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O lugar da Psicologia na violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes em Juazeiro

do Norte/CE
Alice Bernardo*, Eduarda Moreira*, Giovanna Martins*, Jéssica Queiroga**

INTRODUÇÃO METODOLOGIA
A violência intrafamiliar é definida como uma ação ou Para isso, a partir de um estudo exploratório e descritivo,
omissão praticada no contexto familiar, onde o cuidador, analisou-se os Registros Mensais de Atendimento (RMA)
sem função parental necessária, é o próprio agente da do CREAS referentes aos anos de 2020 e 2021,
violência, havendo prejuízos biopsicossociais da vítima. A disponibilizados pela Vigilância Socioassistencial do
parentalidade não é caracterizada só por pessoas município. A pesquisa indicou um total de 183 casos.
consanguíneas, mas também no vínculo constituído na Sendo 82 (44,8%) do sexo masculino e 101 (55,2%) do
vivência doméstica, em consequência, essa coerção não sexo feminino. Dentre eles há 137 (74,9%) crianças (0 a
se limita apenas ao espaço físico, mas as relações,  que 12 anos) e 46 (25,1%) adolescentes (13 a 17 anos).
tem como intenção a dominação e o poder sobre o
membro (BRASIL, 2002). A violência intrafamiliar com
crianças e adolescentes configura-se uma objeção social
oculta, devido a família compor uma instituição fechada,
podendo omitir casos diante dos atores sociais,
prologando  as informações apenas no contexto familiar
(RUTH; BASILE; SILVA, 2021). Neste sentido, o trabalho
buscou descrever a violência intrafamiliar com a faixa
etária e o sexo, no contexto da pandemia, de crianças e
adolescentes em Juazeiro do Norte/CE.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Se tratando desses adolescentes, há maior frequência no sexo feminino com 29 (63%) casos em relação ao masculino
com 17 (37%). Encontrou-se maior expressividade em crianças do sexo feminino, afirmando a presença de uma cultura
patriarcal, sobretudo na infância impactando desde então a construção da identidade destas, exercidas muitas vezes
através de um poder hierárquico intrafamiliar. Isso também está presente em relação a faixa etária, quando crianças
ocupam um lugar de submissão. Entende-se que a contribuição da Psicologia se dará na formação de novas identidades,
estimulando a autonomia das vítimas, também propondo o diálogo como ferramenta de ressignificar a dinâmica familiar, o
último sendo igualmente um desafio para a área. De acordo com Mello e Dias (2014), a psicologia social,
especificamente, atua em programas de prevenção primárias, secundárias e terciárias, o primeiro destina a uma
psicoeducação e restruturação no contexto da família, desenvolvendo novos conhecimentos acerca dos padrões
ideológicos e que reafirmam modelos violentos e punitivos, é importante ressaltar que neste ambiente não houve
violência. Na secundaria, propõe ações que rompa com a violência intrafamiliar na tentativa de anular ciclos violentos,
neste caso, já sucedeu. Já no último, a aplicação do profissional se destina na redução dos danos para com as vítimas,
propondo intervenções articuladas com outros setores socias para a garantia dos direitos previsto pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).  

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Políticas Públicas.
Violência Intrafamiliar Orientações para a Prática em Serviço.
Brasília, 2002
MELLO, K.; DIAS, S. A. Proposta da Psicologia Social para a
Prevenção/Intervenção na Violência Intrafamiliar. Tesis
Psicológica, v. 9, n. 2, p. 174-189, 2014.
RUTH, L. .; BASILE, C. A. .; SILVA, B. C. A violência intrafamiliar
contra criança e adolescente e a escassez de políticas públicas
durante a pandemia. Anais do Congresso Brasileiro de Processo
Coletivo e Cidadania, n. 9, p. 6–22, 2022.
*Alunas de graduação de Psicologia; **Profª Me. e Orientadora

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