Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
* Ja v i e r L ó p e z Q u i n t á n s e s D o c t o r e n F i l o l o g í a H i s p á n i c a y L i c e n c i a d o e n A n -
tropología, y for ma parte de la Sociedad de Literatura del Siglo . Ha publicado
d i v e r s o s a r t í c u l o s s o b r e l a o b r a d e E m i l i a Pa r d o B a z á n , a u t o r a d e l a q u e s e o c u -
paba su tesis doctoral (El fracaso existencial en los personajes de la nar rativa de Emilia
Pa r d o B a z á n , U n i v e r s i d a d d e S a n t i a g o d e C o m p o s t e l a , ) .
P E R A B BAT ( )
. E L N AT U R A L I S M O S E G Ú N É M I L E Z O L A
más, subrayemos el eco que tuvieron en Europa las críticas al capitalismo formuladas
por Marx y Engels.
En lo que atañe al método experimental de Bernard, este último otorga un peso
relevante a la observación, a través de la que se llega al conocimiento de la vida física.
Para Zola, si se parte de esos mismos principios, un novelista (en tanto que «obser-
vador y experimentador», La novela experimental
experimental, p. ; véanse también p. , y El
naturalismo en el teatro, p. ) logrará el «conocimiento de la vida pasional e inte-
lectual» ( La novela experimental
experimental, p. ). Pero el escritor no es un mero observador,
pues «la idea de experiencia lleva consigo la idea de modificación […]. Para mostrar el
mecanismo de los hechos es necesario que produzcamos y dirijamos los fenómenos»
La novela experimental
(La experimental, p. ).
El escritor observa la realidad y emprende un camino hacia el conocimiento; este
camino llega a su término cuando al fin alcanza la observación de una realidad regida
por las leyes de la naturaleza. El recorrido se emprende con la duda: duda ante lo que
observa, pues ese mismo cuestionamiento le permitirá lograr la auténtica experiencia
de la realidad. Experiencia en la que «el cuerpo del hombre es una máquina […] en la
que se podrán desmontar y montar de nuevo […] los mecanismos a gusto del experi-
mentador» ( La novela experimental
experimental, p. ; véanse también El Naturalismo en el teatro,
pp. , , y Sobre la novela. El sentido de lo real
real, p. ). En este proceso «la novela
es impersonal, quiero decir que el novelista no es más que un escribano que no juzga
ni saca conclusiones. El papel estricto de un sabio consiste en exponer los hechos»
(El Naturalismo en el teatro, p. ; véanse también y ss ). Aquí tenemos uno de
los rasgos definitorios más sobresalientes del método naturalista.
Determinismo
Bernard introduce el término determinismo para aludir «a la causa que determina la
aparición de los fenómenos» ( La novela experimental
experimental, p. ), hasta afirmar la exis-
tencia de unas leyes «fijas [que] rigen el cuerpo humano» ( La novela experimental
experimental,
p. ). Para Zola, el novelista debe comportarse de igual modo que lo haría un fisiólo-
go, un físico o un químico, desde el supuesto de que «hay un determinismo absoluto
para todos los fenómenos humanos. A partir de ello, la investigación es un deber»;
por tanto, hay que descubrir esos fenómenos que el novelista debe dirigir, hay que
buscar incansablemente el cómo (más que el por qué qué, cuya indagación correspondería,
por ejemplo, a la filosofía) a través de la experimentación con un objetivo último:
alcanzar la verdad ( La novela experimental
experimental, pp. , , y ss; Carta a la juventud
juventud,
pp. y ss; El naturalismo en el teatro, pp. y ss ). Desde tales supuestos esta-
blecerá una y otra vez una nítida contraposición con los autores que cataloga como
idealistas, apegados a lo emotivo, intuitivo e irracional, frente a los naturalistas, en los
que la observación es una premisa básica ( La novela experimental
experimental, pp. , ; Carta
a la juventud
juventud, pp. , , y ss; El Naturalismo en el teatro, pp. , ; El dinero
en la literatura, p. ; Sobre la novela. El sentido de lo real
real, p. ; Sobre la novela. La
expresión personal
personal, pp. y ss).
P E R A B BAT ( )
e l h o m b r e n o e s t á s o l o, v i v e e n u n a s o c i e d a d , e n u n m e d i o s o c i a l y p a r a
n o s o t r o s, n o v e l i s t a s, e s t e m e d i o s o c i a l m o d i f i c a s i n c e s a r l o s f e n ó m e n o s
[…]. Esto es lo que constituye la novela experimental: poseer el mecanismo
de los fenómenos en el hombre, demostrar los resor tes de las manifesta-
ciones intelectuales y sensuales como nos lo explicará la fisiología, bajo
l a s i n f l u e n c i a s d e l a h e r e n c i a y d e l a s c i r c u n s t a n c i a s a m b i e n t e s, d e s p u é s
de mostrar al hombre vivo en el medio social que él mismo ha producido
( L a n o v e l a e x p e r i m e n t a l , p p. – ; v é a n s e t a m b i é n p. , y S o b r e l a n o v e l a .
L a f ó r m u l a c r í t i c a a p l i c a d a a l a n o v e l a , p p. y s s ; S o b r e l a n o v e l a . S o b r e l a
d e s c r i p c i ó n , p. ) .
Zola insiste en que una cosa es que opten por la observación de la realidad, por la
búsqueda de la verdad (como ya hemos citado ), y otra muy diferente que se les acuse
del gusto gratuito por lo obsceno y desagradable: «Se ha querido, y éste es el colmo de
la imbecilidad, se quiere todavía que el naturalismo sea la retórica de la inmundicia»
Carta a la juventud
(Carta juventud, p. ).
Termino esta exposición de las ideas de Zola con una apreciación básica: para él,
el Naturalismo no es una escuela, sino la aplicación de un método, el experimental
La novela experimental
(La experimental, pp. –) que encuentra un campo de cultivo idóneo en la
novela (más, por ejemplo, que en el teatro: El Naturalismo en el teatro, p. y ss ).
Esto mismo otorga versatilidad a la aplicación del método que «deja campo libre a
Carta a la juventud
todas las individualidades» (Carta juventud, p. ):
N o s o y y o e l n a t u r a l i s m o ; e s t o d o e s c r i t o r q u e , q u e r i é n d o l o o n o, u t i l i z a
la fór mula científica, estudia el mundo por medio de la obser vación y el
a n á l i s i s, n e g a n d o l o a b s o l u t o, l o i d e a l r e v e l a d o e i r r a c i o n a l [ … ] . N o t e n e m o s
r e l i g i ó n p u e s n a d i e p o n t i f i c a e n t r e n o s o t r o s ( C a r t a a l a j u v e n t u d , p. ) .
Sin embargo, debemos resaltar que la práctica novelística de Zola fue bastante
menos estricta en lo que se refiere a la aplicación de todos estos principios, como
ha anotado Mitterand ( , p. ). Aludo, por supuesto, a su archiconocida serie de
veinte novelas bajo el título genérico de Les Rougon-Macquart ( –): una familia
diseccionada a través de cinco generaciones, en títulos tan emblemáticos como La
taberna, Nana o La bestia humana.
. R E C E PC I Ó N D E L N AT U R A L I S M O E N ESPAÑA
Bien ha precisado el profesor Adolfo Sotelo Vázquez ( ) que no se puede enten-
der la percepción y recepción del Naturalismo en su época de forma unívoca. Más
bien surgieron posturas divergentes, en apariencia (y en alto grado sólo en apariencia )
contradictorias. De tal forma, para el caso de Clarín
Nos interesa en gran medida recordar las propias palabras de Clarín para entender
cómo fue la recepción del Naturalismo en España. Dice éste:
P E R A B BAT ( )
Ar tículos que, por otra par te, hay que tomar con mucha cautela, dado el pro-
g r e s i v o d e t e r i o r o q u e s u f r i ó l a a m i s t a d e n t r e a m b o s. S í r v a s e , e n r e l a c i ó n c o n l o s
r e p a r o s h a c i a e l N a t u r a l i s m o, e l s i g u i e n t e c o m e n t a r i o a c e r c a d e I n s o l a c i ó n d e Pa r d o
Bazán: «El fondo poético de la realidad, que tanto resalta aún en los mayores ho-
r rores naturalistas de Zola […], ese fondo que existe en el amor más de pravado si
l o v e u n a r t i s t a v e r d a d e r o, n o h a y q u e b u s c a r l o e n l a h i s t o r i a a m o r o s a f i g u r a d a p o r
doña Emilia. […] El que trata materia pecaminosa, si no sabe elevarse a la región
d e l a p o e s í a , d e j a d e v e r e l p e c a d o c o m o p e c a d o. E l a m o r s e n s u a l , o b j e t o d e u n
l i b r o, c u a n d o n o m u e s t r a u n a t r a s c e n d e n c i a a r t í s t i c a , e s … e s c a n d a l o s o, e n l a r i -
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A
g u r o s a a c e p c i ó n d e l a p a l a b r a » ( « E m i l i a Pa r d o B a z á n y s u s ú l t i m a s o b r a s » , M u s e u m
( M i r e v i s t a ) . Fo l l e t o s l i t e r a r i o s , , M a d r i d : Fe r n a n d o Fe , , p p. – ; c i t o p o r
l a e d i c i ó n d e Pe n a s, , p p. – ) . D e U n a C r i s t i a n a d i r á q u e « c o m i e n z a [ … ]
con unas descripciones naturalistas de chinches y ropa sucia que dan muchísimo
a s c o » ( « Pa l i q u e » , M a d r i d c ó m i c o , n . º , - - ; e d . c i t . , p. ) . Y a r r e m e t e
c o n t r a l a a m b i g u a p o s i c i ó n d e Pa r d o B a z á n a n t e e l N a t u r a l i s m o : « P u e d e u n e s c r i t o r
católico ser naturalista, sí, pero ha de vérsele lo católico lo mismo que lo natura-
l i s t a . A D. ª E m i l i a s e l e v e l o n a t u r a l i s t a , p e r o n o s e l e v e l o c a t ó l i c o. A Z o l a s e
l e v e l o n a t u r a l i s t a , y l o r a c i o n a l i s t a … y l o p e s i m i s t a » ( « Pa l i q u e » , M a d r i d c ó m i c o ,
n . º , - - ; e d . c i t . , p. ) .
P E R A B BAT ( )
que denostaban esas ideas llegadas de allende los Pirineos y los que las abrazaban con
menor o mayor convencimiento. Convencimiento que, por otra parte, nunca supuso
la aplicación estricta de ese naturalismo teórico que vemos reflejado en los artículos
de Zola. La burguesía española, todavía débil, no se vio cuestionada: poco temblaron
sus cimientos; por el contrario, el Naturalismo español parecía respaldar a este grupo.
El reflejo de la miseria humana pasó de puntillas por la obra de escritores pretendi-
damente naturalistas, por ejemplo, pero en cualquier caso sí se empezaron a superar
lastres moralizantes y dogmas caducos, herencia en parte de la novela de tesis.
La llegada un poco tardía de la polémica a España quizás guarde relación con el
parcial rechazo de cierta elite intelectual marcada por la ideología de la Restauración,
poco proclive a aceptar los rasgos más crudos del pensamiento zolesco, esos rasgos
que de forma interesada sus detractores en Francia se habían encargado de ponde-
rar. El pensamiento zolesco llega a España de forma sesgada; nunca fue plenamente
asimilado, desde luego no como Zola entendía el Naturalismo desde un punto de
vista meramente teórico (otra cosa muy diferente fue su producción de ficción ). La
cuestión ideológica tuvo mucho que ver, y de forma tangencial la defensa o acritud
ante tal movimiento se asoció con otras cuestiones colaterales, dígase el pensamiento
conservador de ciertos sectores de la prensa, el apogeo y caída en desgracia de la Insti-
tución Libre de Enseñanza, el interés por la filosofía de Krausse o la inclinación por
el ideario de Schopenhauer. Inmersa en este panorama aflora la discusión sobre el Na-
turalismo. Pattison ( , pp. y ss), por ejemplo, da cuenta de algunos de los actores
implicados en la polémica: González Serrano (de ideas krausistas ), Gómez Ortiz, por
6 «España se abrió a las corrientes culturales europeas del siglo bajo la
f o r m a d e l p e n s a m i e n t o k r a u s i s t a a d a p t a d o p o r S a n z d e l R í o. E l k r a u s i s m o i m p l i c a
un claro espíritu de tolerancia: todas las religiones tienen algo de bueno y algo de
verdad; el hombre posee la razón, que le per mite escog er el bien del mal, y la con-
c i e n c i a , q u e l e p e r m i t e d i s t i n g u i r l o s. E l p r i n c i p i o d e l l i b r e e x a m e n y l a n e g a c i ó n
d e l d o g m a s o n e s e n c i a l e s a l e s p í r i t u k r a u s i s t a » ( O l e z a , , p. ) . E l l o d e t e r m i n a
que en el Naturalismo español haya una notable inclinación a «la transigencia»,
a l a c o n c i l i a c i ó n e n t r e « l o m a t e r i a l y l o i d e a l » ( i b í d e m ) . O, e n p a l a b r a s d e Pa o l i n i
( , p. ) : « E n e l a r g u m e n t o d e u n a n o v e l a n a t u r a l i s t a e s p a ñ o l a s e d r a m a t i z a
c o n s t a n t e m e n t e l a a n t i n o m i a e n t r e e l d e t e r m i n i s m o y e l l i b r e a l b e d r í o, e n t r e l a s
f u e r z a s d e t e r m i n a n t e s y l a v o l u n t a d d e l o s c a r a c t e r e s, q u i e n e s l u c h a n e n c o n t r a d e
e l l a s. E l N a t u r a l i s m o e s p a ñ o l p r o c l a m a l a l i b e r t a d d e p e n s a m i e n t o, e l e s t u d i o d e l a
naturaleza y del hombre por medio de la obser vación y del análisis con el propó-
sito de obtener para la humanidad las mejores condiciones o los mejores efectos
m o r a l e s y s o c i a l e s » . Ya e n e l m o m e n t o, R i c a r d o A l t a m i r a , a c t i v o p a r t i c i p a n t e e n
torno a las discusiones sobre el Naturalismo en España, adopta «unas coordenadas
alejadas tanto de la abstracción idealista (el ar te que suaviza el “tumulto” de la
v i d a , a l d e c i r d e Va l e r a ) c o m o d e u n c u l t o e xc e s i v o e n f a v o r d e l f e í s m o » ( B o n e t ,
, p. ) .
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A
supuesto Clarín (el cual, por ejemplo, sin inscribirlo en el Naturalismo, aprecia ciertos
rasgos naturalistas en Pereda, apreciación sin duda muy cuestionable), etc.
. L O S AU T O R E S N AT U R A L I S TA S E S PA Ñ OLES
Como este artículo pretende presentar un panorama general acerca del Naturalismo
en España, con un claro afán pedagógico trataremos de simplificar al máximo la
cuestión. Podemos decir, marcados por esta intención, que presentan ciertos ras-
gos naturalistas (con las debidas salvedades: hay una diferencia de grado bastante
notable entre algunos de ellos, como iremos viendo ) Clarín, Pardo Bazán, Galdós,
Blasco Ibáñez, Palacio Valdés, Narcís Oller u Ortega Munilla (cito meramente algún
caso significativo, con el fin de no extenderme más de lo estrictamente necesario).
Muchos aparecen adscritos por la crítica al término genérico de Generación del ,
por lo que supuso esta fecha (caída de Isabel , proclamación de la República ) y por-
que gran parte de ellos publican sus primeros textos de entidad a partir de este año
(véase Ferreras, , pp. y ss). Clarín ofrece algunas de las reflexiones fundamen-
tales acerca del Naturalismo en España, pero como afirma Adolfo Sotelo Vázquez
(, p. ), no se puede olvidar la obra de Emilia Pardo Bazán La cuestión palpi-
tante (¡y el prefacio a Un viaje de novios !), los Apuntes sobre el nuevo arte de escribir
novelas (–) de Valera o los prólogos de Palacio Valdés a Marta y María ()
y La hermana San Sulpicio (), además de una variada producción crítica bajo la
pluma de Rafael Altamira, Miquel y Badía, Gómez Ortiz o Yxart.
Clarín
En Clarín, como bien ha destacado Oleza ( , p. ), encontramos, además de su
prólogo a La cuestión palpitante y el artículo «Del naturalismo», reflexiones margina-
les en sus Solos, y variados comentarios en «Del teatro», La literatura en , Sermón
perdido, Nueva Campaña o Mezclilla. En lo que toca a la producción literaria de Leo-
poldo Alas, es innegable la presencia de rasgos naturalistas en algunos de sus textos
F u n d a m e n t a l e s l a s i g u i e n t e a p r e c i a c i ó n d e M a r t í n e z To r r ó n ( , p. ) :
«Una cosa es confundir lo que pueda o no haber de naturalista en un autor o una
obra —lo cual siempre puede ser discutible—, y otra muy distinta confundir lo que
es el naturalismo».
L a p o l é m i c a s e e x t i e n d e , p o r s u p u e s t o, a d i f e r e n t e s á m b i t o s d e « p r o v i n c i a s » .
E n e s t e s e n t i d o, e s m u y i n t e r e s a n t e e l a r t í c u l o d e R í o s C a r r a t a l á a c e r c a d e l a z o n a
a l i c a n t i n a . A l l í a l u d e a f i g u r a s c o m o l a s d e F r a y C a n e l l e s, q u e p r e v i e n e a l a s j o -
vencitas lectoras de los pelig ros que ar rastran los textos de inspiración zolesca
( R í o s C a r r a t a l á , , p. ) , Jo s é Po n s S a m p e r, Ju a n B a u t i s t a Pa s t o r A i c a r t , y, e n
e s p e c i a l , F r a n c i s c o F i g u e r a s B u s h e l l , e n t r e o t r o s.
Sobre el influjo de la cultura francesa en Clarín, en general, véase también
To l i v a r A l a s ( ) .
P E R A B BAT ( )
E l d e t e r m i n i s m o d e L a R e g e n t a n o e s e l m e r a m e n t e m a t e r i a l y f i s i o l ó g i c o,
sino una fuerza más sutil y poderosa, un estado de opinión general —funda-
mentado en una moral cosificada, manipulada a uso personal, y como ar ma
ar rojadiza— que acaba venciendo la resistencia del personaje central, Ana
O z o r e s ( M a r t í n e z To r r ó n , , p p. – ) .
Esta obra emerge como una amplia galería de personajes en la que diferentes
grupos se relacionan, se confunden esporádicamente, donde su medio social los ca-
racteriza. No sólo aquí se hacen notar rasgos del Naturalismo, sino también de las
teorías de Stuart Mill ( ibidem, p. ). Interesa de La Regenta ese asfixiante entorno
social, esa galería de tipos, la tendencia a la impersonalidad narrativa, la presencia de
lo grotesco (véase Kronik, ), la desmitificación religiosa (Oleza, , p. )
o el abierto anticlericalismo, el erotismo implícito o explícito y la aparición de esa
Ana Ozores erótica/neurótica (como magistralmente ha analizado Botrel, ), y
tantos y tantos otros elementos en los que no podemos pararnos aquí.
E l s a p o, c o m o i m a g e n r e p e t i d a , q u e s e a s o c i a c o n e l b e s o f i n a l c o n e l q u e s e
c i e r r a l a n o v e l a ( K r o n i k , , p. ) : « E s l a v a l o r i z a c i ó n e s t é t i c a d e l a f e a l d a d
humana, social y moral que La Regenta se esfuerza por reproducir».
«La actitud clariniana [es] precisamente y típicamente unamunesca. El pro-
b l e m a r e l i g i o s o s e p l a n t e a e n é l e n t é r m i n o s d e q u e r e r c r e e r y n o p o d e r, e n t é r m i -
n o s d e c o m b a t e p o r y c o n t r a i d e a s. . . » . S i n e m b a r g o, « e l d i f í c i l p e r o e s p e r a n z a d o
equilibrio que el realismo for mulaba entre individuo (por problemático que fuera)
y realidad, se tambalea con el desarrollo del capitalismo y la realidad amenaza con
aneg ar al yo y subsumirlo en ella. El positivismo naturalista expresa ese aneg a-
m i e n t o, e s a p é r d i d a d e f u n c i ó n d e l a c o n d i c i ó n p e r s o n a l y e s c o n t r a e l l a c o n t r a l a
q u e s e l e v a n t a l a p r o t e s t a d e C l a r í n : s u r e l i g i o s i d a d , p o r e s o, e s s o b r e t o d o u n a
b ú s q u e d a d e r a í c e s, d e e n t r o n c a m i e n t o, d e r e a f i r m a c i ó n d e l p a c t o q u e e l i n d i v i d u o
realiza con lo que le es exterior».
A p u n t a , p o r e j e m p l o, q u e « E n l a l i t e r a t u r a , d e l a n o v e l a ‘ f i l o s ó f i c o - f i s i o l ó -
gica’ se llega al estudio ‘fisiológico-social’ y el máximo desarrollo de la ‘sociali-
z a c i ó n’ d e l a l i t e r a t u r a s e o b t i e n e c o n l a s n o v e l a s s o c i o l ó g i c a s d e U. Ro m e r o Q u i -
ñ o n e s o l a s n o v e l a s ‘ m é d i c o - s o c i a l e s ’ d e E . L ó p e z B a g o, p o r e j e m p l o. P r e d o m i n a
el protag onismo femenino con frecuentes referencias al amor venal y a la alcoba
y el naturalismo ‘radical’ deriva a menudo hacia una dimensión recreativa ‘por no-
gráfica’ presente en aquellos ‘librillos que aunque no son de fumar arden en un
candil’, con una unión frecuente de Eros y risa; es la ‘g racia verdecita’ del Madrid
Cómico, que nunca rebasa los límites del mal gusto ni lleg a a lo inmoral». De g ran
i n t e r é s e s e l e s t u d i o d e To m s i c h ( – ) a c e r c a d e l a h i s t e r i a e n L a R e g e n t a .
E s t o n o s r e c u e r d a a a l g u n o s d e l o s a t a q u e s d e l q u e f u e b l a n c o A l a s, u n o d e l o s m á s
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A
D i c e M a r i s a S o t e l o ( , p. ) : « A l c o m p á s d e l a r e c e p c i ó n d e l n a t u r a l i s m o
en España se opera entre la intelectualidad española un paralelo interés por Scho-
penhauer […]. Buena pr ueba de ello son algunos ar tículos divulg ativos salidos de
l a p l u m a d e Jo s é d e l Pe r o j o — q u i e n s a b í a a l e m á n — o d e U r b a n o G o n z á l e z S e r r a n o,
quien conocía la filosofía del autor de El mundo como voluntad y representación gracias
a su divulg ación en Francia mediante los libros de Théodule Ribot, La philosophie de
S c h o p e n h a u e r ( Pa r í s, ) o d e E l m e - M a r i e C a r o, L e p e s s i m i s m e a u X I X e s i è c l e ( Pa r í s,
) — m á s f a m o s o s i c a b e p o r e l p o l é m i c o c o m p t e r e n d u d e Fe r d i n a n d B r u n e t i è r e
en la Revue des Deux Mondes— o ar tículos como el de Charles Richet, ‘La douleur’,
publicado en la prestigiosa Revue Philosophique». Véase también lo anotado por
L i s s o r g u e s ( , p. ) .
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A
Su breve recorrido literario la lleva a defender nuestro más genuino realismo, cuyas
raíces se remontan a nuestra Edad Media y Siglos de Oro. Quizás aquí subyace la idea
de que en nuestras letras siempre han destacado técnicas de descripción realista; no
debe ser esto confundido, con todo, con la aparición de un movimiento literario que
conocemos como Realismo y que posee rasgos propios, al tiempo que bebe de toda
la tradición anterior. En este sentido, recordamos las siguientes palabras de Pardo
Bazán, tomadas del capítulo («Genealogías» ) de La cuestión palpitante:
Este interés de Pardo Bazán por las obras de corte realista del pasado no impide
que acepte ciertos elementos de la propuesta de Zola. Los Pazos de Ulloa y La Madre
Naturaleza sí presentan rasgos naturalistas, sin que por ello podamos calificarlas como
obras que respeten escrupulosamente el credo de tal autor. Vimos antes la necesaria
distinción entre la teoría naturalista (sintetizada en los artículos de Zola ) y la práctica
literaria, no necesariamente fiel (ni siquiera en la propia obra zolesca ) a tales postula-
dos. Pardo Bazán siente interés por ciertos aspectos de tal movimiento, y los adapta
a sus propia idiosincrasia: su conocimiento de los clásicos (la biblioteca que poseía
su padre es un buen ejemplo del material al que tuvo acceso, véanse por ejemplo sus
«Apuntes autobiográficos»), el influjo del Romanticismo (presente a lo largo de toda
P E R A B BAT ( )
« L a n a t u r a l e z a n i e g a a l h o m b r e e l l i b r e a l b e d r í o, e l d e s a r r o l l o e s p i r i t u a l y l a
posibilidad de cambio porque sus personajes no son lo bastante fuer tes como para
e n f r e n t a r s e a e l l a . E l h o m b r e , p o r l o t a n t o, e s t á c o n d e n a d o a s u f r i r y a c a b a s i e n d o
e s c l a v o d e s u n a t u r a l e z a v i l ( P r i m i t i v o, Pe d r o ) o t e r m i n a s u f r i e n d o p o r e s t a r a s o -
c i a d o s e n t i m e n t a l m e n t e c o n l o s s e r e s p e r t e n e c i e n t e s a l m u n d o d e l o s p a z o s ( Ju l i á n
y Gabriel). Se nos da, en fin, una visión pesimista del hombre y de su naturaleza»
( Ta s e n d e - G r a b o w s k i , , p. ) .
D e h e c h o, e n c a r t a d e d e m a r z o d e , i n d i c a a Pa r d o B a z á n q u e « h a c e
t i e m p o q u e p e n s a b a e s c r i b i r a V. f e l i c i t á n d o l a p o r l o s a d m i r a b l e s a r t í c u l o s d e L a
C u e s t i ó n Pa l p i t a n t e e n l o s c u a l e s, a d e l a n t á n d o s e V. a l o s c r í t i c o s m á s p e r s p i c a c e s, h a
d i c h o c o s a s t a n v e r d a d e r a s, h e r m o s a s y o p o r t u n a s, e n u n e s t i l o q u e s e g u r a m e n t e
p o d r í a n e n v i d i a r a V. l o s q u e c o n m á s e m p e ñ o h a n c u l t i v a d o l a d i c c i ó n c a s t e l l a n a »
( c i t o p o r l a e d i c i ó n d e F r e i r e L ó p e z , , p. ) . S i m i l a r e s a l a b a n z a s l e p r o d i -
g a r á n , p o r c i e r t o, o t r o s r e c o n o c i d o s p r o h o m b r e s, c o m o Ju a n Re i n a ( d i r e c t o r d e l a
Re vista Ibérica; véase, como muestra, la car ta de de marzo de ) o el novelista
i t a l i a n o S a l v a t o r e Fa r i n a ( v é a s e l a c a r t a d e l d e a b r i l d e ; e d . c i t . , p. ) . M á s
e x t r a ñ a d o s e m o s t r ó Z o l a a n t e e l i n t e n t o d e Pa r d o B a z á n d e c o n c i l i a r e l N a t u r a l i s -
m o c o n s u s c r e e n c i a s c a t ó l i c a s.
D e s t a c a , p o r e j e m p l o, e n t r e l a s c o n t e s t a c i o n e s q u e s u s c i t a e l t e x t o l i t e r a -
r i o l a d e Pe d r o A n t o n i o d e A l a r c ó n c o n E l c a p i t á n v e n e n o ( ) , c o n t r a r r é p l i c a d e
La desheredada en un «esquema pseudorrealista» (así lo ha estudiado López, ,
p p. y s s ) . O t r o h i t o f u n d a m e n t a l : p a r a Pa t t i s o n ( , p. ) , e l s i g n i f i c a t i v o
homenaje que recibe Galdós en el año supuso el nacimiento de un «centro de
propaganda naturalista».
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A
turalismo en España. Así nos lega estampas asombrosas de clases sociales pululando
por un medio a ratos hostil, tan fascinantes como en el caso de Fortunata y Jacinta
(o de obras como Torquemada, Misericordia o Nazarín, según Miller, , p. ). De
ahí que hable Arroyo Almaraz ( ) en Fortunata, como en el caso de Narcís Oller
y su La febre d´or
d´or, de «poeta de la ciudad». Imágenes del medio social, salpicadas de
individuos sojuzgados que se entremezclan con las clases más pudientes. En su caso,
Narcís Oller abraza el Naturalismo a partir, sobre todo, de , en obras como La
papallona (), Notes de color
color, La bufetada (), L’escanyapobres (), Vilaniu
(), De tots colors () o la citada La febre d’or ( –). El influjo del Natu-
ralismo también se hace sentir en Ortega Munilla, en el que una vez más vemos la
evolución desde una primitiva forma de novelar bajo la sombra de un casi trasnocha-
do romanticismo a novelas de tinte social que muestran su posicionamiento (con las
peculiaridades ya mencionadas en el terreno hispánico ) a favor de las ideas de Zola,
en especial a partir de El fondo del tonel ( –).
S o b r e e s t a o b r a d i c e M e d i n a ( , p. ) : « E s c l a r o q u e , a l e s c r i b i r L u n a
Benamor, a Blasco le motivaban dos propósitos fundamentales: explorar el interés
d e u n a m o r t i e r n o p u e s t o e n c o n f l i c t o c o n o b s t á c u l o s e x t e r n o s, y, m á s i m p o r t a n t e ,
describir el paisaje local y las costumbres de los judíos sefardíes y otros gibralta-
r e ñ o s. N o d e b e r í a s o r p r e n d e r a l o s l e c t o r e s d e l a s o b r a s d e l v a l e n c i a n o e l h e c h o
de que la novelita es un texto notable precisamente porque ref leja las actitudes
a r t í s t i c a s m á s s i g n i f i c a t i v a s d e B l a s c o : s u h a b i l i d a d p a r a c o m p o n e r g r á f i c a s, d i -
námicas y en ocasiones poéticas descripciones de la naturaleza, y para transmitir
unos especialmente vívidos y artísticamente pertinentes retratos de costumbres y
m o d o s d e p e n s a m i e n t o n a t i v o s » ( Tr . d e l E . ) .
No nos detendremos aquí en la polémica en torno a la posible adscripción de
B l a s c o a l a G e n e r a c i ó n d e l ( c o m o i l u s t r a c i ó n , v é a s e O l e z a , , p p. y s s ) .
P E R A B BAT ( )
de la etapa valenciana manifiestan un claro peso del entorno sobre el individuo, sien-
do Cañas y barro un ejemplo significativo, aunque no el único. De igual forma,
se podrían percibir leves rasgos naturalistas en las obras de Palacio Valdés La alegría
del capitán Ribot, Marta y María, El cuarto poder o El idilio de un enfermo ( siempre
teniendo en cuenta las peculiaridades del caso español, en el que se hace notar muchas
veces el influjo del Romanticismo o de manifestaciones concretas como la novela de
folletín). El autor, en un segundo momento, abandona estos planteamientos a favor
de una producción de corte espiritualista, como demuestran textos del tipo de La
aldea perdida.
«[En La bar raca] abundan, como no podía ser de otra manera, los motivos
naturalistas de escuela, como las referencias fisiológicas (los desarreglos mens-
t r u a l e s d e Pe p e t a , p o r e j e m p l o ) , l o s d e t a l l e s c r u d o s, ( c u a n d o Ro s e t a v a a l a i g l e s i a ,
e n d o m i n g o, To n e t l a c o n t e m p l a f a s c i n a d o, m i e n t r a s v a d a n d o a l c a r n i c e r o “ p e -
dazos de car nero desollado y espantando la nube de moscas que cubrían la car-
n e ” ) . N a t u r a l i s t a e s l a d e s c r i p c i ó n d e l a f á b r i c a e n q u e t r a b a j a Ro s e t a , o l a p e l e a
e n t r e l a s n i ñ a s e n l a F u e n t e d e l a Re i n a , a m b o s p a s a j e s d e r i v a d o s d e l a l e c t u r a d e
L’ A s s o m m o i r , y n a t u r a l i s t a e s t a m b i é n e l d a r w i n i s m o d e f o n d o, s e g ú n e l c u a l B a t i s t e
e s “ u n d e s e s p e r a d o h é r o e d e l a l u c h a p o r l a v i d a ” . Pe r o e s t a s n o v e l a s s o n , s o b r e
t o d o, i d e o l ó g i c a m e n t e n a t u r a l i s t a s, p u e s e x p r e s a n e s a i m p o s i b i l i d a d d e p a c t o e n -
t r e i n d i v i d u o y m e d i o e n q u e c r e y ó e l r e a l i s m o, y q u e c o n s t i t u y ó l a b a s e d e a p o y o
d e l s i s t e m a l i b e r a l . L a d e s c o n f i a n z a e n l o s p o d e r e s d e l i n d i v i d u o, q u e a c o m p a ñ ó
a la crisis del sistema liberal, se traduce en el naturalismo por su reducción a una
pieza del complejo mecanismo de la vida, regido por leyes supraindividuales que
e m a n a n d e l a e s p e c i e y d e l m e d i o, y q u e l e e m p u j a n a a d a p t a r s e o, d e l o c o n t r a r i o,
l o d e s t r u y e n . E s o s d e s e n l a c e s t r á g i c o s d e l a s n o v e l a s v a l e n c i a n a s, e n l o s q u e e l
p r o t a g o n i s t a s e v e s o b r e p a s a d o p o r l a f u e r z a d e l m e d i o, p o r l a s e n e r g í a s i n h u -
manas de la naturaleza o por el eng ranaje deshumanizado de la civilización, son
p r o g r a m á t i c a m e n t e n a t u r a l i s t a s. Pe r o l a p o é t i c a n a t u r a l i s t a n o c u b r e l a t o t a l i d a d
d e e s t a s n o v e l a s. Ta n t o e n l a t é c n i c a c o m o e n e l u n i v e r s o n a r r a t i v o a f l o r a n r a s g o s
propios de la for mación romántica de Blasco y de su aprendizaje en los talleres de
l a n o v e l a d e f o l l e t í n » ( O l e z a , , p. ) .
Po d e m o s a ñ a d i r o t r o s, c o m o L a b o d e g a : « L a b o d e g a , d e B l a s c o I b á ñ e z , e s p r o -
bablemente aquella obra del naturalismo español, donde más seria e intensivamen-
te están descritas las condiciones de vida del campesinado andaluz y donde por
fin también el proletariado como clase social, ya no a través de un caso individual,
l l e g a a t e n e r s u h i s t o r i a n a r r a b l e p r o p i a . Pe r o e l p r o l e t a r i a d o q u e n o s p r e s e n t a
Blasco Ibáñez es un proletariado totalmente ine pto e incapaz de hacer una revolu-
c i ó n » ( N e u s c h á f e r, , p. ) .
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A
la literatura rusa define en gran parte este cambio de gustos; la obra de Bourget,
Nordau o Lombroso incide en la importancia que se le concede a la introspección
psicológica en la novela (y habría que añadir el magisterio de las teorías de Freud o
la relevancia de los postulados de la escuela psiquiátrica francesa de la mano de Pinel
y Esquiro). Pero también emerge con fuerza la estética decadentista. El Decaden-
tismo se inclinaba por ambientes sensuales, por aires exóticos y un evidente interés
por lo que implicase evasión; además, elitismo y refinamiento caracterizaban también
sus objetivos. Si a ello sumamos la aparición de corrientes como el Modernismo, el
Simbolismo…, entendemos el inevitable arrinconamiento de las ideas literarias afines
al Naturalismo.
Aun así, como decíamos, podemos anotar algún autor tardío. Tal es el caso de Ale-
jandro Sawa, como ha analizado, por ejemplo, Lozano Marco ( ) junto a la figura
de Eduardo López Bago. Este último, a su juicio, pondera algunos de los elementos
más estrictamente naturalistas (tal y como lo entendió Zola ), especialmente en La
prostituta y La pálida (que componen una tetralogía junto a La buscona y La querida );
de ahí que «se potencia lo repugnante; los seres encanallados triunfan, mientras que
los pocos personajes bondadosos son unas víctimas destinadas a perecer; el deter-
minismo fisiológico y del medio es implacable; y, sobre todo ello, en los argumentos
predomina lo efectista y desmesurado» (Lozano Marco, , p. ).
Antes de su definitiva fascinación por el Modernismo, en la última década del
siglo , Alejandro Sawa manifiesta su interés por el movimiento naturalista, y en
D i c e E m i l i a Pa r d o B a z á n : « E l e s t i l o r u s o e n t r ó e n l a s c o s t u m b r e s f r a n c e s a s,
y d e s p u é s e n l a e u r o p e a s, l l e v a d o d e l a m a n o p o r l a l i t e r a t u r a . H a y q u e r e c o n o c e r
e n F r a n c i a e s t a e xc e l e n t e c o n d i c i ó n : q u e e s h o s p i t a l a r i a y q u e n o s e d e s d e ñ a d e
aprender nunca […]. La literatura r usa parecía lo más apuesto [sic] a la estética
f r a n c e s a : a s í y t o d o, h a e n c o n t r a d o a b i e r t o s l o s b r a z o s » ( « L a v i d a c o n t e m p o r á n e a » ,
L a I l u s t r a c i ó n A r t í s t i c a , n ú m e r o , d e n o v i e m b r e d e , p á g. ; c i t o p o r l a
e d i c i ó n d e l a H e m e r o t e c a M u n i c i p a l d e M a d r i d , p. ) .
Pa u l B o u r g e t ( – ) d e s t a c a p o r n o v e l a s e n l a s q u e p r i m a l a i n t r o s -
p e c c i ó n p s i c o l ó g i c a ( c a s o d e E l d i s c í p u l o ) . Po r s u p a r t e , M a x N o r d a u ( – )
sobresale por su producción relacionada con la crítica social, como es el caso de
Degeneración (). En cuanto a Cesare Lombroso (–), desar rolló una serie
d e t e o r í a s d e c o r t e c r i m i n o l ó g i c o, c o m o o c u r r e c o n E l d e l i t o. S u s c a u s a s y r e m e d i o s
(primera edición española de ). Pinel (–) dedicó buena parte de su
c a r r e r a p r o f e s i o n a l c o m o m é d i c o a l e s t u d i o d e e n f e r m e d a d e s m e n t a l e s ; J. E . D.
E s q u i r o l ( – ) , j u n t o a l a n t e r i o r, e s e l p a d r e d e l a p s i q u i a t r í a c l í n i c a . V é a s e ,
p o r e j e m p l o, l o q u e d i c e Pa r d o B a z á n d e e l l o s e n N u e v o Te a t r o C r í t i c o ( , j u n i o d e
, p. ) , e n « L a Fe , n o v e l a d e A . Pa l a c i o » ( N u e v o Te a t r o C r í t i c o , , e n e r o d e
, p. ) ; « C r ó n i c a e u r o p e a . I n c i d e n t e p e r s o n a l - U n f u n d a d o r d e e s c u e l a » ( L a
N a c i ó n , B u e n o s A i r e s, j u e v e s d e d i c i e m b r e d e , p. ; e d . d e S i n o v a s M a t e ,
p. ) , « C r ó n i c a s d e l a c o n d e s a . C é s a r L o m b r o s o » ( e n D i a r i o d e l a M a r i n a , d e
n o v i e m b r e d e ; e d . d e H e y d l - C o r t í n e z , p p. – ) ; e t c.
Po d r í a m o s c i t a r o t r o s n o m b r e s, v i n c u l a d o s a c i e r t o « N a t u r a l i s m o r a d i c a l » ,
c o m o e s e l c a s o d e S á n c h e z S e ñ a , Ve g a A r m e n t e r o, Jo s é Z a h o n e r o, Jo s é d e S i l e s …
( v é a s e E t r e r o s, , p. ) .
P E R A B BAT ( )
. C O N C LU S I O N E S
Al término de este recorrido llega el momento más temible: las conclusiones finales,
que sirvan como compendio a lo que hasta ahora se ha dicho. Me atribulan en este
instante múltiples dudas: tantos han sido los malentendidos, discrepancias y posturas
a ratos encontradas acerca del Naturalismo, que realizar un compendio que haga jus-
ticia a la situación actual resulta demasiado peligroso. En realidad, tampoco era ese mi
propósito. He buscado presentar un pequeño estado de la cuestión, por lo menos tal
y como yo lo veo, tal y como creo que debería ser entendido el Naturalismo a partir
de los estudios que me parecen más convincentes sobre el tema. Hecha esta sincera
aclaración, considero importante que se tengan presentes las siguientes ideas:
. Los trabajos sobre el Naturalismo escritos por Zola expresan sus juicios sobre
su forma de entender la creación literaria. Desde un principio debe quedarnos clara la
diferencia entre sus planteamientos teóricos y su práctica novelística, mucho menos
radical.
. En sus artículos, Zola insiste en su deuda con Claude Bernard. De igual modo,
debemos recordar el magisterio del Positivismo, Darwin y Taine. Asimismo, las trans-
formaciones sociales que supuso la Revolución Industrial y las condiciones de vida de
la clase obrera (al mismo tiempo que la crítica de la burguesía ) configuran la aparición
del Naturalismo. No supone este, pese a todo, una ruptura con el movimiento román-
tico. La deuda con éste es reconocida por Zola.
D i c e L o z a n o M a r c o ( , p. ) : « E s u n d e c i d i d o a n t i b u r g u é s ; d e s p r e c i a
a l o s h o m b r e s d e n e g o c i o s, a l o s d e l s e n t i d o p r á c t i c o, e i n c l u s o d e c l a r a m i r a r l o s
c o m p a s i v a m e n t e [ … ] . E m p r e n d e , f i n a l m e n t e , l a d e f e n s a d e l n a t u r a l i s m o, p e r o d e -
manda para esta escuela una rectificación, cuyo modelo estaría en La Buscona: no
es únicamente lo sórdido y desagradable lo que constituye la realidad; si el natura-
lismo aspira a la verdad debe unir lo feo a lo her moso (log rar ese claroscuro); de
l o c o n t r a r i o, n o d a r í a u n a v e r d a d c o m p l e t a » .
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A
dudar de todo. Duden, así pues, sobre lo que les he expuesto. Las verdades absolutas
no existen. Sí, desde luego, juicios válidos y rebatibles. De momento, queden pues las
palabras.
. B I B L I O G R A FÍ A
Estudios fundamentales
BAQ U E RO G OYA N E S , Mariano, El cuento español en el siglo XIX
XIX, Madrid: C S I C ,
.
—, La novela naturalista española: Emilia Pardo Bazán, Murcia: Universidad,
(reed. ).
BA R RO S O , Fernando J., El naturalismo en la Pardo Bazán, Madrid: Playor, .
B E R M E J O , Manuel, Don Juan Valera, crítico literario, Madrid: Gredos, .
B E S E R , Sergio, Leopoldo Alas, crítico literario, Madrid: Gredos, .
B L A N C O G A R C Í A , Francisco., * «El naturalismo en la novela», en La literatura es-
pañola en el siglo XIX XIX. Parte segunda, Madrid: Sáenz de Jubera Hermanos, ,
pp. –.
B O N E T , Laureano, Literatura, regionalismo y lucha de clases: Galdós, Pereda, N. Oller
y Ramón D. Peres, Barcelona: Universidad de Barcelona, .
— (ed.), El Naturalismo de E. Zola, Barcelona: Península, (reed. ).
C I P L I JAU S K A I T É , Biruté, «El romanticismo como hipotexto en el realismo», en
Yvan Lissorgues et al. (eds.), Realismo y Naturalismo en España en la segunda mi-
tad del siglo XIX,
XIX Barcelona: Anthropos, , pp. –.
C L E M E S S Y , Nelly, Emilia Pardo Bazán como novelista, Madrid: Fundación Universi-
taria Española, .
E T R E RO S , Mercedes et al al., Estudios sobre la novela española del siglo XIX
XIX, Madrid:
C S I C , .
G U L L Ó N , Germán, La novela como acto imaginativo: Alarcón, Bécquer, Galdós, «Cla-
rín», Madrid: Taurus, .
G O N Z Á L E Z B L A N C O , Andrés, Historia de la novela en España desde el Romanticismo
a nuestros días, Madrid: Sáenz de Jubera, .
L I S S O RG U E S , Yvan, La producción periodística de Leopoldo Alas (Clarín). Índices,
Toulouse: Université de Toulouse-Le Mirail, .
— et al al. (eds.) Realismo y Naturalismo en España en la segunda mitad del siglo XIX, XIX
Barcelona: Anthropos, .
—, El pensamiento filosófico y religioso de Leopoldo Alas, Clarín, Oviedo: G E A , .
L Ó P E Z S A N Z , Mariano, Naturalismo y espiritualismo en la novelística de Galdós
y Pardo-Bazán, Madrid: Pliegos, .
Las entradas que llevan ante puesto un asterisco (*) pueden consultarse en
v e r s i ó n d i g i t a l e n w w w. c e r v a n t e s v i r t u a l . c o m ( N . d e l E . ) .
E L N AT U R A L I S M O E N E S PA Ñ A