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UNIVERSIDAD NACIONAL AUTÓNOMA DE NICARAGUA, LEÓN

DIRECCIÓN DE ESTUDIOS GENERALES

COMPONENTE CURRICULAR

Filosofía
Universidad Nacional Autónoma de Nicaragua UNAN-LEON
Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales
DIRECCIÓN DE ESTUDIOS GENERALES
Componente Curricular de Filosofía
Plan de Estudios 2019
Año Académico 2024

Compilado por el equipo de Profesores:


MSc. Tania Milagros Baca Acevedo
Lic. Raymunda Xochilt Varela Pérez
Lic. Olga Mercedes Esquivel López

Revisado por:
MSc. Francisco Valladares Rivas

© UNAN-León
Semestre de Estudios General-Dirección Académica

Todos los derechos reservados.

2 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


Índice

UNIDAD I: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
ORIGEN DE LA FILOSOFÍA COMPETENCIA................................................................. 9

Resumen de la unidad: I............................................................................................. 9

1.- Concepto de Filosofía........................................................................................... 10

2.- Origen y Objeto de la Filosofía...........................................................................11

3.- Visión Mítica del Mundo: .................................................................................. 12

4.- Filósofos de la Naturaleza: ................................................................................ 14

Tres filósofos de Mileto:.......................................................................................15

4.1 Tales de Mileto..............................................................................................15

4.2 Anaximandro.................................................................................................. 16

4.3 Anaxímenes ...................................................................................................... 16

4.4 Heráclito ....................................................................................................... 17

4.5 Anaxágoras....................................................................................................17

4.6 Demócrito......................................................................................................18

4.7 Pitágoras..................................................................................................... 18

4.8 Epicuro filosofo del hedonismo del período helenista................................... 19

5.- Los Sofistas.......................................................................................................... 19

5.1 Protágoras de Abdera..................................................................................... 20

5.2 Gorgias........................................................................................................... 20

5.3 Hipias de Élide................................................................................................ 21

5.4 Pródico de Ceos............................................................................................. 21

5.5 Trasímaco....................................................................................................... 22

5.6 Critias ........................................................................................................... 22

5.7 Calicles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2

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6.- Los Tres Grandes................................................................................................ 23

6.1 Sócrates: .................................................................................................... 23

6.2 Platón (429-347 a.C.)................................................................................... 25

6.3 Aristóteles......................................................................................................26

UNIDAD II: .............................................................................................. 29


FILOSOFÍA MEDIEVAL............................................................................................................... 29

COMPETENCIA:........................................................................................................ 29

Resumen de la Unidad II:......................................................................................... 29

7.-La Patrística.........................................................................................................31

7.1 San Agustín de Hipona ................................................................................. 32

7.2 La Escolástica................................................................................................ 34

7.3 Tomas de Aquino (1225-1274)........................................................................ 36

7.4 Los grandes temas de la edad media: dios, dogmas de fe, cielo, infierno, vida
eterna................................................................................................................... 39

7.5 Los Filósofos Medievales:............................................................................. 4 3

7.5.1 Escoto Erigena....................................................................................43

7.5.2 San Anselmo ....................................................................................45

7.5.3 San Buenaventura..............................................................................46

7.5.4 San Alberto Magno............................................................................47

UNIDAD III: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 0
FILOSOFÍA MODERNA Y CONTEMPORANEA..............................................................50

COMPETENCIA:........................................................................................................ 50

Resumen de la Unidad III........................................................................................... 50

8.1 El Renacimiento.............................................................................................. 52

8.2 Origen y Características del Renacimiento..................................................... 53

8.3 FORMACIÓN DE ESTADOS MODERNOS...................................................57

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8.4 Ilustración......................................................................................................59

8.4.1 PRINCIPALES REPRESENTANTES DEL PENSAMIENTO DE LA


ILUSTRACIÓN DESTACAN:........................................................................60

8.5 RACIONALISMO............................................................................................62

8.6 FILOSOFIA CONTEMPORANEA................................................................... 66

8.7 MATERIALISMO:.................................................................................................... 70

8.8 MATERIALISMO FILOSOFICO........................................................................... 71

8.9 MATERIALISMO DIALÉCTICO: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2

8.9.1 Las leyes de la dialéctica:.................................................................... 74

8.9.2 MOMENTOS DE LA DIALÉCTICA:...................................................... 74

8.9.3 LAS TRES LEYES FUNDAMENTALES DE LA DIALÉCTICA:................ 75

9.- Materialismo Histórico:........................................................................................... 77

9.1 Principales características del materialismo histórico:........................................... 77

9.2 Representantes destacados del materialismo histórico:..................................... 78

10.- Marxismo............................................................................................................ 79

10.1Características principales del marxismo:......................................................... 80

10.2 Principales evoluciones y ramificaciones del marxismo:................................... 82

10.3 Representantes del marxismo:...................................................................... 83

11.- DESARROLLO DEL CAPITALISMO Y LA REVOLUCION SOCIAL..................85

12.- SOCIALISMO....................................................................................................90

13.- LA REVOLUCION SOCIAL...............................................................................91

14.- Existencialismo.................................................................................................. 104

15.- Filosofía Latinoamericana.................................................................................. 105

16.- Bibliografía básica........................................................................................................109

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Por tal razón, en el proceso
de admisión de esta casa de
estudios se promueve la atención
e inclusión de todas y todos los
bachilleres que deseen formarse
a nivel técnico y profesional,
garantizando la participación con
MENSAJE DE LA RECTORA igualdad y respeto de todas y
todos los nicaragüenses de esta
Cra. Almarina Solís Santos Patria Bendita y Libre.

La formación universitaria que


ofrece la UNAN-León, toma
En nombre de la comunidad universitaria de la
en cuenta todas las áreas del
Universidad Nacional Autónoma de Nicaragua, León,
desarrollo humano de manera
reciban nuestro fraterno y revolucionario saludo, y
integral, de tal forma que siempre
deseos de mucho éxito para este proceso de admisión
se tiene a la vista el humanismo,
2024.
la solidaridad, la preservación
Desde la UNAN-León, con más de 200 años de y cuido del medio ambiente,
fundación e historia, preservamos el firme compromiso el espíritu emprendedor, la
de seguir contribuyendo a cumplir los sueños de miles interculturalidad, inclusión,
de nicaragüenses que estarán ingresando a nuestra igualdad y equidad, así como
universidad en este 2024, y que se darán cita en nuestra el compromiso de defender la
Capital de la Revolución, en los Centros Universitarios soberanía y dignidad de nuestra
Regionales ubicados en Jinotega, Somoto, Somotillo, Nicaragua linda.
en el Núcleo multidisciplinario en San Carlos - Río San
Queremos finalmente,
Juan y en nuestro emblemático programa Universidad
agradecerles por la confianza
en el Campo, establecido actualmente en 19 municipios,
que depositan en nosotros al
lo que consolida nuestro amor y compromiso con el
seleccionar a la UNAN-León
pueblo de Nicaragua para seguir afianzando victorias.
como la Casa de Estudios de
Somos una institución educativa con principios Educación Universitaria que
revolucionarios en pro de la transformación y desarrollo con certeza les acompañará
de la sociedad, acercando la educación universitaria a en su proceso de formación y
todo el pueblo nicaragüense, asumiendo de esta manera fortalecimiento de sus habilidades
el Plan Nacional de Lucha contra la Pobreza y para el y destrezas para contribuir Todas
Desarrollo Humano que impulsa nuestro Gobierno de y Todos Juntos a la prosperidad
Reconciliación y Unidad Nacional. de nuestra amada Nicaragua.

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Aspectos Introductorios del Componente Curricular
de Filosofía

Es de gran relevancia iniciar este documento de compilación


bibliográfica, expresando que es un resumen de lo más esencial de cada uno
de los libros que enseñan el origen e historia, además la información Filosófica
requerida, de igual manera, el estímulo para adentrarse en este campo del
saber; para tener un panorama de las ideas Filosóficas, tomando en cuenta a
un estudiante que se prepara para el inicio de estudios superiores, como un
ser que debe de entender que la filosofía, le será útil para su vida personal y
profesional.

Es importante destacar que, el estudiante va entender que la filosofía se trata


de la vida cotidiana. No es sólo un estudio académico, es una manera de
entender tu propia existencia. Y esto es clave para todos.

Tenemos una filosofía implícita. No hay forma de vivir una vida como seres
humanos sin tener una filosofía, que encierra ideas muy generales de ¿Quién
soy? ¿De dónde venimos? ¿Quiénes son los otros y cómo fueron las acciones
en el pasado y cómo serán en el futuro? Así que la idea de que la filosofía
se puede aplicar en la vida cotidiana no es tan así, sino que la filosofía ya está
ahí, siempre estuvo con nosotros y solo tenemos que tener en claro dónde está
y cuándo sucede.

La Filosofía es una forma particular del conocimiento del mundo, un sistema


de concepciones referentes a los problemas más generales del ser y del
conocimiento y, ante todo, al cardinal de ellos: la relación entre el pensamiento
y el ser, entre el espíritu y la naturaleza. En un inicio el pensamiento filosófico
tuvo la finalidad de sustituir las explicaciones míticas de los fenómenos de
la naturaleza por explicaciones racionales. Los filósofos quieren en ciertas
cuestiones, dar respuestas precisas a los problemas más generales del ser
humano ¿de dónde procede el universo, el mundo?, ¿quiénes somos los
seres humanos? ¿A dónde vamos?, ¿de dónde venimos?, ¿hay vida después
de la muerte?

Para José Martí, “La filosofía tiene que ser el momento teórico que
acompañe a la liberación del hombre y de la naturaleza se saca de aquí…”
Esta cosmovisión filosófica Martiana asume al hombre en su vínculo con la
naturaleza, con la realidad social e individual, como resultado de la actividad
humana, es un proceso donde el hombre se naturaliza y se humaniza.

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El análisis de los hechos científicos bajo el razonamiento filosófico permite
a la sociedad cambiar su realidad para bienestar presente y futuro. Como una
vez afirmó Sócrates: “Cualquiera que sostenga una opinión verdadera sobre un
tema que no entiende es como un hombre ciego en el camino correcto”.

De esta manera la filosofía se convierte en una herramienta para


interpretar la realidad y entender la verdad que subyace en las cosas. El
Componente Curricular de filosofía que se imparte en la UNAN – León en el
Semestre de Estudios Generales, permitirá que los estudiantes reconozcan
la importancia de la filosofía, las leyes generales que rigen la naturaleza, el
pensamiento humano y la sociedad, acorde a una sensibilización con miras al
amplio desarrollo del ser social.

El desarrollo del Componente de Filosofía se relacionará íntimamente con otros


componentes de importancia como lo son las Ciencias Sociales, Sociología, Ética,
Bioética, Filosofía del Derecho y otros que forman parte de la educación integral
del discente de la UNAN – León. El tipo de curso será teórico – práctico, de carácter
obligatorio que consta de 60 horas presenciales y un total de tres créditos.
El contenido del componente incluye tres unidades distribuidas de la siguiente
manera, Unidad I titulado: Origen de la Filosofía, Unidad II: Filosofía en la Edad
Media y la Unidad III: Filosofía Moderna y Contemporánea.

Así mismo, este material didáctico servirá de mucho provecho para fines de estudio
y análisis de diferentes fuentes bibliográficas y actividades pedagógicas
innovadoras, que retroalimente el conocimiento a priori y conlleven al debate
o juicio de descripción, aportes, argumentos, y teorías a exponer. Recomendando
la ampliación del estudio independiente mediante el uso de nuevas tecnologías,
trabajo en equipos y al empoderamiento de valores éticos y morales, para la
formación integral a partir del estudio de la filosofía.

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UNIDAD I:
ORIGEN DE LA FILOSOFÍA COMPETENCIA
Competencia:

Identifica el origen, objeto y desarrollo de la filosofía, destacando las


propuestas de los filósofos de la naturaleza, y los Sofistas, con el fin
de entender el desarrollo del pensamiento en Grecia, utilizando el método
historicista, a través de mapas mentales y líneas de tiempo.

Resumen de la unidad: I

El objetivo de esta unidad es dar a conocer el surgimiento de la filosofía desde


el inicio de los tiempos, destacando las propuestas de los filósofos de la naturaleza,
con el fin de entender el desarrollo del pensamiento en Grecia y Atenas, con el origen
del universo y la mitología.

Los filósofos de la Naturaleza, se interesaban por cada proceso, buscado una razón
del porqué de las cosas, el origen de cada una de sus etapas, de donde procedemos
y para donde vamos, dieron los primeros pasos hacia una manera científica de
pensar, con la necesidad de encontrar respuestas, aparecen los Sofistas, no eran
Filósofos, pero sí tuvieron un impacto importante en la cultura y la filosofía
griega, eran estudiosos, grandes maestros, coincidían y difundían algunas ideas
que más adelante sirvieron y terminaron por integrarse en los problemas
filosóficos importantes, caminaban de ciudad en ciudad ofreciendo sus servicios a
los jóvenes.

La democrática, la política se convirtió en una carrera abierta, con ellos nace


el poder de la retórica, que era el poder y el arte del convencimiento con falsas
convicciones que habían sostenido durante toda la vida.

Los tres grandes filósofos representan, sin lugar a dudas, el origen del pensamiento
occidental, debido a que se les atribuye una serie de reflexiones, pensamientos
y principios, que hasta los días de hoy siguen vigentes, para explicar la mayoría
de los sucesos que existen en nuestra vida cotidiana. Concretamente la herencia
de estos grandes maestros pensadores se ve reflejada en las formas de abordar las
ciencias, donde los seres humanos están constantemente llamados a seguir
buscando explicación de todo lo que acontece en el ser humano y su entorno.

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1.- Concepto de Filosofía

Es un saber crítico porque critica ideas, instituciones, comportamientos. Hay que


tomar en cuenta que criticar no es rechazar, sino discernir, distinguir, valorar,
seleccionar. “La mejor manera de aproximarse a la filosofía es plantear algunas
preguntas filosóficas:

¿Cómo se creó el mundo? ¿Existe alguna voluntad o intención detrás de lo que sucede?

¿Hay otra vida después de la muerte? ¿Cómo podemos solucionar


problemas de ese tipo? Y, ante todo: ¿cómo debemos vivir.? En todas las épocas,
los seres humanos se han hecho preguntas de este tipo. No se conoce ninguna
cultura que no se haya preocupado por saber quiénes son los seres humanos y de
dónde procede el mundo. En realidad, son tantas las preguntas filosóficas que
podemos hacernos. Ya hemos formulado algunas de las más importantes.
No obstante, la historia humana, nos muestra muchas respuestas diferentes a
cada una de las preguntas que nos hemos hecho. Vemos, que resulta más
fácil hacerse preguntas filosóficas que contestarlas. También hoy en día cada uno
tiene que busca r sus propias respuestas a esas mismas preguntas. No se puede
consultar una enciclopedia para ver si existe Dios o si hay otra vida después
de la muerte. La enciclopedia tampoco nos proporciona una respuesta a cómo
debemos vivir. No obstante, a la hora de formar nuestra propia opinión sobre la vida,
puede resultar de gran ayuda leer lo que otros han pensado.” Una concepción
científica, específicamente de del materialismo dialéctico, La filosofía, tiene
como objeto: La demostración de la anterioridad de la materia respecto a la
conciencia, el estudio de las leyes más generales del desarrollo de la naturaleza,
de la sociedad y el pensamiento. Como podemos inferir, Filosofía es una
ciencia, para muchos historiadores, es la ciencia más antigua practicada por los
grandes pensadores y genios de la Historia, en cuyo génesis le permitió dar origen
y estudio a otras disciplinas científicas.

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2.- Origen y Objeto de la Filosofía

El entorno que enmarca la aparición y el desarrollo de la filosofía griega comprende


varios aspectos: histórico, geográfico, político, social y cultural. Históricamente, la
filosofía se inicia a finales del siglo VII y principios del VI A.C.

La filosofía no se originó totalmente con los griegos, ni sin influencia de


otras culturas. En la India, en China y en Egipto ya existía pensamiento
filosófico, aunque tuvo características muy diferentes del pensamiento occidental. Es
importante tener en cuenta que, en la historia de la humanidad, los problemas
filosóficos se han centrado básicamente en: a) El Mundo (cosmos, naturaleza). b)
El Hombre (conocimiento, ética, política, Estado). c) Dios (lo sagrado, el sentido
de la existencia). La historia de la filosofía es, en sí, filosofía y, por consiguiente,
debe ser considerada como una disciplina filosófica.

En la doctrina Filosóficas, conocemos básicamente cuatro etapas en la historia,


que nos ayudan a identificar de forma práctica su evolución y son:

I. Antigüedad. La mitología fue el primer intento para que el hombre encontrará


explicación a todo el fenómeno de la naturaleza. En esta etapa el mundo se redujo
a cosmología; el hombre, a una antropología elemental, un principio de ética;
Dios es un principio metafísico que hace coherentes las explicaciones. Abarca el
pensamiento griego desde los presocráticos.

II. Edad Media. En esta etapa se destaca el pensamiento Teo centrista, sobre
el pensamiento de antropocéntrico en la sociedad. El mundo occidental se
redujo a sociedad política, y ésta a Imperio; el hombre no se valora como ser
independiente, sino como parte de la naturaleza; Dios es un poder sobrenatural
que todo lo domina e invade, concretado en la religión como preocupación
fundamental y la Iglesia como institución omnipresente/poderosa. Dios prevalece
sobre el mundo y sobre el hombre. Abarcando las dos más grandes corrientes
filosóficas patrística y la escolástica.

III. Edad Moderna. El Estado queda independiente de la Teología anteponiendo el


pensamiento antropocéntrico y al hombre se le reconoce el valor de su razón
y se inicia un proceso de secularización que va quitando preeminencia a lo
religioso. El hombre aparece en primer plano, dejando aparte a Dios y al mundo.
Esta etapa se ubica el pensamiento renacentista y el pensamiento ilustrado
destacando el pensamiento capitalista

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IV. Edad Contemporánea. En esta etapa se destacan pensamientos marxistas
y socialista. Se establece la autonomía y valor propio del mundo y de la ciencia como
modelo de conocimiento; al hombre se le reconocen unos derechos inalienables
sobre los que se fundamenta su valor e igualdad con sus semejantes; en
muchos países occidentales la Iglesia se independiza definitivamente del Estado.

3.- Visión Mítica del Mundo:

La visión mítica del mundo se refiere a una forma de comprender la realidad que se basa
en mitos y narrativas míticas. Los mitos son relatos tradicionales que explican el origen
del mundo, la naturaleza, la sociedad y los fenómenos naturales. Estas narrativas míticas
a menudo incorporan elementos sobrenaturales, dioses, héroes y simbolismos que dan
significado a la existencia humana.

Características de la visión mítica del mundo:

Explicación del Origen: Los mitos proporcionan explicaciones sobre el origen del mundo,
la creación de los seres humanos y otros aspectos fundamentales de la existencia. Estos
relatos a menudo involucran a seres divinos o fuerzas sobrenaturales.

Relación con lo Sobrenatural: La visión mítica implica una conexión intrínseca con lo
sobrenatural. Los dioses, espíritus o entidades divinas son figuras centrales que influyen en
la vida cotidiana y en los eventos importantes.

Simbolismo y Alegoría: Los mitos suelen ser simbólicos y alegóricos, utilizando elementos
narrativos para transmitir significados más profundos sobre la naturaleza humana, la
moralidad y la existencia en sí.

Modelo para el Comportamiento: Los mitos a menudo sirven como modelos para el
comportamiento humano. Los héroes y dioses en los mitos pueden representar virtudes a
seguir o advertencias contra ciertos comportamientos.

Ciclos y Repetición: Muchos mitos presentan patrones cíclicos, como el ciclo de las
estaciones, el nacimiento y muerte, o la renovación de la naturaleza. Estos ciclos
reflejan la naturaleza recurrente de la vida.

Transmisión Oral y Tradicional: La visión mítica del mundo se transmite a menudo


de forma oral y a través de tradiciones. La narración de mitos es una parte integral de la
cultura y se pasa de generación en generación.

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Ritual y Celebración: Los mitos a menudo
están vinculados a rituales y celebraciones. Las
comunidades pueden realizar rituales específicos
para honrar a los dioses, recordar eventos míticos o
buscar la protección de fuerzas sobrenaturales.

Cosmovisión Holística: La visión mítica tiende a


ser holística (se refiere a la comprensión y abordaje
de un fenómeno o sistema considerando todas sus
partes como interconectadas e interdependientes,
en lugar de analizar solo partes individuales de manera aislada.), integrando aspectos
espirituales, sociales y naturales en una cosmovisión unificada. Los mitos ofrecen un marco
comprensivo del mundo y la existencia.

Flexibilidad Interpretativa: La interpretación de los mitos puede ser flexible y adaptarse a


diferentes contextos culturales y sociales. Los mitos pueden tener diversas interpretaciones
según la comunidad que los cuente.

La visión mítica del mundo ha sido fundamental en numerosas culturas a lo largo de


la historia, proporcionando significado y cohesión social. Aunque en muchas sociedades
contemporáneas se ha dado paso a visiones más científicas y racionales, la influencia de
los mitos persiste en diversos aspectos de la vida y la cultura.

DEL MITO A LA FILOSOFIA.

Dentro del mito, los sucesos o fenómenos son arbitrarios, al depender de la voluntad
de los dioses, y siendo éstos concebidos con pasiones humanas, los fenómenos
dependen de una voluntad caprichosa. Sin embargo, dentro del mito también se
introdujo la existencia de fuerzas —el destino-que están personificadas, sino
que son abstractas y contra las cuales nada pueden ni los hombres ni los dioses.
Este elemento del mito aporta una variante en el acontecer universal, ya que lo
presenta como algo ineludible.

Actitud religiosa. Muchos años después, superada


la actitud mítica, llega la actitud religiosa; por supuesto
que no me refiero a las religiones que tú conoces,
pues éstas son muy caracteriza porque el ser
humano explica la realidad o los fenómenos q ue le
son desconocidos atribuyéndolos a seres fuera
del contexto en que vivimos (divinidades). Empieza

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a tener conciencia de sí mismo e incluso de la muerte; por esta misma razón en
los libros o vestigios de las religiones primitivas se encuentran, además de ritos
y creencias religiosas, elementales explicaciones del mundo y conocimientos
prácticos de ciencia elemental.

Actitud filosófica: Esta actitud la podemos ubicar en el siglo VI a. C. Surge cómo


un afán de búsqueda y de explicación y creencia del saber humano, enfrentándose
la realidad en búsqueda de la vere en las capacidades racionales y diversos
procesos de reflexión, que le permiten rigurosidad lógica en su proceder para
demostrar, por distintos caminos, sus afirmaciones. La evolución humana,
descrita muy brevemente, hasta llegar al pensamiento filosófico, llevó cientos de
miles de años; pero con la aparición de la filosofía quedaron sentadas las bases
de la ciencia y del pensamiento moderno. “La revolución del conocimiento.” Se
explica la realidad recurriendo a la experiencia y a la razón. La forma filosófica
o racional utiliza sólo recursos naturales en sus explicaciones.

Popol Vuh:

Según el libro Popol Vuh, se cuenta la


creación del hombre a partir del
maíz, por eso no es casual que en
la tradición maya el maíz haya sido la
base para su creación, donde el maíz no
solo es base para su creación, sustento
básico para el cuerpo sino también para
el espíritu. Relata el Popol Vuh: He aquí,
pues el principio de cuando se dispuso a
hacer el hombre.

4. Filósofos de la Naturaleza:

Citaremos los más relevantes; Tales


de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes,
Pitágoras, Anaxágoras, Heráclito,
Demócrito y Epicuro.

A los primeros filósofos de Grecia


se les suele llamar «filósofos de la
naturaleza» porque, ante todo, se
interesaban por la naturaleza y por

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sus procesos. Y nos hemos preguntado ¿de dónde procedemos? Muchas personas
hoy en día se imaginan más o menos que algo habrá surgido, en algún momento,
de la nada. Esta idea no era tan corriente entre los griegos. Por alguna razón
daban por sentado que ese «algo» había existido siempre.

Vemos, pues, que la gran pregunta no era cómo todo pudo surgir de la nada. Los
griegos se preguntaban, más bien, cómo era posible que el agua se convirtiera en
peces vivos y la tierra inerte en grandes árboles o en flores de colores encendidos.
¿Pero cómo podían ser posibles tales cambios?

¿Cómo podía algo pasar de ser una sustancia para convertirse en algo
completamente distinto, en vida?

Tenía que haber «algo» de lo que todo procedía y a lo que todo volvía. Lo
más interesante no es saber cuáles fueron las respuestas a las que llegaron esos
primeros filósofos, sino qué preguntas se hacían y qué tipo de respuestas
buscaban. Podemos decir que los filósofos de la naturaleza dieron los primeros
pasos hacia una manera científica de pensar.

Tres filósofos de Mileto:

4.1 Tales de Mileto

El primer filósofo del que oímos


hablares Tales, de la colonia de
Mileto, en Asia Menor. Viajó mucho
por el mundo. Se cuenta de él que
midió la altura de una pirámide en
Egipto, teniendo en cuenta la sombra
de la misma, en el momento en que
su propia sombra medía exactamente
lo mismo que él. También se dice
que supo predecir mediante cálculos
matemáticos un eclipse solar en el
año 585 antes de Cristo.

Tales opinaba que el agua era el origen de todas las cosas. No sabemos
exactamente lo que quería decir con eso. Quizás opinara que toda clase de vida
tiene su origen en el agua, y que toda clase de vida vuelve a convertirse en agua
cuando se disuelve, y tras la lluvia, iban apareciendo ranas y gusanos. Además,

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es probable que Tales se preguntara cómo el agua puede convertirse en hielo y
vapor, luego volver a ser agua de nuevo.

Tres son las afirmaciones de Tales de Mileto relacionadas con este problema:
• La Tierra flota sobre el agua.
• El agua es el principio de todas las cosas.
• Todas las cosas están llenas de dioses (o espíritus).

4.2 Anaximandro.

También vivió en Mileto. Pensaba que nuestro


mundo simplemente es uno de los muchos
mundos que nacen y perecen en algo que
él llamó «lo Indefinido».

No es fácil saber lo que él entendía por


«lo Indefinido» pero parece claro que no
se imaginaba una sustancia conocida, como
Tales. Quizás fuera de la opinión de que aquello
de lo que se ha creado todo, precisamente
tiene que ser distinto a lo creado. En ese
caso, la materia primaria no podía ser algo
tan normal como el agua, sino algo «indefinido».

4.3 Anaxímenes

(aprox. 570-526 a de C.) opinaba que el origen


de todo era el aire o la niebla. Es evidente
que Anaxímenes había conocido la teoría de
Tales sobre el agua. ¿Pero de dónde viene el
agua? Anaxímenes opinaba que el agua
tenía que ser aire condensado, pues
vemos cómo el agua surge del aire cuando
llueve. Y cuando el agua se condensa aún
más, se convierte en tierra, pensaba él.
Quizás había observado cómo la tierra y
la arena provenían del hielo que se derretía.
Así mismo pensaba que el fuego tenía queser aire diluido.

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Según Anaxímenes, tanto la tierra como el agua y el fuego, tenían como origen
el aire. No es largo el camino desde la tierra y el agua hasta las plantas en
el campo. Quizás pensaba Anaxímenes que para que surgiera vida, tendría que
haber tierra, aire, fuego y agua. Pero el punto de partida en sí era «el aire» o «la
niebla». Esto significa que compartía con Tales la idea de que tiene que haber una
materia primaria, que constituye la base de todos los cambios que suceden en
la naturaleza. ¨Nada puede surgir de la nada¨

4.4-Heráclito

(aprox. 540-480 a de C.) de Éfeso en Asia


Menor. Él pensaba que precisamente los cambios
constantes eran los rasgos más básicos de la
naturaleza. «Todo fluye», dijo Heráclito. Todo
está en movimiento y nada dura eternamente.

Por eso no podemos «descender dos veces al


mismo río», pues cuando desciendo al río por segunda vez, ni yo ni el río somos los mismos.

También señaló el hecho de que el mundo está caracterizado por constantes


contradicciones. Si no, los enfermos, no entenderíamos lo que significa estar sano.
Si no tuviéramos nunca hambre, no sabríamos apreciar estar saciados. Si no hubiera
nunca guerra, no sabríamos valorar la paz, y si no hubiera nunca invierno, no
nos daríamos cuenta de la primavera. Tanto el bien como el mal tienen un lugar
necesario en el Todo, decía Heráclito. Y si no hubiera un constante juego entre los
contrastes, el mundo dejaría de existir. «Dios es día y noche, invierno y verano,
guerra y paz, hambre y saciedad», decía. Emplea la palabra «Dios», pero es
evidente que se refiere a algo muy distinto a los dioses de los que hablaban
los mitos.

4.5.- Anaxágoras

(500-428 a de C.). Anaxágoras también


es interesante por ser el primer
filósofo de los de Atenas. Vino de
Asia Menor, se interesaba en general
por la astronomía.

Opinaba que todos los astros estaban


hechos de la misma materia que la Tierra.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 17


Esta teoría llegó después de haber estudiado un meteorito. Puede ser, decía,
que haya personas en otro planeta.

También señaló que la luna no lucía por propia fuerza, sino que recibe su luz de
la Tierra. Explicó, además, el porqué de los eclipses de sol.

4.6 Demócrito (aprox. 460-370 a de C.)

Venía de la ciudad costera de Abdera, al norte del


mar Egeo. Demócrito estaba de acuerdo con sus
predecesores en que los cambios en la naturaleza no
se debían a que las cosas realmente «cambiaran».
Suponía, por lo tanto, que todo tenía que estar construido
por unas piececitas pequeñas e invisibles, cada una de
ellas eterna e inalterable. A estas piezas más pequeñas
Demócrito las llamó átomos. La palabra «átomo» significa
«indivisible».

Decía nada puede surgir de la nada. En este punto, Demócrito estaba de


acuerdo con Parménides y los eleáticos. Pensaba, además, que los átomos tenían
que ser fijos y macizos, pero no podían ser idénticos entre sí. Si los átomos fueran
idénticos, no habríamos podido encontrar ninguna explicación satisfactoria.

Demócrito se imaginaba que el alma estaba formada por unos «átomos del
alma» especialmente redondos y lisos. Al morir una persona, los átomos del alma
se dispersan hacia todas partes. Decía, que el alma está conectada al cerebro y
que no podemos tener ninguna especie de conciencia cuando el cerebro se haya
desintegrado, puso temporalmente fin a la filosofía griega de la naturaleza. Ya que
estaba de acuerdo con el pensamiento de Heráclito que todo en la naturaleza fluye.

4.7 Pitágoras

Escuela Pitagórica Los pitagóricos se


establecieron en una serie de ciudades de la Italia
continental y de Sicilia, y luego pasaron también
a la Grecia propia. Formaron una liga o
secta, y se sometían a una gran cantidad de
extrañas normas y prohibiciones; Se distinguían
entre ellos los acusmáticos y los matemáticos,
según el carácter y el grado de su iniciación.

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La liga pitagórica tenía una tendencia contraria a la aristocracia; pero acabó por
formar una e intervenir en política.

Más tarde alcanzaron los pitagóricos un nuevo florecimiento, llamado el neopitagorismo.

La vida teorética o contemplativa, la dificultad el cuerpo con sus necesidades


que sujetan al hombre. El cuerpo es una tumba, dicen los pitagóricos, hay que
superarlo, pero sin perderlo. Para esto es necesario un estado previo del alma. La
escuela pitagórica utiliza ritos y los transforma.

4.8.-Epicuro filosofo del hedonismo del período helenista

Fue un filósofo griego que vivió en el periodo llamado Helenístico (341 A.C -271 A.C)
considerado el profeta del placer y el apóstol de la amistad. Sus ideas principales
fueron: Los placeres naturales y necesario, Naturales no necesarios el bien es fácil
de alcanzar, El mal es fácil de soportar, Los dioses no son de temer, La muerte
no es de temer. Otro motivo de miedo con el que los humanos se amargan la vida
son los dioses o Dios: ¿hay alguien sobrenatural que juzga nuestras acciones
y puede castigarlas o premiarlas en el más allá?, ¿y si después de la muerte nos
esperan torturas y sufrimientos.

Epicureísmo. La escuela de Epicuro (o escuela “del jardín”, pues ahí se reunían


a filosofar) proponía que la felicidad se alcanza con un cálculo inteligente
del placer. Ellos decían que, dado que todos buscamos el placer como un bien,
debíamos aprender a gozar de los placeres que no causan dolor.

5.- Los Sofistas

La palabra “sofista” se forma a partir del sustantivo griego “Sophie”, que significa
sabiduría.

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Los sofistas no fueron, estrictamente hablando, filósofos. No fueron considerados
como tales, lo veremos un poco más adelante, ni por Platón ni por Aristóteles. Sin
embargo, tuvieron un impacto profundo en la cultura y la Filosofía griegas, Los
sofistas eran algo así como maestros viajeros, que iban de una ciudad a otra
ofreciendo sus servicios a los jóvenes en las ciudades, El estado democráticas,
la política se convirtió en una carrera abierta a todos, y para triunfar en ella (de
modo parecido a lo que ocurre hoy, por cierto), nada era más importante que el
dominio de la retórica.

La retórica es el arte de convencer a los demás. Los sofistas eran grandes maestros
de retórica; hay incontables testimonios acerca del modo en que a menudo lograban
entusiasmar a los auditores, a los que se dirigían, haciéndoles creer cosas
de las que antes de escucharlos estaban seguros que eran incorrectas, o
hasta obligándolos, sin otro recurso que sus palabras, a considerar como
falsas convicciones que habían sostenido durante toda la vida. Por ello, muchos
hombres con ambiciones políticas buscaron sus servicios como profesores. Por
cierto, los sofistas fueron los primeros que cobraron dinero a cambio de sus servicios
de enseñantes; es decir, fueron los primeros maestros profesionales de que se tenga
memoria.

5.1 Protágoras de Abdera

(Abdera, actual Grecia, 480 a. C. - id., 410 a. C.) Filósofo


griego. Fue el primero en adoptar el calificativo de sofista y el
precursor de la profesionalización de la enseñanza retórica.
En su ciudad natal fue al parecer discípulo de Demócrito.

Recorrió a lo largo de cuarenta años gran parte de


las islas del Mediterráneo y parece ser que en el 445
a.C. se estableció en Atenas, donde alcanzóuna gran
reputación.

5.2 Gorgias

(Leontini, c. 487 - Larisa, c. 380 a.J.C.) Filósofo griego. La


vida de Gorgias, nacido hacia 487 a.C. en Lentini, Sicilia (vivió
108 años en perfecta salud física) Gorgias fue el más admirado
maestro de retórica de la antigua sofística.

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Los sofistas, literalmente los sabios, es el nombre que recibió un grupo de
intelectuales que en la Atenas de mediados del siglo V empezó a hacer del saber
una profesión impartiendo, con gran escándalo de los filósofos, lecciones de
retórica y elocuencia a los jóvenes de la clase dirigente que pretendían dedicarse
a la carrera política. Dado que la prestación de servicios pagados estaba mal
considerada por los ciudadanos atenienses de buena condición social, los sofistas
fueron tratados con desprecio por la élite intelectual.

5.3 Hipias de Élide

(siglo V a. C) fue un experto sofista y polímata de la Antigua


Grecia. Se considera uno de los primeros matemáticos de los que se
tiene información y es destacado por su gran aporte a la geometría
al descubrir la ecuación de la cuadratriz. También es para algunos
historiadores el “padre de la mnemotecnia”.

Se le identifica con el grupo de intelectuales denominados como


sofistas. Entre los más destacados se encuentran Protágoras,
Gorgias, Pródico de Ceos, Trasímaco de Calcedón, Antifonte
o Crítias. Conocidos por ser los iniciadores de la “Ilustración griega”, los sofistas
eran maestros itinerantes de oratoria (arte del diálogo) y erística (arte de la
argumentación).

5.4 Pródico de Ceos

(460-395 a. C.) fue un filósofo griego que profesó las ideas del Humanismo.
Formó parte de la primera etapa del movimiento sofista en la que destacó junto a
Protágoras de Abdera y Gorgias de Leontinos. Sus enseñanzas
se centraron casi exclusivamente en la ética.

Época y fue tan respetado que pudo desempeñar roles en


diferentes posiciones políticas. Incluso, su nombre se debe
a que fue designado como la capacidad como orador y su
facilidad para la enseñanza le permitieron ser muy reconocido.
Platón lo mencionó en innumerables oportunidades, aunque él y Sócrates
fueron de los principales detractores que tuvo Pródico en su época embajador
de Ceos, una isla de Grecia, en Atenas.

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5.5 Trasímaco

Fue un antiguo filósofo de la escuela sofística griega, que


vivió alrededor del 459-400 a. C. Se sabe que nació en
Caledonia, actual Turquía, a orillas del Bósforo, desde
donde viajó hasta Grecia. Allí se destacó como maestro
de retórica y escritor de discursos, con lo cual amasó una
gran fortuna.

Acerca de su obra se conoce muy poco, excepto por apelaciones


que otros filósofos griegos hacen de él. De su

obra solo sobreviven algunos fragmentos de sus discursos. Se le conoce mejor


por su mención en el libro La República de Platón: es nombrado durante una
reunión con Sócrates en la que ambos desarrollan un diálogo sobre la naturaleza
de la justicia.

5.6 Critias

La primera aparición de Crítias en la historia, es como uno de los


hermocópidas, es decir, uno de los implicados en la mutilación de
los hermas en el 415 a. C. Critias es mencionado en el testimonio
de Andocides durante el curso de la investigación del crimen, a
pesar de que no se sabe nada más acerca de su participación en
dicho crimen. También hay referencias esporádicas a Critias en
algunos de los acontecimientos principales de los últimos años
de la Guerra del Peloponeso. No se sabe a ciencia cierta si era
miembro del gobierno oligárquico de Los Cuatrocientos, en el
411 a. C., pero siguió a Frénico, el oligarca radical y cabecilla
de Los Cuatrocientos tras la caída del régimen en el 410 a. C.

5.7 Calicles

Fue un antiguo filósofo de la política ateniense que aparece


descrito en el Gorgias, uno de los diálogos de Platón, en donde
es representado por un joven estudiante.

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Junto con Trasímaco, otro personaje del filósofo griego mencionado en el libro
I de La República, Calicles denunció la virtud de la justicia como un freno
natural al interés personal. Ambos son considerados por la mitología popular
como inmoralitas o a moralistas. Calicles elogia la habilidad del hombre que
ignora la justicia convencional: cree que la verdadera justicia es el triunfo de esta
persona. Afirma que las instituciones y los códigos morales no fueron establecidos
por los dioses, sino por hombres para satisfacer sus intereses.

6.- Los Tres Grandes

Tanto la filosofía y el mundo occidental,


no sería el mismo si no fuera por los
tres más grandes filósofos griegos.
Sócrates, Platón y Aristóteles cambiaron
la cosmovisión de los pueblos del
hemisferio occidental a través de
centurias. Se les atribuye una serie
de reflexiones, pensamientos y
principios, para explicar la mayoría de
los sucesos que existen en nuestra vida
cotidiana. Concretamente la herencia de
estos grandes maestros pensadores se
ve reflejada en las formas de abordar las
ciencias, donde los seres humanos están constantemente llamados a seguir
buscando explicación de todo lo que acontece en el ser humano y su entorno.

6.1 Sócrates:

El interés por la educación que apareció en las ciudades Estado griegas, de


manera especial en Atenas, no encontró en los sofistas una respuesta realmente
satisfactoria, sino en la obra vital de Sócrates (Atenas, 469-399 A.C). Con Sócrates
ocurre algo curioso: aunque es uno de los filósofos más famosos que haya existido,
nunca escribió ni una sola página.

Sólo conocemos su persona, sus ideas y su forma de ser a través de lo que escribieron
tres sobresalientes conciudadanos suyos: Jenofonte, un destacado militar e
historiador: Aristófanes, quizás el principal dramaturgo cómico de la antigüedad, y
sobre todo Platón, su discípulo, que llegaría a ser, como veremos en su momento,
también uno de los filósofos más importantes de la historia.

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Fue una figura que, por su forma de vivir y relacionarse con los demás, suscitó
un gran entusiasmo entre muchos de quienes lo conocieron. Aunque también,
por otro lado, despertó sospechas en otras tantas personas, quienes se sentían
incómodas ante sus preguntas incisivas y sus ideas novedosas, y lo veían como
una amenaza para el orden social. De hecho, a la edad de 70 años, Sócrates
fue acusado de impiedad (es decir, de no honrar a los dioses como se debe), de
promover esa impiedad entre los jóvenes, y, por lo tanto, de corromperlos. Fue
juzgado, encontrado culpable, y condenado a muerte. Se le obligó a beber veneno.

La muerte de Sócrates: Ahora, si bien por su forma de morir Sócrates ha ejercido


una influencia imborrable en el pensamiento y la cultura occidentales, nos
merecería una estimación aun mayor la forma en que vivió. Porque, como ya
decíamos, Sócrates no escribió nada, y sin embargo fue quizás el más grande de
los filósofos. ¿Cómo lo logró? Pues viviendo sus ideas, encarnándolas.

Es un caso muy especial en la historia de la Filosofía: en él no puede separarse


la obra de la vida, porque fueron una y la misma cosa.

Sócrates nunca se presentó a sí mismo como un maestro, aunque era


común encontrarlo vestido con mucha sencillez, recorriendo las calles de Atenas,
caminando de modo extraño, con ayuda de un bastón, acercándose a platicar
con quien pudiera y quisiera escucharlo. Afirmaba contundentemente
que no tenía nada que enseñar, ningún conocimiento qué transmitir. Su actitud
era muy distinta a la de los sofistas, que pretendían saber muchas cosas.

Como decíamos, a diferencia de los filósofos que lo precedieron, Sócrates no


estaba muy preocupado por encontrar la verdad y enseñarla a los demás. Lo
que le importaba más que nada era motivar y ayudar a las personas a descubrir
la verdad por sí mismas. Hay que notar que estamos ante uno de los momentos
más emocionantes de la historia del pensamiento, ante una revolución dentro
de la revolución que ya de por sí fue la Filosofía griega. Porque al concebir
su misión de esta manera renovada, además de revitalizar la Filosofía,
Sócrates puede ser considerado como el verdadero fundador de la educación,
en su sentido más riguroso y noble.

Ciertamente, con los sofistas ya había comenzado algo parecido a la educación.


Pero sólo en el sentido de una actividad que tenía como propósito primordial
la transmisión de un saber (principalmente la retórica). Los jóvenes adquirían los
conocimientos prácticos necesarios para ejercer un oficio observando directamente
a las personas instruidas y experimentadas.

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Recordemos que, para Sócrates, la misión de la Filosofía era ayudar a los hombres
a descubrir la verdad por sí mismos. Con ello renovó nada más la idea predominante
de Filosofía, sino también el concepto de educación.

Ahora, ese esfuerzo por perfeccionarse necesariamente requiere que se conozca


la verdad; y la Filosofía, al ser la actividad por la cual la verdad puede ser
descubierta, es entonces parte fundamental de toda educación. Es más, podríamos
decir sin exagerar que para Sócrates Filosofía y educación son una y la
misma cosa. Ambas responden a la misma consigna, misión, y mandato.

A través de la vida filosófica, el hombre lograría descubrir la verdad y perfeccionarse.


Pero no sólo eso: la Filosofía también es, según Sócrates, un proceso por el
que el hombre logra la libertad interior, las preocupaciones fundamentales
de la Ética. Frecuentemente se abandonan a deseos impetuosos y arbitrarios, y eso
en muchas ocasiones no significa otra cosa que fallar en sus responsabilidades,
desatender sus verdaderos intereses, o peor aún, dañar a sus semejantes o a sí
mismos, un hombre en esta situación es para Sócrates un esclavo de sus impulsos.

6.2 Platón (429-347 a.C.)

Fue uno de los resultados más importantes de la acción filosófica y la formación


intelectual, uno de sus discípulos más fieles y entusiastas y por supuesto, el más
talentoso quizás el que mayor impacto tuvo en la historia del pensamiento de
Sócrates.

Ahora, si bien Platón prefirió dedicarse a la Filosofía y no a la política. Una de sus


obras más importantes se titula La República o de lo justo, fue considerada
por su autor como la culminación de toda su obra, Además, Platón intentó en dos
ocasiones llevar a la práctica sus ideas filosóficas. Platón escribió una extensa
obra, que por su gran calidad artística pertenece no sólo a la historia de la
Filosofía, sino también a la de la literatura

Las obras de Platón están escritas como diálogos, de manera que al leerlas
podemos atestiguar cómo las ideas que se discuten en ellos se van formando
y perfeccionando conforme son criticadas y reformuladas.

El hecho de que Platón haya elegido este modo de presentar sus ideas ha sido
interpretado de distintas maneras por los historiadores de la Filosofía (por cierto,
Platón es quizás junto con Aristóteles y Kant, uno de los pensadores más
estudiados de todos los tiempos

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A Platón se le atribuyen 27 diálogos; entre los principales, mencionemos Laques,
o del valor, Protágoras o de los sofistas, Hipias mayor o de lo bello, El banquete o
del amor y La República o de lo justo.

Para Platón las ideas no cambian, permanecen idénticas, no las afecta el paso
del tiempo: 2 + 2 = 4: esto es verdad hoy, como lo fue hace dos mil años, como
lo fue antes de la aparición del hombre en la tierra, Platón sostenía que las
Matemáticas nos ofrecían los modelos más claros de ideas verdaderas y eternas.
Por eso las Matemáticas eran la primera materia que tenían que estudiar quienes
querían entrar a su escuela (la famosa Academia de Platón, Ahora debemos
preguntarnos, ¿qué relación existe entre el mundode las ideas y el mundo de los
sentidos, según Platón?

En el mundo de los sentidos están las cosas que percibimos todos los días, cosas
que surgen, duran un tiempo y desaparecen. En cambio, como ya dijimos, las
ideas son eternas, y sólo pueden ser conocidas por la razón, no por los sentidos.

Como podemos ver, la teoría de los dos mundos de Platón es una respuesta
a este problema, porque reconoce, y al hacerlo sigue a Parménides, la
existencia de un mundo distinto del sensible, más auténtico y real porque no es
afectado por el cambio. Y además da un paso decisivo, que influenciará a
la Filosofía y al pensamiento en general por dos milenios y medio, y establece
que ese ser que está más allá de este mundo está hecho de ideas. Pero no sólo
eso: Platón también nos dice, por fin, lo que es este mundo, el de los sentidos. Es
un mundo que sí es, sí existe, pero en un grado menor que el mundo de las ideas.

El ser absoluto, perfecto, es el de las ideas; en cambio, las cosas del mundo sensible
sólo existen como copia de las ideas que les corresponden en el otro mundo.
Platón dice que el mundo de los sentidos participa en el mundo de las ideas, y sólo
en esa medida goza del ser.

6.3 Aristóteles

Aristóteles construyó su Filosofía criticando las principales ideas de su maestro,


Platón. Al parecer, consideraba que era una exageración de su parte pensar que
las cosas de este mundo, el mundo de los sentidos, sólo existían “a medias”, y que
el mundo verdadero sólo podía conocerse con la mente. De igual modo, encontraba
muy vaga y poco sólida esa idea de que las cosas del mundo sensible “participan”
de las cosas del mundo de las ideas. ¿Qué significaba eso exactamente?

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Sin duda, Aristóteles tomó de la Filosofía platónica los ingredientes básicos (ideas,
cosas, etcétera) para pensar la realidad, pero los mezcló de un modo muy
distinto, y produjo una visión diferente y en cierto modo invertida de la
que recibió de su maestro. Una visión, que en cierta forma continúa vigente en
nuestros días. En efecto, Aristóteles mostró una inteligencia impresionante.
Se calcula que escribió aproximadamente 200 tratados, sobre todas las materias.
Sólo conservamos 31, pero la variedad de temas que se estudian en ellos nos da
una muy buena idea del tamaño de su capacidad y curiosidad. Física, Del alma,
Historia de los animales, Retórica, Poética, La Gran Ética, Política, son algunos
de sus más conocidos títulos.

Identificó, definió y delineó metodológicamente algunas áreas del conocimiento


que antes de él eran poco consistentes y borrosas; de otras, hasta se puede decir
sin exagerar que las inventó. La obra de Aristóteles marca un antes y un después
en la historia del pensamiento.

Reconoce la realidad de las ideas, sólo que no como realidad fundamental, sino
como creaciones de la mente humana, productos que la inteligencia genera a
partir de la observación de las sustancias individuales, que son, como decíamos,
las cosas que percibimos a nuestro alrededor. Al describir de esta manera el
fenómeno del conocimiento, Aristóteles se aleja también de Platón en un punto
fundamental: si las ideas son producidas por la mente, y no son simplemente
“encontradas” por el alma.

En otras palabras: para Aristóteles no hay ideas innatas. Lo único innato, nos
dice, es nuestra capacidad para producirlas, esa capacidad sí es parte de nuestra
esencia humana. Aristóteles nos responde que podemos estudiar al ser desde
cuatro puntos de vista:

 El de la sustancia y el accidente.

 El de las categorías.

 El del ser verdadero y el ser falso.

 El de la potencia y el acto.

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Aristóteles tenía una idea de las causas mucho más rica: él consideraba que hay
cuatro tipos de causa, que operan sin excepción para producir absolutamente
todo lo que hay (recordemos que los primeros filósofos establecieron que todo lo
que ocurre o existe tiene una causa, que nada viene de la nada).

Las cuatro causas propuestas por Aristóteles son:

1.- Causa material: aquello de lo que algo está hecho.

2.- Causa formal: la idea que corresponde a lo hecho, que incluye lo que lo hace
ser lo que es.

3.- Causa eficiente: la acción que explica que algo haya llegado a ser.

4.-Causa final: el propósito con el que algo ha sido hecho.

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UNIDAD II:
FILOSOFÍA MEDIEVAL
COMPETENCIA:

Interpreta a los filósofos de la época medieval destacando el pensamiento


idealista de los Doctores de la Iglesia con la finalidad de comprender los grandes
temas del medioevo (Dios, dogmas de fe de la Iglesia, el cielo, el infierno, la vida
eterna), a través de la interpretación de textos sagrados.

Resumen de la Unidad II:

La filosofía ha experimentado diversas etapas a lo largo de la historia, y dos de los periodos


más significativos son la filosofía griega y la filosofía medieval. Estos momentos históricos no
solo están separados por siglos, sino que también reflejan distintas perspectivas filosóficas,
contextos culturales y enfoques hacia la comprensión del mundo y la existencia.

La filosofía griega, que floreció desde el siglo VI a.C. hasta el siglo IV d.C., es conocida por
sus grandes pensadores como Sócrates, Platón y Aristóteles. Este periodo se caracteriza
por un enfoque racional y sistemático en la búsqueda del conocimiento y la verdad. Los
filósofos griegos exploraron conceptos fundamentales como la ética, la metafísica y la
epistemología, y sentaron las bases para el pensamiento occidental.

Por otro lado, la filosofía medieval abarca un extenso período que se extiende desde el
siglo V hasta el siglo XV, caracterizado por la fusión de la filosofía clásica con las enseñanzas
religiosas, especialmente en el contexto cristiano. Los pensadores medievales, como
Santo Tomás de Aquino y San Agustín, abordaron preguntas filosóficas dentro del marco
de la fe religiosa. La filosofía medieval se sumerge en debates teológicos, la relación entre
la fe y la razón, y la naturaleza de Dios, incorporando la influencia de las obras clásicas y
las enseñanzas cristianas. Así, las diferencias fundamentales entre la filosofía griega y la
filosofía medieval se encuentran en sus objetivos, métodos y contextos culturales, lo que
contribuye a un entendimiento más profundo de la evolución del pensamiento filosófico a lo
largo de la historia.

La diferencia principal entre ambas filosofías se basa en que la filosofía griega le


da mayor importancia al hombre y lo ve como un objeto importante pues descubre
que está formado por el cuerpo y por el alma lo que expresaban por medio
de la perfección del desnudo. En cambio, en la filosofía medieval, tenían una
teoría etnocentrista en la cual Dios era el centro del universo.

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La filosofía medieval es importante porque a pesar de ser tan antigua, logró sobrevivir
hasta nuestra época, donde podemos encontrar la escolástica, por medio de la
cual se puede conciliar la razón o la filosofía y la fe o teología. Por medio de esta
filosofía, se ha logrado fortalecer y enriquecer la doctrina por medio de importantes
pensadores como Santo Tomás y San Agustín.

En los seis primeros siglos de nuestra era hubo un grupo de pensadores que se
dedicaron a la defensa racional de las enseñanzas del cristianismo. A este grupo se
le conoce como La Patrística y a sus miembros se les llama los padres de la Iglesia.

Los principales antecedentes de la filosofía medieval se pueden identificar en tres


influencias claves:

1. Filosofía Clásica Griega y Romana: La filosofía griega, especialmente las obras


de Platón y Aristóteles, tuvo un impacto significativo en la filosofía medieval. Las ideas
sobre la realidad, la ética, la metafísica y la epistemología de estos filósofos se integraron
y adaptaron en la tradición filosófica medieval. Además, las obras de filósofos romanos
como Cicerón y Boecio también fueron importantes, especialmente en la preservación y
transmisión del conocimiento clásico durante la Edad Media.

2. Patrística: La Patrística se refiere al pensamiento de los Padres de la Iglesia,quienes


fueron líderes teológicos y filosóficos cristianos durante los primeros siglos de la era cristiana.
Figuras como Agustín de Hipona, Gregorio de Nisa y Juan Crisóstomo, entre otros,
abordaron cuestiones teológicas fundamentales y establecieron las bases para la
síntesis entre la filosofía griega y la teología cristiana que caracterizaría a la filosofía
medieval.

3. Filosofía Islámica: Durante la Edad Media, las obras de filósofos islámicos, en particular
aquellas de los siglos IX al XII, fueron traducidas al latín y ejercieron una considerable
influencia en la filosofía medieval europea. Filósofos como Al -Farabi, Avicena (Ibn Sina) y
Averroes (Ibn Rushd) hicieron importantes contribuciones a la lógica, la metafísica y la ética.
Sus escritos fueron cruciales para la transmisión del conocimiento aristotélico y neoplatónico.

Estos tres antecedentes proporcionaron las bases filosóficas y teológicas que influyeron en
la filosofía medieval. La combinación de la filosofía clásica, la Patrística y la filosofía
islámica creó un contexto intelectual rico y complejo que caracterizó la reflexión filosófica
durante la Edad Media.

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7.-La Patrística

La patrística es el estudio del


pensamiento, doctrinas y obras
del cristianismo desarrollados por
los Padres de la Iglesia, que fueron
sus primeros autores durante los
siglos I y VIII d.C. La palabra patrística
deriva del latín paters, que significa
“padre”. La patrística fue el primer
intento por unificar los conocimientos
de la religión cristiana y establecer
el contenido dogmático de la misma
junto con la filosofía, a fin de dar una explicación lógica de las creencias religiosas.

Desarrollo de la patrística

La patrística inició su primer periodo de formación durante los siglos I y III, hasta
la celebración del Concilio de Nicea, al cual pertenecen los primeros apologistas y
defensores de la fe cristiana.

Este primer periodo de la patrística se llevó a cabo tanto en las culturas de Oriente
(Grecia) como de Occidente (Roma). Luego, devino un segundo periodo de
auge que abarcó hasta el siglo VIII. Durante esta época, los Padres de la Iglesia
adaptaron los pensamientos de la filosofía griega a las creencias cristianas.

Patrística de Oriente: La Patrística de Oriente se dedicó al estudio de la


existencia de Dios y sus particularidades. Asimismo, los Padres griegos de esta
patrística elaboraron las bases de la filosofía y teología cristiana partiendo de
los pensamientos del platonismo y neoplatonismo, y también se apoyaron de los
términos moral y ética.

La patrística griega fundó cuatro escuelas, que son la Escuela de los Padres
apologistas, Escuela de Alejandría, Escuela de Capadocia y la Escuela de
Bizancio.

Patrística de Occidente La patrística de Occidente, representada por los Padres


latinos, fue desarrollada por San Agustín, quien formuló la primera filosofía cristiana
bajo la búsqueda de la verdad y del conocimiento. En este mismo sentido, San
Agustín se propuso demostrar la existencia y esencia de Dios.

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Sin embargo, cabe destacar que la patrística de occidente, aunque desplazó
la lengua griega por la latina, se caracterizó por estar influenciada por la cultura
griega y Platón.

Características de la patrística.

• Antepone y defiende las creencias cristianas ante los dogmas paganos.


Considera a la fe cristiana como la única verdad y conocimiento.

• Unifica los pensamientos filosóficos griegos con las creencias cristianas.

• Se fundamenta en la filosofía para explicar de manera racional la fe


cristiana.

• Se considera a Dios como un ser espiritual y no material.

• Considera que Dios es la única verdad y guía del hombre, según afirma
San Agustín.

PRINCIPAL REPRESENTANTE DE LA PATRÍSTICA:

7.1 San Agustín de Hipona

(354-430). Nació en Tagaste (en Numidia). Estudió humanidades en Cartago donde,


debido a su carácter ardoroso y a la corrupción del ambiente, llevó al principio
una vida no muy recta. Después de haberse afiliado temporalmente al
maniqueísmo y al escepticismo se convirtió al cristianismo. Murió siendo obispo
de Hipona. De su numerosa producción destacan: Confesiones, Soliloquios,
Tratado de la Trinidad y La ciudad de Dios. Fue San Agustín el miembro más destacado
de La Patrística. Aunque es imposible separar su posición filosófica de la teológica, sin
embargo, con las salvedades necesarias, se puede decir que hay tres problemas que
le preocupan: Dios, el alma y la verdad. De estos tres, el primero es el más importante; pero
el tercero es la clave para los otros dos.

Dice San Agustín al inicio de sus Soliloquios: “Lo que más ansío conocer es a Dios y al
alma; pero, ¿cómo podré lograrlo si no conozco antes qué es la verdad?” Agustín se lanza
al estudio de la verdad, no sin antes cerciorarse de que podemos estar seguros de que
estamos frente a una verdad cuando la conocemos. En discusión con los académicos,
éstos le decían: “Nunca podemos estar seguros de conocimiento alguno, ni siquiera de

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nuestra existencia, porque siempre es posible que nos engañemos”. A lo cual San Agustín
respondía: “Yo estoy completamente cierto de mi existencia porque, en caso de que me
engañara también existiría, ya que no es posible que me engañe si no existo”.

Al estudiar directamente la verdad, San Agustín advierte que hay verdades estables e
inestables. Las segundas recaen sobre hechos sensibles, los cuales son cambiantes; las
primeras se refieren a hechos suprasensibles, como los enunciados matemáticos.
Estas verdades son necesarias, inmutables y eternas.

En la afirmación y distinción anterior, San Agustín se muestra defensor de la doctrina


platónica sobre el conocimiento. Según dicha doctrina, el conocimiento que recae sobre los
objetos sensibles solamente es una opinión (doxa); el único conocimiento firme es el que se
refiere a los objetos inteligibles, como las esencias y las ideas.

Las dos clases de verdad mencionadas son, para San Agustín, verdades lógicas, es decir,
verdades de enunciados. Éstos son verdaderos cuando su contenido está de acuerdo con
la realidad extramental. Además de las verdades lógicas hay una verdad superior que es la
ontológica, la cual, como su nombre lo dice, se refiere al ser mismo. A esta conclusión llega
San Agustín después de las siguientes reflexiones:

Las ideas, como esencias paradigmáticas de todas las cosas, en realidad no existen
en un mundo inteligible, sino en la mente de Dios.

Debido a lo anterior, Dios es la única realidad necesaria y, por esto mismo, es la perfección.
El ser auténticamente real es lo verdadero, es decir, la verdad es lo que es. Siendo Dios el
ser real, inmutable y perfecto, él es la verdad.

Considera la filosofía en tanto sabiduría como la religión. Su búsqueda existencial es la


felicidad ésta es posible alcanzarla a través de la filosofía que nos conduce a Dios.

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7.2.- La Escolástica

El término escolástica tiene dos significados. La escolástica (del latín schola=


escuela) fue, en sus inicios, un movimiento restaurador de las escuelas. La segunda
denotación del término escolástica se refiere a la filosofía que se enseñaba en las
mencionadas escuelas, que eran cristianas. Así, filosofía escolástica equivale a
filosofía de las escuelas o también a filosofía cristiana.

La escolástica es el resultado de la unión del pensamiento filosófico y del


pensamiento teológico para comprender y explicar las revelaciones sobrenaturales
del cristianismo. La palabra escolástico deriva del latín medieval scholasticus,
que significa “escolar” y este del griego scholastikós. Como sinónimo se puede
emplear la palabra escolasticismo.

La Escolástica tiene durante la Edad Media tres momentos: el de formación que


cubre los siglos IX al XII, el de apogeo que contempla todo el siglo XIII y donde
se hacen presentes grandes pensadores como Santo Tomás, San Alberto Magno
y San Buenaventura y finalmente la etapa de transmisión a la filosofía moderna.
Santo Tomás integro las enseñanzas de Aristóteles a la filosofía cristiana. En
esta época tanto las universidades como las órdenes de los franciscanos y
dominicos le dieron un gran empuje a la filosofía y teología medievales.

En las tres etapas de la escolástica el tema de polémica era Dios, la fe y la razón


y el de la teología y filosofía, pues la filosofía es un medio para profundizar en
la fe. Ante esta discusión aparecen tres líneas de pensamiento:

• Los dialécticos Consideran que la fe debe ser demostrada y analizada por la


razón. Juan Escoto Erígena y Berengario de Tours, entre otros.

• Los antidialécticos. Aseguran que la única sabiduría es la que da la fe y la


de la filosofía es soberbia y orgullo. La filosofía debe ser sierva de la
Teología. Pedro Damiano y Lanfranco de París.

• Una postura intermedia. Aparece por vez primera en el siglo XI con


Gerberto de Aurillac y la apoya Santo Tomás en el siglo XIII. Fe y Razón son dos
caminos que confluyen a un mismo mar de la Verdad. Las dos proceden
de Dios y si funcionan bien no pueden tener conclusiones opuestas.

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La escolástica buscaba responder de manera comprensible todas aquellas dudas
que se generaban entre la razón y la fe, en especial, porque para los escolásticos
el ser humano es imagen de Dios, por ello se apoyó en la dialéctica, la lógica, la
ética, la teología, la cosmología, la metafísica y la psicología.

Es decir, un gran volumen del conocimiento que poseen las personas deriva de
la experiencia y empleo de la razón, sin embargo, hay otro porcentaje de que se
adopta a partir de las revelaciones de la fe y que no pueden ser explicadas
desde la realidad.

En este sentido, el conocimiento filosófico se coloca a la orden de la teología,


se subordina, para permitir la interpretación y comprensión de la fe.

Características de la escolástica

A continuación, se presentan las principales características de la corriente escolástica.

• Su principal finalidad era integrar los conocimientos que se tenían por separado
tanto de la razón, por parte de los filósofos griegos, como de las revelaciones
cristianas.

• Los escolásticos creían en la armonía entre los fundamentos de la razón y de


la fe.

• La filosofía ayuda a la teología a explicar los misterios y revelaciones


de la fe para que la razón las pueda comprender.

• Empleó en la Edad Media un método didáctico para explicar y enseñar la


escolástica.

• Cada tema era tratado con sumo cuidado y dedicación a través de la


lectura y discusión pública.

• Para el cristianismo la escolástica fue una herramienta para


comprender la fe.

• Santo Tomás de Aquino fue su máximo representante en el siglo XIII.

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7.3.- Tomas de Aquino (1225-1274)

Descendiente de la familia de los condes de Aquino, nació en el castillo de Roccasecca, en


la provincia de Nápoles. Profesó en la Universidad de París y en otras. En varias ocasiones
sostuvo debates públicos, haciéndolo con tal seguridad que siempre dejaba asombrados a
los asistentes. Su obra principal es la Suma teológica. También es autor de Suma contra los
gentiles, Cuestiones disputadas, etcétera.

Con Tomás de Aquino, la filosofía escolástica adquirió su mejor formulación; por esta razón,
en el siglo XIII se ubica el apogeo de la escolástica. Tomás de Aquino se ocupó de todos los
problemas filosóficos y teológicos de su tiempo, pero en especial de cuatro: el conocimiento,
el ser, Dios y el hombre. También se interesó por dos problemas centrales de la escolástica;
a saber, el de los universales y la relación fe-razón.

El conocimiento y el ser En el estudio de los temas filosóficos, Tomás de Aquino siguió las
teorías aristotélicas; por ello se dice que él es “el Aristóteles cristiano”, o bien, que él bautizó
a Aristóteles.

Hay dos clases de conocimiento, el de los sentidos y el de la razón; pero como todo
conocimiento procede de la experiencia, entonces el sensible precede a la razón. El objeto
del conocimiento sensible son las cualidades sensibles, o sea, aquellas que de alguna
manera están sustentadas en la materia. El conocimiento intelectual, por el contrario, recae
sobre las esencias o formas abstraídas de la materia.

El entendimiento conoce a base de conceptos que él mismo forma, mediante una operación
de abstracción, que efectúa sobre los datos que le presenta la sensación. Ésta capta
lo singular y lo concreto; el concepto representa lo esencial y lo común a los individuos de
la misma especie.

En cuanto al ser, la teoría tomista parte de este postulado: el ser es indefinible porque su
concepto tiene la comprensión mínima. Al estudiarlo descubrimos en él muchos aspectos;
por ejemplo:

El concepto de SER siempre es analógico porque, de una especie a otra, hay variedad en su
manera de ser. No obstante, podemos constatar que hay modos de ser que son comunes
a todo ente; a saber, la belleza, la unidad y la bondad. A estos modos generales de ser,
Tomás de Aquino los llamó trascendentales.

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Otras diferencias profundas en el ser son: ser potencial y ser actual, ser necesario y ser
contingente. El ser actual implica el ser potencial, porque ningún ente es lo que es si no
tiene capacidad de serlo. El ser necesario, en sentido pleno, es aquel cuyo existir también
pertenece a su esencia.

La existencia de Dios y el ser del hombre.

El tema de Dios, en cierto modo, no ofrecía problema para Tomás de Aquino, porque las
pruebas que formuló para demostrar su existencia le dieron bases suficientes para
caracterizar su naturaleza, al menos en parte. Así, por ejemplo, una conclusión a la que
llegó es que Dios, si es motor inmóvil, entonces es acto puro, es decir, no tiene mezcla de
potencia, lo cual, a la vez, supone que es un ser necesario porque, de lo contrario, podría no
haber existido y esto contradice la pureza de su actualidad.

Tomás de Aquino presentó cinco pruebas de la existencia de Dios, a las cuales llamó las
cinco vías. Estas pruebas tienen la misma estructura, la diferencia está en el punto de
partida:

La primera toma como premisa la existencia del movimiento o cambio. En la segunda, es la


existencia de seres u objetos que son causados. La tercera parte de la contingencia de los
seres de este mundo.

La cuarta se basa en la existencia de diferentes grados de perfección. En la quinta toma


como premisa el orden del Universo.

Al hombre, Tomás de Aquino lo definió como un compuesto sustancial de cuerpo y alma. El


alma es principio de animación y especificación. El cuerpo es principio de individuación. El
alma es simple, inmaterial e incorruptible, y tiene su origen por creación divina. En el hombre
no hay tres almas, sino una sola, la cual es racional (formalmente); aunque potencialmente
también es sensitiva y vegetativa. El alma está dotada de entendimiento y voluntad, que
tienen como tendencia natural la verdad y el bien, en ese orden.

Relación entre la fe y la razón: He aquí uno de los problemas que necesariamente inquietó a
todos los filósofos escolásticos y del cual tienen que seguirse ocupando los neoescolásticos
de nuestros días.

Dicho problema se presenta en forma similar a ésta: ¿habrá o no conflicto entre los
conocimientos que proporciona la fe y los que se obtienen por la razón?

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Tomás de Aquino se pronunció así: no hay conflicto entre la razón y la fe; al contrario,
hay colaboración.

Razón y fe son dos fuentes de conocimiento de que dispone el creyente cristiano. La


primera lo capacita para captar realidades inteligibles; la segunda lo habilita para conocer
los datos de la revelación. Lo especial de la fe es que se vale de la razón, pero auxiliada por
el recurso sobrenatural de la gracia.

Si tenemos en cuenta que entre dos verdades nunca puede haber conflicto, aunque sean
de distinto campo, entonces estaremos seguros de que entre razón y fe la única relación
que habría es la de colaboración. En efecto, la razón auxilia a la fe revisando la corrección
de la investigación, ayudando para que las conclusiones se presenten en proposiciones
organizadas, y valorando la posición de la razón y la interpretación de la fe en aquellos
temas que sean comunes para ambas fuentes de conocimiento. La fe colabora con la
razón, ya que puede servir a ésta como un criterio extrínseco: si la fe proporciona un dato,
el filósofo deberá tenerlo en cuenta, no para apoyarse en él, sino para no ir en contra de él.

Solución tomista al problema de los universales (realismo moderado)

Tomás de Aquino presentó la teoría del realismo moderado formulando tres afirmaciones
básicas y una conclusión, donde expone su criterio respecto del problema:

 La esencia real existente entre los individuos es algo concreto y determinado.

 Cuando la esencia es concebida por el entendimiento se convierte en una noción


abstracta.

 El género y la especie resultan cuando, mediante una reflexión, se universaliza


la noción abstracta concebida por el entendimiento.

Los universales, considerados como las esencias de los individuos, existen en éstos
y en el entendimiento que los concibe; pero, considerados en su aspecto de universalidad,
es decir, como géneros y como especies, solamente existen en el entendimiento de manera
formal, debiendo admitir que, en las cosas reales, hay fundamento para su existencia mental.

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7.4.- Los grandes temas de la edad media: dios, dogmas de fe,
cielo, infierno, vida eterna

La religión es el tema más recurrente en la literatura medieval, ya que se encarga


de dictar todas las normas de comportamiento, moral y buenas costumbres de
la sociedad.

En lo relativo a la existencia de Dios, como en tantos otros temas, la filosofía


medieval viene marcada por las dos grandes síntesis entre filosofía y cristianismo:
la de Agustín de Hipona y la de Tomás de Aquino. Agustinismo y tomismo
serán, por lo demás, dos de las escuelas principales, a las que cabría añadir,
quizás, las aportaciones que llegarán desde autores franciscanos. Tratando
de recoger los principales argumentos que se plantearon en esta época.

Teología y argumento sobre la existencia de Dios

Retomando la conexión entre razón y fe, para Aquino, la teología (la doctrina
sagrada) es en sí misma una ciencia. Y las escrituras sagradas son la replicación
fiel de los datos de dicha ciencia, ya que han sido producidas tanto por revelación
como por conocimiento natural. Para Aquino, el objetivo último de la teología
es el uso de la razón para conocer a Dios y para encontrar salvación verdadera.
En la misma línea habló de las propiedades esenciales de Dios, sosteniendo
que su existencia no es evidente y que no puede ponerse fácilmente a prueba.

En una de sus grandes obras, Summa Theologica, sostiene sus argumentos


ontológicos sobre la existencia de Dios: hay cinco vías que se corresponden con
cinco cualidades de Dios y son, por lo tanto, pruebas racionales de su existencia:

 La vía del movimiento (o cambio): Santo Tomás afirmó que todo en movimiento requiere
una causa que lo ponga en movimiento. Si algo se mueve, es porque algo más lo ha puesto
en movimiento. Sin embargo, este proceso de moverse no puede continuar infinitamente,
por lo tanto, debe haber una “Primera Causa” o “Motor Inmóvil” que inició todo movimiento
en el universo.

 La vía de la causa eficiente: Cada evento tiene una causa eficiente, es decir, algo
que lo ha producido. Siguiendo esta lógica, si retrocedemos en la cadena de causas
eficientes, no puede haber una cadena infinita. Debe haber una “Causa Incausada” o “Causa
No Creada” que sea la fuente original de todas las causas eficientes.

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 La vía de la contingencia: Observamos cosas en el mundo que existen pero que también
podrían no haber existido. Esto implica que en algún momento no existían y, por lo tanto,
necesitaron una causa para su existencia. Si todo en el universo fuera contingente, es decir,
podría no haber existido en algún momento, entonces en algún momento nada existiría.
Pero dado que las cosas existen ahora, debe haber algo necesario, algo cuya existencia es
inmutable y no depende de ninguna otra causa. Este ser necesario es lo que llamamos Dios.

 La vía de los grados de perfección (o el argumento de la gradación): Santo Tomás


argumentó que las cosas en el mundo tienen grados de perfección. Si hay grados de
perfección, debe haber algo que sea la medida de perfección máxima. Este ser supremo y
perfecto es lo que entendemos como Dios.

 La vía del diseño (o el argumento teleológico): Santo Tomás observó el orden y la


finalidad en el mundo y argumentó que esto implica la existencia de un Diseñador
Inteligente. Si vemos un orden en la naturaleza, hay una razón detrás de ello. Este orden
y diseño en el universo apuntan hacia la existencia de un Ser Inteligente que planificó
y creó el cosmos.

Así mismo, Tomás de Aquino sostiene que la existencia de Dios puede comprobarse a
través del movimiento de los objetos, a través de la jerarquía de los valores y
los elementos del mundo, a través de cómo están ordenados los cuerpos naturales
y a través del mundo de las posibilidades.

La esencia de Dios: Dios es incomprensible, en cuanto que su esencia trasciende


o excede la limitación del entendimiento humano. Pero, a pesar de que nuestra
inteligencia no pueda abarcar toda la realidad divina, Dios sí que puede ser
conocido por el hombre: es cognoscible. Para Santo Tomás, nuestro conocimiento
de Dios tiene un carácter analógico cuyo fundamento es la analogía ontológica que
se establece entre Dios y las criaturas. El nombre más propio de Dios es el de
Ipsum Esse Subsistens (Mismo Ser Subsistente), que constituye su constitutivo
formal o atributo fundamental del que se derivan todos los demás.

La creación y el orden: La creación no debe entenderse, en Santo Tomás, como


una emanación de Dios ni como una necesidad suya: Al igual que el resto de los
filósofos medievales tributarios de la tradición cristiana Santo Tomás afirmará la
creación “ex nihilo” (de la nada); es decir, la creación del mundo mediante un acto de
Dios totalmente libre, radical y originario. Santo Tomás ofrece una visión jerárquica
y piramidal de la realidad creada. La jerarquía de los seres vendrá dada por la
mayor o menor simplicidad de estos, es decir, por su mayor o menor cercanía al
puro ser de Dios

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El hombre, cuerpo y alma: La doctrina tomista acerca del hombre difiere de la
agustiniana y se fundamenta en la concepción aristotélica, la cual tratará de
conciliar con creencias básicas del cristianismo como son la inmortalidad del alma y
la creación. En línea con el hilemorfismo, afirma que el hombre está compuesto
de materia y forma.

La unión entre alma y cuerpo no es accidental, sino sustancial. El hombre es un


compuesto sustancial de alma y cuerpo, representando el alma la forma del cuerpo.
El cuerpo constituye el principio de individuación; el alma le da al hombre su
condición en cuanto tal. Frente a la afirmación de algunos de sus predecesores de
que existen en el hombre varias formas sustanciales, como la vegetativa y la sensitiva,
Santo Tomás afirma la unidad hile mórfica del hombre: el ser humano constituye una
unidad en la que existe una única forma sustancial, el alma racional, que informa
inmediata y directamente a la materia prima constituyendo el compuesto “hombre”.

Desaparecen así el alma vegetativa y sensitiva, pero no la racional, que tiene


ser en sí misma. Cada alma humana es creada individualmente por Dios. La
subsistencia e inmaterialidad del alma son las características esenciales del alma, a
partir de las cuales demuestra su inmortalidad.

La relación entre la Fe y la Razón

La Fe y la Razón son dos conceptos que, aunque parezcan muy dispares, tienen
algunas características comunes entre sí. La Fe se define como la convicción sobre
una realidad y se basa en la creencia ciega en el argumento, dándolo como la
verdad absoluta. La Razón, por el otro lado, se fundamenta sobre la evidencia para
establecer sus convicciones y, en consecuencia, proclama el canon propagado por
la Fe como un mito. Esto provoca el surgimiento de dos corrientes de pensamiento:

El Racionalismo (razón): “Donde la única verdad es determinada por la Razón


y la evidencia, y donde la fe no tiene cabida como pensamiento lógico.”

El Fideísmo (fe): “¡En el cual la fe es necesaria y debe ser considerada por encima
de la Razón o la evidencia, aun cuando estas entren en conflicto con la misma!”

El infierno y demonios en la edad media.

Una de las descripciones del infierno más relevantes es la de San Agustín quien
más que mostrar las características físicas o visibles, desarrolla una doctrina de los
destinados a poblar este lugar de tormentos.

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Para él lo principal en el infierno es la presencia del fuego devastador y la eternidad
de las penas, otro aporte que serviría al arte posteriormente, y la variedad en los
condenados, Agustín habla claramente de los ángeles caídos quienes reinan en
el lugar de Tinieblas y quienes tienen a su cargo a todos los pobladores del Infierno,
en el que encuentran desde niños hasta ancianos, pobres y ricos.

Para Agustín son pocos los que podrán salvarse, por tanto, el Infierno que muestra
esta súper poblado.

La vida terrenal sería considerada en la Edad Media como un mero tránsito hacia
la eternidad. El cielo era el destino deseado por todos, pero por mucho que el
individuo se preparara el camino para la salvación nada estaba asegurado y el
infierno constituía un serio peligro.

- Vida Eterna: La Baja Edad Media se caracteriza, entre otras cosas, por una
mayor concienciación de la realidad de la muerte.

Es probable que este fenómeno haya sido acrecentado por las constantes epidemias
que asolaron Europa a mediados del siglo XIV, así como el aumento de la
crueldad de las guerras y el aumento de las aglomeraciones urbanas, que favoreció
una mayor percepción de los fenómenos más morbosos de la experimentación
de la enfermedad y la muerte.

Otros han puesto más énfasis en el desarraigo que supone para la gente del
campo su llegada masiva a la ciudad en los siglos bajomedievales.

Existe la convicción entre la población de la Edad Media de la existencia de otra vida,


la vida eterna, tras el tránsito, por lo que temen fallecer sin aviso, repentinamente,
y verse privados de un tiempo precioso para repartir sus bienes, avalar la buena
convivencia familiar y arreglar los trámites del Más Allá, es decir, asegurarse el
arrepentimiento final y el cumplimiento de ritos y ayudas para que su alma se
garantice el purgatorio.

La muerte cristiana al final de la Edad Media no es una muerte solitaria, sino


un acto social al que deben acudir amigos y parientes para ayudar a la persona que
muere.

Sería en los últimos siglos cuando aparecen aspectos tétricos, motivados sin duda
por la difusión de la Peste Negra y las epidemias, hambrunas y devastadoras
guerras que sacudieron la Baja Edad Media.

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En las ciudades se desarrollaría incluso la idea de muerte-espectáculo. Tal como
ocurre hoy en día, la muerte se presenta a lo largo de la Edad Media como la
última acción igualitaria sobre la sociedad (lo que no era cierto, en teoría, pues la
posición social y la economía condiciona la salvación). La muerte se presenta
como un acto de la vida cotidiana y existe una visión menos temerosa ante ella.
Esto desaparecerá de las culturas posteriores.

7.5.- Los Filósofos Medievales:

Los filósofos medievales fueron pensadores de Europa entre los siglos V y XV.
La filosofía durante este periodo estuvo muy influenciada por el cristianismo y
la teología. Los filósofos medievales exploraron cuestiones sobre la existencia de
Dios, el universo y la naturaleza humana. Algunos de los filósofos medievales más
destacados incluyen a Tomás de Aquino, Agustín de Hipona, Guillermo de Ockham
y Anselmo de Canterbury.

7.5.1 Escoto Erigena.

Juan Escoto Erigena procedía de las Islas Británicas, probablemente de Irlanda,


donde se había conservado, más que en parte alguna, el conocimiento de
la cultura clásica, e incluso de la lengua griega. Pero su actividad intelectual se
ejercitó principalmente en Francia, en la corte de Carlos el Calvo, adonde llegó
a mediados del siglo IX. Encontramos ya en Escoto Erigena el primer ejemplo
de la influencia inglesa en la cultura de Europa. Por lo general, muchas ideas y
movimientos intelectuales europeos proceden de Inglaterra; pero no se desarrollan
en su país de origen, sino en el Continente, y luego desde él vuelven a pasar a
la Gran Bretaña, que sufre nuevamente su influencia.

Escoto Erigena está muy influido por la mística neoplatónica, especialmente por
el escritor anónimo que se tomó por Dionisio Areopagita, el primer obispo de
Atenas, y conocido hoy con el nombre de Pseudo-Dionisio.

El propósito de Escoto Erigena es siempre estrictamente ortodoxo; ni siquiera


imagina que pueda caber discrepancia entre la filosofía verdadera y la religión
revelada; la razón es quien interpreta lo que nos revelan los textos sagrados, y nada
más. Hay una identidad entre filosofía y religión, cuando son ambas verdaderas:
veram esse philosophiam veram religionem, conversimque veram religionem ese
veram philosophiam. Escoto pone en primer lugar la revelación en sentido
riguroso, la autoridad de Dios; pero hay otras autoridades: la de los Padres de
la Iglesia y comentaristas sagrados anteriores, y esta se ha de subordinar a la
razón, que ocupa el segundo lugar, después de la palabra divina.

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La metafísica de Escoto Erigena se expone en su De divisione naturae. Esta
división supone una serie de emanaciones o participaciones por las cuales nacen
todas las cosas del único ente verdadero, que es Dios. En este proceso hay cuatro
Etapas:

1.ª La naturaleza creadora y no creada (natura creans nec creata), es decir,


Dios en su primera realidad. Es incognoscible, y sólo cabe acerca de él la teología
negativa, que puso tan en favor el Pseudo-Dionisio Areopagita.

2.ª La naturaleza creadora y creada (natura creans creata), esto es, Dios en cuanto
contiene las causas primeras de los entes. Al conocer en sí estas causas, Dios se
crea y se manifiesta en sus teofanías.

3.ª La naturaleza creada y no creadora (natura creata nec creans): los seres
creados en el tiempo, corporales o espirituales, que son simples manifestaciones
o teofanías de Dios. Escoto Erigena, que es realista extremado, afirma la
anterioridad del género respecto de la especie, y de esta respecto del individuo.

4.ª La naturaleza ni creada ni creadora (natura nec creata nec creans), esto es,
Dios como término del universo entero. El fin de todo movimiento es su principio; Dios
vuelve así mismo, y las cosas se deifican, se resuelven en el todo divino (qevwsi”).

Juan Escoto presenta una metafísica interesante, que toca de un modo agudo
varios problemas capitales de la Edad Media y significa la primera fase
de la Escolástica. Pero su doctrina es peligrosa y propensa, naturalmente, al
panteísmo. Esta acusación de panteísmo, mejor o peor fundada, se va a
lanzar durante la Edad Media contra numerosos pensadores; y no se olvide
que en la mayoría de los casos estos estaban muy lejos de profesar el panteísmo
deliberadamente, aunque sus doctrinas

—o a veces sólo sus fórmulas— se inclinaran a él.

Escoto Erigena llega a un mono psiquismo humano, consecuencia de su realismo


extremado; aparece aquí también otro de los peligros que va a amenazar en
distintas formas a la Escolástica. Se encuentran, pues, en el primer pensador
medieval importante, los rasgos que van a caracterizar positivamente a la época
y las dificultades con que ha de tropezar.

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7.5.2.- San Anselmo

(siglo XI) (1033 – 1109) fue un filósofo y teólogo italiano de la época medieval

Seis siglos separan a San Anselmo de Agustín de Hipona; sin embargo, lo


estudiaremos en esta unidad porque él, como San Agustín, es también un padre
de la Iglesia. Además, su posición filosófica es continuación de las teorías
agustinistas. San Anselmo es conocido en la historia como “el último padre de la
Iglesia y el primero de los escolásticos”.

Anselmo de Canterbury, al igual que Agustín de Hipona, sostiene que la verdad,


fundamento de todas las verdades, es el ser mismo; y como el ser perfecto, o
plenitud del ser, se encuentra en Dios, de éste decimos que es la verdad.

Según él hay dos fuentes de conocimiento: la fe y la razón. La fe es fuente primaria


de conocimiento para los hechos revelados, los cuales, una vez conocidos, serán
objeto de la razón para ser interpretados. Los hechos revelados, aun los misterios
mismos, pueden ser considerados como lógicos. El criterio para calificarlos así no
es el que sean comprendidos, sino el reconocer que no contradicen a la razón.
Así pues, en terreno de la revelación, primero es la fe y después la razón: la
segunda en cierto modo está subordinada a la primera.

Las obras principales de San Anselmo son: Monologio, Proslogio, Tratado de la


verdad y Tratado de libre albedrío.

Anselmo de Canterbury, para demostrar la existencia de Dios, formuló un


argumento que ha sido muy discutido y que, a partir de Kant, se conoce como
argumento ontológico.

El argumento anselmiano da por supuesto que la existencia real es un atributo


de la esencia divina. El planteamiento del problema es el siguiente: parece que Dios
no existe, porque el insensato dijo en su corazón: no hay Dios.

San Anselmo respondió: el insensato tiene que admitir que por Dios
entendemos un ser mayor que el cual ningún otro puede pensarse. En este supuesto
el insensato tiene que aceptar que ese ser existe en el entendimiento.
Además, ese ser máximo pensable también tiene que existir en la realidad porque,
de no ser así, sería superado por otro máximo pensable que sí existiera en la
realidad. Por consiguiente, el ser mayor que el cual ningún otro puede pensarse,
existe en el entendimiento y en la realidad.

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7.5.3.- San Buenaventura

Juan de Fidanza (en italiano Giovanni di Fidanza), también conocido como


Buenaventura de Bagnoregio o Buenaventura (en italiano Bonaventura di
Bagnoregio) nace alrededor de los años 1217 y

1218 en Florencia, Italia. Fue un místico franciscano de Albano y cardenal italiano.


Reconocido por ser Doctor de la Iglesia Católica y discípulo de Alejandro de
Hales. Durante toda su labor se concentra en criticar las herejías y a los
respectivos voceros que la pregonaban. Como buen enviado de Dios, estaba allí
para defender su legado, por lo cual, no dudaba ni un segundo el enfrentar a estas
personas de poca fe.

La principal fuente doctrinal de Buenaventura es la Biblia que se encuentra en la


base de toda su teología y que interpreta en un sentido principalmente
literal, sin desaprovechar el tropológico, anagógico y alegórico. Este saber
se complementa con la tradición eclesiástica. Su doctrina consiste en una
síntesis entre el aristotelismo que aprendió en la Facultad de Artes, con elementos
neoplatónicos y agustinianos.

Relación entre fe, teología y filosofía

Para Buenaventura, la teología y la filosofía son ciencias. La fe se diferencia de la


ciencia en que, en la primera, la causa eficiente solamente es Dios, mientras que,
en la segunda, hay una concurrencia entre Dios y la mente humana, que actúan
ambas como causas eficientes. Por eso, mientras que la fe es certera, la ciencia es
deficiente.

Las ciencias filosóficas se dividen en teóricas y prácticas, según su causa final


sea conocer o actuar, respectivamente. La teología, sin embargo, no puede ser
abordada desde una actitud puramente teórica ni meramente práctica, sino que
se tiene que abrazar ambos aspectos en una unión que Buenaventura denomina
sapiencial.

En la filosofía de San buenaventura se puede demostrar que estaba muy arraigada


e inspirada en los pensamientos de San Agustín y Santo Tomás, quien era uno de
sus ejemplos a seguir. Él, inspirado en las ideologías plutonistas y agustinianas,
consideraba que la fe y la razón debían estar posicionadas en una balanza, de
manera que ambas vayan de la mano.

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La fe, era el centro de atención, por ella podían moverse montañas y crear cualquier
tipo de milagro, por muy imposible que pareciese. La razón, por otro lado, sería
una herramienta para poder avalar la fe cristiana, así se podría tener un balance
entre lo subjetivo y objetivo. Del mismo modo, San Buenaventura crea una serie de
subdivisiones para explicar de una manera generalizada el conocimiento humano.

La luz exterior: Aquella que está centralizada en los trabajos manuales. Por ejemplo:
carpintería, herrería, etcétera.

Luz inferior: Aquellos conocimientos que adquirimos mediante las vivencias. Está
principalmente arraigado a los sentidos y la forma en la que estos influyen en
nuestras acciones.

Luz interior: Basado en su totalidad en el conocimiento filosófico o espiritual. Es


decir, referido a las personas que tienen una gran inteligencia emocional,
aquellas que saben cómo lidiar con problemas, son maduras y más sabias a la
hora de tomar una decisión.

Durante la vida de San Buenaventura, demostró ser realista y justo sobre todas las
cosas. En sus años de vida en la tierra solía ser conocido por su sabiduría. Era el
indicado a la hora de tomar decisiones, pues él siempre evaluaba correctamente
las distintas opciones.

Además, en su intento de crear un mundo mejor, no dejó de hacer ataques ante


las ideologías paganas, que solo buscaban desprestigiar a Dios Todopoderoso. Con
esto, él deseaba que las personas practicantes de estas ideologías paganas y
alejadas del señor se encaminaran hacia el rumbo del amor, respeto y perdón. En
sus escritos, por otra parte, hay una gran evidencia de su amor por Dios. Él era un
hombre muy agradecido, y sabía que su existencia misma se debía a la bondad
y amor del creador, que fue capaz de sacrificar a su propio hijo por nosotros. Es
por esto que decide vivir su vida en torno a hacer que Dios se sienta orgulloso.

7.5.4 San Alberto Magno

San Alberto Magno nació en el año 1193 en la ciudad de Lauingen en la antigua


Baviera, actualmente Alemania y falleció en la ciudad de Colonia en el año 1280.
Se destacó por ser un sacerdote que llegó incluso a ser obispo doctor de la Iglesia,
además fue un gran teólogo, geógrafo, filósofo y un estudioso muy representativo
de la química, es considerado un polímita de la ciencia medieval caracterizado por
su nobleza y liderazgo.

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Estudió en la ciudad de Padua en Italia donde se formó como sacerdote en el convento
de Santo Domingo de Guzmán. En este lugar profundizaría sus conocimientos
sobre la filosofía aristotélica, siendo en la ciudad de París en Francia donde obtuvo
un doctorado en esta área de conocimiento en el año 1245. Además, sus amplios
conocimientos le llevaron a enseñar en algunas de las pocas Universidades que
había en ese momento.

Estando en la Universidad de París tradujo, comentó y clasificó textos antiguos


vinculados con la filosofía Aristotélica. Por otro lado, añadió a estos escritos sus
propios comentarios y experimentos, aunque Alberto Magno no tenía la misma
visión de estos experimentos como la tendrían luego los fundadores de la ciencia
moderna. La visión experimental de Alberto Magno se basaba en la observación,
descripción y clasificación.

Estos trabajos tanto de la filosofía Aristotélica como los otros realizados por Alberto
Magno, sentarían las bases para los trabajos de quien sería su discípulo Santo
Tomas de Aquino.

Las principales obras de San Alberto Magno tienen una inclinación mayor hacia
lo filosófico que hacia lo teológico. Sus obras filosóficas, ocupan los primeros seis
volúmenes y el último de los 38 volúmenes. Estos se dividen de acuerdo al esquema
aristotélico de las ciencias, este consiste en interpretaciones y síntesis de las
obras pertenecientes a Aristóteles, haciendo uso de debates complementarios
sobre temas da la contemporaneidad.

La visión filosófica de San Alberto Magno era bastante avanzada para la época
puesto que aseguraba que el enfoque de Aristóteles con respecto a la filosofía
natural no representaba un impedimento para el desarrollo de una visión filosófica
cristiana del orden natural.

Sobre el Alma

Luego de haber escrito su obra enciclopédica sobre las ciencias naturales, San
Alberto Magno volvería a sus raíces filosóficas y se centraría en el estudio del
alma, esto ya que consideraba que la filosofía contribuye con conocimiento no
sólo de la naturaleza sino también de las ciencias divinas.

San Alberto Magno sostenía que la esencia del alma consiente es una sustancia
incorpórea y con principios de movimiento. Esto quiere decir que el alma está
provista de un cuerpo que le permite trasladarse de un lado a otro. Por otro lado, el
alma está sola y se diferencia del alma intelectual ya que esta perece con el cuerpo.

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El alma es concebida como el centro de todos los sentidos, a esto se le conoce
como “Sentido Común” en la actualidad. San Alberto Magno lo posicionaba en el
cerebro anterior, lugar donde convergen los nervios sensibles. Por otro lado, la
memoria reside en la parte posterior del cerebro, mientras que entre la parte anterior
y la posterior del cerebro se encuentra la zona de la inteligencia.

Alberto Magno aseveraba que las cualidades supra normales están vinculadas a la
lejanía de las cosas sensibles, para ello se debía vivir en soledad y en abstención
de placeres carnales para así poder conectar con nuestra alma en esencia.

Materia y Forma

San Alberto Magno creía que todos los seres naturales estaban compuestos de materia
y de forma, refiriéndose a este principio como “quod est y quod est” que en español
significan “La existencia y el ser”. Por otro lado, Alberto creía que Dios es la única
entidad gobernante absoluta.

Resumiendo, se puede decir que la filosofía medieval emerge como un periodo de profunda
reflexión que se extiende desde el siglo V hasta el XV, caracterizado por la fusión entre
la razón y la fe en un contexto predominantemente cristiano. Los filósofos medievales
no solo preservaron y transmitieron el legado de la filosofía clásica, sino que también
realizaron contribuciones significativas, buscando conciliar las enseñanzas religiosas con
el pensamiento racional.

Desde Agustín de Hipona hasta Santo Tomás de Aquino, estos pensadores exploraron
cuestiones fundamentales sobre la naturaleza de Dios, la relación entre la fe y la razón, la
ética y la metafísica. En este periodo, la escolástica se erigió como un método distintivo,
aplicando la lógica y la razón a las cuestiones teológicas.

La filosofía medieval dejó un legado duradero al influir en la tradición intelectual occidental.


La síntesis lograda por pensadores como Tomás de Aquino entre la filosofía aristotélica y la
teología cristiana dejó una marca indeleble, proporcionando un marco conceptual que influyó
en el pensamiento cristiano y en el diálogo entre la fe y la razón. Aunque este periodo
estuvo marcado por tensiones entre los enfoques filosóficos y teológicos, su riqueza y
complejidad han seguido siendo objeto de estudio y reflexión a lo largo de los siglos.

La filosofía medieval, con su búsqueda de respuestas a preguntas trascendentales, contribuyó


significativamente al desarrollo continuo del pensamiento filosófico y teológico en la
historia de la humanidad.

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UNIDAD III:
FILOSOFÍA MODERNA Y CONTEMPORANEA
COMPETENCIA:

Analiza el origen del renacimiento destacando el pensamiento humanista


y materialista de los filósofos ilustrados, a través de sus obras y la influencia
de las ideas en la formación del Estado Moderno utilizando el análisis dialéctico
en la nueva visión del mundo y sus relaciones económicas.

Resumen de la Unidad III.

La filosofía moderna, representada por pensadores como Descartes, Locke, Hume, Kant
y Hegel, marcó un cambio significativo en la concepción del mundo. En este periodo, el
hombre desplazó la posición central que la religión había ocupado en los debates filosóficos
hasta entonces. Los temas relacionados con la humanidad y la naturaleza se convirtieron
en el foco central de los debates filosóficos, buscando así alcanzar la verdadera realidad.

Los filósofos modernos se dividen en cuatro grupos: racionalismo, empirismo, idealismo


trascendental y otros autores fuera de estas categorías. Las principales características de
esta filosofía se manifestaron en el ámbito del pensamiento y el razonamiento humano.

En la Edad Moderna, la filosofía estuvo vinculada a factores históricos que provocaron


un cambio de mentalidad. Este cambio se tradujo en una nueva forma de concebir al ser
humano, ahora visto como un ser racional y autónomo, redefiniendo su posición dentro de
la naturaleza.

La filosofía moderna se refiere a un periodo en la historia de la filosofía que abarca


aproximadamente desde finales del siglo XVI hasta el siglo XVIII. Este periodo sigue a
la filosofía medieval y precede a la filosofía contemporánea. La filosofía moderna está
marcada por cambios significativos en la forma de abordar el conocimiento, la
realidad y la naturaleza humana. Algunas características y aspectos destacados
de la filosofía moderna incluyen:

1. Renacimiento y Humanismo: El Renacimiento fue un movimiento cultural que


influyó en la transición de la Edad Media a la filosofía moderna. Se caracterizó
por el resurgimiento del interés en la cultura clásica grecolatina y el humanismo, que
enfatizaba la importancia del individuo y su capacidad para contribuir al conocimiento
y la sociedad.

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2. Desarrollo del Método Científico: La filosofía moderna está estrechamente
vinculada al surgimiento de la ciencia moderna. Filósofos como Francis Bacon
y René Descartes contribuyeron al desarrollo del método científico, destacando
la importancia de la observación, la experimentación y el razonamiento lógico en la
búsqueda del conocimiento.

3. Racionalismo y Empirismo: Dos corrientes filosóficas dominantes en este periodo


fueron el racionalismo y el empirismo. El racionalismo, asociado principalmente
con filósofos como Descartes, sostiene que el conocimiento se obtiene a través de
la razón y la reflexión. Por otro lado, el empirismo, defendido por figuras como John
Locke y David Hume, argumenta que el conocimiento proviene de la experiencia y
la observación.

4. Contrato Social y Teorías Políticas: Filósofos como Thomas Hobbes, John


Locke y Jean-Jacques Rousseau desarrollaron teorías sobre el contrato social
y la naturaleza del gobierno. Estas ideas influyeron en la formación de las
bases del pensamiento político moderno y en la concepción de los derechos
individuales.

5. Ilustración: La Ilustración fue un movimiento intelectual que se desarrolló en el


siglo XVIII y promovió la idea de la razón, la ciencia y la libertad como herramientas
para mejorar la sociedad. Filósofos ilustrados como Voltaire, Montesquieu y Denis
Diderot contribuyeron a la difusión de ideas ilustradas.

6. Énfasis en la Individualidad y la Autonomía: La filosofía moderna puso un


fuerte énfasis en la individualidad y la autonomía del ser humano. Se destacó
la capacidad del individuo para razonar, tomar decisiones informadas y
contribuir al progreso social y científico.

7. Crítica a las Tradiciones Establecidas: Filósofos modernos desafiaron las


tradiciones y autoridades establecidas, promoviendo un enfoque más crítico y
reflexivo hacia la búsqueda de conocimiento.

La filosofía moderna sentó las bases para muchas de las ideas y conceptos que
aún influyen en la filosofía contemporánea y en la comprensión de la sociedad,
la ética y la epistemología.

La filosofía moderna se puede dividir en varias etapas, y aunque las fechas exactas
pueden variar según las interpretaciones, se suelen reconocer tres periodos
principales:

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 Renacimiento (siglos XIV-XVI): Aunque el Renacimiento no es exclusivamente
filosófico, sentó las bases para el cambio en la mentalidad que caracterizaría a
la filosofía moderna. Durante esta época, se produjo un resurgimiento del interés
por las obras clásicas, se promovió el humanismo y se adoptó una perspectiva
más centrada en el individuo. Filósofos como Marsilio Ficino y Giovanni Pico della
Mirandola contribuyeron a este cambio cultural.

 Filosofía Moderna Temprana (siglos XVII-XVIII): Esta etapa se asocia con


el desarrollo del racionalismo y el empirismo. Entre los filósofos destacados
de esta época se encuentran René Descartes, Baruch Spinoza y Gottfried Wilhelm
Leibniz, quienes contribuyeron al racionalismo, y John Locke, George Berkeley
y David Hume, representantes del empirismo. Estos pensadores exploraron
cuestiones relacionadas con la naturaleza del conocimiento, la existencia de Dios y
la relación mente-cuerpo.

 Ilustración (siglo XVIII): La Ilustración fue un movimiento intelectual que


promovió la razón, la ciencia y la libertad como medios para mejorar la sociedad.
Filósofos como Voltaire, Montesquieu, Denis Diderot, Jean- Jacques Rousseau
y Immanuel Kant jugaron un papel crucial en este período. La Ilustración
también influyó en el desarrollo de ideas políticas, éticas y científicas.

Estos periodos no están claramente delimitados, y hay cierta superposición entre


ellos. Además, la filosofía moderna se relaciona estrechamente con los cambios
históricos, políticos y científicos de la época. La transición entre la filosofía moderna
y la filosofía contemporánea se marca comúnmente a finales del siglo XVIII y
principios del XIX, con el surgimiento de nuevas corrientes y enfoques

8.1.- El Renacimiento

¿Qué fue el Renacimiento?

El Renacimiento fue un movimiento artístico-cultural que, desde Italia, se extendió


por Europa Occidental a partir del siglo XV.

Fue la manifestación cultural de un cambio en la mentalidad europea que


pasó de una concepción de mundo teocéntrica, propia del periodo medieval, a
una antropocéntrica. Este cambio, manifestado en la corriente intelectual, cultural y
filosófica conocida como Humanismo, se considera el inicio de la Edad Moderna.
El pensamiento antropocéntrico ponía énfasis en la facultad humana para acceder
al conocimiento del mundo a través de la razón. En este sentido, las personas

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del Renacimiento se consideraban herederas de los valores de la cultura griega y
romana.

El concepto de «renacimiento» hace referencia a la recuperación de esos valores


clásicos luego de la Edad Media.

Se suele dividir el Renacimiento artístico en dos momentos:

• El Quattrocento, o Primer Renacimiento: desde 1400 hasta 1480


aproximadamente, tuvo como centro a la ciudad de Florencia.

• El Cinquecento, o Alto Renacimiento: desde 1480 hasta 1520, que se centró


en Roma desde donde se extendió por Europa.

8.2.- Origen y Características del Renacimiento

Su origen se remonta a Florencia, Italia, en donde se llevó a cabo una intención


de transformar y evolucionar el arte en Europa, el cual para este momento
conservaba el estilo medieval.

El Renacimiento fue un período de la historia que se gestó desde el fin de la


Peste Negra a mediados del siglo XIV y abarcó hasta la primera mitad del siglo XVI.
Algunos lo consideran el inicio de la era moderna y otros como el preámbulo de la
modernidad. En todo caso, fue un giro histórico hacia la secularización por medio
de la promoción del pensamiento científico y humanístico, procesos que se vieron
cristalizados en el arte y la literatura de la época.

Características del Renacimiento

a). Secularización y laicización del saber

La principal característica del Renacimiento radica en la secularización de la


sociedad. Se llama secularización a la transformación de una sociedad organizada
en función de la doctrina religiosa hacia un Estado con intereses diversificados y
autónomos.

Este cambio trajo consigo la laicización del saber, es decir, la posibilidad de cultivar y
promover el conocimiento entre los sectores civiles, fuera del dominio eclesiástico.
Esto implicó una mayor libertad de investigación y producción científico/cultural.

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b). Antropocentrismo y humanismo

El Renacimiento se define como un período antropocéntrico, donde el ser humano


se convirtió en el centro de referencia a partir del cual se estructuró el orden
sociocultural. De esta manera, el pensamiento teocéntrico de la Edad Media, en
que Dios era el centro del universo, pasó a segundo plano.

Sin embargo, esto no debe entenderse como el paso de una sociedad creyente
a una agnóstica o atea, sino que se generó un cambio de foco.

El antropocentrismo se fundó en el humanismo, una corriente filosófica de dicho


período que exaltaba las cualidades de la naturaleza humana. Este movimiento
derivó del humanismo teológico de finales de la Edad Media, que permitió la
valoración del ser humano como criatura predilecta de Dios.

c). Revaloración de la Antigüedad Clásica

En este periodo la inspiración fue la Antigüedad Clásica, es decir, el estudio del


pensamiento y el arte de Grecia y Roma antiguas. El pasado grecorromano
se convirtió en el modelo de referencia. Por ello, este período se dio a sí mismo el
nombre de Renacimiento y tuvo su epicentro en la península itálica, deseosa de
recuperar el esplendor de la era romana.

d) Valoración del pensamiento racional

La generación renacentista comenzó a cuestionar las creencias medievales y buscó


explicaciones racionales a los fenómenos más variados. El pensamiento racional
(científico y filosófico) se convirtió en una herramienta para el descubrimiento del
mundo, la naturaleza y el hombre.

d). Curiosidad científica y técnica

La curiosidad científica estuvo a la orden del día en el Renacimiento. Fueron


muchos los avances que se registraron en todas las áreas, como la astronomía,
la anatomía, la biología, la botánica, etc. Fue también una época signada
por importantes invenciones como la imprenta, que permitió la divulgación del
pensamiento entre la élite alfabetizada.

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d). Estudio de la naturaleza en las artes

De los aspectos que más se desarrolló fue el estudio de la naturaleza, algo que
la cultura del medioevo había mantenido oculto. En concreto, se desarrollaron los
siguientes aspectos:

• Estudio y análisis de la luz diáfana, gracias a lo cual surgió el claroscuro.

• Estudio y análisis de la geometría espacial, que favoreció un nuevo


modelo de perspectiva llamada “lineal” o de “punto de fuga”.

• Estudio pormenorizado de la anatomía.

e). Arte como conocimiento y separación de la artesanía

Los creadores de las artes plásticas trabajaron a partir del estudio concienzudo
de la naturaleza y entendieron el arte como forma de conocimiento. Gracias
a esto, se fue gestando la separación entre el arte y la artesanía, que culminó en la
reaparición de la firma del artista, que había caído en desuso durante la Edad Media.

f). Autonomía del arte

La diferenciación entre arte y artesanía estuvo relacionada con los modos de


producción (paso del gremio al taller del artista). Además, se terminó con el antiguo
sistema del medioevo en que se jerarquizaban las artes de acuerdo al contenido
(arte sacro/arte profano). Ahora cualquier tema era digno del arte.

g). Búsqueda de la simetría, la proporción y el equilibrio

El renacimiento tomó los valores estéticos de la Antigüedad Clásica como referencia.


De este modo, la simetría, la proporción y el equilibrio se convirtieron en
modelos aplicados en las artes y la literatura.

h). Práctica del mecenazgo

Se llama mecenazgo a la promoción de la creación artística y protección


económica de los artistas. Esta práctica fue muy común en la Antigüedad. El
término deriva de Cayo Mecenas, un noble romano impulsor y protector de los
poetas de su tiempo, iniciativa que le mereció gran prestigio en su época.

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A imitación de Cayo Mecenas, los sectores seculares del Renacimiento (ya no sólo
los monarcas y la Iglesia) se dedicaron a promover todo tipo de artes para honra
de Dios, de la ciudad y de sí mismos. Con el mecenazgo renacentista nació también
el arte como inversión económica.

i). Surgimiento del gentil-hombre

Con el Renacimiento apareció un nuevo ideal de persona al que se llamaba “gentil-


hombre”. Se refería a la imagen modelo del hombre múltiple y docto, que debía
tener conocimiento de todas las áreas (ciencia, artes y humanidades). No
existía la idea del especialista, sino que se valoraba el conocimiento abarcaba
múltiples ramas.

j). Surgimiento de la usura y del sistema bancario moderno

En la transición de la Baja Edad Media al Renacimiento surgió la clase de


prestamistas y usureros. Con ellos, aparecieron los primeros bancos modernos.
Este proceso comenzó en las ciudades italianas de Florencia, Venecia y Génova.
La familia Médici fue una de las que participó en esta clase de actividades.

k). Crecimiento de las ciudades

El crecimiento de las ciudades había comenzado en la Baja Edad Media. En aquel


periodo, el excedente de la producción agrícola, junto a otros factores, estimuló el
comercio y la formación de burgos en donde se establecieron mercados.

En el Renacimiento, las ciudades alcanzaron mayor auge y se impusieron como


centros de referencia. De hecho, en la península itálica, la organización
sociopolítica se realizó a través de las polis, ciudades-estado que competían entre
ellas, tales como Florencia, Roma y Nápoles.

l). Florecimiento artístico y literario

El Renacimiento fue una época de florecimiento cultural bajo esquemas de mayor


libertad compositiva, estética y, sobre todo, temática. A lo largo de este período,
hubo un gran desarrollo de diversas artes como la literatura, la arquitectura, la
escultura y la pintura. Esta última fue particularmente importante gracias a
la aparición de la técnica del óleo, que permitió independizar la pintura de los
soportes fijos y favoreció el coleccionismo.

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m). Obras más importantes

No es fácil hacer una lista de las obras más importantes del Renacimiento, dado
que fue un período sumamente prolífico. Sin embargo, algunas son de referencia
obligada. A continuación, se sugiere una lista de autores y sus obras más
destacadas.

• Sandro Botticelli (1445-1510): El nacimiento de Venus; La primavera;


Venus y Marte; La adoración de los magos.

• Leonardo da Vinci (1452-1519): La Gioconda o Mona Lisa; La última


cena, La virgen de las Rocas; La dama del armiño; San Juan bautista.

• Rafael Sanzio (1483-1520): La escuela de Atenas; Los desposorios de la


Virgen; Autorretrato; La madonna sixtina.

• Donatello (1386-1466): David, Gattamelata; María Magdalena; Festín de


Herodes.

• Miguel Ángel Buonarroti (1475-1564): David; Bóveda de la Capilla Sixtina;


Moisés; Tondo doni; La piedad.

• Lorenzo Ghiberti (1378 -1455): Relieves de la llamada Puerta del


Paraíso del Batisterio de Florencia.

• Filippo Brunelleschi (1377 -1446): Cúpula de Santa María del Fiore.

8.3.- FORMACIÓN DE ESTADOS MODERNOS

Los Estados modernos comenzaron a surgir durante el Renacimiento y se


consolidaron principalmente en los siglos XVI y XVII. El nacimiento del estado
moderno es una de las características que han definido el comienzo de la Edad
Moderna, aunque muchos historiadores consideran que el nacimiento del estado
fue un proceso lento, que comenzó siglos antes del inicio de la Edad Moderna, es
decir, en la Edad Media.

Como génesis medieval del Estado moderno se entiende el proceso por el cual las
monarquías occidentales pasaron, durante la Baja Edad Media, de una organización
feudal de vasallaje a otra centralizada de características estatales y absolutistas.

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Los principales elementos del sistema feudal que propician el surgimiento del
Estado moderno son: La jerarquía social y la jerarquía política. La forma en
que se administraban las tierras, los campesinos y la agricultura en general.
Las formas de comercio y los diferentes convenios comérciales. La formación
de los Estados modernos es un proceso complejo que ocurrió a lo largo de varios
siglos y fue influido por una serie de factores históricos, políticos, económicos y
culturales. Aspectos clave de este proceso:

1. Fin del Feudalismo: En la Edad Media, Europa estaba dominada por un


sistema feudal descentralizado en el que los señores feudales tenían un gran
poder sobre sus territorios. Con el tiempo, los monarcas buscaron consolidar el
poder central, rompiendo con la fragmentación feudal.

2. Monarquías Absolutas: Durante los siglos XVI y XVII, algunas monarquías


europeas adoptaron el modelo de la monarquía absoluta, en la que los monarcas
buscaban concentrar en sí mismos todo el poder político y tomar decisiones sin la
necesidad de consultar a otras instituciones. Esto contribuyó a la centralización
del poder estatal.

3. Tratados y Conflictos: La Guerra de los Treinta Años (1618-1648) y otros


conflictos de la época jugaron un papel crucial en la reconfiguración del mapa
político de Europa. Los tratados que pusieron fin a estos conflictos, como el Tratado
de Westfalia, contribuyeron a establecer las bases para la soberanía estatal y el
reconocimiento de estados independientes.

4. Legalidad y Justicia: La formación de los Estados modernos también estuvo


marcada por el desarrollo de sistemas legales y judiciales más estructurados. Se
promovió la idea de un sistema legal que se aplicara de manera uniforme en todo
el territorio, independientemente del estatus social.

5. Burocracia y Administración: Para consolidar el poder central, los


monarcas necesitaron desarrollar una administración más eficiente. Se crearon
estructuras burocráticas que permitieron al Estado gestionar asuntos como la
recaudación de impuestos, la defensa y la legislación de manera más efectiva.

6. Nacionalismo: La formación de los Estados modernos también estuvo


vinculada al desarrollo del sentimiento nacionalista. La idea de una identidad
compartida, un lenguaje común y una cultura nacional contribuyó a la consolidación
de las fronteras estatales.

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7. Economía Mercantilista: El mercantilismo fue una teoría económica predominante
en la época que buscaba fortalecer el poder del Estado a través del control de los
recursos económicos. Se fomentó la acumulación de riqueza y el establecimiento
de colonias para fortalecer la economí a nacional.

8. Desarrollo del Derecho Internacional: A medida que los Estados


modernos establecieron relaciones entre sí, se desarrolló el derecho internacional
para regular las interacciones y conflictos entre las naciones.

La formación de los Estados modernos fue un proceso complejo que involucró


cambios en la estructura política, legal y económica, así como el surgimiento del
nacionalismo. Estos cambios sentaron las bases para el sistema estatal que
conocemos en la actualidad.

8.4.- Ilustración

La Ilustración fue un movimiento intelectual y cultural que se desarrolló en Europa


durante el siglo XVIII, aproximadamente desde mediados del siglo hasta finales.
También se conoce como la Edad de la Razón. Este periodo se caracterizó por
una confianza en la razón, la ciencia, la educación y el escepticismo hacia las
tradiciones y las instituciones establecidas.

CARACTERÍSTICAS MÁS IMPORTANTES DE LA ILUSTRACIÓN:

 Racionalismo: La Ilustración abogaba por la primacía de la razón como la


principal fuente de conocimiento y guía para la toma de decisiones. Los ilustrados
creían en la capacidad humana para comprender y mejorar el mundo a través de
la razón y la ciencia.

 Empirismo: Junto con el énfasis en la razón, también se valoraba la evidencia


empírica y la observación directa como fuentes fundamentales de conocimiento. Los
ilustrados buscaban entender el mundo a través de la observación y el método
científico.

 Confianza en la Ciencia: La Ilustración coincidió con el auge de la


revolución científica. Se valoraba la ciencia como un medio para descubrir las leyes
naturales y aplicar ese conocimiento para mejorar la sociedad y la vida humana.

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 Crítica a la Autoridad y la Tradición: Los ilustrados cuestionaban la
autoridad absoluta de la monarquía, la iglesia y otras instituciones
tradicionales. Promovían la idea de la libertad individual y la igualdad, así como
el respeto por los derechos naturales.

 Optimismo y Progreso: La Ilustración era optimista respecto al progreso


humano. Los ilustrados creían que, a través de la educación, la razón y la aplicación
del conocimiento científico, la humanidad podría superar la ignorancia y mejorar
la condición humana y la sociedad.

 Educación Universal: Se enfatizaba la importancia de la educación para todos.


Los ilustrados creían que la educación universal fomentaría la razón, la tolerancia y
la participación ciudadana informada.

 Libertad de Expresión y Tolerancia: Se abogaba por la libertad de expresión


y la tolerancia hacia diversas opiniones. Los ilustrados creían que la discusión
abierta y la libertad de pensamiento eran esenciales para el progreso intelectual
y social.

 Influencia en la Política: Las ideas ilustradas influyeron en eventos


políticos, como la Revolución Americana y la Revolución Francesa. Los principios
ilustrados contribuyeron a la búsqueda de sistemas políticos basados en la razón y
los derechos humanos.

 Producción Literaria: La Ilustración también se manifestó en la literatura, la


filosofía y otros campos culturales. Filósofos como Voltaire, Montesquieu, Rousseau
y Locke, entre otros, fueron figuras destacadas de este movimiento.

La Ilustración dejó un legado duradero en la forma en que la sociedad occidental


aborda la razón, la ciencia, la política y la educación. Su influencia se puede
ver en los valores fundamentales de muchas democracias modernas.

8.4.1.- PRINCIPALES REPRESENTANTES DEL PENSAMIENTO


DE LA ILUSTRACIÓN DESTACAN:

La Ilustración contó con una variedad de pensadores y filósofos cuyas ideas influyeron
significativamente en el movimiento. Algunos de los principales representantes del
pensamiento ilustrado:

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1. Voltaire (1694-1778): François-Marie Arouet, conocido como Voltaire, fue un filósofo y
escritor francés. Defendió la libertad de expresión, la tolerancia religiosa y criticó la injusticia
y la opresión. Su obra “Cándido” es una sátira que aborda temas como la intolerancia y la
corrupción.

2. John Locke (1632-1704): Filósofo inglés cuyas ideas sobre el contrato social, la
propiedad y los derechos naturales influyeron en la Ilustración y en el desarrollo de las ideas
democráticas. Su obra “Ensayo sobre el gobierno civil” tuvo un impacto significativo en la
teoría política.

3. Montesquieu (1689-1755): Charles-Louis de Secondat, barón de Montesquieu, fue


un filósofo político francés. Es conocido por su obra “El espíritu de las leyes”, en la que
aboga por la separación de poderes como un medio para evitar el abuso de autoridad en el
gobierno.

4. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): Filósofo y escritor suizo-francés, Rousseau es


famoso por sus ideas sobre la libertad, la igualdad y la soberanía popular. Su obra “El
contrato social” es un tratado político que influyó en las ideas revolucionarias y en la teoría
democrática.

5. Denis Diderot (1713-1784): Diderot fue un enciclopedista francés y editor de la


“Enciclopedia”, una obra que recopilaba conocimientos y promovía la difusión de la educación
y la razón. Su trabajo contribuyó a la diseminación de ideas ilustradas.

6. Immanuel Kant (1724-1804): Filósofo alemán que combinó elementos del


empirismo y el racionalismo. Su obra “Crítica de la razón pura” busca establecer los límites
y la validez del conocimiento humano. Kant también abogó por l a autonomía moral y la ética
del deber.

7. Adam Smith (1723-1790): Economista y filósofo escocés, Smith es conocido por


su obra “La riqueza de las naciones”. Es considerado uno de los padres fundadores de la
economía moderna y abogó por la libre competencia y el liberalismo económico.

Estos son solo algunos ejemplos, y hay muchos otros pensadores ilustrados cuyas
contribuciones influyeron en la formación de las ideas modernas sobre la razón, la libertad y
los derechos individuales. La diversidad de perspectivas dentro de la Ilustración contribuyó
a su impacto duradero en la historia del pensamiento.

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8.5.- RACIONALISMO

Se entiende por racionalismo a la doctrina filosófica que afirma y sostiene la supremacía


de la razón sobre la experiencia. El racionalismo es la absolutización de la
razón. La tesis del racionalismo se caracteriza por lo real, por los conceptos o
sistemas mentales y a la explicación de la ciencia en términos lógicos.

El racionalismo es un movimiento filosófico que surgió en Europa en los siglos


XVII y XVIII y suele ser señalado como padre del racionalismo al filósofo René
Descartes, quien argumentaba que la única vía para llegar a obtener verdades
universales de las cuales emanan todos los restantes conocimientos de la
ciencia es la razón. Es por ello que el racionalismo dice que la razón es la
generadora del saber y que estos conocimientos son innatos en el ser, pero que
éstos se encuentran ocultos en nuestra mente. En algunas ocasiones se llega a
asociar al racionalismo con el ateísmo, ya que todas sus posturas y tesis anteponen
a la razón sobre la experiencia e incluso la enaltecen sobre la propia fe.

En la doctrina del racionalismo se sostiene que el hombre como ser pensante,


capaz de tener raciocinio, utiliza esta herramienta para generar saber, es decir
conocimientos y deja en un plano más distante a la percepción de los sentidos
y a la propia experiencia, ya que la razón está dentro del ser y es innato a él.
También se utiliza el término de racionalismo en la arquitectura y sirve para hacer
referencia a aquella rama de la arquitectura que se opuso a la ornamentación
excesiva que se proponía en el art nueva y que se desarrolló al finalizar la Primera
Guerra Mundial.

Dicho movimiento buscaba incentivar la construcción de formas simples y dinámicas


que debían ser realizadas con materiales como el acero y el hormigón.

Tipos de Racionalismo: Dentro del racionalismo, hay diferentes enfoques y matices


que han sido desarrollados por diversos filósofos a lo largo del tiempo. Algunos
tipos de racionalismo que representan ciertas variantes o énfasis particulares:

• Racionalismo Cartesiano: Basado en las ideas de René Descartes, este


enfoque destaca la duda metódica como un medio para alcanzar verdades
fundamentales. Descartes abogó por la certeza y la claridad en el
pensamiento y es conocido por su famosa afirmación “Cogito, ergo sum”
(Pienso, luego existo).

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• Racionalismo Leibniziano: Influenciado por las ideas de Gottfried Wilhelm Leibniz,
este tipo de racionalismo incluye conceptos como la teoría de las mónadas y
la idea de que estamos viviendo en el “mejor de los mundos posibles”. Leibniz
también hizo importantes contribuciones en lógica y matemáticas.

• Racionalismo Espinosista: Basado en las ideas de Baruch Spinoza, este


enfoque sostiene la identificación de Dios con la naturaleza y la existencia
de una única sustancia infinita. Spinoza abogó por una ética basada en la
comprensión de la naturaleza y la subordinación de las pasio nes a la razón.

• Racionalismo Matemático: Este tipo de racionalismo destaca la


importancia de las matemáticas como un modelo de razonamiento claro y
deductivo. Filósofos como Descartes y Leibniz consideraban que la
geometría y la lógica matemática proporcionaban un método sólido para la
adquisición de conocimiento.

• Racionalismo Crítico (Kantiano): Aunque Immanuel Kant es a menudo


asociado con el criticismo, su enfoque también tiene elementos de racionalismo.
Kant argumentó que ciertos conocimientos son innat os y que la mente humana
aporta ciertas estructuras a la experiencia. Sin embargo, su enfoque crítico
también aborda las limitaciones de la razón.

• Racionalismo Ético: Algunos filósofos racionalistas han aplicado la razón al


ámbito ético, buscando establecer principios éticos fundamentales mediante
el razonamiento lógico. Esto incluiría ideas como la ética racionalista de
Kant, que se basa en el imperativo categórico.

Estos tipos de racionalismo no son mutuamente excluyentes, y muchos filósofos han


combinado elementos de varios enfoques en sus sistemas filosóficos. Además,
estas categorías se presentan para ilustrar ciertos énfasis y perspectivas dentro
del racionalismo, pero no pretenden agotar la diversidad de opiniones y matices
dentro de esta corriente fi losófica.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 63


Características fundamentales del racionalismo:

 Primacía de la Razón: La característica central del racionalismo es su


énfasis en la razón como la facultad humana más confiable y fundamental para
la adquisición de conocimiento. La razón se considera capaz de descubrir
verdades universales y principios fundamentales.

 Innatez de las Ideas: Muchos racionalistas sostienen que ciertas ideas son
innatas o inherentes a la mente humana desde el nacimiento. Estas ideas se
consideran como principios fundamentales que no se derivan directamente de la
experiencia, como las ideas de espacio, tiempo y causalidad.

 Certeza y Universalidad: El racionalismo busca la certeza y la


universalidad en el conocimiento. Los racionalistas creen que algunas
verdades son absolutas y aplicables a todas las personas en cualquier momento y
lugar, independientemente de la experiencia individual.

 Método Deductivo: En la metodología, el racionalismo favorece el método


deductivo, donde se parte de principios generales y se llega a conclusiones específicas.
Esto implica la aplicación de la lógica para deducir conclusiones a partir
de premisas dadas.

 Desconfianza en la Experiencia Empírica: Aunque no necesariamente rechaza


la importancia de la experiencia, el racionalismo desconfía de depender
exclusivamente de la observación y la experiencia empírica para alcanzar verdades
fundamentales. Considera que la razón puede ir más allá de los límites de la
experiencia directa.

 Enfoque Sistemático: Los filósofos racionalistas tienden a desarrollar


sistemas filosóficos coherentes y sistemáticos que abarcan diversas áreas del
conocimiento. Buscan construir un edificio conceptual unificado.

 Contribuciones a la Ciencia y la Matemática: El racionalismo ha influido en


el desarrollo de la ciencia y las matemáticas, ya que fomenta la confianza en
la razón y el método científico. Filósofos racionalistas, como Descartes y Leibniz,
realizaron contribuciones significativas en estas disciplinas.

 Énfasis en la Claridad y Distinción: Los racionalistas valoran la claridad y la


distinción en la formulación de ideas. Buscan eliminar ambigüedades y construir
argumentos que sean lógicamente sólidos.

64 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


Representantes del racionalismo

Los representantes más destacados del racionalismo en la historia de la filosofía


son filósofos cuyas ideas y contribuciones han influido significativamente en el
desarrollo de esta corriente. A continuación, se mencionan algunos de los principales
representantes del racionalismo:

• René Descartes (1596-1650): A menudo considerado el padre del


racionalismo moderno, Descartes es conocido por su método de duda
metódica y su famosa afirmación “Cogito, ergo sum” (Pienso, luego existo). Buscó
establecer una base indudable para el conocimiento a través de la razón.

• Baruch Spinoza (1632-1677): Filósofo neerlandés-portugués, Spinoza


desarrolló una filosofía que abogaba por la identificación de Dios con la
naturaleza y la existencia de una única sustancia infinita. Su obra “Ética
demostrada según el orden geométrico” es una de sus contribuciones más
importantes.

• Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716): Filósofo, matemático y científico alemán,


Leibniz hizo contribuciones significativas en diversas áreas. Introdujo el
cálculo infinitesimal de manera independiente de Isaac Newton y desarrolló la
idea de las “mónadas” como unidades fundamentales de realidad.

• Nicolas Malebranche (1638-1715): Filósofo y teólogo francés,


Malebranche fue conocido por su obra “La búsqueda de la verdad”, en la que
defendía la idea de que todo conocimiento verdadero proviene de Dios y que
los seres humanos solo pueden conocer la verdad a través de la intervención
divina.

• Christian Wolff (1679-1754): Filósofo alemán, Wolff fue un defensor del


racionalismo y sistematizó muchas ideas de sus predecesores. Su obra “Psicología
Racional” influyó en la filosofía moral y ética de la época.

Estos filósofos, junto con otros pensadores de la época, contribuyeron a la


consolidación y desarrollo del racionalismo en los siglos XVII y XVIII. Es
importante destacar que mientras comparten el énfasis en la razón, cada uno
tiene sus propias ideas distintivas y enfoques filosóficos dentro del marco del
racionalismo.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 65


8.6.- FILOSOFIA CONTEMPORANEA

La filosofía contemporánea se refiere al periodo filosófico que abarca desde finales del
siglo XIX hasta la actualidad. Es una época caracterizada por una diversidad de
corrientes, enfoques y preocupaciones filosóficas que han surgido en respuesta
a los cambios sociales, científicos y culturales de la época. No se limita a una sola
corriente de pensamiento, sino que abarca una amplia gama de perspectivas y áreas
de investigación relacionadas con el ser humano cuando éste se enfrenta a una
sociedad que se encuentra en un constante cambio.

Entre las principales características de la filosofía contemporánea se


mencionan las siguientes:

• Muestra un rechazo ante todo lo que es considerado como


trascendental y espiritual.

• Posee una gran cantidad de corrientes

• Se basa en inquietudes y en interrogantes con respecto a la filosofía como


una práctica reflexiva.

• Confrontaba el racionalismo absoluto, el existencialismo y el


irracionalismo.

• Se dividió en dos ramas principales, la filosofía continental y la


analítica.

• Se logró profesionalizar el área de la filosofía. Rechazaba todo tipo de


creencia trascendental.

• Se enfoca en un plano completamente terrenal y deja de lado lo


religioso y lo espiritual.

Los principales antecedentes de la filosofía contemporánea incluyen aspectos


relacionados con el pensamiento de Augusto Comte consolidándose como ciencia
gracias a la doctrina socialista establecida por Carlos Marx. La aparición de filósofos
que establecieron que la ciencia se volviera además de teórica, práctica.

66 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


La filosofía contemporánea tuvo varias fases las cuales fueron:

• Edad antigua: en esta etapa se dio la filosofía clásica y se da con el


paso del mito al logos para poder evitar la ignorancia. Es aquí donde
encontramos autores importantes como Sócrates, Platón y Aristóteles. Edad
media: en esta etapa se desarrolla la filosofía medieval y su tema principal
fue Dios, la fe y la razón. Tenía un tipo de cosmovisión más teocéntrica en
donde se establecía que el mundo había sido creado de la nada y surge aquí
la categoría de persona divina y humana.

• Edad moderna: aquí encontramos el Renacimiento, el Humanismo, el


comienzo de la modernidad incluyendo el racionalismo y el empirismo, la
Ilustración y el Romanticismo.

El tema principal que se trata en la filosofía contemporánea es el hombre y trata de


explicar su esencia y su naturaleza. El hombre es visto como un ser y además como
un animal. Pone también la verdad misma en cuestión, así como su existencia, la
dimensión de la realidad y la filosofía.

Las corrientes más importantes que surgieron en la filosofía contemporánea son


lassiguientes:

• Filosofía analítica: se desarrolló a inicios del siglo XX y se caracterizó principalmente


por el análisis del lenguaje y del conocimiento por medio del desarrollo de la lógica, así
como de su justificación. Una corriente que estuvo opuesta al idealismo, dialéctica y a
la filosofía continental. De la filosofía analítica se derivan ramas como la filosofía
de la mente y el lenguaje, el positivismo lógico y la epistemología.

• Filosofía continental: está formada por varias ramas filosóficas que estaban
en contra de la filosofía analítica y se desarrolló durante el siglo XIX y XX en
la parte occidental de Europa. Se caracteriza por usar la especulación, ir en contra
de la ciencia, no poseer análisis y por seguir las ideas de Immanuel Kant.
De ella se derivan otras ramas como la fenomenología, el estructuralismo,
la hermenéutica y el existencialismo

La filosofía contemporánea presentó varios problemas relacionados con


temasespecíficos, éstos fueron los siguientes:

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• El mundo: el mundo es visto como un sistema de seguridades que hace
posible que el ser humano pueda establecer relaciones concretas y claras
relacionadas con la realidad en la que viven.

• Dios: la modernidad crea una confusión en materia religiosa, el hombre


moderno creó un mundo sin Dios y esto hizo que la inhumanidad se hiciera
presente.

• La política y su función relacionada con el mundo. En este caso, la


política es vista como una dimensión social de todas las actividades que
hace el hombre y está además relacionado con la educación, la cultura y el
bien común.

• Los problemas del mundo actual que establecen una serie de


interrogantes relacionadas con la moral y con la libertad, la ciencia y la
tecnología.

Las escuelas que surgieron con la filosofía contemporánea fueron las


siguientes:

• Positivismo: un sistema que se basaba en la experiencia y en el


conocimiento de tipo empírico sobre los fenómenos naturales.

• Materialismo dialéctico: investiga la naturaleza que tiene la verdad por


mediodel uso del análisis crítico de los conceptos y las hipótesis.

• Historicismo: una corriente que reconoce que la historia tiene un valor


supremo y fundamental en la naturaleza y en el ser humano.

• Vitalismo: también conocido como voluntarismo, es una doctrina que


asegura que la vida humana es una realidad fundamental dentro de la
existencia.

• Personalismo: un movimiento que se enfoca en el valor supremo que tiene


el ser humano, el cual a su vez tiene una serie de valores y cualidades propias.

• Existencialismo: afirma que la existencia viene antes de la esencia. Le da


mayorimportancia a la existencia humana.

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• Fenomenología: establece que los datos empíricos que brindan los
fenómenos relacionados con la conciencia son los que pueden guiar a la
esencia de las cosas.

Representantes de la filosofía contemporánea:

Se considera a Edmund Husserl como el padre de la filosofía contemporánea, fue


un filósofo y lógico de origen alemán cuyo pensamiento se basaba en la voluntad
por intentar resolver la clásica oposición que existía entre el racionalismo y el
empirismo. Propuso además una actitud más naturalista por medio de un
método en donde el espectador desinteresado en sí mismo tenía la capacidad
de poder volver a construir la conciencia y el mundo en donde vivía.

- Martin Heidegger (1889-1976): Filósofo alemán, Heidegger es conocido por su


influencia en la fenomenología y la hermenéutica. Su obra “Ser y Tiempo” es una de las
más influyentes en la filosofía del siglo XX.

- Jean-Paul Sartre (1905-1980): Filósofo existencialista francés y figura clave en la


fenomenología existencial. Es conocido por su obra “El Ser y la Nada” y por su concepto de
la “existencia precede a la esencia”.

- Albert Camus (1913-1960): Filósofo y escritor francés, Camus es conocido por sus
contribuciones al existencialismo y su obra “El mito de Sísifo”. También abordó cuestiones
éticas y morales.

- Hannah Arendt (1906-1975): Filósofa política y teórica alemana, Arendt abordó


cuestiones como la autoridad, el poder y la responsabilidad en su obra “Los orígenes del
totalitarismo” y “La condición humana”.

- Michel Foucault (1926-1984): Filósofo francés asociado con el estructuralismo y el


posmodernismo. Foucault exploró temas como el poder, la vigilancia y las instituciones
sociales en obras como “Vigilar y Castigar”.

- Jacques Derrida (1930-2004): Filósofo francés asociado con el deconstructivismo.

Derrida es conocido por su crítica a la metafísica y la deconstrucción, un enfoque que


influyó en áreas como la teoría literaria y cultural.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 69


- Gilles Deleuze (1925-1995): Filósofo francés asociado con el posmodernismo y el
posestructuralismo. Deleuze abordó temas como la ontología y la diferencia en colaboración
con Félix Guattari en “El Anti Edipo” y “Mil mesetas”.

- Simone de Beauvoir (1908-1986): Filósofa y escritora francesa, De Beauvoir es


conocida por su trabajo en el existencialismo y el feminismo. Su obra más famosa es “El
segundo sexo”.

- Jurgen Habermas (n. 1929): Filósofo alemán y sociólogo. Habermas ha abordado temas
como la teoría crítica, la ética de la comunicación y la esfera pública en obras como
“Teoría de la acción comunicativa”.

8.7.-MATERIALISMO:

El materialismo es una filosofía que sostiene que la realidad fundamental es material o


física. En otras palabras, argumenta que todo lo que existe, incluidas las ideas, la conciencia
y la mente, se deriva de la materia y está sujeto a las leyes de la naturaleza. El materialismo
tiende a rechazar la existencia de entidades inmateriales o espirituales, y en cambio, busca
explicaciones basadas en la materia y la energía.

En el contexto filosófico, hay varias formas de materialismo. Algunas de las principales


corrientes son:

 Materialismo filosófico: Esta perspectiva aborda la naturaleza fundamental de la


realidad y argumenta que todo puede reducirse a elementos materiales.

 Materialismo dialéctico: Asociado con el marxismo, el materialismo dialéctico sostiene


que las contradicciones y conflictos en la sociedad surgen de las condiciones materiales y
económicas.

 Materialismo científico: En el ámbito de la ciencia, el materialismo se refiere a la idea


de que todos los fenómenos naturales pueden explicarse mediante leyes físicas y
químicas, sin la necesidad de recurrir a causas sobrenaturales.

 Materialismo histórico: Una teoría asociada con Karl Marx y Friedrich Engels que
interpreta la historia humana como una evolución de las relaciones materiales de producción.

70 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


Es importante señalar que el materialismo no niega la existencia de la mente o la conciencia,
pero argumenta que estas emergen de la actividad del cerebro y están estrechamente
vinculadas a procesos materiales. Esta perspectiva contrasta con otras filosofías, como el
idealismo, que sugiere que la realidad fundamental es de naturaleza mental o espiritual.

8.8 MATERIALISMO FILOSOFICO:

El materialismo filosófico es una corriente de pensamiento dentro de la filosofía que sostiene


que la realidad fundamental es material. Esto significa que todo lo que existe, incluidos los
fenómenos mentales y la conciencia, se puede reducir a entidades y procesos materiales.

Características clave del materialismo filosófico:

 Base material de la realidad: El materialismo filosófico argumenta que la realidad última


consiste en elementos materiales, ya sean partículas subatómicas, energía o alguna otra
forma de sustancia física. En este enfoque, las explicaciones fundamentales de la realidad
se buscan en términos de cosas tangibles y observables.

 Reduccionismo: Los materialistas filosóficos tienden a adoptar una perspectiva


reduccionista, argumentando que los fenómenos más complejos, como la mente o la
conciencia, pueden reducirse a procesos y estructuras más simples a nivel material.

 Causalidad material: La causalidad en el materialismo se comprende


principalmente en términos de relaciones materiales y procesos físicos. La idea es que
todo evento tiene una causa material, y las explicaciones deben referirse a condiciones
materiales y causas eficientes.

 Rechazo de lo inmaterial o espiritual: El materialismo filosófico tiende a rechazar


la existencia de entidades inmateriales o espirituales. En lugar de recurrir a explicaciones
basadas en lo sobrenatural, busca comprender y explicar el mundo en términos de las
propiedades y leyes de la materia.

 Perspectiva científica: A menudo, el materialismo filosófico se asocia con una actitud


científica hacia la comprensión del mundo. Se busca explicar los fenómenos naturales
utilizando métodos y conceptos científicos, y se considera que la ciencia es una herramienta
fundamental para entender la realidad material.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 71


El materialismo filosófico ha tenido representantes a lo largo de la historia, y varios filósofos
han contribuido a su desarrollo y articulación. Aquí hay algunos representantes notables:

1. Demócrito (c. 460 a.C. - c. 370 a.C.): Un filósofo presocrático y atomista de la antigua
Grecia. Demócrito fue uno de los primeros en proponer una teoría atomista, argumentando
que la realidad está compuesta por partículas indivisibles llamadas átomos.

2. Epicuro (341 a.C. - 270 a.C.): Filósofo griego que fundó la escuela epicúrea. Si
bien Epicuro es conocido por su ética hedonista, también sostuvo una visión materialista
del mundo, abogando por la idea de que todo se puede explicar en términos de átomos y
el vacío.

3. Lucrecio (c. 99 a.C. - c. 55 a.C.): Poeta y filósofo romano, conocido por su obra
“De rerum natura” (Sobre la naturaleza de las cosas), que presenta y elabora las ideas
atomistas de Epicuro.

4. Ludwig Feuerbach (1804-1872): Filósofo alemán que influyó en el pensamiento


marxista. Feuerbach criticó la religión y propuso una perspectiva materialista en la que la
realidad última es la naturaleza humana y sus relaciones materiales.

5. Karl Marx (1818-1883): Filósofo, economista y revolucionario socialista. Junto con Friedrich
Engels, Marx desarrolló el materialismo histórico, una aplicación del materialismo filosófico
a la interpretación de la historia y la sociedad. Marx también contribuyó al materialismo
dialéctico, que considera el cambio social como resultado de contradicciones y conflictos
en las condiciones materiales de la sociedad.

Hay muchos otros filósofos que han abordado el materialismo desde diversas perspectivas y
en diferentes momentos históricos. Es importante tener en cuenta que las ideas y enfoques
del materialismo filosófico pueden variar considerablemente entre estos pensadores.

8.9 MATERIALISMO DIALÉCTICO:

Es una corriente filosófica que se desarrolló principalmente en el contexto del pensamiento


marxista. Fue formulado por Karl Marx y Friedrich Engels como una herramienta conceptual
para analizar la realidad, especialmente en el ámbito social e histórico.

Dialéctica: La dialéctica es un método de análisis que se basa en la contradicción y el


cambio. En el materialismo dialéctico, se entiende que los fenómenos y procesos
están en constante movimiento y cambio, y que este cambio se produce a través de la
confrontación y la superación de contradicciones internas.

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Contradicción: La contradicción es un elemento central en la dialéctica. Se refiere a
la existencia de fuerzas opuestas o tensiones dentro de un sistema o fenómeno. Estas
contradicciones son impulsoras del cambio y del desarrollo.

Historicidad: El materialismo dialéctico considera que la realidad es históricamente


condicionada y que las contradicciones en las relaciones materiales y sociales son el motor
de los cambios históricos.

Base y superestructura: En la teoría marxista, se sostiene que la sociedad está compuesta


por una base económica (las relaciones de producción y la propiedad de los medios
de producción) y una superestructura (las instituciones políticas, jurídicas, religiosas y
culturales). El materialismo dialéctico examina las interacciones y contradicciones entre
estas dos dimensiones.

Transformación cualitativa: La dialéctica implica que los cambios no son simplemente


cuantitativos, sino que pueden dar lugar a transformaciones cualitativas. Esto significa que,
en ciertos puntos de desarrollo, un sistema puede experimentar cambios fundamentales
en lugar de simples modificaciones graduales.

Aplicación a la lucha de clases: Marx y Engels aplicaron el materialismo dialéctico al


análisis de la lucha de clases y la evolución de las formaciones sociales. Argumentaron
que las contradicciones entre las clases sociales eran la fuerza motriz detrás del cambio
social y que el desarrollo histórico seguía un curso dialéctico.

El materialismo dialéctico es una herramienta analítica que busca comprender la dinámica


y el desarrollo de los fenómenos sociales, económicos y culturales desde una perspectiva
materialista y en constante cambio. Es una parte integral del marco teórico del marxismo.

Principales representantes del materialismo dialéctico:

Quienes desarrollaron y aplicaron este enfoque en el marco de su filosofía y teoría social.


Marx y Engels fueron colaboradores cercanos y coautores de varias obras clave que
delinearon los principios del materialismo dialéctico y del materialismo histórico.

 Karl Marx (1818-1883): Marx fue un filósofo, economista y teórico político alemán.

Junto con Friedrich Engels, formuló y desarrolló el materialismo dialéctico y el materialismo


histórico. Su obra más conocida es “El Capital”, donde analiza críticamente la economía
capitalista y explora las contradicciones fundamentales de ese sistema. Marx aplicó

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 73


la dialéctica a la lucha de clases y al cambio social, enfocándose en las relaciones de
producción y las condiciones materiales como impulsores del cambio histórico.

 Friedrich Engels (1820-1895): Engels fue un filósofo, socialista y colaborador


cercano de Marx. Junto con Marx, coescribió obras fundamentales como el “Manifiesto
Comunista” y contribuyó significativamente al desarrollo de las teorías del materialismo
dialéctico y materialismo histórico. Después de la muerte de Marx, Engels continuó
defendiendo y desarrollando estas ideas.

Además de Karl Marx y Friedrich Engels son sus principales representantes, es importante
señalar que otros pensadores y teóricos marxistas han contribuido a la elaboración y
aplicación de estas ideas en diversas áreas, como la filosofía, la sociología, la historia y
la economía. Entre estos, se encuentran teóricos como Vladimir Lenin, Rosa Luxemburgo,
Antonio Gramsci y otros que han aplicado y desarrollado la dialéctica marxista en diferentes
contextos y disciplinas.

8.9.1 Las leyes de la dialéctica:

Son principios filosóficos que describen la dinámica del cambio y el desarrollo en la realidad,
según la perspectiva del materialismo dialéctico. Estas leyes fueron desarrolladas por
filósofos como Georg Wilhelm Friedrich Hegel y luego fueron adoptadas y transformadas
por Karl Marx y Friedrich Engels en el contexto del marxismo.

Son fundamentales para entender la naturaleza del cambio y el desarrollo en el


pensamiento dialéctico. Es importante destacar que estas leyes se aplican a niveles diversos
de la realidad, desde procesos naturales hasta desarrollo social e histórico. Las leyes
de la dialéctica han influido no solo en la filosofía marxista, sino también en otras corrientes
filosóficas y científicas que han adoptado un enfoque dialéctico para comprender la realidad.

8.9.2 MOMENTOS DE LA DIALÉCTICA:

Los momentos en la dialéctica se refieren a las etapas o fases del proceso dialéctico
mediante el cual se desarrollan y transforman los fenómenos. Estos momentos son
parte de la estructura de la dialéctica y se aplican a través de las leyes dialécticas. Los
momentos fundamentales de la dialéctica son tres:

1. Tesis: La tesis representa la afirmación inicial o la condición existente de un


fenómeno. Es la situación actual, el estado de cosas tal como se presenta inicialmente.

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2. Antítesis: La antítesis es la contradicción o negación de la tesis. Surge como resultado
de las tensiones y contradicciones internas presentes en la tesis. La antítesis representa la
fuerza que se opone o niega a la tesis.

3. Síntesis: La síntesis es la reconciliación de la tesis y la antítesis en un nuevo


estado de cosas. Es el resultado del proceso dialéctico y representa una etapa superior
de desarrollo que ha superado y absorbido las contradicciones iniciales. La síntesis se
convierte en la nueva tesis para un ciclo posterior del proceso dialéctico. Estos momentos
se relacionan con la Ley de la Negación de la Negación en la dialéctica. La negación inicial
(antítesis) es negada a su vez por la síntesis, pero la síntesis también incorpora y preserva
elementos de la tesis y la antítesis en un nivel más alto de desarrollo. Este proceso continúa
en un ciclo constante de cambio y desarrollo.

Debemos tener en cuenta que estos momentos no son necesariamente secuenciales o


lineales; pueden manifestarse de maneras más complejas y dinámicas. Además, estos
momentos no solo se aplican a la filosofía, sino que también se han utilizado en diversas
disciplinas, incluidas la sociología, la política y la teoría literaria, como herramienta
conceptual para entender el cambio y la evolución en diversos fenómenos.

8.9.3 LAS TRES LEYES FUNDAMENTALES DE LA DIALÉCTICA:

Ley de la Unidad y Lucha de Contrarios (o Ley de la Contradicción): Esta ley


sostiene que todo fenómeno, proceso o entidad contiene fuerzas opuestas o contradicciones
internas que están en constante interacción y lucha. La contradicción es vista como la
fuerza impulsora detrás del cambio y el desarrollo. En la dialéctica, las contradicciones no
se ven como algo negativo, sino como la fuente misma del cambio y la transformación.

Ejemplo: Lucha de clases en la sociedad: En el marxismo, la lucha de clases es un


ejemplo clave de la ley de la unidad y lucha de contrarios. En una sociedad capitalista, la
burguesía y el proletariado representan clases opuestas con intereses antagónicos. Esta
contradicción fundamental impulsa el conflicto y el cambio social.

Ley de la Transformación de Cantidad en Cualidad: Esta ley sugiere que los cambios
graduales y cuantitativos en un sistema pueden dar lugar a cambios cualitativos abruptos.
Es decir, cuando ciertos cambios cuantitativos acumulan lo suficiente, pueden generar una
transformación cualitativa, un salto cualitativo. Esta idea destaca la idea de que el desarrollo
no es lineal, sino que puede experimentar cambios sustanciales en determinados puntos.

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Ejemplo: Estado físico del agua

Cantidad: Considere un recipiente con agua a temperatura ambiente. A medida que se aplica
calor gradualmente (cambio cuantitativo), la temperatura del agua aumenta.

Calidad: Llega un punto en el que la temperatura alcanza los 100 grados Celsius. En este
momento crítico, el agua experimenta una transformación cualitativa y cambia de estado
líquido a gaseoso, es decir, hierve y se convierte en vapor.

En este ejemplo, el cambio cuantitativo en la cantidad de calor aplicado a través del aumento
gradual de la temperatura lleva a un cambio cualitativo en el estado del agua, pasando de
líquido a gas.

Este principio puede aplicarse en diversos contextos, desde cambios en la sociedad


hasta el desarrollo de productos y procesos. La idea es que un aumento o disminución
gradual en una cantidad específica puede, en ciertas condiciones, desencadenar un cambio
cualitativo sustancial en la naturaleza del fenómeno estudiado.

Ley de la Negación de la Negación: Esta ley expresa la idea de que el proceso dialéctico
implica la negación y la superación de las contradicciones existentes. En términos simples,
cuando se supera una contradicción, no simplemente se elimina, sino que se “niega” y
se integra en una nueva síntesis que incorpora aspectos de los elementos previos. Esto
representa un proceso de desarrollo continuo y de avance en la complejidad.

Ejemplo: Desarrollo tecnológico y cambio social

 Tesis (Fase inicial): En una sociedad determinada, hay una forma establecida de
producción y organización social. La tecnología está en un estado inicial y las relaciones
sociales se configuran de acuerdo con esa tecnología específica.

 Antítesis (Contradicción): Con el tiempo, surgen contradicciones y limitaciones dentro


del sistema existente debido al desarrollo de nuevas tecnologías y a cambios en las
condiciones sociales. Por ejemplo, la introducción de tecnologías más avanzadas podría
generar tensiones en las estructuras sociales existentes.

 Síntesis (Negación de la negación): En respuesta a estas contradicciones, la sociedad


experimenta cambios. Se desarrollan nuevas formas de producción y organización social
que incorporan tanto elementos de la estructura original como aspectos adaptados a la
nueva tecnología. Esto representa la negación de la negación, ya que algunos elementos

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de la estructura social anterior se conservan en la nueva síntesis, pero de una manera
transformada.

 Nuevo Estado (Síntesis transformada): La sociedad ahora tiene una forma de


organización y producción diferente, que ha superado las contradicciones iniciales. Sin
embargo, también conserva ciertos aspectos de la estructura social anterior que aún son
relevantes o valiosos.

A través de este ejemplo se demuestra que a medida que una sociedad avanza y se
desarrolla, no se deshace completamente de sus formas anteriores. En cambio, la negación
de la negación implica que algunos elementos de la estructura social anterior se conservan
y transforman en la nueva síntesis, creando así un proceso dinámico de desarrollo social
y tecnológico.

9.Materialismo Histórico:

Es una teoría y enfoque metodológico desarrollado por Karl Marx y Friedrich Engels para
analizar la evolución histórica de las sociedades humanas. Esta teoría se encuentra
estrechamente vinculada al materialismo dialéctico, que es la base filosófica que proporciona
las herramientas conceptuales para entender el cambio social.

9.1 Principales características del materialismo histórico:

 Enfoque materialista: El materialismo histórico sostiene que la base económica de una


sociedad, que incluye las relaciones de producción y la propiedad de los medios de
producción, es fundamental para comprender su estructura y desarrollo. Las condiciones
materiales de la sociedad son la fuerza motriz detrás del cambio social.

 Modo de producción: Marx identifica distintos modos de producción en la historia, como


el esclavismo, el feudalismo y el capitalismo. Cada modo de producción tiene sus propias
relaciones sociales y económicas que definen la estructura de la sociedad en un período
específico.

 Lucha de clases: Una idea central del materialismo histórico es la noción de lucha
de clases. Marx y Engels argumentan que la historia de la humanidad es, en gran medida,
la historia de las luchas entre clases sociales con intereses opuestos. La lucha de clases
es un motor de cambio social, ya que las clases dominantes y las clases oprimidas tienen
conflictos sobre la distribución de recursos y poder.

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 Superestructura: En la teoría marxista, la superestructura de una sociedad (que incluye
las instituciones políticas, legales, religiosas y culturales) está determinada por su base
económica. La superestructura refleja las relaciones de producción y sirve para legitimar y
mantener el orden establecido.

 Transformaciones cualitativas: Al igual que en el materialismo dialéctico, el materialismo


histórico reconoce la posibilidad de transformaciones cualitativas en la sociedad. Los
cambios no son simplemente cuantitativos, sino que pueden dar lugar a nuevas formas
sociales y económicas.

El materialismo histórico proporciona una herramienta para analizar la dinámica histórica y


comprender cómo las condiciones materiales y las relaciones de producción influyen en el
desarrollo de las sociedades a lo largo del tiempo. Es una parte integral del pensamiento
marxista y ha sido influyente en diversas disciplinas como la sociología, la historia y la
ciencia política.

9.2 Representantes destacados del materialismo histórico:

 Karl Marx (1818-1883): Marx es el principal exponente del materialismo histórico.

Junto con Friedrich Engels, desarrolló la teoría y la metodología del materialismo histórico
en obras como “La Ideología Alemana” y “El 18 Brumario de Luis Bonaparte”. Marx aplicó el
materialismo histórico para analizar las diferentes etapas del desarrollo humano, desde las
sociedades primitivas hasta el capitalismo.

 Friedrich Engels (1820-1895): Engels, colaborador cercano de Marx, coescribió varias


obras fundamentales, incluyendo el “Manifiesto Comunista”. Después de la muerte de
Marx, Engels continuó desarrollando y promoviendo el materialismo histórico. Su obra
“El origen de la familia, la propiedad privada y el Estado” también es significativa para la
aplicación de estas ideas al estudio de la historia.

 Vladimir Lenin (1870-1924): Líder de la Revolución Rusa de 1917, Lenin aplicó las ideas
del materialismo histórico a las condiciones particulares de Rusia. Su obra “El imperialismo,
fase superior del capitalismo” es un ejemplo de la aplicación del materialismo histórico
al análisis de las relaciones internacionales y la política mundial.

 Rosa Luxemburgo (1871-1919): Luxemburgo fue una destacada teórica marxista y


revolucionaria. Contribuyó al materialismo histórico a través de su análisis de la acumulación
de capital y sus críticas al imperialismo. Su obra “La acumulación del capital” es un ejemplo
significativo de su enfoque materialista histórico.

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 Antonio Gramsci (1891-1937): Gramsci, pensador italiano y cofundador del
Partido Comunista Italiano, desarrolló la idea de la “hegemonía cultural”. Su obra destaca la
importancia de las instituciones culturales en la reproducción del orden social y su relación
con el materialismo histórico.

 Louis Althusser (1918-1990): Filósofo francés, Althusser reinterpretó y desarrolló


las ideas de Marx, especialmente en relación con la estructura del Estado. Su enfoque,
conocido como “estructuralismo marxista”, influyó en el análisis materialista histórico
y en la teoría crítica.

Estos representantes han contribuido significativamente al desarrollo y la aplicación del


materialismo histórico, proporcionando herramientas teóricas para entender la evolución de
las sociedades humanas a lo largo del tiempo.

10.Marxismo

Es una corriente de pensamiento político, económico y social basada en las ideas


del filósofo alemán Karl Marx y su colaborador Friedrich Engels. El marxismo
tiene sus raíces en las ideas y escritos de Karl Marx y Friedrich Engels, quienes
eran filósofos, economistas y revolucionarios alemanes del siglo XIX.

Está enraizado en el materialismo dialéctico y el materialismo histórico, dos conceptos


fundamentales que forman la base filosófica y metodológica del marxismo.

Karl Marx (1818-1883): Marx, nacido en Tréveris (Prusia, ahora en


Alemania), fue un intelectual influyente cuyas ideas y análisis críticos del sistema
capitalista tuvieron un impacto significativo en la teoría social y política. Marx
estudió filosofía, economía y derecho en universidades europeas y, a lo largo
de su vida, desarrolló un enfoque crítico hacia la sociedad y la economía.

Colaboración con Friedrich Engels (1820-1895): Marx conoció a Engels en París


en 1844. Engels, quien provenía de una familia adinerada en el negocio textil,
compartía las preocupaciones e ideas de Marx sobre la crítica al capitalismo y
la necesidad de un cambio revolucionario en la sociedad. Juntos, Marx y Engels
colaboraron en varios escritos, incluidos los más conocidos, como el “Manifiesto
Comunista” (1848) y “El Capital”.

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“El Manifiesto Comunista” (1848): Este documento, escrito por Marx y Engels,
es una obra fundamental que expone las ideas centrales del marxismo. En el
manifiesto, Marx y Engels esbozan la teoría de la lucha de clases, la inevitabilidad
de la revolución proletaria y la visión de una sociedad sin clases.

“El Capital” (1867): Marx dedicó gran parte de su vida a la elaboración de su obra
maestra, “El Capital”. Publicado por Engels después de la muerte de Marx, este
trabajo crítico analiza la economía política del capitalismo. En “El Capital”, Marx
explora conceptos como la plusvalía, la alienación y las leyes económicas que
rigen la producción y distribución en el sistema capitalista.

Desarrollo posterior: Después de la muerte de Marx en 1883, las ideas marxistas


continuaron evolucionando y se desarrollaron en diversas direcciones. Diversos
intelectuales y líderes políticos adoptaron y adaptaron el marxismo según las
circunstancias de sus respectivos contextos históricos y geográficos. Esto llevó
al surgimiento de diferentes interpretaciones y corrientes dentro del marxismo,
como el marxismo- leninismo, el marxismo humanista, entre otros.El marxismo,
como sistema de pensamiento y como base para la acción política, ha tenido un
impacto significativo en la historia del siglo XX y sigue siendo una corriente influyente
en la teoría social y política.

10.1Características principales del marxismo:

 Materialismo dialéctico: Como se mencionó anteriormente, el


materialismo dialéctico es un método de análisis filosófico que enfatiza la dinámica
del cambio y la contradicción en la realidad. Marx y Engels aplicaron este
enfoque a la sociedad, la economía y la historia, utilizando la dialéctica para entender
las luchas de clases y el desarrollo social.

 Materialismo histórico: El materialismo histórico es la aplicación del materialismo


dialéctico al análisis de la historia. Se centra en las condiciones materiales
y económicas de una sociedad como la fuerza motriz detrás de su desarrollo. El
materialismo histórico examina cómo los modos de producción y las relaciones de
clase han evolucionado a lo largo del tiempo.

 Lucha de clases: Una idea fundamental del marxismo es la lucha de


clases, que sostiene que la historia de la sociedad es, en gran medida, una historia de
conflictos entre clases sociales con intereses opuestos. Marx y Engels identificaron
varias etapas históricas, cada una caracterizada por distintas formas de lucha de
clases.

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 Modos de producción: El marxismo reconoce diferentes modos de
producción a lo largo de la historia, incluyendo el esclavismo, el feudalismo y el
capitalismo. Cada modo de producción tiene sus propias relaciones sociales y
económicas que determinan la estructura de la sociedad.

 Alienación: Marx argumentó que, en las sociedades capitalistas, los trabajadores


experimentan alienación, es decir, una separación de la productividad de su trabajo
y una pérdida de control sobre sus propias vidas. Esta alienación se deriva de
la naturaleza de las relaciones de producción capitalistas.

 Crítica al capitalismo: El marxismo critica fundamentalmente el sistema


capitalista, señalando sus contradicciones inherentes, explotación de clase y
desigualdades económicas. Marx y Engels abogaron por la abolición del sistema
capitalista y la instauración de una sociedad sin clases.

 Modos de producción: Marx identifica diferentes modos de producción en


la historia, como el esclavismo, el feudalismo y el capitalismo. Cada modo de
producción tiene sus propias relaciones sociales y económicas que definen la
estructura de la sociedad en un momento dado.

 Plusvalía: La teoría de la plusvalía es central en la crítica marxista al


capitalismo. Marx argumenta que los trabajadores, al vender su fuerza de trabajo,
generan más valor del que reciben como salario. La plusvalía es la base de la
acumulación de capital por parte de la clase capitalista.

 Revolución proletaria: El marxismo aboga por la abolición del sistema capitalista


a través de una revolución proletaria. Marx y Engels predicen que, en última
instancia, la clase trabajadora tomará el control de los medios de producción
y establecerá una sociedad sin clases: el comunismo.

 Internacionalismo: El marxismo aboga por la solidaridad internacional de la


clase trabajadora y la idea de que la revolución socialista debe ser un fenómeno
global. La visión marxista es internacionalista, enfocándose en la unidad de los
trabajadores en todo el mundo.

Es importante destacar que el marxismo ha tenido diversas interpretaciones y


aplicaciones a lo largo del tiempo, dando lugar a diferentes corrientes y escuelas
de pensamiento dentro del propio marxismo.

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10.2 Principales evoluciones y ramificaciones del marxismo:

1. Marxismo clásico: La fase inicial del marxismo, también conocida como marxismo clásico,
se centra en las ideas de Karl Marx y Friedrich Engels. Sus obras fundamentales incluyen
“El Manifiesto Comunista” y “El Capital”. Esta fase sentó las bases del materialismo
dialéctico, el materialismo histórico y la teoría de la lucha de clases.

2. Marxismo ortodoxo: Después de la muerte de Marx y Engels, algunos seguidores


buscaron preservar y mantener las ideas originales sin desviarse significativamente de ellas.
Esta forma de marxismo se conoce como marxismo ortodoxo y estuvo asociada con figuras
como Karl Kautsky.

3. Revisionismo: A fines del siglo XIX y principios del siglo XX, surgieron tensiones y
revisiones en el marxismo. Eduard Bernstein, por ejemplo, propuso ajustar las teorías
marxistas para adaptarlas a las condiciones políticas y económicas de la época. Este
enfoque se conoce como revisionismo, y generó debates significativos en el movimiento
socialista.

4. Marxismo-leninismo: Con la Revolución Rusa de 1917 y la toma del poder por parte de
los bolcheviques liderados por Vladimir Lenin, el marxismo experimentó una nueva fase
conocida como marxismo-leninismo. Lenin adaptó las ideas marxistas a las condiciones
rusas y desarrolló teorías sobre el partido revolucionario, el papel del Estado y el
imperialismo.

5. Trotskismo: Tras la Revolución Rusa, León Trotsky se convirtió en una figura destacada
en la escena política y teórica. Sin embargo, después de la muerte de Lenin, perdió la lucha
por el liderazgo y fue expulsado del Partido Comunista. El trotskismo, basado en las ideas
de Trotsky, se convirtió en una corriente distinta del marxismo que criticaba la dirección
stalinista y defendía la continuación de la revolución socialista mundial.

6. Estalinismo: Después de la muerte de Lenin, Joseph Stalin consolidó el poder en


la Unión Soviética y desarrolló su propia interpretación del marxismo, conocida como
estalinismo. El estalinismo se caracteriza por un fuerte control estatal, la idea del “socialismo
en un solo país» y una interpretación particul ar de la teoría del partido.

7. Marxismo occidental: En el siglo XX, especialmente después de la Segunda


Guerra Mundial, se desarrolló el marxismo occidental, que estaba más influenciado por la
filosofía, la sociología y otras disciplinas académicas. Figuras como Herbert Marcuse y
Theodor Adorno, asociadas con la Escuela de Frankfurt, contribuyeron a esta corriente que
se centraba en la crítica cultural y la teoría crítica.

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8. Nuevo Marxismo: En las últimas décadas, ha surgido el llamado “Nuevo
Marxismo”, que implica una revisión y adaptación de las teorías marxistas a la luz de
cambios en la economía global, la tecnología y la sociedad. Este enfoque busca revitalizar
y actualizar las ideas marxistas para abordar los desafíos contemporáneos.

La diversidad de interpretaciones y aplicaciones refleja la capacidad del marxismo para


adaptarse a diferentes contextos y desafíos a lo largo del tiempo.

10.3 Representantes del marxismo:

 Karl Marx (1818-1883): Como coautor del “Manifiesto Comunista” y autor de “El Capital”,
Marx es el fundador y la figura central del marxismo. Su aportación principal reside
en el desarrollo del materialismo dialéctico y el materialismo histórico, que proporcionan las
bases filosóficas y metodológicas del marxismo.

 Friedrich Engels (1820-1895): Colaborador cercano de Marx, Engels contribuyó


significativamente al desarrollo y la difusión de las ideas marxistas. Después de la muerte
de Marx, Engels editó y publicó las obras incompletas de Marx y escribió algunas obras por
sí mismo, como “La Ideología Alemana”. También introdujo conceptos como la dialéctica
de la naturaleza.

 Vladimir Lenin (1870-1924): Líder de la Revolución Rusa de 1917, Lenin


contribuyó a la teoría marxista con su aplicación del materialismo dialéctico y la teoría de la
lucha de clases al contexto ruso. Sus escritos, como “El Estado y la Revolución”, abordaron
cuestiones clave relacionadas con el Estado y la transición al socialismo.

 Rosa Luxemburgo (1871-1919): Luxemburgo fue una teórica marxista y activista


revolucionaria que contribuyó con análisis críticos sobre el imperialismo y el papel del Estado
en la acumulación capitalista. Su obra “Reforma o Revolución” aborda temas relacionados
con la estrategia revolucionaria.

 Antonio Gramsci (1891-1937): Gramsci desarrolló el concepto de la “hegemonía” para


explicar cómo las ideas y valores de la clase dominante se infiltran y son aceptadas por la
sociedad. Su obra “Cuadernos de la cárcel” aborda cuestiones filosóficas y políticas y ha
influido en campos como la teoría cultural y los estudios culturales.

 Leon Trotsky (1879-1940): Trotsky, líder militar y político en la Revolución Rusa,


desarrolló la teoría de la Revolución Permanente, que sostiene que la revolución socialista
no puede limitarse a una etapa nacional, sino que debe extenderse internacionalmente.
Sus escritos incluyen “La Revolución Traicionada”.

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 Louis Althusser (1918-1990): Filósofo francés, Althusser intentó reelaborar y
sistematizar las ideas de Marx. Introdujo conceptos como la “ruptura epistemológica”
y desarrolló la idea de la “ideología estatal” en su obra “Para leer El Capital”.

 Herbert Marcuse (1898-1979): Asociado con la Escuela de Frankfurt, Marcuse aplicó


las ideas de Marx al análisis cultural y social. Su obra “El hombre unidimensional” critica la
sociedad capitalista avanzada y la alienación en la era tecnológica.

 Ernst Bloch (1885-1977): Filósofo alemán, Bloch integró la filosofía de la


esperanza y la utopía en su interpretación del marxismo. Su obra “El principio esperanza”
aborda temas filosóficos, religiosos y políticos desde una perspectiva marxista.

Estos representantes del marxismo han influido significativamente en la filosofía y han


contribuido al desarrollo y la diversificación del pensamiento marxista en diferentes contextos
y períodos históricos. Sus obras han sido fundamentales para la comprensión y la aplicación
de las ideas marxistas en diversas disciplinas.

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11.- DESARROLLO DEL CAPITALISMO Y LA REVOLUCION
SOCIAL.

Origen e Historia del capitalismo

El capitalismo no siempre ha operado de la misma forma en que hoy lo hace. Aunque sus
inicios formales datan del siglo XVI y XVII, hubo importantes antecedentes en
diversos momentos y lugares de la historia.

Se extiende a lo largo de varios siglos y ha experimentado diversas etapas de desarrollo.

Momentos clave en la evolución del capitalismo:

Transición desde el Feudalismo: El capitalismo como sistema económico y social


comenzó a tomar forma en la Europa medieval, especialmente durante la transición desde el
feudalismo. Este proceso se aceleró con la Revolución Comercial y la Revolución Industrial.

Renacimiento y Revolución Comercial (siglos XV-XVIII): Durante el Renacimiento,


hubo un resurgimiento del comercio y la actividad económica en Europa. Las ciudades
comerciales crecieron en importancia, y se desarrollaron nuevas formas de organización
económica y financiera.

El surgimiento de las rutas comerciales globales y el florecimiento del comercio internacional


contribuyeron al crecimiento del capitalismo comercial.

Revolución Industrial (siglos XVIII-XIX): La Revolución Industrial marcó un cambio


significativo con la introducción de la maquinaria, la industrialización y la producción en
masa. La utilización de la energía de vapor y la mecanización transformaron la
producción y la economía.

Este período vio la aparición de fábricas, el aumento de la urbanización y la


consolidación de la propiedad privada de los medios de producción.

Desarrollo del Capitalismo Industrial (siglos XIX-XX): El capitalismo industrial se expandió


durante el siglo XIX, acompañado por el crecimiento del capital financiero y la consolidación
de grandes empresas. La competencia, la innovación tecnológica y el desarrollo del mercado
mundial caracterizaron este periodo.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 85


Surgieron nuevas formas de organización empresarial, como las sociedades anónimas, y se
intensificaron las relaciones capital-trabajo.

Imperialismo y Globalización (siglo XIX-XX): A finales del siglo XIX, se produjo una
fase de imperialismo, donde las potencias capitalistas europeas buscaron expandir sus
territorios y mercados. Esto llevó a tensiones geopolíticas y conflictos. En el siglo XX, la
globalización se intensificó con avances en el transporte y las comunicaciones, vinculando
más estrechamente las economías a nivel mundial. Desarrollo del Capitalismo Financiero
(siglo XX): Durante el siglo XX, el capitalismo experimentó transformaciones significativas
con el desarrollo del capitalismo financiero. Las finanzas y la especulación se volvieron
más prominentes, y las crisis económicas, como la Gran Depresión, pusieron de manifiesto
las debilidades del sistema.

Posguerra y Neoliberalismo (desde mediados del siglo XX): Después de la


Segunda Guerra Mundial, se establecieron modelos económicos mixtos en muchos países
occidentales, con la intervención estatal en la economía. Sin embargo, desde la década
de 1980, se produjo un resurgimiento del neoliberalismo, con un énfasis en la desregulación,
la privatización y el libre mercado.

La historia del capitalismo es compleja y está marcada por cambios estructurales, conflictos
y adaptaciones a lo largo del tiempo. Cada etapa ha influido en la forma en que entendemos
y experimentamos este sistema económico y social.

La conceptualización del capitalismo desde la perspectiva filosófica involucra la exploración


de diversas escuelas y corrientes que ofrecen enfoques distintos para comprender este
sistema económico y social.

PERSPECTIVAS DESDE DIFERENTES CORRIENTES FILOSÓFICAS:

Marxismo: Desde la perspectiva marxista, el capitalismo es visto como un sistema basado


en la propiedad privada de los medios de producción, donde la clase burguesa
(capitalista) controla los recursos y la clase trabajadora (proletariado) vende su fuerza de
trabajo.

Contradicciones: Marx argumenta que el capitalismo contiene contradicciones


internas, como la explotación del trabajo, la alienación y la tendencia inherente a las
crisis económicas. Para Marx, el capitalismo es un sistema transitorio que dará lugar a una
revolución social.

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Liberalismo: Desde una perspectiva liberal, el capitalismo se ve como un sistema económico
que enfatiza la libertad individual, la propiedad privada y la libre competencia. Los liberales
argumentan que el mercado, cuando es libre de interferencias excesivas, puede generar
eficiencia y prosperidad.

Énfasis en la Libertad: Los filósofos liberales, como Adam Smith, consideran que el
capitalismo es un medio para garantizar la libertad individual y la autorregulación del
mercado.

Existencialismo: Desde una lente existencialista, el capitalismo puede ser visto como un
contexto que influye en la existencia individual y colectiva. Filósofos como Jean-Paul Sartre
pueden analizar cómo las estructuras capitalistas afectan la libertad y la autenticidad del
individuo.

Alienación Existencial: La crítica existencialista podría centrarse en la alienación que


surge en un sistema donde los individuos pueden sentirse desconectados de su verdadero
ser debido a las demandas del capitalismo.

Feminismo: Las teorías feministas critican cómo el capitalismo ha influido en las relaciones
de género y en las estructuras patriarcales. Se exploran temas como la discriminación
salarial, la división del trabajo y la mercantilización del cuerpo

Crítica a las Desigualdades de Género: feministas como Simone de Beauvoir y bell hooks
reconocen cómo el capitalismo puede perpetuar y exacerbar las desigualdades de género.

Ecologismo / Filosofía Ambiental: Desde la perspectiva ambiental, el capitalismo puede


ser analizado por su impacto en el medio ambiente. Filósofos ambientales exploran cómo la
búsqueda constante de crecimiento económico puede entrar en conflicto con la sostenibilidad
y la conservación.

Crítica a la Explotación de Recursos: Se argumenta que el capitalismo, al


enfocarse en la maximización del beneficio, a menudo ignora o explota los límites naturales,
generando problemas ambientales.

Estas son solo algunas de las muchas formas en que se puede conceptualizar el capitalismo
desde diversas corrientes filosóficas. La riqueza de la filosofía permite una exploración
profunda y pluridisciplinaria de los aspectos éticos, sociales y existenciales del capitalismo.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 87


Desde la ciencia de la filosofía y sus diferentes escuelas y corrientes, se puede establecer al
Capitalismo como un sistema político, económico, social y cultural, donde impera la voluntad
de las empresas privadas a nivel productivo y el comercio a nivel de consumo, dirigido
por un grupo reducido de personas acaudaladas, las cuales controlan la propiedad, en
detrimento de quienes en realidad generan la riqueza, como es la clase obrera-trabajadora
y campesina-agraria.

La filosofía capitalista justifica su razón de ser, a partir del sentido de propiedad y escaza
o nula participación del Estado como gestor de las relaciones económicas y sociales, a
través de la propiedad de los medios y sistemas de producción. Sobre la propiedad privada,
el capitalismo establece que los recursos invertidos por los prestadores de capital para la
producción social, deben estar en manos de las empresas y personas particulares que los
adquieran. De esta forma a los particulares se les facilita el uso, empleo y control de los
recursos que utilicen en sus labores productivas, de los que, a fines empresariales, podrán
usar como mejor les parezca.

Sus más importantes teóricos defienden la supuesta competencia en relación a fenómenos


propios del mercado como son, la oferta-demanda y la libre competencia. La oferta y la
demanda son leyes del mercado y sus relaciones económicas, la cual “regula” los
precios según los cuales se intercambian las mercancías (bienes y servicios), permite la
asignación de recursos y la distribución de la riqueza entre los individuos.

Cada uno de los actores del mercado actúa según su propio interés; por ejemplo, el capitalista,
quien posee los recursos y el capital, busca la maximización del beneficio propio por
medio de la acumulación y reproducción de los recursos, del capital; los trabajadores, quienes
trabajan por la recompensa material que reciben (el salario) y, por último, los consumidores,
quienes buscan obtener la mayor satisfacción o utilidad adquiriendo lo que quieren y
necesitan al menor precio posible.

CARACTERÍSTICAS DEL CAPITALISMO:

Estas características han evolucionado y cambiado a lo largo del tiempo. Algunas de las
características esenciales del capitalismo:

 Propiedad Privada de los Medios de Producción: En el capitalismo, los


recursos productivos, como tierras, fábricas y empresas, son de propiedad privada. Esto
significa que los individuos, empresas o corporaciones tienen control sobre estos
recursos y pueden utilizarlos para obtener beneficios.

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 Libre Mercado y Competencia: El capitalismo se basa en la idea de un mercado libre
y competitivo, donde la oferta y la demanda determinan los precios y las cantidades de
bienes y servicios. La competencia entre empresas es un impulsor clave para la eficiencia
económica y la innovación.

 Búsqueda de Beneficios: En el capitalismo, las empresas y los individuos buscan


maximizar sus beneficios económicos. La obtención de beneficios es un incentivo central
que impulsa la producción, la inversión y la innovación.

 Sistema de Precios: El sistema de precios es crucial en el capitalismo. Los precios se


determinan en el mercado a través de la interacción entre oferta y demanda. Sirven como
señales para la asignación eficiente de recursos y la toma de decisiones económicas.

 Libertad Individual y Empresarial: El capitalismo valora la libertad individual y


empresarial. Los individuos tienen la libertad de poseer propiedades, emprender negocios y
tomar decisiones económicas según sus intereses y preferencias.

 Flexibilidad y Adaptabilidad: El capitalismo es un sistema dinámico que se


caracteriza por su capacidad para adaptarse a cambios económicos, tecnológicos y sociales.
La flexibilidad para ajustar las estrategias y la producción es una característica distintiva.

 Movilidad Social: En teoría, el capitalismo ofrece la posibilidad de movilidad social.

Los individuos pueden mejorar su situación económica a través de la educación, el


emprendimiento y la innovación, lo que debería permitir ascender en la escala socioeconómica.

 Estado de Derecho y Protección de la Propiedad: El capitalismo suele funcionar


mejor en un entorno donde existe un estado de derecho sólido que garantiza la protección
de la propiedad privada y el cumplimiento de contratos. La seguridad jurídica es esencial
para el funcionamiento eficiente del sistema.

 Divisiones de Clases: Aunque el capitalismo puede ofrecer oportunidades de


movilidad social, también puede dar lugar a divisiones de clases. La concentración de
riqueza y poder a menudo genera desigualdades económicas y sociales.

 Innovación y Desarrollo Tecnológico: El capitalismo ha sido asociado


históricamente con un rápido desarrollo tecnológico e innovación. La competencia entre
empresas y la búsqueda de beneficios actúan como incentivos para mejorar la eficiencia y
desarrollar nuevas tecnologías.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 89


12.- SOCIALISMO

Desde el punto de vista filosófico, político y económico, el sistema Socialista está


orientado a la igualdad social y el paso del poder político y económico para las
manos de la clase obrera, proletaria, donde se organiza una sociedad hacia
la igualdad plena, donde los trabajadores serían los líderes y se respeta un Estado
Social de Derechos.

Contrariamente a lo que ocurre en el capitalismo, donde las desigualdades sociales


son enormes, el socialismo es un modo de organización social en el cual hay una
distribución equilibrada de la riqueza y propiedades, con la finalidad de todo el
mundo proporcionandoun modo de vida más justo.

Es sabido que las desigualdades sociales eran ya discutidas por filósofos que hacía
que pensaran en un medio de vida donde las personas gozaran de situaciones
de igualdad, tanto en sus derechos como en sus deberes; sin embargo, no es
posible fijar una fecha específica para el inicio del socialismo en la historia de
la humanidad. Podemos, sin embargo, afirmar que adquirió mayor evidencia en
Europa, más precisamente en algunas sociedades de París, después del año 1840
(Comuna de Paris).

En la visión del pensador e idealizador del socialismo, Karl Marx, este sistema
pretende derrocar a la clase burguesa que se beneficia del proletariado desde
el momento que se contrata para trabajar en sus negocios hasta el momento
de recibir el retorno del salario que le pagó por su trabajo.

Según él, sólo con la caída de la burguesía sería posible el ascenso de los
trabajadores. La sociedad deseada aquí es aquella en la que no existen clases
sociales, es decir, donde todas las personas tienen las mismas condiciones de vida
y de desarrollo, con las mismas ganancias y gastos. Algunos países, como, por
ejemplo, la Unión Soviética (actual Rusia), Alemania Oriental, China, Cuba,
Nicaragua y Venezuela adoptaron estas ideas en el siglo

XX. La más significativa experiencia socialista ocurrió tras la Revolución Rusa


de 1917, donde los bolcheviques liderados por Lenin implantaron el socialismo en
Rusia.

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Diferencia entre El Capitalismo y El Socialismo

La gran distinción entre estos dos sistemas apunta, antes que nada, al modelo
de funcionamiento económico y al rol del Estado en el mismo. Mientras que los
capitalistas defienden la libertad económica plena, dejando que sea el mercado
quien determine las necesidades de producción y consumo, y por lo tanto hacia
dónde fluyen las riquezas, los

socialistas prefieren una economía intervenida y controlada por el Estado, que


actuaría como entidad guardiana para evitar la desigualdad social. A este rol
proteccionista del Estado los capitalistas lo ven como una intervención
artificial que no permite realmente un balance productivo de las fuerzas productivas
y consumidoras, sino que beneficia a algunas artificialmente mediante la imposición
de impuestos o restricciones comerciales. Además, alegan que el Estado no maneja
nunca los recursos tan eficientemente como el empresariado y que el reparto de
ayudas económicas a los menos favorecidos, de planes sociales y otras formas de
inversión social, sólo hacen a los desfavorecidos más dependientes del apoyo
del Estado.

Por su parte, los socialistas acusan al mercado de no construir en absoluto sociedades


estables, sino de favorecer únicamente a los poderosos, a quienes controlan
los medios de producción y a los grandes capitales nacionales e internacionales.
La sociedad capitalista es, a su manera de ver, una gran fábrica de pobreza, pues
el modelo de vida privilegiado de las clases altas sólo puede sostenerse a partir de
la explotación de la m ano de obra de las clases bajas.

Uno podría decir que los socialistas abogan por el respeto de todo tipo de propiedad;
comunal, comunitaria, mixta, asociativa, cooperativa, incluso la propiedad privada y
basada en el principio de la solidaridad y bien común por encima de todo, mientras
que los capitalistas defienden la libertad y el individualismo a toda costa, incluso
a pesar de las injusticias que pueda conllevar, el consumismo y la libertad plena
de la empresa privada sin controles, sin importar las desigualdades sociales.

13.- LA REVOLUCION SOCIAL

“Yo no estoy dispuesto a entregar mis armas en caso de que todos lo hagan. Yo
me haré morir con los pocos que me acompañan porque es preferible hacernos
morir como rebeldes y no vivir como esclavos.” …. (AGUSTO C. SANDINO).

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¿Qué son las revoluciones?

Una revolución es un cambio violento, repentino y permanente en las condiciones


de un sistema de cualquier tipo, es decir, a un reordenamiento súbito del estado
de las cosas. Este término proviene del latín revolutio (“dar una vuelta”) y se
aplica especialmente al orden político y social de las sociedades, al paradigma
científico-tecnológico y a otros ámbitos específicos.

Es un cambio básico en la vida de la sociedad, que significa el


derrocamiento del régimen social caduco y la instauración de un régimen nuevo,
progresista; instrumento y medio de transición de una formación socio-económica
a otra. A diferencia de los teóricos de la burguesía liberal y del oportunismo, que
consideran la revolución social como casualidad, el marxismo-leninismo enseña
que las revoluciones son un resultado necesario y lógico del desarrollo de la
lucha de clases en las formaciones antagónicas.

La revolución social culmina el proceso de evolución, de maduración paulatina


en el seno de la vieja sociedad, de los elementos o premisas del nuevo régimen
social; resuelve la contradicción entre las fuerzas productivas nuevas y las
relaciones de producción viejas, caducas, destruye estas últimas y la superestructura
política que las consolida, abre un vasto campo para el desarrollo continuo de las
fuerzas productivas.

La revolución resuelve la contradicción existente entre las nuevas fuerzas productivas


y las viejas relaciones de producción, rompe violentamente las relaciones caducas
de producción y abre el cauce para el ulterior desarrollo de las fuerzas productivas.
La inevitabilidad de las revoluciones sociales en una sociedad dividida en clases
antagónicas, se explica por el hecho de que las viejas relaciones de producción son
fortalecidas por sus depositarios, las clases gobernantes, que protegen las normas
existentes por la fuerza del Poder del Estado. Por eso, para desbrozar el
camino para el ulterior desarrollo social, las nuevas clases deben derrumbar el
régimen de Estado existente. La revolución constituye la forma superior de la lucha
de clases. En las épocas revolucionarias el proceso espontáneo de desarrollo
de la sociedad, cede su lugar a la actuación consciente de los hombres; la
evolución pacífica es sustituida por la transformación violenta. “Del conflicto entre las
nuevas fuerzas productivas y las viejas relaciones de producción, de las nuevas
exigencias económicas de la sociedad surgen nuevas ideas sociales; estas nuevas
ideas organizan y movilizan a las masas, las masas se funden en un nuevo
ejército político, crean un nuevo Poder revolucionario y utilizan este Poder
para liquidar por la fuerza el viejo régimen establecido en el campo de las

92 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


relaciones de producción y refrendar el régimen nuevo” (Stalin). Los millones de
hombres que antes estaban fuera de la vida política, se alzan a la lucha
consciente.

Precisamente por eso, las épocas revolucionarias denotan siempre la enorme


aceleración del desarrollo social. Las revoluciones son las

locomotoras de la historia, señaló Marx. No se debe confundir las revoluciones sociales


con las llamadas “revoluciones palaciegas”, que sólo denotan el cambio violento de la “élite”
gubernamental, el cambio en el Poder de diversas personas o grupos de la misma clase,
mientras que el síntoma fundamental de una revolución social es el cambio de todo el
régimen del Estado, el paso del Poder de una clase a manos de otra. Sin embargo, no todo
derrocamiento violento de una clase por otra puede llamarse revolución. Si contra una clase
progresista se alza, en un levantamiento, una clase reaccionaria, si el Poder es ocupado por
la clase caduca que antes gobernaba, esto no es una revolución, sino una contrarrevolución.

Revolución significa, pues, el advenimiento al Poder de una clase avanzada, progresista,


que abre el camino para el ulterior desarrollo de la sociedad. Por su contenido social,
se distinguen varios tipos de revoluciones sociales: Las revoluciones esclavistas, las
revoluciones burguesas, las revoluciones proletarias.

El carácter o tipo de una revolución es determinado por los objetivos sociales que ésta
realiza, por las contradicciones que resuelve. Las fuerzas motrices de una revolución son
las clases que la realizan, que la impulsan, venciendo la resistencia de las clases caducas.
La revolución proletaria, socialista, es radicalmente distinta de todas las otras revoluciones
anteriores. La revolución proletaria socialista es la más grande entre las revoluciones que
conoce la Historia, por cuanto produce el cambio más profundo en la vida de los pueblos.

Todas las revoluciones del pasado tenían, según expresión de Stalin, carácter unilateral,
dando como resultado la sustitución de una forma de explotación por otra. Sólo la
revolución proletaria, al establecer en el poder al proletariado, es la clase de revolución más
grande conocida en la historia de la humanidad, estando en condiciones de suprimir toda
explotación del hombre por el hombre. La revolución social, que representa el cambio
más profundo en el desarrollo social.

Sólo cuando las ‘capas de abajo’ no quieren lo viejo y las ‘capas de arriba’ no pueden
sostener lo viejo, sólo entonces puede triunfar la revolución. En otros términos, esta
verdad se expresa del modo siguiente: la revolución es imposible sin una crisis nacional
general que alcance tanto a los explotados como a los explotadores” (Lenin).

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 93


Pero para que la revolución proletaria pueda desencadenarse y obtener el triunfo, no basta
sólo con tener una situación revolucionaria. Es necesario además que a las condiciones
subjetivas se asocien las condiciones subjetivas: la capacidad de la clase revolucionaria
para una lucha audaz y abnegada, la presencia de un partido revolucionario templado en
las luchas, que realice una justa dirección estratégica y táctica. Stalin, al referirse a las
condiciones que se necesitan para el triunfo de la revolución proletaria, señala: “El triunfo
de la revolución jamás llega por sí solo. Hay que prepararlo y conquistarlo. Y sólo un fuerte
partido proletario revolucionario está en condiciones de prepararlo y de conquistarlo” (Stalin).

El carácter de las revoluciones está determinado por las tareas sociales que
cumplen y por las fuerzas sociales que en ellas participan.

En este sentido, la revolución socialista se distingue de manera radical de todas


las revoluciones anteriores (Revolución burguesa). Es la más grande de las
revoluciones conocidas en la historia, pues realiza las transformaciones más
profundas en la vida de los pueblos. La revolución socialista acaba con las clases
explotadoras y elimina toda explotación del hombre por el hombre. Es ejemplo de
tal revolución, la Gran Revolución Socialista de Octubre.

Junto a las revoluciones socialistas, adquieren inmensa importancia las revoluciones


de liberación nacional –que destruyen el sistema colonial del imperialismo, le
asestan golpes en su retaguardia– así como los movimientos democráticos
de liberación de distinto género. “Las revoluciones socialistas, las revoluciones
antiimperialistas de liberación nacional, las revoluciones democráticas populares,
los amplios movimientos campesinos, la lucha de las masas populares por el
derrocamiento de los regímenes fascistas y otros regímenes tiránicos, los
movimientos democráticos generales contra el yugo nacional, todo ello se funde
en un único proceso revolucionario mundial que socava y destruye al capitalismo.”

En la época contemporánea el sistema capitalista mundial, en su conjunto, ha


madurado para la revolución social del proletariado. No obstante, en cada
país las posibilidades de desenvolvimiento de la revolución dependen de varias
condiciones (Situación revolucionaria). Según sean las condiciones históricas
concretas y, ante todo, la fuerza de la clase obrera y de sus aliados, por una
parte, así como el grado de resistencia de las clases reaccionarias por la otra, la
revolución puede llevarse a cabo por vía pacífica o no pacífica.

94 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


En las épocas revolucionarias las grandes masas del pueblo, que antes
estaban apartadas de la vida política, se alzan a la lucha consciente. Es por eso,
precisamente, que en las épocas revolucionarias se acelera enormemente el
desarrollo social.

A grandes rasgos hablaremos de seis ejemplos de revoluciones.

 Revolución Industrial. Se conoce con este nombre al período de cambios


profundos en la estructura laboral, productiva y económica de Occidente,
especialmente de Europa, a partir de la irrupción de la automatización y de las
máquinas de vapor en los siglos XVIII y XIX. El tren, los botes a vapor, las máquinas
en las fábricas fueron algunos de los adelantos que cambiaron para siempre a la
Europa rural y la convirtieron en un orden de países industrializados. Se convirtió
así el campesinado en clase obrera y se consolidó el capitalismo como modelo
económico imperante.

 Revolución Francesa. La Revolución Francesa de 1789 fue un conflicto


político y social que procuró la caída de la monarquía absolutista de Luis XV,
y su reemplazo por un sistema monárquico (inicialmente, luego republicano). Este
sistema era controlado por una Asamblea Nacional, en la que se promulgaron por
primera vez los Derechos Fundamentales del Ser Humano. Durante este período
de tumulto se erradicó la aristocracia de Francia y se desataron fuerzas populares
radicales que gobernaron violentamente (el llamado “Terror”) hasta el golpe de
Estado de Napoleón Bonaparte en 1799.

La Revolución Francesa asume poco a poco las ideas de los filósofos de ilustración con el
fin de obtener un nuevo orden político que se base en el principio fundamental de la
razón. Ideas que se sintetizaron en: igualdad, libertad y fraternidad.

La Revolución se inició con medidas radicales, pero en sí más esperanzadoras. Se exigió


una nueva constitución politica para Francia.

 Se rompieron las diferencias entre los, burgueses y plebeyos.

 El pueblo llano fue la nación y se definió como el soberano.

 Muchos bienes de la iglesia fueron puestos al servicio de ese pueblo llano.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 95


 Los bienes de la nobleza tenían que legitimarse por su productividad, por el
beneficio que producían y así podían venderse y comprarse.

 Muchos fueron confiscados y cambiaron de manos.

 Se afirmó el derecho del hombre a la igualdad, educación, a la propiedad, a la


cultura.

 Nadie podía dudar de que se trataba de una causa noble.

 Como dijo Kant los hombres no quisieron ser solo felices, sino ser y dignamente
felices.

 El caos social y político determinó el dogmatismo de los adores, inclinados a tomar


decisiones drásticas y radicales sin pestañear.

 Esa violenta situación, llena de riesgos e inseguridad, reclamaba una forma de vida
parecida a la de los viejos fanáticos religiosos.

 Con la Revolución emergió lo imprevisible, lo impredecible de la historia, lo que


ninguna teoría podía anticipar ni dominar en su concreción

 Sin embargo, ese hecho cambió la realidad social e histórica de Europa.

 Por primera vez, las masas sociales tuvieron acceso a la acción política y la
determinaron.

 Se alteró tanto a vida europea y mundial que el movimiento de la Ilustración se vio


obligado a transformarse profundamente.

La Revolución creó poderes nuevos, los Estados contemporáneos, que no se dejaron


influir por las consignas ilustradas en su totalidad.

 Revolución Mexicana.

Se conoce con este nombre a un conflicto armado con profundas repercusiones políticas
y sociales, que tuvo lugar en el México de principios de siglo XX. Surgió a partir de la
caída de la dictadura de Porfirio Díaz en 1911 y del enfrentamiento entre diversas facciones

96 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


revolucionarias por hacerse con el poder del país. Dicho enfrentamiento consistió en una
sucesión de golpes de Estado y una guerra civil que se prolongó hasta 1917 (según
algunos autores hasta 1934), y trajo como consecuencias la renovación total del Estado
mexicano y profundos cambios en el tejido social de la época.

La filosofía oficial del gobierno de Díaz y de gran parte de los círculos académicos
latinoamericanos de fines del siglo XIX, era el positivismo. Comte y Spencer eran nombres
frecuentemente invocados para legitimar los más diversos fines. El Ateneo de la Juventud,
agrupación intelectual surgida poco antes de estallar la Revolución y en la cual José
Vasconcelos tuvo una participación importante, fue la propulsora de una filosofía alternativa,
más ajustada, al menos desde su punto de vista, a la satisfacción de inquietudes existenciales.

Para Vasconcelos el positivismo, al igual que el marxismo y el materialismo en general,


formaban parte de un todo altamente desestimable por su nociva desatención de lo espiritual.
La distancia abismal que tuvo con estas posturas se apreció en sentencias como ésta: “En
el futuro la orientación de la conducta no se buscará en la pobre razón, que explica, pero no
descubre; se buscará en el sentimiento creador y en la belleza que convence. Las normas
las dará la facultad suprema, la fantasía; es decir, se vivirá sin norma, en un estado en que
todo cuanto nace del sentimiento es un acierto. En vez de reglas, inspiración constante”.

 Revolución Cubana

Cuba durante la década de 1950, era un país lleno de contrastes, como la mayoría de las
naciones latinoamericanas, inmersas a voluntad de sus gobiernos en la polarización
ideológica mundial y el empobrecimiento sistemático y una marcada miseria económica y
social. Uno de los factores que propicio la revolución cubana, fueron el espíritu nacionalista
que surge a partir de movimientos libertarios en pro de la emancipación colonial contra
España en las postrimerías del siglo XIX, así como, durante el siglo XX vinculado al fascismo
y después de la segunda guerra mundial vinculada a la descolonización. Es así que aparecen
muchos grupos haciéndose llamar movimientos de liberación nacional.

La influencia libertaria de los pueblos del continente influenciaría en la intelectualidad cubana


por la independencia en la figura de José Martí el 24 de febrero de 1895. Estos movimientos
libertarios, tuvieron un intermedio con la guerra hispanoamericana de 1898, volviendo a
tomar su forma y desarrollo a inicio del siglo XX.

El nacionalismo en Latinoamérica tenía bastante significado con el sentimiento anti español


y anticlerical. Es más, estaba ligado en la idea de la identidad nacional a base de guerras y
conflictos. Dos hechos similares suscitaron en América caribeña, uno el mito de mestizaje
basado en la unión de mestizos y españoles, la mezcla de mestizo y español agregaría

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 97


el negro. En el ámbito político se enfatizó en la pelea entre las ideologías, liberales –
conservadores.

Sin embargo, Estados Unidos como potencia hegemónica en el continente, tiene intereses
estratégicos en el Caribe y apoya la independencia de Cuba en la famosa guerra entre
Estados Unidos y España. En 1898, con la derrota española, Estados Unidos pasa a ejercer
una influencia considerable en la isla. Para consolidarla, el Senado estadounidense aprueba
el proyecto del senador Oliver Platt y obliga a los cubanos a incorporar a su Constitución
la “Enmienda Platt”. Esta daba a los estadounidenses el derecho de intervenir en el
país en caso de inestabilidad política. De esta manera se da la tutela político-económica
y militar norteamericana sobre Cuba. Esto incluyó, en 1903, la concesión de un territorio de
117 kilómetros cuadrados en la Bahía de Guantánamo, en el sur de la isla. Posteriormente,
se construirá una base naval y una prisión en la región. La injerencia política y económica
por parte de los Estados Unidos, así como la violación de los derechos humanos de los
cubanos, se perpetraba por el país interventor y la participación - complicidad de la elite
cubana.

En la década de 1950, la economía cubana se basaba casi exclusivamente en la producción


de azúcar y el 35% de la fabricación eran controlados por capitales norteamericanos. Estos
también ejercían influencia sobre las tierras, el turismo, los casinos y las industrias ligeras.
Cerca del 80% de las importaciones de Cuba provenían de Estados Unidos. Antes de
1959, Cuba era un país que vivía bajo fuerte influencia de Estados Unidos.

Las industrias de azúcar y muchos hoteles estaban dominados por grandes empresarios
norteamericanos. Los Estados Unidos también influían mucho en la política de la isla,
apoyando siempre a los presidentes pro-Estados Unidos. Después de una economía
basada en el capitalismo con una fuerte dependencia de los Estados Unidos, la población
sufría de la alta tasa de desigualdad social.

Era una isla con grandes desigualdades sociales, pues gran parte de la población vivía en
la pobreza. Todo este contexto generaba mucha insatisfacción en las capas más pobres
de la sociedad cubana, que era la mayoría. Ya que su situación nunca mejoraba, mientras
que los ricos se volvían cada vez más ricos.

El Gobierno de Fulgencio Batista también era negligente con las necesidades básicas
de toda la población, y también era conocida por la brutalidad que utilizaba para reprimir a
sus adversarios políticos. Cuba sufría por los altos niveles de inflación generadas por la
Primera Guerra Mundial y con su economía basada en el monocultivo de la caña de azúcar,
los Estados Unidos siendo su comprador casi exclusivo, la gran depresión de 1929, dejó
en claro que la situación en Cuba era muy frágil, ya que el 70% de su economía era

98 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales


controlada por el capital americano. Con toda esta situación, un grupo de guerrilleros se
unió con la intención de tomar el poder y hacer que Cuba pudiera convertirse en una nación
donde todos vivirían bien, de manera decente, sin humillaciones ni explotación.

El pensamiento revolucionario cubano provocó un avance extraordinario del pensamiento


de izquierda, porque lo puso ante la opción de luchar por los ideales de cambio total de la
vida y no solo por reformas, de confiar en las capacidades del pueblo y no en determinados
sectores de las clases dominantes. Probó su razón y su factibilidad mediante sus prácticas,
pero también expuso nuevas ideas y recuperó otras de la mejor tradición revolucionaria.

Fidel y el Che pusieron el socialismo y el marxismo en español desde la América Latina, y lo


hicieron antiimperialista e internacionalista. Rescataron y asumieron la profunda propuesta
revolucionaria de José Martí, crítico radical de todos los colonialismos y de la modernidad
civilizadora, y promotor de una república nueva y una segunda independencia continental.
Y rescataron y asumieron el socialismo que habían fundado Mella, Guiteras y las
experiencias radicales de la Revolución del 30. La nueva época revolucionaria convirtió en
un hecho natural que los problemas sociales principales fueran problemas fundamentales
para el pensamiento.

Debemos entender a la Revolución Cubana como la conquista ampliada de un Derecho


Humanista Fundamental. El derecho a la Revolución. Como el peldaño más alto de
la praxis que asciende desde lo deseable a lo posible y desde ahí a lo realizable. Una
Revolución que no acepta ser reducida a una abstracción de esos procesos revolucionarios
que la hacen internacionalista en sus tonos y colores político-territoriales. La Revolución
cubana, al asumir el socialismo sobre una base científica y no utópico ilusionista, se
legitima en cuanto que cambio para la organización de la lucha, que no es cosa del pasado,
sino necesidad para salir del capitalismo, sin tergiversaciones ni confusiones, porque es
expresión de una fase superior de la sociedad que debe desaparecer toda subordinación
esclavizadora contra los seres humanos.

La Revolución es sentido del momento histórico; es cambiar todo lo que debe ser cambiado;
es igualdad y libertad plenas; es ser tratado y tratar a los demás como seres humanos; es
emanciparnos por nosotros mismos y con nuestros propios esfuerzos; es desafiar poderosas
fuerzas dominantes dentro y fuera del ámbito social y nacional; es defender valores en los
que se cree al precio de cualquier sacrificio; es modestia, desinterés, altruismo, solidaridad
y heroísmo; es luchar con audacia, inteligencia y realismo; es no mentir jamás ni violar
principios éticos; es convicción profunda de que no existe fuerza en el mundo capaz
de aplastar la fuerza de la verdad y las ideas. Revolución es unidad, es independencia,
es luchar por nuestros sueños de justicia para Cuba y para el mundo, que es la base de
nuestro patriotismo, nuestro socialismo y nuestro internacionalismo.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 99


 Revolución Popular Sandinista

La filosofía no debe considerarse solo como una manifestación del pensamiento humano,
es una expresión representada por la conducta del hombre mismo. Por tanto, el filósofo
debe acercarse al hombre mismo para interpretarlo y cambiarlo en su praxis, que es acción
y pensamientos unidos, por tanto, la filosofía no es idea o pensamiento lógico, abstracto o
insustancial, de igual manera es historia, es pasión y razón del ser humano.

La Revolución Popular Sandinista plantea una filosofía pragmática de corte insurreccional


reivindicatoria en los procesos históricos, la justicia social de las clases populares, el sentido
de autodeterminación de Sandino y el nacionalismo patriótico. Así lo plantea su programa
histórico fundacional, concretado desde 1961 hasta 1967.

La filosofía sandinista se fundamenta en la episteme emancipadora de Augusto C. Sandino


para los pueblos oprimidos del mundo, especialmente para el pueblo de Nicaragua que
era una nación donde los derechos de las grandes mayorías habían sido arrebatados
por las hordas invasoras peninsulares desde el año 1522. Sandino se nutrió del
pensamiento filosófico de los más grandes libertadores de América Latina; fue un excelente
y extraordinario filósofo, expresó y escribió sus pensamientos, sus ideas y le heredó a
Nicaragua un magnífico legado literario revolucionario. Fue un estupendo arquitecto, porque
supo configurar los cimientos de un Proyecto Antropológico Sociocultural sustentado en una
filosofía de sólidos pensamientos revolucionarios. Sandino tenía conciencia de la historia
de su América aborigen y probablemente se ilustró acerca de los grandes pensamientos
libertarios de poderosos jefes de los diferentes grupos antropológicos que la poblaron, entre
ellos Moctezuma, Lempira, Colocolo, Túpac Amaru.

Entendiendo como episteme a una corriente de pensamiento científico inferimos, que


Sandino retoma las propuestas de Marx, Engels y Lenin, y absorbió el conocimiento y la
teoría de estos grandes revolucionarios, también se nutrió con la revolución mexicana
encabezada por Emiliano Zapata, proceso nacionalista del proletariado que influyó en su
pensamiento, pero la Praxis de Sandino fue diferente, se trata de una episteme propio,
que sigue teniendo vigencia hasta nuestros días y que trascendió fronteras. En 1979 se
logra el derrocamiento de la dictadura militar Somocista. La Revolución Popular Sandinista
nació para lograr la liberación, emancipación y restitución de los derechos de las grandes
mayorías. La Revolución Popular Sandinista logró transformar las estructuras de la sociedad
nicaragüense, permitió el rescate de la identidad cultural e instauró un modelo económico
social, comunitario, cooperativista y solidario que lucha cada día por el bien común, por la
Soberanía, por la verdadera Autodeterminación del Pueblo nicaragüense, sin injerencismo.

100 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales
El proyecto revolucionario se hizo realidad y el pueblo empezó a ver la restitución de sus
derechos, para las grandes mayorías esta fue: “La verdadera independencia de Nicaragua”.
Entre el 23 de marzo y el 23 de agosto de 1980 se movilizaron más de 115,000 jóvenes
a la Gran Cruzada Nacional de Alfabetización, se logró reducir el índice de analfabetismo
del país, de un 50.3% a un 12.9%. La UNESCO entregó a Nicaragua en dos ocasiones la
Medalla Internacional Nadezhda Krupskaya. Y nuestra nación fue declarada por la UNESCO
como la República que ha movilizado más jóvenes a tareas educativas en el siglo XX.
Retomando la solidaridad de Sandino y el mandato del comandante Carlos Fonseca
Amador que también alcanzó la inmortalidad en el proceso revolucionario y que decía:
¡Y También Enséñenles a Leer!

En este mismo período Nicaragua a través del proyecto revolucionario alcanza un gran
desarrollo en los aspectos cuantitativos y cualitativos de la salud, educación desde el
preescolar hasta la universidad, las viviendas dignas, la tenencia de la tierra, la producción,
ganadería, servicios públicos, transporte, la industria, el seguro social, pesca, minería,
turismo solidario, el deporte, la cultura, las organizaciones sindicales, la seguridad, la
democratización y la equidad de género; estas transformaciones fueron posibles con el
proyecto antropológico sociocultural llamado Revolución Popular Sandinista y dirigido con
sabiduría por el Comandante Daniel Ortega Saavedra que en 1984 es electo como el primer
presidente del proletariado, de las clases populares, de las grandes mayorías.

El comandante Daniel carga en sus hombros la Revolución Popular Sandinista hasta


llevarla a una etapa de florecimiento sociocultural, económico y político. Con un crecimiento
de proyectos socio-económicos y de reivindicaciones sociales, la Revolución Socialista
lleva al más alto pragmatismo, la episteme de Sandino, hasta convertir a la nación, en un
país con una economía en auge y seguridad ciudadana. En estos resultados tangibles, en
todos los aspectos de la vida social, se ve que la Filosofía del Socialismo del siglo XXI,
es una realidad, por que un gobierno progresista Revolucionario es capaz de materializar
la filosofía del bien común, de apoyar al más necesitado, en redistribuir la riqueza para
bienestar de todos y todas, respetando los principios y valores Socialistas, en respeto al
Estado Social de Derecho.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 101
CUADRO COMPARATIVO DEL CAPITALISMO Y SOCIALISMO EN NICARAGUA

Socialismos Capitalismos

Educación Gratuita: Prescolar, Primaria y Privatización de la educación Aumento del 80% del anal-
Secundaria Educación Técnica Universidad del fabetismo con los Gobiernos Neoliberales
Campo, Universidad Estatal con un 6 % Anal-
fabetismo se ha reducido al 4%
Salud: Gratuita, Inversiones en más de 300 Salud Privatizada
casas maternas Inversiones en más de 30
Cero inversiones, el servicio de salud se ve como una
hospitales nuevos
simple mercancía.

Vivienda Vivienda
Una vivienda digna para todos, Aumento Desalojos por los bancos Cero titula-
de las Lotificaciones, Otorgamiento de ciones
escrituras de propiedad para dar segu-
Solo los pudientes tienen derecho a tener
ridad jurídica.
vivienda digna.
Seguridad
Es el país más seguro de Centro América
Construcción de Sistemas Penitenciarios
Inseguridad Inversión cero
Construcción de Estaciones de bomberos
Construcción de Estaciones de Policía

Equidad de Género No fueron tomada en cuenta


50% de igualdad a la mujer en todos
los cargo e instituciones
Inversión de infraestructura Cero inversiones
Construcción de Puertos Mejoramiento de
Aeropuertos Nuevas Unidades de Buses,
Construcción de Carreteras, caminos para
el pueblo, entre otros.
Reivindicación del Salario Mínimo Cada Congelados los Aumentos del salario para los
seis meses como dice la ley trabajadores

Otorgamiento de préstamos Cero proyectos sociales


Establecimiento de programas con présta-
mos solidarios
Respeto y aumento de las Pensiones Estancamiento y Maltrato a los Jubilados
de los Jubilados

102 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales
 Revolución Bolivariana

En Venezuela, el poder popular de la Revolución bolivariana ha dado un vuelco a


la correlación de fuerzas. Conducida por el Comandante de Hugo Chávez, pero sin abolir
las reglas de juego del sistema, redistribuye la gran riqueza nacional y saca al pueblo
de la indigencia, lo empodera de su dignidad y su soberanía y lanza al mundo una
propuesta nueva. Con la fundación del ALBA significa, al fin, una alternativa viable para
echar las bases de una futura unión continental, porque es respaldada por voluntades
políticas soberanas y que ponen las economías al servicio de los pueblos.

La Revolución Bolivariana es desde sus inicios un proyecto político de corte socialista, con
principios bien claros sobre cómo debe ser el comportamiento del Estado en su misión de
garantizar las condiciones para una patria libre y soberana. Pudiésemos decir sin lugar
a dudas que la libertad y la soberanía son cimientos universales que sustentan y abonan
la creación del Estado Revolucionario Integrado, tarea que se viene desarrollando, a buen
paso, dentro de un espacio dinámico de aprendizaje a alta revolución y resolución en
lo concerniente a la reingeniería política, socio-económica y cultural del país.

La Revolución bolivariana dirigida por el Comandante Hugo Chávez es una ideología política
de inclusión para la construcción e ingeniería social, sustentada por la participación directa
del pueblo y el respeto e implementación de los derechos humanos integrales, lo que
la transforma en una filosofía de vida con valores éticos y morales bien claros, guiados por
la unidad, la conciencia, el amor y el espíritu de nuestros ancestros quienes en su momento
mostraron el coraje para hacer realidad, el legado sagrado, contentivo en el derecho
natural del Ser Humano a ser libre, soberano y emancipado.

La Revolución Bolivariana se hace posible cada día, cada instante la construimos con mística,
integridad, transparencia. Es la Revolución del Ser Humano, es el más grande desafío que
podemos enfrentar y trascender como unidad colectiva sabia, sensible, capaz de irradiar
la fuerza indestructible del amor como conciencia y acción viva comprometida,
dándole cumplimiento a la noble misión de vida, que escogimos como pueblo soberano, la
de honrar una sociedad democrática, participativa, protagónica multiétnica y pluricultural
en un Estado de justicia, descentralizado que consolida soberana y permanentemente los
valores de la transparencia, la libertad, la igualdad, la solidaridad, el respeto incondicional
a la vida, la preeminencia de los derechos humanos integrales, la integridad territorial y la
auto determinación de los pueblos.

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 103
14. Existencialismo

El existencialismo es un movimiento filosófico que surgió en Europa durante la primera


mitad del siglo XX, especialmente en la década de 1940. Se caracteriza por su enfoque en
la existencia individual, la libertad, la responsabilidad y la angustia inherente a la condición
humana. Aquí hay algunos aspectos clave del existencialismo:

Principios Básicos del Existencialismo:

Existencia Precede a la Esencia: Los existencialistas sostienen que la existencia humana


precede a cualquier esencia predefinida. Es decir, no hay una naturaleza humana fija; en
cambio, los individuos construyen su esencia a través de sus elecciones y acciones.

Libertad y Responsabilidad: La libertad es un principio central del


existencialismo. Los individuos son responsables de sus elecciones y acciones, y la
libertad implica tomar decisiones auténticas que dan forma a la propia existencia. Angustia
Existencial: La angustia, o ansiedad existencial, es una experiencia fundamental para
el existencialismo. Surge de la conciencia de la libertad y la responsabilidad, así como
de la confrontación con la incertidumbre y la finitud de la existencia.

Desesperación y Absurdo: Algunos existencialistas, como Søren Kierkegaard y Albert


Camus, exploraron temas de desesperación y absurdo. La vida puede parecer absurda
o carente de un significado inherente, y los individuos a menudo buscan sentido en un
mundo aparentemente indiferente.

Representantes Claves del Existencialismo:

Jean-Paul Sartre (1905-1980): Sartre fue uno de los principales exponentes del
existencialismo. Su obra “El Ser y la Nada” es una obra clave que explora la libertad,
la responsabilidad y la autenticidad. Introdujo el concepto de “mala fe” para describir el
autoengaño de evitar la responsabilidad.

Albert Camus (1913-1960): Aunque a veces se le considera un “existencialista absurdo”,


Camus tuvo sus diferencias con el existencialismo formal. Su obra “El extranjero” y el ensayo
“El mito de Sísifo” exploran el absurdo de la existencia y la búsqueda de significado en un
mundo aparentemente indiferente.

104 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales
Søren Kierkegaard (1813-1855): Aunque precede al existencialismo formal,

Kierkegaard es a menudo considerado un precursor. Abordó temas como la subjetividad, la


fe y la importancia de la elección individual en obras como “El concepto de la angustia” y
“La enfermedad mortal”.

Jean-Paul Merleau-Ponty (1908-1961): fue un filósofo fenomenológico cuyas

ideas influyeron en el existencialismo. Su obra “Fenomenología de la percepción” aborda la


relación entre el cuerpo, la percepción y la existencia.

 Temas Centrales del Existencialismo:

Autenticidad: El existencialismo destaca la importancia de vivir de manera auténtica,


tomando decisiones conscientes y asumiendo la responsabilidad por ellas, en lugar de
conformarse con normas sociales preestablecidas.

Relación con la Religión: Algunos existencialistas, como Kierkegaard, exploraron temas


religiosos y la relación entre la fe y la existencia individual. Otros, como Sartre y Camus,
adoptaron perspectivas más secularizadas.

Énfasis en la Experiencia Individual: El existencialismo pone un fuerte énfasis en la


experiencia subjetiva individual. Cada persona es vista como única, y la filosofía se centra
en la comprensión de la vida desde la perspectiva del individuo.

Crítica a la Razón y la Objetividad: Algunos existencialistas critican la sobrevaloración


de la razón y la objetividad, argumentando que estas pueden obviar la riqueza de la
experiencia subjetiva y la libertad individual.

El existencialismo ha influido en diversas disciplinas, incluyendo la literatura, la psicología


y la teología, y ha dejado una marca duradera en la reflexión filosófica sobre la existencia
humana.

15. Filosofía Latinoamericana

El pensamiento latinoamericano se nutre de un conjunto de ideas mediante las que los


individuos crean una identidad sobre la base de su propia historia, ya que “si algo define
al hombre, se ha dicho, es la historia. La historia que da sentido a lo hecho, a lo que se
hace y a lo que se puede seguir haciendo. Precisamente en eso radica la importancia

DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales 105
del pensamiento latinoamericano, en el discurso que se genera desde las propias
voces de los integrantes de este continente, para crear una identidad latinoamericana o una
serie de identidades. Sin embargo, para llegar a entender el pensamiento latinoamericano
contemporáneo, es necesario analizar una serie de acontecimientos históricos, sociales,
políticos y culturales que ha afectado la manera en que se compone este pensamiento.

La filosofía en América Latina tiene una rica y diversa tradición que refleja las complejas
interacciones entre las culturas indígenas, africanas y europeas que han convergido en la
región.

La filosofía desempeña un papel importante en Latinoamérica por varias razones que


abarcan desde aspectos culturales y sociales hasta cuestiones políticas y éticas. Algunas
de las razones por las cuales la filosofía es relevante en esta región:

Exploración de Identidad y Cultura: La filosofía en Latinoamérica ha sido crucial para


explorar la identidad cultural de la región. Filósofos han reflexionado sobre la intersección
de las influencias indígenas, africanas y europeas, contribuyendo así a la comprensión de
la diversidad cultural y las complejidades históricas.

Análisis de Problemas Sociales: Los filósofos latinoamericanos han abordado


problemas sociales apremiantes, como la pobreza, la desigualdad, la discriminación y la
opresión. La filosofía de la liberación, por ejemplo, ha desempeñado un papel importante al
articular visiones críticas y propuestas de cambio social.

Diálogo Intercultural: Dada la rica diversidad cultural de Latinoamérica, la filosofía


se convierte en un medio para fomentar el diálogo intercultural. Se exploran las
perspectivas indígenas, afrodescendientes y mestizas, buscando puentes de entendimiento
y respeto entre distintas comunidades.

Crítica a la Colonialidad: Filósofos latinoamericanos han criticado la persistencia de


estructuras coloniales en diversos ámbitos, incluyendo la economía, la política y la cultura.
Han examinado cómo estas estructuras impactan en la autonomía y desarrollo de los países
de la región.

Ética y Justicia Social: La filosofía en Latinoamérica ha contribuido a discusiones éticas


relacionadas con la justicia social. Los debates sobre la distribución de recursos, los
derechos humanos y la equidad son fundamentales para abordar los desafíos que enfrenta
la región.

106 DIRECCIÓN SEMESTRE DE ESTUDIOS GENERALES Área de Conocimiento de Ciencias Jurídicas y Sociales
Desarrollo de la Filosofía Intercultural: La filosofía intercultural en Latinoamérica busca
integrar las diversas tradiciones filosóficas presentes en la región. Esto implica
un diálogo respetuoso entre la filosofía occidental y las cosmovisiones indígenas y
afrodescendientes.

Contribuciones a la Filosofía Global: Filósofos latinoamericanos han realizado


contribuciones significativas a la filosofía global, enriqueciendo el panorama filosófico con
perspectivas que a menudo provienen de contextos históricos y culturales distintos a los de
Europa y Norteamérica.

Formación de Ciudadanía Crítica: La filosofía también desempeña un papel en la formación


de ciudadanos críticos y reflexivos. Al fomentar la capacidad de análisis y el pensamiento
crítico, contribuye a la construcción de una ciudadanía informada y comprometida.

Preservación deTradiciones Filosóficas: La filosofía en Latinoamérica contribuye a


la preservación y revitalización de tradiciones filosóficas locales, rescatando pensamientos
y concepciones que han sido históricamente marginadas. Esta filosofía en Latinoamérica
no solo es relevante para la comprensión profunda de la identidad y la cultura de la región,
sino que también desempeña un papel activo en la búsqueda de soluciones a los problemas
sociales y en la construcción de un pensamiento crítico que contribuye al desarrollo de la
sociedad.

Principales exponentes de la filosofía latinoamericana:

José Enrique Rodó (Uruguay, 1871-1917): Contribución: Rodó es conocido por su obra
“Ariel”, en la que examina la tensión entre la cultura europea y la identidad latinoamericana.
Expuso ideas sobre la importancia de la espiritualidad y el idealismo.

José Vasconcelos (México, 1882-1959): Contribución: Filósofo, educador y político,


Vasconcelos abogó por una visión panamericanista y promovió la idea de la “raza cósmica”,
argumentando que América Latina representa una síntesis de razas y culturas.

Leopoldo Zea (México, 1912-2004): Contribución: Zea es conocido por sus


contribuciones a la historia de la filosofía en América Latina. Desarrolló una perspectiva
crítica hacia la filosofía euro centrista y abogó por una filosofía que reflejara la realidad
latinoamericana.

Arturo Andrés Roig (Argentina, 1922-2012): Contribución: Roig fue un filósofo argentino
que se destacó por sus contribuciones a la filosofía latinoamericana. Abordó temas como la
identidad, la ética y la filosofía política en el contexto de América Latina.

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Augusto Salazar Bondy (Perú, 1925-1974): Contribución: Filósofo peruano conocido
por su obra “El problema del indio” y sus reflexiones sobre la situación de los pueblos
indígenas en América Latina. También exploró temas como la educación y la cultura.

Iván Illich (Austria/México, 1926-2002): Contribución: Aunque nació en Austria, Illich


desarrolló gran parte de su obra en América Latina, especialmente en México. Criticó las
instituciones modernas y abogó por una sociedad más equitativa y sostenible.

Enrique Dussel (Argentina/México, nacido en 1934): Contribución: Dussel es un filósofo


argentino-mexicano reconocido por sus contribuciones a la filosofía de la liberación. Ha
abordado temas éticos, políticos y económicos desde una perspectiva centrada en
la justicia social.

Gustavo Gutiérrez (Perú, nacido en 1928): Contribución: Considerado uno de los


fundadores de la teología de la liberación, Gutiérrez ha influido en la filosofía
latinoamericana al abordar cuestiones de pobreza, opresión y justicia desde una perspectiva
teológica y ética.

Luis Villoro (México, 1922-2014): Contribución: Filósofo mexicano que contribuyó al


pensamiento político y ético en América Latina. Abordó temas como la democracia, la
identidad y la pluralidad cultural.

Silvio Romero (Brasil, 1851-1914): Contribución: Romero fue un filósofo brasileño


conocido por su obra en sociología y etnografía. Su enfoque abordó cuestiones sociales y
culturales de la sociedad brasileña.

La filosofía en América Latina continúa evolucionando, nutriéndose de diversas tradiciones


y desafiando las estructuras de poder. Los filósofos de la región abordan una amplia
gama de temas, desde cuestiones éticas y políticas hasta la relación con la naturaleza y la
construcción de identidades culturales.

La filosofía latinoamericana ha sido enriquecida por una variedad de pensadores que han
abordado cuestiones específicas relacionadas con la identidad cultural, la justicia social y la
historia de la región.

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Bibliografía básica:

• Solas Silvia. 2013. Introducción a la filosofía, Argumentación filosófica, lectura


académica. Primera Edición. Editorial de la Universidad de la Plata. Buenos Aires,
Argentina
• Julián Marías, 1941. Historia de la filosofía
• Palacios Contreras, Isaías y Muñoz Rosales Victórico. 1992. Filosofía I.
• Colegio de Bachilleres. Michoacán, México.
• Azzati Arnoldo. 1978. Historia de la Filosofía Tomo I. Editorial Progreso,
• Moscú, Rusia.
• Fernández Viejo, Salustiano. 1990. Historia de la Filosofía. Instituto de
• Secundaria León Felipe de Benavente. Departamento de Filosofía. Zamora, España.
• Fernández del Valle, Agustín. 2003. Filosofía del Hombre. Biblioteca Virtual
• Universal. Buenos Aires, Argentina.
• Marx Karl. 1974. Contribuciones a la Crítica de la Economía Política del 57.
• Ediciones de Cultura Popular. México.
• Nietzsche, Friedrich. 1989. La razón en la filosofía, 5. Editorial El ocaso de los ídolos.
PPP, Madrid.
• Biografía y Vida 2004 al 2022.
• Biografía Pensamiento Filosófico.
• Nietzsche, Friedrich. 1989. La razón en la filosofía, 5. Editorial El ocaso de los ídolos.
PPP, Madrid
• La razón en la filosofía, 5. Editorial El ocaso de los ídolos. PPP, Madrid.
• Biografía y vida 2004 al 2022. Biografía Pensamiento Filosófico
• Candia Baeza, Cristian. 2012. Filosofía, identidad y pensamiento político en
• Latinoamérica, Polis [En línea], 18 | 2007, Publicado el 23 julio 2012.

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2024: “45/19 ¡LA PATRIA, LA REVOLUCIÓN!”

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