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Educación Editora
Edita Educación Editora
Roma 55, Barbadás 32930 Ourense
email: educacion.editora@gmail.com
ISBN: 978-84-15524-47-2
Año de publicación: 2021
Índice
1. Desafios de licenciandos em Química na produção de
materiais didáticos
Cynthia Torres Daher, Michele Waltz Comarú e Caroli-
na Nascimento Spiegel ................................................................ 13
3
9. O Make a ten e suas contribuições como objeto de
aprendizagem no ensino de Matemática
Emanuella Silveira Vasconcelos, João Francisco Staffa
da Costa, Thaísa Jacintho Müller, Luis Roberto Cezar de
Castro, Miqueias Ambrósio dos Santos, Hellen Cris de
Almeida Rodrigues e Fernanda dos Santos Garcia ..................... 61
4
17. As perguntas dos estudantes como meio de identifi-
car a complexificação da linguagem nas aulas de Ci-
ências
Simone Mertins, Carla Melo da Silva, Lorita Aparecida
Veloso Galle e Maurivan Güntzel Ramos ................................... 113
5
25. Las secuencias y estrategias explicativas en manuales
de ciencias naturales
Mirtes Ribeiro de Lira y Francimar Teixeira .............................. 161
6
33. Nomes e fórmulas químicas: percepções de estudan-
tes de um curso de formação inicial
Willian Floret de Castro, Miriam Cristina Covre de Sou-
za e Fabiele Cristiane Dias Broietti ............................................. 219
7
42. Concepciones del futuro profesorado de educación
primaria sobre el concepto de densidad
Juan Francisco Álvarez Herrero, Sergio Rosa Cintas,
Carolina Nicolás Castellano, Sandra Rey Cubero, Isabel
Luján Feliu-Pascual, Rubén Limiñana Morcillo y Asun-
ción Menargues Marcilla ............................................................ 279
8
51. A pedagogia histórico-crítica na formação de profes-
sores em Ciências Naturais e Biologia
Natalia de Lima Bueno ............................................................... 351
9
60. Efecto 2020: el cambio de conciencia que necesita el
planeta
Xulio Fernández Hermida ........................................................... 409
10
69. A articulação de saberes entre Universidade, forma-
ção inicial de professores de Química e estudantes do
Curso Técnico em Química por meio do tema “Har-
ry Potter”
Juliana Barretto de Toledo .......................................................... 467
11
76. Meio ambiente e sacolas plásticas: uma proposta de
atividade de ensino investigativa
Amanda Guadaghin Calheiro e Bernadete Benetti ..................... 517
12
70. Paulo Freire em pesquisas de Educação
Ambiental: um olhar a partir de artigos
em periódicos (2015-2018)
Pedro Neves da Rocha1, 2*, Alessandra Aparecida Viveiro1, 3, 6, Maria
Cristina de Senzi Zancul1, 4, 6, Alexandre Harlei Ferrari1, 5, Andréia
Aparecida Arruda1, 5, Carina Teles de Souza1, 4, Daniela Furtado
Campos1, Fábio Gabriel Nascibem1, 6, Franciane Diniz1, Gabriela
Rodrigues1, 7, José Hilton Pereira da Silva1, 8, Laís Goyos Pieroni1, 9, 10,
Mariana Mendonça Gobato1, Natália Gladcheff Zanon1, 11, Paula
Cristina da Silva Gonçalves1, 6 e Rosa Helena Pinheiro Borghi1, 5
1
Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores e Práticas Pedagógicas em
Ensino de Ciências e Educação Ambiental (ECiEA) - Unesp/Unicamp, *pedro.n.rocha@unesp.br
2
FC/Unesp
3
FE/Unicamp
4
FCLAr/Unesp
5
Prefeitura Municipal de Araraquara/SME
6
PECIM/Unicamp
7
Prefeitura Municipal de Santa Lúcia/SME
8
FMG/Campus Bambuí
9
Seduc/SP
10
Prefeitura Municipal de Gavião Peixoto/SME
11
FPCE/Universidade do Porto
Resumo
Análise descritiva de artigos que utilizam Paulo Freire, publicados em dois
periódicos brasileiros do campo da Educação Ambiental. Foram destacados o
tipo de estudo, as obras do autor citadas e as seções em que aparecem.
Palavras chave
Paulo Freire, Educação Ambiental, pesquisa bibliográfica.
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Perspectivas y prácticas docentes en la enseñanza de las ciencias
Introdução
Paulo Freire, cujas concepções servem de fundamento para educadores, estudi-
osos e profissionais de diferentes áreas, é considerado um dos intelectuais mais
influentes do mundo (Roberts, 2017). De acordo com levantamento realizado por
Green (2016), a partir de dados fornecidos pelo Google Scholar, o livro Pedagogia
do Oprimido .
(contando com mais de 72 mil citações), à frente de obras como Vigiar e Punir, de
Foucault (com 61 mil citações), e O Capital, de Marx (com 40 mil citações).
Considerando a importância de Freire e entendendo que alguns aspectos des-
se referencial, tais como problematização, dialogicidade e autonomia, podem
oferecer subsídios para os campos do Ensino de Ciências e da Educação Ambi-
en
n-
tal (ECiEA/Unesp-Unicamp), no Brasil, tem desenvolvido estudos sobre o uso
do referencial freireano em produções científicas desses dois campos.
Entretanto, diversas pesquisas do Grupo
Metodologia de pesquisa
Como recorte de espaço amostral, foram escolhidas as publicações de dois
periódicos brasileiros da área de Educação Ambiental – Revista Eletrônica do
Mestrado em Educação Ambiental (REMEA) e Revista Pesquisa em Educação
Ambiental (REVIPEA) – entre 2015 e 2018.
As buscas foram realizadas a partir da palavra- “ ”
cada artigo foi lido para identificar se fazia alguma referência ao autor Paulo
Freire, para definição do corpus documental.
A partir da leitura do trabalho completo, foram identificados os seguintes
descritores: tipo de estudo; obras citadas; seções em que o autor é citado.
Em relação ao tipo de estudo, os artigos foram enquadrados como ensaio teó-
rico, pesquisa documental, pesquisa bibliográfica ou pesquisa de campo. Um
ensaio teórico consiste, a rigor, em uma exposição lógica e reflexiva, com argu-
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Rocha et al.
Resultados e discussão
Ao todo, foram publicados 386 artigos nos periódicos selecionados, no inter-
valo de tempo em questão. Destes, 114 utilizam Paulo Freire como um de seus
referenciais, um percentual de 30 %, o que é bastante expressivo nesse recorte.
Os resultados estão apresentados a seguir: tipo de estudo (tabela 1); contexto
educacional das pesquisas de campo; obras mais citadas (tabela 2); e seções em
que Freire é citado nos artigos (tabela 3).
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Perspectivas y prácticas docentes en la enseñanza de las ciencias
o-
i-
A partir disso, é possível notar que boa parte das pesquisas levantadas consis-
tem em trabalhos práticos. Nota-se que esse fato se alinha com uma perspectiva
paradigmática defendida por Paulo Freire: a práxis. Segundo o própr “
reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática
sem a qual a teoria pode ir virando blá-blá- ”
2009, p. 24). Isso incentiva-nos como pesquisadores a buscar, mesmo em traba-
lhos de ordem documental ou bibliográfica como o presente artigo, uma articula-
ção com a realidade concreta.
No âmbito das pesquisas de campo, é possível notar uma grande diversidade de
metodologias ativas, a exemplo da pesquisa-ação, bem como estudos de caso e pes-
quisas de natureza exploratória. Vale ressaltar que quase metade dos artigos indica
“ ” iná-las. Um
artigo indica utilizar-se também de metodologia quantitativa, aliada à qualitativa.
Com relação ao contexto educacional, dos 55 artigos, 43 (78 %) se voltaram à
Educação Ambiental desenvolvida em espaços formais, entendidos aqui como
Instituições de Educação Básica (escolas, centros de educação infantil etc.) ou
Educação Superior (Faculdades, Universidades). Os outros 12 (22 %) envolve-
ram estudos sobre a Educação Ambiental em espaços não-formais institucionais,
como por exemplo, centros de ciências ou unidades de conservação, ou não insti-
tucionais, como praças, bairros, entre outros. Para diferenciar espaços formais ou
não-formais, nos baseamos nas sugestões de definição de Jacobucci (2008).
Quanto às obras de Paulo Freire utilizadas nos trabalhos, elencamos aquelas
citadas em, pelo menos, 10 % dos artigos analisados (tabela 2).
Obras Quantidade Porcentagem
Pedagogia do oprimido 62 54 %
Pedagogia da autonomia 55 48 %
Pedagogia da esperança 19 17 %
Educação como prática da liberdade 14 12 %
Conscientização 13 11 %
Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e
11 10 %
outros escritos
Tabela 2. Obras mais citadas de Freire
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Rocha et al.
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Perspectivas y prácticas docentes en la enseñanza de las ciencias
Referências
Freire, P. (2005). Pedagogia do oprimido (42.ª ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (2009). Pedagogia da autonomia: saberes necessários prática
educativa (39.ª ed.). .
Gonsalves, E. P. (2001). Iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Alínea.
Green, E. (2016). What are the most-cited publications in the social sciences
(according to Google Scholar)? Recuperado em 18 maio, 2020, de:
https://blogs.lse.ac.uk/impactofsocialsciences/2016/05/12/what-are-the-most-
cited-publications-in-the-social-sciences-according-to-google-scholar/
Jacobucci, D. F. C. (2008). Contribuições dos espaços não-formais de educa-
ção para a formação da cultura científica. EM EXTENSÃO, 7, 55-66.
http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/20390/10860
Marconi, M. de A. e Lakatos, M. (2003). Fundamentos de metodologia cien-
tífica (5.a ed.). São Paulo: Atlas.
Pieroni, L. G., Zancul, M. C. S., Viveiro, A. A., Rocha, P. N., Ferrari, A. H.,
Oliveira, A. A., Souza, C. T., Nascibem, F. G., Diniz, F., Rodrigues, G., Silva, J.
H. P., Gobato, M. M., Zanon, N. G. e Borghi, R. H. P. (2019). Paulo Freire na
produção científica brasileira sobre Ensino de Ciências e Educação Ambiental
(2010- 2014). Em P. Membiela, M. I. Cebreiros e M. Vidal (eds.), Nuevos retos
en la enseñanza de las ciencias / Novos desafios no ensino de ciências (pp. 475-
480). Ourense: Educación Editora.
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