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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

RELATÓRIO DE CAMPO
GEOLOGIA URBANA E AMBIENTAL

Data de entrega: 23/02/2022

Professor(a): Walter dos Reis Junior

Autor: Plínio Augusto Campos Reis

Diamantina
2022
Sumário
1 Apresentação ............................................................................................................. 2

2 Descrição dos pontos................................................................................................. 2

2.1 Ponto 1- X: 628552,534; Y: 7949966,759 ....................................................... 2

2.2 Ponto 2 - X: 628568,806; Y: 7950462,346 ........................................................ 3

2.3 Ponto 3 – X: 644274,638; Y: 7977079,425 ....................................................... 4

2.4 Ponto 4 – X: 646576,084; Y: 7982195,91 ......................................................... 5

2.5 Ponto 5 – Inicia a partir das coordenadas X: 646536,556; Y: 7982595,964 ..... 5

2.6 Ponto 6 – Aterro sanitário de Curvelo MG ........................................................ 7

3 Considerações Finais ................................................................................................. 7

4 Referencias ................................................................................................................ 8
1 Apresentação
O presente relatório irá apresentar a descrição do trabalho de campo desenvolvido
nos dias 17 e 18 de janeiro de 2022 pela disciplina, Geologia Urbana e Ambiental. Os
pontos foram descritos de acordo com as observações feitas em campo, e as coordenadas
apresentam Datum WGS 84- Zona 23S/UTM.

2 Descrição dos pontos


2.1 Ponto 1- X: 628552,534; Y: 7949966,759
Ponto localizado aproximadamente 10 km ao sul da cidade de Gouveia. Nesse
ponto observou grande quantidade de voçorocas de grande extensão (Figura 1). Essas
feições apresentam em seu talvegue, principalmente nas regiões a montante próxima de
suas cabeceiras, uma maior taxa de vegetação indicando uma redução das atuações dos
processos erosivos, e um início de estabilização. O mesmo é observado ao longo dos
taludes.

Figura 1- Voçoroca observada no Ponto 1.

Já nas porções mais a jusante da feição observa-se uma menor taxa de vegetação,
indicando uma maior atuação dos processos erosivos.

Geralmente esses processos erosivos que resultam nesse intenso voçorocamento


estão associados a regiões com rochas de complexos granítico-gnáissicos, que nesse caso
segundo Knauer e Grossi-Sad (1997), é representado por granodioritos a granitos,
gnaisses e migmatitos, afetados por diferentes graus de milonitização do Complexo
Granítico de Gouveia.
Nas regiões onde ocorrem essa litologia o horizonte C se encontra mais próximo
da superfície, sendo alcançado de forma mais rápida. Portanto, como esse horizonte
constituído por material não consolidado acaba resultando em uma aceleração dos
processos erosivos e consequentemente aumentando o voçorocamento.

2.2 Ponto 2 - X: 628568,806; Y: 7950462,346


Esse ponto se encontra localizado a jusante do ponto 1, nas margens do Ribeirão
de Areia. Nessa parte é possível observar os processos erosivos em atuação, carreando
material oriundo das voçorocas e depositando nas partes de menor energia no leito do
Rio.

Na Figura 2 é possível observas os bancos de areia formados ao longo das margens


do Ribeirão de Areia, que devido ao voçorocamento, acaba sofrendo elevadas taxas de
assoreamento.

Figura 2- Bancos de areia localizado as margens do Ribeirão de Areia.

Por fim, foi possível observar a intensa atuação dos processos erosivos e seus
impactos no ambiente. A área em questão se encontra com elevados níveis de
antropização, dessa forma a atividade pode ter colaborado para a aceleração desses
processos.

No entanto, é possível realizar medidas de contenção e controle de forma a reduzir


os mesmos, através de métodos de contenção de sedimentos, através da revegetação da
área, retaludamento ou construção de muros de gabião.
2.3 Ponto 3 – X: 644274,638; Y: 7977079,425
Esse ponto se encontra próximo da cidade de Diamantina, a aproximadamente 8
km ao sul, tendo como referência a Cachoeira das Andorinhas.

Semelhante ao ponto 1, é possível observar um intenso voçorocamento na área,


porém com voçorocas em diferentes estágios de desenvolvimento. Em algumas partes
observa-se voçorocas mais estabilizadas contendo elevada taxa de vegetação ao longo de
seu talvegue, essas porções são observadas principalmente nas regiões a montante da
feição (Figura 3).

Já em outras partes observa-se superfícies expostas com indícios de ocorrência de


pequenos movimentos de massa (Figura 3).

Figura 3- Voçoroca observada no Ponto 3.

Nessa região é possível perceber que as voçorocas se encontram associadas as


áreas com solos avermelhados possivelmente associados ao filitos hematíticos da
Formação São João da Chapada.

Através do Mapa Geológico da Folha Diamantina 1:100.000 (Fogaça, 1997),


verificou que essa área se encontra, próxima do contato entre as Rochas do Complexo
Gouveia, caracterizado principalmente pela ocorrência de Quartzo-mica xistos com ou
sem cianita, e o embasamento do Supergrupo Espinhaço, representado pelas rochas
associadas principalmente ao nível B da Formação São João da Chapada, onde ocorre os
Filitos Hematíticos. Portanto essas litologias favorecem e justificam a elevada taxa de
voçorocamento observada.
2.4 Ponto 4 – X: 646576,084; Y: 7982195,91
Esse ponto foi feito no bairro Tapeçaria, dentro da cidade de Diamantina MG.
Através desse ponto foi possível ter uma vista panorâmica do bairro Vila Operária (Figura
4), sendo possível observar em alguns pontos com intercalação de filitos e quartzitos, com
casas construídas em regiões de elevada declividade. Ainda, é possível observar cicatrizes
de escorregamento em vertentes íngremes próximas as residências, junto com blocos de
quartzitos imersos em perfis de solo, podendo assim indicar riscos de escorregamentos e
quedas de blocos. Além disso, observou grande quantidade bananeiras, que é um tipo de
vegetação que apresenta raiz rasa e acaba aumento o peso da encosta, ajudando a
desestabilizá-la.

Portanto, foi feita uma avaliação local da área, que será descrita no ponto 5.

Figura 4- Vista Panorâmica do bairro Vila Operária.

2.5 Ponto 5 – Inicia a partir das coordenadas X: 646536,556; Y: 7982595,964


Esse ponto foi descrito ao longo da antiga linha do trem, no bairro Vila Operária
em Diamantina MG.

Nesse ponto observa ocorrência da queda de blocos de filito, que desprenderam


ao longo do plano de foliação evidenciado pela presença de uma superfície de ruptura.
Ainda, visando conter os processos de movimento de massa foi construído um muro,
porém o mesmo se encontra sobre o material já movimentado (Figura 5), o que aumenta
o risco de novos movimentos de massa.
Figura 5- Muro construído sobre material movimentado.

Seguindo ao longo da antiga linha observou-se a presença de arvores e cercas


tortas evidenciando a ocorrência de processos de rastejo, representado na Figura 6. Entre
meio as áreas de rastejo, observou ainda a ocorrência de escorregamento circular,
possivelmente causado pela retirada da vegetação, que colaborou parra a desestabilização
da vertente.

Figura 6- Arvores com troncos inclinados indicando ocorrência de rastejo.

Ainda, seguindo a linha observa afloramentos de filitos consolidados com


rupturas definidas pelos planos de foliação e fratura. O corte do talude se encontra em
direção contraria a foliação o que dificulta a ocorrência de deslizamentos, porém
ocorrência de descontinuidades transversais e fraturas praticamente paralelas ao corte do
talude favorecem a ocorrência de quedas de blocos (Figura 7) e tombamentos.
Figura 7- Quedas de blocos condicionada pelos planos de fratura.

2.6 Ponto 6 – Aterro sanitário de Curvelo MG


O aterro possui tempo de vida estimado em 30 anos, onde já se passaram 12 desde
a sua instalação, apresentando uma captação de 48 toneladas de lixo por dia. Para sua
construção foi feita uma impermeabilização do solo com a utilização de uma manta
geotêxtil, também foi instalado um sistema de drenagem para o chorume que é destinado
para lagoas aeróbica e anaeróbicas e posteriormente é entregue a Copasa para destinação
final. Além disso, foi intalado um sistema de escape de gases, principalmente o metano,
que é destinado através de tubos de escape e é posteriormente queimado.

Já para contenção de água da chuva foi feito um sistema de drenagem a parte,


junto com um processo de impermeabilização para que a mesma não tenha contato com
o lixo, sendo destinada para local diferente do chorume.

Como medidas de controle é realizada análises semestrais de água, junto com o


acompanhamento de poços, para evitar impactos na água subterrânea. Ainda, foi feita
uma cortina arbórea para diminuir o impacto visual.

3 Considerações Finais
Através do trabalho de campo foi possível observar a relação direta da atuação
dos movimentos de massa e processo erosivos com a geologia. No caso das voçorocas,
foi possível observar que estão diretamente associadas a rochas granito-gnáissicas e
filíticas presentes na Serra do Espinhaço. Já as ocorrências de movimentos de massa na
cidade de Diamantina estão associadas as áreas onde ocorrem rochas peliticas, sendo
principalmente associados aos filitos do Supergrupo Espinhaço.

Isso ocorre pelo fato dessas rochas serem constituídas basicamente por material
fino, como micas e feldspatos e apresentarem planos de foliação e fratura que favorecem
a percolação de água de chuva, o que aumenta o efeito do intemperismo. Além disso
nessas regiões, o horizonte C se encontra mais próximo da superfície, sendo alcançado de
forma mais rápida. Portanto, como esse horizonte constituído por material não
consolidado acaba resultando em uma aceleração no processo de erosão.

Com relação a visita ao aterro, não foi possível realizar a visita da forma que foi
programada. Ainda assim, foi possível conhecer um pouco dos procedimentos adotados
durante sua instalação e funcionamento.

4 Referencias
FOGAÇA, A. C. C. 1997. Geologia da Folha Diamantina. In: GROSSI-SAD, J. H.; LOBATO,
L. M.; PEDROSA-SOARES, A. C. & SOARES-FILHO, B. S. (coordenadores e editores).
PROJETO ESPINHAÇO EM CD-ROM (textos, mapas e anexos). Belo Horizonte, COMIG –
Companhia Mineradora de Minas Gerais. p. 1575-1665.

KNAUER, L. G. & GROSSI-SAD, J. H. da 1997. Geologia da Folha Presidente Kubitschek. In:


GROSSI-SAD, J. H.; LOBATO, L. M.; PEDROSA-SOARES, A. C. & SOARES-FILHO, B. S.
(coordenadores e editores). PROJETO ESPINHAÇO EM CD-ROM (textos, mapas e anexos).
Belo Horizonte, COMIG - Companhia Mineradora de Minas Gerais. p. 1901-2055.

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