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PROJECTO

DE

EDUCAÇÃO SEXUAL

Setembro de 2010
Educação para a Saúde e Educação Sexual
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Índice

Introdução ........................................................................................................... 2

Enquadramento Legal ............................................................................................ 3

Caracterização do Agrupamento ........................................................................... 5

Equipa de Trabalho ................................................................................................ 6

Identificação de Problemas ................................................................................... 6

Finalidades ............................................................................................................. 8

Conteúdos/ Objectivos .......................................................................................... 9

Desenvolvimento do Projecto na Turma ............................................................. 17

Recursos:

Metodologias ......................................................................................... 18

Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno ............................................ 20

Estabelecimento de Parcerias e Apoios ............................................................... 21

Avaliação .............................................................................................................. 21

Bibliografia ........................................................................................................... 22

Grelha de Planificação ......................................................................................... 23

Adenda .................................................................................................................. 24

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Educação para a Saúde e Educação Sexual
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Introdução
“A sexualidade é uma força estruturante do indivíduo em todas as épocas da vida. Como ser sexual, o homem
exprime a sua sexualidade em todos os seus actos, embora existam factores que possam condicionar essas
manifestações.
Cada indivíduo tem direito a proteger-se contra todas as formas de pressão e exploração sexuais e merece ser
informado, de acordo com a sua idade e maturidade, sobre as questões relacionadas com a sexualidade, de modo a
poder fazer escolhas livres e responsáveis.
A maioria dos debates sobre a sexualidade dos adolescentes é redutora, porque surge centrada nas “relações
sexuais” ou nas “infecções sexualmente transmissíveis”, ignorando a importância da sexualidade no percurso dos
jovens para a idade adulta. De facto, a aprendizagem da sexualidade é um processo contínuo, que começa com um
conhecimento informal em casa (sobretudo pelo exemplo dos pais) e é comportado pelas experiências vividas ao longo
do ciclo vital. Na adolescência, a experiência é reforçada pelas interacções com amigos e colegas, que se tornam
decisivas para a identidade sexual. A atitude dos pais e dos amigos é essencial para se conseguir uma sexualidade
responsável, alegre e sem angústia, como aliás acontece com a maioria dos adolescentes de hoje.
A educação sexual em meio escolar, aprovada em 2009 na Assembleia da República no seguimento das
recomendações do Grupo de Trabalho de Educação Sexual (GTES) (ver Relatório Final do GTES no site do Ministério da
Educação), é a forma mais adequada de contribuir com informação coerente e credível nesta área. Baseada na
importância da vida afectiva e tendo sempre em conta os valores das famílias dos alunos, pode ser organizada na
escola, que deverá, para o efeito, promover as parcerias necessárias. Compete aos estudantes exigir, em cada
estabelecimento de ensino, o cumprimento da lei de educação sexual, porque só com a participação dos alunos o
processo seguirá um rumo adequado. Aos pais e à escola não pertence decidir a vida sexual dos mais novos, mas
compete capacitá-los para uma escolha o mais possível livre e responsável.
Com a heterogeneidade dos adolescentes de hoje, são observáveis vários padrões de relacionamento amoroso,
determinados por vários factores, como o apoio/controlo dos pais, a cultura familiar e os hábitos prevalentes na
comunidade, o facto de se tratar de um rapaz ou de uma rapariga ou ainda a pressão do grupo de pares. Os tipos de
relacionamento vão das “curtes” (relacionamentos rápidos, sem compromisso, típicos dos mais jovens) ao “andar”
(“ficar”, no português do Brasil, quando a relação envolve compromisso, intimidade e exclusividade).
Os jovens devem viver a sua sexualidade com sentido ético, recusando todas as formas de violência física ou
psicológica e aceitando as diferentes expressões do comportamento sexual. Compete aos adolescentes mostrar
maturidade e responsabilidade, mas os adultos nunca poderão esquecer que os chamados “perigos do sexo” resultam
da falta de informação e da ausência de competências necessárias para enfrentar as emoções e as escolhas constantes
envolvidas na sexualidade.”

Sampaio Daniel, in “Jovens com Saúde – Diálogo com uma Geração”

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Enquadramento Legal

A Educação Sexual em Portugal deu os seus «primeiros passos» ainda antes do 25 de Abril.
Todavia foi somente em 24 de Março de 1984 que foi aprovada a primeira legislação sob Educação
Sexual.
Contudo, nunca chegou a haver uma verdadeira implementação devido a dificuldades de vária ordem:
conceitos diferentes, resistências, problemas políticos, etc.
Tal como os Relatórios do grupo de trabalho do ME o dão a entender, depois de muitos estudos,
reflexões e experiências feitas chegou-se, neste momento, a um entendimento de que a Educação Sexual
deve ser inserida num conceito mais vasto intitulado de Educação para a Saúde. A um conceito de
Educação Sexual quase só bio – fisiológico e preventivo das doenças IST (infecções sexualmente
transmissíveis), são-lhe acrescentadas outras dimensões: psico-afectivas, culturais e éticas.
Neste sentido, temos como principais documentos orientadores:
Lei 3/84 – O Estado garante o direito à educação sexual, como componente do direito
fundamental à educação.
Decreto-lei 46/86 – Lei de Bases do Sistema Educativo.
Decreto-lei 115A/98 – Confere a autonomia das escolas e a descentralização.
Leis 120/99 – Preconizam-se uma diversidade de conteúdos a serem implementados nos
estabelecimentos de ensino.
Despacho n.º 19 737/2005 (2.ª série), de 15 de Junho – Determina a criação de um grupo
de trabalho incumbido de proceder ao estudo e de propor os parâmetros gerais dos
programas de educação sexual em meio escolar, na perspectiva da promoção da saúde
escolar.
Despacho n.º 25 995/2005, de 16 de Dezembro – Aprova e reafirma os princípios
orientadores das conclusões dos relatórios no que se refere ao modelo de educação para
a promoção da saúde.
Despacho n.º 2506/2007, de 20 de Fevereiro – Define algumas linhas de orientação para o
professor coordenador da área temática da saúde.
Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho – Número 9 e alínea a) do número 10
determina, entre outros, que ao longo do ensino básico, em área de projecto e em

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formação cívica, sejam desenvolvidas competências no domínio da educação para a saúde


e sexualidade.
Lei 60/09 – Estabelece o regime de aplicação da educação sexual em meio escolar.
Portaria 196-A/2010 – Procede à regulamentação da Lei nº 60/2009, de 6 de Agosto.
Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas de Ovar – Princípio Educativo: “Formação
integral dos alunos em valores, atitudes e comportamentos cívicos, promovendo o exercício
da cidadania”.
Projecto Curricular do Agrupamento de Escolas de Ovar – Projecto Promoção e Educação
Para a Saúde – Objectivos Gerais:
“Desenvolver competências nas crianças e jovens que possam possibilitar-lhes escolhas
informadas nos seus comportamentos, na área da sexualidade, permitindo que se sintam
informados e seguros nas suas opções;
Compreender a dimensão afectiva da sexualidade (emoções, sentimentos, escolhas e
decisões);
Facultar aos alunos um conjunto organizado de conhecimentos na área da sexualidade
(intervenção estruturada e sistematizada) ”.

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Caracterização do Agrupamento

O Agrupamento de Escolas de Ovar é constituído pelos seguintes estabelecimentos de ensino:

Escola Básica do 2.º e 3.º


E. B. António Dias Simões
Ciclos (Escola Sede)
Jardim-de-infância dos Campos
Jardins-de-infância Jardim-de-infância do Furadouro
Jardim-de-infância de Oliveirinha
Escola Básica do 1.º Ciclo de Oliveirinha
Escola Básica do 1.º Ciclo de Carregal
Escolas Básicas do 1.º Ciclo Escola Básica do 1.º Ciclo do Furadouro
Escola Básica do 1.º Ciclo de Cabanões
Escola Básica do 1.º Ciclo da Ribeira
Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-infância dos Combatentes
Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-infância de S. João
Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-infância de Torrão do Lameiro
Escolas Básicas do 1.º Ciclo
Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-infância da Ponte Nova
com Jardim-de-infância Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-infância de S. Miguel
Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-infância de S. Donato
Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-infância de Habitovar

OFERTA EDUCATIVA

O Agrupamento de Escolas de Ovar enquadra as seguintes ofertas educativas:

a) Educação Pré-escolar;
b) Ensino regular: 1.º, 2.º e 3.º Ciclos;
c) Percursos Curriculares Alternativos: 5.º, 6.º, 7.º, e 8.º anos;
d) Cursos de Educação e Formação (CEF);
e) Cursos de Educação e Formação para adultos (EFA).

Outras ofertas educativas:

a) Intervenção Precoce – Agrupamento de referência para o concelho de Ovar;


b) Unidade de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbação do Espectro de
Autismo (UEEA).

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Equipa de Trabalho

A equipa de trabalho é composta pelas docentes Ana Raquel Santos, Cândida Jardim, Eduarda
Martins e Fátima Rodrigues que constituem a Equipa da Educação para a Saúde coordenada pela
professora Filomena Mendes.
Este grupo conta ainda com a colaboração dos professores Alda Luzia e Joaquim Lebre e apoio
técnico da psicóloga do Agrupamento, no Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno.

Identificação de Problemas
De forma a implementar neste Agrupamento A Educação Sexual, de acordo com a legislação em
vigor, a equipa do Projecto de Educação para a Saúde julgou pertinente fazer-se formação específica nesta
área, com a proposta da formação “Bem-me-queres na Adolescência” dinamizada pela Associação para o
Planeamento da Família. Esta proposta foi apresentada à Direcção do Agrupamento e o Director
seleccionou docentes de forma a garantir a abrangência de todas as turmas do 2.º e 3º Ciclos.
Perante a obrigatoriedade de inclusão da Educação Sexual no currículo do ensino básico integrada
na área da Educação para a Saúde o Agrupamento ouviu todos os professores através dos Coordenadores
de Departamento.
Concluiu-se que a elaboração do projecto deverá ficar a cargo da equipa responsável pela sua
implementação, que os conteúdos relativos à morfologia e fisiologia dos sistemas reprodutores deverão ser
tratados nas disciplinas de Ciências da Natureza e Ciências Naturais e foi ainda considerada imprescindível a
formação a todos os docentes do Agrupamento antes de se iniciar a abordagem na área da Educação
Sexual.
No ano lectivo 2009/2010 realizaram-se Assembleias de Delegados de Turma do 2.º e 3.º Ciclos
subordinadas ao tema: “Implementação da educação sexual” no ano lectivo 2010/2011.
Os Directores de Turma informaram os Encarregados de Educação e todos os discentes sobre o
regime de aplicação da educação sexual em meio escolar – Lei n.º 60/2009:art.o 1º – Objecto e âmbito, art.º
2º – Finalidades, art.º 7º – Projecto de educação sexual na turma. Também recolheram, junto dos alunos, a
sua opinião sobre a forma de implementação.
Na sequência da realização das referidas assembleias, foram reunidas as seguintes propostas,
consideradas muito enriquecedoras pelo Conselho Pedagógico:

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Temas/ assuntos:
• Doenças sexualmente transmissíveis;
• Abuso sexual;
• Gravidez precoce/ sexo seguro;
• Afectos;
• Namoro;
• Sistema reprodutor;
• Puberdade/ adolescência.

Recursos humanos:
• Especialistas/ técnicos de saúde;
• Director de Turma;
• Professor de Ciências da Natureza e de Ciências Naturais;
• Encarregados de Educação com formação na área.

Inserção curricular:
• Aulas de Ciências da Natureza/ Ciências Naturais;
• Formação Cívica;
• Área do Projecto;
• Estudo Acompanhado.

Metodologia/ actividades:
• Formação sobre sexualidade para os Encarregados de Educação (participação da Associação de
Pais);
• Instituição do Dia da Educação Sexual;
• Gabinete do Aluno;
• Visionamento de filmes;
• Caixa de sugestões/ dúvidas;
• Jogos (afectos …);
• Criação de histórias;
• Trabalho de grupo (rapazes/ raparigas);
• Trabalhos de pesquisa;
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• Dramatizações;
• Apresentação de testemunhos (vídeo);
• Acções periódicas de sensibilização para as famílias;
• Círculo de conferências;
• Elaboração de cartazes.

Finalidades da Educação Sexual

Após ponderação por parte dos docentes que frequentaram a acção de formação “Bem-me-queres
na Adolescência”, considerou-se que as finalidades do nosso projecto deveriam ser aquelas que constam
do art.º 2 da lei n.º 60/2009, que se elencam:

• A valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas no desenvolvimento individual,


respeitando o pluralismo das concepções existentes na sociedade portuguesa;
• O desenvolvimento de competências nos jovens que permitam escolhas informadas e seguras no
campo da sexualidade;
• A melhoria dos relacionamentos afectivo-sexuais dos jovens;
• A redução de consequências negativas dos comportamentos sexuais de risco, tais como a gravidez
não desejada e as infecções sexualmente transmissíveis;
• A capacidade de protecção face a todas as formas de exploração e de abuso sexuais;
• O respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes orientações sexuais;
• A valorização de uma sexualidade responsável e informada;
• A promoção da igualdade entre os sexos;
• O reconhecimento da importância de participação no processo educativo de encarregados de
educação, alunos, professores e técnicos de saúde;
• A compreensão científica do funcionamento dos mecanismos biológicos reprodutivos;
• A eliminação de comportamentos baseados na discriminação sexual ou na violência em função do
sexo ou orientação sexual.

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Conteúdos e Objectivos ao longo do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos

Anos a
Conteúdos Objectivos que se Disciplina/Área Curricular
destina

Relações Interpessoais. Reconhecer diferentes emoções e sentimentos. 1.º, 2.º, Formação Cívica; Estudo do Meio
Aprender a conhecer-se e a gerir as emoções. 3.º e 4.º
Reconhecer a importância das relações afectivas familiares.
Reconhecer a existência de pessoas em quem podem
confiar em caso de emergência.
Fornecer estratégias para lidar com tentativas inadequadas
de contacto interpessoal.
Reconhecer a importância da partilha, do respeito pela 1.º e 2.º Formação Cívica; Estudo do
diferença e da amizade. Meio; Área de Projecto
Adequar as várias formas de contacto físico nos diferentes 3.º e 4.º Formação Cívica; Estudo do Meio
contextos de sociabilidade.

Conhecimento e valorização do corpo. Reconhecer as diferenças e as semelhanças anatómicas 1.º e 2.º Formação Cívica; Estudo do Meio
entre os dois sexos ao longo do tempo.
Tomar consciência da importância de hábitos de higiene e 1.º e 2.º Estudo do Meio

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satisfação das necessidades básicas de alimentação, sono e


afecto no bem-estar corporal.
Conhecer o processo de concepção. 2.º e 3.º Estudo do Meio
Conhecer as mudanças que ocorrem no corpo ao longo do 3.º Estudo do Meio
desenvolvimento humano.

Reprodução humana. Conhecer os mecanismos básicos da reprodução humana 1.º, 2.º e Estudo do Meio
3.º
Compreender o funcionamento dos aparelhos reprodutores 3.º Estudo do Meio
masculino e feminino.
Adquirir conhecimentos básicos sobre a gestação, o parto e 3.º e 4.º Estudo do Meio
os cuidados a ter com o recém-nascido.

Identidade sexual. Adquirir flexibilidade na atribuição de papéis de género. 1.º e 2.º Formação Cívica; Estudo do Meio
Reconhecer que cada pessoa vive numa teia de relações.
Promover a aceitação da expressão individual da 3.º e 4.º Formação Cívica; Estudo do Meio
sexualidade, livre de estereótipos de género.

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Puberdade – aspectos biológicos e emocionais. Identificar as mudanças anatómicas e emocionais que 5.º/6.º* Ciências da Natureza; Educação
ocorrem nos rapazes e nas raparigas na puberdade. Física; Formação Cívica
Reconhecer a importância de cuidar do corpo e da higiene
corporal.

O corpo em transformação. Conhecer a diversidade dos comportamentos sexuais ao 5.º Inglês; Formação Cívica;
longo da vida e as diferenças individuais.
Conhecer o corpo sexuado e os seus órgãos internos e 6.º Ciências da Natureza
externos.

Caracteres sexuais secundários. Conhecer as transformações físicas e fisiológicas que 6.º Ciências da Natureza
ocorrem na puberdade.

Normalidade, importância e frequência das suas Compreender os conceitos de identidade sexual, identidade 5.º Inglês; Ciências da Natureza;
variantes biopsicológicas. de género, orientação sexual e comportamento sexual. História e Geografia de Portugal;
Formação Cívica
6.º História e Geografia de Portugal

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Diversidade e respeito. Saber respeitar o outro independentemente das suas 5.º/6.º* Língua Portuguesa; Matemática;
características físicas ou orientação sexual. Inglês; Educação Física; Formação
Cívica

Sexualidade e género. Ser capaz de reflectir sobre os papéis de género e os 5.º/6.º* Língua Portuguesa; História e
estereótipos atribuídos socialmente a homens e mulheres. Geografia de Portugal; Inglês;
Formação Cívica

Reprodução humana e crescimento; contracepção Conhecer os mecanismos da reprodução humana: a 6.º Ciências da Natureza;
e planeamento familiar. fecundação, a gestação e o nascimento. Matemática
Conhecer os diferentes métodos contraceptivos, as
vantagens e inconvenientes de cada um.

Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório. Conhecer o mecanismo do ciclo menstrual e ovulatório. 6.º Ciências da Natureza

Prevenção dos maus-tratos e das aproximações Reconhecer as diversas formas de violência e de abuso 5.º/6.º* Língua Portuguesa; Matemática;
abusivas. sexual e procurar ajuda. Formação Cívica

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Dimensão ética da sexualidade humana. Compreender a sexualidade como uma das componentes 5.º, 6.º Todas
mais sensíveis da pessoa, no contexto de um projecto de 7º, 8º e
vida que integre valores (afecto, ternura, capacidade de 9º*
lidar com frustrações, compromissos …).
Incentivar a reflexão crítica acerca dos comportamentos na
área da sexualidade.
Compreender a importância dos sentimentos.

Compreensão da sexualidade como uma das Compreender o quadro ético de referências nos 7º, 8º e Todas
componentes mais sensíveis da pessoa, num relacionamentos afectivo/sexuais: respeito, a atenção e 9º
contexto de um projecto de vida que integre sentido do outro; a responsabilidade dos comportamentos,
valores (por exemplo: afectos, ternura, a condenação de todas as formas de violência sexual que
crescimento e maturidade emocional, capacidade ponham em causa a liberdade humana.
de lidar com frustrações, compromissos, Incentivar a reflexão crítica, por parte dos jovens, acerca
abstinência voluntária) e uma dimensão ética. dos seus comportamentos na área da sexualidade.
Compreender a importância dos sentimentos na
sexualidade humana.

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Compreensão da fisiologia geral da reprodução Aprofundar conhecimentos sobre os mecanismos da 9º Ciências Naturais
humana. reprodução humana: fecundação, gestação e nascimento.
Saber identificar os órgãos dos aparelhos reprodutor
masculino e feminino.

Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório. Aprofundar o conhecimento do ciclo menstrual e ovulatório. 9º Ciências Naturais

Compreensão do uso e acessibilidade dos métodos Conhecer métodos de contracepção (naturais e não 9º Formação Cívica; Cidadania e
contraceptivos e, sumariamente, dos seus naturais). Mundo Actual; Matemática
mecanismos de acção e tolerância (efeitos Identificar os modos de actuação dos métodos de
secundários). contracepção.
Conhecer a importância do planeamento familiar.

Compreensão da epidemiologia das doenças e IST Conhecer as IST mais frequentes e os modos de transmissão 9º Cidadania e Mundo Actual;
(infecções sexualmente transmissíveis) em de cada uma delas. Ciências Naturais; Formação
Portugal e no mundo (incluindo infecção por Conhecer os serviços adequados e os recursos existentes Cívica; Matemática; Geografia;
HIV/vírus da imunodeficiência humana- para a resolução de situações relacionadas com a saúde História

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HPV2/vírus do papiloma humano - e as suas sexual e reprodutiva.


consequências) bem como os métodos de Ser capaz de adoptar comportamentos informados em
prevenção. Saber como se protege o seu corpo, matérias como a contracepção e a prevenção das ITS.
prevenindo a violência e o abuso físico e sexual e
comportamentos sexuais de risco, dizendo não a
pressões emocionais e sexuais.

Conhecimento das taxas e tendências de Identificar as implicações da gravidez na adolescência: 8º e 9º Ciências Naturais; Geografia;
maternidade e da paternidade na adolescência e aspectos sociais e Individuais. Matemática; Cidadania e Mundo
compreensão do respectivo significado. Actual

Conhecimento das taxas e tendência das Reconhecer as repercussões individuais e sociais da 8º e 9º


interrupções voluntárias de gravidez, suas interrupção voluntária da gravidez. Ciências Naturais; Geografia;
sequelas e seu respectivo significado. Conhecer o enquadramento legal da Interrupção voluntária Matemática; História; Cidadania
da gravidez. e Mundo Actual; Formação Cívica

Compreensão da noção de parentalidade no Compreender o que é uma maternidade/paternidade 8º e 9º Cidadania e Mundo Actual;
quadro de uma saúde sexual e reprodutiva responsável. Ciências Naturais
saudável e responsável. Consciencializar-se que a maternidade e paternidade devem

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resultar de uma opção voluntária e consciente.

Prevenção dos maus tratos e das aproximações Conhecer as diversas formas de violência e de abuso sexual. 7º, 8º e Todas
abusivas. Reconhecer situações de abuso sexual, as estratégias dos 9º
agressores e identificar soluções e procurar ajuda.
Ser capaz de adoptar comportamentos de prevenção face a
riscos para a saúde, nomeadamente na esfera sexual e
reprodutiva.

(*) A definir pelo Conselho de Turma tendo em conta a caracterização dos alunos.

Observação: Na coluna disciplina/ área disciplinar sugere-se a intervenção de várias disciplinas por sugestão dos docentes presentes na Oficina de Formação
“Bem-Me-Queres na Adolescência”

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Desenvolvimento do Projecto de Educação Sexual da Turma

A planificação do Projecto de Educação Sexual da Turma deve integrar o Projecto Curricular de


Turma e, como tal, ser planeado em Conselho de Turma e discutido por todos. Apesar da responsabilidade
do desenvolvimento do Projecto ser do Director de Turma e do professor responsável pela educação para a
saúde e educação sexual, (ponto 5 do artigo 8.º da Lei n.º 60 de 6 de Agosto de 2009), sugerimos que haja
uma interdisciplinaridade, porque nos parece importante, principalmente nesta fase de “arranque”, que se
verifique a transversalidade que o tema apresenta (ponto 1 do artigo 7.º da Lei n.º 60 de 6 de Agosto de
2009).
Nos temas que se relacionam com questões de fisiologia e morfologia humana, pela especificidade
que os conteúdos apresentam, aconselhamos que, nesta fase, os mesmos sejam dados pelos professores
de Ciências da Natureza ou Naturais do Conselho de Turma ou outro profissional convidado que tenha
habilitação própria para tal.
A carga horária dedicada à educação sexual deve ser adaptada a cada nível de ensino e a cada
turma, não devendo ser inferior a seis horas para o 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, nem inferior a doze
horas para 3.º ciclo do ensino básico, distribuídas de forma equilibrada pelos diversos períodos do ano
lectivo (artigo 5.º da Lei n.º 60 de 6 de Agosto de 2009).
Os Encarregados de Educação devem tomar conhecimento do Projecto de Educação Sexual da
Turma dos seus educandos, antes da sua implementação.

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Recursos
Metodologias

A planificação e implementação de um Projecto de educação para a sexualidade deve estar


fundamentada nas propostas legislativas mas deve ter em conta os contextos e vivências familiares, sociais
e culturais dos grupos a que se destina. Centrado em metas como são a aquisição de conhecimentos e o
desenvolvimento de atitudes e competências pessoais e sociais, é muito importante que se escolham e
usem as estratégias e metodologias mais ajustadas e adequadas. As metodologias devem permitir
«contribuir para a capacitação das crianças e dos jovens para agirem autonomamente, assumindo opções
conscientes e responsáveis nos diversos contextos da vida, manifestando respeito pelos outros que com
eles interagem, estabelecendo um relacionamento positivo e satisfatório para todos» (Vilar e Carriço, 2009,
29).
As metodologias participativas/activas são aquelas que possibilitam o desenvolvimento de saberes e
competências tão complexas, uma vez que são essas que promovem o aluno como principal agente da sua
própria aprendizagem. Não sendo o nosso objectivo descrevê-las exaustivamente, parece-nos importante
abordar algumas das mais frequentemente utilizadas a saber:

• Trabalho de Pesquisa;

• Brainstorming ou “Tempestade de Ideias”


Consiste em listar, sem a preocupação de discutir num primeiro momento, todas as sugestões que o
grupo faz sobre determinada questão. A lista deve ser constituída por palavras ou frases simples.
Após as sugestões dos alunos deve-se aprofundar a discussão e esclarecer as dúvidas e as ideias
erradas.
• Resolução de problemas
Mediante a utilização de histórias, casos reais ou dilemas morais, incentiva-se a discussão para a
resolução de problemas comuns com os quais os alunos podem vir a ser confrontados.
Os jornais, as revistas ou as histórias populares podem ser utilizados de formas diferentes, por
exemplo:
- Uma história sem final e, nesse caso, pedir-se-á aos grupos que criem um ou vários finais possíveis;
- Uma história pedindo aos participantes para atribuírem diferentes valores às várias personagens;
- Pedir aos grupos que identifiquem uma ou várias soluções para cada caso.

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• Jogos de clarificação de valores


Consiste em promover o debate entre posições diferentes (podendo ou não chegar-se a consenso),
através da utilização de pequenas frases que sejam opinativas e polémicas.
Pode-se pedir a um dos participantes para assumir a defesa da opinião expressa na frase, a um segundo
para atacar (ainda que essas não sejam as suas posições na realidade) e a um terceiro ainda que observe o
debate, para depois o descrever ao grande grupo.
Podem utilizar-se escalas do tipo “concordo totalmente”, “concordo”, “discordo” e “discordo
totalmente” fazendo mover as pessoas na sala para cada uma das posições (que são afixadas nas paredes),
ou utilizando as opiniões individuais para o debate em pequenos grupos e, numa fase posterior, em grande
grupo.
• Visita externa
Pode aproveitar-se de forma eficaz a visita de especialistas em determinado assunto se houver uma
apresentação anterior à visita e uma preparação das perguntas e questões que a turma desejaria colocar.
• Exploração de textos, imagens, vídeos e outros meios audiovisuais
Aconselha-se que sejam diferenciados os momentos antes e após a análise.
• Processos de negociação, acordo e contrato
Será usado quando se está perante uma situação que gera conflitos e não se avista uma solução com
sustentabilidade. O mais importante na negociação é «a intenção de chegar a um consenso, a um bom
acordo, sendo que uns e outros têm de estar dispostos a fazer cedências, a bem da melhor solução
possível».
• Role Play / simulação de papéis
Consiste em representar papéis e situações sociais que normalmente não fazem parte do quotidiano
dos alunos. Exige que nos saibamos colocar no lugar do outro, sendo muitas vezes uma oportunidade de
pesquisa.
• Caixa de perguntas
Consiste na recolha prévia e anónima de perguntas sobre temas de interesse da turma ou de
levantamento de necessidades. Pede-se a cada aluno que formule duas ou três perguntas por escrito, numa
folha de papel que posteriormente é dobrada em quatro e colocada numa caixa (tipo urna de voto). É
muito importante que o professor responda a todas as perguntas de forma clara e com correcção científica.
• Debates pró/contra, simulação de casos/histórias

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Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno

Neste gabinete, em funcionamento na sala 1 do Bloco B da EB António Dias Simões, dentro do


horário estabelecido, realiza-se um atendimento personalizado a qualquer aluno que o solicite.
A Equipa do PES (Projecto Educação para a Saúde) trabalhará em estreita cooperação com a Equipa
de Apoio ao Aluno formada por docentes da escola E. B. António Dias Simões e a Psicóloga, conforme
mapa-horário afixado. Neste espaço poderão os alunos procurar informação e apoio no âmbito da
educação para a saúde e educação sexual e ainda orientações, aconselhamentos/ou encaminhamento face
a situações problemáticas, relacionadas com a sua vida pessoal, familiar, escolar e social. Não se pretende
substituir o papel importante do Director de Turma, nomeadamente no domínio da regulação das relações
interpessoais na escola, mas antes complementar a sua acção, sempre numa perspectiva construtiva de
fazer-se o melhor que soubermos e pudermos visando o bem-estar e crescimento saudável da população
escolar. Trata-se de construir uma escola de efectivo sucesso, escolar e educativo, rumo a uma cidadania
saudável e responsável. Sempre que surjam situações complexas, às quais não tenhamos condições de dar
resposta, os utentes deste espaço serão encaminhados para serviços especializados fora da escola,
nomeadamente:

• Plano D (Cruz Vermelha de Ovar);


• Centro de Saúde de Ovar;
• Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ);
• Escola Segura.

Horário de Atendimento

Horas Terça-feira Quarta-feira


8:25 - 9:10
9:10 - 9:55
10:10 - 10:55
10:55 - 11:40
11:50 - 12:35 Psicóloga
12:35 - 13:20 Psicóloga
13:40 - 14:25 Psicóloga
14:25 - 15:10 Psicóloga
15:20 - 16:05
16:05 - 16:50

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Educação para a Saúde e Educação Sexual
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Estabelecimento de Parcerias e Apoios

Para a concretização deste projecto contar-se-á com a cooperação e colaboração dos órgãos de
Administração e Gestão do Agrupamento (Conselho Geral, Director, Conselho Pedagógico e Conselho
Administrativo), dos Departamentos Curriculares, dos Coordenadores de Ciclo, dos Conselhos de Turma e
das Associações de Pais e Encarregados de Educação.
Será igualmente fundamental a continuidade das parcerias externas já estabelecidas como:
• Cruz Vermelha de Ovar – Plano D;
• Centro de Saúde de Ovar – Equipa de Saúde Escolar;
• CPCJ;
• Escola Segura.

Avaliação

No final do ano lectivo será elaborado um relatório, onde constarão os indicadores mais relevantes do
funcionamento do Projecto de Educação para a Saúde e Educação Sexual. Tais indicadores serão
organizados a partir dos seguintes instrumentos e técnicas:
• Observação directa dos contextos e actividades relacionados com o PES;
• Análise dos relatórios de projectos e respectiva aplicação dos conteúdos curriculares;
• Análise das actividades desenvolvidas no Agrupamento no âmbito da Educação para a Saúde e
Educação Sexual;
• Funcionamento das parcerias;
• Envolvimento do pessoal docente, não docente e encarregados de educação;
• Atendimento no Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno;
• Outros que se julguem pertinentes.

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Educação para a Saúde e Educação Sexual
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Bibliografia:

FRADE, Alice et al – Educação Sexual na Escola; Guia para professores, formadores e educadores, Texto
editora, Lisboa, 1992.

MARQUES, António Manuel; VILAR, Duarte; FORRETA, Fátima – Os Afectos e a Sexualidade na Educação
pré-escolar – Um guia para Educadores e Formadores, Texto Editora, Colecção Educação Hoje, nº 23,
Lisboa, Julho, 2002.

Ministério da Saúde – Educação Sexual em meio Escolar – Linhas Orientadoras, Lisboa, 2000.
PEREIRA, Manuela Carvalho – Sexualidades: Riscos e Partilhas, Dossiers Temáticos Público na Escola, Lisboa,
1999.

SAMPAIO, Daniel – Jovens com Saúde, diálogo com uma geração, Texto Editores, 2009.

VAZ, Júlio Machado – Educação sexual na Escola, Universidade Aberta, Lisboa, 1996.

Sites consultados:

http://sitio.dgidc.min-edu.pt/saude/Paginas/Sexualidade.aspx
http://www.min-edu.pt/np3/142

Logótipo:

Professor António Costa.

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Educação para a Saúde e Educação Sexual
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Turma: __________ Ano: ________ _________ Ciclo

Director de Turma:

Professor responsável pela Educação para a Saúde e Educação Sexual:

Avaliação
(indicadores e
Temas Conteúdos Objectivos específicos Actividades a realizar/ Calendarização
instrumentos de
operacionalização
avaliação)

Professores do Conselho de Turma:


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Adenda ao Projecto Educação Sexual 2010-2011

Reunião de Conselho Pedagógico de 20 de Outubro de 2010


Aprovação do programa - Educação Sexual

“Este conselho foi unânime em aprovar a proposta de programa apresentada, reservando-se a cada
conselho de turma a escolha de quais as disciplinas ou áreas curriculares não disciplinares que participam
na sua implementação. Foi também decidida a carga horária a dispensar. Assim, nos primeiro e segundo
ciclos, utilizar-se-ão de seis a oito tempos e no terceiro ciclo, entre doze e catorze tempos.”

Aprovado em reunião de Conselho Geral de 10 de Janeiro de 2011

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