to d a F ra n c ia . R ecién lle g a b a a


M éxico c u a n d o se p ro d u jo la m a ta n z a d e T la lte lo lc o .
Parecía q u e el d e stin o lo c o n d e n a b a a e s ta r en m ed io d e los p ro c e so s
sociales d e m ás a lto im p acto del m u n d o en la d é c a d a d el se se n ta . En 1970
h a sta 1972, estu v o e n M éxico p re p a ra n d o el re to rn o a G u a te m a la con u n a
fu e rz a g u e rrille ra q u e in g re só e n e n e ro d e ese ú ltim o a ñ o p a ra re in ic ia r
la s e g u n d a g ra n o le a d a g u e rrille ra la tin o a m e ric a n a , e n u n m o m e n to
e n el q u e n a d ie d a b a ni u n c o m in o p o r la lu c h a g u e rr ille ra lu e g o d e
lh m u e r te d el C he G u e v a ra e n B olivia. A c o n tr a p e lo d e la te n d e n c ia
g e n e ra l, sobrevivió a la ofen siv a d e dos e jército s e n la fro n te ra m ex ícan a-
g u a te m a lte c a y c o n d u c ie n d o c o n a lg u n a c a p a c id a d tá c tic a a lo s q u in c e
h o m b re s c o n los q u e in g re so a la se lv a d e l Ix c a n , lo g ró d e s a r r o lla r la
o rg a n iz a c ió n E je rc ito G u e rrille ro d e los P o b res, q u e ju n t o a to d o s eso s
c o m p a ñ e ro s , g e n e ra liz a r o n la lu c h a g u e rrille ra e n su p a ís y a p o y a ro n
a los o tro s p a íse s c e n tr o a m e r ic a n o s p a ra re in ic ia r la lu c h a a r m a d a q u e
c o n d u jo e n 1 9 7 9 al triu n fo e n N ic a ra g u a c o n tra la o b so le sc e n te d in a s tía
so m o c ista .
En 1981 y a e s ta b a in te g ra d o en u n a d e las o rg a n iz a c io n e s d el FMLN
p a ra e s ta b le c e rs e e n el c e rro d e G u a z a p a e n el s ig u ie n te a ñ o , lle g a n d o
c o m o m é d ic o in te m a c io n a lis ta y g a n á n d o s e a p e lo el g ra d o d e c o m a n ­
d a n te del F ren te G u errille ro de G u azap a. Allí se inició la g u e rrilla y allí se
d e sm o v ilizaro n las fu e rza s m ilita res d el FMLN ya co n b rig a d a s al final de
la h a z a ñ a d e las g u e rrilla s m ás a u d a c e s y m ejo r o rg a n iz a d a s d e A m érica
L atin a h a sta esa é p o c a .
C ésar afirm a q u e co m b atió m ás veces y m ás fe ro z m e n te en El S a lv a d o r
q u e en las d o s e x p e rie n c ia s g u e rrille ra s a n te rio re s e n G u a te m a la .
D u ra n te su e x p erie n c ia en N icarag u a, le tocó c o m p a rtir co n la glo rio sa
J u v e n tu d S a n d in ista q u e co n tu v o la ofensiva m ilita r d el im p e rialism o e s ta ­
d o u n id e n s e q u e bajo las d irectrices d e R onald R eag an , se p u so co m o m e ta
a r r o d illa r y h a c e r re n d ir a los n ic a ra g ü e n s e s . La R e v o lu c ió n S a n d in is ta
d e rro tó los o b jetiv o s de E stad os U nidos y allí d e sd e las T ro p as E speciales
d el M inisterio d e G o b ern ació n , d io C ésar M ontes su c o n trib u c ió n m o d e sta
p a ra ese éx ito .
L u eg o d e la firm a d e los A c u e rd o s d e Paz e n N ic a ra g u a se in te g ró
s e m ic la n d e s tin a m e n te a la v id a p ú b lic a . Es d e c ir q u e c o n o tr o n o m ­
b re y n a c io n a lid a d n ic a r a g ü e n s e , c o n trib u y ó e n lo p o c o q u e p u d o a la
c o n stru c c ió n d e la p az.
C o n trib u y ó a la s ú ltim a s d o s g ra n d e s o fe n siv a s m ilita re s e n El S a lv a ­
d o r y lu e g o d e la firm a d e los a c u e rd o s d e p a z e n 1 9 9 1 se in te g ró a la
v id a civil c o n o tro n o m b r e y a h o ra co n n a c io n a lid a d s a lv a d o re ñ a , p a ra
c o n s tr u ir el c o m p le jo p ro c e s o d e p a z q u e c o n d u jo h a s ta el p re s e n te al
triu n fo e le c to ra l d el FMLN.

411
Jo sé Pantoja Reyes

El presente político y personal

De tal m a n e ra q u e c u a n d o en 1 9 9 6 se firm aran los A cu erd o s d e Paz de


G u a te m a la , ya a c u m u la b a dos p ro ceso s d e re in te g ra c ió n a la v id a política
p ú b lic a . A h o ra in te n tó h a c e rlo r e c u p e r a n d o su o rig in a l n o m b re , p e ro
fue im p o sib le. C é sa r M o n tes h a b ita en el c u e rp o d e J u lio C ésar M acías y
s e g u r a m e n te lu e g o d e la m u e r te d e e ste ú ltim o , s e g u irá s o b re v iv ie n d o
M o n tes a M acías.
Lo q u e n o se p u e d e d e c ir es q u e se s ie n ta in c o m o d o M o n te s c o n su
re e n c a r n a c ió n e n e s e p e rs o n a je ficticio y re a l. En ra z ó n q u e so lo 18
a ñ o s u só su n o m b re d e pila y 36 añ o s, u só el se u d ó n im o d e g u e rra , e stá
in d u d a b le m e n te m ás a c o stu m b ra d o y m ás c ó m o d o con esa p e rs o n a lid a d
q u e c o n s tru y ó p a c ie n te m e n te en d é c a d a s d e c o n fr o n ta c ió n a r m a d a a
riesg o d e p e rd e r la v id a.
R e in te g ra rs e a la v id a p o lític a p ú b lic a fu e d if e re n te e n G u a te m a la .
E sta b a m á s s e g u r o e n El S alv ad o r, re s p e ta d o in c lu so p o r los m ilita re s a
q u ie n e s e n fr e n tó y a p e s a r d e la fo b ia a los in te m a c io n a lis ta s , a él se le
tu v o c o n sid e ra c ió n e sp e cia l y no se le exigió sa lie ra d e l país.
En G u a te m a la en cam b io en el m es de ag o sto h ac e tres añ o s le h iciero n
un a te n ta d o tres sicario s a rm a d o s q u e d isp a ra ro n con eficiencia c o n tra un
am ig o co n q u ie n lo c o n fu n d ie ro n . R epelió el a ta q u e a b a lazo s h irie n d o a
dos y d e s a rm a n d o a u n o , com o en los m ejo res a ñ o s d e la g u e rra y a p e sa r
d e su s 6 5 añ o s.
Pero lo m ás c o m p lic a d o de la re in serció n p ú b lic a h a sid o el riv alism o
d e su s ex c o m p a ñ e ro s d e q u ie n e s h a re c ib id o la m á s g ra n d e c a n tid a d
d e a ta q u e s p o lític o s. Si a lg ú n s e c to r d e los p o d e re s p a ra le lo s b u sc ó
su m u e r te física c o n e se a te n ta d o , m u c h o s d e los s e c to re s ra d ic a le s d e
iz q u ie rd a h a n b u sc a d o in ú tilm e n te su m u e rte p o lítica y cívica.
P ero el e sp íritu d e su tía M aría M acías v iu d a d e A rro y o , le h a p re s e r­
v a d o d e e s a s tre s cla se s d e m u e rte s . S ig u e a h o ra c o n tra b a jo s a m p lio s
d e o rg a n iz a c ió n p o p u la r e n tr e los c a m p e sin o s y tr a b a ja n d o a rd u a m e n te
p a ra la c o n s tru c c ió n d e la p a z fírm e y d u r a d e r a e n u n p a ís e n el q u e
su b e lle z a es ta n g ra n d e c o m o las d ific u lta d e s p a ra sa c a rlo d e l a tr a s o
p o lítico , e c o n ó m ic o y so cial.
A hora a los 6 8 añ o s, co n u n a hija d e 13 a ñ o s y la p e q u e ñ a d e 6 y m ed io
m e se s d e v id a , u n a e sp o s a d e 3 0 a ñ o s y u n a v ita lid a d d e c u a n d o te n ía
la m ita d d e su a c tu a l e d a d c ro n o ló g ic a , c o n s id e ra q u e el re v o lu c io n a rio
es jo v e n to d a la v id a , q u e el d e b e r d e to d o re v o lu c io n a rio es h a c e r la
re v o lu c ió n en la s c o n d ic io n e s so ciales e n las q u e le to q u e vivir.
A hora con las a rm a s de la raz ó n , d e l diálo g o , d e la in c id e n c ia p o lítica,
d e la te n a c id a d y d e u n p ro fu n d o s e n tid o a u to c rític o q u e le p e rm ite
a p r e n d e r to d o s los d ía s d e su v id a . P o rq u e sie m p re h a c o n s id e ra d o q u e

412
El C o m an d an te C ésar M ontes: sobreviviente.

la v id a es lu c h a y se lu ch a to d a la vida, h a s ta q u e se a b a n d o n e el c u erp o
físico q u e se d e te n t a y q u e d e so lo el c u e rp o d e id e a s y e je m p lo s q u e se
h a te n id o d u r a n te to d a la v id a.
El fu tu ro n u n c a lle g a , se c o n s tru y e a d ia rio y s ie m p re h a y u n a m e ta
p o r alcanzar, p o r eso cree C ésar M ontes en la u to p ía q u e sie m p re nos hace
s e g u ir a d e la n te , p o rq u e c u a n d o a lg u ie n s ie n te q u e e s ta c e rc a , d e sc u b re
q u e el fu tu ro d e b e seg u irse co n stru y e n d o e n el p re s e n te , p o rq u e las m etas
se ven sie m p re m ás lejos, e n la m e d id a q u e la m ira d a tie n e m ás a lca n ces
le ja n o s, a lc a n c e s e stra té g ic o s. A h o ra e sta m o s m á s e x p u e s to s p o rq u e n o
co n ta m o s con e s tru c tu ra s m ilita res de se g u rid a d . La v ida p o lítica pública
es sie m p re v u ln e ra b le a c u a lq u ie r a te n ta d o a rm a d o . P ero ta m b ié n el
p aso in ex o rab le d el tie m p o nos h ace v er q u e re a lm e n te e sta m o s vivien d o
tie m p o s e x tra s lu e g o d e s u p e r a r ta n ta s p ru e b a s m ilita re s y a u n la d e
sa lu d , q u e le p e rm ite a C é sa r e n o rg u lle c e rse d e s e r u n so b re v iv ie n te d el
c á n c e r d e co lo n , a d e m á s d e so b re v iv ie n te d e m á s d e c ien b a ta lla s.

La g uerrilla fue mi cam ino


(Epiiafio p ara C ésar M ontes)

Ju lio C ésar M acías3

«Es p re c iso d e s p e r ta r p a ra p o d e r m o rir. Es p re c iso m o rir p a ra p o d e r


n acer» , d ice O to n ie l M a rtín ez .
C reo te n e r la a u to r id a d p a ra e s c rib ir so b re C é sa r M o n te s. D e to d o s
m o d o s , yo lo in v e n té , le di v id a y e n c ie rta m a n e r a él m e d io m u e r te .
C u a n d o él n a c ió , yo d e jé d e existir.
C é s a r M o n te s h iz o m u c h a s co sa s, re c o rrió el m u n d o , c o m b a tió e n
v a rio s p a ís e s, h iz o m ú ltip le s d e c la ra c io n e s , le to m a ro n m u c h a s fo to s.
T odo a co sta d e q u e yo d e ja ra d e existir.
Mis hijos no llevan m is ap ellid o s, y d u ra n te m u c h o tiem p o no su p ie ro n
el n o m b re d e su p a d re , q u e c a re c ía d e d o c u m e n ta c ió n a lg u n a . C é sa r
M o n te s, e n c a m b io , tu v o m u c h o s p a s a p o r te s e id e n tific a c io n e s, v a ria s
e sp o sa s e h ijo s, m u c h a s m a d re s a d o p tiv a s, p o r to d o el m u n d o le so b ra n
h e rm a n o s , celo so s a d v e rs a rio s y h a s ta e n e m ig o s e n tr e su s p ro p io s ex
co m p a ñ e ro s.
C é sa r es c o n tro v e rtid o . D esd e q u e d e s a p a re c ió , m u c h a g e n te q u e le
c o n o c ió h a b la m u y b ie n y m u y m al d e él. Lo o d ia n y lo a p re c ia n . Es u n
p e rso n a je cu yas ú n icas p asio n es fu e ro n la rev o lu ció n social y el am or. Un
se r h u m a n o ficticio y real.

3. Página de literatura guatem alteca. C opyright 1 9 9 6 -2 0 0 6 . J u a n C urios


Escobedo.

413
Jo sé Pantoja Reyes

Es com o u n a n o v ela cuyo p ro ta g o n ista o cu p a el sitio q u e le c o rre sp o n ­


d e al a u to r. Lo d e s p la z a y lo s e p u lta . Es la im a g e n q u e e n el e s p e jo se
lib era d el a z o g u e , y se m a te ria liz a c o n d e n a n d o a su d u e ñ o a u n a esp ecie
d e d e s tie rr o in te rio r, c o n v in ié n d o lo en re h é n d e su s p ro p io s su e ñ o s .
El e jército d e G u a te m a la , la policía, en a lg u n a s e sp e ra s d e la in te lig e n ­
cia e s ta d o u n id e n s e , su m a d r e y su s h e rm a n a s , lo c re ía n m u e r to . En los
p e rió d ico s d e G u a te m a la a p a re c ió en g ra n d e s titu la re s d e o ch o c o lu m n a s
la n o tic ia d e su c a íd a e n c o m b a te . L u eg o rev iv ía. R e a p a re c ía c o n o tro
n o m b re y en o tro país.
T a m b ié n a lg u n o s p re firie ro n a c tu a r c o m o si y a e s tu v ie ra m u e rto ,
a sí e r a m á s c ó m o d o ; p e ro s ie m p re los e s p a n ta b a el fa n ta s m a d e C é sa r
M o n tes.
E ra co m o « e n te rra r» u n m u e rto e n el ag u a: sie m p re v olvía a la s u p e r­
ficie.
«Tuve u n hijo h a c e 5 0 añ o s, dijo m i m a d re d e 9 0 ; él se lla m a b a Ju lio
C ésar, y c reo q u e m u rió h a c e m u c h o s a ñ o s. N o c o n o z c o a C é sa r M o n te s,
ni a P ed ro G u erra, ni a V íctor G u erra, ni a n in g ú n o tro n o m b re con el que
se m e p re s e n te » .
A h o ra p u e d o d e c la ra rlo m u e r to ; a u n q u e lo h e d e c id id o , n o a b rig o
m u c h a s e s p e ra n z a s d e q u e o c u rra p o r d e c re to . P ero al m e n o s yo v o lv eré
a vivir.
De tal m a n e ra q u e h a b la ré del p a sa d o p a ra lib e ra r al p re s e n te . P orque
to d o h a c a m b ia d o . N o so tro s ta m b ié n .
D e sd e q u e C é sa r n a c ió p a ra la m ilita n c ia re v o lu c io n a r ia , su v id a
e s tu v o lle n a d e s o b re s a lto s , g iro s b ru s c o s y c o in c id e n c ia s in e x p lic a b le s.
E stu v o p a ra la S e g u n d a D eclaración de La H a b a n a , c o n v e rs a n d o e n la
m ism a m e s a c o n R o q u e D alto n , c o n el s e n a d o r S a lv a d o r A lle n d e , c o n
F ra n c isc o J u lia o , J e a n e t Ja g g a n y o tro s.
En la lla m a d a C risis d e los m isiles e n C u b a , e s tu v o a tr in c h e r a d o ,
a g u a r d a n d o los c o h e te s n u c le a re s q u e a m e n a z a b a n a la isla. D u ra n te
e s ta é p o c a co n o c ió al C he G u e v a ra , y ju n t o a él a Ja c o b o A rb e n z , e n tr ó
e n c o n ta c to co n la e x p e rie n c ia v ie tn a m ita d e l g e n e ra l Á n g el M a rtín e z ,
h é ro e d e la G u e rra Civil e sp a ñ o la , q u e co m b a tió e n el E jército Rojo d e la
URSS d u ra n te la S e g u n d a G u erra M u n d ial y fue a se so r d e los v ie tn a m ita s
d u r a n te la b a ta lla d e D ien B ien P h u .
S alió e n el p rim e r v u e lo d e s d e La H a b a n a a M éx ico d e s p u é s d e e sa
crisis d e los c o h e te s. En n o v ie m b re d e 1 9 6 2 llegó a G u a te m a la . En el a e ­
ro p u e rto lo c a p tu ra ro n y lo se c u e stró el D e p a rta m e n to d e In v estig a c io n e s
E sp ecia les: allí lo in te rro g ó u n c u b a n o -e s ta d o u n id e n s e d e la CIA, so b re
la s itu a c ió n in te rn a e n C uba d u ra n te la crisis. F ue lib e ra d o y a c u sa d o e n
la p re n s a g u a te m a lte c a d e h a b e r p u e sto b o m b as en las m ism a s fech as en
las q u e e s ta b a p risio n e ro .

414
El C om an d an te C ésar M ontes: sobreviviente.

U n a s e m a n a d e s p u é s d e su lib e rta d , d irig ió d o s u n id a d e s a rm a d a s


q u e re c u p e r a ro n 17 fu siles y p isto la s e n la c iu d a d d e G u a te m a la , el d ía
q u e se su b le v ó la F u e rz a A érea c o n tra el g e n e ra l M iguel Y dígoras.
F ue p e rs e g u id o y se h a lib e ra d o p o r o b ra y g ra c ia d el E sp íritu S a n to ;
re a p a re c ió se n ta d o a la d ie stra de A ug u sto Turcios Lim a y M arco A nto n io
Yon Sosa, p a ra fu n d a r los p rim e ro s fren te s g u e rrillero s. H izo las p rim e ra s
e x p lo racio n es en R ab in al, Baja V erapaz, en d o n d e re c lu tó a Em ilio R om án
L ópez (P ascual Ix ta p á ), el p rim e r d irig e n te g u e rrille ro in d íg en a , y a Fidel
R ax caco j X itu m u l (S o c o rro S ical) q u ie n fu e ra a s e s in a d o p o r e jé rc ito
m ex ican o en el añ o 1 9 7 0 ju n to a Yon Sosa en la selva d e C h iap as, M éxico.
En 1 9 6 3 c ru z ó el L ago d e Iz a b a l, u n a n o c h e sin lu n a , e n u n c ay u c o
lle n o d e a rm a s , co n u n la n c h e ro a n tic o m u n is ta , c o n tr a ta d o c o m e rc ia l­
m e n te y q u e h a b ía p a rtic ip a d o e n la c o n tr a rre v o lu c ió n « lib e ra c io n ista »
d e l a ñ o 54 c o n tr a A rb e n z . F u e, ju n t o co n u n c h ic le ro d e n o m b r e D arío
(D a n ie l P a lm a ), p io n e ro d e la G u e rrilla E d g a r Ib a rra e n la S ie rra d e las
M inas.
Lo n o m b r a ro n je f e d e la v a n g u a rd ia d e T u rcio s L im a, lu e g o d e la
g u e rrilla en la zo n a d e Z acap a, del F ren te G u errille ro E d g ar Ib a rra (FGEI)
y m á s ta r d e d e las F u e rz a s A rm a d a s R e b e ld e s (FAR) a l m o r ir 'R ircio s
Lim a.
J u n to a c u a tr o s a n d in is ta s n ic a ra g ü e n s e s , a q u ie n e s le s d a b a e n tr e ­
n a m ie n to , b a jó d e las m o n ta ñ a s d e M o n jas, J a la p a , e n m e d io d e u n a
re p re sió n y o fen siv a feroces, p a ra e s ta r p re s e n te e n el se p e lio d e T urcios
L im a.
A la p a r de Turcios, se fugó de v arias c asas en d o n d e los h a b ía ro d e a d o
la p o licía y el e jé rc ito , se salv ó d e m ila g ro d e m ú ltip le s e m b o s c a d a s; los
h e rm a n o s Del B usto , e sp a ñ o le s re s id e n te s en G u a te m a la y a d m ira d o re s
d e J a m e s B o n d , in te n ta r o n e n v e n e n a rlo s a a m b o s , a firm a n d o q u e p o r
o rd e n d e R icard o P e ra lta M én d ez, Je fe d el E sta d o M ay o r d el E jército .
C ésar fu e a la re u n ió n d e la O rg a n iza c ió n L a tin o a m e ric a n a d e S o lid a ­
r id a d (OLAS) e n C u b a y se n e g ó a la p u b lic id a d , h a b ie n d o d e le g a d o a
N é sto r Valle p a ra los a c to s p ú b lico s.
F u e d a d o p o r m u e r to e n d e c la ra c io n e s d e l m in is tro d e D e fe n sa d u ­
r a n te el g o b ie rn o d e J. C. M é n d e z M o n te n e g ro , e n titu la re s d e p rim e ra
p la n a . A ceptó la m e n tira d el ejé rcito y m a n tu v o la im a g e n d e su m u e rte ,
q u e p e rd u r a e n a lg u n o s c írcu lo s h a s ta la fecha.
F u e in v ita d o p o r Kim II S u n g a v is ita r C o rea, y p o r los v ie tn a m ita s a
v is ita r H a n o i. E stu v o e n e sa c iu d a d el d ía d e l p rim e r b o m b a r d e o a é re o
m a siv o e s ta d o u n id e n s e , a c o n se c u e n c ia q u e e n el Sur, d u r a n te la g ra n
o fe n siv a d el Tet, el «Viet C ong» se to m ó casi to d o S a ig ó n , in c lu y e n d o la
e m b a ja d a e s ta d o u n id e n s e . D icen q u e in te rro g ó p ilo to s e s ta d o u n id e n s e s
p risio n e ro s. Vio c a e r a v io n e s g rin g o s d e rrib a d o s casi so b re su c ab e za .

415
Jo sé Pantoja Reyes

Se c u e n ta q u e ib a de paso p o r París p a ra e l Mayo fran c é s, e n el a ñ o 6 8 .


Luego, e stu v o en T laltelo lco , M éxico, j u n t o a Raúl A lvarez G arín , c u a n d o
la g ra n m a ta n z a d e civ iles d e s a r m a d o s e n o c tu b re y q u e lo e n te r r a r o n
b ajo el n o m b re d e F ran cisco R ivera T o rres. Q u e e stu v o e n el d e sie rto del
S a h a ra , lu e g o d e su p aso p o r Pekín, C hina, c u a n d o la R evolución C u ltu ral
e s ta b a e n su a u g e . En C o rea, c u a n d o lo d e l b arco USS P u eb lo .
Lo q u e sí e stá c o m p ro b a d o , es q u e e stu v o llo ran d o e n silen cio en C uba,
d u r a n te la v e la d a s o le m n e p o r la m u e r te d e l c o m a n d a n te C h e G u e v a ra
y e n tr e v is tó a P o m b o y a B e n ig n o , los s o b r e v iv ie n te s d e la g u e rrilla ¿ e
B olivia.
S u c a sa e n La H a b a n a e s ta b a s itu a d a n o m uy lejo s d e la d e l c o ro n e l
C a a m a ñ o D e ñ o , el p a tr io ta d o m in ic a n o q u e m u rie ra e n c o m b a te casi
su icid a. Se n eg ó a e sc u c h a r las a d v e rte n c ia s d e Fidel so b re lo in o p o rtu n o
d e in te n ta r, e n e se m o m e n to , re g re s a r a G u a te m a la a f u n d a r u n a n u e v a
o rg a n iz a c ió n g u e rrille ra .
Se lib ró d e la o rd e n d e « a p re s a r y a ju s tic ia r a C ésar» q u e d io C am ilo
S á n c h e z e n esa é p o c a .
F u e a M éxico e n el a ñ o 1 9 7 0 y tr a b a jó e n el M in iste rio d e S a lu d d el
E s ta d o d e M éx ico e n el á re a fr o n te riz a c o n el e s ta d o d e G u e rre ro , e n
d o n d e Lucio C a b a ñ a s y G e n a ro V ázq u e z h a c ía n g u e rrilla s.
V ivió e n la c a sa d e u n g e n e ra l m e x ic a n o q u e e ra el je f e m ilita r e n
S in a lo a ; se e n tr e v is tó co n el g e n e ra l V io la n te P é re z, q u ie n le e x p u so su
p la n d e a ta q u e c o n tr a Lucio C a b a ñ a s y G e n a ro V á z q u e z , p a r tie n d o d e l
E sta d o d e M éxico y e n a p o y o a las tro p a s d e l E stad o d e G u e rre ro .
Fue am ig o d e la esp o sa del c o m a n d a n te C u a h u té m o c C á rd e n a s R am í­
rez, un ju d ic ia l fed e ra l h o m ó n im o del hijo d e l g e n e ra l C árd e n a s. C o m p ró
d e c e n a s d e a rm a s y m u n icio n es a la so m b ra d e las p irá m id e s d e T eo tih u a-
c á n . Se a c c id e n tó lle v á n d o la s a C h ia p a s, m a n e ja n d o u n v e h íc u lo e n el
q u e se tr a n s p o r ta b a n . Lo a y u d ó u n p o lic ía d e c a m in o s q u e ig n o r a b a el
tip o d e c a rg a y q u e p o r u n o s c u a n to s c ie n to s d e p e s o s lo c u s to d ió casi
h a s ta la fro n te ra .
Se c o n v irtió e n c o lo n o d e la selv a L a c a n d o n a , e n d o n d e tu v o tie rra s
v írg e n e s q u e ro tu ró p a ra s e m b ra r m a íz p a r a la g u e rrilla . Q u e m ó d o s
a v io n e ta s y tre s e s ta c io n e s d e a fo ro d e la C o m isió n d e L ím ites y A g u a s
e n tr e M éxico y G u a te m a la ; se c u e s tró a v a rio s c a z a d o re s m e x ic a n o s p a ra
o b lig a r a los g e n e ra le s C asillas y B a rq u e ra , q u ie n e s h a b ía n a s e s in a d o a
Yon S o sa, a p e rs e g u irlo , p a ra e m b o s c a rlo s. Le fa lló p o rq u e e sto s n u n c a
sa lie ro n d e su c a m p a m e n to .
C é s a r M o n te s e n tr ó p o r la se lv a L a c a n d o n a c h ia p a n e c a a fu n d a r,
ju n to a q u in c e c o m b a tie n te s , el E jército G u e rrille ro d e los P o b res (E G P).
R esistió ju n to a su s c o m p a ñ e ro s d e g u e rrilla la o fen siv a d e d o s e jé rc ito s,

•ll<>
El C o m an d a n te C ésar M ontes: sobreviviente.

los a ta q u e s y d ifa m a c ió n d e sus p ro p io s c o m p a ñ e ro s q u e lo a c u sa ro n de


m e s ia n ism o y d e á n im o s d e a u to in m o la c ió n p a ra re iv in d ic a r el p a sa d o .
Lo q u e o cu rrió e n e sa e x p e rie n c ia g u e rrille ra e stá re la ta d o en el libro
Los días de la selva, e scrito p o r M ario P ayeras, con el cu al g a n ó el P rem io
C asa d e las A m érica. A u n q u e e n e se te stim o n io no se le m e n c io n a c o m o
je fe d e esa g u e rrilla , sin o co m o efic ie n te c a z a d o r d e v e n a d o s.
V ale d e c ir q u e C é sa r n o h izo to d a s e sta s c o sas so lo . Q u e se re la ta r á n
m u c h a s d e sus v iven cias e n las que p a rtic ip a ro n u n os y o tro s c o m p a ñ e ro s
su y o s. P ero casi n in g u n o p a rtic ip ó e n to d o s eso s h e c h o s ju n to a él. M ás
b ie n , a lg u n o s d e lo s q u e p a rtic ip a ro n c ritic a b a n la fo rm a c o m o esto s
h e c h o s se d ie ro n .
S ie m p re se d ijo q u e h a c e m o s la re v o lu ció n en las c irc u n sta n c ia s q u e
se n o s im p o n e y q u e e sta s n o so n s ie m p re las q u e id e a m o s, ni las q u e
h u b ié ra m o s d e se a d o .
Es n ecesario ta m b ié n a c la ra r q u e e n el EGP n ació V ícto r G u erra, lu eg o
su b ió h a s ta las m o n ta ñ a s d e la z o n a Ixil, ju n t o al h e ro ic o y re d u c id o
g ru p o d e c o m b a tie n te s q u e e n tr a r o n d e M éxico c o n él, q u ie n a lg u n a
h a b ilid a d d e b ió te n e r e n la c o n d u c c ió n p a ra q u e n o lo m a ta r a n , ni a
n in g u n o d e su s c o m p a ñ e ro s , m ie n tra s él d irig ió la g u e rrilla . Q u e o tro s
c a lle n , lo ig n o re n o lo q u ie ra n n eg ar, n o b o rra los h e c h o s h istó ric o s q u e
e s tá n a v a la n d o lo q u e a h o ra d ire m o s so b re Víctor.
D esde el 19 d e e n e ro de 1972 h a sta finales del a ñ o 1 9 7 8 , fue m ie m b ro
d e la D irecció n N a c io n a l d el EGP. T uvo d ife re n c ia s s o b r e el p a p e l d e l
F re n te S a n d in ista d e L ib eració n N acio n al (FSLN) d e N ic a ra g u a , v a ticin ó
el triu n fo d e los san d in ista s y p ro p u so e n v iar c o m b a tie n te s a c o n trib u ir al
d e rro c a m ie n to d e S o m o za. D erro ta d a su p ro p u e s ta y c o m o co n se c u e n cia
d e la m u e r te e n c o m b a te d e su c o m p a ñ e ra , C le m e n c ia Paiz C á rc a m o ,
a c o rd ó con la D irecció n d el m o v im ie n to sa lir a M éxico co n su h ija Elisa,
p a ra h a c e rs e ca rg o d el tra b a jo de p ro p a g a n d a y s o lid a rid a d ex terio r.
Luego d e su salid a y a sus e sp a ld as, se le d e cla ró fu era d el m o v im ien to ,
sin h a c e rlo d e su co n o c im ie n to .
R oto to d o v ín c u lo , se d e d ic ó e n 1 9 7 9 a tr a b a ja r e n la S e c re ta ría d e
A g ric u ltu ra y R ecurso s H id ráu lico s (SARH) de T la x c a la, en u n p ro g ra m a
d e o rg a n iz a c ió n c a m p e s in a y fu e allí d o n d e c o n o c ió a B e a triz P a re d e s ,
q u ie n e n e so s a ñ o s e ra d ip u ta d a fe d e ra l d el PRI.
E staba p re p a rá n d o s e p a ra ir a N ic a ra g u a c u a n d o triu n fó la R evolución,
el 19 d e ju lio d e 1 9 7 9 . Se n e g ó a v ia ja r a ese p a ís d e s p u é s d e e sa fe c h a
p o rq u e le p a re c ió o p o rtu n is ta la a c titu d d e m u c h o s q u e ib a n e n eso s
m o m e n to s .
L u eg o d e u n a n á lis is se rio , lleg ó a la c o n c lu s ió n q u e el v é rtic e d e la
R ev o lu ció n c e n tro a m e ric a n a se tr a s la d a ría a El S alv ad o r.

417
Jo sé Pantoja Reyes

O rg a n iz ó el C o m ité d e S o lid a rid a d d e T la x c a la co n el p u e b lo s a lv a ­


d o re ñ o , q u e te n ía só lo fu n c io n a rio s d e l g o b ie rn o y p ro fe sio n a le s d e u n a
g ra n in te g rid a d y d e d ic a c ió n .
S e c asó c o n u n a d u lc e y lin d a m e x ic a n a , c o n q u ie n p ro c re ó d o s
hijo s. C u a n d o y a e s ta b a tr a b a ja n d o c o n la C o o rd in a c ió n d e P ro y e c to s
d e D esarro llo d e la P re sid en c ia d e la R ep ú b lica d e M éxico, fu e re c lu ta d o
p o r el F re n te F a ra b u n d o M artí p a ra la L ib era ció n N acio n al (FM LN) p a ra
re g r e s a r a C e n tro a m é ric a . R e n u n c ió a su c a rg o d e fu n c io n a rio e s ta ta l
« m e x ic a n o » y a lo s g e n e ro s o s h o n o ra rio s q u e p e rc ib ía p a ra c a m b ia rlo s
p o r u n a trin c h e ra y u n p u e sto d e c o m b a te en El S alv ad o r.
A rrib ó al c e rro d e G u a z a p a e n 1 9 8 2 ; allí n a c ió c o m o P e d ro G u e rra
(P e d rito el m e x ic a n o ), c u a n d o se in ic ia b a n los e sfu e rz o s p o r c o n v e rtirlo
e n u n fre n te g u e rrille ro . Llegó a se r c o m a n d a n te d e l m ism o .
D espués d e tre s a ñ o s in in te rru m p id o s d e c o m b a te s en el fre n te , se ñ a ló
su s d ife re n c ia s c o n la o rg a n iz a c ió n R esiste n c ia N a c io n a l (R N ) a la q u e
p e r te n e c ía . P re s e n tó su re n u n c ia y so lic itó in g re so a o tra o rg a n iz a c ió n .
C asi le c u e s ta la v id a a m a n o s d e su s ex c o m p a ñ e ro s, q u ie n e s s e ñ a la ro n
q u e los h a b ía c a lu m n ia d o al calificarlo s d e s o c ia ld e m ó c ra ta s .
C on el P artid o R e v o lu cio n ario d e los T ra b a ja d o re s (PRTC), el P artid o
C o m u n is ta S a lv a d o r e ñ o (PC S) y las F u e rz a s P o p u la re s d e L ib e ra ció n
(FPL ), se e v itó u n d e s e n la c e fa ta l y salió p a ra N ic a ra g u a , e n d o n d e a
q u in c e d ía s d e h a b e r lle g a d o se in te g ró a la A y u d a n tía d e la J e f a tu r a
d e las T ro p as E sp e cia le s d e l M in isterio del In te rio r, b ajo las ó rd e n e s d el
c o m a n d a n te W a lte r F e rre té i (C h o m b ito ) p a r a e n f r e n ta r a la « co n tra »
d u r a n te tres a ñ o s co n sec u tiv o s.
L uego d e la firm a d e los A cu erd o s d e Paz e n tr e la R e siste n c ia N ic a ra ­
g ü e n s e y el g o b ie rn o s a n d in is ta , se in te g ró a la C o o rd in a d o r a R eg io n a l
d e In v e stig a c io n e s E co n ó m ico S ociales (C R IES); lu e g o tu v o la p rim e ra y
ú n ic a e m p re s a d e v ig ila n te s p riv a d o s a u to r iz a d a p o r los s a n d in is ta s , e n
d o n d e d io tra b a jo a refu g iad o s y lisiados de g u e rra sa lv a d o re ñ o s. D espués
d el triu n fo d e V ioleta C h am o rro , a lg u n o s d e los m ism o s sa n d in is ta s se la
c e rra ro n , p a ra e lim in a r así la c o m p e te n c ia .
D icen q u e e n e sa é p o c a se d e d ic ó a o b te n e r m isile s a n tia é r e o s ru so s
C-2M y C-3M (c o n o cid o s com o SAM) y q u e env ió alg u n o s p o r v ía a é re a a
El S a lv a d o r p a ra la ú ltim a o fen siv a.
Se d e d ic ó a a se s o ra r a d esm o v ilizad o s del E jército P o p u la r S a n d in ista
(E P S ) y d e la R e sis te n c ia N ic a ra g ü e n s e e n p ro y e c to s p ro d u c tiv o s d e
reco n ciliació n , p a ra lo g ra r la rein se rc ió n d e e x c o m b a tie n te s y ex so ld a d o s
a la v id a civil, c o n tr a ta d o p o r u n a ONG e u ro p e a .
L u eg o d e la firm a d e los A c u e rd o s d e P az d e C h a p u lte p e c , v iajó a
M éxico a v e r a su m a d r e y h e rm a n a s d e sp u é s d e 2 5 a ñ o s , q u e lo d a b a n
p o r m u e r to . A llí e n el a e r o p u e r to la ex c o m a n d a n te s a lv a d o r e ñ a N id ia

418
El C o m an d an te C ésar M ontes: sobreviviente.

D íaz le d ijo : « D eb ie ra s v ia ja r a S an S a lv a d o r p a ra e s ta r c o n n o s o tro s el


d ía q u e e n tre m o s al p aís. Te lo h as g a n a d o y e sta in v ita c ió n es p a ra q u e
v e a s q u e n u e s tro p u e b lo no es in ju sto ni in g ra to , sin o g en e ro so » .
H izo in te n to s d e v iajar, p e ro p re firió q u e su m a d r e y su fa m ilia no
s u f rie r a n m á s a n g u s tia s p o r su s a c tiv id a d e s re v o lu c io n a ria s . E sp e ró a
su a n c ia n a m a d r e y se a b ra z a r o n llo ra n d o d e s c o n s o la d a m e n te e n el
a e ro p u e r to B en ito J u á re z .
Allí m u rió C ésar M on tes. Era tie m p o q u e yo re v iv ie ra .
Autores

M a r io A g u i l e r a P e ñ a es p ro fe so r del In s titu to d e E stu d io s P o lítico s


y R e la c io n e s In te rn a c io n a le s (IEPR I), y c o o rd in a d o r d e l g ru p o d e
in v e s tig a c ió n «A ctores a rm a d o s, co n flicto y d e re c h o in te rn a c io n a l
h u m a n ita r io » d e la U n iv e rsid a d N a c io n a l d e C o lo m b ia . D o c to r
e n S o c io lo g ía J u r íd ic a e In s titu c io n e s P o líticas, d e la U n iv e rs id a d
E x tern a d o d e C olom bia, M ag ister en H isto ria d e la UNC. Es c o a u to r
d e los lib ro s N u e stra guerra sin n o m b re (N o rm a , 2 0 0 6 ) , M em o ria
de un p a ís en g u erra (P la n e ta , 2 0 0 1 ). Es a u to r d e In surgencia
urbana en Bogotá (ICC, 1997) y Los com uneros: guerra social y lucha
a n tico lo n ia l (UN 1 9 8 5 ).
C la r a A ld r i g h i es p ro fe so ra a d ju n ta d e H isto ria C o n te m p o rá n e a e n la
F acu ltad d e H u m a n id a d e s y C ien cias d e la E d u c a c ió n d e la U n iv er­
s id a d d e la R ep ú b lic a , M o n te v id e o , U ru g u ay . H a p u b lic a d o lib ro s
y a rtíc u lo s e n su e sp e c ia lid a d , e n tr e o tro s : La izq u ierd a a rm a d a .
Ideología, ética e id en tid a d en el M L N T u p a m a ro s y La in terven ció n
de E stados U nidos en U ruguay 1 9 6 5 -1 9 7 3 . El caso M itrione.
I g o r G o ic o v ic es L icen c ia d o en H isto ria (U n iv e rsid a d C a tó lic a d e Val­
p a ra ís o , 1 9 8 9 ), M a g iste r e n H isto ria (U n iv e rsid a d d e S a n tia g o de
C h ile, 1 9 9 6 ) y D o c to r e n H isto ria (U n iv e rsid a d d e M u rc ia , 2 0 0 5 ).
Es, ta m b ié n , p ro fe so r titu la r e n el D e p a rta m e n to d e H isto ria d e la
U n iv e rs id a d d e S a n tia g o d e C h ile; in s titu c ió n e n la c u a l o c u p a el
carg o d e d ire c to r d el M ag ister en H istoria. Su lín e a d e in v estig ació n
se o rie n ta al e stu d io de la vio len cia social y p o lítica en C hile y A m é­
rica L a tin a , c a m p o e n el c u a l h a e je c u ta d o u n a se rie d e p ro y e c to s
d e in v e s tig a c ió n n a c io n a le s e in te rn a c io n a le s y q u e , a su v ez, h a n
g e n e ra d o v a ria s p u b lica c io n es e sp e c ia liz a d a s.
Y v e tte L o z o y a es p ro fe so ra d e H isto ria , M a g iste r e n H isto ria d e C hile
p o r la U n iv e rs id a d d e S a n tia g o d e C hile, c a n d id a ta a D o c to r e n
E studios A m erican o s p o r el In stitu to de E stu d io s A v anzados (IDEA)
d e la U n iv ersid ad d e S a n tia g o d e C hile. Es d o c e n te d e la IJSACII o
in v estig a «V iolencia social y p o lítica, m ilitan cia, h isto ria del tiem p o
p re se n te » .
A utores

J o s é L u is M o r e n o B o rb o lla c o m o e s tu d ia n te d e l P o lité c n ic o fo rm ó
p a r te d e l m o v im ie n to d e 1 9 6 8 y d e la Liga C o m u n is ta E sp a rta c o .
T iem p o d e sp u é s d e la m a ta n z a de T latelo lco se in c o rp o ró al C o m an ­
d o L acan d o n e s y d e ah í pasó a la Liga C o m u n ista 23 d e S ep tie m b re.
F u e d e te n id o p o r la DFS el 19 d e m a y o d e 1 9 7 5 fr e n te al p a rq u e
d e la B om billa, en S an Á ngel. T enía u n a cita con M ario D o m ín g u ez
A vila, m ilita n te d e la liga, h o y d e s a p a re c id o . La p o lic ía ya lo e s p e ­
ra b a . Un c o m p a ñ e ro to r tu ra d o h a b ía a ven ta d o e sa c ita. Ese d ía n o
ib a a rm a d o , a sí q u e c u a n d o lo ro d e a r o n n o p u d o d e fe n d e r s e . La
policía lo b u sca b a co m o u n o de los m ie m b ro s del C om ité M ilitar de
la B rig ad a Roja d e la Liga q u e h a b ía n p a rtic ip a d o e n la em b o sc a d a
a u n tre n q u e iba d e C u au tla a la ciu d ad d e M éxico el 14 d e feb rero
d e 1 9 7 4 , d o n d e m u rie ro n c u a tro so ld a d o s. R e c u p e ra d a la lib e rta d
fue in te g ra n te d e la C om isión H istó rica d e la Fiscalía E sp ecial p a ra
M ov im ien to s S ociales y Políticos del P asad o (FEM O SPP). H oy en d ía
in te g ra la A so ciació n N acio n al d e L u c h a d o re s S o ciales d e M éxico.
F é lix O je d a R e y e s cu rsó estu d io s su p e rio re s en la U n iv e rsid ad d e P u e r­
to R ico, o b tu v o su m a e s tría e n el C e n tro d e E stu d io s A v a n z a d o s
de P u e rto R ico y el C arib e, y te rm in ó su d o c to r a d o e n H isto ria d e
A m é ric a e n la U n iv e rsid a d d e V allad o lid , E sp a ñ a . Es in v e s tig a d o r
acad é m ic o a d sc rito al In s titu to d e E stu d io s d el C arib e d e la U n iv er­
s id a d d e P u e rto Rico. A c tu a lm e n te , e n c o la b o ra c ió n c o n el D o cto r
Paul E stra d e , p ro fe so r e m é rito d e la U n iv e rsid a d d e P arís v iii, d iri­
g e el P ro y e c to B e ta n c e s, q u e se e n c a rg a d e re c o g e r y p u b lic a r las
O bras C om pletas d el P ad re d e la P atria p u e rto rriq u e ñ a , u n p ro y ec to
e d ito ria l e n 15 v o lú m e n e s.
José P a n to ja Reyes es ca n d id a to a D octor en A n tro p o lo g ía p o r la ENAH
(M éxico), p ro fe so r in v e stig a d o r en la L icen ciatu ra en H isto ria d e la
ENAH. P re m io a n u a l d el INAH 1 9 8 8 , « F ra n cisc o J a v ie r C lav ijero »
p a ra la m e jo r tesis de L icen ciatu ra e n el c a m p o d e la H isto ria. E n tre
su s p u b lic a c io n e s se e n c u e n tra n La g u erra in d íg en a del Nayar, u n a
p erspectiva reg io n a l (M éx ico 1 9 9 5 ); H isto ria e h isto ria d o re s p a ra
el Siglo X X I (M éx ico , 2 0 0 6 ); H o m en a je a Eric H o sb a w m (M éx ico ,
2 0 0 7 ); Resistencia p o p u la r y lucha ciudadana en México. Los días del
fr a u d e electoral del 2 0 0 6 (B u en o s A ries 2 0 0 8 ); y es e d ito r d e l libro
La insu rg en cia in d íg en a y p o p u la r en la in d ep en d e n c ia de M éxico y
B olivia. 1 8 1 0 -1 8 2 1 , (M éxico, 2 0 1 1 ).
C la u d io P é r e z S ilv a es p ro fe so r d e E sta d o e n H isto ria y G e o g ra fía ,
L ic e n c ia d o e n E d u c a c ió n e n H isto ria y G e o g ra fía , U n iv e rs id a d d e
S an tia g o d e C hile. M ag ister e n H isto ria, U n iv ersid ad d e S an tia g o de
C hile. E stu d ia n te d el P ro g ra m a D o cto rad o e n E stu d io s A m erican o s,

422
A utores

In s titu to d e E stu d io s A v anzados IDEA-USACH. D ire c to r d el A rchivo


y C e n tro d e In v estig ac ió n d e H isto ria d el T iem p o P re se n te , E scuela
d e H isto ria, U n iv e rsid a d A cad em ia d e H u m a n is m o C ristia n o . Á rea
d e in te ré s: h isto ria social y p o lítica d e A m érica L atin a y C hile siglo
XX.
P a b lo A le ja n d r o P o z z i es P hD e n H isto ria (SUNY a t S to n y B ro o k ,
1 9 8 9 ) y p ro fe so r T itu la r R eg u lar P len a rio d e la C á te d ra d e H isto ria
d e E sta d o s U n id o s d e A m é rica , en el D e p a rta m e n to d e H isto ria
d e la F a c u lta d d e F ilo so fía y L etra s, U n iv e rs id a d d e B u e n o s A ires
(A rg e n tin a ). A sim ism o , h a d ic ta d o el S e m in a rio A n u a l d e Tesis
so b re la H isto ria del M ovim iento O b re ro A rg en tin o . Su esp ecia lid ad
es la h is to ria so cial c o n te m p o rá n e a y p a rtic u la rm e n te , la h is to ria
d e la clase o b re r a p o s 1 9 4 5 , ta n to e n E sta d o s U n id o s c o m o e n
la A rg e n tin a . H a p u b lic a d o n u m e ro s o s a rtíc u lo s y lib ro s so b re
la h is to ria y la s o c ie d a d e s ta d o u n id e n s e y a rg e n tin a . E n tre su s
o b ra s se d e s ta c a n La oposición obrera a la d icta d u ra (1 9 7 6 - 1 9 8 2 ),
Los seten tista s. Izq u ie rd a y clase obrera, 1 9 6 9 -1 9 7 6 , Por la sen d a s
argentinas. El PRT-ERP, la g uerrilla m a rxista .
M a r c e lo R a im u n d o es p ro feso r en H isto ria p o r la U n iv e rsid a d N acio n al
d e La P la ta (U N LP). Es d o c e n te e n las c a rr e ra s d e H isto ria y S o ­
cio lo g ía y m ie m b ro d e l C e n tro d e In v e stig a c io n e s S o cio H istó ric a s
(C ISH ) en a q u e lla c asa d e e stu d io s. T ra b aja en te m a s v in c u la d o s a
la h is to ria d e la m ilita n c ia p o lític a y s in d ic a l e n la A rg e n tin a c o n ­
te m p o rá n e a , p a rtic ip a n d o e n d is tin to s p ro y e c to s d e in v e s tig a c ió n .
H a d if u n d id o su p ro d u c c ió n e n jo r n a d a s y c o n g re s o s n a c io n a le s
e in te rn a c io n a le s , a rtíc u lo s e n re v ista s e s p e c ia liz a d a s y c a p ítu lo s
d e lib ro s. A c tu a lm e n te se e n c u e n tra e s c rib ie n d o su tesis d o c to ra l
so b re s in d ic a lism o y c o n flic to s la b o ra le s e n la re g ió n d e La P la ta ,
B erisso y E n se n a d a d u ra n te los añ o s se s e n ta y s e te n ta , e n el m arc o
del P ro g ra m a d e D o c to ra d o e n H isto ria d e la F acu lta d d e F ilo so fía
y L etras d e la U n iv e rsid a d d e B uenos A ires (UBA).
J o s é L u is R é n i q u e e s tu d ió H isto ria e n la P o n tific ia U n iv e rs id a d C a­
tó lic a d e l P e rú y e n la U n iv e rs id a d d e C o lu m b ia e n N u e v a York.
H a tr a b a ja d o e n el In s titu to d e E stu d io s P e ru a n o s y e n el C e n tro
P e ru an o d e E stu d io s S ociales, así com o en m isio n es d e in v estig ació n
a u s p ic ia d a s p o r la s N a c io n e s U n id a s e n C e n tro a m é ric a y B o sn ia.
E ntre sus p u b licacio n es d e sta c a n los libros Intelectuales, indigenism o
y descen tra lism o en el Perú (1 8 9 7 - 1 9 3 1 ) (co n J o s é D e u s tu a ), Los
su eñ o s de la sierra: C uzco en el siglo xx y La v o lu n ta d encarcelada.
Las « lu m in o sa s trin ch era s de co m bate» de S en d e ro L u m in o so en el
Perú.

423
A utores

D e n is e R o ll e m b e r g e s tu d ió H isto ria e n la U n iv e rs id a d e F e d e ra l F lu ­
m in e n s e (B rasil, 1 9 8 7 ). Es M a g iste r (1 9 9 2 ) y D o c to ra e n H isto ria
d e la U n iv e rsid a d e F ed eral F lu m in e n se (1 9 9 8 ). R ealizó u n p o sd o c ­
to r a d o e n la U n iv e rs id a d d e P arís X (2 0 0 7 ) y e n S o c io lo g ía e n la
U n iv ersid a d e d e C a m p in a s/U n ic a m p (2 0 0 7 ). A c tu a lm e n te es p ro fe ­
so ra a d ju n to d e la U n iv ersid ad e F ed eral F lu m in e n se ; in v e stig a d o ra
d e l C N Pq y d e l N ú cleo d e E stu d o s C o n te m p o rá n e o s/N E C -U F F . Es
e s p e c ia lis ta e n H isto ria , c o n é n fa s is e n h is to ria c o n te m p o r á n e a e
h is to ria d e B rasil c o n te m p o rá n e o , e in v estig a los sig u ie n te s te m a s:
B rasil 1 9 6 0 -1 9 7 0 , re g ím e n e s a u to r ita rio s y d ic ta d u ra s , iz q u ie rd a s ,
lu c h a a r m a d a , ex ilio , h is to ria o ra l, m e m o ria , b io g ra fía , c u ltu ra
p o lític a , o p in ió n .
G u s t a v o R o d r íg u e z O s tr ia c u rsó d o s m a e s tría s : u n a e n C ie n c ia s S o ­
c ia le s y o tr a e n H isto ria A n d in a . T ie n e e s p e c ia lid a d e n G e stió n
U n iv e rs ita ria y es p ro fe so r u n iv e rsita rio d e s d e el a ñ o 1 9 7 7 . O cup ó
d ife re n te s ca rg o s público s, e n tre ellos el d e d e c a n o d e la F acu ltad d e
C iencias E co n ó m ica s y S o cio lo g ía d e la U n iv e rsid a d M ay o r d e S an
S im ó n , v ic e m in is tro d e E d u c a c ió n S u p e rio r y O ficial S u p e rio r d e
C u ltu ra d e l M u n ic ip io d e C o c h a b a m b a . H a e s c rito u n a d o c e n a d e
lib ro s d e h is to ria y p u b lic a d o u n a v e in te n a d e a rtíc u lo s e n re v istas
b o liv ia n a s y d e l e x tra n je ro . Es m ie m b ro d e la A c a d e m ia B o liv ian a
d e la H isto ria co n la d is e rta c ió n «B olivia e n el ciclo d e la g u e rrilla
g u e v a ris ta : 1 9 6 3 -1 9 7 0 » , la m ism a q u e fu e c o m e n ta d a p o r el ex
p re s id e n te C arlo s M esa.
E r n e s t o S a la s n a c ió e n B u en o s A ires e n 1 9 5 3 . L ic e n c iad o e n H isto ria
p o r la U n iv e rs id a d d e B u e n o s A ires. D e sd e la d é c a d a d el o c h e n ta
e n s e ñ a h is to ria so cial d e la A rg e n tin a c o n te m p o rá n e a e n d iv e rsa s
in s titu c io n e s . Es a u to r d e La R esistencia P eronista. La to m a del
fr ig o rífico L isa n d ro de la Torre ( 1 9 9 0 ) , U turuncos, el origen de la
g uerrilla p ero n ista (2 0 0 3 ) y d e n u m e ro so s a rtíc u lo s so b re c u ltu ra y
p o lític a d e la re siste n c ia .

4 24
Bibliografía

A b reu C a rd e t, Jo s é M ig u el. Cuba y las expediciones de ju n io de 1 9 5 9 .


S a n to D om ingo: E d ito rial M an a tí, 2 0 0 2 .
A cev ed o , N icolás. «El M A P U -L autaro e n las p ro te s ta s p o p u la r e s (1 9 7 8 -
1 9 8 5 )» . Tesis d e lie. U n iv e rsid a d A rcis, 2 0 0 6 .
Agency, C en tral In telig en ce. Chile: E xtrem ists lose leader. Ed. p o r N atio n al
S ecu rity A rchives T he G eorge W ash in g to n U niversity. 11 d e o c tu b re de
19 7 4 . U R L : h t t p : / / w w w . g w u . e d u .
— S ta ff Notes: L atin A m erica n Trends. Ed. p o r N a tio n a l S e cu rity A rchives
T h e G e o rg e W a sh in g to n U n iv e rsity . 6 d e n o v ie m b re d e 1 9 7 4 . U R L :
h t t p : / / w w w .g w u .e d u .
A g u ile ra P e ñ a , M ario . « G u e rra , in s u rg e n c ia y p rá c tic a s ju d ic ia le s» . En:
Violencia y estrateg ia s colectivas en la región a n d in a . E d. p o r G o n z a lo
S á n c h e z y Eric Lair. B ogotá: IFEA, IEPRI y N o rm a , 2 0 0 4 .
— N uestra guerra sin nom bre. Transform aciones del conflicto en C olom bia.
B ogotá: E d ito rial N o rm a y U n iv e rsid ad N ac io n al d e C o lo m b ia, 2 0 0 6 .
A g u irre G am io , H e rn a n d o . « P re se n ta c ió n » . En: B eas, C a rlo s H o w es.
F u n d a m e n to s ideológicos de la R evolución P eru a n a . L im a: E d ic io n e s
D eb ate, 1973.
A lcázar, Jo s é Luis. Ñ a ca h u a su . La G uerrilla del Che en B o livia . M éxico,
DE: E d icio n es ERA, 1 9 6 9 .
A ld rig h i, C lara. La izq u ierd a a rm a d a . Ideología, ética e id e n tid a d en el
M L N Tupam aros. M o n tev id eo : T rilce, 2 0 0 1 .
— M em o ria s de insurgencia. H istorias de vida y m ilita n c ia en el M L N
T upam aros. 1 9 6 5 -1 9 7 5 . M o n tev id eo : B an d a O rie n ta l, 2 0 0 9 .
A ld rig h i, C la ra y G u ille rm o W ak sm a n . «C hile, la g ra n ilu sió n » . En: El
U ru g u a y del exilio. G entes, circu n sta n cia s, escenarios. Ed. p o r Silvia
D u tré n it. M o n te v id eo : T rilce, 2 0 0 6 .
A leg ría, C iro. M uch a su erte con h a rto palo. M em o ria s. B u e n o s A ires:
E d ito rial L osada, 1 9 7 6 .
A le x a n d e r, R o b ert. «T he L atin A m e ric a n A p rista P a rties» . En: P olitical
Q u a rterly, vol. 2 0 , n.° 3: (ju lio -s e p tie m b re d e 1 9 4 9 ).
A lvarez G arín , R aú l. La estela de Tlatelolco. M éxico, DF: Ita ca , 1 9 9 8 .
Bibliografía

Á lvarez, R o la n d o . A rriba los pobres el m u ndo. C ultura e id en tid a d política


del P a r tid o C om unista de C hile en tre d em o cra cia y d ic ta d u ra . 1 9 6 5 -
1 990. S a n tia g o d e C hile: LOM E d icio n es, 2 0 1 1 .
— Desde la s sombras. Una historia de la cla ndestinidad c o m u n ista (1 9 7 3 -
1 9 8 0 ). S a n tia g o d e C hile: LOM E d icio n es, 2 0 0 3 .
— «¿La n o c h e del exilio? Los o ríg e n e s d e la re b e lió n p o p u la r en el P arti­
d o C o m u n i s t a d e Chile». En: S u revolución co n tra n u e stra revolución.
Iz q u ie r d a ^ y derechas en el Chile de P in o ch et ( 1 9 7 3 - 1 9 8 1 ) . Ed. p o r
V erónica V aldivia, R o lan d o Á lvarez y Ju lio P in to V allejos. S a n tia g o de
C hile: L O M E diciones, 2 0 0 6 .
Á lvarez, R oland o y V iviana B ravo V argas. «La m e m o ria d e las a rm a s. Para
u n a h is to r i a de los c o m b a tie n te s c h ile n o s e n N ic arag u a » . En: R evista
Lucha ArrTiada en la A rg en tin a , n.° 5: B u en o s A ires (2 0 0 6 ).
A m ad o , J o r g e . «O h o m em q u e ria e q u e ch o rav a» . En: Carlos M arighella.
O h o m em p o r trás do m ito. Ed. p o r C ristian e N ova y J o rg e N óvoa. San
P ablo: U N E S P , 1 9 9 9 .
A n d erso n , J o n Lee. Che Guevara. A R evolutionary Life. N u ev a York: G rove
P ress, 1 9 9 7 .
A ngelí, A lan . «La iz q u ie rd a en A m érica L atina d e sd e 1930». En: H istoria
de A m érica Latina. Política y sociedad desde 1 9 3 0 . Ed. p o r Leslie B ethell.
Vol. 12. B a rc e lo n a : E d ito rial C rítica, 1 9 9 2 .
A n g u ila, E d u a r d o y M artín C ap arro s. La v o lu n ta d . B u en o s A ires: N o rm a,
1997.
A ra n c ib ia , E d u a rd o y M ig u el R am o s. «Las M ilicias d e la re s is te n c ia
popular. El M ovim iento de iz q u ierd a re v o lu c io n a ria y la lu ch a a rm a d a
en d ic ta d u r a . T e n sio n e s y m o m e n to s d e e s ta e x p e rie n c ia h is tó ric a
( 1 9 7 9 - 1 9 8 4 )». T esis d e lie. S a n tia g o d e C hile: E sc u e la d e H isto ria y
C ien cias S o ciales, U n iv ersid ad ARCIS, 2 0 1 0 .
A ra n c ib ia , P a tric ia y F ra n c isc o B a la rt. Sergio de C astro. El a rq u ite c to
del m o d e lo económ ico chileno. S a n tia g o d e C h ile: In s titu to L ib e rta d
y D e s a r r o llo , F u n d a c ió n C o sta b a l y E d ito ria l B ib lio te ca A m e ric a n a ,
2007.
A ra n g u re n , M a u ric io . M i confesión: C arlos C a sta ñ o revela su s secretos.
B ogotá: O v e ja N eg ra, 2 0 0 1 .
A ró ste g u i, J u l i o . «La esp ecific a c ió n d e lo g e n é ric o : La v io le n c ia p o lític a
e n p e r s p e c tiv a h istó ric a » . En: R evista de C iencias Sociales SIST E M A ,
n .° 1 3 2 - 1 3 3 : (ju n io d e 1 9 9 6 ).
— « V io le n c ia , s o c ie d a d y p o lític a : la d e fin ic ió n d e la v io le n c ia » . En:
R evista A yer, n .° 13: (1 9 9 4 ).
A rra te , J o r g e y E d u a rd o R ojas. M e m o ria de la izq u ie rd a c h ilen a . Vol. 2.
S a n tia g o d e C hile: J a v ie r V erg ara E d ito r, 2 0 0 3 .

426
B ibliografía

Á valos, D an iel. La G uerrilla del Che y M a setti en S a lta (1 9 6 4 ) . S a lta


y C ó rd o b a : E d icio n es P olítica y C u ltu ra y La In te m p e rie , 2 0 0 5 .
B a m b irra , V ania. D iez a ños de insurrección en A m é ric a L a tin a . 2 vols.
S a n tia g o d e C hile: E d ito ria l P re n sa L a tin o a m e ric a n a , 1 9 7 1 .
— La Revolución cubana: una reinterpretación. n.° 18. S a n tia g o d e Chile:
C u a d e rn o s d el CESO, 1 9 7 3 .
B a rd in i, R o b e rto . « 1 9 6 3 : a s a lto al P o liclín ico B a n c a rio . El M o v im ie n to
N acio n alista R evolu cio n ario T acuara, la p rim e ra g u e rrilla u rb an a» . En:
R evista Taller, vol. 7, n .° 20: (a b ril d e 2 0 0 3 ).
B arraza G arcía, M iguel Á ngel. Conferencia del program a. E ditorial LC 23S.
M éxico, DF, 19 8 3 . V ersión e le c tró n ic a .
B a rre iro , J o rg e . «C uba y el ap o y o a los m o v im ie n to s a rm a d o s . R a z o n e s
d e E stado». En: Brecha: M o n te v id e o (2 8 d e a g o sto d e 1 9 9 8 ).
B a rro s, R o d rig o y H é c to r R o d ríg u e z . P lan 78: El M IR y su caída fin a l.
2004.
B artra, A rm an d o . M ovim ientos obreros y populares de los cincuenta. M éxi­
co, DF, 19 7 7 . E dició n d e m im eó g ra fo .
B asch etti, R oberto. D ocum entos (1 9 7 0 -1 9 7 3 ). De la guerrilla p ero n ista al
gobierno p o p u la r. B u en o s A ires: E d ito rial De la C a m p a n a , 1 9 9 5 .
— D o cu m en to s (1 9 7 3 - 1 9 7 6 ). De C á m p o ra a la ru p tu ra . Vol. 1. B u e n o s
A ires: E d ito rial D e la C a m p a n a , 1 9 9 6 .
— D ocum entos (1 9 7 3 -1 9 7 6 ). De la ruptura al golpe. Vol. 2. B uenos A ires:
E d ito rial De la C a m p a n a , 1 9 9 6 .
— D o cu m en to s de la resistencia p ero n ista , 1 9 5 5 -1 9 7 0 . B u e n o s A ires:
E d ito rial De la C a m p a n a , 1 997.
B a stía s R e b o lled o , J u liá n . «A p ro p ó s ito d e l M IR c h ile n o . U n in te n to d e
psico lo g ía p a rtid a ria . R e p re se n ta c io n e s so ciales y su b siste m a s id e o ló ­
gicos co m o fa c to re s d e in h ib ic ió n e n la c rític a d e los m ilita n te s» . En:
P sicología de la acción po lítica . C o m p . p o r M a ritz a M o n te ro , O rla n d o
D’A darn o y V irginia G arcía. B u en o s A ires: E d ito rial P aid ó s, 1 9 9 5 .
Béjar, H éctor. Las guerrillas de 1965: balance y perspectivas. Lima: PEISA,
1973.
B en v a n e te , A ndrés. « M o v im ien to d e Iz q u ie rd a R ev o lu cio n a ria: tra y e c to ­
ria y p re se n te » . En: R evista Política, n.° 12: S a n tia g o d e C hile (1 9 8 7 ).
B e rm ú d e z , J o s é y Luis C astelli. «A tr e in ta a ñ o s d e l C h e (e n tre v is ta
a R ic a rd o N a p u rí)» . En: R evista H e rra m ie n ta , n .° 4 : B u e n o s A ires
(ju lio d e 1 9 9 7 ). URL: h t t p : / / v w w . i n i s o c . o r g / c h e . h t m .
B e th e ll, L eslie, e d . H isto ria de A m érica L atina. Política y socied a d desde
1 9 3 0 . Vol. 12. B arc elo n a : E d ito rial C rítica, 1 9 9 2 .
B lanco, H u g o . El ca m in o de nuestra revolución. L im a: E d icio n e s R e v o lu ­
c ió n P e ru a n a , 19 6 3 .

427
B ibliografía

B lan co , H u g o . « G e n e ra lid a d e s so b re el m o d o d e a c c ió n d e l m ilita n te


d e la c iu d a d q u e a tie n d e al c a m p o y a lg u n a s n o ta s (C u a rte l M ariscal
G a m a rra , ju n i o d e 1 9 6 3 )» . En: R evolución P eruana ó rg a n o d e l FIR:
(2 d e ju lio d e 1 9 6 3 ).
— Tierra o m u e rte. M éxico, DF: Siglo XXI, 1 9 7 4 .
B lixen, S a m u e l. Sendic. M o n te v id eo : Trilce, 2 0 0 0 .
B onnefoy, P a sc a le , C la u d io P é re z y Á ngel S p o to rn o . In te m a c io n a lista s .
C hilenos en la R evolución p o p u la r sa n d in ista . S a n tia g o d e C hile: E d ito ­
ria l L a tin o a m e ric a n a , 2 0 0 9 .
B o rro n i, O te lo . « E n tre v ista a J u a n C arlo s D íaz». En: S ie te D ías: (2 4 d e
ju n io d e 1 9 7 3 ).
B osch, J u a n . A n to lo g ía personal. Río P ied ras: E d ito rial d e la U n iv ersid ad
d e P u e rto Rico, 1 9 9 8 .
B rach e, A n se lm o . C o n sta n za , M a im ó n y E stero H o n d o : (te stim o n io s e
investigación sobre los acontecim ien to s). T aller: S a n to D o m in g o , 1 9 9 4 .
B rass, T om . «T ro sk yism , H u g o B lan co a n d th e Id e o lo g y o f a P e ru v ia n
P easan t M ovem en t» . En: Jo u rn a l o fP ea sa n t Stu d ies, n.° 162: (e n e ro de
1 9 8 9 ).
B ravo V argas, V iviana. ¡Con la ra zó n y la fu e rza , vencerem os! La rebelión
p o p u la r y la S u b jetivid a d C om unista en los o chenta. S a n tia g o d e C hile:
A ria d n a E d ic io n es, 2 0 1 0 .
— «El tiem p o d e los au d a c e s: la p o lítica d e re b e lió n p o p u la r d e m asas y
el d e b a te q u e sa c u d ió al P a rtid o C o m u n ista » . En: F ra g m en to s de u n a
historia. El P artido C om unista de Chile en el siglo XX. D em ocratización,
cla n d estin id a d , rebelión (1 9 1 2 - 1 9 9 4 ). S a n tia g o d e C h ile: E d icio n e s
ICAL, 2 0 0 8 .
— «M oscú-L a H a b a n a -B e rlín : Los c a m in o s d e la R e b e lió n . El c a so d e l
P a rtid o C o m u n is ta d e C hile. 1 9 7 3 -1 9 8 6 » . En: El co m u n ism o : o tra s
m ira d a s desde A m érica L atin a . C om p. p o r E lvira C o n c h c iro , M assim o
M o d o n esi y H o ra c io C resp o . M éxico, DF: UNAM, 2 0 0 7 .
B ru n n e r, J o s é J o a q u ín , A licia B a rrio s y C arlo s C a ta lá n . Chile: T ra n sfo r­
m aciones cultu ra les y m o d ern id a d . S a n tia g o d e C hile: FLACSO, 1 9 8 9 .
B ustos, C iro. El Che quiere verte. B uen o s A ires: V erg ara e d ito r, 2 0 0 7 .
C aetan o , G erard o y Jo sé Rilla. H istoria contem poránea del Uruguay. De la
colonia al siglo XXI. M o n te v id eo : F in d e Siglo y CLAEH, 2 0 0 5 .
C a ld e ró n L ó p ez, Jo s é . «La p o lític a d e l M o v im ie n to d e Iz q u ie rd a R e­
v o lu c io n a ria (M IR ) d u r a n te los d o s p rim e ro s a ñ o s d e la d ic ta d u r a
m ilita r (1 9 7 3 -1 9 7 5 )» . Tesis d e lie. S a n tia g o d e C hile: D e p a rta m e n to
d e H isto ria , U n iv ersid a d d e S a n tia g o d e C hile, 2 0 0 9 .
C añ ó n N úñez, Ja v ie r. Vericuetos de la guerra política. B ogotá: Im p re n ta y
P u b lic a c io n e s d e las F u erza s A rm ad as, 1 9 9 8 .
C a m p o d ó n ic o , M iguel. M ujica. M o n te v id e o : Fin d e Siglo, 1 9 9 9 .

428
Bibliografía

C a n c in o T ro n co so , H u g o . Chile. La p ro b lem á tica del p o d e r p o p u la r en el


proceso de la vía ch ilen a al Socialism o, 1 9 7 0 -1 9 7 3 . Un estu d io de la
em ergencia de los Consejos Campesinos, Cordones Industriales y C om an­
dos C om unales en relación a la p ro b lem á tica del E stado, la dem ocracia
y el socialism o en Chile. A arh u s: A arh u s U n iv e rsity P ress, 1 9 8 8 .
C a n d id o , A n to n io . «Um h eró i do pov o b rasileiro » . En: Carlos M arighella.
O ho m em por trás do m ito . Ed. p o r C ristian e N ova y Jo rg e N óvoa. San
P ablo: UNESP, 1 9 9 9 .
C a rm o n a , A u g u sto . «El a p a ra to policial y Lo H erm id a» . En: P u n to Final,
n.° 165: S a n tia g o d e C hile (2 9 d e ag o sto d e 1 9 7 2 ).
C arr, B arry. La izq u ie rd a m exica n a a través del siglo X X. M éx ico , DF:
E d icio n es ERA, 1 9 9 6 .
C a rre ra , Jo sé M iguel. M isión Intem a cio n a lista . De u n a población chilena a
la Revolución sand in ista . S an tia g o d e C hile: E d ito rial L a tin o a m e rica n a,
2010 .
C arv aja l, D iego. « L u ch am o s p o r C hile p o p u la r» . E n: M a p a y estra teg ia s
recientes de la izq u ie rd a su b versiva . In s titu to L ib e rta d y D e sa rro llo :
n /d , 1991.
C a s ta ñ e d a Á lv arez, S a lv a d o r. La negación del n ú m e ro , (La g u errilla en
M¿xico, 1 9 9 5 -1 9 9 6 : una aproxim ación crítica). M éxico, DF: E diciones
Sin N o m b re, 2 0 0 6 .
C a s ta ñ e d a , J o rg e . La u to p ía d esa rm a d a : intrigas, d ilem a s y p ro m e sa s de
la izquierda en A m erica L atina. B uen o s A ires: A riel, 1 9 9 4 .
C astillo , G o n z a lo A ñí. El secreto de las g u errilla s. L im a: E d ic io n e s M ás
A llá, 1967.
C a stro , F id el. «Mi e n c u e n tro co n L eo n el F e rn á n d e z , p re s id e n te d e la
R epública D o m in ic a n a » . En: G ra n m a : (7 d e m a rz o d e 2 0 0 9 ).
C e rd a , Luis e Ig n a c io T o rres. «La v isió n e s tra té g ic a d e l C he s o b re la
rev o lu ció n latin o a m e ric a n a » . En: M iguel E nríquez. P áginas de historia
y lucha. Ed. p o r P edro N aranjo. E stocolm o: C en tro d e E stu d io s M iguel
E n ríq u e z (C EM E), 1 999.
C creg h in o , M ario y V incenzo Vasile. Che Guevara. Top Secret. La Guerrilla
b o livia n a en los d o c u m e n to s del D e p a rta m e n to de E sta d o y la CIA.
B arcelo n a: E d icio n es RBA, 2 0 0 8 .
C h an g , J u a n Pablo. « C uba y el p a p e l d e la v a n g u a rd ia » . En: R evolución
P eruana, n .° 5: (5 d e e n e ro d e 1 9 6 3 ).
C h a te a u , Jo rg e . « S eg u rid a d n a cio n a l y g u e rra an tisu b v ersiv a» . En: D ocu­
m e n to de Trabajo, n.° 185: S a n tia g o d e C hile (ju lio d e 1 9 8 3 ). Ed. p o r
FLACSO.
C hilds, M att. «An H isto rical C ritiq u e o f th e E m e rg e n c e a n d E v o lu tio n o f
E rn e sto C he G u e v a ra ’s Foco T h eo ry » . En: J o u rn a l o f L a tin A m e ric a n
S tu d ies, n.° 2 7 : (1 9 9 5 ).

429
Bibliografía

C lin to n , H illa ry y K a th le e n S e b e liu s. «US a p o lo g iz e s fo r 1 9 4 0 s sy p h ilis


in o c u la tio n e x p e rim e n t in G u atem a la» . En: The W ashington Post: (1 de
o c tu b re d e 2 0 1 0 ).
C o lm e n a re s, Ism ae l, co m p . Cien años de lucha de clases en M éxico (1 8 7 6 -
1 9 7 6 ). M éxico, DF: E d icio n es Q u in to Sol, 1 9 7 7 .
C o m isió n N acio n a l d e la Liga C o m u n ista 23 d e S e p tie m b re , ed . Sinaloa:
a la cab eza del m o v im ie n to revo lu cio n a rio en M éxico. M ay o d e 1 9 7 4 .
V ersión e le c tró n ic a .
C o m ité E je c u tiv o C e n tra l. Posición a n te los cu ltivo s ilícitos y las drogas.
Ed. p o r E jército P o p u la r de L ib eració n . 2 0 0 1 .
C om ité M em o ria N eltu m e, ed. Guerrilla en N eltum e: una historia de lucha
y resistencia en el su r chileno. S a n tia g o de Chile: LOM E diciones, 2 0 0 3 .
C on d és L ara, E nriq u e. 10 de ju n io , ¡No se olvida! M éxico, DF: B e n e m é rita
U n iv e rs id a d A u tó n o m a d e P u e b la , 2 0 0 1 .
— R epresión y rebelión en M éxico. Vol. 1. M éxico, DF, 2 0 0 6 . E d ició n de
m im e ó g ra fo .
C o rd e ro G u e v a ra , H écto r. Del A p ra al A p ra R ebelde. El A p ra y la re v o lu ­
ción (1 9 5 2 ). La re a lid a d n a c io n a l y la lin ea p o lítica d e la c o n v iv en c ia
(1 9 5 8 ) . A c u e rd o s d e la p rim e ra a sa m b le a n a c io n a l d el A p ra re b e ld e
(1 9 6 0 ). L im a: P e ru g ra p h E d ito re s, 1980.
— «El A p ra y la R e v o lu ció n (Tesis p a ra u n r e p la n ta m ie n to re v o lu c io n a ­
rio ) [1 9 5 2 ]» . En: Del A p ra al A p ra Rebelde. El A p ra y la re v o lu c ió n
( 1 9 5 2 ) . La r e a lid a d n a c io n a l y la lin e a p o lític a d e la c o n v iv e n c ia
(1 9 5 8 ). A c u e rd o s d e la p rim e ra a sa m b le a n a c io n a l d el A p ra re b e ld e
(1 9 6 0 ). Lim a: P e ru g ra p h E d ito re s, 1 9 8 0 .
C o rp o ració n O b se rv a to rio p a ra La Paz, ed. Las verdaderas intenciones del
ELN. B ogotá: In te rm e d io , 2 0 0 1 .
C o rv a lá n , Luis. De lo vivid o y lo peleado. M em o ria s. S a n tia g o d e C hile:
LOM E d icio n es, 1 9 9 7 .
— In fo rm e al Pleno del C o m ité C entral de agosto de 1 9 7 7 . La revolución
chilena, la dictadura fa scista y la lucha p o r derribarla y crear u n a nueva
dem ocracia. S a n tia g o d e C hile: E d icio n es C olo-C olo, 1 9 7 8 .
— «Las te n s io n e s e n tr e la te o ría y la p rá c tic a e n el P a rtid o C o m u n is ta
e n los a ñ o s s e s e n ta y se te n ta » . En: Por u n rojo am a n ecer: ha cia u n a
historia de los co m u n ista s chilenos. C om p. p o r M a n u e l L oyola y J o rg e
R ojas. S a n tia g o d e C hile: V alus, 2 0 0 0 .
— Tres perío d o s de n u e stra línea revo lu cio n a ria . B erlín : V erlag Z e it In
Bild, n /d .
C ristó b al, J u a n . ¡D isciplina C om pañeros! Lim a: D e b a te S o c ia lista , 1 9 8 5 .
— ¡D isciplina C om pañeros! Lim a: D e b ate S o c ia lista , 1 9 8 5 .
— M áxim o Velando: el o p tim ism o fr e n te a la vida (El vencedor de Yahuari-
n a ). L im a: E d ic io n es D e b a te S o c ia lista , 1 9 8 4 .

430
B ibliografía

C uesta B ustillo, Jo se fin a . «M em oria e h isto ria. U n e s ta d o de la cuestión».


En: M em o ria e H istoria. 32. M a d rid : R evista A yer, 1 9 9 8 .
C upull, A dys y F ro ilá n G o n zález. Ñ a n k a h u a zú a La H iguera. La H a b a n a :
E d ito ra Política, 1 9 8 9 .
D avies Jr., T h o m a s M. y V íctor V illan u ev a. Secretos electorales del APRA.
C orrespondencia y d o cu m e n to s de 1 9 3 9 . L im a: E d ito ria l H o riz o n te ,
1 982.
D ebray, R egis. La guerrilla del Che en B olivia. M éx ico , DF: S iglo XXI,
2004.
— ¿Revolución en la Revolución? La H ab a n a : C asa d e las A m éricas, 1967.
De C erv an tes, M iguel. Don Q uijote de la M ancha. E dición d el IV C e n te n a ­
rio. M ad rid : A lfa g u a ra , 2 0 0 4 .
D e C o o rd in a c ió n R e v o lu c io n a ria , J u n ta . «A los p u e b lo s d e A m é rica
L atina». En: R evista Che, n.° 1: (n o v ie m b re d e 1 9 7 4 ).
De la P u e n te U c e d a , Luis. «El c a m in o d e la rev o lu c ió n » . E n: O bras de
Luis de la P uente Uceda. L im a: Voz R eb eld e E d icio n es, 1 9 8 0 .
— «E squem a d e la lu ch a a rm ad a » . En: Obras de Luis de la P uente Uceda.
Lim a: Voz R eb eld e E d icio n es, 1980.
— «La R evolución P eru an a» . En: Obras de Luis de la P uente Uceda. Lima:
Voz R eb eld e E d icio n es, 1 980.
— «Los d o s árb o le s» . En: O bras de Luis de la P u en te Uceda. L im a: Voz
R eb eld e E d icio n es, 1 9 8 0 .
— « N u e stra p o sició n » . En: O bras de Luis de la P u en te Uceda. L im a: Voz
R ebelde E d icio n es, 1 9 80 .
— O bras de Luis de la P uente Uceda. Lim a: Voz R eb eld e E diciones, 1980.
D e la T orre, C ristin a. Colom bia cam ino al socialism o. B ogotá: n /d , 1 9 7 6 .
D el C a m p o , H u g o . S in d ica lism o y p ero n ism o . B u e n o s A ires: CLACSO,
1984.
Del Pozo, José. H istoria de A m érica Latina y el Caribe, 1 8 2 5 -2 0 0 1 . S a n tia ­
go d e C hile: LOM E d icio n es, 2 0 0 2 .
D el P ra d o , J o r g e . «M ass S tru g g le . T h e k ey to V ictory. T h e P o litic a l Si-
tu a tio n in P erú a n d th e T actics o f th e C o m m u n ist P arty». En: W orld
M a rxist R eview , n .° 7: (m ay o d e 1 9 6 4 ).
D osal, Paul. C om andante Che. Guerrilheiro, lid e re estrategista, 1 9 5 6 -1 9 6 7 .
S an Pablo: E d ito ra G lobo, 2 0 0 5 .
D oyon, L ouise. «C onflictos o b re ro s d u ra n te el ré g im e n p e ro n is ta (1 9 4 6 -
1 9 5 5 )» . En: La fo r m a c ió n del sin d ica lism o p e ro n ista . Ed. p o r J u a n
C arlos T orre. B u en o s A ires: L egasa, 1 9 8 8 .
D rak e, Paul. «El m o v im ie n to o b re ro en C hile: d e la U n id a d P o p u la r a la
C oncertación». En: Kevístü Ciencias Políticas, vol. 2 3 , n.° 2: S a n tia g o d e
C hile (2 0 0 3 ). ISSN: 0718-090X . DOl: 1 0 .4 0 6 7 /S 0 7 1 8-090X 2003000200007.

431
B ibliografía

U RL: h ttp ://w w w .s c ie lo .c l/s c ie lo .p h p ? s c r ip t= s c i_ a r tte x t& p id =


S0718-090X 2003000200007& lng=es& nrm =iso (v isita d o 0 8 -1 1 -2 0 1 0 ).
D u h a ld e , E d u a rd o Luis y E d u a rd o P é re z . De Taco R a lo a la a lte rn a tiv a
independiente. H istoria docu m en ta l de las Fuerzas A rm a d a s Peronistas y
del P eronism o de B ase. Vol. 1: Las FAP. B u en o s A ires: E d ito ria l De la
cam pana, 2003.
E c h a n d ía , C am ilo . El conflicto a rm a d o y las m a n ifesta cio n es de violencia
en las regiones de C olom bia. B o g o tá: O ficina d e l A lto C o m isio n a d o
p a ra la Paz, 1999 .
E d ito ria l P a rla m e n to , e d . C orrespondencia. P erón-C ooke. B u e n o s A ires:
E d ito ria l P a rla m e n to , 1 9 8 4 .
E lizag a, J u a n C arlo s. M igraciones a las áreas m e tro p o lita n a s de A m érica
L a tin a . S a n tia g o d e C hile: CELADE, 1 970.
ELN. «1 C o n fe re n c ia N a c io n a l M ilitar». En: C u a d ern o s M ilita re s, n.° 1:
(1 9 9 5 ).
— Carta M ilita n te n .° 15. 1990.
— C arta M ilita n te n .° 2 7 . 1 9 9 6 .
— «C ristianism o rev o lu cio n ario » . En: Borradores de las ponencias para el
I Congreso de la UC-ELN: ( n / d ) .
— « E lem en to s so b re c o n stru c c ió n d e c o m p a ñ ía s d e ejército » . En: C arta
M ilita n te, n.° 10: (1 9 9 8 ).
— El M ilita n te O pina. J u n io d e 1 9 9 1 .
— E statutos, deberes y derechos, a rtíc u lo 15. n /d .
— « E valuación ele los ejes tácticos». En: Carta M ilita n te, n.° 24: (1 9 9 3 ).
— Frente de G uerra N ororiental: u n a p olítica de p o d e r p o p u la r. 1 9 9 1 .
— Insurrección n .° 71. N o v iem b re de 1 9 8 9 .
— «IX P le n o d e la D irección N acional». En: S im a c o ta : ( n / d ) .
— «La g u e rra p o p u la r p ro lo n g a d a seg ú n el ELN». En: E strategia: (1 9 8 6 ).
— «Pablo T ejada: sa lid a s posibles». En: El M ilita nte O pina, n.° 5: (julio de
1 9 9 1 ).
— Políticas y criterios, n /d .
— «Por u n a lá c tic a p a ra A rauca». Abril d e 1 9 8 9 .
— « P ro y e c to e x p e rim e n ta l d e e le c c ió n d e a lg u n o s a lc a ld e s» . E n: El
M ilita n te O pina, n.° 4: (ju n io d e 1 9 9 1 ).
— S i F uturo. R ev ista d e C u ltu ra P o lítica d el E jé rc ito d e L ib e ra c ió n N a ­
cio n al, F re n te d e G u e rra N o ro c c id e n ta l, n.° 1. J u lio -a g o s to d e 1 9 9 9 .
— « V alo racio n es d e l “V uelo d e Á g u ila ”». En: C arta M ilita n te , n .° 2 3 :
(m a rz o d e 1 9 9 3 ).
E n ríq u e z , E d g a rd o . «La c o n ciliació n : c ald o d e cu ltiv o d el fascism o». En:
P u n to F inal, n.° 1 68: S a n tia g o d e C hile (1 0 d e o c tu b re d e 1 9 7 2 ).
E n ríq u e z , Luis E d u a rd o . La estafa política m ás g ra n d e de A m érica . Lim a:
E d icio n es d e l Pacífico, 1 9 5 1 .

432
Bibliografía

E n ríq u e z , M iguel. «Así h a b ló el M IR e n T em u co » . En: C la rín : S a n tia g o


d e C hile (5 d e n o v ie m b re d e 1 9 7 1 ).
E q u ip o d e re d a c c ió n . «A c a g a d a . O g e n e ra l F ra n c a c o m a n d a m ilh a re s
d e p o liciais e m to d o o p aís q u e e s tá o á p ro c u r a d o líd e r c o m u n is ta
C arlos M arig h ella» . En: Veja: S an P ablo (2 0 d e n o v ie m b re d e 1 9 6 8 ).
— «A cción e x tr e m is ta e n s e c to r Ira rrá z a b a l: d o s c a ra b in e ro s m u e rto s
e n a s a lto a tre s b an c o s» . En: El M e rc u rio : S a n tia g o d e C h ile (3 1 d e
d ic ie m b re d e 1 9 8 0 ).
— «A cción s im u ltá n e a e n su c u rs a le s b a n c a ria s : e x tr e m is ta s o b tie n e n
b o tín d e $ 2 8 m illo n e s e n tre s a sa lto s» . En: El M ercurio: S a n tia g o de
C hile (1 2 d e ab ril d e 1 9 8 0 ).
— «Al in te rio r d e l N e ltu m e : a b a tid o a tiro s je fe d e g ru p o g u e rrille ro » .
En: El M ercurio: S a n tia g o d e C hile (1 7 d e o c tu b re d e 1 9 8 1 ).
— « A ten tad o » . E n: El M ercurio: S a n tia g o d e C h ile (2 7 d e m a rz o d e
1 9 8 5 ).
— « A te n ta d o te r ro ris ta : a s e s in a d o a tiro s m ie m b ro d e la CNI». En: El
M ercurio: S a n tia g o d e Chile (7 d e ju lio d e 1 9 8 1 ).
— « C a ra b in e ro m u rió acrib illa d o . S a n g rie n to a sa lto e x tre m ista » . En: El
M ercurio: S a n tia g o d e C hile (2 5 d e n o v ie m b re d e 1 9 7 9 ).
— « C o b a rd e a c c ió n d e jó ta m b ié n h e rid o a c h o fe r-S a rg e n to d e l oficial.
E x tre m is ta s a s e s in a n a C o m a n d a n te d e l E jerc ito » . En: La Tercera:
S a n tia g o d e C hile (1 6 d e ju n io d e 1 9 8 0 ).
— « C o n fe re n c ia d e p re n s a d e la re g io n a l B u e n o s A ires d e l P e ro n ism o
d e B ase». En: M ilita n cia P eronista p a ra la L iberación, n .° 3 4 : (2 de
fe b re ro d e 1 9 7 4 ).
— « C o n tro v e rsia G u ard ia -M ery » . En: El M ercurio: S a n tia d o d e C hile
(2 9 d e e n e ro d e 2 0 0 1 ).
— «C ronología m ín im a de la A sociación Cívica N acio n al R evolucionaria».
En: Revista E xpediente A bierto, n.° 2: (f e b re ro -m a rz o d e 1 9 9 2 ).
— «El caso A poquin d o . M atan za en las C ondes». En: Revista P unto Final,
vol. XXVIII, n.° 3 0 2 : (31 d e o c tu b r e -1 3 d e n o v ie m b re d e 1 9 9 3 ).
— «El P a rtid o d e los P obres e m b o s c a a 3 0 0 so ld a d o s» . En: R evista ¿Por
Qué?: (2 5 d e n o v ie m b re de 1 9 7 3 ).
— «En 15 m in u to s , c o m a n d o se llev ó 30 m illo n es: A lo “M isión Im p o si­
b le ” fue asalto a tres bancos». En: La Tercera: S a n tia g o d e C hile (1 2 de
ab ril d e 1 9 8 0 ).
— «En c é n tric o h o te l d e C o n cep ció n : 2 sa rg e n to s m u e re n al d e s a c tiv a r
u n a bom ba». En: La Tercera: S an tiag o d e C hile (2 7 d e m arzo de 1 9 8 5 ).
— « E n é rg ic a s m e d id a s p a ra c o m b a tir el te rro rism o » . En: La Tercera:
S a n tia g o d e C hile (1 2 d e ab ril d e 1 9 8 0 ).
— «En N eltu m e: g u errille ro s te n ía n a rm a s a n tita n q u e s» . En: El M ercurio:
S a n tia g o d e C hile (2 5 d e n o v ie m b re d e 1 9 8 1 ).

433
Bibliografía

E quipo d e red acció n . «En seis e n fre n ta m ie n to s: sie te g u e rrille ro s a b a tid o s


e n N eltum e». En: El M ercurio: S an tiag o de C hile (2 4 d e se p tie m b re de
1 9 8 1 ).
— « E n tre v ista a J o r g e C a stillo y R ic a rd o G ó m ez» . En: P agina A b ierta :
(1 9 9 1 ).
— « E n trev ista co n H é c to r B éjar». En: La Lucha A rm a d a en la A rg e n tin a ,
n .° 9: B u en o s A ires (2 0 0 7 ).
— « E sc a p a ro n m é d ic o fra n c é s y o tro s 3 e x tre m is ta s : a b a tid o el je f e d e
los g u e rrille ro s d e N eltum e». En: La Tercera: S a n tia g o de C hile (17 de
o c tu b re d e 1 9 8 1 ).
— « E stalló c u a n d o in te n ta b a d e s a c tiv a rla ; g ra v e u n s a r g e n to : b o m b a
m a tó a te n ie n te n av al» . En: La Tercera: S a n tia g o d e C h ile (1 4 d e
a g o sto d e 1 9 8 5 ).
— « F re n te a d o m ic ilio d e je fe d e l E sta d o M a y o r P re s id e n c ia l: a se s i­
n a d o s tre s d e te c tiv e s » . En: El M ercurio: S a n tia g o d e C h ile (1 9 d e
n o v ie m b re d e 1 9 8 1 ).
— «Fue a m e tra lla d o en su a u to m ó v il O ficial d e In te lig e n c ia a s e s in a d o
p o r e x tre m ista s » . En: El M ercurio: S a n tia g o d e C h ile (1 6 d e ju lio de
1 9 8 0 ).
— « In te n ta b a a r r o ja rla al río M a p o c h o : B o m b a e x tr e m is ta p ro v o c ó
m u e rte d e te n ie n te d e CNI». En: La Tercera: S a n tia g o d e C hile (2 4 de
ab ril d e 1 9 7 9 ).
— « In te n ta r o n ro b a r c a m io n e ta d e u n b a n c o : U n c a r a b in e r o m u e r to y
o tro g ra v e m e n te h e rid o d ejó a tra c o d e c o m a n d o e x tre m ista » . En: La
Tercera: S a n tia g o d e C hile (2 5 d e n o v ie m b re d e 1 9 7 9 ).
— «Lo a c rib illa ro n a s a n g re fría e n la p u e r ta d e su c a sa : E x tre m is ta s
a s e s in a ro n a u n A g e n te d e la CNI». En: La Tercera: S a n tia g o d e Chile
(1 9 8 1 ).
— «Los o ríg e n e s d e l M o v im ie n to A rm a d o S o c ia lis ta e n M éxico». En:
Revista P ilo y C ausas, n.° 3: M éxico, DF (3 d e o c tu b re d e 2 0 0 4 ).
— «M ay o r m u rió al e s ta lla r b o m b a : d e sa c tiv a b a a rte fa c to ex p lo siv o en
casa d e se g u rid a d d el FMR». En: La Tercera: S a n tia g o d e C hile (2 7 de
e n e ro d e 1 9 8 8 ).
— «M o v im ien to L a u ta ro u n a ju v e n tu d sin b rú ju la» . En: re v ista A nálisis:
( 2 4 - 3 0 d e s e p tie m b re d e 1 9 9 0 ).
— «Oficial d e la CNI». En: El M ercurio: S an tia g o d e C hile (2 4 d e ab ril de
1 9 7 9 ).
— « P e ñ a b la n c a : oficial d e M a rin a m u rió al d e s a c tiv a r u n a b o m b a » . En:
El M ercurio: S a n tia g o d e C hile (1 4 d e a g o sto d e 1 9 8 5 ).
— «P or c o m a n d o e x tre m is ta : a s e s in a d o g e n e ra l C a ro l U rzú a » . En: El
M ercurio: S a n tia g o d e C hile (31 d e a g o sto d e 1 9 8 3 ).

434
B ibliografía

—• «Poseían m o d e rn o a rm a m e n to y h a b ía n in g re sa d o c la n d e s tin a m e n te
a C hile: los 7 m u e r to s d e N e ltu m e e ra n p e lig ro so s m irista s» . En: La
Tercera: S a n tia g o d e C hile (2 4 d e se p tie m b re d e 1 9 8 1 ).
— « R ep o rtaje a las FAP (1 2 p re g u n ta s )» . En: C ristia n ism o y R evolución,
n.° 25: (s e p tie m b re d e 1 9 7 0 ).
— «R esistencia se ad ju d ic ó el crim en». En: La Tercera: S an tia g o d e C hile
(31 d e a g o sto d e 1 9 8 3 ).
— « S a n g rie n to a tr a c o e x tr e m is ta a su c u rs a le s d e I r a rrá z a b a l y M acu l.
A saltad o s tres ban co s: 2 c a ra b in e ro s m u erto s» . En: La Tercera: S a n tia ­
go d e C hile (31 d e d ic ie m b re d e 1 9 8 0 ).
— «S on in te g ra n te s d e un C o m a n d o del MIR: C a y e ro n a se s in o s d e l
G e n eral U rzúa». En: El M ercurio: (8 d e s e p tie m b re d e 1 9 8 3 ).
— « T en d iero n c o b a rd e tr a m p a fre n te a c asa d el G e n e ra l S in c lair: a m e ­
tr a lla n y m a ta n a tre s d e te c tiv e s » . En: La Tercera: S a n tia g o d e C hile
(1 9 d e n o v ie m b re d e 1 9 8 1 ).
— «Tres b ancos exp ro p iad o s» . En: El Rebelde, n.° 170: S a n tiag o de C hile
(e n e ro d e 1 9 8 1 ).
— «Un 23 d e se p tie m b re e n C h ih u a h u a» . En: R evista E xpediente A bierto,
n .° 1: (fe b re ro d e 1 9 9 1 ).
— «U na ju v e n tu d sin b rú ju la » . En: R evista A n á lisis, v ol. XII, n .° 3 5 0 :
( 2 4 - 3 0 d e se p tie m b re d e 1 9 9 0 ).
— «U n la rg o c a m in o p a ra el A sa lto al C ielo: A ce rc a d e l M o v im ie n to
R e v o lu c io n a rio e n S in alo a » . En: R evista E xp e d ie n te A b ierto : M éxico,
DF (n o v ie m b re d e 1 9 9 4 -e n e r o d e 1 9 9 5 ).
— «V íctim a e ra je f e d e l GOPE: tr a m p a e x p lo siv a m a tó a oficial d e
C a ra b in e ro s» . En: El M ercurio: a n tia g o d e C h ile (2 7 d e e n e ro d e
1 9 8 8 ).
E s tra d a , U lises. Tania la g u errillera y la epopeya su d a m e ric a n a del Che.
n / d : E d ito rial O cean S u r, 2 0 0 6 .
F ajardo, Jo s é y M iguel Á ngel R o ld an . Soy el c o m a n d a n te . B o g o tá: O veja
N eg ra, 1 9 8 0 .
FAP R egional B uenos A ires, ed. Proceso de la organización. 3 0 d e ju lio de
1 9 7 3 . D o c u m e n to in é d ito .
F a u re B arcur, A yleen . «Los lo co s d e l p o d er, a p ro x im a c ió n h is tó ric a a la
e x p e rie n c ia d e l M o v im ien to Ju v e n il L a u taro 1 9 8 2 -1 9 9 7 » . Tesis d e lie.
F a cu ltad d e F iloso fía y H u m a n id a d e s, U n iv e rsid a d d e C hile, 2 0 0 6 .
F elipe d e las C asas, Luis. El S ecta rio . L im a: C e n tro d e In v e s tig a c ió n y
C a p a c ita c ió n , 19 8 1 .
F e rn á n d e z , D an iel. «Las lu c h a s o b re ra s e n la A rg e n tin a m o d e rn a » . En:
C uadernos Políticos, n .° 3 1 : B u en o s A ires (1 9 8 2 ).
F e rn á n d e z H u id o b ro , E le u te rio . H isto ria de los tu p a m a ro s. Vol. 2: El
n a cim ien to . M o n te v id eo : B a n d a O rien ta l, 2 0 0 1 .

435
Bibliografía

F e rn á n d e z H u id o b ro , E le u te rio . H isto ria de los tu p a m a ro s. Vol. 1: Los


orígenes. M o n te v id e o : B an d a O rie n ta l, 2 0 0 1 .
F e rn a n d o B e la ú n d e , T erry. La conquista del Perú p o r los p e ru a n o s. Lim a:
E d icio n es T a w a n tin su y u , 1 9 5 9 .
F in c h , H en ry . H isto ria económ ica del U ruguay co n te m p o rá n e o . M o n te v i­
d eo : B an d a O rie n ta l, 1 9 8 0 .
F io rav an ti, E d u ard o . L atifu n d ism o y sindicalism o agrario en el Perú. Lima:
In s titu to d e E stu d io s P e ru a n o s, 1 9 7 4 .
F re ire , P aulo. E ducación com o práctica de libertad. B o g o tá: E d ic io n es d e
C o n v e rg e n c ia , 1 9 6 5 .
F rü h lin g , H ugo. El estado fr e n te al terrorism o. S a n tia g o d e Chile: E ditorial
A ten a y C e n tro d e e stu d io s d e l d e sa rro llo CED, n /d .
G a d e a , H ild a . Che G uevara, a ñ o s decisivos. M éx ico , DF: A g u ila r E d ito r,
1972.
— Che G uevara: años decisivos, n /d : A gu ilar, 1 9 7 3 .
G ag g ero , M a n u e l. «El e n c u e n tro co n el C he: a q u e llo s añ o s» . En: Che, el
a rg e n tin o . B u en o s A ires: De M an o e n M an o , 1 9 9 7 .
G alasso, N o rb erto . Cooke: de Perón al Che. Una biografía política. B uenos
A ires: H o m o S a p ie n s, 1 9 9 7 .
G alv arro , C arlos Soria. El Che en Bolivia. D ocum entos y testim o n io s. 5 vols.
La Paz: E d ito ria l La R azó n , 2 0 0 5 .
G álv ez, W illiam . El su eñ o a frica n o del Che ¿ Q ué su ced ió en la g u errilla
congolesa? La H a b a n a : C asa d e las A m éricas, 19 9 7 .
G á m iz G a rc ía , A rtu ro . « R e p o rta je s o b re la v id a r u r a l e n la re g ió n d e
T em osáchic». En: La Voz de Chihuahua-. (1 2 d e m a y o d e 1 9 6 3 ).
— «V R eso lu ció n . El ú n ic o cam in o » . En: E ncuentro en la S ierra H eraclio
B ernal. M éxico, DF: E d icio n es L ínea R e v o lu c io n a ria , 1 9 6 5 . u r l : w w w .
m adera1965.com .
G a rc ía N a ra n jo , F ran c isc o . H istorias derrotadas. O pción y o b stin a ció n de
la guerrilla chilena (1 9 6 5 -1 9 8 8 ). M orelia: U n iv ersid ad M ich o a c an a de
S a n N ico lás d e H id a lg o , 1 9 9 7 .
G a rc ía , P a tric io y H e rn á n V en eg as. « C o n tin u id a d e s y r u p tu r a s e n la e s ­
tra te g ia d el P artid o C o m u n ista d e C hile. 19 7 3-1 98 6 ». En: P alim psesto:
(2 0 0 2 ). URL: h t t p : / / w w w . p a l i m p s e s t o . u s a c h . c l .
G arcía T om a, V íctor. Las a lia n za s del APRA. Lim a: P ro m o c io n e s G ráficas
Im a g e n , 1 9 8 2 .
G a rre tó n , M a n u e l A n to n io . M odelo y proyecto p olítico del régim en m ilita r
chileno. S a n tia g o d e C hile: FLACSO, 1 9 8 1 .
G a rre tó n , M a n u e l A n to n io y T o m ás M o u liá n . T ra n sfo rm a ció n social y
re fu n d a c ió n p o lític a en el ca p ita lism o a u to rita rio . S a n tia g o d e C hile:
FLACSO, 1 9 8 1 .

4 36
Bibliografía

G a rrid o , Luis J a v ie r. El p a rtid o de la revo lu ció n in stitu c io n a liza d a : la


fo rm a c ió n del nuevo estado en M éxico (1 9 2 8 -1 9 4 5 ). M éxico, DF: Siglo
XXI, 1995.
G aspar, G abriel. G uerrillas en A m érica Latina. S a n tia g o d e Chile: FLACSO,
1997.
G a u d ic h a u d , F ran k . Operación Cóndor. N otas sobre el terrorism o de Estado
en el Cono S u r. M ad rid : S e p h a E dición y D iseñ o , 2 0 0 5 .
G e rte l, N óe. « M a rig h e lla n a Ilh a G ra n d e d e E s p e ra n z a s (e n tre v ista s )» .
En: Carlos M arighella. O h o m e m p o r trás do m ito . Ed. p o r C ristia n e
N ova y J o rg e N ó v o a. S an Pablo: UNESP, 1 9 9 9 .
G ieseck e, M a rg a rita . La insurrección de Trujillo del 7 de ju lio de 1 9 3 2 .
Lim a: F o ndo E d ito ria l d el C o n g reso d el P erú, 2 0 0 9 .
G illesp ie, R ic h a rd . S o ld a d o s de Perón. Los M o n to n ero s. B u e n o s A ires:
G rijalbo, 1988.
Gilly, A dolfo. La senda de la guerrilla. M éxico, DF: E d ito rial N u ev a Im ag en ,
1986.
G leijese, P iero . M isiones en conflicto. La H a b a n a , W a sh in g to n y Á frica,
1 9 5 9 -1 9 7 6 . La H a b a n a : In s titu to C u b a n o d e l L ibro, 2 0 0 4 .
G oicovic D o n o so , Ig o r. «De la d u ra in fa n c ia , d e la a r d ie n te v id a , d e la
e s p e r a n z a ... Un testim o n io p o p u la r p a ra la re c o n stru c c ió n de n u e stra
h is to ria re c ie n te » . En: Ú ltim a D écada, n.° 6: V iña d e l M a r (1 9 9 7 ).
— «La im p la c a b le p e rs is te n c ia d e la m e m o ria . R e flex io n es e n to rn o al
In fo rm e d e la C o m isió n d e P risió n P o lítica y T o rtu ra » . En: R evista de
H istoria A ctu a l, n .° 2: C ád iz (2 0 0 2 ).
— «La re fu n d a c ió n d e l cap ita lism o y la tra n sic ió n d e m o c rá tic a e n C hile
(1 9 7 3 -2 0 0 4 )» . En: H istoria A ctu a l On Line (HAOL): (o c tu b re d e 2 0 0 6 ).
U R L : h t t p : / / h i s t o r i a - a c t u a l . o rg / P u b li c a c io n e s / in d e x . p h p /
h a o l / a r t i c l e / v i e w / 1 4 7 /1 3 5 .
— «T eoría d e la v io len c ia y e stra te g ia d e p o d e r e n el M o v im ie n to de Iz- •
q u ie rd a R ev o lu cio n aria, 1 9 6 7 -1 9 8 6 » . En: P alim psesto, n.° 1: S a n tia g o
d e C hile (2 0 0 3 ). U R L : h t t p : / /v A v w .p a l im p s e s t o .u s a c h .c l.
— « T ran sició n y v io le n c ia p o lític a e n C h ile (1 9 8 8 -1 9 9 4 )» . En: R evista
A yer, vol. 3, n .u 7 9 : M ad rid (2 0 1 0 ).
G ó m e z A bad, J o s é . C om o el Che burló a la CIA. M a d rid : RD e d ito re s,
2007.
G ó m ez O ch o a, D elio. C onstanza, M a im ó n y Estero H ondo. La victoria de
los caídos. S a n to D o m in g o : E d ito ria l Alfa & O m e g a , 1 9 9 8 .
G ó m ez R am írez, P ablo. «No es el c a m p e sin o q u ie n in v a d e la tie rra » . En:
La Voz de C h ih u a h u a : (2 3 d e fe b rero d e 1 9 6 3 ).
G o n z á le s C a sa n o v a , P ablo. El E stado y los p a rtid o s p o lítico s en M éxico.
M éxico, DF: E d icio n es E ra, 1 993.

437
Bibliografía

G o n z á le z C alleja, E d u a rd o . «La d efin ició n , c a ra c te riz a c ió n y a n álisis de


la v io le n c ia a la lu z d e las c ie n c ia s so c ia le s: u n a re fle x ió n g e n e ra l» .
En: R evista H istoria Social y de las M en ta lid a d es, v ol. 2: (2 0 0 8 ).
G o n zález C alleja, E d u a rd o . La violencia en la política. Perspectivas teóricas
sobre el em pleo deliberado de la fu e r za en los conflictos de poder. M ad rid :
C o n sejo S u p e rio r d e In v e stig a c io n e s C ien tíficas, 2 0 0 2 .
G o n z á le z , C am ilo . «Lo m ilita r e n la p o lític a d e l p a rtid o » . En: R evista
P rincipios, n.° 2 2 : S a n tia g o d e C hile (e n e r o -fe b re r o d e 1 9 8 2 ).
G o n z á le z E g u ia rte , O scar, ed. D iario de ca m p a ñ a . V ersión e le c tró n ic a .
G o n z á le z , E rn e sto , c o m p . El tro tsk ism o obrero e in te m a c io n a lis ta en la
A rg en tin a ¡II. B u en o s A ires: A n tíd o to , 1 9 9 6 .
G o re n d e r, J a c o b . C o m b a te ñas trevas. A esq u erd a brasileira: das ilusóes
perd id a s á lu ta a rm a d a . 2 .a ed . S an Pablo: Á tica, 1 9 8 7 .
G o rria rá n M erlo, E n riq u e. M em orias. De los setenta a La Tablada. B uenos
A ires: E d ito ria l P la n e ta , 2 0 0 3 .
G ott, R ichard. Guerrilla M ovem ents in Latin A m erica. N u ev a York: A n ch o r
B ooks, 1972.
G ra m e g n a , M arco A n to n io y G lo ria R ojas. «La iz q u ie rd a re v o lu c io n a ria
e n la lu c h a p o lític a e id e o ló g ic a ac tu a l» . En: M a rx ism o y R evo lu ció n ,
n .° 1: S a n tia g o d e C hile (ju lio -s e p tie m b re d e 1 9 7 3 ).
G u e rre ro , M iguel. «La m u e rte d e J u a n d e Dios V e n tu ra Sim ó». En: Clave
d ig ita l: (9 d e fe b re ro d e 2 0 0 4 ).
G u e v a ra , E rn esto . O bra revolucionaria. M éxico, DF: E d ito ria l E ra, 1 9 6 9 .
— O bras 1 9 5 7 -1 9 6 7 . Vol. 2. La H a b a n a : C asa d e las A m é ric as, 1 9 7 0 .
G u tié rre z , M iguel. La generación del 50: un m u n d o d ividido. Lim a: E d ito ­
rial L ab ru sa, 1 9 8 8 .
G u tiérrez, N elson. El M IR vive en el corazón del p ueblo. S a n tia g o d e C hile:
M IR, 19 9 0 .
— «El p o d e r p o p u la r y la lu c h a d e l p ro le ta r ia d o ch ile n o » . E n: P u n to
Final, n .° 190: S a n tia g o d e C hile (1 4 d e a g o sto d e 1 9 7 3 ).
H a lp e rin D o n g h i, 711110. H isto ria co n tem p o rá n ea de A m érica L a tin a . M a­
d rid : A lian za E d ito ria l, 1 9 8 1 .
— «La CEPAL e n su c o n te x to histó rico » . En: R evista de la CEPAL, n.° 94:
(2 0 0 8 ).
H a n d e lm a n , H o w ard . Struggle in the A ndes: p e a sa n t political m ob iliza tio n
in Perú. A u stin : U n iv ersity o f T exas P ress, 1 9 7 4 .
H a ra ri, Jo s é . C o n trib u ció n a la h isto ria del M LN . Vol. 2. M o n te v id e o :
Z an o cch i, 1 9 8 6 .
H a rn eck er, M a rta . Pueblos en arm as. G uatem a la , El Salvador, N icaragua.
M éxico, DF: E d ic io n e s ERA, 1 9 8 4 .
— U nidad que m u ltip lic a : en trevista a d irig en tes de la U nión C a m ilista
Ejército de Liberación N acio n a l. Q u ito : Q u im e ra E d ic io n e s, 1 9 8 8 .

438
B ibliografía

H a y a d e la T o rre, V ícto r R a ú l. «C inco a ñ o s d e e x ilio e n m i p a tria » . En:


L ife: (2 4 d e m a y o d e 1 9 5 4 ).
— «D iscurso del 12 de n o v iem b re de 1933». En: O bras C om pletas. Vol. 5.
L im a: E d ito rial J u a n M ejía B aca, 1 9 8 4 .
— «D iscurso d e l 8 d e d ic ie m b re d e 1931». En: O bras C om pletas. Vol. 5:
O bras C om pletas. Lim a: E d ito ria l J u a n M ejía B aca, 1 9 8 4 .
—- «La D efensa C o n tin en tal» . En: Obras C om pletas. Vol. 4. Lim a: E d ito rial
J u a n M ejía B aca, 1 9 8 4 .
— «M anifiesto d e F e b re ro d e 1932». En: O bras C om pletas. Vol. 5. Lim a:
E d ito rial J u a n M ejía Baca, 1 9 8 4 .
— O bras C om pletas. Lim a: E d ito ria l J u a n M ejía B aca, 1 9 8 4 .
H ay a d e la T o rre, V icto r R aú l y Luis A lb e rto S á n c h e z . C orrespondencia.
Vol. 2. Lim a: M osca A zul E d ito res, 1 9 8 2 .
H e llm a n , A lfredo. II m ilita n ti. M ilan o , 2 0 0 6 .
H e ra s m e P eñ a, E m ilio . «La e x p e d ic ió n a rm a d a d e ju n io d e 1 9 5 9 » . En:
Listín D ia rio : (1 4 d e ju n io d e 2 0 0 4 ).
H e rn á n d e z , F ern an d o . «La o pción d e los c ristian o s p o r la rev o lu ció n » . En:
Las verdaderas intenciones del ELN. Ed. p o r C o rp o ra c ió n O b se rv a to rio
p a ra La Paz. B og o tá: In te rm e d io , 2 0 0 1 .
H e rn á n d e z , M ilto n . R ojo y negro: a p ro x im a c ió n a la h isto ria del ELN.
B ogotá: T alleres d e la N u ev a C o lo m b ia, 1 9 9 8 .
H e rn á n d e z V á sq u e z , M a rtín . El p e n sa m ie n to revo lu cio n a rio de B a u tista
van Schouw en, 1 9 4 3 -1 9 7 3 . C o n cep ció n : E d icio n es E sc a p a ra te , 2 0 0 4 .
H errero s, Francisco. Del gobierno del pueblo a la rebelión popular. H istoria
del Partido C om u n ista 1 9 7 0 -1 9 9 0 . S a n tia g o d e C hile: Siglo XXI, 2 0 0 3 .
H id alg o , A lberto. Por que renuncié al APRA. Lim a: n / d , 1 9 5 4 .
H irales M o rán , G u sta v o . «La G u e rra se c re ta 1 9 7 0 -1 9 7 8 » . En: N exos, n.°
54: (ju n io d e 1 9 8 2 ).
H o b sb a w n , Eric. « P e a sa n t L an d O ccu p a tio n s» . E n: Past a n d P resent, n.°
6 2 : (fe b re ro d e 1 9 7 4 ).
la n n i, O ctav io . La fo r m a c ió n del E stado p o p u lista en A m é ric a L a tin a .
M éxico, DF: E d ito ria l ERA, 1 9 75 .
In d y m e d ia , e d . En la tu m b a de Luis de la P u en te Uceda. 15 d e s e p tie m ­
b re d e 2 0 0 5 . URL: h t t p : / / l i s t s . in d y m e d ia . o r g / p i p e r m a i l / c m i -
b o l i v i a - e d i t o r i a l e s / 2 0 0 5 - S e p t e m b e r / 0 9 1 8 - v u .h t m l .
Ja m e s, D aniel. Resistencia e integración. El p eronism o y la clase trabajadora
arg en tin a 1 9 4 6 -1 9 7 6 . B u en o s A ires: S u d a m e ric a n a , 2 0 0 6 .
Jo b c t, Ju lio C esar. El Partido Socialista de Chile. Vol. 2. S a n tia g o d e C hile:
E d ito rial PLA, 1 9 7 1 .
J o r g e P a n c e ra , G ra c ie la y E le u te rio F e rn á n d e z H u id o b ro . C hile roto.
U ruguayos el día del golpe en Chile. S an tiag o de C hile: LOM E diciones,
2003.

439
Bibliografía

K antor, H arry. The ideology a n d program o fth e Peruvian A prista m o vem en t.


C alifo rn ia: U n iv e rsity o f C alifo rn ia P ress, 1 9 5 3 .
L ag u n a B erber, M auricio . C ronología de la Liga C om unista 2 3 de S ep tie m ­
bre. O b ra in é d ita .
— «La P re n sa C la n d e stin a en M éxico. C aso d e l p e rió d ic o M adera 1 9 7 3 -
1981». Tesis d e lie. UNAM, 1 997.
— ed . Liga C o m u n ista 2 3 de S ep tiem b re (L C 2 3 S ). V ersión e le c tró n ic a .
L a rra ín , F elipe y R o d rig o V erg ara, e d s. La tra n sfo rm a c ió n eco n ó m ica de
Chile. S a n tia g o d e C hile: CEP, 2 0 0 1 .
L ebot, Yvon. La guerra en tierras m ayas: com unidad, violencia y m o d ern i­
d a d en G u a tem a la (1 9 7 0 -1 9 9 2 ). M éxico, DF: FCE, 1 9 9 5 .
L e g o rre ta D íaz, M a ría d e l C a rm e n . R eligión, p o lític a y g u e rrilla en las
cañadas de la selva Lacandona. M éxico, DF: Cal y A ren a , 1 9 9 8 .
L eiva, S e b a s tiá n . «T eo ría y p rá c tic a d e l p o d e r p o p u la r : Los c a so s d e l
M o vim iento d e Iz q u ie rd a R ev o lu cio n aria (M IR, C hile, 1 9 7 0 -1 9 7 3 ) y el
P a rtid o R ev o lu c io n a rio d e los T ra b a ja d o re s - E jérc ito R e v o lu c io n a rio
d e l P u e b lo (PRT-ERP, A rg e n tin a , 1 9 7 3 -1 9 7 6 )» . Tesis d e lie. S a n tia g o
d e C hile: D e p a rta m e n to d e H isto ria, U n iv ersid ad d e S a n tia g o d e C hile,
2007.
Levi, G io v a n n i. «U sos d a b io g rafía » . En: Usos e a busos d a h is to ria oral.
Ed. p o r M a rie ta M o ra e s y J a n a ín a A m a d o . R ío d e J a n e ir o : E d ito ra
FGV, 1 9 9 6 .
— «Usos d a biografía». En: t/sos e abusos da historia oral. Ed. p o r M arieta
M o raes y J a n a ín a A m ad o . Río d e J a n e iro : E d ito ra FGV, 1 9 9 6 .
L itke, R o b ert. «V iolencia y p o d e r» . En: R evista In te rn a c io n a l de Ciencias
Sociales. P ensar la violencia: B arc elo n a (ju n io d e 1 9 9 2 ).
L ópez, J a im e . D iez años de guerrilla en M éxico. M éxico, DF: n / d , 1 9 7 0 .
L ópez L im ón, A lb erto G u illerm o . D avid J im é n e z S a rm ien to , p o r la senda
de la revolución. M éxico, DF: E d ito ria l 22 d e m ay o , 2 0 0 6 .
L ópez Vigil, M a ría . C am ilo c a m in a en C olo m b ia . N a v a rra : T x a la p a r ta ,
1989.
L uvecce, C ecilia. Las F uerzas A rm a d a s P eronistas y el P eronism o de Base.
B uen o s A ires: CEAL, 1 9 9 3 .
M alp ica, M arco A n to n io . B iografía de la Revolución. H isto ria y a n to lo g ía
del p e n sa m ie n to socialista. Lim a: E d icio n es E n say o s S o ciale s, 1 9 6 7 .
M a n riq u e , N e lso n . ¡Usted fu e a p rista ! Bases p a ra u n a h isto ria crítica del
A PR A . CLACSO a n s F o n d o E d ito ria l d e la U n iv e rs id a d C a tó lic a d el
P erú: Lim a, 2 0 0 9 .
M a rig h e lla , C arlo s. « C a rta á E x ec u tiv a (1 d e d ic ie m b re d e 1 9 6 6 )» . En:
Escritos de M arighella. S an P ablo: L iv ra m e n to , 1 9 7 9 .
— Escritos de M arighella. S an Pablo: L iv ra m e n to , 1 9 7 9 .
— Por que resistí á prisá o . S an Pablo: B rasilien se, 1 9 9 4 .

440
Bibliografía

— « Q u em sa m b a fica, q u e m n a o sa m b a v ai e m b o ra » . En: E scritos de


M arighella. S an Pablo: L iv ra m e n to , 1 9 7 9 . C a rta d irig id a a los re v o lu ­
c io n a rio s d e S an P ablo, d ic ie m b re d e 1 9 6 8 .
M arin i, Ruy M au ro . D ialéctica de la dependencia. M éxico, DF: E d icio n es
ERA, 19 9 1 .
M a rtín e z Á ngel, M a rle n e . «La e x p e rie n c ia p o lític a c o tid ia n a d e los m ili­
ta n te s del M o v im ie n to de Iz q u ie rd a R e v o lu cio n a ria (M IR) d u ra n te la
d ic ta d u ra e n C hile: M o tiv acio n es, p rá c tic a p a rtid a r ia y q u ie b re d e la
m ilitan cia (1 9 7 3 -1 9 8 8 )» . Tesis d e lie. S a n tia g o d e Chile: D e p a rta m e n ­
to d e C ien cias H istó ric a s, U n iv ersid a d de C hile, 2 0 0 6 .
M a rtín e z , D iego. Ñ a n c a h u a zú a p u n tes p a ra una h isto ria m ilita r. La Paz:
SPI, 198 9.
M attini, Luis. H om bres y M ujeres del PRT-ERP. B uenos A ires: E diciones de
la C a m p a n a , 2 0 0 3 .
M ed in a G allego, C arlo s. « A p ro x im acio n es a las id e a s p o lítica s d el ELN».
En: Las verdaderas intenciones del ELN. Ed. p o r C o rp o ra c ió n O b se rv a ­
to rio p a ra La Paz. B ogotá: In te rm e d io , 2 0 0 1 .
— ELN: u n a h isto ria co n ta d a a dos voces. B o g o tá: R o d ríg u e z Q u ito
E d ito res, 1 9 7 6 .
— «V iolencia y lu c h a a rm a d a : el caso d e l ELN. U n a h is to ria d e v id a
(1 9 5 8 -1 9 7 8 )» . Tesis d e lie. B ogotá: U n iv ersid ad N acional d e C olom bia,
1997.
M e rc a d o , R oger. La R evolución de T r u jillo y la tra ició n del A p ra . L im a:
F o n d o d e C u ltu ra P o p u la r, 1 9 6 6 .
— Las guerrillas del MIR, 1 965. Lima: E d ito rial d e C u ltu ra P o p u lar, 1982.
M ercier Vega, Luis, ed . G uerrillas in Latin A m erica. N u ev a York: P rae g er,
1969.
M errick , T h o m a . «La p o b la c ió n d e A m é ric a L a tin a , 1 9 3 0 -1 9 9 0 » . En:
H isto ria de A m éric a L a tin a . Política y so cied a d desde 1 9 3 0 . E d. p o r
Leslie B ethell. Vol. 12. B arcelo n a: E d ito rial C rítica, 1 9 9 2 .
M in iste rio d e G u e rra , ed . Las g uerrillas y su represión. L im a: M in iste rio
d e G u e rra , 1966 .
M ira n d a , O ld a c k , S ilva F ilh o y E m ilia n o Jo s é . L am arca. O ca p itá o da
g u errilh a . 1 2 .a ed. S an Pablo: G lobal, 1989.
M ires, F e rn a n d o . La revolución p erm a n e n te. Las revoluciones sociales en
A m érica L a tin a . M éxico, DF: Siglo XXI, 2 0 0 1 .
M o lin a , A. D a n ie l. La ca ra va n a del h a m b re. M éxico, DF: E d ic io n e s El
C a b allito , 1 9 8 2 .
M onsálvez, D anny. «La A sam blea del P u eb lo en C oncepción. La ex p re sió n
del p o d e r p o p u la r» . En: Revista de H istoria, n.° 16: C o n cep ció n (2 0 0 6 ).
M o ra le s, E m ilio . U tu ru n co y las g u errilla s en A rg e n tin a . M o n te v id e o :
SEPE, 1 9 6 4 .

441
B ibliografía

M o v im ien to d e Izq u ie rd a R evo lu cio n aria. «A nálisis de co y u n tu ra » . En: El


R ebelde: S a n tia g o d e C hile (fe b re ro d e 1 9 7 7 ).
— «C hile, I o d e m ay o d e 1 9 7 7 : La iz q u ie rd a a u n e stá d e su n id a » . En: El
Rebelde, n .° 126: S a n tia g o d e C hile (a b ril d e 1 9 7 7 ).
— « C o lu m n a d el C o m ité C en tra l. En el MIR no c ab e el d e rro tism o » . En:
El R ebelde, n.° 2 3 7 : S a n tia g o d e C hile (m a rz o d e 1 9 8 7 ).
— « C o lu m n a d e l C o m ité C e n tra l. M a y o ría y m in o ría » . E n: n .° 2 3 3 :
S a n tia g o d e C hile (n o v ie m b re d e 1 9 8 6 ).
— « D e c la ra c ió n d e p rin cip io s» . En: El R eb eld e: S a n tia g o d e C hile (1 d e
s e p tie m b re d e 1 9 6 5 ).
— « D iscu rso d e u n m ie m b ro d e la C o m isió n P o lítica d e l M IR e n la
clan d e stin id a d » . En: El Rebelde, n.° 120: S a n tia g o d e C hile (ag o sto d e
1 9 7 6 ).
— D ocum ento C entral. Conferencia N acional E xtra o rd in a ria . S a n tia g o de
C hile, n o v ie m b re d e 1990.
— «E ditorial». En: El Rebelde, n.° 136: S an tia g o d e C hile (ab ril d e 1 9 7 8 ).
— « E d ito rial» . E n: El R ebelde, n .° 1 4 6 : S a n tia g o d e C h ile (fe b re ro d e
1 9 7 9 ).
— «E ditorial. A los tra b a ja d o re s y a los re v o lu c io n a rio s d el m u n d o » . En:
El R ebelde, n.° 102: S a n tia g o d e C hile (d ic ie m b re d e 1 9 7 4 ).
— «El P lieg o d e l P u eb lo » . En: M a rx ism o y R e w lu c ió n . 1. S a n tia g o d e
C hile, 1 9 7 3 .
— IV C ongreso N a cio n a l del M IR. B ala n ce histó rico del M IR y su lucha
revolucionaria. S a n tia g o d e C hile, 1 9 8 8 .
— La E strategia de G uerra P opular P rolongada. S a n tia g o d e C hile, m a r­
zo d e 19 8 0 .
— «La ju s tic ia p o p u la r a c tú a . O rd e n d e l trib u n a l» . E n: El R ebelde: S a n ­
tia g o d e C hile (a g o s to d e 1 9 8 1 ).
— «La p o lític a d e l M IR e n el c a m p o . U n a r e s p u e s ta a lo s a ta q u e s d e l
P a rtid o C o m u n ista » . En: El Rebelde: S a n tia g o d e C hile (1 9 7 2 ).
— «La p ro p a g a n d a a rm a d a : Un e sla b ó n a c tu a l h ac ia la g u e rra p o p u lar» .
En: El R ebelde, n .° 1 46: S a n tia g o d e C hile (1 9 7 9 ).
— «La re s is te n c ia g re m ia l y sin d ic a l n o es s u fic ie n te p a ra d e r r o c a r la
d ic ta d u ra » . En: El Rebelde, n.° 126: S a n tia g o d e C hile (ab ril d e 1 9 7 7 ).
— Lo H erm id a : la cara m á s fe a del refo rm ism o . S a n tia g o d e C h ile: E d i­
c io n e s El R eb eld e , 1 9 7 2 .
— «Los c rím e n e s se p a g a n » . En: El R ebelde, n .° 1 6 5 : S a n tia g o d e C hile
(a g o s to d e 1 9 8 0 ).
— M anifiesto de C hiclayo. Lim a: E d icio n es Voz R e b eld e , 1 9 6 3 .
— « M a n ifie sto d e la re s is te n c ia p o p u la r a los tr a b a ja d o r e s y al p u e b lo
d e C hile». En: El Rebelde: S a n tia g o d e C hile (d ic ie m b re d e 1 9 7 7 ).
N ú m e ro esp e c ia l.

442
Bibliografía

— « N eltu m e. U n a g u e rra inven cib le» . En: El R ebelde, n.° 1 83: S a n tia g o
d e C hile (fe b re ro d e 1 9 8 2 ).
— P leno del C om ité C entral, 1 9 8 5 . A cuerdos y resoluciones. S a n tia g o d e
C hile, 1985.
— Porqué seguim os siendo MIR. S a n tia g o d e C hile, 2 0 0 8 .
— « P rim e r p a ro c o m u n a l» . En: El Rebelde, n.° 2 1 2 : S a n tia g o d e C hile
(a g o s to d e 1 9 8 4 ).
— « R esisten cia. U n id a d p a ra lu ch ar. C a rta d e r e s p u e s ta a la D ire cc ió n
d el P a rtid o C o m u n ista » . En: El R ebelde, n .° 1 0 5 : S a n tia g o d e C hile
(a b ril d e 1 9 7 5 ).
— Tesis p ro g ra m á tica s y estratégicas. S a n tia g o d e C hile, 1 9 8 2 .
— Varios. M ad rid : E d ito ria l Z ero , 1976.
M o v im ie n to J u v e n il L a u ta ro , e d . M a n ifiesto del M o v im ie n to P opular
L autaro. 13 d e d ic ie m b re d e 1 9 9 2 .
M o y an o B a ra h o n a , C ristin a . El M APU en d ic ta d u ra . S a n tia g o d e C hile:
E d icio n es A lb erto H u rta d o , 2 0 1 0 .
— M APU o la seducción del p o d e r y la ju v e n tu d . S a n tia g o d e C hile:
E diciones A lb erto H u rta d o , 2 0 0 9 .
M o y an o , C ristin a . « D iálo g o s e n tr e el e x ilio y el in te rio r. R efle x io n e s e n
to rn o a la circ u la c ió n d e id e a s e n el p ro c e so d e re n o v a c ió n so cialista,
1 9 7 3 -1 9 9 0 » . En: R evista Iz q u ie rd a : S a n tia g o d e C h ile ( 2 0 1 1 ) . URL:
h ttp ://w w w .iz q u ie r d a s .e l.
— El M APU d u ra n te la d icta d u ra : saberes y p rá ctica s p o lítica s p a ra u n a
m icrohistoria de la renovación socialista en Chile, 1 9 7 3 -1 9 8 9 . S an tia g o
d e C hile: U n iv e rsid a d A lb erto H u rta d o , 2 0 1 0 .
— «La re tó ric a d e la re n o v a c ió n h a sta su p a ro x ism o : del MAPU re n o v a d o
al L a u taro » . E n: R evista H isto ria de las M e n ta lid a d e s, v o l. 2 , n.° 12:
S a n tia g o d e C hile (2 0 0 8 ).
— M APU o la seducción del p o d e r y la ju v e n tu d . Los a ñ o s fu n d a c io n a le s
del p a rtid o m ito de n u estra transición. 1 9 6 9 -1 9 7 3 . S a n tia g o d e C hile:
E d icio n es U n iv e rsid a d A lb erto H u rta d o , 2 0 0 9 .
N a ra n jo , P edro, ed . M iguel Enríquez. Páginas de h istoria y lucha. E stocol-
m o: C e n tro d e E stu d io s M iguel E n ríq u e z (CEM E), 1 9 9 9 .
— « S em b lan za bio g ráfica y p o lítica de M iguel E nríquez». En: M iguel E n­
ríquez. Páginas de historia y lucha. Ed. p o r P ed ro N aran jo . E stocolm o:
C e n tro d e E stu d io s M iguel E n ríq u e z (CEM E), 1 9 9 9 .
— V ietn a m : E xperien cia s y e n señ a n za s. S a n tia g o d e C h ile: E d icio n e s
R esisten cia, 1 9 9 0 .
N eira, H ugo. Cuzco: tierra y m uerte, reportaje al sur. Lim a: P ro b le m a s d e
H oy, 1 9 6 4 .
— Hacia la tercera m itad. Perú XV1-XX. Ensayos de lectura herética. 2 .a ed.
L im a: SIDEA, 1 9 9 7 .

443
Bibliografía

N eira, H ugo. «Sindicalism o c am p e sin o y co m p lejo s reg io n ale s agrícolas».


En: A portes, n .° 18: París (o c tu b re d e 1 9 7 0 ).
N icanoff, S ergio y Alex C astillo. «Las p rim e ra s e x p e rie n c ia s g u e rrille ra s en
la A rg e n tin a . La h is to ria d el V asco B e n g o c h ea y las F u e rz a s A rm a d a s
d e la R ev o lu c ió n N ac io n a l» . E n: C uaderno de T rabajo. 2 9 . B u en o s
A ires: C e n tro C u ltu ra l d e C o o p e ra c ió n , 2 0 0 4 .
N ova, C ristian e y Jo rg e N óvoa, ed s. Carlos M arighella. O h o m em p o r trús
do m ito . S an P ablo: UNESP, 1 9 9 9 .
— « E v o c a r e s e m e tá fo ra s de C arlos M arig h ella: u m G lau co b rasileiro » .
En: Carlos M arighella. O h o m e m p o r trás do m ito . E d. p o r C ris tia n e
N ova y J o rg e N óv o a. S an Pablo: UNESP, 1 9 9 9 .
N ú ñ e z , R aú l. « S u je to y c o m u n id a d . R e c o n stru c c ió n h is tó ric a d e N e ltu ­
m e y d el C o m p le jo M a d e re ro P a n g u ip u lli, a p a r tir d e la H isto ria d e
V ida d e Jo sé G reg o rio L iendo Vera, 1 9 6 5 -1 9 7 3 » . Tesis d e lie. O so rn o :
D e p a rta m e n to d e C ien cias S o ciales, U n iv e rsid ad d e Los L agos, 2 0 0 3 .
O jed a Reyes, Félix. Boricuas en S a n to D om ingo. C o rreo e le c tró n ico . 11 de
d ic ie m b re d e 2 0 0 9 .
O lea, C atalin a. «La c u ltu ra re b eld e: so p o rtes, c o n stru c ció n y c o n tin u id a d
d e la re b e ld ía » . Tesis d e lie. S a n tia g o d e C h ile: D e p a r ta m e n to d e
C ien cias H istó rica s, U n iv e rsid a d d e C hile, 2 0 0 5 .
O rb e g o s o , M a n u e l J e s ú s . Luis de la P u en te Uceda: u n rebelde con causa.
L im a: M JO y E n tre v ista s, 1 9 8 9 .
O rn elas G óm ez, F ran cisco . Cronología del Grupo Popular Guerrillero. O bra
in é d ita .
O rte g a , M iriam y C ecilia R a d rig á n , co m p s. M iguel E nríquez. Con vista a
la esperanza. S a n tia g o d e C hile: E d icio n es E sc a p a ra te , 1 9 9 8 .
O s s a n d ó n , G u ille rm o . «No e s to y a tr a p a d o en el re s e n tim ie n to » . En:
re v ista El Sábado: (2 4 d e a g o sto d e 2 0 0 4 ).
Palm a R am os, Jo sé A ntonio. «V iolencia política, e stra te g ia p o lític o -m ilita r
y fra g m e n ta c ió n p a rtid a ria e n el M o v im ien to d e Iz q u ie rd a R ev o lu cio ­
n a ria (M IR) e n Chile: 1 9 8 2 -1 9 8 8 . La g u e rra p o p u la r d e la v a n g u a rd ia
d el pueblo». S a n tiag o d e C hile: D e p a rta m e n to de H isto ria y G eografía,
U n iv ersid ad M e tro p o lita n a d e C iencias de la E d u ca c ió n , 2 0 0 9 . M em o ­
ria p a ra o p ta r al T ítu lo d e P ro feso r d e H isto ria, G eo g rafía y E d u cació n
C ívica.
P arker, D ick. La R evolución cu b a n a . C a ra c a s: U n iv e rs id a d C e n tra l d e
V en ezu ela, 1 9 9 5 .
P ascal A lle n d e , A n d ré s. El M IR chileno. Una exp erien cia revo lu cio n a ria .
B u en o s A ires: E d ito ria l C u c a ñ a , 2 0 0 3 .
— «El se c re ta rio g e n e ra l d e l MIR h a b la so b re u n id a d y alian zas» . En: El
Rebelde, n.° 103: S a n tia g o d e C hile (m a rz o d e 1 9 7 5 ).

444
Bibliografía

— «“N eltu m e es u n paso. El o b jetivo: la g u errilla p e rm a n e n te en los c a m ­


p o s”, e n tre v ista al se c re ta rio g e n e ra l d el MIR, A n d rés Pascal A llende».
En: R evista P un to F in a l: S a n tia g o d e C hile (1 9 8 1 ). (En la c la n d e s tin i­
d a d ).
P a u lse n , M arco , e d . M ilita n cia revo lu cio n a ria y lucha a rm a d a en Chile.
U n iv ersid ad A rcis. S a n tia g o d e C hile, 2 0 0 8 .
Pavisch, T adeo. Som os Izquierda C ristiana. C o n cep ció n : E d ito rial INDES-
CU, 1 9 9 6 .
P ellicer d e Brody, O lg a. La oposición en M éxico; el caso del H en riq u ism o .
Las crisis del siste m a p o lítico m exicano. (1 9 2 8 - 1 9 7 7 ). M éxico, DF:
C olegio d e M éxico, 1 9 7 7 .
P eñafiel A ra n c ib ia , O scar. «iA to m a rs e las c o m u n a s! La tá c tic a d e l M IR
p a ra el p e río d o d e las J o r n a d a s d e P ro te s ta N a c io n a l, m o m e n to d e
c o n s titu c ió n d e l m o v im ie n to p o p u la r (1 9 8 3 - 1 9 8 4 ). El c a so d e l p a ro
c o m u n a l d e P u d a h u e l (2 6 -2 7 d e ju lio , 1 9 8 4 )» . Tesis d e lie. S a n tia g o
d e Chile: D e p a rta m e n to d e H istoria, U n iv ersid ad d e S a n tia g o d e C hile,
2010 .
P eñ ate, A ndrés. «El se n d e ro estra té g ico del ELN: d e l id e a lism o g u ev a rista
al clien telism o a rm a d o » . En: Reconocer la guerra p a ra construir la pa z.
Ed. p o r M alco lm D eas y M a ría V icto ria L ló re n te . B o g o tá: U n ia n d e s,
C erec y N o rm a , 1 9 9 9 .
Pereyra, C arlos. El Partido Popular: 3 0 años de edad y declinación. M éxico.
DF: P ro ceso , 1 9 7 8 .
P é re z , C ristia n . « H isto ria d e l M IR. Si q u ie r e n g u e rr a , g u e rr a te n d rá n » .
En: E studios Públicos, n .° 9 1 : S a n tia g o d e C hile (2 0 0 3 ).
P érez, E n riq u e . La b ú sq u ed a in term in a b le. D iario de u n exilia d o p o lítico
en Suecia. S a n tia g o d e C hile: M o sq u ito E d ito re s, 1 9 9 6 .
Pike, F red erick . «The Oíd a n d th e N ew APRA in P erú: M yth a n d Reality».
En: Inter-A m erica n E conom ic A ffairs, vol. 18, n .° 2: (1 9 6 4 ).
P in e d a O c h o a , F e rn a n d o . En las P ro fu n d id a d es del M A R . M éxico, DF:
E d ito rial P laza y V aldés, 2 0 0 3 .
P into V allejos, Ju lio . «H acer la rev o lu ció n e n C hile». En: C uando hicim os
h isto ria . La experiencia de la U nidad P opular. Ed. p o r J u lio P in to
V allejos. S a n tia g o d e C hile: LOM E d icio n es, 2 0 0 5 .
— «¿Y la h is to ria les d io la ra z ó n ? El M IR e n d ic ta d u ra , 1 9 7 3 -1 9 8 1 » .
En: S u revolución co n tra n u e stra revolución. Izq u ie rd a s y d erechas en
el Chile de P inochet (1 9 7 3 - 1 9 8 1 ). Ed. p o r V erónica V aldivia, R o lan d o
Á lv arez y J u lio P in to V allejos. S a n tia g o d e C h ile: LOM E d ic io n e s,
2006.
P o rtal, M ag d a. ¿Q uiénes tra icionaron al p ueblo? L im a: n /d , 1 9 5 0 .
P osse, A bel. Los cua d ern o s de P raga. B u e n o s A ires: E d ito ria l A tlá n tid a ,
1998.

445
Bibliografía

P o u S a le ta , P o n cio . En busca de la libertad. M i lu ch a co n tra la tira n ía


tru jillista . R ep ú b lica D o m in ic an a : E d ito rial L o zan o , 1 9 9 8 .
P ozo, H e rn á n . «La s e g u rid a d n a c io n a l. R aíces in te rn a c io n a le s » . En: D o­
c u m e n to de trabajo , n.° 184: S a n tia g o d e C hile (ju lio d e 1 9 8 3 ).
Pozzi, P ablo. «H istoria o ral: re p e n s a r la h istoria». En: C uéntam e cóm o fu e.
Introducción a la h istoria oral. C om p. p o r G e ra rd o N e c o e c h e a G racia
y Pozzi P ablo. B uen o s A ires: E d icio n es Im a g o M u n d i, 2 0 0 8 .
— Por las sendas a rg e n tin a s... El PRT-ERP. La guerrilla m a rxista . B uenos
A ires: E d icio n es Im a g o M u n d i, 2 0 0 4 .
P ozzi, P ab lo y A le ja n d ro S c h n e id e r. Los seten tista s. Iz q u ie rd a y clase
obrera: 1 9 6 9 -1 9 7 6 . B u en o s A ires: EUDEBA, 2 0 0 0 .
P ra d o , G ary. La guerrilla inm o la d a . 3 .a ed . La Paz: Los A m igos d el Libro,
2006.
R a im u n d o , M arcelo . «A cerca d e los o ríg e n e s d e l p e ro n is m o re v o lu c io ­
n ario » . En: De la revolución libertadora al m e n e m e m ism o . C o m p . p o r
P ablo Pozzi, A le ja n d ro S c h n e id e r y H e rn á n C a m a re ro . B u e n o s A ires:
E d icio n es Im ag o M u n d i, 2 0 0 0 .
— «La p o lítica a rm a d a en el p e ro n ism o . 1 9 5 5 -1 9 6 6 » . En: C uadernos del
CISH, n.° 4: La P la ta (1 9 9 8 ).
R a m íre z C u ev as, Je s ú s . « D e ten c io n e s d e la DFS e n los 7 0 y 8 0 , p o rq u e
a rr a n c a b a n d a to s b ajo to rtu ra » . En: La Jo rn a d a : (2 d e ju lio d e 2 0 0 5 ).
— «P artes p o licíaco s p ru e b a n la p a rtic ip a c ió n oficial e n la d e sa p a ric ió n
d e g u e rrille ro s» . En: La Jo rnada: (3 0 d e ju n io d e 2 0 0 5 ).
R a m o s, M a rc e la y J u a n A n d ré s G u z m a n d e L uigi. La g u erra y la p a z
ciu d a d a n a . S a n tia g o d e C hile: LOM E d icio n es, 2 0 0 0 .
R am o s Z av ala, R aú l. El m u n d o que nos tocó vivir. M éx ico , DF: E d ito ria l
H u a sip u n g o , 2 0 0 3 .
R einares, F e rn an d o y P e ter W ald m an n , com ps. Sociedades en G uerra Civil.
C onflictos vio len to s de E uropa y A m érica L a tin a . B a rc e lo n a : E d ito ria l
P aidós, 1 9 9 9 .
R eis F ilh o , D a n ie l A aráo . A revolu$áo fa lto u ao e n c o n tro . S a n P ab lo :
B rasilien se, 1 9 9 0 .
R én iq u e, Jo sé Luis. «De la “traició n a p ris ta ” al “g esto h e ro ic o ”. Luis de la
P u e n te U ceda y la g u e rrilla d el MIR». En: E studios In tern a cio n a les de
A m érica L a tin a , vol. 15, n.° 1: (2 0 0 4 -2 0 0 5 ). u r l : h tt p :/ /w w w .a n d e s ,
m is s o u r i . e d u / a n d e s / E s p e c i a l e s / JL R L a P u e n te /J L R \_ L a P u e n te 1 .
h tm l.
R ettig, R aúl, ed. In fo rm e de la C om isión N a cional de Verdad y R econcilia­
ción (CN VR). S a n tia g o d e C hile: A n d ro s Im p re so re s, 1 9 9 6 .
R ic h a rd s, J o r g e A n d ré . « A n d rés P ascal e n C hile». E n: R evista A P SI, n.°
1 85: S a n tia g o d e C hile (2 4 d e a g o sto d e 1 9 8 6 ).

44 6
Bibliografía

R ico, A lvaro. In vestig a ció n h istó rica sobre la d ic ta d u ra y el terro rism o


de E stado en el U ru g u a y (1 9 7 3 - 1 9 8 5 ). Vol. 1. M o n te v id e o : UDELAR
y CEIU, 2 0 0 8 .
R iestra, Valle. Lo que no había dicho Javicho. 13 d e a g o sto d e 1 9 9 8 . URL:
h t t p : / / w w w .c a r e t a s . c o m .p e /1 9 9 8 /1 5 2 9 /j a v i e r / ja v i e r . h t m .
R ip ald a, Luis A lfred o T ejada. «La in flu en cia a n a rq u is ta e n el APRA». En:
Socialism o y P articipación: (2 9 d e m a rz o d e 1 9 8 5 ).
R iquelm e, S egovia A lfredo. Un rojo atardecer. El co m u n ism o chileno entre
d ictadura y dem ocracia. S a n tia g o d e C hile: C e n tro d e In v e stig a c io n e s
D iego B arros A ran a , 2 0 0 9 .
Rivas, Patricio. «M iguel E n ríq u ez y la crisis d e la co n cie n cia efím era». En:
M iguel E nríquez. P áginas de h isto ria y lu ch a . Ed. p o r P e d ro N a ra n jo .
E stocolm o: C e n tro d e E stu d io s M iguel E n ríq u e z (C EM E), 1 9 9 9 .
R ivera O rtiz, M ario y M ario R ivera G u z m án . El secuestro de José G uada­
lupe Z u ñ o H e rn á n d e z (u n ca p ítu lo de la lu ch a g uerrillera en el M éxico
de 1 9 7 4 ). M éxico, DF: E d icio n es M ed icin a y S o c ie d a d , 1 9 9 2 .
R o d ríg u e z E liz o n d o , Jo s é . Crisis y renovación de las izq u ierd a s. B u e n o s
A ires: P la n e ta , 1 9 9 5 .
— La crisis de las izq u ierd a s en A m érica L a tin a . C a ra c a s: In s titu to d e
C o o p eració n Ib e ro a m e ric a n a y E d ito rial N u e v a S o c ie d a d , 1 9 9 0 .
— « T ray ecto ria d e l P a rtid o C o m u n ista d e C hile. D e la crisis d e la U n i­
d a d P o p u la r a la p o lític a d e re b e lió n p o p u la r d e m asas» . En: R evista
UNIVERSUM , vol. 2, n.° 24: T alca (2 0 0 9 ).
R o d ríg u e z , G u ille rm o . De la B rigada S e cu n d a ria al C ordón C errillos.
S a n tia g o d e C hile: E d ito rial U n iv e rsid ad B o liv a ria n a , 2 0 0 7 .
R o d ríg u ez M o rales, G uillerm o. D estacam ento M iliciano José B ordaz. S a n ­
tia g o d e C hile: C e n tro d e E stu d io s S o ciales D a g o b e rto P é re z V argas,
2008.
R odríguez O stria, G ustavo. «Los c o m u n istas b o liv ian o s y el C he ¿traic ió n
o d ife re n c ia ? » En: La Lucha A rm a d a en la A rg e n tin a , n .° 9: B u en o s
A ires (2 0 0 7 ).
— «Los e n ig m a s d e T ania, d e c la n d e stin a a g u e rrille ra » . En: S u d esta d a ,
n.° 64: B u en o s A ires (n o v ie m b re d e 2 0 0 7 ).
— S in tiem p o p a ra las palabras. Teoponte, la o tra guerrilla gueva rista en
B olivia. C o c h a b a m b a : E d ito rial K ipus, 2 0 0 6 .
R ojas N ú ñ ez, Luis y R o lan d o Á lvarez. De la rebelión p o p u la r a la subleva­
ción im aginada. A ntecedentes de la historia política y m ilita r del Partido
C o m u n ista de Chile y del FPMR, 1 9 7 3 -1 9 9 0 . S a n tia g o d e C hile: LOM
E d icio n es, 2 0 1 1 .
R o llem b erg , D enise. «C arlos M arig h ella e C arlo s L am arca: m e m o ria s d e
dois revo lu cio n ario s» . En: As esquerdas no Brasil. Revolugao e D em ocra­

447
Bibliografía

cia. Ed. p o r J o rg e F erreira y D aniel A arao Reis. Vol. 3. Río d e Ja n e iro :


C iv iliz a d o B rasile ira , 2 0 0 7 .
R ollem berg, D enise. Exilio. Entre raízes e radares. Río d e J a n e iro : R ecord,
1999.
— O apoio de C uba á lu ta a rm a d a no Brasil. O tre in a m e n to guerrillieiro.
Río d e J a n e iro : M a u a d , 2 0 0 1 .
R om ano, G raciela del Valle. F O 'ÍIA y la huelga azucarera de 1 9 5 9 . B uenos
A ires, 1 9 9 4 . E dició n d e m im e ó g ra fo .
R osas, P ed ro . R e b e ld ía s u b v e r s ió n y p risió n política. C rim en y castigo en
la tra n sició n chilen a 1 9 9 0 -2 0 0 4 . S a n tia g o d e C h ile: LOM E d ic io n e s,
2004.
R osencof, M au ricio . Valoraciones políticas del período. M a n u sc rito e la b o ­
ra d o p a ra la 3 n C o n v e n c ió n d el MLN. 1 9 8 5 .
R ot, G a b rie l. Los orígenes perdidos de la g u errilla en la A rg e n tin a . La
h isto ria de Jorge M a s s e tiy el Ejército G uerrillero del P ueblo. B u en o s
A ires: E d icio n es C ielo p o r A salto, 2 0 0 0 .
— Los orígenes p erd id o s de la g u errilla en la A rg e n tin a . La h isto ria de
Jorge Ricardo M a s e ttiy el Ejército Guerrillero del Pueblo. B u en o s Aires:
El C ielo p o r A salto , 2 0 0 0 .
R u b e n s te in , R ic h a rd . A lq u im ista s de la revolución. El terro rism o en el
m u n d o m oderno. B u e n o s A ires: G ran ica, 1 9 8 8 .
R ubio S aldivar, A n d ré s. ACNR, P L D P y GPG. 1 9 9 8 . O b ra in é d ita .
R uiz, E dgar. «El q u e m a n d a e s tá e n el S o la n o » . E n: C orporación Ob-
s e n a to r io p a ra La Paz. Las verdaderas in ten cio n es del ELN. B o g o tá :
In te rm e d io , 2 0 0 1 .
R u stiá n A zam ar, A lfred o . M o v im ie n to m édico 1 9 6 4 -1 9 6 5 . M éx ico , DF:
n /d , 2004.
S á b a to , E rnesto. «Prólogo al in fo rm e d e la CONADEP». En: W A A . N unca
m ás. In fo rm e de la C om isión N a cional sobre D esaparición de Personas.
Ed. p o r CONADEP. B u en o s A ires: EUDEBA, 1 9 8 4 .
S alas, E rnesto. La resistencia peronista. La to m a del frigorífico Lisandro de
la Torre. B u en o s A ires: CEAL, 1 9 9 0 .
S a la s O b re g ó n , Ig n ac io . C uestiones F u n d a m en ta les del M o v im ie n to Revo­
lu cionario (M a n ifiesto al P ro leta ria d o ). M éx ico , DF: E d ito ria l H u asi-
pungo, 2003.
— M adera. 1. M éxico, DF, 1 9 7 2 .
— M adera. 2. M éxico, DF, 1 9 7 2 .
S a la z a r Bondy, S e b a stiá n . «A ndes a n d S ierra M aestra». En: M o n tly Review,
vol. 14, n.° 8: (d ic ie m b re d e 1 9 6 2 ).
S alced o G arcía, C arlo s. La Luz que no se acaba, G rupo G uerrillero Lacan-
dones. M éxico, DF: S ím b o lo D igital d ise ñ o e im p re sió n , 2 0 0 6 .

448
B ibliografía

S a ld a ñ a , R odolfo, M ary-A lice W aters y M ichael T aber. Terreno fé rtil: Che


G uevara y B olivia. La H a b a n a : E d ito ra P olítica, 2 0 0 5 .
S a lin a s V aldés, J u a n J o s é . « P o d er p o p u la r p ro v in c ia l. Los c a so s d e
C o n cep ció n -T alcah u an o y C o n stitu ció n , 1 9 7 0 -1 9 7 3 » . C o n cep ció n : D e­
p a rta m e n to d e C iencias H istó ricas, U n iv ersid ad d e C o n cep ció n , 2 0 0 8 .
Tesis p a ra o p ta r al títu lo d e Profesor.
S a m a n ie g o , A u g u sto . «Lo m ilita r en la p o lítica: le c tu ra s so b re el cam b io
e s tra té g ic o e n el PC. C hile. 1 9 7 3 -1 9 8 3 ( r e la to e in te rp re ta c ió n d el
o rig en d e la p o lític a d e re b e lió n p o p u la r d e m a sa s y la id ea d e S u b le ­
v a c ió n N a c io n a l c o n tra la d ic ta d u ra )» . En: P a lim p sesto : (2 0 0 2 ). URL:
h t t p : / / w w w .p a l i m p s e s t o .u s a c h .e l .
S a n d e rs , K aren. N ación y Tradición. Cinco discursos en to rn o a la nación
p e ru a n a 1 8 8 5 -1 9 3 0 . L im a: P o n tificia U n iv e rs id a d C a tó lic a y FCE,
19 9 7 .
S an d o v al, C arlos. M IR (u n a histo ria ). S an tia g o d e C hile: S o cied ad E d ito ­
rial T ra b a ja d o re s, 1 9 9 0 .
S an g u in o , A n tonio. «U topía m arx ista y u to p ía cristian a» . En: Las verdade­
ras intenciones del ELN. Ed. p o r C o rp o ració n O b serv ato rio p a ra La Paz.
B ogotá: In te rm e d io , 2 0 0 1 .
S a n ta m a ría G óm ez, A rtu ro . El Viaje de la Izquierda M exicana en cuarenta
años. n / d . U R L : h t t p : / www.maz. u a s n e t . m x /m a r y a r e n a /d ic ie m b r e /
e l v i a j e .h t m .
S e rra n o , Luis H e rn á n d e z . « E rn esto n o m e g u stó . (T e stim o n io d e M y rn a
T o rres R ivas so b re la fo rm a c ió n re v o lu c io n a ria d e l jo v e n E rn e sto
G uev ara e n G u a te m a la y su am ista d en M éxico)». En: J u v e n tu d Rebelde
D igital: (1 4 d e ju n io d e 2 0 0 3 ). URL: h tt p : / / w w w .j r e b e l d e .c u / 2 0 0 3 /
a b r il- ju n io /ju n - 1 4 /p r in t/e r n e s to .h tm l.
Silva H idalgo, R obinson. «A proxim ación h istó rica so b re el M o v im ien to de
Izq u ierd a R evolu cio n aria (M IR), la violencia p o lítica y la m ovilización
so cial en la re fu n d a c ió n c a p ita lista d e C hile (1 9 7 8 -1 9 8 2 )» . Tesis d e
lie. C oncepción: D e p a rta m e n to de C iencias H istó ricas, U n iv ersid ad de
C o n cep ció n , 2 0 0 6 .
S olari, A ldo. U ruguay en cifras. M o ntevideo: U n iv ersid ad d e la R epública,
1966.
TAE, ed. A ctas Tup a m a ro s. M o n te v id e o , 1987.
T am ariz Lúcar, D om ingo. La ronda del general. Lim a: Ja im e C am p o d ó n ico
E d ito r, 1 9 9 8 .
T arcus, H o ra c io . El m a rx ism o o lvidado en la A rg e n tin a : S ilvio F rondizi y
M ilcíades Peña. B u en o s A ires: E d icio n es El C ielo p o r A salto, 1 9 9 6 .
Tilly, C harles. «C ollective V iolence in E u ro p e a n persp ectiv a» . En: Violence
a n d Politics: Theories a n d Research. N u ev a Je rse y : E n g lc w o o d Cliffs,
19 7 2 .

449
Bibliografía

T o rre s , Luis C h a n d u v í. El APRA p o r den tro : lo que vi, y lo que sé. L im a:


T alleres G ráficos, 1 9 8 8 .
Torres, Vicky. M arco A riel A n to n io le tti: u n c rim en im p u n e . 21 de no­
viembre de 2002. URL: ht tp :/ /www. ar ch i vo c hi l e . co m/ Iz q u i er da _
chilena/mapus/mapu_lautaro/ICHmlautaro0003. pdf.
T o w n s e n d E sc u rra , A n d ré s. 5 0 A ños de a p rism o . M em o ria s, en sa yo s y
discursos de un m ilita n te . Lim a: E d ito rial e Im p re n ta D esa, 1 9 8 9 .
— «El P artido A prista y las eleccio n es g e n erale s d e 1962». En: Cuadernos
(C o n g ress fo r C u ltu ra l F rc e d o m ), vol. 57: P arís (1 9 6 2 ).
T rotsky, Lev. S to ria della rivo lu zio n e russa. M ilan o : M o n d a d o ri, 1 9 7 8 .
U rb in a , A lfredo H e rn á n d e z . Los p a rtid o s y la crisis del A p ra . Lim a: E d ito ­
ria l Raíz, 1 9 5 6 .
— N ueva p o lítica nacional. T rujillo: E d icio n es R aíz, 1 9 6 2 .
U r ib e , Luis. «20 a ñ o s d e l FPMR». En: El R odriguista, n.° 6 8 : S a n tia g o d e
C hile ( n / d ) .
Ustariz, R eginaldo. Vida, m uerte y resurrección del Che. M ad rid : N o w tilus,
2007.
Valcárcel, G u sta v o . El A I^R A y la claudicación de su s líderes. G u a te m a la :
P u b lic a c io n e s d el F re n te R ev o lu cio n ario P e ru a n o , 1 9 5 3 .
V ald és N av arro , P edro. «E lem en to s teó rico s en la fo rm a c ió n y d e sa rro llo
d e l MIR d u r a n te el p e río d o 1 9 6 5 -1 9 7 0 » . T esis d e lie. I n s titu to d e
H isto ria y C ien cias S ociales. U n iv ersid ad d e V alp araíso , 2 0 0 6 .
V ald iv ia, V eró n ica, R o la n d o Á lv arez y J u lio P in to V allejos, e d s. S u revo­
lu ción contra n u estra revolución. Izq u ierd a s y d erechas en el Chile de
P inochet (1 9 7 3 -1 9 8 1 ). S a n tia g o de C hile: LOM E d icio n es, 2 0 0 6 .
V ázq u ez V iaña, H u m b e rto . Una guerrilla p ara el Che. S a n ta C ruz: E d ito rial
RB, 2 0 0 0 .
V ega-C enteno, Im eld a. A prism o popular: cultura, religión y política. Lima:
CISEPA-PUC y TAREA, 1 9 9 1 .
Vidal, H e rn á n . FPMR. El ta b ú del conflicto a rm a d o en Chile. S a n tia g o d e
C hile: M o sq u ito E d ito re s, 1995.
— Presencia del MIR. 14 claves existenciales. S a n tia g o d e C hile: M osquito
E d ito res, 19 9 9 .
V illa n u e v a d e l C a m p o , A rm a n d o . «La o tr a re v o lu c ió n » . E n: T a m a riz
L úcar, D o m in g o . La ro n d a del g en era l. L im a: J a im e C a m p o d ó n ic o
E d ito r, 1998.
V illa n u e v a , V íctor. H ugo B lanco y la rebelión c a m p esin a . L im a: L ib re ría
J u a n M ejía B aca, 1 9 7 3 .
— La sublevación aprista del 48. Tragedia de un p u eblo y un p a rtid o . Lima:
E d ito rial M illa B atres, 1 9 7 3 .

450
Bibliografía

V ítale, Luis. C o n trib u ció n a la h isto ria del M IR (1 9 6 5 - 1 9 7 0 ). S a n tia g o


de C h ile: E d ic io n e s d e l In s titu to d e In v e s tig a c ió n d e M o v im ie n to s
S ociales P ed ro V uskovic, 1 9 9 9 .
— In terp reta ció n m a rx ista de la h isto ria de C hile. Vol. 5. B arce lo n a:
E d ito rial F o n ta m a ra , 1 9 8 2 .
V rijer, P eter. La lucha g u errillera en el Perú. Los vib ra n tes a ños sesenta.
J u n io d e 2 0 0 7 .
VVAA. « D eclaració n C o n stitu tiv a d el M o v im ien to d e In d e p e n d ie n te s 26
d e M arzo». En: C uestión, n .C) 2: M o n te v id eo (1 4 d e ab ril d e 1 9 7 1 ).
— « E n tre v ista a M a rio V arg as Llosa». En: P rim era M esa R ed o n d a sobre
L itera tu ra P eruana y Sociología. E d. p o r IEP. L im a, 2 6 d e m a y o d e
1965.
— «La P olítica M ilita r d el PC». En: D ocum ento: La H a b a n a (1 9 8 1 ).
W a ld m a n n , Peter. « D in ám icas in h e re n te s d e la v io len c ia p o lític a d e s a ta ­
da». En: Sociedades en g u erra civil conflictos vio len to s de E uropa y
A m érica L a tin a . C o m p . p o r P e te r W a ld m a n n y F e rn a n d o R e in are s.
B arcelo n a: P aid ó s, 1999.
W ickham -C row ley, T im o th y . G uerrillas a n d R evo lu tio n in L a tin A m erica:
a com parcitive s tu d y o f in su rg en ts a n d regim es since 1 9 5 6 . P rin c e to n :
P rin c e to n U n iv e rsity P ress, 1992.
Z a la q u e t, C h e rie . C hilenas en a rm a s te stim o n io s e h isto ria de m ujeres
m ilita n te s y g u errillera s subversivas. S a n tia g o d e C hile: C a ta lo n ia ,
2009.

451
índice de autores

A aráo R eis, D an iel, 4 4 7 B alart, F ran c isc o , 2 2 5 , 4 2 6


A b reu C a rd e t, Jo s é M iguel, 8, B am b irra , V ania, 2 0 5 , 4 2 7
425 B ard in i, R o b e rto , 24, 4 5 , 4 2 7
A ccv ed o , N icolás, 3 8 0 , 4 2 5 B a rraz a G arcía, M ig u el Á ngel,
Agency, C e n tra l In telig en c e, 4 2 5 91, 4 2 7
A g u ilera P eñ a, M ario, 3 2 1 , 4 2 5 B arreiro , J o rg e , 2 8 1 , 4 2 7
A g u irre G am io , H e rn a n d o , 120, B arrios, A licia, 2 2 5 , 4 2 8
425 B arros, R o d rig o , 2 2 3 , 4 2 7
A lcázar, Jo s é Luis, 2 0 1 , 4 2 5 B artra, A rm a n d o , 5 7 , 4 2 7
A ldrighi, C lara, 2 5 1 , 2 5 3 , 2 5 5 , B asch etti, R o b e rto , 16 0 , 16 2 ,
256, 260, 265, 270, 163, 1 7 3 -1 7 8 , 4 2 7
2 7 3 -2 7 5 , 280, 425 B astías R eb o lled o , J u liá n , 2 1 0 ,
A legría, C iro, 1 2 0 , 4 2 5 427
A lex an d er, R o b ert, 1 2 6 , 4 2 5 B e n v a n e te , A n d ré s, 2 0 8 , 4 2 7
Á lv arez G arín , R aúl, 5 7 , 6 1 , 64, B erm ú d e z , Jo s é , 1 2 8 , 1 3 8 -1 4 1 ,
425 427
Á lvarez, R o lan d o , 3 3 6 , 3 3 7 , B eth ell, Leslie, 4 2 6 , 4 2 7 , 441
339, 3 4 3 -3 4 8 , 350, B lanco, H u g o , 13 3 , 13 9 , 4 2 7 ,
3 5 2 -3 6 6 , 426, 445, 428
447, 450 B lixen, S a m u e l, 2 4 5 , 4 2 8
A m a d o , J a n a ín a , 4 4 0 B onnefoy, P ascale, 3 4 6 , 3 5 2 ,
A m ad o , J o rg e , 105, 11 3 , 4 2 6 354, 356, 428
A n d e rso n , J o n Lee, 140, 4 2 6 B o rro n i, O telo , 3 1 , 3 2 , 3 8 - 4 0 ,
A ngelí, A lan, 2 0 4 , 4 2 6 428
A n g u ita , E d u a rd o , 4 3 , 4 2 6 B osch, J u a n , 5, 4 2 8
A ró steg u i, Ju lio , XII, 4 2 6 B rache, A n selm o , 14, 4 2 8
A ran cib ia, E d u a rd o , 2 1 8 , 4 2 6 B rass, Tom , 13 3 , 4 2 8
A ran cib ia, P atricia, 2 2 5 , 4 2 6 B ravo V argas, V iviana, 3 3 6 , 3 37,
A ra n g u re n , M au ricio , 3 1 6 , 4 2 6 339, 345, 347, 348,
A rra te , J o rg e , 3 3 5 , 3 3 6 , 4 2 6 352, 3 5 9 -3 6 6 , 426,
Á valos, D an iel, 1 9 2 , 4 2 7 428
B runner, Jo sé Jo a q u ín , 2 2 5 , 4 2 8
Béjar, H éctor, 1 3 6 , 4 2 7
índice de autores

B ustos, C iro, 19 2 , 4 2 8 C o n d é s L ara, E n riq u e , 55, 62,


430
C añ ó n N ú ñ ez, Jav ier, 2 9 9 , 4 2 8 C o rd e ro G u e v a ra , H éctor, 121,
C a e ta n o , G e ra rd o , 2 4 6 , 2 6 6 , 129, 13 0 , 4 3 0
428 C o rp o ra c ió n O b se rv a to rio p a ra
C a ld e ró n L ópez, Jo s é , 2 1 6 , 4 2 8 La P az, 3 2 4 , 4 3 0 , 439 ,
C a m a re ro , H e rn á n , 4 4 6 441, 449
C a m p o d ó n ico , M iguel, 2 6 4 , 4 2 8 C o rv a lá n , Luis, 3 3 7 , 3 3 9 , 34 2 ,
C an cin o T ro n co s» , H ug o , 2 1 2 , 430
429 C resp o , H o ra c io , 4 2 8
C a n d id o . A n to n io , 113 , 4 2 9 C ristó b al, J u a n , 1 1 9 , 120, 122,
C a p a rro s, M artín , 4 3, 4 2 6 123, 12 5 , 1 2 7 , 132,
C a rm o n a , A u g u sto , 2 1 2 , 4 2 9 147, 4 3 0
Carr, Barry, 6 2, 4 2 9 C u e sta B u stillo , Jo se fin a , XX,
C arre ra , Jo sé M iguel, 3 4 6 , 3 4 8 , 431
429 C u p ull, A dys, 19 7 , 4 3 1
C arv ajal, D iego, 3 8 0 , 4 2 9
C a sta ñ e d a Á lvarez, Salvador, 92, D’A d am o , O rla n d o , 4 2 7
429 D avies Jr., T h o m a s M., 11 8 , 431
C a sta ñ e d a , J o rg e , 2 0 5 , 4 2 9 De C e rv a n te s, M iguel, 4, 431
C astelli, Luis, 128, 1 3 8 -1 4 1 , De C o o rd in ac ió n R ev o lu cio n aria,
427 J u n ta , 431
C astillo, Alex, 193, 4 4 4 De la P u e n te U ceda, Luis,
C astillo, G o n zalo Añí, 134, 4 2 9 1 4 4 -1 4 6 , 431
C astro , Fidel, 6, 4 2 9 De la T orre, C ristin a, 2 8 6 , 431
C a ta lá n , C arlos, 2 2 5 , 4 2 8 D eas, M alco lm , 4 4 5
C erd a, Luis, 2 0 9 , 4 2 9 D ebray, Regis, 115, 197, 431
C e re g h in o , M ario, 197 , 4 2 9 Del C a m p o , H ugo, 2 8 , 43 1
C h an g , J u a n P ablo, 134, 4 2 9 Del Pozo, Jo sé , 2 0 4 , 431
C h a te a u , J o rg e , 2 1 9 , 4 2 9 Del P ra d o , J o rg e , 14 6 , 431
C hilds, M att, 13 4 , 4 2 9 D osal, P aul, 2 0 1 , 431
CIA, 2 2 0 D oyon, L ouise, 28, 431
C lin to n , H illary, 3, 4 3 0 D rak e, P au l, 3 7 4 , 431
C o lm e n a re s, Ism ael, 55, 4 3 0 D u h a ld e , E d u a rd o Luis, 157,
C o m isió n N acio n al d e la Liga 1 5 9 , 16 1 , 16 4 , 17 1 ,
C o m u n ista 2 3 d e 17 2 , 178, 4 3 2
S e p tie m b re , 8 4 , 4 3 0 D u tré n it, Silvia, 4 2 5
C o m ité E jecutivo C e n tra l, 4 3 0
C o m ité M em o ria N e ltu m e , 2 3 4 , E c h a n d ía , C am ilo, 3 1 1 , 3 1 2 ,
430 432
CONADEP, 4 4 8 E d ito ria l P a rla m e n to , 3 1 , 4 3 2
C o n ch eiro , E lvira, 4 2 8

453
índice; de autores

E jército P o p u lar d e L ib era ció n , G ám iz G arcía, A rtu ro , 6 5 - 6 7 ,


430 70, 436
E lizag a, J u a n C arlos, 2 0 4 , 4 3 2 G ó m ez A b ad , Jo sé , 19 6 , 4 3 7
ELN, 2 9 1 , 2 9 2 , 2 9 4 -2 9 8 , G ó m ez O c h o a , D elio, 6 , 9, 17,
3 0 1 -3 0 3 , 3 0 6 -3 1 1 , 437
3 1 3 , 3 1 9 -3 2 2 , 3 2 8 , G óm ez R am írez, P ab lo , 6 9 , 4 3 7
3 2 9 , 331, 4 3 2 G a d e a , H ild a , 1 23, 12 4 , 4 3 6
E n ríq u e z , E d g ard o , 2 1 4 , 4 3 2 G ag g ero , M an u e l, 51, 4 3 6
E n ríq u e z , Luis E d u a rd o , 120, G alasso, N o rb e rto , 4 9 , 4 3 6
432 G alv arro , C arlos S o ria, 1 9 6 , 4 3 6
E n ríq u e z , M iguel, 2 1 5 , 4 3 3 G arcía N a ra n jo , F ra n cisc o , 2 0 7 ,
EPL, 3 2 6 223, 436
E q u ip o d e red a c c ió n , 5 8 , 59, G arcía T om a, Victor, 1 2 6 , 145,
7 0 -7 2 , 7 7, 7 9 , 8 0 , 83, 436
1 0 9 , 161, 1 7 3 , 174, G arcía, P atricio , 3 3 7 , 4 3 6
19 1 , 2 2 8 -2 3 2 , G arcía, V irg in ia, 4 2 7
2 3 4 -2 3 7 , 3 7 8 , 3 8 0 , G a rre tó n , M an u e l A n to n io , 2 2 5 ,
3 8 3 , 3 8 8 -3 9 0 , 3 9 2 , 436
4 3 3 -4 3 5 G arrid o , Luis Jav ier, 5 5 , 5 6 , 4 3 7
E stra d a , U lises, 191 , 4 3 5 G aspar, G ab riel, 2 0 5 , 4 3 7
G a u d ic h a u d , F ran k , 2 1 8 , 4 3 7
F ajard o , Jo s é , 2 8 7 , 4 3 5 G ertel, N ó e, 1 0 5 , 11 3 , 4 3 7
FAP R eg io n al B uenos A ires, 163, G iesecke, M a rg a rita , 1 1 7 , 4 3 7
164, 166, 4 3 5 G illespie, R ic h a rd , 3 0 , 1 6 4 , 1 72,
F au re B arcur, A yleen, 3 8 0 , 4 3 5 437
F elipe d e las C asas, Luis, 118, Gilly, A dolfo, 144, 146, 147, 4 3 7
145, 4 3 5 G leijese, P iero , 1 9 4 , 4 3 7
F e rn á n d e z H u id o b ro , E leu te rio , Goicovic D o n o so, Igor, 2 1 5 , 2 1 9 ,
218, 243, 244, 246, 225, 335, 336, 379,
248, 435, 436, 439 389, 393, 437
F e rn á n d e z , D aniel, 18 1 , 4 3 5 G o n záles C a sa n o v a , P ablo, 55,
F e rn a n d o B e la ú n d e , Terry, 142, 437
436 G o n z ále z C alleja, E d u a rd o , XI,
F e rre ira , J o rg e , 4 4 7 XIII, 4 3 8
Filho, Silva, 10 8 , 4 4 1 G o n zález E g u ia rte , O scar, 73,
F in ch, H enry, 2 5 o , 4 3 6 438
F io ra v a n ti, E d u a rd o , 13 3 , 4 3 6 G o n z á le z , C am ilo , 3 4 1 , 4 3 8
FLACSO, 4 2 9 G o n zá lez , E rn e sto , 2 4 , 4 3 8
F rü h lin g , H u go , 3 8 3 , 3 9 0 , 4 3 6 G o n zá lez , F ro ilá n , 19 7 , 4 3 1
F re iré , P au lo , 3 2 7 , 4 3 6 G o n z ále z C alleja, E d u a rd o , XII,
438
G álvez, W illiam , 1 9 4 , 4 3 6 G o ren d er, Ja c o b , 1 0 3 , 4 3 8

454
índice d e autores

G o m a rá n M erlo, E n riq u e , 2 1 8 , Jo rg e P an c e ra , G ra c ie la , 2 1 8 ,
438 439
G o tt, R ichard, 116, 4 3 8 Jo sé , E m ilian o , 10 8 , 441
G ra m e g n a , M arco A n to n io , 2 1 3 ,
438 K antor, H arry, 126, 4 4 0
G u e rre ro , M iguel, 17, 4 3 8
G uevara, E rn esto , 2 0 5 , 4 0 0 , 4 3 8 López Lim ón, A lberto G uillerm o,
G u tiérrez, M iguel, 1 2 7 , 4 3 8 80, 81, 440
G u tié rre z , N elson, 2 1 3 , 2 4 0 , López Vigil, M aría, 2 8 7 , 2 8 8 ,
43 8 322, 440
G u zm an d e l.uigi, J u a n A n d rés, López, Ja im e , 5 8 , 4 4 0
388, 389, 446 L ag u n a B erber, M au ricio , 82,
8 5 -8 7 , 89, 94, 440
H alp erin D o nghi, 'Pulió, 2 0 4 , Lair, Eric, 4 2 5
438 L arraín , Felipe, 2 2 5 , 4 4 0
H a n d e lm a n , U o w a rd , 132, 4 3 8 L ebot, Y von, 3 2 4 , 4 4 0
H a ra ri, Jo sé, 2 5 3 , 2 6 3 , 4 3 8 L e g o rre ta D íaz, M aría d e l
H arn eck er, M arta, 2 3 8 , 2 8 8 , C a rm e n , 3 2 6 , 4 4 0
290, 293, 294, 303, Leiva, S e b a stiá n , 2 1 1 , 4 4 0
438 Levi, G io v an n i, 112, 4 4 0
H aya d e la T orre, V icto r R aúl, Litke, R o b e rt, XI, 4 4 0
1 1 7 -1 1 9 , 12 1 , 125, L ló re n te , M aría V ictoria, 4 4 5
126, 153, 4 3 9 Loyola, M a n u e l, 4 3 0
H ellm an , A lfredo, 193, 4 3 9 Luvecce, C ecilia, 15 7 , 1 68, 170,
H e ra sm e P eñ a, E m ilio, 9, 4 3 9 440
H e rn á n d e z V ásq u ez, M a rtín ,
207, 4 39 M alp ica, M arco A n to n io , 130,
H e rn á n d e z , F e rn a n d o , 3 2 5 , 4 3 9 440
H e rn á n d e z , M ilton, 2 9 0 , 2 9 4 , M a n riq u e , N elson , 1 2 2 , 4 4 0
299, 324, 439 M a rig h e lla, C arlos, 1 0 0 -1 0 3 ,
H e rre ro s, F ran cisco , 3 3 7 , 4 3 9 10 6 , 4 4 0 , 4 4 1
H id alg o , A lb e rto , 120, 4 3 9 M arin i, R uy M a u ro , 2 0 8 , 441
H irales M oran , G ustav o , 8 6 , 4 3 9 M a rtín e z Á ngel, M a rle n e , 2 2 7 ,
H o b sb aw n , Eric, 132 , 4 3 9 441
M a rtín e z , D iego, 19 7 , 4 4 1
Ian n i, O ctav io , 2 0 4 , 4 3 9 M a ttin í, Luis, 2 1 8 , 4 4 1
IEP, 451 M ed in a G alleg o , C arlo s, 2 8 8 ,
In d y m e d ia , 1 5 1 , 4 3 9 289, 325, 441
M ercad o , Roger, 145, 15 2 , 441
J a m e s , D aniel, 4 6 , 4 8 , 4 3 9 M ercier Vega, Luis, 11 6 , 441
JC R , 2 0 9 , 2 1 8 M errick, T h o m a , 2 0 4 , 4 4 1
J o b e t, Ju lio C esar, 2 0 6 , 4 3 9 M in isterio d e G u e rra , 115, 441

455
ín d ice d e a u to re s

MIR, 13 1 , 2 0 8 , 2 1 1 , 2 1 2 , O ssa n d ó n , G u ille rm o , 3 7 9 , 4 4 4


2 1 5 - 2 1 9 , 2 2 1 -2 2 6 ,
231, 232, 234, 235, P érez, C lau d io , 3 4 6 , 3 5 2 , 3 5 4 ,
2 3 8 -2 4 1 356, 428
M ira n d a , O ld ack , 10 8 , 441 P érez, C ristian , 2 1 5 , 4 4 5
M ires, F e rn a n d o , 3 5 0 , 441 P érez, E d u a rd o , 15 7 , 159, 16 1 ,
M o d o n esi, M assim o, 4 2 8 1 64, 171, 17 2 , 178,
M o lin a, A. D an iel, 56, 441 432
M o n sálv ez, D anny, 2 1 3 , 441 P érez, E n riq u e , 2 2 3 , 4 4 5
M o n te ro , M a ritz a , 4 2 7 P ablo, Pozzi, 4 4 6
M o ra e s, M a rie ta , 4 4 0 P alm a R am o s, J o s é A n to n io ,
M o rales, E m ilio, 4 6 , 441 226, 444
M o u lián , T om ás, 2 2 5 , 4 3 6 Parker, D ick, 2 0 5 , 4 4 4
M o v im ie n to d e Iz q u ie rd a P ascal A llen d e, A n d ré s, 2 0 8 ,
R ev o lu cio n aria , 22 6 , 217, 223, 233, 444,
234, 442, 443 445
M o v im ie n to Ju v e n il L a u ta ro , P au lsen , M arco , 3 9 0 , 4 4 5
391, 393, 443 Pavisch, T ad eo , 2 0 6 , 4 4 5
M o y an o B a ra h o n a , C ristin a, P eñafiel A ra n c ib ia , O scar, 2 3 8 ,
387, 443 445
M o y an o , C ristin a, 2 0 6 , 3 3 5 , P e ñ a te , A n d ré s, 3 3 1 , 4 4 5
336, 376, 443 P ellicer d e Brody, O lg a, 5 6 , 4 4 5
P erey ra, C arlo s, 6 3 , 4 4 5
N óvoa, J o rg e , 1 0 3 -1 0 5 , 113, Pike, F re d e ric k , 1 2 5 , 1 2 9 , 4 4 5
426, 429, 437, 444 P in e d a O c h o a , F e rn a n d o , 59,
N ú ñ ez, R aú l, 2 3 3 , 4 4 4 445
N a ra n jo , P ed ro , 2 1 0 , 2 1 9 , 2 2 6 , P in to V allejos, Ju lio , 2 1 2 , 2 2 3 ,
429, 443, 447 335, 336, 426, 445,
N eco ech ea G racia, G erard o , 4 4 6 450
N eira, H ugo, 118, 132, 4 4 3 , 4 4 4 P o rtal, M a g d a, 1 2 0 , 4 4 5
N icanoff, S erg io , 19 3 , 4 4 4 Posse, A bel, 1 9 6 , 4 4 5
N ova, C ristia n e , 1 0 3 -1 0 5 , 113, Pou S a le ta , P oncio, 6 , 4 4 6
426, 429, 437, 444 Pozo, H e rn á n , 2 0 4 , 4 4 6
Pozzi, P ab lo , XX, XXI, 16 9 , 185,
O jed a R eyes, Félix, 5, 4 4 4 446
O lea, C a ta lin a , 2 0 5 , 4 4 4 P rad o , Gary, 1 9 7 , 4 4 6
O rb eg o so , M an u el Je s ú s, 123,
124, 130, 444 R én iq u e, Jo s é Luis, 4 4 6
O rn e la s G óm ez, F ran cisc o , 71, R a d rig á n , C ecilia, 2 1 0 ,
444 2 1 2 -2 1 6 , 2 2 2 , 444
O rte g a , M iriam , 2 1 0 , 2 1 2 - 2 1 6 , R aim u n d o , M arcelo , 1 5 7 , 15 8 ,
222, 444 446

456
Indice de a utores

R am írez C u ev as, J e s ú s, 8 7 , 88, R osas, P ed ro , 3 8 0 , 3 8 4 , 3 8 5 ,


446 387, 388, 448
R am os Z avala, R aúl, 6 5 , 69, 4 4 6 R osencof, M au ricio , 2 5 9 , 2 6 1 ,
R am os, M arcela, 3 8 8 , 3 8 9 , 4 4 6 265, 267, 268, 448
R am os, M iguel, 2 1 8 , 4 2 6 R ot, G ab riel, 2 4 , 4 5 , 19 2 , 4 4 8
R ein are s, F e rn a n d o , 3 7 6 , 4 4 6 , R u b e n ste in , R ic h a rd , 2 7 , 4 4 8
451 R ubio S ald iv ar, A n d rés, 6 0 , 4 4 8
Reís F ilho, D an iel A arao , 105, Ruiz, E dgar, 3 0 3 , 4 4 8
446 R ustían A zam ar, A lfredo, 58, 59,
R ettig, R aúl, 2 2 7 , 2 2 9 -2 3 2 , 448
2 3 5 -2 3 7 , 446
R ichards, J o rg e A ndré, 2 3 8 , 4 4 6 S á b a lo , E rn e sto , 26, 4 4 8
Rico, A lvaro, 2 7 6 , 4 4 7 S án c h ez , G o n z alo , 4 2 5
R iestra, V alle, 1 3 1 , 4 4 7 S án c h ez , Luis A lb erto , 121, 126,
R illa, Jo sé, 2 4 6 , 2 6 6 , 4 2 8 439
R ip ald a, Luis A lfred o T ejad a, S alas O b re g ó n , Ig n acio , 6 5 -6 8 ,
117, 4 4 7 79, 448
R iq u elm e, S eg o v ia A lfredo, 33 6 , S alas, E rn e sto , 4 8 , 4 4 8
337, 447 S a la z a r Bondy, S e b a stiá n , 143,
Rivas, P atricio, 2 4 0 , 4 4 7 448
R ivera G u z m á n , M ario , 76, 4 4 7 S a lc e d o G arcía, C arlo s, 6 1 , 65,
R ivera O rtiz, M ario , 7 6 , 4 4 7 6 6 , 68, 448
R o d ríg u ez E lizo n d o , Jo sé , 115, S a ld a ñ a , R odolfo, 19 2 , 4 4 8
337, 447 S a lin as V aldés, J u a n Jo sé , 2 1 3 ,
R o d ríg u ez M o rales, G u illerm o , 449
218, 447 S a m a n ie g o , A u g u sto , 3 3 6 , 3 3 7 ,
R o d ríg u ez O stria , G u stav o , 194, 449
196, 4 4 7 S a n d e rs, K aren, 11 8 , 4 4 9
R o d ríg u ez, G u illerm o , 2 1 3 , 4 4 7 S a n d o v a l, C arlos, 2 0 7 , 2 1 0 , 4 4 9
R o d ríg u ez, H éctor, 2 2 3 , 4 2 7 S a n g u in o , A n to n io , 3 2 5 , 3 3 1 ,
Rojas N ú ñ ez, Luis, 3 3 7 , 3 3 9 , 449
344, 3 4 6 -3 4 8 , 350, S a n ta m a ría G ó m ez, A rtu ro , 6 3 ,
3 5 2 -3 5 8 , 447 449
R ojas, E d u a rd o , 3 3 5 , 3 3 6 , 4 2 6 S ch n eid er, A lejan d ro , 16 9 , 185,
Rojas, G loria, 2 1 3 , 4 3 8 446
R ojas, Jo rg e , 4 3 0 S eb eliu s, K ath leen , 3, 4 3 0
R o ldan, M iguel Á ngel, 2 8 7 , 4 3 5 S e rra n o , Luis H e rn á n d e z , 124,
R o llem b erg , D en ise , 10 2 , 111, 449
447, 448 Silva H id alg o , R o b in so n , 2 2 6 ,
R o m an o , G raciela d el Valle, 28, 449
2 9, 4 4 8 S olari, A ldo, 2 6 4 , 4 4 9

457
ín d ice de a u to re s

S p o to rn o , Á ng el, 3 4 6 , 3 5 2 , 3 5 4 , V ítale, Luis, 2 0 7 , 2 1 0 , 4 5 0 , 451


356, 428 V rijer, Peter, 1 9 4 , 4 5 1
W AA, 143, 265, 3 5 8 , 359, 451
Taber, M ich ael, 1 9 2 , 4 4 8
TAE, 2 5 1 , 2 5 8 , 2 6 3 , 4 4 9 W ak sm an , G u ille rm o , 2 7 0 , 2 7 3 ,
T a m a riz Lúcar, D o m in g o , 117, 275, 425
449 W a ld m a n n , Peter, 3 7 6 , 3 9 7 , 44 6 ,
T arcu s, H o ra c io , 122, 1 28, 131, 451
449 W aters, M ary-A lice, 19 2 , 4 4 8
T h e G eo rg e W a sh in g to n W ick h am -C ro w lcy , T im othy,
U niversity, N a tio n a l 115, 451
S e c u rity A rch iv es, 4 2 5
Tilly, C h a rle s, XII, 4 4 9 Z a la q u e t, C h erie , 3 8 7 , 451
T orre, J u a n C arlo s, 4 3 1
T orres, Ig n acio , 2 0 9 , 4 2 9
T orres, Luis C h a n d u v í, 1 1 8 , 4 4 9
T o rres, Vicky, 3 8 6 , 4 5 0
T o w n sen d E sc u rra , A n d rés, 120,
12 5 , 450
Trotsky, Lev, 2 7 3 , 4 5 0

U rbina, A lfredo H e rn á n d e z , 126,


13 2 , 4 5 0
U ribe, Luis, 3 5 2 , 4 5 0
U stariz, R eg in a ld o , 197, 4 5 0

V ázq u ez V iaña, H u m b e rto , 190,


450
V alcárcel, G u sta v o , 122, 4 5 0
V aldés N av arro , P edro, 2 0 7 , 4 5 0
V aldivia, V erón ica, 4 2 6 , 4 4 5 ,
450
V asile, V in cen zo , 1 97, 4 2 9
V eg a-C en ten o , Im e ld a , 1 18, 4 5 0
V enegas, H e rn á n , 3 3 7 , 4 3 6
V erg ara, R o drig o , 2 2 5 , 4 4 0
V idal, H e rn á n , 2 0 9 , 3 3 7 , 3 4 8 ,
350, 450
V illan u ev a d e l C am p o ,
A rm a n d o , 117, 4 5 0
V illan u ev a, V íctor, 11 6 , 11 8 ,
133, 431, 450

458
ü Rf jvi en la Ctr.iJ^a c!::«
1930-1943

fío/'os en la Córdoba ot
1930-:
Mariana Mastrán
ISBN: 978-950-793-1

El anarquismo y el mow'm,
obrero en Arge.
laacov (
ISBN: 978-950-793-1

K h to itu d o p c c n

MU
k H
m .K _

Historias de «pe
Pablo A. I
ISBN: 978-950-793-1
Por el camino del Che
Las guerrillas latinoamericanas 1959-1990
¿Por q u é e stu d ia r las g uerrillas latin o am erican as? Las razo n es son m últi­
ples, y si b ien no excluyen opciones y p osicionam ientos políticos, la m ayoría
de ellas tie n e n q u e ver con la construcción del conocim iento y con aproxi­
m arnos a la co m prensión de la realid ad histó rica y social latinoam ericana.
Pero, ad em ás, hay u n a serie de otros elem en to s q u e d ete rm in a n la im p o rtan ­
cia d e e stu d ia r y conocer esto s m ovim ientos arm ad o s revolucionarios. El
prim ero es q u e es im posible co m p ren d er el hoy sin e n te n d e r el ayer. En e ste
sentido, las g uerrillas latin o am erican as p erm ite n identificar u n a serie de
p roblem as y ta m b ié n de reivindicaciones e n tre las clases p o p u lares de A m é­
rica Latina. A sim ism o, la recu rren cia de los fenóm enos guerrilleros, su
p erm an en cia en el tiem po, y su s nexos con las m ás b a sta s organizaciones
sindicales y políticas de las clases populares, p o n e n en cu estió n u n a visión
cara a la historiografía del co n tin en te: aquella q u e p ie n sa a las o rganizacio­
n e s arm a d a s como m era ex p resió n d e sec to res m edios radicalizados (y
aném icos), d e sco n ectad o s d e la realid ad co tid ian a d e los trab ajad o res,
obreros y cam p esin o s del co n tin en te. Por el contrario, u n estu d io m ás d e te n i­
do y porm enorizado del fenóm eno guerrillero, su g iere cu estio n am ien to s a
e sta in terp re tació n (o por lo m enos m atices) y a aq u ellas q u e en fatizan la
hegem onía, el co n sen so o los p rocesos m od ern izad o res q u e g e sta n «dem o­
cracias» e incorporación «ciudadana», en las so c ied ad es latinoam ericanas.

También podría gustarte