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mayo 2009

Congregación del Santísimo Sacramento


* * *

Curia General
Via G. B. de Rossi, 46
00161 Roma
CAMINANDO HACIA
EL XXXIV° CAPÍTULO GENERAL

***

ALGUNOS ELEMENTOS PARA FOMENTAR


LA PREPARACIÓN COMÚN

2a parte
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INTRODUCCIÓN

Hacia el final de nuestro último Consejo General Ampliado, celebrado en septiembre de 2008 en
Madrid, los miembros de este importante cuerpo consultivo de la Congregación pudieron formular
el tema principal del próximo Capítulo General que se va a celebrar en 2011. He aquí de nuevo:
“Volver a encender nuestra pasión por la misión eucarística para convertirnos, siguiendo al
Padre Eymard, en discípulos y apóstoles de la Eucaristía para el mundo que nos desafía.”
Hemos de considerar este tema como el resultado y la síntesis de la información, del compartir, y de
la reflexión sobre el estado de la Congregación durante estas dos semanas y una toma de
conciencia de lo que se necesitaría para promover todavía una mayor puesta en práctica de nuestro
carisma.

Un tema, que se sostiene por sí mismo, puede que atraiga nuestra atención por algún tiempo, pero
sin pasos nuevos, tiene el peligro de secarse muy pronto, y de quedarse almacenado con otras
muchas hermosas ideas y planes que hemos desarrollado durante los años pasados. Para evitar
semejante punto muerto, y preparar el camino hacia un más fructífero y prometedor resultado de las
conclusiones del último CGA, hemos decidido ofrecer material para progresar, como ayuda para
vuestra reflexión tanto a nivel personal como comunitario. Hemos pensado que lo mejor sería pedir
a algunos de los participantes en esta asamblea, que ofrezcan su colaboración en el desarrollo del
tema en su conjunto, partiendo de su propia sensibilidad y especialización. De esta forma se
mantendría el sabor de las deliberaciones del CGA, y al mismo tiempo se enriquecerían con las
varias perspectivas y contextos desde los que los participantes han visto el tema.

Siguiendo esta línea se ha enviado una carta a un número restringido de hermanos, todos excepto
uno participantes en el CGA, pidiéndoles la colaboración. Para no perder contacto con las
impresiones frescas del CGA, se les ha pedido que faciliten sus contribuciones para finales de
Noviembre de 2008. Merecen una profundamente sentida palabra de agradecimiento, todos, que sin
excepción, respondieron positivamente enviando su generosa colaboración dentro del tiempo
indicado. Ello ha aportado, como veréis vosotros mismos, una rica variedad de puntos de vista sobre
el mismo tema, unos con tintes muy personales, otros algo más académicos, siempre procurando
proyectar luz sobre lo que pensamos que es el desafío del momento para nuestra Congregación.

Hemos mantenido las varias colaboraciones en la forma en que nos han llegado. Han sido
agrupados según el interés temático fijado de antemano: Biblia, Fundador, Pastoral y Dinámicas de
la Comunidad y Liturgia. Hemos añadido, a cada uno de estos cuatro bloques, un punto de partida
para vuestra ulterior profundización del tema: Una breve frase y algunas preguntas. Sin pretender
que sean completas, exhaustivas o incluso equilibradas, pero con la esperanza de ofrecer alguna
ayuda para iniciar un proceso de reflexión y de compartir.

Viendo la cantidad de material hemos pensado que será más manejable y práctico el publicar estas
contribuciones en dos números separados de Ensemble-Together. Pero los dos números forman un
todo. Juntos nos ofrecen alimento para pensar, alimento para la meditación y la oración, alimento
para el compartir y la acción en nuestro camino hacia el próximo Capítulo General.

Roma, 5 de febrero de 2009

En nombre del Consejo General

P. Hans VAN SCHIJNDEL, sss


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DISCÍPULOS E APÓSTOLOS DO PÃO PARTIDO


PARA UM MUNDO NOVO

Os desafios que o nosso mundo nos coloca

“Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho


para que o mundo seja salvo por ele.”
“Eis que faço novas todas as coisas!”
“Vi um novo céu e uma nova terra!”

Nossa vocação nos coloca no centro da vida da Igreja e do mundo. Quando celebramos o mistério
pascal, atualizamos a decisão do Pai de nos salvar em Jesus Cristo. Pela força do Espírito
derramado, podemos fazer novas todas as realidades a partir da Eucaristia. Vivendo este mistério e
permitindo seus efeitos em nossa vida, tornamo-nos aptos para acolher a grande novidade da
transformação cultural que estamos vivendo neste mundo pós-moderno. A vivência deste mistério
nos esclarece a mente e abre nossos olhos para vermos Deus continuando seu ato criador em cada
invento humano.

Podemos contemplar esta eucaristia “celebrada sobre o mundo” que atualiza a entrega de Jesus no
seu corpo e no seu derramamento de sangue gerador de vida nova. Constatamos que, como
sacramentinos espalhados pelo mundo, não estamos na postura da negação do espírito criativo e
criador de Deus, que se manifesta na atualidade de forma tão exuberante. Os analistas da história
nos afirmam que 90% das coisas criadas pelo ser humano estão presentes nos últimos 100 anos.
Podemos enxergar nesta “convulsão” criativa do ser humano o impulso criador de Deus, apontando
para a plenitude. Ter uma atitude de mera acomodação ou adaptação ao que se nos apresenta como
novo, pode mostrar que perdemos o senso de leitura mais profunda da realidade, de maneira
especial, quando somos chamados pelo testemunho de uma espiritualidade eucarística, a denunciar
a acumulação dos bens gerados nas mãos de poucos. Uma postura eucarística verdadeira nos coloca
na condição de quem acolhe o momento histórico de maneira crítica e profética. Reconhecemos a
presença do espírito criador e criativo de Deus no momento histórico e nos empenhamos para que
na mesa da partilha dos bens produzidos, todo ser humano tenha seu lugar garantido.

Os desafios aqui partilhados não se esgotam, mas se desdobram e se encarnam nas diferentes
realidades em que estamos presentes – alguns se evidenciam em determinadas culturas e se
mostram em diferentes proporções nas demais.

Como discípulos e apóstolos da eucaristia, tendo aprendido do Senhor na intimidade do convívio à


mesa, aprofundado na escuta silenciosa da contemplação do mistério celebrado e enviados como
apóstolos da eucaristia, temos à nossa frente, ao nosso lado, no meio de nós e dentro de nós alguns
desafios que agora apresentamos.

O grande desafio da revolução que a alta tecnologia do mundo informatizado trás é sem dúvida uma
forte provocação a todos nós. Novas formas de construção dos relacionamentos são desenvolvidas
pelo mundo virtual. Esta realidade produz uma nova consciência de tempo e espaço – alargamento
da presença – sensação de que podemos estar em diferentes lugares ao mesmo tempo. Onipresença
e onipotência, atributos antes reconhecidos somente na divindade, passam a fazer parte em algumas
expressões e presenças humanas. Uma nova linguagem vai sendo produzida com a necessária
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rapidez da comunicação, criando novas ligações sinápticas de nossos neurônios. Constatamos assim
que estamos imersos na nova mutação de consciência humanitária. Há um salto do nível de
consciência sendo dado e que nos faz diferentes.
Esta realidade nos desafia para uma nova linguagem que abre diálogo, em especial, com as crianças,
os jovens e os adultos produtores deste novo mundo. Desafia-nos a apresentar um memorial
instituído há 2000 anos e que pede uma atualização nesta cultura virtual. Com abertura, somos
chamados a sermos discípulos neste mundo, percebendo os passos do Senhor aí presentes e
aceitando o renovado envio: vão e façam de todos meus discípulos!

A crise do Capitalismo moderno, mostrando a sua fragilidade, desmoronando impérios financeiros,


revelando suas inconsistências, denuncia a idolatria do mercado. “Em quem colocamos nossa
confiança?” Assistimos com pesar os relatos dos que se suicidaram diante do quadro de incerteza
que esta recessão mundial nos trará. Fora do mercado não há salvação! Esta afirmação ditada pelos
arautos do deus dinheiro pode agora ser substituída por uma crítica evangélica e profética. Está
aberto o espaço para a construção de novos valores, novas relações entre sujeito – dinheiro
(dinheiro como energia que move o mundo, porque mais do que nunca ele se tornou virtual!) Re-
valorização da ética nos negócios e investimentos econômicos – opções políticas que se
fundamentem em programas de sustentação global e ecológica. Como Apóstolos da Eucaristia, onde
nos situamos? Nosso compromisso de vida com a pobreza evangélica nos faz dar vigor à opção
pelos pobres que são as primeiras vítimas deste momento diante das conseqüências do desemprego,
falta de investimentos em saneamento básico, corte em programas sociais... O aumento do mundo
dos excluídos dos bens da vida nos desafia para uma postura eucarística mais conseqüente e atuante.
Deixa-nos em situação não confortável o silêncio das autoridades da Igreja neste momento.
Podemos, como sacramentinos, Apóstolos da Eucaristia, sermos uma Palavra de alento e confiança
neste momento histórico.

A vivência da sexualidade reduzida a uma compreensão genitalizada, torna-se um desafio para


quem é chamado a ser Apóstolo do corpo entregue! A imposição de uma cultura da sexualidade
como produção genital despersonaliza, coisifica, nega a comunhão, exacerba a exploração pessoa a
pessoa. As diferenciadas expressões da sexualidade são, em algumas culturas, colocadas como
antagônicas, gerando rechaços e até mortes. “Vivendo do corpo entregue do Senhor”, e apostando
numa vivência sexual celibatária, nossa forma de viver a sexualidade pode ser um grito profético de
que “existe vida além do genitalismo”! Não podemos ficar omissos diante das trombetas dos meios
de comunicação social que ditam vivências sexuais genitais como normas comportamentais que
garantiriam a realização e a felicidade humana.

Eucaristia, fruto da terra, da videira e do trabalho humano! Esta consciência renovada em cada ato
celebrativo nos coloca abertos para o desafio da defesa da vida do planeta. A terra não suporta
suprir a ganância dos 10% ricos que são movidos pelo consumo prazeroso e idolatrado do mercado.
Se quisermos que os 90% do restante da população chegue a este nível de consumo, implodiremos o
planeta! Os analistas desta área nos apontam o ano 2050 como o ano do não retorno. Isto é, se não
mudarmos nossa forma de exploração dos recursos naturais, que não conseguem se recomporem
diante da violenta exploração, chegaremos no momento em que o processo da extinção da vida no
planeta será fatal. Nossa Espiritualidade Eucarística produz uma conversão para o uso racionado,
inteligente e solidário dos recursos. Como Apóstolos da Eucaristia, poderemos assumir a denúncia
profética, promovendo uma conversão? Temos convicção para convencer os 10% a mudarem seu
nível de consumo e de vida em favor da vida dos demais irmãos e do próprio planeta? As terríveis
conseqüências das catástrofes naturais, resultado da mudança climática como resposta do
ecossistema agredido, poderia ser a grande motivação para que anunciemos e vivamos uma
eucaristia que necessita dos frutos desta terra para ser celebrada!
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O diálogo inter-religioso se mostra no mundo atual como um desafio de grande proporção. Vidas
são ceifadas em nome de Deus! Interesses múltiplos ficam escamoteados em nome de defesas de
uma fé supostamente genuína. Nossa contribuição como eucaristias vivas com capacidade de
acolher a diversidade e ser pão repartido para todos, pode ser grande instrumento de comunhão e
liberdade. A intolerância, o fanatismo, geradores de guerras intermináveis, de ações terroristas e
invasões de territórios não condizem que nossa essência original, chamados a viver como imagem e
semelhança do Deus Comunhão. No exercício do diálogo acolhedor e respeitador das diferenças em
nossas comunidades e no diálogo ecumênico com Igrejas cristãs diversas vamos ensaiando um
diálogo mais universal, onde cada irmão e cada irmã serão sempre acolhidos e amados como uma
manifestação do traço único do Deus Criador.

Soma-se a este desafio anterior, o caminho que vem sendo realizado de valorização das etnias,
muitas vezes identificadas como minorias, não como expressão numérica, mas como representação
diminuída na construção do poder estabelecido. O mundo globalizado abre-nos para uma
consciência de “aldeia global” onde o sentimento, ou melhor, a percepção de uma fraternidade
universal se tornaria possível de ser encarnada. Fazer dialogar estas duas polaridades: por um lado a
valorização e descoberta das individualidades e etnias e por outro lado a consciência global das
relações, coloca-se como elemento prioritário de nosso apostolado eucarístico. A Eucaristia gera
comunhão na comunidade celebrante, abrindo-nos para a fraternidade universal, construída de
indivíduos únicos e povos com identidades definidas.

Partindo desta pequena contribuição, acreditamos que, em cada cultura onde estamos situados,
poderemos aprofundar novos matizes dos desafios apresentados e enumerar outros novos que nos
ajudarão a buscar no mistério celebrado e contemplado, as luzes e forças para fundamentarmos
nosso compromisso de crescermos no discipulado eucarístico e corajosamente, nos empenharmos
como verdadeiros Apóstolos do Pão da Vida.

Belo Horizonte, 12 dezembro 2008

P. Eugênio BARBOSA MARTINS, sss


Brasil
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DISCÍPULOS Y APÓSTOLES
Interpelaciones de la sociedad actual

Al escribir, tengo presente en espíritu la situación francesa. La sociedad está muy marcada por un
fuerte movimiento de secularización. Los lazos entre religión y sociedad se han aflojado. Y esa
distancia se acrecienta. La indiferencia está mucho más presente que la hostilidad. Espero que cada
uno, siendo consciente de lo que pasa en su propio país, podrá verse reflejado ahí.
Servir a Cristo en la Eucaristía no es nunca una acción intemporal. Nuestro mundo atraviesa por
tensiones y esperanzas que lo diferencian de cualquier otro. Es violento y apasionado, prendado de
la libertad y segregando al mismo tiempo la marginación y la dependencia de muchos. Para ser
testigos, discípulos y apóstoles, es urgente conjugar la vida de los hombres y el misterio de Dios.
Para responder a las carencias de los hombres de su tiempo, Eymard ha sabido reconocer y poner
por obra la fuerza de la Eucaristía. Para servir hoy el mismo proyecto, necesitamos nosotros ser
conscientes de las expectativas de las mujeres y de los hombres que nos rodean. Recordaré las que
me parecen más actuales y no tengo intención de querer decirlas todas.

La libertad es esencial

Su deseo ocupa todo el horizonte de la vida. Mujeres y hombres quieren tomar ellos mismos las
decisiones en todo lo que afecta a su vida personal, familiar y social. Para ser oído, toda propuesta
que se les haga debe presentarse como una invitación a la que ellos puedan dar su conformidad o su
rechazo. Son sensibles a la propuesta mucho más que a la transmisión. Son capaces de respuesta
sorprendente, de un acuerdo perseverante cuando han podido elegir.
La Eucaristía, celebración y presencia, tiene la medida para responder a esta expectativa. Cristo es
el que abre en el corazón de cada uno un espacio en el que puede crecer sin coacción ya que es un
camino de amor. Hay que catequizar para que el memorial abra un mundo en el que se pueda
existir. La Eucaristía celebrada puede ser el momento en el que se solicite la creatividad de los
participantes. Los bloqueos y rigideces provocan la incomprensión. Yo he vivido esta dificultad con
muchos cristianos en un encuentro diocesano de catequesis para todas las edades. “¿Es posible
aportar algunas modificaciones en la celebración, por ejemplo adaptar las oraciones, cambiar o
añadir algunas palabras, la Plegaria Eucarística…?” se preguntó. “No se toque nada en la misa”,
respondió el conferenciante. ¡Gran decepción en la asamblea! Una eucaristía petrificada no atrae ni
a los jóvenes, ni a los que ya no lo son.

El individualismo está en todas partes

Estamos en una sociedad comercial. La posibilidad de pensar, de adquirir bienes, de consumir, de


elegir se presenta como la respuesta ideal que colmará todas nuestras expectativas. Los medios
publicitarios saben explotar esta sensibilidad. “Porque yo lo valgo” dice una publicidad… Las
rivalidades y el espíritu de competencia son el fundamento de muchos comportamientos. Juego
personal. En el trabajo se explota este modo de comportarse. Se trata de “trabajar más para ganar
más” y así poseer más, aumentar su poder adquisitivo sin relación o en lucha con los demás. En el
campo de la religión existe también la desconfianza por lo comunitario. Se teme la desviación hacia
el comunitarismo y su encerramiento. Al mismo tiempo las asociaciones son muchas y muy de tirar
al blanco.
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La Eucaristía presentada como el sacramento del amor personal de Cristo por mi, puede permitir un
itinerario completo hacia el misterio. Ella es el sacramento en el que descubro que yo soy precioso
para Dios. Él actúa en mi vida personal.

La autenticidad

“Dicen y no hacen”. Hombres y mujeres siempre han considerado muy importante la consonancia
entre las palabras y las obras. Con el desarrollo de los medios de comunicación, la unión entre el
decir y el hacer se ha aflojado cada vez más. La presencia invasora de lo artificial, de la publicidad,
del “parecer” del “look” provoca para muchos de nuestros contemporáneos una gran sensibilidad a
lo que es verdadero. Nos reclaman vivir lo que anunciamos. Si decimos que la Eucaristía es una
fuerza de amor, el mundo de hoy nos pide hechos que manifestarán la experiencia de ello que
nosotros vivimos. ¿Por qué personas, inmersas en el materialismo más completo, se ponen en
camino, creyentes o no, hacia los monasterios, los conventos? Tienen sin duda necesidad de lugares
de tranquilidad, pero son sensibles a la autenticidad de las mujeres y de los hombres que han puesto
sus obras en conformidad con sus palabras.
Nuestro deseo de convertirnos en discípulos y apóstoles exige de nosotros una aportación
exhaustiva de nuestros comportamientos y de nuestras maneras de vivir. ¡Hablamos frecuentemente
de la Eucaristía sin vivir de ella!

Acompañamiento

El acompañamiento se ha convertido en un hecho habitual de la vida, sea espiritual, deportivo,


profesional, médico. ¡Todo el mundo tiene necesidad de un “coach”! La idea de competición está en
todas partes. Hay que ser “performant”. Cuerpo y espíritu tienen necesidad de ayuda porque se lo
pide el alto nivel. Es pues necesario un apoyo, un consejero que permitirá soportar, hacer frente o
superar el paso difícil. Una ayuda para dar el máximo.
Como nuestro mundo, con las tensiones que habitan en él y la intensidad que genera, provoca la
pregunta, la preocupación, el estrés, el acompañamiento se diversifica. Muchas violencias afectan
de tal modo la vida de la gente que es necesaria la ayuda psicológica. Es corriente que se proponga
un apoyo moral cuando hay un accidente, un atentado u otro hecho traumatizante.
La Eucaristía de la que somos testigos es fuente de curación, de salud. ¿Cómo presentarla en cuanto
fuente de energía que redimensionará nuestra vida?

Porvenir

En un pasado relativamente reciente se transmitían el conocimiento o la sabiduría. Cada uno tenía


sus raíces en un medio, en un entorno o en una situación concreta. Estaba señalado el papel de los
mayores. Hoy las señales han cambiado. La ciencia nos hace el mundo inteligible, el desarrollo
social hace aspirar a un bienestar. Internet nos acerca al mundo entero. El porvenir está ahí ante
nosotros, incierto y atrayente. Los jóvenes son conscientes de ser el mundo del mañana, viviendo la
esperanza y el deseo.

Nosotros creemos que tenemos el sacramento del mundo nuevo en la Eucaristía. Afirmamos que el
mundo de mañana está ahí misteriosamente. En cuanto discípulos, ¿cómo abrirnos a ese anuncio?
¿Como apóstoles, qué iniciativas tomar, para que los creyentes, viviendo la Eucaristía, hagan la
experiencia de construir desde ahora el mundo nuevo?
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Paz

Es una palabra movilizadora. Se crean “Escuelas de la paz” para que los niños, pero también los
adultos, sean actores. Se ha creado una jornada mundial de la paz. No se trata sólo de la ausencia de
guerra… El mundo aprende a comprender que la paz es inseparable de los derechos del hombre. La
paz sufre mientras los derechos de los hombres a la dignidad, a la seguridad, a la libertad, a la salud,
a la vivienda y a la alimentación no se reconocen. Son muchos los militantes que trabajan en ese
sentido. La interpelación nos llega de toda esa multitud que ya está en ello. El servicio de la
Eucaristía nos pide estar allí presentes con ellos.

La pobreza

Las riquezas de nuestro mundo están mal repartidas. Los ricos son cada vez más ricos y los pobres
cada vez más pobres. Las sociedades desarrolladas tienen mecanismos de protección frente a
aquellas que sufren para vivir. Una oposición entre país del sur y país del norte. Más la causa es
mucho más honda porque se encuentra en el seno mismo de cada sociedad. Los ricos siguen
enriqueciéndose con detrimento de los que son pobres.
Difícil hablar de comunión y de participación cuando triunfa la desigualdad. Esa situación es una
llamada que podemos oír. No podremos decir la Eucaristía si no optamos por la solidaridad con los
humildes y los pequeños. Cuando no compartimos las condiciones de vida de los pobres, nos resulta
imposible anunciar al Dios Servidor en su sacramento. Revisar nuestros modos de vivir.

Muchas otras interpelaciones podrían destacarse en nuestras sociedades que buscan la eficacia a
cualquier precio, que cultivan el éxito material o que buscan amor. El concilio nos ha enseñado que
las preocupaciones y las esperanzas de los hombres y de las mujeres de este tiempo, sean las que
sean, son las mismas que las de los creyentes. El servicio de la Eucaristía puede permitirnos avanzar
por los caminos del encuentro.

Grenoble, 2 de diciembre de 2008

P. Gabriel FORESTIER, sss


Francia
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Reflexión personal y comunitaria

Para la reflexión personal y para compartir en comunidad, una idea clave y algunas
preguntas:

Nosotros vivimos nuestro carisma dentro de nuestro contesto espacio-temporal. Ninguno


puede huir en mundo solitario, aislado, tranquilo.

• ¿Cuáles son los grandes desafíos de nuestro mundo actual? ¿Cómo se podría
concretizar nuestro carisma para que sea una respuesta adecuada?

• ¿Qué opciones queremos asumir para nuestra acción y cómo evitar el ser
condicionado por las tendencias existentes?
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DISCÍPULO - SEGUIDOR - APÓSTOL


Pasos concretos hacia el desarrollo de un estilo de vida eucarística

El tema central del CGA en Madrid 2008 era el “volver a encender la pasión de nuestros SSS por la
misión como discípulos y apóstoles de la Eucaristía para el mundo que nos desafía”. Para acoger
con la idea clave contenida en esta afirmación nos ayudará tomar cada término subrayado, entender
sus implicaciones y entonces ver la relevancia de toda la afirmación.
[Con la profunda intuición de la presentación del P. General y con la reflexión de la asamblea sobre
la misma, en grupos y en asamblea, se subrayó repetidamente, de diferentes formas, que como
Congregación necesitamos trabajar por conseguir un mayor equilibrio entre el ser Discípulos y
Apóstoles de la Eucaristía.]

¿Quién es un discípulo?

Hojeando en el Nuevo Testamento. Se da uno cuenta que “discípulo” es uno que se acerca al
Maestro para aprender de él. Aunque es verdad que difícilmente busca uno aprender sin desear al
mismo tiempo practicar lo que está aprendiendo, sin embargo el concepto “discípulo” no incluye
necesariamente el que uno practique las enseñanzas del Maestro. Es interesante notar que cuando el
doctor de la ley alabó a Jesús por haber resumido la Ley entera y los profetas en un doble
mandamiento, Jesús le respondió: “¡No estás lejos del reino de Dios!” (Mc 12,28-34). El doctor de
la ley tenía un conocimiento correcto, pero lo que se necesita para pertenecer al reino es la práctica.
Aún en nuestros días, hay muchos que frecuentan las universidades y obtienen títulos en teología,
pero eso no quiere decir necesariamente que vivan de acuerdo con las enseñanzas de Jesús. ¡El
conocimiento teórico es una cosa y vivir de acuerdo con la doctrina otra cosa muy distinta!

¿Quién es un apóstol?

Siguiendo su etimología podríamos decir que apóstol es uno que es enviado – específicamente a
enseñar acerca del reino y a establecerlo ganando nuevos adeptos. De nuevo aquí, una persona
podría ser un buen apóstol y estar enérgicamente comprometida en la misión de extender el reino y
sus valores, sin que ponga en práctica necesariamente todo lo que enseña. Esta era en general la
situación de los Fariseos y sus escribas de quienes Jesús dijo a la gente sencilla “¡haced lo que ellos
enseñan, pero no lo que ellos hacen!” (Mt 23,2-3).

Discípulo/Seguidor/Apóstol

Según parece, lo que sí hace más fácil llenar el vacío entre el ser discípulo y apóstol es el caer en la
cuenta de que estamos también llamados a ser “seguidores” de Jesús y del Padre Eymard. Un
seguidor es el que sigue los pasos del Maestro, que practica todo lo que ha aprendido, llegando a ser
lo más posible como el Maestro mismo, de tal forma que puede ir en su nombre y en su
representación para establecer el reino de Dios. La palabra seguidor expresa el termino medio entre
aprender y enseñar a otros. Como seguidor, uno pone en práctica todo lo que ha aprendido y va
entonces a enseñar a otros, no solamente la teoría sino también lo que él mismo ha asimilado y vive:
su propia vida se convierte en enseñanza. Así los que han sido enseñados ven la doctrina reflejada
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en la misma vida de su maestro: “Os he dado ejemplo para que vosotros hagáis lo mismo” (Jn
13,13-17).

En los últimos años el Equipo General se está esforzando en evaluar el crecimiento de nuestra
Congregación, constatando que la mayoría de nuestros SSS están felizmente actualizados y son
creativos en el conocimiento y celebración de la Eucaristía; la mayoría a pesar de su edad y otras
dificultades, siguen fieles y activos también en su compromiso apostólico. El área que está pidiendo
una atención más seria es la puesta en práctica de las exigencias de nuestras celebraciones
Eucarísticas. Mientras nosotros SSS celebramos la eucaristía muy creativamente como el
Sacramento de la unidad de los cristianos, con frecuencia la celebración va de la mano con serias
divisiones y escisiones dentro de la comunidad misma, y a menudo precisamente sobre el
significado y el énfasis que hay que dar a la Eucaristía. De forma parecida, nuestras celebraciones
eucarísticas, podrían recordar con fuerza la necesidad de compartir nuestros recursos con los
hambrientos y necesitados, sin hacer ningún agujero en nuestros bolsillos, o ningún sacrificio
personal que acompañe a tales celebraciones. Y todo esto, a veces sin la más pequeña conciencia de
la deslumbrante dicotomía entre la celebración y la vida actual.

Una de las razones de esta falta de armonía entre la celebración y la vida es una imperfecta o
inadecuada comprensión de nuestra vocación SSS. ¡No es bastante para nosotros el seguir e imitar a
S. Pedro Julián Eymard como “apóstol de la Eucaristía”! RV 1 Nos recuerda que “Nuestra llamada
es para vivir el misterio de la Eucaristía en su totalidad y para dar a conocer su mensaje de forma
que el reino del amor de Dios pueda venir a este mundo”. Como religiosos sacerdotes nuestra
primera llamada es para “estar” con El (Cf. Mc 3,13-14), para entrar tan profundamente como
posible en la unión con el Padre y con el pueblo. Nuestro principal objetivo como religiosos de SSS
es que lleguemos a ser unas personas peculiares que son muy especiales amigos de Nuestro Señor,
de aquellos “a quienes se les ha dado a conocer los secretos del reino de Dios” (Mc 4,10-11), ¡los
que además están dispuesto a seguirle con sus cruces a cuestas hasta llegar al Calvario!

Ejemplo práctico

Jesús, habiendo reunido a los Doce con él, les enseñó tanto de palabra como de obra – como por
ejemplo, cuando alimentó a cinco mil en el desierto. Pero antes de enviarles, Jesús como Maestro
hábil les probó para ver si habían entendido y vivían o no sus enseñanzas. No solamente les envió
en misión de prueba y corrigió lo que faltaba a su preparación; les envió también delante de El a las
ciudades y villas que pensaba visitar El mismo, para preparar a la gente para su llegada (Cf. Lc
9,51-54). Se nos ha dicho que falló al menos una pareja de apóstoles, en esta misión “apostólica”.
Cuando vieron que los Samaritanos no estaban dispuestos a recibirle (porque se dirigía a Jerusalén)
querían que hiciera bajar fuego del cielo para arrasarlos. No habían interiorizado un elemento muy
importante – la compasión del Padre, no solamente en su comprensión sino sobre todo en la
práctica. Jesús les reprochó severamente tal error.

Resumiendo: Un discípulo aprende pero no necesariamente practica todo lo que aprende. El apóstol
predica pero a menudo el practicarlo no es necesariamente parte del apostolado. El seguidor, sin
embargo, vive lo que aprende y predica lo que vive.

Una dimensión ulterior

Mientras existe, ciertamente, necesidad, de un equilibrio entre el discípulo y el apóstol, ¿quién


determina cuándo este equilibrio se rompe, y cómo uno consigue tal equilibrio en las circunstancias
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del día a día? Es importante recordar que nuestro discipulado/apostolado esta siempre al servicio del
Reino, de la relación de alianza entre el Padre y nosotros. Es esta relación la que necesita estar viva
y crecer, en uno mismo y a través de la vida y de la actividad de uno, en medio de los demás. Este
crecimiento nuevamente es asegurado por la actitud de los seguidores. Porque, el seguir a Jesús en
el Nuevo Testamento supone el coger cada uno su cruz y seguirle incluso hasta el Calvario en la
obediencia a la voluntad del Padre (Cf. Mc 8,31-36). Y una de las condiciones de esta relación de
alianza con el Padre es la obediencia. “¡Ahora, si obedecéis todos vosotros seréis mi preciado
tesoro!” (Ex 19,3-5).

Obediencia no es sino otra palabra para expresar el perderse uno mismo, morir a sí mismo, hacer la
voluntad de Dios antes que la nuestra! San Pedro Julián mismo luchó toda su vida por conseguir
precisamente este equilibrio. Hacia el final parece que encontró la respuesta durante el Retiro de
Roma en un seguimiento más radical de Jesús mismo (el don de sí y el voto de la personalidad en el
sentido más profundo) porque como Jesús (siendo para Jesús lo que Jesús mismo era para el Padre)
parece que escogió, mediante incansables esfuerzos, el camino de buscar siempre la voluntad de
Dios en todo lo que hacía, especialmente en el asunto relacionado con la fundación de la
Congregación.

¿No será, por lo tanto, que lo que necesitamos desarrollar en cada SSS y en nuestras comunidades,
es una cultura de una apertura más profunda y genuina en la búsqueda constante de la voluntad de
Dios, permitiéndole que trabaje donde y como puede realizarse el discípulo en sí mismo, y al revés,
donde y como puede realizarse como apóstol en cada situación concreta? “¿Qué quieres, Señor, que
haga?”

Si se deja a cada uno el conseguir este equilibrio crucial, siempre existe la posibilidad de ser
engañado y que los caprichos y antojos, o los miedos y prejuicios anulen los dictados del Padre.
Además, esta profunda y constante conciencia de la supremacía de Dios en la vida de uno
inevitablemente pide y conduce a una forma de vida fraternal en la comunidad donde, se acepta con
profunda confianza la elección del Padre de unos hermanos concretos en la comunidad, uno está
abierto a los hermanos, los respecta sinceramente y vive en armonía con ellos, reconoce la presencia
y la acción de Dios en ellos y a través de ellos, trabaja por discernir la voluntad de Dios en
colaboración con los hermanos de uno...

Requisitos prácticos

Además, si se quiere realizar este equilibrio por la obediencia al Padre, hay una absoluta necesidad
de la oración auténtica (no solo la recitación de las oraciones) que se caracteriza por “Getsemani”
donde uno ora constante y sinceramente: “Padre, no se haga mi voluntad sino la tuya”. Y Getsemani
no se debe separar nunca del Cenáculo y la Eucaristía donde Jesús finalmente se quebrantó por la
obediencia a la voluntad del Padre y en servicio de sus hermanos y entonces nos dio el mandato de
la Eucaristía ¡“haced esto en memoria mía”! Con “esto” Jesús se refiere esencialmente al quebranto
de uno mismo en obediencia al Padre y en el servicio de amor a los hermanos como lo pide el
Padre.

Me parece, entonces, que si como Congregación, hemos de enfocar nuestra atención (en su
conjunto, pero especialmente en los años de la primera formación) sobre esta “actitud” central de
seguimiento que tenía Jesucristo (Cf. Fil 2:5-11) la nuestra no sería solamente una verdadera,
“espiritualidad pascual” sino que también aseguraría la más completa realización de la trilogía del
que hemos hablado desde el último Capítulo de 2005: vida fraternal en la comunidad, oración y
servicio. Evidentemente, este “seguimiento” debe comenzar y mantenerse por una experiencia
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personal de Jesús y su papel en nuestras vidas. Como para Pablo, nuestra experiencia debe ser la de
que: “me amó y se entregó por mí”.... “para mí el vivir es Cristo”.

Renovando el fuego de la misión eucarística

Quizás un atajo para esta renovación sería el esfuerzo por promover la “cultura eucarística” en uno
mismo, en nuestras comunidades y también entre la gente que atendemos en nuestro ministerio. Una
cultura habla de “una forma de vida” más que de unas cuantas acciones al azar! Así la “comida
rápida”, “economía de libre mercado”, “compra ahora y paga después” “supermercados y centros
comerciales” son algunos de los rasgos que caracterizan la cultura Americana, mientras que “el
respecto por los mayores”, “estrechos lazos de la vida familiar”, “una atmósfera de vida religiosa
aún en las casas”, son algunas de las características de la cultura India. Cuando uno no solo celebra
la Eucaristía sino que también busca vivirla, se empapa y promociona valores concretos eucarísticos
como la unidad, el compartir, el perdón, el arte de escuchar con comprensión, etc.

Tales valores son concretos y casi tangibles – y puede uno fácilmente ver si están presentes y
cuánto contribuye uno personalmente a que se dé tal cultura en una comunidad. Hasta la persona
más sencilla puede trabajar enérgicamente para establecer estos valores en derredor suyo – más
viviéndolos uno mismo que inculcándolos a otros. Cuando se ha hecho un esfuerzo a nivel de
comunidad, especialmente en casas de formación, los resultados son muy positivos y la práctica
misma resulta más agradable y enriquecedora.

Además, semejante proyecto o ambición va más lejos que la mera celebración de la Eucaristía, que
es posible solo entre católicos y los tradicionalmente cercanos. Pero la promoción de la cultura
eucarística se puede llevar a cabo en cualquiera parte: en la oficina, en la escuela, en la plaza del
mercado, en una pequeña comunidad humana; no se puede encontrar un lugar que sea inadecuado
para una cultura así.

Así, para la renovación de nuestra pasión por la misión eucarística, es preciso que no pongamos el
énfasis solo en la multiplicación de nuestras celebraciones Eucarísticas. Podríamos utilizar muchas
otras formas de oración por ejemplo, la celebración de un cumpleaños o otras bendiciones en un
hogar. Esas breves sesiones de oración, siendo para-litúrgicas facilitan amplio lugar para la
creatividad y flexibilidad, e involucran a todos activamente y uno puede estar seguro que los efectos
serán más duraderos que una simple celebración de la eucaristía por rutina.

A continuación pongo algunos de los valores eucarísticos que hemos promocionado en la Provincia
de Kristu Jyoti desde nuestro último Capítulo en 2005.

Rito de entrada: Reuniéndonos en la unidad y fomentando auténticos lazos de amistad,


una sentida bienvenida a toda la comunidad.

Rito penitencial: Perdón de corazón, no teniendo en cuenta lo mal hecho, bendiciendo


a los que nos han hecho mal.

Liturgia de la Palabra: Escuchando para entender/sentir el pasaje leído/y el compartir de


nuestros hermanos; atención al mensaje de Dios a través de los
acontecimientos de nuestra vida. Dando una sincera respuesta a
nuestros hermanos, bendiciendo a los que son un canal de los dones
21

de Dios para nosotros, compartiendo nuestras bendiciones con otros


mediante sincera oración de petición.

Presentación de los dones: Compartiendo con cualquiera en necesidad no solo lo superfluo sino
también lo necesario, cultivando el respecto a la naturaleza, la
ecología, entorno, agua, energía.

Oración Eucarística
- Prefacio: Entrando en el espíritu de la alabanza desinteresada, profundizando
nuestro sentido de reconocimiento de los dones que hemos recibido, y
tenemos; mayor conciencia de los dones recibidos por medio de Jesús
(Cf. Ef 1:3-10) expresando el agradecimiento libre y sincero por todos
los que nos bendicen, estando contentos y bendiciendo a Dios por lo
que uno tiene.

Santificación de los dones: Bendiciendo a Dios por la naturaleza - lo que la tierra ha dado y el
hombre inventado - lo que las manos humanas han hecho;
compartiendo las bendiciones de uno con los necesitados antes de ser
solicitado, dándose uno mismo en servicio desinteresado
(convirtiéndose en pan para los hambrientos) recuerdo intencionado
de las bendiciones que Dios nos ha hecho, oración por los demás
antes que por uno mismo solamente.

Comunión: Saliendo fuera en busca de la gente antes incluso de que se acerquen;


convirtiéndose en persona amable, marcando diferencia allá donde
estemos, cultivando la solidaridad con todos los que sufren
injustamente, los enfermos, los moribundos.

Misión: Viendo cada acontecimiento del día como una oportunidad para hacer
visible el amor de Dios para los que concierna, dando la bienvenida a
los “perdidos”, los extranjeros, a los que están heridos.

Mumbai, 19 de noviembre de 2008

P. Erasto FERNANDEZ, sss


India
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VIVIR JUNTOS COMO DISCÍPULOS-APÓSTOLES


Un itinerario para nuestras comunidades

Desde el Concilio Vaticano II, nuestra Congregación ha dedicado mucha energía y tiempo en
redefinir su carisma en la Iglesia. Fruto de ese esfuerzo ha sido la Regla de Vida que quiere ser una
reformulación de nuestro carisma para hoy. Después de ese trabajo, se vio pronto que había que dar
otro paso: pasar del texto a la vida. El reto es enorme. ¿Cómo “reavivar nuestra pasión por la
misión eucarística”? ¿Qué camino podríamos tomar, personal y comunitariamente, que nos ayudara
a reavivar la llama para nuestra misión eucarística? ¿Habría una manera de entrar en nuestro
carisma que suscitara dinamismo, inspiración, arranque, - y por qué no - la pasión? Este es el objeto
de mi reflexión y el objetivo de la cuestión propuesta.

Preámbulo
Antes de entrar en las etapas de este itinerario, es útil precisar lo que yo entiendo por la expresión
‘carisma del fundador’1 En primer lugar hay que decir que esta expresión es relativamente reciente.
Se encuentra sobre todo en los documentos del Concilio Vaticano II. Este último confirmó la
tradición de la importancia primordial del papel del fundador. Aunque el empleo de la expresión sea
frecuente, se debe constatar sin embargo que no se encuentra en los textos oficiales de la Iglesia una
definición formal de esa expresión. Pero respecto a los textos, se pueden reunir algunos elementos.

La primera característica del carisma del fundador, consiste en ser un don de Dios hecho a una
persona. Ese carisma tiene un doble aspecto. Por una parte, se fundamenta en una experiencia
espiritual. Por otra, es una gracia que habilita a la persona que la recibe a leer los ‘signos de los
tiempos’ de manera que susciten, en medio de la fundación de una comunidad religiosa, una
respuesta a las necesidades de la Iglesia y del mundo. Esos dos aspectos característicos del carisma
de fundador -tanto el fundamento en una experiencia espiritual como la lectura de los signos de los
tiempos- son esencialmente complementarios. El carisma ofrecido a una persona fundadora es la
gracia de un doble aspecto. Aspecto dirigido hacia el misterio de Cristo (fuente de espiritualidad) y
aspecto dirigido hacia las necesidades de la Iglesia y del mundo (fuente de la misión).

El carisma de fundador da un color particular a una comunidad, y ésta última se distinguirá por eso
de los demás grupos. Dentro de ese color, encontramos toda una gama de tonos. Esos matices son
las personalidades de cada uno de los miembros. Siguiendo esta imagen, la condición de
pertenencia a una determinada comunidad consiste en estar “en el tono”. Dicho de otro modo, los
discípulos deben poder inscribir su ser, su carisma personal, en la huella del carisma que recibió
inicialmente el fundador. “No se convierte en miembro de un Instituto, discípulo del fundador, la
persona que lo quiere, sino la que, además de ese querer, posee las aptitudes necesarias para vivir
según los valores de la fundación”2. El carisma de fundador está así llamado a ser un carisma de
comunión en la diversidad de las personas. Tenemos ahora un cuadro para el itinerario propuesto.

1
Esta parte se inspira ampliamente en: Rick VAN LIER, Comme des arbres qui marchent, Ottawa, Novalis, 2007, p. 34-
50.
2
Laurent BOISVERT, Les charismes en vie consacrée, Montréal, Bellarmin, p. 26.
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Primera etapa: ¡Inventariar su ‘equipaje’!


El carisma está en la persona y no en una obra. El carisma no está en una definición sino que vive
en una persona. Está, en otros términos, en la experiencia vivida de una persona. Desde ese
momento, la primera persona que hay que visitar soy yo mismo. Se tienen talentos, dones. Es
importante reconocerlos. Dios nos ha querido así. En su proyecto, es importante nuestra
contribución. El Reino se construye mediante nuestros dones. Lo que tengo en mí me permite
emprender el camino del carisma SSS.

1º tiempo: Hacer la lista de lo que he aprendido, realizado, cumplido a lo largo de los años
desde mi infancia… (Mi equipaje)

A la edad de… Aprendí… hice… Dar un ejemplo

2º tiempo: En mis experiencias vividas, reconocí el carisma que vive… hoy.

1. Anoto las experiencias significativas en mi vida personal, profesional, familiar,


apostólica, misionera, comunitaria.
- Lo que cumplí con un corazón y una mirada abierta…
- Lo que he visto reuniendo ‘mi herencia’ y mi contribución.

2. Miro… lo que he escrito.

3. ¿Cuál es lo más claro en lo que tengo como ‘equipaje’? Cómo veo que el carisma
se ha construido desde mi infancia, ha crecido en mi juventud… Cómo es
inspirador y me hace creador…

4. Comparto con mi comunidad lo que ha atraído mi atención…

Segunda etapa: ¡Emprender el camino del Fundador!

El carisma se esconde en la persona del Padre Eymard. En la persona del Fundador está nuestra
herencia. Los hechos de su vida se convierten en puntos de referencia. Los muchos hechos de la
vida del Padre Eymard nos aportan un alimento muy abundante para reconocer la actualización del
carisma hoy. Es pues muy importante conocer por dentro la persona del Fundador en todos los
hechos. A veces se ha idealizado tanto al Padre Eymard que no se percibe poder tomar el mismo
camino. Se le admira demasiado para pensar unírsele y menos aún para creer que se actuará como
él. Esa ‘llama’ que habitaba en el Padre Eymard y que se admira, no pertenece sólo a él. Es también
nuestra. El Padre Eymard abrió el camino… a la Congregación.

1º tiempo: Ahondar en la vida…del Padre Eymard.

Buscar dos o tres hechos donde yo veo al Padre Eymard en movimiento (atención a
las acciones = verbos) y elegir uno.

- He elegido un hecho o un pasaje que no me es familiar.


- Primero lo he leído.
25

- Lo he vuelto a leer, esta vez atendiendo… las acciones (verbos).


- Hago lista de los verbos o los señalo.
- Vuelvo a contemplar el trabajo anterior… para interiorizar lo que estoy viendo.
- Dejo crecer en mi lo que atrae mi atención.

2º tiempo: Abrirme a la riqueza de otras herencias…

Reunirme en comunidad:

- Cada uno cuenta la experiencia obtenida describiendo los hechos (acciones) sin
comentarios, discusión, interpretación.
- Cada uno se expresa por turno.
- Juntos aportamos nuestra visión sobre las ‘fotos’, diciendo cada uno lo que ha
retenido su atención en esa composición. Y nos planteamos la pregunta: ¿Qué
vemos, nosotros, contemplando esas ‘fotos’? No se trata de llegar a una síntesis
sino de mostrar lo que resalta para nosotros cuando ponemos la mirada ¡juntos ¡
- Contemplando el hecho que he elegido en la vida del Padre Eymard, ¿qué es lo
que veo que me ha llevado a hacer esa elección?
- Examinando mi experiencia (mi equipaje) y el hecho elegido en la experiencia
del Padre Eymard, ¿qué es lo que veo?

Tercera etapa: ¡Dirigirse a la palabra de Dios!

1. ¿Adonde me conduce ese hecho en la Palabra de Dios?

A partir del hecho elegido en la vida del Fundador, mostrar qué experiencia del Antiguo
Testamento o del Evangelio o incluso de los Hechos de los Apóstoles surge en mí.

 Encontrar la experiencia en la Biblia


 Leer esa experiencia lo mismo que lo que precede y lo que sigue
 Volver a la lectura, para esta vez detenerme en los verbos.
 Considerar… y dejar venir lo que me ha impresionado.

2. En comunidad, compartir los diversos hechos recordados.

 Cada uno cuenta el hecho bíblico sin explicar o interpretar.


 Dice lo que ha visto y lo que se le aproxima.
 Considerar juntos los hechos… para interiorizarlos
 Intercambiar lo que retiene nuestra atención cuando pensamos juntos.
 Considerando mi experiencia (mi equipaje) y la experiencia elegida en la Palabra de
Dios, ¿qué es lo que me impresiona y lo que veo con mayor claridad?
Precisar…
26

Concluyendo: ¡Volver a los hechos!


 Retomar la experiencia de mi vida en mi equipaje.
 Retomar el hecho que recogí en la vida del Padre Eymard.
 Retomar el hecho que se me aproxima en la Palabra de Dios.
 Volver a contemplar las tres ‘fotos’.
 Dejar crecer lo que retiene mi atención y compartirlo.

Y ASÍ PODEMOS CONTINUAR EL CAMINO…

Québec, 18 de noviembre de 2008

P. Ghislain COSSETTE, sss


Canadá
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Reflexión personal y comunitaria

Para la reflexión personal y para compartir en comunidad, una idea clave y algunas
preguntas:

Seguir a Jesús como discípulo-apóstol y seguirle junto con otros implica una toma de
conciencia de lo que somos y de lo que tenemos, para una con-división auténtica en el
respecto de la individualidad de cada uno.

• ¿Nos conocemos de veras? ¿Queremos conocernos mejor? ¿Estamos dispuestos a


abrir nuestro corazón a los demás? ¿Cómo se puede crear el clima para facilitar este
proceso?

• ¿Dónde sería necesario y urgente volver a curar la dicotomía entre la celebración y la


vida a nivel personal y comunitario?

• ¿Cómo podría ayudarnos la liturgia a desarrollar un estilo de vida eucarístico o una


cultura eucarística? ¿En qué actitud o postura se podría concretar este estilo de vida o
cultura?
ÍNDICE

Introducción ........................................................................................................... 5

P. EUGENIO BARBOSA, SSS


Discípulos e apóstolos do Pão partido para um mundo novo
Os desafios que o nosso mundo nos coloca ........................................................... 7

P. GABRIEL FORESTIER, SSS


Discípulos y Apóstoles
Interpelaciones de la sociedad actual ................................................................... 11

Reflexión personal y comunitaria ........................................................................ 15

P. ERASTO FERNANDEZ, SSS


Discípulo - Seguidor - Apóstol
Pasos concretos hacia el desarrollo de un estilo de vida eucarística .................... 17

P. GHISLAIN COSSETTE, SSS


Vivir juntos como discípulos-apóstoles
Un itinerario para nuestras comunidades ............................................................. 23

Reflexión personal y comunitaria ......................................................................... 27

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