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George Lakoff

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o
Mark Johnson

l
o
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Metáforas de la vida cotidiana

m t

P
s
I n t r o d u c c i ó n de J o s é A n t o n i o M i l l á n y Susana N a r o t z k v

o á Los conceptos mediante los que vivimos

L
u
C

N
P a r a la m a y o r í a de la gente, la m e t á f o r a es u n recurso de la
i m a g i n a c i ó n p o é t i c a , y los ademanes r e t ó r i c o s , una c u e s t i ó n de

U
SEGUNDA EDICION hay
lenguaje extraordinario m á s que o r d i n a r i o . E s m á s , la m e t á f o r a
i
nte
se c o n t e m p l a c a r a c t e r í s t i c a m e n t e c o m o u n rasgo s ó l o del len- nos
guaje, cosa de palabras m á s que de pensamiento o a c c i ó n . P o r i la

te o
-
esta r a z ó n , la m a y o r í a de la gente piensa que pueden a r r e g l á r - bla-
selas perfectamente sin m e t á f o r a s . N o s o t r o s hemos llegado a

in iv
ic

on-

o
la c o n c l u s i ó n de que la m e t á f o r a , p o r el c o n t r a r i o , i m p r e g n a la aara
FA vida cotidiana, n o solamente el lenguaje, sino t a m b i é n el pen- o.

rn
o us
samiento y la a c c i ó n . N u e s t r o sistema conceptual o r d i n a r i o , en que
s

t é r m i n o s del cual pensamos y actuamos, es fundamentalmente íplo


de naturaleza m e t a f ó r i c a . ven-

l
p.

us xc
L o s conceptos que rigen nuestro pensamiento n o son s i m -
“P

\e
plemente asunto del intelecto. R i g e n t a m b i é n nuestro funcio- i ac-
n a m i e n t o cotidiano, hasta los detalles m á s m u n d a n o s . N u e s - ican
E & tros conceptos estructuran lo que p e r c i b i m o s , c ó m o nos m o - le la
- vemos en el m u n d o , la manera en que nos relacionamos c o n
ti cep-
otras personas. A s í que nuestro sistema conceptual d e s e m p e ñ a que
un papel central en la d e f i n i c i ó n de nuestras realidades cotidia- itran
CATEDRA
nas. S i estamos en lo cierto al sugerir que nuestro sistema c o n - náti-
TEOREMA ceptual es en gran medida m e t a f ó r i c o , la manera en que pensa- a es-
• mos, l o que experimentamos y lo que hacemos cada d í a t a m - inzar
b i é n es en gran medida cosa de m e t á f o r a s . acti-

39
43
a”
4
P e r o nuestro sistema conceptual n o es algo de lo que sea-
realmente, ganar o perder en las discusiones. V e m o s a la |£er-
mos conscientes n o r m a l m e n t e . E n la m a y o r parte de las pe-
sona c o n la que discutimos c o m o u n oponente. A t a c a m o s sus
q u e ñ a s cosas que hacemos todos los d í a s , sencillamente pensa-
posiciones y defendemos las nuestras. G a n a m o s y perdemos

í
m o s y actuamos m á s o menos a u t o m á t i c a m e n t e de acuerdo
terreno. Planeamos y usamos estrategias. S i e n c o n t r a m o s que
c o n ciertas pautas. P r e c i s a m e n t e en absoluto es algo o b v i o lo

g
u n a p o s i c i ó n es indefendible, la abandonamos y adoptamos
que son esas pautas. U n a manera de enterarse es m i r a r al len-
una nueva línea de ataque. M u c h a s de las cosas que hacemos al
guaje. P u e s t o que la c o m u n i c a c i ó n se basa en el m i s m o sistema
discutir e s t á n estructuradas parcialmente p o r el concepto- de

ic ra
o
c o n c e p t u a l que usamos al pensar y actuar, el lenguaje es u n a
guerra. A u n q u e no hay una batalla física, se da u n a batalla yer-
i m p o r t a n t e fuente de evidencias acerca de c ó m o es ese sis-
bal, y la estructura de u n a d i s c u s i ó n —ataque, defensa, c o n -
tema.

l
traataque, etc.— lo refleja. E n este sentido, la m e t á f o r a U N A
S o b r e la base de l a evidencia l i n g ü í s t i c a ante todo, hemos
DISCUSIÓN ES U N A G U E R R A es algo de lo que v i v i m o s en nuestra

o
d
descubierto que la m a y o r parte de nuestro sistema conceptual
cultura, estructura las acciones que ejecutamos al discutir. "•
o r d i n a r i o es de naturaleza m e t a f ó r i c a . Y hemos encontrado
T r a t e m o s de imaginar una cultura en la que las discusiones
u n a f o r m a de empezar a identificar detalladamente q u é son

e
n o se v i e r a n en t é r m i n o s bélicos, en la que nadie perdiera n i
exactamente las m e t á f o r a s que estructuran la manera en que
ganara, donde n o existiera el sentido de atacar o defender,''ga-
p e r c i b i m o s , pensamos y actuamos.
nar o perder terreno. Imaginemos u n a c u l t u r a en la que u n a

m t
P a r a dar u n a idea de lo que p o d r í a significar que u n concep-

P
d i s c u s i ó n fuera visualizada c o m o una danza, los participantes

s
to es m e t a f ó r i c o y que ese concepto estructura nuestra a c t i v i -

o á
dad c o t i d i a n a , c o m e n c e m o s c o n el concepto DISCUSIÓN ( / A R -
c o m o bailarines, y en la cual el fin fuera ejecutarla de u n a m a -

L
nera equilibrada y e s t é t i c a m e n t e agradable. ' E n esta cultura^ la

u
G U M E N T O ) y la m e t á f o r a c o n c e p t u a l U N A DISCUSIÓN ES U N A
1
gente c o n s i d e r a r í a las discusiones de u n a manera diferente^ las
C

N
G U E R R A . E s t a m e t á f o r a se refleja en nuestro lenguaje c o t i d i a n o
e x p e r i m e n t a r í a de una manera distinta, las l l e v a r í a a cabo, de
en u n a a m p l i a variedad de expresiones:
o t r o m o d o y h a b l a r í a acerca de ellas de otra manera. P e r o noso-

U
tros seguramente n o c o n s i d e r a r í a m o s que estaban discutiendo
UNA DISCUSIÓN ES UNA GUERRA' en absoluto, p e n s a r í a m o s que h a c í a n algo d i s t i n t o s i m p l e m e n -
Tus afirmaciones son indefendibles. te. Incluso p a r e c e r í a e x t r a ñ o llamar «discutir» a su actividad.
Atacó todos los puntos débiles de mi argumento. Q u i z á la manera m á s neutral de describir la diferencia entre s u

te o
-
Sus críticas dieron justo en el blanco. cultura.y la nuestra sería decir que nosotros tenemos u n a for-

in iv
Destruí su argumento.
ic

m a de d i s c u s i ó n estructurada en t é r m i n o s b é l i c o s y ellos tienen

o
Nunca le he vencido en una discusión.
FA
¿No estás de acuerdo? Vale, ¡dispara!
otra, estructurada en t é r m i n o s de danza.

rn
o us
E s t e es u n ejemplo de lo que significa que u n c o n c e p t o m e -
Si usas esa estrategia, te aniquilará.
t a f ó r i c o , por ejemplo U N A DISCUSIÓN ES U N A G U E R R A , e s t r u c t u -
s

ra (al menos en parte) lo que hacemos y la m a n e r a en que é n -

l
E s i m p o r t a n t e v e r que n o es que nos l i m i t e m o s a hablar de tendemos lo que hacemos cuando discutimos. La esencia de la

us xc
“P

discusiones ( / a r g u m e n t o s ) en t é r m i n o s b é l i c o s . P o d e m o s , metáfora es entendery experimentar un tipo de cosa en términos de otra.


N o es que las discusiones sean subespecies de guerras. L a s dis-
E l inglés argument tiene tanto el sentido de un discurso construido para
1
cusiones y la g u e n a son dos cosas de diferente tipo — d i s -
E
apoyar una posición, como el de un proceso de razonar, debatir o discutir. Por
tanto, cuando se alude a la metáfora ARGUMENT IS WAR hay que considerar ese
cursos verbales y conflictos armados respectivamente— y las
acciones ejecutadas son diferentes tipos de acciones. P e r o u n a
doble sentido. Generalmente en español diríamos discusión, pero en capítulos
posteriores, donde se habla de racional argument, hay que entender también «ar- d i s c u s i ó n se estructura parcialmente, se piensa en ella, se eje-
gumento».. cuta y se describe en t é r m i n o s b é l i c o s . E l c o n c e p t o se estruc-

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í a”
tura m e t a f ó r i c a m e n t e , la actividad se estructura m e t a f ó r i c a -

g
mente, y, en consecuencia, el lenguaje se estructura m e t a f ó r i -
camente.

ic ra
P o r o t r a parte, esta es la manera ordinaria en la que mante-

o
nemos u n a d i s c u s i ó n y hablamos de ella. L a l b i m a n o r m a l en
que habiamos de atacar u n a p o s i c i ó n es usar las palabras «ata-

l
car una p o s i c i ó n » . Nuestras formas c o n v e n c i o n a l e s de hablar

o
d
sobre discusiones p r e s u p o n e n una m e t á f o r a de l;i que r a r a m e n -
te somos conscientes. L a m e t á f o r a n o e s t á meramente en las
palabras que usamos — e s t á en nuestro concepto m i s m o de

e
d i s c u s i ó n . E l lenguaje de la d i s c u s i ó n n o es p o é t i c o , i m a g i n a t i -
v o O r e t ó r i c o ; es literal. H a b l a m o s de discusiones de esa mane-

m t
ra porque las c o n c e b i m o s de esa m a n e r a — y actuamos s e g ú n

P
La sistematicidad

s
la f o r m a en que c o n c e b i m o s las cosas.

o á
L a a f i r m a c i ó n m á s i m p o r t a n t e que hemos hecho hasta ahora de los conceptos metafóricos

L
es que la m e t á f o r a n o es solamente u n a c u e s t i ó n del lenguaje,

u
C

N
es decir, de palabras meramente. Sostenemos que, p o r el c o n -
t r a r i o , los procesos del pensamiento h u m a n o son en gran me- Las discusiones n o r m a l m e n t e siguen m o d e l o s ; es decir, hay
dida m e t a f ó r i c o s . E s t o es lo que queremos decir c u a n d o afir-

U
ciertas cosas que hacemos y n o hacemos c a r a c t e r í s t i c a m e n t e
m a m o s que el sistema conceptual h u m a n o está estructurado y en una d i s c u s i ó n . E l hecho de que en parte c o n c e p t u a l i c e m o s
se define de u n a manera m e t a f ó r i c a . L a s m e t á f o r a s c o m o ex- las discusiones c o m o batallas influye s i s t e m á t i c a m e n t e en la
presiones l i n g ü í s t i c a s son posibles, precisamente, porque son forma que adoptan las discusiones y la m a n e r a en que habla-

te o
-
m e t á f o r a s en el sistema conceptual de u n a persona. A s í pues, mos acerca de l o que hacemos al discutir. P u e s t o que el c o n -
c u a n d o en este l i b r o hablamos de m e t á f o r a s , tales c o m o U N A cepto m e t a f ó r i c o es s i s t e m á t i c o , el lenguaje que usamos para

in iv
ic

o
DISCUSIÓN ES U N A G U E R R A , debe entenderse que metáfora signi- hablar sobre ese aspecto del concepto es t a m b i é n s i s t e m á t i c o .
FA
fica concepto metafórico.

rn
o us
V i m o s en la m e t á f o r a U N A DISCUSIÓN ES U N A G U E R R A que
ciertas expresiones del v o c a b u l a r i o de la guerra, p o r ejemplo
s

atacar una posición, indefendible, estrategia, nueva linea de ataque, ven-


cer, ganar terreno, etc., constituyen una m a n e r a s i s t e m á t i c a de

l
us xc
“P

hablar sobre los aspectos b é l i c o s de la d i s c u s i ó n . N o es u n ac-


cidente que estas expresiones signifiquen l o que significan
cuando las usamos para hablar de discusiones. U n a parte de la
E red conceptual de la batalla caracteriza parcialmente el c o n c e p -
to de d i s c u s i ó n , y el lenguaje le sigue l a corriente. P u e s t o que
las expresiones m e t a f ó r i c a s de nuestro lenguaje se e n c u e n t r a n
enlazadas c o n conceptos m e t a f ó r i c o s de u n a m a n e r a s i s t e m á t i -
ca, podemos usar expresiones l i n g ü í s t i c a s m e t a f ó r i c a s para es-
tudiar la naturaleza de los conceptos m e t a f ó r i c o s y alcanzar
una c o m p r e n s i ó n de la naturaleza m e t a f ó r i c a de nuestras acti-
vidades.

42 43
a”
I
P a r a hacernos u n a idea de c u á l es la f o r m a en que las expre-
en todas las culturas. H a n aparecido e n las sociedades indus-
siones m e t a f ó r i c a s de nuestro lenguaje cotidiano nos pueden

í
triales modernas y estructuran nuestras actividades b á s i c a s c o -
indicar la naturaleza m e t a f ó r i c a de los conceptos que estructu-
tidianas de manera m u y profunda. D e manera a n á l o g a aL he-

g
ran nuestras actividades cotidianas, consideremos el concepto
cho de que actuamos c o m o si el t i e m p o fuera u n a cosa valiosa
m e t a f ó r i c o E L TIEMPO ES DINERO, tal c o m o se refleja en nuestra
— u n recurso limitado, dinero i n c l u s o — concebimos el t i e m p o de
lengua.

ic ra
o
esa manera. E s decir, entendemos y experimentamos el t i e m p o
c o m o el tipo de objeto que puede ser gastado, desperdiciado,
E L TIEMPO ES DINERO
calculado, i n v e r t i d o acertada o desacertadamente, ahorrado y

l
Me estás haciendo perder el tiempo. despilfarrado. T a n t o E L T I E M P O ES D I N E R O , c o m o E L T I E M P O ES

o
Este artilugio te ahorrará horas.

d
UN RECURSO L I M I T A D O y E L T I E M P O ES U N OBJETO V A L I O S O s o n
N o tengo tiempo para dedicártelo . 1
conceptos m e t a f ó r i c o s . S o n m e t a f ó r i c o s desde el m o m e n t o e n
¿En qué gastas el tiempo estos días? que estamos usando nuestras experiencias cotidianas c o n e l d i -

e
Esa rueda deshinchada me ha costado una hora.
nero, los recursos limitados y las cosas valiosas para c o n c e p -
He invertido mucho tiempo en ella.
tualizar el tiempo. N o existe n i n g u n a necesidad p o r la cual el
No dispongo de tiempo suficiente para eso.

m t
Estás terminando con tu tiempo. ser h u m a n o deba conceptualizar el t i e m p o de esta manera; está

P
s
Tienes que calcular el tiempo. ligada a nuestra cultura. E x i s t e n otras culturas en las que el
Reserva algo de tiempo para el ping pong.
o á t i e m p o n o es n i n g u n a de estas cosas.

L
¿Vale la pena gastar ese tiempo? L o s conceptos m e t a f ó r i c o s E L T I E M P O ES D I N E R O , E L T I E M P O

u
¿Te sobra mucho tiempo?
C

N
ES U N RECURSO L I M I T A D O , y E L T I E M P O ES. U N OBJETO V A L I O S O
V i v e de tiempo prestado.
constituyen u n sistema ú n i c o basado en l a s u b e a t e g o r i z a c i ó n ,
N o utilizas tu tiempo con provecho.
ya que en nuestra sociedad el d i n e r o es u n recurso l i m i t a d o y

U
Perdí mucho tiempo cuando caí enfermo.
Gracias por tu tiempo. los recursos limitados s o n cosas valiosas. Estas relaciones de
s u b e a t e g o r i z a c i ó n caracterizan ciertos v í n c u l o s entre las m e t á -
foras. Q u e E L T I E M P O ES DINERO i m p l i c a que E L T I E M P O ÉS U N
E n nuestra cultura, e l tiempo es u n a cosa valiosa. E s u n re-

te o
-
RECURSO L I M I T A D O , l o c u a l a su v e z i m p l i c a que E L T I E M P O ES
c u r s o l i m i t a d o que utilizamos para alcanzar nuestros objetivos.
UNA COSA V A L I O S A . h

in iv
ic

D e b i d o a que en la f o r m a e n que h a evolucionado en la cultura

o
occidental m o d e r n a e l concepto de trabajo v a c a r a c t e r í s t i c a - Estamos adoptando l a p r á c t i c a de usar el concepto m e t a f ó -
FA rico m á s específico, en este caso E L TIEMPO ES DINERO, para ca-

rn
mente asociado c o n el t i e m p o que lleva realizarlo, y e l t i e m p o

o us
se c u a n t i f i t a c o n p r e c i s i ó n , se ha convertido en una c o s t u m b r e racterizar el sistema entero. D e las expresiones anotadas bajo
s

pagar a la gente p o r horas, semanas o a ñ o s . E n nuestra c u l t u r a la m e t á f o r a E L TIEMPO ES DINERO, algunas se refieren específi-
E L TIEMPO ES DINERO de muchas maneras: las unidades de las camente al dinero (gastar, invertir, calcular, provecho, costar), 'otras

l
a recursos limitados (usar, agotar tener suficiente, terminar), y otras

us xc
“P

llamadas t e l e f ó n i c a s , los salarios p o r horas, los precios de las


habitaciones de hotel, los presupuestos anuales, los intereses a cosas valiosas (tener, dar, perder, agradecer). E s t e es u n ejemplo
en los p r é s t a m o s , y el pago de las deudas a la sociedad p o r m e - de la f o r m a en que las implicaciones m e t a f ó r i c a s pueden Carac-
E
dio de servicios temporales. Estas p r á c t i c a s son relativamente
nuevas en la historia de l a raza h u m a n a , y en absoluto existen
terizar u n sistema coherente de conceptos m e t a f ó r i c o s ly u n
sistema coherente correspondiente de expresiones m e t a f ó r i c a s
de esos conceptos.

2 En inglés se usa el verbo grve, literalmente «dar». En español existen ade-


más expresiones como tlTitnes un minuto?».
í a”
LAS IDEAS (O SIGNIFICADOS) SON OBJETOS.
LAS EXPRESIONES LINGÜÍSTICAS SON RECIPIENTES.

g
L A COMUNICACIÓN CONSISTE E N U N ENVÍO.

E l hablante pone ideas (objetos) e n las palabras (recipientes)

ic ra
o
y las e n v í a (a t r a v é s de u n canal) o u n oyente que extrae las
ideas-objetos de sus recipientes. R e d d y lo d o c u m e n t a c o n m á s

l
de cien tipos de expresiones en i n g l é s , que él estima que d a n
cuenta de al menos el 7 0 % de las expresiones que usamos para

o
d
hablar sobre el lenguaje. V e a m o s algunos ejemplos:

e
La metáfora del CANAL

Es difícil hacerle llegar esa idea.

m t
Sistematicidad metafórica: Y o te di esa idea.

P
Nos alcanzaron tus razones.

s
destacar y ocultar
o á Es difícil poner mis ideas en palabras.

L
Cuando tengas una buena idea trata de capturarla inmediatamente

u
en palabras.
C

N
L a m i s m a sistematicidad que nos permite c o m p r e n d e r u n Trata de poner más pensamiento en menos palabras.
aspecto de u n c o n c e p t o en t é r m i n o s de o t r o (por ejemplo, No se puede simplemente llenar de ideas una oración.
c o m p r e n d e r u n aspecto de la d i s c u s i ó n en t é r m i n o s de u n a b a -

U
E l significado está ahí mismo en las palabras.
talla) necesariamente h a de ocultar otros aspectos d e l c o n c e p t o Sus palabras tienen poco significado.
en c u e s t j ó n . A l p e r m i t i r n o s concentrarnos en u n aspecto del La Introducción tiene una gran cantidad de contenido.
c o n c e p t o ( p o r ejemplo, los aspectos bélicos de una d i s c u s i ó n ) , Tus palabras parecen huecas.

te o
-
u n c o n c e p t o m e t a f ó r i c o puede i m p e d i r que nos c o n c e n t r e m o s La oración no tiene significado.
en otros aspectos del c o n c e p t o que son inconsistentes c o n esa Las ideas están enterradas en párrafos terriblemente difíciles.

in iv
ic

\ .

o
m e t á f o r a . P o r ejemplo, en m e d i o de u n a d i s c u s i ó n acalorada,
FA
c u a n d o estamos obcecados en el ataque de las posiciones de

rn
o us
E n ejemplos c o m o é s t o s es m u c h o m á s difícil v e r que hay
nuestro oponente y la defensa de las nuestras, p o d e m o s perder algo o c u l t o por la m e t á f o r a , o incluso que hay u n a m e t á f o r a .
s

de vista los aspectos cooperativos de la d i s c u s i ó n . Puede c o n s i - E n tan gran m e d i d a es esta la manera c o n v e n c i o n a l de pensar
derarse que alguien que e s t á discutiendo c o n o t r o está d e d i c á n - sobre el lenguaje que, a veces, es difícil i m a g i n a r que p o d r í a n o

l
dole su t i e m p o , u n a cosa valiosa, en u n esfuerzo c o m ú n de

us xc
“P

ajustarse a la realidad. P e r o si atendemos a lo que supone la


m u t u o e n t e n d i m i e n t o . P e r o cuando estamos preocupados p o r m e t á f o r a del C A N A L , podemos v e r algunas de las formas e n
los aspectos b é l i c o s , a m e n u d o perdemos de vista los aspectos que enmascara aspectos d e l proceso de la c o m u n i c a c i ó n .
cooperativos. E
U n caso m u c h o m á s sutil de la manera en que u n c o n c e p t o
E n p r i m e r lugar, ese aspecto de la m e t á f o r a del C A N A L que
se puede formular c o m o LAS EXPRESIONES LINGÜÍSTICAS SON
m e t a f ó r i c o puede ocultar u n aspecto de nuestra experiencia RECIPIENTES PARA LOS SIGNIFICADOS, supone que las palabras y
puede observarse en lo que M i c h a e l R e d d y ha d e n o m i n a d o la las sentencias tienen significados en sí mismas, independiente-
« m e t á f o r a del canal». R e d d y observa que nuestro lenguaje so- mente de cualquier contexto o hablante. L a parte de la m e t á f o -
bre el lenguaje está estructurado de u n a manera general p o r ra que se f o r m u l a c o m o LOS SIGNIFICADOS SON OBJETOS, p o r
m e d i o d é la siguiente m e t á f o r a compleja: ejemplo, supone que los significados tienen u n a existencia i n -

46 47
a”
dependiente de la gente y los contextos. L a parte de la m e t á f o - casos en los que es necesario el contexto para determinar si la

í
ra que d i c e que LAS EXPRESIONES LINGÜISTICAS SON R E C I P I E N - o r a c i ó n tiene significado y, si es así, c u á l es ese significado.
TES PARA SIGNIFICADOS supone que las palabras (y las senten-

g
E s t o s ejemplos muestran que los conceptos m e t a f ó r i c o s que
cias) tienen significados, de nuevo independientes de los c o n - hemos examinado nos p r o p o r c i o n a n u n a c o m p r e n s i ó n parcial
ceptos y los hablantes. Estas m e t á f o r a s son apropiadas en m u - de lo que son la c o m u n i c a c i ó n , la d i s c u s i ó n y el t i e m p o , y que,

ic ra
o
chas situaciones — a q u é l l a s en que las diferencias de c o n t e x t o h a c i é n d o l o , ocultan otros aspectos de estos conceptos. E s i m -
n o tienen i m p o r t a n c i a y en las que todos los participantes en la portante v e r que la e s t r u c t u r a c i ó n m e t a f ó r i c a que se i m p l i c a
a q u í es parcial, n o total. S i fuera total, u n c o n c e p t o seria en

l
c o n v e r s a c i ó n entienden las expresiones de la m i s m a manera.
Estas dos implicaciones quedan ejemplificadas en oraciones realidad el otro, n o sería meramente entendido en t é r m i n o s

o
d
como: del otro. P o r ejemplo, el t i e m p o n o es realmente d i n e r o . S i
uno gasta su tiempo tratando de hacer algo y n o le sale b i e n , na-

e
E l significado está ahí mismo en las palabras die le devuelve su tiempo. N o hay bancos para el tiempo. Y o
puedo dedicarte m u c h o tiempo, pero t ú n o puedes d e v o l v e r m e
que, de acuerdo c o n la m e t á f o r a del C A N A L , p o d r í a decirse de el m i s m o tiempo, aunque puedes devolverme la misma cantidad de

m t
cualquier o r a c i ó n . P e r o hay muchos casos en que el contexto tiempo. Y así sucesivamente. A s í pues, parte de u n concepto

P
s
i m p o r t a . H e a q u í un caso famoso, registrado en una c o n v e r s a - m e t a f ó r i c o n o se ajusta n i puede ajustarse a la realidad. ¡k
c i ó n real, por P a m e l a D o w n i n g :
o á P o r otra parte, los conceptos m e t a f ó r i c o s pueden extender-

L
u
se m á s allá del rango de las formas literales ordinarias de p e n -
C

N
Por favor, siéntate en el asiento del zumo de manzana. sar y hablar, hasta el rango de lo que se d e n o m i n a p e n s a m i e n -
to y lenguaje figurativo, p o é t i c o , colorista, o i m a g i n a t i v o . A s í ,
E s t a o r a c i ó n , aislada, n o tiene significado a l g u n o , ya que la ex-

U
si las ideas son objetos, podemos vestirlas con ropas caprichosas,
p r e s i ó n «el asiento del z u m o de m a n z a n a » n o es u n a f o r m a
jugar con ellas, alinearlas de una manera agradable j ordenada, etc.
c o n v e n c i o n a l de referirse a n i n g u n a clase de objeto. P e r o la
P o r consiguiente^ cuando decimos que u n c o n c e p t o e s t á es-
o r a c i ó n tiene sentido perfecto en el c o n t e x t o en que fue profe-
tructurado p o r u n a m e t á f o r a , queremos decir que está parcial-

te o
rida. U n i n v i t a d o de la noche anterior v i n o a desayunar. H a b í a

-
mente estructurado y que puede ser extendido de ciertas m a -
cuatro sitios, tres c o n z u m o de naranja y u n o c o n z u m o de

in iv
ic

neras pero no de otras. :

o
manzana. E r a claro que era «el asiento del z u m o de m a n z a n a » .
FA
Incluso a la m a ñ a n a siguiente, cuando ya n o h a b í a z u m o de

rn
o us
manzana, t o d a v í a era c l a r o q u é sitio era «el asiento del z u m o
de m a n z a n a » . A d e m á s de oraciones que no tienen significado
s

fuera de c o n t e x t o , hay casos en que una sola o r a c i ó n significa

l
cosas diferentes para gente distinta. C o n s i d e r e m o s :

us xc
“P

Necesitamos fuentes de energía alternativas


E
significa algo m u y diferente para el presidente de M o b i l O i l y
para el presidente de A m i g o s de la T i e r r a . E l significado n o
e s t á en la o r a c i ó n m i s m a — t i e n e m u c h a i m p o r t a n c i a q u i é n
e s t á d i c i e n d o o escuchando la sentencia, y c u á l e s son sus acti-
tudes p o l í t i c a s y sociales. L a m e t á f o r a del C A N A L n o se ajusta a

48
í a”
pueden v a r i a r de u n a c u l t u r a a otra. P o r ejemplo, en algunas

g
culturas el futuro está delante de nosotros, mientras que en
otras está d e t r á s . V a m o s a e x a m i n a r c o m o i l u s t r a c i ó n las m e -
t á f o r a s de e s p a c i a l i z a c i ó n arriba-abajo, que h a n sido i n t e n s i v a -

ic ra
o
mente estudiadas p o r W i l l i a m N a g y (1974). E n cada caso, da-
remos una breve i n d i c a c i ó n sobre la forma en que cada c o n -

l
cepto m e t a f ó r i c o puede haber surgido de nuestra experiencia
física y cultural. Estas explicaciones pretenden ser sugerentes y

o
d
plausibles, n o definitivas.

e
FELIZ ES ARRIBA; TRISTE ES ABAJO

Me siento alio. Eso me levantó el ánimo. Se me levantó la moral. Es-

m t
tás saltando de gozo. Pensar en ella siempre me ayuda a levantarme.

P
Metáforas orientacionales Me siento bajo. Estoy deprimido*. Está verdaderamente bajo estos

s
o á días. Caí en una depresión. M i moral cayó por los suelos. [Se en-

L
cuentra abatido, espero que pronto se remonte.]

u
C

N
H a s t a é s t e m o m e n t o , hemos examinado lo q u ; llamaremos Base física: una postura i n c l i n a d a a c o m p a ñ a c a r a c t e r í s t i c a -
metáforas estructurales, casos en los que u n concepto está estruc- mente a la tristeza y la d e p r e s i ó n , u n a postura erguida a c o m p a -

U
turado m e t a f ó r i c a m e n t e en t é r m i n o s de otro. P e r o hay o t r o ñ a a un estado e m o c i o n a l p o s i t i v o .
tipo de c o n c e p t o m e t a f ó r i c o , que n o estructura u n concepto en
t é r m i n o s de o t r o , sino que organiza u n sistema global de c o n - LO CONSCIENTE ES ARRIBA; LO INCONSCIENTE ES ABAJO
ceptos c o n r e l a c i ó n a otro.' L l a m a r e m o s a estas metáforas_orien-

te o
Levanta. Despierta . Y a estoy levantado. Amaneció (se levantó) pron-

-
5

tacionales, ya que la m a y o r í a de ellas tiene que v e r c o n la o r i e n - to por la mañana ". Cayó dormido. (Se hundió en un profundo sue-
1

in iv
ic

t a c i ó n espacial: arriba-abajo, dentro-fuera, d e l a n t e - d e t r á s , p r o - ño.] Está bajo hipnosis. Cayó en coma .

o
7

fundo-superficial, c e n t r a l - p e r i f é r i c o . Estas orientaciones espa-


FA

rn
o us
ciales surgen del hecho de que tenemos cuerpos ele un tipo de- Base física: los h u m a n o s y la m a y o r í a de los otros m a m í f e -
terminado" y que f u n c i o n a n c o m o funcionan en nuestro m e d i o ros d u e r m e n echados y se m a n t i e n e n de pie c u a n d o e s t á n d o r -
s

físico. L a s m e t á f o r a s orientacionales^dan a u n concepto u n a midos.

l
o r i e n t a c i ó n espacial:'por ejemplo FELIZ ES ARRIBA. E l hecho de

us xc
“P

que el c o n c e p t o F E L I Z e s t é orientado ARRIBA lleva a expresio- SALUD Y VIDA SON ARRIBA; LA ENFERMEDAD Y LA MUERTE SON ABAJO
nes c o m o « H o y m e siento a l t o » . 3
Está en la cima de la salud. Lázaro se levantó de entre los muertos.
Estas Orientaciones m e t a f ó r i c a s n o son arbitrarias, tienen
E
u n a base en nuestra experiencia física y cultural. A u n q u e las 4 Literalmente, «deprimido» es hundido o abatido, puesto que «depresión»
oposiciones polares arriba-abajo, dentro-fuera, etc., son de na- tiene un sentido físico claro.
5 En inglés se utiliza un verbo preposicional con up; pero nótese que en es-
turaleza física, las m e t á f o r a s orientacionales basadas en ellas pañol puede usarse simplemente «lArriba!» como interjección, con el mismo
sentido exactamente que «Wake up!».
6 En inglés se utiliza el mismo verbo, raise, para referirse a la acción de le-
3 En español propiamente se habla de «estar alto de moral» o «bajo de mo-
vantarse y a la de salir el sol. Es lo equivalente del español «amanecen aplicado
ral»; no obstf.nte, abundan más las expresiones referidas a la metáfora T R I S T E ES
a la acción de levantarse.
A B A J O : «Estoy por los suelos», «Estoy hundido (en la miseria)», etc.
7 El inglés «to sink into a coma» es literalmente «sumergirse», «hundirse».

50 51
a”
E n cuanto a su salud, va hacia arriba. Cayó enfermo. Está decayen- Base física: n o r m a l m e n t e nuestros ojos m i r a n en la direc-
do. Se vino abajo con la gripe. Su salud está declinando. Cayó
c i ó n en que c a r a c t e r í s t i c a m e n t e nos m o v e m o s (adelante, hacia

í
muerto.
adelante). C u a n d o u n objeto se a p r o x i m a a u n a persona (o u n a

g
persona se a p r o x i m a a u n objeto) el objeto parece m á s grande.
Base física; las enfermedades graves nos obligan a yacer físi-
Puesto que el suelo se percibe c o m o fijo, la parte s u p e r i o r , d e l
camente. C u a n d o alguien está m u e r t o , f í s i c a m e n t e está ten-

ic ra
objeto parece moverse hacia la parte superior del campo visual

o
dido.
de la persona. H

TENER CONTROL O FUERZA ES ARRIBA; ESTAR SUJETO A CONTROL O I

l
FUERZA ES ABAJO UN STATUS ELEVADO ES ARRIBA; UN STATUS BAJO ES ABAJO ¡i

o
d
Tengo control sobre ella. Estoy por encima de la situación. Está en Tiene una elevada posición. Subirá hasta lo más alto. Está en ¡azum-
una posición superior. Está en la cumbre de su poder. Está en el alto bre de su carrera. Está subiendo la escalera . Tiene poca m.ovilitíad
10

mando. Está en el escalón más alto. Creció su poder. Es superior a hacia arriba. Está en lo más bajo de la jerarquía social. Bajó de posi-

e
mí en fuerza. Está bajo mi control. Cayó del poder. Su poder está ción.
en declive. Es socialmente inferior a mí.
Bases sociales y físicas: el status está relacionado c o n e l ' p o -

m t

P
Base física: la talla física se correlaciona c a r a c t e r í s t i c a m e n t e der (social), y el poder (físico) es arriba.

s
o á
c o n la fuerza física, y el vencedor de una lucha e s t á c a r a c t e r í s -

L
ticamente arriba. LO BUENO ES ARRIBA; LO MALO ES ABAJO

u
C
Las cosas van mejorando". E l año pasado alcanzamos un pica, pero

N
MÁS ES ARRIBA; MENOS ES ABAJO hemos ido cuesta ahijo desde entonces. Las cosas están en el pun-
to más bajo. Hace trabajo de alta calidad.
El n ú m e r o de libros impresos cada año sigue en alza. Su n ú m e r o

U
es alto. Mis ingresos se elevaron el año pasado. La actividad artísti-
Bases físicas para el bienestar personal: felicidad, salud, Vida
ca en este estado decayó el año pasado. E l número de errores que
comete es increíblemente bajo. Sus ingresos disminuyeron el año pa- y c o n t r o l —las cosas que caracterizan p r i n c i p a l m e n t e l o q u é es
sado. Es menor de edad". Si tienes demasiado calor, baja la calefac- bueno para una p e r s o n a — son todas ARRIBA. S

te o
-
ción. 'f;

in iv
ic

LA VIRTUD ES ARRIBA; EL VICIO ES ABAJO

o
Base física: si se a ñ a d e una cantidad m a y o r de u n a sustancia
FA
o de u n objeto físicos a u n recipiente o pila, se eleva el n i v e l .
Es altruista (tiene elevados pensamientos). Tiene valores altos. Es

rn
o us
honrada . Es una buena ciudadana. Eso fue una mala pasada
12

(un truco bajo). N o seas turbio . Y o no me rebajaría a eso. Eso


13
s

LOS ACONTECIMIENTOS FUTUROS PREVISIBLES ESTAN ARRIBA (Y ADE-


LANTE)

l
es tanto ARRIBA como ADKLANTE. En el original: All up coming events are Usted

us xc
“P

Todas las actividades que va a haber están anotadas en el papel. in the paper. What's coming up this week? Fm afraid of what's up ahead of us.
¿Qué va a pasar esta semana? Tengo miedo de lo que pueda pa- What is upf
samos más adelante, ¿Qué hayP. 10 No tiene sentido en español, pero nótese que en nuestra lengua se «esca-
E lan puestos», y se puede ser un «arribista».
11 En inglés look up es argot por improve, «mejorar».
12 El inglés upright es equivalente al español «recto», igual que upstanding en
* En inglés «menor de edad» es literalmente underage, «por debajo de la edad el ejemplo siguiente. , :

(adulta)». 13 En inglés underhandii; nótese que aunque no exista en español un adjetivo


' En inglés se usa un verbo preposicional con up para referirse a lo que va a literalmente equivalente, tiesta la expresión «hacer algo bajo mano», que es pre-
pasar. En español parece que la orientación de los acontecimientos futuros no cisamente lo opuesto a «hacer algo claramente».

52 53
a”
sería .indigno de m í . Cayó en el abismo del vicio. Eso fue una — La mayoría de nuestros conceptos fundamentales están organi-

í
1 4

cosa v i l .
1 5
zados en términos de una o más metáforas especializadoras.

g
Bases físicas y sociales: l a m e t á f o r a L O B U E M O ES ARRIBA — Hay una sistematicidad interna en cada metáfora espccializado-
ra. Por ejemplo, FELIZ ES ARRIBA define un sistema coherente,
para u n a persona (base física) junto c o n u n a m e t á f o r a que dis-

ic ra
más que un número de casos aislados y arbitrarios (un ejemplo

o
c u t i r e m o s m á s adelante, L A S O C I E D A D ES U N A P E R S O N A (en l a
de un sistema incoherente sería uno en el que, digamos, «Me
v e r s i ó n en que u n o no está i d e n t i f i c á n d o s e c o n su sociedad). siento alto» significara «Me siento feliz», pero «Se me levantó la

l
Ser v i r t u o s o es actuar de acuerdo c o n las normas establecidas moral» significara «Me siento más triste»).
por u n a s o c i e d a d / p e r s o n a para mantener su bienestar, L A VIR-

o
d
— Hay una sistematicidad global entre las diferentes metáforas es-
T U D ES ARRIBA porque las acciones virtuosas se c o r r e l a c i o n a n
pacializadoras, que define la coherencia entre ellas. Así, LO BUE-
c o n el bienestar social desde el p u n t o de vista de la s o c i e d a d /
NO ES ARRIBA da una orientación hacia arriba al bienescar en ge-

e
/persona.- P u e s t o que las m e t á f o r a s fundamentadas s o c i a l m e n - neral, y esta orientación es coherente con casos especiales como
te f o r m a n parte de la cultura, l o que cuenta es e l p u n t o de v i s - FELIZ ES ARRIBA, SALUD ES ARRIBA, VIVO ES ARRIBA, CONTROL ES
ta de la s o c i e d a d / p e r s o n a . ARRIBA; STATUS ES ARRIBA es coherente con CONTROL ES ARRIBA.

m t

P
— Las metáforas espacializadoras tienen sus raíces en la experien-

s
o á
LO RACIONAL ES ARRIBA; LO EMOCIONAL ES ABAJO cia física y cultural; no son asignadas de manera arbitraria. Una

L
La discusión cayó en un nivel emocional, pero \i levanté otra vez al metáfora puede servir como vehículo para entender un concep-

u
plano; racional. Dejamoslnuestros sentimientos a un Udo y mantuvi- to solamente en virtud de sus bases experienciales (algunas de
C

N
mos una discusión de alto nivel intelectual sobre t;l :ema. N o pudo las complejidades de la base experiencial de la metáfora se discu-
sobreponerse a sus emociones. ten en la sección siguiente).

U
— Hay muchas posibles bases físicas y sociales: para la metáfora. L a
Bases físicas y culturales: en nuestra cultura, la gente c o n s i - coherencia dentro del sistema global parece ser parte de la ra-
dera que tiene c o n t r o l sobre los animales, las plantas y su m e - zón por la que se elige una en vez de otra. P o r ejemplo, la felici-
d i o físico^ y l o que coloca al h o m b r e p o r e n c i m a de l o s l i h i m a - dad también tiende a correlacionarse físicamente con la sonrisa

te o
-
les y le d a c o n t r o l sobre ellos es su capacidad exclusiva de ra- y un sentimiento general de expansividad. E n principio esto po-

in iv
dría constituir la base para una metáfora FELIZ ES ANCHO; TRIS-
ic

zonar. Et, C O N T R O L ES ARRIBA, así, p r o p o r c i o n a u n a base para

o
(la m e t á f o r a ) el H O M B R E ES ARRIBA, y, en consecuencia, para (la TE ES ESTRECHO . Y de hecho existen expresiones metafóricas
16
FA menores, como «Me siento expansivo» que seleccionan un aspec-

rn
o us
m e t á f o r a ) L O R A C I O N A L ES ARRIBA.
to de la felicidad distinto del que selecciona «Me siento alta».
Pero la metáfora principal en nuestra cultura es FELIZ ES ARRI-
s

BA; hay una razón por la que hablamos de la altura del éxtasis y
Conclusiones

l
no de la anchura del éxtasis, FELIZ ES ARRIBA es coherente con

us xc
“P

BUENO ES ARRIBA, SANO ES ARRIBA, etC.


S ó b r e n l a base de estos ejemplos, sugerimos l a s siguientes — E n algunos casos, la espacialización es una parte tan esencial de
c o n c l u s i o n e s sobre el fundamento experiencial, la coherencia y
E un concepto que es difícil imaginar una metáfora alternativa
la sistematicidad de los conceptos m e t a f ó r i c o s : que pudiera estructurarla. E n nuestrsusociedad «status alto» es
uno de esos conceptos. Otros casos, como felicidad, no son tan
claros. E l concepto de felicidad ¿es independiente de la metáfo-

14E n inglés, literalmente, benealb me es «por debajo de mí».


15Literalmente ¡mv-down tbing es un enfático (U.S.A.) para referirse a algo 16 En español existe la expresión «estrecho, -a», que aplicada a personas tiene
degradado o abyecto. el sentido de «mezquino», que es precisamente lo opuesto a la expansividad.

54 55
í a”
ra FELIZ ES ARRIBA, o la espacialización arriba-abajo de la felici- diferentes. N o es que haya m u c h o s ARRIBA distintos; m á s b i e n
dad es parte del concepto? Creemos que es una parte del con- se trata de que la verticalidad participa en nuestra experiencia

g
cepto dentro de un sistema conceptual dado. L a metáfora FELIZ de muchas maneras distintas, y a s í da lugar a muchas m e t á f o -
ES ARRIBA sitúa a la felicidad dentro de un sistema metafórico ras diferentes.
coherente y parte de su significado deriva de su papel en ese sis-

ic ra
U n a manera de enfatizar l a inseparabilidad de las m e t á f o r a s

o
tema.
de su base experiencial sería i n c o r p o r a r la base experiencial
— Los denominados conceptos puramente intelectuales, por ejem- dentro de la r e p r e s e n t a c i ó n m i s m a . A s í , en vez de escribir MÁS

l
plo los conceptos de una teoría científica, están a menudo ES ARRIBA, y R A C I O N A L ES ARRIBA, p o d r í a m o s hacer visible u n a
—quizá siempre— basados en metáforas que tienen un funda- r e l a c i ó n m á s compleja en el diagrama:

o
d
mento físico y / o cultural. Altas en «partículas de altas energías»

se basa en MÁS ES ARRIBA. Alto en «funciones de alto nivel»,
MÁS ARRIBA %
como en la psicología fisiológica, se basa en LO RACIONAL ES

e
ARRIBA. Bajo en «fonología de bajo nivel» (que se refiere a aspec-
tos fonéticos detallados de los sistemas sonoros de los lenguajes) BASE

m t
se basa en LA REALIDAD MUNDANA ES ABAJO (como en «con los EXPERIENCIAL I i

P
pies en la tierra»). La capacidad de atracción intuitiva de una

s
I

o á
teoría científica tiene que ver con el acierto con que sus metáfo-
ras se ajusten a la experiencia personal.
ABAJO

L
u
C
— Nuestra experiencia física y cultural proporciona muchos funda-

N
mentos posibles para metáforas espacializadoras. Cuáles son los
elegidos y cuáles se convierten en los principales puede variar

U
de una cultura a otra. BASE

EXPERIENCIAL II
— Es difícil distinguir las bases físicas de las culturales en una me-
táfora, ya que la elección de una base física entre muchas otras
a

te o
posibles tiene que ver con la coherencia cultural.

-
EMOCIONAL ABAJO

in iv
ic

o
FA U n a r e p r e s e n t a c i ó n c o m o ésta e n f a t i z a r í a que las dos partes
Lasfundamentos experienciales de ¡as metáforas de cada m e t á f o r a ú n i c a m e n t e e s t á n unidas p o r una base expe-

rn
o us
riencial, y que s ó l o por m e d i o de estas bases experienciales
pueden servirnos las m e t á f o r a s para entendernos. N o usare-
s

N o sabemos m u c h o sobre los fundamentos experienciales


de las m e t á f o r a s . D e b i d o a nuestra i g n o r a n c i a en esta materia mos estas representaciones, pero exclusivamente porque sabe-

l
hemos descrito las m e t á f o r a s separadamente, y s ó l o d e s p u é s mos muy poco acerca de las bases experienciales de las m e t á f o -

us xc
“P

hemos a ñ a d i d o unas notas especulativas sobre sus posibles ras. C o n t i n u a r e m o s utilizando la palabra «es» al f o r m u l a r ¡me-
fundamentos experienciales. A d o p t a m o s esta p r á c t i c a n o p o r t á f o r a s c o m o MÁS ES ARRIBA, pero este «es» debe ser considera-
p r i n c i p i o , sino p o r i g n o r a n c i a . En realidad creemos que"ninguna
E do c o m o una abreviatura de u n conjunto de experiencias en el
metáfora se puede entender, ni siquiera representar, adecuadamente in- que se basa la m e t á f o r a y en cuyos t é r m i n o s la entendemos.
dependientemente de su fundamento en la experiencia. P o r ejemplo E l papel del fundamento experiencial es importante en la
MÁS ES ARRIBA tiene u n tipo de base en la experiencia m u y d i - c o m p r e n s i ó n del funcionamiento de m e t á f o r a s que no se ajus-
ferente de F E L I Z ES A R R I B A O R A C I O N A L ES ARRIBA. A u n q u e el tan entre sí, porque se basan en tipos de experiencias diferen-
c o n c e p t o ARRIBA es el m i s m o en todas las m e t á f o r a s , las expe- tes. T o m e m o s por ejemplo u n a m e t á f o r a c o m o LO D E S C O N O C I -
riencias en las que estas m e t á f o r a s ARRIBA se basan son m u y D O ES ARRIBA; L O C O N O C I D O ES ABAJO. E j e m p l o s de ella son

56 57
a”
« E s o está en el aire» y « E l asunto e s t á deádido» '. u Esta metáfora

í
tiene u n a Base experiencial m u y parecida a E N T E N D E R ES C A P -
T U R A R , c o m o en « N o cogí su e x p l i c a c i ó n » . C u a n d o se trata de

g
objetos físicos, si u n o puede coger algo y tenerlo en la m a n o ,
puede m i r a r l o cuidadosamente y alcanzar una c o m p r e n s i ó n r a -

ic ra
o
zonablemente buena del m i s m o . E s m á s fácil coger algo y m i -
rarlo cuidadosamente si está en el suelo en u n sitio d e t e r m i n a -

l
do, que si e s t á flotando en el aire (como u n a hoja o u n t r o z o de
papel). A s í pues, L O D E S C O N O C I D O ES ARRIBA; L O C O N O C I D O ES

o
d
A B A J O es c o h e r e n t e c o n E N T E N D E R ES C A P T U R A R ( C O G E R ) .

P e r o DESCONOCIDO ES ARRIBA n o es coherente c o n m e t á f o -

e
ras COmO 3 U E N 0 ES ARRIBA y L O T E R M I N A D O ES ARRIBA ( c o m o
en «estoy t e r m i n a n d o » ) . P o d r í a esperarse que T E R M I N A D O es-
1 8
5
tuviese emparejado c o n C O N O C I D O y N O T E R M I N A D O c o n D E S -

m t

P
C O N O C I D O . P e r o en l o que concierne a las m e t á f o r a s de la ver- Metáfora y coherencia cultural

s
o á
ticalidad n o es ese el caso. L a r a z ó n es que DESCONOCIDO ES

L
ARRIBA tiene u n a base experiencial m u y distinta de T E R M I N A D O

u
ES ARRIBA.*
C

N
L o s valores m á s fundamentales e n u n a c u l t u r a s e r á n cohe-
rentes c o n la estructura m e t a f ó r i c a de los conceptos funda-
mentales e n l a m i s m a . P o r ejemplo, consideremos algunos de

U
los valores culturales de nuestra sociedad que s o n coherentes
c o n nuestras m e t á f o r a s espacializadoras ARRIBA-ABAJO y cuyos
opuestos n o s e r í a n coherentes.

te o
-

in iv
« M á s es mejor» es coherente c o n MÁS ES ARRIBA y B U E N O ES
ic

o
ARRIBA.
FA

rn
« M e n o s es mejor» n o es coherente c o n ellas.

o us
« M á s grande es mejor» es coherente c o n MÁS ES ARRIBA y
s

B U E N O ES ARRIBA.
« M á s p e q u e ñ o es mejon> n o es coherente c o n ellas.

l
us xc
“P

«El futuro s e r á mejor» es coherente c o n E L F U T U R O ES ARRI-


BA y B U E N O ES ARRIBA.
«El futuro será p e o r » n o lo es.
E « H a b r á m á s e n el futuro» es coherente c o n MÁS ES ARRIBA y
E L F U T U R O ES ARRIBA.
ñ «Su s i t u a c i ó n será m á s elevada e n e l f u t u r o » es coherente
COn SITUACIÓN E L E V A D A ES ARRIBA y E L F U T U R O ES ARRIBA.

17 Literalmente: «That's up in thc oír», «The matter is sefíUd».


S o n estos valores profundamente arraigados e n nuestra c u l -
18 «I am finishing upj>
' tura. «El futuro s e r á mejora es u n a f o r m u l a c i ó n del c o n c e p t o
58
59

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