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GRAMÁTICA

Colocação dos Pronomes Átonos

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos

Sumário
Fernando Moura

Colocação dos Pronomes Átonos................................................................................................. 3


Quando Usar a Próclise.. ................................................................................................................. 5
Quando Usar a Mesóclise. . ............................................................................................................. 9
Quando Usar a Ênclise.................................................................................................................... 9
Questões de Concurso...................................................................................................................12
Gabarito.............................................................................................................................................31

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Colocação dos Pronomes Átonos
Fernando Moura

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS


Olá, amante da língua! Estudando quantas horas por dia? Persevere. Dará tudo certo. Para-
béns a você, que chegou comigo à Aula 7!
Muitos alunos e servidores me perguntam se a famosa frase de Jânio Quadros “Fi-lo por-
que qui-lo” está correta. Essa construção foi atribuída a ele por brincadeira – nunca a admitiu
como sua, até mesmo porque, como professor de português, não erraria na colocação do pro-
nome átono. O vocábulo “porque” é fator de próclise: “Fi-lo porque o quis”.
O grande cronista Fernando Sabino publicou, em 2 de outubro de 1988, no Jornal do Brasil,
o texto seguinte.
“E por falar em pronome oblíquo, restaure-se a verdade histórica: Jânio Quadros jamais
teria falado “fi-lo porque qui-lo”, como hoje é voz corrente na boca do povo.
Se há uma virtude que ninguém lhe nega é a de saber colocar os pronomes com muito mais
precisão que as ideias, e seria imperdoável que não lhe ocorresse, como ordenam os puristas,
que a conjunção atrai o pronome.
O que ele realmente disse, ainda nos primórdios de seu requinte vocabular, foi bem mais
simples, e a propósito de uma entrevista concedida, quando governador de São Paulo, ao jor-
nalista mineiro Marcelo Tavares.
Atendendo exigência sua, Marcelo levou-lhe as perguntas por escrito. Depois de lê-las aten-
tamente, Jânio voltou-se para ele:

– Boas perguntas. Fê-las o senhor mesmo?


– Fi-las – Marcelo respondeu, sem piscar.
Jânio o olhou com surpresa:
– Amas também a forma oblíqua?”

E tu, caro (a) aluno (a)? Amas também a forma oblíquas? Então, é necessário atenção em
relação às regras de colocação do pronome átono. Comecemos com o texto seguinte.

(CEBRASPE) Até o desabrochar do romantismo, foi justamente graças ao espírito arcádico que
se manteve o ideal nativista, contrabalançando a tendência passadista do neoclassicismo, cuja
marca exterior mais forte foi o gosto da linguagem arcaizante, quinhentista, dita “clássica”. E
isso se deve também ao fato de, pela primeira vez, se reunir um grupo de artistas conscientes
de seu ofício e superiormente dotados de valor. O arcadismo confunde-se com o que hoje se
chama o rococó literário: culto sensual da beleza, afetação, refinamento, frivolidade, elegância,
linguagem melodiosa e graciosa, sentimentalismo, lascívia, gosto da natureza, intimismo. Pas-
sa-se com ele da época cortês para o subjetivismo da era da classe média. Gonzaga, o vate de
Marília, é o modelo brasileiro da literatura arcádica e rococó.
(Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda)

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Com base nas estruturas linguísticas do texto, julgue os itens a seguir.

001. Em “...graças ao espírito arcádico que se manteve o ideal nativista”, o pronome proclítico
encontra justificativa no fato de a palavra que, pronome relativo, constituir um fator de atração.

002. Em “E isso se deve também ao fato” a próclise é facultativa.

003. No trecho “O arcadismo confunde-se com o que se chama de rococó literário”, o pronome
enclítico constitui uma transgressão à norma culta da língua portuguesa.

004. Ainda com relação ao trecho “O arcadismo confunde-se com o que hoje se chama o roco-
có”, a colocação destacada é obrigatória.

005. Em “O arcadismo se confunde com o que...”, caso o verbo fosse flexionado no futuro do
pretérito, obter-se-ia em estilo formal culto: “O arcadismo confundiria-se com o que...”.

006. O trecho “Passa-se com ele da época cortês” pode ser reescrito da seguinte forma, em
linguagem escorreita: “Se passa com ele da época cortês.”

007. Na sugestão “Aquele estudante não deve lembrar-se do vate de Marília”, o pronome átono
está mal colocado.

1. Certo. Em “...foi (expletivo) graças ao espírito arcádico que (expletivo) se manteve o ideal
nativista”, o pronome proclítico encontra justificativa no fato de a palavra que, partícula exple-
tiva (pode ser retirada sem prejuízo sintático), constituir, por relação paradigmática, fator de
atração. Calma. Explicarei isso melhor daqui a pouco.
2. Errado. Em “E isso se deve também ao fato”, a próclise é obrigatória. Para diversos vernacu-
listas, pronome demonstrativo é fator de atração.
3. Errado. No trecho “O arcadismo confunde-se com o que hoje se chama o rococó literário”, o
pronome enclítico não constitui uma transgressão à norma culta da língua portuguesa, já que,
em não havendo fator de atração, a próclise é facultativa. Portanto: “O arcadismo se confun-
de...” ou “O arcadismo confunde-se...”. Entendeu? “Mas quais são esses fatores de atração,
professor Fernando?”. Eu os listarei logo, logo.
4. Certo. Ainda com relação ao trecho “O arcadismo confunde-se com o que hoje se chama de
rococó literário”, a colocação do pronome destacado é obrigatória. Lembre-se: advérbio é fator
de atração.
5. Errado. A mesóclise está caindo em desuso. Porém, há muitos textos que a mantêm. Em “O
arcadismo se confunde com o que...”, caso o verbo fosse flexionado no futuro do pretérito, ob-
ter-se-ia em estilo formal culto: “O arcadismo confundir-se-ia com o que....” ou, em virtude de o
sujeito estar explícito e constituir registro corrente, “O arcadismo se confundiria com o que...”.

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6. Errado. Pronome oblíquo átono não inicia período. O trecho “Passa-se com ele da época
cortês” não pode ser reescrito da seguinte forma, em linguagem escorreita: “Se passa com ele
da época cortês” (errado).
7. Errado. Na sugestão “Aquele estudante não deve lembrar-se do vate de Marília”, o pronome
átono está bem colocado. Apesar de existir a palavra negativa (fator de atração), na locução
verbal o infinitivo admitirá a ênclise. Há, portanto, dois registros corretos: “Aquele estudante
não se deve lembrar do vate de Marília” ou “Aquele estudante não deve lembrar-se do vate
de Marília”.
Certo, Errado, Errado, Certo, Errado, Errado, Errado.

Portanto, caro (a) aluno (a), temos de entender diversos mecanismos linguísticos
importantes.
Inicialmente, é preciso saber que, em relação ao verbo, o pronome oblíquo átono (não pre-
posicionado) pode assumir três posições:
• Antes do verbo (pronome proclítico) – próclise.

Exemplo: Não mais me lembrarei de suas palavras.

• No meio o verbo (pronome mesoclítico) – mesóclise.

Exemplo: Ver-te-ei no próximo encontro.

• Depois do verbo (pronome enclítico) – ênclise.

Exemplo: Amigos, encontrem-me no lugar combinado.

Quando Usar a Próclise


Em tese, nunca está incorreto o uso do pronome antes do verbo, desde que não inicie ora-
ção. Há, entretanto, fatores determinantes da próclise. Observe as situações seguintes.
Negações:

Exemplos:
Eu nunca lhe direi a verdade.
O problema não se refere ao ordenamento jurídico.

Você verá, em textos de autores clássicos, a colocação do pronome átono antes do fator de
próclise. Esse fenômeno recebe o nome de apossínclise.

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Exemplos:
Eu lhe nunca direi a verdade.
O problema se não refere ao ordenamento jurídico.

A palavra “polícia” deriva do termo grego polis, usado para descrever a constituição e
organização da autoridade coletiva. Tem a mesma origem da palavra “política”, relativa ao exer-
cício dessa autoridade coletiva. Assim, podemos perceber que a ideia de polícia está intima-
mente ligada à noção de política. Não há como dissociá-las. A atividade de polícia é, portanto,
política, uma vez que diz respeito à forma como a autoridade coletiva exerce seu poder.
Arthur T. M. Costa. Polícia, controle social e democracia. In: Arthur Trindade Maranhão Costa. Entre a lei e a
ordem. Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 93. Internet: (com adaptações).

008. O trecho “Não há como dissociá-las” poderia ser corretamente reescrito de diferentes
maneiras, a exemplo das seguintes: É impossível separá-las; Não há forma de as dissociar;
Não separam-se.

A forma correta é “Não se separam”, porque a palavra negativa é fator de próclise.


Errado.

Advérbios:

Exemplos:
Aqui se estabelecem as normas primárias.
Amanhã te darei os instrumentos necessários à cirurgia.

Caso haja deslocamento sintático com o emprego da vírgula ou de outro sinal que caracterize
pausa acentuada, deverá ocorrer ênclise.

Exemplo: Hoje, sublinham-se condições desnecessárias.

Em caso de interrupção ou intercalação, com o emprego das entrevírgulas, haverá próclise


ou ênclise.

Exemplos:
Os cidadãos esperam que, malgrado as dificuldades, se cumpram as normas. (Certo)
Os cidadãos esperam que, malgrado as dificuldades, cumpram-se as normas. (Certo)

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009. (CEBRASPE) O que ele faz depois de logrado é meter-se em casa, arrancar os cabelos,
evitar os espelhos e passar uns dias de cama, procedimento que todos nós adotamos quando,
em consequência de um disparate volumoso, nos sentimos inferiores ao resto da humanida-
de. Convenientemente curado, cicatrizado, esquecida a fraqueza, o sujeito levanta-se e adquire
consistência para realizar nova tolice. E assim por diante, até a hora da tolice máxima, em que
ninguém reincide porque isto é impossível.
Graciliano Ramos. Linhas tortas: obra póstuma. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 1984. p. 154.

Quanto à descrição gramatical de elementos do texto, julgue a opção abaixo.


Em “nos sentimos inferiores ao resto da humanidade”, houve transgressão dos requisitos gra-
maticais para a colocação pronominal.

Não há transgressão. A construção “... procedimento que todos nós adotamos quando, em
consequência de um disparate volumoso, nos sentimos inferiores ao resto da humanidade”
admite a próclise em virtude da interrupção ou intercalação (leia sem o trecho sublinhado).
Errado.

Pronomes indefinidos:

Exemplos:
Tudo se tornou estranho naquele lugar.
Ninguém me convenceu.
Todos os criticaram sem razão.

Pronomes demonstrativos (segundo a maioria dos vernaculistas).

Exemplos:
Aquilo lhe proporcionou momentos de muita satisfação.
Isso me diz respeito.

Numeral “ambos”.

Exemplo: Ambos se agrediram durante a cerimônia.

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010. (CEBRASPE) Há algo que une técnicos e humanistas. Ambos se creem marcados por um
fator distintivo, inerente a seus cérebros: o dom da inteligência, que os apartaria do trabalhador
manual ou mecânico.
Alfredo Bosi. Céu, inferno: ensaios de crítica literária e ideológica.
São Paulo: Ática, 1988, pp. 242-3 (com adaptações)

Com base na prescrição gramatical, julgue o item seguinte.


A construção “Ambos se creem marcados” admite a seguinte alternativa de colocação prono-
minal: Ambos creem-se marcados.

O numeral “Ambos” é fator de próclise.


Errado.

Conjunções subordinativas e pronomes relativos.

Exemplos:
Desejo, ardentemente, que se cumpra a justiça.
Vi a moça que se abandonou nos seus braços.
Quando o encontrei na rua, fiz-lhe gesto obsceno.
Os princípios, cujas partes nos convenceram, são aceitáveis.

Autores renomados recomendam sempre a próclise nas orações adverbiais, mesmo que a
conjunção se distancie.

Exemplo: O juiz concedeu a liminar, embora os fatos importantes o tivessem confundido.

Orações interrogativas, exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

Exemplos:
Como você se chama? (interrogativa)
Como te enganas! (exclamativa)
Bons ventos o levem! (optativa: “Desejo que bons ventos o levem!”)

Gerúndio, precedido de preposição EM.

Exemplos:
Em se plantando neste lugar, tudo dá.
Em se tratando desse assunto, José é especialista.
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O infinitivo pessoal (flexionado), regido de preposição.

Exemplo: Ninguém te repreenderás, por te esqueceres do documento.

Quando Usar a Mesóclise


Exclusivamente com verbos no futuro do presente ou futuro do pretérito, sem palavra atra-
tiva que força a próclise.

Exemplos:
Encontrá-lo-á no campo lavrado.
Beijar-te-ia mil vezes.

Se houver o fator de atração, a próclise será obrigatória.

Exemplos:
Jamais o encontrará no campo lavrado.
Não te beijaria mil vezes.

Sem fator de atração, o verbo no futuro admitirá a próclise ou a mesóclise (jamais a ênclise).

Exemplos:
Ele se sujeitará às regras. (Certo)
Ele sujeitar-se-á às regras. (Certo)

011. (CEBRASPE) Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se supor que a socie-
dade tecnológica seria caracterizada por um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma
necessidade exclusiva da classe trabalhadora.
Mantém-se a noção de voz passiva, assim como a correção gramatical, ao se substituir “seria
caracterizada” (L.9) por caracterizaria-se.

A ênclise ao futuro do pretérito é sempre errada: “pode-se supor que a sociedade tecnológica
se caracterizaria”.
Errado.

Quando Usar a Ênclise


O pronome oblíquo átono não pode iniciar oração.

Exemplo: Dê-me um cigarro de palha.

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Orações imperativas.

Exemplo: Deus, dá-me muita saúde e paz.

Infinitivo impessoal (não flexionado), precedido de preposição A.

Exemplo: Estamos dispostos a jogá-los no lixo.

Início de coordenada sindética aditiva (preferência).

Exemplo: Arrumou as malas e foi-se embora.

Cuidado com os paralelismos.

Exemplos:
Não encontrei o trecho que me confundiu e me fez pensar absurdos.
(=Não encontrei o trecho que me confundiu e que me fez pensar absurdos).

Percebeu que o pronome relativo ficou implícito na outra oração?

E como colocar o pronome oblíquo nas LOCUÇÕES VERBAIS? Vejamos cada caso cui-
dadosamente.
Verbo no infinitivo ou no gerúndio.
Se não houver atrativa, usa-se o pronome depois do auxiliar ou depois do principal (sempre
ligado por hífen: estrutura formal).

Exemplos:
Ele deve-te falar a verdade.
Ele deve falar-te a verdade.

Alguns autores admitem, numa estrutura menos formal, construções seguintes. Interessante
seria se o examinador expusesse, no edital, as referências bibliográficas.

Exemplos:
Ele te deve falar a verdade.
Ele deve te falar a verdade.

Havendo palavra atrativa, usa-se o pronome antes do auxiliar ou depois do principal.

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Exemplos:
Ninguém nos podia dizer isso. (Certo)
Ninguém podia dizer-nos isso. (Certo)
Ninguém podia-nos dizer isso. (Errado)
Ninguém podia nos dizer isso. (Estrutura menos formal)

Verbo no particípio (jamais admitirá a ênclise).


Não havendo palavra atrativa, usa-se o pronome antes (exceto iniciando oração) ou depois
do verbo auxiliar (jamais depois do particípio).

Exemplos:
Ele me havia surpreendido.
Ele havia-me surpreendido.
Ele havia me surpreendido.

012. (AOCP) Em qual das frases abaixo não se colocou corretamente o pronome átono?
a) Tudo me era completamente indiferente.
b) Ela não me deixou concluir a frase.
c) Este casamento não deve realizar-se.
d) Sentíamo-nos contentes como se nos tivéssemos presenteado.
e) Ninguém havia lembrado-me de fazer reservas antecipadamente.

Entendamos tudo com cuidado.


a) Certa. Tudo (pronome indefinido = fator de atração) me era completamente indiferente.
b) Certa. Ela não (advérbio = fator de atração) me deixou concluir a frase.
c) Certa. “Este casamento não deve realizar-se (Lembre-se: infinitivo admite ênclise)” ou “Este
casamento não (advérbio = fator de atração) se deve realizar”.
d) Certa. Sentíamo-nos contentes como se (conjunção subordinativa = fator de atração) nos
tivéssemos presenteado.
e) Errada. Ninguém (pronome indefinido = fator de atração) me havia lembrado (Lembre-se:
particípio não admite ênclise) de fazer reservas antecipadamente.
Letra e.

Caro (a) aluno (a), em razão das modernas pesquisas linguísticas, a colocação dos prono-
mes oblíquos átonos é problema de fonética sintática e, por isso, haverá algumas variações
de posicionamento entre vernaculistas. As regras que expus a você não se configuram de todo
rígidas e imutáveis, mas são fundamentais para o seu concurso e a sua vida e estão em conso-
nância com a visão majoritária dos estudiosos e o histórico de bancas importantes.
Então, é hora de exercitar!

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QUESTÕES DE CONCURSO
Nível 1

Nas questões de 1 a 4, julgue os itens considerando a colocação do pronome oblíquo átono.

013.
a) Nada far-se-á sem ele.
b) Posso perguntar-te uma coisa?
c) Não poderia nos ajudar em nada.
d) Os candidatos julgaram-se preparados.
e) Se lavrará o campo, lavrá-lo-á.

a) Errada. Nada (pronome indefinido = fator de atração) se fará sem ele.


b) Certa. Em “Posso perguntar-te uma coisa?”, embora a frase seja interrogativa, o infinitivo
sempre admitirá a ênclise.
c) Errada. “Não (advérbio = fator de atração) nos poderia ajudar em nada” ou “Não poderia
ajudar-nos em nada.
d) Certa. Os candidatos julgaram-se (ou se julgaram) preparados. Sem fator de atração, pode-
-se usar a próclise ou a ênclise.
e) Certa. Se (= conjunção) lavrará o campo, lavrá-lo-á (futuro do presente: mesóclise).
Errada, Certa, Errada, Certa, Certa.

014.
a) A pessoa que falar-lhe isso estará mentindo.
b) Não observá-lo muito era a primeira providência.
c) Concederá-te nova oportunidade se te mantiveres atento.
d) Bons ventos levam-na, minha amiga!
e) Talvez o aluno sinta-se melhor quando o professor for chamá-lo.

a) Errada. A pessoa que (pronome relativo = fator de atração) lhe falar (futuro do subjuntivo)
isso estará mentindo.
b) Certa. Não (fator de atração) o observar (infinitivo) muito era a primeira providência ou Não
observá-lo (infinitivo sempre admitirá a ênclise mesmo com o fator de atração) muito era a
primeira providência (ou atrai o pronome ou o coloca depois do infinitivo).
c) Errada. Conceder-te-á (futuro do presente: mesóclise) nova oportunidade se te mantive-
res atento.
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d) Errada. Bons ventos a levem, minha amiga! (frase optativa: próclise).


e) Certa. Talvez o aluno sinta-se (ou se sinta) melhor quando o professor for chamá-lo. O subs-
tantivo “aluno” não é fator de atração. Se retirado, o advérbio “Talvez” atrairá o pronome átono:
“Talvez se sinta melhor”.
Errada, Certa, Errada, Errada, Certa.

015.
a) Me poupem, por favor ou por desprezo.
b) Eu havia ordenado-lhe que nunca deixasse faltar vinho.
c) O coração dava-lhe pulos no peito.
d) Me ajudem a colocá-la no lugar certo.
e) Encarregar-se-ia de fazer justiça com as próprias mãos.

a) Errada. Poupem-me (ênclise), por favor ou por desprezo.


b) Errada. Eu havia-lhe (ou Eu lhe havia) ordenado (particípio não admite ênclise) que nunca
deixasse faltar vinho.
c) Certa. O coração dava-lhe (ou lhe dava) pulos no peito.
d) Errada. Ajudem-me (ênclise) a colocá-la no lugar certo.
e) Certa. Encarregar-se-ia de fazer (futuro do pretérito: mesóclise) justiça com as próprias mãos.
Errada, Errada, Certa, Errada, Certa.

016.
a) Depois que eles se retirarem, poderemos comer a sobremesa.
b) Encontrarei-te no escritório amanhã.
c) Quem nos trouxe a solução do problema?
d) Recusei a ideia que apresentaram-me.
e) Nada conhece-se sobre a crise mundial.

a) Certa. Depois que eles se retirarem (oração subordinada adverbial), poderemos comer a
sobremesa. (Que falta de gentileza!).
b) Errada. Encontrar-te-ei (futuro do presente: mesóclise) no escritório amanhã.
c) Certa. Quem (fator de atração/ frase interrogativa) nos trouxe a solução do problema?
d) Errada. Recusei a ideia que (pronome relativo = fator de atração) me apresentaram.
e) Errada. Nada (pronome indefinido = fator de atração) se conhece sobre a crise mundial.
Certa, Errada, Certa, Errada, Errada.

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017. (CONSULPLAN) Assinale a frase em que o pronome entre parênteses deve ser colocado
depois do verbo.
a) Jamais enganaria dessa maneira. (te)
b) Quanto custa entender os motivos! (me)
c) Senhores, apresentem as passagens. (nos)
d) Depois darei maiores informações. (lhe)
e) Aqui resolvem todos os problemas. (se)

a) Jamais (advérbio = fator de atração) te enganaria dessa maneira.


b) Quanto me custa entender os motivos! (frase exclamativa: próclise).
c) Senhores, apresentem-nos (em virtude da vírgula, ênclise) as passagens.
d) Depois (advérbio = fator de atração) lhe darei maiores informações.
e) Aqui (advérbio = fator de atração) se resolvem todos os problemas.
Letra c.

018. (FGV) Nas frases abaixo:


I – “Os miúdos corriam barulhentos, me pedindo dinheiro.”
II – “Dizia ele coisas engraçadas, coçando-se todo.”
III – “Ficarei no lugar onde encontro-me. Tem sombra.”
IV – “Quando me vi sozinho, tremi de medo.”

A ênclise e a próclise foram corretamente empregadas nas orações:


a) I e II.
b) III e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) em todas elas.

I – “Os miúdos corriam barulhentos, pedindo-me (em virtude da vírgula, ênclise) dinheiro.”
II – “Dizia ele coisas engraçadas, coçando-se (em virtude da vírgula, ênclise) todo.”
III – “Ficarei no lugar onde (pronome relativo = fator de atração) me encontro. Tem sombra.”
IV – “Quando (conjunção subordinativa = fator de atração) me vi sozinho, tremi de medo.”
Letra d.

019. (CEBRASPE) Assinale a opção correta.


a) Jamais importunei-te com minhas crises econômico-financeiras!
b) Jamais te importunei com minhas crises econômicas-financeiras!
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c) Jamais importunei-te com minhas crises econômica-financeiras!


d) Jamais te importunei com minhas crises econômico-financeiras!

Jamais (advérbio = fator de atração) te importunei com minhas crises econômico-financeiras


(adjetivo + adjetivo = somente o último elemento varia em gênero e número)!
Letra d.

020. (FCC) Os técnicos... para o jogo, mas,... contra nova derrota, pediam que treinasse mais.
Indique a opção que completa corretamente as lacunas.
a) o haviam preparado — se tentando precaver
b) haviam preparado-o — se tentando precaver
c) haviam preparado-o — tentando precaver-se
d) haviam-no preparado — se tentando precaver
e) haviam-no preparado — tentando precaver-se

Os técnicos haviam-no preparado (Lembre-se: particípio não admite ênclise) bem para o jogo,
mas, tentando precaver-se (Lembre-se: infinitivo admite ênclise) contra nova derrota, pediam
que treinasse mais.
Letra e.

021. (FGV) Assinale a opção correta.


a) Nunca aborreci-te com pedidos insistentes, nem incomodei-te com minhas amizades lusos-
-brasileiras.
b) Nunca te aborreci com pedidos insistentes, nem incomodei-te com minhas amizades lusas-
-brasileiras.
c) Nunca aborreci-te com pedidos insistentes, nem te incomodei com minhas amizades luso-
-brasileiras.
d) Nunca te aborreci com pedidos insistentes, nem incomodei-te com minhas amizades lusos
brasileira.
e) Nunca te aborreci com pedidos insistentes, nem te incomodei com minhas amizades luso-
-brasileiras.

Nunca (advérbio = fator de atração) te aborreci com pedidos insistentes, nem (palavra negativa
= fator de atração) te incomodei com minhas amizades luso-brasileiras.
Letra e.

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GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos
Fernando Moura

022. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que contraria a norma culta:


a) Ter-me-ão elogiado.
b) Tinha-me lembrado.
c) Teria-me lembrado.
d) Temo-nos esquecido.
e) Tenho-me alegrado.

Ter-me-ia (futuro do pretérito: mesóclise) lembrado.


Letra c.

023. (AOCP) Em qual das frases abaixo não se colocou corretamente o pronome átono?
a) Tudo me era completamente indiferente.
b) Ela não me deixou concluir a frase.
c) Este casamento não deve realizar-se.
d) Sentíamo-nos contentes como se nos tivéssemos presenteado.
e) Ninguém havia lembrado-me de fazer reservas antecipadamente.

a) Tudo (pronome indefinido = fator de atração) me era completamente indiferente.


b) Ela não (advérbio = fator de atração) me deixou concluir a frase.
c) “Este casamento não deve realizar-se (Lembre-se: infinitivo admite ênclise)” ou “Este casa-
mento não (advérbio = fator de atração) se deve realizar”.
d) Sentíamo-nos contentes como se (conjunção subordinativa = fator de atração) nos tivésse-
mos presenteado.
e) Ninguém (pronome indefinido = fator de atração) me havia lembrado (Lembre-se: particípio
não admite ênclise) de fazer reservas antecipadamente.
Letra e.

024. (CEBRASPE) Nas proposições abaixo, a construção que fere a norma gramatical é:
a) Efetuem-se sucessivamente as reduções do estímulo fiscal em várias etapas.
b) Aplica-se a presente instrução aos desembarques aduaneiros efetivados a partir de 1º de
janeiro de 1980.
c) Não mais justifica-se tanto atraso.
d) Tais rendimentos devem sujeitar-se ao imposto de renda.

“Não (advérbio = fator de atração) se mais justifica tanto atraso” ou “Não mais (advérbio = fator
de atração) se justifica tanto atraso”.
Letra c.

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GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos
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025. (UFMG) Todas as frases estão corretas quanto à colocação dos pronomes oblíquos áto-
nos, exceto:
a) Se o tivesse encontrado, eu lhe teria dito tudo.
b) Os alunos tinham preparado-se para a grande prova.
c) Em se tratando de caso urgente, nada o retinha em casa.
d) No portão de entrada da cidade lia-se em letras garrafais, numa placa de bronze: ESTRA-
NHOS, AFASTEM-SE!
e) Logo que me formar, colocar-me-ei à disposição da empresa.

Os alunos tinham-se preparado (Lembre-se: particípio não admite ênclise) para a grande prova.
Letra b.

026. (UFGO) Assinale a colocação inaceitável.


a) “Maria Olívia convidou-o.”
b) “Se abre a porta da carruagem por dentro.”
c) “Situar-se-ia Orfeu numa gafieira.”
d) “D. Pedro II o convidou.”
e) “O cinema foi um recurso de leitura.”

“Abre-se (Lembre-se: pronome oblíquo átono não inicia período) a porta da carruagem
por dentro.”
Letra b.

027. (UFPR) Assinale a opção em que o uso da mesóclise é incorreto.


a) Nunca sujeitar-me-ia a tal exigência.
b) Dir-se-ia que ela tinha menos de quarenta anos.
c) Convencê-lo-ei, se puder.
d) Dize-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
e) Perdoar-te-ia mil vezes, se preciso fosse.

Com verbo no futuro do presente ou do pretérito, devemos recorrer à mesóclise, como aconte-
ceu nas opções de “b” a “e”. Porém, em “Nunca me sujeitaria a tal exigência” o advérbio (= fator
de atração) obriga a próclise.
Letra a.

028. (UFPR) “O funcionário que se inscrever fará prova amanhã.” Colocação do pronome
– No texto:

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GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos
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1) ocorre próclise em função do pronome relativo.


2) deveria ocorrer ênclise.
3) a mesóclise é impraticável.
4) tanto a ênclise quanto a próclise são aceitáveis.

a) Correta apenas a 1a afirmativa.


b) Apenas a 2a é correta.
c) São corretas a 1a e 3a.
d) A 4a é a única correta.

Em “O funcionário que se inscrever fará prova amanhã”, ocorre próclise em virtude do prono-
me relativo, e a mesóclise é impraticável, já que, além de existir o fator de atração (obriga a
próclise), o verbo não está flexionado no futuro do presente ou do pretérito (está no futuro do
subjuntivo e, portanto, não confunda com infinitivo).
Letra c.

029. (UFPR) Pronome mal colocado:


a) Lá, disseram-me que entrasse logo.
b) Aqui me disseram que saísse.
c) Posso ir, se me convidarem.
d) Irei, se quiserem-me.
e) Estou pronto. Chamem-me.

Irei, se (conjunção subordinativa condicional = fator de atração) me quiserem.


Letra d.

Nível 2 – De Olho nos Concursos

(CEBRASPE) Por muitos anos, pensávamos compreender o que era interpretado, o que era uma
interpretação; inquietávamo-nos, eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular,
ocorrida no trabalho de interpretação. Nada mais. Atualmente, não temos certeza, já não es-
tamos tão certos. O conflito de ideologias fez com que indagássemos sobre o que quer dizer
uma interpretação e duvidássemos sobre o que estávamos fazendo ou teríamos de fazer. Em
vez desse tratamento que era dado à questão da interpretação, a Teoria Crítica ou o Criticismo
insiste em trabalhar com as palavras que estão inscritas em determinada página.
Célio Garcia. Graças à letra “soft”, a estrutura “hard” dura. In: Hugo Mari et al. (Org.). Estruturalismo, memória e
repercussões. Belo Horizonte: UFMG/Diadorim, p. 192 (com adaptações).

Julgue se são preservadas a correção gramatical e a coerência das ideias do texto

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GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos
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030. ao se deslocar o pronome átono em “inquietávamo-nos” para antes do verbo, escrevendo


nos inquietava.

031. ao se substituir “fez com que indagássemos” por fez-nos indagarem.

Não inicie a oração com o pronome átono “nos”.


Lembre-se: “fez-nos indagar”. O pronome “nos”, na qualidade de sujeito acusativo, exige o infi-
nitivo sem flexão.
Errado, Errado.

(CEBRASPE) A preocupação é pertinente porque em todo o mundo graves problemas vêm-se


instalando e demandando dos governos novos mecanismos de avaliação para a incorporação
tecnológica na assistência médico-hospitalar de alta complexidade e de alto custo em geral.
Jacob Kligerman. Bioética em saúde pública. In: Revista Brasileira de Cancerologia, v. 48, n.º 3, jul./ago./
set./2002, editorial (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item subsequente.

032. Em “vêm-se”, a substituição do hífen por espaço provoca erro gramatical, por deixar o
pronome átono sem apoio sintático.

Autores modernos aceitam as duas construções: “vêm-se” ou “vêm se”. O hífen após o auxiliar
é opcional.
Errado.

(CEBRASPE) Identificar e atrair profissionais com vocação e conhecimento necessários ao


bom desempenho da tarefa do professor exige comprometimento de todo o setor educacional,
considerando a valorização da profissão, as condições de trabalho, a qualidade de vida e uma
remuneração que corresponda à importância da função. Além disso, para reter e desenvolver
bons profissionais, é preciso estimulá-los, dar-lhes condições de aperfeiçoamento, avaliá-
-los e premiá-los por desempenho. Nesse sentido, a avaliação deve ser continuada, e seus
resultados, utilizados como apoio ao desenvolvimento profissional e não como fator de cons-
trangimento.
Guilherme Peirão Leal. Formação de Professores.
Internet: <www.reescrevendoaeducacao.com.br> (com adaptações)

033. A grafia das formas verbais “estimulá-los”, “avaliá-los” e “premiá-los” justifica-se porque,
na ênclise de verbos terminados em “vogal a+r”, suprime-se o “r” e acentua-se o “a”, o pronome
toma a letra “l” e une-se à forma verbal por um hífen.

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Colocação dos Pronomes Átonos
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Você já aprendeu a lição. A grafia das formas verbais “estimular + os”, “avaliar+ os” e “premiar
+ os” justifica-se porque, na ênclise de verbos terminados em “vogal a+r”, suprime-se o “r” e
acentua-se o “a”, o pronome toma a letra “l” e une-se à forma verbal por um hífen.
Certo.

(CEBRASPE) Diante de Crash, resta-nos debruçar sobre essas questões dolorosas, sem álibis,
para assistir a um filme que não foge das feridas do mundo contemporâneo. Pelo contrário,
expõe ao espectador a perplexidade e a ausência de respostas.
Viver – Mente & Cérebro, maio/2006, p. 15 (com adaptações).

Com base nesse texto, julgue o item subsequente.

034. A inserção de mais um pronome nos — resta-nos debruçarmo-nos — imprimiria rigor gra-
matical ao texto, dado que se atenderia à regência normatizada do verbo debruçar.

Observe: “resta-nos = a nós”/ debruçarmo-nos = verbo pronominal.


Certo.

(CEBRASPE) O Superintendente da COMPANHIA DE SANEAMENTO PRIMAVERA, na forma do


artigo 5, alínea “b” e “c”, no uso das atribuições que lhe são conferidas, faz saber que, a partir
de 15 de março de 2006, será adotada a coleta de lixo seletiva em todas as seções e departa-
mentos desta repartição;
Com base nesse exemplo de circular, redigida por um empregado e ainda sem revisão, julgue
o seguinte item, a respeito das normas de redação oficial.

035. Considerando-se que a circular será assinada pelo superintendente da Companhia de Sa-
neamento Primavera, o pronome “lhe” deve ser substituído por me, conforme exigência do
padrão culto da língua portuguesa.

O pronome “lhe” tem valor de “a ele”.


Errado.

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(CEBRASPE) Um dia, um filósofo indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:

– Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?


– Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
– Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?, questionou novamente
o pensador.
– Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre voltou a perguntar:
– Então não é possível falar-lhes em voz baixa?
Surgiram várias outras respostas, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele
esclareceu:
– Vocês sabem por que se grita com uma pessoa querida quando se está aborrecido? O
fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para
cobrir essa distância, precisam gritar, para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais
aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvirem um ao outro, através da grande
distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não
gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância
entre elas é pequena. Às vezes, os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente
sussurram. E, quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas se
olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas
que se amam estão próximas.
Por fim, o filósofo concluiu dizendo:
– Quando vocês discutirem, não deixem que os seus corações se afastem, não digam pala-
vras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais
encontrarão o caminho de volta.
Mahatma Gandhi.

Com base nas ideias e estruturas do texto, julgue o item a seguir.

036. Na oração destacada, estaria correta a inserção do pronome lhes entre os vocábulos “a”
e “perguntar”.

Admitem-se as construções “a lhes perguntar” ou “a perguntar-lhes”.


Certo.

(CEBRASPE) Se separarmos da palavra civilização as noções de utilitarismo e progressismo,


dadas pelo senso comum e pelo pensamento conservador (“desenvolvimento da indústria e do
comércio, aquisição de bens materiais e de luxo”), e restituirmos a ela o sentido original, “fine-
za dos costumes”, “educação dos espíritos”, “desenvolvimento da polidez”, “cultura das artes e
das ciências”, podemos dizer então que a civilização está a perigo.
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.) Tempo e História (com adaptações).

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GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos
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Considere se a alteração proposta para o texto prejudica sua coerência ou resulta em incorre-
ção gramatical.

037. Substituição de “restituirmos a ela” por lhe restituirmos.

Não se prejudica a coerência nem resulta em incorreção gramatical.


Errado.

038. (CEBRASPE) Em cada opção abaixo, apresentam-se uma oração e uma proposta de re-
escritura empregando-se o pronome oblíquo átono. Assinale a opção em que esse emprego é
feito corretamente.
a) O aquecimento global está produzindo efeitos devastadores no Ártico – O aquecimento glo-
bal os está produzindo no Ártico.
b) O derretimento do gelo vai permitir a exploração de reservas de petróleo e gás natural – O
derretimento do gelo vai permiti-las.
c) Os interesses econômicos estão provocando outro tipo de corrida – Os interesses econô-
micos estão lhe provocando.
d) As fronteiras das zonas econômicas nacionais acompanham o limite da plataforma conti-
nental de cada país – As fronteiras das zonas econômicas nacionais acompanham-na.

a) O aquecimento global está produzindo efeitos devastadores no Ártico – O aquecimento


global os está produzindo no Ártico.
b) O derretimento do gelo vai permitir a exploração de reservas de petróleo e gás natural – O
derretimento do gelo vai permiti-la.
c) Os interesses econômicos estão provocando outro tipo de corrida – Os interesses econômi-
cos o estão provocando (ou provocando-o).
d) As fronteiras das zonas econômicas nacionais acompanham o limite da plataforma conti-
nental de cada país – As fronteiras das zonas econômicas nacionais acompanham-no.
Letra a.

(CEBRASPE) Não adianta ficarmos unicamente apresentando denúncias de violações. É pre-


ciso continuar denunciando, evidenciando o quanto a violência aumentou e o quanto o Es-
tado ainda é moroso na reparação, mas, agora, uma nova postura de luta nos é exigida. É
preciso intervir na construção de novas políticas públicas que contenham os princípios e as
diretrizes dos direitos humanos. Serão essas políticas e ações que construirão uma sociedade
mais pacífica.
Nilmário Miranda, Secretário Especial dos Direitos Humanos. Políticas públicas em direitos humanos.
Internet: <www.presidencia.gov.br/sedh> (com adaptações).

Com referência às ideias e às estruturas do texto, julgue o item.

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Colocação dos Pronomes Átonos
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039. Em “ficarmos unicamente apresentando denúncias de violações”, a substituição da parte


sublinhada pelo pronome oblíquo correspondente resulta em ficarmos unicamente apresen-
tando-lhes.

A forma correta é “... apresentando-as”, uma vez que o verbo é transitivo direto.
Errado.

(CEBRASPE) A literatura é um domínio especial de leitura. Textos considerados literatura são


textos em cuja órbita se foram depositando inúmeras camadas de leitura: tantas, que só se
pode falar de leituras, no plural. Essas leituras trouxeram sabedoria e prazer aos leitores e lei-
toras que as construíram ao longo da vida do texto literário. Ou seja, o texto literário é um texto
cuja história de leitura é muito densa. Recuperar, reunir e discutir essas leituras, pondo-as em
circulação entre leitores de diferentes lugares e tempos é o que se faz quando se ensina litera-
tura. E dialogar com essas leituras, nelas incluindo a nossa, é o que se faz quando se aprende
literatura.
Marisa Lajolo. Leitura e literatura na escola e na vida. Internet: <www.proler.bn.br/texto2.htm>.

Acerca de aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item.

040. No segmento “pondo-as”, o pronome poderia corretamente assumir a forma nas.

Não há sinal de nasalização, conforme vimos em aulas anteriores.


Errado.

(CEBRASPE) Ser cidadão, perdoem-me os que cultuam o direito, é ser como o Estado, é ser um
indivíduo dotado de direitos que lhe permitem não só se defrontar com o Estado, mas afrontar
o Estado. O cidadão quer ser tão forte quanto o Estado. O indivíduo completo é aquele que tem
a capacidade de entender o mundo, a sua situação no mundo e que, se ainda não é cidadão,
sabe o que poderiam ser os seus direitos.
Milton Santos. Cidadania e consciência negra. Internet: <http://geocities.yahoo.com.br>. Acesso em jun./2005.

Julgue os itens, com respeito ao texto acima.

041. Estaria garantida a obediência às regras de regência verbal, caso se substituísse a expres-
são “afrontar o Estado” por afrontar-lhe.

O correto é “afrontá-lo”, já que o verbo é transitivo direto.


Errado.

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042. A substituição da expressão “capacidade de entender o mundo” por capacidade de en-


tendê-lo mantém a coesão e a coerência do texto, além de conferir ao período maior concisão.

Cria-se ambiguidade. Pode dar a entender que o indivíduo tem a capacidade de entender o
Estado, e não o mundo.
Errado.

(CEBRASPE) O problema da leitura no contexto brasileiro deve ser colocado, figurativamente


falando, em termos de uma lei-dura, isto é, em termos de um conjunto de restrições agudas
que impede a fruição da leitura do livro por milhões de leitores em potencial. É essa mesma
lei-dura que vem colocar a leitura numa situação de crise, num reflexo de crises maiores exis-
tentes em nossa sociedade, onde estão presentes a injustiça, a desigualdade, a fome e a falta
de liberdade e democracia. Nesse contexto, torna-se muito fácil encontrar pessoas que não
têm acesso à informação, aos diversos referenciais inscritos em diferentes tipos de livros.
Leituras do Brasil. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1995, p. 23 (com adaptações).

043. Assinale a opção correta quanto à concordância, à regência e à colocação das transfor-
mações pronominais.
a) “um conjunto de restrições agudas que impede a fruição da leitura” – um conjunto de restri-
ções agudas que lhes impede.
b) “É essa mesma lei-dura que vem colocar a leitura numa situação de crise” – É essa mesma
lei-dura que vem as colocar numa situação de crise.
c) “Nesse contexto, torna-se muito fácil encontrar pessoas” – Neste contexto, torna-se muito
fácil encontrá-las.
d) “pessoas que não têm acesso à informação” – pessoas que não lhe têm acesso.

a) “um conjunto de restrições agudas que impede a fruição da leitura” – um conjunto de restri-
ções agudas que a impede.
b) “É essa mesma lei-dura que vem colocar a leitura numa situação de crise” – É essa mesma
lei-dura que a vem colocar numa situação de crise.
c) “Nesse contexto, torna-se muito fácil encontrar pessoas” – Nesse contexto, torna-se muito
fácil encontrá-las.
d) “pessoas que não têm acesso à informação” – pessoas que não têm acesso a ela. O prono-
me “lhe” pode dar a entender a forma “a você” e criar ambiguidade.
Letra c.

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(CEBRASPE) Amor, encantadora loucura; ambição, grave tolice.


Sébastien-Roch Chamfort.

Necessitamos sempre ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.
Carlos Drummond de Andrade. Internet: <www.citador.pt/citador.php>.

Julgue o item com referência às citações acima.

044. Na segunda citação, “nos” pode ocorrer depois de “torna”, sem provocar erro de emprego
do pronome.

O advérbio “não” é fator de atração.


Errado.

(CEBRASPE) Passam-se tempos sem que ouçamos falar em contos de vigário. Muito bem.
Tornamo-nos otimistas, imaginamos que, se a reportagem não menciona esses espanto-
sos casos de tolice combinada com safadeza, certamente os homens ficaram sabidos e
melhoraram.
Pensamos assim e devemos estar em erro. Provavelmente esse negócio continua a florescer,
mas as vítimas têm vergonha de queixar-se e confessar que são idiotas. Raras vezes um cida-
dão se resolve a afrontar o ridículo, e vai à polícia declarar que, não obstante ser parvo, teve a
intenção de embrulhar o seu semelhante.
O que ele faz depois de logrado é meter-se em casa, arrancar os cabelos, evitar os espelhos e
passar uns dias de cama, procedimento que todos nós adotamos quando, em consequência
de um disparate volumoso, nos sentimos inferiores ao resto da humanidade. Conveniente-
mente curado, cicatrizado, esquecida a fraqueza, o sujeito levanta-se e adquire consistência
para realizar nova tolice. E assim por diante, até a hora da tolice máxima, em que ninguém
reincide porque isto é impossível.
Graciliano Ramos. Linhas tortas: obra póstuma. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 1984. p. 154.

Quanto à descrição gramatical de elementos do texto, julgue as opções abaixo:

045. Em “Tornamo-nos”, a supressão do s é prescrita para se evitar o efeito de eco.

A supressão do “s” se faz quando verbo de primeira pessoa do plural vem seguido de pronome
de primeira pessoa do plural.
Errado.

046. Em “nos sentimos inferiores ao resto da humanidade”, houve transgressão dos requisitos
gramaticais para a colocação pronominal.

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A construção “... procedimento que todos nós adotamos quando, em consequência de um


disparate volumoso, nos sentimos inferiores ao resto da humanidade” admite a próclise em
virtude da interrupção ou intercalação (leia sem o trecho sublinhado).
Errado.

(CEBRASPE) Tal indagação é tanto mais importante e essencial que é por ela que se define,
tanto no tempo como no espaço, a individualidade da parcela da humanidade que interessa
ao pesquisador: povo, país, nação, sociedade, seja qual for a designação apropriada ao caso.
É somente aí que ele encontrará aquela unidade que lhe permite destacar uma tal parcela da
humanidade para estudá-la à parte.
Caio Prado Júnior. Formação do Brasil Contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.

A respeito das características textuais e das estruturas linguísticas do texto, julgue o item.

047. O emprego de “lhe” justifica-se, uma vez que “permite” é verbo intransitivo.

O verbo “permite” é transitivo direto e indireto. Portanto, o pronome “lhe” é o objeto indireto.
Errado.

(CEBRASPE) Existem muitas maneiras de se enxergar uma empresa. Uma delas é vê-la como
uma máquina. E não se trata de uma analogia nova. A era industrial foi construída com base
nesse paradigma, sustentado pelas teorias dos cientistas Taylor e Fayol, que acreditavam (e
isso fazia sentido para a época em que viveram) que uma empresa tinha de funcionar como
um infalível relógio ou como uma locomotiva, programada para cumprir, rigorosamente, seus
tempos de parada e locomoção, de maneira a garantir o andamento do sistema ferroviário,
sem atrasos nem acidentes. Para isso, colocaram a produtividade como principal meta, asse-
gurada por um sistema técnico de alta eficiência.
Internet: <empreendedor.com.br> (com adaptações).

Mantendo-se a correção gramatical do texto, é correto substituir-se

048. “colocaram a produtividade como principal meta” por colocaram-lhe na situação de


meta principal.

A forma correta é “colocaram-na”, uma vez que o verbo é transitivo direto.


Errado.

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(CEBRASPE) A mudança climática coloca em questão os padrões de produção e consumo


hoje vigentes. Atualmente fala-se muito em descarbonizar a matriz energética mundial, isto é,
em aumentar a participação das energias renováveis em detrimento de combustíveis fósseis.
Isto seria uma condição necessária mas não suficiente para a atenuação da mudança do cli-
ma, que depende também de outras mudanças na infraestrutura, na tecnologia e na economia.
André Santos Pereira. Mudança climática e energias renováveis (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito do texto acima.

049. A mudança de posição do pronome átono em “fala-se” para antes do verbo desrespeitaria
as regras de colocação pronominal da norma culta brasileira.

O advérbio “Atualmente” (sem a vírgula) é fator de atração. Com a vírgula, a ênclise será obri-
gatória: “Atualmente, fala-se muito em descarbonizar...”.
Errado.

(CEBRASPE) Há algo que une técnicos e humanistas. Ambos se creem marcados por um fator
distintivo, inerente a seus cérebros: o dom da inteligência, que os apartaria do trabalhador ma-
nual ou mecânico. Gramsci percebe nessa crença um ranço ideológico da divisão do trabalho:
“Em qualquer trabalho físico, até no mais mecânico e degradado, existe um mínimo de qualifi-
cação técnica, um mínimo de atividade intelectual criadora. Todos os homens são intelectuais,
pode-se dizer, mas nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais. Não se
pode separar o Homo faber do Homo sapiens”. (...)
À medida que o técnico se quer cada vez mais técnico, restringindo-se a mero órgão do siste-
ma, e à medida que o humanista é deixado avulso do contexto, um e outro se irão fechando
em suas pseudototalidades. O seu conhecimento político decairá. E o sistema, contentando-
-se com alguns profissionais mais à mão, alijará dos centros de decisão a maior parte dos
intelectuais.
Alfredo Bosi. Céu, inferno: ensaios de crítica literária e ideológica.
São Paulo: Ática, 1988, pp. 242-3 (com adaptações)

Em cada um dos itens abaixo é apresentada, em relação a trechos do texto, uma alternativa
de colocação pronominal. Com base na prescrição gramatical, julgue (C ou E) cada proposta
apresentada.

050. “Ambos se creem marcados” / Ambos creem-se marcados.

O numeral “Ambos” é fator de próclise.


Certo.

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GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos
Fernando Moura

051. “que os apartaria” / que apartá-los-ia.

O pronome relativo “que” é fator de atração.


Errado.

052. “Não se pode separar” / Não pode-se separar.

O advérbio “Não” é fator de atração.


Errado.

053. “um e outro se irão fechando” / um e outro irão-se fechando.

Os vocábulos “um e outro”, pronomes indefinidos, são fatores de atração. Ademais, o futuro
jamais admitirá a ênclise.
Errado.

(CEBRASPE) A expedição de qualquer diploma pelo TSE e pelos TREs depende, entre outros
fatores, também da prova de o eleito estar em dia com o serviço militar. Consta que os candi-
datos eleitos aos cargos de presidente e vice–presidente da República recebem diplomas as-
sinados pelo presidente do TSE, os demais ministros, pelo procurador-geral eleitoral. Os eleitos
aos demais cargos — governador, senador, deputados federais, estaduais e distritais, assim
como os respectivos vices e suplentes — recebem diplomas assinados pelo presidente do
respectivo TRE.
Internet: <www.agencia.tse.gov.br> (com adaptações).

054. Assinale a opção correta no que se refere ao emprego de forma pronominal em substi-
tuição ao termo “diplomas” na oração “Os demais eleitos receberão diplomas assinados pelo
presidente do respectivo TRE”.
a) Os demais eleitos vão receber-lhes assinados pelo presidente do respectivo TRE.
b) Os demais eleitos receber-lhes-ão assinados pelo presidente do respectivo TRE.
c) Os demais eleitos lhes receberão assinados pelo presidente do respectivo TRE.
d) Os demais eleitos recebê-los-ão assinados pelo presidente do respectivo TRE.
e) Os demais eleitos receberão-nos pelo presidente do respectivo TRE.

Lembre-se de que “receberão” é transitivo direto: “Os demais eleitos recebê-los-ão (ou os re-
ceberão) assinados pelo presidente do respectivo TRE.
Letra d.

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GRAMÁTICA
Colocação dos Pronomes Átonos
Fernando Moura

055. (CESGRANRIO) A opção em que o termo em negrito não pode ser substituído pelo prono-
me pessoal oblíquo átono correspondente é:
a) rejeitar o bar.
b) andar de skate.
c) comer uma pizza.
d) adotar o vocabulário.
e) importar o indispensável.

Em todas as opções os verbos são transitivos diretos, exceto na opção B: “andar (verbo intran-
sitivo) de skate (adjunto adverbial de meio).
Letra b.

(CEBRASPE) O Excelentíssimo Senhor Desembargador-Presidente do Tribunal Regional Eleito-


ral de Goiás, no uso de suas atribuições e
Considerando o disposto no art. 10, parágrafo único, inciso II, da Lei n.º XXXX, de 19 de setem-
bro de 1998, e no art. 8º, parágrafo 3º, da Resolução n.º YYYY, de 15 de outubro de 1999, do
colendo Tribunal Superior Eleitoral;
Considerando a necessidade de se promover a padronização dos procedimentos relativos à
anotação dos órgãos de direção partidária regionais;
Considerando que as solicitações de anotações feitas pelos partidos políticos devem seguir as
regras dos estatutos partidários;
RESOLVE:
Art. 1º Os pedidos dever-se-ão ser requeridos nos exatos termos dos partidos.

056. É correto que se retire o pronome átono de “dever-se-ão”, grafando-se deverão.

Deve-se eliminar a partícula apassivadora, porque a estrutura “deverão ser requeridos” já cons-
titui voz passiva analítica.
Certo.

(CEBRASPE) Censurar, proibir e reprimir são atitudes antipáticas, porque geralmente são vistas
pela sociedade como inimigas da liberdade individual, da criatividade e da verdade. A censura
esconde dilemas e armadilhas sutis que podem causar mais confusão do que esclarecer os
problemas relacionados a ela, até porque nem todo tipo de censura representa uma interferên-
cia odiosa na vida da população. Um exemplo simples de censura socialmente aceitável — ou
até considerada necessária para o bom andamento da vida social — é a tentativa de proteger
crianças contra filmes, livros e outras manifestações do pensamento que possam incitar à vio-
lência ou a outras situações consideradas prejudiciais à formação dos jovens.
Flávio Dieguez. Ver, ouvir e calar. Discutindo a língua portuguesa, ano 2, n.º 12, p. 34-6 (com adaptações).

Julgue o item a respeito das estruturas linguísticas do texto.

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Colocação dos Pronomes Átonos
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057. A expressão, na voz passiva, “são vistas pela sociedade” corresponde à voz ativa a socie-
dade vê-nas, que a pode substituir sem prejudicar a correção e a coerência do texto.

Admite-se a forma “a sociedade as vê”.


Errado.

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Colocação dos Pronomes Átonos
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GABARITO
13. E, C, E, C, C 28. c 43. c
14. E, C, E, E, C 29. d 44. E
15. E, E, C, E, C 30. E 45. E
16. C, E, C, E, E 31. E 46. E
17. c 32. E 47. E
18. d 33. C 48. E
19. d 34. C 49. E
20. e 35. E 50. C
21. e 36. C 51. E
22. c 37. E 52. E
23. e 38. a 53. E
24. c 39. E 54. d
25. b 40. E 55. b
26. b 41. E 56. C
27. a 42. E 57. E

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Com trajetória de peso, desenvolve, há trinta anos, trabalho respeitadíssimo no Distrito Federal. Milhares de
alunos o conhecem, obtiveram excelentes resultados e elogiam o seu desempenho. É licenciado em Letras
– Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. É mestre em Ciências da Linguagem/Linguística Aplicada.
Também é bacharel em Direito, com especialização em Processo Civil. Foi professor e coordenador de
área na Secretaria de Educação e em instituições particulares de ensino superior. Desenvolve cursos,
treinamentos, palestras e trabalhos de consultoria em empresas, órgãos públicos federais e preparatórios
para concursos (com exclusividade no Gran Cursos Online). Em 2008, fundou o Instituto Fernando Moura
de Estudos Linguísticos, com o intuito de torná-lo centro de excelência de estudos da Língua Portuguesa.
Trata-se, hoje, de instituição premiada nacional e internacionalmente. É autor da coleção Vade-Mécum
Língua Portuguesa (cinco títulos) e do Curso Completo de Gramática do Texto (Editora Aluminus). Ministra
aulas de interpretação de textos, redação – produção e correção –, gramática aplicada ao texto, redação
oficial e legislativa, português jurídico e português avançado.

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