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PUC - Campinas

CEATEC
04536 – Projeto de Estruturas
Metálicas e Madeiras

Sistema de Contraventamento
e Terças
Prof. Dr. Rodrigo Cuberos Vieira
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Sistema de Contraventamento
- Os contraventamentos são barras horizontais e verticais dispostas
para fornecer rigidez e estabilidade global à estrutura;

- Além de dar rigidez aos conjuntos de pórticos planos, os


contraventamentos também fazem o travamento dos elementos
(barras) fora do seu plano (plano da treliça), completando a estrutura
tridimensional;

- Os contraventamentos são responsáveis por:

- Limitar os comprimentos de flambagem das barras estruturais;


- Garantir a estabilidade das vigas de cobertura e do conjunto;
- Resistir às forças que agem fora do plano das vigas principais.
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Sistema de Contraventamento
- Os contraventamentos devem ser ligados à pontos fixos da
estrutura, para que todos os pontos do sistema de contraventamentos
também se tornem pontos fixos, impedindo o deslocamento lateral
das barras da estrutura;

- O ponto mais fixo que temos na estrutura é a fundação;

- Quando os pilares são feitos de concreto armado, os pontos fixos


da fundação são transferidos para o topo dos pilares. Assim,
podemos considerar que o topo dos pilares também são pontos
fixos;
- Consideremos que nossa viga principal é composta pela treliça à
seguir, e que os pilares são de concreto armado:
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Sistema de Contraventamento

Representação de um ponto fixo


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Sistema de Contraventamento
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Sistema de Contraventamento
7

Sistema de Contraventamento
8

Sistema de Contraventamento
9

Sistema de Contraventamento
10

Sistema de Contraventamento
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Sistema de Contraventamento

Pontos de
Comprimentos de inflexão
flambagem fora do plano
y
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Sistema de Contraventamento

- Comprimentos de flambagem no plano da treliça:

x

Pontos de inflexão
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Sistema de Contraventamento
- Se os pilares forem metálicos, eles também devem ser
contraventados:
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Sistema de Contraventamento
- Um contraventamento ideal é aquele que consegue igualar os
índices de esbeltez dos dois planos principais de flambagem de uma
barra (λx = λy);
𝐾𝑥 𝑙𝑥 𝐾𝑦 𝑙𝑦
λ𝑥 = λ𝑦 =
𝑟𝑥 𝑟𝑦

Onde:
Kxlx e Kyly: comprimento de flabamgem da barra em torno dos eixos
x e y, respectivamente;
Para treliças podemos considerar Kx = Ky = 1,0;
lx e ly: comprimento da barra para flambagem em torno dos eixos x e
y, respectivamente;
rx e ry: raio de giração da barra em torno dos eixos x e y,
respectivamente;
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Sistema de Contraventamento
- Para uma treliça com banzos formados por dupla cantoneira oposta:
L L L L
y
x x
y

x x
y

lx = L ly = dCTV (distância entre pontos de contraventamento)


𝐾𝑥 𝑙𝑥 𝐾𝑦 𝑙𝑦 𝐿 𝑑𝐶𝑇𝑉
λ𝑥 = λ𝑦 = = 𝐿 𝑑𝐶𝑇𝑉
𝑟𝑥 𝑟𝑦 𝑟𝑥 𝑟𝑦
= 𝑑𝐶𝑇𝑉 = 2𝐿
𝑟𝑥 2𝑟𝑥
- Para dupla cantoneira oposta: 𝑟𝑦 ≅ 2𝑟𝑥 Contraventar a cada
duas barras!
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Sistema de Contraventamento
- Para uma treliça cujos banzos são formados por perfil U:
L L L L
y
x x
y

x x
y

lx = L ly = dCTV (distância entre pontos de contraventamento)


𝐾𝑥 𝑙𝑥 𝐾𝑦 𝑙𝑦 𝐿 𝑑𝐶𝑇𝑉
λ𝑥 = λ𝑦 = = 𝐿 𝑑𝐶𝑇𝑉
𝑟𝑥 𝑟𝑦 𝑟𝑥 𝑟𝑦
= 𝑑𝐶𝑇𝑉 = 4𝐿
𝑟𝑥 4𝑟𝑥
- Para perfil U: 𝑟𝑦 ≅ 4𝑟𝑥 Contraventar a cada
quatro barras!
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Sistema de Contraventamento
Corte A - A: h = 2258 mm
h variável Corte A' - A': h = 1786 mm
Corte A - A Corte A'' - A'': h = 1315 mm

Corte A' - A'


Corte A'' - A''

Telha metálica trapezoidal 0,43mm, l = 7258mm, aço galvanizado

1158 6100

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
707 1551 1600 1600 1600 200

B B

3663
A'' A''

3356
A' A'

3356
A A

20750
3356
A' A'

3356
A'' A''

3663
B B
100 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 100
C

50200
Corte C - C
Fachada com previsão
de ampliação

897
Corte B - B

Este desenho deve ser feito no projeto.


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Contraventamento Horizontal
- Contraventamentos colocados entre as vigas (treliças) de
cobertura, ligando os banzos superiores das treliças;
- As barras constituintes geralmente são de ferro redondo, cujo
diâmetro mínimo para galpões de porte médio é de 12,5 mm;

- Recomenda-se que sejam dimensionados somente à esforços de


tração;
- Devem ser executados a partir da primeira treliça de cada
extremidade, e repetidos intermediariamente de modo que fiquem
no máximo quatro módulos sem contraventamento;
- Nos galpões industriais, além de estabelecer a devida rigidez do
conjunto e reduzir o comprimento de flambagem das barras do
banzo superior, também podem trabalhar como agentes de
distribuição das cargas de vento;
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Contraventamento Horizontal
Contraventamento
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
B B

A'' A''

A' A'

A A

A' A'

A'' A''

B B
100 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 100
C

50200

Treliça Terça
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Contraventamento Horizontal
- Caso metade da treliça possua número ímpar de barras no banzo
superior, fazer o contraventamento horizontal com menor número de
barras na parte mais baixa da treliça:
Contraventamento de 1 barra
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
B B

A'' A''

A' A'

A A

A' A'

A'' A''

B B
C

Corte C - C
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Contraventamento Vertical

- Reduz o comprimento de flambagem das barras do banzo inferior;

- Os contraventamentos em “X” verticais, ligando o banzo superior


de uma treliça ao banzo inferior da treliça adjacente, devem estar
dispostos nos mesmos tramos dos contraventamentos horizontais
dos banzos superiores, partindo de pontos fixos. São empregados
ferros redondos;

- Abaixo de cada “X” vertical, utiliza-se uma barra rígida (dupla


cantoneira) conectando os banzos inferiores das treliças adjacentes,
formando um quadro rígido;

- Nos tramos intermediários, onde não existe o contraventamento


horizontal, é utilizado ferro redondo com esticador para conectar os
banzos inferiores das treliças;
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Contraventamento Vertical
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Corte A - A h variável

Corte A' - A'


Corte A'' - A''
Corte A - A: h = 2258 mm
Corte A' - A': h = 1786 mm
Corte A'' - A'': h = 1315 mm

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
B B

A'' A''

A' A'

A A

A' A'

A'' A''

B B
100 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 100
C

50200

897
Corte B - B
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Contraventamento Vertical
Parede de
alvenaria

h variável

'
Corte A - A: h = 2258 mm
Corte A' - A': h = 1786 mm

Não deve ser feita a ligação do banzo Corte A'' - A'': h = 1315 mm

inferior com parede de alvenaria


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
C

B B

A''
h variável A''

A' A'

A
Esticador A

Corte A - A: h = 2258 mm
Corte A' - A': h = 1786 mm
A' Corte A'' - A'': h = 1315 mm A'

A'' A''
A' A'

25
A''

Contraventamento Vertical A''

B
00
- Contraventamento vertical no plano dos montantes de apoio
5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000
B
100

C
(podem
5000 ser verticais ou inclinados):
50200

5000 5000 5000

50200

897
- Como a altura é muito pequena, fica difícil executar o
contraventamento em “X” (ângulos muito pequenos). Portanto é
feita uma treliça vertical em cantoneira;
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Contraventamento Vertical
- Quando as treliças das vigas principais têm alturas pequenas (arcos
e banzos paralelos), pode-se utilizar esse contraventamento vertical
em treliça em toda a cobertura;
- Nesse caso também pode-se substituir as barras em ferro redondo
com esticadores conectando os banzos inferiores por mãos
francesas:
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Contraventamento Vertical

Contraventamento em
cobertura em arco
(treliça de altura
pequena):
Mão francesa

Treliça vertical
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Contraventamento Vertical

Corte A - A

Telha metálica ondulada 0,43mm, l = 8486mm, aço galvanizado

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
B B

A A

A A

A A

A A

A A

A A

A A

B B
C

Corte C - C
Fachada com previsão
de ampliação
Corte B - B
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Contraventamento Vertical
Contraventamento entre pilares metálicos:
- Pode-se utilizar perfis do tipo cantoneira;
- Devem ser posicionados nos tramos dos contraventamentos
horizontais dos banzos superiores entre treliças:
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Contraventamento Vertical
- Podem ser utilizados dois “X” entre pilares, para reduzir o
comprimento de flambagem dos mesmos:

- Quando existe a necessidade de passagens entre os pilares


contraventados, pode-se empregar outras configurações no lugar do
“X”:
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Terças
- São elementos estruturais projetados para receber as telhas;

- Estão sujeitas a esforços de flexão devido às ações das cargas


permanentes, acidentais e de vento;

- Para vãos de até 6,5 m, usualmente são empregadas terças em


perfis laminados ou perfis formados a frio (chapa dobrada), sendo
este último mais comum;

- Para vãos maiores, a utilização desses perfis passa a ser


antieconômica, sendo aconselhado o uso de terças especiais, como
por exemplo terças formadas por treliças de banzos paralelos;
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Terças
- Perfis usuais para terças:
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Terças
- Terças formadas por treliças:
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Terças
- As terças podem ser dimensionadas como biapoiadas ou contínuas;
- O dimensionamento como viga contínua conduz a perfis mais
leves, devido à redução dos valores dos momentos fletores
máximos:
Momentos fletores em kN.m
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Terças
- Entretanto, devido a seu grande comprimento, as terças contínuas
exigem a execução de emendas, encarecendo o custo de fabricação;

- Por serem longas, também encarecem o custo de transporte e


içamento;

- Assim, as terças contínuas podem não contribuir para a redução do


custo final da obra;
- As terças biapoiadas permitem maior padronização, não possuem
emendas e são mais fáceis de transportar e montar, por isso são mais
utilizadas;

- Para garantir que as terças são biapoiadas, deixa-se uma folga em


torno de 10 mm entre terças, permitindo o giro livre;
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Terças
- As terças estão sujeitas à flexão oblíqua (flexão em torno dos seus
dois eixos transversais);
- As cargas permanentes e acidentais são gravitacionais, e devem ser
decompostas nas direções x e y, provocando flexão em torno dos
dois eixos:

- Já as cargas de vento são perpendiculares ao telhado, provocando


flexão apenas em torno de um eixo (eixo de maior inércia);
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Terças
- Para reduzir o vão das terças no sentido de sua menor inércia,
aumentando tanto a sua resistência à flexão em torno do eixo de menor
inércia quanto a sua resistência à flambagem lateral com torção,
utilizam-se barras de travamento das terças (linhas de corrente);

- Para vãos de terça menores ou iguais a 5,0 metros, uma única linha
de corrente central é suficiente;

- Para vãos maiores que 5,0 m, até 6,0 metros, deve-se utilizar duas
linhas de corrente, dividindo o vão em três trechos de mesmo
comprimento;
- As linhas de corrente são feitas em barras redondas, fixadas
preferencialmente na linha neutra da terça;
- No topo da cobertura, deve-se utilizar uma barra rígida
(cantoneira), com barras redondas em diagonal;
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Terças: vão ≤ 5,0 m


39

Terças: 5,0 m < vão ≤ 6,0 m


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Terças
- Quando os fechamentos frontal e lateral forem feitos em telhas
metálicas, a disposição das terças (longarinas) e linhas de corrente é
feita da mesma maneira:
41

Terças
42

Terças
- Representação das linhas de corrente:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
B B

A'' A''

A' A'

A A

A' A'

A'' A''

B B
100 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 100
C

50200
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Contraventamentos
- Sistema de contraventamentos do banzo superior e das terças:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
B B

A'' A''

A' A'

A A

A' A'

A'' A''

B B
100 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 100
C

50200
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Contraventamentos
- Prancha de contraventamentos:
Corte A - A: h = 2258 mm
h variável Corte A' - A': h = 1786 mm
Corte A - A Corte A'' - A'': h = 1315 mm

Corte A' - A'


Corte A'' - A''

Telha metálica trapezoidal 0,43mm, l = 7258mm, aço galvanizado

1158 6100

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

C
707 1551 1600 1600 1600 200

B B

3663
A'' A''

3356
A' A'

3356
A A

20750
3356
A' A'

3356
A'' A''

3663
B B
100 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 5000 100
C

50200
Corte C - C
Fachada com previsão
de ampliação

897
Corte B - B
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Contraventamentos

- Na prancha de contraventamentos adotamos a seguinte


representação:

- Barras em ferro redondo: linha tracejada;

- Barras rígidas (cantoneira, dupla cantoneira, perfil U): linha cheia;

- Afastamento entre furos de linhas de corrente em uma mesma


terça: 6 cm.
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Bibliografia consultada

Sousa, José Luiz Antunes de Oliveira e – Estruturas Metálicas I, Barras


Comprimidas. Prominp, Petrobrás, Ministério de Minas e Engergia, FEC-
Unicamp;

Requena, João Alberto Venegas – Estruturas Metálicas II, Procedimentos e


Projetos. Prominp, Petrobrás, Ministério de Minas e Engergia, FEC-Unicamp;

Neto, Augusto Cantusio – Estruturas Metálicas II, Notas de Aula, PUC-


Campinas – CEATEC – Faculdade de Engenharia Civil, 2007;

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