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HIGIENE OCUPACIONAL

H I G I E N O C U PA C I O N A – S O B R E C A R G
ET É R M I C AL ( C A L O A
R)
Professo Gustav Rezend
r o e
Objetivo do curso: Atualizar os profissionais de SST sobre as novas

regras referentes as exposições à sobrecarga térmica no ambiente de

trabalho, especialmente no que se refere:

✓ Avaliações (qualitativas e quantitativas);


✓ Medidas preventivas e
✓ Análise das condições de trabalho para a percepção do pagamento
do adicional de insalubridade.
Gustavo Rezende de Souza
• Técnico de Segurança do Trabalho – SENAC
• Bacharel em Ciência e Tecnologia – Univ. Federal do
• ABC
Formação Complementar em Higiene Ocupacional –
• FUNDACENTRO
• Especialização em Higiene Ocupacional - USP
• Professor Titular no Senac São Paulo
• Consultor Colaborador na Revista Proteção
• Membro Técnico filiado da ABHO
Porta voz do Prêmio DuPont de Segurança do Trabalho
O que vamos aprender neste curso?

Objetivo: Vamos analisar neste curso os

Anexos 3, tanto da NR 9 quanto da NR


15 (Portaria 1.359 de 09/12/2019), bem
como a NHO 06 – Avaliação de

exposição ocupacional ao calor

publicada pela FUNDACENTRO.


Consequências fisiológicas da
exposição ao calor
• As condições térmicas podem ocasionar, em maior
ou menor medida, danos à saúde dos

trabalhadores, além de potencializar a ocorrência

de acidentes de trabalho.

• Outro aspecto importante é a produtividade e a


qualidade do trabalho, haja vista que temperaturas
ligeiramente elevadas influem diretamente no

desenvolvimento de diversas atividades

profissionais.
Consequências fisiológicas da
exposição ao calor
• Temos então possíveis ambientes onde as

temperaturas mais elevadas podem causar

consequências mais graves, como nas indústrias de

fundição, siderúrgicas, forjarias.

• Em atividades de prestação de serviço,

principalmente em ambientes administrativos uma

temperatura elevada está mais vinculada ao

desconforto térmico.
Referências Legais

Portaria nº 1.359 de 9 de dezembro de 2019

✓ Aprovou o Anexo 3 da NR 09 – Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais;

✓ Alterou o Anexo 3 – Limites de Tolerância para

Exposição ao Calor da NR 15 – Atividades e

Operações Insalubres.

✓ Alterou o Anexo II da NR 28 – Fiscalização e

Penalidades
Referências Legais
NHO 06 – Principais Mudanças
Principais mudanças com as atualizações ocorridas:

➢ Adoção do watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica;

➢ Adequação dos limites de exposição para trabalhadores aclimatizados e não aclimatizados;

➢ Estabelecimento do nível de ação para trabalhadores aclimatizados;

➢ Estabelecimento de um limite de tolerância do tipo valor teto;

➢ Correções do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) médio em função do tipo

de vestimenta utilizada .
NHO 06 – Principais Mudanças
Principais mudanças com as atualizações ocorridas:

➢ Considerações sobre avaliações a céu aberto (polêmico);

➢ Estabelecimento de uma região de incerteza sobre as condições de exposição dos

trabalhadores aclimatizados;

➢ Adoção de um critério de julgamento e tomada de decisão em função das condições de

exposição analisadas;

➢ Mais abrangência sobre as medidas preventivas e corretivas a serem adotadas.


Unidades de Medida

Watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica

• Em física temos que potência tem um significado bem

específico, trata-se de uma medida da taxa na qual trabalho

é realizado (ou, de forma similar, a taxa na qual energia é


transferida).

• Consumo de energia por unidade de tempo, neste caso em


segundos.
Unidades de Medida

Watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica

• O Watt é a unidade de potência expressa no Sistema Internacional


de Unidades (SI), sendo equivalente a 1 joule por segundo.

• A unidade até então mais usada para a taxa metabólica era


expressa em kcal/h ( 1 quilocaloria equivale a 1.000 calorias).

Obs. Uma caloria é definida como sendo o calor trocado quando a

massa de um grama de água passa de 14,5 °C para 15,5 °C.


Unidades de Medida

Watt (W) como unidade de medida para a taxa metabólica

• Como a unidade de definição de potência, ou seja, a energia produzida ou


consumida por unidade de tempo pelo SI é o watts, a NHO-06 na sua
segunda versão passa a adotar essa unidade de medida e define que:

➢ Taxa metabólica definida para o homem padrão (área superficial igual a

1,8 m²)

𝑴 ���𝒂�/𝒉) = ��, →𝑴 𝑾 =𝑴 ÷ 0,859845


������ × 𝑴 𝑾 (���𝒂�/
𝒉
Taxa Metabólica

Taxa Metabólica (M)

• As taxas metabólicas relativas às diversas

atividades físicas exercidas pelo trabalhador

devem ser atribuídas utilizando-se os dados


constantes no quadro 3 do Anexo 3 da NR 09,

que apresentam as taxas metabólicas em função


do tipo de atividade.
Taxa Metabólica

Taxa Metabólica (M)

• É de extrema relevância definir

qualitativamente quais atividades físicas


exercidas pelo trabalhador ao longo de um dia

normal de trabalho e em função do tipo de

atividade exercida determinar a taxa

metabólica dentro do período mais crítico de


60 minutos corridos ao longo do dia de

trabalho.
Taxa Metabólica

Taxa Metabólica (M)

• Uma curiosidade sobre a taxa metabólica diz

respeito ao item 2.4.1.1.1 que permite ao


profissional de SST utilizar como parâmetro
“outras literaturas técnicas” para determinar as

taxas de metabolismo das atividades avaliadas.

Mas e para a NR 15? Isso também poderá ser feito

por Peritos e Assistentes Técnicos?


Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores

aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.

➢ Os limites estabelecidos nesta norma são válidos apenas para trabalhadores

sadios, com reposição de água e sais perdidos durante sua atividade,

mediante orientação e controle médico e com o uso de vestimentas


tradicionais, compostas por calça e camisa de manga longa ou macacão de

tecido simples, que permitam a circulação de ar junto à superfície do corpo e


viabilizem a troca de calor com o ambiente pelos mecanismos da convecção e
evaporação do suor.
Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores

aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.

➢ O limite de exposição ocupacional ao calor é estabelecido com base no IBUTG

médio ponderado (IBUTG) e na taxa metabólica média ponderada (M).

➢ Este é um limite horário e, portanto, deve ser respeitado em qualquer período de

60 minutos corridos ao longo da jornada de trabalho.


Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores

aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.

➢ Aclimatização nada mais é do que a adaptação fisiológica decorrente de exposições

ocupacionais à sobrecarga térmica.

➢ Já o indivíduo não aclimatizado é aquele que não teve tempo suficiente para ter

adaptação fisiológica necessária a temperatura elevada ou atividade que exija


esforço e aumento da temperatura corporal
Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores

aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.

A aclimatização requer a realização de

atividades físicas e exposições sucessivas e

graduais ao calor, dentro de um plano que


deve ser estruturado e implementado sob
supervisão médica.
Adequação dos limites de exposição ocupacional para trabalhadores

aclimatizados e para trabalhadores não aclimatizados.


São considerados não aclimatizados os trabalhadores:

➢ Que iniciarem atividades que impliquem exposição ocupacional ao calor;

➢ Que passarem a exercer atividades que impliquem exposição ocupacional ao calor

mais críticas do que aquelas a que estavam expostos anteriormente;

➢ Que, mesmo já anteriormente aclimatizados, tenham se afastado da condição de

exposição por mais de 7 (sete) dias;

➢ Que tiverem exposições eventuais ou periódicas em atividades nas quais não estão

expostos diariamente.
Tópicos Informações sobre o processo de aclimatização

Desvantagens em estar não Poderá, mais facilmente, apresentar sinais de estresse térmico;
aclimatizado Dificuldade em repor toda a água perdida no suor;

Aumento na eficiência da sudorese (Início mais cedo da sudorese, melhor produção de


sudorese e redução de perda dos eletrólitos na sudorese);
Estabilização de circulação;
Trabalho é realizado com menor temperatura corporal e freqüência cardíaca;
Aumento do fluxo sanguíneo na pele a um determinado núcleo de temperatura.
Aumento gradual do tempo de exposição em ambientes quentes após período de 7 à 14 dias.
Vantagens em estar aclimatizado Para trabalhadores novos na função ou atividade com ambientes quentes, a tarefa não deve
ser mais
que 20% de exposição no primeiro dia e não mais que 20% de aumento nos dias subseqüentes;
Para trabalhadores que já tiveram experiência na atividade requerida, o regime de
aclimatização deverá
ser não mais que 50% de exposição no primeiro dia, 60% de exposição no segundo dia, 80% de
exposição no terceiro dia e 100% de exposição no quarto dia.
Tópicos Informações sobre o processo de aclimatização

Pode ser mantida por poucos dias não exposto a condição térmica elevada;
Ausência no trabalho nas condições térmicas de exposição por uma semana ou mais
resultam em significante perda dos benefícios de manutenção da adaptação levando
a
Manutenção da Aclimatização um aumento na probabilidade de desidratação aguda, doenças ou fadiga;
Pode ser recuperada de 2 à 3 dias após retorno a atividade em ambiente
quente;
Indivíduos que apresentam melhor condicionamento físico possuem melhor
manutenção da aclimatização;
Mudanças sazonais de temperatura podem resultar em dificuldades de
adaptação;
Trabalhar em ambientes com ar condicionado não afetam na aclimatização.
Adequação dos limites de exposição ocupacional para

trabalhadores aclimatizados e para trabalhador não


es
aclimatizados.

• Para exposições ocupacionais abaixo ou

igual ao nível de ação, NÃO É


NECESSÁRIA A ACLIMATIZAÇÃO.

• Neste caso, o trabalhador não

aclimatizado pode assumir de imediato a

rotina normal de trabalho.


Adequação dos limites de exposição ocupacional para

trabalhadores aclimatizados e para trabalhador não


es
aclimatizados.
• Para exposições ACIMA DO NÍVEL DE

AÇÃO, deve ser realizado um plano de


aclimatização gradual.

• O plano de aclimatização deve ser

elaborado a critério médico em função

das condições ambientais, individuais e


da taxa de metabolismo da atividade

desenvolvida.
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO

O critério de avaliação do IBUTG, após a utilização pela ACGIH, também foi

adotada posteriormente, pelo NIOSH, assim como na segunda edição do Criteria


(1986) e na ISO 7243 de 1989.

Segundo o NIOSH 2016 com a elevação da temperatura ambiente é de se

esperar que possam ocorrer alguns comportamentos inseguros, o que


seria decorrente das diversas anomalias fisiológicas causadas pelo calor.
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO

O IBUTG tem como base três variáveis:

• A temperatura de Bulbo Seco (tbs) que corresponde à carga térmica ambiental


• A temperatura de bulbo úmido natural (tbn), que está relacionada à taxa de
evaporação do suor, a qual depende da velocidade e da umidade relativa
do
• ar.
E a temperatura de globo negro (tg), que está relacionada com o calor
radiante e que simultaneamente é resfriado pelo vento.
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO

Ambientes internos ou externos sem carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg


IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO

Caso o trabalhador esteja exposto a duas ou mais situações térmicas diferentes, o IBUTG
deve ser determinado a partir da equação:
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO

A edição de 2017 da ACGIH menciona a necessidade de serem observados

outros fatores além do IBUTG e da taxa metabólica média. Fadiga severa


e
repentina, náuseas, vertigens, tontura e sudorese intensa e falta raciocínio. Diz
ainda que a perda de peso durante a jornada de trabalho não deverá
exceder
1,5% do peso corporal e a excreção de sódio urinário deverá ser inferior a 50
nmoles em 24 horas.
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO

TERMÔMETRO DE GLOBO

AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA – COM BASE NA ACGIH


TABELA 2. (;rll"no de tll\lI~ll'>im,llllkllctll plll'lI E'\lltlsll\iitlll Suhrccurgn Tcrmlca
TtV (Vlllore\ dl'IUUT(; em toe) Limite de~a(){Vlllor~ de 181wfGemOC)
Tempo de trahalho
em urn clclo de Multo ~oito
trabalho de- Leve Moderada Pesada Pesad Lev Moderada Pesada Pesada
-'5canso
c .I 100 31.0 28.0 a e 25.0
5OC" a"'5 31. 29,0 27,5 28. 26.0 24.0
!5 " a 50"", 0 30,0 29,0 28,0 0 27.0 ::! 24.5
O~ a ~5~ 32,0 31.5 30, 30,0 28. 29.0 5.5 ::!
Netas da tabela 2: 32.5 5 5 ::! 7.0
•\e ,,"" e~ do. rive para as de 29. 8.0
• (h ';lICl~ de IRl·1 ()o.;umcnr,lldo·
(, ",0 ex('re"o\ mar proximo de
I) categonas
0.5·C trabalho, 5
•(h hmiare- ....1 cornputadovcom urn. Taxa Metah,lhca Media Ponderada 00 Tempo, em que a taxa IlIclUb6l1capara 30, ~ ccnsideeada ,Un1O 115\\ e o trabalho
rt'l""l<I,talI, " (meJ,o) doll Jl>cla3 A base de tempoe iomada como a prllp()r~odetrobJlho no llrnltesupcrlor do percentual
descanso tin falx" tie trobWh" (pe.'t. :;(l"to
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"'l"to). medio) para penodo "" Um.l bon.
I)

ToImbnn
do l n OCTullhl~n ... medrav ('"ndtr.d;u no tempo para as tuas metabellcas, quando as cargas de trabalho vanarn no penodo de umJ hora, m~ J~ K ~
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• O. ,~llIrn IU bhda "'II dph(dd", ..om base na \e~.\o "Regime de Trabalho-Descanso" do "DOClllllflllllrdo" do Tty', \C 1)'10 hor~ de trab.tlbo
'4"" m<UbOhca
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d,.\ pol -.m.n,1 de"'doo,()
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nuervalos convcncic)llal~, conforrne apresentado no Qu.mdo as [ornndns de p'" Jmphold.l>d.
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"()OCUIIICIl/(lrIIO': trabalho ~prbuitM a
• Poi'. m trahalh.d"rn menu, dddIHdd()~..o tr"balho. a sobrecarga h~lol6glCaresuhame do trnbalho Pesado ou MUltoPe\ado mdepende J~ •.&I<>(C\ \k 18L'TG Pur IU<"
nio UI) a('f~tad". V".. I"rc\ de rdrn·n" .. de IRU 1(, para trabalh.... enunuo ou com apenas 25' de de\lanso em um.. hor. para esse Ilpt, .Ie lrab.Uh.~ ~.,.....n.:;uu.,
n.io
, Ie .. mend.. a .nil" e "m(,hlll.d .., devendo ..er ullh/ada J ..n~l"c deialhada ou n memtornmento h\l ..logico,
• A 1.1...i. 1 t",(,rcl'.uada como uma ierrameuta In'tlal de anahse vrmphticada para .rvallnr quando um,] sllun~uode ".bn!·(urgJ rernu..a ('Ib.\J ('U\!.r IJe ..">nI,,
com a
1·'lIl1r• II < enl~" •• t.bd.lllicreu' 11111" pmtc~,,,, que urn TtV' ou um limite de A~Ull(Figura 2),Pelo f,llo de 0\ v~k>rc' oterecerem IIIJ" ('rut~.k\ n...' prelmJ~m
N~M
., ~m • dererrmnar pertodu. dt 1...bJlhu de~an.,.,
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO

MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)


LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA

SOBRECARGA TÉRMICA

• A ACGIH, utilizada como referência para elaboração dos textos legais, define, assim, os
TLVs para sobrecarga térmica: “ Baseiam-se na suposição de que quase todos os

trabalhadores aclimatados, totalmente vestidos, com ingestão adequada de água e sal

devem ser capazes de funcionar efetivamente sob as condições de trabalho dadas, sem
exceder a temperatura corporal interna de 38 °C no período. Os valores são para
trabalhadores fisicamente aptos e aclimatados usando roupas leves de verão (0,6 Clo). “
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA

SOBRECARGA TÉRMICA

• Temos então que o fator principal, do ponto


de vista de saúde e segurança do trabalho, é a

garantia de que a temperatura em nível do


Sistema Nervoso Central – SNC, não

ultrapasse os 38 ° C.
TAXA METABÓLICA

MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)

• Quando a atividade física exercida pelo trabalhador corresponder a uma única taxa
metabólica, no período de 60 minutos considerados na avaliação, o metabolismo (média
ponderada) será o próprio metabolismo (média ponderada) atribuído para essa

atividade.

• Caso o trabalhador desenvolva duas ou mais atividades físicas, o metabolismo deve ser
determinada a partir da Equação:
TAXA METABÓLICA MÉDIA PONDERADA NO TEMPO
TAXA METABÓLICA

OBSERVAR O ANEXO 3 DA NR 09

• 2.4.1.1 Caso uma atividade específica não esteja apresentada no Quadro 3 deste anexo,
o valor da taxa metabólica deverá ser obtido por associação com atividade similar do
referido Quadro.

• 2.4.1.1.1 Na impossibilidade de enquadramento por similaridade, a taxa metabólica


também pode ser estimada com base em outras referências técnicas, desde que
justificadas tecnicamente.
https://www.osha.gov/dts/osta/otm/otm_iii/otm_iii_4.html#clothing
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO

MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)

O IBUTG médio e o Metabolismo médio a serem utilizados como representativos da exposição

ocupacional ao calor devem ser aqueles que, obtidos no mesmo período de 60 minutos

corridos, resultem na condição mais crítica de exposição.

Isso quer dizer que vou avaliar apenas uma hora e não levar em considerar os demais

períodos?
IBUTG – ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO

MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)

Horário IBUTG Médio (°C)


09:00 às 10:00 26
10:00 às 11:00 27
11:00 às 12:00 29,3
13:00 às 14:00 31
14:00 às 15:00 31
15:00 às 16:00 30,7
16:00 às 17:00 30
TAXA METABÓLICA

MÉDIA PONDERADA NO TEMPO (60 MINUTOS)

METABOLISMO MÉDIO (W)


Metabolismo Médio (W)

Horário Metabolismo Médio (W) 252

09:00 às 10:00 126 216


10:00 às 11:00 252 198

11:00 às 12:00 216 171 171

13:00 às 14:00 198 126 126

14:00 às 15:00 171


15:00 às 16:00 171
16:00 às 17:00 126

09:00 às 10:00 10:00 às 11:00 11:00 às 12:00 13:00 às 14:00 14:00 às 15:00 15:00 às 16:00 16:00 às 17:00
IMPORTANTE !!!

O IBUTG médio e o Metabolismo médio a serem utilizados como

representativos da exposição ocupacional ao calor devem ser aqueles

que, obtidos no mesmo período de 60 minutos corridos, resultem na


condição mais crítica de exposição.
QUAL É A CONDIÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL?

Horário Metabolismo Médio (W) IBUTG Médio (°C)


09:00 às 10:00 126 26
10:00 às 11:00 252 27
11:00 às 12:00 216 29,3
13:00 às 14:00 198 31
14:00 às 15:00 171 31
15:00 às 16:00 171 30,7
16:00 às 17:00 126 30
LIMITES DE EXPOSIÇÃO PARA

TRABALHADORES
ACLIMATIZADOS OU NÃO
ACLIMATIZADOS
Os limites de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores NÃO ACLIMATIZADOS ( IBUTG

MAX) estão apresentados na Tabela 1 para os diferentes valores de Metabolismo


Médio .

Obs. Seus valores também são adotados como nível de ação para as exposições ocupacionais ao

calor e, ainda, devem ser utilizados na avaliação de exposições eventuais ou periódicas em


atividades nas quais os trabalhadores não estão expostos diariamente, tais como manutenção
preventiva ou corretiva de fornos, forjas, caldeiras etc.
NHO 06 - 2017
NHO 06 - 2017
NHO 06 - 2017

NIOSH, 1986, 2013

https://www.cdc.gov/niosh/docs/86-113/86-

113.pdf?id=10.26616/NIOSHPUB86113
NR 9 – ANEXO 3
NR 9 – ANEXO 3
NHO 06 - 2017
Sempre lembrando ...

Nota 1: Os limites estabelecidos são válidos apenas para trabalhadores com uso de

vestimentas que não incrementem ajuste de IBUTG médio, conforme correções previstas

no Quadro 4 deste anexo.

Nota 2: Os limites são válidos para trabalhadores com aptidão para o trabalho, conforme

avaliação médica prevista na NR 07.


Notem ...

Que o Anexo 3 da NR 9 não considera os

valores de limite de tolerância para

trabalhadores não aclimatizados!


Origens ...
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.

Vestimenta Tradicional
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.

Consultando os itens 3.2 e 3.3 da ISO 7243

3.2 Descreve o IBUTG corretivo (IBUTG determinado +


CAV [Valor de Ajuste da Vestimenta])
Resumindo: Valor do IBUTG quando ajustado para o tipo e
característica das vestimentas.

WBGTeff = WBGT +CAV


Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.

Consultando os itens 3.2 e 3.3 da ISO 7243

3.2 Descreve o IBUTG corretivo


Faz referência ao IBUTG estar vinculado ao uso uma
de
roupa padrão
Índice de de trabalho.
Isolamento Térmico IcI = 0,6 clo, im = 0,38)
v. ISO 9920 ref. 1 clo equivale a 0,155 m² . K.W
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.

IBUTG corrigido = IBUTG média ponderada + FAV

FAV = Fator de Ajuste da Vestimenta


Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.

“O isolamento total da roupa pode ser expresso como a

soma das contribuições dos artigos individuais de

vestimenta utilizada” (GRANDI, 2006, p. 29).


Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.

Conjuntos Típicos de Roupas Clo

Cueca, camisa, macacão, meias e calçados. 0,8

Cueca, camisa, calça, jaqueta leve, meias e calçados. 0,85

Cuecas, camiseta de manga curta, camisa, calça, jaqueta leve, meias e calçados. 1

Cuecas, camiseta de manga curta, camisa, calças, macacão, meias e calçados. 1

Cueca, camiseta de manga curta, macacões, jaqueta e calças pesadas, meias e calçados. 1,4
ISO 7243
Table s. Estimated increases in metabolic rate due to wearing PPE (from BS 7963)'1

PPE Item Increase in metabolic rate due to wearing PPE Wm-2


Low Moderate High
Resting
Very high metabolic rate metabolic rate metabolic rate metabolic rate

Safety
Safety shoes/short boots
boots (long) o o 10 5 20 10 30 15 40
20

Respirator (low/moderate
performance, e.g. PI, P2, 5 10 20 30
40
(see note 2)
Respirator (high performance,
e.g. P3, see note 2) 5 20 40 60
80
Self-contained breathing
apparatus 10 30 60 95
125
Light, water vapour
permeable chemical coverall 5 10 20 30
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.
Correção do IBUTG média ponderada
de acordo com o tipo de vestimenta.

Então vamos imaginar uma situação onde haja:

1. Uso de respirador semifacial, por exemplo, uma PFF2;


2. Uso de avental impermeável de proteção contra químicos;
3. Uso de agentes
capacete (cobertura da cabeça).
IBUTG média ponderada = 28,0 °C
FAV → 1 + 2,2 + 1 → = 4,2 ... Ou seja teremos 28 + 4,2 = 32,2 °C

∴ IBUTG corrigido = 32,2 °C


Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas homogêneas

No momento do reconhecimento, verificando que as condições ambientes do local de estudo são

homogêneas, segundo a norma ISO 7243, com índice de heterogeneidade menor que 5% um
procedimento mais simples poderá ser adotado, que consiste em determinar o IBUTG na altura
da região do abdômen.

Obs. A NHO 06 da FUNDACENTRO também determina que a altura de montagem dos equipamentos

deve coincidir com a região mais atingida do corpo e quando está não for definida, o conjunto de
termômetros deve ser montado na altura do tórax do trabalhador expostos.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Termômetro de Bulbo Natural

A TBN é indicada através do valor dado pelo sensor

coberto com um revestimento de algodão umedecido


com água destilada e que recebe a influência das
correntes de ar do ambiente de forma natural.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Termômetro de Bulbo Natural

As características do sensor deverão seguir os parâmetros


adotados pela ISO 7243 (1999), alguns destes requisitos
são:
• Formato da peça para sensibilidade do sensor: Cilíndrica;

• Diâmetro externo da peça para sensibilidade do sensor: 6


mm com +/- 1 mm;

• Comprimento do sensor: 30 mm com +/- 5 mm;

• Escala de medição 5°C à 40 °C


Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Termômetro de Bulbo Natural

As características do sensor deverão seguir os parâmetros

adotados pela ISO 7243 (1999), alguns destes requisitos


são:

• Exatidão da medição: +/- 0,5 °C

• O revestimento do tecido branco deve ser colocado com

precisão de forma a cobrir todo o sensor, pois a


colocação equivocada do revestimento pode afetar a
exatidão da medição.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Termômetro de Bulbo Seco

A temperatura do ar deverá ser realizada com o sensor

devidamente protegido de ações de trocas térmicas por


radiação, através de uma proteção na qual não impeça
a
circulação de ar em torno do sensor.
A escala de medição da temperatura do ar, segundo a ISO

7243 (1989) é de: 10 °C a 60 °C e taxa de exatidão de +/-


1°C.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Termômetro de Globo

A temperatura do termômetro de globo é indicada

através de um sensor localizado no centro de um


globo de cobre oco pintado de preto fosco, tendo as
características também adotadas pela ISO 7243

(1989).
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Termômetro de Globo

Algumas características:

• Diâmetro: 152,4 mm ou 6 polegadas;

• Coeficiente Médio de Emissão: 0,95;

• Espessura: A mais fina possível ( 1 mm);

• Escala de 20°C a 50°C → +/- 0,5°C

• Escala de 50°C a 120°C → +/- 1,0 °C


Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Importante Ressaltar:

Podemos usar equipamentos eletrônicos para avaliação de


calor, mas desde que estes aparelhos apresentem
resultados equivalentes aos obtidos com a utilização do

conjunto convencional.

Em outras palavras, isto quer dizer que o aparelho


eletrônico deverá ter um dispositivo de temperatura de
globo (tg) independente, o qual apresente resultados
equivalentes ao conjunto convencional.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Importante Ressaltar:

Para usar um globo de 2 polegadas faz-se necessário

adotar uma equação para corrigir o resultado obtido


para que este seja equivalente ao de 6 polegadas,
conforme referenciado no Anexo B da ISO 7726 –
Medição de Temperatura Radiante Média.
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Importante Ressaltar:

Há alguns trabalhos interessantes na comparação dos

resultados do termômetro de globo de 2 e 6

polegadas publicados pelo BOHS (Sociedade Britânica

de Higiene Ocupacional):

https://www.bohs.org/
Equipamentos para medições de sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de
sobrecarga térmica (calor)

Importante Ressaltar:

Tais pesquisas concluem que: os valores corrigidos

pela equação estão em perfeita concordância com


aquelas fornecidas por um globo de 6 polegadas sob
as mesmas condições para velocidades do ar > 0,2
m/s.
https://www.bohs.org/
Equipamentos para medições de sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de sobrecarga térmica (calor)
Equipamentos para medições de sobrecarga térmica (calor)

https://www.cdc.gov/niosh/docs/76-182/pdf/76-182.pdf
Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas heterogêneas

De acordo com a norma ISO 7243 (1989), quando os

valores de determinados parâmetros não se mantém


constante ao longo do tempo de medição, é

necessário determinar o IBUTG em três posições

correspondentes à altura da cabeça, abdômen e

tornozelos em relação ao chão.


Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas heterogêneas

Alturas recomendadas para localização dos sensores (ISO 7243:1989)


Medição em ambientes de trabalho
de temperaturas heterogêneas

O valor médio ponderado para o cálculo do WBGT (sigla em inglês para

expressar o IBUTG) é dado pela equação:


Valores de referência de WBGT (ISO 7243:1989)
Fluxograma de decisão
Fluxograma de decisão

❑TOMADA DE DECISÃO
Vestimentas: circulação de ar
sobre pele para facilitar a (2) IBUTG: atendimento aos LEO’s
evaporação do suor. Que tipo Propostos pelo IBUTG.
de roupa está sendo usada? - Para trabalhadores
O IBUTG foi desenvolvido para Aclimatizados..
(1) um uniforme padrão (calça e
camisa de manga longa) Análise Detalhada: exposição
Vestimentas diferentes das acima dos LEO’s exigem
investigação apurada das
previstas pela ACGIH (trajes (3) condições de trabalho,
encapsulados, sobrepostos, incluindo cálculo das médias
etc. surgere um estudo da ponderadas do IBUTG,
carga fisiológica.
períodos de aclimatização.
Fluxograma de decisão

❑TOMADA DE DECISÃO

Stress fisiológico:
- Batimento cardíaco < (180 btm – idade)
- Temperatura do núcleo do corpo
< 38,5°C (aclimatizados) ou < 38,0°C (não aclimatizados).
(4) - Perda de peso < 1,5%
- Excreção de sódio na urina < 50 nmoles.
Fluxograma de decisão

❑TOMADA DE DECISÃO

Controle e Gerenciamento da Sobrecarga Térmica:


- Instruções escritas e verbais de procedimento, treinamento e
informação.
- Ingestão de água fresca (1 copo a cada 20min)
(5) - Interrupção do trabalho pelos próprios trabalhadores, quando um
deles apresentar sintomas de sobrecarga térmica.
- Redução das taxas metabólicas pela mecanização das operações.
- Redução do tempo de exposição.

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