Está en la página 1de 5

N e ls o n M á n d e la , s ím b o lo de la reb e ­

6. El Tercer Mundo y el
lió n en S u d á fric a
A fin ale s de los años cin cu e n ta
problema del subdesarrollo
6.1.
M á n d e la se h ab ía ganado u n p ue sto
e n la h is to r ia de S u d á fric a c o m o el
Resultados de la descolonización y
d ir ig e n te a fric a n o m ás im p o rta n te de los problemas de los nuevos países
su época. N a c ió e n 1918 y e ra e l h e ­
r e d e ro al ca rg o d e je fe de tr ib u que E l p ro c e so d e sc o lo n iz a d o r casi c o m p leto a niveles fo rm ales en
o s ten ta ba su p a d re , p e ro m u y p r o n ­ n u e stro s días, h a tra íd o u n a secu ela d e in a d a p ta c io n e s, z o zo b ras e tn-
to d e c la ró q u e n o estaba d isp ue sto a c e rtid u m b re s so b re los n u ev o s p aíses y los p u eb lo s q u e a c c e d ie ro n a
“ g o b e rn a r c o m o je fe tr ib a l sobre u n la in d e p e n d e n c ia . L o s fe n ó m e n o s in te rn o s ob serv ab les e n las so c ie d a ­
p u e b lo o p r im id o ” . E n 1952, a b a n d o ­ des a fro asiá ticas p u e d e n sin te tiz a rse e n los sig u ien tes pun to s:
n ó e l e je rc ic io de la a bo ga cía en Jo-
h a n ne sb u rg o y se c o n v irtió en u n o de a. Neocolonialismo
los m ie m b ro s e je c u tivo s d e l C o n g re ­ S u p o n e el acceso a la in d e p e n d e n c ia p o lítica, m ie n tra s q u e el co n ­
so N a c io n a l A fr ic a n o ( A N C ) . C u a n ­ tro l e co n ó m ico y la e x p lo tac ió n d e j a s riq u ezas c o n tin u a e n m a n o s de
d o e l A N C fu e p ro h ib id o en 1961, se la a n tig u a n a c ió n c o lo n iz a d o ra o d e las n u ev as p o te n c ia s eco n ó m icas
o c u ltó p a ra e scapar de la p o lic ía , lle ­
c ap ita lista s ( H E .L L ., R .F. A le m a n a , J a p ó n ). A si se p e rp e tu a la d e p e n ­
g an d o a ser c o n o c id o c o m o e l “ P im ­
d e n c ia co lo n ial, se im p id e el d e sa rro llo de u n a in d u stria y u n a ag ricu l­
p in e la N e g ro ” .
T ra s v a rio s m eses de lib e rta d , fue
tu ra q u e re s p o n d a a las n ec e sid a d e s n acio n ales, y se m a n tie n e la in je­
fin a lm e n te d e te n id o , y e n n o v ie m b re re n c ia fo rá n e a en los p ro b le m a s in te rn o s de los n uevos países.
de 1962 se le c o n d e n ó a c in c o años
de p ris ió n . O tr o ju ic io , in c o a d o c o n ­
b. Subdesarrollo económico
tr a é l en 1964, a m p lió este p e río d o a
C a ra c te riz a d o p o r la c o n flu en cia d e u n a serie de ele m en to s: baja
ca de na p e rp e tu a . re n ta p e r cáp ita, h a m b re g en e ra liz ad a , e n fe rm e d ad e s infecciosas c ró ­
D esd e p rin c ip io s de 1990, y tras nicas, alto c re c im ie n to d em o g ráfico , a tra so de la ag ricu ltu ra , in su fi­
v e in tio c h o años de p ris ió n , M á n d e la cie n te in fra e s tru c tu ra d e co m u n icacio n es, in d u stria liz a ció n escasa, m a-
se e n cu en tra en lib e rta d , d isp ue sto a y o rita rio an alfab etism o y au sen cia de suficientes cu ad ro s técn ico s p r e ­
lid e ra r el d e s m an te la m ie n to d e fin iti­ p a ra d o s. C o m o causas d e se n c a d e n a n te s d e e sta situ ació n se h a n a p u n ­
v o d e l A p a rth e id . ta d o ta n to el b a jo nivel d e d esa rro llo d e estas so cie d a d e s a n te s d e la
co lo n izació n , co m o los efe cto s de la e x p lo tació n co lo n ial v ease T e m a
6) q u e se p e rp e tú a n a trav és del ya an alizad o n eo co lo n ialism o .

c. Ausencia de una estructura social estable


Perviven arcaicas e s tru c tu ras tr ib ales o d e c astas ju n to a o lig arq u ías
d o m in a n te s y n u ev as clases sociales su rg id as e n los ú ltim o s anos: b u r ­
guesías co m erciales co n serv a d o ras o av an zad as y g ru p o s p o p u la re s co n
te n d e n c ia re v o lu c io n a ria fo rm a d o s p o r o b re ro s y cam p esin o s.

d. M ultiplicidad de sistem as políticos


MñA p e s a r d e la in flu en cia d e las p o te n c ia s co lo n iales, los nuev o s p a í­
ses ra ra m e n te h a n lo g ra d o e sta b lec e r y m a n te n e r u n o s sistem as d e d e ­
m o c ra c ia lib e ra l re p re se n ta tiv a seg ú n los m o d elo s e u ro p e o s. L a c a re n ­
cia e n su e stru c tu ra social d e clases m e d ia s o b u rg u e sía s e incluso la
in a rticu la ció n d e c ad a país, q u e se a d a p ta e n su c o n fig u ració n te r r ito ­
rial a las fro n te ra s co lo n iales y n o a las cu ltu rales o n a tu ra le s, son los
dos e le m e n to s q u e h a n im p e d id o e ste logro Se h a n b ^ Po r e
c o n tra rio o tra s fó rm u las q u e in te n ta n m o d e lo s o rig in ales b asa d o s en
la tra d ic ió n d e estos p u eb lo s, o b ie n s o l u c i o n e s a u to rita ria s o re v o lu ­
-i c io n a ria s m ás o m en o s rad icales. E n su tra d u c c ió n p ractica, los m o d e ­
los m ás seguidos son: las d ic ta d u ra s m ilitares d e fu e rte c o n te n id o n a ­
cio n alista al servicio del n e o co lo n ia lism o (P a q u ista n ); los sistem as seu
ü » :
d o d e m o c rá tic o s de p a rtid o ú n ico de co n te n id o v a g a m e n te s o a a i s a
La muerte en atentado (1988) del pre­ ( A m elia): las m o n a rq u ía s tra d ic io n a le s y feu d ales aliad as d e E E .U U .
sidente de Paquistán Z ia U1 H a g re­ (A ra b ia S au d í) y los regím enes.-com unistas lleg ad o s al p o d e r tras u n a
cuerda la pervivencia de férreas dicta­ rev o lu ció n o g u e rra civil (V ie tn a m ). Sólo e n co n ta d a s excepciones p e r ­
duras militares en los países del Ter viven, co n dificu ltad es, sistem as d e d e m o c ra c ia p a rla m e n ta ria (in d ia ).
cer Mundo.

428
6.2. Dimensión política del Tercer La dicotomía Centro-Periferia
«Se tr a ta de u n fe n ó m e n o m o d e r­
Mundo. El movimiento de los países n o, u n id o a la c o n s tru c c ió n d e l siste ­
no alineados m a e c o n ó m ic o m u n d ia l a p a r tir de la
segunda m ita d d e l s ig lo X I X . E l fu n ­
H a c ie n d o u n a v a lo ra c ió n global, el sociólogo fran cés A lfre d Sauvy
d a m e n to e s trib a e n las d iversas f o r ­
ad ju d ic ó e n 1956 a los p u e b lo s d esco lo n izad o s la d e n o m in a c ió n de
mas de e xp a n s ió n de los países e u ro ­
« T e rc e r M u n d o » , a p a rtir de u n a tra n sp o sic ió n del té rm in o « T erc e r E s ­ peos h a c ia el resto d e l m u n d o , susci­
tad o » , e m p le a d o d u ra n te la R ev o lu c ió n F ra n c e sa . E ste c o n c e p to se d i­ ta n d o la c re a c ió n en A fr ic a , A m é r i­
fu n d ió p ro n to , im p o n ié n d o se al de «naciones proletarias», q u e p ro p u g ­ ca L a tin a y A s ia de a c tivid a d es p r o ­
n a b a el h isto ria d o r A rn o ld T o y n b ee, p e ro , e n cu a lq u ie r caso, am b as d e ­ d u c tiva s en e l s e c to r p r im a r io p a ra
n o m in a c io n e s sirven p a ra d e sig n ar a los n uevos p aíses q u e in te n ta n sa tisface r su p ro p ia d e m a n da . A l ser
m a n te n e rs e alejad o s d e los o tro s «dos m u n d o s» , el b lo q u e c ap ita lista e l e le m e n to m o to r, las sociedades
y el b lo q u e c o m u n ista (véase T e m a 17). e urop e a s se c o n v ie rte n en e l Centro
d e l siste m a , de m o d o q u e las o tra s
D e sd e su acceso a la in d e p e n d e n c ia surge e n tre los d istin to s E s ta ­
reg ion e s se in te g ra n en fu n c ió n de
dos a fro a siá tic o s la n e c e sid a d d e c o n stitu ir u n g ru p o de p re sió n c o h e ­
sus nece sid ad e s y de la d in á m ic a d e l
re n te en u n m u n d o b ip o la r (E E .U U .-U R S S ), q u e evite el e n fre n ta ­
Perife­
C e n tro , c o n v irtié n d o s e así en
m ie n to d ire c to e n tre las dos su p e rp o te n c ia s y p ro p ic ie u n c am b io r a ­ ria. In d u c id o s desde e l e x te rio r los
dical e n las re la c io n es in te rn a c io n a le s m e d ia n te el re c o n o c im ie n to de m e ca n ism o s de c re c im ie n to , se p r o ­
la ig u ald a d de d e re c h o s d e to d o s los E sta d o s del m u n d o . E l c am in o d uce n d is to rs io n e s im p o rta n te s e n el
n o re su ltó e n a b so lu to fácil, p u e s e ra p reciso p o n e r de a c u e rd o e n u n a s m o d o de o p e ra r los fa c to re s s o c io ­
lín eas co m u n e s de acció n in te rn a c io n a l a p aíses con sistem as p o lítico s e c o n óm ico s, q ue h acen im p o s ib le la
d iversos e incluso e n fre n ta d o s. r e p ro d u c c ió n d e l m o d e lo de los p a í­
• E l p rim e r ja ló n e n la a rtic u la c ió n d e u n m o v im ien to p o lítico d el Ter­ ses d e l C e n tro .»

cer M u n d o in d e p e n d ie n te d e las g ra n d e s p o te n c ia s se p ro d u jo e n la M . I k o n ik o f f y S. S i g a l : «L ’Etat,


reíais», 1978.
C onferencia A froasiática de B a n d u n g (In d o n e sia ) c e le b ra d a e n 1955 y
p ro m o v id a p o r N e h ru y S u k arn o . A ella asistie ro n 29 p aíses a fro a siá ­
ticos, in c lu id a la R e p ú b lic a P o p u la r C h in a, re p re s e n ta d a p o r C h u -E n -
L ai, y a u n q u e las discu sio n es d e los d e le g a d o s re v e la ro n la o p o sició n
e n tre p aíses m o d e ra d o s o p ro o c c id e n ta les y los rad icales, se llegó a u n
fru c tífe ro co m u n ic a d o final en el q u e se a u n a b a n las a sp irac io n e s de
las jó v e n e s n acio n es: re sp e to a los d e re c h o s h u m a n o s seg ú n los p o s tu ­
lados d e la O N U , re sp e to a la so b e ra n ía e in te g rid a d te rrito ria l d e to ­
dos los países, ig u ald ad in te rn a c io n a l e n tre to d a s las razas y nacio n es,
n o in te rv en ció n e x tra n je ra e n los asu n to s in te rn o s de los países, r e c h a ­
zo de la in te rv e n c ió n m ilita r o de la p re sió n m ilita r p a ra su b o rd in a r la
tra y e c to ria d e c u a lq u ie r E sta d o , so lu ció n de los conflictos in te rn a c io ­
n ales p o r m ed io s pacíficos y p ro m o c ió n de la c o o p e ra c ió n ec o n ó m ica
in te rn a c io n a l en b a se al in te ré s y al re sp e to m u tu o s. Q u izás la m ay o r
c o n c o rd a n c ia y la m ay o r d u re z a se v e rtió so b re la aú n im p o rta n te p er-
vivencia del colonialism o, co m o p u e d e o b serv arse en el sig u ie n te texto:

« La C o n fe re n c ia A fro a s iá tic a h a d is c u tid o los p ro b le m a s de los


p u e b lo s d ep e n d ie n te s y d e l c o lo n ia lis m o , y los m ales d e riv a d os d e l
s o m e tim ie n to de los p u e blo s a la s u je ció n d e l e x tra n je ro , a su d o ­
m in io y a su e x p lo ta c ió n . L a c o n fe re n c ia está de a cu e rd o:
1. E n d e c la ra r q ue e l c o lo n ia lis m o , en to da s sus m a n ife s ta c io ­
nes, es u n m a l al q u e d ebe p on erse rá p id a m e n te fin .
2. E n d e c la ra r q u e la s itu a c ió n de los p u e blo s s o m e tid o s al
yu go e x tra n je ro , a su d o m in io y a su e x p lo ta c ió n c o n s titu y e u na n e ­
g a c ió n de los d erech o s fu n d a m e n ta le s d e l h o m b re , es c o n tr a ria a
la C a rta de las N a cio n e s U n id a s y es u n o b s tá cu lo p a ra la c o n s o ­
lid a c ió n de la paz y la c o o p e ra c ió n m u n d ia le s [...].»
Comunicado final de la Conferencia de Bandung, de 24 de a b ril
de 1955. Lord Beveridge mide la distancia
entre los excedentes de alimentos de
C o n to d a s sus lim itacio n es, la o p c ió n d e sc o lo n iz a d o ra y n e u tra lista los países desarrollados y el hambre
q u e triu n fó e n B a n d u n g su p u so el final de la p re p o n d e ra n c ia e u ro p e a del Tercer Mundo.

429
en A sia y A fric a y la n e c e sid a d de m a n te n e r los c o n ta c to s, la so lid a ri­
d a d y la c o o p e ra c ió n e n tre los a n tig u o s p u e b lo s colonizados.
• A p a re c e así, e n 1960, re c o g ie n d o la h e re n c ia de B an d u n g , el M o v i­
m ie n to d e lo s p a ís e s n o a lin e a d o s , cuyos líd eres n a tu ra le s son los ya
c ita d o s N e h ru de la In d ia y S u k a rn o de In d o n e sia , a los q u e se u n en
N a sse r de E g ip to y T ito de Y ugoslayj§*Y ras su ru p tu ra con la U R S S .
fp» E n las d istin ta s co n feren cias m a n te n id a s d esd e 1961 (véase re lac ió n a d ­
ju n ta ) u n n u m e ro so g ru p o de p aíses q u e hoy alcanza la cifra d e 97,
a d o p tó los sig u ien tes p rin cip io s de p o lítica in te rn a c io n a l com ún:
« S e g u ir u na p o lític a in d e p e n d ie n te , fu n d a d a sobre la c o existe n ­
cia p a c ífic a y el n o a lin e a m ie n to , o m o s tra r su in c lin a c ió n h a cia
esta p o lític a .
i
A p o y a r los m o v im ie n to s de lib e ra c ió n n a c io n a l.
N o p e rte n e c e r a n in g ú n p a c to m ilita r c o le c tiv o q ue p u e d a im ­
p lic a r a l p aís en u n c o n flic to e n tre las gra nd es p o te n cia s.
N o fo r m a r p a rte de n in g u n a a lia nz a m u ltila te r a l co n u n a g ra n
p o te n c ia . ,
N o a ce p ta r e l e s ta b le c im ie n to so bre su te r r ito r io de bases m i­
lita re s p e rte n e c ie n te s a u n a p o te n c ia e x tra nje ra .»

C o n el tra n sc u rso del tie m p o el M o v im ien to d e los n o alin e ad o s


Nehru, líder del Tercer Mundo h a h e c h o ta m b ié n h in c ap ié en los te m a s eco n ó m ico s, en esp ecial en la
« P a n d it J a w a h a rla i N e h ru ( A lla - n e c e sid a d de u n a tra n sfo rm a c ió n del ac tu a l o rd e n eco n ó m ico in te rn a ­
h a b a d , 1 88 9 -N u e va D e lh i, 1964). E s­
cional, el cese d e la d e p e n d e n c ia n e o c o lo n ia l y u n re p a rto m ás e q u i­
ta d is ta in d io . H ijo de u na fa m ilia
b ra h m á n ic a , e s tu d ió D e re c h o e n I n ­
tativ o de las riq u e z as m u n d iales. ....................................
g la te rra . S e g u id o r de G a n d h i, in g re ­
E n el sig u ien te m a p a p u e d e c o m p ro b a rse la b ásica c o in cid en cia de
só e n e l P a rtid o d e l C o n g reso N a c io ­ los p aíses no a lin e a d o s con los an tig u o s im p erio s co lo n iales. S e ñ ala las
n a l In d io , d e l q ue fu e s e cre ta rio ge­ ex cep cio n es y explícalas (véase T e m a 6).
n e r a l y p re sid e n te . D u ra n te la Se­
g u n d a G u e rra M u n d ia l la n zó u na
c a m p añ a de « d e so b ed ie n cia civ il» .
E n c a rc e la d o en re p e tid a s ocasiones
p o r sus ide ales in d e p e n d e n tis ta s , tras
las e le ccion es de 1945 fu e n o m b ra d o
v ic e p re s id e n te d e l g o b ie rn o in te r in o ,
n e g o c ia n d o co n e l ú ltim o v irre y , lo rd
M o u n tb a tte n , la in d e p e n d e n c ia de la
In d ia .
N o m b ra d o p r im e r m in is tr o y m i­
n is tr o de A s u n to s E x te r io r e s del
N u e v o E s ta d o (1 9 4 7 ), im p id ió la se­
c e s ió n de C a c h e m ira , lo que p ro v o ­
có u n c h o q ue a rm a d o co n P a q u istá n .
Im p u ls o r d e c id id o de u na In d ia n e u ­
tr a l, N e h ru fu e fig u r a destacada en
la C o n fe re n c ia de B a n d u n g . V e n c e ­
d o r e n las e le ccion es de 1957 y 1962,
las tro p a s in d ia s s e rían d e rro ta d a s
p o r las ch ina s ese m is m o año.
D o s años m ás ta rd e , N e h ru fa lle ­
c ía de u n a taq ue ca rd ía co .»

LOS PAISES NO ALINEADOS EN 1979


(C O N F E R E N C I A DE LA HA BANA )
1 7. Ruanda 2 5 . B a h r e in
T r in id a d y Tobago 9. G hana
18. B u ru n d i 2 6 . Q a ía r
G uyana 1 0. Yogo
19 . ItíS a la w a 2 7 . E m ir a to s A ra b e s
S u r in a m 1 1 . B e n in
2 0 . S w a t z s l a n d ía 2 8 . N epal
Senegal 1 2 . R e p - C e n fr © a fric a n a

Mapa de los países no alineados en G a m b ia 1 3 . D p b u ís 2 1 - C h ip r e 2 9 .


3 0 .
B h u ta n
B a n g la - D e s h
14. G u in e a E c u a to r ia l 2 2 . L íb a n o
C abo V e rd e
1979 S ie r r a Leona 15. S. Tom e y P r in c ip e 2 3 . P a le s tin a (O L P ) 3 1. K am puchea

«Historia Universal del siglo XX», A lio V o lta 16. C ongo 2 4 . J o rd a n ia 3 2 . S in g a p u r

H is to r ia 16, v o l. 22, pág. 108.

430
6.3. Dimensión económica del Tercer Las conferencias de los países no ali­
neados (1961-1989)
Mundo: subdesarrollo, hambre, « — L a I , en B e lg ra d o e n 1961,
dependencia y deuda externa c o m o c o n tin u a c ió n y a m p lia c ió n de
B a n d u n g , y co n a sisten cia de 25 p a í­
D e sd e su acceso a la in d ep e n d e n c ia , y p o r en cim a incluso de la ses m ie m b ro s , h iz o u n lla m a m ie n to
p re o c u p a c ió n c o m p a rtid a p o r h a lla r sistem as de o rg a n iz a ció n p o lítica a la paz m u n d ia l y u n o fre c im ie n to
estab les y a d a p ta d o s a sus n e ce sid a d es y de c o o rd in a r sus esfu erzo s de la n o a lin e a c ió n p a ra co ns e g u irla.
co m o g ru p o de p re sió n in tern ac io n al, los nuev o s p aíses se e n c u e n tra n — L a II, en E l C a ir o en 1964, e la­
b o ró u n p ro g ra m a de n o a lin e a c ió n
a n te el tre m e n d o desafío d e su p e ra r su cró n ico su b d e sa rro llo e c o n ó ­
p o r la paz y la c o la b o ra c ió n in te r n a ­
m ico y lo g rar c u b rir las n e ce sid a d e s básicas de su p o b lació n .
c io n a l, y los p rin c ip io s de la co exis­
A u n q u e e c o n o m ista s co m o W . W . R o sto w a rtic u la ro n ya h ac e años
te n c ia p a c ífic a , c o n acusaciones c o n ­
la te o ría de las « etap as del c re cim ie n to y el d esp eg u e (tak e -o ff)» p a ra tra e l c o lo n ia lis m o , e l im p e ria lis m o y
llegar al estad io de so c ie d a d in d u strial, lo cie rto es q u e la ev o lu ció n el n eo c o lo n ia lis m o .
eco n ó m ica del T e rc e r M u n d o h a sido, en los ú ltim o s años, d e c e p c io ­
— L a I I I , en L u s a ka en 1970, f o r ­
n a n te , m a n te n ié n d o se e incluso in c re m e n tá n d o se la d istan cia q u e les
m u ló una d e c la ra c ió n sobre la paz, la
se p a ra de los p aíses ricos. E s ta cru d a re alid a d , q u e a u to re s co m o J o ­
in d e p e n d e n c ia , e l d e s a rro llo , la c o o ­
sué de C astro o B o y d -O rr h a n se ñ a la d o h a c e años e n el se n tid o d e q u e p e ra c ió n y la d e m o c ra tiz a c ió n de las
dos te rc e ra s p a rte s de la H u m a n id a d n o co m e lo su ficien te p a ra cal­ re la cio n e s in te rn a c io n a le s , y o tr a so­
m ar el h a m b re , está c o n d ic io n a d a p o r u n a serie de factores: b re la n o a lin e a c ió n y el pro greso .
a) La diversa evolución económica d e los nuev o s países, q u e ha
— L a I V , e n A r g e l en 1973, re a ­
cre ad o , d e sd e u n inicial e sta d o de su b d esarro llo , d e p e n d e n c ia y n eo- liz ó u na d e c la ra c ió n p o lític a y o tra
colonialism o, c u a tro grupos: 1.°) países p ro d u c to re s de p e tró le o , q u e e c o n ó m ic a co n e l p ro g ra m a de u n
aú n co n d eficien cias h a n m e jo ra d o su nivel de activ id ad eco n ó m ica n ue vo o rd e n e c o n ó m ic o m u n dia l.
(A ra b ia S audí, Irá n , K uw ait); 2.°) países en vías d e d e sa rro llo , q u e a
— L a V , en C o lo m b o en 1976,
trav és del colectivism o o d e u n cap italism o agresivo h a n lo g ra d o u n in i­
h iz o u n a d e c la ra c ió n p o lític a y o tra
cio de in d u strializació n y b ie n e s ta r (R . P. C h in a, C o re a del Sur, Sin- e co n óm ica .
gapur, S udáfrica); 3.") países d e p e n d ie n te s q u e h an e n tra d o en un p ro ­ — L a V I , en la H a b a n a en 1979,
ceso a c e le ra d o de d e te rio ro eco n ó m ico co n p a ra liza ció n de la p ro d u c ­ c o n tó c o n 96 países m ie m b ro s y co n
ción, in flació n g a lo p a n te y a b u lta d a d e u d a e x te rn a (A rg e n tin a , M éxi­ la asistencia, p o r ú ltim a vez, d e l p re ­
co, P e rú ); 4.°) p aíses a u té n tic a m e n te su b d e sa rro llad o s, q u e viven d e la side n te J. B. T ito (q u e m u r ió en
c a rid a d in te rn a c io n a l, p a d e c e n h a m b re cró n ic a y co n stitu y e n el d e n o ­ 1980), pasa nd o a ser su d ir ig e n te F.
m in a d o « C u a rto M u n d o » (E tio p ía , C h ad , S u d án ). C a stro , y e la b o ró u n a d e cla ra c ió n
p o lític a y o tra e c o n óm ica .
b) Crecimiento galopante de la población, en to rn o al 2 p o r 100
a n u al, lo q u e su p o n e la m u ltip licació n p o r 13 de los h a b ita n te s d e c a d a — L a V I I , en N u e v a D e lh i en
p aís e n u n siglo. E s ta circu n stan cia, p ro d u c id a p o r la m e jo ra de la sa ­ 1983, co n a sisten cia de 97 países
n id a d co n la e rra d ic ac ió n de m u ch as e n fe rm e d a d e s infecciosas (v iru e ­ m ie m b ro s , e la b o ró u n a d e c la ra c ió n
la, p alu d ism o ) y d ism in u ció n de la m o rta lid a d , h ace q u e sea preciso p o lític a y o tra e co n ó m ic a , el lla m a ­
d o “ M e n sa je de N u e v a D e lh i” , u n
m a n te n e r u n alto ín d ice de c re c im ie n to eco n ó m ico (12 p o r 100 an u a l)
p ro g ra m a de a cc ió n p a ra la c o o p e ra ­
sólo p a ra m a n te n e r el nivel de v id a d e e sta c re cie n te p o b lació n .
c ió n e c o n ó m ic a y u n a d e c la ra c ió n
c) Alta tecnificación de la agricultura y la industria actual. M ie n ­ sobre “ u na a cción c o le c tiv a e n fa v o r
tras q u e los p aíses q u e llev aro n a cab o su rev o lu ció n in d u stria l e n el de u na p ro s p e rid a d m u n d ia l” .»
siglo X IX p a rtie ro n de u n a te c n o lo g ía sim ple, cuya p ro g resiv a c o m p le ­
— La V III, en H a ra re (Z im b a -
jid a d fue, p o r lo p a u la tin o , fácilm en te ab so rb ió le; a los p aíses del T e r ­
b u e ), en 1986 co n la p a rtic ip a c ió n de
c er M u n d o los se p a ra u n abism o, p o r su c a re n c ia d e p re p a ra c ió n té c ­
101 países d on d e se h iz o especial h in ­
nica, d e los_com plejos e q u ip o s in d u stria les o agrícolas actu ales, q u e d e ­ ca p ié en la d e s a p a rició n d e l « a p a rt­
b en im p o rta r y a p re n d e r a u tilizar, lo q u e a u m e n ta su d e p e n d e n c ia y he id» en S u d á frica y en el desarm e.
e n d e u d a m ie n to co n el m u n d o in d u strializad o . — L a I X , en B e lg ra d o , en 1989,
d) Deficiencias en su estructura agrícola industrial y de trans­ d o n d e el entonces p rim e r m in is tr o in ­
portes. T a n to los m ed io s d e tra n s p o rte co m o la n av eg ació n , así co m o d io R a jiv G a n d h i p ro p u g n ó la n ece­
las escasas in d u stria s o p la n ta c io n e s a lta m e n te tecn ificad as, se e n c u e n ­ sida d de cre a r u n F o n d o M u n d ia l
tra n e n m a n o s d e los p aíses in d u striales, q u e ex p lo tan los re cu rso s e c o ­ p ara e l M e d io A m b ie n te .

n óm icos, los e la b o ra n y los tra n s p o rta n sin q u e la riq u e z a g e n e ra d a p e r ­ M a r t í n e z C a r r e r a s , J . U .: «Histo­

m an ez c a d e n tro del T e rc e r M u n d o . D e e ste m o d o los salario s so n p o ­ ria de la descolonización 1919-1986.


cos y b ajo s, n o existe d e m a n d a in te rn a y n o se a rtic u la u n m e rc a d o n a ­
Las independencias de Asia y Africa».
Is tm o , M a d rid , 1987, págs. 414-420.
cional.

431
e) E x p a n sió n d e la rm a m e n tis m o . P a ra d ó jic a m e n te los países sub-
d e sa rro lla d o s, c a re n te s de recu rso s, g a stan ca n tid a d e s in g e n tes e n so ­
fisticad o a rm a m e n to , q u e p ro p o rc io n a p in g ü es b e n e fic io s a los p aíses
fa b ric a n te s (las p o te n c ia s cap ita listas y co m u n istas) p e ro su m erg e al
T e rc e r M u n d o e n in te rm in a b le s g u e rra s q u e ag rav an a ú n m as su d e ­
s e s p e ra d a situ a c ió n eco n ó m ica, y co n stitu y e u n p o d e ro so in stru m e n to
d el n e o c o lo n ialism o . _
f) El problem a de la deuda exterior. D u ra n te anos, g ra n p a rte d e
las ayudas eco n ó m ica s en fo rm a d e c ré d ito s d e o rg a n ism o s in te rn a c io ­
n a les (F M I, B a n c o M u n d ial, v éase T e m a 17) y b a n c o s p riv ad o s su p u so
u n a inyección d e rec u rso s al T e rc e r M u n d o , p e ro , al m ism o tiem p o ,
significó ta m b ié n u n a m a y o r d e p e n d e n c ia d e é ste ,.q u e d e b ia devolver
lo re c ib id o m ás los in te re ses. E s ta h ip o te c a h a im p e d id o , so b re to d o
e n S u d am é rica , cu a lq u ie r ex p ectativ a d e d esa rro llo . A c tu a lm e n te , tra s
varias crisis e im pagos, los d e u d o re s exigen u n a negociación política del
p ro b le m a (véase tex to ad ju n to ).
Una tribu árabe nómada
Buscar la causa exclusiva del sub-
desarrollo en las adversas condicio­ Alternativas al problema de la deuda: el plan Baker
«Si las distintas alternativas al futuro de la deuda y la crisis del
nes de la naturaleza supone ignorar
otros factores que, como el neocolo- petróleo (que no es más que el reflejo espectacular y profundo de
nialismo, son mucho más decisivos. la crisis en las materias primas) han abierto brechas en la solida­
ridad de los países y partidos políticos latinoamericanos, el plan Ba­
ker supone una ruptura en las relaciones clásicas entre acreedores
y deudores. Las peticiones de estos últimos de un diálogo político
entre ambas partes habían sido rechazadas una y otra vez por Es­
tados Unidos, que no reconocía la existencia de problemas políti­
cos en el pago de la deuda y que negociaba aisladamente con cada
nación endeudada. , ,_
El plan Baker (que tom a el nombre del secretario del Tesoro nor­
team ericano) admite ese diálogo político y pide dinero fresco (por
valor de 20 000 millones de dólares) para que el Tercer Mundo
pueda entrar en la senda del crecimiento y pagar sus deudas. D es­
de el prim er m omento, la principal duda sobre la instrumentación
de este program a fue su suficiencia. La caída del petróleo hace este
interrogante aún más grande.» __
IR A K ' Joaquín Estefanía
C t íN r u C T O I W A K - IR A N
(En «Anuario E L PAÍS», 1986).
- : 5, f u m t ñ n
• CARHt.TfcWÁB
v ía

K U W A IT
A V ftN C ! M A X IM O mftraui (1 9 8 2 )

La guerra irano-irakí (1980-88) fue


un típico conflicto del Tercer Mundo,
alimentado por el armamentismo de
las grandes potencias.
MurvcRa-r. * 9 8 ©
AftasB íw w s q

432

También podría gustarte