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No Brasil, porém, não há nenhuma preocupação oficial com os efeitos dessas radiações.
Nossas autoridades não dedicam atenção a esse tipo de problema relacionado à saúde pública.
Desse modo, em geral se ignora o assunto, enquanto os mais informados infelizmente o
negligenciam; ou encontram grande dificuldade em se fazer ouvir: ainda não há consciência
social nesse sentido. Muitas pessoas expostas a tais radiações adoecem e não serão
definitivamente curadas enquanto não se afastarem da origem do problema. Existem hoje
numerosos trabalhos e investigações que advertem sobre tal perigo.
Nos países do Leste europeu, como exemplo, existe restrição à intensidade dos campos
eletromagnéticos a que as pessoas possam ficar expostas. Na Polônia a permanência por
tempo indeterminado se limita a locais onde a radiação não supera certo patamar — o limite é
fixado em termos do campo elétrico e vale 1 quilovolt por metro (ou 1 kV/m). Sob um fio de
alta tensão, o campo elétrico chega a 10 kV/m. Na União Soviética, não se admite que alguém
permaneça mais de três horas por dia sob um campo de 10 kV/m, ou mais de 10 minutos sob
um campo de 20 kV/m. A expectativa é de que, a julgar pelo volume de pesquisas em curso, a
preocupante pergunta sobre o nexo entre eletricidade e câncer não demore muito a ser
respondida. Pode acontecer, no entanto, que a polêmica persista, à falta de resultados
absolutamente conclusivos — o que não é raro em ciência. Nesse caso, como diz David
Carpenter diretor da Escola de Saúde Pública do Estado de Nova York, continuaremos a ver a
ponta do iceberg sem ter ideia do seu tamanho exato. “E isso nos deve preocupar a todos.”
Na avaliação da professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Cláudia Lima
Marques, representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), deve ser
mantida a decisão do TJ. A professora afirmou que a Eletropaulo tem que provar que o campo
eletromagnético nos níveis que defende não são maléficos, e não o contrário. Para ela, o Brasil
precisa enfrentar essa discussão sobre os efeitos das linhas de transmissão para a população.
“A energia elétrica deve ser produzida sem defeitos de produção, distribuição e de transmissão
e fornecida com qualidade e segurança aos consumidores, respeitando o direito à saúde e à
coletividade”, disse.
Por outro lado, o vice-presidente da Eletropaulo, Sidney Simonaggio, foi o primeiro palestrante
a falar no seminário e assegurou que a empresa segue os padrões internacionais de segurança
da Organização Mundial de Saúde (OMS), o que não aponta para uma visão mais proativa em
relação ao entendimento necessário. "Esse limite mundial deve ser seguido. A redução no
campo magnético encareceria o fornecimento energia elétrica porque requereria estruturas
demasiadamente grandes e desnecessárias. Não pode haver a criação de um temor difuso e
não fundamentado. Estaríamos tendo o que se chama de excesso de prevenção”, concluiu.
Simonaggio, preocupado com o reconhecimento dos riscos e com a “saúde financeira da
Eletropaulo”, referiu que o custo para construir linhas de transmissão num modelo mais
seguro – com torres mais altas ou cabeamento subterrâneo mais profundo - seria de R$ 10
bilhões. De acordo com ele, a construção de linhas no modelo atual custa hoje R$ 3 milhões
por quilômetro, subindo para R$ 13 milhões por quilômetro, se forem elevadas a 50 metros e
R$ 23 milhões se forem subterrâneas.
Atualmente no Brasil, a lei estabelece que campos das linhas de transmissão não podem
passar de 83 microteslas (unidade que mede campo magnético) para a população em geral.
Isso significa 83 milionésimos de tesla. Para a chamada população ocupacional, que são
aqueles que trabalham diretamente com as linhas e redes de transmissão, esse limite é de 433
microteslas. Conforme Mattar, a comissão internacional alterou recentemente os limites de
medição para um nível maior (200 microteslas para a população em geral e 1.000 microteslas
para a população ocupacional).
3. Doenças referidas
3.1 Alzheimer
Quem reside a menos de 50 metros de uma linha de alta tensão pode duplicar o risco de
desenvolver a doença de Alzheimer, segundo um estudo de investigadores da Universidade de
Berna. O estudo, publicado na revista norte-americana "Journal of Epidemiology", é o primeiro
no mundo a debruçar-se explicitamente sobre a possível relação de causa e efeito entre os
campos magnéticos dessas linhas e doenças como Alzheimer. Os cientistas examinaram todos
os óbitos causados na Suíça por esta doença neuro-degenerativa entre 2000 e 2005, num total
de 9.200 casos. Em resultado, concluíram que 20 destes casos surgiram em pessoas que
residiram durante 15 anos e mais a menos de 50 metros de uma linha de alta tensão, o que
representa o dobro da prevalência registada no resto da população. Pelo contrário, os
investigadores não encontraram qualquer aumento de casos em relação à média em
residentes a mais de 50 metros de uma linha de alta tensão. Porém, estes investigadores
sublinham que o seu trabalho não permite concluir definitivamente que os campos magnéticos
das linhas de alta tensão estejam realmente na origem de um risco acrescido de Alzheimer.
Até agora só podem ser avançadas hipóteses sobre o mecanismo que poderá levar os campos
magnéticos a aumentar o risco de desenvolver a doença.
Uma teoria sugere que os campos magnéticos perturbam os contactos entre as células
nervosas e outras células, enquanto para outra há uma maior produção de radicais livres, que
poderia desencadear doenças degenerativas. Estudos anteriores apontaram para outros
efeitos possíveis dos campos electromagnéticos na saúde pública, nomeadamente riscos
acrescidos de leucemia, tumores cerebrais, malformações em fetos ou partos prematuros.
3.2 Câncer
A evidência mais importante havia sido levantada em 1979 pela bióloga e socióloga americana
Nancy Wertheimer, da Universidade do Colorado. Ela comparou 900 crianças que viviam perto
das linhas de alta tensão e dos transformadores de rua, na cidade de Denver, com outras
tantas da mesma idade, que moravam mais longe da rede elétrica. Descobriu assim entre as
primeiras uma incidência duas vezes maior de casos de câncer do sangue, ou leucemia — o
que sugeriria pelo menos uma possibilidade de que doença e local de moradia estivessem
relacionadas. Ignorada a princípio, a conclusão de Nancy foi confirmada em 1986 por uma
equipe especialmente cética, chefiada pelo epidemiologista David Savitz, da Universidade da
Carolina do Norte. A conclusão do estudo de Savitz — patrocinado por um grupo de empresas
de eletricidade — surpreendeu a comunidade científica, embora os seus resultados. obtidos a
partir de uma amostra com 500 crianças fossem por assim dizer mais brandos que os da
pesquisa de Nancy. Ele apontou no grupo vizinho à rede uma propensão à leucemia uma vez e
meia maior do que no outro grupo. Do ponto de vista estritamente estatístico, isso significaria
que pelo menos 10 por cento dos casos anuais de leucemia infantil registrados nos Estados
Unidos poderiam ter sido causados pela eletricidade.
Em vista disso, a opinião dos especialistas americanos mudou. “Há menos de três anos,
ninguém esperava encontrar nada”, diz o biólogo Leonard Sagan, do Instituto de Pesquisa de
Energia Elétrica de Palo Alto, na Califórnia. “Agora não se pode ignorar o conjunto de
evidências.” Algumas experiências indicam que as células cancerosas parecem gostar das
ondas eletromagnéticas tornando-se mais numerosas e mais fortes quando banhadas por elas.
Foi o que mostrou o biólogo Jerry Phillips, do Centro de Pesquisa e Terapia do Câncer, em San
Antonio, também na Califórnia. Phillips utilizou dois grupos de células obtidas de pacientes de
câncer e submeteu um dos grupos à radiação ELF, aquela de freqüência extremamente baixa.
Como resultado, essas últimas células passaram a se multiplicar duas vezes mais rapidamente
do que as células do primeiro grupo: em alguns casos a velocidade chegou a ser até vinte vezes
maior. Mesmo depois de afastada a radiação, o efeito se mantinha, mostrando que as células
estavam transmitindo a nova aptidão para as suas descendentes, uma herança que se
prolongava por centenas de gerações num período de meses. Ou seja, as células cancerosas,
que normalmente têm um ritmo desembestado de crescimento, sob efeito da radiação
parecem pisar ainda mais fundo no acelerador. Outro pesquisador, o físico Abe Liboff, da
Universidade de Oakland, descobriu algo semelhante: sob efeito da radiação, os linfócitos, as
células brancas do sangue, tanto normais quanto cancerosas, passam a produzir material
genético em excesso, sinal de que estão de prontidão para crescer.
O estudo mais ambicioso atualmente se realiza na França e no Canadá, onde a vida de um total
de 150 000 trabalhadores do setor de energia elétrica passou a ser minuciosamente
esquadrinhada por uma pesquisa cuja meta é responder, com a precisão não alcançada por
nenhuma das investigações anteriores, se a intimidade com a radiação de baixa freqüência é
realmente prejudicial à saúde. Organizada pela empresa estatal francesa de eletricidade, a
EDF, esta é desde já uma das maiores pesquisas epidemiológicas da história, que compreende
ainda a análise de cada um dos 2 500 casos de câncer registrados de 1978 a 1988 entre os
trabalhadores do setor. Examinando a ficha profissional dessas pessoas, os especialistas
tentam medir as doses radioativas a que elas foram submetidas e compará-las com as doses
recebidas por 10 000 trabalhadores sorteados ao acaso, que não apresentaram sintomas de
câncer. A comparação permitirá verificar se a doença pode ser atribuída a doses
eventualmente excessivas de radiação. Durante vários meses no decorrer do estudo, todo o
pessoal envolvido portou nos uniformes pequenos medidores de radiação, de modo a mapear
a intensidade das ondas eletromagnéticas nos diversos postos de trabalho.
Mesmo enquanto se espera uma definição clara sobre a verdadeira ameaça representada
pelas correntes elétricas, diversas medidas preventivas já estão sendo tomadas. Oito Estados
americanos, por exemplo, decidiram impor limites às grandes linhas de energia que cruzam
seus territórios. No caso das redes de transmissão, a ideia é programar melhor as novas linhas
de modo a evitar, por via das dúvidas, que atravessem regiões populosas, ou passem perto de
escolas e creches.
Segundo o fisiologista americano Ross Adey, de Loma Linda, Califórnia, um dos mais insistentes
estudiosos do problema, as ondas eletromagnéticas facilitam o fluxo de íons de cálcio para
fora das células, importantes mensageiros químicos das células, fazendo com que passem
a ser encarados como um dos possíveis alvos da radiação não-ionizante algo que pode
alterar suas funções normais, incluindo o seu ritmo de reprodução, um dado crucial nas
transformações cancerosas. A proposta faz sentido, especialmente porque se sabe que,
quando a célula é estimulada a crescer, ocorrem mudanças drásticas no seu estoque de íons
de carga positiva. Ora, uma das maneiras de saber se uma célula é cancerosa é medir o seu pH,
ou seja, o número de cargas positivas. “As células tumorais se caracterizam por ter um pH mais
alto”, explica a bioquímica e bióloga molecular Mari Armelin, da Universidade de São Paulo. A
hipótese de Adey, portanto, abre uma trilha promissora na investigação.
3.3 Leucemia
Estudo publicado pelo British Medical Journal concluiu, em pesquisa realizada por cientistas da
Universidade de Oxford com avaliou 29 mil crianças com câncer - entre elas 9,7 mil com
leucemia - nascidas entre 1962 e 1995, que as crianças que moram a um raio de 200 metros de
distância das linhas de alta tensão têm risco 70% maior de desenvolver leucemia do que as que
moram a mais de 600 metros. Os autores do estudo, no entanto, destacaram que não há
nenhuma razão biológica para explicar o fenômeno e que é preciso realizar mais pesquisas
para estabelecer uma relação entre a proximidade das redes e a doença. Eles concluíram que
64 crianças que sofriam de leucemia viviam a menos de 200 metros de distância de alguma
rede. Outras 258 crianças que sofrem da doença viviam a uma distância entre 200 e 600
metros das redes. As crianças que vivem entre 200 a 600 metros de distância das redes de alta
tensão têm 20% a mais de chances de ter leucemia. Apesar de a tendência ser clara, os
médicos não conseguiram explicar a razão.
Na ação judicial, o parecer do juiz da 20ª Vara Civil do Fórum da Capital José Antônio Haick
aceitando a liminar da SAB afirmou que: "Com efeito, a documentação em si abortada aos
autos (relatório do IEE) evidenciou a possibilidade (...) de risco à saúde e à vida dos moradores
do bairro Boaçava".
Os autores analisaram mais 2.000 estudos científicos e concluíram que os limites de segurança
existentes são desadequados. O relatório documenta preocupações crescentes relacionadas
com a leucemia em crianças (devido a linhas elétricas), tumores cerebrais e neuromas
acústicos (tumores do nervo auditivo), relacionados com telemóveis e telefones sem fios, e
doença de Alzheimer. "Existem evidências de que os campos electromagnéticos (CEM) são um
fator de risco para o desenvolvimento de cancro em crianças e adultos", salienta o documento.
A Agência Europeia do Ambiente (AEA), que foi parceira neste estudo, recomenda igualmente
a adoção do princípio de precaução: "Existem muitos exemplos em que o princípio de
precaução não foi assumido no passado e que resultaram em danos sérios e, muitas vezes,
irreversíveis para a saúde e o ambiente", declarou Jacqueline McGalde, diretora executiva da
AEA, recomendando a adopção de ações "para evitar ameaças sérias, potenciais e plausíveis,
para a saúde devido a presença de campos electromagnéticos".
- Sob o ponto de vista formal, a partir da audiência no STF em março de 2013, a posição do
ministro Dias Toffoli do STF, responsável pela convocação da audiência, demonstrou
preocupação quando o pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz e coordenador do
programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde
Pública, Sergio Koifman, esclareceu que as medições de radiação podem estar em padrões
“normais”, mas o tipo de aparelhagem elétrica instalada nas proximidades onde há mortes
por leucemia pode ser letal se considerados tempo de exposição e a exposição acumulada. Já o
subprocurador-geral da República Mário Gisi, na mesma audiência, questionou se mesmo
estando dentro do padrão de altura das linhas de alta tensão haveria a possibilidade de
existência de efeitos de radiação que ocasionem leucemia, quando Koifman explicou: a
Agência Nacional de Pesquisa do Câncer da Organização Mundial de Saúde (OMS) suspeita que
a proximidade das linhas de alta tensão esteja ligada aos casos, mas que, no entanto, ainda
não há uma confirmação. “É o acúmulo de evidências que vai dar uma direção. O que se
costuma fazer nessas situações é, na medida em que existem suspeições, em que existem
evidências, procurar se limitar o tipo de exposição. Evitar a exposição desnecessária a algo que
se suspeita como danoso à saúde”, concluiu.
AREOSA, João. Riscos ocupacionais da imagiologia, Estudo de caso num hospital português.
São Paulo, 2011:Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, n.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão
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Estudo de caso do electromagnetismo no concelho de Guimarães. Departamento de
Geografia, Universidade do Minho.
PINTO DE SÁ, José Luís. 20 PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE LINHAS DE ALTA TENSÃO E SAÚDE
PÚBLICA. INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO, 2008
REDE ELÉCTRICA NACIONAL, S.A. Regras de Segurança Junto a Instalações de Muito Alta
Tensão e Alta Tensão. Concessionária da Rede Nacional de Transporte de Energia Eléctrica
(RNT) em Portugal Continental
Consultas:
http://www.jornaldaserra.com.br/1Ambiente/Torresdetransmissao/torre1.htm
https://super.abril.com.br/saude/eletricidade-sob-suspeita/
http://www.financaspessoais.pt/cabos-de-alta-tensao-perigos-para-a-saude-371.html
https://www.dgs.pt/wwwbase/raiz/Erro.aspx?aspxerrorpath=/paginaRegisto.aspx&aspxerrorp
ath=/paginaRegisto.aspx
http://www.esquerda.net/dossier/estudos-internacionais-confirmam-riscos-para-saude/17442
https://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/Documentacao/Congressos/Apresentacoes_IICI_VIENR/Pa
ula_Remoaldo_Riscos_para_a_saude_das_populacoes.pdf
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=232613
https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3779571787306/FAQs%20sobre%20linhas%20d
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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0304200101.htm
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/vigilante-que-fazia-ronda-
embaixo-de-linha-de-alta-tensao-recebera-adicional-de-periculosidade
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https://vicentemanera.com/2011/06/23/redes-de-alta-tensao-sobre-nossas-cabecas/
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/03/entidades-divergem-no-stf-sobre-perigos-em-
linhas-de-alta-tensao.html
http://dralexandrefaisal.blog.uol.com.br/arch2013-07-07_2013-07-13.html
http://www.conjur.com.br/2015-ago-27/ronda-debaixo-linha-alta-tensao-gera-direito-
adicional