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teriores à de Stokoe, sugeriram a adição de informações refe-

rentes à orientação da mão (Or) e aos aspectos não-manuais


(NM) – expressões faciais e corporais (BATTISON, 1974,
1978 apud QUADROS, 2004).

Dessa forma, as unidades mínimas de formação dos


sinais, os fonemas ou ainda, parâmetros da Língua de Sinais
são: Configuração de mão (CM), Locação (L), Movimento
(M), Orientação (Or) e Expressões Não-Manuais (NM).

Estudaremos mais sobre as unidades mínimas ou


parâmetros com mais detalhes na unidade 4.

Fique atento!

Alfabeto Manual da
3.4 Língua de Sinais Brasileira

O alfabeto manual também é um recurso


usado quando não há um sinal próprio da Língua
Brasileira de Sinais, ou seja, é feita uma soletração
do português no espaço. Esse movimento envolve
uma sequência de configurações de mão que tem
correspondência com a sequência de letras escritas
do português. A soletração manual é linear, sendo
utilizada para “escrever no ar” palavras empresta-
das das línguas auditivo-orais (GUARINELLO, p.
52, 2007).

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Acompanhe agora através das figuras abaixo, o al-
fabeto manual.

Letras

FONTE: SILVA, 2007, p. 19.

Números

FONTE: SILVA, 2007, p. 19.

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3.5 Datitologia

Quando a palavra tem que ser em datilologia, então


é conveniente colocar em letra maiúscula e separada
por hífens, para as pessoas saberem o que está escrito.

A datilologia é usada ainda quando uma determina-


da palavra em português não possui um sinal próprio, então
é necessário fazer soletração manual, seguida da explicação
do conteúdo semântico.

Outro uso da datilologia é quando as pessoas ouvin-


tes que ainda não possuem um sinal pessoal de identificação
se apresentam, elas fazem uso da soletração manual para di-
zerem os seus nomes, ou seja, o signo que a representa.

Em seguida, ela pode solicitar a um surdo que lhe


conceda um sinal, processo também conhecido como “ba-
tismo”. Assim, sempre que estiverem conversando, não será
mais necessário soletrar o nome da pessoa com as letras do
alfabeto o tempo todo, eles farão apenas aquele sinal repre-
sentativo da pessoa.

Geralmente quando os surdos se encontram o pri-


meiro sinal utilizado por eles, é o sinal de “OI” ou os cumpri-
mentos como “BOM DIA”, “BOA TARDE” e “BOA NOI-
TE”. Caso eles não conheçam ainda a pessoa, em seguida
eles perguntarão o nome e a “batizarão” com um sinal.

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Observe os sinais abaixo de apresentação pessoal e
de cumprimentos.

Fique atento, esses são os sinais essenciais para o


primeiro contato com as pessoas surdas.

Sinal de “OI”

Fonte: (SILVA et all, p. 18, 2007). Ilustrado por: Sérgio Barbosa Júnior

Sinal de “Tudo bem?”

- Tudo bem? - Bem!!

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- Eu sou ouvinte. - Eu uso Libras!!
Fonte: (SILVA et all, p. 24, 2007). Ilustrado por: Sérgio Barbosa Júnior

Sinais de “Bom dia”, “Boa tarde” e “Boa noite”

Bom dia. Boa tarde. Boa noite.


Fonte: (SILVA et all, p. 24, 2007). Ilustrado por: Sérgio Barbosa Júnior

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Formas de apresentação pessoal: “NOME?”

Fonte: (SILVA et all, p. 17, 2007). Ilustrado por: Sérgio Barbosa Júnior

Agora que você já conhece como as pessoas surdas


se apresentam e se cumprimentam através da Libras. Vejamos
agora como acontece o processo de transcrição para Libras.

3.6 Sistema de Transcrição para Libras

A escrita da língua de sinais ainda está em proces-


so de pesquisa e aceitação. Porém, algumas convenções já
foram estabelecidas para tal. Apresentamos algumas dessas
convenções citadas por Felipe apud Silva et all, p.15, 2007.

3.5.1 Os sinais em Libras serão representados por uma


glosa (sistema de anotação) da Língua Portuguesa em letras
maiúsculas.
Exemplos: TRABALHAR, QUERER, NÃO-TER.

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3.5.2 A datilologia é usada para expressar nome de pes-
soas, de localidades e outras palavras que não possuem um
sinal, está representada pela palavra separada, letra por letra,
por hífen.
Exemplos: HOTEL I-T-A-G-U-A-Ç-U.

3.5.3 Na Libras não há desinências para gênero (mascu-


lino e feminino). O sinal,representado por palavra da língua
portuguesa que possui marcas de gênero, está terminado com
o símbolo @ para reforçar a ideia de ausência e não haver
confusão.
Exemplos: EL@ (ela, ele), AMIG@S (amigos ou amigas).

3.7 Empréstimos Linguísticos

Os empréstimos linguísticos, são expressões de ou-


tro país que são adotadas pelos falantes de determinada na-
cionalidade. Por exemplo, em português, fizemos o emprés-
timo linguístico da língua inglesa de palavras como: show,
rock in roll, chock, equalization etc; estas palavras passaram
a integrar o léxico do português.

No caso da Língua de Sinais, segundo Battison apud


Quadros (2004, p.88), “palavras do português podem ser em-
prestadas à língua de sinais brasileira, via soletração manual,
ou seja, através da “representação ortográfica do português en-
volvendo uma sequência de configurações de mão que tem cor-
respondência com a sequência de letras escritas em português”.

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Por exemplo, “o sinal de AZL ou AL é derivado da
soletração manual.

A-Z-U-L, assim o sinal N-U-N é derivado da sole-


tração N-U-N-C-A, conforme ilustram os exemplos abaixo”.
(QUADROS, p. 89, 2004).

Azul

Fonte: CAPOVILLA & RAPHAEL (2001, p. 254)


(Ilustração: Silvana Marques

Nunca

Fonte: CAPOVILLA & RAPHAEL (2001, p. 964)


(Ilustração: Silvana Marques)

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E Exercícios

| 1. Conceitue Língua de Sinais Brasileira.

| 2. Discorra sobre o surgimento da Língua de Sinais Bra-


sileira.

| 3. Diferencie as línguas gestuais-visuais das línguas orais-


auditivas.

| 4. O que são os empréstimos linguísticos?

| 5. Explique o que é datilologia e comente em quais situa-


ções podemos ou devemos usá-la.

B Referências Bibliográficas

| BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. As ciências do léxi-


co. São Paulo: Universidade Estadual Paulista – Araraquara
– CNPQ.

| BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. O conhecimento, a


terminologia e o dicionário. Ciên. Cult. Vol. 58. No. 2. São
Paulo. Apr-Jun, 2006.

| CAPOVILLA, F. C.; WALKIRIA, D. R. Dicionário Enci-


clopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasi-
leira - Libras.Volume I - Sinais de A a L e Volume II - Sinais
de M a Z. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,
2001.

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| FELIPE, Tânia A. Libras em contexto: curso básico livro
do estudante. Recife: EDUPE, 2002.

| GUARINELLO, Ana Cristina. O papel do outro na escri-


ta de sujeitos surdos. São Paulo: Plexus, 2007.

| LEITE, Emeli Marques Costa. Os papéis do intérprete de


Libras na sala de aula inclusiva. São Paulo: Ed. Arara azul.

| QUADROS, R.M.; KARNOPP, L. Língua de Sinais Bra-


sileira - Estudos linguísticos. Porto Alegre: Artes Médicas,
2004.

| PERLIN, G.; STROBEL, K. Fundamentos da Educação


dos Surdos. Florianópolis, 2006.

| SILVA, I.; et all. Aprendendo Libras como segunda lín-


gua - nível básico. Santa Catarina: Centro Federal de Educa-
ção Tecnológica-CEFET, 2007.

| TEMÓTEO, Janice Gonçalves. Diversidade linguístico-


cultural da Língua de Sinais do Ceará: Um estudo lexico-
lógico das variações da Libras na comunidade de Surdos do
Sítio Caiçara.Dissertação de mestrado, UFPB, 2008.

C Referências Complementares

| QUADROS, et all. Exame Prolibras. Florianópolis: Uni-


versidade Federal de Santa Catarina, 2009.

| http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252006000200014&script=sci_arttext

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